Manual de Instruções de Aprendiz (Loja Adonhiramita)

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Manual de Instruções de Aprendiz


O Manual de Instruções do Aprendiz reúne além das Instruções que devem ser
ministradas em Loja no tempo de instrução, uma breve história da Maçonaria e o Questionário
de Aprendiz, o qual deve ser completamente respondido antes que o Aprendiz possa pedir
aumento de salário.
A primeira instrução é recebida na Iniciação, após a proclamação, mas é recomendável
que seja ministrada novamente durante o ano de preparação obrigatória, inclusive exercitando o
novo Maçom na prática da entrada ritualística e do Telhamento.
Não é demais lembrar que o Aprendiz deve ser assíduo e manter-se em silêncio no seu
primeiro ano de preparação. Tão pouco poderá ser elevado se não tiver recebido as dez
instruções, apresentado quatro trabalhos em Loja, respondido completamente o questionário
com suas palavras e se submetido ao Telhamento e a prova oral.

IIª - INSTRUÇÃO DE APRENDIZ


Ven Mestr
- Meu amado irmão, hoje vamos recordar em seu interesse a 1 a
instrução que recebestes na vossa iniciação e avançaremos mais um pouco
no vosso aprendizado ao conhecimento da Arte Real.
Ao irmão foram ensinadas palavras, sinais e marcha por meios dos
quais serás (eis) acolhido por todos os maçons, em qualquer parte do
mundo.
Amado Ir Mest CCer colocai-vos à frente do Apr e ireis,
comigo ensinar-lhe, mostrando-os como devem ser executados. (o M
CCer coloca-se à frente do Apr).

Ven Mestr
- Há dois sinais: o de ordem ou gutural e o de saudação. (o M  de
CCer executa o sinal de ordem)
- O sinal de ordem ou gutural, deve ser feito sempre completando a
tríplice esquadria. O sinal de saudação, partindo do sinal de ordem é feito,
rapidamente, com energia, levando-se a m. .. dir... aberta, dedos unidos e
pol... separado, formando uma esp a garg, daí leva-se a m até o
ombr direito, deixando o br cair ao longo do corpo.
O toque é dado, tomando-se, com a mão dir a m Dir do Ir
tocando-se, com a extremidade do pol a prim fal do d ind, dando-
se-lhe, por um movimento imperceptível t ppanc, as duas primeiras,
rápidas e a última mais espaçada. (o M de CCer executa, tomando a
mão do Apr)

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Temos três palavras: a que consideramos Sagrada; a de Passe e a
Semestral. A Palavra Sagrada somente pode ser transmitida da forma que o
Ir M de CCer vai executar.
A precaução que tomamos é justificada, pois embora a Maçonaria não
seja uma instituição secreta, possui segredos que não podemos permitir
sejam conhecidos no mundo profano. Com o passar do tempo ireis saber da
necessidade de guardarmos em sigilo tudo o que se passa dentro do
tempo.
Amado Ir 1o Vig podeis continuar a instrução.
1o Vig
- Amado Ir... Apr... continuarei fazer a descrição da Loja Adonhiramita,
porém, lembrai-vos sempre que a leitura continuada do Ritual vos trará
conhecimentos maiores dos que vos é dado nas instruções.
A decoração da Loja é azul celeste. A porta de entrada do Ocidente,
no centro da parede que faz frente ao Oriente. No Ocidente deverá correr,
ao longo da parede do Norte, a Esquerda de quem entra, uma fila de
cadeiras, ou uma bancada, destinadas aos AApr, local denominado
Setentrião, porque é a parte menos iluminada, pois que um Apr. .. que
apenas recebeu mui fraca luz, não está em condições de suportar maior
claridade. Ao longo da parede do Sul, outra bancada, destinada aos
CComp e, em frente a estas, cadeiras ou bancadas, destinadas aos
MMest.
No meio do soalho do Ocidente, figura o pavimento mosaico,
composto de quadrados alternados brancos e pretos, cercado pela Orla
Denteada.
O pavimento Mosaico representa a variedade do solo terrestre,
formado pelas pedras brancas e pretas, ligadas pelo mesmo cimento,
simboliza a união de todos os Maçons, apesar de diferenças de cor, de
clima e de opiniões políticas e religiosas. É também a imagem do BEM e do
MAL, que se acha semeada a estrada da vida. A Orla dentada, que o cerca
exprime a união que deverá existir entre todos os homens, quando o amor
fraternal dominar todos os corações.
De cada lado da entrada do Templo há, uma Col. .. oca, bronzeada, de
ordem coríntia, com capitel suportando três romãs maduras e entreabertas.
No fuste da Col... da esquerda da entrada está gravada a letra “J” que é a
primeira letra da Palavra Sagrada e, no da direita, a letra “B”. Estas duas
CCol representam os dois pontos solsticiais e as romãs, pela divisão
interna, mostram os bens produzidos pela influência das estações;
representam as lojas e os Maçons espalhados pela superfície da Terra;
suas sementes, intimamente unidas, nos lembram a fraternidade e a união
que devem existir entre os homens.

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As duas colunas são tidas como de 18 cavados de altura, 12 de
circunferência, 12 de base, 5 nos capitéis. São de bronze para resistirem a
barbaria, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade das leis da
natureza, base da doutrina maçônica. A altura do friso das paredes, existe
uma corda que forma de distância em distância nós simbólicos, em número
de oitenta e um, e terminar cada ponta ao lado de uma das CCol. .. por uma
borla pendente.
O teto simboliza uma abóbada azulada, em que figuram: do lado do
Oriente, um pouco a frente do Trono do Ven - o Sol; por cima do Altar do
1o Vig - uma Estrela de cinco pontas; acima do Altar do 2 o Vig - a Lua;
no centro do teto, três estrelas da construção de Órion; entre estas últimas
e o nordeste, as estrelas da Constelação das Plêiades, Híades e Aldebaran;
a meio do caminho entre Órion e o Nordeste, Régulus; ao Norte, a Ursa
maior; a Nordeste uma estrela Vermelha, representando Arcturos; a Leste,
a Spica, da constelação da Virgem; a Oeste Antares; ao Sul, Formalhaut.
No teto devem ainda figurar os seguintes planetas: Júpiter, no Oriente;
Vênus, no Ocidente; Mercúrio, nas proximidades do Sol; Saturno e seus
anéis, próximo a Órion.
Resp Mestr, acabei, por hoje, a instrução ao Ir Apr.

Ven Mest
- Amad Ir 2o Vig podeis continuar com a vossa instrução.

2o Vig

- Amado Ir... Apr..., na Maçonaria se ensina a Moral mais pura e mais


propícia à formação do caráter do homem, quer considerado sob o ponto de
vista social quer sob o individual. A Moral baseia-se no amor ao próximo e a
Moral Maçônica é o sistema mais apropriado e mais prático para seu ensino
e aplicação. A abdicação das vaidades profanas e à necessidade
imprescindível de instrução é o alicerce da Moral humana. Para serdes
reconhecido Maçom, no mundo profano é necessário que pratiqueis atos
baseados na Luz da Verdade e para encontrardes esta Verdade é
necessário que a procureis aqui em nossos Templos. Aqui encerramos mais
uma Jornada, certos de que não foi em vão o nosso trabalho em desbastar
a Pedra Bruta.

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IIIª INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven Mestr
- Continuamos na tarefa de vos ensinar os principais conhecimentos
sobre o grau.
Amado Ir 2o Vig convido-vos a comigo ajudar a ensinar ao Apr
como verificar se o Maçom é um bom, legítimo e fiel Ir, pelo Telhamento.
Ven Mest - Sois Maçom?

2o Vig
- Todos os MM AAmad IIr c t m r

Ven Mestr
- De onde Vindes?

2o Vig
- De uma Loj de São João.

Ven Mestr
- Que Trazeis?

2o Vig
- Amizade, Paz e Prosperidade a todos os meus IIr

Ven Mestr
- Nada mais trazeis?

2o Vig
- O Ven Mest de minha Loja v s p t v t.

Ven Mestr
- Que se faz em vossa Loja?

2o Vig
- Levantam-se TTempl à virtude e cavam-se masmorras ao vício.

Ven Mestr
- Que vindes aqui fazer?
2o Vig
- Vencer as minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos
progressos na Maçonaria.

Ven Mestr
- Que desejais Ir?

2o Vig
- Um lugar entre vós.

