Aprendizagem Significativa
Aprendizagem Significativa
Aprendizagem Significativa
Pensar neste novo processo de ensino fez-se necessário a partir do momento em que
educadores e estudiosos da área pedagógica começaram a questionar a formação acadêmica
e moral dos alunos dentro de algumas de nossas instituições de ensino. Temos enfrentado
uma realidade de apatia e conformismo que resulta na formação de alunos e educadores
pouco reflexivos e questionadores.
No atual sistema educacional, os alunos têm sido tratados muitas vezes pelo corpo de
servidores da escola, como simples receptores de informação, ignorando a contínua
construção conjunta do conhecimento. O aluno não se faz enquanto cidadão vive em um
sistema sufocante e alienante que o reprime e não o prepara para a vida social e intelectual,
requisitos tão ansiados pela sociedade e pela família, e que deveriam provir da educação.
Da mesma forma, a maioria dos educadores que faz parte da estrutura organizacional da
escola (auxiliar de serviços gerais, merendeira, porteiro etc.), em alguns momentos não
demonstra preocupação com a formação integral do aluno, não sendo exemplos a serem
seguidos no que se refere a condutas morais e intelectuais no ambiente escolar.
No decorrer deste curso, sempre que utilizarmos a expressão “educador”, estaremos nos
referindo a todos os envolvidos no ambiente escolar (faxineiros, merendeiras, porteiros,
corpo administrativo e docentes.) Veja o humor crítico da charge a seguir sobre o nosso
sistema educacional.
Fonte: Quino
Descrição da imagem: é uma história em quadrinhos. O amigo de Mafalda comenta que a professora lhe deu “péssimo outra vez” na atividade avaliativa. O menino fica inconformado e diz: “é pra isso que a gente vai
todo dia à escola? Se eu viesse de vez em quando, mas fazer isso com um freguês?”
Como você pôde ler e interpretar, a figura acima sintetiza de maneira bastante divertida a
realidade da Educação brasileira. A personagem demonstra descaso e total falta de
comprometimento com a escola e o processo educativo que a norteia, uma vez que esta não
lhe apresente, por meio da figura do professor, quais os objetivos reais em que se baseiam
sua avaliação. Sendo assim, os alunos se sentem injustiçados e desvalorizados, perante a
maneira como são avaliados pelos professores e tratados pelos servidores que compõem a
equipe da escola.
O professor precisa deixar de pensar que o bom educador é aquele que apenas transmite
conteúdos e pensar que ele é um facilitador da aprendizagem.
Desde muito tempo, a expressão ‘dar aulas’ é comum no meio professoral, se o professor
não age dessa forma, o que o aluno fará, então? Este pensamento já está mudando, hoje os
professores não precisam mais dar aula, e sim, construir um conhecimento juntamente com
os alunos, mas muitos ainda se esquecem disso. Da mesma forma, podemos enxergar
aqueles servidores que se limitam a exercer mecanicamente suas funções, esquecendo que
também possuem papel importante na formação integral do aluno.
Os servidores da escola não podem esquecer que o aluno é a peça principal nessa atividade.
Se o professor apenas der aulas, elas se tornam cansativas, desestimulantes, os alunos não
conseguem prestar atenção, não conseguem ficar quietos, e ele ainda fica estressado e
cansado. Se os servidores não mantêm uma postura de respeito ao aluno, este não apreende
os conceitos da escola como educação formal na construção do ser humano.
Não podemos esquecer que, para o aluno realmente aprender, é necessário que ele se
esforce, não receba nada pronto. À medida que o professor se preocupa em apenas dar
respostas, ele está evitando que o aluno faça um esforço para aprender, poupa-o de realizar
uma aprendizagem significativa.
Construiria uma escola cheia de jardins, parques, piscinas, quadras de esportes, laboratórios
de informática, salas de inglês, de francês e espanhol, professores legais e simpáticos, aulas
de arte, química, física, piano, violão, educação física, de dicionário, coisas desse tipo, sabe.
As minhas amigas, claro, com faculdade. Trataria meus alunos sempre bem, seria legal,
ensinaria, organizaria mutirões para pintar a escola, ajeitar as mesas, as cadeiras, limpar a
parede, o quadro, essas coisas. Também poderia fazer uma vaquinha para ajudar as crianças
carentes e os adultos. Construiria um asilo para que não ficassem mendigos porque eles são
seres humanos. Organizaria gincanas entre as turmas, faria piqueniques nas sextas-feiras
para dar uma quebrada na rotina. Decoraria os murais, faria campanhas pela paz, justiça,
etc. Um mundo melhor se faz com amor, confiança, força de vontade, alegria, e,
principalmente, inteligência.
Sabe, também poderia fazer caminhadas e sem falar de ensinar bem, dar banhos de piscina,
brincar na hora do recreio, fazer um lanche delicioso para as turmas do colégio. Faria tudo
para o bem das crianças, pois elas serão os adultos de amanhã.
Por isso, quanto mais você ensinar, amar, educar e brincar, deixar que as crianças se
divirtam, você estará fazendo um grande bem para a nação, pois o mundo, as crianças, os
adolescentes, os adultos e os idosos precisam de amor, respeito, carinho, afeto e
principalmente compreensão”.
Percebam que a aluna traduz todo seu sentimento em relação ao que deveria ser uma
verdadeira escola. E quais as ferramentas necessárias, segundo esta menina, para que o
processo de ensino-aprendizagem ocorra de maneira satisfatória e motivacional?
Descrição da imagem: charge ilustrando sala de aula na atualidade onde há um aluno com uma arma de grande calibre atirando em direção ao quadro negro. A professora está sentada de costas para o quadro negro,
onde estão escritas as vogais A, E, I, O, U. A letra "O" é um furo provocado pela bala da arma do aluno. A professora comenta: "Que saudade do tempo que eles só traziam canivetes!".
Para finalizarmos, temos que deixar bem claro que um educador verdadeiro é aquele que
busca aperfeiçoamento constante, que tem um carinho especial pela profissão que escolheu,
e sabe usar sua autoridade com moderação, tendo como objetivo final o desenvolvimento
cognitivo de seu aluno.
Freire (1996) escreve que o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno
até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
‘cantiga de ninar’. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas
e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia.1996. Disponível em:
http://www.conteudoescola.com.br/site/content/view/132/31/1/2/>.
Seja falando de escola do presente ou falando de escola do futuro, na minha maneira de ver,
a escola tem uma função que é específica dela que é ensinar e hoje, ensinar, significa ajudar
os alunos a desenvolver as suas capacidades intelectuais, sua capacidade reflexiva em face
da complexidade do mundo moderno, em da influência forte das mídias especialmente da
televisão e em face de todo um conjunto de problemas sociais que estão afetando a
juventude.
A escola precisa manter a sua característica de ensinar.
O bom professor é aquele professor que consegue organizar os seu conteúdos levando em
conta as características dos alunos.
Os professores, hoje, não podem desconhecer que os alunos veem as escola como uma
variedade muito grande de saberes que ele encontra fora da escola.
A escola, hoje, não detêm o monopólio do saber.
Então, uma escola do futuro é uma escola que ensina mas é uma escola em que os
professores saibam muito bem organizar o conteúdo tendo em vista as características
individuais, sociais, culturais, que os alunos trazem para a sala de aula.
Em uma escola do futuro que seja uma boa resposta a complexidade deste mundo
contemporâneo, o bom professor precisa ter um domínio muito seguro dos conteúdos.
Ele precisa ter uma noção muito clara de como é que os alunos aprendem a pensar, a
desenvolver suas capacidades intelectuais através dos conteúdos mas que ao fazer isso ele
leve em conta os motivos dos alunos, as características individuais dos alunos, a relação que
estes alunos têm com os saberes que ele ensina, o modo de vida que os alunos levam na
suas cidade, no seu território, em seu grupo de referência e também, que sejam levados em
conta, aquelas características sociais, culturais do contexto em que os alunos vivem.
