Neuropsicologia Dos Mecanismos de Memoria

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UNIVERSIDADE POLITECNICA-APOLITECNICA

Instituto Superior de Humanidade Ciência e Tecnologia

Neuropsicologia dos Mecanismos de Memória

Curso de Psicologia Clínica e de Aconselhamento


Cadeira de Neuropsicologia
Quelimane
2022
II Grupo
Fernanda Francisco Lobo
Paulo Lourenço Minezes Quembo
Sónia Custódio Daniel
Telma Mario Sindique
Victoria Rodhasse Domingos Assane.

Neuropsicologia dos Mecanismos de Memória

Trabalho escrito para apresentação e defesa


como parte de avaliação do primeiro teste da
disciplina de Neuropsicologia no Instituto
Superior de Humanidades Ciência e
Tecnologia.

Docente: Erasto Palmeiro Cardoso


Quelimane
2022
Índice
Capítulo I....................................................................................................................................4

1. Introduçã.............................................................................................................................4

1.1. Objectivos....................................................................................................................5

1.1.1. Objctivo Geral..........................................................................................................5

1.1.2. Objectivo Especifico............................................................................................5

1.2. Metodologia.................................................................................................................5

Capitulo II..................................................................................................................................6

2. Revissao de Literatura........................................................................................................6

2.1. Neuropsicologia dos mecanismos de memória...........................................................6

2.2. Memória......................................................................................................................6

2.2.1. Tipos de Memoria................................................................................................7

2.3. Processos da memória.................................................................................................9

3. Mecanismos da Memória..................................................................................................11

3.1. Anomalias da Memoria.............................................................................................12

3.1.1. Amnésia..............................................................................................................12

3.1.2. Fabulação...........................................................................................................13

3.1.3. Paraminésia........................................................................................................13

3.1.4. Hipermnesia.......................................................................................................16

3.1.5. Dismnesia...........................................................................................................16

3.1.6. Criptomnésia......................................................................................................16

3.1.7. O esquecimento..................................................................................................17

Capitulo III...............................................................................................................................22

4. Conclusão..........................................................................................................................22

5. Referências Bibliográficas................................................................................................23
Capítulo I
1. Introduçã

A Neuropsicologia é uma especialidade da Psicologia que aborda as relações entre disfunções


cerebrais e comportamento. Uma lesão cerebral, em geral, ocasiona alterações da linguagem,
do pensamento, da memória, das emoções, etc. A Neuropsicologia se dedica a compreender e
a tratar uma grande variedade de alterações que podem resultar de lesões cerebrais de
diferentes tipos. a neuropsicológica é utilizada para identificar déficits, sua gravidade e
extensão, estabelecer inter-relações entre estes déficits, determinar como eles afetam o
funcionamento geral do indivíduo, correlacionar déficits específicos e neuropatologia. 

Permite, assim, estabelecer a existência e avaliar a magnitude de alterações cognitivas


secundárias à lesão cerebral, proporcionando uma análise quantitativa e qualitativa do
funcionamento cerebral e possibilitando a comparação com indivíduos da mesma idade, sexo,
escolaridade.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Objctivo Geral
Conhecer o neuropsicologia dos mecanismos de memoria
1.1.2. Objectivo Especifico

Conceituar a memória;

Classificar os tipos de memória;

Identificar as anamalias ou transtornos da memória.

1.2. Metodologia

Neste trabalho, a descrição do tema deve-se um facto vivido, a observação directa foi
método de recolha de dados mais predominantes para a elaboração deste trabalho. Para
comentar e argumentar algumas descrições, usamos como auxilio algumas fontes
bibliográficas e documentos normativos de educação (plano curricular) além das fontes
dos sites da internet.

2.

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Capitulo II
2. Revissao de Literatura
2.1. Neuropsicologia dos mecanismos de memória

A Neuropsicologia é uma especialidade da Psicologia que aborda as relações entre disfunções


cerebrais e comportamento. Uma lesão cerebral, em geral, ocasiona alterações da linguagem,
do pensamento, da memória, das emoções, etc. A Neuropsicologia se dedica a compreender e
a tratar uma grande variedade de alterações que podem resultar de lesões cerebrais de
diferentes tipos. a neuropsicológica é utilizada para identificar déficits, sua gravidade e
extensão, estabelecer inter-relações entre estes déficits, determinar como eles afetam o
funcionamento geral do indivíduo, correlacionar déficits específicos e neuropatologia. 

