FGV 2008 2 Administracao

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GV

M ÓDULO D ISCURSIVO
M AT E M Á T I C A
1
Para avaliar a leitura de três jornais A, B e C, foi feita
uma pesquisa com os seguintes resultados : 40 pessoas
lêem somente o jornal A, 45 somente B e 55 somente C.
35 pessoas lêem A e B, 25 lêem A e C, 27 lêem B e C, e
15 lêem os três jornais. Se todas as pessoas que
participaram da pesquisa lêem pelo menos um jornal,
determine o número total de entrevistados.
Resolução
De acordo com os dados, é possível montar o seguinte
diagrama de Venn-Euler:

Os conjuntos A, B e C do diagrama representam os


leitores dos jornais A, B e C, respectivamente. O número
total de entrevistados é
n(A  B  C) = 40 + 20 + 45 + 10 + 15 + 12 + 55 = 197
Resposta: 197

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
2 ^ ^ ^
Na figura, ACB é reto, A BD = DBC = α, AD = x,
DC = 1 e BC = 3. Com as informações dadas, determine
o valor de x.

Resolução

1º) No ∆ BCD temos


1
tg α = –––
3

2º) No ∆ ACD temos


x+1
tg (2α) = –––––
3

2 . tg α
Sendo tg (2α) = ––––––––– , resulta:
1 – tg2α

1 2
2 . ––– –––
x+1 3 x+1 3
––––– = ––––––––––– ⇔ ––––– = ––––– ⇔

 
3 1 2 3 8
1 – ––– –––
3 9

9 5
⇔ x + 1 = ––– ⇔ x = –––
4 4

5
Resposta: x = –––
4

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
3
Num alvo circular, há três circunferências concêntricas
de raios 10, 20 e 30 cm. Se alguém lançar um dardo e
acertar a região do círculo central, região A, ganha 10
pontos. Se acertar a faixa compreendida entre os raios de
10 e 20 cm, região B, ganha 5 pontos e , finalmente, se
acertar a faixa compreendida entre os raios de 20 e
30 cm, região C, ganha 3 pontos.
Suponha que dois dardos lançados consecutivamente
acertaram o alvo. Qual a chance de a soma de pontos
exceder 14 ?
Resolução
Admitindo que a probabilidade do dardo acertar uma
região desse alvo seja proporcional à sua área temos:

a) A probabilidade de o dardo acertar a região A é


π . 10 2 1
P(A) = ––––––– = –––
π . 30 2 9

b) A probabilidade de o dardo acertar a região B é


π (20 2 – 10 2) 1
P(B) = –––––––––––– = –––
π . 30 2 3

c) A probabilidade de o dardo acertar a região C é

 
1 1 5
P(C) = 1 – ––– + ––– = –––
9 3 9

Então, a chance de a soma dos pontos exceder 14 é


igual à probabilidade de o dois dardos acertarem a
região A ou um acertar A e o outro B.
Resulta, portanto, que a probabilidade pedida é
P = P(A) . P(A) + 2P(A) . P(B) =

1 1 1 1 1+6 7
= ––– . ––– + 2 . ––– . ––– = –––––– = –––
9 9 9 3 81 81

7
Resposta: –––
81

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
4
Considere a série seguinte:
7 7
28 – 21 + 14 – 7 – ––– + ––– ...............
3 2

a) Qual o valor do 20º termo da série ?


b) Determine o valor da soma dos infinitos termos dessa
série.
Resolução
a) O 20° termo (a20) da série dada corresponde ao 10°
7
(
termo (b10) da P.G. – 21; – 7; – ––– ;... de razão
3 )
1
q = ––– e, portanto:
3
7
1 9 = – ––––
a20 = b10 = b1 . q9 = – 21 .  ––– .
3 6561

b) Sendo S o valor da soma dos infinitos termos dessa


série, temos:

7 7
S = 28 – 21 + 14 – 7 + 7 – ––– + ––– – ...
3 2

7 7
S = (28 + 14 + 7 + ––– +...) – (21 + 7 + ––– +...)
2 3

28 21
S = –––––– – ––––––
1 1
1 – –– 1 – ––
2 3

63
S = 56 – –––
2

49
S = –––
2

7 49
Respostas: a) – –––– b) –––
6561 2

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
5
Considere dois relógios analógicos: o primeiro atrasa
5 minutos por dia, enquanto o segundo adianta 10 . Se o
horário indicado em determinado instante for de 11
horas e 20 minutos no primeiro e 2 horas e 5 minutos no
segundo, quantos dias deverão passar para que, pela
primeira vez, ambos marquem a mesma hora?
Resolução
Se o relógio que marca 2 horas e 15 minutos adianta
10 minutos por dia e o relógio que marca 11 horas e
20 minutos atrasa 5 minutos por dia, a cada dia a dife-
rença entre eles, que é de 9 horas e 15 minutos, reduz
15 minutos por dia.
Essa diferença se reduz a zero após 37 dias pois

9h e 15min 555min
––––––––– = ––––––––– = 37 dias
15min/dia 15min/dia

Respostas: 37 dias

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
6
No plano cartesiano, a equação de uma circunferência é
(x – 2)2 + (y – 2)2 = 4.
A reta t passa pelo ponto P(3;2 + 3) e é tangente a essa
circunferência.
a) Represente a circunferência no plano cartesiano e
determine a equação da reta que passa pelo centro da
circunferência e pelo ponto P.
b) Determine o coeficiente angular da reta t.
Resolução
O ponto P (3; 2 +  3) pertence à circunferência de
equação (x – 2)2 + (y – 2)2 = 4, pois
(3 – 2)2 + (2 + 
3 – 2)2 = 1 + 3 = 4.

A circunferência tem centro (2 ; 2) e raio 2

A equação da reta (r) que passa pelo centro e pelo ponto


 
x y 1
2 2 1 = 0 ⇔ 
3 x – y + 2 – 2 
3 = 0
3 2 + 
3 1

O coeficiente angular da reta r é  3 e portanto o coe-


ficiente angular da reta t, perpendicular a r, é

1 3
mt = – ––––– = – –––––
3 3

Respostas: a) Gráfico da circunferência de centro


(2; 2) e raio 2

3 x – y + 2 – 2 
3 = 0

3
b) mt = – –––––
3

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
7
Considere o sistema de inequações seguinte:


(x – 23) 2 + (y – 2)2 ≤ 6
e
y≤0
a) Represente, no plano cartesiano, a região que
constitui a solução gráfica do sistema.
b) Calcule o valor da área dessa região .
Resolução
A equação (x – 23)2 + (y – 2)2 = 16, representa uma
circunferência de centro C(23; 2) e raio r = 4.
Sendo:
a)

A solução do sistema de inequações, no plano cartesia-


no, graficamente, resulta:

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
^ 23 3
Se α = OCM, temos: sen α = ––––– = –––– ⇒
4 2

⇒ α = 60° e, portanto, 2α = 120° .



A área procurada é a área do setor circular OPA menos
a área do triângulo OAC, assim:

1 43 . 2 16 . π
A = ––– . π . 42 – ––––––––– = ––––––– . – 43
3 2 3

16π
Respostas: a) Gráfico b) A = ––––– – 43
3

8
Determine o conjunto solução da equação modular
x2 – x – 6  + x2 + x – 2 = 0. Para x ∈ 
Resolução
Para x ∈ ,
 x2 – x – 6 +  x2 + x – 2 = 0 ⇔
⇔ x2 – x – 6 = 0 e x2 + x – 2 = 0 ⇔
⇔ (x = 3 ou x = – 2) e (x = 1 ou x = – 2) ⇔ x = – 2
Assim, o conjunto solução é {– 2}.
Resposta: { – 2}

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
9
Dividindo o binômio P(x) = 3x101 + 1 pelo binômio
D(x) = x2 – 1, obtemos como resto o binômio R(x) = ax + b.
Determine os coeficientes a e b do binômio R(x).
Resolução
O polinômio D(x) = x2 – 1 tem raízes – 1 e 1. De acordo
com o teorema do Resto (D’Alembert) o resto R(x) da
divisão de P(x) por D(x) é tal que P(– 1) = R(– 1) e
P(1) = R(1).
Assim, sendo P(x) = 3x101 + 1 e R(x) = ax + b, temos:

a . (– 1) + b = 3 . (– 1)101 + 1
 a.1+b=3.1 101 +1

 a+b=4  b=1
–a+b=–2 a=3
⇔ ⇔

Resposta: a = 3 e b = 1

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10
Maria comprou um aquário e deseja criar dois tipos de
peixes: os vermelhos e os amarelos. Cada peixe ver-
melho necessita de 5 litros de água e consome 10 gramas
de ração por dia. Cada peixe amarelo necessita de 3
litros de água e consome 4 gramas de ração por dia. O
aquário de Maria tem 300 litros, e ela deseja gastar, no
máximo, 500 gramas de ração por dia.
a) Considere as quantidades de peixes vermelhos e
amarelos como valores reais x e y, respectivamente.
Determine a região do primeiro quadrante do plano
xy, cujos pares ordenados definem as quantidades de
peixes vermelhos e amarelos que podem estar no
aquário .
b) Determine a quantidade de cada tipo de peixe no
aquário, de forma a consumirem o total da ração
disponível e utilizarem o total da água do aquário.
Resolução
Os valores reais x e y que representam, respectivamente,
as quantidades de peixes vermelhos e amarelos deverão
satisfazer as condições:

 
5 . x + 3 . y ≤ 300 ⇔ 5x + 3y ≤ 300
10g . x + 4 . y ≤ 500g 10x + 4y ≤ 500

a) A região do primeiro quadrante do plano xy, cujos


pares ordenados definem as quantidades de peixes
vermelhos e amarelos que podem estar no aquário é
a representada no gráfico seguinte.

b) A quantidade de cada tipo de peixe no aquário, de


forma a consumirem o total da ração disponível e
utilizarem o total da água do aquário são as soluções
do sistema

10x5x ++ 3y4y == 300


500

 –10x – 6y = – 600 ⇔
10x + 4y = 500


⇔ – 2y = – 100
10x + 4y = 500
⇔ x = 30 e y = 50

Respostas: a) gráfico
b) 30 peixes vermelhos e 50 peixes
amarelos.
OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
REDAÇÃO
Instrução
• Leia o fragmento de Giles Lipovetsky e redija uma
dissertação sobre as relações entre sociedade de con-
sumo e crise ambiental. Manifeste sua opinião sobre o
papel que teriam ou não os consumidores na redução
dos desequilíbrios ambientais.
• Fundamente seus pontos de vista com argumentos ló-
gicos.
• Dê um título à sua redação.

