Apostila - Rotinas Administrativas
Apostila - Rotinas Administrativas
Apostila - Rotinas Administrativas
APOSTILA
Agosto de 2020
Curso: Assistente Administrativo
Modalidade: EaD
Ano: 2020
Disciplina: Rotinas Administrativas
Carga Horária: 26h
Professora Formadora: Alessandra Cassia de Medeiros Dellaquila
Introdução
O cenário organizacional atual faz com que as empresas se preocupem
periodicamente com a otimização dos processos organizacionais, como também pela sua
adequação e funcionamento, visando garantir a estabilidade no segmento de mercado e
diferenciais competitivos que as destaquem dos demais concorrentes.
Os departamentos de gestão, apresentam interesse crescente a respeito das
mudanças organizacionais, buscando aprimoramento constante sobre abordagens
gerenciais ou metodologias, empregadas no alinhamento estratégico de estruturas,
objetivos, metas e procedimentos, com a intenção de melhoria constante e gestão da
qualidade de produtos e serviços (DAFT, 2008).
Processos organizacionais
O termo “processo” pode apresentar várias definições, as mais utilizadas pelos
estudiosos do tema, são:
Uma série de tarefas ou etapas que recebem insumos (materiais, informações,
pessoas, máquinas, métodos) e geram produtos (produto físico, informação,
serviço) usados para fins específicos por seu receptor.
Uma introdução de insumos (entradas) num ambiente, formado por procedimentos,
normas e regras que, ao processarem os insumos, transformam-nos em resultados
que serão enviados (saídas) aos clientes do processo.
Uma sequência de tarefas e atividades utilizadas na entrada (input), que agrega
determinado valor e gera uma saída (output) para um cliente específico interno ou
externo, utilizando os recursos da organização para gerar resultados concretos.
De uma maneira mais ampla, porém mais real, processos são ferramentas de
implantação de estratégias organizacionais, ou seja, atividades que a empresa precisa
realizar para obter os benefícios advindos de oportunidades e impedir que ameaças
identificadas no macroambiente, prejudiquem a instituição (CURY, 2002).
Todas as definições apresentadas podem ser utilizadas em organizações de
qualquer porte ou seguimento (indústria, comércio e serviço, bem como, micro, pequeno,
médio e grande). Compreender o sentido e a aplicação dos processos é primordial, pois o
êxito de qualquer empreendimento, resultará da aplicação adequada das operações
necessárias para fornecimento de produtos e/ ou serviços de qualidade ao cliente.
Toda atividade realizada faz parte necessariamente, de algum processo, da mesma
maneira, não faz nenhum nexo, existir um processo que não gere ao final um produto ou
serviço (OLIVEIRA, 2010).
Saiba mais:
https://www.youtube.com/watch?v=K_tkVs_PGAE&t=51s
Responsabilidade
Refere-se à obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para outra.
Assim, quando um subordinado recebe uma determinada obrigação, deverá prestar contas
à quem lhe atribuiu à responsabilidade. A quantidade de responsabilidade pela qual este
subordinado terá de prestar contas define o nível de autoridade delegada. (CURY, 2002)
Autoridade
É o direito para fazer algo, de tomar decisões, de dar ordens e requerer obediência,
também, de desempenhar um trabalho que lhe foi outorgado.
Comunicação
É a operação que intermedia o envio da mensagem por um emissor, por meio de
determinado canal e é entendida por um receptor. É a rede pela qual fluem as informações
que proporcionam o funcionamento da estrutura de forma integrada e eficaz.
Alguns pontos importantes devem ser levados em consideração: o que deve ser
comunicado; como deve ser comunicado; quando deve ser comunicado; de quem deve vir
à informação; por que deve ser comunicado e quanto deve ser comunicado.
Aula 03 – Departamentalização
Hall (1984) entende por estrutura organizacional a distribuição das pessoas entre
posições sociais que influenciam os relacionamentos. Essa distribuição possui duas
implicações na divisão de trabalho (distribuição das tarefas entre as pessoas) e na
hierarquia (distribuição das pessoas em posições). A estrutura organizacional atende a
três funções básicas:
Os meios de coordenação da divisão do trabalho são definidos como elementos,
características ou dimensões da estrutura organizacional. Hall (1984) apresenta três
características:
A centralização, que se refere à distribuição de poder na organização;
A formalização, definida como as normas e procedimentos concebidos para lidar
com as contingencias enfrentadas pela organização;
A complexidade que se refere às unidades estruturais dentro das quais os
empregados podem ser categorizados.