(José Carlos Libâneo - Professor e Pesquisador).
Educador que mostra entusiasmo pelo que fala, pelo conhecimento, contagia a todos.
Educador desanimado desanima. Educador muito rico em vivências, leituras, práticas,
recursos encontra estratégias diferentes de orientar alunos.
Pergunto a você e o convido a uma reflexão: qual é o tipo de aprendiz que algumas de
nossas instituições estão formando? Seria este aluno um ser mais reflexivo, questionador,
intelectual e ético? Ao término desta reflexão, acredito que, assim como nós, vocês
concluirão que o contrário a este processo vem acontecendo. Estamos vivenciando um
ensino pouco instigante e provocativo ao aluno, não lhe possibilitando a construção de um
conhecimento significativo.
As regras da escola estão formatadas para o cumprimento de metas por parte dos alunos, e
os profissionais, na maioria das vezes, ocupam-se apenas de fiscalizar o cumprimento
destas, isentam-se da sua atuação na formação do aluno.
Ser alegórico não é o que se espera que aconteça no ensino, uma vez que a proposta é que a
educação funcione como uma via de mão dupla, na qual todos os participantes (professor
educador/aluno/instituição) representam papéis importantes e necessários ao processo, não
sendo possível a anulação de nenhuma das partes.
Quando nos referimos a estes questionamentos, não aludimos apenas ao ensino público,
mas também ao privado. Falamos de educação e processo educativo ocorrendo em todas as
suas possibilidades. A escola precisa reaprender a ser uma organização efetivamente
significativa, inovadora, empreendedora.
Algumas escolas são previsíveis demais, burocráticas, pouco estimulantes para os bons
educadores e alunos. Estão envelhecidas em seus métodos. A maioria das escolas e
universidades distancia-se da realidade, e sobrevive porque representa os espaços
obrigatórios e legitimados pelo Estado.
A escola precisa cada vez mais incorporar o humano, a afetividade, a ética, mas também as
tecnologias de pesquisa e comunicação. Hoje ela precisa estar em perfeita harmonia com as
novas tecnologias, pois desta forma possibilitará a construção de uma nova era, que visa
uma melhor preparação do aluno para a realidade do mundo atual.
Veja a poesia de Paulo Freire “A Escola”, retirada da revista Nova Escola de junho/julho de
2003. Neste texto, o autor define a escola de seus sonhos. Aproveite, prezado aluno, para
tirar as próprias conclusões de como você acredita que deva ser a sua Escola ideal.
Embarque conosco nesta leitura.
A escola
Escola é ...
O diretor é gente,
o aluno é gente,
Ora, é lógico...
ser feliz.
Poesia do educador Paulo Freire, retirada da Revista Nova Escola (junho/ julho 2003)
Nasceu em Nova York em 1918, na época em que estudava, era revoltado com castigos e
humilhações que sofria na escola. Ele afirmava que a educação era reacionária e violenta.
Ausubel dedicou-se à educação visando melhorar o aprendizado. Era contra a aprendizagem
mecânica e tornou-se representante do cognitivismo, aprendizagem significativa do aluno,
utilizando a psicologia da aprendizagem significativa.
Jean Piaget
Nasceu em Orsha, país da antiga União Soviética, em 1896. Trabalhou como professor e
pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, deficiência física e
mental. Para ele, a aprendizagem é influenciada pelo meio social e o conhecimento
cognitivo é adquirido por meio dos relacionamentos com os fatores sociais. O professor é
um mediador e a avaliação deve ser contínua.
Ivan Pavlov
Ivan Pavlov nasceu em 1849, sua descoberta científica mais importante foi o reflexo
condicionado, abordagem ao estudo da aprendizagem. Para ele, a ideia do condicionamento
clássico é inata em vez de aprendidas, enquanto outras são reflexos condicionados.
Acreditava que, por meio da repetição seria possível criar ou remover respostas fisiológicas
e psicológicas em seres humanos e animais. Essa descoberta deu início ao desenvolvimento
da psicologia comportamental.
Henri Wallon
Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em Paris em 1879. Era graduado em psicologia e
medicina. Propunha mudanças estruturais no sistema educacional francês desde 1947.
Coordenou a Reforma do Ensino, Langevin-Wallon, equivalente à nossa Lei de Diretrizes e
Bases. Sua teoria pedagógica diz que o desenvolvimento intelectual não envolve apenas o
cérebro. Suas ideias fundamentam-se em quatro elementos básicos: a afetividade, o
movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.
Estes são passos que, se seguidos tanto pelo aluno quanto pelo educador, certamente
resultarão em uma educação de sucesso.
Ainda que, anos atrás, tais procedimentos já tivessem sido pensados e discutidos por estes
estudiosos, embora vivessem em épocas contrárias às nossas, estavam totalmente
previsíveis as necessidades atuais deste mundo moderno em relação ao processo educar.
Mais uma vez pedimos a você que se questione com relação a estes “passos” e conclua se,
em nossa proposta de estudo no ensino a distância, você está realizando com sucesso suas
tarefas. Esperamos que sim, pois esta será sempre nossa luta e desejo em relação a você!
prendizagem Significativa de Ausubel
Olá amigos, eu sou Geraldo Almeida e a nossa conversa de hoje será sobre uma das teorias
mais importantes deste momento (vídeo gravado em 29 de outubro de 2016) na educação
Brasileira que é a aprendizagem significativa de David Ausubel.
Vamos juntos aprender um pouco mais sobre esse teórico.
Uma das teorias que está chegando no momento, com uma força bastante importante, é a
teoria da “Aprendizagem Significativa” de David Ausubel.
Norte americano, filho de Judeus que viveu muito tempo em New York e que hoje, dada as
entradas das novas tecnologias na escola e sobretudo a permanência dela, tem encontrado
grande eco na atividade pedagógica dos professores.
A aprendizagem significativa de Ausubel possui pontos muito interessantes, de fato, e
alguns desses pontos iremos trabalhar a partir de agora para que professores, pais e
educadores de maneira geral, possam de alguma forma aprofundar-se nessa teoria e buscar
pontos que sejam importantes e pertinentes a cada realidade.
A primeira informação sobre o Ausubel que acredito ser bastante interessante para nós
educadores sobretudo da infância, é que ele vai dizer que só vale a pena a aprendizagem
para criança quando ela consegue ampliar e reconfigurar aquilo que ela recebe.
Partindo deste pressuposto o Ausubel considera duas coisas absolutamente importantes no
trabalho dele, primeiro que a criança sempre tem algum aprendizado quando ela chega na
escola. Isso quer dizer que devemos sempre considerar a realidade trazida pela criança pois
ela não chega na escola de maneira vazia, portanto, considerar aquilo que a criança tem e
ampliar com as informações que o professor, que os livros, que o contexto social pode
fornecer, faz a junção e portanto chegaríamos nestes dois pressupostos importantes da teoria
da Aprendizagem Significativa que são a ampliação e a reconfiguração da aprendizagem.
Isso é muito interessante pois quando falamos em ampliação e reconfiguração da
aprendizagem, estamos falando que as crianças podem ao, modo delas, chegar ao conteúdos
e aprendizados ou a teorias no mundo infantil para o qual elas não foram treinadas.
Não estou dizendo que a chegada a esta teoria, conceito ou esta intelectualidade, seja
intelectualidade verdadeira ou conceito verdadeiro.
Mas o que estou colocando, a partir da informação do Ausubel, é que é sempre muito
importante a criança estabelecer a construção de uma tese seja ela verdadeira ou não, pois a
partir da convivência social de novas informações que ela vai recebendo, chegará
oficialmente a algum lugar que chamamos de conhecimentos socialmente estruturado.