TEXTO
No momento em que se intensificam as ameaças de
catástrofes ecológicas, a temática do “consumo durável”
encontra amplo eco, aparecendo o hiperconsumidor
como um ator a ser responsabilizado com toda a urgên-
cia, uma vez que suas práticas excessivas desequilibram
a ecoesfera.
[...]
O princípio de responsabilidade não se dirige mais ex-
clusivamente aos produtores, mas aos próprios consu-
midores [...]

LIPOVETSKY, Giles. A Felicidade Paradoxal: ensaio sobre


a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007, pp 13 e 341.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
Comentário à proposta de Redação

As "relações entre sociedade de consumo e crise


ambiental" foram o tema proposto, a ser desenvolvido
numa dissertação. Caberia, primeiramente, observar
que a busca de um equacionamento entre o consumo e
suas conseqüências sobre o meio ambiente tem
representado um desafio para a sociedade atual. O
título do livro de Giles Lipovetsky, de que se extraíram
dois fragmentos para estimular a reflexão do candidato,
sintetiza a ilusão básica que vivemos e sugere a causa
central do problema: A Felicidade Paradoxal: ensaio
sobre a sociedade de hiperconsumo. A propósito disso,
seria apropriado mencionar a influência da publicidade
sobre nossos hábitos de consumo, que geralmente vão
muito além de nossas reais necessidades, levando-nos a
encarar boa parte dos produtos que adquirimos como
descartáveis. Com tais hábitos, contribuímos de forma
decisiva para o desequilíbrio ambiental, já que ainda
não se encontraram formas eficazes de tratar o lixo
produzido pelo consumismo. Para ilustrar suas idéias, o
candidato poderia citar os aparelhos eletrônicos, como
computadores, celulares, televisores, dentre tantas
outras novidades lançadas incessantemente pela indús-
tria, que estimulam o desejo de estar "antenado" com a
modernidade e, ao mesmo tempo, atuam como fator de
distinção social – o que naturalmente não implica
qualquer compromisso com o "consumo durável".
Considerando que a Banca Examinadora solicitou a
opinião do candidato sobre o papel dos consumidores na
redução dos desequilíbrios ambientais, o vestibulando
não poderia deixar de reconhecer a responsabilidade de
todos nesse imenso problema. Caberiam aqui considera-
ções sobre a necessidade de uma postura mais equili-
brada e responsável por parte dos consumidores, a ser
incentivada nas escolas e em campanhas de órgãos
governamentais, sobretudo aqueles ligados ao meio
ambiente.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
P ROVA D
M ÓDULO O BJETIVO

M AT E M Á T I C A
1 A e D
Considere a seqüência abaixo, conhecida como seqüên-
cia de Fibonacci. Ela é definida de tal forma que cada
termo, a partir do terceiro, é obtido pela soma dos dois
imediatamente anteriores
ai: 1,1,2,3,5,8.............
Qual a alternativa correta para a expressão do termo an?
an + 1 + an – 2 a2n – 1 + a2n + 1
a) an = ––––––––––– b) an = ––––––––––––
2 n

an + 1 + 1 an + 2 + an – 2
c) an = ––––––––––– d) an = ––––––––––––
an – 1 3

an + 1
e) an = ––––– + 1
an – 2
Resolução

Na seqüência de Fibonacci, para todo n ≥ 3 tem-se


an = an – 1 + an – 2
an + 1 = an + an – 1
an + 2 = an + 1 + an



an = an – 1 + an – 2 (I)
⇒ an = an + 1 – an – 1 (II)
an = an + 2 – an + 1 (III)

Somando-se, membro a membro, as equações (I) e (II)


tem-se
an + 1 + an – 2
2an = an + 1 + an – 2 ⇔ an = –––––––––––––
2
Todavia, somando-se as equações (I), (II) e (III) tem-se
a n + 2 + an – 2
3an = an + 2 + an – 2 ⇔ an = –––––––––––––
3

Desta forma as alternativas A e D são corretas.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
2 D
João divide suas economias e as aplica em dois fundos:
A e B. No primeiro mês, o fundo A rendeu 50% e o
fundo B, 30%. No segundo mês, ambos renderam 20%.
Se a rentabilidade que João obteve no bimestre foi de
63,2%, que porcentagem de sua economia foi aplicada
no fundo B?
a) 50% b) 60% c) 40% d) 70% e) 30%
Resolução
Se x for a quantia de sua economia aplicada em B, e T
toda a economia de João então T – x será a quantia
aplicada em A. Assim sendo:

1,2 . 1,5 . (T – x) + 1,2 . 1,3x = 1,632T ⇔


⇔ 1,8T – 1,8x + 1,56x = 1,632T ⇔

0,168T
⇔ 0,24x = 0,168x ⇔ x = ––––––– ⇔
0,24

⇔ x = 0,7 . T ⇔ x = 70%T

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
3 A, com ressalvas
Certa lata de bebida energética tem forma cilíndrica com
dimensões de 2π cm de diâmetro e 10 cm de altura. Se a
lata tivesse seção quadrada de lado 2π e conservasse o
mesmo volume, a redução percentual na sua altura seria
de aproximadamente :
a) 22% b) 25% c) 20% d) 29% e) 27%
Resolução
A questão só poderá ser resolvida se forem feitas as
seguintes considerações:
1) A forma cilíndrica do primeiro sólido seja no formato
de um cilindro de base circular (não necessariamente
reto).
2) O segundo sólido, de secção quadrada, seja um pris-
ma de base quadrada.

Desta forma:

Sólido I
O volume VI, em cm3, é tal que

 
2

VI = π . ––– . h = π3 . h
2

Sólido II
O volume VII, em cm3, é tal
que

VII = 2π . 2π . x = 4π2 x

Se os volumes são iguais, então

π
VI = VII ⇒ π3h = 4π2x ⇔ x = ––– . h 78,5%h.
4

Assim, houve uma redução de aproximadamente 21,5%.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
4 E
Certo automóvel vale hoje $ 10.000,00 e seu valor dimi-
nui 20% por ano. Carlos tem hoje uma poupança de
$ 5.000,00 aplicada com um rendimento de 10% ao ano.
Quanto faltará para Carlos comprar esse mesmo auto-
móvel daqui a dois anos ?
a) $ 2.000,00 b) $ 1.000,00 c) $ 0,00
d) $ 700,00 e) $ 350,00
Resolução
O valor do automóvel daqui a dois anos será, em reais,
igual a 10 000 . (1 – 0,2) 2 = 6400.
Daqui a dois anos, Carlos terá na poupança, em reais, a
quantia de 5000 . (1 + 0,1) 2 = 6050.
Portanto, para comprar esse mesmo automóvel daqui a
dois anos faltará para Carlos o valor de
6400 – 6050 = 350 reais.

5 B


–––––
litro
km
O rendimento η = de um automóvel depende

da proporção de certo aditivo na gasolina. Sem aditivo,


o rendimento é de 6 km por litro de gasolina; já com uma
porcentagem p, o rendimento será η = 6 + 160p(1 – 10p).
O preço do litro desse aditivo é de $ 20,00. Considere
que o preço do litro de gasolina é $ 3,00 e o aditivo foi
adicionado de forma a obter o máximo rendimento. Qual
será o custo do combustível por km percorrido pelo auto-
móvel?
a) $ 0,35 b) $ 0,39 c) $ 0,48
d) $ 0,33 e) $ 0,43
Resolução
O rendimento
η = 6 + 160p(1 – 10p) = – 1600p2 + 160p + 6 é máximo
– 160 1
para p = ––––––––– = ––– e é tal que
2.(– 1600) 20

 
2
1 1
ηmáx = – 1600 ––– + 160 . ––– + 6 ⇒
20 20

⇒ ηmáx = 10 km/

O custo C, em reais do litro de combustível necessário


para percorrer 10 km é
1 95
C = ––– . 20 + –––– . 3 ⇒ C = 3,85
20 100

Dessa forma, o custo por quilômetro é dado por


R$ 3,85
–––––––– = R$ 0,385
10
Das alternativas apresentadas, a que fornece um valor
mais próximo do correto (R$ 0,39) é B.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
6 B
Dois pontos, na linha do equador, apresentam o sol a
pino com defasagem de 3 horas. Sabe-se que a menor
distância percorrida sobre essa linha, de um ponto ao
outro, é 5.000 km. Qual deve ser o diâmetro aproximado
do planeta Terra ?
30000 40000 20000
a) ––––––– b) ––––––– c) –––––––
2π π π–1

30000 40000
d) ––––––– e) –––––––
2
(π – 2) 2
π –2
Resolução
Considerando a superfície da Terra como esférica, na
Linha do Equador, de acordo com o enunciado, temos
que o comprimento do arco de circunferência determi-
nado pelos dois pontos é de 5000 km e o ângulo central
correspondente é de

2π π
––– . 3 = –––
24 4

Logo, o raio R aproximado da Terra é tal que

5000 km π 20 000
––––––– = ––– ⇔ R = ––––––– km e, portanto,
R 4 π

40 000
2R = ––––––– km.
π

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
7 D
Num dado viciado, a probabilidade de sair cada número
de 1 a 5 é p, e a probabilidade de sair o número 6 é 2p.
Um jogo consiste em lançar esse dado duas vezes
consecutivas, obtendo um número de dois algarismos
(dezena). Ganha o jogo quem conseguir o maior número.
Se um dos jogadores obteve o número 64 e a
probabilidade de outro jogador ganhar dele é X, então :
a) 9% < X < 10% b) 7% < X < 8%
c) 8% < X < 9% d) 12% < X < 13%
e) 11% < X < 12%
Resolução
Sendo P(i) a probabilidade de sair, nesse dado a face
i (1  i  6), então

P(1) + P(2) + P(3) + P(4) + P(5) + P(6)= 1 ⇔

1
⇔ 7p = 1 ⇔ p = –––
7

A probabilidade do outro jogador ganhar o jogo é igual


à probabilidade de ocorrer, na ordem, 6 e 6 ou 6 e 5,
resultando P = 2p . 2 p + 2 p . p = 6p2 =

1 2 6
=6.  
–––
7
= ––– ≅ 0,1224 = 12,24%
49

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
8 A
0, se i > j
Seja a matriz A = (aij)2×2, na qual aij =  1, se i ≤ j .
Sendo n um número natural não nulo, então a matriz An
é igual a:
1 n 1 n 1 0
a)
0 1 b)
1 1 c)
n 1
n2 0 1 n2
d)
0 n e)
0 1
Resolução
Se A = (aij) 2 x 2 tal que

 1, se i  j, então:
0, se i > j
aij =

I) A =  01 1
1 

II)A2 = A . A =  01 1
1  .  01 1
1  =  01 2
1 

III) A3 = A2 . A =  01 2
1  .  01 1
1  =  01 3
1 
................................................................................
................................................................................
................................................................................

