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1

Considere um triângulo eqüilátero T1 de área 16兹苵苵


3 cm2.
Unindo-se os pontos médios dos lados desse triângulo,
obtém-se um segundo triângulo eqüilátero T2, que tem
os pontos médios dos lados de T1 como vértices.
Unindo-se os pontos médios dos lados desse novo
triângulo obtém-se um terceiro triângulo eqüilátero T3,
e assim por diante, indefinidamente. Determine:
a) as medidas do lado e da altura do triângulo T1, em
centímetros;
b) as áreas dos triângulos T2 e T7, em cm2.
Resolução

a) O lado l e a altura h do triângulo eqüilátero T1,


representado na figura por ABC, em cm, são tais
que:
l2兹苵苵
3 l兹苵苵
3
––––––– = 16兹苵苵
3 e h = ––––––– ⇒
4 2
⇒ l = 8 e h = 4兹苵苵
3

b) As áreas dos triângulos T1, T2, T3, …. formam uma


progressão geométrica de primeiro termo
AT = 16兹苵苵3 cm2 e razão
1
AT 2 2

冢 冣 冢 冣
2
MN 1 1
––––––– = –––––– = ––– = –––
AT BC 2 4
1

Desta forma,
1

冢 冣=
1
AT = AT . –––
2 1 4
1
= 16兹苵苵
3 cm2 . ––– = 4兹苵苵
3 cm2 e
4
6

冢 冣=
1
AT = AT . –––
7 1 4
1 兹苵苵
3
= 16兹苵苵
3 cm2 . ––––– = ––––– cm2
4096 256
Respostas: a) 8 cm e 4兹苵苵
3 cm
兹苵苵
3
b) 4兹苵苵
3 cm2 e ––––– cm2
256
OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
2
Considere os números complexos z = 2 – i e w = –3 –i,
sendo i a unidade imaginária.
a) Determine z.w e 兩w – z兩.
b) Represente z e w no plano complexo (Argand-Gauss)
e determine b ∈ ⺢, b ≥ 0, de modo que os números
complexos z, w e t = bi sejam vértices de um triân-
gulo, no plano complexo, cuja área é 20.
Resolução
Se z = 2 – i e w = – 3 – i então

a) z . w = (2 – i) . (– 3 – i) = – 6 – 2i + 3i – 1 = –7 + i
| w – z | = | (– 3 – i) – (2 – i) | = | – 5 | = 5

b) Sejam P, Q e A os afixos dos números complexos


z = 2 – i, w = – 3 – i e t = bi, respectivamente.

A área do triângulo APQ é 20 e portanto:


[2 – (–3)] . [b – (–1)]
––––––––––––––––– = 20 ⇔ 5 (b + 1) = 40 ⇔
2
⇔b+1=8⇔b=7
Respostas: a) z . w = –7 + i
|w–z|=5
b) b = 7

冤 冥
x 1 x
x
Considere a matriz A = 0 x 1 – ––– .
2
2 0 x
O determinante de A é um polinômio p(x).
a) Verifique se 2 é uma raiz de p(x).
b) Determine todas as raízes de p(x).
Resolução

冤 冥
x 1 x
x
Sendo A = 0 x 1 – ––– , então
2
2 0 x
det A = p(x) = x3 – 2x2 – x + 2
a) 2 é raiz de p(x), pois p(2) = 23 – 2 . 22 – 2 + 2 = 0
b) p(x) = x 3 – 2x2 – x + 2 ⇔ p(x) = x2 . (x – 2) – (x – 2) ⇔
⇔ p(x) = (x – 2) . (x2 – 1)
As raízes de p(x) são tais que:
x – 2 = 0 ou x2 – 1 = 0 ⇔ x = 2 ou x = ± 1
Respostas: a) 2 é raiz, pois p(2) = 0
b) As raízes de p(x) são: – 1; 1 e 2.

