DR DL 52 2022
DR DL 52 2022
DR DL 52 2022
ª série
de 4 de agosto
CAPÍTULO I
Disposição geral
Artigo 1.º
Objeto
CAPÍTULO II
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 2.º
Serviço Nacional de Saúde
Artigo 3.º
Estabelecimentos e serviços
a) Os ACES;
b) Os hospitais, centros hospitalares, institutos portugueses de oncologia e as ULS, integrados
no setor empresarial do Estado ou no setor público administrativo;
c) O Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P.;
d) O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.;
e) O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P.;
f) A SPMS — Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E., na vertente de telessaúde;
g) Os estabelecimentos e serviços a que alude o n.º 2 do artigo 2.º com os quais, nos termos
do mesmo artigo, sejam celebrados contratos que tenham por objeto a prestação de cuidados ou
de serviços de saúde.
Artigo 4.º
Beneficiários e seus direitos e deveres
SECÇÃO II
Organização e funcionamento
Artigo 5.º
Organização
O SNS organiza-se a nível territorial, por regiões de saúde, e a nível funcional, por níveis
de cuidados, devendo os seus estabelecimentos e serviços orientar o respetivo funcionamento
pela proximidade da prestação, pela integração de cuidados e pela articulação inter-regional dos
serviços.
Artigo 6.º
Regiões de saúde
a) Norte;
b) Centro;
c) Lisboa e Vale do Tejo;
d) Alentejo;
e) Algarve.
Artigo 7.º
Níveis de cuidados
a) Cuidados de saúde primários, que representam o primeiro nível de contacto dos indivíduos,
da família e da comunidade com os cuidados de saúde e que constituem uma resposta de proxi-
midade e continuidade no processo assistencial;
b) Cuidados hospitalares, que envolvem intervenções de maior diferenciação de meios técnicos,
mediante referenciação clínica ou em contexto de urgência ou emergência;
c) Cuidados continuados integrados, que se centram em intervenções sequenciais de saúde
e/ou de apoio social, que visam promover a autonomia e melhorar a funcionalidade da pessoa em
situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social.
Artigo 8.º
Proximidade, integração de cuidados e resposta em rede
Artigo 9.º
Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde
1 — O SNS é dirigido, a nível central, por uma direção executiva, doravante designada Dire-
ção Executiva do SNS, à qual compete, sem prejuízo da autonomia das unidades de saúde que
integram o SNS e da sua organização regional, designadamente:
a) Coordenar a resposta assistencial das unidades de saúde que integram o SNS, bem como
daquelas que integram a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) e a Rede
Nacional de Cuidados Paliativos (RNCP);
b) Gerir a RNCCI, incluindo a área de saúde mental, e a RNCP, em articulação com os demais
organismos competentes;
c) Assegurar o funcionamento em rede do SNS, através da articulação nacional dos diferen-
tes estabelecimentos e serviços, da integração dos diversos níveis de cuidados e da procura de
respostas de proximidade, nomeadamente coordenando a criação, revisão e gestão das Redes
de Referenciação Hospitalar;
Diário da República, 1.ª série
1 — A gestão das unidades de saúde que integram o SNS é pública, sem prejuízo do disposto
na Base 6 da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 95/2019, de 4 de setembro, e na legis-
lação que a regulamenta.
Diário da República, 1.ª série
2 — A seleção das equipas de gestão das unidades de saúde obedece ao critério da compe-
tência técnica, de gestão e de liderança e o seu desempenho é orientado pelo cumprimento das
orientações da política nacional de saúde e pelo serviço público à população.
Artigo 12.º
Saúde pública
1 — Os serviços de saúde pública têm como funções promover a saúde, prevenir a doença
e prolongar a vida saudável da população, atuando na preparação e resposta a emergências de
saúde pública, em articulação com a saúde alimentar, ambiental e animal.
2 — Os serviços de saúde pública desenvolvem a sua ação através de:
3 — A organização e funcionamento dos serviços de saúde pública são aprovados por diploma
próprio e as suas estruturas atuam com autonomia e independência técnicas.
Artigo 13.º
Sistemas locais de saúde
SECÇÃO III
Recursos humanos
Artigo 14.º
Recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde
Artigo 15.º
Legislação aplicável
Artigo 16.º
Regime de dedicação plena
Artigo 17.º
Regime excecional de contratação
Artigo 18.º
Regime excecional de trabalho suplementar
Artigo 19.º
Regime excecional de mobilidade
a) Nos serviços que não tenham natureza de entidade pública empresarial podem ser criados
postos de trabalho destinados à consolidação dos trabalhadores com contrato individual de traba-
lho, podendo os trabalhadores candidatar-se, após a consolidação, a procedimentos concursais
exclusivamente destinados a quem seja titular de uma relação jurídica de emprego público por
tempo indeterminado abertos pelo órgão ou serviço a cujo mapa de pessoal passaram a pertencer
e se destinem a preencher um posto de trabalho cuja caracterização coincida com as funções ou
atividades que exercem;
b) Nos serviços que tenham natureza de entidade pública empresarial podem ser criados
postos de trabalho adequados à consolidação de trabalhadores com vínculo de emprego público.
Artigo 20.º
Fixação de profissionais de saúde em zonas geográficas carenciadas
Artigo 21.º
Assistência e patrocínio judiciário
SECÇÃO IV
Recursos financeiros
Artigo 22.º
Financiamento do Serviço Nacional de Saúde
1 — Nos termos da Base 23 da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 95/2019, de 4
de setembro, o financiamento do SNS é assegurado por verbas do Orçamento do Estado, podendo
ser determinada a consignação de receitas fiscais para o efeito, sem prejuízo de outras receitas
previstas em lei, regulamento, contrato ou outro título.
