Síntese Da Unidade CurricularTarefa
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Hermenêuticas da Bíblia
São Paulo – SP
2022
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Hermenêuticas da Bíblia
Diante das apreensões nas questões aqui levantadas, devemos compreender o que
o sentido e o significado. Ou como ficou enfatizado, o significado muda de autor
para autor, mas o sentido do texto não. Isto é, o sentido não muda.
2É importante lembrar que a presente unidade trata apenas da hermenêutica bíblia, sem levar em
conta as demais janelas de interpretação, igualmente válidas no seu campo de atuação.
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Esta foi a tônica várias vezes repetida na presente Unidade Curricular (Novo
Testamento: Contexto e cultura) em que estudar os elementos formativos do Novo
Testamento, há que se lidar necessariamente com o estudo do contexto e da
cultura, através do método histórico gramatical, que por sua vez resultará em
aplicações que redundem em erudição e piedade. Ou dito em outras palavras,
“aquele que quer expor a mensagem de forma correta deve trabalhar para a
exposição do texto no seu contexto de origem no momento de sua produção”4.
4 Frase usada em sala de aula pelo Professor Marcos de Almeida, para denominar o método
gramático-histórico de interpretação.
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Para tanto é fundamental que contemos com o auxílio dos estudos teológicos da
como complementares a interpretação do texto tais como: crítica textual, crítica
histórica e literária, hermenêutica, exegese, teologia histórica, teologia bíblica e
sistemática, teologia prática e educação crista, e exposição bíblica. Estes estudos
devem contar também com o significado histórico das palavras, que é denominado
de sentido diacrônico e, igualmente com o significado sincrônico, ou seja, o sentido
da palavra dentro do texto de acordo com a proposição autoral. O primeiro estudo
trata do campo lexical e é também conhecido por lexicografia, enquanto o outro
estudo diz respeito ao campo semântico da palavra, pois trata do estudo da palavra
dentro de um contexto específico.
E mais ainda, como discutido em sala, que existem muitas variantes no texto do
Novo Testamento. Estima-se que existam entre 300.000 a 400.000 variantes nos
diversos manuscritos. Porém, como ficou destacado, o Novo Testamento é a obra
mais bem documentada da Antiguidade. É a obra que possui o maior número de
evidência textual disponível quando comparada com qualquer obra clássica antiga,
grega ou latina. O que justifica que quanto maior for o número de manuscritos, maior
será o número de variantes.
Portanto, possuímos um texto que tem sido provado e testado ao longo dos anos e
que em cada teste tem se provado fidedigno de que é de fato, a palavra de Deus
para o seu povo. Assim, hermenêutica bíblica deve incluir a leitura devocional para
a pesquisa hermenêutica. Começando com a exegese gramático-histórica em
busca da intenção autoral, ou seja, antes de identificar o significado de sua
mensagem para a atualidade, é preciso compreender qual era a mensagem
proposta no seu contexto de origem (seus primeiros leitores). Só depois deste
processo, após muito estudo e pesquisa, será possível com o auxílio do Espírito de
Deus, contextualizar e aplicar corretamente a sua mensagem para os dias atuais,
na expectativa de que ela, a palavra produza transformações em seus ouvintes.
5Revelo a minha dependência em Wallace, 2011, fundador do Centro para Estudos dos Manuscritos
do Novo Testamento CSNTM (The Center for Studies of New Testament Manuscripts).
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Referências Bibliográficas
ALAND, Kurt et al. O novo testamento grego. Quarta edição revisada com
introdução em português e dicionário grego-português. Barueri: Sociedade
Bíblica do Brasil, 2009.
BRAY, Gerald. História da interpretação bíblica. São Paulo: Vida Nova, 2017.
FEE, Gordon D.; STUART, Douglas K. Entendes o Que Lês? Um guia para
entender a Bíblia com o auxílio da exegese e da hermenêutica. Edições Vida
Nova, 1997.
LUKASZEWSKI, A. L., DUBIS, M., & BLAKLEY, J. T. The Lexham Syntactic Greek
New Testament, SBL Edition: Expansions and Annotations (1Jo 2.28).
Bellingham, WA: Lexham Press, 2011.
RICOEUR, Paul. Ensaios sobre a interpretação bíblica. São Paulo: Novo Século,
2004.