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
4
Considere todos os números formados por 6 algaris-
mos distintos obtidos permutando-se, de todas as for-
mas possíveis, os algarismos 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
a) Determine quantos números é possível formar (no to-
tal) e quantos números se iniciam com o algarismo 1.
b) Escrevendo-se esses números em ordem crescente,
determine qual posição ocupa o número 512346 e
que número ocupa a 242ª posição.
Resolução
Seja A = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
a) A quantidade total de números de seis algarismos
distintos que podem ser formados permutando-se
os algarismos de A é P6 = 6! = 720.
Os números do item anterior, que começam com o
algarismo 1 são os que se obtém permutando-se
os algarismos {2;3;4;5;6} e, portanto, a quantidade
total é P5 = 5! = 120.
1

b) 1) A quantidade de números de 5 algarismos do


item anterior, cujo primeiro algarismo é 1 ou 2 ou
3 ou 4, é 4 . 120 = 480.
2) Esses 480 números são todos menores que o
número 512346.
3) O menor número de 6 algarismos do item (a)
que começa com o algarismo 5 é o próprio
512346.
4) Escrevendo os números do item (a) em ordem
crescente, a posição ocupada pelo número
512346 é a 481ª.
5) Existem 240 números cujo primeiro algarismo é
1 ou 2.
6) Os dois menores números cujo primeiro algaris-
mo é 3 são 312456 e 312465.
7) Escrevendo todos os números de 6 algarismos
do item (a) em ordem crescente, o número que
ocupa a 242ª posição é 312465.
Respostas: a) 720; 120
b) 481ª; 312465

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
5
Joga-se um dado honesto. O número que ocorreu (isto
é, da face voltada para cima) é o coeficiente b da equa-
ção x2 + bx + 1 = 0. Determine
a) a probabilidade de essa equação ter raízes reais.
b) a probabilidade de essa equação ter raízes reais,
sabendo-se que ocorreu um número ímpar.
Resolução
a) A equação x2 + bx + 1 = 0 tem raízes reais ⇔
⇔ b2 – 4 ≥ 0 ⇔ b ≥ 2, pois b ∈ ⺞ e 1 ≤ b ≤ 6.
Portanto, b ∈ {2, 3, 4, 5, 6}.
No lançamento do dado honesto, a probabilidade de
5
a equação admitir raízes reais é –– .
6
b) Sabendo-se que b é ímpar, então b = 1 ou b = 3 ou
b = 5 e a probabilidade de a equação, nessas condi-
2
ções, admitir raízes reais é –– .
3
5 2
Respostas: a) –– ; b) –– .
6 3

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
6
x
A reta r de equação y = ––– intercepta a circunferência
2
de centro na origem e raio 兹苵苵 5 em dois pontos P e Q,
sendo que as coordenadas de P são ambas positivas.
Determine:
a) a equação da circunferência e os pontos P e Q;
b) a equação da reta s, perpendicular a r, passando por
P.
Resolução
a) A equação da circunferência, com centro na origem e
raio 兹苵苵
5 é x2 + y2 = ( 兹苵苵
5 ) 2 ⇔ x2 + y2 = 5
Os pontos de intersecção da circunferência de equa-
x
ção x2 + y2 = 5 e da reta de equação y = –– são
2
obtidos a partir do sistema:
x2 + y2 = 5 (2y)2 + y2 = 5
{
x = 2y

x = 2y { ⇔

⇔ { yx == 12 ou { yx == –– 12
Dessa forma as coordenadas dos pontos P e Q, são
respectivamente, (2; 1) e (–2; –1), visto que as coor-
denadas de P são ambas positivas.
x
b) A reta (r) de equação y = –– , tem coeficiente angu-
2
1
lar mr = –– e a reta (s), perpendicular a (r) terá coefi-
2
–1 –1
ciente angular ms, tal que ms = –––– = –––– = – 2.
mr 1/2

Portanto a equação da reta (s), que passa pelo ponto


P (2; 1), com coeficiente angular – 2, é:
y – 1 = – 2 . (x – 2) ⇔ 2x + y – 5 = 0

Respostas: a) x2 + y2 = 5; P(2; 1) e Q(–2; –1)