Permite, assim, estabelecer a existência e avaliar a magnitude de alterações cognitivas


secundárias à lesão cerebral, proporcionando uma análise quantitativa e qualitativa do
funcionamento cerebral e possibilitando a comparação com indivíduos da mesma idade, sexo,
escolaridade. É possível utilizar a avaliação neuropsicológica na Formulação de diagnóstico;
Reabilitação cognitiva; Pesquisa clínica; Acompanhamento e documentação do estado do
paciente em tratamento; Confecção de documentos legais; entre outros.

2.2. Memória

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar (evocar) informações


disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em
dispositivos artificiais (memória artificial). Também é o armazenamento de informações e
fatos obtidos através de experiências ouvidas ou vividas. Focaliza coisas específicas, requer
grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta
pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões
diárias.

Os neurocientistas (psiquiatras, psicólogos e neurologistas) distinguem memória declarativa


de memória não-declarativa. A memória declarativa, grosso modo, armazena o saber que algo
se deu, e a memória não-declarativa o como isto se deu.A memória declarativa, ou de curto
prazo como o nome sugere, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos,
etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger
os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa
memória também é chamada explícita. Memórias explicitas chegam ao nível consciente. Esse

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sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo,
amígdala).

Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória


semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos
específicos. São instâncias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais.

Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui


procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando nos
distraímos e vamos no "piloto automático" quando dirigimos). Essa memória depende dos
gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral
requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.

Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser
trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos
experiências para utilizar durante a vida.

2.2.1. Tipos de Memoria

As informações que recebemos podem permanecer em nosso cérebro por alguns segundos a
anos. Tudo depende de quão importante é a informação para nós ou de nosso esforço para
lembrá-la.

Dependendo da quantidade de tempo que os dados são mantidos ao nosso alcance e, portanto,
propensos a serem recuperados, a memória pode ser:

Memória -Sensorial

É o tipo mais curto de memória. Consiste na capacidade de reter as percepções das


informações sensoriais depois que o estímulo desaparece.

Muita informação está continuamente nos bombardeando. Eles podem ser auditivos, visuais,
olfativos, de sabor ou de toque. Nosso organismo não pode atender a todos os estímulos ao
mesmo tempo porque a energia é limitada e, portanto, faz uma filtragem. Portanto, ignore
alguns dados e detecte outros. Estes últimos são aqueles que fazem parte da memória
sensorial.

A memória sensorial dos estímulos visuais é freqüentemente chamada de memória icônica.


Se são estímulos auditivos, é conhecido como ecóico; e se eles são táteis, hápticos.

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Esse tipo de memória não requer atenção consciente; na verdade, é geralmente involuntário.
É caracterizada pelo desbotamento muito rápido, aproximadamente após 200-500
milissegundos após a percepção de um elemento. Embora a memória sensorial ecóica ou
auditiva possa durar um pouco mais, no máximo 3 ou 4 segundos.

A duração dessa memória é tão curta que geralmente é considerada parte de um processo de
percepção, embora seja uma etapa essencial para o conteúdo ser armazenado na memória de
curto prazo.

Para que as informações da memória sensorial passem para a memória de curto prazo, o
processo de atenção deve ocorrer. Ou seja, se concentre voluntariamente em um estímulo que
ignora os outros.

Memória de curto prazo

Depende do sistema límbico, envolvido nos processos de retenção e consolidação de


informações novas. Hoje em dia também se supõe que a consolidação temporária da
informação envolve estruturas como o hipocampo, a amígdala, o córtex entorrinal e o giro
para-hipocampal, sendo depois transferida para as áreas de associação do neocórtex parietal e
temporal. As vias que chegam e que saem do hipocampo também são importantes para o
estudo da anatomia da memória. Inputs (que chegam) são constituídos pela via fímbria-fórnix
ou pela via perfurante. Importantes projecções de CA1 para os córtices subiculares adjacentes
fazem parte dos outputs (que saem) do hipocampo. Existem também duas vias hipocampais
responsáveis por interconexões do próprio sistema límbico, como o Circuito de Papez
(hipocampo, fórnix, corpos mamilares, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e amígdala), e a
segunda via projeta-se de áreas corticais de associação, por meio do giro do cíngulo e do
córtex entorrinal, para o hipocampo que, por sua vez, projeta-se através do núcleo septal e do
núcleo talâmico medial para o córtex pré-frontal, havendo então o armazenamento de
informações que reverberam no circuito ainda por algum tempo.