Ven Mestr
- Estas perguntas e respostas constituem o que chamamos de
Telhamento. É feito pelo Ir Experto, no Átrio ou vestíbulo. Após o
Telhamento e apresentação da carteira ou cadastro Maçom é consentido ao
Ir bater à porta do Templo, o que, é feito regularmente. Lembrai-vos,
entretanto, que ainda será pedido o toque, e, ao ouvido as palavras Sag,
de Pass e Sem. (o M de CCer ensina a palavra Sagrada e a
maneira como é transmitida).
Esta Palavra significa que a Sabedoria está em Deus. É o nome da
Col que estava ao Setentrião, junto a porta do Templo de Salomão, onde
se reuniam os AApr.
A palavra de Passe é transmitida por inteiro: NIACLABUT. É o nome
do filho de Lamec, o primeiro que transformou a fundição comum, na arte de
se trabalhar com metais.
A palavra Semestral, que serve para indicar a regularidade dos IIr. ..,
será transmitida de maneira especial em Cad de Un.... Esta palavra é
dada semestralmente pelo Sob... Grão Mestr... e constitui prova de
regularidade, só devendo ser transmitida pelo Ven. .. Mestr... aos IIr...
regulares do Quadro. Caso o Ir. .. esteja ausente no dia em que for
transmitida em Cad... de un..., deverá pedir, ao Ven.. Mestr..., em particular,
a sua transmissão auricular. Esta palavra pode ser solicitada pelo Ir. ..
Experto antes de admitir a entrada do Templo, e se não a derem, o Ir. ..
Experto vetará o ingresso no Templo.
Agora, Amad... Ir... Apr... ireis observar como proceder para entrar no
Templo, após já terem iniciados os trabalhos. (o M. .. de CCer... cobre o
Templo e faz a entrada ritualisticamente).
O Ir... dará três panc... na porta tal como fez o M. .. de CCer.... O Ir...
receberá de volta somente uma pancada, e então aguardará do lado de fora
a ordem de ingressar no Templo. Caso a volta das batidas sejam as
mesmas que o Ir... Apr... bateu deverá se retirar do recinto, pois a Loja
estará trabalhando num grau mais elevado que o vosso.
Ao passar pela Porta do Templo deverá se portar à ordem, próximo a
mesma, de onde iniciará a MARCHA, tal como está sendo executada pelo
Ir... M... de CCer.... No término da Marcha que são três passos morosos para
frente fará o sinal de Saudação, encarando o Or. .. e, repete a saudação,
voltando a cab..., para a direita e finalmente repete a saud. .., voltando a
cab... para a esquerda. Terminada a saudação receberá a ordem de ocupar
um lugar no Templo.
- Amad... Ir... M... de CCer... agradeço-vos por vosso trabalho, podeis
sentar-vos.
Amad... Ir... 1o Vig... podeis continuar com a Instrução.

1o Vig
- Amado Ir... Apr... o local em que a Loj. .. realiza as suas sessões
chama-se Templo. Tem interiormente a forma de um quadrilongo (ou
retângulo da proporção dourada, isto é: 1 por 1,618), compreendendo a
soma de três quadrados, um dos quais denomina-se Oriente e é separado
dos outros, que se chamam ocidente, por uma balaustrada, interrompida no
meio por uma escada de acesso, pois o Oriente é mais elevado que o
Ocidente. No Oriente estão sentados, o Ven. .. Mestr... ao centro. A esquerda
do Ven... o Ir... Orad:. e a sua direita o Ir. .. Secret.: A mesa do Ven... Mestr...,
está colocada sobre um estrado ao qual se sobe por três degraus. Sobre a
mesa existe um candelabro de três Luzes, um malhete, uma espada
flamejante, um esquadro, um exemplar da Constituição do Gr. .. Or... do Br...,
um Reg... Geral da Ord..., um Reg... da Loj..., um Ritual e os apetrechos da
abertura da Loj.... Sobre o Altar do Ven. .. deverá haver um dossel ao centro
do qual há um triângulo em cujo centro brilha um olho. Sobre a mesa do
Orad:. há um exemplar da Constituição, um do Reg. .. Geral da Ordem e um
Reg... da Loj.... A sua frente está a mesa do Secretário. Em ambas existe
uma luz. No Or... sentar-se-ão os convidados de honra e os ex-Veneráveis.
Em frente ao Altar do Ven... Mestr... o altar triangular, sobre o qual
descansa a Bíblia, que chamamos de livro da Lei, um Esquadro e um
Compasso. Este Altar denomina-se “Altar dos Juramentos”. Entre os dois
altares, um castiçal conterá o “Fogo Eterno” ou “Chama Sagrada”. Sobre o
Altar do Ven... ainda conterá um castiçal com uma vela de pura cera vegetal.
Nas Sessões Magnas, o Pavilhão Nacional é hasteado na balaustrada
do Oriente em frente ao Secret:.; o Estandarte da Loja, na mesma
balaustrada, em frente ao Orad:.. Aí está , Amado Ir. .. Apr..., a descrição do
Or... de uma Loja Adonhiramita. O Ir. .. deverá ter o Ritual que vos foi
entregue ao ser iniciado, onde contém todos os dados que vos foram
ensinados na instrução que ora recebeis.

Ven... Mestr...
- Amado Ir... 2o Vig... podeis continuar com a instrução.

2o Vig...
- Amado Ir... Apr... cabe-me a tarefa de ensinar-vos a responder as
dúvidas que desejais dissipar. A maneira como sentar, como solicitar a
palavra que somente vos será concedida por graça, pois é vedado ao Ir. ..
Apr... o uso da palavra dentro do Templo, ajudar-vos como desbastar e
esquadrejar a Pedra Bruta e lembrar-vos sempre dos principais deveres de
um Maçom.
Hoje, apenas, quero recordar alguns trechos de vossa iniciação e que
deverá nortear vossa conduta de Maçom. Três foram os deveres que
ficastes obrigado a cumprir: Para com Deus, para com vosso semelhante e
para convosco. Para com Deus, em nunca mencionardes o seu nome em
vão, e sim, com o respeito e veneração que toda criatura deve ao seu
criador; em implorardes a sua assistência em todas as louváveis empresas
a que vos dedicardes, e, em estimá-lo como o Supremo Bem.
Para com o vosso semelhante, em dirigir os vossos atos pela
esquadria, segundo os princípios da Moral e da Virtude, fazendo a ele o que
desejaríeis que ele vos fizesse; a prática constante da beneficência;
socorrer e prevenir as necessidades do vosso Irmão, sempre com a
autorização do vosso Ven:. Mestr:., minorando o seu infortúnio, assistindo-o
com vossos conselhos, luzes e saber.
Para convosco, é o vosso dever precípuo, evitar toda a irregularidade
e a intemperança que possa destruir vossas faculdades, abater ou diminuir
a dignidade de vosso caráter. A nossa Subl. .. Instituição exige de vós um
patriotismo puro; que sejais cidadão pacífico, fiel ao vosso Governo e ao
vosso País, prestando obediência as Leis que vos garantem proteção.
Deveis, também, guardar um segredo inviolável no que se refere aos
mistérios de nossa instituição, acerca de tudo quanto chegueis a ouvir, ver
ou saber de nossa Ordem, acerca de tudo quanto vides e descobrires entre
nós, agora e para o futuro.
Ao vos ser vestido com esse avental que neste momento ostenta, vos
disseram que ele era o símbolo do trabalho e indica que o Maçom deve ter
uma vida ativa e fugir à ociosidade, e honrá-lo sempre; ele jamais vos
desonrará.
Meu amado Ir... Apr..., hoje colocais vosso pé no primeiro degrau da
longa escada a ser galgada. Desejo-vos felicidades, pois o trabalho é
penoso, mas, bem executado sereis bastante compensado.

Ven... Mestr ...


- Aqui encerramos a 3 a Instrução das dez que serão dadas. Durante o
decorrer dessas instruções vos serão solicitadas provas e peças de oratória
de algum tema dado. Estudai, pesquisai e meditai, pois vos serão úteis o
que vierdes a aprender durante vosso aprendizado. Felicidades Amado Ir:..
IVª - INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven... Mestr...
- Meus Ir... ao início de nossa quarta instrução, honramos e
veneramos o Supr... Arb... dos Mundos e Lhe agradecemos, pela prática de
boas ações para com o próximo, os benefícios que nos prodigaliza.
Consideramos todos os homens, seja qual for sua classe, como nossos
iguais e nossos irmãos. Combatemos a ambição, o orgulho, o erro e os
preconceitos; lutamos contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a
superstição, quatro flagelos que atormentam a humanidade.
Recomendamos a justiça recíproca, verdadeira salvaguarda dos direitos e
interesses de todos, a tolerância, que deixa cada um a liberdade de sua
consciência e de seu pensamento; lastimamos aquele que se afasta da reta
senda que o deve conduzir à felicidade e esforçamo-nos por mostrar-lhe o
verdadeiro caminho a seguir; corremos, enfim, com todo o nosso poder, em
socorro do infortúnio e da aflição, cumprimos todos estes deveres porque
possuímos a fé que dá coragem e conduz ao progresso, a perseverança,
que acaba por derrubar os obstáculos, a dedicação, que conduz a fazer o
bem, ainda mesmo cercados de perigos, sem mira de outra recompensa
além do testemunho de nossa própria consciência. Dediquemo-nos, pois ao
trabalho e ao estudo, meus IIr.... - Ir... 1o Vig... que forma tem a nossa Loja?

1o Vig...
- A de um quadrilongo.

Ven... Mestr...
- Que altura tem?

1o Vig...
- Da Terra ao Céu.

Ven... Mestr...
- Qual o seu comprimento?

1o Vig...
- Do Or... ao Oc....

Ven... Mestr...
- E a sua largura?
1o Vig...
- Do N... ao S....

Ven... Mestr...
- Qual a sua profundidade?

1o Vig...
- Da superfície ao Centro da Terra.

Ven... Mestr...
- Porque essas dimensões, meu Ir...?

