Dende Elaeis Guineensis

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Elaeis guineensis

Considerações iniciais
Elaeis guineensis ou dendezeiro, como é popularmente conhecido, é uma planta medicinal
originária da costa ocidental da África, encontrada desde povoamentos do Senegal, até o
território da Angola, principalmente por sua característica adaptativa ao clima tropical e
úmido. Renomada no contexto medicinal, vem sendo utilizada em grande escala pelas
indústrias farmacêuticas e alimentícias, principalmente por suas diversas terapêuticas no
organismo humano, como a atividade antioxidante, imunomoduladora e antibacteriana (PHIN
et al, 2013). E. guineenses apresenta padronização de 50% de tocoferóis, responsáveis pelos
efeitos benéficos ao indivíduo.

Diferenciais de Elaeis guineensis

Ação Antioxidante
Fortalece o sistema imunológico
Melhora os níveis glicêmicos
Atividade antibacteriana

Indicações e ações farmacológicas


Já é conhecido pela ciência que o estresse oxidativo decorre de um desequilíbrio entre a
geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. Tal
processo conduz à oxidação de biomoléculas com consequente perda de suas funções
biológicas e/ou desequilíbrio homeostático, cuja manifestação é o dano oxidativo potencial
contra células e tecidos. A cronicidade do processo em questão tem relevantes implicações
sobre o processo etiológico de numerosas enfermidades crônicas, entre elas a aterosclerose,
diabetes, obesidade, transtornos neurodegenerativos e câncer. Em decorrência da produção
dessas espécies reativas de oxigênios, surge a classe dos antioxidantes, compostos
responsáveis por combater o processo oxidativo. Os antioxidantes podem ser de grande
benefício para a melhoria da qualidade de vida, já que eles têm a capacidade de proteger o
organismo de danos causados pelos radicais livres, prevenindo diversas patologias. Elaeis
por sua vez, é rico em tocoferóis, um componente com alta capacidade antioxidativa que
promove efeitos positivos contra o estresse oxidativo. Dessa forma minimizando os possíveis
danos decorrentes desses desequilíbrios moleculares como, envelhecimento precoce,
ativação de células inflamatórias, tuberculose, alergias, artrite, doenças coronarianas e
danificações de demais tecidos, promovendo melhor qualidade de vida ao indivíduo.

Elaeis e o sistema imunológico


Para a formação e bom funcionamento de algumas funções vitais do nosso organismo, são
necessárias diversas moléculas, como as proteínas, que são um tipo de substâncias
formadas a partir de um conjunto de aminoácidos ligados e que exercem processos direto
no desempenho do funcionamento geral e especifico. A vitamina E, é conhecida
principalmente por atuar como um nutriente fundamental que mantem o sistema imune
funcionando adequadamente.
A sua ação proteica é benéfica principalmente aos leucócitos, conhecidos como os glóbulos
brancos, que são células do sistema de defesa do organismo, entre quais se destacam os
linfócitos, que por conta da suplementação da vitamina E, se tornam mais eficientes. Quando
o organismo se depara com a falta da vitamina no corpo, o risco de contrair infecções
aumenta, uma vez que, a capacidade do sistema de defesa não é suficiente para combater
agentes patológicos externos, ocorrendo o desencadeamento de gripes, resfriados, doenças
respiratórias entre outros.
Tocoferóis são substâncias constituintes da vitamina E, e que possuem efeitos significativos
para a função do sistema imune, com capacidade de elevar a produção de linfócitos T no
tecido sanguíneo. São responsáveis pela defesa do organismo contra antígenos, assim
desempenhando um papel central na resposta imunitária contra patógenos externos. A alta
concentração desse fitoativo na planta, demonstra suas propriedades de atuação
imunomoduladora, fortalecendo o sistema de defesa e estimulando a produção de leucócitos
para o combate de vírus e bactérias que acometem diariamente diversos indivíduos.

Elaeis e a regulação glicêmica


A diabetes tipo 2 é responsável por aproximadamente 90% a 95% de todos os casos
diagnosticados de diabetes e é caracterizada por concentrações plasmáticas de glicose
altas. Em contraste com a perda de células beta pancreáticas produtoras de insulina,
característica do diabetes tipo 1, o diabetes tipo 2 resulta de um defeito secretor de insulina
progressivo sobreposto em um contexto de resistência à insulina. Em 2015 o Brasil possuía
exatamente, 40% pré-diabéticos, e que a doença já atingia 13 milhões de brasileiros. Estima-
se que aproximadamente 25% dessa população se tornará diabética nos próximos cinco
anos (disponível em http://www.centrodeobesidadeediabetes.org.br).
Em estudo foi encontrado efeitos positivos significativos nos níveis de glicose no plasma em
jejum em indivíduos com pré-diabetes tratados com extrato de E. guineensis, obtendo-se um
efeito mais consistente na redução da glicemia. Por ser rica em catequinas e polifenois em
estudos anteriores, em ratos hiperglicêmicos induzidos por estreptozotocina, mostraram que
E. guineensis reduziu os níveis de estresse oxidativo, dessa forma, sugere um benefício
potencial para os estados pré-diabéticos e diabéticos. Verificada as informações anteriores,
Elaeis demonstra ser uma alternativa natural com elevado potencial terapêutico, promovendo
melhor qualidade imunológica e de bem-estar.

Posologia e modo de usar


Ingerir uma dose 100 mg de Elaeis guineensis, duas vezes ao dia.

Toxidade/Contraindicações
A administração oral de Elaeis guineensis, nas doses recomendadas, apresenta boa
tolerabilidade. Não é recomendado para grávidas e lactantes.

Referências
PHIN et al. Phytochemical constituents from leaves of elaeis guineensis and their antioxidant
and antimicrobial activities. Int J Pharm Sci. 2013; Vol 5, Suppl: 4, 137-140.

OLIVEIRA, G. L. S et al. determinação da capacidade antioxidante de produtos naturais in


vitro pelo método do dpph. Revista bras plantas. 2015; Vol 17.

KALMAN, D. S et al. Efficacy and safety of elaeis guineenses and fícus deltoidea leaf extracts
in adults with pre-diabetes. Nutritional Journal. 2013. 12:36.

GU, J. Y et al. Dietary effect of tocopherols and tocotrienols on the immune function of spleen
and mesenteric lymph node lymphocytes in brown Norway rats. Bioscience, Biotechnology,
and Biochemistry. 2014; 63:10, 1697-1702.

Brasil tem cerca de 40 milhões de pré-diabéticos, 25% deles se tornarão diabéticos em até
cinco anos. Oswaldo Cruz, Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, 18 de Dez. de
2015. Disponível em: <https://centrodeobesidadeediabetes.org.br/noticias/brasil-tem-cerca-
de-40-milhoes-de-pre-diabeticos-25-deles-se-tornarao-diabeticos-em-ate-cinco-anos/>.
Acesso em: 20 de março. de 2020.

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