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Novas perspectivas para a publicidade na era dos

streamings: um estudo de caso sobre o Spotify

Giuliano Guerra Mendonça Marcelino


Graduado em Publicidade e Propaganda – Centro Universitário Teresa D’Ávila

Randal Guimarães Nogueira Junior


Graduado em Publicidade e Propaganda – Centro Universitário Teresa D’Ávila

Luiz Fernando Nery Sento-Sé Tavares


Graduado em Publicidade e Propaganda – Centro Universitário Teresa D’Ávila

Victória Balady
Mestre em planejamento e desenvolvimento regional, graduada em Direito, Professora do Centro Universitário
Teresa D’Ávila. Email: [email protected]

Resumo
O artigo pretende discorrer e explanar acerca das transformações às quais o mercado fonográfico
está passando. Por meio deste estudo, será melhor compreendida esta mudança de cenário, com foco
na plataforma de streaming de música Spotify, que revolucionou a maneira de ‘consumir’ música
atualmente. Ademais, esta pesquisa pontuará as tendências que influenciam o target e os produtores
de conteúdo musical, e também o que podemos esperar do futuro da publicidade e da música dentro
dessas plataformas de distribuição de mídia.

Palavras-chave
Spotify; Streaming; Indústria Fonográfica.

Abstract
The article intends to discuss and explain about the transformations that the phonographic market is
going through. Through this study, this change of scenery will be better understood, focusing on the
Spotify music streaming platform, which has revolutionized the way to 'consume' music today. In
addition, this research will punctuate trends influencing the target and producers of music content, as
well as what we can expect from the future of advertising and music within these media distribution
platforms.

Keywords
Spotify; Streaming; Music industry.

Introdução

Com o caminhar da tecnologia, foram surgindo novas formas de mídia e, para tanto,
novas formas de propagá-las. O presente estudo foca principalmente no mercado fonográfico,
na evolução das plataformas online e da ferramenta de streaming, que possibilitou que
empresas como o Spotify viessem à tona.
De tal forma, é necessário compreender o contexto no qual surgiu o streaming, como
esta ferramenta impactou o mercado e como foi sua receptividade para com o público em
geral. É notável que, devido à facilidade de acesso, as plataformas de streaming se
popularizaram de forma rápida.

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Muitas portas se abriram com a chegada também da banda larga, acesso ilimitado à
internet, que permitiu que este conteúdo online pudesse ser acessado cada vez mais
facilmente. Por outro lado, portas começaram a ser fechadas, como por exemplo a queda na
pirataria, que antes muito comum, foi praticamente substituída pela praticidade das novas
tecnologias e serviços cada vez mais disponíveis e alcançáveis.
O artigo tem o objetivo de esclarecer a evolução do mercado fonográfico, com o
intuito de compreender o contexto e a influência das plataformas de streaming na industria de
mídias. Como um dos principais expoentes no mercado, e recentemente apontado como uma
das empresas favoritas dos millenials, o Spotify representa o objeto ideal para o presente
estudo.

1. O novo formato de propagação de mídia e o contexto do


mercado musical

A palavra streaming refere-se à tecnologia que torna possível a transmissão de áudio


