Monografia Uespi
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Orientadora:
Profª Especialista Lidenora de Araújo Cunha
Banca Examinadora:
____________________________________________________
Professor(a): (UESPI – Parnaíba)
____________________________________________________
Professor(a): (UESPI – Parnaíba)
____________________________________________________
Professor(a): (UESPI – Parnaíba)
INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 12
CAPITULO – I................................................................................................................... 15
1 VYGOTSKY: UMA ABORDAGEM SOCIO-CULTURAL E A FORMAÇÃO
CONTINUADA DE PROFESSORES............................................................................... 15
1.1 História, teoria, e contribuições para a aprendizagem ......................................... 15
1.2 Os pilares centrais do pensamento de Vygotsky ................................................... 16
1.3 A mediação simbólica............................................................................................. 17
2 A tecnologia a favor da educação........................................................................... 19
2.1 A formação de professores e a prática reflexiva.................................................... 20
2.2 Aprendizagem de informática................................................................................ 21
CAPITULO – II ................................................................................................................. 23
1 PROJETOS DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL NA FORMAÇÃO DE
FORMADORES................................................................................................................. 23
1.1 Diretrizes para a política de informática na educação.......................................... 23
1.2 Quanto à formação continuada do professor em Informática Educacional......... 24
2 PROINFO – Programa Nacional de Informática na Educação............................ 25
2.1 Organização do PROINFO .................................................................................... 27
2.2 Formação de professores........................................................................................ 28
3 Programa INTEL educação para o futuro ............................................................ 28
3.1 O Publisher ............................................................................................................. 29
3.2 Softwares educacionais........................................................................................... 31
CAPITULO – III................................................................................................................ 33
1 ANÁLISE CRÍTICO – REFLEXIVO SOBRE OS RESULTADOS DA
PESQUISA ......................................................................................................................... 33
1.1 Dados obtidos por um grupo de professores participantes do curso INTEL
EDUCAR ministrado no SENAI de Parnaíba .................................................................. 33
1.2 Dados obtidos no questionário aplicado e comentários......................................... 34
2 Curso de informática: um grande desafio ............................................................. 38
CONCLUSÃO.................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 44
12
INTRODUÇÃO
sua formação continuada. Nesse sentido, a partir de um olhar crítico sobre a perspectiva
intercultural defendida em algumas obras dessa linha de pesquisa, esse trabalho foi realizado
pelo método descritivo através de análise teórica por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa
de campo, atendendo as nossas expectativas como acadêmicos do curso de pedagogia-
magistério bem como outros pesquisadores que ora possa se utilizar dessa fonte.
Este trabalho tem como finalidade comprovar a necessidade da formação do
professor em relação aos conhecimentos de informática educacional que lhe ajudará na
construção de saberes dos seus alunos. O trabalho foi delimitado à turma de professores
participantes do Curso Intel Educação para o Futuro, no mês de novembro de 2006,
ministrado no SENAI em Parnaíba-Pi e através de questionário e entrevista, foi diagnosticada
algumas situações-problemas que possivelmente impeçam a formação do professor em
informática educacional.
Diante disso esse trabalho foi seqüenciado em três capítulos onde, o capitulo – 1
trata da fundamentação teórica em Vygotsky como referência na constituição social do ser
humano, na organização de sociedades cooperativas e colaborativas. Trata também da
utilização de instrumentos pelo homem como elementos para organizar e alterar o real, onde
se encaixa perfeitamente o computador e a informática. António Nóvoa contribui na
compreensão do que é ser professor nos dias atuais, desde sua formação precária até as
situações problemáticas que enfrenta no seu cotidiano.
No capitulo – 2 é realizada uma pesquisa histórica sobre os projetos
governamentais que enfocam a informática educacional. São apresentados toda estrutura
interna dos projetos e o espaço fornecido à formação de professores. Os projetos analisados
foram: EDUCON, PROINFO, PRONINFE e o projeto pesquisado foi o PROGRAMA INTEL
EDUCAÇÃO PARA O FUTURO.
