Filosofia - Resumo
Filosofia - Resumo
Filosofia - Resumo
Definição etimológica: A palavra provém do grego onde Philos significa ……Sophia significa( sabedoria ou saber). A
origem da palavra filosofia cabe ao pensador Pitágoras.
-Aristóteles: A filosofia é o estudo dos primeiros princípios e causas últimas de todas as coisas
- Cícero: A filosofia é o estudo das …… humanas e divinas das coisas.
- Descartes: A filosofia ensina a raciocinar bem
-karl marx: A filosofia é uma prática de transformação social e política
-Ngoenha: A filosofia ajuda a resolver os problemas da humanidade e é um instrumento de emancipação
➥ funções da filosofia:
-teórica: enquanto ajuda o homem a analisar o mundo, a reflectir sobre todas as coisas
-prática: pelo facto de ela nos impelir a uma atitude existencial,a um novo tipo de comportamento, fruto de reflexão
filosófica
➥ Métodos da filosofia:
-Método crítico analitico: o estudo de realidades sociais
-Método lógico racional: para o estudo de realidade de ordem teórica e meta-empírica
➥ Disciplinas da filosofia:
➸ Metafísica geral: questões que estão ligadas além da ciência (Deus existe?; Há vida depois da morte?)
➸ Ontologia: estuda teorias sobre o ser (o que é real?; porque existe o ser e não o nada?).
➸ Metafísica específica:
- cosmologia racional: estuda racional da natureza, usando o pensamento lógico
- psicologia: estuda os fenômenos psíquicos da alma
➸ Teodiceia: interessa pelo problema de Deus. Justificação da possibilidade da sua existência pela cia racional e não
pela fé.
➸ Epistemologia: os métodos e a validade do conhecimento científico e a sua importância e limites
➸ Teoria do conhecimento / gnosiologia: ocupa-se nos problemas do conhecimento, reflexão sobre o conhecimento e
origem.
➸ Logia: estabelece as regras que devem reger o pensamento humano
➸ Antropologia: reflexão que procura compreender a natureza do homem.
➸ Ética: estuda os costumes do ser humano em comunidade
➸ Estética: estuda o belo
➸ Filosofia política: estuda as melhores formas de organização de uma comunidade
Lógica I
CONCEITO: lógica tem vários conceitos/definições:
•É a ciência das formas válidas do pensamento;
•É o estudo sistemático das formas ou procedimentos com os quais a razão elabora o saber;
•É a ciência das operações da inteligência, orientadas para a conquista da verdade;
•É a ciência das condições do pensamento correcto e do pensamento verdadeiro;
•É a arte que orienta todo o acto racional, de uma maneira ordenada e isenta de erro.
Definindo a lógica como a ciência que estuda as regras das operações válidas e os processos utilizados pelas várias
ciências em busca da verdade, isto é, estuda as condições do pensamento que procura alcançar a verdade.
➥Objecto da logica:
-Objecto formal: preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes são
coerentes e não têm nenhuma contradição interna.
Ex: O Vaticano é o maior país do mundo (está bem gramaticalmente mas não é verdade)
-Objecto material: analisa não só a coerência do enunciado, mas também a sua concordância com a realidade.
Ex: O Vaticano e o menor país do mundo (está bem gramaticalmente e é verdade)
Textual: o discurso está num texto escrito ou oral que se constitui como uma sequência de enunciados ordenados de
uma forma coerente.
Lógica racional: o discurso é formulado de acordo com uma dada sequência e encadeamento lógico de proposições.
Argumentativa: no discurso e situação de diálogo, ou outra, os sujeitos comunicam as suas razões, argumentos e
provas para justificar os seus pensamentos e posições.
Comunitária e institucional: o discurso é sempre configurado numa língua que assimilamos à nascença ou que
aprendemos depois e que pertença de uma dada comunidade ou cultura.
Ética: o discurso deverá obedecer e respeitar um código do discurso que podemos chamar de “ética da discussão”,
“ética argumentativa” ou “ética da comunicação”
Esse código define que os participantes no discurso devem e podem:
- Falar com verdade
- Ter como princípio do seu discurso chegar à verdade
- Afirmar o que acreditam
- Ser isentos e respeitar e fazer respeitar a sua isenção e a dos interlocutores
- Evitar a contradição
- Ter subjacente ao discurso entre sujeitos livres a vontade de chegar a um acordo ou consenso
➥ Princípios da razão
Os princípios da razão – são fundamento e garantia de possibilidade da coerência do pensamento. Foram enunciados
por Aristóteles na lógica clássica.
Uma proposição é a expressão verbal do juízo – é uma frase declarativa pela qual se expressam juízos e sobre a qual se
pode afirmar a falsidade ou verdade. (ex: os Moçambicanos são africanos.)
➸ Princípio da identidade
Em termo de coisas:
- Uma coisa é o que é.
- O que é,é; o que não é , não é. EX: uma cadeira é uma cadeira não uma televisão.
- A é A.
Em termo de proposição:
- Uma proposição é equivalente a si mesma.
➸ Princípio da não contradição e a negação da proposição
Em termo de coisas:
- Uma coisa não pode ser e não ser simultaneamente, segundo uma mesma perspetiva
EX: a Inês é pessoa. ( não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo termo).
Em termos de proposições:
- Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo uma mesma perspectiva.
- Uma proposição e a sua negação não podem ser simultaneamente verdadeiras.
➸ Princípio do terceiro excluído
Em termo de coisas:
- Uma coisa deve ser, ou então não ser; não há uma terceira possibilidade.
Em termos de proposições:
- Uma proposição é verdadeira, ou é falsa; não há outra possibilidade.
- Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a outra é falsa; não há terceiro termo
- De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é falsa, e se uma é falsa, a outra é
verdadeira; não há terceira possibilidade.
➸ Princípio da razão suficiente – tudo quanto existe tem razão suficiente em si mesmo ou noutro considerado
sua causa. (tudo o que acontece tem uma razão suficiente)
➸ Princípio da causalidade – todo o efeito pressupõe uma causa;
➸ Princípio de substancialidade – tudo o que é acidental pressupõe a substância (ex: a mesa grande – não
deixa de ser uma mesa
➸ Princípio da finalidade–todo o agente age para um fim; o fim é a primeira causa na intenção e a última
realização.
➸ Princípio do determinismo – há uma ordem natural das coisas,
➸ Princípio da inteligibilidade – o ser é inteligível; a ordem do ser é a ordem do pensamento.
➸ Princípio da realidade – o mundo exterior existe (todo o que está ao nosso redor).
LÓGICA II
Juízo
➥ Noção do juízo e proposição
Juízo é a operação mental pela qual se afirma ou se nega uma relação entre conceitos, isto é, a partir da sua
velocidade ou falsidade. Perante um Juízo temos de introduzir o verbo ser, mas existem juízos que não têm o verbo ser,
como por exemplo « João estuda » mas tradicionalmente aceita-se que estes juízos são equivalentes a « O João está a
estudar ».