b) 2x + y – 5 = 0

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
7
Como resultado de uma pesquisa sobre a relação entre
o comprimento do pé de uma pessoa, em centímetros,
e o número (tamanho) do calçado brasileiro, Carla obte-
ve uma fórmula que dá, em média, o número inteiro n
(tamanho do calçado) em função do comprimento c, do
pé, em cm.
5
Pela fórmula, tem-se n = [x], onde x = ––– c + 7 e [x]
4
indica o menor inteiro maior ou igual a x. Por exemplo,
se c = 9 cm, então x = 18,25 e n = [18,25] = 19. Com
base nessa fórmula,
a) determine o número do calçado correspondente a
um pé cujo comprimento é 22 cm.
b) se o comprimento do pé de uma pessoa é
c = 24 cm, então ela calça 37. Se c > 24 cm, essa
pessoa calça 38 ou mais. Determine o maior compri-
mento possível, em cm, que pode ter o pé de uma
pessoa que calça 38.
Resolução
a) Para um pé com 22 cm de comprimento o número
do calçado é
n=
冤 –––45 .22 + 7 冥 = [34, 5] = 35
b) A pessoa que calça 38 tem o comprimento c, em
cm, do pé de forma que
5
4冤 冥 5
n = ––– . c + 7 = 38 ⇔ 37 < ––– . c + 7 ≤ 38 ⇔
4
5
⇔ 30 < ––– . c ≤ 31 ⇔ 120 < 5 . c ≤ 124 ⇔
4
⇔ 24 < c ≤ 24,8

Desta forma, o maior comprimento possível, em cm,


que pode ter o pé de uma pessoa que calça 38 é 24,8.

Respostas: a) 35

b) 24,8 cm

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
8
Considere as funções
1
冢 冣
f(x) = log3(9x2) e g(x) = log3 ––– , definidas para todo
x > 0.
x
a) Resolva as duas equações: f(x) = 1 e g(x) = – 3.
b) Mostre que 1 + f(x) + g(x) = 3 + log3x.
Resolução
Sejam Vf e Vg os conjuntos-verdade das respectivas
equações
a) Para x > 0 temos:

f(x) = 1 ⇔ log3(9x2) = 1 ⇔ 9x2 = 3 ⇔

1 1 兹苵苵
3
⇔ x2 = ––– ⇔ x = ––– ⇔ x = –––– ⇔
3 3 3

兹苵苵
⇔ Vf = 冦 ––––
3 冧
3

1
g(x) = – 3 ⇔ log3 –––
x 冢 冣 = – 3 ⇔ –––1x = 3 –3 ⇔

1 1
⇔ ––– = ––– ⇔ x = 27 ⇔ Vg = {27}
x 27

1
b) 1 + f(x) + g(x) = 1 + log3(9x2) + log3 –––
x 冢 冣=
冢 1
= 1 + log3 9x2 . –––
x 冣 = 1 + log (9x) = 3

= 1 + log39 + log3x = 1 + 2 + log3x = 3 + log3x

兹苵苵
Respostas: a) Vf = 冦 ––––
3 冧
3
e V = {27} g

b) demonstração

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
9
A temperatura, em graus celsius (°C), de uma câmara
frigorífica, durante um dia completo, das 0 hora às
24 horas, é dada aproximadamente pela função:

冢 π
冣 π

f(t) = cos ––– t – cos ––– t , 0 ≤ t ≤ 24,
12 6 冣
com t em horas. Determine:
a) a temperatura da câmara frigorífica às 2 horas e às 9
horas (use as aproximações 兹苵苵
2 = 1,4 e 兹苵苵3 = 1,7);
b) em quais horários do dia a temperatura atingiu
0 °C.
Resolução
a) A partir do enunciado, sendo f(t) em graus celsius
(°C), temos:
π π
( )
f(2) = cos ––– . 2 – cos –– . 2 =
12 6 ( )
π π 兹苵苵
( ) 3 1
( )
= cos –– – cos –– = –––– – –– =
6 3 2 2

1,7 – 1
= –––––––– = 0,35
2

π π
( ) ( )
f(9) = cos ––– . 9 – cos –– . 9 =
12 6

4 ( ) 3π
2 2
2
( ) 兹苵苵 1,4
= cos ––– – cos ––– = – –––– – 0 = – ––– = – 0,7
2

b) Se f(t) = 0, temos:
π π
( )
cos ––– . t – cos –– . t = 0 ⇔
12 6 ( )
π π
( )
⇔ cos ––– . t = cos –– . t
12 6 ( )
A igualdade é verificada, quando:
π π
1ª possibilidade: –– . t = ––– . t + n . 2π, n ∈ ⺪ ⇔
6 12
⇔ t = n . 24, n ∈ ⺪
Para 0 ≤ t ≤ 24, resulta t = 0 ou t = 24

π π
2ª possibilidade: –– . t =– –– . t + n . 2π, n ∈ ⺪ ⇔
6 12
⇔ t = n . 8, n ∈ ⺪

Para 0 ≤ t ≤ 24, resulta t = 0 ou t = 8 ou t = 16 ou


t = 24
Portanto, a temperatura atingiu 0°C nos seguintes
horários: 0 hora
8 horas
16 horas
24 horas

