Anais Consaude

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.

51161/consaude2021
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ORGANIZAÇÃO
Instituto Scientia, CPNJ 43957433000142

COMISSÕES
COMISSÃO FINANCEIRA Thiemmy De Souza Almeida Guedes
Isaías Pereira Da Silva
Coordenador Geral: Milena Roberta Freire Da Silva
Pedro M. Gonçalves Ana Emília Araújo De Oliveira
Florencia Gamileira Nascimento
Diretoria: Kaline Silva Meneses
Laura Prado Monteiro Luara Da Silva Rego
Roberto Augusto Siqueira Victor Augusto Benedicto dos Santos
Marcos Felipe Almeida Castro
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO E
COMISSÃO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
INFRAESTRUTURA
Coordenador Geral:
Coordenador Geral: Mateus F. Batista
Mateus F. Batista
Diretoria:
Diretoria: Leonardo De Oliveira Assis
Andressa Prates Soares Yasmin Garcia Chaves Morato
Alberto Junqueira da Silva Emerson Galdino Rodrigues Dos Santos
Marina Pereira Queiroz Dos Santos
COMISSÃO CIENTÍFICA Abimael Mágbys Pessoa Flor
Ágata Silva Dos Santos
Coordenador Geral: Alícia Nathália Terra Perígolo Oliveira
Daniel S. L. Braga Ágata Layanne Soares Da Silva
Antonia Aline Rocha De Sousa
Diretoria: Amanda Ferreira De Magalhães Santos
Luana Pereira Ibiapina Coêlho Amina Kadja Martins Cahú
Jefferson Wildes Da Silva Moura Ana Laura Gonçalves Farias
Laura Bianca Dorasio Da Silva Ana Milena De Sousa Santos
Melissa Dos Santos Costa Ana Yasmim Gomes De Lima
Maria Gislene Santos Silva Maria Andhiara Kaele Feitosa Silva
Leila Maues Oliveira Hanna André Louzada Colodette
Izani Gonçalves Dos Santos Andressa Prates Sá
Nayra Teresa De Castro Pereira Chaves Andrey Emanuel Anaisse Alves
Eva Géssica Mello De Amorim Andreza Sousa Dos Reis

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Angélica Ruas Moreira Jurandir Carvalho De Lacerda Neto
Ariele Alves De Jesus Santos Kaline Silva Meneses
Bárbara Queiroz De Figueiredo Mikaely Santos Lima
Beatriz Carvalho De Oliveira Karla Daniele De Moura
Beatriz Rodrigues Leal Karolyni Lesley Diniz Sant’anna
Camila Caroba De Sousa Keiliane Costa Oliveira
Caio Henrique Freitas Fernandes Leonardo De Oliveira Assis
Carlos Henrique Nunes Pires Lailla Marília Santos Mesquita
Carolyny Rosa Freire De Sá Laís Celi Mendes Rezende
Caroline Dias De Aguiar Lanna Do Carmo Carvalho
Cássia Mayara Fonseca Fernandes Lara Ascencio Dangoni
Daiane De Matos Silva Larissa Cândida De Sousa Diniz
Diego Motinha Matos Larissa Helen Vasconcelos Regis
Leonardo Nogueira Tavares Letícia Freitas De Castro Silva
Maria Eduarda Lopes De Macedo Laura Fernandes Gomes
Bezerra Larissa Da Silva Leite Muniz
Eduarda Cecília Tarniovi Lícia Tavares Da Costa
Cicera Eduarda Almeida De Souza Lilane Maria Alves Silva
Elany Rodrigues Martins Lorena Karla Da Silva
Eliane Fátima De Sousa Gabriel Luane Do Amor Divino Mattos
Erica Dos Santos Costa Luara Da Silva Rego
Ester Miranda De Sousa Lucas Andeilson Dos Santos Matos
Fernanda Atila Barbosa Nunes Lucas Gomes Facchini
Fernanda Maria Ribeiro Batista Luiz Eduardo Silveira Correa
Andressa Batista Veras De Menezes Maísa Ferreira De Almeida
Geovan Ribeiro De Lima Marcela Dias De Freitas
Giordana Do Nascimento Nunes Marcella Lima Marinho
Gustavo Baroni Araujo Marcos Benedito Adão
Gustavo Oliveira Piedade Bustos Maria Da Silva Soares
Ingrid Silva De Oliveira Maria Gabriela Moreira Alves
Isabela Ayres De Araujo Maria Victoria Araujo Pereira
Isabelle Rodrigues Taveira Marina Rosa Barbosa
Barbara Novais Prado Machado Matheus Jannuzzi Moreira De
Isabelle De Fátima Vieira Camelo Maia Mendonça
Jamiellen Vanderlei Limeira Mayara Seyko Kaczorowski Sasaki
Jéssica De Souza Rodrigues Dos Santos Mayara Bottentuit Nogueira
Jhenifer Ferreira Barros Maria Do Socorro Sousa Santos De
Jhonatan Saldanha Do Vale Oliveira
João Paulo Rodrigues Pacheco Milena Kaory Kazume
João Victor Alves Oliveira Mileny Costa De Almeida
José Argemiro De Moura Nara Moraes Guimarães
Juciele Gomes Dos Santos Nathália Perini Zamprogno
Julia Ribeiro Borges Natalí Dos Santos Silva
Júlia Luz Rocha Nathaly Silva Freitas

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Nathan Shuenck Silva De Oliveira Ana Letícia Gonçalves Dos Santos
Paloma Gomes De Melo Bezerra Tanise De Lima Tadielo
Leila Maues Oliveira Hanna Gabriela Mendonça Monte
Paulo Eduardo Guimarães Cordeiro Yury Raphaell Coringa De Souza
Maria Rafaella Rodrigues Domingues Beatriz Mendonça Rocha
Da Costa Walisson Da Silva Vieira
Rafaela Alves Castro Geovan Ribeiro De Lima
Paula Dayane Silva Santos Barbara Novais Prado Machado
Rayssa Do Nascimento Sousa Julia Ribeiro Borges
Rayssa Nayra De Albuquerque Lima Mikaely Santos Lima
Renata De Araújo Teles Lanna Do Carmo Carvalho
Rutemberg Vilar De Carvalho Júnior Marcos Benedito Adão
Samara Dantas De Medeiros Diniz Paula Dayane Silva Santos
Célia Patrícia Müller Rodrigues João Victor De Lara Brum Pedroso
Sandy Ingrid Aguiar Alves Telma De Souza Pires
Sarah Costa Alencar Gustavo Orione Puntel
Silmark De Araújo Alencar Fernanda Tomazoni
Sílvia Vitória De Assis Santos Márcia Taschetto Motta
Glória Stefani Paulo Silva Amanda Ferreira De Magalhães Santos
Tharcys Duarte De Souza Amina Kadja Martins Cahú
Thaysa Medeiros De Andrade Maria Andhiara Kaele Feitosa Silva
Renato Cesário De Castro Beatriz Carvalho De Oliveira
Valéria Fernandes Da Silva Lima Carlos Henrique Nunes Pires
Vanessa De Jesus Quadros Gustavo Baroni Araujo
Francisca Victória Vasconcelos Sousa Luiz Eduardo Silveira Correa
Vinicia Rangel Pontes Maria Victoria Araujo Pereira
Yasmim Xavier Arruda Costa Sarah Costa Alencar
Francisca Eliane Moraes De Oliveira

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APRESENTAÇÃO
O I Congresso Nacional Multidisciplinar em Saúde (I CONSAÚDE) foi um
evento científico para acadêmicos realizado de forma online nos dias 22 e 23 de Outubro
de 2021, com o intuito de promover a produção e divulgação científica acadêmica na área
da Saúde de acadêmicos de todo o país. O evento contou com mais de 700 submissões de
trabalhos nas categorias Resumo Simples e Resumos Expandidos, que foram
apresentados em exposição durante os dois dias do evento, em concomitância com as
palestras ministradas, para as quais tivemos mais de 3000 inscrições. Agradecemos
imensamente a participação de todos aqueles que acreditam na produção científica e
embarcaram nessa jornada conosco!

Comissão Organizadora

Programação das Palestras Ministradas


Dia 22 de Outubro de 2021:

“Reflexos da Iniciação Científica no Reconhecimento Profissional” – Palestrante


Julianna Moreira Reis Garcia Guedes

“A Abordagem Multidisciplinar em Cuidados Paliativos” – Palestrante Renata Meiga


Charruf

Dia 23 de Outubro de 2021:

“Desenvolvimento Pessoal para Profissionais da Saúde” – Palestrante Anaemilia das


Neves Diniz

“O Profissional do Futuro: O Elo Entre Empreender e Fazer Saúde” – Palestrante


Marcelo Monteiro Mendes

“Currículo Lattes: Atualização e Estratégias de Preenchimento” – Palestrante André


Sousa Rocha

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RESUMOS SIMPLES

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REGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO PELA MICROBIOTA
INTESTINAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Kamilly Lima1, Julia Moura de Barros Barreto2, Isabella Caroline de Freitas


Domingos3, André Felipe Costa Alves4

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A microbiota intestinal é composta por uma população de microrganismos


que habita o trato gastrointestinal, exercendo função na manutenção da integridade da
mucosa e controle das respostas imunológicas. O processo de colonização microbiana
inicia-se no período intra-útero, e seu estabelecimento é influenciado por fatores
ambientais. Dessa forma, a presença de microrganismos comensais e patogênicos em
associação às células do sistema imunológico, são responsáveis pela regulação e
promoção de respostas efetivas na linha de defesa do organismo. Objetivos:
Compreender a relação entre o estabelecimento de uma microbiota intestinal e seu papel
na modulação das respostas imunológicas do corpo. Metodologia: Revisão de literatura,
feita a partir das bases de dados Pubmed, Google acadêmico, Scielo e Revista Brasileira
de Alergia e Imunologia com uso dos descritores “Microbiota intestinal”, “Sistema
imunológico” e “Metabolismo”. Foram selecionados 5 artigos, nacionais e internacionais,
selecionados no período de 2014 a 2019. Resultados e Discussão: O trato gastrointestinal
abriga cerca de 100 trilhões de microorganismos que incluem bactérias, vírus, fungos e
protozoários e, juntos, compreendem a microbiota intestinal. Nesse viés, uma dieta
baseada em fibras, frutas e legumes contribuem para seu bom funcionamento, riqueza e
diversidade, entretanto, uma dieta pobre desses alimentos pode gerar uma desregulação
no ecossistema intestinal. Além disso, o sistema imunológico é composto por órgãos e
tecidos linfóides, estruturas onde ocorrem a formação e maturação das células do sistema
imune. Com isso, diversas células do sistema imunológico são encontradas em associação
com os fatores da microbiota comensal, de modo a se correlacionarem. O sistema
imunológico é composto por células T reguladoras e pela produção de citocinas
inflamatórias, as quais proporcionam um ambiente de tolerância contra antígenos,
impedindo uma resposta inflamatória. Assim, a desregulação desse sistema ou diminuição
da diversidade microbiana pode resultar em doenças inflamatórias intestinais devido à
redução dos microrganismos comensais e pela perda da relação microbiota-sistema
imunológico. Conclusão: A presença do sistema imune na flora intestinal auxilia no
desenvolvimento dos tecidos e órgãos linfóides, impedindo o desencadeamento de
patologias pela microbiota. Dessa forma, uma dieta inapropriada pode ser um agente
desregulador dessa interação, proporcionando processos patológicos, como inflamação.
Palavras-chave: Sistema imunológico; Microbiota intestinal; Defesa.

REFERÊNCIAS

Chong-Neto HJ et al. Microbiota intestinal e sistema imunológico. Arq Asma Alerg


Imunol, v. 3, n. 4. 2019

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SANTOS, Lauana. A microbiota intestinal e sua relação com o sistema imunológico.
Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 16, n. 2. 2018
Kataoka K. The intestinal microbiota and its role in human health and disease. J Med
Invest, v. 63, n.1-2, p. 27-37. 2016
SITTIPO, Panida et al. Intestinal microbiota and the immune system in metabolic
diseases. J Microbiol. v. 56, n. 3, p. 154-162. 2018

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(RE)ADAPTAÇÃO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZADO DE
SEMIOLOGIA NAS CAPACITAÇÕES DE LIGAS ACADÊMICAS POR MEIO
DA MODALIDADE ONLINE
Vitória Katharine Isoton Wesp1; Pedro Henrique Massi2; Bruna Baratto3; Anna Beatriz
Campos Vilar Leite4
1,2,3
Graduando em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
4
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: No contexto da pandemia da COVID-19, a formação semiológica-


clínica de graduandos em Medicina, enfrentou diversos desafios, como a carência do
ambiente físico, tanto para a demonstração de testes físicos para avaliação do quadro
clínico do paciente, quanto para o contato com os instrumentos utilizados nesses testes.
Além disso, a falta de interação física com os demais colegas e as intercorrências
operacionais no meio digital também foram dificuldades enfrentadas durante o processo
de ensino-aprendizado. Nesse sentido, novas ferramentas de ensino teórico-prático
precisaram ser desenvolvidas com o intuito de se readaptar, por exemplo, encontros
síncronos online com a metodologia ativa, que proporcionam o processo de ensino-
aprendizado, o qual busca uma construção horizontal do conhecimento. OBJETIVOS:
Relatar a experiência de estudantes de Medicina com o aprendizado de Semiologia
ministrado em aula, a partir de metodologia ativa, em uma Liga Acadêmica, na
modalidade online. RELATO: Durante a capacitação de Semiologia, a partir do método
ativo, que estimula a participação dos membros da liga, foi desenvolvida a aula teórica
baseada nas literaturas acadêmicas, utilizando ferramentas como o PowerPoint para
condução da aula no modelo online na plataforma Zoom. Inicialmente, apresentava-se os
pontos que seriam abordados no decorrer da capacitação. Em cada ponto, foi trabalhado
a anatomia da região, a clínica apresentada pelos pacientes e os possíveis testes utilizados
para confirmar a hipótese-diagnóstica, mostrando por meio de imagens e vídeos, os
instrumentos necessários e o método empregado no teste. Embasados nesse conhecimento
teórico prévio, foi possível, após a flexibilização das medidas de restrição da pandemia,
realizar o encontro presencial para a revisão e a capacitação semiológica, na qual cada
aluno pode praticar os testes, consolidando o conhecimento teórico de: Anatomia,
Semiologia e Aplicação Clínica. RESULTADOS: A utilização da capacitação
semiológica online, por meio do método ativo de ensino, em uma Liga Acadêmica é uma
estratégia pedagógica para que o aluno estabeleça uma rede interdisciplinar, associando
o conhecimento teórico anatômico e clínico prévio na prática da Semiologia. Todavia, é
notório que a situação pandêmica tem restringido, ou como em muitos casos obstruído, o
acesso dos discentes aos laboratórios de Semiologia. Contudo, as Ligas Acadêmicas
buscaram sanar as expectativas didáticas com a apresentação de imagens e vídeos que
reforçaram o aprendizado e quando possível, realizaram a prática semiológica
presencialmente. CONCLUSÃO: Dessa maneira, a execução de atividades, por meio de

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recursos digitais possibilitou um processo de ensino-aprendizado eficaz e inovador.
Assim, mesmo com os obstáculos impostos pela pandemia da COVID-19 e a mudança
do ensino presencial para o remoto, a alternativa online mostrou-se eficaz para o
aprendizado de Semiologia pelos acadêmicos de medicina.
Palavras-chave: Educação à Distância. Cursos de Capacitação; Pandemias.

REFERÊNCIAS

Garrett A, Martins F, Teixeira Z. A actividade sexual após lesão medular--meios


terapêuticos [Sexualactivityafterspinalcordinjury--therapeutic help]. Acta Med Port.
2009 Nov-Dec;22(6):821-6. Portuguese. Epub 2010 Jan 10. PMID: 20350466.
MASINI, M. Estimativa da incidência e prevalência de lesão medular no Brasil. JBNC
- JORNAL BRASILEIRO DE NEUROCIRURGIA, v. 12, n. 2, p. 97 - 100, 10 jan.
2018.
NOGUEIRA MAGALHÃES, M. A.; CALDAS DE SOUZA, J.; MIRANDA DE
OLIVEIRA, F. ORIENTAÇÃO SEXUAL PARA PESSOA COM LESÃO
MEDULAR. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, v. 28, n. 1, 19 set. 2018.

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IMPACTO NUTRICIONAL DA DISFAGIA EM CRIANÇAS COM ALERGIA À
PROTEÍNA DO LEITE DE VACA
Késsya Raquel Araújo Moura Teixeira1; Waléria Tomaz Pacífico2; João Gabriel
Oliveira da Silva³; Sarah Pietra Batista Nunes Façanha 4 ; Fernanda Regina Vasconcelos
Fernandes Castro5.
1,2
Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR, Fortaleza,
Ceará, Brasil;
³Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza - Unifor;
4
Graduanda em Fonoaudiologia pela Faculdade Pitágoras de Fortaleza;
5
Fonoaudióloga, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR,
Fortaleza, Ceará, Brasil.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A deglutição constitui uma das atividades primordiais para a


sobrevivência do ser humano e é definida como o ato de conduzir o alimento a cavidade
oral em direção ao estômago. Inicia-se ainda na vida intrauterina e aperfeiçoa-se ao longo
do desenvolvimento das funções estomatognáticas. A principal função da deglutição é
obter as necessidades nutricionais e hídricas, ou seja, alimentar-se, além de proporcionar
prazer e tem cunho social, com importância nas relações humanas. No Brasil, após intensa
mobilização da sociedade brasileira, foi publicada, em 2010, a Emenda Constitucional nº
64 que modificou o artigo 6º da Constituição Federal, “incluindo o direito à alimentação
no capítulo dos direitos sociais”, MINISTÉRIO DA SAÚDE (2018). Portanto, as ações
de promoção da alimentação adequada e saudável devem ter como pressuposto a noção
de Direito Humano à Alimentação Adequada. OBJETIVO: Comprovar a atuação do
fonoaudiólogo como peça fundamental para identificação de distúrbios relacionados à
deglutição, mastigação, e demais funções estomatognáticas, que influenciam diretamente
na nutrição e na qualidade de vida das crianças com APLV e suas famílias e sua
importância na garantia dos direitos alimentares das crianças. MÉTODOS: Foi realizada
uma revisão na literatura médica e fonoaudiológica com o objetivo de verificar os sinais
e sintomas da disfagia e os principais aspectos referentes à intervenção na disfagia infantil
descritos na literatura. A pesquisa de referências abrangeu o período de 2011 a 2021 nas
bases, Scielo e Google Acadêmico. Os fatores de inclusão foram estudos disponíveis de
modo completo e gratuito e em português. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
identificados 11 textos, e utilizou-se de critérios de exclusão para 7 textos que não
contemplavam o objetivo do estudo. Korz (2017) relacionou o impacto da alergia à
proteína do leite de vaca na saúde e no estado nutricional das crianças, e também a que
as mesmas realizaram acompanhamento com maior número de profissionais da saúde, o
que também influenciou a qualidade de vida emocional dos pais.

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Em um dos estudos, um relato de caso clínico foi utilizado para criação de um programa
completo com atuação interdisciplinar regida pelos aspectos fonoaudiológicos e
psicológicos dos indivíduos envolvidos, paciente e pais. Os aspectos motores, sensoriais,
gastrointestinais, vivência e rotina foram monitorados e foi constatado melhora
significativa com o uso do protocolo. Uma criança que não mastiga e não deglute bem
precisa da intervenção do fonoaudiólogo, porém, a equipe multidisciplinar também
precisa compreender a representação simbólica da alimentação para cada família.
CONCLUSÃO. Conclui-se que para uma intervenção eficaz, o fonoaudiólogo é
indispensável e precisa assumir uma interação ampla com os demais profissionais que
acompanham a criança, com a criança e a família. Esta parece ser uma condição para
trilhar o caminho até a interpretação do sintoma, considerando a polivalência do
significante e suas múltiplas significações considerando os aspectos psicossociais.
PALAVRAS-CHAVE: Disfagia; Alimentação; Nutrição infantil; Qualidade de vida.

REFERÊNCIAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE. A creche como promotora da amamentação e da
alimentação adequada e saudável: livreto para os gestores/ Ministério da Saúde,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. – Brasília : Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: <https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTM1MQ==> Acesso
em 31 de julho de 2021.
LOPES FILHO, OTACÍLIO; CAMPIOTTO, ALCIONE R.. et al. Novo tratado de
fonoaudiologia. 3 ed. Barueri, SP: Manole, 2013.
KORZ,V.; KREMER, MAIRA MARINA ;VARGAS, DEISE MARIA; OLIVEIRA
NUNES, CARLOS ROBERTO. Alergia à proteína do leite de vaca, qualidade de vida e
estilos parentais.In: 2° Fórum Integrado da Pós-Graduação. Fundação Universidade
Regional de Blumenau (FURB), 2017. Disponível em:
<https://bu.furb.br/soac/index.php/fip/2fip/paper/view/3221>. Acesso em 31 de julho de
2021.
JUNQUEIRA, Patrícia; MAXIMINO,Priscila; RAMOS, Cláudia de Cassia; MACHADO,
Rachel Helena Vieira;ASSUMPÇÃO, Izaura; FISBERG, Mauro. O papel do
fonoaudiólogo no diagnóstico e tratamento multiprofissional da criança com
dificuldade alimentar: uma nova visão. Disponível
em:<https://www.scielo.br/j/rcefac/a/dQHckrMZMDLmbshBR99Qmvk/?lang=pt#>
Revista CEFAC. Jun 2015. Acesso em 30 de julho de 2021.

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IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO COMO LÍDER FRENTE À SITUAÇÃO
DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Rebeca Toledo Coelho 1; Valdeque José Marques Junior 2; Kívya de Holanda Leuthier
3
; Mirela Ferreira Pessoa Deodoro 4 , Alice Fonseca Pontes 5, Camilla Maria de Araújo
Tavares 6
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco
2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Parada cardiorrespiratória (PCR) pode ser definida como a cessação


abrupta da função mecânica cardíaca que exige intervenção rápida e eficaz do profissional
de saúde para garantir que a oxigenação e circulação seja restabelecida à vítima sem que
haja prejuízo de órgãos vitais. Considerando que na maioria das vezes o enfermeiro é o
membro da equipe que primeiro se depara com a situação de PCR, este precisa possuir
conhecimentos sobre atendimento de emergência, com tomada de decisões rápidas,
avaliação de prioridades e estabelecimento de ações imediatas (BELLAN, M. C;
ARAÚJO, I. I. M; ARAÚJO, S. 2012). As Diretrizes sobre RCP publicadas pela
Sociedade Brasileira de Cardiologia reforçam a liderança e comunicação como dois
princípios essenciais do trabalho em equipe. O líder deve ser o profissional que centraliza
a comunicação entre os membros da equipe e assume a condução do caso, assegurando
que todas as tarefas sejam executadas de forma adequada. Tal recomendação reforça a
importância do enfermeiro na melhora da qualidade da RCP (FILHO et al., 2015).
OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo enfatizar a importância do profissional
enfermeiro como líder em uma situação de parada cardiorrespiratória.
METODOLOGIA: Empregou-se a revisão literária de quatro artigos disponíveis em
português, encontrados na base de dados da Biblioteca virtual em saúde (BVS), utilizando
como critério de exclusão artigos publicados fora do período correspondente a 2015-
2021, e que fugissem ao eixo temático desta revisão. Foram utilizados os descritores
“Enfermagem” e “Parada cardiorrespiratória”, através do booleano “AND”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O sucesso no atendimento a PCR depende
diretamente da atuação da equipe de enfermagem, que, com sua tomada de decisão e
capacidade de coordenação, pode antecipar condutas e medidas, prevenir ou diminuir os
danos aos pacientes, agindo o mais breve possível. É papel do enfermeiro-líder oferecer
caminhos que possibilitem o desenvolvimento e aperfeiçoamento de sua equipe,
desenvolvendo novas formas de administração e organização, utilizando-se da tecnologia
intensiva e enfatizando os recursos humanos; podendo dessa forma reduzir drasticamente
os índices de mortalidade e morbidade no serviço onde este atua. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O enfermeiro-líder prostra-se como elemento fundamental da equipe
multiprofissional de assistência a PCR, seja em ambiente intra ou extra hospitalar, onde
a integração e organização da equipe é a chave para um bom prognóstico do paciente. Por
isso é preciso reconhecer e efetivar os enfermeiros como líderes autônomos e capazes de

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gerar grande impacto positivo nos serviços de saúde.
Palavras-chave: Enfermeiro; Parada Cardiorrespiratória; Liderança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Ana Paula Costa dos et al. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE À


PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM AMBIENTE EXTRA-HOSPITALAR.
Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde, Salvador, v. 9, n. 9, p. 07-15, jul. 2021.

A.S.A., C.; F.F., S.; E.R., V. ATUAÇÃO E LIDERANÇA DO ENFERMEIRO FRENTE


À PARADA CARDIORESPIRATÓRIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.
Biológicas & Saúde, v. 5, n. 18, 24 nov. 2015.

ALMEIDA, Daniela Cavalcante. Et al. Ação do enfermeiro frente à parada


cardiorrespiratória intra-hospitalar. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento, Ano 03, Ed. 11, Vol. 06, pp. 199-212 Novembro de 2018.

SILVA, Francisco Elias Albuquerque et al. Atuação do enfermeiro durante a parada


cardiorrespiratória em pacientes críticos: revisão de literatura. Brazilian Journal Of
Health Review, [S.L.], v. 3, n. 2, p. 2783-2796, 2020. Brazilian Journal of Health
Review.

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IMPLICAÇÕES DA DOENÇA DE CHAGAS NA MORFOFISIOLOGIA
CARDÍACA
Ronaldi Gonçalves dos Santos1; Rafael Borges Perez2; Clarissa Ayumi Onishi3
1,2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso
3
Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Mato Grosso
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: São muitas as disfunções geradas pelo protozoário parasita


Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas, sendo que 25 a 30%
produzem a cardiomiopatia relacionada ao possível tropismo por miofibrilas cardíacas
estriadas. Portanto, é de inegável necessidade o conhecimento desses distúrbios, haja
vista a importância desse órgão e elevada prevalência da enfermidade. OBJETIVOS:
Compreender as implicações da doença de Chagas na morfofisiologia cardíaca, como
também identificar as alterações anatômicas decorrentes da doença. METODOLOGIA:
O presente artigo é uma revisão de literatura em que foram selecionadas - produções
científicas nacionais e internacionais, buscadas nas bases de dados online PubMed,
“Scientific Eletronic Library Online” (SciELO) e Google Acadêmico. Para isso, foram
utilizados os descritores em Ciências da Saúde em inglês e em português: “Cardiopatia
chagásica crônica”, “Chagas cardiomyopathy” e “Acute Chagas cardiopathy”. A janela
temporal aplicada para selecionar esses artigos foi o período de 2000 a 2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A doença de Chagas se apresenta predominantemente
por meio de três processos patológicos fundamentais interdependentes: a resposta imune
e inflamatória gerada pela liberação de citocinas, quimiocinas, reativos de oxigênio,
reativos de nitrogênio e fator de necrose tumoral (TNF-α); as lesões celulares pela necrose
de miócitos, disfunção microvascular, transição potencial de membrana mitocondrial e
estresse oxidativo; e a fibrose intersticial gerada pelo estado inflamatório crônico. Dentre
as principais alterações anatômicas observadas está a cardiomegalia chagásica, a qual se
desenvolve devido às lesões ao miocárdio e sua substituição por tecido cicatricial denso
fibroso com aspecto flácido e congesto, além do aumento de volume resultante da
dilatação cavitária. A dilatação predomina sobre a hipertrofia, resultando em aspecto
globular, em alguns casos, a arteriose também é observada. A arteriose do cone pode ser
proeminente ou abaulada, e o delineamento distinto dos ventrículos direito e esquerdo dá
uma aparência corpórea, como também, em alguns casos, afinamento incomum da parede
ventricular, em especial perto do ápice do ventrículo esquerdo. Além disso, ressalta-se as
evidentes disfunções fisiológicas, destacando a insuficiência cardíaca, arritmias e
alterações dromotrópicas. Teoriza-se que a remodelação do tecido cardíaco, advinda dos
processos patológicos a que o tecido é submetido, produziria um desarranjo do sincício
eletrofisiológico responsável, pelo menos parcialmente, por tais manifestações. A doença
apresenta amplas consequências imunitárias e inflamatórias que estariam ligadas com o
desarranjo morfofisiológico observado. Constata-se, portanto, uma necessidade de que
esses mecanismos patológicos sejam bem elucidados, como também suas alterações

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anatômicas para que se possa combater não apenas ao protozoário, mas também aos
sintomas característicos da sua infecção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Devido ao
elevado índice de mortes, das quais um valor significativo foi considerado súbitas, a
Doença de Chagas necessita ser bem compreendida para que se possa acompanhar de
maneira adequada o desenvolvimento da doença e estabelecer, de forma correta, mediante
apropriado tratamento, a melhora do paciente.
Palavras-chave: Cardiopatia chagásica; Doença de Chagas; Cardiomiopatia.

REFERÊNCIAS

ACHÁ, R. E. S. Doença de Chagas. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 93, n. 6, p. 140–


142, 2009.

ÁLVAREZ, J. M. et al. Chagas disease: Still many unsolved issues. Mediators of


Inflammation, v. 2014, 2014.

ANTUNES, A. F. et al. Chronic heart disease after treatment of oral acute chagas disease.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 107, n. 2, p. 184–186, 2016.

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SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO NA PREVENÇÃO DE ANOMALIAS
CONGÊNITAS NO DESENVOLVIMENTO DO FETO

Natasha Cristina Rangel Rodrigues¹; Fábio Roberto de Sales Rodrigues Maia Filho²;
Ana Karina Rodrigues Coelho3; Haymee Helena Ferreira Pinto4

¹Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará


²Graduando em Farmácia pela Universidade Federal do Pará
³Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Fibra
4
Enfermeira. Graduada pela Universidade da Amazônia - Unama, pós-graduanda em
UTI adulto e neonatal pela Faculdade Integrada da Amazônia - Finama, Ananindeua,
Pará, Brasil
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Na gestação o organismo passa por mudanças fisiológicas para o


desenvolvimento do feto, no qual aumenta a necessidades de nutrientes, principalmente
de ácido, fólico que é uma vitamina do complexo B de grande relevância durante a
gravidez, sendo essencial para a síntese dos ácidos desoxirribonucleicos (DNA) e
ribonucleicos (RNA), faz a regulação do desenvolvimento normal de células nervosas,
atua na prevenção de defeitos congênitos no tubo neural do feto e é um elemento
fundamental na eritropoiese no processo de maturação e produção de hemácias. Nesse
contexto, devido as necessidades nutricionais aumentadas, o ácido fólico necessita ser
suplementado pois somente a dieta pode não ser o suficiente para suprir as necessidades
diárias a fim de prevenir anomalias ao feto. OBJETIVO: Descrever a importância da
suplementação de Ácido fólico durante a gestação. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão narrativa da literatura, na busca de artigos na base de dados LILACS (Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) pesquisados no período entre 2016
a 2020 e publicados nos idiomas Inglês, Português e Espanhol. Foi utilizado na busca da
pesquisa os descritores “ácido fólico and deficiência” e foram encontrados um total de 32
artigos, seguindo o critério de inclusão de textos que abordam sobre a temática relevante
ao ácido fólico, textos completos e sem restrições, e como critério de exclusão, não foram
selecionados trabalhos fora do tempo estipulado da pesquisa e que não abordaram a
temática do objeto de estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da leitura de 3
artigos selecionados, a pesquisa mostrou que no início da gravidez a produção de ácidos
nucléicos (DNA e RNA) e proteínas é alta e as necessidades de folato da mãe aumentam
rapidamente. Esse aumento, está relacionado com rápida divisão celular devido ao
crescimento do feto, da placenta e aumento do número de células da mãe em razão das
alterações fisiológicas do organismo neste período gestacional. Por conta disso, as
gestantes têm maior possibilidade sofrer com a deficiência dessa vitamina, no qual é
evidente a importância da suplementação correta dessa vitamina para manter um nível
adequado desse micronutriente no organismo, a fim de suprir as necessidades fisiológicas
durante a gravidez. Além disso, o ácido fólico influencia no desenvolvimento do
organismo modulando o fenótipo, que ocorre devido metilação do DNA que pode ser
alterada e influenciar na modificação das histonas causando desregulação na expressão

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de genes que estavam programados para o desenvolvimento do corpo. Logo o Ácido
fólico desempenha um papel fundamental na regulação epigenética do embrião, e sua
deficiência implica, além das consequências no desenvolvimento fetal, causa defeitos
placentários e prematuridade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A suplementação de ácido
fólico deve ser iniciada precocemente, devido a estrutura fundamental para o completo
desenvolvimento do sistema nervoso do bebê fechar no primeiro trimestre de gestação, e
os níveis adequados dessa vitamina, está associada com a diminuição defeitos congênitos
e menor complicações obstétricas.
Palavras-chave: Ácido fólico; Anomalias fetais; Desenvolvimento embrionário e fetal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ferro em gestantes da coorte BRISA. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v.
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A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR À POPULAÇÃO
TRADICIONAL DA AMAZÔNIA

Carolyny Rosa Freire de Sá¹; Gyovanna Corrêa Barata²; Lunna Victória Bibas Cantão³;
Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto4; Andrey Emanuel Anaisse Alves5; Francisco
Tiago de Vasconcelos Melo6
1,4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará
²Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
3
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará
5
Graduando em Enfermagem pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia
6
Doutor em Biologia dos Agentes Infecciosos e Parasitários; Professor adjunto da
Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Atenção Primária da Saúde (APS) é o meio central do Sistema Único


de Saúde (SUS) que, por meio da universalidade, equidade e a integralidade, busca
atender às necessidades de saúde da população e garantir acesso aos seus serviços,
inclusive à população tradicional da Amazônia. O vasto território de florestas e bacias
hidrográficas traz à tona desigualdades de acesso à saúde quando comparado a outras
regiões do Brasil. As populações tradicionais estão expostas a doenças infecciosas devido
ao bioma em que vivem, sendo necessário uma equipe multidisciplinar ajustada de acordo
com as necessidades e especificidade dessa população, considerando um acesso facilitado
ao serviço de saúde. OBJETIVO: Analisar a importância das ações coletivas das equipes
de saúde multidisciplinar no contexto à população tradicional no território amazônico.
METODOLOGIA: Método qualitativo de revisão de literatura, por meio da pesquisa
exploratória de bibliografia em base de dados SciELO e realizada em outubro de 2021.
Os descritores utilizados foram: população tradicional, equipe multidisciplinar e
Amazônia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A população tradicional amazônica é
afastada de muitos recursos relacionados à saúde, seja por conta da grande extensão
territorial que apresenta uma barreira geográfica ou pelo desinteresse de entidades de
gestão em diminuir esse afastamento. Assim, essa comunidade apresenta como principal,
ou por muitas vezes única, forma de prevenção e cuidado à saúde a APS. Por isso, pontua-
se a necessidade do contato constante dessas comunidades com a Atenção Primária. É
nesse cenário que o trabalho conjunto de cada profissional da saúde se refere a cooperação
mútua a fim de tornar a assistência à saúde eficaz e eficiente, uma vez que devem ter
conhecimento das questões culturais locais e se deparar com possíveis falta de condições
de trabalho adequado à essa população e além disso devem estabelecer importante vínculo
com os indivíduos, que se dá pela escuta e empatia ao se considerar as peculiaridades da
população. A equipe deve ser composta por médicos, enfermeiros, odontólogos,

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nutricionistas e agentes comunitários de saúde, podendo também acrescentar outros de
nível superior. A atuação multiprofissional oferece atendimento a um número maior de
pessoas e isso pode fazer com que ao tratamento seja melhor, a principal ação da equipe
é promoção de saúde com destaque a ações educativas e corretivas sobre estilo de vida e
fatores de riscos, que podem ser realizadas em grupo ou individualmente de acordo com
cada especificidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nessa conjuntura, é notória a
importância da atuação da equipe multiprofissional nos serviços de saúde, para atender
as populações tradicionais da Amazônia; visto que, cada área da saúde tem extrema
relevância para o atendimento dessas populações, afinal, cada especificidade sabe como
atuar e que processos terapêuticos são necessários para a assistência em saúde. Portanto,
para (SOARES, 2017), as equipes multiprofissionais através das ações de saúde, são as
principais responsáveis por trabalharem em conjunto para preencher as lacunas
encontradas na saúde da Amazônia, um vez que, desenvolvendo estratégias de prevenção
e promoção de saúde possibilitam mais qualidade de vida, sendo este serviço
imprescindível nesse cenário amazônida.
Palavras-chave: Equipe Multidisciplinar; População Tradicional; Amazônia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A CONDUTA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO CONTROLE DE
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA EM SAÚDE

Evelin de Oliveira Pantoja1, Andreia Coelho Oliveira Perreira2, Beatriz Reis dos Santos3,
Gisele Loureiro Araújo4, Luiza Raquel Tapajos Figueira5, Jessica Maria Lins da Silva6
1,2,3,4,5
Acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade da Amazônia (UNAMA),
Belém, PA-Brasil.
6
Acadêmica do curso de enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém,
PA-Brasil.
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: As infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) são aquelas


adquiridas após a admissão do paciente, manifestando-se durante a internação e/ou após
a alta. Além associar-se ao período de hospitalização, decorrentes do atendimento, que
comprometem a segurança dos pacientes, aumentando o risco de morbimortalidade e os
custos da assistência. Assim, a prática e o conhecimento dos profissionais de saúde são
de grande importância no combate às infecções, como lavagens das mãos, bem como o
uso de EPIs, além de evitar o contato com outros pacientes depois do atendimento com o
paciente infectado, afim de que não haja transmissão vetorial. OBJETIVO: Identificar
as principais condutas dos profissionais de enfermagem que favorecem o controle de
infecções relacionadas à assistência em saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa de literatura com abordagem qualitativa. Analisou-se artigos
indexados nas bases de dados CAPES, LILACS e SciELO, no período de 2016 a 2021,
no idioma português. Para a busca dos artigos, foi feita a combinação dos descritores em
ciências da saúde (DeCS) “Infecção hospitalar”, “controle de infecções”, “cuidados de
enfermagem” e operador booleano and. Assim, selecionou-se 9 artigos para a amostra
com base no objetivo de estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Evidenciou-se que o
conhecimento do profissional de enfermagem sobre o procedimento prestado e sua
complexidade, higienização das mãos, o uso de técnicas assépticas, esterilização e
descarte seguro de materiais, utilização adequada dos antimicrobianos, uso correto dos
equipamentos de proteção individual, limpeza dos equipamentos, como também o
fornecimento de informações ao paciente, constituem-se como formas de prevenção e
controle de infecções. Embora as recomendações existentes para orientar os profissionais,
como os diretrizes e legislações fiscalizadas pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, muitas vezes não são seguidos adequadamente, não estando livre de
contaminações e infecções esse ambiente. CONCLUSÃO: Portanto, o enfermeiro tem
grande relevância para redução dos eventos das IRAS. Logo, reforça-se o enfoque na
capacitação continuada desse profissional, visto que a enfermagem tem o contato próximo
ao paciente, estabelecendo o cuidado ao hospitalizado, tornando as ações de prevenção e
controle fundamentais, assim como também seguir os programas de controle de
infecções, pois, as atitudes e práticas refletem sobre as infecções.

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Palavras-Chaves: infecção hospitalar; controle de infecções; cuidados de enfermagem

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A CORRELAÇÃO ENTRE OS ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA PANDEMIA E
O BRUXISMO

Nívia Delamoniky Lima Fernandes 1 Jefferson Douglas Lima Fernandes 2


1Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário UNINTA
2Graduado em Odontologia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19) e as medidas


de isolamento social para controle da disseminação do vírus está influenciando de
maneira indubitável a saúde psíquica, levando a problemas, como estresse, ansiedade,
insônia, depressão, raiva e medo. É bem estabelecida na literatura a correlação de
alterações psicossociais a casos de bruxismo e Disfunções Temporomandibulares
(DTMs), de forma que pacientes com alto nível de estresse possuem seis vezes mais
chance de relatarem sintomas de bruxismo. OBJETIVO: Dentro dessa perspectiva o
presente trabalho tem como objetivo procurar estabelecer critérios que correlacione os
aspectos psicológicos da pandemia e as DTMs como o bruxismo. METODOLOGIA:
Para isso realizou-se uma revisão de literatura com base em artigos científicos publicados
em periódicos internacionais, no período de 2019 a 2021, utilizando como palavras
chaves “Pandemics; COVID-19; Temporomandibular joint disfunction; Bruxism”, na
base de dados PUBMED de língua inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A
pandemia e o isolamento social rígido predispuseram o desenvolvimento de ansiedade,
depressão, distúrbios do sono, dentre outras desordens psicológicas. A literatura converge
em apontar uma associação direta entre os aspectos psicológicos e os sintomas de DTMs
primária ou na progressão e agravamento de alguns casos. CONCLUSÃO: Destarte,
evidenciou-se que a pandemia contribuiu para alterações significativos no estado
psicoemocional das populações e colaborou consequentemente para intensificação das
afecções dos casos de bruxismo/DTMs.
Palavras-chaves: “Pandemia ; COVID-19; Disfunsão Temporomandibular; Bruxismo”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A DESINFORMAÇÃO DAS MÃES NO PERÍODO PUERPERAL: A AÇÃO DA
ENFERMAGEM
Geice Silva Ribeiro¹; Ivana Pereira de Oliveira²; Thamiris Soares Feitosa³; Marcos
Paulo Alves Afonso⁴; Laiane de Paula Aquino Oliveira Carvalho⁵
¹²³⁴ Graduandos em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
⁵ Enfermeira. Mestranda em Ensino, Ciências e Saúde pela Universidade Federal do
Tocantins.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O período puerperal tem seu início logo em seguida ao parto, após a
dequitação da placenta, e termina quando o organismo materno retorna as condições
anteriores da gestação. Para isso, o corpo da mulher necessita de um período que pode se
estender entre seis ou mais semanas. Durante esse tempo as puérperas deveriam estar
cientes das mudanças e cuidados agregados ao pós-parto, mas segundo estudos as
puérperas não recebem orientações adequadas no período do pré-natal, principalmente
sobre cuidados que devem ser tomados durante o pós-parto, e as poucas que recebem
orientações acabam com déficits em relação as informações recebidas. Além disso um
estudo realizado em Minas Gerais com puérperas, apontou que um terço das mulheres
não receberam orientações nessa fase o que consequentemente influencia no seu
autocuidado e ao cuidado com o recém-nascido (RN). OBJETIVO: Avaliar o
conhecimento das puérperas e sanar dúvidas sobre os principais cuidados com seu corpo
e com recém-nascido no período puerperal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, tipo relato de experiência produzido por acadêmicos de Enfermagem durante
o estágio em clínica obstétrica, realizada no Hospital Regional de Conceição do Araguaia
-PA (HRCA), no ano de 2019. Durante o estágio da disciplina foram realizadas rodas de
conversas em dois momentos com as mães presentes, no total participaram 13 puérperas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os principais achados encontrados durante a roda de
conversa foi o desconhecimento das mães sobre a importância em manter um bom período
puerperal, os cuidados que devem ter com as mamas e como realizar uma boa pega na
hora de amamentar, a maioria não estavam cientes de quais eram as primeiras vacinas que
seu RN precisaria tomar. A maioria das puérperas presente não estavam cientes ou não
foram informadas adequadamente sobre a última consulta do pré-natal, que deve ser
realizada após o parto para avaliar o estado de saúde tanto da mãe quanto do bebê. Outros
déficits de informações que foram observadas eram relacionados os cuidados com sua
alimentação, os contraceptivos que podem ser utilizados durante o puerpério e as
mudanças emocionais podem estar presentes nesse período. Segundo alguns relatos a
maioria desses temas não foram abordados durante o pré-natal. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: As rodas de conversa trouxeram uma troca de experiência bastante positiva e
produtiva, colocando em pauta a necessidade de trabalhar com certa periodicidade sobre
a temática em questão. E evidenciando que os cuidados de enfermagem oferecidos no
puerpério são de suma importância sendo necessário englobar as alterações fisiológicas e
psicológicas, para prevenir complicações e fornecer conforto físico e emocional, que

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devem estar associados a ações de educação e saúde para que haja uma assistência
qualificada. Ao dialogar sobre tema foi possível perceber e detectar a carência de
informação nessa temática e a importância da enfermagem em estar promovendo esse
conhecimento por meio de ações, e principalmente durante a consulta do pré-natal.
Palavras-chave: Puerpério; Saúde da mulher; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Pezinho: O Papel do enfermeiro na orientação da triagem neonatal. Revista. Psicologia.
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OLIVEIRA, T.D; ROCHA, K.S; ESCOBAL, A.P; MATOS, G.C; CECAGO, S;
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2019. DOI: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2019.v11i3.620-626.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IFERENCIAÇÃO DAS DISFUÇÕES SEXUAIS ENTRE INDIVIDÍUOS COM
LESÃO MEDULAR COMPLETA E INCOMPLETA
José Vitor Pereira de Aquino¹; Jessica Costa de jesus²;
Pâmela A.M Cerveira 3; Lara R.M Feitosa;4
Maria Erivânia Alves de Araújo5
Graduandos em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.
1,2,3,4
5
Fisioterapeuta. Mestra em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco – RJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: É característico da lesão medular a perda grave ou permanente da


sensibilidade e mobilidade abaixo do nível da lesão podendo levar a uma tetraplegia ou
paraplegia em ambos os casos o paciente está sucetivel a sofrer alterações sexuais,
urinaria e retal. Ao qual pode haver transtornos no Sistema Nervoso Autônomo e
alterações nos diferentes componentes da sexualidade e fertilidade. Em lesados
medulares, quando o assunto é sexo, os estigmas ainda são maiores pois estão associados
a limitações físicas aparentes. Por isso pessoas deficientes físicas principalmente homem,
sofre um grande preconceito mediante a sua força ao qual estigma uma fraqueza em sua
virilidade. OBJETIVOS: Apontar os fatores associados para a satisfação sexual em
lesados medulares. Analisar como a sexualidade e a disfunção sexual afetam a
recuperação, sentimento de autonomia e qualidade de vida nos indivíduos com lesão
medular. METODOLOGIA: Para a construção desse trabalho serão retirados
informações e dados de artigos disponíveis em plataformas como o google acadêmico e
SciELO e revistas, para que se possa atingir oobjetivo final deste trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como a disfunção sexual está diretamente
relacionada ao nível da lesão e ao tempo pós-lesão. Foi encontrada a prevalência de
paraplegia (72,2%) e LM completa (55,6%), prevalência também citada na literatura. A
média do tempo de LM nos indivíduos é de 9,28 anos, sendo este dado considerado um
fator determinante para a prática sexual, pois o paciente necessita de determinado período
para o reajuste, não só físico, como a fase de choque medular, mas psicoemocional, visto
que ele passa por um período de assexualidade no início, seguido por um período de
redescoberta durante a reabilitação. Embora não estatisticamente significativo, dentre os
pacientes paraplégicos, 80,8% têm vida sexual ativa, 53,8% têm ereção espontânea antes
do ato sexual, 46,2% conseguem ejacular e 50,0% atingem o orgasmo. Tal fato explica-
se por esses pacientes serem mais ativos, na maioria dos casos, por sua maior capacidade
de mobilidade e menor comprometimento de sensibilidade, o que contribui para melhor
desempenho na atividade sexual. Também foi constatado que lesões mais baixas têm
maior percentual de preservação da ejaculação, presente em 18% dos paraplégicos de seu
estudo, enquanto 4% dos indivíduos com lesões mais altas conseguem ter ejaculação, e o
orgasmo não está relacionado com o nível da lesão. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Sendo assim, a vida sexual de pessoas com lesão medular vai ser afetada de acordo com
a altura e extensão da lesão. Além desse fator, a preservação ou não do centro sagrado
(S2-S4) também vai determinar que tipo de estimulação é possível: psicogênica ou
reflexa. Uma lesão mais alta, mas que preserve a constituição dessas vertebras é mais
favorável ao estímulo reflexo do que uma lesão baixa nessa área. O orgasmo não tem a
ver com o nível da lesão, mas sim com a maneira que a sexualidade é explorada pelo
indivíduo, pois a satisfação sexual está diretamente relacionada com prática, com o
desenvolvimento de confiança, vulnerabilidade e novas possibilidades dentro da
realidade.
Palavras-chave: Fisioterapia, Disfunção sexual, Lesão medular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2009 Nov-Dec;22(6):821-6. Portuguese. Epub 2010 Jan 10. PMID: 20350466.
MASINI, M. Estimativa da incidência e prevalência de lesão medular no Brasil. JBNC
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NOGUEIRA MAGALHÃES, M. A.; CALDAS DE SOUZA, J.; MIRANDA DE
OLIVEIRA, F. ORIENTAÇÃO SEXUAL PARA PESSOA COM LESÃO
MEDULAR. Revista Brasileira de Sexualidade Humana, v. 28, n. 1, 19 set. 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA
REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA E MUSCULOESQUELÉTICA
PÓS COVID-19
Daniely Formiga de Almeida1; Kaio Emanuel de Souza Nunes2; Camylla Karolyne
Silva Lima3; Isabela dos Santos Costa Bento4; Nataliene Ruth David Dias5; Pollyana
Soares de Abreu Morais6
1,2,3,4
Graduanda (o) em Fisioterapia pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
5
Graduanda em Fisioterapia pela Uniesp Centro Universitário
6
Docente em Fisioterapia no Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A COVID-19 se espalhou pelo mundo se tornando uma emergência de


saúde pública global. Os indivíduos acometidos pela COVID-19 apresentam sintomas
variados, podendo ser de menor gravidade e/ou com evolução para um quadro mais grave
de insuficiência respiratória. Dentre as sequelas encontradas no pós COVID 19, observa-
se a presença de dispneia, fadiga e fraqueza muscular, além da redução da capacidade
funcional. Tal cenário tem ressaltado a importância da fisioterapia na redução de tais
complicações e melhora da qualidade de vida dos pacientes acometidos por tal doença.
OBJETIVOS: O presente estudo objetiva demonstrar a importância da fisioterapia na
reabilitação pós COVID-19. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa
nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde,
Medical Literature Analysis and Retrieval System online e Physiotherapy Evidence
Database, a partir dos descritores “Pós”, “Post”, COVID-19”, “Reabilitação”,
“Rehabilitation”, “Fisioterapia”, “Physiotherapy”, com o operador booleano “AND”
entre os termos. Os critérios de inclusão definidos para a pesquisa foram: artigos
publicados na íntegra em português, inglês e espanhol, que retratassem a temática durante
o período de 2020-2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De um universo de 61
artigos, foram selecionados 9 como amostra final. Os artigos selecionados têm relação
com a reabilitação pós COVID e a atuação da fisioterapia e indicam que os pacientes
apresentam danos funcionais e redução da qualidade de vida, expondo a necessidade de
tratamento após a infecção. Esses estudos trouxeram como principais resultados, o
fortalecimento muscular respiratório; treinamento aeróbico e uso do cicloergômetro para
a melhora do condicionamento cardiorrespiratório, exercícios resistidos com progressão
para o fortalecimento da musculatura periférica e treino de equilíbrio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: a fisioterapia é de extrema importância na reabilitação
pós COVID-19 pois promove alívio da fadiga e dispneia, auxilia no fortalecimento
muscular e na melhora do desempenho funcional, possibilitando o retorno às atividades
de vida diária e laboral de forma satisfatória.
Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. COVID-19. Pós.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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OPAS. Organização Pan – Americana da Saúde. OMS declara emergência de saúde


pública de importância internacional por surto de novo coronavírus. 2020.
Disponível em: <https://www.paho.org/pt/news/30-1-2020-who-declares-public-health-
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A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA DURANTE A PANDEMIA DA
COVID- 19

Matheus Moraes Silva1; Jéssica da Costa Sena2; Erika Sâmela de Sousa Silva3; Thais
Gomes Mateus4; Osnan Lennon Lameira Silva5; Geany Brandão Gonçalves6

1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Paulista
4
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal do Pará
5
Biológo. Pós-Doutor em Saúde pública e Segurança alimentar pela Universidade Federal
do Pará
6
Enfermeira. Especialista em Gestão da Atenção Primária à Saúde pela Universidade do
Estado do Pará

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A covid-19 é uma doença causada pelo novo coronavírus SARS-COV-


2, ocasionando na maioria das pessoas sintomas leves e moderados com a probabilidade
de evolução para uma síndrome respiratória aguda grave. O vírus teve início na cidade
de Wuhan, na China, e se disseminou pelo mundo causando uma enorme crise sanitária.
No Brasil, a pandemia da covid-19 gerou um caos na saúde pública, acarretando
transtornos e a superlotação na maioria dos hospitais e centros de saúde. Nesse contexto,
a atenção primária à saúde (APS) destaca-se como uma ferramenta do sistema único de
saúde (SUS) caracterizada por um conjunto de ações em âmbito individual ou coletivo,
além de se tornar uma estratégia para o enfrentamento da pandemia. OBJETIVOS:
Apresentar as principais ações desenvolvidas pela atenção primária à saúde durante a
pandemia do novo coronavírus. METODOLOGIA: Para realização do presente estudo
foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados (Bireme, PubMed e Scielo)
utilizando como palavras chaves: covid-19, atenção primária e saúde pública. A partir
dessa pesquisa foram selecionados dez artigos relacionados ao objetivo do estudo em
questão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos evidenciaram que a atenção
primária à saúde é considerada a porta de entrada do SUS, sendo assim, um pilar de muita
importância no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus, visto que a APS trabalha
junto a um planejamento de ações que visam a proteção, prevenção, diagnóstico,
reabilitação e a manutenção em saúde. Nesse sentido, foram criadas estratégias em saúde
para minimizar os casos de contaminação pela Covid-19, dentre elas está a educação em
saúde, cujo objetivo é orientar a população acerca da doença, das formas de contágio,
tratamento e da prevenção, como: o uso de máscara, álcool, a lavagem das mãos, e o
isolamento social. Outra tática importante nesse período foi a telemedicina, que
proporcionou a interação dos usuários com os profissionais de saúde por meio de um
telefone ou videoconferência. Afim de dar continuidade no tratamento dos pacientes que
precisam de consultas regulares, como é o caso dos portadores de doenças não
transmissíveis (DCNT), como também dar suporte clínico e assistencial para todos os que
necessitarem, evitando assim, aglomerações e a superlotação das unidades básicas de
saúde. Além disso, APS teve papel primordial no atendimento aos casos leves, realizando

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


testes rápidos para o diagnóstico da COVID-19, na identificação e encaminhamento
prévio dos casos graves para atenção especializada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As
adaptações realizadas pela equipe da atenção básica para a manutenção dos cuidados à
população durante a pandemia, foram consideradas fundamentais para a garantia da
promoção em saúde, visando a orientação e o atendimento necessário frente aos casos de
leves, contribuindo assim, para a possibilidade de minimização da infecção e a
propagação da covid-19.
Palavras-chave: Sars-covs-2; Atenção básica; Saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Medina et al. Atenção primária à saúde em tempos de COVID-19: o que fazer? Cadernos
de saúde pública, v. 36, n. 8, p. 1-5, 2020.
Ministério da Saúde/SAPS. Protocolo de manejo clínico do coronavírus (COVID-19) na
atenção primária à saúde, versão 9. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS),
Brasília-DF, 2020.
Terribile et al. Telemedicina na atenção primária de saúde em momentos de pandemia.
Brazilian journal of development, v. 7, n.8, p. 77995-77997, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA DE
PESSOAS COM DIABETES MELLITUS
Daianny Paes Landim Macedo1; Efânia Cristina Amaral de Oliveira2; Ana
Catarina Santos da Silva3; Anna Letícia Oliveira4
1
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Uninovafapi do Piaui.
2,3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Empreendedorismo de Santo
Antonio de Jesus.
4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Norte do Paraná do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A prática de exercícios físicos tem papel fundamental na promoção da


qualidade de vida. Quando realizada de forma constante e adequada, proporciona bem-
estar físico e mental, além de ser um importante regulador do controle metabólico,
prevenindo inúmeras doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes. Nesse contexto,
as atividades físicas demonstram grande significância para um melhor prognóstico dos
pacientes acometidos por Diabetes Mellitus (DM), doença cada vez mais prevalente
devido as condições de vida urbanizadas e aceleradas da contemporaneidade. Devido as
caracteristicas dessa sociedade desencadeiam-se fatores de risco como o sedentarismo e
obesidade. Nesse interim, uma rotina de exercícios propícia o controle dos índices
glicêmicos, somados a redução de demais riscos potênciais a saúde. OBJETIVOS:
Compreender a importância dos exercícios físicos para a qualidade de vida dos pacientes
acometidos por Diabetes Mellitus. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, realizada em maio de 2021, nas bases de dados Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Periódicos CAPES, onde foram pesquisados
os termos elegidos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Qualidade de Vida”
“Exercício Físico” e “Diabetes Mellitus”. A pesquisa inicial identificou 328 artigos.
Adotou-se como critérios de inclusão periódicos de 2016 a 2021, nos idiomas português,
inglês e espanhol, que abordassem como a prática do exercício físico promove qualidade
de vida as pessoas que convivem com diabetes, e excluindo estudos que discorressem
sobre públicos específicos. Sendo lidos 12 artigos na integra e 3 selecionados para
compor a amostra da revisão. RESULTADOS: As condições de vida cada vez mais
aceleradas exigem das pessoas praticidade em diversas áreas da vida, inclusive na
alimentação. Além disso, resta pouco tempo para dedicar-se a uma rotina de exercícios
fisicos, tornando esse estilo de vida tendencioso ao desenvolvimento de patologias como
a Diabetes Mellitus, que repercuti com diversos agravantes para saúde do indivíduo
acometido. Outrossim, a prática regular de atividade física apresenta benefícios no
controle das taxas glicemicas. Nos casos de diabetes tipo 2, desencadeada principalmente
por hábitos de vida não saudáveis, a exposição do corpo a atividade motora faz com que
os músculos exerçam um trabalho eficiente no gasto de energia. Desse modo, as células
pancreáticas captam a glicose, permitindo sua diminuição na corrente sanguínea. Logo,

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os exercícios quando associados à alimentação balanceada, elevam exponencialmente os
ganhos, onde em alguns casos o tratamento medicamentoso não será necessário. Isso
contribui no bom prognóstico da doença atual e na prevenção de danos secundários aos
demais sistemas do organismo. Vale resaltar que tais medidas geram menos ônus ao
Sistema Único de Saúde (SUS) devido as internações e medicamentos. CONCLUSÃO:
Percebe-se, portanto, que a atividade física desempenha papel fundamental no controle
da diabetes, sendo um importante precursor na qualidade de vida, principalmente em uma
sociedade com propensão a torna-se cada vez mais sedentária. Logo, é possível observar
que os benefícios gerados pela prática de exercícios fisicos são inúmeros, desde o bem-
estar propiciado, até o controle metabólico da patologia em questão e prevenção de
demais doenças.
Palavras-chave: Qualidade de Vida; Exercício Físico; Diabetes Mellitus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORRÊA, Karina et al. Qualidade de vida e características dos pacientes diabéticos.


Ciênc. saúde colet. 2017

DOMÌNGUEZ, Yuri Arnold et al. Nivel de actividad física y su relación con factores
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de Endocrinología. 2020

WANG, Weilin Wang; HUANG, Mengchun; WANG, Junrong. The Effect Of Physical
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A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA PÉLVICA NA REABILITAÇÃO DE
MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Crícia Regina Figueira Araújo¹; Gabriel Matheus Batista Brito²; Tafne Moraes Pereira³;
Yana Bernarde Sá4.
1, 2, 3, 4
Universidade do Estado do Pará (UEPA). Santarém, Pará, Brasil.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária da urina, o
distúrbio é mais frequente no sexo feminino. A eliminação da urina pode ser
comprometida por algumas situações, como: comprometimento da musculatura dos
esfíncteres ou do assoalho pélvico, tumores; doenças que comprimem a bexiga;
obesidade; tosse crônica dos fumantes; quadros pulmonares obstrutivos que geram
pressão abdominal; bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do
portador; gravidez e parto, entre outros. Buscando minimizar a IU, a fisioterapia pélvica,
é recomendada como uma terapia de primeira linha por sua eficácia, baixo custo e baixo
risco, com os métodos e técnicas como o treinamento da musculatura do assoalho pélvico,
a cinesioterapia, eletroestimulação, terapias manuais; biofeedback, e outros.
OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura sobre a atuação da fisioterapia em
mulheres com incontinência urinária. METODOLOGIA: Foi realizada uma busca em
plataformas digitais, com as palavras chaves: incontinência urinária em mulheres,
fisioterapia pélvica. E foram encontrados 11 artigos, destes apenas 3 foram selecionados,
pois se enquadravam nos critérios de inclusão: ser uma pesquisa de campo, estar nos
idiomas português e inglês, ter sido publicado entre 2011 e 2021, e falar sobre fisioterapia
pélvica voltada para mulheres. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um estudo avaliou o
efeito da cinesioterapia em idosas com IU, no alívio dos sinais e sintomas, e seu impacto
na qualidade de vida. Onde observou-se melhora das pacientes, na perda de urina diária,
na dificuldade de retenção e no alívio dos sinais e sintomas referidos, onde a média da
frequência miccional e do número das perdas urinárias aos esforços foi menor que anterior
ao tratamento. Outro estudo selecionou 29 mulheres com instabilidade vesical, por IU, as
quais foram submetidas à eletroestimulação vaginal em duas sessões semanais de 20
minutos, por um período de três meses consecutivos e, após o tratamento, 75,85%
apresentaram cura ou melhora. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, foi observado
que a fisioterapia pélvica trará respostas positivas na reabilitação de mulheres que sofrem
com IU, tornando-se de grande importância nesse tratamento, porém são necessários mais
estudos na área, assim como maior divulgação para as pacientes sobre as medidas
preventivas e a reabilitação da Incontinência Urinária.
PALAVRAS CHAVES: Fisioterapia; Incontinência Urinária; Pélvica.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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KNORST, Mara R. et al. Physical therapy intervention in women with urinary


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tratamento da incontinência urinária em mulheres idosas. Revista Brasileira de
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA INTRODUÇÃO ALIMENTAR NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Ana Raquel Teixeira Silva1, Maria Beatriz França Muniz², Catarina Vitória da Silva
Nascimento³, Nayra Milena da Silva Valentim4, Sidrack Lucas Vila Nova Filho5.
¹ Discente do curso de bacharelado em Psicologia do Centro Universitário do Vale do
Ipojuca - UNIFAVIP Wyden
² Discente do curso de bacharelado em Enfermagem da faculdade UNINASSAU
CARUARU
³ Discente do curso bacharelado em Enfermagem do Cento Universitário do Vale do
Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
4
Discente do curso de bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário do Vale do
Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
[email protected]

INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil é um processo longo e gradual de


mudanças, e, a alimentação está diretamente ligada a essas mudanças. Logo após o
nascimento, o primeiro reflexo do bebê será o da procura, onde ele busca pelo seio
materno para se alimentar, que é muito importante durante os primeiros seis meses, pois
o leite materno conta com proteínas importantes para as conexões cerebrais, o que
fortalece a imunidade e preveni a obesidade e doenças crônicas à longo prazo, além de
outros benefícios. Depois dos seis meses o leite materno já não supre todas as
necessidades nutricionais do lactente, de forma que é necessária a introdução de alimentos
complementares. OBJETIVO: Diante disso, este resumo ressalta a importância da
introdução alimentar de maneira saudável, com destaque para a influência que esse
momento tem no desenvolvimento da criança. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa integrativa de literatura baseada na análise de artigos publicados nas plataformas
Scielo e na Biblioteca Virtual em Saúde. Como base de busca, foram utilizados os
descritores: introdução alimentar, aleitamento materno e desenvolvimento. Foram
considerados artigos publicados entre os anos de 2009 a 2021 que não fossem
classificados como teses, dissertações ou trabalhos de conclusão de curso. Assim, foram
revisados 4 artigos com maior associação ao tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
trabalhos analisados afirmaram o aleitamento materno como a principal fonte de
alimentação, porém, na maioria dos casos as mães não completam o tempo adequado do
aleitamento. Ou seja, outras dietas são introduzidas, como alimentos líquidos, pastosos,
e, a inserção de alimentos ultraprocessados, como salgadinhos e biscoitos, o que atrapalha
o desenvolvimento saudável, uma vez que são ricos em açúcares, gorduras trans e aditivos
químicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Logo, nota-se que o aleitamento materno é

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


essencial para as crianças, e, é notório que a introdução de alimentos ultra processados
fazem mal para o organismo das mesmas, o que pode gerar, indisposição, falta de energia
e bem-estar, além disso, pode prejudicar a saúde mental, o que leva a criança a não
desenvolver suas ações, como o processo de aprendizagem, por exemplo.
REFERÊNCIAS
FLORES, Thaynã Ramos et al. Padrões de consumo alimentar em crianças menores de
dois anos no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, v.
26, p. 625-636, 2021.
GOMEZ, Melisa Sofia et al. Baby-led weaning, panorama da nova abordagem sobre
introdução alimentar: revisão integrativa de literatura. Revista Paulista de Pediatria, v.
38, 2020.
OLIVEIRA, Maria Inês Couto de; RIGOTTI, Renata Ribeiro; BOCCOLINI, Cristiano
Siqueira. Fatores associados à falta de diversidade alimentar no segundo semestre de
vida. Cadernos Saúde Coletiva, v. 25, p. 65-72, 2017. Disponível em:
CARNEIRO, Aline et al. Caracterização do desenvolvimento da alimentação em crianças
de 6 aos 24 meses de idade do município de Canoas/RS. Revista CEFAC, v. 11, p. 353-
360, 2009.
CHUDO, Marisa Laporta. Fundamento Biológico do desenvolvimento infantil. Curitiba:
IESDE Brasil S. A, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança, Aleitamento Materno e Alimentação
Complementar. Caderno de Atenção Básica. 2. Ed. Nº 23. Brasília: Ministério da Saúde.
2015. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab2
3.pdf > Acesso em: 19/08/2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA MULTIDISCIPLINARIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA
Luciana Canela de Siqueira Silva¹; Ana Carolina De Carvalho Gonçalves2; Dayana
Marques Tavares3; Leonardo de Oliveira Assis4; Gabriela Lela Fávaro5; Leandro
Teixeira Paranhos Lopes6.
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil – Fernandópolis/ SP
6
Docente do curso de Medicina na Universidade Brasil - Fernandópolis/ SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A multidisciplinaridade na atenção básica consiste em um grupo de


profissionais com diversas especialidades, formando uma equipe habilitada para prestar
um atendimento humanizado, compartilhado e com vínculos com a comunidade. A
multidisciplinaridade no cuidado, exige um ambiente com interação entre todos os
envolvidos, com ampla horizontalidade. OBJETIVOS: O presente estudo tem como
objetivo analisar e compreender a importância da equipe multidisciplinar na atenção
básica à saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo
revisão integrativa, realizada a partir da busca dos termos “Atenção Básica”, “Atenção
Primária em Saúde” e “Equipe Multiprofissional”, nas bases de dados científicas
PubMed, Lilacs e Scielo. Como critério de inclusão foram selecionados artigos
publicados no período de 2016 a 2021, em língua portuguesa e inglesa. Um total de 14
artigos preencheram os critérios de elegibilidade e, portanto, foram selecionados e
analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Segundo Silva et al. (2017), a
multidisciplinaridade engloba uma série de profissionais especializados em várias áreas
da saúde institucionalizados por meio da Equipe de Saúde da Família (ESF) e o Núcleo
Ampliado de Saúde da Família (NASF). Contudo, alguns aspectos desse trabalho em
equipe devem ser revistos em alguns serviços: o primeiro se relaciona a uma abordagem
de rigidez extrema e excesso de protocolos capaz de limitar a ação de cada profissional
unicamente à sua área específica; e o segundo é uma idealização errônea de que todas as
atribuições são de responsabilidade de toda a equipe multidisciplinar e que nenhuma
pessoa tem papel esclarecido. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a
multidisciplinaridade na atenção básica proporciona um olhar mais amplo para o
paciente, considerando o ser humano como complexo e observando de diversos ângulos.
É importante que cada colaborador com sua habilidade, sempre considere os objetivos
da equipe a fim de aumentar a efetividade da ação de todo o grupo.
Palavras-chave: Atenção Básica; Atenção Primária em Saúde; Equipe
Multiprofissional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Ana Cristina Oliveira et al. Perception of the Primary Care
multiprofessional team on health education. Revista Brasileira de Enfermagem,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Fortaleza, v. 72, n. 1, p. 266-273, fev. 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0702. Acesso em: 16 set. 2021.

CRUZ, Nayara Alves Oliveira da et al. The role of the multidisciplinar team in palliative
care: an integrative review. Brazilian Journal Of Development, Paraíba, v. 1, n. 1, p.
1-21, jan. 2021. Disponível em:
https://assets.cienciasmedicas.com.br/arquivos/old/anexos/arquivo/artigo%20projeto.p
df. Acesso em: 15 set. 2021.

FARIAS, Danyelle Nóbrega de et al. INTERDISCIPLINARIDADE E


INTERPROFISSIONALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA.
Trabalho, Educação e Saúde, João Pessoa, v. 16, n. 1, p. 141-162, 11 dez. 2017.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00098. Acesso em: 16 set. 2021.

GUIMARÃES, Bárbara Emanuely de Brito et al. Trabalho em Equipe na Atenção Básica


à Saúde: pesquisa bibliográfica. Revista Psicologia e Saúde, Bahia, v. 2, n. 1, p. 143-
155, 7 fev. 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20435/pssa.v12i1.669. Acesso em:
16 set. 2021.

MACINKO, James et al. Estratégia Saúde da Família, um forte modelo de Atenção


Primária à Saúde que traz resultados. Saúde em Debate, Los Angeles, v. 42, n. 1, p. 18-
37, set. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-11042018s102. Acesso em:
16 set. 2021.

MARQUES, Rayane Jeniffer Rodrigues et al. Análise do trabalho em equipe


multiprofissional para ações de alimentação e nutrição na atenção básica. Trabalho,
Educação e Saúde, Bahia, v. 18, n. 1, p. 1-78, 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00241. Acesso em: 16 set. 2021.

NASCIMENTO, Lucas Cavalcante do et al. Cuidados paliativos na assistência


domiciliar: a vivência de uma equipe multidisciplinar. Revista Eletrônica Acervo
Saúde, Brasil, v. 13, n. 6, p. 1-16, 29 jun. 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.25248/reas.e8117.2021. Acesso em: 16 set. 2021.

PERUZZO, Hellen Emília et al. The challenges of teamwork in the family health
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SANTOS, Rafael Rocha dos et al. A influência do trabalho em equipe na Atenção


Primária à
Saúde. Brazilian Journal of Health Research, v. 18, n. 1, p. 130-139, 2017.
Disponível em: https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/15144/10725. Acesso em: 16
set. 2021.

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SANTOS, Tatiane de Oliveira et al. Comunicação efetiva da equipe multiprofissional
na promoção da segurança do paciente em ambiente hospitalar. Id On Line Revista de
Psicologia, Sergipe, v. 15, n. 55, p. 159-168, 31 maio 2021. Disponível em:
https://doi.org/10.14295/idonline.v15i55.3030. Acesso em: 16 set. 2021.

SILVA, Marcos Valério Santos da et al. Sentidos atribuídos à integralidade: entre o que
é preconizado e vivido na equipe multidisciplinar. Interface - Comunicação, Saúde,
Educação, Belém, v. 21, n. 62, p. 589-599, 13 fev. 2017. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0420. Acesso em: 16 set. 2021.
SILVA, Itacely Marinho da et al. Trabalho da Equipe Multiprofissional no contexto da
COVID-19: diversos olhares, um só objetivo. Research, Society And Development,
Paraíba, v. 10, n. 3, p. 1-23, 25 mar. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.33448/rsd-
v10i3.13439. Acesso em: 16 set. 2021.

SILVA, Marcos Valério Santos da; MIRANDA, Gilza Brena Nonato; ANDRADE,
Marcieni Ataíde de. Sentidos atribuídos à integralidade: entre o que é preconizado e
vivido na equipe multidisciplinar. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 21,
n. 62, p. 589-599, 13 fev. 2017. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/icse/2017.v21n62/589-599/. Acesso em: 15 set. 2021.

ZANONI, Eliton Marcio et al. O Cuidado Interdisciplinar e Intersetorial nas Equipes do


Núcleo de Apoio a Saúde da Família / The Interdisciplinary and Intersectoral Care in the
Teams of the Family Health Support Unit. Id On Line Revista de Psicologia, Santa
Catarina, v. 14, n. 50, p. 1282-1295, 30 maio 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.14295/idonline.v14i50.2087. Acesso em: 16 set. 2021.

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A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO PACIENTE DIANTE DA PANDEMIA
DA COVID-19

Maria Vitória Freire Silva1; Simone Fernandes Monteiro1; Elisabeth Lima Dias da Cruz2
1
Discente de Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (UPE/FENSG);
2
Doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento (Neurociências) pela UFPE,
Enfermeira da Educação Permanente do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da
Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 iniciou-se no final de 2019 na cidade de


Wuhan, na China, onde a rápida disseminação do vírus causou impacto significativo na
saúde pública e nas condições socioeconômicas da população mundial. Com isso, é
possível avaliar possíveis fragilidades, necessidades de intervenções e ações hospitalares
que garantam a segurança do paciente, com o intuito de prevenir futuros danos na
prestação de cuidados e fortalecer as boas práticas de funcionamento dos serviços de
saúde em meio às turbulências do cenário atual. OBJETIVOS: Descrever a importância
da segurança do paciente diante da pandemia da COVID-19. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão de literatura integrativa, com busca nas bases de dados: GOOGLE
SCHOLAR, SCIELO e LILACS, por meio dos descritores: “Segurança do Paciente”,
“Pandemia”, “COVID-19”, utilizando o operador booleano AND. A pesquisa teve como
pergunta norteadora: Qual a importância da segurança do paciente diante da pandemia da
COVID-19? Foram utilizados como critérios de inclusão: artigos completos, nos idiomas
português e espanhol, publicados nos anos de 2020 e 2021; e como critérios de exclusão:
os artigos repetidos e que não estavam relacionados à temática da pesquisa. Após a leitura
dos títulos, resumos e artigos na íntegra resultou na seleção de 7 artigos para amostra
final. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a pandemia da COVID-19 evidenciou-
se a necessidade da aplicação e ampliação dos cuidados voltadas às metas internacionais
de segurança do paciente, que abordam desde a identificação correta do paciente,
comunicação efetiva e a higienização das mãos. Ações e iniciativas conjuntas entre
gestores do serviço de saúde com o Núcleo de Epidemiologia, Núcleo de Segurança do
Paciente (NSP), Comissão de Controle de Infecções Hospitalar (CCIH), Núcleo de
Educação Permanente, permitiu ajustar a rotina de trabalho, principalmente ao uso correto
de equipamentos de proteção individual. A sobrecarga de atendimentos gerada pela
pandemia moveu a necessidade de se voltar o olhar rapidamente e de forma efetiva para
a implementação de medidas. Foi possível identificar precocemente os problemas e falhas
relacionadas à assistência ao paciente e promover capacitações e ajustes nos protocolos
institucionais para melhorar a assistência prestada ao paciente e o bem-estar aos
profissionais, proporcionando maior eficiência e resolubilidade dos serviços.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, no decorrer da pandemia da COVID-19 foi
destacada a importância da segurança do paciente e os quão acrescidos são os serviços
que possuem uma ação efetiva do NSP. Promovendo assim o resgate de ações e
estratégias que conferem maior qualidade e segurança nos atendimentos e cuidados de

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saúde, bem como a superação dos novos desafios pandêmicos, tanto para profissionais de
saúde quanto para pacientes e usuários.
Palavras-chave: Segurança do Paciente; Pandemia; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BÁO ACP et al. Segurança do paciente frente à pandemia da COVID-19: ensaio teórico-
reflexivo. Research, Society and Development, v. 9, n.11, 2020.
BATISTA J et al. Estratégia multimodal para higiene das mãos em hospitais de campanha
de COVID-19. Rev Bras Enferm, v. 73, 2020.
CARDOSO LSP, SILVA AA, JARDIM MJA. Atuação do núcleo de segurança do
paciente no enfrentamento da COVID-19 em uma unidade hospitalar. Enferm. Foco, v.
11, n. 1, 2020.
FERREIRA CIGM et al. Podemos falar de segurança do paciente durante uma pandemia?
Uma experiência portuguesa. Cad. Ibero-amer. Dir. Sanit, v. 10, n. 1, 2021.
PRADO PR et al. Vinculando a segurança do profissional à segurança do paciente:
recomendações e questões bioéticas para o cuidado de pacientes na pandemia da COVID-
19. Texto & Contexto Enfermagem, v. 30, 2021.
RIBEIRO AP et al. Saúde e segurança de profissionais de saúde no atendimento a
pacientes no contexto da pandemia de COVID-19: revisão de literatura. Rev Bras Saude
Ocup, v. 45, 2020.
RODRÍGUEZ-HERRERA R et al. Recomendaciones sanitarias a los centros de salud
para la seguridad del paciente em la pandemia por COVID-19. Herramienta educativa
subvalorada. Internacional Journal of Medical and Surgical Sciences, v. 7, n. 1, 2020.

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A IMPORTANCIA DE BOAS PRÁTICAS NA SEGREGAÇÃO DE RESÍDUOS
DE SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Felipe Luã Silva de Moraes1; Sílvia Helena Portilho de Barros2; Maria Luiza Maués de
Sena1;
Davi Silva Santana1; Wanderson Santiago de Azevedo Junior1; 3Ingrid Nascimento dos
Santos Farias
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
2
Enfermeira. Universidade Federal do Pará
3
Enfermeira. Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (UNIFAMAZ)
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: De acordo com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a segregação


faz parte de uma das etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos – PGRS e sua
exigência depende da atividade em questão, sejam elas públicas ou privadas. A
segregação tem por objetivo separar os resíduos conforme seus grupos, com intuito de
diminuir os riscos de acidentes ocupacionais entre os profissionais de saúde. Portanto, a
segregação incorreta aumenta as chances de acidentes com perfurocortante no ambiente
de trabalho. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem no Setor
de Hotelaria Hospitalar em uma palestra educativa com a equipe multidisciplinar acerca
de boas práticas na segregação de resíduos de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo, tipo relato de experiência, feito em um hospital de referência em
doenças infecto parasitárias de Belém-Pa, realizada por acadêmicos de enfermagem sob
a supervisão da chefia do setor de hotelaria hospitalar, foi seguindo um cronograma de
educação em saúde do setor para orientar os profissionais nas boas práticas. A ação
educativa foi desempenhada no próprio ambiente de trabalho da equipe multidisciplinar
nas clínicas assistenciais do hospital. A abordagem foi feita em comunicação oral,
simples e objetiva voltada para a importância da segregação correta de resíduos de saúde.
Durante a ação foi destacado sobre o descarte incorreto dos resíduos perfurocortantes em
recipientes inadequados, como nos resíduos comuns, entre os enxovais de roupas
cirúrgicas, conforme evidenciado em notificações recebidas pelo setor de hotelaria
hospitalar proveniente dos setores de higienização e lavanderia, foi exposto que essas
condutas colocam em risco os colaboradores que trabalham no recolhimento de resíduos,
bem como os colaboradores da lavanderia no recolhimento de roupas sujas. Durante a
explicação foi realizado também uma educação aos profissionais sobre a importância de
não ultrapassar o volume de armazenamento de resíduos seguindo a orientação do
fabricante de preencher apenas dois terços da capacidade da caixa de perfuro cortante
evitando assim que cause acidentes. Para melhor entendimento e fixação do assunto
abordado foi utilizado folder como material ilustrativo. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Durante a roda de conversa foi citado pelos profissionais que ainda existe
uma falta de ações educativas voltadas para essa temática, bem como entendimento sobre
o processo de que existe uma cadeia de profissionais que manuseiam os resíduos até o
seu destino final, no qual coloca em risco vários profissionais durante o fluxo, percebeu-
se que os profissionais não tinham ciência da relevância do descarte de resíduos, uma vez

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abordado isso se faz necessário manter uma educação continuada sobre o tema com a
intenção de minimizar acidentes de trabalho com perfuro cortante que pode ser facilmente
evitado se cada profissional fizer sua parte. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A educação
continuada é fundamental nas instituições de saúde, uma vez que estimula nos
profissionais uma reflexão sobre seu processo de trabalho, criando mecanismos que
favoreçam suas competências e habilidades, resultando na melhora da qualidade do
serviço, sendo capaz de reduzir de forma eficiente os acidentes de trabalho.
Palavras-chave: Resíduos; Saúde ; Acidente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GOMES, Patriny Marcelle Mariano; DO NASCIMENTO, Nathália Dorcelino; PAES,


Graciele Oroski. Gerenciamento de resíduos em unidades hospitalares: uma revisão
integrativa. Evidentia, 2019.

DA SILVA OLIVEIRA, Juliana et al. Acidentes com perfurocortante entre trabalhadores


de saúde. Revista de APS, v. 18, n. 1, 2015.

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A IMPORTÂNCIA DO ACESSO À SAÚDE BUCAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Lívia Maria Serafim Luz1, Milena Kaory Kazume2, Natalia Alves Zequin3, José
Antônio Santos Souza4, Valéria Cristina Lopes de Barros Rolim5.
1,2,3
Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil
4,5
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Algumas patologias podem ser prevenidas ou revertidas, buscando-se


uma mudança de olhar terapêutico para a perspectiva de prevenção e promoção a
reduzir ou evitar consequências destas, sendo importante o acesso a informações, bem
como intervenções precoces. A supervisão e acompanhamento, principalmente durante
os primeiros seis meses crescimento e desenvolvimento craniofacial e de erupção dos
dentes decíduos até o terceiro ano de vida, visa à diminuição do risco de cárie a outras
alterações. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é familiarizar os cirurgiões dentistas
sobre a importância do acesso a saúde bucal nos primeiros anos de vida.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura através de uma pesquisa nos
bancos de dados: SciElo e Lilacs, utilizando os descritores “Saúde bucal“, “Assistência
odontológica para crianças“ e “Criança “, onde foram selecionados 3 artigos para
confecção deste estudo, os trabalhos selecionados passaram por uma leitura na sua
íntegra. DISCUSSÃO: A ausência da procura por serviço odontológico contribui para
repercussão negativa na dentição decídua, destacando que a carência do conhecimento
etiológico e preventivo pelos responsáveis, impulsiona a busca tardia por tratamento de
caráter curativo, como meio de suprir necessidades percebidas devido à severidade da
demanda odontológica. Outro estudo, revelou que o baixo nível socioeconômico, menor
grau de escolaridade do responsável, falta de discernimento e dificuldade de acesso aos
procedimentos, são fatores que interferem na busca ao atendimento odontológico,
ocasionando o acometimento por possíveis afecções. CONCLUSÃO: Mediante o
exposto, pode-se concluir que torna-se imprescindível a introdução precoce das devidas
orientações quanto aos hábitos e medidas preventivas frente aos principais eventos que
acometem o crescimento e desenvolvimento craniofacial, desenvolvimento oclusal e
integridade dos tecidos moles adjacentes, através da abordagem integral ao paciente
infantil durante o atendimento odontológico , sendo esta abordagem fundamental para a
promoção de saúde e melhora na qualidade de vida no futuro.
Palavras chave: Saúde bucal, Assistência odontológica para crianças, Criança.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LEMOS, L. V. F. M. et al. Promoção da saúde bucal na primeira infância: idade de
adesão ao programa preventivo e aspectos comportamentais. Einstein, v. 12, n. 1, jan-
mar, 2014.
ESSVEIN, G. et al.Assistência odontológica á primeira infância no Brasil: da política
pública à evidência. Rev. Saúde Pública, v.53, n.31, Jan, 2019.
COMASSETTO, M. O. et al. Acesso à saúde bucal na primeira infância na cidade de
Porto Alegre, Brasil. Ciênc. saúde colet, v.24, n.3, Mar, 2019.

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A IMPORTANCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA
ORIENTAÇÃO AO ALEITAMENTO MATERNO E SEUS BENEFÍCIOS
PARA A SAÚDE MATERNA E INFANTIL

Thamires Rosa Freitas do Nascimento¹; Ana Eduarda Bastos da Costa²; Bruna Leal da
Silva³; Francisco Alrimar Silva Xavier4; Joyce Keyla Sousa Coimbra5; Ana Dirce
Ferreira de Jesus6.
1, 2,3,4,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
6
Enfermeira. Especialista em Bloco Cirúrgico e Obstetrícia pela Faculdades EST.
E-mail: [email protected].

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno exclusivo (AME) é considerado uma das


principais estratégias de vínculo, proteção e nutrição para o bebê, além de contribuir de
forma eficaz na redução da morbimortalidade infantil. Com tudo, apesar dos inúmeros
esforços, as taxas de aleitamento materno são inferiores ao recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), dessa forma cabe aos profissionais da saúde,
implementar ações preventivas durante o pré-natal e puerpério, com intuito de garantir a
mãe o acesso às informações, ao conhecimento das técnicas e aos cuidados necessários
durante este período. É válido ressaltar que a amamentação apresenta benefícios tanto
para a saúde materna, como para a saúde do bebê. OBJETIVOS: O presente estudo tem
como objetivo ressaltar os benefícios do AME acerca do desenvolvimento regular do
recém nascido (RN), além de demonstrar a importância do profissional de enfermagem
nas orientações técnicas a respeito dessa prática para as puérperas. METODOLOGIA:
Foi efetuada uma pesquisa exploratória construídaa partir da análise crítica de literaturas
científicas, e pautadas em termos qualitativos e seletivos tendo como precursores a
importância do aleitamento materno exclusivo e as formas corretas de se implementar
essa prática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O aleitamento materno é uma das
maneiras mais eficientes de atender a importantes aspectos nutricionais, imunológicos
e psicológicos da criança em seu primeiro ano de vida, sendo uma prática natural e
eficaz, que favorece o vínculo mãe-filho quando o ato de amamentar é bemvivenciado
pelas mães. Amamentar protege a saúde do bebê contra doenças como: diarréia, distúrbios
respiratórios, otites e infecção urinária e, da mesma forma, o bebê terá menos chance de
desenvolver diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Contudo, as mães também
se beneficiam da amamentação, proporcionando redução do sangramento após o parto,
diminuição da incidência de anemia, câncer de ovário e de mama, por isso a primeira
amamentação após o nascimento é de suma importância, traz benefícios como: reforçar o
vínculo mãe-filho, facilita o início no AME, previne problemas na mama, e protege a
criança e a mãe contra infecções hospitalares. Nos primeiros meses do período pré-natal,
é fundamental a função do profissional de enfermagem na educação sobre o AME, é
necessário que se faça uma comunicação simples e objetiva durante as orientações
repassadas, incentivando e apoiando o aleitamento materno. Durante essa educação são
demonstradas as técnicas e posições para o posicionamento adequado e confortável à mãe

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e ao bebê, que auxilia para melhor sucção do RN. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
amamentação é um ato que traz inúmeros benefícios ao bebê e a mãe, sendo uma forte
aliada na prevenção de diversas doenças. Podemos observar como as práticas de ações de
promoção, estímulo e apoio à amamentação exercem um papel fundamental para a
obtenção de melhores resultados em relação ao AME até o sexto mês de vida, sem
introdução precoce de alimentos. Sendo assim, é de extrema importância que todos os
profissionais de saúde envolvidos nesse processo estejam preparados para intervir de
maneira efetiva e eficaz na orientação e conscientização sobre a necessidade e
importância do aleitamento materno.
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Profissional de Saúde; Saúde da Criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO et al. A importância da assistência de enfermagem no aleitamento
materno. E-Scientia, Belo Horizonte, v. 2, n. 4, p. 11-20, 2011. Disponível em:
www.unibh.br/revistas/escientia/. Acesso em: 08 ago. 2021.

BRASIL. Ministerio da Saude. Saúde da Criança: Nutrição Infantil - Aleitameno materno


e alimentação complementar. Caderno de Atenção Básica, n° 23. 2009. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alime
ntacao.pdf. Acesso em: 08 ago. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DO TESTE DO PEZINHO AO NEONATO PARA A
DETECÇÃO DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
Andrey Emanuel Anaisse Alves1; Ana Carolina Almeida Pimentel Pinto2; Anna
Carolina Rocha de Paiva3; Carolyny Rosa Freire de Sa4; Francisco Tiago de
Vasconcelos Melo5
1
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Fibra.
2, 3, 4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
5
Doutor em Biologia dos Agentes Infecciosos e Parasitários, Professor adjunto da
Universidade Federal do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma


gondii. A transmissão da gestante para a criança ocorre devido a capacidade do parasito
em atravessar a barreira transplacentária. Na maioria dos casos, essa doença congênita, é
assintomática após o nascimento da criança e se desenvolve conforme o desenvolvimento
da criança. O diagnóstico tardio pode causar, em casos mais graves, diversas lesões
neurológicas e oculares como a hidrocefalia, a calcificação intracerebral, convulsões e a
retinocoroidite (a sequela mais comum). O teste do pezinho tem como objetivo detectar
patologias em recém-nascidos, sendo o principal meio para a detecção e diagnóstico
precoce da toxoplasmose congênita. OBJETIVO: Compreender a importância do teste
do pezinho na saúde do neonato, para a detecção precoce da toxoplasmose congênita.
METODOLOGIA: A presente pesquisa por meio de uma revisão bibliográfica de caráter
qualitativo, realizada em outubro de 2021. Foi executada com o uso dos descritores
“toxoplasmose congênita”, “triagem neonatal” e “prevenção”. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Sabe-se que o ato de triar é configurado como ato de identificar, a triagem
neonatal é baseada na realização de exames laboratoriais que visam identificar diversas
patologias, esse serviço é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde a população. Tal
estratégia é capaz de prevenir e combater doenças que possam afetar o desenvolvimento
do recém-nascido. Os artigos encontrados apontam os impactos da zoonose na saúde do
neonato. Dentre os diversos efeitos pode-se citar as sequelas neurológicas, motoras,
visuais e as complicações renais e hepáticas. A literatura afirma que a doença apesar de
ser severa pode ser controlada e tratada graças a identificação precoce, a redução gradual
na incidência ocorreu por conta da obrigatoriedade do teste. Contudo, ainda persiste o
desconhecimento sobre o seu valor em certos grupos sociais. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A partir dos resultados obtidos através da pesquisa, foi observado a relevância
da realização precoce do teste do pezinho para prevenir doenças raras, como é o caso da
toxoplasmose congênita. A partir desse estudo é possível perceber como a falta da
realização do teste pode ocasionar intercorrências e complicações ao desenvolvimento
físico neuropsicomotor, cognitivo intelectual e emocional, portanto, se faz necessário que
a triagem do teste do pezinho sejam efetivadas a todos os recém nascidos; a partir de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


educação em saúde sobre o tema em questão para as mães, bem como a educação
continuada para os profissionais que atuam nessa estratégia de saúde.
Palavras-chaves: Toxoplasmose congênita; Triagem neonatal; Prevenção.

REFERÊNCIAS
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toxoplasmose congênita na Cidade de Belém, Estado do Pará, norte do Brasil, através de
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Hospedeiro) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2016.
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(Mestrado em Ciências da Saúde)—Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19 NO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL
Raíssa Tenório de Souza Costa1; Renata Nobre da Costa2; Thaysa Maria Tojal Matias3;
Julia Beatriz Porto Ferreira4; Isabela Araújo Barros5
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Cesmac
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O cenário pandêmico proveniente da COVID-19 exigiu medidas de


contenção como instalação de quarentena domiciliar na maioria dos países o que, embora
seja favorável para profilaxia do coronavírus, traz consequências para o bem-estar físico
e mental dos indivíduos. Nesse sentido, apesar da população infantil possuir a menor
incidência de infecção e risco de complicações, as crianças representam um dos grupos
mais acometidos pelo isolamento, visto que a infância é a fase de desenvolvimento do ser
humano e um dos períodos que mais carece de interações sociais. OBJETIVOS: Analisar
influência da pandemia da COVID-19 no desenvolvimento infantil. METODOLOGIA:
Revisão da literatura utilizando os descritores “Pandemia”, “Isolamento Social” e
“Criança” associados ao operador booleano “AND”. Inicialmente, realizou-se uma
pesquisa no banco de dados da SciELO, Medline (via PubMed) e na revista Acervo
Saúde, analisando publicações originais de artigos científicos completos e gratuitos, nos
idiomas português e inglês, publicados nos últimos cinco anos e que abordam diretamente
os efeitos do isolamento social na saúde e educação das crianças durante a pandemia da
COVID-19. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 23 artigos na
SciELO, 51 na Medline (via Pubmed) e 61 na Acervo Saúde, dos quais 94 foram
eliminados devido ao título, 26 pelo resumo e oito pela leitura íntegra do texto. Com base
nos seis artigos escolhidos, observou-se que a mudança repentina da dinâmica escolar
reflete diretamente no comportamento cognitivo e emocional das crianças, pois o ensino
presencial nessa faixa etária, além do conhecimento teórico, permite evolução social pelo
convívio com professores e alunos. Dessa forma, a quebra de rotina também pode
proporcionar atritos ou dependência excessiva dos menores com seus familiares.
Ademais, os artigos referem que a limitação de atividades ao ar livre promove a
diminuição da energia física da criança e o uso exarcebado de telas tecnológicas. Nesse
sentido, tais práticas sedentárias aliadas à incompreensão da situação atual podem
ocasionar alterações psicológicas como ansiedade, distúrbios do sono e alterações do
apetite o que, em longo prazo, aumentam o risco de morbidades como obesidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A superfetação humana possui limitações sociais e
complicações médicas que devem ser discutidas para melhor entendimento desse
fenômeno. Ademais, é essencial o planejamento correto da data de parto a fim de diminuir
os riscos ao feto mais novo e evitar fatalidades.

Palavras-chave: Pandemia; Isolamento Social; Criança.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LINHARES M. B. M. et al. Reflexões baseadas na Psicologia sobre efeitos na pandemia


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LOADES M. E. et al. Revisão Sistemática Rápida: O Impacto do Isolamento Social e da


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MANGUEIRA L. F. B. et al. Saúde mental das crianças e adolescentes em tempos de


pandemia: uma revisão narrativa. Revista Eletronica Acervo Saúde, v.12, n.11, p.1-8,
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aplicados no isolamento social: um exame bibliográfico. Revista Eletronica Acervo
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SÁ C. S. C. et al DISTANCIAMENTO SOCIAL COVI-19 NO BRASL: EFEITOS


SOBRE A ROTINA DE ATIVIDADE FÍSICA DE FAMÍLIAS COM CRIANÇAS. Rev.
Paul. Pediatr., v.39, p.1-8, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A RELAÇÃO ENTRE ANTIBIÓTICOS E A CÁRIE DENTARIA EM
CRIANÇAS
Natalia Alves Zequin1, Milena Kaory Kazume2, Lívia Maria Serafim Luz3, José Antônio
Santos Souza4, Valéria Cristina Lopes de Barros Rolim5.

1,2,3
Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil
4,5
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Atualmente, muito se tem abordado na literatura sobre a importância


do cuidado e orientação precoces na saúde bucal infantil por meio do cirurgião dentista,
uma vez que ele tem conhecimento técnico científico suficiente para identificar e
diagnosticar corretamente as alterações bucais e suas etiologias, intervindo
imediatamente com o uso de medidas preventivas ou corretivas. Os pais ou responsáveis
da criança, frequentemente não têm o conhecimento sobre as origens de um processo
carioso, associando o seu surgimento, na maioria das vezes, com o uso de antibióticos. A
doença cárie é multifatorial e está relacionada com fatores biológicos, que englobam a
higiene bucal ineficiente e hábitos alimentares ruins. OBJETIVO: O objetivo deste
trabalho é familiarizar os cirurgiões dentistas sobre a utilização dos antibióticos e a sua
possível relação com a cárie infantil. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de
literatura através de pesquisa nos bancos de dados: SciElo e Lilacs, utilizando os
descritores “Criança“, “Antibiótico “ e “ Cárie dentária “, onde foram selecionados 4
artigos para confecção deste estudo. Os artigos selecionados passaram por uma leitura na
íntegra. DISCUSSÃO: Já faz parte da rotina do odontopediatra ouvir relatos de mães que
associam o uso de medicamentos, como os antibióticos, com o enfraquecimento dentário
e o surgimento de lesões cariosas frequentes. No entanto, esta associação faz parte de um
processo que envolve multifatores, tendo, entre eles, bactérias específicas no biofilme
bucal, como Streptococcus mutans e Lactobaciilus, associadas a uma dieta cariogênica.
O antibiótico, se associado à má higienização do paciente, principalmente quando
ingerido em forma de xarope, pode aumentar o risco ao aparecimento de lesões cariosas,
uma vez que há a presença de sacarose nessas fórmulas. CONCLUSÃO: Com o presente
trabalho podemos concluir que o uso de antibióticos não pode ser considerado como o
único fator responsável pelo surgimento da cárie, mas, sim uma série de fatores biológicos
que interagem entre si. É imprescindível a orientação aos pais da criança sobre a
higienização correta e eficiente, uma vez que o uso de antibióticos não desencadeia
processos cariosos em pacientes com boas condições de higienização e uma dieta
equilibrada. Também vale destacar a importância da implementação de programas e

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projetos educativos com abordagens multidisciplinares, que visam prevenir e orientar
tanto as crianças como os seus responsáveis.
Palavras chave: Criança; Cárie dentária; Antibiótico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
JACOB, S.; IWASAKI, K. K. A influência do antibiótico na cárie infantile. Brazilian
Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR BJSCR, v.8, n.2, p.68-74, Set-
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DALTO, V.; TURINI, B.; CORDONI JUNIOR, L. Conhecimento e atitudes de
pediatras em relação à cárie dentária. COMUNICAÇÃO SAÚDE EDUCAÇÃO, v.12,
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LEAL. W. M. S., et al, Entendendo a relação entre medicamentos de uso pediátrico e
cárie dentária. Revista de Pediatria SOPERJ, v. 15, n.2, p.16-21, set, 2015.
MIASATO, J. M. et al, Prevalência de cárie dentária em crianças de um "Programa de
Atenção inicial" e sua relação com Streptococcus mutans. Rev. Odontol. Univ. Cid.
São Paulo; v.24, n.3, p.183- 9, set-dez. 2012.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A SAÚDE MENTAL DOS UNIVERSITÁRIOS NO CONTEXTO DE PANDEMIA DA
COVID-19

Maria da Silva Soares¹, Marcela Dias de Freitas2 , José Marcos da Silva3

1,2
Graduandas em Saúde Coletiva pelo Centro Acadêmico de Vitória pela Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE/CAV), Vitória de Santo Antão, Pernambuco, Brasil.
3
Doutor em Direitos Humanos, Saúde Global e Políticas da Vida – Fiocruz, professor
adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/CAV), Vitória de Santo Antão,
Pernambuco, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 afetou o mundo inteiro em por


sua alta taxa de transmissibilidade. Abordar a saúde mental dos universitários pressupõe
analisar a adaptação, a motivação social, até questões de segurança e apoio nas instituições
de ensino superior. Pois qualquer fator de risco nesses elementos podem vir a desencadear
eventos psicológicos negativos, como ansiedade, fobia social, estresse, depressão, ideação
suicida, sendo fonte geradora de insucesso acadêmico, de desempenho frente as demandas
exigidas e típicas desse meio, podendo potencializar problemas de interação social, bem-
estar e expectativa em relação ao curso escolhido. Ademais as preocupações já existentes se
atrelaram tanto ao risco de contágio pela doença, quanto as incertezas de voltas as aulas
associadas ao isolamento social. Apesar de a quarentena ser a medida mais segura, necessária
e eficaz para minimizar os efeitos diretos da Covid-19, o regime de isolamento social tem
imposto uma série de consequências não apenas para os sistemas de saúde, mas também
para a vida de muitos universitários. OBJETIVO: Este trabalho buscou analisar os impactos
do isolamento social na vida acadêmica de estudantes universitários, para a situação de saúde
mental no contexto de pandemia do coronavírus SARS-COV2. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo de revisão de integrativa da literatura, utilizando de dados das bases
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS). Os critérios de inclusão foram: artigos completos, publicados
entre 2020 a julho de 2021, escritos em português, resultando em 8 artigos relacionados a
pesquisa, utilizando os descritores (DeCs) ‘’ Saúde Mental’’, ‘’universitários’’.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em decorrência da pandemia de COVID-19 ocorreram
mudanças nas quais os universitários precisaram se adaptar de forma muito rápida, com o
isolamento e as aulas online, em vista disso houve um aumento significativo dos níveis de
ansiedade, depressão e estresse nos universitários. Anteriormente a pandemia já eram
consideradas doenças mentais predominante no mundo, mas com o quadro vigente se tornou
comum emoções e vivências negativas, acarretando dificuldades de curto prazo e até
podendo causar problemas mentais. Além disso, esse cenário pandêmico representa
impactos para a saúde mental, emocional e psíquico, relacionando-se a fatores, como o
grande fluxo de informações nem sempre confiáveis e claras, isolamento social, o medo
frente a possibilidade de adoecimento e morte, além de preocupações com a saúde no

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


contexto atual, os universitários tem que se deparar com as afetações pessoais e as incertezas
na área acadêmica, assim como modificações no ensino presencial para o remoto,
afastamento das atividades acadêmicas a qual tem sido o fator primordial do sofrimento
psíquico. Nesse sentido, tendo em vista as mudanças nos padrões de vida dos acadêmicos
nos quais contribuíram para que a saúde mental fosse comprometida. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Diante do exposto é possível observar que a saúde mental dos universitários ainda
é pouco discutida nas universidades, no entanto, enfatiza-se a necessidade de
programas/medidas eficazes de apoio para prevenção ao suicídio, ansiedade e morte nas
instituições de ensino, a fim reduzir os impactos psicológicos diante da pandemia. É válido
salientar que por meio de ações tais como suportes técnicos para escuta qualificada do
estudante, plantão psicológico, assim como grupos para treinamento de competências
socioemocionais a fim de desenvolver estratégias eficazes e saudáveis.

Palavras-chave: Saúde mental; Universitários; Pandemia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MORALES, V.; LOPEZ, Y. A. Impactos da Pandemia na Vida Académica dos Estudantes


Universitários. Revista Angolana de Extensão Universitária, v. 2, n. 3, p. 53 - 67, 30, setemb.
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GUNDIM, V. A. et al. Saúde mental de estudantes universitários durante a pandemia de
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A TELEODONTOLOGIA NO AUXÍLIO AO DIAGNÓSTICO EM
ODONTOPEDIATRIA

Armando Bonifácio da Silva Júnior1; Aline Leitão Cavalcanti Teixeira²; Thays Arruda
de Freitas³.
1,2,3
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau de João
Pessoa (UNINASSAU)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Hoje através de tecnologias de comunicação pela internet, a


Teleodontologia é um instrumento que facilita a forma como o serviço em saúde bucal
está sendo prestado. Após a pandemia da COVID-19, a prática desse tipo de atendimento
se tornou mais popular. As ações realizadas nessa modalidade não é um serviço
específico, mas um conjunto de meios para melhorar a educação em saúde e na prestação
de serviços. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é revisar na literatura informações
sobre a utilização da Teleodontologia como método de auxílio ao diagnóstico em
Odontopediatria. METODOLOGIA: A busca foi realizada através da base de dados da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scopus, PubMed, LILACS e MedLINE, utilizando
os descritores Teleodontologia, Odontopediatria, Crianças e Covid-19 no intervalo de
2012 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 10 artigos
relacionados ao tema. Esses estudos mostram que o uso do telediagnóstico na
Odontologia é também eficaz, assim como o exame físico presencial. Em muitos casos
há uma boa colaboração da criança e uma melhor comunicação comparado ao modelo
tradicional. É também rentável, levando em conta a acomodação do profissional e
paciente de forma remota sem a necessidade de se deslocar. Além do mais, essa nova
ferramenta tecnológica aplicada à Odontologia pode contribuir na diminuição no déficit
entre a oferta e a demanda de especialistas em Odontopediatria nos locais onde não há
oferta desses profissionais especializados. Apesar disso, também existem limitações,
principalmente no que se refere a qualidade das fotografias que são solicitadas e enviadas
pelo responsável da criança. CONCLUSÃO: A Teleodontologia na Odontopediatria
pode ser um complemento aos métodos presenciais de atendimento, podendo levar a um
melhor gerenciamento do mesmo. Entretanto, são necessárias mais pesquisas para
protocolar um uso seguro, eficaz e que corrobore com os métodos científicos já existentes.

Palavras-chave: Teleodontologia; Odontopediatria; Diagnóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ABORDAGENS FISIOTERAPÊUTICAS NO TRATAMENTO DE
OSTEOARTROSE DE JOELHO

Ana Beatriz dos Santos Borges1; Tafne Moraes Pereira2;


1
Graduando em Fisioterapia pela Faculdade de Itaituba (FAI)
2
Graduando em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A osteoartrite é uma doença articular degenerativa, reumática e


crônica, que caracteriza-se pela deteriorização da cartilagem articular, sendo o joelho a
articulação mais acometida. Além do desgaste da cartilagem, manifesta-se perda da
função articular, inflamação e dor. A dor na osteoartrose é associada ao movimento e,
devido a inatividade adotada para impedi-la, há fraqueza muscular e descondicionamento
cardiorrespiratório. É uma doença que atinge 10% da população com mais de 65 anos e
corresponde a 65% das causas de incapacidade, ficando atrás apenas de doenças
cardiovasculares e mentais. OBJETIVOS: Verificar as abordagens utilizadas pela
fisioterapia no tratamento da osteoartrose de joelho. METODOLOGIA: Foi realizado
uma revisão da literatura na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PEDro
mediante uso das seguintes palavras-chave: Fisioterapia, Osteoartrose e Joelho, bem
como seus correlatos em inglês. Foram definidos como critérios de inclusão: artigos
publicados no período de 2016-2021, nos idiomas português e inglês. Foram excluídos
artigos duplicados nas bases de dados, que não estavam completamente disponíveis de
forma gratuita e que não se enquadrassem à temática proposta. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foram encontrados inicialmente 53 estudos na plataforma BVS e 1 na
PEDro, após aplicação dos critérios de elegibilidade, 5 artigos foram selecionados para
análise. O fisioterapeuta utiliza métodos de eletrotermofototerapia, como laser e
ultrassom, crioterapia, Dry Needling, treinos de marcha e hidroterapia, sendo esta última,
uma das principais intervenções no tratamento de osteoartrite de joelho. Exercícios físicos
são mais indicados para casos leves e moderados. Através desses recursos, autores
relatam, em seus resultados, a diminuição no processo inflamatório, melhora da dor, do
equilíbrio, da força muscular, aumento da capacidade funcional e evolução da qualidade
de vida dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, o fisioterapeuta possui
inúmeras abordagens aplicadas no tratamento de osteoartrose de joelho, que apresentam
resultados eficientes na ampliação da capacidade de realizar atividades de vida diária e
aptidão física, evidenciando, assim, sua importância nas condutas fisioterapêuticas.
Palavras-chave: Fisioterapia; Osteoartrite; Joelho.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Eficácia do treino de marcha e de equilíbrio em pacientes com osteoartrite de joelho.
Fisioterapia Brasil, v. 17, n. 4, p. 313-320, 2016.

KÜMPEL, Claudia et al. Impacto de um programa estruturado de hidrocinesioterapia em


pacientes com osteoartrite de joelho. CEP, v. 5890, p. 020, 2016.

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joelho. Fisioterapia Brasil, v. 21, n. 1, 2020.

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BASTONE, Alessandra. Efetividade de um programa de fisioterapia aquática na
capacidade aeróbia, dor, rigidez, equilíbrio e função física de idosos com osteoartrite de
joelho. Fisioterapia Brasil, v. 18, n. 2, p. 165-171, 2017.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ABORDAGENS FISIOTERAPÊUTICAS NOS SINTOMAS DA
FIBROMIALGIA

Tafne Moraes Pereira1; Ana Beatriz dos Santos Borges2; Gabriel Matheus Batista
Brito3;

1,3
Graduandos em Fisioterapia pela Universidade Federal do Estado do Pará (UEPA)
2
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade de Itaituba (FAI)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Fibromialgia (FM) é uma doença reumática com os mecanismos


fisiopatológicos desconhecidos. É caracterizada pela fadiga, sintomas somáticos,
cognitivos e distúrbios psíquicos e principalmente dor musculoesquelética severa, difusa
e crônica. Sua prevalência na população em geral gira em torno de 0,2 e 6,6%, sendo que
na população feminina é ainda maior, variando entre 2,4% e 6,8%. Geralmente, pacientes
com fibromialgia apresentam diversos transtornos mentais como depressão, ansiedade,
baixa alta estima e alterações de humor, quadro que afeta seu desempenho e qualidade de
vida. OBJETIVOS: Identificar as principais abordagens fisioterapêutica em pacientes
com fibromialgia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo baseado na literatura do
tipo descritivo através de consultas nas bases de dados: Biblioteca Virtual da Saúde
(BVS), Google acadêmico e PUBMED. Os critérios de inclusão foram: artigos nos
idiomas português e inglês e publicados no período de 2017-2021. Foram descartados
artigos duplicados e artigos que continham o tratamento farmacológico para o alívio de
dor da FM. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na plataforma BVS foram encontrados
15 artigos, 33 no google acadêmico e 12 na PUBMED, após os critérios de elegibilidade,
9 artigos foram selecionados para análise e destes 4 foram utilizados. A fisioterapia dispõe
de vários métodos que podem ser utilizados no tratamento sintomatológico da
fibromialgia. Os exercícios físicos, como alongamento, exercícios resistidos e aeróbicos,
segundo Correia (2018) são métodos eficientes no alívio da dor do paciente com FM.
Porém, Wang (2018), realizou um estudo comparativo entre o Tai Chi e o exercício
aeróbico, resultando no grupo de Tai chi obtendo resultados mais benéficos em relação a
sintomatologia da FM, do que o grupo do exercício aeróbico, pois, além do alívio álgico
esteve presente a redução da rigidez, ansiedade, depressão e fadiga. Outro estudo
comparativo, foi realizado por Castro (2019), porém as técnicas comparadas foram o
agulhamento à seco e a terapia miofascial, ambas se mostraram promissoras, mas, o
agulhamento demonstrou mais potencial à curto prazo para os mesmos sintomas presentes
na pesquisa de Wang, obtendo o adicional da melhora na qualidade de sono dos pacientes.
Ziani (2017), abrangeu todos os resultados obtidos por Wang e Castro em sua pesquisa,
utilizando as técnicas de liberação miofascial, massoterapia e drenagens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em consequência da sua fisiopatologia desconhecida e
sintomatologia complexa, o tratamento da fibromialgia é difícil, porém, a fisioterapia
detém de diversos recursos que se mostram promissores para o alívio dos sintomas
musculoesqueléticos e mentais.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Fisioterapia; Fibromialgia; Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

HARTWIG, Jessica Affeldt; GEIGER, Diana da Silva; ROVEDA, Patricia. O PAPEL


DA FISIOTERAPIA NA FIBROMIALGIA: UM ESTUDO DE CASO. Anais do Salão
de Ensino e de Extensão, p. 61, 2017.

ZIANI, M. M. et al. Effects of manual therapy on pain women with fibromyalgia: a


literature review. Rev. Ciência e Saúde. Jan.-mar, 10(1): 48- 55, 2017.
WANG, C. et al. Effect of tai chi versus aerobic exercise for fibromyalgia:
comparative effectiveness randomized controlled trial. BMJ. Mar 2018.
CASTRO SÁNCHEZ, Adelaida M. et al. Improvement in clinical outcomes after dry
needling versus myofascial release on pain pressure thresholds, quality of life, fatigue,
pain intensity, quality of sleep, anxiety, and depression in patients with fibromyalgia
syndrome. Disability and rehabilitation, v. 41, n. 19, p. 2235-2246, 2019.
CORREIA, Lidiane Cristina et al. Efeito do treinamento resistido na redução da dor no
tratamento de mulheres com fibromialgia: revisão sistemática. Rev Bras Ciênc Mov, v.
26, n. 2, p. 170-5, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL COMO COMPLICAÇÃO DE
INFECÇÃO POR COVID-19

Carla Cilene Nascimento Castro1; Wellington Rodrigo Gomes de Melo2


1, 2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A doença COVID-19 pode apresentar-se por meio de manifestações


clínicas que afetam vários sistemas do corpo humano, dentre eles o neurológico, podendo
ocasionar episódios de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O AVC é uma emergência
neurológica importante, pois é causa significativa de mortalidade, e está relacionado à
COVID-19 devido aos processos inflamatórios e trombóticos desencadeados pelo vírus.
OBJETIVOS: Analisar e determinar a relação entre Acidente Vascular Cerebral e a
COVID-19, importante no enfrentamento da pandemia desta patologia.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão de literatura, em que foram
consultados artigos da base de dados Google Acadêmico, Scielo e Pubmed. As palavras-
chave utilizadas foram: “COVID-19”, “SARS-CoV-2" “AVC”, “Neurologia”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A doença COVID-19, causada pelo vírus da síndrome
respiratória aguda grave, SARS-CoV-2, pode apresentar-se por meio de manifestações
clínicas que afetam vários sistemas do corpo humano: respiratório, provocando tosse e
dispneia; neurológico, cursando com Ataque Isquêmico Transitório ou Acidente Vascular
Cerebral; dentre outros. O AVC é uma complicação neurológica que ocorre devido a
uma lesão vascular, considerado uma causa relevante de mortalidade e classificado como
isquêmico ou hemorrágico. O AVC isquêmico é causado pela falta de fluxo sanguíneo e
de oxigênio, devido à obstrução do vaso por um trombo ou êmbolo, enquanto o
hemorrágico é resultante de hemorragia advinda da ruptura de um vaso. É importante
notar que os pacientes infectados pelo vírus SARS-CoV-2 apresentam alto risco de
desenvolver AVC isquêmico como complicação, visto que a infecção aumenta em 1,4
vezes o risco para desencadear o quadro, especialmente naqueles que têm disfunções de
múltiplos órgãos e apresentam a forma mais grave da doença, sendo observado mesmo
em pacientes jovens e sem fatores de risco, e isso ocorre pois o vírus produz reações
inflamatórias e trombóticas. Então, ao entrar em contato com o SARS-CoV-2, o sistema
imunológico inicia uma resposta inflamatória intensa, que promove lesão endotelial, a
qual estimula a produção de trombina e a liberação de citocinas inflamatórias, e se
relaciona com o processo de coagulação, os quais podem induzir ao surgimento de
trombos e êmbolos na circulação venosa e arterial. Além disso, a formação de trombos
também pode ser causada por fatores como hipóxia, imobilização ou coagulação
intravascular disseminada. Ademais, é importante destacar que os pacientes infectados,
geralmente, apresentam nível sérico de dímero-D aumentado, sendo esse um marcador de
eventos vasculares trombóticos, que, quando elevado, tem sido associado a maior taxa de
mortalidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A COVID-19 pode aumentar as chances de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


desencadear um quadro de AVC, uma condição grave que pode levar a óbito. Entender a
relação entre AVC e essa infecção viral é importante, pois ajuda a traçar estratégias e
orientações que os profissionais da saúde podem seguir diante dessa situação a fim de
promover um manejo adequado da condição.
Palavras-chave: COVID-19; AVC; SARS-CoV-2.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MONT’ALVERNE et al. Management of acute stroke and urgent neurointerventional
procedures during COVID-19 pandemic: recommendations on the Scientific Department
on Cerebrovascular Diseases of the Brazilian Academy of Neurology, Brazilian Society
of Cerebrovascular Diseases and Brazilian Society of Neuroradiology. Arquivos de
Neuro-Psiquiatria [online]. v. 78, n. 07, p. 440-449, 2020.
NASCIMENTO et al. COVID-19 e Estado de Hipercoagulabilidade: Uma Nova
Perspectiva Terapêutica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia [online]. v. 114, n. 5, p.
829-833, 2020.
QURESHI et al. Management of Acute Ischemic Stroke in Patients with COVID-19
Infection: Report of an International Panel. International Journal of Stroke. v. 15, n.
5, p. 540–54, 2020.
SANTOS et al. AVC como complicação da infecção por COVID-19. Estudos
Avançados sobre Saúde e Natureza, v. 1, p. 87-101, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AÇÕES DO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE DE UM HOSPITAL
PRIVADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Wellimgton César Monteiro da Silva¹; Ingrid Cardoso Beltrame²


1
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário São Lucas (UniSL)
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Interamericana de Porto Velho (UNIRON)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) é uma instância do serviço


de saúde que tem como objetivo promover uma cultura hospitalar direcionada a segurança
dos pacientes por meio de planejamento, notificação e avaliação na qualidade da
assistência, além de avaliar o percentual de adesão das práticas e recomendações
instituídas. Aliado a isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o dia 17 de
setembro como o Dia Mundial de Segurança do Paciente a fim de mobilizar profissionais
e serviços de saúde para defender a causa. OBJETIVOS: Relatar a experiência de
estagiários de enfermagem na organização e participação do Dia Mundial de Segurança
do Paciente, em um hospital privado no município de Porto Velho, Rondônia.
METODOLOGIA: Este resumo é do tipo relato de experiência, vivenciado a partir de
estágio extracurricular em um hospital privado, com colaboradores técnicos de
enfermagem e profissionais enfermeiros plantonistas, em alusão ao Dia Mundial de
Segurança do Paciente, promovido pelo enfermeiro do NSP. Para a exposição proposta,
realizada durante dois dias, foram criados e impressos 07 pôsteres que representavam as
metas de segurança do paciente praticadas pela instituição: identificação do paciente,
comunicação efetiva, medicação correta, cirurgia segura, risco de infecção, risco de queda
e risco de lesão por pressão, identificados nas cores vermelha, amarela, azul, roxa, verde,
laranja e cinza, respectivamente, confeccionados no Canva Online, plataforma específica
para criação de design gráfico. Montou-se estandes sobre cada meta mundial, na qual o
representante da mesma ficou responsável em detalhar como tais estratégias de segurança
beneficiam o paciente. Foram expostos materiais em imagem e vídeo, panfletos,
cadernetas e formulários utilizados para notificar os eventos adversos, elencando as
situações passivas de notificação, bem como a importância e o objetivo de tal ação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A adesão dos colaboradores foi significativa,
necessitando organizar um fluxo e número de pessoas que adentrassem na exposição
devido as restrições dispostas nos protocolos institucionais, em razão da COVID-19. Uma
parcela dos profissionais não conhecia todas as metas de segurança do paciente e
destacaram a importância de se discutir a respeito do tema, verbalizando inclusive apoio
a outros eventos que abordem a temática e, entenderam que as notificações dos eventos
adversos não possuem caráter punitivo, mas visam a melhoria do processo de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência vivida evidenciou a importância do
enfermeiro no desenvolvimento de mecanismos promotores de educação permanente

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


para profissionais que atuam diretamente com o paciente, visando a assistência de
enfermagem com qualidade e foco na segurança do paciente.
Palavras-chave: Segurança do Paciente; Educação Permanente; Enfermagem; Estágio
Clínico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Implantação do Núcleo de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde –


Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária – Brasília: Anvisa, 2016.

ANVISA. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013.


Ministério da Saúde – MS. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA,
2013.
17/9 – Dia Mundial da Segurança do Paciente: “Segurança do paciente: uma prioridade
global de saúde”. Biblioteca Virtual em Saúde, 2019. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/17-9-dia-mundial-da-seguranca-do-paciente-seguranca-do-
paciente-uma-prioridade-global-de-saude. Acesso em: 11 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DA ACUPUNTURA PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE NO
CLIMATÉRIO

Luciana Canela de Siqueira Silva1; Aline Kelly Wanderley Pereira2; Matheus Zacharias
Vidal3; Ana Carolina de Souza Castilho4; Dayana Marques Tavares5, Helena Leoncio
Monti6

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil - Fernandópolis / SP
6
Graduando em Medicina pela Universidade de Franca – Franca / SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O climatério é uma fase natural da vida da mulher, caracterizada pela


transição fisiológica entre o período reprodutivo e não reprodutivo. No entanto, devido à
flutuação de hormônios, ela pode ser acompanhada de um conjunto de mudanças físicas,
psicológicas e sociais. Dessa forma, estratégias eficazes para a psicoprofilaxia das
alterações emocionais neste período, como a acupuntura manual, devem ser pensadas.
OBJETIVOS: Analisar na literatura o efeito da acupuntura na ansiedade em mulheres
no climatério e nos sintomas psicofísicos relacionados à síndrome climatérica.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão de
literatura. Inicialmente, os artigos foram buscados utilizando os descritores: “Medicina
Tradicional Chinesa”, “Climatério”, “Ansiedade”, nas bases de dados científicas
PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos
publicados no período de 2017 a 2021, em língua portuguesa e inglesa. Artigos
duplicados, disponibilizados em forma de resumo foram excluídos, a fim de seguir a
qualidade metodológica. Um total de 8 artigos preencheram os critérios de elegibilidade
e, portanto, foram selecionados e analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para a
realização deste trabalho, 15 artigos foram analisados. Os estudos demonstram que a
acupuntura é essencial no tratamento e prevenção dos sintomas associados ao climatério,
pois ela promove o restabelecimento da saúde, sendo um processo contínuo e gradual
simples e de baixo custo por não envolver alta tecnologia. A Organização Mundial da
Saúde indica a acupuntura para o tratamento da ansiedade com eficácia superior à
medicação convencional, uma vez que o método é considerado seguro, de fácil aplicação.
Ademais, ele não é tóxico, não causando abuso ou dependência. Os seus efeitos
secundários são escassos e mínimos, e têm poucas contraindicações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos dados supracitados, é possível concluir que
o uso da acupuntura para o tratamento da ansiedade no climatério possui efeitos positivos
e significativos, quando comparados aos tratamentos convencionais. Evidências
científicas mostram que essa terapia é promissora e sua incorporação no tratamento da
ansiedade na prática clínica poderá contribuir para a redução dos efeitos da flutuação
hormonal no climatério.
Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa; Climatério; Ansiedade.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCA, Alexandre Castelo Branco de. Medicina tradicional chinesa: acupuntura e


tratamento da síndrome climatérica. 2018. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.

GIRÃO, Áthila Campos et al. Acupuntura no tratamento da ansiedade no climatério:


terapêutica complementar na promoção da saúde mental. 2014.

DORNELAS, Kamilla Oliveira. Os efeitos da acupuntura manual na saúde da mulher


climatérica: um ensaio clínico piloto. Naturologia-Pedra Branca, 2017.

FERNANDES, Luis Donizeti Da Silva. Climatério: assistência de enfermagem nos


principais distúrbios relacionados. Santa Rita, p. 43, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DA ACUPUNTURA PARA O TRATAMENTO DA ANSIEDADE NO
CLIMATÉRIO

Luciana Canela de Siqueira Silva1; Aline Kelly Wanderley Pereira2; Matheus Zacharias
Vidal3; Ana Carolina de Souza Castilho4; Dayana Marques Tavares5, Helena Leoncio
Monti6

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil - Fernandópolis / SP
6
Graduando em Medicina pela Universidade de Franca – Franca / SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O climatério é uma fase natural da vida da mulher, caracterizada pela


transição fisiológica entre o período reprodutivo e não reprodutivo. No entanto, devido à
flutuação de hormônios, ela pode ser acompanhada de um conjunto de mudanças físicas,
psicológicas e sociais. Dessa forma, estratégias eficazes para a psicoprofilaxia das
alterações emocionais neste período, como a acupuntura manual, devem ser pensadas.
OBJETIVOS: Analisar na literatura o efeito da acupuntura na ansiedade em mulheres
no climatério e nos sintomas psicofísicos relacionados à síndrome climatérica.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão de
literatura. Inicialmente, os artigos foram buscados utilizando os descritores: “Medicina
Tradicional Chinesa”, “Climatério”, “Ansiedade”, nas bases de dados científicas
PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos
publicados no período de 2017 a 2021, em língua portuguesa e inglesa. Artigos
duplicados, disponibilizados em forma de resumo foram excluídos, a fim de seguir a
qualidade metodológica. Um total de 8 artigos preencheram os critérios de elegibilidade
e, portanto, foram selecionados e analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para a
realização deste trabalho, 15 artigos foram analisados. Os estudos demonstram que a
acupuntura é essencial no tratamento e prevenção dos sintomas associados ao climatério,
pois ela promove o restabelecimento da saúde, sendo um processo contínuo e gradual
simples e de baixo custo por não envolver alta tecnologia. A Organização Mundial da
Saúde indica a acupuntura para o tratamento da ansiedade com eficácia superior à
medicação convencional, uma vez que o método é considerado seguro, de fácil aplicação.
Ademais, ele não é tóxico, não causando abuso ou dependência. Os seus efeitos
secundários são escassos e mínimos, e têm poucas contraindicações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir dos dados supracitados, é possível concluir que
o uso da acupuntura para o tratamento da ansiedade no climatério possui efeitos positivos
e significativos, quando comparados aos tratamentos convencionais. Evidências
científicas mostram que essa terapia é promissora e sua incorporação no tratamento da
ansiedade na prática clínica poderá contribuir para a redução dos efeitos da flutuação
hormonal no climatério.
Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa; Climatério; Ansiedade.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCA, Alexandre Castelo Branco de. Medicina tradicional chinesa: acupuntura e


tratamento da síndrome climatérica. 2018. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.

GIRÃO, Áthila Campos et al. Acupuntura no tratamento da ansiedade no climatério:


terapêutica complementar na promoção da saúde mental. 2014.

DORNELAS, Kamilla Oliveira. Os efeitos da acupuntura manual na saúde da mulher


climatérica: um ensaio clínico piloto. Naturologia-Pedra Branca, 2017.

FERNANDES, Luis Donizeti Da Silva. Climatério: assistência de enfermagem nos


principais distúrbios relacionados. Santa Rita, p. 43, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALEITAMENTO MATERNO: UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA
MATERNO-INFANTIL.

Aldennizy Maria Cardoso dos Santos¹; Ezequias Lúcio de Lima²; Maria Klara de
Oliveira Aquino3; Ingrid Victoria de Lima Silva Brainer 4; Sidrack Lucas Vila Nova
Filho5.
Acadêmicos de Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
1,2,3

UNIFAVIP Wyden.
4
Acadêmico de Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
[email protected]

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é considerado de extrema importância para a


vida da criança, pois contém nutrientes exclusivos e essenciais para o desenvolvimento e
crescimento na primeira fase da vida, é importante ressaltar que nos 6 primeiros meses
ser feito apenas a amamentação exclusiva, e assim respeitar as fases de introdução de
alimento com acompanhamento nutricional, que pode-se utilizar dos métodos tradicionais
ou outros como o Baby Led Weaning (BLW) que consiste no ato da criança conduzir sua
própria alimentação. Entende-se que o aleitamento materno causa influências positivas
na saúde da mulher, desse modo pode prevenir doenças e criar vínculo entre mãe e filho,
e apresentar assim correlação com fatores biopsicosocioculturais. OBJETIVO: O
presente estudo tem como objetivo revisar os benefícios do aleitamento materno tanto
para a criança quanto para a mulher. MATERIAIS E METÓDOS: Em prol da
construção de revisão, foram feitas buscas nas plataformas Scielo e Pubmed, sendo
encontrados 1.104 artigos por meio dos descritores: Criança, Saúde da mulher,
aleitamento materno. Por critério de inclusão foram selecionados 4 artigos no idioma
português e inglês em texto completo, entre os anos de 2016 a 2021, em uso dos
operadores booleanos AND e OR, foram excluídos os artigos repetidos, os classificados
como tese, dissertação ou trabalho de conclusão de curso e aqueles com pouca associação
à temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A literatura analisada revela que há uma
relação positiva entre o aleitamento materno e a diminuição do risco de câncer de mama
e ovário. Em outras literaturas foi evidenciado que profissionais estimulam mães a
optarem pelo Aleitamento Materno Exclusivo (AME) e assim proporcionar um avanço
no comportamento da saúde e melhor qualidade de vida através das suas vantagens.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, o atual trabalho mostrou a necessidade de
atenção quanto ao aleitamento materno, tem em vista que o mesmo permite possibilidades
de melhores condições de saúde materno-infantil quando introduzido de forma única
durante seu período correto sem combinação com outros alimentos, torna-se menores os

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


riscos de cânceres e aumenta a possibilidade de um melhor desenvolvimento para a
criança.

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, Cassia Olivia Machado et al. Adaptação transcultural dos estágios de mudança
de comportamento e processos de mudança para a amamentação exclusiva. Revista de
Nutrição, v. 29, p. 731-740, 2016.
DEL CIAMPO, Luiz Antonio; DEL CIAMPO, Ieda Regina Lopes. Breastfeeding and the
Benefits of Lactation for Women's Health. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia/RBGO Gynecology and Obstetrics, v. 40, n. 06, p. 354-359, 2018. KALIL,
Irene Rocha;
AGUIAR, Adriana Cavalcanti de. Protagonista da amamentação ou instrumento da
política de saúde infantil?: a enunciação da mulher nos materiais oficiais de promoção e
orientação ao aleitamento materno. Saúde e Sociedade, v. 25, p. 31-42, 2016.
PERES, Janaine Fragnan et al. Percepções dos profissionais de saúde acerca dos fatores
biopsicossocioculturais relacionados com o aleitamento materno. Saúde em Debate, v.
45, p. 141-151, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALIMENTAÇÃO E SAÚDE BUCAL NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA

Aline Miranda Moreira1


1
Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário UniFacid
[email protected]

INTRODUÇÃO: Os primeiros anos de vida são determinantes para o pleno


desenvolvimento infantil, uma vez que os sistemas nervoso, imunológico, psíquico e
social se desenvolvem de maneira acentuada. Nesse ínterim, a alimentação constitui-se
como um alicerce para essa evolução. Considerando que a boca é o único órgão que
possui contato direto com o alimento, os hábitos dietéticos e alimentares estão
intimamente associados ao estado da saúde bucal. Logo, este estudo destacará sobre a
educação alimentar desde os primeiros anos de vida, que deve ser encarada, sobretudo,
como ato de promoção da saúde oral e sistêmica. OBJETIVOS: Apresentar os hábitos
alimentares necessários para uma desejável saúde bucal do infante nos primeiros anos de
vida, assim como destacar a importância do cirurgião-dentista frente a possíveis
alterações bucais decorrente de hábitos dietéticos-nutricionais. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, realizada nas bases de dados: Scielo,
Google Scholar e PubMed. O critério de inclusão foi a seleção de artigos disponíveis
online que abordassem a temática, nos idiomas português, inglês e espanhol, sem
restrição de data. Excluiu-se os estudos que não contemplavam o tema e poderiam criar
inverossimilhança ao resumo. Assim, foram selecionados três artigos para compor a
revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os impactos da alimentação na saúde bucal
iniciam-se anteriormente ao nascimento do bebê, influenciados pelos hábitos alimentares
maternos, tendo em vista que a gestação altera o paladar e o padrão alimentar feminino.
No período pós-natal, é recomendado o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, haja
vista que suscita intensa nutrição ao lactente. Quando o bebê é alimentado de maneira
natural, no processo de sucção, os movimentos de mordida, avanço e retração da
mandíbula estimulam o desenvolvimento do aparelho estomatognático, especificamente,
os músculos faciais e a primeira dentição. Após o 6º mês, inicia-se a introdução de
alimentos complementares associados ao leite materno. Essa é a fase de demasiada
atenção com alimentos potencialmente cariogênicos, como os que contém frutose: frutas
não devem ser adoçadas e suco natural não deve ser ingerido em crianças menores de um
ano e o mel é contraindicado até os dois anos. Em relação a primeira consulta
odontológica, recomenda-se sua realização ainda durante os primeiros seis meses de vida,
a fim de avaliar a cavidade bucal do bebê e identificar alterações bucais. A higienização
bucal antes da erupção dentária é realizada com gaze para a remoção de resíduos lácteos
na língua e bochecha e a suplementação sistêmica de flúor não é indicada em população
que recebe os benefícios da água tratada com flúor. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Infere-se, portanto, que o cirurgião-dentista, aliado a outros profissionais da saúde, deve
prover aconselhamento nutricional dos seus pacientes, sobretudo nos primeiros anos de
vida, haja vista que é nessa fase que se inicia a aquisição dos hábitos alimentares.
Ademais, apesar das orientações dietéticas para a prevenção da cárie serem difundidas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


pela Odontologia, para a maioria dos pais demanda esforço considerável, pois envolvem
modificações de aspectos socioculturais profundamente consolidados.
Palavras-chave: Alimentação; Saúde Bucal; Criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, F. B. T. et al. Alimentação do Bebê nos Dois Primeiros Anos de Vida: o Papel
do Cirurgião-Dentista Enquanto Agente de Promoção de Saúde. Rev. Fac. Odontol.
Porto Alegre, v. 51, n. 3, p. 31-36, set./dez., 2010.
COSTA, Maria Dalla. Práticas alimentares e cárie dentária em pré-escolares. 2018. 80 f.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2018. [Orientador:
Prof. Dr. Fabian Calixto Fraiz]
SANTOS, M. M. et al. Alimentação infantil e cárie dentária: uma abordagem baseada em
evidências. Rev. J Health Sci Inst, Londrina, v. 37, n. 1, p. 88-94, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALTERAÇÕES DERMATOLÓGICAS (DERMATOSES) EM PACIENTES
RENAIS CRÔNICOS QUE EVOLUEM PARA TERAPIA RENAL
SUBSTITUTIVA

Júlia Magalhães Monteiro1, Ana Luiza Pazinatto Vago2, Marcella Seguro Gazzinelli3,
Gabriela Seguro Gazzinelli4, Brenda Costa Buzatto5.
1,4
Graduando em Medicina pela Escola Superior de Ciências Médicas da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória (EMESCAM).
2,3
Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira Multivix (MULTIVIX) Vitória -
ES.
5
Médica pela Escola Superior de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de
Vitória (EMESCAM). Residente de Dermatologia na Universidade Federal Fluminense
(UFF).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é uma enfermidade que vem


acometendo cada vez mais pacientes. O Brasil possui a terceira maior população em
diálise no mundo, estimando-se 90.000 pacientes. Tal comorbidade manifesta-se,
principalmente, como uma forma de complicação de diversas doenças de base
descompensadas, sendo a diabetes, a hipertensão arterial e as glomerulonefrites crônicas
suas principais etiologias. No contexto dessa enfermidade, observa-se que os pacientes
portadores apresentam manifestações dermatológicas associadas, resultantes da doença
renal primária, do estado urêmico do paciente ou de medidas terapêuticas empregadas no
seu manuseio. OBJETIVO: Elucidar as principais manifestações dermatológicas
expressas por pacientes portadores de DRC e correlacionar as medidas terapêuticas para
tal enfermidade com a presença de afecções cutâneas adicionais. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada em setembro de 2021 com o levantamento
bibliográfico nos bancos de dados PubMed e Scielo. Os descritores em ciências da saúde
utilizados foram “Manifestações cutâneas”, “Prurido” e “Insuficiência Renal Crônica”.
Os critérios de inclusão foram artigos completos, escritos em português e em inglês,
publicados entre 2002 e 2021, já os critérios de exclusão foram artigos incompletos ou
com fuga do tema. Feita a análise, foram selecionados 9 artigos para fundamentar esse
estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No contexto da DRC, a hemodiálise e o
transplante renal são duas possíveis modalidades de terapia renal substitutiva (TRS). No
que tange os hemodialisados, o prurido urêmico destaca-se como sintoma muito
frequente, tendo uma incidência de 50 a 90% dos pacientes hemodialisados. Está
relacionado ao quadro sistêmico de aumento de citocinas inflamatórias, associado ao
baixo nível de albumina sérica e altos níveis de ferritina plasmática. Esse sintoma pode
estar relacionado a padrões variados de peles, desde um fenótipo normal até
liquenificações ou lesões hiperceratósicas. Soma-se a isso o fato de grande parte dos
pacientes apresentarem xerodermia, devido à disfunção de glândulas écrinas e depleção

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de volume atribuído ao uso de diuréticos, o que agrava o prurido. Além disso, hematomas
cutâneos, porfiria cutânea tardia, pseudoporfiria, calcifilaxia, dermatoses perfurantes e
lentigo também são descritas nesses pacientes. No que se refere aos pacientes
transplantados renais, as afecções dermatológicas são decorrentes da carga cumulativa da
imunossupressão direta ou dos efeitos colaterais das medicações utilizadas,
manifestando-se por lesões de origem infecciosa, neoplásica, iatrogênica e miscelânea.
Lesões iatrogênicas estão relacionadas, principalmente, à corticoterapia, sendo mais
evidentes no primeiro ano de tratamento, com melhora progressiva à medida que a dose
diminui. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se que as manifestações
dermatológicas estão comumente relacionadas à DRC e às medidas terapêuticas dessa
patologia. Nesse contexto, torna-se evidente, a necessidade de acompanhamento
dermatológico periódico por parte dos pacientes acometidos, visando a redução da
exposição aos fatores precipitantes do quadro, assim como diagnóstico precoce e
tratamento continuado dessas manifestações, o que evita o sofrimento adicional e garante
melhor qualidade de vida aos pacientes.
Palavras-chave: Manifestações cutâneas; Prurido; Insuficiência Renal Crônica.

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS RELACIONADAS A ATIVIDADE LABORAL
EM POSTOS DE COMBUSTÍVEIS

Matheus Sallys Oliveira Silva1; Fabiane Corrêa do Nascimento2; Paulo Carvalho


Caetano de Carvalho3; Gustavo Alessandro de Sousa Pereira4; Gustavo Emanuel
Oliveira da Silveira4; Adjanny Estela Santos de Souza5
1,2,3,4
Graduandos em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará (Campus
XII/Santarém)
5
Doutora em Genética e Biologia Molecular. Professora da Universidade do Estado do
Pará (Campus XII/Santarém).
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os trabalhadores de postos de combustíveis representam uma


categoria que vem sendo continuamente exposta a substâncias presentes na gasolina,
dentre as quais a longo prazo trazem alterações metabólicas implicando diretamente na
saúde deste trabalhador. OBJETIVO: Realizar o levantamento bibliográfico acerca das
alterações metabólicas advindas da exposição ao benzeno em trabalhadores de postos
de gasolina. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura com abordagem qualitativa. Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases
de dados Scielo, LILACS, e PubMed, no período de janeiro de 2018 a junho de 2021, nos
idiomas português, inglês e espanhol. RESULTADOS: A análise das publicações
demonstrou que a grande maioria dos trabalhadores expostos apresentam valores de TGO,
TGP e Gama-GT alterados, ultrapassando os valores séricos, indicando alto risco de
patologias hepáticas. Os estudos que abordaram uma análise bioquímica da lactato
desidrogenase (LDH), evidenciaram que os trabalhadores destes estabelecimentos
apresentam limites acima do limítrofe, além de aumento dos níveis séricos dos hormônios
tireoideanos T3 e T4, sugerindo hipertireoidismo transitório. As alterações indicam que
a exposição as substâncias dos postos de gasolina impactam em uma possível diminuição
da renovação metabólica e acúmulo de seus produtos, os mecanismos exatos do exesso
de produção dessas enzimas em situações de exposição ao benzeno não estão claras, e
dificultam na analise de estudos da área. CONCLUSÃO: Os trabalhadores de postos de
combustíveis estão suscetíveis a diversos danos à saúde em decorrência das alterações
metabolicas advindas da exposição das substancias da gasolina, e que a legislação
trabalhista precisa ser atualizada a fim de minimizar estes danos.
Palavras-chave: Saúde do Trabalhador; Doenças Metabólicas; Postos de Combustíveis.

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ALTERAÇÕES NO PERFIL DE ÓBITOS E INTERNAÇÕES DOS ACIDENTES
VASCULARES NÃO ESPECIFICADOS NA PANDEMIA DE COVID-19 NA
POPULAÇÃO IDOSA BRASILEIRA

Caio Vinícius Sá de Pinho Laytynher1; Igor Carvalho Pereira2; Ilanna Oliveira de


Carvalho3; Júlia Ornellas Braga 4 Yreza Carolle Soares da Cruz5; Carolina Guimarães
Figueiredo6
1,2,3
: Graduandos em medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
(EBMSP)
5
: Graduanda em medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC)
E-mail Autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: Com a pandemia da Covid-19, diversas mudanças ocorreram nas


atividades cotidianas da população e no funcionamento dos serviços de saúde,
predispondo mudanças epidemiológicas de inúmeras patologias. Os acidentes vasculares
cerebrais (AVCs) se estabelecem como uma relevante comorbidade, sendo a 2ª maior
causa de mortalidade no Brasil e a principal causa de incapacidade no mundo, sendo ainda
mais incidente em idosos. Por conseguinte, alterações em seu perfil epidemiológico têm
extrema importância para o planejamento da assistência em saúde nacional. Nesse prisma,
tal estudo observou as mudanças nas internações e óbitos de AVCs não especificados
(hemorrágicos ou isquêmicos) diante do contexto atual. OBJETIVO: Avaliar o perfil de
internações e óbitos por acidente vascular cerebral não especificado (hemorrágico ou
isquêmico) nos períodos pré e intra pandêmia de Covid-19. METODOLOGIA: Trata-se
de um estudo epidemiológico de série temporal, que utilizou, como banco de dados, a
plataforma Tabnet DATASUS. Foram analisados, em todas as regiões brasileiras, os
registros de pacientes idosos, com idade de 60 a 69 anos, internados e, separadamente,
que vieram a óbito, por AVC não especificado (hemorrágico ou isquêmico), uma
morbidade do CID-10. Dois intervalos de tempo foram comparados: de fevereiro/2019 a
janeiro/2020 e de fevereiro/2020 a janeiro/2021, respectivamente um ano pré-pandemia
e um ano após seu início. Após a coleta de dados foi feita uma análise estatística,
correlacionando os óbitos e internações dos dois momentos, por meio do programa
Microsoft Excel. Por se tratar de uma pesquisa que utiliza banco de dados secundário,
não houve necessidade de submissão ao CEP. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em
âmbito nacional foi observada diminuição de 9,1% no número total de óbitos e de 13,2%
no de internações. Ao calcular a razão entre óbitos e internações, no entanto, ocorreu um
aumento, de 4%, devido aos diferentes ritmos de diminuição dos parâmetros analisados.
Tal diminuição, de óbitos e internações, também foi manifestada, separadamente, em
todas as regiões, o que não se repetiu na razão óbitos/internações, com diminuição em
duas regiões, Centro-Oeste e norte, e aumento nas demais. Tendo em vista os resultados
e o contexto pandêmico atual, é possível que a redução nas internações por AVCs seja
atribuída a uma menor procura dos serviços de saúde, temor da população em se expor
ao ambiente hospitalar e um vão assistencial, e um desvio de profissionais, leitos e
equipamentos para o tratamento exclusivo de pacientes com a Covid-19. Isso também

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pode explicar o aumento da razão entre óbitos e internações, uma vez que a menor procura
e oferta de atendimentos pioram a assistência em saúde para a população, aumentando a
letalidade do AVC. Ademais, pacientes que sofreram AVC estão relacionados a uma
maior vulnerabilidade à forma grave da Covid-19 e, portanto, a uma maior mortalidade.
CONCLUSÃO: pode-se concluir que ocorreram mudanças no panorama nacional das
internações e óbitos por AVC não especificado, com uma diminuição absoluta das
internações e óbitos e um aumento relativo dos óbitos em relação aos internamentos,
porém, outros estudos são necessários para definir com maior certeza as causas desse
fenômeno.
Palavras-Chave: Acidente vascular cerebral não especificado, internações, óbitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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AMEBAS DE VIDA LIVRE (AVL) COMO POTENCIAIS CAUSADORAS DE
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS): UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Ludymilla De Lima Silva1
1
Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Evangélica de Ceres
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
INTRODUÇÃO: Amebas de vida livre (AVL) são protozoários ubiquitários com
potencial patogênico humano e veterinário que podem atingir o SNC, córnea, pele e
órgãos internos causando elevadas taxas de morbimortalidade. As principais espécies são:
Acanthamoeba spp., Balamuthia mandrillaris, Naegleria fowleri e Sappinia pedata.
Essas amebas podem desenvolver endossimbiotismo com Microrganismos Resistentes às
Amebas (MRAs), os quais resistem à digestão amebiana após fagocitose. Alguns MRAs
têm sido vinculados a Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), mas o papel
exato das AVL ainda não está totalmente elucidado. OBJETIVOS: Avaliar a relação
entre as infecções causadas por AVL e ocorrência de IRAS. METODOLOGIA: O
estudo é uma revisão integrativa da literatura, no qual foi realizada uma coleta de dados
a partir de estudos originais, através de levantamento bibliográfico e da análise dos
resultados no período compreendido entre abril a junho de 2021. As bases de dados
utilizadas para a pesquisa dos artigos foram National Library of Medicine and National
Institutes of Health (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). A busca dos artigos
científicos foi realizada mediante o cruzamento de descritores DeCS/ MeSH. Os critérios
de inclusão foram estudos que tratavam da associação entre AVL e IRAS, já os critérios
de exclusão foram estudos repetidos e que não abordavam a temática da pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As AVL comportam-se como parasitos facultativos,
pois vivem como microrganismos de vida livre na natureza, mas podem invadir,
ocasionalmente, um hospedeiro humano ou animal causando diferentes tipos de
parasitoses. Assim, podem existir sob a forma de vida livre e/ou parasitária sendo, por
isso, denominadas anfizóicas. O gênero Acanthamoeba possui ampla distribuição
ambiental, podendo causar no homem Encefalite Amebiana Granulomatosa (EAG), a
qual é mais comum em imunocomprometidos, e Ceratite Amebiana (CA), que é uma lesão
grave da córnea. A Balamuthia mandrillaris e a Sappinia pedata também causam EAG.
A Naegleria fowleri é uma ameba termofílica frequentemente descrita em água doce
quente, e é causadora da Meningoencefalite Amebiana Primária (MAP), uma doença
altamente fatal. As AVL tem um alto potencial patogênico direto, além disso, poderem
servir como reservatórios de diversos patógenos a partir do mecanismo de “cavalo de
Tróia”, sendo carreadoras de MRAs. A endossimbiose favorece proteção aos patógenos
quanto a uma série de condições ambientais adversas, incluindo tratamentos usuais de
desinfecção, especialmente quando os cistos são formados uma vez que a sua parede

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celular constitui uma barreira física altamente resistente. Ao carrear os MRAs as AVL
também possibilitam a colonização de diversos ambientes podendo estar envolvidas no
mecanismo de ocorrência de IRAS causando infecção direta e indireta. CONCLUSÃO:
As AVL são protozoários altamente patogênicos e com elevado potencial desencadeador
de IRAS, pois estas amebas expressam a alta capacidade de colonização de diversos
ambientes, incluindo hospitalares, bem como a capacidade de carrear microrganismos
também patogênicos que podem vir a ser precursores de IRAS, resaltando a capacidade
imunológica dos usuários de serviços de saúde que na grande maioria dos casos apresenta-
se debilitada.
Palavras-Chave: Contaminação ambiental. Infecção hospitalar. Protozoários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DA EFETIVIDADE DE RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NO
TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PACIENTES NO PÓS-
OPERATÓRIO DE PROSTATECTOMIA RADICAL

Karoline Sanches Souza¹; Dora Beatriz Benassuly Correa²; Eliana Lobo da Silva³;
Antônio Diego Lopes Costa⁴; Ketlin Jaquelline Santana de Castro⁵.
¹˒²˒³˒⁴graduando (a) de Fisioterapia pela Universidade da Amazônia – UNAMA
⁵docente de Fisioterapia da Universidade da Amazônia – UNAMA
Email do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Prostatectomia Radical (PR) é uma intervenção cirúrgica utilizada


para ressecção de tumores aderidos a próstata que pode gerar complicações diversas ao
homem, como a Incontinência Urinária (IU), caracterizada pela perda involuntária de
urina, o que acarreta impactos negativos na qualidade de vida do mesmo. Dessa forma, a
fisioterapia tem buscado trabalhar a reabilitação através de técnicas eficazes que devolva
ao paciente o bem-estar, prevenindo futuras e possíveis complicações no trato urinário.
OBJETIVOS: Analisar a efetividade de recursos fisioterapêuticos no tratamento da IU
em pacientes no pós-operatório de PR. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa
da literatura, ocorrida em setembro de 2021. Por meio de levantamento bibliográfico
realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), foi possível alcançar 58 artigos através
dos descritores “prostatectomia” e “fisioterapia”, estabelecidos através de consulta no
DeCS/MeSH. Como critérios de inclusão, foram selecionadas as publicações disponíveis
em língua portuguesa, atualizadas e na íntegra. Foram excluídos os estudos que não
abordavam primordialmente a atuação da fisioterapia pós PR. Inicialmente, avaliou-se os
títulos e resumos das obras, em seguida, foi realizada a seleção dos estudos
potencialmente elegíveis para leitura. RESULTADO E DISCUSSÃO: Das 58
publicações, apenas quatro se enquadravam dos critérios de elegibilidade. Nas literaturas
analisadas, é estabelecido que técnicas como a eletroestimulação funcional endo-anal,
tem fundamental importância na redução do volume de perdas urinárias e auxiliam no
ganho da força muscular do assoalho pélvico. Outro recurso analisado foi o biofeedback,
apresentado como um aliado para a promoção da continência pós-prostatectomia,
podendo ser associado ao treinamento dos músculos do assoalho pélvico. Estudos
também demonstram a eficácia da cinesioterapia por meio dos exercícios perioperatórios,
atuando na recuperação, cura ou diminuindo os sintomas, e demonstra resultados
satisfatórios quando associada a eletroestimulação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
fisioterapia consegue, por meio das suas técnicas, reduzir ou eliminar os sintomas
associados a perda de urina involuntária em pacientes que se submeteram a PR,
permitindo com que estes reestabeleçam o controle urinário e apresentem melhora na
qualidade de vida.
Palavras-chave: Prostatectomia; Incontinência Urinária; Fisioterapia.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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radical. Fisioterapia Brasil. v. 17, n. 1. 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DA QUALIDADE DA SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA: Revisão integrativa da Literatura

Lenice Paula de Sousa Silva1; Celina César Daniel2


1
Graduanda em Enfermagem pela Associação de Ensino do Piauí – AESPI.
2
Enfermeira pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A assistência à saúde, de modo qualificado e seguro é um direito


básico à dignidade humana, contudo, riscos de eventuais erros e adversidades podem
surgir no processo assistêncial em diferentes níveis. Nesse contexto, a assistência
obstétrica se destaca, uma vez que, apenas no Brasil, são notificados cerca de 60 mil
eventos adversos por ano, registrando altas taxas de mortalidade materna e destacando
problemas na atenção perinatal, que ainda se concentra em um modelo obstétrico
tradicional que propicia a necessidade de intervenções rotineiras e desncessárias como o
uso de ocitocina, episiotomia e cesarianas frequentes, que se distancia das boas práticas
de uma assistência humanizada e segura. Desta forma surge a seguinte pergunta “o que a
literatura atual demonstra acerca da qualidade da assistência obstétrica segura e
humanizada?”. OBJETIVOS: Analisar a literatura científica acerca da segurança e
qualidade da assistência de enfermagem obstétrica. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, seguindo as seis etapas metodológicas: identificação da
problemática, pesquisa em bases de dados, aplicação de critérios de inclusão e exclusão,
seleção de estudos, análise e apresentação da pesquisa. Utilizou-se a plataforma online
Biblioteca Virtual em Saúde para direcionar as bases: MEDLINE, LILACS e BDENF.
Realizou-se o cruzamento dos descritores: Enfermagem Obstétrica AND Segurança do
Paciente OR Qualidade da Assistência à Saúde. Os critérios de inclusão foram: artigos
completos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, com recorte
dos últimos cinco anos. Excluíram-se estudos duplicados e fora da temática proposta.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram identificadas 118 publicações, das quais, após
a aplicação dos critérios e do processo metodológico, 11 compuseram a síntese de
conhecimento. Em suma a literatura demonstra que os profissionais manifestaram
respostas positivas para a adoção da cultura de segurança do paciente e cuidados diretos
de avaliação, monitoramento e acompanhmento, contudo, a cultura de segurança na área
obstétrica se demonstra fragilizada, em função de aspectos de falta de recursos humanos
e laborais suficientes, desinformação em relação ao papel do enfermeiro, intervenções
desnecessárias, falta de apoio familiar constante e solidão, e padronização quanto as
avaliações e orientações em casos de sinais de agravamento obstétrico. As gestantes
afirmam o ambiente hospitalar como adequado e confortável, porém muitas não se sentem
totalmente seguras, optando pela adoção de um parto domiciliar planejado, por
considerarem o lar como seguro, a partir da conexão realizada com o acompanhamento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de enfermeiros obtétras. A disponibilidade de estrutura material, identificação de
anormalidades, contato pele à pele precoce, amamentação e planejamento reprodutivo
devem ser priorizadas no atendimento humanizado e seguro. A consolidação dos
resultados levam para o enfoque em um constante aprimoramento profissional dos
enfermeiros obstétras para a promoção da segurança e qualidade da assistência, seja em
ambiente hospitalar ou domiciliar planejado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto,
compreende-se que para a obtenção de uma qualidade de assistência obstétrica segura e
humanizada é necessário o fortalecimento de uma cultura organzacional de segurança,
investimento em recursos laborais e capacitação humana, ressaltando a formação de
vínculo de acolhimento, e o local se aproprie em função da satisfação e bem-estar da
parturiente.
Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica; Segurança do Paciente; Qualidade da
Assistência à Saúde;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, L. F. B.; RODRIGUES, Q. P.; SILVA, R. C. V. Boas práticas na atenção


obstétrica e sua interface com a humanização da assistência. Rev. Enferm. UERJ
[Internet]. v. 25, n. 1, e26442, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde,
DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). 2011. Disponível em:
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/ idb2012/C03b.htm. Acesso em: 13 out. 2021.
LESSA, H. F. et al. A opção pelo parto domiciliar planejado: uma opção natural e
desmedicalizada. J. res. fundam. care online, v. 10, n. 4, p. 1118-1122, 2018.
MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C. M. Integrative literature
review: a research method to incorporate evidence in health care and nursing. Texto
contexto-enferm. v. 758, n. 4, p. 758-764, 2008
MORAES, A. I. S. et al. Qualidade e Segurança na área da saúde materno-infantil:
avaliação de eventos adversos. Cuidarte Enfermagem, v. 13, n. 1, p. 32-37, 2019.
NEVES, I. A. R. et al. Qualidade e Segurança na Assistência Obstétrica. Rev. Enferm.
UFPE [on line], v. 15, n. 1, e245809, 2020.
PADOVANI, C. et al. Determinantes da assistência materno-infantil segura a luz de
evidências científicas: uma revisão integrativa. Revista nursing, v. 21, n. 274, p. 2524-
30, 2018.
SANFELICE, C. F. O. et al. Curso de aprimoramento para enfermeiras obstétricas do
Projeto Apice On: relato de experiência. Esc. Anna Nery, v. 24, n. 2, e20190212, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA AIDS EM FLORIANÓPOLIS
ENTRE 2014-2019

Beatriz Carvalho de Oliveira¹; Amanda Carolina Fonseca da Silva¹; Eric Pasqualotto¹;


Davi Gevaerd Reich¹; Mariá Lessa Silva¹; Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos¹.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é capaz de infectar células


CD4+, afetando o sistema imune e podendo resultar em Acquired Immune Deficiency
Syndrome (AIDS), estágio mais avançado da infecção. A AIDS pode culminar no
desenvolvimento de cânceres, infecções e manifestações clínicas graves, e é um grande
problema de saúde pública nacional. É sine qua non a identificação das populações de
risco para estabelecimento de políticas de saúde orientadas aos mais vulneráveis.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico da AIDS em Florianópolis, entre 2014-
2019. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional de
corte transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, através dos Indicadores e
Dados Básicos do HIV/AIDS nos Municípios Brasileiros, do Departamento de Doenças
de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Ministério da Saúde. Os
critérios de inclusão foram casos de AIDS notificados no SINAN, período 2014-2019,
gênero, taxa de detecção por 100.000 habitantes, óbitos por causa básica AIDS,
coeficiente de mortalidade bruto por AIDS por 100.000 habitantes, etnia, nível de
aprendizado adquirido e categoria de exposição, com análises das frequências relativas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre 2014 a 2019 foram identificados 1668 casos de
AIDS, com média de 278 casos por ano. Em 2019 houve o menor número de casos
(n=241), em 2016 o maior (n=309), com diminuição de 10% entre 2014 e 2019: parte
disso pode estar relacionado a problemas nas transferências de dados. Desses, 71,77%
eram homens (n=1197) e 28,23% mulheres (n=471), enquanto 9 eram menores de 5 anos
e 208 entre 15-24 anos. A taxa de detecção em menores de 5 anos aumentou de 2014 (0,0)
para 2019 (3,6), indicando maior transmissão vertical do HIV. A maior taxa geral de
detecção ocorreu em 2016 (64,8), enquanto em 2019 ocorreu a menor (48,1), com
diminuição de 25,7%, sendo consideravelmente maior entre homens, em todos os anos.
Houve 294 óbitos por causa básica AIDS, com diminuição de 46,5% entre 2014 a 2019.
A maior taxa bruta de mortalidade ocorreu em 2015 (13,6) e a menor em 2019 (6,2), com
diminuição de 54,4%. Já em relação à etnia, a branca foi mais prevalente, com 77% dos
casos (n=829), resultado esperado visto que a população de Florianópolis é
majoritariamente branca. Segundo escolaridade, a maior prevalência foi entre indivíduos
com médio completo, com 35,5% (n=384) e a menor entre analfabetos, correspondendo
a 1,48% (n=16). Em indivíduos do gênero masculino com 13 anos de idade ou mais, a
categoria de exposição mais afetada foi HSH (homens que fazem sexo com homens)
(n=350), seguido de heterossexuais (n=269), enquanto não houve casos em hemofílicos
e transfusão. O número elevado de casos em HSH provavelmente é consequência da sua

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


vulnerabilidade, comportamentos de risco e defasagem entre conhecimento e adoção do
sexo seguro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das análises, observou-se que, entre
os 1668 casos analisados, a maior prevalência ocorreu entre homens, de etnia branca e a
categoria mais vulnerável foi HSH. A subnotificação implica em problemas no
estabelecimento de ações prioritárias às populações mais vulneráveis, tornando
necessário políticas voltadas à diminuição da incidência e morbimortalidade de AIDS.
Palavras-chave: Epidemiologia; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, S. M. O. et al. Vulnerabilidade de homens que fazem sexo com homens no


contexto da AIDS. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 23, n. 2, p. 479-482, fev. 2007.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-311x2007000200027.

BRITO, J. L. O. P. et al. DIAGNÓSTICOS, INTERVENÇÕES E RESULTADOS


ESPERADOS DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES COM HIV/AIDS: revisão
integrativa. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, [S.L.], v. 21, n. 2, p. 165-172, 11
mar. 2017. Portal de Periodicos UFPB. http://dx.doi.org/10.22478/ufpb.2317-
6032.2017v21n2.20259.

FERNANDES, R. et al. Tratamento do HIV/AIDS no Brasil: impacto da adesão sobre a


utilização de recursos e custos. Jornal Brasileiro de Economia da Saúde, [S.L.], v. 12,
n. 1, p. 81-87, abr. 2020. Jornal Brasileiro de Economia da Saude.
http://dx.doi.org/10.21115/jbes.v12.n1.p81-7.
MARQUES, C. C. et al. Fatores de risco do diagnóstico de enfermagem: risco de infecção
em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida hospitalizados. Enfermería
Actual En Costa Rica, San José, n. 36, p. 104-115, 18 dez. 2018. Universidad de Costa
Rica. http://dx.doi.org/10.15517/revenf.v0i36.33571.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DOS RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS NO PÓS-OPERATÓRIO
DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
Karoline Sanches Souza¹; Dora Beatriz Benassuly Correa²; Eliana Lobo da Silva³;
Antônio Diego Lopes Costa⁴; Ketlin Jaquelline Santana de Castro⁵.

¹˒²˒³˒⁴graduando (a) de Fisioterapia pela Universidade da Amazônia – UNAMA


⁵docente de Fisioterapia da Universidade da Amazônia – UNAMA
Email do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é, atualmente, o mais incidente em mulheres e lidera


as causas de morte do sexo feminino, sendo mais frequente em mulheres a partir dos 35
anos, mas que também pode acometer mulheres mais jovens. O tratamento varia de
acordo com o grau de severidade e estágio da doença, sendo uma das opções a intervenção
cirúrgica conservadora ou radical. Assim, a fisioterapia tem um papel de suma
importância na recuperação das mulheres após a cirurgia, de modo com que seja garantida
a recuperação da funcionalidade e evitado o aparecimento de complicações após o
procedimento. Além disso, garante a melhora na qualidade de vida da paciente.
OBJETIVOS: Analisar os recursos da fisioterapia no pós-operatório de mulheres com
câncer de mama. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada
durante o mês de setembro de 2021, através de levantamento realizado na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores “câncer de mama”,
“fisioterapia” e “pós-operatório”, selecionados a partir de consulta no site do
DeCS/MeSH. Como critérios de inclusão, foram selecionadas publicações disponíveis
em língua portuguesa, publicadas nos últimos 5 anos e que estivessem na íntegra. Foram
excluídas publicações que não contemplavam o tema. Desse modo, foi realizada a
avaliação dos títulos e resumos para selecionar os estudos que passariam por leitura
completa. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Previamente, foram encontradas 32
publicações. Apenas cinco delas se enquadravam nos critérios de elegibilidade. Realizada
a leitura dos artigos, foi possível perceber a importância de intervenção precoce após a
cirúrgica de câncer de mama para fins de evitar malefícios à mobilidade e à
funcionalidade do membro superior abordado cirurgicamente. A drenagem linfática
manual, exercícios cinesioterápico ou linfocinético, exercícios com e sem carga,
realização de automassagem, enfaixamento compressivo e cuidados com a pele são
essenciais no tratamento e podem amenizar, curar e/ou prevenir complicações como o
linfedema no pós-operatório. Um dos estudos mostrou que a Terapia Complexa
Descongestiva é essencial na redução do volume e no tratamento intensivo do linfedema
e é considerado o método mais utilizado e eficaz. CONSIDRAÇÕES FINAIS: O papel
da fisioterapia é essencial na melhora da condição de vida da paciente submetida a
intervenção cirúrgica no tratamento do câncer de mama, pois auxilia no restabelecimento
dos movimentos e diminuição da dor, além de preservar, manter e restaurar sua
integridade cinético-funcional.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Câncer de mama; Fisioterapia; Assistência na Fase Pós-Operatória.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DOMINGUES, A. C. et al. Terapia complexa descongestiva no tratamento de linfedema
pós-mastectomia. Fisioterapia Brasil. v. 22, n. 2. 2021
ESTEVÃO, A. et al. Exercícios Imediatos versus Exercícios Tardios no Pós-Operatório
de Cirurgias Oncomamárias: Limitação ou Liberação da Amplitude de Movimento?
Revista Brasileira de Cancerologia. v. 64, n. 4. 2018
GUGELMIN, M. R. G. Recursos e tratamentos fisioterápicos utilizados em linfedema
pós-mastectomia radical e linfadenectomia: revisão de literatura. Arquivos Catarinenses
de Medicina. v. 47, n. 3. 2018
OLIVEIRA, A. R. D. et al. Recursos fisioterapêuticos utilizados no pós-operatório de
mulheres mastectomizadas. Fisioterapia Brasil. v. 18, n. 4. 2017
PETRY, D. M. et al. Efeitos da intervenção fisioterapêutica na amplitude de movimento
do ombro e no mapa termográfico de idosas submetidas à cirurgia para tratamento de
câncer de mama. Acta Fisiátrica. v. 23, n. 4. 2016
SANTOS, K. M. et al. Fisioterapia em idosas após cirurgia para câncer de mama: um
estudo piloto. ConScientiae Saúde. v. 16, n. 2. 2017

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE EM SAÚDE DAS QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU

João Victor Bulhão de Moura1; Mariana Nogueira Vasco2; Lidia Hadassa Dantas
Feitosa3; Thalita Albuquerque Ferreira Santos4; Luecya Alves de Carvalho Silva5
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA –
1,2,3,4

Imperatriz)
5
Enfermeira. Professora do curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA – Imperatriz)
E-mail do autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: O extrativismo do coco babaçu é uma atividade realizada


majoritariamente por mulheres, principalmente na região da mata dos cocais, abrangendo
os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. As atividades de coleta, quebra e extração do
coco babaçu não segmentam apenas uma cadeia laboral, mas sim, fundamentam uma
cultura baseada na representatividade coletiva, na colaboração em torno da terra e na
preservação dos babaçuais. No contexto da saúde pública, sabe-se que a saúde das
quebradeiras de coco babaçu acaba sendo afetada pelo esforço físico na atividade
laborativa. Nesse sentido, observa-se a carência de olhares mais amplos para os fatores
socioambientais e ergonômicos para a promoção de saúde dessa população extrativista.
OBJETIVOS: Compreender as principais patologias que acometem as quebradeiras de
coco babaçu. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa por meio da base
de dados do Google Scholar, utilizando os descritores: “Saúde”, “Coco babaçu” AND
“Mulheres”. Como critério de inclusão selecionou-se artigos dos últimos 5 anos em
português, que relacionavam quebradeiras de coco babaçu com a saúde. Cerca de 30
artigos foram inseridos pela seleção de título e dentre esses 5 foram escolhidos após a
seleção de resumo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em um estudo realizado na
microrregião do Bico do Papagaio (TO), as quebradeiras de coco babaçu relataram
dificuldades no trajeto até os babaçuais por conta dos longos percursos, o que favorece o
desenvolvimento de doenças osteomusculares, além da exposição em excesso ao sol,
potencializando o surgimento de neoplasias na derme. Nessa pesquisa, cerca de 58,1%
dos participantes confirmaram o progresso de patologias em decorrência do labor nos
babaçuais. Mesmo ao desenvolverem problemas de saúde, as quebradeiras de babaçu
continuam realizando suas tarefas, pelo motivo de classificarem a dor como normal dentro
de suas atribuições. Apesar de terem o bem-estar físico comprometido com as dores, as
quebradeiras de coco babaçu alegam que ainda apresentam vigor. Em outro estudo
realizado no Maranhão, em 58,4% das quebradeiras de coco babaçu foi identificado dor
de coluna e em 57% dor na região lombar. Entre as principais atividades apontadas como
potencializadoras dessas condições se destacam: carregar o coco (35,1%) e quebrar o coco
em posição sentada (30,7%). A atividade de quebrar o coco babaçu em posição sentada
exige em demasia a musculatura do dorso e do ventre em busca de uma melhor adaptação
para a realização da tarefa. Ressalta-se ainda as consequências diretas advindas dessa

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


postura, como: perda da firmeza dos músculos da região abdominal, alteração da lordose
fisiológica lombar, comprometimento da homeostase dos órgãos da digestão e da
respiração e problemas circulatórios, podendo resultar em varizes. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Nesse contexto, é comprovado que há relação direta no processo de
adoecimento e a atividade da quebra do coco babaçu. Essa atividade ocorre por meio de
ferramentas básicas que exigem o recrutamento de uma musculatura específica. Ademais,
os próprios ambientes de coleta são insalubres e todas as etapas relacionadas à produção
exercem influência significativa no surgimento dessas doenças devido a repetição da
postura sentada. Sendo assim, esses fatores confluem para a potencialização de acidentes
de trabalho e do processo de saúde-doença.

Palavras-chave: Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho; Saúde Pública;


Saúde Coletiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILHO, E. C. et al. Economia solidária: A realidade das quebradeiras de coco babaçu


nointerior do Brasil. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, v. 11, n. 4, p. 1239-
1257, 2018.

MELO, G. S. DE O. et al. Perfil alimentar e nutricional da população residente em


comunidades quilombolas em um município do estado do Maranhão. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, v. 12, n. 1, p. e2957, jan. 2020.

MOURÃO, I. S. S. et al. Aspectos socioambientais e de saúde das quebradeiras de coco


babaçu na microrregião do Bico do Papagaio, Tocantins, Brasil. Revista Ambiente e
Água, v. 11, 2016.

SODRÉ, A. C. et al. Design de personagem para a promoção da saúde do trabalhador:


um estudo voltado às quebradeiras de coco babaçu do estado do Maranhão/Character
design for the promotion of workers' health: a study focused on babassu nutcrackers in
the state of Maranhão. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 5, p. 32791-32803,
2020.

VALE, S. R. G. A. et al. Análise ergonômica da atividade de quebra tradicional do coco


babaçu no município de Itapecuru-Mirim/MA. Rev. bras. saúde ocup., São Paulo , v.
43, e2, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS DE TUBERCULOSE NO
MUNICÍPIO DE PARNAÍBA, PIAUÍ NO PERÍODO DE 2015 A 2019.

Felipe Oliveira Saboya ¹, Antônio Jakeulmo Nunes ², Priscylla Frazão Rodrigues³,


Elisson de Souza Mesquita Silva ⁴, Breno Serafim Pereira ⁵, Maria Júlia Rabeche
Cornélio Oliveira ⁶

¹,⁴ Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba


² Enfermeiro e graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
³,⁵,⁶ Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa, transmissível, causada


pelo Mycobacterium tuberculosis afetando principalmente os pulmões, mas que pode
acometer outros órgãos, a maioria das pessoas infectadas com a bactéria não apresenta
sintomas, mas quando ocorrem, geralmente incluem tosse, às vezes, com sangue. A falha
do controle da tuberculose está relacionada ao diagnóstico tardio e a não adesão ao
tratamento. No Brasil, essa doença é predominante na faixa etária de 35 a 64 anos e
estima-se que 75 mil pessoas sejam infectadas por ano. OBJETIVO: Analisar o perfil
epidemiológico dos casos de tuberculose no Município de Parnaíba – Piauí, no período
de 5 anos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, com
abordagem quantitativa-descritiva. Os dados foram coletados no Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS - TABNET), a partir do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram avaliados os casos de
tuberculose confirmados na cidade de Parnaíba no período de 2015 a 2019, quanto a
análise de sexo, raça e idade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Pela análise, houve 310 casos confirmados de
tuberculose na cidade de Parnaíba, observou-se que o número de casos seguiu um padrão
ascendente até 2018, com 44 casos em 2015, 56 em 2016, 72 em 2017 e 73 em 2018,
quanto que em 2019 observou-se uma redução com 65 casos. Dentre esses números,
36,7% eram do sexo feminino e 63,3% do sexo masculino. Quanto a raça, houve casos
em pardos, brancos, amarelos, pretos e indígenas, mostrando-se mais prevalentes em
pardos com 224 eventos, enquanto que em indígenas apresentaram o menor número de
registro, com apenas 1 caso. Na faixa etária, houve predomínio na idade de 20 a 39 anos
o que equivale a 40,96%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se um padrão quase
que predominantemente ascendente nos números de casos na maioria entre homens,
jovens e pardos, o que difere com dados do ministério da saúde com relação a idade.
Dessa forma, políticas públicas em promoção de educação e saúde são essenciais para o
controle da TB nesse e em outros grupos.
Palavras-Chave: Tuberculose, Mycobacterium tuberculosis, Epidemiologia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Dados Epidemiológicos Da Tuberculose No Brasil Coordenação-Geral de Vigilância Das
Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas. Ministério da saúde.
Disponível em:<
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/dezembro/09/APRES-PADRAO-
NOV-19.pdf>. Acesso em 12 out. 2021.
Agência Saúde. Tuberculose: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e
prevenção. Saude.gov.br. publicada em 2 Maio.2017. Acesso em 12 out. 2021
http://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE TEMPORAL QUANTITATIVA DAS INTERNAÇÕES POR OTITE
AGUDA ENTRE PESSOAS DE 1 A 19 ANOS NA BAHIA ENTRE 2010 E 2020

Maria Aslan Ribeiro Nery1; Pedro Henrique Massi2; Bruna Baratto3, Vitória Katharine
Isoton Wesp4; Anna Beatriz Campos Vilar Leite5; Luís Felipe Freitas Moreira6

1,2,3,4
Graduando em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
5,6
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A otite média aguda (OMA) é uma inflamação decorrente da infecção


viral ou bacteriana das vias aéreas superiores, que se propaga para a mucosa da orelha
média, incluindo a cavidade timpânica, a tuba auditiva e estruturas mastóides. Ademais,
a OMA apresenta fatores de risco, como o uso de chupetas e cuidados em creches, o que
ajuda a justificar a alta incidência em pacientes pediátricos. OBJETIVO: Nesse
contexto, o presente estudo pretende analisar quantitativamente as internações por otite
média aguda, bem como descrever a distribuição temporal dos casos.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal descritivo com análise de dados
secundários coletados por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) do DATASUS. A população será constituída por pessoas de 1 a 19 anos
internadas pela OMA no estado da Bahia entre os anos de 2010 e 2020. Os dados serão
analisados através da distribuição percentual do número de internações por grupos de
faixas etárias. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificadas 3364 internações
pela OMA entre 2010 e 2020 cuja maior frequência absoluta foi de 1151 internações na
faixa etária de 1 a 4 anos, o que representa uma frequência relativa de 34,2% dos casos.
Os resultados apresentados apontam as crianças como a faixa etária mais acometida pela
OMA, sobretudo de 1 a 4 anos, o que corrobora os dados já existentes na literatura.
Ademais, houve maior prevalência em 2019, com 422 pessoas internadas e menor
prevalência em 2020, com 236 casos, o que representa uma redução de 44% em relação
ao ano anterior, a maior queda observada em dois anos subsequentes no período.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, diante dos dados apresentados, reforça-se
a necessidade de atenção às crianças na faixa etária de 1 a 4 anos devido à maior
suscetibilidade à OMA. Bem como, se faz necessário investigar se houve subnotificação
das internações em 2020, considerando a pandemia do Covid-19, como uma possível
causa da redução apresentada. Outrossim, cabe investigar possíveis fatores de proteção
que podem ter contribuído com a queda de internações apresentada, o que demanda
também uma análise a posteriori dos dados do presente ano de 2021 para verificar alguma
tendência dos números de internações.

Palavras-chave: Otite média aguda; Internações; Faixa Etária.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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118.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANEMIA FERROPRIVA: IMPORTÂNCIA DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA
Mariana Nogueira Vasco1; João Victor Bulhão de Moura2; Lidia Hadassa Dantas
Feitosa3; Thalita Albuquerque Ferreira Santos4; Aldicléya Lima Luz5

Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA –


1,2,3,4

Imperatriz)
5
Médica. Professora do curso de medicina da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA – Imperatriz)
E-mail do autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: A anemia ferropriva (AF) é definida pela deficiência de ferro no


organismo, o que diminui a concentração de hemoglobina e hemácias. Embora a anemia
afete grande parte da população mundial, sua prevalência ocorre em países em
desenvolvimento, onde se tem um consumo deficiente de ferro e alta incidência de
parasitoses que dificultam a absorção do nutriente. A AF acomete, sobretudo,
determinados grupos populacionais: gestantes, lactentes, crianças pré-escolares e
mulheres em idade reprodutiva. Nesse contexto, a Estratégia de Saúde da Família (ESF),
por meio da aproximação com a população, tem papel crucial na prevenção e no manejo
dos casos de AF. OBJETIVOS: Analisar o papel da ESF na prevenção e tratamento da
Anemia Ferropriva em populações vulneráveis. METODOLOGIA: Revisão integrativa
por meio do portal eletrônico Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os
descritores “Anemia Ferropriva” AND “Estratégia Saúde da Família”. Foram
selecionados 13 artigos, na língua inglesa e portuguesa, publicados entre 2011 e 2021.
Dos selecionados, 10 artigos se adequaram aos objetivos da pesquisa, sendo critério de
exclusão, trabalhos que não abordaram a relação da anemia ferropriva com a ESF.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A anemia ferropriva pode ser ocasionada por baixo
consumo de ferro, deficiência na absorção e excesso de perdas do nutriente. Em muitos
lares o consumo alimentar do ferro depende de fatores sanitários e socioeconômicos,
dentre os quais se destacam o nível de escolaridade e a renda familiar. Nesse cenário, a
ESF tem função primordial na prática de medidas profiláticas da AF, bem como no
diagnóstico diferencial e no tratamento. Em relação a população infantil, estudos
demonstram que alimentos ricos em ferro, como carnes, ovos e folhosos verde-escuro,
são consumidos raramente ou ocasionalmente. Desse modo, a puericultura pode diminuir
o impacto do baixo consumo de ferro na saúde das crianças, uma vez que o
acompanhamento periódico permite avaliar o desenvolvimento e promover orientações
dietéticas. Além disso, a ESF propicia a manutenção do Programa Nacional de
Suplementação de Ferro (PNSF), que tem como objetivo a redução dos casos de AF em
crianças de 6 a 24 meses de idade e em gestantes, por meio do uso do sulfato ferroso.
Todavia, sabe-se que a falta de monitoramento da suplementação e reposição, além de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


falhas na prescrição do sulfato ferroso por parte dos profissionais da saúde, influenciam
negativamente na prevenção e no tratamento da AF. Entre gestantes, mães e/ou
responsáveis das crianças, o esquecimento e a dificuldade de acesso ao suplemento
mostraram-se como as principais causas da baixa adesão. Ademais, no que tange as
práticas alimentares, o desmame precoce acompanhado da introdução de alimentos com
baixa biodisponibilidade de ferro contribui para o desenvolvimento da anemia, fato que
pode ser modificado por meio da puericultura e do pré-natal adequado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A alimentação saudável, o uso do sulfato ferroso como
estratégia preventiva e práticas educativas em saúde são elementos que evitam a
deficiência de ferro. Na rotina da ESF, as consultas de puericultura, o pré-natal e as visitas
domiciliares têm papel importante na promoção da orientação nutricional, esclarecimento
de dúvidas e no monitoramento da suplementação de sulfato ferroso.
Palavras-chave: Anemia Ferropriva; Estratégia Saúde da Família; Prevenção de
Doenças

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALLEO, Luciana Galve. Anemia e alimentação em crianças atendidas pela Estratégia de


Saúde da Família no Maranhão. 2018. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

ALLEO, Luciana Galve. Prevalência de anemia e relação entre a concentração de


hemoglobina em mães e crianças atendidas nas Unidades Básicas de Saúde de Santa
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ARAÚJO, Elis Daiane Mota. A prática alimentar e sua influência no controle da


deficiência de ferro de lactentes atendidos pela estratégia Saúde da Família no Maranhão.
2014. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

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sulfato ferroso por gestantes atendidas no sistema único de saúde. Rev. enferm. UFPE
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ferro entre crianças de 6 a 59 meses atendidas pela Estratégia de Saúde da Família. HU
Revista, v. 45, n. 4, p. 389-395, 2019.

GONTIJO, Tarcísio Laerte et al. Prática profilática da anemia ferropriva em crianças na


estratégia saúde da família. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 7,
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HENRIQUE, Nayara Cristina Pereira et al. Anemia ferropriva e o uso do sulfato ferroso:
facilidades e dificuldades na prevenção. Revista Enfermagem UERJ, v. 26, p. 37232,
2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PEREIRA, Silvia Maira et al. Estratégia de Saúde da Família e prevalência de anemia em
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Human Growth and Development, v. 29, n. 3, p. 410, 2019.

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palmar e exame laboratorial: implicações para enfermagem. Escola Anna Nery, v. 15, p.
497-506, 2011.

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de 0 a 5 anos, em um município da região noroeste do Rio Grande do Sul. Revista
Mineira de Enfermagem, v. 15, n. 2, p. 165-173, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANESTESIA NO CONTEXTO DE TRANSPLANTE DE FÍGADO: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
INTRAOPERATÓRIAS

Paula dos Santos Athayde¹; Juliana Pelição Moraes²; Nayara Viale Vargas³; Luiza Costa
Fabris4; Victória Maia Costa Varejão Andrade4.

(1) Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)


(2) Graduando em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória (EMESCAM)
(3) Graduando em Medicina pela Universidade de Vila Velha (UVV)
(4) Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira MULTIVIX
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: O transplante de fígado consiste em um procedimento realizado para o


tratamento de doenças hepáticas em estágio terminal. Sabe-se que com os avanços e
melhorias dos procedimentos cirúrgicos e anestésicos, a sobrevida dos pacientes
transplantados aumentou. Observa-se, no entanto, a existência de algumas complicações
que ainda são causas significativas de óbito nesse procedimento, sendo elas complicações
tromboembólicas, inflamatórias e isquêmicas. Objetivo: Nesse contexto, o objetivo do
presente trabalho é avaliar as principais complicações intraoperatórias no transplante de
fígado sob anestesia. Metodologia: Realizou-se a revisão da literatura nas bases de
dados PubMed e Scielo. Os artigos foram coletados em Setembro de 2021, e os
descritores utilizados foram, “Liver Transplantation”, “Anesthesia” e “Intraoperative
Complications”, obtidos no DeCs. Inicialmente, 25 artigos foram encontrados, sendo 8
selecionados por adequação ao tema. Resultados e Discussão: Em um estudo realizado
com 530 pacientes após o transplante hepático, observou-se que 3,02% apresentaram
trombose precoce da artéria hepática e o risco de mortalidade elevou-se em 50%. Com
relação aos eventos tromboembólicos, sabe-se que testes como a tromboelastografia e
tromboelastometria após a cirurgia tem se mostrado ideais para o diagnóstico precoce de
desequilíbrios de coagulação. Outro fator de risco para o aumento do óbito consiste na
lesão isquêmica do enxerto hepático, que desencadeia uma resposta inflamatória
sistêmica e resulta em alteração prejudicial da mecânica respiratória, o que favorece o
desenvolvimento de pneumonia e de síndrome da angústia respiratória aguda. Em casos
de lesão isquêmica, é sabido que níveis plasmáticos aumentados de TNF-TNF-α, IL-6 e
IL-8 estão relacionados com maior risco de complicações pulmonares pós-operatórias, o
que eleva a necessidade de acompanhamento desses parâmetros. Observa-se, também,
que a lesão renal aguda (LRA) é uma complicação importante no pós operatório. No
estudo realizado com 122 pacientes, observou-se que 42,6% evoluíram para LRA, o que
resultou em aumento da mortalidade e do tempo de internação. Conclusão: Diante do
exposto, nota-se os principais desafios enfrentados em relação às complicações

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


resultantes do transplante de fígado. Depreende-se, portanto, que a cirurgia não é isenta
de riscos e alguns pacientes podem apresentar complicações. No entanto, observa-se que
alguns exames fornecem indicadores para reconhecimento precoce da disfunção, o que
permite realizar o manejo adequado.
Palavras-chave: Liver Transplantation; Anesthesia; Intraoperative Complications

REFERÊNCIAS
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PIVETTA, Emanuele E.; PANIO, Angelo; CAPPELLO, Paola; MAZZEO, Anna T.;
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LUKASZEWSKI, Marceli; CHUDOBA, Pawel; LEPIESZA, Agnieszka; RYCHTER,
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KOHLI, Megha; GARG, Neha; SINDWAN, Gaurav; TEMPE, Deepak; PAMECHA,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


APLICAÇÃO DO OZÔNIO COMO TERAPIA NO CUIDADO DE FERIDAS:
UMA REVISÃO DA LITERATURA

Samuel Carlos Tomaz1; John Herbert da Silva Brito2; Vanessa Silva Gaspar3

Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri – Unidade


1,2,3

Descentralizada de Iguatu
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As feridas possuem como característica a descontinuidade da


integralidade da pele, independentemente de seu tamanho e complexidade. Suas causas
são multifatoriais, podendo ser por fatores externos como também por fatores internos. A
terapia com ozônio (O3) tem demonstrado sua eficácia no tratamento das úlceras. Essa
terapia foge do padrão convencional e monstra sua relevância no tratamento de feridas e
lesões, visto que, o cuidado com as feridas sempre foi um desafio. OBJETIVOS:
Descrever através da literatura científica a eficácia da terapia com ozônio no tratamento
de feridas. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada
no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde. Os Descritores em Saúde utilizados e
conectados pelo Operador Booleano AND foram: ozônio; ferimentos e lesões; e
cicatrização. Para a filtragem, foram considerados os documentos com texto completo,
entre os anos de 2016 a 2021, em inglês e português. Durante o início da pesquisa, foram
apresentados 17 artigos que após passarem pelo processo de filtragem e avaliação dos
títulos e resumos sobraram 7. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Embora o gás ozônio
seja tóxico para o sistema respiratório, ele apresenta bons resultados no tratamento de
feridas, quando usado corretamente. Ao ser aplicado em uma lesão, o ozônio desencadeia
uma série de mecanismos que além de favorecer a cicatrização, facilita a transição das
plaquetas pelos vasos sanguíneos, melhora a oxigenação local, alivia a dor, age contra
infecções causadas por microrganismos devido ao seu efeito oxidativo e contribui para o
crescimento do tecido de granulação. Em contado com o plasma sanguíneo, o ozônio
desencadeia uma série de eventos que resultam no aumento de leucócitos para a região e
estimula o fator de crescimento TGF-β1, o que apressa o processo de cicatrização. A
terapia com ozônio demonstra sua eficiência também ao tratar de feridas crônicas. A ação
de estimular enzimas antioxidantes, de aumentar a infusão sanguínea local e sua ação
antibiótica fazem com que ela seja uma boa alternativa para tratar feridas em pés
diabéticos e feridas causadas por problemas vasculares. Além disso, a terapia com ozônio
apresenta um bom custo-benefício. Uma pesquisa demonstrou a eficiência de óleo de
ozônio na cicatrização em um grupo de camundongos. Enquanto o grupo controle teve a
sua cicatrização gradualmente com o tempo, o grupo de camundongos que foi tratado
com esse óleo teve a recuperação da integridade da pele mais rápida. Esse mesmo estudo
afirmou que o óleo de ozônio ativou de maneira significativa os fibroblastos e favoreceu

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a migração dos mesmos para a região em comparação com o grupo controle. Outro
pesquisador evidenciou que as feridas em cavalos tratadas com óleo de andiroba
ozonizado tiveram uma melhor epitelização e uma maior evidenciação de fibroblastos e
colágeno em comparação aos outros cavalos que foram tratados somente com óleo de
andiroba puro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foram evidenciados os benefícios que o
ozônio traz aos pacientes com feridas. Além da capacidade de acelerar a cicatrização, ele
possui menos custos devido à desnecessidade de comprar inúmeras coberturas, o que
favorece o conforto do paciente.
Palavras-chave: Ozônio; Terapêutica; Ferimentos e Lesões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GURGER, M.; et al. The effect of the platelet-rich plasma and ozone therapy on tendon-
to-bone healing in the rabbit rotator cuff repair model. Rev. Orthop Surg. Res., v. 16, n.
1, 2021.

MARCHESINI, B. F.; RIBEIRO, S. B. Efeito da ozonioterapia na cicatrização de feridas.


Rev. Fisio. Bras., v. 21, n. 3, p. 281-288, 2020.

XIAO, W. et al. Ozone oil promotes wound healing by increasing the migration of
fibroblasts via PI3K/Akt/mTOR signaling pathway. Rev. Biosci. Rep., v. 37, n. 6, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


APLICAÇÃO TERAPÊUTICA DA INULINA EM INFECÇÕES CAUSADAS
POR HELICOBACTER PYLORI: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2

1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa relacionada ao


desenvolvimento de agravos em saúde como úlceras duodenais e adenocarcinomas
gástricos. O tratamento convencional é baseado no uso de antibióticos, nos quais são
associados a resistência bacteriana e a alta prevalência de efeitos adversos. Nesse sentido,
o estudo de ingredientes funcionais, como a inulina, tem destaque na literatura com o
intuito de desenvolver terapias mais acessíveis e reduzir inconvenientes da terapia
tradicional. OBJETIVOS: Identificar a eficácia da inulina em infecções por
Helicobacter pylori a partir de dados disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Foi
realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória em outubro de 2021 a partir da
combinação dos descritores “Inulina” e “Helicobacter pylori” nas bases de dados
periódicos da CAPES, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, obtendo 21 resultados.
Foram excluídos trabalhos de revisão e estudos publicados com tempo superior a 10 anos.
Foram selecionados 4 artigos científicos disponíveis em língua inglesa. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: A análise do material teórico identificou escassos trabalhos sobre a
eficácia da inulina no tratamento da infecção pelo Helicobacter pylori. A maioria dos
artigos abordaram estudos de simbióticos compostos de inulina, nos quais não
apresentaram superioridade a antibioticoterapia convencional, porém demonstraram
maior eficácia na erradicação da infecção comparado ao uso isolado de probióticos. O
potencial antiulceroso foi demonstrado por estudos in vitro com o extrato de
Cochlospermum tinctorium composto de inulina, reduzindo a adesão celular bacteriana.
Reações adversas como vômitos, dor abdominal e excesso de gases foram identificadas
na literatura, contudo a ocorrência de efeitos indesejáveis foi menor comparado ao uso
de antibióticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A inulina tem potencial promissor na
terapêutica de infecções por Helicobacter pylori, demonstrando um menor índices de
reações adversas. Portanto, é fundamental o desenvolvimento de novas pesquisas sobre a
temática, incluindo o estudo de alternativas para potencializar a aplicação da inulina na
infecção bacteriana.
Palavras-chave: Helicobacter pylori; Inulina; Alimentos funcionais.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUTOROVA, L. I. et al. Comparison of clinical-metabolic efficacy of pre- and probiotics
in the conducted optimized protocols of eradication therapy of Helicobacter pylori
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INNGJERDINGEN, Kari Tvete et al. Inhibition of Helicobacter pylori adhesion to
human gastric adenocarcinoma epithelial cells by aqueous extracts and pectic
polysaccharides from the roots of Cochlospermum tinctorium A. Rich. and Vernonia
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ISLEK, Ali et al. Bifidobacterium lactis B94 plus inulin for Treatment of Helicobacter
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Acta Gastro-Enterologica Belgica, Bélgica, v. 78, n. 3, p. 282-286, 2015.
USTUNDAG, Gonca Handan et al. The Effects of Synbiotic “Bifidobacterium lactisB94
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Children. Canadian Journal Of Gastroenterology And Hepatology, [S.L.], v. 2017, p.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS DA DOENÇA CELÍACA: UMA REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

Giulia Bassi Serpa¹, Raquel Dias Marques¹, Rebecca Bacellar² e Verônica Góbi Bernabé²

¹ Graduando em medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia


de Vitória, Vitória - ES

² Graduando em medicina pela Universidade de Vila Velha, Vila Velha-ES

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A doença celíaca é uma enteropatia autoimune induzida pelo glúten que
afeta indivíduos com predisposição à doença. Existem muitos sintomas extraintestinais e
eles são de grande importância para o diagnóstico adequado da doença. As manifestações
cutâneas podem ser divididas em: auto imune, alérgica, inflamatória e mista, sendo a
dermatite herpetiforme e a psoríase as manifestações com maior nível de evidência de
estarem associadas com a doença celíaca. Objetivos: Elucidar a importância de conhecer
as manifestações cutâneas da doença celíaca para que melhor diagnóstico da doença.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, através do levantamento bibliográfico
realizado no PubMed, utilizando os descritores "Doença Celíaca", "Manifestações
Cutâneas", "Doença de Pele", "Dermatite", descritos pelo DeCS. Foram considerados
artigos publicados dos últimos 5 anos, em inglês. Foram selecionados 5 artigos para
compor esse artigo de revisão. Resultados e discussão: A associação entre a doença
celíaca e o surgimento de determinadas condições dermatológicas tem sido discutida há
algum tempo, resultando na frequente emergência de novos estudos e informações
relevantes. A identificação de sinais e sintomas cutâneos se mostra imprescindível para o
início precoce de tratamento, dada a expressividade dos sintomas extraintestinais.
Evidenciou-se que a presença de afecções dermatológicas pode auxiliar no diagnóstico
mesmo em caso de sintomas gastrointestinais ausentes. Foi relatado um amplo espectro
de manifestações cutâneas potencialmente derivadas da doença celíaca, sendo a mais
significativa dermatite herpetiforme. Além disso, foi demonstrado que em pacientes com
doença celíaca e histórico de desordens cutâneas, a inflamação causada pelo glúten foi
capaz de reativar certas doenças de pele, como a urticária crônica. Outro achado
importante foi a melhora nos sintomas de certas doenças cutâneas em alguns pacientes
após a introdução de uma dieta sem glúten. Cabe destacar como prioridade a introdução
de estudos mais abrangentes acerca do tema a fim de permitir melhor compreensão do
real envolvimento cutâneo na doença celíaca. Conclusão: A doença celíaca, além de
sinais e sintomas gastrointestinais, apresenta-se com manifestações extraintestinais,
estando associada à diversas doenças cutâneas, como dermatite herpetiforme, psoríase,
urticária crônica espontânea, rosácea e dermatite atópica. Estudos demonstraram que os
depósitos de IgA, marca registrada da dermatite herpetiforme, podem ser considerados
um marcador imunopatológico para doença celíaca. Já as manifestações cutâneas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


provenientes das outras doenças requerem mais investigação e considerações acadêmicas
para embasar um bom diagnóstico diferencial.

Palavras-chave: Doença Celíaca; Manifestações Cutâneas; Doença de Pele; Dermatite.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REPOSIÇÃO HORMONAL E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA
NA MENOPAUSA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autor/coautores: Nathália Perini Zamprogno, Izabela Corona Sena¹ e Fabiana Lima


Marques2

1.Acadêmicas de Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de


Misericórdia de Vitória (EMESCAM).

2. Médica Endocrinologista pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória


(HSCMV).

[email protected]

INTRODUÇÃO: A menopausa é a cessação permanente dos ciclos menstruais e marcao


fim do período de transição menopáusica e início da pós-menopausa. Esse processo
ocorre devido a uma redução gradual no número de folículos ovarianos e por isso resulta
em diversas mudanças hormonais, que podem comprometer o bem estar das mulheres.
Nesse contexto, a terapia hormonal(TH) ganha destaque, por ser um tratamento eficaz
para melhorar a qualidade de vida, aliviando sintomas vasomotores, sexuais e
geniturinários, como suores noturnos, ondas de calor, insônia, ressecamento vaginal e
labilidade emocional.Além disso a TH pode minimizar a perda de massa óssea, com
implicações importantes para a saúde em longo prazo. Quando indicada, deve ser iniciada
para mulheres na perimenopausa, antes dos 60 anos, ou antes de 10 anos da menopausa,
desde que não apresentem contraindicações. OBJETIVO: Elucidar os benefícios da TH
na qualidade de vida feminina. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica realizada na
bases de dados PubMed/MEDLINE, durante agosto e setembro de 2021, por meio do
cruzamento dos descritores, cadastradas no DeCS, “Hormone Replacement Therapy”
AND “menopause”. Utilizou-se como critérios de inclusão artigos publicados nos últimos
cinco anos, nos idiomas inglês, português ou espanhol. Foram excluídos aqueles cujo
título ou resumo eram incoerentes com a linha de interesse da atual revisão. Com base
nisso, encontraram-se 55 artigos, dos quais 5 foram selecionados, além de outros 2 e um
livro didático, julgados importantes para a discussão do tema. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A TH é o tratamento mais eficaz para os sintomas da menopausa. Além
disso, ela fornece outros benefícios na qualidade de vida da mulher, como, por exemplo,
a manutenção da saúde esquelética. No entanto, aumenta o risco de eventos
cardiovasculares, cerebrovasculares, câncer de mama e outros eventos adversos, o que
torna importante se atentar aos fatores individuais, o tempo de uso, a idade e o tipo de
hormônio. O grupo alvo no qual os benefícios na grande maioria superam os riscos são
mulheres de 50 a 59 anos ou com menos de 10 anos de menopausa. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: De acordo com a literatura, a terapia hormonal é o tratamento mais eficaz para
os sintomas vasomotores, genitourinárias. Contudo, os riscos e benefícios da terapia com
hormônios femininos devem ser considerados por médicos e pacientes, e as decisões de
tratamento devem ser tomadas individualmente, sendo que o tempo de uso em relação a

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


menopausa, a idade e o tipo de hormônio são fatores a serem levados em consideração na
tomada de decisão.

Palavras-chave: Hormone Replacement Therapy, Menopause e Women's Health.

REFERÊNCIAS:

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5.

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2019. DOI: 10.1016/j.sxmr.2019.03.006 Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31147294/ Acesso em: 10 setembro de 2021.

3.CHESTER, R C. KLING, J M. MANSON, J E. What the Women's Health Initiative has


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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32642851/ Acesso em:10 de setembro de 2021.

5.JAVED, A A. Association Between Hormone Therapy and Muscle Mass in


Postmenopausal Women. JAMA Netw Open. 2019 Aug; v 2, n.8, e1910154, Aug 2019.
DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2019.10154 Disponível
em:https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31461147/ Acesso em: 28 de agosto de 2021.

6.VELENTZIS, L S.SALAGAME, U. CANFELL, K. Menopausal hormone therapy: a


systematic review of cost-effectiveness evaluations. BMC Health Serv Res, n 17, p 326,
2017. DOI: 10.1186/s12913-017-2227-y Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28476121/ Acesso em: 28 de agosto de 2021.

7.GIACOMINI, D R. MELLA E A C. Reposição Hormonal: vantagens e desvantagens.


Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, v 27, n.1, 2006.

DOI: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2006v27n1p71. Disponível


em:http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/3530/0 Acesso em:
5 de setebro de 2021.

8.PARDINI, D.Terapia de reposição hormonal na menopausa, Arq Bras Endocrinol


Metab, v 58, n.2, Mar, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/0004-2730000003044
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/abem/a/bnhD8LVvNT9P5yWFvhzfvBc/?lang=pt&format=html
Acesso em: 10 de setembro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AS COMPLICAÇÕES DA EPISIOTOMIA NO PÓS-PARTO: UMA REVISÃO
DA LITERATURA
1
Giovana Rodrigues Puga, 2 Anna Beatriz de Sousa Piedade, 3 Ana Karolina Lima
Oliveira, 4 Jamilly Albuquerque Gonçalves, 5 Ketlin jaquelline Santana de Castro

1,2,3,4
Graduanda em Fisioterapia pelo Universidade da Amazônia (UNAMA)
5
Fisioterapeuta. Doutora em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal
do Pará

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A episiotomia é uma incisão cirúrgica realizada no períneo da mulher no


momento da expulsão durante o parto (SÃO BENTO et. al. 2006). A técnica é indicada
em casos específicos, como, parto pélvico, distocia de ombro, macrossomia fetal, entre
outros (HUY et. al.,2019). No entanto, evidências científicas mostram diversas
complicações relacionadas a esse procedimento (KHAN et. al., 2020). Nessa perspectiva,
a discussão do tema é urgente atualmente, visando a prática humanizada no atendimento.
Objetivo: Avaliar as possíveis complicações da episiotomia em parturientes.
Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com levantamento
bibliográfico nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysisand Retrieval
System Online – MEDLINE (PUBMED) e Biblioteca Regional de Medicina (BIREME).
Utilizou-se os descritores em língua inglesa: "episiotomy" and "postpartum" and
"complications". Foram incluídos estudos na língua inglesa e portuguesa do ano de 2016
a 2020 que abordassem o uso da episiotomia no parto vaginal e suas complicações. Foram
excluídos estudos que não pontuaram as possíveis complicações pós episiotomia,
pesquisas realizadas em animais e in vitro. Além disso, foram filtrados estudos cujo
escopo se apresenta como forma de revisão de literatura e relatos de casos. Resultados e
Discussão: Foram encontrados 779 artigos, e após a aplicação dos critérios de inclusão e
exclusão, 9 artigos foram selecionados para amostra do estudo. Uma pesquisa de corte
retrospectivo que analisou as consequências dos diferentes instrumentos utilizados nos
partos vaginais operatórios, mostrou a episiotomia como um fator de risco para ruptura
da ferida perineal (WILKIE et. al.,2018). Um estudo comparou resultados maternos e
neonatais, e complicações no período de 42 horas pós-parto vaginal em parturientes
saudáveis com e sem episiotomia, concluindo que a incidência de rotura perineal de
segundo, terceiro e quarto grau foi significativamente maior no grupo com episiotomia
(KOVAVISARACH et. al., 2017). A episiotomia triplicou o risco de infecção ao avaliar
os fatores de risco para rotura perineal, infecção de ferida operatória e deiscência em
primíparas (GOMMESEN et. al., 2019). As evidências mostram que a dor perineal é a
complicação mais proeminente em mulheres que realizaram parto vaginal com o
procedimento de episiotomia (HUY et. al., 2019). Em estudo realizado por Rusavy et al.
(2016), não houve diferenças significativas observadas na prevalência de incontinência
anal após episiotomia mediolateral e lateral durante o parto, no entanto, a urgência fecal
(em que momento?) e urgência fecal 6 meses após o parto obteve maiores taxas entre os

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pacientes que se submeteram a episiotomia lateral. Gupta et al. (2021) verificaram a
interação entre paridade e episiotomia na ocorrência de retenção urinária pós-parto, e
observaram que as mulheres nulíparas com episiotomia têm maior chance de desenvolver
retenção urinária pós-parto em comparação com aquelas sem episiotomia Considerações
finais: Os estudos sugeriram que a episiotomia apresenta consequências negativas em
diversos aspectos após o parto vaginal em parturientes.Acrescentem quais são as
consequências negativas nestes diversos aspectos.
Palavras-chave: episiotomy; postpartum; complications.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GOMMESEN et al. Obstetric perineal tears: risk factors, wound infection and dehiscence:
a prospective cohort study. Archives Of Gynecology And Obstetrics, p. 1-11, 2019.
GUPTA et al. Postpartum urinary retention in women undergoing instrumental delivery:
A cross-sectional analytical study. Acta Obstet Gynecol Scand, n.100 p. 41 – 47, 2021.
KHAN, et al. Episiotomy and its complications: A cross sectional study in secondary care
hospital. J Pak Med Assoc. v. 11, n. 70, p. 2036-2038, 2020.
KOVAVISARACH et al. Pregnancy Outcomes of Healthy Parturients Delivered With or
Without Episiotomy. Jornal Of The Medical Associatin Of Thailand. Thailândia, p. 1-
7, 2017.
HUY et al. Pelvic Floor and Sexual Dysfunction After Vaginal Birth With Episiotomy in
Vietnamese Women. Sex Med, v. 4, n. 7, p. 514-521, 2019.
RUSAVY et al. Anal incontinence and fecal urgency following vaginal delivery with
episiotomy among primiparous patients. Int J Gynaecol Obstet, v. 3, n. 135, p. 290-294,
2016.
SÃO BENTO et al. Realização da Episiotomia nos dias atuais à luz da produção
científica: Uma Revisão. Esc Anna Nery R Enferm, v. 3, n. 10, p. 552 – 9, dez 2006
WILKIE, et al. Risk factors for poor perineal outcome after operative vaginal delivery.
Journal Of Perinatology. p. 1-6, 2018.

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ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE
IMPERATRIZ, DO ESTADO DO MARANHÃO

Lidia Hadassa Dantas Feitosa1; Mariana Nogueira Vasco2; João Victor Bulhão de
Moura3; Thalita Albuquerque Ferreira Santos4; Iraciane Rodrigues Nascimento Oliveira5

Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA –


1,2,3,4

Imperatriz).
5
Enfermeira. Professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA – Imperatriz).

E-mail do autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo


Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, uma bactéria ácido-alcoólica, gram-positiva
e resistente que pode infectar os nervos periféricos. No Brasil, a hanseníase está
fortemente relacionada a condições econômicas, sociais e ambientais desfavoráveis.
Soma-se a estes fatores, a dificuldade de acesso à rede de serviços de saúde pelas
populações mais vulneráveis, bem como às informações acerca dos sinais e sintomas da
doença, refletindo diretamente na detecção na fase inicial da doença. Embora avanços
tenham sido conquistados nas últimas décadas, o país ocupa a 2ª posição na detecção de
casos novos, a nível mundial, e dentre seus estados, o Maranhão ocupa o primeiro lugar
na detecção desses casos, sendo o município de Imperatriz, segundo maior do estado, o
que concentra o segundo maior número de notificações. OBJETIVOS: Este estudo teve
como objetivo descrever os aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de
Imperatriz - MA, no período de 2001 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
documental, descritivo, quantitativo, a partir da utilização de dados de 2001 a 2020, do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma
DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O coeficiente mais elevado foi registrado
no ano de 2002 (250/100.000) e em 2020 o coeficiente foi de 29/100.000. Ao todo,
verificaram-se 6.768 casos de hanseníase notificados à Secretaria Estadual de Saúde do
Maranhão no período em questão. A distribuição dos casos por sexo mostrou diferença
significativa, sendo 42% dos casos notificados de indivíduos do sexo feminino, e 58% do
sexo masculino. Quanto a distribuição dos casos por faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos
tem o maior número de notificações (1266). No grupo dos menores de 15 anos houveram
707 notificações, 29 foram de crianças entre 1 e 4 anos de idade. Em relação à raça, 47%
dos pacientes são pardos, 26% brancos e 14% pretos. Quanto a escolaridade, pacientes
com 1ª a 4ª série do ensino fundamental incompleta correspondem ao maior número de
notificações (20%). Quanto à forma clínica, a dimorfa prevaleceu (39%), seguida da
tuberculóide (23%), indeterminada (19%) e virchowiana (18%). CONSIDERAÇÕES

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FINAIS: A análise dos casos segundo as variáveis sexo e forma clínica revelou que entre
os dois sexos prevaleceu a forma dimorfa. Desse modo, verifica-se que as políticas
púbicas voltadas para erradicação da hanseníase mostram-se eficazes na diminuição do
número de casos novos no município de Imperatriz ao longo do período analisado,
entretanto, ainda existem entraves a serem superados para a erradicação efetiva. A
população com grau de escolaridade mais baixa é a mais afetada por essa enfermidade, o
que aponta para uma deficiência no acesso a informações sobre a prevenção e os sintomas
iniciais dessa doença. Nesse sentido, a maior parte dos casos permanece sendo de
pacientes com formas mais avançadas da doença, o que indica a necessidade de
intensificação de ações e atividades de rastreamento para o diagnóstico e tratamento
precoce da hanseníase.
Palavras-chaves: Epidemiologia; Mycobacterium leprae; Notificações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Guia de vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, Brasília, 2019.


Disponível em: https://saude.campinas.sp.gov.br/doencas/Guia_VE.pdf. Acesso em 8 de
out. de 2021.

DA SILVA, Patrícia Samara Ribeiro et al. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes


portadores de hanseníase em um município do Maranhão. Revista Eletrônica Acervo
Saúde, v. 12, n. 8, p. e3468-e3468, 2020.

RODRIGUES, Rayssa Nogueira et al. Áreas de alto risco de hanseníase no Brasil,


período 2001-2015. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 73, 2020.

OLIVEIRA, Francisca Jacinta Feitoza et al. Avaliação do Programa de Controle da


Hanseníase de Imperatriz-MA: um estudo exploratório. Revista de Pesquisa Cuidado é
Fundamental Online, v. 4, n. 2, p. 2427-2436, 2012.

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ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM AO PACIENTE ONCOLÓGICO EM FASE
TERMINAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Juciele Gomes dos Santos1; Marineide Neres Gomes2; Gabriela Rocha Santos3;
Fernanda Marques Volponi 4 ; Rayza Nogueira de Souza5 ;Ilmara Sampaio6
1,2,3
Graduando em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde
4
Graduando em Enfermagem pela Faculdade Anhanguera de Brasília
5
Graduando em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda
6
Enfermeira. Mestre em Família na Sociedade Contemporânea da Saúde
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento celular


descontrolado que leva a uma massa de células chamada neoplasia ou tumor. As
neoplasias malignas invadem os tecidos vizinhos e, em geral, metastatizam-se para locais
mais distantes do corpo; e estas são as grandes responsáveis por levar o paciente à
terminalidade e ao óbito. O paciente oncológico terminal experimenta vários sentimentos
de sofrimento que acomete aspectos biopsicossociais e de nível espiritual. OBJETIVOS:
Identificar na literatura como é concebido a assistência de enfermagem ao paciente
oncológico em fase terminal. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura
de abordagem qualitativa, sendo realizada em setembro de 2021. A seleção e obtenção
dos artigos ocorreram através das bases de dados: BDENF, LILACS, CUMED, IBECS,
LIPCS através da Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores “Enfermagem”,
“Oncologia” e “Paciente Terminal,” combinados entre si utilizando o operador booleano
"and". Foram incluídos artigos disponíveis na íntegra gratuitamente, publicados em
português, inglês, espanhol, com recorte temporal de 2016 a 2021. Constituíram como
critérios de exclusão: publicações repetidas, estudos de revisão, além de estudos que não
respondessem ao objetivo ou à questão norteadora de pesquisa delineada. Por fim, os
estudos identificados por meio da busca bibliográfica nas bases de dados compuseram 93
produções, sendo que após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão elegeu-se 10
artigos para compor a análise interpretativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Identificou-se que a assistência de Enfermagem é de extrema importância para o paciente
oncológico em fase terminal, não atendendo só as necessidades físicas, mas também as
psicológicas, sociais e espirituais desse indivíduo, auxiliando no momento privado de sua
vida. O profissional enfermeiro(a), deve oferecer os cuidados paliativos, com o intuito
de melhorar a qualidade de vida do paciente e também dispensando um apoio maior à
família. Através desse cuidado holístico e humanizado o enfermeiro busca valorizar as
necessidades do paciente oncológico respeitando suas escolhas (autonomia),
proporcionando-lhes a certeza de não estarem sozinhos no momento da morte. O olhar
diferenciado para o paciente de maneira holística ,como um ser biopsicossocioespiritual
, transmite segurança e interesse em assuntos relacionados ao seu cotidiano associados ao

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controle da dor e de outros sintomas; ensinando-lhes que uma morte tranquila e digna é
seu direito. Mostrou-se que a assistência de enfermagem deve ser construída através da
confiança e comunicação. Percebe-se que a confiança é o fator fundamental em qualquer
relacionamento, reduzindo, medos e ansiedade dos pacientes, portanto, levará a sua
satisfação e preservação do seu espírito, logo uma comunicação ativa é um instrumento
relevante na estratégia do enfrentamento do profissional enfermeiro, na assistência aos
pacientes/famílias sob o tratamento de cuidados paliativos. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Destaca-se que, a assistência de enfermagem de forma humanizada com foco
na escuta e comunicação favorece os cuidados paliativos e a criação de vínculo entre
profissional, cliente/paciente e familiares, tornando a qualidade da assistência mais
efetiva. Conclui-se que é preciso que o profissional de Enfermagem tenha conhecimentos
técnico-científicos sobre os métodos de manejo na assistência, como também precisa unir
esses saberes ao cuidar de forma humanizada.
Palavras-chave: Enfermagem; Oncologia; Paciente Terminal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHIAVON A.B, et al. Profissional da saúde frente a situação de ter um familiar em


cuidados paliativos por câncer. Rev Gaúcha Enferm, v. 37, n. 1, p. 1-7, 2016.

TORRES D.G, et al. Conhecimentos Necessários para que a Enfermeira Trabalhe na


Unidade de Terapia Intensiva Oncológica. Rev Enferm UFSM, v. 8, n. 3, p. 451-463,
2018.

CASSOL P.B, et al. Autonomia do paciente terminal: percepção da enfermagem de uma


unidade de internação hemato oncológica. J Nurs Health, v. 6, n. 2, p. 298-308, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À PACIENTES PORTADORES DO
HIV/AIDS

Arianny Luiza Barros de Santana¹; Izadora Ribeiro de Moraes²; Williane Pereira Cruz³;
Daiane de Matos Silva4; Thiemmy de Souza Almeida Guedes5

¹Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho


²Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Rondonópolis
³Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão
5
Pós-graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pode ser transmitido por


relações sexuais, exposição perinatal e contato com sangue contaminado. Um dos pontos
centrais para a assistência às pessoas com HIV é o desenvolvimento de uma noção de
disparidade, em que trabalhar os preconceitos, medos e respeito às discrepâncias,
assegura maior eficiência e eficácia em qualquer interferência; notando-se a outra como
possível parte de nós mesmos e entendendo as variabilidades e universalidades do ser
humano. OBJETIVO: Compreender a importância das ações do enfermeiro frente à
assistência aos portadores de HIV/AIDS. METODOLOGIA: Revisão integrativa
realizada nas bases de dados BDENF, LILACS e IBECS, através dos descritores
“Cuidados de Enfermagem”, “HIV” e “Infecções por HIV”, combinados entre si pelo
operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de agosto de 2021, como critério de
inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e
espanhol, que abordassem a temática, nos últimos cinco anos. Adotaram-se como critérios
de exclusões: dissertações, revisões de literatura, teses, artigos que fugissem da temática
e estivessem repetidos nas bases de dados. De início foram encontrados 36 artigos nas
bases de dados. Após adotar os métodos de inclusão e exclusão foram selecionados 15
artigos para compor a revisão. Usou-se como pergunta norteadora “Quais os impactos
causados pelo HIV na vida dos pacientes? ” RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
paciente soropositivo é propenso ao desenvolvimento de infecções que podem causar sua
intenção, com isso, faz-se importante que a equipe de enfermagem realize a assistência
do paciente integrando os cuidados de forma específica com a infecção oportunista. O
sucesso do tratamento consiste na identificação precoce de quadros agudos, orientações
dos exames que devem ser realizados, sobre eventos adversos a adesão à terapia
antirretroviral (TARV), e de um adequado acesso e vinculação aos serviços, equipe e sua
capacidade de articulação e integração com os demais serviços da rede.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, é fundamental que as equipes de enfermagem
tenham disponibilidade para atender os usuários com HIV, mesmo em momentos não
previstos no cronograma de reavaliação. Recorrendo a ações que promovam uma melhor
assistência a esses pacientes, como as intervenções biomédicas clássica e as baseadas em
antirretrovirais (ARV).

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Palavras-chave: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; HIV; Cuidados de
Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PRIMEIRA, M. R.; SANTOS, W. M.; PAULA, C. C.; PADOIN, S. M. M. Qualidade de


vida, adesão e indicadores clínicos em pessoas vivendo com HIV. Acta paul.
enferm. [online], 2020; eAPE20190141. DOI: http://dx.doi.org/10.37689/acta-
ape/2020ao0141.

SILVA, L. C. L. et al. Conhecimento de homens jovens sobre infecção pelo HIV e fatores
associados. Rev. baiana enferm. [Online]. 2020, vol.34, e37098. Epub 20-Nov-2020.
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SOUZA, L. P.; MONTEIRO, R. S.; NASCIMENTO, V. B.; SILVA NETO, A. S.;
MENDES, L. M.C. Performance of the nursing team in the rapid HIV test. J Nurs UFPE
on line. 2020;14: e244420 DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963.2020.244420

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA ADOLESCENTE GRÁVIDA -
RELATO DE EXPERIENCIA
Luciana Emnuelle de Aviz1; Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca2; Jessica de Souza
Pereira3; Nanni Moy Reis4; Amanda Thaís Silva da Silva5; Luana Cunha Galvão
Pereira6
1,2,3,4
Graduando em Enfermagem pela Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
– UNIFAMAZ.
5
Graduando em Enfermagem pelo pela Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ
6
Enfermeira pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - UNIFAMAZ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A adolescência é delimitada como o período da vida que compreende


entre os 10 e 19 anos, 11 meses e 29 dias. Nessa fase as meninas atingem a menarca e
grande parte delas iniciam precocemente a vida sexual sem muitos conhecimentos, o que
implicará em um grande risco de Infecção Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez
não planejada devido à falta de informação. (DUARTE; PAMPLONA; RODRIGUES,
2018). O crescimento do número de jovens grávidas, está relacionado a falta de programas
voltados a promoção da saúde sobre a vida sexual e a reprodução durante a transição da
idade infantil para a idade adulta, ao início precoce da atividade sexual e a inversão de
valores culturais (FONSECA, 2019). OBJETIVO: Analisar a assistência de enfermagem
as adolescentes grávidas, assistidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no
município de Belém. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de
experiência, baseado na vivência de acadêmicas de enfermagem, com posterior revisão
de literatura realizada com foco na assistência de enfermagem as adolescentes gravidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que as taxas de gravidez na adolescência
variam de serviço para serviço, mas estima-se que de 20 a 25% do total de mulheres
gestantes sejam adolescentes, pontando que 18% das adolescentes de 15 a 19 anos já
haviam ficado grávidas alguma vez. (DUARTE; PAMPLONA; RODRIGUES, 2018).
Desde modo, uma gravidez neste período vem sendo considerada um problema de saúde
pública devido às modificações biológicas, psicossociais e financeiras que acometem o
adolescente e o contexto social como um todo, já que o adolescente passa a ter novas
responsabilidades como também medo e insegurança, limitando ou diminuindo-lhe a
possibilidade de se desenvolver holisticamente na sociedade (MONTEIRO; PEREIRA,
2018). Em virtude disso, a gravidez na adolescência é uma questão multifatorial não
existindo um único fator, mas um conjunto que concerne para sua ocorrência. Sendo, que
os pais-adolescentes possuem diversos desafios ao descobrir uma gravidez e que isso irá
gerar consequências em seu contexto social, familiar e pessoal, somados à aquisição de
novas responsabilidades para as quais não estão preparados (DUARTE; PAMPLONA;
RODRIGUES, 2018). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a gravidez na
adolescência está relacionada por alguns fatores sociais, emocionais, econômicos e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


culturais. Sendo assim, a assistência de Enfermagem de fundamental importância para
minimizar o alto índice de adolescência gravidas, é buscando compreender e responder
esses fatores, visando sempre a promoção da qualidade de vida. Buscar desenvolver
atividades de maneira direta para as adolescentes no período da gravidez, para uma
melhor aceitação da situação, e assim, estabelecendo o vínculo e metas, que permitam
conhecer o histórico de vida dessa adolescente e fazer um acampamento de acordo com
suas necessidades.
Palavras-chave: Assistência Integral à Saúde; Enfermagem; Gravidez na Adolescência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE, E. S; PAMPLONA, T. Q; RODRIGUES, A. L. A gravidez na adolescência e


suas consequências biopsicossociais. Dê Ciência em Foco, v. 2, n. 1, p. 45-52, 2018.
Disponível em:
http://revistas.uninorteac.com.br/index.php/DeCienciaemFoco0/article/view/145.
Acesso em: 19 set. 2021.

FONSECA, J. M. Assistência de enfermagem às adolescentes grávidas. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. v. 3, n. 09, p. 92-114. 2019.
Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/adolescentes-
gravidas. Acesso em 15 out. 2021.

MONTEIRO, A. K; PEREIRA, B. G. Causas e consequências da gravidez na


adolescência: Uma abordagem interdisciplinar entre ciências humanas e da
saúde. Revista de Saúde Dom Alberto, v. 3, n. 1, p. 1-20, 2018. Disponível em:
http://revista.domalberto.edu.br/index.php/revistadesaudedomalberto/article/view/49.
Acesso em: 19 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO BEBÊ PREMATURO
Laisa Evely dos Santos Gomes¹, Rafaelle Salvador de Assis², Aldennizy Maria Cardoso
dos Santos³, Ezequias Lúcio de Lima4, Sidrack Lucas Vila Nova Filho5.

¹ Acadêmica de Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP


Wyden.
² Acadêmica de Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
³ Acadêmica de Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
4
Acadêmico de Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
[email protected]

INTRODUÇÃO: A prematuridade tem grandes impactos nos coeficientes de


mortalidade neonatal e infantil de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para obter baixos números, a assistência de enfermagem é inevitável ao recém-nascido
(RN), durante a gestação, e no parto prematuro, visto seu papel tanto para a evolução
clínica ou fracasso do bebê prematuro, sendo assim a qualidade da assistência dependerá
muito do dimensionamento da equipe, dos procedimentos básicos nas primeiras 24 horas
do nascimento do RN prematuro. OBJETIVO: Busca-se identificar a qualidade da
assistência de enfermagem ao RN prematuro para prevenir futuras complicações
neonatais. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão de literatura, com a utilização de 6
artigos na SCIELO, LILACS e BVS no idioma português, entre os anos de 2014 e 2019,
utilizando os seguintes Descritores de Saúde: Prematuridade Neonatal, Assistência de
Enfermagem, Mortalidade Neonatal. Foram excluídos os artigos classificados com pouca
associação à temática e como tese. RESULTADOS: A partir dos dados analisados, vê-
se que a enfermagem por meio de respaldo legal, pela Lei nº 7.498/86, tem capacidade de
cuidados complexos na assistência de RNs prematuros quando necessitam de intervenção,
outro ponto visto foi que a enfermagem por meio da prevenção e técnicas de
procedimentos precoces pode realizar cuidados imediatos para a redução da mortalidade
neonatal, dentre eles, a inspeção contínua nas primeiras 24 horas, cuidados com a
hidratação, alimentação e coto umbilical. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É notório que
a enfermagem é responsável por garantir a maior sobrevivência e adaptação do RN ao
meio externo, observar o quadro clínico, fornecimento de alimentação adequada para
suprir as necessidades metabólicas, (se possível, aleitamento materno), realização
controle de infecção, estimulação o RN, educação continuada aos pais, estimulação de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


visitas familiares, elaboração e manutenção de um plano educacional, além de poder
organizar, administrar e coordenar a assistência de enfermagem ao RN e a mãe.

REFERÊNCIAS
DE SOUZA BAPTISTA, Suzana et al. Lactação em mulheres com bebês prematuros:
reconstruindo a assistência de enfermagem. Revista de Pesquisa Cuidado é
Fundamental Online, v. 6, n. 3, p. 1036-146, 2014.
RIBEIRO, José Francisco et al. O prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal: a
assistência do enfermeiro. Journal of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE,
v. 10, n. 10, 2016.
VERONEZ, Marly et al. Vivência de mães de bebês prematuros do nascimento a alta:
Notas de diários de campo. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 38, 2017.
MIGOTO, Michelle Thais et al. Mortalidade neonatal precoce e fatores de risco: estudo
caso-controle no Paraná. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 2527-2534, 2018.
DA SILVA, Kárita Moniellly. Assistência de enfermagem ao RN prematuro e a família:
uma revisão da literatura. Itinerarius Reflectionis, v. 15, n. 3, p. 01-20, 2019.
CARVALHO, Silas Santos; DE OLIVEIRA, Bruno Rodrigues; SILVA, Helissandra
Cordeiro. Assistência humanizada de enfermagem ao recém-nascido prematuro. Revista
Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, v. 21, n. 4,
p. 136-143, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO BEBÉ PREMATURO: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA

Laryssa Stefany da Silva Lima 1; Arianny Luiza Barros de Santana2;


Izadora Ribeiro de Moraes3; Teresinha Oliveira Lima de Araújo4
1
Graduanda em Enfermagem pela Uninassau
2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho
³Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Rondonópolis
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade UNIFTC
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Considerada uma das principais causas da mortalidade infantil, a


prematuridade é definida como o nascimento antes do tempo, ou seja, bebês que nasceram
antes do desenvolvimento ideal para a vida extrauterina. A qualidade da assistência na
unidade neonatal está relacionada tanto à ambiência quanto a equipe multidisciplinar,
pois há um papel essencial na orientação aos familiares, especificamente o profissional
de enfermagem, visto que, durante todo o processo de ofertar assistência, é o enfermeiro
que fica com maior contato com a família, o que acaba estabelecendo um vínculo de
confiança. OBJETIVOS: Identificar, através da literatura científica, os principais
cuidados pela equipe de enfermagem ao recém-nascido prematuro. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada através das bases de dados,
BDENF, LILACS e IBECS, através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS): "Cuidados de Enfermagem"; "Recém-nascido Prematuro"; "Enfermagem
Neonatal"; combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca ocorreu no mês
de setembro. Como critérios de inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra, nos
idiomas português, inglês e espanhol que contemplassem o tema nos últimos cinco anos.
Para os critérios de exclusão, adotaram-se literatura cinzenta, que não contemplassem o
tema e duplicadas nas bases de dados. Adotou-se como pergunta norteadora: "Quais as
condutas de Enfermagem frente a assistência ao bebê prematuro?" RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A partir da busca com os descritores e operador booleano, foram
encontrados 122 estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e
exclusão, foram selecionados 03 estudos para compor a revisão. Conforme artigos
analisados, uma das principais formas de prestar o cuidado foi o trabalho em equipe como
facilitadora na assistência, pois são profissionais com habilidades complementares umas
às outras, estabelecendo um plano de cuidado singular para cada bebê. Nesse cenário, o
enfermeiro surge como responsável em desenvolver a adaptação do recém-nascido (RN)
ao meio externo, atuando diretamente no fornecimento de quantidade de luz e som, bem
como, na manutenção do equilíbrio térmico que mais se adequa ao caso. Atua também
no monitoramento dos sinais vitais, observando o quadro clínico, visando a melhor forma

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de prestar uma assistência humanizada. Elabora planos com atividades educacionais e
assistenciais em relação à mãe para o RN, como por exemplo, suprir a carência
metabólica através do aleitamento materno. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atual
Política Nacional de Atenção Integral de Saúde da Criança (PNAISC), visa melhorar a
qualidade de vida do recém-nascido, bem como definir o papel da equipe de Enfermagem,
fundamental na atenção e monitoramento do bebê, que assume uma responsabilidade não
só com o neonato, mas também com a família que neste momento está fragilizada e
vulnerável, sobretudo exercendo papel de orientação e apoio no cuidar, logo, tem-se uma
expectativa maior sobre o desempenho do profissional nessa assistência, visto que o
cenário é de muitas expectativas e inseguridade sobre o estado de saúde e fortificação do
bebê prematuro.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Recém-Nascido Prematuro; Enfermagem
Neonatal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANACLETO, Luziane de Almeida et al. O manejo da alta hospitalar do recém nascido


prematuro: saberes dos enfermeiros. Rev. Pesqui.(Univ. Fed. Estado Rio J., Online),
p. 634-639, 2021.

MORAES, B. O. et al. Aprendizado e experiência na formação profissional em


enfermagem obstétrica acerca dos desfechos relacionados à prematuridade e baixo peso
ao nascer. Revista Eletrônica Acervo Saúde , 5 fev. 2021. v. 13, n. 2, pág. e5520.

MOTTA ROBAYO, Claudia Lorena; MUNEVAR TORRES, Rosa Yolanda. La


enseñanza de enfermería: un camino de participación materna del cuidado del prematuro
hospitalizado. 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM INFARTO AGUDO
DO MIOCÁRDIO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jhonata Correa Barbosa1; Jéssica Reis Nascimento2; Tamires Costa Franco3;
Gleciane de Sousa Furtado4; Adriete M. F. Cordovil do Santos5; Felipe dos Prazeres
Gomes6
1,2, 3,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade da Amazônia
4,6
Enfermeiro pela Universidade da Amazônia
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

Introdução: as doenças cardiovasculares (DCV), como o infarto agudo do miocárdio


(IAM), estão entre as principais causas de morte e incapacidade prematura em diversos
países, onde para ano de 2020 estima-se 25 milhões de morte por DCV mundialmente.
No Brasil, são registrados 29,4% de óbitos anuais decorrentes de DCV. O IAM se
caracteriza como uma necrose irreversível do miocárdio, ocasionando diminuição ou
interrupção total do aporte sanguíneo a determinada região cardíaca, sendo a dor torácica
um dos seus principais sintomas. Logo, é relevante que os profissionais de enfermagem
tenham conhecimentos sobre a sintomatologia do IAM. Objetivo: descrever a vivência
de acadêmicos de Enfermagem na assistência inicial a um paciente com IAM em um
serviço de saúde em Belém/Pará. Metodologia: estudo descritivo do tipo relato de
experiência ocorrido em junho de 2021. Foi realizado o atendimento inicial ao paciente
com IAM, onde a equipe de enfermagem o recebeu com sintomatologias típicas.
Resultado: O paciente chegou à unidade, com dor precordial, dispneico, ansioso, agitado
e sudoreico. Conforme tais achados clínicos, a equipe de enfermagem alocou o paciente
para uma sala disponível, para que o mesmo pudesse ser submetido à oxigenoterapia. Para
confirmação de IAM, o paciente realizou um eletrocardiograma, que teve como resultado
um supra desnivelamento das derivações precordiais V1 e V4. A realização do ECG é a
principal técnica para diagnosticar IAM, principalmente em pacientes com dor torácica.
No local de atendimento não apresentava suporte para essa comorbidade, além de carecer
de medicações que pudessem reverter esse processo. Devido a isso, o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado. Apesar da relutância do paciente
em deixar seu posto de trabalho para ser encaminhado ao serviço médico especializado,
a equipe conseguiu tranquilizá-lo e convencê-lo dos riscos decorrentes de um infarto.
Com a chegada do SAMU, o paciente recebeu os cuidados iniciais e foi conduzido ao
hospital de referência. Conclusão: em virtude do exposto, salientamos a importância do
papel da enfermagem no sucesso do prognóstico de IAM e em seu atendimento inicial,
pois na grande maioria das vezes é a equipe de enfermagem que tem o primeiro contado
com o paciente.
Descritores: Infarto agudo do miocárdio; Dor precordial; Assistência de enfermagem.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS:
AVILA, C. V. et al. Utilização de ácido acetilsalicílico (AAS) na prevenção de doenças
cardiovasculares: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
2012, v. 28, n. 6, p. 1122-1132. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102311X2012000600011>.
Acesso em: 14 out. 2019.
SILVA, F. O. et al. Percepção do enfermeiro sobre o atendimento ao paciente com
suspeita de infarto agudo do miocárdio. Universidade São Francisco, Brasil, 2017, v.
1, n. 1, p. 1-13. Disponível em: <http://ensaios.usf.edu.br/ensaios/article/view/16>.
Acesso em: 5 out. 2019.
MÓS, M. C. B. et al. Identificação da hora de início da sintomatologia de enfarte agudo
do miocárdio. Revista de Enfermagem Referência, Coimbra, 2018, v. 4, n. 19, p. 61-
70. Disponível em:
<https://rr.esenfc.pt/rr/index.php?module=rr&target=publicationDetails&pesquisa=&id
_artigo=2980&id_revista=24&id_edicao=152>. Acesso em: 14 out, 2019.
CECÍLIO, C. G. O. et al. Processo de trabalho do enfermeiro frente ao paciente acometido
por infarto agudo do miocárdio. Revista Humano Ser - UNIFACEX, Natal-RN, 2018,
v.3, n.1, p. 101-113.
<https://periodicos.unifacex.com.br/humanoser/article/view/1009/327>. Acesso em: 15
out. 2019.
BERNAR, D. O. G. et al. Tempo porta eletrocardiograma em pacientes com dor torácica
na emergência. Revista enfermagem UFPE on line, Recife, 2018, v. 12, n. 4, p. 1027-
36. Disponível em:
<https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/231123>. Acesso
em: 15 out. 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Valdeque José Marques Junior 1; Alice Fonseca Pontes 2; Camilla Maria de Araújo
Tavares 3; Kívya de Holanda Leuthier 4 ,Mirela Ferreira Pessoa Deodoro, 5 Rebeca
Toledo Coelho ⁶
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco
2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória(PCR) é caracterizada pela cessação súbita


da atividade mecânica do coração, ausência de pulso e mudanças no ritmo respiratório,
sendo restabelecida através das manobras de reanimação, exigindo do profissional de
saúde reconhecimento precoce do quadro, conhecimento dos protocolos de reanimação e
efetividade na sua realização. Sendo o tempo de resposta fator preditivo para determinar
o número de agravos e complicações no quadro de PCR, o profissional de enfermagem
assume posição de liderança em primeiro instante, uma vez que ele possui maior
proximidade com o paciente, cabendo a ele estar atualizado quanto as últimas diretrizes
da American Hospital Association(AHA), conhecer os ritmos cardíacos chocáveis,
utilização do desfibrilador externo automático (DEA), manobras de compressão cardíaca
e administração rápida e segura de medicamentos. OBJETIVOS: Este trabalho tem como
objetivo analisar a importância do enfermeiro e sua atuação no manejo do paciente em
parada cardiorrespiratória. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo feito a partir de
uma revisão da literatura. Foram selecionados cinco artigos, disponíveis em inglês e
português, utilizando como critério de exclusão artigos publicados fora do período
correspondente a 2016-2021. A busca foi realizada nas bases de dados da Biblioteca
virtual em saúde(BVS) e PUBMED por meio dos descritores “Enfermagem”, “Parada
cardiorrespiratória”, "Nursing", "Cardiorespiratory arrest" através do booleano “AND”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: É possível inferir a partir dos dados coletados na
literatura que ambientes seguros, que respeitem a autonomia e liderança do profissional
de enfermagem, com equipe qualificada e suficiente em número para permitir maior
vigilância dos pacientes, bem como também uma boa relação médico-enfermeiro são
fatores relacionados à maior chance de sobrevivência do paciente. É de primazia também
que o enfermeiro mantenha-se atualizado principalmente quanto à realização correta das
manobras de reanimação, uma vez que sua realização em tempo hábil está relacionada ao
não comprometimento de órgãos vitais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do
exposto, é possível concluir que o papel de liderança do enfermeiro, exercício de sua
autonomia e assistência são elementos essenciais para determinar as chances de reversão
do quadro de parada cardiorrespiratória bem como a sobrevivência do paciente.
Palavras-chave: Enfermagem; Parada Cardiorrespiratória; Liderança.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, P. C. et al. Parada Cardiorrespiratória: caracterização do atendimento no


serviço de atendimento móvel de urgência. Revista Nursing. São Paulo, v. 23, n. 267,
pág. 4466–4477, 26 atrás. 2020.

GUSKUMA, E.M. et al. Conhecimento da equipe de enfermagem sobre ressuscitação


cardiopulmonar em um hospital universitário. Revista Eletrônica de Enfermagem , v.
21, 31 dez. 2019.

NASCIMENTO, J.D.S.G. et al. Competência clínica em enfermagem para a ressuscitação


cardiopulmonar de alta qualidade: revisão integrativa da literatura. Revista de
Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro , v. 11, 3 set. 2021.

MCHUGH, M. D. et al. Better Nurse Staffing and Nurse Work Environments Associated
With Increased Survival of In-Hospital Cardiac Arrest Patients. Medical Care, v. 54, n.
1, p. 74–80, jan. 2016.

TÍSCAR-GONZÁLEZ, V. et al. Nursing knowledge of and attitude in cardiopulmonary


arrest: cross-sectional survey analysis. PeerJ, v. 7, p. e6410, 7 fev. 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NA VACINAÇÃO

Pedro César de Souza1*, Jéssica Karen de Souza Mesquita2, Marília Júlia Lins da Silva
Villa Nova 2
1,2,3
Centro Universitário Mauricio de Nassau, Recife, PE, Brasil;
*
[email protected]

RESUMO

Introdução: As imunizações estão fortemente atreladas às ações de saúde pública, sendo


reconhecidas no mundo inteiro como uma medida eficaz na prevenção de doenças
infectocontagiosas. Consideradas postos avançados de saúde, as farmácias e drogarias
possuem fácil acesso e oferecem serviços que podem contribuir positivamente na
qualidade de vida do indivíduo. Objetivo: Este estudo busca avaliar a importância do
farmacêutico nas atividades de vacinação. Metodologia: Para atender ao objetivo
proposto, foi desenvolvido um estudo exploratório, descritivo e documental, mediante
levantamento bibliográfico dos artigos publicados disponíveis nos bancos de dados
PUBMED, MEDLINE, SCIENCE DIRECT, produzidos no Brasil e no exterior.
Resultados: As vacinas são produtos biológicos que contêm uma ou mais substâncias
antigênicas que, quando inoculados, são capazes de induzir imunidade específica ativa e
proteger contra a doença causada pelo agente infeccioso que originou o antígeno, sendo
consideradas como um medicamento biológico e registradas como tal. Conforme as
Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Farmácia, o
profissional farmacêutico está habilitado a desenvolver ações de prevenção, promoção,
proteção e reabilitação da saúde, de acordo com os princípios do SUS, formando um
profissional da área da saúde, centrado nos fármacos, nos medicamentos e na assistência
farmacêutica, visando o cuidado à saúde do indivíduo, da família e da comunidade. A
prestação de serviços farmacêuticos permite acompanhar e avaliar a melhoria da
qualidade de vida dos pacientes, quando beneficiados por estas práticas. Entre os
propósitos destas ações, está a assistência aos portadores de doenças crônicas, com
consequente redução nas internações hospitalares, através do auxílio na adesão ao
tratamento farmacoterápico, prevenção de problemas relacionados aos medicamentos,
atenção farmacêutica domiciliar, aferição de pressão arterial, verificação glicemia capilar,
verificação de temperatura corporal, aplicação de medicamentos injetáveis e perfuração
lóbulo auricular para colocação de brincos. A participação de farmacêuticos em
imunizações surgiu da necessidade de melhorar as taxas de coberturas vacinais. A
administração de vacinas em farmácias e drogarias facilitará o acesso da população à
vacinação, contribuindo positivamente para o aumento das coberturas vacinais, sem
diminuir a qualidade do serviço. O profissional farmacêutico poderá fazer intervenções
na comunidade, promovendo a vacinação, informando a população dos seus benefícios,
esclarecendo as dúvidas e desmistificando ideias equivocadas, que muitas vezes são a
causa da não adesão à vacinação. Estes estabelecimentos, por suas características em
termos de acessibilidade e distribuição geográfica, são espaços de saúde com amplo
potencial para trazer benefícios em termos de saúde pública. Conclusão: As vacinas, por

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definição, são consideradas medicamentos e, sendo assim, devem estar sobre a guarda de
um farmacêutico, que deverá estar preparado para prestar o serviço de vacinação, devendo
esclarecer o paciente que busca este estabelecimento, sobre a composição do
imunobiológico, características, contra-indicações, interações medicamentosas e os
eventos adversos. A área de atuação da profissão farmacêutica continua se expandindo
cada vez mais e por ser um profissional de saúde que está mais próximo da população, é
necessário que ele atue mais ativamente, que vá mais além do que simplesmente dispensar
o medicamento prescrito pelo médico.
Palavras-chave: Farmacêuticos; Imunizações; Atenção Farmacêutica; Serviços
Farmacêuticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANGONESI, Daniela; SEVALHO, Gil. Atenção Farmacêutica: fundamentação
conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 15,
supl. 3, p. 3603-3614, 2010.
ARANDA, Clélia Maria Sarmento de Souza; MORAES, José Cássio de. Rede de frio
para a conservação de vacinas em unidades públicas do município de São Paulo:
conhecimento e prática. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 9, n. 2, p.172-185,
2006.
ARAÚJO, Fernanda Quaresma de; PRADO, Eliane Mimesse. Análise das Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso de graduação em farmácia. Revista Contemporânea de
Educação, v.5, p. 96-108, 2008.
BASTOS, Cláudia Regina Garcia; CAETANO, Rosângela. As percepções dos
farmacêuticos sobre seu trabalho nas farmácias comunitárias em uma região do estado
do Rio de Janeiro. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, supl. 3, p. 3541-3550,
2010.
BOVO, Fernanda; WISNIEWSKI, Patrícia; MORSKEI, Maria Luiza Martins. Atenção
Farmacêutica: papel do farmacêutico na promoção da saúde. Biosaúde, v. 11, n. 1, p.
43- 56, 2009.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 197, de 26 de
dezembro de 2017. Dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento dos
serviços de vacinação humana. Diário Oficial da União, n° 248 , 28 de dezembro de
2017. Seção 1. p. 58.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei Federal n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973.
Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil. Brasília, DF, 19 dez. 1973.

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ASSOCIAÇÃO ENTRE SEXUALIDADE E QUALIDADE DE VIDA NO
ÂMBITO DO IDOSO: UMA REVISÃO DA LITERATURA

John Herbert da Silva Brito1; Samuel Carlos Tomaz2; Vanessa Silva Gaspar3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri – Unidade
1

Descentralizada de Iguatu
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Com o envelhecimento, o indivíduo passa por alterações fisiológicas


nos aspectos corporais, sociais e psíquicas. Além disso, ele passa a lidar com os
preconceitos sobre o seu comportamento e atitudes, pois para a sociedade o idoso deve
se comportar de predeterminada maneira por conta da idade. Além destes aspectos que
podem interferir na qualidade de vida do idoso, inclui-se a sexualidade, esta vai muito
além do ato sexual propriamente dito, o coito, inclui a forma como o indivíduo se vê,
afeto, carinho, as funções e práticas sexuais, como carícias e beijos, o que faz ser um
ponto relevante para a qualidade de vida do idoso. OBJETIVOS: Descrever, por meio
da literatura científica, a associação entre sexualidade e qualidade de vida no âmbito do
idoso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada em
outubro de 2021. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde. Foram utilizados
os seguintes Descritores em Ciências da Saúde: idoso; sexualidade; qualidade de vida,
cruzados com o operador booleano AND. Ao início, foram identificados 407 documentos.
Foram aplicados como filtros: texto completo, idiomas (português e inglês) e recorte
temporal (últimos cinco anos), obtiveram-se 85 documentos. Após leitura de títulos e
resumos, foram incluídos os artigos que versassem sobre sexualidade como um fator para
a qualidade de vida do idoso. Excluíram-se os artigos repetidos, bem como aqueles que
não respondessem ao objetivo do estudo. Obteve-se uma amostra final de 11 artigos, que
foram apresentados descritivamente e discutidos com a literatura. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Em um estudo, a melhor qualidade de vida se apresentou relacionada com
a presença do ato sexual e das relações afetivas. Constatou-se, também que a ausência
desses dois pontos citados, quando encontrada de forma conjunta em idosos que
apresentam fragilidade, poderá implicar em uma qualidade de vida reduzida. Importante
ressaltar que com o passar da idade, a sexualidade entre pares perde a maior atribuição
ao ato sexual. O gênero é um ponto que influencia na questão da origem do prazer na
relação entre pares. Os homens sentem-se mais satisfeitos com o ato sexual, em
contrapartida as idosas demonstram ter tal satisfação com o parceiro não apenas pelo ato,
mas de forma inclusiva quanto à relação, companheirismo, cumplicidade e
comportamentos. A família tem seu papel na sexualidade do idoso, visto que o idoso
poderá sofrer e reprimir seus desejos por conta de preconceitos familiares. A família não
pode ser deixada de lado em ações de educação em saúde, visto que deve ser explanado
o assunto com os familiares com o objetivo de normalizar o desejo do idoso, assim como
comportamentos sexuais não patológicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A sexualidade

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deve ser incentivada aos idosos por parte dos profissionais de saúde, não deixando de fora
o contexto onde o idoso está inserido, neste caso, a família. A sexualidade é um campo
da vida do ser humano que traz benefícios, bem como melhoria da qualidade de vida de
homens e mulheres. A vivênca da sexualidade durante a terceira idade demonstra-se
associada com uma melhor qualidade de vida para o idoso, cujo desfecho é benéfico,
visto que tal associação é apontada de forma ampla pela literatura.
Palavras-chave: Idoso; Sexualidade; Qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUCZAK-STEC, Elżbieta; KÖNIG, Hans-Helmut; HAJEK, André. The link between


sexual satisfaction and subjective well-being: a longitudinal perspective based on the
German ageing survey. Quality of Life Research, v. 28, n. 11, p. 3025-3035, 2019.

SKAŁACKA, Katarzyna; GERYMSKI, Rafał. Sexual activity and life satisfaction in


older adults. Psychogeriatrics, v. 19, n. 3, p. 195-201, 2019.

VITALE, Salvatore Giovanni et al. Biocompatible porcine dermis graft to treat severe
cystocele: impact on quality of life and sexuality. Archives of gynecology and
obstetrics, v. 293, n. 1, p. 125-131, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSOCIAÇÃO ENTRE TRANSFUSÃO DE SANGUE E IDOSOS
TRAUMATIZADOS

Guilherme Briczinski de Souza1; David de Souza Mendes2; Eduardo Sander Vieira3;


Marina Caroline Hoffmann Pereira4; Clara Mendonça de Carvalho5; Eduardo Garcia6

1
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
2
Médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
6
Médico. Professor Orientador Liga de Geriatria e Gerontologia da UFCSPA.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Pacientes idosos com trauma também podem ser vulneráveis a efeitos
adversos da transfusão de sangue. Estes são mais transfundidos do que os pacientes mais
jovens, portanto é importante discutir os motivos que levam a indicação e realização da
transfusão de sangue em idosos. OBJETIVOS: Analisar os fatores de indicação da
transfusão de sangue em idosos com trauma ortopédico. METODOLOGIA: Para a
seleção dos estudos, foram utilizados a base de dados PubMed e BVS. Para os descritores,
foram utilizados “Aging” AND “Blood transfusion” AND “Trauma”. A busca foi
realizada no período de agosto de 2021. Como critérios de seleção foram selecionados
artigos publicados nos últimos 5 anos que se relacionavam com o objetivo da pesquisa.
Foram excluídos os artigos repetidos, artigos de revisão, teses e dissertações e sem acesso.
Após leitura do artigo, foram extraídos dados de identificação, métodos, resultados e fator
de impacto para posterior análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa
realizada gerou um total de 51 artigos. Após a análise dos títulos, resumos e leitura dos
estudos, foram selecionados 4 artigos. Dos estudos, 3 tiveram metodologia de coorte e 1
transversal. Em relação aos países em que os estudos foram desenvolvidos, 2 foram nos
Estados Unidos da América, 1 na França e 1 em Taiwan; sendo publicados em revistas
com fator de impacto acima de 0,5 pontos. As amostras obtiveram média de idade de 83
anos. Os estudos indicaram que as transfusões de sangue são usadas para tratar a anemia
perioperatória, perda de sangue, e estão associadas com o envelhecimento, sexo,
insuficiência renal crônica, anestesia geral e tempo de anestesia. A transfusão de sangue

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ainda demonstrou diminuir a mortalidade em curto prazo em pacientes idosos com infarto
agudo do miocárdio e hematócrito. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mesmo que a
literatura apresente controvérsias em relação a transfusão de sangue em idosos, nossa
revisão evidenciou que são utilizadas para tratar a anemia perioperatória e a perda de
sangue em idosos com traumas ortopédicos.
Palavras-chave: Ferimentos e lesões; Saúde do idoso; Transfusão de sangue.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANAND et al. Impact of Massive Transfusion and Aging Blood in Acute Trauma. Am
Surg. v. 82, n. 10, p. 957–959. 2016.

CHANG et al. Perioperative blood transfusions are not associated with overall survival
in elderly patients receiving surgery for fractured hips. J. Chin. Med. Assoc. v. 82, n. 10,
p. 787–790, 2019.

LOFTUS et al. Anemia and blood transfusion in elderly trauma patients. J. Surg. Res. v.
229, p. 288–293. 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATRASO NA ERUPÇÃO DENTÁRIA NA INFÂNCIA: REVISÃO DE
LIETRATURA
Roberta Karen do Nascimento Santos1, Milena Kaory Kazume2, Pamela Zulin da Silva3,
José Antônio Santos Souza4, Valéria Cristina Lopes de Barros Rolim5.

1,2,3
Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil
4,5
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A erupção dentária é todo o deslocamento do dente no sentido oclusal
durante a sua formação até atingir sua posição, ou seja, entrar em contato oclusal com seu
antagonista para o seu desenvolvimento funcional. Esta movimentação representa parte
do crescimento e desenvolvimento infantil e a cronologia de erupção é um indicador de
uma série de fatores biológicos que são influenciadas por fatores ambientais e genéticos.
A erupção dentária tardia ou atraso na erupção dentária caracteriza-se pelo aparecimento
de um ou mais elementos dentários na cavidade oral em um momento que se afasta
significativamente das normas estabelecidas para diferentes etnias e sexos. Fatores como:
baixo peso ao nascimento, nutrição, sexo e nível socioeconômico podem afetar o
desenvolvimento dos dentes e a erupção dentária, ocasionando o atraso na erupção.
OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é familiarizar os cirurgiões dentistas sobre o
atraso na erupção dentária que pode ocorrer na infância. METODOLOGIA: Foi
realizada uma revisão de literatura através de uma pesquisa nos bancos de dados: Scielo
e Pubmed, utilizando os descritores “ erupção dentaria“, “atraso na erupção“ e “ dentição
decídua“, e selecionados 4 artigos para confecção deste estudo. Os artigos selecionados
passaram por uma leitura na íntegra. DISCUSSÃO: Conforme foi verificado em um dos
artigos, a prevalência da erupção dentária tardia atingiu a marca de 10,29% em um estudo
feito com 520 crianças que possuíam adequado peso ao nascimento. Crianças que
registraram baixo peso ao nascimento, registraram a marca de 14,01% e tiveram seus
primeiros dentes irrompidos após 10 meses. As crianças do sexo feminino de cor negra
e renda salarial menor que 01salário mínimo, registraram maior prevalência na erupção
dentária tardia. CONCLUSÃO: Conclui-se que o atraso na erupção dentária pode estar
relacionado ao baixo peso no nascimento, à renda e ao sexo do paciente.
Palavras chave: Erupção dentaria; Erupção dentaria tardia, Dentes decíduos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DUARTE, M. E. Q., et al. Fatores associados à cronologia de dentes decíduos - revisão
de literatura: erupção de dentes decíduos e fatores associados. Rev Uni Vale do Rio
Verde. v. 9, n.1, p.139-51, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SURI, L., GAGARI, E., VASTARDIS, H. Delayed tooth eruption: pathogenesis,
diagnosis, and treatment. A literature review. Am J Orthod Dentofacial Orthop. v.126,
n.4, p.432-45, out, 2004.
FERNANDES NETO, P. G., FALCÃO M. C. Cronologia de erupção dos primeiros
dentes decíduos em crianças nascidas prematuras com peso inferior a 1500g. Rev Paul
Pediatr. v.32, v.1, p. 17-23, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DIANTE DE UMA PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA PEDIÁTRICA

Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Mízia
Juscimara Silva dos Santos3; Williane Pereira Cruz4; Willyane Larissa Lopes de Lima5;
Arianny Luiza Barros de Santana6.
1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
5
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário São Miguel
6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A parada cardiorrespiratória é a interrupção repentina dos batimentos


cardíacos, da respiração e em seguida perda da consciência, ocasionando uma emergência
pediátrica e as consequências podem ser lesão cerebral irreversível e morte. Diversas são
as situações que podem colocar as crianças em risco como acidentes, traumas, processos
infecciosos que muitas vezes podem provocar a parada cardiorrespiratória. Em situações
como estas são os profissionais da equipe de enfermagem que tem um primeiro contato
com o paciente a fim de detectar rapidamente os sinais de parada cardiorrespiratória.
OBJETIVOS: Identificar, através da literatura científica, a atuação da equipe de
enfermagem frente a uma parada cardiorrespiratória em recém-nascido.
METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de
dados: Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de Dados em
Enfermagem (BDENF), e também, através do cruzamento dos Descritores em Ciências
da Saúde (DeCS): "Cuidados de Enfermagem "Parada" "Cardiorrespiratória"; “Criança
“por meio do operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de setembro de 2021.
Como critérios de inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas
português e inglês, que contemplassem o tema, nos últimos dez anos. Adotaram-se como
critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados, teses, monografias,
dissertações, revisões de literatura e estudos que fugissem da temática. Adotou-se como
pergunta norteadora: “Como a equipe de enfermagem atua frente a uma parada
cardiorrespiratória na pediatria?”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a busca com
os descritores e operador booleano, foram encontrados 12 estudos nas bases selecionadas
e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 estudos para
compor o estudo. Para uma assistência estruturada e organizada, é necessário a atuação
da equipe interdisciplinar, de forma geral, o enfermeiro é o primeiro profissional que
presencia a vítima, sendo ele que desempenha o papel de coordenação da reanimação de
forma sistemática. Além disso, na ala pediátrica, o paciente que sofreu PCR precisa ser
avaliado através dos parâmetros clínicos, como a frequência cardiorrespiratória e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


coloração da mucosa, logo, a atuação da enfermagem é indispensável, realizando o
Suporte Básico de Vida, para que a circulação e a oxigenação sejam ofertadas à criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, nota-se que a equipe de enfermagem
é de suma importância nos casos de PCR em Pediatria, desde a detecção dos sinais
clínicos até as condutas iniciais, mostrando capacidade na percepção dos sinais sugestivos
e auxiliando na reversão da PCR pediátrica. Faz-se necessário, também, o
reconhecimento das particularidades a cada faixa etária, no que demanda uma equipe
atenta e ativa nas condutas assistenciais.
Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem; Parada; Cardiorrespiratória.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CAMPOS, Larissa Paranhos Silva et al. Conduta da equipe de enfermagem na parada
cardiorrespiratória em crianças. Rev. enferm. UFPE on line, p. [1-7], 2019.

RODRIGUES, H. C. P. V.; MARTINS, T. S. DE S.; MACIEL, R. O. Cardiac arrest and


cardiopulmonary resuscitation knowledge of nursing staff in a pediatric emergency
service. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 4, n. 3, p. 1336–1340, 17 maio 2010.

DE ALMEIDA GUILHERME, Fábio José et al. Atualizações no atendimento a vítima


pediátrica em parada cardiorrespiratória. Revista Rede de Cuidados em Saúde, v. 7, n.
1, 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUALIZAÇÕES DOS CONHECIMENTOS SOBRE A RESTRIÇÃO DO
MOVIMENTO DE COLUNA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Maria Gabriela Rocha Melo1; Luna Vasconcelos Rocha2; Ana Caroliny do Nascimento
Oliveira3; Hallana Laisa de Lima Dantas4

1
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário CESMAC
2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Tiradentes UNIT
3
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal de Alagoas UFAL
4
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Alagoas UFAL
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O transporte adequado do paciente politraumatizado no ambiente pré-


hospitalar (APH) constitui parte essencial na prevenção de lesões secundárias na medula
espinhal e no aumento das taxas de sobrevida. Nos últimos anos, questionou-se os
critérios e técnicas para imobilização da coluna vertebral, com uso de colar cervical e
prancha rígida, como estratégia para redução do risco de lesões cervicais. Neste cenário,
a atualização das diretrizes saiu de imobilização para restrição de movimento de coluna
(RMC), desenvolvida sob abordagem sistemática que avalia a gravidade do trauma
multissistêmico e a maior urgência. OBJETIVOS: Apresentar e discutir os critérios de
RMC no atendimento pré-hospitalar (APH) do paciente
politraumatizado. METODOLOGIA: Trata-se de revisão bibliográfica da literatura do
tipo narrativa. O procedimento de busca, que ocorreu no mês de setembro e outubro nas
bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Medline e SCOPUS por meio de acesso institucional irrestrito aos periódicos
CAPES. Os critérios de elegibilidade determinaram que seriam incluídos os artigos
decorrentes de pesquisas originais, revisões sistemáticas, relatos de experiência,
protocolos institucionais, disponíveis na íntegra em português, inglês, espanhol, com
publicação de até 3 anos. O recorte de tempo se deu considerando a periodicidade de
atualização das diretrizes de assistência pré-hospitalar da National Association of
Emergency Medical Technicians (NAEMT) responsável pela publicação do curso de
Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado (PHTLS) 9ª edição. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A análise e a discussão dos dados permitem identificar possíveis efeitos
deletérios do uso da imobilização espinhal tradicional com uso de colar cervical e prancha
rígida, tais como: risco de broncoaspiração, dor, estresse, aumento da pressão
intracraniana, dificuldade do manejo da via aérea, comprometimento da ventilação,
feridas por pressão na pele e aumento do tempo de permanência hospitalar. Ademais, as
evidências demonstram que as lesões cervicais são relativamente raras (2-4%), destas
apenas 20% evoluem para trauma medular. Em virtude disso, é evidente a necessidade de
dispensar uma abordagem universal à vítima de trauma e aderir uma abordagem
individualizada. Diante da elucidação dos estudos, identificou-se que os critérios elegidos
como as principais indicações do uso da RMC são: traumas contusos que
apresentem avaliação primária instável; idade superior a 65 anos; dor referida ou a
palpação da coluna; déficit no nível de consciência; déficit sensitivo e/ou motor; presença

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de deformidade em coluna; confusão mental causada devido a dor pela lesão e avaliação
da dinâmica do trauma. Estabelece-se também que não deve ser implementado a RMC
em trauma penetrante, pois há o aumento da mortalidade. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Há uma carência de protocolos bem estabelecidos para guiar a equipe de APH
no tratamento das vítimas de trauma. Apesar de haver estudos que ajudam a esclarecer
quais critérios devem ser considerados para a escolha da RMC, sistemas isolados adotam
suas próprias medidas devido à carência de um protocolo universal. Reforça-se, portanto,
a necessidade do investimento em educação permanente e treinamentos de atualização
para refinamento, capacitação e orientação da equipe do APH, permitindo que o socorro
às vítimas seja mais seguro.
Palavras-chave: Restrição; Movimento; Coluna.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CERTAIN, L; FERRAZ, R. R. N. Restrição do Movimento da Coluna: um novo


paradigma de atendimento às vítimas de trauma. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 17, n.
48, p. 51-59, 2020.

GONÇALES, P.C; et al. Construção de um protocolo de restrição de movimento de


coluna (RMC) vertebral: relato de experiência. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13,
n. 8, p. e8021-e8021, 2021.

VELOPULOS C.G., et al. Prehospital spine immobilization/spinal motion restriction in


penetrating trauma: a practice management guideline from the Eastern Association for
the Surgery of Trauma (EAST). J Trauma Acute Care Surg. 2018;84(5):736–744.

SWARTS, E.E; et al. Prehospital cervical spine motion: immobilization versus spine
motion restriction. Prehosp Emerg Care. 2018;22:630–636.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AUSÊNCIA DO SEGMENTO HEPÁTICO DA VEIA CAVA INFERIOR E SUAS
CORRELAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DA TROMBOSE VENOSA
PROFUNDA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

José Anderson da Silva Gomes1; Maria Luísa Figueira de Oliveira2; Jennyfer Martins de
Carvalho3 Anna Carolina Lopes de Lira 4; Gleidson Victor Ramos da Silva4 Ana Vitoria
Ferreira Dos Santos 5 Fernanda das Chagas Angelo Mendes Tenorio6

1,4
Graduandos em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco -UFPE
2,3
Biomédica. Mestranda em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de
Pernambuco-UFPE
5
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE.
6
Profa. Dra. do Departamento de Histologia e Embriologia da Universidade Federal de
Pernambuco-UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Dentre as malformações embrionárias, umas das mais raras é a


agenesia da veia cava inferior (AVCI), descrita em menos de 1% da população e que
ocorre no período da sexta a décima semana de desenvolvimento. O seu
comprometimento está associado a malformações, tanto abdominais quanto
cardiovasculares, podendo levar o individuo a desenvolver complicações como a
trombose venosa profunda (TVP). A correlação da AVCI com a TVP é por muitas vezes
subestimada, pois sua visualização através da ultrassonografia é difícil de ser detectada.
A TVP incita grande interesse devido à sua elevada taxa de morbimortalidade, tendo uma
prevalência no ocidente estimada em 1:1.000 indivíduos por ano. Essa ocorrência varia
de acordo com a idade, sendo dez vezes menor em indivíduos mais jovens quando
comparados com a população nas faixas etárias mais elevadas. Sua etiologia está
constantemente associada a determinados fatores de risco, dentre eles as doenças auto-
imunes, trombofilias, gestação, neoplasias, cirurgias, bem como traumas. As
trombofilias são as mais frequentes, em especial as deficiências de antitrombina e das
proteínas C e S. Em mais de 80% dos pacientes que apresentam TVP, podemos
identificar um ou mais fatores de riscos correlacionados para desenvolver a doença, sendo
a idade de apresentação do primeiro episódio de TVP antes dos 30 anos. OBJETIVOS:
O presente trabalho teve como objetivo trazer estudos atualizados acerca da temática,
para que possa orientar futuros pesquisadores a direcionar o seu objeto de estudo de
maneira concisa. METODOLOGIA: Uma revisão narrativa foi realizada utilizando as
plataformas de buscas SCIELO, MEDLINE e GOOGLE SCHOLAR. A pesquisa foi
restrita a artigos em inglês e português publicados de 2017 a outubro de 2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As anomalias embriológicas da veia cava inferior

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


(VCI) são raras, dentre os estudos relatados até hoje, foram citados 15 tipos diferentes
dessas malformações. Sendo as mais comuns a VCI à esquerda, a veia renal esquerda
retroaórtica, a duplicidade da VCI, bem como sua agenesia completa. A embriogênese
da VCI é um evento complexo que implica a formação, regressão e fusão de três pares
de veias embrionárias. O segmento infra-hepático da VCI pode ser divido em três
partes: suprarenal, renal e infrarenal. Esses tipos de agenesias, indicam a ocorrência
simultânea de defeito no sistema venoso dos três segmentos embrionários. Na
ausência total da VCI, a drenagem venosa por meio de veias toracolombares, pélvicas e
abdominais pode ocasionar sintomas torácicos, hipogástricos, lombares e genitais,
antecedendo o episódio de TVP dos membros inferiores, estudos recentes demonstraram
que é possível identificar os fatores de risco em cerca de 80% dos casos de TVP. No
entanto, alguns relatos isolados têm colocado as anomalias anatômicas como mais um
fator de risco. Dentre os casos relatados na literatura, existe uma frequência de 5 a
7% de anomalias de VCI em pacientes com TVP e uma incidência aumentada nos jovens
com TVP bilaterais. Um problema decorrente é que anormalidades da VCI podem não
ser detectadas por venografia ou eco-doppler colorido, que são os exames de escolha
durante o quadro de TVP. Podendo ser essa uma das razões para que essas malformações
não sejam diagnosticadas em pacientes com TVP. O exame recomendado para esses casos
é a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, mesmo sendo os sintomas
inespecíficos, o diagnóstico precoce pode ajudar na escolha do tratamento do paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Na maioria dos casos com anomalias congênitas da VCI
associadas à TVP são em pacientes mais jovens. Nesses casos a indicação é um
tratamento clinico com anticoagulação e acompanhamento do paciente, conjunto a uma
investigação minuciosa completa, para uma melhor indicação terapêutica de tratamento.
Palavras-chave: TVP; VCI; agenesia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

DOS SANTOS, Lucas Cavalcanti et al. POLIESPLENIA E ANOMALIA DO SISTEMA


PORTAL HEPÁTICO ASSOCIADAS À AUSÊNCIA DE VEIA CAVA INFERIOR EM
CRIANÇA: RELATO DE CASO. In: Colloquium Vitae. ISSN: 1984-6436. 2020. p.
102-105.

GRILLO, Vinicius Tadeu Ramos da Silva et al. Agenesia de segmento infra-hepático de


veia cava inferior associada a trombose venosa profunda de repetição: relato de caso.
Jornal Vascular Brasileiro, v. 20, 2021.
LIMA, Marcelo Fernandes; LIMA, Ilídio Almeida; HEINRICH-OLIVEIRA, Vanessa.
Tratamento endovascular de síndrome congestiva venosa pélvica em paciente com
duplicação de veia cava inferior e anatomia venosa pélvica incomum: revisão
bibliográfica. Jornal Vascular Brasileiro, v. 19, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NETO, José de Paula Faria; DE SOUSA MIRANDA, Rosana Lopes. Agenesia de veia
cava inferior associada à trombose venosa profunda em jovens. REVISTA UNINGÁ, v.
55, n. S1, p. 35-41, 2018.
OKAWA, Ricardo Yukio et al. ABORDAGEM HÍBRIDA (ENDOVASCULAR E
ABERTA) DE TRAUMA DA VEIA CAVA RETRO-HEPÁTICA COM BALÃO
COMPLACENTE.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DE UMA UNIDADE DE
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO COMERCIAL EM TERESINA-PI

Nagila da Silva Delmont1, Iris Almeida Ribeiro Silva2, Isabela Lima Mesquita3, Janete
de Araújo Silva4, Palloma de Sousa5, Amanda Cristine Ferreira dos Santos6

1,5
Graduada em Bacharelado em Nutrição da Faculdade Estácio/Teresina
2,3,4
Graduanda em Bacharelado em Nutrição da Faculdade Estácio/Teresina
6
Docente da Faculdade Estácio de Teresina. Especialista em Docência do Ensino
Superior pela Faculdade Estácio/Teresina.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) é um estabelecimento que


realiza atividades relacionadas à alimentação e nutrição, com o objetivo de fornecer
refeições equilibradas nutricionalmente e com bom nível de condições higiênico-
sanitárias a todos que usam do seu serviço. É ideal que na UAN seja estabelecido uma
previsão de monitoramento utilizando ferramentas de controle e diagnóstico, como por
exemplo, checklist, as fichas de controle e a avaliação periódica do manipulador.
OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo analisar a estrutura física e funcional de
uma Unidade de Alimentação e Nutrição comercial. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa descritiva e quantitativa realizada em Teresina–PI. O método utilizado foi uma
lista de verificação (checklist) para determinar se a estrutura se encontrava conforme o
estabelecido pela RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Não foi necessária a submissão
ao Comitê de Ética, pois a pesquisa não envolveu seres humanos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após a aplicação do checklist, constatou-se o percentual de 66% para os
itens conformes, 23% para os itens não conformes e 11% para os itens não se aplica,
enquadrando a UAN avaliada ao Grupo 2 de adequação. Verificaram-se algumas
imperfeições em sua estrutura física, como banheiros que possuem portas danificadas,
piso apresenta rejunte e o teto apresentam algumas rachaduras. Nos itens de
equipamentos, móveis e utensílios foi identificada a ausência de registro que
comprovassem que os equipamentos e máquinas passam por manutenção, calibração e
higienização. Em uma pesquisa realizada no Pará também foi constatada a ausência de
planilhas de registro da temperatura, conservadas durante período adequado e
inexistência de comprovação que os equipamentos e maquinários passavam por
manutenção preventiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização de uma análise da
estrutura física e funcional é importante pois, auxilia no diagnóstico, mostrando a
importância de cada grupo e indicando onde devem ser feitas as ações corretivas.
Palavras-chave: Checklist; Boas Práticas de Fabricação; Legislação;

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Maria Aparecida et al. Sistema multimídia de apoio à decisão em


procedimentos de higiene para unidades de alimentação e nutrição. Revista de
Nutrição, Campinas, v. 19, n. 1, p. 93-101, jan./fev. 2006.
FONSECA, Karina Zanoti; SANTANA, Gizane Ribeiro de. Guia prático para
gerenciamento de unidade de alimentação e nutrição. Cruz das Almas, BA: Editora
UFRB, 2012. 88 p.
VIDAL, Glenda Marreira et al. Avaliação das boas práticas em segurança alimentar de
uma unidade de alimentação e nutrição de uma organização militar da cidade de Belém,
Pará. Alim. Nutr., Araraquara, v. 22, n. 2, p. 283-290, abr./jun. 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO DA INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA EM
PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

Maria Debora Rodrigues da Rocha1; Samilly Virgínia Almeida de Oliveira2; Mariela


Sousa de Medeiros3; Andeza da Silva Gomes4; Cleto Martins dos Santos Neto5

1,2
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio do sistema nervoso central


que compromete a vida dos indivíduos por acometer principalmente a coordenação
motora, tendo como sintomas típicos a bradicinesia, a rigidez muscular e o tremor. Essas
alterações de movimento afetam o equilíbrio, a mobilidade funcional, o controle postural
e a marcha, o que, combinado com a falta de motivação para exercícios físicos e o medo
de cair, pode levar indivíduos com DP a adotarem o sedentarismo. Esse fato se contrapõe
a evidências de que atividades físicas são muito importantes para esses pacientes, tendo
alguns estudos destacado a fisioterapia aquática, também chamada de hidroterapia, como
um tratamento que atua na melhoria da qualidade de vida nesses casos. Além disso,
estudos acerca desse tema ainda são limitados na literatura atual, o que pode contribuir
para a não adoção dessa terapia por dúvidas sobre sua efetividade. OBJETIVOS:
Analisar os efeitos da fisioterapia aquática em indivíduos com Doença de Parkinson.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com busca nos
bancos de dados “Pubmed” e “Web of Science”, através dos descritores “Aquatic
physiotherapy” e “Parkinson Disease”, utilizando o operador boleano “AND” para cruzar
os dados. As publicações que se repetiam nas bases de dados, que não se enquadravam
na temática do trabalho, que não foram escritas no período de 2015 a 2021 ou que não
estivessem escritas nos idiomas inglês e português foram excluídas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Inicialmente foram encontrados 32 artigos. Destes, 8 não apresentaram
conteúdo adequado e 9 foram excluídos por repetição, resultando em 17 artigos para
leitura de texto completo, os quais se encaixaram nos critérios de inclusão. A maioria dos
estudos relataram que os pacientes com DP apresentaram melhorias significativas após
tratamento com a hidroterapia. Os benefícios dessa terapia relatados foram: sensação de
relaxamento, redução da dor muscular, carga de junta reduzida, bem-estar aprimorado e
melhor capacidade e liberdade de movimentos. Entretanto, alguns estudos mencionaram
que não houve diferença considerável no tratamento quando essa terapia foi comparada
com os exercícios terrestres. Além disso, um ponto desfavorável desse tratamento citado
por alguns pacientes é a relação com a hidrofobia, sintoma comum da DP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os benefícios da fisioterapia aquática para pacientes com

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DP são notórios, mesmo que alguns estudos apontem que esse método, quando
comparado aos exercícios terrestres, não apresenta diferença significante de resultados.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Hidroterapia; Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
MOTORA EM PACIENTES ACOMETIDOS COM ESCLEROSE LATERAL
AMIOTRÓFICA
Martiniano de Araújo Rocha1; Jorge de Araújo Rocha2.

1
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
2
Fisioterpeuta. Especialista em Fisioterapia Neurofuncional e Reabilitação. Docente do
curso de Fisioterapia do Instituto De Educação Superior Raimundo De Sá – IESRSA
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Caracterizada como doença degenerativa que afeta o sistema nervoso,


de índole progressiva e capacidade lesional irreversível, a Esclerose Lateral Amiotrófica
(ELA) apresenta, como resultados de sua evolução, a perda da capacidade de fala,
movimento, deglutição, podendo haver efeitos sobre a respiração e, devido às perdas
funcionais, levar o indivíduo a óbito. Sobre essa perspectiva, a intervenção
fisioterapêutica é de grande relevância para atenuação dos efeitos causados pela doença,
havendo a necessidade de ser estabelecida mediante aos primeiros sintomas, visando
retardar o enfraquecimento muscular prioritariamente. Somado a isso, a intervenção
cinesioterapêutica e hidroterapêutica, bem como as orientações acerca dos cuidados a
serem adotados pelo paciente, contribuem no quadro clínico da doença, transcendendo
além da melhora física-funcional, como também influenciando positivamente o
psicológico do indivíduo, melhorando assim sua qualidade de vida. OBJETIVOS:
Evidenciar e discutir, através da revisão de literatura, os achados referentes aos benefícios
advindos da abordagem fisioterapêutica motora na minimização das consequências da
Esclerose Lateral Amiotrófica. METODOLOGIA: O presente trabalho caracterizou-se
como um estudo descritivo de caráter analítico, ao qual buscou avaliar os impactos da
abordagem fisioterapêutica motora em pacientes acometidos com Esclerose Lateral
Amiotrófica. Para a obtenção dos artigos a serem analisados, foram utilizados como
descritores a reabilitação física na ELA; abordagem fisioterapêutica motora; benefícios
da fisioterapia em portadores de ELA na base de dados Scielo e Google acadêmico. Os
critérios de inclusão utilizados nessa revisão foram artigos publicados nos últimos 12
anos em periódicos nacionais que apresentassem dados relevantes a serem considerados.
Já os critérios de exclusão foram os artigos que não contemplavam diretamente o impacto
fisioterapêutico em paciente com esclerose lateral amiotrófica. Assim, um total de 8
artigos foram selecionados para verificar a conduta fisioterapêutica em pacientes
acometido com ELA. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi verificado que a
implementação de sessões de fisioterapia promovem a educação em saúde, amenizam
determinadas dores, além de estimularem a função músculo-articular do paciente
retardando o aparecimento das complicações características da ELA. Além disso,
procedimentos hidroterapêuticos, por meio da fisioterapia aquática, obtiveram resultados

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


positivos, constatando uma melhora na manipulação de alimentos e utensílios, além de
melhora em procedimentos cotidianos como o subir escadas. O estudo realizado por
Junior (2013) e Ferreira (2015) demostrou que exercícios semanais resultam em
benefícios imprescindíveis para paciente com ELA, uma vez que o estudo evidenciou que
a facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) melhorou a função motora e
respiratória do paciente, e refletiu na melhoria da qualidade de vida do mesmo. Todavia,
é necessário o ajuste contínuo destes exercícios, pela natureza individual de cada
paciente, como também pelo grau de avanço da degeneração, sendo necessário a
periodicidade da análise do profissional fisioterapeuta. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Mediante ao que foi exposto, conclui-se que a abordagem fisioterapêutica em paciente
acometidos com Esclerose Lateral amiotrófica é de fundamental importância para a
minimização das consequências da patologia, uma vez que a mesma contribui para
melhora da qualidade de vida e maior longevidade do paciente.
Palavras-chave: Esclerose Lateral Amiotrófica; Fisioterapia motora; Atrofia muscular.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AVANÇO DA PANDEMIA DE COVID-19 EM FERNANDÓPOLIS, SP, 2021

Letícia Martins Bertati1; Bruna Pereira2; Nara Moraes Guimarães3 ; Danila Fernanda
Rodrigues Frias4
1,2,3
Graduandas em Medicina pela Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo
4
Docente do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade Brasil,
Fernandópolis, São Paulo
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O SARS-CoV-2 é o agente etiológico da COVID-19, esse vírus ficou


globalmente conhecido devido sua alta virulência, podendo desencadear síndrome
respiratória aguda grave (SRAG), provocando grandes danos à saúde do paciente,
inclusive óbito. No Brasil, o primeiro caso de COVID-19 foi diagnosticado em fevereiro
de 2020, na cidade de São Paulo e se disseminou rapidamente, e em março já foi
considerada uma doença de transmissão comunitária (BRASIL, 2020). A pandemia do
coronavírus deixou explícito questões sociais, pois mesmo o contágio sendo de forma
semelhante entre os indivíduos, o enfrentamento da enfermidade entre cada classe social
ocorreu de maneira diferente. Nesse sentido, vale ressaltar que o acesso ao Sistema de
Saúde, desde o setor primário até o mais complexo, nem sempre está ao alcance de classes
sociais menos favorecidas, e são relevantes em relação ao sucesso do tratamento da
enfermidade (SCHUCH, FURTADO, SARMENTO, 2020). As medidas de prevenção e
controle da doença se mantém desde o início da pandemia, e devem ser executadas para
evitar a propagação do coronavírus e interromper sua cadeia de transmissão.
OBJETIVOS: Avaliar o avanço da COVID-19 no município de Fernandópolis-SP, no
ano de 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo,
retrospectivo e qualiquantitativo, com dados secundários coletados da base de dados do
Ministério da Saúde, Painel Coronavírus, do período de 01 de janeiro à 30 de setembro
de 2021. Como unidade de análise, utilizou-se o município de Fernandópolis-SP, e os dados
coletados foram referentes a data de ocorrência, casos acumulados e novos, óbitos
acumulados e novos. Os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística
descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A incidência da COVID-19 em
Fernandópolis/SP no período analisado foi de 12,3/100 habitantes. O pico de ocorrência
de casos foi de 22 de junho a 04 de julho, totalizando 1.282 casos novos. A partir de 16
de setembro o número de casos novos apresentou queda acentuada permanecendo até dia
30 do mesmo mês. Com relação aos óbitos, ocorreram no período 284, e este número
representa 79,8% dos óbitos ocorridos no município desde o início da pandemia. A data
que apresentou maior número de óbitos (17) foi 15 de junho de 2021, e o período máximo
que o município ficou sem computar óbitos foi de 9 dias, ocorrendo em dois períodos, de
13 a 21 de janeiro, e 18 a 26 de agosto de 2021. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Concluiu-se que a taxa de incidência da doença no município de Fernandópolis foi

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


elevada, assim como o número de óbitos no período. Desta forma, medidas efetivas de
controle e prevenção da doença devem ser adotadas pois desta forma a incidência da
doença reduzirá e consequentemente o número de óbitos também.
Palavras-chave: Mortalidade; Pandemia COVID-19; Virulência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Ministério da Saúde declara transmissão


comunitária nacional. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. Disponível em:
https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46568-ministerio-da-saude-declara-
transmissao-comunitaria-nacional. Acesso em: 07 de outubro de 2021.
SCHUCH, P.; FURTADO, C.C.; SARMENTO, C.S. Covid-19 e a População em
Situação de Rua: da saúde à segurança pública. 2020. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/ifch/index.php/br/covid-19-e-a-populacao-em-situacao-de-rua-da-
saude-a-seguranca-publica. Acesso em: 07 de outubro de 2021

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BENEFÍCIOS DA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA EM PACIENTES
MASTECTOMIZADAS

Elielson Felix Gonçalves1; Suzanna Tavares Paulino1; Tamires de Alexandria Matias1;


Pedro Victor Santana Alvarenga1

1
Graduandos em Medicina pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A mastectomia é um procedimento cirúrgico no qual ocorre a retirada
parcial ou total das mamas, sendo uma das alternativas mais empregadas no tratamento
do câncer de mama. A retirada do órgão implica em complicações físicas, psicológicas e
interfere na qualidade de vida da paciente. Nesse sentido, a reconstrução mamária surge
com intuito de minimizar esses danos. OBJETIVOS: Analisar os benefícios da
reconstrução mamária em pacientes submetidos a mastectomia. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão da literatura, fundamentada em uma busca ativa por artigos
científicos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde e Scielo, na qual foram utilizados
os Descritores em Ciências da Saúde (DECS): ‘‘Oncologia’’, ‘‘Cirurgia Plástica’’ e
‘‘Mastectomia’’. Foram empregados como critérios de inclusão: publicações nos idiomas
português, inglês e espanhol; estudos que abordassem os benefícios da reconstrução
mamária em pacientes oncológicos submetidos a mastectomia; disponibilidade dos textos
completos; pesquisas datadas entre 2011 e 2021. Como critérios de exclusão foram
aplicados: trabalhos duplicados na plataforma, inadequação do texto ao tema proposto
para pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A reconstrução mamária imediata ou
tardia pode restaurar a forma e integridade das mamas, trazendo benefícios físicos,
através da restauração do contorno corporal. Além disso, contribui para melhora de
fatores psicológicos como autoestima, visto que a imagem corporal impacta diretamente
na vida do indivíduo. Ademais, fornece uma melhora nas relações sociais, demonstrando
um impacto positivo para a qualidade de vida da paciente. Nesse sentido, a reconstrução
mamária mostra-se importante para reduzir os danos deixados pela mastectomia, assim
como para permitir a reinserção dessas pessoas à sociedade. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Destarte, percebe-se que a reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico
eficaz, uma vez que além minimizar as sequelas físicas da paciente, também permite uma
melhora relacionada a fatores psicológicos e sociais.
Palavras-chave: Oncologia; Cirurgia Plástica; Mastectomia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Breast Cancer Surgery: A French National Survey. Annals of Surgical Oncology, v. 22,
n. 11, p. 3504–3511, 2015. Disponível em: <https://doi.org/ 10.1245/s10434-015-4378-
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PEREIRA, R. A. et al. Quality of life of mastectomized women undergoing immediate
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Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (RBCP) – Brazilian Journal of Plastic
Sugery, v. 35, n. 1, p. 38–43, 2020. Disponível em: <https://doi.org/ 10.5935/2177-
1235.2020RBCP0007>. Acesso em: 13 out. 2021.

DE OLIVEIRA, R. R.; MORORAIS, S. S.; SARIAN, L. O. Efeitos da reconstrução


mamária imediata sobre a qualidade de vida de mulheres mastectomizadas. Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 32, n. 12, p. 602–608, 2010. Disponível
em: <https://doi.org/10.1590/S0100-72032010001200007>. Acesso em: 13 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


BIOIMPLANTES NA PRÁTICA ORTOPÉDICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Lázaro Geraldo dos Santos Xisto1; Eduardo Gonçalves Souza2; Lucas Fernandes Soares
Monteiro3; Marina de Castro Ramos Magalhães4 Luciana Diniz Silva5
1,2,3,4
Acadêmico de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte,
MG-Brasil.
5
Docente do curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte, MG-Brasil.

E-mail do autor principal: [email protected]

Introdução: Biomaterial é conceituado como material funcional empregado na


construção de dispositivos que possam substituir partes ou funções do corpo de maneira
segura, eficaz e com alta biocompatibilidade 1. Grandes avanços têm sido feitos nessa
área, incluindo uso de cerâmicas, vidros, polímeros e ligas metálicas. Dessa forma,
bioimplantes são elaborados com o objetivo de se degradarem ou serem reabsorvidos no
organismo de forma segura, para que não seja necessário remover o implante após o
cumprimento de sua função 2. Objetivos: O presente trabalho visa dissertar sobre a
utilização dos biomateriais na prática ortopédica, elucidar alguns exemplos e seus
benefícios. Metodologia: Revisão de literatura, através de pesquisa bibliográfica nas
bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed. Incluiu-se artigos originais e
revisões. Discussão: Sabe-se que a perda de um órgão ou membros, além do prejuízo
funcional, gera problemas psicossociais. Os avanços ocorridos na área da saúde
motivados pelo aumento da expectativa e, sobretudo, da qualidade de vida, corroboram
com a criação de técnicas que objetivam restaurar as funções completas ou parcialmente
da região corporal da pessoa que sofreu algum tipo de amputação ou lesão por doença 3.
Assim, observa-se na prática ortopédica o surgimento, por exemplo, de biomateriais para
terapias de enxertos ósseos em fraturas e/ou defeitos esqueléticos. Esse tipo de material,
quando comparado às ligas tradicionais utilizadas em próteses ortopédicas, possui a
vantagem de possuir resistência elevada à corrosão. Outrossim, evita a eliminação de
substâncias tóxicas no organismo, devido a sua capacidade de bioatividade promovida
pelo enriquecimento/revestimento das ligas com fosfatos de cálcio 4. Além desse aspecto,
outro material bastante pesquisado atualmente é o implante ortopédico a base de
magnésio (Mg). Este último é um bioimplante caracterizado por ser biodegradável,
biocompatível e que tem sido associado ao processo de regeneração óssea e aceleramento
da cicatrização em doenças ósseas 5. Estima-se que os biomateriais terão ampla aplicação
na imunomodulação, podendo desempenhar um papel importante na substituição, se
integrando ao corpo causando inflamação mínima e formação de tecido fibroso. Ainda,
no contexto da regeneração, os biomateriais podem ser considerados como suporte inicial
ao estimularem a formação de novos tecidos 6. Vale ressaltar que o ajuste geométrico dos
materiais implantados promove a potencialização do efeito da imunomodulação e,
determinam, assim, melhor resposta adaptativa do hospedeiro 7. Considerações finais:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Os bioimplantes são materiais de interesse crescente na prática ortopédica, devido às suas
características de bioatividade. Consequentemente, mais pesquisas nessa área são
interessantes, para melhor entendimento desses instrumentos.

Palavras-chave: Bioimplantes; Materiais Biocompatíveis; Ortopédicos.


REFERÊNCIAS:
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Media. 2017. 574 p.
2. Soler-Botija C, Bagó JR, Llucià-Valldeperas A, Vallés-Lluch A, Castells-Sala C,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CAMPANHA DE VACINAÇÃO NO COMBATE À COVID-19 EM PORTO
VELHO, RONDÔNIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Wellimgton César Monteiro da Silva¹; Hádassa Joshua da Silva Sicsú²; Danieli Xavier
da Costa3

¹,²,³Graduandos em Enfermagem pelo Centro Universitário São Lucas

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa que instaurou a maior


pandemia da história do mundo contemporâneo pela elevada taxa de transmissibilidade
por meio de gotículas expelidas no ar ou no contato com superfícies contaminadas. Com
isso, medidas como distanciamento social e uso de máscaras tornaram-se alternativas para
controle da disseminação, bem como esforços globais em pesquisa para produção de
vacinas. No Brasil, há o maior programa de vacinação do mundo, o Programa Nacional
de Imunizações (PNI), reconhecido internacionalmente e que tem larga experiência em
organizar campanhas de vacinação em massa. Com a criação das campanhas de vacinação
contra a COVID-19, a participação de voluntários para o cadastramento e aplicação das
doses tornou-se necessária devido a grande demanda populacional. OBJETIVO: Relatar
a experiência da atuação de acadêmicos de enfermagem como voluntários durante a
campanha de vacinação no combate à COVID-19 em Porto Velho, Rondônia.
METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, vivenciado por
acadêmicos de enfermagem voluntários na campanha de vacinação contra o novo
coronavírus em diferentes cenários, com supervisão dos preceptores da instituição de
ensino superior (IES). Foi desenvolvido um cronograma pela IES, contendo o local, data
e hora, nome dos preceptores responsáveis e turno de atuação, encontrando-se listado a
divisão dos alunos que consistia em 03 grupos com média de 08 integrantes. As atividades
foram realizadas entre os meses de junho e julho de 2021 em duas faculdades privadas e
nas ações itinerantes promovidas pela prefeitura da capital, no período, denominadas de
‘’drive thru vacina pvh’’, na qual os voluntários puderam atuar como vacinadores e
registradores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os acadêmicos vivenciaram na prática
o papel fundamental do profissional de saúde no atendimento ao público durante a fase
de preenchimento dos dados pessoais e no cartão de vacinas pelos registradores, visto que
foram realizadas orientações a respeito da vacina ofertada, possíveis efeitos colaterais e
como amenizá-los, data para aplicação da segunda dose, bem como esclarecido outros
questionamentos. Convém ressaltar, que a participação como voluntários foi fundamental
para conter a grande demanda do público, visto que em alguns dias a imunização
ultrapassou a marca de 2 mil e 500 pessoas somente em um dos locais, mesmo com a
baixa procura segundo o prefeito da capital. Paralelo a isso, notou-se a preocupação da
população a respeito da vacina ofertada, gerando indignação e por vezes grosseria quando

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


respondido o nome da fabricante responsável pela produção de um imunizante em
especial, disponível para aplicação. Por outro lado, os alunos na função de vacinador
notaram a importância do conhecimento teórico a respeito das vacinas disponíveis e
técnico para administrações intramusculares a fim de diminuir as chances de eventos
adversos e acidentes com materiais perfurocortantes, além de relatarem o crescimento
enquanto acadêmicos em diversos sentidos, por estarem exercendo atribuições de
tamanha relevância no cenário atual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As ações
voluntárias desenvolvidas durante a campanha de imunização foram capazes de
enriquecer o conhecimento, favorecer o amadurecimento enquanto acadêmicos e agregar
valores na formação de futuros profissionais enfermeiros.

Palavras-chave: COVID-19; Voluntários; Vacinação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Daltro, M. R., & Faria, A. A. Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-
modernidade. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 19(1), 223-237, 2019. Domingues,
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GONÇALVES, Etiene. Drive-thru noturno realizado pela prefeitura de Porto Velho


vacina mais de 2 mil pessoas. Prefeitura de Porto Velho, Porto Velho, 10 de jul. de
2021. Disponível: em <https://www.portovelho.ro.gov.br/artigo/31675/imunizacao-
drive-thru-noturno-realizado-pela-prefeitura-de-porto-velho-vacina-mais-de-2-mil-
pessoas/>

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CÂNCER DE MAMA EM HOMENS: DIVERGÊNCIAS NO DIAGNÓSTICO E
PROGNÓSTICO ENTRE OS GÊNEROS
Breast cancer in men: divergences in diagnosis and prognosis between genres

Julia Ranielly de Oliveira Rios1, Alexya Lopes Brito2, Ana Paula Conceição de Jesus2,
Mariana Vitória Antunes Menezes Silva2, Marianna Santana Santos2, Mila Carreiro
Marinho2
Graduando(a) em Medicina na UniFTC1
Graduando(a) em Medicina no Centro Universitário UNIFAS2
E-mail: [email protected]

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente em mulheres, diferente do


que ocorre com os homens, sendo nesse grupo, uma afecção pouco comum e escassa de
estudos à respeito. Objetivo: Analisar as características dos pacientes e a biologia do
câncer de mama em homens, bem como diagnóstico, prognóstico e fatores que
influenciam na sobrevivência. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de
literatura. Foram selecionados 7 artigos na base de dados PUBMED, com datas de
publicação entre 2005-2020, usando os descritores “câncer de mama” AND “homens”
AND “diagnóstico” AND “prognóstico” AND “divergências” sendo critérios de inclusão
artigos em inglês e português e de exclusão artigos que fugiam do objetivo central do
estudo. Resultados: Os artigos supracitados revelam que os estudos do câncer de mama
masculino é uma questão pouco abordada, entretanto é necessária para a intensificação
da profilaxia do público alvo. Concernente a isso torna-se notória à influência dos fatores
de risco, vide - Idade, relação estrogênio/ androgênio, mutações genéticas hereditárias,
obesidade, alcoolismo e a radiação -. Foram registrados 2.054 casos de câncer de mama
em homens, sendo esse um total de 0,71%, diante 289.673 casos de câncer de mama em
ambos os sexos. Perante isso, o risco de morte em homens foi de 43% maior do que em
mulheres, por conta da escassez do acompanhamento prévio. Conclusão: Entre os anos
de 2005-2020 foram observados piora do prognóstico no sexo masculino, visto que esse
gênero não tem informações básicas sobre a profilaxia do câncer de mama.
Palavras-chave: Diagnóstico. Prognóstico. Câncer de mama. Homens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FENTIMAN, Ian S. et al. The biology of male breast cancer. The Breast, v. 38, p. 132-
135, 2018.

GIORDANO, Sharon H. et al. A review of the diagnosis and management of male breast
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results data analysis. Clinical breast cancer, v. 18, n. 5, p. e997-e1002, 2018.

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ZHAO, Jing et al. Male breast cancer: A closer look at patient and tumor characteristics
and factors associated with survival. Thoracic Cancer, v. 11, n. 11, p. 3107-3116, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CARCINOMA DE MAMA COM POSITIVIDADE PARA RECEPTORES
ESTRÓGENO E PROGESTERONA E A ATUAÇÃO DO SISTEMA
IMUNOLÓGICO
PINHO, Vinícius Sardinha¹; FREITAS, Franciele Lopes Dias de¹; BARBOSA, Geovana
Soares¹; OLIVEIRA, Julia Maria Martins¹; NASCIMENTO, Alvaro Silva².
¹ Graduandos em Medicina pela Faculdade Atenas Sete Lagoas
² Docente na Faculdade Atenas Sete Lagoas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é o segundo mais incidente em mulheres, não tem


causa única, estando relacionado a diversos fatores incluindo hormonais e imunológicos.
Assim, é de extrema importância clínica: dados etários, pessoais, familiares e hormonais.
Nos pacientes oncológicos o tamanho do tumor, a presença de linfonodos axilares além
do tempo decorrido entre os primeiros sintomas e a descoberta também são fatores
importantes. Ademais, destacamos a relevância dos receptores hormonais e da resposta
imunológica como alvos terapêuticos nesta neoplasia, visto que o tratamento através de
terapias endócrinas ou imunoterapicas tem menor potencial invasivo que as
convencionais. OBJETIVOS: Analisar a produção científica acerca do carcinoma de
mama com positividade para receptores de estrógeno e progesterona e o papel do sistema
imunológico neste contexto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, onde foram coletadas informações das bases de dados PubMed, ELSEVIER,
Scielo e MEDLINE de acordo com os descritores: "carcinoma de mama", "câncer &
receptores" e "imunoterapia". Os artigos selecionados foram publicados entre os anos de
2019 e 2020. A busca resultou em 15 trabalhos dos quais 2 foram selecionados de acordo
com os critérios de inclusão (ano e período de publicação e artigos gratuitos que abordam
a temática proposta). RESULTADOS E DISCUSSÕES: A presença de receptor de
estrógeno (ER) em carcinomas de mama é determinada por imunohistoquímica (IHC),
técnica que avalia a expressão de ER alfa ou beta. A expressão destes receptores é um
importante marcador de prognóstico e preditivo da resposta ao tratamento. Tumores na
mama expressando ER alfa maior ou igual a 1% podem ser tratados com terapia
endócrina. Ademais, a quantificação dos receptores de progesterona (PR) tem valor
prognóstico, uma vez que o gene PR codifica duas proteínas principais (isoforma B (PRB)
e A (PRA). Tumores com maior proporção de PRA apresentam melhor prognóstico pois
possuem menor taxa de proliferação celular e maior expressão de PR, respondendo
positivamente aos tratamentos com antiprogestágenos. Outrossim, o surgimento de
neoplasias desencadeia forte reação imunológica caracterizando a chamada
imunovigilância. Porém, as células cancerígenas têm capacidade de escape: alterando sua
carga genética e desencadeando mecanismos regulatórios da resposta imune, por
exemplo. Dessa forma, as terapias contra o câncer mais promissoras visam a ativação dos
mecanismos imunes de defesa comprometidos pela neoplasia. Um exemplo é o
mecanismo ativo de produção da Interleucina-2, capaz de estimular as células cancerosas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a liberarem mediadores que atraem células de defesa, principalmente leucócitos, que
atacam e bloqueiam sua reprodução e disseminação. Já na terapia passiva, há
transferência de efetores imunológicos (células T ativadas previamente ou anticorpos
específicos) para o paciente, permitindo a atuação destes efetores imunológicos mesmo
no ambiente regulatório desencadeado pelas células tumorais. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Diante disso, é de suma importância avaliar a formação neoplásica que o
paciente possui para definição do melhor tratamento e aumentando as chances de
melhores prognósticos. Simultaneamente é válido ressaltar que esta área carece de mais
estudos com foco em mecanismos imunes juntamente com os receptores hormonais no
desenvolvimento e combate às neoplasias, buscando uma terapêutica mais específica e
eficaz.
Palavras-chave: Câncer de mama; Receptor de estrógeno; Imunoterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
LAMB, Caroline; VANZULLI, Silvia I.; LANARI, Cláudia. HORMONE RECEPTORS
IN BREAST CANCER: MORE THAN ESTOGEN RECEPTORS. Medicina, 79(Spec
6/1). Disponível em. Acesso em: 12 oct. 2021.
OLIVEIRA, Beatriz Almeida; GOMIDE, Ligia Maria Micai. IMUNOTERAPIA NO
TRATAMENTO DO CÂNCER. Revista InterSaúde, [S.l.], v. 1, n. 2, p. 89-100, apr.
2020. ISSN 2674-869X. Disponível em: Acesso em: 12 oct. 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CLAREAMENTO DENTAL EM CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA

Amanda Borges Vitoriano Camargos1, Milena Kaory Kazume2, Laíza Alves Pereira de
Souza3, José Antônio Santos Souza4, Valéria Cristina Lopes de Barros Rolim5.