2 — A dotação orçamental do SNS deve permitir que lhe sejam afetos os recursos necessários
ao cumprimento eficiente das suas funções e objetivos e à sua sustentabilidade financeira.
3 — O investimento de capital do SNS obedece a uma planificação plurianual, concretizada
através de um plano plurianual de investimentos, que estima as necessidades futuras e promove
uma gestão eficiente da rede de instalações e equipamentos existente, nomeadamente à luz dos
planos diretores dos estabelecimentos ou serviços.
Artigo 23.º
Responsabilidade financeira pelas prestações de saúde
a) Os utentes não beneficiários do SNS e os beneficiários na parte que lhes couber, nos ter-
mos da lei;
b) As entidades que estejam a tal obrigadas por força de lei ou de contrato.
Artigo 24.º
Preços dos cuidados de saúde
1 — Os limites mínimos e máximos dos preços a cobrar pelos cuidados prestados no âmbito
do SNS são estabelecidos por portaria do membro do Governo responsável pela área da saúde,
tendo em conta os custos reais diretos e indiretos e o necessário equilíbrio de exploração.
2 — A ACSS, I. P., pode celebrar acordos, de âmbito nacional, com as entidades responsá-
veis pelo pagamento das prestações de saúde, relativos a tabelas de preços e a pagamentos.
3 — Os estabelecimentos e serviços que integram o SNS podem celebrar acordos especiais
para a fixação de preços dos cuidados de saúde e acordos de pagamentos com entidades respon-
sáveis pelos encargos relativos à prestação de cuidados de saúde, de acordo com critérios a fixar
por despacho do membro do Governo responsável pela área da saúde.
SECÇÃO V
Sistemas de informação
Artigo 25.º
Sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde
a) Facultar o acesso à informação clínica e de saúde, nos termos da lei, como forma de conhe-
cer o percurso do utente, independentemente do local da prestação de cuidados;
b) Apoiar a decisão do profissional;
c) Facilitar o desempenho de funções com a máxima mobilidade, nomeadamente a prestação
de cuidados em atividade não presencial.
SECÇÃO VI
Artigo 26.º
Participação dos beneficiários
1 — Os beneficiários do SNS podem intervir nos processos de tomada de decisão que afetem
a prestação de cuidados de saúde à população, nos termos da Carta para a Participação Pública
em Saúde.
Diário da República, 1.ª série
Artigo 27.º
Participação dos municípios
Artigo 28.º
Avaliação do Serviço Nacional de Saúde
SECÇÃO VII
Artigo 29.º
Contratos para a prestação de cuidados de saúde
1 — Nos termos do n.º 1 da Base 6 da Lei de Bases da Saúde, aprovada pela Lei n.º 95/2019,
de 4 de setembro, e para além das situações previstas no Decreto-Lei n.º 23/2020, de 22 de maio,
tendo em vista a prestação de cuidados e serviços de saúde a beneficiários do SNS, quando o SNS
não tiver capacidade para a prestação de cuidados em tempo útil podem ser celebrados contratos
com entidades do setor privado e social e com profissionais em regime de trabalho independente,
condicionados à avaliação da sua necessidade.
2 — Os cuidados de saúde prestados nos termos do número anterior respeitam as normas e
princípios aplicáveis ao SNS.
Artigo 30.º
Cooperação com as entidades de apoio social e os serviços de segurança social
Artigo 31.º
Cooperação com as instituições de ensino superior e unidades de investigação
Ao SNS incumbe promover, nas unidades de saúde que o integram, consoante a respetiva
missão e, em especial, naquelas com responsabilidade de hospital com ensino universitário, as
condições adequadas ao desenvolvimento de atividades de ensino e de investigação clínica, nomea-
damente através de centros académicos clínicos, nos termos da lei e dos regulamentos internos.
Artigo 32.º
Articulação com outras entidades
CAPÍTULO III
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 33.º
Natureza jurídica
Artigo 34.º
Missão e atribuições
1 — Os ACES têm por missão garantir a prestação de cuidados de saúde primários à popu-
lação de determinada área geográfica.
2 — Para cumprir a sua missão, os ACES desenvolvem atividades de promoção da saúde e
prevenção da doença e de tratamento e acompanhamento no processo de assistência à saúde,
contribuindo para o aumento da literacia em saúde e assegurando respostas de proximidade e de
integração de cuidados.
3 — Os ACES desenvolvem, também, atividades de vigilância epidemiológica e de investigação
em saúde e participam na formação pré-graduada, pós-graduada e contínua.
Artigo 35.º
Criação
1 — A criação e a delimitação da área geográfica dos ACES são estabelecidas por diploma
próprio, ouvidos os municípios da área abrangida, sob proposta fundamentada da ARS, I. P.
2 — A delimitação geográfica dos ACES pode corresponder ao território das NUTS III, a um
agrupamento de concelhos, a um concelho ou a um conjunto de freguesias do mesmo município,
em função da combinação mais eficiente dos recursos disponíveis e, nomeadamente, dos seguintes
fatores geodemográficos:
c) A identificação, por grupo profissional, dos recursos humanos a afetar a cada ACES;
d) A denominação do ACES;
e) A identificação das instalações onde o ACES tem sede.