Então pensando assim, o Ausubel vai para outro ponto importante do trabalho dele, que é a
importância do aluno receber do início da aula uma questão a ser resolvida.
Olha que interessante.
Muitas vezes o professor brasileiro tem a intenção de começar a aula ou contextualizando,
que se tornou uma prática bastante comum na escola brasileira, ou o professor começa
elucidando, ou seja, esclarecendo.
Nos dois opostos, tanto quanto o professor contextualiza ou no outro lado quando o
professor de alguma maneira coloca explicações prévias, ele tira da criança o direito dela
tentar ao modo dela fazer descobertas e portanto ter dúvidas.
Palavra chave na teoria de Ausubel.
Quando a criança tem dúvida a partir de um questionamento que foi dado a ela e ela tem
motivação para ir atrás da dúvida, aí temos uma mobilidade na aprendizagem e é essa
mobilidade interessante que a partir de um contexto social, vai levar a criança ao outro
ponto importante da teoria de Ausubel.
A partir do questionamento recebido no início da aula, veja que a aula não começaria nem
com explicação e nem com contextualização mas sim com uma pergunta e a partir dele a
criança tentará chegar a uma tese.
Essa tese pode ser verdadeira ou não, mas a partir do momento que a criança chega a algum
lugar viria a informação dada pelo professor.
O professor entraria no segundo momento na aula trazendo informações para que a criança,
com aquilo que ela conseguiu estruturar e aquilo que ela recebeu, possa fazer o que
chamamos de anti-tese ou de questionamentos.
Então, o primeiro momento da ação pedagógica da Aprendizagem significativa é o aluno ao
seu modo tentar elaborar o que, para ele, é pertinente.
Depois que ele recebe informações para fazer essa comparação.
Dessas duas pontas surge um terceiro momento na aprendizagem significativa que é a
primeira síntese onde o aluno chegaria com essas junções.
A partir dessa primeira síntese nós teremos então mais um passo na teoria da aprendizagem
significativa que é o estudo individualizado também muito importante nesta teoria que se
difere de outras como construtivismo como sociointeracionismo e muitas outras teorias de
aprendizagem.
Há na teoria de aprendizagem significativa um momento que o aluno, seja ele criança,
adolescente ou adulto, ter que se debruçar sobre o próprio conteúdo, sobre a própria
informação e ver para onde que ele pode ir fazendo novas ampliações ou novas
reconfigurações que são aquelas palavrinhas importantes do início da nossa conversa.
Então, há um momento de estudo individualizado que a teoria da aprendizagem
significativa condiciona na participação do aluno e assim iríamos para o quarto e último
passo da teoria que seria quando este aluno, depois do que ele saber, recebe, e depois do
estudo individualizado, ele pode finalmente ir de fato para apresentação coletiva da sua
estruturação intelectual.
Estamos falando de uma teoria bem motivadora para sala de aula nestes tempos, no século
XXl, tudo com as tecnologias associadas nessas descobertas, nestas configurações e nas
outras formas de aprendizado.
Outro ponto importante na teoria de Ausubel onde ele diz que; “Quanto mais sabemos, mais
temos o desejo por buscar o aprendizado”. Olha que interessante, quanto mais uma criança
sabe, quanto maior for o domínio do aprendizado, da técnica do aprendizado ou das
informação ou contexto da aprendizagem, maior é o desejo dele caminhar adiante. Isso
também possui relação com a palavra que é ampliação e reconfiguração da aprendizagem,
mas isso mostra que o conhecimento não tem fim e que portanto, se a escola, o professor, o
espaço educativo, mantiver acesa essa motivação, o aluno não perderia tempo em sala de
aula, não se tornaria indisciplinado e sobre tudo perderia a motivação para aprendizagem.
Gostaria de frisar que para Ausubel a aprendizagem é do aluno, com o aluno e para o aluno
que é um dos papéis muito importantes da escola.
Se formos resgatar aqui qual o papel da escola entre vários outros papéis mas não um papel
único, mas o papel primordial da escola seria gerenciar a aprendizagens.
E a aprendizagem significativa tem justamente aí esta informação ou esta determinação
enquanto teoria de aprendizado.
Fazer com que o aluno possa de maneira individualizada mas não descontextualizada,
caminhar adiante e caminhar sempre de maneira motivadora tanto para si mesmo quanto
para os colegas que estão ao lado.
Acho que vale apenas os educadores buscarem mais informações deste teórico que está
chegando no Brasil com bastante força, tudo na educação infantil e ensino fundamental.
Buscar seus apontamentos.
A partir da teoria dele que nós temos a construção dos mapas conceituais que muitos
educadores já conhecem os mapas conceituais que estão na teoria de Ausubel.
Os mapas conceituais apresentam metodologias absolutamente interessantes para que a
criança construa o aprendizado, ou seja, se uma criança está estudando sobre seres vivos ela
começa a pensar; “O que comem esses seres vivos animais?”, “Estas plantas que eles
comem nascem em quais regiões?”, “Para estas plantas nascerem, de quais condições elas
precisam?”, um conhecimento leva a outro e tudo isso pode ser determinado em um mapa.
Tudo isso pode ser determinado em um mapeamento, em um diagrama. Isso é Ausubel, isso
é teoria da aprendizagem significativa, isso é a prática pedagógica deste momento presente
da escola brasileira.
No mais, como sempre digo, ensinar e educar é sempre um ato de persistir com delicadeza.
Quem foi Henri Wallon? Ele nasceu em 1879 e faleceu em 1962. Portanto, ele participou
das duas grandes guerras mundiais. Como médico, começou a trabalhar em uma instituição
psiquiátrica, atendendo crianças com problemas de comportamento, com distúrbios motores
ou mentais. Chegou a elaborar uma tese, que recebeu o nome de “Criança turbulenta”. Essa
tese já estava concluída quando ele foi participar como médico da Primeira Guerra Mundial.
Então ele percebeu que determinados comportamentos dos soldados ocorriam sem que
houvesse qualquer problema neurológico como as crianças que ele atendia apresentavam.
Foi quando ele percebeu que havia uma ligação muito forte entre emoção e razão ou
emoção e os comportamentos que ocorriam e modificou sua tese. Neste momento que ele
começa a trabalhar, havia sobre emoção duas teorias em destaque. Uma que considerava a
emoção algo catastrófico, que desorganizava o comportamento do indivíduo, e outra que
considerava emoção algo energético, que estimulava para um comportamento mais
estimulado, mais adequado para resolver uma situação. Ele vai concordar com as duas
posições, dizendo a emoção é isto e aquilo. Aliás, em Wallon tudo nunca é isto ou aquilo, é
isto e aquilo. Mas ela, acima de tudo, é um recurso de sobrevivência humana, porque,
quando o bebê nasce e é totalmente desprovido de recursos para viver sozinho, é pela
emoção que ele se liga ao outro, pelo choro, pelo grito, pelos movimentos desordenados que
o outro vem cuidar dele e com isso garante a sobrevivência. É interessante também pensar
que Wallon é entendido de uma forma truncada por algumas pessoas. Alguns pensam:
Wallon é o psicólogo da emoção. Outros: Wallon é o psicólogo da criança. Outros: Wallon
é o idealizador do projeto Langevin-Wallon sobre a reforma do ensino francês. Na verdade,
ele é tudo isso, mas ele é principalmente um psicólogo do desenvolvimento.