1,2,3
Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, Campus
Fernandópolis/SP, Brasil
4,5
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, Campus
Fernandópolis/SP, Brasil
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O clareamento dental é um tratamento simples e convencional,
geralmente muito procurado para fins estéticos. Na infância, a principal causa para a
mudança de coloração dos dentes é o traumatismo dentário, sendo mais preeminente na
dentição decídua. Além disto, lesões cariosas, manchamento por materiais metálicos,
causas idiopáticas e alterações sistêmicas durante a formação dentaria também podem ser
considerados como fatores etiológicos para a alteração de cor nos elementos dentais.
Todos estes fatores contribuem para tornar comum a procura do clareamento também
para crianças, principalmente com o objetivo estético. OBJETIVO: Discorrer sobre o
clareamento dental em crianças. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão narrativa
através dos Bancos de Dados: Lilacs e Google scholar, utilizando os descritores
“Crianças”, “Odontopediatria” e “Clareamento dental”, foram selecionados 3 artigos dos
últimos 10 anos, onde foram incluídos trabalhos na língua portuguesa e inglesa,
excluindo aqueles que não se adequavam com o tema e estavam em outros idiomas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos indicam o clareamento como uma opção
devido ao alcance de bons resultados e preservação do elemento dentário, porém, pode
apresentar riscos e limitações. O cirurgião dentista deve ter pleno conhecimento do
produto que será utilizado e dos tipos de coloração dentária para a escolha da melhor
forma de tratamento. Os agentes clareadores são à base peróxido de hidrogênio nas
concentrações de 1,5% a 10% ou, ainda, de peróxido de carbamida, nas concentrações de
10% a 22%, que são utilizados na técnica de clareamento caseira, podendo ainda ser
utilizados no consultório, na concentração de 35%. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante deste estudo podemos concluir que o peróxido de hidrogênio 35% é o agente
clareador mais utilizado devido ao menor tempo de trabalho, inerente ao alto poder que
possui em penetrar no esmalte e na dentina, conferindo maior eficácia ao agente clareador.
Os procedimentos de clareamento apresentaram resultados satisfatórios em casos de
trauma dentário, não ocorrendo malefício à criança ou ao elemento dentário, porém, ainda
são necessários mais estudos para se chegar a um consenso quanto aos protocolos
empregados em Odontopediatria.
Palavras-chave: Crianças; Odontopediatria; Clareamento dental.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FILHO, P. et al. Estética em dentes decíduos traumatizados: clareamento e restauração /
Aesthetics in traumatized primary teeth: bleaching and restoration. sci; v.7, n.26, p.123-
126, abr. 2016.
LOPES, M. K. S. et al. CLAREAMENTO DENTAL EM DENTES DECÍDUOS:
Revisão Sistemática de Literatura. RvAcBO, v.28, n.1, p.1-8, 2019.
RODRIGUES, V. Clareamento Dental em Odontopediatria: revisão de literatura.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) – Faculdade de
Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS COM ATÉ UM
ANO DE IDADE ENTRE 2018 E 2020 NO ESTADO DE ALAGOAS

Larah Luiza Silva Santos Caetano1; Ana Cláudia Mendes Barbosa2; André Nicácio
Barbosa Lima3 ; Isabella dos Santos Bonanni4 ; Izadora Lima da Cruz5 ; Valter
Hernando Silva6.

1
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário CESMAC
2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande
3
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas.
4
Graduanda em Medicina pela Universidade Nove de Julho
5
Graduanda em Medicina pela Universidade de Rio Verde
6
Graduando em Farmácia pela Faculdade Santo Agostinho
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado na década de


70 visando reduzir a morbimortalidade por doenças passíveis de imunização no Brasil,
sendo institucionalizado pela Lei 6.259 de 30 de outubro de 1975 e pelo Decreto nº 78.231
de 12 de agosto de 1976. O programa é uma experiência de sucesso que serve como
referência a nível mundial. Contudo, os estudos mostram uma variação na cobertura
vacinal evidenciando um decréscimo na prevenção de diversas doenças. OBJETIVOS:
Analisar a cobertura vacinal em crianças com até um ano de idade entre 2018 e 2020 no
Estado de Alagoas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico
transversal descritivo, com análise da cobertura vacinal em crianças com até um ano de
idade entre 2018 e 2020 no Estado de Alagoas, com dados fornecidos pelo Programa
Nacional de Imunizações, através do sisPNI e DataSUS, sobre as imunizações referentes
a BCG, Hepatite B, Poliomielite, Rotavírus, Pentavalente, Pneumocócica (10 valente),
Meningocócica C e Febre Amarela. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve uma
redução na cobertura vacinal para os imunizantes avaliados, exceto para a febre amarela:
BCG (-45,69%), Hepatite B (-39,48%) , Poliomielite (-24,10%), Rotavírus (-14,53%),
Pentavalente (-23,27%), Pneumocócica 10 valente (-25,88%), Meningocócica C (-
26,78%) e Febre Amarela (+5,38%). As taxas variaram de -14,53% a -45,69%, de modo
que a vacina BCG contra a Tuberculose apresentou a maior redução na cobertura vacinal,
enquanto a vacina contra o Rotavírus foi a que apresentou menor diminuição. Além disso,
nos anos de 2018 e 2019 a cobertura das vacinas citadas no estado de Alagoas encontrava-
se acima da média nacional, ocorrendo uma inversão em 2020 de forma que passou a ter
uma cobertura vacinal abaixo da média nacional. Como possíveis causas as pesquisas
apontam o movimento anti-vacinas que surgiu na Europa mas ganhou força no continente

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


americano através das mídias sociais, ou percepção enganosa de que esta não é necessária,
uma vez que a doença desapareceu; desconhecimento do PNI e temor das reações
adversas. Contudo, a pandemia da COVID-19 que atingiu o Brasil no ano de 2020 pode
ter influenciado na redução da cobertura vacinal, pois as pessoas passaram a evitar os
serviços de saúde com medo de se infectar com o SARS-CoV-2. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Evidenciou-se uma redução da cobertura vacinal em crianças com até um ano
de idade entre 2018 e 2020 no Estado de Alagoas.
PALAVRAS-CHAVE: Vacinação Infantil. Coronavírus. Imunização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação do Sarampo


no Brasil - 2019. Brasília (DF): 2019.

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no Brasil: uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, n. 4, p.
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FRANCO, Maria Angélica Eloi et al. Causas da queda progressiva das taxas de vacinação
da poliomielite no Brasil. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 6, p. 18476-18486,
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NÓVOA, Thaís d’Avila et al. Cobertura vacinal do programa nacional de imunizações


(PNI). Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 7863-7873, 2020.

VASCONCELLOS-SILVA, Paulo Roberto; CASTIEL, Luis David; GRIEP, Rosane


Härter. A sociedade de risco midiatizada, o movimento antivacinação e o risco do
autismo. Ciência & saúde coletiva, v. 20, p. 607-616, 2015

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COINFECÇÃO HIV/SÍFILIS E SEUS FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS E
CLÍNICOS-EPIDEMIOLÓGICOS NO BRASIL
Raíssa Vieira Santos1; Martiniano de Araújo Rocha2; Eyshila Souza Rebouças2; Hioara
Kely Arcanjo da Silva2; Stéphanie Cristina Ramos Soares2; Ermilton Júnio Pereira de
Freitas3

1
Graduanda em Medicina pela Universidade CEUMA
2
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
3
Médico veterinário. Doutor em Ciência Animal, pela Escola de Veterinária da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente do curso de medicina da
Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A sífilis ainda constitui um grave problema de saúde pública por sua
magnitude e transcendência, apesar da existência de medidas de prevenção e controle
efetivas, sendo a via sexual a forma predominante de transmissão da doença. Entre as
principais consequências da infecção não tratada, destacam-se a transmissão vertical
do Treponema pallidum - que ocasiona a sífilis congênita - e a associação com a infecção
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). A sífilis é a coinfecção mais prevalente
em gestantes portadoras do HIV, podendo, além de eventos vinculados à sua própria
morbidade, facilitar a transmissão vertical do HIV. Diante disso, observa-se que a
coinfecção sífilis e HIV é um importante problema de saúde pública, o que torna essencial
analisar e descrever os fatores sociodemográficos e clínicos-epidemiológicos associados,
a fim de relacioná-los com a continuidade dessa coinfecção. OBJETIVOS: O presente
estudo tem como finalidade, através da revisão integrativa, evidenciar os achados na
literatura referentes aos fatores associados à coinfecção sífilis e HIV e descrever os fatores
sociodemográficos e clínicos-epidemiológicos que interrelacionam-se para a sua
persistência, com o intuito de contribuir para o entendimento do comportamento dessa
coinfecção na sociedade brasileira. METODOLOGIA: O presente estudo caracteriza-se
como uma revisão integrativa da literatura, onde foram consultadas as bases de dados
PubMed; BDTD e Scielo. Os descritores utilizados respectivamente foram: sífilis e co-
infecção pelo HIV; coinfecção sífilis / HIV e coinfecção sífilis/HIV. Foram incluídos, na
elaboração da revisão, artigos gratuitos publicados no período compreendido entre 2011
e 2021, e que estivessem escritos na língua portuguesa, disponíveis nos referidos bancos
de dados. Já os critérios de exclusão foram artigos não publicados nos 10 últimos anos de
referência e que não atendiam os critérios de seleção relacionadas a temática abordada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 877 artigos foram obtidos utilizando-se
dos descritores mencionados, sendo a distribuição destes por meio do banco de dados
igual a: 798 Pubmed (90%); 59 Scielo (6,7%) e 20 BDTD (2,3%). Aplicando-se os
critérios de inclusão e exclusão foram contabilizados exatamente 9 artigos, sendo 5 da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Scielo (55%); 2 da Pubmed (22,5%) e 2 da BDTD (22,5%). Na análise detalhada dos
artigos os fatores sociodemográficos e clínicos-epidemiológicos da coinfecção
sífilis/HIV concluiu-se que a faixa etária mais afetada está entre 25 e 34 anos e que as
múltiplas parcerias sexuais inferem nessa enfermidade, além das possíveis falhas nas
medidas de prevenção. Ademais, ficou constatado que a baixa condição socioeconômica
e a associação da prática homossexual e bissexual são prevalentes na coinfecção. No que
se refere a gestantes, a probabilidade de coinfecção de uma mulher negra é mais de duas
vezes a probabilidade de coinfecção em uma mulher branca. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Dessa maneira, fica explícito como os fatores sociodemográficos e clínicos-
epidemiológicos contribuem para a persistência e o aumento da coinfecção. Portanto, a
elaboração de estratégias universais eficazes direcionadas as políticas públicas de saúde,
no campo das IST, em especial a sífilis e HIV, devem ser desenvolvidas, visando à
prevenção e controle da coinfecção, enfatizando os indivíduos mais acometidos.
Palavras-chave: Coinfecção sífilis/HIV. Fatores de risco. Problema de saúde pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACOSTA, Lisiane MW; GONÇALVES, Tonantzin Ribeiro; BARCELLOS, Nêmora


Tregnago. Coinfecção HIV/sífilis na gestação e transmissão vertical do HIV: um estudo
a partir de dados da vigilância epidemiológica. Revista Panamericana de Salud
Pública, v. 40, p. 435-442, 2016.
ALMEIDA, Valéria Correia de et al. A sífilis em população vulnerável: epidemiologia e
fatores associados à reinfecção e coinfecção com HIV em Campinas, São Paulo. 2014.
FREITAS, Francisca Lidiane Sampaio et al. Protocolo Brasileiro para Infecções
Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis adquirida. Epidemiologia e Serviços de
Saúde, v. 30, 2021.
LUPPI, Carla Gianna et al. Fatores associados à coinfecção por HIV em casos de sífilis
adquirida notificados em um Centro de Referência de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids no município de São Paulo, 2014. Epidemiologia e Serviços de
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COINFECÇÃO HIV/COVID-19: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Jennyfer Martins de Carvalho1; José Anderson da Silva Gomes2; Maria Luísa Figueira
de Oliveira3; Anna Carolina Lopes de Lira4; Giovanna Laura de Lima Borba 5; Fernanda
das Chagas Angelo Mendes Tenório6

1,3
Mestranda em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco
2,5
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
4
Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco
6
Doutor em Biociência Animal pela Universidade Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: No final do ano de 2019 em Wuhan, na China, surgiram evidências de


um novo agente potencialmente patogênico, o Sars-CoV-2. A covid-19 foi declarada
pandemia em março de 2020. A OMS atrelou também possíveis comorbidades que
estavam associadas a um maior risco da doença, como é o caso de hipertensos, diabéticos,
idosos e pessoas imunocomprometidas. Nesse último caso, estão incluídas as pessoas que
vivem com o vírus da imunodeficiência humana (PVH), muito embora ainda não haja
dados concretos sobre os riscos associados à coinfecção HIV/COVID. OBJETIVOS:
Deste modo, o presente estudo visa correlacionar os fatores de risco associados ao HIV
que possam ou não aumentar as chances de contaminação com SARS-CoV-2.
METODOLOGIA: O presente estudo consistiu em uma revisão bibliográfica descritiva
que será delimitada em artigos científicos, baseada em uma amostra de artigos
pesquisados na base de dados SCIELO (Scielo Electronic Library Online), LILACS
(Latino-Americana de Informação Bibliográfica em Ciências da Saúde), BIREME
(Biblioteca Regional de Medicina) e através do portal online National Center for
Biotechnology Information (NCBI). A busca da literatura será antecedida da consulta aos
descritores em ciências da saúde a fim de buscar esclarecimentos sobre o tema estudado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como relatado, ainda não está claro se PVH são de
fato um grupo de risco para a covid-19. Estudos anteriores com Sars-CoV e Mers-CoV
mostraram que PVH costumam ter menos riscos de infecção e progressão à doença grave,
o que pode ocorrer devido ao quadro de imunossupressão e uso da terapia antirretroviral
(TARV). Adicionalmente, Shiau et al, 2020 correlaciona o desenvolvimento de doenças
crônicas não transmissíveis em pacientes mais velhos HIV positivos, como por exemplo
a diabetes. Nesse estudo, os autores também relacionam essas comorbidades à inflamação
do HIV e ao uso prolongado da TARV, tornando esse grupo mais suscetível ao
desenvolvimento de formas graves da Covid-19. Adicionalmente, Brown et al, 2021
associa fatores sociodemográficos como cruciais na relação do Sars-CoV-2 e o vírus da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


imunodeficiência humana. Assim como Kanwugu e Adadi, 2020 correlacionam o medo
de contaminação, o não fornecimento da TARV pelos órgãos competentes e o desvio da
atenção primária para a covid ao déficit no tratamento e de detecção de HIV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir do presente estudo é possível perceber que a
coinfecção HIV/Covid ainda diverge na comunidade acadêmica. Associado aos fatores
epidemiológicos e gravidade dessas doenças virais, a carga social parece estar
diretamente relacionada. Contudo, estudos completos e randomizados com dados mais
claros ainda precisam ser realizados. Assim, o acompanhamento das PVH que foram
infectadas pela covid-19 precisará ser estudada e analisada nos próximos anos.
Palavras-chave: HIV; Covid-19; coinfecção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SWAMINATHAN, N. et al. COVID‐19 in HIV‐infected patients: A case series and


literature review. J Med Virol, v. 93, n. 5, p. 2557-2563, 2021.

XU, Z.; ZHANG, C.; WANG, F.. COVID-19 in people with HIV. Lancet HIV, v. 7, n.
8, p. e524-e526, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES NA COVID-19

Wellington Rodrigo Gomes de Melo¹; Carla Cilene Nascimento Castro²

1,2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi declarada


uma pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde. Essa patologia
pode resultar em complicações cardiovasculares, que são muito importantes de serem
identificadas, pois podem ser causa significativa de mortalidade. Entre as complicações
cardiovasculares relacionadas ao COVID-19, notam-se: lesão do miocárdio e miocardite,
infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, disritmias e eventos
tromboembólicos venosos; as quais decorrem da inflamação sistêmica causada pelo vírus,
do aumento da demanda cardíaca e lesão direta ao tecido cardíaco. OBJETIVOS:
Identificar e analisar as complicações cardiovasculares provenientes da doença COVID-
19, importante no enfrentamento da pandemia desta patologia. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão de literatura, em que foram consultados artigos da base
de dados Google Acadêmico, Scielo e Pubmed. As palavras-chave utilizadas foram:
“COVID-19”, “CARDIOVASCULAR", “SARS-CoV-2”, “COMPLICAÇÕES
CARDÍACAS”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A patologia COVID-19 é causada
pelo vírus SARS-CoV-2, que tem como principal alvo no organismo a Enzima
Conversora de Angiotensina 2 (ECA2), que é encontrada em grandes quantidades nos
pulmões e coração. Por agir nessa enzima, o vírus pode causar um desequilíbrio no
sistema renina-angiotensina, diminuindo os seus efeitos protetores antifibrose e
antitrombose dessa enzima no miocárdio, tornando-o suscetível à lesões. Outrossim,
danos ao sistema cardiovascular podem ser provocados devido à inflamação sistêmica
grave causada pelo vírus, a qual acaba liberando citocinas que elevam a demanda cardíaca
e causam danos aos cardiomiócitos, provocando edema, degeneração e necrose, além de
gerar um estado de hipercoagulabilidade. Outro mecanismo que pode provocar danos
cardíacos é a hipóxia, resultante de danos pulmonares causados pelo microorganismo,
caracterizada pela queda da saturação de oxigênio e acúmulo de substâncias tóxicas livres
na circulação, que chegam ao coração e o lesionam. Essa fisiopatologia pode levar a
complicações cardiovasculares, como: lesão do miocárdio e miocardite, infarto agudo do
miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca, disritmias e eventos tromboembólicos venosos.
A lesão miocárdica e a miocardite ocorrem provavelmente devido ao aumento do estresse
fisiológico cardíaco, hipóxia ou lesão direta ao tecido cardíaco, nos quais se pode
observar elevação da troponina. Enquanto isso, a inflamação sistêmica grave causada
pelo vírus eleva o risco de ruptura da placa aterosclerótica e IAM. Além da inflamação
extrema, a hipercoagulabilidade também aumenta o risco de IAM em pacientes com

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COVID-19. A insuficiência cardíaca pode ser manifestação inicial dessa doença viral,
elevando o risco de mortalidade, sendo fundamental ter conhecimento dessa condição
antes da administração de fluidos intravenosos. Ademais, diversas disritmias podem ser
observadas em pacientes com COVID-19, sendo a mais frequente a taquicardia sinusal,
a qual resulta de hipoperfusão, febre e hipóxia. Outrossim, pacientes com COVID-19 têm
maior risco de desenvolver eventos tromboembólicos venosos devido à inflamação
sistêmica, ao estado anormal na via de coagulação e à disfunção de múltiplos órgãos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A doença COVID-19 trouxe desafios quando a
identificação de seu quadro clínico. Dentre essas manifestações, destacam-se as
complicações cardiovasculares, que podem estar relacionadas a elevadas taxas de
mortalidade. Dessa forma, é imprescindível o reconhecimento de tal quadro, para a
adoção de um manejo adequado.
Palavras-chave: COVID-19; CARDIOVASCULAR; COMPLICAÇÕES
CARDÍACAS.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LONG et al. Cardiovascular complications in COVID-19, The American Journal of


Emergency Medicine, v. 38, n. 7, p. 1504-1507, 2020.

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MARTINS et al. As implicações da COVID-19 no sistema cardiovascular: prognóstico e


intercorrências. Journal of Health and Biological Sciences, v. 8, n. 1, p. 1-9, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA
Thiago Augusto Ferreira dos Anjos¹, Letícia Neves Amaral de Oliveira²
¹Graduando em Enfermagem pela Universidade da Amazônia
²Graduando em Enfermagem pela Universidade da Amazônia
E-mail do autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: Diante da pandemia de covid-19, houve uma reestruturação social na


sociedade brasileira, onde o planejamento e reorganização foram fatores importantes para
entender e enfrentar à pandemia, como também a assistência de enfermagem, sendo um
pilar fundamental em tempos de covid-19. OBJETIVO: Analisar por meio de evidências
cientificas, a atuação de enfermagem em tempos de pandemia, buscando elucidar a
atuação desses profissionais na pandemia. METODOLOGIA: Caracterizou-se por uma
revisão de literatura. Avaliou-se estudos da SCIELO e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS)
onde estão organizados bases de dados da BDENF e LILACS, nos últimos 5 anos, idioma
Português, para estratégia de busca foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde
( DeCS): “Enfermagem” AND “Pandemia”; “Assistência de enfermagem” AND
“Pandemia”; “Enfermagem” AND “COVID-19”, sendo utilizado o booleano AND para
fazer a junção dos descritores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nesse contexto,
evidenciou-se o quanto a atuação de enfermagem foi essencial em tempos de pandemia,
haja vista que atuaram e atuam na linha de frente, prestando serviços e cuidados aos
pacientes, tomando decisões efetivas e recorrentes, como também tiveram ações atuantes
e prestativas perante todas as situações que demandaram cuidados ou assistencialismo ao
paciente. Mas ainda, transpareceu uma das classes de trabalhadores mais afetadas na
pandemia, com altos riscos de infecção pelo coronavírus, sobrecarga de trabalho, fatores
biopsicossociais afetados que interferiram diretamente na saúde desses profissionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: As evidências cientificas, portanto, mostraram estudos
que elucidaram a atuação fundamental dos profissionais de enfermagem no
enfrentamento à pandemia, onde a humanização, integralismo, assistencialismo e atuação
continua foram fatores essenciais nos cuidados aos pacientes. Outrossim, mostrou-se o
quanto a pressão, sobrecarga de trabalho, as condições de trabalhos precárias afetaram os
fatores biopsicossociais dos mesmos.
Palavra-chave: Enfermagem e pandemia; Assistência de enfermagem e pandemia;
Enfermagem e COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRISTIANE, E; et al. Enfermagem brasileira e a pandemia de COVID- 19:


desigualdades em evidência. Esc Anna Nery. 2021, 25 (spe): e20210058. Disponível
em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1284440. Acesso em: 10 de
outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DANIELY, B; et al. O papel da enfermagem no contexto da pandemia do novo
coronavírus: Reflexões à luz da teoria de Florence Nightgale. Rev enferm UFPE.2021;
15: e247807. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-
1282194. Acesso em: 11 de outubro de 2021.
LUCAS, A; JOSÉ, V; MARIA, H. Controle social e atuação da enfermagem em defesa
da vida na pandemia de COVID-19. Rev Bras Enferm. 2021; 74 ( suppl 1):
e20201310. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/xqmy4v8NfWwLFhdfrxWpm5c/?lang=en. Acesso em:
14 de outubro de 2021.
SILVA, G; et al. Conhecimento e atuação da equipe de enfermagem na pandemia da
COVID-19. Rev enferm UFPE online. 2021; 15: e246687. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1151080. Acesso em: 9 de outubro
de 2021.
VITAL, S, et al. Humanizando a assistência intensiva de enfermagem a pessoas com
Covid-19. Rev Rene (online), Fortaleza, v. 22, 11- jun-2021. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1279596. Acesso em: 10 de
outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM EDUCATIVA NO INCENTIVO AO
ALEITAMENTO MATERNO DURANTE O PUERPÉRIO NA APS

Diniele das Mercês Damasceno1; Jhessica Silva da Silva2; Daheny Coelho Matos3;
Camila Oliveira dos Santos4; Maíra Cibelle da Silva Peixoto5.
1,2,3,4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
5
Enfermeira. Mestranda em Biologia Parasitária na Amazônia pela Universidade do
Estado do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Uma das grandes demandas na Atenção Primária à Saúde é a atenção


à Saúde da Mulher, e o profissional de saúde tem papel fundamental de realizar o
acolhimento adequado a essas usuárias. No período pós-parto, também chamado de
puerpério, a mulher passa por diversas mudanças físicas e psicológicas, período que varia
de 45 a 60 dias, todos os órgãos tendem a voltar ao estado pré-gravídico, exceto as mamas,
devido a produção de leite para a alimentação do bebê, sendo a amamentação um vínculo
que fortalece os laços afetivos entre a lactante e seu filho. O aleitamento materno é
considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um dos principais meios para a
promoção da saúde infantil, pois, garante o desenvolvimento saudável do lactente até os
2 anos de vida. Nesse sentido, é essencial a abordagem educativa para elucidar as mães
sobre os benefícios do aleitamento materno, e dessa forma, promover maior adesão do
aleitamento materno exclusivo até os 6 meses do bebê. OBJETIVOS: compreender a
importância da abordagem educativa no incentivo ao aleitamento materno durante o
puerpério. METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma revisão qualitativa da
literatura, realizada em agosto de 2021, em que foram encontrados 5 artigos, desses, 3
foram utilizados na construção do trabalho. Os critérios de inclusão foram publicações
em português, disponibilizados nas bases de dados Scielo, Google Acadêmico, BVS e
LILACS, que compreendiam o tema Abordagens educativas no incentivo ao aleitamento
materno durante o puerpério, a relação entre o puerpério e a amamentação, e a
importância da educação para as puérperas. Os critérios de exclusão foram artigos que
relacionassem o aleitamento materno fora do período do puerpério, ou artigos que
tratassem abordagens educativas fora do âmbito de incentivo ao aleitamento materno no
puerpério. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Os achados esclarecem que o período
correspondente ao puerpério promove diversas transformações e mudanças na vida da
mulher, envolvendo todo seu contexto de vida. Todavia, os estudos ressaltam que todas
essas mudanças refletirão diretamente no processo do aleitamento materno e será decisivo
para a adesão e permanência dessa mãe na promoção da amamentação. Pesquisas
apontam que a enfermagem além de prestar a assistência do cuidado, é essencial no
desenvolvimento de abordagens educativas nesse período, em que seu acolhimento,
escuta ativa, e a expertise profissional, se fazem essencial no incentivo ao aleitamento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


materno sobretudo na APS que é a porta de entrada para a rede de assistência do SUS.
Dessa forma, entende-se imprescindível o papel da enfermagem no desenvolvimento de
abordagens educativas durante o puerpério, com o objetivo não somente de incentivar,
mas também de orientar, informar, acolher, e apoiar o aleitamento materno nessa fase
inicial da maternidade, sobretudo no que tange a continuidade desse, mesmo após os 6
primeiros meses de vida do bebê. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Compreende-se que as
abordagens educativas orientam as puérperas a respeito da importância do aleitamento
materno exclusivo na alimentação do bebê até o sexto mês de vida, buscando a
sensibilização e adesão das mesmas a essa prática.
Palavras-chave: Aleitamento materno, Abordagem educativa de enfermagem,
Puerpério.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS:
ADAMY, Edlamar Kátia; et. al. Amamentação no puerperio imediato: relato de
experiência da implementação do processo de. Revista enfermagem UFPE [online]
2017. v. 11 [Acessado em 15 de setembro de 2021]; p462-468. Disponível em
<https://doi.org10.5205 reuol.7995-69931-4-SM.1101sup201728>. ISSN 1981-8963
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CARVALHO, Maia José Laurinda do Nascimento, et al. Primeira visita domiciliar
puerperal: uma estratégia protetora do aleitamento materno exclusivo. Rev. Paul.
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LIMA, Paula Francilene da Silva, et. al. A atuação do enfermeiro na educação em saúde
com ênfase no apoio a amamentação exclusiva até os seis meses de idade. Rev. Saúde
UNG-Ser [online]. 2017 [Acessado em 3 de setembro de 2021]; 10(1):45. Disponível em:
http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/view/2633

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONDUTAS DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO TRATAMENTO
ONCOLÓGICO INFANTIL

Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra1; Arianny Luiza Barros de Santana2; Maria
Eduarda Wanderley de Barros Silva3; Teresinha Oliveira Lima de Araújo4; Daiane de
Matos Silva5; Thiemmy de Souza Almeida Guedes6.
1
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal Nove de Julho
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande
4
Graduanda em Enfermagem pela UNIFTC Juazeiro
5
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia
6
Pós-Graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Considera-se câncer pediátrico toda neoplasia maligna acometida


na faixa etária antecedente aos 15 anos de vida. Diferentemente do câncer em um
organismo adulto, o câncer infantil afeta o sistema hematopoiético, sendo considerada
antes como uma patologia aguda de diagnóstico não favorável. OBJETIVOS:
Identificar, através da literatura científica, as principais condutas da equipe de
Enfermagem frente ao tratamento de crianças em tratamento oncológico.
METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de
dados: Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico
Español en Ciencias de la Salud (IBECS) e Bases de Dados em Enfermagem (BDENF),
e também, através do cruzamento dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
"Enfermagem Oncológica"; "Câncer Infantil" e "Cuidados de Enfermagem"; por meio do
operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de Setembro de 2021. Como critérios
de inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e
espanhol, que contemplassem o tema, nos últimos cinco anos. Adotaram-se como
critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados, teses, monografias,
dissertações, revisões de literatura e estudos que fugissem da temática. A partir da busca
inicial com os descritores e operadores booleanos definidos, foram encontrados 51
estudos nas bases de dados selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão,
foram selecionados quinze estudos para compor a revisão. Adotou-se como pergunta
norteadora: "Como a equipe de Enfermagem pode atuar na assistência ao tratamento de
crianças com câncer?" RESULTADOS E DISCURSSÃO: Nota-se que a hospitalização
é vista como uma etapa desgastante na vida do ser humano, principalmente quando
acometida na infância, pois além de mudar totalmente a rotina da criança, traz um novo
hábito para ela: o hospitalar, dos medicamentos aos efeitos causados pelos procedimentos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


submetidos. Com isso, a atuação da equipe de enfermagem é de suma importância, desde
a transmissão de confiança para a criança quanto na orientação para os familiares.
CONCLUSÃO: Portanto, fica claro que a descoberta do câncer na criança é um assunto
completamente perturbador e delicado para a criança e para a família. Sendo a criança
tirada de seu convívio social e tendo o hospital como seu novo lar. Torna-se a enfermagem
uma parte indispensável na Multidisciplinaridade da oncologia pediátrica, fazendo-se
presente do início com a descoberta do diagnóstico, reconhecendo o tratamento da criança
com função abrangente, de total atenção física, psicológica e social.
Palavras-chave: Enfermagem Oncológica; Oncologia; Cuidados de Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

COLETTA, Adriana M. et al. Synergy between licensed rehabilitation professionals and


clinical exercise physiologists: optimizing patient care for cancer rehabilitation.
In: Seminars in oncology nursing. WB Saunders, 2020. p. 150975.NERIS, Rhyquelle
Rhibna;

GALICA, Jacqueline et al. Examining predictors of fear of cancer recurrence using


Leventhal’s Commonsense Model: Distinct implications for oncology nurses. Cancer
nursing, v. 44, n. 1, p. 3-12, 2021.

NASCIMENTO, Lucila Castanheira. Sobrevivência ao câncer infantojuvenil: reflexões


emergentes à enfermagem em oncologia pediátrica. Revista da Escola de Enfermagem
da USP, v. 55, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PANDEMIA DO VÍRUS COVID-19 PROVOCANDO ALTERAÇÕES NO
COTIDIANO DENTRO DAS ESCOLAS

1
Edilma Silva dos Santos.

1
Enremeiro. Pós Graduada em UTI e Emergência pela Universidade de Pernambuco
E-mail: [email protected].

INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019 surgiu o novo corona vírus na China se


alastrando pra todos os países gerando uma pandemia após o comprometimento do covid-
19 as pessoas acometidas apresentam várias seqüelas visíveis como funcionais
tomográficas, psíquicas. Especialistas orientam em suas consultas que as pessoas entrem
em contato com parentes, amigos, vizinhos através das ferramentas hoje oferecidas. O
aumento desenfreado do números de contaminados pelo corona vírus chama atenção de
toda população. Para diminuir o avanço dos números de contaminados a população tem
que colaborar pra retardar a curva do aumento da doença. A organização mundial da saúde
(OMS), em 2020 declarou uma infecção pelo corona vírus se tornou uma emergência
global nomeando esta doença como COVID- 19. OBJETIVOS: O objetivo principal de
fechamentos das escolas foi a proteção de todos envolvidos neste ambiente. Mostrar a
necessidade de disponibilizar estrutura pra os profissionais que atende alunos com
incapacidade de entender a pandemia. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter de estudo
de documental. Pesquisa realizada no Google Acadêmico, Scielo. Foram analisados
vários artigos relacionados aos temas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Até setembro
de 2020, as crianças de idade escolar apresentou um total de 277.285 de casos
confirmados nos Estados Unidos. entre adolescente de 12 a 17 anos foi 37,4/100.000 e as
crianças de 5 a 11 anos foi de 19/100.000. Em relação as notificações escolares, entre 5 e
11 anos apresentou 101.503 (37%) e a de 12 a 17 anos,175,782(63%). se a apresentar os
resultados mais relevantes para compreensão do trabalho, bem como só serão aceitas
referências de artigos, anais de eventos, livros e capítulos de livros. Não serão aceitos
resumos com imagens, gráficos e/ou tabelas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As escolas
foram prejudicadas e fechada de repente com suspensão das aulas, causando transtornos
pra educadores e alunos. O MEC tentou reinventar criando métodos a distância. Houve
seqüela social, econômica e também na educação, devem-se levar em consideração de
riscos e benefícios de fechamento e reabertura das escolas.
Palavras-chave: COVID-19; Escola ; Pandemia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

Graça, N. P., Viscont, N. R. G. dos R., Santos, M. I. V. dos S., Capone, D., Cardoso, A.
P., & Mello, F. C. de Q. (2019). Artigo COVID-19 : Seguimento após a alta hospitalar
COVID-19 : Follow-up after discharge Introdução Avaliação funcional Avaliação
tomográfica. Pulmão RJ, 29(1), 32–36.(“outubro congresso,” n.d.)

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Strabelli, T. M. V., & Uip, D. E. (2020). COVID-19 e o Coração. Arquivos Brasileiros
de Cardiologia, 598–600. https://doi.org/10.36660/abc.20200209.
Ramage, A. E. (2020). Potential for cognitive communication impairment in COVID-19
survivors: A call to action for speech-language pathologists. American Journal of
Speech-Language Pathology, 29(4), 1821–1832. https://doi.org/10.1044/2020_AJSLP-
20-00147.
Monteiro, S. D. S. (2020). (Re)Inventar Educação Escolar No Brasil Em Tempos Da
Covid-19. Revista Augustus. https://doi.org/10.15202/1981896.2020v25n51p237.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO DE ADOLESCENTES SEM
COMORBIDADES PARA A PROTEÇÃO COLETIVA

Artur Fernando Soares da Silva1; Giovanna Araújo Nascimento 2; Suelen Salim Barbosa
de Oliveira3

1
Biomédico pelo Centro Universitário dos Guararapes
2
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário dos Guararapes
3
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário dos Guararapes
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: No dia 16/09/2021, o Ministério da Saúde orientou estados e


municípios a suspender a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidade
considerando evidências científicas que relatam baixos níveis de óbitos ou casos graves
da COVID-19 nessa faixa etária. O governo também esteve investigando um caso de
óbito de um adolescente de 16 anos no estado de São Paulo após ter sido vacinado com a
vacina Pfizer/BioNTech, além de ter citado em sua decisão o Reino Unido como
referência, que havia suspendido em setembro a segunda dose em adolescentes levando
em consideração efeitos colaterais raros como a miocardite. Mais tarde, no dia
22/09/2021, o Ministério de Saúde do Brasil voltou a recomendar a vacinação em
adolescentes seguindo a ordem de prioridades (idade e comorbidades), citando pesquisas
de referência que indicaram baixos níveis de efeitos adversos nesse grupo, sendo os
benefícios da vacina mais evidentes. OBJETIVOS: Revisar e reunir conteúdos
bibliográficos sobre o tema “A importância da vacinação de adolescentes sem
comorbidades para a proteção coletiva” com o intuito de trazer informações relevantes
que podem ajudar na melhor compreensão sobre certos acontecimentos.
METODOLOGIA: Estudo de revisão realizado por profissionais e alunos do Centro
Universitário dos Guararapes. Para o desenvolvimento desse trabalho foram utilizados
artigos obtidos em bases de dados científicos, além de comunicados publicados no site
oficial do Governo Federal pelo Ministério da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A ordem de prioridade na vacinação que leva em consideração a idade, comorbidade e
estado gestacional, é essencial para garantir a proteção de grupos que são mais suscetíveis
ao desenvolvimento de quadros clínicos mais graves por conta da COVID-19. Como já
citado em pesquisas, a vacina é de grande valor para a proteção individual de grupos
prioritários, populações mais jovens e sem comorbidades possuem menor risco de vida
caso recebam a vacina mais tardiamente. Porém, ao passo que se respeite a ordem de
prioridade, a vacinação de adolescentes e dos demais grupos não é só importante para o
individual, mas também para o coletivo. Ao realizar medidas de suspensão da vacinação
de grupos mais jovens, além de levar em consideração os riscos e efeitos adversos raros
para esses grupos, deve ser debatido que a vacinação contra a COVID-19 diminui
significativamente a replicação viral em todos os organismos e por isso é importante para
diminuir também a transmissão do vírus e o desenvolvimento de novas variantes mais
letais. Esse cuidado reforça a proteção de grupos mais frágeis, que além de estarem
protegidos, terão um menor contato com o vírus devido a diminuição da contaminação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


comunitária. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ainda que levado em consideração as
medidas físicas de proteção individual que diminuem o contato com o vírus, não é
possível pensar no controle da pandemia sem pensar na moderação da transmissão
coletiva em todas as faixas etárias. As populações mais vulneráveis devem ser vacinadas
para se proteger, e a vacinação dos demais grupos deverá ser considerada como uma das
medidas necessárias em prol da redução de casos da COVID-19.
Palavras-chave: Adolescentes; COVID-19; Vacinação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GIUBILINI A.; SAVULESCU J.; WILKINSON D. COVID-19 vaccine: vaccinate the


young to protect the old? Journal of Law and the Biosciences, v. 7, n. 1, p. 1-13, 2020.

NASCIMENTO C.; MARCHIORI M.; CAMPOV. L.; ZINIM. M. SARS-CoV2 e Covid-


19: aspectos fisiopatológicos e imunológicos, estratégias de diagnóstico e
desenvolvimento de vacinas. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v. 1, n. 2,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL: PRINCIPAIS CONDUTAS DE
ENFERMAGEM
Maria Dhescyca Ingrid Silva Arruda¹; Cremilson de Paula Silva² ; Arianny Luiza
Barros deSantana3; Maria Eduarda Wanderley de Barros Silva4
¹
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba.
²
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas.
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Paralisia Cerebral (PC) ou também conhecida como encefalopatia


crônica não progressiva na infância é caracterizada em decorrência de sua longa duração
referindo-se às condições constituídas de sequelas de agressão encefálica. Com isso, ela
provoca diversas mudanças no cotidiano, perda de capacidade física, dores e sequelas que
impõem limitações às funções. Para que a assistência à saúde dessas crianças possam ser
efetivas e acompanhadas a fim de reduzir índices de mortalidade se faz necessário que a
equipe de enfermagem integre a criança com deficiência a uma realidade mais formal.
OBJETIVO: Identificar, através da literatura, as principais condutas de enfermagem à
crianças com paralisia cerebral. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura
realizada através das bases de dados MEDLINE, IBECS, BDENF, LILACS, através dos
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Cuidados de Enfermagem",
"Paralisia Cerebral" e "Criança"; combinados entre si pelo operador booleano AND. A
busca ocorreu no mês de Agosto de 2021, adotaram-se como métodos de inclusão: artigos
disponíveis na íntegra, nos idiomas português e inglês, que abordassem a temática, nos
últimos cinco anos. Como critérios de exclusão, adotaram-se: monografias, dissertações,
revisões de literatura, teses, artigos repetidos nas bases de dados e estudos que não
contemplavam o tema. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram
selecionados 39 estudos para compor a revisão. RESULTADOS: Os cuidados ofertados
pelos profissionais de Enfermagem às crianças com paralisia cerebral devem transmitir
aceitação, amizade, acolhimento e estabelecer para a criança o sentimento de confiança.
Por meio das análises das pesquisas, evidenciou-se que a enfermagem deve realizar
avaliações contínuas, com o intuito de implementar estratégias para atender as
necessidades e auxiliar na reeducação da sociedade, adotando desse modo práticas
inclusivas e eventualmente possibilitando melhor qualidade de vida para as crianças com
paralisia cerebral. Salienta-se que a preparação e capacitação dos profissionais de
enfermagem é de suma importância para atuação nas demandas de cuidado à criança e à
família, oferecendo deste modo um cuidado em sua totalidade e humanizado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados dessa pesquisa possibilitaram uma reflexão
acerca da relevância dos cuidados de enfermagem frente à uma criança com paralisia
cerebral, faz-se necessário acolher e prestar uma assistência humanizada. Torna-se

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


indispensável um olhar holístico para que possam atender todas as necessidades do
paciente e que haja a inclusão dos familiares durante os cuidados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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quality of life among caregivers of children with chronic illness and/or disability, BMC
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fundamentada na teoria de Roy, Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e
Inovação em Saúde, v. 12, n. 4, 2018.
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familiar às
crianças com necessidades especiais de saúde: Uma revisão Integrativa. Rev. Aten.
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MORAES, C. C; DEZOTI, A. P. A busca da família para a promoção do cuidado à criança
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PARA O PACIENTE DIAGNOSTICADO
COM ALZHEIMER: Uma revisão integrativa

Cremilson de Paula Silva1; Maria Dhescyca Ingrid Silva Arruda2; Arianny Luiza
Barros de
Santana3; Maria Eduarda Wanderley de Barros Silva4

1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas.
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba.
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Conhecida pelos danos causados às funções intelectuais, o


Alzheimer éuma doença neurodegenerativa que não possui cura. Com agravamento
progressivo e com a morte das células cerebrais, algumas funções intelectuais
importantes são comprometidas, tais como a linguagem, memória, orientação e
comportamento, comprometendo completamente apersonalidade e comportamento do
paciente acometido com a doença de Alzheimer. Segundodados disponibilizados pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que no ano de2025, o número de
idosos no país deverá aumentar aproximadamente 15 vezes. Em estudos,observa-se
que há uma maior incidência da doença em pessoas com idade entre 60 e 79 anos.
Nesse viés, em virtude do aumento dos casos da patologia, torna-se fundamental
o aprimoramento de competências relacionados ao cuidado pelos
profissionais de enfermagem, de modo que possam fornecer uma assistência
qualificada e efetiva, centralizada na integralidade do cuidado desses pacientes.
OBJETIVO: Analisar na literatura científica como é realizada a assistência de
enfermagem frente ao paciente diagnosticado com Alzheimer,além de ressaltar a
importância da capacitação e aperfeiçoamento dos profissionais de enfermagem.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de agosto
a setembro de 2021, a partir das bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical
Publications (MEDLINE), por meio dos descritores: "Cuidados de Enfermagem”,
“Cuidadores” e “Doença de Alzheimer” em busca booleana através da ferramenta
“and”.Como critérios de inclusão artigos originais que contemplassem a temática,
disponíveis online, na íntegra, em português, espanhol e inglês, entre 2016 a 2021 e
foram excluídos estudos repetidos nas bases de dados. RESULTADOS: Emergiram
na literatura 980 estudos que abordaram a temática e após a aplicabilidade dos critérios
de seleção dos artigos, restaram 25 artigos para compor esta revisão. Através da análise
das publicações, evidenciou-se que o profissional de enfermagem possui uma ação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


fundamental na promoção de cuidado e educação em saúde ao paciente diagnosticado
com Alzheimer e aos familiares, de modo que ofereçam um cuidado focado na
individualidade de cada paciente, estimulando a comunicação, acolhimento e apoio do
paciente. Nesse sentido, observou-se que a capacitação profissional da equipe de
enfermagem é um fator de grande relevância para melhor assistência e cuidado ao
paciente e para os familiares, contribuindo para uma assistência humanizada e
transformadora, auxiliando para uma melhor qualidade de vida e restabelecimento da
saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, é perceptível o papel assistencial do
enfermeiro ao paciente diagnosticado com Alzheimer sendo necessário que o
profissional possa construir um elo entre o familiar e o paciente acometido, com
finalidade de estimular o cuidado proporcionando o individualismo, autocuidado,
redução da agitação e ansiedade, além da sua atuação direta em atividades educacionais
prestadas na sociedade a fim de proporcionar o empoderamento dos cuidados ao
usuário.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Doença de Alzheimer; Família.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Alzheimer.
CuidArte Enfermagem, v. 11, n.1, p. 138–145, 2017.
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enfermagemao idoso e ao seu cuidador familiar. Revista Online de Pesquisa Cuidado
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PIZOLLOTO, A. L. Z. et al. Organização da família no cuidado ao idoso com doença
de Alzheimer. Espaço saúde (Online), v. 16, n. 4, p. 41–53, 2016.
SABRINA, S. et al. Assistência de enfermagem aos pacientes portadores de Alzheimer:
uma revisão integrativa, Revista Nursing, v. 23, n.271, p. 4991–4998, 2020.
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cuidador familiar. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 12, n.7, p. 1931-1939.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSUMO DE BEBIDAS ESTIMULANTES POR ACADÊMICOS DE
MEDICINA: BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS
Eduardo Justino Zucatto1; José Messias de Araújo Junior2; Leda Ferraz3

1,2
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
3
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A graduação de medicina exige muito estudo do aluno, o que faz com
que os estudantes busquem meios alternativos para superar seus limites e suas
dificuldades, que são agravadas diante do cansaço físico de uma rotina exaustiva. O
consumo de substâncias estimulantes em universitários é mais comum do que na
população em geral, visto que o ingresso no meio acadêmico pode provocar em muitos
um período de maior instabilidade e vulnerabilidade, facilitando o consumo de drogas
lícitas e uso das ilícitas, além de eventuais comportamentos desadaptativos ou de risco.
OBJETIVOS: Descrever e relatar o consumo de bebidas estimulantes, trazendo as
principais motivações que levam os estudantes a fazerem uso destas, correlacionando os
efeitos positivos e/ou negativos no cotidiano social estudantil. METODOLOGIA: Trata-
se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão de literatura. Os artigos foram buscados
nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo e Google Acadêmico. Foram
incluídos trabalhos completos escritos no idioma português, entre os anos de 2015 a 2021.
De acordo com os critérios de elegibilidade aplicados, foram utilizados 5 artigos
publicados para a produção desta revisão de literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A vida acadêmica em universidades é marcada por períodos de mudança, no qual a
maioria dos jovens deve aprender a lidar com coerçoes sociais e inúmeras situações de
estresse longe dos pais. Um dado importante é a prevalência do uso de psicoestimulantes
nos primeiros anos do curso e declínio desse consumo nos anos seguintes, sugerindo que
seja uma forma de o aluno se adaptar à carga horária de estudos ao entrar na universidade.
Os efeitos desejados desse uso são o êxito no aumento da capacidade física, vigília,
memória, concentração e aprendizado de forma rápida e definitiva. Esses benefícios
surgem aproximadamente uma hora após o consumo e desaparecem após cerca de três ou
quatro horas. Os estudos também afirmam que o uso é feito de maneira esporádica não
acarretando sérios problemas na saúde dos estudandes, porém a utilização dessas
substâncias de forma contínua, não acompanhada de prescrição médica, pode ser
prejudicial à saude. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Referente à análise realizada pelos
artigos consultados, pode-se observar que a busca por auxílio no aumento do rendimento
cognitivo tem como base o consumo de bebidas estimulantes entre a comunidade
acadêmica, das quais suprem a necessidade e expectativa esperada decorrente dessa
ingestão. Porém, é importante que esse estudante tenha um devido acompanhamento
médico para que esse uso não tenha um efeito contrário.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Estudantes; Educação de Graduação em Medicina; Substâncias para
Melhora do Rendimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MASINI, LARA DOMINGUES et al. Análise do consumo de estimulantes cerebrais por


estudantes de medicina de uma faculdade do oeste da Bahia. ANAIS ELETRÔNICO
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DE CASTRO FERREIRA, Camila; DOS ANJOS QUEIROZ, Carla Regina Amorim.
Cafeína: uso como estimulante por estudantes universitários. Revista Inova Ciência &
Tecnologia/Innovative Science & Technology Journal, v. 6, n. 2, p. 16-21, 2020.
MARTINEZ, Gabriel et al. Impacto do etanol e consumo de café na qualidade de sono
de acadêmicos de medicina. Revista de Medicina, v. 97, n. 3, p. 267-272, 2018.
SILVEIRA, Viviane Iunes et al. Uso de psicoestimulantes por acadêmicos de medicina
de uma universidade do sul de Minas Gerais. Revista da Universidade Vale do Rio
Verde, v. 13, n. 2, p. 186-192, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADAS À
REDUÇÃO DE METÁSTASE

Leonardo de Oliveira Assis1; Luciana Canela de Siqueira Silva2; Fernando Ribeiro de


Oliveira Avi3; Luísa Masson Francisco4; Mayara Martins Colturato Minuzzo5; Leda
Ferraz6

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
6
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a principal causa de mortalidade por neoplasias


malignas que afeta mulheres em todo o mundo. Devido a sua complexidade, calcula-se
que 30% dos pacientes desenvolvem a forma metastática, mesmo com um diagnóstico
precoce e com os avanços terapêuticos. Atualmente, o tratamento para o quadro
metastático inclui a terapia hormonal ou a quimioterapia. OBJETIVOS: Este estudo tem
como objetivo demonstrar, de acordo com a literatura especializada, as terapêuticas que
apresentam maior eficácia na redução da metástase do câncer de mama.
METODOLOGIA: O método escolhido foi a revisão integrativa da literatura. As
publicações foram selecionadas de 2017 a 2021, junto às bases de dados eletrônicas
PubMed, Cochrane e Lilacs, por meio de acesso à Biblioteca Virtual em Saúde. Os
descritores para acesso às publicações em português, espanhol e em inglês foram: “câncer
de mama”, “tratamento”, “prognóstico”. Os artigos selecionados tiveram como temática
central a saúde da mulher e oncologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
utilizados 9 artigos para a realização deste trabalho. Os estudos demonstraram a eficácia
do medicamento antineoplásico Bevacizumabe combinado com quimioterapia no
tratamento do câncer de mama metastático HER2-negativo. Pacientes entre 23 a 90 anos
que apresentavam, em sua maioria, câncer de mama metastático HER2-negativo, mas
eram receptores de estrogênio positivos e/ou de progesterona positivos, por outro lado, a
minoria eram pacientes com câncer de mama triplo negativo. Grande parte dos pacientes
realizou quimioterapia anteriormente. Dessa forma, os resultados demostraram que
Bevacizumabe-Taxanos-Capecitabina ou Bevacizumabe-Taxanos-Trebananibe podem
ter maior eficácia no tratamento de câncer de mama metastático HER2-negativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em virtude do que foi mencionado, é evidente a
necessidade da compreensão do assunto, em especial em pacientes que já se encontram
em estágio IV em decorrência da dificuldade do tratamento. Mesmo com a evolução no
tratamento, a sobrevida de mulheres ainda é de apenas 3 a 5 anos em média. Além disso,
não é plausível concretizar tratamentos locais ou conservadores, escolhendo então uma
terapia sistêmica envolvendo quimio e radioterapia. Ainda, é necessário direcionar
também a atenção para o diagnóstico precoce nas mulheres, principalmente nas que se

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


encontram em grupos de riscos ou nas que se encontram em locais onde o acesso a saúde
é difícil.
Palavras-chave: Câncer de Mama; Tratamento; Prognóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA: a cancer journal for
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https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0233571. Acesso em: 15 set.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INCIDÊNCIA DA COVID-19 NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO: UM
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Eric Pasqualotto1, Larissa Fontanella Evaristo de Souza1, Raphaela da Silva


Maintinguer1, Gustavo Eloi Pazini Savi1, Sofia Ferreira Machado1, Beatriz Carvalho de
Oliveira1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O maior risco de infecção pelo SARS-CoV-2 pelas pessoas privadas


de liberdade (PPL) é aumentado devido às condições insalubres e a superlotação das
detenções brasileiras, onde se encontram mais de 740 mil PPL. Tais condições não
permitem que as medidas de prevenção da pandemia sejam respeitadas, como o
distanciamento social. Em relação às medidas de contenção da transmissão, foram
reduzidas atividades coletivas e houve a interrupção de visitas, entretanto, as medidas
desencarceradoras, propostas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foram pouco
aplicadas, fazendo com que permanecessem presos indivíduos com comorbidades e
idosos, o que evidencia o problema de saúde pública provocado pela COVID-19 no
sistema prisional. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo avaliar a incidência da
COVID-19 no sistema prisional brasileiro. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
epidemiológico transversal descritivo, de natureza quantitativa, acerca da incidência da
COVID-19 no sistema prisional brasileiro. Os dados foram obtidos do Departamento
Penitenciário Nacional (DEPEN), com informações de dezembro de 2019, Registros de
Contágios e Óbitos do CNJ, por meio do Boletim de Monitoramento COVID-19
(10/09/2021), e dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do
Sistema de Medidas Socioeducativas dos Tribunais de Justiça e dos Tribunais Regionais
Federais do CNJ, por meio do Monitoramento Local COVID-19 (10/09/2021 – Edição
31). Os critérios de inclusão foram: número de casos, vacinações e óbitos por COVID-
19 do Brasil, regiões e estados e população prisional. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram identificados 66.395 casos confirmados de COVID-19 em pessoas presas em
unidades prisionais estaduais e federais do Brasil, o que representa 887,62 casos/1.000
presos, enquanto os 274 óbitos representam 0,37 óbitos/1.000 presos. Em destaque, a
região Centro-oeste teve maior incidência (196,9 casos/1.000 PPL) e a região Sul teve
maior taxa de óbitos (0,61 óbitos/1.000 presos). Embora a região Sudeste tenha tido
36,4% dos casos, apresentou a menor incidência (63,56 casos/1.000 PPL). A maior
incidência de COVID-19 por estado foi no Piauí, com 427,25 casos/1.000 presos, e a
maior taxa de óbitos em Roraima (2,44 óbitos/1.000 presos). Essa elevada incidência de
COVID-19 associa-se a maior contaminação entre os presos, visto que, enquanto na
população livre estima-se que cada infectado contamine 2 a 3 pessoas, nas prisões um
infectado tem potencial de infectar 10 pessoas, o que se associa a baixa testagem para
COVID-19 e às limitações de isolamento. Acerca da vacinação, a coleta de dados iniciada

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


em abril de 2020, registrou a aplicação de 430.431 primeiras doses, 92.740 segundas
doses e 21.402 doses únicas. Após o início da vacinação, de 05/04/2021 a 08/09/2021,
foram registrados 88,58 novos casos por dia, em média; de modo que, no início da
pandemia, de 30/03/2020 a 28/09/2020, tal relação era de 168,24. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Evidenciou-se a redução de casos de COVID-19 em PPL após o início da
vacinação, embora a incidência permaneça elevada devido às condições sanitárias
precárias das prisões brasileiras. Ademais, nota-se a necessidade da ampliação das
medidas de contenção da pandemia no sistema prisional, visto que a suscetibilidade das
PPL à infecção pelo SARS-CoV-2 representa um problema de saúde pública.
Palavras-chave: COVID-19; Epidemiologia; Prisioneiros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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de experiência. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 46, p. e30, 2021.
SÁNCHEZ, A. et al. COVID-19 nas prisões: um desafio impossível para a saúde pública?
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liberdade contra a COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 4, p. e00068221,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INTERNAÇÕES E TAXA DE MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA
DA MAMA EM SANTA CATARINA E NO BRASIL DE 2017 A 2020

Eric Pasqualotto1, Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1, Mariá Lessa Silva1, Beatriz
Carvalho de Oliveira1, Amanda Carolina Fonseca da Silva1, Davi Gevaerd Reich1

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a principal causa de óbitos por câncer de mulheres


brasileiras, sendo considerado um problema de saúde pública mundial. O controle desse
câncer ocorre por meio da detecção precoce, quando a lesão é restrita ao parênquima
mamário e a possibilidade de cura com recursos terapêuticos menos mutiladores é maior.
Assim, se diagnosticado nos estágios iniciais, o câncer de mama apresenta melhor
prognóstico. Entretanto, as dificuldades no acesso à atenção básica e realização de
exames retardam o diagnóstico, levando à piores prognósticos pela identificação em
estágios avançados. OBJETIVOS: Avaliar, comparativamente, as internações e taxa de
mortalidade por neoplasia maligna da mama em Santa Catarina (SC) e no Brasil de 2017
a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal
descritivo, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS
(SIH/SUS), por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do
Brasil (DATASUS). Foram coletados dados referentes à neoplasia maligna da mama;
internações; óbitos; taxa de mortalidade; sexo; faixa etária (FE1: 0-9 anos; FE2: 10-19
anos; FE3: 20-29 anos; FE4: 30-39 anos; FE5: 40-49 anos; FE6: 50-59 anos; FE7: 60-69
anos; FE8: 70-79 anos; FE9: 80 anos ou mais); e período (2017-2020). RESULTADOS
E DISCUSSÃO: No Brasil, em 2017-2020, foram registradas 272.642 internações por
neoplasia maligna da mama, sendo 98,94% do gênero feminino. A FE6 teve o maior
número de internações (27,93%, n=76.152), seguida da FE5, com 22,88% (n=62.379). A
taxa de mortalidade total no Brasil foi de 8,43%, com 22.699 óbitos no período, sendo
maior nos homens (9,55%) em relação às mulheres (8,41%), além de ser maior na FE9
(17,51%). Enquanto isso, em SC foram registradas 11.962 internações, sendo 99,24% em
mulheres. Em relação à faixa etária, a FE6 mostrou-se mais prevalente (28,24%, n=3.378),
seguida da FE5 (23,39%, n=2.798). Identificaram-se 928 óbitos no período analisado em
SC, representando uma taxa de mortalidade de 7,76%, que foi maior em homens (12,09%)
e, a respeito da idade, a FE9 apresentou a maior taxa de mortalidade (17,35%). O maior
número de internações por mulheres com idade acima de 40 anos converge com
evidências de que o câncer de mama é raro antes dos 35 anos, sendo descoberto entre 40-
60 anos, principalmente. Ainda, a maior ocorrência em mulheres se relaciona às
características reprodutivas, visto que a doença tem relação com os hormônios
reprodutivos femininos. Entretanto, a evolução do câncer de mama em mulheres jovens

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e idosas se apresenta de forma semelhante em estágios iguais, o que permite associar o
pior prognóstico de idosos aos subtratamentos e tratamentos agressivos com excessivos
efeitos colaterais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As internações por neoplasia maligna
da mama apresentaram-se de maneira semelhante em SC e no Brasil, sendo maior em
mulheres acima de 40 anos. As maiores taxas de mortalidade, de maneira convergente,
foram identificadas na FE9. Ademais, a taxa de mortalidade de SC foi menor
comparativamente ao Brasil, embora foi maior nos homens em ambos. Evidencia-se,
assim, a importância da detecção e tratamento precoce para a redução da mortalidade do
câncer de mama.
Palavras-chave: Epidemiologia; Neoplasias da Mama; Neoplasias da Mama
Masculina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DAS REDES SOCIAIS PARA PROMOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS EM
SAÚDE MATERNO-INFANTIL FACE À PANDEMIA DA COVID-19
Lucas Muller Brunelli1; Leandro da Silva de Medeiros2; Giovana Luiza Rossato3;
Andressa Caetano da Veiga4; Dirce Stein Backes5

1
Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria
2,3
Acadêmico do Curso de Enfermagem da Universidade Franciscana
4
Fisioterapeuta. Discente do Mestrado em Saúde Materno-Infantil da Universidade
Franciscana
5
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Coordenadora do Mestrado Profissional em
Saúde Materno Infantil e Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Franciscana
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A gestação e o ato de dar à luz envolvem um processo de reestruturação da


vida da gestante e de seus familiares (SILVA et al., 2021). A gestante recebe instruções
de várias fontes, tais como familiares, mídias e influenciadores digitais. É necessária a
disponibilização de uma fonte de confiança com a qual a gestante possa contar para sanar
suas dúvidas e receber instrução adequada. Com a pandemia do novo Coronavírus, as
visitas da gestante ao serviço de saúde se tornaram menos frequentes, visando a segurança
desta e de seus familiares. As mídias sociais tornaram-se um dos principais meios de
chegar às gestantes dadas as políticas de isolamento (BRASIL, 2020). Objetivo: Relatar
a iniciativa de alunos de graduação e pós-graduação na utilização das redes sociais para
facilitar o acesso de gestantes e puérperas à informação baseada em evidências cientificas.
Método: Trata-se de um relato de experiência de bolsistas do grupo GESTAR, vinculado
ao Mestrado Profissional em Saúde Materno-Infantil da Universidade Franciscana
(UFN), compreendendo o período entre março de 2020 e junho de 2021. Nesse sentido,
o grupo GESTAR, desde 2016, tem por finalidade fomentar discussões teórico-práticas
que contribuam para a qualificação da rede de atenção à saúde materno-infantil.
Resultados: Visando atingir ao público gestante e às puérperas, o grupo GESTAR,
composto por alunos de graduação em Enfermagem e pós-graduação, organizou um
cronograma de postagens para serem realizadas em sua página no Instagram. A iniciativa
deu-se em razão do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19, quando as
atividades promovidas pelo grupo se viram comprometidas. O calendário de postagens
foi elaborado e os membros do grupo responsáveis pela criação e postagem do material
puderam escolher temas relativos à saúde materno-infantil para serem compartilhados
com as gestantes e puérperas que acompanhavam o grupo em seus projetos. As temáticas
foram sempre escolhidas visando sanar dúvidas comuns entre as mulheres que gestam,
dão à luz e cuidam do recém-nascido em seus primeiros meses de vida. Foram feitas
postagens regulares munidas de imagens e textos explicativos, em sua maioria curtos,
para que a informação pudesse ser mais bem recebida pelas usuárias. Com o tempo, o
grupo programou e efetuou transmissões ao vivo com estudantes e especialistas da área
materno-infantil e obstétrica, onde as usuárias puderam interagir de maneira mais ativa e
receber instrução confiável através das redes sociais. Dentre as temáticas das

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


transmissões, destaca-se: Cuidados com a mulher e o bebê no puerpério; Mitos e verdades
sobre gestação e amamentação; Paternidade e Cuidado; Pré-natal psicológico e saúde
mental perinatal e etc. Os bolsistas beneficiaram-se ao expandir seus conhecimentos sobre
a temática proposta, bem como na experiência do planejamento dos materiais, condução
das transmissões ao vivo com especialistas e manejo das redes sociais para promoção de
boas práticas em saúde. Conclusão: Conclui-se que o uso das redes sociais constitui-se
como ferramenta indutora das boas práticas em saúde materno-infantil face à pandemia
da COVID-19. Ainda, contribui para a qualificação da rede de atenção à saúde materno
infantil, bem como para o aprofundamento teórico-prático dos estudantes envolvidos.
Palavras -Chave: Educação em Saúde; Obstetrícia; Saúde Materno-Infantil.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas e Estratégicas. Manual de Recomendações para a Assistência à
Gestante e Puérpera frente à Pandemia de Covid-19, Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção Primária à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/corona/manual_recomendacoes_
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Centro De Parto. Revista de Enfermagem UFPE on line, [S.l.], v. 15, n. 1, fev. 2021.
Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/246029. Acesso em:
04 out. 2021. doi:https://doi.org/10.5205/1981-8963.2021.246029.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONDUTA CLÍNICA E MANEJO AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO:
UMA REVISÃO DA LITERATURA
Mateus dos Santos Rios Matos1; Anderson Luís Paschoali2; Leonardo de Oliveira
Assis3; Polyanne Almeida Santos Chagas4; Fernando Ribeiro de Oliveira Avi5; Leda
Ferraz6
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
6
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Como definição, paciente traumatizado é aquele que sofreu um trauma


de qualquer natureza, seja no trânsito, trabalho ou nas atividades diárias. Além disso, não
se deve descartar hipóteses nesse tipo de paciente ou subestimar o caso, pois muitas vezes
a injúria pode ser mais do que o exposto na anamnese da vítima. Para melhor
entendimento das possibilidades de intervenção é importante compreender os três picos
de morte do trauma: os pacientes que morrem no momento do acidente ou logo após,
algumas horas depois, ou em semanas e meses após, sendo que cada grupo tem uma
dinâmica e possibilidades de tratamento diferentes. OBJETIVOS: O objetivo deste
estudo foi analisar os aspectos envolvendo a conduta e o manejo clínico de pacientes
politraumatizados. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura,
com seleção metodológica de 2016 a 2021, junto às bases de dados eletrônicas PubMed,
SciELO e Google Acadêmico. Os descritores para acesso às publicações foram: “lesões
múltiplas”, “fraturas” e “tratamento”. Após os critérios de inclusão e exclusão, restaram
15 artigos que foram submetidos à leitura minuciosa para a coleta de dados.
RESULTADO: Diante de um paciente politraumatizado, a conduta usada é a
denominada “ABCDE do trauma”, que consiste em um uma série de ações com o objetivo
de sistematizar o atendimento e dar prioridade a esse paciente que pode rapidamente
agravar de estado e ir a óbito. Após essa conduta, o indivíduo politraumatizado pode ser
manejado de diferentes formas para ter um maior benefício em seu tratamento. Dentre
esses manejos, os que promovem melhor benefício são: tratamento cirúrgico com fixação
interna, reabilitação multidisciplinar, atendimento do politraumatizado, administração de
carboidratos, artroplastia reversa do ombro, epigalocatequina-3-galato, espirômetro de
incentivo e analgesia peridural. CONCLUSÃO: Com base nesse trabalho consegue-se
perceber a importância do atendimento ao paciente politraumatizado, uma vez que esse
deve ser realizado de forma eficaz e correta e tem sua relevância desde o atendimento
pré-hospitalar. Por excelência, a conduta norteadora num contexto envolvendo um
indivíduo com mais de dois traumas é aquela denominada de “ABCDE do trauma”, a qual
é um guia sistematizado de como o profissional da área de saúde deve seguir em sua
tomada de decisões perante a esse tipo de contexto.
Palavras-chave: Lesões múltiplas; Fraturas; Tratamento.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PARTO DE EMERGÊNCIA E SUAS INTERCORRÊNCIAS: UMA REVISÃO
DE LITERATURA

Polyanne Almeida Santos Chagas¹; Aline Kelly Wanderley Pereira²; Luciana Canela de
Siqueira Silva3; Paula Juzzio Cavalcanti4; Leandro Paranhos Lopes5; Leda Ferraz6

1,2,3,4
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5
Educador físico. Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de
Uberlândia
6
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os cuidados com a gestante começam muito antes do parto. Eles


devem ser feitos de forma acolhedora e iniciados desde o pré-natal, já que este avalia o
nível de complexidade no qual a mulher se enquadra e a atenção a qual ela precisará.
Dessa forma, visa-se evitar o parto emergencial, pelo alto risco de mortalidade materno-
fetal. OBJETIVO: Devido à grande relevância do tema em questão, este trabalho tem
como objetivo analisar, identificar e sintetizar estudos sobre partos de emergência e seus
riscos para a mãe e o bebê. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica,
do tipo revisão de literatura. Inicialmente, os artigos foram retirados das bases de dados
do Google Acadêmico, Scielo e Pubmed, utilizando os descritores: “Parto”,
“Complicações do parto”, “Vias de Parto” e “Trabalho de Parto”. Os critérios de inclusão
usados foram: artigos que abordassem a temática central, em inglês, português ou
espanhol, publicados entre 2017 a 2021, e que estivessem disponíveis na íntegra.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram utilizados 13 artigos para a realização deste
trabalho. Os estudos demonstraram que em casos de partos de emergência, deve ser feita
uma avaliação primária da gestante, verificando os sinais vitais. As complicações clínicas
da mãe, prévias à gestação e complicações obstétricas, devem ser consideradas no
momento do parto de emergência. Dentre essas, a atonia e hipotonia uterinas são as mais
relacionadas a casos de hemorragias. Além disso, de acordo com os artigos selecionados,
observou-se que as vias de parto também podem gerar complicações. O parto cesariano
tem maior quantidade de complicações agrupadas, como infecção pós-parto devido à
cirurgia, complicações e cefaleias pelos anestésicos e dor no local de cirurgia. Já no parto
vaginal, existe risco de anemia, hemorroidas, ruptura do esfíncter anal e possibilidade de
realização de curetagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir desta revisão, é
evidente que o parto de emergência é um episódio de extrema relevância no âmbito da
saúde materna, merecendo a atenção de profissionais responsáveis. Por isso, um pré-natal
bem acompanhado é essencial, diminuindo riscos para a mãe e o bebê até a hora do parto.
Ademais, a escolha da via do parto, o estado geral que da mãe e bebê, a estrutura

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hospitalar e a preparação dos profissionais são de suma importância para uma menor
incidência de complicações, evitando urgências e emergências na área obstétrica.
Palavras-chave: Complicações do parto; Vias de Parto; Trabalho de Parto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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solicitan el servicio médico de urgencia prehospitalaria. Revista Brasileira de
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Complicações maternas associadas ao tipo de parto em hospital universitário. Revista de
Saúde Pública, v. 38, p. 9-15, 2004.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MENINGITE EM SANTA CATARINA DE
2015 A 2020

Eric Pasqualotto1, Beatriz Carvalho de Oliveira1, Amanda Carolina Fonseca da Silva1,


Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1, Larissa Fontanella Evaristo de Souza1, Raphaela
da Silva Maintinguer1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A meningite é uma doença que se caracteriza pela inflamação nas


meninges, membranas que revestem a medula espinhal e o cérebro, e pode apresentar
etiologia variada, sendo que a meningite viral tem maior prevalência e a bacteriana
apresenta maior letalidade, o que, normalmente, se relacionada a quadros de
meningococcemia. A meningite é endêmica no Brasil e consiste em um problema de
saúde pública, fazendo parte de um grupo de doenças de notificação compulsória, de
acordo com o Ministério da Saúde. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo avaliar
a incidência e o perfil epidemiológico da meningite no estado de Santa Catarina (SC)
entre 2015 e 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico
transversal descritivo, de natureza quantitativa, acerca do perfil epidemiológico dos casos
de meningite no estado de SC entre 2015-2020. Os dados foram obtidos do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Os critérios de inclusão
foram: ano de primeiro sintoma, sexo, faixa etária, etiologia, evolução, estado de SC e
período de 2015-2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram identificados 4.610
casos de meningite no período, sendo 60,35% (n=2.782) em homens, maior incidência
em 2017 (n=1015) e menor incidência em 2020 (n=237). Em relação à faixa etária, a
maior prevalência foi em indivíduos de 20-39 anos (22,6%, n=1042) – sendo a faixa etária
mais prevalente em ambos os gêneros – enquanto, a faixa etária com menos casos foi de
80 anos ou mais (0,91%, n=42). No que diz respeito à etiologia, foram identificados 4.606
casos notificados, sendo a meningite de etiologia viral mais prevalente (46,18%, n=2.127)
e a meningite por Haemophilus influenzae (MH) a menos prevalente (0,69%, n=32), além
da meningite bacteriana (MB) apresentar menor incidência em crianças. Acerca da
evolução, 84,53% (n=3.897) dos pacientes evoluíram com alta e 8,59% com óbito por
meningite. Associado à etiologia, a meningite viral, embora mais prevalente, apresentou
a menor taxa de óbito (2,12%, n=43) e a segunda maior taxa de alta (94,5%), enquanto a
MH teve a maior taxa de alta (96,88%). A maior prevalência de meningite em homens
pode se relacionar a questões genéticas associadas à imunidade, visto que as mulheres
têm uma vantagem imunológica devido a genes ligados ao cromossomo X. A menor
incidência de MB em crianças pode estar associada à vacinação em massa da vacina
meningocócica C para adolescentes e crianças, a partir de 2010. A redução de casos
identificada em 2020, embora não comprovada, pode estar associada à pandemia da

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coronavirus disease 2019 (COVID-19), havendo aumento das subnotificações. Ressalta-
se, ainda, a existência de vieses envolvidos, uma vez que os dados dos sistemas de
informação são passivos e possibilitam dados incompletos e subnotificações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se, no período analisado, a permanência da
meningite como uma endemia em SC, apesar da queda nos casos em 2020, o que pode
estar relacionado à pandemia da COVID-19. Ademais, estudos mais detalhados do perfil
epidemiológico da meningite em SC são necessários, para que as ações públicas sejam
direcionadas e tenham assertividade.
Palavras-chave: Epidemiologia; Meningite; Perfil de Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic. Clinical Infectious Diseases, p.
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PEER, V.; SCHWARTZ, N.; GREEN, M. S. Consistent, Excess Viral Meningitis


Incidence Rates in Young Males: A Multi-country, Multi-year, Meta-analysis of National
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE COVID-19: COMPARATIVO
ENTRE OS ESTADOS DE SANTA CATARINA E PARANÁ

Eric Pasqualotto1, Beatriz Carvalho de Oliveira1, Amanda Carolina Fonseca da Silva1,


Mariá Lessa Silva1, Gustavo Eloi Pazini Savi1, Larissa Fontanella Evaristo de Souza1

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A pandemia da coronavirus disease 2019 (COVID-19) representa um


desafio para os sistemas de saúde do mundo, tornando necessárias respostas sanitárias
para o controle das infecções e ampliação das estruturas hospitalares para internações dos
casos mais graves, sendo que, entre os fatores de risco para a doença, encontra-se a idade
avançada, fazendo com que essa população mereça atenção especial na elaboração de
protocolos preventivos da COVID-19. OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico
dos casos de COVID-19 nos estados de Santa Catarina (SC) e Paraná (PR).
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo, de
natureza quantitativa. Os dados foram obtidos a partir de boletins epidemiológicos
emitidos pelos governos dos estados de SC e PR, em 18 de setembro de 2021. As
variáveis analisadas foram: casos confirmados, recuperados, sexo, faixa etária, taxa de
ocupação de leitos de UTI, letalidade e óbitos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De
acordo com os dados obtidos, em SC foram notificados 1.168.817 casos de COVID-19,
com incidência de 16.313,4 casos/100 mil habitantes e maior prevalência de casos em
mulheres (52%). Enquanto, no PR foram notificados 1.482.416 casos de COVID-19, com
incidência de 12.872 casos/100 mil habitantes e maior prevalência também em mulheres
(53%). Em relação à evolução, SC apresentou 97,9% de recuperação e 1,63% de
letalidade, com 19.067 óbitos, o que representa 266,1 óbitos/100 mil habitantes. O estado
do PR apresentou 94% de recuperação e letalidade de 2,58%, com 38.189 óbitos,
representando 331,6 óbitos/100 mil habitantes. Os óbitos foram maiores no gênero
masculino, que, embora apresentaram menos casos, representaram 57,9% dos óbitos em
SC e 58% no PR, o que pode se relacionar à presença de apenas um cromossomo X nos
homens, o qual contém vários genes que coordenam o sistema imunológico. O maior
número de casos em ambos os estados foi identificado na faixa etária de 30-39 anos,
correspondendo a 23,5% em SC e 21,5% no PR, uma vez que representam a população
economicamente ativa e compõe a maior parte da população dos estados, estando mais
sujeitos à infecção. A letalidade na faixa etária de 30-39 foi de 0,27% (SC) e 0,6% (PR),
o que é reduzido em comparação as maiores letalidades, que foram nas faixas etárias de
80 anos ou mais, com 21,6% em SC e 27,8% no PR, e 70-79 anos, com 11,3% em SC e
15,4% no PR. Ainda, acerca da ocupação dos leitos de UTI para adultos, SC conta com
uma ocupação de 62,8% e o PR com 56%, número que reduziu em decorrência das

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


vacinações. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se que, embora SC tenha maior
incidência de casos de COVID-19, o PR apresenta maior letalidade. Em ambos os
estados, as mulheres apresentaram mais casos, enquanto os homens tiveram maior
letalidade. Houve convergência em relação à faixa etária com maior número de casos e
maior letalidade. Portanto, nota-se a importância das medidas de combate à pandemia,
principalmente em relação aos idosos, visto que a evolução desses pacientes apresenta
pior prognóstico, além dessas medidas serem necessárias para a redução progressiva da
ocupação dos leitos de UTI.
Palavras-chave: COVID-19; Epidemiologia; SARS-CoV-2.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS RISCOS DO TROMBOEMBOLISMO COM O USO DE
NTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Mayara Martins Colturato Minuzzo1; Aline Kelly Wanderley Pereira2; Izabela Nossa
Alves3; Luisa Masson Francisco4; Nathalia Martins Sonehara5; Leda Ferraz6
1,2,3,4
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5
Bióloga. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São Jose do
Rio Preto
6
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os anticoncepcionais orais combinados são pílulas que contêm baixas


doses de dois hormônios – um progestageno e um estrógeno, que são similares aos
hormônios naturais progesterona e estrógenos existentes no corpo da mulher. Atualmente,
são um dos métodos mais populares para evitar a gravidez, sendo utilizado por mais de
200 milhões de mulheres desde a sua introdução na prática médica. Estes fármacos atuam
inibindo a liberação de hormônios luteinizantes e folículos – estimulantes bloqueando a
ovulação. No entanto, possuem efeitos negativos como eventos trombóticos decorrente
do estrógeno, o qual é responsável por causar lesão vascular e hipercoagulação sanguínea,
que pode desencadear casos de tromboembolismo venoso. OBJETIVO: Este trabalho
tem como objetivo identificar na bibliografia selecionada, indicadores e fundamentos
sobre a incidência, etiologia e probabilidade de eventos trombóticos e de estase venosa
local que advém de alterações dos níveis de fatores de coagulação, associados a utilização
de contraceptivos orais combinados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, do tipo revisão de literatura, tendo com fonte artigos científicos referentes
ao uso de anticoncepcionais orais, correlacionados a alterações de coagulações
sanguíneas. Inicialmente, os artigos foram retirados das bases de dados Google
Acadêmico, Scielo e Pubmed, utilizando na busca, português, inglês e espanhol, os
termos “contraceptivos orais”, “terapias medicamentosas”, “efeitos colaterais” e
“tromboembolismo”. A partir disso, foram selecionados trabalhos publicados entre 2017
e 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram selecionados 15 artigos e, mediante
a análise, verifica-se que dentre as diversas etiologias dos estados trombóticos, a causa
adquirida possui como principal fator o uso de anticoncepcionais orais, revelando um
aumento de 4 a 8 vezes a incidência de tromboflebite e tromboembolismo em pacientes
que fazem uso deste medicamento. A faixa etária das mulheres tem influência nas
formações de trombos desde que façam uso de contraceptivos orais, principalmente em
idades férteis e após o período gestacional, quando comparada com as que não fazem uso.
A própria fisiopatologia do envelhecimento da mulher é ligada a fatores de riscos
vasculares, como varizes, celulite, trombose e doença cardíaca. É de extrema importância

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a escolha adequada dos contraceptivos pela equipe médica, tanto da medicação quanto da
real necessidade do uso, pois a dose de etinilestradiol associados a progesterona podem
desencadear efeitos colaterais. Em casos graves, aumenta o risco direto para formação de
trombos, além da importância de considerar nessas mulheres a genética, a presença de
diabetes, hipertensão e a preocupação de seu uso nas idades mais avançadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Deste modo, conclui-se que os estudos analisados
indicam alterações na hemostasia ocasionadas pelo emprego de anticoncepcionais orais
combinados, as quais podem evoluir para complicações tromboembólicas. Por isso, a
avaliação de controles prévios que representem um risco trombóticos é essencial na
escolha do contraceptivo para cada mulher.
Palavras-chave: Estrogênios; Coagulação sanguínea; Tromboembolia venosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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TUBERCULOSE ASSOCIADA AO TABAGISMO EM PESSOAS PRIVADAS
DE LIBERDADE EM SANTA CATARINA DE 2014 A 2020

Eric Pasqualotto1, Amanda Carolina Fonseca da Silva1, Beatriz Carvalho de Oliveira1,


Mariá Lessa Silva1, Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1, Davi Gevaerd Reich1

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria


Mycobacterium tuberculosis, que tem o tabagismo como fator de risco, pela fumaça do
cigarro estar relacionada a disfunção ciliar e redução da resposta imunológica. A
transmissão da TB ocorre principalmente pelo ar, contribuindo para a sua elevada
incidência no sistema prisional, caracterizando o risco de infecção 27 vezes maior das
pessoas privadas de liberdade (PPL) em relação à população em geral na América do Sul.
As populações encarceradas apresentam algumas das maiores taxas de incidência de TB
no mundo, entretanto, embora a doença seja um importante problema de saúde entre os
detentos, a ausência de vigilância epidemiológica nas prisões dificulta o seu combate.
OBJETIVOS: Analisar a incidência de TB relacionada ao tabagismo em PPL no estado
de Santa Catarina (SC) de 2014 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
transversal descritivo epidemiológico sobre a TB associada ao tabagismo em PPL em SC.
Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),
por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil
(DATASUS), do Boletim Epidemiológico de TB do Ministério da Saúde e do
Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN). Os critérios de inclusão foram: casos,
fator de risco, PPL e período de 2014-2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
observados 985 casos de TB em PPL no período avaliado, de modo que o maior número
de casos foi no ano de 2015, com 184 casos, enquanto, 2020 foi o ano com menor número
de casos (n=90). No período, o tabagismo se apresentou como fator de risco para TB em
34,62% (n=341) dos casos. No que diz respeito à população em geral de SC, foram
identificados 14.936 casos de TB entre 2014-2020, sendo que 26,95% (n=4.026) tiveram
tabagismo como fator de risco. A incidência de TB por 100 mil habitantes em 2020 no
Brasil foi de 31,6 casos, enquanto em PPL de SC foi de 383,5 casos totais e 127,8 casos
associados ao tabagismo. O maior número de casos de TB no sistema prisional se deve a
variados motivos, como a superlotação das prisões, ventilação inadequada e precárias
condições de higiene, potencializando a transmissão do bacilo. Associado a essas
condições, o tabagismo, com prevalência superior a 50% nas PPL no Brasil, aumenta a
suscetibilidade das infecções, pois um dos efeitos da fumaça do cigarro é a redução da
produção de interleucina 12 e fator de necrose tumoral alfa, que conteriam a infecção em
indivíduos imunocompetentes, prejudicando a resposta imunológica.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se uma incidência 28,46% maior de TB em
PPL tabagistas em relação aos casos de TB associados ao tabagismo da população em
geral de SC. Além disso, a incidência de TB em PPL tabagistas em SC foi 4 vezes maior
à incidência de TB na população em geral do Brasil em 2020, ainda que tenha sido o ano
com menos casos de TB em PPL em SC, representando uma significativa associação do
tabagismo à TB em PPL.
Palavras-chave: Tabagismo; Fatores de Risco; Prisioneiros; Tuberculose.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA COMUNIDADE COMO ESTRATÉGIA DE
PREVENÇÃO DA COVID-19 E OUTRAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM
BRASÍLIA

Yasmin Noleto Nascimento1; Leila Akemi Evangelista Kusano 2

1
Graduanda em Enfermagem pelo UDF Centro Universitário
2
Enfermeira. Mestre em Educação Profissional pela Universidade da Cidade de São Paulo

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Em 2019, no mês de dezembro, o SARS-CoV-2, o mundo se deparava


de uma nova doença ocasionada pelo vírus Coronavírus, que foi identificado pela primeira
em uma cidade chinesa chamada Wuhan. Fato que tornou uma emergência de saúde
pública e gerou interesse internacional em 2020. O Brasil está enfrentando o surto da
doença que necessita de mudanças de comportamento por parte de toda a população, tanto
de maneira individual quanto de maneira coletiva. Materiais educativos para educação
em saúde é uma estratégia muito boa para a prevenção de doenças e promoção da saúde.
A educação em saúde é uma das melhores formas para incentivar a mudança de hábitos,
comportamentos e atitudes individuais e coletivas, principalmente quando se trata de
saúde pública, ou seja, é uma boa estratégia para o combate a COVID-19. Essa educação
em saúde pode ser feita através de materiais educativos de linguagem apropriada e
acessível para a população. OBJETIVOS: Elaborar um material educativo que possa ser
utilizado em população alfabetizada ou analfabeta, sem haver restrições de
conhecimentos e saberes, a fim de, quando aplicados na prática, tais conhecimentos
contribuam a prevenir doenças respiratórias. Foi realizado uma revisão integrativa de
literatura sobre a importância da educação em saúde em tempos de pandemia da covid-
19 na população do Distrito Federal. METODOLOGIA: Estudo descritivo de qualitativo
sendo realizado uma revisão integrativa de literatura para a construção do material. Foram
pesquisados artigos de 2000 até o ano de 2020 na língua portuguesa. Os dados coletados
foram das plataformas: LILACS, EDUC@ e boletins epidemiológicos sobre COVID-19
do Ministério da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os impactos da Covid-19 são
grandes, a população enfrenta desafios diariamente devido sua elevada taxa de
transmissibilidade, inclusive em casos assintomáticos, a ausência de tratamento eficaz e
a grande vulnerabilidade social da população. Outros fatores são as complicações geradas
nos casos mais graves que necessitam de internação hospitalar, fazendo com que os leitos
hospitalares fiquem saturados e o risco de morte elevado. O fato de a pandemia exigir
quarentena fazendo com que as pessoas fiquem em casa e saiam apenas para casos
necessários também trás grandes impactos, tornando a população mais vulnerável ao
adoecimento mental. Diante do exposto, foi construído um um material simples, lúdico,
com potencial educativo e que atendesse o público analfabeto. Sendo assim propomos a
criação de nove dados cada um com seis faces referentes a doenças respiratórias e Covid-
19, medidas de prevenção, locais de transmissão, hábitos importantes, pessoas mais
suscetíveis, sinais e sintomas, alimentos que rebaixam a imunidade, disseminação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


independente da condição climática. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A construção de um
material lúdico garante que a comunicação seja mais efetiva, sendo assim, há
conscientização sobre fatores importantes como por exemplo: instruções e mudanças de
hábitos para evitar tais infecções, bem como a causada pelo novo coronavírus.
Palavras-chave: Covid-19; Doenças respiratórias; Educação em saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CORRELAÇÃO DA POSTURA COM A FUNÇÃO PULMONAR: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

Liliah Jorranna de Sousa Dias1; Elisson de Sousa Mesquita Silva2; Breno Serafim
Pereira3; Maria Julia Rabeche Cornélio Oliveira4; Andreza da Silva Gomes5
1,2
Graduando (a) em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
3,4,5
Graduando (a) em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A postura é a junção de estruturas corporais quando encontrada de
forma equilibrada, sem causar o mínimo esforço e sobrecarga. Para que os ciclos
respiratórios ocorram de forma adequada, é necessário que os pulmões, caixa torácica e
musculatura respiratória trabalhem de forma harmoniosa e sincronizada. Contudo,
algumas mudanças na mecânica pulmonar podem comprometer o alinhamento postural.
OBJETIVO: Revisar, na literatura, a correlação acerca da postura e função patológica
pulmonar. MÉTODO: Foi realizado uma busca nas bases de dados PubMed, Scielo e
Google Acadêmico. Adotou-se como critérios de inclusão artigos publicados, na íntegra,
sem restrição do período de publicação e idioma. Como critério de exclusão, artigos que
não continham os termos de busca ou não se relacionavam com a temática do trabalho.
As palavras-chave utilizadas foram “função pulmonar”, “postura” e “desvio postural”.
RESULTADO E DISCURSÃO: Foram encontrados 14 artigos e 1 foi excluído (por
fugir do tema). Todos os artigos, usados nesse trabalho, evidenciaram uma relação entre
função pulmonar e postura. Pacientes com asma, por exemplo, tendem a desenvolver uma
anteriorização da cabeça e um aumento da lordose lombar. Em pessoas com escoliose os
músculos respiratórios trabalham de forma anormal, sendo resultado do aumento da
resistência à mobilização das costelas. Indivíduos com Síndrome do Respirador Oral
(SRO) possuem alterações posturais adaptativas, associados à hiperatividade dos
músculos do pescoço, resultando na anteriorização da cabeça. Outras doenças como
DPOC e Fibrose Cística, podem desenvolver um desnivelamento pélvico e postura
cifótica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados desse trabalho evidenciam uma
correlação entre postura e função pulmonar. Dessa forma, o estudo dessas alterações é de
fundamental importância, pois o conhecimento detalhado pode ajudar durante a
realização de uma avaliação mais precisa, assim como na elaboração de um plano de
tratamento mais efetivo para esses pacientes.

Palavras-chave: função pulmonar; postura; desvio postural

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A ENFERMAGEM DE FRENTE NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE
PRÓSTATA NA ATENÇÃO PRIMARIA
Camila Micheli Monteiro Vinagre1, Ana Paula Ferreira David2, Bruna Eduarda Brito
Gonçalves3, Bruna Larissa Gama de Oliveira4, Evelin de Oliveira Pantoja5
1,2,3,4,5
Acadêmicas do curso de Enfermagem - Universidade da Amazônia (UNAMA),
Belém, PA-Brasil.
Email: [email protected]
INTRODUÇÃO: No mundo, dentre os agravos ao homem, o câncer de próstata, vem se
destacando, comprometendo 29,79% da população. Dessa forma, o câncer de próstata é
uma neoplasia maligna considerada o segundo tipo de câncer de maior prevalência nos
homens, tornando-se um problema de saúde pública. No ano de 2019 foram quantificadas
quase 15.983 mil mortes por câncer de próstata no Brasil. Historicamente, a população
masculina não possui o hábito de procurar os serviços de saúde, aumentando a incidência
de doenças e agravos, por isso o enfermeiro enquanto cuidador e em certa parte educador,
assume um papel fundamental no processo do cuidar, para que estimulem a população
masculina a cuidar de sua saúde. OBJETIVOS: Identificar na literatura cientifica as
principais ações de enfermagem para o rastreamento e diagnóstico precoce de neoplasias
prostáticas na atenção primária à saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura, de caráter exploratório, foi realizada por meio de artigos disponíveis em dados
eletrônicos publicados na Lilacs, Scielo, Medline e Pubmed, no período de 2017 a 2021,
nós idiomas português e espanhol com a combinação dos descritores em ciências da saúde
(DeCS): “cuidados de enfermagem”, “atenção primária a saúde”, “neoplasias da
próstata”, e operador booleano and. Assim selecionou-se 8 artigos que melhor se
enquadravam no objetivo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi verificado que há certas
barreiras que dificultam o reconhecimento do câncer de próstata, como a falta de
preparado dos profissionais de enfermagem no atendimento a classe masculina, além de
uma carência de conhecimento do assunto e o preconceito acerca do exame de toque retal
que é solicitado para traçar o diagnóstico. Portanto, a enfermagem deve estar preparada
para oferecer um atendimento humanizado a população baseado em um diálogo com foco
de resolver o problema por meio de respostas acolhedoras. Além disso o profissional de
enfermagem é responsável pela capacitação da equipe podendo auxiliar na
desmistificação dos pré-conceitos existentes acerca do exame de toque retal em homens
na prevenção do câncer de próstata. CONCLUSÃO: Observou-se que a população
masculina procura o serviço especializado para uma possível recuperação da saúde ao
invés de procurar antes a atenção básica para obter promoção e prevenção de agravos.
Portanto, cabe ao enfermeiro destacar a importância do rastreio, realizando palestras e
campanhas que possam esclarecer dúvidas sobre a prevenção, fatores de risco e
diagnósticos, uma vez que a falta de informações acaba interferindo no reconhecimento
da doença e na prevenção.
Palavras chaves: Cuidados de enfermagem, Atenção primaria a saúde, neoplasias da
próstata

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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PEREIRA, K. G. et al. Fatores associados à masculinidade no diagnóstico precoce do
câncer de próstata: revisão narrativa: Revista Nursing, v.24, p. 5803-5818, 2021.
Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1253727. Acesso
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RAMOS, C. S. et al. Perfil epidemiológico de agravos urológicos em homem cisgênero
em município da bahia, brasil: Revista de Divulgação Cientifica Sena Aires, v.10, n.1,
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VIANA, L. R. C. et al. Adesão terapêutica de pacientes com cânceres de mama e próstata:
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https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1279602 . Acesso em: 10 out. 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE A CONSOLIDAÇÃO DA
ESPIRITUALIDADE NOS INDIVÍDUOS PORTADORES DE NEOPLASIA
MALIGNA
Karolayne Carvalho Silva1; Ana Luiza Evangelista da Silva2; Matheus da Silva
Sposito3;
Joel Azevedo de Menezes Neto4
Graduandos em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau –
1,2,3

Caruaru/PE
4
Enfermeiro. Pós-graduado em Estomaterapia pelo Hospital Israelita Albert Einstein-SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: A espiritualidade está relacionada ao sentimento de transcendência,
elevação, sublimidade, atividade religiosa ou mística; já a religiosidade envolve a
tendência natural para sentimentos religiosos e coisas sagradas. Elas têm influência na
melhora da qualidade de vida, a ponto de reduzir a utilização dos serviços de saúde e
contribuir para manutenção de um estilo de vida saudável, mesmo nos indivíduos mais
comprometidos. A espiritualidade é considerada uma forma estratégica de enfrentamento
do paciente oncológico. O cuidado de enfermagem deve compreender a dimensão
espiritual, sendo considerada base da humanização da assistência, princípio norteador da
ética do cuidar. Cabe a enfermagem compreender e valorizar a relação entre a
espiritualidade e o enfrentamento do câncer. A espiritualidade na situação do câncer
é um caminho para o desenvolvimento de ações de conexão profissional, visando
a diminuição do sofrimento. Compreender que a espiritualidade afeta a saúde e a
cura é um passo importante para incorporá-la a pratica de enfermagem. OBJETIVOS:
Revisar a literatura acerca do papel da equipe de enfermagem no contexto da
espiritualidade para as pessoas com neoplasia maligna. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão bibliográfica, com o levantamento realizado nas bases de dados da LILACS
e BVS, sendo coletado artigos entre os anos de 2013 a 2020. Utilizado os Descritores
(DeSC). Foram adotados como critérios de inclusão os artigos disponíveis na integra nas
bases de dados, que tivessem aderência ao tema e objetivo, estar dentro dos anos
analisados, redigidos em português. Foram excluídos os artigos duplicados, estudos sem
aderência e fora dos anos estabelecidos. Sendo selecionado 15 artigos completos, e após
a análise criteriosa, 6 compuseram a amostra final. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
espiritualidade é um caminho para o desenvolvimento de ações de conexão profissional
orientados para diminuir o sofrimento. O eixo fundamental que sustenta a base
filosófica do cuidar em enfermagem compreende a dimensão espiritual como atributo
do espírito. Compreender a dimensão espiritual como atributo do espírito, implica em
atribuir ao ser humano, a característica inegavelmente transcendente e as atitudes
do cuidar devem ter como objetivo a interação com esta dimensão. A relevância da
crença, fé e religião pode ser utilizada pelo profissional da enfermagem como
estratégia para alavancar as carências de cada paciente e com isso possa planejar,
orientar e fornecer uma assistência paliativa qualificada e humanizada.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se que, conforme as pessoas encontram
sentido e propósito no que estão vivendo e ressignificam sua vida a partir de uma relação
saudável com o transcendente, com aquilo que chama de sagrado, isso faz com que certos
sintomas, como depressão, ansiedade e dor, melhorem no seu controle não só com a
terapêutica tradicional, mas também lidando com a espiritualidade. Desta forma, os
resultados demonstraram que a espiritualidade pode ser uma forma de estratégia de
enfrentamento do paciente perante o câncer, atribuindo significado ao processo de
adoecimento e sofrimento. Assim, a espiritualidade pode ser definida como aquilo que
traz significado e propósito à vida das pessoas, sendo reconhecida como um fator
que contribui para a saúde e a qualidade de vida.
Palavras-chave: Espiritualidade; Neoplasia maligna; Cuidados de enfermagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FARINHAS, Giseli Vieceli; WENDLING, Maria Isabel; DELLAZZANA-ZANON,


Letícia Lovato. Impacto psicológico do diagnóstico de câncer na família: um estudo de
caso a partir da percepção do cuidador. Pensando famílias, v. 17, n. 2, p. 111-129, 2013.

CANASSA, IZABELA; FERRET, JHAINIEIRY CORDEIRO FAMELLI. A influência


da espiritualidade/religiosidade na saúde mental de pacientes oncológicos: uma revisão
bibliográfica. Revista Uningá review, v. 28, n. 2, 2016.

GIFFORD, Wendy et al. Spirituality in cancer survivorship with First Nations people in
Canada. Supportive Care in Cancer, v. 27, n. 8, p. 2969-2976, 2019.

BALBONI, Michael J.; PUCHALSKI, Christina M.; PETEET, John R. The relationship
between medicine, spirituality and religion: Three models for integration. Journal of
Religion and Health, v. 53, n. 5, p. 1586-1598, 2014.

PINTO, Ariane Costa et al. A importância da espiritualidade em pacientes com câncer.


Rev Saúde Com, v. 11, n. 2, p. 114-22, 2015.

PEREIRA, Felipe Moraes Toledo. Trabalhar a espiritualidade é benéfico para o paciente


oncológico. Instituto Vencer o câncer, 2017. Disponível em:
<https://vencerocancer.org.br/cancer/atitudes-contra-o-cancer/trabalhar-a-
espiritualidade-e-benefico-para-o-paciente-oncologico/>. Acesso em: 26/05/2021.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ACOMETIDOS POR
DIABETES MELLITUS TIPO 2 NO BRASIL

Amanda Thaís Silva da Silva1; Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca2; Luciana


Emanuelle de Aviz3; Jessica de souza Pereira4; Nanni Moy Reis5; Luana Cunha Galvão
Pereira6
1
Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
4
Enfermeira. Residente em atenção básica/saúde da família pelo CESUPA
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Diabete Mellitus (DM), é uma síndrome ocasionada por vários


motivos provenientes da falta de insulina ou da incapacidade dela desenvolver seus
efeitos sobre a glicose, levando a um quadro hiperglicêmico crônico. No caso da DM tipo
2, a doença está diretamente relacionada a alimentação, estilo de vida, hereditariedade,
dentre outros motivos (McLellan, Kátia. Et al, 2007). Segundo a sociedade Brasileira de
Diabetes, esse tipo acomete cerca de 90% dos diabéticos, revelando a qualidade de vida
socioeconômico da população. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico de
pacientes acometidos por Diabetes Mellitus tipo 2 no Brasil. METODOLOGIA: O
presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de abordagem quantitativa e
qualitativa, no qual, foi consultado 3 artigos científico do banco de dados BVS e analisado
dados da Sociedade Brasileira de Diabetes. Usamos como métodos de inclusão artigos
nos idiomas inglês e português e como métodos de exclusão, artigos de outros idiomas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através de dados do Departamento de epidemiologia
da Sociedade Brasileira de Diabetes, podemos traçar o perfil epidemiológico desses
indivíduos. No Brasil, em 2019 cerca de 16,8 milhões de pessoas eram diagnosticadas
com DM que é a 3º maior causa de morte, junto a doenças renais. Observamos que esse
diagnostico se dá de forma mais expressiva na faixa dos 55 aos 74 anos, tanto em homens
quanto em mulheres, mostrando quanto o estilo de vida junto a fatores fisiológico de
envelhecimento implicam diretamente na causa da doença. As mulheres são as mais
acometidas em relação aos homens em um estudo realizado em pacientes maiores de 18
anos, revelando que fatores hormonais, hereditários e estilo de vida estão diretamente
ligados. Analisamos também que a escolaridade é um fator diretamente relacionado, pois
indivíduos com baixa escolaridade são mais acometidos com DM, comprovando que
fatores socioeconômico influencia na causa da doença, já que envolve conhecimentos
básicos sobre boa alimentação e condições financeiras de alimentar-se bem. Um estudo
realizado em uma Unidade de Estratégia Saúde da Família revelou que há uma deficiência
no controle, detecção precoce e tratamento da doença. Mostrando uma ineficiência no
combate e diminuição na prevalência da DM tipo 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Concluímos que há muito a se fazer quanto a prevenção da DM, pois, muitos fatores são

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facilmente evitáveis se acompanhados de perto. Através de educação em saúde
conseguimos promover conhecimento à população, melhorando sua qualidade e estilo de
vida e alimentação, atuando em importantes fatores de risco e diminuindo a prevalência
da doença.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus; Epidemiologia; Mortalidade no Brasil.

REFERÊNCIA
BARREIROS, I.D.C. Revisão à Diabetes Fisiopatologia e Tratamento. Monografia
(Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Faculdade de Farmácia da
Universidade de Coimbra. Coimbra, P. 17. 2015.
McLellan, Kátia. Et al. Diabetes mellitus do tipo 2, síndrome metabólica e modificação
no estilo de vida. Rev. Nutr., Campinas, 20(5):515-524, set./out., 2007. disponívem em
link: https://www.scielo.br/j/rn/a/ML9Qxf4DSBJPMLnn5pWT3Fd/?lang=pt#. Acessado
em: 27/09/2021.
MELO, C. PARA ALÉM DO HIPERDIA: PROPOSTA DE FLUXOGRAMA DE
ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS PORTADORES DE DIABETE MELITTUS TIPO
2 EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública)
- Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz. Recife, p. 49. 2013.
SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes:
2017-2018. São Paulo: Clannad; 2017. SEABRA, A.L.R.

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VANTAGENS DO USO DO MICROSCÓPIO CLÍNICO OPERATÓRIO NO
TRATAMENTO ENDODÔNTICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Larissa Pinheiro Almeida Mazullo1; Bianca Cristina Dantas da Silva1; Jânia Andreza
Leite Braga1; Maria Wégila Félix Gomes1; João Luís da Costa Júnior1; Cícero Romão
Gadê Neto 2.
1
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
2
Cirurgião-Dentista. Doutor em Clínica Odontológica Endodontia pela Universidade
Estadual de Campinas.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A principal função do microscópio é magnificar a área tratada,
ampliando o campo operatório e favorecendo, assim, a análise do sistema de canais
radiculares e a resolução de problemas. Desta forma, o equipamento favorece um
tratamento endodôntico com maiores possibilidades de sucesso. OBJETIVOS: Realizar
revisão bibliográfica acerca do impacto na qualidade do tratamento endodôntico
executado com auxílio do microscópio clínico operatório. METODOLOGIA: O
levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados Pubmed, Scielo, Lilacs e
Library Cochrane, utilizando as palavras-chave “microscópio operatório”, “endodontia”
e “terapia do canal radicular”. Foram considerados artigos nas línguas inglesa, portuguesa
e espanhola, publicados nos últimos cinco anos, que abordassem e discutissem vantagens
e dificuldades da incorporação do microscópio clínico operatório como ferramenta
auxiliar na terapia endodôntica. Como critério de exclusão, os relatos de caso não foram
considerados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A busca na base de dados obteve 697
artigos, dos quais 14 foram selecionados para leitura na íntegra. Destes, 6 foram incluídos
na revisão, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. Os artigos analisados
apontam para um ganho de qualidade nos procedimentos endodônticos quando a
microscopia clínica operatória é incorporada ao tratamento. A magnificação e o aumento
da iluminação do campo operatório, proporcionados pelo microscópio clínico, são
responsáveis pela resolução, com maior previsibilidade, de complicações na terapia
endodôntica, tais como: localização de canais calcificados, remoção de instrumentos
fraturados e fechamento de perfurações. Também são úteis na microcirurgia apical e na
localização do quarto canal do primeiro molar superior. Além disso, há uma superioridade
do microscópio em relação às lupas galileanas e keplerianas. CONCLUSÃO: De acordo
com os artigos revisados, pode-se observar que o microscópio clínico operatório é uma
tecnologia de ponta, que apesar de necessitar de curva de aprendizagem mais longa, hoje
já está incorporado à terapia endodôntica de muitos profissionais. Essa ferramenta
proporciona magnificação e aumento da iluminação durante os procedimentos
operatórios tornando-os mais precisos e previsíveis, contribuindo para a elevação do
índice de sucesso do tratamento endodôntico na clínica cotidiana.
Palavras-chave: Microscópio operatório; Endodontia; Terapia do canal radicular.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CAMPOS, Celso Neiva; CAMPOS, Alloma de Souza Oliveira; BELLEI, Michelle da


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canais radiculares. HU rev, v.44, n.1, p. 55-61, 2018.

D’AMICO, Yohanna Campos et al. Fracture strength of teeth with access cavity
preparation with operating microscope or on buccal surfaces. Brazilian Dental Science,
v. 22, n. 1, p. 88-93, 2019.

DA SILVA, Márcia Roberta Resende Ramalho et al. Microscópio operatório na


Endodontia. Research, Society and Development, v. 9, n. 8, p. e981986858-
e981986858, 2020.

DE OLIVEIRA, Luis Otávio et al. The impact of a dental operating microscope on the
identification of mesiolingual canals in maxillary first molars. General dentistry, v. 67,
n. 2, p. 73-75, 2019.

HALMENSCHLAGER, Simone Cristina et al. Aplicação do microscópio operatório em


diferentes situações da endodontia. Revista Uningá, v. 56, n. S7, p. 187-201, 2019.

KHALIGHINEJAD, Navid et al. The effect of the dental operating microscope on the
outcome of nonsurgical root canal treatment: a retrospective case-control study. Journal
of endodontics, v. 43, n. 5, p. 728-732, 2017.

LIMA, Sayasy Sousa; DIAS, Mickaela Glendha Sousa. Microscopia na endodontia: a


importância do microscópio operatório na endodontia. Revista Cathedral, v. 2, n. 1,
2020.

PERRIN, Philippe et al. Influence of different loupe systems and their light source on the
vision in endodontics. Swiss dental journal, v. 129, n. 11, p. 922-928, 2019.

SEDANI, Shweta Kishor; IKHAR, Anuja Dhananjay; THOTE, Akshay Pramod. The
Next Big Thing is Really Big!! Magnification in Dentistry. Journal of Evolution of
Medical and Dental Sciences, v. 10, n. 15, p. 1083-1088, 2021.

ZURAWSKI, Alissa L. et al. Mesiolingual Canal Prevalence in Maxillary First Molars


assessed through different Methods. The journal of contemporary dental practice, v.
19, n. 8, p. 959-963, 2018.

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OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE FOCO SÉPTICO EM MEMBRO
SUPERIOR: RELATO DE CASO
Talina Tassi Saraiva de Arruda1; Beatriz Rodrigues Leal2; Stephany Maria Inocencio
Farias Novaes³
1,3
Graduado em Medicina na Faculdade UNINASSAU - Recife
2,3
Graduando em Medicina na Faculdade Nova Esperança de Joao Pessoa - FAMENE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Oclusão arterial aguda (OAA) é a interrupção abrupta do fluxo arterial,


desencadeando isquemia. A incidência pediátrica é menor que 0,01%. Tal raridade e
etiopatogenia incomum justificam a importância desse relato. A intenção é descrever
OAA de foco séptico em membro superior esquerdo (MSE) e enfatizar necessidade do
diagnóstico precoce. DESCRIÇÃO DO CASO: Menino, 5 anos de idade, evidenciou
edema e dor em MSE, iniciado durante sono, otorragia ipsilateral. História de febre diária
há 1 semana. Sem outras queixas. Ao exame, bom estado geral, edema (4+/4+)
endurecido em todo MSE, doloroso, equimose em dorso de mão e antebraço. Constatados
sinais sugestivos de otite média aguda supurativa, iniciado antibiótico. Pela clínica,
diagnosticaram acidente ofídico, administraram soro antibotrópico. Possuía leucocitose
com neutrofilia, hipoalbuminemia, trombocitopenia. Ionograma, INR e bioquímica
normais. Apresentou sepse, estafilococcia. Diagnosticada, pelo cirurgião vascular,
síndrome compartimental em MSE e realizada fasciotomia de urgência, sem
intercorrências. No 8º dia pós operatório, havia tecido desvitalizado, necessitando
reabordagem cirúrgica. Após alta da UTI, suspeitou-se OAA de foco séptico como
diagnóstico inicial, esclarecido por USG Doppler: artéria subclávia e axilar com alteração
do padrão de fluxo, ausência de sinais de trombose venosa. Seguiu em acompanhamento
clínico, com melhora e alta hospitalar. DISCUSSÃO: OAA geralmente acomete
membros inferiores e causa dor, palidez, diminuição da temperatura local e dos pulsos. O
aumento da permeabilidade capilar induz edema tecidual. 95% dos afetados têm
trombofilias. Essa criança era hígida e teve acometimento de MS, dificultando
diagnóstico. Como etiologia, inflamação por sepse, pois aumenta fator VIII da coagulação
e reduz proteína S anticoagulante, não interfere no INR. Apesar da cirurgia precoce para
complicação, o diagnóstico de OAA foi tardio, então não administraram anticoagulante,
aumentando tempo para recuperação do membro e necessitando reabordagem cirúrgica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da baixa incidência pediátrica, médicos devem
diagnosticar OAA precocemente, para evitar maiores consequências, como mortalidade
(10-25%) e perda do membro (10-15%).
Palavras chaves: oclusão arterial aguda 1; diagnóstico 2; precoce 3;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FABIO. H. R; NILO M. I; LANNES. A. V. O; DOMINGOS. G. S. O valor atual da
trombólise na oclusão arterial aguda do membro inferior. J Vasc Bras, vol.2, n2,
p.129-140, 2003. Disponível em:
http://www.jvb.periodikos.com.br/journal/jvb/article/5e21f1e40e88255a3c6d0101.
Acesso em 03 out 2021.
BORTOLUZZI. B. N; OLIVEIRA. E. A. de; FRAGA. M. B; SANTOS. M. P. H.
dos; PJANTA. R. M. Oclusão arterial aguda. Acta méd. (Porto Alegre) ; 38: [6], 2017.
Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-
883880?src=similardocs. Acesso em 03 out 2021
FURLANI, G. X. SANTOS. A. J. dos. FURLANI. J. O. LINARDI, F. Salvamento de
membro em paciente com oclusão arterial aguda tardia. Revista Da Faculdade De
Ciências Médicas De Sorocaba, 12(3), 30–33. Disponível em
https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/2754. Acesso em 03 out 2021

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O CUIDADO DE ENFERMAGEM À MULHER GESTANTE EM SITUAÇÃO
DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Arianny Luiza Barros de Santana1; Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra2;


Teresinha Oliveira Lima de Araújo3; Jordania Alves da Silva4; Ana Caroliny Eugenio5
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade UNIFTC
4
Graduanda em Enfermagem pelo Instituto Superior de Educação Ibituruna (ISEIB)
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Desde a antiguidade até nos dias atuais a violência contra a mulher
vem avançando cada vez mais. Incluindo diversas ocorrências, como por exemplo:
estupros, agressões físicas, sexuais, psicológicas e emocionais. Os estudos vêm
comprovando que 23% das mulheres estão expostas à violência doméstica. A cada quatro
minutos, uma mulher é violentada em seu próprio lá por uma pessoa com quem
mantém relação de afeto, é comprovado que 70% dos crimes contra a mulher acontecem
dentro de sua própria casa, onde o agressor é o próprio cônjuge ou companheiro. As
gestantes não estão livres de violência doméstica, apesar de que a violência entre
parceiros íntimos na gestação seja um acontecimento universal, que se entende por todos
os grupos sociais, durante o período gestacional reflete em mulheres jovens ou
adolescentes. OBJETIVO: Identificar, através da literatura científica, os cuidados
prestados pela equipe de Enfermagem à gestantes vítimas de violência doméstica.
METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados
MEDLINE, BDENF, LILACS e IBECS, através dos seguintes Descritores em Ciências
da Saúde (DeCS): "Cuidados de Enfermagem"; "Gravidez"; "Violência contra a Mulher";
combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de Agosto de
2021, como critérios de inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas
inglês, português e espanhol, que contemplassem o tema, nos últimos cinco anos. Como
critérios de exclusão, adotaram-se revisões de literatura, teses, monografias, dissertações,
artigos que fugissem da temática e estudos repetidos nas bases de dados. Após adotar os
critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 estudos para compor a revisão.
RESULTADOS: A partir da análise dos artigos, podem-se constatar os principais
desafios enfrentados pelos enfermeiros na detecção de gestantes vítimas de violência,
dentre eles estão: falta de conhecimento e capacitação para lidar com esse tipo de situação
durante o período de graduação, escassez de mentores e modelos na triagem nas unidades
de atendimento, e a não contribuição de outros profissionais de saúde. Quanto às vítimas,
foi evidenciado o medo do julgamento ao falar sobre a situação de violência, e da
ocorrência de outros danos morais. E em relação ao papel da enfermagem, evidenciou-se
nos estudos analisados importância na capacitação e criação de mecanismos para
abordagem e manejo de possíveis vítimas, assim como o encaminhamento e
preenchimento adequado das fichas de notificação de tais casos para evitar os possíveis
danos causados às gestantes e o feto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Contudo, fica claro

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que o cuidado de enfermagem é fundamental na assistência, pois faz com que possa-se
criar um vínculo de confiança entre o profissional e paciente. Ademais a assistência da
equipe de enfermagem, também atua nas orientações sobre violência, fazendo com que a
paciente se sinta acolhida diante a equipe, possibilitando assim, uma assistência
humanizada e transmitindo segurança para a mesma.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Gravidez; Violência contra a Mulher;
Violência Doméstica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :
1. ZANCHETTA, Margareth Santos et al. Ampliando vozes sobre violência
obstétrica: recomendações de advocacy para enfermeira (o) obstetra. Escola
Anna Nery, v. 25, 2021.
2. OLIVEIRA, Mariana Roma Ribeiro de; ELIAS, Elayne Arantes; OLIVEIRA,
Sara Ribeiro de. Mulher e parto: significados da violência obstétrica e a
abordagem de enfermagem. Rev. enferm. UFPE on line, p. [1-8], 2020.
3. SOUZA, Ana Clara Alves Tomé de et al. Violência obstétrica: uma revisão
integrativa. Rev. enferm. UERJ, p. e45746-e45746, 2019.

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CUIDADOS AO RECÉM NASCIDO À TERMO
Autor: Adriana Torres de Moura 1 ; Orientadora: Andreara de Almeida e Silva 2
1
Graduanda de Enfermagem pela Universidade Paulista – UNIP
2
Enfermeira Mestra em Ciências pela EERP-USP
E-mail : [email protected]
INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um
instrumento que deve ser aplicado em todos os estabelecimentos de saúde, sendo privativa
do enfermeiro, havendo um padrão a ser seguido, como : Histórico de Enfermagem;
Diagnósticos de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação da
Assistência de Enfermagem e Evolução, a fim de otimizar a assistência prestada,
promovendo ainda uma maior segurança aos recém-nascidos à termo e família,
promovendo ainda uma maior conexão da equipe dentro da unidade. Sua aplicação
favorece a identificação e aplicação dos Diagnósticos de enfermagem e suas intervenções
até que ocorra a alta hospitalar do binômio mãe-filho, podendo até mesmo estender-se ao
pai, uma vez que o mesmo apresenta papel fundamental no processo de amamentação.
OBJETIVOS: Identificar através da aplicação da SAE se os Diagnósticos de
Enfermagem que realmente são pertinentes ao RN no AC estão sendo levantados e
aplicados, promovendo assim uma assistência integral, com intervenções fundamentadas
em evidências científicas. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa de revisão
integrativa da literatura de caráter exploratório, através das Bases de Dados :Lilacs,
SciELO, MEDLINE e Pubmed , sendo as buscas realizadas através dos cruzamentos das
palavras-chave, existentes nos Descritores em Ciências da Saúde (Decs), constituído por
artigos em línguas portuguesa e inglesa, com o intervalo de publicações do ano de 2010
a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram encontrados poucos artigos que
diretamente submete-se ao objetivo específico – identificar se são aplicados os
Diagnósticos de Enfermagem e respectivas Intervenções de Assistência de
Enfermagem em Unidade de Alojamento Conjunto ao recém nascido à termo –,são eles:
Amamentação Ineficaz; Amamentação Eficaz; Desobstrução Ineficaz de Vias Aéreas
Superiores; Mucosa Oral Prejudicada; Risco de Desequilíbrio na Temperatura Corpora;
Risco de Aspiração; Risco de Integridade da pelo Prejudicada e Risco de Lesão, uma vez
que muitos consideram pertinentes os Diagnósticos de Enfermagem direcionados à
comorbidades; a fim de que seja desenvolvida intervenções que se correlacionem com
tais comorbidades. Os cuidados de enfermagem prestados aos recém-nascidos à termo no
alojamento conjunto devem ser seguro e eficiente, como: cuidados com o coto umbilical,
avaliar a pega e sucção do RN durante aleitamento materno, controle de glicemia,
temperatura corporal, dentre outros. Levando ainda em consideração ao fato de ocorrer
as atualizações da Taxonomia Nanda periodicamente, e essas atualizações não serem
realizadas nas Bases de Dados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há necessidade de se
conhecer os diagnósticos de enfermagem e as intervenções voltadas aos recém-nascidos
à termo no alojamento conjunto, devendo ser prestada uma assistência de maneira integral

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e individualizada ao binômio mãe-filho. Levando em consideração o fato de ocorrer
atualizações periodicamente da Taxonomia NANDA de diagnósticos de enfermagem,
conclui-se que há necessidade de mais pesquisas sobre essa temática com diagnósticos
atualizados da última edição 2018-2020 e já da 2021-2023.
Palavras-chave: Alojamento Conjunto; Cuidados de Enfermagem; Diagnósticos de
Enfermagem.
REFERÊNCIAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/30668. Acesso em: 10 out.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CAENORHABDITIS ELEGANS COMO MODELO DE ESTUDO
EXPERIMENTAL PARA A DOENÇA DE ALZHEIMER
Doralice Conceição da Paz Neta¹
¹Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
Email: [email protected]

INTRODUÇÃO: Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e a principal causa de


demência em idosos em todo o mundo. As principais características patológicas da
enfermidade envolvem o acúmulo de proteínas beta-amilóides em forma de placas que
promovem alterações moleculares e celulares no cérebro, emaranhados neurofibrilares,
declínio da função colinérgica, inflamação e estresse oxidativo que estão associados à
perda progressiva de memória, disfunção cognitiva e neurodegeneração. O nematódeo
Caenorhabditis elegans é um organismo modelo que apresenta um sistema nervoso
simples com 302 neurônios e uma vida útil curta, o que facilita o estudo dos mecanismos
envolvidos na Doença de Alzheimer. Além disso, C.elegans possui um homólogo da
proteína precursora amilóide humana (APP) , da qual o peptídeo beta-amilóide é formado.
Sendo assim, as características conservadas bem como neuroanatomia definida torna esse
verme promissor para modelar doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
OBJETIVOS: Nesta revisão foi verificada a competência do nematódeo C.elegans para
atuar como modelo de estudo experimental na doença de Alzheimer.METODOLOGIA:
O presente trabalho, trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa através das
bases de dados Google Scholar e PubMed. Foram utilizados descritores em português e
inglês, sendo eles: “C.elegans”, “alzheimer”, “modelo experimental”, “C.elegans”,
“alzheimer” e “experimental model”. Como critérios de inclusão foram utilizados artigos
associados ao objetivo do estudo , artigos em português e inglês e ser publicado entre os
anos 2018-2021. Ao todo 06 artigos cumpriram com as condições propostas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi visto que o nematódeo expressa o peptídeo β-
amilóide no músculo, o que leva a uma paralisia progressiva. Mutações no gene de
C.elegans que codifica um homólogo da presenilina humana, intitulado sel-12,
aumentaram a concentração de cálcio mitocondrial , que está diretamente ligado à
progressão da DA, uma vez que ativa espécies reativas de oxigênio mitocondrial. O
nematódeo apresenta um gene que codifica a proteína semelhante a tau, a PTL-1
apresentando locais potenciais de multifosforilação que se assemelha a tau de mamífero,
o que possibilita explorar os efeitos da tau modificada,reproduzindo um estado
semelhante ao DA nos neurônios de C.elegans. Ademais, esses resultados podem ser úteis
para avaliar os mecanismos moleculares envolvidos na agregação beta-amiloide,uma das
principais causas da DA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verifica-se que o nematódeo
C.elegans é um modelo promissor para estudo do Alzheimer, uma vez que apresenta
características evolutivas semelhantes ao dos humanos que podem ser utilizados para
estudar os eventos moleculares iniciais na DA.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Caenorhabditis elegans; modelo de estudo; alzheimer
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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interplay between O-β-GlcNAc and phosphorylation modifications in Alzheimer’s
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tauopathy. https://doi.org/10.1096/fj.201701007
Sinnige, T., Ciryam, P., Casford, S., Dobson, C. M., de Bono, M., & Vendruscolo, M.
(2019). Expression of the amyloid-β peptide in a single pair of C. elegans sensory neurons
modulates the associated behavioural response. PLoS ONE, 14(5).
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amyloid-induced paralysis through activation of cystathionine-β-synthase in an
Alzheimer model of Caenorhabditis elegans. https://doi.org/10.1186/s12263-018-0611-9
Wang, C., Saar, V., Leung, K. L., Chen, L., & Wong, G. (2018). Human amyloid β
peptide and tau co-expression impairs behavior and causes specific gene expression
changes in Caenorhabditis elegans. Neurobiology of Disease, 109, 88–101.
https://doi.org/10.1016/J.NBD.2017.10.003

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL PAPEL PROGNÓSTICO DE ARPC3 NO
CÂNCER DE MAMA

Luciana de Menezes Silva1; Claudinei Alves Santana2; Renan Gomes do Nascimento3.

1
Pós-graduanda em Farmácia Hospitalar em Oncologia no Centro Universitário do
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).
2
Mestre em Ciências Médicas (Doenças Infecciosas e Parasitárias) pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
3
Mestre em Ciências (Oncologia e Radiologia) pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP).
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Com o avançar dos estudos de medicina de precisão vários


biomarcadores têm sido investigados a fim de fornecer uma melhor compreensão sobre
condicionantes preditivos e prognósticos do câncer de mama. Dessa forma, torna-se
relevante elucidar o papel do ARPC3 (actin related protein 2/3 complex subunit 3) que
faz parte de um complexo proteico importante para promoção do movimento e migração
celular. Além disso, está relacionado com progressão tumoral e pior sobrevida em alguns
cânceres. OBJETIVOS: Com base no exposto, o presente estudo procurou compreender
a relação da expressão gênica de ARPC3 no câncer de mama. METODOLOGIA:
Realizamos diversas análises por meio das plataformas da web KM Plotter, PrognoScan,
bc-GenExMiner, UALCAN e ROC Plotter. Avaliamos a relevância da expressão de
ARPC3 em amostras de pacientes com câncer de mama, quanto ao contexto demográfico,
epidemiológico, clínico-patológico e de resposta às terapias atualmente
empregadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nossos dados apontaram que ARPC3
apresentou maior expressão gênica em amostras tumorais da mama independente dos
estágios clínicos em relação ao tecido normal adjacente. Adicionalmente, identificamos
maior expressão de RNAm para ARPC3 em tumores hormônio-dependentes e menos
expresso nos casos triplo negativos. Nossas evidências amostrais permitiram inferir que
existe correlação entre a expressão diferencial de ARPC3 com status linfonodal,
classificação SBR, subtipo molecular e a oncoproteína HER2. Quanto ao prognóstico,
alta expressão de ARPC3 em amostras de tumores mamários humanos conferiu pior
sobrevida livre de recorrência para as pacientes. Por fim, entre as pacientes que tinham o
diagnóstico de tumores luminais e que não respondiam a hormonioterapia, apresentavam
maior expressão de ARPC3, isso também foi identificado entre as pacientes que não
respondiam a drogas anti-HER2. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nosso estudo
demonstrou um papel potencial para ARPC3 como biomarcador prognóstico e preditivo
em câncer de mama. No entanto, estudos clínicos e experimentais são necessários para
entender melhor a relação entre a expressão de ARPC3 com o processo de tumorigênese
da mama.
Palavras-chave: Biomarcador; câncer de mama; ARPC3; tumorigênese; data mining.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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WU J; et al. Identification of Arp2/3 Complex Subnits as Prognostic Biomarkers for


Hepatocellular Carcinoma. Front Mol Biosci, v. 8, n.08, p. 1-17, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSEQUÊNCIA DA MÁ ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA NO SEU
DESENVOLVIMENTO NA FASE SUBSEQUENTE

Matheus Zacharias Vidal1; Aline Kelly Wanderley Pereira2; Luciana Canela de Siqueira
Silva3; Ana Carolina de Souza Castilho4; Helena Leoncio Monti5
1,2,3,4
Graduando em Medicina na Universidade Brasil, Fernandópolis/SP
5
Graduando em Medicina na Universidade de Franca (UNIFRAN), Franca/SP

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A alimentação na criança é de suma importância para o seu


desenvolvimento correto, pois em um país onde o fast food, comidas processadas e
industrializadas predominam as crianças estão cada dia mais fadadas a doenças como
obesidade, anemia, diabetes, colesterol alto, hipertensão, insônia, dificuldade para
respirar, artrite, artrose, dores nas articulações e transtornos alimentares. OBJETIVOS:
Este artigo tem como fundamento discorrer sobre os problemas que a má alimentação
pode levar para a criança e mostrar qual é a maneira correta para evitar tais problemas
futuros. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão
integrativa de literatura, feita a partir de bases de dados de sites científicos (Biblioteca
Virtual em Saúde, Scielo e Google Acadêmico), com foco na relação entre a má
alimentação e os problemas causados por ela. Os descritores utilizados para a busca
foram: “Nutrição da criança”; “Desenvolvimento alimentar”; “Pediatria”; “Doenças”. Os
critérios de inclusão usados foram: Artigos publicados de 2015 a 2021, em português,
inglês ou espanhol. Artigos duplicados e que não fossem satisfatórios para o alcance dos
objetivos foram excluídos, seguindo a qualidade metodológica. A partir dos critérios de
elegibilidade, 12 artigos foram selecionados e analisados. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Por meio do estudo dos trabalhos, foi possível concluir que uma
alimentação saudável influencia não só o desenvolvimento e crescimento infantil, mas
também previne o desenvolvimento de problemas cardíacos, diabetes, hipertensão
infantil, obesidade entre outros. Porém, os estudos demonstram que ainda há muitos
desafios para garantir que todos os pequenos recebam uma alimentação de qualidade, pois
a desigualdade presente no país encontra-se acentuada desde aspectos socioeconômicos
até a distribuição e qualidade dos alimentos encontrados na mesa de cada família.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, conclui-se que que a alimentação saudável
proporciona qualidade de vida futura melhor na maioria dos casos estudados e sendo
ainda mais vantajoso quando inserido com acompanhamento nutricional e de
profissionais da área.

Palavras-chave: Nutrição da criança; Desenvolvimento alimentar; Pediatria.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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crianças brasileiras: revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, v. 33, p. 211-
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dietary intake in the Brazilian National Survey on Child Nutrition (ENANI-2019): a
population-based household survey. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, 2021.
NEVES, Renata Oliveira et al. Infant processed food consumption and their interaction
to breastfeeding and growth in children up to six months old. BMC public health, v. 21,
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REZENDE, Mayra Lílian et al. MÁ ALIMENTAÇÃO INFANTIL COMO FATOR DE
RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT). Revista
Multidisciplinar em Saúde, v. 1, n. 3, p. 35-35, 2020.
SILVA, JOSÉ JAIME DA et al. Pobreza multidimensional no Brasil: uma análise do
período 2004-2015. Brazilian Journal of Political Economy, v. 40, p. 138-160, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE ABSORVENTES PARA MULHERES EM
SITUAÇÃO DE RUA: uma revisão literária
José Vitor Pereira de Aquino¹; Jéssica Costa de Jesus²;
Camila Mendes Ferreira Lima³; Maryna Pederiva Sá Sales4;
Maria Erivânia Alves de Araújo5
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.
1,2,3,4
5
Fisioterapeuta. Mestra em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco – RJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: As mulheres em situação de rua, por lidar com o período menstrual,
enfrentam dilemas durante sua rotina nas ruas. Realidade, essa, que as obrigam a fazer
uso de várias alternativas que por vezes, geram danos graves à saúde. OBJETIVO: O
estudo motivou-se pela investigação das principais dificuldades enfrentadas pelas
mulheres em situação de rua em seu período menstrual. METODOLOGIA: O presente
trabalho consistiu em uma revisão literária narrativa, por meio de artigos científicos por
meio de um levantamento bibliográfico do período de 2015 a 2017 nas bases de dados
Scielo e Google Acadêmico. Foram utilizadas as palavras-chave: “mulheres em situação
de rua”, “saúde da mulher de rua” e “period in homeless women”. Os artigos selecionados
foram organizados conforme o tema de interesse deste estudo. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: São diferentes e singulares os motivos que levaram as mulheres a viver
na rua. Contudo, pontos como: violência doméstica, pobreza e uso de drogas são
frequentemente citados como fatores de partida para essa situação. Mulheres de rua, que
fazem uso de abrigos e albergues, afirmam que esses locais são carentes de produtos
básicos de higiene feminina. A realidade financeira dessas mulheres não permite gastos
com esses produtos. Portanto, elas são obrigadas a fazer uso de materiais não esterilizados
como papéis higiênicos, pedaços de roupas ou até mesmo reaproveitamento de
absorventes. Essas atitudes podem gerar agravos à saúde como: infertilidade, infecção
urinária, candidíase vaginal e dermatite de contato vulvar. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Com base nas pesquisas foi possível concluir que, por muitas das vezes,
mulheres em situação de rua não tem condições de arcar com produtos básicos de higiene.
Portanto, para evitar pôr em risco a saúde dessas mulheres, seria de fundamental
importância, políticas públicas atuando nas disponibilizações gratuitas dos absorventes
em postos de saúde, casas de apoio às comunidades e albergues.
Palavras-chave: Higiene feminina; Absorvente; Moradores de rua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Escola de Enfermagem. v. 50, n. 5, p. 750-756, 2016.
PARRILLO, A.; FELLER, E. Menstrual hygiene plight of homeless women, a public
health disgrace. Rhode Island medical journal. v. 100, n. 12, p. 14-15, 2017.
ROSA, A. S.; BRETAS, A. C. P. A violência na vida de mulheres em situação de rua na
cidade de São Paulo, Brasil. Interface. v. 19, n. 53, p. 275-285, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NOVAS PRÁTICAS DE BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO
ODONTOLÓGICO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UMA REVISÃO
NARRATIVA
Flávia Martins Vasconcelos Filiú1; Ana
Beatriz Acosta Matos Rios2; Brenda Torres
Santos3; Guilherme Perpétuo Ferreira4;
Isabela Ramos5
1,3,4
Graduandos em Odontologia pela Universidade Federal de Minas Gerais
2,5
Graduandas em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa que, desde 2019, tem
acometido milhões de indivíduos no mundo todo. Na odontologia, os instrumentos de
trabalho, como canetas de alta rotação, geram aerossol dental e podem servir como
fômites para a disseminação de fungos, bactérias e vírus, tal qual o SARS-CoV-2,
expondo a equipe odontológica a um elevado risco de infecção. A partir dessa
preocupação, foram criados novos protocolos de biossegurança como sistemas de
ventilação, sistemas de limpeza de ar, sucção extra-oral de alto volume, uso de novos
equipamentos de proteção individual (EPI), entre outros. Além disso, o treinamento de
cirurgiões-dentistas foi fundamental para prevenir a propagação do novo coronavírus.
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é realizar uma síntese acerca dos novos
protocolos de biossegurança que surgiram durante a pandemia. METODOLOGIA: O
estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica utilizando o PubMed como base
de dados e as seguintes palavras-chave: biological risk; infection prevention; COVID-19
e o operador booleano “AND”. Foram incluídos estudos experimentais, revisões de
literatura e revisões sistemáticas na língua portuguesa, inglesa e espanhola publicados a
partir do ano de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A adaptação frente ao
surgimento da pandemia transformou a forma do atendimento odontológico, alterando os
protocolos de biossegurança e a forma com que cirurgiões-dentistas monitoram seus
pacientes. Somadas às propostas já citadas anteriormente (sucção extra-oral de alto
volume e sistemas de limpeza de ar e ventilação), houve a inclusão de tecnologias como
lâmpadas UV-c, plasma eletrostático de alta voltagem, geradores de íons negativos e a
implementação de novas normas para a desinfecção minuciosa do consultório
odontológico antes e depois de cada procedimento. Além das medidas voltadas à assepsia
do local de trabalho, algumas sugestões são dadas aos pacientes para a diminuição da
concentração do vírus na cavidade oral, como o bochecho com solução de peróxido de
hidrogênio ou iodopovidona a 1%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente resumo
abordou os novos protocolos de biossegurança com a finalidade de aperfeiçoar as medidas
de higiene dos profissionais da prática odontológica com novas técnicas de
descontaminação, desinfecção e esterilização nos consultórios odontológicos para a
prevenção da infecção por SARS-Cov-2.
Palavras-chave: Risco biológico; COVID-19; aerossóis.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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EHTEZAZI, T. et al. SARS-CoV-2: characterisation and mitigation of risks associated


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Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 9, 1 mai. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CRIANÇAS SORO EXPOSTAS AO HIV E O USO DE PROFILAXIA APÓS O
NASCIMENTO
Milena da Silva Soares1; Janaina Ferreira e Silva2; Floriacy Stabnow Santos3
1,2
Graduanda em enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA
3
Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão-UFMA
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: Segundo dados epidemiológicos do HIV/aids, no período do ano de
2000 a junho de 2020 foram notificados 134.328 mil gestantes portadoras do HIV sendo
que 37,7% das gestantes eram residentes da região Sudeste, seguida pelas regiões Sul
(29,7%), Nordeste (18,1%), Norte (8,6%) e Centro-Oeste (5,8%) (BRASIL, 2020). O
acometimento do vírus HIV entre gestantes representa uma complicação devida á
possibilidade da transmissão vertical (TV) do vírus tanto no período de parto quanto no
pós-parto, em que a transferência do vírus pode ser materno fetal por via transplacentária
ou por aleitamento materno (SILVA et al., 2016). E com a crescente exposição do grupo
feminino, emergiu a necessidade de compreender sobre este grupo a fim de elaborar
melhores estratégias de saúde no Brasil para conter a epidemia e casos de transmissão
vertical (BERTAGNOLI; FIGUEIREDO, 2017). OBJETIVOS: Identificar as condições
de nascimento relacionado ao uso de profilaxia pós-parto nos recém-nascidos atendidos
em Centro de Referência no período entre 2009 a 2019. METODOLOGIA: Pesquisa
transversal de abordagem quantitativa, documental realizada em uma maternidade
pública de referência no atendimento a gestantes de alto risco. O estudo foi realizado no
HRMI localizado no município de Imperatriz-MA. A pesquisa foi realizada no período
de agosto de 2020 a julho de 2021. O estudo encontrou um total de 314 prontuários dos
recém-nascidos documentados no serviço, sendo que destes somente 195 prontuários se
encaixaram nos critérios de inclusão. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o número do Parecer:
2.496.047. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao perfil clinico relacionado ao uso de
profilaxia pós- nascimento dos recém-nascidos mostrou que usaram profilaxia pós-
nascimento em 142 (72,82%) deles, 17 (8,71) não usaram profilaxia e 36 (18,46) não foi
informado. A utilização de AZT por parte dos recém-nascidos é evidenciado neste estudo
entre 72,82% dos participantes. Após o nascimento assim como as gestantes, o RN já tem
contato com a quimioprofilaxia. Todos os recém-nascidos de mães soropositivas devem
receber antiviral para evitar a Transmissão Vertical, sendo este Zidovudina (AZT) via
oral, devendo ser ofertado imediatamente após o parto ou em até quatro horas após o
nascimento, que deve ser mantido até quatro semanas (BRASIL, 2019).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Aos recém-nascidos, apesar de terem nascido de mães
soropositivas, em situação de exposição ao vírus, eram em sua maioria crianças
clinicamente saudáveis, que foram assistidos durante o nascimento, sendo submetidos á
profilaxia pós-exposição ao HIV.
Palavras-chave: Recém-nascido; Transmissão vertical; Sorodiagnóstico de HIV.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS
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Ministério da Saúde. 248 p. 2019. Disponível em:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CUIDADOS PALIATIVOS: ASSISTÊNCIA DA EQUIPE INTERDISCIPLINAR
AO PACIENTE ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO: REVISÃO INTEGRATIVA
Juciele gomes dos Santos1; Francisco Kayo Lima da Silva2; Pâmela Souza Bastos³;
Ilmara Sampaio Araújo⁴
1
Graduando em Enfermagem pela Faculdade das Ciências Agrárias e da Saúde
2
Graduando em Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão
³Enfermeira pela Faculdade Irecê
⁴Enfermeira. Mestre em Família na Sociedade Contemporânea
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer pode ser definido como um conjunto de doenças onde há o
crescimento anormal de células, sendo estas capazes de invadir tecidos e estruturas
próximas, o que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer
do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os
tecidos de sustentação. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer em
crianças e adolescentes corresponde de 1% a 3% de todos os tumores no Brasil.
OBJETIVOS: Identificar e descrever assistência da equipe interdisciplinar ao paciente
oncológico pediátrico. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura de
abordagem qualitativa, sendo realizado no período de setembro de 2021, nas bases
indexadoras da biblioteca virtual da saúde (MEDLINE, BDENF, LILACS e CUMED).
Os descritores utilizados foram extraídos nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS)
e aplicados na BVS.A estratégia de busca empregada foi: Assistência AND Oncologia
AND Pediatria AND Cuidados Paliativos . Os critérios para inclusão dos artigos foram:
artigos disponíveis na íntegra gratuitamente; artigos de pesquisas qualitativas,
quantitativas e métodos mistos; artigos publicados nos idiomas inglês, espanhol e
português, cuja temática principal fosse, “Cuidados paliativos’’, “Pediatria’’,
“Oncologia’’, “Enfermagem Oncológica''. Os critérios para exclusão foram: teses,
dissertações, livros. Após a estratégia foram encontrados 104 artigos. Ao aplicar os
critérios restaram-se 33 artigos. Após leitura dos títulos e resumos, foram excluídos 27
que não se encaixavam no objetivo dessa revisão. Entretanto, foram utilizados 6 para
compor os resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Identificou-se que na oncologia
pediátrica as crianças são submetidas a mudanças no seu cotidiano, o que aumenta sua
vulnerabilidade, sendo assim tendo em vista essas mudanças, é de extrema importância
que haja uma relação saudável entre profissional de saúde e a criança hospitalizada, bem
como qualidade no atendimento. O cuidado direcionado à criança neste momento deve
ser humanizado e empático, em um ambiente acolhedor respeitando suas limitações e
sentimentos, em busca do desenvolvimento saudável. Nessa perspectiva os cuidados
paliativos devem promover uma assistência humanizada que integra não somente o
paciente como também a sua família;a oferta de apoio durante o processo de luto,
promove diminuição do medo e angústia que cerca o momento difícil pelo qual estão
passando. É de extrema importância para melhoria da qualidade de vida do indivíduo , o

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


desenvolvimento de ações que facilitem este a exercer sua espiritualidade, e proteger a
sua autonomia. O ambiente mostrou-se como importante influenciador do processo de
recuperação e no bom desempenho do trabalho, por conta disso, é necessário,
implementar atividades durante a assistência que ajudem a harmonizar o local,
promovendo lazer, momentos de felicidade e descontração. O vínculo estabelecido entre
a equipe de saúde e paciente/familiares é salientado como contribuição valorosa para
um tratamento menos penoso e traumático. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base no
exposto, o estudo possibilitou reflexões acerca da assistência paliativa da equipe
interdisciplinar ao paciente oncológico pediátrico. Mostrou-se que o cuidado holístico se
intensifica, pois além de prestar assistência às crianças no processo de hospitalização,
também é necessário cuidar de seus familiares e presenciar situações delicadas.
Palavras-chave: Assistência; Cuidados Paliativos; Oncologia; Pediátrica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INCA – Instituto Nacional do Câncer [online]. (2019) Tipos de câncer: Câncer


Infantojuvenil..

LEITNER, A. D; PINA, S. M. Arquitetura sob a ótica da humanização em ambientes de


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SOUZA, J.B.de et al. Atuação na oncologia pediátrica e o uso da música para promover
saúde no ambiente hospitalar. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, v.
10, n. 3788, p. 1-10, 2020.

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paliativos em oncologia pediátrica. Rev. Bioét. v. 27 n. 1, P. 67-75, 2019.

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ESTUDOS DE ENFERMAGEM PEDIATRIC PALLIATIVE CARE. Rev enferm
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NA MELHORIA DA QUALIDADE
DE VIDA DOS PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS
The influence of spirituality on improving the quality of life of patients in palliative
care

Julia Ranielly de Oliveira Rios1, Alexya Lopes Brito2, Ana Paula Conceição de Jesus2,
Mariana Vitória Antunes Menezes Silva2, Marianna Santana Santos2, Mila Carreiro
Marinho2
Graduando(a) em Medicina na UniFTC1
Graduando(a) em Medicina no Centro Universitário UNIFAS2
E-mail: [email protected]
Introdução: Os cuidados paliativos são definidos como um apoio oferecido por uma
equipe multidisciplinar com intuito de promover à pacientes, com doenças ameaçadoras
à vida, uma melhor qualidade de vida desses e de seus familiares. Nessa situação, diante
das desilusões e da dor causada pela enfermidade, os pacientes e os seus familiares
procuram na espiritualidade uma esperança. Objetivos: Abordar a influência da
espiritualidade no cuidado paliativo em pacientes com doenças que ameaçam a vida.
Matérias e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura. Foram selecionados 4 artigos
nas bases de dados SCIELO e PUBMED, com datas de publicações dos últimos 14 anos,
usando os descritores “cuidados paliativos” AND “espiritualidade” AND “fim da vida” e
“cuidados paliativos”, sendo critérios de inclusão artigos em português e inglês e de
exclusão artigos que fugiam do objetivo do estudo. Resultado: O entendimento da
espiritualidade, geralmente é realizado com instrumentos de avaliação da dimensão
espiritual, nos campos intrapessoal, interpessoal e transpessoal, levando em conta as
características clínicas e culturais da população em que o instrumento foi validado e suas
propriedades psicométricas. Os instrumentos usados foram: FACIT-Sp, McGill Quality
of Life Questionnaire (MQOL), Existential Meaning Scale (EMS), World Health
Organization-Quality of Life (WHOQOL-100), entre outros. Com base nisso, é notória a
utilização eficaz desses instrumentos para a melhoria da qualidade de vida nos pacientes
em cuidados paliativos, uma vez que o acompanhamento através da sistematização das
informações fica mais clara e abrangente, evidenciando melhorias significativas no
quadro, assim como a aceitação da morte como evento natural. Conclusão: Nesse
ínterim, a presença da espiritualidade no contexto paliativo foi considerada importante
para os pacientes e seus familiares, de modo que a integração da fé e religiosidade
conduziram os analisados para uma melhora na qualidade de vida, alívio da dor,
serenidade e dignidade no processo do fim da vida.
Palavras chaves: Cuidados paliativos. Espiritualidade. Esperança. Qualidade de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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PERES M.F.P. et al. A importância da integração da espiritualidade e da religiosidade no
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DANOS COGNITIVOS E COVID-19: O IMPACTO DA HIPOXEMIA E
NEUROINFLAMAÇÃO

Emanuella Graciela Borges Fonseca1; Júlia Figueirêdo de Almeida Novaes1

1
Graduanda em Medicina pela União Metropolitana de Educação e Cultura
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A infecção pelo vírus SARS-CoV-2 promove sintomas neurológicos


em um terço dos pacientes. A neuroinflamação causada por esse patógeno pode gerar
confusão mental, agitação e distúrbios cognitivos. Em decorrência da alteração da
disponibilidade do oxigênio, nota-se comprometimento acentuado da cognição,
observado por meio dos seus efeitos, como o “brain fog”, seja a curto ou longo prazo.
OBJETIVOS: Descrever os impactos da hipoxemia e neuroinflamação mediada por
COVID-19 sobre a cognição. METODOLOGIA: Pesquisa de abordagem qualitativa e
bibliográfica realizada no período de setembro a outubro de 2021, pelo acesso online à
base de dados PubMed. Foram selecionados artigos publicados em língua inglesa, durante
o período de 2020 a 2021. As palavras-chave utilizadas foram: “COVID-19”, “Cognitive”
e “Post-acute COVID-19 syndrome”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
neuroinflamação causada em pacientes acometidos pela COVID-19 pode alterar
processos cognitivos — desfecho ainda mais presente em portadores de comorbidades. É
sabido que a cognição possui demanda alta e ininterrupta de oxigênio. Nesse contexto,
quando o dano pulmonar conduz a hipoxemia, ocorrem prejuízos à cognição. Impactos
semelhantes são observados quando a barreira hematoencefálica, sofre mudanças em sua
permeabilidade devido a citocinas pró-inflamatórias durante a infecção, como
Interleucina-6 (IL-6) e Fator de Necrose Tumoral - alfa (TNF-alfa), estimuladas pela
Cicloxigenase 2 (COX-2), sendo capazes de atingir o Sistema Nervoso Central (SNC) e
causar estresse oxidativo. Como efeito desse processo, surge o delirium, em curto prazo.
Outrossim, pacientes com acometimento nervoso central desenvolvem mudanças no
comportamento, confusão mental e baixa concentração, quadro chamado de “brain fog”,
isto é, “névoa cerebral”. Há também suspeitas de que o DNA viral seja integrado ao
genoma da mitocôndria, modificando o metabolismo celular e a disponibilidade de
oxigênio. Tal limitação também prejudica o sistema imunológico, aumentando a
disseminação viral e, por conseguinte, tornando crônicos os achados neurológicos
supracitados. CONCLUSÃO: O SARS-CoV-2 causa inflamação no tecido nervoso, o
qual sofre graves consequências diante da falta de oxigenação. Isso ocorre por
mecanismos mitocondriais e hipoxemia, prejudicando a cognição, processo altamente
dependente de oxigênio. Sendo assim, um dos efeitos dessa deficiência é o “brain fog'',
que pode ser agudo ou se estender cronicamente, junto ao dano morfológico às estruturas
neurais.
Palavras-chave: COVID-19; Inflamação; Cognição.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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cognitive and functional decline in COVID-19 survivors. Br J Anaesth., v. 26, n. 1, p. 44-47,
Jan. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bja.2020.09.045. Acesso em: 08 out. 2021.

MINERS, Scott; KEHOE, Patrick G.; LOVE, Seth. Cognitive impact of COVID-19:
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Disponível em: https://doi.org/10.1186/s13195-020-00744-w. Acesso em: 08 out. 2021.

STEFANO, George B., et al. Selective Neuronal Mitochondrial Targeting in SARS-CoV-


2 Infection Affects Cognitive Processes to Induce 'Brain Fog' and Results in Behavioral
Changes that Favor Viral Survival. Med Sci Monit., v. 27, [s. n.], p. 44-47, Jan. 2021.
Disponível em: https://doi.org/10.12659/msm.930886. Acesso em: 08 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA INGESTÃO PROTEICA NA PREVENÇÃO E
CONTROLE DA SARCOPENIA EM IDOSOS

Ezequileny Holanda Baiano1; Stefanne Suanny Alves de Oliveira 2; Luara da Silva


Rego3; Nicole Debia4
1,2,3
Nutricionista pela Faculdade de Floriano – FAESF
4
Nutricionista. Mestre em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: O consumo em quantidade e qualidade adequados de proteína por
idosos é essencial no aumento e manutenção da massa magra, auxiliando no retardo do
surgimento da sarcopenia e suas complicações no envelhecimento. OBJETIVOS:
Verificar a influenci da ingestão proteica na prevenção e melhora do quadro sarcopenico
em idosos quanto ao tipo e teor. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão do tipo
sistemática com busca de publicações nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library
Online (SciELO) e National Library of Medicine (PUBMED) a partir dos descritores
indexados pelos sistemas DeCS e MeSH: sarcopenia, envelhecimento e idoso, e seus
respectivos termos em inglês: sarcopenia, aging e elderly, e em espanhol: sarcopenia,
envejecimiento e anciano. A busca foi realizada entre novembro de 2019 e maio de 2020.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os nutrientes que se demonstraram mais aplicáveis e
eficazes foram a utilização da suplementação de proteína do soro do leite associada à
vitamina D, além do beta-hidroxi-beta-metilbutirato e o consumo de carne bovina bem
passada, com intervenções que variaram de 0,8g a 1,5 gramas por quilo de peso corporal,
associados ou não ao exercício físico ou fisioterapia. Foram observados resultados
positivos, principalmente quando a suplementação não se deu de forma isolada, mas
aliada ao exercício. Torna-se evidente que o consumo adequado de fontes proteicas de
qualidade por indivíduos idosos auxilia diretamente no retardo do declínio de massa
muscular e retarda, desta forma, o aparecimento da sarcopenia e seus efeitos deletérios.
Mantém-se a afirmativa de que proteínas de alto valor biológico, com atenção especial à
proteína do soro do leite, continuam sendo a medida dietética mais eficaz, se associada à
ingestão energética adequada. O acompanhamento nutricional consiste em um fator
primordial para qualidade da dieta, adequado estado nutricional e consequente equilíbrio
das funções físicas em idosos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: São sugeridas orientações
nutricionais compatíveis e direcionadas ao idoso, associadas a mudanças graduais no
estilo de vida, além de monitoramento frequente do consumo alimentar e da manutenção
do exercício físico.
Palavras-chave: Proteína; Sarcopenia; Envelhecimento; Idoso.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DÉFICITIS ALIMENTARES: FALTA DE INFORMAÇÃO VERSUS POBREZA.

Gabrielli Heloisa Da Silva Simão¹, Silmara Araújo Da Silva², Eulália Rebeca da Silva
Araujo, Keitiane Gonçalves da Silva4, Sidrack Lucas Vila Nova Filho5.

¹ Acadêmica do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca -


UNIFAVIP Wyden.
² Acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário do Vale do Ipojuca -
UNIFAVIP Wyden.
³ Acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário do Vale do Ipojuca -
UNIFAVIP Wyden.
4
Acadêmica do curso de Nutrição do Centro Universitário do Vale do Ipojuca -
UNIFAVIP Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.

[email protected]

INTRODUÇÃO: Uma alimentação inadequada em crianças na faixa etária de até 5 anos


de idade, acarreta em uma ingestão alimentar deficitária infantil, o que gera distúrbios
nutricionais por falta da ingestão de energia, ferro, proteínas e vitaminas, que são
primordiais para uma alimentação saudável e sem déficits, essa alimentação inadequada
vem estatisticamente da desigualdade social que gera para as crianças situações de
vulnerabilidade socioeconômica. OBJETIVO: Esse estudo tem o intuito de explicitar a
decorrente falta de uma alimentação adequada, de forma a mostrar a realidade e a
dificuldade em ingerir nutrientes necessários na alimentação infantil.
METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa nas plataformas BVS e Scielo onde foram
encontrados 88 artigos em inglês e português, sendo selecionados 5 artigos. Foram
selecionados os artigos dos anos 2005 a 2017. Foram excluídos os artigos com pouca
associação à temática e trabalhos classificados como de conclusão de curso, dissertação
e tese. ou que não fossem sobre os déficits alimentares causados por questões de
desigualdades sociais. RESULTADOS: Os artigos analisados, mostraram que a energia,
proteína e ferro aumentam com a idade até os 24 meses e pouco se varia após essa idade,
mostrou-se também que na vitamina A, foi observado que ela alcança os maiores valores
até o 1 ano de idade e nas demais idades esses valores vão diminuindo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que famílias que vivem em realidades de
pouco acesso a informações e muitas vezes nem alimentação saudável devido a condições
financeiras podem apresentar questões como a falta de uma ingestão adequada e que supra
todas as necessidades do organismo da criança. O estudo da alimentação infantil dentro
desse contexto é de suma importância, pois os mesmos se detêm a uma explicação que

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


vai desde uma infância fragilizada devido alimentação e a falta de estímulos à uma
alimentação saudável.

REFERÊNCIAS:

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WHO BENEFIT FROM THE “BOLSA FAMÍLIA” PROGRAMME IN A CITY OF
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OSORIO, David; BAHIA, Christina. Infância maia guatemalteca: vulnerabilidade
nutricional e políticas públicas para seu enfrentamento. Desidades, v. 15, p. 9–21, 2017.
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Desigualdade, pobreza e condições de saúde e nutrição na infância no Nordeste brasileiro.
Cadernos de Saúde Pública, v. 23, n. 10, p. 2337–2350, 2007.
SILVEIRA, Kátia B. R.; ALVES, Jullyana F. R.; FERREIRA, Haroldo S.; et al.
Associação entre desnutrição em crianças moradoras de favelas, estado nutricional
materno e fatores socioambientais. Jornal de Pediatria, v. 86, n. 3, p. 215–220, 2010.
VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de. Combate à fome no Brasil: uma análise
histórica de Vargas a Lula. Revista de Nutrição, v. 18, n. 4, p. 439–457, 2005.

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DENTES NATAIS E NEONATAIS: REVISÃO DE LITERATURA
Amanda Faneco Canato1, Milena Kaory Kazume2, José Antônio Santos Souza3, Valéria
Cristina Lopes de Barros Rolim4.
1,2
Graduanda do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil
3,4
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A erupção dos dentes decíduos segue uma cronologia e sequencia
fisiológicas, iniciando-se, geralmente, por volta dos seis meses de vida da criança. Dentes
neonatais e natais são alterações caracterizadas pela erupção precoce dos dentes decíduos.
Podem ocorrer antes do nascimento (dentes neonatais) ou durante o primeiro mês de vida
(dentes natais), estando estes, parcial ou completamente irrompidos. Essas alterações
podem ocorrer por fatores hereditários, endócrinos e ambientais, influenciando, então, o
tempo de erupção. OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo auxiliar os cirurgiões
dentistas quanto à identificação de dentes natais ou neonatais. METODOLOGIA: Foi
realizada uma revisão de literatura através de uma pesquisa nos bancos de dados da
SciELO, Google Acadêmico e Pubmed, utilizando os descritores: “Dentes natais”,
“odontopediatria” e “recém-nascido”, onde foram utilizados 3 artigos para a confecção
deste estudo. DISCUSSÃO: Cerca de 95% dos dentes natais ou neonatais são decíduos
e 5% são supranumerários. O diagnóstico é realizado clinicamente, podendo-se utilizar,
como exame complementar, a radiografia periapical. Em situações onde os mesmos têm
a borda cortante e podem provocar ferimentos no seio da mãe ou na cavidade oral do
bebê, quando há risco de aspiração ou deglutição ou na presença de supranumerários, é
recomendada a exodontia. CONCLUSÃO: Podemos concluir, então, que dentes natais e
neonatais podem ocorrer e merecem uma correta observação dos responsáveis e
acompanhamento pelo odontopediatra. Este, através de exames específicos, adotará a
conduta necessária e individualizada, com o objetivo de propiciar o pleno
desenvolvimento, saúde e bem-estar do bebê.
Palavras chave: Dentes natais, Odontopediatria, Recém-nascidos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DINIZ, M. B.; et al. A importância da interação entre odontopediatrias e pediatrias no
manejo de dentes natais e neonatais. Revista Paulista de Pediatria, v. 26, p. 64-69, 2008.
BÖNECKER, M. J. S.; FERREIRA, S. L. M.; BIRMAN, E. Prevalência de anomalias
dentárias em crianças de 0 a 36 meses de idade. J. Bras. Odontopediatr. Odontol. Bebê,
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PALMEIRA, M. T.; et al. Dente natal e neonatal: Diagnóstico e conduta
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Odontologia da UNICID, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DO EFEITO DA DEPRESSÃO PÓS-PARTO: IMPACTOS E
CONSEQUÊNCIAS NA INTERAÇÃO MÃE-BEBÊ

Núbya Annyédja Marcelino da Silva¹; Edvânia José da Silva²; Maria Edjane Silva da
Cruz³; Ana Carolina da Silva Oliveira4; Daiara Salgado Rocha 5; Maria do Carmo da
Silva Pinto 6.

¹ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário da Vitória de Santo Antão


² Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
³ Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
5
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
6
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto é uma condição que afeta 10% a 25% das
mulheres no puerpério. O período gravídico-puerperal é considerado de alto risco para o
desenvolvimento de depressão e ansiedade devido às transformações em nível hormonal,
físico e emocional vivenciadas pela mulher. Este quadro tem seu início durante o primeiro
ano do pós-parto, havendo maior incidência entre a quarta e oitava semana pós-parto.
OBJETIVO: Analisar impactos e consequências da depressão pós-parto.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de 01 de
junho a 15 de junho de 2021, na plataforma de dados Biblioteca Virtual em Saúde e
SciELO. Para busca e seleção dos artigos foram utilizados descritores: “Depressão Pós-
Parto”, “Puerpério”, “Gestação”, “Assistência de Enfermagem”, sendo incluídos no
estudo artigos disponíveis de forma completa, publicado em periódicos da área de saúde,
em língua portuguesa e com recorte temporal de 2015 a 2020 condizentes com o objetivo
do estudo. Critérios de exclusão: artigos não condizentes com o tema abordado, não
publicado de forma integra, em língua estrangeira. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram encontrados 08 artigos e, após leitura seletiva e exploratória, 04 foram descartados.
O desenvolvimento da depressão pós-parto por puérperas possibilita uma série de
sintomas nas mesmas, e que os sinais expostos podem advir de fatores sociais e mentais.
Uma vez que o desenvolvimento a depressão pós-parto, a puérpera poderá apresentar
sintomas que poderão mudar sua relação com a família, bem como a relação com o bebê,
que, como consequência, irá sensibilizar diretamente no desenvolvimento do mesmo,
mediante a vulnerabilidade da paciente, a qualidade da assistência oferecida é
fundamental para melhor adaptação e alcance do papel da maternidade. CONCLUSÃO:
A partir da revisão bibliográfica, na qual se buscou discutir a respeito da depressão pós-
parto, foi-se possível constatar que a depressão no puerpério atinge grande parte das
puérperas, e os sintomas quase sempre, nem são percebidos pelas mesmas.
PALAVRAS-CHAVES: Depressão materna; Puerpério; Desenvolvimento Infantil.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS
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prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública, São Paulo-SP, 2017.

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Pesquisa, São Paulo-SP, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DERMATOLOGIA NA PELE NEGRA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Marcelle Ropke de Campos1; Gabriela Ferreira Kalkmann2

1
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Pato Branco
2
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Paraná
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Frequentemente o estudo da dermatologia durante as aulas do curso de


Medicina é abordado com fotos de patologias em pele clara, dificultando assim uma
formação completa do aluno, visto que a quantidade de pigmentação da pele influencia o
diagnóstico da patologia. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo descrever
algumas das características morfológicas de patologias dermatológicas na população de
pele negra. METODOLOGIA: Revisão sistemática utilizando os termos de busca
Dermatology AND Skin AND "Black population" nas bases de dados PubMed, SciELO,
LILACS, TripDataBase, Science Direct, Cochrane e Google Scholar, identificando 1295
resultados. Foram incluídos estudos primários que descreviam patologias na população
de pele negra, no idioma inglês. Por fim, selecionaram-se 11 artigos, que foram analisados
integralmente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise completa dos 11
artigos, 4 foram selecionados pela concordância com o tema. A literatura aponta que os
principais diagnósticos em pele negra são: psoríase, acne (vulgaris, escoriada, induzida
por esteróide, da meia idade, nodulocística e keloidalis nuchae), eczemas (dermatite
atópica, seborreica, HIV, contato e estase), discromias (melasma, hiperpigmentação pós
inflamatória, vitiligo, líquen plano e ocronose), infecções (tínea versicolor, tinea capitis
e HPV), cânceres (sarcoma de kaposi, ceratose actínica, carcinoma basocelular e
carcinoma de células escamosas) e desordens capilares. Porém, condições como cicatriz
quelóide, acropustulose infantil, sífilis primária e secundária, gonorréia, erupções por
drogas, nevo de Clark, nevo azul, dermatofibroma e urticárias também foram observadas.
Além disso, foi relatada a detecção de doenças de pele descritas por outras pesquisas
como muito raras ou inexistentes em pacientes negros, como líquen escleroso e atrófico,
leprechaunismo, lúpus eritematoso profundo, xantomatose e neurofibromatose
generelizada e estensa. Um dos artigos concluiu que a pigmentação mais escura da pele
não impede a identificação de características dermatoscópicas únicas. Por fim, devido ao
baixo número de artigos encontrados relacionados com a temática, percebe-se que a
produção científica voltada para dermatologia em pele negra ainda é escassa e que o
assunto deve ser mais explorado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A dermatologia em pele
negra deve ser abordada de modo mais frequente durante a graduação médica e também
no desenvolvimento de pesquisas científicas, assim, contribuindo para o progresso da área
médica e para uma formação de profissionais capacitados para a diferenciar condições
fisiológicas de condições patológicas em pacientes negros.
Palavras-chave: Dermatologia, Pele, População Negra.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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in south-east London. The British Journal of Dermatology, London, v. 141, n. 3, p.
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The British Journal of Dermatology, v. 93 , n.3, p. 259-270, Sept. 1975.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DESAFIOS NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NOS
HOMENS TRANSGÊNEROS
Catharina Salum Menezes de Menezes ¹; Marcella Montenegro Galvão 2; Raquel
Vasconcelos Costa Dourado 3; Daniela Neves Dourado 4; Vitória Cosenza Fahel de
Andrade 5; Renata Lopes Britto6
1,2,3,4,5
Graduanda em Medicina pela Universidade Salvador
6
Médica Ginecologista Obstetra pela Universidade Federal da Bahia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Transgênero é um termo utilizado para se referir a indivíduos cuja


identidade de gênero é discordante do sexo atribuído ao nascimento. A maioria dos
homens transgêneros não é submetida a cirurgia de redesignação genital e mantém o colo
do útero, o que os torna susceptíveis ao desenvolvimento do câncer cervical. Esse câncer
é facilmente rastreável através da citologia cervical, no entanto, para os homens
transgêneros há uma série de obstáculos a serem enfrentados para a realização desse
exame, colocando-os em risco aumentado de desenvolver tal patologia. Sendo assim,
conhecer esses desafios é imprescindível para garantir um atendimento adequado a essa
população. OBJETIVO: Conhecer os desafios para o rastreamento do câncer cervical na
população transgênero masculina. MÉTODO: Foi conduzida uma revisão de literatura
utilizando as bases de dados BVS, CAPES e PubMed buscando pelos descritores “uterine
cervical neoplasm” e “transgender”. Os resultados foram filtrados pelos materiais
publicados entre os anos de 2011 e 2021 nos idiomas inglês e português. Foram
encontradas 122 referências, sendo removidas 59 através da leitura preliminar de título e
23 em duplicidade, compondo um banco de dados final de 40 publicações. Destas, apenas
12 foram selecionadas após a aplicação dos critérios de exclusão ao serem submetidas a
leitura integral. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As recomendações para rastreamento
do câncer cervical em homens transgêneros são as mesmas para as mulheres cisgêneros,
no entanto, a National Transgender Survey constatou que dos 92% homens transgêneros
que mantinham seu útero, apenas 27% tinham sido submetidos ao exame citopatológico
no último ano, enquanto 43% das mulheres cisgênero o realizaram. Esse baixo índice é
decorrente de algumas barreiras: estigma e discriminação experimentados ou
antecipados; má compreensão do provedor sobre saúde trans; materiais informativos
sobre exames voltados para mulheres; disforia relacionada ao procedimento de triagem,
informações ou correspondência; marcador de gênero masculino em serviços de saúde e
atrofia do canal vaginal. Além disso, homens transgêneros têm 10 vezes mais
probabilidade de terem realizado um exame citopatológico inadequado, têm uma
probabilidade maior de múltiplos exames inadequados e esperam cinco vezes mais entre
a citologia cervical inadequada e o acompanhamento em relação as mulheres cisgênero
(Peitzmeier et al., 2014). CONCLUSÃO: esses estudos demostram a necessidade de
intervenções direcionadas para promover o rastreamento regular nos homens
transgêneros. Para isso, são necessários ambientes de saúde acessíveis e inclusivos. Os

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


provedores devem estar dispostos a defender as necessidades emocionais, psicológicas e
físicas únicas dessa população e devem elucidar e/ou adaptar o exame para promover
boas experiências. Essas medidas aumentam as chances dos transgêneros reconhecerem
o exame como uma ação de autocuidado, influenciando na realização dele novamente no
futuro.
Palavras-chave: Neoplasia do Colo do Útero; Teste de Papanicolaou; Transgênero.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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PARDEE, D.; REISNER, S. Gender identity disparities in Pap test use in a sample of
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33, n. 7, p. 1015-1017, 2018.

AGÉNOR, M.; PEITZMEIER, S.; BERNSTEIN, I.; MCDOWELL, M.; ALIZAGA, N.;
REISNER, S.; PARDEE, D.; POTTER, J. Perceptions of cervical cancer risk and
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CHALLEN, C.; NAMBIAR, K.; BAYLISS, J.; BARRETT, A.; RICHARDS, C.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Descoberta do Diagnóstico de Soropositividade em Mulheres Atendidas em Serviço
de Referência

Janaínna Ferreira e Silva1; Milena da Silva Soares2; Marcelino Santos Neto3; Floriacy
Stabnow Santos4
1,2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
3
Doutor em Ciências. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Professor da Pós Graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade
Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
4
Doutora em Ciências. Professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Professora da Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia da
Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: No Brasil, no período de 2007 até junho de 2020 foram notificados


342.459 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), sendo que
desse total 104.824 (30,6%) foram de diagnóstico no sexo feminino (BRASIL, 2020).
Nessa população, é importante o acompanhamento repodutivo, visto que existe a
possibilidade de transmissão vertical para a criança, que pode ocorrer durante a gestação,
parto ou por meio do aleitamento materno, porém, quando as intervenções são realizadas
de maneira correta esse risco é reduzido para cerca de 2% (BRASIL, 2019).
OBJETIVOS: Conhecer o contexto da descoberta do diagnóstico de soropositividade
para hiv em mulheres acompanhadas em serviço de referência. METODOLOGIA:
Estudo transversal, com abordagem qualitativa e documental, onde busca-se interpretar
acontecimentos e fatos, correlacionando o indivíduo e seu contexto (PRODANOV,
2013). A pesquisa foi realizada no Hospital Regional Materno Infantil, serviço de
referência no atendimento de gestantes de alto risco, localizado no município de
Imperatriz-Ma. O estudo foi realizado no período de agosto de 2020 a julho de 2021, e
foram entrevistadas 30 mulheres, sendo 2 puérperas e 28 gestantes.. A pesquisa foi
aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, sob
parecer n° 2.496.047/2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O momento da descoberta
do diagnóstico de soropositividade para o HIV foi descrito pelas entrevistadas como uma
ocasião que provocou sensações negativas, sendo sitados com frequência o choque,
desespero, choro, nervosismo, angústia, sentimentos de negação, medo e desespero,
porém, também houve mulheres que relataram que tais sentimentos foram breves e que,
atualmente, muitas vezes nem se lembravam de que eram portadoras do vírus e que fora
o uso da medicação viviam normalmente. Nesse momento, algumas mulheres também
relataram que o diagnóstico despertou, ainda, o medo de transmitir o vírus,
principalmente para os filhos. Segundo Silva et. al (2019), a descoberta do diagnóstico é
uma uma experiência negativa, ainda mais quando ocorre durante o período gestacional.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Nessa situação, o medo é o sentimento mais demonstrado, tanto em relação à própria
saúde como pela possiblidade de transmissão para as crianças. Além disso, é frequente o
relato da angústia de compartilhar o diagnóstico com os membros da família ou pessoas
próximas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desse modo, foi possível observar que o
recebimento do diagnóstico caracteriza-se como uma experiência díficil e que as
mulheres reconhecem que é uma mudança para a vida, entretando também reconhecem
que é possível conviver com o diagnóstico e ter uma vida saudável desde que realize o
acompanhamento da sua saúde e tenha adesão ao tratamento. Ademais, é importante que
os profissionais de saúde ofereçam suporte emocional ao transmitir os resultados positivo,
repasse as informações adequadamente e esclareça as dúvidas do paciente, visando
acalmar o paciente e despertar o interesse de autocuidado.
Palavras-chave: Soropositividade para HIV; Gravidez ; Enfermagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico HIV/Aids 2020– Brasília, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV, Sífilis e
Hepatites Virais– Brasília, 2019.
PRODANOV, C, C. Método de trabalho Científicos [recurso eletrônico]: Métodos e
Técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico / Cleber Cristiano Prodanov, Ernani
Cesar de Freitas – 2 ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
SILVA, Laís Bárbara dos Santos. Vivência De Mulheres Portadoras De Hiv/Aids Sobre
O Período Gravídico-puerperal. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da
Saúde-UNIT-ALAGOAS, v. 5, n. 2, p. 83, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DETECÇÃO DE NÓDULOS DA TIREOIDE POR MEIO DA
ULTRASSONOGRAFIA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS
Antonia Mairla Nascimento de Brito1; André Luiz Poleto2; Cristiane Feitosa Fonteles3;
Mariela Sousa de Medeiros4; Maria Júlia Rabeche Cornélio Oliveira5; Elisson de Sousa
Mesquita Silva6
1,6
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os nódulos da tireoide são por definição, um ou mais gânglios que


possuem evolução clínica discreta, em uma glândula de tamanho adequado ou ampliado
de modo geral. Esses nódulos são achados comuns durante o exame físico em adultos,
apresentando em sua maioria benignidade, porém são raros em pacientes pediátricos e
quando surgem nessa faixa etária precoce há um maior risco de malignidade. A
Ultrassonografia (US) tem se tornado uma ferramenta útil, segura e de baixo custo para
se obter imagens da glândula tireoide, entretanto, são escassos os estudos sobre o uso e a
efetividade deste exame complementar para detecção de nódulos tireoidianos.
OBJETIVOS: Realizar uma busca na literatura sobre o papel da Ultrassonografia para
detecção de nódulos da tireoide em pacientes pediátricos. METODOLOGIA: Revisão
integrativa de literatura feita por levantamento de artigos científicos publicados no
período de 2015 a 2021, a partir das bases de dados “Biblioteca Virtual em Saúde” e
“Pubmed”, com foco no público pediátrico. Utilizou-se como metodologia de pesquisa o
cruzamento dos descritores “nódulos”, “tireoide”, “ultrassom” e "crianças" , e seus
correspondentes em inglês (“thyroid”, “nodules”, “ultrasound” e “children”), através do
operador booleano AND. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na busca inicial foram
encontrados nas bases de dados 136 artigos e, após leitura dos títulos e resumos, foram
excluídos os que não tinham relação com o tema proposto ou não cumpriam os critérios
de inclusão e obteve-se um total de 5 artigos (n= 2 artigos da plataforma Biblioteca
Virtual em Saúde e n= 3 da Pubmed). A literatura aponta que os nódulos tireoidianos
dificilmente são encontrados por meio da palpação em pacientes pediátricos, porém estes
podem ser detectados por meio da US, visto que, esta apresenta maior sensibilidade para
detecção dessa alteração. Entretanto, deve-se salientar que este exame não realiza
distinção entre benignidade ou malignidade. Ademais, foi identificado que a presença de
nódulos tireoidianos apresenta relação positiva com peso, índice de massa corporal e área
de superfície corpórea em crianças. Visto que o tamanho e o aumento contínuo dos
nódulos são sinais de alerta para malignidade, e que estes dificilmente são encontrados
por meio da palpação, justifica-se o uso da US em pacientes pediátricos com medidas
antropométricas alteradas para detecção precoce de nódulos com potencial cancerígeno.
Além disso, há um consenso sobre a US como exame primordial na avaliação tireoidiana
em nódulos de pacientes pediátricos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da US

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


contribui para o diagnóstico de nódulos na tireoide em pacientes pediátricos, porém não
faz distinção da etiologia, nem da natureza em benignidade ou malignidade.
Palavras-chave:Ultrassonografia; Nódulos de tireóide; Crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DIAGNÓSTICO DE MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS CAUSADAS
PELA TOXOPLASMOSE DURANTE A GESTAÇÃO
Maria Fernanda Ribeiro Rocha ¹; Denise Santana Gomes Rodrigues2; Lorena Lima
Gouveia de Oliveira2; Martiniano de Araújo Rocha2; Stefany da Silva Santos2; Ermilton
Junio Pereira de Freitas 3.
1
Graduanda em Medicina pela Universidade Ceuma
2
Graduando em Medicina pela Universidade Ceuma
3
Médico Vetrinário. Doutor em Ciência Animal, pela Escola de Veterinária da
Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente do curso de medicina da Universidade
Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Toxoplasmose configura-se como uma parasitose mundial
provocada pelo Toxoplasma gondii (T. gondii), um protozoário intracelular obrigatório
cujo pode infectar animais hemotérmicos. Os felídeos são hospedeiros definitivos e as
principais portas de transmissão para o homem através da liberação de oocistos pelas
fezes. Durante a gestação, a paresitemia pode provocar uma placentite e infectar o feto,
sendo a maioria dessas infecções assintomáticas, mas carregadas de riscos para ele. A
fase gestacional em que a mulher é infectada pelo parasito é fundamental para determinar
a gravidade da infecção e os possíveis danos ao desenvolvimento do neonato. No primeiro
trimestre a infecção, embora menos comum, acarreta em lesões mais graves como aborto
espontâneo, morte fetal, morte perinatal e graves sequelas neurológicas. No terceiro
trimestre a transmissão congênita é mais frequente, mas as suas consequências são menos
agressivas ao feto. As indicações clássicas de toxoplasmose materno-fetal são
calcificação cerebral, retardo mental, retinocoroidite e hidrocefalia. Ainda não foram
estabelecidas estratégias claras para esse tratamento; o diagnóstico e intervenção são
imprescindíveis para a prevenção, como o desenvolvimento e planejamento de políticas
públicas voltadas para prevenção e promoção da saúde. OBJETIVOS: Analisar os riscos
que a toxoplasmose congênita pode causar ao feto proporcionado visibilidade ao assunto
de forma a ressaltar a importância do diagnóstico precoce e a promoção à saúde, visto
que, são essenciais para a patogenicidade da infecção, gerando, dessa forma,
conhecimento de aplicação prática. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica da literatura nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e
Scielo, apresentando como critérios de inclusão, os idiomas Portugês e Inglês, cujos
relacionam o diagnóstico das más formações congênitas provocadas pela toxoplasmose
aos trimestres de uma gestação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Conforme os artigos
buscados, na toxoplasmose, existe uma relação entre a gravidade da doença e a idade
gestacional que ocorre a infecção fetal de forma inversamente proporcional. Além disso,
a taxa de transmissão congênita varia de 30 a 40% e o diagnóstico durante a gestação e a
identificação da infecção no recém nascido é de muita significância para a gravidade das

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lesões que na maioria das vezes são definitivas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir
do estudo realizado, conclui-se que a toxoplasmose acarreta diversos danos ao feto, com
diferentes graus de severidade a depender da virulência da cepa, período gestacional e a
capacidade da resposta imunológica materna. Dessa forma, nota-se que o fato dessa
doença ser negligenciada contribui de forma significativa para sua prevalência no Brasil
e que o diagnostico precoce e a intervenção após a detecção da doença é fundamental
para o controle e futura erradicação da doença.
Palavras-chave: Doenças Negligenciadas; Gravidez; Toxoplasma gondii.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Gláucia Manzan Queiroz de et al. Deficiência auditiva na toxoplasmose


congênita detectada pela triagem neonatal. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia,
v. 74, p. 21-28, 2008.

GONCALVES, Daniela Dias et al. Toxoplasmose congênita: Estratégias de controle


durante o pré-natal. Cadernos da Medicina-UNIFESO, v. 2, n. 1, 2019.

LIMA, Rhalcia Cristina Melo et al. Relação entre más-formações e óbitos fetais em
decorrência de toxoplasmose congênita tratadas em uma clínica particular de Goiânia-
GO. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 15, n. 4, p. 53-
63, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA MICROÁREA AZUL DA EQUIPE 4 –
JARDIN ICARAÍ

Cátia Correia Lima1; Ana Clara Moraes França2; Gabriela Costa Rocha3; Isabelle
Batista Duabyakosky4; Lucas Dolgoff dos Santos5; Pietra Feresim da Costa6; Lourdes
Bernadete dos Santos Pito Alexandre7.

1,2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pelo Centro Universitário São Camilo.
7
Enfermeiras, Doutora.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A disciplina de Ensino Prático em Promoção a Saúde tem como


objetivo fornecer recursos teóricos e práticos necessários ao planejamento e execução de
ações educativas e assistenciais de enfermagem, compreendendo a promoção da saúde
como uma estratégia de articulação transversal e participação social, com o objetivo de
melhorar a qualidade de vida do indivíduo e coletividade. A disciplina procura estimular
uma visão crítica entre a teoria ministrada e a realidade encontrada no campo de estágio
e as vivencias pessoais dos discentes. A proposta da disciplina é que os discentes realizem
diagnóstico situacional com a finalidade de desenvolver ações que proporcionem o
conhecimento e detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do
ambiente que interferem na saúde humana. OBJETIVOS: Relatar a participação dos
discentes do 3ºS no diagnóstico situacional de uma Unidade Básica de Saúde, localizada
na região norte do Munícipio de São Paulo. MÉTODO: Relato da experiência vivenciada
por acadêmicos 3ºS do curso de graduação em enfermagem. O diagnóstico situacional foi
realizado por meio de visitas no território, coleta de dados de dados primários e dados
secundários; entre os meses de março, abril e maio 2021. A experiência desenvolveu-se
em um curto período durante os encontros no território, por meio da técnica de
observação, identificando as questões mais relevantes da área proporcionando maior
assertividade no atendimento à saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A experiência
vivenciada proporcionou conceituar promoção, prevenção e educação em saúde, assim
como identificar suas aplicações por meio do diagnóstico situacional, saúde ambiental e
realizar perfil epidemiológico e social. O curso de enfermagem do Centro Universitário
São Camilo a partir do ensino prático cria um espaço para reflexão e construção de
conhecimento, possibilitando aos discentes identificar características peculiares,
indicando um conjunto de intervenções a serem ofertadas, ações de saúde guiadas pelas
especificidades do contexto do território e de vida cotidiana comunidade, para que desta
forma possam ser definidas e conformadas práticas adequadas as peculiaridades presentes
no território. Desta forma os dados apontam para a necessidade de oferta de ações
educativas que sensibilizem a comunidade quanto a sua vulnerabilidade no que diz
respeito à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando todos os aspectos
apresentados no território, ressaltaram a importância da organização e comunicação que
são fundamentais no cotidiano dos profissionais da saúde, tanto para relações com os
colegas de trabalho, pacientes e comunidade. Conclui-se que o ensino prático contribui
com a formação e uma prática de assistência de enfermagem ao indivíduo nas diferentes

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fases do ciclo vital, considerando a determinação social como processo saúde e doença,
e desta forma, planejar ações de educação, promoção da saúde e prevenção de doenças.
Palavras-chave: Enfermagem, Diagnóstico situacional e Educação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TEIXEIRA, C et. al. Os Princípios do Sistema Único de Saúde. Texto de apoio elaborado
para subsidiar o debate nas Conferências Municipal e Estadual de Saúde.Salvador, Bahia.
Junho de 2011.
FIGUEIREDO, Elisabeth Niglio de et al. A estratégia saúde da família na atenção básica
do SUS. 2012.
ÁVILA, Camila de Matos et al. Diagnóstico situacional: uma ferramenta possível no
planejamento estratégico do centro de atendimento e estudo da família. 2012.
ANDRIOLA, Wagner Bandeira; ARAÚJO, Adriana Castro. Uso de indicadores para
diagnóstico situacional de Instituições de Ensino Superior. Ensaio: Avaliação e Políticas
Públicas em Educação, v. 26, n. 100, p. 645-663, 2018.
BRUNO NIZ, A história do bairro da Brasilândia, zona norte. Veja São Paulo. São Paulo,
2019. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/blog/sao-paulo-do- alto/brasilandia-
zona-norte-drone/. Acesso em: 30 de maio de 2021.
CÉLIO PIRES, Brasilândia. Spbairros. São Paulo, 2021. Disponível em:
https://www.spbairros.com.br/brasilandia/. Acesso em 30 de maio de 2021.
SUBPREFEITURA FREGUESIA BRASILÂNDIA. Histórico. São Paulo, 2019.
Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/freg
uesia_brasilandia/historico/. Acesso em: 30 de maio de 2021
ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA. Relatório anual de atividades, 2018. São Paulo,
2018. Livro/Folha: 001 Número do Registro/Matrícula: 07286
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Coronavírus COVID-19. Espírito Santo, 2021.
Disponível em: https://coronavirus.es.gov.br/. Acesso em: 30 de maio de 2021.

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A IMPORTÂNCIA DA PCR COMO DIAGNÓSTICO MOLECULAR PARA O
ESTUDO DA PRÉDISPOSIÇÃO GENÉTICA RARA EM CONDIÇÕES
NEUROLÓGICAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Adriane dos Santos Miranda Lobato 1; Adriny dos Santos Miranda Lobato 2;
Susanne Suely Santos da Fonseca 3;

1,2
Granduanda em Biomedicina pela Faculdade Cosmpolita;
3
Bióloga. Mestra em Neurociências e Biologia Celular;
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As doenças raras se caracterizam por serem condições com


diagnósticos imprecisos e com alcance baixo para a grande parte da população brasileira,
principalmente aquelas que utilizam a saúde pública do país, sendo que calcula-se que há
mais de sete mil doenças raras presentes no mundo, no qual sabe-se elas afetam cerca de
420 a 560 milhões de indivíduos em todo o mundo, nas quais somente no Brasil consta
com 13 milhões de pessoas. Estudos apontam que as doenças raras possuem diversos
sinais e sintomas, estimando que, aproximadamente 80% dos casos são devido a
prédisposição genética e 20% estão correlacioadas a demais fatores, como ambientais,
infecciosos, inflamatórias, autoimune e imunológicos. Seus diagnósticos baseiam-se
principalmente na realização de exames genéticos, em que fundamentam-se na análise do
DNA, através da PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), a PCR sensível a metilação
(MSP), a PCR em tempo real (qPCR) e PCR em tempo real sensível a metilação (qMSP).
OBJETIVOS: Reunir informações acerca do diagnóstico molecular das prédisposições
genéticas raras, em condições neurológicas, através da técnica de PCR, com a a finalidade
de apresentar a população a importância da ultilização deste metódo de análise.
METODOLOGIA: A pesquisa proposta trata-se de uma revisão bibliográfica, realizado
através da busca de sites como Google Acadêmico e SciELO (Scientifi Eletronic Library
Online), na lingua portuguesa, em que foi restringida pela busca do tema central e
delimitações da pesquisa, no qual todas tinham que ser da lingua proposta .
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise dos artigos acadêmicos citados
acima, verifica-se que a utilização de técnicas moleculares são de extrema importância
para o diagnóstico de doenças genéticas raras, em destaque a utilização da técnica de
PCR, isto porque a partir das análises dos estudos é possível verificar a fisiopatologia
em condições neurológicas, desta forma, esta metodologia basicamente favorece o
diagnóstico molecular pois, baseia-se na amplificação de um gene específico com o
intuito de avaliar o conteúdo genético e a predisposição as doenças genéticas. Em
contrapartida, também foi analisado que mesmo que este procedimento seja considerado
padrão ouro, algumas literaturas apontam que há a utilização de demais principios e
pesquisas que são mais utilizadas para os diagnósticos das doenças em questões, como
era caso da associação da técnica de PCR com Southern Blot, porém apresenta conflitos
de atuação principalmente ao alto custo e necessidade de uma demanda maior de trabalho
quando comparada com a utilização somente do PCR, outro estudo citado pelos artigos
é a pesquisa do cariótipo, contudo com a análise das bibliografias entendesse que este

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não detecta alterações gênicas e sim modificações numéricas e estruturais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se então que a avaliação clínica juntamente com
os exames genéticos contribuiem para que as patologias gênicas raras sejam
diagnósticadas precocemente, no qual a técnica de PCR é uma das ultilizadas para o
estudo da prédisposição genética rara em condições neurológicas, principalmente devido
a sua eficiência, porém ainda é considerada um teste muito caro para o governo, o que
indica que não é uma medida priomordialmente escolhida nos hospitais públicos.
Palavras-chave: Prédisposição genética; Doenças raras, Neurológicas; PCR.
COELHO, Joana Isabel Neto. Genética molecular das Perturbações do Espectro do
Autismo: Análise de variantes estruturais. 2012. Tese de Doutorado.
FERREIRA, Frederico Rogério. PCR-RFLP como diagnóstico molecular para doença de
Alzheimer. 1999.
GONSALES, Marina Coelho et al. Estudos moleculares em epilepsias da infância e da
adolescência: o potencial de aplicação clínica dos testes de genética molecular. 2013.
DE PESQUISA, Associação da Indústria Farmacêutica. Doenças raras: contribuições
para uma Política Nacional.[Internet]. São Paulo: Ativaonline Editora e Serviços
Gráficos, 2013.
SILVA, Romina Soledad Heredia Garcia. Avaliação da utilização de exames genéticos
complementares previstos na portaria número 199/14 no diagnóstico de doenças genéticas
no Hospital Universitário de Brasília. 2018.

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DIFERENÇAS SEGUNDO SEXO NA VIOLÊNCIA NOTIFICADA CONTRA
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA/TRANSTORNO NO ESTADO DO
MARANHÃO, 2009-2019

Natália Carvalho Fonsêca1; Ághata Gabriela Fonseca de Oliveira2; Jonathan Barbosa


Castro3; Lohanny Pereira Sá4; Marizélia Rodrigues Costa Ribeiro5
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
4
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal do Maranhão
5
Médica. Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: Evidências sugerem que pessoas com deficiência/transtorno estão em
maior risco de violência interpessoal devido a fatores como inadequado apoio social,
redução das defesas físicas e emocionais, barreiras de comunicação que dificultam a
denúncia da violência e estigma social. OBJETIVOS: Analisar se existem diferenças
segundo sexo em casos notificados de violência interpessoal contra pessoas com
deficiência/transtorno no estado do Maranhão. METODOLOGIA: Foi realizado um
estudo transversal analítico com dados do Sistema de Informações de Agravos de
Notificações (SINAN), referente ao período de 2009 a 2019. A população de estudo foi
casos notificados de pessoas com deficiência/transtorno. Foram analisadas diferenças em
características de casos, prováveis autores e tipologias segundo sexo de casos.
Considerou-se que havia diferença entre os dois grupos quando testes Qui-Quadrado de
Pearson ou Exato de Fisher tiveram p-valor < 0,05. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
De 2009 a 2019, ocorreram 1.998 notificações de violência contra pessoas com
deficiência/transtorno no Maranhão. O número de notificações cresceu de 2009 (15
casos) a 2013 (137), diminuindo em 2014 (112) e 2015 (85) e aumentando em mais de
seis vezes em 2019 (777) em relação a 2016 (115). Violência contra pessoas com
deficiência/transtorno foi duas vezes mais frequente contra o sexo feminino em relação
ao masculino, considerando os onze anos investigados. Na série temporal de 2011-2017,
para o cenário nacional, também houve mais registros de violência contra o sexo
feminino. Mulheres adolescentes e jovens/adultas foram mais frequentemente (mínimo
de 2,5 vezes) agredidas que pessoas do sexo masculino em semelhantes faixas etárias
(p<0,001). O boletim epidemiológico nacional do ano de 2018 mostrou predominância
de violência contra o sexo masculino, exceto contra idosos. Não existe diferença segundo
sexo com relação à raça/cor dos casos (p=0,159). Apenas em habitações coletivas a
violência contra pessoas com deficiência/transtorno foi mais predominante no sexo
masculino (p<0,001). Prováveis autores do sexo feminino cometeram mais violência
contra casos do sexo feminino (p<0,001). Mãe e cuidador foram mais indicados como
prováveis autores da violência contra o sexo masculino e parceiro íntimo contra o sexo
feminino (p<0,001). Violência sexual (p<0,001) e psicológica (p<0,001) predominaram
no sexo feminino, corroborando com a literatura, que relaciona esses tipos de violência

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às desigualdades de gênero. Violência por intervenção legal foi o único tipo mais
frequente no sexo masculino (p=0,006). Não houve diferenças nas violências física
(p=0,125), tortura (p=0,695) e financeira/econômica (p=0,951) entre sexos. Recorrência
de violência foi mais frequente no sexo feminino (p=0,001) que vai ao encontro de
achados na literatura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foram pouco frequentes as
situações em que a violência interpessoal contra pessoas com deficiência/transtorno
predominou no sexo masculino. O fato de ser mulher coloca a pessoa com
deficiência/transtorno em condição de maior vulnerabilidade à violência. Políticas
públicas de enfrentamento à violência contra pessoas com deficiência/transtorno devem
considerar as relações e especificidades entre os gêneros.
Palavras-chave: Notificação; Violência; Pessoas com deficiência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDEIRA, Lourdes Maria. Violência de gênero: a construção de um campo teórico e


de investigação. Sociedade e Estado [online]. v. 29, n. 2, pp. 449-469, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico, vol. 51, n.46, p. 1-7, 2020.

BRASIL. Ministério da Economia. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


Pesquisa Nacional de Saúde 2019: ciclos de vida. Rio de Janeiro: IBGE, 2021.

HUGHES et al. Prevalence and risk of violence against adults with disabilities: a
systematic review and meta-analysis of observational studies. The Lancet, v. 379, n.
9826, p. 1621-1629, 2012.
MASCARENHAS et al. Análise das notificações de violência por parceiro íntimo contra
mulheres, Brasil, 2011-2017. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 23, n. suppl 1, p.
e200007. SUPL.1, 2020.

MELLO et al. Casos de violência contra pessoas com deficiência notificados por serviços
de saúde brasileiros, 2011-2017. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. v. 30, n.
3, 2021.

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DIFICULDADE DOS SABERES E PRATICAS, NA GRADUAÇÃO DE
ENFERMAGEM NO CAPS NO MUNICIPIO DE BELÉM: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Luciana Emnuelle de Aviz1; Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca2; Jessica de Souza
Pereira3; Nanni Moy Reis4; Amanda Thaís Silva da Silva5; Luana Cunha Galvão
Pereira6
1,2,3,4
Graduando em Enfermagem pela Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
– UNIFAMAZ.
5
Graduando em Enfermagem pelo pela Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ
6
Enfermeira pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia - UNIFAMAZ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A prática da enfermagem psiquiátrica se constituiu


concomitantemente ao surgimento dos primeiros hospitais. Inicialmente, pessoas leigas,
serventes e ex-internos realizavam essa função de nível médio da “enfermagem”, à época
caracterizada pela vigilância e coerção dos internos. As iniciativas de mudança do modelo
assistencial biomédico para o paradigma biopsicossocial têm, gradativamente, exigido
transformações no papel da enfermagem no campo da saúde mental (ALMEIDA et al.,
2020). No que tange a formação dos profissionais de saúde para atuação em serviços
que compõem as redes de saúde, consideram que a formação adequada agrega a atenção
destinada às diferentes conexões e potencialidades da rede, com investimento no
entendimento do profissional a respeito das possibilidades de acompanhamento e
vinculação dos sujeitos nos serviços e nos territórios (BAIÃO; MARCOLAN, 2020).
OBJETIVOS: Analisar a dificuldade na prática assistencial, no ensino em enfermagem
na graduação dos enfermeiros, nos CAPS no município de Belém. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, baseado na vivência de acadêmicas
de enfermagem, com posterior revisão de literatura realizada com foco em analisar a
formação dos enfermeiros, baseado na disciplina de saúde mental. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Observou-se que o ensino da saúde mental na graduação da enfermagem
é composto por conteúdos fragmentados, vistos como insuficientes para o trabalho das
demandas psicossociais. Desde modo, não ocorreu nas instituições de ensino uma
preparação que proporcionasse segurança e aptidão para a coordenação e execução das
atividades de suporte terapêuticas comuns dos CAPS, como projeto terapêutico singular
(PTS), atividades grupais, oficinas terapêuticas, acolhimento e nas intervenções
alternativas para a atenção à crise (SILVA et al., 2021). Assim, Café et al. (2020), afirma
que a atuação do enfermeiro em saúde mental tem papel importante na composição do
CAPS que foi instituído como um serviço substitutivo ao modelo de assistência anterior
a Reforma Psiquiátrica e possui como finalidade, ofertar uma assistência que busca não
isolar o paciente, mas, sim envolver o mesmo e sua família no seu tratamento, processo
de recuperação e reintegração social do indivíduo que sofre com uma doença mental.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a disciplina de saúde mental na graduação

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dos enfermeiros possibilita que os acadêmicos transformem seus saberes e práticas para
uma atuação harmônica com a nova proposta da política de saúde mental no país. E assim,
consigam e refletir se os profissionais enfermeiros estão sendo formados para participar
de forma ativa na efetivação da Reforma Psiquiátrica, para que a nova reforma seja
realista, e que seus objetivos sejam alcançados, comprovando que a assistência de
enfermagem na saúde mental estabelece ao paciente atendidos pelas RAPS, juntamente
com sua família um acolhimento e tratamento fundamentado nos preceitos da
humanização, garantindo uma assistência mais efetiva e de qualidade.
Palavras-chave: Aprendizagem; Enfermagem; Saúde Mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, J.C et al. Ações de saúde mental e o trabalho do enfermeiro. Revista de


Enfermagem Brasileira , [s. l.], ed. 73, p. 1-9, 2020. DOI 10.1590/0034-7167-2019-
0376. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/nscDKYyrgbqkrDfZ4fzDznj/?lang=en.Acesso em: 15
out. 2021.

BAIÃO, J. J.; MARCOLAN, J. F. Mental health policy, nursing education and difficulties
in care practice. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e85973815,
2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3815. Disponível em:
https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3815. Acesso em: 15 out. 2021.

SILVA, J.B. et al. Ressignification of knowledge and practice- Teaching Mental Health
in Nursing graduation. Research, Society and Development, [s. l.], v. 10, ed. 2, p.
e33610212634, 2021. DOI 10.33448/rsd-v10i2.12634. Disponível em:
https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12634. Acesso em: 15 out. 2021.
CAFÉ, L.A. et al. A atuação do Enfermeiro na Saúde Mental. Revista Artigos. Com, [s.
l.], v. 21, p. 1-9, 2020. Disponível em:
https://acervomais.com.br/index.php/artigos/article/view/5016. Acesso em: 15 out. 2021.

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DIFTERIA: RELAÇÃO ENTRE COBERTURA VACINAL E TAXA DE
MORTALIDADE EM SALVADOR ENTRE 1994 E 2021
Pedro Resende Ferreira Rende1; Ângelo Adalberto Ferreira de Jesus2; Anna Carolina
Carneiro Kalil Silva3; Luís Felipe Freitas Moreira4; Pedro Henrique Massi5; Maria
Aslan Ribeiro Nery6

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal da Bahia
2
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário UniFTC
3,4
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador
5,6
Graduando em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A difteria é uma doença infecciosa causada por uma toxina da


Corynebacterium diphtheriae, um bacilo gram-positivo. A depender do grau de
acometimento, tal condição pode se manifestar como um estado assintomático, ou em
certos casos, como potencialmente fatal através de complicações respiratórias e cutâneas.
Estabelecida pela Programa Nacional de Imunização (PNI) desde o final da década de
1970, a vacina contra a difteria é ofertada pelo sistema público à toda a população
(atualmente, pelo Sistema Único de Saúde), devendo ser administrada em neonatos e
gestantes, motivo pela qual deve-se esperar por uma queda drástica da prevalência de
casos desta condição, com a existência de casos isolados, acompanhada de uma
mortalidade quase inexistente nos últimos anos. Torna-se relevante, portanto, avaliar a
relação entre a cobertura vacinal e a quantidade de óbitos por esta condição em Salvador
na contemporaneidade. OBJETIVOS: Avaliar a cobertura vacinal contra a difteria,
comparando-a com a quantidade de óbitos causada por esta condição no município de
Salvador no período compreendido por 1994 a 2021. METODOLOGIA: Este trabalho
se propõe a fazer uma análise quantitativa e descritiva de caráter transversal. Nesse
sentido, denota-se que, através do Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS,
procurou-se por uma população adscrita que compreendesse os indivíduos da cidade de
Salvador que encontravam-se imunizados contra a difteria (cobertura vacinal) entre os
anos de 1994 e 2021, assim como óbitos em função da difteria neste mesmo período.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre 1994 e 2021, é possível observar cobertura
vacinal com pouca variação, em geral, mantendo-se elevada, com taxa superior a 80% na
maioria dos anos, com alguns anos se aproximando dos 95%, como em 2001 e 2011 e
próximo aos 100% em 2005 e 2014. Em se tratando de um esquema de vacinação
instaurado há mais de 40 anos, é possível observar na cidade de Salvador, no intervalo
compreendido por 1994 a 2021, que a ocorrência de óbitos em função dos acometimentos
causados pela difteria se manteve praticamente nula, com raros casos isolados e constante
em todo o período adscrito, sendo o maior número de casos encontrado em 2002, com

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apenas 3 óbitos no município. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir das informações
obtidas é possível concluir que a cobertura vacinal contra a difteria em Salvador encontra-
se em níveis adequados, que refletem, por sua vez, em uma baixa quantidade de óbitos,
em raros casos isolados. Denota-se, portanto, a importância da vacinação da população,
assim como de um forte e capacitado sistema público de saúde, fundamental para manejo
das condições de saúde de toda a sociedade.
Palavras-chave: Difteria; Cobertura vacinal; Óbitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROSO, L. F.; PEGRAM, P. S. Clinical manifestations, diagnosis, and treatment of
diphtheria. In: UpToDate. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/clinical
-manifestations-diagnosis-and-treatment-of-diphtheria>. Acesso em 11 out. 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações.
Informe Técnico para Implantação da Vacina Adsorvida Difteria, Tétano e Coqueluche
(Pertussis Acelular) Tipo adulto - dTpa. Disponível em:
<https://portalarquivos2.saude.gov.br
/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T--cnico-dTpa-2014.pdf>. Acesso em 11 out. 2021.

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DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PELO INSTAGRAM: UM CAMINHO PARA O
COMBATE ÀS NOTÍCIAS FALSAS NA ÁREA DA SAÚDE
Danila Torres Leite1

1
Biomédica. Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: Observa-se nos últimos anos o alastramento de notícias falsas pelos
diferentes veículos de comunicação, aliada a uma crise de confiança na ciência, ambiente
para o crescimento do negacionismo e da pseudociência. Tomar como dúvida fatos
científicos é a base do negacionismo científico, que ao se estruturar dessa forma se opõem
às políticas públicas baseadas em conhecimentos científicos. A desinformação e a
propagação de notícias falsas são um problema em várias áreas da sociedade, com
influência na política, economia, saúde etc. Nesse contexto a divulgação científica é uma
atividade de educação em ambiente não formal, na qual o conhecimento científico é
compartilhado com a comunidade. As redes sociais, invadidas por notícias falsas, também
podem ser ferramenta para combatê-las. Elas permitem a divulgação independente,
variedade de recursos audiovisuais, possibilidade de compartilhamento e de interação.
OBJETIVO: Socializar de forma acessível e lúdica por meio do desenvolvimento de um
perfil no Instagram esclarecimentos acerca de notícias falsas relacionadas à saúde.
METODOLOGIA: Na rede social Instagram foi criada em dezembro de 2019 a página
@papodeciencia.sc pelo grupo de divulgação científica do curso de biomedicina, formado
por alunos sob orientação de docente do mesmo curso do Centro Universitário São
Camilo de SP. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para a página @papodeciencia.sc
criou-se o personagem central (um Panda), interlocutor de comunicação. Optou-se por
apresentar o personagem, e sua família (Vovó Panda, Tios e Primos Pandas), para
contextualizar conversas por whatsapp. A página foi estruturada em três blocos de
conteúdo: fake news (para a discussão de notícias falsas sobre saúde), novidades da
ciência e ciência da vovó (onde são discutidos conhecimentos populares sobre saúde).
Cada postagem foi desenvolvida com vocabulário direto e acessível, com ilustrações
simples. O rigor científico foi mantido como base para a pesquisa sobre os assuntos, e as
referências dos artigos e livros para cada tema foram disponibilizados. As postagens sobre
notícias falsas foram feitas a partir do título da notícia e a taxação de se tratar de uma fake
News. A notícia falsa na íntegra que foi utilizada para a discussão não foi disponibilizada.
As notícias falsas em saúde têm consequências danosas: aumentos da vulnerabilidade às
doenças pela falta de prevenção e tratamento adequados, autodiagnóstico, e alto risco de
intoxicações pelas automedicações dos diferentes tipos. Isso se reflete, por exemplo, no
movimento antivacina e na resistência ao uso de máscaras durante a pandemia Covid-19
por parte da nossa população. Evidências mostram que o nível de educação de um
indivíduo está diretamente relacionado ao seu estado de saúde, de forma que políticas
públicas que fortaleçam programas e estratégias voltados para educação são importantes
para melhoria da qualidade de vida da população. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Considera-se que a socialização de conceitos corretos sobre as notícias falsas em saúde,
de maneira acessível e lúdica está acontecendo, o perfil criado está online e alcançando
novos leitores. A página na rede social com linguagem simplificada, estética atraente e
possibilidade de alcançar a diversidade da população, são os pontos principais que
favorecem esse recurso como uma opção para enfrentamento das notícias falsas.
Palavras-chave: Promoção da saúde, Rede social, Educação

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO et al. Instituto Federal em extensão e ação: divulgação científica para


combater notícias falsas sobre a Covid-19. Dossiê - Caminhos de Enfrentamento da
Pandemia da COVID-19, UNIFIMES Centro Universitário de Mineiros, p.34-52,
2021.
FONTES, D. T. M. Uma comparação das visualizações e inscrições em canais brasileiros
de divulgação científica e de pseudociência no YouTube. JCOM América Latina, v 04
(01), A1, p1-22, 2021.
GOULART, et al. Ciência pelas mídias sociais no enfrentamento da COVID-19.
Participação, Brasília, n.34, p. 36-38, 2021.
NETO, F.L.P., ARAUJO, S. A divulgação científica na internet como garantidor do
direito fundamental à educação nas eras da anticiência e da cibercultura. Revista de
Estudos Jurídicos do UNI-RN, v. 3, p.27-44, 2019.
TEIXEIRA, R. R. P., BICUDO, R. de S. Uso de vídeos em atividades educacionais de
divulgação científica sobre movimentos de negação da ciência. Educitec - Revista de
Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, Manaus, Brasil, v. 7, p. e162721, 2021.
YAMAGUCHI et al. O papel das mídias digitais e da literacia digital na educação não-
formal em saúde. Revista Eletrônica de Educação, v. 14, p. 1-11, 2020.

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DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS: ABORDAGEM
SOBRE CISTITE IDIOPÁTICA OBSTRUTIVA E NÃO OBSTRUTIVA FELINA

Jasminny Pinheiro Costa


Graduanda em Medicina Veterinária pela Faculdade Nova Esperança
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: A doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF) é um termo


que abrange qualquer desordem que afete a bexiga ou a uretra dos gatos, e ainda é um dos
problemas mais frequentes que alteram os padrões de micção. As alterações no trato
urinário inferior dos felinos causam sinais clínicos como: polaciúria, estrangúria, periúria,
disúria e hematúria. Porém, esses sinais não são específicos para uma doença isolada, e
podem ser observados também em gatos com cálculos, infecções bacterianas do trato
urinário ou neoplasias, e por isso, dar-se o nome de cistite idiopática felina(CIF), que
representa a causa mais comum da doença do trato urinário inferior dos felinos, com 55
a 65% dos casos. Vários fatores estão relacionados ao desenvolvimento de DTUIF em
felinos. Animais com excesso de peso, atividade física diminuída, locais com muitos
gatos e gatos que vivem confinados no interior de casa, além do estresse ambiental e dieta
exclusivamente seca, são alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
OBJETIVOS: Este trabalho de revisão de literatura, tem como objetivo, fazer um
apanhado da cistite idiopática obstrutiva e não obstrutiva felina, apontando suas possíveis
causas, fisiopatologia, diagnóstico e formas de tratamento, a fim de melhorar a qualidade
de vida do paciente felino. METODOLOGIA: A inflamação da bexiga e uretra traz uma
série de manifestações clínicas, independente da causa. A sua fisiopatologia ainda não foi
totalmente compreendida, pois existem várias etiologias envolvidas. A cistite pode
apresentar- de forma aguda ou crônica, obstrutiva ou não obstrutiva. Animais que vivem
em ambientes fechados, que têm sobrepeso e ingerem pouca água, são mais propensos a
desenvolverem a doença, pois o estresse aumenta a síntese de catecolaminas e
consequentemente, aumenta a ativação do sistema nervoso simpático, o que causa a
dessensibilização dos adrenoreceptores, estimulando a resposta inflamatória e criando um
processo crônico, dessa forma, é importante um tratamento voltado para a redução dos
fatores estressantes. FISIOPATOLOGIA: As alterações presentes na bexiga são:
diminuição da complacência da bexiga, as próprias células uroteliais são alvo de vários
estímulos, incluindo ATP e óxido nítrico, que potencializam a inflamação e exacerbam
os sinais. O sistema nervoso simpático medeia essa alteração pela norepinefrina. Nas
anormalidades sistêmicas, os sinais de CIF podem ocorrer com recidivas, e são
exacerbados por fatores externos ou internos que causam estresse. Os Gatos com CIF,
têm uma combinação de comorbidades, como desordens endócrinas, cardiovasculares,
gastrointestinais e comportamentais. A CIF não deve ser considerada como uma doença
isolada da bexiga. Na fisiopatologia dos gatos obstruídos, os tampões uretrais são a causa
mais comum de obstrução urinária em gatos machos. Devido ao estreito lúmen da uretra

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peniana, os gatos machos são mais predispostos à obstrução por um urólito ou tampão
uretral. Esses tampões na maioria das vezes, são compostos de estruvita com uma matriz
proteinácea. Durante uma inflamação ativa, ocorre o extravasamento de proteínas
plasmáticas, elevando o PH urinário, o que contribui ainda mais para precipitação de
cristais de estruvita. DIAGNÓSTICO: Não há nenhum teste diagnóstico bem aceito para
CIF, seu diagnóstico continua sendo por exclusão, é importante fazer uma boa anamnese
e bom exame físico. Pode ser feito um Raio-x abdominal, pois 20% dos gatos com CIF,
tem cálculo urinário. A ultrassonografia não é indicada em casos de obstrução, pois a
uretra não é visível, porém, um espessamento da parede da bexiga pode ser visualizado.
Em casos de obstrução uretral, e se o animal estiver estável, faz um Raio-x antes da
descompressão por cistocentese. TRATAMENTO: Na cistite idiopática obstrutiva
felina, deve- se estabilizar o paciente com fluidos intravenosos e exames bioquímicos
para avaliar possível azotemia pós- renal. Pode ser feito Raio-x para ver a presença de
cálculos. Deve ser feita uma cistocentese para descompressão da bexiga, é usada uma
agulha calibre 22, que é inserida com o bisel voltado pra o trígono da bexiga, a agulha
deve ser conectada a uma torneira de três vias e uma seringa, para drenar a urina. Em
muitos casos, é feito um cateterismo uretral para aliviar a obstrução. Realiza-se a
tricotomia e higienização da região peniana e o cateter é inserido dentro da uretra distal,
o cateter é conectado a uma torneira de três vias, é feita a lavagem da uretra com solução
salina estéril, para deslocar a obstrução. Na cistite idiopática não obstrutiva, deve ser
fornecida terapia analgésica, fornecendo analgesia com buprenorfina, butorfanol ou
fentanil. Antiinflamatórios não esteroides também são administrados, como o
robenacoxibe. No manejo de gatos com a doença crônica, é fundamental o
enriquecimento ambiental, manejo adequado de caixas de areia e estímulo a maior
ingestão de água, para redução do estresse e consequente diminuição da concentração de
catecolaminas. Em casos refratários, faz o uso de amitriptilina, um antidepressivo que
também tem ação simpaticolítica, anti-inflamatória e analgésica. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A cistite idiopática felina, constitui a principal causa de DTUIF, e vários
são os fatores que podem levar a manifestação clínica, porém, os sinais clínicos não são
específicos para uma doença isolada. Animais que vivem em ambiente estressante, são
mais propensos a doença, pois o estresse possibilita o envolvimento do sistema nervoso
simpático, estimulando a resposta inflamatória. Os tampões uretrais constituem a
principal causa de obstrução urinária, e devido a conformação anatômica da uretra
peniana, os machos são mais propensos. É feito um diagnóstico por exclusão, baseado na
anamneses e exame físico. Para o tratamento, é feito cistocentese e cateterismo uretral,
também podem ser usados analgésicos, antiinflamatórios e antidepressivos, além de
medidas que reduzam o estresse. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As afecções do trato
urinário inferior dos felinos são recorrentes na rotina médica veterinária, e causam muito
sofrimento ao paciente. O diagnóstico nem sempre é fácil, e muitas vezes é inconclusivo.
São usadas medidas ambientais, medicamentosas e alguns procedimentos para minimizar
os efeitos da cistite idiopática felina obstrutiva ou não obstrutiva, proporcionando melhor
qualidade de vida ao animal.
Palavras-chave: Estresse; Bexiga; Felinos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Nelson, Richard W. (Richard William), 1953- Medicina interna de pequenos animais /
Richard W. Nelson, C. Guillermo Couto ; tradução Cíntia Raquel Bombardieri, Marcella
de Melo Silva, et al. – 5. Ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2015.
ASSIS, M.; TAFFAREL, M. . DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS
FELINOS: ABORDAGEM SOBRE CISTITE IDIOPÁTICA E UROLITÍASE EM
GATOS. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, [S. I.], v. 15, n. 27, 2018. Disponível em:<
https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/544>. Acesso em: 02 out.
2021.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS CUIDADOS PALIATIVOS À
CRIANÇAS COM CÂNCER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Arianny Luiza Barros de Santana¹; Williane Pereira Cruz²; Maria Dhescyca Ingrid Silva
Arruda³; Victor Gutemberg Mendes Ferraz4 ; Thiemmy de Souza Almeida Guedes5
¹Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho-UNINOVE
²,³Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba- FASP
4
Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES
5
Pós-graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante-FAVENI.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A enfermagem desenvolve um papel fundamental nos cuidados
paliativos às crianças com câncer através da aplicação de métodos não-farmacológicos
como a finalidade de reduzir a dor, mal-estar e fornecer uma melhor qualidade de vida.
Cuidados paliativos compreende uma assistência humanizada, inserção das práticas
integrativas durante a sua permanência no hospital e acolhimento para que a criança
receba suporte para lidar de uma forma melhor diante da situação. OBJETIVO:
Identificar, através da literatura científica, quais os cuidados paliativos prestados à
pacientes no setor de pediatria. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura
realizada através das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Índice Bibliográfico Espanol en Ciencias de la Salud
(IBECS) e Bases de Dados em Enfermagem (BDENF), através dos seguintes Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS): "Enfermagem Oncológica"; "Cuidados Paliativos" e
"Enfermagem Pediátrica" combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca
ocorreu no mês de setembro de 2021, adotaram-se como critérios de inclusão: artigos
disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, que contemplassem a
temática nos últimos cinco anos. Como critérios de exclusão, adotaram-se monografias,
dissertações, revisões de literatura, teses, artigos repetidos nas bases de dados e que não
contemplassem o tema. Após adotar os métodos de inclusão e exclusão encontrou-se 12
artigos, dos quais foram selecionados 06 artigos para compor a revisão. Usou-se como
pergunta norteadora: "Quais os impactos ocasionados pelo câncer na vida de crianças
oncológicas?". RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os principais achados,
encontram-se a musicoterapia, massagens, intervenções lúdicas e todo um planejamento
que assistisse a criança como um todo e promovesse o alívio da dor, desconforto e
ansiedade. Além disso, destaca-se o apoio aos familiares e a valorização da
espiritualidade; de maneira que comunicações de más notícias pudessem estar presente
de uma forma menos dolorosa. Outro fator encontrado foi que grande parte dos
profissionais compartilham os sentimentos de fracasso e tristeza diante de situações
graves que resultam em óbitos. CONCLUSÃO: Diante dos expostos, faz-se necessário
a valorização e relevância das políticas públicas para o controle da oncologia pediátrica
com o objetivo de reduzir os índices de morte de crianças com câncer, que devem ser
implantadas com o intuito de garantir melhor qualidade de vida desses pacientes. Outro
ponto que se faz importante é a capacitação da equipe de Enfermagem, que garante a
melhoria da qualidade de vida destes pacientes, evitando abandonos do tratamento.

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PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem; Enfermagem Oncológica;
Enfermagem Pediátrica; Cuidados Paliativos; Saúde da Criança.
REFERÊNCIAS:
SOUSA, A. D. R. S. Cuidados paliativos no Centro de Terapia Intensiva Pediátrica
Oncológica: instrumento assistencial de enfermagem, p. 183, 2019.
VERRI, E. R. et al. Profissionais de enfermagem: compreensão sobre cuidados
paliativos pediátricos, n. 13, v.1, p. 126-136, 2019.
SOUSA, A. D. R. S.; SILVA, L. F.; PAIVA, E. D. Intervenções de enfermagem nos
cuidados paliativos em Oncologia Pediátrica: revisão integrativa, n. 72, v. 2, p. 531-540,
2019.
SILVA, S.E.D. et al. Representações sociais de familiares de pacientes pediátricos fora
de possibilidades terapêuticas atuais, n. 13, v. 1, p. 641-647, 2019

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POLIMORFISMOS ENVOLVIDOS NA DOENÇA DE HUNTINGTON
Luiza Giovana Sousa Corrêa1, Ana Paula de Sousa Coelho2, Isadora Hart
Cavalcante3, Larissa Vinagre Queiroz4, Henrique Fonseca Sousa do Nascimento5

1
Graduanda em Biomedicina pela Escola Superior Madre Celeste
2
Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Cosmopolita
3
Graduanda em pelo Centro Universitário Tiradentes
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
5
Biomédico. Mestre em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal do
Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Doença de Huntington (DH) é uma doença autossômica dominante,


onde há a degeneração progressiva do Sistema Nervoso central causada pela expansão de
repetições polimórficas do trinucleotídeo CAG no gene HTT, responsável pela proteína
Huntingtina, localizado no braço curto do cromossomo 4 (locus 4p16.3). A DH é
caracterizada pelos danos motores, comportamentais e cognitivos, acometendo
principalmente adultos, apenas uma pequena parcela de indivíduos apresenta a doença na
infância, sendo o alelo paterno, responsável pelo surgimento precoce. OBJETIVO:
Descrever as variações polimórficas relacionadas a Doença de Huntington.
METODOLOGIA: Estudo de caráter bibliográfico com abordagem qualitativa e
quantitativa, utilizando plataformas digitais de literatura acadêmica, tais como, Scielo,
Pubmed, Lilacs, além de busca através do Google® Acadêmico, utilizando artigos de
2012 a 2021, nos idiomas inglês, espanhol e português. Os descritores de busca foram
polimorfismo e Doença de Huntington. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os trabalhos
analisados apontam para a necessidade de pelo menos 35 repetições do tripleto CAG para
o desenvolvimento mais grave da doença. Uma alteração descrita na DH ocorre no gene
FAN1, com variante rs3512, localizado no braço longo do cromossomo 15 (15q13.3),
gerando um SNP (Polimorfismo de Nucleotídeo Único) com a troca de guanina para
citosina. Outros polimorfismos de SNP se apresentam em genes como TERC, localizado
no braço longo do cromossomo 3 (3q26.2); RTEL1, presente no braço longo do
cromossomo 20 (20q13.33); OBFC1, presente no braço longo do cromossomo 10
(10q24.33); TERT, com a localização braço longo do cromossomo 15 (5p15.33); NAF1,
em seu locus no braço longo do cromossomo 4 (4q32.2); ACYP2, gene presente no braço
longo cromossomo 2 (2p16.2): ZNF208, na região específica de 19p12, braço longo do
cromossomo 19. Estes polimorfismos se encontram intimamente relacionados com o
comprimento de telômeros dos cromossomos acima citados, indicando um marcador para
o agravo da doença, visto que pacientes com telômeros menores sofreriam com um
avanço considerável de neurodegeneração com o avançar da idade. Indivíduos

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acometidos por DH, apresentam diversos meios de destruição de memória, concentração
e julgamento, e associado a falha de capacidade de organização e planejamento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com a literatura, a expansão do tripleto
convencional (CAG), marcador principal da patologia, quando em presença dos
polimorfismos encontrados nos genes TERC, RTEL1, OBFC1, TERT, NAF1, ACYP2 e
ZNF208, relacionados ao encurtando dos telômeros dos neurônios, potencializam o
aumento do declínio neurológico e a evolução dos sintomas do paciente possuidor de DH.
Palavras-chave: Huntington; Polimorfismo; Cromossomo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AJITKUMAR, A.; DE JESUS, O. Huntington Disease. StatPearls [Internet], 2021.
AZIZ, N. A.; WEYDT, P. Telomere length as a modifier of age-at-onset in Huntington
disease: a two-sample Mendelian randomization study. Journal of neurology, v. 265,
n. 9, p. 2149-2151, 2018.
HA, A. D.; FUNG, V. S. C. Huntingtonʼs disease. Current Opinion in Neurology, v.
25, n. 4, p. 491–498, 2012.
ISAS, J. M.; PANDEY, N. K.; XU, H.; TERANISHI, K.; OKADA, A. K.; FULTZ, E.
K.; SIEMER, A. B. Huntingtin fibrils with different toxicity, structure, and seeding
potential can be interconverted. Nature Communications, v. 12, n. 1, p. 1-11, 2021.
MEHRPOUR, S.; RODRIGUES, C. R.; FERREIRA, R. C.; BRIONES, M. R. D. S.;
OLIVEIRA, A. S. B. Hardy-Weinberg Equilibrium in different mitochondrial
haplogroups of four genes associated with neuroprotection and
neurodegeneration. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, v. 78, p. 269-276, 2020.
SÁNCHEZ, O. G.; CUELLO, A. D.; ALMAGUER, M. L. E. Acortamiento de
telómeros en enfermidades neurodegenerativas: implicaciones terapéuticas. Rev haban
cienc méd [Internet], 2020.
SOUZA, A. F. D. Avaliação de fatores genéticos como potenciais modificadores da
idade de início da Doença de Huntington. Porto Alegre, 2013.

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DOENÇAS CRÔNICAS DE AMIGDALITE E DA ADENOIDE: FAIXA ETÁRIA
X NÚMERO DE INTERNAÇÕES POR ANO, ENTRE 2010 E 2020.

Bruna Baratto1, Vitória Katharine Isoton Wesp2, Anna Beatriz Campos Vilar Leite3,
Anna Carolina Carneiro Kalil Silva4, Ângelo Adalberto Ferreira de Jesus5, Pedro
Resende Ferreira Rende6
1,2
Graduando em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
3,4
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador
5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário UniFTC
6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal da Bahia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: As amígdalas e as adenóides, também conhecidas como tonsilas, são
estruturas presentes no anel de Waldeyer, o qual, por ser constituído de tecido linfóide, é
responsável pela defesa contra agentes patogênicos na cavidade nasal e oral. Por se tratar
de estruturas de defesa, as tonsilas são passíveis de infecções, podendo ser agudas ou
crônicas. As doenças crônicas das amígdalas e das adenoides consistem em infecções
virais ou bacterianas recorrentes nessas estruturas, podendo levar a quadros de
internações. Devido à recorrência e abrangência de faixas etárias, os dados
epidemiológicos dessas patologias são relevantes. OBJETIVOS: Analisar os dados
epidemiológicos de internações relacionadas às doenças crônicas das amígdalas e das
adenoides. METODOLOGIA: Esse artigo incorpora o método de pesquisa quantitativo
e descritivo, de caráter transversal. A população do estudo são indivíduos entre 1 a 59
anos, residentes no estado da Bahia que foram internados por doenças crônicas de
amígdalas e das adenoides entre os anos de 2010 e 2020. Os dados utilizados foram
colhidos do Sistema de Informação Hospitalares do DATASUS. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O total de casos de doenças crônicas de amigdalite e de adenóide entre
2010 e 2020, nas faixas etárias de 1 a 59 anos, foi de 20.945. Desse total, a faixa etária
que apresentou maior número de casos foi a de 5 a 9 anos com 45,9% dos casos, seguida
pela população de 1 a 4 anos com 22,4% dos casos, 10 a 14 com 16,7%, 15 a 29 com
10,8%, 30 a 59, aproximadamente 4%. Sendo assim, pode-se notar que a prevalência de
doenças crônicas de amigdalite e de adenóide atingem mais crianças de 5 a 9 anos, mas
também apresentam uma alta prevalência na faixa etária de 1 a 4 anos, e a partir de 10
anos a prevalência tende a diminuir ao ponto que a pessoa envelhece. Quanto à análise
do ano de internamento, o ano que apresentou maior número de casos foi 2019, com 2.273
casos, e o ano com menor número de casos foi 2020 com 987 casos, provavelmente
devido à subnotificação durante a pandemia de COVID-19. Entretanto, antes de 2020 a
média de casos era de 1.995,8 casos por ano, o que mostra que não houve muita alteração
durante os anos, com uma pequena redução da média durante os anos de 2014 e 2017
(1.775 casos por ano), algo cujo motivo poderia ser analisado. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico sobre o

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desenvolvimento de doenças crônicas da amígdalas e das adenoides norteado pelo
número de internações no período de 2009 a 2020. A iniciativa deste trabalho foi
pesquisar no datasus, a epidemiologia em questão e elucidar de que maneira o número de
incidência foi declinando com o passar dos anos. A Partir de dados, podemos inferir que
vacinações e trabalhos preventivos tem atingindo positivamente a população. Além disso,
há a necessidade de prudência em relação aos jovens, afinal a maioria dos casos se baseia
nessa faixa etária.
Palavras-chave: Tonsilite; Internação Involuntária; Grupos Etários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

Associação Brasileira de. Tratado de Otorrinolaringologia.: Grupo GEN, 2017.


9788595154247. Disponível em:
ttps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154247/. Acesso em: 11 out.
2021.

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CAUSAS DE INFECÇÕES HOSPITALARES E CUIDADOS FRENTE A
ENFERMAGEM: UMA REVISÃO
Larissa da Silva Duarte1; Luara da Silva Rego2; Sacha Luana da Silva Rego3
1
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Unifacid/Wyden
2
Nutricionista pela Faculdade de Floriano - FAESF. Pós graduada em Nutrição Clínica e
Esportiva e pós graduanda em Saúde Pública e Vigilãncia Sanitária pela Faculdade Play
3
Assistente Social pela Faculdade Anhanguera - UNIDERP. Pós graduanda em Gestão
Estratégica em Saúde Pública e Coletiva pela Faculdade Única
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A infecção hospitalar (IH) é um problema de saúde, tanto em âmbito


público como no particular, caracterizado por manifestações clínicas causada por agentes
infecciosos e suas toxinas. Essas infecções decorrentes do âmbito hospitalar são
denominadas de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). As mesmas,
geralmente são diagnosticadas a partir de 24 horas após internação, sendo que no Brasil,
casos de IH corresponde a 15,5% dos pacientes que são internados. OBJETIVO:
Identificar evidências científicas sobre causas de IH e cuidados voltados a enfermagem.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica realizado por meio
das bases de dados cientificas Google Acadêmico, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) em janeiro e fevereiro de 2020 através das palavras-chave em língua portuguesa
enfermagem, infecção hospitalar e cuidados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após o
levantamendo bibliográfico observou-se que a patologia de base favorece a ocorrência da
IH por afetar os mecanismos de defesa anti-infecciosa e comprometer a imudade do
paciente. Com relação as causas com maior incidência foram: queimaduras, acloridria
gástrica, desnutrição grave, deficiências imunológicas e idade avançada. O controle de
IH deve ser iniciado antes da internação do paciente, através da melhoria das condições
sanitárias, de programas efetivos de vacinação, da melhoria dos serviços básicos de saúde
e no tratamento hábil das doenças, evitando-se internações desnecessárias e por tempo
prolongado. Para a prevenção de todas as infecções, o enfermeiro deve acompanhar e
prestar assistênciaa direta, pois é importante identificar possíveis problemas detectados
brevemente para adentrar nas intervenções do cuidado. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Considera-se urgente o investimento em recursos humanos através de reuniões e debates
para alcançar o controle efetivo das IH. Sugere-se a inclusão do tema como conteúdo
multidisciplinar em cursos da área da saúde, o que propiciará discussões e troca de
experiências interinstitucionais, promovendo o pensar e consequentemente atuação
adequada.
Palavras-chave: Enfermagem; Infecção hospitalar; Cuidados.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA SILVA MOREIRA, Anderson et al. Iatrogenias em enfermagem e infecção


hospitalar: como prevenir e garantir a segurança do paciente?. Brazilian Journal of
Health Review, v. 3, n. 3, p. 6141-6156, 2020.
MOURÃO, Maria de Fátima Ribeiro; CHAGAS, Dênia Rodrigues. Ações de prevenção
e controle de infecção em hospitais. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 6, p.
38406-38417, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERSPECTIVAS DA ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA: RELATO
DE CASO CLÍNICO
Dyele Kalynne Costa da Silva 1;
Mariana de Figueiredo Lopes e Maia2;
Leily Macedo Firoozmand 3
1
Cirurgiã-Dentista. Doutoranda em Odontologia, Universidade Federal do Maranhão, São
Luís, Maranhão.
2
Cirurgiã-Dentista. Doutoranda em Odontologia, Universidade Federal do Maranhão, São
Luís, Maranhão.
3
Cirurgiã- Dentista. Professora da Graduação e Pós- Graduação em Odontologia,
Universidade Federal do Maranhão, São Luís, Maranhão.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: Apesar do grande avanços de técnicas e materiais odontologicos, a
cárie dental ainda é a doença mais comum que acomete os indivíduos nas diversas faixas
etárias. Estudos tem demonstrando que a remoção completa do tecido cariado, pode
causar mais insucessos ao tratamento devido ao risco de comprometimento pulpar.
comparado à remoção parcial de tecido cariado. Aliado a isto, o tecido dental quando bem
selado em condições adequadas tem o potencial de remineralizar. Assim, as alternativas
de tratamento vêm caminhando para opções mais preventivas e preservativas da estrutura
dental, reforçando a filosofia do exercício da Odontologia Minimamente Invasiva (OMI).
A proposta deste tipo de tratamento visa o atendimento individualizado, levando em
consideração: o risco de cárie, a detecção da lesão e o tratamento precoce. OBJETIVOS:
Dentro deste contexto, o objetivo desse estudo foi de relatar um caso clínico que
evidenciasse resultados mais controlados no manejo de cárie a partir de uma perspectiva
da filisofia da OMI. METODOLOGIA: Paciente M.G.A.B., 8 anos, sexo masculino,
negro, compareceu á clínica com queixa de sintomatologia dolorosa no elemento dental
46. Após avaliação clínica e rediográfica, constatou-se lesão cariosa profunda com score
5 para ICDAS II (Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie) e atividade da
lesão cariosa com score 3 para o critério Nyvad. O paciente apresentou teste térmico
positivo ao frio e sem lesão endodôntica na radiografia periapical. Assim, considerando-
se idade, grau de atividade e severidade de cárie do paciente, optou-se por remoção parcial
de cárie e uso de material forrador CIV (Riva Light cure, SDI, São Paulo, Brasil) e a
restauração com resina composta (Z350XT 3M, Shade 2EA, São Paulo, Brasil) uma
camada de aproximadamente 2mm de resina composta na face oclusal. Ao final, fori
realizado ajuste oclusal e polimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O paciente após
aompanhamento, não relatou mais sensibilidade térmica, sem fratura dental e/ou de
restauração e sem comprometimento endodôntico, assim, garantindo estética, função e
qualidade de vida ao paciente. O CIV se mostrou eficaz no controle da evolução da cárie
corroborando com achados da litertura, bem como a realização de restauração de resina
composta em face oclusal permitindo longevidade do procedimento em vista de sua não

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solubilidade ao meio bucal e resistência às cargas mastigatórias. CONCLUSÃO:
Concluimos que os recursos em diagnóstico que consideram a severidade e atividade da
lesão cariosa, quando associados a uma perspectiva das condições individuais do paciente
e à materiais e técnicas que perminem a conservação de estrurura dental, devolvem além
de qualidade de vida, estética e função, maior longevidade da estrutura dental em vista da
intervenção em uma perspectiva da OMI.
Palavras Chave: Odontologia Minimamente Invasiva, Cárie, Restauração
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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and Restorative Dentistry : Official Publication of the American Academy of
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or traditional self-etch adhesives: study protocol for a randomized controlled trial. Trials,
v. 17, n. 1, 2016.
ZHANG et al. Curative effects of partial caries removal in permanent molars with deep
dental caries. Shanghai Kou Qiang Yi Xue = Shanghai Journal of Stomatology, v. 26,
n. 3, p. 321–323, 2017.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM PLATAFORMAS DIGITAIS: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Sabrina Madrid Lemos1; Amanda Suélen Monteiro2; Denise de Oliveira Hasselmann
Regis3; Elise de Fatima Rodrigues Dias4; Giovana Sangiogo Dallabrida5; Graciela Dutra
Sehnem6
1,2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria
6
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: No Brasil, o câncer de mama é a neoplasia que mais atinge o grupo
populacional feminino. Com o avanço da tecnologia e acesso à informação, a internet se
tornou uma grande aliada no desenvolvimento de projetos voltados a ações de promoção
da saúde. Assim, além de ser uma estratégia para promover a educação em saúde acerca
do tema, proporciona interação direta com o público e disponibiliza informações para
melhorar a qualidade de vida. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicas de
enfermagem no projeto de extensão açucena: apoio e cuidado às mulheres com neoplasia
de mama. METODOLOGIA: O projeto açucena trata-se de um relato de experiência,
vinculado ao departamento de Enfermagem na Universidade Federal de Santa Maria, a
partir da inserção de acadêmicas de enfermagem enquanto bolsistas e voluntárias do
projeto. Este projeto é realizado por meio das redes sociais Facebook e Instagram, nas
quais são elaboradas publicações pelas acadêmicas com supervisão de uma docente
responsável. As atividades de educação em saúde nas redes sociais iniciaram no primeiro
semestre de 2021 e contemplam conteúdos didáticos acerca da saúde da mulher, com
enfoque no câncer de mama, além de promover ações presenciais de extensão com
mulheres em tratamento cirúrgico e medicamentoso. RESULTADOS E DISCUSSÕES:
A partir da necessidade de desenvolver ações no campo da educação em saúde, o Projeto
Açucena, procura disponibilizar conteúdos de forma didática. Além de abordar aspectos
teóricos relacionados ao câncer de mama como conceito, sinais e sintomas,
epidemiologia, políticas públicas, rede de apoio, influência da religiosidade e
espiritualidade, também foram desenvolvidas publicações sobre as demais neoplasias que
acometem a população feminina. O processo de elaboração dos conteúdos consiste em
estudos sobre as temáticas abordadas nas publicações, bem como a discussão em grupo
dos aspectos informativos que serão apresentados. Sabe-se que apesar da internet facilitar
o acesso à informação, é importante que toda informação repassada tenha respaldo
científico, tendo em vista que qualquer erro pode instigar comportamentos equivocados
de proteção à saúde. As plataformas digitais se apresentam como importantes estratégias
no fornecimento de informações voltadas ao câncer de mama, no entanto, é necessário
lembrar que vivemos em um país com grande desigualdade social, cultural e econômica,
tornando esse acesso inalcançável para uma grande parte da população. Assim, essas
atividades não substituem as ações de prevenção e promoção de saúde de forma presencial
nos serviços de atenção à saúde, sejam eles de atenção primária, secundária ou terciária.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destaca-se a importância de atividades como as

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desenvolvidas pelo Projeto Açucena na propagação de informações sobre a saúde da
mulher e câncer de mama. O desenvolvimento de educação em saúde nas redes sociais,
propiciou observar um retorno positivo por parte dos usuários. Essa interação entre o meio
acadêmico e a população, seja presencial ou virtual, contribui positivamente para a
construção de vínculo com a clientela e uma adequada transmissão de orientações em
saúde. Ainda, a experiência de elaborar conteúdos informativos auxilia no processo de
ampliação do conhecimento das acadêmicas envolvidas no projeto e na futura prestação
de assistência à saúde.
Palavras-chave: Promoção de saúde; Enfermagem; Redes sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARDOSO et al. A promoção da saúde através das redes sociais: uma análise de boas
práticas. Comunicação Pública, v. 16, p. 1-19, 2021.

MAGALHÃES. Governança, redes sociais e promoção da saúde: reconfigurando práticas


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FRANÇA et al. As mídias e as plataformas digitais no campo da Educação Permanente


em Saúde: debates e propostas. Saúde em debate, v. 43, n. 1, p. 106-115, 2019.

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Perspectiva Sistêmica, n. 28, v. 63, p. 55-66, 2019.

OLIVEIRA. No Brasil, o câncer de mama é a neoplasia que mais atinge o grupo


populacional feminino. Revista Enfermagem Digital Cuidado e Promoção da Saúde
4, p. 46-50, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EFEITOS COLATERAIS DO USO DE BENZODIAZEPÍNICOS EM IDOSOS

Henrique Pessoti Menelli1; Júlia Magalhães Monteiro2; Sofia Biancardi Campos3; Julia
Almenara Ribeiro Vieira4

1
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário do Espírito Santo (UNESC)
23
Graduanda em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de
Vitória (EMESCAM)
4
Residente em Geriatria e Gerontologia pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de
Vitória (HSCMV)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O uso indevido de benzodiazepínicos (BZD), seja por dosagens
excessivas ou pela cronicidade do tratamento, tem se tornado um problema de saúde
mundial. Na terceira idade, evidencia-se um cenário ainda mais alarmante, visto que os
idosos são mais propensos a múltiplas comorbidades, polifarmácia e, consequentemente,
possuem maior possibilidade de apresentarem efeitos colaterais. OBJETIVO: Elucidar
os principais efeitos colaterais encontrados nos pacientes idosos usuários de
benzodiazepínicos. METODOLOGIA: Para a revisão bibliográfica, foi utilizada a base
de dados da PubMed, sendo incluídos artigos escritos em inglês e português, publicados
no período de 2016 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os BZD são
medicamentos ansiolíticos, estão entre as substâncias mais prescritas ao redor do mundo,
e se enquadram, desde 2012, na lista de Medicamentos Potencialmente Inapropriados
para Idosos, pelos critérios de Beers. Possuem como mecanismo de ação a alteração da
plasticidade sináptica, aumentando os efeitos GABA, induzindo a depressão do sistema
nervoso central. A alta lipossolubilidade do fármaco combinado com o aumento da
gordura corporal dos idosos, decorrente da senescência, são características de
vulnerabilidade para o aumento de efeitos residuais, favorecendo maior incidência de
efeitos indesejáveis. Estes efeitos estão relacionados ao tempo de ação do BZD no
organismo, podendo acarretar alterações psicomotoras, no equilíbrio, velocidade de
marcha e cognição, prejuízos na memória, aprendizagem, atenção e capacidade
visuoespacial. Portanto, seu uso inadequado pode causar danos, como quedas, fraturas,
delírio e delirium, outras disfunções cognitivas, sonolência diurna, insuficiência
respiratória aguda e síndrome da dependência e retirada. Outrossim, os idosos, quando
comparados às outras faixas etárias, consomem mais medicamentos de venda livre do que
os mais jovens, fator predisponente à interação medicamentosa, proporcionando o
aumento dos efeitos adversos dos BZD nessa faixa etária. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Diante desse cenário, é necessário o olhar crítico no que tange o tratamento dessa faixa
etária, priorizando opções não farmacológicas (como higiene do sono, medidas

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terapêuticas e psicológicas), diminuindo a recorrência de prescrição dessa classe
medicamentosa, visto que os efeitos adversos de um uso prolongado sobrepõem a
beneficência do medicamento, com piora na qualidade de vida a longo prazo.
Palavras-chave: Benzodiazepínicos; Idosos; Efeitos colaterais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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and management. Curr Psychiatry Rep, [Berlin], v. 18, n. 10, p. 89, out. 2016.
BRENDAN, J. N.; LE COUNTEUR, D. G.; HILMER, S. N. Deprescribing
benzodiazepines in older patients: impact of interventions targeting physicians,
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MARKOTA, M. et al. Benzodiazepine use in older adults: dangers, management, and
alternative therapies. Mayo Clinic Proceedings, [Rochester, MN], v. 91, n. 11, p. 1632-
1639, nov. 2016.

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EFEITOS DA PANDEMIA DO COVID-19 NO ESTRESSE OCUPACIONAL
CRÔNICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA.

Beatriz Campos Del Guerra1; Bruna Barbosa Tibold2; Manoela Vasconcelos


Apolonio3; Cynthia Cassoni4
1
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário São Camilo
2,3
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário São Camilo
4
Psicóloga. Orientadora pelo Centro Univertário São Camilo
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional é muitas vezes manifestado pela síndrome de


burnout, que dentro do ambiente de trabalho, pode expressar sentimentos de insatisfação
e não realização profissional. Com o surgimento repentino de um novo vírus letal (Covid-
19), os profissionais de saúde enfrentam diversos desafios e ainda tentam manter a sua
própria saúde mental e física. Longas jornadas de trabalho, estresse emocional, fadiga e
esgotamento são os principais problemas associados ao trabalho desses profissionais
neste novo contexto. OBJETIVOS Compreender o que a literatura traz sobre os possíveis
efeitos e consequências da pandemia do Covid-19 no estresse ocupacional crônico,
apontando os principais motivos do adoecimento e como a atuação da Psicologia pode
colaborar para a amenização do sofrimento e o não desenvolvimento da síndrome de
Burnout como consequência. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura.
Realizou-se um levantamento de dados acerca da produção de conteúdo sobre a temática.
Foram utilizadas as bases SciELO e BVSalud e selecionados os descritores: “Estresse
ocupacional crônico”, “Pandemia”, “Burnout” e “Psicologia”. Aplicados os critérios de
inclusão/exclusão (desconsiderados os artigos que não se relacionavam ao tema e não
publicados na língua Portuguesa) foram recuperados 134 artigos, destes selecionamos e
analisamos 14 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: : Dos artigos selecionados 6
são revisões da literatura, 2 estudos teóricos e 6 pesquisas empíricas que envolveram
participantes. Dentre as principais constatações pode-se apontar o adoecimento e
sofrimento psíquico de trabalhadores e trabalhadoras durante a pandemia de Covid-19.
Que os profissionais de saúde em geral sofreram com o impacto da pandemia em sua
saúde mental e nas relações com o ambiente de trabalho, principalmente aqueles e aquelas
que atuaram na linha de frente dos enfrentamentos ao vírus. Os estudos pontuaram
sentimentos de exaustão mental, estresse e síndrome de burnout em profissionais da
saúde, principalmente, em profissionais da enfermagem que possuem alta carga de
trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se primordial promover atividades
que possibilitem bem-estar e o cuidado das instituições para com a saúde mental das/os
colaboradoras/es. As principais propostas de intervenção envolvem apoio psicológico,
escuta empática e melhora nas condições gerais de trabalho. Se faz necessário reformular
a dinâmica do trabalho e a relação dos profissionais com a equipe e a gestão por meio de

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programas de gestão e ações educativas. Os estudos sobre a saúde mental dos indivíduos
durante o período pandêmico, de forma geral, ainda são escassos. Quanto ao tema central
deste artigo, é ideal que se desenvolvam mais trabalhos que abordem estratégias de
enfrentamento ao estresse crônico profissional e formas de lidar com a síndrome de
burnout, com o objetivo de promover a diminuição gradual dos casos através do
conhecimento sobre o tema.
Palavras-chave: Burnout; Pandemia; Estresse crônico; Psicologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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< https://www.scielo.br/j/ean/a/DfmDPNnHcwnVymcDsHDc6hp/?lang=pt>
6 - NISHIYAMA, J, A, P; et al. Dimensões laborais, éticas e políticas do
dimensionamento de pessoal de enfermagem diante da COVID-19. Esc. Anna. Nery,
2020, 24 (spe). Disponível em:
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11 - BARBOSA, D, J; et al. Fatores de estresse nos profissionais de enfermagem no
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Acesso em: 23 ago. 2021.
13 - MOURA, E, C; FURTADO, L; SOBRAL, F. THE BURNOUT EPIDEMIC
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PHYSICIANS’ BURNOUT. Revista de Administração de Empresas [online]. Nov-
dez. 2020, v. 60, n. 6, p. 426-436. Disponível
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14 - Freitas, R, F, et al. Preditores da síndrome de Burnout em técnicos de
enfermagem de unidade de terapia intensiva durante a pandemia da COVID-19.
Jornal Brasileiro de Psiquiatria [online]. Jan-mar. 2021, v. 70, n. 1, p 12-20. Disponível
em: <https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/3VtJMCNZFXXp8JbqfWX7Xwz/# >. Acesso em:
23 ago. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EFEITOS DA PANDEMIA PELO COVID-19 NA SAÚDE MENTAL INFANTIL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA

Maria Luiza Lanziotti Nogueira1; Ana Laura Hespanhol Moraes1; Larissa Alcântara de
Oliveira1; Lívia Torres Horta de Araújo1
1
Graduanda em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A pandemia pela COVID-19 implicou na aplicação de diversas


intervenções dos orgãos de saúde mundiais para conter a doença, tais como isolamento e
distancialmento social. Entretanto, essas medidas foram aplicadas de forma abrupta e
inesperada, repercutindo nas atividades sociais e educacionais das crianças.
Concomitanets ao medo e às incertezas do momento, essas intervenções preconizadas
tornaram-se fatores prejudiciais à saúde mental das crianças. OBJETIVOS: O estudo
visa analisar os impactos diretos e indiretos da pandemia pela COVID-19 na saúde mental
pediátrica. METODOLOGIA: Realizada uma revisão integrativa de artigos nas línguas
portuguesa e inglesa, em Setembro de 2021, através de bases de dados selecionadas:
Scielo e PubMed e cartilhas de entidades de saúde. Utilizou-se como palavras-chave para
a pesquisa: “saúde mental”, “pandemia”, “crianças” e “COVID-19”. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os principais efeitos emocionais e comportamentais geradaos pela
COVID-19 na população pediátrica foram: ansiedade, depressão, irritabilidade, medo,
dificuldade de concentração e alterações nos hábitos alimentares e do sono, decorrentes
dos fechamentos das escolas, dificuldades de interação familiar e uso excessivos de telas
de televisões, smartphones e computadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora a
taxa de infecção infantil pela COVID-19 seja baixa, as crianças são vulneráveis ao
declínio da saúde mental, o que contribui com o aparecimento de comportamentos
prejudicias ao bem-estar físico e emocional infantil, tais como: ansiedade, depressão e
irritabilidade. Assim, é de suma importânia atentar-se a saúde mental pediátrica a fim de
reduzir os impactos gerados pela doença.
Palavras-chave: “saúde mental”; “pandemia”; “crianças”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

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crianças na pandemia COVID-19. Rio de Janeiro: Fiocruz/CEPEDES, 2020. 20 p.
Cartilha.

Meherali S, Punjani N, Louie-Poon S, Abdul Rahim K, Das JK, Salam RA, Lassi ZS.
Mental Health of Children and Adolescents Amidst COVID-19 and Past Pandemics: A

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Rapid Systematic Review. Int J Environ Res Public Health. 2021 Mar 26;18(7):3432. doi:
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COMPUTAÇÃO NA SOCIEDADE (WICS), 1. , 2020, Cuiabá. Anais [...]. Porto Alegre:
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violência. Revista de Saúde Pública , [S. l.] , v. 53, p. 17 de 2019. DOI: 10.11606 /
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https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/154104. Acesso em: 24 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EFEITOS DA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA SOBRE A QUALIDADE
DE VIDA E FUNCIONALIDADE EM MULHERES SUBMETIDAS À
MASTECTOMIA
Ana Elisa Nacur Jardim1; Dayanne Santos de Freitas2; Anthony Magno Caetano3;
Janaína de Carvalho Oliveira4; Larissa Rosa Alves5 e Matheus Almeida Souza6
1,2,3,4,5
Graduando (a) em Fisioterapia pela Universidade Federal de Juiz de Fora Campus
Governador Valadares (UFJF/GV).
6
Fisioterapeuta. Mestre em Ciências da Reabilitação. Professor da Universidade Federal
de Juiz de Fora Campus Governador Valadares (UFJF/GV) e Universidade Vale do Rio
Doce (UNIVALE).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A segunda forma mais comum de câncer no mundo é o de mama,
sendo a principal causa de morte entre as mulheres por essa doença. Os dados divulgados
pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2021) registraram que, no Brasil,
aproximadamente 66.280 novos casos de câncer de mama foram detectados em 2020.
Além dos desdobramentos fisiológicos que advém do processo de adoecimento, existe
ainda, em alguns casos, a necessidade de se realizar a mastectomia. Tal procedimento
cirúrgico é invasivo e pode acarretar em acometimentos na funcionalidade e qualidade de
vida (QV) dessas pacientes. O tratamento para esta condição deve ser multiprofissional e
o atendimento fisioterapêutico precisa ser abrangente e inclusivo, deste modo o tempo de
recuperação decairá e haverá retorno mais rápido às atividades de vida diária. As
intervenções fisioterapêuticas podem ocorrer nos períodos pré e pós-operatórios da
mastectomia, para que o processo de recuperação seja potencializado. OBJETIVOS:
Apresentar os dados obtidos na literatura científica em relação aos efeitos da intervenção
fisioterapêutica na QV e funcionalidade em mulheres submetidas a mastectomia.
METODOLOGIA: Revisão narrativa de ensaios clínicos indexados nas bases de dados
PubMed, BIREME e PEDro, os descritores utilizados foram: “female”, “mastectomy”,
“physical therapy modalities” e “quality of life”, por meio do operador boleano “AND”.
Foram incluídos estudos publicados entre 2016 e 2021, do tipo experimentais e foram
excluídas pesquisas cuja temática não abordasse o tema proposto. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Inicialmente foram encontrados 23 artigos e 04 foram selecionados por
meio dos critérios de seleção. No presente estudo, os artigos selecionados apresentaram
desfechos que ligaram a melhora de diferentes aspectos de QV à reabilitação
fisioterapêutica. Kizil et al. (2018) mostrou que ao utilizar terapia complexa
descongestiva (TCD) aumentou significativamente a amplitude de movimento, melhorou
o edema e os resultados do questionário DASH, que mede a função do membro superior,
outro artigo na literatura mostra que Kinesio taping também apresentou esse efeito
(TANTAWY et al, 2019). Este último estudo observou melhora no índice de dor no
ombro e incapacidade, e aumento da força de preensão manual, esses aspectos podem ser
observados também nos questionários que foram utilizados em cada estudo, em que dois
utilizaram o questionário EORTC-QLQ-C30, observando melhoras funcionais,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


emocionais e sociais (AMMITZBØLL et al 2019; TANTAWY et al 2018 ). Este primeiro
realizou treino de resistência progressiva. O Kizil et al (2018) fez uso do questionário
FACT-B4, apontando uma melhora significativa no âmbito funcional, e o Nemli e Kartin
(2019) usou exercício domiciliar de intensidade moderada com o questionário QLQ BR-
23, apresentou resultados positivos nos escores de capacidade física, funcionalidade e
diminuição de sintomatologia adversa decorrente de tratamento. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Segundo achados desta revisão, a reabilitação fisioterapêutica apresenta efeitos
positivos nos aspectos relacionados à QV e funcionalidade em mulheres submetidas à
mastectomia, assim como em melhoras de diversos aspectos físicos. Observa-se a
extrema importância de inserir o atendimento fisioterapêutico nos cuidados envolvidos
nos períodos pré e pós-mastectomia, para que essas mulheres apresentem melhorias
físicas e psicossociais, de acordo com o modelo de atendimento biopsicossocial à saúde.
Palavras-chave: Mastectomia; Reabilitação; Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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NEMLI, Asli; TEKINSOY KARTIN, Pinar. Effects of exercise training and follow-up
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https://search.pedro.org.au/search-results/record-detail/57958>. Acesso em: 23 set. 2021

TANTAWY, Sayed et al. Comparative Study Between the Effects of Kinesio Taping and
Pressure Garment on Secondary Upper Extremity Lymphedema and Quality of Life

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Following Mastectomy: A Randomized Controlled Trial. Integrative Cancer
Therapies, v. 18, p. 1-10, 2019. Disponível em: <https://search.pedro.org.au/search-
results/record-detail/57760>. Acesso em: 23 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EFEITOS DA VACUOTERAPIA NA DISFUNÇÃO ERÉTIL NA
REABILITAÇÃO PÓS-PROSTATECTOMIA: UMA REVISÃO DA
LITERATURA

Anna Beatriz de Souza Piedade¹; Giovana Rodrigues Puga²; Ana Karolina Lima
Oliveira3; Jamilly Albuquerque Gonçalves4; Ketlin Jaquelline Santana de Castro5

1,2,3,4
Graduando em Fisioterapia pela Universidade da Amazônia
5
Fisioterapeuta. Doutora em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade
Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Prostatectomia Radical (PR) é padrão ouro para pacientes com


câncer de próstata, no entanto, os relatos de Disfunção Erétil (DE) após PR são constantes
devido a danos aos nervos cavernosos nos feixes neuromusculares (NASON et. al.,2016).
Entre as estratégias de tratamento para DE, destaca-se o uso dos dispositivos de ereção a
vácuo (DEV), pois não dependem do funcionamento normal dos nervos, aumentando a
quantidade de sangue para o pênis, criando uma pressão negativa (ENGEL, 2011).
Atualmente, não há consenso quanto ao regime de reabilitação proeminente, embora o
DEV seja o segundo mais usado de acordo com a American Urological Association
members (WELLIVER et. al.,2014). OBJETIVOS: Analisar os efeitos da vacuoterapia
na disfunção erétil de pacientes pós-prostatectomia. METODOLOGIA: O levantamento
bibliográfico foi realizado nas bases de dados: Biblioteca Nacional de Medicina dos
Estados Unidos (PubMed), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde (BIREME) e a Biblioteca Cochrane. Utilizou-se como descritores as
palavras em inglês: vacuum therapy, prostatectomy e erectile disfunction. Foram
incluídos estudos na língua inglesa e portuguesa do ano de 2005 a 2020 que abordassem
a vacuoterapia como reabilitação de pacientes com disfunção erétil após cirurgia de
prostatectomia. Foram excluídos estudos que falassem de outras patologias e distúrbios,
pesquisas em animais ou que abordassem outras terapias, e estudos de revisão da literatura
ou perfil epidemiológico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inicialmente foram
encontrados 249 artigos, após a leitura do título, resumo e a aplicação dos critérios de
inclusão e exclusão, foram selecionados apenas 8 artigos para amostra. No estudo de
Raina et al. (2005) a adição de sildenafil com DCV mostrou melhora da satisfação sexual
e da rigidez peniana, e 30% destes pacientes relataram retorno das ereções naturais em 18
meses pós-prostatectomia. É certo que há um retorno mais rápido e completo da função
sexual quando o paciente é tratado com Tadalafil mais DEV ao invés de Tadalafil sozinho
(ENGEL, 2011). O uso do DEV após a PR facilita o início da relação sexual, a relação
sexual precoce do paciente/cônjuge, e a satisfação e manutenção do
comprimento/circunferência do pênis (RAINA et. al., 2004). Além disso, o uso do DEV
aumenta significativamente a oximetria glanular e corporal nos homens (WELLIVER et.
al., 2014). O protocolo de tratamento para DE pós-prostatectomia, que inclui na fase I,
dispositivo de ereção a vácuo; fase II, sildenafil; fase III, injeção intracorporal; e fase IV,
injeção intracorporal mais DEV, demonstrou-se eficaz (BANIEL et. al., 2001). Kinsella

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et al. (2011) concluiram que o DEV associado a outras terapias são eficazes para diminuir
os sintomas pós-prostatectomia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A reabilitação com
terapia de tração a vácuo é eficaz para a melhora da DE após prostatectomia. A limitação
desse estudo foi a escassez de pesquisas de ensaios clínicos randomizados e o pequeno
tamanho da amostra na maioria dos estudos inclusos. Dessa forma, faz-se necessário a
realização de mais ensaios clínicos com amostras relevantes, visando esclarecer os
benefícios da vacuoterapia na DE pós-prostatectomia.
Palavras-chave: vacuum therapy; prostatectomy; erectile disfunction.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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with prostate cancer after radical retropubic prostatectomy. BJU Int., v.1, n. 88, p. 58-
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J Urol, v. 3, n. 18, p. 5721-5, 2011.
KINSELLA et al. Demonstration of erectile management techniques to men scheduled
for radical prostatectomy reduces long-term regret: a comparative cohort study. BJU Int.,
v. 2, n. 109, p. 254-8, 2012.
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retropubic prostatectomy. BJU Int., v. 4, n. 100, p. 858-62, 2007.
NASON et al. Efficacy of vacuum erectile devices (VEDs) after radical prostatectomy:
the initial Irish experience of a dedicated VED clinic. Int J Impot Res, v. 6, n. 28, p. 205-
208, 2016.
RAINA et al. Sildenafil citrate and vacuum constriction device combination enhances
sexual satisfaction in erectile dysfunction after radical prostatectomy. Urology, v. 2, n.
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RAINA et. al. Early use of vacuum constriction device following radical prostatectomy
facilitates early sexual activity and potentially earlier return of erectile function. Int J
Impot Res., v. 1, n. 18, p. 77-812006, 2006.
WELLIVER et al. A pilot study to determine penile oxygen saturation before and after
vacuum therapy in patients with erectile dysfunction after radical prostatectomy. J Sex
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EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO TRATAMENTO E REDUÇÃO DA
PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO.

Maria Vitória Ferreira da Silva¹; Mariane Rocha Salgado², Eriberto Cassiano Silva Dos
Santos³; Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva 4. ; Tainá Maria de Souza Vidal 5 .

¹,² Graduandas em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).


³ Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca
(UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: A hipertensão é uma doença crônica com maior incidência no mundo,
afetando diversas faixas etárias e com maior prevalência em idosos. Indicadores mostram
que com a constância na prática de exercícios físicos, promove uma ação e um método
que ajude no tratamento não medicamentoso de hipertensos e pré-hipertensos,
contribuindo para sua regulação e vários outros fatores que o exercício físico irá oferecer,
incluindo o aumento da longevidade. OBJETIVOS: Este resumo tem como finalidade
apresentar a importância da constância dos exercícios físicos no tratamento da
hipertensão arterial, que pretende diminuir os níveis de incidências de hipertensão na
população. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa integrativa, onde foram
utilizados sites de busca, como SCIELO e BDTD, entre os anos de 2017 a 2021, nos
idiomas inglês e português. Como base de busca, foram usados palavras-chave:
Hipertensão, exercício físico, pressão arterial, redução e saúde, que acabaram servindo
como critérios de exclusão para selecionar os artigos. RESULTADOS E
DISCURSÕES: Os trabalhos analisados afirmaram que a hiperatividade do sistema
nervoso simpático pode ser um importante marcador, responsável pela elevação inicial
da PA na HAS essencial, e com a utilização da atividade física regular com intensidade
moderada, pode constatar queda da PA, em indivíduos sedentários, normotensos ou
hipertensos, além de haver uma menor morbidade e mortalidade, por doenças do sistema
cardiovascular, em indivíduos treinados fisicamente, na qual ocorre benefícios evidentes
no subgrupo de hipertensos, sendo assim o exercício provê uma melhora nos controles
dos níveis da PA, como modifica fatores de risco. Contudo, o exercício físico não é um
remédio para todas as doenças físicas, podendo até mesmo ser prejudicial, quando
realizado sem supervisão adequada, e ainda estudos devem ser realizados com maior
controle das variáveis intervenientes, para que se determinem, com maior precisão, os
mecanismos pelos quais o exercício físico, de fato, reduz os níveis tensoriais de
indivíduos hipertensos, dando assim embasamento experimental mais forte às pesquisas

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atuais. CONCLUSÃO: Conclui-se então, que apesar de poucos estudos baseados nesse
tema de pesquisa, os dados mostram que atividades físicas de baixa intensidade, parecem
ser tão efetivas, quanto exercícios moderados, em reduzir os níveis pressóricos de
hipertensos leves, tendo um efeito positivo principalmente no treinamento aeróbico na
melhora da função endotelial em hipertensos, sugerindo que a intensidade do exercício
aeróbico pode influenciar essa melhora, o que deve ser reforçado com mais estudos desse
modo, os profissionais da área da saúde devem estar informados, a respeito desses
conceitos, para que possam desenvolver estratégias para o estímulo à aquisição e à
manutenção da prática de exercícios.
Palavras-chave: Hipertensão, exercício físico, pressão arterial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
WACLAWOVSKY, Gustavo et al. Efeitos de Diferentes Tipos de Treinamento Físico na
Função Endotelial em Pré-Hipertensos e Hipertensos: Uma Revisão
Sistemática. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, p. 938-947, 2021.
OLIVEIRA, Gustavo F. et al. Treinamento Físico e Função Endotelial em Hipertensos:
Efeitos dos Treinamentos Aeróbico e Resistido. Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.
116, n. 5, p. 948-949, 2021.
FRANCO, Roberto Jorge da Silva. A Atividade Física no Presente Pode Ser a Receita
para Evitar os Males da Obesidade e Hipertensão no Futuro. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia. v. 115, n. 1, p. 50-51, 2020.
RIBEIRO, Uelito Everaldo Souza; FERNANDES, Rita de Cassia Pereira. Hipertensão
arterial em trabalhadores: o efeito cumulativo das dimensões da atividade física sobre
esse agravo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 114, p. 755-761, 2020.

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EFICÁCIA DA PSIDIUM GUAJAVA EM INFECÇÕES POR PSEUDOMONAS
AERUGINOSAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2
1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Pseudomonas aeruginosas é um bacilo gram-negativo aeróbio


responsável por índices elevados de morbidade e mortalidade nas instituições hospitalares
do Brasil. A crescente resistência a antibióticos característica desse patógeno estimula a
exploração de plantas medicinais com ação antimicrobiana, especialmente a Psidium
guajava, popularmente conhecida como goiabeira. OBJETIVOS: Avaliar a eficácia da
Psidium guajava no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosas a partir de
informações disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica exploratória em outubro de 2021 a partir da combinação dos descritores
“Psidium guajava”, e “Pseudomonas aeruginosas” nas bases de dados Sistema Online de
Busca e Análise de Literatura Médica (Medline), Wiley Online Library e Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), obtendo 111 resultados. Foram excluídos trabalhos de revisão,
duplicados e que não abordavam a temática em questão. Conforme critérios de inclusão,
foram selecionados 4 artigos científicos com no máximo 5 anos de publicação e na língua
inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise do material teórico identificou
escassos trabalhos sobre a aplicação da Psidium guajava em infecções causadas por
Pseudomonas aeruginosas, todavia, a eficácia antimicrobiana dos extratos vegetais foi
comprovada pelos estudos in vivo e in vitro selecionados. A avaliação das folhas e frutos
da goiabeira identificou teores elevados de compostos com ação antioxidante e
antibacteriana, incluindo terpenos (β-selineno e α-humuleno) e flavonóides (catequina e
quercetina), respectivamente. Os compostos fenólicos da goiabeira apresentaram menor
concentração inibitória mínima comparado aos da Diospyrus kaki, além de demonstrarem
atividade bactericida contra cepas de Pseudomonas aeruginosas resistentes a
carbapenêmicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A aplicação da Psidium guajava é
promissora no tratamento das infecções causadas por Pseudomonas aeruginosas,
especialmente no âmbito da resistência a multidrogas, tornando-se uma prioridade para
pesquisas futuras.
Palavras-chave: Pseudomonas aeruginosas; Psidium guajava; Infecções hospitalares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FU, Li; LU, Wenqing; ZHOU, Xiaomin. Phenolic Compounds and In Vitro Antibacterial
and Antioxidant Activities of Three Tropic Fruits: persimmon, guava, and sweetsop.
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PATEL, Pooja et al. Anti-infective efficacy of Psidium guajava L. leaves against certain
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http://dx.doi.org/10.1111/1750-3841.15889.

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EFICÁCIA DO TREINAMENTO RESISTIDO EM INDIVÍDUOS
SUBMETIDOS A ARTROPLASTIA DE QUADRIL: REVISÃO SISTEMÁTICA.
Danilo Mesquita de Carvalho1, Gabriel Cardoso Santana1, Kézia Natalia Oliveira
Santos1
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Salvador1
Email: [email protected]
Introdução: A osteoartrite é uma doença articular crônico-degenerativa, que podem
provocar dor, tumefação, fraqueza muscular e rigidez articular na movimentação. Sendo
indicação para a artroplastia de quadril quando essa patologia se encontra em seu estado
mais avançado e as alternativas de terapias conservadoras para controlar os sintomas se
esgotam. O processo da evolução a própria doença somado com o procedimento leva
esses indivíduos a evoluírem com fraqueza muscular, diminuindo assim sua capacidade
motora, com isso a reabilitação física desses pacientes é de suma importância para
recuperação da independência funcional. Objetivo: Investigar os efeitos do treinamento
resistido progressivo na melhora da capacidade motora em indivíduos submetidos a
artroplastia de quadril. Métodos: Revisão sistemática fundamentada de acordo com a
PRISMA, realizada por autores independentes nas bases de dados PUBMED, PEDro,
SciELO, EBSco HOST e Portal regional da BVS (LILACS e MEDLINE) no período
agosto a outubro de 2020. Seleção dos estudos se deu pelo cruzamento dos seguintes
descritores: “RESISTANCE TRANING” “ARTHROPLASTY, REPLACEMENT, HIP”
“ADULT” utilizando o operador boleano AND. Foram incluídos estudos randomizados
desenvolvidos por profissionais da área da saúde que realizaram treinamento de força no
pós-operatório de artroplastia de quadril e que avaliaram força muscular no membro
inferior dos indivíduos e teste de caminhada de 6 minutos. A qualidade metodológica foi
avaliada através da escala PEDro. Resultados: 68 estudos foram identificados nas bases
de dados, porém apenas 5 foram elegíveis. O tamanho amostral variou entre 24 e 60
pacientes, com um total de 245 indivíduos de ambos os sexos entre a idade de 44 a 87
anos. O período de tratamento dos estudos se perpetuou entre 6 dias a 48 semanas. Os
estudos foram classificados com qualidade metodológica alta. Discussão: Os achados
indicam uma melhoria da força muscular e no desempenho no TC6M resultando em
melhora da capacidade motora dos indivíduos que realizaram o tratamento com o
treinamento resistido. Esses achados estão relacionados com adaptação neural,
intermusculares, intramusculares e aumento da massa muscular desses indivíduos. Além
do mais não foi observado eventos adversos significativos, mostrando que a reabilitação
com exercícios resistido é segura e eficaz. Conclusão: Os estudos mostraram uma
melhora significativa da força muscular e do teste de caminhada de 6 minutos, o que por
fim acrescenta na melhora da capacidade motora dos indivíduos testados, contribuindo
substancialmente para a independência funcional e reinserção social desses indivíduos.
Palavras Chaves: Artroplastia de quadril; Pós-operatório; Capacidade Motora;
Treinamento Resistido Progressivo.
REFERÊNCIAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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EFITOS DO TREINAMENTO MUSCULAR RESPIRATÓRIO SOBRE A
EXTUBAÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA

Arnando Maxuel Souza Batista1; Cristiane Nardi Gemme2

1
Graduando em Fisioterapia pela Faculdade Anhanguera de Campinas - SP.
2
Fisioterapeuta e Docente da Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade Taquaral.
Especializada em Fisioterapia Cardiorrespiratória e aluna de Pós-Graduação (Mestrado
em Gerontologia) pela Universidade de Campinas- Unicamp.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A fraqueza muscular respiratória é um dos fatores que impedem o


desmame da ventilação mecânica (VM) em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva
(UTI). Tendo em vista que força muscular e função pulmonar estão fortemente
correlacionadas, o Treinamento Muscular Respiratório (TMR) pode contribuir no
desmame e extubação, e evitar falhas nesses processos. OBJETIVOS: Investigar a
relação entre o TMR e extubação em pacientes submetidos à ventilação mecânica.
METODOLOGIA: Estudo de revisão de literatura. Foram incluídos artigos publicados
na base de dados PubMed entre os anos de 2011-2021, utilizando para pesquisa as
palavras-chave: Treinamento Muscular Respiratório, Treinamento Muscular Inspiratório,
Extubação. Foram excluídos artigos que não falavam sobre o desfecho de extubação e/ou
outras formas de tratamento não relacionadas ao TMR. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foram selecionados 5 artigos que falavam sobre extubação da VM e
TMR. Verificou-se que o treinamento da musculatura respiratória facilita o desmame,
com reduções no tempo de internação e na duração do suporte ventilatório não invasivo
após a extubação. Além disso, o TMR aumentou a força muscular respiratória, o volume
corrente e a pressão inspiratória máxima, evidenciando sua contribuição para o desmame
e consequentemente, sucesso na extubação. Cabe destacar, entretanto, que os efeitos do
TMR podem variar devido à heterogeneidade de fatores como o cuidado usual na UTIs e
as características do paciente, o que justifica alguns estudos afirmarem que essa terapia
não teve efeitos positivos diretos sobre o período de desmame. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Nota-se que o TMR apresenta efeitos positivos sobre a força muscular
respiratória, volume corrente, podendo, assim, auxiliar no processo de desmame da
ventilação mecânica e no desfecho da extubação.
Palavras-chave: Treinamento Muscular Respiratório; Treinamento Muscular
Inspiratório; Extubação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PMC7520168.
Condessa RL, Brauner JS, Saul AL, Baptista M, Silva AC, Vieira SR. Inspiratory muscle
training did not accelerate weaning from mechanical ventilation but did improve tidal
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Cader SA, de Souza Vale RG, Zamora VE, Costa CH, Dantas EH. Extubation process in
bed-ridden elderly intensive care patients receiving inspiratory muscle training: a
randomized clinical trial. Clin Interv Aging. 2012;7:437-43. doi: 10.2147/CIA.S36937.
Epub 2012 Oct 23. PMID: 23118533; PMCID: PMC3484512.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FORENSE NO ACOLHIMENTO A VÍTIMAS
DE VIOLÊNCIA.

Catarina Almeida Santos 1; Juciane dos Anjos Santos2; Ingrid Daiane dos Santos
Souza3; Danielle dos santos Campos 4; Weruska Santos da Cruz/Orientadora 5.
1.2.3.4
Graduanda pela Universidade Salvador (UNIFACS)
5
Enfermeira pela Universidade São Salvador

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A enfermagem forense foi regulamentada no Brasil, por intermédio da


resolução Nº 556/2017, sendo uma especialidade responsável por prestar assistência a
vítimas de violência, proporcionando assistência e cuidados humanizados, detém
conhecimento técnico científico para prática da perícia que deve ser realizada de maneira
minuciosa. Essa especialização possui uma abrangência de áreas de atuação como
atividades de educação preventiva, no tribunal realizando consultoria e dentro dos
hospitais. Levando em consideração observarmos a importância dessa atuação visto que
os profissionais de enfermagem atuam na assistência direta a essas vítimas de violência.
OBJETIVO: Relatar o papel do enfermeiro forense, conforme sua importância na
atuação, prevenção e assistência a vítimas de violência, no recolhimento das evidências
que possam identificar o indício de violência juntamente com a realização de um
atendimento humanizado. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa,
realizada nas bases de dados: scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Revista Oficial do
Conselho de Enfermagem, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde: Enfermagem,
Enfermagem Forense, violência. Os critérios de inclusão: artigos em português, no
período de 2009-2020. Critérios de exclusão: artigos fora do tema proposto. Dessa forma,
foram selecionados 3 artigos. RESULDADOS E DISCUSSÃO: Habitualmente o
enfermeiro é o primeiro a ter contato com vítimas de abuso e/ou violência (contra idosos,
crianças ou conjugal) entre outros. O enfermeiro necessita saber dialogar com a vítima
no primeiro momento, principalmente por ser uma situação traumática, é preciso ser
humanizado quanto técnico. Ao analisar gestos, olhares e falas o enfermeiro forense traz
segurança ao paciente e isso e destreza quando for necessário recolher provas, analisar
hematomas corporais a modo que ao chegar o momento de registrá-los, exista uma gama
de informações de acordo com a forma, tamanho e localização. Estes são aspectos que
levam a registrar provas que muitas vezes irão parar em tribunais e podem levar meses
para serem julgadas. A importância desse registro pode ser o peso entre o crime e a justiça,
e executar com destreza essa tarefa, faz a diferença. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Dessa forma, podemos perceber que o enfermeiro forense estabelece o primeiro contato
com a vítima, realizando exames e coleta de evidências, é importante que o enfermeiro
tenha uma visão holística no atendimento a vítima, não só para o estado físico, mas
também para o psicológico, assim podendo fortalecer a confiança entre paciente e
profissional de saúde. Diante disso, podemos perceber o papel crucial do enfermeiro
forense.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chaves: Enfermagem1, Enfermagem forense2, Violência3

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Virtual de Enfermagem 2020. Cogitare Enferm; 14(3):564-8

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licenciatura de enfermagem em Portugal. Rev. Enf. Ref. [online]. 2019, vol.serIV, n.22

ADRIANA S, et al. Cartilha de Orientações da Enfermagem Forense. ABE Forense,


2018. Disponível em: http://www.abeforense.org.br/wp-
content/uploads/2017/11/Cartilha-de-Orienta%C3%A7%C3%B5es-da-Enfermagem-
Forense-ABEFORENSE.pdf. Acessado em: 28 de março de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ENSINO MÉDICO E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: O IMPACTO DA
PARTICIPAÇÃO EM LIGAS ACADÊMICAS NA FORMAÇÃO DO ALUNO DE
MEDICINA
MACIEL, Vanessa Gomes1; COELHO, Iara Lis Silva 2; MACEDO, Lucas de Sousa3;
BEZERRA, Matheus Antonio Braga4; TEIXEIRA, Cecilma Miranda de Sousa5

1, 2, 3, 4
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
5
Enfermeira. Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Evagélica del Paraguay
- Validação UFRJ, UEP, Paraguai.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As ligas acadêmicas são uma poderosa estratégia desencadeada na


educação em saúde, implementada por alunos e supervisionada por professores, integrando
atividades de ensino, pesquisa e promoção, especialmente na área médica, geralmente
relacionadas à educação em saúde. o campo médico, para atender às necessidades das
massas. Além disso, é importante ressaltar que estão aumentando no Brasil, fato que pode
estar relacionado à maior demanda recente de integração teoria-prática, exigida por novos
métodos, como as atividades. OBJETIVOS: Destacar o diferencial apresentado na
aprendizagem por acadêmicos de medicina ligante, suas percepções sobre a relevância de
ser um ligante e investigar a visão do aluno de medicina sobre o diferencial em ser ou não
ligante na perspectiva da aprendizagem e futura inserção no mercado de trabalho.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, realizado em fevereiro de
2021. Aplicado questionário online com questões abertas a 4 alunos ligantes e 4 não ligantes,
das turmas de terceiro, quarto e sétimo períodos do curso de medicina da Universidade
Federal do Maranhão em Imperatriz. Acordado o TCLE remotamente e as identidades
omitidas, referindo-os por letras em respeito ético. A análise foi de conteúdo conforme as
teorias de Bardin (2011) e literaturas relacionadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre
os discentes, foi apontado por A, B e C, não ligantes, “Apesar de entender a importância da
liga acadêmica como forma de aprofundar o conteúdo, não é percebida como modificadora
de atuação médica no mercado de trabalho”, enquanto apenas o aluno D, também não
ligante, destacou que “As ligas são facilitadoras nesse processo de networking”. Por outro
lado, os alunos ligantes E, F, G e H, destacaram “É importante a presença de ligas no
currículo para seguimento na formação pós-faculdade”. Nesse sentido, o aluno F inferiu
“Considero relevante levando-se em conta a formação curricular para a residência”. Esses
dados, estão em conformidade com Torres, et al (2008) ao afirmarem que as ligas garantem
aos universitários uma diferenciação na disputa pelo mercado de trabalho. Por outro lado, é
apontada como negativa por Pêgo-Fernandes, et al (2007) pois reside no fato de que alguns
alunos tomam essas atividades como uma chance para “especialização precoce”, dedicando-
se excessivamente a alguma área, perdendo o interesse por outras tão importantes na
formação de um médico generalista que tem sido pensado para o perfil do egresso do curso
de medicina. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a participação em ligas
acadêmicas é importante por somar conhecimento durante a graduação e ter maior contato
com as especialidades médicas além de agregar habilidades que estão fora da grade

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


curricular, porém, pode influenciar negativamente ao limitar o processo do conhecimento
das demais áreas. Além disso, notou-se que essa participação ligante foi associada pela
maioria dos pesquisados como facilitadora na inserção no mercado de trabalho. Para
contribuir com a reflexão no momento de se tomar a decisão de ingressar numa liga
acadêmica ou optar por outros meios de extensão é recomendado outras pesquisas nesse
âmbito.
Palavras-Chave: Educação médica. Extensão. Ligas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Título original: I’ Analyse de Contenu-


Presses Universitaires de France, 1977. Tradução Luís Antero Reto, Augusto Pinheiro. –
São Paulo: Edições 70, 2011.

CAVALCANTE, Ana Suelen Pedroza et al. As ligas acadêmicas na área da saúde: lacunas
do conhecimento na produção científica brasileira. Revista Brasileira de educação
médica, v. 42, n. 1, p. 199-206, 2018.

PÊGO-FERNANDES, Paulo Manuel; MARIANI, Alessandro Wasum. O ensino médico


além da graduação: ligas acadêmicas. Rev Bras Educ Med, v. 31, n. 2, p. 166-72, 2007.

TORRES, A.R. et al. Academic Leagues and medical education: contributions and
challenges. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.12, n.27, p.713-20, out./dez. 2008.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Iolene Amaral Moraes1; Katrinne Mayanne Lima da Costa 2

1,2
Pós Graduando em Nutrição Clínica e Hospitalar pela Faculdade Integrada da
Amazônia
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença grave e um importante problema de saúde


pública, que se caracteriza por um aumento da massa gorda corporal. Os dados
epidemiológicos indicam um aumento da prevalência do excesso de peso e da obesidade
em crianças e adolescentes. A sua etiologia é multifatorial com interação entre fatores
genéticos, metabólicos, nutricionais, psicossociais, ambientais e as mudanças no estilo de
vida parecem estar envolvidas na sua gênese. Na infância, observa-se um aumento do
número de obesos, causando uma preocupação, pois é a época em que ainda está
ocorrendo o seu desenvolvimento, podendo determinar os padrões corporais em sua vida
adulta. A doença não é só responsável pelo aumento corporal, mas também pelo
aparecimento de diversas patologias. Este distúrbio de peso corpóreo pode ser causado
por doenças genéticas, endócrino-metabólicas ou por alterações nutricionais.
OBJETIVOS: O presente trabalho visa enfatizar os dados epidemiológicos do sobrepeso
e da obesidade infantil, como importante agravo no âmbito da saúde pública.
METODOLOGIA: a pesquisa bibliográfica ocorreu nas bases de SCIELO (Scientific
Electronic Library Online) e Google Acadêmico - Google Scholar, no período de
dezembro de 2019 a abril de 2020, e foram selecionados 13 artigos escritos em português,
os artigos foram salvos e selecionados em uma pasta de documentos específicos, em
formato PDF em um computador pessoal e feito uma análise crítica dos textos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados comprovaram a presença de índices
alarmantes de obesidade infantil nas crianças brasileiras, bem como a multiplicidade de
causas e efeitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com base nos achados, ficou clara a
necessidade de se realizar estudos que favoreçam as evidências dos efeitos de tratamento
baseado em exercícios físicos globais, com objetivo de redução de peso, da mesma forma,
deve-se dedicar ao desenvolvimento de políticas públicas de saúde que permitam o
desenvolvimento de programas de controle de peso e obesidade em crianças.
Palavras-chave: Obesidade Infantil; adolescentes; epidemiologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, A. C. N. G.; BRASIL, L. M. P.; MARANHÃO, H .S. Sobrepeso: uma nova


realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN. Rev Assoc Med Bras,
São Paulo, v. 53, n. 4, p. 311-6, 2007.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Campagnolo PDB, Vitolo MR, Gama CM, Stein AT. Prevalência de excesso de peso e
fatores associados em adolescentes do sul do Brasil. Saúde pública. 2008; 122: 509–
15.

Christofaro DGD, Ritti-Dias RM, Chiolero A, Fernandes RA, Casonatto J, Oliveira AR.
Atividade física está inversamente associada à hipertensão, independentemente do
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22

Conceição-Machado MEP, Silva LR, Santana MLP, Pinto EL, Silva RCR, Moraes LTLP
et al. Fenótipo da cintura hipertrigliceridêmica: associação com alterações
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FAGUNDES. M.; et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares na região


de Parelheiros do município de São Paulo. Revista Paulista de Pediatria, v. 26, n. 3, p.
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FERREIRA, H. S.; et al. Aleitamento materno por trinta ou mais dias é fator de
proteção contra sobrepeso em pré-escolares da região semi-árida de Alagoas. Rev.
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Flores LS, Gaya AR, Petersen RDS, Gaya A. Tendências de baixo peso, sobrepeso e
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Freitas AE, Lamounier JA, Soares DD, Oliveira TH, Lacerda DR, Andrade JB et al.
Impacto físico programa de atividade nas concentrações plasmáticas de
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Molina MCB, Faria CP, Monteiro MP, Cade NV, Mill JG. Fatores de risco
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Ricardo GD, Caldeira GV, Corso ACT. Prevalência de sobrepeso e obesidade e


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SICHIERI, R.; SOUZA, R. A. G. Transtornos alimentares e obesidade. 2. ed. Porto
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VITOLO. M. Obesidade infantil. Nutrição: da Gestação ao envelhecimento. Rio de


Janeiro, 2008.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTIMATIVA DO SEXO E IDADE ATRAVÉS DE MENSURAÇÕES EM
TÍBIAS E FÍBULAS SECAS DE ADULTOS
Francarlos de Oliveira Souza 1; Iôgo Pereira Torres 2; Eva Pales Amorim Neta3; Erasmo
de Almeida Júnior.4

1,2,3
Graduandos do Curso de Medicina da FAP-Araripina (PE)
4
Professor Doutor da Faculdade de Medicina da FAP-Araripina (PE)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Medicina Legal e a Odontologia Legal têm grande importância no


processo de identificação, principalmente quando os profissionais da área recebem para
análise apenas partes do corpo humano ou ossos isolados. OBJETIVOS: O objetivo
deste estudo é verificar o dimorfismo sexual e estimação da idade através de mensurações
em tíbias e fíbulas secas de adultos. METODOLOGIA: Os autores estudaram uma
amostra de 139 tíbias e 139 fíbulas secas de adultos, sendo 75 do sexo masculino e 64 do
sexo feminino, que pertenceram a indivíduos com idade acima de 20 anos com sexo e
idade conhecidos com absoluta segurança. Os ossos pertencem ao acervo do Laboratório
de Anatomia Humana da Faculdade Paraiso-Araripina (FAP-Araripina). Para este estudo
foram realizadas as seguintes mensurações: comprimento total da tíbia (ctt), peso da tíbia
(pt), comprimento total da fíbula (ctf) e peso da fíbula (pf). RESULTADOS E
DISCUSSÃO: De acordo com a análise estatística, houve índice de acerto de 79,8% por
regressão logística e 75,73% pela análise de função discriminante. Através do teste t
houve diferença significativa entre as médias nas quatro variáveis (p<0,05). Com relação
aos intervalos de confiança verificou-se que não houve interposição de faixas nas quatro
variáveis também. Utilizou-se o método da regressão linear múltipla para a predição da
idade, constatando que o modelo não foi significativo (p=0,2907), muito pouco da
variação da idade está associada às variações das medidas efetuadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados permitiram uma análise quantitativa dos
ossos estudados e seu comportamento em relação ao sexo e idade com estabelecimento
de metodologia estatística para avaliação futura.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOREMA, M.L; VANRELL, J.P; QUELUZ, D. Determinação da estatura por meio
da medida de ossos longos dos membros inferiores e dos ossos da pelve. Odonto., v.18,
n.36, p.113-25, 2010.
FRANÇA, G.V. Medicina Legal. 5 ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1998.
FRANCESQUINI JUNIOR,L. et al. Identification of sex using cranial base
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GALVÃO, L.C.C. Determinação do sexo através da curva frontal e apófise mastoide.
1998. Tese (Doutorado em Radiologia Odontológica) - Faculdade de Odontologia,
Universidade de Campinas, São Paulo, Piracicaba, 1998.
KIMMERLE, E.H.; ROSS, A.; SLICE, D. Sexual dimorphism in America: geometric
morphometric analysis of the craniofacial region. J Forensic Sci., v.53, n.1, p. 54-7, 2008.
VEYRE-GOULET, S.A. et al. Recent human sexual dimorphism study using
cephalometric plots on lateral teleradiography and discriminant function analysis. J
Forensic Sci., v.53, n.4, p. 786-9, 2008.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTRESSE COMO FATOR DE RISCO PARA AS DOENÇAS PERIODONTAIS:
REVISÃO DE LITERATURA

Renata Cordeiro de Godoy Miranda1; Camila Holanda Cavalcante Matos2; Marina de


Omena Souza Costa3; Arthur Ravel de Teles Lima Bezerra4; Camila Maria de Lima
Santo5; Paulo Ananias de Barros Filho6

1,2,3,4,5,6
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Cesmac
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Doença Periodontal é definida como uma infecção crônica e


multifatorial. É causada por bactérias gram-negativas e anaeróbicas, que progride
permanentemente, efeito de uma resposta inflamatória e imune do hospedeiro àpresença
de bactérias e seus produtos. Podem acarretar na destruição dostecidos do periodonto:
gengiva, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. Diversos quadros sistêmicos
podem estar associados com a doença periodontal,como o estresse psicológico onde cada
vez mais está sendo apontado como possível fator modificador das doenças orais.
OBJETIVOS Analisar o estresse como fator de risco na manifestação das doenças
periodontais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura desenvolvida a
partir da seleção de artigos científicos, encontrados nas bases de dados LILACS e
PubMed, nos idiomas português e inglês. Para isso, a busca se deu através dos DeCS:
“doença periodontal”, “estresse” e “fator de risco” Como critério de elegibilidade, foram
incluídos artigos que correlacionaram com o objetivo do tema e excluindo estudos que
não condizem com o que foi proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estresse
pode impulsionar mudanças no periodonto através da variação de comportamento, como
a negligência da higiene oral, induzindo o acúmulo de placa dental, ou seja, de biofilme.
Pelo estresse psicossocial, onde pode intervir no Sistema Nervoso Central, articulando a
secreção de cortisol endógeno e citocinas pró-inflamatórios que podem agravar a doença
periodontal.Identifica-se, dessa maneira, a plausabilidade biológica da compatibilidade
entrefatores emocionais e as doenças periodontais, realçando o interesse de uma atenção
especial em relação ao estado emocional de um paciente no decorrer do tratamento
periodontal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Posto isso, existe uma possívelrazoabilidade
entre os transtornos emocionais, como o estresse, com a instauração e o desenvolvimento
da doença periodontal, direta ou indiretamente.Dessa forma, é imprescindível abranger,
como um profissional da saúde, a relevância do estado emocional do paciente ao longo
do tratamento ou, até mesmo, durante a consulta odontológica.
Palavras-chave: Doença Periodontal; Estresse; Fator de Risco.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AYUB, Lauro Garrastazu et al. Estresse como possível fator de risco para a doença
periodontal–revisão da literatura. Revista Periodontia, Belo Horizonte, v. 20, n. 3, p.
28-36, 2010.
SOARES, Larissa Marques Storto. A relação entre o estresse e a doença periodontal: uma
revisão da literatura. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia)-
Universidade Federal de Juiz de Fora, Governador Valadares, 2019.
DANTAS, Felipe Torres; GNOATTO, Nelson. Associação entre o estresse psicológico e
a doença periodontal-revisão da literatura. 2012.
ZARDO, Ligia Nadal et al. Doença periodontal x estresse: revisão de literatura. Revista
Dental Press de Periodontia e Implantologia, v. 5, n. 2, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EXPECTATIVAS E OPINIÕES DOS INDIVIDUOS QUANTO AO
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO- VOLTADO PARA OS BENEFICIOS
DA FISIOTERAPIA NO PARTO E PÓS- PARTO HUMANIZADO
Andressa Bezerra Mendes¹; Jéssica Costa de jesus²;
José Vitor Pereira de Aquino³;
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA..
1,2,3

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Humanização do parto é um processo e não um produto moldado


para o comercio. O termo humanização carrega em sua semântica interpretações diversas,
que se expande além da extinção da dor. E da humanização entregar nas mãos da gestante
o protagonismo, a qualidade de humano, está caracterizada culturalmente quase sempre à
ideia de ser bom, dócil, empático, amável e de ajudar o próximo, qualidades dessa que
são fundamentais no processo de parto. OBJETIVO: identificar aspectos que
demonstrem a humanização da assistência da fisioterapia obstetrícia, tendo como
proposta, identificar práticas de humanização que estão sendo utilizados na assistência ao
parto natural e descrever como o fisioterapeuta obstetra poderá participar da humanização
em gestantes. METODOLOGIA: O trabalho trata-se de um estudo de caso. Realizado
com três profissionais da área da fisioterapia Obstetrícia escolhidos pelo pesquisador.
Eles serão submetidos a uma entrevista pessoal e ao vivo que será registra por meio de
papel e caneta. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os entrevistados relatam grande
dificuldade em convencer a gestante ao acompanhamento fisioterapêutico, pois a mesma
carregam consigo uma carga cultural de que a fisioterapia é voltada para doenças e não
prevenções. Os fisioterapeutas também relatam que pela falta de acompanhamento a
gestante possui grandes dificuldades na biomecânica da pelve. Por fim quando
perguntado por que o trabalho de parto humanizado seria o mais adequado. Em resposta
aos profissionais responderam, que é, perante as políticas públicas e pela qualidade de
vida que uma mulher devera desempenhar o parto humanizado é a melhor indicação em
termos de procedimentos favoráveis, ausência total de constrangimento maior eficácia
aumenta a dinâmica pélvica uterina, diminui os riscos de infecção e reduz trabalho
realizado no parto. CONCLUSÃO: Foi constatado nesse estudo que as práticas e
medidas de humanização na assistência ao parto podem ser utilizadas
concomitantemente, sem prejuízo para a parturiente e para o profissional. Os métodos e
práticas utilizados determinaram a humanização do cuidado, oferecendo uma maior
segurança e interação entre o fisioterapeuta e a parturiente. Com isso podendo ser
aplicados a partir do trabalho realizado durante toda a gestação e durante o trabalho de
parto no período de dilatação até o momento da expulsão fetal, sem provocar iatrogênicas
para a mãe e seu filho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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TRABALHO DE PARTO. REVISTA FAIPE,V.5,n.1, p.90-99, 2017. Disponível em :
<http://revistafaipe.com.br/index.php/RFAIPE/article/view/51>Acesso em 15 de maio de
2019. Referência em relação aos pontos e conceitos da fisioterapia em parto humanizado
MINETTO, Ariete Ines et al. ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA PARA REDUÇÃO
DO QUADRO ÁLGICO NO TRABALHO DE PARTO ATIVO. Inova Saúde, v. 6, n. 2,
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Fisioterapia Brasil, v. 7, n. 3, p. 229-234, 2018. Disponível em :
<ww.portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/1907>Acess
o em : 16 de maio de 2019. Referencia a fisioterapia no parto natal estudo esse que
proporciona conhecimento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EXPERIÊNCIA DE DISCENTES DE ENFERMAGEM PARTICIPANTES DE
UM PROJETO DE EXTENSÃO EM UM BANCO DE LEITE HUMANO
Bárbara dos Santos Limeira1; Cleumylenne Santana Ribeiro de Sousa2; Vanuza
Joaquina dos Santos Limeira3; Letícia Araújo dos Santos4; Floriacy Stabnow Santos5
1,2,3,4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
5
Enfermeira. Docente na Universidade Federal do Maranhão.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os projetos de extensão universitária proporcionam um espaço rico


para obtenção de novas experiências, como a assistência humanizada, o cuidado e a
qualificação da atenção à saúde. Neste contexto, a extensão é uma forma direta de
proporcionar interação entre a universidade e a sociedade. Existem inúmeros campos
possíveis para os estudantes terem contato prático durante a graduação. Dentre estes
locais, está o Banco de Leite Humano (BLH), um dos mais importantes elementos
estratégicos da política pública em favor da amamentação. OBJETIVOS: Relatar a
experiência obtida por discentes de enfermagem em um Banco de Leite Humano, por
meio da atuação de um projeto de extensão. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do
tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, resultante da participação de
discentes da graduação em enfermagem que fazem parte de um projeto de extensão
universitária atuante em um Banco de Leite Humano, em uma cidade no interior do
Maranhão, durante o período de agosto a setembro de 2021. Aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o protocolo nº 1.548.731.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a participação dos discentes no BLH foi
possível ter um contato direto com a prática profissional no setor, portanto, possibilitando
aperfeiçoamento de técnicas. Diante disso, a experiência permitiu obtenção de
aprendizados na área, como avaliação prática da condição da mama, realização da
extração do leite humano, realização de massagem mamária, maior domínio sobre
orientações que devem ser fornecidas às pacientes, como cuidados com a mama,
importância da doação de leite ao BLH, extração e acondicionamento adequado do leite
materno. É de suma importância que durante a graduação de enfermagem haja o contato
dos discentes com o campo de prática, visto que proporciona maior familiaridade dos
estudantes com a realidade profissional e um contato direto com os usuários do serviço.
O fato dos discentes participarem do projeto de extensão, aumentou a presença dos
mesmos no campo, assim, proporcionando mais experiências e confiança na prática.
Além disso, permitiu maior interação com a sociedade, permitindo o retorno social dos
aprendizados obtidos durante a graduação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este relato
alcançou o objetivo de compartilhar as experiências obtidas por acadêmicos em um BLH,
por meio do projeto de extensão. Além de que, demonstra a importância dos projetos de
extensão para o aumento do contato do estudante com a prática em campo. Espera-se com
este estudo ter contribuído com a literatura existente sobre o assunto e incentivado os

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discentes a se envolverem em projetos que aumentem sua experiência prática ainda
durante a graduação.
Palavras-chave: Enfermagem; Aleitamento Materno; Extração de Leite.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de leite humano:


funcionamento, prevenção e controle de riscos. Brasília: Anvisa, 2008. 160 p.

DE OLIVEIRA, Franklin Learcton Bezerra; DE ALMEIDA JÚNIOR, José Jailson.


Extensão universitária: contribuições na formação de discentes de Enfermagem. Revista
Brasileira de Pesquisa em Saúde/brazilian Journal Of Health Research, p. 19-24,
2015.

LOYOLA, Cristina Maria Douat; OLIVEIRA, Rosane Mara Pontes de. A universidade"
extendida": estratégias de ensino e apredizagem em enfermagem. Escola Anna Nery, v.
9, p. 429-433, 2005.

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FATORES DE RISCO E ASSOCIAÇÃO ENTRE FRAGILIDADE E
DEFICIÊNCIA EM IDOSOS
Guilherme Briczinski de Souza1; David de Souza Mendes2; Eduardo Sander Vieira3;
Marina Caroline Hoffmann Pereira4; Clara Mendonça de Carvalho5; Eduardo Garcia6

1
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
2
Médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
6
Médico. Professor Orientador Liga de Geriatria e Gerontologia da UFCSPA.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A fragilidade é caracterizada por déficits nas reservas fisiológicas e no


funcionamento do corpo humano. A deficiência é multidimensional e complexa de medir,
podendo ser temporária ou permanentemente. Ambas causam limitações e restrições na
interação entre o indivíduo e o ambiente. Portanto é importante saber o que a literatura
atual traz sobre os fatores de risco e associações para prevenção da fragilidade e
deficiência em idosos. OBJETIVOS: Analisar os fatores de risco e associações em
estudos sobre fragilidade e deficiência em idosos. METODOLOGIA: Para a seleção dos
estudos, foram utilizados a base de dados PubMed e BVS. Para os descritores, foram
utilizados “Aged” AND “Frail” OR “Frailty” AND “Vulnerable” OR “Vulnerability”
AND “Healthy aging” OR “Successful Aging” AND “Risk assessment” OR “Risk
factors” AND “Disability evaluation” AND “Health surveys”. A busca foi realizada no
período de agosto de 2021. Como critérios de seleção foram selecionados artigos
publicados nos últimos 5 anos que se relacionavam com o objetivo da pesquisa. Foram
excluídos os artigos repetidos, artigos de revisão, teses e dissertações e sem acesso. Após
leitura do artigo, foram extraídos dados de identificação, métodos, resultados e fator de
impacto para posterior análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa gerou 720
artigos. Após a análise dos títulos e resumos, foram selecionados 13 estudos e após leitura
dos artigos na íntegra, foram selecionados 5 estudos. Dos estudos, 4 tiveram metodologia
de estudo transversal e 1 de coorte. Em relação aos países em que os estudos foram
desenvolvidos, 3 foram multicêntricos, 1 na Índia e 1 nos Estados Unidos da América;
sendo publicados em revistas com fator de impacto acima de 3 pontos. As amostras

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variaram entre 756 a 43,123 indivíduos com média de idade de 77 anos. Entre os estudos,
a prevalência de fragilidade na região rural da América Latina, China e Índia foi de 15%,
e na Europa de 28%, enquanto a prevalência de deficiência foi de 7,4%. Foram associados
com fragilidade a idade avançada, sexo feminino, divórcio/ viuvez, moradia em meio
rural, baixo nível educacional e alto valor de despesas com serviços de saúde. Também
foram definidos 5 indicadores de fragilidade, sendo exaustão, perda de peso, força de
preensão fraca, velocidade de caminhada lenta e baixo gasto de energia. Para a
deficiência, a fragilidade foi um dos fatores de risco, junto com múltiplas morbidades
físicas, mentais e cognitivas, deficiência e necessidades de cuidados, agravadas por
desvantagens socioeconômicas e alto valor de despesa com serviços de saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É observada uma alta taxa de prevalência de fragilidade
e deficiência em idosos, atrelada a idade avançada, sexo feminino, divorcio/ viuvez,
moradia em meio rural, baixo nível educacional e alto valor de despesas com serviços de
saúde para a fragilidade, múltiplas morbidades físicas, mentais e cognitivas.
Palavras-chave: Idoso fragilizado; Pessoas com deficiência; Saúde do idoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIRITWUM et al. Prevalence of and factors associated with frailty and disability in older
adults from China, Ghana, India, Mexico, Russia and South Africa. Maturitas. v. 91, p.
8–18. 2016.

GILL et al. Risk Factors and Precipitants of Severe Disability Among Community-Living
Older Persons. JAMA Netw Open. v. 3, n. 6, p. e206021. 2020.

RODRIGUEZ et al. The Prevalence and Correlates of Frailty in Urban and Rural
Populations in Latin America, China, and India: A 10/66 Population-Based Survey. J.
Am. Med. Dir. Assoc. v. 19, n. 4, p. 287–295. 2018.

