Capelania Hospitalar
Capelania Hospitalar
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Capelania
Hospitalar
CAPELANIA HOSPITALAR
INTRODUÇÃO
Ao visitarmos um enfermo no hospital, estamos visitando o próprio Senhor Jesus, que disse:
"... Estive enfermo e, me visitastes;... sempre que o fizestes a um destes meus irmãos,
mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes"(1)
O sofrimento, a dor, a enfermidade e o momento de crise destes pequeninos irmãos, justificam
a presença do cuidado pastoral no campo da saúde e solicita como um facho de luz. Como
amigo e irmão nas mesmas estradas da vida, como companheiro do momento da dúvida e da
necessidade, como Cristo, que na estrada de Emaús, enquanto os discípulos “conversavam
sobre aquilo que havia acontecido... juntou-se a eles e pôs-se a acompanhá-los”. Visitar é,
portanto, o ato de juntar-se a uma pessoa em crise com o objetivo de fortalecê-la, consolá-la e
acompanhá- la no momento difícil.
Encontramos exemplo de "visitação" já no Jardim do Éden, quando Deus passeava e visitava a
Adão e Eva(2). Assim sendo, "visitar" foi uma ação que começou com nosso Deus, o qual
também visitou a Israel várias vezes de forma direta: Abrão(3), Sara(4), Moisés(5), Josué(6),
Gideão(7), Samuel(8), Isaías, Jeremias(9).
A visita divina ao seu povo se tornou completa com a vinda de Jesus Cristo na plenitude
do tempo(10). No Evangelho de Mateus lemos: “Eis que a virgem conceberá, e dará à
luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, que traduzido é: Deus é
Conosco” (11). No Evangelho de João temos o relato da visita quando “o verbo se fez
carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a
glória do
unigênito filho de Deus.” (12). Este Verbo divino nos disse que não veio para os sãos,
mas para os doentes(13) e ainda nos diz “eu irei e lhe darei saúde” (14). Então, a visita
2
de Deus através de Jesus Cristo é fundamental para toda a humanidade porque através
dela temos a saúde eterna.
O Senhor Jesus também treinou seus discípulos para que visitassem(15) e deu seu
exemplo quando foi à casa de Zaqueu(16), quando visitou com Tiago a casa de
Pedro(17). E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André com Tiago e
João. E a sogra de Simão estava deitada com febre; e logo lhe falaram Dela. Então,
chegando-se a ela, tomou- a pela mão, e levantou-a; e imediatamente a febre a deixou, e
servi-os.” e mesmo quando visitou a casa do principal da sinagoga(18). Convém também
lembrarmos que o primeiro milagre foi numa casa, quando o Mestre transformou a água
em vinho(19).
Por todas estas evidências percebemos que Jesus dava enorme importância à visitação
dos enfermos, fato provado quando ele disse: “estava enfermo e me visitaste...” (20).
Este ato cristão de "visitar" também era percebido na Igreja Primitiva, Paulo foi
convidado a ir à casa de Lídia (21), Paulo e Silas foram à casa do carcereiro (22), Pedro
foi visitar a casa do centurião Cornélio por ordem divina(23).
Precisamos como Igreja do Senhor, levar uma palavra de paz para as pessoas que vivem
enfermas, sobrecarregadas e oprimidas. Precisamos anunciar o amor e o zelo de Deus
pelas suas vidas. Imitando a Jesus Cristo que sempre ouvia o clamor dos enfermos(24).
O amor que moveu Jesus a morrer por nós será o principal elemento a mover-nos neste
ministério de apoio e consolação aos enfermos.
Portanto, visitar e confortar são:
Empatizar com os que sofrem,
Levar uma palavra de esperança aos desesperados,
Dizer que vale a pena viver apesar das dificuldades existentes na vida.
Amar a Deus e ao próximo.
Levar alguém a ter alegria de aceitar o que é e, se conformar, com o que tem.
Fazer uma vida feliz e ser feliz também.
Compartilhar o amor, a paz e realização que Deus nos dá.
Excluir da nossa vida as palavras: Derrota e Desesperança.
Levar aos pés de Cristo, toda causa dos oprimidos, amargurados, desesperançosos.
Compartilhar com alguém, que o sofrimento, as dificuldades da vida é um meio pelo qual crescemos em direção
Deus, do próximo, e de nós mesmos.
Quando o Senhor Jesus aqui viveu o seu ministério era total (corpo, alma e espírito) não
podemos deixar de seguir seus passos. Hoje, a ciência médica reconhecer que a paz
espiritual do paciente pode contribuir muito para sua recuperação física. Raramente o
visitador achará as pessoas tão despida de máscaras e vaidade quanto numa enfermidade.
Através de conversas, encorajamento e oração, o servo de Deus se torna um agente do
poder curativo na crise de enfermidade.