A diferenciação horizontal pode ser compreendida como a subdivisão das tarefas
desempenhadas pela organização entre seus membros.
A diferenciação vertical pode ser medida pelo número de posições entre o executivo
principal e os empregados que trabalham na produção.
A dispersão espacial refere-se à dispersão das pessoas e atividades no espaço.
Um exemplo de organização altamente dispersa são as multinacionais.
Quanto maior a diferenciação, maior será a necessidade de mecanismos de
controle, coordenação e comunicação, em função do próprio aumento do potencial de
dificuldade para efetuar a coordenação do trabalho dividido.
Estrutura funcional
A estrutura funcional é sustentada pela padronização, é caracterizada por tarefas
operacionais uniformizadas e pela especialização de funções e a empresa é divida em
departamentos funcionais. Nessa estrutura, cada departamento é responsável por suas
atividades e, para a comunicação interdepartamental, existem procedimentos específicos
a serem seguidos para que a comunicação seja facilitada e padronizada.
Departamentalização
Departamentalização não é criar departamentos, e sim criar unidades
organizacionais. Essas unidades podem ser divisões, gerências, assessorias, conselhos
e departamentos.
Poderíamos conceituar departamentalização dizendo que é o processo de agrupar
atividades em frações organizacionais definidas, seguindo um dado critério, visando a
melhor adequação da estrutura organizacional e sua dinâmica de ação. Uma má
compartimentação conduzirá a danos, às vezes irreparáveis.
Objetivos da Departamentalização
Quando uma organização é criada ela tem um objetivo e para cumprí-lo algumas
tarefas têm de ser realizadas. Essas tarefas normalmente compreendem atividades
produtivas básicas, atividades auxiliares, atividades de coordenação, atividades de
supervisão, entre outras. A dificuldade está em conciliar essas atividades em funções de
caráter individual, colocá-las em unidades burocráticas e depois criar outras unidades de
responsabilidades superiores até as unidades de direção, tendo sempre a perspectiva do
menor custo possível.
Os objetivos de departamentalização são os seguintes:
Aproveitar a especialização;
Maximizar os recursos disponíveis;
Controlar;
Coordenar;
Descentralizar;
Integrar ambiente e organização;
Reduzir conflitos.
A departamentalização é uma característica típica das grandes organizações, pois
está diretamente relacionada com o tamanho da empresa e com a complexidade de suas
operações. Quando a companhia torna-se grande, todas as atividades não podem ser
supervisionadas diretamente pelo proprietário ou diretor. A tarefa de supervisão pode ser
facilitada por intermédio de diferentes executivos que tornam-se responsáveis pelas
diferentes fases da atividade ou pelos diferentes aspectos.
Para tanto, uma ferramenta se torna fundamental, a saber, o organograma,
representação gráfica, que demonstra a relação hierarquica entre os diversos cargos da
organização, com linhas de autoriadade e responsabilidade.
Figura 01: Organograma
Tipos de Departamentalização
Departamentalização por funções – Consiste no agrupamento das atividades e
tarefas, de acordo com as principais funções desenvolvidas dentro da empresa.
Todas as atividades similares são agrupadas e identificadas pela mesma
classificação funcional, como produção, vendas e finanças. É o critério mais
empregado para organizar atividades empresariais e existe em todas as empresas,
em algum nível da estrutura da organização. É mais indicada para circunstâncias
estáveis, de pouca mudança e que requeiram desempenho constante de tarefas
rotineiras. Reflete um dos mais altos níveis de auto-orientação e introversão
administrativa, demonstrando a preocupação da empresa com sua própria estrutura
interna.
Departamentalização por produtos ou serviços – envolve diferenciação e
agrupamento de atividades de acordo com o produto ou serviço realizado. O
ajuntamento das atividades pelo produto ou linhas de produto facilita o emprego
da tecnologia, de máquinas e equipamentos, do conhecimento e da mão de obra,
permitindo uma intensificação de esforços e concentração que aumentam
sobremaneira a eficiência da organização. A estruturação por produtos/serviços é
indicada para circunstâncias ambientais instáveis e mutáveis, pois induz a
cooperação entre especialistas e a coordenação de seus esforços para um melhor
desempenho.