ou vídeo por um computador conectado à internet, sem que haja a necessidade de realizar o
download do arquivo em si. Dessa maneira, a máquina recebe e transmite dados
simultaneamente. Ao surgir em uma época onde o ramo criativo estava em alta, com diversos
estilos florescendo a cada dia, era notável que a possibilidade de experimentar destas
diferenças encantaria os consumidores, que rapidamente aderiram às novas modalidades de
plataformas online.
No contexto do cenário musical em si, a partir da década de 80, já eram incontáveis as
diferentes manifestações musicais ouvidas nos rádios e na televisão. Rock, disco, heavy metal,
rap, pagode, sertanejo, lambada, eram tocados em rádios especializadas, que separavam seu
conteúdo e seu público por estilos. A criatividade nos estilos musicais não tinha fim,
conforme uma nova maneira de fazer música era criada, outra, influenciada por aquela, logo
surgia. Os novos gêneros musicais foram criando novas culturas, reunindo, através do som,
pessoas que pensavam e agiam da mesma maneira. A música, desde a sua criação, passa por
fases que, assim como qualquer situação, umas ficam mais marcadas que outras (ARTES
CETERA, 2015).
O século XXI trouxe consigo a maior e mais eficaz maneira de se trocar informação
através do globo: a internet. A música, forma de arte mutável que é, adaptou-se a esse novo
ambiente. A era do streaming de mídia começou na década de 90, e ganhou espaço no meio
online pela nova possibilidade tecnológica de realizar downloads longos por parte dos
internautas comuns.
Existem atualmente duas modalidades no streaming, o streaming on demand, quando
os arquivos ficam salvos em um servidor e pode-se acessá-lo a qualquer hora, e também o live
streaming, que trata-se da transmissão que acontece em tempo real, semelhante ao que
acontece nos programas de televisão. Segundo Miranda (2016), a primeira grande forma de
streaming veio com o Youtube, que disponibiliza música on demand gratuitamente, além de
transmitir shows e programas ao vivo. De tal forma, seguindo a onda prática da ferramenta,
essa funcionalidade tem se popularizado principalmente em redes sociais como Facebook e
Instagram. Famosos usam muito esse recurso para fazer sessões de perguntas e respostas com
seus fãs (TCA, 2017).
O segmento do streaming tornou-se popular também por suas diversas aplicabilidades,
contemplando redes sociais, rádios online, videoconferências, partidas esportivas, entre
muitas outras. A empresa pioneira a popularizar o streaming foi a Progressive Networks, com
o Real Áudio, no início da década de 90, com uma transmissão em mono, fazendo uso de
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arquivos compactados, de forma que a transmissão acontecesse mais eficazmente com
arquivos mais leves. Logo, o cenário ganhou marcos históricos. Já em 1995, foi transmitido
o primeiro jogo de beisebol online, em tempo real. Em poucos dias, mais de 300 mil pessoas
baixaram o software que permitia acesso ao conteúdo apresentado de uma maneira totalmente
nova. No Brasil, em 1996, o cantor Gilberto Gil juntamente à sua banda, tocaram a música
“Pela Internet” em um escritório da Embratel, no Rio de Janeiro, e a apresentação foi
transmitida para todo o país em uma ação absolutamente inédita no território nacional.
Com a necessidade cada vez mais iminente de transmitir e trafegar online, novos
formatos foram surgindo para que as transmissões pudessem ser cada vez mais fáceis e com
melhor qualidade. Dentre os formatos mais conhecidos estão o MP3, MP4, AAC e MOV. No
Brasil, a banda larga chegou em 2000, com a chegada do IG, um provedor de internet que
disponibilizou o acesso grátis no Brasil. Com ela, foi possível disseminar cada vez mais
conteúdo para a população, popularizando ainda mais a modalidade de streaming agora,
literalmente, disponível para todos.
Um ponto a ressaltar é como ficou a pirataria com a chegada de um sistema online que
praticamente exclui a necessidade de adquirir produtos externos, quando tudo pode ser obtido
em poucos cliques. A cultura da ilegalidade tornou-se defasada. Se houve uma época em que
a pirataria era quase a regra no consumo de cultura digital, hoje serviços de streaming e
assinatura ganham espaço e tornam parte do acesso a músicas e filmes legal. (FOSTER, 2015)
O enfraquecimento do movimento ilegal se deve ao fato de que, atualmente, não há
mais a dificuldade em obter os produtos que antes tinham um acesso bem mais dificultoso.
Segundo Furini (2015), facilidade é a palavra de ordem. Por que as pessoas baixavam filme?
Porque era mais rápido do que ir à locadora ou ao cinema. Quando surgiram o Netflix e o
Spotify, que eram mais fáceis do que o download ilegal, a pirataria caiu um pouco.
Ainda assim, em contrapartida, há a questão dos catálogos, do que está disponível
dentro das plataformas para os usuários. Se em uma mão está o conforto de um serviço legal,
porém com conteúdo limitado, na outra está a internet em sua totalidade, com os downloads
ilegais. De tal forma, vemos que a ilegalidade sempre ocupará uma parte do mercado, mas,
para combatê-la, serviços devem buscar cada vez mais catálogos abrangentes, serviços
paralelos atrativos e preços pequenos. (FURINI, 2015)

