Estudo Orientado Ef
Estudo Orientado Ef
Estudo Orientado Ef
Aulas de
Estudo Orientado
Ensino Fundamental II
Propriedade de:
Data:
Anotações:
Material do Educador
Aulas de
Estudo Orientado
Ensino Fundamental II
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
ENSINO FUNDAMENTAL II 5
Caro educador,
O Estudo Orientado integra a Parte Diversificada do Currículo
dentro das inovações em conteúdo, método e gestão das Escolas
de Ensino Médio em Tempo Integral. O objetivo deste material é
“ensinar” o estudante a estudar, apoiá-lo e orientá-lo em seu estudo
diário, por meio da utilização de técnicas de estudo que o auxiliarão em
seu processo de aprendizagem. Além de assegurar o espaço adequado para o estudar, o Estudo
Orientado visa à excelência acadêmica e à consecução do Projeto de Vida do estudante.
Este material apresenta um conjunto de cinco (5) aulas que servirão de orientação para apoiar os
educadores sobre como os estudantes devem estudar e desenvolver suas perspectivas ao longo
do Ensino Médio. As aulas abordam questões fundamentais para a realização de um bom estudo,
como: Responsabilidade pessoal, organização de material e algumas técnicas de estudo. As lições
oferecem condições para que os estudantes desenvolvam o exercício da aprendizagem autor-
regulada e aprendam a planejar, estabelecer objetivos, executar e auto-avaliar suas atividades
de estudo.
Nesse entendimento, o papel do educador ganha relevância, pois, deve ser responsável por incen-
tivar os estudantes a: QUERER estudar (ter uma atitude positiva diante da aula); PODER estudar
(desenvolver aptidões como capacidade intelectual, vontade, hábitos de aula, condições pessoais,
familiares); SABER estudar (dominar técnicas e utilizar estratégias que favoreçam a aprendizagem).
Apesar dos conteúdos apresentados neste material estarem organizados em aulas, eles não preci-
sam ser seguidos pelo educador com o mesmo rigor cronológico, pois foram formulados pensando
na necessidade de cada estudante, assim como, as atividades podem extrapolar o tempo de uma
aula. A duração de cada atividade é apenas um parâmetro para orientação e planejamento do
educador. Ao final das aulas programadas neste material, o tempo destinado ao Estudo Orientado
deve ser administrado para à própria realização dos estudos pelos estudantes. Caso o educador
identifique a necessidade, as aulas podem ser repassadas ao longo do ano letivo.
Bom trabalho!
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
6 ENSINO FUNDAMENTAL II
5. Estudar não é
Manipular técnicas de estudo de
futebol, mas tem Conhecer algumas técnicas de
acordo com as necessidades de
técnicas e estra- estudo.
aprendizagem.
tégias.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
ENSINO FUNDAMENTAL II 7
A compreensão que o estudante tem a respeito do “ato de estudar” ajuda a traçar o seu perfil
quanto aos seus hábitos de estudo. Para introduzir o conteúdo dessa aula é importante perguntar
ao estudante: qual a relação que existe entre o estudo e a sua vida? Dentre as respostas, é mui-
to comum o educador perceber que alguns estudantes chegam ao Ensino Fundamental e até o
Ensino Médio sem entender como aquilo que aprendem na escola será utilizado na própria vida.
Essa dificuldade, dentre outras causas, discorre da dificuldade que a escola tem em apresentar
e sistematizar o seu currículo a partir daquilo do que o estudante é e daquilo que ele quer ser.
Por este motivo, estudar passa a ser uma obrigação e não uma atitude deliberada por parte dos
estudantes. O estudar passa a ser o mesmo que fazer tarefas e se preparar para provas. Pensando
nisso, essas aulas têm como objetivo mostrar aos estudantes a relação destes com a consecução
do seu projeto de vida e ajudá-los a perceber a diferenciação entre hábito e rotinas de aula.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
8 ENSINO FUNDAMENTAL II
Objetivos Gerais
Material Necessário
• Xerox para cada estudante da notícia: Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que
passou em concurso do TJ. Disponível em: <http://g1.globo.com/distrito-federal/no-
ticia/2013/09/venci-diz-ex-catadora-de-latinhas-do-df-que-passou-em-concurso-do-
-tj.html>. Acesso em julho de 2015.
Roteiro
PREVISÃO DE
ATIVIDADES PREVISTAS DESCRIÇÃO
DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
Esta atividade é o momento no qual os estudantes expressam como enxergam seus estudos. É
uma oportunidade para o educador explicar qual a relação existente entre estudar e a consecu-
ção do projeto de vida. Assim, comece a atividade perguntando aos estudantes: por que estudar?
Em seguida, aprofunde a questão orientando os estudantes a responderem individualmente a
seguinte pergunta:
1. Qual é a sua melhor motivação para estudar?
Essa pergunta permite saber dos estudantes se estudar tem significado para alcance do seu obje-
tivo de vida ou seu sonho. É preciso que os estudantes argumentem além da necessidade presen-
te, como passar numa prova ou de uma série para outra. Assim como, de ter através dos estudos
um emprego satisfatório, bons salários, ocupar um cargo de alto escalão, etc. É importante que
encontre a respostas dentro de si, pensando no que dar mais prazer para estudar.
Depois, os estudantes devem criar argumentos favoráveis a respeito das afirmações que seguem
abaixo:
Afirmação 1: Estudar ajuda as pessoas a desenvolver habilidades.
Afirmação 2: Estudar ajuda a melhorar a condição social.
Afirmação 3: As pessoas que estudam são mais felizes e vivem mais.