Memória de trabalho

Compreende um sistema de controle de atenção (executiva central), auxiliado por dois


sistemas de suporte (Alça Fonológica e Bloco de Notas Visuoespacial) que ajudam no
armazenamento temporário e na manipulação das informações. O executivo central tem
capacidade limitada e função de selecionar estratégias e planos, tendo sua atividade
relacionada ao funcionamento do lobo frontal, que supervisiona as informações. Também o

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cerebelo está envolvido no processamento da memória operacional, atuando na catalogação e
manutenção das sequências de eventos, o que é necessário em situações que requerem o
ordenamento temporal de informações. O sistema de suporte vísuo-espacial tem um
componente visual, relacionado à região occipital e um componente espacial, relacionado a
regiões do lobo parietal. Já no sistema fonológico, a articulação subvocal auxilia na
manutenção da informação; lesões nos giros supramarginal e angular do hemisfério esquerdo
geram dificuldades na memória verbal auditiva de curta duração. Esse sistema está
relacionado à aquisição de linguagem.

Memória de longo prazo

Memória explícita:

Depende de estruturas do lobo temporal medial (incluindo o hipocampo, o córtex entorrinal e


o córtex para-hipocampal) e do diencéfalo. Além disso, o septo e os feixes de fibras que
chegam do prosencéfalo basal ao hipocampo também parecem ter importantes funções.
Embora tanto a memória episódica como a semântica dependam de estruturas do lobo
temporal medial, é importante destacar a relação dessas estruturas com outras. Por exemplo,
pacientes idosos com disfunção dos lobos frontais têm mais dificuldades para a memória
episódica do que para a memória semântica. Já lesões no lobo parietal esquerdo apresentam
prejuízos na memória semântica.

Memória implícita:

A aprendizagem de habilidades motoras depende de aferências corticais de áreas sensoriais


de associação para o corpo estriado ou para os núcleos da base. Os núcleos caudado e
putâmen recebem projecções corticais e enviam-nas para o globo pálido e outras estruturas do
sistema extra-piramidal, constituindo uma conexão entre estímulo e resposta. O
condicionamento das respostas da musculatura esquelética depende do cerebelo, enquanto o
condicionamento das respostas emocionais depende da amígdala. Já foram descritas
alterações no fluxo sanguíneo, aumentando o do cerebelo e reduzindo o do estriado no início
do processo de aquisição de uma habilidade. Já ao longo desse processo, o fluxo do estriado é
que foi aumentado. O neo-estriado e o cerebelo estão envolvidos na aquisição e no
planeamento das acções, constituindo, então, através de conexões entre o cerebelo e o tálamo
e entre o cerebelo e os lobos frontais, elos entre o sistema implícito e o explícito.

2.3. Processos da memória

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 Codificação

Codificar uma informação significa interpretar por um critério específico a forma como ela
será armazenada. Ao sermos constantemente alvejados por estímulos sensoriais focaremos
num determinado estímulo para reter esta informação. A informação pode ser codificada pelo
seu sentido (semântica), pela visualização (visual) e pela acústica (som) e, assim, pela forma
que as organizamos mentalmente.

Codificação visual: consiste, basicamente, em imagens mentais criadas de um evento, seja


um fato ocorrido ou não. Ao lermos um livro normalmente criaremos imagens relativas ao
texto e com frequência o associaremos as imagens inventadas. Pode ser causada, a imagem
mental, de uma emoção positiva ou negativa, sendo influenciada na maneira em que
recordamos como exemplo: “aquele acidente sofrido quando dirigia um carro na cor
vermelha”, sempre que o indivíduo que sofreu tal acidente deparar-se com um carro na cor
vermelha semelhante sua memória assimilará o fato.

Codificação acústica: define-se pelo som, ou seja, quando algum aspeto sonoro prevalece,
como o barulho do motor de um carro ou o timbre da voz de uma pessoa. Também nos
permite a codificação acústica associar música às pessoas que conhecemos ou a eventos,
dando um critério semelhante a do cinema ao inserir trilha sonora aos filmes.

Codificação semântica: baseia-se em associar um objeto ao nome, pode-se citar o exemplo


da assimilação do nome “mesa” com o objeto quanto à sua função, por ser mesa aquilo que
utilizamos para apoiar nossos diversos materiais. Conseguimos codificar melhor quando
organizamos as informações em unidades com sentido ou agrupamentos, como por exemplo,
ao decorarmos um número de telefone, o dividimos em dois grupos, o início e o fim do
telefone. Para recuperar as informações de modo eficiente podemos hierarquizar os conceitos
de um capítulo separando ele por tópicos de acordo com suas respetivas prioridade e
importância.

 Armazenamento

Localiza-se na memória de longo prazo, permanecendo adormecida esperando um estímulo


para ser acordada, ou seja, quando o indivíduo recorda de algo, significa que houve
armazenamento e resgate dessas informações naquele exato momento.