2. Spotify: histórico do espaço conquistado e efeitos na


publicidade e no mercado

Atrelada à evolução da internet, a música foi encontrando seu espaço no universo


digital. (GOMES, p. 4, 2015) O Napster é considerado um dos primeiros programas em que
os usuários podiam baixar e escutar suas músicas favoritas. No início dos anos 2000, o
programa foi uma verdadeira descoberta para a época, mas a indústria fonográfica viu os
números diminuírem e a empresa foi processada por promover a pirataria e infringir as leis de
direito autoral. (MÚSICA E ÁUDIO, 2018)
Com o crescimento da popularidade de aparelhos que reproduziam músicas em
formato mp3, as pessoas queriam a todo custo armazenar suas músicas em seus celulares para
ouvirem onde estivessem. Surge aí a oportunidade abraçada pelo Spotify.
Com a promessa de combater a pirataria, seguindo o fluxo de uma revolução, o
Spotify foi idealizado em 2006. Trata-se de um serviço de streaming de música, criado pelos
empresários suecos Daniel Ek e Martin Lorentzon. Funciona como aplicativo e web player,
que podem ser usados em computadores, tablets ou smartphones. Como consta no site do
Spotify, é possível ouvir playlists, navegar pelas coleções de músicas de amigos, artistas e
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celebridades, ou criar uma estação de rádio.
Somente depois de dois anos de testes que o serviço foi ao ar, prometendo
revolucionar o mercado fonográfico, que sofria com o passado sombrio da pirataria. À época,
o Napster já não funcionava mais. O torrent estava dando passos a caminho da popularidade e
o iTunes já tinha 5 anos de vida, apesar de ser um serviço mais limitado pelo alto custo
(KLEINA, 2018).
Para utilizar o serviço, o usuário tem duas possibilidades: a conta premium (versão
paga) ou conta free (versão grátis):
Na primeira categoria, o assinante tem acesso a todas as suas músicas favoritas mesmo
sem estar conectado a uma rede de Internet, além de não precisar escutar as propagandas dos
anunciantes. Enquanto isso, a conta gratuita apresenta diferenças nos dispositivos móveis e no
computador pessoal. No primeiro caso, o usuário tem o acesso limitado: pode escolher artistas
e músicas, mas em determinado ponto já não pode “pular” músicas que não gosta. No
computador pessoal, ele tem essa opção, mas a presença de diversos anúncios publicitários é
constante em ambas. (SANTOS, RAMOS, RIOS, p. 5, 2016)
Em 2011, o Spotify alcançou a América. Anteriormente, a plataforma musical era
limitada à Europa. Inúmeros influenciadores digitais aprovaram o serviço, como por exemplo,
o dono do Facebook, Mark Zuckerberg. Na visão de Kleina (2018), a recomendação de
pessoas tão influentes gerou ótimos resultados para o Spotify. Foi neste período que o serviço
atingiu a marca de 10 milhões de músicas no catálogo. Ainda segundo Kleina (2018), os
passos para a mudança do cenário da indústria musical estavam mostrando resultados: após o
boom do Spotify, em dois anos, a pirataria de músicas na Suécia reduziu em 25%.
Mas foi só no ano de 2012 que o serviço lançou a versão para smartphones com
Android e a tão aguardada versão para desktop. Até então, somente os usuários de iPhones
poderiam usufruir das músicas do Spotify.
No Brasil, o Spotify chegou no ano de 2014, quando atingiu 30 milhões de canções.
As mensalidades eram pagas apenas com cartões internacionais e cobradas em dólares que,
convertidos, valiam aproximadamente R$15,00. (G1, 2014) Agora, com opções de pagamento
com cartões nacionais e inclusive com boleto bancário, as mensalidades tornaram-se mais
acessíveis para os brasileiros.
A empresa anunciou ter fechado o primeiro semestre de 2018 com mais de 80 milhões
de usuários pagantes pelo mundo. No entanto, Padrão (2018) alega que, apesar do Spotify ter
mudado o cenário musical, a empresa ainda não sabe como lucrar com isso.
Mesmo com a receita bilionária, a empresa teve prejuízo de US$ 600 milhões. No ano
anterior, a empresa tinha ficado no vermelho também em US$ 257 milhões. Esse buraco nas
contas é coberto com o dinheiro de investidores. Só de royalties e distribuição foram gastos o
equivalente a 85% de toda a receita, isso sem contar salários, marketing, desenvolvimento de
produtos e outros custos. (PADRÃO, 2018)
Segundo o G1 (2018), a empresa alega, principalmente, dificuldade em atrair e reter
usuários pagantes; dependência de acordos de licenciamento de músicas com compositores e
gravadoras; falta de controle do conteúdo veiculado pela plataforma; complexidade dos