As afirmações acima têm como base um estudo produzido pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico – OCDE - realizado em 15 países membros da organização, chamado
de What are the social benefits of education?.1
O propósito das afirmações é ajudar os estudantes a refletirem sobre a importância dos estudos na
vida das pessoas e trazer o contexto das 3 afirmações para a sua própria vida. Afinal, encontrar o
gosto ou prazer pelos estudos é uma tarefa que exige autoconhecimento e muito estímulo positivo.
A seguir, o texto sobre o caso da ex-catadora de latinhas – Marilene Lopes que passou em concur-
so do TJ - deve ser apresentado aos estudantes. A história mostra como a sua vida mudou através
dos estudos. É um bom exemplo também para os estudantes perceberem que todos possuem
capacidade para aprender e adquirir conhecimentos. Sobre esse mesmo caso, iremos retomá-lo
na próxima atividade. Abaixo, segue um resumo da história da ex-catadora. Contudo, é necessário
que os estudantes tenham a notícia impressa na íntegra para o desenvolvimento da atividade.
2
Ex-catadora de latinhas Marilene Lopes e os filhos em
frente ao barraco em que moravam em uma invasão
em Brazlândia, no Distrito Federal.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
10 ENSINO FUNDAMENTAL II
Marilene Lopes ganhava R$ 50,00 pelo trabalho que realizava como catadora de lixo em Brazlân-
dia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília. Em 2001, resolveu usar 25 dias de repouso de uma
cirurgia de correção do lábio leporino (É uma abertura no lábio ou no palato. Essa abertura re-
sulta do desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato – “céu da boca”, enquanto o bebê
está se formando, antes de nascer) para estudar com as irmãs, que também se preparavam para
a seleção.
Apenas Marilene foi aprovada e hoje lembra da vida que tinha antes da seleção. Ela e os filhos
não tinham o que comer. Ela usava sempre a mesma roupa que era lavada durante à noite para
na manhã seguinte estar enxuta e poder vestir. Quando foi se inscrever na prova, ela lembra de
ter pedido cinco Reais a cada amigo e ter chegado à agência bancária dez minutos antes do fecha-
mento. Atualmente, com um salário de 7 mil por mês, ela pode dar melhores condições de vida
para os seus cinco filhos que segundo ela, pretendem ingressar na faculdade de Direito.
Os estudantes devem expor seus comentários sobre a notícia além de relacionarem a história da
ex-catadora às 3 afirmações apresentadas anteriormente nesta atividade.
Dentre os pontos que podem ser levantados na conclusão dessa atividade temos: a necessidade
de encarar a aula como uma atividade que exige seriedade, e o estabelecimento da importância e
da relação entre o estudar e a consecução do seu Projeto de Vida. É essencial afirmar que estudar
resulta em crescimento intelectual, social e afetivo, culminando na formação de seres humanos
mais competentes e atuantes.
Como introdução para a próxima atividade comente com os estudantes que Marilene mudou
sua rotina e seus hábitos durante 25 dias para se preparar para o concurso em 2001, e foi exitosa
mesmo naquele curto período de aulas. Reflita sobre o tamanho dos sonhos, esforço e dedicação
com os estudantes, sobre a necessidade de estudar não só para passar num concurso, mas para
resignificar a vida. Pois é sobre hábitos de aula que a próxima atividade vai tratar.
Objetivo
Desenvolvimento
Os estudantes devem escolher um dia na semana do qual precisam descrever como se desenvolve
a sua rotina, as atividades que envolvem seus estudos. Peça aos estudantes que dividam o dia em
partes – manhã, tarde e noite. Depois será necessário detalhar o que aconteceu em cada turno
em ordem de acontecimentos. É importante perceber que as pessoas seguem uma rotina, mesmo
que seja mínima.
É comum a concepção sobre rotina como algo “enfadonho”, “chato”. Porém, é preciso entender
que a rotina ajuda a organizar nossas atividades diariamente e por isso, ela deve ser vista como
uma dinâmica positiva na vida das pessoas. O que muitas pessoas não entendem é que a rotina se
estabelece a partir dos hábitos de cada pessoa. Se uma pessoa tem hábitos saudáveis, indubita-
velmente terá uma rotina saudável. Por rotinas e hábitos saudáveis entende-se tudo o que torna a
vida mais produtiva e saudável. No tocante ao conteúdo dessa aula, o hábito de estudar não pode
se resumir a fazer tarefas. O estudante precisa estabelecer, na sua rotina de estudo, novos hábi-
tos que permitam uma melhor aprendizagem. Por hábito entende-se todo comportamento que
determina o que a pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo.
É por isso que o nosso cérebro tende a transformar toda rotina em hábito.
Depois que os estudantes descreverem suas rotinas eles devem identificar os hábitos que con-
sideram bons e os ruins. Hábitos ruins são, por exemplo, ficar navegando à toa na internet, não
estabelecer um tempo para tirar as dúvidas das disciplinas, estudar na véspera das provas. Ao
identificarem os seus hábitos eles devem explicar o porquê consideram tais hábitos bons ou ruins.
A troca de informações entre os estudantes deve ser estimulada, pois, isso ajudará no reconheci-
mento das limitações de estudo de cada um.
Em seguida, cada estudante deve estabelecer uma nova rotina de estudo considerando a neces-
sidade de mudança de alguns hábitos ruins. Os demais colegas podem opinar quanto as rotinas. É
importante compreender que existe diferença entre hábitos e rotinas e que os estudantes com-
preendam que para aprender e ter grandes resultados na escola e na vida é preciso pouco a pou-
co estabelecer novos hábitos de estudo, pois, é impossível aprender tudo de uma vez.