No capitulo – 3 é estruturada toda a pesquisa de campo, o curso abordado, dados
básicos da pesquisa podem ser observados neste capitulo, como a formação dos professores,
expectativas, principais empecilhos em relação ao uso da informática educacional, etc.
15
CAPITULO – I
Uma palavra redigida é um signo mediador entre o objeto e o seu significado. Uma
lista de compras é um signo mediador entre a necessidade e a ação. Desta forma, os ícones que
aparecem em certos sistemas de computacionais também podem ser considerados signos, pois
medeiam processos psicológicos, uma vez que representam iconograficamente um software.
Antes de tudo Vygotsky desenvolveu uma linha relacionada à área de psicologia,
embora destaque a educação escolarizada em seus estudos. Para ele a escola tem uma função
social muito importante, que é fazer o conhecimento particular tornar-se científico, através da
atuação mediadora realizada pelo professor entre o aluno e o conhecimento. Assim os
indivíduos aprimoram o pensamento e o raciocínio, tornando-se mais abstrato e mais
profundo, mediante a aquisição de um conhecimento científico desenvolvido ao longo da
história humana.
A teoria desenvolvida por Vygotsky encontra reflexos na educação escolarizada,
ou seja, permite que desenvolvamos o aprimoramento intelectual dos aprendizes, sejam eles
crianças, jovens ou adultos.
António Nóvoa também faz parte da elaboração do referencial teórico de acordo
com a linha de pesquisa deste trabalho. Nóvoa marca em seus escritos toda a
(des)profissionalização da figura do professor, apontando para os problemas estruturais da
carreira, como sua formação precária e a impossibilidade de participar ou construir currículos
escolares com os quais irá trabalhar, por exemplo.
Os aspectos burocráticos que envolvem a atuação do professor na escola, tais
como o papel da administração escolar, serão fundamentados de acordo com a linha de
pesquisa de Nóvoa.
Vygotsky organizou um conjunto teórico bastante significativo na área da
psicologia, onde estudou o desenvolvimento psicológico do homem imerso em sociedade e na
historia humana, procurando reunir o desenvolvimento psicológico do indivíduo e da espécie
num único modelo explicativo e de acordo com o processo sócio-histórico. Assim, preocupou-
se não apenas com o desenvolvimento mental do individuo e como este individuo, por sua vez,
pode vir a intervir no desenvolvimento da cultura e da sociedade nas quais está inserido.
19
Vale ressaltar que Vygotsky não criou um modelo explicativo completo, ou uma
teoria: sua produção escrita refere-se mais a textos que explicitam suas reflexões e resultados
de pesquisas desenvolvidas.
Na idade moderna, por volta de 1630, Francis Bacon lança a idéia de que a técnica
pode melhorar o desenvolvimento e o bem-estar da humanidade, através das descobertas de
novidades potencialmente influentes nas condições da sociedade. Assim como a técnica passa
a ser entendida como um saber profundamente técnico a tecnologia passa a ser entendida
como um conjunto de conhecimentos que cria ou transforma algo material ou o ambiente.
Embora esse conceito seja resgatado por Sancho (1998) e Lévy (1998), as sociedades atuais
relacionam a tecnologia mais diretamente ao uso e criação de máquinas, em especial os
computadores.
Hoje, a tecnologia viabiliza a alteração do mundo e do individuo, que passa a
entendê-la e a segui-la com um progresso social.
Pode-se dizer que a informática educacional teve inicio, no Brasil, entre os anos
1984 e 1985. Foi por volta de 1985 que foram criados os primeiros “softwares educacionais”,
desenvolvidos na língua inglesa, assim chamada porque visavam quantificar a aprendizagem
dos alunos por meio de testes e a partir de conteúdos ensinados previamente. Eram softwares
baseados no modelo estímulo-resposta e contabilizavam os acertos e erros dos alunos.