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FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES ASSOCIADOS A
PERSISTÊNCIA DA SÍFILIS GESTACIONAL: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Martiniano de Araújo Rocha1; Raíssa Vieira Santos2; Eyshila Souza Rebouças2; Hioara
Kely Arcanjo da Silva2; Stéphanie Cristina Ramos Soares2; Ermilton Júnio Pereira de
Freitas3
1
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
2
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
3
Médico Vetrinário. Doutor em Ciência Animal, pela Escola de Veterinária da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente do curso de medicina da
Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: Caracterizada como infecção sexualmente transmissível (IST), de
natureza curável e sistêmica, a sífilis é uma doença exclusiva do ser humano, que quando
não tratada, precocemente e adequadamente, pode progredir para uma enfermidade
crônica com sequelas irreversíveis a longo prazo. O Treponema pallidum, agente
etiológico da doença, é uma bactéria reconhecida pela sua capacidade de invasão da
mucosa e submucosa. Em relação às formas de transmissão, a sífilis pode ser disseminada
via sexual sem o uso de preservativos (sífilis adquirida), e verticalmente (sífilis
congênita). Prioritariamente essa última, resultado da transmissão materna, incluem como
consequências o abortamento, nascimento prematuro e recém-nascido com sinais clínicos
da enfermidade. Diante disso, nota-se que a sífilis gestacional é um importante problema
de saúde pública, o que torna imprescindível analisar os fatores determinantes e
condicionantes que estão interrelacionados à continuidade do diagnóstico da IST na
gravidez. OBJETIVOS: O presente estudo, objetiva, por meio da revisão integrativa,
evidenciar os achados na literatura referentes aos fatores determinantes e condicionantes
associados à persistência da sífilis gestacional, com o intuito de contribuir para o
entendimento do comportamento da doença na população materna.. METODOLOGIA:
Caracteriza-se como uma revisão integrativa da literatura, onde foram consultadas as
bases de dados PubMed, MedLine e Scielo. Os descritores utilizados foram: Sífilis
gestacional persistente e Fatores de risco para Sífilis gestacional. Foram incluídos na
elaboração da revisão, artigos íntegros e gratuitos publicados no período compreendido
entre 2011 e 2021, e que estivessem escritos na língua portuguesa, disponíveis nos
referidos bancos de dados. Já os critérios de exclusão foram artigos não publicados nos
10 últimos anos de referência e que não atendiam aos critérios de seleção relacionados a
temática. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 698 artigos foram obtidos
utilizando-se os descritores mencionados, sendo a distribuição destes por banco de dados
igual a 630 PubMed (90,26); 63 MedLine (9,02); e Scielo cinco (0,72). Aplicando-
se os critérios de inclusão e exclusão foram contabilizados exatamente 18 artigos.
Ademais, desprezaram-se cinco artigos por estarem duplicados e três por não
contemplarem o tema. Na análise minuciosa dos 10 artigos os fatores determinantes para

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persistência da sífilis materna foram o baixo grau de escolaridade, sobretudo nas
populações com ensino fundamental incompleto; a condição socioeconômica, gestantes
com renda per capita inferior a 1 salário mínimo; e a realização inadequada do pré-natal,
bem como o reduzido número de consultas na UBS. Já os principais fatores
condicionantes que favorecem o acometimento pela IST foram a faixa etária,
predominante entre 20-34 anos; a cor da pele parda; o não uso de métodos contraceptivos;
inadequação do tratamento do parceiro sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto,
é visível como os fatores determinantes e condicionantes se interrelacionam e contribuem
para a persistência da sífilis gestacional. Dessa forma, torna-se imprescindível a
elaboração de estratégias universais direcionadas à prevenção e controle da sífilis
gestacional, porém enfatizadas principalmente nas situações de maior vulnerabilidade.
Ademais, a reestruturação dos serviços de saúde, coadjuvando com o aperfeiçoamento da
própria operacionalização irão garantir a melhora na qualidade e efetividade do pré-natal.
Palavras-chave: Infecção Sexualmente Transmissível; Treponema pallidum; Fatores de
risco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHMILUK, B. R. Tendência temporal da taxa de incidência de sífilis gestacional no


brasil de 2009 a 2017. Medicina-Pedra Branca, 2020.
COSTA, C. V. et al. Sífilis congênita: repercussões e desafios. Arquivos Catarinenses
de Medicina, 2017.
DAMASCENO, A. B. A. et al. Sífilis na gravidez. Revista Hospital Universitário Pedro
Ernesto, v. 13, n. 3, 2014.
GONÇALVES, Maria Marly et al. Os Desafios no Tratamento da Sífilis Gestacional/The
Challenges in Treating Management Syphilis. ID on line REVISTA DE PSICOLOGIA,
v. 14, n. 49, p. 106-113, 2020.

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FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM NA
INCIDÊNCIA DE LESÕES NO FUTEBOL: REVISÃO DE LITERATURA

Maria Eduarda Silva Santos¹; Gracy Kelly da Silva²; Eriberto Cassiano Silva Dos Santos³;
Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva4.;Tainá Maria de Souza Vidal 5.
¹ Graduanda em Educação Física pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca
(UNIFAVIP).
²,³ Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O futebol é o esporte mais praticado do mundo o que


consequentemente o torna também o mais popular, essa modalidade tem como
característica o contato físico bastante atenuado, dessa forma os atletas profissionais
precisam ser treinados e as valências físicas precisam ser aprimoradas a fim de aumentar
o rendimento e diminuir o risco de lesão. OBJETIVOS: O presente estudo teve como
objetivo identificar os fatores de risco intrínsecos e extrínsecos em relação a incidência
de lesões, que diz respeito aos jogadores masculinos futebolísticos que tem uma alta
demanda de treinos, jogadas com ritmos alternados, força, rapidez e até mesmo condições
climáticas que podem influenciar. METODOLOGIA: Revisar a literatura referente à
relação entre o futebol, aos fatores intrínsecos e extrínsecos e a incidência de lesões
recorrentes que podem ser influenciadas por eles. Para produzir a revisão da literatura
realizou-se uma verificação da bibliografia através da plataforma Scielo e Pubmed,
considerando a base de dados DeCs/MeSH como filtro as palavras “Futebol”, “Lesão”,
“Fatores intrínsecos e extrínsecos” e “football and factors influencing injury”. Dos 77
artigos encontrados, foram utilizados 6, por apresentar informações relevantes sobre os
fatores que influenciam a incidência de lesões no futebol. RESULTADOS E
DISCURSÕES: Em relação as incidências de lesões Intrínsecas no futebol, podemos
acometer que o dano mais comum é na articulação do joelho, dito isto, outro fator que foi
abordado é a falta de preocupação com o tempo de afastamento de atletas profissionais,
assim prevalecendo a uma maior ocorrência de lesões, onde 86,9% referido aos membros
inferiores é o quantitativo desta problemática, já nos extrínsecos podemos levantar dados
que mostram a importância de trazer uma boa qualidade de campo, respeitar as regras
para evitar faltas excessivas e assim trazer uma diminuição nas taxas de jogadores
lesionados. CONCLUSÃO: A utilização de programas de prevenção de lesões é bastante
citado, pois é necessário a aplicação desses programas para evitar lesões no futebol de
alto nível, de acordo com os estudos, o atleta se torna mais predisposto a lesão se ele já
tiver um histórico de lesão, a intervenção de uma equipe multiprofissional é de extrema

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importância pois, essas lesões ocorrem no decorrer dos treinos ou do jogo entendendo
que o futebol impõe aos jogadores algumas movimentações que podem gerar lesões,
entretanto as condições do campo, as modificações climáticas e os equipamentos
disponibilizados são fatores que também podem influenciar no risco de lesão.

Palavras-chave: Futebol; Intrínsecos; Lesão.

REFERÊNCIAS:

FONSECA, Sérgio T. da et al. Caracterização da performance muscular em atletas


profissionais de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 13, p. 143-147,
2007.

PALACIO, Evandro Pereira; CANDELORO, Bruno Moreira; LOPES, Aline de Almeida.


Lesões nos jogadores de futebol profissional do Marília Atlético Clube: estudo de coorte
histórico do Campeonato Brasileiro de 2003 a 2005. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte, v. 15, p. 31-35, 2009.

BRITO, João; SOARES, José; REBELO, António Natal. Prevenção de lesões do


ligamento cruzado anterior em futebolistas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte,
v. 15, p. 62-69, 2009.

VALENTE, Henrique Gonçalves et al. Lesão do músculo obturador externo em atletas


de futebol profissional. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 17, p. 36-39,
2011.

DRUMMOND, Felix Albuquerque et al. Incidência De Lesões Em Jogadores De


Futebol–Mappingfoot: Um Estudo De Coorte Prospectivo. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte, v. 27, p. 189-194, 2021.

ALMEIDA, Pedro Sávio Macedo de et al. Incidência de lesão musculoesquelética em


jogadores de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 19, p. 112-115,
2013.

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ANÁLISE DA PLACA VISÍVEL, ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENCIVAL E
DESENVOLVIMENTO DE CÁRIE EM MOLARES PERMANENTES RECÉM-
ERUPCIONADOS QUE FORAM SELADOS.

Fernanda Costa Pereira¹; Karla Janilee de Souza Penha²; Adriana Passos Amaral
Vilarinho³; Etevaldo Matos Maia Filho⁴; Leily Macedo Firoozmand⁵
¹ Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão.
² Cirurgiã-dentista. Doutoranda em Odontologia, Universidade Federal do Maranhão.
³ Cirurgiã-dentista. Mestranda em Odontologia, Universidade Federal do Maranhão.
⁴ Cirurgião-dentista. Professor do Programa de Graduação e Pós-Graduação,
Universidade CEUMA.
⁵Cirurgiã-dentista. Professora da Graduação e Pós- Graduação em Odontologia,
Universidade Federal do Maranhão.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A utilização de materiais odontológicos e índices de avaliação que


auxiliem na prevenção do desenvolvimento da cárie e da doença periodontal são
manobras que podem contribuir para manutenção da saúde desde o início da erupção da
dentição permanente. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo avaliar os índices de
placa visível (IPV), sangramento gengival (ISG) e a progressão de cárie após a aplicação
de selante resinoso em 2° molares recém-erupcionados. METODOLOGIA: Foi um
estudo do tipo ensaio clínico randomizado (boca dividida, duplo cego), feito na Clínica
do Odontologia da Universidade Federal do Maranhão com 28 adolescentes, na faixa
etária entre 10 a 13 anos, oriundos de escolas públicas de São Luís (MA), que possuíam
2° molares em erupção (estágio de 0 a 2). Este estudo possui o CEP/UFMA (parecer:
2.284.768) e Rebec (nº: U1111-1204-0854), seguindo CONSORT. Fez-se a avaliação
do IPV, ISG e desenvolvimento de cárie e a aplicação de selante resinoso na superfície
oclusal, com reavaliações após 1 mês, 6 meses e 12 meses por um avaliador calibrado
(Kappa 0,91). Os testes Wilcoxon e ANOVA two-way foram empregados para a análise
dos dados (p=0,05). RESULTADO E DISCUSSÃO: Após 6 meses e 1 ano verificou-
se um aumento significativo do ISG e IPV (p<0,001). Todavia, não ocorreu diferença
expressiva no ICDAS dos dentes tratados (p=0,239), após 12 meses de avaliação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível concluir que, mesmo após o selamento de
molares permanentes recém-erupcionados, há um aumento do ISG e IPV entretanto, sem
apresentar desenvolvimento de lesões de cárie ao longo do tempo.
Palavras-chave: Dentes recém-erupcionados, Selante oclusal; Lesões iniciais de cárie.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES et al. Eruption stage of permanent molars and occlusal caries activity/arrest.
Journal of Dental Research, v. 93, n. 7, p. 114- 119, 2014.

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CVAR et al. Reprint of criteria for the clinical evaluation of dental restorative materials.
Clin Oral Investig, v. 9, n. 4, p. 215-232, 2005.
FAN et al. Formulation and characterization of antibacterial fluoride-releasing sealants.
Pediatric dentistry, v. 35, n. 1, p. 13-18, 2013.
HILGERT et al. Long-term Effect of Supervised Toothbrushing on Levels of Plaque and
Gingival Bleeding Among Schoolchildren. Oral Health Prev Dent, v. 15, n.6, p. 537-
542, 2017.

OLIVEIRA et al. Association between two visual criteria in assessing non-cavitated


caries lesion activity on occlusal surfaces of permanent molars. Clin Oral Investig, v.
19, n. 2, p. 565-568, 2015.
PAPAGEORGIOU et al. Performance of pit and fissure sealants according to tooth
characteristics: A systematic review and meta-analysis. Journal of Dentistry, v. 66, p. 8-
17, 2017.
SHEN et al. Influence of pH and oxygen-inhibited layer on fluoride release properties of
fluoride sealant. Journal of Dentistry, v. 35, n. 4, p. 275-281, 2007.
SILVEIRA, OLIVEIRA, PADILHA. Avaliação da redução do índice de placa visível e
do índice de sangramento gengival em uma prática de promoção de saúde bucal com
crianças. Pesqui Odontol Bras, v. 16, n. 2, p. 169-174, 2002.
WRIGHT et al. Sealants for preventing and arresting pit-and-fissure occlusal caries in
primary and permanent molars: A systematic review of randomized controlled trials-
a report of the American Dental Association and the American Academy of Pediatric
Dentistry. J Am Dental Association, v. 147, p. 631-645, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO HUMANIZADO OFERECIDO PELO
ENFERMEIRO A MULHERES ACOMETIDAS PELO CÂNCER: REVISÃO
INTEGRATIVA
Lícia Tavares da Costa 1; Evellyn Cristine de Araújo Lima 2; Ingrid Silva de Oliveira 3;
Tainan Silva de Oliveira4 Victor Gutemberg Mendes Ferraz5 Poliana da Silva Lúcio 6
1
Graduação, Centro Universitário São Miguel (UNISÃOMIGUEL), Recife,
Pernambuco, [email protected]
2
Graduação, Centro Universitário São Miguel (UNISÃOMIGUEL), Recife, Pernambuco,
[email protected]
3
Graduação, Centro Universitário São Miguel (UNISÃOMIGUEL), Recife,
Pernambuco, [email protected]
4
Graduação, Centro Universitário São Miguel (UNISÃOMIGUEL), Recife, Pernambuco,
[email protected]
5
Graduação, Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais,
[email protected]
6
Docente da Graduação de Enfermagem, Centro Universitário São Miguel
(UNISÃOMIGUEL) Recife, Pernambuco, [email protected]
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer secaracteriza como um problema de saúde pública que
fragiliza de maneiras diferentes a vida dos acometidos, logo, em8 de dezembro de 2005
o Ministério da Saúde institui a Política Nacional Oncológica, compondo os cuidados e
afirmou que os cânceres com maior incidência no grupo feminino são: de pele não
melanoma (83 mil casos novos), mama (57 mil), cólon e reto (17 mil). Nesse quadro, as
mulheres ao receberem o diagnóstico vivenciam a sensação de sofrimento. Como parte
integrante no cuidado, o enfermeiro destaca-se na assistência integral e napromoção de
auxílio durante o processo, pois é o profissional mais acessível em todos os
segmentos.OBJETIVOS: Evidenciar a importância do atendimento humanizado
prestado por enfermeiros as mulheres acometidas por câncer.METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados LILACS e
SciELO. Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos cinco
anos, disponível na íntegra, em português; e o cruzamento entre os descritores: Câncer,
Enfermagem e Saúde da Mulher.RESULTADOS E DISCUSSÃO: A importância do
atendimento humanizado do enfermeiro é evidenciada, visto que ele está na integralidade
da assistência no acolhimento, avaliação, realização de procedimento e esclarecendo
dúvidas das acometidas. A fim de promover cuidados necessários ao surgir a sensação de
desamparo, medo e insegurança, cansaço mental e físico para garantir a eficiência das
intervenções em saúde.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante das considerações, é nítida
a importância de oferecer uma assistência humanizada às mulheres com câncer, visto que

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além da dor física sentida, o psicológico, emocional e social também são afetados.
Portanto, a enfermagem como a categoria que mais está em contato próximo e prolongado
com elas, podem despertar manejos mais solidários e humanos na prevenção da saúde, no
auxílio do tratamento, na recuperação e reabilitação da saúde como instrumento de
promoção da saúde delas.
Palavras-chave: Câncer; Enfermagem; Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VARGAS, Gabriela de Souza et al. Rede de apoio social à mulher com câncer de
mama. Rev. Pesqui.(Univ. Fed. Estado Rio J., Online), p. 68-73, 2020. Acesso em: 9
Out. 2021.
CIRILO, Juliana Dias et al. A GERÊNCIA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM À
MULHER COM CÂNCER DE MAMA EM QUIMIOTERAPIA PALIATIVA. Texto &
Contexto-Enfermagem, v. 25, 2016. Acesso em: 11 Out. 2021.
PAIVA, Andyara do Carmo Pinto Coelho; DE OLIVEIRA SALIMENA, Anna Maria. O
olhar da mulher sobre os cuidados de enfermagem ao vivenciar o câncer de mama. HU
Revista, v. 42, n. 1, 2016. Acesso em: 11 Out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FISIOTERAPIA NA PERSPECTIVA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE INFANTIL:
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA SOBRE O DESENVOLVIMENTO
MOTOR NAS PRIMEIRAS FASES DA CRIANÇA

Ingrid Victoria de Lima Silva Brainer¹, Nayra Milena da Silva Valentim², Maria Vitória
Leite de Lima³, Caio Henrique da Silva4, Sidrack Lucas Vila Nova Filho5.
¹ Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
² Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
³ Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
4
Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

INTRODUÇÃO: A fisioterapia infantil consiste na estimulação precoce e ela pode


também servir como acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica em bebês ou
também em crianças pequenas que serão acometidas por alguma patologia orgânica e
assim busca o melhor desenvolvimento e uma melhor recuperação, para que no futuro,
esta criança não tenha sérias sequelas. OBJETIVOS: Este resumo tem como finalidade
mostrar que a fisioterapia usada de forma precoce na promoção da saúde infantil pode
trazer inúmeros benefícios e também prevenir o avanço de algumas patologias.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que teve como base
de dados PubMed e SCielo. Os descritores utilizados foram: Fisioterapia, marcha,
crescimento e desenvolvimento. Foram encontrados 5 (cinco) artigos na literatura dos
estudos, e foram incluídos apenas os dados que tinham correlação direta entre descritores
supracitados, publicados em português e inglês. Foram excluídos os artigos com pouca
associação à temática e trabalhos classificados como de conclusão de curso, dissertação
e tese. Os dados dos artigos são direcionados a promoção da saúde e o desenvolvimento
motor da criança. No que tange ao foco de estudo, verifica-se que as discussões dos
autores se referem predominante a um modelo de abordagem fisioterapêutica voltado para
a criança, com ênfase nas ações preventivas, tanto no nível de atenção primária, quanto
no secundário. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre as muitas recomendações da
OMS, a saúde das crianças deve ser uma das preocupações primárias de qualquer
sociedade. Sabe-se que a atividade motora é essencial para a promoção da saúde da
criança, como fator de estímulo ao crescimento e desenvolvimento. De acordo com

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estudos, o uso do andador podem causar alterações na marcha da criança. Mesmo com
informações positivas sobre a evolução mais rápida da marcha em alguns casos, algumas
desenvolveram alterações no contato inicial e apoio final do pé, além de uma inclinação
do tronco, o que reflete em uma instabilidade corporal. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Com base na literatura analisada, ainda não existe um consenso sobre os
malefícios/benefícios do uso do andador infantil, um acessório muito presente nas fases
iniciais de desenvolvimento e crescimento da criança. A atuação fisioterapêutica é de
suma importância na atenção primária para que as crianças não desenvolvam sérios
problemas na adolescência e na fase adulta. Mesmo com a ampla base de levantamento
bibliográfico sobre o desenvolvimento motor e uso de andador, estudos sobre essa área
da fisioterapia ainda é escassa, o que precisa ser urgentemente desenvolvido para guiar
os profissionais da área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Fisioterapia, v. 15, p.303-9, ago. 2011.
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GENES ENVOLVIDOS NA PERFORMANCE ATLÉTICA EM HUMANOS

Ana Paula de Sousa Coelho1, Joliene Kate Nascimento Pinto2, Danilo da Silva Costa3,
Thiago Maués Amaral4
1
Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Cosmopolita
1,2
Graduanda em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará
3
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Pará
4
Biólogo. Pós graduando em Biologia Molecular e Genética Forense pelo Instituto
Nacional de Perícias e Ciências Forenses. Mestrando em Biotecnologia Aplicada à
Agropecuária pela Universidade Federal Rural da Amazônia.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Características genéticas estão intimamente relacionadas ao


desempenho físico humano. Afirma-se que certos polimorfismos de DNA estão
relacionados ao processo esportivo cujo a exercícios de curta duração, que requerem alta
força muscular ou em prática de longa duração, as quais dependem principalmente do
metabolismo aeróbico. O treinamento físico real notoriamente induzido a adaptações de
várias formas e funções do sistema fisiológico, mas o grau da adaptação depende da
interação de vários genes, em ordem é regulado por uma pluralidade de variações
genéticas. A identificação de genes e suas variantes possuem potenciais de impacto, as
quais têm a capacidade genética variável. Além de melhorar o desempenho, acredita-se
que este conhecimento de marcadores genéticos pode ajudar a reduzir o número de lesões
e estender o tempo de tratamento à vida de um atleta. OBJETIVOS: Selecionar através
da literatura os principais genes envolvidos no desempenho atlético em humanos.
METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento bibliográfico a fim de encontrar
genes regulatórios na performance de atletas de rendimento, utilizando posterior as
plataformas HUGO - Gene Nomenclature Committee (https://www.genenames.org/) e o
portal GETX - Genotype-Tissue Expression (https://gtexportal.org/home/) para validar a
nomenclatura e a expressão dos genes em humanos. RESULTADOS/ DISCUSSÃO:
Dentro dos artigos avaliados, foram encontrados 28 genes, dentre os quais selecionou-se
os mais discutidos. O gene ACTN3, relacionado ao citoesqueleto muscular, possui
polimorfismos distintos encontrados em fibras rápidas, onde, a variação “normal” do gene
é denominado R e a parcela alterada X, logo, indivíduos que possuam esse gene podem
ser homozigotas (genótipo RR ou RX) ou heterozigotas (genótipo XX). Atletas XX,
possuem mais resistência, o que explicaria o alto índices de corredores de curta distância
com a presença deste gene. O AMPD1, responsável por uma proteína que auxilia em uma
via que evita que célula a perda muita energia, evitando assim, a fadiga muscular,
apresenta também um polimorfismo (C34T) presente em maior quantidade em aletas de
resistência quando comparados a pessoas “normais”. O gene da ECA (enzima conversora
de angiotensina), envolvido no processo de hipertrofia do músculo esquelético, apresenta

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uma mutação do tipo indel onde o alelo I se encontra mais presente em esportistas de
resistência e o alelo D naqueles relacionados à explosão muscular. CONCLUSÃO:
Independente do fenótipo final ser o resultado da integração de todo um conjunto
genético, isso pode ser utilizado para a construção de treinos mais específicos de acordo
com o genoma de cada atleta, potencializando pontos distintos entre cada um deles, assim
como direcioná-los para modalidades específicas. Este estudo também abre discussão
para a área da nutrigenômica que permite que atletas façam a personalização de sua dieta
de acordo com seus genes, possibilitando assim regular o seu potencial esportivo.

REFERÊNCIAS
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MARQUES, L. G., & DO Ó PESSOA, C. Prospecção Tecnológica: Testes genéticos
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Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (RBPFEX), v. 11, n. 68, p. 626-630,
2017.
GARTON, F. C., HOUWELING, P. J., VUKCEVIC, D., MEEHAN, L. R., LEE, F. X.,
LEK, M., ROESZLER K. N., HOGARTH M. W., TIONG C. F., ZANNINO D., YANG
N., LESLIE S., GREGOREVIC P., HEAD S. I., SETO J. T., & NORTH, K. N. The effect
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MACIEJEWSKA-SKRENDO, A., SAWCZUK, M., CIĘSZCZYK, P., & AHMETOV, I.
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Academic Press, 2019. p. 41-72. 2019.
RIBAS, M. R., NETO, Z. C. O., SCHNEIDER JR, B., DE MATOS, O., & BASSAN, J.
C. RELAÇÃO ENTRE A PERFORMANCE MUSCULAR E A PRÉ-DISPOSIÇÃO
GENÉTICA. Revista UNIANDRADE, v. 15, n. 1, p. 39-50, 2014.

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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL

Dayana Marques Tavares¹


Luciana Canela de Siqueira Silva²

1,2
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil - Fernandópolis/ SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A adolescência é definida pelo Estatuto da Criança e


do Adolescente (ECA) como o período compreendido entre os 12 e 18 anos, e configura-
se como uma fase marcada por diversas transformações físicas e emocionais. Devido ao
processo de amadurecimento, complicações que interrompem o processo natural de
desenvolvimento dessa fase podem ocasionar sentimentos como ansiedade, medo,
inseguranças e incertezas que podem comprometer a saúde mental da adolescente. De
maneira análoga, as alterações emocionais e físicas decorrentes do período gravídico-
puerperal aumentam a vulnerabilidade de gestantes adolescentes, e consequentemente,
sua saúde mental torna-se mais suscetível ao processo de adoecimento. OBJETIVO: O
objetivo do presente estudo é analisar os impactos na saúde mental decorrentes da
gravidez na adolescência. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica,
do tipo revisão integrativa de literatura, em que foram pesquisados artigos nas bases de
dados Scielo, PubMed e Lilacs. Como critério de inclusão, foram selecionados artigos
publicados no período de 2017 a 2021, em língua portuguesa e inglesa, utilizando os
descritores: “Gravidez na Adolescência” “Saúde Mental” e “Saúde da mulher”. Dentre os
20 artigos verificados, somente 9 foram efetivamente utilizados, de acordo com sua
qualidade e relevância para o tema proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através
da análise dos artigos, é possível inferir que a baixa escolaridade, ausência de apoio social
e conjugal, dependência financeira, eventos estressantes como conflitos no
relacionamento e históricos de violência são condicionantes que podem impactar
negativamente a saúde mental da adolescente gestante, seja no período da gravidez
propriamente dito ou no pós-parto. Dessa forma, surgem sentimentos de baixa
valorização, acarretando um grave sofrimento psíquico, que pode afetar a criação do
vínculo mãe e filho, fator relevante para progressão saudável do crescimento da criança
e da mãe. CONCLUSÃO: Em síntese, através da presente revisão é possível concluir a
importância da compreensão dos determinantes no processo saúde-doença para que haja
uma atenção integral no âmbito da saúde da adolescente gestante, visto que esse período
se configura como uma fase de intensas mudanças, a tornando mais vulnerável e
suscetível a ter sua saúde mental afetada. Dessa forma, torna-se essencial que haja a
efetiva atenção dos profissionais de saúde no acompanhamento pré-natal e o
fortalecimento da rede apoio, principalmente, no âmbito familiar.
Palavras-chave: Gravidez na Adolescência; Saúde da mulher; Saúde Mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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GRUPOS DE PRÁTICAS CORPORAIS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE
SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Darlanderson Gomes Albuquerque1; Natanael Lopes Ribeiro2; Francisco Thiago Paiva


Monte3; Joelma Gomes Lima4; Elana Maria da Silva5; Antonia Thais Oliveira Lima6

1
Profissional de Educação Física, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral
2
Assistente social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família - ESPVS
3
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família - UFC
4
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS
5
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS
6
Nutricionista, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].


INTRODUÇÃO: A prática da atividade física e outras ações de promoção da saúde
estabelece como ponto de partida reconhecer seus impactos sociais, econômicos, políticos
e culturais sobre a saúde. Essas práticas na Atenção Primária à Saúde (APS), visa
promover uma melhor qualidade de vida aos participantes, que tem como apoio o Núcleo
Ampliado em Saúde da Família (NASF), constituída por uma equipe multiprofissional,
atuando principalmente na prevenção e promoção em saúde. As ações de promoção da
saúde buscam sobretudo promover a qualidade de vida dos usuários, reduzindo a
vulnerabilidade e riscos à saúde, como a prevenção e controle de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT), comumente resultado de fatores genéticos, ambientais,
fisiológicos e comportamentais. Consequentemente, torna-se importante a inclusão da
prática de exercício físico, visando promover o bem estar, melhorar as condições físicas
e prevenir agravos a saúde. Essas práticas são definidas como qualquer movimento
corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos que resulte em aumento
substancial das necessidades calóricas sobre o gasto energético em repouso.
OBJETIVOS: Assim, o presente trabalho tem como objetivo, descrever sobre a atuação
do profissional de Educação Física e os benefícios da atividade física em um grupo de
práticas corporais na Unidade Básica de Saúde (UBS). METODOLOGIA: Trata-se de
um relato de experiência, sobre os impactos do profissional de educação física em
conjunto com a equipe do NASF na qualidade de vida dos participantes do grupo de
práticas corporais, sendo estes em sua maioria pacientes com DCNT. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Conforme o objetivo proposto percebeu-se sobre a necessidade de
ofertar programas de exercício físico na APS oferecidas na UBS pelo profissional de
educação física, juntamente com a equipe do NASF, visando promover uma melhor
qualidade de vida aos participantes. A interação com outros profissionais da saúde passa
a incentivar um estilo de vida ativo da população, possibilitando uma atenção centrada na
integralidade do usuário. Um dos fatores importantes na qualidade da atuação do
educador físico, é estimular a população a adotar hábitos saudáveis de vida, incorporando
um estilo de vida fisicamente ativo, abrangendo um conjunto de saberes e práticas
voltados para promoção da qualidade de vida e da saúde das comunidades. As atividades
trabalhadas, consistem em práticas corporais, através de música, com momentos de

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alongamento, aquecimento, ginástica aeróbica, ginástica localiza, circuito funcional e
relaxamento, respectivamente, no espaço da garagem do posto de saúde, abrangendo um
público de aproximadamente 15 pessoas no período matutino. A partir desta experiência
foi perceptível a mudança do cuidado, onde a atuação multiprofissional com o enfoque
interdisciplinar mudou a qualidade de vida desses participantes, assim como, possibilitou
um fortalecimento das relações interpessoais, além de possibilitar a prevenção e controle
de agravos a saúde, como ansiedade, estresse e obesidade. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Em suma, adotar hábitos saudáveis, como práticas regulares de exercício físico
influenciam diretamente na qualidade de vida e atuam na diminuição da incidência de
afecções sistémicas. Assim, é de extrema importância o incentivo e a inserção de
programas de exercício físico a comunidade.
Palavras-chave: Exercício Físico; Atenção Primária à Saúde; Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.


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nos anais do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde (1997-2009): revisão
sistemática. Rev. Bras. Ativ. Fis. Saude, v.16, n.2, p.162-7, 2011. Acesso em: 9 de
outubro de 2021. Disponível em:
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PEREIRA, F. Manual Técnico de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças


na Saúde Suplementar. Rio de Janeiro, ANS, 2006.

DA GUARDA, F. R. B; DA SILVA, R.N.; DA SILVA, S.M. DE SANTANA, P. R. A


atividade física como ferramenta de apoio às ações da Atenção Primária à Saúde. Revista
Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 19, n. 2, 2014.

SILVA, A.L.F.; SOUSA, A.M.M.; LOPES, C.E.T. et al. Educação física na atenção
primária à saúde em sobral-ceará: desenhando saberes e fazeres integralizados. Sanare,
v. v.8, n. n.2, p. 63–72, 2009.

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HANSENÍASE: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA NOS INDIVÍDUOS
MENORES DE 15 ANOS EM ALAGOAS ENTRE 2001 E 2019

Izamara Freitas de Melo¹


Amanda Michelly de Oliveira Balbino²;
Deborah Karine de Souza Lima²;
Vitória Paulo Simplício².

¹ ,²Graduanda em Enfermagem na Universidade Federal de Alagoas


E-mail da autora para a correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa ocasionada pelo


Mycobacterium Leprae que afeta principalmente pele, mucosas e sistema nervoso
periférico, podendo causar deformidades e dar origem a estigmas e preconceitos. No
Brasil, o Nordeste se apresenta como uma das regiões que configuram uma alta
endemicidade referente a doença e por esse motivo se faz importante uma análise dos
seus estados. A hanseníase em jovens, especificamente indivíduos menores de 15 anos,
ajuda na continuação da transmissão do bacilo de Hans, caso não haja ações eficientes.
Caracterizar a epidemiologia da patologia nesses locais e na faixa etária de 0 a 14 anos é
necessária para alcançar as metas estabelecidas a anos pelas organizações de saúde.
OBJETIVOS: Analisar a taxa de detecção de novos casos de hanseníase em pacientes
menores de 15 anos residentes em Alagoas no período de 2001 até 2019. Assim como,
dois fatores que caracterizam os índices de endemia do local. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo descritivo quantitativo, feito por meio do banco de dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram utilizadas duas variáveis: formas
clínicas e sexo. Como critério de inclusão, todos os casos analisados foram notificados
no estado de Alagoas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período analisado,
foram notificados 494 casos, e a incidência anual teve uma variação significativa, com
uma média de 2,65/100.000 habitantes. A maior taxa foi apresentada no ano de 2003 com
3,84/100.000 habitantes, enquanto a menor foi constatada no ano de 2019 com 1,44. Em
relação aos sexos não houve diferença significativa, já que 50,60% dos casos foram do
sexo feminino e 49,39% foram masculino. À análise das formas clínicas notificadas entre
2001 e 2019, houve um percentual considerável de 144 casos indeterminados (29%) e
128 casos na forma tuberculóide (28%). As formas dimorfa e virchowiana apresentaram
79 (16%) e 34 (7%) novos casos, respectivamente, enquanto as notificações que não
possuem a informação ou não possuem classificação, juntas configuram 98 casos (20%).
CONCLUSÃO: É necessária a manutenção de ações com foco na erradicação da doença,
carecendo de novos planos e estudos para complementar as estratégias e alcançar
objetivos estabelecidos. A quebra na cadeia de transmissão do bacilo deve ser o foco nas
ações de saúde, pois, a redução dos casos na faixa etária de 0 a 14 anos corresponderia a
uma baixa taxa de detecção no futuro.
Palavras-chave: Hanseníase; Endemicidade; Epidemiologia.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RODRIGUES, T. S. V. et al. Fatores associados à hanseníase em crianças contatos de
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Pediatria. v. 96. p. 593-599. Rio de Janeiro. 2020. Acesso em: 03 Set 2021. Disponível
em: https://www.scielo.br/j/jped/a/6QmrTWHRNKKpJtxqWHP4M7L/?lang=pt
SANTOS, K. C. B. dos et al. Estratégias de controle e vigilância de contatos de
hanseníase: revisão integrativa. Saúde em Debate. v. 43. n. 121. p. 576-591. Rio de
Janeiro. 2019. Acesso em: 03 Set 2021. Disponível:
UCHÔA, R. E. M. N. et al. Perfil clínico e incapacidades físicas em pacientes com
hanseníase. Rev enferm UFPE. v. 11. n. 3. p. 1464-72. Recife. 2017. Acesso em: 03 Set
2021. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/13990/16850

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


HIPERBILIRRUBINEMIA PATOLÓGICA EM RECÉM-NASCIDOS:
ETIOLOGIA, DIAGNÓSTICO E IMPACTOS NA SAÚDE INFANTIL

Aline Kelly Wanderley Pereira 1; Matheus Zacharias Vidal2; Luciana Canela de


Siqueira Silva3; Ana Carolina de Souza Castilho4; Helena Leoncio Monti5
1,2,3,4
Graduando em Medicina na Universidade Brasil, Fernandópolis/SP
5
Graduando em Medicina na Universidade de Franca, Franca/SP

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O período neonatal compreende o intervalo de tempo a partir do


nascimento do bebê até o 28º dia de vida. Nesta etapa, é necessária uma atenção médica,
a fim de descartar qualquer risco de gravidade causado por hiperbilirrubinemia, também
conhecida como icterícia ou amarelão, popularmente. Em algumas crianças, uma icterícia
fisiológica pode ocorrer nas primeiras semanas de vida. Nesses casos, os órgãos do recém-
nascido, como o fígado, ainda estão imaturos, sendo incapazes de metabolizar e eliminar
a bilirrubina corporal, o que faz com que ela se torne excedente e caracterize a pele e a
esclera amareladas. Durante a primeira semana de vida, o recém-nascido está sujeito a ter
sintomas que estejam associados a algum distúrbio ou alteração como: anemias
hemolíticas, doenças hepáticas, aleitamento e até mesmo doenças congênitas, alterações
essas que devem ser corrigidas pois elevados níveis de bilirrubina podem se tornar
tóxicos. OBJETIVOS: O trabalho tem como objetivo identificar as causas patológicas
que levam a hiperbilirrubinemia em neonatos e as melhores condutas preventivas desta
condição. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão
integrativa de literatura. Para realização da pesquisa foram usados como como critérios
de inclusão: Artigos considerados relevantes à temática escolhida, com os idiomas
"português", "inglês" e/ou "espanhol", dentro do período de 2017 a 2021, aplicando as
palavras chaves nas bases de dados: Google Acadêmico, PubMed e Scielo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos critérios de elegibilidade, 15 artigos
foram selecionados. Após a leitura e análise dos artigos, observou-se que na área da
pediatria, haviam poucos estudos e trabalhos enfatizando a icterícia em suas formas
patológicas. Existem diversas situações que levam ao aumento de bilirrubina no
organismo, desde a maturação dos órgãos do recém-nascido, que podem ter níveis de
bilirrubinas aumentados, mas corrigidos com fototerapia- exposição a luz (incubadora),
até mesmo por anemias advindas de incompatibilidade sanguínea mãe-feto (eritroblastose
fetal), doenças congênitas como hipotiroidismo congênito necessitando de doses de
reposição hormonal, infecções como a rubéola (merecendo maior atenção pelos riscos de
malformações). A avaliação precisa começa a partir do momento de apresentação de
sintomas e solicitação de exames para rastrear a origem desse acometimento, como exame
de sangue, contagem de bilirrubina, tipagem sanguínea e Rh. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A partir da revisão, pôde-se notar que há uma grande incidência de icterícia em
recém-nascidos. Mas a partir de um pré-natal acompanhado e com boa avaliação somada
à conduta dos profissionais de saúde, desde a gestação até o nascimento do bebê, é

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garantida de forma clara a redução de riscos e complicações. Em especial, deve ocorrer a
devida orientação às mães, sobre a importância da realização de exames e intervenções
se necessárias, pois as mesmas podem ser um empecilho nas formas de tratamento com:
fototerapia, transfusões de sangue e reposições hormonais diárias.

Palavras-Chaves: Icterícia Neonatal; Hiperbilirrubinemia; Recém-nascido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DE Souza, E. B., da Silva, V. J., de Souza, A. P., do Nascimento, Í. P., da Penha Alves,
A. P., da Silva Souza, A. P. M., ... & de Oliveira Freitas, N. (2020). Importância do
diagnóstico laboratorial da hiperbilirrubinemia em neonatos: Revisão de literatura.
Brazilian Journal of Development, 6(8), 58601-58614.

FERREIRA, Dayana Kelly Soares et al. Vivência de mães de recém-nascidos com


icterícia neonatal na fototerapia. Revista Mineira de Enfermagem, v. 25, p. 1-9, 2021.

ROMANO, Diogo Rodrigues. Icterícia neonatal no recém-nascido de termo. 2017.

VELOSO, Felipe Camilo Santiago et al. Análise dos fatores de risco na mortalidade
neonatal no Brasil: uma revisão sistemática e reanálise de estudos observacionais. Jornal
de Pediatria, v. 95, p. 519-530, 2019.

ZALESK, Priscilla et al. O discurso das mães de bebês em tratamento para icterícia
neonatal. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social, v. 1, p. 338-
346, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
Elielson Felix Gonçalves1; Maria Eduarda Araújo Tomaz de Lima1; Juliana Sabino
Oliveira da Costa1; Yasmin Guglielmelli de Souza Medeiros1
1
Graduandos em Medicina pela Faculdade de Medicina Nova Esperança;
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama consiste em um tumor maligno causado pela


replicação desordenada de células na glândula mamária. Apresenta-se como o segundo
tipo mais frequente de câncer em nível global e a neoplasia mais predominante entre as
mulheres, com alta letalidade. Dessa forma, percebe-se a importância de discutir a
respeito dessa doença, com ênfase em medidas preventivas. OBJETIVOS: Discutir a
respeito do diagnóstico precoce de pessoas portadoras do câncer de mama na atenção
primária à saúde. METODOLOGIA: Foi realizada uma busca por artigos científicos nas
bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, através dos seguintes descritores em
ciências da saúde (DeCS): Diagnóstico Precoce; Neoplasias Mamárias; Atenção Primária
à Saúde. Foram selecionados trabalhos que dispusessem dos seguintes filtros: textos
completos; idioma português; objetivo de relatar a identificação precoce de neoplasias
mamárias; publicações nos 5 últimos anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É
importante destacar o papel dos profissionais da saúde na Atenção Primária à Saúde, que
devem ter capacitação técnica para identificar os principais fatores de risco, assim como
sinais e sintomas a respeito dessa doença, com vista no encaminhamento do paciente para
um serviço de saúde adequado. O exame de mamografia foi indicado como a principal
ferramenta para o diagnóstico precoce do câncer de mama, que pode ser complementado
pela ultrassonografia. Além disso, é necessário que a população de risco, isto é, mulheres
entre 50 e 69 anos de idade, compreenda sua corresponsabilidade tanto no diagnóstico
quanto no tratamento da doença. Percebe-se também a necessidade de uma integralidade
maior entre as redes de atenção à saúde, através do estabelecimento de um protocolo mais
rigoroso para casos suspeitos na Atenção Primária, visto a necessidade de estratégias para
confirmar o resultado e delimitar um plano de tratamento na Atenção Especializada. Além
do papel de ações sociais, como o outubro rosa, conscientizando, incentivando a
prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Destarte, é necessário uma ampliação da capacitação técnica dos profissionais envolvidos
no diagnóstico, assim como a criação de um melhor protocolo para o rastreamento dessa
neoplasia. Além de incentivo para as populações de risco buscarem métodos
diagnósticos, através de campanhas e ações sociais, sendo o exame de mamografia o mais
indicado, acompanhado da ultrassonografia, com intuito de realizar o diagnóstico precoce
do câncer de mama na Atenção Primária à Saúde e melhorar o prognóstico de pacientes
oncológicas.
Palavras-chave: Diagnóstico Precoce; Neoplasias Mamárias; Atenção primária à
Saúde.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, C.S. et al. Conhecimento sobre câncer de mama entre enfermeiros da atenção
primária de Divinópolis/MG.. Nursing (São Paulo), v. 23, n. 267, p. 4452-4458, 2020.
Disponível em: <https://doi.org/10.36489/nursing.2020v23i267p4452-4465>. Acesso
em:
15 out. 2021.
SALA, D.C.P et al. Breast cancer screening in Primary Health Care in Brazil: a
systematic review. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, 2021. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0034-7167-2020-0995>. Acesso em: 15 out. 2021.
MIGOWSKI, A. et al. Guidelines for early detection of breast cancer in Brazil. III –
Challenges for implementation. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, n. 6, 2018.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00046317>. Acesso em: 15 out.
2021.

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IMPACTOS DA COVID-19 NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS PACIENTES
DIABÉTICOS E HIPERTENSOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
Francisco Alrimar Xavier1; Ana Eduarda Bastos da Costa2; Bruna Leal da Silva3;
²Thamires Rosa Freitas do Nascimento4, Yasmin Janaína Silva de Sousa5; Mariane
Santos Ferreira6.

1,2,3,4,5
Graduandos do curso de Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
6
Enfermeira. Mestre em Bioengenharia pela Unicastelo.

E-mail: [email protected].

INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem-se como


um sério problema de saúde pública, sendo responsáveis por 72% das causas de morte no
Brasil. Nesse sentido, em decorrência do surgimento da nova síndrome respiratória
causada pelo SARS-Cov-2, e por se tratar de uma doença que requer esforços imediatos
para controle da disseminação e impactos causados na sociedade, fez-se necessário a
interrupção parcial ou completa dos cuidados de saúde direcionados a prevenção e
tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM). Ressalta-
se que o surgimento e o alto potencial de disseminação do vírus tendem a elevar o índice
de mortalidade, uma vez que hipertensos e diabéticos estão mais vulneráveis às
complicações da Covid-19. OBJETIVO: Evidenciar os impactos da interrupção dos
serviços de saúde na qualidade de vida e saúde dos pacientes hipertensos e diabéticos, de
forma a destacar as dificuldades dos profissionais de saúde em dar continuidade na
assistência a esses pacientes no cenário pandêmico. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica acerca dos estudos relevantes sobre o tema. Efetuou-se a busca de
artigos em periódicos indexados nas bibliotecas Scielo e Google Acadêmico. Foi utilizado
como critério de escolha os que apresentassem a relação dos cuidados na assistência
básica aos pacientes com DCNT no contexto pandêmico da Sars- Cov-2, além dos
impactos à saúde daqueles. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A estratégia do programa
HiperDia é cadastrar e acompanhar todos os pacientes hipertensos e diabéticos, a fim de
que, através do cuidado especial alcançar o controle dessas comorbidades e garantir uma
melhor qualidade de vida aos pacientes. Contudo, com o isolamento social, as reuniões
dos grupões foram paralisadas e os atendimentos individuais com a equipe
multiprofissional foram limitados. Os grupões tinham os objetivos de estimular as
atividades físicas, desenvolver o autocuidado, estimular hábitos de vida saudáveis,
garantir a adesão ao tratamento da hipertensão e diabetes, evitar o tabagismo, distribuir
medicamentos para manutenção do tratamento, além de sensibilizar o usuário quanto à
sua real condição de saúde. Diante do cenário que a pandemia, os profissionais de saúde
tiveram grandes dificuldades de atuação com esse grupo de paciente, pois com o decreto
de isolamento, os pacientes não puderam mais comparecer na UBS para receber as
orientações e seus medicamento, impactando de forma negativa na saúde desse grupo de
pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do exposto, devido a obrigatoriedade
do isolamento social em vista do cenário pandêmico, com a finalidade de amenizar o

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afastamento do paciente das UBS, e garantir de forma parcial a continuidade da
assistência prestada aos participantes do HiperDia, os medicamentos passaram a ser
liberados via prontuário e distribuídos pelos agentes comunitários de saúde. Todavia, o
cancelamento das atividades dos grupões gera um impacto significativo na saúde dessa
população, uma vez que o HiperDia permite o acompanhamento constante do paciente e
promove atividades educativas que contribuem para o alcance de uma vida com
qualidade.
Palavras- chave: COVID-19; Atenção Primária, Hipertensão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, T. A.; GUIMARÃES NETO, M. de C. HyperDia in the context of the
COVID-19 pandemic. Journal of Multiprofessional Health Research, [S. l.], v. 2, n. 1,
p. e02.47-e02.57, 2021. Disponível em:
https://journalmhr.com/index.php/jmhr/article/view/10. Acesso em: 19 may. 2021.
ESTRELA FM et al. Covid-19 e doenças crônicas: impactos e desdobramentos frente à
pandemia. Revista Baiana de Enfermagem, v. 34, 34, 2020. Acesso em: 14 de jun. de
2021.

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IMPACTOS DA COVID-19 NA GRAVIDEZ: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Martiniano de Araújo Rocha1; Lorena Lima Gouveia de Oliveira2; Niara Moura Porto3.
1
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
2
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
3
Graduada em Ciências Biológicas. Doutora em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
pela Universidade Federal da Paraíba. Docente do curso de medicina da Univercidade
Ceuma.
E-mail do autor: [email protected].
INTRODUÇÃO: A gravidez é um fenômeno fisiológico, e assim, sua progressão ocorre
na maioria dos casos sem adversidades. Durante a gestação observa-se um perfil
imunológico atípico, em que a gestante se adapta a fim de predispor uma condição
tolerável para o desenvolvimento fetal. Frente a essa premissa, a atual pandemia da
COVID-19 acionou um alerta para o acometimento materno em relação a essa fase,
destacando-a como um fator de risco para a letalidade da doença. OBJETIVOS: Analisar
através de uma revisão integrativa, os achados na literatura referentes aos impactos da
infecção por SARSCOV-2 na gravidez, a fim de compreender o dinamismo da doença
frente a população feminina durante a gestação. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo e analítico, de caráter exploratório, ao qual buscou-se artigos que
abordassem o impacto da COVID-19 na gravidez. O descritor utilizado para o
levantamento bibliográfico foi: COVID-19 pregnancy impact. As bases de dados
consultadas foram PUBMED, SCIELO e MEDLINE. Os critérios de inclusão adotados
foram artigos íntegros, publicados entre 2019-2021 e que estivessem escritos em
português e inglês. Já os de exclusão corresponderam aqueles que não contemplavam a
temática da revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em um levantamento
comparativo realizado no Hospital de Ankara (Turquia), entre grávidas infectadas com
SARS-COV-2 e grávidas sem morbidades associadas, foi constatado diferenças
significativas nos níveis de citocinas e células de defesa, de maneira gradual ao longo dos
trimestres da gravidez, corroborando a atipicidade do sistema imunológico durante a
gestação. Ademais, o grupo de gestantes apresentou maiores taxas de hospitalização e
maior tempo médio de permanência nos hospitais, propondo uma maior vulnerabilidade
a exposição ao vírus. Foram observados estudos no Chile e Turquia, os quais relataram
um aumento na probabilidade de parto cesáreo em grávidas acometidas com a COVID-
19 e possibilidade de transmissão vertical, resultando em complicações na função
respiratória neonatal. Em um outro estudo realizado, constataram-se que oito gestantes
de um total de 125, foram internadas na unidade de terapia intensiva (UTI) para ventilação
mecânica, das quais seis morreram, indicando a alta letalidade da doença em grávidas que
evoluíram a COVID-19 grave. Em contrapartida, em uma análise desenvolvida na
Espanha, com 13 mulheres em gestação e PCR positivo para o SARS-COV-2, constatou
que nenhuma dessas desenvolveu complicações decorrentes da infecção e os recém-
nascidos testaram negativo. Isto demonstra que há uma possível divergência na literatura

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atual ou uma deficiência do estudo, visto a reduzida amostragem de gestantes,
caracterizando a necessidade de mais pesquisas relacionadas. Em relação ao estado
psicológico, a pandemia do novo coronavírus teve impacto significativo para o aumento
da prevalência de depressão em gestantes, destacando preocupações, que somadas a
variação hormonal experimentada por elas, podem resultar em riscos para a continuidade
da gravidez. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível que apesar do cenário da
COVID-19 e seus indiscutíveis impactos na gestação, há uma quantidade limitada de
pesquisas sólidas a respeito dessa temática. Dessa forma, torna-se imprescindível o
desenvolvimento de mais estudos associados, objetivando desvendar o dinamismo da
doença frente a população materna, contribuindo para fomentar intervenções direcionadas
futuramente.
Palavras-chave: Gravidez; SARS-COV-2; COVID-19.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Gravidez. Disponível em:<https://www.gov.br/saude/pt-


br/assuntos/saude1/g/gravidez#:~:text=A%20gravidez%20%C3%A9%20um%20evento
,e%20para%20toda%20a%20fam%C3%ADlia>. Acesso em: 05 jun. 2021.
HERNÁNDEZ, O. et al. COVID-19 e gravidez no Chile: relatório preliminar do estudo
multicêntrico GESTACOVID. Rev. chil. obstet. ginecol. (En línea) , p. S75-S89, 2020.
ONCEL, M. Y. et al. Um estudo multicêntrico sobre as características epidemiológicas e
clínicas de 125 recém-nascidos de mulheres infectadas com COVID-19 pela Turkish
Neonatal Society. Jornal europeu de pediatria , v. 180, n. 3, pág. 733-742, 2021.
QEADAN, F. et al. The risk of clinical complications and death among pregnant women
with COVID-19 in the Cerner COVID-19 cohort: a retrospective analysis. BMC
pregnancy and childbirth, v. 21, n. 1, p. 1-14, 2021.
TANACAN, A. et al. The impact of COVID-19 infection on the cytokine profile of
pregnant women: A prospective case-control study. Cytokine, v. 140, p. 155431, 2021.

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IMPACTOS DA FUNÇÃO SOCIAL DA FACE EM PACIENTES COM
FISSURA LABIOPALATINA

Suzanna Tavares Paulino1; Elielson Felix Gonçalves1; Tamires de Alexandria Matias1;


Pedro Victor Santana Alvarenga1
1
Graduandos em Medicina pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: As fissuras labiopalatinas estão entre as alterações de desenvolvimento
mais prevalente. Fissuras labiopalatinas são caracterizadas pela não fusão da
proeminência nasal medial correta entre a quarta e a décima segunda semana de gravidez.
Essa malformação envolve desde aspectos funcionais, tais como dificuldade para respirar,
falar e se alimentar, até os aspectos psicossociais dos seus portadores devido a estética
facial prejudicada. OBJETIVOS: Analisar como as pessoas lidam com a consequente
aparência física relacionada a fissura labiopalatona, e como isso pode interferir
psicologicamente. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica de
literatura desenvolvido e fundamentado a partir de materiais coletados nas bases de dados
da Biblioteca Virtual de Saúde e SCIELO, sendo utilizado os Descritores em Ciências da
Saúde (DECS): “Fissura Labiopalatina”, “Psicológico”, “Qualidade de vida”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os padrões estéticos impostos pela sociedade são
vistos como importante fator para aceitação social e pessoal do individuo. As razões que
levam os indivíduos a buscar o tratamento não está necessariamente relacionada as
necessidades funcionais, as pessoas geralmente procuram tratamento a fim de melhorar
o aspecto estético. A alteração na face dos pacientes portadores afeta as condições
emocionais e psicológicas quanto a autoaceitação diante de uma forte mudança na
aparência física na face do indivíduo, e por consequência transtornos psíquicos que
podem levar a depressão e dependência emocional. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Pacientes portadores de fissuras labiopalatinas precisam de tratamento envolvendo uma
equipe multiprofissional, como psicólogo para ajudar e evitar transtornos emocionais pela
sua nova forma de se ver ao espelho e até mesmo a autoaceitação.
Palavras-chave: Fissura Labiopalatina; Psicológico; Qualidade de vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Beluci, Marli Luiz et al. Correlação entre qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores
familiares de bebês com fissura labiopalatina* * Extraído do estudo de Pós-doutorado:
“Qualidade de vida e sobrecarga de cuidadores informais de bebês com fissura
labiopalatina”, Pós-Doutorado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade
de São Paulo, 2016. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2019, v. 53
[Acesso em 2 de setembro de 2021], e03432. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017047603432>. Epub 29 de abril de 2019. ISSN
1980-220X. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2017047603432.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Érica Vidal da Cunha,et.al Aspectos psicológicos relacionados ao indivíduo com fissura
labiopalatal: uma revisão de literatura. [Acesso em 2 de setembro de 2021]. Disponível
em:
https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/salusvita/salusvita_v36_n4_2017_art_
10.pdf

Raposo-do-Amaral, Cassio Eduardo, Kuczynski, Evelyn e Alonso, Nivaldo Qualidade de


vida de crianças com fissura labiopalatina: análise crítica dos instrumentos de
mensuração. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica [online]. 2011, v. 26, n. 4 [Acessado
13 Setembro 2021] , pp. 639-644. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1983-
51752011000400017>. Epub 22 Mar 2012. ISSN 1983-5175.
https://doi.org/10.1590/S1983-51752011000400017.

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IMPACTOS DA LIMITAÇÃO CADASTRAL DO PROGRAMA PREVINE
BRASIL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO CONTEXTO DOS PRINCÍPIOS
DOUTRINÁRIOS DO SUS
Jhessica Silva da Silva1; Daheny Coelho Matos2; Diniele das Mercês Damasceno 3;
Camila Oliveira dos Santos4; Caroline Priscila Oliveira dos Santos 5
1, 2, 3, 4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
5
Nutricionista formada pela Universidade Federal do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Sistema Único de Saúde (SUS), é constituído pelo conjunto de ações


e serviços de saúde, prestados por órgãos públicos federais, estaduais e municipais. É
considerado uma das maiores conquistas sociais, reconhecidas na Constituição de 1988;
seus princípios doutrinários expressam a democratização nos serviços de saúde.
Entretanto, instituído pela Portaria 2.979/2019, o programa Previne Brasil, novo modelo
de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS), vai em direção oposta as decisões
estabelecidas na Cobertura Universal de Saúde, cuja resolução aprovada afirma a
necessidade em garantir o financiamento público eficiente na prestação de serviços de
saúde, conferindo um retrocesso nas políticas públicas de saúde no Brasil, tendo em vista
a limitação cadastral do novo modelo, justificando a necessidade do presente estudo,
sobre os impactos do programa Previne Brasil nesses princípios doutrinários no SUS na
APS. OBJETIVOS: O estudo tem por finalidade analisar quais os impactos que as
restrições cadastrais do programa Federal Previne Brasil acarreta na Atenção primária em
saúde no contexto dos princípios doutrinários do SUS. METODOLOGIA: Realizou-se
uma revisão bibliográfica qualitativa, durante o mês de Agosto de 2021, em que foram
encontrados 7 artigos, e desses, 3 foram selecionados para compor a pesquisa. Os critérios
de inclusão foram publicações entre os anos de 2011 a 2021, apenas na Língua
portuguesa, disponibilizados nas bases de dados Scielo, BVS e Google Acadêmico, que
contemplassem os descritores “Financiamento da APS”, “Cadastro Previne Brasil”,
“Previne Brasil”, e “Princípios doutrinários do SUS”. Os critérios de exclusão foram
artigos que não abordassem as exigências descritas anteriormente. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A partir do estudo observou-se que o Programa Previne Brasil do governo
Federal, promoveu mudanças potenciais nas regras para o financiamento da APS,
impactando nos princípios da Universalidade, Integralidade e Equidade do SUS. Uma das
regras de maior impacto, destaca-se o financiamento por número de cadastros, que devem
seguir a classificação geográfica municipal determinada pelo IBGE para que se
determinem as quantidades máximas que podem ser realizadas por unidade de saúde,
todavia o Instituto alerta para os limites dos seus estudos, enfatizando que são estimativas,
ou seja, uma aproximação do valor real. Os resultados mostraram que a limitação
cadastral, impacta diretamente na cobertura da população assistida, além disso, essa
limitação resultará em um financiamento que poderá restringir o direito à saúde em todas
suas esferas quanto serviço, tanto na efetivação dos princípios doutrinários do SUS,

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quanto na organização da APS, já que quanto menor os recursos que esses limites
cadastrais irão impor e maior a quantidade do público que necessite do atendimento,
maior será a defasagem do serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, faz-se
necessário um olhar atento para as configurações que o Programa Previne Brasil promove
no SUS, principalmente em sua regra de limitação cadastral, tornando-se importante mais
pesquisas que visem analisar os impactos que essa limitação poderá acarretar, sobretudo,
para que se possam evitar os futuros efeitos negativos destes, seja impactando nos
princípios doutrinários, seja contribuindo para um possível desmonte da APS.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Financiamento; Princípios do SUS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HARZHEIM, Erno“Previne Brasil”: bases da reforma da Atenção Primária à Saúde.


Ciência & Saúde Coletiva [online]. v. 25, n. 4 [Acessado 17 de Agosto de 2021] , p.
1189-1196. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232020254.01552020>.
ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232020254.01552020.
SETA, Marismary Horsth De, Ocké-Reis, Carlos Octávio e Ramos, André Luis Paes
Programa Previne Brasil: o ápice das ameaças à Atenção Primária à Saúde?. Ciência &
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LEITE, Jéssica Andrade, et. al., Efetividade dos Princípios do Sistema Único de Saúde
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https://doi.org/10.34019/1809-8363.2018.v21.16250.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTOS DOS DISRUPTORES ENDÓCRINOS NA SAÚDE
REPRODUTIVA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2

1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os disruptores endócrinos representam uma grande variedade de


substâncias orgânicas e inorgânicas que interferem na ação dos hormônios naturais. Tais
interferentes exógenos encontram-se indevidamente distribuídos no meio ambiente, além
de serem identificados em cosméticos, produtos de higiene e alimentos. Dessa maneira,
é fundamental avaliar os riscos da crescente exposição dos seres humanos aos disruptores
endócrinos e as possíveis consequências para as gerações futuras. OBJETIVOS:
Investigar os impactos dos disruptores endócrinos na saúde reprodutiva a partir de
informações disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica exploratória em setembro de 2021 a partir da combinação dos descritores
“Disruptores endócrinos” e “Reprodução” nas bases de dados da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), obtendo 652 resultados. Foram excluídos trabalhos de revisão e com tempo
de publicação superior a 5 anos. Foram selecionados 7 artigos científicos disponíveis em
língua inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise do material teórico
determinou 24 citações de disruptores endócrinos, incluindo ftalatos e bisfenol A.
Estudos em modelo animal identificaram riscos para a saúde reprodutiva feminina e
masculina como níveis diminuídos de testosterona, distúrbios na espermatogênese,
índices gestacionais reduzidos e menor formação de gametas. A avaliação sanguínea de
gestantes revelou uma alta prevalência de interferentes endócrinos, os quais foram
associados a uma maior probabilidade de recém-nascidos de baixo peso, potencializando
quadros infecciosos e agravos no desenvolvimento neonatal. Além disso, foi demonstrado
que a exposição aos disruptores endócrinos durante a gestação é um risco transgeracional,
o qual foi relacionado ao aparecimento de amenorréia e parto prematuro até na terceira
geração de mulheres expostas ao dietilestilbestrol. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os
impactos dos disruptores endócrinos na reprodução humana revela a necessidade de
priorizar medidas de prevenção à saúde e de explorar as metodologias de diagnóstico e
os agravos a longo prazo causados pela exposição.
Palavras-chave: Disruptores endócrinos; Reprodução; Desenvolvimento fetal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARAKAT, Radwa et al. Germline-dependent transmission of male reproductive traits

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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http://dx.doi.org/10.1093/toxsci/kfz207.

SHI, Mingxin et al. Prenatal Exposure to Bisphenol A, E, and S Induces


Transgenerational Effects on Female Reproductive Functions in Mice. Toxicological
Sciences, [S.L.], v. 170, n. 2, p. 320-329, 27 maio 2019. Oxford University Press (OUP).
http://dx.doi.org/10.1093/toxsci/kfz124.

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mothers were exposed in utero to diethylstilbestrol (DES): a report from the us national
cancer institute des third generation study. Reproductive Toxicology, [S.L.], v. 84, p.
32-38, mar. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.reprotox.2018.12.008.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL PARA A PREVENÇÃO DE
GRAVIDEZ EM ADOLESCENTES
Raquel Vasconcelos Costa Dourado1; Catharina Salum Menezes de Menezes2; Marcella
Montenegro Galvão3; Carolina Magalhães Simões4; Karen Dória Barreto Costa5; Renata
Lopes Britto6
1,2,3,4
Graduanda em Medicina pela Universidade Salvador
5
Graduanda em Medicina pela UniFTC
6
Médica Ginecologista Obstetra pela Universidade Federal da Bahia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A adolescência é uma fase natural da vida em que se encara diversos


riscos à saúde, sobretudo relacionados à sexualidade e à reprodução. A gestação nesse
período, juntamente com suas consequências negativas para as mães jovens e seus filhos,
traduzem um significativo problema de saúde pública, seja em países de alta, média ou
baixa renda. Nessa perspectiva, o aconselhamento e o acesso a informações abrangentes
relacionadas a educação sexual são importantes na ampliação do conhecimento a respeito
de práticas sexuais seguras, a fim de reduzir as taxas de gravidez em adolescentes.
OBJETIVO: Analisar o impacto das práticas de educação sexual na prevenção de
gravidez em adolescentes. METODOLOGIA: Foi conduzida uma revisão de literatura
utilizando as bases de dados BVS e PubMed, buscando pelos descritores “sex education”,
“pregnancy in adolescence” e “prevention”. Os resultados foram filtrados pelos materiais
publicados entre 2011 e 2021, nos idiomas português e inglês. Das 416 referências
relevantes encontradas, 362 foram removidas após leitura preliminar de título e resumo,
compondo um banco de dados de 54 publicações. Destas, apenas 8 foram selecionadas
após a aplicação dos critérios de exclusão ao serem submetidas a leitura integral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um estudo realizado em Bokeo Province, Lao,
apontou que aproximadamente um terço (32,4%) dos adolescentes desta pesquisa não
conhecia nenhum anticoncepcional moderno. Em outro estudo, foi revelado que o
preservativo masculino é o método mais conhecido contra infecções sexualmente
transmissíves e gravidez entre os jovens, entretanto, seu uso consistente não é frequente,
principalmente nas relações eventuais e não programadas. Embora o conhecimento a
respeito de práticas sexuais seguras seja de vital importância para adolescentes que
necessitam de uma consciência abrangente de como evitar uma gestação, é evidente a
presença de lacunas no conhecimento dos métodos contraceptivos e a falta de
informações relacionadas à gravidez, deixando os adolescentes em alto risco de diversas
consequências negativas para a saúde. Inúmeros estudos apontam para a necessidade de
educação sexual de crianças e adolescentes e identificam que a escola e os pais são as
fontes de conhecimento mais importantes. A educação para o sexo e a sexualidade
demonstra ter um impacto positivo no conhecimento dos adolescentes sobre atividade
sexual, comportamento sexual seguro, contracepção e como evitar o abuso sexual e a

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


gravidez na adolescência. CONCLUSÃO: Os estudos mostram a necessidade de
aprimorar o conhecimento dos adolescentes quanto aos cuidados relacionados ao
comportamento sexual. A orientação e a realização de atividades educativas direcionadas
para essa população acerca de saúde sexual e reprodutiva são fundamentais para a
implementação de competências a fim de prevenir a gravidez na adolescência. Desse
modo, a educação sexual tem um papel imprescindível na redução das taxas de gravidez
precoce, bem como na saúde e no bem-estar dos adolescentes.
Palavras-chave: Educação sexual; Gravidez na adolescência; Prevenção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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VIEIRA, K.; BARBOSA, N.; MONTEIRO, J.; DIONÍZIO, L.; SPONHOLZ, F.
Conhecimento de adolescentes sobre métodos contraceptivos e infecções sexualmente
transmissíveis. Revista baiana enfermagem, v. 35, p. 39015, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPORTÂNCIA DA FISCALIZAÇÃO DO NUTRICIONISTA DA UAN NO
RECEBIMENTO DE HORTIFRUTIS
Iolene Amaral Moraes1; Katrinne Mayanne Lima da Costa 2
1,2
Pós Graduando em Nutrição Clínica e Hospitalar pela Faculdade Integrada da
Amazônia
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A alimentação hospitalar visa a melhora e manutenção do quadro de


saúde do paciente, além de possibilitar a assistência nutricional do seu acompanhante. Por
isso, é importante garantir a segurança alimentar e o bom estado dos alimentos que
chegam até a UAN. O Nutricionista, de acordo com as suas atribuições no que diz respeito
ao trabalho na UAN, precisa fazer o planejamento, organizar as ações, dirigir,
supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição. No caso específico dos
hortifrutis, o nutricionista deve estar atento ao seu recebimento, armazenamento,
manipulação e pré-preparo. OBJETIVOS: Observar os critérios de seleção pela
nutricionista durante o recebimento dos hortifrutis, analisar a política de devolução no
caso de produtos reprovados, verificar a área de recebimento e condições gerais do
fornecedor, conforme o manual de boas práticas da UAN. METODOLOGIA: Foi
realizado uma observação na área de recebimento da UAN da Fundação Santa Casa da
Misericórdia, durante o período do estágio obrigatório do dia 07 a 29 de março de 2019.
Com base no estudo de caso de método descritivo – qualitativo, no qual estava presente
a nutricionista, estagiários, dois funcionários da empresa terceirizada de hortifruti e um
funcionário da UAN. Avaliou-se as condições dos hortifrutis no momento de entrega,
com destaque para o frescor dos alimentos, ausência de sinais de pragas ou doenças,
ausência de elementos que comprovem a má formação, manchas ou odores não
característicos, tamanho dos gêneros e a conferência da temperatura e peso. Observou-se
também as condições da área do recebimento e características gerais do fornecedor,
conforme o manual de boas práticas da UAN. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
recebimento é feito pelas estagiárias de nutrição, enquanto a nutricionista da UAN fica
responsável pela supervisão e execução de outras tarefas. A medida em que o produto é
descarregado, verifica-se o peso e a quantidade, e se estão de acordo com a solicitação
realizada pela UAN. Quando se verifica alguma alteração aparente e em maiores
quantidades, como a maturação das verduras, a presença de bolores ou danos de ordem
física e mecânica, a nutricionista é chamada e o produto é devolvido. A responsável pela
UAN faz uma notificação para a empresa, relatando o ocorrido. Dependendo da
quantidade de itens recusados, a reposição não é realizada, como foi observado em uma
das entregas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É de extrema importância a presença do
Nutricionista da UAN no momento da chegada de hortifruti. Isso porque esse profissional
é capaz de identificar pontos vulneráveis e de maiores riscos de contaminação dos
alimentos. No caso da UAN da Santa Casa, que atende como público principal crianças e
mães em puerpério, garantir a segurança alimentar é fundamental para a melhora do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


quadro de saúde desses pacientes. Embora a nutricionista nem sempre esteja presente no
momento da chegada dos hortifrutis, a equipe de estagiários tem a autonomia de verificar
cada alimento, recusar aqueles que apresentem risco e avaliar os fornecedores.
Palavras-chave: UAN; Nutricionista; Hortifrutis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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alimentação e nutrição: um modo de fazer. São Paulo: Metha, 2003. CASTELLI, G.
Administração Hoteleira. 8.ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2001.

CFN - Resolução nº 380 do Conselho Federal de Nutricionistas. Dispõe sobre a


definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições. Diário Oficial da União
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FONSECA, K. Z.; OLIVEIRA, D. C. S. ; CORRÊA, M. S. Análise de custos em


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FONSECA, K. Z.; SANTANA, G. R. O nutricionista como promotor da saúde em


unidades de alimentação e nutrição: dificuldades e desafios do fazer. Enciclopédia
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FONSECA, M. T. Tecnologias Gerenciais de Restaurantes. São Paulo: SENAC, 2000

LEMOS, M.P.; PROENÇA, R.P.C. Melhoria da Qualidade Higiênicosanitária de


Refeições Coletivas: Um estudo de Caso Considerando a Ergonomia. Revista Nutrição
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Dissertação de mestrado, EPS/UFSC, 2002.

ORNELLAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 8.ed. São Paulo:


Atheneu, 2006.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPORTÂNCIA DA SAÚDE ESPORTIVA PARA A MINIMIZAÇÃO DOS
TRANSTORNOS MENTAIS: UMA REVISÃO DA LITERATURA.

Mayara Stéphanny de Oliveira Neves Silva ¹; Anna Beatriz Alves Silva ²; Eriberto
Cassiano Silva Dos Santos³; Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva 4; Tainá Maria
de Souza Vidal 5
¹ Graduanda em Farmácia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
² Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
³ Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: os exercícios físicos sempre estiveram presentes em nosso cotidiano,


antes eram praticados pelo homem por questões de sobrevivência sendo utilizados para
caçar, fugir ou construir, mas ao longo dos anos os exercícios físicos começaram a ser
introduzidos e relacionados à saúde. As doenças e os transtornos mentais são atualmente
uma das maiores causas que afetam a saúde emocional e consequentemente colaboram
para a delimitação da qualidade de vida, a ansiedade e a depressão são alterações que
acontecem com bastante frequência e caminham de mais dadas, podendo acometer
pessoas de qualquer idade, sendo assim um problema que revela enorme preocupação a
saúde pública, devido à grande morbidade e mortalidade. Estudos epidemiológicos
afirmam que pessoas moderadamente ativas diminuem problemas de saúde relacionados
a desordens mentais. OBJETIVOS: o presente resumo tem como objetivo evidenciar a
importância da saúde esportiva para a minimização de transtornos mentais, bem como
apresentar os benefícios de praticar atividades físicas para a preservação do bem-estar.
METODOLOGIA:, constitui de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa da literatura,
através das plataformas SciELO e Medline, utilizando como descritores: esportes, saúde
mental, atividade física, no qual foram selecionados 06 (seis) artigos, no idioma
português, de 2011 a 2021. RESULTADOS E DISCURSÕES: A relação entre a prática
de atividade física e a diminuição de sentimentos negativos e também das desordens
mentais, como ansiedade e depressão se torna cada vez mais visível e de grande
relevância. Estudos realizados mostram que indivíduos sedentários possuem maiores
chances de apresentar algum tipo de condição mental, se destacando principalmente o
estresse, a ansiedade e também a depressão, do que aqueles indivíduos que são
fisicamente ativos, isso ocorre por inúmeros fatores, e um deles é a estimulação dos
neurotransmissores adrenalina, endorfina e serotonina, sendo este último considerado
como neurotransmissor relacionado com a modulação das emoções. Em casos de estresse,

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onde os níveis de cortisol se encontram elevados, é importante destacar os impactos de
uma forma geral no organismo, pois esse excesso de cortisol pode agir diretamente nas
condições imunológicas, deprimindo o sistema imune e também, acaba por danificar a
qualidade de sono, tornando o indivíduo extremamente cansado e aumentando sensações
ansiosas e depressivas, além de estimular o acúmulo de gordura na região central do
corpo. Sendo este último outro ponto a ser destacado, pois muitas pessoas passam a
apresentar conflitos de autoestima e passam a não ter uma boa relação com sua imagem,
acarretando em um problema de insatisfação consigo mesmo. CONCLUSÃO: sendo
assim, fica evidente como a prática de atividade física de forma regular pode contribuir
para a saúde mental de quem pratica. Percebe-se que de uma maneira geral, uma questão
entrelaça outra, e assim, acaba por se tornar um ciclo vicioso de situações ansiosas,
depressivas e de estresse, porém, quando se estabelce um ritmo de realização dessas
atividades, sejam elas mais relaxadoras ou as mais ativas, é possível notar a contribuição
de maneira direta com a promoção de saúde e a prevenção das desordens mentais,
podendo amenizar também os pensamentos negativos.
Palavras-chave: esportes, saúde mental, atividade física.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPORTÂNCIA DO RECONHECIMENTO DAS FASES DO LUTO NA
ABORDAGEM AOS ENLUTADOS NOS CUIDADOS PALIATIVOS

Wanessa Alves Silva1; Daniele Oliveira Silva2; Rafaela Gois Alves Cezário3; Simone
Yuriko Kameo4

1,2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal de Sergipe
3
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Sergipe
4
Enfermeira pela Universidade Estadual de Londrina. Mestre e Doutora em Enfermagem
pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O luto faz parte do processo de cuidados paliativos, pois este abrange
a família até após o óbito de seu ente querido, e tal processo possui fases, assim,
consequentemente, torna-se essencial entender como é imprescindível que o profissional
atuante da área reconheça os estágios pelos quais passam os enlutados, de forma que,
auxilie na abordagem quanto aos cuidados prestados ao indivíduo e a família ou amigos
deste. OBJETIVOS: Descrever a importância do reconhecimento das fases de luto na
abordagem dos Cuidados Paliativos. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão de
literatura de natureza qualitativa. Foi realizada uma pesquisa a fim de responder a
pergunta norteadora “Existe melhor abordagem dos enlutados perante os Cuidados
Paliativos quando há o reconhecimento das fases do luto?” estruturada a partir da
estratégia PICO (P: Pessoas enlutadas; I: Relação entre as fases de luto e os cuidados
paliativos; C: N/A; O: Melhor Abordagem dos enlutados nos Cuidados paliativos quando
existe o reconhecimento das fases de luto). Tal busca foi realizada nas bases de dados
SCIELO e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com a combinação dos descritores “Luto”,
“Cuidados Paliativos” e “Morte”, acrescidos do operador booleano “AND”, formulando
a pesquisa: “Luto AND Cuidados Paliativos AND Morte”, e incluindo-se os trabalhos
que mais discutiam sobre o luto, suas fases e como ele se envolve com os cuidados
paliativos. Além disso, também foi incluído um livro na literatura pela boa discussão de
sua obra. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com Bowlby (1989), o luto é uma
resposta ao rompimento de um vínculo, no qual havia afeto compartilhado entre o
enlutado e seu ente, e a intensidade desse processo torna-se proporcional ao grau de
vínculo e afeto entre ambas as partes. Dessa forma, de acordo com a Academia Nacional
De Cuidados Paliativos (2009), são observados dois tipos de luto: o normal, quando o
indivíduo entende o processo que está passando e aceita a perda do ente querido; e o
complicado, caracterizado por não conseguir retornar às atividades normais e a
persistência do sentimento por longos períodos. Por isso, é importante que os
profissionais que atuam nos Cuidados Paliativos possam reconhecer os estágios do luto,
os quais são caracterizados, conforme Braz e Franco (2017), por: entorpecimento; anseio
e protesto; desespero; recuperação e restituição. Estes são individuais para cada ser
humano, como também importantes para prevenir o luto complicado e para zelar pela
qualidade de vida da família, a qual inclui-se na abordagem dos Cuidados Paliativos,
cujos quais não se aplicam apenas ao final da vida, e sua aplicação durante o luto confere

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


acolhimento à família, bem como suporte durante este processo. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Perante a realização desta revisão, é possível evidenciar que os cuidados
paliativos abrangem a família até após a perda de seu ente, e por isso torna-se essencial o
reconhecimento das fases do luto para que maiores danos sejam miniminizados durante
esse processo, fazendo com que os profissionais atuem diretamente na melhoria da
abordagem e da qualidade de vida dos familiares durante todos os estágios.
Palavras-chave: Cuidados paliativos; Luto; Morte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAZ, M. S.; FRANCO, M. H. P. Profissionais Paliativistas e suas Contribuições na


Prevenção de Luto Complicado. Psicologia: ciência e profissão, [s.l.], v. 37, n. 1, p. 90-
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BOWLBY, J. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre:
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ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de Cuidados


Paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic; 2009.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INCIDÊNCIA DE NOVOS CASOS DE DENGUE COM NECESSIDADE DE
HOSPITALIZAÇÃO NO ESTADO DE SANTA CATARINA ENTRE 2016 E
2020:
Sofia Ferreira Machado¹, Beatriz Carvalho de Oliveira¹, Larissa Fontanella Evaristo de
Souza¹, Raphaela da Silva Maintinguer¹, Amanda Carolina Fonseca da Silva¹
¹Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela fêmea de


mosquitos do gênero Aedes. É endêmica de países tropicais e, atualmente,
representa a doença transmitida por mosquito de espalhamento mais rápido no
mundo. No Brasil, a região sul, da qual o estado de Santa Catarina faz parte, foi a
que apresentou o segundo maior número de casos no país, ficando atrás somente
da região Centro-Oeste. A infecção pode resultar em diferentes graus da doença,
variando desde quadros assintomáticos até a dengue hemorrágica. Desse modo,
alguns casos podem ser tratados em casa, enquanto outros mais graves e com maior
risco de morte necessitam de cuidados hospitalares. No entanto, ainda não há
medicamentos específicos para a doença e, portanto a melhor maneira de controle
é por meio do combate ao vetor e da vigilância constante dos números
epidemiológicos. Objetivos: Analisar a incidência de novos casos de Dengue que
necessitam de hospitalização no estado de Santa Catarina entre os anos de 2016 e
2020. Métodos: Por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) no Departamento de Informátca do Sistema Único de Saúde do Brasil
(DATASUS), foi realizado um estudo epidemiológico transversal descritivo, com
17. 476 casos, sobre o número de casos de Dengue com necessidade de internação
hospitalar notificados no estado de Santa Catarina entre 2016 e 2020. Foram
incluidos somente casos cuja classificação final foi “Dengue”, sendo excluídos
aqueles descartados ou inconclusivos. Resultados e Discussão: Entre os anos de
2016 e 2020, foram notificados 17.476 casos de Dengue no estado de Santa
Catarina, dos quais 465 necessitaram de hospitalizações. O ano com os maiores
números foi 2020, com 11.290 casos e 221 internações, o que corresponde a
frequência relativa com 64,6% e 47,52% dos casos de dengue e de necessidade de
internação, respectivamente, notificados no período. Por outro lado, 2017 registrou
as menores taxas, 17 casos e 3 internações. Também foi o único período que
registrou redução do número de casos em relação ao ano anterior (2016) que foram
4.190 casos. Após 2017, os casos aumentaram em todos os períodos, 72,5% entre
2017 e 2018, 96,7% entre 2018 e 2019 e 83% entre 2019 e 2020. Algo semelhante
ocorreu com as internações por causa de Dengue, que diminuíram 4766,66% entre
2016 (146) e 2017 (3) e depois aumentaram 40% entre 2017 (3) e 2018 (5), 94,44%
entre 2018 e 2019 (90) e 59,27% entre 2019 e 2020 (221). Considerações Finais:
Desse modo, dos últimos 5 anos o único período que registrou redução do número
de casos e de internações por Dengue foi entre 2016 e 2017. A partir de 2017, todos

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os outros períodos registraram aumentos, tanto de casos quanto de hospitalizações.
Sendo 2020 o ano com as maiores taxas, o período com maior aumento percentual
de casos e de internações foi aquele entre 2018 e 2020, que registrou um aumento
de 96,7% no número de casos e de 94,44% no número de internações.

Palavras Chaves: Dengue - Hospitalização - Saúde Pública

REFERÊNCIAS:

KHETARPAL, Niyati; KHANNA, Ira. Dengue Fever: causes, complications, and


vaccine strategies. Journal Of Immunology Research, [S.L.], v. 2016, p. 1-14, 2016.
Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2016/6803098.

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INFLUÊNCIA DA COLAGENASE EM LESÕES POR PRESSÃO EM ISOSOS
ACAMADOS

Camila Ramos Ferreira Silva1; Maria Luísa Figueira de Oliveira2; Jennyfer Martins de
Carvalho2, José Anderson da Silva Gomes3, Anna Carolina Lopes de Lira3; Fernanda
das Chagas Angelo Mendes Tenorio4
1
Enfermeira. Graduada pela Faculdade Integrada de Pernambuco
2
Mestranda em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco
3
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
4
Doutora em Biociência Animal pela Universidade Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A ferida é originada a partir do rompimento das estruturas normais da


pele, e é definida como ausência da integridade dos tecidos. A regeneração da pele, por
sua vez, é chamada de cicatrização, que pode ser de primeira intenção ou de segunda
intenção. A cicatrização é um processo complexo, contando com os estágios da
inflamação, granulação e epitelização. Uma lesão infectada, por microorganismos da
flora ou por outros patógenos, atrasa o processo cicatrizante podendo deteriorar a lesão.
Os curativos são as formas de tratamento mais indicados, uma vez que para cada estágio
cicatricial requer um tipo de curativo específico. Nas feridas abertas e infectadas sempre
geram dúvidas quanto à conduta adequada para adptar os cuidados necéssário; uma lesão
seca precisa ser umidecida, uma lesão úmida precisa de um meio mais seco para
estabelecer sua cicatrização. Assim, curativos com colagenase atuam com o
debridamento enzimatico de um tecido sem vida, sendo uma das formas de auxílio
necessários para a conduta de manejo. OBJETIVOS: Esse estudo tem por objetivo
descrever a evolução satisfatória da colagenase em lesões desvitalizadas em idosos da
comunidade do alto São Sebastião em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.
METODOLOGIA: Trata-se de uma investigação qualitativa realizada pela equipe de
enfermagem na comunidade do alto São Sebastião em Jaboatão dos Guararapes,
Pernambuco. Foram observados em idosos acamados, que apresentem lesões por pressão,
infectadas, a influência da troca de curativos a cada 24 horas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foi observado que o uso da colagenase sob primeira intensão na lesão
infectada em idodos acamados, mesmo com comprometimento na circulação e convívio
com patologias como diabetes melitus e agravos de problemas vasculares obteve um bom
resultado no tempo esperado, uma vez que os curativos evitaram o agravamento da
infecção e a dimuição de perda de tecido peri-lesão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É
essencial que profissionais de saúde que atuam com lesões por pressão infectadas possam
identificar o tipo de lesão que compromete o paciente, para adequar melhor a conduta de

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atendimento. Além disso, o uso do princípio da colagenase pode influenciar no manejo
adequado desses pacientes.
Palavras-chave: Ferida; Cicatrização; Curativo; Colagenase.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOWLER, P. The anaerobic and aerobic microbiology of wounds: a review. Wounds, v.


10, p. 170-178, 1998.

FRANCO, Diogo; GONÇALVES, Luiz Fernando. Feridas cutâneas: a escolha do


curativo adequado. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 35, p. 203-206,
2008.

MONTEIRO, V. L. C. Cana-de-açúcar no tratamento de feridas cutâneas por segunda ou


terceira intenção. Medicina Veterinária (UFRPE), v. 1, n. 1, p. 1-8, 2007.

ROSIN, E. et al. 1998. Infecção das feridas cirúrgicas e o uso de antibióticos. Manual de
Cirurgia de Pequenos Animais. In: SLATTER, d. (Eds). Manual de Cirurgia de
Pequenos Animais, 2 ed. Ed. Manole: São Paulo, p. 105-118.

VITORINO FILHO, Raimundo NL et al. Avaliação do uso de pomada à base de sementes


de jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam) na terapêutica tópica de feridas. Revista de
Ciências farmacêuticas básica e aplicada, v. 28, n. 3, 2007.

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A INFLUÊNCIA DA DIETA NA COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA
INTESTINAL EM OBESOS

Catharina Salum Menezes de Menezes 1, Caio Márcio Coelho Alves 2, Mariana


Valverde Fernandes 3, Katia Cilene Santos Costa 4, Raquel Vasconcelos Costa Dourado
5
, Zaira Oliveira Rios 6.
1,2,3,4,5,6
Graduando(a) em Medicina pela Universidade Salvador.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A epidemia mundial de obesidade e suas consequências à saúde


indicam que são necessárias medidas de combate e prevenção. As bactérias presentes no
ambiente intestinal participam de processos vitais que beneficiam o hospedeiro humano
em diversas formas. A dieta influencia na composição da microbiota, e em indivíduos
obesos, o papel dessa é ainda mais relevante, pois uma dieta ruim pode ser uma grande
contribuidora para formação de uma microbiota enferma. Logo, estudos sobre probióticos
e o efeito anti-obesidade são promissores e indicam que os microrganismos probióticos
podem ser utilizados no tratamento da obesidade. OBJETIVO: Analisar a influência da
dieta na composição da flora intestinal na população obesa. MÉTODO: Foi conduzida
uma revisão de literatura, utilizando as bases de dados Pubmed, Scielo e BVS, incluindo
estudos publicados entre o período de 2002 a 2021 nos idiomas português e inglês. Os
descritores utilizados na busca foram probióticos, microbiota intestinal e obesidade.
Foram encontrados 21 artigos, sendo excluídos 11 que não atenderam aos critérios de
inclusão e 1 em duplicidade, compondo um banco dedados final de 9 artigos disponíveis
online. DISCUSSÃO E RESULTADOS: Suspeita-se que a flora intestinal de obesos
apresenta peculiaridades que possam induzir inflamação crônica. Um estudo realizado em
40 crianças com idade entre quatro e cinco anos, 20 com sobrepeso e 20 com IMC dentro
da faixa de normalidade, foi investigada a microbiota intestinal, revelando concentração
de enterobactérias maior nos obesos, enquanto as bactérias Akkermansia muciniphila
foram menores nesse grupo. As investigações em relação às células intestinais humanas
têm demonstrado que há pelo menos 5 filos de microorganismos diferentes, entre eles os
Firmicutes (gram positivas) e os Bacteroidetes (gram negativos), que se apresentam em
maior proporção no intestino humano. Bactérias Firmicutes são encontradas em maior
quantidade no organismo adulto obeso e podem aumentar o acúmulo de gordura. A
ligação entre excesso de peso e os desequilíbrios na microbiota intestinal tem tido especial
destaque e os principais achados estão relacionados à capacidade de algumas cepas em
reduzir o peso corporal e medidas antropométricas de circunferência da cintura e quadril,
bem como medidas de composição corporal de massa magra, gordura visceral abdominal
e gordura subcutânea abdominal. As administrações de lactobacilos são seguras,
amplamente utilizadas e bem tolerávéis, uma vez que os mesmos são habitantes da
microbiota normal e apresentam baixo potencial patogênico. Em um estudo de Kadooka
et al., (2010), foi observada a diminuição significativa de gordura visceral e subcutânea,
no peso corporal, IMC, circunferência da cintura e do quadril em adultos com IMC entre

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24,2 e 30,7 kg/m2 que receberam 10 x 109 UFC/dia de Lactobacillus gasseriem leite
fermentado por 12 semanas, comparando com indivíduos que receberam apenas leite
fermentado. CONCLUSÃO: A partir dos estudos é possível avaliar a relação benéfica
entre a manipulação de probióticos e sua ação na obesidade. Porém, ainda são escassas e
divergentes as informações sobre a quantidade das doses, das cepas, tempo de tratamento,
população avaliada e as formas de administração, impossibilitando condutas definidas na
prática clínica.
Palavras-chave: Microbiota intestinal; Obesidade; Probióticos.
REFERÊNCIAS:
ANDRADE, V.; REGAZZONI, L.; MOURA, M.; ANJOS, E.; OLIVEIRA, K.;
PEREIRA, M.; PEREIRA, M.; AMORIM, N.; ISKANDAR, S. Obesidade e microbiota
intestinal. Revista médica de Minas Gerais, v. 25, n 4, p. 583-589, 2014.

BADARÓ, A. C. L.; GUTTIERRES, A. P. M.; REZENDE, A. C. V.; STRINGHETA, P.


C. Alimentos probióticos: aplicações como promotores da saúde humana –Parte 1.
Revista Digital de Nutrição. v. 2, n. 3, p. 1-29, 2008.

GORDON, J. I.; KRAKOFF, J. Energy-balance studies reveal associations between gut


microbes, caloric load, and nutrient absorption in humans. American Journal of Clinical
Nutrition. Bethesda, v. 94, n. 1, p. 58-65, 2011.

GUEIMONDE, M.; JALONEN, L.; HE, F.; HIRAMATSU, M.; SALMINEN, S.


Adhesion and competitive inhibition and displacement of human enteropathogens by
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KADOOKA, Y.; SATO, M.; OGAWA, A.; MIYOSHI.; UENISHI, H.; OGAWA,
H. Effect of Lactobacillus gasseriSBT2055 in fermented milk on abdominal adiposity in
adults in a randomised controlled trial. British Journal of Nutrition. v. 110, p. 1696–
1703, 2013.
LAGE, D.; BRITTO, G. A relação da microbiota intestinal com obesidade e resistência à
insulina. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 6, n.31, p.
31-34, 2012.

LU, L.; WALKER, W. A. Pathologic and physiologic interactions of bacteria with the
gastrointestinal epithelium. The American Journal of Clinical Nutrition. v.73, n 6,
2001.

SAAD, S. M. I. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de


Ciências Farmacêuticas, São Paulo, v. 42, n.1, p. 1-16, 2006.

SEIVA, D.; BORGES, V. Inter-relação entre microbiota intestinal e obesidade. Revista


Nutri online, 2020.

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INSEMINAÇÃO CASEIRA: VALE O RISCO PARA CONQUISTAR UM
SONHO?
Jéssica de Oliveira Gomes Silva¹, Karita Monielly da Silva², Fernanda Lima e Silva³,
Sanny Ferreira Fernandes4, Gislene Aparecida da Silva Carlos5, Rosimeire da Cruz
Andrade6
¹,2Enfermeiras, Pós Graduadas em Urgência e Emergência / Saúde Pública
³,4Mestre em Atenção a Saúde pela UFG, Docentes da Universidade Salgado de Oliveira
– Campus Goiânia
5
Discente do Curso de Psicologia da Uninove – Campus São Paulo
6
Discente do Curso de Enfermagem da Uninove – Campus São Paulo

E-mail para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A realidade da população em situação de rua é caracterizada por


pobreza extrema e vínculos familiares fragilizados, surge então a necessidade de perceber
o adoecer e os cuidados realizados. Os mesmos caracterizam um grupo heterogêneo de
pessoas que apresentam em comum à inexistência de uma moradia regular fixa,
demandando de uma atenção e cuidado humanizado. OBJETIVO: Descrever artigos
fundamentados na assistência multiprofissional para pessoa em situação de rua.
MÉTODO: Trata-se de uma revisão da literatura, com recorte temporal entre 2014-2021.
O levantamento bibliográfico foi realizado a partir da base de dados: Literatura Latino –
Americana- e do Caribe (LILACS), Biblioteca Eletrônica de Periódicos Científicos
Brasileiros (SciELO) e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Como critérios de
inclusão foram utilizados os artigos nacionais e internacionais que tivessem disponíveis
os textos na íntegra e que abordaram a temática pesquisada. Foram excluídos os artigos
repetidos, as revisões de literatura e os artigos publicados fora do período determinado.
Dos 22 artigos encontrados, 16 foram excluídos após os critérios de exclusão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Apesar das questões relacionadas às práticas de
inseminação artificial caseira serem caso de saúde pública, elas não têm a importância
que deveriam dentro do ordenamento jurídico brasileiro, pois não existe nenhuma
regulamentação ou até mesmo uma proibição a respeito das práticas de inseminação
caseira; situação que já é uma realidade no Brasil e que trazem riscos para a saúde da
mulher, por serem praticadas por pessoas sem conhecimentos e habilidades técnicas para
realizar um procedimento seguro. CONCLUSÃO: Com isso, conclui-se a compreensão
deficiente acerca do cuidado com a saúde e a negligência do sistema sobre a integralidade
em rede. Para tal, há necessidade de fortalecer ações dirigidas a esse grupo, a exemplo
dos consultórios na rua, compreendendo os princípios da equidade, integralidade e
universalidade, com vistas a assisti-los de forma holística, eficaz e resolutiva. A
intersetorialidade das ações públicas ainda é um desafio ao cumprimento de um direito
fundamental de todos: o direito à saúde.
Descritores: Equipe Multiprofissional, Pessoas em Situação de Rua, Saúde.

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REFERÊNCIAS:
Luna, Naara. Natureza humana criada em laboratório: biologização e genetização do
parentesco nas novas tecnologias reprodutivas. História, Ciências, Saúde-Manguinhos
[online]. 2005, v. 12, n. 2 [Acessado 12 Agosto 2021] , pp. 395-417. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0104-59702005000200009>. Epub 19 Jun 2007. ISSN 1678-
4758. https://doi.org/10.1590/S0104-59702005000200009.

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INTERVENÇÕES COGNITIVAS POSSÍVEIS EM CASOS DE SUJEITOS
ACOMETIDOS POR HOMOFOBIA INTERNALIZADA

Lucas Warley Da Silva Da Costa 1


1
Graduado e Licenciado em Psicologia, Unime. Pós graduado em Terapia Cognitiva
Comportamental, Faveni. Pós graduando em em Saúde Mental, Psicopatologia e Atenção
Psicossocial, Faculdade Descomplica.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Historicamente justificativas perversas foram criadas para explicar a


existência de pessoas dissidentes de gênero e sexualidade, buscando patologizá-las, com
intuito de manutenção e preservação de privilégios de determinados grupos sociais
majoritários. Apesar da despatologização das orientações e identidades dissidentes, o
estigma social é persistente e funciona como promotor de sofrimento psíquico e motor de
violências contra a comunidade LGBTQIA+. O Estresse de Minorias, é uma teoria que
comprova que a comunidade LGBTQIA+ é acometida por estressores específicos de
sofrimento: experiência de vitimização (E.V), ocultação da orientação sexual e a
homofobia internalizada (H.I), o foco desta revisão. É preciso pensar em práticas
interventivas para dar conta de tal demanda, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC)
é uma grande aliada. OBJETIVOS: Esse artigo empenhou-se em compreender de modo
geral quais intervenções cognitivas são possíveis e pertinentes em atendimentos clínicos
direcionado a homossexuais caso a homofobia internalizada seja uma demanda.
Destrinchando os objetivos específicos em entender os efeitos da H.I e visibilizar as
normativas e prerrogativas dadas pelo Conselho Federal de psicologia direcionadas aos
atendimentos de pessoas LGBTQIA+. METODOLOGIA: Para atingir estes objetivos,
utilizou-se da revisão bibliográfica qualitativa, pesquisar sobre representações sociais,
história da comunidade LGBTQIA+, terapia afirmativa e estresse de minorias, constitui-
se de fundamental para a construção deste artigo, usando a temporalidade de publicações
ocorridas entre 2010 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A H.I, constitui-se de
ideias aversivas e crenças disfuncionais de uma pessoa em relação a sua própria
sexualidade, o que pode se desdobrar em sofrimento biopsicossocial. O atendimento
direcionado a pessoas LGBTQIA+, deve ser preconizado com base no código de ética do
psicólogo e nas resoluções do Conselho Federal de Psicologia de nº 001/1999 e nº
001/2018. A psicoterapia com orientação da TCC, em frente a demandas de H.I, devem
voltar o uso de suas técnicas cognitivas, para o desenvolvimento de habilidades
emocionais, cognitivas e sociais. O questionamento socrático, descastratofização,
reestruturação cognitiva e registro de pensamentos disfuncionais são ferramentas
possíveis de uso. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Indivíduos que experienciam da H.I em
psicoterapia com orientação da TCC, são levados a entrarem em contatos com seus níveis
de cognições que frequentemente são disfuncionais, na intenção de serem reestruturados

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para formas mais funcionais, o psicólogo também disponibiliza ferramentas que possam
ser utilizadas fora do atendimento clínico.
Palavras-chave: Estresse; Minoria; Psicoterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

ALVES, Raquel Ávila Kepler et al . Alterando crenças centrais: um relato de caso de


homofobia internalizada. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 12-
19, jun. 2017 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
56872017000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 30 ago. 2021. http://dx.doi.org/10.5935/1808-5687.20170004

BECK, J. S. Terapia Cognitivo Comportamental - Teoria e Prática. Porto Alegre:


Artmed, 2013.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Tentativas de aniquilamento de
subjetividades LGBTIs/Conselho Federal de Psicologia. – Brasília, DF : CFP, 2019.

PAVELTCHUK, Fernanda de Oliveira; BORSA, Juliane Callegaro. A teoria do estresse


de minoria em lésbicas, gays e bissexuais. Rev. SPAGESP, Ribeirão Preto , v. 21, n.
2, p. 41-54, dez. 2020 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
29702020000200004&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 20 ago. 2021.

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INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS COMO MEDIDAS PREVENTIVAS
NA REDUÇÃO DE DISTURBIOS OSTEOMUSCULARES ASSOCIADOS AO
TRABALHO
Autor1; Samily Virgínia Almeida de Oliveira Maria Debora Rodrigues da Rocha11
Graduanda (o) em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
1
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: Profissionais inseridos em diferentes atividades laborais são
frequentemente acometidos por distúrbios osteomusculares associados ao trabalho
(DORTs). O emprego de medidas fisioterapêuticas no exercício da atividade profissional
destes trabalhadores se faz necessária como medida de prevenção. OBJETIVO: Pontuar
a interferência de intervenções fisioterapêuticas como medidas de prevenção na redução
de DORTs. MÉTODO: Realizou-se uma busca de artigos na base de dados PubMed,
utilizando os descritores musculoskeletal injuries at work. Adotou-se como critérios de
inclusão artigos publicados nos últimos cinco anos e que estivessem disponíveis na
íntegra. Como critérios de exclusão, artigos que não continham os descritores no título ou
no resumo bem como aqueles que não estivessem relacionados com a temática do
trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A fisioterapia é uma ciência da saúde
aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas
funcionais de órgãos e sistemas. Na saúde do trabalhador esta área executa um papel
crucial na prevenção de doenças ocupacionais, além de promover a manutenção e
recuperação da saúde dos indivíduos que foram acometidos por alguma injuria resultante
de seu ambiente laboral. Atualmente, programas fisioterapêuticos que contemplem a
admissão de intervalos de alongamento, programas de ginástica laboral, ergonomia,
cinesioterapia preparatória e compensatória tem sido práticas eficazes e necessárias para
que a redução do quadro álgico provocado pelos contextos lesionais decorrentes das
DORTs ou a incidência das próprias DORTs sejam reduzidas de maneira considerável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atividade fisioterapêutica como medida preventiva de
DORTs no ambiente laboral é extremamente necessária. Entretanto, empresas que
possuem profissionais do ramo raramente possuem a preocupação quanto ao caso. Mais
investimentos neste sentido fazem-se necessários.

Palavras Chaves: Fisioterapia, Distúrbios osteomusculares, trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRAKENRIDGE, C., Evaluating Short-Term Musculoskeletal Pain Changes in Desk-


Based Workers Receiving a Workplace Sitting-Reduction Intervention. International
Journal of Environmental Research and Public Health

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DAS, D., A systematic review of work-related musculoskeletal disorders among
handicraft workers International Journal of Occupational Safety and Ergonomics
Volume 26, 2020.

O fisioterapeuta na saúde do trabalhador. CREFITO-15, 2020. Disponível em:


crefito15.org.br/o-fisioterapeuta-e-a-saude-do-trabalhador/ Acesso em: 30 de set. de
2021.

SHRESTHA, N. Workplace interventions for reducing sitting at work. Cochrane


Darabase Jan, 2015;

PARRY, P. Workplace interventions for increasing standing or walking for decreasing


musculoskeletal symptoms in sedentary workers. Cochrane Darabase, Nov 2019.

LUGER, T. Work- break schedules for preventing musculoskeletal symptoms and


disorders in healthy workers. Cochrane Darabase, Jul 2029

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INTOXICAÇÃO INFANTIL POR PRODUTOS DE LIMPEZA
Willyane Larissa Lopes de Lima1; Williane Pereira Cruz2; Maria Eduarda Lopes de
Macedo Bezerra 3; Daiane de Matos Silva4
1
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário São Miguel
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As crianças têm diversos fatores vulneráveis às situações de perigo,


como a inexperiência em evitar situações de risco por ter a tendência em imitar o
comportamento dos mais velhos, além das características anatômicas, como a falta de
coordenação motora, ficando mais propensas a sofrer algum tipo de acidente. No âmbito
domiciliar, há uma vasta variedade de produtos que, sendo armazenados de forma
incorreta, representam um alto risco para intoxicação, não só para os adultos, mas
principalmente para as casas que têm crianças. As intoxicações infantis ocorrem com
muita frequência, liderando os casos por intoxicação infantil, ficando apenas atrás das
intoxicações por medicamentos. OBJETIVOS: Identificar na literatura fatores
associados à intoxicação infantil por produtos de limpeza e a predominância entre as
idades. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão da literatura realizada nas bases de
dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrievel
System Online (MEDLINE) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através dos seguintes
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Intoxicação", "Criança", "Produtos de
limpeza", combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca ocorreu em
setembro de 2021. Foram selecionados como critérios de inclusão: artigos disponíveis na
íntegra, nos idiomas português e inglês, publicados a partir de 2017, que abordassem a
temática. Como critérios de exclusão, adotaram-se revisões de literatura, teses,
monografias, dissertações, artigos que fugissem da temática e estudos duplicados nas
bases de dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da busca inicial com os
descritores e operador booleano definidos, foram encontrados 43 estudos nas bases
selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 03
estudos para compor o estudo. Conforme os artigos escolhidos, pode-se perceber que o
ambiente doméstico é o principal local em que ocorre intoxicação infantil por produtos
de limpeza, sendo o grupo de crianças de 0 a 4 anos do sexo masculino com maior
predominâcia. Essas intoxicações estão relacionadas com o estilo de vida, os aspectos
educacionais e culturais, como também a faixa etária, pois alguns engatinham e outros já
andam, sendo característica dessas idades o fato de levar tudo que pega à boca. Outros
fatores associados estão ligados à facilidade de acesso e o aumento da utilização de

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produtos de limpeza. Com isso, devido a desatenção dos pais em armazenar os produtos
em ambientes fora do alcance dos pequenos, as crianças, acabam por confundir produtos
domésticos de limpeza com refrigerantes e sucos, acabando por ingerir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, cabe aos pais e responsáveis ficarem atentos a
esse tipo de perigo, retirando todos os produtos de limpeza que estejam ao alcance da
criança. É fundamental também que a equipe de saúde esteja capacitada para prestar a
assistência necessária, bem como, intensificar as campanhas para prevenção de
intoxicação infantil em ambiente doméstico.
Palavras-chave: Intoxicação; Criança; Produtos de Limpeza.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FORMAGGI SALES, Camila Cristiane et al. STANDARDS FOR NURSING CARE TO


CHILDREN INTOXICATED BY HOUSEHOLD CLEANERS. Journal of Nursing
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA DE GATOS DOMÉSTICOS NO BRASIL

Lara Beatriz Oliveira Mateus1 ; Eduarda Caroline Pereira2 ; Laiza Camila Oliveira
Mateus3 .
1,2
Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
3
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Email do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os gatos têm se destacado como escolha para animais de companhia,


de acordo com o IBGE em 2013, no Brasil, foram contabilizados 22 milhões de animais.
Estes animais possuem maior sensibilidade ao envenenamento devido a comportamentos,
redução da capacidade hepática e suscetibilidade a lesões oxidativas nos glóbulos
vermelhos. O uso indiscriminado de medicamentos é muito comum na medicina
veterinária, sendo um problema para saúde animal e saúde pública. Essa prática se
relaciona a desinformação, que leva os tutores a comparar a sintomatologia animal a
humana, assim administram substâncias que costumam usar em sua rotina, levando a
intoxicação não intencional. Isso ocorre devido ao não conhecimento de medicamentos
tóxicos para os animais, bem como às dosagens indicadas.
OBJETIVOS: Tendo em vista a administração indiscriminada de medicamentos em
animais domésticos no Brasil, objetivou-se abordar a ocorrência de intoxicação
medicamentosa em felinos, bem como suas implicações clínicas e patológicas.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de revisão integrativa, utilizando como base
de dados as plataformas Scielo, Lilacs, Lume, Arquivo Brasileiro de Medicina
Veterinária, Repositório Institucional UFC e The Brazilian Journal of Veterinary
Medicine. Nessa pesquisa utilizou-se os descritores: “Intoxicação”, “Medicamentos”,
“Animais domésticos” e “Felinos”, no cruzamento destes fez-se uso da expressão
booleana “AND”. Encontrou-se um número bruto de 732 trabalhos, sendo 5 artigos,
datados nos últimos 10 anos, utilizados para a elaboração deste resumo. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: O maior índice de mortalidade por intoxicação em felinos, se deve ao
consumo de drogas humanas, com destaque para as classes de substâncias
organofosforadas, rodenticidas, carbomatos e outros xenobióticos. O paracetamol
apresenta um alto potencial tóxico para gatos, e no Brasil, há um alto índice de intoxicação
acidental com esta droga visto que os proprietários desconhecem o efeito tóxico dessa
para os felinos domésticos. Esse fármaco desenvolve nos gatos, sinais clínicos associados
à ocorrência de dano oxidativo nos eritrócitos, seu efeito tóxico está diretamente ligado à
impossibilidade de excreção do medicamento, pois estes animais apresentam uma
deficiência genética na ação da enzima glicuronil transferase, a qual é responsável pela
conjugação do paracetamol ao ácido glicurônico. Uma outra droga potencialmente tóxica
para esta classe de felinos é o cloreto de metiltionínio (azul de metileno), o qual é utilizado
na rotina clínica para várias finalidades, sua contraindicação para esta espécie está

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relacionada ao ocasionamento de depressão, mucosas pálidas e ictéricas, dispneia e
anemia após alguns dias. Sua patogenia se deve a oxidação irreversível da hemoglobina
por tal substância que leva a formação do corpúsculo de heinz além de uma hemólise
intravascular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conhecer os efeitos tóxicos e adversos dos
medicamentos, são passos de extrema importância para a precaução de intoxicação nos
gatos. Diante disso, dispor de orientação de um médico veterinário é muito importante
para tratar de forma adequada e ter um prognóstico favorável. A implementação de
medidas preventivas, como desenvolvimento de campanhas educativas e alterações
legislativas para diminuição da compra de medicamentos sem receita veterinária são
formas de minimizar o acontecimento de intoxicação medicamentosa nos gatos
domésticos.
Palavras chaves: Intoxicação, medicamentos, gatos domésticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORIN, Angélica Rodrigues de, et al. O uso irracional de medicamentos veterinários:
uma análise prospectiva. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, v.14, n. 2,
p. 196 – 205, 2020.
COSTA, Samay Zillmann Rocha, et al. Intoxicação por azul de metileno (cloreto de
metiltionínio) em gato. Rev. Bras. Med. Vet., v. 38, p. 145-148, 2016.
MPB Jardim, et al. Intoxicação em gatos domésticos no Brasil: tóxicos, sinais clínicos e
abordagens terapêuticas. Arq. Bras. Med. Veterinario. Zootec., v. 73, n. 1, p. 99-107,
2021.
P.A. Lima, et al. Estudo retrospectivo da casuística de felinos domésticos no Hospital
Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais, no período de 2005 a 2014. Arq.
Bras. Med. Vet. Zootec., v. 70, n. 6, p. 1775-1783, 2018.
PUGAS, Brunna Adriane Rossett, et al. Intoxicação em felinos causada por paracetamol:
úlcera gástrica em felinos. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária FAG., v. 3,
n. 1, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DAS CAPACITAÇÕES INTERNAS SOBRE A INTERAÇÃO
MEDICAMENTOSA PARA UM PROJETO DE EXTENSÃO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Isabelle de Fátima Vieira Camelo Maia1; Nayara Silva Lima 2; Ana Vládia Dias da
Costa3; Rebeca Sousa Lima4; Artur Chagas de Sousa5; Alcinia Braga de Lima Arruda6
1
Graduanda em Farmácia da Universidade Federal do Ceará
2,3,4,5
Graduado(a) em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
6
Farmacêutica. Professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da
Universidade Federal do Ceará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: As interações medicamentosas são derivadas da interferência da ação
de um medicamento, alimento ou qualquer outro agente que possa provocar uma resposta
farmacológica sobre outro medicamento administrado previamente ou
concomitantemente. Nesse sentido, é essencial o estudo aprofundado, individualizado e
humanizado dessas interações para cada paciente, visto que cada um faz uso de
medicamentos específicos ao tratamento recomendado. Além disso, existem indivíduos
que são polimedicados, e estes devem ser orientados e acompanhados
farmacoterapeuticamente, podendo neste grupo citar os idosos. Nesse contexto, o Projeto
Núcleo de Estudo da Longevidade (NEL) da Universidade Federal do Ceará, do curso de
Farmácia, realizou um ciclo de capacitações internas para os seus extensionistas
direcionado ao estudo das interações medicamentosas, visto que poderia nortear as
futuras ações com os idosos institucionalizados e não institucionalizados. OBJETIVOS:
Relatar a experiência da bolsista do Projeto Núcleo de Estudo da Longevidade (NEL) na
realização de capacitação interna sobre as interações medicamentosas, ministrada para os
alunos participantes do referido projeto. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, com a apresentação expositiva em
slides e com resolução de casos clínicos em grupos, realizada no mês de agosto de 2021,
utilizando o Google Meet. O ciclo foi composto por três aulas, sendo a primeira dividida
em histórico do Cuidado Farmacêutico, SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Planos),
Método de Dáder, Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRMs) e Resultados
Negativos Associados a Medicamentos. No segundo encontro, foi explanado sobre a
utilização teórico-prática de aplicativos recomendados para o estudo das interações
medicamentos, sendo estes: Drugs.com, Medscape, Micromedex e Epocrates. Ao final
deste encontro, foi disponibilizado um caso clínico para os ouvintes para uma posterior
resolução coletiva no último encontro. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Como
resultado, foi observado que o ciclo foi extremamente importante para o aprofundamento
desse assunto, possibilitando aos membros de semestres iniciais do curso de Farmácia o
contato com o assunto abordado na disciplina de Farmácia Clínica, aproximando-os
desse conteúdo tão importante para a profissão farmacêutica. Ademais, os membros

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puderam complementar a sua formação, contribuindo positivamente para a execução do
estudo das interações medicamentosas dos idosos que o projeto acompanha.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o ciclo de capacitação interna
possibilitou aos integrantes do projeto NEL a expansão e a consolidação de novos
conhecimentos, permitindo assim a execução das atuais e futuras atividades envoltas
dessa temática.
Palavras-chave: Interação Medicamentosa. Farmacologia. Mídias sociais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

LEÃO, D. F. L.; MOURA, C. S. M.; MEDEIROS, D. S. Avaliação de interações


medicamentosas potenciais em prescrições da atenção primária de Vitória da Conquista
(BA), Brasil. Ciênc. saúde coletiva, v. 19, n. 01, p. 311-318, 2014

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A IMPORTÂNCIA DA DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO UTILIZANDO
O MEIO DIGITAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Jennifer Rayanne Pereira Cipriano1; Nayara Silva Lima2; Isabelle de Fátima Vieira
Camelo Maia3; Francisco Renato Campos Costa4; Josyele Moreira de Sousa5; Alcinia
Braga de Lima Arruda6
1
Graduanda em Farmácia da Universidade Federal do Ceará
2,3,4,5
Graduando(a) em Farmácia da Universidade Federal do Ceará
6
Farmacêutica. Professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da
Universidade Federal do Ceará.
INTRODUÇÃO: Os Projetos de Extensão “Acompanhamento Ambulatorial e
residencial de pacientes idosos, hipertensos e em uso contínuo de alfa-metildopa” e
“Núcleo de Estudo da Longevidade (NEL)”, da Universidade Federal do Ceará, publicam
semanalmente na mídia social Instagram um quadro denominado segredo da
longevidade. Neste cenário é conceituado a longevidade, a transição demográfica,
epidemiologia, os fatores que predispõem às doenças, as principais enfermidades nessa
idade e os tópicos inerentes a uma melhor qualidade de vida na terceira idade.
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência dos alunos do curso de
Farmácia na produção e divulgação de um material informativo acerca da terceira idade
e orientações e dicas para a população idosa ter uma vida saudável. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, descrevendo as etapas
envolvidas na produção de um conteúdo educativo para ser exposto na mídia social. As
postagens sobre a temática longevidade ficaram no feed, por fazer parte do cronograma
fixo, com isso, foi inaugurado esse tipo de publicação no dia 9 de junho de 2021 com o
tema de dança e longevidade, em seguida teve outras temáticas, como animais de
estimação, exercício físico, nutrição, em todos esses conteúdos teve uma abordagem mais
objetiva e com intercalações de imagens ilustrativas para que não ficasse cansativo para
o leitor. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a rotina desse tipo de conteúdo foi
perceptível que houve uma identificação e interesse por parte do público que seguem os
Projetos “Acompanhamento Ambulatorial e residencial de pacientes idosos, hipertensos
e em uso contínuo de alfa-metildopa” e “NEL”, nas redes sociais, visto que cada postagem
sobre a longevidade tinha em média 10 comentários e 6 compartilhamentos, que ao
comparar com as métricas existentes em outros tipos de posts, estava acima da média,
dando indícios de que cumpriu a finalidade social da originalidade desse quadro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, conclui-se que a produção e divulgação desse
tipo de conteúdo ajudou a orientar e informar o público em geral, visto que em cada
postagem na mídia social provocavam muitos comentários positivos e agradecimentos
por colocar em foco a temática sobre a terceira idade de uma maneira leve e,
principalmente, por fazer a abordagem com uma linguagem acessível para o público-alvo
do projeto.
Palavras-chave: Promoção da saúde; Idosos; Mídias sociais.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ALVES, José. Envelhecimento e longevidade. Ladem. Disponível em:
https://www.ufjf.br/ladem/files/2009/05/Envelhecimento-e-longevidade3.pdf. Acesso
em: 12 out. de 2021.

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LESÕES ESPORTIVAS E TRAUMAS EM ATLETAS DE QUADRA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

Leonardo de Oliveira Assis1; Luciana Canela de Siqueira Silva2; Gabriela Lela Fávaro3;
Dayana Marques Tavares4; Ana Carolina de Carvalho Gonçalves5;
Leandro Teixeira Paranhos Lopes6

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil - Fernandópolis/ SP
6
Docente do curso de Medicina na Universidade Brasil - Fernandópolis/ SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os traumas e lesões em atletas praticantes de exercícios em quadras


poliesportivas são frequentemente fator de importante preocupação na rotina de treino de
muitos esportistas, tendo em vista que a depender da cinética e do grau de determinada
lesão pode haver até mesmo um afastamento definitivo dos treinamentos. Isso se dá uma
vez que quando um esportista sofre algum traumatismo direto, a sistemática
neuromuscular e a propriocepção sofrem uma brusca mudança a ponto de prejudicar a
performance corporal, gerar processo doloroso, edema e uma série de outras
consequências. OBJETIVOS: Este estudo tem por objetivo revisar na literatura os
principais traumas sofridos por atletas de quadra, avaliando os esportes envolvidos,
mecanismo de lesão, sintomas e diagnóstico. METODOLOGIA: A metodologia usada
foi a pesquisa bibliográfica, do tipo revisão de literatura. Inicialmente, os artigos foram
retirados das bases de dados do Google Acadêmico e Scielo, utilizando os descritores:
“Traumatismos em Atletas”; “Lesões Esportivas”; “Traumas”; “Sistema Osteomuscular”.
Os critérios de inclusão usados foram: artigos que abordassem a temática central, em
inglês, português ou espanhol, publicados entre 2017 a 2021, e que estivessem
disponíveis na íntegra. Os trabalhos duplicados, que não abordassem conceitos relevantes
para o alcance do objetivo e disponibilizados na forma de resumos foram excluídos. A
partir dos critérios de elegibilidade, 10 artigos foram selecionados. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Constatou-se que lesões traumáticas, mais prevalentes em esportes de
contato e em atletas jovens, principalmente, por não possuírem habilidade suficiente para
o esporte praticado. Os métodos inadequados de treinamento, seguido de excesso de
treinamento, material da quadra também influenciam na recorrência de lesões. Mesmo
lesionado, o atleta, em diversas vezes, consegue realizar a atividade com dor de baixa
intensidade, isso tudo para não perder o lugar na equipe ou por não conseguir atendimento
médico e fisioterapêutico adequado. Quanto às lesões atraumáticas, estas acontecem na
maioria das vezes em esportes de não-contato, devido principalmente à sobrecarga dos
tecidos. Detectou-se que uma quantidade significativa de atletas apresentou lesão
muscular de repetição (LMR) associada à alteração laboratorial, com aumento de
citocinas pró- -inflamatórias e ativação da resposta imune-inflamatória. Assim sendo, é
importante observar o histórico do atleta e como este se adapta aos movimentos que
realiza durante o esporte, constatando possíveis traumas e postura em quadra, inserindo
no treinamento sessões voltadas para o fortalecimento, flexibilidade, equilíbrio e
estabilidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esta revisão de literatura permite concluir

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


que a incidência de lesões esportivas e traumas em atletas de quadra é alta. Enquanto as
lesões traumáticas estão mais presentes em esportes de contato, as lesões atraumáticas
são mais comuns em arremessadores e esportes de não-contato. O trabalho de cada
membro da equipe multidisciplinar é fundamental tanto para prevenção como para
reabilitação do atleta.
Palavras-Chave: Traumatismos em Atletas; Lesões Esportivas; Sistema Osteomuscular

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SILVA, Diego Augusto Santos; SOUTO, Michell Dean; CABRAL, Antonio Cesar.
Lesões em atletas profissionais de futebol e fatores associados. Lecturas: Educación
física y deportes, n. 121, p. 22, 2018. Disponível
em: https://www.efdeportes.com/efd121/lesoes-em-atletas-profissionais-de-futebol.htm.
Acesso em: 16 set. 2021.

KURATA, Daniele Mayumi; JUNIOR, Joaquim Martins; NOWOTNY, Jean Paulus.


Incidência de lesões em atletas praticantes de futsal. Iniciação cientifica CESUMAR, v.
9, n. 1, p. 45-51, 2017. Disponível em:
https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/iccesumar/article/view/478/251. Acesso
em: 18 set. 2021.

EJNISMAN, Benno et al. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo


de lesão, diagnóstico e retorno à prática esportiva. Revista Brasileira de Ortopedia, v.
36, n. 10, p. 389-93, 2016. Disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/rbo.org.br/pdf/36-9/2001_out_01.pdf. Acesso em: 10 out.
2021.

SÁ, Matheus Cavalcante de; VICTORINO, Angélica Begatti; VAISBERG, Mauro


Walter. Incidência de lesão musculoesquelética sem trauma em atletas de handebol.
Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, p. 409-411, 2012. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbme/a/HQStMDDkPqKqBLnhFPDSKyG/?lang=pt&format=pd
f. Acesso em: 10 out. 2021.

PINHEIRO, Androvaldo Lopes; DA ROCHA, Ricelli Endrigo Ruppel. Prevalência de


lesões em atletas de Futsal recreacional. RBFF-Revista Brasileira de Futsal e Futebol,
v. 9, n. 34, p. 333-340, 2017. Disponível em:
http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/519/426. Acesso em: 10 out. 2021.

SANTOS JÚNIOR, Hugo Hilário dos; MENDONÇA, Sara de Lira. Prevalência de lesões
em atletas de futebol americano do Distrito Federal. Iniciação Cientifica UNB, 2019.
Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/27201. Acesso em: 12 out. 2021.

D'AVILA, Marcelo et al. Relação entre a progressão do escore do functional movement


screen e lesão em atletas futebol. Rev. bras. ciênc. mov, p. 136-141, 2020. Disponível

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


em:https://www.researchgate.net/profile/Eraldoinheiro/publication/350115867_ESCOR
E_DO_FUNCTIONAL_MOVEMENT_SCREEN_E_LESAO_NO_FUTEBOL/links/60
d99170299bf1ea9ec733d1/ESCORE-DO-FUNCTIONAL-MOVEMENT-SCREEN-E-
LESAO-NO-FUTEBOL.pdf. Acesso em: 12 out. 2021.

BAZANELLA, Daniela Clarissa et al. Perfil de lesões em atletas brasileiros de rugby em


cadeira de rodas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 32, n. 4, p. 521-
532, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/170198.
Acesso em: 12 out. 2021.

CABRAL, Luís Miguel Cristóvão. Lesões músculo-esqueléticas em atletas de alta


competição. 2017. Tese de Doutorado. Disponível em:
https://repositorio.ipv.pt/handle/10400.19/4769. Acesso em: 12 out. 2021.

BARROSO, Guilherme Campos; THIELE, Edilson Schwansee. Lesão muscular nos


atletas. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 46, p. 354-358, 2011. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbort/a/XftRKychFs6zSHTzf3hhdqv/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 12 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROMOÇÃO À SAÚDE EM TEMPOS DE PANDEMIA: CONFECÇÃO
DE MATERIAL DE CAPACITAÇÃO PARA CUIDADORES DE IDOSOS

Ligiane dos Santos Rocha1; Adriano Evangelista Maia2; Jennifer Rayane Pereira
Cipriano3; Jamille de Oliveira Gomes4; Luis Ednilson Maciel Gonzaga5; Alcinia Braga
de Lima Arruda6

1
Graduanda em Farmácia da Universidade Federal do Ceará
2,3,4,5
Graduado(a) em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
3
Farmacêutica. Professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da
Universidade Federal do Ceará.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Ao longo da vida, a saúde pode ser afetada por diversos fatores e entre
esses se encontra o envelhecimento. O avançar da idade traz consigo diversas
consequências, inclusive uma maior vulnerabilidade às enfermidades, favorecendo o
surgimento das doenças crônicas não transmissíveis e por conseguinte aumento da
morbidade. Com a pandemia de COVID-19, a atenção aos idosos teve que ser redobrada,
uma vez que esses são mais suscetíveis a adquirirem a virose e desenvolverem
sintomatologias mais graves. OBJETIVOS: Descrever a experiência dos estudantes do
curso de Farmácia na construção de um material de capacitação para extensionistas e
cuidadores de idosos que trabalham em uma Instituição de Longa Permanência para
Idosos (ILPI) de Fortaleza. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com
abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, realizado por estudantes
participantes dos Projetos de Extensão “Acompanhamento Ambulatorial e residencial de
pacientes idosos, hipertensos e em uso contínuo de alfa-metildopa” e “Núcleo de Estudo
da Longevidade (NEL)”. A confecção do material se deu em abril de 2020 e foi feita no
formato de slide, o qual foi confeccionado utilizando o Programa Microsoft Power Point
2010®, após consulta dos portais do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia. Posteriormente à confecção dos slides, foi marcada uma
apresentação, a fim de transmitir informações sobre os cuidados e a segurança do idoso,
bem como manutenção da saúde dos longevos. Inicialmente, a capacitação foi
apresentada para os alunos extensionistas, em seguida disponibilizada nas mídias sociais
do projeto NEL para o acesso tanto dos cuidadores, quanto para os familiares dos idosos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que a produção do material educativo
foi importante para os alunos, pois esses tiveram que pesquisar, estudar e sintetizar o tema
proposto, aumentando seus conhecimentos. Com relação às mídias digitais, o trabalho

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


elaborado obteve uma visibilidade ampla, já que foi acessado por vários internautas.
Dessa forma, os cuidadores de idosos e outras pessoas tiveram acesso, leram, aprenderam,
se capacitaram e transmitiram os conhecimentos àqueles com os quais conviviam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível confeccionar um material de boa qualidade
e que essa ferramenta virtual, nesse momento de pandemia, serviu como um instrumento
de educação remota para a pessoa idosa.
Palavras-chave: Educação em saúde; Instituição de longa permanência para idosos;
Idoso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SEABRA, Cícera Amanda Mota et al. Educação em saúde como estratégia para promoção
da saúde dos idosos: Uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, v. 22, 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília : Ministério da Saúde,
2006.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTRATÉGIAS DE MARKETING NA DIVULGAÇÃO DE ALIMENTOS
VOLTADOS PARA O PÚBLICO INFANTIL
Caroline Barbosa Lopes1; Milena Vieira de Holanda2; Thauana Francisca Ferreira de
Sousa3; Luara da Silva Rego4; Maria do Carmo de Carvalho e Martins5

1,2,3.4
Nutricionista pela Faculdade de Floriano – FAESF
5
Nutricionista. Doutora em Ciência Biológicas. Docente do Curso de Nutrição da
Faculdade de Floriano – FAESF. Professora Titular do Departamento de Biofísica e
Fisiologia da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Docente do Centro Universitário
UNINOVAFAPI – Teresina, Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: As crianças constituem-se em um público influenciável aos apelos
promocionais do ponto de vista do marketing direcionado para influenciar as escolhas e
preferências alimentares. OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo descrever as
principais estratégias de marketing utilizadas na divulgação de alimentos voltados para o
público infantil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão do tipo integrativa
baseada em artigos de pesquisas publicadas no período de 2015 a 2020, nos idiomas
português ou inglês, por meio de busca nas bases de dados Scientific Eletronic Library
Online (SCIELO), Google acadêmico, LILACS, utilizando os seguintes descritores da
lista de Descritores em Ciências da saúde (DeCS) da Biblioteca Virtual em Saúde:
Marketing. Alimentação infantil. Alimentos industrializados. Publicidade de alimentos.
Televisão. Mídia. Rotulagem Nutricional. Comportamento alimentar. Infância.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram incluídos três artigos neste estudo, que
encontraram como estratégias de marketing mais utilizadas para produtos alimentícios
para crianças aquelas que fazem uso de recursos promocionais, imagens de desenhos
animados ou personagens que aparecem frequentemente na mídia, ofertas de brindes,
imagens ilustrativas e cores vibrantes. Os produtos mais anunciados foram salgadinhos,
biscoitos, iogurtes, sucos, achocolatados, bolinhos prontos, chocolates e doces em geral,
que são, em sua maioria, ricos em açúcares, sódio, corantes e outros aditivos alimentares.
CONCLUSÃO: Os elementos mais utilizados em estratégias de marketing de produtos
voltados para o público infantil foram desenhos animados, brinquedos, personagens
famosos, brindes e sons e cores vivas, os quais exercem grande impacto no imaginário da
criança, estimulando seu interesse pelos produtos divulgados e induzindo a escolha desses
e levando a insistir com os pais para a sua compra.
Palavras-chave: Marketing. Alimentação infantil. Alimentos industrializados.
Publicidade de alimentos. Rotulagem Nutricional. Infância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, J.S.G. et al. Marketing e rotulagem de alimentos infantis industrializados.


Vigil. Sanit. Debate., Rio de Janeiro, v.3, n.2, p. 75-84, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SANTANA, M. K. L; OLIVEIRA, C. M; CLEMENTE, H. A. Influencia da publicidade
de alimentos direcionado ao público infantil na formação de hábitos alimentares. Revista
UNI-RN, Natal, v. 14, n. ½, p. 125-136, 2015.
THEODORO, D. T; PORT, A. C. R. Avaliação do conteúdo de propagandas alimentícias
para o publico infantis em canais de televisão. Revista Ciências Nutricionais Online,
São Paulo, v.2, n.2, p. 47-52, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A LUTA DAS MULHERES PELA DESCRIMINAÇÃO AO ABORTO NO
BRASIL

Alice Fonseca Pontes 1; Mirela Ferreira Pessoa Deodoro 2; Kívya de Holanda Leuthier 3;
Valdeque José Marques Junior 4 , Rebeca Toledo Coelho 5, Camilla Maria de Araújo
Tavares 6.
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco.
2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A sociedade brasileira enfrenta um problema de saúde pública: a


descriminalização do abortamento (CORRÊA, et al., 2021). Segundo o Ministério da
Saúde (2004), as mulheres são as maiores usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS),
somando 50,77% da população brasileira. A descriminalização do aborto é um direito
fundamental à saúde da mulher (ROCHA, 2020). Uma das principais discusões e reflexão
sobre o tema do aborto no Brasil é o preconceito que se tem em oferta saúde igualitaria
(TRINDADE, et al., 2020). O abortamento ainda é visto com um desconforto em uma
sociedade hipócrita, onde as questões de religiosidade e problemas socioeconômicos
afetam a vida de milhões de mulheres que acabam se submetendo a práticas inseguras,
sendo as de classe baixa, pouca escolaridade e negras as mais afetadas, tanto na falta de
informação aos risco do aborto quanto ao acesso do planejamento familiar
(ZANGHELINI, 2020). OBJETIVOS: Este trabalho objetiva-se analisar os efeitos que
a criminalização do aborto acomete a vida da mulher e para a saúde pública no Brasil.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. As buscas foram realizadas
nas bases de dados online Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic
Library Online (SciELO) através dos descritores “Aborto”, “Saúde da mulher”, “Saúde
Pública”, por meio dos booleanos AND e OR. Foram utilizados como critérios de inclusão
artigos que estivessem disponíveis no idioma Português, Inglês e Espanhol, datados nos
últimos cinco anos e que abordassem a relação da luta das mulheres pela descriminalição
do aborto no Brasil. Foram excluídos os estudos que não se relacionavam com o tema
proposto e não tinham o texto completo disponível na íntegra. Foram encontrados 89
trabalhos, destes foram selecionados 36 para leitura e utilizados 6. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: De acordo com Da Silva e Furquim (2020), as mulheres negras e pobres
são as mais vulneráveis a procedimentos perigosos que colocam em risco suas vidas.
Com base em estudo, foi possível concluir que criminalizar o aborto prejudica a vida da
mulher em ambitos fisicos, psicologicos e sociais. A falta de ações preventivas por parte
do estado brasileiro a oferta de cuidados integral e livre de julgamento da sociedade é
uma das principais causas da morte de mulher que não tem assistência em saúde adequada
(DOMINGUES, 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, a opressão de uma
sociedade patriarcal com ligações diretas de uma comanda religiosa e discriminativa

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


custa a vida de mulheres, mesmo no Brasil a pratica do aborto induzido sendo crime pelo
Código Penal Brasileiro. É necessária a abordagem de uma dinâmica mais efetiva para
solucionar as dificuldades da mulher, visando contemplar por completo suas
necessidades.
Palavras-chave: Aborto 1; Saúde da mulher 2; Saúde pública 3.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher:


Princípios e diretrizes. Brasil, 2004. Site online. Disponível
em:<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf>.

CORRÊA, Andressa Andrade et al. A criminalização do aborto no Brasil. Jornal


Eletrônico Faculdade Vianna Júnior, v. 13, n. 1, p. 18-18, 2021.
DA SILVEIRA, Adriana; FURQUIM, Gabriel Martins. ABORTO NO BRASIL:
INCONSTITUCIONALIDADE E SAÚDE PÚBLICA. Revista Direitos Humanos e
Sociedade, v. 3, n. 1, p. 19-42, 2020.

DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Aborto inseguro no Brasil: revisão
sistemática da produção científica, 2008-2018. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, 2020.

ROCHA, Camila. Cristianismo ou conservadorismo? O caso do movimento anti-aborto


no Brasil. Revista TOMO, n. 36, p. 43-77, 2020.

TRINDADE, Ana Vitória Rodrigues et al. Descriminalização do aborto no Brasil: direito


fundamental à saúde da mulher. Salvador - BA, 2020.
ZANGHELINI, Débora et al. Direito ao aborto no Brasil e (in) justiça reprodutiva:
apontamentos para o Serviço Social. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MAPEAMENTO DE MANIFESTAÇÕES DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE
LAZER NO MUNICÍPIO DE COLARES-PA
Ana Paula de Sousa Coelho1; Joliene Kate Nascimento Pinto2
1,2
Graduanda em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará
1
Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Cosmopolita
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Atualmente é perceptível que a inatividade física tem sido um grande


problema para a saúde pública, pois, apenas uma porcentagem mínima da população tem
o hábito de praticar atividades físicas (AF) nas horas vagas. Um estilo de vida sedentário
pode levar ao excesso de peso, elevar o nível da pressão arterial e o aumento do risco de
várias doenças cardiovasculares, que geralmente está atrelado a obesidade. Uma vez que
AF pode melhorar a qualidade de vida e o bem-estar, uma alternativa para o aumento
desta prática nas áreas urbanas, é a existência de espaços públicos de lazer, incluindo
espaços verdes, que estão relacionados a benefícios socioeconômicos, físicos e
cognitivos. Quanto maior a densidade de espaços verdes, como parques e praças, menor
o risco de violência/crime, menor a percepção de ruído, maior o bem-estar geral e por
conseguinte, maior as praticas corporais (PC). Ressalta-se que o lazer é um direito
constitucional, razão pela qual cabe ao governo formular planos e ações de promoção
social nessas áreas em prol do benefício da comunidade e usuários, proporcionando bem-
estar e qualidade de vida às pessoas. OBJETIVOS: Observar e fazer um mapeamento
dos espaços, no município de colares, que poderiam ser utilizados para a praticas
corporais de lazer estimulando assim a AF. METODOLOGIA: O presente trabalho
consistiu em uma pesquisa observacional de cunho exploratório no município de colares,
no estado do Pará, onde foi feito um mapeamento territorial e destacando-se os seguintes
locais para PC: Pacatuba, Umirizal, Cajueirinho, Tauema, Piquiateua, Ponta Seca, Lagoa
Azul, Cachoeira das Missões, Praia do Humaitá, Praia do Machadinho, Praia do Rio
Novo, Ginásio poliesportivo “MAEZÃO”, Quilombo do Cacau e Porto do Taupará.
RESULTADOS E DISCURSÃO: Colares é um município jovem, criado em 1961, a
ilha possui uma vasta estrutura ambiental, composta por florestas, igarapés, praias e
mangues. Dentre as PC que podem ser desenvolvidas no município, pode-se elencar
práticas terrestres, tais como, caving, corrida de aventura, corrida de orientação,
arvorismo, escalada, mountain bike, parkour, skate (desde que haja a construção de um
espaço apropriado), slackiline e trekking. Práticas aquáticas, como, canoagem, kitesurf,
mergulho, stand UP paddle ou SUP e práticas aéreas, por exemplo, bungge jump e
tirolesa. Porém, apesar de ter a possibilidade de PC, não há políticas públicas que
abranjam a comunidade local, e nem um órgão independente, limitando assim, essas
práticas por grupos fechados oriundos de uma outra região, como exemplo, Mountain
bike, limitando assim o protagonismo comunitário necessário para democratizar o acesso
dos habitantes em manifestações de lazer. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante da
indiscutível importância das políticas públicas e tendo as PC de esporte e lazer como

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


agente desenvolvedor da cidadania e cultura, é possível em breve ampliar as perspectivas
dessas práticas e consequentemente a introdução das mesmas na sociedade nativa, tendo
em vista a amplitude e a riqueza natural do município.
Palavras-chave: Praticas Corporais; Atividade Física; Políticas Públicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRITO, B.; TAVARES, G. H.; POLO, M. C. E.; KANITZ, A. C. Lazer, atividade física
e comportamento sedentário de idosos participantes de um grupo de
aconselhamento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Uberlândia/MG, v. 27,
n. 2, p. 97-109, 2019.

GOMES, Cristina Marques. Dumazedier e os estudos do lazer no Brasil: breve trajetória


histórica. Seminário Lazer em Debate, v. 9, 2008.

HINO, A. A. F.; RECH, C. R.; GONÇALVES, P. B.; REIS, R. S. Acessibilidade a


espaços públicos de lazer e atividade física em adultos de Curitiba, Paraná,
Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, p. e00020719, 2019.

OLIVEIRA, C. B. Sobre lazer, tempo e trabalho na sociedade de consumo.


Conexões, v.2, n.1, p. 20-34, 2004.

VIDIGAL, J. M. S.; DA SILVA CALDEIRA, J. R.; FERMINO, R. C.; MARTINS-


COSTA, H. C.; FERNANDES, A. P. Ação “Lazer Mais Saúde”: experiências em
promoção da atividade física nas Academias a Céu Aberto em Belo Horizonte, Minas
Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 24, p. 1-7, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MORBIDADE E MORTALIDADE HOSPITALAR NO SUS POR CÂNCER DE
MAMA NO MARANHÃO, 2016-2020

Joama Marques Lobo Quariguasi1; Natália Carvalho Fonsêca2; Ivania Corrêa


Madeira3; Jordana Araújo da Silva4; Thayna Matos de Sousa5; e Maryane Belshoff de
Almeida6
1, 2,3,4, 5 e 6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia mais comum em mulheres em todo


mundo, excetuando o câncer de pele não melanoma. Para o Maranhão, em 2020, foram
estimados 23,3 novos casos para cada 100 mil mulheres, totalizando 840 casos. Dito isso,
analisar sua morbimortalidade, conforme padrões de risco e diferenças regionais
existentes dentro de um mesmo estado, é um fator importante para instituir e avaliar as
políticas públicas de prevenção e controle no Sistema Único de Saúde (SUS).
OBJETIVOS: Esse trabalho objetiva analisar a morbimortalidade hospitalar no SUS por
câncer de mama, de 2016 a 2020, no Maranhão. METODOLOGIA: Estudo descritivo,
retrospectivo e quantitativo, em que foram utilizados dados de domínio público coletados
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio de acesso ao
DATASUS, com recorte de 2016 a 2020. Foram analisados todos os hospitais da rede
pública do Maranhão. As variáveis utilizadas para coleta de dados foram: número total
de internações por neoplasias, taxa de mortalidade por câncer de mama, faixa etária e a
média de dias de permanência hospitalar. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As
internações no período estudado racionalizadas como Neoplasias corresponderam a
100.833 casos. Desse total, 67.979 (67,4%) são pacientes do sexo feminino e 4746 casos
relacionam-se a neoplasia maligna da mama, sendo o terceiro maior número de
internações do estado, atrás apenas dos tumores uterinos. Contrariamente, o perfil
nacional apresenta a neoplasia de mama como maior causa de internação quando
comparada ao câncer cervical. As mulheres são o público que mais procura os serviços
de saúde, podendo justificar a maior percentagem das internações. Nota-se que 54,9% das
internações foram de mulheres com 40 a 59 anos, corroborando com dados da literatura.
A taxa de mortalidade por câncer de mama foi de 11,82, sendo a segunda maior do
Nordeste. Esse cenário pode ser explicado pelos baixos índices de rastreamento do
Maranhão, tendo sido de 11,8% em 2014 frente aos 70% preconizados pela OMS. As
dificuldades relativas ao rastreamento levam a diagnósticos tardios e a menores chances
de cura. Tal panorama se intensificou durante a pandemia do SARS-CoV-2, devido à
interrupção de procedimentos eletivos, como a mamografia. Relativo a isto, o ano de 2020
apresentou o menor número de notificações do período analisado. Ademais, a média
nacional de permanência na Unidade Hospitalar foi 3,8 dias e a média maranhense de 3,5
dias, entre 2016-2020, apresentando declínio durante os anos. Contudo, mesmo com taxas
de permanência pequena, foi observado alto índice de mortalidade, o que alerta as

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


instituições de saúde para a gravidade dessas neoplasias. As exposições que esses
pacientes sofrem durante sua internação, como infecções hospitalares e intervenções
desnecessárias, contribuem para esses números elevados. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Existe uma alta e preocupante taxa de internação por câncer de mama no Maranhão
durante o período analisado. Apesar do tempo médio de internação na Unidade Hospitalar
possuir tendência de queda, a taxa de mortalidade está cada vez maior. Enquanto os
índices de rastreamento forem abaixo do preconizado, esta neoplasia continuará
impactando negativamente na vida destas pacientes e no sistema de saúde pública.
Palavras-chave: Morbidade; Mortalidade; Câncer de Mama.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESTIMATIVA 2020, I. N. C. A. Incidência de Câncer no Brasil/Instituto Nacional de


Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação de Prevenção e Vigilância.
Ministério da Saúde, v. 1, p. 34, 2019.

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uma análise de quatro décadas. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 126, 2020.

ALBUQUERQUE et al. Morbimortalidade do câncer de mama no Estado do Maranhão.


Orientadora: Sara Fiterman Lima. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em
Medicina), p. 29, 2019.
GEBRIM et al. Rastreamento Do Câncer De Mama No Brasil. Rev. Bras. Ginecol.
Obstet., v. 28, n. 6, p. 319-323, 2006.
LIMA et al. Rastreamento Oportunístico Do Câncer De Mama Entre Mulheres Jovens No
Estado Do Maranhão, Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 27, n. 7, p. 1433-1439, 2011.
MIGOWSKI et al. Recomendações para detecção precoce de câncer durante a pandemia
de covid-19 em 2021. Rev. APS, v. 23, n. 1, p. 235 - 240, 2020.
OSORIO et al. Navegação de enfermagem na atenção ao câncer de mama durante a
pandemia: relato de experiência. J. Nurs. Health., v. 10, n. 4, p. 3-14 2020.
SANTOS et al. Internação Por Câncer De Mama E Colo De Útero No Brasil. Rev. PCFO,
v.2, n.1, p. 217-219, 2010.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE POR DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM SANTA CATARINA DE 2015 A 2019

Beatriz Carvalho de Oliveira¹; Eric Pasqualotto¹; Natália Arthuso Lopes2; Vanessa


Nascimento Daltro2; Judi Emilly Almeida Veloso3; Pedro Paulo Martins Ferreira Neto4.

¹Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.


2
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador
3
Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde
4
Graduando em Medicina pela Universidade do Grande Rio Professor José Souza Herdy

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são diversas


condições de saúde que englobam doenças respiratórias crônicas, do aparelho
circulatório, diabetes mellitus e neoplasias. As DCNT configuram as principais causas de
mortalidade global e são responsáveis por mortalidade prematura e perda de qualidade de
vida. O aumento da carga de mortalidade dessas doenças está relacionado ao
envelhecimento populacional, hábitos de vida e desigualdades socioeconômicas,
impactando negativamente no Sistema de Saúde, pelos custos prolongados e
dispendiosos. OBJETIVOS: Analisar a mortalidade por DCNT em Santa Catarina (SC)
entre 2015-2019. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo epidemiológico
transversal, descritivo, observacional, quantitativo sobre a mortalidade por DCNT em SC
entre 2015-2019, através do Sistema de Informações sobre Mortalidade, DATASUS,
Ministério da Saúde. Os critérios de inclusão foram Doenças Cardiovasculares (DCV)
(I00-I99), Doenças Respiratórias Crônicas (DRC) (J30-J98), Diabetes Mellitus (DM)
(E10-E14) e Neoplasia Maligna (NM) (C00-C97) da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - 10a Revisão, gênero, faixa
etária, macrorregiões de saúde e período 2015-2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Analisou-se 122.069 óbitos por DCNT em SC no período avaliado, com um aumento de
9,65% de óbitos entre 2015 e 2019. Desses, 46% foram por DCV (n=55.807), 35% por
NM (n=43.228), 11% DRC (n=13.688) e 8% por DM (n=9.346). Estudos nacionais
avaliaram maior mortalidade por DCV em regiões com maior padrão de
desenvolvimento, que é o caso de SC, provavelmente pela diferença da qualidade da
informação entre as regiões brasileiras. As neoplasias configuram como segunda
principal causa de morte no mundo, e, para explicar a mortalidade por NM, é necessário
avaliar diversas questões como desigualdades socioeconômicas, acesso aos serviços de
saúde e perfil epidemiológico dos indivíduos. Já em relação à diabetes, o Brasil apresenta
alta carga de obesidade, que é o principal fator de risco biológico para DM. Em 2019
houve o maior número de óbitos, com 25.359 óbitos (21%), enquanto 2015 houve o
menor, com 23.129 óbitos (19%). O gênero mais afetado foi o masculino, com 65.358
óbitos (54%), enquanto o feminino foi responsável por 56.707 óbitos (46%). Em relação
à faixa etária, a mais afetada foi 80 anos ou mais, com 36.688 óbitos (30%), e a menos
afetada foi entre 5-9 anos (n=125). A transição demográfica aumentou a população idosa

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


no Brasil, que é a mais afetada por essas patologias, impactando diretamente na
mortalidade por DCNT nesse grupo. Já quanto à mortalidade prematura (30-69 anos)
houve 52.156 óbitos (43%). O planalto norte e nordeste foi a macrorregião com maior
prevalência, correspondendo a 18% dos óbitos (n= 22.912), e a foz do rio Itajaí a menos
prevalente, com 8% dos óbitos (n=10.382). A alta prevalência de fatores de risco
(hipertensão e obesidade) associado à diminuição de hábitos saudáveis são barreiras à
redução da mortalidade por DCNT. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, avaliou-se
que a mortalidade por DCNT em SC foi mais prevalente em homens, na faixa etária acima
de 80 anos e residentes na macrorregião norte e nordeste. Ainda, as DCV foram as mais
prevalentes entre as DCNT, representando 46% dos óbitos.
Palavras-chave: Doenças Crônicas; Prevalência; Mortalidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARDOSO, L. S. M. et al. Premature mortality due to non-communicable diseases in


Brazilian municipalities estimated for the three-year periods of 2010 to 2012 and 2015 to
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(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1980-549720210005.supl.1.
CARVALHO, M. H. R. et al. Tendência de mortalidade de idosos por doenças crônicas
no município de Marília-SP, Brasil: 1998 a 2000 e 2005 a 2007. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, [S.L.], v. 23, n. 2, p. 347-354, jun. 2014. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742014000200016.
FIGUEIREDO, A. E. B.; CECCON, R. F.; FIGUEIREDO, J. H. C. Doenças crônicas não
transmissíveis e suas implicações na vida de idosos dependentes. Ciência & Saúde
Coletiva, [S.L.], v. 26, n. 1, p. 77-88, jan. 2021. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232020261.33882020.
SILVA, A. G. et al. Monitoramento e projeções das metas de fatores de risco e proteção
para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis nas capitais
brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 26, n. 4, p. 1193-1206, abr. 2021.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021264.42322020.
SIMÕES, T. C. et al. Prevalências de doenças crônicas e acesso aos serviços de saúde no
Brasil: evidências de três inquéritos domiciliares. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v.
26, n. 9, p. 3991-4006, set. 2021. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021269.02982021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MORTALIDADE POR DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS EM CRIANÇAS
MENORES DE 10 ANOS NO SUL ENTRE 2014 A 2019

Beatriz Carvalho de Oliveira¹; Eric Pasqualotto¹; Larissa Fontanella Evaristo de Souza¹;


Raphaela da Silva Maintinguer¹; Gustavo Eloi Pazini Savi¹; Sofia Ferreira Machado¹.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Doença diarreica aguda (DDA) é um conjunto de doenças


gastrointestinais, causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasita).
Normalmente, são autolimitadas, entretanto podem cursar clinicamente para
complicações mais graves. DDA é um dos mais graves problemas de saúde pública
global, e são as principais causas de morbimortalidade infantil em crianças menores de
um ano. É sine qua non avaliar a mortalidade por DDA em crianças para o
estabelecimento de políticas públicas voltadas aos grupos de risco. OBJETIVOS:
Analisar a mortalidade por DDA no Sul do Brasil, em crianças menores de 10 anos, entre
2014-2019. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional,
de corte transversal, descritivo, com abordagem quantitativa sobre a mortalidade por
DDA no sul, em crianças menores de 10 anos, nos anos de 2014 a 2019, por meio do
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) no DATASUS, Ministério da Saúde. Os
critérios de inclusão foram categorias A00 – A09 da Classificação Estatística
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - 10a Revisão, gênero, faixa
etária (menor que 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos), Região sul, etnia e período de 2014 a
2019, através de análises da frequência relativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre
2014 e 2019, ocorreram 200 óbitos por DDA, no sul, em crianças menores de 10 anos, e
a partir dos dados estudados foi encontrado um padrão de dados com poucas alterações
no período. Os números mais altos foram vistos no Paraná, com 46% dos óbitos (n=92),
enquanto Santa Catarina (SC) apresentou a menor incidência, com 39 óbitos (19,5%). O
ano com o menor número de óbitos foi 2017 (n=30), enquanto 2019 apresentou o maior
número (n=37). Em relação à faixa etária, 55% foi entre menores de 1 ano (n=110), 38%
entre 1-4 anos (n=76) e apenas 7% entre 5-9 anos (n=14). Foi observada uma
predominância no período pós-neonatal pode ser influenciada por fatores externos, como
doenças infecciosas e carências nutricionais. Maneguessi et al (2015) avaliou,
semelhantemente, que a maior incidência de óbitos no Distrito Federal, entre 2003 a 2012,
ocorreu entre crianças menores de 1 ano. O gênero masculino demonstrou-se o mais
afetado, com 116 óbitos (58%), assim como a etnia branca (n=151). A etnia negra
apresentou-se a menos afetada, com 6 óbitos (3%). A mortalidade por DDA pode estar
associada à falta de saneamento básico, de condições de salubridade dos domicílios e da
oferta de serviços de saúde de qualidade: de acordo com a Pesquisa Nacional de
Saneamento Básico (2017), o PR possui entre 50-75% de municípios com serviço de
esgotamento sanitário por rede coletora em funcionamento, enquanto SC e Rio Grande
do Sul apenas 25-50%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir deste estudo foi notada

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um maior número de mortalidade, por DDA em crianças menores de 1 ano, sexo
masculino e etnia branca, apresentando-se mais incidente no Paraná. Apesar dos óbitos
relativamente baixos, mortalidade por diarreia denota falhas no sistema público de saúde,
visto que DDA é evitável com políticas públicas simples, como intervenções sanitárias e
melhoria na qualidade do atendimento pré-natal, do recém-nascido e da criança. É
fundamental o reconhecimento dos grupos de risco para estabelecimento de políticas de
saúde efetivas na prevenção dos óbitos por diarreia.
Palavras-chave: Disenteria; Mortalidade; Crianças.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDT, K. G.; ANTUNES, M. M. C.; SILVA, G. A. P. Acute diarrhea: evidence-
based management. Jornal de Pediatria, [S.L.], v. 91, n. 6, p. 36-43, nov. 2015. Elsevier
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MENEGUESSI, G. M. et al. Morbimortalidade por doenças diarreicas agudas em
crianças menores de 10 anos no Distrito Federal, Brasil, 2003 a 2012. Epidemiologia e
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VASCONCELOS, M. J. O. B. et al. Doenças diarreicas e hospitalizações em menores de
cinco anos no estado de Pernambuco, Brasil, nos anos de 1997 e 2006. Ciência & Saúde
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COVID-19 E MORTALIDADE INFANTIL: QUAL A RELAÇÃO?
Ana Paula Freitas de Oliveira¹, Gabrielle Lorrrane de Oliveira Vieira², Gustavo Ângelo
Ferreira Clementino³, Renata Rodrigues Rosa4
1,2,3
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros Campus Trindade
4
Médica. Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
[email protected]
A população pediátrica diante o cenário do COVID-19 demonstra ser um grupo em que
a taxa de mortalidade é significamente baixa, porém nos casos em que crianças com
comorbidades, o risco é elevado.No contexto pandêmico atual, a infecção por SARS-
CoV2 é frequente, sendo que aqueles assintomáticos aumentam a transmissibilidade pois
a criança não estaria em isolamento. O objetivo deste é analisar os dados e informações
de estudos nacionais em relação às taxas de mortalidade infantil e as características das
crianças perante o SARS-CoV2. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura,
utilizando as bases de dados como Scielo e PubMed com os seguintes descritores:
“mortalidade infantil” e “Covid-19” no título dos artigos. Os critérios de inclusão foram:
artigos disponíveis na íntegra, em língua portuguesa e inglesa, publicados entre 2020 e
2021. Como critérios de exclusão: artigos duplicados, metanálises, teses e dissertações.
A partir da pesquisa nas bases de dados, 93 trabalhos foram identificados: Scielo (n=55),
PubMed (n=38). A COVID-19é uma doença incidente em todas as faixas etárias. As
crianças representam cerca de 1% a 5% do total de casos de COVID-19
diagnosticados. Apesar dessa população ser infectada, de forma significativa, nota-se que
em pacientes pediátricos a doença é menos grave, geralmente 90% dos casos são
assintomáticos ou quando apresentam sintomas são leves e em geral possuem bom
prognóstico.Pontua-se que tal fato decorre de que na classe infantil apresenta uma
resposta imune inata mais ativa, trato respiratório mais saudável, devido a não exposição
à fumaça do cigarro e à poluição do ar por muito tempo, também possuemmenos
distúrbios subjacentes e contam com a superproteção dos pais.Até 6,7% dos casos podem
ser graves, sendo que a gravidade é usualmente observada em pacientes com menos de
um ano de idade e pacientes que possuem comorbidades associadas, como neoplasias,
doenças crônicas e obesidade. Além disso, a incidência em crianças inferiores a 10 anos
não chega a 1% dos casos. Com isso, constata-se que casos de mortalidade infantil são
incomuns, em especial em países de alta renda, devido a elevada condição
socioeconômica e maior condição social e educativa. No Brasil, a mortalidade infantil
causada pelo SarsCov-2 foi mais evidente nos estados do nordeste e Distrito Federal,
sendo que em todo país a proporção de óbitos foi de 1,8 por 100 mil habitantes. As taxas
de mortalidade por COVID-19 em crianças apresentam-seem forma de U, ou seja, se
eleva em função da idade, no início há uma queda, na qual atinge a fase de decréscimo na
idade de 3 a 10 anos, e então começa aumentar ao longo da vida. O presente estudo
demonstra queapesar de a população pediátrica também apresentar incidência crescente
de SARS CoV-2, notou-se que a maioria são assintomáticos, sendo então potencialmente
transmissíveis, pois não encontram-se isolados.E as complicações e óbitos são bem

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


menos frequentes nessa população. Por fim, observou-se ser frequente na pediatria,
quadros mais graves em faixa etária maior e/ou com comorbidades.
Palavras-chave: Criança, mortalidade, COVID-19
Referencias
TESER, H. DEMIRGDAG, T. B. Nova doença coronavírus (COVID-19) em crianças.
Turk J Med Sci, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32304191/.
Acesso em: 4 out. 2021
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etiologia, apresentação clínica e resultado. J InfectPublic Health, 2020. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33127335/. Acesso em: 3 out. 2021.
TSANKOV, B. K. et al. Infecção grave por COVID-19 e comorbidades pediátricas: uma
revisão sistemática e meta-análise. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33227520/. Acesso em: 4 out. 2021.
FILHO, P. et al. Desigualdades econômicas e incidência e mortalidade COVID-19 em
crianças brasileiras: um estudo baseado em cadastro nacional. Public Health, 2021.
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33316478/. Acesso em: 3 out. 2021.
KHERA, N. et al. A taxa de mortalidade de COVID-19 é em forma de U. Aging (Albany
NY), 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34411000/. Acesso em: 4
out. 2021.
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mortalidade. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020. Disponível em:
https://cdn.publisher.gn1.link/residenciapediatrica.com.br/pdf/rp280121a11.pdf. Acesso
em: 7 out. 2021
SANTOS, Leonor. et al. Mortalidade e morbidade em crianças e adolescentes
porCOVID-19 no Brasil. Scielo, 2021. Disponível em:
https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/2069/3520. Acesso em: 7 out.
2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MORTALIDADE POR CÂNCER DE ESÔFAGO NO BRASIL NO PERÍODO DE
2014 A 2019.
Pedro Cavalcante Castro1; Vanessa Nascimento Daltro2; Vitória Cosenza Fahel de
Andrade3; Natália Arthuso Lopes4.
1, 2, 3, 4
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer de esôfago é uma neoplasia agressiva do trato gastrointestinal
com altas taxas de incidência e mortalidade. Essa patologia tem maior prevalência em
indivíduos do sexo masculino, com idade superior a 50 anos, baixo nível socioeconômico
e de raça negra. Contudo, estudos têm mostrado uma crescente prevalência desse câncer
em pessoas brancas. O câncer esofágico é classificado em adenocarcinoma e carcinoma
epidermóide, sendo este o subtipo mais letal e comum. Dentre os fatores de risco dessas
neoplasias estão o consumo de álcool e de bebidas quentes, o tabagismo, o esôfago de
Barret e a Doença do Refluxo Gastroesofágico. OBJETIVO: O presente estudo teve
como objetivo descrever a mortalidade por neoplasia de esôfago no Brasil no período de
2014 a 2019. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e
quantitativo coletado no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponível no
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram estudados
os óbitos por neoplasia maligna de esôfago nos anos 2014 a 2019. Os critérios de inclusão
foram: ambos os sexos, todas as raças, todas as regiões e faixa etária menor de 1 ano até
80 anos e mais. RESULTADOS/ DISCUSSÃO: O total de óbitos notificados por câncer
esofágico no Brasil nos anos de 2014 a 2019 foi de 50.759 e a média de óbitos por ano
foi 8.459,833. O ano que obteve mais notificações foi 2019, com 17,17% (8.716) de
mortes, enquanto 2014 foi o ano com menor número, apresentando 15,95% (8.100) dos
casos. Ademais, o sexo masculino foi o mais acometido, representando 77,82% (39.504)
dos óbitos. A raça com número mais expressivo foi a branca, contando com 48,61%
(24.677) das notificações e a região do Brasil mais afetada foi a Sudeste, com 46,82%
(23.767). A faixa etária com mais óbitos notificados foi a de 60 a 69 anos, com 30,23%
(15.348) dos casos. Portanto, foi observado que houve aumento significativo no número
de óbitos por câncer de esôfago no país ao longo dos anos, sobretudo em homens idosos
da região Sudeste. A elevada mortalidade nesse grupo pode ser justificada pela maior
exposição aos fatores de risco, sobretudo o consumo de bebidas quentes no Sudeste, como
o chimarrão, além do tabagismo e alcoolismo. Ao contrário do esperado, a raça branca
foi acometida cerca de 4 vezes mais do que a negra, representando quase metade do
número total de óbitos. CONCLUSÃO: Diante disso, foi observada uma elevada e
crescente mortalidade por câncer de esôfago no Brasil, reflexo de um importante
problema de saúde pública, sobretudo na região Sudeste. Dessa forma, faz-se necessário
uma maior atenção à prevenção dos fatores de risco dessa neoplasia, assim como um
rastreamento com endoscopia digestiva alta na população de risco.
Palavras-Chave: Câncer de Esôfago; Carcinoma Epidermóide; Mortalidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


QUEIROGA et al. Câncer de esôfago: epidemiologia, diagnóstico e tratamento. Revista
Brasileira de Cancerologia, v. 52, n. 2, p. 173-178, 2006.
GONZÁLEZ et al. Caracterización de pacientes con lesiones premalignas de esófago.
MEDISAN, v. 25, n. 2, p. 265-277, 2021.
OLIVEIRA et al. Mortalidade por câncer de esôfago no Brasil: uma análise de série temporal
a partir do estudo da carga global de doenças. Arquivos de Gastroenterologia, v. 58, n. 1,
p. 100-106, 2021.
VANTERPOOL-HECTOR et al. Caracterização clínico-patológica de pacientes com
câncer de esôfago avançado no Hospital Princess Marina, Botswana. Revista
Información Científica, v. 100, n. 4, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRINCIPAIS MOTIVOS DO ABANDONO DO TRATAMENTO DA
TUBERCULOSE NO BRASIL: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Beatriz Rodrigues Leal1; Antônio Humberto Alencar Júnior2; Márcia Ferraz Pinto3
1,2
Graduando em Medicina pela Faculdade de Medicina Nova Esperança
3
Farmacêutica. Doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de
Pernambuco e Docente da Faculdade de Medicina Nova Esperança
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença crônica infectocontagiosa do gênero
Mycobacterium tuberculosis, descrita por Robert Koch. Está diretamente relacionada a
condições de miséria e ao cuidado inadequado à saúde. A TB pulmonar apresenta-se em
três formas: infecção primária (95%), assintomática, seguida pela fase de infecção latente
e a infecção ativa. Os sintomas são tosse produtiva, fadiga, perda ponderal, febre baixa,
dispneia, anorexia. O diagnóstico é feito pela radiografia de tórax, cultura e coloração
álcool-ácido resistente, teste cutâneo tuberculínico e ensaio de liberação de gama
interferon. O tratamento da tuberculose é longo e baseado em antibioticoterapia. Ele é
feito de acordo com a fase da doença no qual o paciente se apresenta. OBJETIVO:
Identificar os principais motivos de abandono do tratamento da TB pulmonar no Brasil
relatados na literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, por
meio de revisão da literatura nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo, utilizando a
seguinte questão norteadora: motivos do abandono do tratamento da tuberculose e,
considerando artigos publicados em português. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
tratamento da tuberculose pulmonar pode durar de 6 a 9 meses. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde o Brasil segue o Tratamento Diretamente Observado
(TDO), tendo como objetivo propiciar a adesão ao tratamento para dessa forma reduzir a
chance do surgimento de resistência dos fármacos anti-TB e aumentar a probabilidade de
cura. Porém, ainda existe uma grande parcela de pacientes que abandonam o tratamento,
sendo a maioria de pacientes masculinos. Os principais motivos de abandono do
tratamento da tuberculose são: consumo de drogas, como o álcool e o tabagismo, pois
pela dependência a maioria dos pacientes não conseguem ter a mudança do estilo de vida
necessária para o tratamento; ocorrência de outras doenças, especialmente as crônicas;
melhora dos sintomas junto a falta de conhecimento sobre a patologia e suas
complicações, pois exige um alto grau de adesão aos medicamentos. Somado a isso, tem-
se os aspectos relacionados aos serviços de saúde junto aos aspectos sociodemográficos,
baixo nível de escolaridade, saúde, educação, saneamento básico que são todos fatores
influenciadores da desistência do tratamento tuberculínico. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Uma realidade preocupante o contexto do abandono do tratamento da TB,
devendo ser dada a importância ao TDO de forma completa, o estímulo a campanhas
educativas que informem sobre a doença e seu tratamento e, também, uma maior
capacitação profissional nas unidades de saúde incentivando a busca ativa dos casos de
abandono, a fim de melhorar a adesão do paciente e diminuir a taxa de abandono de seu
tratamento.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Tuberculose; Tratamento; Abandono.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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abandonam o tratamento? Bol. Pneumol. Sanit. Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 27-38, abr.
2004. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
460X2004000100005&lng=pt&nrm=iso. Acesso em 05 out. 2021.

SÁ, A. M.; SANTIAGO, L. A.; SANTOS, N. V.; MONTEIRO, N. P.; PINTO, P. H.;
LIMA, A. M.; IWASAKA-NEDER, P. L. Causas de abandono do tratamento entre
portadores de tuberculose. Rev Soc Bras Clin Med. Belém, Pará, v. 15, n. 3, p. 155-60,
jul-set 2017. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2017/11/875434/sbcm_153_155-160.pdf Acesso em
05 out. 2021.

LOZANO SALAZAR, J. L.; PLASENCIA ASOREY, C.; RAMOS ARIAS, D.;


GARCÍA DÍAZ, R.; MAHÍQUEZ MACHADO, L. O. Factores de riesgo
socioeconómicos de la tuberculosis pulmonar en el municipio de Santiago de Cuba.
MEDISAN [online]. v. 13, n. 1, jan. 2009. Disponível em:
http://bvs.sld.cu/revistas/san/vol13_1_09/san07109.htm Acesso em 05 out. 2021.

DE SOUZA, A. C. S.; DA SILVA, M. L. S. J.; MIRANDA, L. N. Dificuldades na adesão


do plano de tratamento pelo paciente com tuberculose. Caderno de Graduação -
Ciências Biológicas e de Saúde. v. 4, n. 2, p. 297. Disponível em:
https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/4560 Acesso em 05 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MOTOBOYS E PANDEMIA: ACIDENTE DE TRÂNSITO

Tamires Costa Duarte1 André Luiz da Silva Farias2


1
Graduando em Fisioterapia pela Universidade de Tecnologia de Ciências - Salvador, Ba
2
Médico da Estratégia da Saúde da Família do Município de Angra dos Reis - RJ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS)


anunciou que uma pandemia chamada COVID-19 estava em andamento. Uma das
medidas para controlar a doença é o distanciamento social, medida que fez o comércio
ter que ser fechado, consequentemente muitas pessoas perderam o emprego. Contudo, na
ausência de trabalho, se sujeitar a acidentes por conta do tempo através da velocidade e
manobras perigosas no trânsito se tornando motoboy é uma opção para resolver o
problema do desemprego causando um crescimento de aproximadamente 158%
motoboys em 2020 comparado com 2019. OBJETIVOS: Mostrar que o tempo, altas
velocidades e as manobras perigosas, não são os únicos motivos que colocam os
motoboys em situação de risco como vários autores afirmam, e sim, a falta de destreza.
METODOLOGIA: Realizou-se uma análise de caráter quantitativo, transversal, dos
dados publicados no painel de Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, relata os números
de acidentes nos anos de 2017,2018,2019 e 2020, juntamente com os tipos de acidentes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em 2017 tiveram 25.028 acidentes e 10.17% através
de fatores humanos, sem envolver a ingestão de substâncias psicoativas, problemas com
o veículo, defeitos da via ou fatores externos, 2018: 23.950 e 9.77% fatores humanos,
2019: 25.551 e 10% fatores humanos, 2020: 23.395 e 8.9% fatores humanos em acidentes
envolvendo moto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os acidentes por falta de destreza em
meio ao distanciamento social em decorrência da pandemia, foram causados porque
muitas pessoas perderam seus empregos e passaram a usar essa profissão como forma de
sobrevivência.
Palavras-chave: Motoboys ; Acidente ; Trânsito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Com pandemia, entregadores de app têm mais trabalho, menos renda e maior risco à
saúde. BBC NEWS, Brasil, 1 de jul. de 2020. Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53258465>. Acesso em: 14 de out. de 2021.

COSTA et al. Simony Silva:Pandemia e desemprego no Brasil. Revista de Administração


Pública, v. 54, n. 4, p. 2-8 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CNT,Confederação Nacional do Transporte. Painel de Acidentes Rodoviários. Brasil, 1
jan. 2021. Disponível em: https://www.cnt.org.br/painel-acidente Acessado em:13 out.
2021

SILVA,Daniela; Andrade,Selma; SOARES,Darli; Nunes,Elisabete;


MELCHIOR,Regina; Condições de trabalho e riscos no trânsito urbano na ótica de
trabalhadores motociclistas. Revista de Saúde Coletiva. v. 18, n. 2, p. 339-356, 2008.

VERONESE et al. Andréa Márian: Motoboys de Porto Alegre: Convivendo com os riscos
de acidentes de trânsito 2004. Dissertação (Mestre em enfermagem) - Curso de
Enfermagem- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul.2004.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MUDANÇAS NA MORBIMORTALIDADE DAS DOENÇAS DO SISTEMA
NERVOSO EM IDOSOS NA PANDEMIA DE COVID-19.

Silvio Porto de Oliveira Junior 1; Ilanna Oliveira de Carvalho 2; Caio Vinícius Sá de


Pinho Laytynher3; Carolina Correia Menezes Fonseca 4; Bianca Rebouças dos Santos
Mendes 5; Júlia Ornellas Braga 6

1,2,3
: Graduandos em medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
(EBMSP)
4
: Graduanda em medicina pela União Metropolitana de Educação e Saúde (UNIME)
5,6
: Graduanda em medicina pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC)
E-mail autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: As doenças do sistema nervoso estão entre as principais causas de


morbidade e mortalidade em todos os continentes, representando grande parcela do valor
absoluto de óbitos mundiais. Esse grupo de doenças, contido no capítulo VI do CID-10,
sofre influência de variáveis como sexo, idade, fatores genéticos e condições
socioeconômicas. Com a disseminação do SARS-COV-2, o mundo todo sofreu
mudanças, que repercutiram na forma de pensar, agir e se relacionar por parte da
população, provocando resultados negativos para a manutenção do bem-estar físico e
mental do indivíduo, este que agora está retrido de vida social e de recursos médicos
integralmente nos serviços de saúde. Como consequência, alterações no comportamento
social e na disponibilidade de recursos do sistema de saúde nacional, uma vez que a
grande maioria foi destinada aos cuidados com pacientes portadores do vírus em questão,
podem ter levado a mudanças no padrão das internações e óbitos por doenças
neurológicas. OBJETIVO: Analisar o número de óbitos e internamentos por doenças
neurológicas no Brasil, na população de 60 a 69 anos, durante os períodos de abril de
2019 até março de 2020 e abril de 2020 até março de 2021. METODOLOGIA: Estudo
ecológico, de série temporal, com dados coletados na plataforma SIH/SUS e analisados
a partir de tabelas confeccionadas com uso do software Microsoft Excel 13 e posterior
análise quantitativa e descritiva através do cálculo da razão entre as internações e óbitos
no primeiro e no segundo períodos analisados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve
diminuição geral dos óbitos e internações brasileiras, dentro dos critérios analisados.
Unificando os dados de todas as regiões, tem-se redução em 14% dos óbitos e 29% das
internações. Contudo, a relação óbitos por internação foi aumentada em 21%. A redução
dos óbitos e internações por macrorregião foi maior no Centro-Oeste, seguido da região
Sul e Sudeste. A relação de óbitos por internações sofreu aumento em todas as regiões.
Comparando o período de abril de 2019 a março de 2020 com o período de abril de 2020
a março de 2021, é possível inferir que houve queda na mortalidade e nas internações de
pacientes de 60 a 69 anos por doenças do sistema nervoso, mas paradoxalmente houve
um aumento da relação de óbitos por internação. Embora os dados indiquem um cenário
à primeira vista positivo, a redução da busca por atendimento médico em situações
clínicas antes não negligenciadas, a redução na quantidade de recursos e na

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


disponibilidade de serviços, bem como a subnotificação constatada no período parecem
se relacionar negativamente ao padrão observado. Quando se observa o cenário caótico
da COVID-19, imagina-se que aqueles que deixam de procurar um serviço de saúde
tenderiam a estar mais propensos ao desenvolvimento de uma patologia neurológica, fora
que os equipamentos são mais escassos, o que indicaria um aumento desse número.
CONCLUSÃO: Mudanças importantes foram evidenciadas no atual cenário, com um
curioso aumento na relação óbitos por internação, no entanto uma análise mais profunda
é necessária, para justificar, de forma sólida, essas alterações
PALAVRAS-CHAVE: Doenças do sistema nervoso, Internação Hospitalar, Pandemia
COVID-19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS.


Disponível em htpp://www.datasus.gov.br (acessado em 1 de outubro de 2021)

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Gerais. Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia (Health
Surveillance under Debate: Society, Science & Technology)–Visa em Debate, v. 8, n.
3, p. 104-113, 2020.

BRASIL, Ministério da Saúde. Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da COVID-


19.Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde -
SCTIE. Brasília, 2020.

CHAIMOWICZ, Flávio. Saúde do idoso. Nescon UFMG. 2013.

GARRIDO, Rodrigo Grazinoli; RODRIGUES, Rafael Coelho. Restrição de contato


social e saúde mental na pandemia: possíveis impactos das condicionantes sociais.
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GREENBERG, David A.; AMINOFF, Michael J.; SIMON, Roger P. Neurologia clínica-
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NETO, Joaquim Pereira Brasil; TAKAYANAGUI, Osvaldo M. Tratado de neurologia da


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NORONHA, Kenya Valeria Micaela de Souza et al. Pandemia por COVID-19 no Brasil:
análise da demanda e da oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação

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assistida segundo diferentes cenários. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00115320,
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VENTURA, Dora Fix. Um retrato da área de neurociência e comportamento no


Brasil. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 26, p. 123-129, 2010.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NECESSIDADE DE UM OLHAR MAIS ATENTO AO FEOCROMOCITOMA
Raiane Louise Silva Oliveira¹
1 Graduanda em medicina pelo Centro Universitário Atenas
[email protected]
Introdução: Feocromocitomas são tumores das células cromafins, e estão diretamente
relacionados com produção excessiva de catecolaminas. Possui uma tríade clássica,
composta por: cefaléia, sudorese profusa e palpitações. A hipertensão está presente em
90% dos casos, podendo ser episódica ou sustentada. Objetivo: Apresentar informações
sobre o feocromocitoma, explicitando a clínica, o diagnóstico e o tratamento dessa
condição. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, as informações foram
colhidas de artigos científicos encontrados a partir de pesquisas pelas palavras
"feocromocitoma", "catecolaminas" e "células cromafins" nas bases de dados PUBMED
e Scielo. Resultados e Discussão: As glândulas supra-adrenais possuem, na camada
medular, as células cromafins, que após estímulo nervoso simpático produzem as
catecolaminas (dopamina, norepinefrina e epinefrina). Esses hormônios são responsáveis
por uma grande quantidade de alterações sistêmicas e cardiovasculares, como aumento
da frequência cardíaca, pressão arterial e contratilidade cardíaca. Feocromocitomas são
tumores das células cromafins, cursando com produção excessiva de catecolaminas. A
hipertensão está presente em 90% dos casos, e a presença da tríade cefaléia, sudorese
profusa e palpitações em pacientes hipertensos faz-se obrigatória a investigação deste
tumor com uma confirmação laboratorial. Os métodos disponíveis no nosso meio são: as
dosagens de epinefrina, norepinefrina e dopamina urinárias e plasmáticas, metanefrinas e
normetanefrinas urinárias e o ácido vanilmandélico urinário. Caso os valores obtidos
estejam alterados, deverá ser realizado exame de imagem (Tomografia Computadorizada
de abdome) para avaliar a presença de massa em região supra-renal. Em geral, os
feocromocitomas aí localizados exibem centro hipodenso e bordas bem delimitadas,
podendo, entretanto, apresentarem-se como uma massa sólida e, nos casos malignos, com
bordas irregulares. A abordagem terapêutica envolve o bloqueio alfa e beta adrenérgico
pré-operatório e em seguida a ressecção cirúrgica. As alterações hemodinâmicas
perioperatórias adversas que são mais comumente observadas com o feocromocitoma são
a hipertensão intraoperatória e a hipotensão pós-operatória. A incidência de
feocromocitoma maligno varia de 2,5 a 40%. Feocromocitomas malignos são mais
comuns em localizações extraadrenais. As metástases ocorrem geralmente para os ossos,
principalmente no esqueleto axial, nódulos linfáticos, fígado e pulmões. Conclusão: O
diagnóstico do feocromocitoma é fundamental, uma vez que se trata de uma causa curável
de hipertensão, com maiores chances de malignização e morte precoce do portador se não
tratado, além de ter associação com outras neoplasias. Em sua conduta cirúrgica, é preciso
realizar uma monitoração hemodinâmica e o manejo dos fluidos deve ser meticuloso. A
manipulação do tumor precisa ser reduzida ao mínimo, para evitar as alterações adversas
que podem complicar a vida do paciente.
Palavras-chave: Catecolaminas; Células cromafins; Feocromocitoma.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NUTRIÇÃO PRÉ-ESCOLAR E ESCOLAR: IMPACTOS DA ALIMENTAÇÃO
NAS
Eulália Rebeca da Silva Araújo¹; Keitiane Gonçalves da Silva²; Larissa Helen
Vasconcelos Regis³; Ana Larissa Torres de Brito4; Sidrack Lucas Vila Nova Filho5.
¹ Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca - UNIFAVIP
Wyden.
² Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca - UNIFAVIP
Wyden.
³ Graduanda em Farmácia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.
[email protected]
INTRODUÇÃO: A nutrição é um estado bioquímico e fisiológico do corpo humano.
Entretanto, as escolhas alimentares impactam no estado nutricional, de forma positiva ou
negativa, durante os ciclos da vida. No que se refere à nutrição infantil, aspectos
importantes precisam ser levados em consideração, visto que, nessa fase, os hábitos
alimentares estão em constante construção, podendo ser afetados por fatores ambientais
e hormonais. Isso impacta na construção de hábitos por toda a vida, no que se diz respeito
às preferências ou rejeições de alimentos. OBJETIVO: O presente resumo pretende
investigar e expor os aspectos positivos e negativos da alimentação durante a fase infantil.
METODOLOGIA: Para construção científica, foram revisados 5 artigos publicados nos
idiomas inglês e português, nos últimos 11 anos, nas bases de dados Scielo e Medline.
Como critérios de inclusão foram considerados pesquisas bibliográficas e de campo que
atendiam aos descritores: alimentação; nutrição; pré-escolar; criança e foram excluídos
os artigos com pouca associação à temática e trabalhos classificados como de conclusão
de curso, dissertação e tese. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um estudo publicado em
2018 expôs a interligação dos hábitos familiares nas escolhas alimentares da criança,
incentivando uma educação alimentar e nutricional, realizada em conjunto escola-
professor-nutricionista. Esta iniciativa possibilita conscientização e modificação na
alimentação infantil. Outro artigo analisado envolveu crianças de uma creche que foram
submetidas a testes observacionais. Entre os resultados encontrados, perceberam-se
deficiências de vitaminas em pré-escolares, além de consumo excessivo de outros
micronutrientes e ácidos graxos n-6. Nota-se a partir dos outros estudos incluídos que há
demasiadamente hábitos errôneos de alimentação infantil, envolvendo mídia, interação
social, fatores ambientais e hormonais, que podem desencadear em longo prazo, doenças
como obesidade, deficiência de nutrientes e hiper ou hipovitaminose.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A alimentação infantil sofre influência de vários fatores

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ambientais de forma que é importante haver uma educação alimentar para famílias,
cuidadores, creches e escolas, no intuito de evitar malefícios às crianças.

REFERÊNCIAS
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de pré-escolares de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p.
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O IMPACTO DO ALCOOLISMO NA FAMÍLIA: REVISÃO INTEGRATIVA
Jéssica de Oliveira Gomes Silva¹, Karita Monielly da Silva², Fernanda Lima e Silva³,
Sanny Ferreira Fernandes4, Gislene Aparecida da Silva Carlos5, Rosimeire da Cruz
Andrade6
¹,2Enfermeiras, Pós Graduadas em Urgência e Emergência / Saúde Pública
³,4Mestre em Atenção a Saúde pela UFG, Docentes da Universidade Salgado de Oliveira
– Campus Goiânia
5
Discente do Curso de Psicologia da Uninove – Campus São Paulo
6
Discente do Curso de Enfermagem da Uninove – Campus São Paulo

E-mail para correspondência: [email protected]

O uso abusivo de drogas representa um problema de saúde pública mundial, tornando-se


uma temática polêmica. O termo droga se refere a toda substância que quando introduzida
no organismo, modifica uma ou várias de suas funções, promovendo alterações na
percepção e no estado de vigília do indivíduo. Entre estas drogas, o álcool, por exemplo,
é causador de mortes e incapacidades, além de problemas sociais e familiares. O ambiente
familiar é um dos mais prejudicados, por conflitos interpessoais, violência doméstica,
inadequação parental, abuso e negligência infantil, separação e divórcio, dificuldades
financeiras, entre outros. Analisar o impacto do alcoolismo na família do usuário. Trata-
se de uma revisão da literatura, com recorte temporal entre 2014-2021. O levantamento
bibliográfico foi realizado a partir da base de dados: Literatura Latino – Americana- e do
Caribe (LILACS), Biblioteca Eletrônica de Periódicos Científicos Brasileiros (SciELO)
e da Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Como critérios de inclusão foram
utilizados os artigos nacionais e internacionais que tivessem disponíveis os textos na
íntegra e que abordaram a temática pesquisada. Foram excluídos os artigos repetidos e
artigos publicados fora do período determinado, pesquisa guiada pela questão condutora:
qual o impacto do alcoolismo na família do usuário? A dificuldade em dividir a rotina
familiar é abrangente, pelas oscilações e desequilíbrio pelo uso do álcool pelo usuário. A
família é submetida a situações de estresse e ansiedade, tornando a convivência permeada
por um turbilhão de emoções como raiva, abandono, tristeza, entre outros. O consumo do
álcool aumenta o risco da prática da violência, principalmente dentro de casa. O
desemprego está fortemente associado ao consumo abusivo, pois o indivíduo não
consegue mais produzir e executar seu trabalho devido ao uso da substancia, e o
desemprego por sua vez conduz aos níveis de consumo mais elevados. Compreende-se
que os prejuízos causados pelo álcool atingem o ambiente familiar e causam impactos
negativos na vida daqueles que convivem com o alcoolista. Torna-se necessário que as
equipes de saúde estejam preparadas para acolher e apoiar os familiares e o usuário no
processo do cuidado.
Palavras-chave: Alcoolismo, Família, Dependência Química.
REFEREÊNCIAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Mangueira, Suzana de Oliveira et al. PROMOÇÃO DA SAÚDE E POLÍTICAS
PÚBLICAS DO ÁLCOOL NO BRASIL: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA. Psicologia & Sociedade [online]. 2015, v. 27, n. 01 [Acessado 14 Agosto
2021] , pp. 157-168. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1807-
03102015v27n1p157>. ISSN 1807-0310. https://doi.org/10.1590/1807-
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Laranjeira, R. (Org.). (2014). II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD).
São Paulo: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool
e Outras Drogas (INPAD), UNIFESP

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O IMPACTO DA TECNOLOGIA SOBRE O ENSINO DA ANATOMIA
HUMANA: UMA REVISÃO DA LITERATURA.
Breno Serafim Pereira1; Liliah Jorranna de
Sousa Dias2 Elisson de Sousa Mesquita Silva2 ; Mariela Sousa de Medeiros1;
Graziela Santos do Carmo2; Felipe Oliveira Saboya2.
1-
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
2-
Graduando (a) em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Sabe-se que as novas gerações, X, Y, Z, milênio, estão inseridas no


contexto do uso dos equipamentos de informática, sendo o uso de software uma maneira
de corroborar para deixar menos entedioso os estudos tradicionais, apenas em livros e
atlas. OBJETIVO: Realizar uma busca, na literatura, acerca do uso das tecnologias e
suas consequências no ensino da anatomia humana. Por conseguinte, é importante
analisar os pontos positivos e negativos com o advento tecnológico, que dão suporte ao
ensino da anatomia. METODOLOGIA: Para fazer essa revisão da literatura, usou-se a
bases de dados: LILACS e BINACIS. Adotou-se como critérios de inclusão apenas
artigos científicos disponíveis na íntegra nos idiomas: inglês, espanhol, francês e
português; já a data de publicação não foi levada em consideração. Dessa forma, os
descritores utilizados foram (software); (anatomia); (ensino) a pesquisa foi realizada na
última semana de setembro de 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
encontrados 43 artigos, dos quais, 19 artigos foram excluídos por não abordarem o tema
proposto, sendo filtrados 24 artigos para leitura na íntegra. Notou-se que em 100% dos
artigos (24 artigos) o uso da tecnologia foi bem incorporado pelos alunos no estudo da
anatomia humana. Entretanto, analisou-se algumas desvantagens, em comum, nos artigos
revisados: um déficit na democratização do acesso aos meios tecnológicos, distração as
notificações advindas de aplicativos de redes socias, alto custo e dificuldade de
reconhecimento quando manuseado o modelo cadavérico, sendo abordado em 8,3% dos
artigos. Em, 50% da literatura revisada, notou-se que a metodologia tradicional, livros e
atlas, é essencial e os softwares entram como corroborativos. Já em 41,6%, os recursos
proporcionam autonomia, flexibilidade e proativismo, pelo motivo de serem acessados
em qualquer lugar, assim como o dinamismo de tornarem as peças anatômicas móveis,
facilitando a visualização em planos anatômicos. CONCLUSÃO: Conclui-se que as
tecnologias incorporadas ao ensino da anatomia melhoram a aprendizagem, autonomia e
flexibilização nas perspectivas dos alunos. Contudo, é notório uma deficiência na
democratização da educação, o que urge a criação de mais políticas públicas voltadas com
a intenção de atenuar tal problemática.
Palavras-chave: Software; Anatomia; Ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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cadáveres reais obtidos com um scanner 3D, usados como recurso educacional
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2. MATZNER, Gonzalo Tiznado. Experiência na criação de uma plataforma online para

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10. MATA, Thiago Henrique Ramos da. Acesso a conteúdos de repositórios biomédicos
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recursos educativos abiertos (REA). International Journal of Morphology, v. 37, n. 4, p.
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14. ÁVILA, Juan Sebastián; MARCO DE ROSSI, E.; MARTÍNEZ, Manuel. Modelos
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Android Mobile Device. International Journal of Morphology, v. 35, n. 4, 2017.
16. INZUNZA, Oscar et al. Anatomicis network: una plataforma de software educativa
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17. JAVIER, Coronel; JULIANA, Palacio; ROBERTO, Rueda-Esteban. Multiple
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18. FARFÁN, Emilio et al. Web al Servicio de la Anatomía: Relato de una Experiencia
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20. CHUNG, Beom Sun et al. Software to browse the pictures of two knees in diverse
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aprendizaje basados en las TIC (Moodle 2.0 y Mahara) para contenidos de Anatomía,
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22. MARTINS, Christine Baccarat de Godoy et al. O adolescer e a sexualidade: o
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23. DA SILVA, K. D. C. et al. Quality and language of learning objects used in the
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24. ALGIERI, Rubén D. et al. Interacción docente-alumno mediante la utilización de
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PAPEL DO ENFERMEIRO NA MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS DO
CLIMATÉRIO NA SEXUALIDADE FEMININA
Celina César Daniel1; Lenice Paula de Sousa Silva2
1
Enfermeira pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI.
2
Graduanda em Enfermagem pela Associação de Ensino do Piauí – AESPI.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Com o avançar da idade, ocorrem modificações físicas, psicológicas e


fisiológicas que exercem influência direta sobre diferentes aspectos da vida dos
indivíduos. O climatério marca a transição entre as fases reprodutiva e não reprodutiva
da mulher e nele se processam importantes transformações no corpo feminino, como
alterações hormonais, mudanças corporais com consequente impacto na autoimagem,
entre outros. Esses fatores podem impactar negativamente na forma como a mulher
vivencia sua sexualidade trazendo-lhe prejuízos e limitações. Nesse sentido, o enfermeiro
exerce importante função na orientação e construção de uma relação de confiança com as
pacientes, facilitando o estabelecimento de um diálogo aberto sobre o problema.
OBJETIVOS: Identificar na literatura existente o papel do enfermeiro frente aos
aspectos do climatério que interferem na vivência da sexualidade feminina.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando-se a
plataforma online Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados BDENF,
LILACS e SciELO, a partir do cruzamento dos seguintes descritores específicos:
climatério, sexualidade e enfermagem. Os critérios de inclusão foram textos completos,
nos idiomas português, inglês e espanhol. Foi estabelecido recorte temporal de 2017 a
setembro de 2021 dada a relevância da análise de estudos recentes sobre a temática.
Identificou-se 207 estudos. Destes, 5 deram embasamento ao presente estudo. A questão
de pesquisa foi elaborada utilizando-se a estratégia PICo, em que a população estudada
são as mulheres sexualmente ativas; o fenômeno de interesse é o papel do enfermeiro e o
resultado analisado é a sexualidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da
análise da litertaura, identificou-se que entre as modificações fisiológicas que ocorrem no
climatério, a redução progressiva do estrogênio feminino, que resulta em ressecamento e
diminuição da elasticidade das paredes do canal vaginal constitui o principal problema
relacionado à sexualidade, pois a relação sexual pode tornar-se dolorosa e a mulher passa
a evitá-la. Associado a isso, os sintomas climatéricos como a sudorese, ondas de calor,
diminuição da sustentação dos músculos do assoalho pélvico podem desencadear
vergonha e constrangimento. Pode-se mencionar ainda a diminuição da libido que pode
ocorrer nesse período e o comprometimento da autoestima. Desse modo, observa-se a
complexidade desa fase da vida da mulher e as implicações em sua sexualidade, exigindo
assim intervenções que tornem o climatério um período menos traumático. Nesse
contexto, a literatura apontou que o enfermeiro atua principalmente na orientação e
estímulo à prática de exercício físico como ferramente para aliviar os sintomas do
climatéricos, na construção, junto à paciente, de uma compreensão ampliada sobre

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sexualidadade, que não se limita ao ato sexual propriamente dito, na rientação quanto ao
uso de lubrificante durante as relações sexuais, a necessidade ou não da terapia de
reposição hormonal, ensino de exercíos do assoalho pélvivo para fortaleciemento das
musculatura e na promoção da educação sexual. CONCLUSÃO: Depreende-se que é
impresncidível que o enfermeiro estabeleça um vínculo de confiança e um cuidado
holístico e acollhedor da demanda das pacientes, eficaz na ampliação da compreesnsão
destas sobre o climatério e as estratégias existentes para tornar esse período menos
deletério à sexualidade feminina.
Palavras-chave: Climatério; Sexualidade; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO POR COQUELUCHE NO
NORDESTE BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2015 A 2020
Vanessa Nascimento Daltro1; Natália Arthuso Lopes2; Beatriz Carvalho de Oliveira3;
Judi Emily Almeida Veloso4; Lara Camila da Silva Alves5
1, 2, 5
Graduanda em Medicina pela Universidade Salvador
3
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
4
Graduanda em Medicina pela Universidade de Rio Verde
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma doença infecciosa altamente transmissível, sendo
o principal agente etiológico a bactéria Bordatella pertussis. Essa infecção é uma
relevante causa de morbimortalidade infantil, pois pode gerar graves quadros
respiratórios, como tosse paroxística, pneumonia e insuficiência respiratória. A
transmissão ocorre pelo contato direto com as secreções respiratórias da pessoa infectada
e a prevenção é feita pela administração de doses da vacina tríplice bacteriana (DTP), que
age contra difteria, tétano e pertussis. Entretanto, mesmo com as campanhas vacinais
empregadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), a coqueluche ainda é um
grande problema de saúde pública, haja vista sua crescente incidência. OBJETIVO: O
presente estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das infecções por
coqueluche no Nordeste brasileiro de 2015 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo, transversal e quantitativo baseado em dados secundários do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Utilizou-se a
Lista de Doenças e Agravos de Notificação do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) para coqueluche no período de 2015 a 2020. Os critérios de
elegibilidade foram: ambos os sexos, todas as raças, faixa etária menor de 1 ano a 80 anos
e mais e as Unidades Federativas. Para cálculo estatístico se utilizou o Microsoft Excel
2019. RESULTADOS/DISCUSSÃO: O total de casos confirmados de coqueluche no
Nordeste no período avaliado foi de 3.090. O ano com maior incidência foi 2015 com 949
casos (30,71%) e o de menor foi 2020, com 68 casos (2,2%). Ademais, quando comparado
a 2019 (729 casos), 2020 apresentou uma incidência muito inferior. A faixa etária mais
acometida foi a de menores de 1 ano, com 1.960 casos (63,43%), e as menos acometidas
foram as de 65 a maiores de 80 anos, que apresentaram 9 casos ao total (0,29%). O sexo
mais acometido foi o feminino com 1.690 casos (54,69%). A raça mais acometida foi a
parda, com 1.760 notificações (56,95%) e a de menor incidência foi a indígena com
apenas 10 (0,32%). Além disso, a Unidade Federativa com mais casos foi Pernambuco
com 1.769 (57,24%) e a com menor prevalência, Sergipe com apenas 11 (0,36%).
Portanto, foi observado que a população nordestina mais acometida pela coqueluche é a
de crianças menores de 1 ano, pardas, do sexo feminino e residentes de Pernambuco.
Ainda, nota-se uma possível limitação de informação decorrente de uma subnotificação
da doença no ano de 2020, uma vez que houve uma grande redução, de aproximadamente
90,67%, de casos em relação ao ano anterior estudado. CONCLUSÃO: O presente
estudo indicou que, apesar da crescente incidência dos casos de coqueluche no Nordeste,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


em 2020 houve uma repentina redução dos casos, o que evidencia a importância de uma
melhor investigação e notificação da doença. Além disso, ao conhecer o perfil
epidemiológico dessa infecção, é possível realizar campanhas de vacinação mais eficazes,
direcionadas à população mais vulnerável.
Palavras-chave: Coqueluche; Tríplice Bacteriana; Epidemiologia.
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OGUSUKU, C. S., et al. Pertussis in children: an integrative review. Journal of
Epidemiology and Infection Contro, v. 10 n. 3. 2020.
RIBEIRO, M. M. R., et al. Situação epidemiológica da coqueluche no Distrito Federal
entre 2007 e 2016. Revista Bioética, 2019. https://doi.org/10.1590/1983-
80422019274360.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PERIGO DAS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS: UMA
REFLEXÃO SOBRE A DESIGULDADE EM SAÚDE NO BRASIL

Camila Antunes Almeida de Silva1; Klecia Nogueira Máximo2; Thalita de Lima


Viana3; Laiana dos Santos Barreto4; Amanda Letícia Menezes Souza5
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Paulista de Itapevi.
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Uninassau de Fortaleza.
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade UniBRAS de Juazeiro.
4,5
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Empreendedorismo de
Santo Antonio de Jesus.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN) são um rol de doenças


que ocorrem com maior incidência em países sub-desenvolvidos, com temperaturas que
variam entre 15 °C a 40 °C e atingem as populações mais pobres e socialmente
vulnerabilizadas. Segundo a Secretária de Vigilância em Saúde, no ano de 2021, podemos
citar a dengue, esquistossomose, filariose, doenças de transmissão hídrica e alimentar
(DTHA), leishmaniose visceral e tegumentar, doença de Chagas (tripanossomíase
americana), oncocercose e dentre outras. É imprescindível observar o contexto em que
elas ocorrem, de modo a compreender como um país de dimensões continentais, como o
Brasil, possui tantas desigualdades em saúde. OBJETIVOS: Refletir sobre a
desigualdade das Doenças Tropicais Negligenciadas e como atingem as populações
vulnerabilizadas no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica de
literatura, realizada em abril de 2021 na Base de dados Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), onde foram pesquisados termos elegidos pelos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS), sendo eles: “Doenças Negligenciadas” “Pobreza” e “Humanos”, também foram
utilizados o filtro de assuntos principais “Doenças Negligenciadas” “Pobreza” e
“Medicina Tropical”, nos idiomas inglês e português, com intervalo de ano de publicação
de 2016 a 2021, sendo encontrados 40 artigos. Utilizou-se como critério de inclusão
estudos capazes de responder à questão norteadora, sendo assim, foram lidos os títulos e
selecionados 2 para compor a amostra da revisando, também foi incluso um Boletim
Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde. RESULTADOS: As Doenças
Tropicais Negligenciadas atingem as camadas mais vulneráveis da sociedade, tendo em
vista que elas estão mais expostas a fatores de riscos, como dificuldade de acesso a
recursos básicos de saneamento: água limpa, esgoto tratado, coleta de lixo, além da
exposição a alimentos contaminados, desse modo, o rol de doenças negligenciadas
acometem, majoritariamente, pessoas em condições de pobreza, pois apesar de serem
problemas de saúde pública evitáveis e passiveis de tratamento, as medidas para detecção
precoce e prevenção não costumam chegar até as pessoas mais necessitadas. Anualmente

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ainda há uma taxa consideravelmente alta de notificações sobre a incidência e prevalência
das DNTs, onde um fator alarmante para essa realidade é o baixo investimento das
grandes farmacêuticas internacionais, no desenvolvimento de recursos para tratar essas
doenças, mesmo compreendendo que elas podem chegar a causar deficiências
permanentes ou até mesmo levar o paciente a óbito. Nesse cenário, podemos observar a
grande desigualdade social em saúde que ainda persiste no Brasil. CONCLUSÃO: Por
meio da revisão de literatura, foi evidenciado como as doenças tropicais negligenciadas
são um problema de saúde pública difícil de ser transposto. Populações em maior
vulnerabilidade social ainda são as mais acometidas. Contudo, se faz necessário
promover melhorias de investimento em pesquisas sobre a temática, a fim de minimizar
essa desigualdade em saúde.
Palavras-chave: Doenças Negligenciadas; Pobreza; Humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SECRETÁRIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE; MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças


Tropicais Negligenciadas. 2021

OLIVEIRA, Roberta Gondim. Sentidos das Doenças Negligenciadas na agenda da Saúde


Global: o lugar de populações e territórios. Ciênc. saúde colet. 2018

SOBRAL, Natanael Vitor et al. Convergences between the Brazilian National Health Plan
and scientific articles on Neglected Tropical Diseases. Reciis. Rio de Janeiro. 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PROTAGONISMO DO ENFERMEIRO GERENTE NO ENFRENTAMENTO
DA COVID-19

Carol Vitória Bezerra Sousa1; Joseane Natália de Moura Sá2; Ana Karla Santos Moura3;
Lauradella Geraldinne Sousa Nóbrega4

1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba.
4
Enfermeira. Especialista em Metodologia do Ensino Superior, em Serviços de Saúde e
em Saúde Pública.
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: A pandemia do novo coronavírus, SARS-CoV-2, denominada como
COVID-19, que desencadeia a Síndrome Respiratória Aguda Grave, provocou uma das
maiores crises sanitárias no setor da saúde em âmbito mundial, repercutindo em mudanças
na organização dos serviços, com consequência sobrecarga das equipes de saúde e
escassez de recursos. Nesse contexto, o profissional enfermeiro, gestor, através de suas
habilidades e competências apresenta-se como uma ferramenta imprescindível na
organização e direcionamento dos processos de trabalho, na gestão de recursos humanos,
materiais e estruturais, bem como na liderança das equipes profissionais e do cuidado.
OBJETIVO: Discutir a cerca do protagonismo do enfermeiro gerente no enfrentamento
da COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de estudo bibliográfico, descritivo, do tipo
de revisão integrativa. Para alcance dos objetivos propostos, os dados foram obtidos
através de consulta bibliográfica realizada por meio da seleção de artigos científicos
publicados em periódicos indexados nas bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual em
Saúde) e da ferramenta Google Scholar, tendo a busca ocorrida no mês de agosto de 2021,
utilizando os seguintes descritores extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS): Enfermagem, COVID-19, Administração de Serviços de Saúde e Gerenciamento
da Prática Profissional. Os critérios de inclusão foram: artigos que tratam de forma mais
clara e objetiva sobre o tema, tendo sido publicados nos anos de 2020 e 2021, que sejam
compatíveis com os descritores propostos e veiculados em revistas especializadas e
periódicos citados. A delimitação temporal justifica-se pelo fato dessa pandemia ter
iniciado em dezembro de 2019. Após adotar os critérios de inclusão foram selecionados
um total de 10 artigos, destes cinco publicados no ano de 2020 e cinco publicados no ano
de 2021. RESULTADOS: O presente estudo evidenciou que diante do cenário
pandêmico, os enfermeiros desenvolveram atividades essenciais de planejamento,
execução, controle e avaliação, liderança, administração e gerenciamento. Identificou a
necessidade de ações que garantam uma melhor comunicação entre os membros da equipe
e educação permanente dos profissionais atuantes nos setores de atendimento a pacientes
com COVID-19. Ademais, foram identificadas algumas dificuldades enfrentadas pelos
gestores, como a sobrecarga de trabalho e emocional, a falta de EPIs, a criação de novos
protocolos para atendimento de pacientes acometidos pelo vírus, bem como atuar com
praticidade e proatividade, o que não é uma tarefa fácil devido à situação caótica que o
coronavírus trouxe para os serviços de saúde. CONCLUSÃO: A pandemia da COVID-
19 exigiu do líder, gestor e colaborador habilidades qualificadas, resolutividade, uma boa
comunicação, comprometimento, uma assistência coletiva e humanizada, e uma ampla

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


visão gerencial e educadora. Com isso, evidencia-se o protagonismo do profissional
enfermeiro em todas as interfaces, uma vez que o mesmo teve que elaborar ações
estratégicas para enfrentar a pandemia, traçar planos de contingência, preconizando os
protocolos e recomendações do Ministério da Saúde, gerir recursos humanos, além de
atuarem diretamente na assistência.
Palavras-chave: Enfermagem; COVID-19; Administração de Serviços de Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA VENTURA-SILVA, João Miguel et al. Planejamento organizacional no
contexto de pandemia por COVID-19: implicações para a gestão em
enfermagem. Journal Health NPEPS, v. 5, n. 1, p. e4626, 2020.

BITENCOURT, Julia Valeria de Oliveira Vargas et al. Protagonismo do enfermeiro na


estruturação e gestão de uma unidade específica para covid-19. Texto & Contexto-
Enfermagem, v. 29, 2020.
CHAVES, Lucieli Dias Pedreschi et al. Reflexões acerca do exercício da supervisão de
enfermagem no enfrentamento da COVID-19. CuidArte, Enferm, p. 10-17, 2020.
DE SOUZA JACOB, Macsuelen et al. O planejamento das organizações de saúde no
contexto da pandemia da covid-19 e o papel do enfermeiro gerente. Anais do
Seminário Científico do UNIFACIG, n. 6, 2021.
DOS SANTOS ARAUJO, Amauri; COMASSETTO, Isabel. O protagonismo do
Enfermeiro na organização de serviços de saúde durante a pandemia da COVID-
19. Research, Society and Development, v. 10, n. 1, p. e48110112014-e48110112014,
2021.
RIBEIRO, Ítalo Arão Pereira et al. Gestão em enfermagem: reflexões acerca dos
desafios e estratégias frente à COVID-19. Revista Enfermagem Atual In Derme, v.
95, n. 33, 2021.
ROCHA, Debora Oliveira et al. Desafio da gestão de enfermagem hospitalar na
pandemia do covid 19: uma revisão integrativa. TCC-Enfermagem, 2021.
SANTOS, Raíla de Souza et al. Gestão de um serviço ambulatorial universitário: a
enfermagem no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Revista Brasileira de
Enfermagem, v. 74, 2021.
THOMAS, Larissa Scheeren et al. Atuação do enfermeiro emergencista na pandemia de
covid-19: Revisão narrativa da literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n.
6, p. 15959-15977, 2020.
TRECCOSSI, Sara Priscila Carvalho et al. Protagonismo da enfermagem na
organização de uma unidade para assistência à pacientes com Coronavírus/Nursing
protagonism in the organization of a unit to care patients with Coronavirus. Journal of
Nursing and Health, v. 10, n. 4, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O RNA NÃO CODIFICADOR INTERAGE PARA REGULAR O
DESENVOLVIMENTO E FUNÇÃO NEURONAL

Pedro César de Souza1*, Jéssica Karen de Souza Mesquita2, Marília Júlia Lins da Silva
Villa Nova 2
1,2,3
Centro Universitário Mauricio de Nassau, Recife, PE, Brasil;
*
[email protected]

Introdução: O cérebro humano é um dos sistemas biológicos mais complexos e as


habilidades cognitivas se expandiram muito em comparação com os invertebrados, sem
muita expansão no número de genes codificadores de proteínas. Isso sugere que a
regulação gênica desempenha um papel muito importante no desenvolvimento e função
do sistema nervoso, agindo em vários níveis, como transcrição e tradução. Objetivo:
Descrever como o RNA não codificador interage para regular o desenvolvimento e função
neural. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica com corte temporal
de 5 anos, desenvolvido a partir da pesquisa de artigos científicos publicados em revistas
internacionais, através de bases de dados on-line, como o “PubMed” e “Science Direct”.
Resultados: Estudos demonstram a existência de três classes de RNAs reguladores não
codificadores de proteínas (ncRNAs) -microRNAs (miRNAs), RNA de interação com
piwi (piRNAs) e RNA não codificador de longa duração (lncRNA), no processo de
neurogênese e função nervosa, incluindo controle da plasticidade sináptica e papéis
potenciais em doenças neurodegenerativas. miRNAs estão envolvidos em diversos
processos, incluindo neurogênese, onde canalizam a fisiologia celular em direção à
diferenciação neuronal. Os miRNAs também podem influenciar indiretamente a
neurogênese, regulando a proliferação e autorrenovação de células-tronco neurais e são
desregulados em várias doenças neurodegenerativas. Os miRNAs também são
conhecidos por regular a plasticidade sináptica e geralmente são co-expressos com seus
alvos. A dinâmica da regulação gênica é, portanto, dependente da arquitetura local da
rede regulatória gênica (GRN) em torno do miRNA e seus alvos. Os piRNAs eram
classicamente conhecidos por regular os transportes nas células germinativas. No entanto,
foi descoberto, recentemente, que piRNAs são expressos no cérebro e possivelmente
funcionam transmitindo alterações epigenéticas por metilação do DNA. Os piRNAs são
conhecidos por serem herdados da mãe e assumimos que eles podem desempenhar um
papel no desenvolvimento inicial. Também exploramos a possível função dos piRNAs na
regulação da expansão dos transposons no cérebro. O cérebro é conhecido por expressar
vários lncRNA, mas os papéis funcionais no desenvolvimento do cérebro são atribuídos
a alguns lncRNA, enquanto as funções da maioria deles permanecem desconhecidas.
Conclusão: Portanto, é inegável que os microRNAs complementam a regulação gênica
e são capazes de controlar diversas reações. Contudo, muitos estudos inda precisam ser
realizados para que se tenha um melhor entendimento de como o os diferentes tipos de
microRNA funcionam e como eles podem ser usados no controle neural.

Palavras-chave: regulação; expressão gênica; microRNA.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aravin, AA, Sachidanandam, R., Bourc'his, D., Schaefer, C., Pezic, D., Toth, KF, et
al. (2019). Uma via de piRNA iniciada por transposons individuais está ligada
à metilação de novo do DNA em camundongos. Mol. Cell 31, 785-799.
Banerjee, S., Neveu, P. e Kosik, KS (2020). Um ponto de controle translacional local
coordenado na sinapse envolvendo alívio do silenciamento e degradação do
MOV10. Neuron 64, 871–884.
Bernard, D., Prasanth, KV, Tripathi, V., Colasse, S., Nakamura, T., Xuan, Z., et
al. (2018). Um longo RNA não codificador retido no núcleo regula a sinaptogênese por
meio da modulação da expressão gênica. EMBO J . 29, 3082–3093.
Berretta, J. e Morillon, A. (2020). A transcrição difusa constitui um novo nível de
regulação do genoma eucariótico. EMBO Rep . 10, 973–982.
Bian, S., Hong, J., Li, Q., Schebelle, L., Pollock, A., Knauss, JL, et
al. (2019). MicroRNA cluster miR-17-92 regula a expansão de células-tronco neurais e
a transição para progenitores intermediários no neocórtex de camundongo em
desenvolvimento. Cell Rep . 3, 1398-1
Bond, AM, Vangompel, MJ, Sametsky, EA, Clark, MF, Savage, JC, Disterhoft, JF, et
al. (2020). A regulação gênica balanceada por um ncRNA do cérebro embrionário é
crítica para o circuito GABA do hipocampo adulto. Nat. Neurosci . 12, 1020–1027

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O TRABALHO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE DURANTE A
PANDEMIA POR COVID-19

Amanda Cristina da silva

Graduando de enfermagem pela Faculdade Marechal Rondon- FMR


E-mail para correspondência:[email protected]

Introdução: A nova doença coronavírus (COVID-19) foi declarada uma pandemia pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020. Esta pandemia e as
medidas de saúde pública implementadas para reduzi-la mudaram profundamente o estilo
de vida das pessoas. O Trabalho das equipes multiprofissionais de saúde é abordado de
forma interdisciplinar, exigindo relações sociais horizontais valorizando a soma de visão
de diferentes profissionais buscando a promoção, a prevenção, cura e a reabilitação da
saúde. A melhor forma de gerenciar a complexidade da doença Covid-19 é a abordagem
multiprofissional. Objetivo: O objetivo desse artigo é por meio de uma revisão
bibliográfica evidenciar a importância da abordagem multiprofissional ao paciente
durante a pandemia por covid-19. Método: A fim de atender o objetivo proposto foi
utilizado como método a revisão de literatura em buscas realizadas na biblioteca virtual
em saúde (BVS). Os descritores usados para direcionar a pesquisa foram ‘’Equipe
multiprofissional’’, ‘’Covid-19’’ e ‘’ Assistência à Saúde’’ de acordo com a classificação
dos Descritores em Ciências de Saúde (DECS), fazendo o uso dos operadores booleanos
‘’AND’’ e ‘’OR’’. Para compor esse trabalho utilizou-se somente trabalhos publicados a
partir do ano de 2020 sendo o idioma de redação dos artigos em inglês e português.
Resultados e discussão: Foram identificados na pesquisa inicial 24 artigos com potencial
de elegibilidade, desses 21 foram excluídos por não estabelecerem uma associação clara
da equipe multiprofissional durante a pandemia por covid-19, sendo selecionado a fim 3
artigos para compor esse trabalho. Os resultados encontrados mostram que a abordagem
da equipe multiprofissional de forma estruturada permite estabelecer ações conjuntas e
cuidadosas de forma individual para cada paciente tanto em nível hospitalar quanto
ambulatorial visando à prevenção e a cura. Que afastar as barreiras entre as especialidades
e os profissionais de saúde pode otimizar o atendimento de pacientes acometidos pela
Covid-19 criando solidariedade e adaptabilidade entre as equipes. Em nível de
organização a covid-19 tornou ainda mais desafiador à organização das equipes de saúde
e para que a assistência em saúde seja exercida de forma eficaz se faz necessário uma boa
comunicação entre as equipes, respeitando a identidade científica de cada profissional.
Conclusão: A pandemia por covid-19 se mostrou um desafio para os profissionais de
saúde, exigindo uma rápida adaptação, maior integralidade do cuidado e o
desenvolvimento de estratégias para a cura e proteção contra a doença. As estratégias
desenvolvidas durante a pandemia, principalmente aquelas de caráter assistencial,
serviram para engajar o vínculo multiprofissional.
Palavras chave: ‘’Equipe multiprofissional’’, ‘’Covid-19’’ e ‘’ Assistência à Saúde’’.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS
Ministério da Saúde. (2020). Portarias publicadas sobre COVID-19, Assessoria de
Comunicação Social. http://observatoriohospitalar.fio
cruz.br/sites/default/files/biblioteca/20.04.2020_Portarias%20publicadas%20sobre%20
COVID_com%20edi%C3%A7%C3%A3o.pdf
Organização Mundial da Saúde. Conselhos sobre doença coronavírus (COVID-
19)paraopúblico:CaçadoresdeMitos, 2020. Disponívelonlineem:
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-
public/myth-busters
Montani D, Savale L, Beurnier A, et al. Multidisciplinary approach for post-acute
COVID-19 syndrome: time to break down the walls. Eur Respir J. 2021;58(1):2101090.
Published 2021 Jul 8. doi:10.1183/13993003.01090-2021

SILVA, IM da.; SILVA, MTBF da.; SANTOS, RG dos.; FERREIRA, RKG. A Equipe
de Trabalho Multiprofissional no contexto do COVID-19: Visão geral de vários, apenas
um propósito. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 10, n. 3,
pág. e53210313439, 2021. DOI: 10.33448 / rsd-v10i3.13439. Disponível em:
https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13439. Acesso em: 9 out. 2021.

Gil-Navarro, M. V., & Luque-Márquez, R. (2020). Hospital Pharmacy in the


multidisciplinary team of COVID inpatient units. Farmacia hospitalaria : organo oficial
de expresion cientifica de la Sociedad Espanola de Farmacia Hospitalaria, 44(7), 40–42.
https://doi.org/10.7399/fh.11517

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DA OZONIOTERAPIA E SUAS APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS EM
ANIMAIS

Beatriz Nepomuceno Prado1; Jhade Mendes Brito1; Ana Gabrielly Chagas Alves1;
Eveline Araújo Alves1
1
Graduanda em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário INTA – UNINTA

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A ozonioterapia consiste em uma técnica medicinal utilizando gás


ozônio, cujo objetivo principal é aprimorar a oxigenação sanguínea nos tecidos do
organismo. Possui propriedades viricida, fungicida e bactericida, pois tem como principal
mecanismo de ação a oxidação de membrana celular e componente citoplasmático,
ocasionando então a morte dos microrganismos. A terapia com ozônio, além de eficaz
também é considerada economicamente acessível. Assim, a mesma deve ser utilizada de
forma técnica, pois como qualquer outro medicamento possui contraindicações e
toxicidade. Na medicina veterinária tem sido frequentemente utilizada na terapêutica de
diversas doenças. OBJETIVOS: Apresentar os diferentes tratamentos e suas
contraindicações em animais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de
caráter exploratório, desenvolvido através de uma revisão de literatura. Foi realizado uma
pesquisa de estudos experimentais e relatos de caso em bases de dados científicos como
SciELO e Google Acadêmico, utilizando os descritores: ozonioterapia em pequenos
animais, gás ozônio, ozonioterapia em animais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após
eleger e analisar 11 estudos relacionados a ozonioterapia e suas aplicações em animais,
observou-se que o mesmo foi responsável pela descontaminação de feridas e cicatrização
das mesmas em mais de 50% dos trabalhos analisados. Em cães com dermatite actínica,
a terapia foi responsável pela diminuição da contaminação de feridas, atuando como
bactericida e ajudando na cicatrização, atuou também como anti-inflamatório e
analgésico, contribuindo na diminuição da dor e do edema. Ainda, a utilização de óleo
ozonizado foi eficaz para o tratamento tópico de lesões em um porquinho da Índia,
diminuindo a extensão e profundidade da ferida como também na sua cicatrização. O uso
do gás no tratamento de ferida incisa, contaminada e profunda no membro de um equino
promoveu desinfecção e estimulou a cicatrização. Em cães com parvovirose, a terapia se
mostrou eficiente pelo aumento do interferon gama, um agente antiviral, e ainda
contribuiu com a diminuição número de óbitos pela sua ação anti-inflamatória,
analgésica, antioxidante, antiviral e imunoestimulatória. Em animais com degeneração
macular, 90% dos casos foi observado uma reversão do caso. Cães com erliquiose,
percebeu-se um aumento significativo das plaquetas. O uso da ozonioterapia auxiliou
também no tratamento de otite externa canina, diminuindo a presença de secreção muco
purulenta e do prurido. Em cães com dermatite bacteriana, com a utilização da técnica
bag, notou-se a diminuição das secreções, lesões crostosas, prurido, como também o
crescimento de pelos. Apesar de todos seus benefícios, é contraindicado a administração
do gás pela via inalatória por conta dos seus efeitos tóxicos na traqueia e brônquios.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Também não é indicado o uso do mesmo em animais com hipertireoidismo pois a
produção dos hormônios da tireoide é estimulada. Animais diabéticos e pacientes que
possuem deficiência da enzima glicose-6-fosfato-dihidrogenase não se pode utilizar dessa
terapia pois a mesma promove distúrbios de coagulação. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Em vista dos benefícios desta terapia em diferentes tratamentos, torna-se de fundamental
importância a realização de mais estudos acerca da sua utilização como uma alternativa
terapêutica para os animais, auxiliando nos métodos convencionais, além de possuir um
baixo custo e ser de fácil aplicação.
Palavras-chave: Terapia; Ozônio; Feridas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Talita Lilia et al. Ozonioterapia no tratamento de cães com dermatite


bacteriana: relato de dois casos. R. Cient. Eletr. Med. Vet., (32): [11 p.], jan. 2019.
Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-21271. Acesso em: 01
set. 2021.

BRITO, Bianca de; ROIER, Erica Cristina Rocha; LEMOS, Francesca de Oliveira;
SANTOS FILHO, Mario dos. Aplicação da ozonioterapia na clínica de pequenos
animais: vias de administração, indicações e efeitos adversos. Pubvet, [S.L.], v. 15, n. 7,
p. 1-8, jul. 2021. Disponível em:
http://www.pubvet.com.br/artigo/8115/aplicaccedilatildeo-da-ozonioterapia-na-
cliacutenica-de-pequenos-animais-vias-de-administraccedilatildeo-indicaccedilotildees-
e-efeitos-adversos-revisatildeo. Acesso em: 01 set. 2021.

FRITZEN, Mylla et al. APLICAÇÃO DA OZONIOTERAPIA EM UM CÃO COM


OTITE – RELATO DE CASO. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária Fag,
Vol. 1, no 2, jul/dez 2018. Disponível em:
http://www.themaetscientia.fag.edu.br/index.php/ABMVFAG/article/view/893. Acesso
em: 01 set. 2021.

OLIVEIRA, Ana Laura Secomandi de; CAPELLINI, Leticia; PRIMO, Victoria Alice
Bastos; PEGORARI, Lívia Galbier Ricetto; COSTA NETO, Inácio Gonçalves da;
FEDRIGO, Túlio Tozzi; TAVARES, Ianara Martins. OZONIOTERAPIA UTILIZADA
NO TRATAMENTO POR SEGUNDA INTENÇÃO EM FERIDA CUTÂNEA DE
EQUINO QUARTO DE MILHA – RELATO DE CASO. Anais do Simpósio
Internacional do Cavalo Atleta (Simcav), [S.L.], 2021. Even3.
http://dx.doi.org/10.29327/simcav2021.331447. Disponível em:
https://www.even3.com.br/anais/simcav2021/331447/. Acesso em: 27 set. 2021.

PIOLA , N. X. APLICAÇÃO DA OZONIOTERAPIA DENTRO DA CLÍNICA DE


PEQUENOS ANIMAIS. Revista Multidisciplinar em Saúde, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 10,
2021. DOI: 10.51161/rems/1822. Disponível em:
https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rems/article/view/1822. Acesso em: 27 set.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DA TERAPIA FITOTERÁPICA COMO COADJUVANTE NO
TRATAMENTO DA DOENÇA PERIODONTAL

1
Aline Leitão Cavalcanti Teixeira; 2Armando Bonifácio da Silva Júnior; 3Profª Draª Ana
Caroline de Lima Silva .

12
Graduanda em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau- João
Pessoa- PB
3
Profª Draª de Farmacologia do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)
Email do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A doença periodontal é caracterizada como uma conjuntura de


processos inflamatórios e infecciosos nos tecidos periodontais de etiologia multifatorial.
Esta, é desencadeada por bactérias anaeróbias Gram-negativas, resistentes a
antibioticoterapia convencional e a antissépticos bucais e exigem a busca por novos
métodos coadjuvantes ao tratamento clínico que correspondem a raspagem e alisamento
radicular. Dessa forma, o uso de produtos naturais no tratamento, poderia ser uma terapia
bastante promissora. OBJETIVO: Realizar uma revisão bibliográfica sobre a utilização
de produtos naturais no controle químico do crescimento do biofilme dental subgengival
e consequentemente doenças periodontais. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa nas
bases de dados em saúde, tais como Bvsms, Scielo e Pubmed no período de 2010 a 2020
utilizando os termos, “Produtos naturais”, “Doença periodontal” e “fitoterapia” .
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Alguns trabalhos avaliaram o efeito de própolis e
mostraram uma propriedade antimicrobiana significativa frente a periodontopatógenos,
sugerindo que esta substância poderia ser usada terapeuticamente no controle do
crescimento da microbiota oral. O própolis também mostrou atividade antimicrobiana em
cepas de A. actinomycetemcomitans, Prevotella intermedia, P. melaninogenica, P.
gingivalis, Capnocytophaga gingivalis e Fusobacterium nucleatum, microrganismos
envolvidos no desenvolvimento da periodontite. O alho (Allium sativum) também tem
mostrado conhecida propriedade antibacteriana, antifúngica e antiviral com efeito sobre
o crescimento e enzimas proteolíticas de Porphyromonas gingivalis. Iniciou-se também
pesquisas acerca da Curcumina (Açafrão) que possui um amplo espectro biológico que
pode fornecer aos clínicos um agente anti-inflamatório e antimicrobiano alternativo para
o gerenciamento de uma variedade de doenças, incluindo doenças periodontais.
CONCLUSÃO: Diante da revisão realizada, foi possível observar a possível
aplicabilidade promissora dos fitoterápicos como coadjuvante no tratamento da doença
periodontal e que o uso desses ainda necessitam de mais pesquisas. Percebeu-se também
a contínua relevância dos produtos naturais utilizados com essa finalidade, como
potenciais agentes farmacológicos, principalmente no que se refere a suas vantagens tais
como baixo custo, acessibilidade, aceitação da população e sua baixa toxicidade.
Palavras-chave: Doença Periodontal; Fitoterapia; Produtos naturais.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA
ASSISTÊNCIA DE PACIENTES COM COVID-19
Esteffany Vaz Pierot1; Priscila Mendes Martins2; Ingrid Moura de Abreu³; Maria do
Carmo Santos Ferreira4; Samya Raquel Soares Dias5

1
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais
2,3,4
Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí
5
Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Em março de 2020, a Covid-19 foi caracterizada pela Organização


Mundial da Saúde como uma pandemia. A doença infecciosa ocasionada pelo novo
coronavírus (SARS-CoV-2) tem como principal forma de transmissão as gotículas
respiratórias. Em função da rápida e fácil propagação do vírus, da necessidade de
cuidados intensivos e da utilização de tecnologias próprias de ambiente intensivista para
uma parcela de pessoas acometidas, tem-se verificado alterações nos fluxos de trabalho,
nos protocolos de atendimento em saúde, sobretudo, com equipamentos de proteção
individual. A literatura reforça que o aumento da conscientização sobre a proteção
pessoal, fornecimento de equipamento de proteção individual adequado, em número
suficiente, com treinamento de acordo com protocolos nacionais e internacionais, podem
contribuir para a redução do risco de infecção em profissionais de saúde. OBJETIVOS:
Identificar a importância do uso de equipamentos de proteção individual por profissionais
de saúde na assistência de pacientes com Covid-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão de literatura realizada nas bases de dados Medline via Pubmed e Web of Science,
utilizando os seguintes descritores “equipamento de proteção individual”, “covid-19” e
“assistência ao paciente”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis online de
forma completa, publicados entre os anos de 2015 a 2020 e que abordem o objetivo da
pesquisa. E como critérios de exclusão: artigos duplicados, editoriais e artigos de opinião.
Ao todo, foram encontrados 84 artigos e após a leitura, 20 artigos constituíram a amostra
final com base nos critérios de inclusão e exclusão do estudo. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Todos os estudos revisados exploraram ou citaram a importância do uso
de equipamentos de proteção individual na assistência de pacientes com Covid-19, como
o principal mecanismo de defesa dos profissionais de saúde nos hospitais. A proteção da
saúde dos profissionais de saúde, assim, é fundamental para evitar a transmissão de
Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário
adotar protocolos de controle de infecções (padrão, contato, via aérea) e disponibilizar
equipamentos de proteção individual, incluindo máscaras N95, aventais, óculos,
protetores faciais e luvas. Todas as medidas de proteção previstas no protocolo de manejo
clínico do coronavírus, no Brasil, dizem respeito à biossegurança. É importante ressaltar
que deve ser praticada uma técnica adequada para vestir e retirar o equipamento de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


proteção individual, seu uso deve ser simples de remover após utilizar, sem contaminar o
usuário. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pandemia de coronavírus mostrou que a
inadequação no uso de equipamentos de proteção individual é associada a altas taxas de
infecção dos profissionais de saúde. O treinamento e a prática do uso de equipamentos de
proteção individual antes do gerenciamento do paciente são essenciais para a segurança
da equipe e dos pacientes.
Palavras-chave: Assistência ao Paciente; Equipamento de Proteção Individual; Covid-
19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILHO, José Marçal Jackson et al. A saúde do trabalhador e o enfrentamento da COVID-


19. Rev. bras. saúde ocup, v. 45, 2020.

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saúde dos profissionais de enfermagem frente a Covid-19. Cogitare enfermagem, v. 25,
2020.

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equipamentos de proteção individual [Covid-19 pandemic and rational use of personal
protective equipment][Pandemia de Covid-19 y uso racional de equipos de protección
personal]. Revista enfermagem UERJ, v. 28, p. 50360, 2020.

TEIXEIRA, Carmen Fontes de Souza et al. A saúde dos profissionais de saúde no


enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p. 3465-
3474, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O USO DE RESINAS BULK FILL É CAPAZ DE OTIMIZAR O TRATAMENTO
RESTAURADOR? REVISÃO CRÍTICA DA LITERATURA
Mariana de Figueiredo Lopes e Maia1; Darlon Martins Lima2; Thais
Gomes de Moraes Meneses3; Ravena Brito Marques4; Dyele Kalynne
Costa da Silva5; Leily Macedo Firoozmand6
1,4,5
Cirurgiã-dentista, Doutoranda em Odontologia
2
Cirurgião-dentista, Professor Associado II
3
Cirurgiã-dentista, Mestre em Odontologia
6
Cirurgiã-dentista, Professora Adjunta
1,2,3,4,5,6
Programa de Pós-graduação em Odontologia da Universidade Federal do
Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: As resinas bulk fill surgiram da busca por um material estético com
propriedades biomecânicas favoráveis e técnica simplificada, tornando-se uma
interessante estratégia para procedimentos restauradores em saúde pública. Entretanto,
sua aplicabilidade clínica ainda gera incertezas aos profissionais. OBJETIVOS:
Analisar, através de revisão de literatura, características, propriedades e aplicabilidade
clínica das resinas bulk fill, visando otimizar o tratamento restaurador, no contexto do
serviço público ou situações que exijam agilidade e redução do tempo clínico, sem
prejuízos para a qualidade final do procedimento. METODOLOGIA: Estudo
bibliográfico, de abordagem qualitativa, do tipo revisão crítica da literatura, realizado nas
bases de dados PubMed/MEDLINE, Scopus, Scholar Google e SciELO, selecionando
artigos de estudos laboratoriais e clínicos, de 2015 a 2020, que se alinhassem aos
objetivos desta revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos in vitro e ensaios
clínicos randomizados demonstram que resinas bulk fill de consistência regular
apresentam propriedades mecânicas semelhantes a resinas convencionais. Ainda, todas
as consistências de resina bulk fill podem proporcionar economia de tempo, menor rigor
técnico com resultados satisfatórios. Sugere-se o emprego destas resinas em amplas
reconstruções, situações que requerem agilidade, como atendimento a crianças e pessoas
com deficiência, inclusive no serviço público, como alternativa à alguns casos onde se
utilizaria o amálgama ou o cimento de ionômero de vidro como material restaurador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: As resinas bulk fill se apresentam como material
indicado para restaurações diretas em dentes posteriores, principalmente pela
simplificação da técnica, tornando possível otimizar procedimentos estéticos que
demandam de maior tempo clínico, sem comprometer a qualidade do tratamento.
Palavras-chave: Restauração dentária permanente; Resinas compostas; Propriedades
físicas; Saúde pública; Otimização.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TUGBA, Akalin. et al. Clinical Evaluation of Sonic-Activated High Viscosity Bulk-Fill
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ÓBITOS POR LEUCEMIA DE ACORDO COM SEXO E FAIXA ETÁRIA NOS ANOS
DE 2011 A 2020 DE PACIENTE RESIDENTES EM SÃO PAULO.
1
André Nicácio Barbosa Lima; 2Ana Claudia Mendes Barbosa; 3Isabella dos Santos Bonanni;
4
Valter Hernando Silva
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas
2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande
3
Graduanda em Medicina pela Universidade de Rio Verde
4
Graduando em Farmácia pela Faculdade Santo Agostinho

[email protected]

INTRODUÇÃO: A Leucemia é uma patologia maligna que afeta os glóbulos brancos. Ela tem
como principal características o aumento de células doentes na medula óssea, que substituem
as células sanguíneas sadias. Existem mais de 12 tipos de leucemia, porém 4 são os principais:
Leucemia mieloide crônica, leucemia mieloide aguda, leucemia linfocítica aguda e leucemia
linfocítica crônica. Dentre os seus fatores de risco, gênero e idade contribuem para um maior
número de óbitos, sendo de fundamental importância as suas análises. OBJETIVOS: Analisar
o número de óbitos por leucemia de pacientes residentes no Estado de São Paulo nos anos de
2011 a 2020, especificados por sexo e faixa etária. METODOLOGIA: Foi produzido um
estudo epidemiológico transversal descritivo quantitativo sobre os óbitos por leucemia em
pacientes residentes em São Paulo, através do Sistema de Informações hospitalares do SUS
(SIH/SUS), no site DATASUS. As variáveis analisadas foram sexo e 7 faixas etárias (20 a <
30, 30 a <40, 40 a <50, 50 a <60, 60 a <70 e 80<) no período de 2011 a 2020. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Foram observadas 34274 internações decorrentes de leucemia no período em
questão. Destas, 4350 pacientes vieram a óbito, sendo 2324 (53,42%) do sexo masculino e 2026
(46,58%) do sexo feminino. Na análise das idades, a faixa etária com maior número de óbitos
foi de 60 a 69 anos do sexo masculino, com 526 óbitos e taxa de mortalidade de 16,42%. No
sexo feminino dentro desta mesma faixa etária, ocorreram 422 mortes, sendo a taxa de
mortalidade de 15,66%. Além disso, a menor diferença no número de óbitos entre os sexos
(0,58%) foi encontrada nos pacientes com idades entre 50 e 59 anos. As idades com menor
número de óbitos nas mulheres foram de 30 a 39 anos, com 169 mortes e nos homens entre 20
e 29 anos, chegando a 230 óbitos. A frequência relativa da faixa etária com maior número de
óbitos (60 a 69 anos) foi de 9,7% para o sexo feminino e 12,09% para o masculino. Em relação
a frequência relativa da idade com menor número de óbitos, obtivemos 3,88% para as mulheres
(30 a 39 anos) e 5,28% para os homens (20 a 29 anos). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim
sendo, é notório que nos últimos 10 anos ouve um maior número de óbitos em pacientes do
sexo masculino causado por leucemia, nas idades entre 60 e 69 anos. Desse modo, é necessária
uma atenção maior do Sistema Único de Saúde a estes pacientes na prevenção e tratamento,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


não esquecendo das mulheres dentro dessa faixa etária, que também são mais acometidas por
óbito do que as outras idades analisadas.

Palavras-chave: Câncer; Leucemia; Óbitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional do Câncer, 2021. Tipos de


câncer: leucemia. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/leucemia.
Acesso em: 05 de out. de 2021.

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Disponível: https://www.cancer.org/. Acesso em: 05 de out. de 2021.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Banco de dados do Sistema Único


de Saúde – DATASUS. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-
saude-tabnet/. Acesso em: 05 de out. de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


APLICAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DE LAVANDA NA GESTAÇÃO E PÓS-
PARTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2

1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Lavandula angustifolia, conhecida popularmente como lavanda ou


alfazema, é um membro da família Lamiaceae predominante na França. Os principais
constituintes da planta medicinal são o linalol e o acetato de linalila, os quais são
associados a ação ansiolítica, analgésica e anti-inflamatória, caracterizando a lavanda
como alternativa terapêutica promissora para a saúde física e mental das gestantes.
OBJETIVOS: Identificar os efeitos terapêuticos do óleo essencial de lavanda na
gestação e pós-parto a partir de informações disponíveis na literatura.
METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória entre julho e
agosto de 2021 a partir da combinação dos descritores “Aromaterapia”, “Gestação” e
“Lavanda” nas bases de dados do Sistema Online de Busca e Análise de Literatura
Médica (Medline), da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) e da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), obtendo 69 resultados. Conforme critérios de inclusão, foram
selecionados 5 ensaios clínicos randomizados com no máximo 10 anos de publicação e
na língua inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise do material teórico
identificou que o óleo essencial de lavanda promove benefícios físicos e emocionais
durante o período gestacional e pós-parto. Estudos demonstraram que a aromaterapia foi
eficaz na redução da intensidade da dor durante a pós-cesárea e a pós-episiotomia, além
de minimizar quadros de depressão pós-parto, ansiedade, estresse e tensão. A longo
prazo, a aplicação de óleos de lavanda para massagens corporais foi relacionada ao
aumento de anticorpos IgA, glicoproteínas presentes no leite materno que auxiliam na
defesa contra infecções no trato respiratório superior. Além disso, efeitos adversos graves
não foram descritos na literatura selecionada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da
lavanda na gestação e no pós-parto promove o bem estar físico e mental materno,
tornando-se uma alternativa terapêutica promissora para melhorar a qualidade de vida da
mãe e do recém-nascido. Contudo, é necessário o desenvolvimento de novos estudos para
auxiliar a determinar a relação entre a dose e o surgimento de possíveis efeitos adversos.
Palavras-chave: Aromaterapia; Gestação; Lavanda.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHEN, Pao-Ju et al. Effects of Aromatherapy Massage on Pregnant Women's Stress and
Immune Function: a longitudinal, prospective, randomized controlled trial. The Journal

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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referred to selected health centers of Yazd, Iran in 2015. Iranian Journal Of Nursing
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS BENEFÍCIOS DO MICROAGULHAMENTO NO TRATAMENTO DA
CICATRIZ ATRÓFICA DE ACNE

Gabriel Matheus Batista Brito1; Crícia Regina Figueira Araújo2; Tafne Moraes Pereira3.
1,2,3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A acne é uma das disfunções de pele mais recorrentes, sendo causada
pela obstrução e inflamação da unidade pilossebácea, podendo resultar de fatores
hormonais, genéticos, hábitos de vida, má alimentação, uso de medicamentos, ou ainda,
o stress. Após o término da fase inflamatória ativa, grande parte dos pacientes apresenta
cicatrizes atróficas, causada pela diminuição do colágeno e da gordura subcutânea. A
presença destas cicatrizes causam grande impacto psicossocial, acarretando em maior
incidência de transtornos como baixa autoestima, personalidade introvertida e depressão,
sendo assim, um problema de natureza estética e psicológica. Os procedimentos ablativos
vem sendo amplamente utilizados como forma de tratamento para esta condição, porém,
atualmente há uma crescente demanda pela realização de procedimentos menos
invasivos, objetivando a redução de complicações, bem como uma rápida recuperação do
paciente. O microagulhamento surge como uma alternativa, por consistir em uma técnica
minimamente invasiva, de baixo custo e rápida aplicação. O princípio deste tratamento é
a estimulação da produção de colágeno, sem ocasionar grandes danos no tecido epitelial.
OBJETIVOS: Conhecer os benefícios do microagulhamento no tratamento da cicatriz
atrófica de acne. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura realizada
através de pesquisa nas bases de dados Google Acadêmico e PUBMED. Foram definidos
como critérios de inclusão: artigos publicados entre 2016 e 2021, no idiomas português e
inglês. Foram excluídos artigos duplicados, indisponíveis para acesso na íntegra ou que
abordassem a utilização do microagulhamento no tratamento de outras disfunções.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 47 artigos nas plataformas
utilizando os termos “microagulhamento” e “acne”. Após a aplicação dos critérios
definidos, 5 trabalhos foram selecionados para análise. Através da revisão dos artigos,
verificou-se que o microagulhamento consiste na utilização de dispositivos como o
dermaroller, uma ferramenta cilíndrica constituída por centenas de microagulhas que
podem variar de tamanho (de 0,5 a 3,0 mm). Para a aplicação, é necessário a utilização
de anestésico tópico, a fim de evitar desconforto ao paciente. Após esse processo, o
dispositivo é friccionado sobre a pele, causando microlesões, e assim, estimulando a
produção de novas fibras de colágeno, a fim de reparar as danificadas. Ocorre também a
dissociação dos queratinócitos, a liberação de citocinas, além da vasodilatação,
permitindo aos queratinócitos uma migração para o local, a fim de reestabelecer o tecido
lesionado. É iniciado então, o processo de cicatrização, dividido em três fases:
inflamatória, proliferativa e remodelamento. Nesta última fase ocorre, de maneira lenta,
a substituição do colágeno I pelo colágeno tipo III, que é mais resistente e duradouro,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sendo conservado por aproximadamente 5 a 7 anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Conclui-se que o microagulhamento traz resultados positivos no tratamento da cicatriz de
acne, promovendo a neocolagenase e melhorando a textura, o brilho e a pigmentação da
pele. Com isso, verificou-se também a melhora na autoestima dos pacientes. Esse tipo de
terapia facilita a penetração de ativos na pele, como a vitamina C, utilizada para fins de
rejuvenescimento. Possui como efeitos colaterais comuns eritema e inchaço, de
recuperação rápida, conferindo a essa terapia um ótimo custo benefício, além de poder
ser aplicada em todos os fototipos de pele.
Palavras-chave: Acne Vulgar; Cicatriz; Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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OS CUIDADOS FONOAUDIOLÓGICOS NO PRÉ-OPERATÓRIO DA
TIREOIDECTOMIA

Waléria Tomaz Pacífico1; João Gabriel Oliveira da Silva2; Kessya Raquel Araújo
Moura Teixeira3; Sarah Pietra Batista Nunes Façanha4; Fernanda Regina Vasconcelos
Fernandes Castro5.

1
Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza
2,3
Graduandos em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza
4
Graduanda em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Pitágoras
5
Fonoaudióloga. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A tireoidectomia consiste na remoção cirúrgica total ou parcial da
glândula tireóide, podendo trazer comprometimentos vocais, respiratórios e na
deglutição. As alterações podem surgir antes do diagnóstico, conjuntamente a sintomas
psíquicos de ansiedade e incerteza antes do tratamento. A atuação fonoaudiológica tem
início no pré-operatório, identificando e registrando os sintomas e queixas para
acompanhamento dos pacientes após o procedimento. Em casos de indecisão a aderência
da cirurgia, a fonoaudiologia possui a tarefa de estabelecer uma comunicação harmoniosa
de apoio e confiança, assim como um plano de cuidados ajustados e congruentes com
suas necessidades. OBJETIVOS: Analisar os cuidados adotados pelo profissional
Fonoaudiólogo no momento pré-operatório da tireoidectomia. METODOLOGIA: Esta
pesquisa realizou uma revisão bibliográfica sistemática, analisando a atuação do
fonoaudiólogo no pré-operatório da tireoidectomia. Foram analisados os estudos
publicados de 2015 a 2021, em português, tendo a Scielo e as bibliotecas digitais gratuitas
das universidades brasileiras como base de dados, utilizando os seguintes descritores:
"tireoidectomia", "pré-operatório" e “fonoaudiologia”. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após a pesquisa inicial, foram identificados 23 estudos, destes excluídos
19 por duplicidade ou não apresentarem relação com os objetivos do estudo. Os
resultados apresentaram estudos prospectivos, quantitativos e descritivos, avaliando a
ocorrência dos sintomas sensoriais, desconforto no trato vocal e em vias aéreas digestivas;
a qualidade de vida em voz, xerostomia, mudanças da mucosa nasal, análise vocal
perceptivo auditiva e acústica de indivíduos encaminhados à tireoidectomia, antes da
realização do procedimento. Verificou-se que os 4 estudos selecionados, descreveram a
avaliação fonoaudiológica antecessora a cirurgia de tireoide como forma investigativa
dos aspectos e sintomas clínicos, confrontando com os achados pós intervenção cirúrgica.
Percebeu-se uma ausência da narrativa das ações que qualificam a fonoaudiologia como
preceptora dos pacientes e familiares no que concerne às particularidades que a patologia
exerce sobre a comunicação e deglutição antes do tratamento médico.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo conclui que a atuação fonoaudiológica insere-
se na preparação pré-operatória dos pacientes submetidos a tireoidectomia, informando,
avaliando, qualificando e promovendo saúde desde o primeiro momento, fazendo-se
imprescindível no tratamento multidisciplinar do câncer de tireoide.
Palavras-chave: Tireoidectomia; Fonoaudiologia; Cabeça e pescoço.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Lillian Fernandes de et al . Sintomas sensoriais em pacientes submetidos à


tireoidectomia. CoDAS, São Paulo , v. 29, n. 3, e20150294, 2017 . Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext & pid=S2317-17822017000300301
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Qualidade de vida em voz de pacientes no pré-operatório de tireoidectomia. Rev.
CEFAC , São Paulo, v. 18, n. 5, pág. 1035-1041, outubro de 2016. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext & pid=S1516-18462016000501035\
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e achados videolaringoscópicos em pacientes submetidos à tireoidectomia. Tese
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https://repositorio.unesp.br/handle/11449/144489 Acesso em: 04 de maio de 2021.

FONSECA, Fabricio Lopes da. Obstrução de vias lacrimais em pacientes submetidos


à radioiodoterapia. 2016. Tese (Doutorado em Oftalmologia) - Faculdade de Medicina,
University of São Paulo, São Paulo, 2016. doi:10.11606/T.5.2016.tde-22082016-153637.
Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082016-
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SUGUENO, Lica Arakawa. Como eu trato disfonia após tireoidectomia com e sem
alteração de mobilidade laríngea. III Encontro Nacional do Departamento de Voz da
SBFa EXERCÍCIO PROFISSIONAL NA ÁREA DE VOZ. Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia - SBFA. São Paulo, Junho de 2009. Disponível em:
http://www.sbfa.org.br/portal/ANAIS_III_ENCONTRO.pdf Acesso em: 04 de maio
de 2021.
DORFMAN, Maria Elza Kazumi Yamaguti. Como eu lido com questões emocionais
em fononcologia. III Encontro Nacional do Departamento de Voz da SBFa EXERCÍCIO
PROFISSIONAL NA ÁREA DE VOZ. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia - SBFA.
São Paulo, Junho de 2009. Disponível em:
http://www.sbfa.org.br/portal/ANAIS_III_ENCONTRO.pdf Acesso em: 04 de maio
de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS DESAFIOS DA PSICOLOGIA NA INTERVENÇÃO EM INDIVÍDUOS
NOMOFÓBICOS

Dinara dos Santos1; Irlayne Costa 2; Gabriel Lima3; Nayara Sales4 Renata Clarice5

1,2,3,4,5
Graduada em Psicologia pela FACHO
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A expressão nomofobia originou-se na Inglaterra, no ano de 2008 a


partir do termo no-mobile, junção de no e mobile, que significa não celular. Essa
expressão uniu-se à palavra phóbos, do grego, que tem o significado fobia, medo. A
associação dos termos deu resultado a nomofobia. Logo, pode-se definir uma pessoa
como sendo nomofóbica quando esta usa abusivemente aparelhos tecnológicos, não é
considerado normal depender do celular para se sentir seguro ao sair de casa ou temer que
algo de ruim aconteça por estar sem o aparelho. OBJETIVOS: Identificar os desafios da
psicologia na intervenção em indivíduos nomofóbicos; descrever o indivíduo
nomofóbico; discutir os desafios da Psicologia na intervenção em indivíduos
nomofóbicos. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada com base na abordagem
qualitativa. O local da pesquisa ocorreu na rua São Caetano n:156; no bairro de Arthur
Lundgren- I Paulista- PE. Este local foi escolhido em razão da acessibilidade para todos
os participantes. Contamos com a presença de 12 participantes no total, sendo 10
adolescentes e 02 adultos com idade de 11 a 52 anos. Sendo 11 pessoas do sexo masculino
e 01 do sexo feminino. Todos de classe social média-baixa. Foi utilizado questionários
do tipo aberto, com 08 perguntas; Termo de consentimento; 01 Caixa de fósforo; 01 Caixa
de papelão pequena; Vídeos; Cartolinas, cola, revistas, tesouras. As etapas da pesquisa
foram dividas em quatro encontros, onde realizaram-se dinâmicas focalizadas na
conscientização e sensibilização acerca da utilização moderada e imoderada de aparelhos
tecnológicos, esclarecendo, inclusive, o conceito de nomofobia. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A maioria não considera perda de tempo utilizar o celular por várias horas
diárias. Quando questionados sobre o uso excessivo do celular e se essa exacerbação
prejudicava a saúde das pessoas, admitiram que as relações interpessoais e os estudos
eram os mais prejudicados. A utilização de aparelhos tecnológicos não é um problema ou
uma agressão à saúde mental, o uso exacerbado, sim. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Analisamos os desafios enfrentados pela psicologia referente a nomofobia. Por ser uma
fobia recente, ainda há profissionais que não conhecem o assunto, e isso dificulta o
tratamento. Também verificamos que a psicologia têm outro desafio quanto aos
nomofóbicos, o fato de não reconhecerem que são dependentes.

Palavras-chave: Nomofobia1; Intervenções Psicológicas 2; Desafios 3.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• LEMOS, L. I; SANTANA, M. S. Dependência de Jogos Eletrônicos: a possibilidade de
um novo diagnostico psiquiátrico. Revista de Psiquiatria Clínica. São Paulo, 2012.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


• LEMOS, L.L. Dependência tenológica. Revista Psique Ciência e Vida, São Paulo:
Editora Escala, n.94, p.36-48, 2013.
• NOMOFOBIA: CAUSAS E EFEITOS. 2016. Disponível em: <
http://www.candidonobrega.com.br/artigo/367/2014/02/07/nomofobia-causas-e-efeitos>
acesso em 30 Abril 2017
NOMOFOBIA: O VÍCIO PELO CELULAR. 2015. Disponível em:
<http://www.psiconlinews.com/2015/07/nomofobia-o-vicio-pelo-celular.html> acesso
em 30 Abril 2017
• NOMOFOBIA: USO EXCESSIVO DE CELULAR PODE LEVAR À ANSIEDADE,
TREMOR E ATÉ DEPRESSÃO. São Paulo, 2015. Disponível em:
<http://noticias.r7.com/saude/nomofobia-uso-excessivo-de-celular-pode-levar-a-
ansiedade-tremor-e-ate-depressao-19072015> acesso em 04 Maio 2017.

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OS DESAFIOS DO PROCESSO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA DO
ENFERMEIRO NO CONTEXTO PANDÊMICO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA.
Denner Rodrigo Diniz Duarte1; Yasmin Gomes Marques1
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected];
INTRODUÇÃO: Devido a pandemia da COVID-19, as universidades interromperam as
atividades presenciais, logo, os acadêmicos foram obrigados a aderir ao modelo de ensino
remoto. No entanto, esta forma de ensino inviabiliza a integralização do conhecimento
teórico aplicado à prática, na ausência disso, resta um plano acadêmico com muitos
desafios e alunos inseguros. OBJETIVOS: descrever e analisar as experiências baseadas
nas dificuldades dos acadêmicos de Enfermagem, em relação ao processo de ensino-
aprendizagem remoto de caráter emergencial. METODOLOGIA: trata-se de um relato
de experiência com uma abordagem descritiva de graduandos do curso de Enfermagem,
no contexto pandêmico ocasionado pela SARS-CoV-2. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Durante o período emergencial vários estudantes, inclusive do curso de
Enfermagem, demonstraram descontentamento em relação à forma de oferta das
disciplinas e do formato em que elas foram ministradas. Essa situação denota falhas na
formação acadêmica, por consequência de várias dificuldades que esse método de ensino
acarretou. Dentre eles, o desafio em assimilar o conteúdo teórico, que deveria ser
complementado com execução técnica, visto que as disciplinas de carga horária prática,
a priori, foram suspensas. Outrossim, cabe ressaltar que depender do ambiente virtual
para conseguir acesso integral ao conteúdo lecionado é inseguro, posto que em algumas
localidades há dificuldades frequentes de conexão. Esses fatores prejudicam o
desempenho do discente, por não contemplar o aperfeiçoamento das técnicas e
habilidades necessárias à atuação, com excelência, deixando lacunas que levam o
estudante ao sentimento de inaptidão e desmotivação, por não apresentarem segurança
sobre a área escolhida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante desse cenário, é evidente
a insuficiência dessa metodologia, enquanto único processo de ensino-aprendizagem
emergencial, posto que ela não é capaz de suprir com eficácia a demanda da grade
curricular obrigatória exigida pelo curso de Enfermagem, deixando os acadêmicos
insatisfeitos e despreparados no âmbito profissional.
Palavras-chave: Enfermagem; Ensino remoto emergencial; Coronavírus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, Milena de Carvalho et al. Emergency remote teaching in nursing graduation:
experience report during covid-19. REME rev. min. enferm, p. e1335-e1335, 2020.
LIRA, Ana Luisa Brandão de Carvalho et al. Nursing education: challenges and
perspectives in times of the COVID-19 pandemic. Revista Brasileira de Enfermagem,
v. 73, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS EFEITOS DA INFODEMIA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-
19
Simone Fernandes Monteiro ; Talita Bianca Lima Da Paixão1; Maria Eduarda Da Silva
1

Bastos1; Ana Júlia Falcão Nascimento1

1
Discente de Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (UPE/FENSG);
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A infodemia caracteriza-se pela superabundância de informações,


precisas ou não, que dificultam o acesso das pessoas a fontes de orientações confiáveis.
Com a pandemia da COVID-19 a disseminação de fake news por meios digitais
influenciou no comportamento da população. Dessa forma, a adesão aos cuidados
propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) não possuiu uma anuência positiva
para com aqueles que baseavam suas ações de enfrentamento à COVID-19 em notícias
sem embasamento e referencial científico. Nessa perspectiva, a ausência de uma educação
que estimule a consciência crítica e a responsabilidade quanto ao tipo de linguagem e
conteúdo das reportagens acarretam no compartilhamento de informações inverídicas.
Por isso, pode-se dizer que a sociedade está vivenciando uma era da pós-verdade, causada
pela irracionalidade voluntária do ser humano. OBJETIVOS: Analisar quais os
principais impactos e consequências da infodemia na pandemia da COVID-19.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, com levantamento nas bases de
dados LILACS e BDENF. Para definição da estratégia de busca, a seleção foi feita a partir
da pergunta norteadora “Quais impactos e consequências da infodemia na pandemia da
COVID-19 podemos observar?” em conjunto a utilização dos descritores: “Notícias”,
“Pandemia” e “COVID-19”. Como critérios de inclusão foram utilizados os artigos
publicados entre os anos de 2020 e 2021, disponíveis na íntegra em texto completo e nos
idiomas português, inglês ou espanhol. Foram encontrados 56 estudos, dos quais 12
artigos foram considerados relevantes diante do tema escolhido. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: A partir dos estudos selecionados, pôde-se observar os impactos
negativos que a infodemia trouxe durante a pandemia da COVID-19, por meio do
compartilhamento desenfreado de informações sem base científica, que causaram alarde
na população e prejuízos à saúde pública. Foram identificadas principalmente
informações falsas a respeito de métodos de prevenção e tratamento, onde sites de grande
alcance digital incitaram o uso de medicamentos e alimentos que não foram comprovados
por órgãos competentes sobre a sua eficácia. Devido ao excesso de informação infundada
cientificamente, disseminada inclusive por alguns profissionais da área da saúde, parte da
população encontrava-se incapacitada de realizar uma análise criteriosa a respeito dos
dados expostos e discernir sobre a veracidade das notícias. Desse modo, o
compartilhamento massivo de informações ganhou alcances cada vez maiores,
dificultando com que autoridades sanitárias pudessem expor e difundir as verdadeiras
formas de combate à pandemia. CONCLUSÃO: A infodemia acarretou em
contraversões quanto ao enfrentamento do contexto pandêmico da COVID-19, chegando
a ser prejudicial à saúde da população. É cabível uma maior conscientização e punição
àqueles que propagam fake news, realizando uma reciclagem nas notícias e informações

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


recebidas. Assim, a disseminação apenas de fontes com embasamentos científicos deve
resultar numa maior e melhor qualidade informacional.

Palavras-chave: Notícias; Pandemia; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALENCASTRO ASA; MELO ESJ. Reflexões acerca da "infodemia" relacionada à covid-
19. Reme: Rev. Min. Enferm., v. 25, 2021.
BARCELOS TN et al. Análise de fake news veiculadas durante a pandemia de COVID-
19 no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 45, 2021.
CLAVERO MVG; BAZÁN GR. Gestión informativa de la infodemia en medios
digitales: experiencia de las agencias de noticias. Revista Panamericana de Salud
Pública, v. 45, 2021.
FALCÃO, P; SOUZA, AB. Pandemia de desinformação: as fake news no contexto da
covid-19 no brasil. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em
Saúde, v. 15, n. 1, p. 55-71, 2021
GALHARDI CP et al. Fato ou Fake? Uma análise da desinformação frente à pandemia
da Covid-19 no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva., v. 25, p. 4201-4210, 2020.
MATTOS AM et al. Fake News em tempos de COVID-19 e seu tratamento jurídico no
ordenamento brasileiro. Escola Anna Nery, v. 25, 2021.
MODESTO JG et al. COVID-19 and attitudes toward social isolation: The role of
political orientation, morality, and fake news. Estud. psicol. (Natal), v. 25, n. 2, p. 124-
132, 2020.
NETO M et al. Fake news no cenário da pandemia de covid-19. Cogitare Enfermagem,
v. 25, 2020.
NIEVES-CUERVO GM et al. Infodemia: noticias falsas y tendencias de mortalidad por
covid-19 en seis países de américa latina. Revista Panamericana de Salud Pública, v.
45, 2021.
SOARES SSS et al. Enfermagem brasileira no combate à infodemia durante a pandemia
da covid-19. Cogitare enferm., v. 25, 2020.
YABRUDE ATZ et al. Desafios das Fake News com Idosos durante Infodemia sobre
Covid-19: Experiência de Estudantes de Medicina. Revista Brasileira de Educação
Médica, v. 44, n.1, 2020.
ZIELINSKI C. Infodemics and infodemiology: a short history, a long future. Revista
Panamericana de Salud Pública, v. 45, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS IMPACTOS DA COVID-19 NO PERÍODO GESTACIONAL

Natiane Nascimento de Oliveira1; Davidson Monteiro de Almeida2; Sara Regina Alves


dos Santos3; Lohana Guimarães Souza4 ;Tailande Vensceslau Carneiro5 ; Letícia
Grazielle Santos6

1
Enfermeira pela Unime, e pós graduada em saúde pública com ênfase em saúde da
família
2
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda
em Medicina pela UFSB.
3
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
4
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
5
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda
em Medicina pela UFSB.
6
Fisioterapeuta Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Nove de Julho
(UNINOVE)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A crise da saúde pública, ocasionada pelo SARS-COV-2, o agente
etiológico da COVID-19, tem se propagado no mundo de maneira drástica,
vulnerabilizando, dentre outros grupos populacionais, as gestantes. Diante das
complicações para a gestação, faz-se necessário refletir sobre o momento atual de
enfrentamento a COVID-19 na gestação e a importância do cuidado holístico, sobretudo
da equipe de enfermagem, a fim de superar os numerosos desafios que permeiam esse
contexto. OBJETIVOS: Mapear informações e refletir acerca dos impactos da covid19
no período gestacional, compreendendo o biopsicossocial da gestante.
METODOLOGIA: : Optou-se por uma revisão literária de abordagem qualitativa. Foi
utilizado as bases de dados: Biblioteca Virtual em saúde (BVS), National Library of
Medicine (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Google
Acadêmico, usando os descritores: “Gestação”, “Impactos da Pandemia” e “COVID-19”.
Foi utilizado critérios de inclusão artigos em qualquer língua, existência de resumo, texto
completo gratuito, publicados a partir de 2020 e que atendiam aos critérios de
elegibilidade. Foram excluídos aqueles que estavam em outra língua.RESULTADOS E
DISCUSSÃO: É sabido que as gestantes estão mais suscetíveis às infecções respiratórias,
isso ocorre devido às mudanças fisiológicas que comprometem a tolerância à hipóxia,
atrelado a isso, experiências com outros vírus (SARSCoV, MERS-CoV, ZIKA E H1N1),
possibilitaram à comunidade está preparada para o pior cenário no surgimento de um

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


novo patógeno. A ampla visão de estudos científicos no decurso do isolamento social em
2020, manifesta uma série de dificuldades provenientes do coronavírus, particularmente
em gestantes, uma vez que além de influenciar na saúde física, contribui também para
enfermidades psíquicas, apresentando algumas implicações decorrentes de fatores como
ansiedade, insônia, depressão, frequência cardíaca fetal, morte e parto prematuro por
complicações maternas. De acordo a literatura, no momento atual de enfrentamento a
pandemia torna-se essencial a rede de apoio para suporte emocional, bem como a extrema
importância das consultas de pré-natal, que devem ser mantidas durante o período
pandêmico, pois, trata-se de atendimento específico e que visa manter a saúde materno-
fetal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: : Diante do exposto, é necessário reforçar a
necessidade do acompanhamento na gestação, garantindo que as gestantes continuem
usufruindo de uma assistência pré-natal que seja capaz de promover inicialmente
segurança no momento atual, suporte de qualidade, educação em saúde e estratégias que
possibilitem detectar e intervir em situações de risco. Os exames complementares e as
consultas devem ser agendadas em uma frequência que por sua vez assegura o adequado
cuidado a cada gestante, evitando aglomerações de pessoas.
Palavras-chave: Gestação;Pandemia; Covid-19.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BICALHO, Delzio Salgado; VEADO, Ricardo Aureliano Diniz; DE FIGUEIREDO,


Thelma. Coronavírus na gravidez: considerações e recomendações sogimig. 2020.

DE ALBUQUERQUE, Lidiane Pereira; MONTE, Ana Vitória Leite; DE ARAÚJO,


Regina Maria Sousa. Implicações da COVID-19 para pacientes gestantes. Revista
Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 10, p. e4632-e4632, 2020.

ESTRELA, FERNANDA et al. Gestantes no contexto da pandemia da Covid-19:


reflexões e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, n. 2, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS IMPACTOS DA SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS EM
ADOLESCENTES

Brenda de Oliveira Silva¹; Diana Fonseca Correia²; Fred Mauro Miranda Galindo
Filho³; Emilly Louise Silva de Araújo4

¹,²,³,4 Graduando em Medicina pelo Centro Universitário UNIFG

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma disfunção endócrina


que afeta mulheres em idade reprodutiva, caracterizada, principalmente, por anovulação
crônica e hiperandrogenismo. O diagnóstico muitas vezes é difícil e é realizado através
de consensos, pois ainda há controvérsias nos estudos. Na adolescência, essa dificuldade
é ainda maior devido à imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e por outras
condições psíquicas que levam a distúrbios ovulatórios, confundindo o período de
adaptação hormonal fisiológica desse momento com as características da síndrome. Com
isso, fica evidente a importância que essa síndrome tem sobre vários aspectos na vida da
paciente. OBJETIVOS: Nesse contexto, objetiva-se avaliar as repercussões da síndrome
dos ovários policísticos (SOP) em adolescentes e mulheres jovens, considerando suas
variáveis clínicas. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão sistematizada dos
trabalhos publicados, de 2010 a 2020, em português, no LILACS, SCIELO e MEDLINE.
Os artigos encontrados foram selecionados primariamente analisando título e resumo
pertinentes ao tema, e posteriormente com pontuação superior a 15 itens no
STROBE. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 77 resultados obtidos, 18 artigos
foram selecionados e, a partir destes, observou-se que a SOP é uma doença endócrina
complexa e heterogênea, sem causa específica para seu aparecimento, geralmente
associada à resistência insulínica e adiposidade visceral. Por essas razões, há maior
predisposição a riscos cardiovasculares e síndrome metabólica, aumentando morbidade e
mortalidade nas portadoras, incluindo adolescentes, apesar da frequência de síndrome
metabólica nessa população ser menor quando comparada com mulheres adultas. Essas
características são mais pronunciadas em adolescentes com sobrepeso ou obesidade,
condições que ocorrem em 40% a 60% dos casos. Uma vez que os ciclos irregulares são
muito comuns logo após a menarca e apenas 40% das adolescentes com menstruação
irregular têm ovários policísticos por ultrassom, as manifestações clínicas de
hiperandrogenismo são consideradas o marcador mais consistente com a doença na
adolescência, se manifestando com hirsutismo, acne, seborreia, alopecia, irregularidade
menstrual e obesidade. Ademais, sentimentos de não pertencimento, tristeza, medo e
ansiedade estão associados. Esses sintomas repercutem na vida social, na esfera
educacional e nos relacionamentos interpessoais dessas jovens. Diante do que foi
apresentado, fica evidenciado que fenótipos hiperandrogênicos predispõem resistência
insulínica, obesidade e sobrepeso, além de repercussões psicossociais e na qualidade de
vida de adolescentes, o que chama a atenção para a importância de se tomar medidas
eficazes, como mudanças dos hábitos de vida nessa faixa etária, prática de atividade

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


física, dieta nutricional adequada e acompanhamento psicológico. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Infere-se, dessa forma, que as jovens com SOP não precisam apenas de
tratamento médico para os efeitos estéticos e metabólicos, mas requerem cuidados
multidisciplinares que atuem nos aspectos mentais e físicos.
Palavras-chave: Síndrome dos ovários policísticos; Adolescência; Síndrome metabólica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Rosângela. Perfil metabólico em mulheres de diferentes índices de massa
corporal com síndrome dos ovários policísticos. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia, Brasil, 35, p. 413-420, setembro, 2013.
REHME, Marta. Contribuição do hiperandrogenismo para o desenvolvimento de
síndrome metabólica em mulheres obesas com síndrome dos ovários policísticos. Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Brasil, Vol. 35, p. 562-568, dezembro, 2013.
JUNIOR, Angelo. Participação dos androgênios adrenais na síndrome dos ovários
policísticos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Brasil, Vol. 32, p. 541-
548, novembro, 2010.
KOGURE, Gislane. Análise de força muscular e composição corporal de mulheres com
Síndrome dos Ovários Policísticos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,
Brasil, Vol. 34, p. 316-322, julho, 2012.
REHME, Marta. Manifestações clínicas, bioquímicas, ultrassonográficas e metabólicas
da síndrome dos ovários policísticos em adolescentes. Revista Brasileira de Ginecologia
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PEDROSO, Daiana. Frequência e fatores de risco para síndrome metabólica em mulheres
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KUBA, Valesca. Resistência Insulínica e Perfil Metabólico em Pacientes com Síndrome
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REHME, Marta. Contribuição do hiperandrogenismo para o desenvolvimento de
síndrome metabólica em mulheres obesas com síndrome dos ovários policísticos. Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Brasil, Vol. 35, p. 562-568, dezembro, 2013.
ÁVILA, Márcio. Acantose nigricante: inter-relações metabólicas inerentes à síndrome
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MELO, Anderson. Mulheres com síndrome dos ovários policísticos apresentam maior
frequência de síndrome metabólica independentemente do índice de massa corpóreo.
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Brasil, Vol. 34, p. 4-10, dezembro,
2012.
ÁVILA, Márcio. Síndrome dos ovários policísticos: implicações da disfunção
metabólica. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Brasil, Vol. 41, p. 106-111,
fevereiro, 2014.
ROMANO, Lucas. Anormalidades metabólicas em mulheres com síndrome dos ovários
policísticos: obesas e não obesas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,
Brasil, Vol. 33, p. 310-316, junho, 2011.
MOURA, Heloisa. Síndrome do ovário policístico: abordagem dermatológica. Anais
Brasileiros de Dermatologia, Brasil, Vol. 86, p. 11-119, janeiro, 2011.
MOREIRA, Simone. Qualidade de vida e aspectos psicossociais da síndrome dos ovários
policísticos: um estudo quali-quantitativo. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia, Brasil, Vol. 35, p. 503-510, novembro, 2013.
COSTA, Eduardo. Avaliação do risco cardiovascular por meio do índice LAP em
pacientes não obesas com síndrome dos ovários policísticos. Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia e Metabologia, Brasil, Vol. 54, p. 610-635, agosto, 2010.
SALES, Mariana. Ferriman-Gallwey Score correlates with obesity and insulin levels in
Polycystic Ovary Syndrome – an observational study. Revista da Sociedade Brasileira
de Clínica Médica, Brasil, Vol. 13, p. 107-110, abr/jun, 2015

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS PERIGOS DECORRENTES DO USO IRRACIONAL DE MEDICAMENTOS
NA INFÂNCIA

Eduardo Gomes Marinho Filho¹; Larissa Helen Vasconcelos Regis², Rafaelle Vitória
Salvador de Assis³, Larissa Moreira da Silva Queiroz4, Sidrack Lucas vila Nova Filho5.

¹ Acadêmico do curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca -


UNIFAVIP Wyden.

² Acadêmica do curso de Farmácia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –


UNIFAVIP Wyden.

³ Acadêmica do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –


UNIFAVIP Wyden.
4
Acadêmica do curso de Enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP Wyden.
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden.

[email protected]

INTRODUÇÂO: Os medicamentos compõem uma parte importante para o tratamento


de doenças. O mercado oferece cada vez mais novidades terapêuticas e os que já estão
em circulação só ganham novos usos. Ao se estudarem os perfis que se automedicam, se
tem um apoio na hipótese da ingenuidade e na excessiva crença da sociedade em relação
aos medicamentos. Em questão das farmácias domiciliares, onde, além de não estarem
conservadas de maneira correta, ficando expostos a luz do sol, corre o risco da ingestão
das crianças por não estarem em lugares apropriados, Dados do Sistema Nacional de
Informações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX, mostraram que crianças abaixo de
cinco anos são as maiores vítimas nos casos de intoxicação por medicamentos onde se
tem uma taxa de 31,8%. OBJETIVOS: O presente estudo propõe apresentar a temática
da necessidade de um profissional capacitado em vista a falta de conhecimento e a
incapacidade dos pais e responsáveis de medicarem seus próprios filhos, bem como os
perigos relacionados a automedicação em crianças. MATERIAIS E MÈTODOS: Para
construção do trabalho, foram realizadas buscas nas plataformas LILACS, MEDLINE,
PUBMED e SCIELO, onde foram encontrados 32 artigos por meio dos descritores
“Medicamentos”, “automedicação” e “criança”. Por critérios de inclusão, foram
selecionados 6 artigos nos idiomas Português e Espanhol, onde buscou-se, uma pesquisa
qualitativa. Foram excluídos os artigos repetidos e/ou trabalhos que fugissem da temática
proposta. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos trazem como realidade comum a
automedicação em crianças por parte dos responsáveis, mesmo que não possua nenhum
conhecimento sobre o medicamento, por muitas vezes fazem o uso de medicações já

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prescritas anteriormente para outros membros da família ou por falta de condição
financeira para adquirir outras medicações, com isso, preferem fazer o uso dos que já
possuem em casa. Atraso no diagnóstico e na terapêutica adequada, reações adversas ou
alérgicas, intoxicação, efeitos adversos confundidos ou mascarados com a sintomatologia
da doença, são apenas alguns dos perigos relacionados ao uso irracional de medicamentos
em crianças. CONSIDRAÇÕES FINAIS: Em suma, o atual trabalho evidencia que há
um grande perigo quando se diz respeito ao uso irracional de medicamentos em crianças,
pois sem o devido conhecimento das reações adversas e interações medicamentosas os
pais e responsáveis acabam por expor a criança a tal problemática. Logo se faz necessária
a conscientização do uso correto e racional dos medicamentos para que os profissionais
capacitados sejam sempre consultados.

REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Luciana Jaramillo Caruso de. Medicalização das infâncias: entre os cuidados
e os medicamentos. Psicologia USP, v. 29, n. 3, p. 451-458, 2018.
CARVALHO, Diélly Cunha de et al. Uso de medicamentos em crianças de zero a seis
anos matriculadas em creches de Tubarão, Santa Catarina. Revista Paulista de Pediatria,
v. 26, p. 238-244, 2008.
LESSA, Marise de Araújo; BOCHNER, Rosany. Análise das internações hospitalares de
crianças menores de um ano relacionadas a intoxicações e efeitos adversos de
medicamentos no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 11, n. 4, p. 660-674,
2008.
PEREIRA, Francis SVT et al. Automedicação em crianças e adolescentes. Jornal de
Pediatria, v. 83, p. 453-458, 2007.
SOUZA, Andressa Larissa Dias Müller de et al. Uso de medicamentos em crianças
menores de um ano. Revista da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras, v. 20,
n. 1, p. 31-9, 2020.
TELLES FILHO, Paulo Celso Prado; PEREIRA JÚNIOR, Assis do Carmo.
Automedicação em crianças de zero a cinco anos: fármacos administrados,
conhecimentos, motivos e justificativas. Escola Anna Nery, v. 17, n. 2, p. 291-297, 2013.

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PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE A VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR
CONTRA IDOSOS: REVISÃO DE LITERATURA

Sara Emilli Félix de Sousa Ribeiro1; Andreza Sousa dos Reis2; Natália Cristiane Silva3;
Suellem Cristina de Sousa Oliveira Santos4; Clara Carneiro Brito5; Lindalva de Moura
Rocha6.
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão
2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão
5
Doutoranda em Biotecnologia pela Rede RENORBIO na Universidade Federal do Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A caracterização do envelhecimento pode ser feita observando
diversas mudanças que são ocasionadas por fatores intrínsecos ou extrínsecos no decorrer
de sua vida. Há a perda gradual da saúde, uma diminuição na funcionalidade, além da
instabilidade emocional. A violência contra o idoso é caracterizada como ações que
prejudiquem ou causem aflição à vitima podendo ser de forma repetida ou única tendo
uma relação de confiança ou expectativa com o agressor. Um dos ambientes mais comuns
desse acontecimento, é o próprio lar do idoso por familiares ou cuidadores, o que
promulga o medo da denúncia, pois sendo a família o núcleo primário do idoso, há o
medo do abandono, de retaliações ou até mesmo, por serem parentes próximos, o receio
de que haja a prisão do agressor (MORAES et al., 2020). Diante desses dados, o estatuto
do idoso torna obrigatório que o profissional da saúde, especialmente o enfermeiro, faça
a denúncia dos casos, considerando a atuação na linha de frente do atendimento à
população, podendo identificar os primeiros sinais da violência, sendo o papel da
enfermagem essencial nesse contexto. OBJETIVOS: Observar com base na literatura as
causas da violência contra idosos no meio familiar e o papel da enfermagem frente a esse
problema. METODOLOGIA Foi realizado levantamento bibliográfico nas bases de
dados MEDLINE, Lilacs e SciELO entre os anos de 2011 e 2021 utilizando descritores:
idoso; violência doméstica; intrafamiliar e envelhecimento. Houve a inclusão de artigos
em português, inglês e espanhol, que se encaixavam na temática proposta, no critério de
exclusão foram descartados os textos incompletos, revisões de literatura, artigos com
mais de dez anos de publicação ou que não tinham contexto com a temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os motivos para o aumento de agressões aos maiores
de 60 anos, aponta para a falta de estrutura econômica e social, bem como a
subnotificação dos acontecimentos, seja por terceiros ou pelo próprio idoso
(RODRIGUES et al., 2020). A intervenção é realizada através da promoção do Plano de
Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa, além de orientações ao idoso e aos
parentes próximos, se necessário os encaminhando para terapia, ou realizando o
afastamento do idoso a fim de preservar sua saúde (ALARCON et al., 2021). O cuidado
de enfermagem frente a violência advinda contra o idoso é de suma importância, de modo
a compreender os maus-tratos provocados pela esfera familiar, partindo disso, a mesma

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é protagonista nesse acolhimeto, visando a preservação da integridade da pessoa idosa e
na busca das melhores intervenções onde inclua o ambiente, situação econômica,
condição de saúde, como também do agressor. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Identificou-se que medidas devem ser tomadas para o atedimento às vítimas, tanto em
relação a medidas judiciais e de políticas públicas como também uma devida capacitação
para que os enfermeiros saibam identificar os sinais da violência e tomar providências
assertivas.
Palavras-chave: Idoso; Violência doméstica; Intrafamiliar, Envelhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Machado, Daniel Rodrigues et al. VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS E QUALIDADE DE


VIDA RELACIONADA À SAÚDE: ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE
SÃO PAULO, BRASIL. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25, n. 3
[Acessado 19 Setembro 2021] , pp. 1119-1128. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1413-81232020253.19232018>. Epub 06 Mar 2020. ISSN
1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232020253.19232018.
Matos, Neuza Moreira de et al. MEDIAÇÃO DE CONFLITO: soluções propostas em
atendimento a casos de violência contra a pessoa idosa. Revista Brasileira de Geriatria
e Gerontologia [online]. 2021, v. 24, n. 6 [Acessado 17 Setembro 2021] , e210068.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-22562020024.210068>. Epub
26 Jul 2021. ISSN 1981-2256. https://doi.org/10.1590/1981-22562020024.210068.
Moraes, Claudia Leite de et al. VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS DURANTE A
PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL: contribuições para seu enfrentamento.
Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2020, v. 25, suppl 2 [Acessado 19 Setembro 2021]
, pp. 4177-4184. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-
812320202510.2.27662020>. Epub 30 Set 2020. ISSN 1678-4561.
https://doi.org/10.1590/1413-812320202510.2.27662020
Ribeiro, Dayane Akinara Toledo et al. VULNERABILITY, FAMILY VIOLENCE AND
INSTITUTIONALIZATION: NARRATIVES FOR ELDERLY AND
PROFESSIONALS IN SOCIAL WELCOME CENTER. Revista Gaúcha de
Enfermagem [online]. 2021, v. 42 [Accessed 19 September 2021] , e20200259.
Available from: <https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200259>. Epub
16 July 2021. ISSN 1983-1447. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200259.
Rodrigues, Rosalina Aparecida Partezani et al. SPATIAL ANALYSIS OF ELDER
ABUSE IN A BRAZILIAN MUNICIPALITY. Revista Brasileira de Enfermagem
[online]. 2021, v. 74, n. Suppl 2 [Accessed 19 September 2021] , e20190141. Available
from: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0141>. Epub 08 Feb 2021. ISSN 1984-
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Zaldivar Suarez, Niria et al.COMPORTAMIENTO DE LA DEPENDENCIA EN EL
ADULTO MAYOR DEL HOGAR DE ANCIANOS “LIDIA
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PAPEL DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM MULHERES
HISTERECTOMIZADAS

Ana Beatriz de Aguiar Soares1; Thayana de Almeida Vieira2;

1,2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio Castanhal

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A histerectomia consiste na cirurgia de retirada do útero, podendo ser


total, subtotal e radical. Diversos motivos podem levar uma mulher a recorrer ao
procedimento, como, por exemplo, miomas, câncer ginecológico, prolapso uterino, entre
outros. Sendo a segunda cirurgia mais realizada em mulheres com idade reprodutiva pelo
SUS, a histerectomia gera muitas alterações no cotidiano de quem as realiza, começando
do pré ao pós-operatório. Nesse contexto, é imprescindível o papel do enfermeiro na
condução desses cuidados, observando e avaliando os sinais e sintomas para intervir de
maneira necessária e exata. OBJETIVOS: Analisar a importância da educação em saúde
para as mulheres que realizaram histerectomia total. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, em que foram utilizadas as seguintes bases de dados:
Google Acadêmico e Biblioteca Virtual de Saúde. Os critérios de inclusão foram: estudos
publicados no período de 2015 a 2021; textos completos disponíveis online; idiomas
português e inglês, que abordasse sobre a temática. Após a análise dos estudos, resultou-
se em uma amostra final composta por 3 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
consulta de enfermagem consiste em uma ferramenta essencial nos cuidados da mulher
submetida ao procedimento, além disso tal ato é muitas vezes associado a perda da
feminilidade e sexualidade, o que configura-se uma preocupação para os profissionais de
saúde. As consequências físicas e psicossociais da cirurgia tem potencial avassalador no
que tange a perda da identidade feminina, distúrbios da imagem corporal e,
principalmente, alterações no comportamento sexual e na qualidade de vida, sendo esses
os principais fatores que geram ansiedade e receio. Diante desse cenário, a assistência do
profissional de enfermagem como educador é indispensável, pois a partir da formulação
de ações para a compreensão e apoio social ameniza-se possíveis conflitos que possam
existir. Apesar da importância desse atendimento holístico em todas as etapas do ato
cirúrgico, percebe-se uma deficiência da categoria no repasse de conhecimento,
interferindo diretamente na recuperação completa das mulheres histerectomizadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É evidente a relevância do cuidado de enfermagem frente
à pacientes histerectomizadas, que por sua vez, arcam com inúmeras consequências
negativas capazes de alterar a sua qualidade de vida. Portanto, os enfermeiros, devem
praticar um cuidado individualizado e humanizado ao paciente, atentando as suas
necessidades, pois são os que fazem parte de todo o processo, desde a entrada até o pós-
operatório. Dessa forma, é de grande valia incluir ações sociais e psicossomáticas
voltadas a saúde da mulher, abrangendo os detalhes do seu dia a dia, respectivas ao

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


trabalho, a afetividade, a sexualidade e entre outros, procurando de, tal modo, promover
um cuidado universal e integral.
Palavras-chave: Histerectomia; Assistência de Enfermagem; Educação em Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

COSTA et al. Assistência de enfermagem no perioperatório de histerectomia e a


importância de um cuidado integral: uma revisão sistemática. In: SILVA, SOUSA.
Enfermagem desafios e perspectivas para a integralidade do cuidado. Paraíba:
editora cientifica digital, 2021, p. 86- 96.
ROCHA et al. Nursing process applied to a patient undergoing hysterectomy: experience
report. Rev Enferm UFPI, v.4, n. 3, p. 86-90, 2015.
SALMENA et al. Vivências de mulheres enfrentando a histerectomia: estudo fenológico.
Revista Nursing, v. 22, n. 253, p. 3011-3015, 2019.

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PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA EM UM CONTEXTO ODONTOLÓGICO

Arthur Alberto Scatena de Souza¹; Geovanna Maria Ramos Porto de Souza²; Luciana
Estevam Simonato³
¹,²Graduando em Odontologia pela Universidade Brasil campus Fernandópolis
³Cirurgiã-dentista. Doutora em Engenharia Biomédica e professora pela Universidade
Brasil campus Fernandópolis
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A paralisia facial periférica, é uma lesão neurofisiológica muito


comum na Odontologia caracterizada pelo acometimento direto do nervo facial, que
devido sua natureza motora é responsável pela perda total da mobilidade dos músculos
da expressão facial. No contexto odontológico a origem dessas lesões pode estar
fortemente relacionada a má utilização de técnicas anestésicas, cirurgias e a processos
infecciosos. É de grande importância o acompanhamento dos casos de paralisia,
respeitando os preceitos técnicos, para analisar se há necessidade de intervenção.
OBJETIVOS: Apresentar os principais sinais, sintomas e futuros efeitos psicossociais
de pacientes diagnosticados com paralisia facial periférica. METODOLOGIA: Foram
introduzidos dentro deste estudo, concepções técnicas de produções cientifícas ligadas a
temática escolhida, escritas em português, inglês e espanhol, publicadas no período de
2010 a 2020. A busca ocorreu nas bases de dados: LILACS, SciELO e PubMed,
utilizando os descritores em saúde: paralisia facial, nervo facial e anestesia local.
Inicialmente, foram levantados 70 artigos científicos, no entanto, após aplicar os critérios
de inclusão e exclusão do estudo, restaram apenas 3 artigos científicos selecionados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após analisar as bibliografias escolhidas, constatou-
se que a paralisia facial periférica dentro da Odontologia é comumente diagnosticada em
procedimentos cirúrgicos e em anestesiologia, seja por fatores anatômicos, falhas
esporádicas ou por déficit de conhecimento sobre a anatomia facial e técnicas anestésicas,
na maioria dos casos, propicia eventos com alto poder de recuperação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante da revisão da literatura, observou-se que o
emprego eficiente de técnicas anestésicas e a perfeita realização de procedimentos
odontológicos são fundamentais para a manutenção da simetria facial. Além disso, devido
aos frequentes casos de lesões de nervo facial dentro de centros de saúde, é de suma
importância que profissionais da área consigam diagnosticar e amenizar esse tipo de
neuropatia.
Palavras-chave: Paralisia Facial; Nervo Facial; Anestesia Local.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DANTAS DE MEDEIROS, S. F., DA SILVA, R. de C. S., DE MEDEIROS CIRNE, G.
N., CAVALCANTE DE CARVALHO, A. B., VIEIRA LIMA, N. M. F., DE AZEVEDO
CACHO, E. W., & CACHO, R. de O. (2020). Bem-estar e comprometimento motor facial
em pacientes com paralisia facial periférica: um estudo transversal. Revista Pesquisa Em
Fisioterapia, 10(3), 470–477. https://doi.org/10.17267/2238-2704rpf.v10i3.3108

AZENHA, Marcelo Rodrigues; SICCHIERI, Luciana; OLIVEIRA NETO, Patrício José


de e ROSA, Adalberto Luiz. Paralisia facial após técnica anestésica mandibular. Rev.
cir. traumatol. buco-maxilo-fac. [online]. 2010, vol.10, n.2, pp. 9-11. ISSN 1808-5210.

CÁCERES, Estefany; MORALES, Marco; WULFSOHN, Guillermo; MONTES, Silvia.


Parálisis facial periférica. Incidencia y etiología. Revista Faso, Buenos Aires, v. 25, n. 1,
p. 8-13, fev. 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Bruna Helena Miranda¹, Júlia Ribeiro Borges², Mylena Caetano do Amaral³, Iris Leda
Camargos Silva Nery Ferreira4

¹ Graduanda do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas


², ³
Graduandas do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas
4
Docente do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O parasitismo é uma relação entre seres no qual um ser habita o outro
e é patologia mais comum em seres humanos que se caracteriza por parasitos viverem na
luz intestinal de indivíduos causando riscos à saúde e podendo gerar danos irreversíveis.
Somam-se a isto, os determinantes e condições socioambientais, como saneamento
básico, educação e tipo de moradia da população, como fatores agravantes. OBJETIVO:
O presente estudo possui como objetivo analisar as intercorrências mais frequentes das
enteroparasitoses pediátrica, bem como a influência dos fatores socioeconômicos na
prevalência dessas infecções. MÉTODOS: Para esta revisão bibliográfica foram
analisados artigos contidos nas bases de dados do Google acadêmico e SciElo, levando-
se em consideração publicações dos últimos 5 anos, de 2016 à 2021, e textos da língua
portuguesa. Foram obtidos 3.800 artigos no total da pesquisa e selecionados 3 à medida
que tiveram maior relação com o tema e o objetivo do estudo. Nesse viés, constatou-se
que as crianças são expostas às infecções em uma idade que, além de serem
imunologicamente imaturas, apresentam hábitos com pouco asseio e contato interpessoal
muito próximo e em ambientes fechados, como as creches, e, assim, têm-se situações em
que apresentam características epidemiológicas que favorecem a transmissão de
patógenos incluindo os parasitas intestinais (CORRÊA, 2018). RESULTADOS E
DISCUSSÃO: As enteroparasitoses são infecções causadas por parasitas intestinais que
atinge as crianças por terem maior exposição ao ambiente, assim como por possuírem um
sistema imunológico imaturo e por ainda estarem desenvolvendo hábitos higiênicos, estão
mais susceptíveis aos parasitas (STOKMANN et al., 2018). Por meio de exames
parasitológico, melhor forma de diagnóstico, observou-se que as infecções por
protozoários mais frequentes em crianças são: Blastocystis, Giardia duodenalis, Ascaris
lumbricoides, Trichuris trichiura, Etamoeba coli e a Endolimax nana, apresentando
quadros diarreicos, perda de peso, dores abdominais, cansaço e irritabilidade, como
sintomas. Nesse sentido, as infecções de origem protozoária foram mais prevalentes na
população de estudo porque diferentemente dos helmintos, os protozoários possuem
cistos que ao serem eliminados pelas fezes, estarão aptos a infectar novos hospedeiros.
Através de uma análise de casos de parasitoses no Brasil, pôde identificar que a
prevalência de casos de helmintos foi significativa em crianças do Goiás. O A.
Lumbricoides apresentou uma prevalência de até 70% sendo o mais predominante,
enquanto o protozoário mais aparente entre os dados do estudo é a G. lamblia, com uma

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prevalência variável de 4,9 a 96% sendo eles os mais negligenciados no quesito
prevenção, se tornando um grande problema de saúde pública (MUNARETO et al.,
2021). Adicionalmente, demonstrou-se que a melhoria do saneamento básico e
infraestrutura têm reduzido à prevalência das parasitoses, pois estas estão associadas a
um baixo nível econômico e as más condições de saúde, devido às populações vulneráveis
estarem mais expostas aos agentes. CONCLUSÃO: Os achados descritos nesse estudo
mostram que existe uma relação entre a exposição de crianças a infecções parasitarias e
o contexto socioambiental em que vivem. Essas enteroparasitoses caracterizam um
problema de saúde pública, sendo necessário ressaltar a importância do tratamento da
água e do solo a fim de eliminar a contaminação da população.
Palavras chave: parasitose; parasitologia; e gastroenterite.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, Claudia Rosana Trevisani. Parasitoses intestinais, estado nutricional e
diversidade genética de Giardia duodenalis em crianças atendidas em centro de educação
infantil de Itapetininga, São Paulo. 2018.
DA SILVA MUNARETO, Danilo et al. Parasitoses em crianças na fase pré-escolar no
Brasil: revisão bibliográfica. Research, Society and Development, v. 10, n. 1, p.
e1910111195-e1910111195, 2021.
STOKMANN, Douglas et al. Parasitoses intestinais em crianças: projeto em unidade
escolar do município de Caçador-SC. Extensão em Foco (ISSN: 2317-9791), v. 6, n. 1,
2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL DE MORTALIDADE POR DOENÇAS INTESTINAIS EM CRIANÇAS
DE 0 A 4 ANOS NO NORDESTE
Taynara da Costa Silva1; Thayana de Almeida Vieira2; Cássia Vitória Passos Santos3;
Laura Fabia Mesquita Feitosa4 ; Raquel Correa Costa5 Leticia Gomes Oliveira6

1,2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio Castanhal
6
Enfermeira. Mestranda em Epidemiologia e Vigilância em Saúde pelo Instituto Evadro
Chagas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As doenças infecciosas intestinais apresenta como relevantes causas


de morbimortalidade em crianças menores de cinco anos de idade. No Brasil as doenças
infecciosas intestinais foram ocasionado por 17,3% de óbitos de crianças menores de
cinco anos registrados atualmente no país. Desse modo, a concentração de maior
incidências de doenças infecciosas e parasitárias, isoladamente ou em conjunto, acomete
principalmente na região Nordeste por estar associadas as condições de vida da
população. OBJETIVOS: Descrever os aspectos do perfil de mortalidade por doenças
intestinais em crianças de 0 a 4 anos na região nordeste no periodo de 2015 a 2019.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo retrospectivo, qualitativo e epidemiológico
utilizando o Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), utilizando casos
confirmados de óbitos por doenças intestinais na região nordeste do Brasil. Após os dados
gerados, foram agrupado no programa excel para analise descritiva e de comparação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou se na região Nordeste 8. 924 casos de óbitos
entre o periodo de 2015 a 2019. Sendo possivel observar que o indice de casos de
mortalidade em crianças de 0 a 4 anos foi de 11,88% (n-1.061), de modo que crianças
menor de 1 ano obeteve uma grande relevância de 8,96% (n-800) por questões de
modelagem estatística que aponta associações diretas nas condições de saneamento, que
corrobora para o adoecimento e óbitos por doenças infecciosas afetando diretamente as
crinças. No ano de 2016 corresponde 24,22% (n-237), ocorrendo um declinio de 15,17%
(n- 161) no ano de 2019. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A alta prevalência de
mortalidade por doenças intestinais em crianças no Nordeste é um indicativo importante
de que a atenção básica em saúde deve ser melhorada na região, uma vez que esta
problemática constitui um grave índice de mortes evitáveis no que tange a falta de
intervenções em saúde nos possíveis fatores socioeconomicos, culturais ou ambientais
que geram a situação. Dessa forma, a qualidade da assistência prestada é indispensavel,
pois quando efetiva contribui para a detecção e tratamento adequado das doenças
infecciosas intestinais e redução dos óbitos de crianças por esse conjunto de causas.
Palavras-chave: Criança; Infecção; Mortalidade Infantil.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Amazonia. ACTA AMAZONICA, v. 46, n. 3, p. 241-246, 2016.

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adolescents. Revista paulista de pediatria, v. 32, n. 4, p. 403-411, 2014.

ULHAQ et al. Prevalence of intestinal parasitic diseases in school children of rural areas
of district Lower Dir, Pakistan. Brazilian Journal of Biology, v. 82, n. e243150, p. 1-
8, 2022.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL DE RESISTÊNCIA AOS ANTITUBERCULOSOS NOS CASOS DE
TUBERCULOSE DIAGNOSTICADOS NO ESTADO DE SANTA CATARINA
ENTRE 2016 E 2020:

Sofia Ferreira Machado¹, Beatriz Carvalho de Oliveira¹, Eric Pasqualotto¹, Larissa


Fontanella Evaristo de Souza¹, Raphaela da Silva Maintinguer¹, Gustavo Eloi Pazini
Savi¹

¹ Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A tuberculose droga resistente (TB DR) pode ser caracterizada como
monorresistente (resistência a apenas um fármaco), polirresistente (resistência a dois ou
mais fármacos, exceto a combinação Rifampicina e Isoniazida), multirresistente
(resistência a pelo menos Rifampicina e Isoniazida) ou de resistência extensiva
(resistência à Rifampicina e Isoniazida acrescida de resistência a fluoroquinolona e aos
injetáveis de segunda linha). Nesse sentido, um dos maiores desafios para o controle da
tuberculose (TB) no mundo é o tratamento da TB DR, pois, em muitos casos, necessita
do uso de drogas de segunda linha e da formulação de esquemas terapêuticos de maior
duração. A geração de cepas resistentes do M. tuberculosis ocorre tanto devido à infecção
por microrganismo já resistentes, quanto pelo uso inadequado ou incompleto do regime
de tratamento, com a seleção de bacilos mutantes resistentes. Assim, uma das estratégias
para a prevenção da TB DR é o tratamento de alta qualidade e especificidade de todos os
casos de TB e, para tanto, é necessário o conhecimento acerca do perfil de resistência do
bacilo nas diferentes regiões. Objetivos: Traçar o perfil de resistência aos
antituberculosos nos casos de TB diagnosticados no estado de Santa Catarina entre 2016
e 2020. Métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal descritivo, com 59
casos, sobre o número de casos de Tuberculose resistentes a antituberculosos
diagnosticados em Santa Catarina entre 2016 e 2020. Para isso, a coleta de dados foi feita
através do Ministério da Saúde do Brasil, no Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde do Brasil (DATASUS), por meio da plataforma Tabnet, por onde se
acessou os dados sobre epidemiologia e morbidade disponibilizados pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN) - Casos de Tuberculose desde de 2001.
Foram incluídos somente casos diagnosticados entre 2016 e 2020, cujo teste de
sensibilidade foi positivo para resistência a Isoniazida ou para Rifampicina, para
resistência contra Rifampicina e Isonizida e resistência contra fármacos de 1ª linha. Foram
excluídos casos notificados com teste de sensibilidade em branco, casos sensíveis,
ignorados e em andamento. Resultados: Foram observados 59 casos de tuberculose
resistentes a antituberculosos entre 2016 e 2020 em Santa Catarina. Verificou-se ainda
que a resistência a Isoniazida e Rifampicina juntas foi a mais prevalente (21 casos no
período), seguida da reristência a drogas de primeira linha em geral (16 casos), resistência
a Isoniazida (14 casos) e a Rifampicina (8 casos). Diante disso, a resistência a resistência
a Isoniazida e Rifampicina teve uma frequência relativa predominante de 35,6%, drogas
de primeira linha 27,1%, Isoniazida 27,7% e Rifampicina 13,5%. Considerações Finais:

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Portanto, observou-se que a maioria dos casos de TB DR diagnosticados no estado de
Santa Catarina entre 2016 e 2020 são multirresistentes, ou seja, resistentes a Rifampicina
e Isonizida, as duas principais drogas usadas no tratamento da TB. Desse modo, faz-se
necessário a prevenção do desenvolvimento de TB DR por meio da implementação de
tratamentos de qualidade tanto para os casos de TB sensível, quanto para os resistentes.

Palavras chaves: Tuberculose - Antituberculoso - Farmacorresistência.

Referências:

LANGE, C. et al. Drug-resistant tuberculosis: an update on disease burden, diagnosis and


treatment. Respirology, [S.L.], v. 23, n. 7, p. 656-673, 11 abr. 2018. Wiley.
http://dx.doi.org/10.1111/resp.13304.

GERMANO, S. N. F. et al. Estratégias assistenciais para o controle da tuberculose


drogarresistente: revisão integrativa da literatura. Revista Enfermagem Uerj, [S.L.], v. 29,
p. 52508, 31 maio 2021. Universidade de Estado do Rio de Janeiro.
http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2021.52508.

