Trabalho Hidraulica 2
Trabalho Hidraulica 2
Trabalho Hidraulica 2
Rugosidade relativa e rugosidade absoluta são dois termos usados para descrever o conjunto de
irregularidades existentes no interior das tubulações comerciais que transportam fluidos. A
rugosidade absoluta é o valor médio ou médio dessas irregularidades, traduzido na variação
média do raio interno do tubo.
A rugosidade relativa é importante, pois a mesma rugosidade absoluta tem um efeito mais
acentuado em tubos finos do que em tubos grandes.
Obviamente, a rugosidade dos tubos colabora com o atrito, que por sua vez reduz a velocidade
com que o fluido viaja dentro deles. Em tubos muito longos, o fluido pode até parar de se mover.
Portanto é muito importante avaliar o atrito na análise de fluxo, visto que para manter o
movimento é necessário aplicar pressão por meio de bombas. A compensação de perdas torna
necessário aumentar a potência das bombas, afectando os custos.
Outras fontes de perda de pressão são a viscosidade do fluido, o diâmetro do tubo, seu
comprimento, possíveis constrições e a presença de válvulas, torneiras e cotovelos.
Origem da rugosidade
O interior do tubo nunca é completamente liso e liso ao nível microscópico. As paredes têm
irregularidades superficiais que dependem muito do material de que são feitas.
Além disso, após estar em serviço, a rugosidade aumenta devido à incrustação e corrosão
causada por reacções químicas entre o material da tubulação e o fluido. Este aumento pode variar
entre 5 e 10 vezes o valor da rugosidade de fábrica.
Os tubos comerciais indicam o valor da rugosidade em metros ou pés, embora obviamente sejam
válidos para tubos novos e limpos, pois com o passar do tempo a rugosidade irá alterar o seu
valor de fábrica.
3
Abaixo estão os valores de rugosidade absolutos comummente aceitos para tubos comerciais:
A rugosidade relativa pode ser avaliada conhecendo o diâmetro do tubo feito com o material em
questão. Se você denotar rugosidade absoluta como é o diâmetro como D, a rugosidade relativa
é expressa como:
ε
ε r=
D
A equação acima assume um tubo cilíndrico, mas se não, a magnitude chamada raio hidráulico,
em que o diâmetro é substituído por quatro vezes esse valor.
Para encontrar a rugosidade dos tubos, vários modelos empíricos têm sido propostos que levam
em consideração factores geométricos como o formato das irregularidades nas paredes e sua
distribuição. Por volta de 1933 o engenheiro alemão J. Nikuradse, aluno de Ludwig Prandtl,
revestiu tubos com grãos de areia de diversos tamanhos, cujos diâmetros conhecidos são
justamente a rugosidade absoluta e. Nikuradse manipulava canais para os quais os valores de
ε/D variou de 0,000985 a 0,0333,
Exemplos de fluxo laminar são um fluxo de água saindo da torneira em baixa velocidade, fumaça
começando a jorrar de um incenso aceso ou o início de um jato de tinta injectado em um fluxo de
água, conforme determinado por Osborne Reynolds em 1883.
Em vez disso, o fluxo turbulento é menos ordenado e mais caótico. É um fluxo em que o
movimento é irregular e pouco previsível. Um exemplo é a fumaça do bastão de incenso quando
ele para de se mover suavemente e começa a formar uma série de fios irregulares chamados
turbulência.
Se NR<2000 é regime laminar; Se NR > 4000 o fluxo é turbulento. Para valores intermediários, o
regime é considerado transicional e o movimento é instável.
5
Factor de atrito
Este factor permite encontrar a perda de energia devido ao atrito e depende apenas do número de
Reynolds para fluxo laminar, mas em fluxo turbulento a rugosidade relativa está presente.
sim f é o factor de atrito, existe uma equação empírica para encontrá-lo, chamada de equação de
Colebrook. Depende da rugosidade relativa e do número de Reynolds, mas sua resolução não é
fácil, pois f não é fornecido explicitamente.
É por isso que curvas como o diagrama Moody foram criadas, o que torna mais fácil encontrar o
valor do factor de atrito para um dado número de Reynolds e rugosidade relativa.
Empiricamente, foram obtidas equações que têm f explicitamente, que estão bem próximos da
equação de Colebrook.