Avaliação
Observe como os estudantes se relacionam com o estudo e se conseguem visualizar como este se
relaciona com o seu projeto de vida. Na descrição das rotinas e hábitos é possível perceber como
esses dois elementos estão interligados. O momento final da aula é importante para verificar o
que os estudantes conseguiram sugerir como novas rotinas de estudo.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
12 ENSINO FUNDAMENTAL II
Na Estante
Ter domínio sobre as boas razões de o porquê estudar é uma prática de autoconhecimento, que
atua primeiramente como uma injeção de motivação e, em longo prazo, se personifica em metas
a serem alcançadas. Encontrar um sentido no ato de estudar é a alavanca que o jovem necessita
para alçar um vôo rumo ao seu sonho.
Na aula anterior, falamos um pouco sobre isso, mas é nesta aula que vamos aprofundar essa ques-
tão e inclusive, explicar o que é a disciplina de Estudo Orientado.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
14 ENSINO FUNDAMENTAL II
Objetivos Gerais
Roteiro
PREVISÃO DE
ATIVIDADES PREVISTAS DESCRIÇÃO
DURAÇÃO
Objetivos
Desenvolvimento
Com os estudantes sentados numa roda de conversa, o educador deve solicitar que cada estudan-
te resuma numa frase o que é para si o Estudo Orientado. Todos devem repetir antes da resposta
a frase: Estudo Orientado é...
É interessante que os estudantes nesse momento procurem não repetir as frases já mencionadas
pelos colegas e criem sua própria definição.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
ENSINO FUNDAMENTAL II 15
Depois que todos os estudantes expuserem o que acham que o Estudo Orientado é, a atividade
deve seguir aprofundando o conhecimento de cada um. Assim, cabe ao educador fazer algumas
perguntas para estimular a compreensão dos estudantes, como:
1. Para que serve o Estudo Orientado?
2. Como deve funcionar o Estudo Orientado?
3. O que se faz no momento de Estudo Orientado?
As aulas de Estudo Orientado são um meio de garantir aos estudantes tempo, ambiente e recur-
sos adequados para estudar. A disciplina deve ser, portanto, o momento no qual os estudantes
devem aprender a estudar. Para isso precisam não só priorizar as atividades a partir dos interesses
pessoais, mas também localizar as dificuldades de aprendizagem encontradas, sempre contando
com o apoio do educador.
O Estudo Orientado é uma metodologia de êxito que objetiva oferecer um tempo qualificado
destinado à realização de atividades pertinentes aos diversos estudos dos estudantes. É um ca-
minho para o autodidatismo, um estímulo ao desenvolvimento de competências cognitivas. O
Estudo Orientado surgiu da necessidade de ensinar os estudantes a estudar por meio de técnicas
de estudo e da importância de criar uma rotina na escola que contribuísse para a melhoria da
aprendizagem e construção do conhecimento.
Entender que estudar faz-se necessário é a primeira etapa para se ter melhor aproveitamento do
horário de estudo. Pois, sem isso, dificilmente o estudante conseguirá desenvolver as técnicas de
estudo apresentadas neste curso e não terá interesse em criar o hábito de estudar em sua vida.
O estudante deve ter autonomia para escolher o que estudar. Isso porque o Estudo Orientado
deve desenvolver competências que permitam ao estudante priorizar ou direcionar sua apren-
dizagem de acordo com os seus interesses e necessidades. Contudo, o educador precisa estar
atento se os critérios utilizados pelo estudante, no momento da sua escolha, se foram realmente
adequados. Uma das formas de desenvolver a autonomia dos estudantes é ajudá-los no estabele-
cimento de prioridades de estudo, pois nesse momento será preciso discernimento para conciliar
as necessidades de estudo aos interesses pessoais. Dessa forma, o Estudo Orientado funciona
como um momento utilizado para planejar, organizar e executar as próprias atividades de estudo.
Pode ser utilizado para fazer tarefas, pesquisar, ler, tirar dúvidas, discutir assuntos em grupos,
revisar conteúdos, ajudar o colega num conteúdo que ele tenha dificuldade, etc.
O porquê estudar não possui relação com quantos fatos e fórmulas uma pessoa consegue deco-
rar, mas se relaciona à capacidade de ler, escrever, pensar, decifrar o mundo ao seu redor. Bem
como, encontrar soluções para os problemas que vão aparecendo. Isso depende da qualidade da
educação que cada pessoa recebe e dos esforços e potencial de cada um. Sobre isso, peça aos
estudantes que discutam em grupos o que entendem sobre as seguintes frases:
1. “O estudo é a vitória com preparação”.
2. “O estudo é o caminho para a chegada”.
As frases acima têm como objetivo fazer com que os estudantes reflitam sobre o Estudo Orienta-
do e seu projeto de vida. As frases dão condições para a realização de um grande debate que deve
ser organizado pelo educador.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
16 ENSINO FUNDAMENTAL II
Em um passado não muito distante, não existiam dúvidas quanto à maneira de melhorar de vida.
As pessoas mais velhas diziam para as mais novas que para ser alguém na vida era preciso estu-
dar! O estudo é um processo de adquirir conhecimento sobre um determinado assunto. Requer
empenho, esforço, alocação de tempo e de recursos financeiros. Num mundo com menos oferta
de profissionais qualificados, o diploma era sem dúvida um diferencial. Hoje, isso mudou, a quali-
ficação é algo transitório e bastante volátil. Na nossa sociedade, temos exemplos de pessoas que
não se dedicam e conseguem uma posição de destaque na vida, muitas delas se aproveitando
dos seus talentos naturais. No entanto, menosprezar o estudo e idolatrar o sucesso pelo sucesso
é pura ignorância. Valorizar o estudo é optar por uma formação mais sólida e um futuro menos
duvidoso. Sobre isso, pergunte aos estudantes se eles lembram da aula anterior, a história de vida
da ex-catadora de latinha do DF – é um exemplo de transformação pessoal por meio da valoriza-
ção do estudo. O aprender, o estudar deve ser um exercício diário, todo o mundo se torna melhor
ao investir no aprendizado. O sucesso do projeto de vida de cada estudante depende do que cada
um é capaz de aprender.
