Fichário 1
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Índice de Aulas
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
AULA TEÓRICA 01
Título: Boas Práticas de Laboratório (BPL) e Documentação da Qualidade Cartilha A
+ IMPORTANTE:
O produto do Controle de Qualidade é o LAUDO (o produto farmacêutico é o produto do setor da produção).*
Então o produto que o setor de CQ possuí é um SERVIÇO analítico prestado que se transcreve em um LAUDO. As
BPL objetivam permitir a geração de um LAUDO FIDEDIGNO com a realidade da qualidade do produto,
EVITANDO FALTO NEGATIVO OU FALSO POSITIVO. * Mesmo sendo da mesma empresa, e tendo objetivos
comuns, o controle de qualidade fiscaliza a produção.
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Ferramentas Pegagógicas que disponibilizamos para alcançar o APRENDIZADO deste conteúdo:
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
CARTILHA A
Título: Documentação da Qualidade Cartilha A
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Permite que matérias primas fora das especificações não sejam processadas (DEVOLUÇÃO ao FORNECEDOR) e
Permite que produtos fora das especificações não sejam vendidos (RETRABALHO ou INCINERAÇÃO)
IMPACTO NO PRESENTE
Chama-se de POLÍTICA DE QUALIDADE às orientações e objetivos gerais de qualidade expressados pela Direção
e formalizados em um documento escrito. A política de qualidade define assim as orientações e os desafios a serem
seguidos em termos de satisfação dos beneficiários. Através da definição deste documento, a organização passa a
ter uma estrutura para um melhor entendimento da qualidade para analisar de forma crítica os seus objetivos.
OBJETIVOS DA QUALIDADE podem ser definidos como os alvos que a organização vislumbra no que diz respeito à
qualidade. Estes objetivos precisam estar perfeitamente alinhados com a política de qualidade definida e direcionado
a um processo de melhoria cíclica e contínua. Os objetivos devem ser bem definidos e mensuráveis. Objetivos em
que não existem medidas para avaliação não devem ser considerados. Alem disso, objetivos devem ser atingíveis.
Os SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) tem o objetivo de verificar todos os processos da empresa e
como esses processos podem melhorar a qualidade dos produtos e serviços frente aos clientes. Nestes sistemas se
utilizam as FERRAMENTAS DA QUALIDADE que possibilitam a tomada de decisões de forma segura, pois, através
das ferramentas utilizadas, o gestor poderá verificar os indicadores de desempenho da empresa.
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
FERRAMENTAS DA QUALIDADE são técnicas que se podem utilizar com a finalidade de definir, mensurar, analisar
e propor soluções para problemas que eventualmente são encontrados e interferem no bom desempenho dos
processos de trabalho.
A empresa poderá apenas implementar o sistema e melhorar os processos, mas para que o resultado seja
reconhecido publicamente, será necessário que outra empresa especializada em auditoria de gestão da qualidade
faça esse servico (BPF é audutado pela ANVISA, ISO é auditado pelo INMETRO). Assim, se obtem um
CERTIFICADO DA QUALIDADE.
Para a aplicação das técnicas classificadas como FERRAMENTAS DA QUALIDADE é necessário mensurar a
qualidade do produto e/ou service e o rendimento dos processos, para isso é necessário a utilização de MÉTODOS
DE CONTROLE DE QUALIDADE (medidas manuais ou instrumentais).
Controle de Qualidade:
para ISO: norma ABNT ISO IEC 17025 / 2010 (ABNT)
Requisitos Gerais para a competencia de laboratórios de ensaio e calibração
para BPF: norma RDC 17 / 2010 (ANVISA) BPF para INDUSTRIA DE MEDICAMENTOS
norma RDC 67 / 2007 (ANVISA) BPM para Farmácia de Manipulação
norma RDC 48 / 2013 (ANVISA) BPF para INDUSTRIA de Cosmeticos
ANVISA referencia:
Farmacopeia Brasileira VIGENTE
Outras Farmacopeias reconhecidas pela ANVISA
RDCs, REs, Portarias e Guias da ANVISA que tenham relação com CQ
• DEFINIR o que é um LABORATÓRIO REBLAS e porquê ele tem certificação pelo Sistema ISO e não pelo BPF.
• Toda área REGULADA precisa ter um tipo de CERTIFICAÇÃO
= Ferramentas
da Qualidade
Objetivos da
Qualidade =
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
Carta Controle, Histograma, Diagrama de Pareto e Diagrama de Dispersão: Ideais para Controle em Processo e
Controle de Qualidade. São adequados para monitorar resultados e suas variações.
Diagrama de Ishikawa: Ideal para investigações (analisa Causa e Efeito): FDE (investigaçãoo Fora da Especificação),
Tratamento de Não Conformidades. Inspeções e Auditorias.
Fluxograma e Folha de Verificação: São ideais para ilustrar / lembrar de ações descritas em documentos, evitando
assim que DESVIOS / ERROS ocorram.
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
BPF
ANVISA Documento Documento
RDC 17/2010 = Sistema ISO Guia do ICH Guia do ICH
Quase implementado
Em desenvolvimento
Em desenvolvimento
Em desenvolvimento
PERGUNTAS:
• que é ICH?
• Qual é a relação do ICH com o FDA?
• A ANVISA tem relação com o ICH ou o FDA?
• Quais são as principais diferenças sobre o estilo de legislação / viscalização da ANVISA e o FDA?
• Quais são as principais diferenças entre o Sistema de Qualidade de BPF e o da ISO?
• Porque as BPF da ANVISA ainda não estão completamente implementadas como as do FDA?
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
Sub-Sistemas de Gestão
Sistema de Gestão
8. Higiene Pessoal
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
RDC ou ISO
+ Abrangente
DQ – Documento da Qualidade
POP CQ 01
Métodos Gerais POP CQ 02
01.01 F. Brasileira Monografias
01.02 F. USP 02.01 CQ Matéria-Prima
DISCUTIR SOBRE: 01.03 F. Eutropeia 02.02 CQ Produto-Acabado
02.03 CQ Material Emabalegm
• Controle do documento (versão eletrônica)
• Controle da Cópia original (assinada)
• Controle de distruição de cópia física (CÓPIA CONTROLADA)
• Cópia não controlada
• Cópia obsoleta ......
• Histórico de Versões no Documento
DQ RQ
CQ CQ
HIERARQUIA DO SISTEMA DA QUALIDADE
MANUAL DA QUALIDADE (MQ): Documento que demonstra o desdobramento da Política da Qualidade e descreve
em linhas gerais como a empresa implementa o Sistema da Qualidade em conformidade com o Padrão Normativo
BPF e/ou ISO-9001.
PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE (PQ): São documentos que fixam condições e ações padronizadas adotadas
em todas as fases diretas ou indiretas da prestação de serviços.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POP): São documentos que fixam condições e ações padronizadas
adotadas em todas as fases diretas e indiretas do desenvolvimento de uma ação ou serviço. Padronizam as
atividades que dizem respeito somente às atividades realizadas no âmbito de um departamento sem afetar os
demais.
REGISTROS DA QUALIDADE (RQ): São documentos que evidenciam o cumprimento de requisitos especificados. A
definição destes registros e a sistemática de tratamento e rastreabilidade dos mesmos.
DOCUMENTOS DA QUALIDADE (DQ): Todos os outros documentos que afetam a Qualidade e que estão
relacionados com o Sistema de Gestão da Qualidade da devem ter um sistema de controle de distribuição,
atualização e arquivamento.
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Cartilha A: Documentação da Qualidade
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS
A lista abaixo consta documentos obrigatórios para farmácias de manipulação e industrias:
Documento INTERNO
Sem tomada de ação CORRETIVA IMEDIATA
VERIFIÇÃO
CERTIFICAÇÃO DE CALIBRAÇÃO
CERTIFICAÇÃO - EXTERNO
EQUIPAMENTOS
PESSOAS
QUALIFICAÇÃO UTILIDADES (SISTEMAS)
ÁREAS CONTROLADAS
FORNECEDOR
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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
POP 01
Título: ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
1. OBJETIVO
Estabelecer procedimentos para a criação de Procedimentos Operacionais Padrão do NCQMC
2. RESPONSÁVEIS
Garantia da Qualidade.
3. DOCUMENTOS RELACIONADOS
NA (Não se aplica).
4. REFERÊNCIA
ISO 9001:2008
5. DEFINIÇÕES
POP – Procedimento Operacional Padrão
Arial – Estilo de letra do programa Windows
6. PROCEDIMENTO OPERACIONAL
6.1. A capa de todo POP do NCQMC deve ser composta por: Cabeçalho e Rodapé
6.2 Cabeçalho:
6.2.1 Formatar o cabeçalho do POP em estilo de letra Arial, tamanho 10, centralizada, em caixa alta e em negrito,
conforme modelo abaixo:
6.3 Os POPS e quaisquer outros documentos receberão uma numeração com 04 dígitos, da seguinte maneira:
6.4 XXYY- sendo XX – código do enquadramento do documento na ISO 9001, e YY numeração sequencial sob
controle do Setor que o elaborou;
01- Administração
02- Recursos Humanos
03 - Manutenção
04 - Infraestrutura
05 - Armazenamento e Distribuição
06 - Garantia de Qualidade
07 - Controle de Qualidade
08 - Produção
6.6 Elaboração de POP é realizada por Setor, logo deve iniciar pela numeração do Setor que o criou e
posteriormente pela ordem sequencial de documentos gerados, podendo existir o POP.XX07.001, o RQ.XX07.001 e
DQ.XX07.001;
6.8 Na coluna central constar por extenso o tipo do documento (Procedimento Operacional Padrão) e logo abaixo o
nome do documento;
6.9 Na coluna direita constar a codificação do documento, composta por sigla do documento (POP), o código do
setor/área de origem documento, separado por hífem, o número da revisão do documento (REV XX), o nome por
extenso do setor emitente do documento, o número de página atual e o número de página que o documento contém;
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POP 01: ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
6.10.1 Abaixo do cabeçalho deve constar o quadro de assinaturas, dividido em três colunas, de tal forma que
estejam dispostos:
6.11.1 No rodapé da capa e nas demais folhas integrantes do documento constar a observação de status do POP,
escrito em estilo Arial, tamanho 10, em caixa alta e em negrito, como segue no exemplo abaixo:
6.11.7 Onde:
• No campo esquerdo conter a sigla do documento, separada do código do setor de origem do documento por
um hífen, o número do documento e o número da revisão (REV XX);
• No campo direito conter a paginação do documento da seguinte forma: PÁGINA X de Y;
• Formatar em estilo Arial, tamanho 10, em caixa alta e em negrito.
6.12 Conteúdo:
6.12.2 Preceder os títulos de numeração e formatar em estilo Arial, tamanho 12, justificado, em caixa alta e em
negrito;
6.12.3 Iniciar a narrativa da seção duas linhas abaixo do título da seção, justificada e alinhada com o mesmo, em
letra minúscula, estilo Arial, tamanho 10, 11 ou 12;
6.12.4 Utilizar uma linguagem clara e objetiva, de modo a ser bem entendida por todos;
6.12.5 Quando houver subtópicos, preceder de numeração, escrever com a primeira letra da sentença maiúscula, e
dispor o texto com marcadores.
6.13.1O item de REVISÕES EFETUADAS deve estar situado na última página do documento, devendo ser composto
por um quadro com a estrutura mostrada abaixo:
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POP 01: ELABORAÇÃO DE PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
6.13.4 Na terceira coluna, o prazo para a próxima revisão. Este prazo deve ser de 24 meses, porém pode ser
realizada antes deste período quando necessário;
6.13.5 Na quarta coluna a alteração realizada, se foi “EMISSÃO” ou “REVISÃO”, no caso de alteração mencionar o
item alterado;
6.13.6 Os títulos da primeira linha devem estar em negrito, tamanho 10, 11 ou 12, estilo Arial, centralizada e em caixa
alta. As informações contidas nas demais linhas devem estar com a primeira letra da sentença em maiúsculo,
tamanho 10,11 ou 12, estilo Arial e centralizado.
7 REVISÕES EFETUADAS
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NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
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MATERIAL COMPLEMENTAR 01
Título: MATERIAL COMPLEMENTAR: GUIA 8/2017
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NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
POP 02
Título: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
1. OBJETIVO
Estabelecer uma forma para a abertura, classificação, identificação, investigação e tratamento de não conformidades,
de forma a evitar que produtos e serviços não conformes sejam utilizados ou aplicados no processo produtivo, bem
como, viabilizar formas de documentar a aplicação de ações corretivas e preventivas, evitando reincidências.
2. APLICAÇÃO
Aplica-se a todo e qualquer desvio de qualidade que possa ter impacto nas Boas Práticas de Fabricação (BPF),
ocasionando desvio em matéria-prima, máquina, medida, mão de obra, meio ambiente, método, produto, etc.
3. ÁREAS ENVOLVIDAS
• Administrativo
• Almoxarifado e Expedição
• Assuntos Regulatórios
• Controle de Qualidade
• Engenharia e Manutenção
• Garantia da Qualidade
• Limpeza
• Marketing
• Meio Ambiente
• Pesquisa e Desenvolvimento Analítico
• Pesquisa e Desenvolvimento Farmacotécnico
• Programação e Controle de Produção
• SAC e Farmacovigilância
• Segurança do Trabalho
• Suprimentos
• Tecnologia da Informação
• Alimentos: Garantia da Qualidade - Produção
• Alimentos: Fracionamento e Pesagem
• Alimentos: Produção
• Alimentos: Produção – Embalagem Secundária
• Medicamentos: Garantia da Qualidade - Produção
• Medicamentos: Fracionamento e Pesagem
• Medicamentos: Produção - Embalagem Secundária
• Medicamentos: Produção – Líquidos e Semissólidos
• Medicamentos: Produção – Sólidos
4. RESPONSABILIDADES
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5. PROCEDIMENTO
5.1.1 Ação Corretiva (AC): ação adotada para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou outra
situação indesejável.
5.1.2 Ação Preventiva (AP): ação adotada para eliminar a causa de uma potencial não conformidade ou outra
potencial situação indesejável.
5.1.3 Boas Práticas de Fabricação (BPF): abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas a fim de
garantir a qualidade e a conformidade dos produtos.
5.1.4 Não Conformidades (NC): qualquer evento que represente um afastamento ou não atendimento dos parâmetros
de qualidade estabelecidos por normas de BPF, Procedimentos Operacionais Padrão (POP), instruções de
fabricação, legislações, limites estabelecidos para um produto ou processo, ou que represente uma tendência ao
desvio da qualidade, bem como, desvios oriundos do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
5.1.5 Plano de Ação: é o planejamento capaz de orientar as diversas ações a serem implementadas; serve como
referência para as decisões, permitindo que seja feito o acompanhamento do desenvolvimento do projeto.
5.3.1 Quando detectado um desvio de qualidade ou uma situação que possa ocasionar um desvio ou um
descumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF), preencher o registro R1–GQ.XX.XXX (Não Conformidade -
Abertura) e encaminhar imediatamente para a garantia da qualidade.
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5.3.3.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade do responsável pela abertura da NC, com a conferência
da Garantia da Qualidade, podendo ser classificado nas seguintes classes:
5.3.3.1.3 NÃO CONFORMIDADE EXTERNA – CLIENTE: não conformidades detectadas por clientes externos. Ex:
reclamação de clientes recebidas via SAC, via setor comercial, etc.
5.3.4.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade da garantia da qualidade, no momento que recebe a não
conformidade.
5.3.4.2.1.1 O sistema de codificação das não conformidades externas fornecedor e cliente serão compostas por 09
dígitos alfanuméricos que apresentarão o seguinte formato:
5.3.4.2.1.2 As três letras iniciais (A) designam o tipo de não conformidade, sendo identificadas da seguinte maneira:
5.3.4.2.1.3 Os três números seguintes (B) são números sequenciais dados ao RNC conforme a ordem de abertura
dos registros por tipo de classificação.
5.3.4.2.1.4 Os dois números finais (C) designam o ano em que o RNC foi aberto.
5.3.4.2.2 A codificação das não conformidades internas será composta por 13 dígitos alfanuméricos e apresenta o
seguinte formato:
5.3.4.2.2.1 As três letras iniciais (A) designam a sigla de não conformidade interna.
5.3.4.2.2.2 As duas letras seguintes (B) indicam a área em que a não conformidade foi gerada.
5.3.4.2.2.2.1 A seguir estão relacionados as áreas onde os RNC poderão ser classificados:
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5.3.4.2.3 Os três dígitos (C) são números sequenciais dados ao RNC conforme a ordem de abertura dos registros,
por área.
5.3.4.2.4 Os dois últimos números (D) designam o ano que foi aberto o RNC
5.3.5.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade do colaborador que abriu a não conformidade.
5.3.5.2 N° REGISTRO: é o número que consta no crachá do colaborador responsável pela abertura da não
conformidade.
5.3.6.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade do colaborador que abriu a não conformidade.
5.3.6.3 EVIDÊNCIA DA NÃO CONFORMIDADE: algum documento, foto e/ou amostra que evidencie o desvio
encontrado. Caso não tenha evidências, preencher o campo com a expressão “não se aplica” ou a sigla “N/A”.
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5.3.7.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade do colaborador que abriu a não conformidade.
5.3.7.6 QUANTIDADE DEFEITUOSA: quantidade do lote do material ou produto que apresentou desvio.
5.3.7.7 Estes campos são preenchidos conforme a necessidade, caso algum campo não necessite ser preenchido,
preencher o campo com a expressão “não se aplica” ou a sigla “N/A”.
5.3.7.8 Quando o RNC não se referir a um produto ou material, preencher as características do desvio no campo
“Descrição da Não Conformidade”. (Exemplo: o desvio ocorreu em um equipamento: preencher o nome do
equipamento, TAG, localização, etc.).
5.3.8.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade do colaborador que abriu a não conformidade.
5.3.8.2 Descrever detalhadamente as ações realizadas após a verificação do desvio com o máximo de informações
possíveis.
5.3.9.1 O preenchimento deste item é de responsabilidade da garantia da qualidade. Será usado para relatar a
justificativa para considerar o RNC não pertinente ou qualquer fato relevante. Caso não seja necessário o uso do
item, preencher o campo com a expressão “não se aplica” ou a sigla “N/A”.
5.3.10 Depois de preenchido o RNC, encaminhar ao setor de garantia de qualidade pelo e-mail:
5.3.11 Ao receber a não conformidade, o setor de garantia da qualidade verifica se a mesma procede ou não,
classifica e registra na planilha Controle de RNC.
5.4.1 O preenchimento do registro desta etapa é de responsabilidade da garantia da qualidade junto com o
responsável do setor que gerou a Não Conformidade onde é feito uma análise crítica, buscando a provável causa do
desvio evidenciado e em seguida preencher o registro conforme.
5.4.2.1 Número do RNC: repetir o número do RNC descrito no registro de abertura R1–GQ.XX.XXX (Não
Conformidade - Abertura).
5.4.3.1.1 NC Menor: não conformidade de baixo impacto na qualidade do produto e / ou na satisfação do cliente.
5.4.3.1.2 NC Maior: não conformidade de médio impacto na qualidade do produto e / ou na satisfação do cliente.
5.4.3.1.3 NC Crítica: não conformidade de alto impacto na qualidade do produto e / ou na satisfação do cliente.
5.4.3.2 De posse do RNC, a garantia da qualidade efetua o cálculo de pontuação com base nos dados do sistema
G.U.T. e classifica a não conformidade através da escala de pontuação em Menor, Maior ou Crítica.
5.4.3.3 A utilização do sistema G.U.T. possui o objetivo de classificar as não conformidades e não para estabelecer
as prioridades de solução.
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5.4.3.5.1 N° REGISTRO: é o número que consta no crachá do colaborador responsável pela classificação da não
conformidade.
5.4.4.1 Após a classificação da NC, a garantia da qualidade encaminha ao setor responsável que gerou a Não
Conformidade, para que possa ser relatado no item 3 do registro R2-GQ.XX.XXX (Não Conformidade - Classificação
e investigação) as possíveis causas, com base no diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama de
causa e efeito ou diagrama espinha de peixe, é um gráfico cuja finalidade é organizar o raciocínio e discussões de
um problema prioritário, em processos diversos. Em sua estrutura, as prováveis causas dos problemas (efeitos)
podem ser classificadas como sendo de seis tipos diferentes quando aplicada a metodologia 6M:
5.4.4.1.1 Método: toda a causa envolvendo o método que estava sendo executado o trabalho.
5.4.4.1.2 Material: toda causa que envolve o material que estava sendo utilizado no trabalho.
5.4.4.1.3 Mão-de-obra: toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex: procedimento inadequado, pressa,
imprudência, ato inseguro, etc.).