Artigo 36.º
Área geográfica
1 — Para fins de saúde comunitária e de apoio domiciliário, são abrangidas por cada centro de
saúde as pessoas residentes na respetiva área geográfica, ainda que temporariamente, bem como
as pessoas residentes em estruturas residenciais para pessoas idosas e outras estruturas residen-
ciais para crianças e jovens em perigo, pessoas com deficiência e/ou em situação de dependência.
2 — Para fins de cuidados personalizados, são utentes de um centro de saúde os cidadãos
que nele queiram inscrever-se, com prioridade para os residentes na respetiva área geográfica,
quando se verifique carência de recursos.
Artigo 37.º
Funcionamento
SECÇÃO II
Unidades funcionais
Artigo 38.º
Unidades funcionais
2 — Cada ACES inclui apenas uma USP e uma URAP e cada centro de saúde inclui, pelo
menos, uma USF ou UCSP e uma UCC ou serviços desta.
3 — As USF são unidades de cuidados personalizados, formadas por médicos, enfermeiros
e assistentes técnicos, com autonomia funcional e técnica, que desenvolvem a sua atividade com
base na contratualização de objetivos e que garantem aos cidadãos nelas inscritos uma carteira
básica de serviços, constando o seu regime de diploma próprio.
Diário da República, 1.ª série
4 — As UCSP são também unidades de cuidados personalizados, formadas por médicos, enfer-
meiros e assistentes técnicos, com autonomia funcional e técnica, mas não organizados em USF.
5 — As UCC são unidades de cuidados de saúde e apoio psicológico e social, com autonomia
funcional e técnica e com intervenção de âmbito domiciliário e comunitário, junto das pessoas,
famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência, atuando na edu-
cação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades
móveis de intervenção, sendo compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos,
nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas da fala e outros profissionais.
6 — Através das UCC, os ACES participam na Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados, podendo incorporar a equipa coordenadora local e constituindo a equipa de cuidados
continuados integrados, prevista no Decreto-Lei n.º 101/2006, de 6 de junho, na sua redação atual.
7 — As UCC podem ser criadas pelos municípios, mediante parecer prévio favorável do diretor
executivo do ACES e aprovação do respetivo conselho da comunidade.
8 — As UCC criadas ao abrigo do número anterior são administradas pelo município respon-
sável pela sua criação, mas mantêm-se vinculadas aos objetivos e orientações técnicas do ACES.
9 — As USP são unidades com autonomia funcional e técnica, às quais cabe a vigilância epide-
miológica, a elaboração de informações e planos no domínio da saúde pública, a gestão de programas
de intervenção no âmbito da prevenção, promoção e proteção da saúde da população e de grupos
específicos, colaborando no exercício de funções de autoridade de saúde e sendo compostas, entre
outros profissionais, por médicos de saúde pública, enfermeiros especialistas na área de enfermagem
de saúde comunitária e de saúde pública e técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica.
10 — As URAP são unidades com autonomia funcional e técnica, que prestam cuidados de
saúde e serviços de consultoria às demais unidades funcionais do ACES, promovendo a articula-
ção com os cuidados hospitalares e com outros recursos da comunidade, sendo compostas por
médicos de especialidades hospitalares, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas da
fala e ocupacionais, médicos dentistas, higienistas orais, assistentes sociais e outros profissionais
integralmente afetos à URAP, mas que repartem o seu desempenho por várias unidades funcionais.
Artigo 39.º
Coordenação das unidades funcionais
Artigo 40.º
Designação dos coordenadores
3 — O coordenador da UCC criada nos termos do n.º 7 do artigo 38.º é designado pelo pre-
sidente da câmara municipal mediante parecer prévio do diretor executivo do ACES sobre a ade-
quação do respetivo perfil técnico, em conformidade com a alínea b) do n.º 1 e atentos os critérios
preferenciais previstos no número anterior.
Artigo 41.º
Regime de exercício de funções dos coordenadores
1 — Os coordenadores são designados por um período de três anos, renovável por iguais
períodos, não implicando a sua designação a criação de cargos dirigentes ou a atribuição de remu-
nerações adicionais, sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.º 298/2007, de 22 de agosto, na
sua redação atual.
2 — Nos 90 dias seguintes à designação, o diretor executivo e o coordenador assinam uma
carta de missão na qual são definidos os objetivos, devidamente quantificados e calendarizados,
a atingir no decurso do exercício de funções.
3 — Os coordenadores exercem as funções de coordenação sem prejuízo do exercício normal
das suas funções profissionais.
4 — As funções de coordenador são incompatíveis com as de diretor executivo e de membro
do conselho clínico e de saúde do ACES.
5 — Sem prejuízo do disposto no n.º 2, no caso da UCC criada nos termos do n.º 7 do artigo 38.º,
a carta de missão é assinada pelo diretor executivo, o presidente da câmara municipal respetiva
e o coordenador.
Artigo 42.º
Cessação de funções dos coordenadores
2 — Embora designado por prazo certo, o coordenador mantém-se em funções até nova
designação, por um período máximo de 90 dias.
3 — A renúncia a que se refere a alínea c) do n.º 1 produz efeitos 30 dias após a receção da
carta pelo diretor executivo, salvo se nesse período for designado outro coordenador.
Diário da República, 1.ª série
SECÇÃO III
Órgãos
Artigo 43.º
Órgãos
a) O diretor executivo;
b) O conselho clínico e de saúde;
c) O conselho da comunidade;
d) O conselho executivo.
SUBSECÇÃO I
Artigo 44.º
Designação do diretor executivo
1 — O diretor executivo é designado pelo membro do Governo responsável pela área da saúde,
sob proposta fundamentada da Direção Executiva do SNS.
