Peça de Ação de Guarda de Menor

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PEÇA DE AÇÃO DE GUARDA DE MENOR

AO JUIZO DA ... VARA DE FAMÍLIA INFANCIA E DA JUVENTUDE


DA REGIONAL DE ITABORAI NA COMARCA DA CAPITAL DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO

JOSE CARLOS, brasileira, divorcio, profissão:.., portador da


identidade nº :..., inscrito pelo CPF nº : ..., residente e domiciliado na
rua::..., CEP:..., na cidade do Rio de Janeiro no estado de Itaboraí, vem
por seu advogado e procurador que ao final assina, vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, com fundamento na Lei nº 8.069/90
(Estatuto da Criança e do Adolescente) em seu artigo 98, II e artigo 148,
§ único, a, nosartigos693 a 699 da Lei 13.105/2015 ( Novo Código de
Processo Civil) e nos artigos 1.728 e 1.731, inciso I, do Código Civil,
vem propor:

Ação de Guarda e Regulamentação de Visitas com Pedido de


Tutela Antecipada

em face de ILMA , brasileira,divorcida, portadora da identidade


nº:..., inscrita no CPF Nº:..., residente e domiciliada na rua: ..., CEP:...,
Cidade do Rio de Janeiro, no estado de Itaboraí, pelos fatos e
fundamentos expostos a seguir:

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, requer a V. Exª. que seja deferido o benefício da


Gratuidade de Justiça, com fulcro no artigo 98, caput, do Código de
Processo Civil, por não ter condições de arcar com às custas processuais
e honorários advocatícios sem prejuízos do próprio sustento e de sua
família, visto que a Requerente exerce trabalho autônomo, prestando
serviços de venda de tortas, bolos, doces e afins, de modo que aufere
renda sempre incerta e variável.

Ademais, a Requerente não possui vínculo empregatício com


nenhuma empresa, conforme se faz prova mediante apresentação de sua
carteira de trabalho, a qual atualmente não encontra-se assinada por
nenhum empregador.

Cumpre salientar ainda entendimento da Terceira Turma do


Superior Tribunal de Justiça [1], a qual decidiu que a gratuidade de
justiça nas ações de alimentos em favor de crianças e adolescentes não
exige prova de insuficiência financeira do responsável legal, tendo em
vista que a menor é presumidamente incapaz economicamente, não se
podendo condicionar a concessão de gratuidade de justiça à
demonstração de insuficiência de recursos da procuradora legal, tendo
em vista que o direito à gratuidade tem natureza personalíssima (artigo
99, parágrafo 6º).

Ora, Excelência que no caso em tela o direito é cristalino, pois o


pai tem o dever de zelar pela manutenção do filho, situação essa que faz
prova pela documentação acostada, onde o Requerido consta como pai
da Requerente.

DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO

O autor informa que tem interesse na realização da audiência de


mediação e conciliação prevista no art. 695 do CPC.

II - DOS FATOS

As partes tiveram relacionamento amoroso que durou alguns anos


e dessa relação adveio o nascimento dos dois menores Hudson e Joaquim
, nos termos da certidão de nascimento (em anexo).
Os menores moram com a ré, sendo esta a partir do ano 2021,
passou a adotar um comportamento estranho e inadequado, deixando de
cuidar de duas crianças menores em referencia a saúde e a higiene dsse
meninos e de modo que vem sendo chamada inúmeras vezes no colégio
das crianças, para justificar a ausência dos mesmos nos horários escolares.
destaca-se que através dos relatos de vários vizinhos, amigos e
familiares, a ré passou a consumir com frequência substancias
entorpecentes e acompanhada de traficantes, com isso, pode-se explicar o
seu comportamento estranho e por não poder proporcionar as condições
boa de vida para seus filhos , não tendo a responsabilidades de continuar
com a guarda destes.
Com tudo as provas contra a ré, o autor inconformado e temeroso
de que possa acontecer algum de muito grave com seus filhos, detém o
pedido de guarda não mais unilateral, mais sim, definitiva. uma vez que a
ré não tem condições de cuidar as crianças..
Deste modo, sendo necessária a regulamentação da guarda dos
menores perante o auxílio do judiciário.

III – DOS FUNDAMENTOS

A) DA GUARDA E DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS

Como dito, o autor já exerce a guarda unilateral de fatos dos


menores Porém tem interesse na guarda definitiva, dispondo-se a
exercê-la imediatamente..

Ocorre que, o autor entende que seria importante para as crianças


crescerem com uma referência materna, mais devido as condições que a
re apresenta , este tipo de convívio é impossivel. Assim, a fim de buscar
o convívio pacífico da família e tendo como objetivo maior a formação
humana dos menores, entende ser mais eficaz que seja estabelecido da
seguinte forma:

Que a ré possa nos fins de semana alternados, podendo pegá-los


na casa paterna com a presença de um rssponsavel indicado pelo juiz no
horario dàs 09 horas do sábado até as 19 horas do mesmo dia, no loca
mesionadol
Em época de férias escolares, a ré terá a companhia dos filhos
metade de cada período, não podendo inclusive com eles viajarem para
nem um lugar possível.;
Em festa de final de ano, as crianças passaram, nos anos pares, o
Natal com o pai e o Ano Novo com a mãe, invertendo-se essa ordem nos
anos ímpares. No Dia dos Pais, as criança passarám com o genitor e o
Dia das Mães, com a genitora, independentemente do final de semana,
sempre com a vistoria de alguém indicado pelo juiz como um curador.;
4. No aniversário da criança, a ré podera visitaros filhos em sua
residência, sem alterar a programação e ou eventual comemoração,
podendo levá-los para almoçar fora, com a obrigação de devolvê-los na
casa paterna com horários especulados pelo juiz e s empre
acompanhados por pessoa responsável indicado pelo juiz da vara
.
B) DOS ALIMENTOS AOS MENORES
O dever alimentar dos pais está expressamente previsto na
Constituição Federal, em seu artigo 229, transcrevemos:

“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos


menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade.” (grifamos).