Respostas: a) f(2) = 0,35°C; f(9) = – 0,7°C


b) 0h, 8h, 16h e 24h

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
10
Considere um cilindro circular reto de altura x cm e raio
da base igual a y cm.
Usando a aproximação π = 3, determine x e y nos se-
guintes casos:
a) o volume do cilindro é 243 cm3 e a altura é igual ao
triplo do raio;
b) a área da superfície lateral do cilindro é 450 cm2 e a
altura tem 10 cm a mais que o raio.
Resolução
a) O volume V do cilindro é dado por V = π . y2 . x.
Assim, para V = 243 cm3, π = 3 e x= 3 . y temos
3 . y2 . 3y = 243 ⇔ y3 = 27 ⇔ y = 3 e, portanto,
x=3.3=9
b) A área lateral AL do cilindro é dada por
AL = 2 . π . y . x
Assim, para AL = 450 cm2, π = 3 e x = y + 10
temos:
2 . 3 . y (y + 10) = 450 ⇔ y2 + 10y – 75 = 0 ⇔
⇔ y = 5, pois y > 0
Logo, x = y + 10 = 5 + 10 = 15

Respostas: a) x = 9 e y = 3
b) x = 15 e y = 5

Comentário

Com questões bem enunciadas, quase todas rela-


cionadas a algum problema prático e envolvendo dois
ou mais assuntos do programa, a Banca Examinadora
apresentou uma prova criativa e de bom nível.

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
11
O gráfico na figura descreve o movimento de um ca-
minhão de coleta de lixo em uma rua reta e plana,
durante 15s de trabalho.

a) Calcule a distância total percorrida neste intervalo de


tempo.
b) Calcule a velocidade média do veículo.
Resolução
a) ∆s = área (V x t)
0 → 2s: ∆s1 = 0
3.8
2s → 5s: ∆s2 = –––– (m) = 12m
2
5s → 7s: ∆s3 = 0
12
7s → 11s: ∆s4 = (4 + 2) –––– (m) = 36m
2
11s → 13s: ∆s5 = 0

12
13s → 15s: ∆s6 = 2 . –––– (m) = 12m
2

∆s = 12m + 36m + 12m ⇒ ∆s = 60m

∆s
b) Vm = ––––
∆t

60m
Vm = –––– ⇒ Vm = 4m/s
15s

Respostas: a) 60m
b) 4m/s

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
12
Um balão se desloca horizontalmente, a 80,0 m do so-
lo, com velocidade constante de 6,0 m/s. Quando pas-
sa exatamente sobre um jovem parado no solo, um sa-
quinho de areia é abandonado do balão. Desprezando
qualquer atrito do saquinho com o ar e considerando
g = 10,0 m/s2, calcule
a) o tempo gasto pelo saquinho para atingir o solo, con-
siderado plano.
b) a distância entre o jovem e o ponto onde o saquinho
atinge o solo.
Resolução

a) O tempo gasto é calculado pelo movimento vertical


(MUV):
γy
∆sy = V0 t + –––– t 2 ↓䊝
y 2
10,0
80,0 = 0 + –––– T 2
2

T 2 = 16,0 ⇒ T = 4,0s

b) Analisando-se o movimento horizontal (MU), vem:


∆x = Vx t
D = 6,0 . 4,0 (m) ⇒ D = 24,0m
Respostas: a) 4,0s
b) 24,0m

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
13
Uma espaçonave de massa m gira em torno da Terra
com velocidade constante, em uma órbita circular de
raio R. A força centrípeta sobre a nave é 1,5 GmM/R2,
onde G é a constante de gravitação universal e M a
massa da Terra.
a) Desenhe a trajetória dessa nave. Em um ponto de
sua trajetória, desenhe e identifique os vetores velo-
→ →
cidade v e aceleração centrípeta a da nave.
b) Determine, em função de M, G e R, os módulos da
aceleração centrípeta e da velocidade da nave.
Resolução
a)


A velocidade vetorial v é tangente à trajetória e tem
o sentido do movimento.
A aceleração centrípeta é dirigida para o centro da
trajetória e tem direção radial.

b) 1) A força gravitacional que a Terra aplica no satéli-


te faz o papel de resultante centrípeta e, portan-
to:
GMm
Fcp = FG = –––––– = m acp
R2