Posteriormente, com o desenvolvimento do ambiente gráfico e com a introdução do mouse 1,
1
O que permitiu ao usuário afastar-se dos códigos de programação e operação do computador e lidar com outros signos, mais próximos das
áreas específicas, como editores de texto (para Língua Portuguesa), planilhas eletrônicas (para Matemática, Física e Química), etc. Um dos
mais conhecidos ambientes gráficos surgiu para equipamento Macintosh, mas o sistema mais difundido atualmente parece ser o Windows.
20
superiores, o que torna o professor muito mais próximo do cargo de funcionários do que de
profissionais autônomos. Isto fica claro quando se observa a distancia entre a concepção e
execução (quem prepara os currículos não é quem os concretiza pedagogicamente), a
determinação de tarefas (exercidas por cargos exclusivos e de confiança), a baixa remuneração
do professor e o aumento das exigências em relação à atividade docente.
É isso que a formação de professor pretende combater. “Entretanto, é preciso
entender que a formação de professores está intimamente relacionada ao desenvolvimento
organizacional no sentido de ser o professor um produto da escola” (NÓVOA, 1992, p. 24).
A formação não se dá apenas através do acúmulo de cursos, mas também pela
capacidade reflexiva que despertam. Para Nóvoa,
ler e a escrever, a fazer cálculos, a pesquisar, a lidar com abstrações e conceitos científicos.
Essas atividades complexas e importantes possibilitam novas formas de pensamento, de
posicionamento e de conhecimentos, individuo modifica sua relação cognitiva com o mundo.
Se o desenvolvimento pleno do ser humano depende do grupo no qual ele está
inserido e da interação com seus membros, pode-se entender que, um individuo criado fora da
sociedade letrada e falante não será alfabetizado e não aprenderá a falar como os que a ela
pertencem. Assim, pode-se deduzir que um indivíduo que pertença a um grupo social que não
utiliza informática não aprenderá sobre ela, ou pior, ao não aprender sobre ela, torna-se
excluído de outras comunidades que a utilizam.
Segundo as pesquisas de Vygotsky, o cérebro é um órgão que se adapta às novas
necessidades sem sofrer alterações físicas. Isto pode sugerir a idéia de que qualquer pessoa
tem capacidade de aprender sobre a informática e capacidade de utilizá-la também, tal como
quem aprende a utilizar um instrumento para modificar a natureza que o cerca. Assim, não há
impedimentos biológicos para a incorporação da informática no cotidiano pessoal.
A Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD) não é uma fase de desenvolvimento
encontrada nas faixas etárias de crianças e adolescentes, mas uma área que não depende da
faixa etária e sim de novos conhecimentos aos quais os indivíduos estão expostos. Depende do
grupo social a que pertence ou deseja inserir-se. Assim, podemos pensar que a comunidade de
professores está agora preparada para empregar profissionalmente a informática. Isso remonta
à necessidade de aquisição de um novo conhecimento, que faz com que os professores se
integrem a uma nova comunidade ou que modifiquem a comunidade na qual estão inseridos. É
um conhecimento novo que, trazido para sua comunidade, propiciará a alteração de costumes e
promoverá uma modificação nos processos psicológicos superiores, pois,
Assim como uma criança já tem uma noção da linguagem escrita e do sistema
numérico antes de entrar na escola, o professor já tem uma idéia da potencialidade da
informática antes lidar com ela pela primeira vez. Essa idéia ou noção é chamada por
Vygotsky de conceitos cotidianos, que são ampliados quando ao participar de cursos
específicos, onde outra forma de conhecimento se processa.
23
CAPITULO – II
2
EDUCOM: "caracterizava-se como um experimento de natureza intersetorial de caráter essencialmente educacional, onde cada entidade
pública federal participa custeando parte dos recursos estimados e também sua execução e avaliação" (Cosenza et ali, 1985).
25
para manipular o disquete, cd-rom, pen drive e a impressora, além da conhecer as funções
mínimas do editor de texto).