DHEDA, Keertan; BARRY, Clifton e; MAARTENS, Gary. Tuberculosis. The Lancet,


[S.L.], v. 387, n. 10024, p. 1211-1226, mar. 2016. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(15)00151-8.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MALÁRIA NA REGIÃO AMAZÔNICA
ENTRE 2001-2011

Raphaela da Silva Maintinguer¹, Gustavo Eloi Pazini Savi¹, Sofia Ferreira


Machado¹, Eric Pasqualotto¹, Larissa Fontanella Evaristo de Souza¹, Beatriz
Carvalho de Oliveira1

¹Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina


E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium sp. e


transmitida por fêmeas do mosquito Anopheles, conhecido como mosquito prego. A
enfermidade afeta principalmente o fígado do infectado e provoca periodicamente lise de
eritrócitos - evento que determina o sintoma mais característico da infecção: a febre
intermitente. Outras manifestações comuns são: tremores, sudorese, dor de cabeça,
náusea e cansaço. No Brasil, sua incidência concentra-se na região amazônica, seguindo
a tendência natural da maior proliferação do vetor em zonas tropicais. OBJETIVOS:
Avaliar o perfil epidemiológico e incidência da malária na Região Amazônica, entre 2001
e 2011. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal
descritivo, de natureza quantitativa, sobre o perfil epidemiológico da malária na Região
Amazônica entre 2001 e 2011, por meio do uso dos dados fornecidos pelo relatório da
Situação Epidemiológica da Malária no Brasil (2000-2011), volume 44 publicado em
2013, e do Indicador de Morbidade, fornecidos pelo Ministério da Saúde. Os critérios
analisados foram: IPA, testes positivos para malária, incidência, área, gênero, faixa etária,
letalidade e óbitos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período analisado,
foram registrados 4.459.049 casos, o que corresponde a 99,7% do total nacional, de modo
que Amazonas, Tocantins e Rondônia — nesta ordem — são os maiores sítios de exames
positivos. Ainda, verifica-se que de 2001 a 2002 houve uma pequena redução do número
de casos, seguida de um aumento expressivo até 2005 (+73,7%) — associado à intensa e
desordenada ocupação de periferias das grandes cidades como também ao desmatamento
e à piscicultura descontrolada. Quanto ao Índice Parasitário Anual (n° de exames
positivos/ 1000 hab.), Acre, Rondônia e Roraima apresentam os maiores índices. Dos
exames positivos, 78,7% se tratavam do Plasmodium vivax, enquanto em média 19,9%
da forma mais grave da doença, infecção por P. falciparum — a qual a partir de 2006
sofreu redução de casos em resposta à implementação de Artemisinina como tratamento.
Referente à localização de infecção, há uma maior incidência de casos na região rural
(60,9% em 2011), seguida da área urbana, e então das áreas especiais. Dentre essas
últimas, até 2009 a maior parte dos casos se dava em assentamentos, a partir desse ano as
áreas indígenas ocuparam a primeira posição. Dos infectados, há maior incidência entre
o sexo masculino, a qual varia entre de 55 a 63% dos casos, e a faixa etária predominante
deixou de ser 20 a 39 anos e se tornou menores de 5 anos. A letalidade na região, mais de
40 vezes menor em relação à extra-amazônica, estabilizou-se em torno de 0,02, e os óbitos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de 2011 apresentaram uma queda de 60,6%, frente a 2001. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Depreende-se dos dados que a região analisada teve uma melhora significativa
na situação epidemiológica da malária no período investigado. Tal fato é vinculado ao
esforço do Ministério da Saúde em fornecer mais instrumentos de combate ao mosquito,
como mais investimento para a região e descentralização dos serviços de saúde —
conquistas que também corroboram para o relativo sucesso em comparação à região
extra-amazônica.
Palavras-chave: Malária; Epidemiologia; Protozoose.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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perennial transmissions with high anopheline densities are associated with human
environmental changes. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, [s. l.], v. 102, n. 3, p.
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KATSURAGAWA, T. H. et al. The Dynamics of Transmission and Spatial Distribution
of Malaria in Riverside Areas of Porto Velho, Rondônia, in the Amazon Region of
Brazil. PLOS ONE, Liverpool, v. 5, n.2, p. e9245, 2010.
PARISE, É. V.; ARAUJO, G. C.; CASTRO, J. G. D. Situação epidemiológica da
malária no Estado do Tocantins, Brasil, a partir da emancipação política e
administrativa, 1989 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 21, n. 1, p. 129-140,
2012.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MENINGITES VIRAIS NA BAHIA NO
PERÍODO DE 2010 A 2019

Yreza Carolle Soares da Cruz1; Carolina Guimarães Figueiredo2; Caio Vinícius Sá de


Pinho Laytynher3; Ilanna Oliveira de Carvalho 4 ; Igor Carvalho Pereira 5; Silvio Porto
de Oliveira Junior 6

1,2,3,4,5,6
: Graduandos em medicina pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
(EBMSP)
E-mail autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: As meninges são as 3 membranas que revestem o encéfalo e a medula


espinhal, sendo elas, a dura-máter, a aracnoide e a pia-máter, posto que entre as duas
últimas encontram-se o líquido cefalorraquidiano (LCR). A meningite, inflamação mais
comum do SNC, pode ocorrer em qualquer uma das meninges, tendo como origem uma
infecção viral, bacteriana ou fúngica. A meningite viral pode ser manifestada
clinicamente por meio da cefaleia, rigidez de nuca e febre baixa, sendo mais
frequentemente causada por enteroviroses, como o Coxsackie, causador da doença mão-
pé-boca em crianças menores de 5 anos; outros agentes são o Herpes simples e o Varicela-
zoster. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos casos e óbitos confirmados por
meningite viral na Bahia, do período de 2010 a 2019. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo quantitativo, ecológico, descritivo, baseado em dados notificados no Sistema
de Informações de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) do Ministério da Saúde por
meio do DATASUS. Foram analisadas as seguintes variáveis: raça, faixa etária, sexo,
municípios e a taxa de mortalidade dos casos de meningite viral confirmados no período
de 2010 a 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O número total de casos de meningite
viral identificados na Bahia foi de 4297. Desses, no que tange ao sexo biológico, houve
4 casos (0,1%) sem identificação de sexo, 2492 registrados do sexo masculino e 1801 do
sexo feminino, 58% e 42% respectivamente. Quanto a faixa etária, 20 casos (0,5%) não
preencheram esse critério, apesar disso, a faixa etária mais acometida foi de 20 a 39 anos,
confirmando 938 casos, 22%. No entanto, em conjunto as crianças e adolescentes
assumem os maiores valores, 2862 casos no total, representando 67% dos casos de
meningite viral. Já em relação ao critério raça/cor 1003 casos (23%) não houve registro
da raça, mesmo assim a população negra, pretos e pardos, apresenta o maior número de
casos confirmados, registrando um total de 2955, ou seja, 69%. No que se refere à
distribuição por munícipios, Salvador apresenta o maior número de casos confirmados,
abarcando 61%, em seguida Vitória da Conquista e Lauro de Freitas apresentam o maior
registro, 4 e 3% respectivamente. Por fim, a taxa de mortalidade é demonstrada na tabela
abaixo, na qual verifica-se uma queda no número de óbitos, no entanto ao longo dos anos,
os números variaram bastante. CONCLUSÃO: Logo, ao analisar os resultados, o perfil
epidemiológico mais atingido, tanto por casos confirmados quanto por óbitos, é formado
por indivíduos do sexo masculino, negros e entre 20 e 39 anos de idade. Além disso, as
crianças e adolescentes representam um número significativo de infecções e óbitos.

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Apesar da meningite viral evoluir geralmente de forma benigna, pode haver sequelas
como retardo mental, surdez e perdas motoras e sensoriais. Assim, visualizando a
população mais afetada, a meningite é uma doença de importante impacto social e
econômico que merece contínuo esforços públicos para sua prevenção e tratamento.
PALAVRAS-CHAVE: Acidente vascular cerebral não especificado, internações, óbitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Brasil, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS.


Disponível em htpp://www.datasus.gov.br (acessado em 1 de outubro de 2021)

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS OCORRIDOS NO BRASIL EM
DECORRÊNCIA DE CÂNCER COLORRETAL NO PERÍODO DE 2012-2016

Maycon Carvalho de lima1; Sarah Jéssica Maia dos Santos2; Francisco Renam da Silva
Almeida3; Andressa Farias de Araújo4; Dayan de Araujo Marques5; Anne Grace
Andrade da Cunha Marques6.

Graduado em Enfermagem pela Universidade Federal do Acre – UFAC


1,2,3,4
5
Farmacêutico. Mestre em Química. Docente do Centro de Ciências da Saúde e do
Desporto Universidade Federal do Acre
6
Enfermeira. Mestre em enfermagem. Docente do Centro de Ciências da Saúde e do
Desporto Universidade Federal do Acre

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Câncer Colorretal (CCR) ou câncer intestinal é definido como tumores


que se desenvolvem nas porções do cólon, reto e ânus, e, quando detectado precocemente
e não atingiu outros órgãos é tratável e geralmente pode ser curado. OBJETIVO: Esse
estudo teve o objetivo de analisar o perfil epidemiológico de brasileiros, acometidos por
câncer colorretal que foram a óbito no período de 2012 a 2016. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e quantitativo, com base nos
dados do Sistema de Informações de Mortalidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
registros de óbitos pela doença apresentaram um aumento de 20,89%, no período
analisado, com uma média de crescimento anual de 4,91%. As principais taxas de óbitos
apresentaram-se no sexo feminino, com faixa etária de 70 anos e mais, na população
branca, com baixa escolaridade e entre indivíduos casados. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Diante do perfil epidemiológico apresentado nesta pesquisa, reiteramos a
relevância do preenchimento completo dos formulários de declaração de óbito, bem
como, da plataforma SIM, para que os dados sejam disponibilizados de modo mais
precisos para direcionar o desenvolvimento de políticas públicas com foco preventivo, a
fim de reduzir os índices de mortalidade desse tipo de câncer na população brasileira uma
vez que, a progressão deste tumor é lenta e pode haver cura quando diagnosticada
precocemente.
Palavras-chave: Câncer colorretal, óbito, perfil epidemiológico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Ministério da Saúde. INCA- Instituto Nacional de Câncer. Câncer de intestino.


2018.

2. GOMES, Clara Isis Ribeiro et al. Estudo sobre a acurácia da colonoscopia na


detecção do câncer colorretal. Rev. Med. Minas Gerais. V.23, n.3, p.307-310, 2013

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3. MENEZES, Camila Costa Santos de et al. Câncer colorretal na população
brasileira: taxa de mortalidade no período de 2005-2015. Rev. Bras. Promoç. saúde.
Fortaleza, v.29, n.2, p.172-179, Abr/Jun. 2016.

4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de


Câncer. A situação do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2006.

5. Brasil. Portaria nº. 958, de 26 de setembro de 2014. Aprova as Diretrizes


Diagnósticas e Terapêuticas do Câncer de Cólon e Reto. Ministério da Saúde: Secretaria
de Atenção à Saúde. 2014. Disponível em:
<http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014> Acesso
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6. São Paulo (cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de


Epidemiologia e Informação | CEInfo. Boletim CEInfo Análise nº 06, novembro/2012.
São Paulo: Secretaria Municipal da Saúde, 35p, Nov. 2012.

7. Brasil. IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Panorama


brasileiro.2018/2019 Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama>
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8. OpenEpi. Estatísticas epidemiológicas de código aberto para a Saúde. Disponível


em: < https://www.openepi.com/Proportion/Proportion.htm > Acesso em: 18 de janeiro
de 2019.

9. CENTER, Melissa M. et al. Worlwide variations in colorectal câncer. CA: A


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<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.3322/caac.20038> Acessado em: 27 de
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10. HABR-GAMA, Angelita. Câncer colorretal – A importância de sua prevenção.


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11. SANTOS, Andréia Pereira dos et al. Tendência da Mortalidade por Câncer
Colorretal no Estado do Paraná e no Município de Foz do Iguaçu, 1980 a 2013. Revista
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12. LEVORATO, Cleice Daiana et al. Fatores associados à procura por serviços de
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13. MARINHO, Ricardo Mello et al. Atenção Primária e Terapia de Reposição


Hormonal no Climatério, Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, OBSTÉTRICO E DIFICULDADES NA
AMAMENTAÇÃO DE PUÉRPERAS ATENDIDAS EM MATERNIDADE
PÚBLICA

Romila Martins de Moura Stabnow Santosr1; Iara Angélica da Silva Lima2; Marcelino
Santos Neto3; Iolanda Graepp Fontoura4; Floriacy Stabnow Santos5
1
Profissional de educação física. Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde e
Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
2
Enfermeira. Graduada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
,3
Farmacêutico bioquímico. Docente da graduação em enfermagem e do Programa de
Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão
(PPGST/UFMA).
4
Enfermeira. Docente da graduação em enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA)
5
Enfermeira. Docente da graduação em enfermagem e do Programa de Pós-graduação em
Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher


implementada pelo Ministério da Saúde tem a finalidade da ampliação, qualificação e
humanização da assistência à saúde feminina. Conhecer o perfil das puérperas é essencial
para que os profissionais de saúde envolvidos na assistência possam prestar um
atendimento humanizado, focado nas necessidades de cada mulher. Identificar
precocemente fatores de risco gestacional contribui para a redução da morbimortalidade
materno-infantil. OBJETIVO: Objetivou-se caracterizar o perfil epidemiológico e
obstétrico de puérperas atendidas em uma maternidade pública e conhecer as principais
dificuldades apontadas na amamentação. METODOLOGIA: Estudo descritivo,
transversal e quantitativo, realizado no Alojamento Conjunto do Hospital Regional
Materno Infantil de Imperatriz-MA, no período de janeiro a março de 2020, com 300
puérperas. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas individuais usando
instrumento estruturado com perguntas fechadas elaborado pelos autores. A amostra da
pesquisa foi determinada por amostragem não probabilística por conveniência, a partir
dos critérios de inclusão: estar no puerpério imediato, acompanhadas de seus bebês, com
idades entre menores de 18 até maiores de 31 anos, que tinham condições de se comunicar
com os pesquisadores e que tiveram partos normais ou cirúrgicos. Foram excluídas as
puérperas sem instrução ou analfabetas, as que tinham seus bebês internados na Unidade
de Terapia Intensiva, as com deficiência visual ou auditiva. Pesquisa aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer
3.450.563. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A faixa etária de 87,0% variou de 18 e 30
anos, era casada ou em união estável 181 (61,0%) delas; a escolaridade de 218 (72,6%)
era o Ensino Médio; e 201 (67,0%) com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos; eram
donas de casa 228 (76,0%). Quanto ao perfil obstétrico os dados mostraram que 128
(42,7%) tinham 2 filhos; fizeram pré-natal 299 (99,7%); realizaram seis ou mais

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


consultas durante o pré-natal 196 (65,4%); receberam orientações sobre a amamentação
148 (49,3%) enquanto 152 (50,7%) não receberam orientação sobre amamentação
durante o pré-natal; tem história de amamentação em gestações anteriores 230 (76,7%);
praticaram aleitamento materno exclusivo até seis meses anteriormente 75 (25,0%) sendo
que 70 (23,3%) não amamentaram anteriormente. As principais dificuldades apontadas
para a prática da amamentação foi queixa de pouco leite entre 66 (22,0%), fissura no
mamilo entre 46 (15,4%), dor foi a queixa de 3 mulheres (1,0%). O perfil
sociodemográfico das genitoras pode representar influência sobre o modo de agir das
mulheres, visto que as características sociodemográficas e obstétricas de parturientes tem
relação com a qualidade da assistência a saúde. Prestar cuidados individualizados e
específicos, evidenciando entraves e vulnerabilidade desse grupo bem como assistir a
mulher na prática da amamentação possibilita a adoção de medidas que permitam uma
assistência de qualidade. CONCLUSÃO: As informações sobre o perfil das puérperas
contribui para o aprimoramento e direcionamento de ações de atenção à saúde da mulher
e da criança, atendendo as recomendações de humanização no serviço.
Palavras chave: Enfermagem; Sistemas de Informação; Saúde Materno-Infantil.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, E. M.; OLIVEIRA, A. S.S.; GALIZA, D. D. F.; BARROS, V. L.;
AGUIAR, V. F.; MARQUES, M. B. Perfil sociodemográfico e obstétrico de parturientes
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RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Estado da Saúde. Departamento de Ações em


Saúde. Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial. Assessoria Técnica de
Planejamento. 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRESCRIÇÃO DE TREINOS E PRÁTICA DO GESTO ESPORTIVO DO
VOLEIBOL PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATLETAS
José Vitor Pereira de Aquino¹; Jessica Costa de jesus²;
Maria Erivânia Alves de Araújo3
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.
1,2
3
Fisioterapeuta. Mestra em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco – RJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A maioria das lesões de vôlei ocorre mediante a má elaboração no


treinamento, ou devido ao esforço repetitivo. Esse esporte exige do atleta atenção, força
e agilidade para a execução de seus movimentos, sendo extremamente comum a
realização de saltos e aterrissagens. Por isso, a ocorrência de entorses de tornozelo devido
a quedas ou choques entre atletas é alta. Tendo em vista que o voleibol é um esporte que
exige um trabalho realizado pelo corpo inteiro deverá ocorrer contusões em diversos
membros quando não houver um treinamento adequado. OBJETIVOS: Identificar como
a prescrição de treinos e prática do gesto esportivo do voleibol pode colaborar para a
prevenção de lesões em atletas. METODOLOGIA: Divida este tópico em tipo de estudo,
local da pesquisa, características dos participantes, procedimentos, desfechos, descrição
dos equipamentos/exercícios, análise estatística e (se possuir) número de aprovação do
comitê de ética local (número/ano) ou com outros tópicos que se julgarem necessários
conforme o tipo de estudo, sem utilização de subtópicos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O voleibol é uma prática esportiva realizado no mundo inteiro por pessoas
que são atletas e por pessoas que pratica por laser. Mas os riscos de lesões são os mesmos,
independentemente das características físicas de cada um. Portanto, compreender a
dinâmica da prática e os gestos que são aplicados durante os treinos e competições são
importantes para a prevenção de lesões musculoesqueléticas. Os estudos analisados
deram foco aos treinos proprioceptivos, como um treino complementar a pratica esportiva
que deve ser acompanhado de fortalecimento dos membros inferiores e superiores e
Power hause ou core. O objetivo é trazer ao atleta conhecimento total do seu corpo de
maneira interna e externa, garantido que o corpo tenha capacidade completa para reagir
a futuras intercorencias em quadra ou diante de possiveis lesões. Isso tudo deve ser
somado ao gesto esportivo bem realizado e um acompanhamento profissional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com o constatado nas literaturas revisadas foi
notado que para uma eficiente e segura prática esportiva no voleibol se faz necessário que
os atletas sejam submetidos a treinos focados na melhor performance do corpo e do gesto
esportivo. Com treinos bem elaborados é possível reduzir drasticamente a exposição a
fatores de risco lesivos.
Palavras-chave: Mecanismos de lesões; Gesto esportivo; Prevenção.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

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CHIAPPA, G. R. Fisioterapia nas Lesões do Voleibol. São Paulo: Editora Robe, 2001.
p. 68-71, 157, 133, 135, 141 e 142, 214, 257, 275.
THACKER, S. B., STROUP, D. F., BRANCHE, C. M., GILCHRIST, J.,
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American Journalof Sports Medicine. v. 27, n. 6, p. 753¬758, 1999.
MAGALHÃES, J., OLIVEIRA, J., ASCENSÃO, A., SOARES, J. M. C. Avaliação
isocinética da força muscular de atletas em função do desporto praticado, idade, sexo e
posição específica. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. v. 1, n. 2, p. 13¬21,
2001
BRINER JUNIOR, W., KACMAR, L. Common injuries in volleyball. Sports Medicine.
v. 24, n. 1, p. 65¬71, 1997
PERES, Mariana Michalski et al. Efeitos do treinamento proprioceptivo na estabilidade
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146-150, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PREVALÊNCIA DE CEFALEIA E SUA INTERFERÊNCIA NAS ATIVIDADES
DE VIDA DE ACADÊMICOS DE FISIOTERAPIA

Jéssica de Carvalho de Morais1; Amanda Baêta Reis Araújo dos Santos2; Beatriz Karina
Bandeira Figueiredo3; Rayana Mairla Correa Gomes4; Fernando Cesar Vilhena Moreira
Lima5
1,2,3,4
Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Santa Terezinha – CEST
5
Fisioterapeuta. Docente da Faculdade Santa Terezinha CEST
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A cefaleia é uma afecção multifatorial que tem acometido a maioria


da população e interfere nos hábitos de vida de cada indivíduo. Uma parte da população
acometida pela cefaleia são os estudantes universitários, que devido as fortes dores
sofrem prejuízos no rendimento acadêmico e vida social. A dor é provocada por elevados
níveis de estresse, tanto físico quanto mental, e é descrita com quinto sinal vital
diversificando-se na qualidade e intensidade, por esse fator a experiência da dor de cabeça
é bastante pessoal, variando de pessoa para pessoa. OBJETIVOS: Verificar a ocorrência
de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida de acadêmicos de fisioterapia em
uma faculdade de são Luís – MA. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva de abordagem
quantitativa realizada durante o mês de outubro de 2019 na Faculdade Santa Terezinha –
CEST, a amostra foi composta por 55 participantes. Utilizou-se um questionário contendo
perguntas de caráter sociodemográfico e relacionadas á presença de cefaleia juntamente
com o HIT-6 que avalia impacto da dor de cabeça e o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido. Os dados foram tabulados por meio de Microsoft Excel 2016 e analisados
com auxílio do programa Epi Info™ 7.2. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisou-se
que 85,45% da amostra é do sexo feminino, com idade entre 17 e 21 anos (58,18). 81,82%
tem a faculdade como principal ocupação e 70,91% dormem menos de 8h por dia. 56,36%
relataram sentir cefaleia, 30,90% classificaram a dor como moderada e 20% a
descreveram como em pulsátil. Quanto ao questionário de impacto de dor de cabeça,
23,18% foram classificados com algum impacto e a capacidade de concentração e o
humor foram relatados como as atividades que sofrem maior interferência pela cefaleia
representando 56,36% e 45,45% da amostrarespectivamente. Os achados dessa pesquisa
corroboram com os resultados encontrados por Braga et al., (2012) em que afirmam a
cefaleia como um fator prejudicial nas atividades do cotidiano universitário e apontam a
capacidade de concentração e o humor como características mais afetadas pelas dores de
cabeça. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pela observação dos aspectos analisados,
constata – se que há uma prevalência de cefaleia na amostra e que esta interfere nas
atividades de vida em acadêmicos de fisioterapia tendo maior impacto na capacidade de
concentração e no humor dos discentes.
Palavras-chave: Acadêmicos; Cefaleia; Prevalência.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALVES, M. P et al. Cefaleia tensional crônica e suas consequências sobre as
atividades de vida diária. in: Anais da vii mostra de pesquisa em ciência e
tecnologia devry brasil. anais, 2016
BRAGA, P.C.V. et al. Ocorrência e prejuízos da cefaleia em estudantes
universitários de enfermagem. Rev. Esc Enferm USP, São Paulo, v.46, n.01, p.
138-144, 2012.
LANGAME, A. P. et al. Qualidade de vida do estudante universitário e o rendimento
acadêmico. Rev. Bras Promoç Saúde. Fortaleza, v.29, n.3, p. 313-325, 2016.
RODRIGUES, R. V et al. Cefaleia: a vilã da vida universitária. Anais De Medicina,
(1), 33-34, 2018.

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PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D EM PACIENTES COM
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
Geovanna Calazans Corrêa¹, Laura Campos Modesto¹, Beatriz do Nascimento¹, Pedro
Henrique Bersan Menezes¹, Phaedra Castro²

1: Graduando de Medicina do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)


2: Docente do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
Email para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são caracterizadas por uma


inflamação crônica e complexa do intestino, por afetar a fisiologia, imunologia e a
microbiologia do trato gastrointestinal. São um conjunto de doenças, dentre as principais,
a Colite Ulcerativa (UC) e a Doença de Crohn (CD). Devido à inflamação, as DIIs
apresentam impacto na absorção da vitamina D, causando hipovitaminose D nos
pacientes acometidos. OBJETIVO: Analisar a prevalência da deficiência de vitamina D
em pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais. METODOLOGIA: Foi realizada
uma revisão de literatura narrativa com busca no PubMed. Utilizou-se os descritores
“INFLAMMATORY BOWEL DISEASES” AND “VITAMIN D DEFICIENCY”
associados pelo operador booleano AND, sendo encontrados 180 artigos dos últimos
cinco anos. Como critérios de inclusão, foram selecionados estudos publicados na íntegra,
no idioma inglês e que abordavam o tema central da pesquisa. Por fim, foram utilizados
17 artigos para a confecção da revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As Doenças
Inflamatórias Intestinais (DIIs) tem como principais sintomas diarreia, com ou sem
sangue, fadiga e dor abdominal. Alguns pacientes também podem apresentar risco maior
para desenvolver osteopenia, osteoporose e problemas mais graves, como deficiência de
vitamina D. Nesse estudo, foram analisados artigos sobre a relação entre as DIIs e a
vitamina D. Dentre os 17 artigos analisados, a maioria apresentou uma alta prevalência
de deficiência de vitamina D em pacientes com DIIs. Essa alta prevalência se deve a
absorção prejudicada em decorrência do processo inflamatório, além de dietas restritas e
receio de se alimentarem de alimentos com lactose e possível piora dos sintomas,
facilitando assim a deficiência de vitamina D e cálcio em pacientes com DIIs. Em um
estudo de coorte italiano, 62% dos pacientes com DIIs apresentavam deficiência de
vitamina D, além disso essa deficiência apresentou relação importante com a atividade da
doença inflamatória. Em um outro artigo de revisão, a prevalência da hipovitaminose D
foi de 40% dentre as pessoas com DIIs, e este estudo demonstrou também que o efeito do
uso de suplementação de vitamina D para sintomas clínicos é inconclusivo. Em um estudo
prospectivo observacional, 68,4% dos pacientes com DIIs demonstraram deficiência de
vitamina D e mostraram uma maior atividade da doença em pacientes com deficiência de
vitamina D em comparação ao grupo controle. CONCLUSÃO: É notória a alta
prevalência de deficiência de vitamina D e a possível relação com a alta atividade da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


doença em pacientes acometidos pelas Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs). Dadas as
possíveis consequências, como osteopenia e osteoporose, torna-se fulcral investigar a
associação entre a deficiência de vitamina D e as DIIs, bem como o uso dessa vitamina
no tratamento.
PALAVRAS-CHAVES: Doenças Inflamatórias Intestinais, Vitamina D e Inflamação.

REFERÊNCIAS:
Branco, J. C., Cardoso, M. F., Anapaz, V., Lourenço, L. C., Oliveira, A. M.,
Rodrigues, C. G., Santos, L., & Reis, J. A. (2019). Vitamin D Deficiency in a
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Limketkai, B. N., Bechtold, M. L., & Nguyen, D. L. (2016). Vitamin D and the
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Burrelli Scotti, G., Afferri, M. T., De Carolis, A., Vaiarello, V., Fassino, V., Ferrone,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PREVENÇÃO DE ACIDENTES E VIOLENCIAS INFANTIS: UMA
PERSPECTIVA MULTIPROFISSIONAL
Larissa Moreira da Silva Queiroz¹, Maria Vitória Leite Lima², Natália Bezerra de
Oliveira ³, Gabrielli Heloisa da Silva Simão4, Sidrack Lucas Vila Nova Filho5
¹ Discente do curso de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP Wyden
² Discente do curso de fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP Wyden
³ Discente do curso de enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP Wyden
4
Discente do curso de fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca –
UNIFAVIP Wyden
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

INTRODUÇÃO: A fase da primeira infância apresenta características singulares na vida


do ser humano, dentre elas, destaca-se o aparecimento de habilidades cognitivas,
emocionais e sociais que também podem ser mencionadas como a fase do
desenvolvimento. É imprescindível a atuação multiprofissional acerca dos acidentes mais
prevalentes na primeira infância visto que é neste período que a criança se encontra em
seu estado mais vulnerável. OBJETIVO: O presente estudo tem como finalidade realizar
uma análise da atuação multiprofissional diante da prevenção de acidentes e violências
infantis, especialmente na fase da primeira infância. MÉTODO: Foi realizada uma
revisão bibliográfica narrativa utilizando-se as bases de dados das plataformas digitais
disponíveis como Scielo e BVS para seleção dos artigos científicos publicados no período
de 2013 a 2021, sendo utilizados os descritores: Violência infnatil, Criança e Acidentes.
Foram considerados 4 artigos para este estudo, selecionados através de critérios de
inclusão: artigos científicos originais e em português e que mais se enquadram no tema e
excluídos os estudos com animais e que metodologicamente se classificam como resumo,
tese, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os trabalhos examinados mostram que é fundamental a participação de graduandos da
área da saúde para o favorecimento de uma cultura de intersetorialidade desde a formação
inicial com uma temática proposta pelos ministérios da Saúde e da Educação. A
prevenção de acidentes na infância é de responsabilidade de qualquer área profissional,
sendo assim, identificar os riscos junto com as crianças e refletindo sobre possíveis
mudanças no meio e no comportamento. Diante disso é visto que os acidentes e as
violências são importantes ameaças para a saúde e bem-estar de crianças no mundo. Além
do risco à vida, sua ocorrência traz complicações clínicas intensivas, internações

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


hospitalares, sequelas físicas e emocionais que podem permanecer pelo resto da vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mediante o exposto, essa pesquisa apresentou uma ação
intersetorial de prevenção de acidentes e violências infantis, onde é essencial a
compreensão dos profissionais de saúde sobre a importância da prevenção das injúrias,
pois se atuarem de forma ordenada, amplificam a ação para além da área estritamente de
saúde, em um processo intersetorial, as possibilidades de diminuição dos índices de
acidentes e violências passarão a ser reais.

REFERENCIAS
KLIPPEL, Yara Aparecida Martini; DE CAMARGO, Denise. Processo participativo
entre profissionais de saúde para integrar o atendimento à criança vítima de
violência. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 10, n. 2, p. 340-353, 2015.
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de educadoras de creches. Revista de enfermagem UFPE on line, p. 3845-3852, 2017.
DE LIMA, Essyo Pedro Moreira et al. Identificação dos conhecimentos de mães na
prevenção de acidentes domésticos com crianças da primeira infância. Enfermagem em
Foco, v. 9, n. 4, 2018.
NASCIMENTO, Edinalva Neves et al. INTER-SECTOR ACTIONS TO PREVENT
ACCIDENTS IN CHILDREN EDUCATION: TEACHER’S ASSESSMENTS AND
STUDENTS’KNOWLEDGE. Journal of Human Growth and Development, v. 23, n.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS MÉDICAS OCORRIDAS EM CLÍNICAS
ODONTOLÓGICAS
¹Ana Carolina Resende da Silva; ²Albertina Martins Gonçalves (Orientador)

¹Graduanda do Curso de Odontologia pelo Centro Universitário de João Pessoa - Unipê


2
Enfermeiro. Doutora em Biotecnologia e Inovação pela Universidade de Anhanguera-
SP

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os cirurgiões-dentistas e acadêmicos de odontologia, durante seu


cotidiano na prática clínica, estão sujeitos a se depararem com situações descritas como
uma emergência médica. Estas podem ocorrer a qualquer momento e acometer qualquer
indivíduo, seja antes, durante ou após um procedimento odontológico. Para tanto, deve-
se estar preparado para reconhecer, diagnosticar e adotar as medidas de primeiros
socorros em situações de emergência de forma segura, sendo o principal responsável pelo
atendimento pré-hospitalar, preocupando-se em manter os sinais vitais e prezando pela
saúde e bem-estar do paciente. OBJETIVOS: Destacar as principais emergências
médicas ocorridas em clínicas odontológicas, evidenciando, assim, a importância do
preparo do cirurgião-dentista para tais situações. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo exploratório, descritivo, com abordagem qualitativa, tipo revisão integrativa da
literatura. A seleção dos artigos contou com uma pesquisa nas bases de dados Scientific
Eletronic Library online (SciELO) e Google Acadêmico, publicados nos idiomas
português e inglês, no período de 2010 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
tratamento odontológico é um processo que gera ansiedade para todos os envolvidos, mas,
principalmente, para o paciente, visto que este pode manifestar um quadro de angina ou
infarto provocado pelo medo. As situações de urgência e emergência presentes nos
ambientes de clínicas odontológicas estão associadas principalmente às condições
sistêmicas, ao uso de medicamentos e, cerca de 75% destas, são causadas por estresse e
medo. Na atualidade, a expectativa de vida crescente tem permitido cada vez mais a busca
de tratamentos odontológicos por pacientes de diferentes idades e portadores de diversas
doenças sistêmicas, tais como diabéticos, hipertensos, cardiopatas, asmáticos, portadores
de desordens renais e hepáticas, entre outros. O medo de dentista é frequentemente
responsável por elevar a ansiedade e o estresse, sendo desencadeado, na maioria das
vezes, pela visualização de instrumentais odontológicos, como agulhas e limas
endodônticas, assim como o sangue durante procedimentos considerados invasivos. Desta
forma, o profissional deve adotar uma avaliação minuciosa do risco do paciente através
da realização de uma anamnese bem detalhada, incluindo a história médica e
odontológica, além de um exame físico criterioso, com o monitoramento dos sinais vitais
antes e depois da consulta, de modo a prevenir e reduzir as emergências odontológicas.
Alguns dos sinais físicos que podem ser percebidos em um paciente com ansiedade
podemos destacar dilatação das pupilas, palidez, transpiração, tremores, hiperventilação,
tontura, boca seca, fraqueza, dificuldade respiratória e o aumento da pressão arterial e
frequência cardíaca. As emergências mais comuns no cotidiano da clínica odontológica

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são hipoglicemia, síncope vasovagal, crises convulsivas, reações alérgicas, angina
pectoris e hipotensão arterial. Alguns estudos mostram que a maior parte dos profissionais
e acadêmicos de odontologia não se sentem preparados para lidar com situações de
emergência. CONCLUSÃO: É de extrema importância que os profissionais de
odontologia tenham conhecimento técnico-prático acerca dos procedimentos de primeiros
socorros que incluem a avaliação e manutenção dos sinais vitais, nível de consciência e
comprometimento neurológico, para que possam prestar um atendimento efetivo e
impedir, desta forma, o agravamento de situações de emergência médica.
Palavras-chave: Primeiros Socorros; Suporte Básico de Vida; Clínicas Odontológicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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empregada no consultório odontológico. ARCHIVES OF HEALTH
INVESTIGATION, v. 10, n. 3, p. 402-407, 2021.

CAPUTO, Isamara Geandra Cavalcanti et al. Vidas em risco: emergências médicas em


consultório odontológico. Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial,
v. 10, n. 3, p. 051-058, 2010.

COLET, Daniela et al. Acadêmicos e profissionais da odontologia estão preparados para


salvar vidas?. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, v. 16, n. 1, 2011.

PIMENTEL, Alessandra Chirstina de Souza Braga et al. Emergências em odontologia:


revisão de literatura. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio
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POLIZELI, Amanda Felis et al. Emergências médicas em consultório odontológico:
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QUEIROGA, Tadeu Barbosa et al. Situações de emergências médicas em consultório


odontológico: Avaliação das tomadas de decisões. Revista de Cirurgia e
Traumatologia Buco-maxilo-facial, v. 12, n. 1, p. 115-122, 2012.

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conhecimento dos acadêmicos. Revista Saúde & Ciência Online, v. 7, n. 1, p. 65-75,
2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROCESSO DE ENFERMAGEM NA ROTINA DE CONSULTAS NAS
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Anna Letícia Oliveira1; Ana Catarina Santos da Silva2; Efânia Cristina Amaral
de Oliveira3; Daianny Paes Landim Macedo4
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Norte do Paraná do Ceará
2,3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Empreendedorismo de Santo
Antonio de Jesus.
4
Graduanda em Enfermagem pelO Centro Universitário Uninovafapi do Piaui.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Processo de Enfermagem (PE) é uma forma sistematizada de
organizar o cuidado prestado ao paciente. Baseando-se em evidências científicas o PE é
composta por cinco etapas interdependentes, sendo elas: coleta de dados, diagnóstico,
planejamento, implementação e avaliação de enfermagem, visando individualizar a
assistência e torná-la mais holística e humanizada em todos os níveis de atenção a saúde.
Nesse contexto, vale ressaltar a importância do PE nas consultas de enfermagem nas
Unidades Básicas de Saúde (UBS), tendo em vista que devido às inúmeras atribuições
dessa categoria profissional, o processo de enfermagem acaba ficando em segundo plano,
não sendo implementado ou desenvolvido da forma preconizada. OBJETIVOS:
Compreender, segundo o que relata a literatura, se o Processo de Enfermagem tem sido
bem aplicado nas consultas de enfermagem nas unidades básicas de saúde. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão bibliográfica de literatura, realizada em setembro de 2021 na
base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), onde foram buscados estudos a partir
dos termos elegidos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles:
“Processo de Enfermagem” “Atenção Primária à Saúde” e “Enfermeiras de Saúde da
Família”. Foi adotado como critério de inclusão, artigos capazes de responder à questão
norteadora e como critérios de exclusão, estudos que fugissem da temática central. Desse
modo, foram localizados 75 artigos, onde foram lidos os títulos e selecionados 8 para
leitura na íntegra, dos quais 3 foram eleitos para compor a amostra da revisão.
RESULTADOS: A revisão de literatura evidenciou que os enfermeiros, atuantes nas
unidades básicas de saúde, compreendem a importância e necessidade de implementar o
processo de enfermagem em suas consultas, relatando ganhos para a categoria
profissional, como a exemplificar por maior autonomia e valorização, além dos
benefícios para os pacientes, como mais segurança, assistência baseadas em evidências,
cuidado individualizado, dentre outros. Contudo, apesar de estarem cientes da
necessidade do PE, muitos não o implementam totalmente em suas consultas diárias, essa
realidade foi justificada pela sobrecarga dos enfermeiros como o gerenciamento da
unidade e da equipe, onde eles alegam a falta de tempo para lidar com outras demandas,
somando-se a falta de incentivo profissional e de investimento por parte dos órgãos
fiscalizadores responsáveis, além da insegurança que alguns profissionais apresentaram
para desenvolver o PE e a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Sendo
assim, vale salientar que apesar de compreenderem a importância do processo, um

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


elevado percentual dos enfermeiros veem o PE mais como uma demanda burocrática que
se deve realizar do que como um instrumento que norteia a assistência. CONCLUSÃO:
Evidencia-se a escassez de produções científicas sobre a temática proposta e nos poucos
artigos encontrados, o Processo de Enfermagem não tem sido totalmente aplicado na
maioria dos relatos. Sendo assim, é imprescindível o maior incentivo financeiro por parte
dos orgãos responsáveis, além de potencializar as ações de educação continuada visando
maximizar os benéficos do PE.
Palavras-chave: Processo de Enfermagem; Atenção Primária à Saúde; Enfermeiras de
Saúde da Família.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Aline Santos et al. O Processo de Enfermagem na Atenção Básica de um


Município de Alagoas, Brasil. Rev Enferm Atenção Saúde. 2018.

SILVA, Edyra Damasceno da Costa; AANHOLT, Denise Philomene Joseph Van;


NICHIATA, Lucia Yasuko Izumi. O que facilita e dificulta a Sistematização da
Assistência de Enfermagem na percepção dos enfermeiros das Unidades de Saúde da
Família?. REVISA. 2021.

SANTOS, Andressa Katiucia Oliveira et al. Implantação da Sistematização da


Assistência por Enfermeiras na Atenção Básica: Facilidades e Dificuldades. J. nurs.
health. 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRODUÇÃO DE FOLDER PARA AÇÃO EDUCATIVA EM SAÚDE MENTAL:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Bárbara dos Santos Limeira1; Rocilda Castro Pinho2; João Marinho Maciel3; Pamylla
Fortes Tanikawa Lima4 Marcela de Oliveira Feitosa5

1,2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
3
Enfermeiro. Departamento de Atenção Básica do Município de Imperatriz.
4
Terapeuta Ocupacional. Departamento de Atenção Básica do Município de Imperatriz.
5
Enfermeira. Docente na Universidade Federal do Maranhão.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Atenção Primária à Saúde – APS - é caracterizada por ser o primeiro


nível de atenção em saúde. Dentre as ações de responsabilidade deste nível, estão a
promoção e a proteção da saúde, diagnóstico, tratamento, prevenir agravos, reabilitação
e redução de danos. As ações de educação em saúde são essenciais para alcance das
características da APS. Para a realização do cuidado em saúde, constantemente, são
realizadas escolhas quanto ao uso de qual tecnologia se utilizar. As tecnologias em saúde
são classificadas em leve, leves-dura e dura. A tecnologia leve é aquela com produção de
vínculo, autonomização e acolhimento; a leve-dura refere-se aos saberes bem
estruturados; a dura é referente ao uso de equipamentos tecnológicos. A produção de
materiais como folhetos e folders, caracteriza-se por tecnologia leve-dura. OBJETIVOS:
Relatar a experiência de discentes de enfermagem na produção de folder para realização
de ação educativa em saúde mental. METODOLOGIA: Estudo descritivo, do tipo relato
de experiência, com abordagem qualitativa, resultante de uma produção de folheto do
tipo “folder” realizado no mês de junho de 2020, para ação educativa de uma Unidade
Básica de Saúde de um município do interior do maranhão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Para auxiliar uma ação educativa que seria realizada com a comunidade,
acadêmicas de enfermagem desenvolveram juntamente com a equipe, um material físico
classificado como folheto do tipo folder, o qual serviria de guia para a educação em saúde.
O folder foi escolhido, por ser um instrumento que complementa o processo de educação
em saúde, ajuda o leitor na compreensão do tema, além de ser uma forma de disseminar
o conhecimento para aonde o material for levado. As acadêmicas realizaram uma
pesquisa na literatura sobre a temática, o tema era “ansiedade”. Após leitura vasta, foram
selecionadas informações que foram dividas nos tópicos: “Você sabe o que é ansiedade?”,
“Alguns sintomas que podem indicar Transtorno de Ansiedade”, “Diagnóstico”,
“Tratamento”, “Serviços de saúde Mental ofertados pelo SUS no município”,
“Referências”. Em cada tópico colocou-se informações suscintas e com linguagem de
fácil entendimento. Utilizou-se cores relacionadas com a saúde mental, azul e amarelo, e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ilustrações que contextualizassem cada tópico. O folder foi produzido e impresso em
folha A4 frente e verso, foi dobrado de forma que ficassem seis partes. Para produção do
material utilizou-se a versão gratuita do programa on-line “Canva”. Após produção, foi
enviado o material para os profissionais, enfermeiro e terapeuta ocupacional, os quais
avaliaram e após aprovação encerrou-se o processo de produção, estando pronto para a
impressão e uso no dia da ação. A produção do material foi desafiadora e ao mesmo
tempo gratificante pois permitiu um crescimento das acadêmicas para o uso de
tecnologias leves para ação de saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte, obteve-
se sucesso na produção do material, pois alcançou a função de auxiliar na ação educativa
e de instruir a população de forma clara e acessível. Este relato busca incentivar os
discentes e os profissionais a investirem na produção de materiais físicos, afim de
potencializar a atuação dos profissionais durante as ações de educação em saúde.
Palavras-chave: Saúde Mental; Folhetos; Educação em Saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. O que é atenção primária? Disponível em:
https://aps.saude.gov.br/smp/smpoquee. Acesso em: 08 jul 2021.

GRABOIS, Victor. Gestão do cuidado. Gondim R, Grabois V, Mendes Junior WV,


organizadores. Qualificação dos gestores do SUS. 2a ed. Rio de Janeiro: Fiocruz/ENSP/EAD,
p. 153-90, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: OS DESAFIOS DA PROMOÇÃO DA
SAÚDE NO ENSINO PÚBLICO DURANTE A PANDEMIA

1
Ingrid Kelly Morais Oliveira; 2Larissa Cavalcante Fonteles Araújo; 3Maria Daniela
Rodrigues Ribeiro; 4Dafne Lopes Salles

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual Vale do Acaraú
2
Enfermeira. Gerente do Programa Saúde na Escola
3
Pedagoga. Subgerente do Programa Saúde na Escola
4
Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Programa Saúde na Escola (PSE) trata-se de uma política


intersetorial da Saúde e da Educação que foi instituída em 2007, as ações de promoção
da saúde desta são direcionadas as crianças, adolescentes, jovens e adultos do ensino
público do país. No entanto, devido a pandemia do novo coronavírus tornou-se necessário
implementar diferentes métodos para que as ações do PSE continuassem a acontecer
mesmo que de forma remota. OBJETIVO: Descrever os principais desafios da realização
das ações do PSE durante a pandemia do novo coronavírus. METODOLOGIA: Trata-
se de um relato de experiência, elaborado a partir das vivências práticas propostas pelo
módulo Internato em Enfermagem II da matriz curricular do curso de Enfermagem da
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). As vivências ocorreram durante o mês de
setembro de 2021 na Coordenação do Programa Saúde na Escola localizada em um
município do interior do Estado do Ceará. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O PSE
inicialmente possuía 12 ações temáticas que deveriam ser trabalhadas com os alunos do
ensino público durante o ano (saúde ambiental, promoção da atividade física, alimentação
saudável e prevenção da obesidade, promoção da cultura de paz, saúde sexual e
reprodutiva, prevenção da violência e acidentes, prevenção de doenças negligenciadas,
verificação da situação vacinal, prevenção ao uso de álcool e outras drogas, saúde bucal,
auditiva e visual). Contudo, com a suspensão das aulas presenciais tornou-se inviável a
realização destas ações com os alunos de forma presencial, assim para ir de encontro as
necessidades da escola e continuar com a promoção da saúde, um novo eixo temático
passou a ser trabalhado pelo PSE “Prevenção a COVID-19 nas escolas”, que consistia nas
orientações aos alunos e profissionais da educação quanto a prevenção da COVID-19. As
ações passaram a acontecer de forma remota a fim de reduzir a contaminação e realizar o
máximo de ações possíveis para que a promoção da saúde com este público continuasse.
As ações remotas foram facilitadas pelos articulares do PSE das Unidades Básicas de
Saúde e pelo núcleo gestor municipal do PSE, algumas das temáticas abordadas foram:
lavagem correta das mãos, distanciamento social, o uso de máscaras e de álcool 70%”.
Diante deste contexto, os profissionais da saúde enfrentaram dificuldades para a
realização destas ações devido à grande demanda nos serviços de saúde, no entanto com
o apoio dos articuladores do PSE foi possível realizar as ações nas escolas.
CONCLUSÃO: Por conta do contexto pandêmico o PSE enfrentou desafios como a

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impossibilidade de realizar as ações de forma presencial, a adaptação das escolas ao
ensino remoto, a sobrecarga das unidades básicas de saúde devido à grande demanda o
que dificultava a realização de ações com a escola. No entanto, a partir do planejamento
com o Grupo de Trabalho Intersetorial do PSE e a articulação entre a escola e a saúde foi
possível adaptar as ações do PSE.
Palavras-chave: Gestão em saúde; Serviços de Saúde Escolar; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARIA, C.M. Saúde e educação: contribuições do programa saúde na escola na educação
básica. Boletim Informativo Unimotrisaúde em Sociogentologia, v. 17, n. 1, 2020.
Disponível em: https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/BIUS/article/view/7195.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO NO PACIENTE PÓS-COVID-19:
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Raquel Sales Rocha1; Lana Paula Cardoso Moreira2; Renato Dias dos Santos3; 4 Fuad
Ahmad Hazime
1, 2
Graduando (a) em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba-
UFDPar
3
Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Piauí
4
Fisioterapeuta. Doutor em ciências da reabilitação pela Universidade de São Paulo
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A infecção pelo novo coronavírus espalhou-se rapidamente resultando


no estado pandêmico atual com várias mortes em todo o mundo (HUANG et al., 2020).
As manisfestações clínicas mais comuns da doença são: coriza, tosse, dor de garanta e
dispneia. Outros sintomas como mialgia, dor de cabeça e diarreia também podem está
presentes e alguns casos evoluem para um quadro de comprometimento multissitêmico
(HOSSEINI et al., 2020). Os sinais da doença variam em níveis de gravidade, desde
pacientes assintomáticos, sintomáticos em isolamento domiciliar, sintomáticos
hospitalizados e sintomáticos que requerem admissão em uma unidade de terapia
intensiva mais suporte ventilatório (HOSSEINI et al., 2020). Diversas estratégias de
tratamento vêm sendo estudadas para controlar a transmissão do vírus bem como o
tratamento de sintomas agudos e a criação de vacinas (DAI; GAO., 2020). Estudos
apontam para uma série de limitações funcionais, e de atividades de vida diária (AVDs),
a chamada síndrome pós-COVID-19, o que impacta na qualidade de vida dos pacientes,
fazendo-se necessário um programa de reabilitação a fim de diminuir comorbidades
adquiridas durante o período da enfermidade, bem como melhorar a função
cardiorrespiratória destes pacientes (PANT et al., 2021). OBJETIVOS: Realizar uma
revisão sistemática da literatura sobre programas de reabilitação no paciente pós-COVID-
19 METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, feita a partir do
levantamento de artigos nos bancos de dados Embase e PubMed. Foram utilizados
descritores no idioma inglês: rehabilitation, covid-19, Severe Acute Respiratory
Syndrome Coronavirus 2, physiotherapy, respiratory rehabilitation e post infection. Os
critérios de inclusão foram: artigos publicados no período do ano de 2020 à 2021, artigos
publicados em inglês e ensaios clínicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A busca
resultou em 10 artigos dos quais apenas 2 atigos estavam relacionados a reabilitação de
pacientes pós-COVID-19. Alguns estudos sugerem que o manejo do paciente seja focado
nas limitações funcionais cardiovasculares e motoras a fim de tornar o paciente funcional
de forma eficiente e limitar as consequências a longo prazo (SHEEHY, 2020). Um estudo
longitudinal demostrou a prevalência de dispneia aos pequenos esforços e síndrome da
hiperventilação em pacientes pós-COVID-19, quadro que melhorou após a reabilitação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


respiratória (BOUTELEUX et al., 2021). Um programa de reabilitação de seis semanas,
incluindo treinamento da musculatura inspiratória, treino diafragmático, alongamentos e
exercícios domiciliares teve resultados positivos em um grupo de idosos pós-COVID-19,
aumentou a tolerância aos exercícios e diminuiu sintomas de ansiedade e depressão (LIU
et al., 2020). Há poucas evidências sobre a eficácia de programas de reabilitação na
recuperação funcional pós-alta hospitalar (CEVAROLO et al., 2020). Não foram
encontrados estudos que sistematizassem um programa de reabilitação para pacientes que
tiveram a infecção por coronavírus, e pouco se sabe sobre as consequências da doença a
longo prazo o que sugere que mais estudos sejam desenvolvidos para a elucidação destas
questões. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ainda há muitas lacunas à serem preenchidas
sobre as consequências pela covid-19, e fazem-se necessárias mais investigações que
orientem os programas de reabilitação em pacientes pós covid-19.
Palavras-chave: Covid-19; Fisioterapia; Reabilitação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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persistent dyspnoea: a one year experience. Respiratory Medicine, [S.L], v. 189, n.
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HUANG, Chaolin et al. Clinical features of patients infected with 2019 novel coronavirus
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LIU, Kai et al. Respiratory rehabilitation in elderly patients with COVID-19: a
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Disponível em:
<https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1744388120304278>. Acesso
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PANT, Pankaj et al. Prevalence of Functional Limitation in COVID-19 Recovered


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROTOCOLO DE CURATIVOS PARA FERIDAS NEOPLÁSICAS: RELATO
DE EXPERIÊNCIA

Wellimgton César Monteiro da Silva¹; Hádassa Joshua da Silva Sicsú²; Danieli Xavier
da Costa3
1,2,3
Graduandos em Enfermagem pelo Centro Universitário São Lucas

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer é uma das doenças mais temidas no mundo inteiro, devido
alguns tumores não apresentarem tratamento curativo, principalmente quando
diagnosticados tardiamente. Estima-se que os pacientes com neoplasias apresentam
metástase cutânea/ulcerações oncológicas em 5 a 10% dos casos e nos mais variados
locais, apresentando odores, sangramentos, exsudação e difícil cicatrização, impactando
a qualidade de vida. As feridas oncológicas são formadas pela infiltração das células
malignas do tumor nas estruturas da pele, levando a formação de uma ferida exofítica. O
profissional enfermeiro deve compreender todos os comprometimentos do paciente e de
sua doença para traçar um plano efetivo de cuidado. OBJETIVO: Sistematizar a
assistência de enfermagem ao portador de feridas oncológicas através de um protocolo
assistencial. METODOLOGIA: O presente resumo é do tipo relato de experiência,
desenvolvido na disciplina de Projeto Integrador - Instrumentação Médico-Cirúrgico da
instituição de ensino em 2020, por acadêmicos de enfermagem e refere-se a elaboração
de um protocolo para manejo de feridas oncológicas. Foi subsidiado por meio do
levantamento de informações nas principais bases de dados (BVS e SCIELO), bem como
em manuais do Instituto Nacional do Câncer (INCA), livros e outros protocolos
institucionais, após isso, as informações foram sintetizadas e organizadas de forma
didática, para melhor compreensão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O protocolo
finalizado apresenta primeiramente as formas de avaliação e classificação das feridas
neoplásicas, quanto a localização, origem, aspecto, estadiamento, dor e odor.
Posteriormente elencou-se as intervenções de enfermagem: avaliação e abordagem da
ferida, controle da dor, odor, exsudato e prurido, abordagem da necrose, fístulas cutâneas
e sangramento. Por fim, detalhou-se os 09 tipos de coberturas encontradas, bem como
mecanismo de ação, tempo de troca, indicação e contraindicação, visto que alcançar a
cicatrização não é o foco do tratamento, mas proporcionar controle dos agravos e
melhorar a qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O enfermeiro permanece
grande tempo junto ao paciente, por isso, pode contribuir para aumentar o conforto do
mesmo e aliviar sua dor. O tratamento deve ser paliativo, priorizando a redução dos sinais
e sintomas e elevando a qualidade de vida. O protocolo contribui para a capacitação do
profissional enfermeiro, visto a quantidade de coberturas disponíveis, visando qualidade
de atendimento ao paciente oncológico.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Cuidados de Enfermagem; Feridas Neoplásicas.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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review. Rev Bras Enferm [Internet], v. 71, p. 2552-2560, 2018.

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feridas tumorais e úlceras por pressão no câncer avançado. Rio de Janeiro: INCA, 2009.

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PSORÍASE NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

João Pedro Carneiro Gallavotti1; Amanda da Silva Barreiros2; Pamella Souza Macedo3;
Marcella Seguro Gazzinelli4; Ana Luiza Pazinatto Vago5; Lisa Franceschetto Milleri6.

1
Acadêmico de Medicina pela Universidade Vila Velha (UVV);
2
Acadêmica de Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
3
Acadêmica de Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia
de Vitória (EMESCAM);
4,5
Acadêmica de Medicina pela Faculdade Brasileira Multivix (MULTIVIX) Vitória-ES;
6
Médica. Residente de Dermatologia na Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A psoríase é uma doença sistêmica, de curso crônico, que pode levar
a um comprometimento cutâneo leve a extenso, além do couro cabeludo, unhas e
articulações. Quanto a etiopatogenia, apresenta um comportamento imunomediado e
complexo, com participação de interleucinas e citocinas inflamatórias, que desencadeiam
a ativação de células T efetoras e sua expressão. Algumas comorbidades podem estar
intimamente associadas a este processo fisiopatológico, dentre as principais, síndrome
metabólica, doença inflamatória intestinal, uveítes e artrites. O diagnóstico é clínico,
onde, na maioria das vezes, expressa-se com placas bem delimitadas, eritematosas, com
escamas prateadas localizadas principalmente em face extensoras dos membros. A
psoríase na infância pode assumir diferentes graus de comprometimento e gravidade,
envolvendo questões de aparência física, afetando, de modo prospectivo, interações
sociais e autoestima do paciente. OBJETIVOS: Revisar na literatura científica as
principais manifestações clínicas da psoríase na infância, assim como as opções
terapêuticas e o prognóstico. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica
realizada através do banco de dados PubMed. Os Descritores em Ciências da Saúde
utilizados foram “Psoriasis”, “Child” e “Dermatology”. Os critérios de inclusão foram
artigos publicados entre 2016 e 2021, com acesso online. Os critérios de exclusão foram
artigos que fugiam ao tema ou que não possuíam metodologia adequada para alcance do
objetivo. Feita a análise, foram selecionados 6 artigos para fundamentar esse estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diferente da bem delineada manifestação em adultos,
na população pediátrica, se apresenta com diferentes, distribuição, morfologia e sintomas
clínicos, a depender da idade. Em bebês, geralmente ocorrem placas eritematosas
levemente elevadas na área de fralda, envolvendo as dobras inguinais, e placas escamosas
no couro cabeludo. Em crianças mais novas, a apresentação normalmente se dá por placas
eritemato-descamativas no couro cabeludo, face e áreas flexurais, já em crianças de idade

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


escolar, nos canais auditivos, pálpebras superiores e também acometimento ungueal. Em
crianças mais velhas e adolescentes, as lesões são mais delimitadas, com placas circulares
claramente demarcadas, escamas aderidas e distribuição simétrica, geralmente em
cotovelos, joelhos e crânio. O tratamento de primeira linha para as formas mais brandas
da psoríase se dá pela aplicação tópica de corticosteróides de alta potência, podendo-se
associar o calcipotriol e poupadores do corticoide, como os inibidores de calcineurina,
além da fototerapia com UVB/PUVA. Para formas moderadas a severas, deve-se lançar
mão dos tratamentos sistêmicos, como metotrexato, acitretina, ou ciclosporina, bem como
imunobiológicos quando indicados, sendo o mais seguro na infância, o etanercepte. O
prognóstico da psoríase tende a ser difícil, devido à cronicidade da doença e as
comorbidades associadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, é fundamental o
investimento em novos estudos e pesquisas para a validação de medicamentos e regimes
terapêuticos que podem ser eficazes na psoríase pediátrica. Outrossim, ressalta-se a
importância do dermatologista em atuar com abordagem multidimensional de tratamento,
buscando uma boa relação com os familiares, com intuito de certificar quanto
administração e adesão correta à terapêutica. Além de prepará-los para lidar com
possíveis conflitos emocionais, visto que a psoríase é uma doença que não tem cura e,
portanto, demanda um acompanhamento assíduo e regular.

Palavras-chave: Psoriasis; Children; Therapeutics.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PUERPÉRIO SAUDÁVEL: EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM GESTANTES E
PUERPERAS EM UMA REDE SOCIAL
Beatriz Caroline Leão Lima1; Isabella Beatriz de Sousa Lima2; Maria Clara Rodrigues
de Abreu3; Suzy Romere Silva de Alencar4; João Caio Silva Castro Ferreira5; Nanielle
Silva Barbosa6
1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí
4,5,6
Enfermeira. Pós-graduanda do Programa de Residencia Multiprofissional em Saúde
da Família e Comunidade pela Universidade Estadual do Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: o puerpério caracteriza-se como uma das fases do ciclo gravídico-


puerperal, na qual ocorre intensas mudanças e adaptações. No puerpério, mulheres,
recém-nascidos e famílias apresentam necessidades de saúde. Com a chegada da
pandemia da Covid-19, exigindo as medidas de isolamento social, as rotinas de educação
em saúde precisaram ser modificadas para que as pessoas continuassem tendo acesso a
informações. Assim, as mídias sociais se apresentaram como um recurso alternativo, pois
amplia o raio de alcance e proporciona uma diversidade de orientações com foco na
promoção e proteção da saúde. OBJETIVOS: relatar a experiência de enfermeiros e
acadêmicas de Enfermagem no desenvolvimento de ações de educação em saúde sobre
puerpério saudável à gestantes e puérperas em uma rede social. METODOLOGIA: trata-
se de um relato de experiência construído com base na teoria da Problematização por
meio da metodologia do Arco de Maguerez. As ações foram desenvolvidas por
enfermeiros residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da
Família e Comunidade e acadêmicas de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí
à gestantes e puérperas em um grupo de Whatsapp, durante o mês de Junho de 2020 por
meio da divulgação de materiail educativo sobre temas relacionados ao
puerpério. RESULTADOS E DISCUSSÃO: o grupo foi composto por dezesseis
gestantes, residentes, acadêmicos e preceptores. Devido as necessidades e mudanças na
maneira de cuidar, ocasionados pela pandemia do novo coronavírus, evitando
aglomerações, viu-se na criação do grupo uma alternativa para desenvolver ações de
educação em saúde. Após um levantamento prévio das temáticas de interesse relacionadas
pelas próprias gestantes, o tema puerpério foi escolhido para ser trabalhado em forma de
cartilhas contendo informações e ilustrações sobre: a primeira consulta pós-parto, inicio
da amamentação, planejamento familiar, saúde mental, importância do apoio da família
nesse processo. Após a divulgação das informações, as participantes do grupo colocavam
seus comentários, sugestões e dúvidas as quais eram esclarecidas pelos profissionais e
acadêmicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a intervenção educativa permitiu um espaço
de construção mútua do conhecimento e garantia da continuidade do vínculo e do cuidado
em saúde. Como limitações desse estudo, destaca-se que algumas gestantes e puerperas
não puderam ser incluidas devido dificuldades de acesso a internet. Reforça-se a
importancia de estudos que visem alternativas para se trabalhar educação em saúde em

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


tempos de pandemia a fim de garantir que as ações estratégicas sejam alcançadas e que a
população tenha acesso às informações em saúde.
Palavras-chave: Educação em saúde; Tecnologias em Saúde; Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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enfermeiras em Estratégias de Saúde da Família. Rev. Enferm. UFSM, Santa Maria, v.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REVISÃO INTEGRATIVA: QUALIDADE DE VIDA EM PORTADORES DE
LESÕES CUTÂNEAS CRÔNICAS

Angélica Ruas Moreira1; Ana Clara Rodrigues Marques2; Nilza Ferreira Tupiná Neta3;
Larissa Tolentino Lôpo4; Aurelina Gomes e Martins5

1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros.
4
Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros.
5
Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde. Docente do curso de Enfermagem da
Universidade Estadual de Montes Claros.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: as lesões cutâneas crônicas são aquelas com tempo de cicatrização


superior a 6 semanas. Essas feridas causam sofrimento aos seus portadores com impactos
diretos à sua qualidade de vida, muitos deles terão que conviver com essas interferências
pelo resto de suas vidas. OBJETIVO: responder à questão norteadora: “Como as lesões
cutâneas crônicas interferem na qualidade de vida dos seus portadores?”.
METODOLOGIA: trata-se de uma revisão integrativa, a coleta de dados foi realizada
em abril de 2021 por meio das bases de dados Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES). Como critérios de inclusão foram considerados:
artigos completos disponíveis gratuitamente na versão português, publicados no período
entre 2019 a 2021, e que não diferissem do tema proposto. Não foram selecionados para
análise artigos repetidos, outras revisões de literatura e preprints. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: foram encontrados 6 artigos. Os estudos constataram que a presença de
lesões cutâneas crônicas gera impactos negativos na qualidade de vida de seus portadores.
Elas aumentam o grau de dependência, limitam a realização das atividades diárias,
contribuem para o surgimento de desequilíbrios psicoemocionais e o isolamento social,
devido a suas características clínicas e sintomas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a
presença de lesões cutâneas crônicas está relacionada a uma pior qualidade de vida. Os
impactos causados repercutem no bem estar biopsicossocial do indivíduo como um todo,
o que torna evidente a necessidade do conhecimento dos profissionais de saúde sobre a
temática abordada a fim de garantir uma melhor assistência.

Palavras-chave: Qualidade de vida; Ferimentos e lesões; Cicatrização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Revista, v. 45, n. 1, p. 07-12, 2019.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REABILITAÇÃO COGNITIVA EM PACIENTES COM ALZHEIMER: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Ana Caroliny Eugenio1; Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra2; Teresinha Oliveira
Lima de Araújo3; Jordania Alves da Silva4; Arianny Luiza Barros de Santana⁵

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade UNIFTC
4
Graduanda em Enfermagem pelo Instituto Superior de Educação Ibituruna (ISEIB)
⁵Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Doença Alzheimer é caracterizada por distúrbios progressivo da
memória e outras funções cognitivas. Existem alguns sintomas como por exemplo: O
afeto dos processos de aprendizado, diminuição na aquisição de novas informações,
diminuição da capacidade de aprendizado novo e dificuldade de lembrar acontecimentos
recentes. O indivíduo torna-se progressivamente incapaz de desempenhar atividades da
vida diária (trabalho, lazer, vida social). Cuidar de si mesmo (cuidar do próprio asseio
pessoal, vestir-se, alimentar-se). A perda da linguagem e da capacidade de desempenhar
tarefas de nomear pessoas e objetos. Diante disso, a doença passa por alguns estágios que
caracteriza-se; o estágio 1 que é a fase inicial. Estágio 2 que é a fase intermediária e
estágio 3 que é o estágio grave. OBJETIVOS: Identificar, através da literatura científica,
os tratamentos realizados em pacientes com doença de Alzheimer. METODOLOGIA:
Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados IBECS e LILACS,
através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Demência"; "Doença
de Alzheimer" e "Reabilitação Cognitiva"; combinados entre si pelo operador booleano
AND. A busca ocorreu no mês de Agosto de 2021. Adotaram-se como métodos de
inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português e espanhol, que
contemplassem o tema, nos últimos cinco anos. Para os critérios de exclusão:
monografias, dissertações, revisões de literatura, teses, artigos que fugissem da temática
e que estivessem repetidos nas bases de dados. Após adotar os critérios de inclusão e
exclusão foram selecionados 7 estudos para compor a revisão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Com base na análise dos artigos, evidenciou-se que além da terapia
medicamentosa, há também terapias não medicamentosas, como: a prática de atividades
físicas e exercícios cognitivos que melhoram tanto a cognição, quanto o estado funcional
de pacientes com Alzheimer. Os exercícios físicos influenciam na qualidade de vida dos
idosos, pois possibilita melhorias no equilíbrio, diminuindo o risco de quedas, além do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


mais, exercícios aeróbicos aumentam o suprimento sanguíneo para o cérebro, afetando
diretamente a função e a estrutura do mesmo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pode-se
concluir em alguns estudos encontrados, que o uso de fármacos como inibidores de
Acetilcolinesterasa, estabiliza parcialmente os sintomas da doença e sua evolução chega
a ser mais lenta. Tendo em vista, que o acompanhamento do profissional com a família
ou até mesmo cuidador é fundamental, pois assim o profissional irá orientar e
acompanhar, agregando assim, um bem-estar melhor para o paciente e seu familiar.
Palavras-chave: Doença de Alzheimer; Reabilitação Cognitiva; Demência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REABILITAÇÃO REMOTA DE BAIXO CUSTO EM PACIENTES PÓS COVID-
19: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA

Victoria Message Fuentes 1, Lívia Frequete da Silva 1, Adriana da Costa


Gonçalves 1, Simone de Souza Belluzzo 1, Eloisa Maria Gatti Regueiro 1,2
1
Departamento de Fisioterapia/ Centro Universitário Barão de Mauá-
CBM, 2 Departamento de Medicina/ Universidade de Ribeirão Preto -
UNAERP

E-mail: [email protected]

RESUMO

INTRODUÇÃO: Durante o período de pandemia houve necessidade de adaptação dos


serviços de saúde de forma segura aos profissionais e pacientes. Neste cenário,
a reabilitação remota de baixo custo viabilizou o atendimento dos pacientes que
necessitam de tratamento no pós COVID-19. É um sistema de reabilitação à distância,
que faz uso tecnologias para viabilizar a acessibilidade e cuidado à
população. OBJETIVO: Realizar um levantamento bibliográfico de estudos sobre o
tema em pacientes com sequelas pós COVID-19 no período de
pandemia. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão da literatura sobre os
benefícios da reabilitação remota durante a pandemia e sua efetividade com a
população. O levantamento bibliográfico foi realizado no período de julho a agosto de
2021. Foram consultadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed,
Scielo, LILACS. Os descritores utilizados foram: fisioterapia, fisioterapia, reabilitação,
reabilitação remota, COVID-19, coronavírus e seus descritores na língua inglesa, que
foram combinados com o operador boleano AND. Foram utilizados os seguintes critérios
de elegibilidade: publicação no ano de 2021, ter como tema a COVID-19 com enfoque à
reabilitação remota. Nas bases de dados consultadas, foram encontrados 52 estudos
relevantes e incluídos seis após análise por critérios de exclusão. RESULTADOS: No
cenário da pandemia, a reabilitação remota viabilizou o processo de reabilitação. Os
artigos utilizados nesta revisão evidenciaram que a reabilitação remota tem sido eficaz,
demonstrando melhora da função pulmonar, dispneia e fadiga, bem como nos aspectos
que interferem na qualidade de vida. Verificou-se ainda a melhora da capacidade
funcional e força muscular periférica, tendo utilizados como instrumentos de avaliação o
Teste de Caminhada de 6 minutos, o Teste de Sentar e Levantar entre outros. A maior
parte dos estudos recrutou pacientes que desenvolveram COVID-19 em sua forma leve a
moderada, evidenciando a eficácia do programa na diminuição dos sintomas.
CONCLUSÃO: A reabilitação remota demonstrou ser eficaz na melhora dos sintomas,
da capacidade funcional e função muscular. Todavia, é válido ressaltar que a reabilitação
presencial continua sendo a primeira opção para maior efetividade do tratamento,
considerando ainda, a disponibilidade de recursos, colaboração e adesão do paciente.

Palavras-chave: Coronavírus. Sars-CoV-2. Reabilitação remota. Fisioterapia.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33619469/. Acesso em: 18 set. 2021.

REAÇÃO TRANSFUSIONAL DEVIDO A CONTAMINAÇÃO BACTERIANA


DE CONCENTRADOS PLAQUETÁRIOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Ludymilla De Lima Silva1
1
Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Evangélica de Ceres
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
INTRODUÇÃO: A transfusão de sangue ganhou ênfase a partir de grandes eventos
históricos como, as primeiras transfusões de sangue humano, no século XVII, em Paris
realizada por Jean Denis em 1667; a descrição dos grupos sanguíneos do sistema ABO,
pelo pesquisador austríaco Karl Landsteinerem em 1900 e a subsequente descoberta do
fator Rh em 1940 por Landsteiner e Wiener. Mesmo com o progresso na segurança dos
hemoderivados alogênicos nas transfusões os riscos potenciais de infecção por vírus,
bactérias e outros patógenos permanecem, sendo o concentrado plaquetário (CP) o
produto sanguíneo que apresenta maior risco de infecção, sepse e morte, devido
principalmente à contaminação bacteriana. OBJETIVOS: Discorrer sobre a relação da
contaminação bacteriana de CP como sendo a principal causa de reação transfusional.
METODOLOGIA: O estudo é uma revisão integrativa da literatura, no qual foi realizada
uma coleta de dados a partir de estudos originais, através de levantamento bibliográfico
e da análise dos resultados no período compreendido entre agosto a setembro de 2021. As
bases de dados utilizadas para a pesquisa dos artigos foram National Library of Medicine
and National Institutes of Health (PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). A busca
dos artigos científicos foi realizada mediante o cruzamento de descritores DeCS/ MeSH.
Os critérios de inclusão foram estudos que tratavam da associação entre AVL e IRAS, já
os critérios de exclusão foram estudos repetidos e que não abordavam a temática da
pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A transfusão de CP pode ter fins profiláticos
ou terapêuticos, sendo essencial no tratamento e gestão de uma ampla variedade de
condições, incluindo hematológicas, oncológicas, hepáticas, gastrointestinais,
hemorrágicas e também distúrbios trombocitopênicos e pacientes que passam por
quimioterapia ou transplantados de medula óssea. Sendo assim, os receptores são
pacientes imunocomprometidos e, desta forma, apresentam maior susceptibilidade a
infecção e reação pós transfusional devido aos efeitos mielossupressores e imunológicos.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


As reações sépticas transfusionais devido à contaminação bacteriana das plaquetas é
atualmente a complicação infecciosa posterior à transfusão mais comum, a qual está
associada à morbidade e mortalidade dos receptores representando um considerável
problema de saúde pública. Elas estão estritamente correlacionadas à temperatura de
armazenamento da amostra, o qual ocorre em bolsas permeáveis a gases com agitação
contínua a alta temperatura, variando de 20 a 24 °C por um período de até cinco dias. No
entanto, essa prática de estocagem torna-se um excelente meio para a proliferação
bacteriana. Cerca de 1: 1000 a 1: 2500 unidades plaquetas são contaminadas com
bactérias, sendo a microflora bacteriana da pele a principal fonte de contaminação, devido
principalmente, a falhas no processo de assepsia durante a flebotomia e coleta de doadores
assintomáticos com bacteremia subclínica. CONCLUSÃO: A reação transfusional
devido à contaminação bacteriana de CP é um grave problema que requer uma maior
abordagem do tema, como forma de difusão do mesmo, visando à regressão e subsequente
eliminação dos casos, pondo em vista a gravidade da problemática e a prevalência de
ocorrência.

Palavras-Chave: Bactéria. Plaquetas. Transfusão de sangue.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE UM MATERIAL INFORMATIVO
ACERCA DA POLIFARMÁCIA EM IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Rebeca Sousa Lima1; Isabelle de Fátima Vieira Camelo Maia2; Ligiane dos Santos
Rocha3; Emanuela Kelly Silva de Sousa4; Adriano Evangelista Maia5; Alcinia Braga de
Lima Arruda6
1
Graduanda em Farmácia da Universidade Federal do Ceará
2,3,4,5
Graduado(a) em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
6
Farmacêutica. Professora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da
Universidade Federal do Ceará.
E-mail do autor para correspondência: ARTRITE REUMATÓIDE:
INTRODUÇÃO: O aumento do número de adultos e idosos portadores de doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT) faz com que seja necessária a utilização
concomitante de diversas medicações. A polifarmácia é caracterizada pelo uso contínuo
de cinco ou mais medicamentos e ocorre quando o paciente precisa tratar
simultaneamente diferentes enfermidades. Dessa forma, em virtude da utilização de um
conjunto de fármacos, a polifarmácia pode desencadear interações medicamentosas (IM),
reações adversas a medicamentos (RAM) e erros de medicação, como também pode
afetar a eficácia do tratamento medicamentoso do paciente. OBJETIVOS: O objetivo
deste trabalho foi relatar a experiência dos alunos do curso de Farmácia na produção e
divulgação de um material informativo acerca da polifarmácia em idosos.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo
relato de experiência, realizado no mês de agosto de 2021. Inicialmente, foi realizado um
levantamento bibliográfico sobre o assunto supracitado. Foram utilizadas as bases de
dados Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS) e
Scientific Electronic Library Online (SciELO) para a busca dos artigos científicos,
visando selecionar informações para a construção do conteúdo da postagem. Logo após,
foi elaborado um material na forma de “cards” utilizando-se o site Canva®, e depois
publicado no Instagram® do projeto de extensão Núcleo de Estudo da Longevidade
(NEL/UFC) para compor o quadro “NELcard”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
partir da publicação do material, realizada na conta do projeto na referida rede social, foi
possível transmitir informações à população acerca da temática da polifarmácia em
idosos e sua relação negativa na saúde do longevo. Alcançou-se um público de 245
pessoas, formado por alunos da área da saúde, cuidadores de idosos e outros indíviduos,
além de 8 comentários positivos na postagem. Ademais, a experiência foi relevante na
formação acadêmica dos alunos participantes do projeto. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Por meio da utilização de plataformas digitais gratuitas conseguiu-se produzir e difundir
um material informativo confiável e de fácil compreensão, que auxiliou na difusão de
conhecimentos para um público abrangente.

Palavras-chave: Idoso; Polifarmácia; Mídia social.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE OLIVEIRA ANDRADE, Nathália et al. Polimedicação em adultos e idosos


cadastrados na Estratégia Saúde da Família. Revista Brasileira de Medicina de Família
e Comunidade, v. 15, n. 42, p. 2462-2462, 2020.

SECOLI, Silvia Regina. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de


medicamentos por idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, p. 136-140, 2010.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RECORRÊNCIA DAS ASSIMETRIAS CRANIANAS POSICIONAIS EM
NEONATOS
Rebeka Vieira Rodrigues1; Bruna Isabele Araújo da Silva2; Catarina Kelly Almeida da
Silva3; Josimeire Marques de Brito4; Maria Victoria Farias Gomes5; Meryeli Santos de
Araújo Dantas6
1,2,3,4,5
Graduandas em Fisioterapia pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
6
Fisioterapeuta. Doutora em Enfermagem e Ciências da Saúde pela Universidade Federal
da Paraíba
E-mail do autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: As assimetrias cranianas são caracterizadas pelas alterações


anatômicas devido ao posicionamento do crânio, podem ser de origem intrauterina ou
determinada por fatores extrínsecos, sendo deformacionais ou sinostóticas. A
Plagiocefalia Posicional ou Postural é a mais comum assimetria craniana, resultante de
uma força mecânica externa aplicada à calota craniana com subsequente deformidade.
Nesse contexto, a recorrência da Plagiocefalia Posicional tornou-se mais evidente a partir
da década de noventa, após a intervenção de medidas preventivas orientadas por pediatras
na campanha “Back to Sleep” (dormir em decúbito dorsal) que tinha como objetivo
reduzir o número de mortes por asfixia em recém-nascidos, adotando assim a postura em
supino. Todavia, a implantação desse posicionamento fez com que houvesse aumento dos
casos de Plagiocefalia Posicional, uma vez que, os lactentes são mantidos em uma única
posição por longo período. OBJETIVOS: O presente estudo tem por objetivo
compreender a produção científica a cerca da recorrência das assimetrias cranianas
posicionais em neonatos através de uma revisão de literatura. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão integrativa da literatura construída a partir de seis etapas: identificação
do tema e seleção da questão de pesquisa; estabelecimento de critérios de inclusão e
exclusão; identificação dos estudos pré-selecionados e selecionados; categorização dos
estudos selecionados; análise e interpretação dos resultados; e apresentação da
revisão/síntese do conhecimento. Teve como base artigos disponíveis em periódicos
nacionais e internacionais indexados nos acervos de dados eletrônicos, Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), PEDro (Physiotherapy Evidence Database) e Scielo (Scientific
Eletronic Library Online). A busca foi realizada através dos seguintes descritores:
plagiocefalia não sinostótica, craniossinostose e plagiocefaleia. Em um universo de sete
estudos publicados entre 2010 e 2021 foram selecionados cinco tendo como critério de
inclusão sua relevância com a temática, sendo excluídos relato de caso e revisão de
literatura. Os estudos foram estruturados a partir de fichamento, analisados e
apresentados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Evidenciamos nesta análise de dados
que a Plagiocefalia Posicional é uma má formação que ocorre durante o crescimento do
crânio do bebê, ou seja, através do resultado de forças que são capazes de deformar as
estruturas anatômicas do crânio. Sua causa pode ser de origem de um mal posicionamento
intrauterino ou apoio viciado da cabeça. São identificados por medidas do perímetro

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cefálico ou avaliação do formato do crânio. Entretanto não é uma patologia progressiva,
há riscos que podem ser modificados, para o tratamento das assimetrias posicionais os
conselhos de reposicionamento poderão evitar ou diminuir a possível deformação, o
posicionamento em decúbito ventral não só ajuda a prevenir a Plagiocefalia Posicional,
mas também auxilia o desenvolvimento dos músculos dorsais, facilitando a aquisição de
competências motoras. Logo, a recorrência é marcada por mal posicionamento da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o atual estudo foi possível constatar que a
recorrência da Plagiocefalia Posicional está relacionada com a permanência do neonato
na posição supino, sendo assim, pode-se instruir aos pais o reposicionamento do bebê,
com o intuito de evitar uma possível deformação.
Palavras-chave: Neonatos; Plagiocefalia; Recorrência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, A. P. S; VILAGRA, José Mohamud. Morfologia das suturas cranianas em


neonatos com dificuldade de amamentação. FAG Journal of Health, [S.l.], v. 3, n. 2, p.
121, jun./2021.

CORDINHÃ, C. et al. Plagiocefalia posicional: como atuar? Saúde infantil, [S.l.], v. 34,
n. 1, p. 30-35, abr./2012.

FREITAS, R. S. et al. Assimetrias cranianas em crianças: diagnóstico diferencial e


tratamento. Rev Bras Cir Craniomaxilofac, [S.l.], v. 13, n. 1, p. 8, nov./2009.

PINTO, F. C. G; MATARAZZO, Carolina Gomes. ASSIMETRIA CRANIANA:


Cranioestenose ou Plagiocefalia Posicional?. Blucher Medical Proceedings, Anais do
2° Congresso Internacional Sabará de Especialidades Pediátricas, v. 1, n. 4, p. 1,
nov./2014.

SCHREEN, Gerd; MATARAZZO, Carolina Gomes. Tratamento de plagiocefalia e


braquicefalia posicionais com órtese craniana: estudo de caso. Einstein, [S.l.], v. 11, n.
1, p. 114, mar./2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO NO SETOR
DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL EM MACEIÓ/AL

Yasmin Lima Caldas1; Lidiany Alves França2; Luciana Oliveira de Carvalho3 Renata
Laureano da Silva4
1,2
Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Tiradentes - UNIT/Al
3
Psicóloga, Hospital Geral do Estado - HGE/Al
4
Psicóloga, Centro Universitário Tiradentes - UNIT/Al
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Trata-se de um relato de experiência de estágio extracurricular, o qual


enquanto estagiárias de Psicologia , vivenciamos o cotidiano de pacientes com
Insuficiência Renal Crônica (IRC). Percebemos que a literatura científica aponta que esse
paciente poderá vivenciar situações diversas de perdas, sensação de medo e outras
angústias. Neste contexto, a nossa intervenção foi pautada em realizar acompanhamentos
e intervenções aos pacientes, desde a descoberta da doença até o decorrer do tratamento,
objetivando ressignificar aspectos de suas vidas, favorecendo o seu bem-estar.
OBJETIVOS: Abordar a importância do acompanhamento psicológico aos Pacientes
Renais Crônicos (PCR), transcorrendo sobre o processo de diagnóstico e tratamento, a
partir da nossa vivência, quanto estagiárias de psicologia. METODOLOGIA: Trata-se
de um relato de experiência de prática de Estágio extracurricular, que teve duração de 6
meses, foi realizado no ano de 2021, em um Hospital do Estado de Alagoas, o qual é
voltado para o atendimento de pacientes com IRC em tratamento de hemodiálise.
RESULTADOS: Percebemos que a inserção do acompanhamento psicológico à
terapêutica dos PRC é um processo complexo. Por meio da escuta foi possível possibilitar
um espaço de fala, permitindo que esse sujeito expresse como a doença e o tratamento o
afeta. Em razão da Pandemia Covid-19, encontramos novos obstáculos na nossa atuação,
visto que a hemodiálise não pôde ser interrompida, favorecendo para que profissionais e
pacientes vivessem com o constante medo de contrair e transmitir o vírus. Além disso, o
uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dificultaram a comunicação e
entendimento. DISCUSSÃO: Consoante ao que foi vivenciado, ressaltamos a
importância do acolhimento e escuta ativa ao PRC, dado que ele experiencia diferentes
sensações, desde o recebimento do diagnóstico, o estranhamento relacionado ao
tratamento dialítico que não objetiva cura e sim a continuação da vida, além de angústias
e ansiedades suscitadas pela consciência que a terapêutica fornece, como a efemeridade
da vida. Esse contexto, adicionado ao cenário pandêmico, trouxe novos dilemas, fazendo
com que precisássemos desenvolver diferentes habilidades para acessar o paciente, que
demonstrou receio em continuar o tratamento no hospital, local também frequentado por
pacientes com Covid-19. A partir da nossa experiência, constatamos que a atuação do
psicólogo na Nefrologia fica voltada para realização de intervenções de acolhimento,

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escuta, orientação e psicoeducação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento para a
IRC é um procedimento invasivo, que traz limitações para a vida do paciente, além de
suscitar nele pensamentos referentes à efemeridade de sua vida, visto que por ser uma
doença que sensibiliza todo o corpo, é comum que eles sofram recorrentes internações.
Durante a Pandemia Covid-19, esses sentimentos foram intensificados, influenciando
diretamente na nossa atuação, nos deixando inseguras e cientes das nossas limitações,
como a sensibilização pelo momento atual da pandemia, assim como, em alguns casos,
não conseguimos ter acesso ao paciente. Assim, a supervisão com o preceptor foi
essencial para que soubéssemos diferenciar os sentimentos que eram nossos e os do outro,
contribuindo para que atuássemos assertivamente, levando promoção de saúde para os
pacientes e familiares atendidos.

Palavras-chave: Psicologia hospitalar; Hemodiálise; Insuficiência renal; Covid-19.

REFERÊNCIA:

MELETI, M. R. (1988). O paciente em hemodiálise. In V. A. A. Cânon (Org.). A


psicologia no hospital. (Cap. 4, pp. 149 -159). São Paulo: Traço.

GARCIA, C. J.; ZIMMERMANN, P.R. (2006). Falência e Transplante de órgãos. In N.


J. Botega. Prática Psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. Porto
Alegra : Artmed.

SILVA, C. A.; KROLLMANN, M.A.O.; MIRANDA, E.M.F. (1993). Perfil psicológico


do paciente renal crônico. Jornal Brasileiro de Nefrologia. 15 (3), 85 – 91

PASCOAL, M.; KIOROGLO, P. da S.; BRUSCATO, W. L.; MIORIN, L., A.; SENS, Y.
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em hemodiálise. Revista da SBPH, 12(2), 2-11. Recuperado em 23 de junho de 2021, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582009000200002&lng=pt&tlng=pt.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFLORESTAMENTO: UMA TENTATIVA DE MITIGAR OS IMPACTOS
DAS QUEIMADAS NO CERRADO BRASILEIRO.

Luana Sertão Felipe Teixeira1; Amanda Fonseca Alves2; Ana Beatriz Souza Machado3;
Jhenifer Ferreira Barros4; Ricardo Elias do Vale Lima5

Discentes do curso de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás –


1,2,3,4

UniEVANGÉLICA.
5
Doutorando em Ciências Ambientais pela Universidade Evangélica de Goiás –
UniEVANGÉLICA.
[email protected]

INTRODUÇÃO: As queimadas geram impactos alarmantes no meio socioambiental,


sendo um fator agravante no Brasil e no mundo. Diante de um contexto no qual a
incidência de queimadas é crescente, vale ressaltar que existe a Lei de Crimes Ambientais
(Lei 9.605/98) que determina a prisão de até cinco anos e multa de R$ 1.500 por hectare
ou fração para quem provocar incêndio em mata ou floresta. Entretanto, esses incêndios
ainda ocorrem, seja por causas naturais, seja por ação antrópica. Sendo assim, torna-se
imprescindível que haja uma mobilização social quanto a vigente situação. OBJETIVO:
Relatar a experiência de alunos do curso de Medicina que, diante da situação de descaso
governamental e social, decidiram criar um projeto, denominado Projeto Canindé.
METODOLOGIA: Foi realizada uma busca no banco de dados do Google Acadêmico,
no ano de 2020, selecionando artigos de 2016 a 2020, com informações sobre a ocorrência
de queimadas. Além disso, se utilizou informações do SEMAD (Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) por meio de boletins das queimadas dos
últimos quatro meses em Goiás. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O intuito do
programa foi de amenizar a situação de impactos ambientais perante as queimadas
observadas no cerrado brasileiro, mais especificamente no Parque Estadual Altamiro de
Moura Pacheco, por meio do processo de reflorestamento no Instituto Cristão Evangélico
de Goiás, em Anápolis. Dessa forma, foi proposto que o principal objetivo seria o plantio
de 2000 árvores no ano de 2020. A secretaria do meio ambiente de Anápolis foi contatada,
para que cedessem 210 árvores por mês, para contribuir com a proposta de
reflorestamento. Observou-se que, mesmo contando com o cenário atípico pandêmico,
nos três primeiros meses de prática foi possível cumprir a meta e houve uma
sensibilização dos quase 200 participantes. Ademais, a dinâmica permitiu a educação
ambiental com as crianças do instituto, interagindo e orientando sobre a necessidade e
importância da vegetação no planeta. CONCLUSÃO: Por fim, conclui-se que a
experiência foi enriquecedora, tanto para os alunos, quanto para os participantes das ações
de plantio. Os alunos puderam ter um contato maior com a natureza, literalmente, fato
muito raro nos dias hodiernos, possibilitando uma ligação efetiva do ser humano com o
ambiente no qual vive todos os dias, mas não tira um tempo para a apreciação e cuidado.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chaves: Incêndios florestais; Criança; Fogo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ARAUJO, A. R. Conceito de meio ambiente no direito brasileiro a partir da lei n°


6938/81: do reducionismo legal e constitucional ao conceito jurídico complexo. 2019.
237p. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciências Jurídicas) - Universidade Federal
da Paraíba, Paraíba, 2019.

BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm.
Acessado em: 18 setembro de 2020.

CARRERO, G.; ALVES, C. Queimadas e incêndios na Amazônia: impactos ambientais


e socioeconômicos, prevenção e combate. ResearchGate, p. 156-165, 2016

JUNIOR SILVA, C. H. L.; ANDERSON, L. O.; ARAGÂO, L. E. O.C. Dinâmica das


queimadas no cerrado do Estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Revista do
Departamento de Geografia, v. 35, p. 1-14, 2018.

LOPES, L.; LEÃO, M. Incêndio atinge área próxima ao Parque Altamiro de Moura
Pacheco, na BR-153. G1. Disponível em:
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2019/08/24/incendio-atinge-area-proxima-ao-
parque-altamiro-de-moura-pacheco-na-br-153.ghtml. Acessado em: 18 de setembro de
2020.

MEDEIROS, A. B. et al. A importância da educação ambiental na escola nas séries


iniciais. Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 1, p. 1-17, 2011.

SEMAD. Incêndios na APA João Leite e no Parque Estadual dos Pirineus são
extintos.. Acesso em: 18 setembro de 2020.

SEMAD. Semad, bombeiros e voluntários combatem incêndios nos parques


Altamiro de Moura Pacheco, Serra Dourada, e na APA Sulivan Silvestre. Disponível
em: https://www.meioambiente.go.gov.br/noticias/2021-semad,-bombeiros-e
volunt%C3%A1rios-combatem-inc%C3%AAndios-nos-parques-altamiro-de-moura-
pacheco,-serra-dourada,-e-na-apa-sulivan-silvestre.html. Acessado em: 18 de Setembro
de 2020.

SOUZA, M. A.; VALE, A. T. Levantamento de plantas de baixa inflamabilidade em áreas


queimadas de Cerrado no Distrito Federal e análise das suas propriedades físicas. Ciência
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TAVARES, A. G. C. Educação ambiental por meio de jogos e brincadeiras no ensino
fundamental: uma análise de percepção e sensibilização ambiental com as crianças.
2019. 93 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Desenvolvimento Sustentável e
Extensão) –Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MANEJO DIETÉTICO NA SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL
Luara da Silva Rego1; Lygia Ester Brenda G. Lima Monteiro1;
Vinícius Viana da Paixão1
1
Nutricionista pela Faculdade de Ensino Superior de Floriano – FAESF.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um conjunto de sinais e
sintomas relacionados a alterações da motilidade do trato gastrointestinal. Sua patogênese
é multifatorial e caracterizada por dores abdomianais aparentes pelo menos uma vez por
semana. Dentre os sintomas mais frequentes, destaca-se alteração nos hábitos intestinais
como diarreia e constipação, distensão abdominal, sensação de inchaço e defecação
desordenada sendo extremamente necessário aplicação de manejos cientificamente
comprovados a pacientes portadores visando a melhoria do quadro clínico de saúde e
qualidade de vida. OBJETIVO: Identificar manejo dietético eficaz direcionado ao
tratamento da SII. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo de revisão bibliográfica
realizado por meio das bases de dados cientificas Google Acadêmico e Biblioteca Virtual
em Saúde entre setembro e outubro de 2021 através das palavras-chave em língua
portuguesa: síndrome do intestino irritável, nutrição e ingestão dietética. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Após o levantamendo bibliográfico foram incluídos 2 estudos atuais
para discussão dos resultados da presente pesquisa. Assim, com relação ao manejo
dietético pôde-se observar que o protocolo mais utilizado é a dieta com baixo teor de
carboidratos fermentáveis de cadeia curta que não são totalmente absorvidos pelo trato
gastrointestinal humano chamados de FODMAPs - fermentable oligosaccharides,
disaccharides, monosaccharides and polyols. Esses carboidratos não digeríveis e
fermentáveis, quando ingeridos por pessoas sem disfunções do trato gastrointestinal,
agem como substâncias prebióticas, que auxiliam a manutenção de uma microbiota
intestinal equilibrada. Portanto, a restrição ou diminuição da ingestão dessas substâncias,
como preconizado pela FODMAPs, acarreta proteção contra patógenos intestinais,
atuando também no desenvolvimento do sistema imune e na melhora do funcionamento
do metabolismo. Dessa forma, os orgãos competentes, como a Sociedade Brasileira de
Gastroenterologia expõem para consulta um quadro de alimentos ricos em FODMAPs
divididos em grupos alimentares, sendo estes: frutas, leites e derivados, hortaliças e
leguminosas, cereais e massas. São exemplos destes: maçã, leite de vaca, beterraba,
pães, entre outros que correspondem a estes grupos respectivamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, evidencia-se que o manejo dietético
denominado dieta livre de FODMAPs ou baixa em carboidratos é eficaz para controle das
sintomatologias da SII configurando-se como item essencial relacionado a nutrição e
saúde no processo de tratamento da respectiva doença. Ainda, é necessário salientar que
a adesão incorreta da mesma pode acarretar piora dos sintomas, surtindo efeito contrário.
Dessa forma, vislumbra-se a necessidade da atuação de profissionais capacitados nesta
temática visando a conclusão da eficácia da aplicação da mesma.
Palavras-chave: Síndrome do intestino irritável; Nutrição; Manejo dietético.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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alimentos ricos em FODMAPs em portadores da síndrome do intestino irritável. Revista
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REGULAÇÃO DA NEUROGÊNESE ADULTA NAS PATOLOGIAS NEURAIS

Pedro César de Souza1*, Jéssica Karen de Souza Mesquita2, Marília Júlia Lins da Silva
Villa Nova 2
1,2,3
Centro Universitário Mauricio de Nassau, Recife, PE, Brasil;
*
[email protected]

Introdução: A geração de neurônios funcionais á partir de células-tronco neurais


no cérebro adulto recentemente foi amplamente aceita pela comunidade de
neurociência. Em mamíferos adultos, incluindo humanos, o processo
de neurogênese tem sido bem documentado em duas regiões cerebrais; a zona
subventricular dos ventrículos laterais e a zona subgranular no giro dentado do
hipocampo. Com base em seu potencial de regeneração de células neurais adultas, novas
pesquisas começaram a ser realizadas para identificar o seu possível uso no tratamento
das doenças neurodegenerativas. Objetivo: Demonstrar na literatura as aplicações da
neurogênese no cérebro adulto como uma possível terapia para doenças
neurodegenerativas. Materiais e métodos: O estudo foi desenvolvido utilizando-se o
método de revisão integrativa de literatura, e teve como materiais 15 artigos pesquisados
em banco de dados nacionais e internacionais, PUBMED, MEDLINE e Science Direct
com um corte temporal de cinco anos (2017 a 2021), com os seguintes critérios de
inclusão: artigos que abordassem o mecanismo de neurogênese no cérebro adulto e como
o mesmo poderiam ser usado em um possível tratamento para as doenças
neurodegenerativas; artigos em inglês. Resultados: A utilização de fatores endógenos e
exógenos, teoricamente, pode estimular a criação de novos neurônios funcionais. Na
pratica, foi observado que mecanismos simples como atividade física e uma boa
alimentação tem um bom prognostico, porem, estímulos mais específicos como fatores
de crescimento, transição, epigeneticos e medicamentos podem ser utilizados para
aumentar o processo neurogênico. Dentre os diversos fatores responsáveis pela regulação
da neurogênese a acupuntura e eletroacupultura em experimentos realizados com animais
demonstram ser um regular da proliferação de células tronco neurais no hipocampo. Outro
experimento, dessa vez realizado com os miR-124 e miR-9 (moléculas de RNA não
codificastes que regulam a expressão gênica) demonstraram ter duas funções, regular os
processos de neurogênese como proliferação, diferenciação e sobrevivência celular, além
de atuarem desregulando as doenças neurodegenerativas. Estudo utilizando-se de plantas
medicinais como a Gintonina, evidenciou um potente protetor e reparador de lesões no
cérebro adulto aumentando a proliferação e sobrevivência celular. Fármacos como o
ALCAR (Acetil-L carnitina) e a Ciclosporina A também apresentaram um importante
papel no processo de neurogênese adulta. Aproveitar as células tronco neurais para uso
potencial em aplicação terapêutica para doenças relacionadas ao sistema nervoso central
é um dos resultados futuros esperados. O uso potencial de células tronco neurais inclui,
entre outros, o transplante para reparar células neuronais doentes, feridas ou faltantes;
ativação de células neuronais endógenas para fornecer auto reparo e também modulando
o processo para erradicar os sintomas de estresse. Conclusão: Conforme demostrado em
varias pesquisas, a neurogênese adulta pode aumentar a proliferação de células neurais

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sendo usada como um tratamento complementar para as doenças neurodegenerativas.
Entretanto, novos estudos ainda precisão ser realizados para que se tenha um melhor
entendimento do mecanismo de neurogênese adulta e como o seu processo natural poder
ser estimulado de forma a suprir os neurônios destruídos pelas doenças
neurodegenerativas e ser incorporado como um tratamento de rotina.

Palavras chaves: Neurogênese. Doenças neurodegenerativas. Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELAÇÃO ENTRE DISTÚRBIOS DO SONO E DOR EM IDOSOS COM
OSTEOARTRITE
Genivalda de Andrade Alves1
Andressa dos Santos França2

Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB1,2

E-mail do autor para correspondência: gennyalves06gmail.com.

INTRODUÇÃO: A Osteoartrite é uma doença reumática crônico degenerativa de alta


prevalência, tendo como um dos principais sintomas a dor crônica, que pode gerar
comorbidades concomitantes como os distúrbios do sono refletindo na piora da saúde
física, cognitiva e emocional em idosos. OBJETIVOS: o objetivo desse estudo foi
investigar na literatura a relação entre dor e distúrbios do sono em idosos com osteoartrite
METODOLOGIA: Foi realizada uma busca dos artigos científicos nas bases de dados
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PUBMED),
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), Cochrane utilizando os descritores “pain”, “sleep”,
“osteoarthritis” .A busca foi realizada no período do mês de abril de 2021 com busca por
artigos originais publicados na integra, nos idiomas português ,inglês ou espanhol
publicados entre 2010 e 2020. Seguindo os critérios de inclusão, 11 estudos foram
selecionados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 11 artigos que fizeram parte da
amostra, 7 foram publicados na Pubmed, 2 na Medline, 1 na Cochrane e 1 na Scielo,
sendo todos em idioma inglês e publicados em revistas internacionais. Alguns artigos
científicos apontam que as causas e consequências dos distúrbios do sono são complexas
e multifatoriais e que essas alterações podem interferir diretamente no estado clínico do
idoso e que um sono de qualidade é decorrente de vários processos
neurobiológicos produzindo um estado restaurador essencial ao idoso e um
funcionamento adequado do organismo. Ainda não existe um consenso quanto a causa da
relação dor e sono em pacientes com osteoartrite. Uma explicação encontrada na
literatura para essa questão é descrita em um estudo em que os autores sugerem que os
distúrbios do sono podem sensibilizar ou desregular as vias inflamatórias ocorrendo
alterações dos níveis circulantes de Citocinas inflamatórias, tanto em situações de
repouso como em situações de estresse. Um sono que não traz satisfação para o idoso
pode contribuir diretamente para o aparecimento ou agravamento da dor sendo
fundamental que seja realizado um tratamento adequado para restabelecer o sono, e
consequentemente controlar e aliviar o sintoma da dor. O paciente precisa aprender
estratégias para saber lidar e enfrentar a doença crônica, diminuir e controlar a dor,
melhorar o sono e os outros sintomas que podem estar presentes na osteoartrite e isso
inclui estratégias ambientais, funcionais e mentais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi
possível identificar na literatura científica pesquisada que existe uma relação entre a

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presença de distúrbios do sono e a piora da dor na osteoartrite e vice-versa. As explicações
para tal relação ainda não estão totalmente esclarecidas, a maioria dos estudos apontaram
que a produção de substâncias pró inflamatórias por várias vias seria a explicação mais
possível até o momento, além da presença de fatores externos, como o estresse e a
preocupação.
Palavras-chave: Osteoartrite, Dor, Distúrbios do sono

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIONÍSIO, G. H; SALERMO, V. Y; PADILHA, Al. Central sensitization and beliefs


among patients with chronic pain in a primary health care unit. BrJP, v. 3, p. 42-47, 2020
HEFFNER, K. L. et al. Clinical pain-related outcomes and inflammatory cytokine
response to pain following insomnia improvement in adults with knee osteoarthritis. The
Clinical journal of pain, v. 34, n. 12, p. 1133, 2018.
JEONG, J; KIM, S; PARK, K. Relationship between objectively measured lifestyle
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Study. Medicine, v. 98, n. 26, 2019.
KOLASINSKI, S. L. et al. 2019 American College of Rheumatology/Arthritis
Foundation guideline for the management of osteoarthritis of the hand, hip, and
knee. Arthritis & Rheumatology, v. 72, n. 2, p. 220-233, 2020.
MORAIS, L. C. et al. Association between sleep disorders and chronic diseases in patients
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELATO DE EXPERIÊNCIA: ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AOS
RECÉM-NASCIDOS EM FOTOTERAPIA

Maria Clara Pereira de Almeida1

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Gurupi
[email protected]

INTRODUÇÃO: A icterícia é uma manifestação comum do período neonatal,


correspondendo a manifestações clínicas da hiperbilirrubinemia. É benigna na maioria
dos casos, mas devido à toxicidade potencial da bilirrubina em concentrações altas, os
recém-nascidos devem ser monitorados para prevenir o quadro de Encefalopatia
bilirrubínica. O aumento da bilirrubina total sérica pode ser devido a bilirrubina indireta
ou direta estarem elevadas. A fototerapia é usada principalmente para icterícia neonatal.
Portanto, durante a fototerapia, a absorção da luz emitida pela bilirrubina pode ser
facilitada, reduzindo sua concentração no sangue do recém-nascido. OBJETIVO:
Relatar os cuidados com recém-nascidos em fototerapia na ALCON. METODOLOGIA:
Trata-se de um relato de experiência, de caráter descritivo, desenvolvido por uma
acadêmica de enfermagem durante o estágio supervisionado que ocorreu no hospital
regional no município de Gurupi- TO. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A detecção
precoce da hiperbilirrubinemia é de responsabilidade do enfermeiro, sendo que, no
processo de fototerapia, o preparo científico e técnico é condição necessária para uma
assistência de qualidade. Dessa forma, os cuidados fototerápicos do recém-nascido
incluem: exame físico, determinação do peso e idade gestacional, monitoramento das
alterações cutâneas, evitar o uso de fraldas (exceto em prematuros), verificação da
superfície da pele exposta à luz, posicionamento correto, observação de distância mínima,
uso de opacidade, proteção ocular, manter o equilíbrio hídrico, manter a amamentação,
observar sinais de desidratação e mudar de decúbito. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Desse modo, durante a experiência, pode-se compreender a importância de uma
assistência de qualidade para a obtenção de resultados precisos, portanto, a enfermagem
desempenha um papel de destaque na investigação e detecção da hiperbilirrubinemia e na
prestação de uma assistência de qualidade ao RN durante o tratamento.
Palavras-chaves: Fototerapia; Recém-nascidos; Assistência de enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CÂNDIDO, Jeane Pabline Brito et al.. Assistência de enfermagem ao recém-nascido em


uso de fototerapia: relato de experiência.. In: Anais do Congresso Brasileiro de
Enfermagem Obstétrica e Neonatal. Anais...Campo Grande (MS) CCARGC, 2018.
Disponível em: <https://www.even3.com.br/anais/cobeon/62907-assistencia-de-
enfermagem-ao-recem-nascido-em-uso-de-fototerapia--relato-de-experiencia/ >. Acesso
em: 15/10/2021 18:45

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TURRÍNI, Ruth Natalia Teresa. Assistência de enfermagem aos recém-nascidos em
fototerapia. Rev. Esc. Enf. USP, São Paulo. p.11-13

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VIVÊNCIA DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM NO CENTRO
CIRÚRGICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Maria Clara Pereira de


Almeida1

1
Graduanda de Enfermagem da Universidade de Gurupi

[email protected]

INTRODUÇÃO: O Centro Cirúrgico é uma unidade hospitalar onde são


realizados procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, em situações eletivas e
emergenciais. Um local de intervenções invasivas e recursos materiais com elevada
precisão e eficiência, frente à elevada densidade tecnológica e às diversas circunstâncias
que lhe conferem uma dinâmica especial de atenção à saúde, exige profissionais
qualificados para responder às necessidades do paciente no setor. OBJETIVO: Relatar a
experiência vivenciada por uma acadêmica de enfermagem no centro cirúrgico durante o
estágio supervisionado do 9º período da disciplina Enfermagem Assistencial II.
METOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo , do tipo relato de experiência,
desenvolvido no Hospital Regional de Gurupi-TO, no setor de centro cirúrgico, onde foi
realizado um grande número de operações cirúrgicas gerais. O estudo foi realizado
durante o estágio na unidade hospitalar, contamos com a supervisão de um preceptor, e
tivemos a oportunidade de entender o cotidiano da unidade. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: As práticas desenvolvidas pela equipe de enfermagem do centro cirúrgico
devem ir além do conhecimento técnico-científico sobre as possíveis complicações pós-
operatórias/anestésicas. Em qualquer situação, desde um circulante, instrumentador ou
gestor, o profissional de enfermagem em centro cirúrgico é imprescindível. Os resultados
mostram a importância do estágio no setor, pois proporcionam aos acadêmicos uma visão
mais ampla da equipe em centro cirúrgico, percebendo-se que o papel do profissional
enfermeiro vai muito além da burocracia e que também desempenha um papel no
atendimento ao paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que, essa
experiência permitiu vivenciar a importância da atuação do enfermeiro no centro
cirúrgico, conhecer as competências dos enfermeiros do setor, bem como a assistência ao
paciente e atividades de rotina da unidade.
Palavras-chaves: Centro Cirúrgico; Enfermagem; Vivência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARTINS FZ, Dall’Agnol CM. Centro cirúrgico: desafios e estratégias do enfermeiro


nas atividades gerenciais. Ver. Gaúcha Enferm. 2016 dez; 37(4):e56945. doi:
http://dx.doi.org/10.1590/1983 1447.2016.04.56945.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VIVÊNCIA DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DURANTE A
PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alane da Silva Tôrres1; Carina Nunes de Lima2; Sheylla Millene Silva3; Celina César
Daniel4 Iolanda Barbosa Tôrres5 Simone Barroso de Carvalho6.

1
Enfermeira. Pós-Graduada em Enfermagem Obstétrica - Rede Cegonha pela
Universidade Federal de Minas Gerais/Universidade Federal do Piauí.
2
Enfermeira. Pós-Graduanda em Saúde da Família pela Faculdade FAVENI.
3
Enfermeira. Pós-Graduada em Saúde da Família pela Universidade Federal do Piauí.
4
Enfermeira. Pós-Graduada em Saúde da Família pela Universidade Federal do Piauí.
5
Graduanda em Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade UNINASSAU
6
Enfermeira. Mestre em Saúde e Comunidade pela Universidade Federal do Piauí.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saúde, em março de 2020, decretou a


pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), deixando
todos os países do mundo em estado de alerta para a ocorrência dos casos que viriam a
surgir no decorrer dos meses vindouros, diante do caos que se alarmava pelo mundo. Os
profissionais de saúde também foram convocados para atuar na linha de frente, por meio
da assistência direta a esses pacientes contaminados, tornando-os expostos e vulneráveis
a este vírus. O momento atual ainda continua marcado por incertezas, medos, angústias,
anseios, para os profissionais que continuam enfrentando essa guerra contra esse temido
agente infeccioso, mais também é momento de esperança com a chegada e o avanço da
vacinação, pois, nota-se uma queda nas mortes por coronavírus e diminuição dos casos,
porém, mesmo com a vacinação, é preciso continuar seguindo os protocolos de
segurança: uso de máscaras, distanciamento, isolamento e evitar aglomerações.
OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo descrever a vivência de
profissionais de enfermagem aos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19 em um
hospital do interior do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência
baseado na vivência de profissionais de enfermagem que trabalhavam no Pronto Socorro
de um Hospital Regional, no interior do Piauí, no período de março de 2020 à março de
2021, mostrando seus medos e anseios com relação à doença, uma vez que, o risco de
contaminação era elevado, devido o contato direto com os pacientes infectados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se através da vivência diária na assistência
aos casos suspeitos e confirmados de COVID-19 que os profissionais apresentavam
sentimentos diversos como medo da contaminação, de levar o vírus para casa, além da
insegurança no ambiente de trabalho, uma vez que era uma doença desconhecida para a
ciência, e pouco se tinha conhecimento sobre prognóstico e tratamento eficaz para reduzir
casos e óbitos que estavam cada vez mais aumentando. Alguns citavam gratidão e orgulho
por fazer parte de uma profissão que faz a diferença nos cuidados a esses pacientes.
Notou-se ainda que a equipe de enfermagem atua em constante pressão psicológica, o
que tem impactado na saúde mental dos profissionais, contribuindo para o

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


desenvolvimento de síndrome de Burnout, ansiedade e depressão. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Atuação dos profissionais de enfermagem na pandemia é de extrema
importância, são eles os responsáveis pela primeira acolhida, pelos cuidados prestados
aos pacientes, pela a realização das testagens para o diagnóstico. Dessa forma, é
importante que os profissionais continuem adotando os protocolos de segurança, fazendo
o devido uso dos equipamentos de proteção individual para a sua proteção contra esses
vírus que ainda se encontra presente no nosso meio, é preciso também suporte psicológico
a esses trabalhadores, bem como, valorização profissional da categoria, pois não é fácil a
rotina diária de trabalho dos mesmos. Além disso, a crise demostrou que os profissionais
são mais do que trabalhadores da linha de frente, pois apesar do momento crítico
enfrentado, através deles, foi possível executar mudanças e adaptações necessárias ao
momento.
Palavras-chave: Infecções por Coronavírus, Assistência de Enfermagem, Pandemias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.


Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo
clínico da Covid-19 na Atenção Especializada. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

CRODA, J. H. R.; GARCIA, L. P. Resposta imediata da Vigilância em Saúde à epidemia


da COVID-19. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 29, n. 1, p. 1-3, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 454, de 20 de março de 2020. Declara, em


todo o território nacional, o estado de transmissão comunitária do coronavírus
(covid-19). Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Orientações para serviços de


saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a
assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus
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CARVALHO, A. P, et al. Novo coronavírus (COVID -19). Sociedade Brasileira de


Pediatria, Departamento científico de infectologia, 2020.

BARBOSA, D. J. et al. Fatores de estresse em profissionais de enfermagem no combate


à pandemia do COVID-19: síntese de evidências. Comun. Ciênc. Saúde, v. 31, n. (supl.
1), p. 31-47, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REPERCUSSÕES DA PANDEMIA DA COVID-19 NA SAÚDE MENTAL DE
UNIVERSITÁRIOS

Samuel Yao Atsu Duho1; Ana Julia da Costa Monteiro2; Abdulai Sadat3
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
²Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará
³Graduando em Farmácia pela Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os impactos que uma pandemia global como a COVID-19 pode trazer
à saúde são vários, podendo afetar não somente a saúde física, mas também a saúde
mental. No que concerne à saúde mental de universitários, é perceptível altas taxas de
transtornos mentais como a depressão, ansiedade e pensamentos suicidas. Essa
problemática foi agravada durante a pandemia, principalmente, devido a mudança de
rotina, ao medo da morte, a perda de amigos e familiares para a doença e o isolamento
social adotado como medida preventiva. OBJETIVO: Realizar revisão de literatura
sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 na saúde mental dos universitários.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão integrativa de
literatura. A busca dos artigos que compõem essa literatura foi realizada na base de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na biblioteca
virtual Scientific Electronic Library Online (SciELO), sendo incluídos artigos dos anos
de 2020 e 2021. Desse modo, na busca foram utilizados os seguintes descritores: Saúde
mental, COVID-19 e Saúde do estudante. À seleção utilizou-se como critérios de inclusão
artigos publicados em português e inglês, citáveis e publicados nos últimos dois anos.
Houve a eliminação de textos editoriais, dissertações e teses. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Na construção dos resultados foram utilizados 4 artigos originais. Os
achados evidenciam entre as principais causas de sofrimento psíquico de discentes:
dificuldade de adaptação ao ensino à distância (EAD), dificuldade de concentração,
mudança de rotina, preocupação com o acúmulo de assuntos e com a perda ou atraso do
semestre que tornam incerta a formatura, além de tempo de ociosidade, uso excessivo de
internet, leitura de informações falsas sobre a pandemia, distanciamento de pessoas de
convívio diário e perda de entes queridos. Esses fatores podem acarretar em mudanças
psicológicas ou comportamentais durante o período de isolamento social, principalmente,
em universitários já anteriormente diagnosticados com transtornos mentais. Ademais, há
o surgimento de sentimentos e sensações prejudiciais como desesperança, preocupação
excessiva, ansiedade, sentimento de inutilidade ao não cumprir tarefas, irritabilidade,
alterações de sono, dores inespecíficas, entre outros que estabelecem um ambiente de
estresse contínuo provocando o adoecimento mental dos acadêmicos. Diante desse
cenário, a maioria dos universitários buscam adotar medidas que minimizem e previnam
os efeitos maléficos provocados pela pandemia à saúde mental. Entre as medidas de

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promoção de bem-estar estão a leitura, escutar músicas diariamente, interação nas redes
sociais, prática de atividade física, regulação do sono e mudança de hábitos alimentares.
As instituições de ensino superior também possuem papel fundamental, devendo ser local
de acolhimento aos estudantes, promovendo medidas de enfrentamento à nova realidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este estudo revelou que a pandemia provoca efeitos
deletérios na saúde mental dos universitários. As dificuldades de adaptação à nova
realidade e a nova modalidade de estudos juntamente com o uso excessivo da internet
propiciaram o adoecimento mental e agravo de transtornos mentais já preexistentes nesses
indivíduos. Perante as observações feitas, sugere-se a colaboração das instituições
superiores na implantação de estratégias de prevenção e promoção à saúde mental.
Palavras-chave: Saúde mental; COVID-19; Saúde do estudante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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HERNÁNDEZ, Edgar et al. Psychosocial impact on health-related and non-health related
university students during the COVID-19 pandemic: results of an electronic survey.
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TEIXEIRA, Larissa de Araújo Correia et al. Saúde mental dos estudantes de Medicina do
Brasil durante a pandemia da coronavirus disease 2019. Jornal Brasileiro de Psiquiatria
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https://doi.org/10.1590/0047-2085000000315. Acesso em: 26 de set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA ANATOMIA HUMANA PELO
ENFERMEIRO AO PACIENTE POLITRAUMATIZADO

Gabriela Lays Silva Sales1¹, Guilherme de Oliveira da Silva², Camilla Ferreira de


Oliveira³

¹Discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem ASCES-UNITA/Caruaru-PE

²Discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem ASCES-UNITA/Caruaru-PE

³Discente do Curso de Bacharelado em Enfermagem ASCES-UNITA/Caruaru-PE

Email: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Anatomia Humana estuda estruturas do corpo, desde sua localização


até a morfologia dos sistemas, seu significado provém do grego Anatemnein que quer
dizer corte ou dissecção. A importância de vivenciar a anatomia na graduação, perpetua
após a formação acadêmica, pois permite aos discentes e profissionais da área de saúde,
a compreensão e o domínio do assunto, através da disciplina que promove abordagem
teórico-prática nas Universidades, com intuito de capacitar alunos para a realização da
assistência de enfermagem futura. O usuário, acometido na emergência, com múltiplas
fraturas advindas de um trauma, necessita de acolhimento, por meio da equipe de
enfermagem, que por sua vez, promove assistência através da avaliação do estado clínico
do paciente, articulando-se com os saberes referentes à anatomia humana para a
realização das práticas do cuidado. OBJETIVOS: relatar sobre a importância do domínio
da anatomia humana pelo enfermeiro ao paciente politraumatizado. METODOLOGIA:
Trata-se de um resumo qualitativo utilizando artigos científicos das bases de dados
LILACS e SCIELO relacionados ao tema proposto para compor o estudo em questão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O conhecimento teórico-prático em anatomia, é algo
fundamental no ambiente hospitalar para o atendimento em casos de traumas, trazendo
um ponto forte para sua importância, pelo fato de que o trauma promove várias situações
podendo ser apresentado de diversas formas, quanto a sua gravidade e nível de
complexidade. Através disso, o enfermeiro precisa ter um raciocínio clínico e científico
que o auxilie no papel de identificar e avaliar os futuros diagnósticos em pacientes
politraumatizados visando melhoria e redução de possíveis lesões. Ao atender um
paciente com traumatismo, o enfermeiro deve seguir protocolos e ter conhecimento sobre
o estabelecimento físico e anatômico da vítima dado através da identificação e tratamento
das lesões, essa forma de atendimento é conhecida como atendimento primário seguindo
para o atendimento secundário, como meio de continuidade do atendimento com função
de reavaliação dos procedimentos propostos e exames físicos minuciosos para maior
segurança. Entretanto, existe a importância de um atendimento rápido, ágil e efetivo, visto
que, boa parte desses casos são emergenciais, oferecendo uma atenção ao cuidado seguro
e um ambiente hospitalar com infraestrutura adequada e equipe treinada para essas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


situações. CONCLUSÃO: É importante implementar assertivamente ações, documentar
e divulgar estudos para aprimoramento e consolidação de iniciativas como parte da
importância do domínio da anatomia para a assistência de enfermagem e atenção à saúde
dos pacientes politraumatizados. Assim, é notório a importância da busca pelo
conhecimento voltado à anatomia do corpo humano, capacitando o enfermeiro para uma
melhor assistência no ambiente de trabalho.
Palavras-chave: Anatomia; Assistência de Enfermagem; Politraumatizado

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA SILVA SANTOS, Milaine Amanda et al. Assistência de enfermagem ao paciente


politraumatizado. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-
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DIFERENÇAS ENTRE HISTERECTOMIA POR VÍDEO E ROBÓTICA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

Helena Schmidt1; Gabriela Ferreira Kalkmann2; Isabel Cristina Kirsten3; Ana Carolina
Grande4, Caroline Kugeratski Carneiro5
1-2
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba-PR.
3
Graduanda em Medicina pelas Faculdades Pequeno Príncipe - FPP, Curitiba-PR.
4
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Assis Gurgacz - FAG, Cascavel-PR.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade do Contestado - UNC, Mafra-SC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A histerectomia videolaparoscópica é geralmente a técnica de escolha


pelos cirurgiões em comparação com a cirurgia aberta por oferecer vantagens intra-
operatórias, pós-operatórias e estéticos. No entanto, com a inserção da cirurgia robótica
e seus benefícios em relação a precisão e menor tempo de hospitalização é preferível sua
utilização em cirurgias de alto risco de complicações. OBJETIVOS: Este estudo tem
como objetivo comparar os resultados cirúrgicos da histerectomia robótica versus
histerectomia laparoscópica. METODOLOGIA: Revisão sistemática utilizando os
termos de busca "Hysterectomy" AND "Robotic Surgical Procedures" AND
"Laparoscopy" na base de dados PubMed, resultando em 353 artigos identificados. Foram
incluídos estudos primários que comparavam o uso da cirurgia robótica e laparoscópica
para histerectomia, nos idiomas inglês, português e espanhol. Por fim, selecionaram-se
33 artigos, que foram analisados integralmente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
histerectomia robótica é frequentemente associada a menores perdas sanguíneas,
diminuição do tempo médio de hospitalização, menor permanência do dreno, menor
tempo de recuperação da função intestinal e redução do número de readmissões
hospitalares em comparação à cirurgia laparoscópica. A duração total do procedimento
de histerectomia é, em geral, maior na modalidade robótica que na realizada por
videolaparoscopia - podendo haver variação de serviço para serviço e depender do
tamanho uterino. A histerectomia por videolaparoscopia pode ser associada a
complicações em até 24% dos casos, as quais são representadas por lesões de órgãos
durante o processo intraoperatório, bem como por uma maior propensão de o paciente
necessitar de transfusão sanguínea. Por outro lado, a histerectomia robótica está associada
a complicações - como a presença de febre, falha respiratória e íleo - em cerca de 36%
das intervenções, além de lesão uretral, deiscência do colo vaginal e uma maior
quantidade de linfonodos pélvicos removidos em comparação com a videolaparoscopia.
Em relação à sobrevida durante os 5 primeiros anos após a cirurgia e à taxa de conversão
para a cirurgia aberta, não houve diferença significativa entre as duas modalidades
cirúrgicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A histerectomia robótica traz
significantemente menos complicações intra e pós-operatórias, menos perdas sanguíneas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e dias de internamento. A duração da cirurgia, número de readmissões hospitalares, taxa
de linfadenectomia, conversão para laparotomia e recidivas foi semelhante entre as
modalidades cirúrgicas. A necessidade de analgesia foi moderadamente menor na técnica
robótica, já os custos foram maiores.
Palavras-chave: Histerectomia, Laparoscopia, Procedimentos Cirúrgicos Robóticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DIFERENÇAS ENTRE PROSTATECTOMIA POR VÍDEO E ROBÓTICA:
UMA REVISÃO DA LITERATURA
Ana Carolina Grande1; Gabriela Ferreira Kalkmann2; Caroline Kugeratski Carneiro3
1
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Assis Gurgacz - FAG, Cascavel-PR.
2
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba-PR.
3
Graduanda em Medicina pela Universidade do Contestado - Unc, Mafra-SC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A prostatectomia laparoscópica é frequentemente realizada, porém, a


implantação da cirurgia robótica permitiu maior controle e precisão durante o ato
cirúrgico. Entretanto, a cirurgia robótica apresenta os seus pormenores assim como a
laparoscópica. OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo descrever as diferenças
entre a prostatectomia robótica e a laparoscopia. METODOLOGIA: Estudo transversal
de revisão bibliográfica sistemática utilizando os termos de busca "Prostatectomy" AND
“Laparoscopy” AND "Robotic Surgical Procedures" nas bases de dados PubMed e
ScienceDirect nos últimos 5 anos, resultando em 300 artigos identificados. Foram
incluídos estudos primários que comparavam o uso da cirurgia robótica e laparoscópica
para prostatectomia, nos idiomas inglês, espanhol e português. Com isso, foram
selecionados 14 estudos que foram analisados integralmente e, dentro desses, 8 estudos
foram incluídos na revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A prostatectomia robótica
é um dos diversos tipos de cirurgia prostática existentes na atualidade e, apesar de ser
relativamente recente em comparação com as demais modalidades, durante o estudo,
revelou resultados consideravelmente superiores em diversos quesitos quando
comparados à videolaparoscopia. A intervenção robótica apresentou um tempo médio de
operação mais curto, maior sobrevida global, taxas superiores de satisfação dos pacientes
e inferiores de reintervenção cirúrgica, melhores funções dos componentes físicos e
mentais, recuperação da incontinência urinária e função sexual no pós-operatório e
menores taxas gerais de complicações — sendo mais frequentes as lesões de intestino e
deiscência de sutura. A probabilidade de atingir continência e potência ao longo do
tempo foi mais que o dobro nos pacientes submetidos à prostatectomia por robótica em
comparação à laparoscopia. Por fim, nenhuma diferença significativa foi observada na
sobrevida específica do câncer em 5 anos, possuindo diferença apenas de 0,02% com
favorecimento da robótica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prostatectomia assistida
por robótica apresentou melhores resultados em comparação à videolaparoscopia,
principalmente em relação a taxa de complicações, tempo médio de operação, tempo e
taxa de recuperação das funções urinárias e sexuais e satisfação do paciente com o
procedimento. Não houve diferença na sobrevida após 5 anos entre os dois
procedimentos.
Palavras-chave: Prostatectomia, Laparoscopia, Procedimento Cirúrgico Robótico.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MASTECTOMIA E IMAGEM CORPORAL: OS IMPACTOS EM MULHERES
DIAGNOSTICADAS COM NEOPLASIAS DE MAMA

Ivane Pinheiro Corrêa¹, Lorena Modesto da Silva², Amanda Carolina dos Santos e
Silva³, Ana Jhennyfer da Silva Moreira4, Hady Marcedis Tonin Kerber5, Bruna Raciele
de Sousa Nascimento6
1
Graduanda em Psicologia pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ)
²Graduanda em Nutrição pela Universidade da Amazônia (UNAMA)
³Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Fibra
4
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
5
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Fibra
6
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer é uma patologia de origem multifatorial, sendo resultante de


mutações genéticas, fatores ambientais e do estilo de vida do paciente. No Brasil, o câncer
é considerado um problema de saúde pública. Entre as mulheres, o câncer de mama
constitui-se como uma das causas mais comuns de mortalidade com sua incidência cada
vez maior na população mundial. O tratamento do câncer de mama provoca alterações no
corpo da mulher diagnosticada, resultando em impactos negativos na sua autoimagem,
sexualidade, feminilidade e relações como um todo. Frente aos impactos do tratamento
na qualidade de vida e funcionalidade da mulher, destaca-se a equipe multiprofissional
que deve estar atenta para compreender suas necessidades promovendo um suporte
adequado. OBJETIVO: Analisar os impactos da mastectomia na imagem corporal de
mulheres diagnosticadas com câncer de mama. METODOLOGIA: O presente estudo
foi realizado através de um levantamento bibliográfico nas plataformas de dados
Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Centro Latino-Americano e do Caribe de
Informação em Ciências da Saúde (BIREME) E PUBMED. Para o presente estudo, foram
utilizados os seguintes descritores “Mastectomia”, “Imagem corporal” e “Neoplasias da
Mama”. Dessa forma, foram incluídos artigos completos dos últimos 5 anos que
atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS: As mulheres que passam pelo
processo de mastectomia geralmente têm sua imagem corporal deturpada em decorrência
da mutilação, resultando na diminuição da autoestima, prejuízos na autoimagem e no
autoconceito. Sentimentos como insatisfação, medo, revolta, isolamento e a noção de
feminilidade diminuída perante outras mulheres da sociedade, podem desencadear um
progressivo estado depressivo, alterando suas atividades cotidianas, seus
relacionamentos, sua sexualidade e gerando até mesmo problemas conjugais, uma vez
que mulheres que não realizam reconstrução mamária podem se afastar de seus parceiros

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


em razão do prejuízo na imagem corporal. CONCLUSÃO: Apesar da mastectomia
muitas vezes ser uma cirurgia imprescindível para a sobrevivência da mulher, essa
cirurgia irá refletir em sua vida como um todo. Desse modo, a dimensão psicossocial se
torna necessária e fundamental nesse processo, haja vista os impactos que irão afetar na
autoestima e auto aceitação dessa mulher, podendo resultar em quadros graves de
depressão. Neste sentido é válido destacar sobre a importância do resgate da autoestima
em mulheres que vivenciaram o fator oncológico, através de intervenções que
possibilitem suporte psicológico, fortalecimento da rede de apoio familiar, social e de
estratégias de enfrentamento para os impactos causados pelo diagnóstico e pelas
intervenções realizadas no tratamento do câncer.
Palavras-Chave: Neoplasias de Mama; Imagem Corporal; Oncologia.
REFERÊNCIAS

BOING, L.; PEREIRA, G. S.; ARAÚJO, C. da C. R. de; SPERANDIO, F. F.; LOCH, M.


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a cirurgia do câncer de mama. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 23, p. 366-
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OFICINA DE SAÚDE EM PEDIATRIA COM PUÉRPERAS EM UM
ALOJAMENTO CONJUNTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Izabel Conceição Santos1; Tatiana de Sena Leitão2; Felipe de Jesus Souza3; Telmara
Menezes Couto4
1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia
4
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal da Bahia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os incidentes com crianças são comuns principalmente nos primeiros


anos de vida. Todos os anos milhares de crianças vão a óbito por parada
cardiorrespiratória (PCR) devido a demora em iniciar as manobras de reanimação. As
evidências demonstram que quanto antes se iniciem as compressões, melhores são as
chances de sobrevida dessas pessoas e sem grandes danos neurológicos. Os protocolos
estabelecidos pela American Heart Association orientam como proceder nessas situações,
todavia poucas pessoas sabem como proceder adequadamente, o que impede a realização
das manobras de ressuscitação. Diante disso, é necessário difundir os conhecimentos
acerca do suporte básico de vida em pediatria. OBJETIVOS: Relatar a experiência na
realização de uma oficina de saúde em pediatria com puérperas em um alojamento
conjunto. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de discentes de
enfermagem durante as práticas do componente curricular “Enfermagem no Cuidado à
Mulher no Parto e Puerpério” no Alojamento Conjunto de uma maternidade pública em
setembro de 2021, sob supervisão da docente da disciplina. A oficina abordou as
temáticas de engasgos, PCR e amamentação, sendo realizada em três momentos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na primeira etapa foi realizada uma dinâmica de
verdadeiro ou falso sobre a temática com objetivo de saber o conhecimento prévio das
puérperas. No segundo momento, tratamos sobre os sinais clínicos que o recém nascido
(RN) pode apresentar nos episódios de engasgo e PCR, como identificar e atuar nessas
situações para otimizar os primeiros socorros. Utilizou-se uma boneca para demonstração
das manobras na abordagem ao engasgo e PCR. No bloco de amamentação, foram
realizadas orientações sobre os cuidados com as mamas na prevenção da mastite e/ou
fissuras que podem ocorrer nesse período. No terceiro momento, foram feitas as mesmas
perguntas do primeiro momento como forma de avaliação e consolidação do conteúdo.
Ao final da oficina, foi entregue um certificado simbólico de participação da oficina
educativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A realização de atividades educativas torna-
se um momento de troca de saberes. As temáticas abordadas são de grande relevância à
população e, indubitavelmente, não são do conhecimento de todas as pessoas. Dessa
forma, o preparo da puérpera no suporte ao seu RN em situação emergencial é
imprescindível. Assim como, a orientação dos cuidados na amamentação é necessária no
desenvolvimento do RN e fortalecimento do vínculo mãe-filho. Portanto, a oficina foi

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


avaliada de forma positiva pelas mulheres através dos discursos, sendo essa abordagem
educativa um espaço de prestação de cuidados da equipe de saúde, pois possibilita um
momento lúdico e com trocas de saberes para que as puérperas desenvolvam um melhor
cuidado ao seu bebê.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Primeiros Socorros; Pediatria

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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Disponível em: https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines.
Acesso em: 09 de outubro de 2021.

MARTINS, Heloisa Helena Braga Teixeira; RODRIGUES, Milene Silva. O cuidado


domiciliar do bebê sobre a ótica de puérperas que participaram de oficina
educativa no pré-natal. Revista Brasileira de Ciências da Vida, Belo Horizonte, p. 1-
22, dez. 2017.

ORTIZ SOBRINHO, Cristina. Pediatric basic life support: scientific evidences.


Revista de Pediatria Soperj, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 22-27, dez. 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DESAFIOS ENFRENTADOS POR INDIVÍDUOS COM TRANSTORNO DE
ESPECTRO AUTISTA FRENTE À PANDEMIA DO COVID-19: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA

Luciano Ferreira Nunes Junior¹; Paula dos Santos Athayde¹;


Bárbara Ferreira Alves Barroso¹; Ana Carolina Lima de Araujo¹

¹Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Mormente, é válido ressaltar que o Transtorno de Espectro Autista


(TEA) inclui uma diversidade de manifestações. Os artigos revisados, dessa forma,
evidenciam a exacerbação dos efeitos negativos da pandemia de Covid-19,
principalmente naqueles indivíduos com TEA que apresentam um comprometimento
intelectual e cognitivo e grande necessidade de suporte. OBJETIVOS: Avaliar os
impactos causados pela pandemia de COVID-19 em indivíduos com TEA. MÉTODOS:
Realizou-se a revisão da literatura na base de dados PubMed. Os artigos foram coletados
em Outubro de 2021. Os descritores utilizados foram, “Autism Spectrum Disorder”,
“COVID-19” e “Impact”, obtidos no DeCs. Os critérios de inclusão foram artigos
publicados entre 2020 e 2021, gratuitos. Já os de exclusão foram artigos publicados
anteriormente a 2020 e que fugiam ao tema proposto. Foram encontrados 39 artigos,
sendo 15 selecionados conforme os critérios propostos. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: É possível separar a gênese dos impactos em dois grupos. O primeiro
deles diz respeito à inflexibilidade comportamental desses indivíduos, que têm no
estabelecimento de uma rotina, maior conforto intelectivo. A pandemia de Covid-19,
contudo, representou uma transgressão às atividades cotidianas em todo o mundo, e a
dificuldade em se adaptar às mudanças abruptas somadas às incertezas sobre o futuro e o
medo da disseminação viral, associadas a um atraso no processamento de informações e
comprometimento de resposta eficiente, promoveram maiores sintomas psicossomáticos
dos indivíduos com TEA, dentre eles: ansiedade, estresse, irritabilidade, hiperatividade,
angústia, hostilidade, impulsividade, mau humor, piora no sono e nutrição etc. Outro
importante sinal, é o aparecimento de comportamentos repetitivos e estereotipados, tidos
como manifestação emocional e comportamental que servem como mecanismo de alívio
às incertezas uma vez que sua repetição afirma a expectativa dos indivíduos e gera
sensação de controle. A segunda causa do comprometimento desses indivíduos, também
se relaciona às medidas de prevenção instituídas pelas autoridades sanitárias, no
afastamento do sistema educacional e de serviços de saúde em detrimento da quarentena.
É comum que indivíduos com TEA necessitem de tratamentos multimodais e participem
em consultas terapêuticas em hospitais e centros especializados, além de intervenções
extras e atividades de socialização. Nesse contexto, não é possível generalizar os efeitos
dos fechamentos das escolas para indivíduos com TEA, alguns perderam, principalmente,
a oportunidade socializar e se comunicar com diferentes grupos, outros, contudo, viam o
ambiente acadêmico, sobretudo, como desafiador e o relacionavam a uma pressão

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


curricular. CONCLUSÃO: Conclui-se, dessa forma, que a pandemia da COVID-19
trouxe variadas implicações para essa população especialmente vulnerável. No que tange
ao ensino online, os efeitos foram ora positivos e ora negativos. Não obstante, a adaptação
de serviços de saúde para aconselhamentos on-line ou telefônicos, foram inegavelmente
prejudiciais a todos os indivíduos que passaram a não receber o mesmo apoio frente ao
distanciamento. Promovendo o agravamento das manifestações do TEA, como
dificuldade cognitiva, interativa e de comunicação. Destarte, evidencia-se a repercussão
da pandemia sobre o estado psicológico e comportamento dessa população, sendo
imperativo, portanto, a realização de estudos futuros acerca do tema, a fim de melhor
compreender tais efeitos, e sua magnitude, a longo prazo.
Palavras-Chave: Transtorno do Espectro Autista; COVID-19; Impacto

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PRINCIPAIS REAÇÕES ADVERSAS NA TERAPIA MEDICAMENTOSA SEM
COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA USADOS NO TRATAMENTO DA COVID-19

Juliane Carretero Silva¹, Gabriella Regina Lopes de Araujo², Juliane Centeno Muller³

1,2
Acadêmicos do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe, Curitiba, PR-
Brasil.
3
Docente do curso de Medicina da Faculdades Pequeno Príncipe, Curitiba, PR-Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Em março de 2020 a OMS declarou pandemia pelo novo coronavírus


(Sars-Cov-2)1. Tendo em vista o cenário global, muitos profissionais e a população em
geral aderiram ao uso de medicamentos, sem boa evidência científica de eficácia, com o
objetivo de prevenção e tratamento desta doença. Os mais utilizados foram azitromicina,
ivermectina, hidroxicloroquina e cloroquina. Com isso, vimos a necessidade de realizar
uma análise dos efeitos adversos desses medicamentos à população, além de relacioná-
los com as doses e comorbidades da população estudada. OBJETIVOS: Integrar
conhecimentos advindos de pesquisas realizadas no período de novembro de 2020 a
março de 2021, durante a pandemia, para elucidar os efeitos adversos de tratamentos tanto
precoce como off-label da COVID-19. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão
integrativa de literatura. Na PubMed foram realizadas duas pesquisas, a primeira
utilizando as palavras-chave "COVID-19", "hydroxychloroquine", "chloroquine",
"azithromycin", "ivermectin", "nitazoxanide", "remdesivir", "adverse effects" e "toxic
effects". A segunda com as palavras-chave "off-label", "hydroxychloroquine",
"chloroquine", "remdesivir", "ivermectin", "azithromycin", sendo as mesmas utilizadas
na pesquisa efetuada no portal da BVS e na base de dados Cochrane. Priorizou-se estudos
de ensaio clínico e estudos clínicos randomizados, publicados de maio de 2020 até março
de 2021, disponíveis nos idiomas inglês e português. Dentre estes, foram selecionados os
estudos que possuíam os fármacos de terapia não comprovada e seus efeitos adversos. A
população participante dos estudos é composta por pacientes da COVID-19 ou com
suspeita da doença. Três artigos foram adicionados manualmente à revisão por meio de
busca ativa. Por se tratar de uma revisão de literatura, o estudo não passou por análise de
um comitê de ética. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Analisando o número de reações
a cada 100 participantes, foi possível associar efeitos adversos com dosagem, assim como
com comorbidades e fatores de risco para o COVID-19. Os distúrbios mais relevantes
foram os neurológicos para ivermectina, renais na associação de hidroxicloroquina e
azitromicina, seguido dos transtornos do trato gastrointestinal para hidroxicloroquina.
Instiga-se uma possível relação entre a comorbidade hipertensão e efeitos adversos renais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esses medicamentos possuem efeitos adversos
significativos para os hipertensos, diabéticos, obesos e ex-fumantes com COVID-19. Há
a necessidade de informação segura para o tratamento medicamentoso, e orientação
quanto aos riscos da automedicação ou de recomendações não profissionais. Ademais, os

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


efeitos adversos podem se confundir com os sintomas da COVID-19, atrapalhando o
manejo da infecção.
Palavras-chave: COVID-19; Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a
Medicamentos; Hidroxicloroquina.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE
FLORIANÓPOLIS EM 2010 E 2019

Gabriela Garcia Korczaguin1, Luís Guilherme Machado1, Eric Pasqualotto1, Amanda


Carolina Fonseca da Silva1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A tuberculose, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é uma


enfermidade infecciosa e transmissível, que existe nas formas pulmonar, extrapulmonar
ou como uma associação de ambas. Em 2010 e 2019, as notificações de tuberculose em
Florianópolis referiram-se majoritariamente a homens e a adultos, sendo a forma
preponderante em ambos a pulmonar, constituindo-se como um problema de saúde
pública. OBJETIVOS: Analisar, comparativamente, o perfil epidemiológico da
tuberculose em Florianópolis em 2010 e 2019, METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo epidemiológico transversal descritivo, sendo usados dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contidos no Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), relativos ao município de
Florianópolis em 2010 e 2019, quanto a estimativas populacionais e aos casos notificados
de tuberculose e estimativas preliminares elaboradas pelo Ministério da Saúde, a partir
dos quais foram calculadas taxas de notificação específicas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: No ano de 2010, houve 2074 casos notificados de tuberculose em Santa
Catarina, sendo 335 (16,15%) em Florianópolis. Já em 2019, Florianópolis contou com
19,85% (n=449) dos casos notificados no estado (n=2262). Quanto à distribuição por
sexo, notou-se maior ocorrência da doença em homens, correspondendo a 63% (n=211)
dos casos em 2010 e a 67,93% (n=305) dos casos em 2019. Sobre a forma da doença, em
ambos os anos, a forma pulmonar foi predominante - em 2010, 64,78% dos casos
(n=217), e, em 2019, 62,81% dos casos (n=282) corresponderam à tuberculose pulmonar.
Todavia, houve uma alteração no segundo tipo mais incidente: em 2010, a forma
extrapulmonar ocupou a segunda posição, com 23% dos casos (n=77) contra 12,24% da
combinação da pulmonar e da extrapulmonar (n=41); enquanto a combinação das duas é
a segunda forma mais incidente em 2019, contemplando 19,38% dos casos (n=87) contra
17,82% (n=80) da extrapulmonar. Acerca da faixa etária, observou-se uma maior taxa de
incidência específica nas faixas de 20-39 anos e de 40-59 anos, com menores taxas nas
faixas de 5-9 anos e 10-14 anos. Em relação ao aumento da frequência de diagnóstico,
observa-se como relevante principalmente a mudança de 2,12 casos de tuberculose por
10.000 indivíduos de 15-19 anos em 2010 para uma frequência de 8,89 em 2019. O maior
número de casos em homens e nas faixas etárias economicamente ativas relaciona-se com
a mobilidade espacial, o que promove maiores taxas de contato social e,
consequentemente, aumentando a suscetibilidade à tuberculose, além de questões
individuais e espaciais avaliadas nos indicadores socioeconômicos das populações que

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


influenciam na infecção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados da análise,
demonstrando maior incidência da tuberculose sobre homens e sobre adultos em idade
economicamente ativa, assim como demonstrando mudança no padrão de contaminação,
servem à elaboração e adaptação de políticas públicas de saúde destinadas a combater e
mitigar a ocorrência da enfermidade, com foco nos grupos mais afetados, já que a
presença da enfermidade compromete não apenas a saúde dos indivíduos mas também o
contexto socioeconômico da comunidade.
Palavras-chave: Tuberculose; Epidemiologia; Sistemas de Informação em Saúde.

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O PAPEL DA COMUNICAÇÃO NAS TECNOLOGIAS DO PROCESSO
DE ENFERMAGEM

Clarissa Vasconcelos Silva de Souza


Universidade Federal de Sergipe
E-mail: [email protected]

Introdução: Tem-se nesse material o desenvolvimento do processo de enfermagem, a


explicação sobre as tecnologias de saúde e a explanação sobre a comunicação com suas
variáveis; para que se possa entender o seu papel desta dentro das tecnologias de saúde
que compõem a prestação da assistência de enfermagem de acordo com a legislação que
normatiza o exercício da profissão. Objetivo: Assim surgiu o seguinte questionamento:
quais tecnologias de saúde estão inseridas no processo de enfermagem e qual o papel da
comunicação para a efetividade da assistência prestada a partir destas tecnologias de
saúde. Metodologia: Trata-se de um levantamento bibliográfico do tipo descritivo que
discorre sobre os tipos de legislação que normatizam a comunicação da profissão e de
livros e artigos relevantes que tratam o assunto proposto. Resultados e Discussão:
Explicou-se as etapas do processo de enfermagem, como é estruturada a sistematização
da assistência à saúde, com detalhes das cinco etapas deste processo; uma breve
explanação sobre as tecnologias da saúde, para se chegar a comunicação, suas variações
e de qual maneira ela está inserida no cuidar da enfermagem. A partir deste levantamento,
realizou-se a análise das informações coletadas e as relacionou entre as variáveis:
processo de enfermagem, tecnologias de saúde e tipos de comunicação; para chegar ao
objetivo proposto que foi o levantamento das tecnologias de saúde estão inseridas no
processo de enfermagem e qual o papel da comunicação para a efetividade da assistência
prestada a partir destas tecnologias de saúde. Conclusão: Vê-se comunicação em todo
esse processo de cuidar, sendo uma técnica para uma assistência de enfermagem efetiva.
Pode-se dizer que a comunicação terapêutica é uma tecnologia leve, que serve além de
servir de instrumento para a efetivação das outras tecnologias de saúde do processo de
enfermagem; pode interpretada e sentida pelo cliente, família e comunidade como um
acolhimento, uma ambiência e porque não como uma humanização em todas as suas
características.
Palavra-chave: Processo de Enfermagem. Tecnologias de Saúde. Comunicação.

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HOTELARIA HOSPITALAR E SUAS TECNOLOGIAS LEVES
Clarissa Vasconcelos Silva de Souza
Universidade Federal de Sergipe
Email: [email protected]

Introdução: O setor saúde sempre foi fortemente influenciado pela tecnologia material,
ou seja, equipamentos para fins terapêuticos e diagnósticos. As tecnologias não materiais,
ou seja, subjetivas, de inovação na organização e nas relações de trabalho ficavam em
segundo plano; A hotelaria hospitalar já existia nos hospitais só que de forma mecânica,
apenas para abrigar o paciente quando estava doente; os serviços prestados pela hotelaria
hospitalar eram atividades de limpar, organizar, lavar, arrumar, sem priorizar a qualidade
e satisfação do cliente. Neste contexto fez-se um breve histórico do desenvolvimento da
hotelaria hospitalar. Objetivos: Pretende-se falar sobre o serviço de hotelaria hospitalar
em sua evolução atual; a fim de levantar as mudanças tecnológicas deste setor, detalhar
tecnologias leves da hotelaria e o que elas proporcionam a gestão, ao profissional e ao
cliente. Metodologia: A metodologia utilizada para chegar ao resultado foi um
levantamento bibliográfico do tipo exploratório e descritivo. Para amostra utilizaremos
livros da área e artigos extraídos da internet, sobre hotelaria hospitalar; mudanças no setor
saúde; inovações tecnológicas e tecnologias em saúde, buscando os conteúdos mais
relevantes. Farar-se uma análise qualitativa dos dados coletados; para chegarmos a uma
conclusão. Discursão e Resultados: Na visão atual de assistência à saúde o foco do
cuidado é o paciente/cliente e não a patologia; a atividade meramente curativa perde força
e o desenvolvimento de um bom serviço de hotelaria hospitalar passa a ser uma
necessidade competitiva e também primordial para o sucesso da assistência e cura, sem
eventos adversos, perdendo a ideia de que investir em hotelaria seria um luxo
desnecessário. Assim hoje este serviço assumiu no hospital setores de higiene, rouparia,
lavanderia, gerenciamento de resíduos sólidos, serviço de nutrição e dietética, recepção e
outros.

Palavras-chaves: Hotelaria Hospitalar. Mudanças. Tecnologias Leves.

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A INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS DE VIDA SOBRE O COMPRIMENTO DOS
TELÔMEROS
Maria Vitória Ferreira Lima1; Milton Camplesi Júnior2; Lucas Luiz de Lima Silva3;
Xisto Sena Passos4; Juliana Menara de Souza Marques5
1
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Paulista - UNIP
2
Biomédico. Doutor em Microbiologia pela Universidade Federal de Goiás - GO, Brasil
. Professor adjunto da Universidade Paulista
3
Biomédico. Doutor em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
4
Biomédico. Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás - GO,
Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
5
Biomédica. Doutoranda em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professora adjunta da Universidade Paulista
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os telômeros consistem em longas séries de sequências curtas e


repetidas, em tandem, que se localizam nas extremidade dos braços dos cromossomos e
tem como função manter a estabilidade do genoma. Durante a replicação celular, no
entanto, ocorre a perda progressiva de DNA das extremidades dos cromossomos, pois a
DNA polimerase convencional não pode polimerizar a extremidade 3' da molécula linear.
A telomerase é uma transcriptase reversa constituída de uma sequência curta de RNA que
serve de molde para a síntese do telômero. A atividade da telomerase é exibida em
gametas e células-tronco e tumorais. Em células somáticas humanas, o potencial de
proliferação é estritamente limitado e a senescência segue aproximadamente 50-70
divisões celulares. O comprimento dos telômeros é reconhecido como um dos
biomarcadores do envelhecimento. A genética contribui com 30-80% das variabilidades
no comprimento dos telômeros, deixando 20-70% para fatores desconhecidos,
provavelmente fatores externos, incluindo fatores ambientais e de estilo de vida. Esses
dois últimos fatores podem ser modificados potencialmente para ter um impacto positivo
no comprimento dos telômeros e contribuir para reduzir doenças e levar uma vida
saudável. OBJETIVOS: Este trabalho teve como objetivo levantar informações sobre a
influência dos hábitos de vida sobre o comprimento dos telômeros. METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de aspecto descritivo, incluindo artigos científicos
escritos em inglês, espanhol e português, publicados no período de 2008 a 2021. A coleta
dos dados foi realizada no site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific
Electronic Library Online (SciELO) e no site do National Center for Biotecnology
Information (NCBI), na base de dados PubMed. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
idade demográfica da população mundial está mudando, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde (OMS), entre os anos 2000 e 2050, a proporção da população mundial

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com mais de 60 anos dobrará de cerca de 11% para 22%. O encurtamento do telômero
tem sido relacionado a altos níveis de inflamação, estresse oxidativo e fatores
metabólicos, como gordura abdominal, níveis elevados de glicose no sangue e
hipertensão. Além disso, telômeros curtos foram associados a condições relacionadas ao
estilo de vida que são fatores potencialmente modificáveis, como diminuição do consumo
de frutas e sedentarismo. Logo, qualquer dieta antioxidante ou anti-inflamatória poderia
ser protetora para os telômeros ao desacelerar o encurtamento telomérico e retardar o
processo de envelhecimento. A ingestão de nutrientes com propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórios, como vitamina C ou E, polifenóis, curcumina ou ácido graxo ômega-
3, foi associada a telômeros mais longos. O treinamento físico facilita potencialmente a
manutenção do telômero por meio de muitos mecanismos moleculares, uma vez que o
telômero é regulado por modificações epigenéticas, como alterações das histonas
(metilação e acetilação) e metilação do DNA. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diferentes
estudos mostram que mudanças no estilo de vida, incluindo padrões alimentares
saudáveis e um aumento na atividade física, podem diminuir o encurtamento dos
telômeros resultando em um retardo do processo de envelhecimento e prevenção de
possíveis doenças relacionadas a esse encurtamento.
Palavras-chave: Telômeros, Hábitos Saudáveis, Envelhecimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)


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REABILITAÇÃO PULMONAR DE UM PACIENTE COM MALFORMAÇÃO
DE ARNOLD-CHIARI TIPO I: RELATO DE EXPERIÊNCIA
¹Ivy Veras de Sousa; 2Jéssica Inara de Brito Siqueira; 3Marina Rufino Mariano; 4Priscila
Thais Araujo dos Santos, 5Patrícia Chaves Coertjens.

1,2,3,4
Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Piauí – UFPI
5
Doutora em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As malformações de Arnold-Chiari (MAC) são um grupo de condições


que envolvem as estruturas da junção crânio-cerebelo-medular. Foi reconhecida por Hans
Chiari e Julius Arnold, no qual quatro tipos de malformações foram classificados: I, II,
III e IV. A Arnold-Chiari tipo I é a mais comum e é caracterizada pelo deslocamento
caudal do cerebelo e pela herniação das amígdalas cerebelares através do forâmen magno.
De uma forma geral apresenta poucos sintomas tais como dor de cabeça, tontura e náusea.
A dor de cabeça é exacerbada tanto pela flexão ou extensão do pescoço. Devido ao quadro
clínico, estes podem estar relacionados à congestão do forâmen magno, visto que isto
pode acarretar em obstrução da circulação do líquido espinhal. Alguns casos podem
apresentar distúrbios visuais, disfagia, fraqueza de extremidades, parestesia, ataxia da
marcha, espasticidade e alterações respiratórias como apneia do sono e dispneia de
esforço. Em virtude da compressão ou tensão dos nervos caudais do cérebro alguns casos
apresentam rouquidão e dificuldade de engolir. Os casos mais graves podem ser tratados
cirurgicamente. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada em uma clínica Escola de
Fisioterapia da região, diante de um caso de paciente com Arnold-Chiari tipo I.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência em Reabilitação Pulmonar
durante estágio supervisionado no período de agosto a setembro de 2018. Foram
realizados três atendimentos semanais por 8 semanas em uma pessoa com a síndrome
Arnold-Chiari do tipo I. O paciente apresentava comprometimento da marcha, parestesia
do membro superior e inferior do lado esquerdo e diminuição da função pulmonar,
ocasionando dispneia ao esforço. O atendimento foi composto por exercícios de
flexibilidade geral, respeitando as limitações do paciente, cinesioterapia combinada aos
exercícios de expansão pulmonar, cicloergômetro de membros superiores e esteira
ergométrica visando ganho de capacidade funcional e respiratória. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Em virtude de muitos casos assintomáticos, a prevalência de casos de
Arnold-Chiari fica prejudicada, embora tenha sido relatada maior incidência no norte e
nordeste do Brasil e, prevalência na população feminina. Por tratar-se de uma síndrome
rara não há evidências suficientes para descrever o grau de comprometimento cognitivo,
dificultando, desta forma estratégias de tratamento adequado. Diante dessa experiência
foi notável a contribuição da Fisioterapia Cardiopulmonar na promoção de saúde e
qualidade de vida do paciente. A vivência proporcionou um amplo conhecimento aos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


acadêmicos para uma síndrome rara e pouca explorada no país, contribuindo para a
formação de um profissional com raciocínio clínico individualizado, respeitando as
limitações do paciente, bem como na construção de um profissional mais humanizado e
ético. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conforme a experiência relatada e revisão
sistemática sobre o tema ainda faltam evidências mais robustas para descrever os
comprometimentos. Diante disto, torna-se necessário para futuras práticas clínicas
investigar de forma mais adequada o funcionamento cognitivo com testes padronizados
evitando maiores déficits cognitivos e funcionais aos portadores.
Palavras-chave: Malformação de Arnold-Chiari, Qualidade de Vida, Fisioterapia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Malformação de Arnold-Chiari Tipo I. Revista Neurociências, v. 21, n. 2, p. 294-301,
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REVISÃO: DOENÇA DE PARKINSON E SUAS ETIOLOGIAS
MITOCONDRIAIS.
Nathália Perini Zamprogno; Bianca Suaid Soares; Luiza Norbim Rones; Isadora De
Oliveira Liparizi.1

1
Graduando em Medicina na Escola Superior de Ciências Da Santa Casa de Misericórdia
de Vitória -EMESCAM.
[email protected]
Introdução: A doença de Parkinson (DP) apresenta etiologia multifatorial, que inclui
disfunções genéticas e ambientais. Resulta da perda progressiva de células produtoras de
dopamina na substância negra e do acúmulo de proteínas, principalmente a alfa-sinucleína
(SNCA), nos corpos de Lewy. Esses aspectos levam a sintomatologia de bradicinesia,
tremor de repouso e rigidez. Neurônios dopaminérgicos necessitam de demanda
energética, assim, distúrbios mitocondriais, como bioenergéticos, mutações no DNA
nuclear ou mitocondrial, alterações no transporte, movimento e morfologia dessa
organela estão associados à DP. Objetivo: Esclarecer a relação de distúrbios
mitocondriais e o desenvolvimento da DP. Metodologia: Revisão bibliográfica da
literatura realizada na bases de dados PubMed/MEDLINE, durante abril e maio de 2021,
por meio do cruzamento dos descritores, cadastradas no DeCS, “Parkinson Disease”
AND “Mitochondria”. Foram incluídos artigos com textos disponíveis completos
gratuitamente, publicados nos últimos cinco anos, em inglês e português, com o estudo
envolvendo humanos e excluídos aqueles cujo título ou resumo eram incoerentes com a
linha de interesse da atual revisão. Com base nisso, encontraram-se 106 artigos, dos quais
8 foram selecionados, além de outros 2 e um livro didático, julgados importantes para a
discussão do tema. Resultados e Discussão: Evidências científicas mostram que
mutações nos genes SNCA, LRRK2, Parkin e PINK1 implicam em mecanismos
mitocondriais deficitários que desenvolvem a DP. A mutação do gene SNCA sensibiliza
neurônios ao estresse oxidativo e provoca danos por toxinas, o que induz a fragmentação
mitocondrial e a produção de radicais livres. A PARKIN previne o edema e a ruptura
mitocondrial secundária à toxicidade, ou seja, relaciona-se à integridade mitocondrial.
Alterações na proteína PINK1 interferem no potencial da membrana mitocondrial.
Ademais, mutações na quinase LRRK2 interferem no tráfego mitocondrial e nas proteínas
da membrana externa. Logo, modificações nesses genes além de diminuírem a atividade
do complexo I da cadeia transportadora de elétrons, prejudicam a produção energética, a
regulação da síntese de dopamina e sua neurotransmissão. Conclusão: De acordo com a
literatura, observa-se a fundamental relação entre DP e disfunções mitocondriais, todavia
mais estudos são necessários para esclarecer e justificar tal abordagem, como forma de
melhorar o prognóstico e a terapêutica.

Palavras chaves: Doença de Parkinson, mitocôndria, mutação.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Autor: Nathália Perini Zamprogno, Bianca Suaid Soares, Luiza Norbim Rones e Isadora
De Oliveira Liparizi.

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em: 15 mai. 2021.

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ALEITAMENTO MATERNO: FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O
DESMAME PRECOCE E INFLUENCIAM NA DURAÇÃO DESSA PRÁTICA

Cleumylenne Santana Ribeiro de Sousa1; Barbára dos Santos Limeira2; Romila Martins
de Moura Stabnow Santos3; Marcelino Santos Neto4; Floriacy Stabnow Santos5
1,2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
3
Profissional de educação física. Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde e
Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
4
Farmacêutico Bioquimico. Docente na Universidade Federal do Maranhão
5
Enfermeira. Docente na Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde


(OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) desenvolveram um
conjunto de condutas que são necessárias e atuam como fator de proteção para o
aleitamento materno exclusivo e o aleitamento prolongado. Entre essas recomendações
encontra-se a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) que preconiza os Dez Passos
para o Sucesso do Aleitamento Materno (AM). Oferecer à criança alimentos que não seja
o leite materno antes do sexto mês de vida contribui para o desmame precoce, deixando
a criança mais vulnerável à ocorrência de doenças como diarreia, infecções respiratórias
e desnutrição, o que, por sua vez, pode levar ao comprometimento do crescimento e do
desenvolvimento. O AM está ligado diretamente na proteção e prevenção de doenças
infecciosas, principalmente nos primeiros dois anos de vida. OBJETIVOS: Identificar
na literatura disponível os fatores que contribuem para o desmame precoce e os que
influenciam na duração da amamentação. METODOLOGIA: Estudo do tipo revisão de
literatura, realizado em setembro de 2021. Pesquisa realizada nas bases de dados Lilacs,
Medline, Scielo, Bireme e BDENF – Enfermagem, utilizando-se os descritores:
Aleitamento materno, Desmame precoce e Fatores de risco. Foram utilizados os seguintes
critérios de inclusão: Artigos completos, nos idiomas inglês, português e espanhol,
publicados entre 2016 e 2021, e excluídas teses e dissertações, artigos de revisão. Foram
encontrados 22 artigos e por concordarem com o objetivo do estudo foram selecionados
12 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Alguns fatores contribuem para o
desmame precoce como a baixa escolaridade, a introdução precoce de outros alimentos
antes do sexto mês de vida, mulheres com tendências depressivas, trabalho da mãe fora
do lar. Os fatores que podem influenciar na duração da amamentação são:
acompanhamento pré-natal adequado com orientações sobre a prática do AM, nascimento
em hospital que tem a IHAC, crianças que foram colocadas em contato pele-a-pele e
mamaram na primeira hora de vida e ainda o aleitamento materno em livre
demanda. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma é primordial que a equipe de

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saúde se mantenha atualizada e capacitada para promover, apoiar e desenvolver
estratégias de incentivo ao aleitamento materno exclusivo diminuindo os índices de
desmame precoce.
Palavras-chave: Aleitamento materno; Desmame precoce; Fatores de risco.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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HOTELARIA HOSPITALAR E A GESTÃO EM ENFERMAGEM

Clarissa Vasconcelos Silva de Souza


Universidade Federal de Sergipe
E-mail: [email protected]

Introdução: Trata-se de um levantamento bibliográfico sobre hotelaria hospitalar,


explanando suas características; com se inter-relaciona com os demais setores do hospital,
enfatizando sua ligação com a assistência de enfermagem e como influencia no cuidado
direto ao paciente, no trabalho dos profissionais e na empresa, que neste caso é o hospital.
Assim se detalhou cada setor que necessita da atuação do serviço de hotelaria e também
como é o processo de gestão em enfermagem; com foco no profissional enfermeiro
procurou-se descrever como se deve desenvolver o processo de trabalho e a articulação
entre os profissionais da equipe. Objetivos: conhecer a hotelaria hospitalar e relacionar
com os serviços prestados pela enfermagem; para a qualidade e efetividade da assistência
à saúde a qual acarretará benefício para a instituição, profissional, usuário e
acompanhante. Métodos e materiais: fara-se um levantamento bibliográfico do tipo
descritivo, de livros e artigos relacionados ao assunto abordado. Resultados e Discursão:
Neste contexto percebe-se que algumas dificuldades da gestão em enfermagem podem
ser amenizadas pelo serviço de hotelaria hospitalar, encontrando no caminho percorrido
um elo positivo entre a hotelaria hospitalar e a gestão em enfermagem, o qual é a
organização e humanização na assistência ao paciente. Sabe-se que existem falhas
humanas que ocorrem por falta de profissionais, materiais ou de atribuições que fogem a
capacidade da equipe. Conclusão: Assim se percebe que para o sucesso de uma
instituição ou de um tratamento não basta focar na patologia, tem que envolver a
organização da instituição de saúde suprindo as necessidades do paciente de forma
individual englobando família e comunidade.
Palavra-chave: Gestão em enfermagem, Hotelaria hospitalar, Humanização.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Pioneira Thomson Learding,2006.
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CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 4ª edição.
São Paulo: Makron Books,1993.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Parecer nº 2/2018/COFEN/CTLN.
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Lei 7498 /86, de 25 de junho de 1986.Lei do exercício profissional da enfermagem.
Disponível emhttp://www.cofen.gov.br/lei-n-749886-de-25-de-junho-de-
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EFEITO DA MOBILIZAÇÃO ARTICULAR NA ESPOSTA INFLAMATÓRIA
EM UM MODELO DE ARTRITE GOTOSA EXPERIMENTAL

Iranilda Moha Hoss1, Taciane Stein1, Suellen Scarton1, Gladson Ricardo Flor Bertolini1,
Lucineia de Fátima Chasko1
1.Programa de Pós-graduação em Biociências e Saúde - Universidade Estadual do Oeste
do Paraná/Campus de Cascavel
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Artrite gotosa (AG), é uma doença inflamatória aguda autolimitada,


resultante da hiperuricemia sanguínea e deposição de cristais de urato monossódico
(UMS), peri e intra articular, resultando em dor excruciante e edema inflamatório.
Embora os mecanismos que promovem a resposta inflamatória sejam conhecidos, são
raros dados da utilização de recursos fisioterapêuticos durante o pico inflamatório da AG,
sendo preconizado o tratamento medicamentoso. OBJETIVOS: Assim, o objetivo dessa
pesquisa foi avaliar o efeito da mobilização articular na resposta inflamatória da IL-1 ß,
estresse oxidativo e migração leucocitária, durante o pico inflamatório em modelo
experimental de AG. METODOLOGIA: Estudo experimental, randomizado, não cego.
Seguido os preceitos éticos da Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP,
1983), e foram aprovados pelo Comitê de Ética para Uso de Animais (CEUA) da Unioeste
n0 20-19. Utilizados 20 ratos Wistar, machos, 12 semanas de idade, divididos em grupos
ARTRITE e CONTROLE, subdivididos em MOBILIZADOS e NÃO MOBILIZADOS
(n= 5). Os animais artríticos receberam uma injeção intra-articular no joelho direito de 50
uL (1,25 mg) de cristais de UMS e os animais controles receberam 50 uL de (PBS).
Decorridos 7 horas, durante o pico inflamatório, foi realizado o tratamento com uma única
sessão de mobilização articular passiva grau III, segundo Maitland, protocolo de 3
repetições com 3 minutos cada, descanso de 30 segundos, perfazendo 9 minutos de
mobilização. Em seguida, foi realizada a eutanásia com excesso de anestésico, coletado
5 μL de líquido sinovial do joelho direito para preparação dos esfregaços, após corados
com Maygrunwald e Giemsa, feita a contagem diferencial de células mononucleares e
polimorfonucleares em microscópio de luz, objetiva de 100x de forma cega. A contagem
total feita sobre uma câmara vítrea de Neubauer e a análise com microscópio de luz, na
objetiva de 40x. Foi coletado sangue heparinizado, centrifugado por 5 min a 14009g a
4°C, armazenado o plasma a -800, posteriormente, usado 125 μL de plasma em 855 μL
de tampão, homogeneizado o tubo e adicionado 20 μL de tert-buty para a leitura das
enzimas CAT, SOD e GPx. Restante do plasma armazenado a -80 0 para a análise da IL-
1ß, por meio do teste de ELISA (PEPROTECH). Os pressupostos estatísticos foram
testados pelo software SPSS 20.0® e pelo modelo linear generalizado, pós teste LSD,
distribuição gama, sendo os resultados expressos em média e erro padrão (p< 0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O modelo experimental mimetizou a inflamação da
AG com aumento estatístico significativo do perfil leucocitário e da citocina pró-

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


inflamatória IL-1ß, mas não apresentou aumento do estresse oxidativo. O protocolo de
mobilização articular, não reverteu a migração leucocitária nem o aumento da IL-1ß,
sugerindo que a mobilização não atua no mecanismo anti-inflamatório.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, o protocolo proposto nesta pesquisa com a
mobilização articular passiva não repercutiu na resposta inflamatória AG.
Palavras-Chaves: Artrite gotosa. Mobilização articular. Perfil Inflamatório.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES PÓS COVID-19:
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
Lívia Frequete da Silva1; Victoria Message Fuentes1; Simone de Souza Belluzzo 1,
Eloisa Maria Gatti Regueiro1,2
1
Departamento de Fisioterapia/ Centro Universitário Barão de Mauá - CBM
1,2
Departamento de Medicina/ Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP
E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: O SARS-Cov-2 é um vírus de origem animal pertencente à família
Coronaviridae e sua infecção provoca doença respiratória aguda, denominada
Coronavírus 2019 (COVID-19). O principal órgão acometido é o pulmão; entretanto,
outros sistemas são acometidos pelo Sars-Cov-2, como o sistema muscular e neurológico.
OBJETIVO: Realizar um levantamento bibliográfico de estudos sobre o Sars-Cov-2,
possíveis complicações e intervenções eficazes no paciente pós COVID-19. MÉTODO:
Foi realizada uma revisão da literatura sobre as complicações advindas do vírus e
possíveis intervenções fisioterapêuticas aos pacientes acometidos. O levantamento
bibliográfico foi realizado no período de julho a setembro de 2021. Foram consultadas as
bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed, Scielo, LILACS. Os
descritores utilizados foram: physioterapy, physicaltherapy, rehabilitation, Covid-19,
coronavírus, sarscov 2, que foram combinados com o operador boleano AND. Os critérios
de elegibilidade foram: publicação no ano de 2021, tema COVID-19 com enfoque à
reabilitação e seus efeitos sobre o sistema respiratório e possíveis intervenções efetivas
mediadas e executadas por fisioterapeutas. Foram encontrados 75 estudos relevantes e
incluídos quatro após análise por critérios de exclusão. RESULTADOS: Os artigos
utilizados nessa revisão evidenciaram que deve ser realizada uma avaliação inicial
específica e individualizada para uma melhor conduta de tratamento. O tratamento deve
ser realizado com exercícios de exposição gradativa durante e após o período de
internação, com o objetivo de amenizar e/ ou reverter os efeitos prejudiciais advindos da
hospitalização, do processo de intubação, quando realizado, como as alterações
pulmonares, músculo esqueléticas, cardiovasculares e neurológicas. A reabilitação
fisioterapêutica visa o fortalecimento muscular respiratório e global, redução dos
sintomas de dispneia, fadiga e melhora das trocas gasosas por meio de técnicas
específicas, como o treinamento muscular respiratório e global com exercícios resistidos
leves, condicionamento cardiovascular, eletroestimulação e exercícios cognitivos, que
têm se mostrado eficazes na melhora da função pulmonar, muscular global, na
fncionalidade, no equilíbrio e coordenação. CONCLUSÃO: As sequelas pulmonares,
musculoesqueléticas, nervosas e cognitivas trazidas pela COVID-19 ainda são objeto de
estudo; porém, a necessidade de melhorar o condicionamento cardiorrespiratório, bem
como a manutenção/ ganho da força muscular global e funcionalidade, são princípios
iniciais à reabilitação destes pacientes. Todavia, ainda são necessários mais estudos a fim
de evidenciar a melhor abordagem.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS
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https://journals.lww.com/ajpmr/Fulltext/2020/10000/Feasibility_and_Efficacy_of_Cardi
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novel-coronavirus-2019-ncov/resource/en/covidwho-477993. Acesso em: 25 jul. 2021
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isolamento: viabilidade e implementação piloto de telessaúde para fornecer terapia
individualizada. Arquivos de pesquisa de reabilitação e tradução clínica, [SL], v. 3, n. 2,
p. 1-6, junho. 2021. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33619469/. Acesso
em: 18 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PAPEL DO NUTRICIONISTA NA REDUÇÃO DE DANOS DO PACIENTE
COM OBESIDADE
Lays Emanuelle de França Gonçalves1; Francisca Alanny Rocha Aguiar2
1
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário INTA - UNINTA
2
Enfermeira. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O aumento da taxa de obesidade na população brasileira exige novas


abordagens técnico-científicas para prestação de cuidado ao paciente obeso em
perspectiva integral. Para tal, faz-se mister o envolvimento no seu plano de cuidados de
fatores socioculturais e biológicos para compreender aspectos objetivos e subjetivos que
contribuem para o estado de obesidade. Com este propósito, o nutricionista deverá
transpor o limitar-se a doença para empregar um cuidado integral. OBJETIVO: Relatar
discussão coletiva realizada em Liga Acadêmica Multidisciplinar sobre o papel do
nutricionista na redução de danos no tratamento do paciente com obesidade.
METODOLOGIA: Relato de experiência do encontro que ocorreu no mês de agosto de
2021, na Liga Multidisciplinar de Doenças Crônicas Não Transmissíveis – LDCNT, do
Centro Universitário INTA - UNINTA. Participaram do momento alunos dos cursos de
Nutrição, Enfermagem e Fisioterapia, totalizando dezoito membros. Para a mediação do
encontro contou-se com a participação de uma Nutricionista e docente da Universidade
Federal do Piauí - UFPI. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A formação mostrou-se
muito mais do que uma mera explanação conteudista a respeito da obesidade, pois a
presença de discentes de três cursos diferentes possibilitou um enfoque multidisciplinar.
O relato de vivências pessoais dos membros da Liga foi essencial para a construção de
um conhecimento ampliado, com enfoque para o contexto biopsicossocial, respeito e
humanização no atendimento multidisciplinar do paciente com obesidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Aponta-se que a formação somada a extensão através de
liga acadêmica contribui na aprendizagem significativa, pois além de ampliar o debate de
assuntos tratados de forma pontual em sala de aula, permite que o aluno assuma o
protagonismo do seu conhecimento.
Palavras-chave: Obesidade; Fisiologia da Nutrição; Atividades de Capacitação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCARAZ, J. P. H., RAMÍREZ, J. P., & PEINADO, M. E. L. Actualizando los
abordajes socioculturales de la obesidad: propuestas a partir de Hacking, Bourdieu y
Foucault. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 30, 2020.

CAMACHO, W. J. M.; DÍAZ, J. M. M.; ORTIZ, S. P., ORTIZ, J. E. P., CAMACHO, M.


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Diabetes/metabolism research and reviews, v. 35, n. 8, p. e3203, 2019.

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ALMEIDA, L. M.; CAMPOS, K. F. C.; RANDOW, R.; GUERRA, V. A. Estratégias e
desafios da gestão da Atenção Primária à saúde no controle e prevenção da
obesidade. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, v. 8, n. 1, p. 114-139, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ENFERMARIA DE SAÚDE MENTAL: EXPERIÊNCIA EM TEMPOS
PANDÊMICOS

Sílvia Furtado de Barros1; Helenice Assis Vespasiano1 ; Andreia Alves Rossato1

1
Hospital Universitário de Brasília – HUB-UnB-Ebserh

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A desinstitucionalização foi um dos principais investimentos da


Reforma Psiquiátrica, com foco nas mudanças de paradigmas tanto na compreensão como
nas ações em Saúde Mental, superando práticas centradas na cultura manicomial e
ampliando a rede de cuidados em Saúde Mental no Sistema Único de Saúde (SUS),
atualmente denominada Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A RAPS caracteriza-se
como uma rede articulada e integrada para atendimento de pessoas em sofrimento
psíquico com demandas relacionadas ao transtorno mental ou problemas decorrentes do
uso de substâncias psicoativas. Compõem essa rede os equipamentos de saúde que
integram o SUS, nos variados níveis de complexidade, da atenção básica à alta
complexidade, dentre eles: as Enfermarias de Saúde Mental dos Hospitais Gerais. A
presença dos leitos de saúde mental nos hospitais tem-se mostrado uma experiência bem-
sucedida na melhoria do cuidado integral aos usuários. Para tanto, deve-se considerar as
singularidades do sujeito na construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS),
buscando a promoção da autonomia e reconhecimento do usuário como cidadão e agente
ativo de seu tratamento. OBJETIVOS: Apresentar um relato de experiência de uma
enfermaria de Saúde Mental de um hospital universitário inaugurada em dezembro de
2020 até setembro de 2021. METODOLOGIA: Descrição das práticas terapêuticas,
revisão dos dados apresentados no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
– AGHU, como tempo de permanência, principais CID’s de entrada na internação e
quantidade de internações. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De dezembro de 2020 a
setembro de 2021, 78 internações foram realizadas. A média do tempo de permanência é
de 27 dias. Os dez CID’s de entrada na internação mais frequentes são: Z91.5 - História
pessoal de auto agressão, F29 - Psicose não orgânica não especificada, F20.0 -
Esquizofrenia paranoide, F31.9 - Transtorno afetivo bipolar não especificado, F32.2 -
Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos, F20.9 - Esquizofrenia não
especificada, F23.0 - Transtorno psicótico agudo polimorfo sem sintomas
esquizofrênicos, F31.2 - Transtorno afetivo bipolar, episódio atual maníaco, F32.8 -
Outros episódios depressivo, F33.2 - Transtorno depressivo recorrente, F33.3 -
Transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos e F42.0 -
Transtorno obsessivo compulsivo com predominância de ideias ou de ruminações
obsessivas. PTS é discutido semanalmente em reunião de equipe. Após a alta o usuário é
acompanhado no ambulatório de egressos até estar inserido na rede de atenção
psicossocial do Distrito Federal. O processo de cuidado em saúde mental é construído em
equipe multidisciplinar, sendo ofertadas as seguintes modalidades de atendimento:

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Oficinas terapêuticas de práticas corporais, arte e expressão, culinária, cidadania, lazer;
grupos terapêuticos de psicoeducação, de sentimentos e apoio aos familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A existência de uma enfermaria de saúde mental em um
hospital geral tem um efeito de reduzir o estigma relacionado aos transtornos mentais,
aumentar a transparência da prática em saúde mental e ampliar a atenção sobre a saúde
física dos usuários. Conclui-se que apesar da recente abertura da referida enfermaria, as
reuniões de equipe, discussões de caso/PTS e as práticas terapêuticas implementadas são
recursos importantes para auxiliar na desospitalização e transformação do processo de
cuidado em saúde mental.
Palavras-chave: enfermaria, saúde mental, pandemia COVID-19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VIETTA, E. P., KODATO S., FURLAN R. Reflexões sobre a transição paradigmática


em saúde mental. Rev Latino-am Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 97-103, 2001.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O ACOLHIMENTO PSICOSSOCIAL A PACIENTES INFECTADOS COM A
COVID 19 E SEUS FAMILIARES NO CONTEXTO HOSPITALAR

Sílvia Furtado de Barros1; Paula Andreia Ferreira Bastos1

1
Hospital Universitário de Brasília – HUB-UnB-Ebserh
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O surgimento do novo coronavírus e sua rápida disseminação pelo


mundo impactou significativamente a vida das pessoas atingidas pela doença, suas
famílias e o sistema de saúde como um todo. Os efeitos da covid 19 geraram um alto
índice de mortes e um número elevado de internações hospitalares. Os profissionais da
área da saúde, em suas diversas especialidades, passaram desde então a enfrentar um
cenário novo e desafiador nas unidades de saúde. Uma internação em decorrência da
Covid 19, gera sofrimento emocional tanto no paciente quanto nos seus familiares, esse
impacto emocional pode agravar a doença e aumentar riscos psicológicos e psiquiátricos.
Dentro desse contexto, a atuação de psicólogos e assistentes sociais no acolhimento
humanizado, ético e resolutivo a pacientes infectados pela Covid 19 e a seus familiares
torna-se ferramenta primordial para dirimir fragilidades e inseguranças. O acolhimento
deve se converter em um momento privilegiado de escuta qualificada, de análise de
vulnerabilidades, além de buscar resoluções advindas desse contexto. OBJETIVOS:
Frente a essa problemática, o presente estudo objetiva relatar a experiência do serviço
social e da psicologia no acolhimento a pacientes infectados com a Covid 19 e a seus
familiares no contexto hospitalar, apontar a importância do atendimento interprofissional,
identificando aspectos objetivos e subjetivos relevantes. METODOLOGIA: Trata-se de
um relato de experiência evidenciando a importância do acolhimento multiprofissional a
pacientes internados em uma ala COVID -19 de um Hospital Universitário e a seus
familiares, buscou-se analisar aspectos relevantes identificados nos atendimentos,
privilegiando assim a integralidade dos indivíduos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
serviço social procurou identificar, por meio de instrumental técnico de acolhimento,
aspectos sociais importantes como: composição familiar, situação socioeconômica,
suportes de rede primária e secundária, além de realizar encaminhamentos à rede
socioassistencial, visando garantir o acesso às políticas públicas e a direitos. O
acolhimento psicológico buscou auxiliar os pacientes a compreenderem sentimentos e
manifestações como sensação de privação de liberdade, estresse, ansiedade, humor
deprimido, desesperança, medo da morte e abandono/isolamento. Também possibilitou a
construção conjunta de alternativas para lidar com os sentimentos e emoções
apresentados. Além disso, foi realizado orientações e psicoeducação acerca do contexto
de isolamento, uso de EPI e contato da equipe de saúde com seus familiares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O acolhimento psicossocial foi uma ferramenta
importante de suporte emocional e vinculação entre paciente, família, equipe e instituição,
contribuindo para a prevenção e promoção da saúde mental. Por meio do acolhimento
social pacientes e familiares obtiveram acesso às políticas públicas vigentes, a direitos

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sociais, auxílios emergenciais, além de possibilitar o estabelecimento de um canal de
comunicação eficaz entre todas as pessoas envolvidas no processo.

Palavras-chave: Acolhimento, Psicossocial, Covid 19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. FIOCRUZ. Saúde mental e atenção psicossocial na


pandemia COVID-19: Orientações às/aos psicólogas/os hospitalares. Brasília, 2020.
Disponível em:
https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wpcontent/uploads/2020/04/cartilha_psicologos_
hospitalares.pdf
SCHMIDT et al. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia do novo
coronavírus (COVID-19). Estudos em Psicologia, v. 37, e200063, 2020. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.1590/1982-0275202037e200063

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELAXAMENTO MUSCULAR DE JACOBSON PARA MANEJO DE
ESTRESSE E ANSIEDADE EM PESSOAS VIVENDO COM HIV

Sílvia Furtado de Barros1; Paula Andreia Ferreira Bastos1

1
Hospital Universitário de Brasília – HUB-UnB-Ebserh
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O resultado de uma sorologia positiva traz para alguns pacientes o


medo de morte iminente, do agravamento de sua condição clínica e receios referentes ao
preconceito e julgamento social. O diagnóstico de HIV pode gerar impactos psicossociais
marcantes no que diz respeito a perspectivas de futuro, objetivos pessoais e profissionais,
aspectos relacionados ao tratamento e estreitamento de laços afetivos.
Consequentemente, o paciente pode desenvolver sintomas de ansiedade e estresse, em
níveis distintos de gravidade, sendo que a presença de pensamentos automáticos
disfuncionais pode desencadear respostas emocionais, fomentando padrões negativos de
pensamento que podem estar associados à manifestação de sintomas psiquiátricos. O
relaxamento Muscular Progressivo de Jacobson é uma técnica que visa melhorar o
conhecimento sobre os estados de relaxamento e tensão possibilitando a redução de
tensões musculares, levando o paciente a um estado de bem estar psicológico a partir de
intervenções corporais, sendo altamente recomendado para pacientes que enfrentam
estresse e ansiedade constantes. OBJETIVOS Frente a essa problemática, o presente
estudo objetiva relatar uma experiência de uso dessa técnica em um grupo de pessoas com
sorologia positiva para o HIV e observar se as técnicas de relaxamento foram efetivas
para manejo de estresse e ansiedade. METODOLOGIA: Após uma revisão da literatura
sobre técnicas de relaxamento e sua eficácia em contexto hospitalar, foi realizada a
escolha das técnicas devido ao conhecimento de suas aplicabilidades. A equipe se
capacitou nas técnicas de respiração diafragmática e no relaxamento muscular
progressivo. Foi então elaborada uma programação para intervenção em grupo
consistindo em apresentação dos participantes e de suas expectativas, aplicação,
compartilhamento e avaliação das técnicas. Ao início, a maioria dos participantes não
havia tido contato com a técnica e suas expectativas se orientavam pelo aprendizado de
uma estratégia que os auxiliassem a reduzir sintomas de ansiedade e seus efeitos corporais
negativos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o exercício, a equipe permaneceu
atenta aos pacientes buscando observar seus estados físicos e sinais de possível alívio ou
desconforto. Observou-se em sua maior parte sinais físicos de alívio como rostos
relaxados, ausência de tensão muscular, chegando em alguns casos a indução de sono. O
compartilhamento da experiência confirmou os estados observados: todos relataram
sensação de relaxamento e diminuição de cansaço e tensão muscular. Muitas pessoas se
mostraram motivadas a permanecer exercitando o relaxamento e, em alguns casos, haverá
continuidade do treino de relaxamento.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o exercício de relaxamento possibilita
diminuição de estados de tensão muscular gerados por ansiedade e estresse e se mostra
especialmente útil para pessoas vivendo com HIV, frente ao caráter crônico e
eventualmente ansiogênico que essa condição pode ter.

Palavras-chave: Relaxamento, Psicossocial, HIV

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, E. M. das N.; FERREIRA, T. de J. R. Relaxamento: estratégia de intervenção


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COMPARAÇÃO DA LONGEVIDADE ENTRE SELANTE RESINOSO
CONVENCIONAL E SELANTE AUTOCONDICIONANTE DURANTE UM
ANO POR ANALISE ESTEREOMICROSCOPICA
Lisandra Maria Aroucha Coelho1; Karla Janilee Penha²; Profª. Drª.Leily Macedo
Firoozmand3;
1
Graduanda em Odontologia Universidade Federal do Maranhão
2
Doutoranda em Odontologia Universidade Federal do Maranhão
3
Cirurgiã-dentista, professora de Odontologia da Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O uso dos selantes apresenta-se como uma técnica preventiva eficaz
para o controle da doença cárie em superficies oclusais. O desenvolvimento de selantes
que proporcionem constante remineralização do esmalte, ofereçam simplicidade e
rapidez no procedimento clínico tais como os autocondicionantes, reforça a necessidade
de analisar o comportamento clínico deste material. Dentro deste contexto, destaca-se os
selantes com "Giomers", presente neste estudo, que além de autocondicionantes,
liberaram íons de flúor, estrôncio, borato, alumínio, silicato e sódio. Primeiro e único
selante com essas características do mercado, mostrando a importância de investigações
que analisem o seu comportamento in vivo e o perfil microscópico. OBJETIVOS:
Avaliar por avaliação clínica indireta a retenção, comprometimento marginal e qualidade
do remanescente de selantes resinosos convencional e autocondicionante com partículas
de ionômero de vidro pré-reagidos (S-PRG) utilizando microscopia. METODOLOGIA:
Cinquenta e seis segundos molares com ICDAS (0 a 2) recém-erupcionados de
adolescentes entre 11 a 14 anos foram selecionados. Aplicando o modelo de boca dividida
os dentes foram randomizados e selados, um com selante resinoso convencional
Fluoroshield (FS) e outro com autocondicionante bioativo Beauti Sealant (BS).
Moldagens com silicone de adição foram realizadas após o tratamento, 1, 6 e 12 meses,
totalizando 224 amostras. Avaliações indiretas foram realizadas com estereomicroscópio
e catalogadas de acordo com escores de retenção, comprometimento marginal e qualidade
do remanescente preconizados pela United States Public Health Service.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados submetidos ao teste x² para o grau de
retenção, regressão ordinal com função Logit e razões de chance (α =0,05). Após 1 ano,
o selante BS apresentou menor retenção total comparado ao FS. Não houve diferença
significante na forma anatômica, mas sim na adaptação e comprometimento marginal
após um ano, com maior desempenho para o FS. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Conclui-se a partir da avaliação indireta maior retenção e melhores valores de
adaptação/comprometimento marginal para o FS apenas após um ano de tratamento,
mostrando que não há inferioridade de tratamento comparado ao selante BS durante um
ano.
Palavras-chave: Selantes. Autocondicionante. Oclusal

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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occlusal surfaces after 2 and 3 years. Clinical Oral Investigations, v. 21, n. 1, p. 143–
149, 2017.
MALTZ, M.; JARDIM, J. J.; ALVES, L. S. Health promotion and dental caries.
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MISRA, S.; TAHMASSEBI, J. F.; BROSNAN, M. Early childhood caries--a review.
Dental update, v. 34, n. 9, p. 556- 558,561- 562,564, nov. 2007.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NEFROLITÍASE E DOENÇA DE CROHN: EXISTE RELAÇÕES?

Karolayne Carvalho Silva1; Matheus da Silva Sposito2; Joel Azevedo de Menezes Neto3
1
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau-Caruaru/PE
2
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau-Caruaru/PE
3
Enfermeiro. Pós-graduado em Estomaterapia pelo Hospital Israelita Albert Einstein-SP
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Doença de Crohn (DC) é uma patologia inflamatória intestinal, de


origem idiopática e como tal, caracteriza-se por um processo inflamatório crônico que
pode atingir todo o trato gastrointestinal (TGI) 1. A origem da DC não é completamente
conhecida, contudo, parece envolver interações de fatores comportamentais, microbiota,
predisposição genética, resposta imune anormal ou autoimune na mucosa intestinal 2. A
litíase renal, por sua vez, é uma das mais comuns na clínica urológica3 e consiste na
formação de cálculos no trato urinário. Trata-se de um processo multifatorial que envolve
o desequilíbrio entre os fatores promotores da formação de cálculo e os inibidores da
cristalização2. OBJETIVOS: Identificar na literatura científica quais as possíveis
relações entre a doença de cronh e a litíase renal. METODOLOGIA: O presente estudo
trata-se de uma revisão de literatura, onde o levantamento de bibliográfico foi realizado
nas bases de dados da LILACS, PUBMED e BVS, sendo coletados artigos entre os anos
de 2015 a 2021. Foram adotados como critérios de inclusão: tratar-se de artigo completo,
estar dentro do período de tempo analisado, ter aderência ao objetivo e a questão
norteadora, além de serem redigidos em português. Todos os estudos que não cumpriram
os critérios supracitados foram automaticamente excluídos. Foram selecionados 11
artigos completos e após criteriosa análise 4 artigos compuseram a amostra final.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A inflamação crônica intestinal resulta da interação
entre fatores genéticos, imunológicos, microbiológicos e ambientais4. Cálculos renais
podem ser detectados em um expressivo número de pacientes com DC, especialmente os
que se submetem á cirurgia de ressecção parcial do intestino delgado, sendo esses cálculos
associados à hiperoxalúria entérica (excreção urinária de oxalato maior que 40-45
mg/dia), resultante da má absorção de gorduras, levando a hiperabsorção de oxalato da
dieta; hipomagnesúria (baixa concentração plasmática de magnésio) e hipocitratúria
(diminuição da eliminação de citrato); o citrato e o magnésio agem solubilizando e
impedindo a cristalização dos sais de cálcio, sua eliminação deficiente, perfaz um cenário
propício ao surgimento de cálculos; além de desidratação, oligúria, menor absorção de
água, obstrução ou infecção do trato urinário, excreção anormal de ácido úrico, urina
ácida, alterações na absorção e excreção de oxalatos, dentre outras alterações metabólicas
associadas2. Outro fator que contribui para a urolitíase é a acentuada perda de líquidos
associadas a diarreia frequente, o que resulta em uma significativa redução de líquidos
alcalinos, onde os rins respondem secretando urina ácida e concentrada, favorecendo o

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


surgimento de cálculos de ácido úrico2. Dentre as alterações a nível renal fomentadas
pela DC destaca-se: nefrolitíase, uropatia obstrutiva com hidronefrose e fistulas
enterovesicais, além de nefrite túbulo-intersticial, com ou sem granulomas associados4.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a doença de cronh e a nefrolitíase estão
intimamente relacionadas, uma vez que a DC afeta o TGI e este, por sua vez, é
responsável por absorver água e todos os nutrientes essenciais para homeostase corpórea.
Desta forma, a manifestação inflamatória da DC modifica as concentrações de diversas
substâncias de excreção renal, o que associado a outros fatores, irão convergir para a
cristalização e surgimento de cálculos renais.
Palavras-chave: Nefrolitíase; Doenças inflamatórias intestinais; Cálculos renais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FEITOSA, Paula da Silva; DE SOUSA, Alexandre Venâncio. Doença de Crohn e uso de


probióticos como tratamento adjuvante. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4,
p. 42872-42889, 2021.

ALMEIDA, Nívea Veiga; NEVES, Alden Santos. Doença de Crohn e sua relação com a
Nefrolitíase: Tratamento Nutricional. Cadernos UniFOA. Volta Redonda, Ano VI, n.
16,
agosto 2011. Disponível em: http://www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/16/99.pdf

DA SILVA, José Diogo Ribeiro Pereira. Nefrolitíase induzida por fármacos. 2015.
Tese (Mestrado em Medicina) - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da
Universidade do Porto, 2015.

MORÃO, Bárbara Tonilhas da Silva. Nefrite túbulo intersticial glomerular e


granulomatosa como manifestação extra-intestinal da Doença de Crohn. 2015. Tese
(Mestrado em Medicina). Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Curso de Mestrado Integrado em Medicina
Clínica Universitária de Pediatria, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COMPLICAÇÕES E REPERCUSSÕES DA COVID-19 NA PEDIATRIA
Ingrid Jordana Bernardes Ferreira¹; Victória Sardinha de Lisboa²; Gabriela Meira
Nobrega dos Santos Gomes³/ Sâmmia Apinagé Neres4/Anna Izabel Alves da Silva
Santos5
1,3
Graduando em Medicina pela Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida
2
Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde- Aparecida de Goiânia
4
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio
Carlos
5
Fisioterapeuta Neurofuncional adulto e infantil e Mestranda em Medicina Molecular
UFMG
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO: Introdução: Atualmente enfrenta-se a pandemia do COVID- 19, doença


desconhecida que se espalhou rapidamente e exigiu tratamentos eficazes. Na pediatria
observou que crianças eram afetadas mais raramente e de forma leve quando comparadas
aos adultos. Diante das hipóteses levantadas para explicar esse fenômeno acredita-se na
relação entre a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) nas células epiteliais
alveolares do tipo I e II. A ACE2 é o receptor do SARS-CoV-2, fundamental para a
entrada na célula hospedeira e logo na replicação do vírus na infância há uma expressão
limitada da ACE2, devido os pulmões ainda estarem em desenvolvimento, resultando em
proteção. Homens têm níveis mais altos de ACE2 em suas células alveolares em
comparação às mulheres, o que explica o maior número de mortes no sexo masculino e
predisposição, quando comparado as crianças nas taxas de hospitalização entre meninas
e meninos. No Reino Unido e posteriormente na Europa e EUA foram identificadas
crianças com manifestações da síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C).
Apresentaram choque hiperinflamatório semelhantes à doença de Kawasaki e à síndrome
do choque tóxico além de febre, sinais de inflamação generalizada, hipotensão e
disfunção de múltiplos órgãos. Objetivos: Abordar as repercussões e complicações
relacionadas ao COVID-19 na infância. Metodologia: Pesquisados estudos de 2021 nas
bases de dados Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores “coronavírus”
and “pediatric inflammatory multisytemic syndrome”. Incluíram-se artigos que
explicassem as repercussões e agravos do COVID- 19 na pediatria, totalizando 2 artigos.
Resultados: Estudos em relação ao COVID-19 com a pediatria alertam para um quadro
clínico preocupante que foi denominado de MIS-C. A fisiopatologia não é bem
esclarecida, porém evidências apontam ser uma consequência da resposta exacerbada do
sistema imunológico, devido a infecção de células dendríticas ou macrófagos por SARS-
CoV-2 diminuir a produção de citocinas antivirais aumentando a produção de citocinas
inflamatórias. Essa condição se assemelha a síndrome da tempestade de citocinas além
da MIS-C compartilhar aspectos com outras patologias inflamatória, como: doença de
Kawasaki, sepsea e HLH secundário. A MIS-C ocorre em dias a semanas depois da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


infecção pelo SARS-CoV-2 e acomete pelo menos dois órgãos e sistemas. O diagnóstico
é a partir de determinados achados, como: febre elevada e persistente, pelo menos duas
manifestações clínicas, hipotensão arterial, choque, sinais de inflamação mucocutânea,
aumento dos marcadores inflamatórios, exclusão de causas infecciosas e evidência de
Covid-19. O tratamento é totalmente individualizado e visa minimizar sequelas cardíacas
e diminuir a mortalidade. É imprescindível o diagnóstico precoce, notificação e
monitoramento dos casos já curados da COVID-19. Conclusão: Concluímos que ao se
tratar de COVID-19 em crianças, deve-se adotar um acompanhamento pós infecção viral
e em casos de manifestações da síndrome é importante o diagnóstico e tratamento
precoce. É necessário o olhar atento do pediatra perante crianças que já tiveram contato
com o vírus mesmo em casos leves ou assintomáticos, o qual é mais provável de
desenvolver a síndrome e diagnósticos diferenciais, como sepse, que requer outros
cuidados.
Palavras chaves: COVID-19; pediatria; síndrome inflamatória multissistêmica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Leonardo Rodrigues et al. Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica
(MIS-C) temporalmente associado ao COVID-19. Residência Pediátrica, v. 10, n. 2, p.
348-353, 2020.
PACHECO, Matheus Alves et al. Síndrome multissistêmica inflamatória pediátrica
durante a pandemia de COVID-19: perspectiva na literatura comparada. Brazilian Journal
of Development, v. 7, n. 7, p. 66342-66353, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MORTALIDADE DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS POR COVID-19 NO
BRASIL E MUNDO
Lorena Lima Gouveia de Oliveira1; Wellington Teixeira Viana Junior²
1
Graduanda em Medicina pela Universidade Ceuma de Imperatriz
2
Médico. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Pará
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Dentre as comorbidades com maior prevalência no cenário da infecção


do SARS-COV-2, a doença renal crônica (DRC) aparece entre as 4 principais, atrás
somente de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, sendo a última a mais
prevalente. Assim, contribuindo para esse cenário, dentre os renais crônicos, os
hemodialítico regulares, possuem maiores chances de ter contato com o vírus pela
necessidade de deslocamento aos centros de diálise, impedindo o isolamento social- uma
das principais formas de prevenção da infecção. Adicionalmente, distúrbios renais estão
potencialmente associados a COVID-19 em paciente hospitalizados, sendo observado,
principalmente, proteinúria, hematúria, elevada creatina sérica e Injúria Renal Aguda
(IRA). OBJETIVOS: Avaliar a frequência de óbitos em pacientes renais crônicos em
decorrência da infecção por SARS-COV-2. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
realizado por meio da busca bibliográfica, nas plataformas BVS e Google Scholar, usando
descritores específicos (renal crônico e COVID-19), com fito de responder uma pergunta
norteadora: qual a taxa de mortalidade desses indivíduos na pandemia do coronavírus?
Foram encontrados 12 artigos na língua inglesa, sendo 3 artigos desconsiderados por não
trazerem dados claros sobre a mortalidade de renais crônicos, assim, não respondiam à
questão guia desse estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os nove artigos
analisados, todos, sem exceção, concluíram que pacientes com DRC possuem um risco
elevado para complicações pela COVID-19. Aliado a isso, durante a pesquisa
bibliográfica, foi constatada uma maior incidência (88%) de casos positivos do SARS-
COV-2 em pacientes que realizavam a hemodiálise nos centros, em comparativo com os
que recebiam em casa (11%), evidenciando uma situação de risco vivenciada por esses
indivíduos que colabora com a alta taxa de mortalidade. Já outro estudo demonstrou que
doenças renais ocorreram em 40% dos hospitalizados pela COVID-19, a IRA em 5,1%,
e que os elevados níveis séricos de creatina estavam relacionados a uma maior taxa de
mortalidade nos hospitais. Ainda, quanto ao Brasil, foi relatado uma taxa de mortalidade
decorrente do SARS-COV-2 de 9,4% em pacientes hemodialíticos, e letalidade de 27,7%,
com os maiores índices de mortalidade e letalidade na região Norte do país.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, fica evidente a alta mortalidade do renal
crônico pela COVID-19 relacionada, em grande parte, à IRA e níveis elevados de creatina
sérica, além da constante exposição que estão sujeitos. Dessa forma, é imperativo
compreender como o novo coronavírus afeta a função renal. Vale ressaltar que medidas
de prevenção como detecção precoce, isolamento de casos suspeitos nas unidades de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


diálise e o uso de máscaras apropriadas devem ser otimizados para minimizar essa
problemática.
Palavras-chave: COVID-19. Mortalidade. Renal Crônico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHENG, Yichun et al. Kidney disease is associated with in-hospital death of patients with
COVID-19. Kidney international, v. 97, n. 5, p. 829-838, 2020.

FATHI, Mobina et al. The prognostic value of comorbidity for the severity of COVID-
19: A systematic review and meta-analysis study. PloS one, v. 16, n. 2, p. e0246190,
2021.

MARTINEZ-ROJAS, Miguel Angel; VEGA-VEGA, Olynka; BOBADILLA, Norma A.


Is the kidney a target of SARS-CoV-2?. American Journal of Physiology-Renal
Physiology, v. 318, n. 6, p. F1454-F1462, 2020.

PIO-ABREU, Andrea et al. High mortality of CKD patients on hemodialysis with


Covid‑19 in Brazil. Journal of Nephrology, n.33, p. 875–877, 2020.

TAJI, Leena et al. COVID-19 in patients undergoing long-term dialysis in Ontario.


CMAJ, v. 193, n. 8, p. E278-E284, 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PRÉ-NATAL PSICOLÓGICO COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DA
DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Luciana Canela de Siqueira Silva¹


Dayana Marques Tavares²

1,2
Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil - Fernandópolis/ SP

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O puerpério é marcado por um período de intensas vivências


emocionais para a mulher, nas quais as transformações, a adaptação e as exigências
sofridas a tornam mais vulnerável e propensa à instabilidade emocional. No Brasil, apesar
da depressão pós-parto afetar entre 10 a 15% das puérperas, interferindo em seus bem-
estares e nas relações de vínculo, menos de 25% das mulheres acometidas por essa doença
têm acesso ao tratamento e diagnóstico. Diante deste cenário, estratégias eficazes para a
psicoprofilaxia das alterações emocionais no período pós-parto devem ser pensadas.
OBJETIVOS: Devido à grande relevância do tema em questão, o presente estudo teve
por objetivo analisar a importância do pré-natal psicológico como estratégia de prevenção
da depressão pós-parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do
tipo revisão integrativa de literatura. Inicialmente, os artigos foram buscados utilizando
os descritores: “Assistência Pré-natal”, “Depressão Pós-Parto” e “Prevenção”, nas bases
de dados científicas PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Os critérios de inclusão
utilizados foram artigos publicados no período de 2017 a 2021, em língua portuguesa e
inglesa. Artigos duplicados, disponibilizados em forma de resumo foram excluídos, a fim
de seguir a qualidade metodológica. Um total de 8 artigos preencheram os critérios de
elegibilidade e, portanto, foram selecionados e analisados. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Para a realização deste trabalho, 8 artigos foram analisados. Os estudos
demonstram que o pré-natal psicológico é essencial no período em que ocorre o preparo
físico e psicológico para o parto e a maternidade, proporcionando um ambiente adequado
e uma vivência positiva pela gestante. Os trabalhos estudados apontam que as mulheres
que participam de algum programa de pré-natal com acompanhamento do profissional
psicólogo e recebem suporte social na gestação e no puerpério, possuem menor impacto
psicológico e depressão no pós-parto, sendo estes os principais fatores de proteção
identificados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa forma, conclui-se que o pré-natal
com a abordagem psicológica é uma ferramenta de maior humanização do processo
gestacional e deve ser estimulado como forma de prevenção e proteção da mulher durante
o período perinatal.
Palavras-chave: Assistência Pré-Natal; Depressão Pós-Parto; Prevenção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBERICI, Arthur Sebba Rady et al. Visão holística acerca da depressão pós-parto.
CIPEEX, v. 2, p. 991-1001, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALMEIDA, Natália Maria de Castro; ARRAIS, Alessandra da Rocha. O pré-natal
psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto. Psicologia: Ciência e
Profissão, v. 36, p. 847-863, 2016.

ARRAIS, Alessandra da Rocha; MOURÃO, Mariana Alves; FRAGALLE, Bárbara. O


prénatal psicológico como programa de prevenção à depressão pós-parto. Saúde e
Sociedade, v. 23, p. 251-264, 2014.

DA ROCHA ARRAIS, Alessandra; DE ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira.


Depressão pós-parto: uma revisão sobre fatores de risco e de proteção. Psicologia,
Saúde e Doenças, v. 18, n. 3, p. 828-845, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FATORES ASSOCIADOS À DEPRESSÃO EM IDOSOS: INTERVENÇÃO DE
ENFERMAGEM PARA PREVENÇÃO
Priscila de Jesus Santos do Rosário 1; Sanara Carvalho Abade2
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Faculdade de Tecnologia e Ciências -
UNIFTC
2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Salvador - UNIFACS
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, a população idosa cresceu consideravelmente,


processo conhecido como transição demográfica. Na sociedade, o número de idosos com
depressao é comum, recorrente, frequentemente, sub-diagnosticada e sub-tratada, sobre
tudo ao nível dos cuidados de saúde primária. OBJETIVO: Identificar os fatores
associados à depressão em idosos e as intervenções da equipe de enfermagem na sua
prevenção. METODOLOGIA: Trata - se de uma revisão de literatura, com abordagem
qualitativa. A pesquisa se deu através das bases de dados: SciELO, LILACS e
BVS, através dos Descritores (Decs): Diagnósticos de Enfermagem; Saúde do Idoso;
Depressão. Foram encontrados 33 artigos. Os critérios de inclusão foram artigos em
portugues, do recorte temporal de 10 anos e que tivessem relação com o tema. Os critérios
de exclusão foram artigos que não abordassem a temática e estudos repetidos.
Selecionando 5 artigos para a revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A depressão
pode ser desencadeada por fatores biológicos, sendo a genética um fator significativo
para doença. Além disso, fatores psicológicos causam perda da autonomia e agravamento
de quadros patológicos preexistentes no idoso, assim como os fatores sociais que
interferem na capacidade funcional, do autocuidado e nas suas relações sociais.
Identificou-se associação entre sintomas depressivo com aumento da idade, prevalecendo
no sexo feminino. A enfermagem, não deve restringir-se somente ao tratamento
medicamentoso, a definição de metas, escuta qualificada, tornar o paciente consciente do
seu papel no cuidado, propor atividades mais ativas, onde o idoso sinta-se mais animado,
promover atividades com interação social, prezar por sua concordância com a proposta
para o processo terapêutico, são atitudes cruciais do enfermeiro. Para atuar nesse
contexto, o enfermeiro precisa ter a destreza de avaliar todos os fatores que podem ser
precipitantes no processo de adoecimento psicológico de cada idoso, a fim de desenvolver
um planejamento terapêutico individualizado para a prevenção e estabelecer uma relação
de confiança com o paciente. CONCLUSÃO: Com base nos resultados, conclui-se que
a necessidade de agir de modo preventivo, junto dos idosos, é inescusável. A identificação
desses fatores auxilia o enfermeiro na elaboração de ações preventivas, identificação
precoce e tratamento com abordagem multiprofissional da depressão.

Palavras-chave: Diagnóstico de enfermagem; Saúde do idoso; Depressão.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS:

1 - BRITO, F. M. et al. Diagnóstico de Enfermagem regulação do humor prejudicada e


sintomas depressivos em pessoas idosas institucionalizadas. Rev online de pesquisa:
Cuidado é fundamental. v. 13, n. s/n, p. 919-924, 2014.

2 - PASSOS, J. et al. Prevalência dos focos de Enfermagem de saúde mental em pessoas


mais velhas: Resultados da pesquisa documental realizada num serviço de psiquiatria.
Rev Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental. v. 4, n. 2, p. 81-91, 2012.

3 - PASSOS, J. et al. Focos de Enfermagem em pessoas mais velhas com problemas de


saúde mental. Rev de Enfermagem referência. V. 4, n. 2, p. 81-91, 2014.

4 - SILVA, E. R. et al. Prevalência e fatores associados à depressão entre idosos


institucionalizados: subsídio ao cuidado de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. v. 46, n.
6, p. 1387-1393, 2012.

5 - TESTON, E. F. et al. Sintomas depressivos em idosos: Comparação entre residentes


em condomínio específico para idoso e na comunidade. Rev Brasileira de Enfermagem.
v. 67, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM NOS DOENÇAS
INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

Clarissa Vasconcelos Silva de Souza


Universidade Federal de Sergipe
E-mail: [email protected]

RESUMO

Introdução: O trabalho da enfermagem é exercido através de processos de atividades


organizadas, sequenciadas, avaliadas e objetivas. Processo de trabalho em enfermagem é
um método científico planejado para identificar problemas de enfermagem, determinar as
necessidades básicas afetadas e prescrever ou recomendar o cuidado a pessoa, a família
ou comunidade por meio da sistematização da assistência; a qual é uma metodologia
científica a ser implementada na prática do trabalho, conferindo maior segurança aos
pacientes, melhora da qualidade assistencial e maior autonomia dos profissionais de
enfermagem. Ela constitui uma ferramenta que auxilia na gestão do cuidado, no sentido
de organizar os recursos e dispositivos para este processo/ação acontecer de forma
planejada. Doença de Cronh e Colite ulcerativa são um conjunto de condições
inflamatórias intestinais distintas de causas desconhecidas que afetam o trato
gastrointestinal e compromete a vida diária dos portadores destas doenças. Elas são as
principais doenças inflamatórias intestinais e apresentam sintomas semelhantes como
dores abdominais, diarreia, astenia, desnutrição, febre e alterações no sistema nervoso
entérico aumentando a percepção sensorial e a motilidade intestinal causando também
incontinências e urgências fecais. Objetivo: conhecer melhor as doenças inflamatórias
intestinais e inseri-las no processo de trabalho desta categoria profissional a nível
ambulatorial. Método: Como amostra utilizou-se livros de referência na enfermagem que
continham esta temática e artigos extraídos do google acadêmico em português sobre
doença inflamatória intestinal e a assistência de enfermagem e processo de trabalho de
enfermagem. Farar-se-á uma análise qualitativa dos dados coletados; a fim de discutir
sobre o processo de trabalho da enfermagem ambulatorial voltado para estes clientes para
o estudo. Resultado/Conclusão: Assim foi possível traçar o caminho para exercer o
processo de trabalho específico para este grupo de interesse.

Palavras-chaves: Processo de Trabalho; Enfermagem; Doenças Inflamatórias


Intestinais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APPOLINÁRIO, F. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática de Pesquisa. São Paulo:


Pioneira Thomson Learding,2006.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CAMBUI, Yan R.S. NATALI Maria R. M. Doenças Inflamatórias Intestinais: Revisão
Narrativa da Literatura. Disponível em
https://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/20378. Acesso em: 02/07/2021.

COFEN. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM Resolução COFEN


Nº358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados,
em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências.
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html. Acesso em:
30 out. 2020.

KAWAMOTO, Emilia E. Anatomia e fisiologia para enfermagem.1ª ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

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EFEITOS DA MEDICINA TRADICIONAL E COMPLEMENTAR NO
CUIDADO DO PACIENTE ONCOLÓGICO ADULTO: REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA.

LIMA, Lindsay Lopes¹, RAMOS, Aline Silva².

¹Fisioterapeuta, formada pela Faculdade Estácio de Macapá/AP.

²Fisioterapeuta, Especialista em Docência do Ensino Superior e Fisioterapia


Cardiorrespiratória e Fisioterapia Neurofuncional, Mestre em Ciências da Saúde pela
Universidade Federal do Amapá, Docente da Faculdade de Macapá (FAMA).
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer é uma problemática crescente, cuja gravidade afeta as


condições físicas, psicossociais e qualidade de vida. A estimativa mundial revela que em
2018 ocorreram 18 milhões de novos casos de câncer no mundo. Mesmo estando entre as
doenças crônicas, o câncer se distingue porque, mesmo com o progresso no tratamento e
diagnóstico, suas modificações vão além dos aspectos físicos como queixas álgicas,
amputações e reações adversas do tratamento, atingem o biopsicossocial, sendo
primordial uma assistência integral a estes indivíduos. A Medicina Tradicional e
Complementar (MTC), um conjunto de diferentes práticas da medicina não convencional,
surge como uma forte estratégia de tratamento, estimulando o próprio corpo, por meio de
recursos naturais, a ativar mecanismos de prevenção de agravos e recuperação da saúde.
OBJETIVOS: Identificar os efeitos que a MTC tem alcançado na qualidade de vida do
paciente oncológico adulto, as práticas de MTC mais estudadas e utilizadas, a forma de
uso desses recursos e o perfil dos pacientes que os usaram. METODOLOGIA: Revisão
Integrativa da Literatura, quanti-qualitativa, a partir de artigos e trabalhos acadêmicos
publicados na Bireme/BSV, Periódicos CAPES, PEDro e Google Acadêmico, entre 2010
a 2019, em português, inglês e espanhol, resultado de busca utilizando os DeCS “Terapias
complementares” e “Câncer”, isoladamente para cada base de dados. Os critérios de
exclusão foram publicações repetidas, arquivos corrompidos ou incompletos, que não
atendiam a pelo menos 50% dos objetivos propostos ou não tinham sido realizadas com
seres humanos. A análise de dados foi feita a partir dos totais absolutos e percentuais de
respostas obtidas para as questões levantadas, bem como a partir da análise e exposição
descritiva dos textos encontrados das publicações originais. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O uso da MTC foi predominante em pacientes do sexo feminino e
masculino, entre 31 e 59 anos, em tratamento quimioterápico, portadores de câncer
ginecológico. Os produtos naturais, intervenções mente e corpo e terapias energéticas
foram as técnicas mais citadas da MTC, e suas formas de uso são principalmente a
homeopatia, fitoterapia, plantas medicinais, técnicas de relaxamento, ioga, meditação e
reiki. Todas as pesquisas que investigaram os efeitos das técnicas sobre o paciente
oncológico relataram efeitos positivos das técnicas, com ênfase nos aspectos físicos,
mentais e emocionais. Apenas 2 artigos mencionaram efeitos físicos adversos causados
pelo uso indiscriminado de produtos naturais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


técnicas da MTC têm gerado efeitos positivos nos aspectos de qualidade de vida e no
quadro de sinais e sintomas relatados pelos pacientes oncológicos, com destaque para
suas características voltadas para a humanização e o cuidado integral do ser humano,
valores que precisam cada vez mais ser valorizados e vivenciados na atuação de todos os
profissionais da saúde, mas especialmente da fisioterapia, tanto em seu papel preventivo
quanto de reabilitação. Muitos estudos já comprovam a eficácia de algumas terapias da
MTC, mas existe a necessidade da disseminação desse conhecimento, tanto para que os
usuários e suas famílias conheçam as diferentes oportunidades de tratamento, quanto para
reforçar a valorização científica e clínica destas práticas.

Palavras-chave: Câncer; Terapias complementares; Práticas Integrativas e


Complementares.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. O que é o câncer. Portal
INCA, 2019a.
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Pessoas com Câncer. Rev. Bras.Cancerol, v.64, n.1, pp. 9-17, 2018.
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aspectos legais e panorama acadêmico-assistencial. Esc. Anna Nery, v.23, n.2, pp. 1-9,
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EFEITOS DA MUSICOTERAPIA NA ESTABILIZAÇÃO DE SINAIS VITAIS E
CONTROLE DE DOR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

GUIMARÃES, Joicilane dos Reis¹


MORAIS, Valdenise dos Reis¹
RAMOS, Aline Silva²

¹Fisioterapeuta, formada pela Faculdade Estácio de Macapá


²Fisioterapeuta, Especialista em Docência do Ensino Superior e Fisioterapia
Cardiorrespiratória e Fisioterapia Neurofuncional, Mestre em Ciências da Saúde,
Docente da Faculdade de Macapá (FAMA).
E-mail: [email protected].

INTRODUÇÃO: Musicoterapia é um tipo de influência que objetiva a precaução, o


desenvolvimento ou a recuperação de funções e potenciais do indivíduo, a partir do
processo musicoterapêutico, sendo de fácil aplicação, não invasiva, destinada a diferentes
objetivos, inclusive o controle de sinais vitais e dor. Os sinais vitais estão entre os
principais parâmetros que indicam a gravidade dos pacientes em qualquer contexto e
também ajuda a determinar a indicação e contraindicação de determinadas assistências de
saúde. Na fisioterapia, é importante o controle dos sinais vitais e da dor, os quais muitas
vezes são contraindicações para a realização da conduta para com o paciente ou mesmo
fatores que dificultam a melhora do quadro clínico. OBJETIVOS: Verificar os efeitos
da musicoterapia ou seus diferentes recursos para o controle da pressão arterial,
frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura e dor de pacientes de diferentes
faixas etárias e em diferentes contextos assistenciais, sua forma de aplicação, bem como
analisar o perfil dos pacientes que foram submetidos a este recurso nas diferentes
pesquisas, buscando uma sugestão de modelo de aplicação deste recurso possível para a
fisioterapia. METODOLOGIA: Revisão Integrativa da Literatura, de caráter
quantitativo, a partir da análise de artigos científicos, teses, monografias, dissertações,
publicados na PubMed, BVS/Bireme, PEDro, Periódicos CAPES e Google Acadêmico,
entre os anos 2015 e 2019, em português, inglês e espanhol, a partir de busca utilizando
os DeCS “Música” e “Musicoterapia”, individualmente. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: O perfil prevalente de pacientes foi de indivíduos de ambos sexos (85%),
maiores de 18 anos (48%), em situação de cirurgia ou pós-cirúrgico (26%), em hospital
(59%). A aplicação da musicoterapia foi feita principalmente por profissionais da
enfermagem (33%) e musicoterapeutas (30%), utilizando música clássica (48%), durante
21 a 30 minutos (44%), em apenas 1 sessão (48%) e mostrou-se eficaz para estabilização
de Frequência Cardíaca, Pressão Arterial, Frequência Respiratória e Dor, porém não
houve indício de efeito de estabilização da Temperatura. Tais resultados concordam com
Costa e Silva (2017), que explicam que a composição musical influencia na liberação de
ocitocina no organismo, provocando efeitos positivos nos sinais fisiológicos, como
diminuição dos batimentos cardíacos, da taxa respiratória e da pressão sistólica e
diastólica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A musicoterapia se mostrou uma intervenção

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positiva, que pode ser usado para todas as faixas etárias, em diferentes situações
patológicas, e para o controle de praticamente todos os sinais vitais. Destacamos a
necessidade urgente percebida neste estudo de que o profissional fisioterapeuta venha se
apoderar dessa estratégia terapêutica em sua atuação, agregando a música à reabilitação
em variados contextos de sua prática profissional, especialmente por ser este um recurso
de fácil aplicação, baixo custo e não invasivo, que pode trazer diferentes resultados tanto
para o controle de sinais vitais e redução da dor, quanto na humanização e cuidado
integral com a saúde do paciente.
Palavras-chave: Musicoterapia; Sinais Vitais; Dor.

REFERÊNCIAS
ANJOS, A.G.et. al. Musicoterapia como Estratégia de Intervenção Psicológica com
Crianças: Uma Revisão da Literatura. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia,
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CAITANO, J.S.O. et. al. Música durante o transoperatório: concepção de profissionais e
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de adultos: Revisão integrativa. Revista Pleiade, v.11, n.22, pp. 12-24, 2017.
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improvisacional musico-centrada para crianças com autismo. Revista Brasileira de
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GATTINO, G.S.; DA SILVA, L.C.; MOURA, A.B. Musicoterapia e educação musical
no contexto hospitalar: aproximações e distanciamentos. Rev InCantare, v.7, n.1, p. 12,
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Nephrol. (J. Bras. Nefrol.), v.41, n.1, pp. 74-82, 2019.
MONTEIRO, D.H.M.; DE OLIVEIRA, A. F. Musicoterapia: contribuição como
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âmbito da saúde. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde, v.2, pp. 91-
110, 2014.
MOURA, C.C. et al. Impactos da dor crônica na vida das pessoas e a assistência de
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NEMES, M.C.; SOUZA, L.M.F.O.L. Musicoterapia Receptiva no Tratamento da Dor
Crônica. Rev InCantare, v.9, n.1, pp. 1-108, jan-jun. 2018.
OLIVEIRA, C.C.; GOMES, A. Breve história da musicoterapia, suas
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SALLUM, A.M.C.; GARCIA, D.M.; SANCHES, M. Dor aguda e crônica: revisão
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE
NA GESTAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Antonia Thaís Oliveira Lima; 2Francisco Thiago Paiva Monte;3Elana Maria da
Silva;4Joelma Gomes Lima;5Francisco Natanael Lopes Ribeiro; 6Darlanderson Gomes
Albuquerque.

1
Nutricionista, Secretaria da Saúde de Sobral-CE;
2
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família – UFC;
3
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família - ESPVS;
4
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família - ESPVS;
5
Assistente Social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família - ESPVS;
6
Profissional de Educação Física, Secretaria da Saúde de Sobral-CE;
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A educação em saúde constitui-se como uma ferramenta bastante


utilizada na Estratégia Saúde da Família (ESF), que visa fortalecer e embasar ações
construídas de forma coletiva, pelo uso de metodologias e tecnologias que objetivam a
melhoria da qualidade de vida da população assistida. Seu delineamento metodológico
reconhece a importância de temas que vão além de aspectos biológicos, impulsionando o
desenvolvimento de conhecimentos, comportamentos e atitudes necessárias para os
cuidados em saúde. Nessa perspectiva, atenta-se para a saúde da mulher durante o período
gestacional, considerando-a como uma fase que sugere alguns cuidados especiais para
prevenção de doenças e promoção da saúde tanto da gestante, como da criança. Nesse
interim, consideramos a realização de ações educativas que propiciem o intercâmbio de
vivências e conhecimentos entre profissionais e usuários. Diferentes experiências podem
ser compartilhadas entre os participantes, entre elas, a abordagem sobre a importância da
educação alimentar e nutricional no período gravídico-puerperal. OBJETIVOS: Relatar
a experiência da realização de uma atividade educativa sobre alimentação saudável, em
um grupo de gestantes de um CSF do município de Sobral-CE. METODOLOGIA:
Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado pela Nutricionista do Núcleo
Ampliado Multiprofissional (NAM) em parceria com outros profissionais do serviço,
realizado nos meses de agosto e setembro, por meio da condução de um grupo de
gestantes, efetivado em um CSF localizado no bairro Terrenos Novos II, no município de
Sobral-CE. As ações iniciaram pela entrega de convites para todas as gestantes em
acompanhamento pelo CSF, contendo o dia, horário e temática a ser trabalhada, que
foram entregues pelas Agentes Comunitárias de Saúde (ACS). Definiu-se a periodicidade
de quatro encontros a serem realizados com intervalo de quinze dias. Durante os
encontros a sala estava ornamentada de acordo com a temática, a fim de proporcionar um
ambiente acolhedor. Utilizamos metodologias ativas que instigavam a participação ativa
das gestantes durante os encontros, abrindo espaços para exteriorização de suas dúvidas,
bem como o compartilhamento de experiências. Os temas tratados foram: 1) Alimentação
saudável durante a gestação; 2) Estratégias para melhora dos enjoos; 3) Desmistificado

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mitos sobre a alimentação da mãe durante o período da amamentação e 4) Orientações
gerais sobre alimentação do RN nos primeiros meses de vida. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: As intervenções possibilitaram um aprendizado mútuo, através da
transmissão de conhecimentos, bem como o desvelar de mitos, e o esclarecimento de
dúvidas sobre aspectos ligados à alimentação saudável durante a gravidez. Além disso,
os momentos oportunizaram a troca de experiência entre as participantes e profissionais,
mostrando-se como uma importante ferramenta de aprendizado e fortalecimento de
vínculo com a equipe. CONCLUSÃO: É reconhecida a relevância dos momentos de
educação em saúde e os resultados que estes podem causar na vida dos usuários,
elucidando transformações na realidade destes, através da conscientização e aprendizado
sobre outras formas de cuidados além da disponibilizada nos atendimentos individuais.
Palavras-chave: Nutrição; Gestação; Educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BESEN, Candice Boppré et al. A estratégia saúde da família como objeto de educação
em saúde. Saúde e sociedade, v. 16, p. 57-68, 2007.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-Natal e Puerpério:
atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília: Editora do Ministério da
Saúde; 2006.
DE CARVALHO, Yara M.; CECCIM, Ricardo B. Formação e educação em saúde:
aprendizados com a saúde coletiva. Campos GWS, Minayo MCS, Akerman M,
Drumond Júnior M, Carvalho YM, organizadores. Tratado de saúde coletiva. São
Paulo: Hucitec, p. 149-82, 2006.

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DOENTES CRÔNICOS DE ALTA DIALÍTICA AGUDA OCASIONADO PELA
INFECÇÃO DO CORONAVÍRUS: INDICADOR RENAL DA ATENÇÃO
PRIMÁRIA DE SAÚDE.
Raquel Goiano Vanzeler Cabral¹
Nadja Salgueiro da Silva²
Ana Claudia Oliveira de Araujo³
1234
Governo do Estado de Roraima
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Com o vigente cenário brasileiro de complicações dos portadores de


comorbidades como os diabéticos e hipertensos infectados com SARS-CoV-2, que
necessitaram de diálise suscitada pela lesão renal causada pelo vírus, assim, ressalta -se a
relevância de estratégia de acompanhamento pelas equipes da atenção básica.
OBJETIVOS: Identificar as adaptações preventivas na Atenção Primária à Saúde no
manejo e controle das condições crônicas pós alta hospitalar dialítica da lesão renal
causada pelo coronavírus. METODOLOGIA: Trata -se de um estudo bibliográfico
identificatório, com base na análise e revisão do Guia Orientador para enfrentamento da
COVID-19 nas Redes de Atenção à Saúde, pesquisa nos sites especializados
(conasems.org.br. gov.br. sbim.org.br) e demais artigos relacionados ao tema.
RESULTADOS: Foi confeccionado por meio de Nota Técnica do Ministério da Saúde
28/2020 ações de reabilitação com fisioterapia com foco pulmonar, deficiências físicas a
longo prazo, observando necessidades de apoio psicossocial, educação continuada,
incentivo do telessaúde, exercício em grupos virtuais, acompanhamento nutricional. Não
foi analisado um indicador nas comorbidades de base por Lesão Renal provocada por
SARS-CoV-2 destinado aos profissionais da Atenção Primária de Saúde, equipe
multidisciplinar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O perfil de comorbidades crônicas com
o Coronavírus vem exigindo reforma no modelo de atenção à saúde, mostrando a
necessidade de estratégia de ação aos doentes de comorbidades acometidos de lesão renal
e submetidos a terapia substitutiva de hemodiálise por infecção do vírus Covid -19,
devido ao risco de danos irreversível aos rins e levando os pacientes a depender de diálise
por toda a vida ou até morte prematura por complicações urêmicas e demais toxinas
residuais. A interprofissionalidade pode ser o diferencial da assistência colaborativa
efetiva neste contexto pós pandêmico, com implantação serviço visando a atenção ao rim
após internação por Covid -19 incluído no Programa Previne Brasil, bem como a contínua
vigilância do público-alvo, educação permanente das equipes, atualização e
implementação de protocolos e diretrizes clínicas integral.
Palavra -chave: Diálise, indicador renal, Covid -19.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CONASS Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde –
CONASEMS. Guia Orientador para o enfrentamento da pandemia covid-19 na
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Coronavírus: Uma Revisão Integrativa. Rev Enferm Atual In Derme. 2021, p.
4.

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TÍTULO: ANÁLISE DA TAXA DE MORTALIDADE DECORRENTE DE
DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO POR FAIXA ETÁRIA NO
PIAUÍ EM 2019

Antonio Jakeulmo Nunes¹; Felipe de Oliveira Saboya²; Priscylla Frazão Rodrigues³;


Graziela Santos do Carmo4; Elisson de Sousa Mesquita Silva5 Mariela Sousa de
Medeiros6

1,3,6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba - UFDPAR
2,4,5
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba -
UFDPAR
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O aumento do número de óbitos causados por doenças não


transmissíveis, desde o início do século XX, retrata a realidade da transição do perfil
epidemiológico no padrão de mortalidade no mundo. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), as doenças do aparelho circulatório são responsáveis por mais de 15
milhões de óbitos por ano em todo mundo, evidenciando, ainda, os acidentes vasculares
cerebrais e as doenças isquêmicas do coração como as principais causas. Ainda dentro
deste cenário, grande parte dos indivíduos, em países subdesenvolvidos – como o Brasil
- são diagnosticados muito tardiamente para essas doenças, o que acarreta um maior
número de mortes com o avanço da idade. OBJETIVO: analisar a taxa de mortalidade
decorrente de doenças do aparelho circulatório por faixa etária no estado do Piauí no ano
de 2019. METODOLOGIA: Trata-se de estudo epidemiológico retrospectivo, com
abordagem quantitativa-descritiva, tendo o Sistema de Informação sobre Mortalidade
(SIM), indexado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS/MS), como base de dados. A análise foi feita baseada nos intervalos de faixas
etárias, possibilitando identificar a prevalência das doenças do aparelho circulatório de
acordo com a idade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período analisado (2019),
foram observados um total de 6.415 óbitos por doenças do aparelho circulatório,
correspondendo mais que o dobro da segunda causa de morte naquele ano – as neoplasias.
O número de óbitos por intervalo de idade foram: Menor de 1 ano: 8 óbitos; de 1 a 4 anos:
3 óbitos; de 5 a 9 anos: 6 óbitos; de 10 a 14 anos: 6 anos; de 15 a 19 anos: 14 óbitos; de
20 a 29 anos: 36 óbitos; 30 a 39 anos: 137 óbitos; de 40 a 49 anos: 277 óbitos; de 50 a 59
anos: 598 óbitos; de 60 a 69: 1.038 óbitos; de 70 a 79 anos: 1.538 óbitos; 80 anos ou mais:
2.754 óbitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se que as doenças do aparelho
circulatório despontam como a principal causa de morte no ano de 2019, no Piauí. Além
disso, nota-se, também, que o avanço da idade é um fator potencial para a mortalidade
por doenças do aparelho circulatório o que corrobora com a literatura. Visto isso, faz-se
de suma importância fomentar o debate e a construção de conhecimento sobre a temática

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a fim de desenvolver ferramentas de promoção da saúde para o enfrentamento dessa
problemática.
Palavras-chave: doenças do aparelho circulatório; mortalidade; faixa etária.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAZ, S.G.O. et al. Doenças do Aparelho Circulatório no Brasil de acordo com dados
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em: . Acesso em: 29 out 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES A RESPEITO DO ACOLHIMENTO
DE FAMILIARES LGBTI+: UM RECORTE ÉTNICO-RACIAL
Dara Suellen Pereira Lima1 Jeferson Camargo Taborda2

1
Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal De Mato Grosso Sul
2
Psicólogo. Doutor em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco.
-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O presente trabalho deriva do Projeto de Pesquisa “Revelação da


homoafetividade no contexto familiar: levantamento e análise da literatura científica e de
instituições de acolhimento”. A literatura aponta que a família é uma instituição
primordial não apenas em relação ao desenvolvimento biológico e na elaboração de
valores e crenças, assim como é o principal local de apoio e refúgio quando se sentem
angustiados. Para a população LGBTI+ esse é um ponto delicado, pois, muitas vezes, é a
própria família que apresenta hostilidade, humilhação e às vezes o abandono, quando ela
resolve tornar pública sua orientação sexual e/ou sua identidade de gênero. É importante
destacar que esse processo também deve ser pensada a partir da intersecção étnico-racial.
A interseccionalidade tem como premissa instrumentalizar teórico e
metodologicamente a ligação estrutural do racismo, capitalismo e heteronormatividade,
pois as questões de raça, classe e gênero, abarcando a orientação sexual a identidade de
gênero, atingem as pessoas de forma singular e bem articulada. OBJETIVOS: O objetivo
desta pesquisa é investigar como a literatura científica vem discutindo os processos de
revelação da homoafetividade (coming out) junto aos familiares, assim como investigar
as atuações institucionais e profissionais voltadas para o acolhimento de familiares de
LGBTI+ e sua relação com demandas raciais. METODOLOGIA: Trata-se de uma
pesquisa qualitativa do tipo exploratório. A pesquisa investigou em atuações de
instituições/profissionais cujo acolhimento seja direcionado aos familiares de LGBT+.
Este processo foi realizado através de pesquisa na literatura e levantamento da existência
ou não de serviços de acolhimento aos familiares LGBT+ em Clínicas-Escolas das
principais universidades de Psicologia do país. Pesquisou-se em redes sociais
instituições/profissionais que oferecem este tipo de serviço e investigar a presença e
discussão de temas raciais, considerando a interseccionalidade pessoas negras LGBT+
RESULTADOS E DISCUSSÃO: ao obter respostas das instituições a respeito do
acolhimento de pais de pessoas LGBTI+ pôde-se observar que nenhuma delas têm ações
ou serviços para este fim. As respostas indicam haver acolhimento para o público geral e
que demandas relacionadas às questões LGBTI+ eventualmente surgem, e são acolhidas
da mesma forma que as queixas do restante da população. O mesmo acontece em relação
raça: além de pouco retorno das instituições sobre os aspectos raciais, foi possível
observar um discurso generalista sobre demandas que necessitam de práticas afirmativas
e atendimentos psicológicos culturalmente adequadas para as vivências dessa população.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebe-se a necessidade de ações culturalmente
contextualizadas e o oferecimento de serviços que considerem queixas ligadas às
questões LGBT+ e raça, sobretudo para o momento de revelação da orientação sexual e
identidade de gênero. A importância não está somente para a pessoa LGBT+ mas também
para aqueles em volta. A literatura destaca o acolhimento dos familiares um instrumento
possível para atuenar as contradições, angustias e sentimentos negativos que podem ser
gerados no processo. Destaca-se também a relevância da utilização da inteseccionalidade
como categoria de atuação ao se pensar ações que visem a promoção da saúde,
principalmente para populações vulnerabilizadas, tal como as pessoas negras, as mulheres
e as pessoas LGBT+.
Palavras-chave: acolhimento psicológico; população LGBT+; saúde mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP No. 001/99 de 22 de
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Moura Silva [Documento eletrônico]. Brasília: Ministério dos Direitos Humanos, 2018.
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estudo qualitativo. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 1220-1227, 2018.
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emancipatória. Revista Parágrafo, v. 5, n. 1, p. 6-17, 2017.
LONGHINI, G. D. N. Mãe (nem) sempre sabe: existências e saberes de mulheres
lésbicas, bissexuais e transexuais. 2018. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal
de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação
em Psicologia, Florianópolis, 2018.
ROSA, A. N.; BARR, A. N. A.; DE SOUZA, L. C. R. O luto dos pais na descoberta da
homossexualidade dos filhos. 2017.
VEIGA, L. As diásporas da bixa preta: sobre ser negro e gay no Brasil. Tabuleiro de
Letras, v. 12, n. 1, p. 77-88, 2018
SCHULMAN, S. Homofobia familiar: uma experiência em busca de
reconhecimento. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 05, 27nov.2012.
NASCIMENTO, G. C. M.; SCORSOLINI-COMIN, F. A Revelação da
Homossexualidade na Família: Revisão Integrativa da Literatura Científica. Trends
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO INADEQUADO DA IVERMECTINA NA PREVENÇÃO OU
TRATAMENTO DA COVID-19
Mariana dos Anjos Lopes Alves1; Arisneidi Kasue Ikeda Rêde2; Sandra Ribeiro de
Morais3; Lucas Luiz de Lima Silva4; Juliana Menara de Souza Marques5

1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Paulista - UNIP
2
Farmacêutica. Mestre em Biologia pela Universidade Federal de Goiás, Brasil.
Professora adjunta da Universidade Paulista
3
Bióloga. Doutora em Biologia pela Universidade Federal de Goiás, GO, Brasil.
Professora Titular da Universidade Paulista
4
Biomédico. Doutor em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
5
Biomédica. Doutoranda em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professora adjunta da Universidade Paulista

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A COVID-19 é uma infecção respiratória aguda grave, causada pelo vírus
SARS-CoV-2, que pertence ao gênero Betacoronavirus e família Coronaviridae. A
doença surgiu no início de dezembro de 2019 em Wuhan, China, o surto foi declarado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 30 de janeiro de 2020, alguns dias depois o
Brasil declarou a COVID-19 uma emergência nacional de saúde pública. A transmissão
do vírus de pessoa para pessoa ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias
e contato direto. Os sintomas clínicos mais comumente relatados são: febre, tosse seca,
fadiga, dispneia, anosmia, ageusia, calafrios, dor de garganta ou algumas dessas
combinações. À medida que a COVID-19 se espalhou, começaram a surgir relatórios de
possíveis usos de medicamentos existentes, dentre eles, a ivermectina. Objetivo:
Apresentar informações sobre o uso inadequado da ivermectina na prevenção e
tratamento do Covid-19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de aspecto
descritivo, incluindo artigos científicos escritos em inglês e português, publicados no
período de 2020 a 2021. A coleta dos dados foi realizada no site da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (Lilacs) e PubMed. Resultados e Discussão: A OMS afirmou a COVID-19
como uma pandemia e os sistemas de saúde em todo o mundo concentraram seus esforços
em limitar a disseminação do SARS-CoV-2. Em uma busca vertiginosa por tratamentos
para COVID-19, conduziram um estudo in vitro que mostrou o papel inibidor da
ivermectina na replicação do vírus SARS-CoV-2, entre poucos outros resultados in silico
e in vitro sugerindo o mesmo. Porém, os fundamentos básicos para a avaliação da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ivermectina no COVID-19 em nível clínico parece ser insuficiente. Um ponto controverso
importante a considerar em qualquer justificativa é a concentração necessária de 5 µM
para atingir a ação anti-SARS-CoV-2 da ivermectina observada in vitro, que é muito
superior a 0,28 µM, a concentração plasmática máxima relatada alcançada in vivo com
uma dose de aproximadamente 1700 µg / kg (cerca de nove vezes a aprovada pela
FDA). Entre outras razões, acredita-se que isso pode ter levado a OMS a excluir a
ivermectina dos medicamentos reaproveitados para COVID-19, que levanta questões
sobre a pertinência de estudos clínicos com ivermectina. Um ensaio clínico randomizado
maior foi publicado em março de 2021 e não mostrou efeito da ivermectina na duração
dos sintomas de adultos com COVID-19 leve. Até fevereiro de 2021, a OPAS identificou
vinte e dois ensaios clínicos randomizados com ivermectina por meio de uma rápida
revisão da literatura disponível atualmente. Alguns autores afirmaram que as estimativas
combinadas sugerem efeitos benéficos com a ivermectina, mas a certeza da evidência foi
muito baixa devido ao alto risco de viés e ao pequeno número de eventos ao longo dos
estudos incluídos. Conclusão: As pesquisas relacionadas à ivermectina no COVID-19
têm sérias limitações metodológicas, e uma certeza muito baixa de evidências. O uso da
ivermectina deve ser feito com base em evidências, sem conflitos de interesse, com
segurança e eficácia comprovadas em ensaios clínicos randomizados com consentimento
do paciente.

Palavras-chave: COVID-19, Ivermectina, Ineficácia.

REFERÊNCIAS

BANERJEE, K.; NANDY, M.; DALAI, C.K.; AHMED, S.N. The battle against the
COVID 19 pandemic: what we need to know Before we "test" ivermectin. Drug Res.
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CALY, L.; DRUCE, J.D.; CATTON, M.G., et al. The FDA-approved drug ivermectin
inhibits SARS-CoV-2 replication in vitro. Antiviral Res 2020.

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of the use of ivermectin plus doxycycline for the treatment of patients with COVID-19 in
Baghdad, Iraq. medRxiv 2020.

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binding domain attached to ACE2. In Vivo. 2020.

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LOPEZ-MEDINA, E.; LOPEZ, P.; HURTADO, I.C.; et al. Effect of ivermectin on time
to symptom resolution among adults with mild COVID-19: a randomized clinical trial.
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MOLENTO, M.B. COVID-19 and the race for self-medication and self-administration of
ivermectin: a word of caution. One Health. 2020.

PENA-SILVA, R.; DUFFULL, S.B.; STEER, A.C.; JARAMILLO-RINCON, S. X.;


GWEE, A.; ZHU, X. Pharmacokinetic considerations on the reuse of ivermectin for the
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SINGH, A.; GUPTA, V. SARS-CoV-2 Therapeutics: how far are we from a remedy?
Pharmacol Rep, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO PARA A DIARREIA PÓS-
COLECISTECTOMIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Alana de Moura Martins1; Luiza Proença Brati2

1,2
Graduanda em Medicina pela Universidade do Planalto Catarinense

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A colecistectomia, remoção da vesícula biliar, é um procedimento


cirúrgico comum realizado como forma de tratamento para doenças biliares em pacientes
sintomáticos. De forma geral, a cirurgia deve promover a melhora da cólica biliar;
entretanto, alguns dos sintomas já pré-existentes e/ou outros novos sintomas podem surgir
após a intervenção, sendo caracterizados como Síndrome Pós-Colecistectomia (SPC).
Nesse contexto, a principal manifestação da SPC é a Diarreia Pós-Colecistectomia (DPC),
a qual é definida como a presença de fezes líquidas ou amolecidas e/ou como o aumento
na frequência de evacuações, após a intervenção cirúrgica. Por ser uma patologia bastante
frequente, presente em 12 à 57,2% dos colecistectomizados, propôs-se realizar essa
revisão bibliográfica a fim de ampliar o conhecimento acerca da DPC. OBJETIVO: Este
estudo tem como objetivo ressaltar os aspectos fisiopatológicos e o tratamento,
medicamentoso e não-medicamentoso, para a DPC, facilitando a conclusão diagnóstica
da mesma e antecipando o tratamento da doença, a fim de reduzir a ocorrência de efeitos
adversos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada a partir de
9 referências, nas línguas Espanhol, Inglês e Português, do período de 2016 à 2021, acerca
da fisiopatologia e do tratamento para a DPC. As bases de dados escolhidas foram o
LILACS e o MEDLINE. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos apontam o
mecanismo patogênico da DPC a partir da síntese exacerbada de ácidos biliares, devido
à interrupção do equilíbrio dos mesmos, associada à excessiva desidroxilação bacteriana
no intestino delgado, a qual dificulta a absorção dos ABs. Assim, a síntese e a absorção
desreguladas fazem com que os ácidos alcancem constantemente o intestino grosso e
fiquem por mais tempo em contato com a mucosa, acarretando em alterações na
microbiota intestinal e em uma resposta inflamatória crônica, o que resulta em mudanças
do hábito intestinal e na diarreia por sais biliares. Ademais, pesquisas têm demonstrado
que uma dieta hipo-lipídica associada à administração de sequestradores de ácidos
biliares possuem grande eficácia no tratamento da DPC. A escolha do representante dessa
classe à ser utilizado deve ser realizada de forma individualizada, uma vez que é levado
em consideração a eficácia, a tolerância do paciente aos efeitos adversos do medicamento
e, também, o preço de custo desses. Além disso, incorporar o uso de probióticos com o
objetivo de regular a microbiota intestinal, parece uma opção válida e bastante
conveniente no contexto dessa patologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que
reconhecer os principais mecanismos patogênicos da Diarreia Pós-Colecistectomia

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permite um melhor manejo do paciente e, assim, a realização da adequada conduta
terapêutica, a qual visa reduzir os efeitos adversos da doença e melhorar a qualidade de
vida do paciente.

Palavras-chave: Diarreia; Síndrome Pós-Colecistectomia; Tratamento.

REFERÊNCIAS
CARRIAS, Amanda Sampaio; BORGES, Ana Gabriela Freitas; SOUZA, Luan Kelves
Miranda.. Complicações da associação de síndromes intestinais irritável e pós-
colecistectomia: relato de caso. Pesquisa. Sociedade e Desenvolvimento; v. 10, n. 1, p.
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DEL GRANDE, Leonardo de Mello et al.. Prevalence and predictors of changes in bowel
habits after laparoscopic cholecystectomy. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia
Digestiva; v.30, n. 1, p. 3–6. 2017. Disponível em:
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FARRUGIA, Alexia et al.. Rates of bile acid diarrhoea after cholecystectomy: a


multicentre audit. World journal of surgery; v.45, n.8, p.2447–53. 2021. Disponível em:
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GARRUTI, Gabriella et al.. Colecistectomia: caminho para a síndrome metabólica.


Laboratory Investigation; v. 98, n.1, p. 4-6. 2018. Disponível em:
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ISHERWOOD, Jennifer; OAKLAND, Kathryn; KHANNA, Achal.. Uma revisão


sistemática da etiologia e tratamento da síndrome pós-colecistectomia. The Surgeon.
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JARAMILLO, Rubén Guillermo; YURGAKY, James Milton; OTERO, William Regin..


Diarrea poscolecistectomía, enfoque diagnóstico y terapéutico. Rev.Fac.Med; Bogotá, v.
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http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-
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MANRÌQUEZ, Erik et al.. Diarrea poscolecistectomía: un problema frecuente. Revista
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http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0379389317300819. Acesso em: 23 ago.
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recomendar de forma sistemática. Cirugía Española; v. 98, n.1, p. 36–42. 2020.
Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0009739X19301927.
Acesso em: 18 ago. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


QUALIDADE DE VIDA E URBANIZAÇÃO: ÍNDICE DE FELICIDADE
INTERNA BRUTA DE POPULAÇÕES URBANA E RIBEIRINHA DO ESTADO
DO AMAPÁ

Aline Silva Ramos¹


Anelli Mercedes Celis de Cárdenas²

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Estudos indicam que a urbanização e a industrialização colaboram para


a alteração nos padrões alimentares, surgimento de comportamentos sedentários e
diminuição da atividade física. Atividades como assistir televisão e usar videogames e
computadores e permanecer mais tempo na posição sentada ou reclinada reduz o gasto
energético corporal e está associado a uma série de desfechos desfavoráveis à saúde.
Estudos epidemiológicos desenvolvidos em vários países têm indicado que a frequência
dos transtornos mentais é maior em áreas urbanas, principalmente as de maior porte.
Torna-se necessário, então, entender esta complexa dinâmica das mudanças impostas pela
pós-modernidade, com seus processos de globalização e urbanização, mas ainda perante
um Brasil marcado por povos tradicionais e rurais, com seu estilo de vida peculiar, de
maneira particular no contexto da Amazônia brasileira. OBJETIVOS: verificar a relação
existente entre urbanização e qualidade de vida (QV) de áreas urbana e ribeirinha do
estado do Amapá, extremo norte da Amazônia, a partir do índice de Felicidade Interna
Bruta (FIB). METODOLOGIA: Pesquisa do tipo documentação direta, descritiva e
quantitativa, cuja amostra foi de 270 moradores de 3 áreas: bairros centrais e de bairros
periféricos da área urbana (áreas 1 e 2) e área ribeirinha (área 3), escolhidos por
Amostragem por Conglomerados de dois estágios, com 9 conglomerados primários
(ruas), 5 secundários (residências) para cada primário, e 2 indivíduos para cada
secundário, totalizando 90 indivíduos para cada área. A coleta foi direta e ocasional,
aplicando formulário adaptado de FIB. A análise dos resultados ocorreu através de
estatística inferencial, por Teste ANOVA 2 critérios e Teste Tukey. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: a quantidade de moradores da área ribeirinha classificados com QV
máxima apresentou diferença estatisticamente significante em relação ao número
encontrado nas duas áreas urbanas, sem diferença significante entre as duas populações
urbanas entre si. As 4 dimensões mais influentes para o índice estatisticamente superior
de QV Muito Boa na população ribeirinha em relação às populações urbanas foram
aspectos voltados para o relacionamento entre as pessoas, o meio que as cerca e a
sociedade/comunidade em que vivem. Os moradores da área ribeirinha mostraram um
relacionamento muito melhor com o meio ambiente (Diversidade e Resiliência
Ecológica), com a comunidade local em que vivem (Diversidade cultural e Vitalidade
Comunitária), além de um uso mais satisfatório de seu tempo, fatores que contribuíram
muito para que estes indivíduos apresentassem um nível significativamente superior de
FIB e, consequentemente, de QV. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Todos os resultados

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desta pesquisa confirmaram a hipótese de que os aspectos característicos do processo de
urbanização têm prejudicado o uso satisfatório do tempo e os relacionamentos mais
intensos e positivos do ser humano com o meio e comunidade em que vive,
comprometendo principalmente a qualidade da vida social dos indivíduos mais imersos
no processo de modernização. Confirmou-se que os indivíduos residentes em áreas peri-
urbanas ribeirinhas, com menor influência destes aspectos da urbanização, apresentam
maior índice de qualidade de vida do que habitantes em áreas urbanas.
Palavras-chave: Qualidade de Vida; Urbanização; Populações Vulneráveis.

REFERÊNCIAS
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de personas mayores de Argentina. Hacia promoc. Salud, v.24, n.1, pp. 56-69, Jan./Jun.
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qualidade de vida: resultados de um estudo multicêntrico em Portugal. Rev. bras. geriatr.
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SALDIVA, P. Vida urbana e saúde: os desafios dos habitantes das metrópoles. São
Paulo: Contexto, 2018. 128 p.
SILVA, F.S. Felicidade Interna Bruta (FIB) em Serra Grande, Bahia. Dissertação
apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e
Desenvolvimento Sustentável do Instituto de Pesquisas Ecológicas, Serra Grande, 2011.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA E A NECESSIDADE DE UM
CONTROLE DE INFECÇÕES HOSPITALARES EFICAZ

Ana Paula Dias Gomes1; Júlia Ribeiro Borges2; Iohany de Oliveira Pacheco3; Laís
Emanuelle Lamounier4; Daniela Stefani Marquez5
1,2,3, 4
Graduandas em Medicina do Centro Universitário Atenas. Paracatu, Minas Gerais,
Brasil
5
Docente do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas. Paracatu, Minas Gerais,
Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) podem ser


adquiridas durante o tratamento do paciente em uma unidade hospitalar e tem sua
manifestação durante a internação ou dias após a alta médica. Devido à vulnerabilidade
de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) há uma maior
preocupação dessas infecções associadas ao diagnóstico inicial, sendo necessária
intervenção eficaz para controle do quadro clínico. OBJETIVOS: Analisar o
acometimento de infecções hospitalares em unidades de terapia intensiva compreendendo
medidas de prevenção adotadas. METODOLOGIA: O estudo se trata de uma revisão
bibliográfica pesquisada nas bases de dado SciELO e PubMed com 2.279 resultados que
após a aplicação dos seguintes filtros: documentos dos últimos 5 anos, texto em língua
portuguesa, em humanos e texto completo obtemos 18 resultados que foram selecionados
5 artigos. As palavras chames utilizadas foram: infecção hospitalar, controle de infecção
e unidades de terapia intensiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O risco de aquisição
de IRAS é maior em UTI’s, essa frequência elevada de infecções está associada ao uso
de dispositivos invasivos. Programas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas
à Assistência à Saúde (PPCIRAS) bem estruturados podem reduzir taxas infecciosas e,
por conseguinte, a carga financeira e social gerada por esses eventos. De acordo com
estudos, as ações de prevenção e controle realizadas pela maioria dos hospitais, são:
monitorar a adesão à higienização das mãos, possuir protocolos e realizar auditoria de
antibióticos, implementar precauções padrão e de contato, identificar o leito do paciente
com bactéria resistente e adotar culturas de vigilância como rotina. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Com esse trabalho pôde-se concluir que as infecções hospitalares são mais
frequentes em pacientes de UTIs devido à vulnerabilidade desses pacientes e ao uso de
dispositivos invasivos durante o tratamento. Além disso, notou-se que medidas de
higienização, identificação precoce e o combate de certas bactérias nos leitos
contribuíram para a diminuição dos quadros de infeções hospitalares nos pacientes de
UTIs.
Palavras-chave: Infecção hospitalar; Controle de infecção; Unidades de terapia
intensiva.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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USP [online], v. 54. 14 set 2020.

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e comportamento de profissionais em Unidades de Terapia Intensiva adulto. Revista da
Escola de Enfermagem da USP [online]. 2020, v. 54.

NORONHA, Kenya Valeria Micaela de Souza et al. Pandemia por COVID-19 no Brasil:
análise da demanda e da oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação
assistida segundo diferentes cenários. Cadernos de Saúde Pública [online]. 2020, v. 36,
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MELLO, Mariana Sanches de and Oliveira, Adriana Cristina. Overview of the actions to
combat bacterial resistance in large hospitals. Revista Latino-Americana de
Enfermagem [online]. 2021, v. 29.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DE TENDÊNCIA DA COBERTURA VACINAL DE CRIANÇAS EM
MINAS GERAIS

Marialice Caetano da Silva1, Gabriela Cunha Corrêa Freitas de Oliveira2, Gabriela


Lourença Martins do Nascimento3, Rayssa Nogueira Rodrigues Machado4, Eliete Albano
de Azevedo Guimarães5
1,3
Acadêmico em Enfermagem pela Universidade Federal de São João del Rei
2
Mestranda em ciências da saúde com ênfase em Enfermagem pela Universidade Federal
de São João Del Rei
4
Pós-doutoranda em saúde coletiva pela Universidade Federal de São João Del Rei.
Professora da Universidade Federal de Viçosa.
5
Orientador. Pós-doutora em saúde coletiva. Professora da Universidade Federal de São
João Del Rei.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A imunização previne até 3 milhões de mortes a cada ano no mundo.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) oferta 19 vacinas, cuja proteção
contempla diferentes grupos populacionais, sendo as crianças o público principal.
Observa-se no Brasil preocupante redução na cobertura vacinal (CV), trazendo
recrudescimento de algumas doenças já controladas. OBJETIVO: Analisar tendência
espaço temporal da CV (Tríplice Viral-SCR, Varicela e Hepatite A) e seus determinantes
socioeconômicos em Minas Gerais (MG), entre 2014 e 2020. MÉTODOS: estudo
ecológico de séries temporais, nas 14 macrorregiões mineiras. Extraiu-se dados
secundários do Sistema de Informação do PNI. Utilizou-se análise linear generalizada de
Prais Winsten para análise de tendência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas Macro
Sul, Leste e Norte a vacina Hepatite A apresenta tendência decrescente, p variando de
0,030 a 0,045. Centro Sul, Centro, Jequitinhonha, Oeste, Sudeste, Noroeste, Leste do Sul,
Nordeste, Triângulo do Sul, Triângulo do Norte e Vale do Aço apresentam tendência
estacionária, p=0,031 a 0,980. SCR Sul, Centro Sul, Centro, Oeste, Sudeste, Noroeste,
Leste do Sul, Nordeste, Triângulo do Sul, Triângulo do Norte e Vale do Aço apresentam
tendência estacionária p=0,075 a 0,465. Jequitinhonha, Leste, Norte tendência
decrescente p=0,002 a 0,024. Varicela Sul, Centro Sul, Oeste, Leste, Triângulo do Sul,
Triângulo do Norte tendência estacionária p=0,051 a 0,059. Centro, Jequitinhonha, Oeste,
Norte, Noroeste, Leste do Sul, Nordeste, Vale do Aço tendência crescente p=0,027 a
0,047. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados expressam heterogeneidade na
tendência das vacinas em MG, o que indica a necessidade de monitoramento das
coberturas vacinais.
Palavras-chave: Programa de Imunização. Vacinação. Epidemiologia Descritiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ARROYO, L. H.; et al. Áreas com queda da cobertura vacinal para BCG, poliomielite e
tríplice viral no Brasil (2006-2016): mapas da heterogeneidade regional. Cadernos de
Saúde Pública, v. 36, n. 4, p. e00015619, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus: Imunizações – cobertura. 2020. Disponível em:


htp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?pni/cnv/cpniuf.def. Acesso em 15 out. 2020.

TURNER, H. C.; THWAITES, G. E.; CLAPHAM, H. E. Vaccine-preventable diseases


in lower-middleincome countries. The Lancet, v. 18, n. 9, p. 937-939, 2018

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Immunization. 2019 Disponível em:


https://www.who.int/news-room/facts-in-pictures/detail/immunization. Acesso em 24 de
outubro. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NOS NÍVEIS DE ATIVIDADE
FÍSICA EM IDOSOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Camila Kuhn Vieira1; Carine Nascimeto da Silva 2; Rafael Reimann Baptista4


1
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, Porto Alegre – RS. Bolsista Taxa
CAPES, Brasil.
2
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde pela Universidade
Federal do Rio Grande - FURG, Rio Grande – RS. Bolsista CAPES. Brasil.
4
Doutor em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul - UFRGS. Docente do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
pela PUCRS.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa que surgiu na China e


se expandiu, tornando uma pandemia. Para mitigar a transmissão da doença e achatar a
curva pandêmica, vários países adotaram políticas de distanciamento social, entretanto,
essas medidas trouxe impacto nos padrões de atividade física, principalmente para os
idosos, sendo estes elencados com maior risco de desfechos de COVID-19 grave,
classificados como grupo de risco para o coronavírus. OBJETIVO: Investigar o impacto
da pandemia do COVID-19 no comportamento/padrão de atividade física nos idosos.
METODOLOGIA: Revisão integrativa, realizada na BVS e Pubmed por meio dos
descritores “Covid-19” AND “Aging” AND “Physical Activity”. Os critérios de inclusão:
textos (artigos ortiginais) completos grátis, publicados no período de 2020 a 2021, em
português e inglês e que aborde o impacto da pandemia do COVID-19 no padrão de
atividade física em idosos. E, como critérios de exclusão: textos incompletos, livros,
capítulos de livros, artigos publicados anteriores do período de 2020 e outros
idiomas.RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 135 artigos, sendo 40
pré-selecionados, 12 duplicados e 5 selecionados. Destacam-se entre os estudos
analisados uma diminuição drástica nos níveis de atividade física dos idosos na pandemia
do COVID-19 devido as políticas de distanciamento social, consequentemente, trazendo
implicações para o aumento do sedentarismo, da síndrome de fragilidade (queda,
osteoporose, sarcopenia), depressão, distúrbios cardiometabólicos e agravos de
patologias pré-existentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É notório que as diretrizes e
normativas do distanciamento social, apesar de necessária neste período pandêmico, traz
preocupação mundial relacionado as mudanças no comportamento do movimento da
população idosa. Levando ao fato, que essa diminuição nos níveis de atividade física
podem ameaçar a funcionalidade dos idosos. Logo, políticas públicas de integração de
atividade física devem serem propostas, ou seja, desenvolvimento de programas de
promoção/restauração da saúde (funcional, mental) para idosos, visando ações como:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


aumentar o tempo gasto em atividade física e diminuir o tempo gasto com comportamento
sedentário.
Palavras-chave: Atividade Física; Idoso; Pandemia.

Agradecimentos e Apoio: A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior – CAPES, Código de Financiamento 001.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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and sedentary behavior in hypertensive older adults: An accelerometer-based analysis.
Experimental Gerontology, v.142, SN, p. 111-121, 2020.

CARRIEDO, Alejandro et al. COVID-19, Psychological Well-being and Physical


Activity Levels in Older Adults During the Nationwide Lockdown in Spain. Am J
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JOSEPH, Rodney et al. Physical Activity Among Predominantly White Middle-Aged and
Older US Adults During the SARS-CoV-2 Pandemic: Results From a National
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Community-Dwelling Older Adults in Japan: A Cross-Sectional Online Survey. J Nutr
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ZACH, S et al. Physical activity, resilience, emotions, moods, and weight control of older
adults during the COVID-19 global crisis. Eur Rev Aging Phys Act. v.18, n.1, p.01- 05,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INTERFACE ENTRE OS CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS E A
QUALIDADE DE VIDA
Sarah Oliveira Benine¹, Larissa Targa Petri², Brenda de Souza Fernandes³, Rachel
Almeida dos Santos4
1,2,3
Graduanda em Medicina pela Faculdade Multivix Cachoeiro de Itapemirim
4
Médica e docente na Faculdade Multivix Cachoeiro de Itapemirim
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos pediátricos são a assistência prestada por uma


equipe multidisciplinar a crianças e adolescentes que possuem doenças que ameaçam e
limitam suas vidas. A sua principal diferença quando comparada ao cuidado do adulto é
a recomendação de iniciar o cuidado concomitantemente ao tratamento curativo. Além
do paciente, os familiares também são impactados pela enfermidade, visto a mudança
implicada no manejo do cuidado ao paciente, o abalo emocional e psicológico decorrentes
do diagnóstico da criança, além da angústia e o medo frente a evolução da doença.
OBJETIVO: Este resumo tem por objetivo apresentar a importância dos cuidados
paliativos aos pacientes pediátricos que estão em circunstâncias que necessitam de uma
atenção multidisciplinar com ênfase na qualidade de vida de todos envolvidos no processo
do cuidado. METODOLOGIA: Realizou-se uma busca no LILACS por artigos que
tenham como descritores "cuidados paliativos", “pediatria” e "qualidade de vida" em seus
títulos, resumos ou assuntos, e que tenham sido publicados nos últimos 10 anos (2011-
2021). Dessa forma, foram encontrados e selecionados 11 artigos. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: Foi evidenciado que pacientes que fizeram uso dos cuidados paliativos
tiveram menor índice de internações hospitalares, recorreram menos aos serviços de
emergência, UTI, de intubação endotraqueal e de reanimação cardiorrespiratória antes do
óbito, promovendo melhor qualidade de vida aos pacientes. Ademais, mostra-se essencial
o estabelecimento de um planejamento individualizado para o cuidado paliativo
pediátrico, iniciado desde o diagnóstico, fazendo uso de intervenções precoces e
atendimentos domiciliares, promovendo a coordenação do cuidado e dando suporte
emocional e psicológico contínuo à família, por meio da equipe multidisciplinar, pois o
cuidado deve ser ampliado para fora dos ambientes hospitalares. CONCLUSÃO: Os
cuidados paliativos pediátricos demonstraram melhorar a qualidade de vida, no alívio da
dor e no sofrimento de pacientes acometidos por doenças incuráveis, proporcionando
apoio psicossocial e espiritual aos envolvidos. Portanto, torna-se necessário compreender
a real importância e magnitude desta especialidade médica no cuidado ao paciente e
estabelecer melhores estratégias para o ensino, a fim de ampliar a gama de profissionais
capacitados em cuidados paliativos pediátricos.
Palavras-chave: “qualidade de vida”; “cuidados paliativos”; “pediatria”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


1. Pinho, Amanda Andrade Aguiar de; Nascimento, Isabel Regiane Cardoso do; Ramos,
Igor Weyber da Silva; Alencar, Vanilla Oliveira. Repercussões dos cuidados paliativos
pediátricos: revisão integrativa. Rev. bioét. (Impr.); 28(4): 710-717, out.-dez. 2020.
2. Bernadá, Mercedes; Notejane, Martín; González, Diego; Guillermo, Sofía; Cavalleri,
Fiorella. Descripción del programa de atención domiciliaria de una unidad de
cuidados paliativos pediátricos en su primer año de trabajo. Arch. pediatr. Urug ;
90(3): 28-40, jun. 2019.
3. Elorza, M; García-Salido, A; Vanegas, C; Fernández, M. Características
epidemiológicas, clínicas e evolutivas dos pacientes pediátricos com doenças
crônicas e limitantes, susceptíveis de receber atenção por cuidados paliativos no
Hospital Pablo Tobón Uribe, Medellín, Colômbia. Med. U.P.B ; 37(2): 116-124, 22 de
agosto de 2018.
4. Guimarães, Tuani Magalhães. Vivência e coping de adolescente com doença
oncológica fora de possibilidade de cura atual: um estudo à luz de Peplau. Rio de
Janeiro; s.n; 2018. 106 p.
5. Martins, Gabrieli Branco; Hora, Senir Santos da. Família e cuidados paliativos em
pediatria: desafios à garantia do cuidado. Rev. bras. cancerol ; 62(3): 259-262,
20160900.
6. Garanito, Marlene Pereira; Cury, Marina Rachel Graminha. A espiritualidade na
prática pediátrica. Rev. bioét. (Impr.) ; 24(1): 49-53, jan.-abr. 2016.
7. Paranhos, Grace Kelly; Rego Sergio. Limitação do suporte de vida pediátrico:
argumentações éticas. Rev. bioéti. (Impr.); 22(3): 519-528, set.-dez. 2014.
8. Monteiro, Ana Claudia Moreira et all. A atuação do enfermeiro junto à criança com
câncer: cuidados paliativos. Rev. enferm. UERJ; 22(6): 828-833, nov.-dez. 2014.
9. Valadares, Maria Thereza Macedo; Mota, Joaquim Antônio César; Oliveira, Benigna
Maria de. Cuidados paliativos em pediatria: uma revisão. Rev. bioét. (Impr.); 21(3): 486-
493, set.-dez. 2013.
10. Linhares, Daniela Grignani; Siqueira, José Eduardo de; Previdelli, Isolde T S.
Limitação do suporte de vida em unidade de terapia intensiva pediátrica. Rev. bioét.
(Impr.); 21(2): 291-297, maio-ago. 2013.
11. França, Jael Rubia Figueiredo de Sá. Cuidados paliativos: relação dialógica entre
enfermeiros e crianças com câncer. João Pessoa; s.n; 2011. 182 p.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A RELEVÂNCIA DO CIRURGIÃO DENTISTA NAS UNIDADES DE TERAPIA
INTENSIVA DE COVID 19.

Luziane Borba Quintino de Lima1; Marlla Dinorah Borba2; Brenda Mayara Bacurau
Soares3; Pedro Jorge da Silva Matos4 . Aída Juliane Ferreira dos Santos 5

1,3,4
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes
2
Graduando em Odontologia o Centro Universitário Tabosa de Almeida
5
Especialista e Mestranda em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A COVID-19 é considerada uma patologia infecciosa provocada pela
síndrome respiratória aguda grave que acomete órgãos vitais do paciente infectado,
gerando a necessidade da entrada do paciente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI ́ s).
Sua transmissão pode ocorrer por contato com a mucosa nasal, oral e ocular, por via direta
ou até mesmo por tosse e espirro. A presença do cirurgião-dentista diária em UTI -
COVID é de extrema importância, pois os pacientes encontram-se intubados com
ventilação mecânica, sendo assim, impossibilitados de realizar a higienização oral, o que
pode acarretar o agravamento do quadro respiratório, pela entrada de microorganismos
nas vias aéreas inferiores. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão da
literatura acerca da importância do cirurgião dentista na linha de frente das UTI ́ s contra
a COVID-19. METODOLOGIA: Para a realização deste trabalho foram feitas pesquisas
nos seguintes portais: SciElo, PubMed e Google acadêmico. Foram utilizados quatros
artigos publicados entre 2019 e 2021 escritos em inglês e português. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Estudos comprovam que uma boa higiene oral é capaz de diminuir os
índices de pneumonia bacteriana associada à ventilação mecânica, diminuindo a taxa de
mortalidade nos casos infectados com COVID-19. Observou-se também que casos onde
há ptialismo com vazamento de saliva pela boca e/ou nariz, corre o risco de
broncoaspiração por acúmulo de secreção na cavidade oral, cabendo ao cirurgião-dentista
empregar métodos de secagem medicamentosos com a administração de tropicamida
sublingual, e escopolamina por via oral, e também com aplicação de toxina botulínica nas
glândulas salivares ou por aspiração. CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com a
literatura pesquisada pode-se concluir que a participação da Odontologia na equipe da
UTI – COVID é de fundamental importância para a prevenção das infecções, sabendo
que pneumonias são recorrentes em paciente em ventilação mecânica, devido à secreção
na cavidade oral. Essas infecções podem ser minimizadas com a inclusão do atendimento
odontológico especializado.
Palavras-chave: Cirurgião-Dentista; UTI; COVID-19.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Gomes, AVSF.; Arruda, AB de.; Sousa, ACA.; Bastos, CE de J. .; Cerqueira, CCR


e.; Lindoso, ETC.; BECKMAN, JA de MC.; JESUS, JMB de.; FLOR, LC de
S..; TRINTA, LB.; VASCONCELOS, MAC.; LEITE, TF.; COELHO, YBS. A
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COVID-19: recomendações para procedimentos odontológicos e profissionais. Rev assoc
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Moura JFS.; Moura KS.; Pereira RS, et al. COVID-19: Dentistry in the face of the
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4, p. 7276-7285 jul./aug.. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DOENÇA DE ALZHEIMER: AVANÇOS E DESAFIOS NO CUIDADO
MÉDICO NA TERCEIRA IDADE

Apolonio Alves de Lima Junior1; Álvaro Antunes Álvares da Nóbrega1; Leonardo


Gurgel Rego1; Flávia Elisa Firmino Lino1; João Ricardo Arraes Oliveira2;
Ednan Cardoso de Sousa3
1
Graduandos em Medicina pela Universidade Católica de Pernambuco
2
Graduando em Medicina pela Universidade de Pernambuco
3
Médico Especialista em Psiquiatria pela Universidade Cândido Mendes
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva


que cursa com declínio cognitivo, alterações de memória e de comportamento,
comumente acometendo indivíduos mais idosos. A OMS estima o número de 35,6
milhões de pessoas acometidas pelo Alzheimer no mundo, sendo que esse número tenderá
a aumentar para 139 milhões até o ano de 2050. O número de pacientes com essa
patologia, no Brasil, é de aproximadamente 1,2 milhões de pessoas. A doença relaciona-
se com depósitos cerebrais anormais de proteínas (amilóide) na forma de placas senis e
novelos neurofibrilares intracelulares, as quais geram lesão neuronal e atrofia das regiões
acometidas no cérebro. OBJETIVO: Identificar as evidências científicas produzidas
acerca da Doença de Alzheimer. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa
da literatura, as buscas de dados ocorreram nas bases científicas LILACS, MEDLINE e
PUBMED, entre agosto e setembro de 2021. Foram incluídos os artigos publicados nos
últimos cinco anos, por meio de descritores integrados do DECS e o operador boleano
AND: Idoso; Alzheimer e Medicina, cujos objetivos contemplassem aspectos referentes
à temática idoso e Alzheimer. A primeira busca resultou em 68 artigos e após a leitura
dos resumos com aplicação dos critérios de inclusão (artigos completos, em língua
portuguesa, inglesa e espanhola) e exclusão (monografias, dissertações e teses) foi
possível a realização dessa pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
selecionados nove artigos de interesse para esse estudo. No escopo da discussão, a
aplicação de critérios diagnósticos para Doença de Alzheimer da National Institute of
Neurological and Communicative Disorders and Stroke e Alzheimer´s Disease and
Related Disorders Association (NINCDS-ADRDA) deve ser aplicados para a avaliação
do paciente, que a doença apresenta fases que podem ser leve, moderada e grave. Vários
estudos relatam a perda de memória recente, dificuldade para encontrar palavras e
agressividade como os sinais e sintomas mais comuns da doença. Recentemente em junho
do ano vigente a Food and Drug Administration (FDA), relatou que há evidências
substanciais de que o aducanumabe reduz as placas de beta amilóide no cérebro. Ainda é
importante enfatizar que embora a taxa de progressão varie em pacientes com doença de
Alzheimer, o declínio cognitivo é inevitável e a média de sobrevida do paciente, a partir

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


do diagnóstico é de sete anos, embora esse número seja discutível nas diversas literaturas
vigentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de avanços no conhecimento médico
sobre o Alzheimer, ainda é um desafio o cuidado com os pacientes portadores dessa
patologia. Os achados científicos sobre as questões etiológicas da doença é incipiente
tornando difícil a condução clínica sobre esses pacientes. Essa revisão mostra a
importância de se aprofundar cada vez mais sobre essa temática tão importante para o
cuidado da saúde no século XXI.
Palavras-chave: Idoso; Alzheimer e Medicina.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE ALEITAMENTO
MATERNO E COVID 19 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Giane Almeida Cordeiro1; Vitor Batista de Souza2


1
Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário do Norte - UNINORTE
2
Enfermeiro. Pós graduando em Urgência e Emergência pela Faculdade Delta - SE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus beta corona
SARS-COV-2. Amamentar e cuidar do bebê é uma questão delicada a ser tratada em
mulheres com suspeita ou confirmação de infecção pelo vírus com isso trouxe muitas
dúvidas, foi uma um acontecimento e com conjunto de situações especiais a serem
enfrentadas em mulheres que sofrem de covid 19, com isso surgiram várias dúvidas.
Sabe-se que a amamentação traz benefícios para mulheres e bebês, quando comparada à
alimentação com fórmula, incluindo menores taxas de infecção nos bebês e menor risco
de câncer de mama nas mulheres. É muito importante conhecer e utilizar as definições de
aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) OBJETIVO:
Relatar a importância da educação em saúde sobre aleitamento materno exclusivo durante
a covid-19. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, sobre vivências de
acadêmicos de enfermagem na educação em saúde, sobre a importância do aleitamento
materno nos tempos de pandemia, na unidade básica de saúde de Manaus, no período de
7 agosto de 2020 a 20 de agosto 2020, durante as quais foram observadas e realizadas
palestras sobre educação em saúde. RESULTADOS E DISCUSÃO: A educação em
saúde, para mulheres foi de suma importância para sanar suas dúvidas e poderem
amamentar o lactente sem medo. Até o momento, há pouca literatura disponível para
efetuar uma discussão fidedigna sobre a COVID19 e aleitamento materno, o que sabemos
que nenhum dos estudos sobre o leite materno de mulheres infectadas com Covid-19
“proibiu” de amamentar, não havendo evidências científicas sobre a transmissão vertical
e sendo um direito da mulher a escolha em amamentar e manter-se próxima de seu filho
desde o nascimento, o presente estudo ratifica os benefícios do leite materno como
alimento exclusivo, mesmo em tempos de pandemia.CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Percebe-se que atenção primária é de muita importancia para promoção da saúde.
Segundo OMS as recomendações sobre cuidados e alimentação de bebês de mães com
confirmação/suspeita de COVID-19 são relevantes para o momento em que ela
provavelmente estiver na fase de transmissão da doença, ou seja, enquanto sintomática
ou até os 14 dias após o início dos sintomas, o que for maior. Concluindo assim, o
coronavírus não foi detectado no leite materno de mães confirmadas ou suspeitas e até o
momento não há evidências de que o vírus seja transmitido através da amamentação. Os

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inúmeros benefícios da amamentação superam substancialmente os riscos potenciais de
transmissão e doença associados ao coronavírus.
PALAVRAS - CHAVES: Aleitamento materno, Covid 19; Educação em saúde
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Hethyshi R. Breast Feeding in Suspected or Confirmed Cases of COVID 19-a New


Perspective. J Obstet Gynaecol India. 2020 Aug;70(4):267-271. doi: 10.1007/s13224-
020-01336-2. Epub 2020 Jul 7. PMID: 32760171; PMCID: PMC7340186. Acesso em:
10 set. 2021

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas Estratégicas. NT nº 14/2020. Amamentação e COVID-19.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Cartilha para a mulher trabalhadora que amamenta. 2. ed. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IDENTIFICAÇÃO HUMANA POR DNA MITOCONDRIAL NAS PRÁTICAS
FORENSES
Amanda Cristina Domingues Teixeira1; Milton Camplesi Júnior2; Lucas Luiz de Lima
Silva3; Xisto Sena Passos4; Juliana Menara de Souza Marques5

1
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Paulista - UNIP
2
Biomédico. Doutor em Microbiologia pela Universidade Federal de Goiás - GO,
Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
3
Biomédico. Doutor em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
4
Biomédico. Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás - GO,
Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
5
Biomédica. Doutoranda em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela
Universidade Federal de Goiás, GO, Brasil. Professora adjunta da Universidade
Paulista.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O DNA pode ser utilizado como uma ferramenta em investigações


criminais, sendo um vestígio capaz de ligar pessoas e objetos ao local do crime com alto
grau de confiabilidade, além de ser extremamente importante na identificação humana e
de restos mortais. Suspeitos podem ser ligados à cenas de crimes, utilizando evidências
de DNA de saliva na ponta de um cigarro, células da pele no volante ou até pelos de
animais de estimação em roupas. No entanto, em alguns casos, a análise do DNA nuclear
não pode ser aplicada. Isso ocorre quando o DNA da amostra se apresenta altamente
degradado ou em situações em que o material biológico não apresenta o DNA nuclear,
como em fragmentos de cabelo. Nestes casos, o estudo do DNA mitocondrial (mtDNA)
para identificação humana pode ser o último recurso, tornando-se uma ferramenta útil em
investigações forenses, permitindo aos investigadores identificar pessoas desaparecidas,
vítimas de guerra e indivíduos envolvidos em desastres em massa e processos criminais,
sendo então, um meio confiável e poderoso para a identificação humana. OBJETIVOS:
Este trabalho teve como objetivo levantar informações que validam a importância do uso
do mtDNA detectado por métodos de sequenciamento para a identificação humana no
contexto da investigação forense. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica de aspecto descritivo, incluindo artigos científicos escritos em inglês e
português, publicados no período de 1998 a 2021. A coleta dos dados foi realizada no site
da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e no site do National Center for Biotecnology
Information (NCBI), na base de dados PubMed. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
mtDNA humano encontra-se na matriz mitocondrial e apresenta-se como uma dupla fita
circular e está presente em um número de cópias por célula muito maior do que o DNA
nuclear. Isso significa que o DNA mitocondrial tem maior probabilidade de permanecer
intacto, do que o DNA nuclear perante os processos de degradação. Além disso, o mtDNA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


é herdado exclusivamente de nossas mães, característica extremamente útil para
identificar indivíduos pela sua linhagem materna. Devido à degradação avançada e às
baixas quantidades de mtDNA fragmentado nas amostras forenses, o requisito é de que o
método de seqüenciamento usado seja altamente sensível. O ensaio também deve ser
capaz de discriminar a presença de heteroplasmias, ou seja, dois ou mais tipos de
mtDNAem um único indivíduo, presentes no genoma mitocondrial. A aplicação das
técnicas de MPS (Massively Parallel Sequencing) tem o potencial de melhorar a
recuperação de informações genéticas de espécimes forenses difíceis e aumentar o
potencial de detecção de heteroplasmia em um indivíduo, auxiliando também na
interpretação de amostras de DNA mistas por meio da captura e comparação de genomas
mitocondriais completos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com essas informações,
podemos concluir que o uso do mtDNA através de técnicas de biologia molecular são
indispensáveis para fins forenses de identificação humana, tendo o poder de confirmar ou
refutar a identidade de amostras, mesmo em pouca quantidade e com um alto grau de
degradação.
Palavras-chave: mtDNA, DNA Mitocondrial, Ciências Forenses.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

BUDOWLE, B. et al. Forensics and Mitochondrial DNA: Applications, Debates, and


Foundations. Annual Review of Genomics and Human Genetics, v. 4, p. 119–141,
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FORSYTHE, B.; MELIA, L.; HARBISON, S. Methods for the analysis of mitochondrial
DNA . WIREs Forensic Science, v. 3, n. 1, p. 1–16, 2021.

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Supplement Series, v. 7, n. 1, p. 389–391, dez. 2019.

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Reviews Genetics, v. 5, n. 10, p. 739–51, 2004.

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Genetics, v. 18, n. s/n, p. 131–9, 2015.

PARSON, W. et al. DNA Commission of the International Society for Forensic Genetics:
Revised and extended guidelines for mitochondrial DNA typing. Forensic Science
International: Genetics, v. 13, p. 134–142, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PARSONS, T. J. Mitochondrial DNA Genome Sequencing and SNP Assay Development
for Increased Power of Discrimination. U.S. Department of Justice, v. s/v, n. s/n, p. 1–
119, 2006.

PINTO, L. . B.; CAPUTO, I. G. C.; PEREIRA, M. M. I. Importância do DNA em


Investigações Forenses: Análise de DNA Mitocondrial. Brazilian Journal of Forensic
Sciences, Medical Law and Bioethics, v. 6, n. 1, p. 84–107, 2016.

MELTON, T. Mitochondrial DNA Heteroplasmy. Forensic science review, v. 16, n. 1,


p. 20, 2004.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE HEPATITE B EM SANTA
CATARINA ENTRE 2008-2018

Davi Gevaerd Reich1; Eric Pasqualotto1; Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1; Mariá
Lessa silva1; Beatriz Carvalho de Oliveira1; Amanda Carolina Fonseca da Silva1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A infecção por hepatite B vírus (HBV) é uma das infecções virais
crônicas mais comuns mundialmente, sendo considerada um grave problema de saúde
pública no Brasil. A transmissão de HBV ocorre por meio do contato com sangue ou
fluidos corporais e, em áreas de baixa endemicidade, predomina a transmissão sexual. O
Brasil é considerado um país de baixa a moderada endemicidade, a depender da região e,
ainda assim, são identificadas populações com moderada ou alta endemicidade,
especialmente na região oeste de Santa Catarina (SC). OBJETIVOS: Avaliar a
incidência e o perfil epidemiológico de hepatite B em SC entre 2008 e 2018.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo, de
natureza quantitativa, abordando os casos notificados de hepatite B em SC no período
entre 2007 e 2018. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN), por meio do DATASUS, Ministério da Saúde. Os critérios de
inclusão foram forma clínica, sexo, faixa etária, ano de diagnóstico/sintomas, provável
mecanismo de infecção e macrorregião. Desconsiderou-se coinfecções. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Foram identificados 15.856 casos de hepatite B durante o período
analisado, sendo registrados 1.425 casos de hepatite aguda e 14.114 de hepatite
crônica/portador. Do total, 56,10% (n=8.895) corresponderam a homens e 43,90%
(n=6.961) a mulheres. Considerando tal achado, hão há evidências que comprovem uma
maior suscetibilidade do sexo masculino à infecção viral; tal resultado se deve,
provavelmente, a fatores comportamentais. O ano com maior número de casos foi 2014
(n=1.728) e com menor número de casos foi 2018 (n=882). Em relação à faixa etária, a
maior prevalência ocorreu entre 20-39 anos (n=6.936) e 40-59 anos (n=6.677), o que pode
estar relacionado ao provável mecanismo de infecção: no primeiro, 29,80% (n=2.067)
dos casos são por transmissão sexual; no segundo, 27,25% (n=1.820) dos casos
correspondem a transmissão sexual. Associa-se a isso a Pesquisa Nacional de Saúde
(PNS) de 2019, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a qual
questionou indivíduos de 18 anos ou mais que tiveram relação sexual nos últimos 12
meses anteriores à data de entrevista, dos quais 77,2% informaram que não usaram
preservativos em todas as relações sexuais durante o período. Além disso, verificou-se
que o uso de preservativos era mais frequente entre os jovens de 18 a 29 anos, o que se
reduz de forma acentuada nos grupos de idade mais avançada. Por fim, destaca-se o
número de casos por divisão de macrorregião de SC: Grande Oeste com 38,27%
(n=6.069) dos casos, seguida pelo Planalto Norte e Nordeste com 13,43% (n=2.131) e

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Grande Florianópolis com 12,99% (n=2.060). Ainda de acordo com a PNS, o uso de
preservativo é menos frequente em áreas rurais, o que pode ser correlacionado com o
número de casos observados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se que a HBV
foi maior em homens e entre 20-59 anos, tendo a transmissão sexual como principal
mecanismo infeccioso, o que pode se relacionar ao uso ineficaz de preservativos. Nesse
contexto, estudos acerca da HBV em SC devem ser intensificados para conter tal
problema de saúde pública.
Palavras-chave: Hepatite B; Perfil epidemiológico; Santa Catarina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TRÉPO, C.; CHAN, H.L.; LOK, A.; Hepatitis B virus infection. The Lancet, [S.L.], v.
384, n. 9959, p. 2053-2063, dez. 2014
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prevalence of hepatitis B in southern Brazil. The Brazilian Journal Of Infectious
Diseases, [S.L.], v. 22, n. 4, p. 294-304, jul. 2018
PEREIRA, V.R.Z.B. et al.; Risk factors for hepatitis B transmission in South Brazil.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, [S.L.], v. 112, n. 8, p. 544-550, ago. 2017.
SOUTO, F.J.D.; Distribution of hepatitis B infection in Brazil: the epidemiological
situation at the beginning of the 21 st century. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical, [S.L.], v. 49, n. 1, p. 11-23, 22 dez. 2015.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde
2019: informações sobre domicílios, acesso e utilização dos serviços de saúde –
Brasil, Grandes regiões e Unidades da Federação. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 85p.
CHÁVEZ, J.H.; CAMPANA, S.G.; HAAS, P.; Panorama da hepatite B no Brasil e no
Estado de Santa Catarina. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health, [S.L.],
v.12, n.2, p. 91-96, mar. 2003
LARA, L.A.S.; ABDO, C.H.N.; Age at Time of Initial Sexual Intercourse and Health of
Adolescent Girls. Journal Of Pediatric And Adolescent Gynecology, [S.L.], v. 29, n.
5, p. 417-423, out. 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANEMIA FALCIFORME: UMA DOENÇA HEREDITÁRIA

Maria Marília Magalhães da Silva1; Letícia Paiva de Carvalho Santos1 ;Anna Victória
Simões da Silva1; Pâmella Grasielle Vital Dias de Souza2;3
1
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca.
2
Doutora em bioquímica e fisiologia, pelo Programa de Pós-Graduação em Bioquímica
e fisiologia da UFPE.
3
Docente do Núcleo de Saúde do Centro Universitário Vale do Ipojuca.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A anemia falciforme (AF) é uma doeça de origem genética e


hereditária, e se caracteriza por uma mutação no gene da hemoglobina. Indivíduos
acometidos por esta patologia, produzem a hemoglobina tipo S (HbS), ao inves de
produzirem a hemoglobina tipo A (HbA). Essa condição é responsável por alterações nas
propriedades fisico-quimicas da hemoglobina, promovendo falcização, caracterizada por
uma mudança no formato da hemácia e da membrana eritrocitária. A doença falciforme
pode ser diagnosticada incialmente com exames laboratoriais básicos como o hemograma
e posteriormente confirmado com exames mais complexos.OBJETIVOS: Realizar uma
revisão da literatura afim, de reunir informações a respeito da AF e as mutações que estão
correlacionadas ao surgimento desta patologia, além do seu
diagnóstico.METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento bibliográfico para
revisão da literatura proposta. Os periódicos originais consultados foram localizados nas
seguintes bases de dados: Pubmed, Scielo, EBSCO e Google acadêmico publicados no
período de 2004 a 2017, com os seguintes termos: "Anemia Falciforme"; "Aspectos
Moleculares"; "Mutação Genética"; "Infecções"; "Traço Falciforme" . Ao todo foram
selecionados 4 artigos para serem avaliados na revisão. Os critérios de exclusão foram:
artigos duplicados, artigos incompletos e/ou artigos com temática diversa do objetivo do
estudo.RESULTADOS E DISCUSSÃO: A doença falciforme, como também é
conhecida, é uma doença genética e hereditária muito frequente no Brasil, com uma
população média de 186,7 milhões de pessoas no país, possui cerca de 1: 1.400 individuos
com AF em Pernambuco, 1: 650 na Bahia, 1: 1.400 em Minas Gerais, 1: 1.200 no Rio de
Janeiro, 1: 10.000 no Rio Grande do Sul e 1: 4.000 em São Paulo. Essa doença se dá pela
mutação no gene da hemoglobina, uma mutação pontual no gene beta da globina, em que
há substituição de uma base nitrogenada do códon GAG pra GTG, resultando na troca do
ácido glutâmico (Glu) pela valina (Val) na posição número seis do gene, essa substituição
origina uma molécula de hemoglobina anormal denominada hemoglobia S (HbS). O
diagnostico dessa doença é realizado a partir do hemograma, Teste de falcização, Teste
de solubilidade, Dosegem de hemoglobina fetal, e hemoglobina A2, Focalização
isoelétrica, Imunoensaio e Triagem em neonatal, porém, para o diagnostico confirmatorio
é nescessário a detecção da HbS com associações com outras frações, assim, o mais

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eficiente a ser feito é o teste de eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose ou
em agarose. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso, foi possivel observar o quão
comum se faz a presença da Anemia Falciforme no Brasil, e como a doença sai de uma
simples alteração no formato da hemácia e abrange todo um sistema. Além de que para a
conclusão do diagnóstico faz-se necessário a utilização de exames mais complexos, além
do hemograma.

Palavras-chave: Anemia Falciforme, Doença hereditária, Diagnóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANÇADO, Rodolfo D.; JESUS, Joice A. A doença falciforme no Brasil. Revista


Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, vol. 29, no. 3, p. 204–206, 2007.
https://doi.org/10.1590/s1516-84842007000300002.

DIVINA, Kerlem; NOGUEIRA, Alves; DEIVSON, Willy; PAIVA, Sabrina Guimarães.


D i a g n ó s t i c o l a b o r a t o r i a l d a a n e m i a f a l c i f o r m e. revista cientifica
do ITPAC, vol. 6, p. 3–7, 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doença Falciforme: o que se deve saber sobre herança


genética. [S. l.: s. n.], 2014. Available at:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doenca_falciforme_deve_saber_sobre_hera
nca.pdf.

SANITÁRIA, Agência Nacional de Vigilância. Tratamento de Doenças Falciformes.


[S. l.: s. n.], 2002.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NOTIFICAÇÕES DE ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO EM
SERGIPE

Rita de Cassia Carvalho Castro Teles1; Ana Paula Barros1; Ana Denise Santana de
Oliveira2; Sidney Lourdes Cesar Souza Sá2; Anita de Souza Silva3; Roseane Nunes de
Santana Campos4.
1
Médica Veterinária. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de
Sergipe
2
Bióloga. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe
3
Bióloga Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Sergipe
4
Médica Veterinária. Docente do Núcleo de Medicina Veterinária Universidade Federal
de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A raiva é uma doença com potencial zooótico com alta taxa de
letalidade e grande impacto na saúde pública. É causada por um vírus pertencente à
família Rhabdoviridae, do gênero Lyssavirus. Existem quatro tipos de ciclos
epidemiológicos na transmissão: o rural, urbano, silvestre e aéreo. Esta antropozoonose
viral apresenta rápida evolução e gera o acometimento do sistema nervoso central.
Doença de notificação obrigatória, qualquer caso suspeito de raiva deve ser informado à
Vigilância Epidemiológica e seguir as recomendações do Ministério da Saúde. Em
Sergipe observa-se uma carência de publicações sobre dados epidemiológicos
relacionados a esta doença. OBJETIVO: Assim, este trabalho teve como objetivo
realizar um levantamento epidemiológico sobre as notificações de atendimento
antirrábico em Sergipe, no período de 2019. METODOLOGIA: Um estudo
espidemiológico descritivo foi realizado sobre os atendimentos antirrábicos no estado de
Sergipe, durante o ano de 2019. Foram utilizados dados secundários dos casos registrados
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período analisado, o SINAN registrou
6.193 notificações de antendimentos antirrábicos em Sergipe. Os munícipios com o maior
número de atendimentos foram Aracaju 27,64% (1.712/6.193), Nossa Senhora do
Socorro 6,84% (424/6.193), Itabaiana 6,45% (400/6.193) e São Cristóvão 4,56%
(280/6.193). As agressões foram causadas por cães com 73,17% (4.532/6.193), gatos
23,34% (1.446/6.911), quirópteros (morcegos) 0,67% (42/6911), primatas (macacos)
0,64% (40/6.911), raposas 0,16% (10/6.911) e herbívoros domésticos 0,096% (6/6.911).
Quanto à zona de residência, os residentes da zona urbana, representaram 76,4%
(4.732/6.911). O ciclo urbano de trasmissão atinge os animais de companhia, como cães
e gatos. Dessa forma, é imprescindível a vacinação destes animais, sendo a vacina
antirrábica uma medida preventiva eficaz. Em relação ao tipo de exposição, 82,86%

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correspondem a mordedura e 17,42% (1079/6.911) a arranhadura. A infecção da raiva
em mamíferos ocorre durante o contato com a saliva de um animal infectado, assim o
vírus pode ser transmitido por meio de arranhaduras, mordeduras e lambeduras se a pele
não estiver íntegra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estado de Sergipe apresenta um
número expressivo de atendimentos antirrábicos anualmente, sendo os cães os maiores
responsáveis pelas agressões na zona urbana do estado. Esta alta representatividade deve-
se ao crescimento do vínculo destes animais e os humanos.
Palavras-chave: Lyssavirus; Saúde Pública; SINAN.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, et al. RAIVA: Aspectos Epidemiológicos, Controle e Diagnóstico laboratorial.
Revista UNILUS Ensino e Pesquisa. Santos, v.11, n.22, p.48, 2014.

NASCIMENTO, et al. Perfil epidemiológico do atendimento antirrábico humano em uma


área de planejamento do município do Rio de Janeiro. Revista Mineira de Enfermagem,
v. 23, p. 12 -16, 2019.

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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR SAUDÁVEL EM CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS

Jefferson Wildes da Silva Moura1; Aline Silva de Oliveira2; Kaili da Silva Medeiros3;
Eliane Maria Ribeiro de Vasconcelos4

1
Enfermeiro. Mestrando em Enfermagem pela Universidade Federal de Pernambuco.
2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Pernambuco.
3
Enfermeira pela Universidade Federal de Pernambuco.
4
Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade Federal de
Pernambuco.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: o aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses de
idade, após este período deve ser iniciada a alimentação complementar, visando assegurar
um crescimento e desenvolvimento adequado ao lactente. No entanto, observa-se o início
precoce da oferta do alimento complementar, associado a alimentos ultraprocessados, que
não são recomendados para esta faixa etária, por possuir um alto teor calórico e um baixo
teor nutritivo. Em contraste, nota-se que a oferta tardia do alimento complementar
também é prejudicial ao lactente, já que após o primeiro semestre de vida, apenas o leito
materno não é suficiente para suprir as suas necessidades nutricionais. O enfermeiro atua
no acompanhamento das crianças menores de dois anos através da consulta de
enfermagem de puericultura, sendo recomendado que o profissional desenvolva ações de
educação em saúde que instrumentalize os pais e/ou responsáveis a assegurar uma
alimentação complementar adequada e segura ao lactente. OBJETIVO: investigar na
literatura a atuação do enfermeiro na promoção da alimentação complementar saudável
em crianças menores de dois anos. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo,
do tipo revisão integrativa da literatura, que buscou responder a seguinte questão
norteadora: como o enfermeiro atua na promoção de uma alimentação complementar
saudável em crianças menores de dois anos? A busca aconteceu em setembro de 2021,
nas bases de dados: Base de Dados em Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis
and Retrieval System Online (MEDLINE) e na biblioteca eletrônica Scientific Electronic
Library Online (SciELO). Para operacionalizar a busca, foram cruzados por meio dos
operadores booleanos AND e OR, os seguintes Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS): “nutrição do lactente”, “enfermagem”, “promoção da saúde” e “educação em
saúde”. Nesta revisão foram incluídos os artigos originais, de acesso livre, publicados
entre os anos de 2015 e 2021, nos idiomas português e inglês e excluídos os artigos
advindos da literatura cinzenta e que não respondesse à pergunta deste estudo.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO: após a triagem dos artigos encontrados, foram
incluídos 14 estudos que evidenciaram a importância da atuação do enfermeiro na
promoção da alimentação complementar saudável em crianças menores de dois. Dentre
as ações executadas pelo enfermeiro encontram-se: a realização de ações de educação em
saúde com a temática em foco; o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do
lactente através do preenchimento das curvas de crescimento, bem como avaliação dos
marcos de desenvolvimento; a construção e validação de tecnologias educativas; e o
fornecimento de informações e aconselhamentos quanto a rotina alimentar da criança e
da família, levando em consideração as condições socioeconômicas dos envolvidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: o enfermeiro deve trabalhar em conjunto com os pais
e/ou responsáveis pelos menores de dois anos para garantir uma alimentação
complementar saudável, reconhecendo as limitações da família e as condições de saúde,
de domicílio e peridomicílio. As consultas de enfermagem de puericultura se mostraram
um ambiente adequado para fortalecer o vínculo de confiança entre profissional-
pais/responsáveis-lactente, construir o conhecimento, sanar as dúvidas e acompanhar o
crescimento e desenvolvimento do lactente, intervindo quando necessário.
Palavras-chave: Nutrição do Lactente; Educação em Saúde; Enfermagem Pediátrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

DALLAZEN, C.; SILVA, S. A.; GONÇALVES, V. S. S.; NILSON, E. A. F.; CRISPIM,


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first year of life and associated factors in children with low socioeconomic status.
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LOPES, W. C.; MARQUES, F. K. S.; OLIVEIRA, C. F.; RODRIGUES, J. A.;


SILVEIRA, M. F.; CALDEIRA, A. P. et al. Infant feeding in the first two years of life.
Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 164-170, jun. 2018. Disponível
em: http://dx.doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00004. Acesso em: 30 set. 2021.

SOUSA NETA, M. N.; JESUS, M. E. S.; LIRA JÚNIOR, N. C. A.; PEREIRA, T. G.;
ALBERTO, N. S. M. C.; RAMOS, C. V. Conhecimento dos profissionais da atenção
primária sobre alimentação adequada para crianças menores de dois anos. Revista
Interdisciplinar, v. 12, n. 2, p. 15-24, abr./jun. 2019. Disponível em:
https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/1502.
Acesso em: 29 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


POSSÍVEIS CAUSAS DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA:
COMPLEXIDADE GENÉTICA, FENOTÍPICA E CLÍNICA

Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Júlia Fernandes Nogueira¹, Vinícius Leandro Oliveira


Medeiros² e Francis Jardim Pfeilsticker ³
¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas
² Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Brasília
³ Médica e Docente do curso de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O transtorno do espectro autista (TEA) é definido como uma condição
comportamental em que a criança apresenta prejuízos ou alterações básicas de
comportamento e interação social, dificuldades na comunicação, aquisição verbal e não
verbal, alterações cognitivas e presença de comportamentos repetitivos ou estereotipados.
OBJETIVO: Evidenciar os fatores causais que podem corroborar a gênese do TEA, bem
como os possíveis fatores protetores e profiláticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, que buscou responder quais os possíveis fatores causais
que podem corroborar a gênese do TEA, bem como os possíveis fatores protetores e
profiláticos, nas seguintes bases de dados: National Library of Medicine (PubMed
MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar, e EBSCO
Information Services. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Está cada vez mais claro que a
genética é a principal responsável pela origem do autismo. Aliado a isso, fatores isolados
também podem participar da origem do autismo, e componentes ambientais seriam
insultos graves provocados ao cérebro fetal em desenvolvimento durante o período
gestacional, bem como fatores gestacionais singulares à progenitora, como a idade
avançada dos pais, diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia, infecção por rubéola e
toxoplasmose. O estudo também aborda fatores protetivos, intrínsecos à mãe, como o uso
do ácido fólico, vitamina D, zinco, ômega 3 e amamentação materna.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do conhecimento dos possíveis fatores de risco
associados ao desenvolvimento de TEA, torna-se clara a existência de algumas condições
potencialmente evitáveis ou modificáveis, sobre as quais é possível atuar oferecendo
informações e recursos às populações mais vulneráveis.
Palavras-chave: Autismo; Fatores dispositivos; Teratógenos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBUQUERQUE, C. A., et al. Influência do tabagismo materno durante a gravidez em
fluxos de sangue da artéria cerebral uterina, umbilical e fetal. Early Hum Dev., v. 80, n.
1, p. 31-42, 2004.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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CANELL, J. J. Autism, will vitamin D treat core symptoms?.Medical Hypotheses,


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de Maringá. Maringá, 2016.

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revisão. Curr Psychiatry Rep., v. 20, n. 9, 2018.