No processo de armazenamento podem ocorrer alguns tipos de memória, como a icônica e a


ecóica.

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A memória fotográfica (icônica): trata-se da visualização exata de uma cena lembrando-se
de qualquer parte dela com detalhamentos impressionantes, por décimos de segundos, tal qual
estivesse a vivenciando novamente.

Memória ecóica: aquela que se associa aos aspetos sensoriais sonoros. É quando ouvimos,
por exemplo, a mesma música que ouvimos em um baile de formatura, evocando na memória
lembranças sobre a ocasião. Mesmo que sejam estas lembranças visuais, táteis, gustativas... O
que as resgata imediatamente é a sensação sonora, da música em questão. O critério para o
armazenamento é variável, porém sempre estará associado à importância dada aquele
estímulo. Uma vez que uma memória.

 Recuperação

Esse processo é chamado de ativação, ou seja, é a recuperação de uma memória específica


onde é identificada, primeiramente, uma abertura que leva à informação desejada. Por regra,
o meio de ativação é o mesmo meio pelo qual foi armazenada a informação, ou seja, através
dos critérios utilizados para o arquivamento, de forma que a lembrança seja resgatada
rapidamente usando-os. Porém uma mesma informação possui uma serie de detalhes
associados a ela, e pode ser recuperada por fatores considerados inicialmente menos
importantes, mas também relevantes. Pode-se citar a associação visual a uma pessoa, ao nos
depararmos com outra de aspeto semelhante, mas também em menor escala pode-se lembrar
da mesma ao sentirmos a fragrância de determinado perfume numa loja. Para resgatarmos
rapidamente uma determinada informação é comum recorrer a pequenos truques que
auxiliam a memória, dentre eles as mnemônicas.

A recuperacao pode ser de dois tipos:

Voluntaria: Quando o indivíduo faz um esforço para recordar um determinado sucesso


deliberadamente.

Espontánea: Quando a lembrança vem involuntariamente. São gerados por uma relação que
se estabelece entre: a informação existente e a realidade em que se apresenta o indivíduo.

3. Mecanismos da Memória

Ainda não se conhece definitivamente o mecanismo, ou os mecanismos, pelo qual o cérebro


adquire, armazena e evoca as informações. Não obstante, alguns modelos são propostos para
explicar essa função do cérebro humano.

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O primeiro dos modelos propostos tem como base a atividade elétrica cerebral. Assim, a
informação seria guardada em circuitos elétricos, ditos reverberantes. Evidência desse
mecanismo é obtida pela existência de conexões neuronais recorrentes, ou seja, por
ramificações da célula nervosa (neurônio) que voltam ao seu próprio corpo, reestimulando-a.
É possível que esse mecanismo esteja presente na manutenção das informações nas memórias
de trabalho e de curto prazo.

O segundo modelo baseia-se na produção de substâncias químicas que conteriam um código


relacionado às informações. Esse modelo supõe que os neurônios possam sintetizar ARN
(ácido ribonucleico) e que essa substância conteria um código da memória da mesma forma
que o ADN (ácido desoxirribonucleico) contém a codificação genética. Embora se tenha
verificado aumento da síntese de ARN em fases de aprendizado, atualmente acredita-se que
essa síntese seja responsável mais pelo funcionamento celular do que pela criação de um
código químico, de forma a ter-se relegado a um segundo plano essa hipótese.

Outro modelo, conhecido por modelo conexionista, pressupõe a alteração das conexões entre
os neurônios. Todos os neurônios emitem ramificações que se comunicam com as de outros
neurônios, tendo umas, caráter estimulante e outras, caráter inibitório para a célula a que se
destinam. A transmissão do impulso nervoso é feita no ponto de encontro dessas ramificações
com a célula alvo, ponto esse denominado sinapse. A hipótese é que haveria alteração da
função sináptica criando novos circuitos neuronais e seriam esses circuitos que codificariam
as informações. Esse modelo tornou-se bastante plausível depois que se comprovou,
experimentalmente, o aumento da resposta sináptica com a aplicação de estímulos repetitivos.

Assim, acredita-se que o substrato da memória é o aumento da função sináptica (hipertrofia)


ou a criação de novas sinapses. Esse modelo é bastante interessante, pois, além de esclarecer
como são guardadas as informações, permite explicar, também, a atenuação das lembranças,
fenômeno conhecido por todos, e que ocorreria em virtude da diminuição da função sináptica
causada pelo desuso.

3.1. Anomalias da Memoria

A memória é afetada por diversas anomalias. De todas as anomalias que existem, solo se
analisasse as mais conhecidos e importantes são: Amnésia, A Fabulación, Paramnesia,
Hipermnesia, Dismnesia, Criptomnesia e Esquecimento.