A proposta de cursos de formação de docentes em informática educacional
justifica-se na medida em que se pretende superar os conceitos cotidianos sobre informática,
construídos a partir da observação, manipulação e experiência direta com o computador e
disponibilizar conhecimentos mais sistematizados adquiridos nas interações escolares, bem
como seu emprego educacional. Ou seja, é um conhecimento sistemático sobre aspectos do
objeto de estudo que não estão presentes na sua vivência ou diretamente relacionados ao
campo de atuação. Se o ambiente escolar não desafiar, exigir e estimular o intelecto, os
estágios mais elevados do raciocínio poderão não ser atingidos.
Por isso deve haver a preocupação em fornecer cursos especializados sim, mas
cursos que propiciem o desenvolvimento do professor e não faça dele um mero receptáculo de
informações, principalmente porque o papel que se espera dele como profissional não é esse
frente a seus alunos. O pensamento conceitual é uma conquista que não depende só do
indivíduo, mas contexto social onde ele se insere.
Segundo Vygotsky,
O ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. Um professor que
tenta fazer isso geralmente não obtém qualquer resultado, exceto o
verbalismo vazio, uma repetição de palavras pela criança, semelhante a de
um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitos correspondentes,
mas que na realidade oculta um vácuo (1991, p. 72).
O PRONINFE foi instituído em outubro de 1989 pelo MEC e teve seu regimento
interno aprovado em março de 1990. Em setembro do mesmo ano, o PRONINFE foi
integrado pelo PLANIN (Plano Nacional de Informática e Automação, do Ministério de
Ciências e Tecnologia).
O PRONINFE possuía um modelo geograficamente descentralizado, funcionando
através de centros de informática na educação espalhados por todo o País. Esses centros
26
contavam com apoio mútuo, divulgando e analisando projetos educacionais, seus objetivos e
resultados. Outro ponto forte do PRONINFE era a formação de professores dos três níveis
educacionais (fundamental, médio e superior), bem como na área de educação especial e em
nível de pós-graduação. Também visava à pesquisa sobre a utilização da informática na
educação, aproveitando a interatividade e a interconectividade que o computador
possibilitava.
Não há informações precisas em algum artigo ou literatura sobre a extinção de
qualquer um dos projetos que acabam modificando sua estrutura inicial. Parece que isso
acontece com o PRONINFE-PROINFO.
O PROINFO foi lançado em abril de 1997, quase dez anos depois do PRONINFE,
com a intenção de formar 25 mil professores e atender a 6,5 mil estudantes, através da compra
e distribuição de 100 mil computadores interligados na internet.
A década de 90 foi marcada por uma preocupação generalizada em diminuir o
analfabetismo no país. Além de possuirmos, na época, uma das taxas de analfabetismo mais
alta em relação a países dos continentes americano, asiático e europeu, vivíamos um momento
mundial intenso no avanço tecnológico, que impeliam as indústrias a produzirem em maior
qualidade, onde a mão-de-obra qualificada era uma necessidade urgente. Esse fenômeno
atingiu o Brasil na época do fim de mercado, onde as negociações foram abertas ao comércio
exterior. Com o ritmo de exportação em baixa e a importação aumentando, a preocupação
nacional passou a ser não apenas alfabetizar a parte da população com menos condições de
acesso à educação escolarizada, mas permitiu que ela tivesse acesso às modernas tecnologias,
que soubesse tanto ler e interpretar orientações quanto tomar decisões dentro do limite de sua
atuação profissional.
Segundo Moraes (1997), não se questionava mais, se deveríamos ou não empregar
computadores no processo educacional, mas como preparar os professores para usá-los. Não
havia mais a preocupação de que a falta de computadores nas escolas públicas ampliavam a
desigualdade social, mas sim que o contato com as novas tecnologias permitiria ao educando
tornar-se um profissional capaz de operar minimamente equipamentos tais como: vídeo-
cassete, calculadoras, computadores, etc. e preparar-se para viver em uma sociedade nas quais
esses equipamentos farão parte do cotidiano.
No final de década de 90, quando o PROINFO é estruturado, pode-se dizer que as
questões sobre o impacto da informática na educação e na sociedade foram suplantadas pelo
questionamento de como fornecer condições mínimas de acesso à tecnologia as parcelas da
população menos favorecidas economicamente.