acordos de pagamento de royalties a músicos, que inviabilizava a estimativa dos gastos etc.
Entretanto, o streaming de música continua fazendo adeptos. Segundo Padrão (2018),
a consultoria PwC divulgou dados de 2016 que mostram que o streaming de música cresceu
65% globalmente. Nos Estados Unidos, o número é avassalador: 99%. Ainda segundo Padrão,
em três anos, o streaming de música representará mais de 60% do mercado brasileiro e a
tendência é que os downloads de música e compra de mídia física deverão cair
gradativamente.
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A disputa pela preferência do ouvido do brasileiro está acirrada. O mercado de
streaming está cada vez mais competitivo. Somente em 2018, duas novas plataformas de
streaming chegaram ao Brasil: YouTube Music e Tidal. (CAPELAS, 2018) Ainda neste ano, a
Apple Music, concorrente direta do Spotify, ultrapassou a marca de 20 milhões de usuários
pagantes nos Estados Unidos e agora está em primeiro lugar na preferência americana.
(RIBEIRO, 2018)
É por meio das publicidades inseridas em meio à reprodução das músicas na versão
free que, teoricamente, os artistas são pagos pelos conteúdos disponibilizados no sistema.
Segundo os estudos de Santos, Ramos e Rios (2016), é por meio de uma Gestão de Direitos
Autorais (GDD) que o Spotify garante o direito sobre as canções.
No entanto, para alguns artistas tem sido complicado lidar com os passos dados pela
indústria fonográfica. Em 2014, a cantora americana Taylor Swift retirou todo o seu catálogo
do Spotify e optou por não lançar na plataforma o seu até então mais recente álbum, intitulado
1989. Em carta aberta publicada no Wall Street Journal, Taylor alega que a quantia paga pelos
royalties musicais não eram suficientes: “música é arte, arte é importante e rara. Coisas raras
são valiosas. Coisas valiosas deveriam ser pagas”.
No Spotify, álbuns não recebem um preço fixo, e sim um valor por “play” de cada
faixa, determinado segundo características como o país em que está o usuário, a popularidade
do artista e a taxa de royalties combinada entre o músico e o Spotify. A empresa estima que,
no momento, cada stream gera entre 0,006 e 0,0084 dólares de lucro para o músico e que a
tendência é que esse número aumente conforme ganharem mais assinantes. Especialistas,
porém, acham que o caminho natural do serviço é o oposto: quanto mais pessoas tocarem a
canção, menos valerá cada stream. (CARRERA, 2014)
A empresa respondeu a cantora dizendo que “esperamos que mude de ideia e ajude-
nos a construir uma nova economia musical que funcione para todo mundo”.
Segundo Julio (2018), a indústria de streaming de música movimenta 90 milhões de
dólares ao ano. Carrera (2014) em seu artigo publicado na revista Época, coloca que Daniel
Ek, CEO do Spotify, anunciou que, desde a fundação, o Spotify pagou cerca de US$ 2 bilhões
em royalties a selos, gravadoras, distribuidores, compositores e artistas.
Em Setembro de 2018, foi anunciado que a empresa estava lançando um novo formato
para licenciamento de músicas. Até então, artistas dependiam de uma gravadora ou de um
agregador musical pago para fazer o upload de suas músicas na plataforma, e agora passam a
poder enviar suas obras diretamente à plataforma, em um modelo de licenciamento direto.
(JULIO, 2018)
De acordo com Pagliusi, a empresa possui uma visão democrática da música, levando
a mesma de maneira irrestrita para várias partes do mundo. Apesar do surgimento de inúmeras
plataformas parecidas com o Spotify, Gustavo Diamet, diretor do Spotify para a América
Latina, disse em entrevista para o TecnoBlog, em 2014, que os preços convidativos dos rivais
não são um problema: “o nosso maior concorrente é a pirataria”.
Os usuários assinantes do Spotify, possuem, em média, idade entre 18 e 34 anos.
Segundo o G1 (2018), o público concentra-se na Europa (37%), América do Norte (32%) e
América Latina (21%). Atualmente, o Spotify oferece plano para estudantes por R$8,50 ao
mês; “Plano Família”, onde é possível dividir os gastos da mensalidade; além de
disponibilizar dois meses de Spotify Premium gratuito para teste.
A fim de lançar sob o case do Spotify, não somente no Brasil, mas sim como parte de
todo o mercado fonográfico e publicitário, uma ótica que permita estimar projeções futuras, é
necessário delimitar e discorrer sobre os diversos âmbitos impactados pelo serviço de
streaming. Para tanto, será adotada neste capítulo uma definição de tópicos baseada em três
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pilares do consumo de mídia: os produtores, o consumidor e o mercado.