3.1.1. Amnésia

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É a perda de memória parcial ou completa. Tem como causa a deterioração progressiva e
irreversível do sistema nervoso e por danos a partes do cérebro responsáveis pelo
armazenamento da memória. Há causas orgânicas e psicológicas, entre as orgânicas estão
infecções que atingem o tecido cerebral, traumas ou ferimentos na cabeça, alcoolismo,
insuficiência vascular, derrame cerebral e consumo de drogas. A amnésia acontece de repente
e apresenta uma desorientação maior para o tempo e menor para local e pessoas.

Tipos de Amnésia

Anterógrada: quando o paciente se lembra de eventos que aconteceram no passado distante,


mas não se recorda do que aconteceu ontem.

Retrógrada: quando a pessoa lembra-se apenas do que aconteceu recentemente e não recorda
de eventos distante.

Global transitória: que pode ser desencadeada por enxaquecas ou por um ataque isquêmico
transitório, em que o sangue deixa de circular em partes do cérebro. O ataque pode durar de
meia hora a 24 horas.

3.1.2. Fabulação

Em psiquiatria, fabulação é um erro de memória definido como a produção de memórias


fantasiosas, distorcidas ou mal interpretadas sobre si mesmo ou do mundo, sem a intenção
consciente de enganar. Pessoas que confabulam apresentam memórias incorretas que vão de
"sutis alterações a bizarras fabricações", e geralmente estão muito confiantes sobre suas
memórias, apesar de evidências contrárias.

Fabulação é distinto de mentir pois não há nenhuma intenção de enganar, não há consciência
de que a informação é falsa. Embora os indivíduos possam apresentar informações
evidentemente falsas, a confabulação pode também parecer ser coerente e internamente
consistente, e até relativamente normal.

A maioria dos casos conhecidos de fabulação são danos cerebrais ou demências, como o
aneurisma, a doença de Alzheimer, ou de Wernicke–Korsakoff (uma manifestação comum de
uma deficiência de tiamina causada pelo alcoolismo). Além disso, muitas vezes a
confabulação ocorre em pessoas que sofrem do anticolinérgico toxidrome quando
interrogadas sobre o bizarro ou comportamento irracional.

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Memórias fabuladas de todos os tipos ocorrem com mais frequência em memória
autobiográfica, e são indicativos de um complexo e intrincado processo que pode ser uma
alteração em qualquer ponto durante a codificação, o armazenamento, ou lembrança de uma
memória. Este tipo de fabulação é comumente visto na síndrome de Korsakoff.

3.1.3. Paraminésia

A paramnésia é uma alteração qualitativa da memória e é caracterizada pela experiência de


delírios como memórias. A pessoa que sofre de paramnésia experimenta falsas memórias que
afirma serem verdadeiras e que às vezes podem substituir situações reais que são quase
impossíveis de lembrar. As paramnésias podem ter uma característica de anosognosia: a
pessoa não está ciente de seus sintomas de confabulação e resiste às contradições que possam
surgir.

Causas da paramnésia

 A seguir estão as características das duas possíveis causas das paramnésias:

Causas orgânicas

A maioria dos casos sugere que a patologia é causada pelo mau funcionamento dos sistemas
cerebrais envolvidos na memória e a sensação de familiaridade. Bonnet (1788) descreveu o
primeiro caso de paramnésia, no entanto, na literatura contemporânea reconhece-se que foi
Arnold Pick (1903) quem descreveu os primeiros casos de paramnésia, sugerindo como base
para suas explicações que foi um episódio de convulsão que produziu a alteração de
memória.

As teorias atuais seguem as linhas desses dois autores, especialmente a teoria de Benson
(1976) que sugere que dano ao hemisfério direito dos afetados, incapacita-os de manter a
orientação devido a uma deterioração da percepção visuoespacial e de sua memória visual e
danos aos lobos frontal e parietal que tornam difícil inibir as falsas impressões causadas por
ele desorientaçao.

Esta associação predominante de lesões no hemisfério cerebral direito, principalmente no


lóbulo frontal (que é responsável pela detecção de erros e autoconsciência ou orientação
alopsíquica e autopsíquica) e, em menor grau, a Lobo parietal (que pode causar negação de
déficits [anosognosia] e uma incapacidade de integrar componentes em uma cena visual
[simultagnosia]).