Por que a obra de Wallon é tão importante? Ele não foi pedagogo, ele foi psicólogo do
desenvolvimento. Mas a teoria dele dá pistas muito boas para quem trabalha em educação,
que trabalha em formação de professores, quem é professor de criança pequena. Dando um
exemplo, se eu sou uma professora que trabalho com crianças de três a quatro anos e eu não
conhecer as características desse período, eu vou entender que elas estão se movimentando
porque são indisciplinadas. Então isto daí decorre, do ponto de vista da pedagogia, esta
ideia. Bom, um ambiente vazio, sem nada que a criança possa aproveitar, possa se utilizar é
um ambiente muito propício à indisciplina. Como formadora, agora pensando como
formadora, há aspectos da teoria dele que são boas pistas. Por exemplo, quando ele discute
a questão da emoção, que é muito importante, na teoria dele, a questão da afetividade que
engloba emoção, sentimento, paixão, a gente tem que ter em vista que, mesmo o adulto,
quando ele está numa situação de formação, eu tenho que criar um ambiente livre de
pressão, livre de situações que provoquem medo, para que ele utilize o seu tempo para
aprender e não para vencer as emoções.
Como Wallon dialoga com as diferentes teorias da educação? Diretamente voltado para a
pedagogia, para a educação, ele dialogou com os pensadores da Escola Nova ele analisou
Rosseau, Montessori, Froebel, Drecoly, mostrando o que ele chama dicotomias que essas
teorias fazem, tendendo hora para privilegiar o indivíduo, hora para privilegiar a sociedade.
E na análise que ele faz o que o educador que de forma mais coerente faz esta esta junção,
esta integração indivíduo sociedade é Decroly, o educador belga que vai trabalhar com os
centros de interesse. Ele disse que ele, sim, consegue trazer a sociedade para dentro da sala
de aula. Ele conhecia a obra de Piaget. O Piaget faz referência a ele. Quando houve uma
sessão de homenagem ao Wallon depois de sua morte, Piaget esteve presente e disse que ele
ia discutir uma questão sobre a qual não havia qualquer divergência entre ele e Wallon, que
era a questão da imitação. Então os dois conheciam as obras e tinham algumas divergências.
No caso do Wallon, uma coisa assim que fica bem patente na obra dele é que o caminho do
desenvolvimento é da socialização para individualização. O indivíduo ao nascer já cai num
caldo de cultura e ele se socializa primeiro para depois, mais tarde e gradativamente, se
individualizando, se tornando um ser que se entende como um único, diferente dos outros.
Piaget vê isso ao contrário. Então há sim algumas propostas que há o diálogo, mas ele
afirma a posição dele que é sempre essa, da socialização para a diferenciação. Isso ele
mostra de uma forma cristalina nas obras dele.
Quais são os conceitos que norteiam a obra de Wallon? Eu penso que o conceito mais
importante da teoria de desenvolvimento de Wallon é o conceito de integração. Porque ele
leva em conta dois aspectos: a integração organismo meio, ou seja, a integração dos
componentes que são recebidos da própria espécie e dos antepassados e os fatores
ambientais, que são muitos. Meio também é um conceito muito importante na obra do
Wallon. Ele distingue meio como um conjunto de circunstâncias mais ou menos
duradouras, no qual as pessoas passam grande parte de sua vida, e meio de ação, isto é, um
meio que oferece instrumentos para criança ou mesmo para o adulto agir. Há uma frase dele
que é assim: o meio no qual a criança vive e com o qual ela sonha, eles são fundamentais no
seu desenvolvimento. Ele não coloca meio só como meio concreto onde a criança vive, mas
como o meio que ela sonha, que ela representa. Isso dá para a escola uma importância muito
grande, porque ela tem que dar à criança elementos para que ela perceba que, mesmo ela
esteja numa situação que não tem muitas possibilidades pra ela se desenvolver, ela pode
sonhar com outros meios. Com o conhecimento que ela vai adquirir na escola, com a ajuda
dos professores, ela pode pensar em mundos diferentes do que ela está vivendo. Não se
pode deixar de falar da afetividade, porque eu acho que a grande contribuição que ele
trouxe é mostrar que afetividade, conjunto afetividade, ele é constitutivo da pessoa.
Afetividade é a capacidade que nós humanos temos de sermos afetados pelo mundo externo
e pelo mundo interno. No caso da afetividade, eu tenho emoções, e assim, ela é efêmera,
contagiosa e expressiva. Uma emoção o outro percebe imediatamente. Já o sentimento tem
um efeito, uma conotação cognitivizada. ele tem mais, entra já o cognitivo. E paixão, para
Wallon, é bem diferente do senso comum. A paixão para ele é quando a razão está ainda
mais fortemente agindo, isto é, eu sou capaz de camuflar, de esconder emoções e
sentimentos para atingir um objetivo que é muito importante para mim.
Que obras você indica para conhecer melhor o pensamento de Wallon? Eu acho que, para
quem vai fazer uma primeira leitura de uma obra, mesmo de uma obra do Wallon, uma boa
leitura é começar pelo “Do ato ao pensamento”, quando ele faz exatamente o caminho do
pensamento, como começa da inteligência prática ou das situações, do concreto e chega ao
abstrato. É uma obra que não é muito longa e não tem tantos detalhes médicos, de
descrições minuciosas, como por exemplo “As origens do caráter”. Do ponto de vista de
estudiosos do Wallon, sem falsa modéstia, eu diria que um livro que ajuda quem vai
começar a estudar Wallon e ainda não leu nada dele, é exatamente “Henri Wallon –
Psicologia e Educação”, que Abigail Mahoney e eu organizamos, que é uma coletânea que
tem ali os vários estágios. Então tem uma introdução da professora Abigail, que é muito
interessante porque ela discute de forma muito objetiva o método de trabalho do Wallon
usando o materialismo dialético, apresenta os diferentes estágios, fala das leis de
desenvolvimento. Um outro livro que é “A constituição da pessoa na proposta de Henri
Wallon”, aí nós pegamos os vários conjuntos funcionais. E o capítulo final eu escrevo sobre
ser professor na proposta de Wallon.
É de extrema importância que todo educador tenha o conhecimento das diversas abordagens
teóricas para a melhoria da qualidade de ensino, assim como sobre utilização de métodos,
técnicas e recursos de aprendizagem. Cada uma dessas abordagens apresentará uma visão
do processo de ensinar e aprender. Veja logo mais abaixo algumas abordagens e suas
respectivas conceituações:
Behaviorismo
O Behaviorismo é uma teoria que entende o aprendiz como um ser que responde a
estímulos do meio exterior, não levando em consideração o que ocorre dentro de sua mente
durante o processo. Compreende-se esta aprendizagem apenas como uma mudança de
comportamento. O principal teórico desta abordagem é o estudioso Burrhus Frederic
Skinner (Susquehanna, Pensilvânia, 20 de Março de 1904), que interpreta a aprendizagem
como uma série de repetições, ou melhor, reforços que levam o indivíduo a aprender. A
base do trabalho de Skinner refere-se à compreensão do comportamento humano, dizia que
o seu interesse era compreender o comportamento humano e não manipulá-lo.
Construtivismo
Construtivismo é a ideia de que nada está pronto, acabado e de que o conhecimento não é
dado, em nenhuma instância, como algo terminado. Ele se constitui pela interação do
indivíduo com o meio físico e social, com o mundo das relações sociais; e se constitui por
força de sua ação e não por qualquer bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que
podemos afirmar que antes da ação não há consciência e, muito menos, pensamento.
A Educação deve ser um processo de construção de conhecimento que deve envolver, por
um lado, os alunos e professores e, por outro, os problemas sociais atuais e o conhecimento
já construído ao longo da história da humanidade.
Estruturalismo
Chegar a um modelo pronto e acabado de “ensinar e aprender” ainda se faz tarefa difícil,
considerando que pensar e fazer educação sejam um processo diário de pensamentos, de
maturação de ideias e de ações eficazes levando sempre em consideração os valores sócio-
culturais do instante local e/ou mundial vivido.