Ao final, peça aos estudantes que escrevam em poucas linhas como, a partir desse momento,
serão responsáveis por seus estudos. Essa questão será trabalhada na próxima aula.
Avaliação
Na Estante
Um estudo conduzido pela Universidade do Arizona nos Estados Unidos e divulgado no perió-
dico científico Biology Letters trouxe alguns detalhes sobre o comportamento das formigas. Os
pesquisadores chegaram à conclusão de que esses insetos muitas vezes mudam a ordem de suas
atividades ao longo do dia de forma inteligente e organizada para o cumprimento de suas tarefas,
pois levam em conta suas preferências e necessidades.
Esse estudo é um exemplo das várias formas de organização existentes entre os seres vivos. Assim
como as formigas, nós também organizamos nossas tarefas diárias de acordo com as nossas ne-
cessidades e interesses. Não só por uma questão de adaptação, como fazem as formigas, mas por
buscar aperfeiçoar ou transformar o que já fazemos, nós incorporamos novos hábitos às nossas
vidas. É sobre esse assunto que iremos tratar nesta aula. Para isso, é necessário que você conheça
melhor o seu perfil como estudante.
Objetivos Gerais
Materiais Necessários
• Papel A4 para cada estudante para elaboração da carta náutica.
• Xerox para cada estudante do Guia de Aprendizagem e Agenda Bimestral da Escola.
Roteiro
PREVISÃO DE
ATIVIDADES PREVISTAS DESCRIÇÃO
DURAÇÃO
Atividade: Eu estudante
Objetivo
Desenvolvimento
Antes de começar a explorar a rotina de estudo dos estudantes, é necessário explorar o seu grau
de autoconhecimento sobre seu perfil enquanto estudante. Assim, é importante iniciar a aula
pedindo a eles que respondam de maneira individualizada às seguintes questões:
1. Qual o meu tempo dedicado para estudar?
2. O que preciso aprender?
3. Como costumo aprender melhor?
É importante que os estudantes reflitam sobre as suas reações para conhecer melhor o seu perfil
como estudante. Detectar os fatores afetivos e cognitivos que incidem sobre seu ato de aprender
contribui para uma perspectiva de mudança que facilita a aprendizagem.
Ao final, os estudantes precisam descrever qual o seu perfil como estudante diante do que foi
colocado por eles nessa atividade.
Objetivos
Desenvolvimento
Para elaborar uma rotina de estudos é preciso aprender a planejar as tarefas de acordo com as
necessidades de aprendizagem. Pois, é a partir disso que os estudantes aprendem a tomar deci-
sões, fazer planos e estabelecer compromissos com autonomia. Na aula passada, os estudantes
tomaram conhecimento do seu perfil como estudante, o que servirá de suporte para o desenvol-
vimento desta atividade.
De forma lúdica, os estudantes devem ser convidados a imaginar que estão a fazer uma viagem de
barco e precisam de uma carta náutica para guiar o caminho. Necessitarão também de um guia
prático para informar os possíveis obstáculos que deverão enfrentar. Fale sobre a função do farol
numa viagem náutica: ponto de referência que facilita a viagem. Uma carta náutica é um instru-
mento de navegação que orienta a “chegar lá”.
O barco deve ser entendido como o processo de aprendizagem, enquanto o guia prático como
a descrição das dificuldades de aprendizagem, obstáculos para chegar “ao porto” (objetivos) de
forma mais segura. Por fim, o mar representa o conhecimento adquirido.
A carta náutica deve conter várias informações. Primeiramente, os estudantes devem começar a
descrever seus rumos – objetivos. Esses objetivos devem partir de um mais genérico até chegar
aos específicos. Depois dessa parte inicial, devem fazer uma descrição detalhada do mar, ou seja,
dos conhecimentos já internalizados que deixarão a navegação mais segura. Ao longo do percur-
so, será possível identificar alguns pontos ou recursos que podem facilitar ou otimizar a aprendi-
zagem – as estratégias que funcionam como alavancas para atingir os objetivos.
Para ajudar os estudantes na elaboração da sua carta náutica, escreva na lousa a seguinte legenda:
• Carta Náutica – Instrumento que deve guiá-lo na realização dos seus objetivos.
• Guia prático – Descrição das suas dificuldades de aprendizagem ou dos obstáculos
que precisa vencer para aprender o que necessita. Soma-se a isso a descrição das
ações para superar esses entraves.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
22 ENSINO FUNDAMENTAL II
• Mar – Os conhecimentos adquiridos que contribuem para atingir seus objetivos. São
seus pontos fortes.
• Farol – É um ponto de referência. Deve funcionar como a lembrança constante de que
o caminho traçado é o correto, pois se a mudança de rota ocorrer, haverá um distan-
ciamento do farol, dos seus objetivos.
• A partir dos dados da “carta náutica”, os estudantes devem planejar suas rotas, ou seja,
estabelecer metas e prioridades de estudo. Antes disso, entregue aos estudantes o
Guia de Aprendizagem e Agenda Bimestral para que eles estabeleçam relações entre
esses documentos e a sua carta náutica. É possível que a realização desse exercício os
levem a detectar novos pontos a serem registrados na carta. Em seguida, os estudan-
tes precisam refletir sobre suas rotinas e seus hábitos de estudo para que possam en-
tender como tudo está integrado e como isso pode ajudar na realização do seu sonho/
objetivo. Essa etapa da atividade deve levar os estudantes à elaboração de uma rotina
de estudo. Abaixo, seguem algumas sugestões de planilhas para organização da rotina
de estudo dos estudantes:
Fazer todos os
Ex. Matemática - Geometria
Aprender exercícios de
Plana: Paralelogramos, Das 18h – 20h.
geometria. geometria da
retângulos e quadrados.
semana.