O sofrimento físico nos leva a reconhecer que cada um de nós vai encontrar-se com a
própria morte. Pessoas enfermas e com sofrimento físico começam a levantar uma série
de perguntas: Por que isto está acontecendo comigo? Por que está acontecendo agora? O
que fiz para merecer isto? Vou ficar bom? Onde está Deus nesta situação? Será que
alguém vai cuidar de mim? Uma enfermidade pode ser acompanhada por dúvidas;
emoções de zanga, solidão, desespero, confusão, ira, culpa; e magoas. Com esta
realidade o visitador cristão, o apoio da comunidade de fé, e a ajuda prática em
circunstâncias de enfermidade são desafios para os membros da igreja de Cristo.
(1) Mateus 25:36,40.
(2) Gênesis 3: 8.
(3) Gênesis. 12:1, 15: 1 a 21, 17: 1 a 22, 18: 1, 22:
1.
(4) Gênesis. 21:1.
(5) Êxodo 3:1 a 5, 3:16, 6:1 a 3.
(6) Josue 1:1 a 9.
(7) Juízes 6:11.
(8) I Samuel 3:4, 15:10 e 11.
(9) Jeremias 1: 4 a 10 ; 33 : 6.
(10) João 3:16 e 17.
(11) Mateus 1:23.
(12) João 1:14..
(13) Marcos 2:17.
(14) Mateus 8:7.
(15) Mateus 10: 6; Mateus 9 : 35 (16) Lucas 19 :5.
(17) Marcos 1:29 e 31.
(18) Marcos 5 : 38 a 43.
(19) João 2 :1 a 9.
(20) Mateus 25:36.
(21) Mateus 25:36,40.
(22) Atos 16 : 31 a 33.
(23) Atos 10:1-20. (24) Mateus 9:1-8.
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A maneira como vê a enfermidade tem grande influência na maneira como você irá
tratar o paciente que visita, por isso, é necessário temos uma visão clara do que a
Bíblia nos diz sobre a enfermidade.
A Bíblia nos fornece pelo menos quatro conclusões sobre as enfermidades que
podem ser úteis nas visitas hospitalares.
Através de suas palavras e atos, Jesus ensinou que doença, embora comum, é também
indesejável. Ele passou grande parte do seu tempo curando os enfermos, encorajaram
outros a fazerem o mesmo e mostrou a importância do cuidado cheio de amor
daqueles que são necessitados e doentes. Mesmo dar a alguém um gole de água era
considerado digno de elogios e Jesus indicou que ajudar um doente era o mesmo que
ministrar a Ele, Jesus 1].
Quando Jó perdeu sua família, bens e saúde, três amigos vieram visitar com a boa
intenção de consolar, apesar da boa vontade, foram ineficazes, argumentou que todos
esses problemas eram resultados do pecado. Jó descobriu, porém, que a doença nem
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A Bíblia não apoia os cristãos que afirmam que os doentes estão fora da vontade de
Deus ou lhes falta fé. Deus jamais prometeu curar todas as nossas moléstias nesta
vida e é tanto incorreto como cruel ensinar que a saúde instantânea sempre virá para
aqueles cuja fé é forte.
C.S. Lewis no seu livro, Problema do Sofrimento, resumiu duas questões básicas que
enfrentam todos os que sofrem e que são geralmente levantadas nas visitas: Se Deus
é bom, porque ele permite o sofrimento? Se ele é Todo-Poderoso, porque não
suspende o sofrimento?
Volumes inteiros têm sido escritos para responder a essas perguntas e o visitador
cristão poderia beneficiar-se com a leitura de alguns deles[7].
Hoje existe uma questão polêmica. É o problema da eutanásia junto com o direito de
morrer com dignidade. Esta problemática levanta questões tais como: O que é vida?
Vale a pena viver com tanto sofrimento? Qual é o valor de prolongar uma vida que
vai morrer mesmo? Quem tem direito para um tratamento médico? Como crentes
precisamos de nos envolver nestas questões para defender e resgatar os princípios e
valores bíblicos.
Uma enfermidade pode acontecer por uma variedade de causas. Algumas doenças
surgem por meio de um vírus; por falta de higiene; por causa de defeitos genéticos;
por causa de um acidente; por falta de uma alimentação correta ou adequada; ou
velhice. Mas uma enfermidade envolve mais do que um problema físico. Junto com a
enfermidade pode acontecer problemas emocionais, psicológicos, ou espirituais.
Quem trabalha com os enfermos deve saber lidar com os seguintes problemas:
3. A reação da família.
Quando uma pessoa fica enferma, sua família é afetada e, percebendo isto, o paciente
se perturba. As mudanças na rotina familiar devido à doença, problemas financeiros,
dificuldades em organizar as visitas ao hospital, e até a perda da oportunidade de
manter relações sexuais para o casal, podem criar tensão que ocasionalmente redunda
em fadiga, irritabilidade e preocupação.
