Re Nascimento
Re Nascimento
Re Nascimento
“Escola de Atenas”,
pintada durante o
Renascimento por
Raphael.
O Renascimento surgiu na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII por toda
a Europa.
Inspirado nos valores da Antiguidade Clássica e gerado pelas modificações
econômicas, o Renascimento reformulou a vida medieval e deu início à Idade Moderna.
O período do Renascimento foi o momento entre os séculos XIV e XVI, passagem da
Idade Média para a Moderna, em que se organizou o
desenvolvimento cultural, artístico, científico, político e a mudança do pensamento
europeu, tendo como base a retomada dos conhecimentos clássicos, desenvolvidos e
disseminados por gregos e romanos.
O Renascimento representou uma importante mudança do pensamento medievo,
influenciado pela igreja e dogmas católicos e a partir do século XV, foi pouco a pouco
dando lugar a crença na ciência e a valorização da racionalidade humana acima dos
dogmas religiosos, o movimento não quebra total e completamente com o modelo de
pensamento anterior, mas propõe uma gradual mudança na forma de pensar e agir do
homem moderno.
A origem do renascimento
Ordens Arquitetônicas;
Arcos de Volta-Perfeita;
Simplicidade na construção;
A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas;
Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções
militares) e planejamento urbanístico.
Alberti (1404-72) escritor, pintor,
escultor e arquiteto, foi o maior
teórico da Renascença e deixou
tratados de pintura, escultura e
arquitetura. Ele menosprezava o
objetivo religioso da arte e
propunha que os artistas buscassem
no estudo das ciências, como a
história, a poesia e a matemática, os
fundamentos de seu trabalho. Fachada da Basílica de Santa Maria
Novela: obra de Leon Battista Alberti.
Alberti escreveu o primeiro manual
sistematizado de perspectiva,
oferecendo aos escultores as
normas das proporções humanas
ideais.
Brunelleschi (1377-1446). Excelente
ourives, escultor, matemático, relojoeiro e
arquiteto, ele é mais conhecido, porém,
como o pai da engenharia moderna.
Brunelleschi não só descobriu a
perspectiva matemática como lançou o
projeto da igreja em plano central, que veio
substituir a basílica medieval. Somente ele
foi capaz de construir o domo da Catedral
de Florença, chamada então da oitava
maravilha do mundo. Tal técnica constitui
em construir duas células, uma apoiando a
outra, encimadas por uma claraboia
estabilizando o conjunto. No projeto da
Capela Pazzi, em Florença, Brunelleschi
utilizou motivos clássicos na fachada, Domo da Catedral, 1420-36
ilustrando a retomada das formas romanas Catedral de Santa Maria del Fiore,
e a ênfase renascentista na simetria e na Florença
regularidade.
Pintura
Talvez nenhuma época artística tenha sido igualmente rica e tão talentosa com grandes pintores
como o Renascimento.
Piero dela Francesca, Fra Angelico, Botticelli, Mantegna, Leonardo da Vinci, Michelangelo,
Antononello da Messina, isto para citar só alguns. E depois, Masaccio, Perugino, o supremo
Rafael, os Bellini, Giorgione, Ticiano, Paolo Uccello, Lucas Signorelli, os dois Lippi,
Ghirlandaio, Carpaccio, Cosmè Tura. Qualquer um deles bastaria para nobilizar um período e
uma nação. Mas, todos eles viveram no mesmo país e na mesma época, ou quase.
Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm
entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria;
Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes
reforça a sugestão de volume dos corpos;
Realismo: o artista do Renascimento não vê mais o homem como simples
observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a
expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como
uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada;
Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo;
Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que
exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se
manifestações independentes;
Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que
o período é marcado pelo ideal de liberdade e, consequentemente, pelo
individualismo.
Giotto di Bondone (c.1267-1337), mais
conhecido simplesmente por Giotto,
pintor e arquiteto italiano. Nasceu perto
de Florença, foi aluno do mestre Cimabue. É
conhecido como fundador da arte renascentista.