DIAS DA SEMANA
DISCIPLINAS 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
Responder
Português quetionário
da pág. 10
Resolver
Matemática Prova Bloco I exercícos do
capítulo II
Ler e resumir
História Prova Bloco I texto do
capítulo V
Fazer pesquisa
Biologia Prova Bloco I sobre os seres
vivos
A utilização da agenda de atividades permite que os estudantes, desde as primeiras aulas, criem
o hábito de anotar as tarefas escolares, comparar informações de todas as disciplinas e trocar
informações com os professores dos horários de estudo.
Um bom planejamento permite não só que os estudantes estabeleçam objetivos e metas, mas
identifiquem, organizem e coordenem todas as suas atividades considerando os seus estilos de
aprendizagem e as suas necessidades. Por meio de uma planilha simples, ccomo as apresentadas
nesta atividade, o educador pode apoiar melhor os estudantes na incorporação de novos hábitos
e rotinas de estudo.
11. Achar que o tempo é pouco para tanta coisa que precisa estudar.
12. Ficar esperando a vontade de estudar chegar.
13. Utilizar as redes sociais ou celular durante as aulas.
14. Estudar matéria diferente da aula que está sendo ministrada pelo educador.
Avaliação
Na Estante
Qualquer estudante já deve ter escutado a máxima: “Mais vale qualidade do que a quantidade”.
Porém, se tratando de uma escola de tempo integral, é comum encontrar estudantes que dedi-
cam mais de doze horas por dia ao estudo, contudo não retêm conhecimentos e não conseguem
resultados satisfatórios. Apesar de muitos fatores contribuírem para que um estudo tenha quali-
dade, independentemente da quantidade de horas que seja destinada a ele, algumas estratégias
são fundamentais: concentração, ambientação e motivação. É sobre isso que esta aula irá tratar.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
26 ENSINO FUNDAMENTAL II
Objetivos Gerais
Roteiro
PREVISÃO DE
ATIVIDADES PREVISTAS DESCRIÇÃO
DURAÇÃO
Objetivos
Desenvolvimento
1º Momento
A qualidade do estudo depende mais da capacidade de controle e concentração de cada pessoa
que das condições do ambiente externo. Embora a capacidade de concentração varie de pessoa
para pessoa, essa habilidade pode ser treinada e fortalecida por qualquer um. Assim, para início
de conversa, com os estudantes dispostos em pé, em posição ereta, com os braços ao longo do
tronco, peça para eles sentirem o peso do próprio corpo e olharem para um ponto fixo à sua
frente. Em seguida, peça que desloquem o peso do corpo para o lado esquerdo e flexionem o jo-
elho direito elevando-o lentamente, enquanto inspiram profundamente. Em seguida, eles devem
segurar o joelho direito com as duas mãos por alguns segundos, mantendo a coluna naturalmente
ereta. Peça a eles que abaixem a perna lentamente enquanto fazem cinco respirações profundas.
Repita o mesmo procedimento com a outra perna. Ao terminar, oriente os estudantes a pensarem
numa linha imaginária que passa por todo o corpo, dos pés ao topo da cabeça. Essa linha os man-
tém equilibrados em todos os seus movimentos. Esse exercício, apesar de simples, ajuda a manter
a concentração se for feito diariamente pelos estudantes.
2º Momento
Em seguida, tomando como referência o “momento de estudo” peça aos estudantes que respon-
dam às seguintes questões e comentem suas respostas com um colega:
- Você costuma fazer várias coisas ao mesmo tempo? Por quê?
Qualquer que seja o critério para estabelecer prioridades das atividades, o mais importante é
que toda a atenção seja direcionada a uma coisa de cada vez, ou seja, é necessário concluir uma
determinada atividade antes de passar para outra. Pois, se o estudante quer melhorar a sua con-
centração, ele precisa parar de fazer diversas coisas ao mesmo tempo. Pesquisas recentes mos-
tram que, pelo menos em algumas atividades, fazer “tudo ao mesmo tempo” (multitarefas ou
multitasking), a qualidade do trabalho é comprometida. Na hora de estudar é mais proveitoso, por
exemplo, desligar o smartphones, não acessar as redes sociais, evitar “espiar” a caixa de mensa-
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
28 ENSINO FUNDAMENTAL II
gens de e-mails. Sobre isso, um exercício que os estudantes podem praticar para fazer um balanço
honesto do próprio rendimento de estudo é escolher duas tarefas igualmente complexas. Em uma
delas, interromper a cada vez que ouvir o “plim” do e-mail chegando ou do WhatsApp no celular.
Na segunda, desligar o “plim” do computador ou celular e dedicar toda atenção ao estudo. É ne-
cessário que os estudantes apliquem este experimento em horários de estudos em casa e tomem
nota das suas observações para ajudá-los numa autoavaliação sobre sua aprendizagem.
Para otimizar o tempo de estudo, o silêncio deve ser uma preocupação para quase todas as pes-
soas. Pois, o silêncio favorece a concentração, principalmente quando o estudante precisa lidar
com assuntos novos e difíceis. Pesquisas mostram que escritórios barulhentos (tipo Open Office)
tiram a concentração das pessoas e reduzem a produtividade. Contudo, diante de uma tarefa de
rotina, conhecida e que não requer muito esforço mental, a música pode ser uma boa ideia. Assim
sendo, peça para os estudantes fazerem um balanço dos sons que entram nas suas vidas, se eles
atrapalham seus estudos e para avaliarem o efeito do ruído ou da música na qualidade de seus
estudos. Caso os estudantes queiram saber mais sobre isso indique o livro: Você Sabe Estudar?