Departamentalização geográfica – territorial, regional ou por localização, requer
diferenciação e agrupamento das atividades de acordo com o lugar em que o
trabalho será desempenhado ou com uma área de mercado a ser servida pela
empresa. É altamente atrativa para companhias de larga escala cujas atividades
estejam física ou geograficamente dispersas. A preocupação estritamente territorial
é uma característica típica do setor mercadológico e de produção ou operações e é
aplicável quando a empresa pretende dar efetiva cobertura a um mercado de
consumidores ou usuários ou a um mercado de fornecedores de recursos de
produção.
Departamentalização por clientela – envolve a diferenciação e o agrupamento
das atividades de acordo com o tipo de pessoa para quem o trabalho é executado,
como idade, sexo, nível socioeconômico. Divide as unidades organizacionais para
que cada uma possa servir a um diferente cliente. É indicada quando o negócio
depende de diferentes características de produtos/serviços, que variam conforme o
tipo e a necessidade do comprador.
Departamentalização por processos – é utilizada nas empresas industriais, nos
níveis mais baixos da estrutura organizacional das áreas produtivas ou de
operações. Essa estratégia representa a influência pura da tecnologia utilizada pela
companhia em sua estrutura organizacional.
Departamentalização por projetos – envolve a diferenciação e o agrupamento
das atividades de acordo com as saídas e resultados (outputs) relativos a um ou
vários projetos da empresa. É uma estratégia utilizada em corporações de grande
porte e que fabriquem produtos que envolvam grandes concentrações de recursos
e prolongado tempo para sua produção.
Departamentalização por outros critérios – é utilizado no ajustamento pessoal
ou funcional, no qual se escolhe pela sua menor carga de trabalho ou pela sua
maior afinidade com o setor a ser subordinado, tendo condições de absorvê-lo.
Departamentalização principal – é a existente no nível mais elevado da
organização, já que no primeiro nível é mais comum a departamentalização
funcional, pois é a que melhor se adapta às atividades de cada empresa, seja qual
for seu ramo de atividade.
Departamentalização intermediária – ocorre entre os departamentos principais na
cúpula e os departamentos existentes na base da hierarquia da organização,
embora no nível principal a pressão maior seja departamentalizar por funções.
Departamentalização combinada – pode-se empregar dois ou mais critérios para
agrupar atividades no mesmo nível de organização, pois o objetivo da
departamentalização não é traçar uma estrutura rígida e equilibrada em termos de
níveis, caracterizada por consistência e critérios paralelos, mas sim agrupar as
atividades da maneira que melhor contribua para a obtenção dos objetivos da
organização.
O agrupamento de atividades pode ser feito mediante a adoção de todas as técnicas
de departamentalização ou estruturação. O processo decisório é que vai apontar a melhor
técnica. Sempre existirá uma que se adapte melhor ao conjunto de atividades em análise.
Pode-se encontrar a conjugação de diversos tipos de departamentalização em toda
a empresa, pois os tipos expostos são insuficientes para estruturarem uma organização,
uma vez que não indicam claramente como são estabelecidas as inter- relações entre
diversos departamentos, nem como devem estar subordinados, porque a
departamentalização não é um fim em si, mas um método para organizar as atividades da
empresa, de forma a facilitar a consecução dos seus objetivos.
Aula 04 - Fluxograma
Tipos de fluxogramas
São dois os tipos principais de fluxogramas, o vertical e o horizontal. A seguir
estudaremos o que é e como se elabora cada um.
Fluxograma vertical
O fluxograma vertical também é chamado de folha de análise, folha de simplificação
do trabalho, ou diagrama de processo, e é elaborado para representar rotinas simples em
seu processamento analítico numa unidade organizacional específica da empresa.
O fluxograma vertical é formado de colunas verticais; em uma coluna são colocados
os símbolos convencionais de operação, transporte, arquivamento, demora e inspeção; em
outra coluna é colocada a descrição do método atual e, por último, uma coluna em que
consta o profissional ou unidade organizacional que executa a operação.