➥ Estrutura do juízo
O Juízo apresenta 3 elementos: Sujeito, predicado e cópula (verbo ser).Os Juízos na forma padrão, consagra a lógica
clássica, (juízo categórico) são introduzidos por quantificadores.
➥ Classificação do juízo
Quanto á quantidade, os juízos pode ser: universais, particulares ou singulares
○ Universais: quando o predicado se aplica a toda a extensão do sujeito. ( todos, os, o, a, as, nenhum, todas)
○ Particulares: Quando o predicado se aplica apenas a uma parte da extensão.( certos, alguns, existem, ETC)
○ Singulares: Quando o predicado se refere a um único indivíduo.
Quanto à qualidade os juízos podem ser: Afirmativos, negativos
○ Afirmativos: Quando o predicado é afirmado em relação ao sujeito.
○ Negativos: quando a cópula indica que o predicado não é aplicável ao sujeito.
Quanto à inclusão ou não inclusão: Analíticos, sintéticos
○ Analíticos: Quando o predicado está compreendido no sujeito. Ex: O quadrado tem quatro lados iguais.
○ Sintéticos: Quando o predicado não está contido na noção do sujeito. Ex: Os bitongas são avarento
Quanto à dependência ou não da experiência: a priori, Posteriori
○ A priori: quando a veracidade pode ser conhecida independentemente da experiência. Ex: o quadrado tem quatro
lados iguais
○ A posteriori: quando a veracidade só pode ser conhecida através da experiência. Ex: Os coreanos são baixos.
➥ Raciocínio e argumentação
É um encadeamento de juízos que permite passar de juízos conhecidos para novos e desconhecidos que resultam dos
primeiros. A expressão verbal do raciocínio é o argumento. O argumento é formado por proposição e estes por termos: 2
premissas e 1 conclusão
Exemplo: Alguns músicos são guardiões da cultura
Mr. cho é músico
Mr. cho é guardião da cultura
- O Sujeito da 1 premissa é o predicado da 2. O predicado da 1 premissa é o predicado da conclusão.
➥Inferência imediata
A Inferência imediata/simples, é a operação lógica de uma única premissa que se extrai logo ou mais conclusões. Os
dois tipos de inferência imediata são Conversão e a oposição.
➸Inferências imediatas por oposição
A oposição consiste precisamente neste processo de passar de uma proposição a outra, a qual apenas difere da
primeira na qualidade e/ou na quantidade. Existem 4 tipos de proposições que resultam são: Contrárias, subcontrárias,
contraditórias e subalternas
• Proposição contrárias (A1 e E)- são duas proposições universais que, tenho o mesmo sujeito, diferem apenas na
qualidade. Ex: «Todos os homens são mortais.»(A); «Nenhum homem é mortal»(E)
Lei das proposições contrárias: As duas proposições contrárias não podem ser verdadeiras simultaneamente, mas podem ser
ambas falsas.
• Proposições subcontratárias (I e O)- São duas proposições particulares que, tenho o mesmo sujeito, diferem na
qualidade. Ex: «Alguns animais são mamíferos» e «Alguns animais são mamíferos»
Lei das proposições subcontratárias: Podem ser simultaneamente verdadeiras, mas não podem ser simultaneamente falsas.
Se uma é falsa a outra é verdadeira.
• Proposições Subalternas (A e I,E e O)- são duas proposições que apenas diferem na quantidade. Ex: «Todos os
homens são mortais» (A) e « Alguns homens são mortais» (I); ou « Nenhum Homem é mortal» (E) e « Alguns homens não
são mortais» (O).
Lei das proposições subalternas: quando a proposição universal for «v» a particular também é. Se a universal é «f» a particular
pode ser «v ou f». Se a partícula é «v», o valor da universal poderá ser «v ou f» .
• Proposições contraditórias (A e O; E e I): Tem o mesmo sujeito e predicado mas são diferentes simultaneamente em
qualidade e em quantidade.
Lei das proposições contraditórias: Não podem ser simultaneamente verdadeiras ou falsas; se uma é verdadeira a outra é
falsa e vice-versa.
➸ Inferências imediatas por conversão
- Conversão simples (E e I):Troca-se o sujeito pelo predicado.
«Nenhum africano é europeu»(E) converte-se para « Nenhum europeu é africano»(E).
- Conversão por limitação/acidente (A→ I):
« Todo o homem é mortal»(A) converter-se « Algum mortal é homem»(I)
- Conversão por negação (O → I):
«Alguns políticos não são honestos» (O) converte-se em «Alguns não-honestos são políticos» (I)
- Conversão por contraposição (A e O):
«Todos os políticos são corruptos» (A) converter-se «Todos os não-corruptos são não-políticos» (A)
«Alguns políticos não são corruptos»(O) converte-se «Alguns não corruptos não são não políticos»(O)
➥ Silogismos
➸ Noção de silogismos
Segundo Aristóteles, o silogismo é uma forma de Inferência mediata ou raciocínio dedutivo formado por 3 proposições.
(Categóricos e hipotéticos). Estrutura e matéria do silogismo (apresenta 2 premissas e 1 conclusão).
Termo Maior, é sempre o Predicado da Conclusão.
Termo Menor, é sempre o Sujeito da Conclusão.
Termo Médio, serve de Intermediário do Termo Maior e do Termo Menor. O Termo Médio não se encontra na Conclusão.
ESTÁ NAS DUAS PREMISSAS.
➸ Princípios do silogismos
-Princípios de compreensão: duas coisas ou ideias idênticas a uma terceira são idênticas entre si. Ex: A Marta e a Inês
são irmãs e a Joaquina é irmã da Marta, então a joaquina é também irmã da Inês.
- Princípios de extensão: Tudo que se afirma ou nega-se universalmente a um sujeito, é também afirmado ou negado
tudo o que está contido no sujeito. Ex: « Todos os moçambicanos são orgulhosos», então os maputenses, os macuas e
cada moçambicano é orgulhoso.
➸ Regras do silogismo
↠ Regras dos termos
- O silogismo contém 3 termos: maior, menor e médio.
- Nenhum termo deve ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
As orcas são ferozes
Ora, algumas baleias são orcas.
Logo, as baleias são ferozes.
- O termo médio deve ser tomado universalmente pelo menos uma vez.
- O termo médio não pode estar na conclusão
-Sorites: o sujeito da primeira premissa se torna o predicado da seguinte. Pode ser progressivo ou regressivo.
Progressivo: Regressivo
As doenças infecciosas (A) são parasitárias (B) As vacinas (A) previnem as doenças(B )
As viroses tropicais ( C) são doenças infecciosas (A)
Quem se previne das doenças ( B) tem mais saúde( C)
A malária (D) é uma virose tropical (C ) Quem tem mais saúde(C ) mais alegre é ( D)
Portanto, a malária ( D) é parasitaria (B ) Quem mais alegre é (D ) ganha mais longevidade (E )
Portanto, as vacinas ( A ) garantem maior longevidade (E)
↠ Os Silogismos hipotéticos: A premissa maior de um silogismo hipotético não afirma nem nega de modo absoluto
ou categórico, mas sob uma condição ou estabelecendo alternativas.