2.1 Consumidor
Primeiramente, no que tange o consumidor final, é inegável a revolução proporcionada
pelo consumo mobile (em dispositivos móveis) e via internet. Segundo reportagem da revista
Época de Abril de 2018, uma pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers intitulada
Global Consumer Insight Survey 2018, 58% dos entrevistados utilizam o computador pessoal
para compras e consumo de conteúdo, contra 41% dos que utilizam celulares e smartphones e
30% dos que fazem uso de tablets. Conforme apontado por Ricardo Neves (2018), sócio da
PwC, na mesma reportagem, "O online continua crescendo na vida das pessoas. Elas
compram com mais frequência, usam mais os canais online, e em todas as categorias de
produtos os números de pessoas que optam pela rede aumenta."
Serviços como o Spotify, Apple Music, a Netflix e tantos outros do gênero on demand
encontram no cotidiano do usuário os maiores incentivos para o êxito. O ritmo acelerado da
rotina diária, aliado a constante necessidade de consumo de conteúdo motivada, dentre outros
pontos pelo Fear of Missing Out, torna atrativa as opções que permitem acessar grandes
catálogos por meio dos dispositivos móveis de qualquer local a qualquer hora do dia.
Um fato curioso decorrente do aumento da popularização do consumo via streaming
pôde ser notada em outra mídia da indústria fonográfica, esta muito mais antiga: o vinil.
Conforme apontado em reportagem de junho de 2018 do site O Globo, 70 anos após o
surgimento da mídia que garante melhor qualidade de som se comparada aos arquivos
comprimidos na extensão mp3, o vinil segue em significativo aumento de consumo e ainda
rendendo aos produtores. Seja pelo sentimento de nostalgia, pela onda hipster ou
simplesmente pela qualidade de som oferecida, o ponto supracitado nos mostra a pluralidade
do consumo de mídia na era da informação.
Empresas surgidas dentro do contexto da era digital e do novo consumo de mídia e
informação costumam ter em comum a consciência e apreço pela experiência do consumidor;
entregar o produto que se espera de forma intuitiva, descomplicada e da forma mais
customizada possível, características do consumo on demand. Conforme apontado em
reportagem da revista Época, intitulada “É a experiência do consumidor que gera sucesso – e
não a tecnologia”, a usabilidade, design e conhecimento acerca do perfil por muitas vezes
imprevisível do consumidor final são pontos cruciais a serem levados em conta por empresas
que adotam o modelo de negócios semelhante ao do Spotify, objeto de estudo do presente
artigo.