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Development. v. 10, n. 9, 2021.
FLUEGGE, K. A exposição ambiental ao gás de efeito estufa, N 2 O, contribui para
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2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TESTE DE RESPIRAÇÃO NA SÍNDROME DO AVENTAL BRANCO

Karoline Harton Faria de BARROS1; Andréia Monique Rodrigues HONORATO2;


Emmily Menezes PEDROSO3; Stéfano Georges Daguer FAINA4 Bruna da RUI5

Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Goiatuba UNICERRADO –


1,2,3,4

Goiatuba/GO
5
Graduando em Medicina pela Faculdade Morgana Potrich FAMP – Mineiros/GO.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HAS) é caracterizada pela elevação nos níveis


de pressão que o sangue exerce nos vasos sanguíneos maior ou igual a 140 por 90 mmHg
e normalmente está associada a distúrbios metabólicos, porém existem pacientes
hipertensos frente ao avental branco, ou seja, possuem pressão arterial normal fora do
âmbito hospitalar, mas em consultórios e clínicas, é evidenciado a elevação da pressão
arterial. OBJETIVOS: Tem por objetivo expor sobre os resultados do teste de respiração
lenta na síndrome do avental branco. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
narrativa de literatura, onde foram usados os descritores “hipertensão” AND “teste de
respiração” na plataforma científica SciELO obtendo como resultado 3 artigos, sendo 1
utilizado neste resumo, também foi utilizado a Sétima Diretriz Brasileira de Hipertensão
arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
estudo foi realizado no estado de São Paulo, com o foco em pacientes que nunca fizeram
tratamento para a hipertensão, foram selecionadas 109 pessoas, as quais 58 foram
diagnosticados normotensos sendo 31 do sexo feminino e 27 do sexo masculino, e 51
como hipertensos, 14 do sexo feminino e 19 do sexo masculino. Foram divididos em
pressão arterial sistólica (PAS) < 135 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) < 85
mmHg no consultório e na média do período de vigília da Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial (MAPA); hipertensão essencial PAS > 135 mmHg e/ou PAD > 85 mmHg
no consultório e na média do período de vigília da MAPA; hipertensão do avental branco
PAS > 135 mmHg e/ou PAD > 85 mmHg no consultório e PAS < 135 mmHg e PAD <
85 mmHg na média do período de vigília da MAPA. Os pacientes fizeram o exame de
MAPA com intervalos de 15 minutos durante o dia e de 30 minutos durante a noite, depois
de 21 horas que os exames foram considerados validos. Esses mesmos pacientes, após
jejum de 12 horas foram encaminhados para coleta de sangue. No tratamento estatístico,
avaliaram creatinina, colesterol total, sódio, potássio, triglicérides, uréia, glicemia, IMC,
RCQ e para análise de variância usaram ANOVA e teste de Tukey, as diferenças foram
consideradas abaixo de 0,05. Dos hipertensos 18 foram classificados portadores da
hipertensão do avental branco, destes 15 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. Por
faixa etária, a maioria dos normotensos encontrava-se na faixa dos 18-29 anos. Já os
portadores de hipertensão arterial encontravam-se na faixa entre 50-59 anos. Os

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


hipertensos do avental branco a faixa compreendida foi entre 40-49 anos de idade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se diferenças significativas nos valores da
pressão arterial dos grupos. Concluiu-se que com relação ao sexo pacientes da hipertensão
do avental branco, obteve maior predominância do sexo feminino. Já com relação à faixa
etária pode-se concluir que uma tendência de aumento da pressão arterial uma elevada
incidência de hipertensão arterial entre os idosos. Não foi encontrado relações entre a
hipertensão do avental branco e as variáveis demográficas estudadas, sabe-se que a
casuística é pequena para conclusões mais sólidas.

Palavras-chave: Hipertensão; Avental Branco; Teste de Respiração;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

THALENBERG, José Marcos et al. Teste de respiração lenta aumenta a suspeita da


hipertensão do avental branco no consultório. Arquivos Brasileiros de Cardiologia
[online]. 2008, v.91, n. 4 [Acessado 12 Outubro 2021], pp. 267-273. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0066-78X2008001600010. Epub 11 Nov 2008. ISSN 1678-
4170. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2008001600010.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.


ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3 Setembro 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TESTE DE RESPIRAÇÃO NA SÍNDROME DO AVENTAL BRANCO

Karoline Harton Faria de BARROS1; Andréia Monique Rodrigues HONORATO2;


Emmily Menezes PEDROSO3; Stéfano Georges Daguer FAINA4 Bruna da RUI5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Goiatuba UNICERRADO –
1,2,3,4

Goiatuba/GO
5
Graduando em Medicina pela Faculdade Morgana Potrich FAMP – Mineiros/GO.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial (HAS) é caracterizada pela elevação nos níveis


de pressão que o sangue exerce nos vasos sanguíneos maior ou igual a 140 por 90 mmHg
e normalmente está associada a distúrbios metabólicos, porém existem pacientes
hipertensos frente ao avental branco, ou seja, possuem pressão arterial normal fora do
âmbito hospitalar, mas em consultórios e clínicas, é evidenciado a elevação da pressão
arterial. OBJETIVOS: Tem por objetivo expor sobre os resultados do teste de respiração
lenta na síndrome do avental branco. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
narrativa de literatura, onde foram usados os descritores “hipertensão” AND “teste de
respiração” na plataforma científica SciELO obtendo como resultado 3 artigos, sendo 1
utilizado neste resumo, também foi utilizado a Sétima Diretriz Brasileira de Hipertensão
arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
estudo foi realizado no estado de São Paulo, com o foco em pacientes que nunca fizeram
tratamento para a hipertensão, foram selecionadas 109 pessoas, as quais 58 foram
diagnosticados normotensos sendo 31 do sexo feminino e 27 do sexo masculino, e 51
como hipertensos, 14 do sexo feminino e 19 do sexo masculino. Foram divididos em
pressão arterial sistólica (PAS) < 135 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) < 85
mmHg no consultório e na média do período de vigília da Monitorização Ambulatorial da
Pressão Arterial (MAPA); hipertensão essencial PAS > 135 mmHg e/ou PAD > 85 mmHg
no consultório e na média do período de vigília da MAPA; hipertensão do avental branco
PAS > 135 mmHg e/ou PAD > 85 mmHg no consultório e PAS < 135 mmHg e PAD <
85 mmHg na média do período de vigília da MAPA. Os pacientes fizeram o exame de
MAPA com intervalos de 15 minutos durante o dia e de 30 minutos durante a noite, depois
de 21 horas que os exames foram considerados validos. Esses mesmos pacientes, após
jejum de 12 horas foram encaminhados para coleta de sangue. No tratamento estatístico,
avaliaram creatinina, colesterol total, sódio, potássio, triglicérides, uréia, glicemia, IMC,
RCQ e para análise de variância usaram ANOVA e teste de Tukey, as diferenças foram
consideradas abaixo de 0,05. Dos hipertensos 18 foram classificados portadores da
hipertensão do avental branco, destes 15 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. Por
faixa etária, a maioria dos normotensos encontrava-se na faixa dos 18-29 anos. Já os
portadores de hipertensão arterial encontravam-se na faixa entre 50-59 anos. Os
hipertensos do avental branco a faixa compreendida foi entre 40-49 anos de idade.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se diferenças significativas nos valores da
pressão arterial dos grupos. Concluiu-se que com relação ao sexo pacientes da hipertensão
do avental branco, obteve maior predominância do sexo feminino. Já com relação à faixa
etária pode-se concluir que uma tendência de aumento da pressão arterial uma elevada
incidência de hipertensão arterial entre os idosos. Não foi encontrado relações entre a
hipertensão do avental branco e as variáveis demográficas estudadas, sabe-se que a
casuística é pequena para conclusões mais sólidas.

Palavras-chave: Hipertensão; Avental Branco; Teste de Respiração;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

THALENBERG, José Marcos et al. Teste de respiração lenta aumenta a suspeita da


hipertensão do avental branco no consultório. Arquivos Brasileiros de Cardiologia
[online]. 2008, v.91, n. 4 [Acessado 12 Outubro 2021], pp. 267-273. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0066-78X2008001600010. Epub 11 Nov 2008. ISSN 1678-
4170. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2008001600010.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.


ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3 Setembro 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO
CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES
Carina Nunes de Lima1; Alane da Silva Tôrres2; Fabiana Nayra Dantas Osternes3 Celina
César Daniel4 Delmira Mendes Soares de Lima5Simone Barroso de Carvalho6
1
Enfermeira. Pós Graduanda em Saúde da Família - Faculdade FAVENI
2
Enfermeira. Pós Graduada em Obstetrícia - Rede Cegonha pela Universidade Federal de
Minas Gerais/Universidade Federal do Piauí.
3
Enfermeira. Residente em Alta Complexidade pela Universidade Federal do Piauí
4
Enfermeira. Pós-Graduada em Saúde da Família pela Universidade Federal do Piauí.
5
Graduanda em Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade UNINASSAU
6
Enfermeira. Mestre em Saúde e Comunidade pela Universidade Federal do Piauí.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares (DCV) são definidas como doenças que


atingem o sistema circulatório, ou seja vasos sanguíneos e coração. De acordo com a
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2015, 7,4 milhões de óbitos foram
causados por DCV, tornado-se um problema de saúde pública, pois suas consequências
interferem em uma boa qualidade de vida do ser humano. As manifestações clínicas são
mais frequentes na fase adulta, porém, os fatores que levam a progressão dessas
patologias iniciam cada vez mais cedo, se agravando conforme a idade avança. Os
adolescentes são um dos grupos que mais se expõe a esses riscos, devido aos maus hábitos
adquiridos, necessitando assim de uma investigação do dia a dia dos mesmos, pois
tornam-se vulneráveis, por conta das transformações que ocorrem nessa fase. Os
principais fatores de risco são: sedentarismo, consumo inadequado de alimentos,
tabagismo, consumo excessivo de álcool, além do histórico familiar. Desse modo a
avaliação precoce, principalmente na adolescência como estratégia de prevenção é de
suma importância, é preciso uma investigação do estilo de vida desse público que pode
contribuir para o desenvolvimento de uma (DVC). OBJETIVOS: Conhecer a
importância da avaliação de fatores cardiovasculares em adolescentes.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de modalidade exploratória,
realizado a partir de um levantamento bibliográfico de julho à setembro de 2021 nas bases
de dados, a partir da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Scientific Eletronic Library
Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Sistema Online de Busca e
Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Foram ultilizados os seguintes descritores:
Saúde do adolescente, Cardiovascular, Prevenção. Estabeleceu-se como critérios de
inclusão: artigos da língua portuguesa, modalidade de artigo, texto completo disponível,
com corte temporal de 2017 à 2020. Foram analisados 23 artigos, destes 13 foram
excluídos por não preencherem os critérios da pesquisa, apenas 10 foram selecionados e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


utilizados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A adoção de estilo de vida saudável nos
adolescentes não é tão comum, estudos mostraram que nesta fase da vida essas práticas
importantes para manter a saúde não são executadas, o consumo excessivo de gorduras,
doces, frituras, além excesso de peso, e consumo reduzido de verduras, furtas e vegetais
essenciais parra a manutenção de uma boa qualidade de vida e baixa prática de exercícios
físicos, vem tornando os adolescentes predisponentes a desenvolver patologias
cardiovasculares na fase adulta. A atenção redobrada, busca ativa, implementação de
programas de promoção e prevenção a saúde dos jovens, como por exemplo: atividades
educativas que conduzam os jovens a compreender a importância de ter hábitos saudáveis
e praticar exercícios físicos, podem diminuir positivamente o risco de desenvolver uma
DCV futura, as entidades de saúde e educação juntas podem estar diminuindo os índices
desses agravos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É perceptível diante dos artigos
explorados, que a adoção de hábitos de vida inadequados entre os adolescentes, é cada
vez mais frequente e presente, enfatizando a importância de avaliar o mais precocemente
possível esses fatores de risco, para a boa manutenção da saúde dos mesmos.
Palavras-chave: Fator de risco cardiovascular; Adolescente; Prevenção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, F. N. M.; CASOTTI, C. A.; NERY, A. A. Comportamento de Riscoà


Saúde de Adolescentes Escolares. Texto & Contexto Enfermagem,
Florianópolis, v. 25, n. 4, 2016.
BEZERRA, M. R. E. et al. Fatores de Risco Modificáveis para Doenças Crônicas
não Transmissíveis em Adolescentes: Revisão Integrativa. Adolescência &
Saúde, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 113-120, 2018.
BOURBON, M. et al. Sabe como Prevenir? Doenças Cardiovasculares. Lisboa,
Portugal: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, 2016.
FAIAL, L. C. M. et al. A escola como campo de promoção à saúde na
adolescência: revisão literária. Revista Pró-univerSUS, Rio de Janeiro, v. 07, n.
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FARIAS, C. R. L. et al. Síndrome metabólica infanto-juvenil persistente e relação
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n. 3, p. 1077-1985, 2017.
OPAS. OPAS/OMS Brasil - Doenças Cardiovasculares. OPAS BRASIL, 2021.
Disponivelem:<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view
=article&id=5253:doencas-cardiovasculares&Itemid=1096>. Acesso em: 10
agosto 2021.
RAPHAELLI, C. O.; PRETTO, A. D. B.; DUTRA, G. F. Prevalência de hábitos
de vida em escolares de um Município do Sul do Brasil. Adolescência & Saúde,
Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 16-23, 2016.

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SANTOS, I. F. M.; SOUZA, I. B. Fatores de Risco Cardiovascular entre Crianças
e Adolescentes de uma escola pública em Salvador, Bahia. Revista Diálogos &
Ciência ,Salvador, v. 3, n. 17, p. 97-116, 2017.
SILVA, C. V.; ALCÂNTARA, D. S. Fatores de risco cardiovascular em
adolescentes: uma revisão bibliográfica. Revista Amazônia Science & Health,
Gurupi, v. 4, n. 1, p. 41- 48, 2016.
SOUZA, A. A. et al. Hipertensão arterial em adolescentes: reflexões acerca dos
fatores de risco modificáveis. Mostra Interdisciplinar do curso de
Enfermagem, Quixada, v. 02, n. 01, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CONSULTA DE ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DO
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca1; Jessica de Souza Pereira1; Luciana Emanuelle de
Aviz1; Nanni Moy Reis1; Amanda Thaís Silva da Silva2; Luana Cunha Galvão Pereira3.
1
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
(UNIFAMAZ).
2
Graduando em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ).
3
Enfermeira pelo UNIFAMAZ. Residente em Atenção Básica/Saúde da Família pelo
Centro Universitário do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Consulta de enfermagem (CE) é uma atividade privativa do


enfermeiro e está prevista na Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86, que consiste na
aplicação direta do processo de enfermagem aos indivíduos, famílias e comunidades de
forma direta e independente (OLIVEIRA; CADETE, 2007). Segundo Campos et al.
(2011), a CE voltada para a criança é uma estratégia de cuidado que visa monitorar o
crescimento e o desenvolvimento infantil (CD) por meio de consultas mensais, reduzindo
a morbimortalidade. Durante a consulta existem momentos para coleta de dados, exame
físico, estabelecimento do diagnóstico de enfermagem, prescrição, implementação dos
cuidados e a orientação das ações relacionadas aos problemas detectados. OBJETIVO:
Relatar a experiência da atuação de acadêmicos de enfermagem durante consultas de
enfermagem no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo
relato de experiência realizado em uma Unidade Municipal de Saúde (UMS) de Belém-
PA, durante o mês de agosto de 2021. A dinâmica das consultas de enfermagem foram
divididas em dois momentos, pelos acadêmicos de enfermagem para avaliação do CD,
sendo no primeiro momento há recepção da criança e seu acompanhante, inicia-se a coleta
de dados, onde o enfermeiro utiliza gráficos para observar o desenvolvimento, ganho
ponderal e o de estatura, assim como, avaliando situações alimentares, imunização, sono
e repouso, lazer e relacionamento familiar. Após a efetivação da entrevista, para
completar as fases da consulta de enfermagem, é realizado o segundo momento, onde é
feito um minucioso exame físico cefalocaudal, nesse período verifica-se dados
antropométricos (peso, altura, perímetro cefálico, torácico e abdominal), pele e os
fâneros, fontanelas anterior e posterior, olhos, ouvidos, nariz, boca e o pescoço, tórax,
abdômen, órgãos genitais, membros superiores e inferiores, avaliação do tônus muscular
e reflexos. Por fim, de acordo com as necessidades de cada criança é solicitado exames,
prescito medicações de acordo com o manual de Atenção Integral ás Doenças Prevalentes
na Infância (AIDPI), realizado encaminhamentos para equipe multiprofissional e
aprazamento das próximas consultas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Notou-se a
importância e necessidade da presença de acadêmicos nas consultas, visto que quando

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


presentes nesse meio percebeu-se que a CE vai além do conhecimento teórico-prático,
sendo necessário um olhar holístico considerando as particularidades dos pacientes, onde
é fundamental a incorporação da criatividade, sensibilidade e humanização nesse
processo. Segundo Trecossi e Ortigara (2013), o enfermeiro necessita não só das
habilidades técnicas essenciais para atuar com segurança, mas também do relacionamento
interpessoal para realizar a consulta de enfermagem. Para Dantas et al. (2016), o CE
necessita de conhecimentos teóricos e práticos, além de desenvolver a criatividade e a
sensibilidade de forma ativa, sistemática e contínua para ajudar o ser humano a vivenciar
seu processo saúde-doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se que a CE deva
ser um conjunto de práticas sistematizadas, estruturadas cientificamente e que também
considere e utilize uma linguagem prática, que constitua o todo de cada paciente.
Palavras-chave: Consuta de Enfermagem; Crescimento e Desenvolvimento; Educação
em Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS R. M. C., et al. Consulta de enfermagem em puericultura: a vivência do


enfermeiro na ESF. Rev da Escola de Enf USP (online), v.45, n.3, p. 566-574, 2011.
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https://www.scielo.br/j/reeusp/a/N8Ds5szdFzY4z96PNyNQMVh/?lang=pt. Acesso em:
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DANTAS, C. N., et al. A consulta de enfermagem como tecnologia do cuidado à luz


dos pensamentos de bacon e galimberti. Texto Contexto Enferm, v. 25, n. 1, p. 2-8,
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TRECOSSI, M. O; ORTIGARA, E. P. F. Importância e eficácia das consultas de


enfermagem ao paciente surdo. Revista de Enfermagem, v. 9, n. 9, p. 60-69, 2013.
Disponível em:
http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadeenfermagem/article/view/938/1661. Acesso
em: 14 out 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CUIDANDO DO CUIDADOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UMA
OFICINA DAS SENSAÇÕES

Elana Maria da Silva1; Francisco Natanael Lopes Ribeiro2; Joelma Gomes Lima3;
Francisco Thiago Paiva Monte4 ; Darlanderson Gomes Albuquerque5; Antonia Thais
Oliveira Lima6

1
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
2
Assistente Social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
3
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
4
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família – UFC;
5
Profissional de Educação Física, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral;
6
Nutricionista, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A pandemia causada pela Covid-19 tem produzido números expressivos de


infectados e óbitos, com isso sobrecarregando os profissionais e estabelecimentos de
saúde. Isso tem afetado negativamente a saúde mental destes profissionais de saúde,
especialmente os que trabalham na linha de frente da assistência. O que nos remete a
importância de desenvolver ações de promoção da saúde com os profissionais da saúde.
Objetivos: Relatar uma atividade de oficina das sensações que foi desenvolvida com
profissionais do Centro de Saude da Familia (CSF) do município de Sobral-Ceará.
Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de Residentes Multiprofissionais em
Saúde da Família e profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família na realização
de uma atividade de oficina das sensações no CSF Terrenos Novos. O momento foi
executado no mês de setembro de 2021 no município de Sobral, em alusão a campanha
do Setembro Amarelo, dentro de um grupo de gestão com os profissionais da unidade de
saúde, com o objetivo de levar cuidado aos cuidadores. No qual foram respeitados os
princípios bioéticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e as
recomendações da Organização Mundial de Saúde para o enfrentamento da pandemia
pela COVID-19. Resultados/Discussão: Para começarmos a atividades, os profissionais
foram vendados e convidados a se entregar ao momento e as sensações, dando as mãos
ao guia, que por sua vez iria guiar o profissional por percurso de estímulos aos sentidos,
como sentir cheiro de perfume e café, sentir massagear as mãos, pés e região do trapézio,
sentir gosto amargo de limão e doce de mel, sentir pisar em pisos instáveis e pedregosos,
sentir temperaturas divergentes. Foi construído um ambiente que a aconchego e cuidado.
Diversas reações foram visualizadas durante o percurso e após o momento os
profissionais expuseram seus sentimentos durante a atividade, dentre eles estavam: medo,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


confiança, nostalgia da infância, afeto. Considerações finais: Destacamos este tipo de
atividade proporciona fortalecimento das relações interpessoais e um maior cuidado com
os profissionais que estão diariamente cuidando dos usuários. Desse modo, ressaltamos
que a utilização da atividade oficina das sensações possibilitou um momento muito
proveitoso de cuidado com os profissionais.
Palavras-chave: Oficina das Sensações; Promoção da Saúde; Educação em Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília,
2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes-cns/resolucoes-
2020/1422-resolucao-n-647-de-12-de-outubro-de-2020 Acesso em: 14 de outubro de
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DE ACESSIBILIDADE SEGUNDO AS NORMAS DA ABNT NBR
9050 EM UM SUPERMERCADO DE SANTA MARIA.
CAMARGO, Alessandra1; NASCIMENTO, Paloma²;
COELHO, Gabriele ³; FORGEARINI, Fernanda4;
BRUM, Paola5 ;GONÇALVES, Luana6.
1,2,3,4,5
Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil
6
Fisioterapeuta. Mestra em Ciências da Reabilitação pela Universidade
Federeal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
E-mail do autor pra correspondência: [email protected]

Introdução: Acessibilidade é a possibilidade de acessar um lugar, serviço, produto ou


informação de maneira segura e autônoma, sem nenhum tipo de barreira, beneficiando
a todas as pessoas, com ou sem deficiência, em todas as fases da vida. A acessibilidade
permite oferecer diferentes oportunidades iguais, independentemente de sua capacidade
ou circunstâncias. Objetivo: Analisar as adequações de acessibilidade segundo a NBR
9050 ABNT para pessoas com deficiência física e/ou mobilidade reduzida de um
supermercado de Santa Maria. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo
realizada no dia quatro de maio de 2021, foram mensurados: larguras dos corredores,
largura das portas e altura de maçanetas, além disso, foi realizada a observação do
estacionamento, se apresentava boa qualidade e vaga para cadeirante. Como recurso foi
utilizado fita métrica para medição do local e uma câmera para fotografar. Resultado e
discussão: Verificou- se que: entre os caixas tinha largura de 1,35m, da mesma forma o
corredor de bebidas medindo 1,35m de largura, corredor de alimentos 1,95m, de largura,
porta de acesso medindo 1,90m, corredor do hortifruti 1,70m de largura, altura do caixa
de 90 cm, largura das portas dos banheiros de 0,90m, altura da maçaneta obtendo 1,10m.
Observou-se na porta de acesso ao mercado rampas com tapetes (na parte interna e
externa do ambiente), não possui piso tátil. O estacionamento encontra-se em bom
estado, possui uma vaga para cadeirante e uma para idoso. O Supermercado avaliado
apresenta condições de acessibilidade importantes e adequadas para a entrada e
permanência de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, comparando com as
normas da NBR 9050 ABNT. Considerações finais: Os Supermercados são
estabelecimentos comerciais muito importantes dentro de uma organização de uma
cidade e permitir nesses locais o trânsito de todas as pessoas é um direito constitucional,
entretanto podendo ser melhorada a altura das prateleiras, o difícil remanejamento das
mesmas assim como seria importante a retirada dos tapetes na porta de acesso ao
mercado, evitando assim algum acidente.
Palavras-chave: deficiência, supermercado, NBR9050.
Referências bibliográficas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade


a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro – RJ, 2020.
MARTíNEZ, Albertina Mitjáns (org.). Psicologia Escolar e Compromisso Social. 4. ed.
Campinas: Alínea, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


POTENCIALIDADES E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO
CENÁRIO BRASILEIRO
Raíra Kirlly Cavalcante Bezerra1; Priscilla Ferreira Lemos2; Francisca Patrícia Barreto
de Carvalho3
1,2
Mestranda em Saúde e Sociedade pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde e
Sociedade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
3
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Educação a Distância parece ter encontrado no prolongamento da
atual situação pandêmica a alavanca que faltava para o aceleramento de sua consolidação
no cenário brasileiro, alcançando espaços nos mais diversos lugares e níveis de educação.
Porém, sabe-se, que são muitos os desafios que dificultam sua operacionalização.
OBJETIVO: Descrever quais as principais potencialidades e desafios da Educação a
Distância na formação e aprendizagem de estudantes brasileiros. METODOLOGIA: O
estudo é caracterizado como um relato de experiência, que teve início por meio da
vivência de alunos em uma disciplina ministrada de forma remota em um programa de
pós-graduação em saúde durante abril a julho de 2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir da construção de um mural compartilhado pelos pós-graduandos, foi possível
constatar diversas potencialidades e desafios existentes no âmbito da Educação a
Distância. Como potencilidades destacaram-se a flexibilidade com os horários,
dinamicidade das ferramentas, economia de tempo, formação continuada, respeito ao
ritmo dos alunos, menor custo de deslocamento e pedagogia inovadora. Os principais
desafios apontados baseiam-se na dependência tecnológica, participação deficiente dos
estudantes, carência na socialização, deficiência nos processos avaliativos e
distanciamento entre educador e educando. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora
sejam reconhecidas as potencialidades do ensino à distância, existe uma deficiência em
políticas públicas que assegure o direito da população ao ensino em sua plena totalidade
e garantia da efetivação de propostas veiculadas a essa modalidade.
Palavras-chaves: Educação a Distância; Ensino; Conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA SILVA NASCIMENTO, L.; DA CRUZ, A.G. Educação em tempos de pandemia e o


fortalecimento da educação a distância no ensino superior: as oportunidades do lucrativo
mercado educacional. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, v. 13, n. 1, p. 258-
276, 2021.
MARTINS, S.L.B.; MILL, D. Estudos científicos sobre a educação a distância no Brasil:
um breve panorama. Inc.Soc., v.10 n.1, p.119-131, 2016.
NASCIMENTO, P. M.; RAMOS, D.L.; MELO, A.A.S.D.; CASTIONI, R. Nota técnica:
Acesso domiciliar à internet e ensino remoto durante a pandemia. Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada. 2020.

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ADAPTAÇÕES DURANTE O PRÉ-NATAL DE GESTANTES NO CONTEXTO
PANDÊMICO DE COVID-19: REVISÃO DE LITERATURA
Tailande Venceslau Carneiro 1; Lohana Guimarães Souza²; Letícia Grazielle Santos³
¹Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
²
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
³Fisioterapeuta Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Nove de Julho
(UNINOVE)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 tem causado inúmeras


repercussões na saúde das populações mundiais, sobretudo, nas mais vulneráveis, como
idosos, portadores de comorbidades e especialmente gestantes, devido às alterações na
imunofisiologia e nos sistemas cardiopulmonares, que as tornam mais suscetíveis.
OBJETIVO: Realizar uma análise de estudos acerca das principais alterações no
atendimento de pré-natal de gestantes durante a pandemia de COVID-19. MÉTODOS:
Revisão integrativa de literatura com os critérios de inclusão: existência do resumo; texto
completo disponível; estudos em humanos. Foi realizada a consulta na Plataforma da
BVS, com os descritores “Gestantes”, “Pré-natal” e “Covid-19”, foram encontrados 47
artigos e incluindo 8. Os tipos de estudos foram: Pesquisa qualitativa (21); Fatores de
risco (17); Estudo prognóstico (16); Estudo de prevalência (10); Estudo diagnóstico (8)
Estudo de rastreamento (8); Estudo observacional (6); Estudo de prática clínica (5);
Ensaio clínico controlado (2); Estudo de incidência (1); Overview (1); Síntese de
evidências (1). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Notou-se que as evidências, a priori,
não indicavam diferenças significativas entre o acometimento e gravidade da infecção em
mulheres grávidas e não grávidas, exceto se fossem portadores de alguma condição
crônica de saúde. Todavia, estudos já evidenciram que gestantes são acometidas
desproporcionalmente por manifestações mais agressivas, associadas a altas taxas de
morte materna, aborto espontâneo e restrição de crescimento intrauterino. Reforçou-se
também a necessidade do sistema de saúde adaptar-se e fortalecer em redes múltiplas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destarte, a adoção de condutas, tais como consultas
híbridas e teleconsultas foram adaptações importantes para minimizar o risco de
contaminação e de possíveis complicações, com intuito de oferecer uma atenção dinâmica
e completa às gestantes no período do pré-natal. Importante ressaltar, que existem muitos
estudos apenas exploratórios acerca do tema, portanto, o presente trabalho defende um
acesso à saúde da mulher integral, humanizado e baseado nas melhores evidências
disponíveis.
Palavras-chave: Gestantes; Pré-natal; Covid-19

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ercole FF, Melo LS de, Alcoforado CLGC. Integrative review versus systematic review.
REME. [Internet]. 2014 [acesso em 15 de nov. 2021];18(1):3. Disponível em:
https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/904
Gois JT, Vieira BC, Dias FSM, Melo CCA, Oliveira BG, Santos APB. Gestantes
COVID19 positivo, trabalho de parto e risco de transmissão vertical: revisão sistemática.
SaudColetiv (Barueri). 2021 [acesso em 15 nov. 2021];11(60):4654–63. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11i60p4654-4663

SANTOS, Ana Luisa Costa et al. Principais impactos gerados no manejo das gestantes
durante o pré-natal frente a pandemia da Covid-19. 2021.

Souza SS, Cunha AC, Suplici SER, Zamprogna KM, Laurindo DLP. Influência da
cobertura da atenção básica no enfrentamento da COVID-19. J Health NPEPS [Internet].
2021 [acesso em 15 nov. 2021] ;6(1):1–21. Disponível em:
https://periodicos.unemat.br/index.php/jhnpeps/article/view/4994.

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PROMOÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Francisco Natanael Lopes Ribeiro1; Elana Maria da Silva2; Joelma Gomes Lima3;
Francisco Thiago Paiva Monte4 ; Darlanderson Gomes Albuquerque5; Antonia Thais
Oliveira Lima6
1
Assistente Social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
2
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
3
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
4
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família – UFC;
5
Profissional de Educação Física, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral;
6
Nutricionista, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A promoção da saúde é um marco importante nas discussões e criação


de diversas políticas de saúde, tendo sua gênese na primeira Conferência Internacional
sobre Promoção da Saúde que aconteceu em Ottawa, no Canadá, em 1986 e teve como
objetivo defender a promoção da saúde como fator fundamental de melhoria da qualidade
de vida. a Promoção da Saúde surge então numa perspectiva de rompimento com uma
visão fatalista do processo de saúde/doença. OBJETIVOS: Relatar a experiência da
criação de um grupo de adolescentes em um Centro de Saúde da Família.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência da criação de um grupo de
adolescente com idade entre 13 e 15 anos em um Centro de Saúde da Família (CSF) do
município de Sobral - CE, através da parceria entre profissionais residentes em Saúde da
Família, Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) e profissionais da Estratégia
Trevo de quatro folhas que trabalha a saúde materna e infantil no município.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No contexto da atenção primária à saúde os grupos
são tecnologias leves de promoção e prevenção à saúde caracterizando-se como uma
intervenção coletiva e interdisciplinar ancorada no conceito ampliado de saúde. Desse
modo, entendendo o contexto territorial e uma demanda crescente de gravidez na
adolescência, uso problemático de álcool e outras drogas e violências múltiplas por e com
adolescentes no território adscrito pelo CSF, buscou-se criar estratégias de promoção à
saúde do adolescente. A primeira ação tratou-se da construção de parcerias institucionais
com outros serviços, Estratégia Trevo de Quatro Folhas através do Projeto Flor de
Mandacaru que atua na saúde sexual e reprodutiva de adolescentes do município e do
Instituto Teias da Juventude, um equipamento não governamental inserido no território
que atua com crianças e adolescente. O segundo momento refere-se a mobilização dos
adolescentes do bairro para aderirem ao grupo e consecutivamente a realização do

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primeiro encontro, desse modo, ao que se refere ao primeiro encontro, este aconteceu no
mês de setembro de 2021, onde foi feita uma rodada criativa de apresentação dos
participantes com desenhos e frases, foi feita uma conversa aberta sobre a justificativa
do grupo, uma apresentação rápida dos serviços e em seguida uma dinâmica sobre
prevenção ao suicidio em alusão ao setembro amarelo onde foi utilizado um quebra-
cabeças sobre os fatores de proteção ao suicídio.. Por último foi pactuado com os atores
toda a parte organizacional do grupo, tais como a periodicidade dos encontros, melhores
horários e os principais temas a serem abordados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
grupo vem se constituindo enquanto uma ferramenta fundamental de construção de
vínculo com os adolescentes e também uma estratégia de desenvolvimento de ações de
educação em saúde, através dessa tecnologia é possível construir um diálogo mais
próximo com esses atores desenvolvendo um cuidado longitudinal e integral.
Palavras-chaves: Promoção da saúde; Saúde de Grupos Específicos; Saúde do
Adolescente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ministério da Saúde, Brasil. Promoção da Saúde: Declaração de Alma-Ata, Carta de
Ottawa, Declaração de Adelaide, Declaração de Sundsvall, Declaração de Santafé de
Bogotá, Declaração de Jacarta, Rede de Megapaíses, Declaração do México. Brasília
(DF): 2001. 54p.

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SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PANDEMIA DE
COVID-19: REVISÃO DE LITERATURA
Lohana Guimarães Souza¹; Tailande Venceslau Carneiro 2; Davidson Monteiro de
Almeida3; Sara Regina Alves dos Santos4; Natiane nascimento de oliveira5; Letícia
Grazielle Santos6
1
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
2
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
3
Bacharel em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB
4
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB
5
Enfermeira pela Unime, e pós-graduada em Saúde Pública com ênfase em Saúde da
Família
6
Fisioterapeuta Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Nove de Julho
(UNINOVE)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A pandemia de SARS-CoV-2 é uma emergência de saúde global sem


precedentes e o sofrimento psíquico já incide na população. Assim, a saúde mental deve
ser priorizada para que se identifiquem grupos com alto risco de desenvolver desordens
mentais, além dos riscos biológicos e psicossociais pré-existentes, para promover e
prevenir a saúde mental. Entre tais grupos, estão os profissionais de saúde, que são
excessivamente demandados em contexto pandêmico. OBJETIVO: Fazer uma revisão
de literatura para avaliar os impactos de uma pandemia na saúde mental dos profissionais
de saúde. MÉTODOS: Revisão integrativa de literatura com os critérios de inclusão:
existência do resumo; texto completo disponível; estudos em humanos; abordagem da
temática. Consultaram-se os portais PubMed e BVS, com os descritores “Profissionais de
Saúde”, “Saúde Mental”, “Covid-19” e “Pandemia”, em diferentes combinações,
encontrando 145 artigos e incluindo 9. RESULTADOS: Apesar de incipientes, estudos
apontam que as condições mentais mais comuns nos profissionais de saúde na covid-19
são estresse, ansiedade e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), com níveis
mais altos de ansiedade em mulheres e enfermeiros, comparados com homens e médicos.
Igualmente, trabalhar nas unidades de terapia intensiva, lidando com altas perspectivas
de morte é maior fator de risco. O medo de infectar os familiares e se infectar,
desinformação e raiva do governo e dos sistemas de saúde são sentimentos comuns entre

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os profissionais. E, na tentativa de valorização, ao serem chamados de heróis, estes
recebem uma pressão adicional, pois, além de sofrerem estigmas, são tidos como
inabaláveis. Estudos anteriores sobre SARS, MERS e H1N1 evidenciaram que: 57% dos
profissionais de saúde apresentaram problemas de saúde mental durante e após o evento;
disforia e estresse foram preditores de má conduta, atrasos no tratamento por falhas na
comunicação e absenteísmo; maior risco para TEPT, persistindo após ausência no
serviço; estresse, depressão e ansiedade após o surto; síndrome de Burnout, trauma
vicário, sentimentos de vulnerabilidade, incerteza e ameaça à vida também foram comuns
nos profissionais. CONCLUSÃO: Destarte, há poucos estudos sobre epidemiologia,
prevenção e promoção da saúde mental dos profissionais de saúde em pandemias e a
maioria são chineses, impedindo que os achados sejam extrapolados para realidades
socioculturais distintas, sobretudo de países em desenvolvimento como o Brasil.
Palavras-chave: Covid-19; Saúde Mental; Profissionais de Saúde; Pandemia;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMPOS e. al Symptoms related to mental disorder in healthcare workers during the


COVID-19 pandemic in Brazil. Int Arch Occup Environ Health ; 94(5): 1023-1032,
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based on evidence and expert consensus. Rev Colomb Psiquiatr (Engl Ed); 50(3):
225-231, 2021.

SANCHES et. al Impact of the COVID-19 Pandemic on the Mental Health of Nurses
and Auxiliary Nursing Care Technicians-A Voluntary Online Survey. Int J Environ
Res Public Health ; 18(16)2021 Aug 05.

PINTO el. al Aumento do risco de profissionais de saúde se sentirem traumatizados


durante a pandemia de COVID-19. Sci Rep; 11 (1): 18286, 2021 09 14.

SOUZA, Norma Valéria Dantas de Oliveira et al. Nursing work in the COVID-19
pandemic and repercussions for workers’ mental health. Revista Gaúcha de
Enfermagem [online]. 2021, v. 42, n. spe [Acessado 11 Outubro 2021], e20200225.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COVID-19 E SAÚDE FEMININA: OS IMPACTOS NO CICLO MENSTRUAL

Márcia Cleide Madureira Fagundes Gomes Neta¹; Anielly Araújo Vieira2; Lucas
Mateus Advíncola Santos3; Marcus Vinicius Dias Prates4; Victor Emanuel dos Reis
Advíncola5

1,2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri 3Graduando em Medicina pelo Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri
4
Enfermeiro pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduando em Medicina pela
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
5
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A disseminação da COVID-19 causada pelo vírus SARS-CoV-2


tornou-se uma das mais graves ameaças à saúde pública. Durante a última década, a saúde
reprodutiva feminina se fez cada vez mais importante e a atenção aos efeitos da doença
no sistema reprodutivo tem sido reconhecida globalmente. OBJETIVOS: Analisar o
impacto da COVID-19 no ciclo menstrual. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
bibliográfica em 08 artigos científicos no período de 2019 a 2021, disponibilizados nas
bases de dados PubMed e Science Direct, através dos descritores “COVID-19” e
“Menstruação” cruzados por operador booleando “AND” em língua portuguesa, inglesa
e espanhola. Utilizou-se o gerenciador Mendeley para organização das publicações e após
a leitura, excluiu-se os artigos que não se adequaram ao proposto pelo estudo, chegando
as categorias de interesse:1) Influência da resposta imune pós infecção por COVID-19 e
seus impactos nos distúrbios menstruais e 2) Aspectos emocionais advindos da pandemia
e suas implicações no ciclo menstrual. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos estudos
analisados, foram incluídas mulheres com COVID-19 positivas com idades entre 18 e 40
anos, com ciclos menstruais regulares por mais de 1 ano antes do início da pandemia. A
literatura aborda que a infecção por SARS-CoV-2 interrompe as respostas imunológicas
normais, levando a danos locais e sistemáticos aos tecidos. O ACE2 é um receptor para
SARS-CoV que pode interferir nas funções reprodutivas femininas, levando a distúrbios
menstruais, infertilidade e sofrimento fetal, sendo um dos possíveis mecanismos de
introdução do patógeno nas células, levando órgãos com alta expressão de ACE2 serem
atacados por este vírus. O Basigin (BSG) também é um dos receptores para COVID-19
que medeia sua entrada nas células hospedeiras, é expresso não apenas no útero, mas
também no estroma e nas células da granulosa do ovário. Os mecanismos que justificam
a estimulação imunológica às alterações menstruais, são as influências sobre os
hormônios ou efeitos mediados por células imunes no revestimento do útero, envolvidos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


na formação cíclica e na degradação desse tecido, podendo levar a interrupção menstrual.
Alguns eventos de vida estressantes e o estado nutricional desempenham um papel
importante na determinação do início da menarca. Além disso, o desequilíbrio do
metabolismo energético secundário ao estresse pode contribuir para problemas
ovulatórios. Diante disso, a ocorrência da pandemia da COVID-19 atua como um dos
principais estressores psicológicos e pode afetar até mesmo os determinantes não
genéticos do início da menarca e da trajetória de desenvolvimento do ciclo menstrual em
nível populacional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O sistema reprodutivo feminino é
facilmente perturbado por fatores externos e pela ativação imune em resposta a vários
estímulos, incluindo infecções virais, como o SARS-CoV-2. As irregularidades no ciclo
menstrual afetam a qualidade de vida, a produtividade do trabalho e aumentam os custos
financeiros dos sistemas de saúde, sendo também um marcador de risco para uma ampla
gama de consequências adversas à saúde na vida futura das mulheres, principalmente em
ocorrência da pandemia da COVID-19, atuando como um dos principais estressores. O
impacto do vírus na saúde feminina é em grande parte desconhecido e necessita de
maiores investigações e estudos.
Palavras-chave: COVID-19; Menstruação; Saúde da mulher.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CUIDADOS PALIATIVOS E A DIGNIDADE AO MORRER
Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Júlia Fernandes Nogueira¹, Vinícius Leandro Oliveira
Medeiros² e Natália de Fátima Gonçalves Amâncio

¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas


² Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Brasília
³ Docente do curso de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Atualmente, doenças de prognósticos agudos vêm ganhando maior


cronicidade. Isto se deve aos avanços presentes na área da saúde, que vêm proporcionando
um aumento no tempo de vida da população. Ao lado desse processo, a medicina adquiriu
um aspecto mais tecnicista e biologicista, focando nas doenças e não no indivíduo como
um todo. Sob esse cenário, os cuidados paliativos surgem como uma grande área de
humanização dentro da saúde. OBJETIVO: Evidenciar a importância dos cuidados
paliativos no processo de fim da vida. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, realizada através do acesso online nas
bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar, Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os cuidados paliativos são realizados em cenários diversos, como em
enfermarias hospitalares, instituições de longa permanência, ambulatórios especializados
e em domicílio, atuando em um campo multidisciplinar, na busca por contemplar o
paciente em todos os seus aspectos e na tentativa de prover um alívio de suas dores e
sofrimentos. Assim, percebe-se sua grande importância, sendo cada vez mais necessários
como modelo de assistência que contemple o fim da vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
É preciso que haja mobilização política e social, com o intuito de criar políticas públicas
que façam a introdução, de forma mais ampla e efetiva, dos cuidados paliativos, bem
como o oferecimento de suporte educacional aos profissionais sobre essas práticas, para
que elas propiciem o bem-estar do paciente de maneira integral e digna no seu processo
de morte.
Palavras-chave: Cuidados paliativos; Morte; Assistência.

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PREVALÊNCIAS DE CONTÁGIO DE DOENÇA DE CHAGAS NA
POPULAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ DE 2017 A 2020

Isabella dos Santos Bonanni¹; Valter Hernando Silva²; Ana Cláudia Mendes Barbosa³;
André Nicácio Barbosa Lima4; Izadora Lima da Cruz5; Larah Luiza Silva Santos
Caetano6
¹Graduanda em Medicina pela Universidade Nove de Julho
²Graduando em Farmácia pela Faculdade Santo Agostinho.
³Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande.
4
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade de Rio Verde.
6
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário CESMAC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Doença de Chagas (DC) é uma infecção causada pelo protozoário


Trypanosoma cruzi presente nas fezes dos triatomíneos que entra em contato por locais
de picadas ou mucosa, transfusão de sangue ou via oral por meio de alimentos
contaminados. Os sintomas da doença geralmente são febre prolongada, dor de cabeça,
fraqueza, dor de estômago, vômitos, diarreia, falta de ar e tosse. OBJETIVOS:
Identificar as formas e locais de contágio relacionados aos casos de Doença de Chagas na
população paraense no período de 2017 a 2020. METODOLOGIA: Estudo
epidemiológico transversal descritivo, com 694 casos, por meio de dados coletados pelo
Sistema de Informação de Agravo de Notificação do Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde do Brasil, sobre os casos confirmados de DC no Estado do Pará
de 2017 a 2020. Foram analisados critérios de inclusão período, sexo, modo e local de
infecção. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos 694 casos evidenciou a doença
predominante em homens, 390 casos, enquanto 304 casos em mulheres. Em relação ao
modo de infecção há uma prevalência de contágio via oral em 611 dos casos, 41
indeterminados, 39 vetorial, 2 acidental e 1 vertical, nos quais, dos contágios totais 457
foram em domicílio, 191 não foi possível determinar, 42 em outros locais e 4 em Unidade
de Hemoterapia (UH). Nesse contexto, observa-se que o modo de contágio por via oral
teve uma frequência relativa predominante com 88%, seguido de 5,9% indeterminados,
5,6% vetorial, 0,28% acidental e 0,14% vertical. Além disso, no referencial local de
contaminação, foi possível observar uma frequência relativa de 65,8% em domicílio,
27,5% local indeterminado, 6,05% outros e 0,57% UH. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Portanto, com base nos dados desse estudo, observou-se que a principal forma de contágio
é pela via oral e, em sua maioria, pela alimentação feita em casa. Dessa forma, faz-se

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


necessário o aconselhamento e formação da população paraense acerca do consumo de
alimentos higienizados, cozidos e, preferencialmente, pasteurizados.
Palavras-Chave: Doença de Chagas; Infecção; Contágio.
REFERÊNCIAS:
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após sua descoberta. Uma revisão sistêmica. Acta tropica , v. 115, n. 1-2, pág. 5-13,
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BRASIL. Secretaria de Estado de Saúde de Goiás 2019. Doença de Chagas.

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DOENÇA DE GRAVES: MECANISMOS IMUNOLÓGICOS E PATOGÊNICOS

Diego Bezerra Soares¹; Isabela Reis Manzoli²

1
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário UNIFACIMED
2
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário UNIFACIMED
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A doença de Graves (DG) é caracterizada por um distúrbio autoimune,


em que o sistema imunológico do indivíduo produz anticorpos ativos responsáveis por
atacar os tecidos tireoidianos e estimular as células na produção de hormônios da tireoide
causando assim um processo de hipertireoidismo. Ademais, essa condição pode
desencadear uma série de alterações como: perda de peso, hiperatividade, irritabilidade,
sudorese intensa, palpitações cardíacas, menstruação irregular, perda da libido e tremor
com pele úmida e quente. Outrossim, essa patologia é a forma mais comum de
hipertireoidismo, com prevalência de 0,2% a 1,3% da população mundial, sendo de 4 a 9
vezes mais comum na população feminina. OBJETIVO: O presente estudo objetiva
compreender os aspectos pertinentes dos mecanismos patogênicos e imunológicos da
doença de Graves esclarecendo os papéis desse distúrbio autoimune e o surgimento do
hipertireoidismo. Dessa forma, foi levantado o seguinte questionamento: “Como ocorrem
os fatores imunológicos de patogenicidade da DG?”. METODOLOGIA: A pesquisa
consiste em uma revisão de literatura retrospectiva, com o objetivo de elucidar os aspectos
imunológicos envolvidos na patogenicidade da doença de Graves. Para tanto, utilizou-se
a base de dados Pubmed, Medline e SciELO abordando artigos publicados de 1998 a
2020. RESULTADOS E DISCUSSÕES: A partir desse estudo, foi possível observar
que a acentuada resposta imune desencadeada na doença de Graves é provocada pela
hipersensibilidade dos anticorpos aos receptores de tireotropina levando a um aumento
da produção da imunoglobulina IgG nesse sítio de ligação específico. Por conseguinte, os
anticorpos se ligam e ativam o receptor, causando a produção autônoma de hormônios da
tireoide fato que promove o surgimento de hipertireoidismo e desenvolvimento da DG.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por meio dessa análise, notou-se que os fatores
imunológicos estão relacionados a patogenicidade da doença de Graves influenciando
tanto no agravamento da forma clínica quanto no desenvolvimento da patologia. Apesar
das recentes melhorias na compreensão da base celular e molecular da autoimunidade,
faz-se necessário novas abordagens terapêuticas eficazes que proporcionem melhor
qualidade de vida aos indivíduos com doença.
Palavras-chave: Autoimune; Doença de Graves; Patogenicidade.

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DUPLA TAREFA NA DOENÇA DE PARKINSON: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Yasmim Xavier Arruda Costa1; Edimar Pereira da Silva2; Kevivaldo Bruno Silva da
Cunha3; Marcella Cabral de Oliveira4
1
Acadêmica em Fisioterapia pela Universidade Potiguar, Natal/RN.
2,3
Fisioterapeutas, Natal/RN.
4
Orientadora; Docente da Universidade Potiguar, Natal/RN.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Doença de Parkinson (DP) consiste em um transtorno


neurodegenerativo crônico, causado pela degeneração de neurônios que sintetizam o
neurotransmissor dopamina na região do cérebro denominada de núcleos da base, na área
mais conhecida como substância negra, resultando na redução da quantidade de dopamina
na região do corpo estriado, outra área cerebral. OBJETIVOS: O objetivo do presente
trabalho consistiu em observar, através de uma revisão de literatura, os efeitos e os
benefícios da dupla tarefa na doença de Parkinson. METODOLOGIA: O formato
escolhido foi o bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), Lilacs
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e PEDro (Bade de
Dados em Evidências em Fisioterapia), de uma revisão da literatura, com artigos dos
últimos cinco anos provenientes das nos idiomas português, espanhol e inglês com ênfase
nos seguintes descritores: Dupla Tarefa; Parkinson; Reabilitação; Fisioterapia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados destacaram melhorias em torno dos
sintomas cognitivos e motores, favorecendo o equilíbrio, a marcha, desenvolvimento de
habilidades de automatização, transferência de aprendizado, tempo de caminhada,
diminuição do fenômeno de congelamento e atenuando significativamente o risco de
quedas, de maneira que o paciente da DP tenha melhorias significativas acerca de sua
qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com o advento da fisioterapia no
enfrentamento da Doença de Parkinson, as abordagens terapêuticas com ênfase na dupla
tarefa contribuem de forma ímpar na reabilitação desses indivíduos.
Palavras-chave: Dupla Tarefa; Parkinson; Reabilitação; Fisioterapia.
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EFEITOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NO EQUILÍBRIO EM PACIENTES
IDOSOS.

José Edmilson da silva Neto1; Ester Miranda de Sousa2; Thais Cristina da Costa Rocha
Pereira3; Ruth Raquel Soares de Farias4

1,2
Graduando em Fisioterapia pela Faculdade de Ensino Superior de Piauí
3
Mestra em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Ceará
4Bióloga. Doutora em Biotecnologia em Recursos Naturais pela Universidade Federal do
Piauí
E-mail do autor para correspondência:[email protected].

INTRODUÇÃO: O envelhecimento compromete a habilidade do SNC em realizar o


processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela
manutenção do equilíbrio corporal.Estes fatores levam a um aumento de quedas nos
idosos. A fisioterapia aquática tem um papel essencial na reabilitação funcional desses
indivíduos, visando à prevenção de quedas e a restauração de atividades de vida diária.
OBJETIVOS: Analisar o efeito da fisioterapia aquática no equilíbrio em idosos
METODOLOGIA:Será uma pesquisa quantitativa que sera realizada, em clinicas de
fisioterapia aquática localizadas na cidade de Teresina Piauí. A amostra da pesquisa, serão
o freqüentadores dos locais de faixa etária acima de 60 anos de idade,podendo ser de
qualquer gênero. A coleta de dados será realizada de entrevista estruturada. A pesquisa
utilizará a escala de equilíbrio de Berg para analisar o grau de equilíbrio dos idosos.O
presente trabalho será submetido a um comitê de ética e pesquisa.RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os resultados serão apresentados em forma de tabela, e gráficos para que
haja a discussão sobre a analise dos mesmos.CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa
segue em andamento.
Palavras-chave: Fisioterpia aquática ; Idosos ;Equilíbrio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AVELAR, Núbia CP et al. Efetividade do treinamento de resistência à fadiga dos


músculos dos membros inferiores dentro e fora d'água no equilíbrio estático e dinâmico
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FRANCIULLI, Sandra Elizabeth et al. A modalidade de assistência Centro-Dia
Geriátrico: efeitos funcionais em seis meses de acompanhamento
multiprofissional. Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, p. 373-380, 2007.

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equilíbrio em idosos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 16, n. 4, 2008.

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO PRÉ-NATAL SOBRE A
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA

Ellen Rayane Santos de Menezes1; Tharcys Duarte de Souza2.

1,2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Tiradentes - UNIT
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é um tipo de infecção parasitária que pode ser


adquirida na gestação e passada ao feto. A sintomatologia apresentada é bastante
inespecífica e pode ser facilmente confundida com outras doenças, mas na maioria dos
quadros apresenta-se assintomática, dificultando sua identificação. A sua contaminação
se dá pelo consumo de carne contaminada, estando crua ou mal cozida, ou pelo contato
com resíduos fecais de animais domésticos contaminados, e a transmissão transversal.
Quando o feto adquire a zoonose, irá resultar em algum tipo de defeito congênito e no
pior dos casos, morte. OBJETIVOS: Descrever a importância da educação em saúde
para prevenção da toxoplasmose congênita. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica
da literatura, de cunho descritivo e abordagem qualitativa. Os artigos utilizados neste
estudo se encontram indexados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde,
MEDLINE e LILACS. Para a busca foram escolhidos os Descritores em Ciências da
Saúde (DECS): Toxoplasmose Congênita, Prevenção, Educação Pré-natal. Foi utilizado
o operador booleano “AND” entre para estratégia de busca na base de dados. Dentre os
critérios de inclusão têm-se artigos que abordam a temática apresentada, texto completo
e com publicação nos últimos 5 anos. Foram selecionados 3 artigos para compor o estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observa-se em um dos artigos o nível de
conhecimento sobre a parasita Toxoplasma Gondii, e medidas preventivas, e cerca de
45% das gestantes entrevistadas possuíam algum conhecimento, o que demonstra ser um
dado alarmante diante das potenciais consequências da ignorância nesse assunto. A
principal forma para diminuir os níveis de incidência da toxoplasmose é através da
educação em saúde, pois é a principal ferramenta que possibilita a prevenção. Pois a
formas de contaminação podem ser evitadas e controladas quando realizada a orientação
a população.
Palavras-chave: Toxoplasmose Congênita; Prevenção; Educação Pré-natal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OLIVEIRA, L. M. G.; NETO, A. O. A.; DUDUS, M. M. Microcefalia por toxoplasmose


congênita em tempos de epidemia por Zika vírus no Brasil. Sci. med. (Porto Alegre,

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Online), 2018. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-
909681>. Acesso em: 15 de Outubro de 2021.

SMITH, G. S. A.; et al. Prenatal diagnosis and prevention of toxoplasmosis in pregnant


women in Northern Vietnam: study protocol. BMC Infect Dis, 2017. Disponível em:
<https://bmcinfectdis.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12879-017-2446-1>. Acesso
em: 15 de Outubro de 2021.

MOURA, F. L. et al. Toxoplasmose congênita: percepção do conhecimento e medidas de


prevenção primária entre profissionais de saúde e gestantes atendidas em unidades
públicas de saúde. Sci. med. (Porto Alegre, Online), 2017. Disponível em:
<https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/25389/15
433>. Acesso em: 15 de Outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DO EQUILÍBRIO DINÂMICO EM IDOSOS DIABÉTICOS E NÃO
DIABÉTICOS: REVISÃO DE LITERATURA

Yasmim Xavier Arruda Costa1; Bárbara Lira Cunha Collier 2; Maria Clara Cavalcanti
Lemos3; Marcella Cabral de Oliveira4; Daniela Gibson Cunha5; Raylane da Costa
Oliveira6
1
Acadêmica em Fisioterapia pela Universidade Potiguar, Natal/RN.
2,3
Fisioterapeutas pela Universidade Potiguar, Natal/RN.
4
Orientadora; Docente pela Universidade Potiguar, Natal/RN.
5,6
Co-Orientadoras; Docentes pela Universidade Potiguar, Natal/RN.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: Este estudo consiste em uma revisão de literatura sobre a análise do
equilíbrio dinâmico em idosos diabéticos e não diabéticos, por meio do Teste Timed Up
and Go (TUG). OBJETIVOS: Avaliar de forma realista, a mobilidade e o equilíbrio
dinâmico, através dos movimentos requeridos durante a execução do teste, dado pelo
tempo de performance, sendo ele proporcional a intervenção que deve ser tomada para
evitar maiores complicações para o idoso. Dessa forma, adota-se uma perspectiva do
paradigma sistêmico relacionada aperdadoequilíbriodinâmiconapopulaçãoidosasermais
evidente em idosos que apresentam Diabetes Mellitus (DM), A presença dessa doença
crônica, ocorre por um funcionamento inadequado de insulina, está em alta na classe idosa
por maus hábitos adquiridos durante a vida, repercutindo em diversas consequências,
dentre elas acelera o declínio da funcionalidade, propriocepção, e sensibilidade tátil,
fatores esses que interferem diretamente no risco de queda e perda de equilíbrio na
terceira idade. METODOLOGIA: Foram consultados os bancos de dados PEDro,
sciELO, PubMed, Lilacs e BVS, incluindo artigos de 2010 a 2020. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Na primeira consulta foram encontrados 105 artigos que, após a leitura do
título, 52 artigos foram selecionados para a leitura do resumo. Desses, 44 foram excluídos
por não obedecerem aos critérios de inclusão. Ao final, foram analisados 8 artigos para a
leitura do texto completo, onde 5 foram elegíveis parao presente estudo. Analisaram-se
fatores em comum entre os estudos pesquisados, que constatassem um maior tempo para
realização do teste (TUG) no grupo de idosos diabéticos, principalmente em mulheres, ao
serem comparados ao grupo dos não diabéticos. CONCLUSÕES: A manutenção do
equilíbrio na terceira idade torna-se dificultada devido aos fatores intrínsecos e
extrínsecos do processo de envelhecimento, os quais influenciam no controle postural.
Contudo, é notório que a maioria dos estudos coletados demonstram que quando avaliado
o equilíbrio dinâmico e estático paraestas duas classes, constata-se que os indivíduos com
diabetes principalmente tipo II têm perda do equilíbrio postural significantemente maior
do que indivíduos não diabéticos, visto que com o desempenho diminuído, os idosos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


devem recorrer ao tratamento fisioterapêutico, o qual propiciará devolver o idoso para
sociedade com uma maior independência e funcionalidade.
Palavras-chave: Fisioterapia; Equilíbrio; Idosos; Diabéticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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diabéticos e não diabéticos. Rev Bras Fisioter, v.14, n. 6, p. 491-6, nov./dez. São Carlos,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ACIDENTES ESCORPIÔNICOS EM SERGIPE

Rita de Cassia Carvalho Castro Teles1; Ana Paula Barros1; Ana Denise Santana de
Oliveira2; Sidney Lourdes Cesar Souza Sá2; Anita de Souza Silva3; Roseane Nunes de
Santana Campos4.

1
Médica Veterinária. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de
Sergipe
2
Bióloga. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe
3
Bióloga Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Sergipe
4
Médica Veterinária. Docente do Núcleo de Medicina Veterinária pela Universidade
Federal de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os escorpiões pertencem à classe Arachnida, gênero Tityus e as


espécies de maior importância epidemiológica são T. serrulatus, T. stigmurus, T.
bahiensis e T. obscurus. Nos últimos anos, os acidentes ocasionados por escorpiões
aumentaram significativamente no Brasil, com maior incidência na região Nordeste.
Estes acidentes constituem um grande problema de saúde pública. Em Sergipe observa-
se uma carência na publicação de dados epidemiológicos sobre esse agravo.
OBJETIVO: Assim, o objetivo desse trabalho foi levantar dados epidemiológicos dos
acidentes escorpiônicos em Sergipe, em 2020. METODOLOGIA: Dessa forma,
realizou-se uma pesquisa descritiva, dos acidentes escopiônicos no estado de Sergipe,
durante o ano de 2020, utilizando dados secundários dos casos registrados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificados nesse período 1.976 casos de
escorpionismo no estado de Sergipe. As maiores prevalências de ocorrências foram nos
municípios de Aracaju 41,19% (814/1976), Nossa Senhora do Socorro 19,93%
(394/1976), Barra dos Coqueiros 6,52% (128/1976) e São Cristóvão 6,22% (123/1976).
O crescimento desordenado das cidades expõe a população a uma condição de
vunerabilidade pelas condições precárias de moradia, ausência de saneamento básico e
infraestrutura básica. Estas situações propiciam o aparecimento, adaptação e proliferação
dos escorpiões ao ambiente dos seres humanos. Os registros de acidentes ocorreram, em
sua maioria, na zona urbana 83,5% (1670/1976), pois os escorpiões, como animais
sinantrópicos, procuram abrigos em locais como tijolos, telhas, sapatos ou locais que
contenham a presença de lixos e baratas. Em relação ao gênero, as mulheres são mais
acometidas 56,88% (1124/1976), provavelmente por estarem envolvidas na execução de
atividades domésticas, onde estes animais podem estar escondidos. As faixas etárias
predominates entre os acometidos distribuíu-se entre 20 a 29 anos 17,71% (350/1976),

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entre 30 a 39 anos 16,24% (321/1976), entre 40 a 49 anos 15,53% (307/1976). Observa-
se que estas faixas etárias representam as pessoas que exercem atividades ocupacionais,
tornando-as mais expostas ao risco. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O escorpionismo em
Sergipe demonstra a necessidade de intensificação das ações de educação em saúde e
educação ambiental durante todo o ano. A comunidade precisa estar informada sobre
atividades de prevenção para colaborar modificando as condições de proliferação de
escorpiões.
Palavras-chave: Escorpião; Epidemiologia; SINAN.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MESQUITA, et al. ACIDENTES ESCORPIÔNICOS NO ESTADO DE SERGIPE -


BRASIL. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, , v. 17, n. 1, p. 15
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RECKZIEGE, et al. Análise do escorpionismo no Brasil no período de 2000 a


2010. Revista Pan-Amazonica de Saúde, v. 5, n. 1, p. 67-68, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CASOS DE TUBERCULOSE EM ADOLESCENTES DO BRASIL ENTRE OS
ANOS DE 2015 A 2020

Pedro Paulo Martins Ferreira Neto1; Beatriz Carvalho de Oliveira2

1
Graduando em Medicina pela Universidade do Grande Rio Professor José de Souza
Herdy
2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e contagiosa, transmitida


por um tipo especial de bactéria, conhecida como Bacilo de Koch, cientificamente
denominada Mycobacterium tuberculosis. A tuberculose ainda é um grave problema de
saúde pública e continua sendo uma das doenças transmissíveis mais letais do mundo. O
Brasil ocupa a 20ª posição mundial em incidência de tuberculose. Ainda, a adolescência
é o período em que ocorrem mudanças endócrino-metabólicas inerentes a essa fase da
vida como, por exemplo, modificações no metabolismo de cálcio e proteínas, alterações
hormonais diversas e a ocorrência do estirão puberal, entre outras. Essas alterações
aumentam a susceptibilidade do adolescente a desenvolver tuberculose. OBJETIVOS:
Analisar, no Brasil, entre os anos de 2015 a 2020, a prevalência de casos de tuberculose
identificados em indivíduos do sexo masculino e feminino na faixa etária de 10 a 19 anos
de idade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal,
descritivo, observacional, quantitativo sobre os casos de tuberculose em adolescentes do
Brasil, sendo os dados coletados por meio do Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde do Brasil (DATASUS), utilizando a ferramenta TABNET. Os critérios
de inclusão foram: faixa etária (10 a 19 anos), sexo (masculino e feminino) e período
(2015 a 2020), sendo realizadas comparações percentuais acerca dos dados obtidos pela
pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de 539.976 casos de tuberculose
foram identificados no Brasil nos anos de 2015 a 2020, desses, 162.889 (30,16%) em
mulheres e 377.050 (69,82%) em homens (frequência relativa). Ao filtrar a faixa etária
(10 a 19 anos de idade) observou-se um total de 35.196 casos para o período, com maior
prevalência em homens: 19.941 casos (56,65%) frente a 15.254 casos (43,34%) em
mulheres. Em porcentagem, o número absoluto de casos identificados na faixa etária alvo
frente ao total de casos identificados no período analisado foi uma fatia de 6,51%
somando ambos os sexos, desses, 3,69% do sexo masculino e 2,82% do sexo feminino.
O sexo masculino ainda é o mais afetado pela TB, tanto neste estudo como o que se retrata
na literatura, dados justificados pelo fato de o homem não cuidar adequadamente de sua
saúde e ainda estar mais exposto aos fatores de risco para a doença quando comparados
às mulheres. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Identificaram-se 35.196 casos de
tuberculose em pacientes de ambos os sexos entre 10 a 19 anos no período de 2015 a

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2020, totalizando 6,51% dos casos totais. Foi evidenciado uma maior prevalência dessa
doença em homens levando em consideração o período e a faixa etária estabelecida
(56,65%), estando de acordo com a maior exposição a fatores de risco e aos hábitos de
vida do gênero em questão. Por fim, é importante ressaltar a possível presença de casos
subnotificados da doença no Brasil que, sem dúvidas, ainda é um problema muito
relevante. Deve-se também pontuar a importância da aderência do tratamento
antituberculose que deve ser incentivada através de uma maior atenção de base
psicológica aos adolescentes, tanto pela equipe médica quanto pelos familiares,
fornecendo-lhes informações detalhadas sobre a doença em questão.
Palavras-chave: Tuberculose; Epidemiológico; Adolescentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Érika Andrade; SILVA, Girlene Alves da. O sentido de vivenciar a tuberculose:
um estudo sobre representações sociais das pessoas em tratamento. Physis: Revista de
Saúde Coletiva, v. 26, p. 1233-1247, 2016.
CORTEZ, Andreza Oliveira et al. Tuberculose no Brasil: um país, múltiplas
realidades. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 47, 2021.
LOPES, Agnaldo José et al. Características da tuberculose em adolescentes: uma
contribuição para o programa de controle. Revista Brasileira de Pneumologia
Sanitária, v. 15, n. 1, p. 7-14, 2007.
FREITAS, Wiviane Maria Torres de Matos et al. Clinical and epidemiological profile of
patients with tuberculosis cared at a municipal health center in Belém, Pará State,
Brazil/Perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de tuberculose atendidos em
uma unidade municipal de saúde de Belém, Estado do Pará, Brasil. Rev Pan-Amaz
Saude, p. 45-50, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTÁGIO NA ASSESSORIA DE CONTROLE DE QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO
NORTE DO PARANÁ: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Marcela Rúbio Teixeira1; Mariana Nobile Mayeda Morais 2; Elisana Agatha Iakmiu
Camargo Cabulon3

1,2
Graduando de Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina
3
Mestre em Enfermagem Enfermeira. da Assessoria de Controle de Qualidade da
Assistência de Enfermagem - HU-UEL
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As atividades desenvolvidas no estágio da Assessoria de Controle de


Qualidade da Assistência de Enfermagem (ACQAE), de do Hospital Universitário (HU)
visam gerar indicadores para a gestão do cuidado e desenvolver habilidades gerenciais
fundamentais para a formação do enfermeiro. OBJETIVOS: Descrever a experiencia de
estágio na ACQAE em um Hospital Universitário do Norte do Paraná.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência de estágio extracurricular na
ACQAE de graduandos do curso de enfermagem com ênfase em atividades de auditoria
in locu e retrospectiva desenvolvidas nas unidades assistenciais e ambulatoriais do HU-
UEL, tendo como suporte roteiros de verificação da adequação aos protocolos de
qualidade e segurança assistenciais. Os estagiários são capacidados quanto aos protocolos
institucionais e cumprem escala de visitas diárias nas unidades. Ao final do mês são
emitidos relatórios com os indicadores de qualidade por setor para que cada enfermeiro
reuna-se com sua equipe de trabalho e avalie a sua performance assistencial.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A ACQAE surgiu da necessidade de fortalecer a
gestão do cuidado de enfermagem institucional através do monitoramento de indicadores
que subsidiem ações estratégicas de melhoria dos processos de trabalho e de qualidade
da assistência. Enquanto estagiário desse serviço, temos a oportunidade de vivenciar a
rotina de trabalho das diversas unidades do hospital e entender quais os serviços prestados
e as expectativas do paciente. As avaliações realizadas pelos estagiários referem-se as
metas internacionais de segurança do paciente e qualidade da assistência como: adesão
à pulseira e placa de identificação; prevenção de queda; integridade da pele; higienização
das mãos, check-list da cirurgia segura; prevenção de infecção elevação da cabeceira,
cuidados na administração de medicamentos; curativos; validade e identificação de
equipos e dietas; acessos venosos e demais dispositivos. É avaliado também a assistência
prestada frente às necessidades humanas básicas como: sono, alimentação, higiene e
respeito à privacidade. As visitas realizadas pelos estagiários fazem com que a equipe de
enfermagem se atente para ítens imprescindíveis de segurança, que muitas vezes podem

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passar despercebidos pela rotina exaustiva, no entanto ao serem reavaliados tem chance
de correção. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência como estagiário foi de suma
importância para o crescimento e conhecimento acadêmico, assim como para o futuro
profissional. É indubitável o papel gerencial que o enfermeiro exerce e como líder se faz
necessário atenção redobrada aos indicadores de qualidade da assistência para monitorar
os processos de trabalho que refletem diretamente no cuidado seguro e humanizado ao
paciente.
Palavras-chave: Qualidade da Assistência à Saúde; Auditoria, Organização e
administração; Segurança do Paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, A; ABRANTES, M.L . A importância da acreditação hospitalar na


assistência à saúde no Brasil.Revista Oswaldo Cruz. São Paulo, 2018. Disponível
em: http://revista.oswaldocruz.br/Content/pdf/Edicao_18_ANAINE_DE_PAULA_ABR
EU.pdf. Acesso em: 10 out. 2021.

MATTIAS, S. R., VANNCHI, M. T. O., VITURI, D. W., & DALMAS, J. C. (2009).


Avaliação da qualidade da assistência de enfermagem: Qual a melhor estratégia
para o repasse dos resultados? Semina: Ciências Biológicas e Da Saúde, 30(2), 121.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FORMAS DE DIAGNÓSTICO PRECOCE DE EMBOLISMO PULMONAR EM
PACIENTES COM COVID 19.
Bruno Carrijo Ramos1; Isadora Bontorin de Souza1;
Rodrigo de Azevedo Meneses1; Yasmin de Oliveira
D´Avila de Araujo1, Phaedra Castro Oliveira2
1
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
2
Docente do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A COVID 19 é uma doença sistêmica, que pode gerar diversas outras
complicações associadas, dentre elas o embolismo pulmonar (EP), que pode evoluir para
um prognóstico desfavorável, caso não seja precocemente diagnosticado. Estudos estão
em andamento para auxílio diagnóstico, sendo o que mais ganhou destaque foi o nível de
D-dímero sanguíneo, como forma de triar esses pacientes, para exames mais elaborados.
OBJETIVO: Analisar as principais ferramentas diagnósticas para EP em pacientes com
Covid e os benefícios de um diagnóstico precoce. METODOLOGIA: Foi realizada uma
revisão de literatura qualitativo com busca no PubMed através da associação dos
descritores (“pulmonary embolism” AND "Covid19” AND "Diagnosis), sendo
encontrados nove artigos publicados nos anos de 2020 e 2021. Como critério de inclusão,
adotou-se artigos publicados na íntegra, no idioma inglês e em 2021. Por fim, foram
selecionados quatro estudos para a confecção da revisão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Pelo fato da COVID 19 ter como principal repercussão nos pacientes o
acometimento pulmonar, acaba fazendo com que haja um erro diagnóstico daqueles
pacientes que chegam com quadro de dispnéia, se atendo ao diagnóstico mais comum, o
de pneumonia induzida pelo vírus. Porém, sabe-se também que o agente etiológico dessa
doença predispõe à formação de êmbolos nas veias pulmonares, levando ao quadro de
embolismo pulmonar adjacente à pneumonia instalada. A fim de reduzir casos similares,
buscou-se formas de prever de forma precoce a formação desses êmbolos, chegando a
uma ferramenta principal para triar esses pacientes, o marcador D-dímero, e poder
encaminhá-los para exames de mais especificidade diagnóstica, como é o caso da
angiografia de artérias pulmonares, por meio de tomografia computadorizada, para tratá-
los com maior efetividade. Dentre os artigos estudados, chegou-se à conclusão unânime
de que nos pacientes vítimas de COVID há um aumento da taxa de D-dímero, porém,
naqueles que evoluíram para EP, a taxa desse produto de degradação fibrogênico dobrou.
Com isso, pesquisadores atribuíram a taxa mínima de > 5000 µg/dl para esse marcador,
com a finalidade de que o paciente seja considerado de risco para desenvolvimento da
complicação em questão. Feita essa primeira triagem, pode-se fazer a angiografia
de artérias pulmonar buscando por marcadores de oclusões em função de trombos
formados. Diagnosticada a EP pode-se administrar heparina e realizar outros
procedimentos para eliminação do êmbolo. Cabe ressaltar que a análise de D-dímero já
está sendo usada e tem tido resultados favoráveis, além de ter uma taxa de previsão alta,

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superando 70%. CONCLUSÃO: Há de se continuar os estudos envolvendo o D-dímero,
pois este já está se mostrando eficiente na prevenção de prognósticos piores envolvendo
o embolismo pulmonar. Ademais, também faz-se necessário o investimento, por parte
dos hospitais em aparelhos de tomografia a fim de ser um diagnostico mais preciso de
EP, evitando iatrogenias e tratamentos empíricos.
Palavras-chave: COVID 19; Embolia; Diagnóstico Precoce.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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utility of D-dimer for pulmonary embolism diagnosis. PLoS One. 2020 Dec
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PMC7706378.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


HIPOTENSÃO LIQUÓRICA ESPONTÂNEA: RELATO DE CASO

Lucas Durand Rodrigues Ribeiro Viana1; Matheus Durand Rodrigues Ribeiro Viana2;
Saulo Almeida Santos3, Eduardo Mariano Silva4
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
3
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
4
Médico Neurologista. Docente pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Hipotensão Intracraniana Espontânea (HIE) é uma condição


neurológica rara caracterizada por queda da pressão do líquor que não é explicada por
causas secundárias comuns de hipotensão liquórica. Classicamente, a HIE se apresenta
com cefaleia ortostática de início abrupto. Diversos sintomas podem acompanhar a
cefaléia, como alterações cócleo-vestibulares, como audição abafada, zumbido, vertigem
e náuseas. OBJETIVOS: Descrever um caso relacionado a hipotensão liquórica
espontânea em uma paciente com cefaleia refratária. METODOLOGIA: Análise de
prontuário com consentimento da paciente no Hospital das Clínicas em Imperatriz-MA.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente mulher de 40 anos se apresentou com
cefaléia frontal bilateral há duas semanas, de intensidade 8/10, sem mudança de padrão
com o decúbito. Nega febre ou déficit focal. Pelo histórico de CA de mama, foi realizada
ampla investigação para descartar infecção ou presença de metástase com RM e punção
liquórica. Após coleta de LCS, paciente retornou com cefaleia de forte intensidade
refratária a analgesia. Exame físico apontou hipoacusia de padrão neurossensorial à
esquerda, normorreflexia e sem déficits focais. A conduta realizada foi suspensão da
corticoterapia, cetoprofeno 100 mg EV, pregabalina 75 mg no 5° dia de tratamento,
hidratação, 6 xícaras de café forte por dia e clorpromazina 10 gotas até 3x ao dia, se
necessário. Pela suspeita de TVC, uma angiorressonância foi pedida a qual não mostrou
evidências de trombose ou vasculite. Após tais medidas, paciente relatou melhora do
quadro álgico e da hipoacusia, referindo náuseas na posição ortostática e episódios de
vômitos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante a busca pela etiologia, realizou-se
punção liquórica e RM, descartando-se causas infecciosas ou metástases.
Palavras-chave: Neurologia; Cefaleia; Hipotensão Liquórica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROWLAND, Lewis P; PEDLEY, Timothy A (Ed). Merritt tratado neurologia. 12. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS
NEURODEGENERATIVAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Emilayne Nicácio Dias Brito¹, Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Diego Nunes Souto2 e
Marcelo Gomes de Almeida3
¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas.
² Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Atenas.
3
Médico Neurocirurgião pela Universidade Federal de Minas Gerais.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que


se propõe a desenvolver sistemas que simulem a capacidade humana de percepção de um
problema, identificando seus componentes para, com isso, resolver problemas e
propor/tomar decisões. OBJETIVO: ampliar conhecimentos e categorizar aplicações do
uso da IA para o diagnóstico, tratamento e prognóstico de doenças neurodegenerativas,
uma vez que, atualmente, seu uso se torna amplamente aplicável e essencial para
contornar as etapas da moléstia. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva
do tipo revisão integrativa da literatura realizada através do acesso online nas bases de
dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library
Online (Scielo), Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Web of Science e
EBSCO Information Services, nos meses de junho e julho de 2021. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Nos últimos anos, os dados obtidos por redes neurais, aprendizagem
profunda e outros métodos matemáticos estão se desenvolvendo a uma velocidade sem
precedentes. Eles têm sido amplamente utilizados no campo da análise de imagens, e
demostraram grande potencial na análise de imagens médicas no diagnóstico de Doença
de Alzheimer, Doença de Parkinson, esclerose múltipla, sendo a aplicação destes métodos
podem melhorar ainda mais a capacidade de análise de dados de imagem multimodais
complexos e melhorar a eficiência desses diagnósticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
com a inteligência artificial, os distúrbios neurodegenerativos podem ser investigados em
um nível mais profundo, fornecendo uma visão geral abrangente da doença e abrindo
caminhos para a aplicação da medicina de precisão para essas patologias.
Palavras-chave: Inteligência Artificial; Doenças neurodegenerativas; Ressonância
magnética; Diagnóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IATROGENIAS EM TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Júlia Fernandes Nogueira¹, Vinícius Leandro Oliveira


Medeiros² e Nayane Moreira Machado³

¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas


² Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Brasília
³ Docente do curso de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: as iatrogenias influenciam negativamente a saúde do paciente, o que


corrobora o aumento na permanência hospitalar e as chances de contaminação, além de
elevarem os custos de financiamento das unidades de terapia intensiva (UTIs). Nesse
sentido, pode-se elencar algumas práticas iatrogênicas, como a realização de
procedimentos desnecessários e invasivos, manipulação inadequada de medicamentos,
quedas, além de perfis de pacientes com maior sensibilidade nas intervenções médicas,
como idosos, recém-nascidos e doentes crônicos. OBJETIVO: identificar as causas das
iatrogenias no ambiente de terapia intensiva e as maneiras de se evitá-las presentes na
literatura. METODOLOGIA: a pesquisa foi realizada por meio de revisão integrativa da
literatura. Foram analisados 30 artigos científicos, datados de 2015 a 2021, a partir do
cruzamento de descritores (iatrogenia, efeitos adversos, enfermagem e unidades de
terapia intensiva), com respaldo científico criterioso. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
as principais iatrogenias presentes na UTI estão associadas a medicamentos, à
imprudência decorrente da sobrecarga de trabalho da equipe médica, à contaminação dos
instrumentos utilizados e aos cuidados de saúde e procedimentos hospitalares. Logo, com
a análise da etiologia iatrogênica, esta pesquisa alcança seu objetivo tanto de elencar as
origens iatrogênicas, quanto interpretar suas ocorrências para raciocinar as prováveis
prevenções. CONSIDERAÇÕES FINAIS: categoriza-se as iatrogenias em:
medicamentosa, imprudência relacionada à sobrecarga de trabalho, falta de
descontaminação dos instrumentos e por procedimentos hospitalares. Assim, ao descobrir
a etiologia iatrogênica é possível a tentativa de evita-la, exemplo disso é a iatrogenia pela
falta de descontaminação dos instrumentos, a qual caso fosse feito a devida higienização
evitaria microrganismos indesejáveis causadores de infecções.
Palavras-Chave: Iatrogenia, Eventos adversos; Terapia intensiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO EM ARTRODESE DE COLUNA
LOMBAR - REVISÃO DA LITERATURA

Laura Elena Binder1; Julia Moura de Barros Barreto2; Lucca Albuquerque Damião
Corrêa da Costa3; Maria Luisa Rocha4; Thaís Bezerra Giovanini Fuscaldi5; Ana Luiza
de Oliveira Machado6

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Brasília
6
Médica. Doutora em Neurocirurgia pela Georg-August-Universität Göttingen
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Infecções de sítio cirúrgico são complicações pós-cirúrgicas


frequentes, podendo trazer graves consequências para o paciente, haja vista a alta
mortalidade e morbidade apresentadas e os significativos custos atribuídos ao tratamento.
A cirurgia de artrodese de coluna lombar estatisticamente apresenta uma maior incidência
para essa complicação, devido à correlação entre infecções e utilização de OPMEs
(órtese, prótese e materiais especiais), o que pode resultar em reoperação para retirada
deste material e a consequente instabilização da coluna. OBJETIVOS: Explicar a
elevada incidência de infecções no sítio cirúrgico após cirurgia de artrodese de coluna
lombar, correlacionando com a utilização de OPMEs. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão de literatura onde foram selecionados artigos nas bases de dados Scielo e
PubMed, no período de 2009 a 2021, com os descritores infecção do sítio cirúrgico,
artrodese lombar e prognóstico. De 10 artigos, foram selecionados 7, nacionais e
internacionais, utilizando os seguintes critérios de inclusão: textos publicados nas bases
de dados citadas entre os anos de 2009 e 2021. Os critérios de exclusão utilizados neste
estudo foram: artigos de data muito antiga e que não abordavam o tema proposto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A artrodese de coluna lombar é um procedimento
cirúrgico indicado para o tratamento de doenças degenerativas, traumáticas e/ou tumorais
na região lombar da coluna vertebral em que existe instabilidade. O objetivo é estabilizar
os segmentos afetados da coluna vertebral por meio de fusão óssea, restaurando a
biomecânica da coluna e, atualmente, a cirurgia é realizada com a utilização de OPMEs
e enxerto ósseo. Como resultado, tem-se procedimentos mais longos, com maior perda
sanguínea, área de dissecção aumentada e formação de um espaço morto ao redor do
material implantado. Vale ressaltar que os principais fatores relacionados ao aumento do
risco de infecção no sítio cirúrgico são: tabagismo, obesidade, diabetes mellitus, tempo
de duração da cirurgia, grande perda sanguínea intraoperatória e falha na técnica
cirúrgica. Logo, apesar de o material não ser diretamente responsável pela inoculação de
patógenos, atua como um elemento facilitador à instalação de infecções. A infecção de
sítio cirúrgico ocorre em 0,8% a 11,3% dos casos em que foi utilizado algum tipo de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OPME, sendo uma das complicações mais difíceis de tratar no pós-operatório. O
tratamento é feito com antibioticoterapia, desbridamento de tecidos necróticos, lavagem
do local e, frequentemente, é necessário retirar o material especial. O difícil controle da
infecção leva à internação prolongada e a novas complicações associadas, como úlcera
por pressão, trombose venosa de membros inferiores, osteomielite, pseudoartrose,
deformidade e dor crônica. CONCLUSÃO: A infecção de sítio cirúrgico na artrodese
lombar apresenta elevada incidência, resultando em internação prolongada e alto custo do
tratamento. A utilização de OPMEs está associada a infecções mais resistentes e de difícil
controle, sendo necessário um maior cuidado pela equipe médica a fim de prevenir essa
complicação, além de realizar o diagnóstico precoce e tratar agressivamente.
Palavras-chave: Infecção do Sítio Cirúrgico; Artrodese Lombar; Prognóstico.

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INSATISFAÇÃO CORPORAL EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Gabriela Batista Lehmann1; Almilena da Silva Roque2; Luan Lício de Souza3; Mônica
Teles Damacena4 ; Maria Eduarda Santos Maia5; Arilsângela de Jesus Conceição6

1, 2, 3, 4, 5
Graduandos (as) em Nutrição pela Faculdade Uninassau Petrolina - PE
6
Nutricionista. Mestra em Ciências da Saúde. Professora da Faculdade Uninassau
Petrolina-PE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Com a evolução da tecnologia, exposição às mídias sociais e a busca


pelo padrão estético imposto pela sociedade moderna, a insatisfação corporal e
comportamentos alimentares desordenados têm aumentado significativamente entre os
jovens. O corpo, que além do físico abrange um conjunto de sentimentos, pensamentos e
histórias, vem sendo mais objetificado, cuja importância é dada pelo investimento que se
pode dar, ocasionando na maioria das vezes insatisfação corporal. Levando em
consideração que a adolescência e início da juventude são fases que ocorrem alterações
biológicas, mudanças de comportamento e instabilidade psicossocial, tais variações são
intensificadas quando associadas ao ingresso na universidade e às mudanças
relacionadas, como os novos relacionamentos e a prática de novos costumes. Além disso,
a independência familiar e alimentar tornam os jovens universitários mais suscetíveis ao
desenvolvimento de comportamentos alimentares disfuncionais, como práticas
purgativas, restrição ou compulsão alimentar, além de outras formas inapropriadas de
perda ou controle do peso. OBJETIVOS: Verificar a insatisfação corporal entre
estudantes universitários. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de artigos
publicados nas bases de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde - LILACS e Scientific Electronic Library Online - SCIELO entre os anos de 2017
a 2021, utilizando quatro indexadores: comportamento alimentar, imagem corporal,
insatisfação corporal e estudantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A imagem corporal
é a ideia do indivíduo sobre o tamanho, a estrutura e o formato de seu corpo, bem como
dos sentimentos relacionados a essas características. Dividida em dois campos, o
perceptivo, onde ocorre o julgamento do tamanho e forma física, e o atitudinal, onde
envolvem os constituintes afetivo, cognitivo e comportamental, a insatisfação corporal
decorre de uma disfunção no campo atitudinal, onde o indivíduo sofre em função das
diferenças entre o presente corpo e a idealização de um padrão inatingível. Verificou-se
que estudantes da área da saúde, apresentam um grau mais elevado de insatisfação, em
que 27,9% dos 201 estudantes de uma instituição de Minas Gerais, possuíam
comportamentos alimentares disfuncionais consequentes da exposição ao padrão de
corpo exposto pela mídia. Outros estudos verificaram no curso de Educação Física que
as mulheres mostraram-se mais insatisfeitas com o seu corpo e tinham práticas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


alimentares inadequadas quando comparadas aos homens do mesmo curso. Já no curso
de Nutrição, os índices de autoavaliação corporal foram maiores em homens do que em
mulheres, porém nos estudantes a insatisfação e autocrítica influenciaram no seu
comportamento alimentar. Foi constatado insatisfação corporal em 76 estudos nacionais
e internacionais, em ambos os sexos, sendo 8,3% a 87% nos nacionais, e 5,2% a 85,5%
nos internacionais, tendo a exposição às mídias sociais, período menstrual e baixa
autoestima, fatores relacionados a tal insatisfação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Faz-
se necessário um olhar mais sensível e o desenvolvimento de mais estudos abrangendo
esse grupo, visto que estes não estão imunes às pressões estéticas impostas pela sociedade
e os mesmos serão os futuros profissionais relacionados ao cuidado, considerando que os
comportamentos e preocupações em relação ao seu próprio corpo podem refletir em suas
condutas profissionais e acabarem influenciando os seus alunos ou pacientes.

Palavras-chave: Comportamento Alimentar, Imagem Corporal, Insatisfação Corporal,


Estudantes Universitáros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSIS, Liliane Cupertino de; GUEDINE, Camyla Rocha de Carvalho; CARVALHO,


Pedro Henrique Berbert de. Uso da mídia social e sua associação com comportamentos
alimentares disfuncionais em estudantes de Nutrição. Jornal Brasileiro de Psiquiatria,
v. 69, p. 220-227, 2020.

SANTOS, Virginia Souza et al. 05) Preocupação com a Imagem Corporal e a Autoestima
de Universitários do Interior de Minas Gerais. Revista Brasileira de Educação e
Cultura| RBEC| ISSN 2237-3098, n. 19, p. 95-105, 2019.

CARDOSO, Larissa et al. Insatisfação com a imagem corporal e fatores associados em


estudantes universitários. Jornal Brasileiro de Psiquiatria [online],, v. 69, n. 3. 2020.

ALVES, Felipe Rocha et al. Insatisfação com a imagem corporal e fatores associados em
universitários. Cinergis, v. 18, n. 3, p. 204-209, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA IMPLEMENTAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS
E COMPLEMENTARES NO TRABALHO DE PARTO E BENEFÍCIOS ÀS
PARTURIENTES

Lisley Raquel Mendes da Silva1; Raelly Jeniffer da Silva Mergulhão2; Victória Gabriela
Santos Albuquerque3; Quézia França da Silva Oliveira4
1,2,3
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca / UNIFAVIP
/ Wyden, Caruaru - PE
4
Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca / UNIFAVIP /
Wyden, Caruaru - PE
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Práticas integrativas e complementares são caracterizadas por atuarem


como promoção, prevenção de agravos, recuperação e manutenção da saúde de uma
forma mais humanizada e não farmacológica, visando a integralidade do indivíduo. Vale
ressaltar que as PICs constituem uma das estratégias de promoção da humanização que
podem ser aplicadas no processo de trabalho de parto, oferecendo a parturiente maior
conforto, alívio a dor, autoconfiança, autocontrole, maior relaxamento, diminuição do
estresse e ansiedade, participação mais ativa da gestante em sua parturição, como também
maior percepção das alterações que ocorrem durante o parto. As mais conhecidas práticas
realizadas neste processo são: massagem, musicoterapia, aromaterapia, exercícios
respiratórios, uso da bola suíça, banhos quentes, alongamentos. Após orientação do
profissional a gestante terá escolha ativa diante de qual técnica será utilizada no momento,
respeitando seu espaço, fatores éticos e culturais. OBJETIVOS: Apresentar a
importância do uso das Práticas Integrativas e Complementares no processo de trabalho
de parto e os benefícios nas parturientes. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica da
literatura, de cunho descritivo e abordagem qualitativa. Os artigos utilizados neste estudo
se encontram indexados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE e
LILACS. Para a busca foram escolhidos os Descritores em Ciências da Saúde (DECS):
Parto normal e Terapia complementar. Foi utilizado o operador booleano “AND” entre
para estratégia de busca na base de dados. Dentre os critérios de inclusão têm-se artigos
que abordam a temática apresentada, foram selecionados 5 artigos para compor o estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi possível concluir por meio de estudos, que
diversos resultados positivos foram encontrados nas parturientes após o uso dessas
terapias complementares, aliviando as tensões, diminuindo a ansiedade e o estresse.
Embora não tenha tantas literaturas voltadas para o tema, faz-se necessário mais estudos
sobre o assunto para contribuir e estimular a implementação das PICs em centros de
partos, oferecendo oportunidade para todas as parturientes fazerem o uso dessas terapias
não farmacológicas para uma melhor desenvoltura no processo de parto e instruí-las

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


quanto a importância dessa forma de terapia, visto que algumas destas necessitam de
tempo para um melhor resultado.
Palavras-chave: Terapia Integrativa; Assistência; Parto Humanizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LAGO, A. M. L; PAN, L. M.; BOUZA, T. E. La pelota de parto. Redescubriendo un


recurso no farmacológico de gran importancia en el proceso del parto. Rev. Rol Enferm.
v.37, p. 188-194, 2014.

BIANA, C. B.; et al. Terapias não farmacológicas aplicadas na gestação e no trabalho de


parto: revisão integrativa. Rev. Esc. Enferm. USP. v. 55, e. 03681, 2021.

LARA, S. R. G.; et al. Vivência de mulheres em trabalho de parto com o uso de essências
florais. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online). v. 12, pag 161-167, 2020.

WESTON, M.; GRABOWSKA, C. Complementary therapy for induction of labour.


MEDLINE, 2013. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-
24163924>. Acesso em: 14 de Outubro de 2021.

VARGENS, O. M. C.; SILVA, A. C. V.; PROGIANTI, J. M. Non-invasive nursing


technologies for pain relief during childbirth--the Brazilian nurse midwives' view.
MEDLINE, 2013. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mdl-
23481340>. Acesso em: 14 de Outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CASOS DE MALÁRIA POR ESPÉCIE E PROCEDÊNCIA EM SERGIPE,
REGIÃO EXTRA-AMAZÔNICA

Rita de Cassia Carvalho Castro Teles1; Ana Paula Barros1; Ana Denise Santana de
Oliveira2; Sidney Lourdes Cesar Souza Sá2; Anita de Souza Silva3; Roseane Nunes de
Santana Campos4.

1
Médica Veterinária. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de
Sergipe
2
Bióloga. Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde de Sergipe
3
Bióloga Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Sergipe
4
Médica Veterinária. Docente do Núcleo de Medicina Veterinária pela Universidade
Federal de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A malária é uma doença parasitária, causada por protozoários de


diversas epécies: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae,
Plasmodium ovale e o Plasmodium knowlesi, a transmissão ocorre através do inseto vetor
do gênero Anopheles. No Brasil, nos estados da Amazônia legal os casos de malária são
predominantes, considerados estados endêmicos, pois são regiões próximos aos
ecossistemas naturais e com sistema de saúde precário, porém existem relatos de casos
na região Extra - amazônica. OBJETIVO: Este trabalho tem por objetivo relatar a
ocorrência de casos de malária por espécie do protozoário e procedência no estado
Sergipe. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo espidemiológico descritivo
retrospectivo, dos casos de malária notificados no estado de Sergipe, região Extra-
Amazônica, durante os anos de 1995 a 2006, utilizando dados secundários dos casos
registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério
da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período analisado, quando
observado a origem de procedência dos casos de Malária, no Brasil, perecebeu-se que as
maiores prevalências foram Pará 38,27% (31/81), Amazonas 20% (16/81), Rondônia
11,11% (9/81) e Mato Grosso 6,17% (5/81). A malária é um grande desafio para a saúde
pública brasileira, sendo predominante na região Norte, classificados como Amazônia
Legal, região que concentra a maioria dos casos. Este agravo afeta cerca de 40% de
pessoas em todo o mundo e no Brasil, a região amazônica tem maior prevalência, porém
encontram-se registros de casos de malária nas regiões extra-amazônica. Em Sergipe
foram registrados 81 casos de malária no período, sendo o ano de 2003 com 20,98%
(17/81), 2005 com 13,58% (11/81) com maior prevalência de malária no estado. Em
relação a espécie do protozoário, o Plasmodium vivax teve maior proporção nas
notificações, correspondendo a 71% (58/81), as infeções ocasionada por esse agente

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etiológico são na maioria das vezes benignas e poucos óbitos foram encontrados. As
infecções causadas pelo Plasmodium falciparum correspondem a 23% (23/81) das
notificações em Sergipe, com 03 óbitos registrados. As infecções causadas por esta
espécie de parasito apresentam manifestações graves e com maior letalidade. Analisou-
se que 11,11% dos casos de malária em Sergipe não foram autóctones, esses pacientes
estiveram em países, principalmente do continente africano, onde o número de casos de
viajantes que contraem esta doença é alto, pois a malária é uma doença parasítária
endêmica neste continente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A malária é uma doença de
notificação compulsória imediata na região Extra-Amazônica e seu controle tem como
principais objetivos reduzir o número de casos, evitar os óbitos e interromper a
transmissão da doença. As estratégias para alcançar esses objetivos são diagnóstico e
tratamento oportunos e adequados, assim como medidas específicas de controle do
mosquito transmissor.
Palavras-chave: Anopheles.; Saúde Pública; SINAN.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAZ, et al. Caracterização dos casos de malária na região extra amazônica brasileira
entre 2012 a 2017. Journal of Management & Primary Health Care, v. 12, n. 5, p. 1-
15, 2020.
ANDRADE, et al. Malaria in the Amazon region: analysis of epidemiological indicators
essential to control. Research, Society and Development, v. 9, n. 10, p. 1-19, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA E DO APOIO
PSICOLÓGICO NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES
MASTECTOMIZADAS

Emmily Menezes PEDROSO1; Stéfano Georges Daguer FAINA2; Andréia Monique


Rodrigues HONORATO3; Felipe Ramos CALDEIRA4; Alessandra Silva Caetano5;
Rodrigo Defensor MEIRA6; Caio Fernando de Oliveira Pereira Passos7

1,2,3
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Goiatuba UNICERRADO
Goiatuba/GO
4
Graduando em Medicina pela Universidade de Gurupi UNIRG Gurupi/TO
5
Graduando em Medicina pela Faculdade de Rio Verde UNIRV Rio Verde/GO
6
Graduando em Medicina na Faculdades Integradas Padrão Guanambi/BA.
7
Médico. Formado pela Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí/GO.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama na mulher é permeado de uma alta carga emocional.


Os impactos após o diagnóstico e a intervenção cirúrgica refletem em vários âmbitos da
vida da paciente, em especial na sexualidade e na percepção sobre a autoimagem. O
tratamento é dependente das características da patologia, todavia visto a necessidade de
uma mastectomia é importante avaliar condutas terapêuticas, paliativas ou cirúrgicas.
OBJETIVOS: Tem por objetivo evidenciar o comprometimento dos aspectos
relacionados à sexualidade, afetividade e ao emocional da paciente submetida à
mastectomia. METODOLOGIA: Trata-se uma revisão narrativa de literatura, onde
foram usados os descritores ‘’mastectomia’’ AND ‘’qualidade de vida’’, na plataforma
científica SciELO obtendo como resultado 27 artigos, sendo 2 utilizados neste resumo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Embora a mastectomia seja uma alternativa definitiva
e efetiva para impedir a evolução do câncer de mama na mulher, existem muitos fatores
pré e pós-operatórios que afetam diretamente a experiência física e psicológica da
paciente submetida a essa cirurgia que promove a mutilação de uma parte do corpo
feminino permeado de simbolismos biológicos, emocionais e sociais. Entendendo o pós-
operatório como uma perda, os primeiros meses de reabilitação são enfrentados como um
processo de luto, no qual a mulher toma consciência cognitiva e emocional da conjuntura.
Estudos estatísticos evidenciam que a taxa de depressão é duas vezes superior em
pacientes submetidas a mastectomia em comparação ao resto da população e que cerca
de 35% das pacientes pós-cirurgia apresenta quadro depressivo. Alguns aspectos são mais
relevantes quando se trata da percepção de perda e dos estigmas relacionados à imagem
corporal da mulher que interferem diretamente na saúde mental. A sociedade atual, por

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


exemplo, dita padrões estéticos dissonantes às cicatrizes nas quais a mulher passa a ter e
isso promove isolamento social da. Nesse sentido, a família possui papel primário na
reintegração dessa mulher em suas atividades cotidianas com apoio afetivo e emocional.
A qualidade de vida da paciente, de modo geral, é um ponto a se valorizar, pois a imagem
corporal e a sexualidade são diretamente afetadas, visto que a amputação de uma ou das
duas mamas, nas quais possuem relação a identidade feminina, gera impressão de
impotência e desânimo. Como sugerem os artigos referenciados nesse trabalho, essa
temática ainda é pouco explorada frente a sua importância. Pesquisas contidas na
bibliografia utilizada mostram que por meio de propriedades psicométricas o questionário
Word Health Organization - Quality of Life comprova que mulher mastectomizadas
concomitantemente a reconstrução da mama atingiram melhores pontuações
principalmente nos domínios físico, psicológico, nível de independência e relações
sociais. A mastectomia é um procedimento terapêutico invasivo que mesmo impedindo a
evolução do câncer de mama, afeta diretamente na sexualidade, afetividade e o emocional
da mulher. Assim, podendo desencadear patologias secundárias como a depressão e
estigmatização da autoimagem. Este processo longo e doloroso do diagnóstico até o pós-
operatório denota cicatrizes emocionais, físicas e comportamentais profundas. Desse
modo o acompanhamento psicológico e a reconstrução da mama diminuem as
consequências causadas pela mutilação, assim reestruturando a autoimagem e qualidade
de vida.
Palavras-chave: Mascteomia; Reconstrução de Mama; Qualidade de Vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Oliveira, Riza Rute de, Morais, Sirlei Siani e Sarian, Luís Otávio. Efeitos da
reconstrução mamária imediata sobre a qualidade de vida de mulheres
mastectomizadas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia [online]. 2010, v. 32,
n. 12 [Acessado 14 Outubro 2021] , pp. 602-608. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0100-72032010001200007>. Epub 30 Mar 2011. ISSN 1806-
9339. https://doi.org/10.1590/S0100-72032010001200007.

AlMEIDA, Raquel Ayres de. Impacto da mastectomia na vida da mulher. Rev. SBPH,
Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 99-113, dez. 2006. Disponível em
http:/pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
08582006000200007&lng=pt&nrm=iso>. Acessado em 14 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COMO OS AVANÇOS DA BIOLOGIA MOLECULAR INFLUENCIAM NOS
BANCOS DE PERFIS GENÉTICOS

Matheus Cordeiro dos Santos1; Milton Camplesi Júnior2; Lucas Luiz de Lima Silva3;
Xisto Sena Passos4; Juliana Menara de Souza Marques5

1
Graduando em Biomedicina pela Universidade Paulista - UNIP
2
Biomédico. Doutor em Microbiologia pela Universidade Federal de Goiás - GO, Brasil
. Professor adjunto da Universidade Paulista
3
Biomédico. Doutor em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro pela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
4
Biomédico. Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás - GO,
Brasil. Professor adjunto da Universidade Paulista
5
Biomédica. Doutoranda em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiropela Universidade
Federal de Goiás, GO, Brasil.Professora adjunta da Universidade Paulista
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A biologia molecular visa utilizar técnicas que buscam manter a


integridade da amostra, fazendo assim com que os laudos sejam extremamente
específicos e precisos. Com o desenvolvimento e aumento no uso da análise de moléculas
de DNA no âmbito forense, associado ao progresso da informática, foi possibilitado o
surgimento de bancos de perfis genéticos. O armazenamento de informações genéticas
nos bancos de dados é extremamente importante na nossa sociedade atual, onde são
armazenadas com o intuito de uma possível investigação criminal ou até mesmo uma
investigação civil. OBJETIVOS: Este estudo teve como objetivo levantar informações
sobre como os avanços da biologia molecular influenciam nos bancos de perfis genéticos.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de aspecto descritivo, onde
foram utilizados artigos científicos escritos em inglês e português, publicados no período
de 1992 a 2021. A coleta de dados foi realizada no site Scientific Electronic Library
Online (SciELO), na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no site do National Center for
Biotecnology Information (NCBI), na base de dados PubMed. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Os avanços que a biologia passou desde o fim dos anos 70 até meados
dos anos 90, mostraram a transição da biologia tradicional, focada na morfologia, para a
biologia molecular, focada na genética. Nesse período foram desenvolvidas técnicas que
conseguiram pela primeira vez estudar o DNA diretamente. Com isso, Alec Jeffreys
descobriu que todos os indivíduos poderiam ser detectados por meio de uma sequência
única do seu DNA. Após essas descobertas, alguns métodos revolucionários surgiram,
como a reação em cadeia da polimerase (PCR), que possibilitou a duplicação e análise do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DNA, e a partir daí a biotecnologia obteve avanços científicos consideráveis. Foi-se
ampliado a realização de testes de DNA na identificação humana, abrindo caminho assim
para o desenvolvimento de outras técnicas como Southern blotting e sequenciamento. Os
testes forenses de DNA podem ser realizados buscando uma ligação entre o material
biológico coletado na cena do crime e um perfil de DNA armazenado em um banco de
dados. A implementação dos bancos de perfis genéticos no Brasil foi iniciado pela
introdução do CODIS nos estados em 2010, após isso em 2012 foi promulgada a lei N°
12.654, que alterou parte da lei de identificação criminal e de exeução penal, onde passou
a ser aceito a coleta e armazenamento de perfis genéticos em bancos de dados para
identificação criminal. Porém, a criação de bancos de dados fez surgir vários
questionamentos éticos e legais no meio jurídico e acadêmico, em relação as questões
ligadas à privacidade dos dados genéticos, tempo de permanência desses no banco,
fornecimento de consentimento livre e esclarecido de doação de material biológico e
proteção contra possível transgressão de direitos e liberdades fundamentais
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com todos os avanços que a biologia molecular teve,
cada vez mais ela vem se firmando no mundo cientifico, tornando-se indispensavel na
nossa sociedade, tornando possível o desenvolvimento de bancos de perfis genéticos, que
são importantes para elucidação de crimes e identificação humana
Palavras-chave: Biologia molecular; Banco de dados de DNA; Genética forense.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNATH, V. El ADN como herramienta para la resolución de procesos judiciales.


Quimica Viva, v. 2, n. 7, p. 103–12, 2008.

BRASIL. Lei n°12.654, de 28 de maio de 2012. , 2012.

BRASIL. Decreto n° 7.950, de 12 de março de 2013. Institui o banco nacional de perfis


genéticos e a rede integrada de bancos de perfis genéticos. , 2013.

BRASIL. Xii Relatório Da Rede Integrada De Bancos De Perfis Genéticos (Ribpg).


Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos Comitê Gestor 2020-2021, p. 44,
2020.

CALIGIORNE, S. M.; CHAGAS, A. T. DE A. DNA forense - o uso da biologia


molecular na resolução de casos criminais. Revista Criminalística e Medicina Legal,
v. 4, n. 1, p. 9–15, 2019.

KAKAVAS, K. V. Sensitivity and applications of the PCR Single-Strand Conformation


Polymorphism method. Molecular Biology Reports, v. 48, n. 4, p. 3629–35, 2021.

LEWIN, R. Patterns in Evolution . The new molecular view . New York: Scientific
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LOURDES, A. DE; DORNELAS, H. G.; CALIGIORNE, S. M.; MARINHO, P. A.
Bancos de Perfis Genéticos Criminais no Brasil : Histórico e Evolução. Brazilian
Journal of Forensic Sciences , Medical Law and Bioethics, v. 9, n. 4, p. 499–520,
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MULLIS, K.; FALOONA, F.; SCHARF, S.; et al. Specific enzymatic amplification of
DNA in vitro: the polymerase chain reaction. 1986. Biotechnology (Reading, Mass.),
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SANTIAGO, M. C.; SIQUEIRA, B. O.; BARCELOS, R. DA S. S. Uso e Benefício da


Biologia Molecular nas Ciências Forenses e sua Aplicação no Banco de Perfis
Genéticos. Revista Brasileira de Criminalística, v. 9, n. 2, p. 95–104, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ACIDENTE POR ESCORPIÃO EM CRIANÇAS
Autor: Paloma Tonani¹; Coautor: Dimoriani Cristina Pinheiro¹; Orientador: Leonardo
Faidiga4
4
Graduado em Medicina pela Univesidade Camilo Castelo Branco
¹,¹
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial da Saude incluiu, em 2009, acidentes por
animais peçonhentos na lista de Doenças Tropicais Negligenciadas, sendo a segunda
causa de envenenamento humano. As picadas de escorpiões são destaques,
principalmente na infância, em que há maior vulnerabilidade destes frente às exposições,
visto que apresentam uma inexperiência e imaturidade, além de maior risco de
apresentarem um quadro clínico mais grave. O quadro ocorre pela inoculação do veneno
através da ferroada do animal. As crianças podem cursar com dor local de inicio súbito,
náuseas e vômitos, alteração da pressão sanguínea, agitação e falta de ar. OBJETIVOS:
O objetivo do estudo é avaliar as notificações de acidentes por animais peçonhentos –
escorpião em crianças e analisar a evolução do caso. METODOLOGIA: O estudo
utilizado foi uma pesquisa documental. Foram utilizados as bases de dados estatísticos
do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), do periodo de
2017 a 2021, utilizando os filtros acidentes por animais peçonhentos, acidentes por
escorpião, faixa etária, evolução de caso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir dos
dados coletados no DATASUS, pode-se inferir que a faixa etária mais exposta ao
escorpionismo com óbito pelo agravo notificado é do 1 aos 9 anos. Isso pode ser
explicado pelo intervalo de tempo entre o acidente e o estabelecimento do tratamento,
que tem associação direta com o prognóstico do acidente. Em relação ao número de casos
totais, percebe-se que houve um aumento na cura de casos desde 2017 proporcionalmente
ao número de casos notificados, além de uma diminuição no número de casos totais de
quase 84%. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Segundo os dados apresentados, nota-se que
a redução do número de óbitos infantis por acidentes com escorpiões deve-se ao fato de
que a prevenção está se tornando eficaz e a população está se conscientizando cada dia
mais sobre a procura de ajuda médica em casos de acidentes com animais peçonhentos.
Como medidas preventivas, pode-se exemplicar o uso de calçados e luvas em atividades
rurais e de jardinagem, limpeza de terrenos baldios, não acumulando entulhos, lixos
orgânicos e materiais de construção, mantendo sempre limpo os locais próximos das
residências.
Palavras-chave: Escorpião; Crianças; Aspectos Clínicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HORTA, FÁTIMA MARIA BARBOSA, CALDEIRA, ANTÔNIO PRATES E SARES,


JANER APARECIDA S. Escorpionismo em crianças e adolescentes: aspectos clínicos e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


epidemiológicos de pacientes hospitalizados. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical. 2007, v. 40, n. 3 [Acessado 3 Outubro 2021] , pp. 351-353.

ORTIZ, M. M.; LIMA, P. . K. G. C. de; SALES, C. C. F. .; ELVIRA, I. de K. S. .;


BARBOSA, A. de O.; ROCHA, K. F.; GUEDES , M. R. J.; OLIVEIRA , S. R. L. de;
OLIVEIRA, M. L. F. de. Accidents by scorpio Tityus sp. (scorpiones: Buthidae) in
children: two orbit report. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 2, p.
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https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12457. Acesso em: 3 oct. 2021.
Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos e Notificações do SUS.
Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/animaisbr.def.
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DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL AERÓBICA EM PACIENTES
PÓS COVID-19

Sandriny Eschilly Claudino Ferreira1;


Maria Graziele da Conceição2;
Nataliene Ruth David Dias3;
Daniely Formiga de Almeida1;
Mayra Rodrigues Pessoa4;
Gisele Barros Soares Brasileiro5.

1
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ.
2
Graduanda em Fisioterapia pela Faculdade Internacional da Paraíba.
3
Graduanda em Fisioterapia pelo UNIESP Centro Universitário.
4
Pós-graduanda em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ.
5
Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ

E-mail do autor para correspondência: [email protected].


INTRODUÇÃO: O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus, que surgiu no final de 2019
na China, e espalhou-se rapidamente pelo mundo. A doença de coronavírus 2019 (Covid-
19), apresenta uma ampla gama de sinais e sintomas, que variam desde infecções
assintomáticas a casos de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). O
tratamento e a evolução clínica, após a infecção, ainda apresenta-se em construção. No
entanto, evidencia-se a presença de limitações respiratórias e funcionais em diversos
casos. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é identificar quais fatores influenciam na
redução do desempenho aeróbico e funcional de indivíduos pós covid-19.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados
da BVS e SciELO, com os descritores: Desempenho Funcional AND Covid-19 e
Fisioterapia AND Covid-19, com 23 resultados encontrados. Considerou-se estudos com
textos disponíveis e completos para leitura, publicados nos últimos 5 anos na língua
inglesa. Os critérios de exclusão foram: dissertações, monografias, teses, cartilhas
educativas, editoriais e opiniões de especialistas, totalizando 6 artigos para verificação
dos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise com base
nos critérios supracitados, observou-se diminuição da capacidade pulmonar, volume
expiratório forçado, capacidade vital e na transferência de gases, todos relacionados à
gravidade da doença. Considerando a informação supracitada na síndrome de terapia pós-
intensiva (PICS), o paciente tem baixo desempenho de atividades levando a dependência

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


total ou bem significativa, com função pulmonar e física prejudicada se prolongando de
3 a 6 meses ou ao longo da vida se não houver reabilitação, isso para os pacientes não
hospitalizados e hospitalizados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Compreende-se que a
patologia da covid-19 impacta diretamente na capacidade funcional e aeróbica, visto que
reduz a tolerância a prática de atividades em decorrência da redução do volume
expiratório forçado, capacidade vital, capacidade pulmonar e transferência de gases.
Pode-se inferir também, fatores que influenciam a limitação funcional como a fadiga,
fraqueza muscular e dores musculoesqueléticas. Sendo assim, evidencia-se a importância
da reabilitação para restabelecer a funcionalidade física e respiratória em pacientes que
independente da gravidade da manifestação, ficaram com sequelas pós Covid-19.
Palavras-chave: Covid-19; Desempenho Funcional; Fisioterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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casos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.33, n.1, Jan/ Mar. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA BRINQUEDOTECA NA ADESÃO DA CRIANÇA AO
TRATAMENTO NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

1
Marina Rufino Mariano; 2 Ivy Veras de Sousa; 3 Jéssica Inara de Brito Siqueira; 4
Lucas da Silva Nascimento; 5 Luciana Kelly da Silva Fonseca; 6 Priscila Thais Araujo
dos Santos.
¹,5 Pós-graduando em saúde da família/ atenção básica modalidade residência
Multiprofissional pela Universidade Federal do Piauí –UFPI;
2,6
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI;
3,4
Pós-graduando em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O hospital está na maioria das vezes associado a situações que podem
impactar a criança durante a experiência de internação. Logo, as brinquedotecas presentes
nestes devem prover de brinquedos e jogos que estimulem a brincadeira as crianças, o
que está relacionado a promoção da saúde física, psicológica e melhor adesão aos
tratamentos. As brinquedotecas foram introduzidas nas unidades de saúde e ambientes
hospitalares como obrigatoriedade por meio da lei federal n°11.104/2005, objetivando a
humanização do atendimento a criança em regime de admissão e internação nos setores
pediátricos. OBJETIVOS: Relatar a experiência dos estagiários do curso de Fisioterapia
sobre a importância da brinquedoteca durante o estágio supervisionado em fisioterapia
hospitalar no setor pediátrico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do
tipo relato de experiência, realizado no período de agosto a novembro de 2018, em um
hospital da planície litorânea do norte do Piauí. Os estagiários do 10º período do curso de
fisioterapia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) realizaram condutas
fisioterapêuticas de forma lúdica, utilizando recursos presentes no setor de pediatria, sob
a supervisão da professora responsável pelo estágio supervisionado. As condutas
fisioterapêuticas foram elaboradas individualmente de acordo com a avaliação,
respeitando as necessidades de cada paciente. Foram executados treinos de coordenação
motora, deambulação, alongamentos passivos, ativos-assistidos e ativos, estimulação do
Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) e exercícios respiratórios, todas as condutas
foram associadas o lúdico com o terapêutico.RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
experiência vivenciada proporcionou um amplo conhecimento aos estagiários,
contribuindo para a formação profissional humanizado. Verificou-se uma maior
aproximação entre fisioterapeutas e pacientes por meio da confiança e do vínculo que se
estabeleceu entre ambos. Foi observado maior adesão ao tratamento fisioterapêutico,
melhora do quadro clínico, lazer e bem-estar, interação, uma melhor qualidade de vida,
promovendo assim a promoção de saúde. Os estagiários tiveram a oportunidade de
desenvolver habilidades profissionais, estimulando a capacidade de usar a criatividade ao
traçar os objetivos e condutas fisioterapêuticas. Dessa forma, visando a forma lúdica

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direcionando para a conduta terapêutica, viabilizando uma experiência nova para ambos,
onde trabalhou-se almejando a interação, bem-estar, qualidade de vida das crianças
hospitalizadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se que a atuação da fisioterapia
inserida na brinquedoteca é de grande importância no setor de pediatria, visto que a
mesma acarreta uma melhor adesão das crianças ao tratamento hospitalar, de modo a
fortalecer vínculo com o profissional e otimizar o processo de recuperação e
enfrentamento da doença.
Palavras-chave: Fisioterapia; Qualidade de vida; Humanização da assistência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARICCHIO, Milena Braga Maia. Tratar brincando: o lúdico como recurso da


fisioterapia pediátrica no Brasil. Rev Eletron Atual Sau, v. 6, p. 43-57, 2017.

MARQUES, Daniela Karina Antão et al. Benefícios da aplicação do brinquedo


terapêutico: visão dos enfermeiros de um hospital infantil. Arquivos de Ciências da
Saúde, v. 22, n. 3, p. 64-68, 2015.

LIMA, Mayara Barbosa Sindeaux; MAGALHÃES, Celina Maria Colino. Brinquedotecas


hospitalares em Belém: Criação, espaço e funcionamento. Psicologia Argumento, v. 31,
n. 73, 2017.

LUCIETTO, Grasiele Cristina et al. Brinquedoteca como ferramenta auxiliar no cuidado


hospitalar: percepção de profissionais de enfermagem. Revista Saúde e
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


GESTÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RELEVÂNCIA DA
APLICABILIDADE DE MODELOS ORGANIZACIONAIS NA ATUAÇÃO
MULTIDISCIPLINAR.

Matheus Ferreira Santos 1


1
Graduando em Enfermagem pela Faculdade AGES.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A gestão do setor saúde é um fator de extrema relevância na prestação


de serviços de saúde, mas também corresponde a um grande desafio, pois os gestores que
atuam nesta área precisam compreender a área da saúde além de exercer suas funções
administrativas tradicionais. Os serviços primários de saúde são compostos por várias
redes, que se interligam por meio de uma comunicação eficaz de acordo com as
necessidades de saúde dos pacientes e das comunidades. Entretanto, o gestor desenvolve
o processo de gestão do sistema no setor saúde para buscar conexões interdepartamentais,
objetivando uma multidisciplinaridade, assim, utilizando modelos diversificado e
multidisciplinar.Desta forma, a gestão do setor de saúde primária corresponde a uma
gestão estratégica baseada na utilização de ferramentas e instrumentos que auxiliem na
captura das questões sociais e de saúde e estabeleçam uma aceitação global por toda a
comunidade em sua área de aplicação como o Sistema de Informação em Saúde (SIS),
que é umaferramenta importante para apoiar a tomada de decisão no âmbito dinâmico da
gestão de serviços de saúde primários, pois para promover a aplicabilidade do sistema de
gestão do conhecimento, devem ser utilizadas tecnologias de comunicação, tecnologia de
colaboração e armazenamento e recuperação de informações para atender às necessidades
do setor saúde. OBJETIVOS: Reconhecer a importância da gestão em saúde e a
contribuição dos modelos organizacionais diante do gerenciamento do serviço de saúde
pública. METODOLOGIA: : O presente estudo corresponde a uma revisão sistemática
de literatura, de natureza descritiva, no entanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica,
categorização e sistematização dos critérios de inclusão, com uma análise detalhada de
todos os artigos, no entanto, foi realizado a busca dos achados científicos nas plataforma
sciELO, Google acadêmico e Pubmed, foi selecionados 12 artigos e 6 foram classificados
para integração da produção, filtrados entre o período de 2012 a 2018. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: No entanto, o presente estudo foi observado que a gestão em saúde
deve compreender os aspectos de uma equipe multidisciplinar e pactuar com os modelos
organizacionais tendo como finalidade possibilitar uma assistência de forma integral e
eficiente visando os custos benefícios, Além do desenvolvimento técnico abrangente,
tomada de decisão, democratização e expansão da participação social em nível local, a
gestão também deve usar todos os recursos disponíveis para ajudar os residentes na área
a determinar a implementação de um modelo de gestão que pode melhor atender às
necessidades de serviços além de estabelecer a cultura organizacional da unidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: É visível que a gestão de unidades de saúde equivale a

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um enorme desafio para os administradores, pois além de desenvolver a sua função
fundamentada em técnicas tradicionais de gestão é preciso que esse profissional possua
conhecimentos relacionados ao conteúdo específico da área da saúde, dessa forma, o
gestor da Atenção Primaria de Saúde é um profissional intensamente capacitado com
técnicas que conseguem resolver as problemáticas de administrar serviços de saúde,
garantindo o bem-estar dos diversos profissionais que compõem a unidade como também
a qualidade da assistência prestada aos pacientes.
Palavras-chave: Assistência; Equipe Multidisciplinar; Gestão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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no olhar dos enfermeiros gerentes. Rev enferm UFPE on-line. Recife, v.12(1)p. 194-
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PAIM, J. S; TEIXEIRA, C. F. Política, planejamento e gestão em saúde: balanço do


estado de arte. Bahia: Revista Saúde Pública, 2006.

HAYASHIDA, K. Y et al. A tomada de decisão da equipe de enfermagem após


revitalização do modelo compartilhado de gestão. Texto Contexto Enferm, v. 23, n. 2.
2014.

LAKATOS, E.M; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 7 ed.,


São Paulo: Atlas, 2017.

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e saúde: revisão integrativa. Rev Bras Enferm, Brasília; 66(2): pp. 257- 63. 2013.

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multidisciplinares na saúde. Rev. de Ciências da administração, v.14, n.34, p.155-168.
2012.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DE AGREGADOS PLAQUETÁRIOS NA ESTÉTICA FACIAL: UMA
REVISÃO DE LITERATURA.

Gleidson Victor Ramos da Silva1; José Anderson da Silva Gomes2; Anna Vitoria
ferreira dos Santos3; Jennyfer Martins de Carvalho4; Maria Luísa Figueira de Oliveira5 e
Bruno Mendes Tenorio.6

1
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco.
2,3
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
4,5
Mestranda em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal Rural de
Pernambuco.
6
Médico Veterinário. Pós-Doutor em Ciências Biológicas pela Universidade Federal
Rural de Pernambuco.
Email: [email protected]

INTRODUÇÃO: A fibrina leucoplaquetária (L-PRF) ou agregados plaquetários


autólogos é um biomaterial que pode auxiliar nas migrações celulares epiteliais, além de
favorecer, adequadamente, a microvascularização do local em que foi aplicada. Por ser
um material autólogo suas chances de rejeição são mínimas. A L-PRF possui três aspectos
fundamentais que são: as células do hospedeiro, a matriz de fibrina tridimensional e vários
fatores de crescimento importantes. A literatura atual sugere que a fibrina
leucoplaquetária possui diversos benefícios, é um biomaterial seguro e conferi melhoras
expressivas na textura da pele, no contexto terapêutico da odontologia estética.
OBJETIVOS: A finalidade do estudo é demonstra como a fibrina leucoplaquetária é uma
ferramenta imprescindível para o cirurgião-dentista que deseja se especializar na
harmonização facial. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada
segundo as recomendações do protocolo prisma. Os estudos foram buscados no Portal
Regional da Biblioteca Virtual em Saúde e GOOGLE SCHOLAR usando os seguintes
descritores “fibrina” e “rejuvenescimento” com o uso do operador booleano AND. Como
critério de inclusão foram considerados estudos publicados em qualquer idioma. Foram
excluídos os estudos cujo título não foi condizente com a pesquisa, os que não
consideravam a fibrina para o rejuvenescimento e os que não possuíssem fator de impacto
relevante. Foi a avaliada a pergunta da pesquisa da seguinte maneira: problema da
pesquisa, estética facial e uso da fibrina na odontologia. O que resultou na questão: como
a fibrina pode auxiliar na harmonização facial? RESULTADOS E DISCUSSÃO: foram
encontrados duzentos artigos para esse estudo e após critério de exclusão, onze artigos
foram selecionados e passaram por uma lexicometria, por meio do software iramuteq, a
fim de encontrar correlações e melhores resultados do estudo. Percebeu-se que a L-PRF
possui ótima qualidade para melhorar a textura da pele. O rejuvenescimento foi alcançado

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


num protocolo de três meses de tratamento. A L-PRF foi fundamental na aparência
volumétrica da face quando associada a lipoenxertia facial. A fibrina leucoplaquetária
melhorou o aspecto e textura da pele amenizando as marcas e flacidez. O uso da L-PRF
é promissor, pois, é de baixa morbidade, atóxico e não imunorreativo o que proporcionar
uma maior segurança no seu uso terapêutico. O baixo custo de produção e tempo de
obtenção da fibrina leucoplaquetária são fatores que corroboram para seu uso no
consultório odontológico. A terapia estética com os concentrados de plaquetas tem se
mostrado inovadora e seus benefícios como a viabilidade biológica, o baixo custo e a
segurança terapêutica são fatores que estimulam sua ampliação, de maneira técnica, na
odontologia. Os agregados plaquetários autólogos podem ser associados a outros
procedimentos estéticos faciais, como o microagulhamento, o que possibilita uma maior
produção do colágeno na pele e um resultado mais expressivo. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Por fim, sabendo que a estética facial, minimamente invasiva, é escopo da
odontologia. O uso de agregados plaquetários autólogos como preenchedor facial tem se
mostrado inovador no tratamento da flacidez, textura e rugas. O cirurgião-dentista pode
considerar seu uso na estética facial, como uma nova ferramenta, assistindo ao paciente
em sua autoestima e bem-estar.
Palavras-chave: Rejuvenescimento; Odontologia Cosmética; Estética.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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KARIMI, K.; ROCKWELL, H. The Benefits of Platelet-Rich Fibrin A NEW FRONT


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MARTINS, G. EMPREGO ESTÉTICO E TERAPÊUTICO DE FIBRINA RICA
EM PLAQUETAS EM PROCEDIMENTOS OROFACIAS: REVISÃO DE
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PAULA, E. M. DE. O uso do i-PRF (fibrina rica Em plaquetas) como preenchedor


facial: revisão de literatura. Tese (Mestrado Intergrado em Medicina Dentária)-
Universidade Fernado Pessoa. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de
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PAVANI, ANDRESSA APARECIDA. Vista do PLASMA RICO EM PLAQUETAS


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LITERATURA. revista UNINGÁ Review, v. 29, n. n.1, p. 227–236, 2017.

RIBEIRO, A. P. L.; OLIVEIRA, B. G. R. B. DE. Custo da produção do Gel de Plasma


Rico em plaquetas autólogo. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 27, 5 dez.
2019.

SOUSA, R. C. L. DE. Microagulhamento e plasma rico em plaquetas: soluções em


harmonização orofacial. Tese (Mestrado Intergrado em Medicina Dentária)-
Universidade Fernado Pessoa. Faculdade de Ciências da Saúde. Departamento de
Ciências Médicas. 26 out. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO ÀS CRIANÇAS NA PANDEMIA DA
COVID-19
Isabelle de Melo Xavier Bentinho1.
1
Cirurgião-dentista. Graduada pela Universidade Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: No início da pandemia da COVID-19 em 2020, foram suspendidos os


atendimentos odontológicos eletivos em vários lugares do mundo. Em países como o
Brasil e Reino Unido, houve suspensão na atenção primária e secundária, sendo permitido
apenas o atendimento odontológico de urgência e emergência. Com isso, muitos
procedimentos acabaram sendo adiados até as restrições serem diminuídas. E
considerando que a odontopediatria tem como padrão ouro a prevenção da saúde bucal
das crianças baseando-se nos periodicidade dos exames e educação em higiene bucal, a
interrupção dos atendimentos por um período tão longo certamente trará impactos
negativos à saúde bucal da população infantil. OBJETIVOS: Elucidar o impacto que a
pandemia da COVID-19 teve no atendimento odontológico prestado às crianças em 2020.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura baseada em uma
pesquisa bibliográfica de artigos, nas bases de dados PubMed, Lilacs, Capes e Google
acadêmico, com os descritores “Atendimento Odontológico”, “Crianças”, “Pandemia”,
assim como os descritores em inglês “Dental Care”, Children, “Pandemic”. Foram
selecionados textos completos que descrevessem o atendimento odontológico à crianças
no ano de 2020, publicados nos idiomas inglês e português entre 2020 e 2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado uma grande queda no número de
atendimentos odontológicos de urgência e emergência às crianças no estágio inicial da
pandemia, compreendido entre março e maio de 2020. Provavelmente, isso ocorreu
devido à relutância, sobretudo no começo do isolamento social, dos pais saírem de suas
casa para levarem seus filhos ao dentista, pois temiam a infecção pelo COVID-19. No
entanto, logo após o período inicial da quarentena, foi apresentado um leve aumento na
procura pelo atendimento de urgência e emergência. Nos estudos brasileiros, foi mostrada
uma redução de mais da metade dos atendimentos odontopediátrico no sistema único de
saúde (SUS). E quando comparado o número de procedimentos em abril e maio de 2020
com o mesmo período em 2019 no país, os procedimentos pediátricos realizados no
serviço público estiveram próximos de um desligamento completo. Mesmo com a volta
dos atendimentos eletivos, a procura foi considerada bastante baixa, ainda mais se for
comparado com os período pré-coronavírus. Os artigos também apresentaram as as
principais causas da ida ao dentista na pandemia pelas crianças, a dor dentária foi a queixa
odontológica mais comum, assim como o traumatismo dentário. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A pandemia COVID-19 teve um impacto significativo nos serviços
odontopediátricos com o número de atendimentos de urgência e emergência odontológica
baixo, sobretudo no início da quarentena. É esperado que a redução dos atendimentos
odontológicos às crianças, devido a pandemia da COVID-19, provoque um aumento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


significantivo nos problemas de saúde bucal do público infantil. Portanto, em relação a
uma potencial elevação na demanda por tratamento, é importante traçar futuras estratégia
de cuidado à saúde bucal das crianças com o preparo dos cirurgiões-dentistas para as
demandas que virão no pós pandemia.
Palavras-chave: Atendimento Odontológico; Crianças; Pandemia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COVID-19 pandemic in Riyadh City, Saudi Arabia. Eur J Paediatr Dent, Milano, v. 22,
n. 2, p. 95-97, Jun. 2021.

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A IMPORTÂNCIA DO COMBATE E PREVENÇÃO DA OBESIDADE
INFANTIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Rafaela da Conceição de Lemos1; Joyce Karollayne de Melo Lima2; Jessica
Dayana Hermano de Lima3; Daiana Alcântra da Silva4; Imabel Melo da Silva5
1,2,3,4
Gradudo em Enfermagem pelo Centro Universitário Facol- UNIFACOL
5
Graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário da Vitória de Santo Antão-
UNIVISA
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os dados sobre a obesidade infantil são alarmantes. É estimado pela


Organização Mundial de Saúde (OMS) que até 2025 o número de crianças obesas no
planeta será torno dos 75 milhões. Registro do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostram que 1 em cada 3 crianças de 5 a 9 anos no país tem sobrepeso.
Um alerta do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional de 2019 mostra que a
proporção é de 16,33% das crianças brasileiras entre 5 a 10 anos de idade com sobrepeso,
as pessoas obesas representam 9,38%, as crianças com obesidade grave representam
5,22%, em relação aos adolescentes 18% têm sobrepeso, 9,53 são obesos e 3,98% são
gravemente obesos. No Brasil a progressiva substituição do problema de escassez pelo
excesso dietético, com a diminuição importante da desnutrição e aumento da prevalência
da obesidade, foi observada há mais de uma década. OBJETIVOS: Este estudo tem por
objetivo identificar as estratégias de prevenção da obesidade infantil são descritas na
literatura dos últimos 11 anos. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma
revisão narrativa da literatura sobre o combate e prevenção da obesidade infantil, que em
como objetivo identificar quais as estratégias de prevenção da obesidade infantil são
descritas na literatura dos últimos 11 anos. foi realizado um levantamento bibliográfico
pelo acesso às bases eletrônicas de dados SCIELO, MEDLINE, e Periódico CAPES,
sendo utilizadas as seguintes palavras-chave: Obesidade Pediátrica, Sobrepeso, Política
Pública, Segurança Alimentar e Nutricional e em inglês como: Pediatric Obesity,
Overweight, Public Policy, Food and Nutrition Security. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A maioria dos estudos que trata da obesidade tem como tema principal o
papel da dieta e da atividade física na prevenção do excesso de peso. No entanto, é
necessário também que a percepção dos pais frente ao problema seja explorada. Diversos
fatores mostraram-se determinantes influentes da percepção do peso corporal das crianças
pelos pais, o que explica o baixo reconhecimento e até mesmo a pouca importância dada
à obesidade infantil. Orientações nutricionais, adequação da merenda escolar e número
suficiente de nutricionistas são atitudes que precisam ser reconsideradas pela rede escolar
pública. É responsabilidade do Estado promover o direito humano à alimentação
adequada, incorporando às políticas públicas de nutrição o diálogo intersetorial para sua
plena implementação. As políticas públicas são fundamentais para a garantia do direito
humano à alimentação adequada, portanto, o projeto, o planejamento, a implementação e
a gestão dessas políticas devem se apoiar na busca da transformação do problema social

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


da desnutrição e obesidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com a análise
desses artigos, observa-se que já existem diversas estratégias para o combate e a
prevenção da obesidade infantil; sendo imprescindível traçá-las de forma eficaz para o
sucesso dos métodos escolhidos. A prevenção deve ser feita tanto por meio familiar como
de forma pública, a orientação e informação sobre esta patologia é a forma inicial para o
combate e prevenção da obesidade infantil.
Palavras-chave: Obesidade Pediátrica; Sobrepeso; Política Pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OBESIDADE INFANTIL DESAFIA PAIS E GESTORES. Secretaria de Estado de


Saúde-GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS, 2019. Disponívelem:
https://www.saude.go.gov.br/noticias/81-obesidade-infantil-desafia-pais-e-
gestores.Acesso em: 24 de Abrilde2021.

TENORIO, Aline et al. Obesidade infantil na percepção dos pais. Revista paulista de
pediatria, v. 29, n. 4, p. 634-639, 2011.

BEJA, André; FERRINHO, Paulo; CRAVEIRO, Isabel. Evolução da prevenção e


combate à obesidade de crianças e jovens em Portugal ao nível do planeamento
estratégico. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 32, n. 1, p. 10-17, 2014.

BRAZÃO, Nádia; SANTOS, Osvaldo. Transgeracionalidade na obesidade infantil. 2010.

CARVALHO, Maria Ana et al. Análise comparativa de métodos de abordagem da


obesidade infantil. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 29, n. 2, p. 148-156, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL

Pedro Jorge da Silva Matos¹; Brenda Mayara Bacurau Soares¹;


Luziane Borba Quintino de Lima¹; Aída Juliane Ferreira dos Santos²

¹ Graduandos em Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes


² Especialista e Mestranda em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: No Brasil, segundo os dados do IBGE (2010), 23,9% da população do


país tem algum tipo de deficiência. Estima-se também que no Brasil há cerca de 30.000
a 40.000 casos novos por ano de pacientes portadores de paralisia cerebral. A paralisia
cerebral ocasiona uma debilitação na coordenação muscular podendo aumentar ou
diminuir o tônus em determinados grupos musculares, deixando o indivíduo com
incapacidade de manter a sua postura e executar os movimentos de forma coordenada.
Qualquer agente capaz de lesar o Sistema Nervoso Central (SNC), em particular, o
encéfalo, da concepção até a primeira infância, é considerado como fator etiológico da
Paralisia Cerebral. O papel do cirurgião-dentista é promover saúde bucal para esses
pacientes e a instrução dos seus cuidadores. OBJETIVOS: Mostrar a importância do
cirurgião-dentista em melhorar a qualidade de vida de forma humanizada desses
pacientes, proporcionando bem estar e saúde. METODOLOGIA: Para a realização deste
trabalho foram feitas pesquisas nos portais SciELO, PubMed. Foram usados cinco artigos
publicados nos últimos cinco anos para montagem desse resumo com base em referenciais
teóricos. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Devido à disfunção neuro motora do
paciente com paralisia cerebral a escovação se torna uma atividade difícil, tendo pouca
habilidade. A doença periodontal e as lesões de cárie estão presentes com grande
frequência, especialmente por conta da sua impossibilidade ou dificuldade de
autocuidado na higiene oral e a presença da respiração bucal, na qual irá causar uma
diminuição do fluxo salivar. Outros problemas como, retenção prolongada de alimentos
na boca devido a função alterada da musculatura são observados nesses pacientes. Além
das alterações inerentes ao quadro clínico, os fatores socioeconômicos como baixo nível
de renda familiar e o baixo nível de escolaridade dos cuidadores, podem constituir risco
à saúde bucal desse grupo. O cirurgião-dentista deve promover um atendimento
humanizado, colocando em prática todo o seu conhecimento científico para proporcionar
ao paciente uma saúde bucal satisfatória e que seu bem estar seja estabelecido. Além
disso, o profissional deve estabelecer um vínculo entre paciente-dentista-família, e
conscientizar sobre os cuidados que devem adotar com paciente, para que os mesmos
façam o uso de alguns recursos para auxiliar na melhor higienização bucal do paciente.
Durante as consultas, é necessário o cirurgião dentista ter o conhecimento das técnicas de
manejo do comportamento (controle de voz, dizer-mostrar-fazer, reforço positivo e
dessensibilização) em pacientes com paralisia cerebral. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É
de suma importância o acompanhamento do paciente por um cirurgião-dentista

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


capacitado, normalmente com especialização em pacientes com necessidades especiais,
que tenha paciência e manejo e que saiba desenvolver as técnicas para um bom
atendimento, como por exemplo, manter o paciente em posição inclinada para facilitar a
deglutição, utilizar abridores de boca, pois esses pacientes apresentam limitações ou
dificuldades na abertura da boca. O paciente exige um atendimento odontológico
individualizado e humanizado, sendo fundamental a construção de uma relação de
confiança entre dentista-paciente-pais ou cuidadores.

Palavras-chave: Paralisia Cerebral; Odontologia; Saúde Bucal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FONSECA LP, ARAÚJO ML, FIGUEIREDO, CVO. Revisão Sistemática sobre a


Importância da Assistência Odontológica a Pessoas com Paralisia Cerebral. Aracaju-
SE, 2019.

LEMOS ACO, KATZ CRT. Cárie Dentária em Crianças com Paralisia Cerebral e
sua Relação com a Sobrecarga dos Cuidadores. Minas Gerais, 2016.

NOLETO IS, BORGES LFASS, FELIPE LCS. Protocolo Odontológico para Níveis de
Paralisia Cerebral. Tocantins, 2020.

SILVA ELMS, GÓES PSA, VASCONCELOS MMVB, JAMELLI SR, EICKMANN


SH, MELO MMDC, LIMA MC. Cuidados em Saúde Bucal a Crianças e Adolescentes
com Paralisia Cerebral: Percepção de Pais e Cuidadores. Recife - PE, 2020.

YOKOYAMA KS, MOURA J, ARANEGA AM, DORNELLES RCM,


STRINGUETTA-GARCIA CT, BARBIERI CM, SEDLACEK P. A Importância do
Cuidador no Direcionamento do Plano de Tratamento Odontológico de Paciente
com Paralisia Cerebral. v. 6, 30 dez. 2017

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS EFEITOS DO EXERCÍCIO E DA ORIENTAÇÃO NA MASTALGIA
Paula Beatriz Santos Fonseca1; Maikon da Silva e Silva2
1,2
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A mastodinia, também denominada mastalgia, caracteriza-se por dor


nas mamas, mais comumente encontrada entre mulheres de 15 a 40 anos. A mastalgia
geralmente está associada a uma etiologia benigna e raramente relacionada ao câncer de
mama. A etiologia pode ser classificada em mastalgia cíclica, na qual, normalmente
ocorre na fase lútea do ciclo menstrual e pode está relacionado às alterações hormonais,
mastalgia não cíclica onde a dor na mama não está associada ao ciclo menstrual e, a
mastalgia extramamária, a qual, a dor começar no tecido mamário, mas é originária de
outro local. A dor mamária varia de leve a intensa podendo gerar um impacto negativo
no desenvolvimento de atividades físicas, sexuais, sociais, ocupacionais e na qualidade
de vida. A realização de exercícios físicos e orientações com relação a dietas faz-se
necessário para a melhora da dor e da qualidade de vida de mulheres afetada com esses
problemas. OBJETIVOS: Analisar os efeitos dos exercícios físicos e orientações na
melhora da mastalgia. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão da literatura com
levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed e Biblioteca virtual da saúde, em
Outubro de 2021, de estudos na língua inglesa e portuguesa, publicados no período de
2016 a 2021. Utilizando os descritores: Exercise e Mastodynia, além da aplicação do
operador booleano “AND”. Foram inclusos na pesquisa, artigos publicados que estavam
relacionados com a temática do estudo. Foram excluídos os artigos que não atenderam ao
desenho de estudos adotados para a revisão. Dois artigos foram selecionados por
obedecerem aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A terapia de
primeira linha para o alívio da mastalgia deve ser conservadora, pode ser utilizada
orientações quanto a mudança do estilo de vida como o uso de sutiã esportivo bem
ajustado, controle de estresse, exclusão de cafeína e alimentos que contêm metilxantina,
dieta com baixo teor de gordura e exercícios regulares. Em um dos estudos concluiu que,
a partir dessas orientações é possível observar redução da intensidade da mastalgia e
melhoras significativas nos escores de qualidade de vida. A prática de exercícios
aeróbicos são eficientes na mastalgia pois geram um aumento dos níveis séricos de beta-
endorfina, resposta imunológica do corpo, qualidade do sono, diminuição da
sensibilidade à dor e dos níveis circulantes de estrogênio. No outro estudo, utilizou-se
exercícios de resistência e de força três vezes por semana durante seis semanas, no qual,
foram obtidas melhoras na escala visual analógica e em três subescalas do questionário
de qualidade de vida (função física, dor corporal e funcionamento
social). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os exercícios e as orientações em relação ao
estilo de vida podem ser utilizados como tratamento de primeira linha para mulheres com
mastalgia leve a moderada. Estes são eficientes para a melhora na dor mamária e na
qualidade de vida dessas mulheres.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Exercício, Mastodinia, Orientação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAKHRAVAR, Solmaz et al. The Effect of Healthy Lifestyle Promotion Intervention on


Quality of Life in Cyclic Mastalgia via Individual Counseling: A Randomized Controlled
Clinical Trial. International Journal of Community Based Nursing and Midwifery,
v. 9, n. 1, p. 55, 2021.

GENÇ, Aysun et al. The effects of exercise on mastalgia. The Physician and
sportsmedicine, v. 45, n. 1, p. 17-21, 2017.

GRULLON, Saul; BECHMANN, Samuel. Mastodynia. StatPearls [Internet], 2020.

TAHIR, Muhammad T.; SHAMSUDEEN, Shafeek. Mastalgia. StatPearls [Internet],


2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ABORDAGEM METABÓLICA DO PANAX SOBRE A HIPERTENSÃO
ARTERIAL E DIABETES MELLITUS - REVISÃO SISTEMÁTICA

Mariana Wu1; Marcos Roberto Furlan2


1
Graduando em Medicina pelo Universidade de Taubaté
2
Engenheiro agrônomo, Doutor em horticultura pela UNESP
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Nos períodos anteriores ao século 20, a cura estava essencialmente


baseada nas plantas medicinais. Desde então, em pleno ano de 2021 ainda são muito
utilizadas e tendo seus efeitos comprovados cientificamente. O presente trabalho visa
descrever os efeitos terapêuticos da planta do gênero Panax, popularmente conhecidas
como “ginseng”, sobre a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, tais doenças são
extremamente preocupantes devido a sua prevalência, além disso é de início silencioso,
sem cura e uma das principais causas de óbito no Brasil. As principais ervas medicinais
desse gênero são: Panax ginseng (ginseng asiático) e P. quinquefolium (ginseng
americano). Mesmo sendo amplamente utilizadas pela população, principalmente
asiática, e comercializadas como suplementos ou fitoterápicos, a confirmação do uso
terapêutico, assim como as dosagens seguras dessas espécies, por meio de ensaios
clínicos, é essencial para a prescrição pelo profissional da saúde. Os ensaios clínicos,
considerando as três primeiras fases, garantem a segurança, a eficácia e a qualidade do
medicamento. OBJETIVO: Verificar e quantificar os ensaios clínicos que analisam o
efeito das espécies de Panax no tratamento da hipertensão arterial e diabetes.
METODOLOGIA: A revisão sistemática foi realizada na base de dados Pubmed,
considerando os últimos vinte anos, artigos em inglês e utilizando como unitermos o
nome do gênero, associado com hypertension/ diabetes/ hypertension diabetes e clinical
trial. Na revisão foram encontrados 6.856 artigos que incluem Panax no texto, sendo 254
que estão relacionados na busca com “clinical trial”, sendo 39 que associam todos os
unitermos citados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a análise desses, concluiu-se
que algumas espécies de Panax podem reduzir a glicemia pós-prandial, melhora da
neuropatia diabética, melhora da rigidez arterial, atenuação da pressão sistólica, entre
outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, indica-se que há benefícios desse
fitoterápico nessas duas doenças citadas e que poderiam ser utilizadas para o tratamento
adjuvante da hipertensão arterial e diabetes mellitus no Brasil.
Palavras-chave: Plantas medicinais, Ensaios clínicos, Panax.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Mara Zélia de. Plantas medicinais. Edufba, 2003.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CHOI, Jiae et al. Ginseng para cuidados de saúde: uma revisão sistemática de ensaios
clínicos randomizados na literatura coreana. PloS one , v. 8, n. 4, pág. e59978, 2013.

GUI, Qi-feng et al. A eficácia das terapias relacionadas ao ginseng no diabetes mellitus
tipo 2: uma revisão sistemática atualizada e meta-análise. Medicine , v. 95, n. 6, 2016.

JOVANOVSKI, Elena et al. Efeito do ginseng vermelho coreano enriquecido com Rg3
(Panax ginseng) na rigidez arterial e pressão arterial em indivíduos saudáveis: um ensaio
clínico randomizado. Jornal da Sociedade Americana de Hipertensão , v. 8, n. 8,
pág. 537-541, 2014.

JOVANOVSKI, Elena et al. Efeitos vasculares da administração combinada de ginseng


vermelho coreano enriquecido (Panax Ginseng) e ginseng americano (Panax
Quinquefolius) em indivíduos com hipertensão e diabetes tipo 2: um ensaio clínico
randomizado. Terapias complementares em medicina , v. 49, p. 102338, 2020.

KOMISHON, AM et al. O efeito do ginseng (gênero Panax) na pressão arterial: uma


revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados
controlados. Journal of human hypertension , v. 30, n. 10, pág. 619-626, 2016.

LEE, Hye W. et al. Ginseng para o tratamento da hipertensão: uma revisão sistemática e
meta-análise de estudos duplo-cegos, randomizados e controlados por
placebo. Farmacologia vascular atual , v. 15, n. 6, pág. 549-556, 2017.

MA, SW et al. Efeito da suplementação com Panax ginseng em biomarcadores de


tolerância à glicose, status antioxidante e estresse oxidativo em indivíduos diabéticos tipo
2: resultados de um estudo de intervenção humana controlado por placebo. Diabetes,
Obesidade e Metabolismo , v. 10, n. 11, pág. 1125-1127, 2008.
MUCALO, Iva et al. Efeito do ginseng americano (Panax quinquefolius L.) na rigidez
arterial em indivíduos com diabetes tipo 2 e hipertensão concomitante. Journal of
ethnopharmacology , v. 150, n. 1, pág. 148-153, 2013.

OH, Mi-Ra et al. Efeitos pós-prandiais de redução da glicose do ginseng vermelho


fermentado em indivíduos com glicose em jejum prejudicada ou diabetes tipo 2: um
ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. Medicina
complementar e alternativa BMC , v. 14, n. 1, pág. 1-7, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RHEE, Moo-Yong et al. Efeito do ginseng vermelho coreano na rigidez arterial em
indivíduos com hipertensão. The Journal Of Alternative And Complementary
Medicine , v. 17, n. 1, pág. 45-49, 2011.

RHEE, Moo-Yong et al. Efeito de redução da pressão arterial do ginseol K-g1 derivado
do ginseng coreano. The American Journal of Chinese Medicine , v. 42, n. 03,
pág. 605-618, 2014.

SHERGIS, Johannah L. et al. Panax ginseng em ensaios clínicos randomizados: uma


revisão sistemática. Phytotherapy Research , v. 27, n. 7, pág. 949-965, 2013.

SHISHTAR, Esra 'et al. O efeito do ginseng (o gênero panax) no controle glicêmico: uma
revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados controlados. PloS
one , v. 9, n. 9, pág. e107391, 2014.

SUNG, Jidong et al. Effects of red ginseng upon vascular endothelial function in patients
with essential hypertension. The American journal of Chinese medicine, v. 28, n. 02,
p. 205-216, 2000.

VUKSAN, Vladimir et al. O ginseng americano (Panax quinquefolius L) reduz a glicemia


pós-prandial em indivíduos não diabéticos e indivíduos com diabetes mellitus tipo
2. Arquivos de medicina interna , v. 160, n. 7, pág. 1009-1013, 2000.

VUKSAN, Vladimir et al. O ginseng vermelho coreano (Panax ginseng) melhora a


regulação da glicose e da insulina no diabetes tipo 2 bem controlado: resultados de um
estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de eficácia e
segurança. Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases , v. 18, n. 1, pág. 46-
56, 2008.

VUKSAN, Vladimir et al. Eficácia e segurança do extrato de ginseng americano (Panax


quinquefolius L.) no controle glicêmico e nos fatores de risco cardiovascular em
indivíduos com diabetes tipo 2: um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e
cruzado. Jornal europeu de nutrição , v. 58, n. 3, pág. 1237-1245, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ABORDAGEM METABÓLICA DO PANAX SOBRE A HIPERTENSÃO
ARTERIAL E DIABETES MELLITUS - REVISÃO SISTEMÁTICA

Mariana Wu1; Marcos Roberto Furlan2


1
Graduando em Medicina pelo Universidade de Taubaté
2
Engenheiro agrônomo, Doutor em horticultura pela UNESP
E-mail do autor para
correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Nos períodos anteriores ao século 20, a cura estava essencialmente


baseada nas plantas medicinais. Desde então, em pleno ano de 2021 ainda são muito
utilizadas e tendo seus efeitos comprovados cientificamente. O presente trabalho visa
descrever os efeitos terapêuticos da planta do gênero Panax, popularmente conhecidas
como “ginseng”, sobre a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, tais doenças são
extremamente preocupantes devido a sua prevalência, além disso é de início silencioso,
sem cura e uma das principais causas de óbito no Brasil. As principais ervas medicinais
desse gênero são: Panax ginseng (ginseng asiático) e P. quinquefolium (ginseng
americano). Mesmo sendo amplamente utilizadas pela população, principalmente
asiática, e comercializadas como suplementos ou fitoterápicos, a confirmação do uso
terapêutico, assim como as dosagens seguras dessas espécies, por meio de ensaios
clínicos, é essencial para a prescrição pelo profissional da saúde. Os ensaios clínicos,
considerando as três primeiras fases, garantem a segurança, a eficácia e a qualidade do
medicamento. OBJETIVO: Verificar e quantificar os ensaios clínicos que analisam o
efeito das espécies de Panax no tratamento da hipertensão arterial e diabetes.
METODOLOGIA: A revisão sistemática foi realizada na base de dados Pubmed,
considerando os últimos vinte anos, artigos em inglês e utilizando como unitermos o
nome do gênero, associado com hypertension/ diabetes/ hypertension diabetes e clinical
trial. Na revisão foram encontrados 6.856 artigos que incluem Panax no texto, sendo 254
que estão relacionados na busca com “clinical trial”, sendo 39 que associam todos os
unitermos citados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a análise desses, concluiu-se
que algumas espécies de Panax podem reduzir a glicemia pós-prandial, melhora da
neuropatia diabética, melhora da rigidez arterial, atenuação da pressão sistólica, entre
outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, indica-se que há benefícios desse
fitoterápico nessas duas doenças citadas e que poderiam ser utilizadas para o tratamento
adjuvante da hipertensão arterial e diabetes mellitus no Brasil.
Palavras-chave: Plantas medicinais, Ensaios clínicos, Panax.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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JOVANOVSKI, Elena et al. Efeito do ginseng vermelho coreano enriquecido com Rg3
(Panax ginseng) na rigidez arterial e pressão arterial em indivíduos saudáveis: um ensaio
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vermelho coreano enriquecido (Panax Ginseng) e ginseng americano (Panax
Quinquefolius) em indivíduos com hipertensão e diabetes tipo 2: um ensaio clínico
randomizado. Terapias complementares em medicina , v. 49, p. 102338, 2020.

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indivíduos com hipertensão. The Journal Of Alternative And Complementary
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do ginseng coreano. The American Journal of Chinese Medicine , v. 42, n. 03,
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quinquefolius L.) no controle glicêmico e nos fatores de risco cardiovascular em
indivíduos com diabetes tipo 2: um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e
cruzado. Jornal europeu de nutrição , v. 58, n. 3, pág. 1237-1245, 2019.

GUI, Qi-feng et al. A eficácia das terapias relacionadas ao ginseng no diabetes mellitus
tipo 2: uma revisão sistemática atualizada e meta-análise. Medicine , v. 95, n. 6, 2016.

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VUKSAN, Vladimir et al. O ginseng americano (Panax quinquefolius L) reduz a glicemia


pós-prandial em indivíduos não diabéticos e indivíduos com diabetes mellitus tipo
2. Arquivos de medicina interna , v. 160, n. 7, pág. 1009-1013, 2000.
VUKSAN, Vladimir et al. O ginseng vermelho coreano (Panax ginseng) melhora a
regulação da glicose e da insulina no diabetes tipo 2 bem controlado: resultados de um
estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de eficácia e
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CHOI, Jiae et al. Ginseng para cuidados de saúde: uma revisão sistemática de ensaios
clínicos randomizados na literatura coreana. PloS one , v. 8, n. 4, pág. e59978, 2013.

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tolerância à glicose, status antioxidante e estresse oxidativo em indivíduos diabéticos tipo
2: resultados de um estudo de intervenção humana controlado por placebo. Diabetes,
Obesidade e Metabolismo , v. 10, n. 11, pág. 1125-1127, 2008.
OH, Mi-Ra et al. Efeitos pós-prandiais de redução da glicose do ginseng vermelho
fermentado em indivíduos com glicose em jejum prejudicada ou diabetes tipo 2: um
ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo. Medicina
complementar e alternativa BMC , v. 14, n. 1, pág. 1-7, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE ATRASO DE MATURAÇÃO
ESQUELÉTICA EM MENINAS COM A MUTAÇÃO PVULL NO RECEPTOR
DE ESTRÓGENO APLHA

Paula Hueb de Menezes Oliveira1; Caio Luiz Bitencourt Reis2; Mirian Nakane
Matsumoto2; Maria Bernadete Sasso Stuani2; Erika Calvano Küchler3; Isabela Ribeiro
Madalena4,5,6, Flares Baratto-Filho4
1
Faculdade de Medicina, Universidade de Uberaba, MG, Brasil;
2
Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto,
Universidade de São Paulo, SP, Brasil;
3
Departamento de Ortodontia, Universidade de Regensburg, Regensburg, Alemanha;
4
Faculdade de Odontologia, Universidade da Região de Joinville, SC, Brasil;
5
Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia, Universidade
Federal de Juiz de Fora, MG, Brasil;
6
Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida Neves, MG, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As vértebras cervicais são importantes indicadores biológicos dos


estágios de desenvolvimento da criança e do adolescente. Mutações genéticas podem
desequilibrar funções de importantes hormônios que consequentemente poderão impactar
a maturação esquelética do indivíduo. OBJETIVO: avaliar se uma mutação genética do
tipo nucleotídeo único (SNP) no gene que codifica o receptor de estrógeno tipo 1 (ESR1),
está associado com o atraso da maturação esquelética em meninas. METODOLOGIA:
Foram recrutadas pacientes do sexo feminino com idade de 10 e 11 anos (idade em que
as meninas estão possivelmente no surto de crescimento puberal). Foram incluídos
pacientes sem comprometimento sistêmico e que apresentavam radiografia cefalométrica
por estarem iniciando tratamento ortodôntico. A análise de maturação esquelética foi
realizada pelo método de Baccetti et al. (2005). As meninas que estavam no estágio CS3
e CS4 de foram consideradas controle e as meninas que estavam em estágios anteriores
foram consideradas atrasadas na maturação esquelética. Amostras de DNA genômico
extraídas da saliva foram usadas para avaliar o SNP rs2234693 (-397T>C) do gene ESR1,
conhecido por PvuII, por meio de genotipagem pela técnica de PCR em tempo real. O
teste de Fisher foi aplicado para comparação de alelos entre os grupos. RESULTADOS:
Um total de 15 meninas foram incluídas no estudo, sendo 4 classificadas com atrasado da
maturação esquelética. O SNP rs2234693/Pvull não foi associado com atraso na
maturação esquelética pelo teste de Fisher (p=0.404). CONCLUSÃO: SNP
rs2234693/Pvull em ESR1 não foi associado com o atraso do desenvolvimento
esquelético de meninas durante o surto de crescimento puberal.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Determinação da idade pelo esqueleto; Receptor de estrógeno; Genes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACCETTI et al. The cervical vertebral maturation method: some need for
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NO
ESTADO DE SANTA CATARINA DE 2015 A 2020

Mariá Lessa Silva1; Beatriz Carvalho de Oliveira1; Amanda Carolina Fonseca da Silva1;
Davi Gevaerd Reich1; Eric Pasqualotto1; Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1.
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é provocado por uma oclusão


de uma ou mais artérias coronárias, causando, assim, uma isquemia intensa que resulta
em uma área de morte tecidual no miocárdio. O IAM é um problema de saúde pública,
pois apresenta alta prevalência, morbidade e mortalidade, além de ter forte associação
com a idade, o sexo, as comorbidades e os hábitos de vida do paciente. OBJETIVOS:
Avaliar o perfil epidemiológico do IAM no estado de Santa Catarina (SC) entre 2015 e
2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal descritivo,
de natureza quantitativa, acerca do perfil das internações hospitalares por IAM no estado
de SC entre 2015-2020. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares
do SUS (SIH/SUS), por meio do DATASUS, Ministério da Saúde. Os critérios de
inclusão foram: Infarto Agudo do Miocárdio (Doenças do aparelho circulatório),
internações, período (2015-2020), ano de processamento, sexo, faixa etária, óbitos e taxa
de mortalidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram identificados 34.146
internações por IAM no período analisado, sendo 65,79% (n=22.466) masculinas. Em
relação a idade, a maior prevalência foi de indivíduos de 60 a 69 anos (30,28%, n=10.341)
– sendo essa faixa etária a mais prevalente em ambos os sexos. A respeito da evolução, a
taxa de mortalidade da doença foi 9,12% (n=3.115), sendo que 59,64% (n=1858) dos
óbitos foram masculinos. Apesar da maior prevalência do IAM em homens, a taxa de
mortalidade masculina foi 8,27% (n=1.858), enquanto a taxa de mortalidade feminina foi
10,76% (n=1.257). Já acerca da idade, o maior número de óbitos ocorreu entre 70 a 79
anos (n=920), sendo essa a faixa etária mais afetada para as mulheres (n=390), ao passo
que, para os homens, a faixa etária de 60 a 69 anos (n=583) apresentou o maior registro
de óbitos. A maior taxa de mortalidade foi encontrada na faixa etária de 80 anos e mais
(22,58%; n=688), sendo que esse índice foi progressivamente aumentando com o
envelhecimento - a taxa de mortalidade de 60 a 69 anos foi 8,46% (n=875) e a de 70 a 79
anos foi 13,96% (n=920). Essa relação entre idade avançada e maior taxa de mortalidade
pode ser relacionada aos fatores de risco acumulados ao longo da vida. A maior
prevalência do IAM no sexo masculino pode ser associada a hábitos tabagistas e etilistas.
Já a maior taxa de mortalidade em mulheres pode ser correlacionada ao acometimento
pela doença em idades mais avançadas, a maior prevalência de algumas comorbidades, a
sintomatologia atípica que pode retardar a procura pelos serviços de saúde, as
características cardiovasculares e, principalmente, as alterações hormonais no climatério.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se que o perfil epidemiológico do IAM em

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SC entre 2015 e 2020 difere entre homens e mulheres, já que a prevalência foi maior no
sexo masculino e a taxa de mortalidade foi maior no feminino. Ademais, tornam-se
fundamentais estudos mais detalhados do perfil epidemiológico do IAM em SC, para que
a prevenção e o diagnóstico precoce atuem mais assertivamente.
Palavras-chave: Infarto agudo do miocárdio; Epidemiologia; Saúde Pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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PLANO NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO NO BRASIL: RETROSPECTIVA
HISTÓRICA DOS SUCESSOS E DESAFIOS

Ana Carolina Aguilar Estevam1; Fernando Almeida Costa2; Amanda Assumpção de


Oliveira3; Sabrynna Brito Oliveira4
1,2,3
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
4
Biomédica, Mestre em Microbiologia pela Universidade Federal do Ceará, Doutora em
Microbiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Desde a criação da primeira vacina, no século XVIII, houve muitos


avanços no processo de imunização em massa da população mundial. No Brasil, desde o
século XIX, as vacinas são utilizadas como controle de doenças. No entanto, somente
após as ações sanitaristas de Oswaldo Cruz no início do século XX, a imunização passou
de coadjuvante para principal ação de controle e combate de inúmeras doenças
infecciosas. O Programa Nacional de Imunização surgiu como um instrumento de
organização e implementação do calendário vacinal no Brasil, adotando estratégias que
viabilizam e regulamentam a política nacional de humanização baseado na realidade de
cada comunidade, ampliando assim o conceito de saúde. Ao longo dos anos, os
calendários vacinais sofreram inúmeras alterações, baseadas no perfil da população,
surgimento e gravidade de novas doenças. Atualmente, o PNI do Brasil é um dos maiores
do mundo, ofertando 45 diferentes imunobiológicos para toda a população, isto sem
contar os imunizantes que buscam a proteção da população contra o Sars-cov-2. Há
vacinas destinadas a todas as faixas-etárias e campanhas anuais para atualização da
caderneta de vacinação. OBJETIVOS: Objetivou-se avaliar o processo de construção e
aplicação do Programa Nacional de Imunização observando marcos fundamentais
históricos e sua efetividade nos dias atuais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
qualitativo quantitativo com resultados obtidos através da análise de dados
disponibilizados pelo DataSus nos anos de 2000 a 2019 além de artigos científicos
pesquisados nas bases de dados eletrônicas nacionais e diretrizes estipuladas pelo
Ministério da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a criação do PNI houve
uma grande mudança no perfil epidemiológico das doenças infecciosas no país,
principalmente nos agravos cujos imunobiológicos fazem parte do calendário nacional de
imunização. No entanto, dados sobre a cobertura vacinal das primeiras décadas do século
XXI apontam que houve mudança no perfil do número de imunizados no país. Observa-
se que em apenas 4 dos 20 anos pesquisados, a população brasileira apresentou cobertura
vacinal acima do esperado (80%). Em uma análise por região, observamos que todas
apresentam a mesma tendência durante esses 20 anos, se destacando com os piores
indicadores as regiões Nordeste e Norte do país. A erradicação da varíola e da
poliomielite, a interrupção da transmissão autóctone do sarampo ao lado da baixa

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incidência do tétano neonatal, a raiva humana transmitida por animais domésticos está
próxima da eliminação e a difteria, a coqueluche e o tétano acidental mantêm-se em
situação de controle são exemplos que corroboram a efetividade dos investimentos em
imunização coletiva obtidos através do PNI. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O PNI do
futuro estará buscando as estratégias mais adequadas para chegar o mais próximo possível
dos grupos-alvo, garantindo a proteção efetiva, evitando a formação e manutenção de
bolsões de não vacinados. A vigilância das coberturas e o monitoramento da
homogeneidade são instrumentos potentes para garantir o objetivo final e definitivo do
PNI, que é contribuir efetivamente para o controle de doenças em nosso País, provocando
e mantendo mudanças profundas no cenário epidemiológico e servindo como experiência
modelar para muitas regiões do planeta.
Palavras-chave: Programa Nacional de Imunização; Vacinação; Políticas públicas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


POTENCIALIDADE DO MODAFINIL PARA RECUPERAÇÃO DE
PRODUTIVIDADE NO TRANSTORNO DEPRESSIVO: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA INTEGRATIVA
Luis Fernando Meira Camargos1; Matheus Silva Veloso Nobre2; Frederico Gustavo de
Souza Marques1; Thaís D Angeles Mendes Chaves Nogueira1 Claudiojanes dos Reis
(Orientador)3
1
Graduandos em Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas - Montes Claros
- Minas Gerais
2
Graduando em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros – Montes Claros
– Minas Gerais.
3
Odontologista. Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes
Claros – Montes Claros – Minas Gerais.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Transtorno Depressivo (TD) é uma doença multifatorial com
manifestação clínica caracterizada pela tríade: humor rebaixado ou deprimido, anedonia
e diminuição de energia (fadiga). Outros sintomas podem estar presentes, por não ser essa
uma doença homogênea, envolvendo diversos subtipos. Assim o sendo, tende-se a
observar repercussão à produtividade e qualidade de vida do paciente, devido a esses e
outros sintomas frequentes que afetam as funções cognitivas ou executivas. Isoladamente
ou em conjunto, representará déficit na capacidade do indivíduo em iniciar, sustentar e/ou
finalizar tarefas. Comumente persiste-se queixas relevantes mesmo após a remissão do
humor depressivo. Portanto, autores na pesquisa neuropsicobiológica, além de
instituições como a National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine
(NASEM), têm indicado outras funções e necessidades do indivíduo, como elementos
alvos a serem avaliados e transformado em objeto de tratamento, se necessário, nos
quadros depressivos. Nesse contexto, além da probabilidade de recaída ser
significativamente maior naqueles com sintomas residuais isso afetará o pleno exercício
das atividades do paciente, havendo comumente baixo interesse no trabalho, prejuízo
estudantil, maior absenteísmo, menor produtividade, maior dificuldade interpessoal e
insatisfação com o trabalho, revelando-se em um distúrbio de produtividade, com
evidente repercussão para a saúde pública e econômica. De acordo com relatório da
Organização Mundial da Saúde – OMS, a depressão já é a causa de incapacidade mais
prevalente no mundo. Logo, tem-se percebido a necessidade de melhor abordar as queixas
que impactam a produtividade enquanto alvo de tratamento para o paciente deprimido. O
Modafinil é um agente que destaca-se por seu mecanismo de ação e efeitos. Embora não
estejam completamente esclarecidos, os seus efeitos devem-se principalmente ao
estímulo da histamina, norepinefrina, serotonina, e sistemas de orexína no cérebro.
OBJETIVO: Elucidar a potencialidade do Modafinil para uso na recuperação de
produtividade em Transtornos Depressivos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
de revisão sistemática de literatura realizado por busca nas bibliotecas virtuais PubMed e
BVS, no período compreendido de 1998 a 2021. O estudo foi desenvolvido a partir das

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metodologias PICO e PRISMA. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados
151 artigos, dentre os quais 13 preencheram os critérios de elegibilidade para inclusão no
trabalho. O Transtorno Depressivo Maior foi o mais estudado (n=nove). Constatou-se a
escassez de ensaios clínicos na temática, havendo ainda uma proporção considerável de
investigações open-label (n=cinco). Esses trabalhos tratam-se predominantemente de
grupos amostrais pequenos e de curta duração. A avaliação dos resultados constatou que,
mesmo quando descrito como estatisticamente significante, o Modafinil falhou em
demonstrar resultados sólidos frente ao placebo. Desfechos mais positivos parecem estar
presentes na associação Modafinil + ISRS em curto prazo. Contudo, não foi possível
extrair evidências de que tais resultados sejam clinicamente significantes para tratar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O impacto do Modafinil em sintomas associados à
improdutividade presentes nas escalas de avaliação foi modesto e/ou sem força contra o
placebo. Algum benefício em curto prazo pode estar presente como terapia coadjuvante
aos ISRS. Design metodológico e ausência de escalas diretas para avaliação de
produtividade podem ter mascarado a repercussão clínica.
Palavras-chave: Depressão; Tratamento; Modafinil.

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PANORAMA GLOBAL DA ASSISTÊNCIA DO PRÉ-NATAL MASCULINO
Fernando Almeida Costa1; Ana Carolina Aguilar Estevam2; Amanda Assumpção de
Oliveira3; Mara Martins Ribeiro4

1,2,3
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
4
Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A saúde do homem é algo complexo e exige um olhar atento sob toda
sua estrutura individual, a mortalidade precoce, a vulnerabilidade e susceptibilidade a
doenças, principalmente as crônicas, colocam esta população em uma posição de risco.
Nesse sentido, o Ministério da Saúde brasileiro (MS), criou em 2008 a Política Nacional
de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), com o intuito de reforçar as diretrizes
de cuidado à saúde desta população. Dentre as metas e objetivos desta política, encontra-
se o direcionamento do pré-natal masculino, cujo objetivo consiste, no cuidado da saúde
do homem, por meio da realização de exames de rotina, realização de testes rápidos para
sífilis, HIV/AIDS e hepatites, atualização do cartão de vacina, participação em grupos
educativos e consultas médicas e de enfermagem. Vários países mundo afora fazem uso
de políticas públicas parecidas com as utilizadas no território brasileiro visando melhorar
a qualidade do acesso deste público aos serviços de saúde. OBJETIVOS: Frente ao
exposto, o objetivo deste estudo foi discutir as evidências sobre a importância do pré-
natal masculino na Estratégia Saúde da Família e o panorama global da assistência ao
homem durante o processo gravídico. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão
Integrativa, a partir da leitura de artigos científicos pesquisados nas bases de dados
eletrônicas nacionais e internacionais além de diretrizes estipuladas pelo Ministério da
Saúde. Foram analisados 20 artigos, sendo 6 publicações nacionais e 14 internacionais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Apresenta-se como resultado a observação de que a
participação do pai durante o pré-natal é muito baixa se comparado ao número de
gestantes. Estes resultados estão diretamente relacionados com a cultura e
desenvolvimento de cada região. Em alguns países africanos, algumas mulheres recusam
a participação de seus maridos durante a gravidez por vergonha e crença de que homens
são apenas provedores, no Nepal foi realizado um estudo com 2.178 homens que analisou
a participação desta população durante os cuidados pré-natais, em consonância com a
literatura brasileira, este estudo revelou que os motivos dos quais os homens não
comparecerem e não participarem dos cuidados envolvendo suas esposas durante o
período gravídico e puerperal, são: a crença de que este é um dever exclusivo da mulher,
constrangimento e a preocupação com o emprego. Na Inglaterra, mais de 80% das
famílias entrevistados sobre o assunto, relataram que a participação do pai foi
fundamental para a gestação e que os benefícios à saúde não só do homem, mas também
da mulher e do bebe foram significativos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O pré-natal

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atua como cuidado integral para o bem-estar da família, os testes rápidos e outros exames
proporcionam maior qualidade de vida e segurança para os pais e para o bebê graças ao
diagnóstico precoce e tratamento adequado as possíveis afecções que poriam suas vidas
em risco. Percebe-se que falta à equipe de saúde uma estratégia para localizar e acolher
esses homens, a atenção primária é fundamental para a conscientização além de enfatizar
a importância de cuidar da saúde e ajudar a construir pais responsáveis.
Palavras-chave: Saúde da Família; Plano Nacional de Atenção à Saúde do Homem;
Assistência Pré-Natal.

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EDUCAR SOBRE O CORPO: O PAPEL DA EDUCAÇÃO SEXUAL NAS
ESCOLAS PARA A SAÚDE

Quezia França da Silva Oliveira1; Lisley Raquel Mendes da Silva2; Raelly Jeniffer da
Silva Mergulhão3; Vitória Gabriela Santos Albuquerque4

1
Graduanda em Psicologia do Centro Universitário / UNIFAVIP / Wyden, Caruaru -
PE
2, 3, 4
Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário / UNIFAVIP / Wyden,
Caruaru-PE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Para além de um tema biológico, a sexualidade atravessa questões


sociais e culturais que acompanha os indivíduos desde o nascimento até a morte. As
diversas narrativas distorcidas sobre a sexualidade reforça um cenário repressor de acesso
à educação sexual adequada que, por vias indiretas, fortalece a difusão de problemas de
saúde como: Infecções Sexualmente Transmissíveis, casos de gravidez precoce,
violências sexuais, aborto inseguro, uso errôneo de métodos contraceptivos e outros.
OBJETIVOS: Apresentar a relevância e a necessidade de uma revisão no método de
implantação da educação sexual nas escolas atuais e os benefícios destas para a saúde.
METODOLOGIA: Desenvolveu-se a partir de uma revisão bibliografica da literatura de
abordagem qualitativa sobre a temática educação sexual nas escolas. A pesquisa resultou
na obtenção de três artigos que se encontram nas bases de peródicos científicos: Scielo e
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Os descritores utilizados para a seleção dos trabalhos
para compor o estudo foram os termos “educação sexual” e “saúde sexual”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Historicamente, o debate sobre a educação sexual e
implantação nas escolas passou a ser discutida a partir da necessidade de controle
epidemiológico no início do século XX. Neste contexto, a saúde era pensada de forma
higienista e as questões sociais seguiam um viés conservador, moralista e tinha como
pano de fundo valores religiosos. Levando em consideração a puberdade tornando a surgir
cada vez mais cedo, os desdobramentos na saúde devidos a comportamentos de risco dos
jovens se tornaram pauta nos debates políticos internacionais e nacionais. Foram
levantadas ações para inserir na Base Comum Curricular do Brasil o tema da sexualidade,
e questionados os fatores sociais relevantes incluindo direitos humanos e liberdade
sexual, como supostos causadores da ausencia da saúde sexual de jovens e adultos. A
pesuisa de Silva (2020) aponta que, desde 2004 projetos lesgislativos ideologistas
circularam no Congresso brasileiro e delas foram aprovadas restrições do Plano Nacional
de Educação no uso dos termos “orientação sexual” e “gênero”. Além disso, os
professores que deveriam facilitar este conhecimento, não recebiam qualquer capacitação
para tal exercicio. Podemos inferir então, que a educação precisa avançar no que tange

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aspectos de significados sociais ligados à sexualidade, repensar questões de normas
impostas para tornar a escola um campo fértil para desenvolver cultura de prevenção à
saúde sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A revisão do Plano Nacional de Educação
e a capacitação dos profissionais da educação para o tema sexualidade se faz necessário
e urgente. Isso permite uma atuação assertiva e contínua no compartilhar da educação
sexual e assim prevenindo problemas de saúde pública. Embora precise da articulação
conjunta com todas as instituições sociais que envolve os sujeitos, a escola se torna
principal meio para alcançar o público que mais necessita do conhecimento. Mesmo com
diversas barreiras no que confere as políticas públicas de educação, a psicologia escolar
surge como uma alternativa que pode atuar com projetos extracurriculares junto aos
agentes da instituição escolar e familiar. Mesmo com tantos desafios, pensar na educação
sexual efetiva nas escolas é pensar numa estratégia de saúde coletiva.
Palavras-chave: Educação Sexual; Saúde; Psicologia.

REFERÊNCIAS BBLIOGRÁFICAS

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sexualidade. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2020, v. 33 [Acessado 14 Outubro
2021], eAPE20190210. Disponível em: <https://doi.org/10.37689/acta-
ape/2020AO0210>. Epub 11 Maio 2020. ISSN 1982-0194.
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RIBEIRO, W. A.; et al. A gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos: a


gestação e o impacto do conhecimento. Nursing (Säo Paulo). v. 22, n. 253, pag 2990-
2994, jun. 2019. Disponível em:
<http://www.revistanursing.com.br/revistas/253/pg98.pdf > Acesso em: 13 out 2021.

SENNA, S. R. C. M.; DESSEN, M. A. Reflexões sobre a saúde do adolescente


brasileiro. Psic., Saúde & Doenças, Lisboa, v. 16, n. 2, p. 217-229, set. 2015. Disponível
em <http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-
00862015000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 15 out.
2021. https://doi.org/10.15309/15psd160208.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PAPEL DA ENFERMAGEM, FRENTE A ASSISTÊNCIA DE URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS.

Raelly Jeniffer da Silva Mergulhão 1; Lisley Raquel Mendes da Silva2; Victória Gabriela
Santos Albuquerque 3; Quezia França da Silva 4; Vinícius Rodrigues Barboza Siqueira.5
1,2,3
Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário UNIFAVIP / Wyden, Caruaru -
PE.
4
Graduanda em Psicológia do Centro Universitário UNIFAVIP / Wyden, Caruaru - PE.
5
Enfermeiro. Bacharel em Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca
UNIFAVIP / Wyden, Caruaru - PE. Especialista em Enfermagem do Trabalho pela
Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI).
E-mail do autor para correspondência [email protected]
INTRODUÇÃO: A obstetrícia, aborda o processo gestacional da mulher, e esse assunto
se enquadra perfeitamente dentro dos parâmetros de enfermagem e de assistência em
emergência, devido a sua complexidade em situações de alto risco. A gestação é um
processo fisiológico, e geralmente ocorre sem intercorrências, alguns casos com queixas
simples, outros podem evoluir com complicações. Contudo, trata-se de uma pequena
parcela de gestantes que apresentam maiores probabilidades de evolução desfavorável.
Uma má qualidade no atendimento prestado na assistência em urgência e emergência no
ciclo grávidico, é um dos erros cometidos, bem como, o não reconhecimento de situações
de risco, ou até mesmo não ouvir o relato da gestante. Nessa perspectiva, como membros
de uma equipe multiprofissional, todos devem ter o domínio dos conhecimentos técnicos
específicos área para assim maximizar a qualidade da assistencia. Mesmo com
tecnologias e medidas preventivas implementadas para o atendimento à gestante, ainda
são muitos os casos de emergecias obstetricas. Para evitar essa situação, é necessário se
comprometer, prevenir e promover mudanças na atenção durante a gravidez e o parto.
OBJETIVOS: Revisar a abordagem do assunto de assistência em frente a situações de
emergências obstétricas na enfermagem, com base em levantamentos científicos já
abordados por outros autores. Desta forma, buscando agregar ainda mais valor sobre a
temática devido a sua relevância, bem como expor a temática por uma nova vertente e
maximizando a disseminção sobre esse conteúdo. METODOLOGIA: Teve como base
de construção a revisão bibliográfica em menção as discussões contidas no artigo:
Assistência de enfermagem em Urgência e Emergencia Obstétrica: um estudo
bibliométrico dos autores Leonardo Magela e Valéria Antônia. Onde utilizou-se como
base de dados a plataforma Google Acadêmico, por meio dos descritores: urgências,
emergência, obstetrícia, assistência, e enfermagem. Optou-se por trabalhar texto
completo e dos últimos 5 anos, na lingua portuguesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Diante só exposto se torna evidente a incidência de complicações com relação às mulheres
e aos fetos em seus processos gestacionais. Tais complicações são referidas como
patologias, decorrentes em boa parte devido à falta de precauções tomadas pelas próprias

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gestantes. Mas, o artigo mostra boa parte dessas intercorrencias, está ligada a uma falha
assistencial em um ambiente de emergência. Como relatado no artigo base, o processo da
triagem se destaca, como exemplo de ineficiência nos atos de classificação de gravidade
dos casos. Isso se dá devido a hipervalorização da conduta burocrática, e uma certa
negligencia para com as assistenciais. Com isso torna-se notória que a falta de
conscientização, informação e material sobre esse assunto, no qual não se refere somente
a obstetrícia, mas sim à assistência em emergências como um todo, diminui a adesão de
pacientes e dificulta a assistência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Visto a situação
encontrada, uma disseminação de informações por meio de educação em saúde, bem
como o investimento na área de assistência em emergência se torna inerente para antingir
uma homogenia das condutas burocraticas e assistenciais, o que por sua vez teria como
consequencia uma maior e mais facil aceitação da população na assistencia em saúde.
Palavras-chave: Assistência e Emergência; Obstetrícia; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATOSO, L. M. L.; LIMA, V. A. Assistência de enfermagem em urgência e


emergência obstétrica: um estudo bibliométrico. Revista de Atenção à Saúde (ISSN
2359-4330), v. 17, n. 61, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E TRIAGEM PSICOLÓGICA DE UMA
PACIENTE ATENDIDA EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM
OBESIDADE: RELATO DE CASO

Ananda Leticia Silva Cabral1; Ana Paula da Silva Costa2; Douglas Monteiro de Sousa3;
Graziela Maria Benevenuto Bezerra4 ; Jairisson Augusto Santa Brígida Vasconcelos5
1,2,3,4,5
Graduandos em Nutrição pela Universidade Federal do Pará
[email protected]

INTRODUÇÃO: A obesidade é uma condição crônica de saúde, de origem


multifatorial, associada a fatores como sedentarismo, alimentação inadequada, razões
emocionais, e psicológicas. Muitos pacientes evoluem para essa condição, devido
apresentarem um quadro psicológico de depressão e ansiedade. A combinação desses
fatores influenciam diretamente na ingestão alimentar, e consequentemente no ganho de
peso. A obesidade se dá pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, resultante dessa
alta ingestão calórica, e um baixo gasto energético. Estima-se que em 2025, mais de 700
milhões de indivíduos adultos estejam com diagnóstico de obesidade, isto é, com um
índice de massa corporal (IMC) acima de 30kg/m2. OBJETIVOS: Relatar o atendimento
nutricional e a triagem psicológica realizada com uma paciente com diagnóstico de
obesidade. METODOLOGIA: O atendimento foi realizado no hospital universitário
Bettina Ferro de Souza, no centro de referência em obesidade (Crob), no projeto aprovado
pelo comitê de Ética e Pesquisa do Instituto de Ciências da Saúde sob o parecer de número
2.516.980/2018 (3ª versão). As informações foram coletadas diretamente do prontuário
do paciente. Para avaliação nutricional, foi realizado análise de bioimpedância elétrica.
Na realização da triagem psicológica, foi aplicado o Inventário de Beck para ansiedade e
depressão, além da escala de estresse percebido. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Paciente, L. S. B. F. de 27 anos, sexo feminino, etilista, apresenta histórico familiar de
diabetes, hipertensão e transtorno de ansiedade. Apresentou 1,68m de altura, e peso de
180 kg, com IMC de 38,3kg/m2. (obesidade grau II), percentual de gordura corporal de
49,7%, razão cintura-quadril de 1,06, e taxa metabólica basal de 1543. Paciente relata o
ganho de peso a partir dos 17 anos de idade, após apresentar um estilo de vida sedentário.
Na avaliação de ansiedade, pelo Inventário de Beck, a paciente apresentou 20 pontos, no
qual prevaleceu sintomas de formigamento, incapacidade de relaxar, nervoso e tremores
nas mãos, sendo classificada com ansiedade moderada. Na aplicação do questionário de
depressão, foi identificado a presença de sintomas leves desse transtorno. Já em relação
ao protocolo de estresse, do total de 56 pontos, foi identificado a presença de 36, sendo
assim, um alto nível de estresse. Dessa forma, observa-se que a paciente apresentou
alterações nos 3 questionários realizados na triagem psicológica. Esses achados reforçam
as evidências científicas de que a obesidade é um fator de risco para a presença de
distúrbios psicológicos, e esses influenciam na alteração hormonal, de humor, sono, e
apetite levando a escolhas alimentares inadequadas, e em alguns casos, ao

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


comportamento alimentar compulsivo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se,
portanto, que como a obesidade é uma condição multifatorial, necessita-se de um
acompanhamento integral e multiprofissional, principalmente no que se refere ao trabalho
conjunto da nutrição com a psicologia. Além disso, ressalta-se que no atendimento
nutricional, é fundamental a investigação de fatores para além de medidas
antropométricas, visando entender as individualidades e fatores associados a
comportamentos alimentares dos pacientes, para que o tratamento seja eficaz, e garanta
assim, a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
Palavras-chave: Avaliação nutricional; Estresse psicológico; Obesidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA.


Mapa da obesidade. Disponível em: https://abeso.org.br/obesidade-e-sindrome-
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA LIGA ACADÊMICA
INTERDISCIPLINAR DE DIABETES VINCULADA A UMA INSTITUIÇÃO
PRIVADA EM BELÉM, PA

Ananda Leticia Silva Cabral1; Jairisson Augusto Santa Brígida Vasconcelos2; Livia
Martins de Miranda3

1,2
Graduandos em Nutrição pela Universidade Federal do Pará
3
Graduanda em Nutrição pela Faculdade Estácio de Belém
[email protected]

INTRODUÇÃO: As Ligas Acadêmicas (LA) são criadas com o objetivo de suprir


possíveis deficiências na grade curricular de universidades, além de proporcionar
maior contato com o tema proposto por elas. Ademais, são consideradas como um
espaço que possibilita o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão,
onde ocorre a união entre os estudantes, profissionais e a comunidade. Neste contexto,
a Liga Interdisciplinar de Diabetes (LAID) é uma iniciativa composta por acadêmicos de
diferentes cursos da área da saúde, vinculada a faculdade Estácio de Belém, PA no qual
por meio do estímulo a reflexão crítica e a autonomia dos estudantes objetivam ampliar
as experiências relacionadas à temática da Diabetes Mellitus. OBJETIVOS: Relatar as
experiências dos membros voluntários da LAID e refletir sobre seus impactos para a
formação acadêmica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter descritivo,
qualitativo do tipo relato de experiência, a respeito da vivência na tríade ensino, pesquisa
e extensão de integrantes dos cursos de saúde da LAID na cidade de Belém do Pará.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A LAID é composta por 16 discentes da área da
saúde, que possuem interesse em aprofundar o conhecimento sobre Diabetes Mellitus
(DM). A Liga iniciou suas atividades durante a pandemia do SARS-CoV-2, logo, houve
uma adaptação para elaboração de atividades realizadas no formato on-line, ficando as
atividades presenciais mais restritas. Com isso, iniciou-se o acolhimento dos alunos, com
uma reunião de forma remota, e durante uma semana, as atividades foram dedicadas a
nivelar conhecimentos sobre a área. Além disso, houve relatos de experiências de pessoas
que convivem com DM. Como forma de adaptação ao formato on-line, a LAID promove
a divulgação de temas relacionados à diabetes, com a produção de materiais educativos e
informativos através de plataformas digitais visando conscientizar e alcançar um público
além do meio acadêmico, além de ser um meio de estimular os discentes a se
aprofundarem em assuntos relacionados a temática em questão. Na parte de ensino, a
Liga desenvolveu uma semana científica, onde profissionais convidados expuseram as
metodologias para elaboração de trabalhos científicos, com o intuito de estimular os
discentes para a escrita científica na área do DM. Ademais, em alusão ao dia do psicólogo,
houve uma palestra sobre a importância da psicologia na adesão ao tratamento do DM,

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no qual possibilitou a compreensão a respeito do papel deste profissional na melhora da
qualidade de vida deste público que muitas vezes é negligenciado e pouco discutido
socialmente. Na área de extensão, foi desenvolvida uma aula teórico-prática sobre a
avaliação nutricional no portador de DM, sendo essa seguindo todos os cuidados de
segurança preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mediante o quadro
pandêmico, possibilitando, assim, a experiência prática aos membros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sendo assim, LAID tem um papel importante na
formação acadêmica possibilitando experiências enriquecedoras no campo de estudo da
DM por intermédio da tríade: ensino, pesquisa e extensão. Através disso, possibilita o
desenvolvimento de competências, e habilidades que auxiliarão na futura vida
profissional, pois essa temática vem ganhando cada vez mais projeção atualmente.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Ensino; Pesquisa

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOERGEN, D. I. Ligas acadêmicas: uma revisão de várias experiências. Arquivos


Catarinenses de Medicina, v. 46, n. 3, p. 183-193, 2017.

SILVA et al. Educação em enfermagem: criação de uma liga acadêmica para o ensino de
urgência e emergência. Research, Society and Development, v. 9, n. 3, p. e159932656-
e159932656, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EM UMA UNIDADE BÁSICA
DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Diana Sousa Costa1; Thaiane Santana Santos2; Joyce de Jesus Oliveira3; Magna Galvão
Peixoto 4
1,3
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal de Sergipe
2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Sergipe
4
Doutora em Biotecnologia e Professora Adjunta da Universidade Federal de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é um processo multifatorial que envolve


aspectos fisiológicos, sociais e emocionais. De acordo com o Ministério da Saúde, pode
ser classificado em aleitamento materno exclusivo, predominante, misto ou parcial.
Existem evidências científicas que comprovam a superioridade do aleitamento em relação
às outras formas de alimentar o lactente, pois este além de facilitar o vínculo entre mãe-
bebê, ainda é uma estratégia eficaz para a redução da morbimortalidade infantil.
Entretanto, o desmame precoce ainda é uma prática frequente, constituindo um grande
desafio para o Sistema Único de Saúde. OBJETIVOS: Relatar sobre uma oficina de
incentivo ao aleitamento materno, realizada por meio do projeto de extensão “A adoção
do parto humanizado no município de Lagarto: perspectivas e desafios”.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência que
aborda uma oficina de incentivo ao aleitamento materno. Essa ação foi fruto de um projeto
de extensão realizado na Clínica de Saúde da Família Dr. Davi Marcos de Lima, no
município de Lagarto/Sergipe. O projeto apresentou duas etapas: a territorialização e a
realização de práticas com as gestantes que realizavam o acompanhamento de pré-natal
na unidade. Participaram dessa ação 38 gestantes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
extensionistas elaboraram uma oficina sobre o aleitamento materno e foram realizadas
rodas de conversa entre gestantes e discentes. Primeiramente, foi abordada a importância
do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, explicando os seus benefícios
tanto para o lactente quanto para a nutriz. Em seguida, foram realizadas demonstrações
de métodos para estimular a sucção do bebê e as melhores posições na hora de amamentar,
com utilização de manequim bebê para a simulação. Adicionalmente, foi feita uma
dinâmica de verdade ou mito com as gestantes com o intuito de quebrar alguns tabus
relacionados com a amamentação pois, infelizmente, estes ainda são muito difundidos na
sociedade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A oficina deste projeto foi essencial para a
disseminação de informações sobre os benefícios e a importância do aleitamento materno
exclusivo. Além disso, foi possível a troca de experiências e a aquisição de novos
conhecimentos acerca do tema. Outrossim, esse projeto foi de suma importância para a
sensibilização tanto dos extensionistas como dos profissionais de saúde envolvidos, visto
a necessidade do reconhecimento do aleitamento materno como uma prática de promoção
à saúde e, portanto, um assunto primordial à saúde do bebê e da mãe.
Palavras-chave: Aleitamento materno; Educação em Saúde; Gestação.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DOMICILIAR E FATORES PREDITIVOS
NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO

Rosinei Nascimento Ferreira1;


1
Enfermeiro pela Universidade Presidente Antonio Carlos, Barbacena-MG, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Lesão por pressão (LPP) é indicador do cuidado de enfermagem,


gerando impacto de forma negativo tanto ao paciente, quanto a família e as instituições.
Segundo a literatura, acomete principalmente à pacientes idosos, relacionando-se
intimamente a fatores intrínsecos e extrínsecos. Com o surgimento dos novos modelos de
assistência do cuidado, o enfermeiro assume um importante papel no processo preditivo
na predição e tratamento dessas lesões, visto que, exige deste o manejo necessário na
prevenção, intervenção e tratamento de sua ocorrência. As vistas realizadas em domicilio
assumem um caráter de legitimidade no processo de trabalho profissional, sendo realizada
de forma sistematizada e, utilizando de métodos científicos, condutas e intervenções
fundamentais na viabilidade da assistência. OBJETIVOS: Diante do exposto, no intuito
de desvelar os condicionantes relacionados a tema, utilizou-se da literatura para discutir
os fatores preditivos na assistência de enfermagem na prevenção de lesão por pressão no
âmbito domiciliar. METODOLOGIA: Para a efetivação desse trabalho, foi realizada
uma revisão integrativa de abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva,
cuja viabilidade se deu por meio de consultas de obras científicas acerca da temática nos
últimos cinco anos no período de 2016 a 2021, na biblioteca virtual em saúde (BVS).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O uso de protocolos e indicadores assistências,
aliados a implementação da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) pelo
Enfermeiro, bem como, a utilização de medidas de baixo custo como a escala de predição,
a hidratação e higiene da pele, utilização de colchão piramidal, mudança de
posicionamento no leito e a realização da anamnese e exame físico, foram pontos
abortados pelos autores como desafios para enfermeiro na predição e tratamento das
LPPs. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se a importância do trabalho do
enfermeiro na assistência domiciliar para prevenção e tratamento da lesão por pressão, o
qual o detém atraves do conhecimento técnico e científico, para que modo positivo possa
intervir na implementação de ações na predição sua ocorrência. Enfatiza-se, portanto, a
necessidade de pesquisas e políticas públicas voltadas para essa condição, bem como, no
que tange em promover a sensibilização e treinamento dos profissionais de saúde que
estão insiridos no processo do cuidado a esses pacientes.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem; Assistência domiciliar; Úlcera por
pressão.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Declínio Funcional de Mobilidade Física no Âmbito Domiciliar. Revista estima. 2016
v.14, n.1. https://www.revistaestima.com.br/index.php/estima/article/view/118

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Prevalência de Úlcera por Pressão em Idosos com Imobilidade Prolongada em Domicílio.
Revista estima. [Internet]. 2016 [acesso em 2017 set. 24];v.12, n.4.
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programas/40039-melhor-em-casa.

VIEIRA, C.P. B; OLIVEIRA, E.W. F; RIBEIRO, M.G.C; LUZ, M.H.BA; ARAÚJO,


O.D. Ações preventivas em úlceras por pressão realizadas por enfermeiros na atenção
básica. J. res.: fundam. care. Online. v.8, n.2. p.447-4459.
http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/4617/pdf_1897

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DE PRESERVATIVO E SUA REPERCUSSÃO NO CÂNCER DE FÍGADO

Ruth Jacmin Quispe Ccapa1; Arthur Sodré de Mendonça 2; João Victor Alves Alencar 3;
Ernani de Oliveira Filho 4 ; Isadora Almeida Faria 5; Vítor Stival dos Santos Lemes6
1-4,6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
5
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Embora muitos métodos de prevenção de doenças sexualmente


transmissíveis estejam disponíveis, os preservativos continuam sendo de extrema
importância por oferecerem proteção efetiva (mais de 90%) contra diversos vírus, dentre
eles os vírus causadores das hepatites B e C. Estudos apontam intrínseca relação entre
agentes infecciosos e casos de câncer, de modo que infecções crônicas pelo vírus da
hepatite B e C já foram notificados como causadores do carcinoma hepatocelular.
OBJETIVOS: Determinar se existe relação entre a baixa adesão ao uso de preservativos
com a incidência de casos de carcinomas hepáticos causados por hepatites B e C.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão integrativa de caráter
retrospectivo, observacional e descritivo. A busca foi realizada na plataforma PUBMED,
com descritores MeSH: "Condoms”, “Hepatitis”, "Neoplasms" e "Liver". Foram
selecionados artigos publicados nos últimos 7 anos resultando em 72 publicações. Sendo
selecionadas 9 publicações que contemplavam o tema nas categorias: estudo controlado,
randomizado, revisão sistemática e meta-análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
não uso de preservativo nas relações sexuais contribui para a propagação dos vírus das
hepatites B e C, transmitido principalmente por via sexual. Em um estudo com 37282
jovens brasileiros de 17 a 22 anos submetidos ao alistamento militar compulsório,
daqueles que testaram positivo para hepatite C; 40% relataram uso de preservativo com
parceiro fixo, 36% com parceiro casual e apenas 26,7% com qualquer parceiro, e daqueles
que testaram positivo para hepatite B, 89% não usavam preservativos com parceiros
fixos; números que refletem no baixo percentual de adesão no método de barreira e uma
clara relação entre a não utilização do preservativo e a transmissão dos vírus das hepatites.
Por outra parte, diversos estudos confirmam a estreita relação que existe entre os casos
de hepatite B e C com o carcinoma hepatocelular, uma neoplasia de caráter agressiva,
com elevada morbimortalidade, responsável por mais de 90% das neoplasias malignas
hepáticas primárias, pois tal como os dados do Datasus afirmam, as hepatites virais são
responsáveis por metade dos casos de câncer primário de fígado; o carcinoma
hepatocelular, devido às alterações genéticas induzidas pelo vírus, potencialmente
carcinogênicas. Essas modificações genéticas podem desempenhar um papel direto no
aparecimento de um carcinoma hepatocelular através de 2 mecanismos; a integração do
genoma viral ao DNA celular do hospedeiro, gerando uma mutação no material genético
celular do indivíduo e consequente alteração da expressão de genes; e a expressão de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


proteínas dos vírus da hepatite, que pode ter um efeito direto na função celular e promover
transformações malignas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante da possibilidade de
desenvolvimento de câncer hepático após infecção crônica com os vírus da hepatite B e
C e do crescimento dessas infecções através de transmissão sexual sem o uso de
preservativos, faz-se necessário o fortalecimento de medidas preventivas, como a
promoção do uso de preservativo e da vacinação para hepatite B, campanhas informativas
sobre as vias de transmissão e oportunidades de testagem gratuita, entre outras. O
tratamento eficaz e oportuno também contribui para diminuir a transmissão dos vírus e as
chances de desenvolver câncer hepático.
Palavras- chave: Câncer de fígado; preservativo; hepatites.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHEDID, M. F. et al. Hepatocellular carcinoma: diagnosis and operative management.


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278, dez. 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
67202017000400272&lng=en&tlng=en>.

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presenting to the Brazilian Army. Medicine, v. 98, n. 32, p. e16401, ago. 2019.
Disponível em: <https://journals.lww.com/00005792-201908090-00008>.

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Infections Among Men Who Have Sex With Men in Chongqing, China: A Serial Cross-
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MARFATIA, Y.; PANDYA, I.; MEHTA, K. Condoms: Past, present, and future. Indian
Journal of Sexually Transmitted Diseases and AIDS, v. 36, n. 2, p. 133, 2015.
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Diseases. Annals of Global Health, v. 80, n. 5, p. 384, 13 dez. 2014. Disponível em:
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risk for hepatocellular carcinoma: A meta‐analysis. Journal of Viral Hepatitis, v. 28, n.
4, p. 601–612, 8 abr. 2021. Disponível em:
<https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jvh.13471>.

TAKAMATSU, S. et al. Pathology and images of radiation-induced hepatitis: a review


article. Japanese Journal of Radiology, v. 36, n. 4, p. 241–256, 5 abr. 2018. Disponível
em: <http://link.springer.com/10.1007/s11604-018-0728-1>.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SIMULAÇÃO CLÍNICA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO DO
PACIENTE CRÍTICO EM AMBIENTE DE CABINE DE AERONAVE:
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Giane Almeida Cordeiro1; Vitor Batista de Souza2

1
Graduada em Enfermagem pelo Centro Universitário do Norte - UNINORTE
2
Enfermeiro. Pós-Graduando em Urgência e Emergência pela Faculdade Delta-SE

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O transporte aeromédico envolve o uso de aeronaves de asa fixa


(avião) ou asa de rotor (helicóptero) para transportar pacientes de um local para outro. O
uso de aeronaves para esse fim teve início na Primeira Guerra Mundial, com o objetivo
de transportar soldados feridos do campo de batalha para os hospitais de forma mais
rápida. O enfermeiro que atua nesta unidade deve ter um preparo especial e
conhecimentos específicos e diferenciados para liderar a equipe, manejar equipamentos e
prescrever e realizar os cuidados com segurança. (LASELVA et al., 2006) Segundo
Cofen, o enfermeiro é amparado pela RESOLUÇÃO COFEN Nº 656/2020. OBJETIVO:
Relatar a experiência da simulação clínica da assistência do enfermeiro do paciente crítico
em ambiente de cabine de aeronave. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experiência, que ocorreu no curso básico de transporte
aeromedico, em ambiente realístico, do município de Manaus/AM em julho de 2021.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A oportunidade de vivência no âmbito realístico
dentro do voo, possibilitou aos enfermeiros obtenção de práticas e conhecimento. Muitos
estudos demonstram maior sucesso de habilidade para tripulações aeromédicas,
especialmente com vias aéreas avançadas, porém muitas condições que requerem
cuidados especializados dependem do tempo (turbulências), incluindo cuidados
cardíacos, derrames e traumas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A experiência vivida é de
grande relevância que promoveu a oportunidade de adquirir novos saberes, para quem
está se aperfeiçoando foi uma chance única e bastante proveitosa, a chance do uso de suas
habilidades de cada profissional que participou, o que exige do enfermeiro a gerência da
assistência de enfermagem, visando os melhores resultados assistenciais, visto que, uma
equipe de enfermagem qualificada e capacitada é um diferencial importante para a
atuação nesta unidade.

PALAVRAS-CHAVES: Cuidados de Enfermagem; Simulação de Paciente; Transporte


Aeromedico;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORTON, P. G.; FONTAINE, D. K.; HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados críticos
de Enfermagem: uma abordagem holística. 8 a. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara-
Koogan, 2007.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Magnus, Luciana Machado Mudança de decúbito para pacientes em cuidados intensivos
neurológicos e neurocirúrgicos: Guia de boas práticas de enfermagem / Luciana Machado
Magnus; orientadora, Marli Terezinha Stein Backes - Florianópolis, SC, 2015. 144 p.

Loyd JW, Larsen T, Swanson D. Aeromedical Transport. [Atualizado em 11 de agosto de


2021]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021 Jan-
. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK518986/ Acesso em: 08 set.
2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LIDERANÇA E AUTONOMIA DO ENFERMEIRO FRENTE AOS SERVÇOS
DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA
Rafaela da Conceição de Lemos1; Jéssika Patricia Medeiros Ferreira2; Elisandre Alves
Silva de Paula3; Pâmela Maria Santos Freire da Silva4; Amanda Oliveira Nascimento5;
Cristiane Rodrigues da Silva Machado6

1
Gradudo em Enfermagem pelo Centro Universitário Facol- UNIFACOL
2,3,4
Graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário da Vitória de Santo Antão-
UNIVISA
5
Graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau-
UNINASSAU
6
Graduada em Enfermagem Centro Acadêmico de Vitória - CAV - UFPE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os serviços públicos de urgência e emergência têm se caracterizado


pela superlotação, ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os profissionais da
saúde. A urgência é caracterizada por uma ocorrência imprevista de agravo à saúde com
ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência imediata. Já a
emergência é a constatação de risco iminente de vida ou sofrimento intenso, instituída
por meio de práticas clínicas cuidadoras. Os departamentos de emergência são, portanto,
locais que necessitam dar respostas rápidas, devendo ter uma equipe qualificada, que
tenha facilidade de comunicação e capacidade de tomar decisões assertivas, uma vez que
irá prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves.
Nesse contexto a liderança efetiva do enfermeiro frente a equipe de enfermagem se faz
necessária para o prognostico do paciente. OBJETIVOS: O presente estudo tem por
objetivo demonstrar a ampla importância do enfermeiro enquanto lider e sua autonomia
para tomara decisões nos serviços de urgência e emergência. METODOLOGIA: O
estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, sobre a liderança e autonomia do
enfermeiro frente aos serviços de urgência e emergência, para o desenvolvimento do
estudo foi realizado levatamento bibliográfico nas plataformas Google Académico,
SciELO, PubMed, sendo utilizadas as seguintes palavras-chave: Hospitais de
Emergência; Enfermagem em Emergência; Cuidados de Enfermagem. Foram excluidos
artigos que não abordassem a atuação do enfermeiro em serviços de urgência e
emergência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O trabalho em uma unidade de urgência
é dinâmico, sendo que a equipe de saúde envolvida é que determina a competência
funcional de resposta, de modo que os médicos e enfermeiros exercem papéis imperativos
nesse atendimento. Nesse cenário, a liderança exerce um papel fundamental, pois é a
partir dela que se obtém a sincronia do trabalho em equipe. Assim efetivando a

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diminuição de erros e gerando boas condições de trabalho e atendiemento ao paciente.
Estudo realizado no setor de emergência de um hospital público concluiu ser o enfermeiro
um dos principais atores do ACR, com enfrentamentos importantes no processo de
trabalho cotidiano em virtude de problemas complexos estruturais de gestão que
ultrapassam o seu poder de resolução e governabilidade CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Para exercer uma liderança eficaz, os estudos trouxeram que é preciso praticar o
autoconhecimento quanto ao estilo de liderança do enfermeiro, adequando-se às
diferentes situações, bem como conhecer seus liderados e o contexto ao qual está inserido.
Diversos estudos analisados abordaram a importância da intensificação do processo
comunicativo nesses serviços, bem como investimento na obtenção do conhecimento e
formação dos enfermeiros para o desenvolvimento da habilidade de liderança. Porém,
destacam que nem sempre o conhecimento teórico garantirá uma prática de liderança e
ficaz.
Palavras-chave: Hospitais de Emergência; Enfermagem em Emergência; Cuidados de
Enfermagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

DAL PAI, Daiane; LAUTERT, Liana. O trabalho em urgência e emergência e a relação


com a saúde das profissionais de enfermagem. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, v. 16, n. 3, p. 439-444, 2008.

SILVA, Danielle Soares et al. A liderança do enfermeiro no contexto dos serviços de


urgência e emergência. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 16, n. 1, p. 211-9, 2014.

SOUSA, Kayo Henrique Jardel Feitosa et al. Humanização nos serviços de urgência e
emergência: contribuições para o cuidado de enfermagem. Revista Gaúcha de
Enfermagem, v. 40, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO VOLUNTÁRIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA
CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19

Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca1; Jessica de Souza Pereira1; Luciana Emanuelle de


Aviz1; Nanni Moy Reis1; Amanda Thaís Silva da Silva2; Luana Cunha Galvão Pereira3.

1
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
(UNIFAMAZ).
2
Graduando em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ).
3
Enfermeira pelo UNIFAMAZ. Residente em Atenção Básica/Saúde da Família pelo
Centro Universitário do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A pandemia de COVID-19 causada pelo novo coronavírus (SARS-
CoV-2) tornou-se um dos maiores desafios de saúde do mundo neste século, necessitando
de medidas de contenção para propagação do vírus. Portanto, as vacinas têm se mostrado
extremamente úteis e eficazes no controle de doenças (CASTRO, 2021). O Programa
Nacional de Imunizações (PNI) tem ampla experiência na organização de campanhas de
vacinação em grande escala e na obtenção de alta cobertura vacinal. Tais conquistas
enfrentam desafios, especialmente na comunicação com o público em termos de
identificação de grupos prioritários e determinação de etapas e calendários de vacinação
(DOMINGUES, 2021). OBJETIVO: Relatar a experiência da atuação voluntária de
acadêmicos de enfermagem durante a campanha de vacinação contra a COVID-19.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo
relato de experiência realizado em um campo de vacinação na região metropolitana de
Belém, em uma Instituição de Ensino Superior (IES), durante o mês de setembro de 2021.
Nesse contexto, a equipe de voluntários possuem diversas funções, na questão
organizacional esses são divididos em quatro funções: triagem, registro, supervisão e
vacinadores. Sendo, triadores responsáveis por receber, organizar e verificar
documentações e se o público se adequa aos criterios; registradores ficam encarregados
de protocolar as informações e preencher a carteira de vacina; supervisores são
responsáveis por auxiliar na organização das funções; vacinadores ficam encarregados de
aplicar a dose e orientar o público quanto a possiveis reações adversas e cuidados
necessários. Assim, no inicio das atividades de vacinação foi realizado um treinamento
para aprendizagem e/ou aprimoramento de conhecimentos e tecnicas a respeito da
dinâmica de vacinação de acordo com as particularidades dos imunobiológicos
disponíveis e das indiviualidades do público vacinado. Em relação a infraestrutura, os
grupos apresentaram uma organização no período de vacinação em dois ambientes, sendo
o primeiro a biblioteca da IES tendo a prioridade para o fluxo e organização dos úsuarios
e o segundo ambiente um auditorio que foi dividido em dois espaços com o intuito de
direcionar a atenção as particularidades de cada imunobilógico para a dosagem, via de

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administração e reações adversas mais comuns a cada tipo de vacina. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: No decorrer da campanha percebeu-se que os voluntários estavam
envolvidos e dispostos a fazer a diferença na assistência aos úsuarios, assim como, notou-
se que o serviço ficou mais organizado e o fluxo mais rápido possibilitando um menor
tempo de exposição do público aos patógenos. Segundo Martins et al. (2010), as
atividades desenvolvidas fora do ambiente formativo da universidade contribuem para
aprendizagem e promovem o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos. Para
Duarte (2015), a realização do trabalho voluntário está intimamente ligada ao
desenvolvimento de competências, pois ajuda a formar as pessoas no profissional e na
inter-relação com a realidade como agregação de experiência profissional e crescimento
profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A contribuição do voluntário de
enfermagem para o cuidado universal e igualitário de cada usuário é considerada
essencial, pois, possibilita o desenvolvimento da capacidade de observar o outro,
determinar as necessidades do público-alvo e encontrar formas de atendê-las.
Palavras-chave: Vacinas contra COVID-19; Voluntários; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, R. Vacinas contra a covid-19: o fim da pandemia? Revista de Saúde


Coletiva, v. 31, n. 1, p. 1-5, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/physis/a/m4PGYb7TPWgCS3X8wMSXHtc/?lang=pt. Acesso
em: 10 out 2021.

DOMINGUES, C. M. A. S. Desafios para a realização da campanha de vacinação


contra a COVID-19 no Brasil. Cad. Saúde Pública, v. 37, n. 1, p. 1-5, 2021.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/KzYXRtNwy4fZjTXsgwSZvPr/?lang=pt.
Acesso em: 12 out 2021.

DUARTE, V. F. B. O voluntariado no ensino superior: um estudo exploratório.


2015. Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo
de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa) - Universidade de Lisboa,
Portugal, 2015. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/23016. Acesso
em: 12 out 2021.

MARTINS, M. C. F., et al. Humanização e voluntariado: estudo qualitativo em


hospitais públicos. Rev. Saúde Pública,v. 44, n. 5, p. 942-949, 2010. Disponível em:
https://www.inovarse.org/filebrowser/download/15613. Acesso em: 14 out 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A DIFICULDADE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA ADESÃO DA
MULHER AO EXAME PAPANICOLAU NO PROCESSO PREVENTIVO

Victória Gabriela Santos Albuquerque 1; Raelly Jeniffer da Silva Mergulhão 2; Lisley


Raquel Mendes da Silva 3; Quezia França da Silva Oliveira 4

1,2,3
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca / UNIFAVIP
/ Wyden, Caruaru - PE
4
Graduanda em Psicologia pelo Centro Universitário Vale do Ipojuca / UNIFAVIP /
Wyden, Caruaru – PE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero (CCU) está associado à infecção persistente


por subtipos do vírus Papiloma vírus Humano (HPV), especificamente o HPV-16 e o
HPV-18. O CCU tem-se apresentado como um problema de saúde pública no Brasil, por
ter características de evolução lenta, sintomas tardio, bem como índice elevado de
diagnóstico demorado, tornando-se responsável pela segunda causa de morte entre
mulheres por câncer no mundo. Percebe-se uma associação deste tipo de câncer com
condições de vida precária, dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que o exame
citológico possui uma alta eficiência na detecção precoce das lesões precursoras do câncer
e que, se detectadas precocemente, são capazes de ser curadas em 100% dos casos, porém
há fatores que dificultam a adesão da mulher a realizar o exame. OBJETIVO: Diante do
exposto, o objetivo do presente estudo é relatar e compreender a complexidade dos
inúmeros fatores que impedem a realização do exame Papanicolau, inviabilizando assim
o enfermeiro no trabalho preventivo e/ou diagnóstico precoce. METODOLOGIA: A
pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica utilizando as plataformas Google
Acadêmico e Biblioteca virtual em saúde (BVS), buscando artigos científicos que
relatassem a importância de atentar-se para os inúmeros obstáculos que o profissional de
enfermagem enfrenta. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A mulher em sua complexidade
biológica e sociocultural carrega consigo barreiras muitas vezes inconscientes que a
privam de procurar pelo cuidado com sua saúde, como: o medo, a vergonha, a timidez,
comodismo, as crenças e tabus, como também a falta de conhecimento a respeito das
DST’s, ignorância sobre a finalidade do exame, situação conjugal, nível de escolaridade
baixo, ausências de queixas ginecológicas, alta jornada de trabalho, descuido com a
própria saúde e dificuldade financeira, trazendo assim dados incompatíveis com uma
doença de alto índice de cura, o óbito anual de aproximadamente 230 mil mulheres. Foi
possível perceber também que os impedimentos surgem de âmbitos diferentes,
consequentemente as resoluções são de responsabilidade de órgãos diferentes,
sinalizando uma carência significativa de ferramentas para o enfermeiro conseguir
amenizar a negação da mulher ao exame. Dessa forma, a necessidade de um trabalho

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integral e multidisciplinar torna-se indispensável. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
prática do exame do Papanicolau é considerada o principal método de prevenção do
câncer do colo do útero sendo o enfermeiro instruído e capacitado para realizar a coleta,
sendo assim, o enfermeiro deve manter-se sempre atualizado, conhecendo as dificuldades
majoritárias para poder conscientizar a população feminina sobre os benefícios da
prevenção, ser um profissional humanizado criando vínculo e confiança com a paciente,
pois pesquisas mostram que são estas as principais estratégias de maior êxito na relação
enfermeiro - paciente.
Palavras-chave: Câncer do colo de útero; Papanicolau; Profilaxia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DO ENFERMEIRO PERANTE A PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO
ÚTERO. Herrero.com, 2017. Disponível em:
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SOUZA, S. Q. F.; BAUERMANN, K. B. DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS


ENFERMEIROS NA REALIZAÇÃO DA COLETA DE MATERIAL CÉRVICO-
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REALIZAÇÃO DO EXAME PAPANICOLAU: REVISANDO A RELEVÂNCIA DA
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ESF. UNA-SUS, 2017. Disponível em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/8652. Acesso em: 09 de outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PARTO NORMAL E O MEDO DIRECIONADO À VIOLÊNCIA OBSTETRICA:
UM ESTUDO DE REVISÃO

Palomma Rafaelly Teixeira Alencar1; Lizandra Ellem Silva de Souza2; Geovanna


Renaissa Ferreira Caldas3; Natália Nunes Alves4; Quézia Moura de Sousa5

12345
Graduada em Enfermagem pela Universidade de Juazeiro do Norte (UNIJUAZEIRO)

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A violência obstétrica é uma das principais causas da falta de confiança


e medo de mulheres durante à gestação. A episiotomia, assim como as demais violências
durante o parto, estão ligados à falta de humanização, atenção e ética da equipe
multiprofissional. Infelizmente muitos profissionais da saúde estão cometendo esse erro
durante um processo tão importante que é a gravidez, causando danos psicológicos e
corporal na vida das parturientes. OBJETIVO: Este trabalho pretende enfatizar à
violência das quais inúmeras gestantes passam diante o parto normal, explanando à
violência obstétrica como principal meio de preocupação e medo entre elas. MÉTODOS:
O presente estudo, trata-se de uma revisão integrativa com abordagem qualitativa. Foi
realizado pesquisas bibliográficas nas bases de dados SCIELO e LILACS durante o
período de setembro de 2021. Os artigos foram lidos e analisados na íntegra e escolhidos
através dos critérios de inclusão: aqueles que tratavam sobre o medo direcionado a
violência obstétrica e publicados nos últimos 5 anos e todo aquele que não fosse de livre
acesso ao público gratuitamente e não fizessem abordagens sobre o tema escolhido foram
excluídos da revisão integrativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi possível
observar que um dos maiores fatores, os quais as mulheres se amedrontam durante o
período gravídico, é a violência obstétrica. Muitas deixam de almejar e planejar o parto
normal, devido relatos de experiências de outras mulheres que durante a fase ativa
obtiveram vivências ruins. A grande maioria desses receios estão relacionados as
violências obstétricas, que prejudicam à saúde física e mental dessas mulheres. Os
processos que envolvem às fases da gestação afligem o psicológico das gestantes, a
maioria apresenta medo do desconhecido e buscam informações sobre o grau de dores e
sofrimento que conceber pode causar, ocasionando assim ansiedade e medo durante a
gestação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a violência obstétrica é um
procedimento desumano que vem amedrontando às gestantes fazendo com que aumente
a ansiedade para esse momento. É importante que durante o parto, os profissionais da
saúde passem segurança e apresentem apoio humanizado e respeito com o corpo da mãe
que nesse período encontra-se vulnerável e sensível.
Palavras-chave: Parto Normal 1; Violência Obstétrica 2; Medo 3.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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Trauma no Parto: O Relato das Mães. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 41, e219616, P.
1-13, 2021. https://doi.org/10.1590/1982-3703003219616

TRAVANCAS, L.J; VARGENS, O.M.C. Fatores geradores do medo do parto: revisão


integrativa. Rev. Enferm UFSM – REUFSM, v. 10, N. 96, p. 1-24, 2020.
https://doi.org/10.5902/2179769241385
ZANCHETTA et al. Ampliando vozes sobre violência obstétrica: recomendações de
advocacy para enfermeira(o) obstetra. Esc. Anna Nery, v. 25, n. 5, p. 2177-9465, 2021.
http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2020-0449

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ENTRE 2015
E 2020 NA BAHIA

Amanda Carolina Fonseca da Silva1; Davi Gevaerd Reich1; Eric Pasqualotto1; Eduardo
Dalagnol Winkel dos Santos1; Mariá Lessa Silva1; Beatriz Carvalho de Oliveira1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica resultante de


comprometimentos funcionais e estruturais no enchimento ventricular ou na ejeção de
sangue. A síndrome é responsável por uma crescente epidemia global, principalmente em
nações em desenvolvimento, representando um importante problema de saúde pública no
Brasil e bastante prevalente na Bahia. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico
da IC entre 2015 e 2020 na Bahia. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo
epidemiológico transversal descritivo quantitativo, entre os anos de 2015 e 2020 na
Bahia. Foram obtidos dados populacionais junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e dados relacionados à incidência de internações e taxa de mortalidade
da IC a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Os critérios
de inclusão foram notificações de internação e taxa de mortalidade, por local de
residência, relacionados à sexo, faixa etária (FE) e cor/raça. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Entre 2015 e 2020 na Bahia, foram notificadas 88.850 internações por IC,
representando uma incidência de 63,38 casos a cada 10.000 habitantes, com uma taxa de
mortalidade de 10,78%. O ano com maior número de internações foi 2015, com 19,89%
das notificações, ao passo que 2020 foi o com menor número, com 13,38%. A população
parda refletiu a maioria dos casos, sendo 53,62% do total, enquanto brancos, pretos,
amarelos e indígenas corresponderam a 5,16%, 4,96%, 2,22% e 0,01%, respectivamente.
Não houve informação relacionada à raça em 34,02% das notificações. A taxa de
mortalidade foi maior na população preta (11,11%), seguida pela amarela (10,65%) e pela
parda (10,62%). As FE com maior número de casos foram 70-79 anos, 80 anos e mais, e
60-69 anos, com 23,68%, 22,46% e 20,97% das notificações, com taxas de mortalidade
de 11,47%, 15,65% e 9,78%, nessa ordem – sendo também as maiores observadas. A
diminuição de casos com o passar dos anos condiz com outros estudos que também
apontaram decréscimo no número de internações na Paraíba, no Brasil e nos Estados
Unidos, o que pode estar relacionado a melhoria do manejo dos fatores de risco e da
própria síndrome. Além disso, a maior incidência e taxa de mortalidade em indivíduos de
idade avançada também se assemelha a estudos preexistentes e relaciona-se a alterações
biológicas sofridas pela pessoa idosa, tais quais a diminuição do débito cardíaco e da
resistência vascular. Já em relação à cor/raça, é evidente que a subnotificação observada,
sendo maior que 30%, aponta uma precariedade das informações em saúde e compromete
o entendimento desse fator no perfil epidemiológico da IC. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Evidencia-se uma convergência dos dados observados entre 2015 e 2020 na

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Bahia com estudos prévios sobre a IC em outros períodos e localidades. E, apesar da
diminuição de casos durante o período, a subnotificação aparenta ser um grande
problema para compreensão do perfil epidemiológico e melhor manejo dos fatores de
risco e da manifestação da IC, necessitando de esforços para atenuá-la.
Palavras-chave: Brasil; Indicadores de Morbimortalidade; Insuficiência Cardíaca.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

FERNANDES, A. D. F. et al. Insuficiência Cardíaca no Brasil Subdesenvolvido: Análise


de Tendência de Dez Anos. Arq. Bras. Cardiol., [s. l.], v. 114, n. 2, p. 222-231, 2020.

JUNIOR, E. V. S. et al. Perfil epidemiológico da morbimortalidade por insuficiência


cardíaca no Brasil entre 2013 a 2017. Enfermería Actual de Costa Rica, San José, n.
39, p. 156-169, 2020.

PEREIRA, F. A. C.; CORREIA, D. M. S. A insuficiência cardíaca em uma cidade


brasileira mineira: um panorama epidemiológico de 10 anos. Enfermagem em Foco, [s.
l.], v. 11, n. 2, 2020.

ZIAEIAN, B.; FONAROW, G. C. Epidemiology and aetiology of heart failure. Nature


Reviews Cardiology, [s.l.], v. 13, n. 6, p. 368-378, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OPERACIONALIZAÇÃO DE ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM A
UMA PACIENTE COM FRATURA PÉLVICA ATENDIDA NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA

Thais Matos Rodrigues1; Adilson Silva Oliveira1; Joseane David Silva1; Sabrina Durães
Bastos1; Victória Christina Medeiros Lima1; Lanuza Borges Oliveira2
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2
Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem
da Universidade Estadual de Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As fraturas são definidas como a perda da capacidade do osso de


transmitir normalmente a carga durante o movimento, por perda da integridade estrutural,
podendo ser total (rompimento completo do osso) ou parcial (rompimento incompleto).
A fratura do anel pélvico se enquadra como um dos principais infortúnios que acometem
os idosos, assim como os fatores associados ao processo de envelhecimento, a exemplo
da osteoporose, síndrome da fragilidade e quedas. Além de afetar toda a estrutura do
quadril, essa lesão compromete a mobilidade articular da região, impedindo a execução
de várias atividades diárias. OBJETIVO: Relatar a experiência do atendimento à uma
paciente com fratura pélvica assistida na Atenção Primária à Saúde, utilizando como base
a Sistematização da Assistência de Enfermagem implementada pelo Processo de
Enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, relativo à
consulta de enfermagem à uma paciente assistida na Estratégia Saúde da Família realizada
pelos acadêmicos do 3° período do curso de graduação em enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros, entre os meses de março e maio de 2019. O Processo de
Enfermagem foi desenvolvido por meio da assistência domiciliar, utilizando os sistemas
de classificações de enfermagem NANDA I, NIC e NOC e instrumento de coleta de dados
baseado na teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Através da coleta de dados, foram identificados quatro principais
diagnósticos de enfermagem, sendo eles a dor crônica; mobilidade física prejudicada;
estilo de vida sedentário; e sobrepeso. Além das fraturas associadas à queda do idoso,
existem outras complicações tais como o medo de cair; abandono de atividades; e
mudança nos hábitos de vida. No presente estudo, percebeu-se a junção de todos esses
fatores na paciente, pois a dor decorrente da fratura que a mesma apresentava, estava
prejudicando a sua mobilidade física, contribui para um quadro de sedentarismo. Desta
forma, buscou-se planejar intervenções que estivesse em concordância com a sua
realidade, tornando-a uma participante ativa no tocante ao planejamento e realização do
autocuidado, além de permitir que os acadêmicos como futuros profissionais comecem a
trabalhar com pessoas e não apenas para as pessoas. Realizou-se então, a implementação
dos planos escolhidos: fisioterapia; elaboração de um cartaz informativo e ilustrado com

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exercícios físicos simples, mas de suma relevância, para que a paciente pudesse aplicar
respeitando seus limites, sendo fornecido também os materiais para a execução daqueles
que precisavam; e um livro com receitas saudáveis e de custo acessível. Por fim, após
quinze dias foram avaliados os resultados das intervenções propostas, na qual, pode-se
observar que as seções de fisioterapia e os exercícios físicos vinham sendo realizados
segundo relato da paciente, promovendo uma notável melhora na locomoção,
deambulação, disposição, bem como na redução da dor. Também houveram resultados
referentes à nutrição da paciente, pois a mesma apoia a ideia de reeducação alimentar
aplicando as receitas propostas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência de
enfermagem sistematizada através do processo de enfermagem, ofereceu aos acadêmicos,
respaldo técnico-científico e humano na assistência à paciente, além da segurança,
garantindo credibilidade à assistência.
Palavras-chave: Processo de Enfermagem; Cuidados de Enfermagem; Atenção Primária
à Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença


crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção
Básica, n. 36)

CUNHA, P. S. T. S. et al. Fratura de quadril em idosos: tempo de abordagem cirúrgica e


sua associação quanto a delirium e infecção. Acta Ortopédica Brasileira [online]. 2008,
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<https://doi.org/10.1590/S1413-78522008000300010>. Epub 11 Set 2008. ISSN 1809-
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HEBERT, S; XAVIER R. Ortopedia e Traumatologia, princípios e prática. 3ª ed.


Porto Alegre: Editora Artmed, 2003.

JUNQUEIRA, M. A. B; SANTOS, F. C. S. A educação em saúde na Estratégia Saúde da


Família sob a perspectiva do enfermeiro: uma revisão de literatura. Uberlândia: Rev. Ed.
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http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/viewFile/20301/12514 >. Acesso
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RIBEIRO, A. P. et al. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciência


& Saúde Coletiva [online]. 2008, v. 13, n. 4 [Acessado 13 Outubro 2021] , pp. 1265-
1273. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000400023>. Epub
08 Jul 2008. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000400023.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


POLÍTICA DE SAÚDE PÚBLICA E ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Catia Martins Gonçalves1; Rodrigo da Cunha Lima2
1
Graduadanda em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense
2
Graduado em Direito pela Universidade Estácio de Sá
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Organização Social (OS) é uma pessoa jurídica de direito privado


sem fins lucrativos, pertencente ao terceiro setor, constituída como fundação ou
associação civil e qualificada por lei. A OS surgiu no Brasil na década de 90, no governo
do então presidente Fernando Henrique Cardoso em uma lógica privatizante do
capitalistamo, que se traduz em repassar para a administração do sistema privado a gestão
de equipamentos e serviços de saúde, desobrigando o Estado de efetivar diretamente o
direito fundamental à saúde à assistência integral, administração de recursos e
funcionamento da rede de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
O discurso para a criação da OS é antigo e se traduz como uma necessidade de exugar os
gastos do Estado, delegando a outras entidades suas funções produtivas e de prestação de
serviços, uma vez que este Estado estaria falido em suas funções, com poucos recursos,
crise fiscal e incapaz de realizar investimentos adequados. Contudo, o modelo de gestão
proposto pela OS na saúde pública tem sido alvo de profundas críticas quanto a sua
idoneidade, efetividade e capacidade de organização, serviços de saúde de qualidade, em
consonância com as diretrizes do SUS. Escândalos de corrupção e denúncias de
precarização e privatização dos serviços por meio das OS têm marcado a trajetória das
Organizações Sociais de Saúde em diversos estados do Brasil. OBJETIVOS: Inferir
sobre a efetividade, capacidade de organização e qualidade dos serviços de saúde
oferecidos pela Organização Social. METODOLOGIA: Foi utilizada a metodologia de
pesquisa bibliográfica e documental, por ser baseada em livros, artigos, leis, sítios
eletrônicos, artigos científicos e trabalhos monográficos, e dados fornecidos pelo IBGE.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Estado deveria cumprir as funções de coordenar,
financiar e executar as políticas públicas, porém, optou pelo modelo de administração
pública gerencial proposto pelo então governo de Fernando Henrique Cardoso na década
de 90, com as propostas de enxugamento, a partir das parcerias público-privadas, gestão
não exclusiva do Estado, livre mercado. A chamada Reforma do Estado provou na política
de saúde pública uma onda reacionária em todo o país. Fica evidente que a lógica da
gestão privada é destruir um conjunto de direitos sociais, transferir a execução das
políticas sociais de saúde para entidades de direito privado, o que inviabiliza o controle
social e submetem a produção de conhecimento e a formação de trabalhadores da saúde
aos interesses mercantis em prejuízo das reais necessidades da população.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: As OS são resultado da política de Estado que combina
redução de direitos sociais com fortes tentativas de anular as possibilidades de luta e
organização política da classe trabalhadora. Por isso, considera-se necessário resistir aos
interesses do capital na saúde que desmontam o SUS e afastam a possibilidade de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


efetivação dos seus princípios. A política pública de saúde deve ser universal e de
qualidade, atendendo aos reais interesses e necessidades da classe trabalhadora, onde a
saúde e a vida não sejam negociadas e mercantilizadas.

Palavras-chave: Saúde; Organização Social; Mercantilização da saúde.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FORTINI, Cristiana. Organizações Sociais: natureza jurídica da responsabilidade civil


das organizações sociais em face dos danos causados a terceiros. Revista Eletrônica
sobre a Reforma do Estado, Salvador, nº. 6, junho/julho/agosto, 2006. Disponível em:
<http://www.direitodoestado.com.br>. Acesso em: 10 de out. de 2021.
RODE, Hulda. Alta Complexidade Política & Saúde 2017. Especial Organizações
Sociais na Saúde . Ano III, edição N°06/2017. Brasília, 03 de abril de 2017. Disponível
em:http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
permanentes/cpd/documentos/publicacoes-1/a-edicao-ndeg01-2015-do-politica-
saude/politica-saude-edicao-no-06-2017/view. Acesso em: 10 de out. de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ARTRITE REUMATÓIDE: ASPECTOS CLÍNICOS, PROFILÁTICOS E
TERAPÊUTICOS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR.

Higor Bruno de Sousa Costa1; Lusmaria da Silva Monteiro2

1,2
Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário - UNDB

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A artrite reumatoide (AR) é caracterizada por ser uma doença


inflamatória sistêmica e crônica de etiologia desconhecida, que pode afetar
aproximadamente 1% da população adulta em geral. Em alguns estudos, eles descobriram
que o risco de mortalidade por causas cardiovasculares é muito maior em pacientes com
artrite reumatóide quando comparados à população em geral. OBJETIVOS: Relatar a
importância da analise e do entendimento da relação de ambas as doenças.
METODOLOGIA: Para mais informações foi realizada uma busca bibliográfica por
meio de publicações em artigos científicos na base de dados Scielo, google acadêmico, a
fim de atingir os objetivos esperados sobre a relação da artrite reumatoide nas doenças
cardiovasculares. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As manifestações clínicas da AR
podem iniciar em qualquer idade, embora sejam mais frequentes a partir dos 40 anos, e
podem se manifestar de forma muito variável, desde as formas mais leves até as
progressivas e destrutivas. Diferentes estudos têm mostrado que pacientes com AR têm 5
a 10 anos a menos de expectativa de vida do que a população em geral. Essa diminuição
está relacionada a um maior risco de doenças cardiovasculares. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Muito do conhecimento relacionado às doenças cardiovasculares em pacientes
com AR ainda é proveniente de estudos observacionais, necessitando de mais trabalhos
na área. Em geral, o controle adequado da inflamação sistêmica é o principal fator
envolvido na redução do risco de eventos coronarianos e deve ser sempre alcançado.
Palavras-chaves: Artrite reumatoide; Fatores de risco cardiovascular; Reabilitação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRANDÃO, Lenise. Avaliação da qualidade de vida na artrite reumatóide: revisão


atualizada. 2010. Disponível em: http://danielsimonn.com.br/recomendados/atividade-
fisica-saude/artigo2.pdf. Acesso em: 14 maio 2021.
CAMPOS, Otávio Augusto Martins de et al. Avaliacão do risco cardiovascular de
pacientes com artrite reumatoide utilizando o índice SCORE. 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rbr/v56n2/pt_0482-5004-rbr-56-02-0138.pdf. Acesso em: 15
maio 2021.
SOEIRO, Alexandre de Matos et al. Artrite reumatoide e doença cardiovascular: o
que sabemos e o que podemos fazer pelo paciente na atualidade? 2012. Disponível
em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0870255112000066. Acesso em:
15 maio 2021.

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ANATOMIA DA MAMA E O ALEITAMENTO MATERNO: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Francisco Felipe Lima Gonçalves1; José Otacílio Silveira Neto2; Marinna Giovana
Furtado Leôncio3; Tallyta Veras Rodrigues4; Francisco Ricardo Miranda Pinto5

1
Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário INTA UNINTA
2
Graduando em Enfermagem pela a Faculdade Alencarina FAL
3
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário INTA UNINTA
4
Graduanda em Enfermagem pela a Faculdade Alencarina FAL
5
Enfermeiro. Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza UNIFOR
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A lactação é uma prática importante para a saúde da mulher e do bebê


e pode prevenir uma série de doenças, além de contribuir no vinculo afetivo entre mãe e
filho. Portando, o agosto dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, a
qualidade e importância do leite materno. Desse modo, os ligantes da LAAHFAL,
realizaram uma campanha tendo como público alvo gestantes que compõem a rede de
atenção à saúde da Santa Casa de Misericórdia do município de Sobral- CE. Como parte
da campanha os membros desenvolveram um projeto de ação que vislumbra promover a
troca de conhecimentos entre docentes e comunidade integrando atividades didáticas e
interdisciplinares no cuidado a gestantes. OBJETIVOS: Relatar a experiência de uma
ação de extensão na casa de apoio da santa casa de Sobral envolvendo os temas da
Anatomia da Mama e o Aleitamento Materno, realizado por ligantes da LAAHFAL,
através do Projeto de Extensão Conhecendo o Corpo Humano. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por quatro
acadêmicos do curso de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição da FAL (Faculdade
Alencarina) e UNINTA (Centro Universitário INTA), onde realizaram ações por
intermédio do Projeto de Extensão “Conhecendo o Corpo Humano”, tendo como público
alvo 12 puérperas de uma casa de apoio, no município de Sobral, Ceará. A ação ocorreu
no dia 26 de agosto de 2021, de forma presencial. O encontro abordou a anatomia e
fisiologia da mama, o leite materno e boas práticas de amamentação. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Diante a apresentação realizada pelos os ligantes da Liga Acadêmica de
Anatomia Humana da Fal (LAAHFAL), sobre a temática foi realizada a palestra trazendo
como princípio o método e educação continuada que defende o conceito que nunca é tarde
para aprender , os ligantes forneceram conhecimento para as mesmas e logo após tiraram
as dúvidas diante o assunto, tendo como público alvo que foi composto pelo o sexo
feminino, a faixa etária variou entre (20 a 35 anos), foi notório que um pequeno número

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


tinha conhecimento sobre anatomia da mama e o aleitamento materno, as informações
repassadas e a resolução de perguntas realizadas pelas as mesmas, foram de suma
importância. Pois, esta interligado a importância da amamentação e com o intuito de
demostrar a maneira indicada para a “pega correta”. Buscando repassar as informações
de forma esclarecedora da qual seja de fácil compressão para as mães, se adaptado a
métodos atrativos para esse repasse como: Boneca e seio feito de crochê, demostrando
posições para amamentar e o conhecimento sobre anatomia da
mama.CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse contexto, foi possível concluir que o
momento, contribuiu imensamente para formação educacional das mães a respeito de
anatomia da mama e amamentação, garantindo assim um ensino adequado sobre os
benefícios do aleitamento materno e conhecimento sobre a estrutura anatômica da mama.
Palavras-chave: Aleitamento Materno; Anatomia; Leite Humano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Carreiro, Juliana de Almeida et al. Dificuldades relacionadas ao aleitamento materno:


análise de um serviço especializado em amamentação. Acta Paulista de Enfermagem
[online]. 2018, v. 31, n. 4.

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university hospital. Revista Gaúcha de Enfermagem [online]. 2020, v. 41, n. spe.

Nardi, Adriana Lüdke et al. Impacto dos aspectos institucionais no aleitamento materno
em mulheres trabalhadoras: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva [online].
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Macêdo, Rivaldo da Costa et al. Associação entre aleitamento materno e excesso de peso
em pré-escolares. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2020, v. 33.

Souza, Tâmara Oliveira de et al. Effect of an educational intervention on the breastfeeding


technique on the prevalence of exclusive breastfeeding. Revista Brasileira de Saúde
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Silva, Priscila Olin et al. Percepções e práticas intergeracionais de mulheres quilombolas


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Pública [online]. v. 37, n. 10.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES RECUPERADOS DA COVID-19
ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA
CARDIORRESPIRATÓRIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ –
SANTARÉM
Ana Paula Lemos Ribeiro , Fabíola Eloise Rodrigues Dias2, Juarez Rebelo de Araújo3,
1

Carlos Eduardo Amaral Paiva4, Luís Afonso Ramos Leite5


1,2,3,4
Graduando em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA)
5
Doutorando em Engenharia Biomédica pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM)

[email protected]

INTRODUÇÃO: O Brasil é o país com terceiro maior número de casos confirmados da


infecção pelo SARS-Cov-2 (aproximadamente 21 milhões de indivíduos). Pode se
apresentar de forma leve, geralmente em jovens sem comorbidades, ou severa, em idosos
e imunodeprimidos. Contudo, percebeu-se que isso não é um padrão absoluto, sendo
válido realizar levantamentos epidemiológicos sobre pacientes acometidos pela COVID-
19, a fim de compreende-la melhor. OBJETIVOS: Diante disso, o presente trabalho tem
como objetivo a descrição do perfil epidemiológico de pacientes recuperados da COVID-
19 atendidos pelo serviço de fisioterapia cardiorrespiratória da Universidade do Estado
do Pará (UEPA) – Santarém. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de
cronologia transversal, no qual foram coletados dados referentes ao sexo, idade e índice
de massa corpórea na avaliação inicial (triagem) de possíveis voluntários para o
acompanhamento em fisioterapia. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com o CAAE: 38419420.5.000.5168. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No
período de setembro à primeira semana do mês de outubro de 2021, foram avaliados 55
pacientes recuperados da COVID-19 e posteriormente acompanhados pelo serviço de
fisioterapia da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus XII, Santarém. Destes,
65,45% (n=36) eram do sexo feminino e 34,55% (n=19) do sexo masculino; idade média
total de 40,78 + 15,98 anos, sendo de 38,42+16,01 anos para homens e 42,03+16,05 para
mulheres. Quanto ao índice de massa corpórea (IMC), verificou-se que 41,82% (n=23)
dos participantes estão com sobrepeso, 30,90% (n=17) tem peso ideal, 23,63% (n=13)
com obesidade grau 1 e 5,45% (n=3) com obesidade grau 2. Todos os pacientes referirem
algum grau de dispnéia e 12,73% (n=7) déficit de força muscular que dificultaram suas
atividades de vida diária. Embora existam estudos em diferentes países que sugerem a
prevalência de casos graves e complicações no sexo masculino, os dados encontrados
pelo presente trabalho apontam um maior quantitativo de pacientes do sexo feminino.
Diversos fatores podem influenciar nesse aspecto; no que concerne a fatores endógenos,
há diferenças entre a resposta imunológica entre os sexos, sendo mais eficaz nas mulheres.
Entretanto, fatores comportamentais podem influenciar na notificação dos casos que
apresentam complicação, uma vez que mulheres buscam atendimento com mais
frequência que os homens, o que pode induzir a hipótese que mulheres estejam sendo
mais afetadas, sem que necessariamente seja essa a realidade. Quanto a média de idade
dos participantes deste estudo, acompanha os índices nacionais que oscilam entre 30 e 50

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anos. Por fim, IMC com maior porcentagem dentre os voluntários da pesquisa indicaram
sobrepeso, uma condição associada a maus hábitos de vida como sedentarismo,
alimentação incorreta e com prejuízos na resposta imunológica, predispondo o organismo
a complicações. CONCLUSÃO: Diante dos dados apresentados e discutidos, verificou-
se que predominaram pacientes mulheres, com média idade semelhante entre os sexos e
sobrepeso. Entretanto, mais estudos são necessários para compreender e discutir a real
correlação desses fatores, especialmente como o sexo interfere na resposta imunológica
a COVID-19.

Palavras-chave: COVID-19, Epidemiologia, Fisioterapia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A ARTRITE REUMATÓIDE JUVENIL SOBRE O OLHAR DO DIAGNÓSTICO
CLÍNICO, FUNCIONAL E SEU ESPECÍFICO TRATAMENTO.
Carla Bianca Guedes Raposo¹; Ghiulye Evelyn Fonseca de Jesus,
²; ³; Janaria Macedo Aragão, Neurisfrania Noleto da Cruz
Rodrigues4
Adelzir Malheiros Haidar5

1,2,3,4
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.
5
Fisioterapeuta. Mestra em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do
Maranhão– MA.

E-mail do autor para correspondência: [email protected],


[email protected], [email protected], [email protected].
INTRODUÇÃO: a artrite reumatoide juvenil uma doença auto imune que irá agredir o
tecido conjuntivo e se manifesta em crianças e jovens até os 16 anos de idade, tendo um
quadro álgico afetando a articulação e possuindo presença de edema que poderá evoluir
para um comprometimento tanto no osso como da cartilagem daquele segmento, essa
doença se apresenta normalmente de forma oliarticular, constituindo mais da metade dos
casos.. OBJETIVO presente estudo visa apresentar a Artrite Reumatoide e seu
diagnóstico, para a construção de um plano de tratamento a fim de diminuir as queixas
álgicas e restrições físicas/funcionais, proporcionando aos indivíduos acometidos de AR
uma melhor qualidade de vida e realização de suas atividades laborais.
METODOLOGIA: Utilizou-se como método uma Revisão Integrativa da Literatura
(RIL), na Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e no Google Acadêmico a partir de artigos com período de publicação de 2007 a
2016. Com os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS): Artrite juvenil,
Inflamatória, Diagnóstico, Fisioterapeuta, Tratamento. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: na artrite reumatoide juvenil o seu quadro álgico juntamente com as
restrições físicas acabam limitando esse paciente a participação no ambiente tanto escolar,
social e esportivo causando a diminuição do bem-estar e o comprometimento da
funcionalidade como as articulações dos joelhos, tornozelos, punhos, carpos, tarsos e
cotovelos. Nas mãos e os pés ocorrem comprometidos posteriormente, o quadril é
acometido mais tardiamente e a coluna cervical é acometida de forma inicial pela perda
de extensão e rotação. Então, a fisioterapia e a equipe multidisciplinar desempenham um
grande papel importante, traçando possibilidades e direcionando intervenções conforme
a situação clínica do jovem, a fisioterapia é relevante para a melhoria da qualidade de
vida da desses indivíduos, pois vai trabalhar de modo global esse paciente, de acordo com
os objetivos específicos como retardar o surgimento das deformidades, preservar e
fortalecer a musculatura e aumentar a amplitude de movimento tanto articular como
muscular para que dessa forma esse jovem consiga voltar a realizar as suas atividades
diárias . CONCLUSÃO: Mediante o que foi apresentado a artrite reumatoide em jovens
acomete o tecido conjuntivo que acaba limitando o indivíduo em suas rotinas diárias, é de

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suma importância diagnosticar a A.R em sua fase inicial para a partir daí construir um
plano de tratamento eficiente voltado para exercícios resistidos com ênfase na melhora da
força na melhora da ADM e redução do edema.
Palavras-chave: Artrite juvenil, Inflamatória, Diagnóstico , Fisioterapeuta, Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VIVÊNCIAS EM ANATOMIA APLICADA À FISIOTERAPIA: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA

Kevillyn Yasmin Anzolini Koproski¹; Elidiane Emanueli Ficanha²; Vinícius Brandalise


¹Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó
²Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria
³Mestre em Engenharia Biomédica pelo Minter UNIVAP/Unochapecó e docente na
Universidade Comunitária da Região de Chapecó
E-mail: [email protected]
Categoria: Resumo simples

INTRODUÇÃO: A Universidade Comunitária da Região de Chapecó -


UNOCHAPECÓ, através do curso de graduação em Fisioterapia, se propõe a desenvolver
um profissional analítico e crítico, através de uma formação generalista, humanista,
crítica e reflexiva, voltado aos princípios da integralidade da atenção à saúde, preparando
o indivíduo para o mercado de trabalho e, assim, possibilita vivências abrangentes,
através de saberes teóricos e práticos. O contato inicial dos discentes na escola da saúde,
durante a graduação, diz respeito ao ensino da anatomia humana que, tem como objetivo
desenvolver a atitude investigativa, observando os diferentes sistemas que compõem o
corpo humano e suas relações com a função do ser humano, atuando nos diversos níveis
de atenção à saúde. OBJETIVO: Relatar a experiência acadêmica de fisioterapia no
componente de “Anatomia Aplicada à Fisioterapia” do curso de graduação em
fisioterapia da Unochapecó.. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência discente,
relacionado às vivências teóricas e práticas do componente de “ Anatomia Aplicada à
Fisioterapia”, ofertada ao curso de graduação em Fisioterapia da UNOCHAPECÓ
durante o segundo semestre do ano de 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
componente desenvolve a sua carga horária total de 100 horas, divididas em momentos
teóricos (80 horas/semestrais) e práticos (20 horas/semestrais). A parte teórica,
presencial, é o momento de explanação a respeito dos sistemas corporais, sua morfologia
externa, a organização interna das estruturas anatômicas e sua relação com a função do
corpo; e possibilita o contato entre o docente e o discente, favorecendo trocas e
resoluções de dúvidas e de necessidades especiais na relação entre o ensino e a formação.
Os instrumentos didáticos são recursos audiovisuais livros, artigos e mídias digitais. Por
outro lado, o componente prático insere através da observação e contato com peças,
blocos e corpos modelos anatômicos, para isso faz-se necessária a utilização de
equipamentos específicos para ingressar no laboratório que , diante da pandemia,
estratégias de biossegurança são continuamente cumpridas, destacam-se: o
distanciamento de 1,5 metros entre acadêmicos, utilização de máscara PFF2 e álcool gel.
(jaleco, luvas descartáveis, calçados fechados). A complementação dos estudos dá-se por

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meio de monitorias e material de apoio (atlas anatômicos, roteiros e materiais para
anotação) são permitidos durante a aula, contudo, permanecem em uma bancada, sem
contato com as peças e modelos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Compreende-se o
estudo teórico-prático da anatomia humana que ao ser acessado previamente através da
porção teórica enriquece o processo de assimilação e aprimoramento da prática,
possibilitando ao acadêmico conhecimentos abrangentes dos sistemas, estruturas e
organização corporal; além disso, as palpações e observações em peças anatômicas
humanas, fornece experiência dos aspectos e dimensões reais do corpo, que são
encontrados na prática clínica e desenvolvendo habilidades e competências relacionando
na formação acadêmica e profissional.do fisioterapeuta.
Palavras-chave: Educação superior; Ensino; Anatomia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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discentes de Educação Física e Fisioterapia da Abeu Centro Universitário de Belford
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Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Themis-
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461a0cf2eaf210b89b71/IMPORTANCIA-DA-DISCIPLINA-DE-ANATOMIA-
HUMANA-PARA-OS-DISCENTES-DE-EDUCACAO-FISICA-E-FISIOTERAPIA-
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10 out. 2021.
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Disponível em: https://www.unochapeco.edu.br/static/data/portal/sites/ppc/20.pdf.
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VITORINO, R. A. et al. Anatomia: agente integrador do processo de ensino
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em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/5141/514162470021/514162470021.pdf. Acesso
em: 10 out. 2021.

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LEISHMANIOSE VISCERAL: UMA VISÃO GERAL

Letícia Alves de Lima1; Ana Maria do Nascimento Cardoso 2; Valter Menezes Barbosa
Filho3
1
Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade Regional do Cariri - URCA
2
Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Regional do Cariri - URCA
3
Doutor, URCA-CCBS, Ceará-Brasil
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral é uma doença de caráter zoonótico, é


endêmica em mais ou menos 72 países, basicamente nas regiões tropicais e subtropicais
da Ásia, Oriente Médio, África, América Central e América do Sul. Anualmente, estima-
se que ocorram 600 mil novos casos clínicos e 75 mil óbitos por LV em todo o planeta
terra. Cerca de 90% dos casos são registrados em apenas seis países, incluso o Brasil.
Ademais o crescimento desorganizado das cidades, ocasionou as áreas urbanas
periféricas, sendo as mesmas, as mais vulneráveis à contaminação, devido as condições
precárias de moradia, sem conhecimento de medidas de prevenção e a negligência, devido
à baixa educação, alimentação saudável, acarretando um franco problema de saúde
pública. Nos dias de hoje, a LV visto endêmica em outros estados das regiões do território
brasileiro, ressaltando a região nordeste, refletindo a maior parcela dos casos informados.
OBJETIVOS: Pretende-se neste trabalho realizar uma caracterização Geral da
Leishmaniose Visceral, tal como descrever seu Agente Etiológico, Ciclo Biológico,
Transmissão, Relação Hospedeiro/Parasito e Patogenia, além de descrever os
diagnósticos (clínico e laboratorial) e tratamento da LV. METODOLOGIA: A
metodologia empregada baseou-se na análise descritiva através na utilização de
bibliografia já tornada pública sobre o fenômeno a ser investigado. Sua maior utilidade é
deixar o pesquisador a par de tudo que já foi produzido sobre o fenômeno.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: a Leishmaniose Visceral é um problema de saúde de
grande relevância em todo o mundo, sendo agravada pela falta de números reais de
contaminados devido a subnotificação de casos. Ademais as pessoas que vivem em países
pobres com elevada desigualdade social são mais acometidas pela doença. Importante
salientar sobre a subnotificação dos casos, dificultando ainda mais o real cenário dos
surtos no país. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As autoridades precisam analisar mais
conferindo a magnitude das endemias no território brasileiro para com um conhecimento
rigoroso promover medidas de mitigação satisfatórias. Outro ponto, crucial é o
diagnóstico específico para a doença, visto que, a mesma atribui alguns caráteres
similares com outras patologias. A LV pode manter-se ainda mais negligenciada, sendo
desastroso, delimitar pesquisas, uma vez que possuem amplo aprendizado sobre o
parasito, viabilizando com rigor investimentos tecnológicos, sociais, epidemiológicos,
bioquímicos, possa ter uma chance de encontrar uma vacina. Portanto há uma necessidade

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urgente dos governates implementarem políticas democráticas que visam a melhoria de
vida das pessoas que vivem em condições precárias.
Palavras-chave: Leishmaniose Visceral; Biologia;países pobres.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A INFLUÊNCIA DA HELICOBACTER PYLORI NO DESENVOLVIMENTO DE
PATOLOGIAS DO ESTOMÂGO : UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Douglas Monteiro de Sousa1; Ananda Leticia Silva Cabral2; Ana Paula da Silva Costa3;
Jairisson Augusto Santa Brígida Vasconcelos4; Graziela Maria Benevenuto Bezerra5
1,2,3,4,5
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal do Pará
[email protected]

INTRODUÇÃO: A bactéria Helicobacter pylori é uma bactéria gram-negativa,


responsável por causar infecções no sistema digestivo, podendo estar associada a
patologias como: gastrite, úlceras pépticas e até câncer de estômago. Estima-se que mais
da metade da população mundial esteja infectada por esse microrganismo, sendo sua
prevalência maior em países subdesenvolvidos, em populações de baixa renda, sem
acesso a saneamento básico, higiene básica e que vivem em condições de vida precárias.
Desta forma, é possível verificar que a infecção por H. pylori é um problema de saúde
mundial, sendo necessário medidas emergências para sua erradicação. OBJETIVOS:.
Evidenciar o papel da bactéria Helicobacter pylori no desenvolvimento de doenças do
estômago. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, nas plataformas
eletrônicas: Google Scholar, Scientific Electronic Library Online - Scielo e Pubmed.
Utilizados os seguintes descritores: infecção, estômago e patologia, de maneira
combinada, no idioma português e inglês. Foram incluídos artigos disponíveis na integra,
publicados nos últimos 5 anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 12
artigos, após a leitura foram excluídos 08, os quais não atenderam ao propósito da
pesquisa. Foi identificado que a infecção pela bactéria H. pylori é uma das principais
causas de doenças associados ao trato digestivo. O primeiro estudo, um transversal,
publicado em 2018, avaliou 294 pacientes em um hospital libanês, tendo como objetivo
principal, avaliar os hábitos alimentares e a presença da H. pylori, através dos dados de
cada um. Os resultados obtidos confirmaram positividade para H. pylori em 52% dos
indivíduos, sendo predominante em pacientes com história de úlcera péptica,
adenocarcinoma gástrico, associados a hábitos alimentares inadequados. No segundo
estudo, um coorte tipo ecológico, observou-se a mortalidade por câncer gástrico no
período de 1996-2016 em Santa Catarina. Os resultados obtidos do Sistema de
informações – SIM, evidenciaram 10.391 óbitos por câncer de estomago, dentre as causas
a infecção por H. pylori, úlcera péptica mal tratada, gastrite crônica e alimentos
defumados ricos em sal, dentre outros. No terceiro estudo, uma revisão integrativa,
publicado em 2020. Analisou as causas de câncer de estomago, os resultados obtidos
evidenciaram o H. pylori como a principal causa da doença, assim como fatores
genéticos. Ademais, uma revisão de literatura, publicada em 2020, verificou a taxa de
incidência de câncer gástrico em Salvador, no Brasil e no mundo, os resultados
demonstram que a infecção por H. pylori apresentou 75% das causas em todo mundo
envolvendo a gênese de câncer gástrico e patologias do sistema digestivo, levando em
conta fatores de risco com etilismo e tabagismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


presente trabalho, demonstrou que a infecção pelo H. pylori é uma das principais causas
para o desenvolvimento de patologias do estômago, evidenciando a importância de
medidas preventivas que visem evitar a contaminação e consequentemente o
desenvolvimento de patologias provocadas pelo H. pylori, contribuindo principalmente
para sua erradicação.
Palavras-chave: Infecção; Estômago; Patologia.

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Campina Grande com queixas dispépticas referenciados para Endoscopia digestiva
em Serviço Público. Dissertação (Doutorado em Ciências da Saúde) – Centro de
Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2017.
Disponivel em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/25601 Acesso em: 19 de
Outubro de 2020.
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SANTOS et al. A Situação do Câncer Gástrico em Salvador, no Brasil e no Mundo.
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SILVA et al. Fatores Preponderantes para o Desenvolvimento do câncer de Estômago.
Cadernos de Graduação Unit, v. 6, n. 2, p.167-176, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ULTRAPROTEGIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE
UM VIDEOCLIPE INFANTIL SOBRE USO DE MÁSCARAS
Pedro da Costa Albuquerque1, Lucas Lima de Carvalho2, Lucas Rodrigues Claro3,
Amanda dos Santos Cabral4, Paula Carolina Vital Mattos5, Eduardo Alexander Júlio
César Fonseca Lucas6
¹Estudante do Curso de Graduação em Biomedicina/UFRJ
([email protected])
²Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
³Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
4
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ,
([email protected])
5
Estudante do Curso de Graduação em Biomedicina/UFRJ, ([email protected])
6
Professor Adjunto da Faculdade de Medicina/UFRJ,
([email protected])
E-mail do autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: Produzido pela equipe do projeto de ensino/pesquisa/extensão “Teatro


em Saúde”, esta produção utiliza o teatro como ferramenta facilitadora para educação
popular em saúde. Para respeitar as normas de isolamento social preconizadas pela
Organização Mundial da Saúde, demos prosseguimento às atividades pelas redes sociais.
Esse material conta com personagens do universo infantil e efeitos tecnológicos para
abordar a importância do uso de máscara no combate a COVID-19. OBJETIVO:
Descrever a experiência do projeto referente a produção do videoclipe “Ultraprotegida:
Salve vidas, use máscara” confeccionado por meio de ferramentas digitais.
METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência sobre videoclipe produzido para o
público infantil. A ação educativa foi idealizada, produzida e editada em ferramentas
digitais. As gravações ocorreram por vídeo-chamadas no Google Meet e pela câmera do
smartphone. Para favorecer o vínculo com o público-alvo, os integrantes do projeto se
caracterizaram como personagens do universo infantil tais como: Steven da animação
Steven Universo, Finn do desenho Hora de Aventura, Malévola, Harry Potter, Mulher
Maravilha, dentre outros. A escolha do instrumental do filme/musical infantil “A
Caminho da Lua” foi realizada de acordo com a popularidade da música entre os escolares
no momento da produção. Como forma de divulgar esse material para a comunidade,
foram utilizadas as redes sociais: Instagram® (@teatroemsaude), Facebook® (Teatro em
Saúde) e Youtube® (Teatro em Saúde), e o compartilhamento do link via WhatsApp®.
Vale salientar a preocupação de elaborar esse material de forma didática com letra de
fácil entendimento e coreografia para proporcionar conhecimentos em saúde de modo
mais visual. Além disso, o videoclipe foi legendado para tornar mais inclusiva a atividade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se boa aceitação do público que curtiu,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


compartilhou e teceu comentários. Houve diversos relatos positivos sobre o conteúdo,
pois as personificações das animações do cotidiano infantil beneficiaram a produção de
significado para o escolar frente a ação desenvolvida. A escolha da música para elaborar
a paródia facilitou a compreensão de um tema complexo, por meio da memorização da
letra. Notou-se que tais fatores aproximam, mesmo que virtualmente, o público-alvo da
equipe, proporcionando a criação de vínculo e troca de saberes. Essa prática de promoção
em saúde reforça a autonomia e o protagonismo do indivíduo no seu próprio processo de
educação em saúde. Isto gera a sensação de identificação e poder de escolha diante do
conhecimento em saúde compartilhado, além de torná-los agentes propagadores dessas
informações no seu ambiente social. O videoclipe publicado nas redes sociais do projeto
promoveu um ambiente digital propício para a discussão da importância do uso correto
da máscara no combate ao SARS-CoV-2. CONCLUSÃO: a ferramenta digital aliada ao
instrumento lúdico-teatral são estratégias potentes para promoção da saúde para as
crianças. Essa metodologia visa incentivar o protagonismo do público-alvo no processo
de educação em saúde, tornando-os agentes multiplicadores. Essa abordagem favoreceu
a troca de conhecimento entre equipe e comunidade. À luz das normas de isolamento
social, a utilização das mídias sociais ampliou o alcance da população, se configurando
como um método facilitador para a educação popular em saúde.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDINOT, T. M. et al. Importância da disciplina de Anatomia Humana para os
discentes de Educação Física e Fisioterapia da Abeu Centro Universitário de Belford
Roxo/RJ. Coleção Pesquisa em Educação Física. v 13, n 1, ISSN 1981-4313. 2014.
Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Themis-
Cardinot/publication/273379741_IMPORTANCIA_DA_DISCIPLINA_DE_ANATOM
IA_HUMANA_PARA_OS_DISCENTES_DE_EDUCACAO_FISICA_E_FISIOTERA
PIA_DA_ABEU_CENTRO_UNIVERSITARIO_DE_BELFORD_ROXORJ/links/54ff
461a0cf2eaf210b89b71/IMPORTANCIA-DA-DISCIPLINA-DE-ANATOMIA-
HUMANA-PARA-OS-DISCENTES-DE-EDUCACAO-FISICA-E-FISIOTERAPIA-
DA-ABEU-CENTRO-UNIVERSITARIO-DE-BELFORD-ROXO-RJ.pdf. Acesso em:
10 out. 2021.
DAMASCENO, S. A. N.; CÓRIA-SABINI, M. A. Ensinar e aprender: saberes e práticas
de professores de anatomia humana. Revista Psicopedagogia. v 20, n 63, pg 243 - 254.
2003.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 E DA COINFECÇÃO, COVID-19 E
TUBERCULOSE, NO TRATAMENTO ANTITUBERCULÍNICO.

Manoel Gouveia dos Santos Neto¹, José Davi Pequeno Ferreira², Anna Karinne Cabral
Vallentim³
¹ Acadêmico do curso de Medicina do Centro Acadêmico do Agreste (UFPE), Núcleo de
Ciências da Vida (NCV), Caruaru, PE-Brasil.
E-mail: [email protected]
² Acadêmico do curso de Medicina do Centro Acadêmico do Agreste (UFPE), Núcleo
de Ciências da Vida (NCV), Caruaru, PE-Brasil.
E-mail: [email protected]
³ Docente no Centro Acadêmico do Agreste (UFPE), Núcleo de Ciências da Vida (NCV),
Caruaru, PE-Brasil.
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Em 2020, a pandemia da COVID-19 foi instaurada, limitando a


atuação dos serviços de saúde em decorrência dos protocolos de distanciamento adotados
pelo ministério da saúde. Dessa forma, índices negativos são esperados para diagnóstico
e tratamento da tuberculose, especialmente pela menor presença dos pacientes nas
unidades de saúde. Além disso, a coinfecção da COVID-19 e tuberculose foi apontada
como um fator negativo para resposta terapêutica ao tratamento antituberculínico.
OBJETIVOS: Analisar os impactos da pandemia da COVID-19 e da coinfecção, Covid-
19 e tuberculose, no tratamento antituberculínico. METODOLOGIA: O trabalho
consiste em uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados PubMed e
SciELO. Os critérios de inclusão utilizados foram: atualidade (2021), texto completo
grátis e adequação temática em título e resumo. Após a aplicação de filtros e análise
crítica, 52 artigos foram encontrados, 31 foram lidos e 16 foram selecionados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: De fato, as perspectivas negativas em relação ao
impacto da pandemia no tratamento da tuberculose vem sendo confirmadas. O tratamento
da tuberculose, antes da pandemia, já era afetado pelo estigma social da doença e pelo
tempo de tratamento antituberculínico. Porém, os estudos apontaram as seguintes causas
para menor adesão ao tratamento antituberculínico durante a pandemia: realocação de
profissionais para serviços especializados em COVID-19, menor adesão ao tratamento e
diminuição do diagnóstico de tuberculose pela ausência dos pacientes nas unidades de
saúde. Somado a isso, o menor número de diagnósticos também ocorreu em decorrência
da menor produção comercial do kit diagnóstico para tuberculose para oferecer maior
produção ao kit do diagnóstico para Sars-Cov-2. Mesmo assim, os estudos mostram que
políticas de conscientização e adequação dos serviços de saúde (telemedicina e
flexibilização na entrega das drogas antituberculínica) amenizam o impacto da pandemia.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Além disso, a coinfecção da COVID-19 e tuberculose não se mostrou como fator negativo
à resposta terapêutica antituberculínica. As pesquisas hipotetizam que a vacina BCG e as
drogas antituberculínicas tenham papel influentes nesses resultados. CONCLUSÃO: Os
estudos apontam grandes impactos negativos da pandemia no tratamento de pacientes
com tuberculose. Os estigmas em torno das duas doenças diminuem a busca por serviços
de saúde, prejudicando diagnóstico, tratamento e acompanhamento da tuberculose.
Curiosamente, a coinfecção não causou impacto negativo na resposta ao tratamento
antituberculínico.
Descritores: “COVID-19”, “tratamento” e “Tuberculose”.

REFERÊNCIAS
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visão geral. Trop Med Infect Dis. v. 5, n. 3, p. 1-8, 2021.
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KHAN, M. S. et al. Mitigating the impact of COVID-19 on tuberculosis and HIV
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MBITHI, I. et al. Assessing the Real-Time Impact of COVID-19 on TB and HIV
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and barriers to seeking care in a priority city in Brazil during COVID-19 pandemic: A
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THEKKUR, P. et al. Assessing the Impact of COVID-19 on TB and HIV Programme
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THEKKUR, P. et al. Operational Research to Assess the Real-Time Impact of COVID-
19 on TB and HIV Services: The Experience and Response from Health Facilities in
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and Clinical Characteristics of Tuberculosis Patients in Ningxia Hui Autonomous Region,
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542-544, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS PRESENTE NA
ALIMENTAÇÃO DOS JOVENS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Camyla Vitória Barbosa Oliveira¹; Laura Oliveira Pereira²; Rafael Eduardo Bezerra da
Silva³; Vanielle Carvalho Cavalcanti⁴.
¹,²,³,⁴. Graduando(a) em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca
(UniFavip Wyden).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Sabe-se que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a


redução do consumo de alimentos ultraprocessados pela população em geral. Estes são
alimentos que incluem em sua composição uma série de aditivos, corantes, carboidratos
refinados, energia, gorduras saturadas, gorduras trans, sódio e uma baixa quantidade de
nutrientes e vitaminas. Todavia, estes alimentos são tidos como os mais acessíveis na
atualidade por apresentarem atratividade, durabilidade, palatabilidade e praticidade, além
do seu menor custo para a população. Geralmente, os alimentos ultraprocessados são
vendidos pré-prontos ou já prontos para o consumo e dessa forma tornam-se os mais
procurados e adquiridos principalmente pelos jovens. Ademais, pode-se declarar que o
alto consumo destes alimentos é visto como um dos fatores de risco que colaboram para
a prevalência das Dislipidemias, da Obesidade, do surgimento dos cânceres e das Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT's), como a Diabetes Mellitus Tipo II (DM2) e a
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). OBJETIVOS: O presente resumo objetiva
verificar o consumo de alimentos ultraprocessados presente na alimentação dos jovens.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura fundamentada em artigos
científicos publicados nos últimos dez anos e disponíveis nas bases de dados eletrônicas
EBSCO, Lilacs, PubMed, Scopus e SciELO. Foram escolhidos os artigos que se
enquadravam no tema e que tinham como termos-chave os descritores alimentos
industrializados, consumo, jovens e alimentos ultraprocessados. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Nos artigos que estudaram o consumo alimentar dos jovens observou-se
um elevado consumo calórico, com uma média diária de cerca de mais de 03.000 calorias.
Assim como os alimentos mais consumidos por este público são: os biscoitos recheados,
as carnes processadas, os doces, os refrigerantes, os salgadinhos de pacote e os sucos de
caixinha. A ingestão desses alimentos ultraprocessados é constante e sem distinção de
sexo. Bem como, esse consumo é feito em associação a comportamentos sedentários
como assistir televisão, jogar Vídeo-Game e utilizar o celular. Além disso, percebeu-se
que o consumo desses alimentos acontece independentemente da classe social dos
indivíduos em questão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os estudos evidenciaram que há
um elevado consumo de alimentos industrializados ultraprocessados pelos jovens. Em
consequência dessas circunstâncias, é necessário que haja um monitoramento da ingestão
desses alimentos e da influência que os mesmos poderão desempenhar na saúde dos
indivíduos na fase adulta e, posteriormente, na fase idosa. Isto posto, há um dever de
buscar realizar mais estudos acerca do tema e uma intervenção de políticas públicas eficaz

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para tentar modificar esse cenário, como por exemplo, a realização de mais ações de
Educação Alimentar e Nutricional visando a conscientização desses jovens quanto aos
malefícios provenientes do consumo exacerbado desses alimentos.
Palavras-chave: Alimentos Ultraprocessados; Industrializados; Jovens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIELEMANN, RM et al. Consumo de alimentos ultraprocessados e impacto na dieta de
adultos jovens. Rev. Saúde Pública 2015; 49:28. Pelotas-RS, Brasil, 2014.

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indivíduos adultos com excesso de peso. HU Revista, ed. v. 43, n. 3, p. 355-362, Juiz de
Fora-MG, Brasil, 2017.

COSTA, CS et al. Comportamento sedentário e consumo de alimentos ultraprocessados.


Cad. Saúde Pública. ed.34(3), Pelotas–RS, Brasil, 2018.

D‘ÁVILA, Hellen Freitas; KIRSTEN, Vanessa Ramos. Consumo energético proveniente


de alimentos ultraprocessados por adolescentes. In: REVISTA PAULISTA DE
PEDIATRIA (RS) (org.). Consumo energético proveniente de alimentos
ultraprocessados por adolescentes. 35. ed. Palmeira das Missões: Universidade Federal
de Santa Maria, 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rpp/a/YT5NtFRWsZhbCdHTh86p3cQ/?lang=pt#. Acesso em: 05
out. 2021.

FALCÃO, Raphaela Cecília Thé Maia de Arruda. Consumo de alimentos processados e


ultraprocessados em adolescentes: associações com a prevalência de inadequação de
nutrientes e os fatores de risco cardiometabólicos. 2017. 96f. Dissertação (Mestrado em
Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Natal, 2017.

MARTINS, APB et al. Participação crescente de produtos ultraprocessados na dieta


brasileira. Rev. Saúde Pública 2013; 47(4). São Paulo-SP, Brasil, 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SÍNDROME DE BURNOUT: FATORES QUE INFLUENCIAM PARA O
APARECIMENTO NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Eduardo Alves Sousa1;Daniel Antony Melonio Pinheiro2; Mateus Ribeiro Amaral 3;


Nailde Melo Santos4; Francisca Bruna Arruda Aragão5; Ana Patrícia Fonseca Coelho
Galvão6.

1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Ceuma, Maranhão, São Luís.
4
Enfermeira, Mestre em Enfermagem (UFMA); Doutoranda em Odontologia
(UNICEUMA), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
5
Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (UFMA), Doutoranda no
Programa em Interunidades (EERP-USP), Docente do curso de Enfermagem da
Universidade Ceuma.
6
Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA), Doutoranda em Ciências da Saúde
(FCMSCSP), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Estudos tem mostrado que a Síndrome de Burnout tem sido


considerada um problema de grande relevância no mundo, sendo a maior incidência em
mulheres em decorrência da excessiva carga do trabalho, constando que a mesma é
oprimida por questões biológicas e sócias nos dias atuais. OBJETIVO: Identificar os
principais fatores que colaboram com o aparecimento da Síndrome de Burnout entre os
profissionais da área de saúde. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática da
literatura. Foram pesquisadas as bases de dados “online” LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDLINE - 2007 a 2017 (Literatura
Internacional em Ciências da Saúde), PAHO (Acervo da Biblioteca da Organização Pan-
Americana de Saúde) e WHOLIS (Sistema de Informação da Biblioteca da OMS). Foram
selecionados artigos que preenchiam os seguintes critérios: ser um estudo transversal, ter
sido realizado no Brasil, conter informações sobre o contexto do estudo, e excluídas as
duplicidades e os artigos sem resumo. Encontrados43 artigos atendendo a esses critérios.
RESULTADOS: Os resultados apontam que a Síndrome de Burnout apresenta
consequências ao processo de trabalho, afetando a qualidade de assistência de
enfermagem prestada é prejudicial nas esferas individual, profissional e organizacional,
porque afeta negativamente a qualidade dos cuidados de enfermagem aos pacientes,
familiares e intuição em um momento em que a humanização na assistência à saúde é
uma prioridade. Sua detecção precoce pode possibilitar intervenção preventiva, evitando
as repercussões sintomatológicas psicossomáticas e comportamentais, bem como impedir
a redução na qualidade da assistência prestada ao paciente. CONCLUSÃO: Concluímos
que as organizações e os próprios profissionais precisam de atenção quanto ao surgimento

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dos sintomas, destacando-se alterações físicas, psíquicas e comportamentais, que se
manifestem nos ambientes de trabalho. Dentro desta perspectiva, buscar conhecer as
causas e a relação que estas têm com o processo de trabalho, de forma que as intervenções
necessárias sejam realizadas garantindo a saúde do trabalhador e a qualidade da
assistência prestada aos pacientes/clientes. Também se faz necessário a utilização de
estratégias de enfrentamento efetivas, combinando ações individuais e organizacionais,
assim como a implantação de ações preventivas.
Palavras-chave: Saúde Mental. Síndrome de Burnout. Profissionais de saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Lucca. Síndrome de burnout em técnicos de enfermagem de um hospital
público do Estado de São Paulo. Rev. bras. epidemiol. 18 (1) • Mar. 2015, p. 68-79.

PALAZZO, Lílian dos Santos; CARLOTTO, Mary Sandra; AERTS, Denise Rangel
Ganzo de Castro. Síndrome de Burnout: estudo de base populacional com servidores do
setor público. Rev. Saúde Pública, 2012;46(6):1066-73.

MALLMANN, Clarice Schoenardie; PALAZZO, Lílian Santos; CARLOTTO, Mary


Sandra; AERTS, Denise Rangel Ganzo de Castro. Fatores associados à síndrome de
burnout em funcionários públicos municipais. Psicologia: Teoria e Prática
[Internet].2009;11(2):69-82.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS FATORES BIOPSICOSSOCIAIS COMO DETERMINANTES DO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E AS SUAS INFLUÊNCIAS NO "COMER
EMOCIONAL": UMA REVISÃO DE LITERATURA

Camyla Vitória Barbosa Oliveira¹; Laura Oliveira Pereira²; Rafael Eduardo Bezerra da
Silva³; Vanielle Carvalho Cavalcanti⁴.
¹,²,³,⁴. Graduando(a) em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca
(UniFavip Wyden).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Muitos fatores se correlacionam com o ato de comer. Entre eles estão
os biológicos, os culturais, os econômicos, os psicológicos e os sociais. O comportamento
alimentar que tem como determinantes os aspectos biopsicossociais é ativo, conjunto e
processual. Este não se exemplifica exclusivamente pela relação direta com os alimentos,
mas também pela abrangência de outras particularidades presentes em cada indivíduo.
Essa relação pode gerar o intitulado “comer emocional”, que ocorre quando o indivíduo
se vale de emoções momentâneas como a alegria, a ansiedade, a raiva, a tristeza, o estresse
e outras condições para escolher e justificar a quantidade e o tipo dos alimentos a serem
consumidos. OBJETIVOS: Esse resumo objetiva realizar uma verificação a respeito dos
fatores biopsicossociais determinantes do comportamento alimentar e as suas influências
no "comer emocional". METODOLOGIA: Foi feita uma revisão de literatura de
Setembro à Outubro de 2021, incluindo artigos de pesquisa originais publicados em
periódicos nacionais e internacionais selecionados nas bases de dados eletrônicas
EBSCO, Lilacs, PubMed, Scopus e SciELO. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
averiguação realizada na literatura demonstrou uma diversidade de estudos que
verificaram como os fatores biológicos, culturais, econômicos, psicológicos e sociais se
relacionam com o comportamento alimentar em todas as fases da vida (gestação,
infância/adolescência e fase adulta/idosa). Logo, o "comer emocional" pode ser tanto o
resultado como o antecipador desse processo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Esse
resumo ratificou que os fatores biopsicossociais são os determinantes do comportamento
alimentar. A alimentação vai muito além da ingestão de nutrientes, compreendendo entre
outras causas as emoções e as sensações correspondentes aos alimentos dentro da
conjuntura individual. Dessa maneira, o “comer emocional” manifesta-se como um
possível produto, mas também, como um antecessor ao desenvolvimento do
comportamento alimentar do indivíduo.
Palavras-chave: Comer emocional; Comportamento alimentar; Fatores
biopsicossociais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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HOFMANN, W.; FRIESE, M.; ROEFS, A. Three ways to resist temptation: The
independent contributions of executive attention, inhibitory control, and affect regulation
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HOFMANN, W.; RAUCH, W.; GAWRONSKI, B. And deplete us not into temptation:
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KALAVANA, T. V.; MAES, S.; DE GUCHT, V. Interpersonal and self-regulation


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PIRES, Amanda de Sales. Fatores biopsicossociais: uma visão da relação com o


comportamento alimentar. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Nutrição) – Faculdade de Ciências da Educação e Saúde, Centro Universitário de
Brasília, Brasília, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE COMO MEIO DE PREVENÇÃO AO
ACIDENTE DOMÉSTICO INFANTIL: INTOXICAÇÃO

Anne Letice Soares Braga1; Clara Alice Monteiro Soranso1; Natália Soares Mendonça1;
Thayza Mendes Luz1; Edficher Margotti2.

1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
2
Enfermeira. Doutora em Saúde da Criança pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os acidentes na infância ocorrem, em sua maioria, no ambiente


domiciliar, onde as crianças passam a maior parte de seu tempo especialmente durante o
contexto pandêmico, considerando isto a atenção dos cuidadores deve ser redobrada em
vistas de prevenir quaisquer espécies de acidente doméstico, como, por exemplo, a
ingestão de substâncias tóxicas ou medicamentos. OBJETIVOS: Conscientizar as
crianças de forma lúdica sobre o risco e sequelas das intoxicações por ingestão no
ambiente doméstico, além de gerar um momento de descontração para crianças que se
encontram internadas. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência
desenvolvido por acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem em uma ação
realizada pelo projeto de extensão Acidentes Domésticos na Infância Não é Brincadeira
da Universidade Federal do Pará na ala pediátrica do Hospital Universitário João de
Barros Barreto (HUJBB) em Belém-PA RESULTADOS E DISCUSSÃO: As crianças
foram reunidas em uma sala especial da ala pediátrica, em mesinhas onde tinham à sua
disponibilidade lápis de cor e canetinhas, além de folhas com ilustrações de itens
facilmente encontrados em residência familiar , tais como perfume, desodorante, água
sanitária, álcool em gel, cartelas de remédio e alimentos. Posteriormente, foi iniciada uma
roda de conversa onde questionamos com eles quais destes poderiam ser ingeridos ou
levados à boca e houve um debate sobre suas experiências com estes produtos em suas
casas, logo pedimos para que fosse colorido os desenhos que representavam os alimentos
que poderiam ingerir. Explicamos a importância de tomar remédios somente sob
supervisão de pais e/ou responsáveis e, de forma simples, abordou-se o conceito de
intoxicação e seus possíveis sintomas. A resposta da ação foi realmente positiva,
considerando a faixa etária de 3 a 12 anos cada criança respondeu de acordo com seu
nível de entendimento, sendo capazes de identificar as substâncias e produtos perigosos
e seus efeitos no organismo ao final da ação. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, a
efetividade da abordagem lúdica e adaptada ao contexto infantil para a fixação de
informações entre as crianças sobre os cuidados que devem ser tomados dentro do âmbito
doméstico visando a prevenção dos acidentes por intoxicação.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Acidentes domésticos; Prevenção; Enfermagem Pediátrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VILAÇA et al. Intoxicações exógenas acidentais em crianças e adolescentes atendidos
em um serviço de toxicologia de referência de um hospital de emergência brasileiro, Rev
Paul Pediatr.;38: e2018096. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E PAPEL DA ENFERMAGEM FRENTE AO
INDIVÍDUO PORTADOR DE SOFRIMENTO PSÍQUICO

Eduardo Alves Sousa 1; Daniel Antony Melonio Pinheiro2; Mateus Ribeiro


Amaral 3; Nailde Melo Santos4; Francisca Bruna Arruda Aragão5; Ana Patrícia
Fonseca Coelho Galvão6.
1,2,3Graduandos em Enfermagem pela Universidade Ceuma, Maranhão, São Luís.
4 Enfermeira, Mestre em Enfermagem (UFMA); Doutoranda em Odontologia
(UNICEUMA), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
5Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (UFMA), Doutoranda no
Programa em Interunidades (EERP-USP), Docente do curso de Enfermagem da
Universidade Ceuma.
6Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA), Doutoranda em Ciências da Saúde
(FCMSCSP), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Brasil vive uma transformação, no atendimento ao paciente com


transtornos mentais desde a década de 1980 com o advento da propalada Reforma
Psiquiátrica, e desde então, vem se buscando diminuir, o modelo de exclusão, de acordo
com a Política Nacional de Saúde Mental, fortalecendo a rede extra-hospitalar através de
sistemas substitutivos e incluindo as ações em saúde na Atenção Primária à Saúde, tanto
no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a
prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde,
desde modo a qualidade da assistência de enfermagem aos pacientes com transtornos
mentais neste campo de estudo tem grande relevância tanto para o paciente, quanto à sua
família, estimulando a promoção de ações que remetem a subjetividade do campo da
saúde mental em suas diversas formas. OBJETIVO: Investigar o papel da Enfermagem
na Atenção Primária à Saúde frente ao indivíduo portador de sofrimento psíquico.
METODOLOGIA: Utilizou-se o método da revisão sistemática da literatura,
consistindo na revisão retrospectiva de artigos científicos, sobre Atenção Primária. Os
artigos foram identificados por meio de busca na base de dados MEDLINE versão
PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), referentes aos anos de 2006 a 2016. Os
seguintes descritores foram utilizados na busca: Primary Health Care, Mental Disorders,
Nursing Care e User Embracement. Buscou-se outra estratégia, de forma manual em listas
de referências dos artigos identificados e selecionados pelo tipo de desenho do estudo
(transversal) e o idioma (português ou inglês). Foram encontrados 30 artigos que se
enquadravam no escopo do estudo. RESULTADOS: Nos resultados, nota-se que os
estudos selecionados cerca de 37,5% trata da visita domiciliar ao portador de sofrimento
psíquico como destaque na atenção primária, 25% se refere à consulta de enfermagem,
12,5% à importância do acolhimento, plano de cuidado, 11% à realização da SAE

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sistematização da assistência de enfermagem com a realização do plano de cuidado de
acordo com os diagnósticos de enfermagem. Entretanto, foram encontrados relatos de
dificuldades nesta área, onde 45% tratam da falta de capacitação dos profissionais com
pacientes com transtornos mentais, 20% referem-se à falta de competência do profissional
enfermeiro, 15% relata a falta de compromisso dos profissionais na estratégia da saúde
da família, e os demais: falta profissionalismo, investimento pelos gestores municipais,
investimento em atividades lúdicas tanto para o paciente como para a família e até mesmo
a falta de interação do profissional enfermeiro com os agentes comunitários.
CONCLUSÃO: Neste estudo possibilitou ver que um dos maiores desafios do Sistema
Único de Saúde é fazer com que com a Atenção Primária seja porta de entrada ao
atendimento em saúde à população. Apesar dos grandes esforços das esferas
governamentais no fortalecimento de políticas públicas e sociais, a população ainda
possui uma visão hospitalocêntrica, refletindo ao portador de sofrimento psíquico,
interferindo na relação familiar e pessoal, onde a implementação de um processo
terapêutico possui grande relevância a fim de contribuir para a reestruturação das relações
e atendendo as famílias de acordo com cada singularidade.
Palavras-chave: Atenção Primária. Transtornos Mentais. Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 BARTELI KR, Silva EG. A Relavância do Trabalho de Enfermagem frente às Oficinas
Terapêuticas em Saúde Mental. Ver Inic Cient Ext. 2020; 3(1) Pág:379-385.
2 FERREIRA, Marcela dos Santos. COMBATER O ESTIGMA ASSOCIADO AO
SOFRIMENTO PSÍQUICO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL EM SAÚDE. Temas em Educação e Saúde, Araraquara, v. 16, n. 1,
p. 187-200, jan. /Jun., 2020. Pág:187-200
3 PEREIRA, Arthur Custódio el at. Percepção dos enfermeiros da atenção básica sobre
ações de saúde mental: Uma Revisão integrativa. Research, Society and Development,
v. 10, n. 8. Pág.: 1-14

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INCIDÊNCIA DE CASOS DE AIDS/HIV NA REGIÃO CENTRO-OESTE NO
ANO DE 2007 A 2020

Izadora Lima da Cruz¹; Valter Hernando Silva²; Ana Cláudia Mendes Barbosa³; André
Nicácio Barbosa Lima4; Isabella dos Santos Bonanni 5; Larah Luiza Silva Santos Caetano6
¹Graduanda em Medicina pela Universidade de Rio Verde.
²Graduando em Farmácia pela Faculdade Santo Agostinho.
³Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande.
4
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Alagoas.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Nove de Julho.
6
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário CESMAC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi relatada pela


primeira vez na África e nos Estados Unidos (EUA) e tornou-se relevante para a
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1981, devido aos números elevados de casos
de homossexuais com o sistema imune fragilizado. A AIDS é derivada do Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), um retrovírus com genoma RNA transmitido por meio
da via sexual, sanguínea (doação de sangue) e vertical (da mãe para o filho). Esse vírus
deixa o corpo suscetível a diversas infecções por causa do comprometimento do sistema
imunológico humano. OBJETIVOS: Analisar a relação da incidência de casos de
AIDS/HIV com os dados epidemiológicos da região Centro-Oeste, nos anos 2007 a 2020.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional e transversal,
com uma análise qualitativa dos dados do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS) e do Boletim Epidemiológico de HIV e AIDS de 2020 do
Ministério da Saúde (MS). Os dados incluídos e avaliados foram sexo, mortalidade,
raça/cor, escolaridade dos anos de 2007 a 2020 na região Centro-Oeste, os demais dados
foram desconsiderados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período de 2007 a 2020
foram notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)
342.459 casos de HIV no Brasil, desses casos 25.996 (7,6%) ocorreram na região Centro-
Oeste. A incidência de AIDS em homens é maior em comparação às mulheres com uma
proporção de aproximadamente 27 casos para 10 casos no sexo feminino nessa região no
ano de 2019. Além disso, a faixa etária influencia diretamente nessa incidência com uma
diferença percentual de faixa etária/sexos de 2,0 entre os 50 anos ou mais e 20 a 29 anos,
com uma razão de 1,7 para 3,7, respectivamente. No Centro-Oeste, a mortalidade por
AIDS é uma das menores em relação a outras regiões do país com uma taxa de 5,3%,
enquanto no Sudeste é de 57,7%. Ademais, a frequência por escolaridade segundo ano
diagnóstico foi maior na 5ª a 8ª série incompleta com 4.407 casos seguido de 3.932 no

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ensino médio completo, sendo a menor em analfabetos com 536. Enquanto, em raça/cor,
branca apresentou 8.182 casos e parda 13.394, sendo a menor em indígenas com 191. Por
fim, foi observado uma queda percentual na maioria desses dados coletados durante esses
anos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Torna-se evidente que a Região Centro-Oeste
apresenta a menor porcentagem de casos e mortalidade de HIV do país, sendo que essa
taxa continua em redução no decorrer dos anos. Entretanto, é necessário avaliar a
incidência dos casos em relação a escolaridade (5ª a 8ª série incompleta e ensino médio
completo), raça/cor (branca e parda) e sexo (masculino), com o intuito de promover
campanhas, ações de saúde pública, essencialmente na prevenção primária e secundária,
nessa população mais vulnerável no Centro-Oeste para diminuir ainda mais essas
notificações de AIDS.
Palavras-Chave: HIV; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Epidemiologia.

REFERÊNCIAS:
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação Nacional Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids, 2003.
Disponível:https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lis-17851 . Acesso em: 11 de
out. de 2021.

FORATTINI, Oswaldo Paulo. Aids e sua origem; editorial. Revista de Saúde Pública,
São Paulo, v. 27, n. ju 1993, p. 153-6, 1993.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim


Epidemiológico de HIV e Aids, 2020. Disponível: https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/media/pdf/2020/dezembro/01/boletim-hiv_aids-2020-internet.pdf. Acesso
em: 11 de out. de 2021.

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Banco de dados do Sistema Único de


Saúde – DATASUS. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-
saudetabnet/. Acesso em: 11 de out. de 2021.

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ESTRATÉGIAS DE CUIDADO AO IDOSO COM A DOENÇA DE
ALZHEIMER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Gabrielle da Silva Araújo Luz1; Antônia Samira Batista da Silva2; Raylândia de Jesus
Viana3; Darlani do Nascimento Nunes4

1,2,3,4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer (DA) é uma das principais causas de


demência no mundo. Por ser irreversível e apresentar deterioração progressiva, pode
provocar nos familiares efeitos devastadores, como sobrecarga de trabalho, implicações
socioeconômicas e psicológicas, além de conflitos intrafamiliares. Diante desses desafios,
muitos cuidadores usam a criatividade e adotam e/ou empregam diversas estratégias com
o objetivo de melhorar e facilitar o processo de cuidar, pois vivenciam a necessidade
preeminente das múltiplas adaptações que a doença acarreta . OBJETIVOS: Conhecer
estratégias de cuidado familiar aos idosos com a doença de alzheimer.
METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho revisão integrativa da literatura de
abordagem qualitativa, realizada em setembro/2021, baseado na questão norteadora
“Como familiar, quais cuidados podemos realizar para ajudar quem tem a doença de
alzheimer?”. A busca foi realizada nas base de dados da SCIELO (Biblioteca Científica
Eletrônica Virtual) e na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) por meio dos descritores
doença de alzheimer, cuidado e familia. Como critérios de inclusão foram adotados
artigos na íntegra, publicados entre 2016 a 2021 e que respondessem a questão
norteadora. Quanto aos critérios de exclusão, considerou-se os artigos repetidos. Foram
encontrados trezentos e dezesseis artigos, mas somente cinco foram utilizados por
responderem a questão norteadora. Após definição dos artigos foi realizada a análise
descritiva para obtenção dos resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As principais
estratégias de cuidado que pode ser desenvolvidas por cuidadores de idosos com DA, são:
instalação de barras de apoio, de piso antiderrapante; retirada de carpetes; adaptações na
altura dos móveis e no assento sanitário; grades laterais da cama e uso de portões de
segurança; liquidificação dos alimentos; uso de mamadeiras e/ou canudos; retirar/afastar
objetos que possam oferecer perigo à pessoa idosa ou aos cuidadores; macerar os
comprimidos e associá-los a alimentos a fim de facilitar a aceitação pelo idoso, se ainda
tiver condições de tomar a medicação sozinho, procurar separá-las por horários em
frascos separados, escrevendo "manhã", "tarde" e "noite"; ter paciência, procurar não
contrariar a pessoa idosa com DA; utilizar colchões e coberturas adequados para a
prevenção de úlceras por pressão; colocar placas para a identificação de objetos e móveis
no domicílio; confecção de crachá com dados da pessoa idosa; comunicar e explicar
acerca da doença para os vizinhos, nos mercados, e outros estabelecimentos mais

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


próximos a residência e deixar sempre um telefone para contato; dividir
responsabilidades, altenar cuidados; manter ao máximo a autonomia da pessoa idosa com
DA; realizar atividades de lazer como bingo, jogos de memoria, palavras cruzadas, livros,
televisão, música, passeios, atividades manuais como, pintar e jardinagem. Podemos
constatar que essas estrategias estão relacionadas adaptaçoes no ambiente, nas atividades
da vida diaria do idoso e na de lazer. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A doença de
Alzheimer apresenta vários desafios aos cuidadores, que acaba necessitando buscar
alguns metodos para auxiliar no processo da doença. Sendo assim, os resultados dessa
pesquisa possibilitaram conhecer algumas estratégias de cuidado ao idoso com DA.
Acredita-se que essas estratégias possam auxiliar familiares no processo de cuidar do
idoso com Doença de Alzheimer.
Palavras-chave: Doença de Alzheimer ; Estratégias; Cuidado familiar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

URBANO, Angelina Caliane de Medeiros et al. Cuidados ao idoso com doença de


Alzheimer: estudo descritivo-exploratório. Online braz. j. nurs.(Online), 2020.

SCHMIDT, Melanie Scheneider et al. Challenges and technologies of care developed by


caregivers of patients with Alzheimer's disease. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, v. 21, p. 579-587, 2018.

ILHA, Silomar et al. Doença de alzheimer na pessoa idosa/família: Dificuldades


vivenciadas e estratégias de cuidado. Escola Anna Nery, v. 20, p. 138-146, 2016.

Ilha, Silomar et al. (Geronto)Tecnologias cuidativas para pessoas idosas com doença de
Alzheimer e suas famílias: contribuição de oficinas de sensibilização/capacitação.
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia [online]. 2020, v. 23, n. 3 [Acessado 27
Setembro 2021] ,e200129. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-
22562020023.200129>. Epub 08 Jan 2021. ISSN 1981-2256.
https://doi.org/10.1590/1981-22562020023.200129.

Ilha, Silomar et al. Gerontotecnologias utilizadas pelos familiares/cuidadores de


idosos com alzheimer: contribuição ao cuidado complexo. Artigo extraído da tese –
Grupo de apoio no contexto da doença de Alzheimer em pessoas idosas/famílias:
(geronto)tecnologia cuidativo-educacional complexa, apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Rio Grande (FURG),
em 2016. Texto & Contexto - Enfermagem [online]. 2018, v. 27, n. 4 [Acessado 26
setembro 2021], e5210017. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0104-
07072018005210017>. Epub 03 Dez 2018. ISSN 1980-265X.
https://doi.org/10.1590/0104-07072018005210017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DE REDES GENÔMICAS DE EXPRESSÃO DE GENES DE FANCONI

Jade Alexandra Silva Name1; Victória Ramos 2; Alexandre Moreira3; Renata Matuo 4
Fabrício Garmus Souza5.

1,2
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário Unigran Capital
3
Biomédico Esteta e Patologista Clínico pelo Centro Universitário Unigran Capital.
4,5
Docente do curso de Biomedicina, Centro Universitário Unigran Capital.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

A via de Fanconi (FA) é constituída por 23 genes, os quais formam redes de resposta a
danos ao DNA. Os genes de FA atuam no reparo de pontes intercadeias de DNA (ICLs-
Interstrand Crosslinking of DNA), as quais ocorrem quando agentes mutagênicos
(endógenos ou exógenos) fazem ligações químicas covalentes entre nucleotídeos de fitas
diferentes de DNA (DEANS, 2011). Quando estes genes se encontram mutados em
células somáticas eles param de realizar seu papel fazendo com que estes danos (ICLs)
se acumulem e possam levar ao processo de carcinogênese. Para que esses genes exerçam
suas funções corretamente, eles dependem de suas interações com outros genes que
podem ou não fazer parte de sua própria via. Essas interações podem ser estudadas através
de redes genômicas, as quais utilizam de atributos como expressão, metilação, mutação,
número de cópias, entre outros para mapear, indicando através de linhas os valores de
dados específicos (SMOOT, 2011). O objetivo deste trabalho foi identificar possíveis
genes que possam atuar como moduladores nas células cancerígenas e alvo moleculares
dentre os genes de Fanconi através da construção e visualização de suas interações por
meio de redes genômicas. Para isso, foram utilizados dados de correlações matemáticas
entre os padrões de expressão gênica disponíveis nos bancos de dados de linhagens
cancerígenas do CellMinerCDB. Em seguida foi realizada a construção das redes
genômicas através da plataforma Cytoscape/Metscape. Acerca dos resultados, o gene
com maior conectividade em relação à expressão gênica foi o FANCI, se ligando a outros
65 genes no CCLE-BROAD-MIT, 54 ligações no GDSC-MGH-SANGER e por último
34 ligações no CTRP-BROAD-MIT. Esse gene, além de participar das ICLs, possui
interação com proteínas que atuam na biogênese dos ribossomos e na síntese de
ribossomos nas células (SONDALLE et al., 2019). Ademais, a análise a respeito das redes
indicou a ligação com diversos genes de reparo, não somente de sua própria via de
complementação, tendo demonstrado correlações com os genes FANCR (RAD51),
FANCS (BRCA1), FANCT (UBE2T), como também com o BLM nas três redes criadas.
Portanto, o FANCI pode ser indicado como um possível modulador do reparo nas células
cancerígenas e, por isso, pode ser usado também como um alvo molecular.
Palavras-chave: In silico ; reparo de DNA; Rede de genes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEANS, Andrew J.; WEST, Stephen C. DNA interstrand crosslink repair and cancer.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Nature Reviews Cancer, v. 11, n. 7, p. 467–480, 2011. Disponível em:
<https://www.nature.com/articles/nrc3088>. Acesso em: 15 Jun. 2021.

LUNA, Augustin; ELLOUMI, Fathi; VARMA, Sudhir; et al. CellMiner Cross-Database


(CellMinerCDB) version 1.2: Exploration of patient-derived cancer cell line
pharmacogenomics. Nucleic Acids Research, v. 49, n. D1, p. D1083–D1093, 2020.
Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7779001/>. Acesso
em: 9 Oct. 2021.

SMOOT, M. E.; ONO, K.; RUSCHEINSKI, J.; et al. Cytoscape 2.8: new features for data
integration and network visualization. Bioinformatics, v. 27, n. 3, p. 431–432, 2011.
Disponível em:
<https://academic.oup.com/bioinformatics/article/27/3/431/321742?login=true>. Acesso
em: 01/06/2021.