5.4.4.1.4 Máquina: toda causa envolvendo a máquina que estava sendo operada.
5.4.4.1.5 Medida: toda causa que envolve os instrumentos de medida, sua calibração, a efetividade de indicadores
em mostrar as variações de resultado, se o acompanhamento está sendo realizado, se ocorre na frequência
necessária, etc. Ou quando o efeito é causado por uma medida tomada anteriormente para modificar o processo.
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5.4.4.1.6 Meio ambiente: toda causa que envolve o meio ambiente em si (poluição, calor, poeira, etc.) e, o ambiente
de trabalho (layout, falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.). 5.4.4.2 O sistema
permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria,
bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite
de resposta de forma gráfica e sintética (isto é, com melhor visualização).
5.5.1 Após avaliação da não conformidade, o RNC é encaminhado para o responsável de cada setor envolvido na
não conformidade.
5.5.2 Os setores envolvidos, preenchem de forma clara e objetiva as ações corretivas e/ou preventivas propostas no
registro.
5.5.3.1 Número do RNC: repetir o número do RNC descrito no registro de abertura R1–GQ.XX.XXX (Não
Conformidade - Abertura).
5.5.4.1 DESCRIÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA Nº___ ou DESCRIÇÃO DA AÇÃO PREVENTIVA Nº___: numerar de
forma sequencial todas as ações propostas. Escrever de forma clara e objetiva a ação proposta.
5.5.4.2 ANEXO: citar os anexos que vão subsidiar a ação proposta, caso aplicável.
5.5.4.4 RESPONSÁVEL: o responsável da área que está propondo a ação deve preencher seu nome, conforme
descrito no procedimento GQ.01.009 (Preenchimento de documentos).
5.5.4.5 DATA DO CUMPRIMENTO: este campo será preenchido pelo responsável de não conformidade da garantia
da qualidade quando a ação proposta for finalizada.
5.5.5 Após o preenchimento das ações propostas no registro R3-GQ.XX.XXX (Não Conformidade - Ações corretivas
e preventivas) encaminhar para o e-mail.
5.5.6 Os campos “Descrição da Ação Corretiva e Descrição da Ação Preventiva” do registro R3-GQ.XX.XXX (Não
Conformidade - Ações corretivas e preventivas), são preenchidos conforme a necessidade, caso algum campo não
necessite ser preenchido, preencher o campo com a expressão ‘‘não se aplica” ou a sigla “N/A".
5.5.7 Ao receber os registros, o responsável por não conformidades do setor de garantia da qualidade deve
acompanhar a implementação das ações corretivas e preventivas, bem como se os prazos estabelecidos estão
sendo cumpridos.
5.5.8 Caso não seja possível o cumprimento de algum prazo proposto, o responsável do setor (responsável pela
execução), deve encaminhar uma solicitação formal e justificada com uma nova proposta de calendário de execução
das ações para o e-mail.
5.6.1 Dada a conclusão das ações, o responsável pelas não conformidades da garantia da qualidade realiza a
avaliação final das ações, após um período mínimo de 15 dias da finalização de todas as ações propostas. A
avaliação inclui o cumprimento dos prazos estipulados e se as ações foram eficazes ou não.
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
5.6.2.1 Número do RNC: repetir o número do RNC descrito no registro de abertura R1–GQ.XX.XXX (Não
Conformidade - Abertura).
5.6.3.1 QUANTAS AÇÕES CORRETIVAS FORAM PROPOSTAS?: relatar o nº de ações corretivas propostas no
registro R3-GQ.01.006 (Não Conformidade - Ações corretivas e Preventivas).
5.6.3.2.1 SIM: assinalar o campo se todas as ações propostas foram cumpridas no prazo.
5.6.3.2.2 NÃO: Assinalar o campo se todas ou parte das ações propostas não foram cumpridas no prazo.
5.6.3.2.3 SE NÃO, JUSTIFIQUE: usar o campo para relatar a justificativa do não cumprimento dos prazos no registro
R3-GQ.01.006 (Não Conformidade - Ações corretivas e preventivas).
5.6.3.3.2 NÃO: assinalar o campo se todas ou parte das ações não foram eficazes.
5.6.3.3.3 SE NÃO, JUSTIFIQUE: usar o campo para relatar os motivos das ações não serem eficazes.
5.6.4.1 QUANTAS AÇÕES PREVENTIVAS FORAM PROPOSTAS?: relatar o nº de ações preventivas foram
propostas no registro R3-GQ.XX.XXX (Não Conformidade - Ações corretivas e preventivas).
5.6.4.2.1 SIM: assinalar o campo se todas as ações propostas foram cumpridas no prazo.
5.6.4.2.2 NÃO: Assinalar o campo se todas ou parte das ações propostas não foram cumpridas no prazo.
5.6.4.2.3 SE NÃO, JUSTIFIQUE: usar o campo para relatar a justificativa do não cumprimento dos prazos no registro
R3-GQ.01.006 (Não Conformidade - Ações corretivas e preventivas).
5.6.4.3.2 NÃO: Assinalar o campo se todas ou parte das ações não foram eficazes.
5.6.4.3.3 SE NÃO, JUSTIFIQUE: usar o campo para relatar os motivos das ações não serem eficazes.
5.6.4.4 RESPONSÁVEL: o responsável pelo preenchimento do registro deve preencher seu nome, conforme descrito
no procedimento GQ.XX.XXX (Preenchimento de documentos).
5.6.4.5 DATA: o responsável por não conformidade da garantia da qualidade deve anotar a data conforme descrito no
procedimento GQ.XX.XXX (Preenchimento de documentos).
5.6.4.6 Encaminhar todos os registros da NC para aprovação final pelo gerente da Garantia da qualidade.
5.6.5.1 PARECER: este campo é usado para dar o parecer final pelo gerente da Garantia da qualidade.
5.6.5.2 DATA: o gerente da Garantia da qualidade deve anotar a data conforme descrito no procedimento
GQ.XX.XXX (Preenchimento de documentos).
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POP 02: TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES
6.DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
• BRASIL. RESOLUÇÃO - RDC nº 17, 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de
Medicamentos.
8. ANEXOS E REGISTROS
• R1–GQ.XX.XXX – Não Conformidades - Abertura.
• R2–GQ.XX.XXX – Não Conformidades - Classificação e Investigação.
• R3–GQ.XX.XXX – Não Conformidades - Ações Corretivas e Preventivas.
• R4–GQ.XX.XXX – Não Conformidades - Parecer Final das Ações Propostas.
14. HISTÓRICO
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Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Estudo de Caso 01
Título: Elaboração de POP com base na investigação de FDE E. Caso 01
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Estudo de Caso 02
Título: Comparação entre Investigação de FDE e Tratamento de Não Conformidade E. Caso 02
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Analise a especificação que a Farmacopeia Brasileira 5a. ed. apresenta para o Teste de
Dissolução de formas farmacêuticas de liberação imediata.
O termo Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, especificada na monografia individual, expressa como
porcentagem da quantidade declarada. Os valores 5%, 15% e 25% também representam porcentagens da quantidade
declarada. Em circunstâncias especiais, a porcentagem máxima de dissolução deve ser estabelecida experimentalmente.
Nesses casos, assegurar um valor de Q∞ (quantidade dissolvida em tempo infinito) verificando que duas dosagens
consecutivas n.o diferem entre si mais de 2% após 10 minutos.
Estágio E1: No Estágio E1 são testadas seis unidades. Se cada unidade, individualmente, apresentar resultado igual ou
maior do que Q + 5%, o produto est. em conformidade com o especificado, não sendo necessário efetuar o Estágio E2 .
Estágio E2: Caso o critrio para o Estágio E1 não seja atendido, repetir o teste com mais seis unidades. Se a média das
doze unidades testadas (Estágios E1 e E2) é maior ou igual a Q e, se nenhuma das unidades testadas apresentar
resultado inferior a Q – 15%, o produto est. em conformidade com o especificado, não sendo necessário efetuar o Estágio
E3.
Estágio E3: Caso o critrio para o Estágio E2, ainda não seja atendido, repetir o teste com mais 12 unidades. Se a m.dia
das 24 unidades testadas (Estágios E1, E2 e E3) é maior ou igual a Q, no máximo duas unidades apresentam resultados
inferiors a Q – 15% e nenhuma unidade apresentar resultado inferior a Q – 25%, o produto est. em conformidade com o
especificado. Caso o critério para o Estágio E3 ainda não seja atendido, o produto considerado insatisfatório.
Resposta DETALHADA:
Investigação de Resultado Fora da Especificação é um investigação exclusive do setor de CQ para compreender
porque algum excipiente, IFA, material de embalagem, produto em processo e/ou produto acabado foi reprovado, ou
seja, consta no laudo gerado pela equipe de CQ que o item não atende a especificação definida de qualidade. Antes
de finalizar este laudo e repassar este notícia a empresa, o controle de qualidade tem o dever de GARANTIR que o
resultado é verdadeiro e que não houve um falso positivo ou falso negativo que tornou este item reprovado. Para isso
o setor de CQ possuí uma sistemática para repetir a análise utilizando, inicialmente, a mesma solução concentrata de
produto, para dentro da mesma amostra, desafiar o resultado obtido. Caso haja suspeita da qualidade da
amostragem, uma nova amostragem pode ser solicitada e uma nova análise sobre esta nova amostra pode ser
conduzida. Duarente esta investigação o gerente do Controle de Qualidade acompanha e analisa os resultados
juntamente com o analista responsável pela análise. Caso o resultado do ensaio contido no LAUDO ao final da
investigação sera APROVADO, então o erro foi analítico, e DEVE ENTENDER ONDE OCORREU a fonte de erro e
medidas preventivas devem ser tomadas (treinamento da equipe, descarte de um solvente alterado, calibração de um
equipamento, etc.), contudo se o resultado do ensaio contido em LAUDO continuar reprovando o item em análise, o
Gerente do CQ vai assinar o laudo e comunicar a Garantia da Qualidade, que vai juntamente com uma equipe ABRIR
uma investigação DE NÃO CONFORMIDADE, neste caso ou para devolução do item (se material-prima ou material
de embalagem), re-trabalho (se viável) ou inseneração (descarte sanitário).
Tratamento de não Conformidade é uma investigação que sera aberta pelo setor da GARANTIA da QUALIDADE e
pode ser aberta por diversos motivos, dentre eles: reclamação no SAC da empresa, laudo do controle de qualidade
reprovanto um item analisado, Acidente operacional, etc.). A Garantia da Qualidade irá liderar esta investigação e ao
final irá preencher um formulario descrevendo a causa da não conformidade, a AÇÃO CORRETIVA e a AÇÃO
PROVENTIVA adotadas pela empresa.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
AULA TEÓRICA 02
Título: Farmacopéias. Métodos Gerais. Métodos Farmacopeicos. Métodos Internos. Medidas de Incerteza,
Erros, SQR (padrão primário) e Padrões Internos (padrão secundário). Aula 02
• Farmacopéias
• Monografia Farmacopeica
• Especificação Interna x Especificação Farmacopeica
• Método analítico Interno X Método analítico Farmacopeico
• Método Geral x Métoco Específico
• SQR Farmacopeico
• Metrologia (a importância do SQR na metrologia)
• Erro de medida
• Incerteza de medida
• Características metrológicas dos instrumentos
• Calibração
• SQR (padrão primário)
• Padrão interno (padrão secundário)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Cartilha B
Título: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade Cart. B
Segundo a resolução RDC No. 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de
Medicamentos, especificação é um documento que descreve em detalhes os requisitos que os materiais utilizados
durante a fabricação, produtos intermediários ou produtos terminados devem cumprir.
As especificações servem como base para a avaliação da qualidade. Esta RDC ainda trás em seu Art. 212, que devem
ser realizadas revisões periódicas das especificações para que sejam atualizadas conforme as novas edições da
farmacopéia nacional ou outros compêndios oficiais.
• A industria pode adotar especificações mais rígidas do que a farmacopeica para um produto mediante
justificativa técnica, contudo não pode excluir uma análise ou ampliar a faixa das especificações.
• Não se pode misturar as especificações de 2 ou mais Farmacopeias distintas, dando origem a uma especificação
diferente da descrita em apenas uma única Farmacopeia. Pense: Por qual motivo?
• Se da sempre preferencia pela especificação da Farmacopeia Brasileira com relação as demais. Justificativa
técnica de escolha da Farmacopeia Internacional é necessária quando o produto consta na Nacional.
• No Art. 213. Da RDC 17/2010 se afirma que as farmacopéias, os padrões de referência, as referências de
espectrometria e outros materiais de referência necessários devem estar à disposição no laboratório de controle
de qualidade. Não podemos usar uma Farmacopeia como referência que não foi COMPRADA pela empresa.
• A compra da Farmacopeia pode ser on-line (acesso ao site, pent drive, ou CD-Room) ou física (livro). Há
farmacopeias que se atualiazam em períodos longos e há Farmacopeias que se atualizam anualmente (ex.
USP).
• A resolução n.º 37, de 6 de julho de 2009 trata da admissibilidade das Farmacopéias estrangeiras.
• Os métodos gerais são aqueles que o tratamento da amostra não se diferencia para cada produto analisado.
Pode haver diferenças para grupos de produtos (sólidos e líquidos; ácidos e báses), contudo por ser, em grande
maioria, o mesmo processo analítico, não há diferença nas realizações das analises e não faria sentido tal
método ser repetido na farmacopeia para cada substância.
• Métodos Farmacopeicos é o nome que se dá aos métodos que estão descritos na monografia individual de cada
produto. Este método é único para aquela monografia e não serve para analisar outro produto. Tal método é
passível de uma verificação de adequabilidade, conhecida como validação de métodos farmacopeicos, co-
validação, validação parcial ou mesmo adequação do sistema.
• Quando um produto não possúi monografia farmacopeica, a industria terá que criar as suas próprias
especificações (mesmo com base no laudo do fornecedor, livros, a responsabilidade final é da empresa e por
isso são chamadas de especificações internas ou de desenvolvimento interno). Antes de ser aplicado na rotina
laboratorial do CQ se faz necessário o desenvolvimento de método analítico que deverá ser completamente
validado (validação completa, ou apenas validação).
• Quando se adota uma monografia de uma dada Farmacopeia, salve os casos com justificativa técnica, deve-se
adquirir os padrões primarios (SQR) desta Farmacopeia (IFA, impurezas e produtos de degradação). Pense: Por
qual motivo.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Sempre que se fala em método de controle de qualidade farmacopeico se fala do padrão analítico (SQR) farmacopeico.
Existem outros tipos de padrões disponíveis? Qual é a importância do SQR? Para compreender esta íntima relação
temos que compreender primeiro o que é metrologia.
METROLOGIA
Medir é atribuir um valor numérico a uma grandeza física dada (a um “mensurando”). Esta atribuição faz-se pelo viés de
uma comparação. Compara-se a grandeza desconhecida do mensurando com uma grandeza da mesma natureza,
tomada como referência, com a ajuda de um instrumento. O valor numérico da medida é expresso em uma unidade que
lembra a natureza da referência. Em 1960, a CGPM (Conferência Geral de Pesos e Medidas) adotou um “sistema
internacional de unidades”, segundo o qual distinguem-se dois tipos de unidades:
“Unidades fundamentais”
Sete foram reconhecidas como tais:
• metro (m) [comprimento]
• quilograma (kg) [massa]
• segundo (s) [tempo]
• ampére (A) [intensidade de corrente elétrica]
• kelvin (K) [temperatura termodinâmica]
• mol (mol) [quantidade de substância]
• candela (cd) [intensidade luminosa]
“Unidades derivadas”
Que podem pertencer a três grupos:
• unidades construídas a partir das unidades fundamentais (por exemplo: metro quadrado)
• unidades com nome específico (por exemplo: joule)
• unidades constituídas a partir daquelas com nome específico (por exemplo: joule/kelvin)
Erros na medida
Toda medida possui um “erro” associado maior ou menor. Isto quer dizer que ela diverge mais ou menos do verdadeiro
valor do mensurando. Esta é a consequência do grande número de fontes de erro: limitações técnicas dos instrumentos
de medida, desconhecimento e mesmo inabilidade dos operadores, fatores físicos (higrometria, temperatura, pressão,
etc.), tratamento dos dados, etc. De fato, é preciso preferencialmente falar de erros, no plural, porque se pode distinguir
entre erros “aleatórios” e “sistemáticos”. Os primeiros devem-se à operação de medida propriamente dita, enquanto os
segundos provem, sobretudo do sistema de medida. Os erros aleatórios podem ser diminuídos por uma repetição das
medidas. Quando se repete várias vezes a medida de uma grandeza física, obtêm-se geralmente, diferentes valores,
mais ou menos dispersos e que seguem, muitas vezes, uma distribuição normal. O valor médio das membranas permite
controlar os desvios. Os erros sistemáticos podem ser diminuídos por uma correlação dos fatores responsáveis, na
medida em que eles sejam conhecidos.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Incerteza
Uma medida não tem então jamais um valor absoluto, pois ela se faz normalmente por comparação com um valor de
referência e comporta sempre erros associados. Em consequência, o valor numérico da medida, além de ser expresso
em uma unidade, é acompanhado de uma “incerteza”. A incerteza de uma medida pode ser definida como a dispersão
dos valores que poderiam ser razoavelmente atribuídos ao mensurando.
• Acurácia (em inglês “accuracy”): capacidade de dar medidas isentas de erros em limites especificados.
• Precisão (em inglês “precision”): aptidão para manter os erros em limites especificados.
pouca incerteza
A incerteza associada a uma medida fornece uma indicação quantitativa da qualidade do resultado desta medida.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Calibragem / Verificação
Uma medida jamais tem, então, um valor absoluto, pois ela é feita normalmente por com um valor de referência, um
“padrão”. Este padrão é, por sua vez, medido em relação a um ou outro de nível superior, até atingir um padrão universal
de referência, pelo viés de uma cadeia de conexões, o que permite garantir a “rastreabilidade”.
Rastreabilidade da calibragem
Calibragem e verificação são conceitos muito próximos, que por vezes se assimilam, mas que habitualmente conservam
sue diferença básica. A calibragem tem por objeto a correção das medidas fornecidas por um instrumento, em
comparação com elementos conhecidos (os padrões). Enquanto que a verificação tem por objeto determinar a
capacidade de satisfação das exigências por um aparelho. Por uma verificação determina-se que um aparelho é capaz
de satisfazer as exigências. Por calibragem estabelece-se a relação existente entre os valores medidos e os valores
conhecidos. Em uma unidade farmacêutica é preciso classificar os instrumentos de medida como “críticos” ou “não-
críticos”, se as medidas que eles fornecem podem ou não influenciar a qualidade dos produtos. Os primeiros são objeto
de calibragem, enquanto que os segundos são simplesmente verificados.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Como consequência de um reparo ou uma calibragem, um instrumento é “ajustado”, isto é, levado a um estado de
funcionamento conveniente à sua utilização. Se feito por um usuário, isto é, conhecido como “regulagem”. Chama-se
“correção” o ajuste dos valores de medida que é feito tendo em vista compensar um erro sistemático. A capacidade de
um equipamento manter seu nível de calibragem é conhecida como “constância”.
Relatório de calibragem
O resultado final de uma calibragem é a emissão de um certificado de calibragem. Ele deve conter as seguintes
informações:
a) Referente ao laboratório de calibragem
- Nome
- Endereço
c) Referente à calibragem
- Condições ambientais durante a calibragem
• Procedimento de calibragem
• Resultado da calibragem
• Determinação da incerteza, com indicação que a incerteza expandida da medida foi uma distribuição normal, um
nível de confiança de cerca de 95%.