4. Sentimento de esperança
A Dor Física, as emoções do paciente, e as reações da família, nos dão a impressão
de um quadro sombrio da enfermidade. Mas em todas as fases da enfermidade, o
paciente passa pelo sentimento de esperança. O ditado popular “a esperança é a
última que morre”, é real no momento na doença, e quando o paciente deixa de
manifestar esperança, trata-se geralmente de um sinal que a morte se aproxima.
Mesmo pessoas gravemente enfermas, que têm uma ideia real sobre a sua condição,
descobrem que a esperança as sustenta e encoraja especialmente em momentos
difíceis.
Pesquisas médicas verificaram que os pacientes sentem-se melhor quando há, pelo
menos, um raio de esperança. Isto não significa que devamos mentir sobre a condição
do paciente. Mas, a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross em seu livro, Sobre a Morte e o
Morrer, escreve que “partilhamos com eles a esperança de que algo imprevisto pode
acontecer, que podem ter uma melhora, vindo a viver mais do que o esperado”.
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O cristão tem ainda mais esperança no conhecimento de que o Deus cheio de amor, o
soberano do universo, se interesse por ele tanto agora com na eternidade. Por isso, a
grande missão do visitador é levar consolo e esperança aos pacientes, e o visitador
cristão tem como recuperar a esperança daqueles que passa por tantas dores e
sentimentos variados.
[1]
Mateus 25:39,40.
[2]
João 9: 2,3.
[3]
Mateus 9:2-6.
[4]
Mateus 9:20-21.
[5]
Marcos 7:24-30; 9:20-27; Mateus 9:18, 19, 23-26.
[6]
Mateus 13:58.
[7]
O Sorriso Escondido de Deus, John Piper, Shedd Publicações, 2002.; Maravilhosa Graça, Philip Yancey Vida, 1999.; Deus sabe que sofremos, Philip
Yancey, Vida, 1999;A Bíblia que Jesus Lia, Philip Yancey, Vida, 2000; Decepcionado com Deus, Philip Yancey, Mundo Cristão, 1996; O
Assuntos que devem ser avaliados com respeito ao trabalho com os enfermos:
O hospital é uma instituição que busca uma cura física. Temos que respeitar o
ambiente, a estrutura hospitalar e trabalhar dentro das normas estabelecidas.
Como evangélicos a Constituição Brasileiro nos dos direitos de atender os
doentes, porém não é um direito absoluto. Devemos fazer nosso trabalho numa
forma que não atinja os direitos dos outros.
Como é que você encara uma doença ou o sofrimento humano? Tem que avaliar
suas atitudes, seus medos, suas ansiedades, etc. Nem todos podem entrar numa
enfermaria ou visitar um doente no lar, porque não é fácil lidar com situações que
envolve o sofrimento humano.
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A Prática
Como capelão visitador de um Hospital, a pessoa deve procurar desenvolver um
ministério prático de visitação. Este projeto de Voluntários para a Capelania do
Hospital que segue representa o aprendizado da teoria que foi confirmada e ampliada
na prática. Cada experiência de Capelania Hospitalar ou cada visita aos enfermos são
experiências distintas. Porém, os princípios, os valores, as regras, e as normas são
semelhantes e válidos para todos os casos.
2. Deve:
1. Identificar-se apropriadamente.
2. Reconhecer que o doente pode apresentar muita dor, ansiedade, culpa, frustrações,
desespero, ou outros problemas emocionais e religiosas. Seja preparado para
enfrentar estas circunstâncias.
3. Usar os recursos da vida Cristã que são: oração, Bíblia; palavras de apoio,
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3. Não deve:
19. Prometer que Deus vai curar alguém. Às vezes Deus usa a continuação da
doença para outros fins. Podemos falar por Deus, mas nós não somos o Deus
Verdadeiro.
20. Falar num tom alto ou cochichar. Fale num tom normal para não chamar atenção
para si mesmo.
21. Espalhar detalhes ou informação íntima ou o paciente. Pode orientá-los, mas deixe
12
Numa visita hospitalar ou numa visitação em casa para atender um doente, sempre
observamos vários níveis de comportamento. Cada visita precisa ser norteada pelas
circunstâncias, os nossos objetivos ou alvos, e as necessidades da pessoa doente.
• O que você espera fazer nas próximas férias (outro evento ou data importante)?
Os enfermos passam por momentos críticos. Devemos ficar abertos e preparados para
ajudar com visitas e conversas pastorais. Os membros de nossas igrejas podem atuar
nessa área. Uma visita pastoral ou conversa pastoral serve para dois aspectos de
nossa vida.
Primeiro, uma visita demonstra nossa identificação humana com o paciente. Como
ser humano nós podemos levar uma palavra de compreensão, compaixão, amor,
solidariedade e carinho.
