Flexibilidade de Tubulações
Flexibilidade de Tubulações
Flexibilidade de Tubulações
Clélio
CONTEÚDO:
• Capítulo 4
Dilatação Térmica e Flexibilidade das Tubulações.
• Capítulo 5
Cálculo da Flexibilidade pelo Método da Viga em Balanço
Guiada.
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Supondo um tubo reto fixado nos dois extremos. Se ele sofrer um aumento de
temperatura, como ele não pode dilatar, exercerá um empuxo sobre os pontos de fixação.
Exemplo
Tubo de aço carbono Ø 10” série 40, sendo aquecido de 0°C a 100°C
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3. Pretensionamento
3
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10 229 1,05
3 20 1,15
11 28 1,28
10 20 1,28
10 20 1,28
4
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6 – Cálculo de Flexibilidade
4. Tubulações enterradas.
EXEMPLOS DA SOLUÇÃO 1:
• Suprimir os dispositivos de restrição que não sejam realmente
indispensáveis.
• Substituir uma ancoragem por uma guia ou um batente.
• Modificar a posição de uma ancoragem, uma guia ou um batente.
• Substituir um suporte móvel por um suporte fixo.
EXEMPLOS DA SOLUÇÃO 2:
• Diminuir as desproporções entre os diversos lados.
• Melhorar a simetria do traçado.
• Aumentar o comprimento total da tubulação.
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NOS RAMAIS
LIGADOS A DUAS
LINHAS TRONCOS
É PRECISO TER
CUIDADO COM A
DILATAÇÃO
DIFERENCIAL DAS
LINHAS TRONCO.
A figura ao lado
mostra as
modificações de
traçado para
melhorar a
flexibilidade
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CÁLCULO DA FLEXIBILIDADE
PELO MÉTODO DA VIGA EM BALANÇO GUIADA
1. Todos os lados sejam retos e paralelos a uma das três direções ortogonais.
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1 – Hipóteses Simplificativas:
2. A dilatação total que se dá em cada uma das direções ortogonais, isto é a soma
das dilatações dos lados paralelos a essa direção, é integralmente absorvida pela
flexão dos lados paralelos às outras duas direções ortogonais.
3. Não são levadas em consideração as torções que se dão nos diversos lados de
uma configuração tridimensional.
3 – Configuração Simples em L
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PL3
δ = (1)
12 EI
Onde:
P = força aplicada no extremo da viga
L = comprimento do lado
E = módulo de elasticidade do material
I = momento de inércia do tubo
PL
M = (2)
2
Onde:
M = momento fletor máximo
M I MD 2 SI
S= e J= ; daí temos: S = (3) e M = (4)
J D 2I D
2
PL 2
L
3
PL 2 ML2 2 SIL2 SL2 3EDδ
δ = = = = δ = (5) OU S = (6)
12 EI 6EI 6 EI 6 EID 3ED L2
3E C Dδ
S= (6)
L2
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3EC Dδ 2 3EC Dδ 1
S1 = S2 =
L12 L22
Onde as dilatações δ 1 e δ 2 serão:
δ 1 = eL1 δ 2 = eL 2
em que e é o coeficiente de dilatação
unitária do material para a variação de
temperatura em questão.
Portanto:
3E C DeL2 3E C DeL1
S1 = 2
S2 =
L1 L22
Fazendo 3E c De = K , temos:
KL 2 KL1
S1 = S2 =
L12 L22
A CONSTANTE K TEM OS SEGUINTES VALORES PRÁTICOS:
3E c De S e E c em MPa D e δ em mm
K= para
L em m e em mm /m
10 6
S e E c em Kgf/cm 2 D e δ em mm
3E c De
K= para L em m e em mm /m
10 4
S e E c em psi D e δ em pol.
Ec De e em pol./pés
K= para L em pés
48
AS REAÇÕES R x = P2 QUE ESTÁ FLETINDO O LADO L2 E R y = P1 QUE ESTÁ
FLETINDO O LADO L1 .
2M 2M c 2M a
Dá equação (2), temos que P = , então R x = P2 = e R y = P1 =
L L2 L1
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4 – Configuração em U
FLECHAS:
Lado L1 = δ 21
Lado L2 = δ 1 − δ 3 ⇒ e(L1 − L3 )
Lado L3 = δ 23
ONDE:
δ 21 + δ 23 = δ 2 E δ 2 = eL2
(A distribuição da dilatação δ 2 se fará de acordo
com a flexibilidade do lado, que é proporcional
ao cubo de seu comprimento)
δ 21 L13
ASSIM: = (7)
δ 23 L33
L33
ANALOGAMENTE TEM-SE δ 23 = eL2 (9)
L31 + L33
(As expressões (8) e (9) dão a distribuição da dilatação do lado L2 sobre cada um dos lados L1 e L3)
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5 – Configuração em Z
DE MANEIRA ANÁLOGA À CONFIGURAÇÃO EM “U” A DILATAÇÃO DO LADO L2 SERÁ
DISTRIBUÍDA NOS LADOS L1 E L3 POREM, A FLECHA IMPOSTA AO LADO L2 É A
SOMA DAS DILATAÇÕES DOS L1 E L3: δ 2 = δ 1 + δ 3 .