Observações
- Ajuste do instrumento (se necessário e após a concordância do cliente)
Após uma calibragem, coloca-se uma etiqueta sobre o equipamento, normalmente de cor verde para indicar
conformidade, na qual deve figurar, pelo menos, a data da calibragem. Se o tamanho do equipamento permitir, ela
contém as seguintes indicações:
- Código do equipamento
- Data da calibragem
- Responsável pela calibragem
-Data da próxima calibragem
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Intervalo de calibragem
A maior parte dos equipamentos existentes devem ser objeto de uma calibragem periódica a fim de poder garantir a
manutenção de suas qualidades metrológicas. Segundo este ponto de vista, os instrumentos podem ser classificados
como:
• Instrumentos sujeitos a calibragem periódica;
• Instrumentos sujeitos a calibragem não periódica (calibragem em função do úmero de horas de funcionamento,
das verificações, etc.);
• Instrumentos não sujeitos a calibragem.
Para instrumentos objeto de calibragem, é preciso então estabelecer intervalos de calibragem. Não há intervalos pré-
estabelecidos. Eles devem ser fixados em cada situação, levando sempre em conta o fato que um intervalo de calibração
é, de fato o resultado de um compromisso entre dois fatores opostos. De um lado convém limitar as calibragens (pelo
suposto custo direto e pelo custo indireto que elas representam como consequência da impossibilidade de empregar o
instrumento durante o período de calibração). E do outro, o risco da perda das características metrológicas pelo
instrumento.
Os elementos a reter, tendo em vista o estabelecimento de intervalos de calibragem, podem ser os seguintes:
- Características do instrumento
- Recomendações do fornecedor
- Experiência com outros instrumentos similares
- Frequência e condições de uso do instrumento
- Manutenção do instrumento
- Nível de criticidade das medidas
- Nível de exatidão requerido.
Todavia, os intervalos de calibragem devem ser “seguidos” e, como consequência, pode mostrar-se necessário para
modificá-los. Se como resultado de uma calibragem, ajuste ou reparação mostre-se que o equipamento não estava
capacitado a satisfazer as exigências metrológicas e, consequentemente, a exatidão das medidas pode ter sido
comprometida, deve haver um procedimento que preveja o estudo das consequências e as medidas corretivas
necessárias. Existem métodos utilizados para a vigilância dos equipamentos. Convém que eles sejam simples e, se
possível, aplicados pelo pessoal que os utiliza.
• Método das redundâncias metrológicas: este método repousa sobre a comparação das medidas críticas obtidas
por dois equipamentos diferentes. A falta de coincidência permite colocar em evidência um funcionamento
incorreto.
• Método do controle da coerência dos resultados: A comparação de valores típicos (como por exemplo, o desvio
padrão) permite revelar as anomalias.
• Método dos padrões de vigilância: a medida periódica de padrões de vigilância permite mostrar desvios.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
• USA (FDA Guidance for Industry. Sterille Drug Products Produced by Aseptic Processing – CGMP: IX.C.2)
Dispositivos que medem parâmetros cíclicos [dispositivos de monitorização de temperatura e pressão para esterilização
pelo calor; dispositivos usados para monitorar tempo de permanência no esterilizador; quando aplicável, instrumentos
usados para monitorizar tempo de permanência no esterilizador; quando aplicável, instrumentos usados para determinar
a pureza do vapor; túneis de despirogenização de calor úmido, dispositivos (por exemplo, sensores e transmissores)
usados para medir a velocidade das esteiras] devem ser calibrados rotineiramente. Devem ser estabelecidos
procedimentos escritos para garantir que estes dispositivos sejam mantidos em um estado calibrado.
• a escolha dos equipamentos de medição, a fim de assegurar que eles sejam apropriados ao uso previsto,
• o controle do parque de equipamentos de mensuração (identificação, documentação, formação do pessoal,
emprego, armazenagem, transporte, etc.),
• a vigilância do desempenho (confirmação da adequação às necessidades) e da manutenção dos equipamentos,
• a calibragem ou a verificação periódica dos equipamentos.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
(1) Planificação: A análise das necessidades permite definir quais equipamentos de mensuração devem ser adquiridos.
(2) Requerimento do usuário: Neste caso, o requerimento do usuário é normalmente muito simples, uma folha na qual
está escrito o tipo de equipamento de mensuração, o principio de medida escolhido, as características técnicas
necessárias (extensão da medida, precisão, acurácia, resolução, tratamento dos dados, calibragem, manutenção, serviço
após venda, etc.).
(3) Escolha do equipamento: Os fornecedores de equipamentos apresentam seus orçamentos em função dos
requerimentos do usuário. A escolha final do equipamento faz-se sobre a base da experiência adquirida na empresa ou
graças ao conselho de outras empresas e, certamente, ao conteúdo dos orçamentos recebidos.
(4) Recepção e colocação em serviço do equipamento: Na recepção do equipamento escolhido, o responsável pela
função metrológica deve cuidar da realização dos seguintes passos:
• verificação da conformidade com a encomenda (o equipamento escolhido é aquele que foi entregue; uma
substituição de modelo, sempre possível, pode traduzir-se por um equipamento não apropriado ao uso previsto.),
• identificação do equipamento segundo um sistema de codificação (capaz de garantir sua indelebilidade),
• designação do “responsável pelo equipamento”,
• inscrição no inventário de equipamentos de mensuração,
• redação das instruções internas de emprego e manutenção,
• formação dos usuários do equipamento,
• preparação do dossiê do equipamento, contendo toda a documentação a ele relativa (requerimentos do usuário,
orçamento aceito, encomenda, recepção, ficha de equipamento, apontamentos, certificado de calibragem,
instruções de operação e manutenção, atestado da formação do pessoal, etc.).
• inscrição no programa de calibragem.
Existem várias abordagens, mais ou menos informatizadas e todas apropriadas. Dispõe-se de programas
especificamente concebidos para a gestão metrológica. Eles podem ser muito úteis para grandes unidades ou para
empresas que possuam vários locais, mas que tenham optado por uma gestão metrológica unificada. A experiência
mostra que é muito útil nomear um responsável para o equipamento e que seja ele o encarregado do preparo e
arquivamento da documentação.
A gestão do inventário dos equipamentos e programa de calibragem pode ser feito de forma informatizada (com a ajuda
de um programa específico ou simplesmente com planilhas “Excel” ou “Word”). Todavia um arquivo clássico, com toda a
documentação em papel mostra-se necessário. A ficha de equipamento, onde são anotadas todas as informações
concernentes ao equipamento ao longo de todo o seu ciclo de vida pode ser em papel ou informatizada. Deve-se prever
um procedimento tendo em vista garantir que sejam afastados do serviço os equipamentos que não satisfaçam as
exigências e quem antes de serem utilizados novamente, eles sejam objeto de ajuste ou conserto e calibragem.
(5) Manutenção: Na conservação dos equipamentos deve-se distinguir entre manutenção preventiva e conserto. As
operações de conservação de rotina não devem, em princípio, exigir uma calibragem, enquanto que os concertos
normalmente a exigem.
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Cartilha B: Assuntos Gerais de Controle de Qualidade
Segundo a resolução RDC No. 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de
Medicamentos, temos:
SQR: Não vem com data de validade definida no rótulo. Mediante estudo interlaboratorial
Seção X - Padrões de Referência se analisa o SQR até identificar sua deterioriação e coloca o seu vencimento no site
Art. 187. Devem ser utilizados padrões de referência oficiais, sempre que existirem.
Parágrafo único. Na ausência desses, devem ser utilizados padrões de referência devidamente caracterizados.
Art. 188. Um padrão de referência não adquirido de uma farmacopéia reconhecida deve ser do mais elevado grau de
pureza possível de ser obtido e cuidadosamente caracterizado a fim de garantir sua identidade, teor, qualidade, pureza e
potência.
§ 2º Os procedimentos analíticos utilizados para caracterizar um padrão de referência não devem se basear apenas em
testes de comparação a um padrão de referência anteriormente caracterizado.
§ 3º A documentação de caracterização deve estar disponível e ser mantida sob a responsabilidade de uma pessoa
designada.
Art. 189. Os padrões de referência oficiais devem ser utilizados somente para o propósito descrito na respectiva
monografia.
Art. 190. Os padrões de referência devem ser armazenados de acordo com as recomendações do fabricante.
Parágrafo único. Devem ser seguidas as recomendações do fabricante quanto à correta utilização, incluindo o pré-
tratamento (dessecação, correção de teor etc.) dessas substâncias.
Art. 191. Todos os padrões secundários ou de trabalho devem ser padronizados em relação a um padrão de referência.
Art. 192. Caso necessário, devem ser realizadas verificações apropriadas em intervalos regulares com a finalidade de
assegurar a padronização dos padrões secundários.
Art. 193. Todos os padrões de referência devem ser armazenados e utilizados de forma que não afetem negativamente a
sua qualidade.
Art. 601. Na inexistência de monografia contendo descrição da droga vegetal em farmacopéias reconhecidas pela
ANVISA, pode ser utilizado como referência, o laudo de identificação emitido por profissional habilitado ou a descrição
em publicação técnico-científica indexada e perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica.
§ 1º Deve-se utilizar padrões de referência oficializados pela Farmacopéia Brasileira ou outros códigos autorizados pela
legislação vigente, ou ainda padrões de referência devidamente caracterizados.
§ 3º Todos os padrões de referência devem ser armazenados em condições apropriadas para evitar a degradação.
§ 4º Para os padrões de referência caracterizados deve-se apresentar laudo de análise completo, incluindo ressonância
magnética nuclear, espectrometria de massas (alta resolução), infravermelho, ponto de fusão e/ou HPLC (pureza com
base na área relativa do pico).
§ 5º O extrato padrão deve ser referenciado em relação a um padrão primário, para comprovação da identidade e do teor
de marcador.
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ADVERTÊNCIA
Este texto não substitui o public ado no Diário Ofic ial da União
Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11 do
Regulamento aprovado pelo Decreto Nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º do art.
54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU
de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 30 de junho de 2009, e
Considerando a necessidade de atualizar a Resolução RDC Nº 79, de 11 de abril de 2003, que trata da admissibilidade de
códigos farmacêuticos estrangeiros como referência no controle de qualidade de insumos e produtos farmacêuticos, adota a seguinte
Resolução da Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1º Na ausência de monografia oficial de matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais inscritos na
Farmacopéia Brasileira, poderá ser adotada monografia oficial, última edição, de um dos seguintes compêndios internacionais:
Farmacopéia Alemã
Farmacopéia Americana
Farmacopéia Argentina
Farmacopéia Britânica
Farmacopéia Européia
Farmacopéia Francesa
Farmacopéia Japonesa
Farmacopéia Mexicana
Farmacopéia Portuguesa
Art. 2º Na ausência de substâncias químicas de referência certificadas pela Farmacopeia Brasileira poderão ser utilizadas as
substâncias químicas de referência certificadas pelas Farmacopéias referidas no Art. 1º.
Art. 3º À Comissão da Farmacopeia Brasileira, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, caberá apreciar os casos em que
ocorrerem demanda ou litígio em relação à discrepância de resultados entre métodos analíticos de insumos ou produtos farmacêuticos
e os casos omissos.
Art. 4 º Ficam revogadas a Resolução - RDC Nº 169, de 21 de agosto de 2006, a Resolução - RDC Nº 79, de 11 de abril de 2003
e as disposições contrárias.
A resolução RDC No. 17, de 16 de abril de 2010, dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos.
Dentro deste resolução temos alguns capítulos que regimentam o CQ de um indústria farmacêutica no Brasil. Dentre
estes devemos começar pelo mais abrangente, sendo este o capítulo XVII.
Parágrafo único. O Controle de Qualidade não deve resumir-se às operações laboratoriais, deve participar e ser
envolvido em todas as decisões que possam estar relacionadas à qualidade do produto.
Art. 283. Cada fabricante (detentor de uma autorização de fabricação) deve possuir um departamento de Controle de
Qualidade.
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Cartilha C: Boas Práticas de Controle de Qualidade
Art. 285. O pessoal do controle de qualidade deve ter acesso às áreas de produção para amostragem e
investigação. = Como a investigação do OOS é exclusivamente dentro do CQ,
fica claro que esta investigação é uma Tratamento de NÃO Conformidade (POP 02).
Seção I - Controle de Matérias-Primas e Produtos Intermediários, a Granel e Terminados
Art. 286. Todos os ensaios devem seguir procedimentos escritos e aprovados.
Parágrafo único. Os resultados devem ser verificados pelo responsável antes que os materiais ou produtos
sejam liberados ou reprovados. Regras para amostragem: Norma NBR 5426 - Amostragem por AT RIBUTO S ou
a NBR 5429: Amostragem por V ARIÁVEIS
Art. 287. As amostras devem ser representativas do lote do material do qual foram retiradas, segundo
procedimentos escritos e aprovados. São obrigatórias para ISO, para BPF são recomendadas.
Na Farmacopeia Brasileira existe valores de amostragens obrigatórios
Art. 288. A amostragem deve ser realizada de forma a evitar a ocorrência de contaminação ou outros efeitos
adversos sobre a qualidade do produto amostrado.
Parágrafo único. Os recipientes amostrados devem ser identificados e cuidadosamente fechados após a amostragem.
Art. 289. Durante a amostragem deve ser tomado o cuidado de evitar contaminações ou misturas do material que está
sendo amostrado.
• § 1º Todos os equipamentos utilizados na amostragem e que entrarem em contato com os materiais
devem estar limpos.
• § 2º Alguns materiais particularmente perigosos ou potentes requerem precauções especiais.
Art. 290. Os equipamentos utilizados na amostragem devem estar limpos e, se necessário, esterilizados e guardados
separadamente dos demais equipamentos laboratoriais.
Art. 291. Cada recipiente contendo amostra deve ser identificado e conter as seguintes informações:
• I - o nome do material amostrado;
• II - o número do lote;
• III - o número do recipiente do qual a amostra foi retirada;
• IV - o número da amostra;
• V - a assinatura da pessoa responsável pela coleta; e
• VI - a data da amostragem. Aula 1 e 2
Art. 292. Os resultados fora de especificação obtidos durante os testes de materiais ou produtos devem ser
investigados de acordo com um procedimento aprovado.
Parágrafo único. As investigações devem ser concluídas, as medidas corretivas e preventivas adotadas e os
registros mantidos. O maior aprendizado com a investigação é impedir que o erro aconteça
novamente (medidas preventivas) (leva a excelência operacional). A
Seção II - Ensaios Necessários localização do erro e o seu descarte (medida corretiva) é o que já se espera
Matérias-Primas e Materiais de Embalagem da empresa (leva a segurança clínica).
Aula 3
Art. 293. Antes que as matérias-primas e os materiais de embalagem sejam liberados para uso, o
responsável pelo Controle de Qualidade deve garantir que esses foram testados quanto à conformidade
com as especificações.
Art. 294. Devem ser realizados ensaios de identificação nas amostras retiradas de todos os recipientes de matéria-prima.
Art. 295. É permitido amostrar somente uma parte dos volumes quando um procedimento de qualificação de
fornecedores tenha sido estabelecido para garantir que nenhum volume de matéria-prima tenha sido incorretamente
rotulado.
• § 1º A qualificação deve levar em consideração ao menos os seguintes aspectos:
o I - a natureza e a classificação do fabricante e do fornecedor e o seu grau de conformidade
com os requisitos de Boas Práticas de Fabricação;
o II - o sistema de garantia da qualidade do fabricante da matéria-prima;
o III - as condições sob as quais as matérias-primas são produzidas e controladas; e
o IV - a natureza da matéria-prima e do medicamento no qual será utilizada.
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Cartilha C: Boas Práticas de Controle de Qualidade
Art. 296. Cada lote de material de embalagem impresso deve ser examinado antes do uso.
Art. 297. Em substituição à realização de testes de controle de qualidade, o fabricante pode aceitar o certificado de
análise emitido pelo fornecedor, desde que a sua confiabilidade seja estabelecida por meio de avaliação periódica dos
resultados apresentados e de auditorias às suas instalações, o que não exclui a necessidade da realização do teste de
identificação.
• § 1º Os certificados emitidos pelo fornecedor devem ser originais e ter sua autenticidade
assegurada.
Art. 300. Os produtos que não atenderem às especificações estabelecidas devem ser reprovados.
• § 1º Os produtos terminados devem ser mantidos em suas embalagens finais e armazenados sob
as condições recomendadas.
• § 2º Se o produto for embalado em embalagens grandes, excepcionalmente as amostras podem ser
guardadas em recipientes menores com as mesmas características e armazenadas sob as
condições recomendadas.
• § 3º As amostras de substâncias ativas devem ser retidas por, pelo menos, um ano após o
vencimento dos prazos de validade dos produtos finais aos quais tenham dado origem.
• § 4º Amostras de outras matérias-primas (excipientes), exceto solventes, gases e água, devem ser
retidas pelo período mínimo de dois anos após seu respectivo prazo de validade, se assim
permitirem os respectivos estudos de estabilidade efetuados pelo fabricante da matéria-prima.
• § 5º As quantidades de amostras de materiais e produtos retidos devem ser suficientes para
possibilitar que sejam realizadas, pelo menos, duas análises completas.
DEFINIÇÃO: Amostras de referência: amostras de matérias-primas e de produtos terminados mantidas pelo fabricante,
devidamente identificadas, por um período definido. A quantidade de amostra deve ter pelo menos o dobro da
quantidade necessária para efetuar todas as análises previstas.
42
Cartilha C: Boas Práticas de Controle de Qualidade
Seção VI - Estudos de Estabilidade
Art. 302. O Controle de qualidade deve avaliar a qualidade e a estabilidade dos produtos terminados e, quando
necessário, das matérias-primas, dos produtos intermediários e a granel.
Art. 303. Devem ser estabelecidas datas e especificações de validade com base nos testes de estabilidade relativos a
condições de armazenamento.
Art. 304. Deve ser desenvolvido e implementado um programa escrito de estudo de estabilidade, incluindo os seguintes
elementos:
Art. 305. A estabilidade de um produto deve ser determinada antes da comercialização e deve ser repetida após
quaisquer mudanças significativas nos processos de produção, equipamentos, materiais de embalagem e outras que
possam influir na estabilidade do produto.
Estude AQUI:
43
Reflita algumas afirmações que estão contidas na Cartilha B desta apostila. Sendo estas:
• Não se pode misturar as especificações de 2 ou mais Farmacopeias distintas, dando origem a uma especificação
diferente da descrita em apenas uma única Farmacopeia. Pense: Por qual motivo?
44
Por mais que possa haver uma boa intensão na junção (mescla) de ensaios contidos em 02 ou mais monografias
farmacopeicas (ex. Farmacopeia Brasileira e Farmacopeia Americana USP, ou Farmacopeia Americana e Farmacopeia
Europeia, ou Farmacopeia Portuguesa e Farmacopeia Mexicana, etc...), devidamente reconhecidas pela ANVISA, o fato
não é permitido. A proibição desta junção ocorre uma vez que isso poderia ser utilizado para empobrecer o ensaio
realizado pelo Setor de Controle de Qualidade com a intensão de redução de custo, redução de tempo de análise e/ou
introdução de ensaios menos exigentes que facilitariam a aprovação do item em análise.
Um exemplo de uso com boa fé é quando há uma monografia de preferencia da empresa, contudo esta não contempla o
ensaio específico de determinação de tamanho de partícula, e a equipe técnica da empresa está tento muito conflito com
o fornecedor deste referido ativo, pois o mesmo não tem sido aprovado no teste de dissolução. A empresa analisou e
observou que há variação de granulometria por parte do pó e que esta variação esta correlacionada com os resultados
variantes de dissolução. Então por questões comerciais a empresa ajustou a sua especificação do produto para pó
cristalino com tamanho de partícula de até 200 um. Para isso a empresa precisa introduzir uma forma de comprovar que
o seu fornecedor tem respeitado esta sua nova regra, e a forma mais segura é controlando na chegada da matéria prima
a sua granulometria. A empresa já utiliza rotineiramento o método geral da Farmacopeia Americana (USP) e já possui
um POP para tal ensaio. Contudo, o método de preferencia para o insumo e da Farmacopeia Brasileira, e não é
permitido por lei a junção de duas monografias farmacpeicas. Então, o que a empresa pode fazer é criar um novo POP
para este ensaio de granulometria citando que este POP é de autoria própria / desenvolvimento interno (dentro do POP
vc pode colocar como referencia interna a USP, mas como referencia e não como autoria). Desta forma é permitido.