Quem foi Frederic Skinner? Skinner é um cientista norte-americano, e na biografia dele, ele
diz que tropeçou na Psicologia. Foi depois que ele se formou em Letras que acidentalmente
foi parar num grupo de pesquisa da Psicologia e acabou desenvolvendo uma teoria da
aprendizagem, que é a análise experimental do comportamento, análise do comportamento,
que tem as suas derivações e um braço dedicado à educação. Quando ele aterrissou,
digamos assim, nesses estudos, tanto Thorndike quanto Pavlov eram cientistas que estavam
trabalhando com animais em laboratório.
Além da contingência, que outros conceitos foram criados por Skinner? Para a gente
entender o Skinner, a gente precisa pensar no conceito de contingência, que é essa relação
de dependência entre eventos, do sujeito e do ambiente. Os outros conceitos têm a ver com
os tipos de consequências, eles são importantes para a gente entender, principalmente
pensando na educação, a gente possa pensar em reforçamento. É um conceito importante,
algumas respostas do sujeito podem ser reforçadas ou não, e se elas forem reforçadas, a
probabilidade do sujeito se engajar nesse comportamento no futuro aumenta. Então
aprendizagem está basicamente envolvida nesse conceito de contingência, que envolve uma
resposta e uma consequência reforçadora. Uma criança que está aprendendo a escrever, ela
tem ali na mão condições para emitir essa resposta de escrita, ela tem um giz ou uma caneta,
ela tem uma superfície onde ela escreve, o traçado da resposta dela se marca no papel. Bem
no comecinho da experiência da criança com o letramento, com a escrita, o reforçador para
o ato de mover a caneta sobre o papel é produzir um traço no papel. Aquele traço que não
existe que agora existe é o que manterá essa criança engajada na resposta de fazer esse
tracejado. Com o passar do tempo, e a gente vai arranjando ambiente educacional para que
isso aconteça, qualquer tracejado não será suficientemente valoroso para reforçar. Ele tem
que se parecer minimamente com o exemplo que a professora dá, ou ele tem que ficar sobre
a linha pontilhada da atividade que foi dada, ou tem que ficar parecido com o que está
escrito na lousa, ou sei lá, tem que cumprir com os critérios da caligrafia. O segredo, a
função da educação é manter essa criança engajada até conseguir obter esses reforçadores
naturais do próprio responder. Ela olhar e pensar “fiz, escrevi o meu nome, escrevi o nome
da minha mãe”. Mas tem outros conceitos que são importantes para análise do
comportamento e para a gente ir compreendendo essa contingência. Um é o estímulo
antecedente, aquilo que está presente no ambiente antes da resposta, a situação antecedente.
O conceito de motivação é um conceito importante, e, principalmente para a educação, a
gente precisa entender a posição do Skinner sobre punição. O Skinner tem uma posição
muito clara de que a punição não deveria ser utilizada para diminuir comportamentos. Ele é
categórico em relação a isso, fala que não deve ser uma estratégia. E por que não? Veja, ele
está vindo de uma linhagem de experimentos que mostram para ele que a aprendizagem
acontece quando você tem uma resposta sendo emitida e uma consequência reforçadora
sendo produzida. Então como eu faço para que esse sujeito, este organismo aprenda uma
coisa que ele não sabe? Eu vou provocando que ele se engaje naquele responder que eu
quero que emita e vou reforçando. Eu crio motivação para ele se comportar, e na medida
que ele se comporta, eu vou reforçando. Por que quando a gente vai falar “eu quero que o
sujeito pare de se comportar”, por que a gente tem que usar um recurso diferente desse. Se
para ele aprender eu reforço, para ele desaprender eu não posso punir, eu tenho que mexer
nessa contingência que mantém ele engajado. Para ele não faz nenhum sentido as
contingências de você usar a punição como um recurso. Ele descreve a punição como um
fenômeno social a ser compreendido. Se punição funcionasse, um aluno só era expulso da
sala uma vez na vida e depois nunca mais. Não é isso que a gente vê. Ele explica o
comportamento do punidor por reforçamento negativo. O exemplo do professor que tira o
aluno de sala de aula: o professor até pode dizer que está punindo o aluno, mas o que
mantém o professor fazendo aquilo não é o fato de o aluno melhorar, é o fato da condição
ambiental do próprio professor melhorar, ele se livrou da perturbação do ambiente.
Como Skinner influenciou a educação brasileira? Na verdade, o que aterrissou no Brasil não
foi exatamente o Skinner, foi a análise do comportamento. Lá pelos anos 60, mais ou
menos, veio o pesquisador americano Fred Keller (1899-1996) para a Universidade de São
Paulo e deu um curso de psicologia experimental. Aí ele criou uma pequena célula de
discípulos dessa psicologia experimental que foram aprofundando os estudos e tal. Pelo fato
de o Skinner ser norte-americano e de ele ter sido incorporado justamente nesse período que
politicamente a gente estava vivendo, a ditadura e uma proposta de formação mais
tecnicista e tal, quando a ditadura acabou, a decisão foi então “a gente vai começar tudo de
novo”. Acabou que o Skinner, meio que todas as contribuições que a análise do
comportamento poderiam ter dado ou ter permanecido na educação no contexto brasileiro,
as pessoas acabaram descartando, então ele ficou meio preterido. Isso, claro, combinado
com algumas coisas próprias da análise do comportamento que acho que são complicadas
mesmo para você criar a interlocução com outras abordagens. Isso acabou criando uma
certa animosidade, e o polo de análise do comportamento ficou sempre muito fechado em si
mesmo. É uma comunidade muito grande, o Brasil é o segundo polo de maior concentração
de analistas do comportamento do mundo, mas não tem o mesmo impacto social, a mesma
inserção social que têm os analistas o comportamento nos Estados Unidos, até por uma
questão cultural.
Quais obras você indica para conhecer melhor o pensamento do Skinner? Acho que para
quem está começando precisa ler os comentadores. Tem um livro que chama “Análise do
comportamento e educação”, organizado pela Maria Martha Hübner e pela Miriam
Marinotti. Para ler o original, uma obra central sobre educação que é o livro “Tecnologia do
ensino”. Ele é um compilado de publicações, artigos, palestras que ele foi dando em
contextos diferentes. Então, a primeira coisa: não vai ler o livro achando que você vai ler
uma coisa com o começo, meio e fim, não é assim. Mas todo mundo tem que ler, acho que
tem que conhecer. Outro livro que, enfim, é para todo skinneriano, para todo mundo que
quer estudar o Skinner tem que conhecer o “Ciência e comportamento humano”. É um livro
que ele vai dos primórdios, discute desde o comportamento reflexo, discutir contingência,
reforçamento, punição e vai além, vai discutir emoção, autocontrole, cultura, sociedade. Ele
vai lá da minúcia até a complexificação máxima do envolvimento do comportamento
humano em todas as suas instâncias. Dá para ver a genialidade da obra, dá para ver como
ele saiu de experimentos muito simples para chegar numa interpretação que você pode até
não concordar, mas faz sentido. Você consegue entender esta lógica de análise, falar “o cara
está propondo uma interpretação”, então, acho que é bem legal.
A proposta de trabalho com mapas está embasada na teoria de Ausubel, lembrando que,
nessa teoria, ele observou que, para que o aluno construa seu conhecimento, deve querer
aprender.
Descrição da imagem: Trata-se de um fluxograma. “Estrutura Cognitiva” é o termo inicial. A partir dele, há uma conexão com “Aprendizagem significativa”, que gera dois outros conceitos: “Aprendizagem por
recepção” e “Aprendizagem por descoberta”. O termo “Aprendizagem por recepção” se conecta a dois outros termos “mecânica” e “significativa”. O item “significativa” indica para “ideias de esteio” que pode ser
“relação arbitrária” ou “relação não arbitrária”.