SONDALLE, S. B. et al. Fanconi anemia protein FANCI functions in ribosome


biogenesis. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 116, n. 7, p. 2561–
2570, 28 jan. 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO ADEQUADO DA ANEMIA
MEGALOBLÁSTICA COMO PREVENÇÃO DO CÂNCER GÁSTRICO

Ruth Jacmin Quispe Ccapa1; Larissa Bernardes Araújo Garrido2; Júlia Magalhães Lopes
Borges3; Marina Matos Ramos4; Gabriel Caetano Diniz5; Alexandre Santana Valadares6.
1-6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer gástrico é a segunda causa mais frequente de morte por


doença maligna no mundo. Seus principais fatores de risco incluem infecção por H.
pylori, tabagismo, alcoolismo, idade e dieta. Apesar de menos comum na prática clínica,
a anemia perniciosa é um clássico fator de risco no desenvolvimento de câncer. Este tipo
de anemia megaloblástica afeta aproximadamente 2% dos idosos (60 anos ou mais)
comumente mulheres, e é caracterizada pela deficiência de vitamina B12 no organismo
por um processo autoimune de destruição do fator intrínseco, levando a um grave
comprometimento na produção de hemácias. Esse estudo visa aumentar a consciência da
relação entre essas condições, além de elucidar a importância do diagnóstico e tratamento
precoce de anemia megaloblástica a fim de evitar a evolução para o câncer gástrico e
consequente redução da morbimortalidade. OBJETIVOS: Compreender a influência da
anemia megaloblástica no desenvolvimento de câncer gástrico e conhecer a importância
do tratamento adequado na prevenção desta neoplasia maligna. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo de revisão integrativa de caráter retrospectivo, observacional e
descritivo. A busca foi realizada na plataforma PUBMED, com descritores MeSH:
"Megaloblastic anemia”, “treatment” e “Gastric cancer”. Foram selecionados artigos
publicados nos últimos 10 anos resultando em 13 publicações. Sendo selecionadas as 13
publicações, pois contemplavam o tema nas categorias: estudo controlado, randomizado,
revisão sistemática e meta-análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Estudos que
envolveram a gastrite autoimune, mostraram a contribuição do quadro anêmico para o
diagnóstico precoce da neoplasia em cerca de 29% dos pacientes, incluindo aqueles que
apresentavam ausência de sintomas gastrointestinais, o que evidencia a relação direta
entre o câncer gástrico e a anemia megaloblástica. Assim, outro estudo estabeleceu uma
taxa de incidência de 0,27% por pessoa-ano para casos de câncer gástrico associados com
anemia megaloblástica, segundo revisão sistemática. Enquanto que a prevalência de
tumores carcinóides é muito maior em doentes com anemia perniciosa e gastrite atrófica
de tipo A, o que seria explicado pela hipergastrinémia que se encontra nestes doentes e
que causaria hiperplasia das células enterocromafins e consequentemente a evolução para
neoplasia. Contudo, o diagnóstico e tratamento adequado da anemia megaloblastica
contribuem para a prevenção desse tipo de neoplasias, pois a anemia megaloblastica é
muitas vezes negligenciada tal como diversos estudos apontam, seja pela falta de anemia
(44%), um VCM menor ou igual a 100 fl. (36%); um contagem de leucócitos normal

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


(86%); contagem de plaquetas normal (79%); esfregaço de sangue periférico normal em
estudo de laboratório de rotina (33%); desidrogenase láctica sérica normal (43%) ou pelo
nível de bilirrubina sérica normal (83%). A depender do tipo de anemia megaloblastica e
fatores como idade, sexo, estado fisiológico, o tratamanto adequado deverá ser adotado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pelos estudos analisados, percebe-se que o quadro
anêmico megaloblástico, seja ocasionado por anemia perniciosa seja por doenças
gastrointestinais, que resultem na deficiência de cobalamina e/ou ácido fólico, está
diretamente correlacionado com o câncer gástrico. Dessa forma, a compreensão da
anemia megaloblástica, seu diagnóstico precoce e tratamento adequado são
imprescindíveis para a prevenção de desenvolvimento de neoplasias gástricas.
Palavras-chaves: anemia megaloblástica; câncer gástrico; tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ANNIBALE, B.; LAHNER, E. Letter: Gastric cancer and pernicious anaemia - Only a
minority of UK pernicious anaemia patients have had a gastroscopy - Authors’ reply.
Alimentary Pharmacology and Therapeutics, v. 43, n. 10, p. 1107–1108, 2016.

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RUGGE, M. et al. Letter: Gastric cancer and pernicious anaemia - Often Helicobacter
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THOTA, V. et al. Rapid Development of Pernicious Anemia Unmasking Underlying


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS DESAFIOS PARA ATRAIR DOADORES DE SANGUE: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Anna Victória Simões da Silva1; Letícia Paiva de Carvalho Santos1; Maria Eduarda
Oliveira Rodrigues da Silva 1; Maria Marília Magalhães da Silva 1

1
Graduando em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O ato de doar sangue é fundamental para a manutenção da vida de


quem o recebe, mas ainda é um desafio nos dias atuais. Os hemocentros que são
responsáveis pelo armazenamento do sangue doado, têm apresentado dificuldades para
estocar, já que os números de doadores estar diminuindo gradativamente, sendo assim,
um obstáculo para suprir a alta demanda de requisição de sangue. OBJETIVOS: Esse
trabalho visa identificar as produções cientificas acerca da captação de doadores de
sangue e os metodos utilizados para a captação desses doadores. METODOLOGIA: O
presente estudo refere-se a uma revisão narrativa da literatura a respeito da importância
da doação de sangue, utilizou-se como recurso metodológico a base de dados SciELO,
buscando pesquisas entre os anos de 2010 a 2020, onde foram encontrados 4 artigos por
meio dos descritores Doação de Sangue, Estrategias e Captação, sendo inseridos na
revisão trabalhos cientificos na lingua portuguesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Observou-se que um elevado número de pessoas apresenta receios em relação a doação,
podendo estar associado ao medo de agulhas, algo que é relacionado a herança cultural
ou até mesmo a pouca informação, levando a falta de conscientização dessa importância.
A localização dos hemocentros apresenta-se como mais uma das dificuldades enfrentadas
pelos possíveis doadores, por falta de recursos para o deslocamento até o local,
contribuindo para o afastamento do desejo de doação dessas pessoas. O Marketing como
utilização de estratégias para atingir o maior número de pessoas tem sido fundamental
nas campanhas que ressaltam a importância da doação de sangue e, principalmente, nas
campanhas educativas com o objetivo de conscientização social, sendo esta a que
apresenta resultados mais efetivos e com alta probabilidade da fidelidade do doador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, é possível observar a importância de ampliar
os meios e as formas de divulgação para conscientizar sobre a necessidade de as pessoas
serem doadoras de sangue.
Palavras-chave: Doadores de sangue; Estratégias; Captação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEREIRA, J.R; SOUSA, C.V; MATOS, E. B; REZENDE, L.B.O; BUENO, N.X; DIAS,
A.M et al. Doar ou não doar, eis a questão: uma análise dos fatores críticos da doação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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2021] , pp. 2475-2484
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Sangue: Uma Revisão Integrativa da Literatura. Revista de Literatura, Florianópolis,
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contribuições de especialistas sobre a funcionalidade da ferramenta. Ciência & Saúde
Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 02
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autossuficiência sob perspectivas regionais da Espanha e do Brasil. Cadernos Saúde
Coletiva [online]. 2019, v. 27, n. 2 [Acessado 13 Outubro 2021] , pp. 195-201.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UMA ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DOS ESTUDANTES DO CURSO
DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Anne Letice Soares Braga1; Arthur Filocrião dos Santos Oliveira²; Clara Alice
Monteiro Soranso³; Thayza Mendes Da Luz4; Gabriele Freitas Dos Santos5; Edificher
Margotti²
1,2,3,4,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará.
²
Enfermeira. Doutora, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul- PUCRS,

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Qualidade de Vida(QV) plena está diretamente relacionada ao nível


de satisfação do indivíduo diante de suas necessidades humanas e suas interações com o
meio ambiente e, portanto, torna-se crucial o seu estudo na compreensão da QV (Oliveira,
2012).OBJETIVOS: analisar a qualidade de vida dos acadêmicos do curso de
enfermagem da Universidade Federal do Pará. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo quantitativo, exploratório e descritivo. O estudo foi realizado na Faculdade de
Enfermagem, da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizada na capital Belém –
PA. A coleta de dados ocorreu no período letivo, no mês de Agosto a Novembro de 2019.
A coleta de dados ocorreu por meio de um formulário dividido em duas partes; A primeira
parte é referente aos dados socioeconômicos dos acadêmicos, a segunda parte continha
perguntas do formulário WHOQOL-BREF, que é um instrumento desenvolvido e
recomendado pela OMS para avaliar a QV nos aspectos físicos, psicológicos, sociais e
ambientais. foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Ciências da
Saúde da UFPA, obedecendo as exigências legais da Resolução Nº 466/2012, do
Conselho Nacional de Saúde. Foi aprovado sob o parecer de número 3.298.131 de 02 de
maio de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação à QV dos acadêmicos no
domínio físico a maior parte dos estudantes afirma que a sua dor ou cansaço físico
interferem em suas atividades diárias medianamente (Amaduci et al. 2010). O sono e
repouso proporcionam impactos imprescindíveis à QV do ser humano e, por isso,
problemas em sua qualidade e duração são aspectos potencializadores para o surgimento
de doenças crônicas, a saber, “disfunção autonômica, distúrbios psiquiátricos, acidentes
automobilísticos e de trabalho, envelhecimento precoce, depressão, insuficiência renal,
intolerância à glicose e com a diminuição da eficiência laboral (Araújo et. Al. 2013).
Devido os fatores particulares do curso de enfermagem, a saber, carga horária, jornada
integral e atividades extra classe, os acadêmicos são submetidos diariamente à situações
de estresse que afetam seu desempenho acadêmico durante o curso (Hirsch et. Al.
2018).CONSIDERAÇÕES FINAIS: a QV dos acadêmicos é uma variante com fatores
externos e internos ao ambiente acadêmico, podendo ou não satisfazer suas necessidades
humanas básicas.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Qualidade de vida; Enfermaem; Estudante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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L.V.C, DAMASCENO M.M.C. Avaliação da qualidade do sono de estudantes
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AMADUCCI C.M, MOTA D.D.F.C, PIMENTA C.A.M. Fadiga entre estudantes de


graduação em enfermagem. Rev Esc Enferm USP.v. 44, n. 4, p. 1052-1058. São Paulo,
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Saúdev. 15, n. 1, p. 1-7, jan./mar. 2002.

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LUNARDI V.L, RAMOS A.M. Fatores percebidos pelos acadêmicos de enfermagem
como desencadeadores do estresse no ambiente formativo. Texto Contexto Enferm.
v. 27, n. 1, p. 1-11, Florianópolis. 2018;

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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS

Ester Miranda de Sousa1; José Edmilson da Silva Neto2; Ivisson Lucas Campos da
Silva3; Ruth Raquel Soares de Farias4
1,2
Graduando em Fisioterapia pela Faculdade de Ensino Superior do Piauí
3
Biomédico. Mestre em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí
4Bióloga. Doutora em Biotecnologia em Recursos Naturais pela Universidade Federal do
Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O envelhecimento deve ser entendido como um processo


multidimensional e multideterminado, de caráter progressivo e gradual, acompanhado por
inúmeras mudanças de cunho biológico, psicológico e social. O processo de
envelhecimento deve se aproximar da funcionalidade global, que por sua vez é definida
como a capacidade que o indivíduo possui de gerenciar sua vida. A capacidade funcional
deve encaminhar o cuidado ao idoso visando sua autonomia e independência e pode ser
definida pela realização das atividades básicas de vida diária (ABVD) e atividades
instrumentais de vida diária (AIVD) suficientes para uma vida com autonomia e
independência funcional. A diminuição da capacidade de realizar atividades cotidianas
está relacionada com a predisposição à fragilidade, violência e institucionalização, e pode
ter consequências ao longo da vida. OBJETIVOS: Avaliar a capacidade funcional e
analisar as características associadas à incapacidade dos idosos residentes em uma
instituição de longa permanência(ILPI) em Teresina-PI. METODOLOGIA: Será
realizado um estudo epidemiológico transversal, descritivo e analítico de base
populacional com idosos residentes em uma ILPI em Teresina-PI. A amostra será
composta por idosos com 60 anos ou mais,de ambos os sexos,que estiverem residindo em
uma ILPI em Teresina-PI. Para conhecer o perfil social, econômico, demográfico e de
saúde dos idosos será aplicado um questionário estruturado na forma de entrevista. Será
utilizada a escala de Lawton e Brody (1969), para mensurar as AIVD e a escala de Katz
(1963), para mensurar as ABVD. Este trabalho será submetido a um comitê de ética e
pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados serão apresentados em uma
tabela e gráficos para que seja realizada a análise e discussão posteriormente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa seguirá em andamento após aprovação do
comitê de ética e pesquisa.
Palavras-chave: Idosos; Capacidade Funcional; ILPI.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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mobility and activities of daily living among elderly. Revista de Atenção Primária à
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DANIEL, F.; FERNANDES, V.; SILVA, A.; ESPÍRITO-SANTO, H. Rastreio cognitivo
em estruturas residenciais para pessoas idosas no Conselho de Miranda do Corvo,
Portugal. Ciências e Saúde Coletiva, v. 24, n. 11, p. 4355-4366, 2019.

FERREIRA, A. P. Capacityand performance for therealizationofbasicactivitiesofdaily


living (basicand instrumental) in elderdependents. Revista Baiana de Saúde Pública, v.
39, n. 1, p. 25-37, 2015.

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on the integrality of care. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 29, Supl. 118-
127, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ADESÃO AO PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE EM UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE REFERÊNCIA PARA O TRATAMENTO DE
COVID-19

Helen Daurizio Ricardo1 Marcela Rúbio Teixeira2 Mariana Nobile Mayeda Morais3
Rafaella Gomes4 Yaliz Vendrametto5 Elisana Agatha Iakmiu Camargo Cabulon6
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Norte do Paraná
2,3,4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Londrina
5
Graduanda em Enfermagem pela Pitagoras-Unopar
6
Mestre em Enfermagem Enfermeira. da Assessoria de Controle de Qualidade da
Assistência de Enfermagem - HU-UEL
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Identificação do Paciente é a primeira Meta Internacional de


Segurança instituída pela OMS, pois a prestação segura de cuidados de saúde torna-se
comprometida caso haja falha nesta ação. No intuito de prevenção de erros durante o
atendimento ao paciente, toda a equipe de saúde deve estar consciente desta meta.
OBJETIVOS: Avaliar a adesão ao protocolo de identificação do paciente em um hospital
público universitário de referência para tratamento de Covid-19 do norte do Paraná.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal,
realizado em duas Unidades de Terapia Intensiva de um hospital referência no tratamento
de pacientes acometidos pela Covid-19 entre os períodos de maio e junho de 2021. O
instrumento de auditoria, aplicado por estagiários capacitados que atuam na Assessoria
de Controle de Qualidade da Assistência de Enfermagem, consiste em um roteiro
estruturado que verifica o uso da pulseira pelo paciente; presença de placa de
identificação próximo à cabeceira do leito; veracidade de dados; nitidez da informação
impressa; integridade da pulseira e ausência de lesão da pele em contato com a pulseira.
Para cada item desta avaliação existem três possibilidades de resposta, “sim” se o item
está correto, “não” quando incorreto e “não se aplica” quando não foi possível avalia-lo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram avaliados 66 pacientes, 100% estavam com
placa de identificação e 84% estavam com pulseira. Deste grupo,100% dos avaliados
possuiam conformidade com relação a nitidez, integridade e ausência de lesão da pele
em contato com a pulseira. Algumas dificuldades relatadas pela equipe de enfermagem
das unidades estudadas para a adesão ao protocolo de identificação são: a retirada da
pulseira para coleta de exames realizada por profissional do laboratório, edema de
membros devido a gravidade do paciente e o esquecimento da equipe da unidade de
origem deste paciente em relação a essa rotina. Ressalta-se que geralmente, o paciente
entra pelo Pronto Socorro, setor que sofre de superlotação e alta rotatividade. Porém é
importante salientar, que a falta de identificação reflete na segurança e na qualidade dos

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cuidados em saúde, sendo imprescindível notificar esta falha para que sejam tomadas
providências envolvendo a equipe multiprofissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
protocolo de identificação do paciente da instituição estudada preconiza o uso da placa à
beira leito,sendo esta, presente para todos os pacientes avaliados, porém, em se tratando
de adesão à pulseira de identificação, evidenciou-se que nas Unidades de Terapia
Intensiva de pacientes com Covid-19, ainda existe a necessidade de ajustes nos processos
de trabalho e conscientização da equipe de saúde quanto a importância da prática de
identificação.Este tipo de avaliação reflete o empenho e a importância que a gestão
hospitalar dispende para as atividades de controle e auditoria da qualidade da assistência
de enfermagem, as quais possibilitam o planejamento de ações,que visem assegurar a
segurança da assistência e a produção de indicadores para monitorar o desempenho das
unidades assistenciais.
Palavras-chave: Segurança do Paciente; Qualidade da Assistência à Saúde; Unidade de
Terapia Intensiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ventura-Silva JMA, Castro SFM, Sousa SG, et al. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE


COMO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA. Rev enferm UFPE on line. 2020;14:e2450
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identification: adequacy of the termal wristband in a public university hospital in the
North of the State of Paraná. R Saúde Públ Paraná. 2019 July; 2(1):11- 20. DOI:
10.32811/25954482-2019v2supl1p11

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ANÁLISE DA ABORDAGEM DA ESPIRITUALIDADE NA TERMINALIDADE
DE PACIENTES IDOSOS COM CÂNCER

Marcele Torres Andriani1; Karyna Milena Alcântara Freitas 2; Matheus Rodrigues


Nóbrega3; Nayara Alves Oliveira da Cruz 4; Rachel Cavalcanti Fonseca5.
1,2,3
Graduando de medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
5
Docente Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba.
[email protected]

INTRODUÇÃO: A espiritualidade nos pacientes idosos com câncer traz inúmeros


benefícios, mediante o uso dos cuidados paliativos na terminalidade da vida gerando
conforto e alívio dos sintomas. Diante disso, é necessário entender como a espiritualidade
pode intervir positivamente na melhoria da qualidade de vida dos idosos com câncer.
OBJETIVOS: Analisar a abordagem da espiritualidade na terminalidade de pacientes
idosos com câncer. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão
integrativa, cuja busca dos artigos científicos ocorreu na base de dados PUBMED no
período de maio de 2021. Utilizou-se o cruzamento de descritores segundo os Descritores
em Ciências da Saúde (DeCs/MeSH) na língua inglesa correspondente à: espiritualidade
AND saúde do idoso AND cuidados paliativos combinados com o operador booleano
“AND”. A busca desses descritores na plataforma BVS resultou em 23 artigos, que após
a aplicação dos filtros: texto completo e último ano, idiomas inglês e português, além da
leitura minuciosa dos resumos para seleção daqueles que atendem ao objetivo da
pesquisa, restaram 6 artigos. DESENVOLVIMENTO: A espiritualidade na
terminalidade, por ser um momento muito delicado e tratado como tabu na sociedade,
ainda é um tema pouco debatido. Ao analisarmos os artigos estudados é possível pontuar
a importância da espiritualidade implementada nos cuidados paliativos. O cuidado
espiritual multidisciplinar traz maior qualidade nos cuidados do fim da vida para esses
idosos, além de favorecer o paciente encontrar significado na situação da doença, leva a
aceitação dessa transição entre vida e morte, há também relatos de associação da
espiritualidade com melhora dos níveis de ansiedade e dores crônicas. É evidente que as
crenças espirituais proporcionam aos pacientes uma perspectiva positiva, porém ainda
existem muitas barreiras comprometendo esse cuidado, é necessária uma capacitação da
equipe multiprofissional a respeito da importância do cuidado espiritual, formas de
abordar o paciente, a importância de saber ouvir e assim será possível trazer qualidade de
vida a esses pacientes. CONSIDERAÇÕES: Nesse cenário, percebe-se que é
grandiloquente a implementação da espiritualidade nos cuidados paliativos afim de
promover a qualidade de vida frente aos diversos aspectos que regem a saúde na
terminalidade. Ademais, percebe-se que apesar dos seus benefícios a sua implementação
ainda é vulnerável, logo é gracioso providenciar sua prática para construção de um
cuidado efetivo.

Palavras-Chave: (Espiritualidade; cuidados paliativos; equipe multiprofissional;


câncer).

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REFERÊNCIAS

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2- Harasym P, et al. Barriers and facilitators to optimal supportive end-of-life palliative


care in long-term care facilities: a qualitative descriptive study of community-based and
specialist palliative care physicians experiences, perceptions and perspectives. BMJ
Open. 2020 Aug.

2-Van Klinken M, et al. What do Future Hospice Patients Expect of Hospice Care:
Expectations of Patients in the Palliative Phase Who Might be in Need of Hospice Care
in the Future: A Qualitative Exploration. Am J Hosp Palliat Care. 2020 Jun.

4- Zumstein-Shaha M, Ferrell B, Economou D. Nurses response to spiritual needs of


cancer patients. Eur J Oncol Nurs. 2020 Oct.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
RELACIONADOS AOS HÁBITOS PARAFUNCIONAIS: REVISÃO DE
LITERATURA

Lorena Nogueira Chaves Rodrigues¹; Emmanuelly Rayssa Salmento de Souza²


¹,² Graduando em Odontologia pela Universidade Maurício de Nassau Recife
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A articulação temporomandibular (ATM) representa o contato entre o


côndilo da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal. É uma articulação sinovial
responsável pelo movimento mandibular, que garante amplos movimentos como os da
mastigação. Sua principal característica é o disco articular, uma cartilagem flexível e
elástica que em condições normais permite o amortecimento de impactos e pressões entre
os dois ossos comunicantes. A posição anatômica do disco articular, em boca fechada,
apresenta-se com o alinhamento entre o ponto mediano do côndilo da mandíbula e o limite
basal da banda posterior do disco. Entretanto, 40 a 75% da população apresentam algum
sinal de disfunção temporomandibular (DTM), causada pela variação da normalidade.
OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura abordando as principais causas da DTM
relacionadas aos hábitos parafuncionais. METODOLOGIA: A metodologia teve como
base na busca em bancos de dados, tais como Pubmed e Scielo usando os descritores ´´
dor facial ´´; ´´ articulação temporomandibular ´´; ´´ transtornos da articulação
temporomandibular ´´. Buscaram-se artigos publicados entre outubro de 2014 a maio de
2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Podemos analisar como uma das principais
causas da DTM os hábitos parafuncionais que são eles, dormir apenas de um lado,
mastigar apenas com um lado da arcada, mãos apoiadas sobre o mento, entre outros. Esses
hábitos comuns, às vezes impercebíveis, podem acarretar deslocamento do disco
articular, causando dores ou estalos. A disfunção temporomandibular ocorre quando o
disco articular é deslocado anteriormente. Com isso, o tecido retrodiscal, é distendido à
região anterior e ocupa o lugar da ATM entre o osso temporal e mandíbula, amortecendo
todo impacto e pressão. O processo se torna doloroso porque esse tecido é totalmente
vascularizado e inervado, ao contrário do disco articular. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
É importante que o cirurgião-dentista reconheça as queixas apresentadas pelo paciente
para identificar a DTM.
Palavras-chave: dor facial; articulação temporomandibular; transtornos da articulação
temporomandibular

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DE LEEUW, Reny; KLASSER, Gary D. Orofacial pain: guidelines for assessment,
diagnosis, and management. Am J Orthod Dentofacial Orthop, v. 134, n. 1, p. 171,
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fatores associados em portadores de disfunção temporomandibular. Acta Scientiarum.
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OKESON, Jeffrey P. Bell's orofacial pains: the clinical management of orofacial pain.
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SIQUEIRA, José Tadeu Tesseroli de; CHING, Lin Hui. Dor orofacial ATM: bases para
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A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR FRENTE AS
ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS NA ESCOLA.

Matheus Ferreira Samtos1; Heloísa Barbosa


dos Santos2; Wellington Pereira Rodrigues 3 .

1
Graduando em Enfermagem pela Faculdade AGES de Lagarto
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade AGES de Lagarto
3
Enfermeiro. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Sergipe

Email do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: : Primeiros socorros são caracterizados como procedimento simples


que objetivam salvar vidas em situações complicadas de urgência e emergência, a
prestação de uma assistência até que o socorro especializado chegue até o local. Visto
que, o ambiente escolar é uma parcela essencial para discernir esse conhecimento, já que
o mesmo é predisposto a acidentes, como os casos de ferimentos que são rompimentos
da pele por objetos cortantes, e as hemorragias que são a perda de sangue que acontece
após um ferimento, pancada ou determinada doença, devido ao rompimento de vasos
sanguíneos, sendo classificadas como externas ou internas. Entretanto é valho ressaltar a
suma importância de toda equipe multidisciplinar da escola compreender os princípios
dos primeiros socorros para realizar de forma correta até a chegada dos profissionais de
saúde, contudo, a capacitação dos profissionais educadores é realizada em conjunto com
os profissionais de saúde da atenção básica, promovendo um diálogo multidisciplinar para
construções de atividades que promovam a qualidade de vida dos alunos e educadores,
no entanto o programa saúde na escola (PSE)tem como finalidade a promoção da saúde
e redução de morbimortalidade por acidentes e violências, sendo desenvolvidas
atividades de prevenção e assistência em saúde na escola, assim, sendo incluído a
capacitação de primeiros socorros. OBJETIVOS: Compreender a relevancia da equipe
multidisciplinar na efetivação programa de primeiros socorros na escola. METODOLOGIA:
A presente pesquisa equivale a uma revisão bibliográfica descritiva e sistemática, com o
intuito de analisar a literatura acerca da relação entre o programa de saúde na escola e as
noçoes basicas de primeiros socorros na escola, foi utilizado a plataforma sciELO para
tabulação de dados, os graduandos de enfermagem relaizou como critério de eliminação
a linha de primeiros socorros na escola e artigos entre os anos 2017 a 2020.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A ligação entre educação e saúde é crucial, pois as
escolas compõem espaços privilegiados para ações de promoção, prevenção e educação
em saúde, com foco em desempenhar funções pela saúde de crianças, adolescentes e
jovens adultos. Promovendo para os mesmos a autonomia, independência, o exercício de
direitos e obrigações, a supervisão do estado de saúde, além da qualidade de vida
estimulando hábitos saudáveis. Concomitante a isso, a existência de profissionais de
diferentes especialidades constitui uma abordagem multidisciplinar no ambiente escolar,

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destacando as diferentes perspectivas de cada um na construção de atividades,
planejamento e execução de ações baseadas no conhecimento conjunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mediante do que foi analisado, conclui-se que a equipe
multidisciplinar em saúde é de suma importância na aplicação prática dos primeiros socorros,
capacitando os estudantes e conscientizando-os na prevenção de acidentes, buscando refletir
uma assistência de qualidade e humanizada.
Palavras-chave: Primeiros socorros; Equipe Multidisciplinar; Escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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EFICÁCIA DA AMAMENTAÇÃO NA PRESENÇA DE SINTOMAS DE
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: REVISÃO DE LITERATURA

Maria Luiza Maués de Sena¹, Arthur Filocreão dos Santos Oliveira², Gisele Monteiro
Viana³, Felipe Luã Silva de Moraes⁴, Andressa Tavares Parente⁵, Edficher Margotti⁶

¹²³⁴ Graduandos de Enfermagem Universidade Federal do Pará;


⁵⁶ Doutoras Enfermagem Universidade Federal do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO: A gestação e o pós-parto são processos que proporcionam grandes


mudanças na vida das gestantes, tais como: sociais, culturais, fisiológicas e a maior delas
às emocionais. Portanto, os primeiros dias de pós-parto são constituídos de profundas
emoções e enfrentamentos na relação de tornar-se mãe. Tais transformações,
principalmente as hormonais, influem na saúde mental das mulheres. O aleitamento
materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida do bebê e complementar até dois
anos ou mais, evitando por ano a morte de seis milhões de crianças menores de um ano,
pois previne as infecções gastrointestinais e respiratórias, síndrome infantil da morte
súbita, obesidade e a desnutrição. Além disso, a relação entre a amamentação e a saúde
mental materna é reforçada em várias pesquisas. As complicações para amamentar e o
desmame ilustram uma das causas do aumento dos índices de depressão pós-parto,
sobretudo confirmando a interferência benéfica do ato de amamentar na diminuição dos
sintomas de DPP. OBJETIVOS: Discutir acerca da eficácia da amamentação na presença
de sintomas de depressão pós-parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura, para a qual foi realizada uma pesquisa na plataforma Scielo dando preferência
aos artigos com até cinco anos de publicação. Utilizou-se os descritores “Obstetrícia”,
“Depressão pós-parto” e “Amamentação” para formar as bases referenciais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O tempo de pré e pós-parto representa o momento
onde há grande propensão de ocorrer alguns transtornos mentais. Pois, ao virar mãe, a
mulher abdica de sua rotina diária como o lazer ou trabalho, sendo essas atividades que
podem ter sua prática diminuída após o parto, para cuidar da criança e esse fato, vinculado
à acomodação às novas funções exigidas, acarretam uma sobrecarga psicológica. Dessa
forma, ocorrer oscilações emocionais é comum nessas transições da vida e adaptações às
mudanças, sendo o processo de gravidez, parto e nascimento grande marco de
transformações. Outrossim, insistir na amamentação é fundamental pois fortalece vínculo
com o bebê, melhorando seu desenvolvimento psicomotor, emocional e imunológico, já
a mulher se beneficia da prática e tem sua saúde mental mantida. Uma vez que, a
ocitocina, conhecida como "o hormônio do amor" e responsável por estimular a ejeção
do leite pela mãe, também provoca sensação de bem-estar e relaxamento. Portanto, esse
pico hormonal auxilia a mulher a se sentir mais feliz e ajuda na recuperação da DPP.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tratamento da depressão pós-parto é específico para
cada mulher, com base na sintomatologia, utiliza-se medicamentos antidepressivos
combinados com psicoterapia. Também, as orientações e apoio da família, cônjuge e
amigos é fundamental, já que ajuda a tratar e a prevenir depressão, depressão pós-parto e
depressão durante a gravidez. Para o tratamento ser eficiente, é preconizado que o casal
e os pais do bebê participem de todo o processo. Existem, também, psiquiatras e
psicólogos especializados no tratamento de depressão pós-parto. Assim, o tratamento é
oferecido de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Palavras-chave: Enfermagem; Depressão pós-parto; Amamentação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E O PROCESSO ATEROGÊNICO: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA

Jhenifer Ferreira Barros1; Luana Sertão Felipe Teixeira2; Lígia Sant’Ana Dumont3;
Victória Maria Farias Torres4; Pedro Guilherme de Oliveira5; Higor Chagas Cardoso.6
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade Evangélica de Goiás
6
Médico. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás

Liga Acadêmica de Cirurgia Vascular e Angiologia – LACIVA

[email protected]

INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença de caráter


autoimune, crônico e inflamatório, na qual o principal grupo afetado é o de mulheres
jovens. A doença aterosclerótica, por outro lado, não afeta prioritariamente este grupo,
porém, nota-se que a aterosclerose e as sequelas decorrentes dela, além de manifestarem-
se mais precocemente, estão entre as maiores causas de morte em pacientes com LES. O
LES mostrou-se como um fator de risco independente, assim como tabagismo, obesidade
e hipertensão, para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a aterosclerose.
O processo aterogênico tem estreita relação com a inflamação e diversos marcadores pró-
inflamatórios foram identificados em altas quantidades no organismo de indivíduos com
LES, como o interferon alfa (IFN-α) e outros vêm sendo estudados como potenciais
marcadores, como o paratormônio (PTH). OBJETIVO: Analisar a associação do lúpus
eritematoso sistêmico com o surgimento de placas ateroscleróticas. METODOLOGIA:
O estudo consiste em uma revisão integrativa de literatura, em que se buscou por artigos
originais na base de dados do PubMed, por meio dos seguintes descritores
“Atherosclerosis”, “Lupus Erythematosus Systemic”, “Coronary Artery Disease”. Foram
selecionados artigos no idioma inglês e português, publicados a partir de 2016, sendo
excluídos aqueles que não pertenciam ao recorte temático, totalizando 16 artigos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A aterosclerose continua sendo, principalmente em
progressão acelerada, um grande desafio no manejo da LES. A ligação entre inflamação
e aterosclerose tem sido extensamente analisada nas últimas três décadas e a atuação da
inflamação na patogênese e progressão da aterogênese está bem estabelecida. Várias
etiologias e fatores de risco tradicionais foram identificadas e consolidadas, com a
inclusão de novos etiopatogênicos específicos para LES incluindo, lipoproteína (a), PCR,
homocisteína, citocinas inflamatórias, aumento de dano vascular, atividade e duração da
doença, uso de corticosteroides, presença de anticorpos antifosfolípides e a proteína
mitocondrial CMPK2, situações estas que corroboram com a progressão da doença
aterosclerótica no Lúpus Eritematoso Sistêmico. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Constata-se que a inflamação sistêmica causada pelo LES está relacionada com processo
aterosclerótico, entretanto, esses mecanismos fisiopatológicos ainda não foram
completamente descritos na literatura, sendo necessário maiores evidências a serem

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publicadas. Além disso, esse pouco conhecimento acerca da fisiopatologia limita o uso
de medidas terapêuticas preventivas na doença autoimune inflamatória.
Palavras-chave: Aterosclerose; Lúpus Eritematoso Sistêmico; Doença da Artéria
Coronariana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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ENDOMETRIOSE E ASPECTOS PSICOSSOCIAIS: REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA SOBRE OS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA
DAS MULHERES JOVENS

Autores: Pietra Zava Lorencini¹, Hellen Carvalho Ribeiro¹, Luisa Moschen Buery¹,
Isabella Buffon Puppin¹.
¹ Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Brasil.

Introdução: A endometriose é um distúrbio reprodutivo caracterizado pelo crescimento


de glândulas endometriais e estroma fora do útero, geralmente na cavidade pélvica.
Segundo Agarwal, Soliman, Pokrzywinski, Snabes e Coyne (2020), essa condição afeta
cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo, sendo grande parte em idade
reprodutiva. Os sintomas desse quadro são variados, mas, em geral, as queixas principais
são dor pélvica crônica, dismenorreia, dispareunia, infertilidade e fadiga crônica. Além
dos sintomas físicos, a mulher com endometriose vivencia a doença em todos os aspectos
da sua vida, o que desencadeia sofrimento emocional, que pode ser acompanhado de
depressão e de isolamento. Desse modo, a endometriose abrange aspectos psicossociais e
somáticos, afetando diretamente a qualidade de vida dessas mulheres. Objetivos:
Compreender de que forma a endometriose influencia na qualidade de vida das mulheres
jovens. Metodologia: Realizou-se a revisão da literatura nas bases de dados PubMed e
Scielo, e os artigos foram coletados entre setembro e outubro de 2021. Os critérios de
inclusão foram artigos publicados entre os anos de 2019 e 2021, com foco na qualidade
de vida das mulheres com endometriose. Já os de exclusão foram artigos publicados
anteriormente à 2019 e que não seguiam a temática principal. Inicialmente, 123 artigos
foram identificados e, após seleção, 14 foram escolhidos. Resultados e discussão:
Observa-se uma associação entre a endometriose e a redução da qualidade de vida das
mulheres portadoras dessa condição, tendo em vista a relação direta entre os aspectos
dessa doença e a redução do bem-estar físico e emocional. Dentre os sintomas que mais
interferem na vida das pacientes, a dor pélvica, a fadiga e a dispareunia podem ser citadas,
pois tendem a limitar a capacidade de realizar atividades cotidianas, a reduzir a
produtividade laboral e a afetar a vida sexual e os relacionamentos da mulher,
respectivamente. Outra queixa frequente, diz respeito a infertilidade, que apesar de nem
sempre presente, gera constantes preocupações quanto a possibilidade de engravidar e de
gerar filhos que sejam saudáveis. Embora os sintomas decorrentes da endometriose sejam
grandemente responsáveis pelo sofrimento das pacientes, outro ponto pouco lembrado,
mas que também impacta negativamente na saúde dessas mulheres, é o diagnóstico tardio
da doença, que traz sensações de incerteza e insegurança quanto à resolução do problema.
A junção desses fatores reduz drasticamente a qualidade de vida das portadoras de
endometriose, que se sentem incapazes e podem, por tal motivo, entrar em quadros de
depressão e em isolamento social. Conclusão: Conclui-se que a endometriose está
intimamente relacionada com os impactos físicos e psicológicos na qualidade de vida da
mulher com essa condição, sendo fundamental a adoção de estratégias pela assistência

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médica e psicossocial que visem a melhoria do seu bem-estar. Dessa forma, recomenda-
se que, além do tratamento usualmente prescrito, sejam orientadas atividades para
melhoria da dor, como fisioterapia, acupuntura e ioga, e intervenções psicológicas para
redução do sofrimento emocional. Portanto, é necessário compreender a endometriose
como resultado da interação entre dinâmicas biológicas, psicológicas e interpessoais, a
fim de garantir melhor qualidade de vida para as mulheres.
Palavras-Chaves: Endometrioses, Young women, Quality of Life.

REFERÊNCIAS
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IMPACTO DA PANDEMIA POR COVID-19 EM PACIENTES COM CÂNCER


DE PULMÃO

Ruth Jacmin Quispe Ccapa1; Gabriel Caetano Diniz2; Alexandre Santana Valadares3;
Júlia Marcel Ghannam Fontes4; Paulo Henrique Moreira5; Lupércio Rocha Reis Filho6.
1-6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é uma neoplasia maligna com maior incidência no


mundo que se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. No ano de 2020 foram
mais de 30.000 casos novos, e em 2019 a mortalidade atingiu 29.354 óbitos. Em curto
prazo essa estatística pode se manter estável, mas atrasos no diagnóstico e no tratamento
podem implicar mal prognóstico. OBJETIVOS: Analisar o impacto da pandemia por
COVID-19 em pacientes diagnosticados com câncer de pulmão. MÉTODOS: Estudo de
revisão integrativa retrospectivo, observacional e descritivo. A busca foi realizada nas
plataformas PUBMED e LILACS, com descritores MeSH: "Lung cancer” AND
“Coronavirus”. Foram selecionadas 11 publicações dos últimos 5 anos que
contemplavam o tema e preenchiam as categorias de estudo controlado; randomizado;
revisão sistemática e meta-análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A infecção por
COVID-19 agrava-se em portadores de comorbidades pré-existentes como o câncer,
nesses pacientes observa-se imunossupressão tanto pela própria doença quanto pelo
tratamento, somado ao comprometimento respiratório por COVID-19, constituindo um
grupo de risco. Sintomas como febre e tosse são comuns entre os infectados por COVID-
19 e também como efeitos colaterais de radioterapias e quimioterapias, o que pode
confundir e até emascarar o diagnóstico de uma dessas doenças. Ademais, o tratamento
para câncer de pulmão pode induzir pneumonia, assim como a COVID-19, dificultando
o diagnóstico. Sabe-se que a taxa de admissão em UTI dos portadores de câncer de
pulmão é de 27,3%, maior que em outros tipos de câncer (19%) ao igual que a taxa de
mortalidade (52,3%). Rogado et al, confirmam o aumento da taxa de mortalidade (52,3%)
em pacientes que padecem câncer de pulmão e Covid-19, quando comparados com todos
os pacientes covid-19 não oncológicos. Por outra parta, durante a pandemia os
diagnósticos e tratamentos de câncer foram prejudicados pelo medo dos pacientes em
procurar atendimento hospitalar e se contaminar. Assim, tal como diversos estudos
apontam, recomendou-se a continuação de procedimentos minimamente invasivos,

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prévio resultado negativo RT-PCR, pois a interrupção de radioterapia e quimioterapia
pode provocar piora no prognóstico, especialmente em estágios mais
avançados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A infecção por COVID-19 em pacientes com
câncer de pulmão é um fator de pior prognóstico devido à imunossupressão causada pelo
próprio tratamento do câncer, e certamente gerou um impacto negativo nos pacientes que
padeciam câncer de pulmão, tanto pela interrupção do tratamento como pela maior
gravidade dos sintomas infecciosos. Diante disso, é necessário difundir entre os
profissionais de saúde a importância do diagnóstico precoce e orientação aos pacientes a
respeito da COVID-19, para além de reduzir contágios, evitar permanências hospitalares
desnecessárias e, sobretudo melhorar o prognóstico dos pacientes oncológicos.
Palavras-chaves: Câncer de pulmão; Coronavirus.

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IMPACTOS FUTUROS NA SAÚDE DA POPULAÇÃO EM DECORÊNCIA DA
COVID-19

Lizandra Ellem Silva de Souza1, Palomma Rafaelly Teixeira Alencar2, Geovanna


Renaissa Caldas3, Quézia Moura de Sousa4, Alessandro Ruan Silva de Souza5.

1,2,3,4
Enfermeira pelo Centro Universitário de Juazeiro do Norte
5
Graduando do curso de Biologia da Universidade Regional do Cariri

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Conhecida como um agravo mundial de saúde, a covid-19 é


definida como a causadora de uma síndrome respiratória aguda que pode causar
grandes problemas na saúde. Os primeiros casos foram reconhecidos no ano de 2019,
dando início a uma pandemia, a qual fez com que a população realizasse isolamento
social. Outras medidas tomadas foram: a aquisição de alguns hábitos como lavagem
das mãos e uso de máscara como medida de prevenção para que o vírus não se
espalhasse atingindo mais pessoas. É uma patologia que atingiu uma grande
quantidade de pessoas causando impactos a longo tempo na vida da sociedade.
OBJETIVO: Este trabalho tem como objetivo destacar os principais impactos causados
na população pela covid-19. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura com abordagem qualitativa. Realizado através da busca nas bases de dados
SCIELO e LILACS durante o período de setembro de 2021. Os artigos foram
escolhidos através da análise e leitura dos mesmos e através dos critérios de inclusão
como artigos publicados nos últimos 5 anos e com acesso gratuito e dos critérios de
exclusão como assuntos que não fossem de interesse para o presente artigo por não
abordar o tema. RESULTADOS E DISCURSÃO: Após aplicação dos critérios foi
encontrado um total de 68 artigos que foram analisados sendo utilizado 4 para
confecção do estudo, dos quais, foi possível observar que o congelamento de
tratamentos de saúde e psicológicos ocasionou um dos mais duros agravos que a
saúde da população sofreu na pandemia da covid-19. Com o direcionamento dos
agentes de saúde focados no controle da pandemia, aumenta-se o número de pessoas
que não conseguem o tratamento e o controle de doenças como diabetes, hipertensão
e problemas cardíacos, os quais ficam sem a devida atenção. Além disso, problemas
psicológicos surgem e agravam-se por diversos fatores ligados a atual situação.
Ansiedade, depressão, bipolaridade entre outras doenças afligem ainda mais a
população, pois estão ligadas diretamente ao convívio social, que por estar limitado
pela quarentena, são agravadas pela falta de monitoramento o que vai percorrer por
um longo período de tempo. Além disso a própria doença pode trazer grandes
sequelas como distúrbios do sono e humor, fadiga, dores e problemas cognitivos na
qual poderão ser observadas nos indivíduos futuramente. CONCLUSÃO: A
pandemia gerou ainda mais desemprego, fome e miséria no mundo todo,
principalmente em países pobres e em desenvolvimento. Aliado a isso, temos o
agravamento no quadro de saúde e bem-estar social, causando efeitos que demorarão

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


anos para ser revertidos. A geração que passar pela pandemia, ou pelos seus
momentos mais graves, terão a marca desse acontecimento afetando o seu psicológico
durante anos e as pessoas que tiveram a covid-19 grave ou moderada e sobreviveu
poderá passar por grande período de tratamento para amenizar as sequelas da doença.
Em suma, a imagem da pandemia e suas consequências ficaram durante um longo
período na mente da geração que vivenciou esse momento na história moderna.
Palavras-chaves: Covid-19, Saúde, Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRESENÇA DE URBANORUM SPP. ENTRE MORADORES DE UMA
COMUNIDADE NO MUNICÍPIO DE NITEROI, RIO DE JANEIRO

Debora P. Saboia1; Susy C. Reis2, Valdo Antonio Oliveira da Silva3 & Yara L. Adami4

1
Graduanda em Ciências Biológicas – Bacharelado pela Universidade Federal
Fluminense
2
Biomédica, Serviço de Patologia Clínica, Hospital Universitário Antônio Pedro, UFF
3
Farmacêutico-Bioquímico, Serviço de Patologia Clínica, Hospital Universitário
Antônio Pedro, UFF
4
Farmacêutica, Doutora em Ciências, Docente de Parasitologia Clínica do
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, UFF.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Urbanorum spp. foi identificado pela primeira vez em 1991 e descrito
como protozoário em 1994. Sua classificação taxonômica ainda não é clara e vêm sendo
debatida na literatura. Alguns autores acreditam que seja um protozoário e o incluíram no
filo Sarcomastigophora, enquanto outros o incluíram na família Cycloposthidae, do filo
Ciliophora. Há ainda, uma outra linha que afirma que Urbanorum spp. trata-se de células
adiposas. Esse protozoário possui dimensões superiores a outros protozoários, pois seu
tamanho varia de 80 a 100 micrômetros de diâmetro. Até o momento, o seu ciclo de vida
permanece desconhecido, e supõe-se que a sua reprodução ocorra por divisão binária. A
infecção causada por esse protozoário provoca sintomas como fezes diarreicas,
apresentando pH ácido, sem sangue, muco ou leucócitos. Além disso, os pacientes
queixam-se de cólicas abdominais localizadas no quadrante superior direito e com
irradiação para a região inferior do abdômen. Somando esses relatos com a ausência de
febre e de alterações gastrointestinais, essas informações indicam que esse protozoário
atinge o cólon. Entretanto, a fisiopatologia permanece desconhecida. Semelhante aos
demais protozoários, Urbanorum spp. aparentemente pode ser transmitido através da
ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes contendo cistos deste parasito,
mas esse dado ainda não foi comprovado. Urbanorum spp. é um parasito registrado em
apenas alguns países da América do Sul. No Brasil, foram registrados casos apenas nos
estados de Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Maranhão, Piauí,
Pará e São Paulo. Até o momento, não há relatos ou trabalhos a respeito desse protozoário
no estado do Rio de Janeiro (RJ). OBJETIVOS: O estudo teve como objetivo geral
verificar a presença de Urbanorum spp. em amostras fecais de moradores residentes da
Comunidade do Morro do Preventório, Charitas, Niterói, RJ. Como objetivos específicos,
buscou-se determinar a frequência de infecções nas amostras coletadas e caracterizar
morfologicamente os espécimes de Urbanorum spp detectados nas amostras fecais.
METODOLOGIA: O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisas com Seres

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Humanos da Universidade Salgado de Oliveira, Parecer n0. 4.393.355. Participaram da
pesquisa os estudantes e funcionários de escolas/creches bem como crianças e
adolescentes residentes da Comunidade do Morro do Preventório. Os participantes foram
divididos em 3 grupos: Grupo 1: Pré-escolares (2-6 anos); Grupo 2: Escolares (7-17 anos);
Adultos: participantes com idade ≥ 18 anos. Após a coleta de amostras fecais, as mesmas
foram concentradas através das técnicas de Hoffman, Pons & Janer (sedimentação
espontânea) e Ritchie (centrífugo-sedimentação em formol-éter). As variáveis categóricas
foram expressas como prevalências e as diferenças entre prevalências serão analisadas
pelos testes de χ2 e Teste Exato de Fischer em nível de significância de 0,05%
RESULTADOS: 45/56 das amostras fecais (80,4%) foram positivas para parasitos
intestinais. Urbanorum spp., foi encontrado em 10 amostras fecais (22,2%). Outros
parasitos detectados foram Blastocystis spp. (80%), seguido de Endolimax nana (26,6%).
Entamoeba coli, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica/dispar, também foram
encontrados em 15,5 %, 11,1% e 4,4% das amostras fecais, respectivamente.

Palavras- chave: Urbanorum spp; epidemiologia; Morro do Preventório.

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DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D NA GESTAÇÃO: CONSEQUÊNCIAS
ASSOCIADAS À VIDA FETAL E INFANTIL.

Letícia Paiva de Carvalho Santos¹, Anna Victória Simões da Silva¹, Maria Eduarda
Oliveira Rodrigues da Silva¹; Maria Marília Magalhães da Silva¹, Pâmella Grasielle
Vital Dias de Souza2,3

1
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
2
Doutora em bioquímica e fisiologia, pelo Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e
fisiologia da UFPE.
3
Docente do Núcleo de Saúde do Centro Universitário Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A deficiência de vitamina D (DVD) foi identificada como problema


de saúde pública em muitos países. As mulheres grávidas são identificadas como grupos
de alto risco, onde a prevalência de DVD está entre 20-40% e o aumento do número de
estudos sobre o tema tem revelado resultados conflitantes na associação entre os níveis
de Vitamina D (VitD) durante a gravidez e efeitos adversos na saúde materna, fetal e
infantil. OBJETIVOS: Observar e relatar a gravidade e as consequências da DVD
durante a gravidez, lactação e infância, fatores de risco relacionados e explicar os efeitos
adversos da ausência da vitamina D no organismo. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão de literatura que utilizou como base de dados as plataformas SciELO e PudMed,
avaliando os últimos 10 anos como um período de busca. Foram selecionados artigos que
avaliam o efeito da VitD nos mecanismos epigenéticos da programação fetal e de
gestantes com problemas de saúde. Os artigos mais relevantes segundo os objetivos da
presente revisão foram os escolhidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através dos
estudos foi identificado que os principais fatores para DVD é a redução de sua produção
endógena, redução da ingestão de VitD através dos alimentos, e a obesidade, pois a VitD
lipossolúvel é segregada pela gordura corporal. Durante a vida fetal, a exposição
ambiental e nutricional afetará o crescimento do feto e o desenvolvimento de suas funções
fisiológicas, as mudanças permanentes em muitos processos fisiológicos podem alterar
os padrões de expressão dos genes que afetam o fenótipo e a função. Quanto mais perto
da fertilização, maior a probabilidade de que as mudanças epigenéticas do recém-nascido
respondam às mudanças ambientais. Esses estudos também enfatizaram o papel da VitD
na gravidez e na placenta, e correlacionam a DVD durante a gravidez com: pré-eclâmpsia,
resistência à insulina, diabetes gestacional, vaginose bacteriana e aumento da frequência
de cesarianas. Sobre o metabolismo do cálcio e VitD, durante a gravidez e a lactação, seu
metabolismo muda significativamente para atender às necessidades de mineralização
óssea fetal, por isso os níveis adequados de VitD são importantes para a saúde do feto e
do RN. A DVD materna é um dos principais fatores de risco para o DVD infantil, pois
nas primeiras 6 a 8 semanas de vida os recém-nascidos contam com VitD por
transferência placentária, sendo assim, os níveis de VitD do RN correspondem a 60-89%

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


dos valores maternos. Esses níveis caem na 8ª semana, portanto, bebês que são
amamentados exclusivamente têm alto risco de DVD porque a concentração de VitD no
leite materno é baixa, o que não é suficiente para manter os níveis ideais. CONCLUSÃO:
As pesquisas referentes mostraram que a DVD em gestantes e seus filhos, tem
consequências adversas à saúde. Por isso, é de extrema importância que haja
acompanhamento médico durante a gestação e lactação, principalmente com intervenções
baseadas na programação fetal, monitoramento das gestantes e RN, tendo como princípio
a administração da VitD para melhorar a nutrição materna e infantil. Essas ações são
acompanhadas por uma redução no impacto na saúde das crianças.
Palavras-Chave: Vitamina D, Programação fetal, Lactação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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deficiência de vitamina D e fatores associados em mulheres e seus recém-nascidos
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seu impacto sobre o feto, o recém-nascido e na infância. REVISTA PAULISTA DE
PEDIATRIA, São Paulo, v.33, n. 1,p. 104-113, Março de 2015.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DEPRESSÃO PÓS-PARTO: IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL

Antônia Samira Batista da Silva1; Gabrielle da Silva Araújo Luz 2; Raylândia de Jesus
Viana3; Darlani do Nascimento Nunes4

1,2,3,4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão vem afetando


322 milhões de pessoas no mundo, sendo a prevalência maior no gênero feminino. No
Brasil, a taxa de episódios depressivos chega a 25%, sendo maior durante a gravidez ou
nas semanas/meses seguintes ao parto. A depressão pós-parto (DPP) é o transtorno
psiquiátrico materno mais frequente que pode determinar efeitos negativos no vínculo
mãe-filho e no desenvolvimento infantil. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da depressão
pós-parto referente ao desenvolvimento infantil. METODOLOGIA: Trata-se de um
trabalho revisão integrativa da literatura de abordagem qualitativa, realizada de
setembro/outubro 2021, baseado na questão norteadora “Qual o efeito da depressão pós-
parto no desenvolvimento infantil?”. A busca foi realizada nas base de dados da SCIELO
(Biblioteca Científica Eletrônica Virtual) e na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) por
meio dos descritores depressão pós-parto, desenvolvimento infantil, e sintomas. Como
critérios de inclusão foram adotados artigos na íntegra, publicados entre 2011 a 2021 e
que respondessem a questão norteadora. Quanto aos critérios de exclusão, considerou-se
os artigos repetidos e pagos. Foram encontrados trezentos e quarenta e sete artigos, mas
somente cinco foram utilizados por responderem a questão norteadora. Após definição
dos artigos foi realizada a análise descritiva para obtenção dos resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos mostraram que os filhos de mães que
sofrem da DPP correm o risco de adquirirem problemas emocionais, comportamentais e
psicológicos, além de atrasos no desenvolvimento da esfera cognitiva e da linguagem.
Desse modo, bebês que vivem em tal contexto podem apresentar repercussões como
menor exploração do ambiente, sono irregular, ansiedade, baixa autoestima e uma menor
motivação e maior propensão para desenvolvimento de depressão na vida adulta. Além
disso, a DPP pode acarretar riscos negativos para a alimentação infantil, pois mães
deprimidas são mais propensas à amamentar em baixa intensidade, introduzindo
alimentos sólidos mais cedo, levando a um maior ganho de peso do bebê e o
enfraquecimento do seu sistema imunológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desse
modo, pode-se ressaltar que os efeitos da DPP sensibilizam negativamente a infância,
dessa maneira algumas atitudes são de grande relevância para sanar complicações futuras,
tais como: a psicoterapia mãe-bebê e o envolvimento do parceiro que é crucial para
aumentar a probabilidade de resultados resilientes em crianças. Faz-se necessário também

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


identificar e compreender os diferentes padrões de sintomas depressivos maternos, pois
eles implicam no desenvolvimento das intervenções médicas para reduzir o risco da mãe
adquirir DPP
Palavras-chave: Depressão Pós-Parto, Desenvolvimento Infantil, Relações Mãe-Filho.

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https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/3748>. Acesso em 30 set.
2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DESAFIOS RELACIONADOS AO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA
DERMATITE ATÓPICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.

Rafaela Gava Secchin1 ; Marjorye Santiago Sabatini¹; Marcella Seguro Gazzinelli¹,


Maria Eduarda Tironi Bachour¹, Renata Arêas de Macedo¹ e Lisa Franceschetto Milleri²

1
Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira (MULTIVIX)
2
Médica pela Escola Superior de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de
Vitória (EMESCAM). Residente de Dermatologia na Santa Casa de Misericórdia de
Vitória.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A dermatite atópica (DA), é uma doença inflamatória cutânea crônica,


de característica multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e imunológicos.
Geralmente se manifesta na infância, embora também possa afetar adultos, de ambos os
sexos. A DA possui uma variedade de sinais e sintomas que difere de um indivíduo para
outro e pode comprometer a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico é clínico,
sendo importante a investigação da história pessoal e familiar de atopias, uma vez que
está frequentemente associada com asma e rinite alérgica. Por se tratar de uma doença
crônica que não tem cura, o tratamento visa basicamente reduzir o prurido, controlar a
inflamação e evitar exacerbações. A prevenção da Dermatite atópica ainda é um desafio
devido ao caráter multifatorial e a escassez de estudos sobre o tema. OBJETIVOS:
Revisar a literatura científica e apresentar de forma concisa as principais formas de
prevenção e de tratamento da dermatite atópica. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão bibliográfica realizada em setembro de 2021 com o levantamento bibliográfico
feito por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores “Dermatite
Atópica”, "Prevenção" e “Tratamento” foram definidos pelo Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS). Os critérios de inclusão foram artigos completos, escritos em português e
em inglês, publicados nos últimos 5 anos, já os critérios de exclusão foram artigos
incompletos e com fuga de tema. Feita a análise, foram selecionados 6 artigos para
fundamentar esse estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DA tornou-se um
problema de saúde global devido aos altos custos de saúde, além de estar associada a
considerável comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. É marcada por
distúrbios funcionais profundos que limitam a capacidade de realizar atividades da vida
diária, sendo causa de sofrimento e estigma psicossocial. O estudo da DA é um campo
em rápida evolução e, apesar dos enormes avanços, é necessário um maior entendimento
dessa doença multifatorial para, além de entender sua fisiopatologia, identificar o melhor
tratamento. A terapia básica se concentra no uso de medicações tópicas e hidratação da
pele, juntamente com práticas adequadas de limpeza, além de estratégias baseadas na
prevenção dos gatilhos imunológicos. Corticosteróides tópicos são terapias de primeira

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


linha nas crises inflamatórias de DA e, reduzem a recorrência da doença quando utilizada
de forma intermitente em pacientes com doença estabelecida. Entretanto, por se tratar de
uma terapêutica tópica exaustiva e com possíveis efeitos colaterais, a baixa adesão
terapêutica ainda é uma realidade, o que influencia a persistência dos sintomas e a
intensificação do estresse psicológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observa-se que a
DA, por se tratar de uma doença multifatorial e crônica, necessita de acompanhamento
dermatológico periódico, visando a introdução do tratamento adequado e orientações a
respeito da exposição aos fatores precipitantes do quadro, a fim de evitar possíveis
exacerbações da doença. Outro quesito fundamental, é a necessidade de uma abordagem
multidisciplinar dessa patologia, visando tratar, não só as manifestações cutâneas, mas
também, os aspectos psicológicos envolvidos, garantindo melhora da qualidade de vida
dos pacientes.
Palavras-chave: Dermatology; Skin Manifestations; Dermatitis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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13, p. 7227, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RESISTÊNCIA MEDICAMENTOSA NO TRATAMENTO DA HANSENÍASE

Anielly Araújo Vieira1; Marcia Cleide Madureira Fagundes Gomes Neta2; Lucas
Mateus Advíncola Santos3; Marcus Vinicius Dias Prates4; Victor Emanuel dos Reis
Advíncola5; Gabriela de Cássia Ribeiro6

1,2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri 3Graduando em Medicina pelo Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha
e Mucuri
4
Enfermeiro pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduando em Medicina pela
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
5
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
6
Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Docente do Departamento de Enfermagem da UFVJM
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infecciosa e crônica causada pelo


Mycobacterium leprae. Desde a implementação do esquema poliquimioterápico (PQT) é
demonstrado diminuição na prevalência da doença, porém há registros de casos de
resistência medicamentosa e o aparecimento de cepas de M. leprae resistentes a
medicamentos podem representar um desafio para a terapêutica da hanseníase.
OBJETIVOS: Descrever as causas da resistência farmacológica no tratamento da
hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura em 09 artigos
científicos de estudos epidemiológicos disponibilizados nas bases de dados da Biblioteca
Virtual em Saúde, PubMed e Scientific Library Online no período de 2011 a 2021 em
língua portuguesa, inglesa e espanhola, utilizando os descritores “Hanseníase”,
“Resistência a Medicamentos” e “Tratamento” cruzados por operadores booleandos
“AND” e “OR”. Foi empregado o gerenciador Mendeley para organização das
publicações e após a leitura, excluiu-se os artigos que não se adequaram ao objetivo do
estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria dos estudos identificados apontou
uma prevalência de homens com idade média de 35 anos, de países sul-americanos e
asiáticos, com maiores ocorrências de resistência em casos novos de hanseníase e em
pacientes multibacilares, descoberto a partir de testes com amostras de biópsia de pele
extraindo DNA por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A literatura abordou que
mutações na região determinante de resistência a drogas (DRDR) nos genes folP1 , rpo β
e gyrA demonstram conferir resistência à dapsona, rifampicina e ofloxacina,
respectivamente. A mutação mais encontrada foi a do folp1, sugerindo maior resistência

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a Dapsona, principalmente em pacientes com resistência secundária. Pacientes que
receberam monoterapia com Dapsona no passado mostraram altas taxas de mutação de
DRDR, recidiva, além de servir como reservatório para cepas resistentes à dapsona. As
mutações do rpo β demostraram resistência a Rifampicina, mais identificado em
pacientes com resistência primária demostrando que a droga utilizada de forma irregular,
em monoterapia ou uso indiscriminado no tratamento de outras patologias podem levar a
resistência medicamentosa. O uso da Ofloxacina, em esquemas alternativos, com alvos
genéticos em gyrA e gyrB devem ser monitorados devido ao seu potencial em auxiliar
no aumento de Mycobacterium leprae resistentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Uma
das possibilidades de fracasso terapêutico no tratamento da hanseníase pode ser a
presença de multirresistência farmacológica causada por mutações pontuais no genoma
da hanseníase que são resistentes à Rifampicina e Dapsona. Casos de resistência
medicamentosa a pacientes com tratamento completo com PQT, resistência à
Rifampicina entre os novos casos e cepas resistentes infectando novos contatos,
demonstram a importância da adesão dos pacientes à poliquimioterapia e regularidade do
tratamento. A detecção de DNA baseada em PCR em pacientes que estão iniciando o
tratamento e naqueles previamente tratados para verificar a sensibilidade aos
medicamentos de tratamento para redução da propagação de cepas resistentes e para
descoberta da susceptibilidade do M. leprae a drogas pode ser um método de estratégia
de vigilância facilitando o desenvolvimento de novas ferramentas para monitorar a
resistência medicamentosa.
Palavras-chave: Hanseníase; Resistência a medicamentos; Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO DA RETENÇÃO DE SELANTE AUTOCONDICIONANTE
BIOATIVO E PREVENÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE LESÕES INICIAIS DE
CÁRIE.

Marcela Christine Silva Nunes1, Karla Janilee de Souza Penha2, Fábia Regina de Oliveira
Roma3, Etevaldo Matos Maia Filho4, Cecília Cláudia Costa Ribeiro5, Leily Macedo
Firoozmand6.

1
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA

2,3
Cirurgiã-Dentista. Doutoranda em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão,
São Luís, MA
4
Cirurgião-Dentista. Professor em Odontologia da Universidade CEUMA, São Luís, MA
5,6
Cirurgiã-Dentista. Professora em Odontologia da Universidade Federal do Maranhão, São
Luís, MA
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O emprego de materiais e técnicas que previnam o desenvolvimento de


lesões de cárie é de fundamental importância para a preservação da estrutura dentária e
qualidade de vida do paciente. OBJETIVOS: Avaliar, por meio de ensaio clínico
randomizado, a retenção e qualidade do selante resinoso autocondicionante bioativo com
partículas de ionômero de vidro pré-reagidos (S-PRG), e sua influência sobre a prevenção do
desenvolvimento de cárie em molares permanentes. METODOLOGIA: Seguindo o modelo
de boca-dividida, cinquenta e seis segundos molares permanentes recém erupcionados (estágio
de Erupção 2 e 3), com ICDAS (Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie) entre
1 e 3 foram selecionados. Foram avaliados o CPOD (índice de dentes cariados, perdidos e
obturados), ISG (índice de sangramento gengival), IPV (índice de placa visível) dos pacientes.
Os dentes selecionados receberam, de forma randomizada, tratamentos com: FS - selante
resinoso convencional Fluroshield (Dentsply) e BS – selante autocondicionante com partículas
S-PRG BeautiSealant (Shofu). Avaliações de retenção, qualidade do remanescente, ISG e IPV
foram realizadas após 1 mês. Os testes Wilcoxon e x² de independência foram empregados
para a análise dos dados (p=0,05). A proporção de retenção total foi significativamente menor
para BS (21,4%) comparado ao FS (57,1%) (p=0,022). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Não
foi observada diferença significante em relação à qualidade do remanescente (forma,
adaptação marginal, textura e descoloração) dos selantes estudados. O ISG e IPV não variou,
porém em ambos os grupos, houve redução dos ICDAS 2 e 3 para ICDAS 1, após 1 mês de
avaliação. O selante com partículas S-PRG (BS) apesar de apresentar menor retenção,
contribuiu para a redução do desenvolvimento de cárie na oclusal de molares permanentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os selantes autocondicionastes bioativos podem ser uma
estratégia para reduzir o tempo de aplicação clínica e prevenção da cárie em dentes recém-
erupcionados com lesões iniciais não cavitadas.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Fóssulas e Fissuras; Cárie Dental, Selante Autocondicionante.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO
BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Hioara Kely Arcanjo da Silva1; Eyshila Souza Rebouças2; Stéphanie Cristina Ramos
Soares2; Martiniano de Araújo Rocha2; Raíssa Vieira Santos2; Ermilton Júnio Pereira de
Freitas3
1
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
2
Graduando em Medicina pela Universidade CEUMA
3
Médico Vetrinário. Doutor em Ciência Animal, pela Escola de Veterinária da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Docente do curso de medicina da
Univercidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma enfermidade sistêmica, exclusiva do ser humano,


causada pela bactéria Treponema pallidum. Tem como principal via de transmissão o
contato sexual, seguido pela transmissão vertical para o feto durante o período de gestação
de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma inadequada. Diante disso, nota-se
que o estudo sobre a sífilis congênita tem grande relevância para a saúde pública, logo,
evidenciar o perfil epidemiológico desses casos no Brasil, favorecerá a busca por ações
de intervenções adequadas para possível minimização desse problema. OBJETIVOS:
Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no Brasil a fim de entender
sua prevalência. METODOLOGIA: O trabalho consistiu em uma revisão integrativa
acerca das ocorrências de sífilis congênita, apresentando seu perfil epidemiológico no
Brasil. Para a obtenção dos artigos analisados, utilizou-se o descritor: sífilis congênita no
Brasil na base de dados PubMed e Scielo. Os critérios de inclusão foram artigos íntegros,
gratuitos, publicados em periódicos nacionais no período compreendido entre 2011 a
2021. Já os critérios de exclusão foram artigos que analisaram somente os casos de sífilis
congênita, não levando em consideração a associação do fator social com problemas na
saúde e artigos não publicados nos 10 últimos anos de referência. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Alcançou-se um total de 140 artigos, sendo distribuídos em 27 PubMed
(19,3%) e 113 Scielo (80,71%). Aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão obteve-
se 20 artigos, sendo 12 da PubMed (60%) e 8 da Scielo (40%). Após a análise das
informações adquiridas, evidenciou-se que, no Brasil, a incidência de sífilis congênita é
significativa nas regiões Sudeste e Nordeste do país. Desses casos, notou-se uma maior
ocorrência em crianças cujas mães tinham entre 20 e 29 anos de idade, ensino
fundamental incompleto e baixo nível socioeconômico. Sobre isso, segundo estimativas,
a chance de ter filhos com sífilis congênita é cinco vezes maior em mulheres com menor
grau de escolaridade. Outra análise realizada é que a assistência ao pré-natal e a
abordagem dos parceiros de gestantes portadoras de sífilis são diversas vezes
negligenciadas. Consequentemente, observou-se um índice muito alto de grávidas que
foram submetidas a tratamentos inadequados, em algumas cidades, por exemplo,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


constatou-se que durante a gestação menos da metade das gestantes realizaram dois testes
sorológicos para a sífilis, fato que dificulta o diagnóstico e tratamento precoce da doença,
além de intensificar sua transmissão vertical. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por fim, é
evidente que a sífilis congênita é resultado de uma profunda lacuna no atendimento de
qualidade do pré-natal e no conhecimento das gestantes quanto a importância da
realização dos exames de detecção da sífilis e os riscos que a doença pode acarretar ao
feto. Sendo assim, é necessário elaborar estratégias de instrução ao grupo evidenciado e
promover ações que intensifique a capacitação dos profissionais responsáveis pelo
acompanhamento do pré-natal, a fim de tratar, controlar e, se possível, eliminar esse
problema que ainda persiste no Brasil.
Palavras-chave: Sífilis congênita; Treponema pallidum; Transmissão vertical.

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ANÁLISE SOBRE OS EFEITOS E A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE
BURNOUT NO MEIO ACADÊMICO.
Judi Emilly Almeida Veloso ¹; Raquel Fakhouri²; Stefanni de Sousa Lima³; Natália
Arthuso Lopes4; Vanessa Nascimento Daltro4; Beatriz Carvalho de Oliveira5.

¹Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde.


²Graduando em Medicina pela Faculdade de Medicina Barão de Mauá.
³Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia.
4
Graduando em Medicina pela Universidade Salvador.
5
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A expressão staff burnout foi criada em 1974, pelo psicanalista


Freudenberger para descrever uma síndrome relacionada a sensação de exaustão mental,
ansiedade e desgaste psicossocial. Atualmente, é conhecida por Síndrome de Burnout
(SB) e é comumente ligada ao contexto universitário. OBJETIVOS: Abordagem e
descrição da prevalência da SB em acadêmicos, correlacionados aos transtornos psíquicos
mais frequentes e os motivos que induzem os estudantes ao esgotamento.
METODOLOGIA: Foi realizado uma pesquisa através das plataformas PubMed e
SciELO utilizando 6 descritores: Burnout; Ansiedade; Depressão; Estudantes;
Autoimagem e Autoavaliação. Por fim, foram selecionados 25 artigos que analisaram a
incidência e o impacto da SB em acadêmicos. Os critérios de inclusão foram: Os estudos
realizados em universitários, publicados entre 2000 e 2020, nos idiomas inglês, português
e espanhol. Foram excluídos artigos não realizados no âmbito acadêmico, relacionados
apenas ao mercado de trabalho e estudos realizados fora do cenário brasileiro.
RESULTADOS: A maioria dos artigos avaliados relacionaram a SB ao uso de estratégias
ineficazes para gerenciar o estresse. Em dois artigos foi relatada maior incidência de
transtornos psicológicos em estudantes de períodos onde há momentos decisivos, como
estágios; residência e internato, comparado aos discentes dos primeiros períodos. Além
disso, em 18 áreas acadêmicas foi constatado que estudantes com melhores desempenhos
acadêmicos apresentaram maior desgaste emocional. Os artigos mostraram que,
aproximadamente 38% dos estudantes de medicina apresentam ansiedade ou depressão
em algum momento de sua graduação e os fatores que induzem ao esgotamento são
diversos. Dentre eles se destaca: A alta carga horária dos cursos; cobrança da sociedade
e da própria instituição; insegurança em relação ao mercado de trabalho; elevadas
exigências profissionais; atividades extracurriculares e a percepção de estarem sempre
sendo avaliados, porém, somente 8 a 15% procuram apoio profissional. Também foi
possível notar nos estudos analisados que, as mulheres apresentaram maior índice de
esgotamento físico e emocional pois estão expostas a mais fatores estressantes.
CONCLUSÃO: A maior incidência da SB ocorre devido à grande quantidade de carga
horária e a alta exigência no meio acadêmico e profissional, relacionada à depressão e a

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ansiedade tornam-se uma grande barreira para o estudante, provocando menor
produtividade diária e grandes danos à saúde de quem os porta.
Palavras-Chaves: Síndrome de Burnout; Ansiedade; Depressão; Estudantes; Estresse,
Transtornos Psíquicos.

Referências:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LEPTOSPIROSE: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, PREVENÇÃO E
CONTROLE NO BRASIL

Lucas Gonçalves Mesquita de Oliveira1; Eduarda Faria Raimundo1; Karina Mika


Kameoka1; Luiz Henrique Toddescat Nottar1; Daniela Maria Bastos de Souza²
1
Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
²DMFA: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – UFRPE
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Leptospirose é uma patologia de caráter zoonótico, que possui como


principal agente etiológico bactérias espiroquetas da espécie Leptospira interrogans,
possuindo mais de 250 sorovares já descritos em vários países. As leptospiras vivem em
ambientes quentes e úmidos, o que facilita sua transmissão quando as condições
ambientais favorecem e possuem como principal reservatório os roedores, onde esses são
capazes de eliminar a bactéria por longos períodos no meio ambiente em razão da
capacidade em que a bactéria tem de permanecer em locais imunoprivilegiados, a
exemplo dos túbulos renais na fase leptospiúrica. A transmissão ocorre não só pelo
contato e penetração da leptospira via cutânea e mucosas, mas também por mordidas de
animais infectados, via transplacentária e ingestão de alimentos, água ou da terra
contaminada. O impacto na saúde pública é grande e o Brasil carece de medidas sanitárias
que atenuem e reduzam a proliferação da doença. OBJETIVOS: Apresentar dados
epidemiológicos e as principais medidas de controle e prevenção da doença, tanto em
humanos como em animais domésticos. METODOLOGIA: O resumo foi desenvolvido
a partir de consultas bibliográficas e artigos publicados em bancos científicos acerca de
controle, prevenção e epidemiologia da doença no Brasil, que abordassem dados
importantes de levantamento dos patógenos e suas consequências. Os artigos
selecionados foram datados de 2006 até 2021, um intervalo de quinze anos. As
plataformas cientificas utilizadas foram o Google Acadêmico (Scholar), Science Direct,
Pubmed® e PubVet totalizando 12 artigos lidos e selecionados. A seleção das publicações
foi restrita aos artigos relacionados com a epidemiologia, prevenção e controle da
Leptospirose. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Medidas de saneamento básico, a
exemplo de coleta e tratamento de lixo e esgoto, limpeza e desobstrução de canalização,
drenagem de água parada e controle da população de roedores são essenciais no controle
da doença. A leptospirose é ainda mais disseminada quando há enchentes e desastres
naturais, onde a água e a lama saturam o solo com leptospiras. Com isso, surtos da doença
em humanos e em cães podem surgir, havendo possíveis correlações entre a leptospirose
humana e canina com o mesmo sorovar. Medidas profiláticas como, retirada da lama
residual das enchentes, equipamento de segurança como botas e luvas de borracha,
vacinação dos animais domésticos e a desinfecção do local são imprescindíveis. No
Brasil, no período de 2000 à maio de 2019, foram registrados 70.830 casos de leptospirose

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em humanos, desses 6.723 óbitos. As regiões de Sul e Sudeste do país apresentaram uma
maior ocorrência de casos por ano, seguido por Nordeste e Centro-Oeste,
respectivamente. Dentre os acometidos, homens com idade entre 20 e 34 anos são os mais
afetados. Em animais, se carece de estudos sobre a epidemiologia da leptospirose,
principalmente por muitos animais serem assintomáticos ou errantes, dificultando ainda
mais um possível diagnóstico e registros dessa patologia. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Foi observado, portanto, que o Brasil ainda é um país pobre em medidas sanitárias para
o controle e prevenção da Leptospira, sendo uma doença negligenciada classificada como
problema de saúde pública, necessitando de um investimento para minimizar a sua
ocorrência.
Palavras-chave: Leptospirose; Prevenção; Controle.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância, prevenção e controle de
zoonoses: normas técnicas e operacionais [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. CoordenaçãoGeral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume
único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. – 3a. ed. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

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dos prováveis locais de infecção dos casos humanos autóctones confirmados em 2011 e
2012. 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA LIGA ACADÊMICA
DE MEDICINA REPRODUTIVA NO ANO DE 2021 NA COMUNIDADE

Lucca Lopes Martins1; Eduardo Henrique de Sousa Lima1; Giovana Caroline Silva
Rocha1; Isabella Ribeiro de Sena Carvalho1; Lívia Pereira do Vaz1; Waldemar Naves do
Amaral2.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
2
Médico. Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Liga Acadêmica de Medicina Reprodutiva (LiRep), por meio do


tripé ensino, pesquisa e extensão, busca promover um projeto de extensão em que temas
importantes que envolvam reprodução humana sejam abordados ao longo das graduações
nas áreas de saúde, além de promover uma continuação desse conhecimento para a
comunidade, com ações envolvendo conscientização e promoção de saúde à população.
OBJETIVOS: Descrever as atividades realizadas pela LiRep em 2021 e demonstrar os
benefícios para acadêmicos e sociedade. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo com apresentação das atividades realizadas pelo projeto de extensão Liga de
Medicina Reprodutiva ao longo do ano de 2021, até o presente momento, incluindo aulas,
trabalhos científicos e campanhas de extensão visando atingir a comunidade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao longo de 2021, a LiRep publicou 13 trabalhos em
congressos, 15 capítulos de livro e 4 artigos científicos. No ensino, a Liga realizou 15
aulas com profissionais em reprodução humana, além de organizar um simpósio com a
participação de 213 acadêmicos. A Liga realizou também projetos voltados à
comunidade, com realização de campanhas de conscientização sobre problemas como
infertilidade; reprodução assistida; Infecções Sexualmente Transmissíveis e meios de
prevenção; planejamento familiar; aconselhamento genético; bioética, entre outros.
Devido à situação sanitária atual do Brasil, parte das campanhas realizadas foram por
plataformas online, como postagens nas redes sociais, eventos ao vivo realizados com
médicos, palestras a alunos de escolas na modalidade virtual, sendo que estima-se um
alcance nas redes sociais de aproximadamente 700 pessoas, e um público atingido nas
escolas de mais de 100 alunos. Também foram realizados atendimentos no ambulatório
de reprodução assistida do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e duas
campanhas de arrecadação de mantimentos para comunidades carentes. As realizações da
Liga no âmbito do ensino, científico e extensão no ano de 2021 foram de grande valia
para a sociedade. A adaptação da Liga ao modelo virtual mostrou pouca redução no
público alvo atingido, e permitiu alcançar populações de diferentes regiões. Temas
relacionados à reprodução humana estão presentes em todos os âmbitos da vida adulta, e
devem ser discutidos com a sociedade. A infertilidade pode atingir até 15% dos casais,

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sendo que 32% das mulheres não apresentam preocupação de não ter filhos, o que
representa uma falta de conhecimento sobre o assunto, e pouco mais da metade reconhece
a existência de medidas capazes de reduzir esse problema. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Assim, conclui-se que a LiRep cumpriu seu propósito como projeto de
extensão, ao atingir um público alvo satisfatório e intervir de forma ativa na comunidade,
conscientizando pessoas sobre problemas relacionados à reprodução humana. Dessa
forma, nota-se a importância das ações de uma Liga Acadêmica e da adaptação ao meio
virtual para agregar maior conhecimento à comunidade sobre sua saúde. Ademais, as
ações no científico e no ensino possibilitaram uma melhor formação dos acadêmicos
como profissionais de saúde. Assim, as atividades da LiRep foram essenciais à
comunidade e devem ser estimuladas a continuar mesmo com adversidades relacionadas
à pandemia.
Palavras-chave: Medicina Reprodutiva; Educação em Saúde; Extensão Comunitária.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BERBEL, D. B.; RIGOLIN, C. C. D. Educação e promoção da saúde no Brasil através
de campanhas públicas. Rev Bras Ciênc Tec Soc, v. 2, n. 1, p. 25-38, 2011.

GUIMARÃES, M. A. M. et al. Prevalência e práticas preventivas em infertilidade entre


mulheres atendidas em um serviço público de saúde. Reprodução & Climatério, v. 28,
n. 2, p. 57-60, 2013.

OLIVEIRA, Nilmara Santana et al. Considerações sobre infertilidade


masculina. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-SERGIPE,
v. 1, n. 2, p. 21-26, 2013.

SAITO, M. I.; LEAL, M. M. Educação sexual na escola. Pediatria, v. 22, n. 1, p. 44-48,


2000.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UMA DIETA HIPERPROTEICA NÃO POSSUI EFEITOS PREJUDICIAIS: UM
ESTUDO CRUZADO DE HOMENS TREINADOS EM RESISTÊNCIA.

Lorena de Sousa Bottentuit1;


1
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Muito se fala sobre as proteínas e seus benefícios, em concomitância,


seus malefícios no que tange ao excesso de consumo dietético. Há profissionais da saúde
que declaram que proteínas em quantidade específica, pode causar doenças renais, ou até
mesmo problemas hepáticos, principalmente no público que pratica atividade física, e por
isso, precisa de um aporte proteico maior,visando a hipertrofia muscular. Tais opiniões,
geralmente infundadas em artigos sem resultados sólidos, prejudicam o entendimento do
público sobre a importância do consumo adequado de proteínas. Neste artigo, é feito um
estudo randomizado cruzado com 14 homens jovens que praticam treinos resistidos há
mais ou menos 8 anos, que consumiram intercaladamente, suas dietas habituais e dietas
hiperproteicas. OBJETIVOS: Ainda há desafios perante aos efeitos de uma dieta
hiperproteica e o que se define (quantitativamente falando) uma dieta hiperproteica.
Considera-se que a mensuração correta de proteínas na dieta é melhor avaliada por grama
por quilo de peso por dia. Assim como a finalidade deste estudo é desmistificar quaisquer
dúvidas perante dieta hiperproteica a longo prazo, associada com doenças renais.
Inclusive, alguns estudos já mostraram hipertrofia renal em ratos que consumiam dietas
hiperproteicas, ademais, outra pesquisa já mostrou que dietas hiperproteicas na verdade
podem melhorar a função hepática e renal. De maneira prática, o presente artigo tem por
objetivo estabelecer informações reais sobre o consumo crônico de dieta rica em proteínas
em atletas homens saudáveis, que colaborem para uma melhor conduta
nutricional.METODOLOGIA: Adentrando mais em relação aos metodos usados na
pesquisa, foi realizada nós Estados Unidos da América, no que tange aos participantes,
foram voluntários 14 homens jovens (10 homens brancos, 3 homens negros e 1 ilhéu do
Pacifico) que foram submetidos à um estudo randomizado cruzado em que eles
consumiam por 2 meses e 4 meses, suas dietas habituais e dietas hiperproteicas,
contabilizando 1 ano e 6 meses para cada tipo de dieta. Foram feitas, diário alimentar 3
vezes na semana, contabilizando um total de 150 alimentos em um aplicativo de
mensuração de calorias e macronutrientes (MyFitnessPal). Os indivíduos foram pesados
em jejum e mais de 24 horas sem nenhum tipo de treino, com a mesma roupa 2 vezes a
cada visita. Além disso, foram feitos inúmeros exames de sangue, como cálcio,
magnésio,potássio,sódio, LDL,HDL, triglicérides,etc.Ademais, os participantes não
alteraram seus treinos durante o estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Sobre os
resultados, não houve efeitos adversos nos participantes, nem aumento de níveis séricos
lipídicos como colesterol, assim como a maioria dos micronutrientes analisados estavam
nos níveis adequados. Havendo assim, a confirmação de que mesmo em longos perdidos

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e com acompanhamento nutricional, as chances de hipercolesterolemia em atletas que
praticam dietas hiperproteicas são baixas, quase nulas. Em suma, não houve mudança na
composição corporal nos indivíduos, nem de sua massa gorda,apesar de ocorrência de
maior aporte energético. As únicas limitações encontradas no presente artigo, foram que
todos os voluntários possuem muitos anos de treino resistido e eram jovens. Além de que,
estão acostumados a uma dieta com quantidades consideráveis de proteínas (>
2.0g/kg/dia).
Palavras-chave: Hipertrofia, Doença Renal, Proteínas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Antonio J, Ellerbroek A, Silver T, et al. A High Protein Diet Has No Harmful Effects: A
One-Year Crossover Study in Resistance-Trained Males. J Nutr Metab.
2016;2016:9104792. doi:10.1155/2016/9104792

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALOPÉCIA ANDROGENÉTICA: O SEGREDO POR TRÁS DOS
FITOTERÁPICOS

Lucas Mateus Advíncola Santos1; Anielly Araújo Vieira2; Marcia Cleide Madureira
Fagundes Gomes Neta3; Marcus Vinicius Dias Prates4; Victor Emanuel dos Reis
Advíncola5.
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
4
Enfermeiro pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduando em Medicina pela
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
5
Graduando em Nutrição pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Alopécia Androgenética (AAG), popularmente conhecida como


calvície, é uma doença que atinge majoritariamente os homens, caracterizada pela perda
gradual dos cabelos na região frontopariental e central. A fisiopatologia da calvície é
complexa e multifatorial, determinada geneticamente pela hipersensibilidade dos
folículos pilosos aos andrógenos, causando miniaturização e consequentemente queda
capilar. Os principais hormônios responsáveis são a Di-hidrotestosterona (DHT),
andrógeno derivado da testosterona pela enzima 5α-redutase e a Dehidroepiandrosterona
(DHEA), produzido nas mulheres pelas glândulas supra-renais. A AAG não possui cura,
porém pode ser controlada com uso tópico de Minoxidil 5% e ingestão diária de
Finasterida 1 mg. Contudo, a presença de efeitos adversos e contraindicações,
principalmente em mulheres, contribuem para aversão e descontinuidade ao tratamento.
OBJETIVOS: Identificar os melhores fitoterápicos para AAG e comparar a eficácia com
os tratamentos convencionais. METODOLOGIA: Foi exercido um levantamento
bibliográfico através de 13 artigos do período de 2007 a 2020 nas principais bases
científicas, além de revisão em obras consagradas da área médica. Durante a busca, foram
utilizados os operadores booleanos “AND” e “OR” combinados aos seguintes descritores
"calvície", "fitoterapia", “alopécia”, “DHT” cruzados entre si. Após a leitura dos artigos,
foi realizado o direcionamento de estudo para o tema "Fitoterapia na prevenção da
calvície”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação à eficácia da fitoterapia na
AAG, a literatura abordou duas terapias promissoras, sendo elas: O uso oral de Saw
Palmetto associado ao uso tópico de Óleo de Hortelã-Pimenta (OHP). A Serenoa Repens,
nome científico do Saw Palmetto é uma pequena palmeira nativa da América do Norte, a
primeira referência de uso datada foi realizada pelos nativos americanos que utilizavam
para alívio de pertubações genitourinárias. Com base nisso, estudos in-vitro demostraram

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ao contrário da finasterida, que realiza uma inibição competitiva ao tipo II da enzima 5α-
redutase, a Serenoa Repens tem demostrado ser um inibidor não competitivo, tanto do
tipo I quanto tipo II. Ademais, um estudo bioquímico evidenciou que o extrato
lipoesterólico da Serenoa Repens mostrou ser até 15 vezes mais eficaz do que a finasterida
1 mg em inibir a conversão da testosterona em DHT, com pouca adversidade. Em relação
ao OHP, extraído das folhas de hortelã-pimenta, um estudo coreano constatou que ele
apresentou resultados surpreendentes no crescimento de pelos do dorso de camundongos
em um período de quatro semanas. No final da pesquisa, o OHP proporcionou um
crescimento de 92% enquanto Minoxidil 3%, cerca de 55%. Esse benefício do OHP deve-
se ao mentol que facilita a absorção do produto sem causar alterações cutâneas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante esses dados, o uso desses dois fitoterápicos
mostrou-se eficaz na prevenção da AAG e com menos efeitos adversos comparados aos
tratamentos tradicionais. Porém vale ressaltar, que os estudos científicos ainda são
escassos e que mesmo os fitoterápicos apresentando resultados positivos, eles não são
isentos de efeitos indesejáveis. Por fim, a avaliação médica é de extrema importância
antes de escolher a melhor terapêutica, visto que a AAG pode ter inúmeras influências
em sua evolução.
Palavras-chave: Calvície, DHT, Fitoterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA O ALÍVIO DA DOR EM
RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS EM UTI

Sarah Veiga da Silva¹


¹Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Fametro.
[email protected]

INTRODUÇÃO: Um recém-nascido prematuro (RNTP) é submetido a diversos


procedimentos na unidade de terapia intensiva neonatal, em média, por isso, diminuir a
experiência dolorosa do RNTP é fundamental, pois pode haver alterações fisiológicas e
psicológicas a curto e longo prazo. Os métodos não farmacológicos para alívio da dor e
diminuição dos estímulos estressores são recomendados, pois apresentam baixo custo e
efetividade comprovada. OBJETIVOS: Descrever os métodos não farmacológicos para
alívio de dor em recém-nascidos prematuros. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão de literatura realizada a partir de artigos entre 2014-2021 no sistema de dados
SciELO e LILACS sobre intervenções não farmacológicas em recém-nascidos
prematuros, foram encontrados 6 artigos que correspondiam aos critérios.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Aleitamento materno: diminui a sensação dolorosa
em procedimentos como a punção venosa, diminui cerca de 80% da dor aguda. Ambiente
Humanizado: diminui ruídos e luzes que provocam incômodo e estresse no RN. Contato
pele a pele e método canguru: utilizados antes e depois de procedimentos dolorosos,
possui inúmeros benefícios como ganho de peso e menor tempo de internação. Solução
oral de glicose: Possível eficácia como analgésico e na redução do tempo de choro, porém
há controvérsias entre diversos autores. Manuseio mínimo: o RNPT deve ser manuseado
apenas quando necessário, pois quando são retirados de sua posição de conforto, pode
acarretar um estímulo doloroso. Sucção não nutritiva com chupeta: promove melhora na
respiração, aumento da oxigenação, diminui o desconforto do RN, redução da frequência
cardíaca e a intensidade da dor. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados da pesquisa
mostraram que existem diferentes e diversos tipos de intervenções não farmacológicas
para RNPT, de fácil aplicação e baixo custo, porém, ainda há controvérsias entre alguns
autores sobre alguns métodos, e por isso é necessário maiores estudos para a melhora da
aplicação e eficácia para a melhoria no atendimento e cuidado aos Recém-nascidos.

PALAVRAS-CHAVE: Recém-Nascido; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Dor.


REFERÊNCIAS

ARAUJO GC et al. Dor em recém-nascidos: identificação, avaliações e intervenções.


Revista Baiana de Enfermagem. v.29, n.3, pg.261-270, 2015.

MACIEL HIA et al. Medidas farmacológicas e não farmacológicas de controle e


tratamento da dor em recém-nascidos. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. v.31,
n.1, pg.21-26, setembro/2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MOTTA GCP; CUNHA MLC; Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-
nascido. Revista Brasileira de Enfermagem. v.68, n.1, p.131-135, 2014.

OLIVEIRA CWL et al. Intervenções não farmacológicas no alívio da dor em unidade de


terapia intensiva neonatal. Ciências Biológicas da Saúde. v.3, n.2, p.123-134, abr/2016.

PIRES CG et al. Intervenções não farmacológicas no controle da dor em cuidados


intensivos neonatais. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano. v.7, n.2, pg.63-76,
2019.

SILVA SF et al. Non-pharmacological interventions in the control of pain in newborns


pre-term: knowledge of nursing staff. Revista Nursing. v.278, n.24, pg.5896-5900, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIAL
NA PERCEPÇÃO DOS IDOSOS

nicácia souza oliveira¹; luana alinny de oliveira albuquerque²; carla renata gomes de
carvalho holanda ³

1,3
Enfermeira. Maternidade Escola Assis Chateaubriand, ¹[email protected],
³[email protected]
² Enfermeira. Unibras Bahia, [email protected]
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: O envelhecimento é caracterizado como um processo natural, que


desencadea uma progressiva diminuição da funcionalidade do indivíduo, o que em
situação normal não ocasiona problemas, sendo assim denominado de senescência onde
as alterações são fisiológicas. As pessoas envelhecem das mais diversas formas, dessa
forma a idade diz menos sobre as características do envelhecimento do que os fatores
genéticos e o estilo de vida. A velhice faz parte ciclo vital, sendo assim precisa ser vivida
em sua plenitude. É o momento no qual o indivíduo faz uma análise de sua própria
existência e chega à conclusão que alcançou muitos objetivos, mas também sofreu muitas
perdas e a saúde representa uma delas. Objetivo: Descrever as representações sociais dos
idosos sobre o processo de envelhecimento no contexto social. Metodologia: Trata-se de
um estudo de revisão integrativa, onde foram realizadas pesquisas durante os meses de
agosto e setembro de 2021, nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online
(SCIELO) e Literatura Latino-Américo e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
utilizando-se os descritores: “Envelhecimento”, “Percepção”, “Representações Sociais”.
Os critérios de inclusão das referências foram aderência ao objetivo proposto e
publicações indexadas nos últimos cinco anos. Foram identificadas 25 referências, sendo
que apenas 13 atenderam aos objetivos do estudo. Foram excluídas as publicações
indexadas em mais de uma base de dados, assim como teses, dissertações e relatos de
experiência. Resultados e Discussão: Os achados evidenciaram que as representações
sociais do processo de envelhecimento apresentam-se de maneira de divergente para os
idosos, estando diretamente relacionadas com as escolhas feitas ao longo da vida. Entre
as manifestações positivas eles encaram o envelhecimento com maturidade e sabedoria,
aceitando suas limitações físicas, e destacando ganhos sociais, aumento do vínculo com
a família e amigos e melhoria da qualidade de vida. No que concerne aos aspectos
negativos, eles associam a velhice ao processo de adoecimento, prevalecendo os
sentimentos de perdas, incapacidades e insatisfação. Considerações Finais: O modo de
viver, os determinantes sociais e os fatores psicológicos influenciam diretamente na
maneira com que as pessoas lidam com o processo de envelhecimento. Dessa forma,
estudar esse processo se torna relevante para o desenvolvimento de estratégias que
possam contemplar as necessidades dessas pessoas, assegurando o respeito, a dignidade
e políticas públicas de saúde eficientes.
Palavras-Chave: Envelhecimento; Percepção; Representações Sociais.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO, L.D. et al. Representações sociais elaboradas por pessoas idosas sobre ser idoso
ou envelhecido: abordagens estrutural e processual. Revista de Enfermagem da UFSM,
v.10, p. 1-21, 2020.
FERNANDES, J.S.G.; RODRIGUES, B.H.R.; ANDRADE, M. S. Representações sociais
de idosos sobre família. Ciências Psicológicas, v. 11, n. 1, p. 41-48, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SAÚDE MENTAL, TRABALHADORES DA SAÚDE E A COVID-19
Maria da Silva Soares¹ Marcela Dias de Freitas² Adeilda da Silva Barbosa³, José Marcos
da Silva4

¹ ² Discentes do Curso de graduação em Saúde Coletiva, Centro Acadêmico de Vitória da


Universidade Federal de Pernambuco (CAV/UFPE), Pernambuco, Brasil.
³ Discente do Curso de Enfermagem, Faculdade Santíssima Trindade (FAST), Nazaré da
Mata, Pernambuco, Brasil.
3
Doutor em Direitos Humanos, Saúde Global e Políticas da Vida – Fiocruz, professor
adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE/CAV), Vitória de Santo Antão,
Pernambuco, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A saúde mental é uma importante condição para lidar com situações
complexas. O trabalho em saúde se caracteriza como um modo de trabalho peculiar por
se ocupar com os temas de início e fim de vida, adoecimento, sofrimento humano. Diante
disso os profissionais da saúde, no contexto da pandemia do novo coronavírus, foram
colocados em situação extrema diariamente pelo medo de contaminação e disseminação
para os seus familiares. As condições de trabalho desfavoráveis, falta de equipamentos
de proteção individual (EPIs) e sucateamento, faz com que a saúde mental desses
trabalhadores seja impactada, ocasionando desgaste físico e mental, além de proporcionar
baixos índices de satisfação com a qualidade de vida. Não é difícil reconhecer que
profissionais de linha de frente à pandemia vivenciam o esgotamento físico e emocional.
Ademais, o isolamento social impôs restrições que afetam a saúde mental. OBJETIVOS:
O presente estudo tem o objetivo de analisar os impactos da pandemia de COVID-19 na
saúde mental dos profissionais de saúde. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
integrativa de literatura, realizada nas bases de dados SCIELO, PubMed e LILACS, a
partir dos descritores em ciências da saúde (DeCS): Saúde Mental, Profissionais de
Saúde. Inicialmente foram incluídos para pesquisa 8 artigos no período de agosto de 2020
a setembro de 2021 completos e os artigos excluídos consistiram nos trabalhos fora do
tema da pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Diante dos estudos observou-se que
os profissionais de saúde durante a pandemia sofreram com jornadas de trabalho
exaustivas, ansiedade, estresse, insegurança frente a doença, medo de contaminação, além
dos pensamentos constantes relacionados a frustração e a “culpa” quando os profissionais
não conseguem salvar uma vida. A distância da família também tem contribuído para o
afetamento da psique humana desses profissionais e isso tem acarretado o adoecimento
psicológico. Sendo assim é válido fomentar a relevância do descanso laboral, orientando
os profissionais a realizarem intervalos durante o trabalho, bem como a adotar práticas
que diminuam os impactos na saúde mental, cujos que tem que lidar com as incertezas no
ambiente de trabalho. CONCLUSÃO: Diante do exposto, torna-se evidente a
necessidade de políticas de cuidado aos profissionais, medidas de proteção da

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cronificação do sofrimento psíquico, melhores condições de trabalho e disponibilidade de
recursos para o trabalho seguro. Outrossim, é fundamental refletir acerca de intervenções
e estratégias multiprofissionais que visem a qualidade de vida no trabalho com
acompanhamento destes profissionais.
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Mental; Profissionais da Saúde; Pandemia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BEZERRA, Gabriela Duarte et al. O impacto da pandemia por COVID-19 na saúde
mental dos profissionais de saúde: revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual In
Derme, [S.L.], v. 93, n. 1, p. 1-16, 4 set. 2020. Revista Enfermagem Atual.
http://dx.doi.org/10.31011/reaid-2020-v.93-n.0-art.758.

PRIGOL, Adrieli Carla; DOS SANTOS, Edilson Lima. Saúde mental dos profissionais
de enfermagem diante da pandemia COVID-19 Saúde mental de profissionais de
enfermagem frente à pandemia do COVID-19 Salud mental de los profesionales de
enfermería ante la pandemia COVID-19. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, v. 9,
n. 9, pág. e542997563, 2020.

SCHMIDT, Beatriz et al. Saúde mental e intervenções psicológicas diante da pandemia


do novo coronavírus (COVID-19). Estudos de Psicologia (Campinas), [S.L.], v. 37, p. 1-
16, mar. 2020. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1982-
0275202037e200063.

PAPEL DA MICROBIOTA INTESTINAL NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO


DO CÂNCER DE CÓLON

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Ruth Jacmin Quispe Ccapa1; Rafael Mendonça2; Gabriel Caetano Diniz3; Júlia Marcel
Ghannam Fontes4; Lupércio Rocha Reis Filho5.
1-5
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: Atualmente, o câncer de cólon é o terceiro mais diagnosticado tanto
em homens quanto em mulheres, sendo uma doença crônica que pode ser prevenida.
Sabe-se que o ambiente intestinal é habitado por uma microbiota que fornece benefícios
para o hospedeiro. No entanto, quaisquer alterações na população bacteriana podem
favorecer obesidade, desnutrição, diabetes e processos inflamatórios, esses últimos, por
sua vez, podendo propiciar câncer de cólon. OBJETIVOS: Descrever a importância da
microbiota intestinal na prevenção do câncer de cólon e evidenciar sua relevância na
terapia dos cânceres já instalados. METODOLOGIA: Estudo de revisão integrativa com
caráter retrospectivo, observacional e descritivo. A busca foi realizada nas plataformas
PUBMED e LILACS no dia 11/08/2021 com os descritores MeSH: "Intestinal
Microbiota” AND “Prevention” AND “Treatment" AND “Colon Cancer”. Foram
encontrados 43 artigos dos últimos 5 anos. Foram selecionadas 8 publicações dentro das
categorias: estudo controlado, randomizado, revisão sistemática e meta-análise.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos realizados convergem para ação benéfica
da microbiota intestinal e dos probióticos para favorecer o ambiente intestinal no sentido
anti-inflamatório com a produção de metabólitos anticancerígenos e antioxidantes. Nesse
sentido, a prevenção do câncer de cólon está associada a alterações quantitativas e
qualitativas na microbiota intestinal. Assim, os probióticos produzidos por bactérias como
as Lactobacillus, Oenococcus, Weisella e Bifidobacterium e Escherichia coli atuam na
eubiose produzindo ácidos graxos de cadeia curta, reduzindo a inflamação, promovendo
a apoptose de células cancerígenas, aumentando a barreira intestinal contra alérgenos e
substâncias inflamatórias, e também atuam competindo contra bactérias putrefativas e
patogênicas. Substâncias produzidas pela microbiota em eubiose como o ácido butírico e
ácido acético atua regulando a proliferação, divisão e apoptose dos colonócitos. Estudos
indicam que há maior concentração desses ácidos nas fezes de pacientes saudáveis do que
em pacientes com câncer de cólon sendo que caso ocorra uma redução de 1μg / L de
butirato nas fezes eleva-se o risco de câncer de cólon em 84,2% e que uma redução de
1μg / L de ácido acético aumenta a probabilidade de desenvolver adenoma em 71,3%.
Essas substâncias atuam contra a carcinogênese reduzindo nas células a transcrição de
fatores antiapoptóticos e aumentando a produção de citocinas antiinflamatórias como a
interleucina 10 (IL-10). Ademais, a microbiota intestinal e os probióticos podem atuar
como coadjuvantes no tratamento do câncer de colón. A administração de
quimioterápicos com probióticos como Lactobacillus plantarum e Lactobacillus
rhamnosus, demostrou reduzir a atividade enzimática de compostos cancerígenos ao
atuarem contra o estresse oxidativo durante o tratamento do câncer de cólon.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Torna-se evidente que a função da microbiota na
prevenção de doenças oncológicas e principalmente na redução do risco de câncer de

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cólon é relevante, posto que aumenta a barreira do epitélio intestinal e eleva os níveis de
metabólitos anticancerígenos e antioxidantes. Além disso, a microbiota pode torna-se
uma exímia aliada no tratamento de câncer de cólon, uma vez que tem demonstrado um
efeito sinérgico com agentes quimioterápicos capazes de reduzir o estresse oxidativo e
casos de diarreia e desconforto abdominal quando suplementados durante a sessão de
quimioterapia.
Palavras-chaves: Câncer de cólon; microbiota intestinal; prevenção; tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

CHAPKIN, R. S. et al. Diet and Gut Microbes Act Coordinately to Enhance


Programmed Cell Death and Reduce Colorectal Cancer Risk. Digestive Diseases and
Sciences, v. 65, n. 3, p. 840–851, 31 mar. 2020. Disponível em:
<http://link.springer.com/10.1007/s10620-020-06106-8>.

DRAGO, L. Probiotics and Colon Cancer. Microorganisms, v. 7, n. 3, p. 66, 28 fev.


2019. Disponível em: <https://www.mdpi.com/2076-2607/7/3/66>.

GÓRSKA, A. et al. Probiotic Bacteria: A Promising Tool in Cancer Prevention and


Therapy. Current Microbiology, v. 76, n. 8, p. 939–949, 4 ago. 2019. Disponível em:
<http://link.springer.com/10.1007/s00284-019-01679-8>.

ILLESCAS, O.; RODRÍGUEZ-SOSA, M.; GARIBOLDI, M. Mediterranean Diet to


Prevent the Development of Colon Diseases: A Meta-Analysis of Gut Microbiota
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<https://www.mdpi.com/2072-6643/13/7/2234>.

KICH, D. M. et al. Probiotic: effectiveness nutrition in cancer treatment and


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<http://revista.nutricionhospitalaria.net/index.php/nh/article/view/806>.

KIM, S. H.; LIM, Y. J. The role of microbiome in colorectal carcinogenesis and its
clinical potential as a target for cancer treatment. Intestinal Research, 21 maio 2021.
Disponível em: <http://irjournal.org/journal/view.php?doi=10.5217/ir.2021.00034>.

MOLSKA, M.; REGUŁA, J. Potential Mechanisms of Probiotics Action in the


Prevention and Treatment of Colorectal Cancer. Nutrients, v. 11, n. 10, p. 2453, 14
out. 2019. Disponível em: <https://www.mdpi.com/2072-6643/11/10/2453>.

YANG, J.; YU, J. The association of diet, gut microbiota and colorectal cancer: what
we eat may imply what we get. Protein & Cell, v. 9, n. 5, p. 474–487, 30 maio 2018.
Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/s13238-018-0543-6>.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES POR ANIMAIS
PEÇONHENTOS NO ACRE DE 2013 A 2017

Francisco Renan da Silva Almeida1, Andressa Farias de


Araújo2, Maycon de Carvalho Lima 3, Sarah Jéssica Maia
dos Santos4, Anne Grace Andrade da Cunha Marques5,
Dayan de Araújo Marques6

1,2,3,4
Graduados em Enfermagem. Universidade Federal do Acre-UFAC.
5
Mestra em Enfermagem. Universidade Federal do Acre. Enfermeira.
6
Mestre em Química. Universidade Federal do Acre. Farmacêutico.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O território nacional é dotado de rios, montanhas, florestas e um


extenso litoral, onde residem diversas espécies de animais. Um animal é classificado
peçonhento se possuir um aparelho especial para injetar o veneno, já o animal venenoso
não possui esse mecanismo. OBJETIVO: O presente estudo trata-se de uma análise
descritiva, realizada a partir de registros dos acidentes com animais peçonhentos na
plataforma do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no Estado do
Acre nos períodos de 2013 a 2017. METODOLOGIA: Como o banco de dados do
SINAN aloca todas as notificações por animais peçonhentos ocorridos no Brasil, algumas
variáveis epidemiológicas importantes foram selecionadas, sendo estas: tipo de acidente,
faixa etária, sexo, ano do acidente, UF de ocorrência, evolução do caso, classificação do
acidente e tempo de atendimento. Para o armazenamento, análise e tabulação dos dados
foram utilizadas o programa Microsoft Excel 2016, após lograr os resultados, construiu-
se gráficos e tabelas para a disposição dos dados. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Foram registradas 4.897 notificações em todo o estado, durante o período analisado.
Quanto à faixa etária, percebe-se que os casos envolvendo adultos de 20 a 39 anos
representam os maiores registros (N=1890) seguido por crianças e adolescentes de <1 a
19 anos (N=1654). Com maior incidência no público masculino corresponde a 66,17%
do total. As serpentes representaram a maioria dos acidentes (N=2390), sendo a espécie
de maior incidência a Bothrops com 30,92%, já os escorpiões representaram 20% das
notificações, abelhas corresponderam a 9% (n=439), aranhas a 8,5%, por lagarta
representaram 1,5% do total de acidentes notificados. Quanto à classificação final dos
acidentes 66,90% dos casos foram catalogados como leves, 24,53% como moderados,
2,99% casos possuem caráter de classificação final descritos como graves e 5,57% dos
acidentes não foram classificados. O Acre possui condições favoráveis para a moradia de
muitos animais que podem causar injuria a população local. Estas características aliadas
à própria atividade em áreas de mata nativa, caça, agricultura, extrativista, assim como
atividades de lazer, concorrem para a maior exposição da população para acidentes por
serpentes. O crescimento urbano desordenado e a invasão provocada por eles à vegetação
nativa contribuem para o aumento dos aparecimentos desses animais em notificações em
áreas urbanas periféricas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ressalta-se que conhecer e

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divulgar tais dados possibilita a adoção, pelos profissionais da saúde, de medidas
específicas focadas na prevenção e orientação desses acidentes como: palestras
educativas nas unidades de saúde, escolas e sedes de associação comunitária.

Palavras chaves: Animais venenosos; Acidentes; Notificação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL. Manual de Primeiros Socorros. [S. l.]:
Ministério da Saúde, 2003. 170 p. Disponível em:
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orros.pdf. Acesso em: 26 jun. 2019.

MORENO, Edna et al. Características clínico epidemiológicas dos acidentes ofídicos em


Rio Branco, Acre. Características clínico epidemiológicas dos acidentes ofídicos em
Rio Branco, Acre, [S. l.], p. 15-21, 2005. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822005000100004.
Acesso em: 21 jun. 2019.

SILVA, Evandro Piccinelli da et al. Acidentes com aranhas e escorpiões no Alto Juruá,
Acre - Brasil. Acidentes com aranhas e escorpiões no Alto Juruá, Acre - Brasil,
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MINISTÉRIO DA SAÚDE, BRASIL. Manual de Controle de Escorpiões. [S. l.]:


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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_escorpioes.pdf. Acesso
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SALOMÃO, Maria da Graça et al. Animais peçonhentos no município de Guarulhos,


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LIMA, Erica Costa et al. Caracterização de crianças hospitalizadas vítimas de


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SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Acidentes


de trabalho por animais peçonhentos entre trabalhadores do campo, floresta e
águas, Brasil 2007 a 2017, [s. l.], p. 7-11, 1 mar. 2019. Disponível em:
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acidentes por animais peçonhentos. 2. ed. rev. [S. l.: s. n.], 2001. 120 p. ISBN 85-7346-
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https://www.icict.fiocruz.br/sites/www.icict.fiocruz.br/files/Manual-de-Diagnostico-e-
Tratamento-de-Acidentes-por-Animais-Pe--onhentos.pdf. Acesso em: 26 jun. 2019.

O ACOMPANHAMENTO DO PRÉ-NATAL PELA FIGURA DO


PARCEIRO: BENEFÍCIOS E DESAFIOS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Victoria Livia Pedrosa1; Elis Alves2; Lucas Sarmento3; Arlane Silva Carvalho Chaves4
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão Campus Imperatriz
2
Docente do curso de Medicina na Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A implementação do pré-natal masculino dentro da Política Nacional


de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) deve-se à necessidade de
proporcionar acesso a práticas preventivas e cuidados de saúde geral masculina. A priori,
um meio de efetivar tais objetivos foi a garantia de que os pais e/ou companheiros possam
realizar, no que couber, os mesmos exames das gestantes. Entretanto, inúmeros fatores
ressignificaram essa prática de cuidados, mudando-a de apenas meio de prevenção
masculina para mais uma forma de desenvolvimento da afetividade paterna. Nesse
contexto, existem desafios que ainda impedem o fidedigno acompanhamento do pré-natal
masculino, a exemplo são os aspectos socioculturais que ainda reverberam o imaginário
masculino, limitando-os à provedores financeiros e detentores do respeito e autoridade
familiar, cabendo à figura materna a construção dos laços afetivos e o cuidado familiar.
OBJETIVO: Conhecer os principais benefícios e desafios para a implementação mais
efetiva do pré-natal masculino, apontados na literatura. METODOLOGIA: Revisão
bibliográfica integrativa embasada nas bases de dados ScieELO, PubMed e Bireme no
período de novembro e dezembro de 2019. Foram selecionados artigos publicados em
inglês ou em português no período de 2010 a 2019 que contemplasse o objetivo principal
da pesquisa, ao final escolheu-se 9 artigos, sendo 1 de língua inglesa. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: No que diz respeito aos benefícios da presença do parceiro durante o
pré-natal foi ressaltado a contribuição para um desenvolvimento infantil saudável, além
de propocionar maior segurança emocional materna frente à gestação, puerpério e
cuidado do bebê; aumentando a adesão da mulher ao pré-natal, à realização de exames,
ao autocuidado gestacional e ao fortalecimento do vínculo entre o trinômio mãe-bebê-
pai. Além disso, é descrito como esse acompanhamento gera benefícios para saúde do
homem, através dos exames que ele é oportunizado a realizar e, logo, fazer prevenção de
doenças assintomáticas. No entanto, apesar desses benefícios, ficou constatado baixa
adesão ao pré-natal masculino, dentre as causas estão: questões trabalhistas,
disponibilidade de tempo e desconhecimento quanto aos direitos paternos e importância
de sua participação no pré-natal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, é notório que
o pré-natal do parceiro é de suma importância, pois facilita um acompanhamento familiar
completo. No entanto, é percebido que ainda ocorre uma baixa adesão influenciada pelos
“tabus" socioculturais e pela falta de conhecimento quanto aos direitos paternos.
Palavras-chave: Pré-Natal Masculino; Benefícios; Desafios.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Revista de enfermagem e atenção à saúde. Jan/jun 2017, p. 52-66.
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Revista de enfermagem UFPE. Recife, maio de 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PRESTADA POR ACADÊMICAS EM
UMA CONSULTA DE PUERICULTURA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE

Emilly Ane da Mota Cardoso1; Ana Lúcia Pinheiro Cardoso2; Erli Marta Reis da Silva3
1, 2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará
3
Enfermeira. Mestra em Ciências da Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade
de São Paulo
E-mail do autor da correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A puericultura objetiva garantir o crescimento e desenvolvimento


(CD) infantil, assim como a prevenção de doenças e situações negativas do meio social
em que a criança está inserida. A assistência implica em atender as suas necessidades para
seu bom desenvolvimento. A consulta de Puericultura permite acompanhar a criança em
seu crescimento e desenvolvimento de forma integral. Além disso, proporciona
autonomia para que o profissional estabeleça linhas de cuidados, com a participação da
família, fundamentais para a assistência qualificada. OBJETIVO: Descrever uma
consulta de Puericultura prestada pela Enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde
(UBS). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de
experiência, realizado pelas acadêmicas do curso de enfermagem da Universidade do
Estado do Pará - Campus XII, no período de 15 a 30 de junho de 2021 durante estágio
supervisionado em saúde coletiva. Foi realizada uma consulta de enfermagem a uma
criança de 35 dias de nascida que buscou a UBS para realizar inscrição no programa de
Crescimento e Desenvolvimento (CD) que compreende de 0 a 5 anos de idade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A UBS atua na articulação de vínculos entre
comunidade e profissionais de saúde, de maneira que as famílias obtenham auxílio em
todas as suas necessidades, baseado nisso, foi estabelecido diálogo e escuta com a
genitora para colher o histórico da criança e avaliá-la. Durante a anamnese, a genitora
relatou que seu filho estava com cólicas abdominais e flatulências, em uso de medicações
receitadas pela pediatra e exercícios para alívio da cólica. Ao exame físico realizou-se
inspeção minuciosa, o abdômen encontrava-se distendido e doloroso à palpação
superficial, sendo observado pelo choro ao toque. Foram realizados exercícios com as
pernas e massagem de conforto, a fim de aliviar os sintomas. Essa ação pode ser
justificada, uma vez que a consulta à criança desempenha a função importante em
diagnosticar alguma anormalidade e intervir de forma exitosa, principalmente quando
esse acompanhamento acontece precocemente. Ao final da consulta, a criança
encontrava-se mais calma, e não apresentava choro durante palpação superficial na
região. Apresentava reflexos primitivos e marcos de desenvolvimento compatíveis com a
idade, não havia nenhuma anormalidade visível nos demais segmentos corpóreos. A
genitora foi orientada e ensinada quanto às técnicas para alívio das cólicas e flatulências

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e posição adequada para amamentação com boa pega. Após isso, foram realizadas
orientações a fim de minimizar os riscos de novas ocorrências de sintomas no domicílio,
haja vista que na puericultura o enfermeiro gera ações educativas em promoção e
prevenção da saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se que a atenção integral
na consulta de Puericultura é capaz de auxiliar na identificação de anormalidades que
podem ser solucionadas em passos simples. Por isso, a escuta qualificada é a principal
ferramenta para se estabelecer uma linha de cuidado compartilhada e estabelecer vínculo
entre usuário-enfermeiro.
PALAVRAS-CHAVE: Puericultura, Unidade Básica de Saúde, Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FALLER et al. A consulta de enfermagem em puericultura na estratégia saúde da família.
Varia Scientia - Ciências da Saúde. v. 4, n. 2, p. 137–147, 2018.
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Rev Soc Bras Enferm Ped. v.19, n.2, p 65-73, 2019.
MIRANDA et al. Atuação do enfermeiro em puericultura com crianças até um ano de
idade. Braz. J. Hea. Rev. v. 3, n. 6, p. 17729-17754, 2020.
MENDES-CASTILLO et al. A consulta de enfermagem em puericultura como estratégia
de ensino aprendizagem: relato de experiência. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. v.19, n.1,
p 46-50, 2019.
MERCÊS et al. A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO ENQUANTO
COORDENADOR NA EQUIPE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA. Rev.
Psicol Saúde e Debate. v. 4, n. 3, p. 72-83, 2018.

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ALIMENTAÇÃO E IMUNIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR: PRÁTICAS
EDUCATIVAS COMO ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO A SAÚDE EM UMA
ESCOLA NO MUNICÍPIO DE BELÉM-PA

Jade Vitória Duarte de Carvalho1, Fernanda Ribeiro Rocha2,, Joycelene Ribeiro Viana
Movilha3, Mayla Karla de Souza monteiro4
1,2,3
Graduanda em nutrição pela Universidade Federal do Pará
4
Nutricionista. Pós-graduanda em alimentação escolar pela Faculdade iPGS
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Atualmente vive-se um contexto epidemiológico atípico, em virtude


da pandemia de COVID-19 que é uma doença infectocontagiosa causada pelo coronavírus
(SARS CoV-2), a qual varia entre casos clínicos assintomáticos a quadros de síndrome
respiratória aguda grave. Busca-se formas de prevenir ou reduzir os impactos desse vírus,
ou de quaisquer outras doenças no organismo humano, desse modo alternativas como
uma alimentação saudável pode atuar como uma das ferramentas de prevenção por
fornecer energia, vitaminas, micronutrientes e macronutrientes essenciais para o
funcionamento adequado do sistema imunológico e assim subsidiar respostas imunes
efetivas e rápidas contra patógenos, diminuindo os riscos e gravidade de agressões em
geral. OBJETIVOS: Relatar a experiência prática de uma ação de educação alimentar e
nutricional acerca da importância de uma alimentação adequada e saudável no
fortalecimento do sistema imunológico. METODOLOGIA: A ação ocorreu no mês de
maio de 2021, no auditório de uma escola particular, localizada em Belém-PA, sendo
promovida pela Liga Acadêmica de Nutrição, vinculada a Universidade da Amazônia. As
atividades seguiram todos os protocolos de saúde e contaram com a participação de 1
nutricionista, 2 membros ligantes e 30 alunos (sendo 20 em formato presencial e 10 de
forma remota). Primeiramente houve uma apresentação oral, feita pela nutricionista,
utilizando recurso audiovisual para explanar sobre a importância da alimentação saudável
e adequada, além de como ela pode melhorar a imunidade, o estado nutricional e a
qualidade de vida dos indivíduos. No segundo momento foi desenvolvida uma atividade
lúdica de fixação utilizando um cartaz com imagens de alimentos para serem classificados
em ‘‘nutritivos para a imunidade’’ e ‘‘não adequados para a saúde’’, de acordo com os
conhecimentos dos escolares. Por fim, foram entregues folders explicativos com
recomendações de saúde, alimentação e higiene dos alimentos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Durante a exposição oral foi possível observar o interesse dos escolares
em absorver as informações repassadas. Todos participaram ativamente, tanto
respondendo os questionamentos propostos, quanto sanando dúvidas e compartilhando
suas experiências a respeito da alimentação saudável como promotora de saúde e
protetora contra agravos. Ademais, no momento da atividade de fixação, os escolares
identificaram corretamente os alimentos apresentados como fonte de nutrientes que

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auxiliam no desempenho adequado do sistema imune (vitaminas A, C, E, D e do
complexo B, Selênio, Zinco) e demonstram compreensão acerca do tema e da importância
de hábitos alimentares saudáveis nesse contexto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Infere-
se que ação atingiu seu objetivo, pois os alunos conseguiram fixar o assunto desenvolvido
durante a explanação e mostraram-se assertivos durante o momento de classificação dos
alimentos. Portanto, é imprescindível que haja estratégias envolvendo práticas educativas
em nutrição com o intuito de aprofundar os conhecimentos das crianças em relação ao
papel que a manutenção do bom estado nutricional, por meio da ingestão adequada de
nutrientes (e não só de um alimento isolado ou suplemento alimentar), exerce sobre a
homeostase imunológica.
Palavras-chave: Educação alimentar e nutricional; Imunidade; Promoção a saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDER, J. ; TINKOV, A. ; STRAND, T. A, et all. Early Nutritional
Interventions with Zinc, Selenium and Vitamin D for Raising Anti-Viral
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Pandemic. Paquistão Journal of Medical Sciences. S121-S123, 2020.
SOUZA, L. O; SILVA, R.G; RODRIGUES, D.B.S. et all. Alimentação e imunidade: o
papel dos alimentos na redução das complicações causadas pelo Covid-19. Brazilian
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RISCO DE DEPRESSÃO EM GESTANTES ADOLESCENTES

Sarah Veiga da Silva¹


¹Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Fametro.

[email protected]

INTRODUÇÃO: A gravidez é um período de mudanças psicológicas e físicas, período


que afeta intensamente as gestantes adolescentes, onde é marcado por uma fase de muitos
sentimentos como o medo, a insegurança, a incerteza do futuro, sendo um problema de
saúde pública, pois pode levar a desequilíbrios mentais. OBJETIVOS: Investigar o risco
de depressão em gestantes adolescentes e seus fatores. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão de literatura realizada a partir da análise de artigos publicados, entre 2017 e
2021, no Brasil, na base de dados SciELO e LILACS. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Os resultados mostraram que na gestação, a depressão é o transtorno mental mais comum,
pois acontecem intensas alterações de humor e hormônios acontecem nesse período, as
adolescentes grávidas possuem maior probabilidade de sofrerem com essas alterações e
psicológicas, pois, ao mesmo tempo, estão em transformações da transição da infância
para a vida adulta. Foi identificado um risco de 26% para depressão leve e 17,8% para
depressão moderada e grave, e ocorrem principalmente em gestações não planejadas. Os
fatores de risco são a falta de apoio de familiares ou parceiro, uso de drogas e álcool, falta
de recursos financeiros, evasão escolar, gravidez indesejada e eventos estressantes, como
a perca de um familiar ou conflitos com familiares ou amigos. Entre todos os fatores, a
falta do apoio familiar, demonstrou ser o maior fator que causa o maior aumento do risco
dos sintomas depressivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, as gestantes
adolescentes demostraram 43,8% de risco de depressão nos graus leve, moderado e grave
e apresentam maiores fatores de risco, por condições psicológicas e fisiológicas mais
acentuadas, por isso é necessário um suporte mais atencioso e integral para as grávidas
menores de idade.

PALAVRAS-CHAVE: Depressão; Adolescência; Gravidez

REFERÊNCIAS

ALPE ACO-ES; ALF AM. Significados atribuídos ao comportamento suicida por


adolescentes o sexo feminino. Estudos Interdisciplinares de Psicologia. v.11, n.3 p-99-
115, dez 2020.

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SILVA BM. et al. Fatores de risco associados à gravidez na adolescência: revisão
integrativa. Research, Society and Development, v.9, n.11, DOI:
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SILVA JM; PAULA IS; ALMEIDA Me.AB; Depressão pré-parto em adolescentes entre
12 e 18 anos. Revista JRG de Estudos Acadêmicos v.I, n.3, pg-67-73, 2018.

SILVA, VC. et al. Gestação precoce e seus reflexos na saúde mental de adolescentes: uma
análise no interior de Pernambuco. Brazilian Applied Science Review, v.3, n.6, p-2374-
2388, nov/dez 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO CONTRA A DESINFORMAÇÃO: RASTREIO
E PREVENÇÃO CONTRA O CÂNCER DE COLO UTERINO
Marcelino Maia Bessa1; Matheus Fernandes Carvalho2; Anderson Ítalo Aquino Silva de
Souza3; Raísa Barbosa de Andrade 4

1,2
Graduando em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Potiguar
4
Enfermeira. Mestra e docente do Curso de Graduação em enfermagem da Universidade
do Estado do Rio Grande do Norte
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Câncer de Colo Uterino (CCU) é um dos maiores problemas de


saúde pública do mundo. Segundo tipo de câncer mais comum em mulheres, no Brasil.
De acordo com as estatisticas 500 mil novos casos todos os anos no mundo. Dessa forma,
cabe destacar que a deteccção precoce aumentam as chances de cura. Sobre o exame
preventivo (papanicolau), é um exame gratuito e extremamente eficar, este é realizado
através do esfregaço de células do colo uterino. Está preconizado para mulheres
sexualmente ativas entre 25-64 anos. A pandemia da Covid-19 fez com que houvesse
uma diminuição brusca da procura pelo exame e a literatura ainda traz um déficit de 6
milhões de mulheres anualmente, trazendo o Brasil com uma cobertura preconizada não
atingida. Dessa forma, friza-se o papel essencial do enfermeiro e do agente comunitário
de saúde na busca ativa e realização do exame. OBJETIVOS: Relatar a experiência de
uma educação em saúde realizada com agentes comunitários de saúde.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter qualitativo, do tipo
relato de experiência, sobre a o câncer de colo uterino. Este foi oriundo da vivência do
estágio Curricular Supervisionado III curso de graduação em Enfermagem de uma
universidade do interior do Nordeste. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A intervenção
realizada se ancorou na educação popular em saúde, utilizando-se de metodologias ativas,
evidenciando os participantes/ACS como foco do processo ensino/aprendizagem. Para
tal, iniciou-se com a apresentação dos participantes e dos acadêmicos, como forma de
proporcionar interação. Posteriormente, em uma caixa estavam mitos e verdades o câncer
de colo de útero (CCU), sua epidemiologia, o processo de rastreio e a realização do
exame. A medida que se afirmata o mito ou verdade, estes eram discutidos entre os
participantes e afixados em um mural. Por fim, como forma de avaliar o que foi
construído em discussão, foi passado entre os presentes um repolho feito de papel com
questões sobre o CCU e seu programa de rastreamento, em que cada um teve que tentar
responder sozinho ou com o auxílio dos que se fazem presentes a questão que estivesse
na folha do repolho retirada por ele. Assim sendo, a atividade mostrou-se como uma
oportunidade de compartilhar experiências e sentimentos, bem como discutir ideias e
conceitos visando construir um novo conhecimento, com contribuições do saber teórico

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dos acadêmicos e do saber prático dos trabalhadores. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Portanto, a utilização de metodologias ativas mostra-se como uma importante ferramenta
do fazer saúde, podendo-se evidenciar o potencial crítico e reflexivo, e que além disso,
apresenta-se como uma importante estratégia de intervenção de emancipação dos sujeitos.
Além disso, a continuidade dessas atividades educativas se faz relevante, considerando
assim a importância da educação em saúde enquanto instrumento de articulação dos
princípios e diretrizes defendidos pelo SUS.
Palavras-Chave: Educação em Saúde; Neoplasias da do Colo do Útero; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAMACENA, A. M., LUZ, L. L.; MATTOS, I. E. Rastreamento do câncer do colo do


útero em Teresina, Piauí: estudo avaliativo dos dados do Sistema de Informação do
Câncer do Colo do Útero, 2006-2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, online, v. 26,
n. 1, p. 71-80. 2017. Acessado em 1 Março 2021. Disponível em:
<https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000100008>.

CAMPELO, L. L. Ações desenvolvidas para aumento da citologia oncótica em um


posto de saúde de Barras/PI. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação em
Atenção Básica em Saúde) - Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde -
PROGRAMA MAIS MÉDICOS. Universidade Federal do Maranhão, UNA-SUS, v. 1,
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MOREIRA, A. P. L.; CARVALHO, A. T. de. Tendência de realização da citologia


oncótica e fatores associados em mulheres de 25 a 64 anos. Revista Brasileira de
Ciências da Saúde, online, v. 24, n. 1, p. 17-28, 2020. Disponível em: < DOI
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ONOFRE, M. F.; VIEIRA, R. D.; BUENO, G. H. Principais fatores que dificultam a


adesão ao exame de citologia oncótica: uma revisão de literatura. Enfermagem Revista,
online, v. 22, n. 2, p. 231-242. Disponível em:
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista/article/view/21082>.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TERAPIA ANTIVIRAL COMO TRATAMENTO PARA CÂNCER DE FÍGADO
CAUSADO POR HEPATITE

Ruth Jacmin Quispe Ccapa1; Pedro Vinicyus Novais e Souza 2; Victória Macena
Ferreira 3; Welerson Fernandes Cassimiro 4 ; Victória Maria Oliveira Dionizio 5.
1-4
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
5
Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: Com a tecnologia vacinal algumas doenças como a poliomielite e a
varíola conseguiram ser erradicadas do Brasil. Todavia, entre esse grupo de doenças não
estão inclusas a hepatite B e C, cuja cronificação representa um fator de risco para o
desenvolvimento de neoplasias. Sendo o câncer de fígado uma moléstia de grande
impacto em saúde pública, faz-se necessário o estudo de possíveis novas terapias.
OBJETIVOS: Avaliar a eficácia da terapia antiviral como tratamento para câncer de
fígado causado por hepatite. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura
embasada nos artigos da base de dados Pubmed, utilizando os Descritores em Ciências
da Saúde “Hepatitis”, “Antiviral Agents”, “Liver Neoplasms”. Inclue-se trabalhos
gratuitos na íntegra e publicados a partir de 2010. Exclui-se artigos que não versavam na
temática proposta, sendo que dos 138 resultados 6 foram selecionados. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Pacientes que apresentam uma cronificação da hepatite, com foco na B
e C, incluindo seus subtipos, possuem uma maior predisposição a desenvolverem um
carcinoma hepatocelular (CHC), esse grau de correlação é intensificado caso uma cirrose
hepática seja presente. O tratamento através da terapia antiviral se mostrou, ao longo do
tempo, uma aliada não apenas no tratamento, mas também na prevenção ao CHC.
Fazendo-se uso de análogos de nucleotídeos e nucleosídeos (NAs) e interferon (IFN),
principalmente, a terapia antiviral demonstrou forte ação na prevenção da incidência, bem
como recidiva, do hepatocarcinoma. Hosaka et al demonstrou em sua análise que a
incidência de CHC em pacientes com 5 anos de terapia antiviral foi de 3,7%, enquanto o
grupo controle obteve valor de 13,7%, sendo que a diferença já pode ser observada nos
primeiros meses de tratamento. Contudo, o estudo de Lee et al indica que pacientes
cirróticos necessitem de terapias mais prolongadas para que se observe a queda da
incidência de CHC. O estudo de Chan et al demonstra que a terapia antiviral pode
aumentar o tempo sem recidiva, pacientes em tratamento apresentaram taxas de
incidência em 1, 2 e 3 anos iguais a 66,5, 51,4% e 51,4% , enquanto o controle - sem
tratamento antiviral - apresentou valores de 48,9%, 33,8% e 33,8%. Ainda, Kubo et al
afirma que a taxa de sobrevivência sem recidiva após uma hepatectomia, para pacientes
em uso de antivirais, é significativamente maior do que em pacientes sem tratamento.
Apesar dos dados apresentados, muito ainda deve ser pesquisado e analisado, buscando
melhor entender a correlação entre a terapia antiviral como tratamento para o carcinoma
hepatocelular, uma vez que os estudos atuais não possuem um grande grupo amostral,
complexos riscos de viés e uma heterogeneidade em seus participantes.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Verifica-se a relevância da terapia antiviral de câncer no
fígado causado por hepatite, não apenas como tratamento, mas também como prevenção
na incidência do carcinoma hepatocelular (CHC) e diminuição do tempo de recidiva,
assim aumentando a taxa de sobrevida do paciente. Observa-se, ademais, a necessidade
de investigar profundamente a relação entre o CHC e a terapia antiviral, a fim de propiciar
maior qualidade de vida e promoção de saúde para os pacientes.
Palavras-chaves: Hepatite; agentes antivirais, neoplasias hepáticas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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mortality in patients with chronic hepatitis C: systematic review and meta-analysis. BMC
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TOXOPLASMOSE: UMA REVISÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Eduarda Faria Raymundo¹; Karina Mika Kameoka¹; Lucas Gonçalves Mesquita de
Oliveira¹; Luiz Henrique Todescatt Nottar¹; Daniela Maria Bastos de Souza²
¹Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
²DMFA: Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal – UFRPE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma doença antropozoonótica promovida pelo


protozoário Toxoplasma gondii, o qual faz parte do reino Protista, filo Apicomplexa,
ordem Eucoccidiida e família Sarcocystidae. Esse parasita possui como hospedeiro
definitivo os felídeos e o homem como hospedeiro intermediário, além disso, animais de
produção e aves também podem fazer parte do seu ciclo parasitário. Para completar o
processo de esporulação são necessárias condições ambientais adequadas para que os
oocistos se tornem infectantes após a eliminação destes pelas fezes dos gatos. Sua
transmissão é mais comum através do consumo de carne mal cozida, água e verduras
contaminadas, sendo assim, apesar do gato ser hospedeiro definitivo, não é o principal
transmissor direto para humanos. Essa enfermidade é responsável por diversas
implicações, sendo mais crítica quando atinge o sistema nervoso central, o
desenvolvimento de transtornos oculares ou aborto, nesse sentido, formas de prevenção,
sobretudo para gestantes, são imprescindíveis. OBJETIVOS: A finalidade deste trabalho
foi ressaltar os principais pontos a respeito do protozoário Toxoplasma gondii e a
enfermidade que este desencadeia, seja em animais domésticos ou em humanos,
ressaltando ainda as perdas acarretadas e formas de prevenção. METODOLOGIA:
Foram utilizadas pesquisas bibliográficas através do Google Academic, bem como o
Scielo utilizando os termos "Toxoplasmose", “Toxoplasma gondii”, “zoonose”,
"felídeos" e “prevenção” selecionando trabalhos entre os anos 2009 e 2018.
RESULTADOS E DISCUSSÕES: A transmissão do Toxoplasma gondii para felinos
ocorre por meio da ingestão de cistos na forma de bradizoítos presentes em tecido
muscular de animais mortos e, após a contaminação e reprodução sexuada desse
protozoário, ocorre a eliminação de oocistos não infectantes através das fezes. Após um
a cinco dias no ambiente, com condições adequadas de temperatura e umidade, há o
processo de esporulação dos oocistos, tornando-os infectantes. A contaminação de outros
animais, incluindo humanos, pode ocorrer através da ingestão de oocistos esporulados,
que podem permanecer viáveis no ambiente por até um ano. No caso de animais de
produção como bovinos, caprinos e ovinos, o contágio se dá através do consumo de
pastagem contaminada. A propagação dessa enfermidade nesses animais procede em
perdas econômicas devido a abortos e mortes neonatais, visto que transmissão
transplacentária é relatada. Em humanos, a toxoplasmose pode ser autolimitante em
indivíduos saudáveis e imunocompetentes. O teste do pezinho e o acompanhamento
sorológico no pré-natal são ferramentas eficazes na prevenção e tratamento de infecção
transplacentária em humanos. Tutores de felinos, incluindo gestantes e pacientes
imunodeprimidos, não possuem risco significantemente maior de serem infectados do que

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o restante da população, sendo necessárias apenas algumas precauções como a remoção
diária das fezes dos animais e uso de luvas em procedimentos de jardinagem.
CONCLUSÃO: O estudo da toxoplasmose é de extrema importância devido à sua
incidência mundial e ampla distribuição no Brasil, causando danos reprodutivos
importantes e óbitos, embora a grande maioria dos casos sejam assintomáticos. Apesar
de os felinos serem os hospedeiros definitivos, vale ressaltar que o contato com esse
animal não é um fator de risco significativo, devendo-se principalmente pela falta de
higiene e ingestão de água ou alimentos crus contaminados.
Palavras-chaves: Toxoplasmose; Toxoplasma gondii; Zoonose.

REFERÊNCIAS

DE NARDI JUNIOR, G.; et al. Toxoplasmose: aspectos de saúde pública e


importância ao agronegócio. Tekhne e Logos, v. 3, n. 1, p. 29-46, 2012.

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formas clínicas na gestação no estado de Rondônia no período de 2013 a 2017. Porto
Velho, 2018.

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Revista Thêma et Scientia – Vol. 6, no 1, 2016.

SIMÕES, L.; FAVARON, P.O.; ANUNCIAÇÃO, A.R.A.; MIGLINO, M.A.


Toxoplasma gondii e gestação: Características da toxoplasmose, sinais clínicos,
diagnóstico e a importância da doença na saúde pública - Revisão. Revista Científica
Medicina Veterinária, v. 3, n. 25, p. 1-16, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MICROBIOTA INTESTINAL: PEQUENOS ORGANISMOS, GRANDES
BENEFÍCIOS

Victor Emanuel dos Reis Advíncola1; Anielly Araújo Vieira2; Marcia Cleide Madureira
Fagundes Gomes Neta3, Lucas Mateus Advíncola Santos4; Marcus Vinicius Dias
Prates5.
1
Graduando em Nutrição pelo Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
4
Graduando em Medicina pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
5
Enfermeiro pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduando em Medicina pela
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os microrganismos desde sua descoberta no ano de 1674 por Antony


Van Leeuwenhoek foram estereotipados como seres potencialmente patogênicos aos
seres humanos, como por exemplo, nos estudos promovidos no século XlX por Louis
Pasteur, onde foi demonstrado que muitas doenças eram resultados de infecções
microbianas. Mas, atualmente com os avanços da ciência, técnicas moleculares como o
sequenciamento de ácidos nucleicos e reação de cadeias polimerases, tem feito com que
essa afirmação entre em contradição, pois descobriram que nem todos os microrganismos
são maléficos aos humanos, e que muitos deles vivem de forma mutual com o homem,
seja na pele, ou principalmente na região entérica, constituindo a microbiota intestinal,
que é uma vasta colônia, formada por trilhões de microrganismos, seja de bactérias,
fungos, vírus e ou protistas, podem ser transitórios ou permanentes e possuem uma vasta
variação de genes entre eles. OBJETIVOS: Investigar todos os aspectos relacionados à
microbiota intestinal e os benefícios que ela proporciona ao corpo humano.
METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão literária, nas principais bases de dados,
onde foram analisados 6 artigos dos últimos 5 anos. Durante a busca utilizou-se os
descritores “microbiota intestinal”, “flora bacteriana” e “imunologia”, relacionados entre
si. Após a leitura, foi feito o direcionamento de estudo para o tema "microbiota intestinal",
com as seguintes abordagens: a) Relação entre a flora intestinal e o sistema imunológico.
b) Participação dos microrganismos no metabolismo humano. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Observou-se que a microbiota intestinal é individual, na qual alguns
fatores como herança materna, tipo de parto, aquisição ao nascimento, aleitamento,
condições ambientais (idade, hábitos alimentares, higiene pessoal), são predominantes
para sua composição. A literatura abordou que a microbiota intestinal é capaz de treinar
o sistema imunológico dos recém-nascidos para que assim ele possa identificar e

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combater bactérias simbióticas das patogênicas. Além disso, estudos mostraram que a
microbiota intestinal e sistema imunológico são aliados no combate contra
microrganismos maléficos, talvez por isso a maior parte dos leucócitos estão alojados no
intestino. A microbiota é responsável por competir contra patógenos por nutrientes e
oxigênio, capaz também de produzir antimicrobianos naturais. Outros benefícios
apresentados são relacionados à modulação de várias funções do sistema nervoso, síntese
de vitaminas B3, B5, B7 e vitamina K que tem função coagulante, além de contribuir na
capacidade de fermentar nutrientes que não são absorvidos pelo intestino delgado e no
controle da proliferação e diferenciação das células intestinais. Ademais, alguns fatores
como estilo de vida, medicamentos, consumo de industrializados, estresse e qualidade do
sono, podem causar disbiose da microbiota intestinal, e consequentemente suprimir a
atividade imunológica, proporcionar alergias, obesidade, depressão e síndromes
neurodegenerativas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso, todos os artigos
demostraram a complexidade e a importância da microbiota intestinal; cabe ressaltar que
ela é capaz de trazer diversos benefícios ao corpo humano, pois atua tanto em processos
de defesa, quanto de metabolismo. Portanto é necessário evitar que essa flora sofra
alterações externamente, pois a formação e a integridade da mesma são de extrema
importância para a manutenção da saúde humana.
Palavras-chave: Intestino, Microbiota, Mutualismo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H. Imunologia: Celular e


Molecular. 9 ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019.
BALLESTEROS POMAR, María D; GONZALEZ ARNAIZ, Elena. Papel dos pré-
bióticos e dos probióticos na funcionalidade da microbiota do paciente com nutrição
enteral. Nutr. Hosp. , Madrid, v. 35, n. spe2, pág. 18-26, 2018.
CASTILLO, Maria cristina Moreno Del. articulo de revision Microbioma Humano.
Kasmera, v. 46, n. 2, p. 7–19, 2018.
GARZA-VELASCO, Raúl; GARZA-MANERO, Sylvia Patricia; PEREA-MEJIA, Luis
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Ciudad de México, v. 32, n. 1, pág. 10-19, 2021.
GUARNER, Francisco. Simbiosis en el tracto gastrointestinal humano. Nutr. Hosp. ,
Madrid, v. 37, n. spe2, pág. 34-37, 2020.
GUYTON, A.C. e Hall J.E. – Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed.,
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LUIZ B. TRABULSI e FLÁVIO ALTERTHUM. Microbiologia. 5 ed. Atheneu, 2009.
TUMANI, María Fernanda; PAVEZ, Carolina; PARADA, Alejandra. Microbiota,

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nutr. , Santiago, v. 47, n. 5, pág. 822-829, set. 2020.
ZATAN, Adrian E. et al . Caracterización de la microbiota intestinal en robalo
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Perú, Lima , v. 31, n. 3, e16036, jul. 2020

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O CÂNCER DE BOCA E A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO

Edvaldo Gomes de Carvalho Filho


¹Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Estácio de Sá.
Email: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Câncer é um conjunto com mais de 100 patologias tendo em comum


entre elas, o crescimento desordenado de células que acabam invadindo tecidos e órgãos,
podendo-se espalhar para diferentes áreas do corpo. O câncer de boca está entre os tipos
mais comum que atingem a sociedade. Apresenta alguns fatores de risco, como: uso do
álcool, fumo, exposição aos raios UV, tendo uma maior incidência em homens, onde os
mesmos se expõem mais a esses fatores de risco sem os devidos cuidados necessários.
OBJETIVO: O objetivo deste resumo foi relatar as formas de prevenção do câncer de
boca através de políticas públicas levando informações de prevenção e avaliação à
sociedade para que a mesma tenha conhecimento sobre a prevenção e se resguardar da
forma correta para que não corra o risco de adquirir essa doença maligna que afeta a vida
de vários integrantes da sociedade. METODOLOGIA: Para este trabalho foram
pesquisados artigos do ano de 2011 a 2020, nos seguintes idiomas: Português e Espanhol,
os quais revisados 7 artigos, dos quais apenas 5 se encaixam na temática, pesquisados
nas plataformas da PubMed, Lilacs, Periódicos CAPES e SciELO, utilizando os seguintes
descritores: Câncer oral, prevenção e diagnóstico precoce. Usando como pergunta
norteadora “Qual a importância do diagnóstico precoce?”. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Em uma pesquisa realizada com trabalhadores rurais, que são um dos que
mais estão exposto aos fatores de risco, cerca de 44% relacionou como forma de
prevenção, a higiene bucal, 27% visita constante aos cirurgiões dentistas,, 13% ao uso de
álcool, 4% a falta de proteção solar, 4% ficou entre traumas, uso de fármacos, poucos
relacionamentos, repouso, e os outros 4% ficaram sem resposta. É notável que parte da
sociedade não tem informações sobre o câncer oral, muito por conta da falta de acesso a
informações que não são distribuídas da forma correta, sendo importantíssimo que essas
informações cheguem a essas pessoas para que as mesmas mantenham o cuidado e
saibam se prevenir da forma adequada.
PALAVRAS CHAVES: Câncer oral, Prevenção e diagnóstico precoce.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
Rocha Buelvas A. Cáncer oral: el papel del odontólogo en la detección temprana y
control. Rev Fac Odontol Univ Antioq 2009; 21(1):. 112-121. Disponivel em:View of
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Lima, Fernando Lopes Tavares de e O’Dwyer, GiselePolíticas de Prevenção e Controle
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[online]. 2020, v. 25, n. 8, pp. 3201-3214. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-
81232020258.17182018>. Epub 05 Ago 2020. ISSN 1678-4561.
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Bulgareli, Jaqueline Vilela et al. Prevenção e detecção do câncer bucal: planejamento
participativo como estratégia para ampliação da cobertura populacional em idosos.
Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2013, v. 18, n. 12 [Acessado 28 Agosto 2021] , pp.
3461-3473. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232013001200003>.
Epub 19 Nov 2013. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-
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CARTAXO, A. C.; DE ARAÚJO SILVA, D. N.; COSTA, K. C. A. D.; SOUZA, G. C.
DE A.; MARTINS, A. R. L. DE A. CONHECIMENTO DE TRABALHADORES
RURAIS DE UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO ACERCA DA
PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE BOCA. Revista
Ciência Plural, v. 3, n. 1, p. 51-62, 10 jul. 2017.
BRITO, Hammurabi de Jesús Pérez. Revista ADM 2017; 74 (6): 308-314
Herramientas invasivas y no invasivas para el diagnóstico de cáncer oral. Revisión de la
literatura. Disponible en: Herramientas invasivas y no invasivas para el diagnóstico de
cáncer oral. Revisión de la literatura (medigraphic.com) BRITO, Hammurabi de Jesús
Pérez. Revista ADM 2017; 74 (6): 308-314

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DE VIDA DO PORTADOR
DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Daniel Antony Melonio Pinheiro1; Eduardo Alves Sousa 2; Mateus Ribeiro Amaral 3;
Nailde Melo Santos4; Francisca Bruna Arruda Aragão5; Ana Patrícia Fonseca Coelho
Galvão6.

1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Ceuma, Maranhão, São Luís.
4
Enfermeira, Mestre em Enfermagem (UFMA); Doutoranda em Odontologia
(UNICEUMA), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
5
Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (UFMA), Doutoranda no
Programa em Interunidades (EERP-USP), Docente do curso de Enfermagem da
Universidade Ceuma.
6
Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA), Doutoranda em Ciências da Saúde
(FCMSCSP), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial trata-se de uma patologia mais frequente em


pessoas, de causalidade variada, com elevada morbidade e mortalidade. Entretanto, o
tratamento não medicamentoso pode controlar a hipertensão leve; quando associado com
o tratamento farmacológico, podendo melhorar o controle do paciente com hipertensão
moderada/grave. Este estudo tem como objetivo descrever a importância de uma boa
qualidade de vida como forma de prevenção. OBJETIVO: Investigar os aspectos que
interferem na qualidade de vida de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica.
METODOLOGIA: Utilizou-se o método da revisão sistemática da literatura,
consistindo na revisão retrospectiva de artigos científicos, os artigos foram identificados
por meio de busca na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Scientific
Electronic Library Online (SCIELO); Literatura Latino Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS); Periódicos CAPES; Medline e Revista de Enfermagem do
Rio de Janeiro, Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde (OMS),
referentes aos anos de 2007 a 2017. Os dados foram coletados no período de junho a
dezembro de 2017, utilizando os seguintes descritores hipertensão arterial sistêmica,
qualidade de vida, assistência de enfermagem, artigos na língua portuguesa. Foram
coletados 52 artigos. RESULTADOS: Nos resultados, observamos que a melhor maneira
de ter uma boa qualidade de vida é começar dos pontos mais essenciais e econômicos
como hábitos de vida saudáveis 35%, atividades físicas com duração de 30 minutos,
abstinência das bebidas alcoólicas e acompanhamento com a equipe multiprofissional
50%, controle do peso 15%, controle medicamentoso com 20%. CONCLUSÃO: Neste
estudo possibilitou ver que os fatores que melhoram a qualidade de vida, contribuindo

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para uma melhora na saúde desses pacientes. Sendo de suma importância a participação
atuante da equipe multiprofissional, desde o início do diagnóstico até o processo de
acompanhamento, para que os mesmos não evadam precocemente ao tratamento
estabelecido. Entender o porquê, ou seja, o motivo pelo qual a doença se estabeleceu é
sem dúvida a melhor forma de prevenção.
Palavras-chave: Qualidade de Vida. Hipertensão Arterial Sistêmica. Assistência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOPES, Dayane Caroliny Pereira Justino e Fábia Barbosa de Andrade. ASSISTÊNCIA
À SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA AOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETES MELLITUS. Revista Ciência Plural. 2021;
7(1):40-56
NOGUEIRA, Jéssica Larissa Viana Silva e Clésia Oliveira Pachú. Assistência de
enfermagem aos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica: uma Revisão integrativa.
Research, Society and Development, v. 10, n. 12
AMADO, Vivian Miranda Lago. Avaliação do perfil clínico de portadores de Hipertensão
Arterial Sistêmica cadastrados no Programa Nacional de Hipertensão Arterial e Diabetes
Mellitus (HIPERDIA). Revista Eletrônica Acervo Saúde, Vol.13(2): 1-9

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ESTUDO TRANSVERSAL DESCRITIVO DOS CASOS DE SÍFILIS
GESTACIONAL E SEUS FATORES DE RISCO EM CUIABÁ, ENTRE OS
ANOS 2014 A 2018

Ana Cláudia Mendes Barbosa1; André Nicácio Barbosa Lima2;


Isabella dos Santos Bonanni3;Izadora Lima da Cruz4;
Larah Luiza Silva Santos Caetano5; Valter Hernando Silva6

1
Graduanda em medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande
2
Graduando em medicina pela Universidade Federal de Alagoas
3
Graduando em medicina pela Universidade Nove de Julho
4
Graduanda em medicina pela Universidade de Rio verde
5
Graduanda em medicina pelo Centro Universitário CESMAC
6
Graduando em farmácia pela Faculdade Santa Agostinho

E- mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Sífilis, infecção causada pela espiroqueta Treponema pallidum,


transmitida pelo contato sexual ou vertical, a qual apresenta importância para saúde
pública, pois sem tratamento ela evolui para diferentes estágios clínicos, danificado os
sistemas cardiovasculares e neurológicos (LASAGABASTER, 2019). Sendo que, há uma
incidência de 12 milhões de casos por ano, destes, cerca de 2 milhões ocorrem em
mulheres gestantes, sendo grave a complicação congênita dessa infecção na gravidez
(PINILLA, 2018). Dessa maneira, o teste sorológico VDRL (Venereal Disease Research
Laboratory) é usado para fazer rastreamento desses pacientes infectados, principalmente
nas gestantes para evitar prematuridade e baixo peso ao nascer (TORRES, 2019).
OBJETIVO:Elucidar os casos confirmados de sífilis gestacional em Mato Grosso,
município de Cuiabá entre os anos 2014 a 2018.MÉTODO: Foi realizado um estudo
epidemiológico de corte transversal descritivo, por meio do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) no Departamento de Informática do Sistema Único de,
sobre os casos de sífilis em gestantes e seus principais fatores de risco. Fora analisadas as
seguintes variáveis com critério de inclusão foram período 2014 a 2018, baixa
escolaridade, cor, idade e sexo. RESULTADOS: Nos dados analisados foram casos de
sífilis em Cuiabá, entre 2014 e 2018. Em 2018 houve um predomínio de 129 casos, em
contrapartida no ano de 2016 teve 56 casos, houve uma queda. Entre a relação do número
de caso e os fatores de risco evidenciou uma incidência 385 casos de cor parda, 72 casos
de baixa escolaridade 5ª a 8ª série incompleta, percentil de idade foi 64% dos casos. Desse
A cor parda teve uma frequência relativa predominante no âmbito dos fatores de risco
para sífilis, com 80%, seguido baixa escolaridade 15%. CONCLUSÃO: Neste estudo foi
notado que nos últimos 5 anos houve um aumento de infecção de sífilis na gestação em
virtude de maus comportamentos de seus parceiros, pré natal incompleto e tratamento não
realizado adequadamente.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavra chave: Gravidez; Sífilis; Fator de risco.

Referencia bibliográfica:
DATASUS. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. TABNET. 2009.

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VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO NERVO CIÁTICO E SUA REPERCUSSÃO
PARA A PRÁTICA CLÍNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Elisson de Sousa Mesquita Silva1; Graziela Santos do Carmo2; Cristiane Feitosa


Fonteles3; Andreza da Silva Gomes4; Maria Júlia Rabeche Cornélio Oliveira5; Antonio
Jakeulmo Nunes6

1,2
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
3,4,5,6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O nervo ciático (NC) é formado pela união dos ramos ventrais de raízes
nervosas lombossacrais (L4 a S3), deixa a pelve através da incisura isquiática maior e
atravessa o quadril abaixo do músculo piriforme (MP). Este nervo se divide subsequente
em nervo tibial e fibular comum em um nível variável próximo ao joelho, promovendo
sensibilidade e motricidade dos membros inferiores. O NC apresenta variações
importantes quanto a sua topografia e divisão que são descritas por vários autores e
associadas a sinais e sintomas da compressão do MP. Dessa forma, o estudo anatômico e
topográfico dessas variações é de suma importância para profissionais da saúde para que
possam avaliar o paciente evitando erros durante o tratamento e procedimentos cirúrgicos.
OBJETIVOS: Identificar os aspectos anatômicos de variações anatômicas do nervo
ciático e sua importância para a prática clínica. METODOLOGIA: Realizou-se uma
busca na literatura durante os meses de junho e julho de 2021, por meio das bases de
dados PubMed; Scopus; SciELO; Web of Science, utilizando os termos de buscas em
inglês e português associados aos descritores booleanos “AND” e “OR”: “nervo ciático”
e “anatomia” ou “variação anatômica” / “sciatic nerve” OR “nervus ischiadicus” AND
“anatomy” AND “variation”. Adotou-se como critério de inclusão artigos nos idiomas
português e inglês, publicados entre os anos de 2013 a 2021. Como critério de exclusão
dissertações, teses, estudos com animais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Identificou-
se 48,120 estudos, dos quais 3 foram elegíveis para esta revisão de acordo com os critérios
estabelecidos. O primeiro artigo identificou por meio da ressonância magnética a
prevalência do tipo II de variação do NC, onde ele passa entre as fibras do músculo
piriforme e a outra parte abaixo. Em uma metanálise foi identificado em 85,2% a
predominância da saída do NC abaixo do MP, seguido de 9,8% pela bifurcação do nervo
através do MP e a baixo dele. O segundo estudo observou o nível de divisão, saída e
ramificação do NC em relação ao MP, no qual, a divisão do NC aconteceu com maior
frequência fora da pelve apresentando a anatomia convencional, o segundo maior achado
foi a alta divisão a nível pélvico, e o terceiro na parte posterior da coxa. O terceiro estudo
evidenciou anatomia normal do NC de 75% enquanto que 25% apresentaram variação,
desses, 11% relacionavam-se com o MP. Saber o padrão de normalidade e de variação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


deste nervo, se faz importante em casos de abordagem cirúrgicas. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Há na literatura uma forte correlação entre o músculo piriforme e variação do
NC, apesar da baixa incidência, se faz importante o estudo dessas estruturas para o
planejamento em abordagens cirúrgicas referentes a essa região, bem como para uma
avaliação adequada dos distúrbios motores dos membros inferiores causadas por lesões
e/ou compressões nervosas.
Palavras-chave: Anatomia; Nervo ciático; Variação anatômica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, P. et al. Variação Anatômica Rara de Ausência do Nervo Ciático:
Completamente Substituído Pelos Nervos Tibial e Fibular Comum. Acta Médica
Portuguesa; v. 26, n.3, p. 283-286, mai./jun. 2013.
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ADIBATTI, M.; SANGEETHA, V. Study on variant anatomy of sciatic nerve. Journal
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BERIHU, B. A.; DEBEB, Y. G. Anatomical variation in bifurcation and trifurcations of
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BMC Research Notes, v. 8, n. 1, p. 1–7, 2015.
TOMASZEWSKI, K. A. et al. Surgical anatomy of the sciatic nerve: A meta-analysis.
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POUTOGLIDOU, F. et al. Sciatic Nerve Variants and the Piriformis Muscle: A
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COBERTURA VACINAL COM O IMUNIZANTE BCG NO ESTADO DE
MINAS GERAIS ENTRE OS ANOS DE 2016 A 2020
Valter Hernando Silva1; Ana Cláudia Mendes Barbosa2 ;
André Nicácio Barbosa Lima3 ; Isabella dos Santos Bonanni4 ;
Izadora Lima da Cruz5 ; Larah Luiza Silva Santos Caetano6
1
Graduando em farmácia pela faculdade santa agostinho.
2
Graduanda em medicina pelo Centro Universitário de Várzea Grande.
3
Graduando em medicina pela universidade Federal de Alagoas.
4
Graduanda em medicina pela universidade Nove de Julho.
5
Graduanda em medicina pela universidade de rio verde.
6
Graduanda em medicina pelo Centro Universitário CESMAC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A vacina BCG e utilizada para a proteção da tuberculose, doença
contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. A vacina BCG foi
utilizada pela primeira vez em 1921, em um recém-nascido sendo que sua mãe
apresentava tuberculose. A criança não teve o desenvolvimento da doença, como também
não foram observados eventos adversos. As vacinas e uma das estratégias mais seguras e
eficaz para o controle de doenças infectocontagiosas. OBJETIVOS: analisar a cobertura
vacinal da BCG nos anos de 2016 a 2020 no estado de Minas Gerais. METODOLOGIA:
foi realizado um estudo transversal descritivo epidemiológico, por meio de dados
coletados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS),
na aba assistência à saúde, imunizações. Utilizando os filtros, estado: Minas Gerais, anos:
2016 a 2020, imunobiológico: BCG. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No período
analisado, foi notado que em 2020 (81,54%) com a menor taxa de cobertura vacinal da
BCG já a maior em 2018 (100,85%). A média da cobertura vacinal no período analisado
foi 91,07%, sendo que os anos de 2020 (81,54%), 2019 (88,76%) e 2016 (89,41), ficou
abaixo da média. Ao analisar a mediana, ficou no ano de 2016 (89,41%). Ao observar a
variação entre os anos da cobertura vacinal notou um aumento no ano de 2018 (100,85%),
quando comparado com o ano anterior nota-se um aumento de 6,3%, já 2019 (88,76%)
teve uma queda de 12% comparando com o ano anterior. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Levando-se em consideração os dados analisados, podemos concluir que a cobertura
vacinal com a BCG nos últimos dois anos (2019-2020) teve quedas consecutivas e
acentuadas, e no ano de 2020 foi a menor taxa registrada no período analisado, ficando
abaixo do valor médio. O que mostra uma necessidade de que sejam elaboradas
campanhas de vacinação, para atingir taxas vacinais mais expressivas.
Palavras-chave: Cobertura vacinal; BCG; Tuberculose.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


BARRETO, M.L.; PEREIRA, S.M.; FERREIRA, A. A. Vacina BCG: eficácia e
indicações da vacinação e da revacinação. Jornal de Pediatria, v. 82, p. s45-s54, 2006.
DATASUS. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. TABNET. 2009.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FISIOTERAPIA E A INCLUSÃO DOS CUIDADORES EM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Camila Ruhana Costa Marques¹; Larissa Fernanda Carneiro Nogueira²;
Syllmara Gerusa Santos Moura³; Aline Fróes A. C. Simões4;
Maria Erivânia Alves de Araújo5

Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.


1,2,3

4
Economista. Mestra e Doutora em Administração pela Universidade Federal da Bahia
(UFB) – BA.
5
Fisioterapeuta. Mestra em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco (UCB) – RJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista se caracteriza por ser uma


deficiência intelectual que é perceptível nos primeiros anos de vida da criança. Essa
síndrome pode ser composta por diversos desafios, afetando principalmente a qualidade
de vida da criança. Dentro desses desafios são destacados a pouca relevância da
fisioterapia na composição da equipe multiprofissional e as dificuldades encontradas na
relação dos cuidadores com esse profissional. OBJETIVO: O estudo motivou-se pela
investigação das principais dificuldades do relacionamento dos cuidadores da criança
com Transtorno do Espectro Autista com o profissional durante a atuação da fisioterapia,
mostrando a relevância da intervenção fisioterapêutica na autonomia e motricidade para
a criança a longo prazo e facilitando sua relação no âmbito social. METODOLOGIA:
Utilizou-se como método uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL), na Scientific
Eletronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no Google
Acadêmico a partir de artigos com período de publicação de 2016 a 2020. Com os
seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DECS): Fisioterapia, Crianças, Transtorno
do Espectro Autista e Cuidadores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Transtorno do
Espectro Autista compromete o desenvolvimento motor, a comunicação e interação da
criança com o meio social. Então, a fisioterapia e a equipe multidisciplinar desempenham
um papel importante, traçando possibilidades e direcionando intervenções conforme a
situação clínica da criança, bem como ofertando suporte aos cuidadores dessa criança. A
interação dos cuidadores com a fisioterapia é relevante para a melhoria da qualidade de
vida das crianças com Transtorno do Espectro Autista, pois a maioria dos cuidadores são
domésticas, e dessa forma, o fisioterapeuta deverá ter criatividade para orientar as
atividades que poderão ser executadas pelos cuidadores, a fim de diminuir a sobrecarga
de trabalho destes. CONCLUSÃO: Conclui-se a eficácia da fisioterapia no tratamento
da criança com transtorno espectro autista e mostrou-se a importância do envolvimento
dos cuidadores no desempenho do papel da fisioterapia no tratamento contínuo da criança.
Palavras-chave: Fisioterapia; Crianças; Cuidadores.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANJOS, C. et al. Percepção dos Cuidadores de Crianças com Transtorno do
Espectro Autista sobre a Atuação da Fisioterapia: subtítulo do artigo. Revist. Port.:
Saúde e Sociedade. 2017: subtítulo da revista, Maceió AL, v. 2, n. 3, p. 517532,
abr./2017.

AZEVEDO, Anderson; GUSMÃO, Mayra. A importância da fisioterapia motora no


acompanhamento de crianças autistas. Atualiza Saúde: Revista Eletrônica de
Divulgação Cientifica, Salvador, v. 2, p. 76-83, jun. 2016.

FERNANDES, Cintia Regina; SOUZA, Winye Ághata Andressa Alcântara de.


Influência da fisioterapia no acompanhamento de crianças portadoras do TEA
(Transtorno do espectro autista). Revista das Ciências da Saúde e Ciências Aplicadas
do Oeste Baiano-higia, Bahia, v. 1, n. 5, p. 52-68, 2020.

FERREIRA, J. et al. Efeitos da fisioterapia em crianças autistas: estudo de séries de


casos. Cad. Pós-Grad. Distúrb. Desenvolv. São Paulo, v. 16, n. 2, p. 24-32, dez. 2016.

GONZÁLEZ, J.J. Cazorla; CANALS, J. Cornellà I. Las posibilidades de la fisioterapia


en el tratamiento multidisciplinar del autismo. Rev Pediatr Aten Primária, España,
v.16, n.85, p.37-46, fev. 2016.

MOTA, A. et al. Programas de intervenções comportamentais e de desenvolvimento


intensivas precoces para crianças com TEA: uma revisão de literatura. Revista
Educação Especial, Santa Maria, p. e12/ 1-27, abr. 2020.

PINTO, Rayssa Naftaly Muniz et al. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e


repercussões nas relações familiares. Rev Gaúcha Enferm, Rio Grande do Sul, v. 6, n.
37, p. 1-9, jul. 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES
PEDIÁTRICOS VITIMADOS POR QUEIMADURAS

Bianca Karoline Sampaio Seguins¹; Akássia dos Prazeres Lopes²; Joanny Vitória Santos
da Silva³; Joyla Márcia Silva V. dos Santos4; Maria Erivânia Alves de Araújo5.

Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.


1, 2, 3, 4
5
Fisioterapeuta. Mestra em Ciências da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco – RJ.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As queimaduras são lesões que podem representar alto risco quando
afetam gravemente a estrutura tegumentar do corpo humano de acordo com a sua
profundidade e extensão, sendo caracterizada por sensação dolorosa e incômoda, que
pode variar conforme o seu grau. As crianças são vítimas amiúdes de queimaduras, pois
seus reflexos e a sua capacidade de percepção ao perigo encontram-se em
desenvolvimento, e, portanto, limitados. OBJETIVO: O presente estudo concentrou-se
em analisar como a Fisioterapia contribui para a recuperação de crianças vitimadas por
queimaduras, elencando as vantagens das intervenções fisioterapêuticas na evolução do
prognóstico do infante queimado. METODOLOGIA: Utilizou-se como método uma
Revisão Integrativa da Literatura (RIL), com artigos do Scientific Electronic Library
Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico a partir de
trabalhos publicados nos períodos de 2015 a 2019. Com os seguintes Descritores em
Ciências da Saúde (DECS): Fisioterapia, Crianças, Queimaduras, Tratamento e
Reabilitação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Fisioterapia possui uma atuação
abrangente no tratamento do infante queimado, valendo-se de diversos recursos que são
solicitados conforme as repercussões da lesão. Dentre as funções do fisioterapeuta, o
correto posionamento no leito hospitalar pode prevenir úlceras e contraturas. Ademais, o
uso de vestes de compressão elástica, são úteis para prevenir cicatrizes hipertróficas. A
Cinesioterapia e a deambulação do paciente no leito são outras medidas pertinentes no
tratamento dessas crianças. Além disso, recursos como o laser, a radiação ultravioleta e
infravermelha, o ultrassom, a eletroterapia e a crioterapia são alternativas promissoras no
tratamento e prevenção de complicações e sequelas. CONCLUSÃO: A intervenção
fisioterapêutica visa reduzir sequelas e possíveis complicações através do manejo
adequado dos recursos que serão utilizados de acordo com o quadro do paciente, além de
recuperar e otimizar o processo de cicatrização, manter a funcionalidade do membro e
melhorar o aspecto estético da lesão promovendo a melhora da qualidade de vida do
infante.
Palavras-chave: Criança; Reabilitação; Fisioterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COSTA, G. O. P. D.; SILVA, J. A. D.; SANTOS, A. G. D. Perfil clínico e
epidemiológico das queimaduras: evidências para o cuidado de enfermagem. Ciencia &
Saúde. v. 8, n. 3, p. 146-155, 2015.

FERNANDES, M. I. S. Atuação da fisioterapia dermatofuncional na reabilitação de


pacientes queimados: Uma revisão integrativa de literatura. Revista UNINGÁ. v. 56, n.
3, p. 176-186, 2019.

JAEGER, M. R. D. O. et al. Alotransplante de pele como alternativa para o tratamento


da queimadura dolorosa da criança. Revista Brasileira de Queimaduras. v. 14, n. 1, p.
54-58, 2015.

LUCAMBA, Edna Victoria Tiago. Fisioterapia Dermato Funcional em Doentes


Queimados: projecto de implementação de um serviço de fisioterapia no hospital neves
bendina em luanda angola. 2017. 94 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Fisioterapia,
Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa,
Lisboa, 2017.

LUCENA, E. V. O. B. D; FIGUEIREDO, T. P. D. Queimadura na infância: Uma


abordagem acerca das implicações para a saúde e qualidade de vida. Temas em Saúde.
v. 17, n. 1, p. 245-261, 2017.

MARQUES, C. M. D. G; DUTRA, L. R.; TIBOLA, J. Avaliação fisioterapêutica da


cicatrização de lesões por queimaduras: revisão bibliográfica. Revista Brasileira de
Queimaduras. v. 14, n. 2, p. 140-144, 2015.

MOREIRA, W. E. D. M; CASSIMIRO, M. D. S. Fisioterapia aplicada a queimaduras


em crianças: ações eficazes na minimização do tratamento. Revista de ciência da
Saúde básica e aplicada. v. 1, n. 1, p. 43-47, 2019.

OLIVEIRA, T. D. M. et al. Fisioterapia em grande queimado: relato de caso em centro


de tratamento de queimados na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de
Queimaduras. v. 14, n. 4, p. 285-289, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA GASTRONOMIA HOSPITALAR NA RECUPERAÇÃO
DE PACIENTES

Any Carolina da Silva Dias1; Cássia Maria do Nascimento2;


Mirella Maria Vieira Nascimento3; Shirley Correia da Silva4

1,2,3,4
Graduandos em Nutrição pelo Centro Universitário Brasileiro

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A gastronomia é definida como o conhecimento fundamentado de tudo


que relaciona-se ao ser humano quando se trata de alimentação. Sua finalidade é garantir
a sua proteção e manter o indivíduo saudável, por meio da melhor nutrição, em termos de
qualidade e quantidade. O surgimento da gastronomia hospitalar alterou o conceito e a
atitude em relação à alimentação fornecida, focando nos aspectos sensoriais dos
alimentos, como a cor, aroma, sabor, textura e temperatura, tornando-os agradáveis aos
pacientes, do ponto de vista visual, olfativo e gustativo, com a finalidade de elevar
aceitação das refeições disponibilizadas aos hospitalizados. OBJETIVO: O presente
estudo tem como objetivo evidenciar o quanto é importante uma união da gastronomia e
da nutrição em hospitais para a recuperação de pacientes. METODOLOGIA: Utilizou-
se para a construção desta pesquisa de revisão de literatura, buscas nas bases de dados do
Google Acadêmico e SciELO, com os descritores: gastronomia hospitalar, nutrição e
pacientes, com artigos selecionados de 2017 a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Segundo o estudo realizado, a gastronomia hospitalar juntamente com a nutrição pode
contribuir de forma positiva na recuperação nutricional dos pacientes hospitalizados e
desnutridos, não só com a elaboração de pratos saudáveis, mas também coloridos e
atrativos, com o intuito de motivar o ato de comer. É importante a adequação da dieta
com a patologia do paciente, inserindo suas preferências e hábitos, aliada às preparações
gastronômicas, utilizando ingredientes e técnicas eficazes. A execução dessas técnicas
possibilita a aceitação da dieta hospitalar, e dessa maneira, auxilia na melhoria do estado
nutricional do paciente hospitalizado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em suma, a
gastronomia hospitalar traz uma boa qualidade sensorial para que os pacientes fiquem
satisfeitos com a alimentação oferecida pelo hospital, contribuindo para uma maior
adesão ao tratamento preconizado, dependendo da sua patologia. E portanto, a união com
a nutrição, com todos os seus aspectos de base, ou seja, as recomendações nutricionais
impostas pelos nutricionistas, juntamente com a implementação da humanização,
compreendendo o paciente como um todo, com sentimentos, valores e acolhendo-os com
respeito, são fundamentais para uma recuperação eficaz.
PALAVRAS-CHAVE: Gastronomia hospitalar; Nutrição; Pacientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE CASTRO, Ana Cláudia Lima. Conhecimentos e práticas de nutricionistas em


gastronomia hospitalar. 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FISCHER, Crislaine da Costa et al. Estratégias gastronômicas para melhorar a
aceitabilidade de dietas hospitalares: Uma breve revisão. Research, Society and
Development, v. 10, n. 5, p. e42510515138-e42510515138, 2021.

SILVA, Francilene Pereira da; TAVARES, José Filipe. NUTRIÇÃO E


GASTRONOMIA: ALIADOS NO BEM ESTAR E NA RECUPERAÇÃO DE
PACIENTES HOSPITALIZADOS. Diálogos em Saúde, v. 2, n. 2, 2021.

SOUZA, Beatriz Santos; MOLERO, Mariana Prado; MOLINA, Viviane Bressane Claus.
Gastronomia e humanização hospitalar. Revista Multidisciplinar da Saúde, v. 3, n. 1,
p. 14-26, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DETECÇÃO DE HEPATITE C EM MULHERES POR MEIO DE TESTE
RÁPIDO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Arthur Filocreão dos Santos Oliveira1; Susany dos Santos Tenório2; Edficher Margotti3

1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
³Docente de Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A hepatite C é uma doença infecciosa viral, e contagiosa, que


representa o maior índice de óbitos entre as hepatites virais, configurando-se como um
importante problema de saúde pública, no Brasil, pela sua rápida contaminação, fazendo
com que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) fossem sobrecarregadas devido à
procura de tratamento. Nesse contexto, a utilização de testes rápidos simboliza um
indispensável instrumento que ajuda a identificar a doença, por ser de fácil execução e
praticidade. Com isso, a promoção da saúde torna-se fundamental, em que a população
se beneficie da rapidez nos resultados obtidos para o seu tratamento em seguida.
OBJETIVOS: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem
relacionado ao manejo de testes rápido para detectar Hepatite C em mulheres entre 20 e
40 anos participantes de uma ação social. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos de enfermagem do 3º
período da Universidade Federal do Pará, no dia 25 de setembro de 2021, em uma ação
social realizada em prol da população em situação de risco. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Observou-se, nesse sentido, a maioria dos participantes da ação social
mulheres entre 20 e 40 anos de idade. Tanto assim, a menor proporção relatou não fazer
os testes rápidos com frequência, pois não possuem informações suficientes sobre a
doença e o medo de serem pré-julgadas caso os resultados derem positivo. Nessa
perspectiva, a maioria que estava presente na ação social não teve o intuito de se
candidatar a testes rápidos, entretanto, o comportamento mudou de acordo com o número
de mulheres que começaram a participar e o incentivo motivou outras a aderirem a ideia
de participarem dos testes rápidos. Nesse viés, a maior incidência nos casos de
negligência à saúde, é devido a situação de vulnerabilidade econômica, pois a maioria das
mulheres presentes descreveram que possuem uma jornada de trabalho alta, impedindo-a
de participar das ações sociais quando essas são oferecidas. Outrossim, destaca-se o papel
do enfermeiro em orientar de forma clara e objetiva, as formas de prevenção e cuidado
que as pacientes devem tomar para não serem acometidas pela doença.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos argumentos supracitados, torna-se
imprescindível a criação de mais ações sociais, promovendo a qualidade da saúde à

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


população com riscos sociais e econômicos, demonstrando a importância da realização
dos testes rápidos, principalmente para doenças como a Hepatite C, ampliando o acesso
à saúde para toda a população.
Palavras-chave: Hepatite C; Testes Rápidos; Saúde da Mulher.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de aconselhamento em hepatites virais.


Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para
Hepatite C e Coinfecções. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do
HIV/Aids e das Hepatites Virais. Brasília, DF: 2019.
LOPES, K. A. et al. Diagnóstico das Hepatites Virais. In: 3ª Mostra de Inovação e
Tecnologia São Lucas, nº 2, 2021, Porto Velho. Anais eletrônicos...Porto Velho: São
Lucas, 2016. p. 92 -94. Disponível em:
http://periodicos.saolucas.edu.br/index.php/mit/article/view/1393/1256

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO TRATAMENTO E
ACOMPANHAMENTO DO LINFEDEMA SECUNDÁRIO AO CÂNCER DE
MAMA
Maikon da silva e siva1; Adrilene Rosário Carvalho2; Lorena de Nazaré Rocha Corrêa3;
Paula Beatriz santos Fonseca4
1,2,3,4
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal do Pará.
Autor correspondente: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente entre as mulheres e, o


linfedema é uma das principais complicações do tratamento oncológico e da evolução da
doença. Ademais, a disfunção linfática relacionado ao câncer de mama é uma grande
preocupação para essas mulheres devido à sua natureza progressiva, desfigurante e à falta
de cura. A intervenção fisioterapêutica precoce é fundamental para prevenir tal sequela.
OBJETIVO: Analisar a atuação do fisioterapeuta no tratamento e acompanhamento do
linfedema secundário ao câncer de mama. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão
da literatura com levantamento bibliográfico nas bases de dados PubMed, SciELO e
LILACS, em setembro de 2021, de estudos na língua inglesa e portuguesa, publicados
entre os anos de 2014 a 2020 e, estejam disponíveis gratuitamente e na integra. Os
descritores utilizados foram Physiotherapy, Breast Neoplasms e Lymphedema, além da
aplicação do operador booleano “AND”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram
encontrados 51 artigos. Por conseguinte, após a utilização dos critérios de inclusão e
exclusão, foram selecionados 3 artigos, para serem incluídos nesta revisão. O profissional
da fisioterapia deve iniciar a prevenção do linfedema precocemente por meio de
orientações quanto aos cuidados com o membro superior, posto que, é uma condição
crônica com manifestações clínicas diversas, podendo causar alterações no membro
acometido, repercussões cinético-funcionais, estéticas e psico-sociológicos. Ademais,
acompanhar as mudanças que possam vir ocorrer como sensação de peso no membro e/ou
inchaço, realizar orientações sobre automassagem linfática, cuidados com a pele e,
redução da sobrecarga nas atividades de vida diária. Além de, promover a realização de
exercícios miolinfocinéticos com os membros superiores, sendo iniciados precocemente,
sem resistência e com poucas repetições. Quando o linfedema secundário a neoplasia da
mama está instalado, a aplicação do autoenfaixamento ou enfaixamento compressivo
realizado por um familiar/acompanhante, desde que não haja trombos tumorais ou
carcinomatoses difusas infiltrativas, é essencial para minimizar as complicações do
mesmo, além do mais, se o terapeuta julgar necessário faz-se o uso de malha compressiva
com linfedema estabilizado, outrossim, à realização de exercícios domiciliares diários
com a compressão externa no membro que apresenta a disfunção linfática é de suma
importância para o tratamento. Por analogia, um dos estudos da revisão utiliza um
treinamento de resistência progressiva a qual se decore de duas fases, sendo a fase 1,
iniciada na terceira semana pós-operatória com aplicação de exercício supervisionado
duas vezes por semana e, a fase 2, de exercício auto-administrado três vezes por semana,
com objetivo de prevenir o excesso de líquido linfático no braço no primeiro ano após

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


cirurgia de câncer de mama, os resultados obtidos pela pesquisa mostrou que não foi
encontrada diferença média de grupo no volume de braço ou incidência de linfedema em
nenhuma paciente, assim sendo, o uso de novas técnicas especializadas tornam-se
necessário para o tratamento desta complicação a cirurgia mamária.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pacientes com linfedema secundário ao tratamento da
neoplasia da mama devem ser acompanhados por um fisioterapeuta para um melhor
controle dessa condição, visto que, é o profissional especializado para promover a
melhora da paciente com essas condições.

Palavras-Chaves: Fisioterapia; Linfedema; Neoplasias da Mama.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMMITZBØLL, Gunn et al. Progressive resistance training to prevent arm lymphedema
in the first year after breast cancer surgery: results of a randomized controlled trial.
Cancer, v. 125, n. 10, p. 1683-1692, 2019.
DE OLIVEIRA MARCHITO, Liz et al. Prevenção e Cuidado do Linfedema após Câncer
de Mama: Entendimento e Adesão às Orientações Fisioterapêuticas. Revista Brasileira
de Cancerologia, v. 65, n. 1, 2019.

MACEDO, Flávia Oliveira et al. Linfedema secundário ao tratamento do câncer de


mama: abordagem fisioterapêutica em tempos de pandemia. Revista Brasileira de
Cancerologia, v. 66, n. Tema Atual, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TAQUICARDIA VENTRICULAR FASCICULAR EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA PEDIÁTRICO
Dr. Lucas Rodrigues Diniz1; Dr. Gustavo Bahia Catabriga1; Dr. Lucas Ramos Dondoni
Lovatti1; Dr. Tales Dalfior Kataoka1; Dr. Tulio Moreira e Silva1; Dra. Thaís Ferreira de
Castilho Rodrigues2.
1:
Médico, Graduado pela Universidade Vila Velha (UVV)
2
: Médica, Pediatra, Preceptora do Internato e da Residência Médica da Universidade Vila
Velha; Pediatra Plantonista e Diarista no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir
Bernardino Alves – HEIMABA; Vila Velha, Espírito Santo, Brasil
Email do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A taquicardia ventricular fascicular (TVF) é a forma de apresentação


mais frequente das taquicardias ventriculares idiopáticas que acometem o ventrículo
esquerdo (VE), e pode ser nomeada como taquicardia ventricular verapamil - sensível.
Origina-se geralmente de um foco localizado na região ínfero - apical do VE. Manifesta-
se como episódios esporádicos e sintomáticos de taquicardia ventricular (TV)
monomórfica sustentada, com padrão bloqueio de ramo direito - símile e eixo cardíaco
desviado para a esquerda (derivações D2, D3 e aVF negativas). OBJETIVOS:
Apresentar relato de caso com a história de um paciente admitido com TV sustentada,
sem sinais de instabilidade hemodinâmica, mas que somente foi revertida depois de
adequado diagnóstico desta taquiarritmia e terapêutica adequada. METODOLOGIA: O
estudo em questão é um relato de caso, realizado através de acompanhamento do caso
clínico utilizando o prontuário do paciente e revisão da literatura sobre o assunto em
questão. A pesquisa foi realizada no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir
Bernardino Alves – HEIMABA, sem realização de intervenções ou procedimentos pelos
autores. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Adolescente, masculino, admitido na
emergência com quadro de taquiarritmia sustentada sem instabilidade hemodinâmica ou
qualquer sintoma. Encaminhado com suspeita de taquicardia supraventricular, foi feito
eletrocardiograma na admissão. A suspeita inicial foi de taquiarritmia tipo flutter atrial
com aberrância, sendo optado por ataque de amiodarona 300 mg EV, duas vezes, porém
sem melhora significativa do quadro. Posteriormente, foi feito ecocardiograma com
Doppler que evidenciou anatomia cardíaca e função normais. Diante da não resposta
terapêutica ao uso de amiodarona, o caso foi reavaliado e discutido com equipe de
ritmologistas do hospital. Foi realizado então o diagnóstico de TVF, iniciado verapamil
80 mg oral, de 8 em 8 horas. O paciente evoluiu com melhora importante do quadro e
retorno ao ritmo sinusal após a primeira dose do verapamil. Permaneceu internado em
observação por 24 horas e não apresentou intercorrências, recebendo alta hospitalar com
prescrição para uso regular do verapamil. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pacientes com
TVF podem ter seu diagnóstico dificultado devido a suas similaridades ao
eletrocardiograma com taquicardia supraventricular com condução aberrante ou flutter
atrial. Considerando a sua alta sensibilidade ao verapamil, sua correta identificação e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


tratamento são essenciais para prevenir possíveis evoluções para instabilidade
hemodinâmica. Segundo estudos recentes, o tratamento definitivo e de escolha para essa
arritmia é a ablação por radiofrequência.
Palavras-chave: Taquicardia ventricular fascicular, verapamil, cardiopatia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Camanho LEM, Ferreira FAC, Maldonado Filho PJS, Costa IP, Veronese FO,
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differential diagnosis of a regular tachycardia with a wide QRS complex.
Circulation. 1991 May;83(5):1649-59. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2022022/. Acesso em: 13/10/2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TÉCNICAS DE ALÍVIO DA DOR DURANTE O PARTO VAGINAL:
ESTRATÉGIAS PARA A ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA OBSTÉTRICA
HUMANIZADA

Aline Silva RAMOS¹


Tatyane Katrine de Sena TAVARES²
Isabella Jamberci CARRAPEIRO²
¹Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amapá,
Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Macapá (FAMA).
²Fisioterapeuta formada pela Faculdade Estácio de Macapá.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Diante da realidade de crescente utilização de intervenções cirúrgicas


desnecessárias para o parto, houve um grande aumento na utilização de métodos
farmacológicos desenvolvidos para proporcionar tolerância à dor e ao desconforto da
parturição. No entanto, os métodos não farmacológicos também podem reduzir essa
percepção dolorosa e, ao serem usados, acabam tornando o parto humanizado,
promovendo bem estar físico e psíquico para a parturiente, fazendo com que este
momento deixe de ser traumático para ser um momento especial. A fisioterapia, nesta
fase, objetiva facilitar a evolução da dilatação uterina e da descida fetal, promovendo o
suporte contínuo e ajudando a aliviar a dor por meio de seus inúmeros recursos
terapêuticos. OBJETIVOS: Verificar a abordagem de técnicas de redução da dor da
parturiente durante o parto normal aplicáveis à fisioterapia, identificando as técnicas
mencionadas, suas formas de aplicação, resultados alcançados ou esperados, participação
do fisioterapeuta na aplicação e região de origem das pesquisas. METODOLOGIA: A
pesquisa foi do tipo Revisão Integrativa da Literatura, quanti-qualitativa, realizada nos
bancos de dados SciELO, LILACS e Google Acadêmico, com seleção de publicações
científicas virtuais do tipo artigos e/ou trabalhos acadêmicos publicadas por revistas
científicas ou por páginas eletrônicas de Instituições de Ensino Superior entre os anos
2012 e 2017, em idioma português, inglês ou espanhol, realizadas com seres humanos ou
direcionadas a estes. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados demonstraram que
14 das pesquisas eram revisões bibliográficas e 17 pesquisas de campo, com participação
do fisioterapeuta em 7, realizadas no Brasil (25), principalmente na região sudeste (11),
tratando de 17 técnicas diferentes (Massoterapia, Banho de imersão, Cinesioterapia, Bola
suíça, Banho de aspersão, TENS, Deambulação, Troca de decúbito, Exercícios
respiratórios, Crioterapia, Acupuntura, Musicoterapia, Acupressão, Aromaterapia,
Hipnose, Compressa quente e Auriculoterapia), com destaque para a massoterapia (17
relatos) e bola suíça (13), e poucos estudos abordavam formas de aplicação ou resultados
alcançados, os quais mostraram-se bem variados. Abreu et. al. (2013) já afirmavam que
a fisioterapia pode reduzir a duração do trabalho de parto, evitar o uso de medicação para
o alívio da dor, promover o relaxamento e autoconhecimento, entre outras coisas, por

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meio de técnicas como TENS, bola suíça, massoterapia, banho de imersão e de chuveiro,
exercícios respiratórios, mudanças de posturas, deambulação, relaxamento, mobilidade
materna, banquetas, suporte contínuo, dentre outros (BRAZ et. al, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que as pesquisas apresentaram caráter
bastante recente, a maioria do tipo pesquisas de campo, porém ainda muitas com
abordagem apenas teórica e de revisão e sem mencionar formas de aplicação ou resultados
práticos destas sobre a gestante. O fisioterapeuta mostrou-se pouco presente ou abordado
nas pesquisas, tendo o enfermeiro sido mencionado como profissional mais presente no
uso dessas técnicas. A grande variação de técnicas não farmacológicas para alívio de dor
durante o parto normal, e seus múltiplos efeitos positivos, com aplicação realizada das
mais diversas formas e nos mais diversos momentos do processo de parto, indicam quão
ampla essa área é e quanto ela ainda precisa ser mais explorada, especialmente na
fisioterapia, para maior humanização da assistência ao parto.
PALAVRAS–CHAVE: Fisioterapia; Parto; Analgesia.

REFERÊNCIAS
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dor no trabalho de parto. Acta Paul Enferm, v.5, pp. 478 – 484, 2013.
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nulíparas e primíparas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online], v.35, n.6, pp.281-285,
2013.
BRAZ, M.M. et. al. Bola do nascimento: recurso fisioterapêutico no trabalho de parto.
Cinergis, v.15, n.4, pp.168-175, 2014.
CHEROBIN, F.; OLIVEIRA, A.R.; BRISOLA, A.M. Acupuntura e auriculoterapia como
métodos não farmacológicos de alívio da dor no processo de parturição. Cogitare
Enferm, v.21, n.3, pp. 01-08, jul./set. 2016.
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(Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia) 2014. Programa de Pós-
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FREITAS, A.S. et al. Atuação da Fisioterapia no parto humanizado. DêCiência em Foco,
v.1, n.1, pp. 18-29, 2017.
RISCADO, L.C.; JANNOTTI, C.B.; BARBOSA, R.H.S. A decisão pela via de parto no
Brasil: temas e tendências na produção da saúde coletiva. Texto contexto - enferm.
[online], v.25, n.1, e3570014, 2016.
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fase ativa do trabalho de parto. Rev. dor [online], v.14. n.2, pp.111-113, 2013.
SILVA, D.A.O et. al. Uso de métodos não farmacológicos para o alívio da dor durante o
trabalho de parto normal: revisão integrativa. Rev enferm UFPE [on line], v.7, n. esp.,
pp.1539-48, mai. 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O IMPACTO DAS PRÁTICAS ESPORTIVAS NAS LESÕES DO LCA

Marcus Vinícius Dias Prates1; Lucas Mateus Advíncola Santos2; Anielly Araújo Vieira3;
Marcia Cleide Madureira Fagundes Gomes Neta4 , Victor Emanuel dos Reis Advíncola5

1
Enfermeiro pela Universidade Estadual de Montes Claros. Graduando em Medicina
pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
3,4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri
5
Graduando em Nutrição pelo Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é uma grave lesão, sendo
a mais comum dos joelhos em atletas que fazem a sua rotação durante a prática esportiva,
o que contribui para a interrupção da prática do esporte por um longo período por esses
atletas e diminui o seu desempenho esportivo após a lesão. OBJETIVOS: Relacionar as
principais práticas esportivas com o desenvolvimento da lesão do LCA e seu impacto no
desempenho dos atletas nas práticas esportivas. METODOLOGIA: Foi realizado um
levantamento bibliográfico com 14 artigos do período de 2011 à 2021 nas bases de dados
do SciELO e PubMed. Durante a busca, foram utilizados os operadores lógicos “AND”
e “OR” combinados com aos seguintes descritores “lesão do LCA”, “ruptura do LCA”,
“Lacerações do LCA”, “Lacerações do Ligamento Cruzado Anterior”, cruzados entre si.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em relação às principais práticas esportivas que
favorecem o desenvolvimento de lesão do LCA, destacaram – se pelas literaturas
pesquisadas, o futebol, a corrida, atividades de academia, voleibol, ciclismo e o surfe.
Além disso, os estudos relacionaram o aumento dessa incidência ao maior tempo médio
dessas práticas esportivas. Outro fator percebido nas literaturas é que as características
das lesões do LCA apresentaram diferenças de acordo com a idade, esporte e o tempo
médio praticado. Essa análise teve como percepção o caráter cultural predominante na
população pesquisada. No Brasil, os estudos demonstraram que a incidência de ruptura
do LCA foi maior na prática do futebol e em pessoas com um tempo médio maior que 17
anos dessa prática, fato este justificado também pela característica cultural do brasileiro
na prática dessa modalidade esportiva. Foi observado nos estudos que as mulheres
apresentaram um maior risco de laceração do LCA em relação aos homens. Isso se

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justifica em razão das mulheres apresentarem conformações anatômicas que as tornam
mais vulneráveis às lesões em relação aos homens. Os estudos analisaram também que o
desempenho dos atletas após lesão do LCA tiveram uma importante redução.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, foi observado nas literaturas pesquisadas um
predomínio de lesão do LCA nos praticantes do futebol. Os estudos mostraram também
que as lesões do LCA apresentaram diferenças de acordo com a idade, esporte e o tempo
médio praticado, sendo de maior risco em mulheres em razão de sua diferença anatômica
em relação aos homens. Concluiu - se ainda que as lesões do LCA podem refletir
negativamente no desempenho dos atletas após essa lesão.

Palavras-chave: Lesão do LCA, Futebol, Joelho

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :

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with Fast-Fix device. Revista Brasileira de Ortopedia [online]. 2013.

ALMEIDA, Alexandre et al. Correlation between the result from arthroscopic


reconstruction of the anterior cruciate ligament of the knee and the return to sports
activity Please cite this article as: Almeida A, Valin MR, Ferreira R, de Almeida NC,
Agostini AP. Correlação entre o resultado da reconstrução artroscópica do ligamento
cruzado anterior do joelho e o retorno à atividade esportiva. Rev Bras Ortop. 2014.

ARLIANI, Gustavo Gonçalves et al. Lesão do ligamento cruzado anterior: tratamento e


reabilitação. Perspectivas e tendências atuais. Revista Brasileira de Ortopedia [online].
2012.
CALDAS, Marco Túlio Lopes et al. Posterior cruciate ligament injury: characteristics
and associations of most frequent injuries. Revista Brasileira de Ortopedia [online].
2013.

DIAZ, Ruben Marcelo Maldonado et al. Return to Sports after ACL Reconstruction with
Resection or Remnant-Preserving Technique Work developed by the Knee Group from
Ortocity, São Paulo, SP, Brazil, and the Knee Group, Orthopedics and Traumatology
Department, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo (UNIFESP/EPM), SP, Brazil.
. Revista Brasileira de Ortopedia [online]. 2020.

GARRIDO, Carlos Antônio, Sampaio, Tania Clarete Fonseca Vieira Sales e Ferreira,
Frederico de Souza. Estudo comparativo entre a classificação radiológica e análise macro
e microscópica das lesões na osteoartrose do joelho. Revista Brasileira de Ortopedia
[online]. 2011.

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INÁCIO, André Manoel et al. Reconstruction of the anterior cruciate ligament by
means of an anteromedial portal and femoral fixation using Rigidfix Please cite this
article as: Inácio AM, Lopes Júnior OV, Kuhn A, Saggin JI, Fernandes Saggin PR, de
Freitas Spinelli L, de Castro DM. Reconstrução do ligamento cruzado anterior pelo portal
anteromedial e fixação femoral com Rigidfix. Rev Bras Ortop. 2014.

LOPES, Osmar Valadão et al. Reconstruction of the anterior cruciate ligament in


skeletally immature patients: an individualized approach Please cite this article as:
Lopes Júnior OV, Saggin PR, Matos do Nascimento G, Kuhn A, Saggin J, Inácio AM.
Reconstrução do ligamento cruzado anterior em pacientes esqueleticamente imaturos:
uma abordagem individualizada. Rev Bras Ortop. 2014.

PERES, Luciano Rodrigo et al. Radiological evaluation of the femoral tunnel positioning
in anterior cruciate ligament reconstruction Study conducted at Grupo do Joelho, Serviço
de Ortopedia e Traumatologia, Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, São
Paulo, SP, Brazil. . Revista Brasileira de Ortopedia [online]. 2018.

PIEREZAN, Bruna et al. Análise do perfil oxidativo de diferentes amostras biológicas de


pacientes com lesão de ligamento cruzado anterior. Fisioterapia e Pesquisa [online]. 2017.
SANTOS, Mauro Rodrigues dos et al. Resultados da reconstrução do ligamento cruzado
anterior em atletas amadores de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte
[online]. 2014.

SOUSA, Pedro Guilme Teixeira de et al. Analysis of Posterior Tibial Slope as Risk Factor
to Anterior Cruciate Ligament Tear. Revista Brasileira de Ortopedia [online]. 2021.
ZEKCER, Ari, Silva, Ricardo Soares da e Carneiro Filho, Mario. Reconstrução
anatômica do LCA com duplo feixe: primeiros 40 casos. Revista Brasileira de
Ortopedia [online]. 2011

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELEVÂNCIA DA ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL COMO
FERRAMENTA DIAGNÓSTICA E METODOLÓGICA EM CASOS DE COLO
DE ÚTERO CURTO

André Luiz Oliveira Poleto1; Antônia Mairla Nascimento de Brito2; Priscylla Frazão
Rodrigues3; Elisson de Sousa Mesquita Silva4; Cleto Martins dos Santos Neto5
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba.
2
Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba.
3,4,5
Graduando(a) em Medicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O colo do útero curto (CUC) é uma condição obstétrica de significativa


relevância, haja vista que ela está altamente relacionada com partos prematuros,
espontâneos ou induzidos, e é uma das principais causas de morbimortalidade neonatal.
Nesse contexto, a ultrassonografia transvaginal (UT) se faz fundamental para a prática
clínica, para fins diagnósticos, por meio da aferição do comprimento cervical. Na esfera
acadêmica, diversos ensaios clínicos se utilizaram da UT para avaliar a eficácia de suas
intervenções terapêuticas, proporcionando praticidade e uma boa clareza na obtenção de
dados. OBJETIVO: Apresentar os avanços que a UT permeou para a melhor
compreensão e gerenciamento de casos de CUC. Metodologia: A busca se baseou em
localizar publicações nos anos de 2016-2021, na plataforma Pubmed, utilizando-se das
palavras-chave “short cervix”, “diagnosis”, “transvaginal ultrasonography”. O critério de
inclusão foi que os estudos deveriam se tratar de ensaios clínicos randomizados e os de
exclusão foram não se relacionarem diretamente com o tema ou não pertencerem à
categoria de estudo referida. Dessa forma, foram incluídos 13 artigos (n=13), todos em
língua inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O resultado da busca salientou a
abrangência do uso da UT como ferramenta diagnóstica que permite a detecção da CUC
precocemente e com alto poder preditivo. Com efeito, ela permite avaliar o risco da
gestação e a necessidade de intervenções cirúrgicas de caráter preventivo ou somente o
acompanhamento da gravidez. Além disso, diversos trabalhos demonstraram que a
pessária e cerclagem cervical, assim como a progesterona vaginal contribuem para a
prevenção de parto prematuro, em que se sugere uma eficácia equivalente para todas as
intervenções. Por ser uma técnica relativamente barata e não-invasiva, a UT pôde ser
aplicada nas gestantes em diversas etapas dos estudos, além de permitir a obtenção rápida
de dados, com pouca sujeição a vieses. Sendo assim, a UT pode, de forma indireta,
contribuir significativamente para a redução da incidência de partos prematuros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados dessa revisão apontam que a UT
permanece como uma potente técnica para diagnóstico de CUC, contribuindo para a
prevenção do parto prematuro. Ademais, ela se demonstra ser uma interessante
ferramenta metodológica para a pesquisa clínica. Sua ampla utilização indica, dessa

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forma, que a UT ainda tem a capacidade de proporcionar mais avanços que proporcionem
uma gestação mais segura.
Palavras-chave: colo do útero curto; ultrassonografia transvaginal; diagnostico

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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in twins (PoPPT): a randomized controlled trial: Prevention of preterm birth with pessary
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DUGOFF, L.; BERGHELLA, V.; SEHDEV, H.; et al. Prevention of preterm birth with
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Rationale and design of SuPPoRT: a multi-centre randomised controlled trial to compare
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hydroxyprogesterone caproate versus vaginal progesterone suppository for the prevention
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A ADOLESCENTES COM DEPRESSÃO
PÓS-PARTO

Daiane de Matos Silva¹; Brenda da Silva Pacheco²; Irla Alves de Abreu³; Ismael da
Silva Costa4

1,2,3,4
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é uma doença que acomete muitas


adolescentes logo após o parto, isso acaba prejudicando a mãe e os vínculos afetivos com
o bebê, reduzindo a forma do cuidado e a capacidade da resposta emocional da mãe. O
enfermeiro possui papel principal na busca de possíveis casos de DPP e nas melhores
formas de tratá-la. OBJETIVO: Identificar na literatura científica a assistência de
enfermagem a adolescentes com depressão pós-parto. METODOLOGIA: Trata-se de
revisão integrativa da literatura, realizada na base de dados da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), através dos seguintes
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Cuidados de enfermagem”, "Adolescentes",
“Depressão pós-parto”, combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca
ocorreu em outubro de 2021. Foram selecionados como critérios de inclusão artigos
disponíveis na íntegra, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados nos últimos
cinco anos, que abordassem a temática. Como critérios de exclusão, adotaram-se revisões
de literatura, teses, monografias, dissertações, artigos que fugissem da temática e estudos
duplicados nas bases de dados. Inicialmente, foram encontrados 136 artigos com os
descritores e operadores booleanos estabelecidos, após utilizar o critério de inclusão e
exclusão, foram selecionados 3 estudos para compor a revisão. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A depressão pós-parto é um problema de saúde pública que tem a
prevalência de cerca de 19,70% das puérperas. Pode-se destacar entre os principais fatores
para o desenvolvimento do transtorno a baixa idade das puérperas, a falta de apoio
familiar ou por ausência paterna para lidar com a situação e questões econômicas. Além
disso, a DPP é frequente também quando a criança nasce com algum problema de saúde,
visto que a mãe fica preocupada com a saúde do recém-nascido e acaba por ter crises
depressivas. Assim, observa-se que a depressão pós-parto é causada por problemas que a
adolescente enfrenta desde o inicio da gestação, seja pela falta de suporte que a
adolescente recebe, seja por motivos referente a sua realidade social.
CONCLUSÃO: Diante do exposto, é fundamental frisar a importância da assistência de
enfermagem na identificação de sinais que podem levar a depressão pós-parto. Dessa
forma, o enfermeiro deve orientar tanto as adolescentes desde o pré-natal sobre a
importância dos cuidados que os recém-nascidos necessitam, como também a família das
jovens para que prestem todo apóio possível nessa fase. É indispensável que os
enfermeiros que atuam na atenção básica usem instrumentos para a detecção precoce da
depressão, como a Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS), uma vez que

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tem muita eficácia no diagnostico do transtorno, pois a depressão acarreta efeitos
negativos tanto para a puérpera quanto para a criança.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem; Adolescentes; Depressão pós-parto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDILLO, V. A et al. Identificação de sintomas depressivos no período pós-parto em
mães adolescentes. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 18, 2016.
MOLL, Marciana Fernandes et al. Rastreando a depressão pós-parto em mulheres
jovens. Rev. enferm. UFPE on line, v. 15, n. 5, p. 1338-1344, 2019.
SILVA, Wellington Manoel et al. Depressão Pós-Parto na Adolescência: Revisão
integrativa da Literatura. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 42609-42618,
2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DO 9º E 10º PERÍODOS
SOBRE O ENSINO-APRENDIZAGEM DOS CUIDADOS PALIATIVOS
Thais Augusto Bonilha de Carvalho1; Magda De Meneses Silva2; Lumaira Marques3;
Carolina Pimentel Machado4.

1,2
Graduanda de Enfermagem pela Faculdade Veiga de Almeida – UVA
3
Doutora Em Bioética, Ética Aplicada E Saúde Coletiva Pela UFF
4
Mestre em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva Pela UFF.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os cuidados paliativos são destinados a todos aqueles que não estão
em boas condições de saúde, pois conforme entendimento de Firmino F 1 “cuja doença
não e mais responsiva ao tratamento curativo, caracterizando-se pelo controle dos sinais
e sintomas físicos e psicológicos próprios ao estágio avançado da doença incurável”.
OBJETIVOS: Por meio desse estudo pretende-se avaliar o nível de conhecimento dos
acadêmicos de enfermagem do 9º e 10º período e reconhecer em quais disciplinas de uma
instituição privada de ensino do estado do rio de janeiro o tema é abordado.
METODOLOGIA: devido à pandemia do coronavirus – COVID19, o estudo foi
realizado por meio de uma pesquisa em formato digital a fim de se obter as respostas por
intermédio de um formulário eletrônico sendo enviados para os participantes previamente
cadastrados em grupos de alunos, grupos de mensagens eletrônicas por celular, utilizamos
como caráter de inclusão todos os alunos que estejam no 9º ou 10º período de
enfermagem, e como exclusão todos os que não fazem parte desse grupo, visto já terem
cursado grande parte do conteúdo acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: os
resultados foram obtidos por intermédio de uma análise estatística simples, onde foi
concluído, nesse estudo, que a enfermagem é composta predominantemente por mulheres
visto que 71,4 % dos entrevistados são do sexo feminino, sendo 85% com idades entre 20
a 30 anos, e 60% em sua maioria se dedicam ao estudo, neste ambiente 100% já ouviram
o termo cuidados paliativos, porém 55% desconhecem como o tratamento pode ser feito.
Mesmo a maioria dos alunos desconhecendo o tratamento, contudo 95% classificam
como muito importante à intervenção do enfermeiro no processo de cuidados paliativos.
Apesar de ter poucos alunos em enfermagem do sexo masculino, podemos delinear os
integrantes da pesquisa como jovens de 20 a 30 anos, pois correspondem a 75% dos
entrevistados, ficando 50% destes dedicados somente aos estudos. O termo cuidado
paliativo possui maior incidência em duas matérias especificas e destacadas pelos
integrantes da pesquisa, fisiologia e os mecanismos das doenças responsável por 30% e a
disciplina de bases fundamentais da enfermagem detém 20% da matriz de conhecimento,
salientamos que mesmo sendo disciplinas do terceiro semestre do curso de enfermagem,
são apontadas como disciplinas que tiveram o assunto abordado e discutido em sala.
Também temos que deixar explicita que 71% dos participantes, demonstram que o tema
poderia ser mais discutido, em outras disciplinas, ou propriamente ser parte da grade
curricular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: diante disso, podemos concluir que o tema

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cuidados paliativos poderia ser mais discutido na grade curricular do referido curso de
graduação, afim de que fornecesse conteúdo mais significativo e assim ter um
aproveitamento melhor por parte dos graduandos que estão próximos de se formarem,
podendo aumentar o seu conteúdo frente ao tema abordado melhorando suas atividades e
tratamentos decorrentes das enfermidades e doenças.
Palavras-chave: Cuidados paliativos, Cuidados de Enfermagem, Enfermagem em
cuidados paliativos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1- Firmino F, Poles K, Silva AE. Pacientes portadores de feridas neoplásicas em serviços
de cuidados paliativos: contribuições para a elaboração de protocolos de intervenções de
enfermagem [internet]. 2005. [Acesso em: 2021 abr. 24]. Disponível em
http://www1.inca.gov.br/rbc/n_51/v04/pdf/revisao6.pdf

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RELAÇÃO DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS COM A MELHORA
DOS SINTOMAS DA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Mariana Lays Lins Martins¹; Geciany Cândida de Lima²; Eriberto Cassiano Silva Dos
Santos³; Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva4; Tainá Maria de Souza Vidal 5

¹Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).


² Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
³ Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A constipação intestinal é uma patologia multifatorial caracterizada


pela concordância de sintomas intestinais, como evacuação dolorosa, presença de
incontinência fecal ou retenção de fezes. Inúmeras podem ser as causas, dentre elas
predisposição familiar, hábitos alimentares e estilo de vida. Neste último fator, o baixo
nível de procura por exercícios físicos tem sido amplamente associado, podendo melhorar
o quadro. OBJETIVO: O referente estudo tem por objetivo investigar na literatura se há
evidências que relacionam a prática de atividades físicas com a melhora dos sintomas da
constipação intestinal. METODOLOGIA: Trate-se de uma revisão de literatura. Os
materiais encontrados nas bases de dados científicas MEDLINE, IBECS e LILACS,
consultadas por meio do site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando-se pela
busca filtrada por título e resumo, dos últimos cinco anos (entre os aos de 2016 e 2021).
Além de serem artigos completos, priorizou-se categorias nas publicações, como a
inclusão dos idiomas em português e inglês e os Descritores em Ciências da Saúde
(DeCS): “Exercício Físico”, “Constipação intestinal”. Foram estabelecidos critérios de
exclusão, como artigos que não apresentavam relação com o tema. Inicialmente foram
apurados 20 artigos, após a leitura criteriosa dos títulos apenas 8 foram relevantes para a
construção do presente trabalho. RESULTADOS E DISCURSÕES: De acordo com os
resultados destas pesquisas, os sintomas iniciais da constipação podem passar
despercebidos e, apesar de parecer um tratamento simples, se não for reconhecida ou
tratada adequadamente, pode levar a complicações posteriores e influenciar
negativamente na qualidade de vida dos indivíduos. Além disso, as complicações da
constipação podem resultar em elevados gastos para o sistema integral de saúde e, por
isso, tem sido considerada um problema de saúde pública. Quanto às causas, alguns
autores atribuem a constipação intestinal a hábitos alimentares inadequados, como baixa
ingestão de frutas e verduras (fibras alimentares no geral), consumo frequente de fast food

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e baixa ingestão de líquidos. Estudos recentes sugerem que indivíduos do gênero
feminino, localização residencial e inatividade física são considerados fatores de risco
que contribuem para o desenvolvimento da constipação. Outros demonstram alta
prevalência de constipação intestinal associada à maiores valores de IMC em adolescentes
do gênero feminino, mas não observaram associação com inatividade física, o que parece
controverso. Em relatos gerais, viu-se que grupos de indivíduos considerados mais ativos
fisicamente apresentam menor incidência de constipação intestinal, bem como, menor
risco de desenvolver a patologia e também associação da prática de exercícios físicos com
benefícios significativos quanto aos sintomas em pacientes portadores da constipação
intestinal. CONCLUSÃO: De acordo com a revisão, os resultados sugerem que os
exercícios físicos podem estar associados a uma menor prevalência de sintomas da
constipação intestinal. Contudo, ainda existem evidências conflitantes que permitem
concluir que há insuficiência de estudos que comprovem o real efeito desta intervenção
para a melhora dos sintomas em pacientes constipados. Desta forma, necessita-se de
pesquisas adicionais para que possa haver maior embasamento cientifico na determinação
da prática de atividade física como intervenção eficaz na redução dos sintomas da
constipação intestinal.
Palavras-chave: Constipação;. Exercício físico e Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA :

ANTUNES, Mateus Dias et al. Constipação intestinal em idosos e a relação com atividade
física, alimentação e cognição. Revista de Medicina, v. 98, n. 3, p. 202-207, 2019.

ANDREOLI, Cristiana Santos. Hábitos alimentares, adiposidade corporal, estilo de vida


e constipação intestinal em crianças de 4 a 7 anos de idade. 2018.

GAO, Ruitong et al. Exercise therapy in patients with constipation: a systematic review
and meta-analysis of randomized controlled trials. Scandinavian journal of
gastroenterology, v. 54, n. 2, p. 169-177, 2019.

MACÊDO, Maria Irisdalva P. et al. Is there any association between overweight, physical
activity, fat and fiber intake with functional constipation in adolescents. Scandinavian
journal of gastroenterology, v. 55, n. 4, p. 414-420, 2020.

OHLSSON, Bodil; MANJER, Jonas. Physical inactivity during leisure time and irregular
meals are associated with functional gastrointestinal complaints in middle-aged and elder
subjects. Scandinavian journal of gastroenterology, v. 51, n. 11, p. 1299-1307, 2016.

SBCP. Coloproctologia de Consultório – Constipação Intestinal: Diretrizes de


Tratamento. Sociedade Brasileira de Coloproctologia. 2009.

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TEZA, Daniela Carolina Barizon; FERREIRA, Érika Cristina; GOMES, Mônica Lúcia.
Bowel frequency and symptoms of constipation and its relation with the level of physical
activity in patients with Chagas disease. Arquivos de Gastroenterologia, v. 57, p. 161-
166, 2020.
WERTH, Barry L.; CHRISTOPHER, Sybele-Anne. Potential risk factors for constipation
in the community. World Journal of Gastroenterology, v. 27, n. 21, p. 2795, 2021.

WILSON, Patrick B. Associations between physical activity and constipation in adult


Americans: results from the National Health and Nutrition Examination Survey.
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ARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE COMPRIMIDOS ANTIALÉRGICOS
MANTIDOS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES AMBIENTAIS
Rhana Cavalcanti do Nascimento1, Esaú Simões da Silva2, Leidyanne Karolaine
Barbosa da Silva1, Ana Karla de Araújo Barreto Ferreira1, Luiz Henrique da Silva
Pereira2, Carlos Henrique da Silva Mendes3
1
Graduanda em Farmácia pela UNINASSAU Olinda.
2
Graduando em Farmácia pela UNINASSAU Paulista.
3
Docente da UNINASSAU Paulista.
E-mail da autora para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Histamin é um medicamento similar do Polaramine, cujo o princípio


ativo é o maleato de dexclorfeniramina. Esse fármaco pertence ao grupo farmacológico
dos antagonistas dos receptores H1 da histamina, atuando, assim, na prevenção e alívio
de manifestações alérgicas. Como o Histamin é um medicamento muito usado como
automedicação, o armazenamento do mesmo muitas vezes não é feito de modo adequado.
OBJETIVO: Esse estudo visa avaliar a influência das condições ambientais no perfil de
qualidade do medicamento Histamin. METODOLOGIA: Os comprimidos do Histamin
foram submetidos a várias condições climáticas do dia a dia. A primeira amostra, sendo
uma cartela do medicamento, foi recém comprada e armazenada de forma correta, a
segunda amostra, também uma cartela que foi exposta à luz solar e à umidade por 16 dias
e a terceira amostra, uma cartela que permaneceu dentro de uma bolsa de uso diário por
6 meses. O estudo foi executado em laboratório de controle de qualidade, utilizando três
cartelas do medicamento e foram avaliados os parâmeros físicos das amostras em questão.
foi efetuado teste de friabilidade, dureza e desintegração em água à 37°C.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que a coloração da segunda amostra
foi afetada pelas condições expostas, ficando assim demasiadamente mais clara em
comparação às outras duas. O peso médio da amostra 1 foi de 101 mg, o da amostra 2 Foi
de 102mg e o da amostra 3 foi 103 mg. A friabilidade da amostra 1 foi de 0,62%, a da
amostra 2 foi de 1,10% e a da amostra 3 foi 3,95%, apontando-se claramente a pouca
resistência dos comprimidos submetidos a condições ambientais adversas e inadequadas
Com relação à a dureza a amostra 1 quebrou com uma força média de 28,3N, amostra 2
quebrou com 23N e a amostra 3 quebrou com 7,5 N. Os valores de dureza abaixo do
padrão para as amostras 2 e 3 corroboram com o alto valor de friabilidade das mesmas. E
por fim, no teste de tempo de desintegração onde a amostra 1 durou 12,5 segundos a
amostra 2 durou 8,75 segundos e a amostra 3 durou 12,5 segundos antes de dissolver em
água à 37°C. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pelos resultados analisados, foi possível
observar que o bom armazenamento é bastante importante para manter as qualidades
físicas e estabilidade do medicamento. De acordo com os testes, o período e o local de
armazenamento, como por exemplo na bolsa, é um dos fortes fatores que influenciam na
alteração das características do medicamento.

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Palavras-chave: Amostra de medicamentos; Antagonistas dos receptores histamínicos;
Armazenamento de medicamentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 6ª Edição.
Brasília, DF, 2019.
CRIADO, Paulo Ricardo et al, Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos:
novos conceitos, Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 85, n. 2, p. 195–210, 2010.

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ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO E PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL:“
UM DIA RESOLVI MUDAR: GRUPO DEAPOIO ÀS MULHERES EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA”

Dara Suellen Pereira Lima1 Ana Claúdia dos


Santos21Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal De Mato Grosso Sul
2
Psicológa. Doutora em Ciências da Sociais pela Pontifícia Universidade Católica
de SãoPaulo (PUC-SP)

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O presente resumo é resultado das atividades desenvolvidas no


projeto de extensão “Um Dia Resolvi Mudar: Grupo de Apoio às Mulheres em
Situação de Violência”.A violência contra mulher é reconhecida pela Organização Pan-
amaricana de Saúde como umdos fatores de adoecimento das mulheres, considerando
uma questão de saúde pública. A literatura indica que a violência contra mulher é um
fenômeno complexo, com múltiplas determinações afetando a vítima integralmente,
tanto em sua saúde física quanto na saúde mental. Mostra-se necessário a atuação da
psicologia no enfrentamento, assim como noacolhimento e cuidados das vítimas. Pode-
se compreender o acolhimento como um dispositivo de escuta técnica e de promoção
e manutenção da saúde, com finalidade de promover um espaço de reflexão à essas
mulheres sobre a real situação em que estão e levá-las a decisões conscientes.
OBJETIVOS: promover o estudo sobre a violência degênero e ações de escuta e
reflexão de maneira coletiva, possibilitando a pensar sobre o tema de violência
doméstica para compreender sobre o fenômeno, ou seja, as causas que originam a
violência contra a mulher. METODOLOGIA: O projeto de extensão, realizado na
cidadede Paranaíba (MS) através do curso de Psicologia da Universidade Federal De
Mato Grosso Sul- Campus de Paranaíba, foi desenvolvido no espaço da Delegacia de
Atendimento à Mulher de Paranaíba-MS (DAM) e em grupos de discussão na
Universidade. Na DAM possibilitou o acolhimento das mulheres que iam à delegacia
realizar o boletim de ocorrência (BO) sendo que, encontravam-se fragilizadas e naquele
espaço podiam ser ouvidas por acadêmicos sobre sua situação de violência que
vivenciaram ou vivenciam. A formação do grupo de discussão na Universidade
fortalecia as ações de acolhimento e possibilitava a reflexão sobre a situação de
violência e na discussão acontecia a aprendizagem para que os acadêmicos em suas
ações junto à DAM, na universidade e na cidade no projeto de extensão, pudessem
fortalecê-las e identificar possibilidades de mudanças em suas vidas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos sobre a violência contra a mulheres se
iniciaram em 2017 a partir de grupos de ensino e projeto de extensão e envolveu em
torno de 40 alunos até 2020. As atividades na DAM aconteciam todas as semanas
durante os anos de 2017 a 2019, onde ocorriam atendimentos as mulheres da
comunidade a mais de 200 pessoas. A DAM tornou-se um lugar de acolhimento e
escuta para essas mulheres. Houve ações de conscientização na cidade e, na

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universidade, foi o espaço de ensino e reflexão. Pode-se compreender que o projeto
promoveu a recuperação da saúde integral da mulher, fortalecimento, promoção da
autoestima, possibilidade de superação da situação de violência e promoção de
autonomia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados indicam que as intervenções
em saúde mental são fundamentais em situações de violência. O acolhimento
psicológico é um dispositivo para a recuperação e fortalecimento da saúde mental das
mulheres vítimas. Portanto, as vítimas podem resgatar sua condição de ser humano, sua
autoestima, seus desejos e vontades que por muito tempo foram anulados em
consequência da relação e da violência sofrida.
Palavras-chave: acolhimento psicológico; violência doméstica; saúde mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PORTO, M. Violência contra a mulher e atendimento psicológico: o que pensam os/as


gestores/as municipais do SUS. Psicologia: ciência e profissão, v. 26, p. 426-439,
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D’OLIVEIRA, A. F.; SCHRAIBER, L. B. Violência Doméstica como Problema para
a Saúde Pública: Capacitação dos Profissionais e Estabelecimento de Redes
Intersetoriais de Reconhecimento, Acolhimento e Resposta ao Problema. Trabalho
apresentado no VI Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Salvador, Brasil, set.
2000.Anais. CD-rom
DE FREITAS, C. G.; DA SILVA, R. B. A violência contra mulher e a psicologia diante
dessarealidade na perspectiva da atenção básica. Revista Mosaico, v. 10, n. 1, 2019.
CAMARGO, M. Violência e Saúde: Ampliando Políticas Públicas. Jornal da Rede
Saúde, n.
22. São Paulo, 2000, pp. 6-8
GIFFIN, K. Violência de Gênero, Sexualidade e Saúde. Cadernos de Saúde Pública,
n. 10. Rio de Janeiro, 1994, pp. 146-155
DE AGUIAR, G. A. O acolhimento psicológico como dispositivo de orientação às
mulheres vítimas de violência: novas possibilidades para atuação do profissional de
Psicologia. RevistaEspaço Acadêmico, v. 18, n. 207, p. 99-107, 2018.

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RODAS DE QUARTEIRÃO NO NOVEMBRO AZUL: UM DIALÓGO SOBRE A
SAÚDE DO HOMEM COM A COMUNIDADE

Joelma Gomes Lima1; Elana Maria da Silva2; Francisco Natanael Lopes Ribeiro3;
Francisco Thiago Paiva Monte4 ; Darlanderson Gomes Albuquerque5; Antonia Thais
Oliveira Lima6
1
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
2
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
3
Assistente Social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
4
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família – UFC;
5
Profissional de Educação Física, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral;
6
Nutricionista, Secretaria Municipal da Saúde de Sobral.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas
do câncer de pele não-melanoma). Segundo o instinto nacional de câncer – INCA (2021),
estima-se cerca de 65.840 novos casos por ano, correspondendo assim a 29,2% dos
tumores acometidos no sexo masculino , acarretando 15.983 óbitos no ano de 2019 de
acordo com o Atlas On-line de Mortalidade (2021). Desse modo, no Brasil, especialmente
no Sistema Único de Saúde - SUS foi criado o novembro azul com o propósito de
promover à saúde integral do homem e por conseguinte conscientizar estes a buscar o
serviço de saúde com mais freqüência. Objetivos: Relatar a experiência da utilização da
educação em saúde através de rodas de quarteirão com a população para promoção da
saúde integral do homem com enfoque no câncer de próstata. Metodologia: Trata-se de
um relato de experiência de Residentes Multiprofissionais em Saúde da Família na
realização de ações de educação em saúde em rodas de quarteirão no bairro Cidade Dr.
José Euclides, conhecido popularmente como Terrenos Novos. Os momentos foram
realizados durante o mês de novembro de 2020 no município de Sobral, em alusão a
campanha do Novembro Azul com a população do território, no qual foram respeitados
os princípios bioéticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e as
recomendações da Organização Mundial de Saúde para o enfrentamento da pandemia
pela COVID-19. Resultados/Discussão: As atividades desenvolvidas com comunidade
foI roda de conversa com participação especial do grupo de educação popular da Escola
de saúde Pública Visconde de Sabóia, utilizando-se música popular voltada para saúde
do homem, como também diálogo com os fantoches onde foram abordados perguntas,
mitos e verdades sobre o câncer de próstata e infeções transmitida por contato sexual, às
perguntas eram feita a medida da participação da comunidade, e assim poder comentar
sobre o assunto em questão, destacamos que houve índice considerável de demandas e
encaminhamento ao CSF principalmente dos moradores de rua que ali estavam

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participando do momento. Considerações finais: Salientamos que as atividades de
educação em saúde possibilitaram uma aproximação da comunidade com o assunto , na
concepção da promoção da saúde incentivar e mostrar possibilidades de identificação e
prevenção de agravos voltados para a população alvo. Em vista disso, salientamos que a
aplicação de metodologias ativas durante os momentos possibilitou uma maior
participação da população durante as rodas de quarteirão no território, cooperando assim
para o acesso e assiduidade no Centro de saúde da família efetivando assim o cuidado
integral à saúde do atores envolvidos.

Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família; Promoção da Saúde; Educação em Saúde;


Câncer de próstata.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília,


2012. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/resolucoes-cns/resolucoes-
2020/1422-resolucao-n-647-de-12-de-outubro-de-2020 Acesso em: 14 de outubro de
2021.

Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde. Câncer de próstata. Brasil, 2021.


Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata Acesso em:
14 de outubro de 2021.

Instituto Nacional do Câncer, Ministério da Saúde. Atlas on-line de mortalidade.


Disponível em: https://www.inca.gov.br/app/mortalidade Acesso em: 14 de outubro de
2021.

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SAÚDE MENTAL DA MULHER EM PERÍODO DE PANDEMIA DO COVID-19

Brena Carolina Andrade Bordalo Sampaio1; Karolaine de Oliveira Barra 2; Safira


Rayme
Albuquerque Costa3 / Elizangela Fonseca de Mendonça4
1, 2, 3
Graduandas em Enfermagem pela Escola Superior da
Amazônia - ESAMAZ2 Graduando em Enfermagem pela
Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ3Graduando em
Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia - ESAMAZ
4
Enfermeira. Mestranda em Saúde Ambiental pela Universidade
Federal do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO: A mulher, no ambiente doméstico, em período de isolamento


advindo pela pandemia do COVID-19, está mais suscetível de ser vítima de violência
doméstica, além de exaustãofísica e emocional e o comprometimento da qualidade de
vida, uma vez que existe conflitos no que tange a autonomia, além de distanciamento
das relações sociais gerando sensação de impotência, resultado do desconhecimento de
estabilidade no futuro no cenário atual. OBJETIVOS: Demonstrara importância de se
conhecer a realidade da mulher em período de isolamento, enfatizando a importância
do conhecimento e capacitação da equipe de saúde no que tange ao tratamento e suporte.
METODOLOGIA: o presente estudo baseou-se em análise exploratória com foco na
saúde mental da mulher em período de pandemia, bem como as consequências do
isolamento e a permanência por tempo exorbitante dentro do ambiente doméstico,
disponíveis em diversas bases de dados de artigoscientíficos produzidos nos últimos
anos, período este em que se encontrou a pandemia (ano de 2019 à 2021).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O adoecimento mental que acomete a mulher tem
uma relação proporcional com a violência advinda dentro do ambiente doméstico,
sendo tais violências acometidas desde a infância e com muito mais frequência se
comparado ao sexo masculino. (LOIOLA, et al., 2020). A mudança na rotina e as
relações familiares refletiram negativamente no bem-estar das pessoas, e o mais
preocupante de toda esta longa permanência dentro de casa é o aumento do risco à vida
das mulheres que moram com seus agressores. (SCHMIDT et al., 2020). Desta
maneira, é necessário ter atenção nas lesões que não são visíveis, mas que
posteriormente se demonstra como uma doença mental. (RAMADA et al., 2008).
Quanto a esta questão, sugere-se ofertar serviços de baixo custo e que posso ajudar na
melhora da saúde psíquica da mulher que está isolada da sociedade, como por exemplo,
as tele consultadas que podem ser usadas para encurtar a distância e aumentar o
cuidado a fim de evitar a contaminação. (SOUZA et al., 2021) Interessante comparar
a proteção que o isolamento proporciona a saúde física da população, protegendo
contra atransmissão do vírus, sendo que este mesmo isolamento, com o passar do

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tempo, é capaz de gerar outra doença, que atinge o psicológico do indivíduo.
(AFONSO, 2020). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Fica evidente a necessidade de o
profissional de saúde conhecer o processo que evidencia problemas de saúde mental
em mulheres advindos com o surgimento do COVID-19, a fim de garantirqualidade de
vida em um período que propicia tantos conflitos emocionais.
Palavras-chave: Mulher; Pandemia; Saúde Mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFONSO P. O Impacto da Pandemia COVID-19 na Saúde Mental [The Impact of


the COVID-19 Pandemic on Mental Health]. Acta Med Port. 2020 May 4;33(5):356-
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https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13877/592
5. Acesso em: 11 de abr. 2021.
LOIOLA, Elisandra; COSTA, Beatriz; OLIVEIRA, Káryta; BORGES, Lorray.
TRANSTORNOS MENTAIS EVIDENTES NO SEXO FEMININO. Revista
Científica da FMC. DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.369.vol.15.n3.2020. Disponível em:
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é Fundamental Online (unirio.br). Acesso em: 13 de abr. 2021.
SCHMIDT, Beatriz; CREPALDI, Maria; BOLZE, Simone; SILVA, Lucas;
DEMENECH, Lauro. Impactos na Saúde Mental e Intervenções Psicológicas
Diante da Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19). SciElO Preprints. DOI:
https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.58. Disponível em:
https://preprints.scielo.org/index.php/scielo/preprint/view/58. Acesso em: 16 de abr.
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SOUZA, Alex Sandro Rolland; SOUZA, Gustavo Fonseca de Albuquerque;
PRACIANO, Gabriella de Almeida Figueredo. Women's mental health in times of
COVID-19. Revista Brasileira de SaúdeMaterno Infantil, v. 20, n. 3, p. 659-661, 2020.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-93042020000300001. Acesso em: 16 de
abr. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS DESAFIOS PARA O DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE COLO
DO ÚTERO

Laura Batista e Silva de Brito¹; Lohrana Beatriz do Vale da Silva²; Jade Cristina
deCarvalho Oliveira³; Arley Nunes Ribeiro⁴; Beatriz Maria Pantoja Carneiro⁵ /
Elizângela Fonseca de Mendonça⁶
¹,²,³,⁴,⁵ Graduandos em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ
⁶Enfermeira Mestranda em Saúde Ambiental pela Universidade Federal do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino (CCU), atinge cerca de 70% da população


feminina nacional, mesmo havendo diversas estratégias para o diagnóstico da doença em
estágio inicial. Diversos são os motivos que levam à descoberta tardia; um deles é o
extenso intervalo entre a realização do exame preventivo (Papanicolau), além da falta de
acesso a informações acerca do assunto.OBJETIVO:Demonstrar a importância de
conhecer a realidade da mulher com câncer de colo de útero. METODOLOGIA: Este
artigo foi escrito de forma exploratória sobre o tema saúde da mulher, câncer de colo
uterinoe prevenção.Foram utilizados três artigos, com descritores doença e doença
ginecológica feminina, abordando títulos como câncer de colo uterino e a caracterização
das mulheres em regiões do Brasil; os desafios que as mulheres enfrentam durante essa
patologia; e como as políticas públicas estão voltadas a saúde da mulher, baseados em
dados científicos referente aos anos de 2010, 2011 e 2017. RESULTADOS: O câncer de
colo uterino constitui um grave problema de saúde que atinge mulheres em todo o mundo.
O CCU sedesenvolve com o início precoce da atividade sexual, com o número de
parceiros, exposição às doenças sexualmente transmissíveis e o baixo poder aquisitivo. A
prevenção do CCU obedece a dois níveis: a prevenção primária, realizada pelo uso de
preservativos, uma das formas de evitar o contágio pelo vírus HPV; e a prevenção
secundária, realizada por meio do exame PCCU (Papanicolau). CONCLUSÃO: Este
estudo proporcionou uma visão ampla sobre o impacto causado na sociedade dessa
patologia e medidas tomadas pelo Ministério da Saúde, através das políticas públicas
implantadas nas Unidades de Saúde para reduzir os casos de CCU; considerando que a
prevenção depende de orientação e incentivo as mulheres quanto a realização do exame,
pois quando diagnosticado precocemente, aumentam as possibilidades de cura. Dessa
maneira, reforçamos a importância de um planejamento nas áreas educacionais, sociais,
políticas e econômicas para a implantação de ações efetivas para a de prevenção do CCU.

Palavras Chaves: Câncer, Mulher, Prevenção

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MACEDO, Mirian Helena Hoeschl Abreu; SILVA FILHO, Agnaldo Lopes da;
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2.pdf. Acesso em: 15 de junho de 2021. SOARES, Marilu C. et al. CÂNCER DE COLO
UTERINO: CARACTERIZAÇÃO DAS MULHERES EM UM MUNICÍPIO DO SUL
DO BRASIL. Esc Anna Nery RevEnferm 2010 jan-mar; 14 (1): 90-96.
Disponívelm:file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/artigo%201.pdf. Acesso em: 16 de
junho de 2021. TSUCHIYA, Carolina Terumi. et al. O câncer de colo do útero no Brasil:
Uma retrospectiva sobre as políticas públicas voltadas à saúde da mulher. J BrasEcon
Saúde
2017;9(1): 137-47. Disponível em:
file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Artigo%203.pdf. Acesso em: 19 de junho de
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EVOLUÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA À MULHER FRENTE AO
PARTO HUMANIZADO

Ana Beatriz Silva dos Santos1; Izabele Mercês Amorim Rodrigues2; Keila Suzana
Pantoja Azevedo3; Roberta Florêncio de Lima4/ Elizangela Fonseca de Mendonça5

1,2,3,4
Graduandas em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia de Belém do Pará
5
Enfermeira Obstétrica pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Saúde
Pública pela Universidade Federal do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO: Após séculos sendo tratada como um objeto reprodutor, a mulher via-
se obrigada somente a reproduzir. O parto era ministrado por “parteiras” sem precaução
ou higienização imediata. Porém, após revoluções e o desenvolvimento da ciência, a
estadia das mulheres dentro dos estabelecimentos hospitalares melhorou
significativamente, já que o procedimento do parto se tornou mais tecnológico e cirúrgico.
No entanto, com tais modificações, a privacidade da mulher ainda assim não era
respeitada, pois a internação e realização de procedimentos desnecessários só aumentava,
causando a perda da autonomia e respeito pelo corpo da mulher. OBJETIVO: Apontar a
importância da equipe de enfermagem frente ao parto humanizado no que tange maior
autonomia, privacidade e amenização da dor da puérpera durante o processo de
nascimento do bebê. METODOLOGIA: Os estudos foram baseados em análises de
bases de dados de artigos e revistas digitais produzidos nos últimos seis anos (2015 a
2021), com foco em parto humanizado e a atuação do enfermeiro durante o processo de
nascimento. REVISÃO DE LITERATURA: A equipe formada pelos profissionais de
saúde, anteriormente, enxergava o ser em fragmentos: corpo e patologia. Por isso, o
processo de humanização dentro dos atendimentos nos postos de saúde deve ser
implantado, preconizando a principal ferramenta para contribuir na melhora das consultas
dos pacientes. Uma vez que, tal conceito evidencia o significado de “cuidar”, consistindo
na mistura da compreensão do corpo e das patologias, não vistos separadamente e sim,
unitário, pois "nas percepções de enfermeiras, humanizar é um conjunto de práticas e
atitudes pautadas no diálogo, empatia e acolhimento, orientações, desenvolvimento
saudável dos processos de parto e nascimento respeitando a individualidade e valorizando
as mulheres com condutas éticas e solidárias". Diante disso, em conjunto, outras
mudanças têm sido propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), bem como pelo
Ministério da Saúde e órgãos não governamentais. Esse pensamento mostra que a
sociedade se auto modificou pretendendo ajustar e melhorar o cuidado que deveria ser
prestado à mulher, assegurando a melhoria do acesso, cobertura, a qualidade do
acompanhamento pré-natal, assistência no puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na

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perspectiva dos direitos de cidadania. Com isso, para ajudar na mudança desse cenário os
enfermeiros em parceria com a comunidade médica possuem importância, pois são os que
atuam na dianteira, podendo contribuir de forma direta na assistência e segurança de todo
processo parturitivo. CONCLUSÃO: Portanto, os profissionais de enfermagem trazem
grandes contribuições para a melhora da humanização dentro dos estabelecimentos de
saúde: inserção de boas práticas éticas e profissionais, como a aplicação de métodos não
farmacológicos para alívio da dor durante o parto, o qual consiste na aproximação do
profissional a paciente de forma singela e verdadeira, mostrando interesse na história de
vida da mulher, fazendo com que ela se sinta acolhida, segura e com autonomia para
participar e opinar sobre seu estado e seus procedimentos, tornando explicito que a
assistência prestada à mulher durante o parto evoluiu, proporcionando autonomia e
empoderamento à paciente.
Palavras-chave:Humanização; Parto; Assistência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES N.K.R; LIMA C.B, Humanização na assistência de Enfermagem no
parto natural. Temas em saúde v.16 n. 3 110-129 João Pessoa (2016). Disponível
em:temasemsaude.com/wpcontent/uploads/2016/09/163.pdf.
OLIVEIRA, Valéria de Fátima dos Santos, Benefícios do Parto Humanizado com a
Presença do Acompanhante. Revista Saúde em Foco, Edição nº 9. Ano: 2017.
Disponível em:
file:///C:/Users/emill/Downloads/025_beneficios_parto_humanizado.pdf.
BATISTA Possati et al. Humanização do parto: significados e percepções de
enfermeiras. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 2017, 21 (4), 1-6. ISSN:
1414-8145. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=127752022003.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SAÚDE MENTAL DAS GESTANTES DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Natália Evelyn da Silva Brito1; Walter Coelho Costa Neto2; Ruane de Cássia Barata
Veiga3; Elizangela Fonseca de Mendonça4

1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
4
Enfermeira Especialista em saúde pública pela Universidade do Estado do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO:Durante a gravidez, as mulheres passam por mudanças significativas


as quais despertam emoções que trazem expectativa em torno não só da nova vida que
esta se formando mas também das transformações que seu corpo irá sofrer. A saúde
mental na gestação engloba todos os períodos (antes, durante e depois), com a descoberta
da doença do corona vírus (COVID-19) uma grande preocupação cresceu em toda
população mundial, por se tratar de um vírus recém-descoberto, pouco conhecido e com
uma grande capacidade mortal. Com a chegada da pandemia houve uma interrupção da
vida social dessas maes que já tomavam medidas protetivas de prache com seus bebes e
agora tinham que triplicar todo esse cuidado e atenção. A quarentena, o distanciamento
social, o encerramento de escolas, o estilo de vida, o trabalho dentro e fora de casa,
trouxeram mudanças profundas às rotinas habituais dessas mulheres.
OBJETIVOS:Relatar os malefícios da pandemia na saúde mental das gestantes.
METODOLOGIA:O estudo foi pautado em análise exploratória com foco em gestação,
saúde mental e a influencia da pandemia do corona vírus nesse durante este período,
disponível em diferentes bases de dados de artigos científicos dos últimos anos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:A solitude materna no periodo gestatório- puerperal
ainda é vigente em pleno século XXI, em decorrencia do estilo de vida patriarcal que
vivemos, a pressão colocada sobre a genitora sempre foi massante, e em período
pandêmico aumentou, em especial a pressão que as mesmas se colocam. Um estudo
chinês evidenciou uma alta significativa de sintomas depressivos em mulheres gestantes
quando comparados aos dados pré-pandêmicos( NASCIMENTO, Gilvania. 2020). Dois
dos principais receios dessas gestantes era: transmissão vertical e parto prematuro (
GONÇALVEZ, Ana. 2019) sem contar que varias gestantes no ano de 2020/2021 tiveram
que ficar sozinhas na sala de parto pra não haver aglomeração, mesmo existindo uma lei
que as ampara em relação a isso. Tais acontecimentos somados geram um stress enorme
podendo contribuir significantemente para uma possivel depressão pós-parto (BRITO,
Natália. 2019).. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso fica evidente o desgante
fisico e emocional duplicado que as gestantes sofreram e sofrem na pandemia. Falar sobre
sobrecarga com essas mães e instruir a familia sobre como auxiliar nesse processo é
fundamental para um bom funcionamento desse novo sistema familiar. Quanto mais o
tempo passa mais evidente fica a necessidade de um modelo biopsicossocial na nossa

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sociedade e em como a prevenção fisica e emocional corroboram para um melhor
desenpenho do sistema único de saúde (SUS)
Palavras-chave: saúde mental; gravidez; coronavirus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NASCIMENTO, Gilvânia. A solidão materna diante das novas orientações em tempos de


SARS-COV-2: um recorte brasileiro. Revista Gaúcha de Enfermagem, MG, vol.42,
2021;

CARDOSO,Pollyanna. A saúde materno infantil no contexto da pandemia de Covid-19:


evidencias, recomendações e desafios. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 21
(Supl. 1): S221-S228, fev., 2021;

GONÇALVES, Ana. O impacto real da doença do coronavirus 2019 no desfecho da


gestação .Rev Bras Ginecol Obstet2020;42(5):303–304;

CZERESNIA, Ricardo. SARS-COV-2 e a gestação: Uma revisão dos fatos. Rev Bras
Ginecol Obstet2020;42(9):562–568.

BRITO, Natália. Saúde mental da mulher puérpera. Congresso internacional de saúde


da mulher e oncologia, n° 1, 2019, Recife (congresso online)

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


HUMANIZAÇÃO DO PARTO E ASSISTÊNCIA PROPORCIONADA A
GESTANTE

Sandy Rodrigues Cardoso1; Karina Rodrigues de souza2; Geovana Kecyane Reis


Conde3, Elizangela Fonseca de Mendonça4

1,2,3
Graduandas em Enfemagem pela Escola Superor da Amazônia- ESAMAZ
4
Enfermeira Obstétrica pela Universidade Federal do Pará. Especialista em Saúde Pública
pela Universidade Federal do Pará.
[email protected]

INTRODUÇÃO: A humanização do parto e assistência proporciona a gestante é a


esperadessa mulher pacientemente pela hora do nascimento do bebê, sem pressão por
meio daequipe de saúde. OBJETIVO: proporcionar assistência humanizada ao parto da
gestante. MÉTODOS: Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, de um estudo
descritivo, com a bordagem qualitativa, através de uma revisão integrativa da
literatura(RIL).Conforme Souza; Carvalho (2010) esse tipo de pesquisa permite uma
ampla abordagemmetodológica e a inclusão de estudos experimentais e não
experimentais, facilitando a compressão completa do fenômeno pesquisado. Usando
como critérios os artigos publicados nas bases de dados LILACS, SCIELO, BDENF no
período de 2021, no idioma português com textos completos que abordavam
Humanização do Parto Assistência Proporcionada a Gestante. RESULTADO E
DISCUSSÃO: A importância da implantação de medidas na humanização do parto e
assistência proporcionada a gestante, ressaltando o papel do enfermeiro como principal
avaliador da assistência no parto humanizado, implementado ações voltadas no método
de alivio da dor na hora do parto. As aações consideradas simples como técnicas de
relaxamento, respiração e postura da yoga reduzindo ansiedade, mudanças de posição,
andar, fazer terapia com água morna, terapia com música, a dizer que ela tem direito de
acompanhante. Em relação a isso a Rede Cegonha envolveu a qualificação de recursos
humanos visando a especialização voltadapara a saúde da mulher e do neném e dentre
essas especializações, inclui-se formaçõesem enfermagem obstétrica, idealiza-se a
maternidade como espaço de acolhimento a mulher a mulher e do recém-nascido e não
algo meramente técnico e sim humanizado no que diz respeito a qualidade em assistência
voltada para gestantes, parturientes e puérperas e sobre estar bem informada e tomar
decisões sobre seu próprio corpo, ao processo gestacional e ao processo de parto,
humanização também é dever dela sem serem ouvidas. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
dessa forma é importante salientar que humanização do parto é direito e dever social,
sendo assim o Ministério da Saúde concomitante a Rede Cegonha promovem mudanças
efetivas no processo de redução de desfechos maternos e neonatais indesejados ações
essas quedevem ser valorizadas em relação ao aprofundamento dos serviços prestados
pelo SUS.
Palavras-chaves:Assistência, Humanização, Avaliação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

LEALNP,et al, Práticas Sociais do Parto e do Nascer no Brasil: fala das puérperas,
Rio de Janeiro Brasil,2020
SANTOSFS, Et al Percepções de Puérperas Sobre a Assistência ao Parto Normal
Humanizado, São Paulo: Revista Recien, 2020;10(32):217-228
GOMESCM,et al, O Papel do Enfermeiro na Promoção do Parto Humanizado.
SãoPaulo: RevistaRecien, 2020;10(29):180-188
SILVARRCP,et al, Fatores que Interferem na Qualidade da Assistência ao Parto
Humanizado,Teresina-PI, Revista Eletrônica Acervo Cientifico,2020
ALVESCG;CARVALHOGM;VIEIRARS,Percepção de Acadêmicos de Enfermagem
sobre a Humanização as Assistência ao Parto,Curitiba,Brazilian Journal of Health
Review,v.4,n.2,p.8282-8

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPLICAÇÕES DA COVID-19 DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA

Joyce Keyla Sousa Coimbra1; Bruna Leal da Silva2; Francisco Alrimar Silva
Xavier3; Thamires Rosa Freitas do Nascimento4; Yasmin Janaina Silva de
Sousa5; Mariane Santos Ferreira6.
1,2,3,4,5
Graduando de Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará.
6
Enfermeira Intensivista. Mestre em Bioengenharia pela UNICASTELO.

E-mail: [email protected].

INTRODUÇÃO: O coronavírus 2019 (COVID-2019), da síndrome respiratória aguda


grave 2 (SARS-CoV-2), foi declarada em março de 2020 como pandemia. A COVID-
19 apresenta sintomas como febre, tosse, infecção do trato respiratório inferior, até
casos de pneumonia grave com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA).
As grávidas acabam sendo um dos grupos mais vulneráveis durante um surto de doença
infecciosa, uma vez que, durante a gravidez, o corpo da mulher passa por variadas
mudanças fisiológicas e imunológicas, o que as tornam mais suscetível ao patógeno
viral, e a gravidade da infecção. As manifestações clínicas em mulheres grávidas
variam desde assintomáticas e sintomáticas a casos mais graves. OBJETIVO:
Evidenciar através da literatura, os riscos causados pela COVID-19, da SARS-CoV-2,
na gravidez, destacando os principais riscos e consequências durante o período
gestacional. METODOLOGIA: Caracteriza-se como uma revisão integrativa da
literatura, embasada nas publicações indexadas em bases de dados Google Acadêmico
e SciELO. Os critérios de inclusão incluem idioma português e inglês publicados no
período de 2020 e 2021 relacionado ao coronavírus e seus riscos para as gestantes. Os
descritores utilizados foram: “gestação” e “COVID-19”, utilizando o operador
booleano AND para realizar a pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As
evidencias sobre a evolução e os riscos do COVID-19 na gravidez ainda são escassos.
Dentre os estudos já publicados, constatou-se que as manifestações clínicas das
pacientes grávidas com COVID-19, são semelhantes ao que ocorre em pacientes não
grávidas. No entanto, pode ser mais grave no terceiro trimestre da gravidez, mediante
a incidência de partos pré-termos, rotura prematura de membranas, taquicardia fetal,
estado fetal não tranquilizador, morte fetal e elevado número de cesarianas, neste
período. Os efeitos do COVID-19 na restrição do crescimento fetal e a pré-eclâmpsia
permanecem desconhecidos, assim como nenhuma evidência de transmissão vertical
foi relatada em pesquisas realizadas recentemente. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Tendo em vista que os estudos científicos acerca do SARS-CoV-2 ainda são muito
incipientes, pouco se sabe sobre o comportamento do vírus no organismo e os
conhecimentos sobre a COVID-19 na gravidez e sua evolução para a forma grave da
doença ainda estão em construção e novas recomendações podem surgir a qualquer

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momento. Dessa forma, as principais medidas para a prevenção da COVID-19 na
gestação continuam sendo a de evitar a contaminação pelo vírus mantendo o
distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos.

Palavras-chave: Gestação; COVID-19; Pandemia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALBUQUERQUE, L. P.; MONTE, A. V. L.; ARAÚJO, R. M. S. Implicações da covid


19 para pacientes gestantes. Revista Eletrônica Acervo Saúde / Electronic Journal
Collection Health. ISSN 2178-2091, v. 12, n. 10, p. e4632, 2020.

CHEN et al. Clinical characteristics and intrauterine vertical transmission


potential of COVID19 infection in nine pregnant women: a retrospective review
of medical records. Lancet, 2020. https://doi.org/10.1016/S0140- 6736(20)30360.

ZHU et al. Clinical analysis of 10 neonates born to mothers with 2019-nCoV


pneumonia. Transl Pediatr, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RISCO DE QUEDAS DE IDOSOS COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA

Arianny Luiza Barros de Santana1; Daiane de Matos Silva2; Tamíris Alves Chagas3;
Larissa de Lima Domingos4; Yasmim Germana de Souza Barros5.

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho;
2
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão.
3,4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário UNIFACISA.
5
Enfermeira pela Universidade Federal de Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida como perda involuntária de


urina e que acomete a população em geral, entretanto se torna mais frequente em
indivíduos com mais de 60 anos. Isso acontece devido às modificações funcionais e
estruturais do sistema urinário com o avançar da idade e entre outros fatores. Estudos têm
relatado associações entre a IU e risco de quedas, sendo uma das principais responsáveis
pela institucionalização de idosos. OBJETIVO: Identificar através da literatura os riscos
de quedas em idosos com incontinência urinária. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura realizada através das bases de dados Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis
and Retrievel System Online (MEDLINE), Índice Bibliográfico Espanol en Ciencias de
la Salud (IBECS) e Bases de Dados em Enfermagem (BDENF), através dos seguintes
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): "Saúde do Idoso", "Incontinência Urinária" e
"Acidentes por quedas"; combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca
ocorreu no mês de Agosto de 2021, como critérios de inclusão, adotaram-se artigos em
português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, que abordassem a temática nos
últimos cinco anos. Como critérios de exclusão: revisões, monografias, dissertações,
artigos que fugissem da temática e que estivessem repetidos nas bases de dados. Após
aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 5 artigos para compor a
revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou-se, que a incontinência urinária
está entre os fatores de risco de queda em idosos, devido ao comprometimento cognitivo
e funcional, a fragilidade física, o uso de alguns medicamentos que aumenta o débito
urinário e a necessidade de alguns idosos de urinar a noite. Ademais, observou-se que os
idosos mais velhos possuem maior vulnerabilidade para o risco de quedas, além disso,
nota-se a necessidade do rastreio adequado dos idosos com incontinência urinária, tendo
em vista, o grande número de subnotificações, muitas vezes ocasionada pelo
constrangimento e vergonha. Ademais, foi visto a necessidade de prevenção e tratamento.
CONCLUSÃO: Mediante os resultados encontrados, é notório frisar a importância de
ações educativas sobre o risco de quedas de idosos com incontinência urinária e as
maneiras de preveni-las. Com isso, é imprescindível que seja prestada uma assistência de
enfermagem adequada à realidade de cada idoso, a qual seja incentivada a prática de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


atividades físicas, pilates, ioga, além de estimular maneiras para evitar o consumo de
bebidas alcoólicas, de cigarro e de bebidas ricas em açúcar, visto que são fatores de risco
que podem levar a IU.

Palavras-chave: Acidentes por quedas; Incontinência Urinária; Saúde do Idoso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JEREZ‐ROIG, Javier et al. Predicting continence decline in institutionalized older


people: a longitudinal analysis. Neurourology and urodynamics, v. 38, n. 3, p. 958-
967, 2019.
KANG, Jiyoung; KIM, Cheolhwan. Association between urinary incontinence and
physical frailty in Korea. Australasian journal on ageing, v. 37, n. 3, p. E104-E109,
2018.
MOON, Shinje et al. Impact of urinary incontinence on falls in the older population:
2017 national survey of older Koreans. Archives of gerontology and geriatrics, v.
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SMITH, Erin M.; SHAH, Amit A. Screening for geriatric syndromes: falls,
urinary/fecal incontinence, and osteoporosis. Clinics in geriatric medicine, v. 34, n.
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TANNENBAUM, Cara et al. Long-term effect of community-based continence
promotion on urinary symptoms, falls and healthy active life expectancy among older
women: cluster randomised trial. Age and ageing, v. 48, n. 4, p. 526-532, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RODA DE CONVERSA: A INFORMAÇÃO SOBRE O TESTE RÁPIDO DE ISTs
EM UM INSTITUTO NA REGIÃO AMAZÔNICA
Inã Palheta da Silva¹
¹Enfermeira, Especialista em Urgência e Emergência pela Faculdade APOENA
Email: [email protected]
Objetivo: relatar experiências sobre atividades desenvolvidas em roda de conversas com
informação em saúde sobre o teste rápido relacionado com as Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs). Método: refere-se sobre relato de experiência e observação nas
atividades de grupo realizadas no período de fevereiro a dezembro de 2019 em um Instituto
de Saúde, na cidade de Macapá, Amapá, Região Amazônica. Resultados: atividades
desenvolvidas na área de acolhimento do Instituto as segundas-feiras, sábados e nas ações
realizadas extramuro, coordenadas por enfermeiros voluntários da própria instituição, sendo
utilizados com Folders das campanhas da prevenção de ISTs., bonecos, cartazes e Banner
com temas em tela. As conversas duravam cerca de 20 minutos onde foram trabalhados os
seguintes temas: o que são as ISTs, formas de transmissão, formas de prevenção, possíveis
complicações e testagem rápida. Sendo que ao fim de cada atividade era lançado o convite
para que os participantes realizassem a testagem rápida para ISTs., seguido por um período
de tempo individual com Enfermeiros para que os participantes pudessem eliminar dúvidas
sobre os assuntos abordados e o exame. Conclusão: com esse dinamismo realizado foi
possível acesso à informação a população que frequentava o instituto de forma simples e
acolhedor, sendo realizado mais de 400 atendimentos no período, com condutas de acordo
com resultados como Pré e Pós aconselhamento, encaminhamentos e tratamento caso fosse
necessário, com isso contribuindo para a autonomia em saúde dentro da comunidade
assistida. Contribuições e implicações para a Enfermagem: O trabalho de Relatos exposto
considera-se como um cuidado de enfermagem, colaborando com os protocolos e
orientações do Ministério da Saúde, promovendo informações desde a fisiopatológica das
ISTs aos assuntos relacionados aos direitos deste indivíduo, possibilitando uma maior
autonomia a população assistida, em vulnerabilidade social.
Palavras-chave: Enfermagem; Prevenção; Autonomia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASI. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças


de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento
de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília :
Ministério da Saúde, 2020. 248 p.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RUBÉOLA NO PERÍODO GESTACIONAL E SUAS COMPLICAÇÕES
PARA O NEONATO: REVISÃO DE LITERATURA

Giordana do Nascimento Nunes1, José Guilherme Melo Silva2 , Ana Paula


Mourão Ribeiro3
1,2,3
Graduando em Medicina pelo centro Universitário Presidente Antônio Carlos
[email protected]

INTRODUÇÃO: A rubéola é uma patologia decorrente da infecção pelo vírus do


gênero Rubivirus. O risco de defeito congênito é maior quando a grávida adquire a
doença primária nas primeiras semanas de gestação. A infecção placentária e fetal
pode ocasionar abortos, anomalias congênitas, doença multissistêmica e restrição do
crescimento itrauterino. OBJETIVO: Identificar as complicações da rubéola
congênita, com base na literatura, enfatizando a importância da vacinação.
METODOLOGIA: Este estudo é uma revisão integrativa de literatura, foram
utilizados artigos científicos, Scielo, Pubmed e o site do ministério da saúde, não
havendo critério de idioma e para a busca foram utilizados descritores “congênita”,
“neonato”, “rubéola”. RESULTADOS: A rubéola congênita pode resultar em vários
tipos de malformações, dependendo da fase da gestação. A manifestação clínica
principal é a deficiência auditiva que é geralmente bilateral, além dela, pode
acontecer retardo no crescimento intrauterino, persistência do canal arterial, catarata,
glaucoma, retinopatia e microftalmia. A principal característica da rubéola congênita
é a cronicidade, e a suas manifestações podem progredir ou novas alterações podem
aparecer. Entre as manifestações tardias estão a dificuldade de aprendizado e
autismo. Todas essas possíveis manifestações clínicas englobam a síndrome da
rubéola congênita (SRC). Os resultados encontrados na presente pesquisa sugerem
que a vacinação é a única forma de preveni-la e apesar de ser uma doença considerada
erradicada, ainda são diagnosticados casos de rubéola e SRC, enfatizando a
importância do conhecimento sobre a doença, a vacinação e um pré-natal adequado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de a rubéola ser de conhecimento mundial,
as gestantes ainda possuem pouco entendimento sobre a doença e suas complicações,
sendo necessária a devida atenção durante o pré-natal realizando a sorologia para
rubéola conforme protocolo do ministério da saúde, além disso, cabe ressaltar a
importância da vacinação e conscientização das mulheres em idade fertil, visando à
diminuição dos casos de SRC.
Palavras-chave: Congênita. Neonato. Rubéola.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DA SILVA, Nathália Nepomuceno et al. Síndrome da rubéola congênita: análise dos
casos notificados no Brasil entre 1990 a 2016. Nursing (São Paulo), v. 24, n. 280, p.
6235-6246, 2021. Disponível em:
<http://www.revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/revistanursing/article/view/1
799 >. Acesso em: 05 de setembro de 2021.
JANEIRO, Jacqueline Marques. Rubéola na gravidez e a infeção congénita. 2014.
Disponível em:
<https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/92640/1/M_Jaqueline%20Janeiro.pdf >.
Acesso em: 05 de setembro de 2021.
LANZIERI, Tatiana Miranda; PINTO, Diana; PREVOTS, D. Rebecca. Impacto da
vacinação contra rubéola na ocorrência da síndrome da rubéola congênita. Jornal de
Pediatria, v. 83, p. 415-421, 2007. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/jped/a/jRmY9XVLDrJHcNSJQRjD4ry/?format=pdf&lang=pt
>. Acesso em: 05 de setembro de 2021.
LIMA, Laísa Anália Cadête et al. Síndrome da rubéola congênita. Rev. bras. anal. clin,
p. 111-114, 2019. Disponível em: <http://www.rbac.org.br/wp-
content/uploads/2019/10/RBAC-vol-51-2-2019-ref-715.pdf >. Acesso em: 05 de
setembro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SALAS DE ESPERA COMO AMBIENTE PARA A PROMOÇÃO DE
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Débora Gabriela do Nascimento Isídio¹
¹Graduada em nutrição pela Universidade Potiguar
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O ambiente das salas de espera se apresenta como local propício para
práticas promotoras de saúde, por intermédio da realização de ações de educação
nutricional em saúde, viabilizando a humanização no cuidado. Além disso, a interação
entre os usuários de saúde e profissionais possibilitam a partilha e construção de
conhecimentos em saúde, enquanto aguardam o atendimento ambulatorial nas
especialidades clínicas. OBJETIVOS: Relatar a experiência de acadêmicas do curso de
Nutrição ao desenvolver projetos de educação nutricional em sala de espera.
METODOLOGIA: Foram selecionados temas promotores de saúde a serem abordados
pelos discentes no estágio de nutrição social da Universidade Potiguar –UnP, na Unidade
Básica de Saúde Rosangela Lima, localizada no bairro Planalto, Natal/RN. Foram
selecionados temas em nutrição previamente a partir da observação do perfil dos
pacientes, sendo os referidos temas: 1) Obesidade infantil; 2) Níveis de processamento de
alimentos; 3) Importância da ingestão hídrica; 4) Higienização adequada de frutas e
legumes usando o hipoclorito de sódio; 5) Consumo de sal nos alimentos industrializados.
Os temas foram abordados com atividades educativas: jogos usando mitos e verdades,
exposição de cartazes e figuras, questionamentos aos pacientes sobre os temas escolhidos
e dinâmicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi possível observar o desconhecimento
sobre os prejuízos que alimentos ultraprocessados repercutem na saúde, bem como sobre
a forma correta de higienização de alimentos e disponibilidade da distribuição de
hipoclorito nas unidades básicas de saúde. Os demais temas havia-se conhecimento
prévio, mas alguns questionamentos foram explanados pelos discentes a fim de
consolidarem os conhecimentos de maneira enfática. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Dessa maneira, fica evidente que a dinamicidade da exposição de informações na sala de
espera tornou o momento proveitoso, esclarecedor e acolhedor, contribuindo para a
tomada de decisões conscientes e orientadas através do conhecimento dos riscos que uma
alimentação inadequada pode implicar, e que as práticas alimentares saudáveis
direcionam melhoria da qualidade de vida.
Palavras-chave: Sala de espera. E9ducação nutricional. Atenção Básica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, A. D. et al. Sala de espera: um ambiente para efetivar a educação em
saúde. Vivências, 5(7): 101-106, 2009.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A SALIVA E SEU POTENCIAL VALOR DIAGNÓSTICO NO CONTEXTO DA
COVID-19: UMA REVISÃO NARRATIVA

Flávia Martins Vasconcelos Filiú1; Brenda Torres


Santos2; Guilherme Perpétuo Ferreira3; Isabela
Ramos4; Ana Beatriz Acosta Matos Rios5
1,2,3
Graduandos em Odontologia pela Universidade Federal de Minas Gerais
4, 5
Graduandas em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A COVID-19 é uma doença infectocontagiosa causada pelo SARS-


CoV-2, um novo tipo de coronavírus, que está relacionado a quadros de síndrome
respiratória aguda grave (SARS) e mais de 4 milhões de mortes desde seu surgimento em
2019. Com o avanço da pandemia e a aparição de milhares novos casos diários, a busca
por uma forma segura de diagnóstico tornou-se alvo de diversas pesquisas, as quais
apontaram a eficácia do uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) na detecção do
SARS-CoV-2. A coleta necessária para o exame, porém, é considerada invasiva e
desconfortável para o paciente, que é submetido a um esfregaço
nasofaríngeo/orofaríngeo. Nesse contexto, a saliva surge como uma promissora forma de
diagnóstico menos invasiva, mais rápida e barata que o teste convencional.
OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é fazer um mapeamento dos artigos já
publicados acerca da saliva como amostra para o diagnóstico da COVID-19.
METODOLOGIA: O estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica
utilizando o PubMed como base de dados e as seguintes palavras-chave: saliva; COVID-
19; diagnostic e o operador booleano “AND”. Foram incluídos estudos experimentais,
revisões de literatura e revisões sistemáticas na língua portuguesa, inglesa e espanhola
publicados a partir do ano de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ainda há
resquícios de divergências entre os autores. Alguns afirmam que o teste a partir da saliva
é mais sensível e específico que o exame a partir do swab nasofaríngeo e outros trabalhos
afirmam que a carga viral encontrada a partir da técnica convencional de coleta é maior,
mas não descartam que a técnica salivar é também uma boa forma de detecção do SARS-
CoV-2. Os primeiros estudos publicados acerca do tema, indicam que o valor diagnóstico
da saliva pode depender de como ela é coletada e que o uso de medicações pode afetar a
funcionalidade das glândulas salivares, interferindo diretamente no resultado do exame.
Outros fatores como a condição de higiene oral do paciente e quantidade de saliva também
podem afetar a qualidade do teste. Além do seu valor diagnóstico, os biomarcadores
salivares, como ACE2, TMPRSS2 e FURIN, podem ter um importante papel na
compreensão da progressão da COVID-19 e no seu prognóstico. Há concordância entre
todos os autores que o diagnóstico a partir da saliva representa uma forma eficaz, menos
invasiva e mais barata que o exame convencional de PCR. CONSIDERAÇÕES

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FINAIS: A saliva é um fluido promissor no contexto de diagnóstico e prognóstico da
COVID-19. Em relação ao teste convencional de reação em cadeia da polimerase (PCR),
a saliva possui bons resultados nos estudos clínicos apresentados nos artigos e no aspecto
socioeconômico, por ser um exame mais barato e de fácil coleta em áreas remotas.
Palavras-chave: Saliva; COVID-19; diagnóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRAUN, E.; SAUTER, D. Furin-mediated protein processing in infectious diseases and


cancer. Clinical and Translational Immunology. John Wiley and Sons Inc, 1 jan. 2019.

KAFLE, D; SAPKOTA, D. Saliva as a Biological Sample for COVID-19 Diagnosis?


Kathmandu University Medical Journal. Oslo, p. 107-110. 18 jul. 2020.

TORRE-FUENTES, L. et al. ACE2, TMPRSS2, and Furin variants and SARS-CoV-2


infection in Madrid, Spain. Journal of Medical Virology, v. 93, n. 2, p. 863–869, 1 fev.
2021.

XU, R. et al. Saliva: potential diagnostic value and transmission of 2019-nCoV.


International Journal of Oral Science. Springer Nature, 1 dez. 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SAÚDE DA MULHER EM SITUAÇÃO DE RUA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Arianny Luiza Barros de Santana¹; Izadora Ribeiro de Moraes²; Williane Pereira Cruz³;
Daiane de Matos Silva4; Thiemmy de Souza Almeida Guedes5

¹Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho


²Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Rondonópolis
³Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão
5
Pós-graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: Lavar as mãos, manter o isolamento social, uma boa alimentação para
aumento da imunidade são algumas medidas que não se encaixam em todas as classes
sociais quanto a prevenção da COVID-19. OBJETIVO: Analisar, segundo a literatura
científica, como está ocorrendo a assistência a mulheres em situação de rua. MÉTODOS:
Revisão integrativa da literatura realizada através das bases de LILACS, SCIELO,
PUBMED e MEDLINE através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS):
“Saúde da mulher”, “Pandemia”, “COVID-19” e “Pessoas em situação de rua”;
combinados entre si pelo operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de agosto de
2021 e como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos idiomas português,
inglês e espanhol, que abordassem a temática, nos últimos dois anos; como critérios de
exclusão: literatura cinzenta, artigos que não contemplavam o tema e estudos repetidos
nas bases de dados. A partir da busca inicial, foram encontrados 15 estudos nas bases
selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10
estudos para compor a revisão. Adotou-se como pergunta norteadora: “A assistência à
saúde da mulher sofreu impactos devido à pandemia COVID-19?” RESULTADOS E
DISCUSSÃO: As mulheres em situação de rua são mais propensas a crises de saúde,
devido à ausência de moradia e disparidades do sistema de saúde. Apesar do Sistema
Único de Saúde (SUS) propor acesso universal aos atendimentos e suas vertentes, as
dificuldades no acesso são conjuntamente apoiadas no estigma social que essa população
enfrenta, ocasionado tendência a recuo na procura de atendimento de saúde e afetando o
diagnóstico e tratamento de inúmeras patologias. Todavia, com a pandemia da COVID-
19 inúmeras enfermidades deixaram de ser diagnosticadas e tratadas, aumentando o
desmantelo e a disparidade ao acesso no atendimento integralizado, além da ausência de
notificação compulsória da doença viral COVID-19 nessa parcela populacional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Garantir a assistência à população em vulnerabilidade é
essencial para o enfrentamento de injustiças sociais e para isso existem as políticas
públicas que assegura os direitos destes; portanto, assegurar o direito à informação e ações
voltadas a essas mulheres são medidas que prevenirá e detectará futuras patologias.

Palavra-chave: Saúde da mulher; COVID-19; Assistência de enfermagem.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADAMS, C. S.; PLAYER, M.S.; BERINI, C. R; PERKINS, S.; FAY, J.; WALKER, L.
et al. A Telehealth Initiative to Overcome Health Care Barriers for People Experiencing
Homelessness. Telemedicine and e-Health, v. 27, n. 8, p. 851-858, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1089/tmj.2021.0127

GOODSMITH, N.; IJADI-MAGHSOODI, R.; MELENDEZ, R.M.; DOSSETT, E.C.


Addressing the Urgent Housing Needs of Vulnerable Women in the Era of COVID-19:
The Los Angeles County Experience. Psychiatr Serv, v. 72, n. 3, p. 349-352, 2021. 2021.
DOI: https://doi.org/10.1176/appi.ps.202000318

TEIXEIRA, M. B.; BELMONTE, P.; ENGSTROM, E. M.; LACERDA, A. The invisible


of the city: the stigma of the Homeless Population in Rio de Janeiro. Saúde em Debate,
v. 43, p. 92-101, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042019S707

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SAÚDE SEXUAL DE MULHERES NEGRAS: VULNERABILIDADES PARA O
ACOMETIMENTO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Amanda Letícia Menezes Souza1; Viviane Nunes Rocha2; Laiana Santos Barreto3;
Gemima Lima de Jesus4 Efânia Cristina Amaral de Oliveira5

1,3,4,5
Graduando em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Empreendedorismo -
FACEMP
2
Graduando em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Educação Sena Aires -
FACESA
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um problema de


saúde pública alarmante, as notificações de AIDS, herpes, sífilis, dentre outras infecções
sexuais são crescentes na contemporaneidade. Quando dada ênfase a atenção das
vulnerabilidades para as ISTs, o público feminino demonstra grande potencial para o
acometimento, pois apesar da maioria dos casos notificados ainda serem masculinos, a
partir do ano de 1980 as mulheres apresentaram um crescimento exponencial para
contrair diferentes infecções nas relações sexuais, somado a este, a população negra
também demonstra uma vulnerabilidade de acometimento, visto que fatores históricos,
sociais e culturais fragilizam essa parcela da sociedade no acesso a saúde, educação e
informação de qualidade, sendo assim, o ser mulher e negra demonstra uma grande
importância no tocante a vulnerabilidade de acometimento das ISTs. OBJETIVOS:
Enumerar algumas das principais causas de vulnerabilidade da população feminina e
negra para o acometimento de infecções sexualmente transmissíveis. MÉTODOS: Trata-
se de uma revisão integrativa de literatura, que teve como questão norteadora: Quais as
vulnerabilidades das mulheres negras para o acometimento de ISTs. A pesquisa foi
realizada em junho de 2021 nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS) e Periódicos CAPES, onde foram buscados estudos a
partir dos termos elegidos pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles:
“Racismo” “Doenças Sexualmente Transmissíveis” e “Saúde Sexual”; desse modo foram
localizados 190 artigos, sendo 163 oriundos do LILACS e 27 advindos do Periódicos
CAPES. Apresentou-se como critérios de inclusão artigos que fossem capazes de
responder à questão norteadora e como critérios de exclusão, estudos que fugissem da
temática central, deste modo foram elegidos 3 artigos que compuseram a amostra da
revisão. RESULTADOS: As vulnerabilidades das mulheres negras para o acometimento
de ISTs são multifatoriais, dentre elas podemos citar questões culturais como autonomia
reduzida para a sexualidade feminina, na qual o privilegio masculino tende a colocar as
mulheres em posição de submissão e/ou constrangimentos que atinjam sua dignidade,
sendo assim elas são tidas como imorais ou até mesmo incapazes de desfrutar de uma
sexualidade livre de preconceitos sociais, nesse contexto o ter e usar preservativos torna-

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se responsabilidade maior dos parceiros, visto que, para as mulheres é culturalmente
censurável possuir camisinhas. Considerando as questões raciais, as mulheres negras
encontram-se entre as populações com os níveis mais baixos de renda financeira, sendo
expostas a mais situações de violência doméstica e urbana, somados a menos
oportunidades de acesso a uma boa formação educacional, ingresso no mercado de
trabalho, acesso a saúde de qualidade, dentre outros fatores que repercutem em uma
vulnerabilidade dessa população para as infecções sexuais. CONCLUSÃO: As mulheres
negras estão expostas a inúmeros fatores de risco para o acometimento de infecções
sexualmente transmissíveis, dentre elas podemos citar questões culturais que infelizmente
estão enraizados na sociedade, assim como o racismo e machismo, que colocam essas
mulheres de cor preta em situação de vulnerabilidade para AIDS, herpes, sífilis,
gonorreia, clamídia, dentre diversas outras ISTs.
Palavras-chave: Racismo; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Saúde Sexual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, Dera Carina; PAIVA, Mirian Santos; CARVALHO, Evanilda Souza de


Santana; RODRIGUES, Gilmara Ribeiro Santos. Representações Sociais Da
Vulnerabilidade De Mulheres Negras E Não Negras À Infecção Pelo HIV/AIDS. Rev.
enferm., Rio de Janeiro.

RISCADO, Jorge Luís de Souza; OLIVEIRA, Maria Aparecida Batista; BRITO, Ângela
Maria Benedita Bahia de. Vivenciando o racismo e a violência: um estudo sobre as
vulnerabilidades da mulher negra e a busca de prevenção do HIV/aids em comunidades
remanescentes de Quilombos, em Alagoas. Saude soc., 2010.

SANTOS, Naila Janilde Seabra. Mulher E Negra: Dupla Vulnerabilidade Às


DST/HIV/AIDS. Saude soc., 2016.

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SEDAÇÃO E ANALGESIA NO PACIENTE COVID-19

Keila Marina Vidal Grochoski1; Daniel Rocha Diniz Teles2; Márcya Cândida Casimiro
de Oliveira3; Sabrina de Freitas Barros Soares 4.
1,2,3
Graduando em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCMPB),
PB.
4
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPE), PB.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A dor é um dos principais motivos de agitação, podendo ser


desencadeada por diversos fatores, por isso um dos alicerces no cuidado ao paciente
criticamente enfermo é a administração adequada da sedação e analgesia para alívio da
ansiedade e da dor, estabelecendo uma melhor ventilação mecânica. OBJETIVOS:
Apresentar os aspectos relevantes à analgesia e sedação no paciente com covid-19.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura. Utilizou-se para tal os
Descritores em Ciências da Saúde (DECS) em inglês: “Sedation”, “Analgesia”,
“Coronavirus Infections”, associados aos operadores OR e AND nas plataformas BVS,
Scielo, Pubmed e Google Schoolar, sendo considerados critérios de inclusão artigos com
texto integral nos idiomas português e inglês, publicados entre 2020 e 2021, cujos títulos
e/ou resumos abordassem a Analgesia e Sedação em pacientes com Covid-19 e fossem
disponibilizados de forma gratuita e online. Após a leitura prévia do título e resumo foram
excluídas as publicações em duplicidade e que não abordassem a temática proposta.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A necessidade correta do nível da analgesia para
pacientes fora da ventilação mecânica (VM) ou em VM com capacidade de se comunicar
e de relatar a dor pode ser feita pela Escala Numérica de Avaliação (NRS), sendo NRS4
dor moderada e 7 dor intensa. Em pacientes sob VM incapazes de se comunicar, onde é
possível observar comportamentos, usa-se preferencialmente a Behavioral Pain Scale
(BPS) ou a Critical-Care Pain Observation Tool (CPOT), sendo BPS3 dor e 5 dor
significativa; CPOT>3 dor. Pacientes com necessidade de sedação profunda, onde não é
possível observar comportamentos se sugere uso preemptivo de analgésicos opiáceos
fortes EV contínuos. Quanto à sedação, indica-se monitorizar sua profundidade através
de escalas como a RASS-Richmond Agitation-Sedation Scale ou a Ramsay.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso,a pontuação na escala resultará em uma
escolha individualizada ao paciente.Quando a aplicação está impossibilitada, indica-se a
administração dos analgésicos de forma preventiva inicialmente com opiáceos fracos, em
seguida opiáceos fortes intermitentes e, se necessário, em infusão contínua.
Palavras-chave: Sedação; Analgesia; Infecções por Coronavírus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Chanques G, Constantin JM, Devlin JW, et al. Analgesia and sedation in patients with
ARDS. Intensive Care Med. 2020;

Mathews KS, Soh H, Shaefi S, et al. Prone Positioning and Survival in Mechanically
Ventilated Patients With Coronavirus Disease 2019-Related Respiratory Failure
[published online ahead of print, 2021 Feb 17]. Crit Care Med. 2021;

Wongtangman K, Grabitz SD, Hammer M, et al. Optimal Sedation in Patients Who


Receive Neuromuscular Blocking Agent Infusions for Treatment of Acute Respiratory
Distress Syndrome-A Retrospective Cohort Study From a New England Health Care
Network. Crit Care Med. 2021;49(7):1137-1148.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO POR ZIKA VÍRUS ENTRE 2016
E 2020 NA BAHIA

Amanda Carolina Fonseca da Silva1; Eric Pasqualotto1; Gabriela Garcia Korczaguin1;


Luis Guilherme Machado1; Vitor Mauricio Merlin Maschietto1; Joana Wagner Schury2
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
2
Graduando em Medicina pela Universidade do Sul de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A infecção por Zika vírus costuma se manifestar com sintomas leves,
como febre, mialgia e cefaléia retro-orbitária, com duração de 5 a 7 dias. Contudo, é
possível que esteja associada a complicações neurológicas autoimunes, tal qual a
síndrome de Guillain-Barré, além de poder causar malformações fetais quando ocorre
durante a gestação. A doença mostrou-se como um grave problema de saúde pública na
Bahia, principalmente nos anos de 2015 e 2016, quando foi observado um aumento
significativo no número de casos de microcefalia no estado. OBJETIVOS: Descrever o
perfil epidemiológico do Zika vírus entre 2016 e 2020 na Bahia. METODOLOGIA: Foi
realizado um estudo epidemiológico transversal descritivo quantitativo, entre os anos de
2016 e 2020 na Bahia. Foram obtidos dados populacionais junto ao Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) e dados relacionados às notificações de Zika vírus a
partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os critérios
analisados foram todos os casos segundo ano do 1° sintoma, faixa etária (FE),
classificação, evolução e sexo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Entre 2016 e 2020 na
Bahia, foram notificados 69.679 casos de Zika vírus, traduzindo uma incidência de 49,71
casos a cada 10.000 habitantes. No período, as mulheres foram 65% das notificações e a
FE mais afetada foi a de 20-39 anos (37,02% do total), seguida por 40-59 anos (23,98%)
e 15-19 anos (8,25%). Foram considerados casos confirmados 38,14% das notificações,
enquanto 14,35% foram descartadas, 45,5% inconclusivas e 2,02% ignoradas. Evoluíram
para a cura 49,77% dos casos, porém 50,19% foram ignorados, demonstrando a
precariedade das informações em saúde. O ano com maior incidência foi 2016,
representando 82,48% do total e tendo mulheres como 65,02% das notificações,
semelhante ao panorama do período. A maior notificação de casos na FE de 20-39 anos
e no gênero feminino vai de encontro a outros estudos que apresentaram as mesmas
evidências em outros estados brasileiros, como o Tocantins. Isso pode ser potencialmente
explicado pelo fato de que a maioria das infecções por Zika vírus são assintomáticas e
são mais comumente detectadas após o nascimento de bebês com alterações neurológicas
como a microcefalia. Além disso, alguns autores sugerem que como as mulheres
apresentam, muitas vezes, hábitos mais intradomiciliares, podem estar mais expostas ao
vetor Aedes aegypti ao mesmo tempo que frequentam mais os serviços de saúde.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidenciou-se uma grande incidência da infecção por
zika vírus em mulheres em idade reprodutiva, cura como o principal prognóstico e um
grave problema de subnotificação, além de um pico expressivo no ano de 2016. Apesar
da diminuição de casos entre 2016 e 2020, a subnotificação, que pode estar relacionada à
inexistência de testes confiáveis e de baixo custo, aparenta ser um grande problema para
compreensão do perfil epidemiológico da infecção por Zika vírus e manejo de futuras
crises.
Palavras-chave: Brasil; Epidemiologia; Zika virus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico. Secretaria de


Vigilância em Saúde, v. 47, n. 37, 2016.

JUNIOR, W. H. Zika virus infection. Radiologia Brasileira, [s.l.], v. 52, n. 6, p. 9-10,


2019.

RODRIGUES, M. S. P.; COSTA, M. C. N.; BARRETO, F. R.; BRUSTULIN, R;


PAIXÃO, E. S.; TEIXEIRA, M. G. Repercussões da emergência do vírus Zika na saúde
da população do estado do Tocantins, 2015 e 2016: estudo descritivo*. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, [s.l.], v. 29, n. 4, p. 1-10, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SENTIMENTOS RELACIONADOS À IMPOSSIBILIDADE DE AMAMENTAR
ENTRE GESTANTES ATENDIDAS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA NO
MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA

Janaínna Ferreira e Silva1; Milena da Silva Soares2; Marcelino Santos Neto3; Floriacy
Stabnow Santos4
1,2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão
3
Doutor em Ciências. Professor do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Professor da Pós Graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade
Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
4
Doutora em Ciências. Professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA). Professora da Pós-Graduação em Saúde e Tecnologia da
Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O leite materno, durante os seis primeiros meses, é o alimento mais


completo que pode ser oferecido para as crianças, visto que além dos nutrientes para a
saúde da criança possui também anticorpos maternos, protegendo o bebê contra doenças
infecciosas (BRASIL, 2019). Entretanto, devido ao risco de transmissão vertical através
do leite, as mulheres vivendo com hiv (MVHIV) possuem contraindicação para
amamenta. Nesse caso, recomenda-se a inibição da produção do leite precocemento no
período pós-parto, essa supressão é realização tanto por meio medicamentoso,
normalmente com a utilização da carbegolina, com também pode-se indicar, de maneira
complementar, a inibição mecânica por meio do enfaixamento das mamas (HOLZMANN
et al., 2020). OBJETIVOS: Conhecer as experiências anteriores de amamentação e os
sentimentos vivenciados por gestantes soropositivas para HIV relacionados à
impossibilidade de amamentar. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
transversal, de abordagem qualitativa e documental que foi realizada no Hospital
Regional Materno Infantil, serviço de referência no atendimento de gestantes de alto
risco, localizado no município de Imperatriz-Ma. O estudo foi realizado no período de
agosto de 2020 a julho de 2021, e foram entrevistadas 28 gestantes. Para a análise dos
dados, utilizou-se o modelo proposto por Bardin (2016) conforme as seguintes etapas:
pré-análise e exploração do material, tratamento dos resultados e a interpretação. A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do
Maranhão, sob parecer n° 2.496.047/2020. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria
das entrevistadas que vivenciaram a experiência de amamentar anteriormente declarou
que foi um momento positivo, havendo variação do tempo em que o aleitamento materno
foi mantido, desde três meses até dois anos. Além disso, as participantes do estudo
manifestaram sentimentos negativos em relação à impossibilidade de oferecer o leite
materno aos filhos, reconhecendo a importância para o desenvolvimento da criança, além

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do vínculo entre mãe e filho normalmente intensificado nesse momento. Segundo Souza
et. al (2019), a maternidade combinada com o diagnóstico de hiv desperta medo e
preocupação entre as mulheres, principalmente relacionada à possibilidade de
transmissão para o filho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Deprende-se, portanto, que a
impossibilidade do aleitamento materno gerou sentimentos como medo, angústia e
tristeza nas gestantes, sendo um momento importante a equipe de saúde esclarecer as
dúvidas acerca das causas que geram essa contraindicação e como será realizada a
alimentação do bebê.
Palavras-chave: Soropositividade para HIV; Aleitamento materno; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 7° edição. Pág 74. Editora Almedina Brasil.
Abril. São Paulo. 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Departamento de


Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos.
Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

HOLZMANN, Ana Paula Ferreira et al . Preventing vertical HIV virus transmission:


hospital care assessment. Rev. Bras. Enferm., , v. 73, n. 3, e20190491, 2020.

SOUZA, Fernanda Lara Pereira de et al. Sentimentos e significados: HIV na


impossibilidade de amamentar. Rev. enferm. UFPE on line, p. [1-7], 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SENTIMENTOS VIVENCIADOS POR GESTANTES NO CONTEXTO DA
SOROPOSITIVIDADE PARA O HIV
Milena da Silva Soares1; Janainna Ferreira e Silva1; Romila Martins de Moura Stabnow
Santosr2; Marcelino Santos Neto3; Floriacy Stabnow Santos4
1
Discente do curo de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA)
2
Profissional de educação física. Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde e
Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).
,3
Farmacêutico bioquímico. Docente da graduação em enfermagem e do Programa de
Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão
(PPGST/UFMA).
4
Enfermeira. Docente da graduação em enfermagem e do Programa de Pós-graduação em
Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (PPGST/UFMA).

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) no panorama mundial


e no Brasil ainda é considerada um problema de saúde pública. A feminização do HIV se
torna ainda mais preocupante considerando o acentuado número de casos decorrentes na
gravidez, visto que esse número se caracteriza por uma parcela de mulheres que se
submetem ao exame diagnóstico somente no período gestacional. Além disso, a
transmissão vertical (TV) é outro problema, que se agrava, seja pelo parto ou pela prática
de amamentação. OBJETIVO: Objetivou-se identificar os sentimentos das gestantes no
contexto da soropositividade para o HIV e conhecer suas expectativas futuras.
METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, documental, qualitativa, com a participação de
17 gestantes soropositivas para o HIV, atendidas no Serviço de Atendimento
Especializado em HIV/aids do Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, no
sudoeste maranhense. Pesquisa realizada entre setembro de 2019 e julho de 2020. As
participantes foram entrevistadas de forma individual e as suas falas foram gravadas e
analisadas segundo a análise do conteúdo. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Maranhão sob parecer 2.496.047. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: As gestantes tinham idades entre 17 e 35 anos, sendo que a maioria
(64,7%) estava na faixa entre 20 e 30 anos. Quanto às demais características, eram pardas,
nove viviam com companheiro e oito não; quatro tinham menos de 12 anos de estudo; a
maioria (76,5%) era dona de casa e eram procedentes de municípios vizinhos a Imperatriz
(88,2%). No tocante à história obstétrica, quatro mulheres eram primíparas; treze
multíparas; sete tinham história de abortamento anterior a esta gestação; todas faziam pré-
natal. Da análise do conteúdo encontraram-se quatro categorias: Sentimentos vivenciados
ao diagnóstico do HIV e perspectivas para o futuro; Sentimentos relacionados a gestação
no contexto do HIV; Esperanças e expectativas com o futuro do filho; Sensação de
impotência diante da impossibilidade de amamentar. Para algumas a descoberta do
diagnóstico de soropositividade gerou sentimentos de medo e raiva, algumas se decidiram
pela gravidez e para outras a gravidez não foi planejada. Foi possível perceber que a

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expectativa dessas mulheres é que consigam ter saúde e que seus filhos nasçam sem a
doença. Sentimentos esses naturais ao saberem que podem ser uma fonte de transmissão
para seus filhos. CONCLUSÃO: Percebeu-se a importância da equipe multidisciplinar
para o processo de adaptação da gestante no seu contexto, principalmente no momento
de pré-natal.
Palavras chave: Gestantes; Experiências Adversas; Cuidado pré-natal; Cuidado de
enfermagem; Sorodiagnóstico de HIV;

REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 7° edição. Pág 74. Editora Almedina Brasil.
Abril. São Paulo. 2016.

BELLOTTO, P.C.B, et al. Entre a mulher e a salvação do bebê: experiências de parto de


mulheres com HIV. INTERFACE, comunicação, saúde, educação, v. 23, n. 57, p. 1-
15, 2019.

FERNANDES, P.K.R.S, et al. Revelação diagnóstica para o HIV no pré-natal:


dificuldades e estratégias de enfrentamento das mulheres. Revista de Enfermagem
UERJ, v. 25, n. e12114, p. 1-5, 2017.
Agradecimentos:
A Universidade Federal do Maranhão. PIBIC/CNPq/FAPEMA/UFMA 2019-2020
EDITAL PPPGI Nº 13/2019

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CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE GOIÁS ENTRE OS
PERÍODOS DE 2014 A 2018

Amanda Cintra Pires1; Beatriz Curado Damasceno2; Daniela Alves Messac3; Natália
Leite Nascimento;4 Milara Barp⁵

¹,2,3,4Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros - Campus Trindade


⁵Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás. Docente
do curso de Medicina, Centro Universitário de Mineiros - Campus Trindade, Goiás.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A sífilis consiste em uma doença infecciosa sistêmica, causada pela


bactéria Treponema pallidum, gram-negativa. A transmissão pode ser tanto sexual,
através do contato com as lesões, representando a sífilis adquirida, quanto vertical, de
mãe para filho, conhecida como sífilis congênita (SC). Apresenta-se como uma doença
de notificação compulsória, com alta incidência no Brasil, sendo responsável por
elevados índices de morbimortalidade fetal e neonatal. Diante desse quadro, faz-se
necessário analisar os dados disponíveis sobre a ocorrência da doença no estado de Goiás,
para que se possa investir na qualificação dos profissionais e garantir uma assistência pré-
natal de qualidade. OBJETIVOS: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Sífilis
Congênita (SC) no estado de Goiás entre 2014 a 2018. METODOLOGIA: Estudo
descritivo, com abordagem quantitativa, através de dados secundários do SINAN
(Sistema de Informação e Agravos de Notificação), extraídos do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), Foram utilizados todos os casos
notificados de SC no período de 2014 a 2018 no estado de Goiás. As variáveis coletadas
foram: notificação de sífilis congênita, ano diagnóstico, realização de pré-natal e
classificação final. Por se tratar de dados de domínio público, o estudo dispensa a
apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após a análise e tabulação dos dados, observou-se que entre 2014 e 2018
foram notificados 1908 casos de SC no estado de Goiás, o maior número de casos
notificados ocorreu no ano 2018 (452 casos ou 23,69%), e o menor número de casos no
ano de 2014 (317 casos ou 16,61%). Em relação a realização do pré-natal, a maioria dos
casos foram de recém nascidos de mães que realizaram o pré-natal (1.545, 81%). Quanto
à classificação final, nota-se grande parte das crianças com SC recente (1.874 crianças,
98,21%), uma vez que 342 casos (18,24%) não realizaram o pré-natal. A SC tardia foi
diagnosticada em 1 caso (0.05%), o qual não realizou pré-natal e 33 casos (1,73%)
natimorto/aborto por sífilis com 20 casos (60,60%) sem pré-natal. Dessa forma, com a
análise dos dados, observa-se aumento no número de casos notificados de SC em Goiás
ao longo dos anos de 2014 a 2018, o que pode estar relacionado ao aumento da cobertura
do pré-natal ao longo dos anos, sendo fundamental para captação precoce das gestantes e

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a realização do acompanhamento gestacional. Além disso, foi possível identificar que os
casos mais graves de natimorto/aborto por sífilis, em sua maioria não foi realizado o pré-
natal, indicando a relação de importância dele para manejo adequado da mãe e do feto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desse modo, nota-se a importância da realização do pré-
natal de maneira adequada, comparecendo a todas as consultas e realizando todos os testes
recomendado com o intuito de iniciar o tratamento da SC precocemente a fim de um
melhor desfecho para a criança e à gestante, buscando assegurá-los de sua saúde da
melhor maneira possível.
Palavras-chave: Sífilis Congênita; Pré-natal; Diagnóstico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA COSTA, Carolina Vaz; et al. Sífilis Congênita: repercussões e desafios. Arquivos


Catarinenses de Medicina, v. 46, n. 3, p. 194-202, 2017.

SILVA, Isadora Maria Delmiro; LEAL, Eliane Maria Medeiros; PACHECO, Hélder
Freire;

JÚNIOR, José Gilmar de Souza; DA SILVA, Filipe Santana. Perfil Epidemiológico da


Sífilis Congênita. Revista de Enfermagem, v. 13, n. 3, p.604-613, 2019.

SILVA, Marcos Filipe Chaparoni de Freitas; et al. Sífilis Congênita como uma
abordagem sistêmica. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 7, p. 51840-51848,
2020.

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SÍFILIS NA GESTAÇÃO: DIFICULDADE NA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
PARA CONTROLE DA TRANSMISSÃO VERTICAL

Núbya Annyédja Marcelino da Silva¹; Edvânia José da Silva²; Maria Edjane Silva da
Cruz³; Maria José Mendes dos Santos 4; Daiara Salgado Rocha 5; Maria do Carmo da
Silva Pinto 6.

¹ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário da Vitória de Santo Antão


² Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
³ Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
5
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro
6
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro

E-mail do autor para correspondência: [email protected].


INTRODUÇÃO: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), de evolução
crônica, as principais formas de transmissão as vias sexual e vertical. Cerca de 2 milhões
de casos ocorram por ano. A Sífilis congênita (SC) permanece como grave problema de
saúde pública no Brasil, entre 2010 e 2017, houve um aumento na taxa de detecção de
Sífilis em gestante, passando de 3,5 para 17,2 casos por mil nascidos vivos. OBJETIVO:
Analisar as principais dificuldades encontradas no pré-natal para controle da transmissão
vertical. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa realizada entre 15 de
junho a 25 de junho de 2021, na plataforma de dados Biblioteca Virtual em Saúde e
SciELO. Para busca e seleção dos artigos foram utilizados descritores: “Pré-natal”,
“Sífilis”, “Gestação”, “Assistência de Enfermagem”, sendo incluídos no estudo artigos
disponíveis de forma completa, em língua portuguesa e com recorte temporal de 2015 a
2020 condizentes com o estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados
10 artigos e, após leitura seletiva e exploratória, 07 foram descartados. A trajetória
assistencial das gestantes mostrou falhas, como início tardio do pré-natal, ausência de
diagnóstico na gravidez e ausência de tratamento dos parceiros. Na atenção primária é o
momento de ocorrência da notificação e investigação dos casos de Sífilis congênita, sendo
uma doença que pode ser evitada na assistência pré-natal, entretanto, estudos nacionais e
internacionais apontam para falhas assistenciais. CONCLUSÃO: Observaram-se ainda
uma baixa efetividade na prevenção e rastreio da sífilis, falha na qualidade do tratamento
durante o pré-natal, dificuldade para diagnosticar precocemente, sendo o diagnostico em
momento adequado o principal desafio para controle da sífilis congênita. É necessário
universalizar a oferta de cuidados e eliminar as oportunidades perdidas.
PALAVRAS-CHAVES: Sífilis congênita; Pré-Natal; Assistência de Enfermagem.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE/SECRETÁRIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Departamento de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente
transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV). São Paulo-SP, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MACÊDO, V. C.; ROMAGUERA, L. M. D.; RAMALHO, M. O. A.; VANDERLEI, L.
C. M.; FRIAS, P. G.; LIRA, P. I. C. Sífilis na gestação: barreiras na assistência pré-natal
para o controle da transmissão vertical. Cad. saúde colet., São Paulo-SP, 2020.

CESAR, J. A.; CAMERINI, A. V.; PAULITSCH, R. G.; TERLAN, R. J. Não realização


de teste sorológico para Sífilis durante o pré-natal: prevalência e fatores associados.
Revista brasileira de epidemiologia, São Paulo-SP, 2020.

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EVIDENCIANDO PROPRIEDADES MEDICINAIS DO ÓLEO DE COPAÍBA
NO TRATAMENTO DE LESÕES CUTÂNEAS

Talita Mendonça Sales1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Ingrid Caroline da Silva
Almada3; Maria Dhescyca Ingrid Silva Arruda4; Lívia Maria da Silva Gomes5; Heloiza
Talita Adriano da Silva6
1
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Tiradentes de Pernambuco
2,3
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
5
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Nova Esperança
6
Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do
Norte
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Desde a antiguidade, as plantas medicinais são utilizadas no


tratamento de cicatrização de feridas por compreender funções terapêuticas, como o Óleo
da Copaifera Langsdorfii, popularmente denominado de Óleo de Copaíba. A extração
deste óleo ocorre na árvore de origem Amazônica e vem sendo comumente aplicada no
âmbito medicinal. Este método não-farmacológico possui propriedades anti-inflamatória,
potencial germicida e antiséptico, ação cicatrizante, dentre outras atribuições. Ademais,
mostra-se de grande valência no Sistema Único de Saúde por conter bom custo-benefício
e apresentar ótimo prognóstico. OBJETIVOS: Identificar as propriedades medicinais do
óleo de copaíba no tratamento de lesões cutâneas. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa de literatura, realizada no mês de outubro (2021), nas bases: Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana (LILACS) e Sistema Online de
Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE). Para a busca foram empregues os
termos indexados nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Ferimentos e Lesões”,
“Plantas Medicinais” e “Terapêutica”, utilizando-se para o cruzamento o operador
Booleano "AND". A seleção foi executada a partir do recorte temporal de 2016 a 2021,
norteada por protocolo de busca elaborado previamente com embasamento nos critérios
de inclusão (idioma português, estudos voltados à área em pauta publicados
gratuitamente, artigos completos e que estivessem conseguinte recorte temporal) e
exclusão (artigos duplicados e pagos, idiomas desconhecidos aos autores, ausência de
temas coerentes ao tema escolhido), e pela leitura minuciosa dos artigos disponíveis em
português. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Obtiveram-se 21 artigos dos quais após
serem submetidos aos critérios de inclusão e exclusão, permaneceram 04 para a amostra.
Após a filtragem, explicitou-se que o óleo de copaíba apresenta importantes propriedades
medicinais para tratamento de lesões, especificamente as cutâneas. Para tanto,
evidenciou-se que além do seu grande potencial cicatrizante cutâneo e dos benefícios

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supracitados, ele contém ações antitumoral, antibacteriano, antifúngico e analgésico.
Outrossim, os estudos comprovam que o óleo manifesta função emoliente quando
utilizado em curativos para cicatrização da pele e mucosa. Quanto à incidência do uso do
óleo de copaíba na rotina dos profissionais de saúde, ainda é notório uma falta de adesão
a qual pode ser explicada pela falta de conhecimento das propriedades e benefícios que
esse método fitoterápico propicia. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, ratifica-se
que o óleo de copaíba possui fundamentais atribuições aos tratamentos de afecções
cutâneas. Além disso, visto o déficit de conhecimento entre os trabalhadores de saúde
sobre o tema abordado, faz-se imprescindível a oferta do saber através de capacitações,
assim como também se transfigura necessário novos estudos desvendando mais
qualidades do óleo de copaíba, beneficiando não somente o paciente lesionado, mas o
âmbito hospitalar com seu bom custo-benefício.
Palavras-chave: Ferimentos e Lesões; Plantas Medicinais; Terapêutica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANJOS, Débora Juliana dos. Caracterização de diferentes óleos de copaíba e avaliação


da propriedade cicatrizante. 2020. 1 recurso online ( 67 p.) Tese (doutorado) -
Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP.
MEDEIROS, Melyssa Lima de. Avaliação do efeito cicatrizante do óleo de copaíba
veiculado em sistemas SNEDDS e processos terapêuticos em modelo experimental in
vivo de lesões cutâneas. 2019. Trabalho de Conclusão (Doutorado em Biotecnologia) –
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019.
MORESKI, Danieli Bobbo; BUENO, Fernanda Giacomini; DE SOUZA LEITE-
MELLO, Eneri Vieira. Ação cicatrizante de plantas medicinais: um estudo de
revisão. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 22, n. 1, 2018.
QUEMEL, Gleicy Kelly China et al. Propriedades medicinais do óleo da Copaifera
Langsdorfii: uma revisão integrativa da literatura. Brazilian Journal of Health Review,
v. 4, n. 3, p. 10490-10508, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ABORDAGEM DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA NA UNIDADE DE
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Mízia Juscimara Silva dos Santos1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Maria Dhescyca
Ingrid Silva Arruda3; David Matias de Souza4; Paulo César Oliveira Barros da Silva5;
Andriellen Rabelo Carvalho6;
1,2
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Castelo Branco
5
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe
6
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: No Brasil, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) encontram-se


superlotadas, especificamente as neonatais, devido ao aumento de taxa da prematuridade,
possuindo risco no aumento da mortalidade infantil. Assim, o recém-nascido necessita de
cuidados específicos, beneficiando seu desenvolvimento. Desta forma, o enfermeiro
exercerá um papel fundamental na UTI neonatal, ofertando boas práticas assistenciais e
uma sistematização de qualidade. OBJETIVOS: Descrever a abordagem do enfermeiro
intensivista na Unidade de Terapia Intensiva Neontal. METODOLOGIA: Trata-se de
uma revisão de literatura, realizada no mês de outubro de 2021, nas bases de dados
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e
Literatura Latino-Americana (LILACS). Para a busca foram utilizados os descritores em
Ciências da Saúde (DeCS): “Cuidados de Enfermagem”, “Papel do Profissional de
Enfermagem” e “Unidades de Terapia Intensiva Neonatal”, empregando-se para o
cruzamento o operador Booleano "AND". A seleção foi executada a partir do recorte
temporal de 2016 a 2021, norteada por protocolo de busca elaborado antecipadamente
baseado nos critérios de inclusão (idioma português, estudos voltados à área em pauta
publicados gratuitamente, artigos completos e que fossem publicados nos últimos 5 anos)
e exclusão (artigos duplicados e pagos, idiomas desconhecidos aos autores, ausência de
temas coerentes ao tema escolhido), e pela leitura minuciosa dos artigos disponíveis na
íntegra. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Posterior à análise dos artigos, obtiveram-se
53 amostras das quais somente 05 atenderam aos critérios de inclusão e exclusão e
permaneceram para a publicação. Sendo assim, evidenciou-se que o enfermeiro possui
um papel primordial na UTI neonatal, visto que é este profissional que encontra-se
cotidianamente com o neonato, promovendo benefícios à saúde do recém-nato,
realizando procedimentos de sua competência, instituindo cuidados específicos por meio
da Sistematização da Assistência de Enfermagem, facilitando a comunicação entre a
equipe e familiares durante o processo do cuidar, além de gerenciar a equipe de

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enfermagem capacitada no setor em pauta. Neste contexto, o enfermeiro proporciona uma
abordagem humanizada, assistindo o paciente de forma holística e integral. Ademais, fica
nítido que o enfermeiro oferece apoio físico e emocional, sobretudo a empatia, não
somente aos pacientes, mas também aos familiares. Por outro lado, alguns desafios são
evidenciados no ambiente hospitalar intensivo neonatal, como a sobrecarga de trabalho,
baixa remuneração e aparato tecnológico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos
fatos supracitados, torna-se notório que o enfermeiro exerce um papel essencial na
assistência humanizada aos pacientes neonatos os quais necessitam de cuidados
intensivos. Percebe-se que o altruísmo do enfermeiro neonatologista faz com que os
familiares tenham autonomia no processo de cuidar. Igualmente, faz-se necessária a
valorização do enfermeiro nesse cenário e a oferta de mais autonomia ao mesmo, levando
em consideração a resolução de problemas dificultórios ao processo da assistência,
propiciando seguridade e favorecendo na recuperação.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Papel do Profissional de Enfermagem;
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Jackeline Nascimento Martins; VIEIRA, Naianne Braga. Percepção das


puérperas frente à assistência de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Orientador: Glaucia Pereira de Lucena. 2018. 15f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharel em Enfermagem) - Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos
Santos, 2018.