Neste momento a empresa passara a ter 2 POPs para o ensaio de granulometria, sendo um de desenvolvimento interno
e o outro da USP. Sendo que o POP da USP só será citado dentro de Metodologias de Análise que eu tenha monografia
na USP.
Pode se achar que isso não faz diferença nenhuma, mas faz. Este exemplo acima envolveu a inclusão de um método
que é GERAL para todos, de menor complexicidade de análise, contudo há empresas que gostariam de substituir
análises específicas para o produto, como por exemplo análises de impurezas. Imagina que uma data empresa tenha
como preferencia a monografia farmacopeica da USP, contudo para a análise de impurezas para este fármaco haja uma
lista com 04 substâncias correlacionadas, que a compra dos SQR (padrões primários) totaliza R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) e o mesmo ensaio de impurezas pela monografia do fármaco na Farmacopeia Europeia utiliza apenas uma
substância correlacionada (SQR) e que a sua compra totaliza R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Neste caso a empresa esta
entando burlar as especificações de análise e isso nao é permitido. A única opção para não gastar R$ 20.000,00 seria
migrar o ensaio TOTALMENTE para a Farmacopeia Europeia e não analisar mais nada pela USP.
Como toda a substituição poderá causar em prejuízo para o controle de qualidade e cada caso teria que ser analisado de
forma muito individual, se proíbe de forma GERAL. O que se permite é a inclusão de um método a MAIS e que seja de
SUA AUTORIA (desenvolvimento interno), em outras palavras não é permitido a EXCLUSÃO de um ensaio contido da
monografia do profuto na Farmacopeia, e a inclusão de um novo ensaio A MAIS (a somar) pode sim, sendo este de
desenvolvimento interno (mesmo que tenha sido baseado em outra Farmacopeia).
45
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Aula Teórica 03
Aula Teórica: Controle de Qualidade de Insumos: Excipientes e IFA Aula 03
Como estes métodos são gerais é melhor separar eles, pq a empresa usa eles para
vários produtos e eles estariam então repetidos diversas vezes dentro dos documentos
específicos. Deixar o método de análise da Sacarose menor e mais enxuto é o ideal,
se referenciando aos demais documentos gerais quando aplicado.46
SACAROSE XXX
DCB: CAS: FÓRMULA MOLECULAR: CÓDIGO/VERSÃO:
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
47
REF TESTE ESPECIFICAÇÃO
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
a
F.BRAS 5 . ed Pesquisa de Salmonella sp Ausência em 10 g.
REFERÊNCIA
48
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1277
s
em relação à substância dessecada a 105 °C por 2 horas.
Glicose e açúcar invertido. Dissolver 20 g da amostra
Determinar em solução aquosa a 26% (p/v).
em água, completar o volume para 100 mL e ltrar, se
necessário. Transferir 50 mL do líquido límpido para
IDENTIFICAÇÃO béquer de 250 mL, adicionar 50 mL de tartarato cúprico
alcalino SR, cobrir o béquer com vidro de relógio e
A. Proceder conforme descrito em Cromatograa em aquecer a mistura de modo que ferva em aproximadamente
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como 4 minutos. Continuar a fervura por exatamente 2 minutos.
suporte, e mistura de água, metanol, ácido acético glacial e Adicionar de uma vez 100 mL de água fria recentemente
cloreto de etileno (10:15:25:50), como fase móvel. Aplicar, fervida e, imediatamente, recolher o precipitado de óxido
separadamente, à placa, 2 L de cada uma das soluções cuproso em funil tarado, com placa ltrante de poro médio.
descritas a seguir, secando cada ponto de aplicação. Lavar o resíduo do ltro com água quente, seguida de 10
mL de etanol e, nalmente, de 10 mL de éter etílico. Secar
Solução (1): dissolver 10 mg da amostra em mistura de
a 105 °C por 1 hora. O peso de óxido cuproso é de no
água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL com
máximo 0,112 g.
a mesma mistura de solventes.
Substâncias coloridas. Filtrar 100 mL da solução obtida em
Solução (2): dissolver 10 mg de sacarose SQR em mistura
Aspecto da solução, utilizando placa de vidro com poro médio
de água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL
de 1 m e diâmetro de 24 mm. O ltro não se cora de azul. A
com a mesma mistura de solventes.
100 mL da solução obtida em Aspecto da solução, contida em
Solução (3): dissolver 10 mg de glicose SQR, lactose tubo de ensaio, adicionar 1 mL de ácido hipofosforoso diluído.
SQR, frutose SQR e de sacarose SQR em mistura de água Tampar o tubo. Nenhum odor desagradável é percebido
e metanol (2:3) e completar para 20 mL com a mesma dentro de 1 hora. Quando examinada sob luz ultravioleta (365
mistura de solventes. nm), a solução obtida em Aspecto da solução não apresenta
uorescência mais intensa que a solução de referência
Desenvolver o cromatograma até que a frente da fase contendo 0,4 ppm de sulfato de quinina em ácido sulfúrico
móvel ascenda 17 cm acima da linha de aplicação. 0,005 M.
Remover a placa e secar em ar quente. Nebulizar com
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1278 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição
Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução, hidratado)]. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo,
adicionar 1 mL de ácido sulfúrico 4 M. Após 1 hora, 110,0% da quantidade declarada de dextrose anidra (C6H12O6)
qualquer opalescência desenvolvida na solução não é mais ou dextrose monoidratada (C6H12O6.H2O). Pode conter sabor
intensa que a da solução obtida em Aspecto da solução característico.
diluída em água destilada na proporção de 10:1.
s ROTULAGEM
Observar a legislação vigente
Dextrose
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LAUDO DE ANÁLISE DE MATÉRIA-PRIMA
MATÉRIA-PRIMA: CÓDIGO INTERNO DA MATÉRIA-PRIMA:
SACAROSE XXX
DCB: CAS: FÓRMULA MOLECULAR: CÓDIGO/VERSÃO:
FABRICANTE/LOTE: FORNECEDOR/LOTE:
50
REF TESTE ESPECIFICAÇÃO RESULTADO
0,005 M.
a não é mais intensa que a da solução preparada no teste de Não será realizado
F.BRAS 5 . ed Bário durante a aula prática
Aspecto da solução diluída em água destilada na proporção
de 10:1.
a
F.BRAS 5 . ed Metais pesados No máximo 0,0005% (5 ppm).
a
F.BRAS 5 . ed Cinzas sulfatadas No máximo 0,02%.
( ) APROVADO ( ) REPROVADO
Disposição:
Observação:
51
MÉTODO DE ANÁLISE DE MATÉRIA-PRIMA
MATÉRIA-PRIMA: CÓDIGO INTERNO DA MATÉRIA-PRIMA:
SACAROSE XXX
DCB: CAS: FÓRMULA MOLECULAR: CÓDIGO/VERSÃO:
1. FÍSICO-QUÍMICO
a
1.1 Aspecto (F. Bras. 5 . Ed.)
a
1.2 Solubilidade (F. Bras. 5 . Ed.)
a
1.3 Identificação A - TLC (F. Bras. 5 . Ed.)
52
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
h) Frutose SQR
i) Glicose SQR
j) Lactose SQR
k) Metanol
l) Placa de sílica gel
m) Sacarose SQR
n) Timol
1.3.2 Procedimento:
a) Preparo da fase móvel
Preparar uma mistura de água, metanol, ácido acético glacial e cloreto de etileno (10:15:25:50).
b) Preparo da Solução 1
Em um balão de 20 mL adicionar 10,0 mg da amostra em uma mistura de água e metanol (2:3), homogeneizar.
Completar o volume do balão com a mesma mistura de solventes.
c) Preparo da Solução 2
Em um balão volumétrico de 20 mL adicionar 10,0 mg de Sacarose SQR em uma mistura de água e metanol (2:3),
homogeneizar. Completar o volume do balão com a mesma mistura de solventes.
d) Preparo da solução 3
Em um balão volumétrico de 20 mL adicionar 10,0 mg de Glicose SQR, Lactose SQR, Frutose SQR e Sacarose SQR em
uma mistura de água e metanol (2:3), homogeneizar. Completar o volume do balão com a mesma mistura de solventes.
e) Utilizar placa de sílica gel G, aplicando separadamente, 2 µL de cada solução descrita acima.
f) Desenvolver o cromatograma até que a frente da fase móvel ascenda 17 cm acima da linha de aplicação.
Proceder conforme MÉTODO GERAL PARA CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA.
g) Remover a placa e secar em ar quente.
h) Nebulizar com solução de timol a 0,5 % (p/v) em uma mistura de etanol e ácido sulfúrico (95:5).
i) Aquecer a placa em estufa a 130 °C por 10 minutos.
j) Especificação: A mancha principal obtida com a solução 1 corresponde em posição, cor e tamanho aquela obtida
com a Solução 2. O cromatograma da Solução 3 deve apresentar quatro manchas claramente separadas entre si.
a
1.4 Identificação B (F. Bras. 5 . Ed.)
53
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
1.4.2 Procedimentos:
a) Em um balão volumétrico de 100 mL adicionar 1 mL da solução obtida no teste de Aspecto da solução e
completar o volume com água ultrapurificada.
b) Para 5 mL desta solução adicionar 2 mL de solução de hidróxido de sódio 2 M (recém preparada) e
0,15 mL de solução de sulfato cúprico a 10 % (p/v) em água.
c) A solução resultante é azul e límpida, permanecendo inalterada sob aquecimento.
d) À solução quente adicionar 4 mL de solução de ácido clorídrico SR, aquecer até fervura e adicionar 4
mL da solução de hidróxido de sódio 2 M.
e) Especificação: Observar a formação imediata de um precipitado de coloração laranja.
54
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
55
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
56
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
57
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
f) Hidróxido de sódio M
g) Metabissulfito sódico
1.12.2 Procedimentos:
a) Preparo da solução amostra: Em um balão volumétrico de 50 mL dissolver 5,0 g da amostra em 40 mL
de água, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M e completar o volume do balão com água.
b) Preparo da solução padrão matriz: Em um balão volumétrico de 50 mL adicionar 76,0 mg de
metabissulfito sódico e água, homogeneizar e completar o volume do balão com água.
c) Primeira diluição: Pipetar 5 mL dessa solução, transferir para um balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume do balão com água.
d) Segunda diluição (Solução padrão): Pipetar 3 mL dessa solução, transferir para um balão volumétrico
de 100 mL e completar o volume do balão com água.
e) Separadamente, pipetar 10 mL da solução amostra e solução padrão, adicionar 1 mL de ácido
clorídrico 3 M, 2 mL de fucsina descorada SR e 2 mL de solução de formaldeído, deixar em repouso por 30
minutos.
f) Preparar branco em paralelo utilizando 10 mL de água e os mesmos reagentes nas mesmas
quantidades.
g) Medir as absorvâncias das soluções em 583 nm. A absorvância da Solução amostra não é superior à da
solução padrão.
h) Especificação: No máximo 0,0015% (15 ppm) de SO2.
i) Se a Solução padrão não exibir coloração de vermelho púrpura a azul púrpura, o resultado do teste é
inválido.
58
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)
d) Especificação: No máximo 0,02%. OBS: Preencher os dados conforme procedimento Dados brutos.
2. MICROBIOLÓGICO
2.1 Contagem de Microrganismos Aeróbios Totais e Contagem de Bolores e Leveduras (F. Bras. 5a. Ed.)
a) Prosseguir conforme os procedimentos procedimento de Preparo de Amostras Microbiológicas e Contagem de
Microrganismos Aeróbios Totais e Contagem de Bolores e Leveduras
3. REFERÊNCIA
Farmacopeia Brasileira 5º Edição.
4. ANEXOS E REGISTROS
• XX Especificação de Matéria Prima.
• XX Laudo de Análise.
• XX Dados brutos.
59
Monografia 01: Sacarose – Controle de Qualidade de Matéria-Prima (excipiente)_______________________________
5. HISTÓRICO
Versão 01: XX/XX/XXXX– Emissão inicial.
6. ELABORAÇÃO / REVISÃO
7. AVALIAÇÃO
8. APROVAÇÃO
9. IMPLEMENTAÇÃO
60
XX.XX
1. DEFINIÇÃO
O ensaio limite consiste na formação de partículas sólidas dos sulfetos de metais pesados, em suspensão, e
posterior comparação visual da intensidade da cor nas preparações amostra e padrão em tubo de Nessler. O
ensaio é semi quantitativo e possibilita inferir se a amostra passa ou não no teste, representando o
somatório da concentração dos elementos contaminantes na amostra.
2. PROCEDIMENTO
2.2 Método I
2.2.1 Preparação amostra
Transferir para tubo adequado solução da amostra preparada conforme especificado na monografia e diluir
para 25 mL com água, ou dissolver e diluir com água para 25 mL a quantidade de amostra, em gramas,
especificada na monografia ou calculada segundo a equação:
2 / (1000l)
61
Método Geral de Análise: Ensaio Limite para Metais Pesados – F. Bras. 5.ed._____________________________________________________
Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
faixa estreita como indicador externo. Diluir com água para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
2.2.4 Procedimento
A cada uma das preparações adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir com
água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolverse- á
tonalidade que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações de cima para baixo, segundo o eixo
vertical do tubo, sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa do na padrão. O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na preparação
controle for igual ou superior àquela do padrão.
2.3 Método II
2.3.1 Preparação amostra
Transferir para tubo adequado solução da amostra preparada conforme especificado na monografia e diluir
para 25 mL com solvente orgânico (dioxano ou acetona, contendo, no mínimo, 15% v/v de água), ou
dissolver e diluir com o mesmo solvente para 25 mL a quantidade de amostra, em gramas, especificada na
monografia ou calculada segundo a equação:
2 / (1000l)
Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
faixa estreita como indicador externo. Diluir com água para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
62
Método Geral de Análise: Ensaio Limite para Metais Pesados – F. Bras. 5.ed._____________________________________________________
2.3.3 Procedimento
A cada uma das preparações adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir com
água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á
coloração que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações de cima para baixo, segundo o eixo
vertical do tubo, sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa do que na padrão. O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na
preparação controle for igual ou superior àquela na padrão.
2 / (1000l)
Transferir a amostra para cadinho adequado, adicionar ácido sulfúrico suficiente para umedecer a
substância e incinerar, cuidadosamente, sob temperatura baixa. Adicionar à massa carbonizada 2 mL de
ácido nítrico e 5 gotas de ácido sulfúrico. Aquecer, com cuidado, até que não mais se desprendam vapores
brancos. Incinerar em mufla a 500 - 600 ºC até completa combustão do carbono. Resfriar em temperatura
ambiente, adicionar 4 mL de ácido clorídrico 6 M, cobrir, digerir em banho-maria por 15 minutos, descobrir
e evaporar em banho-maria, lentamente, até secura. Umedecer o resíduo com 1 gota de ácido clorídrico,
adicionar 10 mL de água quente e digerir em banho-maria por 2 minutos. Alcalinizar ao papel tornassol com
hidróxido de amônio 6 M adicionado gota a gota. Diluir com água para 25 mL e ajustar o pH entre 3,0 e 4,0
com ácido acético M, utilizando papel indicador de faixa estreita como indicador externo. Filtrar se
necessário, lavar o cadinho e o filtro com 10 mL de água e combinar o filtrado e as águas de lavagem em
tubo adequado para comparação de cor. Diluir com água para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
63
Método Geral de Análise: Ensaio Limite para Metais Pesados – F. Bras. 5.ed._____________________________________________________
2.4.3 Procedimento
A cada uma das preparações adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir com
água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á
coloração que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações de cima para baixo, segundo o eixo
vertical do tubo, sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa do que aquela no padrão. O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na
preparação controle for igual ou superior àquela no padrão.
2.5 Método IV
2.5.1 Preparo da amostra
Pesar, exatamente, quantidade de amostra recomendada na monografia ou calculada segundo a equação:
2 / (1000l)
Transferir para tubo de digestão de vidro borossilicato de 100 mL e adicionar cerca de 10 mL de ácido
nítrico. Proceder à digestão em chapa de aquecimento ou bloco digestor em temperatura de 120 °C,
durante 3 horas. Recomenda-se aquecer o sistema lentamente, para evitar projeção da amostra. Caso haja
evaporação do ácido, adicionar outra alíquota de 5 mL. Caso uma preparação límpida não seja obtida,
adicionar, após resfriamento, 2 mL de peróxido de hidrogênio a 30% (p/p) e aquecer a 140 °C por mais uma
hora. Esfriar e diluir, cautelosamente, com pequeno volume de água. Transferir, com lavagem, para tubo de
Nessler de 50 mL, sem ultrapassar 25 mL. Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de
solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 mL com água. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com
ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como indicador
externo. Diluir com água para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
64
Método Geral de Análise: Ensaio Limite para Metais Pesados – F. Bras. 5.ed._____________________________________________________
2.5.3 Procedimento
A cada uma das preparações adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir com
água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á
coloração que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações de cima para baixo, segundo o eixo
vertical do tubo, sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa do que no padrão. O teste somente é válido se a intensidade da coloração desenvolvida na
preparação controle for igual ou superior àquela no padrão.
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4. HISTÓRICO
5. ELABORAÇÃO / REVISÃO
6. AVALIAÇÃO
7. APROVAÇÃO
8. IMPLEMENTAÇÃO
65
Sendo fixa a quantidade de sulfato (= 1,2008 x 10-3 g), Preparo do reagente de tioacetamida: dissolver 4 g de
se o limite de sulfato em determinada substância for, por tioacetamida em água e completar o volume a 100 mL.
exemplo, 500 ppm, deverão ser utilizados 2,4 g de amostra Tomar 0,2 mL e adicionar a 1 mL da mistura de hidróxido
para obter-se até a mesma turbidez do padrão; se o limite de sódio M, 5 mL de água e 20 mL de glicerina. Aquecer
for de 151 ppm de sulfato, deverão ser utilizados 8 g de em banho-maria por 20 s, resfriar e utilizar imediatamente.
amostra e assim por diante.
2 / (1000l)
A determinação de metais pesados pode ser efetuada por
dois métodos: ensaio limite por formação de partículas em que
sólidas de sulfetos ou determinação por espectrometria l = limite de metais pesados na amostra em porcentagem
atômica. (p/p).
O ensaio limite consiste na formação de partículas sólidas Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou
dos sulfetos de metais pesados, em suspensão, e posterior hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
5
comparação visual da intensidade da cor nas preparações faixa estreita como indicador externo. Diluir com água
amostra e padrão em tubo de Nessler. O ensaio é semi para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
quantitativo e possibilita inferir se a amostra passa ou não
no teste, representando o somatório da concentração dos Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de
elementos contaminantes na amostra. solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 mL
com água. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético
O método por espectrometria atômica possibilita M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador
quantificar cada elemento contaminante na amostra de faixa estreita como indicador externo. Diluir com água
e limites diferenciados são estabelecidos para cada para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
elemento de acordo com a sua toxicidade e o tipo de forma
farmacêutica. Elementos como As, Cd, Pb e Hg, devido à Preparação controle: transferir para um terceiro tubo
elevada toxicidade apresentam limites mais baixos que os volume de solução da amostra preparada conforme descrito
demais. Devido à maior biodisponibilidade de elementos na monografia ou em preparação amostra e adicionar 2 mL
eventualmente presentes em substâncias utilizadas na de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). Ajustar o pH
fabricação de produtos parenterais, os limites requeridos são entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio
inferiores aqueles relacionados para utilização por via oral. 6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como
indicador externo. Diluir com água para aproximadamente
MÉTODO DO ENSAIO LIMITE 40 mL e homogeneizar.