2.2 Produtores
Se por um lado o mercado e as marcas nem sempre admitem o relacionamento com o
consumidor como principal ponto a ser levado em suas estratégias, os artistas do mundo da
música podem ser tomados como referência neste aspecto. As transformações trazidas pelo
modelo de negócios do Spotify já conquistaram papel de destaque no cotidiano dos artistas,
gravadoras e veículos especializados. A dupla The Carters, formada por Beyoncé e seu marido
Jay Z, proprietário do serviço de streaming TIDAL, conquistaram números expressivos de
mídia espontânea ao lançar seu álbum inédito exclusivamente na plataforma do casal, ainda
que o mesmo tenha sido disponibilizado nos demais serviços e na plataforma de vídeos
YouTube posteriormente.
Outra característica do consumo de mídia em smartphones, o vídeo vertical também
vem ganhando espaço no mercado de música no ano de 2018. Maroon 5, Taylor Swift e Anitta
são alguns dos artistas que aderiram a tendência do clipe vertical em seus lançamentos, um
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videoclipe inteiramente produzido para consumo nas plataformas de streaming de áudio; no
caso de Anitta, a cantora aliou-se ao Spotify para o lançamento exclusivo do clipe de
“Medicina”, conforme apontado em reportagem do site B9 (2018).
Naturalmente, todo o esforço desprendido pelos artistas e gravadoras na produção de
conteúdo levando em conta as plataformas de streaming traz resultados de curto, médio e
longo prazo para os mesmos. Pode se utilizar as estratégias adotadas pela cantora Anitta uma
segunda vez para exemplificar o ponto. Conforme consta em reportagem especial da revista
Meio&Mensagem, veículo referência no mercado de publicidade, marketing e comunicação, a
análise do sócio diretor da Agência 301, Chico Barney:
Enquanto trabalhava com sua exposição comercial, atuando com marcas, Anitta colocava em prática algo que
aprendeu sobre o YouTube: frequência. Estratégia comum aos influenciadores da plataforma. “Como toda boa
marca relevante, a Anitta entendeu que é necessário ter uma presença estratégica no YouTube e vai lançar clipes
de músicas inéditas mensalmente na plataforma de vídeos do Google” (PACETE, 2018).
Parte importante do mercado musical, as premiações, recordes e charts, listas
elaboradas por veículos especializados tais como a Billboard, com as músicas mais tocadas na
semana ou mês, também sofreram e sofrem influência do mercado de streaming. Não raro
influenciadores ou os próprios artistas comemoram junto a seus fãs um novo recorde batido
no Spotify ou Apple Music. É o caso protagonizado por Beyoncé, conforme noticiado pelo
Correio Braziliense na ocasião em que a cantora se tornou a primeira a alcançar a marca de
um bilhão de streams (ou reproduções) em três de seus álbuns no Spotify.