1o Vig...
- Porque a Maçonaria é Universal e o Universo é uma imensa Ofic. ...

Ven... Mestr...
- Por que razão, Ir... 2o Vig..., está nossa Loja situada do Or... ao Oc...?

2o Vig...
- Porque, assim como a Luz do Sol vem do Or. .. para o Oc..., as Luzes
do Evangelho da civilização vieram do Or..., espalhando-se ao Oc....

Ven... Mestr...
- Em que base se apóia nossa Loja?

2o Vig...
- SABEDORIA, FORÇA E BELEZA.

Ven... Mestr...
- Porque a Loja é sustentada por essas três CCol. ..?

2o Vig...
- Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza, são o complemento de
tudo; sem ela nada é perfeito e durável.

Ven... Mestr...
- Por que, meu Ir...?

2o Vig...
- Por que a Sabedoria cria; a Força sustenta; e a Beleza adorna.
Ven... Mestr...
- Ir... 1o Vig..., por que a Maçonaria combate a ignorância em todas as
suas formas?

1o Vig...
- Porque a ignorância é a mãe de todos os vícios e seu princípio é
nada saber; saber mal o que sabe e saber coisas outras além do que se
deve saber. Assim o ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos
princípios são a Tolerância, o Amor Fraternal e o respeito a si mesmo. Eis
porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e perigosos; porque
perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando que os homens conheçam
seus direitos e saibam, no cumprimento de seus deveres, que mesmo com
constituições liberais, um povo ignorante é escravo. São os inimigos do
progresso que para dominar, afugentam as luzes, intensificam as trevas e
permanecem em constante combate contra a VERDADE, contra o BEM e
contra a PERFEIÇÃO.

Ven... Mestr...
- E por que, Ir... 2o Vig..., combatemos o fanatismo?

2o Vig...
- Porque a exaltação religiosa perverte a razão e conduz os
insensatos, em nome de Deus e para honrá-lo, a praticarem ações
condenáveis.

Ven... Mestr...
- Amad... Ir... 1o Vig..., em que consiste nossa Fraternidade?

1o. Vig:.
- Em aceitar os homens com suas crenças e religiões, bem como os
pontos de vista político de cada um. Nossa Fraternidade nos ensina a dar e
não a pedir, sem justa necessidade.

Ven... Mestr...
- Amado Ir... 2o Vig... qual a jóia e o que simboliza a que estais
usando?

2o Vig...
- O Prumo, Ven... Mestr:.. É o instrumento para verificar se um plano
está na horizontal. Usado pelos pedreiros no levantamento de paredes para
que as mesmas não resultem inclinadas, mas se encontre na perpendicular,
em ângulo reto com a horizontal. Como símbolo maçônico representa a
elevação do espírito sem inclinação para as paixões de qualquer espécie,
caminho mais curto para chegar à perfeição e alcançar a Deus. Toda atitude
é precedida de um pensamento, de uma vontade, de uma idéia, todas as
atitudes do maçom só poderão ser o resultado de um pensamento dirigido
em linha reta para o alto, isto é, no prumo.

Ven... Mestr...
- Amado Ir... Orad, peço-vos que nos fale sobre o início da
Maçonaria no Brasil.
Orad
- Ven... Mestr.... meus AAmad... IIr... é impossível precisarmos quando
foram dados os primeiros passos, objetivando a organização maçônica no
Brasil, por absoluta falta de dados históricos, e haver controvérsia nos
poucos e esparsos registros conseguidos. Os dados que serão aqui
relatados foram publicados pela revista maçônica “O NOAQUITA” no seu
número 2 cujo trabalho foi feito pelo nosso Ir. .. Osmar Hilbert. “Pelo que de
concreto é conhecido, que a primeira loja maçônica no País foi fundada em
município fluminense, entre os anos de 1801 ou 1802, por um pequeno
grupo de brasileiros e alguns portugueses, procedentes da Ilha da madeira,
à qual foi dado o nome de Reunião”. Mais tarde, obteve aquela loja, o
reconhecimento da Maçonaria francesa, recebendo o Diploma de Filiação
da Loja Regular “Justa e Perfeita” sob os auspícios da Gr. .. Loj... da França.
Pouco tempo depois, por volta de 1804, o grande Oriente Lusitano,
conhecendo a existência de loja maçônica no Brasil obediente à Gr. .. Loj...
da França, procurou obrigar os maçons do Brasil a prestarem obediência ao
Gr... Oriente de Portugal, enviando com tal finalidade, um Delegado
Credenciado.
Contudo, a Loja “Reunião” repudiou a exigência, sobretudo porque
julgaram inconveniente aos maçons do Brasil, a Constituição apresentada,
demasiada rígida, com cerceamento das liberdades. Sem conseguir seu
objetivo, aquele delegado veio ao Rio, onde para encobrir o fracasso de sua
missão, fundou duas lojas: “Constância” e “Filantropia e Emancipação”, cujo
ato provocou a primeira discórdia no seio da Maçonaria Brasileira. Em fins
de 1805 chegava ao Brasil o vice-rei. Conde dos Arcos, inimigo declarado
dos maçons, aos quais iniciou violenta perseguição, fazendo com que os
componentes da Loja “Reunião” julgassem mais prudente abater colunas,
dada a absoluta falta de apoio.
A 5 de julho de 1802, foi fundada em Salvador, Bahia, a loja “Virtude e
Razão”, e em 30 de março de 1807, componentes daquela Loja, fundaram a
“Virtude e Razão Restauradora”, ambas pertencentes ao rito Francês. foi,
ainda, a Loja “Virtude e Razão”, que inaugurou a 1 o de setembro de 1813, a
Loja “União”.
Vencendo toda sorte de perseguições, foram ainda fundadas no Rio
algumas Lojas, destacando-se as “Distintiva” e “São João de Bragança”. Da
Loja “Distintiva” destacam-se como Obreiros: Antônio Carlos de Andrade e
Silva, Belchior Pereira de Oliveira, Coronel Luiz Pereira da Nóbrega,
Tenente Coronel José Joaquim da Gama e Silva, José Mariano Cavalcante
de Albuquerque, e muitos outros eminentes brasileiros. Pertenceram a Loja
“São João de Bragança”, grandes vultos da época; como o Marquês de
Ângela e o Conde de Parati.
Com estas três lojas funcionando regularmente em Salvador, então
capital do Brasil, além de outras, foi possível a fundação do Grande Oriente
do Brasil, de curta existência, devido a Revolução Pernambucana de 1817,
encerrando as suas atividades, bem como das lojas de sua obediência.
Lutando contra todas as forças da perseguição desencadeada pelo
Conde dos Arcos, foi fundada, em casa do Dr. João José Bahia, A Loja
“Comércio e Artes” a qual ficou estagnada até 4 de junho de 1821, quando
novamente reergue-se, sob o malhete do Capitão-de-Mar e Guerra, José
Domingos de A. de Moncorvo.
Face o elevado número de Obreiros que compunham o seu quadro,
este resolveram fundar em 1822, mais duas lojas: “União e Tranqüilidade” e
“Esperança de Niterói”.
Após o regresso do Rei D. João VI, verificou-se acentuado
desenvolvimento da Maçonaria brasileira, com o ingresso em loja de
estadistas de alto prestígio, oficiais de altas patentes, e mais figuras de
destaque, entre os quais citaremos José Bonifácio de Andrada e Silva e
Joaquim Gonçalves Ledo.
Em trabalho conjunto dessas três lojas, foi possível a realização, a 28
de maio de 1822, da histórica assembléia geral, presidida pelo Ven. .. Mest...
da Loja “Comércio e Artes” João Gonçalves Viana, cuja assembléia fundou
o Grande Oriente do Brasil, com o que desvencilhou-se a Maçonaria
Brasileira, do Grande Oriente Lusitano, para ficar completamente
independente até os nossos dias.

Ven... Mestr...
- meus Amados IIr... agradecemos ao Gr... Arq... do Univ... mais um dia
de trabalho.
Vª . INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven... Mestr...
- Amad... Ir... 1o Vig... tende a palavra.