AS TENSÕES MÁXIMAS DE CADA LADO
SERÃO:
L2 L1
LADO L1 S1 = K
L + L33
3
1
L +L
LADO L2 S2 = K 1 2 3
L2
L L
LADO L3 S3 = K 3 2 3 3
L1 + L3
MOMENTOS E REAÇÕES:
M a = CS 1 2M a 2M d
Rx = =
M d = CS 3 L1 L3
2CS 2
Ry =
L2
6 – Exemplo Numérico
VERIFICAR A FLEXIBILIDADE E
CALCULAR AS REAÇÕES DA
CONFIGURAÇÃO INDICADA AO LADO.
(Considerar indústria química)
DADOS:
• Tubo: 6” série 40
• Material: Aço-carbono ASTM A-53 Gr.A
• Norma: ANSI/ASME B.31.3
• Temperatura de projeto: 360°C
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20 I E h 20 × 1170 1,74 × 10 5
C= ⇒ C= = 121
D Ec 168,2 2 × 10 5
L2 L1 7 ,5 × 6
Lado L1 S1 = K = 464 ,2 3 = 85,9 ⇒ S1 = 85,9 MPa
L1 + L3
3 3
6 + 33
L −L 6−3
Lado L2 S 2 = K 1 2 3 = 464 ,2 = 24,8 ⇒ S 2 = 24,8 MPa
L2 7,5 2
L L 7,5 × 3
Lado L3 S 3 = K 3 2 3 3 = 464,2 3 = 42,95 ⇒ S 3 = 42,95 MPa
L1 + L3 6 + 33
2M a 2 × 10.394 2M d 2 × 5197
Rx = = = = = 3465 ⇒ R x = 3.465 N
L1 6 L3 3
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L3n ∆ y L3n ∆ z
LADO n δ ny = e δ nz =
∑L + ∑L
3
x
3
z ∑ L + ∑L
3
x
3
y
L3p ∆ x L3p ∆ y
LADO p δ px = e δ py =
∑L + ∑L
3
y
3
z ∑L + ∑L
3
x
3
z
L3r ∆ x L3r ∆ z
LADO r δ rx = e δ rz =
∑L + ∑L
3
y
3
z ∑ L3x + ∑ L3y
∑L 3
x CORRESPONDEM A VALORES ABSOLUTOS DOS SOMATÓRIOS DOS
∑L 3
y
CUBOS DOS COMPRIMENTOS DE TODOS OS LADOS PARALELOS A
CADA UMA DAS DIREÇÕES, x, y E z, RESPECTIVAMENTE.
∑L 3
z
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3E c Dδ ny 3 E c D ∆ y Ln
S ny = = = K y Ln
LADO n
L 2
n ∑L +∑L 3
x
3
z
3E c Dδ nz 3 E c D ∆ z Ln
S nz = = = K z Ln
L 2
n ∑L + ∑L 3
x
3
y
3E c Dδ py 3E c D∆ y L p
S py = = = K yLp
LADO p
L 2
p ∑L + ∑L 3
x
3
z
3E c Dδ px 3E c D∆ x L p
S px = = = K xLp
L 2
p ∑L + ∑L 3
y
3
z
3E c Dδ rx 3 E c D ∆ x Lr
S rx = = = K x Lr
L 2
r ∑L + ∑L 3
y
3
z
LADO r
3E c Dδ rz 3E c D∆ z Lr
S rz = = = K z Lr
L 2
r ∑L + ∑ L3
x
3
y
ONDE:
3E c D∆ x 3E c D∆ y 3 E c D∆ z
Kx = Ky = Kz =
∑ L + ∑L
3
y
3
z ∑L + ∑L
3
x
3
z ∑L + ∑L3
x
3
y
Para utilizar as constantes acima é necessário fazer adequação das unidades, conforme
demonstrado na folha 9 desta aula.