Nessa seara, mencionamos também a inteligência do art. 22 da


Lei nº 8.069/90 ( Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê:

“Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e


educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.”
(grifamos).

Assim, entende-se que mesmo os menores necessitando da pensão


alimentícia, o autor solicita a extinção do mesmo, devido que, pedi a
guarda definitiva dos seus dois filhos menores, já que, a re não tem
condições psicológicas e físicas para cria-los. da Requerente deve ser
dividido entre ambos os genitores e arbitrado ao Requerido no montante
equivalente a dois salários mínimos.

C) DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA ANTECIPADA – ART.


303 DO NOVO CPC

Diante dos fatos e do direito, impõe-se a necessidade de


antecipação de tutela à Autora.

Na hipótese em comento é perfeitamente possível a concessão da


tutela antecipada, haja vista estarem preenchidos os requisitos do Novo
Código de Processo Civil. Há clara exposição do direito que se busca
realizar e o perigo de dano ou risco também se mostra evidente, tendo
em conta a pessoa que se visa proteger que é um menor, de idade
infantil, que acabou de passar por grave trauma familiar (nos termos do
caput do artigo 303). [7]

O AUTOR não pretende se valer do benefício do caput do artigo


303 /NCPC (limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à
indicação do pedido de tutela final); assim, consolida nesta petição
inicial a sua argumentação, os documentos cabíveis e confirma, neste
mesmo ato, seu pedido de tutela final no item seguinte “Dos Pedidos”
(art. 303, § 1º, I, NCPC).

Quanto ao periculum in mora (“perigo de dano ou risco”) este se


mostra de plano existente considerando a necessidade de regularizar a
situação fática do menor, O QUAL SE ENCONTRA SEM A
PRESENÇA DOS PAIS e, assim, teoricamente em situação de risco,
autorizando-se o pleno exercício dos poderes do exercício via concessão
de guarda e tutela o autor.
Vossa Excelência que no caso em tela o direito é cristalino, pois o
pai tem o dever de zelar pela manutenção dos filhos, situação essa que
faz prova pela documentação ( em anexo), constada.
Assim, requer que seja a ré condenada em sede de TUTELA DE
ANTECIPADA, a extinção do pagamento de dois salários-mínimos
vigentes , referente a alimentos provisionais

V – DOS PEDIDOS

Por fim, assim compelido a contribuir com o necessário para que


os menores sobrevivam com o mínimo de dignidade e, para tanto, ,
requer a Vossa Excelência

a) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita;


b) O recebimento da presente ação, processando como de estilo
para que, antecipadamente, seja concedida a tutela antecipada e a
guarda dos menores Hudson e Joaquim em favor do autor;

c) A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça


em audiência a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de
confissão quanto a matéria de fato, podendo contestar dentro do prazo
legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia, nos moldes do art.
344 do CPC/2015;

d) A intimação do representante do Ministério Público para


intervir no feito;

e) Seja deferida a guarda definitiva dos menores e regulamentada


o direito a visita para a ré com direcionado pelo juiz, conforme descrito
alhures, sendo imprescindível que por tempo indeterminado pelo juiz a
visita se dê de modo supervisionado, nos termos do quanto estabelecido
e fundamentado no item: III.2 - DA REGULAMENTAÇÃO DE
GUARDA UNILATERAL E DAS VISITAS SUPERVISIONADAS;
f) Seja o Requerido condenado ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do
CPC/2015;

g) A citação de extinção da pensão alimentícia direcionada para a


ré;

h)A intimação do representante do Ministério Público para que


atue no feito (art. 698, NCPC);

i) A produção de todas as provas em direito e as moralmente


admitidas ( em anexo), em especial oitiva de testemunhas que serão
arroladas oportunamente, depoimento pessoal da autora e dos menores,
juntada de documentos ( em anexo), estudo social se necessário for.;

j) No mérito seja reconhecida e outorgada em tutela antecipada a


guarda definitiva dos menores Hudson e Joaquim, em favor do autor;

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos


em direito, que ficam desde já requeridos, ainda que não especificados,
inclusive depoimento pessoal da representante legal da Requerente.
Requer, por fim, sejam as intimações processuais efetivadas em
nome do advogado ..., inscrita na OAB/RJ nº ..., com endereço
eletrônico: ..., nos precisos termos do Art. 272, § 5 do CPC/2015, sob
pena de nulidade.
Atribui-se à causa o valor R$ ... ( VALOR EXTENSO) para fins
de alçada, nos moldes do art. 292, III do CPC/2015.

Termos em que
Pede deferimento.
Local e data

ADVOGADA
OAB/RJ Nº ...

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