13
Por outro lado, não devemos insistir para que o entrevistado defenda seu ponto de
vista, ou utilize determinado vocabulário ou estilo de linguagem. Não devemos
expressar julgamento para não tolher a fluência de seus sentimentos.
com qualidade de vida melhor, até mesmo depois de saber da severidade da doença
deles (2).
No estudo de 1.600 pacientes de câncer, a contribuição espiritual ao paciente que
tinha boa qualidade de vida era semelhante ao seu bem estar físico. Entre pacientes
com sintomas significantes como fadiga e dor, esses com vida espiritual atuante é
tido com uma qualidade significativamente mais alta de vida (3).
1.6. A satisfação do paciente e sua família com o cuidado espiritual provido por
capelães.
Estudos indicam que 70 % dos pacientes está atento às necessidades espirituais
relacionados à doença deles (22).
Os capelães e voluntários podem reduzir e podem prevenir abuso espiritual, agindo como
guarda para proteger os pacientes de proselitismo. Códigos de éticas profissionais estipulam
que os capelães eles têm que respeitar as convicções de fé e práticas de pacientes e famílias.
Os capelães e voluntários ajudam para os pacientes e seus familiares a identificar os seus
valores relativos a escolhas de tratamento no fim da vida e comunicam esta informação ao
pessoal de saúde(27).
Os capelães e voluntários ajudam os hospitais a desenvolver a sua missão, valor, e
declarações de justiça sociais que promovem curando para o corpo, mente e espírito.
Especialmente para hospitais que sãos suportados por igrejas, eles promovem consciência
de missão.
Os capelães e voluntários ajudam hospitais cumprirem uma variedade de cuidado espiritual
e apoio para os pacientes e seus familiares.
É de muito valor o cuidado espiritual provido por capelães eficientes. Um estudo do custo
de capelania foi publicado informando que os serviços de capelães profissionais variam
entre US$ 2,71 e US$ 6,43 por visita de paciente(28).
Adicionalmente, aproximadamente três quartos de executivos de HMO informaram em uma
pesquisa que a espiritualidade (expressa pela oração pessoal, meditação espiritual e
religiosa) pode ter um impacto no bem-estar, então pode ajudar no impacto do custo(29).
LIVROS RECOMENDADOS:
1. Rosas de Setembro, Marylyn Willett Heavilin, Candeia, 1989.
2. Deus sabe que sofremos, Philip Yancey, Vida, 1999.
3. Mulheres ajudando Mulheres, Elyse Fitzpatrick, CPAD, 2001 4. Decepcionado com
Deus, Philip Yancey, Mundo Cristão, 1996.
5. Parceiros de Oração, John Maxwell. Editora Betania, 1999.
6. Igreja: Por que me importar?, Philip Yancey, Editora Sepal, 2000
7. No Leito da Enfermidade, Eleny Vassão, Cultura Cristã, 1997.
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NÃO SE PRECIPITE. Creia que o Espírito Santo de Deus estará agindo enquanto você
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Respeite as normas dos hospitais. Prepare-se com antecedência. Escolha um texto bíblico
previamente. Se puder, leve para o enfermo alguma literatura.
Não fique ansioso por frutos imediatos e visíveis. Não se esqueça que um é o que planta,
outro o que cega, mas Deus é quem dá o crescimento (I Cor 3:6-8).
PARA REFLETIR
Dez mandamentos de ternura e compreensão:
• Dê-lhe atenção.
• Faça-o sentir-se à vontade e confortável.
• Alegrem-se com ele nos seus pequenos sucessos.
• Escute-o com atenção e envolva-o nas conversas familiares.
• Partilhe o seu tempo com ele.
• Elogie-o.
• Compreenda-o, pondo-se no seu lugar.
• Seja seu companheiro.
• Estimule-o nos seus projetos.
• Incuta-lhe esperança.
Base: amor
-Uso de misericórdia por aqueles que sofrem. É esse tipo de amor que Deus oferece ao
homem. Não exige nada do outro, além do que lhe aceite. Quando alguém reconhece
esta oferta de amor que vem de Deus, seu relacionamento com Ele será mais
significativo, podendo sustentar ou reabilitar um relacionamento enfraquecido por uma
doença.
- Alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a necessidade
deamor está suprida. Estes são benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas
esperam encontrar tudo isto em você, querido(a) irmão(a) que se dispõe a desenvolver
este ministério. Para elas você é o(a) representante de Deus. Que Deus você representa?
- Muitos pensam em Deus apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento com
opaciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e
o seu temor. O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas
condena o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que
perdoa.
Recursos pessoais - Avaliação Exercício Individual (extraído do livro, "Cuidado Espiritual
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do Paciente"). O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus
próprios recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-lo com eficiência. Os
nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes.
- As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem
crescimento e conhecimento de nós mesmo, desenvolvem a compreensão para com o
sofrimento dos pacientes.
Uso de si mesmo
Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida?
De que forma essa experiência foi negativa?
De que maneira foi construtiva?
Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo?