GOMES, Ana Paula Regis Sena; SOUZA, Vanessa Costa; DE OLIVEIRA ARAUJO,
Mariana. Atuação do enfermeiro no cuidado humanizado em unidades de terapia
intensiva no Brasil: uma revisão integrativa da literatura. HU Revista, v. 46, p. 1-7, 2020.

GOMES, Diógenes Farias et al. Papel do enfermeiro no cuidado intensivo neonatal no


Brasil. Essentia-Revista de Cultura, Ciência e Tecnologia da UVA, 2019.

OLIVEIRA, Ana Izaura Basso de. Enfermeiro de unidade de terapia intensiva neonatal:
motivação para a formação profissional. 2018. Dissertação (Mestrado em Enfermagem)
– Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2018.

PINHEIRO, Livia Carlas. A importância da equipe de enfermagem na realização de


cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva neonatal. 2020. 22f. Artigo
(Especialização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal) – Centro Universitário Fametro,
Fortaleza, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SÍNCOPE VASOVAGAL: QUADRO CLÍNICO, DIAGNÓSTICO E
TRATAMENTO

Izadora Lima da Cruz¹; Letícia Furtado Alves²; João Vittor Fonseca Pio³; Karine Panuce
de Oliveira4; Gabriel Vitor Ribeiro da Silva5

1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A síncope vasovagal é uma modificação neurológica e cardiovascular,


caracterizada por perda súbita do nível de consciência associada a uma incapacidade de
manutenção do tônus postural devido a vasodilatação e diminuição da frequência
cardíaca. Portanto, há redução do volume sanguíneo central devido ao acúmulo de sangue
nas veias inferiores do corpo, podendo ocorrer também hipotensão e bradicardia
vasodepressor (hipotensor), cardioinibitório (bradicárdico). A síndrome neuromediada
pode ser confundida com o infarto agudo do miocárdio ou crise epiléptica, por isso a
importância de uma história clínica detalhada, anamnese minuciosa e diagnósticos
diferenciados. Nesse contexto, os aspectos clínicos da Síncope Vasovagal são:
hipoperfusão, náusea, distúrbios visuais, alteração ortostática, hipotensão, bradicardia,
palpitações, sudorese e tontura. OBJETIVOS: Analisar o quadro clínico da síndrome
vasovagal, diagnóstico e tratamentos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
literária fundamentada nas bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online),
PubMed (U. S. National Library of Medicine), Google Scholar. Utilizou-se artigos sem
restrição de língua. Os descritores utilizados foram os presentes no Mesh/Decs e
operadores booleanos, “AND” e “OR”. Outros métodos de inclusão foram a presença de
pelo menos 2 descritores e artigos dos últimos 5 anos, todas as publicações que não se
enquadraram dentro desses critérios foram excluídas, sendo no final selecionados 7
artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A síncope vasovagal é provocada por
situações de emoção intensa ou estresse ortostático. É a causa mais frequente de perda
transitória da consciência, com uma prevalência de cerca de 35% na população geral,
ocorrendo, especialmente, nos indivíduos com menos de 40 anos de idade. Sua etiologia
ainda é desconhecida e, por alguns autores, não é considerada uma doença por si só, sendo
apontada como um mecanismo reflexo protetor que auxilia na hemostasia. É precedida
por pródomos, geralmente, de curta duração, relacionados com a ativação autonômica,
como náuseas, taquicardia, tontura e alterações visuais ou auditivas. A síncope vasovagal
manifesta-se com diminuição da pré-carga, do retorno venoso, do volume ventricular, da
pressão arterial e da frequência cardíaca, mediadas pelo aumento da atividade
parassimpática. Durante o episódio, os pacientes podem se apresentar pálidos e
hidroforéticos. A forma atípica, mais comum em idosos, é caracterizada pela ausência de
pródromos e amnésia. O diagnóstico é essencialmente clínico. As investigações iniciais

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


incluem, além da história clínica e exame físico completos, eletrocardiografia e medida
da pressão arterial ortostática e investigação adicional pode ser necessária em alguns
pacientes. Como os pacientes geralmente retomam a consciência espontaneamente, o
tratamento conservador é a primeira linha, e envolve mudanças do estilo de vida, como
aumento do consumo de líquidos e sal e manobras de contrapressão. A efetividade do
manejo farmacológico apresenta pouca evidência. Abordagem com fisioterapia e
marcapasso também são descritas na literatura. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Torna-se
evidente que a síncope vasovagal apresenta um quadro clínico de relevante importância
para o estado geral do paciente, principalmente provocados por emoções fortes ou estresse
ortostático. Sendo assim, para reduzir o número de casos cabe diagnóstico e tratamentos
adequados para a melhora da qualidade de vida já que a etiologia da síncope vasovagal
não é totalmente entendida.
Palavras-chave: Síncope Vasovagal; Inconsciência; História clínica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONICI, Ana Carolina Pinheiro; PEREIRA, Genésia Regina Soares. Casos Clínicos:
Síncope vasovagal ou neurocardiogênica | Ligas. 2020. Orientado por Liga de
Emergências Médicas do Distrito Federal (LEM-DF). Disponível em:
https://www.sanarmed.com/casos-clinicos-sincope-vasovagal-ou-neurocardiogenica-
ligas. Acesso em: 29 ago. 2021.

ALBONI, Paolo; ALBONI, Marco. Typical vasovagal syncope as a “defense


mechanism” for the heart by contrasting sympathetic overactivity. Clinical
Autonomic Research, v. 27, n. 4, p. 253-261, 2017. Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10286-017-0446-2. Acesso em: 29 ago.
2021.

KENNY, R. A.; MCNICHOLAS, T. The management of vasovagal syncope. QJM: An


International Journal of Medicine, v. 109, n. 12, p. 767-773, 2016. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27340222/. Acesso em: 29 ago. 2021.

ROMANO, Simone et al. Does A Therapy for Reflex Vasovagal Syncope Really
Exist?. High Blood Pressure & Cardiovascular Prevention, v. 26, n. 4, p. 273-281, 2019.
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31297720/. Acesso em: 29 ago. 2021.

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JEANMONOD, Rebecca; SAHNI, Deepank; SILBERMAN, Michael. Vasovagal
Episode. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29262088/. Acesso em:
29 ago. 2021.

BAŁCZEWSKA, Daria et al. Technical options of electrotherapy in patients with


vasovagal syncope. Polski Merkuriusz Lekarski: Organ Polskiego Towarzystwa
Lekarskiego, v. 41, n. 244, p. 177-179, 2016. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27760090/. Acesso em: 29 ago. 2021.

LEITE, Cândida Tereza Lima et al. Abordagem fisioterapêutica na síncope vasovagal:


revisão sistemática. Revista Ciência e Saúde On-line, v. 6, n. 1, 2021. Disponível em:
https://revistaeletronicafunvic.org/index.php/c14ffd10/article/view/229/213. Acesso em:
29 ago. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SÍNDROME DE PALLISTER KILLIAN:
REVISÃO INTEGRATIVA

Gabriele Nicolly dos Santos Martins1; Bianca do Carmo Oliveira1; Maria Elaine
Guimarães dos Santos1; Maria Audilene dos Santos Chaves2; Auralice Maria Rebouças
Machado Barros3 Maria Valdeleda Uchoa Moraes Araújo 3

1
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Christus
2
Residente Multiprofissional em Obstetrícia e Neonatologia Hospital Geral Dr.César Cals
3
Fisioterapeuta. Mestre em Ciências Saúde da Criança e do Adolescente - UECE
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Síndrome de Pallister Killian (PKS) também conhecida como


Aneuploidia em Mosaico de Pallister, ou Tetrassomia 12p em Mosaico, é um distúrbio
raro, esporádico e multissistêmico causado pela presença de cópias extras do braço curto
do cromossomo 12. O primeiro diagnóstico pré-natal da síndrome foi relatado em 1985,
após a detecção ultrassonográfica de anomalias fetais. A incidência de nascimentos é de
cerca de 5,1 por milhão de nascidos vivos. Durante os três primeiros meses de gestação,
a Síndrome de Pallister Killian pode ser diagnosticada através de amostras colhidas em
casos de hidropisia fetal, ou por triagem de mães com idade avançada, além disso, a partir
do segundo e terceiro trimestre, anormalidades na ultrassonografia desses pacientes
tendem a amostragem de polidrâmnio, hérnia diafragmática, micromelia rizomélica e
ventriculomegalia no Sistema Nervoso Central. Atualmente, a ultrassonografia em 3D
contribui para demonstrar as características faciais dismórficas que fortalecem suspeitas
da síndrome durante o período pré-natal. OBJETIVOS: O estudo tem como objetivo
discorrer sobre as manifestações clínicas apresentadas nos pacientes com Síndrome de
Pallister Killian. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura
realizada entre agosto e outubro de 2021 nas bases de dados SciELO, Pubmed e LILACS.
Os descritores utilizados foram: Manifestações clínicas, Síndrome e Tetrassomia, sendo
incluso no estudo todos os artigos em inglês, português ou espanhol com data de
publicação entre 2012 e 2020. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram selecionados e
analisados 4 artigos. Segundo os estudos os portadores da síndrome apresentam fácies
grosseiras, cabelos esparsos, principalmente em regiões temporais, sobrancelhas e cílios
esparsos ou ausentes nas partes mediais ou laterais, fronte proeminente, fendas palpebrais
com inclinação para cima, ptose palpebral, hipertelorismo, epicanto, exoftalmia,
estrabismo, ponte nasal alargada e achatada, narinas antevertidas, filtro nasal longo,
macrostomia, comissuras labiais voltadas para baixo, lábio superior fino, lábio inferior
protuso, atraso da erupção dentária, orelhas displásicas de baixa implantação, pescoço
curto, excesso de pele na nuca, hipotonia, deficiência intelectual, convulsões, defeitos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


cardíacos congênitos e anormalidades cerebrais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: De
acordo com os estudos encontrados os pacientes diagnosticados com Síndrome de
Pallister Killian tendem a apresentar não somente malformações físicas, mas também,
alterações intelectuais, má formações cerebrais e cardíacas congênitas o que acarreta
inúmeras alterações no desenvolvimento neuropsicomotor. A escassez de estudos
dificulta o entendimento mais aprofundado dessa síndrome, diante disso, faz necessário a
realização de mais estudos sobre o tema.
Palavras-chave: Manifestações Clínicas; Síndrome; Tetrassomia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIBOTTE, F. et al. Pallister-Killian syndrome: Cytogenetics and molecular


investigations of mosaic tetrasomy 12p in prenatal chorionic villus and in amniocytes.
Strategy of prenatal diagnosis. Taiwanese Journal of Obstetrics & Gynecology, v. 55,
n. 1, p. 863-866, 2016.

POULTON, C. et al. A review of structural brain abnormalities in Pallister-Killian


syndrome. Molecular Genetics & Genomic Medicine, v. 6, n. 1, p. 1–7, 2017.

SILVA, A. F. et al. Síndrome de Pallister-Killian. Fisioterapia Brasil, v. 13, n. 2, p. 140-


143, 2012.

THAKUR, S. et al. Pallister Killian syndrome: Review of fetal phenotype. Clinical


Genetics, v. 95, n. 1, p. 79-84, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SINTOMAS NEUROLÓGICOS PÓS COVID-19: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Synthya Pereira Bomtempo¹, Beatriz de Araújo Braz¹, Isabela Ayres de Araujo¹,
Daniela Aparecida Lima Viana²
¹Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Atenas
² Médica pelo Centro Universitário Atenas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A síndrome pós covid ou covid longo ou covid persistente é o nome


atribuído aos sintomas e transtornos que surgem após a infecção pelo vírus SARS-CoV-
2, que geralmente aparecem após 3 semanas do quadro agudo da doença. A infecção
causada pelo SARS-CoV-2 traz sequelas neurológicas, como tonturas, cefaleia, perdas
cognitivas, perda de memória e até mesmo AVE e encefalites como manifestações mais
graves. Diante da grande possibilidade de manifestações sintomáticas faz-se necessário
valorizar os sinais e sintomas queixados pelos pacientes, abrangendo também as
manifestações psicológicas. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo
demonstrar as queixas neurológicas após a infecção por COVID 19. METODOLOGIA:
Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, no período de 2019 a 2021, nas línguas
inglesa e portuguesa, limitando-se a seguinte questão norteadora: “distúrbios
neurológicos e a relação com COVID”. Foram utilizadas as bases de dados PubMed,
Scielo e Google Acadêmico. Houve a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, com
identificação dos descritores. RESULTADO E DISCUSSÃO: Há evidências de que o
vírus causa sequelas neurológicas pois o SARS-CoV-2 é um vírus neurotrópico capaz de
invadir o cérebro humano por via transneuronal e hematogênica e provocar um processo
inflamatório exacerbado e um estresse oxidativo o que provavelmente desencadeia todos
os sinais e sintomas tardios. Outros fatores não relacionados com a fisiopatologia da
doença, como o isolamento social e as mudanças trazidas pelo vírus, podem repercutir no
funcionamento psicológico do indivíduo. Manifestações psicossociais e neurológicas têm
persistido mesmo após a recuperação da COVID-19, seja pela cronicidade da doença ou
pelo trauma psicológico vivenciado. Estudos indicam que quanto maior a gravidade da
infecção pelo vírus maior é a probabilidade de apresentar esses sintomas após a
recuperação, embora já foi comprovado que mesmo os casos leves e moderados podem
cursar com a síndrome pós-covid. Um artigo publicado por Garrides relata que, dentro do
número de pacientes graves recuperados analisados, 34% possuíam perda de memória,
30% possuíam distúrbio do sono e 28% possuíam dificuldade de concentração. Além
disso, uma pesquisa feita pela USP com pacientes portadores de comorbidades, indicaram
que desses, 80% permaneceram com sintomas, como esquecimento e perda de memória.
Dentre os quadros graves, 93% apresentaram a permanência dos sintomas.
CONCLUSÃO: As informações e os dados apresentados sugerem a relação entre a
infecção causada pela COVID-19 e os sintomas da síndrome disexecutiva, que se
expressa pela coexistência de desorientação, desatenção, déficit de memória operacional

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e quadros de mudança comportamental variando de apatia até desinibição. Essa relação
se dá pela fisiopatologia do SARS-CoV-2 e a alteração da realidade provocada por este
vírus. As pesquisas indicam que a maior prevalência de sintomas está associada a
pacientes portadores de comorbidade e aos que passaram por uma infecção grave. Ainda
é recente para relatar se esses sintomas neurológicos são quadros prolongados ou sequelas
permanentes da doença.
Palavras-chave: COVID; Neurologia; Psicológicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GOMES, A. C. Á. et al. SÍNDROME NEUROLÓGICA PÓS COVID. Especialidades


médicas: Atualizações sobre COVID-19, p. 37–44, 2 set. 2021.

NUZZO, D. et al. Post-Acute COVID-19 Neurological Syndrome: A New Medical


Challenge. Journal of Clinical Medicine, v. 10, n. 9, p. 1947, 1 maio 2021.

MARIA, V. et al. Overlap mechanisms of transient global amnesia and COVID-19


infection: review. Idsi.md, v. Vol.64, p. 50–50, 2021.

PRISCILLA MOTA COSTA et al. Impactos psicológicos da síndrome pós-Covid.


PROJEÇÃO, SAÚDE E VIDA, v. 1, n. 2, p. 32–38, 2020.

USP INDICA QUE SINTOMAS PÓS-COVID PERMANECEM EM 80% DOS


PACIENTES COM COMORBIDADES POR ATÉ 4 MESES. Ribeirão Preto e
Franca: G1 Ribeirão Preto e Franca, 10 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UMA
CRIANÇA VÍTIMA DE TENTATIVA DE SUICÍDIO POR INFLUÊNCIA
CIBERNÉTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jessica de Souza Pereira1; Adrielly Cristiny Mendonça Fonseca2; Luciana Emanuelle de


Aviz3; Nanni Moy Reis4; Amanda Thaís Silva da Silva5; Luana Cunha Galvão Pereira6

1,2,3,4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
5
Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
6
Enfermeira. Residente em Atenção Básica/ Saúde da família pelo Mestre em Ciências
da Saúde pelo Centro Universitário do Estado do Pará

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A etapa da infância pode ser considerada uma fase muito difícil de ser
ultrapassada. É muito diferente do que a maioria dos adultos pensa, pois tensões e
angústias de âmbito familiar, escolar e social sensibilizam a criança de maneira
progressiva, podendo fazer com que estas assumam parte da responsabilidade dos
conflitos vivenciados. Estudos atuais encontram associação significativa entre bullying e
comportamento suicida. As vítimas são intimidadas através de maus-tratos pelos seus
colegas e são significativamente mais susceptíveis a sofrer impacto na saúde mental pois,
apresentam baixa autoestima, isolamento social e sintomas depressivos. Desta forma,
muitas crianças tem recorrido a jogos na internet, que estimulam as crianças a fazer
desafios que colocam suas vidas em risco ou até mesmo levando a sua morte.
OBJETIVOS: Relatar a experiência vivenciada, por acadêmicos do curso de
Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
(UNIFAMAZ), ao elaborar o Processo de Enfermagem a uma criança vítima de tentativa
de suicídio por influência cibernética. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo, de
abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência que se deu pelo acompanhamento e
evolução diária de um paciente vítima de tentativa de suicídio com lesão hipoxico-
isquêmica (Asfixia por tentativa de suicídio por enforcamento com rede) +
Broncopneumonia bilateral – Broncoaspiração maciça. Através dos estágios curriculares,
os discentes têm a capacidade de formar um senso crítico e a elaborar a melhor assistência
de enfermagem a criança que esteja hospitaliza, apoiada em bases cientificas,
metodológicas, éticas e legais, considerando as necessidades humanas básicas. Os dados
coletados para a realização da SAE, ocorreram durante a prática através de uma busca
ativa do prontuário, anamnese e exame físico criterioso da criança, assim como a
interação com os familiares presentes e da observação. A partir dos dados obtidos, tornou-
se possível identificar os diagnósticos de enfermagem, com o apoio da Classificação de
Diagnóstico de Enfermagem da NANDA Internacional, traçar as intervenções e/ou plano
de cuidados, culminando na assistência propriamente dita por parte da equipe.
RESULTADO E DISCUSSÃO: Durante o estágio supervisionado em pediatria, os
discentes tiveram a oportunidade de realizar a aplicabilidade da Sistematização da

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Assistência de Enfermagem (SAE), o que resultou em um diálogo mais profundo entre
equipe e paciente, de forma que o mesmo sentiu-se seguro em verbalizar/compartilhar
sinais e sintomas, e assim contribuir para uma assistência holística. Deve-se considerar
que a criança é uma pessoa autêntica, sincera em seus atos e que pode, assim como os
adultos, encontrar as frustações e desesperança já no início de sua existência. Portanto,
são capazes de compreender as situações de estresse que a cercam, e sofrer tão
desesperadamente, que acabam cogitando tirar suas curtas vidas para não mais encarar os
problemas vivenciados. CONCLUSÃO: Por meio desse estudo, fica evidenciado a
importância da utilização da SAE, uma vez que a sistematização da assistência é uma
metodologia imprescindível na gestão do cuidado de enfermagem, onde o paciente é visto
de forma integral.
PALAVRA CHAVE: Assistência de Enfermagem; Suicídio; Criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL K. Boneca momo: desafio virtual usa o medo para colher informações e levar
crianças ao suicídio. Rede Salesiana Brasil. 2018.

FERNANDES, Mariana Maria; ZANETTI, Nathalia Tararam. A LUDICIDADE QUE


MATA: OS CASOS DE INSTIGAÇÃO AO SUICÍDIO INFANTIL EXIBIDOS NO
YOUTUBE E A EFICÁCIA DO MARCO CIVIL DA INTERNET (LEI
12.965/2014). Revista de Direito, Governança e Novas Tecnologias, v. 5, n. 1, p. 134-
153, 2019.

KÕLVES, Kairi; DE LEO, Diego. Suicide methods in children and


adolescents. European child & adolescent psychiatry, v. 26, n. 2, p. 155-164, 2017.

TAVARES, Cláudia Mara; MESQUITA, Lucas Marvilla. Sistematização da assistência


de enfermagem e clínica ampliada: desafios para o ensino de saúde mental. Enfermagem
em foco, v. 10, n. 7, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UM REVISÃO
DE LITERATURA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA PROFISSIONAL

Amanda Letícia Menezes Souza1; Laiana dos Santos Barreto2; Thalita de Lima
Viana3;
Klecia Nogueira Máximo4 Camila Antunes Almeida de Silva5
1,2
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade de Ciências e Empreendedorismo de
Santo Antonio de Jesus.
2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade UniBRAS de Juazeiro.
3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Uninassau de Fortaleza
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Paulista de Itapevi.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) organiza a


prática profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, permitindo uma
padronização das atividades desenvolvidas pelo enfermeiro, gerando benefícios para as
instituições de saúde, equipe de enfermagem, pacientes, familiares e comunidade, visto
que a aplicabilidade da SAE estende-se desde o gerenciamento de enfermagem, até
formas assistências que contribuem para prevenção individual e coletivo, diagnostico e
tratamento, dentre outras atividades inerentes a profissão. Contudo, apesar dessa
sistematização configurar-se como um método científico capaz de nortear o trabalho, nem
sempre a execução dessa metodologia é compreendida em sua totalidade, sendo assim é
pertinente discorrer sobre a relevância da SAE na prática diária da enfermagem.
OBJETIVOS: Analisar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem,
na prática profissional, segundo o que relata a literatura. MÉTODOS: Trata-se de uma
revisão bibliográfica de literatura realizada em agosto de 2021 nas bases de dados
Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), onde foram pesquisados termos elegidos pelos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles: “Processo de Enfermagem”
“Diagnóstico de Enfermagem” e “História da Enfermagem”. Elencou-se como critérios
de inclusão artigos que respondessem à questão norteadora: qual a importância da
aplicabilidade da SAE? E critérios de exclusão periódicos anteriores ao ano de 2015.
Desse modo, encontrou-se 89 artigos, onde foram lidos os títulos e elegidos 7 para leitura
na íntegra, dos quais 3 foram selecionados para compor a amostra da revisão.
RESULTADOS: A Sistematização da Assistência de Enfermagem estrutura o exercício
profissional da função em todos os níveis de atenção a saúde, o que contribui,
inegavelmente, para a valorização da categoria, visto que a prática baseada em evidências
cientificas, promove maior segurança para os enfermeiros, técnicos, auxiliares, pacientes
e demais profissionais de saúde. Desse modo, podemos citar benefícios da sua

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


aplicabilidade que vão desde o gerenciamento de enfermagem, promoção de autonomia,
obtenção e análise de indicadores de saúde, desfragmentação do cuidado, garantia
profissional através de registro, comunicação intrapessoal e organização do trabalho, de
modo que permita a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE), obtendo uma
forma assistencial sistematizada que promove um cuidado individual, holístico e
humanizado, através da coleta de dados, diagnósticos de enfermagem, planejamento,
implementação das ações e avaliação dos problemas elencados, dentre diversos outros
benefícios. Demonstrando de forma prática a importância da implementação e
desenvolvimento contínuo da SAE. CONCLUSÃO: Diante dos benefícios expostos, é
possível concluir que a SAE é uma metodologia científica que norteia o exercício
profissional da enfermagem de modo seguro, organizado e padronizado, sendo assim, sua
implementação e desenvolvimento são imprescindíveis, em virtude dos inúmeros ganhos
na gestão, assistência e demais atividades desenvolvidas pelos profissionais de
enfermagem.
Palavras-chave: Processo de Enfermagem; Diagnóstico de Enfermagem; História da
Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, George Luiz Alves; SOUSA, Anderson Reis; FELIX, Nuno Damácio de
Carvalho; CAVALCANTI, Lorena Buti; VALADARES, Glaucia Valente. Implicações
da Sistematização da Assistência de Enfermagem na prática profissional brasileira. Rev.
esc. enferm. 2021.

GUTIÉRREZ, Maria Gaby Rivero; MORAIS, Sheila Coelho Ramalho Vasconcelos.


Systematization of nursing care and the formation of professional identity. Rev. Bras.
Enferm. 2017.

LINCH, Graciele Fernanda da Costa; PAZ, Adriana Aparecida; CAREGNATO, Rita


Catalina Aquino; ABREU, Aline Moraes; SOUZA; Emiliane Nogueira. Ações
Coordenadas para Implantação e Consolidação da Sistematização da Assistência de
Enfermagem em um Complexo Hospitalar. Enferm. Foco. 2019

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A PREVALÊNCIA DO CÂNCER DE MAMA EM IDOSAS NO BRASIL E NO
MUNDO

BERNARDES, M. R.1; ORDONES, E. R.2; SANTOS, D. R. S.2; FARIA, I. C.2; FARIA,


L.S.3; COSTA, E. F. A.4
1
Acadêmica na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN-
UFG), Goiânia-GO, Brasil;
2
Acadêmica na Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia do Estado de Goiás-
Universidade Estadual de Goiás (UEG-ESEFFEGO), Goiânia-GO, Brasil;
3
Acadêmica na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM-UFG),
Goiânia-GO, Brasil;
4
Professora na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM-UFG),
Goiânia-GO, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um dos três tipos de cânceres mais comuns em


todo o mundo. Mais de 50% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com
mais de 60 anos. Desta maneira, a Saúde Pública necessita de estudos de prevalência para
caracterizar e quantificar, no âmbito epidemiológico, sua população e melhorar a
distribuição de recursos. Facilitando o planejamento de ações e assim sendo possível
avaliar a efetividade de programas de prevenção e controle do câncer de mama, sem
distorções. OBJETIVOS: Analisar dados da prevalência de câncer de mama em idosas
com mais de 60 anos, no Brasil e no mundo de 2013 a 2018. METODOLOGIA: Trata-
se de um estudo analítico e descritivo, de caráter transversal, retrospectivo com base em
dados secundários extraídos do Graph production: Global Cancer Observatory:
GLOBOCAN 2018, gerido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram
considerados os dados, cuja localização primária do tumor foi a mama, durante o período
compreendido entre janeiro de 2018 a dezembro de 2018, em mulheres idosas, com mais
de 60 anos, no Brasil e no Mundo. Dispensa-se liberação do Comitê de Ética, uma vez
que se utilizou dados públicos disponibilizados via GLOBOCAN 2018 um site da
Organização Mundial da Saúde (OMS) destinado à transparência. RESULTADOS:
Estima-se por dados da OMS que de 2013 a 2018 foram 3361534 casos de câncer de
mama em idosas acima dos 60 anos no mundo. A América Latina junto com Caribe
representou 8.5% desse total de casos, com 286702 vítimas, e dessas 118267 foram no
Brasil, representado 3.5% do número de casos estimado no mundo, e 41.3% do número
de casos de câncer de mama na América Latina junto com Caribe, tornando-se o número
um, nessa parte do continente americano. DISCUSSÃO: A alta prevalência de câncer de
mama não só no Brasil, mas em toda a América Latina, infelizmente pode estar
relacionada a grande predominância de desigualdade social nesses países e ao acesso
tardio ao tratamento, que interfere negativamente nas perspectivas de cura e sobrevida

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


dessas pacientes. CONCLUSÃO: Assim, torna-se fundamental uma maior atenção aos
serviços de saúde oncológicos, maiores investimentos em terapias de ponta, realização de
campanhas de prevenção, rastreio e promoção de saúde das mulheres estimulando um
diagnóstico mais precoce.

PALAVRAS-CHAVES: idosos; neoplasias; mama

REFERÊNCIAS:
AKRAM, M. et al. Awareness and current knowledge of breast cancer. Biological
research, v. 50, n. 1, p. 1-23, 2017.

BARROS, A. J. D.; HIRAKATA, V. N. Alternatives for logistic regression in cross-


sectional studies: an empirical comparison of models that directly estimate the prevalence
ratio. BMC medical research methodology, v. 3, n. 1, p. 21, 2003.

FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Medidas de associação em estudo transversal com


delineamento complexo: razão de chances e razão de prevalência. Revista Brasileira de
Epidemiologia, v. 11, n. 3, p. 347-355, 2008.

INWALD, E. C. et al. Screening-relevant age threshold of 70 years and older is a stronger


determinant for the choice of adjuvant treatment in breast cancer patients than tumor
biology. Breast Cancer Research and Treatment, v. 163, n. 1, p. 119–30, 2017.

RODRIGUES, J. D.; CRUZ, M. S.; PAIXAO, A. N. Uma análise da prevenção do câncer


de mama no Brasil. Ciência & saúde coletiva, v. 20, p. 3163-3176, 2015.

WAGNER, M. B. Medindo a ocorrência de doença: prevalência ou incidência? Jornal


de Pediatria: Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. v. 74, n. 2, p. 157-62, 1998.

WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION); GLOBOCAN 2018. Graph


production: Global Cancer Observatory. International Agency for Research on
Cancer, 2020. Disponível em: <https://gco.iarc.fr/today/home>. Acesso em: 15/11/2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O IMPACTO DA REALIZAÇÃO DE PALESTRAS EDUCATIVAS PARA
GESTANTES NO “AGOSTO DOURADO”

Larissa Arielly Cunha da Silva1; Sheyse da Silva Cortez Gomes1


1
Enfermeira pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A prática do aleitamento materno contribui para o crescimento e
desenvolvimento da criança, sendo um método natural e eficaz para evitar possíveis
doenças. É recomendado o aleitamento exclusivo nos primeiros seis meses de vida da
criança, pois ela recebe os nutrientes necessários para seu desenvolvimento,
posteriormente ele sendo complementado até os dois anos de vida. Instituiu-se a
campanha “agosto dourado” como um mês em alusão à conscientização e esclarecimentos
sobre o aleitamento materno. Realização de palestras, eventos, reuniões, são feitas no
intuito de promover um melhor fortalecimento do vínculo mãe e filho. OBJETIVOS:
Relatar a experiência vivenciada como estagiária no último período da graduação em uma
unidade básica de saúde em palestra realizada com gestantes. METODOLOGIA: Estudo
descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma unidade básica de saúde de
um município no interior do Rio Grande do Norte. Em alusão ao mês “agosto dourado”
de incentivo à prática da amamentação, gestantes foram convidadas à participar de um
encontro que abordou os aspectos da amamentação, além de uma demonstração lúdica
com um avental de mamas de crochê de como deve ser as posições corretas do bebê e
como deve ser feita a ordenha manual. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao final da
intervenção, dúvidas foram sanadas, experiências foram compartilhadas junto às mães e
futuras mães presentes. Uma semana após a realização da palestra, uma das gestantes do
grupo pariu e durante a visita puerperal, nos relatou a importância que foi participar do
encontro na semana passada. A mesma relatou que nas outras três gestações passadas não
havia amamentado por falta de informação. Dessa vez, ela falou da sua felicidade de estar
amamentando pela primeira vez, por ter participado do encontro e aprendido a técnica de
amamentar, o cuidado de não amamentar em apenas uma mama, além do cuidado com o
recém-nascido. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebe-se a importância da promoção
de ações educativas para uma melhor adesão à prática do aleitamento materno. O
conhecimento dos profissionais de saúde e a capacitação de gestantes desde o pré-natal,
aumenta os índices de adesão ao aleitamento e evita o desmame precoce.
Palavras-chave: Aleitamento materno; Educação Continuada; Gravidez.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NETO, C.M. Importância do agosto dourado. FEMINA;47(8): 454-63. 2019.

OLIVEIRA, T.C. de, et al. Revisão sobre a importância do aleitamento materno exclusivo
nos primeiros seis meses de vida para a dupla mãe-bebê. Rev Inic Cient Ext. 1(Esp
2):250-4. 2018.

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SANTANA, J.M., et al. Amamentação: conhecimento e prática de gestantes. O Mundo
da Saúde, São Paulo; 37(3):259-267; 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AUTOMEDICAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: UMA
BREVE REVISÃO

Débora C. Oliveira1; Clara Vitória C. Carvalho2; João Pedro L. Santos3; Maysa Souza
de Alencar4; Myrla Aguiar Gonçalves5 ; Vinícius L. Cardoso6.
1,3
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão.
2,4,5,6
Graduando em Farmácia pela Universidade Federal do Maranhão.
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: A pandemia causada pelo novo Coronavírus, SARS-COV-2, iniciada


na China em 2019, caracteriza-se como uma síndrome respiratória aguda grave. O medo
gerado pelo cenário pandêmico em conjunto com as medidas de controle adotadas são
alguns dos fatores do aumento da taxa de automedicação. Segundo a Organização
Mundial de Saúde, a automedicação (AM) é a utilização de medicamentos sem consultar
um médico. Também inclui o uso ou reutilização de medicamentos previamente
prescritos ou não utilizados. Os usuários comuns geralmente não têm conhecimento
especializado dos medicamentos utilizados, resultando em riscos potenciais.
OBJETIVOS: Esta revisão de literatura teve como objetivo analisar o cenário da
automedicação em tempos de pandemia por COVID-19. METODOLOGIA: A
metodologia compreendeu a pesquisa bibliográfica e descritiva. Essa pesquisa foi
realizada por meio da análise de artigos científicos disponíveis em bibliotecas eletrônicas
como: Pubmed e Google acadêmico. Os descritores utilizados na busca foram: “SELF
MEDICANTION”; CORONAVIRUS INFECTIONS”. Para cruzar os descritores em
inglês utilizou o operador “AND”. A busca foi realizada em outubro de 2021. Dessa
forma, o critério de inclusão foi estudos em inglês que apresentassem especificamente o
tema e problemática a ser analisada. Sendo assim, os autores escolheram como alvo a
população em geral – adultos e adolescentes de ambos os sexos – que praticou
automedicação durante a pandemia por COVID-19. Dessa maneira, o desfecho do estudo
é a própria prática da automedicação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A semelhança
da COVID-19 com sintomas gripais atua como um dos principais fatores para adoção da
automedicação (AM) durante a pandemia (por conta dos medicamentos de fácil acesso),
associados à estigmatização da doença (79,5%) e à mídia (54,3%). Outros motivos seriam
a dificuldade de acesso à saúde (23%), acentuado na pandemia, em contraposição à
proximidade das farmácias (21%), as quais provocaram a AM principalmente em casos
emergenciais (49,1%). Por fim, a digitalização causada pelo lockdown também
proporcionou o aumento de farmácias clandestinas na internet (77,7%), as quais
revendiam medicamentos ineficientes sem prescrição médica (55,5%). Nesse contexto, a
disseminação de informações equivocadas na internet influencia a AM, possibilitando
maiores chances de reações adversas. Algumas consequências graves descritas foram:
insuficiências hepáticas fulminantes, arritmias ventriculares, neurotoxicidade, escassez

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de medicamentos essenciais e aumento da resistência bacteriana. Esses fatores geraram
uma prevalência global de 34,2% na AM para prevenção de COVID-19, sendo a vitamina
C o produto mais utilizado na automedicação, com uma taxa de adesão de 27,6%, ao
passo que 2,0% afirmaram ter utilizado cloroquina/hidroxicloroquina. Outros
medicamentos incluem a Azitromicina, Ivermectina e suplementação com Zinco.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso inadequado de medicamentos, oriundo da
automedicação, pode trazer diversos problemas à saúde. Durante a pandemia foi possível
perceber que houve um aumento da prática de automedicação devido ao medo,
desconhecimento e veiculação de informações falsas acerca do vírus, precariedade do
acesso aos meios de saúde e o aparecimento de drogarias ilegais na internet. A vitamina
C foi a substância mais utilizada na pandemia, enquanto a Cloroquina e a
Hidroxicloroquina não apresentaram taxa de uso elevada.

Palavras-chave: Automedicação; COVID-19; Pandemia.

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HOMENS "AFEMINADOS": CENÁRIOS DE PRODUÇÃO E OS IMPACTOS
PSICOSSOCIAIS DA AFEMINOFOBIA
Jhonatan Saldanha do Vale1; Jeferson Camargo Taborda2
1
Graduando em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
2
Docente no curso de Psicologia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O presente resumo é resultado de um trabalho de conclusão de curso.


As masculinidades, assim como os demais papéis de gênero, só são possíveis de serem
compreendidas ao ser considerado o contexto histórico e social no qual se está inserido,
neste sentido, busca-se problematizar certos discursos e as explicações essencialistas ou
biologizantes. Segundo a cultura heteronormativa, no topo da hierarquia das
masculinidades estaria o homem cisgênero branco heterossexual e de elevadas condições
sociais e econômicas. Considerando esses padrões impostos, os que fogem dessa
normativa são suscetíveis a preconceitos e discriminações, como homens e meninos
“afeminados”. Esta forma de preconceito vem sendo denominada afeminofobia,
referindo-se a aversão aos comportamentos socialmente compreendidos como femininos.
OBJETIVOS: Analisar a produção científica sobre os impactos psicossociais dos
estereótipos de gênero relacionados a homens e meninos “afeminados”, identificando
como estão sendo retratadas suas condições de saúde e se há compreensão desta expressão
de gênero com a misoginia e/ou racismo. A investigação tomou como base de dados o
Periódicos CAPES e a Biblioteca Virtual de Saúde. METODOLOGIA: Utilizou-se
como metodologia a revisão integrativa da literatura e a análise de conteúdo para
compreensão das informações expressas nos artigos. Além de Descritores em Ciências
da Saúde para as buscas nos periódicos citados. O escopo da revisão foram artigos que
tiveram participantes homens com comportamento compreendidos como afeminado. A
pesquisa teve como enfoque trabalhos publicados entre 2010 a 2020 e disponíveis em
português. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram recuperados cinco artigos que
compuseram o corpus de análise da presente revisão. Nenhum dos artigos enquadrados
realizou discussão do racismo interseccionado com a afeminofobia. Referente a
intersecção da afeminofobia com a misoginia, três estudos fizeram essa relação ao
abordar que o ambiente organizacional está pautado no binarismo de gênero e dominação
masculina e que o exercício da educação física na escola pode ser sexista e excludente.
Ademais, as vivências desses homens nas instituições sociais, são marcadas por piadas
constantes, apresentam inseguranças quanto às oportunidades de ascensão profissional,
sujeitados a diversas violências. Esteve presente a realização de piadas sobre seus
comportamentos “afeminados” entre si, além de se sentirem imobilizados e forçados a se
comportarem conforme a masculinidade hegemônica. Diante dessas situações, há procura
de espaços comuns de convivência, como grupos militantes. Dessa forma, precisam lidar
de forma crônica com as atitudes hostis advindas dos ambientes sociais, gerando
angústias e tensões, impactando diretamente em suas condições de saúde.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS: Na revisão realizada houve somente artigos que
expressam os relatos de homens cisgêneros, predominantemente brancos, não havendo
discussão da afeminofobia com homens negros. No entanto, mais da metade dos artigos
enquadrados demonstrou relacionar a afeminofobia com a misoginia, algo relevante para
estes debates. Todas essas situações discriminatórias, atreladas aos estressores
decorrentes da vida social impactam diretamente nas condições de saúde e existência da
população estudada. Assim, está presente as dificuldades de acesso a direitos civis e
políticos, sendo necessário a aplicabilidade de políticas públicas voltadas a essa
população.
Palavras-chave: Papel de gênero; Masculinidades; Nível de saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COVID-19 NO ESTADO DE PERNAMBUCO: ANÁLISE DO PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS POR
SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
Marta Janaina Pereira de Oliveira1
1
Graduando em Medicina pelo Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O vírus COVID-19 foi identificado em Wuhan, China em dezembro
de 2019 e em fevereiro de 2020 registrou-se casos no Brasil levando a um grave impacto
na saúde da população. Para enfrentar a pandemia, inicialmente adotou-se como medida
não farmacológica o distanciamento e o isolamento social para controlar a disseminação
e a contaminação populacional. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é conhecer o
perfil epidemiológico dos casos confirmados e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG) no estado de Pernambuco (PE). METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo e transversal, baseado em dados secundários coletados no Boletim
Epidemiológico emitido pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Foram
coletados dados de março de 2020 a 8 de setembro de 2021 – Boletim Epidemiológico
Nº557-, que apresentou os dados desde a identificação do primeiro caso no Estado. O
perfil epidemiológico dos casos confirmados e óbitos foram apresentados por sexo, faixa
etária e raça. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os dados verificados apontaram 53.535
casos confirmados de SRAG, sendo 52% do sexo masculino e 47,5% do sexo feminino.
A faixa etária mais atingida foi entre 50-59 anos, com 10.391 casos, seguido pela faixa
de 60-69 anos, com 9.423. Em relação à raça, a parda foi a mais atingida com 25.867
casos (71,3%). O total de óbitos foi 19.485, dos quais 69,6% foram acima dos 60 anos
descrever os resultados por sexos e raça. Os resultados evidenciaram que houve um maior
número de casos confirmados no sexo masculino, pardos e na faixa etária entre 50-59
anos. A maior quantidade de óbitos ocorreram acima dos 60 anos, no sexo masculino e
pardos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados podem contribuir para o
fortalecimento de ações de prevenção, vacinação e formulação de ações voltadas para o
controle da COVID-19, especialmente nos grupos mais vulneráveis.
Palavras-chave: COVID-19, Perfil Epidemiológico, Óbitos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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setembro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A PRÁTICA DO CHEERLEADING EM TEMPOS DE PANDEMIA

Jhonatan Saldanha do Vale1; Isabelle Tiemi Trevisolli de Almeida2; Ana Beatriz Aguiar
Francisco3; Elisângela de Lima dos Santos4; Carlos Rodrigues da Silva5
1,2,3,4
Graduando em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
5
Docente no curso de Administração na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O presente resumo, trata-se da apresentação dos resultados de um


projeto de extensão. Diante a pandemia por conta da disseminação do vírus COVID-19 e
consequentemente o isolamento social, as mudanças nas rotinas diárias se fazem
drásticas. Perda do emprego e trabalho, estudo em casa, falta de contato físico com
amigos e parentes, são alguns dos aspectos presentes nesses tempos, o que podem
influenciar nas condições de saúde. Contudo, há algumas ações que podem ser realizadas
para promover saúde. Dentre elas estão, manter uma nova rotina adaptada a essa inusitada
realidade, reservando tempo para praticar exercícios físicos e manter contato social com
pessoas próximas por meio de canais online. A atividade física regular, tal como
movimentos de intensidade leve e alongar, trazem benefícios para a mente e corpo.
Podem combater a pressão alta, doenças cardíacas, controlar o peso, reduz risco de
depressão, declínio cognitivo, além de colaborar para o desenvolvimento de uma rotina e
de ser uma via para manter contato com amigos e outras pessoas. Assim, a prática do
Cheerleading, compreendido como um esporte que engloba elementos da dança e
ginástica, pode ser utilizado como estratégia de enfretamento nesse momento delicado.
OBJETIVOS: Teve-se como objetivo, fomentar a prática do esporte Cheerleading
através de encontros online como meio de promoção de saúde mental, prevenção de
doenças e sofrimentos causados, principalmente pelo isolamento social.
METODOLOGIA: A atividade de extensão contou com dois profissionais qualificados
no desenvolvimento do projeto, sendo uma instrutora licenciada FitDance Classic e de
um atleta com experiência no esporte. Os encontros foram realizados por meio da
plataforma Google Meet com 19 discentes da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, Campus Paranaíba, durante os meses de agosto à dezembro de 2020. Foram
desenvolvidas coreografias, atividades físicas e incentivo de relações sociais, realizados
de forma síncrona e gravadas para que discentes pudessem acessar em outros momentos.
Outrossim, foi realizada a divulgação da história e desenvolvimento do Cheerleading no
mundo e em especial, da equipe do Campus, Xitigers, no Instagram da equipe @xitigers.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O projeto teve como resultados, a promoção de
interação social, auxiliando no bem-estar físico e mental dos participantes, o que
contribuiu de forma positiva no enfrentamento de possíveis sofrimentos causados pelo
isolamento social. Outrossim, ocorreu a propagação da história e desenvolvimento do
Cheerleading e da Xitigers, por meio do alcance do público externo através das

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publicações no Instagram da equipe, tendo em média, 646 pessoas alcançadas por
publicação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O Cheerleading é uma forma preventiva e
terapêutica de atenção à saúde, proporcionando não só condições básicas de permanência
na instituição de ensino e desenvolvimento integral dos futuros profissionais, como
também, possibilita um suporte aos acadêmicos na superação de dificuldades do
isolamento social. Nesse contexto, é evidenciado o compromisso social da faculdade com
a comunidade universitária, buscando melhoria do desempenho acadêmico e formação
profissional, além da qualidade de vida ao longo de sua vida universitária.
Palavras-chave: Atividade física; Cheerleading; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE
FERNANDÓPOLIS, SÃO PAULO, BRASIL, DE 2014 A 2020

Marliny Bovo Mezanini1; Mateus Masson de Souza2; Nara Moraes Guimarães3; Danila
Fernanda Rodrigues Frias4

1,2,3
Graduandos em Medicina pela Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo.
4
Docente do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade Brasil,
Fernandópolis, São Paulo.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A dengue é a arbovirose mais importante no Brasil, e a mais prevalente


no mundo. Caracteriza-se por ser uma doença infecciosa febril aguda, que pode apresentar
variado espectro clínico, desde formas brandas até quadros clínicos graves. Esta afecção
é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. O aumento de ocorrência
da dengue tem se constituído como crescente objeto de preocupação para a sociedade e
um problema sério de saúde pública, em razão das dificuldades enfrentadas para redução
das epidemias provocadas por esse vírus. OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico
da dengue no município de Fernandópolis/SP, de 2014 a 2020. METODOLOGIA: Foi
realizado um estudo epidemiológico descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo com
levantamento de dados registrados no município de Fernandópolis/SP, de 2014 a 2020,
de acordo com as informações disponíveis no banco de dados TABNET/DATASUS. As
seleções de dados utilizadas nesta pesquisa foram: município de notificação, ano e mês
de notificação, faixa etária, sexo, classificação final, critério de confirmação,
hospitalização e evolução do caso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o período
de estudo foram notificados 8.186 casos de dengue no município (prevalência de 11,8/100
habitantes). A maioria das notificações ocorreram dentre os meses de fevereiro a maio. O
maior acometimento foi em indivíduos do sexo feminino (56,6%) com faixa etária entre
20 e 39 anos (33,6%). Com relação ao diagnóstico, 97,8% foram relatados como dengue,
e 76% utilizaram como critério de confirmação o clínico-epidemiológico e apenas 22,1%
o laboratorial. Evoluiu para óbito apenas 6 casos notificados. CONCLUSÃO: O presente
estudo permitiu concluir que o município avaliado possui taxa elevada de prevalência de
dengue, com ocorrência maior de casos após o período chuvoso, que concentra-se nos
meses de dezembro e janeiro. Além disso, apresenta baixa taxa de diagnóstico
laboratorial. Desta forma, as autoridades de saúde locais devem centralizar ações voltadas
ao diagnóstico precoce da doença, além de estabelecer um protocolo de orientação ao
paciente, com objetivo voltado ao controle e prevenção da doença, e para isso medidas
práticas de educação em saúde, baseadas no aprendizado participativo, na construção de
saberes e na valorização da cultura do paciente devem ser preconizadas para obtenção do
sucesso da ação.
Palavras-chave: Arbovirose; Epidemiologia descritiva; Aedes aegypti.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVA, I. T.; TAGLIAFERRO, E. R.; VAZQUEZ, G. H.; FRIAS, D. F. R. Perfil


epidemiológico da dengue no município de Ilha Solteira, São Paulo, no período de 2016
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE: A IMPORTÂNCIA DE UM
DIAGNÓSTICO PRECOCE NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA.

Carolina Santoro Bueno1 - [email protected]


Isabella Cunha2 - [email protected]
Julia Moura de Barros Barreto3 - [email protected]
Marina Toscano Silveira4 - [email protected]

INTRODUÇÃO As imunodeficiências combinadas graves (SCID) são doenças


hereditárias caracterizadas por uma resposta imune deficiente. Além disso, são
responsáveis pela alta morbimortalidade em pacientes pediátricos e, por isso, é essencial
a avaliação precoce dos recém-nascidos por meio de ações preventivas, como a triagem
neonatal, de modo a se obter um diagnóstico o mais rápido possível, objetivando melhores
resultados à longo prazo e, consequentemente, um bom prognóstico após o tratamento.
OBJETIVOS Compreender a necessidade do diagnóstico precoce da imunodeficiência
grave combinada na população pediátrica para se obter um tratamento e prognóstico
adequados. METODOLOGIA Revisão de literatura, de abordagem qualitativa, feita a
partir das bases de dados Scielo, Revista Brazilian Journals, Revista Brasileira de Alergia
e Imunologia. Utilizou-se descritores como “Imunodeficiência Combinada Grave”,
“Diagnóstico Precoce” e “Triagem Neonatal''. Para os critérios de inclusão foram
selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, em português. Os critérios de
exclusão basearam-se na atualidade e no nível de evidência dos estudos. Ao final,
restringiu-se a 4 artigos. RESULTADOS E DISCUSSÃO A SCID caracteriza-se pela
alteração da resposta imunológica composta por linfócitos T e/ou linfócitos B e/ou células
NK, gerando um aumento da vulnerabilidade a infecções. O diagnóstico é baseado em
uma anamnese completa e detalhada, exame físico e exames laboratoriais, e seu
tratamento é feito, preferencialmente, pelo transplante de medula-óssea. Além disso, essa
patologia é considerada uma emergência pediátrica devido à alta taxa de
morbimortalidade no primeiro ano de vida das crianças e seu diagnóstico tardio corrobora
as altas taxas de morte. Ademais, o tratamento, quando aplicado antes dos quatro anos de
idade apresenta taxa de 95% de sobrevida, enquanto se realizado após esse período, a taxa
cai para 60% e a incidência de complicações e sequelas aumenta significativamente. A
melhor ferramenta para aumentar a incidência de diagnóstico precoce e, com isso, obter
um tratamento mais eficiente é a realização da triagem neonatal. A triagem da SCID é
feita a partir de quantificação de marcadores do desenvolvimento normal dos linfócitos
T, chamados de círculos de incisão em receptores de células T (TRECs), que mostram-se
em baixo número ou quantidade identificável. Para uma melhor precisão diagnóstica,
realiza-se a dosagem simultânea de IL-7, já que esta está relacionada com o
desenvolvimento adequado das células T. A combinação destes dois testes permite uma
sensibilidade diagnóstica de, aproximadamente, 100%. Estudos sobre a eficiência da
triagem neonatal evidenciaram aumento da sobrevida, apontando que cerca de 85% dos
testados ao nascimento sobreviveram, enquanto somente cerca de 58% sobreviveram
quando não testados. No Brasil, existem testes de triagem neonatal para mais de 38
doenças, porém somente seis estão incluídas no teste gratuito oferecido pelo SUS,

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popularmente conhecido como o "Teste do Pezinho". As imunodeficiências primárias,
como a SCID, encontram-se no grupo de doenças triadas que não possuem oferecimento
gratuito. CONCLUSÃO Assim, é importante entender a necessidade de uma melhora na
triagem neonatal, sendo que, sua eficiência, aliada a uma anamnese detalhada e exames
completos, são determinantes no diagnóstico precoce de Imunodeficiências Combinadas
Graves, influenciando no prognóstico.

Palavras-chave: “Diagnóstico Precoce”, “Imunodeficiência Combinada Grave” e


“Triagem Neonatal”

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da literatura. Arquivos de Asma, Alergia e Imunologia, v. 2, n. 2, p. 56-65, 2014.

KANEGAE, Marília PP et al. Triagem neonatal para imunodeficiência combinada grave.


Rev bras alerg imunopatol, v. 34, p. 7-11, 2011.

RIZZO, Luiz Vicente. DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS IMUNODEFICIÊNCIAS


COMBINADAS GRAVES. Revista Paulista de Pediatria, v. 35, n. 1, p. 2-2, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A EXIGÊNCIA DE DESEMPENHOS PRODUTIVOS COMO FATOR
DESENCADEANTE DOS DORT

Grazyelle de Araújo Tenório1; Bruna Marcella Barbosa Vieira2;Laís Quintiliano


Pedroza3
1, 2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Cesmac
3
Docente em Medicina pelo Centro Universitário Cesmac
[email protected].

INTRODUÇÃO: Entre as doenças relacionadas ao trabalho, destaca-se o Distúrbio


Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), uma patologia de etiologia
multifatorial que apresenta prejuízos econômicos para a sociedade e custos elevados de
tratamento. O excessivo uso do sistema musculoesquelético, sem pausas para
recuperação, provoca lesões em diversas estruturas, que ocasionam dor no membro
afetado, perda de força, parestesias e fadiga, entre outros sintomas que podem evoluir
para tendinites, lombalgias e mialgias. Com isso, se não diagnosticado e tratado
precocemente acarretam impactos na vida dos trabalhadores portadores de tais lesões,
como: limitação física, necessidade de adaptação para atividades de rotina, dependência
de medicamentos, necessidade de afastamento do trabalho, além de sentimento de
inutilidade e ausência de perspectiva futura. OBJETIVOS: Identificar a associação entre
as condições e o ritmo de trabalho contemporâneo com o desenvolvimento dos Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, bem como a necessidade de prevenção para
a garantia da qualidade de vida do trabalhador. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo com abordagem quantitativa. Uma revisão de literatura fundamentada
na base de dados Scielo, e com resultados obtidos a partir do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), referentes à Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 (PNS).
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram referidos, no Brasil, a proporção de 2,5% de
diagnóstico médico de Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT), de
acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, apresentando maior prevalência na área
urbana (2,7%) quando comparada a área rural (1,2%). Somado a isso, em relação ao nível
de instrução, a incidência foi maior entre pessoas com o ensino superior completo (2,9%),
além de maiores proporções nas Regiões Sudeste (3,6%) e Sul (2,4%). Ademais,
constatou-se maior incidência de DORT na faixa etária de 30 a 59 anos (3,3%) e de 60 a
64 anos (3,5%). Com isso, observa-se uma prevalência dos DORT principalmente em
regiões que apresentam maior concentração industrial e urbana como os grandes centros
comerciais do Brasil, os quais demandam força produtiva substancialmente de
trabalhadores com maior instrução escolar. Nota-se, que, o adoecimento por esses
distúrbios é decorrente do contexto contemporâneo do mundo do trabalho, fundamentado
em mudanças velozes, somada a introdução de novas tecnologias e a necessidade de
aceleração do ritmo de trabalho em busca de maior desempenho produtivo e
consequentemente econômico. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Constata-se que as
condições de vulnerabilidade perante o trabalho e o desconhecimento sobre uma postura
de cuidado adequada somam-se como fatores preditivos ao desenvolvimento dos DORT.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Assim, é necessário oferecer auxílio e atenção às questões ergonômicas, bem como
garantir condições adequadas de atuação no ambiente laboral do trabalhador.
Palavras-chave: DORT; Doenças ocupacionais; Prevenção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES et al. As LER/DORT e os fatores psicossociais. Arq. bras. psicol, vol. 65, n.
1, 2013.

ECHEVERRIA et al. A dimensão psicopatológica da LER/DORT (Lesões por esforços


repetitivos/Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho). Rev. latinoam.
psicopatol. fundam, v. 10, n. 4, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Brasília: MS;
2019.

CHIAVEGATO et.al. LER/DORT: multifatorialidade etiológica e modelos explicativos.


Interface - Comunic., Saúde, Educ, v.8, n.14, p.149-62, 2004.

SALIM et. al. DOENÇAS DO TRABALHO exclusão, segregação e relações de gênero.


Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v.7, n. 2, 2004.

DALE et.al. A ‘EXTRAVAGÂNCIA’ DE TRABALHAR DOENTE: O CORPO NO


TRABALHO EM INDIVÍDUOS COM DIAGNÓSTICO DE LER/DORT. Trabalho,
Educação e Saúde, v. 16, n. 1, p. 263-282, 2018.

MORAES et.al. Os Sintomas de LER/DORT: um Estudo Comparativo entre Bancários


com e sem Diagnóstico. Psicologia: Ciência e Profissão. v. 37, n. 3, p.624-637, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


QUALIDADE E SAÚDE VOCAL DE PROFESSORES DE ARTES MARCIAIS

ANDRADE, Clara Brisola1 ;SCARPEL, Renata D’Arc2

1
Fonoaudióloga graduada pela Universidade do Estado da Bahia
2
Docente do Curso de Fonoaudiologia da Universidade do Estado da Bahia

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os professores de Artes Marciais são considerados profissionais da


voz, pois fazem uso constante desta para exercer a profissão. O principal problema da voz
falada profissional é o despreparo para as demandas necessárias, e o desconhecimento
sobre como um abuso pode ser prejudicial. Os professores de artes marciais, assim como
os professores de educação física, não possuem apoio de recursos audiovisuais ou de
escrita e utilizam a voz como instrumento de comunicação com os alunos, que ficam
dispersos em um espaço amplo. Além disso, as instruções são passadas para um coletivo,
ou seja, dirigem-se a um grande grupo usando a fala forte. E ficam em pé durante toda a
aula, demonstram os movimentos e se defrontam com a competição sonora, necessitando
elevar o tom de voz. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi analisar a qualidade e
hábitos gerais de saúde vocal de professores de Artes Marciais. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo transversal, observacional e quantitativo, realizado entre abril e
novembro de 2019. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos (CAAE: 04428818.7.0000.0057, número do parecer 3.562.059). A amostra foi
composta por 10 professores, sendo 9 homens e 1 mulher. Foi utilizado um instrumento
de auto-avaliação vocal (ITDV), questionário sobre hábitos gerais, análise acústica por
meio de um programa (PRAAT) e análise perceptivo-auditiva por profissionais da
Fonoaudiologia. Os participantes tinham idades entre 20 e 74 anos, e tinham tempo de
atuação entre 1 ano e 36 anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados
encontrados foram que o sintoma mais prevalente é o pigarro, nenhum dos professores
passou por atendimento fonoaudiológico, a maioria fala enquanto realiza movimentos
corporais e todos tem loudness forte. Além disso, encontrou-se maior prevalência de
rugosidade e tensão na avaliação vocal perceptivo-auditiva e alteração no Shimmer na
análise acústica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os achados desse estudo demonstraram
que as respostas dos professores de artes marciais, de Karatê e Kung Fu - foram bem
semelhantes. Foi possível observar que esses profissionais não possuem o hábito de
prevenção vocal. Além disso, não apresentam queixas vocais. Não utilizam recursos para
diminuir ruídos ambientais e falam enquanto realizam movimentos. Supõe-se que esses
hábitos possam acarretar problemas vocais futuros e, por isso, deve haver uma atenção
por parte desses profissionais quanto a isso. Devido às condições anatômicas masculinas
possibilitarem melhores ajustes vocais e menos alterações, sugere-se que pesquisas deste
tipo sejam realizadas com professoras de artes marciais do sexo feminino. Além disso, é
preciso investigar se as questões de suporte respiratório e respiração diafragmática, que

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


normalmente estes professores tem, possibilitam uma maior resistência vocal, fazendo
com que haja menos alterações vocais.

Palavras-chave: Voz, Saúde vocal, Artes Marciais

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PERDENSEN, VJ; DRAGONE, MLS. Peculiaridades do uso da voz por professores
de educação física escolar: origem e função interativa. Distúrb Comun, São Paulo,
30(1): 201-207, março, 2018
2. MACHADO, PG; HAMMES, MH; CIELO, CA; et.al. Os hábitos posturais e o
comportamento vocal de profissionais de educação física na modalidade de
hidroginástica. Rev. CEFAC. 2011 Mar-Abr; 13(2):299-313
3. PENTEADO, RZ; BICUDO PEREIRA, IMT. Qualidade de vida e saúde vocal de
professores. Revista de Saúde Pública, Rio Claro, v. 41, n. 2, p. 236-243, 2007.
4. CARDIM, C; BEHLAU, M.; ZAMBON, F. Sintomas vocais e perfil de professores em
um programa de saúde vocal. Rev. CEFAC, São Paulo, 2010.
5. MARÇAL, CC; PERES, MA. Alteração vocal auto-referida em professores:
prevalência e fatores associados. Rev Saúde Pública 2011;45(3):503-11
6. GHIRARDI ACA, FERREIRA LP; GIANNINI SPP; et.al. Screening Index for Voice
Disorder (SIVD): Development and Validation. J. Voice. 2013; 27(2): 195-200.
7. PIRES, IC. Protocolo de análise da voz, da expressividade e dos hábitos de
professores por meio de registros audiovisuais. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo. 2012.
8. SANTOS, LM; GASPARINI, G; BEHLAU, M. Validação do protocolo do Índice de
Desvantagem Vocal (IDV) no Brasil [monografia]. São Paulo: Centro de Estudos da
Voz; 2007.
9. ASHA, Protocolo - CONSENSO DA AVALIAÇÃO PERCEPTIVO AUDITIVA DA
VOZ (CAPE-V), 2003.
10. BOERSMA, P; WEENICK, D. Praat Manual. Amsterdam: University of Amsterdam,
Phonetic Sciences Department, 2006. Disponível em: http://www.fon.hum.uva.nl/praat/.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FATORES DETERMINANTES PARA O SUCESSO DO CUIDADO MÃE-BEBÊ
DURANTE O PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO

Mayra Rodrigues Pessoa1;


Isabela dos Santos Costa Bento2;
Daniely Formiga de Almeida2;
Sheva Castro Dantas de Sousa3;
1
Pós-graduanda em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ.
2
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ
3
Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa-UNIPÊ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: O leite materno é o alimento vivo, completo, natural e adequado para todos
os recém-nascidos, possui em sua composição todos os nutrientes necessários para o
desenvolvimento infantil. O aleitamento materno é considerado uma das principais
formas de promoção de saúde, mostrando ser uma ferramenta eficaz para o
desenvolvimento da criança durante os primeiros anos de vida Objetivo: Identificar os
fatores determinantes para o sucesso do cuidado mãe-bebê durante o processo de
amamentação. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base nos dados
da BVS, LILACS, PUBMED e SciELO com os descritores "Aleitamento materno",
"Trauma mamilar", "Saúde Materno-Infantil" em inglês, português e espanhol utilizando
os operadores booleanos AND, OR e NOT. Para os critérios de inclusão, filtrou-se: textos
disponíveis em português e inglês publicados nos últimos 5 anos, deste foram excluídos
estudos de revisão, anais, capítulos de livros, monografias. As escolhas dos artigos foram
realizadas em seis etapas: elaboração da questão norteadora; determinação dos
descritores; estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão; avaliação dos estudos
que foram incluídos na revisão integrativa; definição das informações a serem retirada;
interpretação dos resultados obtidos e apresentação da síntese do conhecimento
produzido. Resultados e Discussão: Foram incluídos 9 artigos nessa revisão. Os estudos
eleitos, possibilitaram a compreensão acerca da manutenção das práticas alimentares
adequadas na infância como garantia da sobrevida e saúde da criança, sendo o aleitamento
materno uma das mais importantes práticas promotoras de saúde infantil. Foi identificado
uma elevada prevalência de condições indicativas de dificuldades iniciais com a técnica
da amamentação. Os estudos apontaram diversos benefícios da atuação dos profissionais
de saúde, na educação em saúde no pré-natal, puerpério imediato e tardio sobre os
benéficos do aleitamento materno exclusivo. Conclusão: A presente revisão bibliográfica
possibilitou a compreensão acerca dos fatores determinantes para o sucesso do cuidado
mãe-bebê no processo de amamentação. Foi possível observar a importância da atuação
dos profissionais da saúde na promoção do aleitamento materno através de técnicas e

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


estratégias que promova a disseminação do conhecimento sobre a importância do
aleitamento materno e tratamento das dificuldades que possam surgir durante o processo.

Palavras-Chave: Aleitamento materno. Trauma Mamilar. Saúde Materno-Infantil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CARVALHO, D. B. et al. A importância da fisioterapia na lactação. Revista Ciência e
Saberes, v.4, n.1, p.848-853, 2018.

GUYTON, Arthur C. Trato de Fisiologia Médica. 12ºed. Rio de Janeiro: Elsevier


Editora Ltda, 2011.

LEVY, L.; BÉRTOLO, H. Manual de aleitamento materno. 2012. Disponível em:


<http://academiadasaude.pt/wp-
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SILVA, L. L. A. et al. Prevalência de aleitamento materno exclusivo e fatores de risco.


Revista saúde e pesquisa, v.11, n.3, p.527-534, 2018.

VENÂNCIO, S. L. et al. Associação do entre o grau de implantação da rede amamenta


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VIDUEDO, A. F. S. et al. Severe lactational mastites: particularities from admission.


Revista Brasileira de Enfermagem, v.68, n.6, p. 806-811, 2015.

VIEIRA, G. O. et al. Factores predicting Early discontinuation of exclusive


breastfeeding in the first month of life. Jornal de Pediatria, v. 86, n,5, p. 441-444,
2010.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
PUERICULTURA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Bruna Rafaela da Silva Miguel1; Karla Stefanne De França Claudino2; Laryssa Maria
Ferreira Dos Santos3; Larissa Sobrinha Da Mata Carneiro4; Milena Karelly Benjamim
Souza5; Polyana Alves Bernardino6.
1
Enfermeira pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau.
2,6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Católica de Pernambuco.
3,4
Enfermeira pelo Centro Universitário Santo Agostinho.
5
Enfermeira pela Faculdade de Ciências da Saúde Do Belo Jardim.
E-mail do autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Puericultura é uma estratégia desenvolvida na Estratégia de Saúde


da Família (ESF), com o intuito de proporcionar uma assistência à saúde infantil
completa. É através das consultas de enfermagem, que a puericultura é colocada em
prática, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento e crescimento das crianças de zero
a dois de idade. OBJETIVO: Analisar, através da literatura, qual a importância da
assistência de enfermagem em puericultura na Estratégia de Saúde da Família.
METODOLOGIA: O estudo trata-se de uma revisão narrativa com o intuito de reunir
conhecimentos sobre a temática. A pesquisa foi realizada através das bases de dados:
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Banco de Dados
em Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS). Utilizando os descritores em ciências da saúde: “Assistência de
Enfermagem”, “Estratégia de Saúde da Família” e “Puericultura”, combinadas com o
operador booleano “AND”, 180 artigos foram encontrados. Os critérios de inclusão foram
artigos publicados nos últimos 5 anos, no idioma português, disponíveis na íntegra nas
bases de dados e apresentasse afinidade com a temática. Os critérios de exclusão foram
os artigos parcialmente publicados, arquivos repetidos, e aqueles que não abordassem a
temática proposta. Para a composição deste estudo foram utilizados 5 artigos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após análise, observou-se que o enfermeiro
desenvolve um papel fundamental na puericultura. As consultas de enfermagem devem
ser baseadas na escuta qualificada, proporcionando a criação do vínculo e facilitando a
orientação para os cuidados, é nesse momento que o enfermeiro esclarece as dúvidas da
mãe/família/cuidador sobre os corretos cuidados com a criança, faz o exame físico
completo para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. As questões como a
importância de manter o aleitamento materno exclusivo até no mínimo os seis primeiros
meses de vida, a questão acerca da imunização e de manter o calendário vacinal em dia,
é a importância de seguir a prescrição da suplementação de ferro para prevenção de
doenças, devem ser enfatizadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi evidenciado que o

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família tem a capacidade de ofertar assistência
puerperal de qualidade integral à criança e aos seus responsáveis, desenvolvendo ações
educativas, ações de promoção à saúde e prevenção de doenças.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem; Estratégia de Saúde da Família;


Puericultura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE.


DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Saúde da criança: crescimento e
desenvolvimento. 2012.
BRÍGIDO, Abel Fernández; SANTOS, Elitiele Ortiz dos; PRADO, Ernande Valentim
do. Qualificação do cuidado a puericultura: uma intervenção em serviço na estratégia de
saúde da família. Rev. pesqui. cuid. fundam. (Online), p. 448-458, 2019.
GÓES, Fernanda Garcia Bezerra et al. Contribuições do enfermeiro para boas práticas
na puericultura: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem,
v. 71, p. 2808-2817, 2018.
SIEGA, Cheila Karei et al. Vivências e significados da Consulta do Enfermeiro em
puericultura: análise à luz de Wanda Horta. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 10,
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TAVARES, Maria Niná Morais et al. Consulta de enfermagem em puericultura na
estratégia saúde da família: revisão integrativa. Nursing (São Paulo), v. 22, n. 256, p.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA GOOGLE FORMS PARA APLICAÇÃO DA
PROVA SIMULADO: SUA RELAÇÃO NO APRENDIZADO ACADÊMICO E
INTERAÇÃO DO MONITOR

Francisco Márcio Lima Albuquerque¹; Ana Rita Alexandrino Martins²; Ingrid Carneiro
Brandão³; Evyllen Ponte Aguiar4; Isabella Magalhães Andrade5; Francisca Lívia Parente
Viana6
1,2,3,4
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário INTA- UNINTA, Sobral/CE
5
Graduando em Biomedicina pelo Centro Universitário INTA- UNINTA, Sobral/CE
6
Docente do curso de Odontologia do Centro Universitário INTA- UNINTA, Sobral/CE

E-mail do Autor: [email protected]

INTRODUÇÃO: A aplicação de provas simuladas dentro das disciplinas na graduação


permite que os acadêmicos possam avaliar seu nível de conhecimento acerca da temática
abordada, assim, focar no que expõe um maior grau de dificuldade. A prática então
mencionada, pode ser utilizada dentro do programa de monitoria nas instituições de
ensino por acadêmicos-monitores, vista como um meio de aprimorar o ensino da
disciplina vivenciada. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é expor a relevância da
prática dos simulados dentro do ensino na graduação para o aprendizado dos discentes no
curso de Odontologia do 5º semestre, correlacionando com o desempenho do monitor em
épocas de ensino remoto. METODOLOGIA: Os monitores da disciplina desenvolveram
uma prova simulada de Saúde Coletiva, sob supervisão do professor, e aplicaram em meio
digital (plataforma Google Forms) para os acadêmicos do 5º semestre, tendo um total de
25 alunos participantes. Após o término do simulado, os monitores corrigiram,
esclareceram e tiraram as dúvidas referentes às questões através de uma aula remota pela
plataforma Google Meet. Em um segundo momento, foi aplicado um questionário de
avaliação abordando a compreensão do discente quanto a relevância dessa prática, bem
como ponderando a atuação do monitor nesse tipo de atividade pedagógica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Todos os alunos consideraram a prova simulada
importante, que deveria ser mantida na disciplina e deveria ser aplicada em outros
módulos. Foi observado que 96% dos alunos afirmaram que o simulado ajudou a avaliar
o seu grau de conhecimento sobre a prova e 84% relataram que o simulado teve influência
positiva nas notas da prova. Todos os alunos apontaram como positiva a iniciativa dos
monitores em realizar essa atividade e ficaram satisfeitos com o desempenho destes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O auxílio do aluno-monitor nesse tipo de atividade
pedagógica influenciou positivamente no rendimento dos alunos nas provas, bem como
na fixação do conteúdo, mesmo que de forma remota.

Palavras-chave: Exercícios de Simulação, Monitoria, Aprendizagem.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SALES, F. P. O. A.; OLIVEIRA, M. A. S. A importância das provas simuladas e da


monitoria no laboratório de Histologia. Revista Brasileira de Ensino Superior, Passo
Fundo, v. 4, n. 3, p. 24-33, 2018.

SOUZA, P. R. A. A importância da monitoria na formação de futuros professores


universitários. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. 12, n. 61, p. 1-8, 2009.

VASCONCELOS, M. M. M.; CARNEIRO, J. K. R.; OLIVEIRA, M. A. S. A importância


das provas simuladas para o aprendizado e a participação efetiva do monitor nessa
prática. Iniciação & Formação Docente, Triângulo Mineiro, v. 5, n. 2, p. 25-35, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES GESTANTES SUBMETIDAS
AO EXAME CITOPATOLÓGICO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
DO MUNICÍPIO DE IRANDUBA-AM

Gabrielly Christine da Silva Soares1; Fábio Raphael Moreira Cuper2; Thaís Cristina
Ferreira³; Gisele Praia Pereira Nóbrega4.
1,4
Enfermeira. Graduada pela Universidade Paulista Campus Manaus-Am.
2
Biólogo. Doutor em Biotecnologia e Recursos Naturais da Amazônia
3
Farmacêutica especialista em Citologia Clínica com ênfase em Citopatologia
Ginecológica.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O exame citopatológico tem grande importância durante o ciclo


gravídico, pois gestantes tem o mesmo risco que não gestantes de apresentarem doenças
inflamatórias e neoplásicas, além de ser um exame complementar até o sétimo mês de
gestação. Dessa maneira, estas mulheres são mais vulneráveis a serem infectadas com
algum tipo de IST, devido à elevação dos níveis hormonais e imunodepressão. Alterações
encontradas durante o ciclo gravídico possuem oportunidades de serem rastreadas no
período de pré-natal, visto que é o período que a mulher vai espontaneamente á Unidade
de Saúde. Com isso, é necessário que os profissionais de saúde tenham conhecimento
para que sejam capazes de conscientizar sobre a importância de fazer o exame durante o
período gestacional facilitando, assim, a coleta do material da cérvix uterina.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil epidemiológico de processos inflamatórios e atipias
celulares diagnosticados através do exame Papanicolaou, associadas às condições
socioculturais de mulheres gestantes em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do
município de Iranduba/AM. METODOLOGIA: Pesquisa documental com abordagem
quanti-qualitativa e análise descritiva. Foram analisados 60 prontuários de gestantes com
ou sem queixas genitais e realizada entrevista com 3 enfermeiros da unidade. Este
trabalho encontra-se aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade
Paulista UNIP/Manaus, sob protocolo CAEE 20294619.3.0000.5512. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Observou-se que 53,3% das pacientes apresentaram flora bacteriana
normal. Os dados mostraram que 25 (41,6%) apresentaram alguma alteração em seus
exames ou queixas indicativas para vaginoses bacterianas durante a assistência do pré-
natal, destas, 25% queixaram-se de leucorréia, prurido e odor, 6,7% diagnosticadas para
sífilis, 8,3% para Gardinerella e 1,7% para Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considerando que há prevalência de infecções cérvico-
vaginais e queixas indicativas de vaginoses bacterianas, é importante a investigação de
possíveis patologias entre estas gestantes.
Palavras-chave: : Gestantes; Infecções genitais; Papanicolaou.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção


Básica. ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO. CADERNO DE
ATENÇÃO BÁSICA. No 32. Brasília: Ed. Ministério da Saúde, 2012.

DIAS et al. Isolamento e caracterização de Candida sp. no mamilo de lactantes de uma


maternidade da rede pública na cidade de Manaus. Scientia Amazonia, v.7, n.3, CS18-
CS28, 2018.

FERREIRA, R. J.; VIEIRA, C. E. N.; VIEIRA, M. S.; MELANDA, G. C. S. Perfil


epidemiológico de mulheres submetidas ao exame citopatológico em uma unidade básica
de saúde da família em CRATO–CE. Cad. Cult. Cien., v.17, n.1, p. 36-51, Jul, 2018.

MANFREDI, R. L. S.; SABINO L. M. M.; SILVA D. M. A. Exame papanicolaou em


gestantes: conhecimento dos enfermeiros atuantes em unidades de atenção primária à
saúde. Rev Fund Care Online. 2016 jul/set; 8(3):4668- 4673.

PEDER et al. Infecções genitais e fatores de risco em gestantes atendidas em um serviço


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SUPORTE NÃO INVASIVO E INDICADOR DE LESÃO POR INTERFACE EM
NEONATOS PREMATUROS

Julia Fernanda Santos Maciano¹

¹ Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário UniFBV

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Prongas binasais são a interface mais comumente usadas para a


aplicação de pressão nasal positiva nas vias aéreas em bebês prematuros. No entanto,
estão associados a lesões nasais relacionadas à pressão, que causam dor e desconforto. A
lesão nasal pode exigir uma mudança na interface e, ocasionalmente, o dano é grave o
suficiente para exigir reparo cirúrgico. O uso profilático de um curativo de barreira nasal
dentro de 48 horas do início do tratamento com CPAP binasal em bebês prematuros reduz
a lesão nasal. OBJETIVOS: Identificar as lesões nasais em neonatos prematuros,
causadas pela interface do suporte não invasivo, e analisar estratégias que possam
minimizar a incidência dessas lesões nos neonatos. METODOLOGIA: Foi realizado
um trabalho de revisão de literatura, com busca de artigos nas bases de dados PubMed e
SciELO, utilizando as seguintes palavras
chaves: Noninvasive Ventilation; Infant, Premature; nasal injury; non-invasive support.
Os mesmos foram filtrados dos anos de 2016 a 2021, sendo selecionados apenas os artigos
que mencionavam as lesões causas pelas interfaces do suporte não invasivo em
prematuros, e que mencionassem estratégias para minimizar essas
lesões. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As evidências mostram que, a incidência
relatada de lesões nasais associadas ao uso de suporto não invasivo é de 20% a 60% e
varia desde o simples branqueamento da ponta nasal até grave necrose septal nasal e
queda septal. Menor idade gestacional, menor peso ao nascer e maior duração do uso do
suporte não invasivo são importantes fatores de risco para lesão nasal. Além dos fatores
de risco conhecidos, o tipo de interface nasal também pode ser um importante
determinante de lesão nasal. Como também, os estudos trazem como evidencia o uso de
máscara nasal como forma de diminuir significativamente a falha do suporte não invasivo
e a incidência de lesão nasal moderada a grave em neonatos prematuros. Além dessa
medida, se tem como evidência o uso de curativo hidrocolóide de barreira nasal durante
a terapia com pressão positiva contínua binasal nas vias aéreas, como estratégia para
diminuir a incidência de lesão decorrente do suporte não invasivo. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Fica evidente que as lesões nasais em neonatos que precisam do suporte não
invasivo é uma complicação frequente quando usado por longos períodos. Como também,
que a utilização do suporte não invasivo com máscaras nasais reduz significativamente a
lesão nasal em comparação com as prongas nasais e a utilização do uso profilático de um
curativo de barreira nasal dentro de 48 horas do início do tratamento, como meida para
diminuir a lesão nasal.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Noninvasive Ventilation; Infant, Premature; Nasal injury; Non-
invasive support.

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comparison with “nasal prongs” or “rotation of nasal mask with nasal prongs” reduce the
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of Paediatrics and Child Health, 53, 47–47. https://doi.org/10.1111/jpc.13494_135

Imbulana, D. I., Owen, L. S., Dawson, J. A., Bailey, J. L., Davis, P. G., & Manley, B. J.
(2018). A Randomized Controlled Trial of a Barrier Dressing to Reduce Nasal Injury in
Preterm Infants Receiving Binasal Noninvasive Respiratory Support. Journal of
Pediatrics, 201, 34-39.e3. https://doi.org/10.1016/j.jpeds.2018.05.026

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SURTO DE ECTIMA CONTAGIOSO EM REBANHO OVINO DE
GARANHUNS/PE – RELATO DE CASO

Luana Vieira Cruz1; Isabela Lira Carreiro2; Valdomiro de Almeida Barros Júnior1;
Karine Cosme Rocha1; Taciana Rabelo Ramalho Ramos3; Luiz Carlos Fontes Baptista
Filho3
1
Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Agreste de
Pernambuco
2
Discente do Programa de Pós-Graduação em Sanidade e Reprodução de Animais de
Produção - PPGSRAP/UFAPE
3
Docente do curso de Medicina Veterinária – Universidade Federal do Agreste de
Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O ectima contagioso é uma doença causada por um Parapoxvirus da


família Poxviridae, afeta principalmente ovinos e caprinos neonatos lactentes e após o
período de desmame, mas animais adultos também podem adquirir a doença. A doença
possui elevada morbidade, mas uma baixa taxa de mortalidade. OBJETIVOS: O objetivo
com a realização deste trabalho foi relatar um surto de ectima contagioso em rebanho de
ovinos criados no município de Garanhuns- PE. METODOLOGIA: Em 30 de julho de
2020 foi realizada visita técnica em propriedade localizada em São Pedro, distrito de
Garanhuns- PE, em que o produtor relatou que alguns animais apresentavam crostas na
região de focinho há cerca de 5 dias. O mesmo relatou que adquiriu dois ovinos há
aproximadamente duas semanas de outra propriedade, sendo observado o aparecimento
das crostas nos demais animais após a introdução destes no rebanho. Foram observadas
lesões características de ectima contagioso em seis dos 38 ovinos da propriedade, sendo
dois, com lesões mais intensas, submetidos ao exame físico. Ambas eram fêmeas, da raça
Dorper uma com idade de 1 ano e a outra com 2 meses, sendo mãe e filha, a mãe pesando
42 quilos e a filha com 9 quilos, que apresentaram edema nos lábios e narinas, além de
pústulas e crostas. Os animais com sinais clínicos foram isolados dos demais do rebanho,
a borrega foi submetida a uma pequena cirurgia onde foi realizada a exérese das lesões
mais exuberantes para auxílio no tratamento. Após o procedimento deu-se início a
antibioticoterapia, com administração intramuscular de oxitetraciclina de longa ação na
dose de 20mg/kg em 3 aplicações a cada 48 horas e a aplicação de antiinflamatório
flunixina meglumina na dose de 1,1mg/kg, SID por 5 dias, e aplicou-se uma solução de
antisséptico gluconato de clorexidina (2%), iodopovidine degermante (10%) e pomada
cicatrizante e antiinfecciosa (Ganadol®) nas regiões afetadas. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Após quinze dias, foi observada redução acentuada das lesões nos animais
acometidos. Os resultados deste trabalho mostram que o ectima contagioso é uma doença
endêmica, que ocorre em diferentes épocas do ano e pode causar perdas econômicas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


significativas. Situação semelhante ocorreu em outros estados do Nordeste. Essas perdas
não estão relacionadas apenas à taxa de mortalidade geralmente mais baixa, mas devem-
se principalmente à perda de peso, miíase secundária, retardo de crescimento dos animais
afetados, trabalho de parto e produtos veterinários usados para o tratamento sintomático
de pacientes. A principal medida preventiva é a vacinação dos animais. Porém, apesar da
importância da doença, não há vacina disponível no Nordeste. As alternativas para
resolver esse problema são: comprar vacinas de outras regiões; usar crostas trituradas
diluídas em glicerina tamponada para produzir vacinas autógenas com materiais do surto;
ou fornecer vacinas em laboratórios comerciais que operam no Nordeste.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Com isso, conclui-se que, apesar da maior parte das
lesões serem benignas e autolimitantes, provocam perdas, tornando-se fundamental a
medida de ações que visem a profilaxia da enfermidade, como a adoção de quarentena.
Palavras-chave: Pústulas, Dorper, Lesões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSTABLE, P. D.; HINCHCLIFF, K. W.; DONE, S. H.; GRÜNBERG, W.


Veterinary medicine: a textbook of the diseases os cattle, horses, sheep, pigs, and
goats. 11ª Ed. Elsevier: St. Louis – Missouri, 2017.
NÓBREGA, J. R., JANDUI, E. et al. Ectima contagioso em ovinos e caprinos no semi-
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RIET-CORREA, F.; SCHILD, A. L.; LEMOS, R. A. A.; BORGES, J. R. J., Doenças de
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SALLES, M. W. S. et al. Ectima contagioso (dermatite pustular) dos ovinos. Ciência
Rural, v. 22, p. 319-324, 1992.
TORRES, S. 1939. Dermatite pustular contagiosa nos caprinos e ovinos no Pernambuco.
Bolm Soc. Bras. Med. Vet. 9:107-108.
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452.
PINHEIRO, R. R., CHAGAS, A. C. S., ANDRIOLI, A., ALVES, F. S. F. 2003. Viroses
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p.535-540.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TELECONSULTA EM FISIOTERPIA EM IDOSOS COM SEQUELAS DA
COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Genivalda de Andrade Alves1


Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB1
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019 ocorreu na cidade de Wuhan na China


a transmissão de um novo coronavíruss (SARS-CoV-2), ocorrendo a disseminação e a
transmissão para todo o mundo. Diante desse novo cenário, o Conselho Federal de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), concedeu o direito aos profissionais de
fisioterapia e terapia ocupacional de realizar teleconsultas. Sendo que, a teleconsultas é
uma forma de realizar uma consulta, por meio de plataformas virtuais. OBJETIVOS:
relatar o atendimento, por meio de Teleconsultas em Fisioterapia em idosos com sequelas
pela COVID-19, que apresentavam sintomas leves ou moderados, em um município do
interior da Bahia/Brasil.. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência
decorrente do estágio supervisionado em neurogeriatria referente ao 10º semestre do
curso de fisioterapia que ocorreu entre 07 de abril a 27 de maio de 2021. Inicialmente, foi
realizada a triagem dos pacientes, que apresentava sequelas pós COVID-19, que
juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde e uma universidade pública, foi
disponibilizada pela secretaria uma lista dos contatos para o rastreio desses pacientes. O
primeiro contato foi feito por chamadas telefônicas e, posteriormente, enviado o link para
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelo WhatsApp, onde também
era orientado ao paceinte ou o cuidador o manuseio da plataforma Google Meet. As
Teleconsultas aconteceram 2 a 3 vezes por semana, com duração de 60 minutos, sendo
acompanhadas pelos docentes da aréa de estágio.. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dos
pacientes atendidos, 5 foram idosos com idades que variavam de 63 a 78 anos. As
patologias encontradas nesse público eram: Alzheimer, AVC e Parkinson, a maioria dos
pacintes apresentavam como diagnósticos fisioterapêuticos: deficiência da função
musculoesquelético por redução da ADM e fraqueza muscular com limitação para
AVD´s; risco de descondicionamento cardiorrespiratório; risco de declínio funcional e
deficiência da função respiratória por redução da força muscular e expansibilidade
pulmonar com limitação da ventilação e oxigenação em decorrência da COVID-19. As
condutas orientadas durante as teleconsultas eram selecionadas levando em consideração
os recursos disponíveis na casa dos pacientes e técnicas de facil reprodução. Ao final dos
atendimentos a maioria dos pacientes relataram uma melhora significada das sequelas pós
COVID-19, desde melhora do condicionamento físico à melhora do seu quadro
respiratório. Por fim, foram elaborados e enviados vídeos e cartilhas para que os pacientes
continuassem realizando as condutas, dando prosseguimento ao tratamento nos
domicílios.CONSIDERAÇÕES FINAIS: As Teleconsultas em Fisioterapia se
mostraram muito efetivas na perspectiva de tratamento, prevenção, promoção à saúde dos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


idosos com sequelas pós COVID-19, observando relatos positivos ao fim dos
atendimentos, como diminuição de algias, melhora da mobilidade, força muscular e da
execução das atividades diárias, contribuindo assim, positivamente na sua qualidade de
vida
Palavras-chave: Idosos; Teleconsultas; Infecções por coronavirus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Sobre a doença. Disponível em:


https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca. Acesso: 15 de outubro de 2021.

COFFITO. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Resolução nº 516,


de 20 de março de 2020. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=15825.
Acesso em: 15 de outubro de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA TELEODONTOLOGIA NO CONTEXTO DA COVID-
19: UMA REVISÃO NARRATIVA

Flávia Martins Vasconcelos Filiú1; Ana


Beatriz Acosta Matos Rios2; Brenda Torres
Santos3; Guilherme Perpétuo Ferreira4;
Isabela Ramos5

1,3,4
Graduandos em Odontologia pela Universidade Federal de Minas Gerais
2,5
Graduandas em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Com o avanço da pandemia e a instituição de normas sanitárias rígidas


como o distanciamento social, a teleodontologia entrou em ascensão. Ao contrário do que
muitos pensam, a teleodontologia não é um termo novo visto que, em 1994, militares
norte-americanos já usufruíam da facilitação remota de atendimentos odontológicos
durante a guerra. Nos dias atuais, o avanço dos meios de comunicação e a democratização
da internet tornaram-se incentivadores dessa forma de assistência, contribuindo com o
avanço de um suporte de qualidade apesar dos riscos agravados pela pandemia. Toda essa
adaptação foi necessária devido à maior susceptibilidade dos profissionais e estudantes
da área, os quais trabalham com o principal reservatório da COVID-19 localizado na
região nasofaríngea. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é realizar uma síntese dos
avanços da teleodontologia ao longo da pandemia de COVID-19. METODOLOGIA: O
estudo foi realizado a partir de uma revisão bibliográfica utilizando o PubMed como base
de dados e as seguintes palavras-chave: teledentistry; telemedicine; COVID-19 e o
operador booleano “AND”. Foram incluídos estudos experimentais, revisões de literatura
e revisões sistemáticas na língua portuguesa, inglesa e espanhola publicados a partir do
ano de 2019. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É inegável o desenvolvimento e
essencialidade da teleodontologia para o contexto atual, visto que o tratamento
odontológico é fundamentado em uma inspeção cuidadosa e intervenções terapêuticas em
direto contato com os pacientes. Devido às questões de biossegurança instauradas durante
a pandemia, apenas atendimentos de urgência e emergência foram realizados nos
primeiros meses de ascensão da COVID-19, sendo necessária uma adaptação para suprir
as intercorrências usuais da atenção primária. A teleconsulta, a teletriagem e o
telediagnóstico tornaram-se pilares para a fundamentação de uma odontologia moderna e
segura tanto para profissionais quanto para pacientes, os quais podem ser monitorados,
diagnosticados e tratados sem a desnecessária exposição a uma possível infecção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A teleodontologia é uma ferramenta promissora para
complementar as consultas presenciais, além de corroborar para o aprimoramento da
logística da atenção primária, reduzindo custos e o tempo de espera de pacientes. Dessa

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


forma, esse novo modo de assistência odontológica deve continuar avançando ao longo
dos próximos anos.
Palavras-chave: Teleodontologia; telessaúde; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GHAI, S. Teledentistry during COVID-19 pandemic. Diabetes and Metabolic


Syndrome: Clinical Research and Reviews, v. 14, n. 5, p. 933–935, 1 set. 2020.

GIUDICE, A. et al. Can teledentistry improve the monitoring of patients during the
Covid-19 dissemination? A descriptive pilot study. International Journal of
Environmental Research and Public Health, v. 17, n. 10, 2 maio 2020.

TELLES-ARAUJO, Gabriel de Toledo et al. Teledentistry support in COVID-19 oral


care. 2020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/clin/a/w7FfZPCMz8sgWn6MtSwrGMp/?lang=en. Acesso em:
11 set. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TENDÊNCIAS DA MORBIDADE DE LEISHMANIOSE VISCERAL POR
MUNICÍPIO DE NOTIFICAÇÃO NO ESTADO DE SANTA CATARINA
ENTRE 2017 E 2021.

Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos1; Mariá Lessa Silva1; Beatriz Carvalho de
Oliveira1; Amanda Carolina Fonseca da Silva1; Davi Gevaerd Reich1; Eric Pasqualotto1.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A Leishmaniose Visceral (LV), uma protozoose causada por parasitos


do complexo Leishmania donovani, transmitida por flebotomíneos, é uma das principais
zoonoses do Brasil, e se encontra em expansão nos estados da região sul do país. Contudo,
a falta de programas de rastreamento e acompanhamento de casos em grande parte dos
municípios catarinenses dificulta a compreensão da real situação da prevalência da LV
no estado. OBJETIVOS: Avaliar a incidência de casos de LV nos municípios de Santa
Catarina (SC) entre 2017 e 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
epidemiológico transversal descritivo, de natureza quantitativa, acerca do perfil das
notificações e confirmações do diagnóstico de LV nos municípios do estado de SC entre
2017-2021. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE-
SC). Os critérios de inclusão foram: frequência por município de notificação, ano de
notificação e frequência por critério de confirmação/descarte. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Foram identificadas 66 notificações de suspeita de LV no estado de SC
ao longo do período analisado, dentre as quais, 57,57% (n=38) foram em Florianópolis.
Os números referentes às notificações nos outros municípios se mantém
consideravelmente abaixo dos registrados na capital, sendo Joinville o segundo município
com mais notificações de suspeita, com 10,60% (n=7) das notificações, seguido por
Chapecó, com 6,06% (n=4) e Balneário Camboriú, com 4,54% (n=3). Nota-se uma
grande queda das notificações nos anos de 2019 (n=2), 2020 (n=3) e 2021 (n=6), quando
comparados a 2017 (n=28) e 2018 (n=27), contudo, os dados referentes a 2021 não
correspondem à totalidade do ano, sendo representativos de janeiro a setembro. Da
totalidade das notificações de LV no estado no período analisado, 83,33% (n=55) não
atenderam aos critérios diagnósticos laboratoriais ou clínico-epidemiológicos, sendo
consideradas como casos ignorados/brancos. Os municípios que apresentaram casos
confirmados da doença, tanto laboratorialmente, quanto por critérios clínico-
epidemiológicos, foram Florianópolis (n=3), Joinville (n=3), Balneário Camboriú (n=2),
Chapecó (n=1), Itajaí (n=1) e São José (n=1). O alto número de notificações no município
de Florianópolis, em comparação aos demais, pode ser explicado pela testagem ativa e
registros continuados, realizados, em grande parte, pelo Centro de Controle de Zoonoses.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A expressiva queda das notificações entre 2018 e 2019, e manutenção dos baixos números
nos anos subsequentes, embora não comprovada, pode ter relação com a subnotificação
de agravos relacionada à pandemia de coronavirus disease 2019. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Evidenciou-se que a LV está presente em diversos municípios no estado de SC,
visto que, especialmente pelo reservatório urbano principal do parasita ser o cão
doméstico, a doença não respeita fronteiras. Os elevados números de notificações e
investigações em Florianópolis mostram que, na capital, trata-se de um problema
conhecido e estudado, enquanto nos demais municípios, há a ausência de atenção devida,
o que salienta a escassez de programas de atenção no estado.
Palavras-chave: Leishmaniose Visceral; Epidemiologia; Saúde Pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKHOUNDI, M. et al. A Historical Overview of the Classification, Evolution, and


Dispersion of Leishmania Parasites and Sandflies. PLOS Neglected Tropical Diseases, v.
10, n. 3, p. e0004349, 2016.

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Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic. Clinical Infectious Diseases, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TERAPIA NUTRICIONAL NO DIABETES GESTACIONAL
Iolene Amaral Moraes1; Katrinne Mayanne Lima da Costa 2
1,2
Pós Graduando em Nutrição Clínica e Hospitalar pela Faculdade Integrada da
Amazônia
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
NTRODUÇÃO: O diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas
por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina1. É classificado
em diabetes mellitus do tipo 1 (DM1), tipo 2 (DM2) e gestacional (DMG). Um dos
maiores problemas na gestação é a Diabetes Gestacional, podendo estar relacionado a um
mau acompanhamento nutricional, no qual reflete em complicações como hiperglicemia
materna resultando em alterações para a mãe e o feto. Em mulheres grávidas com DM, a
nutrição é a estratégia de intervenção primária para o gerenciamento de glicose no sangue.
A terapia nutricional deve ser iniciada o mais precocemente possível, mulheres com DM
na gestação devem ser acompanhadas por equipe multiprofissional composta por obstetra,
endocrinologista, enfermeiro, nutricionista e demais profissionais de acordo com a
necessidade. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar a importância
da intervenção nutricional na prevenção e/ou no controle da Diabetes Mellitus
Gestacional e suas complicações. METODOLOGIA: A pesquisa ocorreu através de
levantamento bibliográfico de artigos publicados em bases de dados virtuais com base em
trabalho já existentes e Scientific Eletronic Library On-Line (SciELO) e Biblioteca
Virtual da Saúde (BVS), Google Acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), representa-se como sendo um importante
problema de saúde pública no Brasil, tendo em vista suas complicações para a saúde e
qualidade de vida da mulher, bem como da criança. Pesquisas apontam para a importância
de se ter bons hábitos alimentares bem como uma orientação nutricional que promova o
cuidado e controle glicêmico em gestantes com DMG, contribuindo para bons resultados
obstétricos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desfechos satisfatórios durante o período
gestacional dependem do acompanhamento e apoio de uma equipe multidisciplinar desde
o pré-natal, com ênfase na terapia nutricio¬nal, que garanta o bom controle metabólico,
associado aos ajustes fisiológicos requeridos nessa etapa.
Palavras-chave: Diabetes Gestacional; Tratamento; Intervenção Nutricional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, V.L.P; REIS, L.B.S.M. Acompanhamento nutricional na prevenção de


complicações perinatais em gestantes com diabetes mellitus. Comunicação em
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BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de atenção á saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Área Técnica de saúde da mulher. Pré-Natal e
Puerpério: atenção qualificada e humanizada- manual técnico - Brasília: Ministério da
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BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
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BRASIL, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas


Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5a ed. Brasília (DF): Ministério
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TERAPIA OCUPACIONAL NA REABILITAÇÃO DE PACIENTES
CARDIOPATAS EM CONTEXTO DE HOSPITALIZAÇÃO
Luciane Ferreira Farias1; Isadora Verena Pereira Gonçalves2; Karoline Vitória Silva
Rodrigues3
1,2
Graduanda em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Pará
3
Terapeuta Ocupacional. Mestre em Saúde na Amazônia pela Universidade Federal do
Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares se caracterizam por afetar o sistema


circulatório, dificultando a realização de atividades diárias e modificando o cotidiano do
sujeito acometido e seus familiares. No contexto da reabilitação cardíaca, o terapeuta
ocupacional atua com o objetivo de estimular, adaptar e qualificar a vida do paciente.
OBJETIVOS: Identificar nas produções científicas brasileiras as contribuições da
Terapia Ocupacional (T.O.) na reabilitação de pacientes cardiopatas. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foram exploradas publicações no
período de 2015 a 2020, publicadas na Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia
Ocupacional – REVISBRATO e no Caderno de Terapia Ocupacional da Universidade de
São Carlos. Outras evidências científicas encontradas na literatura e publicadas no mesmo
período também foram incluídas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Notou-se a
intervenção da T.O. junto a indivíduos cardiopatas em contexto de hospitalização nos
espaços de Unidade de Terapia Intensiva – UTI, em enfermarias cardiológicas e em
contexto ambulatorial, junto a pacientes em fila de espera para transplante cardíaco. Os
atendimentos acontecem de formas individuais e grupais, junto a pacientes de quaisquer
faixas etárias e seus familiares/acompanhantes. Os documentos ressaltam a importância
da T.O., que busca identificar a capacidade cardiorrespiratória, os comprometimentos
ocupacionais e as repercussões psicossociais do processo de adoecimento e
hospitalização. As intervenções buscam promover a independência e autonomia, e
utilizam, dentre outras possibilidades, de técnicas de conservação de energia e
simplificação de tarefas, além de orientações a mudanças, adaptações ou modificações
das ocupações.Aponta-se para a importância da análise e intervenção junto às adaptações
necessárias ao cotidiano do indivíduo, de modo que este possa dar continuidade à sua
rotina no pós alta hospitalar e incluir os cuidados necessários em saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A intervenção terapêutica ocupacional em pacientes
cardiopatas no contexto de hospitalização tem contribuído positivamente para os
objetivos da reabilitação cardiovascular, visto sua intervenção capacitada junto ao resgate
ocupacional, à contribuição para a construção de novos projetos de vida e de saúde e para
a adesão ao tratamento do indivíduo com doença crônica. Ademais, pontua-se para a
necessidade de publicações de mais estudos e experiências assistenciais no campo da
Terapia Ocupacional em Cardiologia.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chave: Doenças cardiovasculares; Reabilitação Cardiovascular; Terapia
Ocupacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Monique Carla da Silva; SOARES, Analice Brandão Araújo de Lima; JUCÁ, Adriana
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Desempenho dos papeis ocupacionais em cardiopatas em período de hospitalização e pós-
hospitalização. Revista Interinstitucional Brasileira de Terapia Ocupacional -
Revisbrato, Rio de Janeiro, v. 1, n. 3, p. 353-365, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AVALIAÇÃO CLÍNICA INDIRETA POR MICROSCÓPIA DA RETENÇÃO DO
SELANTE IONOMÉRICO BIOATIVO

Thais Bordinassi da Silva1; Ana Carolina Soares


Diniz2;
José RobertoBauer3; LeilyMacedoFiroozmand4.

1
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão.
2
Cirurgiã-dentista. Doutoranda em Odontologia, pela Universidade Federal do Maranhão.
3
Cirurgião-dentista. Professor da Graduação e Pós-graduação, da Universidade Federal
do Maranhão.
4
Cirurgiã-dentista. Professora da Graduação e Pós-Graduação, da Universidade Federal
do Maranhão.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A prevenção de lesões nas superfícies ocluais auxiliam no combate à


cárie e ao impacto negativo definitivo na qualidade de vida de crianças e adolescentes.
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar por meio da avalição clínica indireta o
comportamento de cimento de ionômero de vidro resinoso (CIV-MR) e os associados ao
vidro bioativo 45S5 (CIV-MR+45S5) em molares permanentes com lesões iniciais de
cárie (ICDAS 3 e 4). METODOLOGIA: Trinta e três pacientes com idades entre 8 e 14
anos tiveram pelo menos dois molares permanentes tratados, nos quais foram selados com
CIV-MR e CIV- MR+45S5. Foram realizadas moldagens dos dentes tratados nos
períodos referentes ao baseline e 1 mês após o tratamento, as replicas das superfícies
oclusais foram analisadas com estereomicroscópio (Kozo Optical and Electronical
Instrumental, Nanjing, Jiangsu, China), e a área equivalente aos materiais foram avaliados
quanto a retenção do material, qualidade das restaurações e comprometimento marginal
do material. Os dados foram analisados pelo teste Chi-quadrado de independência
(χ2=0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se que não houve diferença
significativa entre os materiais estudados após 1 mês de acompanhamento para a retenção
(p=0,662), nem para o comprometimento marginal (p=0,075). Entretanto, houve
diferença para os resultados de forma anatômica (p=0,024) e adaptação marginal
(p=0,016). Portanto, 1 mês após a análise clinica indireta não foi observada diferença em
retenção, e comprometimento marginal do cimento de ionômero de vidro resinoso
associado ao biovidro, quando comparado cimento de ionômero de vidro resinoso
convencional, porém o CIV-MR apresentou melhor performance em relação a forma
anatômica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O CIV-MR+45S5 material bioativo
experimental, parece ainda necessitar de melhorias a fim de promover melhor forma

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


anatômica, adaptação marginal e qualidade clinicamente aceitáveis. Mais estudos clínicos
são necessários a fim de verificar a longevidade deste material.
Palavras-chave: Cárie; materiais ionomérico; estudo clínico randomizado.

REFERÊNCIAS

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A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE
PREVENÇÃO AO SUICÍDIO NA APS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Francisco Thiago Paiva Monte1; Francisco Natanael Lopes Ribeiro2; Antônia Thais
Oliveira Lima3; Elana Maria da Silva4; Joelma Gomes Lima5; Darlanderson Gomes
Albuquerque 6

1
Psicólogo, Mestrando em Saúde da Família - UFC;
2
Assistente Social, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
3
Nutricionista, Secretaria da Saúde de Sobral;
4
Fisioterapeuta, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
5
Fonoaudióloga, Residente Multiprofissional em Saúde da Família – ESPVS;
6
Profissional de Educação Física, Secretaria da Saúde de Sobral.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO Entende-se por comportamento suicida, qualquer ação que um ser


humano possa vir a provocar de modo a lesionar-se, independente de algum motivo que
venha a estar relacionado com o ato, ou quanto à letalidade deste. O comportamento
engloba ações de ideação, planejamento e histórico de tentativas anteriores, caso haja. Ou
seja, percebe-se sobre o estabelecimento de algumas estratégias que são desenhadas com
a finalidade de atingir o objetivo que pode vir a resultar em um desfecho fatal. Configura-
se como um fenômeno multifatorial que ocorre nos diversos contextos de vida dos
sujeitos, sendo visto como a consequência final da interação de aspectos psicológicos,
sociais, biológicos e culturais. Considerando a Atenção Primária em Saúde (APS) como
porta de entrada dos sujeitos aos serviços do SUS, este nível de atenção é instruído ao
desenvolvimento de ações no que se refere a identificação, manejo e execução de
atividades de prevenção e posvenção de comportamentos suicidas. OBJETIVO: Relatar
experiência da realização de uma Educação Permanente em Saúde (EP) para profissionais
atuantes em um Centro de Saúde da Família do município de Sobral-CE.
METODOLOGIA: Concebida como uma das ações desenvolvidas durante o mês de
Setembro – mês alusivo à realização de atividades de prevenção ao suicídio, a EP foi
facilitada pelo Psicólogo do Núcleo de Apoio Multiprofissional- NAM de Sobral, em um
dos territórios de atuação, tendo como público alvo os profissionais atuantes no referido
CSF. Dada a quantidade de profissionais, reconhecendo as dificuldades estruturais e
visando uma melhor adesão e participação destes durante o momento, a equipe foi
dividida em 02 grupos de 11 pessoas, onde a referida ação pôde atingir a todos os
funcionários. Iniciou-se pela exposição dialogada sobre a semiologia do comportamento
suicida, passando pela identificação de fatores de risco, as possibilidades de abordagem
ao paciente, a classificação de risco de acordo com a demanda trazida, e a discussão de
um estudo de caso que visava propor a identificação dos fatores de risco e proteção ao
paciente, lançando a reflexão sobre a importância do fortalecimento dos vínculos entre
profissionais e usuários. Todo o processo foi construído de modo a instigar a participação
ativa dos profissionais durante o processo, que foi finalizado com uma atividade de
identificação das frases que “devemos ou não” falar aos pacientes com essa

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condicionalidade de saúde. RESULTADOS: Os objetivos de aprendizagem almejados
na EP foram alcançados, visto que houve uma ampla discussão, e os participantes sempre
faziam articulação com fatos vivenciados na sua prática profissional, tornando satisfatório
o resultado da atividade. Percebe-se que a ação promoveu uma sensibilização para outras
possibilidades de intervenção, bem como sobre um melhor manejo dos casos de
comportamento suicida acolhidos na atenção primária. CONCLUSÃO: Destacamos que
as ações de educação permanente deveriam ser constantes nos serviços de saúde, de modo
a contribuir com a formação dos profissionais, para que se sintam cada vez mais
qualificados para o exercício de suas práticas no SUS, assim, havendo uma melhor
assistência ofertada aos usuários.
Palavras-Chave: Saúde Mental; Educação Permanente; Atenção Primária à Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Educação Permanente em Saúde: uma estratégia para refletir sobre o processo de
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na
Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde: o que se tem produzido para o seu fortalecimento? / Ministério
da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de
Gestão da Educação na Saúde – 1. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
BRASIL. Organização Pan-Americana de Saúde. Universidade Estadual de Campinas
[UNICAMP]. Prevenção de suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde
mental [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2006 [acesso em: 10 out 2021].
Disponível em: < https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1241.pdf>.

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ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL CONTRA PAPILOMAVÍRUS
HUMANO EM MENINOS NO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA TOCANTINS NO
PERÍODO DE 2017 A 2021
Stéphani Garcia Caetano1; Ruth da Conceição Araújo2; Alessandra Paz Silvério3
1,2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio
Carlos - UNITPAC
3
Especialista em Clínica Médica pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente
Antônio Carlos – UNITPAC e professora do UNITPAC
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Papilomavírus Humano (HPV) está entre as principais doenças


sexualmente transmissíveis com grande impacto na saúde pública, visto que é um DNA
vírus com relevante capacidade oncogênica. Haja vista que o vírus no sexo masculino
está associado a um aumento de lesões cancerígenas (sobretudo em cavidade oral,
orofaringe, laringe, pênis, ânus) e essa população ser considerada como importante
transmissora da infecção às mulheres, a vacinação nesse grupo representa um método
eficaz para prevenção de patologias relacionadas a esse agente em ambos os sexos.
OBJETIVO: Analisar a quantidade de meninos vacinados contra o HPV no município
de Araguaína – TO, no período de 2017 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo descritivo, de natureza quantitativa. Os dados serão obtidos através do SI-PNI
(Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização), fornecido pelo
DATASUS e disponibilizados pela Secretária Municipal de Saúde do município de
Araguaína – TO. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No intervalo avaliado, notou-se que
em 2017 foram aplicadas 3.286 doses, em 2018 administraram 2025 doses, 2019
imunizaram 1867 meninos, 2020 foram 1871 doses e em 2021 apenas 733 doses no
primeiro semestre. Mediante os dados apresentados, observou-se que a maior adesão
vacinal ocorreu no ano de 2017, momento em que foi iniciada pelo Ministério da Saúde
a campanha vacinal contra HPV em meninos de 12 a 13 anos e a partir de 2020 ampliou-
se a faixa etária para 9 a 13 anos. Contudo, houve uma queda significante no índice
vacinal após o ano de 2017, o que gerou preocupação por parte dos profissionais de saúde
do estado do Tocantins que se mobilizaram através de parcerias com centros educacionais
dos municípios no intuito de facilitar o acesso das crianças e adolescentes à vacina, para
ampliar a cobertura vacinal no ano de 2020. Essa intensificação foi notada nos meses de
janeiro, fevereiro e março, antes de ocorrer a paralisação das aulas em virtude da
pandemia causada pelo COVID-19. Além disso, até o primeiro semestre de 2021, foram
aplicadas somente 733 doses, o que pode estar associado a mudança do foco vacinal, que
agora está voltada para o combate ao COVID-19. CONCLUSÃO: A propagação de
informações equivocadas em conjunto com a desinformação populacional a respeito dos
benefícios ofertados pela vacinação nos meninos, favorece a diminuição da cobertura
vacinal. Devido a isso, tendo em vista que a região Norte é a mais afetada pela doença e
que houve uma redução do índice vacinal nos anos analisados, faz-se necessária a

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aplicação de medidas individuais (agentes comunitários incentivarem a busca ativa do
imunizante) e coletivas (campanhas midiáticas, cartazes educativos, divulgação da
vacinação em redes sociais, projetos de extensão desenvolvidos em ambientes escolares
que orientem sobre o rastreamento e prevenção de demais infecções sexualmente
transmissíveis) visando aumentar a taxa vacinal e a conscientização das complicações
decorrentes dessa patologia.
Palavras-chaves: HPV; Vacinação; Meninos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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REFLEXOS DO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL NOS CASOS DE
TOXOPLASMOSE GESTACIONAL NO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA
TOCANTINS NO PERÍODO DE 2017 A 2020

Ruth da Conceição Araújo1; Stéphani Garcia Caetano2; Alessandra Paz Silvério3

1,2
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio
Carlos - UNITPAC
3
Especialista em Clínica Médica pelo Centro Universitário Tocantinense Presidente
Antônio Carlos – UNITPAC e professora do UNITPAC
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Toxoplasmose, é uma infecção aguda ou crônica ocasionada pelo


Toxoplasma gondii, protozoário intracelular obrigatório que pode ser encontrado sob três
formas. É uma patologia onde a transmissão ocorre principalmente por via oral e
congênita. O rastreio precisa ser feito no primeiro trimestre gestacional para todas as
gestantes, mas caso o IgG esteja negativo a triagem continua sendo necessária nos demais
trimestres, uma vez que a doença é oligossintomática e o IgM positivo exige
preenchimento da ficha de notificação compulsória disponibilizada pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Caso a doença seja identificada no
período gestacional, o tratamento precisa ser iniciado precocemente para evitar agravos
como abortamento ou malformação fetal e sequelas diversas da doença como alterações
oculares, neurológicas e sistêmicas para o concepto. OBJETIVO: Quantificar casos
confirmados e notificados de toxoplasmose gestacional no período de 2017 a 2020 no
município de Araguaína – TO. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de
natureza quantitativa. Os dados foram obtidos pelo DATASUS através do Sistema de
Informações de Saúde (TABENET), foram retirados dados anuais de toxoplasmose
gestacional, conjuntamente a pesquisas em bases de dados como Medical Literature
Online (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Ao analisar as informações referentes a um intervalo de 4 anos,
observou-se que em 2017 foram registrados 38 casos de toxoplasmose acompanhando o
período gestacional, 2018 contabilizaram 47 casos, 2019 registraram 58 casos e 2020
notificaram 49 casos. Através das informações expostas, houve maior registro de
gestantes infectadas por toxoplasmose no ano de 2019, segundo Dayanne Silva de Moura
(2018), esse aumento pode ser justificado por um desconhecimento dessas gestantes a
cerca desta parasitose, ao não receberem nenhuma orientação ou informação sobre
medidas preventivas durante o acompanhamento pré-natal. Em 2017, foi evidenciada
redução nas ocorrências, eventualmente elucidada devido uma não adesão às consultas
pré-natais e consequentemente não execução do teste de avidez para o estabelecimento
diagnóstico, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. Ademais, após o início da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


pandemia ocasionada pelo SARS-CoV-2, estudos clínicos evidenciaram preocupação
existente por grávidas quanto à exposição e risco de contágio com o agente patogênico
durante atendimento ambulatorial, o que poderia estar associado à queda significativa nas
notificações feitas no ano de 2020. CONCLUSÃO: Conforme os dados apresentados,
faz-se necessária implementação de medidas preventivas e efetivas como assistência e
acompanhamento correto do pré-natal, visto que o município apresenta índice elevado de
diagnósticos por essa afecção. Como prevenção primária em mulheres soronegativas,
aconselha-se que as mãos sejam higienizadas com água e sabão após contato com carnes,
todo material de corte em contato com carne crua também ser higienizado, evitando
disseminação. Gestantes devem evitar contato com gatos ou objetos contaminados com
as suas fezes (caixas de areia, água, plantas), vegetais e frutas devem ser lavados antes de
ingeridos, diminuindo o risco de contaminação por fezes de gato. A atenção primária
precisa ter uma visão holística da gestante, fornecendo informações para promoção e
prevenção dessa e de outras patologias durante o período pré, peri e pós-natal.

Palavras-chaves: Toxoplasmose; Pré-natal; Prevenção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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WALCHER, Débora Liliane; COMPARSI, Bruna; PEDROSO, Débora. Toxoplasmose
gestacional: uma revisão. Brazilian Journal of Clinical Analyses, v. 49, n. 4, p. 323-7,
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WATANABE, Michelle Igarashi et al. Conhecimento geral de toxoplasmose gestacional
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n. 1, p. 1-13.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PARTO VAGINAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA SOBRE OS
BENEFÍCIOS DO BANHO DE ASPERSÃO DURANTE ESSE PROCESSO
Ivana Pereira de Oliveira¹
¹ Graduanda em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O parto é um processo fisiológico natural e constitui um momento


único da vida da gestante, porém a representação social que se construiu a cerca desse
período é de um momento doloroso que causa sofrimento a mulher, levando em conta
esses fatores o trabalho de parto deve ser assistido da melhor forma possível e o uso dos
métodos como o banho de aspersão, se tornam importantes nesse momento para buscar
aliviar os sentimentos negativos e proporcionar um parto com menos intervenções,
diminuir o medo e aumentar a autoconfiança e satisfação. OBJETIVOS: Reunir
informações sobre o banho de aspersão durante o trabalho de parto e seus possíveis
benefícios e analisar se há e quais são os benefícios do banho de aspersão durante o
trabalho de parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo
narrativa do qual foi realizado levantamento bibliográfico nos bancos de dados Scielo
(Scientific Eletronic Library online) e Google Scholar. Para as buscas foram usados os
descritores; trabalho de parto, parto vaginal e banho de aspersão, os mesmos foram usados
nas estratégias de busca separadamente e associados em busca de material. Foram usados
como critérios de inclusão pesquisas que apresentavam relevância para o tema e trabalhos
publicados entre 2017 a 2021. Os trabalhos examinados sem relação com a temática, ou
com abordagem semelhante a de outros matérias já selecionados foram descartados, bem
como aqueles redigidos em língua estrangeria e incompletos. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: A hidroterapia, seja em forma de banho de imersão ou aspersão é
amplamente utilizada para promover conforto em mulheres durante o trabalho de parto
em todo o mundo. Em um estudo realizado em 2019 em uma maternidade da cidade do
Rio de Janeiro com enfermeiras obstetras foi observado que o banho de aspersão, tanto
isoladamente como em conjunto com outras formas de terapia, foi a prática não
farmacológica mais usada por essas profissionais durante a assistência ao trabalho de
parto, sendo a prática que mais se demonstrou efetiva para promover o relaxamento
dessas mulheres durante o parto. A revisão realizada por Pereira et al 2020 também
evidenciou que o uso do banho, principalmente morno, provoca a estimulação cutânea o
que é capaz de reduzir os níveis de hormônios neuroendócrinos relacionados ao estresse
e a ansiedade, esse tipo de terapia é ainda benéfico pois regula as contrações uterinas,
causando um relaxamento com consequente bem-estar para a parturiente. Ainda segundo
o mesmo estudo é importante ressaltar que o banho de aspersão, não interfere na redução
da dor, mas tem efeito positivo em abreviar o tempo do trabalho de parto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O banho de aspersão durante o trabalho de parto tem
mostrado efeitos positivos conforme os últimos estudos realizados, sendo benéfico para
alívio da ansiedade e estresse da mulher, bem como para promover um parto mais rápido,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


dessa forma o banho de aspersão é um método simples e que apresenta efeitos
significativos para a parturiente, sendo de suma importância que mais estudos trabalhem
essa temática para que essa terapia seja ainda mais utilizada.
Palavras-Chave: Parto; Banho; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUARTE et al. Tecnologias do Cuidado na Enfermagem Obstétrica: Contribuição para


o Parto e Nascimento. Cogitare enferm. v. 24, 2019.

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parto: Revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde. V. 12. 2020.
DIAS et al. Eficiência de métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de
parto normal. Enferm, foco. V. 9. pg. 35-39. 2018.
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Trabalho de Parto: Revisão Integrativa. Rev. Terra &Cult., Londrina, v. 37, n.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DE INSTRUÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS AOS
PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO: AÇÕES QUE SALVAM VIDAS
Cyntia Nery de Sousa Silva; Giselle Maria Cunha Leite; Rebeca Villar de Melo;
Albertina Martins Gonçalves (Orientador).

1, 2
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de João Pessoa-PB
3
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa-PB
4
Enfermeiro. Doutor em Biotecnologia e Inovação pela Universidade de Anhanguera-SP
[email protected]

Introdução: Os primeiros socorros constituem-se como medidas de assistência imediata


à saúde em situações de urgências e emergências até a chegada de ajuda profissional
especializada. Atualmente, no Brasil, existe uma lei que protocola o ensino acerca desses
assuntos para professores e funcionários das instituições escolares, entretanto não é
implementada, o que resulta em insegurança e despreparo dos mesmos ao lidar com um
incidente. Sendo assim, o ensino dessas medidas configura-se como imprescindível para
reduzir desfechos adversos dentro do contexto das intercorrências que podem ocorrer
dentro do ambiente escolar. Objetivos: Evidenciar a importância das instruções dos
primeiros socorros aos profissionais da educação, como forma de promover um primeiro
atendimento de qualidade. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo,
com abordagem qualitativa, tipo, revisão integrativa da literatura. A seleção dos artigos
contou com uma pesquisa na base de dados Scientific Eletronic Library online (SciELO)
publicados nos idiomas português e inglês, no período de 2017 a 2021. Resultados e
Discussão: A partir da análise dos artigos, observou-se que a maioria das profissionais
de educação são mulheres entre 25-65 anos, onde já vivenciaram situações em que
precisaram dos conhecimentos básicos acerca dos primeiros socorros, mas que não
detinham habilidade no assunto. Dentre as principais intercorrências foram citadas cortes,
fraturas, sangramentos nasais, mordeduras de crianças, engasgos e asfixias, além de
convulsões. Outro aspecto abordado, foi que quando receberam instruções, a partir de
cartilhas educativas e simulações in loco, sentiram-se mais confiantes e preparados para
realizar a assistência. O estudo também demonstra a aplicação de questionários antes e
depois dos cursos de capacitação em primeiros socorros, a fim de testar os conhecimentos
abordados pelos mesmos, que por sua vez demonstram um progresso no desempenho
desses profissionais. Conclusão: Logo, foi possível constatar que é necessário a
implementação desses ensinamentos, na forma cursos de capacitação, cartilhas e
simulações realísticas, em ambiente escolar, de forma regular e periódica, para que os
profissionais estejam seguros e aptos a realizar a primeira assistência em saúde até a
chegada da ajuda especializada, reduzindo as complicações e os desfechos negativos em
situações de urgências e emergências.
Palavras-chave: primeiros socorros; educação; escola.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS:
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cartilha educativa para professores. Acta Paulista de Enfermagem [online]. 2017, v. 30,
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<https://doi.org/10.1590/1982-0194201700013>.
IILHA, Aline Gomes et al. Educational actions on first aid for early childhood education
teachers: a quasi-experimental study* Extracted from the Term Paper “Atuação dos
professores da educação infantil em situações de primeiros socorros”, Universidade
Federal de Santa Maria, 2018. . Revista da Escola de Enfermagem da USP [online].
2021, v. 55 [Acessado 8 Outubro 2021] , e20210025. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0025>.
ZONTA, Jaqueline Brosso et al. Autoconfiança no manejo das intercorrências de saúde
na escola: contribuições da simulação in situ* * Artigo extraído da dissertação de
mestrado “Autoconfiança no manejo das intercorrências de saúde na escola entre
professores da educação infantil e fundamental I”, apresentada à Universidade Federal de
São Carlos, São Carlos, SP, Brasil. Revista Latino-Americana de Enfermagem
[online]. 2019, v. 27 [Acessado 8 Outubro 2021], e3174. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1518-8345.2909.3174>.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TRANSGÊNEROS EM COMPETIÇÕES ESPORTIVAS
Moreno Coelho Cyríaco1; Giovana Abadia Braga Martins1; Luan Queiroz Fernandes
Pereira1; Milena Yuki Moreira Kurose1; Vinicius Nogueira Xisto Vieira1; Ana Paula
Fontana2
1
Graduandos do curso de Medicina, Universidade de Rio Verde.
2
Orientador, Profa. Ma. da Faculdade de Medicina, Universidade de Rio Verde.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: Segundo a perspectiva de alguns opositores da participação de pessoas
trans nos grupos esportivos as quais elas se identificam, mesmo com o processo de terapia
hormonal, o corpo biológico de nascença garante privilégios no desempenho esportivo
como uma mulher trans que nasce com um corpo masculino e supostamente tende a ser
mais forte e ter um melhor desempenho. OBJETIVOS: Nesse sentido busca-se
apresentar o que os estudos científicos abordam acerca de transgêneros em competições
esportivas, e se a participação desse grupo pode comprometer a realização de uma
competição justa para todos os envolvidos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
sistemática da literatura, através da coleta de dados na PubMed (United States National
Library of Medicine) e SciELO (Scientific Electronic Library Online). Foram incluídos
textos publicados a partir dos últimos 5 anos em inglês, português e espanhol. Foram
identificados 19 artigos para a leitura na integra e excluídos artigos que não atenderam a
temática. A partir da aplicação dos critérios, foram selecionados 6 artigos para a descrição
dos resultados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É comum utilizar o método de
supressão de testosterona a níveis bem abaixo do limite superior tolerado para a inclusão
de mulheres transgênero em categorias esportivas femininas, porém isso não garante a
perda da vantagem de desempenho masculino. Ao utilizar esse método com base no nível
de testosterona, as reduções observadas na massa muscular, tamanho e força são muito
pequenas. Entretanto, já em outras literaturas, é possível encontrar que a diferença de
testosterona em circulação no sangue de adultos é considerada uma explicação muito
provável para a maioria, senão todas, as diferenças no desempenho esportivos entre os
sexos. Ademais, a falta de ambientes inclusivos e confortáveis é a principal barreira para
a participação de pessoas trans. Pessoas transgênero tiveram, na maioria das vezes,
experiências negativas em esportes competitivos devido às restrições que políticas do
esporte impôs a elas. Porém, o fato mais trágico é que a maioria das políticas de esportes
competitivos para transgêneros que foram revisadas, não foram baseadas em evidências.
Por fim, vale ressaltar que em uma pesquisa feita com 667 treinadores atléticos, apenas
36% desses treinadores se consideravam competentes em treinar uma pessoa transsexual
em colaboração com um endocrinologista; e 35,1% desses treinadores não receberam
nenhuma educação sobre como cuidar de alunos trans. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Como foi observado, a competição esportiva por pessoas transgêneros traz diversos
questionamentos e, sobretudo, a procura por métodos científicos ou não científicos para
solucionar o impasse relacionado à inclusão de pessoas trans em competições esportivas.
Ainda não existe um método universal para garantir a igualdade no empenho entre
indivíduos cisgêneros e transgêneros, inclusive o mais comum que é a supressão de

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testosterona em mulheres trans, levanta debates. Porém o que se tem na literatura é a
existência de diversas experiências negativas de pessoas trans quando tentam se incluir
na competição esportiva, além da falta de orientação e competência de uma parcela
bastante significativa de treinadores.
PALAVRAS-CHAVE: Transgêneros; Competição; Esportes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ENSIGN, Kristine A. et al. Development of an instrument to assess athletic trainers'
attitudes toward transgender patients. Journal of athletic training, v. 53, n. 4, p. 431-
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HANDELSMAN, David J.; HIRSCHBERG, Angelica L.; BERMON, Stephane.
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ROCHA, Daniela Cristina da. Diferenças hormonais entre homens e mulheres e suas
influências sobre alterações de força, hipertrofia e composição corporal na musculação.
WALEN, Daniel R. et al. Athletic trainers' competence, education, and perceptions
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TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS COMO SEQUELAS DA PANDEMIA DE
COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Ailin Castelo Branco1; Ana Carolyne Moribe2; Felipe Kiyoshi Yoshino3 Lucas da Silva
Vinagre4; Micandria Yanka Fender Lobato5; Izaura Maria Vieira Cayres Vallinoto6
1,3,4,5
Graduandos em Medicina pela Universidade Federal do Pará
2
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Norte do Tocantins
6
Bióloga. Doutora em Biologia de Agentes Infecciosos e parasitários pela Universidade
Federal do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Ao longo da pandemia pelo SARS-CoV-2 no ano de 2020,


aconteceram diversas alterações drásticas em nível mundial no cotidiano das sociedades.
Nesse ínterim, os transtornos psicológicos, como a depressão e a ansiedade, se tornaram
características de relevante frequência em pacientes que sofreram com a doença do novo
coronavírus, contribuindo, dessa maneira, para uma elevada incidência. Acrescido a isto,
a depressão é um distúrbio mental no qual o ser humano apresenta sintomas como
alterações de peso, tristeza e sentimento de culpa, bem como a ansiedade é um estado
mental no qual o indivíduo tem sintomas psicológicos como apreensão, insônia e
incômodo por algo estranho ou incomum. OBJETIVOS: Diante disso, a pesquisa
pretende realizar uma revisão bibliográfica acerca dos transtornos psicológicos
ocasionados pelos processos de mudanças do comportamento humano ao longo do
período de pandemia de COVID-19, tanto para os doentes quanto para os que não se
contaminaram pelo vírus. METODOLOGIA: Esta revisão de literatura foi realizada a
partir de artigos que versam sobre a saúde mental em tempos da pandemia de COVID-19
e o desenvolvimento de transtornos mentais. Foram escolhidas publicações dos anos de
2000 a 2021 nos idiomas inglês e português, através das bases de dados BVS, SCIELO e
periódicos da UNEMAT. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os artigos
investigados, foram selecionados 10 artigos que apresentaram uma relação dos efeitos
gerados na saúde mental causados pela pandemia da COVID-19, sendo 9 revisões
literárias e 1 quanli-quantitativo. Essas pesquisas apontaram não só uma relação entre os
transtornos mentais e a infecção do vírus, mas também, um comprometimento da saúde
mental diante do isolamento social. Vale ressaltar, que tanto no estudo quali-quantitativo
realizado, quanto nas revisões de literatura selecionadas para a pesquisa, foi evidenciada
uma maior incidência de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão, em pessoas
acometidas pela enfermidade viral. Isso é um indício de que a COVID-19 pode
desencadear problemas psicológicos aos pacientes mais vulneráveis. Além disso, outros
problemas mentais estão associados com a manifestação do SARS-CoV-2, como o
aumento dos níveis de estresse, memória prejudicada, psicoses, perturbação de estresse
pós-traumático (PSPT) e comportamentos suicidas. Além do mais, é importante destacar
os impactos na saúde mental gerado pelo isolamento social que atinge, em grande parte,

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a população que já apresenta um histórico de doenças psiquiátricas. Outra vertente que
associa os impactos na saúde mental gerado pela pandemia é a área socioeconômica, onde
o cenário de alto risco psicossocial é fomentado pela escassez dos recursos para um grupo
de pessoas em situação de vulnerabilidade que pode repercutir em um menor acesso ao
sistema de saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nesse sentido, percebe-se o grande impacto gerado pela
pandemia de COVID-19 não somente na saúde mental dos pacientes infectados, mas,
também na saúde de amigos e de familiares em afastamento social; além disso, os
indivíduos que possuíam antecedentes de distúrbios psíquicos apresentaram agravamento
de suas condições patológicas, como ansiedade, depressão, estresse e síndrome do pânico.
Assim, avaliando amplamente o quadro pandêmico é perceptível que, este, constitui uma
perturbação psicossocial à saúde pública global.
Palavras-chave: COVID-19; Transtornos mentais; Qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORLOTI, E.; HAYDU, V. B.; KIENEN, N.; ZACARIN, M. R. J. SAÚDE MENTAL E


INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UM
PANORAMA. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, v. 16, n. 1, 30 jun.
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CASTILLO, A. R. G.; RECONDO, R.; ASBAHR, F. R.; MANFRO, G. G. Transtornos


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Covid-19: sequelas fisiopatológicas e psicológicas nos pacientes e na equipe profissional
multidisciplinar/ Covid-19: physiopathological and psychological sequels in patients and
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA AOS BENZODIAZEPÍNICOS: UMA
REVISÃO DE LITERATURA

Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2


1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os benzodiazepínicos são fármacos sedativos-hipnóticos aplicados na


terapêutica da ansiedade, síndrome do pânico e insônia. O uso irracional do medicamento
estimula a neuroadaptação fisiológica responsável por alterações comportamentais e
psíquicas indeterminadas. Nesse sentido, a dependência aos benzodiazepínicos é um
problema de saúde pública caracterizado por sintomas intensos de abstinência, tornando
a retirada do fármaco árdua e dolorosa. OBJETIVOS: Identificar medidas terapêuticas
eficazes para o tratamento da dependência aos benzodiazepínicos a partir de informações
disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica
em julho de 2021 a partir da combinação dos descritores “Benzodiazepínicos” e
“Tratamento da dependência” nas bases de dados Google Acadêmico e Medline. Como
critério de inclusão, foi considerado o uso de fontes com no máximo 15 anos de
publicação. Foram selecionadas 6 fontes, sendo 2 livros, 2 artigos científicos e 2 teses de
conclusão de curso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise do material teórico
determinou que a eficácia do tratamento da dependência é intrínseco ao uso combinado
de alternativas farmacológicas e não farmacológicas. Estudos demonstraram que o
flumazenil, o valproato de sódio e a carbamazepina foram eficazes para minimizar os
sintomas de abstinência, contudo, atualmente, não existem fármacos disponíveis para
tratar a dependência. Nesse sentido, a recomendação mais relevante foi realizar a retirada
gradual do fármaco, podendo associá-la com a substituição por benzodiazepínicos de
meia-vida longa. Medidas não farmacológicas como o acolhimento, a psicoterapia e uso
de práticas integrativas e complementares foram importantes para o progresso da retirada
e para promover o empoderamento do paciente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O
tratamento da dependência aos benzodiazepínicos exige participação multidisciplinar
para integrar medidas farmacológicas e não farmacológicas adequadas. Ademais, é
necessário o desenvolvimento de novos estudos para auxiliar a aplicação de fármacos no
alívio da abstinência.
Palavras-chave: Benzodiazepínicos; Dependência; Tratamento.
REFE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DIEHL, Alessandra; CORDEIRO, Daniel Cruz; LARANJEIRA, Ronaldo. Tratamentos
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Triângulo Mineiro, Uberaba, 2015. Disponível em:
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KAWAMATA, Yasushi et al. Different Attitudes of Patients and Psychiatrists Toward


Benzodiazepine Treatment. Neuropsychiatric Disease And Treatment, [S.L.], v. 17, p.
1927-1936, jun. 2021. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.2147/ndt.s314440.

MARQUES, Thiago Fernandes. Estratégias não medicamentosas para a abordagem


dos usuários crônicos de ansiolíticos e antidepressivos: Revisão de literatura.
Orientador: Rosiene Maria de Freitas. 2013. 32 p. Trabalho de conclusão de curso
(Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família) - Universidade Federal de
Minas Gerais, Minas Gerais, 2014. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4618.pdf. Acesso em: 20 jul.
2021.

OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida; BATISTUZZO, José Antonio de


Oliveira. Fundamentos de Toxicologia. 4. ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TRATAMENTO DE ANQUILOGLOSSIA E SUA RELAÇÃO COM O
ALEITAMENTO MATERNO

Abner Samuel dos Santos Lins 1, Milena Kaory Kazume2, José Antônio Santos Souza3,
Valéria Cristina Lopes de Barros Rolim4.
1,2
Graduandos do Curso de Odontologia da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil
3,4
Cirurgião - Dentista. Docente na área da saúde da Universidade Brasil, campus
Fernandópolis/SP, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida é


recomendado como fonte exclusiva de nutrição para os recém-nascidos. Este período
também é fundamental para a maturação das funções de sucção e deglutição, constituindo
o primeiro contato do bebê com a alimentação. A anquiloglossia pode dificultar e limitar
a movimentação da língua, estando diretamente relacionada com a dificuldade de
amamentação do bebê. Os procedimentos de frenotomia ou frenectomia estão indicados
em algumas situações, com a finalidade de facilitar a amamentação. OBJETIVO: Este
trabalho tem como objetivo auxiliar os cirurgiões dentistas quanto ao diagnóstico e
tratamento da anquiloglossia e a sua relação com o aleitamento materno.
METODOLOGIA: Foi realizado um levantamento bibliográfico nas seguintes Bases de
Dados: SciELO, PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores “Freio
lingual”, ” Recém-Nascido” e “Amamentação” e selecionados artigos de 2016 a 2021,
incluindo relatos de caso e revisão de literatura, publicados em português, inglês e
espanhol, sendo excluídos artigos em outros idiomas. Após a remoção dos não
qualificados, foram selecionados artigos através da leitura de título e resumo, e, nessa
fase, submetidos a leitura na íntegra, totalizando 35 estudos. Após a retirada dos que não
se adequavam aos critérios de inclusão, restaram 7 e, dentre estes, foram selecionados 4
para a realização desse estudo. DISCUSSÃO: A prevalência de anquiloglossia é maior
em crianças do sexo masculino do que nas do sexo feminino e pode estar diretamente
relacionada à dificuldade do aleitamento materno. O diagnóstico envolve exame físico e
busca de relatos com a mãe da criança, podendo também ser realizado o “Teste da
Linguinha”, utilizando-se protocolos como o de Martinelli ou Bristol, por exemplo. A
realização das técnicas de frenotomia ou frenectomia em bebês pode proporcionar
melhoras na amamentação, na sucção e deglutição, quando corretamente indicadas. A
literatura ainda possui muitas controvérsias em relação à associação da dificuldade de
amamentação e anquiloglossia. CONCLUSÃO: De acordo com essa revisão, conclui-se
que o correto diagnóstico e indicação precisa para a realização dos procedimento de
frenotomia ou frenectomia em recém-nascidos, quando necessário, podem trazer

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


melhoras à sucção, deglutição e amamentação, proporcionando uma melhor qualidade de
vida.
Palavras chave: Freio lingual; Recém-Nascido; Amamentação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, K. R. et al. Frenotomia lingual em recém-nascido, do diagnóstico à
cirurgia: relato de caso. Rev. CEFAC. v.20, n.2, p.258-262, mar./abr. 2018.

ARAUJO, M. C. et al. Evaluation of the lingual frenulum in newborns using two


protocols and its association with breastfeeding. J Pediatr. v.96, n.3, p.379-385, Rio de
Janeiro, 2020.

LIMA, A. L. X. et al. Influência da frenotomia na amamentação em recém-nascidos


com anquiloglossia. CoDAS, v.33, n.1, p.1-5, 2021.

OLIVEIRA, M. T. P. et al. Frenotomia lingual em bebês diagnosticados com


anquiloglossia pelo Teste da Linguinha: série de casos clínicos. RFO UPF, v.24, n.1,
p.73-81, Passo Fundo, jan./abr. 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR EM PACIENTES COM FERIDAS
CRÔNICAS – ESTUDO DE CASO

Fernando Sluchensci dos Santos1; Renan Felipe Pereira Gonçales2; Ana Paula Winyk3;
Samantha da Luz Souza4; Tania Toyomi Tominaga (orientadora)5

1
Graduado em Fisioterapia. Discente pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Nanociências e Biociências da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO),
Guarapuava/PR.
2
Graduando em Educação Física Bacharelado pelo Centro Universitário Uniguairacá,
Guarapuava/PR.
3
Graduada em Enfermagem. Discente pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Nanociências e Biociências da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO),
Guarapuava/PR.
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Uniguairacá, Guarapuava/PR.
5
Discente pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Nanociências e Biociências
da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava/PR.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Feridas crônicas são definidas como qualquer interrupção na


continuidade de um tecido, com duração superior a seis semanas (OLIVEIRA et al.,
2019). A evolução do tratamento requer a minuciosa avaliação de uma equipe
multidisciplinar (SILVA et al., 2017). OBJETIVO: Relatar os principais benefícios e
evoluções no tratamento no contexto multidisciplinar em um paciente com ferida do tipo
crônica. METODOLOGIA: Estudo de caso clínico com abordagem descritiva
qualitativa. Este trabalho recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), com parecer de número
4.099.153 de 19 de junho de 2020. Foram utilizados dados de prontuários de um paciente
atendido em diferentes áreas nas dependências da Policlínica Uniguairacá, de propriedade
do Centro Universitário Uniguairacá, no município de Guarapuava/PR durante os anos
de 2018 a 2020. Para as áreas as quais existem o sigilo de dados, os profissionais
responsáveis pelo setor foram convidados a uma entrevista estruturada. O paciente
consentiu participar por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Paciente do sexo masculino, 27
anos de idade. Em 2017 teve diagnóstico de mielomalacia após passar por procedimento
cirúrgica para remoção de abcesso epidural a nível de T2-T5. Veio inicialmente para
atendimento no setor de Estomaterapia para tratamento de úlcera sacral. Foram realizados
curativos convencionais e aplicação de Terapia Fotodinâmica (TFD), a qual consiste em

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


fotossensibilizadores, moléculas de oxigênio e excitação a luz (ABRAHAMSE e
HAMBLIN, 2016). Observou-se melhora no processo cicatricial. Realizou atendimentos
no setor de Fisioterapia Neurofuncional, com intuito de manutenção e melhora das
habilidades motoras. A assistência nutricional também foi executada. O paciente passou
por tratamento odontológico durante o período de relato. Abordagens psicológicas e a
mediação por meio da profissional da assistência social, conduziram o paciente a
diferentes áreas conforme suas necessidades. Autores como Ximenes e Ganassin (2019),
concluem que é por meio de uma assistência multidisciplinar que se e possível realizar
um tratamento adequado ao paciente com ferida crônica. Estrela et al. (2021) e Barros et
al. (2016), ressaltam a importância de um atendimento com diferentes profissionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em um tratamento multidisciplinar se podem colher
muitos frutos, em especial quando se trata de pacientes com feridas crônicas. Este
trabalho demostra a importância na atuação conjunta de diferentes áreas.
Palavras-chave: Equipe Multidisciplinar; Cicatrização; Feridas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAHAMSE, H.; HAMBLIN, M. R. J. New photosensitizers for photodynamic


therapy, Biochem. v. 473 p. 347–364, 2016.

BARROS, M. P. L.; et al. Caracterização de feridas crônicas de um grupo de pacientes


acompanhados no domicílio. Revista Interdisciplinar. v. 9, n. 3, p. 1-11, jul-set, 2016.

ESTRELA, F. M.; et al. Elaboração de um protocolo assistencial multiprofissional para


pessoas com feridas complexas na atenção primária à saúde. Brazilian Journal of
Development. Curitiba, v.7, n.8, p. 83118-83139aug.2021.

OLIVEIRA, A. C.; et al. Qualidade de vida de pessoas com feridas crônicas. Acta paul.
enferm., São Paulo, v. 32, n. 2, p. 194-201, Mar. 2019.

SILVA, G. M.; et al. A importância da avaliação multidisciplinar no tratamento de


feridas crônicas. International Nursing Congress Theme: Good practices of nursing
representations In the construction of society May 9-12, 2017.

XIMENES, M. R.; GANASSIN, F. M. H. Protocolos existentes para o tratamento de


feridas. 2º Congresso Internacional de Enfermagem - CIE/13° Jornada de Enfermagem
da Unit (JEU) – 6 a 10 maio de 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


APLICAÇÃO DA ALOE VERA NO TRATAMENTO DA ACNE: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Beatriz Roberto Barreto1; Rejane Roberto Barreto2
1
Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
2
Farmacêutica-Bioquímica. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal do Ceará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A acne vulgar é uma doença crônica do folículo pilossebáceo de


origem multifatorial que proporciona danos na saúde física, mental e social. As opções
farmacoterapêuticas convencionais da dermatose, como os antimicrobianos e os
retinóides, são relacionadas a diversas reações adversas e a resistência bacteriana,
demonstrando a necessidade de novas alternativas terapêuticas. Nesse sentido, a Aloe
vera é uma planta medicinal com ação anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante, o
que a torna promissora para minimizar quadros de acne e os inconvenientes da terapia
tradicional. OBJETIVOS: Identificar os efeitos da Aloe vera na terapêutica da acne a
partir de informações disponíveis na literatura. METODOLOGIA: Foi realizada uma
pesquisa bibliográfica exploratória em setembro de 2021 a partir da combinação dos
descritores “Aloe vera” e “Acne” nas plataformas Sistema Online de Busca e Análise de
Literatura Médica (Medline), SciVerse Scopus, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), obtendo 41 resultados. Conforme critérios de inclusão, foram selecionados 5
ensaios clínicos randomizados com no máximo 10 anos de publicação e na língua inglesa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os materiais teóricos demonstraram que a Aloe vera
foi eficaz no tratamento da acne leve à grave, independente da forma farmacêutica. A
administração de cápsulas com esterol de Aloe vera promoveu melhoras significativas da
dermatose a partir de estímulos na hidratação e na produção de colágeno. O uso de
preparações tópicas contendo Aloe vera foram mais eficazes na redução de pápulas,
pústulas e eritema comparado ao uso isolado de retinóides (tretinoína) e de
antimicrobianos (clindamicina e eritromicina). Os efeitos adversos prevalentes incluíram
descamação, coceira e irritação, mas nenhum estudo identificou reações graves.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A aplicação da Aloe vera na redução da gravidade da
acne apresentou eficácia superior aos tratamentos convencionais e reações adversas
mínimas. Todavia, os estudos selecionados foram desenvolvidos em curto período,
necessitando de novas pesquisas para avaliar os efeitos terapêuticos e adversos a longo
prazo.
Palavras-chave: Aloe vera; Acne; Fitoterapia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAJHEYDARI, Zohreh et al. Effect of Aloe vera topical gel combined with tretinoin in
treatment of mild and moderate acne vulgaris: a randomized, double-blind, prospective

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


trial. Journal Of Dermatological Treatment, [S.L.], v. 25, n. 2, p. 123-129, 6 maio
2013. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.3109/09546634.2013.768328.
KAMINAKA, Chikako et al. Effects of low‐dose Aloe sterol supplementation on skin
moisture, collagen score and objective or subjective symptoms: 12⠰week, double⠰blind,
randomized controlled trial. The Journal Of Dermatology, [S.L.], v. 47, n. 9, p. 998-
1006, 8 jun. 2020. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/1346-8138.15428.

MAZZARELLO, V et al. Treatment of acne with a combination of propolis, tea tree oil,
and Aloe vera compared to erythromycin cream: two double-blind investigations.
Clinical Pharmacology: Advances and Applications, [S.L.], v. 10, p. 175-181, dez. 2018.
Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.2147/cpaa.s180474.

WARANUCH, Neti et al. Antiacne and antiblotch activities of a formulated combination


of Aloe barbadensis leaf powder, Garcinia mangostana peel extract, and Camellia sinensis
leaf extract. Clinical, Cosmetic And Investigational Dermatology, [S.L.], v. 12, p. 383-
391, maio 2019. Informa UK Limited. http://dx.doi.org/10.2147/ccid.s200564.

ZHONG, Hongyu et al. Efficacy of a New Non-drug Acne Therapy: aloe vera gel
combined with ultrasound and soft mask for the treatment of mild to severe facial acne.
Frontiers In Medicine, [S.L.], v. 8, p. 640-662, 21 maio 2021. Frontiers Media SA.
http://dx.doi.org/10.3389/fmed.2021.662640.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UTILIZAÇÃO DA IMPRESSÃO TRIDIMENSIONAL PARA O
PLANEJAMENTO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Aline Vargas Assmann1; Gabriela Ferreira Kalkmann2; Ana Carolina Grande3
1
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
2
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Paraná
3
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Assis Gurgacz
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Algumas intervenções cirúrgicas são consideradas de alta


complexidade, conduzindo assim a necessidade da utilização de impressão tridimensional
(3D) para o planejamento cirúrgico, visto que auxiliam na visualização dos detalhes
anatômicos, proporcionando em algumas situações a simulação da cirurgia.
OBJETIVOS: Este estudo tem como objetivo descrever a utilização da impressão
tridimensional para o planejamento de intervenções cirúrgicas. METODOLOGIA:
Revisão Sistemática utilizando os termos de busca: “Printing, Three-Dimensional” AND
“ Surgical Procedures, Operative”, na base de dados PubMed totalizando 26 artigos dos
últimos cinco anos. Os critérios de inclusão foram: estudos em humanos com a utilização
da impressão 3D para planejamento cirúrgico, sem critério de faixa etária, estudos
originais publicados em inglês e espanhol, totalizando 16 estudos incluídos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A utilização da impressão tridimensional para
planejamento cirúrgico mostrou-se presente em diversos cenários médicos. Os estudos
incluídos que utilizam tal tecnologia apresentaram os seguintes diagnósticos: compressão
extrínseca das vias aéreas, anomalias vasculares, defeitos congênitos, cardiomiopatias,
tumores, fraturas e necrose avascular. Exames de imagens como a tomografia
computadorizada e a ressonância magnética são convertidos com o auxílio de softwares,
em um formato compatível com a impressão 3D. Além disso, essas imagens podem ser
editadas para selecionar apenas as regiões de interesse ou até mesmo abranger a
associação de diferentes sistemas do corpo humano. A assistência do modelo
tridimensional permite a visualização precisa individualizada da anatomia de cada
paciente, sendo considerado valioso em casos de alta complexidade. Dessa forma, a
elaboração de uma diretriz perioperatória baseia-se nos achados reproduzidos, que
colaboram com a escolha adequada de cirurgia a ser realizada. A simulação pré-operatória
é útil para treinamento dos cirurgiões, principalmente dos que apresentam pouca
experiência no procedimento, visto que a prática resultou no desenvolvimento de uma
maior proficiência e diminuição do tempo de operação a cada tentativa em um mesmo
protótipo. O tempo de procedimento e a perda de sangue mostraram-se menores nos
grupos em que foram utilizados os modelos em 3D do que nos grupos em que utilizaram
a abordagem convencional, em simulação pré-operatória. Os estudos apresentaram
diferenças quanto à taxa de complicações e tempo de internação hospitalar, alguns
divulgaram a diminuição enquanto outros não apresentaram diferenças estatisticamente

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


significativas. Os resultados cirúrgicos também apresentaram divergências, enquanto
alguns estudos demonstraram melhoras de função, outros relataram não haver diferenças
relevantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso da impressão 3D no planejamento
cirúrgico é uma ferramenta recente, entretanto, existe uma grande expectativa de abranger
seu emprego para as mais diversas áreas da medicina, visto que ela está sendo muito
utilizada em operações de alta complexidade. Sua aplicação no pré-operatório apresentou
benefícios em comparação com os procedimentos tradicionais, uma vez que possibilita
observar os detalhes anatômicos. As melhorias nos resultados cirúrgicos já são relatadas,
entretanto ainda faltam evidências. Sua utilização e relação com a diminuição de
complicações e tempo de recuperação do paciente são descritas, porém mais estudos
devem ser publicados para confirmação de tais benéfices.
Palavras-chave: Impressão Tridimensional; Procedimentos Cirúrgicos Operatórios;
Planejamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANO-ZARATE et al. Impact of 3D printing in surgical planning of congenital heart


disease. Arch Cardiol Mex, v. 91, p. 1-6, 2021. Disponível em:
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HAMATANI et al. Contrast-enhanced computed tomography with myocardial three-


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HU et al. Three-dimensional computed tomography angiography and bronchography


combined with three-dimensional printing for thoracoscopic pulmonary segmentectomy
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Disponível em: <http://dx.doi.org/10.21037/jtd-21-16>. Acesso em: 15 out. 2021.

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15 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


KONG et al. Surgical treatment of intra-articular distal radius fractures with the assistance
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J Cardiol, v. 255, p. 184-187, 2017. Disponível em: <
https://doi.org/10.1016/j.ijcard.2017.12.065 >. Acesso em: 15 out. 2021.

ZENG et al. A combination of three-dimensional printing and computer-assisted virtual


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47, n. 10, p. 2.223-2.227, 2016. Disponível em:
<https://doi.org/10.1016/j.injury.2016.03.015>. Acesso em: 15 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VACINAÇÃO ANTI-COVID-19 NO BRASIL: LEVANTAMENTO DOS
REGISTROS DE APLICAÇÃO VACINAL POR MACRORREGIÃO

Natália Leite Nascimento1; Amanda Cintra Pires2; Beatriz Curado Damasceno3; Daniela
Alves Messac4; Sara Barroso Lima5; Milara Barp6
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros, Campus Trindade
6
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Goiás Goiás.
Docente do curso de Medicina Centro Universitário de Mineiros, Campus Trindade,
Goiás.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A COVID-19 é causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, relatado


no ano de 2019 após casos descritos na China. Refere-se a uma infecção respiratória
aguda de distribuição global e potencialmente grave, com transmissibilidade elevada. A
vacinação contra a COVID-19 no Brasil foi autorizada em 17 de janeiro de 2021, pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Desse período até o mês de outubro
foram aplicadas 240 milhões de doses das vacinas Astrazeneca, Janssen, Pfizer e Sinovac,
em todo país. A partir destes números, torna-se imperioso uma análise descritiva de dados
que analisem como tem se dado a distribuição das vacinas no país.
OBJETIVOS: Descrever a distribuição dos registros das doses aplicadas da vacina anti-
covid-19 conforme as macrorregiões do Brasil. METODOLOGIA: O presente trabalho
refere-se a um estudo transversal utilizando os dados secundários obtidos no banco da
Rede Nacional de Dados em Saúde – RNDS do Ministério da Saúde COVID-19. Foram
levantados todos os registros nacionais de aplicação da vacina anti-covid-19 de janeiro a
outubro de 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A região sudeste apresentou o maior
número absoluto de doses aplicadas (107,25 milhões), seguido pela região nordeste
(56,13 milhões), a região Sul (37,88 milhões), o Centro-Oeste (18,70 milhões) e a região
Norte (16,39 milhões). Todavia, tendo em vista os números apresentados, fica claro a
diferença da quantidade de vacinas disponíveis em cada macrorregião. Tal fato ocorre
devido a não padronização na distribuição, tendo em vista a promoção de parcerias com
empresas locais ou regionais a fim de facilitar a logística da entrega, investimento em
tecnologias e recursos por parte dos estados. Ademais, questões geográficas,
infraestrutura de armazenamento com temperaturas adequadas e velocidade de aplicação
são gargalos no ordenamento das doses. Em última instância, observa-se a divergência
das faixas etárias como um fator agravante, pelo fato de existirem locais com predomínio
de população acima dos 60 anos com o esquema vacinal completo, em oposição à grande
parte dos jovens. Consoante a isso, recentemente foi autorizada a terceira dose para
idosos, o que aumenta ainda mais a desproporção na distribuição do imunizante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Sendo assim, sabe-se que a região com maior número
absoluto de vacinas aplicadas contra o Covid-19, no Brasil, é a Sudeste, compreendendo

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


107, 25 milhões de vacinas aplicadas. Dentro disso, a região Norte ocupa a última posição,
com 16, 39 milhões de vacinas utilizadas. Ademais, observa-se que a divergência de
faixas etárias e questões geográficas são fatores que auxiliam na discrepância das doses.
Contudo, identifica-se a necessidade de mais estudos que avaliem os dados
epidemiológicos da vacinação, considerando as especificidades regionais, de faixa etária
e tipos de vacinas. Dessa forma, esse estudo visa analisar os dados disponíveis sobre a
aplicação de doses contra o COVID-19 nas regiões brasileiras.

Palavras-chave: SARS-COV-2; Vacina; epidemiologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. (org.). COVID-19 Vacinação Doses Aplicadas.


2021. Disponível em:
https://qsprod.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19Vacina/DEMAS_C19Vacina.html.
Acesso em: 10 out. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral


do Programa Nacional de Imunizações. Plano Nacional De Operacionalização Da
Vacinação contra a Covid-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

ESPINDOLA, Rebeca Rebouças Prisco de Souza; LOPES, Camila Papa. Breve Análise
das Operações de Logística Integrada da Vacina para Covid-19 no Brasil. 2021.
Disponível em:
http://netlogconference.com/proceedings/papers/NETLOG_2020_paper_72.pdf. Acesso
em: 14 out. 2021.

SOUZA, Luis Eugenio Portela Fernandes de; BUSS, Paulo Marchiori. Desafios globais
para o acesso equitativo à vacinação contra a COVID-19. 2021. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/csp/2021.v37n9/e00056521/pt/. Acesso em: 14 out.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VACINAÇÕES E SUA IMPORTÂNCIA NA SAÚDE DA CRIANÇA

Ana Larissa Torres de Brito¹; Maria Klara de Oliveira Aquino², Izabell Karla do
Nascimento Barros Barbosa³, Laisa Evely doa Santos Gomes4, Sidrack Lucas Vila Nova
Filho5.
¹Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
² Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
³ Graduanda em Fisioterapia do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
4
Graduanda em Enfermagem do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
5
Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]
INTRODUÇÃO: A vacinação é de extrema importância, pois será através da mesma que
terá uma preparação do sistema imunológico, assim, ele poderá agir diante de algumas
doenças que podem ser enfrentadas ao decorrer da vida. De fato, o ser humano recebe
imunoglobulinas in útero, e como sabemos as crianças não nascem com imunidade para
todas as enfermidades, a maioria delas é desenvolvida através da imunidade adquirida, ou
seja, por meio da vacinação ou contato com microrganismos. As crianças estão
suscetíveis a moléstia e, com a vacinação muitas doenças, agravos à saúde e até o óbito
pode ser evitado. OBJETIVO: o estudo tem como objetivo analisar a importância da
vacinação na saúde criança. Nesse trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica
narrativa, fazendo o uso das plataformas digitais como: BVS, PUBMED, SCIELO,
utilizando artigos de 2014 a 2021, encontrando 34 artigos no idioma português brasileiro
e inglês, sendo analisados 5 artigos com maior associação ao tema, sendo excluído
aqueles que apresentavam-se repetidos, os classificados como dissertação, tese e trabalho
de conclusão de curso.. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Está exposto que a vacinação
promove o desenvolvimento da imunidade na saúde da criança, evitando o
desenvolvimento de doenças infectocontagiosas, transmissão ou agravamento da
enfermidade e salientando como ações de vigilância epidemiológica são importantes,
sendo uma medida de controle individual e comunitário e assim tendo um controle maior
das doenças infecciosas e aumentando a quantidade de resultados positivos na
qualificação na vacinação infantil e melhorando a qualidade de vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: diante do exposto, observamos que é de extrema
importância a vacinação infantil e o quanto ela faz diferença na vida das crianças, pois a

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


mesma evita a propagação de doenças e diminui o índice de morbimortalidade de doenças
imunopreveníveis.

REFERÊNCIAS

DOMINGUES, C, M, A, S; FANTINATO, F, F, S, T; DUARTE, E; GARCIA, L, P;


Vacina Brasil e estratégias de formação e desenvolvimento em imunizações,
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 28, n. 2, 2019.

CARVALHO, A. P.; FARIA, S. M. Artigo de revisão: vacinação da criança e adolescente.


Residência Pediátrica, Santa Catarina, v. 4, n. 3, p. 10-22, 2014.

MIZUTA, A. H. et al. Percepções acerca da importância das vacinas e da recusa vacinal


numa escola de medicina. Revista Paulista de Pediatria, v. 37, p. 34-40, 2018.

GUBERT, F. A. et al. Qualidade da Atenção Primária à Saúde infantil em estados da


região Nordeste. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, p. 1757-1766, 2021.

APS, L. P. M. M. et al. Eventos adversos de vacinas e as consequências da não vacinação:


uma análise crítica. Revista de Saúde Pública, v. 52, p. 40, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VALOR DA VIDA: O SÍMBOLO ARTÍSTICO DA PEDIATRIA

Isadora Bontorin de Souza1; Júlia Lima Rocha da Silva 1; Débora Alves Silva1; Eliana
Mendonça Vilar Trindade2
1: Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
2: Docente do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A medicina é repleta de simbologias que representam a existência
humana e os diversos modos de vida. Alguns desses símbolos retratam a ética das
sociedades médicas e são utilizados como inspiradores das condutas integrais de
valorização da vida. OBJETIVO: Identificar a importância dos símbolos na conduta
pediátrica. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão assistemática da literatura.
Como fontes primárias buscaram-se artigos científicos no PubMed e Google Acadêmico
utilizando os descritores “MEDICINA”; “ARTE”; “SÍMBOLOS” e “PEDIATRIA”.
Como fontes secundárias, buscaram-se livros que tratassem dos temas: arte, imagem,
símbolos e medicina. RESULTADOS: Na pediatria, a simbologia advém de um antigo
costume judaico de enfaixar as crianças até os três meses para que fossem apresentadas
ao sacerdote. Desse costume, surge a inspiração para ornamentar o orfanato Ospedale
degli Innocenti, em Roma, o qual representava o desenrolar dessas crianças, mostrando
que, após os cuidados, ela estava livre para crescer e desenvolver-se em alguma família.
Dessa representação, cria-se, em 1936, o primeiro símbolo da Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP). Esse perdurou até 2010, ano em que a SBP resgata a importância da
família no cuidado da criança e modifica o símbolo, incluindo na representação a mãe e
o pai. Pela nova simbologia, a Sociedade busca reforçar a necessidade da harmonia e do
bem-estar não só do infante, mas também de seus genitores, visto que esses são partícipes
primários do desenvolvimento saudável de cada criança. DISCUSSÃO: A imagem é o
reflexo dos infinitos modos da existência e evidencia-se pelas distintas maneiras de ver,
refletir e experenciar as emanações do ser. Nessa perspectiva, uma imagem é capaz de
suscitar sensações e alterações emotivas e orgânicas. Sendo assim, a arte e seus símbolos
performam a trajetória de passagem entre o subjetivo e o consciente, tocando o íntimo
dos seres moventes. Na medicina, a arte imposta a relação do homem com a dor, com o
sofrimento e, sobretudo, com a necessidade do cuidado, transpassando o ato médico como
valorização da vida em si. Por essa razão, os símbolos de cada especialidade são
escolhidos como forma de integrar e inspirar os especialistas para o bem comum.
CONCLUSÃO: A arte é síncrona à história do homem e funciona como um meio de
gravar, recordar e inspirar a essência da vida. Por essa razão, a SBP define como
simbologia a arte que traduz o cuidado com a vida de forma holística, fortalecendo a
importância do médico e da família na integralidade do cuidado, da atenção e da
valorização do ser, possibilitando o desenvolvimento digno da vida.
PALAVRAS-CHAVE: SÍMBOLO; ARTE; MEDICINA; PEDIATRIA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFRÊNCIAS:
ARAÚJO, J; BEZERRA, A. Medicando com Arte. CRM-DF, Brasília, 2006.
BEZERRA, A. A arte na história da Medicina. CRM-DF, Brasília, 2006.
BOTELL, M; RIVERÓN, T. Los símbolos y la medicina. Ver. Cubana Med Gen Integr.
V.14, n.3, Ciudad de La Habana, 1998.
CHEREM, A. Medicina e Arte. Acta Fisiátrica, v.12, n.1, Santa Catarina, 2005.
COSTA, F; AZEVEDO, R. Empatia, relação médico-paciente e formação em medicina:
um olhar qualitativo. Ver. Bras. Educ. med., v.34, n.2, São Paulo, 2010.
GALLIAN, D. A (Re)humanização da Medicina. Priory Med Jour, 2000.
LEGUIZAMÓN, C. Medicina: arte o ciencia? Uma reflexión sobre las artes en la
educación médica. Elsevier, v.19, n.6, p.359-368, 2018.
MENEGHETTI, A. Cinelogia Ontopsicológica. Ontopsicológica, Recanto Maestro,
2015.
QUEIROZ, J; LOULA, Â; GUDWIN, R. Computação, cognição, semiose [online].
Salvador, EDUFBA, 2007.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Dia do Pediatra. Bahia: SBP, 2014.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS DURANTE O PERÍODO DE
DISTANCIAMENTO SOCIAL
Guilherme Briczinski de Souza1; David de Souza Mendes2; Eduardo Sander Vieira3;
Marina Caroline Hoffmann Pereira4; Clara Mendonça de Carvalho5; Eduardo Garcia6

1
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
2
Médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
6
Médico. Professor Orientador Liga de Geriatria e Gerontologia da UFCSPA.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: O distanciamento social como medida de enfrentamento da pandemia


de COVID-19 trouxe à tona uma série de consequências negativas para os idosos.
Numeros de antes da pademia trazem que nos EUA 10% da população idosa sofre algum
tipo de violencia. OBJETIVOS: Analisar os fatores e condutas de casos de violencia
contra idosos durante o periodo de distanciamento social. METODOLOGIA: Para a
seleção dos estudos, foram utilizados a base de dados BVS. Para os descritores, foram
utilizados “Violência contra idosos” AND “Isolamento social” AND “Pandemia”. A
busca foi realizada no período de setembro de 2021. Como critérios de seleção foram
selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos que se relacionavam com o objetivo
da pesquisa. Foram excluídos os artigos repetidos, artigos de revisão, teses e dissertações
e sem acesso. Após leitura do artigo, foram extraídos dados de identificação para posterior
análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa gerou 31 artigos. Após a leitura
dos artigos na íntegra, foram selecionados 4 estudos. Dos estudos, 2 tiveram metodologia
de estudo transversal, 1 de ensaio e 1 de editorial. Em relação aos países em que os
estudos foram desenvolvidos, 2 foram nos Estados Unidos da América, 1 na Austrália e
1 no Brasil. Os estudos trouxeram que o medo e a incerteza da pandemia forneceram um
ambiente que agravou e desencadeou diversas formas de violência. Ações como
distanciamento social, abrigo no local, viagens restritas, e o fechamento de recursos-
chave da comunidade aumentam drasticamente o risco de violência familiar. Dados
apontam que o aumento foi entre 21% e 35% em incidentes de violência doméstica. Em
outro estudo, o risco de abuso de idosos durante o COVID-19 diminuiu, o que pode

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


indicar uma detecção potencialmente diminuída devido a menos encontros face a face
com serviços de saúde, serviço social e prestadores de serviços comunitários. Os estudo
alertam que os governos devem ter como conduta inserir ações intersetoriais imediatas
para reduzir a ocorrencia da violencia contra os idosos. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A literatura analisada nesta revisão evidenciou o aumento dos casos de violencia contra
idosos no periodo de distanciamento social, porem não citou os tipos de violencia, além
de não exemplificarem ações que o governo de forma intersetorial deve realizar para
combater a violenicia cotra idosos. Cabe mais estudos que visem responder estar lacunas.
Palavras-chave: Abuso de idosos; Saúde do idoso; Violência.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARDNER et al. The Coronavirus and the Risks to the Elderly in Long-Term Care. J.
Aging. Soc. Policy, v. 32, n. 4-5, p. 310–315, 2020.

MORAES et al. Violência contra idosos durante a pandemia de Covid-19 no Brasil:


contribuições para seu enfrentamento. Cien Saude Colet, v. 25, n. 2, p. 4117-4184, 2020.

USHER et al. Family violence and COVID‐19: Increased vulnerability and reduced
options for support. Int. J. Ment. Health. Nurs, v. 29, n. 4, p. 549–552, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA NO PROGRAMA MELHOR EM CASA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Luiza Raquel Tapajós Figueira1, Ana Paula Ferreira David2, Bruna Eduarda Brito
Gonçalves3, Daniele Nunes da Silva Ferreira 4, Karen Aline Silva e Silva5, Maria
Girlane Sousa Albuquerque Brandão6
1,2,3,4,5
Universidade da Amazonia UNAMA- Ananindeua – PA – Brasil
6
Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – SP – Brasil
E- mail: [email protected]
INTRODUÇÃO: O enfermeiro tem papel fundamental nos cuidados e promoção da
saúde dos pacientes. Na visita domiciliar do Programa Melhor em Casa, o enfermeiro e
dos demais profissionais da equipe multidisciplinar desempenham um papel fundamental,
ao levar a assistência de saúde ao domicílio, com objetivo de prevenir, tratar e promover
saúde aos pacientes que não podem ir até as Unidades de Saúde. Isso evita internação
hospitalar desnecessária e reduz riscos de complicações. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos de enfermagem no acompanhamento de visitas domiciliares
do Programa Melhor em Casa. MÉTODO: Relato de experiência, com abordagem
descritiva, realizado por acadêmicas de enfermagem da Universidade Amazonia, no mês
de julho de 2021. O relato descreve os resultados de visita técnica a uma Unidade Básica
de Saúde, ocorrida em parceria com a Liga Acadêmica de Feridas e Curativos –
UNALIGA, da referida Universidade, a qual os alunos estão matriculados, com a intensão
de ampliar o conhecimento em relação aos cuidados de feridas e curativos. Assim, grupos
de alunos são sorteados para diferentes Unidades Básicas de Saúde. No grupo pertencente
às acadêmicas do presente relato, houve o acompanhamento da enfermeira responsável
até os domicílios de pacientes assistidos pelo Programa Melhor em Casa.
RESULTADOS: Foram realizadas três visitas domiciliares. Em cada visita realizou-se
anamnese, exame físico, cuidados de enfermagem e orientações de saúde aos pacientes e
familiares. Realizou-se o primeiro atendimento a um paciente vítima de ferimento por
arma de fogo, paraplégico, que possui uma lesão por pressão em região sacral. Foram
prestados cuidados gerais, análise nutricional, sensibilidade e excreção, além de orientar
a genitora em todos os cuidados necessários. O segundo atendimento domiciliar foi
efetuado a um idoso, vítima de acidente elétrico que evoluiu com Acidente Vascular
Cerebral. Este paciente se alimenta com auxílio de sondagem nasoentérica e possuía lesão
por lesão em região sacral. Assim, foram efetuados cuidados e orientações acerca da
alimentação, além da avaliação da lesão e troca de coberturas. A terceira visita foi
realizada a um idoso em recuperação pós-cirúrgica, com histórico de infecção.
Verificaram-se os cuidados com a alimentação e teve-se o zelo em orientar as práticas de
saúde ao filho do paciente, como forma de garantir a continuidade dos cuidados. Houve
a entrega de materiais para dar continuidade nos curativos até a próxima vista da equipe.
CONCLUSÃO: A vivência dos acadêmicos na Liga, que tem como campo prático de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


atuação as Unidades Básicas, possibilitam vivências não somente acerca dos cuidados
com lesões de pele, mas permeia a experiência da visita domiciliar, anamnese, exame
físico do paciente, análise dos cuidados de saúde, cuidados técnicos de enfermagem e
contato com os familiares na orientação de cuidados domiciliares. Essa vivência
contribuiu para a formação técnica e profissional de futuros profissionais, que se inserem
precocemente, por meio da Liga nos cenários de prática, contribuindo ainda para a lápide
de profissionais humanizados e com conhecimentos teóricos e práticos. Destaca-se ainda
a grande relevância do trabalho efetuado pelo Programa Melhor em Casa, como forma de
qualificação da assistência.
Palavras-chaves: Enfermagem, Cuidados de enfermagem, Visita domiciliar
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Serviço de Atenção Domiciliar - Melhor em Casa.
Brasília, 2015. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-
informacao/acoes-e-programas/melhor-em-casa. Acesso em: 26 jul., 2021.
ANDRADE, A.M.; et al. Atuação do enfermeiro na atenção domiciliar: uma revisão
integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, p. 210-219, 2017.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/xthfygXQ5vsvcpLymV3qfHn/abstract/?lang=pt. Acesso
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BARRA, D. C.C.; et al. Validação de diagnósticos de enfermagem para consulta de
enfermagem na visita domiciliar ao adulto. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74,
n.2, p.1-9, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/wLJftTP59qFv9VwkPY48Kqm/?lang=pt. Acesso em: 26
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SILVA, C.K.A.; et al. Caracterização dos usuários do programa melhor em casa em
Sobral-Ceará. Essentia-Revista de Cultura, Ciência e Tecnologia da UVA, v. 19, n. 2,
p. 23-33, 2018. Disponível em:
https://essentia.uvanet.br/index.php/ESSENTIA/article/view/232. Acesso em: 26 jul.,
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DA VITAMINA D NO TRATAMENTO DA PSORÍASE; UMA REVISÃO
DE LITERATURA
Maria Júlia Bastos Bechepeche Antar1; Brenda Vieira Hackbart2; Ana Luiza Pazinatto
Vago3;
Marcella Seguro Gazzinelli4; Maria Eduarda Tironi Bachour5;
Amanda de Castro Machado6.
1,2,3,4,5
Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira (MULTIVIX), Vitória-ES;
6
Médica Residente em Dermatologia no Hospital Universitário Antônio Pedro-UFF.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Psoríase constitui uma doença autoimune, inflamatória e crônica da


pele, com forte predisposição genética. Um fator que tem sido vinculado aos pacientes
psoriáticos é a disbiose da microbiota intestinal, associada à deficiência de vitamina D.
Essa vitamina possui funções extremamente importantes como, por exemplo, para a saúde
do sistema musculoesquelético, homeostase da pele e como parte essencial do sistema
imunológico. A sua forma ativa é fundamental para a modulação da imunidade cutânea,
fator determinante para a formação da barreira epidérmica. A deficiência desta, tem sido
associada a distúrbios cutâneos proliferativos e inflamatórios, como a psoríase.
OBJETIVOS: Revisar a literatura científica e apresentar de forma concisa informações
sobre a eficácia do uso da Vitamina D no tratamento dos pacientes com psoríase.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada em setembro de 2021
com o levantamento bibliográfico feito por meio da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Os descritores “Psoríase”, “Vitamina D”, e “Tratamento” foram definidos pelo
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os critérios de inclusão foram artigos
completos, escritos em português e em inglês, publicados nos últimos 5 anos, já os
critérios de exclusão foram artigos incompletos e com fuga de tema. Feita a análise, foram
selecionados 4 artigos para fundamentar esse estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A vitamina D possui diversas funções a nível celular nos tecidos e órgãos, e tem sido
usada, por muitos anos, como terapia tópica na luta contra a psoríase, demonstrando
considerável eficácia em seu tratamento. A vitamina D e seus metabólitos ativos realizam
diversos efeitos na pele, por meio da imunomodulação, que engloba ações anti-
inflamatórias e a regulação da proliferação de queratinócitos, atuando na formação da
barreira epidérmica necessária para a manutenção da homeostase da pele. Atualmente, a
terapia para psoríase consiste na administração tópica de corticosteróide, calcipotriol
tópico e vitamina D oral, além da fototerapia UVB para manter seu estado funcional e
elevar o nível de concentrações séricas de 25 hidroxi-colecalciferol, tendo em vista seu
efeito benéfico na patogenia da doença. Além disso, estudos observaram que a
implementação de dietas personalizadas também podem ser propostas para os pacientes
psoriáticos, com base no seu estado nutricional e dependendo das condições da psoríase

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e as comorbidades associadas, visto que a nutrição é um fator chave para o
desenvolvimento e progresso da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se a
importância de realizar um tratamento adequado da psoríase e conhecer a sua relação com
a vitamina D. Bem como, torna-se relevante a conscientização quanto à implementação
de dietas personalizadas para os pacientes psoriáticos, visto que uma intervenção na
alimentação de forma adequada é uma condição importante para o desdobramento da
doença.

Palavras-chave: Psoríase; Doença autoimune; Vitamina D.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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A Review for Dermatologists, Actas Dermo-Sifiliográficas (English Edition), Volume
110, Issue 4, 2019, Pages 262-272, ISSN 1578-2190,
https://doi.org/10.1016/j.adengl.2019.04.001. Acesso em: 4 out. 2021.

Bocheva, Georgeta et al. “The Impact of Vitamin D on Skin Aging.” International journal
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Kanda, N.; Hoashi, T.; Saeki, H. Nutrition and Psoriasis. Int. J. Mol. Sci. 2020, 21, 5405.
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McCullough, P.J.; McCullough, W.P.; Lehrer, D.; Travers, J.B.; Repas, S.J. Oral and
Topical Vitamin D, Sunshine, and UVB Phototherapy Safely Control Psoriasis in Patients
with Normal Pretreatment Serum 25-Hydroxyvitamin D Concentrations: A Literature
Review and Discussion of Health Implications. Nutrients 2021, 13, 1511. Disponível em:
https://www.mdpi.com/2072-6643/13/5/1511. Acesso em: 4 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ZIKA VÍRUS NO ESTADO DA BAHIA ENTRE 2014 E 2020: REFLEXO DA
DESIGUALDADE SOCIAL

Larissa Fontanella Evaristo de Souza1, Raphaela da Silva Maintinguer1, Gustavo Eloi


Pazini Savi1, Sofia Ferreira Machado1, Beatriz Carvalho de Oliveira1, Eric Pasqualotto1
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Zika é uma arbovirose provocada pelo Zika Vírus (ZIKV) e transmitida
pelo mosquito Aedes aegypti, além das vias de transmissão vertical, sexual e
transfusional. É geralmente assintomática, podendo provocar complicações severas nos
infectados. De 2015 a 2016, o Brasil viveu uma epidemia da doença, que permanece
assolando a população nacional. A unidade federativa (UF) mais afetada foi a Bahia,
desde 2014, ano anterior ao início da epidemia, até 2020. OBJETIVOS: Analisar a
distribuição dos casos de zika entre a população baiana de 2014 a 2020.
METODOLOGIA: Realizou-se um estudo transversal descritivo epidemiológico, com
dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio
do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Os
critérios de inclusão foram: região e UF de notificação; gênero, idade e raça dos pacientes
da Bahia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Embora estudos recentes indiquem a
chegada do vírus ao país em 2013, a doença ganhou relevância nacional em 2015, sendo
a epidemia de zika decretada pelo Ministério da Saúde no fim deste ano. Em 2016, houve
uma explosão nacional de casos, amenizada nos anos seguintes devido às campanhas de
combate ao vetor. Ressalta-se que a cepa asiática, mais agressiva e com predileção pelo
sistema nervoso central, foi a inicialmente detectada no Brasil. Porém, no último ano
registrou-se, pela primeira vez, a circulação da africana, com potencial de provocar outra
epidemia pois grande parte da população não apresenta anticorpos para combatê-la. No
período estudado, foram notificados 382.524 casos de zika no país. Após o Sudeste
(37,85% dos registros), o Nordeste obteve maior relevância, com 33,84%. Salienta-se,
ainda, que a Bahia foi destaque nacional, com 18,56% de todos os casos. Nessa UF,
mulheres representaram 64,92% dos infectados, homens, 34,93% e 0,15% tiveram sexo
ignorado. A faixa etária mais afetada foi entre 20-39 anos, concentrando 36,9% dos casos.
Relativamente à raça, indivíduos pardos foram os mais acometidos (37,02% das
ocorrências). Ademais, 4,02% dos pacientes era gestante no momento da infecção,
critério preocupante devido à Síndrome Congênita do Zika, reconhecida por provocar
microcefalia em fetos quando há transmissão transplacentária. Logo, a crise de zika
relaciona-se com disparidades de gênero, classe e raça. As mulheres em idade reprodutiva
são o grupo mais afetado, justamente no qual o vírus tem potencial de provocar danos
mais severos, pela possibilidade de prejudicar eventuais fetos. Outrossim, a doença assola
principalmente grupos raciais já vulneráveis e de regiões pobres, onde não há saneamento
básico adequado, criando focos proliferativos do Aedes aegypti. CONCLUSÃO:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Evidenciou-se que a crise de zika expôs como as desigualdades socioeconômicas do país
refletem-se no estado de saúde da população, sendo as minorias sociais mais suscetíveis
a consequências graves. Por fim, apesar de já existirem diversas campanhas de combate
ao principal vetor da doença, faz-se necessário o reforço das medidas profiláticas e a
permanência da vigilância dos serviços de saúde em relação à transmissão do ZIKV, visto
que a chegada da linhagem africana pode ocasionar uma nova epidemia.
Palavras-chave: Epidemiologia; Fatores Socioeconômicos; Zika virus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBARADO, A. J.; PRADO, E. J.; MENDONÇA, A. V. M.. Um, dois, três – gravando:
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2014 a 2017. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde,
Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 75-86, 2019.

CAMPOS, T. L. et al. Revisiting Key Entry Routes of Human Epidemic Arboviruses into
the Mainland Americas through Large-Scale Phylogenomics. International Journal of
Genomics, [s. l], v. 2018, n. 3, p. 1-9, 2018.

GREGORY, C. et al. Modes of Transmission of Zika Virus. The Journal of Infectious


Diseases, Oxford, v. 216, n. 10, p. 875-83, 2017.

KASPRZYKOWSKI, J. et al. A recursive sub-typing screening surveillance system


detects the appearance of the ZIKV African lineage in Brazil: Is there a risk of a new
epidemic? International Journal of Infectious Diseases, Brookline, v. 96, n. 1, p. 579-
81, 2020.

LESSER, J.; KITRON, U. The social geography of zika in Brazil. Nacla Report on the
Americas, Abingdon, v. 48, n. 2, p. 123-9, 2016.

TEIXEIRA, G. A. et al. Análise do conceito síndrome congênita pelo Zika vírus. Ciência
& Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 2, p. 567-574, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS NA SAÚDE -
REVISÃO DE LITERATURA

Maria Clara Luciano Silva1 Júlia Vieira Teles1 Isabela Alberto Mulatinho Braz1 Vitória
Ramires da Silva1 Fernanda Souza Lobo1, Ana Luiza Vieira Benito1

1
Graduando na Universidade de Brasília.
Email do autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: De acordo com as diferentes modalidades e níveis linguísticos, é


possível citar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como um método de comunicação
utilizado por pessoas Surdas¹, havendo demanda dessa população para a saúde. Logo, é
de suma importância averiguar na literatura científica sobre a importância de profissionais
de saúde capacitados para o atendimento em LIBRAS. OBJETIVO: Analisar a
importância do uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) na perspectiva da saúde, de
seus profissionais e usuários. METODOLOGIA: A presente pesquisa qualitativa possui
uma abordagem da Sociologia Compreensiva² e no Diálogo Transdisciplinar e
Complexo³, contando com a Análise do Conteúdo⁴ para análise dos dados. Para tal, foi
feita uma revisão de literatura em 2021 para elucidar a importância da LIBRAS no
contexto de saúde. A busca foi realizada através das bases de dados científicas PubMed e
Portal Regional BVS, contemplando artigos a partir de 2018 em português, sendo os
descritores: LIBRAS e Saúde. Ao final foram incluídos 6 artigos para comparação. A
triagem seguiu os critérios de inclusão: Abordar a LIBRAS como método de comunicação
aplicada ao contexto de saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com os 6
artigos selecionados, 3 trazem a visão do paciente, 2 a percepção do profissional e 1 fala
a respeito da formação dada. Foi possível, assim, verificar uma fragilidade referente a
capacitação do profissional da área da saúde em relação à LIBRAS, demonstrando
diversas barreiras para assistência dos pacientes surdos, vários trabalhadores afirmam se
preparar através de palestras e cursos à parte da graduação ou no sistema de serviço em
que se encontram. Evidenciou-se o despreparo e a dificuldade na comunicação com tais
pacientes, fazendo com que a Língua Brasileira de Sinais seja negligenciada por mímicas
e gestos, para uma assistência mínima, também foi relatado nos estudos o uso do
acompanhante como tradutor para efetivação do diálogo entre profissional e paciente,
dessa forma, tais condutas acabam gerando sofrimento e insatisfação em relação ao
atendimento ou uma baixa adesão ao processo terapêutico do usuário. De acordo com os
surdos e trabalhadores há uma extrema necessidade de planejamento e execução de
estratégias para a assistência desse público, favorecendo assim o acesso a informações e
autonomia dos mesmos. As políticas públicas devem ressaltar o uso da Língua Brasileira
de Sinais como forma de promover a integralização do Sistema Único de Saúde a todos.
CONCLUSÃO: A valorização da LIBRAS no contexto de saúde está associada à
oferecer um atendimento mais inclusivo, considerando as especificidades do paciente
Surdo⁵. Assim, as políticas governamentais devem aumentar o enfoque sob esse público
e suas demandas, que muitas vezes passam despercebidas nos mais simples contextos da
sociedade. Portanto, deve-se haver um maior desenvolvimento de profissionais de saúde

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


habilitados a receber demandas dessa população, assim como, mais estudos nessa
temática.

Palavras-chave: Saúde; Libras; Comunicação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
¹ FERNANDES, E. (Org.). Surdez e Bilinguismo Porto Alegre: Mediação, 2011.

² MAFFESSOLI, M. O ritmo da vida. Variações sobre o imaginário pós-moderno. Rio


de Janeiro: Record; 2007

³ MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 3ªed., 2007.

⁴ BARDIN, L. Análise de conteúdo (L. de A. Rego & A. Pinheiro, Trads.). Lisboa:


Edições 70, 2006

⁵ SARAIVA, F. J. C.; MOURA, R. S.; TAVARES, N. V. S.; JUNIOR, B. L.; SANTOS,


I. S.; SANTOS, R. F. M.; O Silêncio das mãos na assistência aos Surdos no Serviço de
Saúde Brasileiro. Olhares Plurais - Revista Eletrônica Multidisciplinar - n.17, vol.2, 2017.

CUNHA, Raiane Pereira Silva; PEREIRA, Mayara Candida; OLIVEIRA, Maria Liz
Cunha de. Enfermagem e os cuidados com pacientes surdos no âmbito hospitalar. Revista
de Divulgação Científica Sena Aires, v. 8, n. 3, p. 367-377, 2019.

MAZZU-NASCIMENTO, Thiago et al. Fragilidade na formação dos profissionais de


saúde quanto à Língua Brasileira de Sinais: reflexo na atenção à saúde dos surdos.
Audiology-Communication Research, v. 25, 2020.

GUIMARÃES, Valéria Maria Azevedo; SILVA, Joilson Pereira da. Surdez e


sexualidade: as representações sociais dos discentes surdos. Arquivos Brasileiros de
Psicologia, v. 72, n. 1, p. 125-139, 2020.

PEREIRA, Antonio Augusto Claudio et al. “Meu Sonho É Ser Compreendido”: Uma
Análise da Interação Médico-Paciente Surdo durante Assistência à Saúde. Revista
Brasileira de Educação Médica, v. 44, 2020.

DUARTE, Vanessa et al. Percepção de surdos sobre o atendimento nos serviços de saúde.
Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 8, p. 55347-55356, 2020.

MARQUETE, Verônica Francisqueti; COSTA, Maria Antônia Ramos; TESTON, Elen


Ferraz. Comunicação com deficientes auditivos na ótica de profissionais de saúde.
Revista Baiana de Enfermagem, v. 32, 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A NEGLIGÊNCIA DO TRATAMENTO EM PACIENTE EM CUIDADOS
PALIATIVOS NO BRASIL
Stefany da Silva Santos¹; Martiniano de Araújo Rocha2; Maria Fernanda Ribeiro
Rocha2; Lorena Lima Gouveia de Oliveira2; Janine Silva Ribeiro Godoy3.

1
Graduanda em Medicina pela Universidade Ceuma
2
Graduando em Medicina pela Universidade Ceuma
3
Farmacêutica. Doutorado em Biociências e Fisiopatologia pela Universidade Estadual
de Maringá. Docente do Curso de Medicina da Universidade CEUMA.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde caracteriza o tratamento paliativo


como, um conjunto de ações que ajudam no controle da dor e de outros sintomas, bem
como conforto ao paciente nos seus problemas psicológicos, sociais e espirituais, quando
portadores de doenças que não respondem aos tratamentos curativos normais. À medida
que a doença avança, mesmo em vigência do tratamento com intenção curativa, a
abordagem paliativa deve ser ampliada visando também cuidar dos aspectos psicológicos,
sociais e espirituais. Em fase terminal, onde o paciente tem pouco tempo de vida, o
tratamento paliativo se torna prioritário para garantir qualidade de vida, conforto e
dignidade ao paciente. OBJETIVOS: Analisar a negligência do tratamento em cuidados
paliativos para o atendimento ao pacientes cuja cura não é mais viável, frente aos
conhecimentos científicos da área médica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
exploratório, no qual foram utilizadas ferramentas do pacote Office da Microsoft, como
o Excel para a tabulação e desenvolvimento dos dados e toda a pesquisa. Os dados
coletados foram analisados e confrontados com a literatura atual sobre a temática e sua
necessidade. Artigos bases, tais como Google Acadêmico, Biblioteca Virtual em
Saúde(BVS), Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde
e Scientific Electronic Library Online(SCIELO). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
falta de informação impera no Brasil um enorme desconhecimento e muito preconceito
relacionado aos Cuidados Paliativos, principalmente entre os médicos, profissionais de
saúde, gestores hospitalares e poder judiciário. No Brasil, as atividades relacionadas a
Cuidados Paliativos ainda precisam ser regularizadas na forma de lei. Há uma confusão
com o entendimento do que é o atendimento paliativo com eutanásia e há um enorme
preconceito com relação ao uso de opióides, como a morfina, para o alívio da dor do
paciente em cuidados paliativos. Ainda são poucos os serviços de Cuidados Paliativos no
Brasil. Menor ainda é o número daqueles que oferecem atenção baseada em critérios
científicos e de qualidade. A maioria dos serviços ainda requer a implantação de modelos
padronizados de atendimento, que garantam a eficácia e a qualidade. Há uma escassez na
formação de médicos e profissionais de saúde na assistência Paliativa, relevante e
essencial para o atendimento adequado, devido à míngua e a pouca oferta de cursos de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


especialização e de pós-graduação de qualidade. No entanto, ainda hoje, a graduação em
medicina ensina pouco ao médico em formação como lidar com o paciente em fase
terminal, como reconhecer os sintomas e como administrar esta situação de maneira
humanizada e ativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conforme o CEM(Código de Ética
Médica), art. 41-parágrafo único:Nos casos de doença incurável e terminal, deve o
médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis ao paciente e ainda a
necessidade de alívio da dor para garantia da dignidade e qualidade de vida. Logo,
negligenciando os profissionais estão infligindo o CEM e o respeito em relação a vida,
pautado na constituição Federal; art.196 onde a saúde e qualidade de vida é um direito de
todos.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Atendimentos neglicenciados; Medicina
Humanizada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FRIZZO, Karla et al. Percepção dos acadêmicos de medicina sobre cuidados paliativos
de pacientes oncológicos terminais. Bioethikos, v. 7, n. 4, p. 367-75, 2013.
HERMES, Hélida Ribeiro; LAMARCA, Isabel Cristina Arruda. Cuidados paliativos:
uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 18, p. 2577-2588, 2013.
MONTEIRO, Fabiana Franco; OLIVEIRA, Miriam de; VALL, Janaina. A importância
dos cuidados paliativos na enfermagem. Rev dor, v. 11, n. 3, p. 242-8, 2010.
MORAES, Sandra Alamino Felix de; KAIRALLA, Maisa Carla. Avaliação dos
conhecimentos dos acadêmicos do curso de medicina sobre os cuidados paliativos em
pacientes terminais. Einstein (São Paulo), v. 8, n. 2, p. 162-167, 2010.
PESSINI, Leo; HOSSNE, William Saad. Terminalidade da vida e o novo Código de Ética
Médica. Revista Bioethikos, v. 4, n. 2, p. 127-9, 2010.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ADAPTAÇÃO DE APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL
EM CRIANÇAS - UMA REVISÃO DE LITERATURA

Maria Clara Luciano Silva1 Júlia Vieira Teles1 Isabela Alberto Mulatinho Braz1 Vitória
Ramires da Silva1 Fernanda Souza Lobo1, Ana Luiza Vieira Benito1

1
Graduando na Universidade de Brasília.
Email do autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: Alteração no sistema auditivo (SA) pode limitar a qualidade dos


estímulos e, como consequência, modificar o desenvolvimento auditivo e a comunicação
oral. A avaliação precoce do SA na infância é essencial, pois na presença de perda
auditiva, a intervenção deve ser feita de forma imediata para que o tratamento clínico se
inicie de forma rápida, garantindo a redução de impactos relativos à perda. OBJETIVO:
Revisar as literaturas científicas acerca da adaptação de AASI em crianças, ressaltando
os obstáculos e etapas para uma adaptação adequada. METODOLOGIA: Foi realizada
uma revisão literária utilizando as bases de dados BVS e Google Scholar, através dos
descritores: “Adaptação AND AASI AND Criança”. Para seleção dos artigos, deu-se
ênfase às citações que investigaram a adaptação do AASI em crianças associada a
avaliações e terapias clínicas fonoaudiológicas que auxiliavam no desempenho da
criança. RESULTADOS: Dos 49 artigos selecionados, 9 estavam duplicados. Dentre os
artigos remanescentes, 18 foram considerados para análise do estudo, por satisfazerem os
critérios de inclusão. Foi observado que questões como características eletroacústicas,
acompanhamento fonoaudiológico com avaliações periódicas, além de orientações e
apoio aos pais e/ou responsáveis são fundamentais para a adaptação eficaz do AASI em
crianças. DISCUSSÃO: Diversas crianças deficientes auditivas usufruem do AASI, visto
que sem tratamento adequado podem apresentar dificuldades educacionais e linguísticas.
A adaptação do AASI nelas é desafiadora, pois deve resultar na percepção clara,
confortável e segura, dos estímulos de fala, sendo fundamental que os limiares auditivos
estejam estabelecidos com a maior exatidão possível, de acordo com os limiares da fala e
os níveis de conforto. Após a análise da perda auditiva, deve-se escolher a prótese que
será adaptada na criança, considerando-se a informação audiológica e as características
do aparelho. Em seguida adapta-se o tipo de tecnologia utilizada no aparelho, sabe-se que
aparelhos digitalmente programáveis são melhores que os analógicos em crianças, pois
permitem alterações nas características eletroacústicas a qualquer momento. Depois, há a
adaptação do microfone, para crianças muito pequenas o uso de microfones direcionais
não é tão vantajoso, pois pode afetar a audibilidade, dado que apresentam a desvantagem
de reduzir a saída da prótese para sons vindos de trás e dos lados; em crianças mais velhas,
indica-se aparelhos com múltiplos microfones (omnidirecionais e direcionais).
Recomenda-se que seja adaptada a estimulação binaural, para ajudar na localização da
fonte sonora e em situações de ruído. Além disso, um molde bem confeccionado,
adequado às necessidades auditivas, durável, confortável, flexível e que não ofereça risco,
é fundamental para uma adaptação bem sucedida. Finalmente, estabelece-se o ganho
acústico, respostas em frequências e saída máxima, para então verificar se os parâmetros

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


prescritos foram obtidos com o AASI adaptado. CONCLUSÃO: A adaptação em
crianças é lenta e, para ser eficaz, é fundamental que os pais recebam apoio e orientações
para enfrentar os obstáculos que venham enfrentar a partir do diagnóstico. Durante o
processo, o fonoaudiólogo deve investigar o desempenho da criança com o AASI e se a
adaptação está adequada. Ademais, a terapia associada à adaptação, influencia no melhor
desempenho da criança.
Palavras Chave: AASI; Adaptação; Crianças

REFERÊNCIAS:
RABELO, Gabriela Regina Gonzaga; MELO, Luciana Pimentel Fernandes de.
Orientação no processo de reabilitação de crianças deficientes auditivas na perspectiva
dos pais. Revista Cefac, [S.L.], v. 18, n. 2, p. 362-368, abr. 2016. FapUNIFESP
(SciELO)..

LEVY, Cilmara Cristina Alves da Costa; RODRIGUES-SATO, Lyvia Christina


Camarotto Battiston. Validação do questionário Parent’s Evaluation of Aural/Oral
Performance of Children–PEACH em língua portuguesa brasileira. In: CoDAS.
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2016. p. 205-211.
WERNER, Lynne A. et al. Human auditory brainstem response to temporal gaps in noise.
2001.

ALMEIDA, K.; TMM, Santos. Seleção e adaptação de próteses auditivas em crianças.


Almeida K, Iorio MCM. Próteses auditivas: fundamentos teóricos e aplicações
clínicas. São Paulo: Lovise, p. 357-80, 2003.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DE CASOS DE AIDS EM MULHERES DE 20 A 49 ANOS NA
REGIÃO NORDESTE

Arielle Maria Da Silva Santos, Jessiely Silva De Lima, Tatiane Izidio Ferreira Da Silva,
Ana Carolina Melo dos Santos
Email para correspondência: [email protected]

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH ou HIV, do inglês Human Immunodeficiency


Virus) é um vírus que está na origem da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
(AIDS), uma condição em seres humanos na qual a deterioração progressiva do sistema
imunitário propicia o desenvolvimento de infeções oportunistas e cancros potencialmente
mortais. O HIV está presente nestes fluidos corporais, tanto na forma de partículas livres
como em células imunitárias infectadas. As principais vias de transmissão são as relações
sexuais desprotegidas, a partilha de seringas contaminadas, e a transmissão entre mãe e
filho durante a gravidez ou amamentação. Este trabalho tem como objetivo analisar os
dados dos casos de AIDS em mulheres Brasileiras de diferentes faixas etárias na região
nordeste do Brasil. Para coleta das informações foram analisados os dados contidos no
departamento de informática do Sistema Único de Saúde ( DATASUS), sendo este
escolhido por ser rápido e de fácil acesso para a coleta de dados e informações
relacionadas ao tema. Vale ressaltar que pesquisas utilizando bases de poder público
podem diminuir custos e tempo, constituído em fonte segura para pesquisas e organização
de serviço de administração pública. Os dados que foram obtidos estão fragmentados em
mulheres com faixa etária de 20 a 34 anos nos anos de 2017 a 2020 e mulheres com faixa
etária de 35 a 49 anos nos anos de 2017 a 2020. No grupo de mulheres com idade entre
20 a 34 anos foi identificado uma diminuição substancial de casos conforme o período
estudado como observa-se em 2017 (n=1.004), 2018 (n=929), 2019 (n=832) e no ano de
2020 foram notificados 250 casos de AIDS. Entre as mulheres de faixa etária de 35 a 49
anos ocorreu um aumento significativo de casos conforme o período que foi notificado,
obteve-se em 2017 (n=1.171), 2018 (n=1.174), 2019 (n=1.147) e no ano de 2020 foram
notificados 314 casos de AIDS. Tendo em vista o que os dados estão proporcionando,
pode-se observar que nas mulheres com faixa etária de 35 a 49 anos houve uma
quantidade de casos superior as mulheres com idade de 20 a 34 anos, o que mostra a maior
ou menor contaminação com o vírus em diferentes idades nessas mulheres. Com está
analise ficou evidente que mulheres com idade entre 20 a 34 anos tem seguido de forma
mais enfática as medidas de prevenção para não contrair o vírus, já as mulheres com a
faixa etária de 35 a 49 anos estão mais vulneráveis do ponto de vista a seguir as
recomendações de prevenção ao vírus. Além disso, se está tendo relações sexuais com
um possível portador da patogenia é de extrema importância que faça o teste, o ideal é
que toda mulher faça o exame, tenha ela parceiro sexual fixo ou não. Em virtude dos fatos
mencionados, prevenir é fundamental para se proteger da contaminação AIDS, dessa
forma, o número de mulheres infectadas pelo vírus irá decrescer.
Palavras chave: AIDS, Nordeste, Mulheres.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Brazilian journals of hearth: Perfil
epidemiológico de óbitos por HIV/AIDS na região nordeste do Brasil utilizando dados do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sistema de informação de saúde do DATASUS, 2019. Acesso em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/2048/2057 Acessado
em 29 de setembro de 2021 as 14:27.

Joint United Nations Programme on HIV/AIDS, World Health Organization. AIDS


epidemic update 2013. Geneva: Joint United Nations Programme on HIV/AIDS, World
Health Organization; 2013.

Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Secretaria de Vigilância em Saúde,


Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção
pelo HIV em adultos. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

BRASIL. Ministério da saúde. Casos de Aids – Desde 1980 (SINAN) Disponível em:
https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/casos-de-aids-desde-1980-sinan/ .
Acesso em: 25 de setembro de 2021 as 16:32.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM PACIENTES DO PRIMEIRO CICLO
DE VIDA COM SÍNDROME DE DOWN

Maria Clara Luciano Silva1 Júlia Vieira Teles1 Isabela Alberto Mulatinho Braz1 Vitória
Ramires da Silva1 Fernanda Souza Lobo1, Ana Luiza Vieira Benito1

1
Graduando na Universidade de Brasília.
Email do autor principal: [email protected]

INTRODUÇÃO: A síndrome de Down é uma anomalia genética ocasionada pela


triplicação do cromossomo 21 apresentando incidência de um a cada 600 a 800
nascimentos. Esta síndrome pode gerar diversos problemas de saúde durante o
desenvolvimento da criança e algumas dessas alterações podem ser trabalhadas pela
fonoaudiologia, como os atrasos de linguagem e comunicação e os problemas no
desenvolvimento da musculatura do sistema estomatognático. OBJETIVO: Investigar
na literatura a atuação fonoaudiológica em indivíduos com Síndrome de Down no
primeiro ciclo de vida. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura em 3
bases de dados distintas. Esta revisão teve como pergunta norteadora para a pesquisa:
“Como é a atuação fonoaudiológica no primeiro ciclo de vida dos portadores de síndrome
de Down?”. Foram utilizadas as bases: PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e
Portal de Periódicos da Capes, utilizando os seguintes descritores como estratégia de
busca: “síndrome de down” AND fonoaudiologia AND crianças. As buscas iniciais
encontraram 161 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão que eram artigos
publicados nos últimos 5 anos e em português e, excluídos os artigos duplicados ou que
fugiam do tema atuação fonoaudiológica no primeiro ciclo de vida dos indivíduos com
síndrome de Down, foram considerados um total de 8 publicações para análise posterior.
RESULTADOS: 100%, n= 8 das publicações foram publicados nos últimos 5 anos,
durante o período de 2016 a 2019. Quanto ao tipo de estudo, 4 são revisões de literatura
e os demais, artigos originais com levantamento de dados. Dentre estes, 2 tratam
especificamente do desenvolvimento da linguagem, 1 da audição, 1 deglutição
orofaríngea, 1 do aleitamento materno e 1 do contexto geral de intervenção em crianças
com síndrome de Down Todos tratam da atuação fonoaudiológica no primeiro ciclo de
vida. DISCUSSÃO: A partir do exposto foi possível verificar que na Síndrome de Down
o profissional Fonoaudiólogo atua desde a orientação da gestante no que diz respeito à
amamentação e aos estímulos do desenvolvimento global. Sendo assim, o fonoaudiólogo
estará presente durante todo o desenvolvimento da criança, atuando em aspectos
auditivos, de linguagem, fala e do sistema estomatognático, além de demonstrar-se
necessário no decorrer do processo de inclusão escolar e em grupos sociais.
CONCLUSÃO: Constata-se que a intervenção fonoaudiológica é de grande eficácia nos
casos de pacientes do primeiro ciclo com Síndrome de Down, uma vez que a intervenção
precoce nestas crianças será altamente eficaz, visto que visará eludir e/ou minimizar os
distúrbios do desenvolvimento.
Palavras Chave: Síndrome de Down; Fonoaudiologia; Atuação

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CRUZ, Bruno Wenderson da; SOUSA, Claúdia Catão de Aguiar; FARIAS, Ruth Raquel Soares de. Os
benefícios da intervenção fonoaudiológica em bebês com sindrome de down: revisão sistemática.
Research, Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 1, p. 1-12, 9 jan. 2021. Research, Society and
Development. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11694

EVANGELISTA, Lorena Garcia; FURLAN, Renata Maria Moreira Moraes. Fatores facilitadores,
principais dificuldades e estratégias empregadas no aleitamento materno de bebês com síndrome de Down:
uma revisão sistemática. Audiology - Communication Research, [S.L.], v. 24, p. 1-5, 2019. FapUNIFESP
(SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/2317-6431-2019-2130.

LIMA, Ivonaldo Leidson Barbosa; DELGADO, Isabelle Cahino; CAVALCANTE, Marianne Carvalho
Bezerra. Desenvolvimento da linguagem na síndrome de Down: análise da literatura. Distúrbios da
Comunicação, [S.L.], v. 29, n. 2, p. 354, 29 jun. 2017. Portal de Revistas PUC SP.
http://dx.doi.org/10.23925/2176-2724.2017v29i2p354-364.

POMPÊO, Larissa Luppe. PESQUISAS FONOAUDIOLÓGICAS SOBRE PRÉ ESCOLARES COM


SÍNDROME DE DOWN: REVISÃO DE LITERATURA. 2020. 40 f. TCC (Graduação) - Curso de
Fonoaudiologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MÃES DE RECÉM-NASCIDOS
PREMATUROS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE CUIDADOS
INTENSIVOS PERINATAIS

Juliana do Nascimento Cantanhede1; Jéssica de Carvalho de Morais1; Larissa Castro


Fernandes1; Melissa de Almeida Melo Maciel Mangueira1; Gessica Emanuelle Santos
Pinheiro²

1 Fisioterapeuta - Faculdade Santa Terezinha (CEST), São Luís – MA


2 Acadêmica de Fisioterapia – Faculdade Santa Terezinha (CEST), São Luís-MA.
Email para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Na gestação, ocorrem modificações que evoluem de diferentes formas


em cada mulher, havendo possibilidade de intercorrências. O período gestacional normal
é entre 37 e 42 semanas. Os partos que ocorrem antes das 37 semanas são considerados
partos prematuros. O trabalho de parto prematuro pode estar relacionado a fatores
sociodemográficos, nutricionais e/ou interrupção eletiva da gestação por motivos
maternos ou fetais. Além disso, condições clínicas pré-existentes ou adquiridas durante a
gravidez podem causar interferências. OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico
de mães de recém-nascidos prematuros internados em uma Unidade de Cuidados
Intensivos Perinatais de uma maternidade de São Luís-MA. MÉTODO: Estudo
transversal descritivo. Foram analisados 73 prontuários de RNs adminitos na unidade de
cuidados intensivos perinatais de uma maternidade em São Luís-MA, utilizando como
critérios de inclusão: ter nascido prematuro, entre fevereiro e setembro de 2020 e possuir
prescrição para fisioterapia. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados elaborado
pelos autores a partir da ficha de admissão de fisioterapia do setor. RESULTADOS:
Observa-se que as mães dos recém-nascidos prematuros possuem idade média de 27,71
anos; 53,42% possuem ensino médio completo; 38,36% eram primíparas; 83,30%
relataram não ter planejado a gestação; 45,59% realizaram entre 4 e 6 consultas de pré-
natal; 34,25% tiveram infecção do trato urinário durante a gravidez; 89,04% informaram
não ter utilizado drogas durante a gestação e 76,71% tiveram parto do tipo cesáreo.
Quanto aos recém-nascidos, 60,27% são do sexo feminino; 39,73% eram pré-termo
tardio; 46,58% apresentaram baixo peso ao nascer e 8,22% foram a óbito.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se que alguns dos dados encontrados estão
relacionados a condições adequadas para o nascimento, como faixa etária, e nível de
escolaridade. Porém, também se pode observar o não planejamento da gravidez, presença
de infeccção do trato urinário durante a gestação e parto cesário que são fatores
diretamente relacionados a complicações neonatais.
Palavras-chave: Gestação. Prematuridade. Recém-nascidos.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PRODUTO DO DESAFIO 4.0 DE NEUROANATOMIA: “RELÓGIO
NEUROLÓGICO”
Lienderson Sousa de Oliveira¹; Maryna Pederiva Sá Sales²;
Sulane P. dos Santos Brito Alves³; Jacqueline Maria Maranhão Pinto Lima4

Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário Dom Bosco (UNDB) – MA.


1,2,3
4
Fisioterapeuta. Mestra em Ciência da Motricidade Humana pela Universidade Castelo
Branco – RJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: Este trabalho apresenta uma proposta de ensino/aprendizagem
diferente e integradora, trata-se da criação de um produto baseado na dificuldade dos
alunos em aprender o tema abordado. Parte da criação de uma maneira mais lúdica e da
relação dos nervos cranianos com as horas marcadas pelo relógio. O produto produzido
pelos alunos surgiu da observação das dificuldades e busca por meios inovadores e
divertidos para o estudo. A metodologia utilizada facilita para os alunos o aprendizado de
um conteúdo de relevada importância para o curso de Fisioterapia. OBJETIVO: O estudo
motivou-se pelas dificuldades dos alunos de Fisioterapia em memorizar os 12 pares de
nervos cranianos e suas respectivas funções durante as aulas de Neuroanatomia. A criação
do “Relógio Neurológico”, tem como objetivo facilitar a memorização dos pares
cranianos de forma lúdica e descontraída. METODOLOGIA: Foram utilizadas
pesquisas em livros e atlas de anatomia e neuroanatomia humana, além da observação das
dificuldades no aprendizado. Abordando a correlação de informações, tendo como
objetivo a fixação do conteúdo por visualização contínua do produto. Uma vez que o
“Relógio Neurológico” está no laboratório utilizado para as aulas de anatomia e
neuroanatomia, onde fica à disposição de todos os alunos dos cursos da área da saúde que
frequentam o laboratório diariamente. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Desafio 4.0
é uma metodologia ativa de ensino-aprendizagem que visa construir conhecimentos de
modo colaborativo. Utiliza metodologia baseada em desafios, elaborados com base nos
objetos de conhecimento previstos no Plano de Ensino. Dessa forma, criou-se um produto
facilitador de ensino/aprendizagem no qual observou-se a satisfação dos alunos de
Fisioterapia e os demais alunos da área da saúde, em serem ofertados conhecimentos
sobre o assunto exposto de maneira lúdica. CONCLUSÃO: O Relógio Neurológico
busca uma nova maneira para que os alunos aprendam o tema abordado, relacionando-o
a um objeto presente no dia a dia, o que nos permite resultados mais satisfatórios. Busca,
contudo, contribuir para o aprendizado não somente para os alunos de fisioterapia, bem
como, para os demais alunos de toda a área da saúde da UNDB, em relação ao tema
abordado.
Palavras-chave: Neuroanatomia; Nervos Cranianos; Sistema Nervoso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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PROSDÓCIMI, Fábio C.; SCHMIDT, Arthur G. Manual de Neuroanatomia Humana:


Guia Prático. 1. ed. São Paulo - SP: ROCA, 2014. 340 p. ISBN 9788541203159.

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GATILHO AUTOIMUNE REVERTIDO COMO CAUSA DE ACIDENTE
VASCULAR ENCEFÁLICO: UM RELATO DE CASO

Fabiana Silva e Sousa1, Daniela Videira Botton1, Camille Ortega Palhares1, Beatriz
Girardi Barcellos1 , Ana Beatriz Meschieri2, Augusto Marcussi Degiovani3

1
Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão
Preto, São Paulo.
2
Residente de Clínica Médica da Santa Casa de Ribeirão Preto, São Paulo.
3
Docente do Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto, São Paulo.
Email do autor principal: [email protected]>

Introdução: O Acidente vascular encefálico (AVE) é uma das principais causas de morte
no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, anualmente, em torno de 100 mil
pessoas morrem de AVE em todo o país (GRUPOCENE, 2019). Além do impacto
econômico gerado pelas sequelas do AVE, deve-se levar em consideração o impacto
social e familiar, visto que após o evento vascular, há a necessidade da reintegração
familiar, comunitária e social do paciente. O AVE é caracterizado pela instalação súbita
de um déficit neurológico focal, provocada por uma lesão cerebral, que é classificado em
dois grandes grupos: AVE isquêmico e AVE hemorrágico (LIMA et al.,2016). O AVE
isquêmico, é o mais frequente, sendo sua fisiopatologia determinada por uma obstrução
total ou parcial do fluxo sanguíneo, devido a presença de um êmbolo ou trombo no vaso,
com isso, haverá ausência ou redução da circulação sanguínea na região que é irrigada
pelo vaso acometido. Por outro lado, no AVE hemorrágico, há uma ruptura espontânea
do vaso sanguíneo, podendo levar a uma hemorragia intraparenquimatosa ou uma
hemorragia subaracnóidea (KERNAN, et al., 2016). As consequências são vastas e
dependentes da região do cérebro afetada, destacando-se déficit motor e sensitivo, afasia
e outros (KERNAN, et al., 2016). Nesse contexto, as principais manifestações
neurológicas são hemiparesia, afasia ou disartria, perturbações do equilíbrio, psicose e
coma (SANTOS et al., 1993). Com relação aos fatores de risco para a doença, é possível
classificá-los em modificáveis e não modificáveis. Os principais fatores modificáveis são:
hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, etilismo, tabagismo, obesidade,
sedentarismo, infarto agudo do miocárdio, endocardite infecciosa, fibrilação atrial,
aneurismas, vasculites e uso de drogas. Já os não modificáveis são: AVE prévio, idade
avançada e história familiar de AVE (GIRALDO, 2017). O acidente vascular encefálico
isquêmico (AVEi) pode ser causado, menos frequentemente, pelas vasculites autoimunes,
sendo o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) uma causa importante de AVE. Trabalhos
publicados mostram uma prevalência de 5% de isquemia cerebral em pacientes com LES,
sendo que o evento isquêmico ocorre em pacientes mais jovem (média de 38,3 anos)
(SANTOS et al., 1993). Dessa forma, foi avaliado no estudo a presença de sinais de
atividade do LES, por meio da detecção de anticorpos antifosfolípides, complemento
hemolítico total, frações C3 e C4, anticoagulante lúpico e vasculite cutânea a fim de
diagnosticar um acidente vascular encefálico isquêmico mediado por gatilhos autoimunes
(SANTOS et al., 1993). Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso de um

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paciente internado na Santa Casa de Ribeirão Preto, que sofreu um acidente vascular
encefálico isquêmico por gatilho autoimune e obteve reversão completa dos déficits
neurológicos e da imagem tomográfica. Desenvolvimento: Este trabalho é um estudo
observacional do tipo descritivo, com intuito de descrever um relato de caso de um
paciente masculino, de 48 anos, que no dia 2 de maio de 2021 teve um acidente vascular
encefálico isquêmico (AVEi). Nas imagens tomográficas de crânio realizadas sem
contraste, foi observado hipodensidade na região córtico-subcortical, localizada em
tronco encefálico esquerdo e hemisfério cerebelar esquerda, associado a apagamento dos
sulcos e fissuras, compatível com isquemia. O paciente é paraplégico há 5 anos em
decorrência de isquemia medular de causa não traumática. Assim, no episódio do AVE,
apresentou tetraplegia, ou seja, desenvolveu força grau 0 em membros superiores.
Durante o período de internação, o paciente apresentou critérios que fecharam diagnóstico
para Lúpus Eritematoso Sistêmico. O evento isquêmico ocorreu devido um gatilho
autoimune, o qual sudeu-se em decorrência de uma infecção por citomegalovírus, que foi
confirmada pela sorologia IgM reagente. Foi realizado como medida terapêutica a
prescrição de prednisona 40 mg. O paciente já se encontrava internado na Santa Casa de
Ribeirão Preto durante o ocorrido, devido a agudização de úlcera sacral de grau 5
infectada. Após a administração de prednisona, os déficits que ele apresentou devido ao
AVEi, foram reduzindo a ponto de restaurar a força em grau 5 nos membros superiores.
Assim, para fim de comprovação do quadro de reversão do AVEi, foi realizado uma
tomografia de crânio sem contraste no dia 11 de maio de 2021, onde as imagens
tomográficas foram compatíveis com a normalidade. Discussão: Em relação as opções
de tratamento para a reversão do AVE, segundo Bhaskar et al. (2018), os principais
tratamentos aprovados são a trombólise sistêmica e a trombectomia mecânica
endovascular. Os trombolíticos também podem ser denominados de ativadores de
plasminogênio ou fibrinolíticos, sendo as principais classes: tPA, estreptoquinase (SK) e
uroquinase (UK). Já a trombectomia mecânica corresponde a um procedimento cirúrgico
pouco invasivo que utiliza microcateter e outros dispositivos para retirar o coágulo de
sangue da artéria obstruída. Além disso, este estudo mostra que esses tratamentos
utilizados em monoterapia apresentam limitações, sendo portanto, favorável a terapia de
ponte (combinação dos tratamentos intravenoso e endovascular). Para Shi et al. (2018) o
tratamento com trombolíticos e com a trombectomia endovascular deve ser associada a
neuroprotetores. A reestenose precoce ou a reoclusão do vaso pode levar as desfechos
desfavoráveis a longo prazo, além do risco aumentado de hemorragia intracraniana
sintomática devido a terapia trombolítica, e dessa forma, os neuroprotetores são
benéficos, já que protegem a barreira hematoencefálica, diminuem o risco de
transformação hemorrágica e minimiza outros tipos de lesão de reperfusão após AVE
isquêmico. Conclusão: Os trombolíticos e a trombectomia mecânica são os principais
tratamentos instituídos para o AVE. Entretanto, no caso do paciente internado na Santa
Casa de Ribeirão Preto o tratamento utilizado foi prednisona 40 mg, com o qual houve
reversão completa do quadro de AVE, com desaparecimentos dos achados tomográficos
sugestivos de isquemia, além do reestabelecimento da força motora, da movimentação
dos membros superiores e reversão da afasia. Acredita-se que o AVE ocorreu por um
gatilho autoimune, em decorrência de infecção por citomegalovírus, já que o paciente

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teve diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico e IgM reagente para citomegalovírus,
tal evento foi resolvido com a corticoterapia.
Palavras-chave: acidente vascular encefálico; isquemia; autoimune; reversão.

REFERÊNCIAS:
BHASKAR, S. et al. Reperfusion therapy in acute ischemic stroke: dawn of a new
era?. Bmc Neurology, v. 18, n. 1, p. 1-26, 16 jan. 2018.
GIRALDO, Elias A. Acidente vascular encefálico isquêmico. 2017. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-encef%C3%A1lico/acidente-vascular-
encef%C3%A1lico-isqu%C3%AAmico?query=acidente%20vascular. Acesso em: 24
jul. 2021.

GRUPOCENE AVC é segunda causa de morte no Brasil e a principal causa de


incapacidade. 2019. Disponível em: https://gcene.com/avc-e-segunda-causa-de-morte-
no-brasil/. Acesso em: 24 jul. 2021.

KERNAN, W. N. et al: Pioglitazone after ischemic stroke or transient ischemic attack. N


Engl J Med 374 (14):1321–1331, 2016.
LIMA, A. G. T. et al. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: REVISÃO
SISTEMÁTICA SOBRE QUALIDADE DE VIDA E SOBRECARGA DE
CUIDADORES. Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria, Rio de Janeiro, v. 3,
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SANTOS, M. J. et al. Lesão Isquêmica em SNC em doentes com Lupus Eritematoso


Sistêmico. Acta Médica Portuguesa, v. 1, n. 7, p. 201-206, 1993.

SHI, L. et al. A new era for stroke therapy: integrating neurovascular protection with
optimal reperfusion. Journal Of Cerebral Blood Flow & Metabolism, v. 38, n. 12, p.
2073-2091, 7 set. 2018.

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COMPARAÇÃO DOS ESCORES MÉDIOS PARA OS MOTIVOS DE
ALIMENTAÇÃO PALATÁVEL ENTRE MULHERES E HOMENS ADULTOS
JOVENS BRASILEIROS

Priscila Carvalho Santos1; Wanderson Roberto da Silva1; Juliana Alvares Duarde Bonini
Campos1
1
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho, Araraquara, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Alimentos e bebidas palatáveis são caracterizados por apresentarem


alta concentração de gordura, açúcar e/ou sal. Esses alimentos são, geralmente, escolhidos
e consumidos na ausência da necessidade fisiológica, a partir da fome hedônica. A fome
hedônica é influenciada pelo valor de recompensa dos alimentos, o que pode guiar as
futuras decições referentes à escolha e consumo alimentar. Diversos são os motivos que
podem levar os indivíduos a buscarem alimentos e bebidas palatáveis, entre eles
enfrentamento de emoções e situações negativas, recompensa (prazer), situações sociais
e conformidade (se encaixar em um grupo). Para investigar os motivos para o consumo
de alimentos e bebidas palatáveis usou-se a Escala de Motivos para Alimentação
Palatável (PEMS). OBJETIVOS: Comparar os escores médios para os motivos de
alimentação palatável entre mulheres e homens adultos jovens brasileiros.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, com
delineamento amostral não probabilístico por conveniência. Indivíduos com idade entre
18 e 35 anos, capazes de ler e responder sozinhos, foram convidados a participar da
pesquisa. Posteriormente adotou-se amostragem em bola de neve, onde os indivíduos
indicavam novos participantes. A escala da PEMS foi entregue em formato de papel e os
participantes preencheram o instrumento com caneta. O escore médio da PEMS para cada
indivíduo foi calculado a partir da resposta dada ao conjunto de itens de cada fator
(Enfrentamento, Recompensa, Social e Conformidade). Além disso, foi identificado o
intervalo de 95% de confiança (IC95%) para os sexos feminino e masculino e,
posteriormente, estes foram comparados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Um total de
1031 indivíduos (mulheres = 61,6%) com média de idade de 25,5 (DP = 5,3) completaram
o estudo. Observou-se que as mulheres apresentaram maiores escores para os fatores
Enfrentamento (mulheres: média=2,44; IC95%=2,35-2,53; homens: homens:
média=1,87; IC95%= 1,79-1,96) e Recompensa (mulheres: média=2,44; IC95%= 2,36-
2,52; homens: média=2,25; IC95%= 2,16-2,33), comparado aos homens. Os demais
fatores não foram diferentes entre os sexos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As mulheres
indicaram ser mais motivadas a consumir alimentos e bebidas palatáveis por razões de
Enfrentamento e Recompensa quando comparadas aos homens. Esses resultados podem
auxiliar no entendimento dos profissionais da saúde acerca das motivações individuais e

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entre mulheres e homens na busca e motivação para consumir alimentos e bebidas
palatáveis.
Palavras-chave: Comportamento alimentar; Alimentação; Recompensa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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of the Palatable Eating Motives Scale. Appetite, v. 72, p. 66-72, 2014.
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ANAFILAXIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Débora Maria Figueiredo Lucena1; Alessandra Jespersen de Athayde Rocha2; Ana


Kitéria Pinheiro Cavalcante3; Laís Mara Sampaio Pinheiro Lima4; Isadora Teixeira de
Freitas Cavalcante5; Jéssika Figueiredo Lucena6

1,2,3,4,5
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Christus (Unichristus)
6
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário Facisa (Unifacisa)
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A anafilaxia representa uma resposta imunológica sistêmica grave que


tem um índice normal em emergências. Em muitos casos, seu desenvolvimento é incerto,
bem como importante, exigindo uma compreensão muito melhor dessa condição por
especialistas. Pensando que o diagnóstico médico da anafilaxia é basicamente científico,
compreender seus atributos é vital para um reconhecimento muito precoce e um
acompanhamento adequado. O conhecimento sobre anafilaxia por especialistas em saúde
e bem-estar deve ser atualizado regularmente; no entanto, várias pesquisas relataram uma
falta de conhecimento sobre o assunto por alguns profissionais médicos. Os primeiros
socorros pretendem dar suporte a características importantes, assim como a opção da
medicação adequada se relaciona para evitar um resultado mortal. Como prioridade, o
uso de epinefrina intramuscular (IM) é sugerido, o que também deve ser recomendado
em clientes de método autoinjetável que atualmente tiveram anafilaxia para evitar
acidentes fatais em casos frequentes. Os anti-histamínicos, assim como os
corticosteroides, no entanto, são muito mais utilizados nesses cenários, o que pode
discutir a maior possibilidade de evolução para choque e / ou falha do sistema respiratório.
Com o exposto, pensa-se ser essencial compreender as facetas básicas da anafilaxia e os
obstáculos para fornecer um tratamento rápido e confiável dos problemas anafiláticos,
visto que a variedade de situações desse problema ocorre na divisão de
emergências.OBJETIVOS: Buscar na literatura informações quanto as facetas básicas
da anafilaxia e os obstáculos para fornecer um tratamento rápido e confiável dos
problemas anafiláticos. METODOLOGIA: Foi realizado um depoimento de obras
literárias. A coleta de informações foi realizada no SCIELO e no PUBMED utilizando os
descritores em conformidade com o bem-estar: "Anafilaxia; Diagnóstico Médico;
Emergência; Saúde Pública; Tratamento". RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Escolhemos 19 artigos publicados em inglês e português entre os anos de 2012 e 2020. A
anafilaxia normalmente surge de um dispositivo imunológico contra vários antígenos
revelados a um indivíduo anteriormente animado. Sua patogênese inclui ativação direta
de células polares, que anunciam o lançamento de árbitros inflamatórios. Esses compostos
ativam o início repentino de sinais e sintomas. Durante as crises, as pessoas apresentam
sinais e sintomas que predominam no sistema tegumentar e no sistema respiratório. O

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diagnóstico médico é sintomático. A administração restauradora deve ser rápida para
evitar dificuldades graves e a medicação de opção é a adrenalina. O entendimento desse
problema ainda é obsoleto por alguns especialistas em bem-estar, o que sustenta o
acompanhamento médico ineficiente de alguns clientes além do maior incidente de
fatalidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A anafilaxia é um problema científico
possivelmente mortal que deve ser tratado de forma adequada em uma emergência para
diminuir a variedade de fatalidades.
Palavras-chave: Anafilaxia; Diagnóstico médico; Tratamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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OS PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O CATETER
CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) PARA PREVENÇÃO E
CONTROLE DE INFECÇÕES
Scarlett Suzan Correia Marques Camargo1; Andreza Martins Carreiro de Cavarlho 2;
Amaly Vidal Aziz 3; Débora Costa Kind4; Gabrielle Cristine Vidal Ferro5; Ternize
Mariana Guenkka6
1,2,3,4,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Mato Grosso
6
Enfermeira. Especialista em Auditoria e Gestão Hospitalar pela Universidade Federal do
Mato Grosso
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Cateter de Acesso Venoso Central por Inserção Periférica (PICC) é
uma competência de enfermeiros e médicos capacitados. Entretanto, o enfermeiro tem
papel primordial na preservação do PICC e na capacitação da equipe de enfermagem em
relação aos cuidados para manuseio e manutenção do dispositivo. OBJETIVOS:
Descrever os principais cuidados com o PICC segundo a literatura. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em artigos nacionais, que abordaram a
temática estudada. A busca bibliográfica foi realizada na seguinte biblioteca virtual:
SciELO e Google Acadêmico, no período de 2014 a 2021. Foram utilizando os
descritores: Cuidados de Enfermagem, Cateterismo Periférico, e Enfermagem, resultando
na seleção de 3 artigos para o estudo RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os principais
cuidados de enfermagem ao PICC, são: Realizar higienização das mãos durante 40 a 60
segundos, antes e após o manuseio do cateter com solução antisséptica degermante de
gluconato de clorexidina e/ou álcool gel 70%; Usar luva de procedimento para manipular
dispositivos; Usar seringas de 10 e 20 ml para medicações; realizar desinfecção das
conexões a cada manuseio antes de serem acessados, com álcool à 70% como segunda
escolha por meio da fricção rigorosa com, no mínimo, cinco movimentos circulares;
trocar cânulas e conectores imediatamente quando houver presença de coágulos, e de 72h
caso permaneçam íntegras; realizar teste de permeabilidade do PICC antes e após utiliza-
lo, injetando solução contendo 0,9% de cloreto sódio, duas vezes o valor mínimo do
priming do cateter; realizar primeira troca do curativo estéril com gaze em 24 horas;
Realizar troca de curativo a cada sete dias; utilizar técnica asséptica para realização da
troca do curativo estéril transparente e semipermeável sobre o local de inserção; realizar
troca de curativos se sujidade ou risco de descolamento; realizar inspeção da integralidade
do PICC e seu funcionamento diariamente, e quando houver evento adverso ou queixa
técnica, durante a terapia intravenosa; avaliar sítio de inserção diariamente, no mínimo a
cada troca de plantão; avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter;
administrar drogas simultaneamente, somente, quando conhecido a compatibilidade entre
as mesmas; manter permeabilidade do fluxo sanguíneo por meio de fluxo contínuo de
fluídos; prevenir e monitorar quanto aos sinais de infecção, resistência na infusão. A
utilização do PICC é correlacionada a um alto índice das Infecções Primárias da Corrente
Sanguínea Relacionada a Cateter (IPCS-RC) e uma das estratégias para minimizar as

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IPCS-RC e garantir a segurança do paciente é a sistematização dos cuidados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os cuidados de enfermagem ao paciente em uso de PICC
são indispensáveis uma vez que contribui para a diminuição dos riscos de infecção e
consequentemente o tempo de internação hospitalar.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Cateterismo Periférico; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)


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PINTO, M. M. M.; NASCIMENTO, V. D.; VASCONCELOS, S. P.; FREIRE, G. M.
M.; PENA, S. B. S.; SANTOS, S. D. L. S.; POMPEU, M. R. M.; RAMOS, I. O.;
ROLIM, K. M. C.; MAGALHÃES, F. J. O enfermeiro no cuidar ao neonato em uso de
picc: revisão integrativa. RETEP - Rev. Tendên. da Enferm. Profis., p. 2269-2275,
2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A RELAÇÃO ENTRE O DIAGNÓSTICO DE COVID-19 EM PACIENTES COM
LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA E CRÔNICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Gabriela de Gusmão Pedrosa Eugênio1; Emilly Gomes de França Moura2; Lucas de


Jesus Silva3; Marília de Araújo Alves 4 e Stephanie Caroline da Costa Ferreira5

1,2,3,4,5Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Cesmac


E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Diante do surgimento da COVID-19 - infecção causada pelo vírus


SARS-CoV-2 - o tratamento concomitante às neoplasias hematológicas, com destaque
para as leucemias mieloides, sofreu com os novos desafios trazidos, sobretudo pela
escassez de estudos, de informações sobre o prognóstico e manejo ideal dos pacientes,
pequenos tamanhos de amostra, além de se tratarem de duas doenças potencialmente
fatais. Os estudos existentes demonstram que portadores de leucemia e COVID-19, de
maneira síncrona, apresentam riscos elevados de agravo na capacidade respiratória,
problemas no tratamento subjacente devido à interação medicamentosa e
desenvolvimento mais rápido de sintomas graves, seguido de morte, já que esse câncer
hematológico apresenta efeito imunossupressor no indivíduo em tratamento, pois a
quimioterapia provoca pancitopenia e níveis reduzidos de neutrófilos.
Consequentemente, faz-se necessário estratégias específicas e monitoramento intensivo
dessa população imunossuprimida, para compreensão da realidade trazida com a COVID-
19. OBJETIVOS: O estudo objetiva analisar a relação entre a leucemia mieloide aguda e
crônica e o teste positivo para COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de
literatura com busca na plataforma PubMed através dos descritores "leukemia" AND
“myeloid” AND “COVID-19”. Dentre os critérios de inclusão foram selecionados artigos
publicados em português, inglês e espanhol e datados do período de 2019 a 2021, já os
critérios de exclusão foram dissertações, monografias e revisões sistemáticas, além de
artigos com temas não relacionados à pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
princípio, foram encontrados 25 artigos, dos quais foram selecionados 7. Um dos estudos
constatou um risco aumentado de COVID-19 em indivíduos em fase avançada de
leucemia mieloide crônica (LMC), essa mesma pesquisa relatou uma prevalência de
COVID- 19 em pessoas com LMC, que foi ainda maior em pacientes com terapia TKI
(inibidores da tirosina kinase). Entretanto, um dos artigos não mencionou risco
aumentado de contaminação por COVID-19 em pacientes com leucemia mieloide aguda
(LMA), em comparação com outros tipos de cânceres. Além disso, observou-se que as
taxas de COVID-19 em indivíduos hospitalizados com cânceres hematológicos eram
semelhantes ao de pessoas saudáveis, porém, esses pacientes apresentavam um quadro
clínico mais grave e com mais mortes em comparação ao grupo controle. Um estudo de
caso descreveu um paciente com LMA que apresentou complicações em decorrência de
infecção por COVID-19, sugerindo que pacientes com leucemia infectados com COVID-
19 apresentam risco aumentado de complicações e mortalidade. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Contudo, sabe-se que todos esses estudos ainda são muito recentes e imaturos,
exigindo mais investigações para compreender a verdadeira relação entre as leucemias

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


mieloides e a infecção por COVID-19. Apesar da escassez de pesquisas que
correlacionam a COVID-19 e as Leucemias Mieloides, observa-se que o receio de
exposição ao vírus e a dificuldade de acesso ao sistema de saúde potencializada pela
pandemia, fazem com que o diagnóstico, tratamento e prognóstico de pacientes
acometidos previamente por condições como doenças crônicas e cânceres sejam
postergados, aumentando as conhecidas chances de complicações e mortalidade diante de
uma infecção pelo coronavírus. Portanto, a coexistência de COVID-19 e leucemias
mieloides podem gerar complicações com risco de vida durante o curso clínico,
principalmente devido à imunossupressão presente.
Palavras-chave: Leucemia Mieloide Aguda; Leucemia Mieloide Crônica; COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRARA, Felicetto et al. Impact of Covid-19 on the treatment of acute myeloid
leukemia. Leukemia, v. 34, n. 8, p. 2254-2256, 2020. FERRER CASTRO, Jacno Erik et
al. La COVID -19 en un paciente leucémico. Revista Cubana de Hematología,
Inmunología y Hemoterapia, [S.l.], v. 36, ago. 2020. ISSN 1561-2996. HE, Wenjuan et
al. COVID-19 in persons with haematological cancers. Leukemia, v. 34, n. 6, p. 1637-
1645, 2020.
KHAN, Abdul Moiz et al. Concurrent diagnosis of acute myeloid leukemia and COVID-
19: a management challenge. Cureus, v. 12, n. 8, 2020. LI, Weiming et al. COVID-19 in
persons with chronic myeloid leukaemia. Leukemia, v. 34, n. 7, p. 1799-1804, 2020.
NETO, E. G. et al. COVID-19 EM PACIENTE COM LEUCEMIA MIELOIDE
AGUDA: UM RELATO DE CASO. Hematology, Transfusion and Cell Therapy, v. 42,
p. 525, 2020. RIBEIRO, Leonardo Marques Moura et al. Diagnóstico ocasional de
leucemia mielóide aguda em vigência de infecção por SARS-CoV-2.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
INFANTIL COM PAROTIDIDE

Gabriele Batista Ferreira Pacheco 1

1Enfermeira pelo Centro Universitário de Brasília


E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A parotidite mais conhecida como caxumba é uma doença infecciosa


viral aguda e contagiosa, que pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso do corpo
humano, mas é mais comum afetar especialmente as glândulas parótidas que fazem parte
do conjunto de glândulas produtoras de saliva, ou as glândulas submandibulares e
sublinguais, próximas ao ouvido. OBJETIVO: Diante do exposto o presente estudo tem
como objetivo descrever os meios de atuação e cuidados da equipe de enfermagem junto
com a Sistematização da Assistência de Enfermagem frente ao paciente com parotidite.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo relato de caso, dados coletados através
da consulta de enfermagem, direcionado ao paciente com parotidite realizado Unidade
Básica de Saúde – UBS 01 Asa Sul do Distrito Federal. RESULTADO: Procurou a
Unidade Básica de Saúde após ligação da escola informando que o filho apresentava um
quadro febril muito alto sem presença de melhora, relatando dor em ramo mandibular
esquerdo, mãe informa que o filho apresentou febre nos últimos dias, com um episódio
de vômito, mal-estar e fadiga. CONCLUSÃO: O estudo de caso possibilitou a abordagem
ao paciente com doença parotidite/caxumba além do aprofundamento sobre a temática, e
a importância da atuação de Enfermagem na abordagem a esses pacientes. Uma vez que,
a proteção dos indivíduos com as vacinas proporcionada é valiosa e de suma importância.
A alta cobertura vacinal possibilita a eliminação da doença endêmica; e a redução dos
surtos, limita a propagação do vírus para aglomerados populacionais e reduz a frequência
dessas complicações. Palavras chave: Doença, Paciente, Parotidite.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Gabriela Araujo et al. Caxumba: atualização. 2017.
DE ALMEIDA SOUSA, Millena Lorrana et al. Parotidite supurativa aguda em paciente
jovem e sistemicamente saudável. Revista da Faculdade de Odontologia de Lins, v. 30,
n. 1, p. 117-121.
DE ABREU AMARO, Catarina; SANTOS, Constança Soares; COSTA, Ricardo Jorge.
Parotidite Aguda Neonatal a Streptococcus agalactiae: uma forma rara de infecção
neonatal tardia.
DE AVELAR, JACKSON MANDELLO. INCLUSÃO DE SURDOS NA ESCOLA: UM
ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM SÃO
SEBASTIÃO DO PARAÍSO-MG.
LIMA, Nísia Trindade. INSTITUTO NACIONAL DE INFECTOLOGIA EVANDRO
CHAGAS-INI.
MOREIRA, Guilherme Matos et al. Parotidite Infecciosa. Revista de Odontologia
Contemporânea, v. 3, n. 1 Supl 1, p. 59-59, 2019.
MOSCÔSO, Lilian et al. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO
DA CAXUMBA. REVISTA ACADÊMICA FACOTTUR-RAF, v. 2, n. 1, p. 69-78,
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


NAJAR, Lucas; HILÁRIO, Eduardo. Síndrome de flutter ocular e ataxia de tronco pós-
infecciosa. Revista Brasileira de Neurologia, v. 55, n. 2, 2019.
NOGUEIRA, Luanna Izabella Oliveira et al. Situação de saúde das pessoas privadas de
liberdade no sistema prisional. 2017.
RODRIGUES, Helena; BRITO, Maria João. PROTOCOLOS DE ACTUAÇÃO
UNIDADE DE INFECCIOLOGIA
SILVEIRA, Marília Campos da. Plano de ação para modificação dos fatores de riscos que
influem na qualidade de vida dos pacientes diabéticos da Unidade Básica de Saúde José
Sabino de Assis Leite em Ubaporanga-Minas Gerais. 2017.
TABORDA, Amanda Caroline Damas. Caxumba: aspectos de uma epidemia. 2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANEMIA FALCIFORME E TERAPIA GENÉTICA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Sofia Prado¹; Regina Tavares Carmona²; Alexandre Sampaio Rodrigues Pereira³

¹ ² Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)


³ Docente do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária causada por


uma mutação no gene que codifica a cadeia β-globina da hemoglobina (Hbβ), resultando
na substituição do glutamato por valina. Como consequência, os pacientes com essa
condição possuem fenômenos vaso-oclusivos intermitentes e anemia hemolítica crônica
devido ao formato da hemoglobina em foice e da hemólise celular. Os tratamentos são
essenciais para que haja uma melhoria na qualidade de vida e para que os prejuízos
orgânicos sejam minimizados. OBJETIVO: Descrever a anemia falciforme e a terapia
genética. METODOLOGIA: Foi feita uma revisão de literatura com busca no PubMed,
sendo utilizados os descritores “Sickle Cell Anemia" e "Gene Therapy” associados pelo
operador booleano AND. Como critério de inclusão, foram selecionados artigos
publicados na íntegra, no idioma inglês, entre os anos de 2020 e 2021, totalizando 79
artigos. Por fim, foram excluídos alguns artigos que não descreviam de forma sistemática
a anemia falciforme e a terapia genética, sendo selecionados 9 artigos para a confecção
deste trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A terapia genética consiste na adição ou
modificação na regulação de alguns genes das células-tronco do paciente, a fim de
prevenir a falcização da hemoglobina, adicionar genes de beta-hemoglobina ou induzir a
produção de hemoglobina fetal (HbF). Em seguida, é realizado um transplante autólogo,
devolvendo as células para o paciente. O BCL11A é um um repressor dos genes que
compõem a HbF, assim, muitos estudos têm sido desenvolvidos para a transferência de
genes através de vetores lentivirais e ruptura de elementos regulatórios do BCL11A,
inibindo a sua ação e aumentando a produção de HbF. A principal vantagem do método
é a utilização de células próprias do paciente, eliminando a necessidade de um doador
HLA compatível. Além disso, não há necessidade de imunossupressão, excluindo os
riscos de rejeição ao enxerto. Por outro lado, essa terapia é complicada em pacientes com
anemia falciforme, visto que esse procedimento requer a colheita da medula óssea e
pacientes com essa condição possuem células CD34+ em quantidade e qualidade abaixo
do ideal, necessitando de várias colheitas, o que aumenta o risco de crise de dor aguda.
Outrossim, a estimulação de fator de colônia de granulócitos (G-CSF), considerada
atualmente o padrão ouro para a mobilização celular, é contraindicada em pacientes com
anemia falciforme, devido às complicações que pode causar. Além disso, é necessário
realizar quimioterapia mieloablativa para reduzir a hematopoese do paciente, um processo
com muitos efeitos adversos. Por fim, os estudos a respeito dessa nova terapêutica ainda
estão em fases iniciais e, assim, ainda não existem dados suficientes que comprovem a
eficácia a longo prazo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A anemia falciforme é uma doença
com altas taxas de morbidade e mortalidade. Nos últimos anos, ocorreu um grande avanço
no desenvolvimento de novas terapêuticas para essa doença. No entanto, são necessários

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


mais estudos antes da aplicação clínica, já que há preocupações sobre genotoxicidade,
edição de genes fora do alvo e mutagênese. Além disso, os locais onde esta doença é mais
prevalente, como a África Subsaariana, ainda não possuem infraestrutura para realizar
esse procedimento.
Palavras-chave: “Anemia Falciforme”; “Terapia Genética”; “Hematologia”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANUROGO, D. et al. Cell and gene therapy for anemia: Hematopoietic stem cells and
gene
editing. International Journal of Molecular Sciences, v. 22, n. 12, p. 1–27, 2021.
ATAGA, K. I.; RAI, P. Drug Therapies for the Management of Sickle Cell Disease.
F1000Research, v. 9, p. 1–15, 2020.
BENDER, M. A. Sickle Cell Disease. Gene Reviews, p. 1–35, 2021.
BRODSKY, R. A.; DEBAUN, M. R. Are genetic approaches still needed to cure sickle
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CURTIS, S. A.; SHAH, N. C. Gene therapy in sickle cell disease: Possible utility and
impact.
Cleveland Clinic Journal of Medicine, v. 87, p. 28–29, 2020.
ESRICK, E. B. et al. Post-Transcriptional Genetic Silencing of BCL11A to Treat Sickle
Cell
Disease. N Engl J Med., v. 176, n. 5, p. 139–148, 2017.
SALINAS CISNEROS, G.; THEIN, S. L. Recent Advances in the Treatment of Sickle
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Disease. Frontiers in Physiology, v. 11, p. 1–15, 2020.
STEINBERG, M. H. Treating sickle cell anemia: A new era dawns. American Journal
of
Hematology, v. 95, n. 4, p. 338–342, 2020.
TISDALE, J. F.; THEIN, S. L.; EATON, W. A. Treating sickle cell anemia. Science, v.
367,
n. 6483, p. 1198–1199, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


AS CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO
DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE: REVISÃO DE
LITERATURA

Lívia Torres Horta de Araujo1; Ana Laura Hespanhol Moraes1; Larissa Alcântara de
Oliveira1; Maria Luiza Lanziotti Nogueira.1

1 Graduanda em Medicina pela Faculdade de Medicina de Barbacena


E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) está


presente em, aproximadamente, 2 a 18% da população de todo o mundo1 . Ao se tratar
do subtipo de TDAH em que há predomínio da desatenção, deve-se levar em consideração
a redução do foco e do processo cognitivo desse grupo2 , o que resulta em crianças com
dificuldade na realização de atividades por longo período de tempo quando não se há
acompanhamento adequado. Dessa forma, é válida a realização de estudos para
compreender as dificuldades que esses jovens e seus responsáveis possam ter tido ao
longo da pandemia e as repercussões de uma possível falta de auxílio por profissionais
que possuem o conhecimento e prática na educação desses indivíduos. OBJETIVO:
Apontar as possíveis consequências da pandemia nas crianças com TDAH.
METODOLOGIA: O seguinte estudo de revisão de literatura foi feito através de
pesquisas nas línguas portuguesa, inglesa e francesa na plataforma UpToDate e sites das
organições de Residência Pediátrica – a Revista Pediátrica e outros artigos encontrados
no PubMed. RESULTADOS E DISCUSSÃO: É indiscutível que a mudança de rotina
exigiu adpatações na vida de todos, mas existem grupos com maior dificuldade de se
encaixarem aos novos cronogramas. Pela leitura dos artigos, foi possível avaliar a grande
dificuldade pelos profissionais em controlar e orientar os pacientes com distúrbios
neurológiocos e seus pais sobre como superar essa fase, principalmente, quando se há
distanciamento e aumento de tempo de tela que contribuem para um maior desequilíbrio
de ensino3 . Um dos impactos observado é a insônia, que se torna complexa, visto que a
criança dorme menos por estresse externo, ficando mais ansiosa, atrapalhando o sono,
tornando o ciclo circadiano descompensado4 . Além disso, também foi perceptível
aumento da irritabilidade, distração e piora de alguns sintomas de TDAH, principalmente
pelo longo período de uso de tecnologia5 . Entretando alguns estudos parecem ter
mostrado que não houve piora significativa para o sintomas das crianças com essa
peculiaridade causado pelo distanciamento social5,6 . CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Ainda não se sabe o quanto esse período de tempo seguindo protocolos de segurança irá
atrapalhar em longo prazo na vida acadêmica desses estudantes. Entretanto, é impossível
não perceber que esses últimos anos irão mudar algumas dinâmicas, inclusive a forma de
ensino. Portanto, definitivamente será de grande interesse uma maior investigação no
futuro a fim de combater os possíveis prejuízos que podem ter acontecido devido ao
afastamento.
Palavras-chave: “TDAH”; “pandemia”; “criança”.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Krul, K. R. (2019) Attention Deficit Hyperactivity Disorder in Children and
Adolescents: Epidemiology and Pathogenesis. Torchia, M. M. (Ed.), UpToDate.
2. Krul, K. R. (2019) Attention Deficit Hyperactivity Disorder in Children and
Adolescents: Clinical Features and Diagnosis. Torchia, M. M. (Ed.), UpToDate.
3. Araujo RL, Oliveira GP. Potenciais danos silenciosos da pandemia COVID-19 em
crianças com transtorno do neurodesenvolvimento e paralisia cerebral. Resid Pediatr.
2020;10(3):1-3 DOI: 10.25060/residpediatr-2020.v10n3-418.
4. Becker SP, Gregory AM. Editorial Perspective: Perils and promise for child and
adolescent sleep and associated psychopathology during the COVID-19 pandemic. J
Child Psychol Psychiatry. 2020 Jul;61(7):757-759. doi: 10.1111/jcpp.13278. Epub 2020
May 31. PMID: 32474941; PMCID: PMC7300787.
5. Werling AM, Walitza S, Drechsler R. Impact of the COVID-19 lockdown on screen
media use in patients referred for ADHD to child and adolescent psychiatry: an
introduction to problematic use of the internet in ADHD and results of a survey. J Neural
Transm (Vienna). 2021 Jul;128(7):1033-1043. doi: 10.1007/s00702-021-02332-0. Epub
2021 Apr 22. PMID: 33885969; PMCID: PMC8060336.
6. Bobo E, Lin L, Acquaviva E, Caci H, Franc N, Gamon L, Picot MC, Pupier F, Speranza
M, Falissard B, Purper-Ouakil D. Comment les enfants et adolescents avec le trouble
déficit d’attention/hyperactivité (TDAH) vivent-ils le confinement durant la pandémie
COVID-19 ? [How do children and adolescents with Attention Deficit Hyperactivity
Disorder (ADHD) experience lockdown during the COVID-19 outbreak?]. Encephale.
2020 Jun;46(3S):S85-S92. French. doi: 10.1016/j.encep.2020.05.011. Epub 2020 Jun 7.
PMID: 32522407; PMCID: PMC7276130.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASPECTOS DA TUBERCULOSE EM SÃO PAULO: UM ESTUDO
EPIDEMIOLÓGICO
Camila França da Silveira e Sousa1; Nathalia Duailibi Sperandio1; Victória Nogueira
Bispo1; Siderleu Pires Rosa Júnior1
1 Graduando em Medicina pela Universidade de Franca - UNIFRAN
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma das doenças mais antigas descritas e constitui uma
importante causa de morte em todo o mundo. Caracteriza-se por uma infecção pelas
bactérias do complexo Mycobacterium tuberculosisque que pode se desenvolver em
vários órgãos, sendo o pulmão o mais acometido. A tuberculose pulmonar é a forma mais
relevante da doença, uma vez que forma mais importante de transmissão se dá por meio
de gotículas aerossolizadas por tosse, espirro ou fala, nos casos de tuberculose pulmonar
infecciosa. A tuberculose tem sido uma das doenças mais estudadas nos seus aspectos
biológico, epidemiológico, diagnóstico, terapêutico e profilático. Embora a incidência e
mortalidade da tuberculose estejam diminuindo em todo o mundo, a doença ainda é um
importante problema de saúde pública. OBJETIVOS: Avaliar os aspectos
epidemiológicos da tuberculose na população de São Paulo. METODOLOGIA: Trata-se
de um estudo epidemiológico, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação derivados das notificações dos casos de tuberculose da população de São
Paulo, no período de 2010 a 2020. As variáveis analisadas fora: ano de diagnóstico, sexo,
raça, faixa etária, escolaridade, confirmação laboratorial, forma da doença. Para este
estudo, foi realizado o cálculo de porcentagem dos dados e posteriormente plotados em
gráficos e tabelas, as análises quantitativamente foram realizadas utilizando o programa
Microsolft excel® versão 2013. Como a devida pesquisa trata-se apenas de uma análise
de um banco de dados de domínio público, o mesmo não necessita de aprovação por um
Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da pesquisa
epidemiológica foi possível obter um total de 222.037 casos confirmados notificados de
tuberculose no Estado de São Paulo. Em relação ao sexo, 159.932 eram masculinos,
111.185 entre 20-39 anos, 92.584 eram da raça branca, 48.480 possuiam o ensino médio
incompleto. O Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo e, desde
2003, a doença é considerada como prioritária na agenda política do Ministério da Saúde,
mesmo tendo o tratamento e o diagnóstico realizados de forma gratuita a nível universal
pelo SUS, ainda existem barreiras no acesso e acontecem 69 mil casos novos e 4.500
óbitos a cada ano, tendo como causa básica a tuberculose. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este estudo permite o conhecimento epidemiológico do número de casos de tuberculose
no Estado de São Paulo no período analisado, entre 2010 a 2020. É notório que a doença
assume grande importância epidemiológica no Estado. Apesar da incidência se manter
constante, a ampliação de programas de conscientização sobre medidas preventivas
assume grande importância ao combate e controle dessa doença.
Palavras-chave: Epidemiologia; Estudos Epidemiológicos; Infecções por Mycobacterium
Tuberculose; Saúde Pública.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DA CRUZ SILVA, Paulo Henrique et al. Análise comparativa do perfil epidemiológico
da Tuberculose no Estado do Tocantins e Região Norte do Brasil entre 2009 e 2019.
Revista de Patologia do Tocantins, v. 7, n. 1, p. 3-9, 2020.
HIJJAR, Miguel A.; PROCÓPIO, Maria José. Tuberculose–Epidemiologia e controle no
Brasil. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, v. 5, n. 2, 2006.
JÚNIOR, Antonio Carlos Vital et al. Avaliação do perfil epidemiológico da tuberculose
e a sua coinfecção TB-HIV nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Brazilian
Journal of Development, v. 6, n. 1, p. 441-456, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMEGEM NO PROCESSO DE MORTE

Gabriele B. Ferreira Pacheco 1; Ingrid Caroline Costa Pinto da Silva 2; Daniel Dias
Bezerra3; Izabel Maria Braz Oliveira4 .

1Enfermeira pelo Centro Universitário de Brasília


2 Enfermeira pelo Centro Universitário de Brasília
3 Enfermeiro pelo Centro Universitário de Brasília
4Enfermeira pela Universidade Católica de Brasília
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Antes de falar sobre morte, torna-se importante conceituá-la. A


pergunta “o que é a morte?” tem múltiplas respostas e nenhuma delas conclusivas.
Autores afirmam que morrer, cientificamente, é deixar de existir. Frequentemente os
profissionais de saúde, mais especificamente os enfermeiros, são expostos a casos de
enfrentamento da morte de pessoas sob seus cuidados, encontrando dificuldades em
encará-la como parte integrante da vida, tendo-a como resultado do fracasso terapêutico
e do esforço pela cura. OBJETIVO: Identificar a importância do papel do enfermeiro
nesse momento. METODOLOGIA: Trata-se de estudo qualitativo, de caráter
exploratório-descritivo. Participaram do estudo enfermeiros que atuavam na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Filantrópico em Montes Claros, norte de Minas
Gerais. Assim, totalizaram-se sete enfermeiros entrevistados. As entrevistas foram
realizadas na própria UTI, no mês de maio de 2011, individualmente, com data e horário
pré-agendado de acordo com a disponibilidade dos participantes. RESULTADO: As
falas dos entrevistados mostram que a morte é compreendida como uma etapa natural,
que faz parte da vida humana e que tem conotações diferentes, devido a aspectos
individuais e religiosos dos entrevistados. Percebeu-se ainda que existe um medo, um
tabu ao falar sobre a morte para alguns profissionais. Os enfermeiros relataram que a
proximidade da morte de um paciente, ao qual dedicou horas de trabalho, pode despertar
sentimentos como impotência, tristeza, medo e sofrimento. CONCLUSÃO: Verificou-
se que no enfrentamento da morte e processo de morrer pelo enfermeiro emergem
sentimentos como: impotência, angústia, sofrimento, tristeza, medo. E esses sentimentos
interferiram na assistência prestada ao enfermo e sua família, mas, por outro lado,
mostrou que, apesar da vivência constante com a morte na sua prática na UTI, os
enfermeiros ainda se sensibilizam com o processo de morte.
Palavras chave: Assitência; Enfermeiro; Morte.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALDISSERA, Ana Elisa et al. Perspectiva de profissionais de enfermagem sobre a


morte na emergência. Rev. enferm. UFPE on-line , p. 1317-1324, 2018.

BASTOS, Rodrigo Almeida; QUINTANA, Alberto Manuel; CARNEVALE, Franco.


Angústias psicológicas vivenciadas por enfermeiros no trabalho com pacientes em
processo de morte: estudo clínico-qualitativo. Trends in Psychology , v. 26, p. 795-805,
2018.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COGO, Silvana Bastos et al. O profissional de Enfermagem diante do processo de morte
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9, n. 7, pág. e764974752-e764974752, 2020.

GUTIERREZ, Beatriz Aparecida Ozello; CIAMPONE, Maria Helena Trench.


Profissionais de enfermagem frente ao processo de morte em unidades deterapia
intensiva. Acta Paulista de Enfermagem, v. 19, p. 456-461, 2006.

HUBER, Darliz Justino et al. Desafios e conflitos éticos vivenciados pela equipe de
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INFLUÊNCIA HISTOLOGIA DA INFECÇÃO POR ZIKA VÍRUS EM RATAS
GESTANTES

Lucas C. Giacomazzi1; Ana H. Tambara2; Renata Dellalibera-Joviliano3

1,2 Graduando em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)


3 PhD, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) e Universidade do Estado de Minas
Gerais
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Casos de Zika vírus são relatados no Brasil desde 2015,


consequentemente com o aumento do número de recém nascidos (RN) portadores de
microcefalia. Patogenia essa, responsável por influenciar negativamente o
desenvolvimento fetal, elevando o número de mortes prematuras e reduzindo o índice de
nascidos vivos, se caracterizando como uma preocupação nacional. Em 2020 já foram
notificados 30.763 casos prováveis de arboviroses no país, resultando em 14,6 casos para
cada 100 mil habitantes OBJETIVOS: Considerando o número de casos de Zika no país
e sua influência na saúde da população, este estudo busca analisar histologicamente
modelos experimentais de ratas gestantes desafiadas com soro positivo para Zika Vírus,
visando entender a influência dessa arbovirose nos principais tecidos maternos e fetais,
incluindo tecido renal, do sistema nervoso central e hepático, permitindo uma verificação
mais precisa da influência do vírus em órgãos principais, visto que as alterações clínicas
em humanos são muito diversificadas, abrangendo desde casos de fácil resolução a
manifestações com sequelas permanentes METODOLOGIA: Na metodologia, será
utilizado uma amostragem de 10 ratas da linhagem Wistars, que serão desafiadas com o
soro positivo no período gestacional, recendo 3 desafios intraperitoneais de Ac-Zika em
intervalos regulares de 1 semana. Após a confirmação da infecção serão coletadas
amostras de sangue periférico e será aguardado o período de parto para análise das proles
de ratas separadamente. Após o nascimento, primeiramente será avaliado se todos os
animais sobreviveram ao teste (mãe e neonato) e se não houve nenhum caso de aborto ou
natimorto. Em seguida, serão analisados através de biópsias os tecidos nervosos, renais e
hepáticos com suas respectivas análises anátomo-histológicos corados por Hematoxilina
e Eosina. A análise histológica será realizada seguindo os processos de fixação,
desidratação, diafanização ou clarificação, inclusão, hidratação e a coloração
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados encontrados evidenciaram que o soro
humano positivo para ZIKA não apenas prejudica o desenvolvimento da gestação das
ratas, fazendo com que essas tenham um menor número de prole viável, como gera
alterações histológicas tanto nas mães como nos fetos viáveis. No SNC foi possível a
identificação de diminuição da maturação e crescimento cerebral, somado a um aumento
do número de capilares endoteliais, presença de glicose nas células e proliferação
microglial. Nos Rins foi possível a visualização de proliferação tubular e infiltrado
inflamatório predominantemente linfoplasmocitário. O fígado não aparenta haver
alterações significantes. Permitindo uma verificação mais precisa da influência do vírus
em órgãos principais, visto que as alterações clínicas em humanos são muito
diversificadas, abrangendo desde casos de fácil resolução a manifestações com sequelas
permanentes este estudo foi importante ser realizado.CONSIDERAÇÕES FINAIS: É
possível concluir que o soro humano positivo para ZIKA gera alterações significantes nos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


tecidos maternos e fetais, evidenciando o agravamento que o quadro pode gerar tanto na
mãe como no neonato e o foco da infecção pelos órgãos nobres do corpo, principalmente
do SNC.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PACIENTE INFANTIL DIAGNOSTICADO COM BRONQUIOLITE AGUDA
EM UM HOSPITAL DO DISTRITO FEDERAL – UM RELATO DE CASO
Gabriele Batista Ferreira Pacheco 1
1Enfermeira pelo Centro Universitário de Brasília
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: A bronquiolite aguda (BA) é uma infecção respiratória aguda, de
etiologia viral, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre (bronquíolos), através
de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro respiratório do tipo obstrutivo
com graus variáveis de intensidade. OBJETIVO: Demonstrar por meio da análise de
dados coletados a importância da ocorrência de doenças respiratórias e gastroesofágicas
em um lactente. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo realizado em um
Hospital do Distrito Federal. O mesmo é baseado no relato da mãe do lactente, análise de
informações dos registros do paciente fornecidos por ela e no exame físico realizado, e o
diagnóstico através de exames realizados. RESULTADO: Paciente deu início ao
tratamento, respondendo bem as medicações e, após a alta, não foi necessário o uso de
nebulização por mais de 5 dias. O uso do soro maxidrat ainda é realizado, sendo utilizado
também o uso de soro fisiológico quando constatada a obstrução nasal. A presença de
secreção ainda é notória, mas em menor quantidade. CONCLUSÃO: Atualmente faz o
uso de domperidona devido ao refluxo que se tornou menos frequente com a mudança da
fórmula, mas ainda é constante. Apesar do refluxo, não apresenta alterações de apetite
(segundo relato materno) e tem aceitado bem grande parte dos alimentos inseridos. Diante
do caso exposto é notório a importância de um diagnóstico precoce.
Palavras chave: Bronquiolite, Doença, Paciente Infantil

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Juliana Carvalho Tavares et al. Impacto da pandemia de COVID-19 na
epidemiologia pediátrica.
AMARAL-BASTOS, Manuela; FERREIRA, Isabel; PEREIRA, Margarida. Gestão da
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SARRA, Sheila Regina; MÜLFARTH, Roberta Consentino Kronka. A poluição
atmosférica e a saúde da população na cidade de Cubatão no período de 2010 a 2020
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


BENEFÍCIOS DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS EM PORTADORES DE
FIBROMIALGIA

Rutielen dos Santos Souza1; Marcus Vinicius Peralva Santos2

1Graduanda em Enfermagem pela Universidade Salvador – UNIFACS


2Biólogo. Doutor em Geologia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A fibromialgia (FM) é uma síndrome crônica dolorosa de causa


desconhecida, que se manifesta como uma dor generalizada, principalmente na
musculatura, podendo manifestar outros sintomas como fadiga, sono não reparador,
alteração de memória, ausência de atenção, ansiedade e em alguns casos até depressão.
Os tratamentos farmacológicos atrelados a esta síndrome são focados nos sintomas
apresentados pelos pacientes, tendo como objetivo aliviar dores, melhorar o
condicionamento físico, qualidade do sono, além de estabelecer o equilíbrio físico e
mental. Segundo a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, em 2018 a fibromialgia foi
detectada em 2% da população com idade média de 35,8 anos, tendo predominância no
sexo feminino e não apresentando relação com os hormônios. Em média a cada 10 casos,
sete são em mulheres apresentando idade entre 30 a 60 anos, apesar de ter registros de
casos em pessoas mais velhas, e até mesmo em crianças e adolescentes. OBJETIVO:
Pontuar os benefícios das terapias alternativas e complementares com abordagem
holística em portadores de fibromialgia (SFM), com destaque a Auriculoterapia,
Acupuntura e Ventosaterapia. METODOLOGIA:Trata-se de uma pesquisa de revisão
integrativa de literatura com abordagem qualitativa e caráter descritivo. A pesquisa
bibliográfica foi feita nas bases de dados online da Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Pubmed e pelo portal Bvs durante um período de 8 meses, no ano de 2020.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A auriculoterapia (AT) através do pavilhão vem
apresentando eficácia para o alívio de dores agudas e crônicas, com redução da sua
intensidade nas primeiras 48h de início da terapêutica, além de ser um recurso seguro. A
Acupuntura embora seja amplamente aceita por pacientes e equipes multidisciplinares, a
pesquisa realizada até agora não forneceu evidências suficientes de que ela possa ser
eficaz na síndrome fibromiálgica. A ventosaterapia mostra-se muito eficaz em pacientes
com fibromialgia, pois vem associada a uma massagem relaxante. Um dos sintomas
comuns são as dores nas costas crônicas, normalmente associada a ansiedade, estresse do
dia a dia, onde são geradas alterações físicas, emocionais e socioeconômicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo constata que a temática divide opiniões no meio
científico, mas as práticas integrativas e complementares em saúde PICS vem
apresentando benefícios frente às patologias crônicas bem como minimizando sintomas
agudos e crônicos, com exposição de efeitos adversos inferiores aos tratamentos
farmacológicos.
Palavras-chave: Fibromialgia; Tratamentos; PICS.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PRÉ-NATAL
NO DISTRITO FEDERAL

Izabel Maria Braz Oliveira1; Gabriele B. FerreiraPacheco2; Daniel Dias Bezerra3;


Ingrid Caroline Costa Pinto da Silva4 .

1Graduada em Enfermagem pela Universidade Católica de Brasília


2 Graduada em Enfermagem pela Centro Universitário de Brasília
3 Graduada em Enfermagem pela Centro Universitário de Brasília
4Graduada em Enfermagem pela Centro Universitário de Brasília

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Qualificar a assistência o pré natal das puérperas no Distrito Federal;


Estabelecer de que forma o pré natal interfere na vida dessas gestantes; assegurar o
desenvolvimento da gestação devido ao pré natal; identificar de que forma os cuidados
assistenciais influenciam durante toda gestação e parto. OBJETIVO: Caracterizar a
assistência ao Pré-Natal no Distrito- Federal – DF entre o período de 2015 a 2018;
Caracterizar o perfil sócio demográfico das mulheres que realizaram o pré-natal no
Distrito Federal no período de 2015 a 2018; Descrever o número de consultas no prénatal
no período de 2015 a 2018; Descrever o tipo de parto realizado no período de 2015 a
2018. MÉTODOS: Foi realizada um estudo descritivo com caráter retrospectivo que
buscou por meio da análise de dados pelo site DATASUS identificar os fatores citados e
de que forma isso acarreta na realização da assistência ao pré-natal. RESULTADO E
DISCUSSÃO: Foram analisados no período de 2015 a 2018 tais categorias: perfil sócio
demográfico das mulheres que realizaram o pré-natal no Distrito Federal; tipo de parto
realizado; e número de consultas realizados no pré-natal. CONSIDDERAÇÕES FINAIS:
Conclui-se com a importância de um pré natal realizado de forma devida, e como os
fatores externos influenciam na qualidade desse pré natal, buscando fazer com que esses
fatores sejam tratados de forma individual para cada puérpera, para assim ter uma
gestação tranquila.
Palavras-chave: Assistência ao Pré-Natal. Atenção Básica. Caracterização do Pré-Natal

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Por que nascem mais meninos que meninas todos os anos no mundo?. BBC NEWS. 27
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SZAPIRO, A. M.; FERES-CARNEIRO, T. Construções do feminino após anos sessenta:
o caso da maternidade como produção independente. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15,
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Venancio SI. Parto normal "a pedido". [Editorial] Notas sobre Nascimento e Parto 1998;
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TOXINA BOTULÍNICA COMO USO ESTÉTICO FUNCIONAL NA
ATUALIDADE

Leonardo Nogueira Tavares1; Ana Karina Fonseca de Carvalho Calderan Correa2.

1,
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Mauricio de Nassau, Recife,
Pernambuco, Brasil; 2Mestre em saúde pública e especialista em Harmonização
Orofacial, Recife, Pernambuco, Brasil

E-mail do autor para correspondência:

[email protected]

INTRODUÇÃO: A resolução 198/2019 reconhece a Harmonização como campo de


atuação do Cirurgião dentista. Um exemplo simples são as dores em ATM (Articulação
Temporomandibular) onde alguns pacientes com o uso da toxina, acabam atrofiando suas
musculaturas hipertróficas, onde rostos mais quadrados suavizam suas linhas e o fim
estético é aplicado, tornado estético funcional para o paciente, com menor volume facial
o resultado é harmônico. A toxina botulínica funciona inibindo os canais de acetilcolina
e impedindo a passagem de informações químicas neuronais, assim paralisando
temporariamente a musculatura de escolha para uso. O cirurgião dentista consegue
utilizar este artificio para tratar apertamentos, bruxismo, dores na atm e de cabeça, sendo
aplicada no musculo frontal suaviza a dor e traz o fim estético. OBJETIVO: a finalidade
deste estudo é mostrar que a anatômico e fisiologicamente a toxina na face tem fins tanto
clínicos na pratica diária do cirurgião dentista. METODOLOGIA: Trata-se de uma
revisão integrativa, foram utilizados 3 artigos de 2016 a 2021, como critério de inclusão
artigos que continham as palavras “Articulação Temporomandibular”, “Toxina
Botulínica” e “Odontologia”, os que não se enquadram neste critério foram para o critério
de exclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na literatura o uso clinico é amplamente
estudado, o alivio para disfunções temporomandibulares, sialorreia, hipertrofia
massetérica e sorriso gengival são de alto valor para clinica diária do cirurgião dentista.
Diversas dores na atm e de dor de cabeça derivam de estiramento uso de musculatura ou
ligamento, ao relaxa-los com a toxina trás conforto ao paciente, claro que não imediato,
a toxina entra em ação partir do 3 dia e atinge seu ápice no 15 dia da aplicação, dando
tempo para esta articulação ser estudada com calma e excluir diagnósticos diferenciais do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


paciente e nos dar até como planejar o futuro deste tratamento, porém com as diminuições
funcionais das musculaturas a pele consegue se regenerar pelo processo de neocolagênese
e reparar rugas, suavizar volume facial e assim obtendo-se o fim estético funcional na sua
atuação. Desta forma, a casos de exclusão de bichectomias desnecessárias, aplicação no
músculo levantador do lábio superior corrigindo o sorriso gengival, dispensando cirurgias
como a gengivoplastia, emagrecimento facial por redução da atividade muscular,
levantamento da columela ao aplicar no músculo nasal, diminuição do tamanho do
primeiro feixe do temporal, dando formas mais suaves ao rosto, tornando o uso da toxina
tanto clinico como funcional para diversos casos, tornando tratamentos mais seguros e
menos invasivos aos nossos pacientes. CONCLUSÃO: Fica evidente que depois da
resolução 198 do CFO, a liberdade de tratamento com toxina botulínica e seu uso estético
trouxe mais segurança para os pacientes e para seus desejos e patologias. Esteticamente
a procura por um mercado novo é recente, mas garantir sempre a qualidade nas nossas
atribuições como cirurgiões é nossa missão como profissão e ainda tornado nossos
tratamentos menos invasivos e com maior segurança. PALAVRAS-CHAVES: Toxina
botulínica; Odontologia; Articulação temporomandibular; Sorriso Gengival; Dor.

REFERÊNCIAS: BRAZ, J. O uso da toxina botulínica na correção do sorriso gengival-


revisão de literatura. O uso da toxina botulínica na correção do sorriso gengival-
revisão de literatura, PERIODONTOL, v. 27, 2017.

BISPO, LB. A toxina botulínica como alternativa do arsenal terapêutico na odontologia.


A toxina botulínica como alternativa do arsenal terapêutico na odontologia, Univ.
Cid. São Paulo, v. 27, ed. 31, p. 74-87, 2019.

D OLIVEIRA, Mauro; FERREIRA VALADÃO, Ingrid. A utilização da toxina


botulínica em odontologia. A utilização da toxina botulínica em odontologia, 3.
Ciência Atual, v. 9, ed. 1, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS BENEFICIOS DA EQUOTERAPIA NO PROCESSO DE ELEVAÇÃO DA
AUTOESTIMA EM UM ADOLESCENTE COM PARALISIA CEREBRAL: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Milla Fabiola Quadros de Jesus1

1
Graduanda em Terapia Ocupacional pela UFPa
[email protected]

INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral (PC) é uma lesão não progressiva e seus sinais
característicos são: espasticidade, perturbações do movimento, fraqueza muscular, ataxia
e rigidez; sendo as manifestações que são associadas dependem da magnitude, extensão
e localização das lesões do Sistema Nervoso Central (SNC). Estudos revelam que em
adolescentes com doença crônica são encontradas limitações e dificuldades em áreas
importantes para o desenvolvimento, como a vida acadêmica ou profissional, as relações
sociais (maior dependência e isolamento social, interações sociais mais restritas, menos
relações próximas com os seus pares sociais, menos amigos, menos relações de namoro,
relacionamento sexual mais tardio) e a sua própria imagem física. Posto isso, a autoestima
e o autoconceito podem ser fatores de risco na doença física e psicológica, tendo em vista
que adolescentes com doença crônica estão em maior risco de desenvolver problemas
comportamentais e emocionais. A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o
cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar envolvendo as áreas de saúde, educação
e equitação e é recomendada para indivíduos com deficiência, lesões neuromotoras de
origem encefálica ou medular; patologias ortopédicas congênitas ou adquiridas;
disfunções sensório-motoras; necessidades educativas especiais; distúrbios evolutivos,
comportamentais, de aprendizagem e emocionais. Dessa forma, pode auxiliar no
tratamento de pessoas com PC com enfoque psicossocial, em especial adolescentes com
doença crônica, tendo em vista que estes estão em maior risco de desenvolver problemas
comportamentais e emocionais. OBJETIVO: Analisar os efeitos da Equoterapia na
autoestima de um adolescente com paralisia cerebral. METODOLOGIA: Trata-se de
um relato de experiência, em que foram realizadas sessões de Equoterapia durante um
estágio extracurricular em uma instituição privada no município de Ananindeua em
Belém do Pará no ano de 2021. Acompanhadas por uma Equoterapeuta, as sessões com
duração de 30 minutos, foram feitas com um adolescente diagnosticado com paralisia
cerebral em nível I da escala GMFCS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o
período de atendimento, foram visualizados ganhos no ajuste postural devido os
movimentos tridimensionais do cavalo, influenciando no comportamento e comunicação
corporal do praticante, melhorando a confiança em si e na interação social devido a
independência em realizar montaria e guiar o animal. Através de entrevistas informais
com os responsáveis do praticante e com o próprio, foi notado significativa melhora na

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


comunicação entre pares, tanto verbal quanto não verbal. Demonstrando a necessidade de
maiores estudos dos efeitos das terapias integrativas na perspectiva da saúde mental de
adolescentes com PC. CONCLUSÃO: A Equoterapia auxilia no processo de
amadurecimento e ganho de confiança em pessoas com PC, se mostra eficaz em relação
aos benefícios físicos/psicomotores, benefícios sociais e benefícios psicológicos, através
das montarias constantes e independentes, proporciona ganhos no ajuste postural e
comunicação perceptiva do próprio corpo.
Palavras-chaves: Equoterapia; Paralisia Cerebral; Autoestima.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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para a Participação e Qualidade de Vida do Praticante com Paralisia Cerebral em
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CIRURGIA DE EXPLANTE DE MAMA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Júlia Fernandes Nogueira¹, Vinícius Leandro Oliveira


Medeiros² e Laís Moreira Borges Araújo³

¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas


² Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Brasília
³ Docente do curso de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O explante de mama é a remoção da prótese de silicone,


principalmente por questões de saúde, decorrentes da reposta imunológica do organismo
mediada por citocinas e interleucinas. Sob esse contexto, a síndrome autoimune induzida
por adjuvantes (ASIA), que engloba doenças autoimunes desencadeadas por silicone e
outras substâncias estranhas, associa-se, frequentemente, à prótese mamária, sendo as
doenças mais comumente descritas e seus agentes desencadeadores: linfomas e síndrome
da miofasceíte macrofágica. OBJETIVO: investigar as evidências atuais sobre explantes
mamários de silicone, bem como as principais motivações corroboradas para essa
cirurgia, principalmente relacionadas à ASIA. METODOLOGIA: foi realizada uma
revisão sistemática de literatura em que 29 artigos foram selecionados por meio do
cruzamento dos descritores “explantion of silicone breast”; “silicone implant illness”;
“ASIA syndrome”; “breast implant removal” “explante de mama” e “complicações”;e
avaliados, com o objetivo de investigar as evidências atuais sobre explantes mamários de
silicone, bem como as principais motivações corroboradas para essa cirurgia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após a análise dos estudos, apesar de evidenciarem
uma necessidade de mais pesquisas para realmente comprovar a associação entre os
implantes de silicone e o desenvolvimento de quadros clínicos, foi verificado que o
motivo crucial pela busca da retirada dos implantes de silicone são as possíveis doenças
e complicações relacionas às próteses, como a Síndrome inflamatória induzida por
adjuvantes (ASIA), doença do silicone (BII), linfomas e seromas. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Portanto, com o movimento ascendente de autoaceitação corporal e com a
amenização dos sintomas, como fadiga, artralgia, mialgia, neurastenia, dor no peito e
fotossensibilidade em parte das pacientes submetidas ao explante de mama, a procura é
cada vez mais frequente por esse procedimento.
Palavras-chave: Explante de mama, Doença do implante de mama, Síndrome de ASIA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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CONDUTAS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CARDIOPATA EM
CUIDADOS PALIATIVOS

Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Renata
Lisboa Santana3; Williane Pereira Cruz4; Willyane Larissa Lopes de Lima5; Arianny
Luiza Barros de Santana6.

1,2
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte

3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Salvador

4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba

5
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário São Miguel

6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Nove de Julho

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: No Brasil, em 1997 a prática de Cuidados Paliativos teve uma


expansão com a criação da Associação Brasileira de Cuidados Paliativos, e em 2002
foram promulgadas normas que estabelecem o cuidado paliativo e o atendimento
domiciliar no Sistema Único de Saúde (SUS). Mesmo com a prevalência de pacientes
cardiopatas, dificilmente esses pacientes recebem os cuidados necessários, muitas vezes
por falta de conhecimento sobre sua real condição, procurando tardiamente os cuidados
paliativos. A enfermagem como parte da equipe interdisciplinar, presta assistência não só
ao paciente, como também à família. OBJETIVOS: Identificar, através da literatura
científica, as condutas da equipe de enfermagem frente aos cuidados paliativos na
cardiologia. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura realizada através das
bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Bases de
Dados em Enfermagem (BDENF), e também, através do cruzamento dos Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS): "Cuidados de Enfermagem "Terapia Intensiva" e
"Cardiologia"; por meio do operador booleano AND. A busca ocorreu no mês de
setembro de 2021. Como critérios de inclusão, adotaram-se artigos disponíveis na íntegra,
nos idiomas português e inglês, que contemplassem o tema, nos últimos cinco anos.
Adotaram-se como critérios de exclusão: artigos repetidos nas bases de dados, teses,
monografias, dissertações, revisões de literatura e estudos que fugissem da temática.
Adotou-se como pergunta norteadora: "Como a equipe de Enfermagem pode atuar na
assistência em cuidados paliativos na cardiologia?”. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir da busca com os descritores e operador booleano, foram encontrados 81 estudos
nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram

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selecionados 12 estudos para compor o estudo. Pode-se perceber que uma das principais
ações de enfermagem que atua em cuidados paliativos na cardiologia é priorizar a
autonomia da decisão do paciente e sua família. Pacientes cardiopatas apresentam sinais
e sintomas variados, por isso, o profissional de enfermagem não só oferta saúde, como
reavalia o paciente além da assistência, visando assim, a prevenção de alguma
complicação. Outra ação é o suporte emocional, pois o enfermeiro é o profissional que
mais assiste o paciente, o que permite auxiliar também a família no processo de finitude.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos resultados apresentados, nota-se que a equipe
de enfermagem, neste contexto, apresenta-se como integrante fundamental nas ações de
cuidar destes pacientes. Todavia, mesmo com o aumento na atenção no que se diz respeito
a qualidade de vida dos pacientes cardiopatas nos últimos anos, ainda se faz necessário
as realizações de pesquisas que possibilitem uma melhor eficácia da assistência da equipe
de Enfermagem em Cuidados Paliativos aos pacientes cardiopatas, garantindo um
cuidado assistencial de qualidade para a promoção de saúde.
Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem; Terapia Intensiva; Cardiologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

MELO, Laércio Deleon; SILVA, Daniella Andrade; JEREMIAS, Juliana Silva.


Systematized intensive care for postoperative heart surgery patients/Cuidados Intensivos
sistematizados ao paciente em pós-operatório cardíaco. RPCFO, v. 13, p. 467-476, 2021.

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convergente assistencial. Rev. enferm. UFPE on line, p. [1-21], 2021.

SOUZA, Vitor Latorre; KOBAYASHI, Drª Rika Miyahara; SIMONETTI, Drº Sérgio
Henrique. Construção de competências do enfermeiro para implantar unidade de terapia
intensiva neonatal cardiológica. Nursing (São Paulo), v. 23, n. 264, p. 3894-3905, 2020.

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DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS PÓS COVID-19 E
INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS: REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA

Yule Abreu Lemos1, Victoria Message Fuentes1, Simone de Souza Belluzzo 1, Eloisa
Maria Gatti Regueiro1,2

1
Departamento de Fisioterapia/ Centro Universitário Barão de Mauá - CBM
2
Departamento de Medicina/ Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: O SARS-CoV-2, coronavírus, é responsável por síndromes


respiratórias agudas, gera diversos efeitos sistêmicos no paciente. Dentre as
consequências do pós COVID-19, tem-se os distúrbios musculoesqueléticos, com
características clínicas de fraqueza muscular, dor, fadiga e dispneia. OBJETIVO:
Realizar um levantamento bibliográfico de estudos sobre os distúrbios
musculoesqueléticos no paciente pós COVID-19. MÉTODO: Foi realizada uma revisão
da literatura sobre as complicações musculoesqueléticas advindas do vírus e possíveis
intervenções fisioterapêuticas. O levantamento bibliográfico foi realizado no período de
agosto a outubro de 2021. Foram consultadas as bases de dados Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), PubMed, Scielo, LILACS. Os descritores utilizados foram: physioterapy,
physicaltherapy, rehabilitation, COVID-19, coronavírus, sarscov 2, musculoskeletal
disorders, que foram combinados com o operador boleano AND. Os critérios de
elegibilidade foram: publicação nos anos de 2020 e 2021, apresentar como tema a
COVID-19 e a reabilitação musculoesquelética. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os
artigos utilizados nessa revisão evidenciaram que os pacientes que necessitaram de
ventilação mecânica na fase mais aguda da doença, vivenciaram graves efeitos colaterais,
podendo desenvolver a síndrome pós cuidados intensivos, que pode desencadear
incapacidade funcional prolongada e efeitos secundários como disfunção muscular,
fraqueza muscular, fadiga, polineuropatia, dor e dispneia. Além disso, esses pacientes
necessitam de um processo de reabilitação envolvendo uma equipe multiprofissional, com
intervenções neuromusculares, respiratórias, cardíacas, bem como suporte psicológico, a
fim de melhorar a qualidade de vida. CONCLUSÃO: Com a finalidade de diminuir a
gravidade das sequelas decorrentes do processo de internação da COVID-19, sugere-se
como essencial a atuação do fisioterapeuta ainda no ambiente hospitalar, bem como na
fase mais precoce da doença, a fim de promover uma recuperação funcional mais rápida,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


acelerar o processo de alta e reabilitação aos pacientes que têm experienciado a COVID
longa.

PALAVRAS CHAVES: Fisioterapia, Distúrbios Musculoesqueléticos, COVID-19

REFERÊNCIAS

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Acesso em: 10 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FORENSE NO ACOLHIMENTO A
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA.

Catarina Almeida Santos 1; Juciane dos Anjos Santos2; Ingrid Daiane dos Santos
Souza3; Danielle dos santos Campos 4; Weruska Santos da Cruz/Orientadora 5.

1.2.3.4
Graduanda pela Universidade Salvador (UNIFACS)

5
Enfermeira pela Universidade São Salvador

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A enfermagem forense foi regulamentada no Brasil, por intermédio da


resolução Nº 556/2017, sendo uma especialidade responsável por prestar assistência a
vítimas de violência, proporcionando assistência e cuidados humanizados, detém
conhecimento técnico científico para prática da perícia que deve ser realizada de maneira
minuciosa. Essa especialização possui uma abrangência de áreas de atuação como
atividades de educação preventiva, no tribunal realizando consultoria e dentro dos
hospitais. Levando em consideração observarmos a importância dessa atuação visto que
os profissionais de enfermagem atuam na assistência direta a essas vítimas de violência.
OBJETIVO: Relatar o papel do enfermeiro forense, conforme sua importância na
atuação, prevenção e assistência a vítimas de violência, no recolhimento das evidências
que possam identificar o indício de violência juntamente com a realização de um
atendimento humanizado. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa,
realizada nas bases de dados: scientific Electronic Library Online (Scielo), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Revista Oficial do
Conselho de Enfermagem, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde: Enfermagem,
Enfermagem Forense, violência. Os critérios de inclusão: artigos em português, no
período de 2009-2020. Critérios de exclusão: artigos fora do tema proposto. Dessa forma,
foram selecionados 3 artigos. RESULDADOS E DISCUSSÃO: Habitualmente o
enfermeiro é o primeiro a ter contato com vítimas de abuso e/ou violência (contra idosos,
crianças ou conjugal) entre outros. O enfermeiro necessita saber dialogar com a vítima no
primeiro momento, principalmente por ser uma situação traumática, é preciso ser
humanizado quanto técnico. Ao analisar gestos, olhares e falas o enfermeiro forense traz
segurança ao paciente e isso e destreza quando for necessário recolher provas, analisar
hematomas corporais a modo que ao chegar o momento de registrá-los, exista uma gama

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de informações de acordo com a forma, tamanho e localização. Estes são aspectos que
levam a registrar provas que muitas vezes irão parar em tribunais e podem levar meses
para serem julgadas. A importância desse registro pode ser o peso entre o crime e a justiça,
e executar com destreza essa tarefa, faz a diferença. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Dessa forma, podemos perceber que o enfermeiro forense estabelece o primeiro contato
com a vítima, realizando exames e coleta de evidências, é importante que o enfermeiro
tenha uma visão holística no atendimento a vítima, não só para o estado físico, mas
também para o psicológico, assim podendo fortalecer a confiança entre paciente e
profissional de saúde. Diante disso, podemos perceber o papel crucial do enfermeiro
forense.

Palavras-chaves: Enfermagem1, Enfermagem forense2, Violência3

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: KAREN BS, RITA CS. Enfermagem forense:


uma especialidade a conhecer. Biblioteca Virtual de Enfermagem 2020. Cogitare Enferm;
14(3):564-8

MACHADO, Bárbara Pinheiro; et al. Enfermagem forense: o que é lecionado na


licenciatura de enfermagem em Portugal. Rev. Enf. Ref. [online]. 2019, vol.serIV, n.22

ADRIANA S, et al. Cartilha de Orientações da Enfermagem Forense. ABE Forense,


2018. Disponível em: http://www.abeforense.org.br/wp-
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Forense-ABEFORENSE.pdf. Acessado em: 28 de março de 2021.

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ECOEPIDEMIOLOGIA DOS CASOS NOTIFICADOS DE FEBRE AMARELA
NO ESTADO DE MINAS GERAIS, 2011 A 2020

Solange Maria dos Santos1; Nara Moraes Guimarães2; Letícia Martins Bertati3; Danila
Fernanda Rodrigues Frias4

1
Pós-graduanda em Ciências Ambientais pela Universidade Brasil, Fernandópolis, São
Paulo

2,3
Graduandas em Medicina pela Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo

4
Docente do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade Brasil,
Fernandópolis, São Paulo

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A febre amarela (FA) é uma doença viral infecciosa, porém não
contagiosa, provocada por um arbovírus, do gênero Flavivirus, pertencente à família
Flaviviridae sendo transmitida por insetos hematófagos da família Culicidae, gêneros
Aedes, Hemagogus e Sabethes. No Brasil, a doença é enzoótica principalmente na região
amazônica, e em outras regiões ocorre apenas em forma de surtos também esporádicos.
Devido ao caráter subclínico ou inespecífico da maioria dos casos de febre amarela,
acredita-se que, mesmo com a importância epidemiológica da doença, a subnotificação
do agravo seja constante. OBJETIVOS: Avaliar a ecoepidemiologia da FA no estado de
Minas Gerais, durante o período de 2011 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo transversal, descritivo, retrospectivo e qualiquantitativo com dados secundários
coletados de 2011 a 2020 do site TABNET/DATASUS e Secretaria de Estado de Saúde
de Minas Gerais. As informações coletadas foram: número de notificações, regional da
Secretaria de Estado de Saúde de residência, faixa etária, raça e sexo. A análise dos dados
se deu por meio de estatística descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No estado
de Minas Gerais, de 2011 a 2020, foram notificados 3.472 casos de FA. Destacaram-se
os anos de 2017 e 2018 por albergar a maioria das notificações (90,5%). Dentre as
notificações do período de estudo, 31,1% foram confirmadas como FA silvestre, 63,9%
foram descartadas, 1,8% inconclusivas e 3,2% ignoradas, apresentando taxa de
prevalência de 5,28/100.000 habitantes. Entre 2000 e 2014, 83,3% dos casos de FA nas
Américas estavam concentrados no Peru, Brasil e Colômbia. O Brasil foi responsável por
28,1% dos casos, e a maioria deles concentrou-se no estado de Minas Gerais (HAMRICK
et al., 2017). Os indivíduos acometidos caracterizaram-se a maioria do sexo masculino
(72,9%), faixa etária de 35 a 44 anos (21,4%), e raça parda (52,1%). Cavalcante, Tauil

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(2016) e Paula et al. (2021), associaram a maior ocorrência de casos de FA no sexo
masculino devido à maior realização de atividades em áreas rurais, o que os deixa mais
expostos aos vetores e ao vírus. A maioria das notificações encontradas concentraram-se
entre dezembro e maio, coincidindo com a época chuvosa quando ocorre aumento do
número de vetores. Paula et al. (2021), afirmaram que no estado do Pará a sazonalidade
da FA também é de dezembro a maio, e que por este motivo a vigilância da enfermidade
é realizada de forma sazonal. A maioria dos casos de FA notificados no estado de Minas
Gerais durante o período de estudo estão localizados em regionais de saúde próximas,
destacando-se a regional Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Teófilo Otoni, seguidas
por Juiz de Fora, Barbacena, Itabira, Manhuaçu e Governador Valadares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com os dados obtidos nesta pesquisa, o perfil
ecoepidemiológico da FA no estado de Minas Gerais no período de estudo caracterizou-
se por indivíduos do sexo masculino, com idade média entre 35 e 54 anos, com baixa
escolaridade. Além disso, os casos apresentaram aumento sazonal, entre dezembro e
maio, afetando principalmente a região Leste e Sudeste do estado.
Palavras-chave: Aedes; Epidemiologia descritiva; Haemagogus; Sabethes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTE, K. R. L. J.; TAUIL, P. L. Características epidemiológicas da febre


amarela no Brasil, 2000 – 2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 25, n. 1, p. 11-
20, 2016.

HAMRICK, P. N.; ALDIGHIERI, S.; MACHADO, G.; LEONEL, D. G.; VILCA, L. M.;
URIONA, S.; SCHNEIDER, M. C. Geographic patterns and environmental factors
associated with human yellow fever presence in the Americas. Revista PLOS Neglected
Tropical Diseases, v. 11, n. 9, p. 1-28, 2017.

PAULA, A.; BICHARA, C. N. C.; OLIVEIRA, D. L.; ALBUQUERQUE, F. C. O.;


SILVEIRA, G. V. G.; VIANA, H. L.; CARDOSO, S. J. G. P.; BAIA, V. F. Incidência e
mortalidade da febre amarela no Estado do Pará. Brazilian Journal of Health Review,
v.4, n.3, p. 11538-11551, 2021.

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PRINCIPAIS ENFERMIDADES QUE ACOMETEM DOCENTES QUE
LECIONAM NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Sheron Maria Silva Santos1, José Cícero Cabral de Lima Júnior2, Keila Teixeira da
Silva3, Yarlon Wagner da Silva Teixeira4, Ivo Francisco de Sousa Neto5

1
Enfermeira. Mestranda em enfermagem pela Universidade Regional do Cariri (URCA).
2
Educador físico pela URCA
3
Educadora física pelo Centro Universitário Doutor Leão Sampaio
4
Graduando em medicina pelo Centro Universitário São Lucas
5
Graduando em medicina pela Faculdade de Medicina Estácio de Juazeiro do Norte

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


INTRODUÇÃO: Os atuantes do exercício docente vem sofrendo com enfermidades
diversas, as quais vem se tornando um problema de saúde de âmbito ergonômico devido
aos elevados índices de agravos relacionados a sua execução. OBJETIVO: O estudo
objetiva identificar as principais doenças que acometem docentes que lecionam no ensino
superior mediante análise de pesquisas atuais e vigentes na literatura científica.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de abordagem quali-
quantitativa, caráter exploratório e descritivo, construída por intermédio da base de dados
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com os Descritores em Ciência da Saúde (DECS):
saúde do trabalhador, docentes e ensino superior. Incluíram-se todos os trabalhos de
revistas indexadas na BVS no formato de artigo completo disponível em língua
portuguesa e inglesa no período de 2014 a 2018. Foram excluídas as pesquisas não
gratuitas, em duplicatas e que em seu título e/ou resumo não contemplaram o conteúdo
estudado. Dessa forma, a presente revisão foi realizada com o total de 17 publicações.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Distintas profissões relatam sobre a temática em
discussão estando presentes desde áreas das ciências da saúde a ciências humanas,
representando atuação multiprofissional sobre a temática. Constata-se diversas
enfermidades relacionadas a prática docente, estando as relacionadas a saúde mental, em
especial, a Síndrome de Burnout e doenças osteomusculares como as mais incidentes
dentro dessa ocupação profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Evidencia-se a
importância de realizar estudos sobre a temática em questão, visto representar um
problema de saúde que vem elevando seus índices e comprometendo a qualidade de vida
ocupacional daqueles que formam novos profissionais.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde do trabalhador; Docentes; Ensino superior.

REFERÊNCIAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DIAS, J.; et al. Prática de atividade física em docentes do ensino superior: foco na
qualidade de vida. Esc Anna Nery, Paraná, v. 21, n. 4, 2017.

NASCIMENTO, V. L.; et al. Burnout Syndrome among Dental professors: a cross-


sectional study. Revista da ABENO, São Paulo, v. 18, n. 2, 2018.

OLIVEIRA, A. S. D.; PEREIRA, M. S.; LIMA, L. M. Trabalho, produtivismo e


adoecimento dos docentes nas universidades públicas brasileiras. Psicologia Escolar e
Educacional, São Paulo. v. 21, n. 3, 2017.

PINTO, M. J. S.; PINTOR, F. A.; DETTA, F. P. Condições de trabalho que mais


impactam na saúde dos docentes de enfermagem: revisão integrativa. Enferm. Foco,
São Paulo, v. 8, n. 3, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA EM EXAME DE RASTREAMENTO DE
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM FLORIANÓPOLIS

Gustavo Eloi Pazini Savi1, Sofia Ferreira Machado1, Beatriz Carvalho de Oliveira1, Eric
Pasqualotto1, Larissa Fontanella Evaristo de Souza1, Raphaela da Silva Maintinguer1.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino é causado pela infecção do papiloma vírus


humano (HPV) e representa o terceiro tipo de câncer mais prevalente na população
feminina no Brasil, alertando para a necessidade de um bom serviço de rastreio dessa
patologia. Devido a declaração de pandemia da COVID-19 no dia 11 de março de 2020
pela OMS, a procura por Serviços de Saúde caiu drasticamente, impactando em diversas
instâncias. OBJETIVOS: Analisar os dados quantitativos de citologia oncótica entre os
anos de 2017 e 2021 averiguando possíveis influências da pandemia no exame preventivo
de câncer de colo em Florianópolis, Santa Catarina. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo epidemiológico descritivo sobre o aspecto quantitativo de exames de citologia
oncótica realizados entre 2017 e 2021. Os dados estão de acordo com o Sistema de
Informação do Câncer (SISCAN) disponível no DataSUS segundo atualização de 15 de
setembro de 2021. Para compor os dados do resumo foram selecionados somente exames
realizados em mulheres residentes de Florianópolis, tendo atipia de células escamosas e
ano da realização dos exames como critérios de inclusão. Dividiu-se os anos em dois
períodos: um anterior à pandemia (2017 a 2019) e outro durante a pandemia (2020 e
2021). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos anos de 2017 a 2021 percebe-se uma
queda na quantidade de exames de citologia oncótica realizados durante a pandemia em
comparação aos anos anteriores. Entre 2017 e 2019 a média de exames registrou 20.042,
enquanto que em 2020 e 2021 foi 11.968, uma queda de aproximadamente 40,29%.
Ademais, o perfil das lesões demonstra um dado interessante. Enquanto que a prevalência
da lesão de alto grau (NIC II e NIC III) foi de aproximadamente 27, 20 e 20 a cada 10.000
exames nos respectivos anos de 2017 a 2019, em 2020 e 2021 registrou-se 17 e 32 a cada
10.000 exames. Em relação a Lesão de alto grau, não podendo excluir microinvasão, a
prevalência se mostra ainda mais discrepante, já que nos anos anteriores à pandemia, a
maior e a menor prevalência desse achado foi de 1,03 a cada 10.000 exames (em 2017) e
0,47 (em 2018), enquanto que em 2020 e 2021 esse valor foi 4,14 e 1,68, respectivamente.
Dessa forma, diante da análise quantitativa dos exames, evidenciou que após o início da
pandemia houve uma queda na realização de exames de citologia oncótica em
Florianópolis, com uma possível repercussão no acréscimo de diagnósticos mais graves
e avançados. Tal interpretação foi demonstrada em outras cidades brasileiras, como em
Teresina (PI) e alerta para um possível cuidado mais acentuado do rastreamento do câncer
de colo uterino em mulheres no período pós-pandemia. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Evidenciou uma queda na quantidade de exames preventivos de câncer de colo de útero
durante a pandemia, bem como um aumento dos achados mais graves, representados pela
ascensão da prevalência dos casos de lesão de alto grau. Tais dados demonstram uma

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


possível influência da pandemia na redução da procura da atenção primária no SUS e
como consequência um diagnóstico mais tardio, com maior gravidade das lesões.
Palavras-chave: Pandemia, Câncer de Colo Uterino, Rastreamento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AYRES, A. R. G.; SILVA, G. A. Prevalência de infecção do colo do útero pelo HPV no


Brasil: revisão sistemática. Revista de Saúde Pública, [S.L.], v. 44, n. 5, p. 963-974, out.
2010.