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Explicamos então que, nestes casos, o córtex ventral occipitotemporal responsável pela
reconhecimento de estímulos associados a lugares conhecidos (casa, trabalho, instalações e
instalações em sua cidade, escola); assim, a lesão no lobo frontal desinibe as áreas de
reconhecimento occipitotemporal, causando um falso reconhecimento de lugares, situações e
pessoas que não pode ser detectado e permanece delirante ou delirante.

Essas características orgânicas também estão presentes na paramnésia reduplicativa


manifestado com a crença delirante de que um lugar foi duplicado e existe simultaneamente
ao real ou foi transferido ou realocado para outro lugar (por exemplo: o hospital onde você
está internado e o local de moradia).

Psicopatologia

Em pacientes com paramnésias de etiologia orgânica, o sintoma de alteração da memória


confabulativa é geralmente a única manifestação psicopatológica. Em pacientes com
paramnésias e comorbidades psicopatológicas ou com alterações comportamentais em sua
fase prodrômica (inicial) ou antes do comprometimento da memória, eles sugerem um
etiologia psiquiátrica primária.

Estudos de uma série de casos de paramnésia que identificam áreas cerebrais afetadas
também foram descritos por Darby et al (2017): o córtex retroesplenial esquerdo (áreas de
Brodmann 29 e 30) e o hipocampo que estão relacionados à sensação de familiaridade e
memória espaço.

Sintomas de paramnésia.

A seguir estão os sintomas que caracterizam as paramnésias:

 Fabulação de memórias (por exemplo: as pessoas referem e mantêm a memória de


algo que é produto de um delírio e que às vezes é firmemente acreditado pelo
sofredor).

 Identificação errônea delirante (da própria identidade, situações, objetos e lugares).

Tipos de paramnésia

Existem dois tipos de paramnésias que se distinguem pelo seu tipo de afetação:

As paramnésias do reconhecimento

Entre as paramnésias de reconhecimento estão as seguintes:

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 Síndrome de Capgras .

 Síndrome de Fregoli.

 parmnésias reduplicativas

As paramnésias da memória

Entre as paramnésias da memória estão as seguintes:

 Já visto: é uma espécie de paramnésia de reconhecimento, descrita por Emile Boirac


(1917), como um fenômeno de ter a certeza de que uma experiência sensorial que se
vive hoje. foi experimentado no passado.

 Jamais vu: Este fenômeno se refere a quando uma pessoa tem a sensação de que é
incapaz de reconhecer uma situação, um lugar, uma palavra ou uma pessoa apesar de
outros contradizerem que racionalmente deveria ser familiar ou familiar.

3.1.4. Hipermnesia

Hipermnésia é um fenômeno da memória no qual lembranças casuais são evocadas com mais
vivacidade e exatidão que normalmente, ou quando se recordam particularidades que
comumente não surgem na consciência. A hipermnésia pode ocorrer em alguns estados
orgânicos, como é o caso das afecções febris toxi-infecciosas. Nesses casos podem aparecer
lembranças da juventude ou da infância ou de fatos de cuja existência a pessoa nem sequer
tinha mais consciência. Também pode haver hipermnésia por estimulação hipnótica, em que
recordações de particularidades muito complicadas são revividas com exatidão. Na
hipermnésia não há um verdadeiro aumento da memória. O que se observa é, na realidade,
uma maior facilidade na evocação dos elementos mnêmicos, normalmente limitados a
períodos específicos ou a eventualidades específicas ou, ainda, a experiências revestidas de
forte carga afetiva do sujeito.

3.1.5. Dismnesia

É uma alteração quantitativa que se traduz sempre numa diminuição da memória,


impossibilita a evocação de uma memória num dado momento e evoca outras de forma turva
ou pouco clara.

Chama-se assim pela dificuldade em evocar uma memória em determinado momento, mas
que depois pode ser evocada de forma espontânea. Isso ocorre em pessoas normais

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esporadicamente, ao tentar lembrar nomes próprios, fórmulas, etc. Este é um dos sintomas
iniciais que ocorre na velhice. E permanentemente no início da demência.

3.1.6. Criptomnésia

Criptomnésia, literalmente, memória oculta, é a memória inconsciente ou a memória


ancestral, ou ainda memória subliminar.

É um aspecto ou divisão da Pantomnésia, consistindo basicamente em memória inconsciente


e processos psicológicos inconscientes. O termo, criado em 1900 por Théodore Flournoy, é
usado quando se quer mostrar que todo fenômeno parapsicológico, como surge do
inconsciente, normalmente não é reconhecido como próprio pelo consciente. E daí
freqüentemente a necessidade psicológica de atribuí-lo, erradamente, às mais curiosas
prosopopéias.