Tampão acetato pH 3,5: dissolver 25,0 g de acetato de Preparação amostra: transferir para tubo adequado
amônio em 25 mL de água e adicionar 38 mL de ácido solução da amostra preparada conforme especificado na
clorídrico 6 M. Se necessário, ajustar o pH em 3,5 com monografia e diluir para 25 mL com solvente orgânico
hidróxido de amônio 6 M ou ácido clorídrico 6 M. Diluir (dioxano ou acetona, contendo, no mínimo, 15% v/v de
para 100 mL com água e homogeneizar. água), ou dissolver e diluir com o mesmo solvente para 25
mL a quantidade de amostra, em gramas, especificada na
monografia ou calculada segundo a equação:
2 / (1000l) Resfriar em temperatura ambiente, adicionar 4 mL de
ácido clorídrico 6 M, cobrir, digerir em banho-maria
em que por 15 minutos, descobrir e evaporar em banho-maria,
lentamente, até secura. Umedecer o resíduo com 1 gota
l = limite de metais pesados na amostra em porcentagem
de ácido clorídrico, adicionar 10 mL de água quente e
(p/p).
digerir em banho-maria por 2 minutos. Alcalinizar ao papel
Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou tornassol com hidróxido de amônio 6 M adicionado gota a
hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de gota. Diluir com água para 25 mL e ajustar o pH entre 3,0
faixa estreita como indicador externo. Diluir com água e 4,0 com ácido acético M, utilizando papel indicador de
para aproximadamente 40 mL e homogeneizar. faixa estreita como indicador externo. Filtrar se necessário,
lavar o cadinho e o filtro com 10 mL de água e combinar
Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL o filtrado e as águas de lavagem em tubo adequado para
de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 comparação de cor. Diluir com água para aproximadamente
mL com o mesmo solvente empregado para a dissolução da 40 mL e homogeneizar.
amostra. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M
ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL
faixa estreita como indicador externo. Diluir com o mesmo de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25
solvente empregado para a dissolução da amostra para mL com o mesmo solvente empregado para a dissolução da
aproximadamente 40 mL e homogeneizar. amostra. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M
ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
Preparação controle: transferir para um terceiro tubo faixa estreita como indicador externo. Diluir com o mesmo
volume de solução da amostra preparada conforme solvente empregado para a dissolução da amostra para
descrito na monografia ou em preparação amostra e aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
5
adicionar 2 mL de solução padrão de chumbo (10 ppm
Pb). Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou Preparação controle: transferir para um terceiro tubo
hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de volume de solução da amostra preparada conforme
faixa estreita como indicador externo. Diluir com o mesmo descrito na monografia ou em preparação amostra e
solvente empregado para a dissolução da amostra para adicionar 2 mL de solução padrão de chumbo (10 ppm
aproximadamente 40 mL e homogeneizar. Pb). Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou
hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
Procedimento: a cada uma das preparações adicionar 2 mL faixa estreita como indicador externo. Diluir com o mesmo
de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir solvente empregado para a dissolução da amostra para
com água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á coloração
que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações Procedimento: a cada uma das preparações adicionar 2 mL
de cima para baixo, segundo o eixo vertical do tubo, de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir
sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na com água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso
preparação amostra não é mais intensa do que na padrão. por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á coloração
O teste somente é válido se a intensidade da coloração que varia do amarelo ao preto.Observar as preparações
desenvolvida na preparação controle for igual ou superior de cima para baixo, segundo o eixo vertical do tubo,
àquela na padrão. sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida
na preparação amostra não é mais intensa do que aquela
na padrão. O teste somente é válido se a intensidade da
MÉTODO III
coloração desenvolvida na preparação controle for igual ou
Preparo da amostra: utilizar a quantidade de amostra, em superior àquela na padrão.
gramas, especificada na monografia ou calculada segundo
a equação: MÉTODO IV
2 / (1000l) Preparo da amostra: Pesar, exatamente, quantidade de
amostra recomendada na monografia ou calculada segundo
em que
a equação:
l = limite de metais pesados na amostra em porcentagem
2 / (1000l)
(p/p).
em que
Transferir a amostra para cadinho adequado, adicionar
ácido sulfúrico suficiente para umedecer a substância l = limite de metais pesados na amostra em porcentagem
e incinerar, cuidadosamente, sob temperatura baixa. (p/p).
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e 5
gotas de ácido sulfúrico. Aquecer, com cuidado, até que Transferir para tubo de digestão de vidro borossilicato
não mais se desprendam vapores brancos. Incinerar em de 100 mL e adicionar cerca de 10 mL de ácido nítrico.
mufla a 500 - 600 ºC até completa combustão do carbono. Proceder à digestão em chapa de aquecimento ou bloco
digestor em temperatura de 120 °C, durante 3 horas. conforme descrito em Decomposição por via úmida em
Recomenda-se aquecer o sistema lentamente, para evitar sistema fechado ou Método de combustão iniciada por
projeção da amostra. Caso haja evaporação do ácido, micro-ondas em sistema pressurizado descritos em Método
adicionar outra alíquota de 5 mL. Caso uma preparação de espectrometria atômica.
límpida não seja obtida, adicionar, após resfriamento, 2 mL
de peróxido de hidrogênio a 30% (p/p) e aquecer a 140 °C Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de
por mais uma hora. Esfriar e diluir, cautelosamente, com solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 mL
pequeno volume de água. Transferir, com lavagem, para com água. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético
tubo de Nessler de 50 mL, sem ultrapassar 25 mL. M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador
de faixa estreita como indicador externo. Diluir com água
Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 mL
com água. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético Preparação controle: transferir para um terceiro tubo
M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador volume de solução da amostra preparada conforme descrito
de faixa estreita como indicador externo. Diluir com água na monografia ou em preparação amostra e adicionar 2 mL
para aproximadamente 40 mL e homogeneizar. de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). Ajustar o pH
entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio
Preparação controle: transferir para um terceiro tubo 6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como
volume de solução da amostra preparada conforme descrito indicador externo. Diluir com água para aproximadamente
na monografia ou em preparação amostra e adicionar 2 mL 40 mL e homogeneizar.
de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). Ajustar o pH
entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio Procedimento: a cada uma das preparações adicionar 2 mL
6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir
com água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso
5
indicador externo. Diluir com água para aproximadamente
40 mL e homogeneizar. por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á coloração
que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações
Procedimento: a cada uma das preparações adicionar 2 mL de cima para baixo, segundo o eixo vertical do tubo,
de tampão acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida. Diluir sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida
com água para 50 mL, homogeneizar e deixar em repouso na preparação amostra não é mais intensa do que aquela
por 2 minutos. Após 2 minutos, desenvolver-se-á coloração na padrão. O teste somente é válido se a intensidade da
que varia do amarelo ao preto. Observar as preparações coloração desenvolvida na preparação controle é igual ou
de cima para baixo, segundo o eixo vertical do tubo, superior àquela na padrão.
sobre fundo branco. Qualquer coloração desenvolvida na
preparação amostra não é mais intensa do que na padrão. MÉTODO DE ESPECTROMETRIA ATÔMICA
O teste somente é válido se a intensidade da coloração
desenvolvida na preparação controle for igual ou superior Utilizar técnicas de espectrometria atômica para
àquela na padrão. determinação de As, Cd, Cr, Cu, Hg, Ir, Mn, Mo, Ni, Os,
Pb, Pd, Pt, Rh, Ru e V, conforme Espectrometria atômica
MÉTODO V (5.2.13). Entretanto, diferentes procedimentos de preparo
da amostra podem ser aplicados, como demonstrado na
Preparo da amostra: nos casos em que os métodos anteriores Figura 1.
de preparo de amostra não forem eficientes, proceder
5
Tabela 1 - Limites permitidos de impurezas de metais e não metais.
XX.XX
1. DEFINIÇÃO
Esse ensaio se destina a determinar a quantidade de substância volátil de qualquer natureza eliminada nas
condições especificadas na monografia. No caso de ser a água a única substância volátil, basta determinar
seu teor segundo um dos métodos descritos em Determinação de água. Para os demais casos, o
procedimento adotado é o descrito abaixo, sendo o método a ser adotado especificado nas monografias.
2. PROCEDIMENTO
Observação:
No caso de a substância fundir a uma temperatura mais baixa que a especificada para a determinação,
manter o pesa-filtro com seu conteúdo por 1 a 2 horas à temperatura de 5 a 10 ºC abaixo do ponto de fusão,
antes de secá-la à temperatura especificada. Quando a substância se decompõe a temperatura de 105 ºC,
ela deve ser dessecada em uma temperatura mais baixa. Em ambos os casos, pode-se realizar a secagem à
pressão reduzida, em dessecador. A porcentagem de perda por dessecação é dada pela equação:
Pa
Sendo:
Pa = peso da amostra.
Pu = peso do pesa-filtro contendo a amostra antes da dessecação.
Ps = peso do pesa-filtro contendo a amostra após a dessecação.
67
Método Geral de Análise: Determinação de Perda por Dessecação – F. Bras. 5.ed.___________________________________________________
Pesar cerca de 1g da substância a ser analisada e distribuir o material uniformemente no prato de alumínio
contido dentro do aparelho; definir o tempo e temperatura de secagem segundo descrito na monografia da
respectiva substância. Na maioria das vezes, utiliza-se um (1) minuto a 105 ºC. Acionar o aparelho e anotar
o valor da umidade, em percentual, que aparecerá no display do aparelho.
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
4. HISTÓRICO
5. ELABORAÇÃO / REVISÃO
6. AVALIAÇÃO
7. APROVAÇÃO
8. IMPLEMENTAÇÃO
68
O poder rotatório das soluções deve ser determinado dentro em que
de 30 minutos após a preparação. Nos casos nos quais
ocorre racemização ou mutarrotação todas as condições Pa = peso da amostra,
devem ser padronizadas desde o tempo de preparo da Pu = peso do pesa-filtro contendo a amostra antes da
solução e o de medida no polarímetro. dessecação,
Ps = peso do pesa-filtro contendo a amostra após a
O poder rotatório e o poder rotatório específico referem-se dessecação.
à substância seca, anidra ou isenta de solvente em todas as
monografias em que se fornecem os valores da umidade,
Balança por infravermelho ou utilizando lâmpada
perda por dessecação ou conteúdo de solvente.
halogenada
5
Para os demais casos, o procedimento adotado é o descrito
abaixo, sendo o método a ser adotado especificado nas Termogravimetria
monografias.
Proceder conforme descrito em Análise Térmica (5.2.27).
PROCEDIMENTO
5.2.10 DETERMINAÇÃO
Método Gravimétrico DE CINZAS SULFATADAS
Reduzir a substância a pó fino, caso se apresente na (RESÍDUO POR INCINERAÇÃO)
forma de cristais volumosos. Pesar, exatamente, cerca
de 1 a 2 g e transferir para pesa-filtro chato previamente
Cinzas sulfatadas compreendem o resíduo não volátil à
dessecado durante 30 minutos nas mesmas condições a
incineração na presença de ácido sulfúrico, conforme a
serem empregadas na determinação. Após resfriamento
técnica especificada. Em geral, o ensaio visa a determinar o
em dessecador, pesar o pesa-filtro, tampado, contendo a
teor de constituintes ou impurezas inorgânicas contidos em
amostra. Agitar o pesa-filtro brandamente para distribuir
substâncias orgânicas. Também se destina à determinação
a amostra da maneira mais uniforme possível, a uma
de componentes inorgânicos em misturas e da quantidade
altura ideal de 5 mm. Colocar o pesa-filtro na estufa,
de impurezas contidas em substâncias inorgânicas
retirar a tampa, deixando-a também na estufa. Secar a
termolábeis.
amostra (geralmente a 105 oC) e por um determinado prazo
(geralmente 2 horas) especificado na monografia. Esfriar
até temperatura ambiente em dessecador. Pesar. Repetir a PROCEDIMENTO
operação até peso constante.
Pesar exatamente de 1 a 2 g (ou a quantidade especificada
Observação: No caso de a substância fundir a uma na monografia) de substância pulverizada, transferir para
temperatura mais baixa que a especificada para a cadinho (como exemplo: platina, porcelana, sílica, quartzo)
determinação, manter o pesa-filtro com seu conteúdo por previamente calcinado, esfriado em dessecador e tarado,
1 a 2 horas à temperatura de 5 a 10 oC abaixo do ponto de e adicionar cerca de 1 mL de ácido sulfúrico. Aquecer
fusão, antes de secá-la à temperatura especificada. Quando brandamente até carbonização em temperatura não
a substância se decompõe a temperatura de 105 oC, ela deve superior a 600 oC ± 50 oC. Esfriar e adicionar lentamente
ser dessecada em uma temperatura mais baixa. Em ambos cerca de 1 mL de ácido sulfúrico para umedecer o resíduo,
os casos, pode-se realizar a secagem à pressão reduzida, carbonizar e incinerar com aquecimento gradativo até 600
em dessecador. o
C ± 50 oC. Esfriar, pesar novamente e incinerar por mais
30 minutos. Repita este procedimento até que a diferença
A porcentagem de perda por dessecação é dada pela entre duas pesagens sucessivas não seja maior que 0,5
equação mg. Um equipamento calibrado, por exemplo mufla, deve
ser utilizado para o controle da temperatura. Calcular a
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Aula Teórica 04 e 05
Aula Teórica: Controle de Qualidade de Insumos (Excipientes e IFA) 2 / Doseamento 1 Aula 04 e 05
AULA 04 TEÓRICA:
APROFUNDAR EM CARACTERIZAÇÃO de MATERIAIS
• Forma cristalina, polimorfismo, e estabilidade térmica dos cristais;
• Vantegens e Desvantagens: Cristal x Amorfo;
• Técnicas de CQ para Identificar o cristal (pesquisa) e técnicas usadas para monitorar na rotina do CQ (indústria)
• Quiralidade, e técnicas analíticas para monotoramento de pureza quiral pelo CQ
• Impurezas e a importância dos seus limites: inorgânicas, orgânicas voláteis e orgânicas
AULA 05 TEÓRICA:
• Técnicas de DOSEAMENTO de matérias-primas
• Importância de padrões analíticos no doseamento
AULAS PRÁTICAS:
o Identificação C
o Cloretos PRÁTICA 4
o Sulfatos
ESPECIFICAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA
CÓD. MATÉRIA-PRIMA: MATÉRIA-PRIMA:
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
TESTE ESPECIFICAÇÃO
71
LAUDO DE ANÁLISE
CÓD. MATÉRIA-PRIMA: MATÉRIA-PRIMA:
FABRICANTE/LOTE: FORNECEDOR/LOTE:
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
Substâncias facilmente carbonizáveis Não se desenvolve coloração nitidamente parda antes Não será realizado durante a aula
F. Brasileira 5ºEdição. de 20 minutos. prática
AULA 04:
Cloretos No máximo 0,014% (140 ppm).
F. Brasileira 5ºEdição.
AULA 04:
Sulfatos No máximo 0,02% (200 ppm).
F. Brasileira 5ºEdição.
72
AULA 05:
Disposição:
( ) APROVADO ( ) REPROVADO
Observação:
73
ENSAIOS DE PUREZA DESCRIÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 583
aa
Metais pesados (5.3.2.3). Suspender 1 g da amostra em 15 Características físicas. Pó esponjoso, branco e cristalino
mL de água destilada e adicionar quantidade de hidróxido ou cristais brancos, geralmente em forma de agulhas finas,
de amônio 6 M até dissolução. Adicione ácido acético SR inodoro e de sabor a princípio adocicado, passando a
até que a mistura fique levemente ácida ao papel tornassol e azedo. O produto sintético é branco e inodoro. O obtido de
adicione mais 2 mL do mesmo ácido. Prosseguir conforme substâncias naturais é ligeiramente corado de amarelo ou
descrito em Método I. No máximo 0,002% (20 ppm). róseo e com leve odor de salicilato de metila.
Perda por dessecação (5.2.9). No máximo 0,2%. Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel
em acetona, facilmente solúvel em etanol e éter etílico,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%. ligeiramente solúvel em clorofórmio e óleos graxos.
Constantes físico-químicas.
DOSEAMENTO
Faixa de Fusão (5.2.2): 158 °C a 161 °C.
Pesar exatamente cerca de 250 mg da amostra, previamente
dessecada, e transferir para erlenmeyer. Adicionar 5 mL
de ácido clorídrico e 50 mL de água destilada. Agitar até IDENTIFICAÇÃO
completa dissolução, aquecendo, se necessário. Resfriar
a cerca de 15 ºC, adicionar 25 g de gelo picado e titular Os testes de identificação B. e C. podem ser omitidos se for
lentamente com nitrito de sódio 0,1 M SV até que uma gota realizado o teste A.
produza uma coloração azul ao ser tocada, em uma placa
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de porcelana, por bastão de vidro umedecido pela solução
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de amido iodetado SI. A titulação estará terminada quando
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
a mistura estiver em repouso mais de 1 minuto e uma gota
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
reproduzir a coloração azul observada com a solução de
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
amido iodetado SI. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV
ácido salicílico SQR, preparado de maneira idêntica.
equivale a 13,714 mg de C7H7NO2.
B. Solubilizar 0,1 g da amostra, a frio, em ácido sulfúrico.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Adicionar alguns cristais de nitrato de sódio. Desenvolve-
se coloração vermelha.
Em recipientes bem fechados e opacos.
C. Adicionar a uma solução aquosa saturada da amostra
uma gota de cloreto férrico SR. Desenvolve-se coloração
ROTULAGEM roxa que, pela adição de hidróxido de amônio, se torna
pardo-esverdeada. Os ácidos minerais fortes, algumas
Observar a legislação vigente. bases e diferentes sais impedem esta reação.
MÉTODO DE ANÁLISE
CÓD. MATÉRIA-PRIMA: MATÉRIA-PRIMA:
XXXXXX XXX
1. FÍSICO-QUÍMICO
75
1.4.2 Procedimentos:
a) Proceder conforme Método Geral de INFRAVERMELHO.
b) Especificação: O espectro de absorção no infravermelho da amostra, dispersa em brometo de potássio,
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
relativas daqueles observados no espectro de ácido salicílico SQR, preparado de maneira idêntica.
b) Água destilada
c) Chapa aquecedora
d) Filtro
1.9.2 Procedimento:
a) Dissolver, sob aquecimento, 1,5 g da amostra em 75 mL de água destilada. Deixar resfriar, adicionar
água destilada até completar o volume inicial e filtrar.
b) Um volume de 25 mL do filtrado não contem mais cloreto do que o correspondente a 0,10 mL do ácido
clorídrico 0,02 M.
c) Proceder conforme Método Geral de CLORETOS.
d) Especificação: No máximo 0,014% (140 ppm).
77
Sendo:
Pa = peso da amostra.
Pu = peso do pesa-filtro contendo a amostra antes da dessecação.
Ps = peso do pesa-filtro contendo a amostra após a dessecação.
2. MICROBIOLÓGICO
Não aplicável.
3. ANEXOS E REGISTROS
• XXXXXX– Especificação de Matéria Prima.
• XXXXX – Laudo de Análise.
• XXXXXX - Dados brutos.
4. HISTÓRICO
Versão 01: XX/XX/XXXX – Emissão inicial.
78
5.3.2 ENSAIOS LIMITE PARA Fixando-se o volume de solução padrão em 1 mL pode
calcular-se m (massa em grama da amostra) pela fórmula:
IMPUREZAS ORGÂNICAS
m = 354,6
l
5.3.2.1 ENSAIO LIMITE PARA CLORETOS sendo l o limite de cloreto em ppm na matéria-prima.
Tabela 1 – Limites de impureza cloreto e quantidades correspondentes da matéria-prima para se realizar o ensaio
5
considerando a utilização constante de 1,0 mL da solução padrão que contém 3,546 x 10-4 g de cloreto.