1o Vig...
- Meu Amad... Ir... Aprendiz, na 3a instrução eu vos descrevi parte do
Ocidente e interrompemos após falar da abóbada celeste da loja. Hoje vos
direi para completar que no Ocidente sentam-se o Tesoureiro, Chanceler,
Experto, o Mestre de Cerimônias, o Hospitaleiro, o Mestre de Banquetes, o
Arquiteto, e o Cobridor. Cada Obreiro que exerce uma destas funções
possui encargos e obrigações que estão regulamentados pelo Reg. .. Geral
da ordem e o Regulamento Interno da Loja. Destes, a não ser o tesoureiro e
o Chanceler que é eleito pela loja os demais são indicados pelo Ven. ..
Mestre. Ao Tesoureiro cabe a responsabilidade de arrecadar e guardar os
metais da loja. Chamamos metais o que é recolhido no Tr. .. de Sol:., as
contribuições regulares da Loja ou doações feitas por Irmãos. Ao Chanceler,
de guardar o selo da Loj:. e registrar a presença dos Obreiros na loja. O
Hospitaleiro conforme o nome indica é o Ir:. que mantém avisados os IIr. ..
das Sessões, faz visitar àqueles que se acham doentes e procura minorar
os problemas dos IIr... quer espiritualmente, quer materialmente com a
concordância do Ven... Mestre.
Somente o mestre de cerimônias pode percorrer o Templo. A ele cabe
dentro do Templo levar de um lado para o outro, exercendo sua função,
qualquer pedido feito pelos IIr. ... Ao Experto cabe manter coberto o templo e
trolhar os visitantes. As funções do Cobridor são de verificar a identidade
dos Obreiros e comunicar ao 2 o Vig... todos os acontecimentos que
interessem ao bem da Ordem e particularmente ao quadro da Loja. Ao
Mestre de Banquetes organizar as cerimônias dos banquetes e festas que a
Loja realiza. Finalmente cabe ao Arquiteto preparar a Loja e guardar os
paramentos no final da Sessão.
Conforme ouviu meu amado Ir... Aprendiz, todos têm a sua função,
porém, ainda existem outras funções igualmente importantes tais como o
Mestre de Harmonia, e o Cobridor Externo que são peças de grande
importância para uma Sessão plena de beleza e segurança.
Oportunamente cada Ir... falará sobre o Cargo que ocupa com mais
minúcia para que o Ir... possa aquilatar a responsabilidade que pesa sobre
cada um.
Ven... Mestr...
- Amad... Ir... 2o Vig... podeis continuar com a instrução para o
Aprendiz.

2o Vig...
- O interior de uma Loja contém ORNAMENTOS, PARAMENTOS e
JÓIAS.
Os ORNAMENTOS são o Pavimento Mosaico, a Estrela Flamejante
ou Rutilante e a Orla Dentada. Já se falou sobre o Pavimento de Mosaico, e
a Orla Denteada. A Estrela Rutilante representa a principal Luz da Loja,
simboliza o sol, Glória do Criador e nos dá o exemplo da maior e da melhor
virtude que deve encher o coração do homem: a CARIDADE.
Constituem os PARAMENTOS DA LOJA a Bíblia, o Esquadro e o
Compasso. A Bíblia ou Livro da Lei, representa o código de moral que cada
um respeita e segue, a filosofia que cada qual adota, a Fé que nos governa
e anima. O Compasso e o esquadro só se mostram unidos em loja e
representam a medida justa que deve presidir a todas as nossas ações as
quais não podem se afastar da justiça nem da Retidão que seguem os atos
de um verdadeiro iniciado. As pontas do COMPASSO ocultas sob o
esquadro, significa que o aprendiz, trabalhando somente na Pedra Bruta,
não pode fazer uso do Compasso enquanto a sua obra não estiver
perfeitamente acabada, isto é, enquanto não estiver polido e esquadrejado,
tornando-a CÚBICA ou POLIDA.
Além dos ORNAMENTOS e PARAMENTOS uma Loja Maçônica
contém em seu interior seis jóias, das quais três são móveis e três fixas.
As Três jóias móveis são o ESQUADRO, o NÍVEL e o PRUMO. As
três Jóias fixas são a PRANCHETA DA LOJA, a PEDRA BRUTA e a
PEDRA CÚBICA ou POLIDA.
Vamos nos fixar na PEDRA BRUTA. É nela que os Aprendizes
trabalham. Representa a inteligência, o sentimento do homem primitivo,
áspero, despolido e que nesse estado se conserva até que pelo cuidado de
seus pais e pelas instruções de seus Mestres, adquire educação virtuosa,
tornando-se culto e capaz de fazer parte de uma sociedade civilizada.
Realmente, graças a iniciação maçônica, o “Novo Nascimento”, o aprendiz
encontra-se no “Estado Natural”. Conseguiu desembaraçar-se de tudo o que
a sociedade lhe tinha proporcionado artificialmente e tornou a encontrar
todas as coisas boas e naturais que lhe tinham sido roubadas. Encontra de
novo a liberdade de pensar graças às ferramentas que se lhe oferecem.
VIª “INSTRUÇÃO DE APRENDIZ”
Ven... Mestr...
- Hoje ensinaremos os princípios que regem a Maçonaria. Estes
princípios ou Leis ou, ainda, Landmark como são chamados, são
considerados como as mais antigas Leis que regem a Maçonaria universal,
pelo que se caracteriza pela sua Antigüidade.
Os regulamentos, estatutos e outras leis podem ser revogados,
modificados ou anulados. Porém os Landmark’s, jamais poderão sofrer
qualquer modificação ou alteração. Enquanto a Maçonaria existir, os
Landmark’s serão os mesmos como era há séculos.
São, portanto, eternos e imutáveis. Foram colecionados pelo
Poderoso Irmão Alberto G. Mackey, os vinte e cinco Landmark’s abaixo que
seguem;
1o - Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e
inquestionáveis de todos os Landmark’s. Não admitem mudança de
qualquer espécie, pois, sempre que isso se deu, funestas conseqüências
vieram demonstrar o erro cometido.
2o - A divisão da Maçonaria simbólica em três graus é um Landmark
que, mais do que nenhum, tem sido preservado de alterações, apesar dos
esforços feitos pelo daninho espírito inovador. Certa falta de uniformidade
sobre o ensinamento final da Ordem, no grau de Mestre, foi motivado por
não ser o terceiro grau considerado como finalidade, daí o Real Arco e os
Altos Graus variarem no modo de conduzirem o neófito à grande finalidade
da Maçonaria simbólica. Em 1813, a Grande Loja da Inglaterra reivindicou
este antigo Landmark, decretando que a antiga Instituição Maçônica
consistia nos três primeiros graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre,
incluindo o Santo Arco Real.
3o - A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade
tem sido respeitada. Não há nenhum Rito na Maçonaria, em qualquer País
ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos
essenciais dessa lenda.
As fórmulas escritas podem variar e, na verdade variam; a lenda;
porém, do construtor do Templo, constitui a essência e a identidade da
Maçonaria. Qualquer Rito, que a excluir ou a alterar, cessaria, por isso, de
ser um Rito Maçônico.
4o - O Governo da Fraternidade por um Oficial que preside, denominado
Grão Mestre, eleito pelo povo Maçônico, é o quarto Landmark da Ordem.
Muitas pessoas ignorantes supõe que a eleição do Grão Mestre se pratica
em virtude de ser estabelecida em lei ou regulamento da Grande Loja. Nos
anais da Instituição se encontram, porém, Grão Mestres, muito antes de
existirem Grandes Lojas, e, se o atual sistema de Governo Legislativo por
Grandes Lojas fosse abolido, sempre seria preciso a existência de um Grão
Mestre.
5o - A prerrogativa do Grão Mestre de presidir a todas as reuniões
maçônicas, feitas onde e quando se fizerem é o quinto Landmark.
É em virtude da lei, derivada da antiga usança, e não de qualquer
decreto especial, que o Grão Mestre ocupa o Trono, em todas as sessões
de qualquer loja subordinada, quando se ache presente.
6o - A prerrogativa do Grão Mestre de conceder licença para conferir graus
em tempos anormais, é outro importantíssimo Landmark. Os estatutos
maçônicos exigem um mês, ou mais, para o tempo que se deva transcorrer
entre a proposta e a recepção de um candidato. O grão Mestre, porém, tem
o direito de por de lado, ou de dispensar, essa exigência, e permitir a
iniciação imediata.
7o - A prerrogativa que tem o Grão Mestre, de conceder autorização, para
fundar e manter Lojas é outro importante Landmark. Em virtude dele, pode o
Grão Mestre conceder o número suficiente de Mestres Maçons, o privilégio
de se reunirem e conferirem graus. As Lojas assim constituídas chamam-se
“Lojas Licenciadas”. Criadas pelo Grão Mestre, só existem enquanto ele não
resolve o contrário, podendo ser dissolvidas por seu ato. Podem viver um
dia, um mês ou seis meses. Qualquer que seja, porém, o tempo de sua
existência, devem-na, exclusivamente, à graça do Grão Mestre.
8o - A prerrogativa do Grão Mestre, de criar Maçons, por sua deliberação,
carece ser explicado, controvertida como tem sido sua existência. O
verdadeiro e único modo de exercer essa prerrogativa é o seguinte: O Grão
Mestre convoca em seu auxílio seis Mestres Maçons, pelo menos; forma
uma Loja e, sem nenhuma prova prévia, confere graus aos candidatos; findo
isso, dissolve a Loja e despede os Irmãos. As Lojas convocadas por esse
modo são chamadas “Lojas Ocasionais” ou de “Emergência”.
9o - A necessidade de se congregarem os Maçons em Loja é outro
Landmark. Os Landmark’s da Ordem sempre prescreveram que os Maçons
deviam congregar-se, com fim de se entregarem a tarefas operativas, e que
a essas reuniões fosse dado o nome de “Loja”. Antigamente, eram essas
reuniões extemporâneas, convocadas para assuntos especiais e, logo
dissolvidas, separando-se os Irmãos para de novo, se reunirem em outros
pontos e em outras épocas, conforme a necessidade e as circunstâncias
exigissem. Cartas Constitutivas, Regulamentos internos de Lojas e Oficinas
permanentes e contribuições anuais, são inovações puramente modernas,
de um período relativamente recente.
10o - O Governo da Fraternidade, quando congregado em Loja, por um
venerável e dois vigilantes é também um Landmark. Qualquer reunião de
Maçons congregados sob qualquer outra direção como, por exemplo, um
presidente e dois vice-presidentes, não seriam reconhecidos como Loja. A
presença de um Venerável e de dois Vigilantes é tão essencial que no dia
da congregação é considerada como uma Carta Constitutiva.