O que você aprendeu sobre outras pessoas? O que você aprendeu sobre Deus?
O uso da oração
A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; De que forma?
O uso da Bíblia
O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um
recurso para você?
O ministro religioso.
De que forma seu ministro religioso tem sido um recurso pessoal para você?
Como você poderia utilizar melhor os recursos do ministro religioso?
O visitador ou capelão será parte desse pessoal, pois passará a lidar com o doente e muitas
vezes até se envolvendo com muitos dos seus problemas. Às vezes este relacionamento não é
muito fácil. Algumas falhas são encontradas. Surgem alguns problemas.
Mas com amor e vontade de ajudar seremos úteis àqueles que sofrem e realizaremos um bom
trabalho. Hierarquia, regulamentos, normas de trabalho, horários, etc. Devem ser respeitados
rigorosamente. Portanto, qualquer observação, críticas a serem feitas, pedidos de
informações, deveram ser dirigidos a quem de direito.
O Capelão deve trabalhar em harmonia com a enfermeira que está sempre em contato
com o doente, e este depende muito dela. 2. A enfermeira tem condições de sentir e
transmitir ao visitador as várias reações do doente. Por esta razão é muito importante
que a visitador.
Procure a enfermeira para cientificar-se da condição física e psicológica do paciente.
O Capelão deve guardar confidencia daquilo que a enfermeira lhe relatou sobre o
doente.
O Capelão deverá lembrar-se de que o tempo da enfermeira é precioso, devendo por
isso evitar perguntas fora da área de visitação.
IV. O ENCONTRO DO CAPELÃO COM O PACIENTE
Lembre-se que a pessoa mais importante do hospital é o doente. Ele precisa sentir-se querido,
amado, lembrado e considerado.
1. Ao entrar no quarto o Capelão deverá cumprimentar o paciente, contudo sem, lhe apertar a
mão, a não ser que o paciente estenda a sua.
2. O visitador deve colocar-se numa posição de modo que o paciente possa vê-lo sem muito
esforço.
3. Nunca sentar-se na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser
contaminado por ele.
4. Evitar visitas na hora das refeições e repouso.
5. As visitas não devem ser muito longas. Muitas vezes as melhores visitas são as mais
curtas. Entretanto, o visitador não deve demonstrar que está apressado.
6. Não fazer muitas perguntas na primeira visita. Outras informações podem ser colhidas na
próxima visita. O paciente se cansa com muita facilidade.
7. Evitar interjeições, discussões, polêmicas, notícias tristes e alarmantes. O visitador deve
evitar semblante de compaixão (pena).
8. Lembrar sempre que o doente é muito sensível, a perfumes, luz cores vivas, sons.
9. Nunca se mostrar insultado ou irritado com o doente como também, não falar de si mesmo,
nem de seus problemas.
10. Nunca demonstrar que está cansado, preocupado ou sentindo algum mal estar, pois o
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menos em público.
Tristeza ao chegar, por temer sair em um caixão.
Ansiedade de ver os parentes e avisar-lhes de sua situação.
B. Depois da internação
24.Emoção ao tomar posse da cama e o uniforme de enfermo; vários complexos.
25.Adaptação a um horário de medicamentos, moléstias, dor (rotina hospitalar).
26.As perguntas cansam (o porquê da internação).
27.Ansiedade de deixar o mais rápido possível o hospital (considera uma prisão).
28.Há preocupação pela morte. PENSA-SE EM DEUS.
29. Resignação por causa do desejo de restaurar a saúde, quando medicamentos e comidas
são desagradáveis ao paladar.
30. Considera-se a enfermidade, como sinônimo de castigo, alguns se resignam, aceitando
que se faça a vontade de Deus.
31. Ha muita sensibilidade: a) Faz-se avaliação de caráter de todas as pessoas com quem se
mantém contato. b) Fazem-se críticas. c) Preocupam-se com os parentes quando sai um
morto. d) Preocupa-se com os que choram ou gemem. e) Há um desejo de realizar
qualquer coisa - passear, ler, cantar, escrever, ajudar o (a) companheiro(a) de cama (se
pode, claro!). O sofrimento os une, mesmo sem serem amigos.
C. Parentes e amigos
A solidão leva a ansiedade de ver as pessoas mais queridas.
Pensa-se que se não vem e porque são falsos amigos ou não o consideram.
Alguns parentes e amigos se emocionam ao ver pela primeira vez o internado (choram ou
empalidecem, assustam-se); outros se resignam e consolam o paciente, dizendo que estão
para aceitar a vontade de Deus. Outros se mostram alegres.
Os amigos e parentes contam as experiências de seu mundo. Uns trazem alegrias, outros
tristezas, mais sofrimento.
O paciente se preocupa com os parentes que são chamados e não aparecem.
As visitas dos pacientes do lado (se são abertas) estimulam com seus cumprimentos e
depois sua amizade.
