HISTÓRIA - 1 S - 2B - EMRegula
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Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação
Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica
Assistentes
Carla Lopes
Roberto Farias
Verônica Nunes
Texto e conteúdo
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Capa
Luciano Cunha
Revisão de texto
Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio Pereira
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha
Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de
uma orientação de estudos.
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DISCIPLINA: HISTÓRIA
META:
- Identificar a crise do XIV correlacionando-a com o surgimento dos
movimentos reformistas religiosos, o processo de decadência do domínio do
Cristianismo e o surgimento do Estado Moderno na Europa e suas
implicações econômicas, políticas e sociais.
OBJETIVOS:
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1. INTRODUÇÃO
2.Aula
1.
O Renascimento
O final do século XIII e início do século XIV na Europa foi um período de grande
preocupação. O sistema feudal se viu estagnado, isso porque as terras cultiváveis se
esgotavam ao passo que a população crescia. O resultado dessa situação, na prática, era
a ameaça de fome, uma vez que a produção de alimentos não era o suficiente para atender
a todos, principalmente se levarmos em conta a distribuição desigual. É importante
mencionar, que essa situação foi resultado do tipo de exploração feudal do solo (predatória
e extensiva), que baseava o aumento da produção à incorporação de novas terras e não
na melhoria de técnicas agrícolas. Como não havia mais novas terras para cultivar, a
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produção não acompanhou o crescimento populacional.
Para piorar a situação, o início do século XIV foi arrasado por intensas chuvas, que
diminuíram ainda mais as colheitas, aumentando a fome. Mas, as chuvas não trouxeram
apenas fome à população, trouxe também o risco de doenças. E, de fato, uma epidemia
de Peste Bubônica, causada pela urina de rato, se espalhou por toda Europa: chamada
também de Peste Negra.
O grupo que sai fortalecido é a burguesia comercial, que adquirira propriedades dos
nobres falidos. Essa mesma burguesia, apoiava a concentração de poderes nas mãos do
rei, já que isso significaria padronização da moeda, dos pesos e das medidas, além de
maior proteção dos mercados contra concorrência externa. Dessa forma, apesar de ser
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caracterizado pela crise, o século XIV transforma as relações características do período
medieval e prepara a Europa para o período moderno que é inaugurado no século seguinte.
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É importante mencionar que, o Renascimento teve início
nas cidades italianas favorecidas pelo desenvolvimento
comercial já no século XIV, como Gênova, Veneza e
Florença. No entanto, ele acaba se espalhando por outros
países europeus nos séculos que se seguiram.
(Fonte: http://fazerhistoria.com.br/renascimento-cientifico/)
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Terra girava em torno de si mesma e em volta do Sol. Por defender essa ideia, Galileu foi
julgado por um tribunal da Igreja e, para escapar da morte, negou a sua teoria
Relembrando...
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2. Aula 2
Caro aluno, você frequenta alguma Igreja? Se não frequenta, certamente conhece
alguém que frequenta, não é verdade? Provavelmente você ou alguém que você conhece,
ou até mesmo alguém de sua família, costuma ir à Igreja. É uma prática muito comum e
difundida no nosso país desde os tempos mais remotos. Tanto que, é bem provável que
você conheça pessoas que frequentem igrejas das mais diversas, como por exemplo a
Metodista, a Batista, a Universal do Reino de Deus... Mas, você sabia que até o século
XVI, a única Igreja Cristã que existia era a Católica? As Igrejas Protestantes,
genericamente conhecidas no Brasil como “Evangélicas,” só começam a surgir a partir
desse século.
Imagem 3- Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_de_indulg%C3%AAncias
Caro aluno, a imagem acima representa uma prática comum entre membros da Igreja
Católica (chamado Clero) no século XVI, prática esta que também foi um dos principais
alvos de críticas feitas à Igreja naquele período: a venda desmedida de indulgências. A
Indulgência era o perdão dado pela Igreja aos pecadores, que acreditavam que seus
pecados seriam perdoados.
O XVI, que como vimos na aula anterior, é o século do Renascimento, marcado por
transformações políticas, econômicas e culturais, é também um século de aflição para
grande parte da Europa. O continente ainda não estava totalmente recuperado da
devastação causada pela Peste Negra e dos conflitos internos que marcaram o século
anterior, especialmente a Guerra dos Cem Anos. Toda essa atmosfera aumentava o medo
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da morte em pecado, fomentando, assim, o comércio das indulgências. Porém, essa não
era a única crítica sofrida pela Igreja Católica. Além das indulgências, ela também era
acusada de vender “bens sagrados” como objetos, bênçãos, favores e, principalmente,
cargos eclesiásticos; e os membros do clero eram constantemente acusados de casarem-
se ou viverem com mulheres, contrariando o celibato. Essas práticas somadas a outras
eram consideradas práticas abusivas da Igreja e incomodavam profundamente muita gente
naquela época.
Contagiado por essas ideias e insatisfeito com os abusos do Clero, Martinho Lutero
lança, em 1517 as 95 Teses, texto em que expõe teorias divergentes da católica e aponta
as práticas condenáveis da Igreja, especialmente a venda de indulgências. Vale lembrar,
que a princípio Lutero não pretendia romper com a Igreja Católica e sim promover uma
reforma interna. No entanto, a reação da Igreja às teses de Lutero foi dura e em 1521
Lutero foi excomungado pelo Papa Leão X. Nesse momento, ele queimou publicamente a
bula papal que o condenou e rompe definitivamente com a Igreja Católica. As ideias de
Lutero alcançam aliados em diversos meios, especialmente entre nobres interessados em
se apossar das terras da Igreja. Em 1530, ele vai reafirmar seu ideal em um documento
intitulado Confissão de Augsburgo, onde define a doutrina de uma nova Igreja: a Luterana.