Compreende a parte inconsciente de todos os sentimentos engradados pela memória e


programados pela imaginação, o conhecido por Hiperestesia Indireta do Pensamento e
por precognição, a Intuição ou Talento do Inconsciente e, eventualmente, o Inconsciente
Coletivo etc. (QUEVEDO)

De acordo com Dorsch, Häcker e Stapf, a criptomnésia refere-se a recordações subliminares,


isto é, abaixo do limiar da consciência que se devem apresentar veladamente, sobretudo em
fenômenos parapsíquicos, como por exemplo em visões mediúnicas. O psicólogo cognitivo
Ronal T. Kellogg define criptomnésia como “a crença de que um pensamento é novo quando
na verdade é uma memória”.

3.1.7. O esquecimento

Ao contrário da amnésia em que há perda de uma capacidade, o esquecimento é uma falha na


retenção ou na evocação dos dados da memória. Trata-se de fenômeno muito comum que, em
maior ou menor grau, ocorre com qualquer pessoa. No entanto, é cada vez maior o número de
pessoas que se sente incomodado com o problema e que busca solução.

A principal questão, no que se refere ao esquecimento, é determinar sua causa. Alguns


postulam que ocorre uma debilitação dos traços de memória com o passar dos anos. Outros,
no entanto, acreditam que novos conhecimentos podem interferir e prejudicar a memória.

O desuso provocaria um enfraquecimento dos circuitos da memória, conforme o modelo


conexionista, tornando cada vez mais difícil o acesso a essas informações. Isso pode explicar

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parte do problema, mas não todo ele. É fato que, com o passar da idade, as pessoas têm mais
dificuldade para lembrar fatos passados, mas essa dificuldade é mais intensa em relação aos
fatos recentes, enquanto fatos remotos marcantes, ainda que não utilizados com frequência,
podem ser lembrados facilmente, inclusive em detalhes.

Considerando-se o processo de interferência, sabe-se que um novo aprendizado pode


interferir com um antigo que lhe guarde alguma semelhança ou que lhe possa ser associado.
Assim, a cada nova informação haveria modificação naquelas já sedimentadas. O acúmulo de
informações, ao longo do tempo, faria com que pessoas de mais idade tivessem maior
dificuldade em relação à evocação da memória. Nenhuma dessas causas explica totalmente a
ocorrência do esquecimento, mas não podem ser descartadas como componentes do
problema.Há, no entanto, outro aspecto importante a ser considerado.

Não é possível evocar uma informação, se ela não foi devidamente arquivada. Para que o ser
humano possa reter na memória  determinada informação, é necessário que sua atenção esteja
voltada para isso. Sem atenção, não há qualquer possibilidade de guardar-se um fato e, sem
guardá-lo, não há como recuperá-lo depois. O combate ao esquecimento deve levar em conta
a atenção e o poder de concentração, bem como os fatores que o facilitam ou o dificultam.
Também se deve atentar para os fenômenos do desuso e da interferência de novos
aprendizados.

Causas de esquecimento

As principais causas de esquecimento ou lapso de memória:

Estresse e ansiedade: a ansiedade é a principal causa de perda de memória em todas as


faixas etárias, principalmente em jovens. Nesta condição, ocorre ativação de múltiplas
regiões cerebrais e aumento da atenção e hipervigilância a estímulos ameaçadores, levando a
lapsos de memória por desatenção e falta de concentração. Por esse motivo, é comum haver
uma perda de memória repentina em situações como uma apresentação oral, uma prova ou
após uma acontecimento estressante.

Além disso, estudos científicos vêm demonstrando que situações de estresse crônico levam à
liberação excessiva do hormônio cortisol. Isso pode prejudicar a memória a curto prazo ou
até mesmo causar a atrofia regiões do cérebro relacionadas ao armazenamento de
informações.

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Depressão: importante causa de esquecimentos em jovens, principalmente devido a redução
de neurotransmissores essenciais para as funções cognitivas, como a serotonina, dopamina e
noradrenalina. Além de causar disfunção executiva (dificuldade no planejamento e realização
de tarefas) e déficit de atenção.

É comum déficit na velocidade de processamento das informações. Pacientes habitualmente


queixam-se de estarem mais lentos para realizar as tarefas do dia a dia.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: esse distúrbio neuropsiquiátrico


geralmente inicia na infância com dificuldade de aprendizagem e é caracterizado pela tríade
de desatenção, impulsividade e hiperatividade.

Cerca de 50% dos pacientes podem ser diagnosticados somente na vida adulta, com sintomas
passando despercebidos ou negligenciados durante a infância e adolescência.

Em adultos, predominam os sintomas de desatenção. Acarreta prejuízo tanto na vida pessoal


quanto acadêmica/profissional.