1. ter, antes, uma boa pergunta inicial cuja resposta estará expressa no mapa conceitual
construído;
2. escolher um conjunto de conceitos (palavras-chave) dispondo-os aleatoriamente no
espaço em que o mapa será elaborado;
3. escolher um par de conceitos para estabelecimento da(s) relação(ões) entre eles;
4. decidir qual a melhor relação e escrever uma frase de ligação para esse par de
conceitos escolhido;
5. a repetição das etapas 3) e 4) tantas vezes quanto se fizer necessário (em geral até
que todos os conceitos escolhidos tenham, ao menos, uma ligação com outro
conceito).
Com o uso dos mapas no processo de ensino-aprendizagem, o professor pode avaliar o que
o aluno já sabe, pois ele percebe como o aprendiz relaciona, estrutura e o integra a um
determinado conceito. Os mapas podem ser utilizados como ferramentas de aprendizagem,
com eles podemos fazer anotações, preparar avaliações, planejar estudo, fazer relatórios.
Eles auxiliam muito a tarefa diária do professor de esclarecer conceitos e reforçar a
aprendizagem dos alunos. Por isso, ao escolhermos um tema a ser estudado pelos mapas,
precisamos definir nosso objetivo, colocar em sequência as ideias para fazermos as
interligações necessárias, definindo sempre as apresentações dos tópicos. Veja o exemplo
que trouxemos para você:
Viu como não é difícil criar um mapa conceitual? Você também irá criar o seu nas
atividades sugeridas no final desta aula.
Figura 3 - Mapa conceitual
omo elaborar bons mapas mentais? Prof. Paulo R. M. Correia Escola de Artes, Ciências e
Humanidades – USP Leste
Olá, aluno, seja bem-vindo. Na aula de hoje, nós vamos elaborar um mapa conceitual
utilizando o programa Cmap Tools. Mas, antes disso, vamos lembrar do que foi tratado na
última aula. Nós vimos, na última aula, que os mapas conceituais são um tipo de
organizador gráfico que ajudam a representar conhecimento. Eles são melhores do que as
outras alternativas porque eles tornam explícitas as relações conceituais, fica fácil
compreender como o mapeador relaciona os conceitos. E isso se deve às proposições. A
proposição é o elemento fundamental para construir mapas conceituais. É uma oração com
sentido completo, e esse sentido completo é garantido pela presença de um verbo no termo
de ligação. Nós terminamos a última aula instalando o programa Cmap Tools no
computador. Aproveito para lembrar que hoje tudo pode ser salvo na nuvem e com esse
método não é diferente. Então há a possibilidade de se usar o Cmap Cloud para que você
crie uma pasta na internet e salve os seus mapas conceituais online. Isso também pode ser
útil para compartilhar mapas conceituais com pessoas que não estão próximas a você. Antes
de a gente começar gostaria de traçar alguns objetivos específicos para a aula de hoje. Nós
vamos basicamente verificar os procedimentos de elaboração de bons mapas conceituais e
faremos isso utilizando o programa Cmap Tools.
Antes de ir para o programa Cmap Tools, vamos à lousa para verificar qual é o percurso
proposto para as nossas aulas e onde nós estamos neste exato momento. Hoje, aluno, nós
estamos na aula 14. Na aula passada, nós discutimos os fundamentos do mapeamento
conceitual e trabalhamos com o conceito de proposição. Hoje é o dia de elaborar um mapa
conceitual. Então, na aula número 14, que é a aula de hoje, eu te convido a usar o programa
Cmap Tools. Aqui as janelas do programa Cmap Tools já estão abertas. É necessário que
você tenha instalado o programa, seguindo os procedimentos da aula anterior. Eu vou
destacar as duas janelas que existem no programa. Essa primeira, que eu vou deslocar aqui
para cima, que é a de visualização. Eu tenho uma pasta chamada Meus Cmaps, onde vou
salvar os meus mapas conceituais. E esta segunda janela, que está à direita, atualmente sem
título, que é onde eu vou criar um mapa conceitual. Esta tela é uma folha em branco, e eu
vou usar essa tela pra fazer um mapa como eu poderia fazê-lo manuscrito. Mas agora vou
fazer usando o programa Cmap Tools. Eu vou expandir essa tela e clicar duas vezes sobre
essa parte em branco e eu crio uma caixinha onde posso digitar um conceito. Possa associar
esse conceito, se eu clicar nessa parte branca, eu estico, formo uma flechinha e posso ter um
outro conceito. Aqui, no meio da flechinha, aparecem aqueles pontos de interrogação, então
eu consigo inserir um termo de ligação, e esse tema de ligação contendo um verbo torna
clara a relação entre esses conceitos. Esta é a estrutura básica de uma proposição. No mapa
de hoje, nós vamos trabalhar um tema, que interessa me muito e certamente você também,
que são as ciências da natureza. O que eu vou fazer aqui é puxar essa estrutura geral de
proposições para cima na tela. Agora nós vamos começar a fazer o mapa propriamente dito.
Eu sou ministrante de uma disciplina lá na USP Leste chamada Ciências da Natureza e nós
tentamos articular os conhecimentos científicos atuais com as suas potenciais implicações
para a sociedade e para o ambiente, por meio de aparatos tecnológicos que estão no nosso
dia a dia e a gente usa isso de maneira bastante constante. Então as relações entre ciência,
tecnologia, sociedade e ambiente precisam ficar claras para o professor, que sou eu, e para
os alunos. O primeiro passo é definir o tema. O tema é uma disciplina que envolve as
Ciências da Natureza. A partir da definição desse tema eu vou pensar em conceitos.
Conceitos que são importantes para expressar o que é exatamente a disciplina Ciências da
Natureza. Vou clicar duas vezes agora aqui na tela e começar a pensar em conceitos que me
ajudam. Essa é uma etapa de brainstorm, de levantamento de ideias, então eu não preciso
me preocupar em levantar todos os conceitos ou em depois ter que usá-los todos. Eu só
preciso resgatar aquilo que me parece importante para descrever a disciplina. Eu vou
começar pelas partes da disciplina, o nascimento da ciência, também vou falar de mudanças
climáticas, bioética. De nascimento da ciência, a gente fala um pouco sobre o universo, fala
sobre ciência certamente. Que mais? Vai falar que a razão em certa medida ajuda a explicar
os fenômenos e a fé também. Certamente uma parte da disciplina passa por biologia
molecular. Mais alguma coisa? Veja que o brainstorm acaba se esgotando e não há nenhum
problema. No momento que eu me recordo são esses conceitos, então eu vou destacá-los
aqui. Eles são a matéria-prima para eu fazer meu mapa. Antes de começar a estruturar
proposições, que é o passo seguinte, eu vou salvar o meu mapa, clicando em “Arquivo” e
“Salvar Mapa Conceitual como”, e vou dar um nome para o meu mapa. Aliás, uma dica: eu
acho que é sempre útil salvar os mapas com as datas invertidas, então eu estou salvando
aqui com a data de hoje, 150702. Vou chamar este arquivo CN, porque ele é o tema
principal do meu mapa. Vou salvar e agora não perco mais nada do que eu vou começar a
elaborar. Então eu posso agora movimentar esses conceitos pela tela e posso começar a
buscar alguns tipos de articulação. A disciplina tem três eixos, que são nascimento da
ciência, mudanças climáticas e bioética. Podemos criar um conceito com o nome da
disciplina. Fica “ciências da natureza”, que é o nome da disciplina e agora eu vou relacionar
com o nascimento da ciência. Por exemplo, as “ciências da natureza”, a disciplina
contempla contempla o “nascimento da ciência” e também contempla “mudanças
climática”. Eu posso ligar com esse conceito também, contempla “bioética” ou a “biologia
molecular”. Não, vamos pôr bioética, que vai ficar melhor. Então contempla bioética. Esses
são os eixos da disciplina e você percebe que a ponta de seta não aparece sempre. Depende
muito da posição do conceito na tela. O que eu vou fazer? Eu vou selecionar tudo, vou em
“Editar” e “Selecionar tudo”, “Formatar”, “Estilos”. E aí, na janela de “Estilos”, eu vou
clicar aqui na aba “Linha” e vou pedir esta opção de linha: “Mostrar setas se as conexões
terminarem em conceitos”. Pronto, acabou meu problema com as pontas de seta. Eu vou
salvar meu arquivo e agora já tenho as três primeiras proposições do meu mapa: “Ciências
da natureza” contempla o “Nascimento da ciência”. Até pra ser bastante preciso em termos
de clareza eu posso pôr contempla “as” mudanças climáticas e “a” bioética. Depois a gente
pode deixar isso aqui mais bonito, mas agora eu tenho uma relação mais precisa e clara.