An = An – 1 . A =  01 n–1
1
.
1
0 1
1  =  10 n
1 
9 B
João comprou uma geladeira e pagou em duas parcelas
iguais de $ 525,00 . A primeira parcela foi paga à vista e
a segunda, após um mês .
Sabendo que a loja cobra juros de 5% ao mês sobre o
saldo devedor, o preço da geladeira à vista era:
a) $ 1.010,00 b) $ 1.025,00 c) $ 1.015,00
d) $ 1.050,00 e) $ 1.020,00
Resolução
Em unidades monetárias, temos:
1) x é preço, à vista, da geladeira.
2) 525 é o valor da primeira parcela.
3) (x – 525) é o saldo devedor a ser pago, após um mês,
com juros de 5%.
4) Pelo enunciado,
(x – 525) . 1,05 = 525 ⇔ x – 525 = 500 ⇔ x = 1025

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
10 E
Dona Maria foi à feira e comprou 3 kg de tomate e 2 kg
de cebola, gastando um total de $ 11,50. Na semana
seguinte observou que o preço do tomate aumentou
20%, e o da cebola diminuiu 20%. Ainda assim,
comprou novamente 3 kg de tomate e 2 kg de cebola,
gastando agora um total de $ 12,20. Então, o preço de 1
kg de tomate, após o aumento, passou a ser:
a) $ 2,40 b) $ 2,00 c) $ 3,60
d) $ 1,80 e) $ 3,00
Resolução
Sendo x o preço de 1kg de tomate e y o preço de 1kg
cebola, temos:


3x + 2y = 11,50
3 . 1,2 x + 2 . 0,8y = 12,20

 3,6x + 1,6y = 12,20  y = 2,00


3x + 2y = 11,50 x = 2,50
⇒ ⇒

Assim, o preço de 1kg de tomate, após o aumento, será


1,2 . $ 2,50 = $ 3,00.

11 C
Como se sabe, no jogo de basquete, cada arremesso
convertido de dentro do garrafão vale 2 pontos e, de fora
do garrafão, vale 3 pontos. Um time combinou com seu
clube que receberia $50,00 para cada arremesso
convertido de 3 pontos e $ 30,00 para cada arremesso
convertido de 2 pontos.
Ao final do jogo, o time fez 113 pontos e recebeu
$ 1.760,00.
Então, a quantidade de arremessos convertidos de
3 pontos foi:
a) 16 b) 15 c) 13 d) 17 e) 18
Resolução
O enunciado sugere que são possíveis apenas arremes-
sos valendo 2 pontos e também 3 pontos.
Assim, sendo x o número de arremessos de 2 pontos e y
o número de arremessos de 3 pontos, temos:

 30x + 50y = 1760  3x + 5y = 176 ⇒  y = 13


2x + 3y = 113 2x + 3y = 113 x = 27

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
12 C
Considere o sistema linear:


3x – 2y = 4
4x + y = – 13
x+y=k
de incógnitas x e y e parâmetro k. Para que o sistema seja
possível e indeterminado, devemos ter:
a) k = – 7
b) k ≠ – 7
c) O sistema nunca será possível e indeterminado.
d) k é um número real qualquer.
e) k > – 3
Resolução

 4x + y = – 13  8x + 2y = – 26 ⇔
3x – 2y = 4 3x – 2y = 4
I) ⇔

 11x = – 22  x=–2 
3x – 2y = 4 3x – 2y = 4
x = –⇔2 ⇔ ⇔
y=–5

 y=–5
x=–2
II) ⇔x+y=–7

III) Se k = – 7 então o sistema será possível e deter-


minado e a solução é (– 2; – 5).
IV) Se k ≠ – 7 então o sistema é impossível.
V) O sistema nunca será possível e indeterminado.

13 A
Um veículo vai da cidade A até a cidade B. A cada hora
de viagem, o motorista reduz a velocidade pela metade
instantaneamente. Qual deve ser a distância entre as duas
cidades, sabendo que o veículo iniciou a viagem com
velocidade de 128 km/h e demorou 5 horas e 30 minutos
para chegar ?
a) 250 km b) 246 km c) 256 km
d) 248 km e) 252 km
Resolução
A distância entre as cidades A e B, de acordo com o
enunciado, é:
128 + 64 + 32 + 16 + 8 + 2 = 250

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
14 C
O valor mais próximo de x, na figura abaixo, é:
a) 5,5
b) 4,3
c) 4,8
d) 5,9
e) 3,8

Resolução

No triângulo retângulo ABC, temos:

1º) AC = 10 e, portanto, CD = 10 – 6 = 4.

6 3
2º) sen α = cos β = ––– = –––
10 5

Aplicando-se a Lei dos Cossenos no triângulo BCD,


temos:
x2 = 42 + 62 – 2 . 4 . 6 . cos β ⇔

3
⇔ x2 = 16 + 36 – 48 . ––– ⇔
5

144 116
⇔ x2 = 52 – ––––– ⇔ x2 = ––––– = 23,2 ⇔ x ≅ 4,8
5 5

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
15 E
Três números cuja soma vale 15 formam uma
Progressão Aritmética crescente.
Adicionando 2 ao primeiro, 5 ao segundo e 13 ao
terceiro, teremos uma Progressão Geométrica também
crescente.
O maior número dessa Progressão Geométrica vale:
a) 25 b) 30 c) 18 d) 24 e) 20
Resolução
I) Sendo x – r, x e x + r os três números com soma 15
e que formam uma PA crescente (r > 0), temos:
x – r + x + x + r = 15 ⇔ x = 5
II)Os números x – r + 2, x + 5 e x + r + 13, formam uma
PG crescente. Assim:
(x + 5) 2 = (x – r + 2) (x + r + 13)
Para x = 5, resulta
100 = (7 – r) (18 = r) ⇔ r 2 + 11r – 26 = 0 ⇒
⇒ r = 2 (PA crescente)
O maior número dessa P.G. é
x + r + 13 = 5 + 2 + 13 = 20

P O RT U G U Ê S
16 B
Compare as duas frases, observando sua pontuação.
Nesta festa, só beijarei as meninas, que são feias.
Nesta festa, só beijarei as meninas que são feias.
Assinale a alternativa correta quanto ao sentido dessas
frases.
a) A primeira afirma que somente as meninas feias serão
beijadas; as bonitas não.
b) A primeira afirma que todas as meninas da festa são
feias – e serão beijadas.
c) A segunda afirma que todas as meninas da festa são
feias – e serão beijadas.
d) A segunda afirma que somente as meninas bonitas
serão beijadas; as feias não.
e) As duas frases afirmam que as meninas bonitas serão
beijadas.
Resolução
Quando separada por vírgula, como no primeiro
período, a oração subordinada adjetiva "que são feias"
é explicativa, ou seja, ela se refere a uma propriedade do
conjunto ("as meninas") retomado pelo pronome rela-
tivo. Portanto, no primeiro período, afirma-se que "as
meninas (sem restrição) são feias", e todas serão beija-
das. No segundo período, sem vírgula, a oração adjetiva
é restritiva, ou seja, demarca apenas um subconjunto do
grupo a que o pronome relativo se refere. Portanto, no
segundo período, o sentido é que parte das meninas são
feias, e apenas estas serão beijadas.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
17 C
Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes
oblíquos átonos atende à norma culta.
a) Era claro que Nestor estava preocupado, mas otimista.
“Erguerei-me depressa, enfrentando-lhe todos os
arroubos.”
b) Não disse-lhe palavra. Partiu a galope, sem olhar para
trás.
c) Ao ver-se cercado pelas emas, concluiu: os animais
poder-se-iam perder, se o ajudante não os controlasse.
d) Farei-o melhor do que você, embora não tenha tanta
prática.
e) Tendo encontrado-a sozinha na sala, deu-lhe um beijo
maroto na face.
Resolução
Com infinitivo preposicionado, a norma culta recomenda
a ênclise do pronome oblíquo átono, como em c, embora a
próclise também seja corrente e admissível no Brasil. Na
mesma alternativa, a próclise antes de palavra negativa e
a mesóclise com o futuro do pretérito são de regra,
embora neste último caso também se admitisse a
próclise. Erros: a) e d) futuro não admite ênclise; b) dian-
te de palavra negativa, não se admite ênclise, a não ser
com verbo no infinitivo; e) particípio não admite ênclise.