Há alegria pelos novos amigos.
Compartilham com todos a alegria de sair.
Promessa de visitar o (a) companheiro (a) que fica por mais tempo.
MÉTODO DE ABORDAGEM
a) Crianças
Para a criança é penoso o adoecer porque ela não compreende as implicações da enfermidade.
Que fazer? Tratar com naturalidade.
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Neste caso, os pais ou familiares mais próximos são os que precisam de assistência espiritual
em virtude do cansaço, do abatimento físico, emocional. Uma a palavra de animo, conforto e
consolação, mas sobretudo uma mensagem de fé e esperança no Senhor, será oportuna.
Lembrar-lhes que Jesus ama as crianças e que devem deixá-las aos cuidados do Senhor, Mt
19:13-15; Lc 18:15:17.
b) Adolescentes e Jovens
O jovem é o ser humano que mais ama a vida. A enfermidade para ele é essencialmente
traumática porque e contra o que ele espera da vida. Na maioria das vezes, vamos encontrálo
revoltado, dificultando o diálogo. Faz- se necessária uma atitude de muita compreensão e
também muita habilidade. O mais recomendável é ajudá-lo a expressar os sentimentos
negativos (todas) sem julgamento e encarar a realidade de sua doença de maneira positiva (Lm
3:27).
c) Adultos e a depressão
O medo de invalidez é bastante acentuado e isto causa desânimo,. Isto está relacionado com as
perdas. Perda de oportunidade, de um emprego, posição, liberdade e inclusive bens. Medo de
depender. Confiança em Deus é o remédio. Fazê-lo entender que Deus está vivo e que tem o
controle de tudo, pode dar esperança e coragem para enfrentar todos os acontecimentos da
vida. Ele supre todas as nossas necessidades, Sl 24; Fp 4:19.
MÉTODO DE ABORDAGEM
Velhice
A doença na velhice é problemática; significam além da mudança de status, função, etc.
Enfermidade na velhice é igual a solidão, intensificada pelas fraquezas da idade e a debilidade
da própria doença. Ensinar que o amor e cuidado de Deus por seu povo não diminuem com o
tempo ou passar dos anos, (Is 46,4).
Casos especiais
1. Perda - por acidentes, cirurgias, etc. O paciente normalmente passa por estado
de choque da realidade ou como, por emoções choro, depressão, solidão. Ajude-
o a reformular sua autoimagem, reconhecendo o seu valor diante de Deus (ser
integro). Expressado por negação Para o paciente nessas circunstâncias pode ser
muito difícil perceber o amor de Deus e entender a Sua vontade. Citar textos
bíblicos já decorados como: "... todas as coisas contribuem para o bem daqueles
que amam a Deus", etc., em geral não ajuda, pelo contrário, só faz aumentar sua
revolta, e baixar a sua auto-estima. Atitude de compreensão é a base para esses
casos.
pode ser a impressão inicial do paciente, na maioria das vezes não corresponde à
realidade; o paciente cardiopata hoje em dia é estimulado a praticar exercícios e
abandonar a vida sedentária. - Papel do visitador (capelão): recuperar a imagem
de Cristo no paciente) (muitas vezes inacessível, trancado). É necessário visitá-
lo diariamente.
Paciente de Câncer
É um paciente por demais dependente. Depende de tudo e de todos. Voltado para si mesmo, e
sempre movido de auto-compaixão. É individualista. Consciente ou inconscientemente
alimenta o sentimento de culpa: ("estou sendo castigado"; "o que eu fiz?"; "por que isto
aconteceu comigo?", etc.). É facilmente tomado pela depressão, pensa muito na morte Teme
cirurgia que possa mutilar um de seus membros ou partes do seu corpo. Normalmente tem
dificuldade de relacionar-se com o pessoal responsável pelos cuidados médicos. Acha que está
abandonado e em consequência disto se revolta contra tudo e todos. Suas emoções mais
comuns:
1. Medo (vários aspectos);
2. Culpa;
3. Sentimento de rejeição - inferioridade;
4. Negação da realidade.
Como ajudá-lo:
1. Considerando-o como um caso especial. Necessita de afeto;
2. Ajudá-lo a restaurar suas relações humanas;
3. Encorajá-lo a expressar os seus sentimentos, especialmente os de ira, revolta;
4. Ajudá-lo a se reconciliar com o mundo em que vive;
5. Incentivá-lo a confiar na medicina;
6. Ajudá-lo a tornar-se independente;
7. Visitá-lo com frequência, demonstrando real interesse por ele;
8. Fazê-lo reconhecer suas reais necessidades de reconciliação com Deus atravésde
Cristo.