Envelhecimento de tubos
Existe uma fórmula empírica para avaliar o aumento da rugosidade absoluta que ocorre devido
ao uso, conhecendo o valor da rugosidade absoluta de fábrica e ou:
e = eou + αt
Originalmente deduzido para tubos de ferro fundido, mas funciona bem com outros tipos de
tubos feitos de metal não revestido. Nestes, o pH do fluido é importante em termos de
durabilidade, pois as águas alcalinas reduzem muito o fluxo.
Por outro lado, tubos revestidos de plástico, cimento e concreto liso não experimentam aumentos
notáveis de rugosidade com o tempo.
6
b) o movimento é permanente;
d) o fluido é incompressível.
A experiência mostra que, em condições reais, o escoamento se afasta do escoamento ideal. A
viscosidade dá origem a tensões de cisalhamento e, portanto, interfere no processo de
escoamento. Em consequência, o fluxo só se realiza com uma “perda” de energia, que nada
mais é que a transformação de energia mecânica em calor e trabalho.
A equação de Bernoulli, quando aplicada a seções distintas da canalização, fornece a carga total
em cada seção. Se o líquido é ideal, sem atrito, a carga ou energia total permanece constante em
todas seções, porém se o líquido é real, para ele se deslocar da seção 1 para a seção 2, Figura1, o
líquido irá consumir energia para vencer as resistências ao escoamento entre as seções 1 e 2.
Portanto a carga total em 2 será menor do que em 1, e esta diferença é a energia dissipada sob
forma de calor. Como a energia calorífica não tem utilidade no escoamento do líquido, diz-se
que esta parcela é a perda de carga ou perda de energia, simbolizada comummente por: h.
- Plano de carga efectivo: é a linha que demarca a continuidade da altura da carga inicial,
através das sucessivas seções de escoamento;
-Linha piezométrica: é aquela que une as extremidades das colunas piezométricas. Fica acima
do conduto de uma distância igual à pressão existente, e é expressa em altura do líquido. É
chamada também de gradiente hidráulico;
-Linha de energia: é a linha que representa a energia total do fluido. Fica, portanto, acima da
linha piezométrica de uma distância correspondente à energia de velocidade e se o conduto tiver
seção uniforme, ela é paralela à piezométrica. A linha piezométrica pode subir ou descer, em
seções de descontinuidade. A linha de energia somente desce.
2
v p
Como E ꞊ + + z, tem-se que:
2g γ
2 2
v1 p1 v2 p2
+ + z 1= + + z 2+hf
2g γ 2g γ
Quando existem peças especiais e trechos com diâmetros diferentes, as linhas de carga e
piezométrica vão se alterar ao longo do conduto. Para traçá-las, basta conhecer as cargas de
posição, pressão e velocidade nos trechos onde há singularidades na canalização. A instalação
esquematizada na Figura 2 ilustra esta situação.
8
Figura 2: Perfil de uma canalização que alimenta o reservatório R2, a partir do reservatório R1, com uma
redução de diâmetro.
Do reservatório R1 para R2 existe uma perda de carga global “hf”, igual à diferença de nível
entre os mesmos. Esta perda de carga é devida à:
Para traçar esta linha de carga é necessário calcular as cargas logo após a entrada da canalização,
imediatamente antes e após a redução de diâmetro e na entrada do reservatório. Em seguida,
bastas traçar estes pontos por rectas.
9
Diagrama de Moody
Pode-se distinguir duas situações diferentes, o caso em que o fluxo seja laminar e o caso em que
o fluxo seja turbulento. No caso de fluxo laminar se usa uma das expressões da equação de
Poiseuille; no caso de fluxo turbulento se usa a equação de Colebrook-White.
No caso de fluxo laminar o factor de atrito depende unicamente do número de Reynolds. Para
fluxo turbulento, o factor de atrito depende tanto do número de Reynolds como da rugosidade
relativa da tubulação, por isso neste caso é representado mediante uma família de curvas, uma
para cada valor do parâmetro , onde k é o valor da rugosidade absoluta, ou seja, o comprimento
(habitualmente em milímetros) da rugosidade directamente medível na tubulação.
Conclusão
11
Referencias bibliográficas