- Condicional:
Se Malombe tem malária, então está doente
ora Malombe tem malária
portanto, (ele) está doente
- Conjuntivo: Na premissa maior não admite que dois termos opostos prediquem simultaneamente um mesmo
sujeito.
➛ Modus ponendo-tollens (afirmando, nega)
Oliver não pode ser simultaneamente músico moçambicano e portugues pⴷ q
como Oliver é músico portugues , q
então não é músico moçambicano ~p
➛ Modus tollendo-ponens (negando, afirma)
Maria não pode ser baixa nem alta ao mesmo tempo pⴷ q
Ora Maria não é alta ~q
Logo, (ela) é baixa p
- Dilema: É formado por uma proposição disjuntiva e por 2 proposições condições, e qualquer seja a opção
escolhida, a consequência é sempre a mesma.
Ou caso com mulher bonita, ou caso com mulher feia.
Se ela for bonita serei atormentado de ciúmes, por isso não devo casar
Se ela for feia a sua companhia será insuportável, por isso não vou casar
Portanto, de qualquer das formas não devo casar.
REGRA DO DILEMA:
1. A disjunção deve ser completa.
2.A refutação de cada uma das hipóteses deve ser feita validamente para o opositor não nege as consequências.
3. A conclusão deve ser a única que pode ser deduzida, caso contrário o dilema pode ser contestável.
Falácia
É um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Falácias cometidas involuntariamente designam por
paralogismos, as que servem para confundir alguém designa-se por sofismas. Em qualquer falácia ocorre 2 elementos :
-Uma verdade aparente: o argumento é convincente e leva os incautos ao equívoco;
- Um erro oculto: faz com que se retirem conclusões falsas a partir de uma verdade.
- Falácia de equivocação (equívoco): argumento acidental, a mesma palavra em 2 sentidos diferentes
Só o homem é que pensa
Ora, nenhuma mulher é homem
Logo, nenhuma mulher pensa
-Anfibologia: deriva a ambiguidade sintática de uma parte do argumento
Todos os homens amam uma mulher
João ama Maria
Logo, todos os homens amam Maria
-Falácia de analogia: sobrevalorizam as semelhanças entre 2 ou mais coisas/ quando se desprezam as diferenças
relevantes. As aves voam
O avião voa
Logo, o avião é uma ave
-Falácia do acidental: quando tomamos o que é acidental pelo que é essencial e vise-versa.
A camisa de João é verde
Logo, a camisa de João é uma cor
- Falácia de ignorância da causa: tomamos por causa uma simples antecedente ou qualquer circunstância acidental
Depois das cheias no rio Pungue houve epidemias
Logo, as cheias do rio Pungue são causadoras de epidemias.
- Falácia da conversão: quando se convertem proposições sem respeitar as regras.
Os molwenes andam pelas ruas da cidade
Logo, quem anda pelas ruas da cidade é molwene.
- Argumentum ad baculum (apelo à força): quando quem argumenta a favor de uma conclusão sugere ou afirma que
algum mal/problema acontece a quem não aceita
Ou te calas ou ficas em casa
- Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância): quando se argumenta que uma proposição é verdadeira porque
não foi provado que é falsa e vice-versa.
Até hoje ninguém conseguiu provar a não existência de seres racionais superiores
ao homens
Logo, existe outros seres racionais superiores ao homens
- Argumentum ad misericordiam (apelo à piedade): quando alguém argumenta recorrendo aos sentimentos de
piedade e de compreensão.
- Falácia de composição (tomar a parte pelo todo): se as partes de um todo tem uma certa propriedade,
argumenta-se que o todo tem essa mesma propriedade.
Nem estes, nem aqueles sapatos me servem
Logo, nenhum sapato me serve.
Lógica proposicional
A lógica proposicional é simplesmente simbólica. Na aplicação é preciso ter em consideração os seguintes aspectos:
- As Variáveis: São as letras do alfabeto, com que representam as proposições. p, q, r, s, p`, r`,s`.
- Conectivas / operadores lógicos: que são {[( )]}
- Valores lógicos das proposições: a proposição p é verdadeira ou falsa quando o seu enunciado é falso ou
verdadeiro. V(1) E F(0).
➥ Proposição simples/complexas
- Simples ou atômicas: proposições que não pode decompor.
« Os moçambicanos são africanos»
- Complexas ou moleculares: proposição decomponíveis, ligadas por partículas-conectores.
« Lurdes M. foi campeã olímpica e dançarina »
- Lurdes foi campeã olímpica
- Lurdes M foi dançarina
- Conjunção (∧ / & / .): composta por 2 proposições simples ligadas por um conectores «e»
Mataca está doente Macaca vai ao médico Mataca está doente e vai ao médico
p q p∧q
V V V
F F F
F V F
F F F
- Disjunção (V):
-disjunção inclusiva -disjunção inclusiva
Está Sol A temperatura Está Sol e/ou a temp. Rita passou Rita Ou Rita passou de
está agradável está agradável de classe reprovou classe ou reprovou
p q pVq p q p Vv q
V V V V V F
F F V F F V
F V V F V V
F F F F F F
- Bicondicional / (↔):
➥ A ética política
Aristóteles- defende que a preocupação da governação do Estado deve estar ligada com as ações morais, a política é
a área da atividade humana que deveria ser regulada em prol de uma comunidade, esta atividade em prol da
comunidade deve ser vista como a razão para uma ação humana digna.
Para Jurgen Habermas - a ética do discurso contém 2 princípios substantivos: a justiça e a solidariedade (empatia).
A ética e fundamento da política, uma vez que os deveres do estado constituem os direitos do cidadão. os estado deve
defender os direitos do cidadão. é ele o responsável pela protecção e pela segurança do indivíduo e da sua
propriedade. o estado serve-se de uma constituição e possui o monopólio do uso da força, do poder, da autoridade
sobre os cidadãos . A ética e a política devem encontrar-se para buscar o bem comum e a justiça.
➥ Estado/Nação
o Estado é a forma que assume as sociedades modernas a existência social, é a forma perfeita de uma sociedade
organizada.
- a monopolização do poder (qualquer associação tem autoridade na medida em que o estado lhe reconhecer)
- instituição da hierarquia da política e da diferença entre dominantes e dominados (cria-se um corpo de pessoas
cuja a função é governar e esta função contrapõem-se com a função dos governados)
- legitimidade racional e o reconhecimento (o Estado é racional o que implica a descrição e o conhecimento do
funcionamento da vida social e a procura das leis que conduzem com o funcionamento rege-se ou obedece-se).