Quem sabe, estuda menos e aprende mais, de Cláudio de Moura Castro (Indicação de leitura ao
final deste material).
Além do desafio de manter o foco numa única atividade de cada vez, outra dificuldade comum é
conseguir bloquear os próprios pensamentos na hora de estudar. Ideias aleatórias e inesperadas
acabam distraindo facilmente. Saber dos estudantes como eles controlam, aceitam ou rejeitam
os seus pensamentos podem ajudá-los a conhecerem melhor suas dificuldades e habilidades
para estudar.
É importante que os estudantes saibam que todos possuem condições de aceitar ou rejeitar os
seus pensamentos, basta pôr em prática esse exercício. A técnica pomodoro tem como objetivo
evitar esse tipo de distrações. Caso algum estudante tenha interesse em aprendê-la você pode in-
dicar o seguinte material: Guia do Estudante. Disponível em: <http://guiadoestudante.abril.com.
br/blogs/dicas-estudo/2015/02/23/veja-como-aumentar-a-sua-produtividade-nos-estudos-com-
-a-tecnica-pomodoro/>. Acesso em agosto de 2015. É importante entender que estudar é um
hábito, como qualquer outro. Depois de adquirido, tudo fica mais fácil.
A organização dos materiais de estudo é outro ponto importante para não perder tempo e manter
o foco nos estudos. Aprender a intervir na ordem dos materiais à sua volta ajuda a fixar a cabeça
no trabalho/estudo a ser feito. Algum dos preparativos para criar um ambiente de estudo adequa-
do é adaptar um espaço físico que evite “distrações”. Optar por uma cadeira confortável, usufruir
de uma mesa com espaço suficiente para colocar todos os livros e papéis, assim como, ter um lu-
gar conveniente para guardar todos os materiais depois do estudo são algumas das questões que
todo estudante deve considerar antes de começar a estudar. Caso os estudantes queiram saber
mais sobre isso indique o livro: Você Sabe Estudar? Quem sabe, estuda menos e aprende mais, de
Cláudio de Moura Castro (Indicação de leitura ao final deste material).
Contudo, algumas dicas são fundamentais sobre ambiente de estudo para os estudantes: Ca-
deira confortável para estudo (ergonômica), com encosto firme para sustentar as costas, com
apoio para região lombar e numa altura que permita os pés estarem apoiados no chão; ilumi-
nação artificial adequada sempre que necessário, pois não adianta usar uma luminária que não
ilumina bem ou ofusca a visão. As lâmpadas que emitem luz branca azulada (frias) estimulam o
estudo. Temperatura agradável, pois estudar num ambiente arejado, com janelas e portas é mais
saudável. Locais muitos quentes ou frios causam desconforto e prejudicam a concentração. Dis-
por facilmente e de forma organizada o material e os livros de estudo, de preferência numa estan-
te ou móvel que permita localizá-los facilmente. O ambiente escolhido deve ser o mais silencioso
possível e sujeito ao mínimo de interferências externas e interrupções. Mas também é importante
adquirir a capacidade de se concentrar em qualquer lugar.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
ENSINO FUNDAMENTAL II 29
As Bibliotecas são uma alternativa que talvez seja acessível a todos para encontrar um ambiente
de estudo adequado. As escolas e Universidades costumam disponibilizar espaço para isso e há
ainda várias bibliotecas públicas espalhadas pela cidade. Oriente os estudantes na localização
dessas bibliotecas.
Considerando as questões mencionadas anteriormente peça para estudantes fazerem comentá-
rios sobre o seu grau de organização numa escala de 1 a 3 (1 – excelente, 2 – razoável, 3 – precisa
melhorar em tudo). Eles devem justificar suas respostas. Procure saber quem considera que seu
ambiente e materiais de estudo poderiam ser mais organizados. Esse momento ajuda os estu-
dantes a eliminar a bagunça e os estímulos desnecessários que possam existir em seu ambiente
de estudo.
É importante considerar que os hábitos que favorecem um estudo eficaz perpassam também por:
Estilo de vida – Ter uma alimentação saudável, fazer exercícios físicos, ter uma adequada postura
corporal e dispor de uma necessária quantidade de horas de sono; Responsabilidade – Ter cuida-
dos com os materiais, aprender a gerenciar o tempo e ter regularidade dos estudos.
Objetivo
Desenvolvimento
A motivação para estudar já foi uma das questões trabalhadas nos primeiros estudos deste ma-
terial quando falamos da importância de ter um projeto de vida ou objetivo que resignificasse o
estudar. Por este motivo, nesta atividade vamos falar da motivação como uma das variáveis que
incidem sobre a concentração.
Para isto, os estudantes precisam identificar quais as atividades de estudo conseguem realizar
com foco total mesmo sofrendo várias interferências externas no momento de sua realização.
Peça que listem três destas atividades.
Atividade 1:
Atividade 2:
Atividade 3:
Das 3 atividades descritas por cada estudante, a escolhida deve ser aquela que ele realiza sem
se sentir obrigado. Feito isso, é necessário justificar o porquê dessa atividade ser realizada sem
resistências. É provável que, dentre os fatores mencionados pelos estudantes, alguns deles se
relacione com o prazer em aprender.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
30 ENSINO FUNDAMENTAL II
Pois, é pelo prazer em aprender que encontramos motivação para estudar. Quanto mais motivação,
maior o nosso poder de concentração e melhores os resultados alcançados.