18 D
Os parágrafos abaixo estão fora de ordem. Assinale a
alternativa em que a seqüência dos números corresponde
à seqüência lógica.
1 Em geral, os resultados são melhores com equipes do
que com a soma de trabalhos individuais, diz a
especialista.
2 Isso não significa, porém, que somente o trabalho em
equipe deva ser valorizado.
Há ocasiões em que o trabalho individual é adequado.
3 Helena Baima, especialista em organizações, tem uma
contribuição importante a oferecer.
4 As mudanças na arquitetura organizacional, ocorridas
na década de 90, oferecem uma oportunidade para
refletir a respeito das pessoas nas organizações.
5 Ela, que também é coordenadora do Grupo de
Estudos das Organizações Brasileiras, tem posição
definida a respeito desse assunto.
a) 4/2/1/3/5. b) 4/5/2/1/3. c) 5/3/1/4/2.
d) 4/3/5/1/2. e) 2/1/3/5/4.
Resolução
A seqüência que dá coesão e continuidade ao texto é a
que vai da afirmação mais geral (4), ao seu desen-
volvimento, com a introdução de uma especialista (3),
sua qualificação (5), resumo de sua opinião (1) e
ressalva final (2).

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
19 A
Observe, na frase abaixo, o uso do pronome lhe. Em
seguida, assinale a alternativa em que esse pronome tem
a mesma função sintática do exemplo:
Chico estava muito interessado nos favores que An-
tonieta Elisabete pudesse prestar, mas tinha-lhe um
medo terrível.
a) O amor que lhe tinha era daqueles intensos, do-
minadores.
b) Pôde restituir-lhe o dinheiro, pois havia acabado de
receber uma inesperada herança.
c) Não lhe fizera bem o bacalhau. Disse que iria repou-
sar um pouco, a ver se conseguia alguma melhora.
d) Não lhe desejo mal, disse o armeiro. Apesar de per-
tencer à família Zonda, você é doce e terna.
e) Acariciou-lhe os cabelos, com a intenção de deixá-la
mais tranqüila.
Resolução
O pronome lhe, na frase da proposta, exerce a função
sintática de complemento nominal, pois pode ser
substituído por dela (de + ela) e completa o sentido do
adjetivo terrível: mas tinha um medo terrível dela. Na
alternativa a, o pronome lhe exerce a mesma função,
porque completa o substantivo amor, retomado pelo
pronome relativo que: tinha amor a ele (ou ela).
Em b, c e d, o pronome lhe exerce a função sintática de
objeto indireto e em e, de adjunto adnominal.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
Leia o trecho inicial de Oração aos Moços, de Rui Bar-
bosa. Depois, responda às questões que a ele se referem.
Senhores:
Não quis Deus que os meus cinqüenta anos de consa-
gração ao Direito viessem receber no templo do seu ensino
em S. Paulo o selo de uma grande bênção, associando-se
hoje com a vossa admissão ao nosso sacerdócio, na
solenidade imponente dos votos, em que o ides esposar.
Em verdade vos digo, jovens amigos meus, que o
coincidir desta existência declinante com essas carreiras
nascentes agora, o seu coincidir num ponto de
intersecção tão magnificamente celebrado, era mais do
que eu mereceria; e, negando-me a divina bondade um
momento de tamanha ventura, não me negou senão o a
que eu não devia ter tido a inconsciência de aspirar.
Mas, recusando-me o privilégio de um dia tão grande,
ainda me consentiu o encanto de vos falar, de conversar
convosco, presente entre vós em espírito; o que é,
também, estar presente em verdade.
Assim que não me ides ouvir de longe, como a quem se
sente arredado por centenas de quilômetros, mas de ao
pé, de em meio a vós, como a quem está debaixo do
mesmo tecto, e à beira do mesmo lar, em colóquio de
irmãos, ou junto dos mesmos altares, sob os mesmos
campanários, elevando ao Criador as mesmas orações, e
professando o mesmo credo.
Direis que isto de me achar assistindo, assim, entre os de
quem me vejo separado por distância tão vasta, seria dar-
se, ou supor que se está dando, no meio de nós, um
verdadeiro milagre?
Será. Milagre do maior dos taumaturgos. Milagre de
quem respira entre milagres.
Milagre de um santo, que cada qual tem no sacrário do
seu peito. Milagre do coração, que os sabe chover sobre
a criatura humana, como o firmamento chove nos
campos mais áridos (...)
http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/rui_barbosa/F
CRB_RuiBarbosa_Oracao_aos_mocos.pdf em 2 de abril de 2008.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
20 A
A propósito do encontro o a, na penúltima linha do se-
gundo parágrafo, pode-se dizer que:
a) o primeiro termo (o) é o objeto do verbo negar e o
segundo (a) é preposição exigida pelo verbo aspirar;
b) o primeiro termo (o) é um artigo e o segundo (a) é
uma preposição;
c) tanto o primeiro quanto o segundo termos são artigos;
d) os dois termos destacados são pronomes;
e) o primeiro termo (o) é o objeto do verbo negar e o
segundo (a) é objeto pleonástico.
Resolução
O termo o é correspondente ao pronome oblíquo aquilo
e funciona sintaticamente como objeto direto do verbo
negar. O termo a é a preposição exigida pelo verbo
aspirar, transitivo indireto, que significa desejar.

21 E
Na última linha do segundo parágrafo, o autor afirma
que não devia ter tido a aspiração de:
a) receber o diploma com os formandos;
b) redigir um discurso;
c) agradecer a Deus;
d) morrer naquele dia;
e) falar pessoalmente aos novos bacharéis.
Resolução
Rui Barbosa menciona no primeiro parágrafo o fato de
não lhe ter sido possível vir a São Paulo para a
formatura dos bacharéis, a quem ele se dirige, então, de
longe, mas presente "em espírito; o que é, também, estar
presente em verdade". Ou seja: Deus não lhe concedeu
vir a São Paulo para a grande ocasião, e ele julga que
nem deveria aspirar a tanto.

22 C
No segundo parágrafo, a oração que se inicia com a for-
ma gerundial negando indica:
a) causa; b) conseqüência;
c) condição; d) tempo;
e) comparação.
Resolução
A oração que se inicia com a forma gerundial negando
exprime relação de condição no período: se me negou a
divina bondade em momento de ventura, não me
negou...

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
23 B
No quarto parágrafo, a forma verbal ides, do presente do
indicativo, está na segunda pessoa do plural. Nesse
mesmo tempo, se ela estivesse na segunda pessoa do
singular, sua forma seria:
a) vades; b) vais; c) vai;
d) vás; e) vá.
Resolução
A forma verbal ides está na segunda pessoa do plural do
presente do indicativo, a forma que corresponde à
segunda pessoa do singular é vais.

24 D
No quinto parágrafo do texto, o verbo assistir significa:
a) estar sentado; b) prestar auxílio;
c) ser ajudado; d) estar presente;
e) aplaudir.
Resolução
O verbo assistir, na acepção empregada no texto, sig-
nifica “estar presente em determinado acontecimento,
fato, ocorrência, observando-o e acompanhando o seu
desenrolar”.

Leia o texto e responda às questões a ele pertinentes.

Segundo Stiglitz, a década de 1980 é marcada pelo início


do fenômeno da globalização, caracterizado pela
mobilidade do capital e abertura do comércio interna-
cional como uma das possibilidades de crescimento
econômico. Como pontua ele, ainda, essa abertura, que
implica um crescente processo de exportações, pos-
sibilitou um crescimento que não seria possível de outra
maneira, e numa velocidade maior. O que caracteriza de
forma mais clara o fenômeno da globalização, de acordo
com Tallman e Faldmoe-Lindquist, é o esforço estra-
tégico de tratar o mundo, ou uma parte dele, como um
único mercado para fazer negócios. Isso implica tratar os
negócios a partir de uma perspectiva única em outras
dimensões, que não só a do mercado: as dimensões da
estratégia, da pesquisa e desenvolvimento (por meio da
uniformização e expansão tecnológica de novos
produtos) da produção e do marketing. Do ponto de vista
da produção, por exemplo, um mesmo produto final é
feito com materiais, peças e componentes produzidos em
várias partes do mundo.
Adaptado de NUNES, Leni Hidalgo, VASCONCELLOS, Isabella F. Gouveia
e JAUSSAUD, Jacques. Expatriação de Executivos. São Paulo: Thomson
Learning, 2008.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
25 B
De acordo com o texto:
a) segundo Stiglitz, a década de 1980 é marcada pelo
fenômeno da globalização porque ele se caracteriza,
em parte, pela mobilidade do capital;
b) o primeiro autor mencionado considera que o fato de
o capital tornar-se móvel é uma das características do
fenômeno da globalização;
c) o fenômeno da globalização começou no início da
década de 1980;
d) os autores do texto consideram que o fato de o capital
tornar-se móvel caracteriza o fenômeno da globa-
lização;
e) a abertura do comércio internacional como possi-
bilidade de crescimento caracteriza a mobilidade do
capital, segundo Stiglitz.
Resolução
Segundo Stiglitz, a mobilidade do capital e a abertura
do comércio internacional foram as principais carac-
terísticas que propiciaram o início do fenômeno da
globalização.

26 A
A leitura do fragmento nos permite afirmar que:
a) Stiglitz caracteriza a globalização pela mobilidade do
capital e abertura do comércio internacional; Tallman
e Faldmoe-Lindquist caracterizam-na como estratégia
de negócios;
b) Stiglitz, de um lado, e Tallman e Faldmoe-Lindquist,
de outro, são concordes no que se refere às
características da globalização;
c) segundo Faldmoe-Lindquist, o fato de um produto ser
montado com componentes originários de vários
países não pode caracterizar a globalização;
d) segundo Faldmoe-Lindquist, não há exemplo mais
marcante da globalização do que a possibilidade de
montar um produto com componentes originários de
vários países;
e) segundo Stiglitz, a abertura do comércio internacional
possibilitou a montagem de produtos num país, com
peças originárias de vários outros.
Resolução
Stiglitz afirma que “a mobilidade do capital e a
abertura do comércio internacional” são características
do fenômeno da globalização. Já Tallman e Faldmoe-
Lindquist caracterizam a globalização como “o esforço
estratégico de tratar o mundo, ou uma parte dele, como
um único mercado para fazer negócios”.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
Leia o texto e responda às questões relacionadas a ele.
Anjo: Que mandais?

Fidalgo: Que me digais,


pois parti tão sem aviso,
se a barca do paraíso
é esta em que navegais.