2 — O diretor executivo deve possuir licenciatura, constituindo, preferencialmente, critérios
de designação:
Artigo 45.º
Competência do diretor executivo
despesas públicas com obras e aquisição de bens e serviços, até ao limite previsto na alínea a) do
n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho, na sua redação atual;
ii) No âmbito da gestão dos recursos humanos, nomeadamente no que respeita à avaliação
do desempenho dos trabalhadores, à autorização de atividades ou funções públicas ou privadas
ou ao exercício da competência em matéria disciplinar, bem como no previsto no anexo I à Lei
n.º 2/2004, de 15 de janeiro, na sua redação atual;
iii) No âmbito da gestão de instalações e equipamentos, nomeadamente no que respeita à
utilização racional das instalações, sua manutenção, conservação e beneficiação, à promoção
da melhoria de equipamentos que constituam infraestruturas ao atendimento ou à existência de
condições de saúde, higiene e segurança no trabalho;
d) Propor ao membro do Governo responsável pela área da saúde a prática dos atos de ges-
tão do ACES para os quais não tenha competência própria ou delegada, assim como as medidas
que considere mais aconselháveis para se atingirem os objetivos e metas consagrados na lei e no
Programa do Governo;
e) Identificar as necessidades de formação específica dos trabalhadores do ACES e propor a
frequência das ações de formação consideradas adequadas ao suprimento das referidas neces-
sidades;
f) Decidir sobre a proposta de realização de estudos clínicos, nomeadamente ensaios clínicos,
ouvido o conselho clínico e de saúde e a comissão de ética competente, sem prejuízo do cumpri-
mento das demais disposições aplicáveis;
g) Organizar a estrutura interna do ACES;
h) Garantir a efetiva participação dos trabalhadores em funções públicas na preparação dos
planos e relatórios de atividades e proceder à sua divulgação e publicitação;
i) Representar o ACES.
Artigo 46.º
Artigo 47.º
Competências do conselho clínico e de saúde
a) Assegurar que todos os profissionais e unidades funcionais do ACES exercem a sua ati-
vidade tendo em vista a obtenção de ganhos em saúde, garantindo a adequação, a segurança, a
efetividade e a eficiência dos cuidados de saúde prestados, bem como a satisfação dos utentes e
dos profissionais;
b) Promover a cooperação e complementaridade entre as várias unidades funcionais;
c) Acompanhar e apoiar as equipas das diferentes unidades funcionais;
d) Assegurar a interligação técnica do ACES com outros serviços e níveis de cuidados de saúde;
e) Orientar as equipas das unidades funcionais na observância das normas técnicas emitidas
pelas entidades competentes e promover a melhoria contínua dos processos e procedimentos
assistenciais e de saúde;
f) Promover o desenvolvimento de atividades de investigação clínica e de inovação em saúde;
g) Contribuir para o desenvolvimento de uma cultura organizacional de formação, qualidade,
humanização, espírito crítico e rigor científico;
h) Propor ao diretor executivo a realização de auditorias externas ao cumprimento das orien-
tações e protocolos clínicos;
i) Apoiar o diretor executivo em assuntos de natureza técnico-profissional e de gestão clínica.
Artigo 48.º
Regime de exercício de funções
1 — O diretor executivo é designado por um período de três anos, renovável até ao limite
máximo de três renovações consecutivas, sendo substituído, nas suas faltas e impedimentos, pelo
presidente do conselho clínico e de saúde.
2 — Os membros do conselho clínico e de saúde são designados por um período de até três
anos, renovável até ao limite máximo de três renovações consecutivas, e podem ser parcialmente
dispensados do exercício das suas funções profissionais.
3 — As funções de membro do conselho clínico e de saúde são incompatíveis com as de diretor
executivo do ACES, sem prejuízo do disposto no n.º 1, e com as de coordenador de unidade funcional.
4 — O diretor executivo é equiparado, para efeitos remuneratórios, a cargo de direção superior
de 2.º grau.
5 — Ao presidente e aos vogais do conselho clínico é atribuído um suplemento remuneratório
a fixar por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da Administração Pública,
das finanças e da saúde.
Artigo 49.º
Cessação de funções
c) Por renúncia;
d) Por despacho fundamentado.
2 — Embora designados por prazo certo, o diretor executivo ou o membro do conselho clínico
e de saúde mantêm-se em funções até nova designação.
3 — A renúncia a que se refere a alínea c) do n.º 1 produz efeitos 30 dias após a receção da
carta, salvo se nesse período for designada outra pessoa para as mesmas funções.
SUBSECÇÃO II
Conselho da comunidade
Artigo 50.º
Composição e designação do conselho da comunidade
Artigo 51.º
Competência do conselho da comunidade
a) Dar parecer sobre o plano de atividades anual e plurianual do ACES e respetivo orçamento,
antes de serem aprovados;
b) Acompanhar a execução do plano de atividades, podendo, para isso, obter do diretor exe-
cutivo as informações necessárias;
c) Propor ao diretor executivo os horários de funcionamento das unidades funcionais;
Diário da República, 1.ª série
SUBSECÇÃO III
Conselho executivo
Artigo 52.º
Artigo 53.º
SECÇÃO IV
Serviços de apoio
Artigo 54.º
Serviços
Artigo 55.º
Unidade de apoio à gestão
1 — A unidade de apoio à gestão, organizada numa lógica de concentração dos serviços não
assistenciais do ACES, presta apoio administrativo e geral ao diretor executivo, ao conselho clínico
e de saúde e às unidades funcionais.
