Estudo de Caso 1 - ARIELSON ROCHA

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM
CAMPUS ITACOATIARA
DEPARTAMENTO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO

Estudo de Caso 1 – Princípios da Administração Pública

Ticio ajuizou ação questionando a ilegalidade e a inconstitucionalidade de multa de trânsito


recebida por excesso de velocidade, em razão de haver trafegado acima do limite estabelecido pelo
Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul — DETRAN/RS para determinado trecho
de uma estrada, fixado em 40 km/h.

O autor asseverou, em sua demanda, que referido limite apresentava-se excessivamente


baixo, violando os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, bem como as diretrizes
dispostas no art. 61 do Código Brasileiro de Trânsito, que fixa, como regra geral, o limite máximo de
velocidade nas estradas em 60 km/h, conforme se observa da transcrição abaixo:

Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização,
obedecidas suas características técnicas e as condições do trânsito.
§1º. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I — nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido;
(...)
II — nas vias rurais:
1) nas rodovias, cento e dez quilômetros para automóveis, caminhonetas e
motocicletas;
2) Noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus; 3) Oitenta
quilômetros por hora, para demais veículos; b) nas estradas, sessenta
quilômetros por hora.
§2º. O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário local com circunscrição sobre a via poderá
regulamentar por meio de sinalização velocidades superiores ou inferiores àquelas
estabelecidas no parágrafo anterior.

O juízo de primeira instância julgou procedente a demanda, em um arrazoado no qual


manifestou sua inconformidade quanto à “indústria de multas” que estaria sendo criada
arbitrariamente pelo ânimo arrecadatório dos Estados, com a fixação de limites de velocidade
extremamente baixos para tráfego em estradas e rodovias, prática que ofenderia o princípio da
razoabilidade.
Tendo a decisão sido confirmada em segunda instância, o DETRAN/RS recorreu ao Superior
Tribunal Justiça, sustentando a legalidade da velocidade fixada para a referida estrada, pois havia
sinalização indicativa no local, em obediência, portanto, à exigência do art. 61, §2º, do Código
Brasileiro de Trânsito. Além disso, argumentou que a fixação do limite de velocidade em 40 km/h era
fruto do exercício legítimo de sua competência discricionária, sobre a qual não teria o Poder Judiciário
competência revisional.
1) Considerando o que você estudou sobre o princípio da legalidade e outros princípios
como da motivação, autotutela, impessoalidade, etc., como você acredita que deveria ter
sido decidida a demanda?

É importante salientar que esse comportamento é uma conclusão dos próprios cidadãos e condutores
de que prefeituras, órgãos responsáveis e outras entidades tendem a ganhar muito mais dinheiro com
a aplicação de multas do que necessariamente com o trabalho de conscientização e prevenção no
trânsito. Casos como estes ocorrem com mais frequência do que se pode imaginar, como o próprio
juiz afirma a “Indústria da multa” está em todos os lugares como forma de arrecadação, tendo em
conta que quando são questionados eles recorrem para a própria lei, ocasionando o caso acima. Em
todo o caso, é preciso que façamos a nossa parte todo dia, com ou sem fiscalização. As normas
devem ser cumpridas até como uma forma de proteção à nossa vida e à das pessoas que estão no
nosso carro, evitando que familiares ou amigos sofram com a nossa imprudência.

2) Caso o Poder Judiciário entenda que o limite de velocidade fixado pela autoridade
administrativa é manifestamente desproporcional e irrazoável, poderia o tribunal fixar,
no acórdão (sentença), o novo limite de velocidade?

A velocidade excessiva e inadequada é o fator mais importante que contribui para o problema das
lesões causadas pelo trânsito, enfrentado por muitos países. Depois da comprovação das
irregularidades “Indústria de Multa”, o poder judiciário poderia optar por um novo limite de
velocidade, ou aplicar algum outro sistema que seja eficaz para não ocorrer casos como este, visando
à criação de um sistema viário seguro, centrado na gestão da velocidade.!

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NOME: ARIELSON SANTOS ROCHA

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