2.3 Mercado
Por fim, ao traçar o paralelo entre os consumidores, marcas e produtores, é possível lançar um
olhar analítico sobre o mercado que se desenvolve a cada dia e marca atingida pelo modelo de
negócios que se expande com velocidade. Em primeiro lugar, vale trazer novamente à luz a
questão da experiência do usuário dentro do ecossistema das plataformas, tomando para este
caso o Spotify.
Conforme apontado em reportagem da revista Meio&Mensagem intitulada “O
caminho fácil é vender volume, difícil é fazer branding”, falta às marcas a consciência de que
somente o streaming, a rádio ou a televisão isoladas não representam a solução para os
objetivos de mídia ou marketing das mesmas. A entrevistada traz à luz da discussão dados que
apontam que o consumo musical em 2018 é de maioria do gênero sertanejo e se concentra nas
rádios. A mesma matéria aponta a necessidade e oportunidade que o mercado musical
representa para interferir em questões como a representatividade no meio, seja de gênero, raça
ou orientação sexual; vale ainda menção às oportunidades de visibilidade e crescimento para
artistas independentes e estreantes, conforme elencado em momento anterior do presente
artigo, a recente mudança na estrutura da comunicação entre o Spotify e os artistas representa
uma evolução neste quesito.
Evidentemente, o awareness e demais valores intangíveis para as marcas não bastam
para que se mantenha um modelo de negócios sustentável; dessa forma, questões como o
fluxo de caixa do Spotify nos últimos anos conforme já citado no presente artigo, lançam o
questionamento para novas formas de publicidade e venda de mídia dentro do serviço, em
demais concorrentes ou até mesmo fora dos citados. Playlists patrocinadas e curadoria de
marcas ou artistas são alguns dos formatos já explorados por concorrentes como o Deezer,
que também possui parcerias firmadas com operadoras de celular para oferecer uma
assinatura do serviço junto ao plano de dados dos usuários. O formato, porém, segue sendo
timidamente explorado pelo Spotify, podendo ser citado como um dos cases mais recentes a
parceria com a Netflix, marca top of mind no mercado de streaming de vídeo, conforme
apontado no estudo “Love Index” divulgado em reportagem da revista Exame (2016). Na
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ação em questão, a parceria acontece por meio de playlists temáticas que suportam o “modo
Stranger Things”, um tema inspirado na popular série da Netflix que pode ser aplicado no
Spotify; a chamada experiência imersiva foi noticiada em reportagem do portal Canal Tech.

3. Perspectivas para o futuro

Estabelecida à conjuntura que envolve as transformações na indústria fonográfica e os


impactos do modelo de negócios do Spotify, se faz necessário o exercício de traçar
determinadas projeções acerca do futuro das mesmas em médio e curto prazo, sejam estas
relacionadas aos próximos movimentos da empresa ou ao mercado como um todo.
Com o mercado do streaming de música praticamente definido, espera-se do Spotify e
demais concorrentes que se lancem à produção de conteúdos autorais. Um dos expoentes no
mercado, o Apple Music, já oferece em seu catálogo produções em vídeo tais como o célebre
Carpool Karaoke, formato onde artistas convidados e um anfitrião realizam uma entrevista a
bordo de um caro em movimento cantando canções juntos.
Além das produções em vídeo como clipes, séries especiais ou realities, o próprio
mercado de áudio oferece ao Spotify ampla gama de possibilidades a se lançar. Segundo
dados do ano de 2014 da Associação Brasileira de Podcasters (ABPOD), a mídia sonora vem
demonstrando crescimento vertiginoso nos últimos anos, dentro e fora do país. Ainda que o
número de produções originais da plataforma no Brasil não sejam expressivos, a empresa
parece prestar atenção ao crescimento da mídia e os resultados que podem ser alcançados por
meio da mesma. Em setembro de 2018 a empresa veiculou sua primeira campanha com foco
exclusivo nos podcasts disponíveis na plataforma; segundo reportagem da revista
Meio&Mensagem (2018), a maior parte da produção nacional na mídia é feita de maneira
independente e conta com uma relação particular de proximidade entre ouvinte e podcaster,
representando uma oportunidade de investimento para marcas.
Segundo reportagem do jornal El Pais, “o Spotify pode se transformar em uma
plataforma crucial na indústria que harmonize e melhore a relação entre artistas, gravadoras e
fãs” (2018), dessa forma, espera-se que o crescimento expressivo da base de usuários do
serviço permita a seus diretores uma renegociação dos valores que envolvem a fatia de artistas
e gravadoras. Porém, vale ressaltar que os dados de inteligência coletados pelo serviço em
todo o mundo, aliados ao awareness já criado pela marca podem levar a um caminho um
pouco diferente e que, guardadas as proporções, se mostrou altamente rentável para empresas
como a já citada Netflix; as produções originais.
Movimentos recentes da empresa como a mudança no fluxo de negociação entre
artistas, gravadoras e a plataforma podem sinalizar o início de uma estratégia para lançamento
e agenciamento de carreiras de novos artistas, algo como um selo da plataforma. Em
reportagem do jornal espanhol El Mundo intitulada, “Por qué Spotify debe copiar a Netflix
para sobrevivir” ou, porque o Spotify deve copiar a Netflix para sobreviver em tradução livre,
é elencada a possibilidade de a plataforma se tornar também em uma produtora de conteúdo,
lançando artistas e álbuns com cláusulas de exclusividade. Uma das perspectivas para o futuro
do Spotify que se mostra cada vez mais crível, a adoção da estratégia permitiria a empresa,
dentre outras possibilidades mercadológicas, a organização de festivais de música com seus
principais artistas exclusivos no elenco utilizando-se dos dados referentes ao consumo por
afinidade e localidade geográfica; um verdadeiro case de sucesso para as áreas de
planejamento e aplicação de técnicas de business intelligence.