2 — A unidade de apoio à gestão recorre a outros serviços públicos, numa lógica de serviços
partilhados, para as áreas de suporte à gestão.
3 — A unidade de apoio à gestão tem um responsável, designado pelo diretor executivo do
ACES, de entre licenciados com experiência e formação preferencial nas áreas de Economia,
Direito, Gestão ou Administração e experiência na área da saúde.
Artigo 56.º
Gabinete do cidadão
a) Verificar as condições de acesso dos utentes aos cuidados de saúde, garantindo que os
horários de funcionamento dos serviços se encontram disponíveis e atualizados;
b) Informar os utentes dos seus direitos e deveres como utilizadores dos cuidados de saúde
primários;
c) Receber observações, sugestões e reclamações dos utentes relativas aos cuidados pres-
tados e responder às mesmas;
d) Verificar regularmente o grau de satisfação dos utentes do ACES, nos termos definidos
pela Direção Executiva do SNS.
Instrumentos de gestão
Artigo 57.º
Instrumentos de gestão
Artigo 58.º
Contrato-programa
SECÇÃO VI
Artigo 59.º
Receitas
1 — O ACES dispõe das receitas provenientes de dotações que lhe sejam atribuídas no
Orçamento do Estado.
2 — O ACES dispõe ainda das seguintes receitas próprias:
Artigo 60.º
Despesas
Artigo 61.º
Património
SECÇÃO VII
Artigo 62.º
CAPÍTULO IV
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 63.º
Natureza jurídica
Artigo 64.º
Missão e atribuições
Artigo 65.º
Princípios
SECÇÃO II
Regime jurídico
Artigo 66.º
Regime
Artigo 67.º
3 — Compete aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde:
SECÇÃO III
Órgãos
Artigo 68.º
Órgãos
a) O conselho de administração;
b) O conselho fiscal, um revisor oficial de contas ou uma sociedade de revisores oficiais de
contas; ou
c) O fiscal único; e
d) O conselho consultivo.
a) O conselho diretivo;
b) O fiscal único; e
c) O conselho consultivo.
SUBSECÇÃO I
Órgãos de administração
Artigo 69.º
Conselho de administração
a) Um presidente;
b) Um máximo de quatro vogais executivos, em função da dimensão e complexidade do
estabelecimento de saúde, E. P. E., incluindo um diretor clínico, um enfermeiro-diretor e um vogal
proposto pelo membro do Governo responsável pela área das finanças.
a) Um presidente;
b) Um máximo de cinco vogais executivos, incluindo até dois diretores-clínicos, um enfermeiro-
-diretor, um vogal proposto pelo membro do Governo responsável pela área das finanças e um vogal
proposto pela Comunidade Intermunicipal, ou pela Área Metropolitana, consoante a localização do
estabelecimento de saúde, E. P. E., em causa.
Artigo 70.º
Conselho diretivo
a) Um presidente;
b) Um máximo de três vogais executivos, incluindo um diretor clínico e um enfermeiro-diretor.
Artigo 71.º
Competências do conselho de administração e do conselho diretivo
Artigo 72.º
Presidente do conselho de administração e presidente do conselho diretivo
Artigo 73.º
Diretor clínico
a) Coordenar a elaboração dos planos de ação apresentados pelos vários serviços e depar-
tamentos de ação médica e, no caso do estabelecimento de saúde, E. P. E., que assuma a forma
de ULS, igualmente pelas unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários, a
integrar no plano de ação global do estabelecimento;
b) Assegurar uma integração adequada da atividade médica dos serviços e departamentos,
e, no caso do estabelecimento de saúde, E. P. E., que assuma a forma de ULS, igualmente das
unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários;
c) Propor medidas necessárias à melhoria das estruturas organizativas, funcionais e físicas
dos serviços de ação médica e, no caso do estabelecimento de saúde, E. P. E., que assuma a
forma de ULS, igualmente das unidades funcionais de prestação de cuidados de saúde primários,
dentro de parâmetros de eficiência e eficácia reconhecidos, que produzam os melhores resultados
face às tecnologias disponíveis;
Diário da República, 1.ª série
Artigo 74.º
Enfermeiro-diretor
Artigo 75.º
Funcionamento do conselho de administração e do conselho diretivo
Artigo 76.º
Vinculação
Artigo 77.º
Estatuto dos membros
Artigo 78.º
Dissolução
1 — Para além das situações previstas no n.º 1 do artigo 24.º do Estatuto do Gestor Público,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, na sua redação atual, o conselho de admi-
nistração pode ser dissolvido em caso de grave deterioração da qualidade dos serviços prestados,
quando não for provocada por razões alheias ao exercício das funções dos gestores.
2 — O conselho diretivo pode ser dissolvido por despacho do membro do Governo responsável
pela área da saúde nos termos da lei-quadro dos institutos públicos, aprovada pela Lei n.º 3/2004,
de 15 de janeiro, na sua redação atual.
SUBSECÇÃO II
Órgãos de fiscalização
Artigo 79.º
Conselho fiscal e revisor oficial de contas
Artigo 80.º
Competências do conselho fiscal e do revisor oficial de contas
a) Verificar da regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem
de suporte;
b) Verificar, quando o julgue conveniente e pela forma que entenda adequada, a extensão da
caixa e as existências de qualquer espécie de bens ou valores pertencentes à empresa ou por ela
recebidos em garantia, depósito ou outro título;
c) Verificar a exatidão dos documentos de prestação de contas;
d) Verificar se os critérios valorimétricos adotados pelo hospital, E. P. E., conduzem a uma
correta avaliação do património e dos resultados.