27
No Piauí o programa Intel Educação para o Futuro tem como parceiro o SENAI –
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial que com as suas dependências devidamente
aparelhadas com salas amplas (laboratórios), ambiente climatizado e composto de 20 (vinte)
computadores com sistema operacional Microsoft Windows XP, Processador AMD Sempron
de 1.80 GHz, memória de 768 MB RAM e Disco Rígido de 80 Gb interligados na internet
pelo sistema Velox contando ainda com um sistema de apresentação de aulas em Data-show,
DVD, conversor PC-TV, TV-29 polegadas e impressora HP Deskjet D2300 séries onde todo
esse apoio foi criado exclusivamente para ajudar os Professores a ampliarem os limites de sua
criatividade, bem como a de seus alunos, alem das paredes da sala de aula.
O curso é composto de dez módulos com carga horária de 40 h/ aulas com os
seguintes títulos:
1) Iniciando o Programa;
2) Pesquisando Recursos para o Portfólio de Unidade;
3) Criando Apresentação Multimídia;
4) Criando Publicações;
5) Criando Materiais de Apoio para a Unidade;
6) Criando Web Site;
7) Criando Material de Apoio do Professor;
8) Criando Planos para Implementação;
9) Montando o Plano de Unidade.
10) Demonstrando os Portfólios de Unidade.
3.1 O Publisher
Figura – 5: jornal
Atlas - Este software faz um apanhado dos grandes fatos históricos que aconteceram desde o
surgimento do homem até o ano de 1989 com a queda do muro de Berlim. Indicado para
alunos de 6ª série.
Figura – 7: Atlas
CAPITULO – III
QUADRO – I
Questão 1: Dados pessoais
Questão 2: Formação escolar
Questão 3: Conhecimento em língua estrangeira
Nome Sexo Idade Graduação Pós-graduação Evento/ano Língua
Inglês: leitura, escrita
Letras Língua
Silvia4 F 25 Não citado e conversação
(inglês) estrangeira
fluente.
Espanhol: leitura,
Joelma F 25 Pedagogia - Não citado escrita e conversação
básica.
Inglês e Espanhol:
Francisca F 22 Pedagogia - Não citado leitura, escrita e
conversação básica.
Valeria F 24 Pedagogia - Não citado -
Média de idade: 24
Sexo: Feminino 4 (100%).
Formação: Pedagogia 3 (75%); Letras Inglês 1 (25%).
3
As respostas foram transcritas tais como foram apresentadas pelos professores.
4
Todos os nomes apresentados são fictícios para preservar a identidade dos participantes da pesquisa.
35
Comentários:
Este quadro procura identificar o grupo de professores que participaram
efetivamente da pesquisa, apresentando os seguintes dados: nome, idade, sexo, formação
escolar, participação em eventos e conhecimento em língua estrangeira.
O grupo era composto por 4 professoras; 2 formadas em licenciatura plena em
Pedagogia e em Letras (inglês); 2 cursando o último período de Pedagogia. A média de idade
das professoras é de 24 anos, com limite inferior de 22 e superior de 25 anos.
A área de Pedagogia teve a maior representação neste grupo de professoras, num
total de 3 indivíduos (75%), enquanto o outro representa (25%) da área de letras inglês. Duas
professoras já possuem formação acadêmica concluída e duas estão na etapa final de seus
cursos. Também se percebe que, em relação à língua estrangeira as quatro professoras
possuem conhecimento básico em pelo menos uma.
QUADRO – II
Questão 4: Tempo de docência; Disciplina que leciona; Carga horária semanal; Onde leciona
atualmente; Outras funções que exerce na área de educação.
Carga
Tempo de Disciplina Instituição Outras
Nome horária
docência que leciona que leciona funções
semanal
Tutorial
Silvia 5 anos Inglês 36 h Particular
educacional
Joelma 3 anos Polivalência 40 h Particular -
Francisca 2 anos Polivalência 40 h Particular -
Polivalência e
Valeria 3 anos língua 20 h Particular -
portuguesa
Comentários:
A media de tempo total de docência é 3,25 anos, com limite inferior de 2 anos e
superior de 5. pode-se concluir que os professores são recém-formados e têm pouca
experiência de docência, mas bastante empenhados demonstrando interesse pelo magistério.