“Ciências da natureza” contempla três eixos: “nascimento da ciência”, “mudanças
climáticas” e “bioética”. Começando pelo “nascimento da ciência”. Isso tem alguma coisa a
ver com o universo, lembrando dos tempos de Galileu, então eu poderia pôr alguma coisa
como inclui discussões sobre o universo. Claro que o que marca aquele tempo histórico, que
eu estou chamando aqui de nascimento da ciência, você vai discutir não só coisas sobre o
universo neste momento da disciplina, mas sobre coisas também sobre a ciência.
Interessante lembrar, porque, pensando no tempo de Galileu, universo podia ser explicado
de duas formas, pela fé e nesse momento passa a ser explicado pela razão. A gente pode
expressar dessa maneira. O universo é compreendido pela fé e depois desse momento ele
também é compreendido pela razão. Você veja que começa a aparecer a rede proposicional
do mapa conceitual. Já há uma sequência de proposições. Então eu vou salvar para não
perder esse conteúdo. Agora posso continuar. Pensando em mudanças climáticas,
certamente tem alguma implicação com a tecnologia, veja que eu vou pôr um conceito que
não tinha ocorrido, “tecnologia”. Podemos pôr que as mudanças climáticas são decorrentes
do avanço da tecnologia e biologia molecular, que está aqui como um conceito também de
exemplo, tem uma relação com bioética. O avanço, a descoberta da estrutura molecular de
DNA gera uma série de pesquisas, as pesquisas agora passam a ter uma discussão de ordem
ética. Eu posso fazer uma proposição bioética “está relacionada com o avanço” da biologia
molecular. Veja aqui, com isso, eu consigo agora até incluir novos conceitos e pensar numa
descrição cada vez mais precise e completa da disciplina “ciências da natureza”, que é o
tema deste mapa. Se a gente recapitular, você começa a fazer o seu mapa conceitual com
um brainstorm, levantando conceitos e você vai criando essas caixinhas de conceito. Eu
gosto muito de deixar isso na parte esquerda da tela. Depois, num segundo momento, eu
começo a relacionar esses conceitos dois a dois e tento garantir clareza nas proposições que
eu estou montando. Por isso que eu penso sempre em dois conceitos por vez. E desenvolvo
um termo de ligação que me permita deixar a ideia da forma mais clara possível. Esse
processo é bastante dinâmico, ele mexe muito com as minhas ideias. Por isso que, de
tempos em tempos, eu vou salvando esse mapa conceitual e, na verdade, o que eu faço
agora é explorar este processo por geralmente 50 minutos. Nos últimos 10 minutos, para
completar uma hora, que é o tempo que geralmente eu gasto para fazer mapas conceituais,
eu posso, por exemplo, usar a ferramenta “Estilos’ para mudar a fonte, colorir os conceitos.
Por exemplo, vou destacar o conceito inicial, que é o conceito por onde começo a ler o
mapa, vou deixar em amarelo. Eu poderia, por exemplo, deixar os conceitos “nascimento da
ciência”, por exemplo, numa cor laranja, porque é um dos eixos da disciplina, assim como
“mudanças climáticas” e “bioética”. Então, da minha hora, naquela hora que eu falo que é
importante ter para fazer um mapa conceitual, 50 minutos eu gasto no processo de
elaboração conceitual de formação de proposições e revisão das proposições. Nos últimos
10 minutos, eu posso de alguma maneira melhorar a apresentação visual do mapa e aqui eu
poderia avisar um leitor desse mapa que comece a ler o meu mapa pelo conceito em
amarelo, que é “ciências da natureza”, que é o tema do mapa. E essa disciplina tem três
eixos e os três eixos estão nomeados nas caixas laranja.
Vou salvar o meu mapa e com isso terminamos a aula de hoje, já com um primeiro mapa
começado. Exploramos as proposições, aquela estrutura fundamental do mapa conceitual
para detalhar as relações que aparecem na disciplina “ciências da natureza”. Fica aqui o
meu convite para que você, a partir dos conteúdos de uma disciplina que você está cursando
neste momento, faça o mesmo exercício. Por que não construir um mapa da própria
disciplina “Psicologia da aprendizagem” ou de outra qualquer que você está pensando nesse
semestre. Você vai pôr em prática as reflexões conceituais que eu acabei usando neste
momento, só que no meu caso para falar de uma disciplina que eu conheço bem. No seu
caso, fica o desafio para você falar de uma disciplina que você está aprendendo agora.
Então encerramos por aqui, aluno, a elaboração do nosso primeiro mapa conceitual
utilizando programas Cmap Tools. Veja que neste exercício eu mobilizei os meus
conhecimentos sobre a disciplina que eu ministro, “Ciências da natureza”, e fica um
convite. Por que não fazer isto com as disciplinas que você cursa neste semestre? Seria uma
boa ideia você agora parar pra pensar nos conceitos, por exemplo, da disciplina “Psicologia
da aprendizagem” e tentar organizá-los na forma de mapas conceituais. Você vai verificar
que o exercício cognitivo que você vai passar foi muito parecido com o exercício que eu
acabei de passar para fazer essa demonstração. Eu acho muito importante que, entre essa
aula e a próxima, você pratique a elaboração de mapas, utilizando uma disciplina que você
esteja cursando neste semestre.
Para encerrar, vamos à lousa para destacar materiais complementares que são importantes
para o seu estudo. Para reforçar os conceitos que nós vimos hoje, ou seja, trabalhar melhor e
entender melhor como elaborar bons mapas conceituais, eu recomendo a leitura de um
artigo científico que está publicado na Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em
Ciências, que a gente chama de RBPEC. Este material da RBPEC vai ser útil para você
consultar a partir de agora sempre que você precisar revisitar as características e as boas
práticas de elaboração de mapeamento conceitual. Lembro a você que no descritivo desse
vídeo contém um link que vai direto para este artigo.
Ausubel (1982) deixa claro em seus estudos que, quando alguém recebe informações novas,
sempre as relaciona com as informações que já estavam presentes em sua estrutura
cognitiva.
Ele utiliza um termo que nos diz que, quando conseguimos “ancorar” conhecimentos novos
aos anteriores, aí sim, ocorrerá uma aprendizagem significativa, e os conhecimentos antigos
auxiliam no processo de aquisição de novos significados.
Porém, se não encontrarem esses conhecimentos prévios para ancorar os novos, ocorrerá
apenas uma aprendizagem por percepção, mas tanto a aprendizagem por percepção quanto a
aprendizagem significativa formam um processo contínuo de aprendizagem e os dois
permitem a ancoragem de novos conhecimentos.
Muitas de nossas escolas não agradam aos nossos alunos por estarem velhas, ultrapassadas,
não oferecendo ao aprendiz recursos modernos, práticos e acessíveis, pelo contrário,
limitam-se apenas ao quadro negro e ao giz.
Assim, muitas vezes, o aluno perde o prazer pelo aprender tornando-se um indivíduo
apático e desmotivado, alheio aos questionamentos e pensamentos do mundo moderno.
Segundo Marilice Costi (2007), muitos fatores interferem na aprendizagem.