Para uns o Estado evita que os conflitos de interesses acabem com a própria sociedade (Hobbes), para outros o Estado
não desempenha apenas a tarefa negativa de evitar que os homens, movidos pelos seus interesses e sem a lei se
destruam uns aos outros, mas também garante a possibilidade de realização dos fins que se propõem : a felicidade dos
homens
➸ ESTADO DO DIREITO
No estado de direito, a lei civil regula não apenas as atividades dos cidadãos como também as ações dos próprios
governantes, para evitar arbitrariedade
O princípio da divisão dos poderes garante em teoria a independência do poder legislativo e dos tribunais em relação
ao executivo, salvando assim o respeito pelos direitos fundamentais do cidadão.
Contrato social: O contrato social, embora não se trate de um contrato físico, consistia na transferência de poder dos
indivíduos carecidos de proteção para um conjunto de instituições artificiais e a meios para punir os que violam a
obediência dos direitos naturais, um acordo tácito.
- Elementos do estado
Os elementos são: população(elemento humano), território (elemento material) e o vínculo jurídico (elemento formal).
- elemento humano do Estado: Não se exige que comunidade humana que faz parte do Estado tenha vínculos
étnicos, linguísticos ou culturais.
- elementos materiais do Estado: é o território definido pelas fronteiras onde o Estado exerce a soberania.
- elemento formal do Estado: Faz parte da lei fundamental em que se processa a gestão das coisas públicas com o
fim de consecução do bem colectivo.
Constituição da República: é um documento que estabelece os direitos dos cidadãos, é a base da organização política
de um país, promove a defesa da independência, defesa e promoção dos direitos humanos, a justiça social etc.
Os símbolos nacionais: são a bandeira nacional, o emblema da república e o hino nacional.
➥ Justiça social
A justiça social é um conjunto de políticas que têm a missão de resolver situações de desigualdade e exclusão social
entre um grupo de determinado lugar. Sua missão é tornar-se presente, apresentando serviços que os ajudem a
superar ou sair de uma situação de vulnerabilidade social.
➥ Direitos humanos
Os direitos humanos trata-se de um conjunto de regras/normas de relacionamento entre os indivíduos, visando um
tratamento mútuo digno, ou seja, respeitando-se como homens com direitos inalienáveis -direito à vida, inviolabilidade
física e psicológica, etc.
Tem a função de proteger os indivíduos das arbitrariedades, do autoritarismo, da prepotência e dos abusos de poder,
eles representam a liberdade dos seres humanos. Os direitos humanos estão associados a uma vida de civilização, de
democracia, que em conjunto refletem uma ideia de igualdade e de dignidade para todos os seres humanos.
Os direitos humanos ganharam importância no final do séc XVIII, (locke e rousseau e mais tarde Montesquieu e Voltaire).
Eles defendem a existência de direitos naturais como: direito à existência de liberdade, à posse de bens e deram uma
nova concepção de obediência, limitando desta maneira o domínio do Estado.
As características dos direitos humanos são:
- os direitos humanos são universais, pois defendem a todos os homens;
- os direitos humanos são individuais =não depende de um grupo, nem de uma associação.
- os direitos humanos são anteriores ao Estado, resultam da natureza humana. O Estado reconhece, protege e a
constituição declara-os e não os cria.
- John Locke e Montesquieu: partem da ideia do contrato social para fundarem e assegurar os direitos humanos e
afirma que os homens têm direitos de vida, liberdade , igualdade e propriedade.
Locke julga que os homens nascem livres, racionais e com igualdade de direitos. no contrato social os homens
renunciam apenas os direitos de defenderem os seus direitos por contra próprios, delegando essa tarefa ao Estado que
terá a missão de proteger os direitos e a propriedade dos cidadãos.
Montesquieu defende que para assegurar bem-estar, a defesa dos direitos humanos deve haver a separação dos
poderes, devem ser independentes uns dos outros de modo a garantir o equilíbrio entre eles.
-Comunismo/idealismo
Em A República, Platão imagina que todas as crianças devem ser criadas pelo Estado e que até aos vinte anos todos
devem receber a mesma educação.
- Ocorre o primeiro corte e definem-se as pessoas que têm «alma de bronze» são mais grosseiros e por isso devem
dedicar-se à agricultura, artesanato e ao comércio. Devem garantir a subsistência da cidade
- Os que prosseguirem os estudos por mais 10 anos, ocorre o segundo corte, os tem «alma de prata» dedicam-se à
defesa da cidade. Dedicam-se a sua defesa
- Os mais notáveis por terem «alma de ouro» serão instituídos na arte de pensar a dois. Aos 50 anos, aqueles que
passaram com sucesso por essa série de provas estarão aptos a ser admitidos no corpo supremo dos magistrados
(exercer o poder, são os mais sábios , os mais justos, porque são aqueles que conhecem a justiça - governantes).
Dirigir a cidade.
-Classes sociais
Ele parte do princípio de que os homens são diferentes e que, devem ocupar lugares e funções diferentes na sociedade.
Dependendo do metal da alma de cada um. (trabalhadores, soldados e magistrados).
-Formas de governo
Platão diz que a melhor forma de governo é a monarquia, sob o comando de um Filósofo-Rei , que governa de acordo
com a justiça e preserva a sua unidade.
A segunda opção é a aristocracia composta por filósofos e guerreiros. Mas que este tipo de governo facilmente
degeneraria e se converteria numa democracia , ficando assim a cidade nas mãos de ambiciosos de poder e honra.
Platão diz que a democracia (a autoridade está no povo e é exercida pelo povo. Uma das formas de expressar a
democracia é a eleição dos órgãos de poder através do voto secreto e direto), é o pior forma de governo, por que o
poder está no povo e este é incapaz de conhecer a ciência política facilitando o aparecimento da tirania
➸ ARISTÓTELES
Aristóteles critica o autoritarismo de Platão, pois a cidade é constituída por indivíduos naturalmente diferentes, sendo
impossível uma unidade absoluta. Crítica a sofocracia, que atribui um poder ilimitado apenas a uma parte do corpo
social (os mais sábios - filósofos).
-A origem do estado
Ele diz que o Estado é o produto da Natureza. O facto do Homem ser capaz de discursar prova a sua natureza política.
Ele diz que o Estado desenvolveu-se a partir da família: ao unirem-se, as famílias deram a origem a aldeias e estas
desenvolvem cidades (Estado). O objectivo do Estado é proporcionar felicidade aos cidadãos.
-Formas de governo
-Monarquia: é a melhor forma de governo porque preserva a unidade do Estado, mas que facilmente pode
transformar-se em tirania. as sociedades bárbaras, segundo aristóteles, precisam da autoridade centralizada da
monarquia
-Aristocracia: governo de um grupo de cidadãos virtuosos, os melhores, que cuidam do bem de todos. A sua forma
corrupta é a oligarquia (governo de ricos que procuram o bem estar econômico pessoal).