É importante que os estudantes compreendam que antes de enfrentar a jornada para aprender
a estudar é preciso fixar a sua atenção no resultado esperado. Ou seja, o que cada um quer da
escola, da vida, qual é o projeto dos estudantes? É necessário romper com a ideia que se estuda
porque existe alguém mandando. Quando se compreende que estudar é perguntar a si mesmo o
que significa a palavra APRENDER o estudo ganha outro sentido na vida. Sendo assim a melhor
maneira de proceder essa atividade é perguntar aos estudantes o que eles querem fazer com o
conhecimento que adquirem? Feito isso, peça para que eles vasculhem suas memórias e identifi-
quem formas de aprender nas seguintes situações:
1ª - Em que estudaram somente até chegar a hora da prova, logo pouco importou que o
aprendizado rapidamente fosse esquecido;
2ª - Em que estudaram sem aprofundar nada, logo não se tornaram capazes de manejar o
conhecimento para solucionar problemas da própria realidade.
3ª - Em que estudaram e o aprendido vai servir ao longo da vida. Os conhecimentos foram
e serão necessários para suas vidas.
Identificar essas situações ajudará os estudantes a refletirem como podem e devem aproveitar
algumas oportunidades de estudo oferecidas pela escola (suas provas e avaliações) para construir
o próprio conhecimento, de acordo com as suas necessidades. Sobre isso, o educador pode en-
contrar mais informações no livro: Você Sabe Estudar? Quem sabe estuda menos e aprende mais,
de Claudio de Moura Castro (Indicação de leitura ao final deste material).
Na Estante
Avaliação
Observe como os estudantes estabelecem suas prioridades de estudo e alegam ter domínio na
execução de suas atividades, mantendo o foco, qualidade e motivação para estudar.
Na Estante
“
(...) Penso que as novas tecnologias
interativas são consideravelmente
promissoras nesta área: no futuro
provavelmente será muito mais fácil
”
para esses "agentes" combinarem
cada estudante com o modo
de aprendizagem mais
confortável para ele.
12
13
Neurociência Cognitiva de Michael Gazzaniga.
Michael Gazzaniga é um dos fundadores da neurociência cognitiva
- estudo da relação entre mente e cérebro. Este catedrático de psi-
cologia da Universidade da Califórnia tem estudado alguns compor-
tamentos humanos e concluído que todos os processos mentais são
fruto do nosso cérebro, ou seja, trabalhamos para aumentar a nossa
memória e também para apagá-la.
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14
Na aula anterior falamos sobre algumas estratégias fundamentais para a qualidade de estudo, mas
não abordamos a importância do método por acharmos necessário tratar desse assunto isolada-
mente nesta aula. Portanto, esta aula tem como objetivo apresentar algumas técnicas de estudos
que podem ser personalizadas pelo estudante, para fortalecer a sua capacidade de aprendizagem.
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Objetivos Gerais
Roteiro
PREVISÃO DE
ATIVIDADES PREVISTAS DESCRIÇÃO
DURAÇÃO
Objetivo
Desenvolvimento
A recomendação é que sejam apresentadas aos estudantes algumas técnicas de estudo e que
todos procurem personalizá-las de acordo com as suas necessidades. Isto porque há técnicas que
podem funcionar para um grupo de estudantes, mas para outros não. Isso depende do perfil de
aprendizagem de cada um. Por exemplo, há quem renda mais ouvindo o educador, outro copian-
do e outro, através da visualização do que é apresentado. De toda maneira, o mais importante é
que os estudantes conheçam as técnicas e possam escolher quais delas são mais proveitosas para
a construção do próprio conhecimento. Para isso, é preciso aplicá-las e o educador deve orientar
e estimular o uso delas sempre que necessário pelos estudantes.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
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1 - Em uma delas, que eles tomem nota, tão bem quanto sabem;
2 - Em outra, que levem um gravador e registre o que o educador diz.
3 - Peça que eles revejam as notas manuscritas e, também, a gravação. Que dediquem
o mesmo tempo para ambas as alternativas e respondam: Quais as ideias centrais da
exposição? Qual a posição que o professor defende?
4 - Procure saber se os estudantes percebem a diferença no nível de aprendizado.
Esse exercício mostra que o esforço de anotar, ajuda a construir o próprio conhecimento
e a “grudar na memória” o aprendido.
Técnicas de Síntese
ESQUEMA - O esquema é uma consequência gráfica e ordenada do sublinhado. Nela se criam
laços hierarquizados entre as principais ideias que conformam um tema. Isto é, estabelecem-se
quais são as ideias principais, as secundárias e os argumentos de apoio para indicar a relação que
têm entre si.
{
Ideia { Ideia
secundária
{Ideia
terciária
principal 1
Tema Central
{
Ideia
principal 2 Ideia
secundária
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Os esquemas permitem que em um olhar rápido se obtenha uma ideia clara do conteúdo e da
estrutura da informação, para depois poder estudá-la e analisá-la com profundidade.
Os esquemas são de grande ajuda para organizar os tempos de estudo, bem como para saber o
conteúdo já estudado, o estudo que falta e aquele que necessita maior ênfase.
Para elaborar um esquema é necessário:
1. Fazer uma leitura de compressão e elaborar o sublinhado.
2. Procurar as palavras e conceitos e enunciá-los em frases curtas.
3. Ordenar o conteúdo definindo o tema central, as ideias principais e as secundarias de
forma que se possa ir decompondo a informação.
Mapas mentais
No mapa mental, as palavras, expressando ideias, vêm acompanhadas de desenhos, cores, ima-
gens, setas, quadrados, etc. Eles permitem a percepção de vários elementos que compõem o
todo, com seus desdobramentos e relações, tirando proveito do fato de que a mente humana lida
de forma muito mais eficiente com elementos organizados visualmente.
Manejo de informações
BUSCA DE INFORMAÇÕES - As técnicas usa-
das na busca de informação ou documenta-
ção servem para facilitar o acesso à informa-
ção desconhecida ou conhecida e arquivada.
Meios para a busca de informação podem ser
as pessoas, os dicionários, as enciclopédias, a
internet, as livrarias, as bibliotecas e os diver-
sos meios de comunicação, formais, etc.