O impressionante realismo e o poder dramático
de suas obras constituíram-se numa revelação
para seus contemporâneos, anunciando uma
nova era no desenvolvimento da pintura.
Considerado o elo entre as pinturas
renascentista, medieval e bizantina. A
característica principal do seu trabalho é a
identificação da figura dos santos como seres
humanos de aparência comum. Esses santos com
ar humanizado eram os mais importantes das
cenas que pintava, ocupando sempre posição de
destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto
vem ao encontro de uma visão humanista do
mundo, muito própria do Renascimento.
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o artista que
mais perto chegou do ideal “homem da
Renascença”, que significa um indivíduo de
talentos múltiplos, que irradiava saber. Tinha
múltiplos talentos, deixou cadernos e mais
cadernos com suas pesquisas e estudos. Possuía
grande curiosidade e vontade de voar como os
pássaros. Essa busca constante por entender
todo o “mecanismo” que o cercava, não deixou
grande quantidade de obras na pintura, mas é
incontestável a sua genialidade. Dominou com
sabedoria o jogo expressivo de luz e sombra,
gerador de uma atmosfera que parte da
realidade, estimulando a imaginação do
observador. Foi possuidor de um espírito
versátil que o tornou capaz de pesquisar e
realizar trabalhos em diversos campos do
conhecimento humano.
Michelangelo Buonarotti (1475-1564) foi o
maior contribuinte para elevar o status da
atividade do artista. Acreditando que a
criatividade era uma inspiração divina,
quebrou todas as normas. Os admiradores se
referiam a ele como o “Divino
Michelangelo”, mas o preço da glória foi a
solidão. Entre 1508 e 1512 trabalhou na
pintura do teto da Capela Sistina, no
Vaticano. Para essa capela, concebeu e
realizou grande número de cenas do Antigo
Testamento. Dentre tantas que expressam a
genialidade do artista, uma particularmente
representativa é a “Criação do Homem” e o
afresco “O Juízo Final”, que foi concluído 29
anos depois da pintura do teto, e essa pintura
impressiona pela atmosfera sinistra.
Rafael Sanzio (1483-1520) foi, dentre as maiores
figuras da escola da Alta Renascença (Leonardo,
Michelangelo e Rafael) eleito o mais popular.
Enquanto os outros dois eram reverenciados, Rafael
era adorado. Um contemporâneo dos três, chamado
Vasari, que escreveu a primeira história da arte,
afirmou que Rafael era “tão amável e bondoso que até
os animais o amavam”. O pai de Rafael, um pintor
menor, ensinou ao precoce filho os rudimentos da
pintura. Aos 17 anos de idade, Rafael era considerado
um mestre independente. Aos 26 anos, chamado a
Roma pelo Papa para decorar os aposentos do
Vaticano, ele pintou os afrescos, com ajuda de 50
discípulos, no mesmo ano que Michelangelo terminou
o teto da Capela Sistina. “Tudo que ele sabe, aprendeu
comigo” disse Michelangelo. De Leonardo, ele
assimilou a composição piramidal e aprendeu a
modelar rostos em luz e sombra (chiaroscuro). De
Michelangelo, Rafael adotou as figuras dinâmicas, de
corpo inteiro e a pose de “contraposto”. Foi o grande
pintor das Madonas. Morreu com 37 anos e toda a
corte “mergulhou em luto” segundo Vasari.
Escultura
Ao contrário, por exemplo, da arte grega, o Renascimento já não sentiu a necessidade de
elaborar para a escultura uma série de regras comparáveis às da arquitetura. O que não quer
dizer que faltassem, na escultura renascentista, formas e tendências características.
Simplesmente, a passagem da arte do período anterior é menos brusca, é mais uma questão
de gosto do que de teoria. Acima de tudo, o reconhecimento de uma escultura renascentista é
feito procurando os motivos de fundo em que ela se inspira.