-A origem do estado
Acredita que o mundo se divide em duas cidades: a cidade de deus e a cidade terrena.
A igreja é a encarnação da cidade de Deus. O Estado é a encarnação da cidade terrena. O homem precisa do Estado
para obrigar os membros da comunidade ao cumprimento da lei.
Ele diz que o homem é mais divino que o Estado, por que o homem tem um fim natural que transcende o fim do estado
terrestre. a igreja é superior ao estado.
-Formas de governo
S. Agostinho defende a existência da autoridade política para que mantenha a paz, a justiça, a ordem e a segurança,
defende que os cidadãos devem obedecer aos governantes e não é da sua competência distinguir entre governantes
bons e maus ou formas de governos justas ou injustas.
➸ São Tomás de Aquino
As obras de relevância são : ''comentários à política de aristóteles'', ''summa theológica'' e '' summa contra gentiles'' e o
''regime do príncipe''.
-A origem do estado
Tomás recusa-se a aceitar a concepção agostiniana, segundo a qual a origem do Estado se deve ao pecado original, e
concorda com Aristóteles: este nasce da natureza social do homem e não das limitações do indivíduo.
O Estado é uma sociedade perfeita, é uma sociedade porque consiste na reunião de muitos indivíduos que pretendem
fazer alguma coisa em comum. O Estado tem os meios suficientes para proporcionar um modo de vida que permita a
todos os cidadãos ter aquilo que necessitam para viver como homens.
-Formas de governo
Tomás considera a monarquia absoluta ideal, mas que na prática considera a monarquia constitucional a melhor
forma de governo.
A relação entre Estado e a igreja, Tomás diz que sendo a igreja é uma sociedade mais perfeita, por isso o Estado
subordina-se a ela, em tudo que concerne ao fim sobrenatural do homem.
➸Principais características
- Libertação do homem às explicações teológicas da realidade, através da razão;
- Libertação do homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;
- Libertação do homem da dependência na Natureza , através da técnica.
- John Locke
A sua doutrina política encontra-se na obra ''Dois Tratados Sobre o Governo``.
John Locke se opunha à monarquia absolutista (oposição ao Hobbes), defendendo um sistema parlamentarista. Ele
acreditava que poderiam viver de forma pacífica, ou seja, nem eram bons nem maus.
Locke dizia que o ser tem direitos naturais (nascem com ele), direito que ninguém pode tirar, são direitos que todo
indivíduo tem e possui.
A sociedade nasce na medida em que os homens decidem em comum acordo confiar à sua comunidade o poder de
fazer leis que regulam a punição das ofensas e o uso da força contra as transgressões das leis.
Através da democracia representativa, o povo deve escolher os governantes, e o estado tem o principal objetivo de
garantir os direitos naturais. Locke fala que o estado deve garantir :
- Direitos naturais
- Proteção interna e externa
- Resolução de conflitos
O estado de natureza para Rousseau, se opõe ao estado hobbesiano, acreditava que homem era guiado pelo amor
de si, isto é, pelo instinto de conservação (comer, dormir, beber água), e por isso, não pode ser hostil, ao ponto de
prejudicar os outros – o homem nasce bom.
A falta da razão nos faz viver em nossa fase natural, e quando adquirimos essa razão passamos a reconhecer os
outros - Os seres humanos nascem bons e se corrompem com as suas relações sociais (a sociedade).
No estado selvagem é o equilíbrio harmonioso em que o homem beneficia das vantagens do estado de natureza
sem sofrer as inconveniências da civilização. O homem já não se contenta em existir compara-se.
No estado do homem civilizado este amor de si subsiste, mas é suplantado pelo amor-próprio, pelo desejo de
superar os outros. Este amor-próprio nasceu com a vida social
- Contrato social: que seria a constituição de uma sociedade civil, deve garantir a liberdade de todos. A constituição do
estado deve respeitar a soberania do povo. Por isso, ele criticava a propriedade privada, pois é preciso acabar com as
desigualdades sociais. A vontade geral, definida em convenções deve estar acima de qualquer vontade individual.
- Soberania e o Governo: no governo não há um superior ao povo, pois os depositários do poder são os seus oficiais e o
povo, pode elegê-los e destruí-los quando quiser. o soberano é o povo incorporado, é o corpo coletivo que expressa,
através da lei, a vontade geral.
-Charles de Montesquieu
Montesquieu estudou e definiu três princípios formas de governo: a república, a monarquia e o despotismo
(governantes se colocam acima das leis - absoluta. É baseado no medo).
Montesquieu desenvolveu a teoria de separação dos poderes: legislativo, executivo e judicial, com a finalidade de
estabelecer as condições institucionais da liberdade política através de uma equilibrada divisão de funções entre os
órgãos do Estado.
Nas relações entre igreja e estado ele invoca o princípio de tolerância, e considera Deus como princípio supremo, fonte
das leis do mundo humano e natural, ele reconhece a força civilizadora e o carácter sobrenatural da igreja
Consolida-se a questão dos direitos humanos como direitos naturais que o Estado deve reconhecer, não os pode tirar
porque não é o Estado que dá.
- A soberania é do povo, o governo é apenas um agente de confiança do povo
-Nenhuma monarquia é de governo porque pertence ao povo e não ao rei.
-A república é o governo legítimo
A constituição americana trouxe novidades a nível mundial tais como:
-1° constituição republicana da era moderna -1° que defendia os direitos humanos
-Foi a constituição que estabeleceu um governo presidencial. -1° a ser escrita
-Fez um sistema de garantia judicial de constitucionalidade das leis
A filosofia política foi escrita na obra ''A sociedade aberta e os seus inimigos''. Nesta obra Popper critica o historicismo
que considera como filosofia reacionária por que é uma filosofia fechada.
Na sociedade fechada todos obedecem a um chefe ou Rei. Há tabus a respeitar e muitos comportamentos são
dominados pela magia. Predomina o espírito coletivo ou guerreiro.
Na sociedade aberta é aquela que se assegura de que seus líderes possam ser destituídos sem a necessidade de
derramamento de sangue.
Popper entende que a democracia não é do povo, nem da maioria, mas sim ‘’conjunto de instituições que permitem o
controlo público dos governantes e a sua dispensa pelos governados e permitem aos governados obterem reformas
sem recorrer à violência e até contra a vontade dos governantes’’. O recurso à violência só se justifica para derrubar a
tirania com o fim de instalar a democracia.
A democracia é uma sociedade aberta porque permite a eliminação de qualquer inconveniência. Segundo Popper, o
estado é um mal necessário, quanto mais numerosos são os homens, mas se torna necessário. A maioria dos idealistas
humanitários pretendem propor a justiça antes da liberdade. Popper quer construir uma sociedade em que a liberdade
aparece antes da justiça
- John Rawls
A sua doutrina política encontra-se na obra ''Uma Teoria de Justiça``.