Diário da República, 1.ª série
4 — Com base nos relatórios trimestrais elaborados pelo conselho de administração, o conselho
fiscal e o revisor oficial de contas devem emitir um relatório sucinto que reflita os controlos efetua-
dos e as eventuais anomalias detetadas, bem como os eventuais desvios verificados em relação
aos orçamentos e a identificação das respetivas causas, o qual deve ser enviado aos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde.
5 — Com base na proposta de plano de atividades e orçamento apresentada pelo conselho de
administração, o conselho fiscal e o revisor oficial de contas devem emitir um relatório e parecer, o
qual deve ser enviado aos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde.
Artigo 81.º
Fiscal único
4 — O mandato do fiscal único tem a duração de três anos, renovável apenas uma vez.
5 — O fiscal único tem um suplente, que observa o disposto nos números anteriores.
6 — Cessando o mandato, o fiscal único mantém-se em exercício de funções até à designação
de novo titular ou à declaração ministerial de cessação de funções.
7 — A remuneração do fiscal único é fixada no despacho a que se refere o n.º 2, atendendo
ao grau de complexidade e de exigência inerente ao exercício do respetivo cargo, sendo que:
Artigo 82.º
Competências do fiscal único
a) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem
de suporte;
b) Dar parecer sobre o relatório de gestão do exercício e certificar as contas;
c) Acompanhar com regularidade a gestão através de balancetes e mapas demonstrativos da
execução orçamental;
Diário da República, 1.ª série
SUBSECÇÃO III
Órgãos de consulta
Artigo 83.º
Composição do conselho consultivo
Artigo 84.º
Competências do conselho consultivo
Artigo 85.º
Funcionamento do conselho consultivo
1 — O conselho consultivo reúne, pelo menos, uma vez por trimestre e as suas delibera-
ções são tomadas por maioria simples e constam de ata, tendo o presidente voto de qualidade.
2 — As reuniões são convocadas pelo presidente com a antecedência mínima de cinco dias
úteis, devendo ser indicados na convocatória a data, a hora e o local em que se realizam, bem
como a respetiva ordem de trabalhos.
3 — As demais regras de funcionamento do conselho consultivo são definidas em regulamento
próprio, o qual deve incluir a previsão da substituição dos seus membros em situações de falta ou
impedimento.
SECÇÃO IV
Artigo 86.º
Serviço de auditoria interna
6 — Os técnicos que integrem o serviço de auditoria interna devem possuir formação superior
adequada ao exercício das suas funções.
7 — Não pode ser recrutado como auditor interno ou técnico do serviço de auditoria interna
quem tenha exercido funções de administração no próprio estabelecimento de saúde, nos últimos
três anos, ou em relação ao qual se verifiquem outras incompatibilidades e impedimentos previstos
na lei, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 414.º-A do Código
das Sociedades Comerciais.
8 — O auditor interno exerce as respetivas funções a tempo inteiro, de acordo com as normas
internacionais para a prática profissional de auditoria interna e gestão de riscos.
9 — O conselho de administração comunica à ACSS, I. P., à Direção-Geral do Tesouro e
Finanças, à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e à Inspeção-Geral de Finanças (IGF)
a identidade do auditor interno e as datas de início e termo de funções.
10 — O conselho diretivo comunica à ACSS, I. P., à IGAS e à IGF a identidade do auditor
interno e as datas de início e termo de funções.
11 — A não renovação ou a cessação antecipada de funções do auditor interno ocorrem por
deliberação fundamentada do conselho de administração ou do conselho diretivo, precedida de
comunicação ao membro do Governo responsável pela área da saúde, ou de quem detenha pode-
res delegados para o efeito.
12 — A retribuição mensal ilíquida do auditor interno, incluindo suplementos remuneratórios,
não pode ser superior a 85 % do vencimento mensal ilíquido estabelecido para o vogal do conselho
de administração ou conselho diretivo, consoante o caso.
13 — O plano anual de auditoria e o relatório anual de auditoria são aprovados e submetidos
pelo conselho de administração ou conselho diretivo às entidades referidas no n.º 9, respetivamente,
até 15 de dezembro e 15 de março de cada ano.
14 — O plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas e os respetivos relatórios
anuais de execução são aprovados e submetidos pelo conselho de administração ou conselho
Diário da República, 1.ª série
Artigo 87.º
a) Um desempenho eficiente da atividade que assegure a utilização eficaz dos ativos e recur-
sos, a continuidade, segurança e qualidade da prestação de cuidados de saúde, através de uma
adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da prudente e correta avaliação dos ativos e
responsabilidades, bem como da definição de mecanismos de prevenção e de proteção do serviço
público contra atuações danosas;
b) A existência de informação financeira e de gestão que suporte as tomadas de decisão e os
processos de controlo, tanto no nível interno como no externo;
c) O respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis, bem como pelas normas
profissionais e deontológicas aplicáveis, pelas regras internas e estatutárias, regras de conduta
e de relacionamento, orientações da tutela e recomendações aplicáveis de entidades externas,
como o Tribunal de Contas.
3 — O sistema de controlo interno tem por base um adequado sistema de gestão de risco,
um sistema de informação e de comunicação e um processo de monitorização que assegure a
respetiva adequação e eficácia em todas as áreas de intervenção.