4. Paciente em U. T. I.
Normalmente paciente grave, frágil, inseguro, angustiado. (Sente muita solidão) em virtude
do isolamento de tudo e de todos. Horário de visita é restrito. Na maioria das vezes o contato é
apenas auditivo. Ouve-se de outros pacientes: queixas, gemidos, etc. Espaço reduzido - tira a
visão normal do paciente; relação com o mundo exterior é completamente cortada. A ausência
da família é muito sentida. Também a ausência de um médico com vinculo responsável. O
maior incômodo é ter necessidades fisiólogicas em "comadres". Perda da posse do corpo e da
identidade (regressão adaptativa). Raros são os médicos que pedem auto- realização do
paciente (sondas, banhos, etc.), especialmente mulheres e idosos. Há dificuldade em dormir;
luz acesa todo o tempo. Perda da noção do tempo. Contato íntimo com a morte ("Se eu ficar
bonzinho...", "Por quê?", "O que eu fiz a Deus?"). Enfim ha uma grande invasão ao paciente
(manipulação). Justificativa: não há tempo de explicar. Como Agir: tratar o paciente com
muita compreensão. Procura ameniza ou aliviar suas tensões com oração, palavras de
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CULTOS:
Devem ser bastante simples de modo que seja agradável participar deles.
A mensagem deve se breve e objetiva, com duração de dez (10) a quinze (15) minutos, no
máximo.
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O pregador deve ter uma visão ampla do reino de Deus. O ministério no hospital não é
oportunidade para angariar mais adeptos para a sua igreja ou denominação, mas "abrir o
coração para as verdades sublimes do evangelho".
O culto em hospital tem suas características peculiares. Alguns incorrem no erro gravíssimo
de apresentarem a "liturgia comum" de suas comunidades eclesiásticas. Outros pregam como
se estivessem numa grande praça publica ou num "palanque armado". São tão impessoais! A
voz ensaiada, artificial, que chegam a gritar. Esquecem-se de que o enfermo e muito sensível,
especialmente a "sons". O "sermão" deve ter um bom propósito (é essencial). Não é necessário
dizer alguma coisa, mas ter uma mensagem a entregar. Mensagem que sai da Palavra de Deus,
deve sempre terminar com ponto positivo. Exemplo: Pecado (culpa) apresentar a Cristo como
salvador. Cristo está interessado. Ele quer salvar o pecador. Falar (relatar) da vida de alegria
quando se aceita a Cristo.
Psiquiatra Elisabeth Kübler Ross, no seu Livro, "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as
etapas pelas quais as pessoas passam antes de morrer. Compreendendo-as, teremos melhor
condição de ajudar o paciente. A. Negação - é a primeira reação do paciente ao receber o
diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença incurável. A negação funciona como um
pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes. É uma forma saudável de lidar com a
situação difícil, dolorosa (amortecedor de angústia). Normalmente a negação é uma defesa
temporária. É usada por quase todos os pacientes ou nos primeiros estágios da doença ou logo
apos a constatação; alguns adotam a negação durante a maior parte de sua vida. Esse
mecanismo de defesa é também usado pela família (mais difícil) e pelo próprio médico. O
médico nega para negar sua própria angústia que traz à tona a angústia da própria morte. Sua
"onipotência" é ameaçada.
Frustração
Neste período, os pacientes costumam trocar de médicos ou achar que houve engano nos seus
exames. Expressões como: "Não, não pode ser comigo!", "Não, eu não", etc. são muito
comuns. Ele pode falar sobre coisas importantes para sua vida; pode até falar acerca da morte
ou da vida após a morte de maneira surpreendente, fantástica. Neste ponto precisamos de
muita habilidade para entender as dicas que o paciente está dando. É o momento que ele
prefere voltar-se para as coisas mais alegres e felizes. Permitir que ele sonhe, mesmo que a
nosso ver algumas situações sejam pouco prováveis ou de remota realização. Ser um ouvinte
sensível, deixar que o paciente faça uso de suas defesas sem se conscientizar de suas
contradições. Embora a negação seja uma defesa temporária, durante certos momentos o
paciente volta a utilizá-la porque e possível encarar a morte de frente durante todo o tempo.
Raiva
O segundo estágio e o da raiva. Quando não é mais possível manter a negação, ela é
substituída por agressividade, sentimentos de raiva, de revolta, de inveja, e de ressentimento.
"Por que eu?" Talvez esta seja o estágio mais difícil para lidar; tanto do ponto de vista da
família como do pessoal do hospital. Essa raiva se propaga em todas as direções. Os doentes
reclamam de tudo e de todos: “Os médicos não; prestam” “são incompetentes”. Na maioria
das vezes as enfermeiras são o alvo constante dessa raiva. As visitas dos familiares são
recebidas sem entusiasmo. A relação deles e de choro, pesar, culpa e humilhação; alguns
evitam visitas, aumentando a mágoa e a raiva do paciente. Essas reações estão a declarar:
"Não esqueçam que eu estou vivo!”; "Vocês podem ouvir a minha voz, ainda não morri".