John Rawls construiu uma teoria de justiça que seja viável num ambiente utilitarista e intuicionista onde capitalismo
defendia os interesses da minoria e fortalecia o poder da burguesia em detrimento da maioria dos cidadãos.
Na sua obra, ele defende que os indivíduos não devem conhecer as suas classes sociais, os seus poderes económicos,
os seus graus de inteligência, a força e a noção do bem. Isto, para que haja igualdade sem preconceitos ("Véu de
ignorância").
- 1° Princípio de Justiça - todos devem ter direitos iguais de liberdade, seja ela política, de pensamento, de
consciência, de expressão, de propriedade pessoal.
- 2° Princípio de justiça - as desigualdades econômicas e sociais devem ser distribuídas de modo a beneficiar a todos
e que todos têm acesso. Ou seja, que os benefícios sejam compatíveis com princípios de poupanças justas, para que
haja justiça social e do bem-estar.
Assim, o homem não pode ser indiferente aos desfavorecidos, E sob o "véu de ignorância" poderem criar uma sociedade
liberal e bem ordenada. O liberalismo político manifestado pelo contrato social e pactos equitativos procura uma
concepção política da justiça que apresente as seguintes características:
a. Orientada para a estrutura básica da sociedade, as instituições políticas, sociais e económicas da sociedade
conjugam-se no sistema unificado da cooperação social;
b. Apresenta-se como independente de qualquer base mais ampla e não o utilitarismo cujo elemento importante é
o indivíduo;
c. Expressa ideias fundamentais e um ambiente de política pública de uma sociedade democrática e bem
estruturada composta por cidadãos livres e iguais.
- Contrato social: O "Véu de ignorância" é a posição inicial de contrato, ou seja, ao escolhermos o princípio que
queremos, deveríamos atender ao que escolhemos sob véu de ignorância. Deste modo, o homem não conhecerá nem
a sua capacidade nem a posição que assumirá na futura sociedade. Permitindo assim, que o homem esteja racional e
moralmente convictos de assumir a posição social que vier mesmo que for desfavorável.
liberalismo político: Liberalismo político é uma doutrina que visa a garantia de direitos considerados fundamentais:
direito à liberdade, à propriedade e à igualdade perante às leis.
O pensamento liberal surge, no século XVII, como uma resposta crítica ao poder ilimitado da monarquia absolutista.
Propõe uma sociedade nova, com limitações para o poder do Estado e a garantia da liberdade individual.
- Lévy-Bruhl: afirma que o povo africano possui uma mentalidade primitiva, tem lógica menor ou muito baixa e não
conceptual.
- Devid Hume: afirma que o negro é inferior em todos aspectos e raramente se encontra gente civilizada no seio dos
negros. Na África, ricos e até mesmo os intelectuais não são civilizados.
- Henry Maurier: Na sua opinião as tradições, os costumes e hábitos que são comuns em comunidades africanas, não
devem ser consideradas de filosofia africana. E o hábito dos africanos, a sua tradição é algo irracional sem lógica.
- Hegel: acreditava que a África é incoerente e não conhece a razão = afirma que o africano não pensa, não reflete,
possui memória fraca etc.
- Frederick Douglas: foi um escravo africano nos EUA, conhecido na luta contra a escravatura. Entendia que as pessoas
são iguais independente de ser negro ou branco.
- Booker Washinton: dizia que a melhor forma de combater o racismo branco é garantir a emancipação politica dos
negros (so acumolando riqueza é que os negros conquistariam o respeito e admiração dos brancos). Para ele o
problema do racismo não era politico mas tinha a ver com a pobreza e falta de educação dos negros, essa tese ficou
conhecida como desenvolvimento segregado.
- William Edward Burghardt Du Bois: Entendia que o problemas do racismo era politico-social e cultural, e que o
sucesso dessa luto dependia da restauração da autoestima e da identidade do propeio negro.
- Marcus Mosiah Garvey: Afirma não e possivel integrar politico-socialmente o negro nos EUA, por isso, se o negro quer
ser respeitado deve voltar para a sua terra de origem. Crou o movimento Black To moviment que apelava o retorno à
Àfriica como unica forma de conquistar a emancipação do negro
➵ Correntes da filosofia africana
O filósofo queniano, Henry Oruka, distinguiu 4 tendências da filosofia africana: Etnofilosofia, Sagacidade filosófica,
Filosofia Ideológica - nacionalsta (Negritude, pan-africanismo e o surgimento dos nacionalistas) e a Filosofia
profissional.
- Etnofilosofia
É um tipo de saber de um determinado grupo/povo da mesma cultura, língua que partilham os mesmos hábitos e
costumes e que refletem a maneira de olhar o mundo e da sua própria cultura
Os pensadores desta corrente preocupam-se em compilar a história natural do pensamento popular tradicional sobre
questões centrais da vida humana em áfrica.
Grupo de pensadores e filósofos cujos nos seus trabalhos de investigação procuram demonstrar a existência de
princípios racionais nos mitos, na estrutura de diversas línguas, rituais, nas tradições, contos e fábulas dos povos
africanos, pelos quais esses povos se orientam e sobrevivem. Quem popularizou o termo etnofilosofia foi Paulin
Hountondji.
Representantes:
-Placide Tempels, Alexis Kangame, Marcel Griaule, John Mbiti.
Crítica à Etnofilosofia:
Os críticos entendem que, a filosofia começa quando onde a opinião e sabedoria popular termina porém, como será
possível mostrar a racionalidade do mito e da tradição que são contraditórios.
- a segunda: dá ênfase à importância da escrita na criação de uma tradição filosófica moderna. Defende que os
provérbios, contos, fábulas contêm uma certa quantidade de conceitos filosóficos, por isso dão lugar a uma literatura
filosófica chamada etnofilosofia.
Paulin Hountondji - afirma que na áfrica tem filosofia mas não tem filósofos porque africanos não têm hábito de
escrever livros, de expor os seus pensamentos, como consequência, alguém pode roubar as suas ideias e expô-las em
seus livros.
- Sagacidade
O termo sagacidade deriva da saga, uma pessoa que cultiva bom senso nos seus juízos e comportamentos, ou seja
uma pessoa sábia. Sagaz refere-se aquele que possui ou treina agudeza de espirito para descobrir com prontidão
explicação para coisas obscuras
- Bzik Anywanu (Nigéria): Diz que pensamento africano é todo aquele que fala de África e tem em conta os problemas
relacionados a África e os africanos, não importa a sua origem desde que fala de África. E esta como tal começa com
Placide Temples na sua Obra Filosofia Bantu.
- Paulin Hountondji (Benim): Diferente de Anyway defende que para ser filósofo africano deve ser realmente Africano.
Para ele, a filosofia africana deve ser elaborada em formato de livro a produto da discussão e reflexão numa mesa
redonda. Logo para ele a filosofia africano não começou pela obra de Placide Tempels por ser estrangeiro mas sim por
Alexis Kagame. E a obra African Religions and Philosophy, de Mbiti pertence a um conjunto de obras etno filosóficas e
pode se considerar parte da filosofia africana.