Reforma Calvinista
O ideário de Lutero se espalhou rapidamente por toda a Europa. Para isso, outras
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vozes se levantaram em nome da Reforma. No entanto, é importante dizer que essas ideias
não chegaram intactas em todas as partes da Europa. A elas foram se somando novas
ideias ou as mesmas foram sendo desenvolvidas e reinterpretadas. Um desses
“reformuladores” do pensamento de Lutero foi o francês João Calvino, que implementou
sua reforma em regiões como Suíça, Países Baixos e parte da França.
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Contrarreforma ou Reforma Católica
Prezado aluno, é possível que você esteja se questionando: será que os católicos
deixaram toda essa situação acontecer sem fazer nada a respeito? Ela aceitou a reforma
e perdeu milhões de fiéis sem tomar uma atitude? Veremos que a Igreja Católica tomou,
sim, uma atitude. Na verdade, várias atitudes para conter suas perdas. Antes mesmo da
Reforma iniciada por Martinho Lutero, alguns setores da Igreja Católica planejavam
promover uma reforma interna. Esse intuito se acelerou com a expansão do protestantismo
na Europa.
Para frear a perda de fiéis e conquistar novos fora da Europa, a Igreja trabalhou com
instrumentos de persuasão e de repressão. A maior expressão deste último foi a
reestruturação do Tribunal da Inquisição, responsável por processar e queimar os
protestantes considerados hereges. Além disso, com intuito de impedir a divulgação de
ideias contrárias ao clero, a Igreja publicou o Index, lista de livros e autores proibidos.
Por outro lado, a Igreja não adotou apenas a repressão para conter a Reforma. Ciente
da necessidade de reformular aspectos internos, especialmente a contenção da corrupção
e “abuso” do clero, ela apostou na melhoria dos seminários, fortalecimento das pastorais e
apoio às ordens religiosas, como a Companhia de Jesus, que investiu em escolas
religiosas e na catequização dos não cristãos, especialmente aqueles dos povos recém-
conquistados na América, ou seja, os Indígenas. E por fim, a convocação do Concílio de
Trento entre os anos 1545-1563, que reafirmava a doutrina tradicional da Igreja Católica
(importância da fé e das boas obras para a salvação; o papel da Bíblia e da Tradição da
Igreja como fonte da verdade; os sete Sacramentos e o culto da Virgem e dos Santos;
restabelecimento da autoridade da Santa Sé sobre o mundo católico).
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Relembrando...
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3. Aula 3
Caro aluno, você notou que sempre que falamos de poder na Idade Média fazemos
mais referência ao Papa e a Igreja Católica como um todo do que aos Reis? Você saberia
dizer por quê? E você já se perguntou em que momento o Rei começa a aparecer tanto ou
mais que a Igreja quando falamos de poder? Vamos, nesta aula, tentar responder estas
perguntas e levantar outras que fazem parte da transição da Idade Média para a Moderna.
Mas, você deve estar se perguntando o que era preciso para que houvesse uma
centralização de poder e quais seriam as características dos Estados Modernos? Vamos
falar sobre isso agora.
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transformar em um governante com poderes de fato. Para isso, o Rei deveria arregimentar
um exército permanente que lhe garantisse a estabilidade de seu poder e a execução de
suas decisões.
Com a formação dos Estados Nacionais, o poder alcançado pela figura do Rei em
cada Estado ganhou enormes proporções. O fortalecimento do poder dos monarcas se deu
por vários motivos, entre eles o crescimento do comércio com o consequente aumento de
recursos das monarquias, alcançados através da cobrança de impostos. Outro fator de
grande importância foi a crise da Igreja Católica a partir das reformas religiosas, que
resultou no enfraquecimento do poder do Papa e da Igreja de maneira geral. Dessa
maneira, as monarquias foram cada vez mais fortalecidas, sendo chamadas de
Monarquias Absolutas. O regime estabelecido pelos reis absolutos modernos ficou
conhecido como Absolutismo.
Mas o poder do Rei podia ir além. Em alguns países, como França e Inglaterra, por
exemplo, ele era legitimado por um discurso religioso que assumia que os reis seriam
escolhidos pelo próprio Deus para governar. A Teoria do Direito Divino dos Reis dava
ainda mais poderes ao monarca absoluto, uma vez que ninguém ousaria contestar a
vontade divina. Cabe ressaltar aqui que apesar do fortalecimento da figura real, a Igreja
continua tendo grande poder e influência nos assuntos políticos.
O Rei Luís XIV, monarca francês que governou o país entre 1643 e 1715 e a fase
atribuída a ele, sintetiza o poder dos reis absolutistas, que personificavam o Estado em sua
própria imagem. Nas monarquias absolutas, a pessoa do Rei e o Estado se confundem. O
governo de Luís XIV é considerado o auge do absolutismo na França.
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No caso da França, a formação da monarquia absoluta também estava relacionada
com uma guerra: a Guerra dos Cem Anos (1337- 1453), que já comentamos aqui. Durante
essa guerra contra a Inglaterra, o sentimento nacional francês cresceu e os sucessivos
monarcas se fortaleceram. Na Inglaterra, o processo se deu no século XVI, com o
fortalecimento do Rei Henrique VII, que em seu governo enfraqueceu o parlamento, que
desde o século XII limitava o poder dos reis.
Balança Comercial Favorável: A ideia era exportar mais produtos do que importar
para garantir a permanência da maior quantidade de moeda possível dentro do país.
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Aula 4
ATIVIDADES
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6. Aula 5
ESTUDO DIRIGIDO
Faça uma pesquisa sobre massacre da noite de Noite de São Bartolomeu, fato
histórico sobre intolerância religiosa que ocorreu no século XVI, abordando seus motivos
e suas consequências.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012
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