Atitudes e compreensão,atenção e carinho devem ser dispensadas, ajudando melhor o paciente
a lidar com a raiva. Infelizmente, nem sempre isto acontece; enfermeiros e familiares
retribuem com
uma raiva ainda maior, alimentando o comportamento hostil do paciente, a sua revolta contra
Deus e as pessoas.
Barganha
Este é o terceiro estágio, possivelmente o menos conhecido, mas útil ao paciente; “primeiro
exigem, depois pedem por favor”. A barganha é a tentativa de adiamento. São mantidas
geralmente em segredo e feitas a Deus (maior consagração; promessas de doar parte de seu
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corpo para benefício de ciência ou de outros; o que alguns chamam "dividas com a vida"). As
promessas podem estar associadas a uma culpa escondida. É importante que estes aspectos
sejam considerados e que se procure descobrir qual o motivo da culpa, aliviando-o dos seus
temores. Quando o paciente não pode mais negar a sua doença, pois apesar do tratamento não
acontece melhoras, ao contrário, está mais debilitado, ele entra em depressão.
A autora Elizabeth K. Ross fala da depressão sob dois aspectos:
1) Depressão reativa causada pelo desconforto da doença ou consequências do tratamento
(perda).
2) Depressão preparatória - e um instrumento na preparação da perda iminente de todos os
objetos amados. Ela facilita a aceitação.
Neste caso não convém animar o paciente para olhar o lado alegre, risonho da vida. Dizerlhe
para não ficar triste não ajuda em nada. O paciente está prestes a perder tudo e todos os quem
ama. Deixar que ele exteriorize seu pesar faz com que aceite mais facilmente sua aceitação.
Fase quase terminal. Nossa atitude deve ser de muita compreensão. Há pouca ou nenhuma
necessidade de palavras. A presença e contato físico são muito importantes. Podem ser
expressos por "um sentar ao lado" silencioso; “um toque carinhoso na mão”; afago nos
cabelos. Este é o momento de orar e apresentar a mensagem de esperança, nova vida com
Cristo. Nem sempre se entende que este tipo de depressão é benefício e permite que o paciente
morra num estágio de aceitação e paz. Muitos tentam animá-lo, retardando a sua preparação
emocional, causando-lhes mais tristezas e angústias por se ver forçado a lutar pela vida,
quando estava pronto a se preparar para a morte. E. Aceitação - se o paciente tiver tido o
tempo necessário (não ter morte súbita ou inesperada) e tiver recebido alguma ajuda, poderá
atingir um estágio em que não mais sentirá raiva ou depressão quanto ao seu destino. Estará
bastante fraco e cansado, mas é provável que tenha externado seus sentimentos de inveja pelos
vivos e sadio, e sua raiva por aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão cedo.
Nesta fase ele vai cochilar bastante, dormir com frequência. Não é sono de fuga. À medida
que ele, a véspera da morte encontra certa paz e aceitação, seu circulo de interesse diminui.
Deseja que o deixem sós, ou que pelo menos que não o perturbem com notícias do mundo
exterior. Os visitantes quase sempre são indesejados, e o paciente já não sente vontade de
conversar com eles. E provável que só segure nossa mão num pedido velado que fiquemos em
silêncio. Para quem não se perturba diante de quem está para morrer, estes momentos de
silêncio podem encerrar as comunicações mais significativas. Há alguns pacientes que lutam
até o fim, que se debatem e se agarram a esperança, tornando impossível atingir este estágio
de aceitação. Quando
deixam de lutar, a luta acaba. Quanto mais se debatem para driblar, a morte é inevitável,
quanto mais tentam negá-la, mais difícil será alcançar o estágio final de aceitação, paz e
dignidade. O ministério (trabalho) com o paciente terminal requer certa maturidade que só
vem com a experiência. É necessário um auto-exame da nossa posição diante da morte e do
morrer para podermos sentar tranquilos e sem ansiedade ao lado de um paciente terminal.
Finalmente, "cuida dele (cuida deste homem)..." Lucas 10:25-37.
1. Indo ao encontro dele;
2. Identificando-te com ele e seu sofrimento;
3. Tratando-o com dignidade;
4. Respeitando-o;
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5. Aceitando-o, amando-o para que ele também conheça o amor de Cristo derramado
noteu coração.
"Então dirá o Rei... vinde, benditos de meu Pai... Porque estive enfermo e
visitastesme". "Em verdade vos digo que quando o fizerdes a um destes meus
pequeninos irmãos, a mim o fizeste" (Mateus 25:34-40).
Bibliografia
PETTRY, W. Ernest. Ministrado a Palavra de Deus – ICI – SP – 1987.
PENTECOSTAL, Bíblia de Estudo. Edição Brasileira, RJ: CPAD, 95.
a. THOMPSON, Bíblia de Referência. Edição Contemporânea, RJ: Ed. VIDA, 95.
Agradeço ao Senhor Jesus por poder abençoar vidas através desta obra.
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