Contrarrazões Breno Henrique - 0000368-36.2024.5.14.0007
Contrarrazões Breno Henrique - 0000368-36.2024.5.14.0007
Contrarrazões Breno Henrique - 0000368-36.2024.5.14.0007
Processo nº : 0000368-36.2024.5.14.0007
Nestes termos,
Pede deferimento.
Colenda Turma,
1 - DA TEMPESTIVIDADE
Considerando que tive ciência do recurso ordinário interposto em meu desfavor no dia
11/09/2024 através de mensagem eletrônica via e-mail, e considerando o prazo para
contrarrazões, de acordo com o art. 900 da CLT, as presentes contrarrazões são tempestivas.
2 - PRELIMINARMENTE
Assim, a concessão da gratuidade deve ser indeferida, visto que a teoria da aparência
nesse contexto, permite concluir com segurança, que o recorrente dispõe de recursos financeiros
suficientes para custear as despesas processuais.
Dessa forma, o recurso não contém a exposição do direito, conforme preceitua o artigo
1.010, incisos II e III do CPC, aplicável subsidiariamente ao Processo do Trabalho. Portanto,
carece de dialeticidade, não atacando os fundamentos da sentença de maneira específica, o que
impede o seu conhecimento, de acordo com o art. 932, inciso III do CPC e também por analogia
à súmula 422 do TST.
A sentença acertou ao aplicar o art. 844 da CLT e declarar a revelia do reclamado, ora
recorrente, e a aplicação da confissão ficta, pois ele foi devidamente citado e de maneira
injustificada, não compareceu à audiência designada. Foi abarcado pela preclusão temporal,
pois o art. 847 da CLT, tanto o caput quanto o parágrafo único, são claros em mencionar o
momento oportuno para o reclamado apresentar sua defesa.
O recorrente alega que estava doente, motivo pelo qual não compareceu à audiência e
nem apresentou contestação no momento oportuno, porém, não juntou atestado médico
comprovando a impossibilidade, documento esse que foi juntado apenas em sede recursal, e de
acordo com o art. 435, caput e parágrafo único do CPC, só é possível a juntada de documentos
novos se for fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados, o que não é o caso, pois
desde o dia 13/05/2024, ou seja, 01 (um) dia antes da audiência de conciliação, o recorrente já
estava com o atestado médico em mãos, conforme data e assinatura pelo médico do referido
documento.
Não há que se falar que a ausência do termo de compromisso é minha culpa exclusiva,
pois de acordo com as provas constantes no id 9eb7c6b, eu sempre cobrava o recorrente a
formalizar o contrato de estágio com o referido termo e assim levar para a instituição de ensino
assinar.
Por outro lado, conforme preceitua o art. 9º, inciso I, ainda da Lei 11.788/2008, a
responsabilidade de celebrar o termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando
é da parte concedente, ou seja, o próprio recorrente.
Diante disso, requeiro a manutenção das verbas rescisórias de acordo com o prolatado
na sentença.
O recorrente alega que a sentença líquida foi proferida sem a devida análise das
impugnações apresentadas. Ora, se ele teve o momento oportuno para apresentar defesa e não
o fez, a decisão foi certeira na maneira como liquidou a sentença.
4 – DOS PEDIDOS
RECORRIDO