ELABORAÇÃO DA INFORMAÇÃO - Essa técni-
18 ca serve para organizarmos a informação que
possuímos ou que foi adquirida. Bem como
saber trabalhá-las. Elas consistem na elaboração e manipulação de fichas de leitura e de aponta-
mentos, elaboração de arquivo pessoal, bibliografias, etc.
Ao final, os estudantes devem optar pela escolha de algumas técnicas para otimizar seus estudos.
O educador precisa acompanhar esse processo ao longo dos horários de Estudo Orientado. De-
pendendo da necessidade dos estudantes é possível retomar as explicações sobre as técnicas de
estudo deste material ou incorporar outras para as próximas aulas. Espera-se que, nos próximos
encontros, os estudantes estejam mais preparados para começar seus estudos.
Avaliação
Observe o grau de entendimento dos estudantes a respeito de cada técnica de estudo e quais
delas eles se identificaram mais, bem como se pretendem incorporar novas técnicas no momento
de seus estudos. É importante que o educador explore as técnicas de estudo como ferramentas
que ajudam no reconhecimento dos estudantes a respeito do próprio estilo de aprendizagem.
UTILIDADE TÉCNICA
Testes práticos
O que é: Responder a questões sobre um assunto, como, por exemplo, fazer
um simulado para testar seus conhecimentos sobre as matérias estudadas.
Os pesquisadores apontam que as qualidades dessa técnica estão justa-
mente na variedade de formatos que ela pode tomar: questões de múltipla
Alta escolha, testes do tipo "preencha a lacuna", questões dissertativas, entre
outras. Duas variáveis aumentam a eficiência da técnica. A primeira: quan-
to mais testes, melhor. A segunda diz respeito a repetir o teste aplicado
quando você não acerta a questão. Ver a mesma pergunta, mas depois de
um tempo e não logo depois de tê-la visto pela primeira vez (isso ajuda na
fixação do conteúdo).
Elaboração de perguntas
O que é: Criar perguntas que expliquem os "porquês" de um fato: "por que
isso é verdade?", "por que isso faz sentido?".
No momento que você elabora essas questões enquanto estuda, você adi-
ciona novas informações a conhecimentos que você já possuía. Desse modo,
Média essa técnica se mostra mais eficiente entre os estudantes mais velhos, prin-
cipalmente do ensino superior e do Ensino Médio. Para elaborar perguntas
relevantes, é preciso estar minimamente familiarizado com o assunto, por
isso esse método não é muito útil para estudantes das primeiras séries do
Ensino Fundamental, por exemplo. Quando você já conhece o tema, você
consegue criar questões mais aprofundadas, que geram explicações mais
complexas sobre a veracidade do fato.
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Resumo
O que é: Reescrever um texto, colocando apenas o essencial e o que é mais
importante sobre o conteúdo.
Baixa O grande problema para a implementação dessa técnica é que nem sempre
o estudante consegue saber quais são as ideias principais de um texto. Isso
pode acontecer tanto por não ter feito uma boa interpretação durante a
leitura, como por não saber extrair o essencial em um resumo e, com isso,
acabar apenas reescrevendo o texto todo com outras palavras.
Grifar textos
O que é: Marcar porções importantes do texto enquanto está lendo o mate-
rial (vale tanto sublinhar quanto usar marcadores coloridos).
Baixa Os problemas dessa técnica estão relacionados em parte à de resumo: é
preciso saber o que é importante grifar. Outra questão é a quantidade de
texto sublinhado. Muitos estudantes grifam grandes blocos, de modo que
não se consiga distinguir muito bem o que está destacado. Esse "excesso"
prejudica a capacidade de lembrar o que foi selecionado.
Associação mnemónica
O que é: Usar palavras-chave mnemônicas (para recordar) na aprendizagem
de vocabulário em língua estrangeira ou o uso de imagens mentais associa-
das a um conteúdo verbal específico. Por exemplo, para lembrar a ordem
Baixa dos planetas, usar frases como "Minha Vó Tem Muitas Joias; Só Usa No
Pescoço".
Essa prática, no entanto, apresenta algumas limitações: não são todos os
conceitos que podem se transformar em imagens e, segundo estudos, esse
método pode não ser muito eficiente para a memorização a longo prazo.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
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Releitura
O que é: Depois de uma leitura inicial, reler o texto para relembrar os detalhes.
Estudos analisados revelaram que é melhor dar uma pausa maior entre a
Baixa leitura e a releitura do que já reler logo após terminar o texto (esperar 2 ou
4 dias para retomar o material). No entanto, apesar da "facilidade" de se
executar essa técnica (não requer muita habilidade, você só precisar ler de
novo), a técnica é muito ineficaz quando comparada a outras citadas por
aqui, segundo os pesquisadores.
Na Estante
Referência Bibliográfica
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MORAIS, Raquel. ‘Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que passou em concurso do TJ. Disponível em: <http://g1.globo.com/distri-
Acesso em julho de 2015.
3. Animação Comportamentos Obsessivos. Disponível em: < https://youtu.be/n5ErZW2x1wc>. Acesso em julho de 2015.
SECTI – Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. Formigas se organizam e tomam decisões em grupo, sugere estudo
4. gere-estudo-americano/
americano. Disponível em: < http://www.cienciaempauta.am.gov.br/2013/11/formigas-se-organizam-e-tomam-decisoes-em-grupo-su-
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8. -quem-sabe-estuda-menos-e-aprende-mais-8873051.html>.
Você Sabe Estudar? - Quem Sabe, Estuda Menos e Aprende Mais. Disponível em: <http://www.saraiva.com.br/voce-sabe-estudar-
Acesso em fevereiro de 2016.
AULAS DE ESTUDO ORIENTADO
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Referência Iconográfica
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