4 — Mediante proposta do serviço de auditoria interna, deve ser aprovado pelo conselho de
administração do estabelecimento de saúde, E. P. E., ou pelo conselho diretivo do estabelecimento
de saúde, S. P. A., um regulamento que defina as regras e procedimentos de comunicação interna
de irregularidades, através do qual possam ser descritos factos que indiciem:
SECÇÃO V
Artigo 88.º
Comissões e serviços de apoio técnico
1 — As comissões e serviços de apoio técnico têm caráter consultivo e por função colaborar
com o órgão de administração do estabelecimento de saúde, por sua iniciativa ou a pedido daquele,
nas matérias da sua competência.
2 — Em cada estabelecimento de saúde, E. P. E., ou estabelecimentos de saúde, S. P. A.,
são constituídas:
a) A comissão de ética;
b) A comissão de farmácia e terapêutica;
c) A comissão de humanização;
d) A comissão de integração de cuidados de saúde;
e) A comissão de qualidade e segurança do doente;
f) O grupo de coordenação local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de
Resistência aos Antimicrobianos;
g) O gabinete do cidadão.
3 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, o órgão de administração pode criar outras
comissões e serviços de apoio técnico que, nos termos da lei, da atividade do hospital e da legis artis
se justifiquem, devendo a sua estrutura, composição e funcionamento constar do regulamento interno.
4 — Compete ao órgão de administração a designação do presidente e dos membros das
comissões e serviços de apoio técnico, que, no caso da alínea d) do n.º 2, devem integrar, pelo
menos, dois profissionais designados pelo ACES de referência.
SECÇÃO VI
Estrutura organizacional
Artigo 89.º
Unidades funcionais, serviços e departamentos do estabelecimento de saúde
Artigo 90.º
Centros de Responsabilidade Integrados
Artigo 91.º
Constituição e funcionamento dos Centros de Responsabilidade Integrados
Artigo 92.º
Centros de Referência
SECÇÃO VII
SUBSECÇÃO I
Regime financeiro
Artigo 93.º
Financiamento
a) A atividade contratada;
b) Os objetivos e as metas qualitativas e quantitativas;
c) A calendarização das metas referidas na alínea anterior;
d) Os meios e instrumentos para prosseguir os objetivos, designadamente de investimento;
e) Os indicadores para avaliação do desempenho dos serviços e do nível de satisfação dos
utentes e as demais obrigações assumidas pelas partes, tendo como referencial os preços prati-
cados no mercado para os diversos atos clínicos.
SUBSECÇÃO II
Artigo 94.º
Regime orçamental e financeiro
Artigo 95.º
Reservas e fundos
a) Reserva legal;
b) Reserva para investimentos.
2 — Uma percentagem não inferior a 20 % dos resultados de cada exercício, apurado de acordo
com as normas contabilísticas vigentes, é destinada à constituição da reserva legal.
Diário da República, 1.ª série
3 — A reserva legal pode ser utilizada para cobrir eventuais prejuízos de exercício.
4 — Integram a reserva para investimentos, entre outras receitas:
a) A parte dos resultados apurados em cada exercício que lhe for anualmente destinado;
b) As receitas provenientes de comparticipações, dotações, subsídios, subvenções ou quais-
quer compensações financeiras de que o estabelecimento de saúde, E. P. E., seja beneficiário e
destinadas a esse fim.
Artigo 96.º
Contabilidade
Artigo 97.º
Documentos anuais de prestação de contas
SUBSECÇÃO III
Recursos humanos
Artigo 98.º
Trabalhadores
Artigo 99.º
Processos de recrutamento
Artigo 100.º
Regime transitório dos trabalhadores com vínculo de emprego público
Artigo 101.º
Opção pelo contrato de trabalho
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 100.º, o regime de proteção social dos trabalha-
dores das entidades públicas empresariais integradas no SNS é o regime geral da segurança social.
2 — O pagamento das contribuições a título de entidade empregadora, para a Caixa Geral
de Aposentações, I. P., dos trabalhadores que, nos termos do artigo 100.º, não tenham optado
pelo regime do contrato de trabalho e que mantenham o regime de proteção social convergente é
assegurado pelo estabelecimento de saúde, E. P. E.
3 — Aos trabalhadores abrangidos pelo número anterior integrados no regime de proteção social
convergente é aplicável o Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de novembro, na sua redação atual.
CAPÍTULO V
Disposições finais e transitórias
Artigo 103.º
Alterações legislativas e regulamentares
1 — São aprovadas, no prazo de 180 dias a contar da data de entrada em vigor do presente
decreto-lei, as alterações legislativas e regulamentares necessárias à sua execução, designada-
mente quanto a:
Artigo 104.º
Norma transitória
Artigo 105.º
Norma revogatória
Artigo 106.º
Entrada em vigor e produção de efeitos
Publique-se.
ANEXO I
Capital estatutário
Designação Sede
(euros)
Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E. P. E. . . . . . . . Av. Movimento das Forças Armadas, Barreiro 105 180 000,00
Centro Hospitalar de Entre o Douro e Rua Dr. Cândido de Pinho, Santa Maria da 32 740 000,00
Vouga, E. P. E. Feira.
Centro Hospitalar de Leiria, E. P. E. . . . . . . . . . . . . Rua das Olhalvas, Pousos, Leiria . . . . . . . . . . 36 349 150,00
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E. P. E. . . . . Estrada do Forte do Alto do Duque, Lisboa.. . . 156 100 000,00
Centro Hospitalar de Setúbal, E. P. E. . . . . . . . . . . . Rua Camilo Castelo Branco, Setúbal . . . . . . . . 230 261 419,00
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Av. da Noruega, Lordelo, Vila Real. . . . . . . . . . 69 100 000,00
Douro, E. P. E.