Anjo: Esta é; que lhe buscais?

Fidalgo: Que me deixeis embarcar;


sou fidalgo de solar,
é bem que me recolhais.

Anjo: Não se embarca tirania


neste batel divinal.

Fidalgo: Não sei por que haveis por mal


que entre minha senhoria.

Anjo: Pra vossa fantasia


mui pequena é esta barca.

Fidalgo: Para senhor de tal marca


não há aqui mais cortesia?

Venha prancha e atavio!


Levai-me desta ribeira!
Gil Vicente
27 E
Na obra de onde se extrai esse excerto, o autor faz:
a) crítica restrita a um fidalgo que queria embarcar num
batel;
b) crítica indireta ao comportamento do povo português
mais simples;
c) crítica direta à classe média portuguesa;
d) crítica ironizada à crença nos destinos da alma, após a
morte;
e) sátira social: por meio do cômico, critica uma parte da
sociedade.
Resolução
Trata-se de sátira social virulenta, dirigida contra am-
plos setores da sociedade portuguesa, fracamente desig-
nados na alternativa e como apenas "uma parte da so-
ciedade".

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
28 C
Nesse auto:
a) o Anjo fala como se conduzisse um barco, que, na
verdade, não existe;
b) somente as almas dos humildes são julgadas;
c) dois barcos esperam as almas: um, conduzido pelo
Anjo, leva ao Paraíso; o outro, conduzido pelo Diabo
e seu Companheiro, leva ao Inferno;
d) o Diabo tem a capacidade de julgar e perdoar;
e) o Diabo e o Anjo fazem um acordo.
Resolução
Nesse auto, há o juízo final em que o Anjo seleciona os
poucos tipos sociais que vão para a barca do Paraíso e
o Diabo e o arrais do inferno condenam os vários tipos
sociais que devem embarcar para o Inferno.

Leia o texto e responda às questões a ele pertinentes.

Deste modo ou daquele modo,


Conforme calha ou não calha,
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma cousa feita de versos,
Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.

Procuro dizer o que sinto


Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras.
Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.

Procuro despir-me do que aprendi,


Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
29 B
Segundo se entende dessas estrofes de O Guardador de
Rebanhos, o eu lírico:
a) consegue sempre dizer o que realmente pensa;
b) busca atingir a espontaneidade da expressão;
c) precisa refletir sobre a vida real, para escrever um
poema;
d) julga que escrever versos metrificados é a tarefa do
poeta;
e) considera que todo poeta sempre consegue dizer
espontaneamente, aquilo que sente.
Resolução
O ideal celebrado nos versos de Alberto Caeiro é a
expressão espontânea, livre de deliberação premeditada
("Vou escrevendo os meus versos sem querer"), sem
artifícios ou intermediações ("...não precisar dum
corredor / Do pensamento às palavras") e sem
condicionamentos culturais ("Procuro despir-me do que
aprendi").

30 E
No penúltimo verso da segunda estrofe, pode-se
entender por atravessa o rio a nado:
a) cruza realmente um rio, a nado;
b) consegue entender o que a sociedade deseja;
c) interfere na sociedade, a fim de alterar-lhe a maneira
de pensar;
d) consegue escrever um poema;
e) com certo esforço, despe-se das influências da
sociedade.
Resolução
A expressão "atravessa o rio a nado" refere-se ao pen-
samento e conota a dificuldade do eu lírico em livrar-se
dos conceitos, das aparentes verdades provenientes do
senso comum, que ele designa com a metáfora do "fato
(isto é, a roupa, em português lusitano) que os homens
o fizeram usar", e que lhe pesa e dificulta a travessia.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
INGLÊS
Fellow Traveler
By Neil deGrasse Tyson
One floodlit midnight in early October 1957, beside
the river Syr Darya in the Republic of Kazakhstan –
while office workers in New York were taking their
afternoon break – Soviet rocket scientists were
launching a two-foot-wide, polished aluminum sphere
into Earth orbit. By the time New Yorkers sat down to
dinner, the sphere had completed its second full orbit,
and the Soviets had informed Washington of their
triumph: Sputnik 1, humanity's first artificial satellite,
was tracing an ellipse around Earth every ninety-six
minutes, reaching a peak altitude of nearly 600 miles.
The next morning, October 5, a report of the satellite's
ascent appeared in Pravda, the ruling Communist Party's
official newspaper. ("Sputnik," by the way, simply means
"satellite" or, more generally, "fellow traveler.")
Following a few paragraphs of straight facts, Pravda
adopts a celebratory tone and ends on a note of undiluted
propaganda: “The successful launching of the first man-
made earth satellite makes a most important contribution
to the treasure-house of world science and culture. . . .
Artificial earth satellites will pave the way to
interplanetary traveI and apparently our contemporaries
will witness how the freed and conscientious labor of the
people of the new socialist society makes the most
daring dreams of mankind a reality.” The space race
between Uncle Sam and the Reds had begun. Round one
had ended in a knockout. Ham radio operators could
track the satellite’s persistent beeps at 20.005
megacycles and vouch for its existence. Birdwatchers
and stargazers alike could see the shiny little ball with
their binoculars.
And that was only the beginning: the Soviet Union
won not only round one but nearly all the other rounds
as well. Yes, in 1969 America put the first man on the
Moon. But let’s curb our enthusiasm and look at the
Soviet Union’s achievement during the first three
decades of the Space Age.
Natural History, October 2007

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
31 D
According to the information in the article, which of the
following probably best expresses the importance of
what happened in early October 1957?
a) Americans were completely surprised by the size of
the artificial satellite that had been built by the Soviet
Union.
b) The Soviet Union offered concrete proof that its
political system could perform better than that of the
United States.
c) It was the first time that an artificial satellite was able
to complete more than two orbits of Earth.
d) It was the first time that an artificial satellite was put
into orbit around Earth.
e) It was the first time that a country other than the
United States successfully put an artificial satellite
into orbit.
Resolução
De acordo com a informação contida no artigo, a alter-
nativa que melhor expressa o que aconteceu no início de
outubro de 1957 afirma:
“Foi a primeira vez que um satélite artificial foi
colocado em órbita ao redor da Terra.”

32 B
According to the information in the article, Sputnik 1
a) was at first intended to be a joint Soviet/U.S. project.
b) was never at a distance of more than 600 miles from
Earth during its orbit.
c) spent a total of 96 minutes in orbit before returning to
Earth.
d) was a small object with a relatively primitive, square
shape.
e) traveled a total of 600 miles before returning to Earth.
Resolução
De acordo com a informação contida no artigo, o
Sputnik 1 nunca esteve a uma distância de mais de 600
milhas da Terra, durante sua órbita.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
33 A
According to the information in the article, which of the
following probably best describes the report that
appeared in Pravda on October 5?
a) It was a mixture of factual reporting, political
propaganda, and pride in the achievement of Sputnik
1.
b) It was nothing more than dishonest political
propaganda.
c) It was an attempt to make the launching of Sputnik 1
seem more important than it really was.
d) It was an example of typical Soviet journalism.
e) It was an attempt to make the United States afraid of
the Soviet Union’s scientific and military power.
Resolução
De acordo com a informação contida no artigo, a alter-
nativa que melhor expressa o relato que apareceu na
Pravda em 5 de outubro afirma que o lançamento do
Sputnik foi uma mistura de relatos factuais, propaganda
política e orgulho.

34 D
According to the Pravda report ,
a) the success of Sputnik 1 meant that in 10 years
humans would land on the Moon.
b) the people who built Sputnik 1 were volunteers
working without pay.
c) socialism is both a scientific and a political system.
d) the success of Sputnik 1 demonstrated that one day
rockets would be able to travel to other planets.
e) the people who developed Sputnik 1 had once worked
in labor camps.
Resolução
De acordo com o relato da Pravda, o sucesso do Sputnik
1 demonstrou que um dia os foguetes conseguiriam
viajar para outros planetas.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
35 D
In paragraph 4, the sentence “Round one had ended in a
knockout” most likely means which of the following?
a) In the early days of the space race, both sides had
equal technology.
b) Money, politics, and technology were the decisive
factors in the space race.
c) The Soviet Union’s triumph in the opening days of the
space race was also its last victory in the area of
science and technology.
d) In the first stage of the space race, the Soviet Union
was the decisive winner.
e) The successful launching of Sputnik 1 meant that the
Soviet Union would never lose its dominant position
in the space race.
Resolução
No parágrafo 4, a sentença “Round one had ended in a
knockout”, muito provavelmente, significa que, no
primeiro estágio da corrida espacial, a União Soviética
foi um vencedor inquestionável.

36 C
Which of the following most likely applies to Sputnik 1?
a) It orbited in a perfect circle around Earth.
b) The scientists that launched it were, in fact, citizens of
the Republic of Kazakhstan.
c) With the help of binoculars, it was possible to view
Sputnik 1 orbiting.
d) Though politically significant, it was not very
important scientifically.
e) At first, the United States government refused to
believe in the existence of Sputnik 1.
Resolução
A alternativa que, muito provavelmente, refere-se ao
Sputnik 1, afirma que, com a ajuda de binóculos, foi
possível visualizá-lo orbitando.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
37 C
In paragraph 5, “that” in the phrase “And that was only
the beginning…” most likely refers to which of the
following?
a) The space race between Uncle Sam and the Reds.
b) The United States government’s recognition that the
space race would be very hard to win.
c) The Soviet Union’s triumphant launching of the
world’s first artificial satellite.
d) The Soviet Union’s decision to win the space race at
any cost.
e) The incredible propaganda advantage that the Soviet
Union gained by launching the world’s first artificial
satellite.
Resolução
No parágrafo 5, “that”, na oração “And that was only
the beginning...”, muito provavelmente, refere-se ao
lançamento triunfante do primeiro satélite artificial do
mundo pela União Soviética.