Críticas A Sagacidade
A sagacidade foi criticada pelos seus meios de eleger os sagazes, não explica formas de selecção e corre risco de
escolher incapacitados. E a ideia que um pensamento africano deve apenas ser elaborado pelos africanos, leva-nos ao
racismo e discriminação.
-Negritude
Negritude foi uma corrente literária que agregou escritores negros de países que foram colonizados pela França. Os
objetivos da Negritude são a valorização da cultura negra em países africanos ou com populações afro-descendentes
expressivas que foram vítimas da opressão colonialista.
- Para Jean Paul (europeu), a negritude aparece como tempo fraco duma progressão dialética, contra a afirmação
teórica e prática da supremacia do branco.
A negritude surge entre os negros africanos no quadro do panafricanismo com o desenvolvimetno segregado de Booker
T.Washington (acomodacionismo); o movimento do renascimento negro(black renaissance) e William Edward
Burghardt Du Bois e com a ideia de Regresso á Africa (black to moviment) de Marcus mosiah Garvey.
Negritude é um manifesto contra a dominação colonial e foi alvo de variados significados de acordo com os seus
objectivos que podem ser resumidos em:
-O Pan-Africanismo
Pan-africanismo vem do grego, pan (toda) e africanismo (referindo-se a elementos africanos).
Pan africanismo é um movimento político que estabelece a unidade africana, a unidade entre os negros de toda africa
com objectivo de dar a saber que os negros são um povo merecido, exaltado, lutador, desafiador, inteligente e
independente.
Este movimento surgiu fora de África, nos EUA (William Edward Burghardt Du Bois/ Henry Sylvester William). Du Bois
"criou" este movimento mas foi teorizado pela primeira vez Alexander Crummel com a expresão: África é a pratica da
raça negra e eu como negro tenho direito falar, de agir e de programar o futuro do meu continente. Pan africanismo
era formado por africanos com formação superior nas metrópoles: Inglaterra, França, Portugal e nos EUA.
O Objectivo do Pan africanismo era de resgatar a identidade do negro perdida ao longo da história por causa da
dominação colonial
Representantes: Kwame Nkrumah, Julius Nyerere, Kenneth Kaunda, Albert Luthuli, Nelson Mandela.
Em relação ao sistema que os países africanos seguiram, Julius Nyerere disse que as sociedades africanas são
caracterizadas pelo socialismo. E o Capitalismo, não corresponde à realidade dos africanos.
Os estados africanos de recente via independente é, deve ser socialista, por causa de 2 razões fundamentais:
- o socialismo está enraizado no próprio passado (africano), na sociedade tradicional. O socialismo africano
moderno pode extrair da sua herança tradicional o reconhecimento da sociedade como uma extensão da unidade
familiar.
- Nas tradições africanas há uma concepção de que a riqueza está ao serviço da comunidade, mais do que em
proveito do indivíduo. Nenhum indivíduo deverá explorar o vizinho sob argumento de ser detentor de maior riqueza.
Por que razão a criação dos Estados Unidos de África ainda é um sonho?
- Dependência econômica: alguns países dependem economicamente de doações exteriores e os países doadores
determinam e impõem condições para tais doações; o que influencia na soberania de um estado.
- A existência de diferentes línguas oficiais nos países africanos o que faz com não haja diálogo entre os povos
africanos; estas línguas separam os africanos e dissolve, destruir a unidade dos africanos.
Mas em 25 de maio de 1963, sob o comando de Rastafari Maconi, os líderes africanos criaram uma organização
denominada OUA (Organização da União Africana), atualmente UA, que é presidida por uma mulher - Nkosazana
Dlamini Zuma.
Estes filósofos rejeitam a etnofilosofia: A filosofia deve ter o mesmo significado em todas as culturas embora a matéria
que recebe, a prioridade é o método usado possam ser ditados pela base cultura e a situação existente na sociedade
onde o filósofo trabalha ou operar e que a filosofia Africana é apanágio exclusivo de filósofos africanos.
Bzik Anyanwu, defende que a filosofia africana tanto pode ser cultivada por filósofos nativos como pelos filósofos que
não são da África. (como na Sagacidade Filosófica).
Para os filósofos profissionais, a capacidade de crítica e de argumentação devem ser características da filosofia
africana não pode fugir à regra: ela não deve ser dogmática.
Metafísica e arte
Ser ou não ser, eis a questão fundamental da metafísica. - Aristóteles
➵ OBJECTO DE ESTUDO
O objeto da ontologia é muito abstrato e de máxima extensão, portanto, diferente das demais ciências que se dedicam
ao estudo das coisas, que têm ou aquelas características, a ontologia estuda as coisas simplesmente enquanto são.
➵ O SER, O QUE É?
ser é tudo o que existe, independentemente do modo como é. Trata-se de uma noção quantitativamente genética e
completa e qualitativamente menos compreensiva. Porque o conceito « ser» é um gênero supremo,então não existe um
outro conceito que seja o seu gênero próximo.
➵ As categorias do ser
De acordo com Aristóteles, existem 10 categorias do ser , sendo a primeira é a substância e as restantes nove são
acidentes.
Substância - aquilo que é em si e por si não em outra coisa (A substância é aquilo que é em si e por si.). São todas as
coisas concretas e individuais: o homem, o cão, o lápis, etc. Aristóteles distingue 2 tipos de substâncias: a primeira e a
segunda.
- substância primeira: as coisas individualizadas, ou seja, os indivíduos na sua singularidade (ex: este caderno;
o João; o meu professor etc.). Se refere a indivíduos singulares e concretos
- substância segunda: tudo quanto existe como pensamento (ex: casa; escola; caderno; homem;etc.). São
espécies e os géneros que nos permitem atribuir certas qualidades às substâncias primeiras (ex: o João é um
homem.). Diz respeito às espécies e géneros singulares e abstratos.
Acidente: é tudo aquilo que ocorre ou acontece, aquilo que para ser necessita de apoiar numa substância. É o
predicado da substância, a sua existência está dependente de um outro ser, o acidente é o está sujeito a mudanças no
indivíduo. ex: A minha escola é linda
Mataka é inteligente
- Qualidade: a forma ou determinação da substância (ex: professor, inteligente, simpático).
quantidade: a determinação da substância que permite atribuí-la a partes distintas das outras (ex: grande, pequeno,
1.64m de alturas, 12 g, etc...).
- Relação: a ligação ou referência que a substância, ou até o acidente, estabelece com outra substância ou
acidentes (ex: pai, filho, primo, chefe, etc...)
- Tempo: momento, ou ocasião, apropriado ou disponível para que uma coisa se realize, ou seja, curso de eventos
extrínsecos que dura em determinado período (ex: Moçambique tornou-se 7)
-Lugar: espaço que um corpo substanciado ocupa em relação a outros corpos (ex: na escola, no mercado, no
cinema, etc).