Ven... Mestr...
- Encerramos nossa Instrução de Hoje ao darmos o 10 o Landmark e
seu estudo. Na próxima Instrução, terminaremos os 15 (QUINZE) últimos
Landmark’s e sua interpretação.
VIIª “INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven... Mestr...
- Amado Irmão Orador, peço-vos concluir os 15 últimos
Landmark’s dos vinte e cinco existentes, e que foram na instrução passada,
iniciados.
-
Orad
- Amado Ir... Aprendiz, já pudestes aquilatar quão importantes são os
Landmark’s para os Maçons. Não fossem imutáveis já a tradição maçônica
que até nossos dias persiste, estaria mudada e os princípios da
Fraternidade, Igualdade e Liberdade hoje talvez não fizessem mais sentido.
O Landmark 11o sustenta:
11o - A necessidade de estar uma Loja coberta, quando reunida, é um
importante Landmark, que não deve ser descuidado. Origina-se do caráter
esotérico da Instituição. O cargo de Guarda do Templo que vela para que o
lugar das reuniões esteja absolutamente vedado à intromissão de profanos,
ou IIrs em grau inferior para a sessão que ora se realiza, independente em
absoluto, de quaisquer leis de Lojas. E o seu dever, por este Landmark é
guardar a porta do templo, evitando que se ouça o que dentro dele se
passa.
12o - O direito representativo de cada irmão, nas reuniões gerais da
Fraternidade, é outro Landmark.
Nas reuniões gerais, outrora chamadas Assembléias Gerais, todos os
Irmãos, mesmo os simples Aprendizes, tinham o direito de tomar parte.
Antigamente cada Irmão se representava por si mesmo. Hoje são
representados por seus Oficiais.
13o - O direito de recurso de cada Maçom das decisões dos seus Irmãos.
Este Landmark é essencial para a preservação da Justiça e para prevenir a
opressão.
14o - O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja. É o
consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito
inerente que todo Irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a
conseqüência de encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência,
da Família Maçônica Universal.
15o - Nenhum visitante desconhecido aos Irmãos de uma Loja, pode ser
admitido a visita, sem que antes de tudo, seja examinado, conforme os
antigos costumes. Esse exame só pode ser dispensado se o Maçom for
conhecido de algum Irmão do Quadro, que por ele se responsabilize.
16o - Nenhuma Loja pode intrometer-se em assuntos que digam respeito a
outras, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.
17o - Todo Maçom está sujeito às Leis e Regulamentos da jurisdição
Maçônica em que residiu, mesmo não sendo membro de qualquer Loja. A
não filiação é já em si uma falta maçônica.
18o - Por este Landmark os candidatos a iniciação devem ser isentos de
defeitos ou mutilações, livres do nascimento e maiores. Uma mulher, um
aleijado ou um escravo, não pode entrar na Fraternidade.
19o - A crença no Grande Arquiteto do Universo, é um dos mais importantes
Landmark da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e
insuperável para a iniciação.
20o - Subsidiariamente a essa crença, é exigido a crença em uma vida
futura.
21o - É indispensável a existência, no Altar, de um Livro da Lei, o Livro que,
conforme a crença, se supõe conter a verdade revelada pelo Grande
Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas
peculiaridades de fé religiosa de seus membros, esses Livros podem variar
de acordo com os credos.
Exige por isso, este Landmark, que um “Livro da Lei” seja parte
indispensável dos utensílios de uma Loja.
22o - Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro de uma Loja, sem
distinções de prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade confere.
A maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas.
23o - Este Landmark prescreve a conservação secreta dos conhecimentos
havidos por iniciação tanto dos métodos de trabalho, como das suas lendas
e tradições, que só podem ser comunicadas a outros Irmãos.
24o - A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos operativos,
o uso simbólico e a explicação dos ditos métodos e dos termos neles
empregados, com propósito de ensinamento moral, constitui outro
Landmark. A preservação da lenda do templo de Salomão é outro
fundamento deste Landmark.
25o - O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores,
nada podendo ser-lhes acrescido ou retirado, nenhuma modificação
podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores
recebemos, assim o devemos transmitir aos nossos sucessores. NOLUNUM
LEGES MUTARI.
VIIIª “INSTRUÇÃO DE APRENDIZ”
Ven... Mestr...
- Amado Ir... Aprendiz, tendes ouvido várias vezes a palavra
Adonhiramita, ligadas a outras ou mesmo sozinha. Rito Adonhiramita,
Templo Adonhiramita, etc. Hoje procuraremos explicar-lhes sobre o
significados desta palavra e sua origem.
Rito Adonhiramita ou simplesmente Adonhiramita é o nome da
Maçonaria que se baseia e foi fundada na lenda e comemoração de
Adonhiram. O Rito Adonhiramita foi desenvolvido nos escritos do Barão de
TSCHONDY e compreendia até pouco tempo atrás em 13 (TREZE) graus:
1o de Aprendiz; 2o Companheiro; 3o Mestre; 4o Mestre Perfeito; 5o Eleito dos
Nove; 6o Eleito de Pérignan; 7o Eleito dos Quinze; 8o Pequeno Arquiteto; 9o
Grande Arquiteto; 10o Mestre Escocês; 11o Cavaleiro do Oriente; 12o
Cavaleiro Rosa Cruz; e 13o. Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. De
1973 passou a constituir-se o Rito Adonhiramita em 33 graus com a
proclamação feitas nas dependências do Instituto Maçônico Conselheiro
Macedo Soares reivindicando para o Brasil a Sede do Rito Adonhiramita.
Oportunamente, daremos a relação dos graus e a nova nomenclatura.
Conforme disse anteriormente a Maçonaria Adonhiramita baseia-se na
lenda de Adonhiram. Adonhiram é o nome do personagem mais importante
encontrado nas lendas da Ordem Maçônica. Cassard distingue, na maioria
dos seus escritos, o seguinte: A verdadeira palavra é HIRAM ou
ADONHIRAM, composta do pronome ADON (DOMINUS), que os hebreus
usam freqüentemente quando falam de Deus; este pronome agregado a
palavra HIRAN, faz-se ADONHIRAM, que significa HIRAM, “O consagrado
ao Senhor”, o bom Senhor ou o divino Hiram, donde foi derivado o título da
Maçonaria Adonhiramita”.
Nos seus escritos, Cassard foi contraditório diversas vezes sobre o
mesmo assunto, pelo que recomendamos o estudo das seguintes
recomendações de RAGON, que se expressa como se segue: “Sobre
Adonhiram diz a Bíblia que, segundo a Ordem de Salomão, foram
contratados 30.000 obreiros, dos quais eram enviados 10.000 todos os
meses, e por seu turno, aos Montes do Líbano, e que Adonhiram exercia a
fiscalização de toda aquela gente. É o que concerne a este insignificante
personagem; tal é o homem que deu seu nome a Maçonaria Adonhiramita”.
Na Maçonaria nos graus subseqüentes quer no Rito Adonhiramita quer no
rito Escocês ele é representado na pessoa do Presidente da Loja ou pelo 2 o
Vigilante.
Sobre Adonhiram ainda há muito que falar, porém o nosso objetivo
nas instruções que temos dado é ministrar reduzidamente noções sobre
diversos temas. O estudo aprofundado poderá ser feito pelos Irmãos através
de consulta a livros especializados que podem ser encontrados ou na
Biblioteca Maçônica ou mesmo em qualquer livraria especializada no
assunto. Amado Ir... 2o Vig... podeis concluir com sua instrução a hora de
estudo desta Sessão.
2o Vig...
- Comecemos com estas palavras luminosas da “Biblioteca Maçônica”
do ano de 1840: - “Enquanto o Maçom vulgar satisfeito com uma aparência
mística se contenta de saber pronunciar algumas palavras de que “ignora o
verdadeiro sentido” o Maçom filósofo se lança aos séculos passados e lá “vê
as causas primeiras e os fins reais” da instituição Maçônica... Vassal, definiu
muito bem a Maçonaria quando chamou-a de Filosofia Simbólica e diz: A
filosofia primitiva tem por missão o encarar as abstrações as mais sutis,
debaixo de diferentes formas, e de as patentear ao vulgo como verdade; ao
contrário, a filosofia simbólica tem por objeto o encobrir as mesmas
verdades num véu impenetrável, para não as mostrar senão aos seus
adeptos”. A Maçonaria surgiu entre o desejo salutar de reunir a virtude com
a sabedoria e transladar aos seus umbrais toda espécie de clareza que
definisse e multiplicasse o útil e o belo na mais cálida expansão, irradiado à
sombra e ao seu simbolismo. A Maçonaria se firma na nitidez das tradições
que nos honra respeitar e nos cumpre traduzir. Entende-se facilmente
assim, que nos devemos desejar o desenvolvimento constante do nosso EU
desbastando as arestas, enfim, no trabalho pertinente de corrigir todos os
defeitos impróprios à conduta humana.
Para finalizar quero dizer que a procura constante da verdade faz-nos
idealistas e o idealismo é a afirmação arrojada de verdades divinas para a
alma que se interroga na solidão e julga as realidades pelas suas
faculdades íntimas e as suas vozes interiores. A Iniciação é a penetração
dessas mesmas verdades pela experiência da alma, pela visão direta do
espírito pela ressurreição interior. Ela é toda, é mais do que toda filosofia da
palavra e do pensamento - a cabala, cuja palavra grega, significa a arte de
conhecer a essência e a ação do Ser Supremo, das potências espirituais e
das forças da natureza, que podemos concluir - a ciência hermética. Para
complemento, deduzimos que a Maçonaria foi e sempre será a organização
culta e por origem intelectual nascida em Salomão, o puro e virtuoso
doutrinador, experiente e sábio, para Sócrates, Plutão e Plutarco,
imensuráveis gigantes da filosofia concepcional, realista e divina, para todos
os séculos.
IXa. INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven Mestr
A penúltima instrução no grau de aprendiz, trata da simbologia dos
números 1,2,3,4. Esta instrução, completará os conhecimentos de que
necessita o aprendiz para galgar os degraus da escada que há de,
futuramente transportar do plano físico ao plano espiritual.
Amado Ir Orad Tende a bondade de encetar esta instrução.