38 D
According to the information in the article, the title
Fellow Traveler is most likely
a) a reference to the fact the Soviet Union and the United
States were traveling on the same road to scientific
discovery.
b) a word that was invented by the Communist Party.
c) a reference to the scientists that helped the Soviet
Union develop Sputnik 1.
d) a general English translation of the word Sputnik.
e) a reference to all the celestial bodies that have orbited
Earth.
Resolução
De acordo com a informação no artigo, o título Fellow
Traveler é muito provavelmente uma tradução livre, em
inglês, da palavra Sputnik.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
The Price of Suspicion
By Tracy McNicoll

“HELL IS OTHER PEOPLE," JEAN Paul Sartre wrote


in his 1944 play "No Exit.” Apparently his countrymen
agree. A new book by two French economists says the
French consistently have less trust in one another than
almost any other people in the industrialized world.
According to surveys cited by the economists, Yann
Algan and Pierre Cahuc, the French more easily justify
accepting or paying bribes, buying stolen goods or
collecting state handouts they aren't entitled to. They are
more distrustful of powerful institutions like the
judiciary, Parliament and unions. And only 21 percent of
the French "trust other people" – a statistic that puts
France 24th out of 26 countries surveyed. Only Portugal
and Turkey are more suspicious of their fellows.
This wariness, they argue, manifests itself in virtually
every sector of life, including employment and personal
finance. Indeed, in their book, "La Société de Défiance"
("The Society of Distrust"), Algan and Cahuc argue that
this French "trust deficit... shackles the capacity to adapt,
reform, and innovate.” Distrust translates into a fear of
competition itself – and the demand for protection
generates a tangle of stifling legislation. They figure that
if the French were as insouciant of others' intentions as
the Swedes, the most trusting among nations surveyed,
French unemployment, now at 8 percent, would be three
percentage points lower. The nation's economy would be
5 percent larger, or 1,500 wealthier per person.
It was not always the case. The economists say World
War II and the postwar construction of the social-welfare
system were turning points. A general postwar wariness
of others developed into a bureaucratic system that bred
more suspicion. France's welfare state became both
corporatist (where privileges are doled out based on
criteria like occupation and status) and statist (where the
state intervenes to regulate and reward corporate
entities). Getting anything done required opaque
negotiations with bureaucracies that handed out favors,
and mistrust of others became embedded in the French
psyche. The solution: a wary eye on one's neighbor and
a penchant for regulation that, would, presumably,
ensure equal treatment.
Newsweek – October 29, 2007

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
39 E
In paragraph 1, the sentence “Apparently his
countrymen agree” most likely refers to which of the
following?
a) The French do not trust foreigners.
b) Instead of reducing the level of distrust in France,
modern society has increased it.
c) Globalization and African immigration have led to an
increased level of distrust in France.
d) Industrialization has led to an increased level of
distrust in France.
e) In general, the French are very inclined to be
suspicious of one other.
Resolução
De acordo com o artigo, no parágrafo 1, a frase
“Aparentemente seus compatriotas concordam” refere-
se ao fato de que, em geral, os franceses são muito
propensos a suspeitarem uns dos outros.

40 B
Which of the following is most supported by the surveys
cited by Yann Algan and Pierre Cahuc?
a) The French are inherently dishonest.
b) The French find it relatively easier to defend certain
kinds of dishonest behavior.
c) The French have absolutely no faith in others.
d) The French rarely accept or pay bribes.
e) The French believe that the only way to have a good
life is through dishonest behavior.
Resolução
De acordo com o texto, os franceses acharem relativa-
mente mais fácil defender certos tipos de comporta-
mentos desonestos, embasa melhor as pesquisas citadas
por Yann Algan e Pierre Cahuc.

41 C
In paragraph 1, “They” in the sentence “They are more
distrustful of powerful institutions like the judiciary,
Parliament and unions” most likely refers to
a) Yann Algan and Pierre Cahuc.
b) people living in industrialized countries.
c) the French people.
d) 21 percent of the French people.
e) the people surveyed in 26 countries.
Resolução
No parágrafo 1, “They”, na sentença “Eles são mais
desconfiados de instituições poderosas como o Judiciá-
rio, Parlamento e sindicatos”, refere-se ao povo francês.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
42 A
In paragraph 2, the article probably mentions the French
unemployment rate
a) in order to give an example of an economic benefit
that could result from a higher level of trust in France.
b) because it is lower than the unemployment rates of
Turkey and Portugal.
c) because it is three percentage points higher than that
of Sweden, a more trusting country.
d) in order to highlight one of France’s most serious
social and political problems.
e) in order to illustrate how distrust is the main cause of
France’s economic problems.
Resolução
No parágrafo 2, o artigo provavelmente menciona a
taxa de desemprego francesa com a finalidade de dar
um exemplo de um benefício econômico que poderia
resultar de um nível de confiança mais alto na França.

43 E
In paragraph 3, the sentence “It was not always the case”
most likely refers to which of the following?
a) Before World War II, the French level of distrust was
in fact higher than it is today.
b) Since the end of World War II, France’s economy has
grown very slowly.
c) Before World War II, the French level of distrust had
no effect on the economy.
d) Before World War II, French distrust was
concentrated mainly in the private sector.
e) Before World War II, the French level of distrust was
in fact lower than it is today.
Resolução
No parágrafo 3, a sentença “Não foi sempre o caso”,
provavelmente refere-se ao fato de que, antes da
Segunda Guerra Mundial, o nível de desconfiança do
povo francês era mais baixo do que é hoje.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
44 B
According to the information in the article, which of the
following most likely applies to the French bureaucratic
system?
a) No other French institution has done so much to
guarantee individual liberties.
b) Rather than reduce distrust in France, it has made the
problem worse.
c) Without the bureaucratic system, French society
would fall into chaos.
d) Unfortunately, it will never change.
e) It cannot be blamed as one of the causes of the high
level of French distrust.
Resolução
De acordo com a informação contida no artigo, o
sistema burocrático francês, ao invés de reduzir a
desconfiança na França, piorou o problema.

45 A
According to the information in the article, because the
French have a tendency not to trust one another,
a) they often believe they must rely on the government
to guarantee fair treatment through regulation.
b) they have demanded that the country’s bureaucracy be
made smaller and more flexible.
c) they have demanded that the country’s government
regulate every aspect of personal and professional
behavior.
d) their only option is to bribe officials at all levels of
government.
e) the country’s bureaucracy is useless in mediating
disputes and resolving crises.
Resolução
De acordo com a informação contida no artigo, os
franceses têm tendência de não confiar uns nos outros,
porque, freqüentemente, acreditam que devem confiar no
governo para garantir um tratamento justo através de leis.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
HUMANAS
46 E
Sobre as Olimpíadas da Grécia Antiga, é correto afirmar:
a) As modalidades femininas, apesar de menos aprecia-
das, alternavam-se às modalidades masculinas e eram
consagradas às deusas Afrodite e Atena.
b) Foram estabelecidas por Péricles no século V a.C.
para celebrar o esplendor da cultura e da sociedade
atenienses.
c) Além dos gregos, eram convidados atletas represen-
tantes de povos aliados, como fenícios e etruscos.
d) Foram definitivamente abolidas por Alexandre
Magno no século IV a.C., devido às rivalidades que
punham em risco a unidade do império macedônico.
e) Participavam dos jogos olímpicos os cidadãos das
diversas cidades-estado gregas, que decretavam
tréguas para permitir a sua realização.
Resolução
As Olimpíadas eram realizadas quadrianualmente na
cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus, e
constituíam a mais importante celebração do Mundo
Grego. Os romanos passaram a participar dessas
competições após conquistarem a Grécia.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
47 D
De um lado a Igreja. Do outro lado, os poderes laicos,
nomeadamente o do Império Romano-Germânico, her-
deiro parcial de Carlos Magno. Esses dois poderes são
distintos, mas defrontam-se vivamente para assegurarem
a preeminência de um sobre o outro. A aspiração à
reforma da Igreja corresponde portanto a uma velha
exigência: libertar a Igreja do seu enfeudamento ao
temporal. Esse movimento assume uma importância
excepcional com a reforma gregoriana, que Gregório
VII, papa de 1073 a 1085, simboliza. Reforma que se
realiza ao longo de todo o século XII.
Le Goff, J. Em busca da Idade Média.
Trad., Lisboa, Teorema, 2003, p. 61.
A respeito da Reforma Gregoriana é correto afirmar:
a) Significou o rompimento dos poderes eclesiásticos
com as estruturas feudais e uma defesa das transfor-
mações econômicas e políticas que levariam ao capi-
talismo.
b) Foi marcada por uma profunda reorientação religiosa
que condenava o culto aos santos, a devoção às relí-
quias, às práticas de peregrinação e sustentava a infa-
libilidade das Escrituras Sagradas.
c) Permitiu uma reaproximação com a Igreja de Cons-
tantinopla baseada na proibição da devoção às ima-
gens e uma convivência mais tolerante com judeus e
muçulmanos.
d) Caracterizou-se pela tentativa de demarcar as frontei-
ras entre clérigos e leigos com a recomendação enér-
gica do celibato clerical e a afirmação da superiori-
dade dos poderes espirituais sobre os temporais.
e) Representou o reconhecimento das autoridades tem-
porais, sobretudo do Império Romano-Germânico,
como a única instituição de caráter universal no seio
da cristandade.
Resolução
O papa Gregório VII, originário do clero regular, era
comprometido com a moralização eclesiástica e a
oposição à ingerência dos poderes temporais nos
assuntos da Igreja. Fiel a esses princípios, enfrentou o
imperador germânico Henrique IV na Questão das
Investiduras e reiterou a determinação do celibato cle-
rical, estabelecido pouco antes pelo Papa Nicolau II.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
48 C
De 1948 a 1991, vigorou na África do Sul o regime de-
nominado apartheid. A esse respeito é correto afirmar:
a) Trata-se de uma política de segregação racial que
excluía os negros da participação política, mas lhes
reservava o livre direito à propriedade da terra.
b) Trata-se de uma política de segregação racial que
previa uma lenta incorporação da população negra às
atividades políticas do país.
c) Trata-se de uma política de segregação racial que
excluía negros e asiáticos da participação política e
restringia até mesmo a sua circulação pelo país.
d) Trata-se de uma política de integração racial baseada
na perspectiva ideológica da mestiçagem cultural
entre as diversas etnias negras.
e) Trata-se de uma política de segregação racial que
propunha a eliminação gradual da minoria negra,
como forma de garantir a dominação branca.
Resolução
O apartheid foi implantado na África do Sul pelo
governo de minoria branca para preservar a supremacia
dessa comunidade (pouco mais de 10% da população)
sobre a maioria negra e também em relação à significa-
tiva minoria indiana fixada no país. A legislação do
apartheid separava nitidamente as três etnias, esta-
belecendo restrições para as duas últimas, sobretudo os
negros. Os mestiços também eram discriminados.