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/ Rua Conceição Fernandes, Vila Nova de 80 400 000,00
Espinho, E. P. E. Gaia.
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E. P. E. . . . . . . . Av. Artur Ravara, Aveiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106 000 000,00
Centro Hospitalar do Médio Ave, E. P. E. . . . . . . . . . Largo Domingos Moreira, Santo Tirso . . . . . . . 46 800 000,00
Centro Hospitalar do Médio Tejo, E. P. E. . . . . . . . . Av. Maria de Lurdes Melo e Castro, Tomar. . . . 95 100 000,00
Centro Hospitalar do Oeste, E. P. E. . . . . . . . . . . . . Rua Diário de Notícias, Caldas da Rainha . . . . 7 000 000,00
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, E. P. E. Avenida do Hospital Padre Américo, Guilhufe 64 290 000,00
Centro Hospitalar e Universitário de Av. Bissaya Barreto, Praceta Prof. Mota Pinto, 138 550 000,00
Coimbra, E. P. E. Coimbra.
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Largo da Misericórdia, Póvoa de Varzim . . . . . 38 100 000,00
Conde, E. P. E.
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E. P. E. . . . . . . . . Av. Rei D. Duarte, Viseu . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 540 000,00
Centro Hospitalar Universitário da Cova da Quinta do Alvito, Covilhã . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 300 000,00
Beira, E. P. E.
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Rua José António Serrano, Lisboa . . . . . . . . . . 259 160 000,00
Central, E. P. E.
Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Av. Professor Egas Moniz, Lisboa . . . . . . . . . . 312 440 000,00
Norte, E. P. E.
Centro Hospitalar Universitário de S. João, E. P. E. Alameda Professor Hernâni Monteiro, Porto 152 500 000,00
Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E. P. E. Rua Leão Penedo, Faro . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 000 000,00
Centro Hospitalar Universitário do Porto, E. P. E. . . Largo Professor Abel Salazar, Porto . . . . . . . . 171 527 410,00
Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, E. P. E. R. dos Cutileiros, Creixomil, Guimarães . . . . . 72 700 000,00
Hospital de Braga, E. P. E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sete Fontes, São Vítor, 4710-243 Braga . . . . . 4 000 000,00
Hospital de Loures, E. P. E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Av. Carlos Teixeira, 3, Loures . . . . . . . . . . . . . . 4 000 000,00
Hospital de Magalhães Lemos, E. P. E. . . . . . . . . . R. Prof. Álvaro Rodrigues, Aldear, Porto . . . . . 20 050 000,00
Hospital de Santa Maria Maior, E. P. E. . . . . . . . . . . Campo da República, Barcelos . . . . . . . . . . . . 25 000 000,00
Hospital de Vila Franca de Xira, E. P. E. . . . . . . . . . Estrada Carlos Lima Costa, 2, Povos, 2600-009 4 000 000,00
Vila Franca de Xira.
Hospital Distrital da Figueira da Foz, E. P. E.. . . . . . Gala, Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 100 000,00
Hospital Distrital de Santarém, E. P. E. . . . . . . . . . . Av. Bernardo Santareno, Santarém . . . . . . . . . 69 470 000,00
Hospital do Espírito Santo de Évora, E. P. E. . . . . . Largo do Sr. da Pobreza, Évora . . . . . . . . . . . 40 280 000,00
Hospital Garcia de Orta, E. P. E. . . . . . . . . . . . . . . . Av. Torrado da Silva, Almada . . . . . . . . . . . . . . 140 780 000,00
Hospital Professor Doutor Fernando IC 19, Amadora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45 568 990,00
Fonseca, E. P. E.
Instituto Português de Oncologia de Coimbra Fran- Av. Bissaya Barreto, 98, Coimbra . . . . . . . . . . 27 000 000,00
cisco Gentil, E. P. E.
Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco R. Prof. Lima Basto, Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . 66 900 000,00
Gentil, E. P. E.
Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco R. Dr. António Bernardino de Almeida, Porto . . . 52 964 286,00
Gentil, E. P. E.
Unidade Local de Saúde da Guarda, E. P. E. . . . . . Avenida da Rainha D. Amélia, Guarda. . . . . . . 44 311 549,00
Unidade Local de Saúde de Castelo Avenida de Pedro Álvares Cabral, Castelo 16 200 000,00
Branco, E. P. E. Branco.
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E. . . Rua Dr. Eduardo Torres, Senhora da Hora, 50 200 000,00
Matosinhos.
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E. P. E. Estrada de Santa Luzia, Viana do Castelo. . . . 69 860 000,00
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E. P. E. Rua do Dr. António Fernando Covas Lima, 88 400 000,00
Beja.
Unidade Local de Saúde do Litoral Monte do Gilbardinho, EN 261, Santiago do 20 100 000,00
Alentejano, E. P. E. Cacém.
Unidade Local de Saúde do Nordeste, E. P. E. . . . . Avenida do Abade do Baçal, Bragança . . . . . . 73 940 000,00
Unidade Local de Saúde do Norte Avenida de Santo António, Portalegre . . . . . . . 35 920 000,00
Alentejano, E. P. E.
Diário da República, 1.ª série
ANEXO II
Designação Sede
Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro — Rovisco Pais . . . . . Quinta da Fonte Quente, Tocha.
Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Av. do Brasil, Lisboa.
Hospital Arcebispo João Crisóstomo — Cantanhede. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R. Padre Américo, Cantanhede.
Hospital Dr. Francisco Zagalo — Ovar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Av. Dr. Nunes da Silva, Ovar.
Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tv. Larga, 2, Lisboa.
115575615
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