Orad
Com certeza já notou meu Ir que apresentam a Bateria, a Marcha e
a Idade do Maçom. Todas encerram com o número três: Três pancadas,
três passos e Três anos. Como vedes, o número três é primordial no grau
de aprendiz e, se queres realmente estar em condições de passar a Comp:.
deve estudar, cuidadosamente as propriedades deste número, seja nas
obras de Pitágoras, na Cabala numérica, ou ainda, nas obras de arquitetura
e arqueologia iniciativas de Vitrúvio, Ramés e outros.
O emprego dos números sobretudo, de alguns números, em todos os
monumentos conhecidos, é muito freqüente, para que se creia que só o
acaso os tenha produzido. E neste ponto, a história vem em nosso auxílio.
Todos os povos da Antigüidade fizeram uso emblemático e simbólico
dos números e das fórmulas, e em geral, do número e da medida. A obra
moderna do sábio francês, Abade Mercuz - “Ciência Misteriosa dos Faraós”
no-la consta de um modo absoluto, provando a evidência que as dimensões,
orientação e formas das Pirâmides obedeceram à razões poderosíssimas ,
pois elas encerram, além de outras verdades ( possivelmente ainda de não
todo estudadas ) a direção do meridiano terrestre, o valor entre a
circunferência e seu raio, a medida de peso racional (libra inglesa) e até a
distância aproximada da Terra ao Sol, com erro de poucos metros.
Todos os povos da Antigüidade tiveram um sistema numérico, ligado
intimamente a religião e ao culto. E este fato é a resultante da idéia que,
então se fazia do mundo.
Ven Mest
- Amado Ir:. 2o. Vig:. Podeis prosseguir com sua instrução.

2o. Vig
Os instrumentos do aprendiz são o Maço, e o Cinzel. O maço
instrumento importante; nenhuma obra manual poderá ser acabada sem ele.
Ensina-nos também que a habilidade sem o emprego da razão, é de pouco
valor. Inutilmente o espírito conceberá e o cérebro projetará , se a mão não
estiver pronta para executar o trabalho. Com o cinzel, o obreiro dá forma e
regularidade a massa de pedra bruta. Por ele, aprendemos que a educação
e a perseverança são precisas para se chegar a perfeição; que o material
grosseiro só recebe fino polimento, depois de repetidos esforços, e que é,
unicamente, por seu incansável emprego que se adquire o hábito da virtude,
a iluminação da inteligência e a purificação da alma. Para completar vossa
instrução é bem necessário que se repita e que em vosso cérebro se fixe,
que a maçonaria é uma associação íntima de homens escolhidos cuja
doutrina tem por base o GADU, que é Deus; por causa, a Verdade,
a Liberdade e a Lei Moral; por princípio a Igualdade, a Fraternidade e a
Caridade; por frutos a Virtude, a Sociabilidade e o Progresso; por fim a
felicidade dos povos que incessantemente, ela procura reunir sob sua
bandeira de paz. Assim a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto
houver o gênero humano.
Xa. - INSTRUÇÃO DE APRENDIZ
Ven Mestr
Hoje iniciamos a última Instrução. Esta instrução vem complementar
uma das instruções já dadas sobre o comportamento do Maçom dentro da
Loja. Amado Ir 1o. Vig tendes a palavra.

1o. Vig
- Amado Ir Aprendiz, na Maçonaria temos que manter um
comportamento unido para que possamos obter perfeito clima para a
propagação da corrente mental que envolve a atmosfera do Templo. Assim,
desde a forma do vestuário até a postura do Maçom ao sentar-se no interior
do Templo, tudo é simbólico e altamente significativo. A vestimenta por ser
preta faz-nos perceber, absorvendo o bem que emana dos corpos
organizados. Esta afluência benéfica, se expande por todo o interior do
Templo e se caso nos vestíssemos com outra cor, ela se refletiria, não
ajudando o homem que vem junto com seus Irmãos a transcender-se. As
luvas simbolizam a candura que reina na alma do homem de bem e a
pureza de suas ações. É quando o Mestre de Cerimônias nos pergunta se
desde a hora em que nos retiramos do Templo até o momento de voltarmos
a ele nos conservamos com as mãos limpas, nada fizemos que manchasse
a alvura das luvas, então sim, calçai as luvas por que fostes um homem de
bem.
O silêncio em que se vê obrigado o aprendiz é extremamente
importante. Este estado de privação da palavra faz lembrar ao homem antes
de tudo a ponderação, a moderação de suas paixões, obrigando-o a manter
a força impulsiva do seu EGO em perfeito equilíbrio dominando sua razão e
suas vaidades.
Este comportamento na forma de meditação, ajudado pelo trabalho e
efetivado pela perseverança, faz com que o aprendiz vença todas as
dificuldades, extinguindo as trevas da ignorância e espargindo a felicidade
no caminho da vida, segundo o qual a matéria é inseparável do espírito, do
qual exprime a imagem e a revelação.
A China, a Índia, a Grécia, mesmo antes de Pitágoras, conheceram e
empregaram a “Ciência dos Números” e seu simbolismo, em grande parte,
baseado nesta ciência. Vemos pois que os números se prestam facilmente a
tornarem-se símbolos, figura das idéias simples e de suas relações.

Ven Mestr
- Explicai-nos Ir 1o. Vig o simbolismo do número UM.

1o. Vig
- O número UM, a unidade, é o princípio dos números, mas unidade
só existe pelos outros números. Todos os sistemas religiosos, começam por
um ser primitivo. Conquanto esta abstração não tenha, positivamente, uma
existência real, tem contudo, um lado positivo, que o torna susceptível de
uma existência definida: é que os antigos denominavam POTHOS, isto é, o
desejo ou a ação de sair do absoluto, a fim de entrar no real - considerado
por nós concreto. Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é
confundida como unidade, como todo, ela tem o nome unidade. A unidade,
‘só é compreendida por efeito do número dois, sem este, ela se torna
idêntica ao todo, isto é, identifica-se com o próprio número. A natureza do
número dois, ou sua relação com a unidade, representa a divisão, a
diferença.

2o. Vig
- O número dois é um número terrível, número fatídico. É o
simbolismo dos contrários e, portanto, da dúvida, do desequilíbrio e da
contradição. Como prova disto, temos o exemplo concreto de uma das sete
ciências Maçônicas. Aritmética, em que dois mais dois é igual a dois vezes
dois.
Até na matemática, o número dois produz confusão, pois ao vermos o
número quatro, ficamos na dúvida se é o resultado da combinação de dois
números dois, pela soma ou pela multiplicação, o que não se dá em
absoluto com outro qualquer número. Ele, o número dois, representa : o
Bem e o Mal, a Verdade e, a Falsidade, a Luz e as Trevas; enfim, todos
os princípios antagônicos, adversos. Na Antigüidade, este número
representava o INIMIGO, símbolo da dúvida, da traição e do fatídico.