Quizás fuese más eficaz apostar por la creación de contenidos. Fomentar el


uso y descubrimiento de podcast o audiolibros y, por qué no, convertirse en
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una productora para nuevos artistas en todos los ámbitos. Fijarse en el
ejemplo de Netflix como caso de éxito para hacerse independiente de las
grandes discográficas y diferenciarse de los servicios de las grandes
compañías digitales.
Spotify ha cambiado la forma en que escuchamos música como Netflix
cambió la manera en que vemos series y películas. Ahora se enfrenta a la
misma encrucijada que resolvió hace poco la compañía de Reed
Hastings: encontrar un modelo sostenible y anclarlo en la cultura global.
(RODRÍGUEZ, 2018)

Considerações finais

É evidente que, conforme o progresso tecnológico acontece, deve-se manter os olhos


abertos para as possibilidades. A partir do momento que uma ferramenta nova é criada, ou
recriada, novos meios de viver e propagar informação surgem de maneira quase que
intrínseca.
Com a chegada da opção do streaming, o mercado se modificou de forma rápida, com
a necessidade de se adequar as novas opções de realidade midiática. A questão do ao vivo
online trouxe uma praticidade para os dias das pessoas, mesmo que inicialmente tudo fosse
unicamente feito pelos computadores fixos, a possibilidade de logo algo móvel existir estava
próxima, uma questão de desenvolver e evoluir.
Logo chegou o momento onde o Spotify pôde acontecer, onde uma plataforma de
streaming de áudio, de músicas, onde artistas colocam seu conteúdo e o mundo todo pode
reproduzir tais arquivos sem a necessidade de baixar qualquer tipo de faixa além do aplicativo
em si. Se em um primeiro momento a transmissão de áudio era limitada, com arquivos de
baixa qualidade, agora pode-se escolher a qualidade e ter independência quanto ao tipo de
conteúdo que será consumido.
Portanto, em um mundo online, onde as possibilidades estão às margens da
imaginação e criação humana, é absolutamente possível crer que o fim das mutações
mercadológicas para o Spotify esteja longe de acontecer. A expansão de uma empresa que
depende de tecnologias que estão constantemente sendo inovadas é inevitável, com projetos
de diferentes formatos, por vezes até mesmo fugindo da ideia inicial da plataforma e
crescendo para novos ramos e estruturas. Junto à essa realidade, a publicidade cresce, se
transforma e abraça as incontáveis novas oportunidades de inovar, vender, cativar e encantar
os muitos públicos que vêm com todo este progresso.

Referências

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