Relatório de Audiências - Prática Jurídica III

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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

FACULDADE DE DIREITO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

VIRNNE CAROLINA ALVES PINHEIRO

RELATÓRIO DE AUDIÊNCIAS - PRÁTICA JURÍDICA III – TURMA B

MOSSORÓ/RN

2021.2
VIRNNE CAROLINA ALVES PINHEIRO

RELATÓRIO DE AUDIÊNCIAS - PRÁTICA JURÍDICA III – TURMA B

Relatório apresentado ao Curso de Graduação


em Direito da Faculdade de Direito da
Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte, como requisito parcial (Unidade III)
para aprovação na disciplina de Prática Jurídica
III – Turma B, semestre acadêmico 2021.2.
Docente: Profa. Ulissea Duarte.

MOSSORÓ/RN

2021.2
1. RELATÓRIO DE AUDIÊNCIAS
Todas as audiências assistidas ocorreram na 4ª Vara do Trabalho de Mossoró, no dia
20 de abril de 2022, tendo início às 8:00:00h.

1.1. Audiência 1 – Processo nº 0000087-35.2022.5.21.0014


A demanda é referente a reclamação trabalhista proposta por Francisco das Chagas
Bezerra em face da empresa Mossoró Indústria e Comércio de Premoldados LTDA, que teve
como preposta Flaviane Alves da Silva. Não foi obtido acordo entre as partes litigantes na
audiência de conciliação.
Durante o depoimento do reclamante, este relatou que exercia função de armador, com
CTPS assinada. Afirma que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 4:00h da manhã até as
11:00h, com intervalo de 1 hora para almoço, retornando, portanto, às 12:00h e concluindo a
jornada diária às 16:00h. Aos sábados, trabalhava somente das 6:00h da manhã às 12:00h,
sendo que não laborava aos domingos.
Relata ainda que sua jornada efetiva de trabalho não era consignada nos controles de
frequência e que recebia remuneração de R$ 2.500,00 mensais, mas sem o devido registro,
sendo que em seu contracheque era registrado somente R$ 1.500,00. Afirma que sua
remuneração era por produção e o próprio reclamante era quem comprava a ferramenta de
trabalho, de nome “torquesa”.
Ao ser questionado pela parte reclamada, através do seu advogado, sobre o motivo pelo
qual o reclamante não batia o ponto, este responde que não o fazia porque o local mantinha-se
trancado, e expõe que nunca recebeu advertência em decorrência da imprevisão nas marcações
dos controles de frequência. A parte reclamada pergunta ainda sobre o horário em que eram
trancados os controles de frequência, ele responde somente que sabe que era aberto às 6:00h
da manhã.
A reclamada questiona como havia registros de que o reclamante batia o ponto às 6:00
da manhã, ele responde que o horário de produção era variável, podendo iniciar tanto às 5:00h
como às 6:00h, e afirma que um vigia da empresa era o responsável por informar quando os
funcionários podiam bater o ponto. A reclamada questiona ainda se o reclamante trabalhava
todos os sábados, ele responde negativamente, afirmando que variava de dois a três sábados
por mês.
Questionado acerca do modo pelo qual ele recebia o pagamento, o reclamante responde
que primeiramente era depósito em conta, sendo que posteriormente metade do valor
consignado nos contracheques era pago em dinheiro. Em relação ao período no qual foi o
pagamento integralmente depositado em conta, o reclamante afirma que foi somente nos
primeiros 5/6 meses. Por fim, questionado se na sexta-feira à tarde trabalhava, o reclamante
respondeu que sim, até as 16:00h.
No depoimento da preposta da reclamada, esta afirma que o reclamante trabalhava de
segunda a quinta-feira, sendo que na sexta-feira trabalhava somente até as 11:00h da manhã. A
preposta relata ainda que não recorda se o reclamante trabalhava aos sábados, mas afirma que
o mesmo não laborava aos domingos, uma vez que a empresa era fechada. Segundo a preposta,
a jornada de trabalho do reclamante era efetivamente consignada nos controles de frequência,
e diz que não sabia informar se ele recebia remuneração por fora. Ademais, diz ainda não saber
informar se o reclamante era responsável pelo pagamento de alguma ferramenta de trabalho.
Encerrado o depoimento da preposta, realizou-se o depoimento da testemunha arrolada
pelo reclamante, a saber, o senhor José Fernandes. Houve tentativa de impugnação da
testemunha pela parte reclamada, que contestou o fato de o reclamante ter sido testemunha do
depoente em processo ajuizado por este contra a mencionada empresa. Nesse sentido, ao ser
questionada pelo juiz, a testemunha respondeu positivamente quanto ao fato de o reclamante
ter sido sua testemunha em outro processo contra a reclamada.
Em seguida, respondendo às demais indagações formuladas pelo juiz, o depoente relata
que o reclamante exercia a função de armador, e que trabalhava de segunda a sexta-feira, das
4:00h da manhã até as 11:00h e das 12:00h às 16:00h, e, algumas vezes, no sábado.
A testemunha confirma que a jornada de trabalho do reclamante não era efetivamente
consignada nos controles de frequência porque o controle de frequência (o ponto) ficava
trancado, e que só era destrancado entre as 6:00h e 7:00h da manhã, sendo que antes desse
horário o reclamante nunca batia o ponto justamente pelo fato de ser trancado. Afirma ainda
que o término efetivo da jornada de trabalho ficava consignado nos controles de frequência.
A parte reclamante indaga à testemunha se a empresa pagava alguma hora-extra, esta
responde negativamente, afirmando que a remuneração era calculada à base de produção. A
reclamada não formulou perguntas e pediu memoriais, sendo concedido o prazo de 05 dias para
esta finalidade. A instrução foi encerrada, com julgamento marcado para 06 de maio de 2022.

1.2. Audiência 2 – Processo nº 0000099-49.2022.5.21.0014


A lide envolve reclamação trabalhista ajuizada por Patrícia Ferreira Lima em face da
pessoa jurídica Marinar Produtos Alimentícios LTDA, que tem Francisca das Chagas Araújo
Dantas como preposta.
A reclamada pede adiamento da audiência pois a notificação ocorreu em dia não útil
devido ao feriado (13/04), o que não observou o prazo de 05 dias úteis entre a notificação e a
realização da audiência. Assim, o juízo determinou o reaprazamento da audiência para o dia
26/05/22 às 08:50 min.

1.3. Audiência 3 – Processo nº 0000089-05.2022.5.21.0014


A demanda trata de reclamação trabalhista promovida por Alex Souza Filgueira, tendo
no polo passivo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que tem como preposto José
Ferreira de Azevedo Filho.
Na audiência, o juiz propôs acordo entre as partes, porém não houve êxito na proposta
conciliatória. O representante dos correios dispensou o depoimento do reclamante. No
depoimento do preposto dos correios, este afirmou que o reclamante exerce a função de
carteiro, encontrando-se lotado no CDD-Abolição. Segundo ele, o reclamante nunca usou o
carro para fazer entregas, e que utilizava motocicletas e bicicletas para fazer as entregas de
acordo com as necessidades do serviço.
Houve a oitiva de apenas uma testemunha arrolada pela parte autora, a saber, o senhor
Cosmo de Aquino, que trabalha para os correios exercendo a função de carteiro-motoqueiro
desde setembro de 2002. Segundo a testemunha, o reclamante exerce a função de carteiro,
sendo que nunca utilizou carro para fazer entregas, fazendo-as em motocicleta e raramente em
bicicletas. A reclamada não formulou perguntas. Assim, foi encerrada a instrução processual.

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