GM
acp = ––––
R2

兹苵苵苵苵苵苵
GM V2 GM
2) acp = ––––– = –––– ⇒ V= –––––
R2 R R

Contudo, o enunciado apresentou a força cen-


trípeta com um misterioso fator 1,5 multiplican-
do a força gravitacional entre a Terra e a espa-
çonave. Imaginando a presença de um miste-
rioso propulsor que aumenta a intensidade da
força centrípeta (o que não foi citado no enuncia-
do), escrevemos:

GMm GM
1,5 ––––––
2
= m acp ⇒ acp = 1,5 –––––
R R2

兹苵苵苵苵苵苵苵苵
1,5 GM V2 1,5 GM
acp = –––––––– = –––– ⇒ V= ––––––––
R2 R R

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
14
A figura ilustra um bloco A, de massa mA = 2,0 kg,
atado a um bloco B, de massa mB = 1,0 kg, por um fio
inextensível de massa desprezível. O coeficiente de
atrito cinético entre cada bloco e a mesa é µc. Uma
força F = 18,0 N é aplicada ao bloco B, fazendo com
que ambos se desloquem com velocidade constante.

Considerando g = 10,0 m/s2, calcule


a) o coeficiente de atrito µc.
b) a tração T no fio.
Resolução

a) Sendo a velocidade constante, a força resultante no


sistema é nula.
F = fat + fat
A B
F = µPA + µPB
F = µ (PA + PB)
18,0 = µ 30,0
µ = 0,60
b) Isolando-se o bloco A:

FN = PA = 20,0N
A

Sendo a velocidade constante:


T = fat = µ PA ⇒ T = 0,60 . 20,0 (N)
A
T = 12,0N
Respostas: a) 0,60
b) 12,0N

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
15
Uma partícula A, com massa m = 0,2 kg, colide frontal-
mente com uma partícula B, com massa maior que a de
A, e que inicialmente se encontra em repouso. A coli-
são é totalmente elástica e a energia cinética final da
partícula A cai para 64% de seu valor inicial. Se a velo-
cidade inicial da partícula A for vo = 20,0 m/s, calcule
a) a velocidade final da partícula A.
b) a quantidade de movimento da partícula B após a
colisão.
Resolução

a) E’cin = 0,64 Ecin


A A

mAVA2 mAV02
–––––– = 0,64 ––––––
2 2

VA2 = 0,64 V02 ⇒ VA = –0,80 V0 = –0,80 . 20,0 (m/s)


VA = –16,0m/s
Como a massa de B é maior que a de A, o bloco A
inverte o sentido de seu movimento após a colisão,
o que justifica o sinal negativo de VA.

b) No ato da colisão, o sistema é isolado e teremos a


conservação da quantidade de movimento total:
Qapós = Qantes
mAVA + QB = mAV0
QB = mA (V0 – VA) = 0,2 [20,0 – (–16,0)] (SI)
QB = 7,2kg.m/s

Respostas: a) –16,0m/s
b) 7,2kg . m/s

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
16
Um bloco de madeira de volume V = 60 cm3, total-
mente submerso, está atado ao fundo de um recipien-
te cheio de água por meio de um fio de massa despre-
zível. O fio é cortado e o bloco emerge na superfície
com 1/4 de seu volume fora da água. Sendo g = 10
m/s2 a aceleração da gravidade e D = 1 g/cm3 a massa
específica da água, calcule
a) a massa específica do bloco.
b) a tração no fio, antes de ser cortado.
Resolução

a) Para o bloco flutuando na superfície do líquido, te-


mos:
E=P
µL Vi g = µB VB g
µB Vi 3
–––– = –––– = ––––
µL V 4

3 3
µB = ––– µL = ––– 1,0 g/cm3 ⇒ µB = 0,75g/cm3
4 4

b) Para o equilíbrio do bloco, temos:


E=P+T
µL VB g = µB VB g + T
T = (µL – µB) VB g
T (1,0 – 0,75) . 10 3 . 60 . 10 –6 . 10 (N)
T = 1,5 . 10 –1N
T = 0,15N

Respostas: a) 0,75g/cm3 ou 7,5 . 10 2kg/m3


b) 0,15N ou 1,5 . 10 –1N

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
17
Uma quantidade de 1,5 kg de certa substância encon-
tra-se inicialmente na fase sólida, à temperatura de
–20°C. Em um processo a pressão constante de
1,0 atm, ela é levada à fase líquida a 86°C. A potência
necessária nessa transformação foi de 1,5 kJ/s. O grá-
fico na figura mostra a temperatura de cada etapa em
função do tempo.