Quantidade de amostra (g) Limite de cloreto (ppm) Quantidade de amostra (g) Limite de cloreto (ppm)
0,10 3546 (= 0,355%) 3,8 93
0,15 2364 (= 0,236%) 4,0 88
0,20 1773 (= 0,180%) 4,2 84
0,25 1418 (= 0,l42%) 4,4 80
0,30 1182 (= 0,120%) 4,6 77
0,35 1013 (= 0,100%) 4,8 74
0,40 886 5,0 71
0,45 788 5,2 68
0,50 709 5,4 65
0,55 645 5,6 63
0,60 591 5,8 61
0,65 545 6,0 59
0,70 506 6,2 57
0,75 473 6,4 55
0,80 443 6,6 53
0,85 417 6,8 52
0,90 394 7,0 50
0,95 373 7,2 49
1,00 354 7,4 48
1,2 295 7,6 46
1,4 253 7,8 45
1,6 221 8,0 44
1,8 197 8,2 43
2,0 177 8,4 42
2,2 161 8,6 41
2,4 148 8,8 40
2,6 136 9,0 39
2,8 126 9,2 38
3,0 118 9,4 37
3,2 111 9,6 37
3,4 104 9,8 36
3,6 98 10,0 35
Sendo fixa a quantidade de cloreto (= 3,546 x 10-4 g) na não estiver perfeitamente límpida, filtrar através de papel
preparação padrão, se o limite de cloreto em determinada de filtro isento de sulfato. Transferir o filtrado para tubo
substância for, por exemplo, 354 ppm, dever-se-á utilizar de Nessler. Deve-se empregar uma quantidade de amostra
1 g da substância para obter-se até a mesma turbidez do que possibilite o uso de volume maior do que 0,2 mL de
padrão; se o limite for de 71 ppm de cloreto, deverão ser solução de ácido sulfúrico padrão. Fixando-se o volume de
utilizados 5 g de amostra e assim por diante. solução padrão em 2,5 mL pode calcular-se m (massa em
grama da amostra) pela fórmula:
Alternativamente, proceder conforme descrito em
Cromatografia iônica (5.2.17.4.1), utilizando cromatógrafo m = 1200,8
equipado com coluna de troca aniônica e detector por l
condutividade com supressão química.
sendo l o limite de sulfato em ppm na matéria-prima.
5.3.2.2. ENSAIO LIMITE PARA SULFATOS Preparação padrão: transferir o volume de ácido sulfúrico
padrão (H2SO4 0,005 M SV) indicado na monografia,
ou indicado na Tabela 2, ou calculado, para um tubo de
Preparação amostra: transferir a quantidade da amostra Nessler e adicionar um volume de 30 a 40 mL de água
especificada na monografia, ou indicada na Tabela 2, ou destilada.
calculada, para um tubo de Nessler (capacidade de 50
mL e 22 mm de diâmetro interno), adicionando 30 a 40 Procedimento: aos tubos de Nessler contendo a preparação
mL de água destilada. Caso seja utilizada uma solução padrão e a preparação amostra, adicionar 1 mL de ácido
da amostra, transferir o volume da solução especificado clorídrico 3 M e 3 mL de cloreto de bário SR. Completar
na monografia, ou calculado, para o tubo de Nessler e o volume para 50 mL com água destilada. Homogeneizar.
completar o volume para 30 a 40 mL com água destilada. Deixar em repouso por cerca de 10 minutos. A turbidez da
5
Se necessário, neutralizar com ácido clorídrico SR. Pode- preparação amostra não deve ser superior à da padrão.
se, eventualmente, utilizar ácido acético. Se a preparação
Tabela 2 – Limites de impureza sulfato e quantidades correspondentes da matéria-prima para se realizar o ensaio
considerando a utilização constante de 2,5 mL da solução padrão que contém 1,2008 x 10-3 g de sulfato.
Quantidade de amostra (g) Limite de sulfato (ppm) Quantidade de amostra (g) Limite de sulfato (ppm)
0,50 2401 (= 0,240%) 4,6 261
0,55 2183 (= 0,220%) 4,8 250
0,60 2001 (= 0,200%) 5,0 240
0,65 1847 (= 0,185%) 5,2 231
0,70 1715 (= 0,171%) 5,4 222
0,75 1601 (= 0,160%) 5,6 214
0,80 1501 (= 0,150%) 5,8 207
0,85 1412 (= 0,141%) 6,0 200
0,90 1334 (= 0,133%) 6,2 194
0,95 1264 (= 0,126%) 6,4 187
1,00 1200 (= 0,120%) 6,6 182
1,2 1001 (= 0,100%) 6,8 177
1,4 858 7,0 171
1,6 750 7,2 166
1,8 667 7,4 162
2,0 600 7,6 158
2,2 546 7,8 154
2,4 500 8,0 151
2,6 462 8,2 146
2,8 429 8,4 143
3,0 400 8,6 139
3,2 375 8,8 136
3,4 353 9,0 133
3,6 333 9,2 130
3,8 316 9,4 127
4,0 300 9,6 125
4,2 286 9,8 122
4,4 273 10,0 120
Sendo fixa a quantidade de sulfato (= 1,2008 x 10-3 g), Preparo do reagente de tioacetamida: dissolver 4 g de
se o limite de sulfato em determinada substância for, por tioacetamida em água e completar o volume a 100 mL.
exemplo, 500 ppm, deverão ser utilizados 2,4 g de amostra Tomar 0,2 mL e adicionar a 1 mL da mistura de hidróxido
para obter-se até a mesma turbidez do padrão; se o limite de sódio M, 5 mL de água e 20 mL de glicerina. Aquecer
for de 151 ppm de sulfato, deverão ser utilizados 8 g de em banho-maria por 20 s, resfriar e utilizar imediatamente.
amostra e assim por diante.
2 / (1000l)
A determinação de metais pesados pode ser efetuada por
dois métodos: ensaio limite por formação de partículas em que
sólidas de sulfetos ou determinação por espectrometria l = limite de metais pesados na amostra em porcentagem
atômica. (p/p).
O ensaio limite consiste na formação de partículas sólidas Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou
dos sulfetos de metais pesados, em suspensão, e posterior hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador de
5
comparação visual da intensidade da cor nas preparações faixa estreita como indicador externo. Diluir com água
amostra e padrão em tubo de Nessler. O ensaio é semi para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
quantitativo e possibilita inferir se a amostra passa ou não
no teste, representando o somatório da concentração dos Preparação padrão: transferir para tubo adequado 2 mL de
elementos contaminantes na amostra. solução padrão de chumbo (10 ppm Pb) e diluir para 25 mL
com água. Ajustar o pH entre 3,0 e 4,0 com ácido acético
O método por espectrometria atômica possibilita M ou hidróxido de amônio 6 M utilizando papel indicador
quantificar cada elemento contaminante na amostra de faixa estreita como indicador externo. Diluir com água
e limites diferenciados são estabelecidos para cada para aproximadamente 40 mL e homogeneizar.
elemento de acordo com a sua toxicidade e o tipo de forma
farmacêutica. Elementos como As, Cd, Pb e Hg, devido à Preparação controle: transferir para um terceiro tubo
elevada toxicidade apresentam limites mais baixos que os volume de solução da amostra preparada conforme descrito
demais. Devido à maior biodisponibilidade de elementos na monografia ou em preparação amostra e adicionar 2 mL
eventualmente presentes em substâncias utilizadas na de solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). Ajustar o pH
fabricação de produtos parenterais, os limites requeridos são entre 3,0 e 4,0 com ácido acético M ou hidróxido de amônio
inferiores aqueles relacionados para utilização por via oral. 6 M utilizando papel indicador de faixa estreita como
indicador externo. Diluir com água para aproximadamente
MÉTODO DO ENSAIO LIMITE 40 mL e homogeneizar.
Tampão acetato pH 3,5: dissolver 25,0 g de acetato de Preparação amostra: transferir para tubo adequado
amônio em 25 mL de água e adicionar 38 mL de ácido solução da amostra preparada conforme especificado na
clorídrico 6 M. Se necessário, ajustar o pH em 3,5 com monografia e diluir para 25 mL com solvente orgânico
hidróxido de amônio 6 M ou ácido clorídrico 6 M. Diluir (dioxano ou acetona, contendo, no mínimo, 15% v/v de
para 100 mL com água e homogeneizar. água), ou dissolver e diluir com o mesmo solvente para 25
mL a quantidade de amostra, em gramas, especificada na
monografia ou calculada segundo a equação:
paredes do copo de béquer e o vidro de relógio com água de dióxido de carbono. Juntar duas gotas de fenolftaleína SI
a
até cerca de 100 mL. Continuar agitando, magneticamente. e titular com a solução de hidróxido de sódio até formação
Adicionar 30 mL da solução de edetato dissódico a partir permanente de cor rósea. Cada mL de hidróxido de sódio
de bureta de 50,0 mL. Juntar 15 mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 204,220 mg de biftalato de potássio.
SR e 300 mg do indicador azul de hidroxinaftol. Continuar Conservação – Recipientes bem fechados, inertes (tipo
a titulação da solução de edetato dissódico até cor azul. polietileno). Rolhas providas de tubo contendo a mistura
Calcular a molaridade. hidróxido de sódio e óxido de cálcio.
Conservação – Recipientes bem fechados. Armazenagem – Proteger do dióxido de carbono.
Segurança – Cáustico.
14
Edetato dissódico 0,1 M SV Informação adicional – Conferir o título com frequência.
Preparação – Dissolver 37,5 g em 500 mL de água,
adicionar 100 mL de hidróxido de sódio M e completar
Hidróxido de sódio etanólico 0,1 M SV
para 1000 mL com água.
Preparação – Preparar solução de hidróxido de sódio a
Padronização – Dissolver 0,12 g de zinco em pó (com
50% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono. Resfriar
grau de pureza de 99,9%) em 10 mL de ácido clorídrico M.
à temperatura ambiente e deixar sedimentar. Transferir 2
Juntar 0,1 mL de água de bromo SR. Eliminar o excesso
mL do sobrenadante para balão volumétrico de 250 mL e
de bromo por ebulindo a solução. Adicionar solução de
completar o volume com etanol.
hidróxido de sódio a 8,5% (p/v) até reação fracamente ácida
ou neutra, e proceder conforme descrito em Titulações Padronização – Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g de ácido
complexométricas (5.3.3.4) para Zinco. Cada mL de benzóico e dissolver em mistura de 10 mL de etanol e 2
edetato dissódico 0,1 M SV equivale a 6,536 mg de zinco. mL de água. Adicionar duas gotas de fenolftaleína SI e
titular com a solução de hidróxido de sódio etanólico até
Conservação – Recipientes bem fechados.
coloração rósea permanente. Cada mL de hidróxido de
sódio 0,1 M SV equivale a 122,120 mg de ácido benzóico.
Hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV Conservação – Em recipientes bem fechados, inertes (tipo
Nome alternativo – Hidróxido de potássio alcoólico 0,5 M SV. polietileno).
Preparação – Dissolver 3 g de hidróxido de potássio em Armazenagem – Proteger da exposição ao dióxido de
5 mL de água e adicionar etanol para 100 mL. Deixar a carbono.
solução em repouso durante aproximadamente 24 horas. Segurança – Cáustico.
Decantar o líquido límpido, e transferir para recipientes de
material inerte e protegidos da luz.
Hidróxido de tetrabutilamônio 0,1 M SV
Padronização – Titular 20 mL da solução com ácido
clorídrico 0,5 M SV usando 0,5 mL de fenolftaleína SI Preparação – Dissolver 40 g de iodeto de tetrabutilamônio
como indicador. Cada mL de ácido clorídrico 0,5 M SV em 900 mL de metanol anidro, em frasco de erlenmeyer
equivale a 28,060 mg de hidróxido de potássio. provido de rolha esmerilhada. Colocar em banho de gelo,
adicionar 20 g de óxido de prata pulverizado, tampar o
frasco e agitar vigorosamente por 60 minutos. Retirar
Hidróxido de potássio M SV alguns mL e centrifugar. Verificar presença de iodeto no
Preparação – Dissolver 60 g de hidróxido de potássio em líquido sobrenadante. Se o teste é positivo, adicionar mais
água a 1000 mL. Adicionar solução saturada de hidróxido 2 g de óxido de prata e deixar em repouso por 30 minutos,
de bário, recentemente preparada, até que não se forme agitando ocasionalmente. Filtrar através de funil de placa
mais precipitado. Agitar e deixar em repouso durante porosa, lavar o erlenmeyer e o funil com três porções
aproximadamente 12 horas. Decantar o líquido límpido, ou de 50 mL de tolueno e juntar o tolueno de lavagem ao
filtrar, e transferir para recipientes de material inerte (tipo filtrado. Completar o volume a 1000 mL com a mistura de
polietileno). três volumes de tolueno anidro e um volume de metanol
anidro. Passar sobre a solução, por 10 minutos, corrente
Padronização – Usar o mesmo procedimento adotado para
de nitrogênio isento de dióxido de carbono. Guardar em
o hidróxido de sódio M SV.
recipiente protegido do dióxido de carbono e da umidade.
Conservação – Em recipientes bem fechados, inertes (tipo Consumir em 60 dias. Determinar a molaridade no dia
polietileno). de uso, dissolvendo cerca de 400 mg de ácido benzóico
Segurança – Cáustico. exatamente pesados, em 80 mL de dimetilformamida.
Adicionar a esta solução três gotas de solução de azul
de timol a 1% (p/v) em dimetilformamida e titular com
Hidróxido de sódio M SV
solução de hidróxido de tetrabutilamônio até coloração
Preparação – Preparar solução de hidróxido de sódio a azul. Proteger a solução do contato com o ar durante a
50% (p/v) com água isenta de dióxido de carbono. Esfriar titulação. Utilizar bureta provida de tubo de absorção de
à temperatura ambiente e deixar sedimentar. Retirar 82 mL dióxido de carbono. Efetuar ensaio em branco. Cada mL
do sobrenadante e diluir com água a 1000 mL. de hidróxido de tetrabutilamônio equivale a 12,212 mg de
Padronização – Pesar exatamente cerca de 5 g de biftalato ácido benzóico.
de potássio dessecado e dissolver em 75 mL de água isenta
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
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Aula Teórica 06
Aula Teórica: Doseamento e Uniformidade de Contúdo Aula 06
80
Tabela 4 – Critérios de aceitação para o Estágio tampão pH 6,8 do teste de dissolução (Métodos
A ou B) realizado para Formas farmacêuticas de liberação retardada.
No de unidades
Estágios Critérios de aceitação
testadas
B2 06 Média de 12 unidades (B1 + B2) é igual ou maior que Q e nenhuma unidade apresenta
resultado inferior a Q – 15%.
B3 12 Média de 24 unidades (B1 + B2 + B3) é igual ou maior do que Q, não mais que duas
unidades apresentam resultados inferiores a Q – 15% e nenhuma unidade apresenta
resultado inferior a Q – 25%.
5
pode ser avaliada por dois métodos: Variação de peso e
teste de uniformidade de doses unitárias permite avaliar a Uniformidade de Conteúdo. A aplicação de cada método
quantidade de componente ativo em unidades individuais considerando a forma farmacêutica, dose e proporção do
do lote e verificar se esta quantidade é uniforme nas fármaco é apresentada na Tabela 1.
unidades testadas. As especificações deste teste se aplicam
Dose e proporção
do fármaco
Forma Farmacêutica Tipo Subtipo
≥ 25 mg e < 25 mg ou
≥ 25% < 25%
Comprimidos não revestidos VP UC
revestidos filme VP UC
outros UC UC
Cápsulas duras VP UC
moles suspensões, emulsões ou géis UC UC
soluções VP VP
Soluções acondicionadas VP VP
em recipientes
para dose única
Outros UC UC
O método de Uniformidade de Conteúdo para preparações O método de Variação de peso pode ser aplicado às
em doses unitárias baseia-se no doseamento do conteúdo seguintes formas farmacêuticas:
individual do componente ativo de um número de doses
unitárias para determinar se o conteúdo individual está 1. soluções acondicionadas em recipientes para dose única
dentro dos limites especificados. O método de Uniformidade e em cápsulas moles;
de Conteúdo pode ser aplicado em todos os casos.
2. sólidos (incluindo pós, grânulos e sólidos estéreis) 3. Calcular a quantidade de fármaco por peso médio
acondicionados em recipientes para dose única que não utilizando os resultados obtidos pelo procedimento de
contêm outras substâncias adicionadas, sejam elas ativas doseamento (D) e pelo procedimento especial (E).
ou inativas;
4. Calcular o fator de correção (F) segundo a equação:
3. sólidos (incluindo sólidos estéreis) acondicionados em
recipientes para dose única, contendo ou não substâncias F = D/E
ativas ou inativas adicionadas, que tenham sido preparados em que
a partir de soluções homogêneas liofilizadas nos recipientes
finais, e sejam rotulados de modo a indicar este modo de D = quantidade do componente ativo por peso médio
preparação; da forma farmacêutica obtida pelo procedimento de
doseamento;
4. cápsulas duras, comprimidos não revestidos ou revestidos E = quantidade do componente ativo por peso médio da
com filme, contendo 25 mg ou mais da substância ativa forma farmacêutica obtida pelo procedimento especial.
compreendendo 25% ou mais, em peso, da dose unitária Se (100|D – E|)/D for superior a 10, não é válido o uso de F.
ou, no caso de cápsulas duras, o conteúdo da cápsula,
exceto que a uniformidade de outras substâncias ativas 1. Se F estiver entre 0,970 e 1,030, não há necessidade de
presentes em menores proporções deve ser demonstrada correção.
pelo método de Uniformidade de Conteúdo.
2. A correção será aplicada quando o valor de F estiver
O método de Uniformidade de Conteúdo é exigido entre 0,900 e 0,970 e entre 1,030 e 1,100 e deve ser efetuada
para todas as formas farmacêuticas que não atendem às calculando-se a quantidade do fármaco em cada unidade,
condições especificadas para aplicação do método de multiplicando-se as quantidades obtidas no procedimento
Variação de peso. especial pelo fator de correção F.
1. Pesar quantidade de unidades do produto suficiente para Calcular o Valor de Aceitação (VA) segundo a equação:
efetuar o doseamento e o procedimento especial do teste
de uniformidade de conteúdo apresentados na monografia
individual. Reduzir os comprimidos a pó fino (ou misturar
os conteúdos das cápsulas, soluções, suspensões, emulsões, cujos termos são definidos na Tabela 2.
géis ou sólidos em recipientes para dose única) para obter
mistura homogênea. Se não for possível obter mistura VARIAÇÃO DE PESO
homogênea desta forma, usar solventes apropriados ou
outros procedimentos para obter solução contendo o Para determinar a uniformidade de doses unitárias pelo
fármaco. Empregar alíquotas apropriadas desta solução método de variação de peso separar, no mínimo, 30 unidades
para os ensaios especificados. e proceder conforme descrito para as formas farmacêuticas
indicadas. A quantidade de fármaco por unidade é
2. Analisar, separadamente, porções da amostra, medidas estimada a partir do resultado do doseamento e dos pesos
com precisão, conforme o procedimento indicado para o individuais, assumindo-se distribuição homogênea do
doseamento (D) e o procedimento especial indicado para componente ativo. As quantidades individuais estimadas
uniformidade de conteúdo (E), descritos na monografia (xi) são calculadas segundo a equação:
individual.
xi = pi × A/P
em que Formas farmacêuticas sólidas (exceto comprimidos e
cápsulas)
pi = pesos individuais das unidades ou dos conteúdos das
unidades testadas; Proceder como indicado em Cápsulas duras. Calcular o
A = quantidade de componente ativo, expressa em Valor de Aceitação.
porcentagem da quantidade declarada, determinada no
doseamento;
Formas farmacêuticas líquidas
P = peso médio das unidades utilizadas no doseamento.
Pesar, exatamente e individualmente, a quantidade de
Comprimidos não revestidos ou revestidos com filme líquido que é removida de cada um de 10 recipientes em
condições normais de uso. Se necessário, calcular o volume
Pesar, exatamente e individualmente, 10 comprimidos. A equivalente do conteúdo removido após a determinação da
partir do resultado do doseamento e do peso individual de densidade. Estimar a quantidade de componente ativo em
cada comprimido, estimar a quantidade de componente cada recipiente a partir do resultado do doseamento e do
ativo em cada unidade e expressar os resultados individuais peso do conteúdo removido dos recipientes individuais.
em porcentagem da quantidade declarada. Calcular o Valor Calcular o Valor de Aceitação.
de Aceitação (VA).
Valor de Aceitação para Variação de Peso
Cápsulas duras
Calcular o Valor de Aceitação conforme descrito em Valor
Pesar, exatamente e individualmente, 10 cápsulas, de Aceitação para Uniformidade de Conteúdo, exceto
preservando a identidade de cada uma. Remover, que as quantidades individuais de componente ativo nas
cuidadosamente, o conteúdo e pesar as cápsulas vazias. unidades são substituídas pelas quantidades individuais
Calcular o peso do conteúdo de cada cápsula e, a partir
do resultado do doseamento, estimar a quantidade de
componente ativo em cada cápsula. Expressar os resultados
estimadas.
CRITÉRIOS
5
individuais em porcentagem da quantidade declarada.