S n = S ny2 + S nz2
As fórmulas das configurações planas L, U e Z são casos particulares das fórmulas acima
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8 – Exemplo Numérico
m m L2 = Tubo: Ø 10 série 40
rage 4,5 3m Material: Aço-carbono ASTM A-106 Gr. A
L 1=
co
An Norma: ANSI/ASME. B.31.3
Temperatura de projeto:370°C
y L 3=6m
Bo
cal Das tabelas tiramos:
Dilatação unitária: 4,8 mm/m
m Diâmetro externo: 273 mm
= 5 ,5 Módulo de elasticidade: Ec=2 x 105 MPa
L4 Tensões admissíveis: Sh=99,3 MPa
z Flu
xo
Sc=110,3 MPa
Sa=162,7 MPa
Calculemos em seguida:
∑L 3
x = L31 + L34 = 91,1 + 166 ,4 = 257 ,5m 3
∑L 3
y = L33 = 216 m 3 Teremos para as dilatações totais:
∑L 3
z = L = 27m
3
2
3
∆x = 21,6 + 26,4 = 48mm
Que resultará:
∆y = 28,8mm
∑L + ∑L
3
x
3
y = 473,5m 3
∆z = 14,4mm
∑L + ∑L
3
x
3
z = 284,5m 3
∑ L + ∑L
3
y
3
z = 243m 3
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MPa
Lado L1: S1 y = K y L1 = 16,58 × 4,5m = 74,61MPa
m
MPa
S1z = K z L1 = 4,98 × 4,5m = 22,41MPa
m
MPa
Lado L2: S 2 x = K x L2 = 32,36 × 3m = 97,08MPa
m
MPa
S 2 y = K y L2 = 16,58 × 3m = 49,74 MPa
m
MPa
Lado L3: S 3 x = K x L3 = 32,36 × 6m = 194,16 MPa
m
MPa
S 3 z = K z L3 = 4,98 × 6m = 29 .88MPa
m
MPa
Lado L4: S 4 y = K y L4 = 16,58 × 5,5m = 91,19MPa
m
MPa
S 4 z = K z L4 = 4,98 × 5,5m = 27 ,39 MPa
m
Comparando os resultados acima com o valor da tensão admissível Sa, vemos que a
tensão S 3 x está superior a Sa. Isto significa que o lado L3 está sendo submetido a um
esforço acima do admissível e que a configuração não tem flexibilidade.
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Calculemos em seguida:
∑L 3
x = L31 + L35 = 91,1 + 166,4 = 257 ,5m 3
∑L 3
y = L32 + L34 = 3,4 + 421,8 = 425,2 m 3 Teremos para as dilatações totais:
∑L 3
z = L = 27m
3
2
3
∆x = 21,6 + 26,4 = 48mm
Que resultará:
∆y = −7,2 + 36 = 28,8mm
∑ L + ∑L
3
x
3
y = 682 ,7 m 3
∆z = 14,4mm
∑L + ∑L
3
x
3
z = 284,5m 3
∑L +∑L
3
y
3
z = 452 ,2m 3
MPa
S1 y = K y L1 = 16,58 × 4,5m = 74,6 MPa
m
MPa
S2 x = K x L2 = 17,39 × 1,5m = 26,1MPa
m
MPa
S 3x = K x L3 = 17,39 × 3m = 52,2 MPa
m
MPa
S4 x = K y L 2 = 17,39 × 7,5m = 130, 4MPa
m
MPa
S5 y = K x L3 = 16,58 × 5,5m = 91,2 MPa
m
Temos agora todas as tensões máximas inferiores 162,7 MPa que é o valor da tensão
admissível Sa, onde se conclui que a configuração tem flexibilidade.
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Então:
2 IS 1z E h 2M 1z
M 1y = M 1 y = CS1 z 20 I E h Ry =
D Ec C= L1
D Ec
2 IS1 y E h 2M 1 y
M 1z = M 1z = CS1 y onde: para ⇒ Rz =
D Ec M em m.N L1
2 IS 2 x E h R em N 2M 2 y
M 2y = M 2 y = CS 2 x Rx =
I em cm 4
D Ec L2
AULA 10
Referente aos Capítulos 4 e 5 do Livro Texto - Vol. II
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MATERIAIS:
1- AÇO CARBONO; AÇOS-LIGA C-1/2 Mo e 1/2 Cr-1/2Mo
2- AÇOS-LIGA 1 a 3 Cr-1/2 Mo
3- AÇOS-LIGA 4 a 10 Cr- 1/2 a 1 Mo
4- AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS 16 a 18 Cr-8 a 10 Ni
5- AÇOS INOXIDÁVEIS FERRÍTICOS 12, 17 E 27 Cr
6- COBRE
7- ALUMÍNIO
8- METAL MONEL
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