-Acção: o que a substância faz usando as suas faculdades/poderes causando efeito em si mesma ou noutros
corpos circundados por substância (ex: dialogar, conduzir um automóvel, bater em alguém, etc.).
-Estado: luxo, pompa, fausto, ostentação- conjunto de bens/instrumentos que, por sua habilidade, complementam
a natureza da substância, permitindo a preservação e conservação da mesma ou de outras substâncias
corpóreas.
-Posição: sentimento/emoção, desencadeado por um agente que, ao sobrepor-se à lucidez e à razão, provoca
sofrimento numa determinada substância (ex: a perda de um ente querido, a crucificação de Cristo, o ferimento,
etc.).
➵ Potência e acto
Aristóteles recorre a 2 noções fundamentais para explicar o dinamismo do ser: potência e acto.
- Potência: é a possibilidade que uma matéria tem de vir a ser algo em acto. É o carácter dinâmico da matéria
que lhe permite possuir um determinado modo de ser e que lhe confere a capacidade do devir.(a farinha de trigo
é, em potência, um pão ou um bolo, ou seja, possui a capacidade de vir a ser algo que antes não era.)
- Acto: é « o que faz ser aquilo que é», é o ser real, é o que o determina. Explica a unidade do ser enquanto a
potência explica o que a matéria pode vir a ser . (a camisa do seu uniforme está em acto, isto é, existe
actualmente, já não é aquele simples tecido que era antes de ser costumada pelo alfaiate.)
➵ Essencia e existencia
A essência é o quê de uma coisa, isto é, o que faz com que uma coisa seja o que ele é, permitindo-lhe distinguir-se de
outra. A essência é a segunda substância, ou seja, tudo quando existe como pensamento. Refere-se às características
fundamentais da substância.
A existência é a essência em acto, ou seja, a realidade da sua essência. Aristóteles diz que a substância pode ser
entendida como a existência. A existência é a primeira substância, ou seja, as coisas individualizadas, ou seja, os
indivíduos na sua singularidade
- EXISTENCIALISMO: defende a primazia da existência, uma pessoa não tem qualquer natureza ou conjunto de
escolha predeterminadas. Teve o seu desenvolvimento, como corrente filosófica, na europa, no período entre as 2
guerras mundiais, e as características são:
- a valorização do indivíduo como algo irredutível: o que existe verdadeiramente é o indivíduo na sua
singularidade, é o indivíduo singular, uno e irrepetível (diferente) .
-causa final: o propósito ou o objecto com que uma coisa é feita (no caso da tua carteira, seria apoiar-te,
colocando o teu material escolar sobre ela, permitindo-te escrever ou ler.).
Tomás de Aquino apresentou na sua obra, Summa theologiae, e enquadrado na temática da causa que, para este
pensador, é aquilo ao qual algo se segue necessariamente, as cinco vias, que também ficaram conhecidas como as
provas da existência de Deus. São elas:
1. O movimento do mundo só é explicável se existir um primeiro motor imovel
2. A série de causas eficiente no mundo devem conduzir a uma causa sem causa;
3.Os seres contingentes e corruptíveis devem depender de um ser necessário independente e incorruptíveis;
4. Os diversos graus de realidade e bondade do mundo devem ser aproximações a um máximo de realidade e
bondade subsistente;
5.A teleologia normal de agentes não conscientes no universo implica a existência de um orientador universal
inteligente.
Brazão Mazula diz que o homem tem de agir de acordo com a ética da felicidade. O modelo da ética da felicidade
baseia-se no trabalho duro, na criatividade e na honestidade e na acumulação ilícita de bens.
➥ Estética
« é a ciência do belo»
kant define ética como a ciência que trata das condições de percepção pelos sentidos
O objetivo de estudar a estética, é o tipo de conhecimento adquirido pelos sentidos como bela arte.
A estética como problema filosófico, compreende os seguintes problemas: a natureza da arte, o seu fim e a sua
relação com as outras esferas da vida humana.
➵ A essência do belo
Platão entendeu a arte como uma imitação da natureza, que é, por sua vez, copia das ideias do mundo das ideias de
acordo com a sua concepção do mundo. O alvo da imitação é o belo.
Aristóteles diz que não se trata de uma reprodução da natureza, mas sim de uma reprodução com a intenção de a
superar.
Giambattista Vico diz que a arte é um modo fundamental e original de o homem se expressar numa determinada face
do seu desenvolvimento (a dos sentidos, a da fantasia e a da razão).
- a arte é a expressão humana na face da fantasia (o homem exterioriza a sua percepção da realidade através
de criação fantástica : poemas, mitos, pinturas, etc.)
Quanto a arte é a simples manifestação do belo, denomina-se belas-artes (designação comum às artes plástica,
sobretudo a pintura, a escultura e a arquitectura)
➵ As belas-artes
Podemos dividir as artes em: artes mecânicas, e belas-artes.
artes mecânicas: está preocupado com a utilidade da sua obra, o lucro.
belas-artes: a preocupação fundamental do artista é a expressão do gosto pelo belo. Classificam-se em artes
plásticas e artes rítmicas.
Artes plásticas: exprimem a beleza sensível através do uso das formas e das cores.
- a escultura: representa imagens plásticas em relevo total ou parcial.
- a pintura: combinação imaginária e sensitiva das cores, exprimem a percepção que o artista tem da
natureza. A pintura supera a escultura.
- a arquitetura: pela imaginação e criatividade, expressa a beleza com equilibradas proporções das massas
pesadas.
Artes rítmicas: produzem obras que exprimem a beleza mediante várias formas (sons, ritmos e movimentos).
- a poesia: com ritmo +/- suavizado pelas rimas e palavras harmonizadas entre si, cria uma sensação
agradável e é recitada ou lida em silêncio.
-a música: expressa a beleza através de acordes vocais, melodias e ritmos. a música pode transmitir
sentimentos de vária ordem.
- a coreografia: através de uma sequência de movimentos corporais realizados de forma rítmica, ao som da
música ou do canto, o artista exprime o modo como vê, sente e encara o mundo à sua volta
Para Platão a única arte digna de ser cultivada é a música, ela educa para o belo e forma a alma para a harmonia
interior.
Kant diz que um objecto pode ser agradável, belo ou bom. O interesse vai o que agrada ou pelo o que é bom, mas não
que é belo. Não procuramos o prazer estético, ele acontece inesperadamente. é preciso distinguir o estético e o belo,
cuja separação se manifesta através do interesse, ausente no primeiro e presente no segundo. O belo e o bom são
análogos:
-agrada imediatamente;
- são universalmente partilhados;
- são inspirados por uma forma
- são livres
Benedetto Croce defende que a arte é absolutamente autônoma, para que arte seja a arte verdadeira deve ser
genuína expressão dos sentimentos íntimos do artista