Calcular o Valor de Aceitação (VA). Aplicar os critérios a seguir, tanto para Uniformidade
de Conteúdo como para Variação de peso, a menos que
Cápsulas moles indicado de maneira diferente na monografia individual.
∑ (x )
n
2
i −X
i =1
n −1
Se X > T, então M =T
82
Aspecto
Peso Médio
Dureza*
Friabiliade**
Desintegração
83
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Aula TEÓRICA 09
Aula TEÓRICA: Dissolução 1 Aula TEÓRICA 09
84
e) ausência de resíduo sobre o disco perfurado ou, quando 10 minutos. Examinar as amostras depois de decorrido
houver, tenha a consistência de massa mole que não ofereça o tempo prescrito na monografia. O teste é considerado
resistência à pressão de bastão de vidro. satisfatório se todas as amostras se apresentarem
desintegradas. O limite de tempo estabelecido como
critério geral para a desintegração é de 30 minutos para
APARELHAGEM
supositórios, óvulos e comprimidos vaginais com base
A aparelhagem (Figura 1) consiste de cilindro de vidro ou hidrofóbica, e de 60 minutos para supositórios com base
plástico, transparente, com paredes de espessura apropriada, hidrofílica, a menos que indicado de maneira diferente na
em cujo interior se encontra preso, por três ganchos de monografia individual.
metal, um dispositivo metálico que consiste de dois discos
perfurados de aço inoxidável, contendo cada um 39 orifícios Comprimidos vaginais
de 4 mm de diâmetro cada. O diâmetro de cada disco é
tal que permite a sua introdução no cilindro transparente, Utilizar o aparelho descrito em Desintegração de
ficando os discos afastados de, aproximadamente, 30 cm. A supositórios e óvulos, montado conforme Figura 2.
determinação é levada a efeito utilizando-se três aparelhos, Introduzir o cilindro em béquer de diâmetro adequado
contendo cada um uma única amostra. Cada aparelho é contendo água entre 36 ºC e 37 ºC que deve cobrir
introduzido no interior de béquer de, pelo menos, 4 litros de uniformemente as perfurações do disco. Utilizar três
capacidade, contendo água à temperatura de 36 ºC a 37 ºC, aparelhos, colocando em cada um deles um comprimido
a menos que indicado de maneira diferente na monografia vaginal sobre o disco superior. Cobrir o aparelho com
individual. O béquer é provido de agitador que opere em uma placa de vidro para assegurar a umidade adequada.
velocidade lenta e dispositivo que permita inverter o cilindro Examinar o estado de cada amostra depois de decorrido
sem retirá-lo da água. o tempo prescrito na monografia. O teste é considerado
satisfatório se todas as amostras se apresentarem
5 desintegradas.
_______________
A, placa de vidro; B, comprimido vaginal;C, superfície da água; D, água;
E, fundo do recipiente.
5
inferior da cesta e o fundo interno do recipiente que contém
(3) Um motor que possibilita ajustar a velocidade de rotação o meio de dissolução.
da haste àquela especificada na monografia individual,
O produto cumpre o teste se os resultados atenderem as exigências descritas na Tabela 1, salvo especificação em contrário
na monografia individual.
Tabela 1 – Critérios de aceitação para o teste de dissolução de formas farmacêuticas de liberação imediata.
Nº de amostras
Estágios Critérios de aceitação
testadas
Média de 12 unidades (E1 + E2) é igual ou maior que Q e nenhuma unidade apresenta
E2 06
resultado inferior a Q – 15%.
Média de 24 unidades (E1 + E2 + E3) é igual ou maior do que Q, não mais que duas
E3 12 unidades apresentam resultados inferiores a Q – 15% e nenhuma unidade apresenta
resultado inferior a Q – 25%.
O termo Q corresponde à quantidade dissolvida de inferior a Q – 15%, o produto está em conformidade com
fármaco, especificada na monografia individual, expressa o especificado, não sendo necessário efetuar o Estágio E3.
como porcentagem da quantidade declarada. Os valores
5%, 15% e 25% também representam porcentagens da
Estágio E3
5
quantidade declarada.
Caso o critério para o Estágio E2 ainda não seja atendido,
Em circunstâncias especiais, a porcentagem máxima de
repetir o teste com mais 12 unidades. Se a média das 24
dissolução deve ser estabelecida experimentalmente.
unidades testadas (Estágios E1, E2 e E3) é maior ou igual a Q,
Nesses casos, assegurar um valor de Q∞ (quantidade
no máximo duas unidades apresentam resultados inferiores
dissolvida em tempo infinito) verificando que duas
a Q – 15% e nenhuma unidade apresentar resultado
dosagens consecutivas não diferem entre si mais de 2%
inferior a Q – 25%, o produto está em conformidade com
após 10 minutos.
o especificado. Caso o critério para o Estágio E3 ainda não
seja atendido, o produto é considerado insatisfatório.
Estágio E1
No Estágio E1 são testadas seis unidades. Se cada unidade, CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PARA FORMAS
individualmente, apresentar resultado igual ou maior FARMACÊUTICAS DE LIBERAÇÃO PROLONGADA
do que Q + 5%, o produto está em conformidade com o
O produto cumpre o teste se os resultados preencherem as
especificado, não sendo necessário efetuar o Estágio E2.
exigências apresentadas na Tabela 2, salvo especificação
em contrário na monografia individual. Os termos Q1 e Q2
Estágio E2 correspondem à quantidade mínima e máxima de fármaco
dissolvido em cada intervalo de tempo especificado na
Caso o critério para o Estágio E1 não seja atendido, repetir monografia, expressos como porcentagem da quantidade
o teste com mais seis unidades. Se a média das doze declarada. No último tempo a especificação pode ser
unidades testadas (Estágios E1 e E2) é maior ou igual a Q apresentada apenas com um valor de Q mínimo. Os
e, se nenhuma das unidades testadas apresentar resultado termos L1, L2 e L3 referem-se aos três possíveis estágios de
avaliação da liberação (L).
Tabela 2 - Critérios de aceitação para o teste de dissolução (liberação) realizado para formas farmacêuticas de liberação prolongada.
No de unidades
Estágios Critérios de aceitação
testadas
L1 6 Cada resultado individual se insere no intervalo estabelecido (Q1 e Q2) para cada
determinado tempo e nenhum resultado individual é inferior ao Q do último tempo.
L2 6 A média de 12 unidades (E1 + E2) se insere no intervalo estabelecido (Q1 e Q2) para
cada determinado tempo e não é inferior ao Q do último tempo.
Nenhuma unidade individual apresenta resultado que supera os limites de Q1 e Q2
em 10% da quantidade declarada, para cada determinado tempo, e nenhum resultado
individual fornece valor inferior ao Q do último tempo que supera em 10% a quantidade
declarada.
L3 12 A média de 24 unidades (E1 + E2 + E3) se insere no intervalo estabelecido (Q1 e Q2) para
cada determinado tempo e não é inferior ao Q do último tempo.
Não mais que 2 unidades das 24 testadas apresentam resultados que superam os limites
de Q1 e Q2 em 10% da quantidade declarada, para cada determinado tempo, e não mais
que 2 unidades das 24 testadas apresentam resultados com valor inferior ao Q do último
tempo que superem em 10% a quantidade declarada.
Nenhuma unidade individual apresenta resultado que supera os limites de Q1 e Q2
5
em 20% da quantidade declarada, para cada determinado tempo, e nenhum resultado
individual fornece valor inferior ao Q do último tempo que supera em 20% a quantidade
declarada.
No de unidades
Estágios Critérios de aceitação
testadas
No de unidades
Estágios Critérios de aceitação
testadas
B2 06 Média de 12 unidades (B1 + B2) é igual ou maior que Q e nenhuma unidade apresenta
resultado inferior a Q – 15%.
B3 12 Média de 24 unidades (B1 + B2 + B3) é igual ou maior do que Q, não mais que duas
unidades apresentam resultados inferiores a Q – 15% e nenhuma unidade apresenta
resultado inferior a Q – 25%.
5
pode ser avaliada por dois métodos: Variação de peso e
teste de uniformidade de doses unitárias permite avaliar a Uniformidade de Conteúdo. A aplicação de cada método
quantidade de componente ativo em unidades individuais considerando a forma farmacêutica, dose e proporção do
do lote e verificar se esta quantidade é uniforme nas fármaco é apresentada na Tabela 1.
unidades testadas. As especificações deste teste se aplicam
Dose e proporção
do fármaco
Forma Farmacêutica Tipo Subtipo
≥ 25 mg e < 25 mg ou
≥ 25% < 25%
Comprimidos não revestidos VP UC
revestidos filme VP UC
outros UC UC
Cápsulas duras VP UC
moles suspensões, emulsões ou géis UC UC
soluções VP VP
Soluções acondicionadas VP VP
em recipientes
para dose única
Outros UC UC
O método de Uniformidade de Conteúdo para preparações O método de Variação de peso pode ser aplicado às
em doses unitárias baseia-se no doseamento do conteúdo seguintes formas farmacêuticas:
individual do componente ativo de um número de doses
unitárias para determinar se o conteúdo individual está 1. soluções acondicionadas em recipientes para dose única
dentro dos limites especificados. O método de Uniformidade e em cápsulas moles;
de Conteúdo pode ser aplicado em todos os casos.
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Aula PRÁTICA 09
Aula Prática: Dissolução 1 Aula PRÁTICA 09
Medicamento: Nimesulida
Tabela 1 – Resultados do teste de dissolução
Concentração
Determinações Absorbância Valor “Q”
(mg.mL-1)
Cuba 1 0,08
Cuba 2 0,09
Cuba 3 0,12
Resultado: ___________________________
86
ANOTE AQUI SUA AULA:
87
Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
CAPÍTULO II
DO ESTUDO DE EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA
Seção I
Das Considerações Gerais do Estudo de Equivalência Farmacêutica
Art.3º O Estudo de Equivalência Farmacêutica deve ser realizado:
I - por Centro de Equivalência Farmacêutica devidamente habilitado pela
Anvisa para essa finalidade, previamente à realização do Estudo de
Este texto não substitui o(s) publicado(s) em Diário Oficial da União.
Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Seção II
Dos Critérios para a Realização do Estudo de Equivalência Farmacêutica
Art. 9º Os Medicamentos Teste e de Referência devem cumprir, em sua
totalidade, com os requisitos da monografia individual da Farmacopéia Brasileira,
preferencialmente, ou com os de outros compêndios oficiais, normas ou
regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa, quando aplicáveis,
complementados com os ensaios descritos em métodos gerais da Farmacopéia
Brasileira e de outros compêndios oficiais para a forma farmacêutica em estudo.
Art.10 Na ausência de monografia descrita em compêndio oficial, normas ou
regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa, deve-se utilizar
método analítico validado pelo Patrocinador do Estudo ou Centro de Equivalência
Farmacêutica.
§1º No caso citado no caput desse artigo, o Estudo de Equivalência
Farmacêutica deve ser complementado com os ensaios descritos em métodos gerais
da Farmacopéia Brasileira e de outros compêndios oficiais, normas ou regulamentos
específicos aprovados/referendados pela Anvisa, para a forma farmacêutica em
estudo.
§2º Os Medicamentos Teste e de Referência devem cumprir com as mesmas
especificações e os resultados dos ensaios não informativos do Medicamento Teste
devem ser comparativos aos do Medicamento de Referência.
Art.11 Quando o método analítico for transferido pelo Patrocinador do Estudo,
o Centro de Equivalência Farmacêutica deve realizar a validação parcial desse
método, previamente ao Estudo de Equivalência Farmacêutica.
Parágrafo único. A validação parcial deve cumprir com os requisitos dispostos
no anexo I desta Resolução e seus parâmetros devem observar as normas e
regulamentos específicos aprovados/referendados pela Anvisa. (Revogado pela
Resolução – RDC nº 166, de 24 de julho de 2017)
Art. 12 Não é aceito Estudo de Equivalência Farmacêutica em que se utilizem
métodos e especificações de monografias de diversos compêndios oficiais para um
mesmo estudo.
Parágrafo único. Quando a Farmacopéia Brasileira ou outro compêndio oficial
apresenta monografia para determinado medicamento em que não estão
contemplados todos os ensaios necessários para a comprovação de equivalência
farmacêutica, o estudo deve ser complementado por ensaios de outro compêndio
oficial, normas ou regulamentos aprovados/referendados pela Anvisa ou de outros
padrões de qualidade aplicáveis utilizando método validado.
CAPÍTULO III
DO ESTUDO DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO COMPARATIVO
Seção I
Das Considerações Gerais do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo
Subseção I
Do Procedimento para Comparação de Perfis de Dissolução
Art. 25 A comparação de perfis de dissolução deve seguir os seguintes
procedimentos:
I - empregar doze unidades do Medicamento Teste e doze unidades do
Medicamento de Referência/Comparador; e
II - calcular o fator F2 utilizando a equação apresentada no inciso II do Art. 24.
Art. 26 Para que dois perfis de dissolução sejam considerados semelhantes,
devem atender aos seguintes critérios:
I - os Medicamentos Teste e de Referência/Comparador devem apresentar tipos
de dissoluções correspondentes. Por exemplo, se o Medicamento de
Referência/Comparador apresentar dissolução média de 85% em 30 minutos
(dissolução rápida) o Medicamento Teste deve apresentar também dissolução rápida;
II - o valor do fator de semelhança (F2) deve estar compreendido entre 50 a
100;
III - os tempos de coleta devem ser os mesmos para as duas formulações;
III - o número de pontos de coleta deve ser representativo do processo de
dissolução até que se obtenha platô na curva, sendo obrigatória a quantificação de
amostras de, no mínimo, cinco tempos de coleta;
IV - para fins de cálculo F2, utilizar, no mínimo, os três primeiros pontos,
excluindo o tempo zero;
V - para fins de cálculo F2, incluir apenas um ponto da curva após ambos os
medicamentos atingirem a média de 85% de dissolução; e
VI - para permitir o uso de médias, os coeficientes de variação para os
primeiros pontos de coleta não podem exceder 20%. Para os demais pontos
CAPÍTULO IV
DAS AMOSTRAS PARA A REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE
EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO
COMPARATIVO
Art. 27 A quantidade de amostras a ser adquirida pelo Centro deve possibilitar
um Estudo completo de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução
Comparativo e um reteste.
§1º O prazo para a retenção dos lotes deve ser correspondente a, no mínimo,
um ano após o prazo de validade do medicamento que expire por último.
§2º Para as formas farmacêuticas estéreis, é obrigatória a realização dos
ensaios de esterilidade e endotoxina bacteriana ou pirogênio no Estudo de
Equivalência Farmacêutica, tanto para o Medicamento Teste como para o
Medicamento de Referência/Comparador. As amostras de retenção referentes a esses
ensaios são dispensadas para o Medicamento de Referência/Comparador.
CAPÍTULO V
DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA PARA REALIZAÇÃO
DOS ESTUDOS DE EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E DE PERFIL DE
DISSOLUÇÃO COMPARATIVO
Art. 28 Deve-se utilizar Substância Química de Referência (SQR) oficializada
pela Farmacopéia Brasileira, preferencialmente, ou por outros compêndios oficiais.
Art. 29 No caso da inexistência da SQR, será admitido o uso de Substância
Química de Trabalho (SQT), desde que sejam devidamente determinados:
identidade, teor, perfil quantitativo de impurezas e, quando aplicáveis, perfil
qualitativo de impurezas e outros ensaios específicos.
§1º É de responsabilidade do Patrocinador do Estudo ou do Centro
Responsável pelo Estudo garantir a confiabilidade dos dados da SQT, por meio de
uma análise crítica de seu laudo analítico.
CAPÍTULO VIII
DOS CERTIFICADOS DOS ESTUDOS DE EQUIVALÊNCIA
FARMACÊUTICA E DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO COMPARATIVO
Art. 30 O Certificado do Estudo de Equivalência Farmacêutica deve obedecer aos
seguintes critérios:
I - quando houver especificações quantificáveis, os resultados dos ensaios
devem ser descritos como grandezas numéricas em unidades preconizadas pelos
compêndios oficiais ou pelo Sistema Internacional de Medidas. Não são aceitos
resultados descritos como “conforme”, “de acordo” ou outros;
II - para o ensaio de esterilidade, admite-se a descrição dos resultados somente
como: “estéril” ou “não estéril”;
III - nos ensaios de dissolução, desintegração, peso médio, volume médio,
dureza e uniformidade de doses unitárias devem ser informados: média, resultados
mínimo e máximo e, quando aplicável, desvio padrão relativo/limite de variação,
tanto para o Medicamento Teste quanto para o Medicamento de
Referência/Comparador;
IV - nos resultados do ensaio de aspecto, devem ser descritas as características
dos Medicamentos Teste e de Referência/Comparador, tais como: formato,
dimensão, cor, presença de sulcos, presença de revestimento, gravações, odor
característico ou outras que permitam identificar as amostras;
V - para metodologias descritas em compêndios oficiais, no campo
“Referências Bibliográficas” do Certificado deve ser reportada a referência do
compêndio adotado com, no mínimo, o ano, o fascículo, a edição e a página. Quando
o compêndio utilizado for eletrônico, dispensa-se a informação do número da página;
e
VI - para metodologias não descritas em compêndios oficiais, no campo
“Referências Bibliográficas” do Certificado deve ser reportado o código de
identificação da metodologia analítica adotada, bem como o código de identificação
do respectivo Relatório de Validação.
Art. 31 O Certificado do Estudo de Perfil de Dissolução Comparativo deve
obedecer aos seguintes critérios:
I - no campo “Especificação do Método de Quantificação”, além das
especificações do método, deve ser reportado o critério de aceitação do ensaio;
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 32 O Patrocinador do Estudo deve encaminhar à Anvisa o Certificado do
Estudo de Equivalência Farmacêutica e de Perfil de Dissolução Comparativo,
conforme modelos disponíveis no sítio eletrônico da Anvisa.
Art. 33 Devem estar à disposição da Anvisa e do Patrocinador do Estudo os
Protocolos e Relatórios dos Estudos de Equivalência Farmacêutica, Perfil de
Dissolução Comparativo, Validação e de Validação Parcial de Métodos Analíticos,
bem como os dados brutos e estatísticos da avaliação de cada ensaio com os
Medicamentos Teste e de Referência/Comparador.
Parágrafo único. É de responsabilidade do Centro Responsável pelo Estudo o
arquivamento de toda a documentação citada no caput do artigo.
Art. 34 Documentação e ensaios adicionais podem ser solicitados a qualquer
momento pela Anvisa para complementação da avaliação dos Estudos de
Equivalência Farmacêutica, Perfil de Dissolução Comparativo, Validação e
Validação Parcial de Métodos Analíticos.
Art. 35 Os Centros de Equivalência Farmacêutica devem observar as normas e
regulamentos técnicos em vigor.
Art. 36 Esta Resolução entra em vigor após 60 dias de sua publicação oficial.
Art. 37 Fica revogada a Resolução-RE nº. 310, de 1º de setembro de 2004.
ANEXO I
REQUISITOS PARA A VALIDAÇÃO PARCIAL DE MÉTODOS
ANALÍTICOS
(Revogado pela Resolução – RDC nº 166, de 24 de julho de 2017)
1. Os ensaios submetidos à validação parcial são classificados em quatro
categorias segundo sua finalidade, conforme Tabela 1. (Revogado pela Resolução –
RDC nº 166, de 24 de julho de 2017)
Tabela 1: classificação das categorias, segundo a finalidade dos ensaios:
Categoria Ensaios
Categoria II
Categoria Quantitativo ou Categoria Categoria
Parâmetro Ensaio
I Semi- III IV
limite
Quantitativo
Precisão
Sim Sim Não Sim Não
Repetibilidade
Limite de
Não Não Sim Não Não
detecção
Limite de
Não Sim Não Não Não
quantificação
2.1. Dissolução
2.1.1. Especificação: Cada un. apresenta resultado de dissolução maior ou igual a Q= 70%.
2.1.2. Procedimento:
2.1.3. Condições do Teste:
2.1.3.1. Meio de dissolução: Ácido clorídrico 0.1 M, 900 mL;
2.1.3.2. Aparelhagem: Pás, 75 rpm;
2.1.3.3. Tempo: 90 minutos;
2.1.4. Procedimento:
2.1.4.1. Adicionar o volume medido do meio de dissolução especificado na monografia do produto ao recipiente da
aparelhagem de dissolução.