Sintomas frequentes desta condição:

 Não escutar quando lhe dirigem a palavra.

 Ser facilmente distraído por estímulos externos.

 Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.

 Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades.

 Perder objetos necessários às tarefas ou atividades.

 Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental
prolongado. É comum o hábito da procrastinação nesses indivíduos.

 Deixar de prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido em atividades


escolares, de trabalho ou durante outras atividades.

 Não seguir instruções, não consegue terminar tarefas domésticas ou tarefas no local
de trabalho.

Privação de sono crônica: durante o sono ocorrem diversas funções importantes para o
nosso organismo como a regulação das funções endócrinas, restauração da energia e do
metabolismo cerebral, a reparação dos tecidos, além da consolidação das memórias.

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Assim, a privação do sono (dormir menos que 6 a 8 horas), especialmente quando é crônica
ou acontece de forma repetida, pode trazer graves consequências à saúde, como prejuízos à
memória e aprendizado, dificuldade em tomar decisões, redução da atenção, alterações do
humor e risco de desenvolver doenças psiquiátricas.

Falta de atenção: a simples falta de atenção em alguma atividade ou situação, faz com que
se esqueça muito mais rápido de alguma informação, portanto, quando se está ou se é muito
distraído, é mais fácil esquecer de detalhes como um endereço, o número de telefone ou onde
se guardou as chaves, por exemplo, não sendo necessariamente um problema de saúde. 

Hipotireoidismo: o hipotireoidismo é uma importante causa de perda da memória, pois,


quando não tratado adequadamente, causa lentificação do metabolismo e prejudica o
funcionamento cerebral.

Geralmente, a perda de memória pelo hipotireoidismo é acompanhada de outros sintomas


como sono excessivo, pele seca, unhas e cabelos quebradiços, depressão, dificuldades de
concentração e cansaço intenso.

Falta de vitamina B12: a deficiência de vitamina B12 acontece em veganos sem


acompanhamento nutricional, pessoas com desnutrição, alcoólatras ou pessoas que
tenham alterações na capacidade de absorção do estômago, como na cirurgia bariátrica, pois é
uma vitamina que adquirimos através da alimentação equilibrada e, preferencialmente,
com carne. A falta desta vitamina altera o funcionamento cerebral, e prejudica a memória e o
raciocínio.

Uso de remédios para ansiedade: Alguns medicamentos podem provocar um efeito de


confusão mental e prejudicar a memória, sendo mais comum em quem usa sedativos
frequentemente, como Diazepam e Clonazepam, por exemplo, ou pode ser efeito colateral de
remédios de vários tipos, como anticonvulsivantes, neurolépticos e alguns medicamentos para
labirintite.

Estes efeitos variam de pessoa para pessoa, portanto é sempre importante relatar ao médico
os remédios usados caso haja suspeita de alteração da memória.

Uso de drogas: O álcool em excesso e o uso de drogas ilícitas, como maconha e


cocaína, além de interferirem no nível de consciência, têm um efeito tóxico sobre os
neurônios, o que pode prejudicar as funções do cérebro e a memória.

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Dormir menos de 6 horas: a alteração do ciclo do sono pode prejudicar a memória, pois a
falta de um descanso diário, que deve ser, em média, de 6 a 8 horas por dia, dificulta a
manutenção da atenção e do foco, além de prejudicar o raciocínio. 

Demência de Alzheimer: a doença de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que


acontece em idosos, que prejudica a memória e, à medida que progride, interfere na
capacidade de raciocínio, compreensão e de controlar o comportamento.

Também existem outros tipos de demência que também podem causar alterações da memória,
principalmente no idoso, como a demência vascular, demência do Parkinson ou demência por
corpúsculo de Lewy, por exemplo, que devem ser diferenciados pelo médico.

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Capitulo III
4. Conclusão

Depois do término do trabalho ja acima citado, de a entender que fabulação é um erro de


memória definido como a produção de memórias fantasiosas, distorcidas ou mal interpretadas
sobre si mesmo ou do mundo, sem a intenção consciente de enganar. Pessoas que confabulam
apresentam memórias incorretas que vão de "sutis alterações a bizarras fabricações", e
geralmente estão muito confiantes sobre suas memórias, apesar de evidências contrárias.

Fabulação é distinto de mentir pois não há nenhuma intenção de enganar, não há consciência
de que a informação é falsa. Embora os indivíduos possam apresentar informações
evidentemente falsas, a confabulação pode também parecer ser coerente e internamente
consistente, e até relativamente normal.

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5. Referências Bibliográficas

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