Importante salientar que a predominância caracterizou-se na área de Pedagogia como mostra o
36
quadro – I levando acreditar que esses profissionais estão assumindo seus verdadeiros papéis
na educação.
O número médio aproximado de aulas lecionadas por semana é de 34, indicando
uma carga horária razoável. Observamos que todas pertencem a rede pública de ensino nas
séries iniciais de 1ª a 4ª e fundamental de 5ª a 8ª série.
QUADRO – III
Questão 5.1: Caso possua equipamento em casa, preencha o quadro abaixo, especificando o
tipo de hardware.
Acesso
Nome Computador Impressora Multimídia Scanner
internet
Silvia Pentium – IV Sim (velox) Sim Não Sim
Joelma Pentium – IV Sim (velox) Não Não Não
Francisca Não possui - - - -
Valeria Pentium – IV Não Não Não Não
Comentários:
Das quatro professoras, três (75%) possuem computador em casa, com impressora
e scanner, sendo que duas, Silvia e Valeria, souberam informar o tipo de equipamento em
termos técnicos. Silvia mostrou ter maior familiaridade com os termos técnicos e soube
nomear todos os equipamentos que tem em casa. Apenas as professoras Silvia e Joelma (50%),
tem acesso à internet de sua residência.
Isso mostra que a metade dos indivíduos tem pouco ou nenhum conhecimento
sobre a especificidade dos equipamentos.
37
QUADRO – IV
Questão 5.2: Sobre a utilização da informática, preencha o quadro abaixo, caso você tenha alguma experiência nos itens especificados.
Planilha
Windows5 Processador de texto Computação gráfica
eletrônica
Nome T F f N T F f N T F f N T F f N
Menos de
Silvia 10 anos Diário Trabalho A 10 anos Diário Trabalho A - - - S Diário Trabalho I
10 anos
Joelma 1 ano Semestral Trabalho B 1 ano Semestral Trabalho B - - - S - - - S
Francisca 5 anos Quinzenal Tra/lazer I 5 anos Quinzenal Trabalho I - - - S - - - S
Valeria 3 anos Diário Tra/lazer B 3 anos Diário Trabalho B - - - S 2 anos Pouca Tra/lazer B
LEGENDA:
T = tempo de experiência
F = freqüência de uso
F = finalidade
N = nível de conhecimento (considerar: S = sem experiência / B = básico / I = intermediário / A = avançado)
5
Produto da Microsoft®.
38
Comentários:
Observação: apenas uma professora não manifestou seus conhecimentos, mas que tem
interesse e motivação para saber todas as informações necessárias no uso de aplicativos para
informática educacional.
CONCLUSÃO
suficiente para lhes garantir uma boa habilidade com as ferramentas do sistema operacional
bem como o entendimento de alguns softwares educacionais.
Foram pesquisados 33,3% dos participantes de uma turma do curso INTEL
EDUCAR dentre eles 75% é licenciado em Pedagogia e 25% é licenciado em Letras Inglês.
Atuantes como docentes no mínimo de 2 (dois) anos e no máximo de 5 (anos) pertencendo a
instituições particulares de ensino mas também com atividades na rede pública ocupando as
séries inicias e fundamental até o 9º ano, nenhum deles afirma utilizar-se de software
educacionais nas suas ocupações.
Com relação aos conhecimentos em informática básica eles afirmam ter uma boa
familiarização dentro de suas limitações conforme prospecta abaixo:
Ambiente Windows: 75% tem conhecimento básico;
Processador de textos: 50% tem conhecimento básico;
Planilha eletrônica: 50% tem conhecimento básico;
Computação gráfica: nenhum professor tem conhecimento algum.