Além da relação educador-aluno, da parte afetiva, até a estrutura física de uma sala de aula
interferirá nesse processo.
Pensando nessas questões, achamos interessante apresentar a você alguns estudos e projetos
que explicam e comprovam a interferência das cores no comportamento humano.
Estudos feitos comprovam que o ambiente, o tamanho das salas, as cores das paredes
interferem em nossa percepção. Outro fator relevante à construção do saber é o aspecto
temporal, pois tudo que almejamos conhecer/ compreender precisa de um determinado
tempo e os indivíduos dispõem de tempos diferenciados no que se refere à assimilação de
determinado assunto. Cada tarefa realizada pelo aluno exige uma dedicação temporal
específica e a assimilação do conteúdo pode acontecer em momento posterior a sua
explicação e com isto o educador não deve se preocupar.
Um fator importante nesta construção do saber é o período, a duração do curso, pois o aluno
precisa cumprir tarefas em um tempo estipulado e por vezes esse período pode ser
insuficiente, e as obrigações e conteúdo serão lançados a esse aprendiz de forma rápida e
sem profundidade, não favorecendo a assimilação da matéria e consequente aprendizado.
Outro fator que assegura a aprendizagem significativa é a organização de grupos de estudos,
aulas diferenciadas, dinâmicas de grupo, construção de mapas conceituais. Enfim, a
utilização de ferramentas modernas de ensino que conduzam o aluno em um trajeto
educacional prazeroso e eficaz.
Utilizando Moran (2007), podemos concluir que a escola precisa reaprender a ser um local
no qual aconteça o aprendizado. Precisa ser inovadora, empreendedora e estimulante. A
escola está envelhecendo com seus métodos e currículos ultrapassados e frequentá-la, para
muitos, é obrigação e isto não deve acontecer.
A Instituição precisa ser um espaço centrado no aluno, que desperte nele a curiosidade e a
investigação. Precisa utilizar atividades significativas e incorporar o humano, a afetividade,
a ética e as novas tecnologias, pois mesmo que haja dificuldades, a escola ainda estará
preparando e formando indivíduos para o futuro que, consequentemente, mudarão a
história, tornando o ato de ensinar e aprender uma ação dignificante e modificadora.
Mostraremos a você uma breve explicação sobre a influência das cores em determinados
ambientes e quais percepções o indivíduo consegue ter em relação a elas. Veja as definições
a seguir:
Tenha sempre uma alimentação saudável e lembre-se de que todo conhecimento requer
tempo e dedicação. Tenha força de vontade e desta maneira obterá o sucesso almejado. Um
bom ambiente para os estudos deve prestigiar as boas energias, a comunicação e as
atividades mentais.
A importância da iluminação no ambiente escolar - Maria Clara - Colégio Certus
Antes de dizer sobre o meu projeto, eu vou dizer de como tive minha ideia. Estava em
reunião do TED, estávamos falando sobre os projetos e as ideias, e algumas ideias
envolviam as luzes. Então fui pesquisar mais e descobri que as luzes têm uma influência tão
grande na nossa vida que nós nem imaginamos. Inclusive na vida dos estudantes, no
ambiente escolar, onde passamos a maioria do nosso tempo. Pesquisando mais, eu descobri
a cromoterapia, que para quem não sabe é um tratamento terapêutico feito com as luzes,
mas não luzes comuns, são luzes coloridas. Então fui pesquisar sobre as cores e descobri
que, assim como as luzes, as cores têm influência muito grande na nossa vida. Por exemplo,
a cor do nosso quarto. Hoje temos que ter um momento de tranquilidade e relaxamento,
para que tenhamos uma noite de sono melhor, para nós descansarmos do nosso dia a dia. O
nosso ambiente de trabalho, onde é o lugar que temos de ter concentração, porém um
incentivo. Vou contar uma coisa para vocês. As cores podem fazer isso por nós. Pensando
nisso eu fui fazer algumas perguntas para os professores e alunos do meu colégio. Muitos
disseram que as salas do meu colégio eram agitadas e eufóricas, fazendo com que
atrapalhasse o rendimento dos alunos e das aulas. Pensando nisso eu criei meu projeto. Meu
projeto é para instalar luzes coloridas nas salas de aula. Meu projeto, como eu disse, é sobre
as cores e a cor que eu pensei foi a cor azul, porque a cor azul traz serenidade e
tranquilidade para o que os alunos que eufóricos e agitados ficassem mais tranquilos e
rendessem as aulas. Mas eu não poderia fazer isso sem antes fazer um teste para comprovar
para vocês que isso realmente daria certo. Eu fiz um teste, onde eu peguei 10 voluntários
que são alunos do colégio, entre 14 e 15 anos. Eles fizeram uma avaliação sobre
interpretação de texto com dois temas diferentes - um tema era algo mais pesado e outro
tema era algo mais do dia a dia - em dois ambientes que preparei. Um ambiente era um
ambiente mais tranquilo e outro ambiente tinha uma parede mais escura. No primeiro
ambiente, que era o ambiente mais pesado, eles fizeram a avaliação que era mais tranquila,
que era um tema do dia a dia. No outro, eles fizeram sobre o tema que era mais pesado. A
conclusão do meu teste foi que, onde eles fizeram as atividades no ambiente mais tranquilo,
por mais que tenha sido um tema mais pesado, foi mais leve para eles fazerem. Eles
disseram que ficou muito mais tranquilo, apesar de o tema ter sido mais difícil. Na sala em
que não foi preparado, que era uma sala em que o ambiente era mais pesado, apesar de o
tema ter sido mais simples, eles ficaram muito mais nervosos antes de fazer. Com isso eu
quero mostrar para vocês que o ambiente mais leve faz com que os alunos fiquem mais
tranquilos em suas aulas, para que consigam aprender as matérias que eles já têm
dificuldade, facilitando as avaliações e o desenvolvimento deles em aula. Obrigada.
Quando nos referimos à dificuldade de aprendizagem, observamos que alguns fatores que
interferem são a emoção e o afeto do educador em relação aos alunos.
Percebemos, então, que o professor é fundamental neste processo, suas expectativas, por
meio do encorajamento dos seus alunos, mostrando que os mesmos têm que acreditar em si
próprios, os ajudarão significativamente no processo de aprendizagem.
Por isso é assertivo dizer que todo profissional da educação precisa ser uma pessoa positiva,
que acredita em si e nos seus conhecimentos, pois a partir desse comportamento também
pensará que seus estudantes são capazes e podem crescer moral e intelectualmente.
Quando o educador expressa rejeição aos alunos, trata-os com frieza, discriminação em
relação aos que possuem dificuldade em aprender, o aluno sente-se incapaz de superar os
obstáculos e provavelmente será um candidato à repetência.
Alguns estudiosos na área da educação constataram que grande parte dos professores trata
com indiferença os alunos que não se encaixam no padrão idealizado por eles, e como
consequência, esses alunos vão sendo rotulados e excluídos.
Devemos lembrar que ninguém aprende da mesma forma, que cada um tem seu ritmo, sua
dificuldade, por isso o professor precisa criar novos contextos que se adaptem às
individualidades de cada um. Hoje, com a nova política educacional, sabemos que a
educação é para todos. Não podemos rotular os alunos, nem atribuir a eles o fracasso
escolar.
Com uma realidade assim, o aluno não se sente motivado, nada o atrai e o mesmo acontece
com o professor. Ambos se veem imersos em uma realidade de descaso, apatia e frustração,
sendo estes fatores relevantes ao mau andamento da Educação atual.
A Educação está com sede de mudanças, por isso caberá a nós, educadores e aspirantes a
esta profissão, a difícil tarefa de desconstrução e reconstrução dos nossos atuais modelos de
ensino. Sendo assim, poderemos nos orgulhar de ser brasileiros letrados e alfabetizados com
toda a autoridade que tais definições nos trazem.