Secret
A significação do número três é o que chamamos da LUZ, (Fogo,
Chama e Calor). Três são os pontos que o Maçom deve se orgulhar de apor
o seu nome, pois esses três pontos, como Delta Luminoso e Sagrado são
emblemas dos mais respeitáveis: representam todos os ternários,
conhecidos e, especialmente, as três qualidades indispensáveis ao
Maçom: Vontade, Amor, e Inteligência ou Sabedoria.
O desequilíbrio, o antagonismo e a duvida que existe no número dois,
cessam quando se lhe adicionam uma terceira unidade. Foi assim que se
formou o número três, que se tornou a unidade da vida, do que existe por
si próprio, do que é perfeito. Eis por que o Neófito vê , no Oriente, o Delta
Sagrado, luminoso, emblema do SER, ou da VIDA, no centro do qual brilha
a letra IOD inicial do Tetragrama IEVE. Como explica Rames, o triângulo
entre as superfícies, é a forma que corresponde ao número três, e tem a
mesma significação deste. É ainda, por esta razão que a figura do triângulo,
é o símbolo da existência da Divindade, bem como de sua potência
produtiva, ou da Evolução. Sob outros pontos de vista o ternário pode ser
estudado das seguintes maneiras:
Do tempo - presente, passado e futuro;
Do movimento diurno do sol - Nascer, Zênite e Ocaso
Da vida - Nascimento, Vida e Morte
Da família - Pai, Mãe e Filho
Do hermetismo - Archeu, Azoto e Hylo
Da Gnose - Princípio, verbo e substância
Da Cabala Hebraica - Das qual são tiradas as PP:. e P:. da Maçonaria -
Xeter (coroa), Hochma (sabedoria) e Binal (inteligência).
Da Trindade Cristã - Pai, Filho e Espírito Santo
Da Trimurti - Brahma, Vishnu e Shiva

Ven Mestr
Como pode observar em toda parte encontramos o número três, o
ternário, do Delta Sagrado é o mais luminoso e, talvez mais puro emblema.
Nas Lojas Maçônicas o ternário é ainda, simbolizado pelos três grandes
pilares - Sabedoria - Força e Beleza.

Orador
- No centro do Delta, está a letra IOD, inicial do Tetragrama (que significa:
4 letras) IEVE1 (Yod ‫י‬, he ‫ה‬, Vav ‫ ו‬e He ‫)ה‬, símbolo da grande evolução ou “do
que existe” e “do que existia “.
O Tetragrama IOD - HE - VAU HE ( ‫)י ה ו ה‬, apesar de se compor de quatro
letras, tem somente três dimensões do corpo: comprimento, largura e altura
ou profundidade. A letra VAU cujo valor numérico é seis, indica as seis faces
dos corpos.

1
A escrita correta, em português, deve ser Iahweh, segundo a Bíblia de Jerusalém (nº 1 em qualidade e tradução).
O Tetragrama, com suas quatro letras, tem a afinidade com as três
unidades, pois quatro e um são quadrados perfeitos, e, como as três letras
diferentes, indica, que a partir de três, os números entram numa nova fase.
O Tetragrama lembra ao Apr:. Que ele passou quatro provas dos
Elementos - Terra, Água, Ar e Fogo.

Ven Mestr
- Amado Ir Apr. Com esta instrução ficam terminados a série de
ensinamentos que é feita durante o período do 1 o Grau. Como já dito na 2 a.
instrução, o futuro depende do trabalho feito no presente. O estudo
continuado e a pesquisa darão ao homem a oportunidade de desbastar e
esquartejar a pedra bruta. Nas próximas sessões o Amad Ir entregará
pelo Sac de PProp e IInf, o formulário que vos será entregue,
devidamente preenchido. Este trabalho é a prova de que o Amado Ir se
instruiu e está capacitado a receber aumento de salário. Ele será julgado
pela Comissão de Grau. Ainda, ao Amado Ir caberá a tarefa de proferir
uma peça oratória sobre um tema tirado das instruções, a seu livre arbítrio.
Que o G A D U vos ilumine e guarde.
QUESTIONÁRIO do APRENDIZ
Abaixo o Questionário de Aprendiz.
Trata-se uma série de perguntas sobre os diversos temas dados nas instruções
e que deverá ser respondido pelo Aprendiz que, a critério do Ven Mest, o qual
selecionará 20 perguntas a serem feitas em Loja ao Apr através de uma prova oral.
Antes disso o Aprendiz deve elaborar e apresentar à Loja quatro (4) trabalhos
cujos temas serão selecionados pelo 2º Vig; finalmente entregará o Questionário que,
após ser recolhido pelo Saco de PProp e IInf será submetido à Comissão de
Admissão e Graus que dará parecer conclusivo; ouvindo, também, o Chanceler a
respeito da freqüência do Aprendiz, em Loja de Companheiro, será votado o aumento de
salário do (s) candidato (s) a elevação.
Se por alguma razão o mesmo (ou um deles) não for aprovado, poderá ser
Telhado e examinado em seu conhecimento após 30 dias.
O questionário será entregue em três vias.

1. Quantos sinais existe no Grau de Apr?


2. Qual a posição dos pés quando em posição de Ordem ?
3. Quantas palavras existem no Grau de Apr
4. O que significa a P S?
5. Para que serve a P Semestral ?
6. Onde é permitido ficar a Ord ?
7. Qual a forma da Loja ?
8. O que deverá existir sobre a mesa do Ven?
9. Como se denomina o Altar onde está repousado o L L ?
10. Qual a posição do Pavilhão Nacional ?
11. Quais os principais deveres de um Maçom ?
12. O que significa o avental ?
13. Qual o vestuário completo de um Maçom Adonhiramita ?
14. O que é o trolhamento ?
15. Por que é feito o trolhamento ?
16. A Maçonaria:. é uma instituição secreta ?
17. Qual a cor predominante no interior da L Adonhiramita ?
18. Onde fica situada a porta do Templo ?
19. Qual o nome dado ao lugar onde se sentam os AApr ?
20. Por que se sentam no setentrião os Apr ?
21. O que existe no centro do assoalho da Loja , ao Oc ?
22. De que se compõe as cores do Pavimento Mosaico ?
23. O que é Pavimento Mosaico ?
24. O que é Orla Dentada ?
25. De que Ordem são as colunas na entrada do Templo ?
26. Qual a letra gravada na coluna ao lado do 2 o. Vig ?
27. O que significa a letra J na coluna do 2o. Vig ?
28. O que existe sobre as colunas ?
29. O que significam as Romãs ?
30. Quais as dimensões das colunas ?
31. Quantos nós existem na corda que contorna o Templo ?
32. O que simboliza o Teto da Loja ?
33. Qual a posição do Sol ?
34. Qual a posição da Lua ?
35. O que é Moral Maçônica ?
36. Como consideramos nossos semelhantes ?
37. Qual a altura da Loja ?
38. Qual o comprimento da Loja ?
39. Qual a largura da Loja ?
40. Qual a profundidade da Loja ?
41. Por que a Loja está situada do Or:. Ao Oc ?
42. Em que se apóia a Loja ?
43. Por que a Loja é sustentada por três colunas ?
44. Por que a Maçonaria combate à ignorância ?
45. Por que a Maçonaria combate o fanatismo ?
46. Em que consiste nossa fraternidade ?
47. Qual a jóia do 2o. Vig
48. Em que ano se tem idéia da introdução da Maçonaria no Brasil ?
49. Qual o nome da 1a. Loja instalada no Brasil ?
50. Em qual Estado se tem notícia da instalação da 1 a, Loja no Brasil ?
51. Qual a obediência da 1a. Loja no Brasil ?
52. Quais as duas primeiras Lojas fundadas no Rio de Janeiro e que obediência
pertenciam ?
53. Qual o nome das 1as. Lojas fundadas em Salvador ?
54. Em que Estado foi fundado o Grande Oriente do Brasil ?
55. Por que teve pouca duração o 1o. Grande Oriente ?
56. Qual o nome da Loja fundada na casa do Dr. Valia ?
57. Em que ano surgiram as Lojas “União e Tranqüilidade” e “Esperança de Niterói” ?
58. Em que data se fundou o atual Grande Oriente do Brasil ?
59. Qual o nome do Ven:. Mest:. Que presidiu a assembléia que redundava na
fundação do Grande Oriente do Brasil ?
60. O que ocasionou a fundação do Grande Oriente do Brasil ?
61. Onde se senta o Ir Tes ?
62. Quais as obrigações do Ir Tes ?
63. Quais as obrigações do Ir Chanc?
64. Quais as obrigações do Ir M C ?
65. Quais as obrigações do Ir Hosp ?
66. Quais as obrigações do Ir Exp?
67. Quais as obrigações do Ir Arq ?
68. Quais as obrigações do Ir M Banq ?
69. Quais as obrigações do Ir Cobr ?
70. Quais as obrigações dos IIr 1o. 2o. VVig
71. Quais as obrigações do Ir Orad ?
72. Quais as obrigações do Ir Secr ?
73. Quais as obrigações do Ven Mest ?
74. O que significa Ornamentos de uma Loja ?
75. O que são paramentos ?
76. O que são Jóias da Loja ?
77. O que representa a Estrela Rutilante ?
78. O que representa o Livro da Lei ?
79. o que representa o Esquadro e o Compasso ?
80. Por que o Esquadro oculta as pontas do Compasso ?
81. Quantas jóias existem dentro da Loja ?
82. Quais as jóias fixas ?
83. Quais as jóias móveis ?
84. Qual a jóia do Ven Mest ?
85. Qual é a jóia do 1o. Vig ?
86. O que representa a Pedra Bruta ?
87. Em que local está a Pedra Bruta ?
88. O que são os Landmark’s ?
89. Cite 3 Landmark’s !
90. O que é rito Adonhiramita ?
91. De quantos graus antigamente era composto o Rito Adonhiramita ?
92. Em que data e local foi proclamado a Constituição do Grande Capítulo
Adonhiramita ?
93. Quem presidiu a reunião que reivindicou para o Brasil a sede do rito Adonhiramita ?
94. Em que se baseia a Maçonaria Adonhiramita ?
95. O que significa Adonhiram ?
96. Por que nos vestimos de preto ?
97. O que simbolizam as luvas brancas ?
98. Quais os instrumentos do Apr ?
99. O que simboliza o Maço ?
100. O que simboliza o Cinzel ?
101. Qual a importância do número 3 no Grau de Apr ?
102. Por que o número 2 é fatídico ?
103. Qual a significação do número 3 ?
104. Qual o ternário que simboliza a Maçonaria ?
105. Qual a letra inicial do Tetragrama ?
106. O que lembra o Tetragrama ?
107. O que significa IEVE ?
108. O que significa a letra VAU ?
109. Quais as três principais qualidades de um Maçom ?
110. Quem o maçom reverência ?