Calcule
a) o calor latente de fusão Lf.
b) o calor necessário para elevar a temperatura de
1,5kg dessa substância de 0 a 86°C.
Resolução
a) Usando-se a expressão da potência, temos:
Q
Pot = –––
∆t

A fusão da substância ocorre no trecho representa-


do no gráfico pelo patamar (entre 0,7min. e 6,2min)
e, assim:
m LF
Pot = –––––
∆t

1,5 . LF
1,5 = ––––––––––––––
(6,2 – 0,7) . 60

LF = 330 kJ/kg

b) O aquecimento da substância de 0°C a 86°C é indi-


cado no diagrama no trecho entre 6,2 min. e 12,2
min.
Portanto:
Q = Pot ∆t
Q = 1,5 . (12,2 – 6,2) . 60 (kJ)
Q = 540 kJ

Respostas: a) 330 kJ/kg


b) 540 kJ

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
18
Uma câmara fotográfica rudimentar utiliza uma lente
convergente de distância focal f = 50 mm para focalizar
e projetar a imagem de um objeto sobre o filme. A dis-
tância da lente ao filme é p’ = 52 mm. A figura mostra
o esboço dessa câmara.

Para se obter uma boa foto, é necessário que a imagem


do objeto seja formada exatamente sobre o filme e o
seu tamanho não deve exceder a área sensível do
filme. Assim:
a) Calcule a posição que o objeto deve ficar em relação
à lente.
b) Sabendo-se que a altura máxima da imagem não
pode exceder a 36,0 mm, determine a altura máxima
do objeto para que ele seja fotografado em toda a
sua extensão.
Resolução
A formação da imagem sobre o filme está esquemati-
zada (fora de escala) abaixo.

a) Equação de Gauss:
1 1 1
–– = –– + ––
f p p’
1 1 1 1 1 1
–––– = –– + ––– ⇒ –– = ––– – –––
50 p 52 p 50 52
1 52 – 50 50 . 52
–––– = ––––––– ⇒ p = ––––––– (mm)
p 50 . 52 2

p = 1300mm = 1,3m

y’ p’ 36,0 52
b) –– = – ––– ⇒ –––– = – ––––––
y p y 1300

y = –900mm ⇒ h = 900mm = 90cm

Respostas: a) 1,3m
b) 90cm
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19
Uma luminária, com vários bocais para conexão de lâm-
padas, possui um fusível de 5 A para proteção da rede
elétrica alimentada com uma tensão de 110 V, como
ilustrado na figura.

Calcule
a) a potência máxima que pode ser dissipada na lumi-
nária.
b) o número máximo de lâmpadas de 150 W que po-
dem ser conectadas na luminária.
Resolução
a) Sendo de 5A a intensidade máxima de corrente elé-
trica suportada pelo fusível e de 110V a tensão elé-
trica da rede, temos:
Pmáx = imáx . U
Pmáx = 5 . 110 (W)
Pmáx = 550W

b) O número máximo de lâmpadas pode ser calculado


por:
Pmáx 550
n = ––––– = –––––
P 150

n ≅ 3,7 ⇒ nmáx = 3 lâmpadas

Respostas: a) 550W
b) 3 lâmpadas

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Física

A prova de Física apresentou questões simples de


nível médio, bem distribuídas e tradicionais. Lamen-
tamos apenas que na questão 13 apareceu um fator 1,5
multiplicando a força gravitacional sem nenhuma ex-
plicação para o candidato.