No ambiente virtual, cerca de 50% dos professores tem acesso a internet, porém
10% se utilizam de sites educacionais como subsídios para melhoria da qualidade do ensino
em informática educacional.
A importância desta pesquisa no âmbito da formação de professores nos remete a
observar sua insegurança em lidar com as questões da informática, mesmo no âmbito da rede
particular de ensino, onde a expectativa é bem maior, precisamente envolvendo a educação
infantil em decorrência da falta de preparo por parte da formação acadêmica no magistério
onde não consta nenhuma disciplina direcionada a “Informática na Educação”. Assim sendo,
sugerimos a implantação e inclusão dessa disciplina a todos os cursos que estejam ligados
diretos e indiretamente a educação básica.
Se o professor nunca estiver em contato com a informática, mesmo que isso esteja
além de sua capacidade no momento, nunca aprenderá a usar e a pensar sobre ela. Desta
forma, se não iniciar um trabalho reflexivo sobre a educação, sobre seu papel enquanto
professor e sobre a informática educacional, mesmo que ainda não tenha condições de
elaborar um discurso coeso nunca aprofundará sua capacidade de reflexão e sua ação docente.
A informática possibilita ao professor oportunidade para repassar as suas
concepções sobre o desenvolvimento e a aprendizagem, que podem dar sustentação a seu
trabalho de implantação do computador na escola, inspirando-se em experiências anteriores
bem sucedidas, evitando, assim, arriscar-se num processo de ensaio e erro, do qual o aluno
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
CANDAU, Debbie; DOHERTY, Jennifer; YOST, Judi; KUNI, Paige. Intel Educação Para o
Futuro – Manual de aprendizagem. Microsoft, 2004.
LÉVY, Pierre. A inteligência Coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo:
Loyola, 1998.
NÓVOA, António (coord.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
SANCHO, Juana M. (org.). Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
45
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 21.
ed., 2000.
VYGOSTKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1984.
VYGOSTKY, Lev Semenovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ANEXO
MODELO DE FOLDER (frente e verso)
APÊNDICE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CAMPUS ALEXANDRE ALVES OLIVEIRA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
QUESTIONÁRIO
4. Experiência Profissional:
4.1. Tempo de trabalho como docente: _____________________________________________________
4.2. Disciplina lecionada: ________________________________________________________________
4.3. Instituição ou instituições onde leciona: _________________________________________________
4.4. Carga horária semanal: ______________________________________________________________
4.5. Outras funções exercidas na área de educação: ___________________________________________
5. Informática:
5.1. Caso possua equipamento em casa, preencha o quadro abaixo, especificando o tipo de hardware.
Hardware Tipo
Computador Pessoal
Acesso a Internet (Modem)
Impressora
Multimídia
Scanner
Outros:
5.2. Sobre a utilização da informática, preencha o quadro abaixo, caso você tenha alguma experiência nos
itens especificados:
Tempo de Freqüência de
Software Finalidade Nível (B, I A, S)6
experiência uso
Ambiente
Windows
Ambiente
gráfico
Processador
de texto
Planilha
eletrônica
Computação
gráfica
Outros:
5.3. Especifique sobre o uso da Informática Educacional, preencha os espaços em branco caso você tenha
alguma experiência nos itens especificados.
Tempo de Freqüência Nível
Software Finalidade
experiência de uso (B, I A, S)7
Editor de texto com
aplicação educacional
Planilha eletrônica com
aplicação educacional
Apresentação grafica
com aplicação
educacional
Confecção de
programas educacionais
informatizados
Outros:
Outros:
6. Opiniões:
6.1. Quais suas expectativas com relação a este curso?
6.2. Hoje, quais as maiores dificuldades e facilidades que você imagina (ou tem certeza de) encontrar na
utilização educacional da informática, numa atividade desenvolvida diretamente com seus alunos?
6.3. Quais são suas intenções de aproveitamento deste curso para a sua vida profissional?
6
B: básico: I: intermediário; A: avançado; S: sem experiência.
7
B: básico: I: intermediário; A: avançado; S: sem experiência.