Origem da Maçonaria
INTRODUÇÃO

As origens da maçonaria se perdem na Antigüidade. Os escritores


maçônicos do século XVIII especularam sua história sem o espírito crítico,
baseando seus conceitos numa crença literária na história e cronologia do
Antigo Testamento, nas lendas curiosas da Ordem, oriundas de tempos
operativos das antigas observâncias ou Constituições.
Muitos atribuem sua origem a Abraão, Moisés ou Salomão .

A MAÇONARIA OPERATIVA

No início da história a Maçonaria (Congregação de Pedreiros) só


admitia em seu seio os que praticavam a arte da construção. Era a época
das grandes catedrais, das pontes, das cidades “modernas” sendo
considerada uma arte real, tendo a simpatia da nobreza e por que seus
membros se dedicavam a construção de templos destinados ao culto do G 
A D U. A origem de muitas sociedades de construtores, chamadas de
“GUILDAS” na Europa, que atingiu seu apogeu no século XVIII.
Estava vinculada a sua criação em 1118, da Ordem dos Templários
(Soberana Ordem dos Cavaleiros do Templo de Jerusalém) a mais
importante ordem religiosa militar de todo o período medieval. Sua função
primordial era garantir a guarda dos lugares santos da palestina e proteger
os cristãos peregrinos nas cidades onde Jesus havia vivido. Obedeciam
regras rígidas: faziam votos de castidade, pobreza e obediência, assumiam
o compromisso de aceitar combates contra até três inimigos
simultaneamente.
A cobiça de muitos reis levou a extinção dos Templários. Muitos foram
acusados de práticas demoníacas, feitiçaria e idolatria. Apesar de
oficialmente extintos os Templários, os trabalhadores enviados para as
construções no Oriente, voltaram para a Europa com uma série de
conhecimentos lá adquiridos que influenciaram os construtores europeus.
Quando esses grupos se uniram mesclando seus conhecimentos e
tradições, nasceu a Maçonaria Operativa, que mais tarde iria se transformar
na Maçonaria Moderna.

A MAÇONARIA ESPECULATIVA

No final do século XVI, as tendências filosóficas mais liberais


ganhavam força na Europa. As ciências naturais, a indústria e o comércio
evoluíam e como nunca acontecera antes. Desta maneira, os segredos de
construção, até então bem guardados pelos GUILDAS, estavam ao alcance
de todos e desta forma as organizações formadas por franco-maçons
(construtores livres) perdiam seu sentido.
Para renovar a Maçonaria e recuperar as forças, a Maçonaria abriu as
portas a qualquer homem de bem, livre e de bons costumes, nascendo
então a Maçonaria Moderna, também chamada de Estimativa ou Filosófica.
Nela entraram artistas, filósofos, livre pensadores de todo o mundo, que
passaram a ser conhecidos como maçons aceitos.
É em Londres em 24 de junho de 1717 que se forma a primeira Gr 
L M do mundo, justamente num dos berços do protestantismo onde o Rei
Henrique VIII, erguera-se contra o Vaticano fundando a Igreja Anglicana.
Por este motivo, grande parte dos maçons eram protestantes, mas apesar
disso, no ano de 1723 é promulgada a 1 a. Constituição Maçônica,
concedendo aos seus integrantes a total liberdade de culto, exigindo apenas
a crença no G A D U. Quinze anos após vem a reação da Igreja
Católica através do Papa Clemente XII, acusando os Maçons de heresia,
ameaça de excomunhão a todos que fizessem parte da Ordem. Nos países
católicos, começa uma grande perseguição através da “Santa Inquisição”
onde maçons são condenados à morte.
Diante deste quadro não houve outra alternativa, senão agir
secretamente, reunindo-se em lugares ermos e solitários, as altas horas da
noite, sob capuzes, e nomes simbólicos, que dificultavam a identificação, e
em sociedade, mantendo em segredo a condição de maçom.
Muitos maçons em todo o mundo participaram da política, em lutas
sociais sempre na defesa das causas libertárias e progressistas.

A ESCOLA AUTENTICA

Surgiu na segunda metade do século XIX, em resposta ao


desenvolvimento crítico em outros campos. Há uma enorme soma de
pesquisas nas atas das Lojas em documentos de toda a espécie tratando do
passado e presente da maçonaria. Tornou possível graças a grande soma
de material, o estudo sistemático da Ordem. No entanto, muita coisa, ou a
enorme parte , nunca foi escrita, mas apenas transmitida oralmente nas
Lojas por razões anteriormente descritas.
As principais tendências desta corrente de pensamento é:
1. Derivar a Maçonaria das Lojas e GUILDAS da Idade Média.
2. Negar a validade dos graus superiores e declarar que a pura maçonaria
consiste apenas de três graus: AprM, Comp M e M M.
A interpretação que se faz, no entanto, é que apenas conseguiram
uma moralização dos símbolos e cerimônias da Maçonaria, como
assessoria do Cristianismo Anglicano.

A ESCOLA ANTROPOLÓGICA

Encontra-se em processo de desenvolvimento e aplica-se as


descobertas da antropologia nos estudos da história maçônica, com
notáveis resultados sobre costumes religiosos e iniciáticos de muitos povos
antigos e modernos .
Muito de nossos símbolos foram encontrados nas principais etnias do
mundo (Egito, México, China, Índia, Grécia, Roma, nos Templos de Bruma,
nos Templos de Israel e nas Catedrais Medievais).
Qualquer estudo antropológico nos indica, que somos descendentes
de uma tradição antiqüíssima que durante incontáveis idades tem estado
associada com os mais sagrados mistérios religiosos e oculistas e quem
sabe (e só o futuro mostrará) se ao Continente perdido de MU e a Atlântida
de Platão.

A ESCOLA MÍSTICA

Encara os mistérios da Ordem vendo um plano para o despertar do


homem para o desenvolvimento espiritual e suas potencialidades internas.
Os graus da Ordem são simbólicos e devem ser despertados na consciência
(Com Ciência), adormecida no iniciado para alcançar os tesouros do
espírito.
A meta do místico é a união consciente de Deus, e para um maçom
que assim entenda a Ordem, representa objetivar o caminho para essa
meta, oferecer um mapa para buscar passos como buscador de Deus.

ESCOLA OCULTA

Um dos seus principais postulados é a eficácia sacramental do


cerimonial maçônico podendo ser chamada de sacramental ou ocultista
termo ocultista tem sido muito mal interpretado; é definido como o estudo e
conhecimento do lado interno da natureza por meio dos poderes existentes
em todos os homens mas ainda não despertos na maioria deles. Estes
poderes podem ser acordados e treinados no estudante ocultista por meio
de longa e cuidadosa disciplina e meditação. O objetivo do ocultista também
é a união consciente com Deus, mas seus métodos são diferentes. Com o
emprego da magia cerimonial ele cria um veículo através do qual se pode
atrair a luz divina e espalhá-la para o mundo. Ao passo que o místico se
utiliza da prece, da oração e da meditação. Na verdade ambos os caminhos
nos levarão ao G A D U.

CONCLUSÃO:

A Maçonaria é muito antiga, e a maior parte dos seus registros não


podem ser mais encontrados, devido a perseguição contra a todos aqueles
que se opunham a corrupção, a tirania, ao despotismo e a escravidão do ser
humano. Embora tenham mudado seus conceitos operativos (arte da
construção), para especulativos (qualquer homem livre e de bons costumes)
a Maçonaria continua influenciando por seus Ir os principais
acontecimentos políticos tendo representantes em todos os cargos eletivos.
A esses representantes, que detêm a difícil tarefa de defender propostas de
uma sociedade mais justa, livre e soberana; aos que se dedicam ao trabalho
filantrópico, com a única finalidade de contribuir para minorar as dificuldades
materiais, contribuir para o progresso em todos os níveis; aos que fazem da
maçonaria um exemplo sincero de fraternidade, sem medir esforços em
ajudar aos Ir sem troco ou recompensa, em seus pleitos moral, e
legalmente justificáveis, nossa admiração, respeito e apoio.
A principal obrigação de um maçom, é contribuir para a felicidade e
progresso em todos os níveis do ser humano. Somente com integridade
moral, seremos capazes de combater a corrupção que está dominando a
política e a sociedade como um todo.

Texto final compilado de A Arca da Aliança, 12 e 13 - Janeiro de 97.

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