2.1.4.2. Manter a temperatura do meio a 37 ± 0,5 °C, retirando o termômetro antes de iniciar a agitação.
2.1.4.3. Acoplar o aparato apropriado para o teste. 2.1.4.3.1. Sejam as pás ou cestas, de acordo com o especificado na
monografia de cada produto.
2.1.4.3.2. Colocar as amostras nos recipientes de dissolução apropriados conforme o aparato a ser utilizado (pás).
2.1.6.6. Cálculos:
Dissolução =LA x Pp (mg) x 9000 x Potn (pd) x 100 = %
LP x 1 x 1000 x 500,0
89
2.1.6.6.1. Onde:
2.1.6.6.1.1. LA = Leitura da absorbância da amostra;
2.1.6.6.1.2. LP = Leitura da absorbância do padrão;
2.1.6.6.1.3. Pp = Peso do Padrão (mg);
2.1.6.6.1.4. Potn(pd) = Potência do padrão (decimal);
2.1.6.6.1.5. Dil A = Diluição da Amostra= 9000;
2.1.6.6.1.6. Dil P = Diluição do Padrão= 1000;
2.1.6.6.1.7. 500,0 = Concentração do produto por comprimido;
2.1.6.6.1.8. 1 = Tomada de ensaio (1 comprimido).
Se as unidades individuais apresentarem valores inferiores ao especificado 75% (Q+5%), realizar um segundo estágio
(Estágio E2), com mais 6 unidades.
O resultado será a média das 12 unidades testadas (Estágios E1 + E2). A média das 12 unidades é ≥ a 70% e nenhuma
unidade apresenta resultado inferior a 55% (Q – 15%); Se mesmo realizando o estágio 2 o resultado ainda fugir da
especificação, realizar um terceiro estágio (Estágio 3) com mais 12 unidades.
O resultado será a média das 24 unidades (Estágios E1 + E2+ E3). A media das 24 unidades é ≥ a 70%, não mais que duas
unidades apresentam resultados inferiores a 55% (Q – 15%) e nenhuma unidade apresenta resultado inferior a 45% (Q –
25%).
90
91
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Aula PRÁTICA 11
Aula PRÁTICA: Controle de Qualidade aplicado a Líquidos e Semi-Sólidos Aula PRÁTICA 11
pH
Volume Médio
Viscosidade
Determinação de Índice
de Refração
Cor de Líquidos
92
93
OS ARTIGOS 13, 14 E 15 FORAM REVOGADOS PELA RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC
Nº 171, DE 22 DE AGOSTO DE 2017 (Publicada no DOU nº 163, de 24 de agosto de 2017) que revisa a
aplicabilidade da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 53, de 4 de dezembro de 2015, para alterações pós-
registro e os prazos desta Resolução para produtos já registrados.
95
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
CURSO DE FARMÁCIA
NÚCLEO DE CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS
Disciplina de Controle de Qualidade Físico-Químico (FA615)
Aula Teórica 13 e 14
Aula Teórica: Validação Analítica Aula 13 e 14
96
Ministério da Saúde - MS
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Objetivo
Art. 1° Esta Resolução estabelece critérios para a validação de métodos analíticos.
Parágrafo único. O não atendimento a qualquer critério disposto nesta Resolução
deve ser tecnicamente justificado e será objeto de análise pela Anvisa.
Seção II
Abrangência
Art. 2° Esta Resolução é aplicável a métodos analíticos empregados em insumos
farmacêuticos, medicamentos e produtos biológicos em todas as suas fases de produção.
§ 1º Os parâmetros de validação e seus respectivos critérios de aceitação devem
ser definidos de acordo com as características do analito e da natureza do método.
§ 2º Métodos analíticos aplicados aos produtos sob investigação utilizados em
ensaios clínicos devem ter sua adequabilidade demonstrada de acordo com esta
Resolução, conforme aplicável para cada fase de desenvolvimento clínico.
I - A utilização de abordagem alternativa deve ser tecnicamente justificada
baseada em referências científicas reconhecidas.
§ 3º Será admitida a utilização de abordagens alternativas para a validação de
métodos analíticos aplicados aos produtos biológicos, como ensaios biológicos e
imunológicos
Seção III
Definições
Art. 3° Para efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:
I.- amostra: quantidade representativa de insumo farmacêutico, produto
intermediário ou produto terminado, devidamente identificada, dentro do prazo de
validade estabelecido;
II.- analito: substância ou conjunto de substâncias de interesse que se pretende
identificar ou quantificar;
III.- caracterização de substância química: é o conjunto de ensaios que garante
inequivocamente a autenticidade e qualidade da substância, no que se refere a sua
identidade, pureza, teor e potência, devendo incluir dados obtidos a partir de técnicas
aplicáveis à caracterização de cada substância como, por exemplo, termogravimetria,
ponto de fusão, calorimetria exploratória diferencial, espectroscopia no infravermelho,
espectrometria de massas, ressonância magnética nuclear, análise elementar
(carbono/hidrogênio/nitrogênio), difração de raio X, rotação óptica, ensaios
cromatográficos, entre outras;
IV.- corrida analítica: conjunto de medições efetuadas em um grupo de amostras
em intervalo de tempo pré-determinado, sob as mesmas condições de repetibilidade, tais
como método, analista, instrumentação, local e condições de utilização;
V.- efeito matriz: efeito dos componentes da matriz na resposta analítica;
VI.- ensaio: operação técnica que consiste na determinação de uma ou mais
características de um dado insumo ou produto, de acordo com um método especificado;
VII.- ensaio limite: ensaios que permitem verificar se a quantidade do analito está
acima ou abaixo de um nível previamente estabelecido, sem o quantificar com exatidão;
VIII.- fator resposta: razão entre sinal analítico e concentração do analito;
IX.- fator resposta relativo: razão entre dois fatores resposta, que é usada como
correção no cálculo da concentração de uma substância quando essa é medida por meio
da resposta analítica de outra;
X.- gerenciamento da qualidade: é o que determina a implementação da "Política
da Qualidade", ou seja, as intenções e diretrizes globais relativas à qualidade,
formalmente expressa e autorizada pela administração superior da empresa;
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 4° A validação deve demonstrar que o método analítico produz resultados
confiáveis e é adequado à finalidade a que se destina, de forma documentada e mediante
critérios objetivos.
Art. 5° A utilização de método analítico não descrito em compêndio oficial
reconhecido pela Anvisa requer a realização de uma validação analítica, conforme
parâmetros estabelecidos nesta resolução, levando-se em consideração as condições
técnico-operacionais.
Art. 6° Os parâmetros típicos a serem considerados para a validação dependem do
ensaio a ser realizado e estão dispostos no Quadro 1 do anexo I.
Art. 7° Os métodos analíticos compendiais devem ter sua adequabilidade
demonstrada ao uso pretendido, nas condições operacionais do laboratório, por meio da
apresentação de um estudo de validação parcial.
CAPÍTULO III
DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA
Art. 14 Na validação de métodos analíticos, deverá ser utilizada Substância
Química de Referência Farmacopeica (SQF) oficializada pela Farmacopeia Brasileira,
preferencialmente, ou por outros compêndios oficialmente reconhecidos pela Anvisa.
§ 1º. Será admitido o uso de Substância Química de Referência Caracterizada
(SQC), mediante a apresentação de relatório de caracterização conclusivo para o lote em
estudo, incluindo as razões técnicas para escolha dos ensaios utilizados e os dados
brutos pertinentes.
§ 2º. A Anvisa e os integrantes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
poderão requerer amostras da SQC para fins de avaliação do processo de caracterização
nas hipóteses do parágrafo anterior e, quando da necessidade de realização de análise
fiscal, deverá ser fornecida amostra da SQC para fins de realização dos testes
necessários.
Art. 15 O relatório de caracterização, a depender do analito, deve conter os dados
obtidos a partir de técnicas aplicáveis à caracterização de cada substância química
como, por exemplo, termogravimetria, ponto de fusão, calorimetria exploratória
diferencial, espectroscopia no infravermelho, espectrometria de massas, ressonância
CAPÍTULO IV
DOS PARÂMETROS DA VALIDAÇÃO ANALÍTICA
Seção I
Da Seletividade
Art. 19 A seletividade do método analítico deve ser demonstrada por meio da sua
capacidade de identificar ou quantificar o analito de interesse, inequivocamente, na
presença de componentes que podem estar presentes na amostra, como impurezas,
diluentes e componentes da matriz.
Parágrafo único. No caso de métodos cromatográficos, deve ser comprovada a
pureza cromatográfica do sinal do analito, exceto para produtos biológicos.
Art. 20 Nos métodos de identificação, deve ser demonstrada sua capacidade de
obter resultado positivo para amostra contendo o analito e resultado negativo para outras
substâncias presentes na amostra.
§1º Deve ser utilizada a SQR na comparação com a resposta obtida para o analito
nos termos do Capítulo III.
§2º Para demonstrar a seletividade dos métodos de identificação, os ensaios
devem ser aplicados a substâncias estruturalmente semelhantes ao analito, sendo o
critério de aceitação a obtenção de resultado negativo.
§3º Para insumos farmacêuticos ativos de origem vegetal e medicamentos que os
contenham, deve-se demonstrar a capacidade do método de distinguir o material de
interesse de outras espécies vegetais semelhantes, principalmente aquelas que possam
estar presentes como adulterantes ou substituintes.
§4º Para atingir o nível necessário de seletividade, pode ser necessária a
combinação de dois ou mais métodos analíticos de identificação.
Art. 21 Para métodos quantitativos e ensaios limite, a seletividade deve ser
demonstrada por meio da comprovação de que a resposta analítica se deve
exclusivamente ao analito, sem interferência do diluente, da matriz, de impurezas ou de
produtos de degradação.
§1° Para demonstrar ausência de interferência de produtos de degradação, é
necessário expor a amostra a condições de degradação em ampla faixa de pH, de
oxidação, de calor e de luz.
§2° Ficam isentos da demonstração descrita no §1° os seguintes casos:
Seção II
Da Linearidade
Art. 23 A linearidade de um método deve ser demonstrada por meio da sua
capacidade de obter respostas analíticas diretamente proporcionais à concentração de
um analito em uma amostra.
Art. 24 Uma relação linear deve ser avaliada em toda a faixa estabelecida para o
método.
Art. 25 Para o estabelecimento da linearidade, deve-se utilizar, no mínimo, 5
(cinco) concentrações diferentes da SQR para as soluções preparadas em, no mínimo,
triplicata.
Parágrafo único. As soluções utilizadas para avaliação da linearidade devem ser
preparadas de maneira independente, podendo ser utilizadas soluções diluídas de uma
mesma solução mãe da SQR.
Art. 26 Todos os cálculos para a avaliação da linearidade devem ser realizados a
partir dos dados de concentrações reais e respostas analíticas individuais.
Art. 27 Para avaliação da linearidade, devem ser apresentados os seguintes dados:
I.- representação gráfica das respostas em função da concentração do analito;
II.- gráfico de dispersão dos resíduos, acompanhado de sua avaliação estatística;
III.- equação da reta de regressão de y em x, estimada pelo método dos mínimos
quadrados;
Seção III
Do Efeito Matriz
Art. 28 O disposto nesta seção se aplica a matrizes complexas.
Art. 29 O efeito matriz deve ser determinado por meio da comparação entre os
coeficientes angulares das curvas de calibração construídas com a SQR do analito em
solvente e com a amostra fortificada com a SQR do analito.
Parágrafo único. As curvas devem ser estabelecidas da mesma forma que na
linearidade para os mesmos níveis de concentração, utilizando, no mínimo, 5 (cinco)
concentrações diferentes em, no mínimo, triplicata.
Art. 30 O paralelismo das retas é indicativo de ausência de interferência dos
constituintes da matriz e a sua demonstração deve ser realizada por meio de avaliação
estatística adequada.
Parágrafo único. Deve ser adotado o nível de significância de 5% (cinco por
cento) no teste de hipóteses.
Seção IV
Da faixa de trabalho
Art. 31 A faixa de trabalho deve ser estabelecida a partir dos estudos de
linearidade, juntamente com os resultados de precisão e exatidão, sendo dependente da
aplicação pretendida.
Art. 32 Devem ser consideradas as seguintes faixas de trabalho:
I.- para teor: de 80% (oitenta por cento) a 120% (cento e vinte por cento);
II.- para uniformidade de conteúdo: de 70% (setenta por cento) a 130% (centro e
trinta por cento);
III.- para teste de dissolução: de -20% (menos vinte por cento) da menor
concentração esperada a +20% (mais vinte por cento) da maior concentração esperada a
partir do perfil de dissolução; e
IV.- para determinação de impurezas: do limite de quantificação até 120% (cento
e vinte por cento) da concentração no limite da especificação de cada impureza
individual;
V.- para determinação simultânea de teor e impurezas pelo procedimento de
normalização de área: do limite de quantificação (LQ) até 120% (cento e vinte por
cento) da concentração esperada da substância ativa.
§ 1º Faixas de trabalho maiores que as definidas no caput poderão ser utilizadas se
justificadas tecnicamente.
§ 2º Para gases medicinais, serão aceitas faixas de trabalho alternativas desde que
a abordagem para a escolha do intervalo seja justificada.
Seção V
Da Precisão
Art. 33 A precisão deve avaliar a proximidade entre os resultados obtidos por
meio de ensaios com amostras preparadas conforme descrito no método analítico a ser
validado.
Art. 34 A precisão deve ser expressa por meio da repetibilidade, da precisão
intermediária ou da reprodutibilidade.
Art. 35 A precisão deve ser demonstrada pela dispersão dos resultados,
calculando-se o desvio padrão relativo (DPR) da série de medições conforme a fórmula
"DPR=(DP/CMD)X100", em que DP é o desvio padrão e CMD, a concentração média
determinada.
Art. 36 As amostras para avaliação da precisão devem ser preparadas de maneira
independente desde o início do procedimento descrito no método.
Parágrafo único. No caso de amostras sólidas e semissólidas, não é aceita a
utilização de soluções diluídas de uma mesma solução mãe.
Art. 37 Quando a avaliação da precisão envolver contaminação da matriz com
substância em quantidade muito baixa que impossibilite a pesagem direta, pode ser
utilizada uma solução concentrada da substância, seguindo-se o procedimento descrito
no método analítico para extração e diluição da amostra.
Seção VI
Da Exatidão
Art. 42 A exatidão de um método analítico deve ser obtida por meio do grau de
concordância entre os resultados individuais do método em estudo em relação a um
valor aceito como verdadeiro.
Art. 43 A exatidão deve ser verificada a partir de, no mínimo, 9 (nove)
determinações, contemplando o intervalo linear do método analítico, ou seja, 3 (três)
concentrações: baixa, média e alta, com 3 (três) réplicas em cada nível.
Art. 44 As amostras para avaliação da exatidão devem ser preparadas de maneira
independente, podendo ser utilizadas soluções diluídas de uma mesma solução mãe da
SQR.
Art. 45 Para a determinação da exatidão, deve ser utilizada a abordagem mais
adequada, de acordo com o método analítico em estudo:
I.- para IFA:
a) aplicar o método proposto utilizando substância de pureza conhecida (SQR);
b) comparar os resultados obtidos com aqueles resultantes de um segundo método
validado, cuja exatidão tenha sido estabelecida; ou
c) no caso de analito em matriz complexa, realizar análise pelo método de adição
de SQR no qual quantidades conhecidas de SQR são acrescentadas à amostra.
II.- para produto terminado:
a) aplicar o método proposto na análise de uma amostra, na qual quantidade
conhecida de SQR foi adicionada à matriz;
b) na indisponibilidade de amostras de todos os componentes do medicamento,
pode ser realizada a análise pelo método de adição de SQR, no qual quantidades
conhecidas de SQR são acrescidas à solução do produto terminado; ou
c) comparar os resultados obtidos com aqueles resultantes de um segundo método
validado.
III.- para impurezas:
a) aplicar o método de adição de padrão, no qual quantidades conhecidas de
impurezas ou produtos de degradação são acrescidas à amostra;
b) na indisponibilidade de amostras de certas impurezas ou produtos de
degradação, pode ser realizada a comparação dos resultados obtidos com um segundo
método validado e a utilização do fator resposta relativo ao IFA;
Seção VII
Do Limite de Detecção
Art. 49 Limite de detecção deve ser demonstrado pela obtenção da menor
quantidade do analito presente em uma amostra que pode ser detectado, porém, não
necessariamente quantificado, sob as condições experimentais estabelecidas.
Art. 50 A determinação do limite de detecção pode ser realizada por meio de
método visual, da razão sinal-ruído, baseado na determinação do branco ou em
parâmetros da curva de calibração, considerando-se as particularidades do método
analítico utilizado.
Art. 51 Para métodos visuais, o limite de detecção é determinado pela menor
concentração para a qual é possível constatar o efeito visual esperado.
Art. 52 Para métodos instrumentais, o limite de detecção pode ser determinado
pela razão sinal-ruído.
§1° O método utilizado para determinação da razão sinal/ruído deve ser descrito e
justificado.
§2° A razão sinal-ruído deve ser maior ou igual a 2:1.
Seção VIII
Do Limite de Quantificação
Art. 55 O limite de quantificação é a menor quantidade do analito em uma
amostra que pode ser determinada com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições
experimentais estabelecidas.
Art. 56 O limite de quantificação deve ser coerente com o limite de especificação
da impureza.
Parágrafo único. Para produtos adequados à resolução que estabelece parâmetros
para a notificação, identificação e qualificação de produtos de degradação em
medicamentos, o limite de quantificação deve ser menor ou igual ao limite de
notificação.
Art. 57 Para a determinação deste parâmetro deve ser seguido o mesmo
procedimento descrito no art. 53, sendo que a razão sinal/ruído deve ser no mínimo de
10:1.
Art. 58 Para a determinação baseada em parâmetros da curva analítica, o limite de
quantificação pode ser calculado pela fórmula 3 do anexo II.
Art. 59 Nos casos em que um valor estimado para o limite de quantificação é
obtido por cálculo ou extrapolação, essa estimativa deve ser confirmada conforme art.
57.
Art. 60 Devem ser testadas precisão e exatidão nas concentrações correspondentes
ao limite de quantificação.
Seção IX
Da Robustez
Art. 61 A robustez é um parâmetro tipicamente realizado no desenvolvimento do
método analítico que indica a sua capacidade em resistir a pequenas e deliberadas
variações das condições analíticas.
Parágrafo único. Caso haja susceptibilidade do método a variações nas condições
analíticas, essas deverão ser controladas por meio de precauções descritas no método.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 66 Serão aceitas validações de método analítico em conformidade com a
Resolução RE nº 899/2003, desde que tenham sido finalizadas antes da vigência desta
resolução e as petições que as contenham tenham sido protocoladas em até 550
(quinhentos e cinquenta) dias corridos após a vigência desta resolução.
§1° Em caso da necessidade de execução e reapresentação de um ou mais
parâmetros da validação, desde que não seja necessária a apresentação de nova
validação, a empresa poderá seguir a Resolução RE nº 899, de 29 de maio, de 2003.
§2° Em caso da necessidade de execução e apresentação de uma nova validação, a
empresa deverá seguir esta resolução.
§3° Após o prazo estabelecido no caput, para produtos sob investigação, cuja a
validação do método analítico utilizado no desenvolvimento clínico tenha sido iniciada
antes da vigência da presente norma, serão aceitas, no momento do registro, as
validações analíticas realizadas de acordo com a Resolução RE nº 899, de 29 de maio,
de 2003.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 67 Documentação e ensaios adicionais podem ser solicitados a qualquer
momento pela Anvisa.
ANEXO I
Quadro 1. Parâmetros a serem considerados na validação analítica.
Teste de Doseamento
Impurezas -dissolução (quantificação)
Parâmetro Avaliado Identificação
-uniformidade de conteúdo
Quantitativo Ensaio Limite
-potência
ANEXO II
(Republicado no DOU nº 156, de 15 de agosto de 2017)
ou
LD= 3,3.
IC
LQ = 10.
IC
ANEXO III
Tabela 1. Condições para a avaliação da robustez do método.
Compatibilidade de filtros
Variação do pH da solução
Espectrofotometria Diferentes lotes ou fabricantes de
solventes
Temperatura
98
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
99