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20
A Bolívia é um grande produtor de gás natural (metano)
e celebrou com o Brasil um acordo para a utilização
deste importante recurso energético. Para seu trans-
porte até os centros consumidores, há um gasoduto
ligando os dois países, já tendo chegado ao interior do
Estado de São Paulo.
a) Escreva a fórmula mínima e calcule a massa molar
para o metano. Dadas as massas molares, em
g·mol–1 : C = 12 e H = 1.
b) Escreva a equação para a reação de combustão do
metano e o nome dos produtos formados.
Resolução
a) A fórmula mínima coincide com a fórmula mole-
cular do metano (CH4).
CH4: fórmula mínima
M = (1 . 12 + 4 . 1) g/mol
M = 16g/mol

b) A equação química do processo é:


CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O
gás carbônico água
(dióxido de
carbono)

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21
Considere os seguintes compostos, todos contendo
cloro:
BaCl2; CH3Cl; CCl4 e NaCl.
Sabendo que o sódio pertence ao grupo 1, o bário ao
grupo 2, o carbono ao grupo 14, o cloro ao grupo 17 da
Tabela Periódica e que o hidrogênio tem número atômi-
co igual a 1:
a) transcreva a fórmula química dos compostos iônicos
para o caderno de respostas e identifique-os, forne-
cendo seus nomes.
b) apresente a fórmula estrutural para os compostos
covalentes e identifique a molécula que apresenta
momento dipolar resultante diferente de zero (molé-
cula polar).
Resolução
a) Um composto iônico é formado por um metal uni-
do a um não-metal ou hidrogênio.
BaCl2: cloreto de bário
NaCl: cloreto de sódio

Metais citados: sódio (grupo 1) e bário (grupo 2)


Não-metais citados: carbono (grupo 14) e cloro (gru-
po 17)

b) Carbono é tetravalente (grupo 14)


Cloro é monovalente (grupo 17)
Hidrogênio é monovalente

H Cl
| |
H — C — Cl Cl — C — Cl
| |
H Cl

Cl

µ'
µ µ
µtotal ? 0
C


H µ H
H
Cloreto de metila (polar)

Cl
µ

µ C µ µtotal = 0
µ↓

Cl Cl
Cl
Tetracloreto de carbono (apolar)

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
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A soda cáustica (hidróxido de sódio) é um dos produtos
utilizados na formulação dos limpa-fornos e desen-
tupidores de pias domésticas, tratando-se de uma base
forte. O ácido muriático (ácido clorídrico com con-
centração de 12 mol·L–1) é muito utilizado na limpeza
de pisos e é um ácido forte. Ambos devem ser ma-
nuseados com cautela, pois podem causar quei-
maduras graves se entrarem em contato com a pele.
a) Escreva a equação química para a neutralização do
hidróxido de sódio com o ácido clorídrico, ambos em
solução aquosa.
b) Dadas as massas molares, em g·mol–1: H = 1; O
= 16 e Na = 23, calcule o volume de ácido muriático
necessário para a neutralização de 2L de solução de
hidróxido de sódio com concentração de 120 g·L–1.
Apresente seus cálculos.
Resolução
a) A equação química que representa a reação de neu-
tralização é:
NaOH(aq) + HCl(aq) → NaCl(aq) + H2O(l)
Equação iônica: H+(aq) + OH–(aq) → H2O(l)
b) Cálculo da massa de NaOH presente em 2L de
solução:
Volume (L) –––––––– massa (g)
1 –––––––– 120
2 –––––––– x
x = 240g de NaOH

Cálculo da quantidade, em mol, de HCl:


Massa de NaOH(g) ––––––– mols de HCl
40 ––––––– 1
240 ––––––– y
y = 6 mol de HCl

Cálculo do volume de solução de HCl:


Volume (L) –––––––– mol
1 –––––––– 12
z –––––––– 6
z = 0,5L

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
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Há décadas são conhecidos os efeitos dos CFCs, ou
freons, na destruição da camada de ozônio da atmosfe-
ra terrestre. Acredita-se que a diminuição da quantida-
de de O3 na atmosfera seja responsável pelo aumento
na incidência de câncer de pele, pois a radiação ultra-
violeta não mais é bloqueada com a mesma eficiência.
A ação destes gases, como o CF2Cl2, inicia-se com a
produção de átomos de cloro livres (Cl•), pela interação
das moléculas do gás com a radiação solar, seguindo-se
as reações:
1ª etapa: O3 + Cl • → O2 + ClO•
2ª etapa: ClO• + O3 → 2O2 + Cl•
a) Escreva a equação global para esta reação e identifi-
que o produto formado.
b) Considere a afirmação: “O mecanismo proposto para
a destruição da camada de ozônio equivale a uma
reação catalisada”. Justifique esta afirmação e iden-
tifique o catalisador.
Resolução
a) Somando as etapas, temos:
1ª) O3 + Cl • → O2 + ClO •
2º) Cl O• + O3 → 2O2 + Cl •
––––––––––––––––––––––––
2O3 → 3O2
123
gás oxigênio
b) O catalisador é Cl • (cloro livre), pois é consumido
na 1ª etapa e regenerado na 2ª etapa do processo.