49 D
A respeito da conquista colonial empreendida pelos
portugueses na América, é correto afirmar:
a) A escravidão dos negros africanos foi implementada
desde o início da presença portuguesa na América.
b) Os integrantes da Companhia de Jesus foram os prin-
cipais defensores da utilização da mão-de-obra indí-
gena para trabalho escravo.
c) Ao contrário das regiões do Caribe e do Sul da Amé-
rica do Norte, nas terras controladas por Portugal não
se estabeleceram as estruturas econômicas deno-
minadas plantations.
d) O povoamento português só se desenvolveu com a
articulação das terras americanas aos circuitos do
comércio mundial que então se estabelecia.
e) A monocultura da cana-de-açúcar impediu o desen-
volvimento de outras atividades econômicas nas
terras americanas sob o controle português.
Resolução
A colonização do Brasil pelos portugueses está vincula-
da à integração das áreas coloniais ultramarinas como
periferia da acumulação primitiva de capitais que,
então, se processava na Europa no contexto da Expan-
são Marítima e Revolução Comercial.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
50 C
Em outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado imperador
do Brasil. Quase simultaneamente, as Cortes de Lisboa
decretaram a perda de seus direitos ao trono português.
Sobre a Emancipação do Brasil, ou seja, a separação
definitiva de Portugal, é correto afirmar que:
a) Resultou na conciliação nacional de regiões que não
se identificavam anteriormente.
b) Acarretou problemas econômicos graves, uma vez
que a frota portuguesa era maior e mais dinâmica.
c) Foi um acontecimento essencialmente político, dado
que a autonomia econômica começara a se estabelecer
em 1808 e fora ratificada com o status de Reino
Unido.
d) Fez aumentar consideravelmente o comércio entre as
províncias, o que quase não ocorria até então.
e) Foi uma reação à tentativa de recolonização econômi-
ca por Portugal, articulada pela dinastia de Bragança
após a Revolução do Porto.
Resolução
A Abertura dos Portos, decretada pelo príncipe regente
D. João, em 1808, extinguiu o exclusivo metropolitano e
proporcionou ao Brasil autonomia econômica em
relação a Portugal. A integração do Brasil no Reino
Unido de Portugal e Algarves confirmou a inexistência
de relações econômicas subordinadas à antiga metrópo-
le. Dentro dessa perspectiva, a independência brasileira
constituiu um ato de emancipação apenas política.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
51 D
O clima tropical úmido e uma estrutura tectônica favo-
rável contribuem para que o Brasil disponha das maiores
reservas de água doce superficiais e subsuperficiais do
planeta. A despeito deste fato, os índices de mortalidade
infantil, ainda altos no país (cerca de 25%, segundo o
IBGE), associam-se, em grande parte, com a qualidade
da água ou o acesso insuficiente a ela. Além disso, algu-
mas regiões estão sob constante risco de racionamento.
Assinale a alternativa que melhor explique o contexto
descrito.
a) O Brasil depende de tecnologia estrangeira relacio-
nada ao tratamento adequado da água, o que eleva o
custo da gestão dos seus recursos hídricos.
b) As recentes alterações climáticas, sobretudo o aque-
cimento global.
c) A ausência de leis e instituições que regulamentem e
amparem a gestão dos recursos hídricos.
d) A alta concentração da demanda em algumas regiões
e a insuficiência de saneamento ambiental no País.
e) A falta de higiene e o desperdício, indicando que a
mortalidade infantil e a escassez de água ocorrem por
questões culturais e pelo baixo nível educacional.
Resolução
O Brasil possui uma boa disponibilidade de água,
principalmente na Bacia Amazônica, que é a região
menos povoada. Em áreas muito populosas, como o
Sudeste e o Nordeste, a demanda supera a oferta, fato
que, somado à insuficiência de saneamento ambiental,
agrava o problema da mortalidade infantil, cujo índice
ainda é alto no País.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
52 E
Analise atentamente a imagem de satélite do rio da Prata
e assinale a alternativa correta em relação a ele.

a) Os rios Uruguai e Paraná, que formam o rio da Prata,


apresentam uma foz do tipo estuarina, típica de
regiões de relevo mais dissecado.
b) A tonalidade clara das águas ocorre devido à grande
carga de sedimentação proveniente, sobretudo, do
processo erosivo das encostas andinas.
c) Os tons mais escurecidos nas margens indicam a
descarga de esgotos e rejeitos industriais da região
metropolitana de Buenos Aires.
d) O tom claro das águas reflete a ausência de sedimen-
tos, os quais são barrados pela usina de Itaipu, a
montante da bacia.
e) O deságüe do rio Paraná no rio da Prata é tipicamente
deltaico, comum em relevos aplanados com forte
carga de sedimentos.
Resolução
A confluência dos rios Paraná e Uruguai, que dão ori-
gem ao rio da Prata, é um sistema complexo que envolve
vários processos. O Paraná desemboca num enorme
delta em razão da gigantesca carga de sedimentos que o
rio recolhe ao longo de seu percurso, desde os planaltos
do Brasil até as áreas planas da Argentina. O rio
Uruguai, por sua vez, também despeja considerável
carga de sedimentos (como se pode observar pelo tom
mais escurecido de sua foz, na porção norte da carta),
apesar de se iniciar em área planáltica do Brasil, mas
percorrer longo trecho de planície nas fronteiras de
Brasil–Argentina e Uruguai–Argentina. Ao formar o
Prata, o enorme volume de água acaba por beneficiar o
processo erosivo, constituindo um canal único, de
grande largura, e caracterizando uma foz estuarina.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
53 B
As chamadas cidades globais, como São Paulo, não são
apenas cidades grandes, mas exercem funções especí-
ficas no mundo globalizado. Assinale a alternativa que
menos caracteriza uma cidade global.
a) Cidades globais têm conexão direta com o mundo
financeiro, por intermédio, sobretudo, da Bolsa de
Valores.
b) Cidades globais caracterizam-se por sediarem impor-
tantes portos de grande fluxo comercial.
c) Cidades globais abrigam sedes administrativas de
grandes empresas transnacionais.
d) Cidades globais caracterizam-se por dispor de infra-
estrutura sofisticada voltada ao setor de serviços e
comunicação.
e) Cidades globais costumam sediar grandes eventos
políticos, comerciais, esportivos e culturais.
Resolução
As cidades globais, como São Paulo, Nova York, Tóquio
e outras, são caracterizadas não apenas por apresen-
tarem elevada população ou grande área, mas por terem
um grande papel polarizador de funções administrati-
vas, prestação de serviços e comunicação, por sediarem
grandes eventos políticos, comerciais, esportivos e
culturais e por terem conexão com o mundo financeiro
através de bolsas de valores. As cidades globais sediam
também representações ou empresas transnacionais.
Portanto, a alternativa que não evidencia a função de
uma cidade global é a portuária.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
54 B
Observe a pirâmide etária do Brasil:

Fonte: Atlas National Geographic: Brasil (Volume 2). São


Paulo:Abril, 2008. p.17.
Com base nessa pirâmide de 2006, e lembrando que as
pirâmides etárias dos países subdesenvolvidos apresen-
tam a base muito mais larga do que o topo, pode-se
afirmar que
a) o Brasil deixou de ser um país subdesenvolvido ao
atingir um IDH de 0,800, fato muito comemorado
pela mídia.
b) a estrutura da pirâmide indica melhoria na qualidade
e expectativa de vida do brasileiro, o que é indicado
pela faixa etária de 70 anos ou mais que começa a se
destacar.
c) o fato de a população de 0 a 4 anos ser menor do que
as faixas subseqüentes indica forte presença de
população migrante na composição etária.
d) a estrutura da pirâmide é típica de países urbanizados
e reflete o crescente número da população que vive
em áreas urbanas.
e) o fato de a faixa etária de 0 a 4 anos ser inferior às
demais indica que a mortalidade infantil ainda é muito
expressiva no Brasil.
Resolução
A questão apresenta a pirâmide etária do Brasil de
2006, em que se observa a redução da base nas duas
últimas décadas, em decorrência da significativa queda
na taxa de natalidade no período. O enunciado lembra
o vestibulando que pirâmides etárias de países
subdesenvolvidos apresentam bases muito mais largas
que o topo. O corpo e o topo da pirâmide apresentam-se
mais equilibrados, confirmando a tendência de queda da
mortalidade em razão da melhoria da qualidade de vida
e conseqüente aumento da expectativa de vida do
brasileiro. A pirâmide etária brasileira é indicativa de
um país em transição demográfica com forte redução
das taxas de natalidade e mortalidade e processo de
envelhecimento da população.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
55 A
Leia atentamente os seguintes enunciados e relacione-os
a regiões do Estado de São Paulo, considerando suas
características físico-territoriais predominantes.
I. O aproveitamento dos recursos hídricos é feito, em
grande parte, por exploração subterrânea, devido à
boa qualidade dos aqüíferos sedimentares; no
entanto, a ocupação inadequada dos solos arenosos
pode causar voçorocamentos.
II. A especulação imobiliária destruiu grande parte de
importantes ecossistemas, mas a região ainda
mantém as maiores áreas preservadas do Estado. A
região também se caracteriza por fortes fluxos
populacionais sazonais.
III. A exclusão social desloca as populações de baixa
renda para áreas de risco, potencializando
problemas como deslizamentos de encosta e
impactos sobre os mananciais de abastecimento.
Os enunciados referem-se, respectivamente às seguintes
regiões:
a) Planalto Ocidental – Faixa costeira – RMSP
b) Faixa costeira – RMSP (Região Metropolitana de São
Paulo) – Planalto Ocidental
c) Planalto Ocidental – Depressão periférica – Faixa
costeira
d) Serra da Mantiqueira – Pontal do Paranapanema –
RMSP
e) Vale do Paraíba – Faixa costeira – RMC (Região
Metropolitana de Campinas)
Resolução
Esta questão faz referência à estrutura geológica e de
relevo do Estado de São Paulo. O enunciado I descreve
uma formação sedimentar de arenito típica do Planalto
Ocidental Paulista, em que ocorre o processo erosivo
conhecido como voçorocamento. O enunciado II descre-
ve a faixa costeira em que ocorre intensa especulação
imobiliária diante do loteamento de terrenos. A refe-
rência às maiores áreas preservadas identifica-se com
os remanescentes da Mata Atlântica. O enunciado III
descreve a Região Metropolitana de São Paulo, locali-
zada em planalto com mares de morros, em que o desma-
tamento de terrenos inclinados ocasiona deslizamento
de encosta. Esse enunciado também se refere à ocu-
pação irregular dos mananciais, típica dessa região do
Estado.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
56 E
Durante treze anos, todos os brasileiros que efetuavam
movimentações bancárias conviveram com a CPMF
(Contribuição Provisória sobre Movimentação Finan-
ceira), tributo criado pelo Governo Federal, em 1994,
para melhorar a infra-estrutura e o atendimento das
unidades de saúde.
Adaptado de VEJA – Edição 2039 –
19 de dezembro de 2007
Por qual razão esse tributo não foi prorrogado em 12 de
dezembro de 2007?
a) Por decisão do Governo Federal, como uma das
medidas de antecipação da reforma tributária.
b) Por decisão da Receita Federal, que resolveu acabar
com esse tributo em função do alto superávit fiscal já
registrado nas contas públicas, em 2007.
c) Por decisão, em votação, na Câmara dos Deputados,
que não aprovou a PEC – Proposta de Emenda
Constitucional – enviada pelo Executivo.
d) Por decisão do STF – Supremo Tribunal Federal –,
que acolheu a ação direta de inconstitucionalidade
contra a recriação do tributo.
e) Por decisão do Senado Federal, que negou ao
Executivo os votos necessários para aprovar a PEC –
Proposta de Emenda Constitucional –, que
prorrogaria a CPMF até 2011.
Resolução
A questão analisa a decisão política que não prorrogou
um dos impostos mais polêmicos em vigor no Brasil: a
CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira). Esse imposto, criado na década de 1990,
de caráter provisório, vinha atingindo um caráter
permanente e deveria ser destinado para gastos com a
saúde e a infra-estrutura do País. Porém, nos últimos
anos, sua aplicação atingiu outros gastos do governo,
gerando uma arrecadação anual aproximada de 30
bilhões de reais. A oposição ao Governo Federal,
principalmente no Senado, alegava que o “peso” dessa
carga tributária associada à CPMF era danoso para a
população brasileira e servia apenas para o reforço
eleitoral do principal partido do governo, o PT (Partido
dos Trabalhadores).

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
57 B
O Governo Federal enviou ao Congresso, no início de
2008, um projeto de reforma tributária, com o objetivo
de racionalizar e simplificar a tributação no Brasil.
Dentre várias medidas, esse projeto do governo propõe a
criação de um novo ICMS, com alíquotas uniformes em
todo o país e que tem como um dos objetivos encerrar a
anomalia denominada de “guerra fiscal”.
Adaptado de VEJA – Edição 2050 – 5 de março de 2008
e Folha de S. Paulo – 29 de fevereiro de 2008 Caderno Dinheiro
Em que consiste, especificamente, essa “guerra fiscal”?
a) É a disputa travada entre os municípios menos
populosos e a União, com relação à fatia do IPTU
arrecadado no país.
b) É a disputa travada entre estados da federação, com
base na oferta de melhores incentivos e subsídios –
especialmente isenção de impostos –, como forma de
atração para que empresas se instalem em seus
territórios.
c) É a disputa entre contribuintes (pessoas físicas) e a
Receita Federal, com relação às deduções para o
Imposto de Renda.
d) É a disputa travada entre os municípios mais popu-
losos do país e a União, visando angariar uma fatia
maior do ICMS arrecadado no país.
e) É a disputa travada entre as empresas multinacionais
e a Receita Federal, em relação à remessa de lucros
para a matriz dessas empresas.
Resolução
A questão trata de uma tentativa do Governo Federal,
através de um projeto de reforma tributária, de estabe-
lecer uma alíquota uniforme do ICMS para todo o País
e assim encerrar a denominada “guerra fiscal” entre os
Estados da Federação. A “guerra fiscal” é uma disputa
entre os Estados da Federação que, com o objetivo de
atrair novos investimentos e/ou novas empresas,
utilizam-se de subsídios e isenções fiscais que acabam
reduzindo os custos de produção. Um exemplo do
acirramento desta disputa foi o fato de que, durante o
Governo Mário Covas em São Paulo, houve uma evasão
de empresas para outros Estados, provocando intensa
crítica de vários setores da sociedade paulista e
constituindo uma desconcentração industrial.

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58 A
O filme brasileiro Tropa de Elite, do diretor José
Padilha, que tem como protagonista um capitão do
BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da
PM do Rio de Janeiro, foi o líder de bilheteria nacional
de 2007, com 2,4 milhões de espectadores.
Adaptado de Folha de S. Paulo –
17 de fevereiro de 2008 – Caderno Ilustrada
Assim como já havia acontecido com o filme Central do
Brasil, de Walter Salles, qual renomado prêmio de
cinema internacional Tropa de Elite recebeu em 2008?
a) Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim.
b) Oscar de melhor filme estrangeiro.
c) Oscar de melhor roteiro adaptado.
d) Melhor filme no Festival de Veneza.
e) Melhor filme no Festival de Cannes.
Resolução
O filme “Tropa de Elite” recebeu em 2008 o prêmio
Urso de Ouro como melhor filme no Festival de Berlim.

59 E
Que organização não-governamental internacional, sediada
em Berlim, é notoriamente dedicada ao combate à
corrupção, sendo responsável pela produção anual de um
relatório e uma classificação em que se analisam os índices
de percepção de corrupção dos vários países do mundo?
Folha de S. Paulo – 27 de setembro
de 2007 – Caderno Brasil
a) Instituto Ethos de Responsabilidade Social.
b) Greenpeace.
c) WWF – World Wide Fund For Nature.
d) Friends of the Earth.
e) Transparency International (Transparência Internacional).
Resolução
A ONG Transparency International, sediada em Berlim
(Alemanha), é famosa por combater a corrupção.

OBJETIVO G V - ( A d m i n i s t r a ç ã o ) J u n h o /2 0 0 8
60 C
A Lei de Biossegurança estabelece as normas e os
mecanismos de fiscalização que regulamentam qualquer
atividade que envolva organismos geneticamente modi-
ficados e seus derivados. Foi sancionada pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, em 24 de março de 2005. Um
dos artigos polêmicos dessa Lei diz respeito ao uso de
células-tronco embrionárias para fins terapêuticos e de
pesquisa científica.
Adaptado de Veja Online:
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/biosseg
uranca/index.shtml
Qual argumento foi usado pelo ex-procurador da
República, Cláudio Fonteles, para impetrar, em maio de
2005, uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao
Supremo Tribunal Federal, contestando a legalidade cons-
titucional das pesquisas com células-tronco embrionárias?
a) A Constituição Federal proíbe a clonagem humana.
Nesse sentido, as pesquisas com células-tronco iriam
de encontro a essa previsão constitucional.
b) A Constituição Federal menciona que a religião
oficial do país é a católica, que é frontalmente
contrária a essas pesquisas, como já declarou
oficialmente a CNBB.
c) Ao autorizar o uso em pesquisa de embriões em
estágio de blastocisto – com até cinco dias –, a Lei de
Biossegurança fere o artigo 5º da Constituição
Federal, que garante o direito à vida.
d) A Constituição Federal proíbe qualquer pesquisa com
seres vivos.
e) A Constituição Federal faz prever que esse tipo de
pesquisa só seria possível com autorização da
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança
(CNTBio), que não foi consultada sobre esse tema.
Resolução
A ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) foi im-
petrada com base no artigo 5º da Constituição Federal
de 1988, que assegura o direito à vida. No entendimento
daqueles que são contrários a pesquisas dessa natureza,
a destruição dos embriões, para fins de pesquisas, fere
esse princípio constitucional. Não foi esse, no entanto, o
entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal), que
autorizou recentemente tais pesquisas, desde que su-
bordinadas a prévia autorização da CNTBio (Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança), criada em 1995
pela Lei Federal 8794, que fora consultada acerca dos
procedimentos que tais pesquisas envolvem.

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Comentário

A prova de Matemática explorou temas diversos do


programa do Ensino Médio, com questões de bom nível,
embora algumas apresentassem enunciados imprecisos,
aproximações grosseiras, e exigissem por vezes a elabo-
ração de contas trabalhosas. A lamentar, sobretudo, o
fato de o teste 1 apresentar duas alternativas corretas.
A prova de Português, infelizmente, confirma a tradi-
ção recente da FGV na disciplina, com predomínio de
análise gramatical inútil para o bom desempenho lin-
güístico que se deve esperar de candidatos aos cursos
dessa prestigiosa escola. As questões de literatura e
intelecção de textos também se ressentiram da
superficialidade que tem caracterizado os últimos
exames de Português da FGV.
A prova de Inglês exigiu o hábito de leitura nessa
língua, pois os textos demandavam nível razoável de
conhecimento de sintaxe e vocabulário, e os testes apre-
sentavam alternativas muito semelhantes, destinadas
confundir candidatos inseguros.
A prova de História explorou limitadamente o pro-
grama, em apenas cinco questões bem formuladas e que
não ofereceram problemas para os alunos preparados.
A prova de Geografia abordou diversos aspectos do
programa, abrangendo temas de atualidade, presentes
no noticiário e nos debates em curso na imprensa e na
sociedade em geral.

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