Os símbolos mais comuns utilizados em fluxogramas verticais são:
Fluxograma horizontal
O fluxograma horizontal é uma forma de representação gráfica utilizada quando os
processos descritos envolvem uma grande quantidade de ações, decisões, funções e
áreas.
Os seguintes símbolos são utilizados para que possam ser elaborados:
Figura 04: Símbolos
Exemplo:
A nota fiscal é um documento que protege a mercadoria para que ela se movimente
pelo país sem nenhuma restrição. Essa é um tipo de fiscalização utilizada pelo Receita
Federal para que exista a movimentação de bens, mercadorias e prestação de serviços,
bem como, a tributação do imposto. A nota fiscal é a forma mais adequada de comprovar
a apropriação da mercadoria ou a realização de um serviço.
Para que uma nota fiscal seja emitida fisicamente é necessário que a organização
peça junto a gráfica a impressão de documentos ficais.
A nota fiscal deve possuir denominação, número de ordem, série, subsérie, número
de via, natureza da operação (venda, devolução, remessa para demonstração, bonificação,
brinde), data de emissão, o nome do titular (pessoa física ou jurídica), endereço do emissor,
inscrição estadual, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, nome do destinatário,
comprador dos produtos ou serviços, endereço do destinatário, dada de saída da
mercadoria, discriminação das mercadorias (quantidade, marca, tipo, modelo, espécie e
discriminação possível do produto), classificação fiscal dos produtos, no caso dos produtos
industrializados, a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
– ICMS, o nome do transportador da mercadoria, endereço do transportador, placa do
veículo, forma de acondicionamento dos produtos (quantidade, espécie e peso, litros e
outros), nome, endereço e inscrição estadual. Ao fina da página, o rodapé de uma nota
fiscal, deve conter o CNPJ do impressor (gráfica), data da impressão, quantidade impressa,
números de ordem com respectiva série e subsérie e número de Autorização para
Impressão de Documentos Fiscais - AIDF.
Saiba Mais:
Para entender mais sobre o funcionamento do computador, acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=rr6P9bsjFzc
Saiba Mais
Antigamente o mainframe ocupava muito espaço e precisava de algumas condições
especiais para funcionar, como temperatura baixa no ambiente.
O supercomputador mais rápido do mundo fica no Japão, começou a ser
desenvolvido em 2010 e ficará pronto em junho de 2012. Pode realizar 10,51 quadrilhões
de operações por segundo. Será utilizado para previsão do tempo, simulação do impacto
de tsunami e análise do comportamento de nanomateriais.
Fontes de conflito
São três as principais fontes de conflito que causam estresse, mencionados por
Lovelock (2006):
Conflito pessoal/papel desempenhado: o que o funcionário sente entre o que o
trabalho exige e suas crenças pessoais;
Conflito organização/stakeholder: o dilema do funcionário de decidir se deve seguir
as normas da empresa ou satisfazer às demandas dos stakeholders;
Conflito entre stakeholders: é uma tarefa estressante e desagradável pela
dificuldade de satisfazer a ambos.
Nesta linha de conflito também há a questão do “trabalho emocional”, termo
cunhado por Arlie Hochschild, no livro The managed heart (O trabalho emocional). Essa
questão retrata a discrepância que o pessoal da linha de frente sente entre o que eles
percebem como pessoas e o que precisam transmitir aos clientes.
Para gerenciar este estresse dos funcionários da linha de frente as empresas
precisam planejar modos de aliviar a pressão e planejar treinamentos de como lidar com
o estresse e a pressão de clientes.
O gap das comunicações internas é a diferença que pode acontecer entre aquilo
que o marketing e o comercial anunciam para o cliente e aquilo que realmente pode ser
executado pela operação.
Aula 03 – Departamentalização
FONSECA, João Gabriel Marques. Faces da Decisão: as mudanças de paradigmas e o
poder da decisão. São Paulo: Makron Books, 1997.
HALL, Richard H. Organizações Estrutura e Processos. Rio de Janeiro: Prentice Hall do
Brasil, 1984.
OLIVEIRA, D. Sistemas. Organização e Métodos. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Aula 04 - Fluxograma
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de Informações Gerenciais:
Estratégicas Táticas Operacionais. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ROBBINS, Stephen P. Administração: Mudanças e Perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2001.