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
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Pilhas recarregáveis, também denominadas células
secundárias, substituem, com vantagens para o meio
ambiente, as pilhas comuns descartáveis. Um exemplo
comercial são as pilhas de níquel-cádmio (Nicad), nas
quais, para a produção de energia elétrica, ocorrem os
seguintes processos:
I. O cádmio metálico, imerso em uma pasta básica
contendo íons OH– (aq), reage produzindo hidróxido
de cádmio (II), um composto insolúvel.
II. O hidróxido de níquel (III) reage produzindo hidróxi-
do de níquel (II), ambos insolúveis e imersos numa
pasta básica contendo íons OH– (aq).
a) Escreva a semi-reação que ocorre no ânodo de uma
pilha de Nicad.
b) Uma TV portátil funciona adequadamente quando
as pilhas instaladas fornecem uma diferença de
potencial entre 12,0 e 14,0 V. Sabendo-se que
E0 (Cd2+, Cd) = –0,81V e E0 (Ni3+, Ni2+) = +0,49V,
nas condições de operação descritas, calcule a dife-
rença de potencial em uma pilha de níquel-cádmio
e a quantidade de pilhas, associadas em série,
necessárias para que a TV funcione adequa-
damente.
Resolução
a) No ânodo da pilha de Nicad, ocorre a oxidação do
cádmio:
Cd 0(s) + 2OH–(aq) → Cd 2+(OH)2(s) + 2e–
b) • Cálculo da diferença de potencial em uma pilha de
níquel-cádmio:
∆V = ERED Ni3+ – ERED Cd2+
∆V = 0,49V – (–0,81V)
∆V = + 1,30V
Resolução alternativa:
Cd0(s) + 2OH–(aq) → Cd 2+(OH)2(s) + 2e– + 0,81 V
2 Ni 3+(OH)3(s) + 2e– → 2Ni 2+(OH)2(s) + 2OH–(aq) + 0,49V
__________________________________________________
Cd(s) + 2 Ni(OH)3(s) → 2Ni(OH)2(s) + Cd(OH)2(s) + 1,30V

• Como um aparelho de televisão portátil funciona


adequadamente quando as pilhas instaladas forne-
cem uma diferença de potencial entre 12,0 e 14,0
V, serão necessárias 10 pilhas associadas em
série:
1,30 V x 10 = 13,0 V

OBJETIVO U N E S P - ( P r o v a d e C i ê n c i a s E x a t a s ) D e z e m b r o /2 0 0 4
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“Substância proibida no Brasil matou animais no zooló-
gico de São Paulo”. Esta notícia, estampada nos jornais
brasileiros no início de 2004, se refere à morte dos ani-
mais intoxicados pelo monofluoroacetato de sódio, um
derivado do ácido monofluoroacético (ou ácido mono-
fluoroetanóico), que age no organismo dos mamíferos
pela inibição da enzima aconitase, bloqueando o ciclo
de Krebs e levando-os à morte.
a) Escreva a fórmula estrutural do ácido mono-
fluoroetanóico e identifique, indicando com setas e
fornecendo seus nomes, duas funções orgânicas
presentes neste composto.
b) Quanto maior a eletronegatividade do grupo ligado
ao carbono 2 dos derivados do ácido acético, maior a
constante de dissociação do ácido (efeito indutivo).
Considerando os ácidos monocloroacético, mono-
fluoroacético e o próprio ácido acético, coloque-os
em ordem crescente de acidez.
Resolução
a) A fórmula estrutural do ácido monofluoroetanóico
é:

O

H2C — C

OH
F

ácido carboxílico
haleto orgânico

b) Quanto maior a eletronegatividade do grupo ligado


ao carbono 2 dos derivados do ácido acético, maior
o efeito indutivo e maior a acidez.
• Ordem crescente de eletronegatividade:
H < Cl < F

• Ordem crescente de acidez:


ácido acético ácido monocloroacético
O O

H3C — C < H2C — C <


|
OH Cl OH

ácido monofluoroacético
O

< H2C — C
|
F OH

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Comentário de Química
Parabéns à banca examinadora, que conseguiu
fazer uma prova simples, clássica e sem complicações.

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