MARTINS, L. F. L.; THULER, L. C. S.; VALENTE, J. G. Cobertura do exame de


Papanicolaou no Brasil e seus fatores determinantes: uma revisão sistemática da
literatura. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, [S.L.], v. 27, n. 8, p. 485-
492, ago. 2005.

SILVA, B. L. A. O.; BARROS, R. A. A; LOPES, I. M. R. S. O impacto da pandemia da


COVID-19 no rastreamento do câncer de colo uterino em Teresina – PI. Research,
Society And Development, [S.L.], v. 10, n. 10, p. 1-9, 8 ago. 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A INTRÍNSECA RELAÇÃO ENTRE FADIGA MUSCULAR E DIETA
HIPERTRÓFICA

Mateus Bezerra De Melo Paes ¹,Aline Vitória Bento Da Silva ², Eriberto Cassiano Silva
Dos Santos³; Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva 4;Tainá Maria de Souza Vidal 5

¹,³Graduandos em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca


(UNIFAVIP).
² Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Fadiga muscular pode ser compreendida como um processo fisiológico


no qual o corpo produz para não ocorrer desequilíbrio no sistema musculoesquelético,
caracterizada como um esgotamento no nível de força e que é desencadeado por vários
motivos, entre eles, o tipo de músculo envolvido na sobrecarga de força, duração da
contração do músculo, nível de sobrecarga e o tipo de tarefa realizada. A alimentação de
um atleta é diferente dos demais indivíduos, devido ao gasto energético elevado e da
necessidade de nutrientes que varia de acordo com o tipo de atividade (leve, moderada ou
alta) da fase de treinamento e do momento de ingestão. Desse modo, a inclusão de
proteína, carboidrato e arginina torna-se benéfico ao indivíduo Para a recuperação
muscular, recomenda-se que o consumo de carboidratos esteja entre 5 e 8g/kg de peso/dia.
Já em atividades de alta duração e/ou treinos intensos, há necessidade de até 10g/kg de
peso/dia para a recuperação adequada do glicogênio muscular e/ou aumento da massa
muscular. OBJETIVO: Mostrar a intrínseca relação entre fadiga muscular e a dieta
hipertrófica, gerando assim melhora no desempenho muscular do indivíduo, assim como,
a importância da dieta hipertrófica no ganho de massa muscular e evitar a fadiga durante
a prática do exercício físico. MÉTODOS E MATERIAIS: Foi efetivado uma revisão de
literatura integrativa de 4 artigos, na base de dados da SCIELO, entre os anos de 2007 à
2020 nos idiomas: português e inglês. Como critério de exclusão foram utilizados os
descritores em saúde (DECS): fadiga; fadiga muscular; dieta hipertrófica e hipertrofia;
RESULTADOS E DISCURSÃO: Os artigos analisados, pontuaram uma melhora no
rendimento esportivo através da suplementação de proteínas, pois quando ingeridas
geram um significativo gasto calórico e consequentemente uma melhora nos músculos
evitando que aconteça uma fadiga precoce. A alimentação é a principal fonte para o ganho
da massa muscular, principalmente para a recuperação energética. No entanto, precisa-se
de uma alimentação adequada e individual para as necessidades de cada indivíduo, e que
atenda suas metas nutricionais. No decorrer do estudo, pode-se analisar que ao incluir
uma dieta com um treino personalizado para os diferentes biótipos, terá resultados que
podem ser satisfatórios tanto para sua estética corporal, quanto para sua saúde, e quando
bem administrada pode acelerar o processo de hipertrofia muscular, gerando assim mais
força para os músculos e diminuição da fadiga muscular. CONCLUSÃO: Ainda que

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encontrado poucos artigos relacionados a esse tema de pesquisa, foi evidente analisar que
para obter resultados satisfatórios através da atividade física, deve ser necessário
determinados hábitos no dia a dia. Entre eles destacamos a alimentação que é a principal
fonte de energia muscular e como consequência isso acarretará uma recuperação
energética significante ao organismo e gerando um ganho de massa muscular, porém, vale
salientar que cada pessoa tem sua particularidade principalmente se esta já foi atleta de
alto nível.
Palavras-Chaves: Dieta; Fadiga Muscular; Hipertrofia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS;
MENON, Daiane; SANTOS, Jacqueline Schaurich dos. Consumo de proteína por
praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte, v. 18, p. 8-12, 2012.
COSTA, Priscila Ribas de Farias et al. Mudança nos parâmetros antropométricos: a
influência de um programa de intervenção nutricional e exercício físico em mulheres
adultas. Cadernos de Saúde Pública, v. 25, p. 1763-1773, 2009.
PAULO, Anderson Caetano et al. Influência do nível de força máxima na produção e
manutenção da potência muscular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16,
p. 422-426, 2010.
ROMBALDI, Airton José et al. Efeitos da suplementação carboidratada e de diferentes
tipos de treinamento físico sobre as concentrações de células sanguíneas. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte, v. 19, p. 200-203, 2013.

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A NECESSIDADE DO CONHECIMENTO DA ENFERMAGEM SOBRE O
CÂNCER INFANTIL
Brena Carolina Andrade Bordalo Sampaio1; Amanda Thaís Silva da Silva 2; Mauro
Sávio Sarmento Pinheiro3; Elizângela Fonseca de Mendonça4

1,2,3
Graduando em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
4
Enfermeira, Especialista em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O câncer na pediatria caracteriza-se por uma neoplasia que atinge


crianças e adolescentes, afetando geralmente os tecidos de sustentação e as células do
sistema sanguíneo. Nas décadas passadas, era bastante expressivo o número de
mortalidade envolvendo neoplasias na pediatria, sendo consequências de diagnóstico e
tratamento tardio. Porém, com o passar dos anos, o tratamento de câncer na fase de
infância e adolescência obteve progresso significativo, caso diagnosticado precocemente,
o que significa um aumento considerável de cura entre os pacientes, o que garante uma
qualidade de vida confortável ao término do tratamento. OBJETIVO: Demonstrar a
importância de se conhecer a realidade do câncer infantil e suas ações de combate, bem
como o preparo da família no que tange ao tratamento e suporte. Por fim, compreender a
importância da equipe de enfermagem no processo de tratamento da doença e a
necessidade da especialização e atualização do conhecimento. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão bibliográfica de abordagem qualitativa, onde foi consultado 5 artigos
científicos dos anos de 2003, 2013 e 2021 dos bancos de dados Scielo e BVS. Usamos
como métodos de inclusão artigos em português e que retratasse sobre o câncer infantil e
como exclusão, artigos de outros idiomas e que tratasse de neoplasias em outras faixas
etárias. RESULTADO E DISCUSSÃO: O estigma quanto ao câncer ainda persiste,
muitas vezes encarado como uma condição irreversível, devido à falta de informação.
Desta forma, quando a doença acomete uma criança, inicia-se o sentimento de medo
dentro do ambiente familiar. Porém, o conhecimento a respeito da doença, suas formas
de tratamento, o profissional adequado e o atendimento adequado às necessidades do
cliente essencial para o planejamento das ações que serão executadas (GOMES, 2013).
Os pacientes encontram-se em uma situação de vulnerabilidade, portanto, a relação que a
equipe de enfermagem irá construir com a família e com o cliente é importante para a
continuidade positiva do tratamento. Ademais, é necessário o conhecimento da equipe de
enfermagem acerca dos cuidados paliativos que devem ser prestados, compreendendo as
especificidades da doença, atendendo, desta maneira, às necessidade biopsicossociais da
criança, compartilhando suas necessidades com a equipe multiprofissional, a fim de
ampliar a dimensão do cuidado e proporcionar um atendimento integral (COSTA, 2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Fica evidente a necessidade de o profissional da saúde
conhecer sinais e sintomas infantil para intervir no processo saúde-doença das crianças.
Podendo assim, orientar a família sobre os cuidados com a mesma, explicar a situação

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para o paciente para diminuir o medo sobre o câncer e prestar precocemente os cuidados
necessários com o paciente. Dessa forma, obter resultados clinico e psicológicos
positivos.
PALAVRAS CHAVES: Neoplasia Infantil; Mortalidade Infantil; Câncer Infantil.

REFERÊNCIAS
Costa, Thailly Faria da e Ceolim, Maria FilomenaA enfermagem nos cuidados paliativos
à criança e adolescente com câncer: revisão integrativa da literatura. Revista Gaúcha de
Enfermagem [online]. 2010, v. 31, n. 4 [Acessado3 Junho 2021] , pp. 776-784. Disponível
em: <https://doi.org/10.1590/S1983-14472010000400023>. Epub 03 Jun 2011. ISSN
1983-1447. https://doi.org/10.1590/S1983-14472010000400023.
Gomes, Isabelle Pimentel et al. Do diagnóstico à sobrevivência do câncer infantil:
perspectiva de crianças. Texto & Contexto - Enfermagem [online]. 2013, v. 22, n. 3
[Acessado 3 Junho 2021], pp. 671-679. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-
07072013000300013>. Epub 01 Out 2013. ISSN 1980-265X.
https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000300013.
Lopes, L.F., Camargo, B. de e Bianchi, A. Os efeitos tardios do tratamento do câncer
infantil. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2000, v. 46, n. 3 [Acessado 3
Junho 2021] , pp. 277-284. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104-
42302000000300014>. Epub 16 Nov 2000. ISSN 1806-9282.
https://doi.org/10.1590/S0104-42302000000300014.
Rodrigues, Karla Emilia e Camargo, Beatriz de. Diagnóstico precoce do câncer infantil:
responsabilidade de todos. Revista da Associação Médica Brasileira [online]. 2003, v. 49,
n. 1 [Acessado 3 Junho 2021] , pp. 29-34. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/S0104-42302003000100030>. Epub 28 Abr 2003. ISSN 1806-
9282. https://doi.org/10.1590/S0104- 42302003000100030.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A PRÁTICA ESPORTIVA COMO TRATAMENTO COADJUVANTE PARA
DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Maria Eduarda de Castro ¹; Letícia de Arruda Torres ²; Eriberto Cassiano Silva Dos
Santos³; Maria Eduarda Oliveira Rodrigues da Silva4; Tainá Maria de Souza Vidal5

¹,²Graduandas em Nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).


³ Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
4
Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca (UNIFAVIP).
5
Fisioterapeuta doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, docente do
Centro Universitário do Vale do Ipojuca e UFPE.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem um dos


maiores problemas de saúde pública mundial, atualmente, as DCNT são as principais
causas de morbimortalidade no mundo. Nesse contexto, tem-se discutido a importância
da prática regular de exercícios físicos para a prevenção e o tratamento de tais patologias.
OBJETIVOS: O presente resumo tem como finalidade evidenciar a relação entre a
atividade física e o estado de saúde, considerando e analisando as estratégias adotadas
para promoção da saúde e prevenção primária. MÉTODOS: Foram realizadas buscas
sobre estudos sistematizados selecionados referente à temática tratada por meio da leitura
de artigos na plataforma SciELO e PubMed, nos idiomas: inglês e português. As palavras-
chave foram selecionadas de acordo com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS),
resultando na abordagem dos termos: doenças crônicas, esportes, saúde e prevenção.
RESULTADOS: Após analisar os artigos, foi possível verificar que, devido aos efeitos
da inatividade física, os riscos de morte são maiores na população referenciada, bem
como, foi visto que indivíduos que possuem boa forma física e apresentam doenças
cardiovasculares podem ter menor risco de morte prematura se comparadas a pessoas
sedentárias com a mesma patologia. Exercícios de resistência estão associados à
diminuição do risco de diabetes tipo 2, devido ao estudo feito para determinar a
incidência. Houve também uma diminuição considerável no risco relativo de câncer de
cólon e mama quando comparadas coletividades ativas e sedentárias. Exercícios de
impacto auxiliam na prevenção de perda óssea associada ao envelhecimento.
CONCLUSÃO: Mediante o desenvolvimento de ações que possibilitem um amplo apoio
para a realização dessas atividades, consoante a políticas que viabilizem um acesso ao
público geral, haverá diminuição gradativa de marcadores epidemiológicos e será regida
a integralidade na promoção da saúde.
Palavras-chave: Doenças Crônicas, Esportes, Saúde, Prevenção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BOOTH, F.W; ROBERTS, C.K; LAYE, M.J. A falta de exercícios físicos é uma das
principais causas de doenças crônicas. American Physiological Society.
Comprehensive Physiology. Volume 2. 11:43-1211. Abril 2012.

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SILVA, LS; COTTA, RMM; ROSA COB. Estratégias de promoção da saúde e
prevenção primária para enfrentamento das doenças crônicas: revisão sistemática.
Revista Panam Salud Publica. 2013; 34(5):343–50.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A PREVALÊNCIA DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR EM PACIENTES
PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN

Diego Motinha Matos1; Ellen Amanda Silva de Santana2; Lavínia Monisa Pifano
Felício3; Larissa Campos Cordeiro4; Pamella Roberta de Oliveira5; Tamíris Torôa
Procópio6

1,3,4,5,6
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora
2
Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A síndrome de Down ou Trissomia do cromossomo 21 consiste em


uma ocorrência congênita multissistêmica, causada por uma separação atípica dos
cromossomos 21 durante a divisão embrionária, resultando em três cromossomos, sendo
um cromossomo extra no cromossomo 21 no paciente portador da Síndrome de Down.
Os pacientes portadores desta síndrome apresentam características craniofaciais
específicas como braquicefalia, macroglossia e o hábito de ficar com a boca aberta.
OBJETIVO: Alicerçando nisso, esta revisão de literatura tem como objetivo investigar
a prevalência da mordida aberta anterior em pacientes portadores de Síndrome de Down.
METODOLOGIA: As buscas foram realizadas nas bases de dados eletrônicas
PubMed/Medline e OneFile utilizando os descritores: "Down Syndrome AND
Malocclusion" e "Down Syndrome AND Open Bite”. Estudos que fossem revisões de
literatura, cartas, diretrizes, livros e guidelines e que não correlacionassem a mordida
aberta anterior à Síndrome de Down, foram excluídos. Dos 37 artigos encontrados, nove
atenderam aos critérios de inclusão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se uma
proporção significativamente maior de mordida aberta em pacientes portadores de
Síndrome Down (dos 285 pacientes analisados nos estudos, 34,4% apresentaram mordida
aberta anterior), quando comparado aos pacientes controle (dos 125 pacientes controle,
apenas 11,2% apresentaram mordida aberta anterior). Quando a oclusão está em relação
cêntrica e não há contato oclusal entre os dentes anteriores, esta oclusal é denominada
como mordida aberta anterior. A etiologia da mordida aberta anterior é multifatorial e
está quase sempre associada a uma desarmonia miofuncional orofacial, seja por fatores
genéticos ou pela ação prolongada de hábitos orais. Nos pacientes portadores de síndrome
de down, a macroglossia relativa é responsável pela interposição lingual, aliada à
frequente respiração bucal, a qual pode acarretar em alteração do arcabouço funcional,
gerando mordida aberta anterior. Tais características ocasionam implicações na
alimentação, respiração, deglutição e alterações estéticas. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Nesse sentido, torna-se indispensável o acompanhamento do Cirurgião-
Dentista aos pacientes portadores de Síndrome de Down, uma vez que na mordida aberta
anterior, assim como nas demais anomalias craniofaciais, o tratamento e
acompanhamento precoce promove melhorias significativas nas funções orofaciais e
qualidade de vida. Além disso, é necessário que os profissionais de saúde tenham
conhecimento a respeito das características comuns em pacientes portadores de Síndrome
de Down a fim de reconhecê-los e quando necessário, encaminhar para outros

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


profissionais da equipe multidisciplinar, para que possam auxiliar o desenvolvimento dos
pacientes de maneira completa, enfrentando todas as áreas deficitárias.
Palavras-chave: Mordida aberta; Síndrome de Down; Má oclusão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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children in Chennai city, India. Indian J Dent Res, v. 19, n. 5, p. 230, 2008.
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and without down syndrome. Pesqui Bras Odontopediatr Clin Integr, v. 10, p. 9-14,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS RISCOS DO TROMBOEMBOLISMO COM O USO DE
ANTICONCEPCIONAIS ORAIS COMBINADOS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Mayara Martins Colturato Minuzzo1; Aline Kelly Wanderley Pereira2; Izabela Nossa
Alves3; Luisa Masson Francisco4; Nathalia Martins Sonehara5; Leda Ferraz6

1,2,3,4
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
5
Bióloga. Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São Jose do Rio
Preto
6
Nutricionista. Doutora em Ciências Médicas pela Universidade Federal Fluminense
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Os anticoncepcionais orais combinados são pílulas que contêm baixas


doses de dois hormônios – um progestageno e um estrógeno, que são similares aos
hormônios naturais progesterona e estrógenos existentes no corpo da mulher. Atualmente,
são um dos métodos mais populares para evitar a gravidez, sendo utilizado por mais de
200 milhões de mulheres desde a sua introdução na prática médica. Estes fármacos atuam
inibindo a liberação de hormônios luteinizantes e folículos – estimulantes bloqueando a
ovulação. No entanto, possuem efeitos negativos como eventos trombóticos decorrente
do estrógeno, o qual é responsável por causar lesão vascular e hipercoagulação sanguínea,
que pode desencadear casos de tromboembolismo venoso. OBJETIVO: Este trabalho
tem como objetivo identificar na bibliografia selecionada, indicadores e fundamentos
sobre a incidência, etiologia e probabilidade de eventos trombóticos e de estase venosa
local que advém de alterações dos níveis de fatores de coagulação, associados a utilização
de contraceptivos orais combinados. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica, do tipo revisão de literatura, tendo com fonte artigos científicos referentes
ao uso de anticoncepcionais orais, correlacionados a alterações de coagulações
sanguíneas. Inicialmente, os artigos foram retirados das bases de dados Google
Acadêmico, Scielo e Pubmed, utilizando na busca, português, inglês e espanhol, os termos
“contraceptivos orais”, “terapias medicamentosas”, “efeitos colaterais” e
“tromboembolismo”. A partir disso, foram selecionados trabalhos publicados entre 2017
e 2021. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram selecionados 15 artigos e, mediante a
análise, verifica-se que dentre as diversas etiologias dos estados trombóticos, a causa
adquirida possui como principal fator o uso de anticoncepcionais orais, revelando um
aumento de 4 a 8 vezes a incidência de tromboflebite e tromboembolismo em pacientes
que fazem uso deste medicamento. A faixa etária das mulheres tem influência nas
formações de trombos desde que façam uso de contraceptivos orais, principalmente em
idades férteis e após o período gestacional, quando comparada com as que não fazem uso.
A própria fisiopatologia do envelhecimento da mulher é ligada a fatores de riscos
vasculares, como varizes, celulite, trombose e doença cardíaca. É de extrema importância
a escolha adequada dos contraceptivos pela equipe médica, tanto da medicação quanto da
real necessidade do uso, pois a dose de etinilestradiol associados a progesterona podem
desencadear efeitos colaterais. Em casos graves, aumenta o risco direto para formação de

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trombos, além da importância de considerar nessas mulheres a genética, a presença de
diabetes, hipertensão e a preocupação de seu uso nas idades mais avançadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Deste modo, conclui-se que os estudos analisados
indicam alterações na hemostasia ocasionadas pelo emprego de anticoncepcionais orais
combinados, as quais podem evoluir para complicações tromboembólicas. Por isso, a
avaliação de controles prévios que representem um risco trombóticos é essencial na
escolha do contraceptivo para cada mulher.
Palavras-chave: Estrogênios; Coagulação sanguínea; Tromboembolia venosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, A. W. L. & LIMA, E. F. B. Avaliação dos efeitos dos contraceptivos orais


sobre os níveis tensionais. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 13, p. 140-150, 2016.

BORGES, M. C. et al. Conhecimento sobre os efeitos dos contraceptivos hormonais por


acadêmicas da saúde. Revista Baiana de Enfermagem, v. 30, p. 1-11, 2016.

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contraceptives in Brazil. Revista de Saúde Pública, v. 51, 2017.

FARIAS, M. R. et al. Use of and access to oral and injectable contraceptives in Brazil.
Revista de Saúde Pública, v.50, 2016.

MONTEIRO, B. I. R. et al. Associação entre o uso de anticoncepcionais orais e o


surgimento de eventos trombóticos. Revista Saúde Física & Mental, v. 6, p. 41-58, 2018.
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pressure values. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 71, p. 1453-1459, 2018.

SPANHOL, K. T. & PANIS, C. Contraceptivos orais e eventos trombóticos. Infarma –


Ciências Farmacêuticas, v. 21, p. 7-13, 2009.

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em universitárias. Arquivos Catarinenses de Medicina, v.45, p. 78-92, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CUIDADOS AO RN À TERMO

Adriana Torres de Moura 1 ; Orientadora: Andreara de Almeida e Silva 2

1
Graduanda de Enfermagem pela Universidade Paulista – UNIP
2
Enfermeira Mestra em Ciências pela EERP-USP
Email: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um
instrumento que deve ser aplicado em todos os estabelecimentos de saúde, sendo privativa
do enfermeiro, havendo um padrão a ser seguido, como : Histórico de Enfermagem;
Diagnósticos de Enfermagem; Planejamento de Enfermagem; Implementação da
Assistência de Enfermagem e Evolução, a fim de otimizar a assistência prestada,
promovendo ainda uma maior segurança aos recém-nascidos à termo e família,
promovendo ainda uma maior conexão da equipe dentro da unidade. Sua aplicação
favorece a identificação e aplicação dos Diagnósticos de enfermagem e suas intervenções
até que ocorra a alta hospitalar do binômio mãe-filho, podendo até mesmo estender-se ao
pai, uma vez que o mesmo apresenta papel fundamental no processo de amamentação.
OBJETIVOS: Identificar através da aplicação da SAE se os Diagnósticos de
Enfermagem que realmente são pertinentes ao RN no AC estão sendo levantados e
aplicados, promovendo assim uma assistência integral, com intervenções fundamentadas
em evidências científicas. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa de revisão
integrativa da literatura de caráter exploratório, através das Bases de Dados :Lilacs,
SciELO, MEDLINE e Pubmed , sendo as buscas realizadas através dos cruzamentos das
palavras-chave, existentes nos Descritores em Ciências da Saúde (Decs), constituído por
artigos em línguas portuguesa e inglesa, com o intervalo de publicações do ano de 2010
a 2021. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foram encontrados poucos artigos que
diretamente submete-se ao objetivo específico – identificar se são aplicados os
Diagnósticos de Enfermagem e respectivas Intervenções de Assistência de
Enfermagem em Unidade de Alojamento Conjunto ao recém nascido à termo –,são eles:
Amamentação Ineficaz; Amamentação Eficaz; Desobstrução Ineficaz de Vias Aéreas
Superiores; Mucosa Oral Prejudicada; Risco de Desequilíbrio na Temperatura Corpora;
Risco de Aspiração; Risco de Integridade da pelo Prejudicada e Risco de Lesão, uma vez
que muitos consideram pertinentes os Diagnósticos de Enfermagem direcionados à
comorbidades; a fim de que seja desenvolvida intervenções que se correlacionem com
tais comorbidades. Os cuidados de enfermagem prestados aos recém-nascidos à termo no
alojamento conjunto devem ser seguro e eficiente, como: cuidados com o coto umbilical,
avaliar a pega e sucção do RN durante aleitamento materno, controle de glicemia,
temperatura corporal, dentre outros. Levando ainda em consideração ao fato de ocorrer
as atualizações da Taxonomia Nanda periodicamente, e essas atualizações não serem
realizadas nas Bases de Dados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há necessidade de se
conhecer os diagnósticos de enfermagem e as intervenções voltadas aos recém-nascidos
à termo no alojamento conjunto, devendo ser prestada uma assistência de maneira integral
e individualizada ao binômio mãe-filho. Levando em consideração o fato de ocorrer
atualizações periodicamente da Taxonomia NANDA de diagnósticos de enfermagem,

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conclui-se que há necessidade de mais pesquisas sobre essa temática com diagnósticos
atualizados da última edição 2018-2020 e já da 2021-2023.

Palavras-chave: Alojamento Conjunto; Cuidados de Enfermagem; Diagnósticos de


Enfermagem.
REFERÊNCIAS

Dini, Ariane Polidoro et al. Validation of an Instrument to guide Nursing Staffing in


Obstetric Rooming in. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2020, v. 73, n. 4
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Mata, Luciana Regina Ferreira da et al. Elaboração de diagnósticos e intervenções à luz
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Enfermagem da USP [online]. 2012, v. 46, n. 6 [Acessado 10 Outubro 2021] , pp. 1512-
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Silva, Evilene Pinto da et al. Diagnósticos de enfermagem relacionados à amamentação
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Tannure, MC; Gonçalves, AMPG. SAE – Sistematização da Assistência de
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VANETTI, J. P. M.; OLIVEIRA, T. C. da S. de; ALMEIDA, J. M. de. Identificação de
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https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/30668. Acesso em: 10 out.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DESAFIOS DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS NA
FORMAÇÃO EM SAÚDE DO IDOSO

Guilherme Briczinski de Souza1; David de Souza Mendes2; Eduardo Sander Vieira3;


Marina Caroline Hoffmann Pereira4; Clara Mendonça de Carvalho5; Eduardo Garcia6

1
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
2
Médico graduado pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.
3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
Alegre.
6
Médico. Professor Orientador Liga de Geriatria e Gerontologia da UFCSPA.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Os curriculos dos cursos de graduação são guiados pelas Diretrizes


Curriculares Nacionais (DCNs) e pelos Planos Pedagogicos Curriculaes (PPC).
Especialmente nos cursos da area da saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal
nortiador visando as necessidades da saúde pública no Brasil. Desta forma é previsto que
a formação destes profissionais esteja apta ao atendimento em saúde do idoso.
OBJETIVOS: Desenvolver uma reflexão teórica acerca dos fatores desafiantes na
formação de profissionais da saúde frente as diretrizes curriculares dos curso de
graduação para o atendimento de idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão
teorica fundamentada nos conceitos das Diretrizes Crriculares Nacionais e Planos
Pedagogicos Curriculares dos cursos de gradução da area da saúde no Brasil.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os idosos representam uma grande parcela da
população brasileira e a ausência de uma formação adequada compromete a conduta dos
profissionais de saúde na saúde dos idosos, além disso as instituições de ensino superior
têm a responsabilidade de formar profissionais qualificados para atender às necessidades
de saúde da sociedade visando uma prática baseada em evidências que supra as demandas
do SUS e do mercado de trabalho. Contudo devemos ultrapassar velhas barreiras do
ensino biologicista de avaliação e tratamento para então abordar o ser-idoso, os
determinantes sociais que cercam a pessoa idosa e a saúde como condição de vida. Para
isso devemos sair do polo de ensino centrado no professor para o professor como
facilitador e mediator do processo de aprendizagem, assim teremos uma pedagogia
emancipatoria e tranformadora. Toda via, não podemos mais estar presos a rigidez dos
pré-requisitos e conteúdos obrigatórios, visto que podem ser integrados, flexibilizados e
inseridos em realidades concretas, assim como a junção das atividades teoricas e praticas
que aproximem o contéudo a realidade brasileira. CONSIDERAÇÕES FINAIS: as
propostas pedagógicas e diretrizes devem buscar usar metódos atuais e que fortaleçam a

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


qualidade do processo de formação para preparar o estudante a ser um profissional pró-
ativo que busque a pratica baseada em evidencias para seu ambiente de trabalho.
Palavras-chave: Currículo; Educação Superior; Geriatria.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BATISTA & GONÇALVES. Formação dos profissionais de saúde para o SUS:


Significado e cuidado. Saúde e Sociedade. v. 20, n. 4, p. 884-889, 2011.

COSTA & SIQUEIRA. Currículo inovador. Rev. Cuidado. Enferm. CESUCA. v. 3, n.


4, p. 17-27, 2017.

FERNANDES et al. Diretrizes curriculares e estratégias para implantação de uma nova


proposta pedagógica. Rev. Esc. Enferm. USP. v. 39, n. 4, p. 443-449, 2005

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE
PACIENTES COM FERIDAS: REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Ana Clara Rodrigues Marques1; Angelica Ruas Moreira2; Nilza Ferreira Tupiná Neta3;
Andressa Prates Sá4; Larissa Tolentino Lôpo5; Edna de Freitas Gomes Ruas6

1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna
5
Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros
6
Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Docente na Universidade Estadual de Montes
Claros

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As feridas se caracterizam como um desafio para os sistemas de saúde.


Além dos altos gastos induzidos por seu tratamento, são responsáveis ainda por uma
elevada morbimortalidade, prejuízos biopsicossociais e danos à qualidade de vida dos
indivíduos acometidos. OBJETIVO: Sintetizar as informações contidas em artigos
originais publicados nos últimos três anos acerca do perfil sociodemográfico e clínico-
epidemiológico de pacientes com feridas agudas e crônicas. METODOLOGIA: Trata-
se de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio de buscas on-line nos meses
de março e abril de 2021 nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (LILACS), Bases de Dados em Enfermagem (BDENF) e Medical
Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line (MEDLINE), e em uma página de
buscas acadêmicas (Google Scholar). Utilizou-se palavras chaves presentes nos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foi definida como questão norteadora: “Qual
é o perfil sociodemográfico e clínico-epidemiológico de pacientes com feridas agudas e
crônicas?”. Como critérios de inclusão foram estabelecidos: artigos originais publicados
entre os anos de 2019 e 2021 que abordassem o tema elencado na questão norteadora. Os
critérios de exclusão considerados foram tratar-se de textos repetidos ou preprint.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram incluídos neste estudo 5 artigos originais. Os
estudos evidenciaram que a maioria dos indivíduos acometidos por feridas eram do sexo
masculino e faziam parte da população adulta, apenas em um estudo prevaleceu o sexo
feminino e em outro a população com mais de 60 anos. Alguns estudos evidenciaram que
a maioria dos indivíduos possuía baixa renda, baixa escolaridade, diabetes e/ou
hipertensão, eram sedentários, possuíam padrão alimentar insatisfatório e o Índice de
Massa Corporal (IMC) evidenciava sobrepeso ou obesidade. Doenças crônicas a exemplo
da diabetes e hipertensão são fatores de risco para o aparecimento de feridas, há uma
relação entre essas doenças, uma dieta inadequada e o sedentarismo, elementos estes que
influenciam negativamente na cicatrização. Ainda, alguns estudos identificaram que a
maioria das pessoas eram aposentadas e de cor parda. Apenas em um estudo a maioria
das pessoas com feridas era de cor branca. Em um dos estudos identificou-se que a
maioria dos indivíduos moravam em casas sem saneamento básico. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A partir da síntese das informações contidas nos estudos foi possível identificar

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o perfil predominante dos indivíduos acometidos por feridas em determinadas
localidades. Estudos dessa natureza são importantes instrumentos para a identificação do
diagnóstico situacional da população acometida por feridas, avaliação da efetividade das
ações já implementadas e posterior criação e execução de novas estratégias de cuidado e
políticas públicas de saúde para a solução dos problemas, além da implementação de
ações de prevenção, buscando melhorar a qualidade de vida do indivíduo. O
enfermeiro como responsável pelo cuidado com feridas deve sempre conhecer a realidade
do serviço e da clientela, além de estar capacitado para a prestação do cuidado seguro e
qualificado.

Palavras-chave: Ferimentos e lesões; Perfil de Saúde; Enfermagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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pessoas atendidas em ambulatório especializado em feridas complexas. Rev Rene,
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https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/5196 Acesso em: 14 de abril de
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OLIVEIRA, A. C. et al. Qualidade de vida de pessoas com feridas crônicas. Acta paul.
enferm., São Paulo , v. 32, n. 2, p. 194-201, Mar. 2019 . Disponível em:
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PEIXÔTO JÚNIOR, A. B. et al. Perfil clínico e terapêutico de pacientes internados com


úlceras de membros inferiores. Revista Enfermagem Atual In Derme, v. 92, n. 30, 29
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um ambulatório público de cuidados com feridas complexas. In: CONGRESSO
INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM. 2019. Anais [...]. Disponível em:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL SOCIOEPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE LEISHMANIOSE
VISCERAL HUMANA NO ESTADO DO PARÁ ENTRE 2015 E 2019

Kendra Sueli Lacorte da Silva1; Ana Carolina Ferreira Pantoja2; Felipe Macedo Vale3;
Hector Brenno da Silva Cagni4; Pedro Lucas Carrera da Silva5; Flávio Luiz Nunes de
Carvalho6

1,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará
6
Biólogo. Doutor em Biologia Celular e Molecular Aplicado à Saúde pela Universidade
Luterana do Brasil
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral humana (LV) é uma antropozoonose que, no


Brasil, é causada principalmente pela Leishmania chagasi, contando como vetor o
flebotomíneo Lutzomya longipalpis (BENEDETTI; PEZENTE, 2020). A LV é
considerada endêmica em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil, o qual abarca
cerca de 96% dos casos de LV da América do Sul (SILVA et al, 2021). Entre os anos de
2010 a 2019, foram registrados 4280 casos na região norte do Brasil, sendo o Pará o
estado que concentrou o maior número de casos confirmados (LIMA et al, 2021). Diante
do exposto, estudar os casos de LV no estado do Pará faz-se importante, pois, ao conhecer
a população mais vulnerável à doença, torna-se possível a implementação de ações de
saúde mais eficazes e objetivas. OBJETIVOS: Delinear o perfil socioepidemiológico
dos casos de LV no estado do Pará entre 2015 e 2019. METODOLOGIA: Trata-se de
um estudo epidemiológico retrospectivo de caráter descritivo e exploratório, com
abordagem quantitativa, no qual foram analisados dados sobre a LV no estado do Pará.
Foram investigados dados de fontes secundárias disponibilizados pelo Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2015 a 2019. A
população do estudo foi composta por pacientes, residentes do estado do Pará,
cadastrados no SINAN. Para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha, elaborada no
programa Microsoft Word® 2016, contendo as variáveis sociodemográficas sexo,
escolaridade, raça e zona de residência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da
análise quantitativa dos dados, obtiveram-se 2104 casos diagnosticados de LV no Estado
do Pará de 2015 a 2019. Considerando as variáveis sexo, escolaridade, raça e zona de
residência, pôde-se verificar que os indivíduos do sexo masculino (63.49%), com nível
de escolaridade fundamental incompleto (24.71%), pertencentes à raça parda (80.65%)
habitantes na zona urbana (66.01%) foram os mais prevalentes no que diz respeito aos
casos confirmados de LV. Numa caracterização socioepidemiológica realizada no norte
de Minas Gerais, evidenciou-se similaridade com a presente pesquisa, ao demonstrar que
a infecção em indivíduos do sexo masculino, que habitam na zona urbana, foi a mais
prevalente (FARIAS et al, 2019). Ademais, diferentemente do levantamento realizado,
no estudo de Lins et al. (2020), a raça branca era a mais predominante (42.86%) e em
relação à escolaridade, o analfabetismo estava mais presente (28.57%). É válido destacar
que esta variável afeta a recidiva da doença em virtude do baixo nível de formação dos
indivíduos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir do estudo elaborado, foi possível

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


realizar a caracterização socioepidemiológica dos casos de LV no estado do Pará. Assim,
evidenciou-se que a infecção foi a mais prevalente entre indivíduos moradores da zona
urbana, de escolaridade fundamental incompleto, pardos e do sexo masculino. Dessa
forma, a produção de estudos socioepidemiológicos auxilia na implementação de políticas
públicas específicas e eficazes contra a LV no estado, além de propiciar o planejamento
de ações de educação em saúde à população, com o foco na prevenção da doença.
Palavras-chave: Leishmaniose Visceral; Epidemiologia; Parasitologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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visceral no extremo Norte do Brasil. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.
3, n. 5, p. 14203-14226, 2020. Disponível em:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFURAÇÃO INTESTINAL ESPONTÂNEA: UM RELATO DE CASO

Julia de Paiva Rodrigues da Silva1; Dr. Gabriel Sousa Santos2; Dr. Lucas Rodrigues
Diniz3; Dr. Tales Dalfior Kataoka.4; Rafaela Brito Cardoso Lamarca Pimenta5; Dr. Felipe
Cardoso Faria.6

1,5
: Acadêmica de Medicina pela Faculdade Brasileira Multivix – Vitória.
2
: Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais.
3,4
: Graduado em Medicina pela Universidade Vila Velha.
6
: Pediatra Neonatologista do Hospital Estadual da Criança.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: Pneumoperitôneo é a presença de ar livre na cavidade abdominal


visualizado através de exames de imagem. De forma geral, é secundário à perfuração de
vísceras ocas. Na população neonatal, a principal causa associada a esse achado
radiológico é a Enterocolite Necrosante (ECN), porém outras condições médicas podem
ocasionar, como perfuração intestinal espontânea (PIE), perfuração secundária a volvo,
entre outras. A PIE no recém-nascido (RN) se apresenta com necrose e perfuração focal
de um segmento do intestino delgado; sendo uma condição rara, de etiologia
desconhecida, grave e com prognóstico ruim. As principais causas relacionadas são
prematuridade, RN de extremo baixo peso (<1000g), uso de ventilação com pressão
positiva (VPP) e traumas, sendo o diagnostico diferencial a ENC. O quadro clínico é
caracterizado por abdome distendido (sinal mais precoce), globoso e peristaltismo
ausente. O diagnóstico é por achados operatórios que mostram uma perfuração intestinal
isolada no contexto de intestino normal, sendo confirmado por estudo histopatológico.
Com isso, de acordo com as condições gerais e com o diagnóstico, o tratamento pode ser
conservador ou cirúrgico. OBJETIVOS: Apresentar relato de caso com a história de RN
pré-termo moderado, nascida por parto cesariano que evoluiu com perfuração intestinal
espontânea, entre outras complicações, sendo necessária abordagem cirúrgica do quadro
em questão. METODOLOGIA: O estudo é um relato de caso, realizado através de
acompanhamento do caso clínico utilizando o prontuário da paciente e revisão da
literatura sobre o assunto em questão. A pesquisa foi realizada no Hospital Estadual Da
Criança - Bahia, sem realização de intervenções ou procedimentos pelos autores. O
desfecho do caso foi favorável após abordagem terapêutica. RESULTADOS E
DICUSSÃO: Nosso caso envolve a paciente E.V.A.S, feminina, nascida com 33 semanas
de 1 dia de idade gestacional (IG), apgar 7/8 e peso ao nascimento de 1662 gramas, via
de parto cesariana indicada após diagnóstico de trabalho de parto prematuro sem causa
aparente. Após o nascimento, foi realizado clampeamento imediato do cordão umbilical,
cuidados iniciais, porém a RN persistia com respiração não efetiva, sendo realizado VPP
e transferência imediata para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. No 12º dia de
vida, a RN evoluiu com quadro de regurgitações com resíduo borráceo, pneumoperitônio
visualizado em radiografia de tórax e choque. A paciente foi encaminhada ao centro
cirúrgico, sendo realizada laparotomia exploradora, enterectomia de 4 cm e
enteroanastomose a 15 cm da válvula ileocecal, com envio da peça cirúrgica para

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avaliação anatomopatológica, resultando em enterite crônica ativa inspecífica com
necrose hemorrágica da mucosa e perfuração da parede intestinal. Margem de maior
diâmetro apresenta superfície mucosa alterações isquêmicas e a de menor aspecto viável.
Paciente estável hemodinamicamente após intervenção, com melhora clínica e
laboratorial progressiva. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diferentemente dos casos de
pneumoperitônio causado por ECN, a PIE muda os paradigmas anteriores de que todo
pneumoperitônio necessita de abordagem cirúrgica com laparotomia, ficando essa
intervenção restrita aos casos com leucocitose, dor, instabilidade hemodinâmica ou falha
na terapia conservadora. Sendo no caso descrito indicada devido a presença de choque.
Nesse caso, observa-se que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado foram
essenciais para evolução favorável da paciente.
Palavras-chave: Perfuração intestinal espontânea; Prematuridade; Pneumoperitônio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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systematic review. Medicine [Internet]. 2018;97:17. Disponível em:
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extremo: enterocolite ou érfuração isolada? Disponível em:
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termo-extremo-enterocolite-ou-perfuracao-isolada#_idParaDest-18 Acessado em:
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perforations caused by gastric tubes in extremely low birth weight infants. Early
Hum Dev [Internet]. 2019 ;137,[5pgs]. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31437732. Acessado 18/03/2021.

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PNEUMOPATIAS AGUDAS ASSOCIADAS AO USO DE COCAÍNA E CRACK

Gabrielle Lorrane de Oliveira Vieira 1; Lara Vento Moreira Lima1; Rafaela Teixeira da
Silva 1; Andresa de Cássia Martini 2

1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES)
2
Docente em Medicina pelo Centro Universitário de Mineiros (UNIFIMES)
E-mail do autor para correspondência:[email protected]

INTRODUÇÃO: A pneumopatia é uma enfermidade que afeta os pulmões, e uma das


causas é pela utilização de drogas como cocaína e crack. O consumo dessas substâncias
é variado, porém a via inalatória tem associação com a afecção, uma vez que a droga que
chega aos pulmões é absorvida pela mucosa e com isso passa de forma mais rápida e
eficaz para a circulação sanguínea, acarretando em rapidez dos efeitos. Essa exposição
dos pulmões pode ter inúmeros efeitos nocivos uma vez que esse permanece em contato
com substâncias tóxicas. OBJETIVO: O objetivo desse resumo é a abordagem das
principais pneumopatias relacionadas ao uso de crack e cocaína e suas consequências
para a saúde dos usuários. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão bibliográfica
por meio da análise de publicações com intervalo temporal de 2014 e 2015, utilizando
bases de dados (PubMed e Scielo) e descritores como Pnemopatias; Pneumopatias ao uso
de crack; Pneumopatias ao uso de Cocaína; consequências do uso de cocaína e crack para
o sistema respiratório; Uso de entorpecentes; Diagnóstico diferencial de pneumopatias.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A cocaína é a segunda droga ilícita mais usada e
traficada no mundo, assim é a causa mais frequente de mortes relacionadas ao uso de
entorpecentes. Vários problemas respiratórios estão relacionados ao uso dessa droga e por
esse motivo o diagnóstico de doenças associadas é complexo. Já o Crack é uma forma
mais potente e viciante da cocaína, e a mais usada, pelo seu rápido efeito e baixo custo,
onde após sua inalaçãossuas manifestações clínicas caracterizam a síndrome "pulmão
do crack”, que consiste na presença de insuficiência respiratória associada a alterações de
opacidade pulmonar, geralmente bilateral de predomínio periférico, vistos na tomografia
computadorizada. Contudo, por se tratar de um processo agudo, tem melhora com a
interrupção do uso da droga. Além dos achados tomográficos, o diagnóstico também
consiste no tempo e padrões de uso da droga, que são realizados através de uma anamnese
detalhada, porém, às vezes não muito efetiva devido a falta da colaboração do paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante disso o uso crônico e agudo da cocaína e do crack
pode causar inúmeros problemas para o organismo, entre eles pneumopatias aguda, ou
seja, doenças que afetam os pulmões, como edema pulmonar, hemorragia alveolar,
doença intersticial, hipertensão pulmonar, enfisema, câncer de pulmão, infarto pulmonar,
pneumonias aspirativas e o barotrauma. Esse último, é um achado frequente em usuários
de crack por fumo e inalação de cocaína em pó. Por isso são necessários uma anamnese
bem detalhada e a realização de exames complementares de imagem, a fim de identificar
a causa, adotar a terapêutica precisa e prestar assintência psicosocial adequada.

Palavras-chave: Cocaína; Crack; Pneumopatias agudas; Toxóides

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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avaliação por TCAR de tórax. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 41, p. 323-330,
2015.

DE CASTRO, Raquel Augusta et al. Manifestações pulmonares decorrentes do uso de


crack. Rev Med Minas Gerais, v. 24, n. 4, p. 520-524, 2014.

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POTENCIAL ANTIVIRAL DA QUERCETINA FRENTE A PROTEÍNA MPRO
DO Sars-CoV-2: UM ESTUDO DE DOCAGEM MOLECULAR
Rita de Cássia Marinho de Abreu1; Cindy Moura Dias de Araújo2; Julia Romana de
Santana Costa3; Paulo Sérgio de Araujo Sousa4; Jefferson Almeida Rocha5; Leiz Maria
Costa Verás6

1
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPar.
2,3
Graduadas em Medicina pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do
Piauí Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba – IESVAP.
4
Licenciado em Química. Mestrando em Biotecnologia pela Universidade Federal do
Delta do Parnaíba – UFDPar.
5,6
Biólogos. Doutores em Biotecnologia pela Universidade Federal do Piauí.
E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: O novo coronavírus (Sars-CoV-2) iniciou um surto de síndrome


respiratória aguda grave mundial e, em um curto período de tempo, foi caracterizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia. A Mpro (Main protease), é a
proteína responsável por clivar poliproteínas em proteínas menores que, estarão
envolvidas na produção de RNA codificando proteínas estruturais do vírus. Devido à falta
de medicamentos adequados, originou-se novas buscas por moléculas com atividade
antiviral. As plantas se mostraram uma fonte primordial de exploração de novas
moléculas bioativas com aplicações voltadas para o desenvolvimento de novos
fitoterápicos contra o Sars-CoV-2. A fava-d’anta (Dimorphandra mollis Benth.) é uma
espécie vegetal do cerrado brasileiro apresentando elevada concentração de quercetina,
um flavonoide com ampla bioatividade. A literatura já indica que flavonoides extraídos
de plantas possuem diversas aplicações antivirais. OBJETIVOS: Investigar o potencial
anti-Sars-CoV-2 in silico da quercetina frente a proteína Mpro do Sars-CoV-2.
METODOLOGIA: Caracteriza-se como pesquisa experimental, realizada através de
docagem molecular. A quercetina foi obtida no PubChem (CID: 5280343), enquanto que
a estrutura tridimensional da proteína Mpro foi angariada do Protein Data Bank (PDB)
(PDB ID: 6LU7). Todos os procedimentos de acoplamento utilizaram o pacote Autodock
4.2. A Mpro e a quercetina foram preparados para simulações de encaixe com AutoDock
Tools (ADT) versão 1.5.6. A proteína foi considerada rígida e o flavonoide foi
considerado flexível. O sítio ativo da proteína foi definido com base nas coordenadas do
resíduo glicina 143 da cadeia A da Mpro. A quercetina foi submetida a 100 execuções
independentes de simulações de docagem e o cluster com menor energia de interação foi
selecionado para análise. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A análise de acoplamento
molecular mostrou uma afinidade com energia de ligação igual a -6.81 kcal.mol-1, com
constante de inibição de 10.14 μM, sendo possível observar interações com os
aminoácidos serina144, histidina163, cisteína145 e glutamato166 do sítio catalítico da
proteína através da formação de pontes de hidrogênio com a quercetina. Interações
hidrofóbicas também foram observadas para os aminoácidos da proteína com o ligante.
Através da energia de interação obtida, pode-se indicar que a interação gerada do
flavonoide com a proteína possui capacidade de induzir a inibição da atividade da

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protease durante a produção de poliproteínas traduzidas pelo RNA viral, acabando por
interferir na perpetuação do ciclo viral de reprodução do Sars-CoV-2. Ainda, as interações
moleculares da quercetina com a Mpro podem ter sido intensificadas devido a polaridade
da molécula e dos aminoácidos do sítio ativo, sendo que os resíduos que interagiram por
ponte de hidrogênio e interações hidrofóbicas contribuíram para a formação de um
complexo proteína-ligante mais estável. CONCLUSÃO: A quercetina demonstrou
possuir alta afinidade de ligação com a Mpro do SARS-Cov-2, gerando interações com os
aminoácidos da proteína com o flavonoide, em consequência das propriedades físico-
químicas do composto natural. Assim, evidenciou-se que o flavonoide possui elevado
potencial bioativo in silico contra a Mpro, comprovando que a quercetina possivelmente
pode ser utilizada como alternativa para o tratamento de infecções geradas pelo Sars-
CoV-2.
Palavras-chave: Pandemia; Fitoterápico; Composto natural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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MECANISMOS QUE INTEGRAM À FALHA ABSORTIVA ENTRE
FÁRMACOS PSICOTRÓPICOS ALIADOS A FARMACOTERAPIA CONTRA
COVID-19
1
Luiza Fernanda Ramos Soares, 2 Dariany Soares Pacheco, 3 Marcieni Ataíde de
Andrade

1
Graduando em Farmácia, pela Universidade Federal do Pará.
2
Graduando em Farmácia, pela Universidade Federal do Pará.
3
Doutora em ciências farmacêuticas, pela Universidade de São Paulo.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Introdução: A pandemia de COVID-19 abordou crises e riscos massivos, especialmente


para pacientes psiquiátricos e os profissionais que os acompanham enfrentam novos
desafios1. Com a norma da DGS n.º 011/2020, o modelo de intervenção em serviços de
Psiquiatria e Saúde Mental se diferenciou, em que os pacientes doentes mentais
contaminados deveriam ser transferidos à enfermaria de COVID-19, existindo
perspectivas no tratamento psicotrópico aliado à terapia contra o vírus, mediante ao
cuidado sobre estes pacientes no ambulatório, além de dispor debates sobre a possível
toxicidade e falha terapêutica causadas por tais interações medicamentosas 2. Objetivos:
Identificar os possíveis mecanismos que interferem na disposição de psicofármacos
associados à farmacoterapia contra o SARS-Cov-2, causando má absorção de um gênero
ou ambos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, na modalidade de revisão
integrativa de literatura, com abordagem qualitativa, realizada durante o período de 4 a
14 de outubro. Foi desenvolvida, por meio de buscas de amostragem de literatura na
seguinte base de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com os descritores
“Psicotrópicos”, “Interações Medicamentosas” e “COVID-19”, conectados pelo operador
booleano “AND”. Considerou-se artigos em idiomas português e inglês, publicados entre
2020 a 2021. Após a exclusão de 14 artigos não-adeptos à temática, utilizou-se 3 estudos
completos na elaboração do texto. Resultados e discussão: Quatro situações principais
que abordam interações medicamentosas envolvendo drogas psicotrópicas e
farmacoterapia contra COVID-19 e que interferem na absorção são identificados: (1)
Interações entre a disposição farmacocinética, levando à mudanças significativas na
atuação de drogas psicotrópicas ou drogas-COVID-19 no organismo, como anulação do
processo enzimático que metaboliza esses fármacos, alterando as propriedades
terapêuticas de ambos; (2) Interações farmacodinâmicas entre psicofármacos-drogas
contra COVID-19, ocasionando toxicidade sinérgica e, posterior, falha absortiva; (3)
Interações medicamentosas se modificando com a fase da doença, relacionadas à falência
de múltiplos órgãos e/ou bomba de citocinas, comum em infectados graves, podendo
alterar o metabolismo dos fármacos e interferir no processo terapêutico; (4) Problemas
farmacogenéticos interligados a polimorfismos em isoenzimas (citocromo P450)
associadas no metabolismo prolongado de psicofármacos e drogas para COVID-19,
levando a falhas na absorção terapêutica3. Além disso, os antirretrovirais contendo
inibidores fortes do P450 (lopinavir / ritonavir e darunavir / cobicistate) representam os

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principais problemas em termos de ocorrência possível de interações medicamentosas
clinicamente relevantes com vários agentes antipsicóticos (psicofármacos), pelo uso
associado que anulam o efeito desses fármacos 3. Devido às situações instáveis, com
interações medicamentosas clinicamente relevantes, as recomendações incluem a
interrupção abrupta de agentes psicotrópicos em situações de infecção generalizada pela
doença do novo Coronavírus2. Conclusão: Os pacientes psiquiátricos infectados com
SARS-Cov-2 apresentam uma complexidade acrescida na gestão da sua terapêutica
habitual. É concluído que, se a necessidade da administração de fármacos com potencial
de interação for imperiosa, recomenda-se essa administração na menor dose possível,
pelos riscos de falha absortiva entre os tratamentos, além da exposição à possível
toxicidade.
Palavras-chaves: Psicotrópicos, psicofármacos, COVID-19.
Referências:
1
YALÇIN, NS; DEMIRKAN, K. Os psicotrópicos usados durante a terapia com COVID-
19 têm efeito no processo de tratamento? European Journal of Hospital
Pharmacy, 2021.
2
ANDRADE et al. Recomendações sobre o uso de medicamentos psicotrópicos durante
a pandemia de COVID-19. Acta Médica Portuguesa, v. 33, n. 10, pág. 693-702, 2020.
3
GATTI et al. Clinically Significant Drug Interactions Between Psychotropic Agents and
Repurposed COVID-19 Therapies. CNS Drugs, 345–384, 2021.

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ROTINA DE HIGIENE BUCAL DAS CRIANÇAS DURANTE A PANDEMIA DA
COVID-19

Isabelle de Melo Xavier Bentinho1; Cintia Regina Tornisiello Katz2

1
Cirurgião-dentista. Graduada pela Universidade Federal de Pernambuco
2
Cirurgião-dentista. Professora do Curso de Odontologia da Universidade Federal de
Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

INTRODUÇÃO: Durante a pandemia da COVID-19, com o fechamento das escolas, as


crianças tiveram que passar mais tempo em casa, necessitando enfrentar alterações em
suas rotinas. Essas novas rotinas podem ter implicado em mudanças nos hábitos de
higiene bucal que podem resultar em um aumento significativo da prevalência de doenças
como a cárie dentária. Com as mudanças de rotinas e as restrições nos atendimentos
odontológicos, nos quais o acompanhamento da higiene bucal era oportunizado, mostrou
a necessidade maior dos pais no cuidado com a saúde bucal dos seus filhos. Sendo de
grande importância que os pais garantem uma boa escovação dental das crianças
orientando, supervisionando e auxiliando-as no manejo da higiene oral. OBJETIVOS:
Analisar os cuidados de higiene bucal das crianças durante o isolamento social na
pandemia da COVID-19. METODOLOGIA: Este estudo de revisão integrativa da
literatura foi realizada através de pesquisa na base de dados PubMed, Lilacs e Capes, com
os descritores “Higiene Bucal, “Crianças” e “Pandemia”, assim como os descritores em
inglês “Oral Hygiene”, “Children” e “Pandemic”. Foram selecionados artigos publicados
em 2020 e 2021 no idioma inglês. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na maioria dos
artigos foi relatado que as crianças apresentaram bons hábitos de higiene bucal durante o
isolamento social, em que escovaram os dentes diariamente e na frequência de duas vezes
ou mais ao dia. Nos estudos em que a regularidade de escovação antes e depois da
pandemia foram comparados, a não mudança na frequência da higiene bucal foi o
resultado mais comum, logo após vieram as crianças que aumentaram a frequência e
poucas foram as que diminuíram a escovação no período do isolamento. É provável que
mudanças nas rotinas familiares e aumento da presença dos pais em casa durante a
pandemia da COVID-19 permitiram uma maior atenção nos cuidados à higiene oral dos
filhos. Isso porque, os resultados mostraram que alguns pais passaram a supervisionar a
escovação das crianças e afirmaram estarem mais preocupados com a saúde bucal destas
em comparação ao período pré-pandemia. No entanto, foi exposto que houve aumento na
ingestão de alimentos ricos em carboidratos durante o isolamento social. Assim, sabendo
que a qualidade das práticas de higiene bucal e a capacidade dos pais de evitar que seus
filhos recebam lanches cariogênicos são fatores associados a prevenção da cárie dentária,
mesmo com os hábitos de higiene bucal positivos mostrado nos artigos, o pouco cuidado
com a dieta das crianças pode elevar o risco de formação das lesões cariosas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: No período de isolamento social da pandemia da
COVID-19, as crianças, em sua maioria, estavam escovando os dentes com frequência e
os bons hábitos de higiene bucal mostraram-se associados à maior presença dos pais em

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


casa. Entretanto, mais estudos são necessários para melhor compreender as mudanças na
rotina das crianças sobre os cuidados na higiene bucal e qual será o efeito na saúde bucal
infantil no pós-pandemia para que assim possa nortear os profissionais na preparação das
estratégias de atendimento às novas demandas de saúde relacionadas ao período da
pandemia.
Palavras-chave: Higiene Bucal; Crianças; Pandemia.

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Chandigarh, n. 39, v. 1, p. 22-28, Jan./Mar. 2021.

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Istanbul. J Edu Health Promot, Mumbai, n. 10, v. 1, 7p., 2021.

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Londres, v. 21, n. 54, 6p., Feb. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OPERACIONALIZAÇÃO DE ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM A
UMA PACIENTE COM FRATURA PÉLVICA ATENDIDA NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA

Thais Matos Rodrigues1; Adilson Silva Oliveira1; Joseane David Silva1; Sabrina Durães
Bastos1; Victória Christina Medeiros Lima1; Lanuza Borges Oliveira2

1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2
Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde. Docente do Departamento de Enfermagem
da Universidade Estadual de Montes Claros

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: As fraturas são definidas como a perda da capacidade do osso de


transmitir normalmente a carga durante o movimento, por perda da integridade estrutural,
podendo ser total (rompimento completo do osso) ou parcial (rompimento incompleto).
A fratura do anel pélvico se enquadra como um dos principais infortúnios que acometem
os idosos, assim como os fatores associados ao processo de envelhecimento, a exemplo
da osteoporose, síndrome da fragilidade e quedas. Além de afetar toda a estrutura do
quadril, essa lesão compromete a mobilidade articular da região, impedindo a execução
de várias atividades diárias. OBJETIVO: Relatar a experiência do atendimento à uma
paciente com fratura pélvica assistida na Atenção Primária à Saúde, utilizando como base
a Sistematização da Assistência de Enfermagem implementada pelo Processo de
Enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, relativo à
consulta de enfermagem à uma paciente assistida na Estratégia Saúde da Família realizada
pelos acadêmicos do 3° período do curso de graduação em enfermagem da Universidade
Estadual de Montes Claros, entre os meses de março e maio de 2019. O Processo de
Enfermagem foi desenvolvido por meio da assistência domiciliar, utilizando os sistemas
de classificações de enfermagem NANDA I, NIC e NOC e instrumento de coleta de dados
baseado na teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Horta. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Através da coleta de dados, foram identificados quatro principais
diagnósticos de enfermagem, sendo eles a dor crônica; mobilidade física prejudicada;
estilo de vida sedentário; e sobrepeso. Além das fraturas associadas à queda do idoso,
existem outras complicações tais como o medo de cair; abandono de atividades; e
mudança nos hábitos de vida. No presente estudo, percebeu-se a junção de todos esses
fatores na paciente, pois a dor decorrente da fratura que a mesma apresentava, estava
prejudicando a sua mobilidade física, contribui para um quadro de sedentarismo. Desta
forma, buscou-se planejar intervenções que estivesse em concordância com a sua
realidade, tornando-a uma participante ativa no tocante ao planejamento e realização do
autocuidado, além de permitir que os acadêmicos como futuros profissionais comecem a
trabalhar com pessoas e não apenas para as pessoas. Realizou-se então, a implementação
dos planos escolhidos: fisioterapia; elaboração de um cartaz informativo e ilustrado com
exercícios físicos simples, mas de suma relevância, para que a paciente pudesse aplicar

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


respeitando seus limites, sendo fornecido também os materiais para a execução daqueles
que precisavam; e um livro com receitas saudáveis e de custo acessível. Por fim, após
quinze dias foram avaliados os resultados das intervenções propostas, na qual, pode-se
observar que as seções de fisioterapia e os exercícios físicos vinham sendo realizados
segundo relato da paciente, promovendo uma notável melhora na locomoção,
deambulação, disposição, bem como na redução da dor. Também houveram resultados
referentes à nutrição da paciente, pois a mesma apoia a ideia de reeducação alimentar
aplicando as receitas propostas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência de
enfermagem sistematizada através do processo de enfermagem, ofereceu aos acadêmicos,
respaldo técnico-científico e humano na assistência à paciente, além da segurança,
garantindo credibilidade à assistência.
Palavras-chave: Processo de Enfermagem; Cuidados de Enfermagem; Atenção Primária
à Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença


crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção
Básica, n. 36)

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HEBERT, S; XAVIER R. Ortopedia e Traumatologia, princípios e prática. 3ª ed.


Porto Alegre: Editora Artmed, 2003.

JUNQUEIRA, M. A. B; SANTOS, F. C. S. A educação em saúde na Estratégia Saúde da


Família sob a perspectiva do enfermeiro: uma revisão de literatura. Uberlândia: Rev. Ed.
Popular , v. 12, n. 1, p. 66-80, jan./jun. 2013. Disponível em: <
http://www.seer.ufu.br/index.php/reveducpop/article/viewFile/20301/12514 >. Acesso
em 13 outubro. 2021.

RIBEIRO, A. P. et al. A influência das quedas na qualidade de vida de idosos. Ciência


& Saúde Coletiva [online]. 2008, v. 13, n. 4 [Acessado 13 Outubro 2021] , pp. 1265-
1273. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000400023>. Epub
08 Jul 2008. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000400023.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE COMPRIMIDOS ANTIALÉRGICOS
MANTIDOS SOB DIFERENTES CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Rhana Cavalcanti do Nascimento1, Esaú Simões da Silva2, Leidyanne Karolaine


Barbosa da Silva1, Ana Karla de Araújo Barreto Ferreira1, Luiz Henrique da Silva
Pereira2, Carlos Henrique da Silva Mendes3

1
Graduanda em Farmácia pela UNINASSAU Olinda.
2
Graduando em Farmácia pela UNINASSAU Paulista.
3
Docente da UNINASSAU Paulista.
E-mail da autora para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Histamin é um medicamento similar do Polaramine, cujo o princípio


ativo é o maleato de dexclorfeniramina. Esse fármaco pertence ao grupo farmacológico
dos antagonistas dos receptores H1 da histamina, atuando, assim, na prevenção e alívio
de manifestações alérgicas. Como o Histamin é um medicamento muito usado como
automedicação, o armazenamento do mesmo muitas vezes não é feito de modo adequado.
OBJETIVO: Esse estudo visa avaliar a influência das condições ambientais no perfil de
qualidade do medicamento Histamin. METODOLOGIA: Os comprimidos do Histamin
foram submetidos a várias condições climáticas do dia a dia. A primeira amostra, sendo
uma cartela do medicamento, foi recém comprada e armazenada de forma correta, a
segunda amostra, também uma cartela que foi exposta à luz solar e à umidade por 16 dias
e a terceira amostra, uma cartela que permaneceu dentro de uma bolsa de uso diário por
6 meses. O estudo foi executado em laboratório de controle de qualidade, utilizando três
cartelas do medicamento e foram avaliados os parâmeros físicos das amostras em questão.
foi efetuado teste de friabilidade, dureza e desintegração em água à 37°C.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foi observado que a coloração da segunda amostra
foi afetada pelas condições expostas, ficando assim demasiadamente mais clara em
comparação às outras duas. O peso médio da amostra 1 foi de 101 mg, o da amostra 2 Foi
de 102mg e o da amostra 3 foi 103 mg. A friabilidade da amostra 1 foi de 0,62%, a da
amostra 2 foi de 1,10% e a da amostra 3 foi 3,95%, apontando-se claramente a pouca
resistência dos comprimidos submetidos a condições ambientais adversas e inadequadas
Com relação à a dureza a amostra 1 quebrou com uma força média de 28,3N, amostra 2
quebrou com 23N e a amostra 3 quebrou com 7,5 N. Os valores de dureza abaixo do
padrão para as amostras 2 e 3 corroboram com o alto valor de friabilidade das mesmas. E
por fim, no teste de tempo de desintegração onde a amostra 1 durou 12,5 segundos a
amostra 2 durou 8,75 segundos e a amostra 3 durou 12,5 segundos antes de dissolver em
água à 37°C. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Pelos resultados analisados, foi possível
observar que o bom armazenamento é bastante importante para manter as qualidades
físicas e estabilidade do medicamento. De acordo com os testes, o período e o local de
armazenamento, como por exemplo na bolsa, é um dos fortes fatores que influenciam na
alteração das características do medicamento.
Palavras-chave: Amostra de medicamentos; Antagonistas dos receptores histamínicos;
Armazenamento de medicamentos.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. 6ª Edição.
Brasília, DF, 2019.
CRIADO, Paulo Ricardo et al, Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos:
novos conceitos, Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 85, n.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR: UM RELATO DE EXPERIENCIA DE
ACADEMICAS DE ENFERMAGEM

OLIVEIRA, Caroline Karem de Resende1; SANTOS, Fabiana Martins dos2; AGUIAR,


Lorrayne dos Santos Coutinho3; BERRÊDO, Valéria Cristina Menezes4

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Rondonópolis
2,3
Graduandas em Enfermagem pela Universidade Federal de Rondonópolis
4
Enfermeira e Psicologa. Doutora em Recursos Naturais/Saúde e Ambiente pela
Universidade Federal de Campina Grande

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Projeto Terapêutico Singular (PTS) consiste em condutas


terapêuticas que contemplam o cuidado integral do usuário, considerando sua
singularidade como indivíduo. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de
enfermagem sobre a produção de uma proposta de PTS. Metodologia: Trata-se de um
relato de experiência, elaborado a partir da vivência de três discentes de enfermagem
duante as atividades práticas da Disciplina Enfermagem em Saúde Mental, do Curso de
Enfermagem da UFR, em 2021. Realizou-se entrevistas com um paciente do Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS), coletando-se dados sobre a história da psicopatologia e
exame mental (julgamento, orientação, funcionamento intelectual, memória, aparência e
pensamento), utilizando-se um roteiro disponibilizado e orientado pela docente para
elaboração de um PTS e sistematização da assistência de enfermagem (SAE).
Resultados: Trata-se de um paciente de 25 anos, solteiro, budista, natural de
Rondonópolis-MT, brasileiro, não trabalha, mas que atualmente recebia benefício. O
mesmo tinha diagnóstico de Esquizofrenia, sem histórico familiar de transtornos mentais.
Apresentou a primeira crise de transtorno mental, na adolescência, após falecimento de
sua genitora. Ao exame mental, apresentava-se com juízo crítico prejudicado,
evidenciado por não compreender padrões inaceitáveis de seu comportamento e nem
consequências de suas ações, pois seu genitor referiu que o mesmo invade a casa de
vizinhos e parentes, tira alimentos da geladeira e não compreende que sua presença não é
aceita. O genitor refere, ainda, que este tem muito medo que ele saia de casa sem levá-lo
e que, por isso, não está trabalhando; e que tem medo de banhar, estando há 10 dias sem
realizar higiene corporal. Quanto as funções cognitivas, conseguiu realizar cálculos e
fazer questionamentos importantes sobre sua vida e psicopatologia. Orientado
autopsiquicamente e quanto ao espaço; mas desorientado quanto ao tempo, visto que
durante o estudo forneceu informações de forma não cronológica. Apresentou-se com a
higiene corporal inadequada, com pele muito suja; bastante inquieto, com ansiedade,
fumando vários cigarros sequencialmente. Referiu insônia rebelde e quanto ao
pensamento referiu ideia suicida; apresentava fuga de ideias, relatou alucinações visuais
que não quis descrever. O PTS incluiu orientações ao paciente e ao genitor, no intuito de
motivar o paciente ao interesse pela vida e cuidados pessoais, à melhor adesão ao
tratamento e participação no CAPS, melhor relacionamento com a família e vizinhos,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


para favorecer sua convivência social. CONCLUSÃO: Por meio deste trabalho foi
possível conhecer mais sobre saúde mental, em especial, o transtorno de esquizofrenia e
como o enfermeiro pode atuar nesse campo, realizando uma assistência integral ao
paciente. Infere-se que a SAE pode possibilitar uma melhora no prognóstico da pessoa
com transtorno mental, sobretudo considerando a singularidade da pessoa, sua família e
seu contexto social. Assim, destaca-se que a assistência à saúde não se trata apenas de
procedimentos técnicos, pois perpassa pela escuta, interesse, sensibilidade e interação que
resultam em vínculo e um cuidado mais integral e efetivo.

Palavras-chave: Assistência a saúde mental, Relato de experiência, Enfermagem


psiquiátrica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (EM ABNT)

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. PORTARIA Nº 1203, DE


4 DE NOVEMBRO DE 2014. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Transtorno
Esquizoafetivo.

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na sobrecarga da família da pessoa com esquizofrenia: revisão de literatura. CuidArte,
Enferm, p. 287-292, 2017.

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Revista Chilena de Neuropsicología, v. 14, n. 2, p. 18-24, 2019.

HERDMAN T. H; KAMITSURU, S. Diagnostico de Enfermagem da Nanda-1 definições


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OLIVEIRA, R. M.; FACINA, P. C. B. R.; SIQUEIRA JÚNIOR, A. C. La realidad del


vivir con esquizofrenia. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 65, n. 2, p. 309-316, 2012.

SANT’ANNA, A. L. M. Esquizofrenia e discurso: o dito esquizofrênico sem a ajuda de


nenhum discurso estabelecido. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, v. 22, p. 246-253,
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SILVA, A. P. et al. “Por trás da máscara da loucura”: cenários e desafios da assistência à


pessoa com esquizofrenia no âmbito da Atenção Básica. Fractal: Revista de Psicologia,
v. 31, p. 2-10, 2019.

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Enfermagem na graduação: um olhar sob o Pensamento Complexo. Rev. Latino-am.
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ZANETTI, a. C. G. et al. Emoção expressa de familiares e recaídas psiquiátricas de


pacientes com diagnóstico de esquizofrenia. Revista da Escola de Enfermagem da USP,
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ZORTÉA, K. et al. Perda significativa de peso em pacientes com esquizofrenia na dieta


hipocalórica de longo prazo: estudo piloto. Braspen J, p. 125-127, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CIRCUITO DE INSTRUÇÃO PEDAGÓGICA UTILIZADO PELA EDUCAÇÃO
CONTINUADA EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA

Renan Santos Senra1; Marcos Aurélio Pinto da Silva2; Daniela da Silva Araújo Basilio³;
Sormane de Mattos Dias4 ; Rosângela Vitoriano da Silva Rodrigues5.

¹
Enfermeiro pela UNIVAG Mato Grosso.
²Enfermeiro. Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde pela UFF Niterói/RJ. ³Enfermeira
pela Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO)
4
Enfermeiro Especialista em Saúde Mental pela PUC Minas Gerais
5
Enfermeira Especialista em Cuidados de Alta Complexidade pela UFF Niterói/RJ
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: educação continuada está entre as áreas fundamentais no ambiente de


trabalho tanto no contexto da assistência, quanto na gerência de Enfermagem (SILVA,
2020). A compressão deste fenômeno permitiu o avanço da tecnologia educacional no
seu desenvolvimento, por esta razão o estudo da educação com aprendizagem
significativa e suas tecnologias são tão importantes (FLORES, 2021). Uma maneira de
aplicar a prática do profissional proposto por Ausubel aos treinamentos é mediante a
utilização de atividades experimentais. OBJETIVOS: descreve uma experiência de
treinamento de profissionais de enfermagem e os efeitos encontrados sobre o
desenvolvimento de práticas baseado na teoria de aprendizagem-significativa.
METODOLOGIA: Foi desenvolvida no âmbito de um ambiente hospitalar, contou com
a participação dos profissionais de enfermagem assistencial. As atividades de
aprendizagem foram desenvolvidas no mês de julho de 2021, no formato de quatro
estações com tempo de 10 minutos cada, totalizando 40 minuto de treinamento, foram
utilizados proposta pelo teórico Ausubel sobre aprendizagem significativa com didática
experimentais (onde os objetos de estudo são inseridos em circuito de fluxo único, cada
estação foram propostos ao material audiovisual para reciclar seu conhecimento pré-
existente, teve se cuidado de evitar poluição visual e longos períodos de instrução. A
avaliação da experiência foi efetuada através de observação direta. DISCUSSÃO: ao
decorrer do circuito de instrução, criou-se um ambiente facilitador para percepção do
fenômeno, levando esses profissionais que participaram, avaliassem seus conhecimentos
prévios, estimulando assim, a uma busca e nivelamento da construção do objetivo
proposto. CONSIDERAÇÕES FINAIS: considerando todas as atividades propostas
pela teoria de Ausubel sobre aprendizagem significativa, houve ganho de conhecimento
prático educacional em saúde, percebeu-se o benefício construtivo. Além disso, o
envolvimento maior da equipe de enfermagem promoveu um retorno com o interesse dos
envolvidos pelas boas práticas, com ações de mitigação de riscos relacionados à
assistência no ambiente hospitalar.
Palavras-chave: aprendizagem-significativa 1; educação-continuada 2; enfermagem 3.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning. New York, 1963,
Grune and Stratton. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1964-10399-000>.
Acesso em 30 de Setembro de 2021.

FLORES, FD; BARBOSA, DNF.; BEZ, MR. A Tecnologia Digital na formação


permanente dos profissionais de enfermagem em ambiente hospitalar. Pesquisa,
Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 10, n. 10, pág. e250101018827, 2021.
Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18827. Acesso em: 14
de Setembro de 2021.

SILVA, Camila Pureza Guimarães da et al. Da educação em serviço à educação


continuada em um hospital federal. Escola Anna Nery, v. 24, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTÁGIO REMOTO NA CLÍNICA ANALÍTICA COMPORTAMENTAL: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lauany Gonçalves Rodrigues 1; Ione Marques de Lima 2; Dérick Ian Siqueira 3;


Eduardo
Souza Gotti ; Elimar Adriana de Oliveira 5
4

1,2,3
Graduandos em Psicologia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro;
4
Psicólogo, tecnólogo no Laboratório de Análise Experimental do Comportamento da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
5
Psicóloga, docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro. Doutora em Psicobiologia pela Universidade de São
Paulo.

E-mail: [email protected]

INTRODUÇÃO: A disciplina de ‘Vivência Profissional V’, do curso de Psicologia da


Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) tem o propósito de vivenciar as
experiências com atendimento a pessoas e/ou instituições. Diante da pandemia COVID-
19, as atividades práticas de atendimentos psicoterápicos e as atividades teóricas de
supervisão dos casos foram realizadas de maneira remota. Assim, o estágio remoto foi
opção necessária, tendo como base as recomendações do Conselho Federal de Psicologia,
onde apresenta essa prática não só como auxiliar na promoção de qualidade de vida, mas
também na (re)afirmação de valores, princípios e modelos que devem guiar a estruturação
dos cursos de Psicologia no país. OBJETIVO: O presente resumo busca apresentar um
relato de experiência de inicialização à atuação em psicologia clínica, em modalidade
remota, orientada pela perspectiva da Análise do Comportamento, seus possíveis
benefícios e prejuízos. METODOLOGIA: Foram realizadas atividades de apresentação
e discussão do plano de ensino, revisão e discussão de conteúdo, orientações,
atendimentos e supervisões, todos de forma remota utilizando a plataforma google meet
ou whatsapp. As atividades de atendimento psicoterápicos realizadas pelos estagiários
ocorreram semanalmente com horários pré-agendados, sendo o público atendido maiores
de 18 anos, cadastradas no Centro de Estudos e Pesquisa em Psicologia Aplicada -
CEPPA. As atividades teóricas e de supervisão ocorreram às quartas-feiras, das 8h às
9:40h, enquanto que os atendimentos eram acordados entre cliente e estagiário.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A terapia comportamental é uma proposta de
intervenção baseada nos princípios filosóficos do Behaviorismo Radical, que busca
compreender determinados comportamentos se estabelecem,
mantém e modificam-se a partir da interação entre organismo e ambiente, envolvendo a
identificação de contingências históricas e presentes da vida do cliente, modificação de
comportamento e enriquecimento do repertório comportamental. Durante o estágio, no
contexto da disciplina ‘Vivência Profissional V’, busca-se modelar competências
essências aos discentes para a condução da psicoterapia, desenvolvendo e aprimorando
habilidades, estabelecimento e manutenção de aliança terapêutica, identificação de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


contingências, delineamento de mandato terapêutico, aplicação de procedimentos
interventivos baseados em evidências científicas e, principalmente, a oferta de apoio e
promoção de qualidade de vida aos atendidos. Ainda assim, o atendimento nessa
modalidade apresentou dificuldades, entre elas, a qualidade da conexão de internet, a
construção de ambientes que respeitassem o sigilo, tanto por parte do estagiário como do
cliente e a adequação de manejos e técnicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Durante o
estágio remoto analítico comportamental, foram necessários desenvolvimentos de um
padrão comportamental frente aos atendimentos para o estabelecimento do setting
terapêutico. As intervenções comportamentais, através da inclusão de ferramentas
terapêuticas, enriqueceram a prática clínica, mas é notável que no atendimento online
existe peculiaridades e variações em comparação ao modelo presencial. Os resultados da
disciplina foram promissores, atingindo os objetivos do plano de ensino e possibilitando
conhecimentos e experiências. Destacamos que as intervenções realizadas remotamente
auxiliaram no alívio de sofrimento das pessoas atendidas e na promoção de saúde. Aos
estagiários, possibilitou a prática na perspectiva da ciência da Análise do Comportamento,
bem como viabilizou a realização dos atendimentos em situações e eventos em desastres
e crises naturais.
Palavras-chave: Análise do Comportamento. Estágio Remoto. COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP nº 004/2020. Dispõe sobre


a regulamentação de serviços psicológicos prestados por meio de Tecnologia da
Informação e da Comunicação durante a pandemia do COVID-19. (2020a). Brasília:
Conselho Federal de Psicologia. https://atosoficiais.com.br/cfp/resolucao-do-
exercicio-profissional-n-4-2020- dispoe-sobre-regulamentacao-de-servicos-
psicologicos-prestados-por-meio-detecnologia-da- informacao-e-da-comunicacao-
durante-a-pandemia-do-covid-19?origin=instituicao
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Práticas e estágios remotos em psicologia
no contexto da pandemia da covid-19: recomendações [recurso eletrônico]/Conselho
Federaaal de Psicologia e Associação Brasileira de Ensino de Psicologia - 1. ed. - Brasília:
CFFP, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Caderno-de-orientações-formação-e-
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FARIAS, A. K. C. Analise Comportamental Clinica: Aspectos teóricos e estudos de
caso/ Ana Karina C. R. de-Farias & colaboradores - Dados eletrônicos - Porto Alegre:
Artmed, 2010.
FARIAS, A. K. C. R.; FONSECA, F. N. & NERY, L. B. (Orgs.), Teoria e Formulação
de Casos em Análise Comportamental Clínica. Porto Alegre: Artmed.
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. B. F. Skinner, Análise do Comportamento e o
Behaviorismo Radical. In: MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de
análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE A DOENÇA DE KAWASAKI EM
CRIANÇAS ATÉ OS CINCO ANOS.

Isabela Silva Barbieri1, Carolina Silva De Martins2, Ana Gabriela Tressmann Andrade3

1,2,3
Graduanda em Medicina pela Faculdade Multivix de Vitória

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A Doença de Kawasaki (DK) foi descrita no Japão, em 1967, por


Tomisaku Kawasaki como “síndrome mucocutânea linfonodal”, por atingir
preferencialmente mucosas e linfonodos cervicais. Na época, Tomisaku acreditava que a
síndrome era autolimitada e que não deixava sequelas, porém, em 1970 ocorreram mortes
de crianças com menos de 24 meses, evidenciando então quadros mais agressivos da
doença1. Sua morbidade está relacionada às alterações cardíacas, que podem aparecer
tardiamente, principalmente em crianças entre seis meses e cinco anos.2 Possui maior
prevalência no Japão, e nos Estados Unidos tem superado a febre reumática como causa
de doença cardíaca adquirida na infância; Já no Brasil, existem poucos estudos
disponíveis e a epidemiologia é, ainda, precária.3 OBJETIVO: Descrever as
características clínicas e epidemiológicas dos pacientes de até cinco anos, portadores da
DK. METODOLOGIA: Revisão sistemática da literatura de caráter descritivo, realizada
através de busca de dados das plataformas PubMed, Scielo e artigos científicos. Os
descritores utilizados foram: “doença de kawasaki”, "vasculite" e "cardiopatia".
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DK é rara, de etiologia desconhecida e se manifesta
como uma vasculite sistêmica da infância4. Há maior incidencia no Japão, e acomete
preferencialmente o sexo masculino. Por esse motivo, o caráter genético é uma das áreas
de investigação em andamento, além da autoimunidade, etiologia infecciosa e a resposta
imune inflamatória do hospedeiro. De acordo com a American Heart Association, os
pacientes com DK podem ser divididos em dois grupos. No tipo clássico, o doente
apresenta febre alta por cinco ou mais dias e, no mínimo, mais quatro critérios clínicos
como: conjuntivite bilateral, linfadenopatia, alterações nos lábios ou cavidade oral,
erupção cutânea, eritema nas mãos e pés, além de alterações nas taxas dos marcadores
inflamatórios (VHS e PCR)5,6. Já na DK incompleta, o paciente não apresenta todos os
critérios. Os sintomas são autolimitados, entretanto se ocorrer inflamação vascular difusa,
esta pode gerar sequelas a longo prazo. Uma grave complicação é a formação de ectasia
e aneurisma da artéria coronária (15 a 25% dos casos)7, que se romper pode levar à
trombose e infarto do miocárdio. Tal piora pode ser identificada através de
ecocardiografia. Diferenciar DK das doenças exantemáticas da infância, pode ser
complexo, mas é de suma importância, visto que o tratamento da DK já é preconizado
pela American Academy of Pediatrics. A conduta adequada é iniciar a imunoglobulina
intravenosa (IgIV) e anti-inflamatórios, idealmente antes do décimo dia do início da febre,
em dose única de 2g/kg com infusão durante 12 horas4,5. A maioria dos pacientes tem boa
resposta a essa propedêutica, se apresentam apiréticos e com diminuição dos marcadores
inflamatórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar dos poucos dados epidemiológicos

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


da doença de Kawasaki, é de suma importância que os médicos pensem em DK como um
diagnóstico diferencial, haja vista que as complicações apresentadas pela patologia são
severas e podem evoluir para óbito. Pensar na doença leva a uma conduta mais específica,
com realização de eletrocardiograma e administração de imunoglobulina, favorecendo
assim mudanças no curso da doença.
Palavras-chave: Cardiopatia; Doença de kawasaki; Vasculite.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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PACIENTE IDOSO ONCOLÓGICO: MEDO DA CONTAMINAÇÃO DA
COVID-19

Paola Pereira dos Santos1;Suraia Estácia Ambrós2.

1
Psicóloga Residente em Atenção ao Câncer, Universidade de Passo Fundo.
²Psicóloga Tutora da Residência Multiprofissional em Atenção ao Câncer, Universidade
de Passo Fundo.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
INTRODUÇÃO: No ano de 2019 foram observados múltiplos casos de pneumonia
identificados como Covid-19. Considerando que cerca de 80% dos casos são
assintomáticos, idosos e imunossuprimidos como no câncer estão dentre os mais passíveis
de evolução de grave síndrome respiratória para síndrome de disfunção múltipla de
órgãos. O câncer pode ser compreendido como um conjunto de doenças que têm em
comum a proliferação de células anormais e sua incidência e morte vem aumentando no
mundo, sendo responsável por 290.780 mortes em 2015, do qual 68,4% ocorreram em
pessoas de 60 anos ou mais. Após a chegada da Covid-19 no Brasil, algumas medidas
foram instituídas para controlar a doença, o isolamento social entre os idosos e aqueles
que apresentam morbidades, é visto como séria preocupação de saúde pública. Um dos
fatores que também podem contribuir para o aumento do medo e ansiedade é a mídia, ao
apresentar relatos de pacientes que necessitam de ventiladores mecânicos, geralmente
idosos, podendo favorecer a morte. Durante as pandemias é comum que a atenção se volta
predominantemente para o patógeno e risco biológico, o que deixa levar em segundo
plano as exposições a riscos psicológicos e sociais. OBJETIVOS: O presente referencial
tem como objetivo compreender o impacto emocional ocasionado pela Covid-19 somado
ao enfrentamento do câncer e envelhecimento humano, bem como, subsidiar o futuro
psicólogo que deseja atuar na área da Psicologia da Saúde, com ênfase em idosos,
buscando ter melhores condições de auxiliá-los no processo de enfrentamento.
METODOLOGIA:O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucional, sob o
protocolo nº CAAE 46542121.800005342. Possui natureza quantitativa descritiva
transversal e foi realizado através da aplicação e correlação da Escala de Medo da Covid-
19 e Inventário de Ansiedade Geriátrica em um total de 40 usuários do serviço
oncológico, após a análise para a correlação entre escalas foi utilizado o produto-
momento de Pearson. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através da análise de dados,
pode-se observar que 4 (10%) dos pacientes idosos oncológicos apresentam média de
16,25 pontos referentes ao item “muito medo” comparado a amostra que refere “pouco
medo”, 30 (75%) apresentaram média 13,3.Constata-se dessa forma baixo nível de medo
e ansiedade frente ao cenário pandêmico. Vale ressaltar também que 55% dos
participantes referiram “eu fico nervoso ou ansioso quando vejo notícias nos jornais e nas
redes sociais sobre Covid-19”. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir deste estudo,
podemos compreender o baixo impacto emocional relacionado ao cenário de pandemia
da COVID-19, entretanto sugere mobilização emocional frente às notícias.
Palavras-chave: Covid-19; Idoso; Medo.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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REPERCUSSÃO DA PANDEMIA DE COVID-19 PARA O BANCO DE LEITE
HUMANO DE UMA MATERNIDADE TERCIÁRIA EM FORTALEZA

Camila Albuquerque Lima1, Isabelly Gomes de Oliveira2, Letícia de Carvalho


Magalhães3, Michelle Ingridy Machado do Nascimento4, Cinthia Maria Gomes da Costa
Escoto Esteche5.

1-4
Residente do Programa de Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica da
Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) da Universidade Federal do Ceará
(UFC).
5
Coordenadora Assistencial da Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica
MEAC/UFC e da equipe de Enfermagem da Neonatologia do Centro Obstétrico da
MEAC.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: O Banco de Leite Humano (BLH) é responsável por analisar,


pasteurizar e distribuir leite humano (LH) para bebês internados, de acordo com a
necessidade deles. Evidências científicas sugerem que recém-nascidos prematuros ou
com patologias alimentados com LH durante a internação, têm maiores chances de
recuperação, melhor ganho de peso e desenvolvimento, e proteção contra infecções.
OBJETIVO: Relatar mudanças identificadas nos atendimentos e doações de LH ao BLH
de uma maternidade decorrente da Covid-19. METODOLOGIA: Relato de experiência
de residentes de Enfermagem Obstétrica acerca do impacto da covid-19 na doação,
dispensação de LH e atendimentos em aleitamento materno no BLH da Maternidade
Escola Assis Chateaubriand (MEAC) no ano de 2020. RESULTADOS: Com a chegada
da Covid-19 no Brasil em 2020 e a necessidade de quarentena, as lactantes puderam
passar mais tempo em casa, consequentemente amamentaram mais e produziram mais
leite. Dessa forma, após uma queda inicial, aumentaram as doações de LH para o BLH
nesse período, especialmente a partir de abril/2020 com 179,6 L de leite coletado, julho
foi o mês com maior volume de doações (322,9 L). Em março houve a menor distribuição
de leite humano (77,3), a maior ocorreu em julho (250,2). As visitas domiciliares também
aumentaram consideravelmente a partir de março (269) e chegou a 478 em julho. Em
contrapartida, os atendimentos individuais presenciais no BLH sofreram drástica redução
de 1131 em março para 396 em abril, no mês de dezembro a média retornou para mais de
1000 atendimentos mensais. CONCLUSÃO: Inicialmente o medo do Coronavírus
causou redução na doação e distribuição de LH para os bebês, afinal não se sabia como
ficaria o estoque no BLH. Entretanto, com o grande volume de leite, mais bebês
internados puderam receber LH em vez de fórmula infantil e foi distribuído maior
porcentagem de LH para hospitais parceiros do que o habitual.
PALAVRAS-CHAVE: Covid-19; Banco de Leite Humano; Leite materno.

REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS

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DETERMINANTES SOCIAIS EM SAÚDE E SUAS IMPLICAÇÕES NO
PROCESSO SAÚDE DOENÇA DA POPULAÇÃO

Nadja Salgueiro da Silva1 Larissa Carla Leitão Wandemberg2 Lilian Regina Vieira
Jaques Souza3, Nadson Sena da Silva4

1234
servidores Governo do Estado de Roraima
E-mail: [email protected]

Resumo: Nesta pesquisa realizou-se uma breve revisão integrativa da literatura,


apontando distintas abordagens dos determinantes sociais da saúde nos aspectos teóricos,
históricos e em várias dimensões (socioeconômica, racial, agressões físicas, psicológicas
e/ou sexuais, violência urbana dentre outros), tanto do ponto de vista individual como
coletivo. Discorrerá sobre os novos enfoques e marcos de referência explicativos entre os
diversos níveis dos determinantes sociais na saúde. Objetivos: Conhecer a importância
de pesquisar o tema proposto, pois além de sua relevância, contribui para a compreensão
acerca dos determinantes sociais em saúde que resultem na promoção da saúde de
indivíduos e populações. Método: Trata- se de uma revisão integrativa da literatura, com
caráter qualitativo, realizada na base de dados Scientific Electronic Library (SciELO),
RESEARCHGATE e Google Acadêmico, cujos pesquisadores buscam o aprofundamento
na compreensão dos fenômenos estudados que podem ser ações dos indivíduos, grupos
ou organizações em seu ambiente e contexto social, interpretando-os segundo a
perspectiva dos participantes da situação enfocada. Análise e Resultados: Verificou- se
por meio deste estudo que a promoção tem sido caracterizada como prevenção de
doenças, educação em saúde e programas ministeriais e, consequentemente, se revertido
em práticas focadas nestes sentidos, deixando de lado importantes aspectos relacionado
aos determinantes sociais. Conclusão: Este estudo possibilitou apreender as diferentes
concepções de promoção da saúde que têm suas implicações no processo saúde doença
da população.
Palavra-chave: Determinantes Sociais, promoção, equidade e políticas públicas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
HUMANO COM E TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL

Nara Moraes Guimarães1; Letícia Martins Bertati2; Danila Fernanda Rodrigues Frias3

1,2
Graduandas em Medicina pela Universidade Brasil, Fernandópolis, São Paulo
3
Docente do Programa de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade Brasil,
Fernandópolis, São Paulo
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade infantil (TMI) é um indicativo muito relevante


para demonstrar as condições socioeconômicas de uma região, uma vez que quanto
melhor a qualidade de vida, menor o índice de mortalidade (MALTA et al., 2010; WHO,
2020). As condições socioeconômicas familiares são consideradas uma das principais
causas de mortalidade infantil, visto que, um familiar com renda insuficiente, sofre
consequências diretas em sua qualidade de vida e de seu dependente (FERREIRA, 1990;
CASE; LUBOTSKY; PAXSON, 2002). A disparidade econômica das regiões brasileiras
é evidenciada no índice de mortalidade infantil. OBJETIVOS: Avaliar o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) dos estados brasileiros e correlacioná-los
com a TMI por causas evitáveis. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo
retrospectivo, qualiquantitativo, com dados secundários coletados de base de dados
oficiais dos anos de 2010 a 2017, de todas as regiões brasileiras. O IDHM das Unidades
da Federação e a TMI foram transcritos da plataforma Atlas do Desenvolvimento
Humano no Brasil. Com relação a mortalidade infantil, foram analisados os dados
cadastrados com CID-10, sendo considerada a relação dos óbitos por residência, de
acordo com os dados do DATASUS. As duas variáveis (mortalidade infantil e IDHM)
foram correlacionadas por região, o que permitiu a observação do impacto desta relação.
Todas as informações obtidas foram tabuladas e submetidas a análise estatística
descritiva. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil, o IDHM em 2010 foi de 0,727
e em 2017 de 0,778, apresentando um incremento de 7,02%. Este IDHM brasileiro é
classificado como alto de acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil
(PNUD, 2020). Com relação ao aumento médio do IDHM por região de 2010 a 2017, o
maior aumento ocorreu na região Nordeste (7,73%), seguido pela região Norte (6,72%),
Sul (5,56%), Centro-Oeste (5,05%) e Sudeste (4,64%). Os estados com IDHM abaixo da
média nacional nos dois anos avaliados encontram-se localizados nas regiões Norte e
Nordeste do Brasil. Alagoas, Maranhão, Piauí e Pará foram classificados como médio
IDHM. Com relação as regiões brasileiras, pode-se observar que a região e Sudeste e
Nordeste apresentaram número de óbitos infantis até um ano de idade. A tendência da
evolução da quantidade de óbitos infantis até um ano de idade demonstrou queda em todas
as regiões brasileiras, com ênfase para a região Nordeste, cuja redução foi de 12,2%,
seguida pela região Sudeste com 6,9% Ao relacionar IDHM com TMI notou-se correlação
entre as variáveis, ou seja, quanto menor o IDHM maior a TMI. Este fato ficou evidente

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


pois as regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores IDHM de todas as regiões
brasileiras e consequentemente as maiores TMI. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Conclui-se que o IDHM no Brasil vem aumentando, assim como a TMI diminuindo em
todas as áreas estudadas. Porém é importante ressaltar que existem diferenças importantes
entre regiões e estados, desta forma ações positivas e investimentos com relação a
melhoria de indicadores como longevidade, educação e renda, e melhorias das condições
médico-sanitárias devem ser aplicadas de forma igualitária.
Palavras-chave: Crianças; IDH-M; Qualidade de vida; Mortes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PRÁTICAS IATROGÊNICAS EM IDOSOS: SÍNDROME
GERIÁTRICA POTENCIALMENTE REVERSÍVEL

Bárbara Queiroz de Figueiredo¹, Júlia Fernandes Nogueira¹, Vinícius Leandro


Oliveira Medeiros² e Luciano Rezende dos Santos³

¹ Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Patos de Minas


² Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Brasília
³ Médico e docente do curso de medicina do Centro Universitário de Patos de Minas

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

INTRODUÇÃO: A palavra “iatrogenia” provém do grego “iatros” (médico) e “genia”


(origem), e se refere a qualquer alteração patológica (efeitos adversos ou complicações),
causada ao paciente por erros dos profissionais de saúde, advindos do tratamento e que
geram consequências prejudiciais à saúde do paciente. OBJETIVO: Evidenciar os
principais eventos iatrogênicos em idosos, haja vista que a iatrogenia adquire maior
importância nesses indivíduos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva
do tipo revisão integrativa da literatura, realizada através do acesso online nas bases de
dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar, Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
maior parte das iatrogenias resulta do desconhecimento das alterações fisiológicas do
envelhecimento e das peculiaridades da abordagem ao idoso. Trata-se de síndrome
geriátrica potencialmente reversível ou até curável, que resulta, muitas das vezes, da
presença de situações como iatrofarmacogenia, decorrente da polifarmácia, interação
medicamentosa e desconhecimento das alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas
associadas ao envelhecimento; internação hospitalar, que pode potencializar os riscos
decorrentes do declínio funcional, da subnutrição, da imobilidade, da úlcera de pressão e
da infecção hospitalar; iatrogenia da palavra, associada ao desconhecimento de técnicas
de comunicação de más notícias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nos idosos, a iatrogenia
é associada a vários agravos à saúde como: quedas, déficits cognitivos, depressão,
desnutrição, infecções resistentes, imobilidade, déficits de audição e visão, tonturas e
morte prematura. Sob essa perspectiva, é notório que as iatrogenias são potencialmente
evitáveis, seja perante fatores intrínsecos ao ambiente e equipe hospitalar, seja pela
singularidade de ação do próprio idoso.
Palavras-chave: Iatrogenia; Idosos; Geriatria; Polifarmácia.

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RESUMOS EXPANDIDOS

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CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DO METÓDO CONTRACEPTIVO DE
EMERGÊNCIA POR ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO LUÍS -
MA
Mariel Rodrigues de Campos¹
Breno da Silva Fernandes²
Ana Beatriz Rodrigues Graça³
Graziele Ferreira Nunes⁴
Léa de Freitas Amaral⁵
¹Biomédica, aluna da especialização em Saúde Pública pela UNINASSAU
²Biomédico, aluno da especialização em Microbiologia Clínica pela FAVENI
³Biomédica, aluna na especialização em Hematologia Clínica e Banco de Sangue pelo
INCURSOS
⁴Biomédica, aluna da especialização em Hematologia, Hemoterapia, Banco de Sangue e
Terapia Celular pelo INCURSOS
⁵Biomédica, aluna do Mestrado em Epidemiologia em Saúde Pública - Escola Nacional
de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
______________________________________________________________________
____
RESUMO
A contracepção de emergência (CE) tem sido utilizada na prevenção da gravidez não
desejada. Esse trabalho avaliou o conhecimento e uso da contracepção de emergência
entre universitárias de três instituições de ensino superior de São Luís – MA. É um estudo
quantitativo transversal que utilizou de questionário autoaplicável que incluíam perguntas
sobre a vida sexual da entrevistada e o seu conhecimento sobre o referido tema. Apenas
4% das mulheres fizeram o uso do medicamento através de orientação médica. O uso da
CE não traz problemas a saúde, é importante o acesso a informação adequada para que as
mulheres possam vir a utilizar o método de forma segura.
Palavras-chaves: contraceptivo; estudantes; gravidez; mulheres.

INTRODUÇÃO
A contracepção de emergência (CE) popurlamente conhecida como pílula do dia
seguinte é um importante método anticoncepcional para prevenir gravidez inoportuna ou
indesejada. Se difere dos demais métodos contraceptivos, pois é o único que pode ser
utilizado após a relação sexua.

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No Brasil, a contracepção de emergência é normatizada pelo Ministério da Saúde e
aprovada pela vigilância sanitária estando disponível para venda mediante a apresentação
da receita médica.
Apesar de existirem diversos métodos contraceptivos, a incidência da gravidez
indesejada ainda é muito elevada em todo o mundo, principalmente em países de terceiro
mundo.
A CE deve ser empregada apenas em situações específicas, como o uso incorreto de
anticoncepcionais orais ou injetáveis, o rompimento do preservativo, o deslocamento do
diafragma ou sua retirada antes de seis horas após a última relação sexual, o deslocamento
ou expulsão do DIU. A contracepção de emergência é eficaz em até 72 horas após a
relação sexual desprotegida, devido a esta característica, é importante que a mulher tenha
acesso rápido a este método contraceptivo, pois quanto mais precocemente for utilizado,
mais eficaz será na prevenção de uma gravidez não planejada. Frequentes repetições no
uso do mesmo, diminuem sua eficácia e desconsiderar essas particularidades em relação
à contracepção de emergência pode ocasionar um grande aumento no número de
gestações não planejadas e contaminação por ISTs.
Questionou-se nesse estudo, o conhecimento e utilização da Contracepção de
Emergência (CE), tendo em vista que pode ser uma estratégia interessante para diminuir
a incidência de gravidez indesejada e as altas taxas de abortos ilegais.

OBJETIVOS
➢ Descrever a utilização e o nível de conhecimento sobre a contracepção de
emergência entre universitárias de São Luís – MA.
➢ Atentar para a necessidade da orientação e educação contraceptiva e sexual entre
estudantes de ensino superior.
➢ Fornecer subsídios para a adoção de estratégias que promovam o uso racional
desse medicamento.

METODOLOGIA
Este é um estudo do tipo quantitativo, transversal, desenvolvido com a colaboração de
estudantes do sexo feminino, regularmente matriculadas em três (3) instituições de ensino
superior localizadas no município de São Luís – MA. O instrumento da coleta de dados
foi um questionário auto aplicável estruturado em cinco perguntas.
Os questionários foram avaliados individualmente quanto ao preenchimento completo
e correto. Ao final da pesquisa atingiu-se um quantitativo de 90 questionários
corretamente respondidos. Os resultados obtidos foram tabulados a partir de uma planilha
eletrônica.

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Este estudo obedeceu às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres
humanos, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional
de Saúde, do Ministério da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A maioria das entrevistas, cerca de 62% afirmaram possuir vida sexual ativa.
Concordando com o estudo de Soares et al. (2015) realizado com universitárias de
Teresina – PI onde foi constatado que 76% das entrevistadas possuem vida sexual ativa.
Dentre as entrevistadas, apenas 46% relatam fazer uso de algum método contraceptivo
de uso regular. Estes dados discordam de Costa et al. (2017), que realizou um estudo na
Faculdade de Medicina de Valença – RJ, onde 87,1% das participantes utilizaram algum
método contraceptivo. Segundo Guerra & Gouveia (2007), o comportamento sexual foi
se modificando ao longo dos anos, saindo de um padrão tradicional que associava a
sexualidade à reprodução para a libertação sexual. Ao desvincular a atividade sexual da
reprodução, destaca-se, a grande preocupação em prevenir uma gravidez não planejada.
Observou-se que 53% das entrevistadas já utilizaram a contracepção de emergência
(CE) e 47% nunca fizeram uso (Figura 01). Este dado discorda, do estudo realizado por
Bataglião e Mamed (2011) na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - SP, que em sua
pesquisa observou que 79% das participantes não utilizaram CE.
Quando interrogadas sobre a eficácia da administração da contracepção de emergência,
72% responderam “SIM”, 24% disseram “NÃO” e 4% não souberam opinar.
Somente 4% das participantes do estudo relataram possuir orientação médica no
momento da aquisição da CE, bem como no estudo de Alano et al. (2012) onde apenas
2,9% das entrevistadas apresentaram prescrição médica no momento da aquisição da
contracepção de emergência. Este dado é alarmante, pois vários elementos de educação,
informação e apoio devem ser colocados para as usuárias da CE, na forma de
aconselhamento para o uso responsável e dentro das recomendações necessárias. Nesse
sentido, profissionais e provedores de saúde são de extrema importância para oferecer

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esclarecimentos para as usuárias desse medicamento.

CONCLUSÃO
Conclui-se que do total de 90 alunas entrevistadas 53% das universitárias fizeram o uso
da contracepção de emergência (CE). Dessas apenas 4% obteve orientação médica e 87%
conheciam a finalidade da CE.
Diversos estudos epidemiológicos e clínicos têm verificado raras reações adversas,
atestando assim, a segurança dos comprimidos de contracepção de emergência. Apesar
de ser considera segura a CE deve ser consumida com extremo cuidado.
Desta forma, é valido lembrar a importância do acesso a informação adequada em
relação ao medicamento, para que as mulheres possam utiliza-ló de forma segura, sem
abandonar o método contraceptivo de uso regular e principalmente sem deixar de usar o
preservativo, pois trata-se do único método eficaz na prevenção de ISTs. Faz-se
necessário atentar para a necessidade da orientação e educação contraceptiva entre
estudantes de ensino superior. Os dados obtidos nesta pesquisa fornecerão subsídios para
a adoção de estratégias que promovam o uso racional desse medicamento através de
palestras informativas e outras ações de educação em saúde.

REFERÊNCIAS
ALANO, Graziela Modolon; COSTA, Laise Nunes; MIRANDA,
LuzianeRigheto e GALATO, Dayani. Conhecimento, consumo e acesso à
contracepção de emergência entre mulheres universitárias no sul do Estado de Santa
Catarina. Ciênc. Saúde Coletiva [online]. vol. 17, n. 9, pp. 2397-2404, 2012.

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da sexualidade: reprodução e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro:
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CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CÂNCER DE BOCA

Luana Batista Nunes1; Amanda Marques Silva1; Amanda Fonseca dos Santos1; Letícia
Stefenon2; Deison Alencar Lucietto3

1
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense
2
Doutora em Clínicas Odontológicas pelo Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo
Mandic
3
Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O objetivo deste estudo é descrever a relação entre condições socioeconômicas,
prevalência de câncer (CA) de boca e mortalidade pela doença. Tratou-se de revisão de
literatura nas bases de dados BVS e Pubmed, em fevereiro e março de 2021, através dos
descritores “mouth neoplasms AND economic status”, “câncer oral AND condições
sociodemográficas", "câncer oral AND condições socioeconômicas AND mortalidade".
Dos 40 artigos localizados, após aplicação dos filtros texto completo, últimos cinco anos,
idiomas inglês e português, e leitura dos títulos/resumos, quatro foram selecionados.
Identificou-se que indivíduos com menor renda e nível de escolaridade têm menos
informações, pior acesso aos serviços de saúde, diagnósticos mais tardios e,
consequentemente, piores prognósticos, com menores chances de sobrevivência ou taxas
de sobrevivência mais lentas ao CA de boca. Portanto, são necessárias políticas que
garantam acesso a serviços odontológicos, incluindo disponibilização de informação e
diagnóstico precoce para diminuir a mortalidade pela doença.

Palavras-chaves: Câncer oral; Condições sociodemográficas; Condições


socioeconômicas; Neoplasias bucais; Status econômico.

INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é entendida em um
conceito amplo e não somente ausência de doenças, sendo o meio social em que
indivíduos e grupos estão inseridos, importante fator a ser considerado.
O CA de boca é uma neoplasia maligna que tem como fatores de risco hábitos,
ocupação e fatores genéticos. Sendo assim, envolve fatores ambientais, sociais,

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econômicos e geográficos. Nesse sentido, nota-se como as desigualdades sociais podem
influenciar o processo da doença (AGUIAR et al., 2020). Ademais, tem sido descrito na
literatura que há influência das condições socioeconômicas no prognóstico desse tipo de
câncer (SOARES, 2018).
Casos e mortes por CA de boca possuem taxas consideravelmente altas. O
Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2021) estimou 15.190 novos casos de câncer bucal
no Brasil em 2020, além da estimativa de 6.605 mortes pela doença em 2019.
Considerando esses dados, é fundamental que a população tenha acesso aos
serviços de saúde, de modo que o diagnóstico da doença aconteça o mais precocemente
possível. Esse é um aspecto fundamental para aumentar as taxas de sobrevivência e a
qualidade de vida dos pacientes (RAIMUNDO et al., 2019).

OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo é descrever a relação entre condições
socioeconômicas, prevalência de CA de boca e mortalidade pela doença.

METODOLOGIA
Tratou-se de revisão de literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) e Pubmed entre os meses de fevereiro e março de 2021, através dos
descritores e termos “mouth neoplasms AND economic status”, “câncer oral AND
condições sociodemográficas", "câncer oral AND condições socioeconômicas AND
mortalidade".
No total da pesquisa, foram encontrados 40 artigos. Com a utilização dos filtros
de texto completo, artigos dos últimos cinco anos, nos idiomas inglês e português, além
da leitura dos títulos e resumos, quatro artigos foram selecionados e tiveram seu texto
analisado na íntegra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificou-se que os quatro estudos analisados partilhavam da mesma linha de
resultados, as quais esclareceram a relação das condições socioeconômicas com o
prognóstico do CA de boca (Quadro 1).

Quadro 1 - Síntese de publicações que relacionam o CA de boca e as condições


socioeconômicas

Título do artigo Autores/ano Principais resultados

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Oral Cancer: Socio-Spatial Aguiar et al. Observaram que a maioria dos
Analysis of a Brazilian (2020) pacientes com o CA de boca tinha
Sample baixa escolaridade, eram pobres e
em locais com deficiente situação
sanitária.

Manifestações clínicas e Raimundo et al. As pessoas em situação de


sociodemográficas em (2019) vulnerabilidade social eram
trabalhadores com câncer diagnosticadas tardiamente e, dessa
bucal forma, tinham menores chances de
sobrevivências.

Influência do nível Aguiar et al. Analisaram que os indivíduos com


educacional, estágio e tipo (2016) menor renda e nível de escolaridade
histológico sobre a têm reduzido acesso à informação e
sobrevivência do câncer aos serviços de saúde.
bucal em uma população
brasileira

Socio-economic deprivation: Auluck et al. Trouxeram em seu estudo que em


a significant determinant (2016) comunidades carentes as taxas de
affecting stage of oral cancer sobrevivência pelo CA de boca eram
diagnosis and survival mais lentas.

Fonte: Dos autores (2021)

No estudo de Aguiar et al. (2020), 71,6% dos pacientes com o CA de boca tinham
baixa escolaridade, 72,4% eram pobres e os casos eram concentrados em locais com
deficiente situação sanitária. Concomitantemente, Aguiar et al. (2016) mostraram que a
sobrevida ao câncer está significativamente relacionada ao nível de escolaridade e renda.
Indivíduos com menor renda e nível de escolaridade têm reduzido acesso à informação e
aos serviços de saúde. Sendo assim, há mais demora no diagnóstico e maiores
dificuldades no tratamento, deixando esta parcela da população mais suscetível a maior
morbidade e piores prognósticos do câncer bucal.
Já, a pesquisa conduzida por Raimundo et al. (2019) demonstrou a influência do
diagnóstico precoce para a diminuição no número de óbitos pelo CA de boca. As pessoas

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em situação de vulnerabilidade social eram diagnosticadas tardiamente e, dessa forma,
tinham menores chances de sobrevivência. Ainda, corroborando essas ideias, Auluck et
al. (2016) atentaram para o fato de que em comunidades carentes as taxas de
sobrevivência pelo CA de boca eram menores.
Considerando a relação entre piores condições socioeconômicas, diagnóstico
tardio e menor taxas de sobrevida em relação ao CA de boca, é preciso que sejam
realizadas diferentes intervenções no sistema de saúde, incluindo a criação de políticas
públicas na área de saúde bucal que facilitem o acesso a informações, diagnósticos
adequados, tratamentos e reabilitação para pacientes diagnosticados com esta doença.
Além disso, um ponto importante a considerar relaciona-se às mudanças na
formação dos profissionais de saúde, especialmente dos cirurgiões-dentistas, a fim de
garantir um processo formativo que considere os fatores biopsicossociais envolvidos no
processo saúde-doença, de modo abrangente e humanístico. Desse modo, os profissionais
da saúde precisam conhecer não somente os aspectos biológicos do adoecimento, mas
identificar, compreender e atuar sobre os aspectos sociais e econômicos envolvidos na
produção de doenças, em diferentes cenários (MENEZES, 2016).

CONCLUSÃO
Os estudos analisados demonstram a associação de determinantes sociais de saúde
no CA de boca, quando foi identificado que há relação entre o prognóstico do câncer oral
e as condições socioeconômicas, sendo os indivíduos com a maior vulnerabilidade social
detentores das menores taxas de sobrevida.
Nesse sentido, é necessário que haja intervenção por meio de políticas públicas
que garantam acesso de toda a população ao sistema de saúde, além da disseminação de
informações sobre o CA de boca, para que seja feito o diagnóstico precoce e, assim, possa
haver diminuição da mortalidade pela doença.

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sobrevivência do câncer bucal em uma população brasileira: um estudo retrospectivo de
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MENEZES, I. H. C. Formação e qualificação de profissionais de saúde: fatores


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40, n. 4, p. 547-559, 2016.

RAIMUNDO, D. D. et al. Manifestações clínicas e sociodemográficas em trabalhadores


com câncer bucal. Rev. Enferm. UFPE on line, v. 13, n. 5, p. 1412-1419, 2019.

SOARES, F. F. Desigualdades sociais na sobrevida de câncer de boca e orofaringe


em São Paulo. 2018. 100 p. Tese (Doutorado em Epidemiologia) - Faculdade de Saúde
Pública, Universidade de São Paulo, 2018.

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PERDAS DENTÁRIAS EM POPULAÇÕES RURAIS DO BRASIL: UMA
ANÁLISE DOS FATORES SOCIOECONÔMICOS E/OU AMBIENTAIS

Amanda Fonseca dos Santos1; Amanda Marques Silva1 Luana Batista Nunes1; Juliana
Balbinot Hilgert2; Deison Alencar Lucietto3

1
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense
2
Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
3
Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Este estudo objetiva descrever os principais fatores socioeconômicos e/ou ambientais
associados a perdas dentárias em populações rurais do Brasil. Tratou-se de revisão de
literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde utilizando-se os descritores: “perda
dentária AND fatores socioeconômicos AND população rural”; “perda dentária AND
população rural”; “perda de dente AND desigualdade AND população rural”. Dos 46
artigos científicos publicados, três foram analisados na íntegra após análise dos títulos e
resumos. Identificou-se que baixa escolaridade, renda, poucas possibilidades de acesso
aos serviços odontológicos e locais sem fluoretação de água são fatores determinantes
para as ausências dentárias. Nenhum artigo analisado evidencia os fatores ambientais
associados as perdas dentárias. Contatou-se que a perda dentária ainda é recorrente nas
populações rurais e os serviços oferecidos são incapazes de limitar os danos causados
pela cárie dentária. Contudo, há um número limitado de publicações relacionados a esta
temática.

Palavras-chaves: Perda dentária. Fatores socioeconômicos. População rural.


Desigualdade. Extração dentária.

INTRODUÇÃO
Populações rurais apresentam sistema de produção, modo de vida e reprodução
social relacionados com a terra, sendo sua realidade atrelada a história econômica, política
e cultural (SAÚDE, 2013). O menor acesso às tecnologias, qualificação profissional,
oferta e infraestrutura de serviços de saúde em meio rural está relacionado ao incremento
de procedimentos odontológicos mutiladores (BARBATO et al. 2007).

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A perda dentária, por sua vez, pode interferir na função mastigatória e de
deglutição (JORGE et al. 2009), bem como na fonação o que afeta diretamente a
qualidade de vida desses indivíduos (SALIBA et al. 2010).
Apesar dos avanços com a criação da Política Nacional de Saúde Integral das
Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF) e da Estratégia de Saúde da Família
(ESF), o acesso aos serviços de saúde por populações rurais ainda é precário. Desse modo,
torna-se relevante que estudantes e cirurgiões-dentistas se apropriem da realidade das
populações rurais, compreendendo sua dinâmica social e fatores correlacionados.

OBJETIVOS

Descrever os principais fatores de risco socioeconômicos e/ou ambientais


associados a perdas dentárias em populações rurais do Brasil.

METODOLOGIA

Relaciona-se a uma revisão de literatura em que as coletas foram realizadas no


mês de dezembro de 2020, por meio de buscas no banco de dados da Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) utilizando-se as combinações dos seguintes descritores: “perda dentária
AND fatores socioeconômicos AND população rural”; “perda dentária AND população
rural”; “perda de dente AND desigualdade AND população rural”.
Foram incluídos textos completos, com qualquer desenho de estudo, publicados
em periódicos brasileiros, em qualquer tempo e em idioma português. Foram excluídos
os artigos duplicados e que não apresentavam a temática. A seleção dos artigos foi feita
primeiro pela leitura dos títulos e em seguida dos resumos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa realizada resultou em 46 artigos científicos, publicados entre os anos


de 2006 e 2011. Entretanto, após a leitura do título e resumo, 43 destes foram excluídos
por não apresentarem a temática a ser pesquisada e/ou por serem artigos duplicados. Os
três artigos analisados na íntegra foram publicados em periódicos nas áreas de saúde
pública e saúde coletiva. O Quadro 1 descreve os principais fatores de risco associados a
perdas dentárias em populações rurais do Brasil.

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Quadro 1- Síntese das publicações sobre fatores de risco associados a perdas
dentárias em populações rurais do Brasil

Título do artigo Autores e Periódico Principais resultados


ano
Perdas dentárias e BARBATO Cadernos -Perdas dentárias foram fortemente
fatores sociais, et al. 2007 de Saúde associadas às condições
demográficos e de Pública socioeconômicas e demográficas;
serviços associados -Indivíduos residentes em zona rural, as
em adultos mulheres, os mais pobres, aqueles com
brasileiros: uma menor escolaridade e com idade mais
análise dos dados do avançada apresentaram prevalências
Estudo maiores de perdas dentárias;
Epidemiológico -Moradores de zona rural apresentaram
Nacional (Projeto SB uma prevalência de perdas dentárias (>
Brasil 2002-2003) 12 dentes) 15% maior que os
moradores de regiões urbanas;
Perdas dentárias em BARBATO; Revista - Primeiros molares inferiores são os
adolescentes PERES, 2009 Saúde que tiveram maiores extrações;
brasileiros e fatores Pública -As perdas dentárias em adolescentes
associados: estudo de residentes em áreas rurais sem
base populacional fluoretação foram 40% maiores do que
aqueles residentes em áreas rurais com
a fluoretação das águas de
abastecimento;
Perda dentária em SALIBA et Ciência e -Baixa escolaridade propiciou a
uma população rural al. 2010 Saúde extração dentária precoce;
e as metas Coletiva -Moradores de casas próprias tiveram
estabelecidas pela mais dentes extraídos;
Organização
Mundial de Saúde
Fonte: Elaboração dos autores, 2021

Observou-se que dentre os três artigos analisados, todos apontavam os fatores


socioeconômicos associados a perdas dentárias em populações rurais. A baixa
escolaridade, renda e as poucas possibilidades de acesso aos serviços odontológicos
destacam-se como determinantes para maior prevalência dessas perdas.
Nesse sentido, Barbato et al. (2007) evidenciaram que escolaridade e renda
influenciam o padrão e o tipo de utilização de serviços odontológicos e que estes são
limitados, tanto em oferta quanto no acesso das populações rurais. Isto pôde ser
confirmado posteriormente por Barbato e Peres (2009), destacando que a localização no
meio rural condiciona menores níveis de escolaridade e renda em comparação ao meio
urbano, além disso, identificou-se maiores porcentagens de ausências dentárias em locais

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sem fluoretação de água, neste caso, provenientes de poços superficiais escavados nas
propriedades rurais.
De acordo com Saliba et al. (2010), a baixa escolaridade interfere nas perdas
dentárias, uma vez que a falta de informação propicia a pouca valorização da preservação
dos elementos dentários optando pela extração precoce. Em relação a maior extração
dentária por indivíduos que possuem casas próprias, pode-se entender que estes possuem
maior poder aquisitivo o que facilitaria o acesso a serviços odontológicos privados e
maior número de exodontias, considerando a antiga filosofia mutiladora (SALIBA et al.,
2010).
Embora seja inquestionável a influência que as condições socioeconômicas e
ambientais exercem sobre a saúde dos diversos grupos sociais (CARRAPATO;
CORREIA; GARCIA, 2017), nenhum artigo analisado evidencia os fatores ambientais
associados as perdas dentárias. Deste modo, investigar a possível associação dos fatores
ambientais a ausências dentárias torna-se importante no desenvolvimento de pesquisas
futuras.

CONCLUSÃO

Contatou-se que a perda dentária ainda é recorrente nas populações rurais, sendo
que os serviços oferecidos ainda são incapazes de limitar os danos causados pela cárie
dentária por ausência de programas preventivos e curativos eficientes.
Apesar do importante declínio da cárie dentária e, consequentemente, de perdas
dentárias registrado nas últimas duas décadas no Brasil, a procura dos adultos e idosos
em áreas rurais a esses serviços ainda tem como fator a dor de dente que, por vezes, é
solucionada pela extração. Deste modo, devem ser garantidas medidas preventivas em
período etário mais precoce, possibilitando o acesso a outras formas de apresentação do
flúor, principalmente, à parcela da população usuária do sistema público de saúde.
Além disso, devem ser estimuladas medidas clínicas para a proteção dos primeiros
dentes que emergem, uma vez que ainda são estes os mais extraídos. Vale ressaltar que
nesta revisão de literatura, verificou-se um número limitado de publicações sobre fatores
de risco socioeconômicos e/ou ambientais associados a perdas dentárias em populações
rurais do Brasil. Isto evidencia a relevância na realização de mais pesquisas destinadas a
esta temática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CARRAPATO, P.; CORREIA, P.; GARCIA, B. Determinantes da saúde no Brasil: a
procura da equidade na saúde. Rev Saúde Sociedade, São Paulo, v. 26, n. 3, p.676-689,
2017.
JORGE, T. M. et al. Relação entre perdas dentárias e queixas de mastigação, deglutição
e fala em indivíduos adultos. Revista CEFAC, v. 11, Supl. 3, p. 391-397, 2009.
SALIBA, N. A et al., Perda dentária em uma população rural e as metas estabelecidas
pela Organização Mundial de Saúde. Cien Saúde Col, Rio de Janeiro, v. 15, supl.1, p.
1857-1864, 2010.

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A ABORDAGEM DO ENFERMEIRO NA SAÚDE MENTAL DE IDOSOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ruthlene Freitas Gonçalves1; Daiane Sabrina Neves Oliveira2; Mauro Sávio Sarmento
Pinheiro3; Glória Letícia Oliveira Gonçalves Lima4

1
Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
2
Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
3
Graduando em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
4
Enfermeira. Mestra em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual do Pará
[email protected].
______________________________________________________________________
____
RESUMO
A orientação sobre saúde mental para idosos nas redes públicas são raras, entretanto
essencial para prvenção de transtornos. Nesse sentido, este relato buscou a sensibilização
de idosos, cuidadores e enfermeiros sobre as práticas de autocuidado e saúde mental.
Identificar o conhecimento prévio de idosos, acompanhantes e profissionais da atenção
primária sobre a pratica de atividades fisicas e sensibiliza-los sobre a importancia da
prática da mesma na saúde do idoso. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de
experiência, realizado no dia 27 de novembro de 2020 em uma UBS (Unidade básica de
saúde). Os participantes apresentavam um baixo conhecimento acerca dos assuntos
abordados, com isso, favorecia para o índice de idosos sem o peso ideal e alguns alegaram
perder o apetite e não fazer exercicio. Ficou evidente que a falta de conhecimento
continua sendo um fator determinante para o aumento de problemas de saúde mental.

Palavras-chaves: Saúde mental, Educação em Saúde, Enfermagem na saúde


comunitária, Autocuidado.

INTRODUÇÃO
Existente três segmentos de prática em educação prioritários e entre eles a valorização da
promoção e prevenção da saúde, tanto quanto as práticas curativas. Entretanto, ainda há
uma grande distância entre retórica e prática. O investimento no diálogo da comunidade
com os profissionais de saúde, é de suma importância para a educação humanizada
sabendo os limites de cada paciente. Procura-se, lembrar que o ser humano e seus hábitos,
consciência e palavra é fundamental, pois são o lugar de encontro entre a educação e a
saúde. A orientação sobre saúde mental para idosos nas redes públicas são raras,

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entretanto essencial para prevenção de transtornos como depressão, ansiedade e suicídio.
visando que, intervenções de promoção em saúde são úteis no desenvolvimento de
competências como empoderamento, autonomia e autoeficácia. Sendo este, um trabalho
de suma importancia para prevenção, com relação a saúde de idosos na atenção primária.
Tais práticas requerem não somente um técnico de enfermagem ou médico, mas também
o profissional enfermeiro para estar auxiliando a comunidade sobre os problemas gerados
pela falta de atividades fisicas diárias. Nesse sentido, este relato buscou a sensibilização
de idosos, cuidadores e enfermeiros sobre as práticas de autocuidado e saúde mental.
OBJETIVO
Identificar o conhecimento prévio de idosos, acompanhantes e profissionais da atenção
primária sobre a pratica de atividades fisicas e sensibiliza-los sobre a importância da
prática da mesma na saúde física e mental do idoso.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no dia 27 de
novembro de 2020 em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) do Conjunto Maguari, Belém
do Pará, onde foi realizado: aferição de P.A; Verificação de Glicemia; IMC e Orientações
de enfermagem, nutrição aos idosos e um momento para de conversa para abordar sobre
a saúde mental dos idosos. A educação em saúde teve como participantes cerca de quize
idosos acompanhados de familíares e a enfermeira da unidade, foram utilizados
metodologias ativas para melhor abordagem e compreensão dos participantes, ao qual foi
utilizado músicas e alongamentos onde idosos e ligantes puderam interagir, foi abordado
sobre a importância do autocuidado durante a palestra. Ao término da ação foi realizado
um momento de conversa individual com os ligantes e idosos para contarem experiências
pessoais sobre a saúde mental e momentos marcantes em sua vida, entre eles, traumas e
situações que acometeram os mesmos. Foram tiradas fotos e um momento onde todos os
participantes foram questionados sobre o que gostariam de ganhar de presente de natal,
por se tratar do final do ano.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante a educação em saúde, foram observados que os participantes demonstraram
grande interesse no assunto abordado, levantando diversos questionamentos como: Que
tipo de alimento devo comer!? Qual a quantidade de vezes devo me alimentar desses
alimentos durante a semana!? Assim como: Qual o exercicio posso fazer conciderando
que tem hipertensão!? Como posso manter a minha saúde mental em meio tantas situações
complicadas no dia a dia!? Desta forma, fica evidenciado que o uso de metodologias
ativas na educação em saúde promove maior interação entre o público participante e o
enfermeiro palestrante. De acordo com Oliveira e Gonçalves (2004), a educação em
saúde, pela sua magnitude, deve ser entendida como um importante vertente à prevenção,
e que na prática deve estar preocupada com a melhoria das condições de vida e de saúde
das populações. Constatamos que os participantes apresentavam um baixo conhecimento

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acerca dos assuntos abordados, com isso favorecia um índice de idosos sem o peso ideal
e alguns alegaram perder o apetite e não fazer exrcicio após uma breve conversa. As
alterações físicas e psicossociais causadas pelo envelhecimento são os determinantes da
incidência do estresse crônico e da solidão, fatores esses causados pela perda e redução
da adaptabilidade. Esses fatos também geravam depressão e ansiedade, o que interferia
na integração social e na qualidade de vida dos idosos. Essas são as alterações do estado
mental mais comuns nessa faixa etária, com destaque para que a incidência de depressão
em idosos que vivem na comunidade varia de 4,8% a 14,6%.

CONCLUSÃO
Através deste relato ficou evidente que a falta de conhecimento continua sendo um fator
determinante para o aumento de problemas de saúde mental. A realização da educação
em saúde permitiu a aproximação discente-comunidade favorecendo a troca de
conhecimentos e experiências e constituiu em um instrumento no qual viabiliza o
aperfeiçoamento dos discentes de enfermagem em ações de prevenção, promoção,
tratamento e cuidado com a saúde mental.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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implicações para a saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, Brasília, 19(3):847-852,
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A ASSOCIAÇÃO ENTRE UMA ALIMENTAÇÃO RICA EM CARBOIDRATOS
E O DESENVOLVIMENTO DE GASTROENTEROPATIAS: REVISÃO
INTEGRATIVA DA LITERATURA

Francisco Leonardo Sena de Matos1; Carolinne Sousa Dourado2; Douglas da Costa


Siqueira3; Juan Carlos Silva de Sousa4; Paulo Victor Nascimento Silva5; Robson
Emmanuel Silva Sampaio6; Victória Araújo da Costa7 e Wendell Gabriel Barreto
Mendes8

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
2,3,4,5,6,7,8
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
O consumo excessivo de alimentos com baixo valor nutritivo, rico em carboidratos e
polióis, traz consequências à saúde dos cidadãos, pois fomenta os efeitos das doenças
gastrointestinais. Tal revisão integrativa visa analisar a produção científica relativa a
associação entre o consumo de carboidratos e gastroenteropatias, verificando se melhorias
podem ser alcançadas com a restrição alimentar. A coleta de dados ocorreu em 2021,
sobretudo nas bases MEDLINE e PubMed, plataformas que ofertaram mais estudos,
resultando em 19 artigos concentrados em duas abordagens relevantes (a influência dos
probióticos na diminuição das doenças inflamatórias intestinais e o papel de uma dieta
pobre em FODMAPs nas gastroenteropatias). Ao final identificou-se que uma dieta com
baixo teor de FODMAPs diminui os sintomas gastrointestinais, no entanto, mais estudos
são necessários a fim de trazer mais benéficos para pacientes.
Palavras-chaves: dieta; carboidratos; gastroenteropatias; alimentação; saúde

INTRODUÇÃO
Uma alimentação saudável é aquela que reúne os seguintes atributos: é acessível e não é
cara, valoriza a variedade e as preparações alimentares usadas tradicionalmente, é
harmônica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e segura sanitariamente.
(BRASIL, 2013). Contudo, na prática, essa realidade pouco se aplica ao Brasil, haja vista
que há um predomínio de uma dieta baseada em arroz e feijão, alimentos com baixo valor
nutritivo e alto conteúdo calórico, um consumo excessivo de bebidas açucaradas e
industrializados ricos em carboidratos e uma reduzida ingestão de frutas, verduras,
legumes e alimentos ricos fibras.Tal padrão, típico de uma alimentação ocidentalizada e
tão presente nos lares brasileiros, traz consequências à saúde dos cidadãos, pois fomenta
os efeitos das doenças e síndromes gastrointestinais. Doenças que afetam o trato
gastrointestinal, tais como Doença Inflamatória Intestinal(DII), Síndrome do Intestino
Irritável (SCI), Doença de Crohn (DC), são comprovadamente agravadas devido à
ingestão excessiva de carboidratos, a qual pode estar relacionada, por exemplo, à

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alteração da microbiota e da motilidade intestinal, ao aumento da inflamação e da
hipersensibilidade das paredes do intestino, ao crescente inchaço, desconforto e dor
abdominal, à indigestão e má absorção, à distensão abdominal e produção de gases
intestinais. Tal cenário possibilita entender que a alimentação pode ser tanto um
problema, com seu consumo exacerbado de alguns padrões alimentares, quanto uma
estratégia de tratamento das gastroenteropatias, já as dietas restritivas em certos
carboidratos, principalmente os FODMAPs (oligossacarídeos fermentáveis,
dissacarídeos, monossacarídeos e polióis) cientificamente amenizam os impactos
gastrointestinais de diversas síndromes.

OBJETIVO
Este estudo e revisão integrativa busca reunir os achados científicos de aspectos
relevantes sobre o tema, para demonstrar a existência de associação entre o consumo de
carboidratos e gastroenteropatias, a fim de verificar as melhorias que podem ser
alcançadas com a restrição alimentar.

METODOLOGIA
Consiste em uma revisão integrativa da literatura, no qual foi realizada uma coleta de
dados em setembro de 2021. Para sistematizar a organização do estudo, foram seguidas
as seguintes etapas, conforme proposto por Whittemore e Knafl (2005): identificação do
tema e seleção da questão norteadora de pesquisa, definição dos critérios de inclusão e
exclusão, fichamento dos estudos pré-selecionados e selecionados, qualificação e
categorização do material apurado, análise e interpretação criteriosa dos resultados e, por
fim, a apresentação da revisão.
O levantamento de dados ocorreu nas bases de dados U.S. National Library of Medicine
(PubMed), The Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Medical
LiteratureAnalysisandRetrieval System onLine (MEDLINE) e Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS).
Delineou-se como critérios de inclusão: todos os artigos originais, na íntegra e nos
idiomas inglês e português, bem como a limitação de tempo entre 2016 e 2021. Como
critério de exclusão: monografias, teses, dissertações, revisões integrativas, conceituais
ou sistemáticas, editoriais, além dos artigos que não condizem com a questão específica
proposta e as publicações de estudos repetidas em mais de uma base de dados.
Os descritores utilizados na língua inglesa foram “diet”, “carbohydrates” and
"gastrointestinal diseases” e os descritores na língua portuguesa foram “dieta”,
“carboidratos” e “gastroenteropatias”, ambos oriundos da base de Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em
Ciências da Saúde (BIREME). Na base de dados PubMed e SciELO foi realizada uma
busca com o boleando AND e com os três descritores. Na plataforma LILACS e
MEDLINE a pesquisa foi efetuada com os operadores booleanos AND e OR,
complementado com os três descritores.
Para análise da amostra foi feita inicialmente uma leitura exploratória das publicações
viáveis encontradas (423). Em seguida, foi realizada uma leitura analítica dos artigos que
se enquadraram nos critérios estabelecidos (25) até chegar no arranjo final (19). O

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processo dessa última investigação, está subdividido em (1) análise textual – leitura mais
atenta objetivando uma visão panorâmica do conjunto da unidade; (2) análise temática –
compreensão do tema em questão, elucidação das evidências; e (3) análise interpretativa
– interpretação crítica do assunto abordado (SEVERINO, 2002).
Figura 1: Fluxograma da seleção dos estudos, de acordo com os critérios determinados.

Fonte: Elaboração própria.


RESULTADO E DISCUSSÃO
Todos os artigos selecionados foram publicados em periódicos de circulação nacional e
internacional. A base de dados que cooperou com o maior número de publicações ao final
foi a PubMed (n = 17), seguida da MEDLINE (n = 2). Concernente ao idioma, todas as
publicações se concentraram no idioma inglês (n = 19). Quanto ao tipo de delineamento
da pesquisa, evidenciou-se que a maioria dos artigos eram estudos descritivos ou com
abordagem qualitativa.
Com a análise dos textos permitiu-se identificar duas temáticas relevantes:
(1) A influência dos probióticos na diminuição da ocorrência das DIIs - (RUFINO, et. al.,
2018; WILMS, et. al.; 2016; SUSKIND, et. al.; 2020; HUANG J., et. al. 2017);
(2) O papel de uma dieta pobre em FODMAPs nas gastroenteropatias - (NARDONE, O.
M., et. al., 2021; BONEY A., et. al., 2018; BRALY K., et al., 2017; NILHOLM C., et.
al., 2019; VARJÚ P., et. al., 2017; NASERI K., et. al., 2021; DIONNE J., et. al., 2018;
PEDERSEN N., et. al., 2017.; PATCHARATRAKUL T., et. al., 2019; YAN, R., et. al.,
2020; ZHENG, T., et. al., 2019; BASCUNÁN A. K., et. al., 2019; ALTOBELLI E., et.
al., 2017; BRIEN L. O., et. al., 2020);
Nota-se quanto aos artigos referentes à alimentação pobre em FODMAPs, que tal dieta
contribuiu para a redução de dores abdominais, relacionadas à inflamação do aparelho
gastrointestinal, diminuindo o desconforto abdominal, a produção de gases e a sensação
de inchaço, sendo tais comparações efetuadas a partir de grupos controle, os quais
mantinham dietas com ingestão de carboidratos e alimentos integrais ou através de

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placebo. É possível observar, além disso, a redução de sintomas extraintestinais, como
arrotos, dores musculares ou articulares, urgência urinária e cansaço, com melhora, ainda,
do bem-estar psicológico.
Dessa forma, constata-se a melhora nos quadros de DIIs, como DC e SII, com redução de
sintomas graves ou moderados para leves ou nenhum sintoma negativo. O princípio
fisiológico que apoia a restrição dos FODMAPs é o de que os carboidratos de cadeia curta
sofrem hidrólise e absorção incompleta no intestino delgado, atingem o cólon e são
fermentados pela microbiota, gerando aumento de água e gás colônico. No entanto, foi
relatado que a exclusão de FODMAPs pode levar à doença celíaca por inadequada
nutrição. Com isso, destacou-se, ainda, que mais estudos são primordiais para avaliar os
riscos, a longo prazo, da dieta pobre em FODMAPs.
Observou-se também que a dieta pobre em FODMAPs diminui a abundância de
Bifidobacterium no intestino de pacientes com SII. Destacou-se, portanto, o importante
papel de se administrar a dieta ou uma combinação de dietas de escolha para distúrbios
associados à microbiota intestinal, como SII, a fim de normalizar a microbiota intestinal.
Além da dieta com baixo FODMAPs, é preciso analisar os efeitos dos probióticos na
microbiota intestinal como forma de tratamento alternativo. Dietas ricas em fibras
dietéticas têm a capacidade de tornar a flora intestinal mais dinâmica, diversa e estável,
visto que fibras dietéticas purificadas são capazes de nutrir bactérias intestinais
específicas através do fornecimento de substrato para fermentação. Outro benefício dos
probióticos foi a redução dos efeitos indesejáveis das reações adversas das terapias
convencionais, como: aminossalicilato, corticosteroides e terapia imunossupressora.

CONCLUSÃO
A análise dos 19 artigos revela, portanto, que pessoas com baixa ingestão de FODMAPs
na dieta obtiveram a diminuição dos sintomas de doenças gastrointestinais, bem como a
redução da irritação intestinal e dos sintomas extraintestinais que causam mal-estar
psicológico. Além disso, destaca-se o papel positivo dos probióticos no tratamento de
gastroenteropatias, visto que uma dieta rica em fibras dietéticas pode fazer com que a
microbiota intestinal se apresente mais estável, diversificada e dinâmica. Assim, enfatiza-
se a necessidade de se avaliar os aspectos promissores do uso concomitante de probióticos
a uma dieta com baixo FODMAPs. Desse modo, cabe investigar o papel que tal
combinação pode provocar na diminuição dos efeitos inflamatórios e irritáveis no sistema
gastrointestinal. Logo, são imprescindíveis pesquisas sobre a temática para melhor
elucidar os efeitos positivos da combinação das estratégias alimentares apresentadas e
avaliar o impacto das alternativas dietéticas a longo prazo em pacientes com
gastroenteropatias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS NA ODONTOLOGIA E
SUA INTERAÇÃO COM O CONSUMO DA COCAÍNA

1
Aline Leitão Cavalcanti Teixeira; 2Armando Bonifácio da Silva Júnior; 3Profª Draª Ana
Caroline de Lima Silva .

12
Graduando em Odontologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau- João
Pessoa- PB
3
Profª Draª de Farmacologia do Centro Universitário Unipê – João Pessoa-PB.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A incidência de pacientes dependentes de drogas está aumentando e o uso abusivo se dá
pela capacidade delas causarem fortes sensações de euforia ou altear a percepção da
realidade. As drogas de adição (dependência psicológica) aumentam as concentrações de
dopamina nas estruturas-alvos das projeções mesolímbicas. Elas são classificadas com
base em seus alvos moleculares e mecanismos subjacentes. Um desses grupos é
constituído pela cocaína, anfetaminas e pelo exctasy, que ligam-se aos transportadores de
monoaminas. O foco do trabalho está mais especificamente à cocaína, devido sua
composição estar presente em grande parte dos anestésicos locais utilizados na
Odontologia, como a Lidocaína.
Palavras-Chaves: Anestesia Local; Cocaína; Odontologia.

INTRODUÇÃO
Utilizada a mais de cem anos na medicina e odontologia, a anestesia local foi descoberta
a partir de estudos iniciados por Sigmund Freud com cocaína, substância extraída da
planta Erytroxilon coca que bloqueia os canais de sódio e potássio, provocando um efeito
anestésico. A prática anestésica local é bastante utilizada na odontologia, e os cuidados
com sua administração devem ser redobrados quando se trata de um paciente usuário de
cocaína, por ocorrerem interações entres as duas substancias que podem ser prejudiciais
ao paciente.

OBJETIVOS
Explorar as informações sobre o uso da cocaína como droga de abuso e suas interações
com os anestésicos locais, uma vez que é de extrema importância compreender as
alterações fisiopatológicas para melhor tratar esses pacientes e diminuir os riscos de
complicações nos procedimentos.

METODOLOGIA
Revisão de literatura, sendo a delimitação de artigos do meio eletrônico nas bases de
dados Medline e Scielo em português a partir de 2001 até 2020 e livros de farmacologia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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No texto de Corrêa et al. (2014) é mencionado que “Elevadas doses de anestésicos locais
podem levar a sérias complicações, como convulsões e parada cardíaca, uma vez que a
cocaína apresenta efeito aditivo com esses anestésicos”. De acordo com Mariano et al.,
(2000) e CABRAL et al., (2014), vasoconstritores são muito importantes para a solução
anestésica, pois promovem uma lenta absorção do sal anestésico, reduzindo assim sua
toxicidade, consequentemente aumentando sua duração.

A necessidade de prolongamento do efeito anestésico no consultório odontológico é


necessária na maioria dos casos cirúrgicos. Um canal radicular, exodontia, enxertos e
implantes ultrapassam o tempo de efeito dessas drogas, então usa-se com frequência os
vasoconstritores para aumentar a duração do efeito. Deve-se levar em conta também que
o efeito anestésico intrapulpar é bastante reduzido se comparado ao efeito tecidual.

Os Vasoconstritores podem pertencer a dois grupos farmacológicos: análogos da


vasopressina e aminas simpatomiméticas. As mais comuns são a adrenalina/epinefrina, a
noradrenalina/noraepinefrina, ou fenilefrina e o octapressina/ felipressina (VIEIRA,
2000; CABRAL et al., 2014). As soluções anestésicas locais que contêm um agente
vasoconstritor do grupo das aminas simpatomiméticas, quando usadas em doses
excessivas ou injetadas acidentalmente no interior dos vasos sanguíneos, podem interagir
com certas drogas que o paciente faz uso, como os betabloqueadores cardíacos,
antidepressivos tricíclicos, derivados das anfetaminas, entre outros, podendo induzir
reações adversas de certa gravidade.
Entretanto, talvez a interação mais discutida atualmente seja aquela entre a cocaína e as
aminas simpatomiméticas contidas nas soluções anestésicas locais. Isso se deve
provavelmente aos índices alarmantes do uso ilícito de cocaína em todo o mundo. Tal
situação nos indica que os usuários de cocaína são pacientes de risco para toda e qualquer
complicação cardiovascular. Em doses suficientes, induz hipertensão arterial e
taquicardia, aumentando o débito cardíaco e as necessidades de oxigênio. Esta atividade
do SNA simpático pode diminuir a perfusão das artérias coronárias e acarretar uma
isquemia significante, arritmia ventricular, angina pectoris e infarto do miocárdio, efeitos
estes que têm sido exaustivamente relatados.

Essa interação ocorre pois a cocaína induz a liberação de norepinefrina, e


consequentemente bloqueia a sua recaptação pelas terminações nervosas adrenérgicas,
causando um aglomeramento desses neurotransmissores, e posteriormente um aumento
na pressão arterial causada pela vasoconstrição, taquicardia e um consumo anormal de
oxigênio pelo miocárdio.
Além disso, essa interação causa também uma constrição no baço gerando a produção
exagerada de eritrócitos, essa alteração faz com que o sangue fique mais viscoso, podendo
ocasionar a formação de trombos nas veias ou até mesmo artérias (ANDRADE et al.,
2013). Para que isso não ocorra, a administração de anestesia local deve ser feita em
doses mínimas, pois não há como prever qual será a dose segura para um paciente usuário
de cocaína (LUFT & MENDES 2007).

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Segundo Van Dyke et al., (1982) apud CABRAL et al., (2014), os maiores níveis de
cocaína no plasma sanguíneo são alcançados dentro de 30 minutos após administração
intravenosa, desaparecendo em torno de duas horas. Porém, quando a cocaína é
"aspirada", a absorção é mais lenta e seu efeito dura por volta de 4 a 6 horas.

CABRAL et al., (2014), uma das formas de perceber um usuário de cocaína que fez uso
recente da droga, consiste em notar os efeitos que a mesma causa no organismo, como:
um aumento das pupilas (midríase), afetando a visão, que fica turva, sendo “visão
borrada”; dor no peito; contrações musculares; e até mesmo convulsão. Entretanto, é no
sistema cardiovascular que os efeitos são mais violentos, ocorrendo um acentuado
aumento da pressão arterial, e taquicardia. Em casos extremos pode chegar a causar uma
parada cardíaca por fibrilação ventricular.

CONCLUSÃO
A cocaína manifesta seus efeitos em diversos receptores e por vários mecanismos, o que
dificulta a compreensão de como ela irá interagir com fármacos no sistema nervoso e
também cardiovascular do paciente. O entendimento e o reconhecimento das
complicações são essenciais para a prevenção. O cirurgião dentista deve estar preparado
para saber lidar adequadamente com essas situações. Assim, percebemos o quanto a
anamnese odontológica é importante e deve ser feita minuciosamente, para identificar
todos os medicamentos e substâncias consumidas pelo paciente, para se tenha segurança
no procedimento e não coloque em risco o paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ANDRADE et al. Farmacologia, Anestesiologia E Terapêutica Em Odontologia.
Odontologia Especial – Parte Básica. São Paulo: Artes Médicas, p. 127, 2013.
VAN DYKE, C;BYCK, R. Cocaine. Scientific American. v. 246, p. 128-41, 1982.
CABRAL, L. et al. Ação Dos Anestésicos Locais Em Pacientes Usuários De Cocaína.
Revista Gestão & Saúde, v. 11, p. 22-27, 2014.
CARLINI et al. Drogas psicotrópicas: o que são e como agem. Revista Imesc, v.3, p. 9-
35, 2001.
VIEIRA et al. .Anestesia odontológica:segurança e sucesso – parte 1. Ver Assoc Paul
CirurDent, v. 54, n. 1, p. 42-45, 2000.
MARIANO et al. Análise comparativa do efeito anestésico da lidocaína 2% e da
prilocaína 3%. BCI, v. 7, n. 27, p. 15-19, 2000.
CORRÊA et al. Anestesia no paciente usuário de crack e cocaína. Revista de Medicina
de Minas Gerais; v.24 n. 3, p. 14-19, 2014.
LUFT e MENDES. Anestesia No Paciente Usuário De Cocaína. Revista Brasileira De
Anestesiologia v. 57, n. 3, p. 307-314, 2007.
KATZUNG. Farmacologia básica e clínica. ed. 12, 2014.

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A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE PORTADOR DE
DIABETES MELLITUS COM COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alana Valéria da Silva


Graduanda em Medicina pela Universidade Brasil
e-mail: [email protected]

RESUMO
O presente estudo apresenta os cuidados prestados a uma paciente portadora de diabetes
mellitus infectada pelo covid 19, ressaltando a importância do tratamento precoce e
humanizado. Objetivou-se descrever o processo de prestação de assistência a esta
paciente, realizado durante o período de 22 dias, e a evolução do caso clínico favorável
diante de uma patologia de tratamento pouco conhecida e tão desafiadora.

Palavras-chave: Infecções por Coronavírus, Diabetes Mellitus, Relato de Experiência,


Assistência ao Paciente, Covid-19.

INTRODUÇÃO
Em 11 de Março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS), declarou a
Pandemia de Covid-19. Esta classificação se deu devido à disseminação geográfica rápida,
apresentada pelo vírus. Após a declaração de Pandemia, o Covid-19 foi classificado como
SARS-CoV-2 pelo Comitê Internacional de Taxonomia do Vírus, onde o mesmo foi
denominado como uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa.
A epidemia teve início na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, e se
espalhou rapidamente pelo mundo. Tratava-se de um novo tipo de Coronavírus, nunca
identificado antes em seres humanos, com uma evolução assombrosa e de transmissão
extremamente rápida, estes fatores transferiram o surto inicial para o status de Emergência
em Saúde Pública de Importância Internacional – ESPII (ou Public Health Emergency of
International Concern – PHEIC), posteriormente elevada a categoria de Pandemia.
Desde o princípio da Pandemia, os portadores de diabetes mellitus foram
classificados como grupo de risco, devido a gravidade da doença ser maior em pacientes
diabéticos. Isso se deve ao fato dos portadores de diabetes mellitus sofrerem alterações no
sistema imunológico, devido ao excesso de açucar no sangue.
O Diabetes Mellitus, é uma doença ocasionada pelo excesso de glicose no sangue,
esta hiperglicemia pode ser relacionada tanto a deficiência da liberação de insulina, quanto
a resistência á insulina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diabetes
mellitus está classificada em quatro classes clínicas, de acordo com a American Diabetes

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Association (ADA). Esta classificação é baseada na etiologia da diabetes mellitus e
apresenta duas classes mais comuns, a diabetes tipo I e diabetes tipo II, além da diabetes
gestacional e outros tipos específicos de diabetes mellitus.
Na diabetes mellitus tipo I ocorre a destruição das células beta pancreáticas,
provocando assim a deficiência absoluta de insulina, esta deficiência é de natureza
autoimune, e pode ser observada com maior frequência em crianças e adolescentes.
Contudo, na diabetes tipo II, o que ocorre é a resistência a insulina, um defeito secretório
que produz a redução de captação da insulina nas células, ocasionando a hiperglicemia. A
diabetes tipo II geralmente é diagnosticada na vida adulta, entre os 35 e 40 anos.
A diabetes mellitus, é uma doença que necessita de mudanças nos hábitos de vida,
para se controlar os níveis glicêmicos, como uma dieta equilibrada e a prática de exercícios
físicos, além de insumos necessários para o controle do metabolismo. Com a Pandemia do
Covid-19 os hábitos de vida foram alterados, a rotina de trabalho e de atividade física foi
diminuida com o isolamento social, e tornou-se preocupante o impacto psicológico causado
pelo o isolamento.
Um estudo elaborado por um grupo de instituições nacionais e internacionais,
publicado na revista Diabetes Research and Clinical Pratice, evidenciou que os portadores
da doença alteraram seus hábitos de vida durante a pandemia, gerando um aumento dos
níveis glicêmicos. O estudo também detectou que 95% dos portadores de diabetes mellitus
entrevistados, reduziram a atividade física e o controle da glicemia. Nota-se que a diabetes
mellitus tem sido negligenciada durante a quarentena, o que acarreta em maiores casos de
infecção por Coronavírus, e consequentemente o aumento dos índices de morte por
coronavírus entre os portadores da doença.
Diante deste cenário, é perceptível a importância do diagnóstico precoce do Covid-
19 em portadores de diabetes mellitus, e a assistência devida a esses pacientes, a fim de
evitar complicações e risco de mortalidade. Ademais, é necessário ressaltar que o controle
dos índices glicêmicos é de fundamental relevância para o êxito no tratamento desta doença
crônica não transmissível, e a interrupção dos serviços essenciais, pode afetar tanto o
controle glicêmico, como a obtenção de medicamentos específicos para a diabetes mellitus.

OBJETIVO
Relatar a importância dos cuidados prestados ao paciente portador de diabetes mellitus com
Covid-19 e discutir a relevância do diagnóstico precoce.

METODOLOGIA
O relato de experiência é um instrumento que apresenta de maneira descritiva um
fato vivenciado, visando contribuir de forma relevante com a comunidade científica,
produzindo opiniões que proporcionem reflexões e embasamento teórico para outros
pesquisadores.

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Foram utilizados como critérios de inclusão, artigos originais, nos idiomas
português e inglês, respeitando o limite de tempo da publicação entre os anos de 2019 e
2021 e que abordassem a temática referente a assistência ao paciente com Covid- 19 e
portadores de diabetes mellitus.
O estudo foi realizado mediante experiência pessoal da autora e com a devida
autorização da paciente. Trata-se de estudo observacional, descritivo, retrospectivo, na
modalidade relato de experiência, sem testar comparações. Foi realizado no período de 06
de julho a 27 de julho de 2021, em residência particular no município de Campo Grande –
Mato Grosso do Sul.
A amostra foi um paciente adulto, do sexo feminino, de 54 anos, portador de
diabetes mellitus tipo I, com diagnóstico de Covid-19, apresentando dispneia, astenia
muscular e sintomas gripais, porém não apresentando febre.

RESULTADOS:
Os cuidados prestados aos pacientes portadores de diabetes mellitus com Covid-19
podem ser bastante desafiadores. Estes desafios justificam-se devido ao aumento
exagerado da reatividade do sistema imunológico, o que provoca a ampliação das chances
de ocorrerem complicações pulmonares decorrentes de Covid-19. De modo geral, os
pacientes com diabetes apresentam um quadro de hipercoagulabilidade e hipofibrinólise,
que aumenta os riscos de tromboembolismos nos pacientes acometidos com Covid-19.
Além do mais, o desequilíbrio metabólico provocado pela diabetes, reduz a resposta imune
ao SARS-CoV-2.
Diante dos riscos expostos, a paciente do sexo feminino, de 54 anos, com histórico
prévio de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) em uso de insulina
NPH e obesidade com IMC 35.9 , adotou como recomendação médica o isolamento social
, além de repouso absoluto.
A paciente apresentava sintomas gripais, relatando que teve contato direto com
pessoas infectadas, também aparentava leve dispneia e astenia muscular, efetuou o RT-
PCR para SARS – CoV-2 tendo resultado positivo no segundo dia de início dos sintomas.
Iniciou o tratamento com diversos esquemas terapêuticos, incluindo Axetilfuroxima,
Colchicina, Acetilcisteína, Cloridrato de bromexina, Xarelto, Pantoprazol, AAS Infantil,
Azitromicina e 3 doses de Decadron injetável a cada 9 horas, além de aplicação de
ozonoterapia retal, e corticoides e vitamina C por via parenteral.
No terceiro dia após os sintomas, a paciente efetuou Tomografia Computadorizada
Multislice do Tórax que apresentou diversas opacidades focais em vidro fosco com
distribuição randômica bilateralmente pelo parênquima pulmonar, notadamente nos
lóbulos inferiores, próximo a 25%. Também iniciou uma rotina de exames diários, sendo
coletados os exames de Hemograma com contagem de plaquetas e Proteína C reativa.
Diante do quadro de dispneia, foram iniciadas sessões de fisioterapia respiratória com
utilização de máscara de oxigenação.

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Com indicação médica, foi necessária uma rotina de controle de Pressão arterial,
saturação de oxigênio, e glicemia, a cada 2 horas, onde se constatou a necessidade de uso
de uma insulina de ação ultra-rápida para correção da glicemia de forma rápida, sendo
aplicada a Apidra injetável a cada 2 horas, além da NPH aplicada ao acordar, com a
paciente em jejum. A saturação inicial manteve-se em 95% tendo melhora com o decorrer
dos dias, e a pressão arterial manteve-se alta durante o tratamento.
No caso descrito, a paciente apresentou ainda inchaço nas pernas, e manchas de
diabetes. Foi realizado exame de Dímero D que apresentou valores normais, desta forma
foi receitado pelo médico responsável o diurético Hidrion ( Cloreto de potássio +
Furosemida). Passados 20 dias de início do tratamento, a paciente apresentou boa resposta
clínica e laboratorial ao tratamento, recebeu alta médica após repetidos exames clínicos, e
manteve acompanhamento fisioterapêutico.
DISCUSSÃO:
Diante da atual pandemia considerou-se importante divulgar esse relato, tendo em
vista a associação de duas complicações de alta morbidade, ademais da evolução favorável
dessa paciente. Relatou-se um caso que associava fatores de risco para a gravidade da
Covid-19: ser obesa, hipertensa e ser portadora de diabetes mellitus tipo I, cujo distúrbio
resulta em um maior risco de mortalidade. O estudo demonstra a eficácia do tratamento
precoce, além da importância da assistência planejada. Neste caso, acredita-se que as
medidas adotadas de maneira rápida e precisa foram imprescindíveis no cuidado a paciente,
tendo contribuído para evolução favorável da Covid-19 e suas complicações, em uma
paciente com diabetes mellitus.

CONCLUSÃO:
Os cuidados intensivos e diagnóstico precoce são fundamentais para proporcionar
um desfecho favorável às inúmeras complicações clínicas das doenças crônicas não
transmissíveis.

REFERÊNCIAS

BARONE, M.T.U. et al. The impact of Covid-19 on people with diabetes in Brazil.
Diabetes Research and Clinical Pratice, volume 166: 108304, 2020. Disponível em:
doi:10.1016/j.diabres.2020.108304. Epub 2020 Jul 3. PMID: 32623040; PMCID:
PMC7332443. Acesso em: 13 out.2021.

BRITO, V.P. et al. Associação da Diabetes Mellitus com a gravidade da COVID-19 e


seus potenciais fatores mediadores: uma revisão sistemática. Revista Thema, vol. 18
(ESPECIAL), p. 204-217, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.15536/thema.V18.
Especial.2020.204-217.1820. Acesso em: 13 out.2021.

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LYRA, R. et al. Diabetes Mellitus: uma abordagem cardiovascular. São Paulo: Editora
Clannad. P. 18-19, 2019.

MARQUES, R. et al. A Pandemia de Covid-19: interseções e desafios para a história da


saúde e do tempo presente. Coleção história do tempo presente: volume III. p. 225-227,
2020. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/a-
pandemia-de-covid-19_intersecoes-e-desafios-para-a-historia-da-saude-e-do-tempo-
presente.pdf. Acesso em: 13 out.2021.

SARAIVA, E.L. et al. Assistência de enfermagem prestada ao paciente crítico com


Covid-19: um relato de caso. Saúde Coletiva (Barueri), 11(COVID), p.6994-7006,
2021. Disponível em: doi:
https://doi.org/10.36489/saudecoletiva.2021v11iCOVIDp6993-7006. Acesso em: 13
out.2021.

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A IMPORTÂNCIA DE UMA METODOLOGIA ATIVA NO ENSINO DA
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA DURANTE A FORMAÇÃO ACADÊMICA
DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Isabella Teixeira Lopes1; Andressa Bianca Reis Lima2; Mayara Bottentuit Nogueira3 ;
Rachel Melo Ribeiro4

1,2,3
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
4
Farmacêutica, Doutora em biotecnologia pela Universidade Federal do maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A Farmacologia é uma disciplina versátil, cujo conhecimento é imprescindível


para formação dos profissionais da saúde, tendo em vista a constante necessidade de
receitar medicamentos para prevenir e tratar doenças. O objetivo desta revisão é avaliar e
sintetizar os artigos advindos da utilização de mecanismos ativos no ensino da
Farmacologia durante a formação acadêmica dos profissionais da saúde. Trata-se de uma
revisão integrativa por meio de um levantamento bibliográfico nas bases de dados Google
Acadêmico e Scielo. Como resultado, notou-se que 7 artigos enquadraram-se nos critérios
de inclusão e, por isso, foram utilizados na presente revisão. Nesse sentido, analisou-se o
aprendizado utilizando as metodologias ativas, como monitorias, questionários e a
utilização de recursos tecnológicos durante o processo de ensino. Dessa forma, a partir da
análise dos artigos, percebeu-se que a utilização de métodos ativos torna a participação e
o entendimento do aluno mais efetivos, além de estimular a aprendizagem autônoma.

Palavras-chaves: Farmacologia; Aprendizagem; Ensino; Metodologia; Educação

INTRODUÇÃO
A Farmacologia é essencial para habilitar os futuros profissionais da saúde a
utilizar diferentes tipos de fármacos no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças.
Através dessa disciplina, os docentes aprendem sobre os efeitos das substâncias químicas
quando em contato com os sistemas biológicos do corpo humano. A partir desse
pressuposto, torna-se inegável a importância do estudo adequado da Farmacologia pelos
profissionais de saúde em formação. Assim, para que os acadêmicos compreendam
efetivamente sobre o uso adequado e íntegro de terapias preventivas e curativas, o uso de
metodologias ativas para o aprendizado da interação química-droga-organismo faz-se
mister, haja vista que, a possibilidade de observar, construir e testar hipóteses, permite
uma compreensão acurada sobre as consequências da manipulação de fármacos sobre os
sistemas biológicos.

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As metodologias ativas de ensino mudam o foco do processo ensino-
aprendizagem do professor e passam-no para o aluno. Através da problematização da
realidade, os estudantes são instigados a refletir sobre o assunto e propor soluções para a
questão levantada. Assim, o estudante passa a participar ativamente do seu processo de
consolidação do conhecimento. Com isso, nota-se a importância do uso dessa
metodologia para a formação acadêmica dos profissionais de saúde, considerando-se a
exorbitante quantidade de conteúdos a serem assimilados e a rapidez com que novos
fármacos surgem.
Entretanto, devido ao atual cenário de pandemia, o estudo da Farmacologia
limitou-se à exposição teórica sobre os fármacos e seus efeitos. Nesse sentido, a mera
apresentação de conceitos e fórmulas complexas dificultam o entendimento dos
estudantes sobre a disciplina, uma vez que, sem a experimentação, estes se tornam
demasiadamente abstratos. Desse modo, destaca-se que tal impasse restringe a
compreensão holística da Farmacologia, limitando-a à teoria, através de extensas aulas
expositivas. Assim, os acadêmicos são afastados do estímulo à busca crítica e consciente
do conhecimento.

OBJETIVOS
Avaliar e sintetizar os artigos advindos da utilização de mecanismos ativos no
ensino da Farmacologia durante a formação acadêmica dos profissionais da saúde.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa em que foram utilizadas as bases de dados do
Google Acadêmico e do Scientific Electronic Library Online (Scielo) para o levantamento
e seleção bibliográfica. Assim, para a pesquisa dos artigos, utilizou-se a busca avançada
pelo título com as seguintes chaves de pesquisa: “Aprendizado AND Farmacologia” e
“Ensino AND Farmacologia”. Dessa forma, foi utilizado o operador booleano “AND”
para que os artigos encontrados abordassem os temas de forma simultânea.
Os critérios utilizados para a inclusão foram artigos completos, disponíveis on-
line, publicados a partir do ano de 2017, em língua portuguesa, inglesa ou espanhola e
que discorressem sobre as metodologias ativas no ensino da farmacologia durante a
formação acadêmica dos profissionais da saúde. Os critérios de exclusão adotados foram
artigos que não estavam disponíveis on-line, não estavam na íntegra, artigos duplicados,
data de publicação inferior a 2017 ou que não abordassem diretamente a temática
estudada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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O resultado da busca nas duas bases de dados do Google acadêmico e Scielo,
entregou 115 artigos. Dessa forma, foi realizada uma leitura atenta dos títulos e das
palavras chaves, resultando na exclusão de 108 artigos por não estarem em concordância
com os critérios de inclusão. Os outros 7 artigos foram selecionados por estarem de
acordo com esses critérios e, por isso, foram lidos integralmente e organizados para que
fossem expostos seus principais resultados.

Na coletânea selecionada, observou-se que foi unânime em todos os artigos o


reconhecimento da imprescindibilidade de utilizar, criar ou adaptar uma metodologia de
ensino pautada no aprendizado ativo, sendo dito que este apenas traria benefícios para os
discentes e os docentes envolvidos. Contrariando esse modo de estudo, tem-se o método
tradicional de ensino, em que tal restringe-se ao contato professor, aluno, livros e sala de
aula, de maneira a colocar o professor como protagonista no processo de ensino-
aprendizagem, o qual transmite seu conhecimento geralmente através de aulas teóricas e
expositivas, o que impossibilita o discente de participar ativamente deste processo. Nesse
sentido, infere-se a importância das metodologias ativas ou inovadoras, que utilizam
processos interativos de conhecimento e estudo. Dessa forma, o professor atua como
facilitador ou orientador para que o estudante reflita, pesquise e busque de forma
individual.

Nessa perspectiva, como forma de tornar o aluno protagonista no processo de


aprendizado, três dos sete estudos(LINHARES e ARAÚJO; DUARTE et al. e
FLORÊNCIO et al.) reforçaram a importância das monitorias de Farmacologia nas
Universidades como forma de tornar o aprendizado mais fácil e dinâmico. Nesse
contexto, os programas de monitoria acadêmica subsidiam o ensino-aprendizagem e
resgatam as potencialidades de cada aluno, retirando suas dúvidas e tornando-os ativo
nesse processo de conhecimento. Este processo estimula a autoaprendizagem e oferece
meios para o desenvolvimento da capacidade de análise de situações, além de incentivar
os estudantes a apresentarem soluções para os problemas discutidos em sala, tornando-os
sujeitos ativos nesse processo.

Ademais, dois artigos (DUARTE et al; LINHARES E ARAÚJO) explicitaram


ainda as vantagens da utilização do método ativo por questionário, pois verificou-se que
a maioria dos alunos apresentaram estar mais esforçados e participativos por almejar
resultados positivos na resolução das questões, o que atuou como forma de estímulo no
processo ensino-aprendizagem. Dito isso, nota-se que a utilização de tais métodos tornam
a aprendizagem mais efetiva e participativa, já que propõe uma maior conexão entre o
aluno e o conteúdo que será estudado.

Além disso, outro resultado obtido em dois dos artigos analisados (DUARTE et
al; SILVA e OLIVEIRA) foi a importância da utilização de recursos digitais como uma
forma de metodologia ativa, haja vista que estes podem minimizar a dificuldade dos
alunos no que concerne a compreensão de conceitos abstratos presentes na disciplina de
Farmacologia, pois a utilização de vídeos, software e animações, por exemplo, podem
descrever e ilustrar fenômenos que ocorrem a nível molecular. Nesse viés, destaca-se o

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fato de que a Farmacologia é alvo de constantes descobertas e inovações, mas muitas
vezes os métodos de ensino para tal disciplina encontram-se pautados apenas em livros,
os quais não acompanham esses processos de forma satisfatória, por isso é imprescindível
a utilização de tais recursos tecnológicos, visto que estes acompanham de forma
satisfatória essas constantes evoluções.

CONCLUSÃO

Fica evidente que o ensino da Farmacologia não deve ser restrito apenas a técnicas
de memorização e aulas expositivas, pois ocorre a fragmentação do saber e a presença de
um conhecimento passageiro. Nesse panorama, a presença do aluno envolvido no
processo de ensino é fundamental, tendo em vista que as novas demandas no mercado de
trabalho necessitam de profissionais que desenvolvam habilidades e competências que
possibilitem sua autonomia e criticidade.

Diante dos aspectos observados, é notório que a disciplina Farmacologia reúne


conteúdos extensos e complexos e que frequentemente geram dúvidas, o que pode
dificultar o aprendizado do aluno. Por isso, há uma necessidade de promover atividades
teórico-práticas orientadas para o estudo científico da Farmacologia e das suas reais
aplicações, a fim de evitar que a carga horária direcionada a essa disciplina seja utilizada
de maneira inadequada e sem haver um aproveitamento satisfatório pelos acadêmicos.
Fica claro, portanto, que a utilização de métodos ativos estimula e motiva o aluno a
aprender, bem como a envolver-se no processo de aprendizagem.

Por fim, é necessário que as universidades reconheçam a relevância dessa temática


para a formação dos futuros profissionais da saúde e passem a incentivar o corpo docente
a implementar atividades , a fim de complementar a aprendizagem do conteúdo teórico
exposto na sala de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERO, Adriana Jordão Costa et al. PERCEPÇÃO DOS ACADÊMICOS DE


MEDICINA SOBRE A METODOLOGIA DE APRENDIZAGEM BASEADA EM
EQUIPES NA DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA. Revista Científica Fagoc Saúde,
[s. l], n. II, p. 43-49, 2017.

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A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL COMO FORMA DE PREVENIR PRÉ-
ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Aline Kelle Vieira Almeida¹, Barbara de Araújo


Fernades2, Gleyciane Lins Pereira3, Thales
Vitor Brasil Araújo4, Rafaela de Oliveira
Nóbrega5

¹Graduando em Medicina pela Faculdade Santa Maria


2,3,4
Graduando em Medicina pela Faculdade Santa Maria
5
Docente da Faculdade Santa Maria
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
RESUMO
A pré-eclâmpsia é uma doença caracterizada por hipertensão arterial associada a
proteinúria ou lesão de órgão-alvo que traz riscos e complicações para a mãe e para o
bebê. Esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura de
informações e dados acerca da importância da doença ser identificada precocemente pelo
pré-natal. Foram utilizados os bancos de dados PUBMED E SCIELO, estudos que se
encontravam completos em inglês e português publicados entre 2011 e 2021, e após
extensa leitura foram selecionados 8 artigos para composição desse estudo. Nesse sentido,
foi visto que a etiologia da pré-eclâmpsia é desconhecida e por isso um pré-natal, com
uma boa triagem e de qualidade é importante para a identificação de fatores de risco para
que não a doença não evolua para suas formas mais graves. Portanto, conclui-se que é
imprescindível um pré-natal de qualidade para o reconhecimento e prevenção da pré-
eclâmpsia.
Palavras-chave: Pré-eclâmpsia; Prenatal Care; Diagnosis; Mortalidade Materna;
Prevenção de Doenças

INTRODUÇÃO
A pré-eclâmpsia é uma doença de natureza multissistêmica e multifatorial de
etiologia ainda não totalmente definida que se caracteriza pela hipertensão arterial
associada a proteinúria ou lesão de órgão-alvo que acometem a gestante após a vigésima
semana de gestação. Pode trazer diversos riscos para a mãe, como acidente vascular
cerebral hemorrágico, insuficiência renal e em casos mais graves pode levar ao óbito.
Também causa complicações fetais e neonatais como partos prematuros que aumentam
as chances de morbimortalidade perinatal (PERAÇOLI et al., 2019).

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Trata-se de uma doença que influencia de forma significativa na questão
da morbidade materna e infantil, sendo a segunda principal causa de mortalidade materna
no mundo (HENDERSON et al., 2017). Ademais, essa enfermidade predomina em países
em desenvolvimento devido principalmente a prevalência de fatores que favorecem o
surgimento da pré-eclâmpsia, como por exemplo a presença de outras doenças como
obesidade e doenças vasculares, além de um cuidado pré-natal realizado de forma
ineficiente. (PHIPPS et al., 2016). Dentre outros fatores que devem ser levados em
consideração na hora de avaliar e quantificar o risco que a pré-eclâmpsia pode resultar, é
possível citar hipertensão crônica, idade materna avançada (acima de 40 anos), índice de
massa corporal acima de 30 identificada em pelo menos uma visita pré-natal, história
familiar de pré-eclâmpsia e gestação múltipla (PERAÇOLI et al., 2019).
O pré-natal se trata dos cuidados médicos e de enfermagem recebidos pela
mulher durante o seu período de gestação. Esse cuidado tem como um dos seus objetivos
detectar de forma precoce doenças que possam ser danosos para a saúde da gestante e do
bebê e encaminhá-los para o cuidado especializado caso necessário para tratar essas
enfermidades (TILL; EVERETTS; HAAS, 2015). Dessa forma, os cuidados pré-natais
adequados são de suma importância para a detecção da pré-eclâmpsia.
Foi observado uma taxa de detecção de 41% para essa enfermidade antes do final
da gestação, quando se avalia apenas os fatores de risco apresentados na história clínica
da paciente durante tal momento de assistência fornecida à gestante. Sendo esse
desempenho melhorou ainda mais quando levaram em consideração outros como a
pressão arterial média materna e a resistência nas artérias uterinas medida utilizando
ultrassom Doppler (KAGAN et al., 2017).
Este estudo buscará analisar dados disponíveis na literatura sobre a
importância da realização do pré-natal para detectar precocemente a pré-eclâmpsia,
permitindo que medidas sejam tomadas de modo a evitar prejuízos para a saúde da mãe e
do bebê.

OBJETIVO
Realizar uma revisão literária de dados e informações sobre a necessidade
da realização do pré-natal e os referentes perigos para a saúde causados pela pré-
eclâmpsia.

METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no
mês de setembro de 2021, por meio da seleção de artigos científicos publicados em
periódicos indexados nas bases de dados do Scientific Eletronic Library (SCIELO) e
National Library of medicine (PUBMED). Para a pesquisa no SCIELO E PUBMED
foram utilizados os seguintes descritores em saúde: “Pré-eclâmpsia”, “Prenatal Care”,

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“Diagnosis”, “Mortalidade Materna” e “Prevenção de Doenças”. O operador booleano
AND foi usado para cruzamento entre os termos. Os critérios de inclusão utilizados
foram: artigos referenciados de 2011 a 2021, meta-análises, revisões, livros e
documentos, publicados em inglês e português. Foram excluídas teses, dissertações,
cartas ao editor, textos incompletos e que não se enquadram no objetivo do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A etiologia da pré-eclâmpsia é desconhecida, logo, o pré-natal de qualidade é
imprescindível para identificar fatores de risco e, assim, a doença não ter evolução para
formas graves (PERAÇOLI et al., 2019). Além disso, essa enfermidade contribui para
um risco três vezes maior da mãe desenvolver hipertensão ao decorrer da vida (PAAUW
et atl., 2016). A doença ocorre quando há o diagnóstico de hipertensão associada à
proteinúria manifestada em após a 20ª semana e quando tem uma lesão de órgão-alvo na
ausência da proteinúria. Além disso, existe uma possibilidade de evoluir para eclampsia,
acidente vascular cerebral hemorrágico, hemólise, elevação das enzimas hepáticas e uma
síndrome de baixa contagem de plaquetas, insuficiência renal, edema pulmonar e morte.
Além disso, foram realizados diversos exames patológicos de placenta de grávidas
com pré-eclâmpsia e foi visto que, em gestações com a doença bastante avançada, há
numerosos infartos placentários e estreitamento esclerótico das arteríolas. Acredita-se que
pode ser resultado da invasão de trofoblastos placentários no útero, que remodela as
artérias e gera isquemia, comprometendo a oxigenação da placenta e do feto, afetando,
assim, seu desenvolvimento e podendo causar parto prematuro e baixo peso da criança ao
nascimento e, em casos graves, a morte (PHIPPS et al., 2016).
Dessa forma, devido às consequências e a falta de conhecimento acerca do pode
causar a enfermidade, é imprescindível um bom teste de triagem para identificar
problemas de saúde nos períodos assintomáticos ou iniciais da doença nas primeiras
consultas de pré-natal, avaliando riscos predisponentes e a história médica e obstétrica.
Ela era baseada apenas no cálculo de fatores de risco que são hipertensão crônica, doença
autoimune, como lúpus, diabetes mellitus, doença renal crônica, gestação múltipla.
nuliparidade, trombofilia, mulheres acima dos 40 anos, IMC acima de 30 kg/m 2 e
histórico familiar de pré-eclâmpsia (PERAÇOLI et al., 2019).
Contudo, no novo modelo da FMF, Fundação de Medicina Fetal, foi desenvolvido
um algoritmo, que mostraram, nos estudos, uma maior taxa de detecção, que estima a
distribuição da doença ao longo da gestação combinando características maternas e
histórico médico, como os resultados da pressão arterial média, índice de pulsatilidade da
artéria uterina média, níveis de proteína plasmática associada à gravidez sérica e fator de
crescimento placentário sérico, o PLGF (WERTASCHNIGG et al., 2019).
Desse modo, a partir da identificação de mulheres com maiores riscos para o
desenvolvimento da pré-eclâmpsia, é determinado um acompanhamento pré-natal bem
mais especializado e focado na paciente a fim de aumentar, precocemente, caso

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necessário, as intervenções para, assim, prever, reduzir ou evitar a evolução e os efeitos
adversos da doença (CALIXTO et al., 2014).
Nesse sentido, as intervenções para melhorar a qualidade da saúde da mulher e do
feto acontecem apenas durante o atendimento médico, nas consultas do pré-natal, já que
é durante o pré-natal que são retirados todos os dados médicos e obstétricos importantes
para que seja escolhida o melhor tratamento para evitar possíveis danos.
As possíveis intervenções recomendadas para diminuir o risco da enfermidade
seria a administração de uma baixa dose diária de AAS, 100 a 150 mg, que é o
recomendado quando é identificado pacientes com risco e suplementação de cálcio
elementar, com 1,5 a 2,0 g por dia, dividido em 2 ou 3 doses. O ácido acetilsalicílico deve
ser antes da 16º semana e pode ser mantida até o final da gestação, porém deve ser
considerado a suspensão após a 36ª semana a fim de permitir a renovação de plaquetas
para o trabalho de parto (PERAÇOLI et al., 2019). Entretanto, essa intervenção desse ser
feita no pré-natal, observando os dados médicos e obstétricos da paciente, visto que seu
uso para gestante pode causar possíveis alterações no feto.

CONCLUSÃO
Dentro do contexto do que foi exposto, conclui-se que é imperativo destacar a
importância da realização adequada do pré-natal, tendo em vista que esse
acompanhamento auxiliará no descobrimento precoce dessa patologia, possibilitando a
gestante acometida por essa o seu tratamento antes da evolução para um quadro mais
grave. Desse modo, um fornecimento mais abrangente de informações mediante a
importância do pré-natal, tanto para a genitora quanto para o feto mostra-se
imprescindível. Ademais, esse estudo possibilitou concluir que o tratamento precoce
dessa doença apresenta mortalidade minimizada, por meio de abordagens preventivas
eficaz. Logo, infere-se que o combate a essas doenças está no reconhecimento da
importância de sua prevenção e, portanto, em um maior investimento nesse cenário dentro
da atenção primária principalmente na assistência a gestantes que não procuram a atenção
primária para realizar o acompanhamento de sua gravidez.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A RELAÇÃO ENTRE PSICOLOGIA DA SAÚDE E MEDICINA
PSICOSSOMÁTICA

Jaíne de Freitas Sampaio¹, Edinara Sousa França², Amanda Romênia de Oliveira Melo
Souza³

¹,²,³Graduanda em Psicologia, Centro Universitário Paraíso - UniFAP.

E-mail do (a) autor (a) para correspondência: [email protected]

RESUMO
As doenças psicossomáticas, não são recentes nos estudos científicos e na história da
humanidade, ainda são repletas de preconceitos e reducionismos. Somente na década de
50 ocorre o movimento direcionado à Medicina Psicossomática no Brasil. Desse modo,
este resumo expandido, tem como objetivo abordar a relação entre Medicina
Psicossomática e a Psicologia da Saúde, assim como produzir conhecimento sobre o
cuidado às pessoas que sofrem com o processo de somatização. Para realização do estudo
utilizou-se do método de revisão de literatura sobre o tema, analisando artigos e livros.
Os resultados encontrados enfatizam a relevância e colaboração entre ambas as
disciplinas. Conclui-se que há a necessidade de diálogo constante entre os campos da
Medicina e Psicologia da Saúde, com propósito de oferecer melhores serviços em
atendimento e acompanhamento para as pessoas com doenças psicossomáticas, tendo
como foco não somente os danos físicos e psicológicos, mas também a subjetividade de
cada sujeito.

Palavras-Chave: Psicologia da Saúde; Medicina Psicossomática; Promoção a saúde;


Somatização; Interdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO
Atualmente a psicossomática enquanto metodologia de prática clínica é
reconhecida e utilizada por profissionais da área da saúde, porém nem sempre foi assim,
durante muito tempo seus conhecimentos foram negligenciados e repelidos pelos adeptos
da medicina positivista que tinham sua prática e teoria voltadas para a dicotomia mente-
corpo. Demandas nos serviços de saúde, sobre doenças sem causas diretamente biológicas

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são comuns de encontrar, no entanto, apesar da alta frequência de casos, a medicina ainda
apresenta uma lacuna para identificar e tratar, sem que haja o reducionismo para apenas
o psicológico ou biológico. As pessoas que buscam a primeira ajuda, geralmente, se dão
nos serviços clínicos, sem ênfase na saúde mental, tais sujeitos, que sofrem do processo
de somatização, muitas vezes recebem diagnósticos e tratamentos errôneos e/ou
desnecessários.
O termo para esse processo é a somatização, que surge na modalidade de
abordagem psicanalítica, que compreende o processo como uma evitação do sofrimento,
que resulta em danos físicos. No entanto, apesar da nomenclatura ser de base
psicanalítica, as abordagens comportamentais não descartam tais ocorrências, apenas
compreende de modo diferente, como sendo resultado da interação entre o biológico,
cognição, fatores emocionais, comportamentais e interpessoais. A psicossomática é
compreendida como uma atitude que busca a promoção da saúde, através de uma visão
integrada da relação corpo-mente e de sujeitos que convivem em ambiente físico e
também socioeconômico-cultural diferentes. Desse modo, torna-se imprescindível para o
profissional da saúde conhecer de forma integral aquele que busca sua ajuda e está
disposto a escutar suas queixas e sofrimentos, além de elaborar o diagnóstico através de
uma avaliação aprofundada sobre o caso.

OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo abordar a relação entre Psicologia da Saúde e
Medicina Psicossomática, destacando a atuação e relevância diante das doenças
somáticas, a fim de desmistificar, produzir e expor conhecimentos para o âmbito
acadêmico e sociedade em geral.

METODOLOGIA
A pesquisa é realizada via método de revisão bibliográfica. Analisou-se cerca 12
arquivos entre artigos e livros para o levantamento de dados sobre o tema, estes
localizados por meio de repositórios online de base de estudos científicos, tais como
Google Acadêmico, Scielo e Pepsic, através das palavras chaves: Psicossomática,
Somatização, Psicologia da Saúde e Medicina Psicossomática.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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A ideia do que viria a ser a chamada Medicina Psicossomática surge juntamente
com os Aforismos de Hipócrates (séc. VI a.C.), considerado o pai da Medicina e que
partiu da premissa que pessoas são como um sistema integrado composto de corpo, alma
(psiquismo) e ambiente. Sobre a nomenclatura, psicossomática, sabe-se que foi utilizado
pela primeira vez em 1808 por Heinroth, o termo surge através das pesquisas do
psiquiatra ao realizar seus estudos sobre insônia, em 1823, introduz o somato-psíquico
para tratar da influência dos fatores orgânicos que afetam os emocionais.
Embora as doenças psicossomáticas não sejam novas na sociedade, o movimento
a respeito da Medicina Psicossomática no Brasil é recente, tendo início somente na década
de 50, sendo mais facilmente encontrada, inicialmente, nos estados do Rio de Janeiro e
São Paulo. Os pioneiros da prática no Brasil foram médicos e também professores de
medicina, que buscavam abrigar setores destinados ao estudo sobre a Psicossomática,
com o intuito de promover e compreender esse “novo” tipo de abordagem. Em 1965,
acontece a primeira reunião formal no país de apoiadores e estudiosos da área, e assim
fundou-se a Associação Brasileira de Medicina Psicossomática, com o objetivo de
promover uma nova perspectiva na assistência, educação e pesquisas médicas, visando
observar o paciente de modo integral com a relação dos elementos psicodinâmicos e
biológicos da Patologia. No ano de 2001, no Brasil, ocorreu maior intensidade de
programas em humanização dos serviços de saúde, através da capacitação de
profissionais, implementação de iniciativas e o fortalecimento dos serviços em
atendimentos humanizados já existentes, tendo por propósito colaborar e criar ambientes
hospitalares que respeitem a dignidade da vida humana e a cidadania.
A objetividade presente na prática médica convencional, fruto do método
científico das ciências naturais, demonstra uma fragilidade em compreender a doença de
forma integral, excluindo os traços subjetivos dos pacientes para a criação de diagnósticos
generalizados. A medicina psicossomática investiga e oferece caminhos para a prática na
promoção de saúde mais voltada para o paciente e tem a tendência em compreender os
processos de adoecer, não como um evento causal na vida de uma pessoa, mas como
resposta de um indivíduo que vive em sociedade, em interação com outras pessoas. Dessa
forma, os fatores como por exemplo os biológicos, psicológicos e sociais, são
considerados que funcionam de maneira integrada e inter-relacionados ao processo de
saúde-doença, constituindo importantes indicadores de como indivíduos e grupos
enfrentam processos de doença e aderem, ou não, ao tratamento médico.

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A Psicologia vem exercendo importante função social, tanto como área de
conhecimento, contribuindo para ampliação do entendimento sobre os problemas
humanos, como também na atuação com as intervenções psicológicas. A Psicologia da
Saúde, tem como objetivo à promoção e manutenção da saúde e à prevenção da doença,
tal área de conhecimento resulta da união de diversas áreas do campo psicológico, como
a Psicologia Clínica, a Psicologia Comunitária, a Psicologia Social e a Psicobiologia, a
fim de contribuir para a melhoria do bem estar dos indivíduos de forma integral e da
comunidade, oferecendo apoio, principalmente, para aqueles que sofrem das doenças
psicossomáticas.

CONCLUSÃO
A Psicologia tem papel fundamental em auxiliar no processo de investigação das
origens do desencadeamento da doença, além de colaborar para a promoção e manutenção
da saúde, assim como dar suporte durante o tratamento. Embora o senso comum entenda
que a Psicologia dedica-se estritamente e unicamente a compreensão de apenas dos
fatores psicológicos, essa não é uma verdade completamente sólida, pois a Psicologia da
Saúde trata de um aglutinado de variantes biológicos, sociológicos e psicológicos, a fim
de colaborar para a relação da saúde e doença. Ademais se percebe a necessidade de
relação constante entre a medicina psicossomática e a Psicologia da Saúde, para assim
proporcionar melhor atendimento e acompanhamento para as pessoas com doenças
psicossomáticas, levando em consideração a subjetividade de cada sujeito e as influências
sociais, econômicas e políticas que lhe constitui.

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ACHADOS POST-MORTEM DE PATOLOGIAS CARDIOVASCULARES NA
COVID-19

Nelissa Abud de Castro1; Arthur Gomes de Souza Silva1; Bárbara Luiza Cearence
Caetano de Almeida1; Laryssa Faria de Castro1; Gabriele Durante1; Karen Marcella
Pereira Bastos1; Fernanda Pereira Bastos2; Ricardo Aleixo Rodrigues da Rocha3.
1
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Atenas.
2
Médica pelo Centro Universitário Atenas.
3
Médico Cardiologista pelo IPEMED de Brasília.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Objetivo: descrever acerca da análise dos achados post-mortem em pacientes com a
COVID-19, tais quais foram afetados por complicações cardíacas. Método: trata-se de
uma revisão de literatura em que temas pertinentes, entre os anos de 2020 a 2021, foram
analisados. Posteriormente, foi feito um estudo das produções e os artigos não
relacionados à temática foram excluídos. Resultados: a busca resultou em 08 artigos,
sendo esses em língua inglesa e portuguesa, emergindo os principais pontos:
complicações cardíacas oriundas da COVID-19; achados significativos post-mortem em
pacientes infectados acometidos por patologias cardiovasculares; patogênese e
imunopatologia desses pacientes. Conclusão: a infecção por SARS-COV-2 apresenta um
significativo potencial para acometimento cardiovascular em pacientes pré-dispostos,
demonstrado por biópsia cardíaca, às quais evidenciaram lesão viral, necrose miocárdica
e inflamação sistêmica. Dessa forma, deve-se estar atento aos pacientes com determinadas
patologias cardíacas ou predisposição a estas durante a infecção pelo Coronavírus.
Palavras-chaves: COVID-19. Sistema Cardiovascular. Post-Mortem. Coronavirus.

INTRODUÇÃO
Diante a uma nova perspectiva de crescimento exponencial do novo vírus SARS-CoV-2,
em março de 2020 o mundo mudou seus protocolos de manejo da doença quando a
Organização Mundial da Saúde (OMS) caracterizou o surto da COVID-19 como uma
pandemia. Apesar do seu espectro clínico heterogêneo de síndrome gripal
majoritariamente leve, tendo como principais sintomas febre, fadiga, tosse seca, mialgia
e congestão das vias aéreas superiores, a patologia manifestou complicações graves do

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ponto de vista cardiovascular. A associação dessas complicações, em pacientes com
fatores de risco prévios, como a idade acima de 60 anos e doenças crônicas, como
Diabetes, Hipertensão Arterial e outras doenças cardiovasculares, como Doença Arterial
Coronariana (DAC), Injúria Miocárdica e Doença Cerebrovascular, mostrou elevação
bruscas das taxas de mortalidade, tornando-se o maior desafio enfrentado pela saúde
moderna. Decorrente disso, os profissionais de saúde, cada vez mais, tem investigado
acerca das evidências científicas sobre a patogênese e imunopatologia do novo
Coronavírus, relacionado a manifestações cardiovasculares, uma vez que há relatos de
tromboembolismo venoso, disfunção endotelial e estado de hipercoagubilidade. Nota-se,
assim, achados histopatológicos post-mortem importantes na biópsia cardíaca, tendo sido
descritos necrose de miócitos e edemas intersticiais, que são dados de suma importância
para compreender as características específicas de lesão viral decorrentes da patologia
cardíaca. Dessa forma, o presente artigo busca identificar e apresentar os tais achados
post mortem no âmbito de doenças cardiovasculares em pacientes acometidos pela
COVID-19.

OBJETIVOS
Análise post-mortem de pacientes acometidos de complicações cardiovasculares
decorrente do vírus SARS-CoV-2, evidenciando-se a maior susceptibilidade a tais
agravantes clínicos por pacientes portadores de comorbidades, sendo: Diabetes Mellitus,
Hipertensão Arterial Sistêmica, Doença Coronariana Crônica.

METODOLOGIA
Trata-se de um resumo expandido, sendo, assim uma revisão de literatura, realizado
através da leitura e estudos de artigos a respeito do tema “Achados Post-mortem de
patologia cardíaca na covid-19”, publicados entre os anos de 2020 a 2021. Posteriormente
o estudo de todos os artigos encontrados e compartilhado entre a equipe, via Google
Drive, informações científicas e estudos de literaturas específicas, foram selecionados 8
artigos em português e inglês e os artigos não relacionados à temática foram excluídos.

RESULTADOS
Obteve-se uma amostra final composta de 4 artigos. Os estudos da amostra foram todos
internacionais derivados da PUBMED. As informações dos artigos foram extraídas e
organizadas no quadro 1, em que há nome do artigo, base de dados, abordagem
metodológica e principais resultados sobre o pós-mortem de pacientes que tiveram
COVID-19 e os achados patológicos cardiovasculares, levando em consideração se esses
pacientes possuíam comorbidade(s) ou não. A pesquisa variou-se em estudo de coorte,
série de casos e estudo inédito. Todos os participantes dos estudos eram pacientes que
morreram em decorrência da COVID-19. O tamanho da amostra foi de 43.

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Dessa forma, a análise de dados se deu por meio da questão de pesquisa, em que foi
possível elencar os pontos-chave para posterior discussão: patologias cardiovasculares
encontradas em pacientes que morreram com a COVID-19 e possível influência de
comorbidades nesse quadro.

Quadro 1 – Artigos analisados para a produção do trabalho, demonstrando a sua


derivação, metodologia, a amostra do estudo e seus respectivos resultados.

N° Título Base de dados Metodologia Amostra Resultados


1 Unspecific PubMed Estudo de 17 Foi realizado um estudo post-mortem
post-mortem coorte incluindo os primeiros 17 pacientes adultos
findings que morreram em um hospital. Apenas dois
despite pacientes não tinham pelo menos uma
multiorgan comorbidade, sendo elas hipertensão (n =
viral spread in 0), diabetes (n = 9), doença cerebrovascular
COVID-19 (n= 4), doença arterial coronariana (n = 4) e
patients câncer sólido (n = 4). Foram encontrados
trombos nas grandes artérias pulmonares
em 2 pacientes e micro trombos nas
pequenas artérias pulmonares em 11
pacientes. Foi apresentada cardiomegalia
em 14 pacientes, 15 apresentaram sinais de
cardiomiopatia isquêmica crônica de
diferentes gravidades e 2 pacientes
apresentaram sinais de infarto agudo do
miocárdio; sem evidência de bandas de
contração ou miocardite.
2 Post-mortem PubMed Estufo de 5 O estudo avaliou 5 pacientes com COVID-
Histopathologi coorte 19 grave, sendo que 4 de 5 pacientes
c Findings of retrospectivo apresentaram micro trombose. Dos 5 casos,
Vital Organs in 2 tiveram infiltração linfocítica
Critically Ill predominantemente perivascular leve,
Patients with necrose miocárdica de célula única e edema
COVID-19 intersticial variável em amostras de
miocárdio e 1 paciente apresentou miócitos
cardíacos hipertróficos, representando
cardiomiopatia hipertensiva.

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3 Pathological PubMed Estudo 7 Foram incluídos no estudo pacientes
Findings of inédito falecidos com diagnóstico de infecção por
Postmortem SARS-CoV-2. Quatro casos sofreram de
Biopsies From hipertensão e um dos pacientes era
Lung, Heart, imunocomprometido por artrite
and Liver of 7 reumatoide. Dois não tinham doenças de
Deceased base. Nesses casos, apenas cinco das sete
COVID-19 necropsias continham músculo cardíaco.
Patients Em três casos (3/5) foi observada infiltração
intersticial de células inflamatórias
mononucleares, mas pelos critérios de
miocardite, nenhum dos casos foi
identificado como miocardite.
4 Histopatholog PubMed Série de casos 14 Foram feitos exames post-mortem em 14
y and pessoas que morreram com COVID-19.
ultrastructural Todos os pacientes apresentavam
findings of comorbidades, sendo as mais comuns
fatal COVID- hipertensões, doença renal crônica, apneia
19 infections in obstrutiva do sono, diabetes e obesidade.
Washington Cinco pacientes apresentando micro
State: a case trombos pulmonares focais e foi observada
series miocardite linfocítica em um paciente com
RNA viral detectado no tecido.

DISCUSSÃO
A covid-19 possui uma associação com o sistema cardiovascular, já que, de fato, os
sintomas geralmente apresentados pela SARS-Cov-2 não são totalmente respiratórios.
Como visto nesse estudo, há paciente que apresentam manifestações clínicas e
laboratoriais totalmente cardiovasculares que podem ser confundidas com Insuficiência
cardíaca idiopática ou infarto agudo do miocárdio, independentemente de o paciente ter
histórico prévio de patologia cardíaca. Dessa forma, sabe-se que o diagnóstico da
COVID-19 é dificultado diante da apresentação de sintomas cardíacos. Com frequência,
os pacientes portadores de doenças cardíacas têm um prognóstico bastante negativo diante
da doença provocada pela infecção por SARS-Cov-2, dessa maneira, em mais da metade
dos casos ocorre o óbito. Entre as comorbidades associadas, as maiores complexidades
na assistência à COVID-19 são para as doenças cardiovasculares. Estudos demonstraram
que os indivíduos que possuem fatores de risco cardiovascular aparentam ter maior
probabilidade de adquirir a COVID-19 e podem exibir maior gravidade e sequelas. Além
disso, infectados pelo SARS-CoV-2 podem manifestar complicações cardiovasculares,
como injúria miocárdica, insuficiência cardíaca, síndrome de Takotsubo, arritmias e
choque. O dano ao sistema cardiovascular pode resultar no desequilíbrio entre alta
demanda metabólica e baixa reserva cardíaca, inflamação sistêmica, trombogênese e
lesão cardíaca direta pelo vírus. A COVID-19 é potencialmente grave e apresenta elevado

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índice de disseminação. Entretanto, as evidências apontam uma necessidade especial aos
pacientes do grupo de risco bem como um manejo adequado diante das complicações
cardiovasculares, uma vez que a doença têm chamado bastante a atenção dos clínicos, já
que aqueles com DCV são os mais propensos a sofrer injúria miocárdica após infecção
por SARS-CoV-2 e apresentam maior risco de morte. Visto isso, foram realizados um
estudo pos-mortem incluindo os primeiros 17 pacientes adultos que morreram em um
hospital. Apenas dois pacientes não tinham pelo menos uma comorbidade, sendo elas
hipertensão, diabetes, doença cerebrovascular , doença arterial coronariana e câncer
sólido. Assim, o cardiologista deve estar atento ao cuidado do paciente crítico pra um
melhor desfecho da doença.
CONCLUSÃO
Em conclusão, é importante frisar que a COVID-19 é uma doença com uma ampla
variação de sintomas, sendo que os profissionais de saúde não podem se limitar às
manifestações clínicas típicas. É visto que a infecção causada pelo vírus SARS-COV-2 é
reconhecida por sua sintomatologia respiratória, entretanto, o mesmo é causador de uma
doença multissistêmica. Por essa razão, essa patologia tem sido, cada vez mais, foco de
discussão entre médicos de múltiplas especialidades, dentre eles a cardiologia, uma vez
que os pacientes com COVID-19 podem ter comprometimento cardiológico, a depender
de comorbidades, antecedentes mórbidos pessoais e resposta inflamatória. De acordo com
os resultados houveram achados histopatológicos post-mortem na biopsia cardíaca, como
microtrombos nas pequenas artérias pulmonares, cardiomiopatia isquêmica crônica,
infarto agudo do miocárdio e microtrombose.
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ANÁLISE DA RAZÃO DA MORTALIDADE MATERNA POR CAUSAS
DIRETAS
Ana Christina de Sousa Baldoino1; Amanda Sebastiana Lima Correia2; Julia Maria de
Jesus Sousa3; Dathynara da Silva Alves4; Marijany da Silva Reis5; Emanuel Thomaz de
Aquino Oliveira6; Filipe Melo da Silva7; Jailson Alberto Rodrigues8

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI
2,3,4,5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí - UFPI
6
Enfermeiro. Residente em Enfermagem Obstétrica pela Universidade Federal do Piauí -
UFPI
7
Enfermeiro. Mestrando em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Piauí - UFPI
8
Enfermeiro. Doutor e Mestre em Modelos de Decisão e Saúde pela Universidade Federal
da Paraíba - UFPB
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Introdução: O período gestacional é visto como único, especial e apreciável para a
maioria das mulheres, toda via algumas gestações acometem envolvimento de alterações
variadas que vão desde complicações patológicas, aspectos psicológicos. Objetivo:
Analisar a razão da mortalidade materna por causas diretas. Métodos: O levantamento de
dados ocorreu por meio do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e Sistema de
Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), contidos no Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: Foram achados 292 óbitos
maternos por causas direta, desses, a maioria ocorreu por eclampsia com 61 (20,9%)
casos, seguido de hipertensão gestacional com proteinúria significativa com 32 (11,0%)
casos. Conclusão: Constatou-se que a MM está associada à situação de vulnerabilidade
social, onde os óbitos acometem mulheres com escolaridade baixa, assim sendo pardas e
solteiras. Contudo, nota-se a importância da qualidade da assistência prestada nos
serviços de saúde.

Palavras-chaves: Mortalidade Materna; Gravidez; Vulnerabilidade Social; Saúde da


Mulher.

INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como mortalidade materna (MM)
aquela que ocorre em mulheres dentro do período gestacional ou puerperal, devido
qualquer causa relacionada ou agravada por esse estado. As taxas de MM são
consideradas elevadas e apresenta maior incidência principalmente em países em

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desenvolvimento, caracterizando-se assim como um problema de saúde pública a nível
mundial (OMS, 2015; GOIS et al., 2019).
Os óbitos maternos podem ser classificados em causas diretas, indiretas ou não
especificas. Sendo as causas diretas associadas a complicações que surgem durante a
gestação, parto ou puerpério, apresentando como principais fatores causadores os
distúrbios hipertensivos decorrentes da gestação, hemorragias e infecções. Já as causas
indiretas decorrem de doenças pré-existentes, ou que se agravaram pelos efeitos
fisiológicos da gravidez (GOMES et al., 2018; BATISTA, 2019).
Em 2018, o Brasil foi responsável por aproximadamente 1.437 óbitos maternos
declarados e uma razão da mortalidade materna (RMM) de 59,1 óbitos maternos por
100.000 Nascidos Vivos (NV) (BRASIL, 2020). Esse elevado número de MM, acaba
refletindo negativamente na qualidade da assistência dos serviços de saúde prestados a
esse grupo, visto que em 92% dos casos esses óbitos poderiam ser evitados mediante a
um pré-natal de qualidade, tratamento precoce e eficaz (BATISTA, 2019).

OBJETIVO
Por todo o exposto, devido a magnitude e complexidade dos óbitos de mulheres
no período gravídico e puerperal, este estudo tem por objetivo analisar a razão da
mortalidade materna decorrente dos óbitos por causas diretas no Estado do Piauí.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, longitudinal de abordagem
quantitativa, realizado a partir dos óbitos maternos ocorridos por causas diretas no Piauí,
no período de 2010 a 2019. Foram coletados os dados no Sistema de Informações de
Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), contidos
na webpage do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
A coleta de dados ocorreu no mês de junho de 2021, considerando as seguintes
variáveis: quantidade de óbitos maternos por ano de registro, tipo de óbito, faixa etária no
momento do óbito, escolaridade e estado civil. A RMM é composta por esses dados, que
foram tabulados através do software Microsoft Excel, versão 2016. Por se tratar de um
estudo que analisa informações secundárias, disponibilizadas de forma pública e com
acesso livre na web, não foi necessário submetê-lo ao Comitê de Ética em Pesquisa
segundo a Resolução nº 510/2016 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados 292 óbitos maternos por causas diretas no período estudado,
desses, a maioria ocorreu por eclampsia com 61 (20,9%) casos, seguido de hipertensão
gestacional com proteinúria significativa com 32 (11,0%) dos casos (Figura 1).
Figura 1 – Distribuição dos óbitos materno obstétrico direto segundo a causa.

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Outras causas 59
Outros traumas obstetricos 6
Gravidez ectopica 6
Placenta previa 7
Infecção do trato geniturinario na… 8
Complicação do puerperio NCOP 8
Descolamento prematuro da placenta 11
Outras complicações do trabalho de… 11
Anormalidades da contracao uterina 17
Hemorragia pos-parto 18
Embolia origem obstetrica 20
Infecção puerperal 28
Hipertensao gestacional c/proteinuria… 32
Eclampsia 61
0 10 20 30 40 50 60 70

Fonte: SIM, 2021.


Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Gomes et al. (2018),
onde foi identificado percentual elevado no número de mortes maternas por causas diretas
(61,46%) com prevalência de óbitos decorrentes de eclampsia (12,89%) no período de
2004 a 2015, no estado da Bahia. Para Arruda e colaboradores (2020) essa alta nas taxas
de óbitos por essa complicação, está correlacionado com a ausência no reconhecimento
dos sinais e sintomas durante os atendimentos de saúde.
A RMM nesses 10 anos foi de 60,3/100 mil NV, com valor mais elevado em 2019
(73,0/100 mil NV) e menor valor em 2010 (50,6/100 mil NV) (Tabela 1).
Tabela 1 - Razão de Mortalidade Materna (RMM), segundo ano de ocorrência.

Ano NV Óbitos RMM

2010 49424 25 50,6

2011 50144 32 63,8

2012 47962 25 52,1

2013 46419 26 56,0

2014 47941 25 52,1

2015 49253 30 60,9

2016 46986 33 70,2

2017 48551 30 61,8

2018 49490 31 62,6

2019 47933 35 73,0

Total (2010-2019) 484103 292 60,3

Fonte: SIM e SINASC, 2021.

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Os resultados apresentados evidenciam que as taxas do estado seguem uma
direção diferente das taxas da região Nordeste: à medida que desde 2017 as taxas de RMM
no Nordeste mostram redução (BARRETO, 2021; TORRES et al., 2021), no Piauí existe
aumento progressivo, com destaque para o ano de 2019.
Além disso, a oscilação das RMM durante o período desse estudo traz à tona uma
preocupação de Oliveira et al. (2020), ao analisar um outro espaço de tempo no estado,
onde tentou compreender o motivo desse fenômeno, visto que já existem políticas
públicas voltadas para assistência à saúde materno-infantil, na perspectiva de melhoria na
qualidade das ações oferecidas com consequente redução da mortalidade materna no
estado desde 2011, como é o caso da Rede Cegonha.
Assim como as taxas de mortalidade tendem a variar entre as regiões, entre os
estados tendem a ser assim também. No Piauí, como é apresentado, em 2010 o estado
apresentou a menor RMM. Mascarenhas et al (2017) concluiu que no mesmo ano, no
estado vizinho, a Bahia, houve aumento de 100% dos casos.
Com relação aos dados sociodemográficos, observa-se predominância de óbitos
na faixa-etária de 20 a 29 (43,2%), com escolaridade entre 4 a 7 anos (26,7%) e estado
civil solteira (34,9%) (Tabela 2).
Tabela 2 - Perfil sociodemográfico da mortalidade materna no período de 2010 a 2019.

Óbitos Maternos
Variáveis
Nº %

Idade
De 10 a 14 anos 6 2,1
De 15 a 19 anos 43 14,7
De 20 a 29 anos 126 43,2
De 30 a 39 anos 101 34,6
De 40 a 49 anos 16 5,5

Escolaridade
Nunca estudou 12 4,1
De 1 a 3 anos de estudo 37 12,7
De 4 a 7 anos de estudo 78 26,7
De 8 a 11 anos de estudo 74 25,3
≥ 12 anos de estudo 26 8,9
Ignorada 65 22,3

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Estado Civil
Solteira 95 32,5
Casada 67 22,9
Outro 1 0,3
Ignorado 1 0,3
Viúva 69 23,6
Separada judicialmente 59 20,2

Fonte: SIM, 2021.


Os resultados relacionados à faixa etária apresentaram semelhança com os
encontrados no estudo de Figueiredo, Malta e Rezende (2010), desenvolvido no
município de Governador Valadares com casos registrados entre 2002 e 2004, o qual
também identificou uma predominância maior em mulheres com faixa etária de 20 a 29
anos (80%).
Quanto a escolaridade, os achados aqui diferem dos resultados que foram
encontrados na investigação na região nordeste por Santos et al. (2021). Os resultados da
região nordestina apontam para a escolaridade entre 8 e 11 anos, o que indica que as
algumas mulheres concluem o ensino fundamental completo. Assim como foi encontrado
por Vidal et al. (2016) no estado de Minas Gerais.
Dentre os determinantes do grupo de risco de Mortalidade Materna, está o estado
civil. No presente estudo o estado civil solteira predomina e vai ao encontro do estudo
descritivo feito por Vidal et al. (2016) analisando de 2000 a 2009, em que correspondia a
53,17% dos casos de óbitos, bem como o de Martins e Silva (2018), realizados em Minas
Gerais, emitindo um alerta quanto a prestação de serviço a essa população.

CONCLUSÃO
A atenção à saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal deve ser prioridade
no Piauí, tendo em vista que a RMM apresentou valores elevados ao longo dos anos
estudados, dificultando ainda mais o alcance do Brasil chegar à meta nacional de redução
para no máximo 20 mortes por 100 mil nascidos vivos até o ano de 2030.
Os aspectos sociodemográficos e clínicos indicaram que a MM está associada à
situação de vulnerabilidade social, onde os óbitos em sua maioria ocorreram em mulheres
com escolaridade de 4 a 7 anos de estudo, na faixa etária de 20 a 29 anos, pardas e
solteiras.
Ademais, sabe-se que os óbitos decorrentes de causas diretas podem ser evitáveis,
pois dependem da qualidade da assistência prestada nos serviços de saúde, que vai desde
o planejamento familiar, pré-natal até o puerpério.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANÁLISE TEMPORAL DOS ÓBITOS POR AFOGAMENTO E SUBMERSÃO
ACIDENTAL NO BRASIL E REGIÕES DE 1996 A 2019

Aparecida Silva Almeida1; Jéssica Batista Rocha de Farias1; Jefferson Felipe Calazans
Batista2

1
Enfermeira, Universidade Tiradentes, Aracaju, Sergipe, Brasil;
2
Mestrando em Saúde e Ambiente, Especialista, Enfermeiro, Universidade Tiradentes,
Aracaju, Sergipe, Brasil.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


RESUMO
Caracterizar os óbitos por afogamento e submersão acidental no Brasil e regiões. Trata-
se de um estudo ecológico de série temporal, que analisou casos de mortalidade por
afogamento e submersão acidental no Brasil de 1996 a 2019. As variáveis selecionadas
foram: óbitos, ano do óbito, categoria CID-10 (W65 a W74), faixa etária, cor/raça e local
da ocorrência do óbito. No Brasil, ao longo da série temporal, foram contabilizadas
139.529 mortes por afogamento. A região norte apresentou a maior média da taxa de
mortalidade, com 44,32 óbitos para cada 1 milhão de habitantes, seguido do Nordeste
com 33,82 óbitos. Na categoria CID-10 os óbitos com meios não especificados
apresentaram 65.351 ocorrências, seguido por águas naturais com 62.394 mortes.
Ressalta-se a importância das políticas de segurança, educação em saúde e
regulamentação de áreas improprias para banho, afim de dirimir o índice de casos e
consequentemente da mortalidade por afogamento.

Palavras-Chave: Causas externas; Afogamento; Epidemiologia; Estudos de séries


temporais; Mortalidade.

INTRODUÇÃO

Segundo a Organização Mundial da Saúde, afogamento é definido como o


processo de deficiência respiratória por submersão ou imersão em líquido, que resulta em
incapacitação do indivíduo que pode acarretar sequelas que vão desde a ausência de
sintomas até a morte (DENNY et al., 2019).
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), no Brasil,
estima-se 16 afogamentos por dia (cerca de 1 a cada 92 minutos), sendo as crianças,
adultos jovens, homens, os mais acometidos, principalmente se apresentam baixo nível
econômico ou se ingeriram bebida alcoólica antes de entrar na água (SOBRASA, 2020).
Desta forma, tendo em vista o impacto psicossocial que a mortalidade por este
tipo de causa gera para aos familiares e seu impacto como importante indicador para saúde
e segurança da população, justifica-se a realização deste estudo.

OBJETIVO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Caracterizar os óbitos por afogamento e submersão acidental no Brasil e regiões.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, de caráter descritivo e


exploratório e abordagem quantitativa, utilizando dados sobre óbitos por afogamento e
submersão acidental no Brasil e regiões nos anos de 1996 a 2019. Os dados foram
provenientes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) disponíveis no
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).
Para delimitação dos casos de mortes por afogamento e submersão foram
selecionados os seguintes códigos da Classificação Internacional de Doenças Décima
Divisão (CID-10) – Afogamento e Submersão:
• W65 - Durante Banho Banheira
• W66 - Consecutiva a Queda Dentro de Uma Banheira
• W67 - Em Piscina
• W68 - Consequente a Queda Dentro de Uma Piscina
• W69 - Em Águas Naturais
• W70 - Consequentes a Queda Dentro de Águas Naturais
• W73 - Outros Afogamentos e Submersão Especificados
• W74 - Não Especificados
As variáveis selecionadas para construção do estudo foram: óbitos (por
residência), ano do óbito, categoria CID-10 (W65 a W74), faixa etária, cor/raça e local
da ocorrência do óbito.
A análise descrita dos dados deu-se por meio de média, taxa de mortalidade,
frequência absoluta e relativa, mínimo e máximo. Para o cálculo da Taxa de Mortalidade
(TM) utilizou-se da seguinte fórmula:
Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑓𝑜𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
× 1 𝑚𝑖𝑙ℎã𝑜
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
As informações foram dispostas, organizadas e os cálculos realizados no
programa Microsoft Excel 2019.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Brasil no período de 1996 a 2019, foi identificado 139.529 mortes, tendo a


região Sudeste apresentando mais de 50 mil óbitos, seguida da região Nordeste com mais
de 41 mil.
No tocante a taxa de mortalidade, o Norte apresentou a maior média com 44,32
óbitos para cada 1 milhão de habitantes, seguido do Nordeste com 33,82 mortes/1 milhão
de habitantes (Figura 1).
Tratando-se da análise temporal, foi possível observar que os maiores picos se
mostraram nos anos de 1996 e 1997, no Brasil representado por 44,19 e 44,65 mortes/1
milhão. Entretanto, é possível observar uma diminuição na ocorrência do óbito ao longo

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da série, com somente o Norte apresentando uma leve diminuição, em detrimento do Sul
que representou a menor frequência ao longo dos anos (Figura 1).
A predominância de óbitos no Norte e Nordeste, podem ser justificadas pelo clima
caloroso destas regiões, bem como pela maior prevalência de águas naturais, como rios e
lagos, tal fato intensifica a possibilidade da população de utilizar destes locais para banho
e/ou lazer, o que favorece o aumento de acidentes por afogamento e submersão,
principalmente em épocas festivas ou de férias, por motivos como: não saber nadar, uso
de bebidas alcoólicas, entre outros (SEGUNDO et al., 2015).

Figura 1 – Taxa de mortalidade para cada 1 milhão de habitantes dos óbitos por
afogamento e submersão acidentais, no Brasil e regiões, de 1996 a 2019.
60,00
TAXA DE MORTALIDAE/1 MILHÃO DE HAB.

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
1999

2002

2010

2013
1996
1997
1998

2000
2001

2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009

2011
2012

2014
2015
2016
2017
2018
2019
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Mediante os dados sobre a categoria CID-10, notou-se que óbitos em águas


naturais apresentam o segundo maior quantitativo com 62.394 mortes (42,72%), ao longo
da série temporal, em detrimento do primeiro lugar sendo os “não especificados”, com
65.351 (46,84%). As demais causas, representam somadas 8,45% do total de óbitos
(Figura 2).
Ao longo dos anos, a variação anual é relativamente baixa principalmente nos
óbitos por águas naturais, em contra partida, o quantitativo de notificações de óbitos com
causas não especificadas diminuiu consideravelmente (Figura 2).
O estudo de Silva (2016) evidenciou que os acidentes em águas naturais
acontecem predominantemente (75%) em águas doces, principalmente quando há
correnteza, tal fato pode impedir o indivíduo de nadar ou submergir aumentando suas

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chances de se afogar. Ademais, 20% acontecem em represas, 13% em remanso dos rios,
5% em lagoas, 5% em inundações, 3% em baias, 2% em cachoeiras e 2% em córregos.

Figura 2 – Número de óbitos por afogamento e submersão acidentais segundo categoria


CID-10 (causas), no Brasil, de 1996 a 2019.
6000
Número de óbitos no Brasil

5000

4000

3000

2000

1000

Banho/banheira Após queda no banho/banheira


Piscina Após queda na piscina
Águas naturais Após queda dentro das águas naturais
Outros afogamentos Não especificados

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

No contexto do perfil sociodemográfico, verificou-se predominância de mortes


nas faixas etárias de 20 a 29 anos, com 26.725 (19,15%) e 30 a 39 anos com 21.604
(15,48%), já para cor/raça o maior pico foi de 44,364 (31,80 %) na branca e parda
mostrou-se com 61,768 (44,27 %). Por fim, na distribuição dos afogamentos por local de
ocorrência, a grande parcela se deu na via pública com 19.913 óbitos (14,27%) e “outros”
com 92.919 (66,59 %).
Segundo a SOBRASA (2020) a morte por afogamento é a principal causa entre
crianças e adultos jovens no Brasil, fato que corrobora com os achados deste estudo, uma
vez que as mortes em crianças (<1 ano a 14 anos) representam somadas, 23,07% do total
de óbitos, já para adultos (15-49 anos) são 60,95%.
A presença de óbitos em crianças se dá pelo fato da incapacidade deste grupo de
nadar, principalmente quando previamente ocorre uma queda ou contusão. Outro fator
associado, são as bombas de sucção em piscinas que podem prender a criança submersa,
por isso, destaca-se a importância do uso de telas protetivas quando em piscinas
residenciais (SILVA et al., 2017).
No tocante a raça/cor, o predomínio de brancos e pardos deve estar associado a
miscigenação do país, como mostrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) (2020) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) onde 42,7%
dos brasileiros se declararam como brancos, 46,8% como pardos.

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CONCLUSÃO

A análise temporal permitiu observar que o Brasil detém um alto quantitativo de


óbitos por afogamento e submersão tendo a região Norte e Nordeste com os maiores
índices. O meio principal de afogamento foi em águas naturais, seguido daqueles não
especificados.
Neste contexto, ressalta-se a necessidade da revisão, readequação e até criação de
novas políticas de segurança com o intuito de dirimir o índice de casos e
consequentemente dos óbitos. Ações de educação em saúde e regulamentação adequada
de locais impróprios para banho podem contribuir para diminuição do indicador.
Por fim, este estudo possui limitações, sendo a mais importante o uso de dados
secundários que é propenso a subnotificação, o que pode influenciar na análise por não
representar o real cenário do problema.

REFERÊNCIAS
DENNY, Sarah A. et al. Prevention of drowning. Pediatrics, v. 143, n. 5, p. e20190850,
2019.

INSTITTUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE).


Características gerais dos domicílios e dos moradores 2019. 2020. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101707_informativo.pdf>. Acesso
em: 20 de jul. 2021.

SEGUNDO, Arnildo De Santana Só; SAMPAIO, Márcio Cardoso. Perfil epidemiológico


dos afogamentos em praias de Salvador, Bahia, 2012. Epidemiologia e Serviços de
Saúde, v. 24, n. 1, p. 31-38, 2015.

SILVA, L. F. Afogamento no estado de goiás: estudo sobre o conhecimento de


procedimentos aplicados pelos militares em curso na academia bombeiro militar do
estado de Goiás e viabilidade de implantação de um manual. 2015. Trabalho de
Conclusão de Curso (Curso de Formação de Oficiais) – Academia Bombeiro Militar,
Goiânia/GO, 2015. Disponível em: < https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-
content/uploads/2016/06/tcc-lucas-fonseca-silva-afogamento-no-estado-de-goias-
estudo-sobre-o-conhecimento-de-procedimentos-aplicados-pelos-militares-em-curso-na-
abmgo-e-viabil.pdf>. Acesso em: 21 de jul. 2021.

SILVA, Liniker Scolfild Rodrigues da et al. Mortalidade infantil relacionada a diversos


tipos de acidentes por causas externas. Rev. enferm. UFPE on line, v. 11, s. 5, p. 2098-
2105, 2017.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE SALVAMENTO AQUÁTICO (SOBRASA). Curso


de emergências aquáticas em afogamento 2020. 2020. Disponível em:
<https://www.sobrasa.org/new_sobrasa/arquivos/SBVA/sbva12.pdf>. Acesso em: 26 de
jun. 2021.

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ELEVAÇÃO LINEAR DAS MORTES POR SUICÍDIO, UM ALERTA EM
RELAÇÃO A SITUAÇÃO DA SAÚDE MENTAL DO BRASILEIRO

Camille Schmidt de Proença1; Carla Adriana Pizarro Schmidt2

1
Graduanda de Medicina pela Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – FAG,
Cascavel-PR, Brasil.
2
Dra em Agronomia e Professora da UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do
Paraná – Campus Medianeira-PR, Brasil.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi coletar e analisar os dados históricos de suicídios


cometidos no Brasil entre os anos de 2010-2017. Os dados foram obtidos diretamente de
bancos de dados, no projeto Our Word in Data (OWIND) os valores de pessoas que se
suicidaram no Brasil em cada ano foi buscado e os dados populacionais no The World
Bank (TWB). Os resultados foram alarmantes, tendo em vista que o crescimento das taxas
de suicídio cometidos anualmente ao longo dos 17 anos estudados se ajustou
perfeitamente a um modelo de regressão linear com valor de R2 de 0,93. Tais resultados
sugerem a necessidade de medidas urgentes em nosso país com vistas a melhoria da saúde
mental da população em geral e alerta para que o governo tome medidas necessárias de
saúde pública, direcionadas a redução da quantidade de brasileiros que anualmente
desistem da vida e cometem esse ato desesperado.

Palavras-chaves: Epidemiologia. Estatística. Regressão Linear Simples. Saúde Pública.


Psiquiatria.

INTRODUÇÃO
As últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicaram que o
suicídio continua elencado entre as principais causas de morte em todo o mundo (OPAS,
2021), sendo que ao redor do planeta, no ano de 2017, cerca de 1,4% das vidas foram
ceifadas por meio de suicídios, porém cabe destacar que as taxas variam muito entre
diferentes países, regiões e culturas (OWIND, 2021).

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De acordo com Spiecker et al. (2021), as taxas globais de suicídios vêm aumentando,
tornando-se um sério problema social e de saúde pública. Morrem muito mais pessoas
por suicídio do que por homicídio no contexto mundial. No Brasil essa realidade é
inversa, os homicídios matam mais pessoas, o que não deixa de ser também um problema
que precisa ser solucionado. Porém o mais preocupante, é que: enquanto a quantidade de
homicídios se mostrou estacionária no tempo acompanhado, em aproximadamente 30
pessoas por cem mil habitantes; a quantidade de pessoas que cometem suicídio em nosso
país vem crescendo com o passar dos anos (WHO, 2019b).
A prática de suicídios no Brasil, de acordo com Machado e Santos (2015), cresceu no
período compreendido entre 2000 e 2012, tendo apresentado percentuais superiores entre
homens, pessoas com menor grau de instrução e na grande maioria com idade acima de
60 anos. Porém os autores notaram ainda um aumento significativo nas taxas de adesão
ao ato entre pessoas abaixo de 60 anos e especialmente entre jovens com menos de 24
anos, o que vem tornando o assunto cada vez mais inquietante.
Spiecker et al. (2021), avaliando dados de suicídio no Brasil entre os anos de 2008 e 2013
também encontraram taxas crescentes, correlacionaram e atribuíram o aumento aos
problemas sociais, tais como a crise econômica e política pela qual os brasileiros
passaram, perda de empregos e aumento da inflação, que aconteceu ao longo desses anos.

OBJETIVOS
Diante desse contexto o presente estudo objetivou a coleta de dados históricos de suicídios
de brasileiros entre os anos de 2010 a 2017, para construção de um modelo de previsão
da quantidade de pessoas que podem se suicidar a cada ano; apresentar uma previsão e
compará-la com a realidade para o ano de 2019; e construir uma discussão a respeito da
situação encontrada, das necessidades e possibilidades de medidas de saúde pública para
contenção dessa problemática.

METODOLOGIA
A pesquisa pode ser classificada como uma pesquisa de natureza básica, objetivos
descritivos, de abordagem quantitativa e procedimentos documentais, pois valeu-se dos
números disponibilizados em bancos de dados de projetos governamentais internacionais;
não se focou em uma única finalidade prática imediata, mas sim em uma pesquisa que
pode servir como base tanto para um alerta, quanto para a realização de intervenções na
realidade ou mesmo ser base para novos estudos.
Os valores históricos de suicídios entre os anos de 2010 e 2017, necessários à realização
da pesquisa, foram coletados diretamente do banco do projeto Our Word in Data
(OWIND, 2021), tabulados em planilha Microsoft ® Excel e comparados com os valores
do aumento populacional obtidos do The World Bank (TWB, 2021). As taxas então foram

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calculadas e os dados foram analisados com auxílio do software Action Stat® (PORTAL
ACTION, 2021).
A seguir realizou-se uma análise estatística descritiva nos resultados para o conhecimento
da série temporal e aplicou-se um modelo de regressão linear, calculou-se o valor de R2
e apresentou-se a previsão para o ano de 2019 e a validação com base no material sobre
suicídio naquele ano publicado pela World Health Organization (WHO, 2019a).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Entre os anos acompanhados no presente estudo (2010-2017) os valores de suicídio no
Brasil variaram entre 6,31 e 6,80 mortes por cada cem mil habitantes, sendo que em média
ao longo desse período 6,56 pessoas a cada cem mil brasileiros se suicidaram. Cabe
destacar que há indicações (WHO, 2021) de que, para cada adulto que morreu por
suicídio, pode ter havido mais de 20 outras tentativas de suicídio mal sucedidas. Isso torna
a situação ainda mais dramática, pois a quantidade de pessoas que realmente conseguem
realizar o ato são apenas uma pequena parte visível de um problema amplo que é a
totalidade de brasileiros que apresentam problemas de saúde mental.
O suicídio é claramente um problema de saúde pública e é reconhecido como tal pela
Oraganização Mundial da Saúde (WHO, 2021). Bertolote e Fleischmann (2002), já
explicavam que a presença de qualquer tipo de transtorno mental é um importante fator
de risco para o suicídio, de acordo com eles, mais de 90% das pessoas que cometem
suicídio possuem um diagnóstico positivo para algum tipo de doença psiquiátrica.
Apesar da quantidade de brasileiros que cometem suicídio estar abaixo da média mundial,
a qual tem sido descrita como um valor próximo de 10 pessoas por cem mil habitantes
(WHO, 2021), a quantidade de indivíduos que cometeram o ato subiu anualmente entre
os anos de 2010 e 2017, como se pode observar na Figura 1.
O crescimento do período se ajustou a um modelo de regressão linear
disponibilizado no centro da Figura 1 (no qual: y = mortes por cem mil habitantes prevista
pelo modelo; x = ano com os quatro digitos), o fato ainda mais alarmante é que; ao realizar
uma previsão para o ano de 2019 o valor encontrado foi de 6,90 tendo sido ainda inferior
ao valor real, que foi de 7,23 brasileiros que ceifaram sua vida naquele ano por cada cem
mil habitantes (WHO, 2019a).

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Figura 1. Dados de quantidade de brasileiros que cometem suicídio por cada cem mil
pessoas e equação de regressão linear ajustada aos dados entre os anos de 2010 e 2017
Fonte: Autoria Própria com base em dados do site Our World in Data.

Machado e Santos (2015), explicam que o Brasil carece de programas governamentais


que trabalhem efetivamente na prevenção do suicídio e que os serviços de saúde possuem
lacunas e muita disparidade regional, para melhoria da situação os autores sugerem o
desenvolvimento de uma estratégia nacional para o combate.
No presente estudo não foram encontrados dados finais publicados sobre a quantidade de
brasileiros que cometeram suicídio no ano de 2020, porém devido a situação de pandemia
mundial, bem como as crises econômica e social que se agravavaram ainda mais em nosso
país, seguindo a tendência global por conta da COVID-19, ao longo dos anos de 2020 e
2021, a tendencia é de que os níveis finais encontrados superem bastante o valor que pode
ser previsto pelo modelo, que seria de aproximadamente 7 pessoas por cem mil habitantes
o qual já foi superado em 2019, tais constatações indicam um cenário muito chocante o
qual precisa ser acompanhado de perto pelos setores públicos de atendimento social.
Sugere-se que estudos sejam desenvolvidos com vistas a levantar possíveis soluções para
essa situação, porém pode-se citar que a adoção de psicologia positiva nas escolas
conforme estudado por Zhang, Zhang e Wang, (2020), poderia ser uma forma de
aumentar a felicidade e satisfação com a vida e reduzir a depressão e ansiedade que podem
culminar em um suicídio, bem como trabalhar formas para reduzir o estigma que as
doenças de saúde mental carregam e conscientizar as pessoas a procurar atendimento
médico, antes que seja tarde demais (KOTHARI; GEORGE; HAMID, 2018).

CONCLUSÃO

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A análise dos dados coletados comprovou que a quantidade de brasileiros que se suicidam
aumentou a uma taxa linear entre os anos de 2010 e 2017 e vem crescendo a patamares
ainda mais elevados que os previstos pelo modelo.
O ato de tirar a própria vida é notório e na maior parte das vezes notificado, enquanto que
os transtornos psicológicos muitas vezes não são, mas cabe aos profissionais da saúde
buscar observar ainda mais problemas desse tipo em seus pacientes e buscar alguma
forma de intervensão.
Fica clara, também, a necessidade de ações por parte de entidades governamentais ou não
governamentais para instrumentalizar os sistemas de atendimento a saúde pública
buscando a redução da velocidade de aumento nas taxas encontradas, pois junto com os
valores de suicídio certamente cresce silenciosamente a quantidade de pessoas com
problemas de saúde mental, que neste momento estão caladas, mas precisando de ajuda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTOLOTE, J. M.; FLEISCHMANN, A. Suicide and psychiatric diagnosis: a


worldwide perspective. World Psychiatry, v. 1, n. 3, p. 181-185, 2002.

KOTHARI, V.; GEORGE, N.; HAMID, O. Provision of mental health support for
medical students. Advances In Medical Education and Practices, Faculty Of Medicine,
Imperial College London, London, Uk, p. 925-927, 28 out. 2018.

MACHADO, D. B.; SANTOS, D. N. dos. Suicídio no Brasil, de 2000 a 2012. Jornal


Brasileiro de Psiquiatria, v. 64, n. 1, p. 45-54, 2015. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0047-2085000000056>. Acesso em: 30 set. 2021. ISSN 1982-
0208. https://doi.org/10.1590/0047-2085000000056.

OPAS – Organização Pan Americana da Saúde. Uma em cada 100 mortes ocorre por
suicídio, revelam estatísticas da OMS. Disponível em:
https://www.paho.org/pt/noticias/17-6-2021-uma-em-cada-100-mortes-ocorre-por-
suicidio-revelam-estatisticas-da-oms. Acesso em: 25 set. 2021.

OWIND – Our World in Data. Suicide. Disponível em:


https://ourworldindata.org/suicide. Acesso em: 01 set. 2021.

PORTAL ACTION. Software Action Stat. Disponível em:


http://www.portalaction.com.br/. Acesso em: 01 ago. 2021.

SPIECKER, E. M. et al. Influence of the global crisis of 2008 and the brazilian political
oscillations of 2014 on suicide rates: an analysis of the period from 2002 to 2017. Ssm -
Population Health, [S.L.], v. 13, p. 100754, mar. 2021. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.ssmph.2021.100754.

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TWB – The World Bank. World Development Indicators. World Development
Indicators (WDI) is the World Bank’s premier compilation of cross-country comparable
data on development. Disponível em: https://datatopics.worldbank.org/world-
development-indicators/. Acesso em: 25 ago. 2021.

WHO – World Health Organization. Suicide data. 2019a. Disponível em:


https://www.who.int/teams/mental-health-and-substance-use/data-research/suicide-data.
Acesso em: 10 set. 2021.

WHO – World Health Organization. Mortality Database. 2019b. Disponível em:


https://www.who.int/data/mortality/country-profile. Acesso em: 15 ago. 2021.

WHO – World Health Organization. Suicide. 2021. Disponível em:


https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/suicide. Acesso em: 10 ago. 2021.

ZHANG, X.-Q.; ZHANG, B.-S.; WANG, M.-D. Application of a classroom-based


positive psychology education course for Chinese medical students to increase their
psychological well-being: a pilot study. Bmc Medical Education, [S.L.], v. 20, n. 1, p.
1-9, 22 set. 2020. Springer Science and Business Media LLC.
http://dx.doi.org/10.1186/s12909-020-02232-z.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ANGIOTOMOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DE ANEURISMA DA AORTA
ABDOMINAL

Débora Teixeira da Cruz1, Eliezer De Oliveira Faustino2; Evellyn Lima Guissone3,


Gustavo Vasquez De Moraes4, Kennia Kerlem Alves Barbosa5.
1
Radiologista, Psicóloga, Pedagoga, Graduanda em Direito, Doutora em Saúde (UFMS),
Mestre em Bioética (UNIVÁS). Docente e Pesquisadora, Centro Universitário Unigran
Capital.
2,3,4,5
Graduandos (as) do Curso de Radiologia do Centro Universitário Unigran Capital.
[email protected]

RESUMO: A Angiotomografia é um exame feito à base de contraste iodado, injetado por


via intravenosa, sua competência vem em diagnosticar e tratamento de anormalidades da
Aorta Abdominal. Objetivo foi compreender as principais características do diagnóstico
do aneurisma da aorta abdominal por meio de imagem obtidos pelo exame tomográfico,
e as causas de rompimento do aneurisma da aorta abdominal. Aspectos metodológicos,
foi de revisão bibliográfica, qualitativo descritivo, usando artigos científicos do período
de 2005 a 2017. Resultados a angiotomografia da aorta abdominal é um exame realizado
na radiologia intervencionista, e tem a finalidade de diagnosticar: veias, artérias,
obstruções, aterosclerose (placas de gordura), calcificações, biopsia entre outros.
Conclui-se que a AngioTC é o método mais eficaz e preciso, devido a presença de
tecnologia de última geração, diminuindo assim o tempo de forma rápida a aquisição das
imagens, cerca de 10s, não causa dores, as reações alérgicas correspondem a menos de
1% dos casos
Palavras-chave: Exames de Imagens, Artérias, imaginologia, tipos de Aneurismas,
Hemodinâmica.

INTRODUÇÃO

Os Raios-X foram descobertos acidentalmente, foi descoberta pela pesquisa


realizada pilo físico Alemão Wilhelm Conrad Roentgen, no final de 1895, em Wurzburg
(Alemanha), a partir de experiência com as ampolas de Hittorf (Johann Wilhelm Hittorf,
físico (alemão), e Crookes (William Crookes, físico e químico inglês). O Avanço da
tecnologia, teve uma evolução, com a melhoria dos equipamentos e acessórios, obtendo
maior potência e qualidade, decorrente do melhor aproveitamento da radiação.
(SANTOS; NACIF.2009.).
A Radiologia intervencionista conhecida como vascular envolve procedimentos
invasivos ou com baixa invasão sem precisar de processo cirúrgico artérias e veias como

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via de acesso para inserir o cateter até o órgão adoecido ou com sintomas de adoecimento.
Existe vários tipos de aneurisma como, Aneurisma das arteriais; Aneurisma Torácica,
Aneurisma da Aorta Abdominal; entre outras, o cateterismo usa se o procedimento
diagnostico minimamente invasivo, com a introdução de cateter (tubo flexivo) nos vasos
sanguíneos guiados por uma Fluroscopia/Radioscopia e contraste iodado.
A evolução da TC propiciou equipamentos helicoidais com vantagens no tempo
de aquisição de gerar imagens, pode ser obtida imagem, planos e corte desejados, com o
multicorte possibilita a aquisição de dois cortes simultâneos. Estes são aparelhos de TC
helicoidais multicorte, muito mais rápidos no processo de aquisição dos dados para a
geração de imagem (MOURÃO, 2018). Com esse equipamento é possível diagnosticar
aneurismas e outras doenças.
O aneurisma da aorta abdominal é uma doença vascular que precisa de uma
atenção na identificação e no tratamento, porque é relevante nos estudos e no diagnóstico
por ter um índice de alta mortalidade. A angiotomografia tem sido eficaz no diagnóstico
não invasivo, após obtenção das imagens é possível ter uma reconstrução multiplanar,
auxiliando no diagnóstico da patologia, é um exame realizado por meio de equipamentos
modernos de tomografia computadorizada que possibilita uma visualização 3D do
coração, veias e artérias (BARROS et al, 2005; DELOGO et al, 2017; FLEISHMAN,
2011).
De acordo com Saadi et al (2015) a aorta se inicia no coração dando origem a
todas as artérias, que são responsáveis por transportar o sangue para várias partes do
corpo. Observasse que na anatomia torácica Aorta é a maior estrutura arterial que consiste
na Aorta ascende-te e descendente. O aneurisma é uma dilatação anormal de um vaso
sanguíneo podendo desenvolver-se em qualquer artéria do corpo, geralmente se forma na
artéria aorta, sendo mais comum em seu segmento abdominal.
Os aneurismas desenvolvem-se lentamente, geralmente ao longo de muitos anos
e mais da metade dos doentes não apresenta sintomas. Pessoas diagnosticadas com essa
condição, geralmente relatam sinais de pulsação abdominal, dor na região lombar ou
sintomas de peso abaixo das costelas, tudo indica que se deve à aterosclerose, que é
caracterizada pela presença de placas de gordura nas artérias. Os estudos mostram sua
relação com uma alteração na estrutura da parede da aorta. Alguns fatores de risco como,
tabagismo, diabetes, hipertensão, colesterol, histórico familiar, contribuem para o
surgimento do aneurisma de aorta abdominal (WAJNGARTEN, 2002).
OBJETIVO
Foi compreender as principais características do diagnóstico do aneurisma da
aorta abdominal por meio de imagem obtidos pelo exame tomográfico, e as causas de
rompimento do aneurisma da aorta abdominal.

METODOLOGIA

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Referente aos aspectos metodológicos, foi de revisão bibliográfica, qualitativo
descritivo, usando artigos científicos do período de 2005 a 2017 em língua portuguesa e
Inglesa, das bases como google acadêmico, Scielo e livros da biblioteca do centro
universitário Unigran Capital.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para caracterizar e apresentar resultados foi encontrado imagens que tem uma
representatividade, sobre as artérias abdominais e ilíacas. A aorta se inicia no coração
dando origem a todas as artérias, conforme afirma Saadi et al. (2015) elas são
responsáveis por transportar o sangue para várias partes do corpo em o fragmento que
atravessa o tórax é denominada aorta torácica, ao passar pelo diafragma recebe o nome
de aorta abdominal
Segundo Rajesh et al. (2017) o aneurisma da aorta abdominal (AAA) é uma
doença comum que aflige especialmente os homens com mais de 60 anos.
Segundo Silva et al. (2015) o aumento do aneurisma ocorre eventualmente e é
assintomático na maioria dos casos, até que suas rupturas espontâneas, cause hemorragia
abdominal que existe correção cirúrgica de emergência. Delogo et. al., (2017) afirma que
a elevação geralmente pode acontecer na parte localizada e entre as artérias renais e as
suas ramificações para as artérias ilíacas, acima da virilha, podendo ocasionar várias
complicações, sendo a mais temida ou rompimento da parede da Aorta, gerando
hemorragia que varia conforme o tamanho do aneurisma, quanto maior a dilatação, maior
risco de ruptura
Observe as imagens para compreender sobre Aneurisma e obstrução.

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Fonte: Pires (2017)

Figura A: Aneurisma de artéria abdominal esplênica, figura B aneurisma na artéria ilíaca


comum esquerda (seta azul) e figura C obstrução na artéria ilíaca comum direita

De acordo com Fleischman (2011) a angiotomografia da aorta abdominal


é um exame realizado na radiologia intervencionista, e tem a finalidade de diagnosticar:
veias, artérias, obstruções, aterosclerose (placas de gordura), calcificações, biopsia entre
outros.
Para realização do exame é utilizado meios de contraste iodado, injetado
por via endovenosa, segundo Reis et al. (2015). Obtendo vantagem sobre os
procedimentos um exame de relevância para a prevenção de rompimento do aneurisma.
Esse exame tem apresentado uma alternativa útil para avaliar os exames, e
como métodos invasivos de baixo risco para realização, a imagem conforme descreve
Noruma et al (2016) Apesar do foco principal ser a saúde cardiovascular, este exame

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também pode ser utilizado para ajudar no diagnóstico de doenças circulatórias em outras
partes do corpo. A angiotomografia da aorta abdominal é um exame confiável e seguro,
além de ser simples e indolor. Em concordância Delogo et al (2017) afirma que é um dos
exames mais utilizados e eficaz no diagnóstico, após a obtenção das imagens é possível a
reconstrução multiplanar, e diagnóstico precoce e com mais chances de tratamento.
O Aneurisma é uma dilatação localizada em uma parede arterial que ocorre em qualquer
vaso sanguíneo de maior calibre, afeta frequentemente aorta abdominal, a maior artéria
de maior calibre, geralmente as obstruções ocorrem nas bifurcações conforme
apresentado na figura (C) ilíacas proximal direita. Segundo Guyton (2011) essa patologia
pode causar várias complicações, como por exemplo o rompimento da parede da aorta,
que resulta em sangramento ou hemorragia intensa, tal probabilidade varia conforme o
tipo de aneurisma; quanto maior sua extensão, maior o risco de ruptura. Para Wajngarten,
(2002) graças a evolução tecnológica é possível diagnosticar e tratar a doença, mas muitas
vezes o paciente não tem tempo hábil para chegar ao hospital. Então, o rompimento do
aneurisma da aorta abdominal tem evolução para o óbito.
Considerações Finais
Conclui-se que a AngioTC é o método mais eficaz e preciso, devido a presença de
tecnologia de última geração, em menor tempo de a aquisição das imagens, cerca de 10s,
não causa dores, as reações alérgicas correspondem a menos de 1% dos casos e o pós
processamento das imagens, permite visualização do segmento estudado (artéria aorta
abdominal) em diferentes planos anatômicos, o que facilita a realização e diminuição de
diagnostico incorretos.

REFERÊNCIAS

MOURÃO, A. P. Tomografia Computadorizada 2. ed. Difusão Editora, 1.mar.2018

THOMAZ, F. B. Artigos Originais, Radiol Bras 41 (4) Ago 2008. Disponível


em:<https://doi.org/10.1590/S0100-39842008000400003>acesso em:9.out.2021

BASTOS, R. de M. Revista da Associação Médica Brasileira, Trombose na endoprótese


do aneurisma da aorta vol. 57, Issue 1 (janeiro-fevereiro 2011), Pag; 31-34. Disponível
em:<https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S0104423011702895?token=03ABD8420
B3>acesso em:10.out.2021

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OLIVEIRA, L. A. T. Rev Soc Brás Clin Med, Aneurisma de aorta abdominal infrarrenal,
relato de caso v.13 n4 (outubro-dezembro2015) Disponível
em:<https://www.sbcm.org.br/ojs3/index.php/rsbcm/article/view/167>acesso
em:11.out.2021

COELHO, G.M.A. Desafio Terapêutico, J. Vasco. Brás. (19-2020) Aneurisma de aorta


abdominal sintomático (2020) Disponível
em:<https://www.scielo.br/j/jvb/a/BFt9z5ssnGHJh4HFhQQv74x/?lang=pt#>acesso em:
13.out.2021

DELOGO, A. S. Rev. Rede de Cuidados em Saúde, Angiotomografia de aorta abdominal


– Eficácia no Diagnóstico de Aneurismas v.15 n 1 (2021) Disponível
em:<http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/rcs/article/view/4657/2488>acesso
em:14.out.2021

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AS CONSEQUÊNCIAS DA DESINFORMAÇÃO E DO EMPIRÍSMO QUANDO
O ASSUNTO É A PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Islaine Santos de Melo1; Daíris Maria Araújo do Nascimento2; Deysiane Naiady Oliveira
de Farias3; Gabriel Soares Pereira4
1,2
Graduando em Enfermagem pela Faculdade do Belo Jardim – FBJ.
3
Enfermeira. Especialista em Atenção ao Paciente Crítico e professora no curso de
Enfermagem pela Faculdade do Belo Jardim – FBJ.
4
Professor. Mestre em Ensino de Biologia e professor no curso de Enfermagem pela
Faculdade do Belo Jardim – FBJ.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Depreende-se que qualquer pessoa está propícia a vivenciar uma situação de urgência e
emergência repentina e, dentre os casos que envolvem risco de morte ao indivíduo, a
parada cardiorrespiratória (PCR) está entre os mais frequentes. Nesta perspectiva, frente
a importância de discutir e informar à população sobre os procedimentos básicos que
envolvam os primeiros socorros em situações como essa, o presente estudo eclode com o
objetivo de investigar os textos acadêmico-científicos e reconhecer, à luz da literatura, as
consequências da desinformação social e do empirísmo no que diz respeito ao prognóstico
de pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória. Utilizando de bibliografias publicadas
no SciELO e BVS para construção de uma diálogo acalourado sobre a temática elegida,
evidenciando, os principais ideiais dos autores a partir de uma análise crítico-
interpretativa que desnudará os saberes concernentes à instrumentalização do público
leigo para enfrentar às situações que demandam socorro ao paciente acometido por uma
PCR.

Palavras-chaves: PCR, Ressuscitação Cardiopulmonar, Suporte Básico de Vida.

INTRODUÇÃO
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é a súbita e inesperada interrupção das
funções vitais, caracterizada pela cessação dos batimentos cardíacos com ineficiência
circulatória e ausência dos movimentos respiratórios (SILVA; RODRIGUES; NUNES,
2017). Trata-se de uma emergência cardiovascular de alta gravidade, que apresenta taxas
de morbidade e mortalidade elevadas, tendo como principal fator ocasionador, a arritmia
cardíaca, provocada pela fibrilação ventricular (FV) e pela taquicardia ventricular (TV)
(BERNOCHE et al., 2019).
Indivíduos adultos do sexo masculino possuidores de comorbidades associadas ao
sistema cardiovascular, são os principais acometidos pela PCR (LYRA et al., 2012), que,

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segundo Rocha et al. (2012), pode ser reconhecida, principalmente, por sinais e sintomas
como: “dor torácica, sudorese, palpitações precordiais, tontura, escurecimento visual,
perda de consciência, alterações neurológicas, sinais de baixo débito cardíaco e parada de
sangramento prévio”.
Neste ensejo, torna-se possível inferir a importância do reconhecimento precoce
da PCR, bem como da orientação interventiva correta e imediata do leigo, culminando
em melhorias no que concerne ao prognóstico de pacientes vítimas de parada
cardiorrespiratória. Partindo dessa premissa, o trabalho em tela se justifica frente a
necessidade imperativa de apresentar ao seu público-alvo os riscos da parada
cardiorrespiratória para o agir efetivo no que diz respeito ao mitigar das consequências
desta emergência cardiovascular, a partir da identificação das amarras que a população
apresenta diante do empirismo e da ignorância acerca da PCR.

OBJETIVOS
Investigar os textos acadêmico-científicos de modo a reconhecer, à luz da
literatura, as consequências da desinformação social e do empirísmo no que diz respeito
ao prognóstico de pacientes vítimas de parada cardiorrespiratória.

METODOLOGIA
O presente estudo configura-se enquanto pesquisa exploratória qualitativa de
caráter bibliográfico, fundamentada teóricometodologicamente nas diretrizes definidas
por Piovesan e Temporini (1995), bem como na análise crítico-interpretativa de textos
acadêmico-científicos publicados em periódicos devidamente registrados por ISSN no
período de 1995 a 2021, considerando apenas artigos científicos que versam sobre a
temática pré-estabelecida, permitindo a compreensão dos efeitos do empirísmo e dos
desfechos da desinformação face ao exposto.
A busca pela base teórica desta pesquisa foi realizada através dos bancos de dados
acadêmico-científicos: Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS); considerando apenas os trabalhos publicados no período
supramencionado, em língua portuguesa ou inglesa, por meio das palavras-chaves:
parada cardiorrespiratória; pesquisa exploratória; ressuscitação cardiopulmonar;
suporte básico de vida e; urgência e emergência. Outrossim, uma vez composta a base
teórico-metodológica deste estudo, a construção dos resultados se deu conforme o
fichamento dos artigos e do exercício do mecanismo analítico-crítico de citações a partir
da tessitura de comentários acerca dos ideais propostos pelos autores das bibliografias
utilizadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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A PCR coloca o socorrista leigo frente a decisões e condutas desafiadoras, já que
ele deverá ser capaz de identificar se a vítima está realmente em PCR e não confundir
com outros eventos como desmaio ou convulsão (BARBOSA et al., 2015). Na presente
investigação, identificou-se que, embora os leigos tenham manifestado conhecimento
conceitual de alguns aspectos do atendimento da PCR e manobras de Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP), as condutas relatadas para a ressuscitação, apontam que estas
seriam realizadas de maneira incorreta, levando a um prognóstico indesejável (DE
SOUZA et al., 2020).
Neste ensejo, realizando uma análise mais acurada dos estudos de Barbosa et al.
(2015) e de Souza et al. (2020) é possível perceber que os erros mais comuns cometidos
pela sociedade foram concernentes à: frequência, local incorreto e profundidade das
manobras de RCP. Todavia, no estudo de Chehuen Neto (2016), é possível verificar que
“pouco mais da metade dos leigos demonstraram reconhecer os sinais de uma PCR”.
Embora não tenha sido verificada a qualificação dos leigos quanto ao suporte básico de
vida (SBV), os resultados obtidos podem ter sido influenciados pelo cenário atual, no qual
as pessoas obtêm informações com elevada rapidez por meio das mídias eletrônicas e
redes sociais. Esse fenômeno potencializa a aprendizagem diretamente de aspecto formal
e informal (RABELLO; HAGUENAUER, 2011).
A prevalência de conhecimento sobre a PCR e RCP em leigos ainda continua
consideravelmente inferior no Brasil diante as dificuldades mencionadas por eles, como:
falta de conhecimento e habilidades específicas ou até mesmo o medo (CANESIN et al.,
2016). Dessa forma, a apropriação inicial em treinamento de RCP pode aumentar
consideravelmente a visibilidade e a iniciativa de um leigo presente no acontecimento,
haja vista que estudos apontam que pessoas leigas, previamente treinadas, se tornam mais
aptas a reconhecer uma PCR e iniciar uma RCP mais brevemente (IKEDA et al., 2017).
Com isso, nasce a necessidade de ensino de técnicas e treinamentos com crianças em
idade escolar adequada e adultos para que, desta forma, ao instruir o público leigo,
aumentar as taxas de perspectiva de vida da vítima (BECK et al., 2016; LUKAS et al.,
2016).

CONCLUSÃO
Face ao exposto, conclui-se que as informações sobre PCR e RCP não se
restringem aos profissionais de saúde, pois geralmente as primeiras pessoas que
presenciam o mal súbito são pessoas leigas. Desse modo, a instrumentalização da
comunidade é essencial para a sobrevida e redução do número de óbitos desses pacientes.
As dificuldades observadas podem ser reduzidas com a inserção de uma disciplina
de suporte básico de vida na grade curricular do Ensino Médio na Educação Básica e de
treinamento para adultos em seus locais de trabalho, possibilitando à sociedade o devido
conhecimento para saber agir em uma situação de emergência. Desta forma, com o
público leigo de todas as idades devidamente informado, teriamos melhores condições de
agir de forma apropriada frente a uma situação de PCR, objetivando a sobrevida das

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vítimas de PCR em ambientes extra hospitalares, tendo em vista a preservação da vida e
a redução das sequelas que comumente ocorrem devido a demora da chegada do socorro
até a vítima.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, A.B.A, et al. Conhecimento de um grupo de acadêmicos de enfermagem


sobre reanimação cardiopulmonar. Rev. ARTICLE, v. 85, ed. especial, Patos – PB, 2015.
Disponível em: <
https://pdfs.semanticscholar.org/56d0/ec2d5bcf68a2db8019a96269e845ba0c7e75.pdf>.
Acesso em 11 de setembro de 2021.

BERNOCHE, Claudia et al. Atualização da diretriz de ressuscitação cardiopulmonar e


cuidados cardiovasculares de emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia-
2019. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 113, n3, p. 449-663, 2019. Disponível em:
< https://www.scielo.br/j/abc/a/7hYYNQk4XHwckmPbFcFD7kP/?lang=pt>. Acesso em
10 de setembro de 2021.

CANESIN, Manoel Fernandes et al. Avaliação dos 12 anos da campanha de acesso


público a desfibrilação. Revista da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, v. 14, n.
1, p. 8-12, 2016. Disponível em:
<http://www.sbcm.org.br/ojs3/index.php/rsbcm/article/view/180>. Acesso em 12 de
setembro de 2021.

DE SOUZA, Reginaldo Pereira et al. Parada cardiorrespiratória: avaliação teórica das


condutas emergenciais de pessoas leigas. Revista Revista Norte Mineira de
Enfermagem - Renome, v. 9, n. 1, Montes Claros – MG, p. 29-39, 2020. Disponível em:
<https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/2279>. Acesso
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IKEDA, Daniel J. et al. Dissemination of CPR video self-instruction materials to


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https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0300957216000186>. Acesso em 12
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LUKAS, Roman-Patrik et al. Kids save lives: a six-year longitudinal study of


schoolchildren learning cardiopulmonary resuscitation: who should do the teaching and
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LYRA, Priscila Fiusa et al. Programa de educação em reanimação cardiorrespiratória:


ensinando a salvar vidas. Revista Brasileira de Educação Médica, , v. 26, n. 4, p. 570-

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RABELLO, Cíntia Regina Lacerda; HAGUENAUER, Cristina. Sites de redes sociais e


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ROCHA, Flávia Aline Santos et al. Atuação da equipe de enfermagem frente à parada
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SILVA, Raissa Cristine Santos da; RODRIGUES, Juliane; NUNES, Natália Abou Hala.
Parada cardiorrespiratória e educação continuada em Unidade de Terapia
Intensiva. Revista de Ciências Médicas - Periódicos PUC-Campinas, v. 25, n. 3,
Campinas – SP, p. 129-134, 2016. Disponível em:
<https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-859891>. Acesso em 10 de
setembro de 2021.

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ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA
EM TEMPOS DE PANDEMIA

Williane Pereira Cruz¹; Luana Pereira Cardoso²; Daiane de Matos Silva³; Lívia Maria
Tavares Miranda4; Thiemmy de Souza Almeida Guedes 5

¹,² Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba - FASP


³ Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão - UniFacema
4
Mestranda pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB
5
Pós graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI).

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO:
O trabalho tem o intuito de relatar as vivências da população em situação de rua em
tempos de pandemia, ocasionada pela COVID-19, e a assistência prestada a esses
moradores. Com base numa revisão integrativa da literatura científica, os resultados são
imparciais, onde nos permite citar estratégias para melhoria da qualidade de vida desses
povos tão escassos de recursos. Foram destacadas questões que devem ser repensadas
pelos gestores de saúde pública.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência à saúde mental; Pessoas em situação de rua;
COVID-19; Pandemia; Vulnerabilidade em saúde.

INTRODUÇÃO
A pandemia causada pelo Coronavírus teve início na China no final de 2019 e
chegou ao Brasil no mês de março de 2020, foi considerada um grave problema de saúde
pública e declarada como emergência pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
fazendo com que fosse preciso adotar medidas de prevenção e controle quanto a
contaminação do vírus. A COVID-19 surgiu infectando e matando milhares de pessoas
fazendo com que fosse preciso a criação de estratégias para o enfrentamento e para
proteção a toda a população, inclusive aqueles mais vulneráveis, a população de rua
(SILVA, 2020).
As pessoas em situação de rua são identificadas na Política Nacional para a
População em Situação de Rua (PNPR) como um grupo populacional de homens,
mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos que têm em comum a pobreza extrema,
vínculos familiares interrompidos, inexistência de moradia convencional, áreas

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degradadas como moradia, bem como unidades de acolhimento como moradia provisória
(AGUIAR, 2021).
A população de rua se torna um enorme problema de vulnerabilidade pois na
maioria dos casos, muitos não são cadastrados no serviço de Atenção Primária à Saúde
(APS) e podem vir a apresentar graves problemas de saúde como, por exemplo, a
Tuberculose (TB), algumas dermatoses, escabiose, problemas de saúde bucal, Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST, HIV, AIDS), gravidez de alto risco, vício em álcool e
drogas, além de danos à saúde mental (BRASIL, 2014).
Baggett, Lewis e Gaeta (2020), inferem que a infecção pela COVID-19 nessa
população implica em graves problemas de saúde pública, além do aumento de recursos
necessários para assistência e tratamento destes; pois uma vez infectados irão necessitar
de isolamento e cuidados específicos.

OBJETIVO
Analisar, de acordo com a literatura científica disponível, como está correndo a
assistência a populações em situação de rua durante a pandemia por COVID-19.

METODOLOGIA
Revisão integrativa da literatura pelo fato de expor resultados a partir de uma
pesquisa de artigos previamente selecionados sobre determinado tema (SOUZA; SILVA;
CARVALHO, 2010), realizada no mês de agosto de 2021 nas bases de dados Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic
Library Online (SCIELO), Medical Publications (PUBMED) e Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), através dos seguintes Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS): “Assistência à saúde mental”, “Pessoas em situação de rua”
e “COVID-19”; combinados entre si pelo operador booleano AND.
Como critérios de inclusão teve-se artigos publicados nas línguas inglesa e
portuguesa, nos últimos 2 anos e que contemplassem o tema; já como critério de exclusão,
artigos em outras línguas, teses, dissertações, TCC e artigos que não contemplassem a
temática. Com isso, após a aplicação dos critérios de elegibilidade, obteve-se o total de
237 pesquisas encontradas, das quais 5 foram selecionadas para compor essa revisão.
Como pergunta norteadora utilizou-se a questão: “Pessoas em situação de rua estão sendo
assistidas durante a pandemia de COVID-19?”.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante dos estudos analisados, pode-se observar que as pessoas desabrigadas, as
quais passam por diversos tipos de necessidades diariamente e que, muita das vezes, não
tem ajuda para lidar com esses problemas, estão suscetíveis a contrair várias doenças,

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como por exemplo a COVID-19, sofrem com dependência química, manifestam
problemas de saúde mental, o qual acaba por reduzir sua expectativa de vida em meio a
tantos desafios (LIMA et al., 2020).
Por conseguinte, vale salientar que mesmo em meio a pandemia, a maioria das
pessoas que vivem em situações de rua não tem acesso a educação continuada em saúde
para que haja garantia da biossegurança. Não tem facilidade em adquirir máscaras, álcool
em gel, questões de higienização das mãos com frequência, e, como isso, acabam ficando
mais vulneráveis ao contágio do vírus SARS-CoV-2 (RALLI et al., 2020).
Apesar da grande necessidade deste público específico terem acesso aos serviços
de saúde, infelizmente há um estigma que envolve o preconceito e muitos se sentem
desconfortáveis quando procuram os serviços de saúde, incluindo a Atenção Básica
(HOWELLS,2021).
Além disso, o acesso à saúde mental deste grupo encontra-se com altas taxas de
abandono e redução da procura. Grande parte desse público apresenta transtornos mentais
e dependência de substâncias psicoativas e a redução da demanda pela procura da
assistência pode impactar negativamente na qualidade de vida dessas pessoas
(MARTIN,2021).
Então de acordo com Honorato, Freitas e Oliveira (2020), pode-se observar que
no Brasil grande parte dos gestores criaram verdadeiros centros de assistência e
acolhimento, distribuindo itens de higienização e garantindo a alimentação, a assistência
nos níveis físico e mental de forma a garantir a melhoria da qualidade de vida dessas
pessoas.

CONCLUSÃO
Com isso, é possível verificar que esse cenário é uma alerta para os gestores de
saúde pública, visto que com a pandemia COVID-19 a situação dos PNPR se agravou, se
fazendo necessário intervenções específicas para enfrentamento do contexto atual,
estabelecer estratégias que ajudem a diminuir os agravos da saúde mental dessa
população, dispor de uma melhor qualidade de vida e contribuir para que haja redução de
novos casos atingindo grupos vulneráveis.
Além disso, medidas preventivas, a garantia da facilidade ao acesso aos serviços
de saúde e redução das diferenças fazem necessários para que haja garantia de uma
assistência integral, assistindo-os física e mentalmente devem ser continuadas até a
redução do número de casos e mortes pelo vírus.
REFERÊNCIAS
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SOBRAL-CE, DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19. SANARE-Revista de
Políticas Públicas, v. 20, 2021. Acesso em: 25 de setembro de 2021. Disponível em:
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tratamentos de saúde mental dos sem-teto. Int J Soc Psychiatry, 2021, vol. 67, Edição
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SOUZA, M., SILVA, M., CARVALHO, R. Integrative review: what is it? How to do it?.
Einstein (São Paulo). 2010; 8 (1): 102-6. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?lang=en. Acesso em 25
de setembro de 2021.

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BIOESTIMULADORES DE COLÁGENO NA HARMONIZAÇÃO
OROFACIAL, COMO TRAZER JOVIALIDADE E CONFORTO COM
TECNOLOGIA AOS PACIENTES

Leonardo Nogueira Tavares1; Ana Karina Fonseca de Carvalho Calderanr2

1,
Graduando em Odontologia Uninassau Boa Viagem, Recife, Pernambuco, Brasil;
2
Cirurgiã Dentista. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Cruzeiro do Sul,
UNICSUL, Recife, Pernambuco.

E-mail do autor para correspondência:

[email protected]

Resumo: Colágeno é a palavra da década para a estética, induzir a sua produção tornou-
se a busca das da indústria da cosmetologia no mundo. Desta busca nasce os
bioestimuladores de colágeno, com propriedades químicas diferentes, mas todos com o
mesmo objetivo, trazer firmeza, jovilalidade, tônus cutâneo e harmonia para os espaços
perdidos na face do paciente.

PALAVRAS-CHAVES: Bioestimulador; Odontologia; Harmonização; Estética Facial,


Biotecnologia.

INTRODUÇÃO:

Os bioestimuladores e colágeno são a nova geração da promessa da jovialidade,


diversas bioquímicas existem todas amplamente estudadas e já posicionadas no mercado,
o que faltava, era chegar ao cliente. O bioestimuladores por serem bioabsorvíveis,
biocompatíveis a sua maioria sem contraindicação clinica nenhuma, os tornam um
facilitador para a jovialidade pelo processo de neocolagenase a médio e curto prazo,
podem são tratamentos mais dispendiosos para o cliente, alguns de mais de uma
aplicação, porem muitos pacientes pesam na balança, porque se submeter a
procedimentos cirúrgicos que não garantem um as aspecto jovem , resultados
clinicamente comprovados, do que uma pele esticada. Este é o paradoxo da
harmonização, temos as alternativas para melhorar a pele, mais lifting cirúrgico está fora
da área de atuação do cirurgião dentista. A indústria nos últimos 10 anos investiu grande
para que profissionais pudessem em poucas sessões ou em uma trazer um resultado
satisfatório ao paciente sem a necessidade de submeter-se a cirurgia plástica, e este é o
futuro, cada dia a tecnologia vai trazer mais conforto, menos sessões e tratamentos em
que nossos pacientes possam fazer dentro de suas possibilidades e sem risco de infecção,
intubação e etc, todos ligados a velha guarda cirúrgica.

OBJETIVO:

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a finalidade deste estudo é mostrar que a segurança, eficácia e facilidade do uso dos
bioestimuladores para atender as exigências do paciente sem clínicos e sem necessidade
de cirurgias corretoras.

METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho bibliográfico, com viés transversal. Serão


utilizados 5 artigos de 2016 a 2021, que se encontre as palavras “Bioestimuladores”,
“Harmonização” e “Odontologia”. Os trabalhos que não se enquadrarem nestes requisitos
estarão no critério de exclusão do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

Basicamente a função e bioestimuladores é trazer um aumento natural da produção


de colágeno na área de aplicação. Para sua aplicação os bioestimuladores se diferem
muito poucos, todos seguem a filosofia do MDcodes, estudo realizado pelo Dr. Mauricio
de Maio, onde o mesmo separa a face em locais de sustentação e de preenchimento, com
as áreas ósseas, tecidos profundos e mais superficiais, dependendo da funcionalidade do
ácido hialurônico a ser utilizado na área aplicada.

Os bioestumuladores em si aplicados no tecido subcutâneo onde encontram se as


fibras colágenas e fibroblastos, assim causando uma reação de ativação por mediadores
inflamatórios após aplicação e com o passar dos dias (a maioria das marcas pede 90 dias)
apresentar um resultado de um lifting natural, produzido por colágenos do próprio
paciente, trazendo um resultado de rejuvenescimento que podem durar dependendo do
produto aplicado e dos cuidados pós aplicado. Os bioestimuladores da atualidade mais
usados são a hidroxiapatita de cálcio (Radiesse®), Ácido Polilático (Sculptra®) e
Policaprolactona (Ellansé®). Os bioestimuladores do mercado são diferenciados pelo
tempo de ação, formulação química e como e quanto suas microesferas indutoras que
contem em todos vão atuar a nível no tecido subcutâneo.

A hidroxiapatita pode ter resultado visíveis em 4 semanas, sculptra dependendo


da quantidade de aplicações, a fabricante aconselha 2 a 3 aplicações com intervalo mensal
e a Poliprolactona a aplicação é feita e seu pico de produção dos efeitos inflamatórios
indutores de colágeno chegam em ate 90 dias, sua duração depende da quantidade de
microesferas já que esta é o único que oferece pronto para uso com formulações de
microesferas indutoras de 1 a 4 anos. Dos 3 citados tanto a hidroxiapatita de cálcio e o
ácido poliláticos devem ser manipuladores previamente para uso no paciente, o que torna
uma etapa crucial no tratamento, uma vez que mal manipulado pode correr o risco de ficar
com granulomas ou nódulos palpáveis que iram ser absorvidos com o tempo e massagem
local. A Poliprolactona já vem manipulada e envasada em seringas para seu uso.

O protocolo de uso é basicamente o mesmo, seguindo as áreas preconizadas como


áreas de sustentação da face: zigomático, maxila, mandíbula, mento e angulações que
levem a comissura labial (evitar rugas periorais e o aprofundamento de sulco nasolabial).

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CONCLUSÃO:

Os benefícios trazidos pelos bioestimuladores são de grande importância clinica e


as vezes cruciais para continuar o tratamento de harmonia da face do mesmo. Os estudos
destes produtos seguiram por anos, comprovando seus benefícios aos ser utilizados, mas
a manipulação e o conhecimento anatômico tornam de grande importância pelo cirurgião
dentista, sabendo que eles são os precursores da jovialidade oferecidos aos nossos
pacientes.

REFERÊNCIAS:

Lima NB • Soares ML. Clinical and Laboratorial Research in Dentistry. Utilização dos
bioestimuladores de colágeno na harmonização orofacial, Clin Lab Res Den 2020:1-18

Abbud ,Soraya Jean Maluf Abbud, PEREIRA,Priscilla Aparecida , FIGUEIREDO,


Marília Inez.REMODELAÇÃO DO MENTO COM IMPLANTE INJETÁVEL DE
HIDROXIAPATITA DE CÁLCIO (CaHA): RELATO DE CASO. Aesthetic Orafacl
Science, ABRAHOF, AHOF| Vol. 02 | n. 01 p. 61-71

FERREIRA,Adriana Simões et al, Suplementação de colágeno e outras formas de


tratamento no combate ao envelhecimento cutâneo. Revista Eletrônica Acervo Científico
/ Electronic Journal Scientific Collection,2020.

Haddad, Alessandra; Victoria Kadunc, Bogdana; Guarnieri, Christine; Sarubi


Noviello,Juliana; Gonzaga da Cunha, Marisa; Brasil Parada, MeireConceitos atuais no
uso do ácido poli-l-láctico para rejuvenescimento facial: revisão easpectos
práticosSurgical & Cosmetic Dermatology, vol. 9, núm. 1, 2017, pp. 60-71Sociedade
Brasileira de DermatologiaRio de Janeiro, Brasil

Lopes, Larisssa. ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO DENTISTA NA HARMONIZAÇÃO


OROFACIAL, Hospital de clínicas de Porto Alegre PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO Mestrado Profissional em Pesquisa Clínica,2020.

DESMISTIFICANDO FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE CABEÇA E


PESCOÇO

Walisson da Silva Vieira1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Franscisco Lucas Leandro
de Sousa3; Lillyan Ranieli Barbosa da Silva4; Rebeca Rayane de Sousa Marinho5; Michel
Douglas Quintela da Silva6; Ricardo Angelo de Oliveira7; Tércia Maria Soares8

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1,2
Graduandos em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
3
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau do Ceará
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau do
Pernambuco
5
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia
6
Graduando em Enfermagem da Faculdade Estácio de Alagoas
7
Enfermeiro pela Universidade Uninassau do Rio Grande do Norte
8
Enfermeira pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O câncer de cabeça e pescoço é o tipo de neoplasia que acomete regiões como a cavidade
oral, faringe, laringe e tireoide. O presente estudo objetiva identificar na literatura
cientifica quais são os fatores relacionados que causam o câncer de cabeça e pescoço.
Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados: BVS, LILACS,
BDENF e SciELO. Para a realização da busca foram utilizados os seguintes Descritores:
“Fatores de Risco”, “Condições Patológicas”, “Neoplasia de cabeça e pescoço”,
“Oncologia” e “Neoplasia Maligna”. Os fatores relacionados ao câncer de cabeça e
pescoço caracterizam-se principalmente pelo etilismo e tabagismo, mas ainda existem
fatores ambientais como HPV, obesidade, sedentarismo e exposição à radiação
ultravioleta. É importante o conhecimento dos fatores relacionados que contribuem para
o surgimento da patologia, pois o controle dos fatores de risco é essencial na diminuição
do número de incidência dos tumores malignos de cabeça e pescoço.

Palavras-chaves: Fatores de Risco; Condições Patológicas; Neoplasia de cabeça e


pescoço; Oncologia; Neoplasia Maligna.

INTRODUÇÃO
O câncer caracteriza-se como uma diferenciação fisiológica celular, podendo
penetrar em diferentes órgãos e tecidos (BUENO et al., 2012). Desta forma, no estudo
realizado por VIEIRA et al (2014), afirma que o câncer é uma doença crônica e não
transmissível, tendo seu crescimento desordenado e que nos últimos tempos, se tornou
um problema de saúde mundial.
Assim, GALBIATTI et al (2013) e CAMPANA et al (2013) concordam quando
relatam que o câncer de cabeça e pescoço é o tipo de câncer mais comum no mundo,
apresentando grande mortalidade e sua taxa de sobrevivência não tem mudado no

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decorrer dos anos. Em particular, o câncer de cabeça e pescoço é a patologia que acomete
regiões como a cavidade oral, faringe, laringe e tireoide, onde 40% acometem a cavidade
oral, 15% na faringe, 25% na laringe e 20% acometem as glândulas salivares e tireoide
(SILVA et al., 2020).
O tempo entre os primeiros sinais e sintomas da neoplasia de cabeça e pescoço
são fatores determinantes em relação ao seu diagnóstico, prognóstico e qualidade de vida
do paciente, uma vez que, um diagnóstico tardio interfere na boa evolução do tratamento
e consequentemente, ocasionando um ruim prognóstico (ROCHA et al., 2017). Assim
sendo, os sinais e sintomas da patologia se relacionam com a dificuldade da ingestão e
deglutição dos alimentos. Dependente da localidade, também interfere na mastigação e
na secreção de enzimas pelas glândulas salivares (VIEIRA et al., 2014). Ademais, outros
sintomas pertinentes associam-se pela dor, disfagia, abertura bucal e sangramento
(MACHIELS et al., 2014).

OBJETIVOS
Identificar na literatura científica quais são os fatores relacionados que causam o
câncer de cabeça e pescoço.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura elaborada no mês de setembro a
outubro de 2021. Para a coleta dos artigos, foram utilizadas as seguintes bases de dados:
Base de Dados da Enfermagem (BDENF), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura
Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic
Librar Online (SciELO).
Para a realização da busca foram utilizados os seguintes Descritores em Ciência
da Saúde (DeCS): “Fatores de Risco”, “Condições Patológicas”, “Neoplasia de cabeça e
pescoço”, “Oncologia”, “Neoplasia Maligna”, utilizando-se para o cruzamento o
operador Booleano “AND”. Diante a busca foram encontrados 21 artigos, os quais foram
submetidos aos critérios do protocolo de busca.
A seleção foi realizada a partir do recorte temporal de 2010 a 2020, mediante o
protocolo de busca elaborado previamente, no qual se idealizou nos seguintes critérios de
exclusão: artigos duplicados e publicados anteriores a 2010, resumos publicados em anais
de congresso, teses de conclusão de cursos e estudos que não estivessem disponíveis na
integra. Os critérios de inclusão se caracterizaram por incluir artigos nos idiomas
português e inglês, disponíveis na integra e gratuitamente, e que estavam de acordo com
recorte temporal por meio do protocolo de busca.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Após as analises, obtiveram-se 16 artigos dos quais 08 atenderam aos critérios de
inclusão. Sendo assim, explicou-se que a maior incidência de câncer de cabeça e pescoço
se relaciona aos pacientes do sexo masculino, com idade entre 57 a 60 anos. O estudo
mostrou que a maior quantidade de câncer de cabeça e pescoço ocorre após a quinta
década de vida (SILVA et al., 2020). Existem fatores ambientais que contribuem para o
surgimento do câncer de cabeça e pescoço, relacionando-se pela exposição prolongada a
radiação solar, tabaco e etilismo associado ao uso do cigarro (VIEIRA et al., 2014).
GALBIATTI et al (2013) afirma que o tabagismo é o principal fator relacionado
ao câncer de cabeça e pescoço, apresentando como risco a intensidade e duração do hábito
de fumar. Em seu estudo, o autor demonstra que o cigarro contém substâncias tóxicas
como a nitrosamina e hidrocarbonetos policíclicos carcinogênicos genotóxicos, que além
de aumentar o risco do desenvolvimento da doença, possuem a capacidade de alterar a
composição molecular e causar mutações celular. O mesmo autor indica que além do
tabagismo, outros fatores como a infecção pelo HPV, agentes infecciosos, ocupação
profissional e exposição à luz ultravioleta são considerados fatores determinantes para o
surgimento da patologia.
O tabagismo quanto ao etilismo, possui o risco na mesma proporção ao
desenvolvimento de neoplasias malignas de cabeça e pescoço. Nos últimos anos, foi
possível observar que mesmo após o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço, os
pacientes continuavam com o uso de álcool (PINTO et al., 2010). De acordo com
GALBIATTI et al (2013) o álcool proporciona a exposição da mucosa a agentes
carcinogênicos, proporcionando o aumento da absorção celular.
No estudo de ROCHA et al (2017), verificou-se que apesar do tabagismo, dos
fatores ambientais e do consumo de álcool, a obesidade, o sedentarismo associado aos
fatores genéticos, étnicos, hereditários e familiares exerce um papel importante na
oncogênese, proporcionando maior probabilidade para o surgimento da neoplasia maligna
de cabeça e pescoço.

CONCLUSÃO
Os tumores de cabeça e pescoço correspondem ao quinto tipo de câncer mais
comum, com maior taxa de morbidade e mortalidade, onde sua maior prevalência se
define em pacientes do sexo masculino até a quinta década de vida. De acordo com a
analise dos estudos, evidenciou-se que os principais fatores relacionados à doença se dar
por meio do tabagismo e etilismo, mas que também existem outros fatores dos quais
contribuem para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço.
Diante da complexidade da doença, torna-se necessário que toda a sociedade saiba
dos fatores relacionados que contribuem ao surgimento da patologia, pois o controle dos
fatores de risco é essencial à diminuição do número de incidência dos tumores malignos
de cabeça e pescoço. Nos casos dos surgimentos dos sinais e sintomas, as principais

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abordagens do diagnóstico devem ser realizadas o mais breve possível, pois estes tipos
de tumores possuem um prognóstico ruim nos casos de diagnóstico tardio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Audrey Cristina; MAGALHÃES, Claudia Silami; MOREIRA, Allyson


Nogueira. Associações entre fatores de risco e complicações bucais em pacientes com
câncer de cabeça e pescoço tratados com radioterapia associada ou não à
quimioterapia. Pesquisa Brasileira em Odontopediatria e Clínica Integrada, v. 12, n.
2, p. 187-193, 2012.
CAMPANA, Igor Gusmão; GOIATO, Marcelo Coelho. Tumores de cabeça e pescoço:
epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico e tratamento. Revista odontológica de
Araçatuba, p. 20-31, 2013.
DA SILVA, Fernanda Alessandra et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com câncer
de cabeça e pescoço em um centro oncológico no sul do Brasil. Revista Brasileira de
Cancerologia, v. 66, n. 1, 2020.
GALBIATTI, Ana Lívia Silva et al. Head and neck cancer: causes, prevention and
treatment. Brazilian journal of otorhinolaryngology, v. 79, p. 239-247, 2013.
MACHIELS, J. P. et al. Advances in the management of squamous cell carcinoma of the
head and neck. F1000Prime Reports, v. 2, n. 6, p. 1-10, jun. 2014.
PINTO, Fábio Roberto et al. Manutenção do tabagismo e etilismo em pacientes tratados
por câncer de cabeça e pescoço: influência do tipo de tratamento oncológico
empregado. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 57, p. 171-176, 2011.
ROCHA, Bruna Quintão Costa et al. Características epidemiológicas de pacientes
portadores de neoplasias de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia em Juiz de Fora–
MG. HU Revista, v. 43, n. 1, 2017.
VIEIRA, Evanice Menezes Marçal et al. Perfil nutricional de pacientes oncológicos
atendidos no ambulatório de cabeça e pescoço de um hospital filantrópico do município
de Cuiabá (MT), Brasil. Archives of health investigation, v. 3, n. 3, 2014.
EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO E VITAMINA D NO
CLIMATÉRIO
Myllena Karen Freitas de Almeida¹; Sidrack Lucas Vila Nova Filho²

¹ Nutricionista graduada pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP


Wyden
² Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

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RESUMO

Em mulheres, o envelhecimento está atrelado a mudanças corporais como a diminuição


hormonal, que se estende até a fase não reprodutiva, chamada de climatério. Esse período
traz uma série de alterações fisiológicas, psíquicas e sociais e além de declínio do
metabolismo ósseo e alteração do metabolismo lipídico. Assim, o objetivo do estudo foi
analisar os efeitos da suplementação de cálcio e vitamina D em mulheres no climatério.
Para isto, foi realizada uma revisão da literatura nas bases de dados Scielo, Bvs, Medline
e Pubmed. Foram utilizadas 8 publicações originais, nacionais e internacionais dos
últimos 5 anos e excluídos estudos que não descreveram a dosagem dos suplementos e/ou
efeitos da suplementação. A partir dos resultados, conclui-se que a suplementação
combinada ou isolada de vitamina D e cálcio mostrou-se benéfica na prevenção de efeitos
adversos na saúde óssea e cardiovascular, porém no metabolismo glicêmico os resultados
foram inconclusivos.
PALAVRAS-CHAVE: Climatério, Vitamina D, Cálcio, Dieta, Menopausa.

INTRODUÇÃO

O climatério é uma fase da vida que compreende a transição entre o período


reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher, ocorre próximo aos 40 anos e se
estende até os 65. Ela corresponde ao último ciclo menstrual, reconhecido após 12 meses
da sua ocorrência e é, assim, um marco inserido no climatério (BRASIL, 2016).
O climatério pode ser dividido em três períodos: Pré-menopausa, perimenopausa
e pós-menopausa, nos quais ocorre uma série de alterações endócrinas, metabólicas,
vasomotoras, psíquicas e sociais, com variação de tempo e sintomas específicos em cada
mulher, que implicam na qualidade de vida e contribuem para certos agravos à saúde
(BRASIL, 2008). Neste período, cerca de 60% a 80% das mulheres queixam-se de
fogachos, depressão, ansiedade, insônia, palpitações, esquecimento, secura vaginal, dores
articulares, tonturas, irritabilidade, entre outros sintomas (PEIXOTO et al., 2015).
Nesse contexto, a menopausa resulta em alterações metabólicas que contribuem
para o aumento do risco de doenças cardiovasculares: aumento da lipoproteína de baixa
densidade (LDL) e diminuição da lipoproteína de alta densidade (HDL) e para o ganho
de peso (LEUZZI, MARZULLO e MODENA, 2012; CARRANZA-LIRA,
AZPILCUETA e ORTIZ, 2016). Além disso, o déficit hormonal leva a um período de
perda óssea acelerada que pode contribuir para o aparecimento de osteoporose, o que
prejudica a qualidade de vida e contribui para a morbidade (LO, BURNETT-BOWIE e
FINKELSTEIN, 2011; CYGANEK et al., 2016).
Para a promoção do alívio da sintomatologia, orienta-se a prática de atividade
física associada a hábitos alimentares saudáveis e o uso de fármacos destinados à redução
dos sintomas durante esse período (PEIXOTO et al., 2015). Portanto, a alimentação é um
fator de risco para comorbidades associadas ao climatério, e a ingestão dos nutrientes
deve ser analisada com cuidado (LIMA et al., 2016).

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Diante disso, sugere-se que dois micronutrientes são essenciais nessa etapa: o
cálcio e a vitamina D. O déficit desses micronutrientes pode resultar em osteopenia,
osteomalacia e osteoporose, além do risco de fraturas, com prejuízos na mineralização e
na qualidade óssea (LEE e KIM, 2018). Segundo o estudo de LIMA et al. (2016), foi
observado que as mulheres climatéricas não consumiam as recomendações mínimas
preconizadas para cálcio e vitamina D, uma vez que esta também é importante para
manter a calcemia dentro da normalidade.

OBJETIVO

Sumarizar o conhecimento atual sobre o papel da suplementação de cálcio e


vitamina D no climatério.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura a partir de levantamento


bibliográfico que se deu a partir de buscas em publicações nacionais e internacionais nas
bases de dados SCIELO, BVS, MEDLINE e PUBMED. Foram incluídos artigos que
abordavam mulheres durante o climatério, que realizaram suplementação de cálcio e
vitamina D isoladamente ou associados a outras substâncias e publicados entre 2016 a
2021. Foram excluídos artigos de revisão, artigos que não descreveram a dosagem dos
suplementos e/ou efeitos da suplementação desses micronutrientes nos seus resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A presente revisão apresenta resultados de 8 artigos originais sobre os efeitos da


suplementação de cálcio e vitamina D nas mulheres climatéricas, sintetizados na tabela
1.
Tabela 1: Classificação dos artigos utilizados na presente pesquisa de acordo com o
objetivo, metodologia aplicada e os principais resultados publicados no período de 2016
a 2021.
AUTORES E OBJETIVO METODOLOGIA PRINCIPAIS
ANO DE GERAL RESULTADOS
PUBLIÇAÇÃ
O

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Kruger et al. Comparar efeitos Estudo randomizado de um Observou-se que
(2017) de leite fortificado ano, no qual 121 mulheres comparado ao leite
com vitamina D, (idade média de 59 anos) normal, o leite
alto teor de cálcio e foram divididas em dois fortificado suprimiu os
FOS-inulina ao grupos: o grupo controle e marcadores de
leite normal, sobre o grupo de intervenção remodelação óssea e
os aspectos da (recebeu o leite fortificado tendeu a diminuir a
saúde óssea em com 1200 mg de cálcio, 96 perda da densidade
mulheres pós- mg de magnésio, 2,4 mg de mineral óssea (DMO)
menopáusicas. zinco, 15 mg de vitamina D do colo do fêmur.
e 4 g de FOS-inulina por
dia).
Schnatz et al. Analisar o efeito da Estudo prospectivo, Foi visto que as
(2017) suplementação de randomizado, duplo-cego e reduções no LDL-C
cálcio e vitamina D, controlado por placebo, no foram maiores entre as
com e sem terapia qual 36.282 mulheres de 50 mulheres randomizadas
hormonal (TH) e os a 79 anos foram divididas em para cálcio mais
fatores de risco para um grupo de intervenção vitamina
doenças (suplementação de 1.000 mg D e terapia hormonal do
cardiovasculares. de carbonato de cálcio que para aquelas
elementar e 400 UI de randomizadas para
vitamina D3/dia) e grupo intervenção isolada ou
placebo. placebo.

Reyes-Garcia Determinar o efeito Estudo randomizado com Foi visto que a ingestão
et al. (2018) da ingestão diária 500 mulheres pós- diária do leite
de leite enriquecido menopáusicas saudáveis enriquecido com cálcio
com cálcio e divididas em três grupos: e vitamina D induziu
vitamina D na Baixa dose: 120mg/100mL uma melhora
vitamina D sérica, de cálcio e 30 UI/100mL de significativa nos níveis
metabolismo ósseo vitamina D3; grupo A: de vitamina D e
e fatores de risco 180mg/100mL de cálcio e aumento da DMO no
cardiovascular. 120UI/100mL vitamina D3; colo do fêmur.
e grupo B: 180mg/100mL de
cálcio e 120UI/100mL de
vitamina D3 e FOS (5 g/L).
Vitale et al. Avaliar o efeito de Estudo prospectivo, Foi constatado que
(2018) uma preparação randomizado e controlado houve uma redução
com isoflavonas, por placebo. Durante um significativa dos
cálcio, vitamina D e ano, 50 mulheres com idades sintomas vasomotores,
inulina em entre 42 e 57 anos, melhora da qualidade de
mulheres na receberam preparações orais vida, da função sexual e
menopausa. de isoflavonas (40mg), um aumento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


cálcio (500mg), vitamina D significativo nos níveis
(300UI) e inulina (3g) ou séricos de HDL.
placebo (grupo controle).
Nahas-Neto Avaliar o efeito da Estudo randomizado duplo- O estudo constatou
et al. (2018) suplementação de cego e controlado, no qual aumento nas
vitamina D 160 mulheres foram concentrações de 25
isoladamente nos divididas em: grupo VD, que (OH) D e diminuição
marcadores de recebeu suplementação de dos níveis de
remodelação óssea vitamina D3 (1000 UI/dia) e paratormônio (PTH) no
em mulheres pós- grupo placebo. Foram grupo VD.
menopáusicas mais analisados os marcadores de
jovens. reabsorção e formação óssea
e as concentrações
plasmáticas de 25 (OH) D.
Bislev et al. Estudar os efeitos Ensaio randomizado duplo- Foi observado que a
(2018) da suplementação cego controlado por placebo. suplementação com
de vitamina D3 Durante dois anos, 81 vitamina D3 aumentou
sobre a saúde óssea mulheres pós-menopáusicas significativamente os
durante o inverno, saudáveis foram divididas níveis de 25 (OH) D,
em um grupo de em um grupo de enquanto o PTH foi
mulheres saudáveis suplementação diária de reduzido. Ainda, foi
na pós-menopausa. vitamina D3 (70 mg [2.800 visto uma melhora na
UI] e grupo placebo. A saúde resistência óssea das
óssea foi avaliada por mulheres que
marcadores de remodelação receberam a
óssea. suplementação.
Watcharanon Determinar os Ensaio clínico randomizado, A combinação de
et al. (2018) efeitos da com a participação de 52 vitamina D2 com
exposição ao sol em mulheres na pós-menopausa. exposição à luz solar foi
comparação a As participantes foram mais eficaz para manter
suplementação oral divididas em um grupo de os níveis de 25-
de vitamina D2 exposição ao sol e outro hidroxivitamina D do
associada a grupo de exposição ao sol que a exposição à luz
exposição ao sol com suplementação de solar isolada.
nos níveis de 25 vitamina D (20.000 UI por
(OH) D. semana).
Ferreira et al. Avaliar o efeito da Ensaio duplo-cego Mulheres submetidas à
(2020) suplementação controlado com 160 suplementação de
isolada de vitamina mulheres pós-menopáusicas vitamina D3 tiveram
D (VD) no perfil de randomizadas em dois menor risco de
risco da síndrome grupos: grupo VD (1000 UI síndrome metabólica,
metabólica (SM) de vitamina D3/ dia) ou hipertrigliceridemia e
grupo placebo. Durante hiperglicemia.

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em mulheres na intervenção de 9 meses,
pós-menopausa. foram coletados colesterol
total, LDL, HDL,
triglicerídeos, glicose e
insulina.

Segundo Kruger et al. (2017) a suplementação de um leite fortificado com cálcio,


vitamina D e FOS-inulina induziu aumento dos níveis séricos de 25 (OH) D e diminuição
dos marcadores de remodelação óssea: Telopeptídeo C-terminal (CTX) de 0,45 mg/l para
0,35 mg/l e Propeptídeo de colágeno tipo 1 (P1NP) de 48 mg/l para 42 mg/l. Esses
achados se mostram benéficos visto que os níveis aumentados de marcadores de
reabsorção óssea estão associados a um risco aumentado de fratura. Ainda, a DMO do
colo do fêmur reduziu significativamente no grupo controle e permaneceu estável no
grupo de intervenção, o que indica um papel protetor para a saúde óssea e proteção contra
fraturas futuras. A partir dos dados de Reyes-Garcia et al. (2018) foi observado que no
grupo de baixa dose houve um aumento do paratormônio (PTH), enquanto que nos demais
não houve diferenças estatísticas. A DMO do colo femoral aumentou nos grupos que
receberam doses mais altas e não foram encontradas alterações nos marcadores de
remodelação óssea nesse estudo. Achados semelhantes foram descritos em uma meta-
análise, na qual foi visto que a alta ingestão de cálcio e vitamina D pode diminuir as
concentrações de PTH, reduzir a perda óssea e aumentar a DMO, o que demonstra
potencial inibidor no desenvolvimento de osteoporose (LIU et al., 2020).
Nahas-Neto et al. (2018) também identificaram uma diminuição de 21,3% nos
níveis de PTH nas mulheres que realizaram a suplementação isolada de vitamina D3 por
9 meses, enquanto que no grupo placebo houve aumento de 8,5%. Assim, sugere-se uma
relação inversa entre os níveis de vitamina D e PTH. Foi constatado também redução nos
marcadores de remodelação óssea CTX (-24,2%) e P1NP (-13,4%) apenas no grupo
suplementado.
O estudo de Bislev et al. (2018) aponta suplementação isolada de vitamina D3,
durante 3 meses de inverno e constatou como efeitos aumento nos níveis de 25 (OH) D e
1,25 (OH) D, enquanto que o PTH foi reduzido (-0,7 pmol/l) do grupo suplementado.
Nesse estudo não houve diferença na DMO da coluna lombar, quadril e antebraço, porém
aumentou no trocânter e no colo femoral, além do aumento da resistência óssea estimada
na tíbia e na espessura trabecular.
Os achados de Vitale et al. (2018) têm como diferencial a suplementação com uma
preparação que contém isoflavonas associadas a cálcio e vitamina D. Segundo estudos de
revisões sistemáticas, as isoflavonas demonstram efeitos positivos sobre alguns sintomas
presentes no climatério e sobre o perfil lipídico (CHEN, KO e CHEN, 2019; KANADYS
et al., 2019). Nesse estudo, houve aumento dos níveis de HDL, no entanto não é possível
determinar a qual das substâncias da preparação se deve o resultado.
Já no estudo de Schnatz et al. (2017) foi observado que os efeitos da
suplementação de cálcio e vitamina D para fatores de risco de doenças cardiovasculares
são potencializados quando combinados à terapia hormonal (TH). Observaram nas

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mulheres que receberam a suplementação de cálcio, vitamina D e TH efeitos mais
favoráveis no perfil lipídico, com uma maior redução nos níveis de colesterol total e LDL,
quando comparados às suplementações de cálcio, vitamina D e TH isoladamente. Assim,
parece que essa combinação é mais eficaz para a homeostasia do metabolismo lipídico
das pacientes climatéricas (JIANG et al., 2019).

CONCLUSÃO

Diante do que foi mencionado no estudo, conclui-se que a suplementação


combinada ou isolada de vitamina D e cálcio mostra-se benéfica no viés preventivo para
efeitos adversos na saúde óssea e cardiovascular das mulheres climatéricas, e, dentro no
benefício cardiovascular, parece que essas suplementações auxiliam principalmente no
controle lipídico sanguíneo.

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CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: UMA MANIFESTAÇÃO


ODONTOLÓGICA DA SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ

Viviane Dantas Minervino1; Divaldo Luiz de Souza Marinho2; Nelly Ângelo Cavalcanti3;
Pablo Kauã Ladislau Freire4; Ranaissa Vieira da Silva5; Simone Gomes Torquato6
1,2,3,4,5
Graduando(a) em Odontologia pelo Centro Universitário de João Pessoa
6
Fisioterapeuta. Mestre em Fisioterapia pela Universidad Nuestra Señora de Asunción

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A síndrome de Gorlin-Goltz é um transtorno hereditário autossômico causado pela
mutação do gene Patched. O ceratocisto odontogênico apresenta a segunda maior
expressão da síndrome, com incidência de 70% a 90% dos casos relatados. O presente
estudo visa revisar a literatura mais atual acerta dos ceratocistos odontogênicos
relacionando-os como uma expressão da Síndrome de Gorlin-Goltz. Trata-se de uma
revisão de literatura do tipo descritiva e qualitativa. Foram selecionados artigos em
português, inglês e espanhol, estudos de revisão de literatura, pesquisas realizadas com
prontuários médicos, relatos de caso e pesquisas com população do tipo longitudinal de
coorte; disponíveis de forma gratuita e publicados na integra, de 2015 aos dias atuais, nas
bases de dado PubMed, Scielo e BVS. Nessa conjuntura, dados afirmam que os cistos
odontogênicos são manifestações constantes da síndrome de Gorlin-Goltz e diante das
alterações fisiopatológicas, compreende-se a relevância do acompanhamento desses
pacientes por uma equipe multiprofissiona

Palavras-chaves: Síndrome de Gorlin-Goltz. Ceratocisto Odontogênico. Manifestação


Odontológica. Diagnóstico Multidisciplinar.

INTRODUÇÃO
A síndrome de Gorlin-Goltz, ou ainda, síndrome do carcinoma nevoide, é um transtorno
hereditário autossômico dominante de alta penetrância e expressividade variável, causado
pela mutação do gene Patched (PTCH 1), que é um supressor tumoral localizado no
cromossomo 9. Em 1960, os pesquisadores RJ Gorlin e RW Goltz, relacionaram o
conjunto de casos encontradas na literatura anterior com uma única patologia, concluindo
que se tratava de uma síndrome que tinha como característica principal a tríade clássica,
apresentando clinicamente: carcinomas basocelulares múltiplos, anomalias ósseas e
ceratocistos.
O diagnóstico dessa síndrome é destacado por meio do método proposto por Evans et al.
(1993) e Kimonis et al. (1997), onde foram listadas e classificadas diversas expressões
clínicas e classificadas como critérios maiores e menores. Para confirmação é necessário
que o paciente apresente, pelo menos, dois critérios maiores que se associam a dois
critérios menores.
O ceratocisto odontogênico representa a segunda maior expressão da síndrome, com
incidência de 70% a 90% dos casos relatados, sendo classificado como um tumor de
origem odontológica com crescimento lento, agressivo, expansivo e assintomático
quando em sua fase inicial. Possui predileção pela região posterior da mandíbula.
Radiograficamente apresenta-se como uma imagem radiolúcida, multi ou unilocular, de
margens regulares e limites bem definidos, podendo ou não estar relacionado a um dente.
Dessa forma, a expressão odontológica dessa síndrome pode permitir um diagnóstico

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


precoce, iniciado pelo cirurgião-dentista, assim como, a adequação para um tratamento
multidisciplinar e mais efetivo.
OBJETIVOS
O presente estudo visa revisar a literatura mais atual acerta dos ceratocistos
odontogênicos, que são expostos como lesões benignas do complexo maxilomandibular,
relacionados como uma expressão da Síndrome de Gorlin-Goltz. Com os resultados
obtidos desta revisão, propõe-se analisar a relação quantitativa entre a lesão e a síndrome,
bem como, a taxa de recidiva após o tratamento do tumor e confirmar a importância do
diagnóstico precoce, muitas vezes realizado pelo cirurgião-dentista, e o tratamento
multidisciplinar como fator principal para um prognóstico positivo do paciente.
METODOLOGIA
O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura do tipo descritiva e qualitativa.
Os artigos utilizados foram pesquisados nas bases de dado PubMed, Scielo e BVS,
utilizando os descritores isolados e combinados “Síndrome de Gorlin-Goltz and tumor
ceratocistico odontogênico”, “Odontologia no diagnóstico da síndrome de Gorlin-Goltz”,
“Ceratocisto odontogênico and Síndrome de Gorlin-Goltz”, assim como, seus respectivos
termos em inglês e espanhol. Foram incluídos na amostra artigos em português, inglês e
espanhol; estudos de revisão de literatura, pesquisas realizadas com prontuários médicos,
relatos de caso e pesquisas com população do tipo longitudinal de coorte; desde que
disponíveis de forma gratuita e publicados na integra de 2015 até os dias atuais.Foram
excluídos trabalhos que após a leitura completa que apresentaram ausência de detalhes
sobre as patologias mencionadas e a inexistência da descrição sobre a relação entre o
tumor ceratocistico e a Síndrome de Gorlin-Goltz. No total foram selecionados, 10 artigos
que foram utilizados como base desta revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na década de 1950, o termo Ceratocisto Odontogênico foi empregado para englobar todos
os cistos odontogênicos que envolvia queratina. Estes Ceratocistos são expostos como
lesão benignas do complexo maxilo mandibular, assintomáticos, com grande destruição
óssea e de crescimento potencial elevado, quando encontrado multiplos ou reicidivos
cistos o diagnóstico pode estar associado a “Síndrome de Gorlin”.
Esse tumor é uma neoplasia cística intraóssea, derivada de fragmentos de lâmina dental,
tecido epitelial e remanescentes do folículo dentário, estruturas que darão origem aos
elementos dentários no processo de odontogênese. Os cistos neoplásicos são classificados
de duas formas, o esporádico (não relacionado com a síndrome) e o que está ligado a
Síndrome de Gorlin Goltz. Ambos apresentam conduta biológica, desenvolvimento e
índice de recidiva divergentes.
A síndrome é uma moléstia pouco popular, que leva a complicações multiorgânicas, mais
notória na infância ou adolescência. É caracterizada pela tríade comprometendo com

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


diversos sistemas: ósseo, ocular, tegumentar, nervoso e endócrino. O relato de caso
quantitativo intitulado “Ceratocisto odontogênico maxilar: relato de caso clínico” do ano
de 2015, mostrou que a síndrome de Gorlin Goltz é de baixa incidência e afeta ambos os
sexos, existindo por uma situação hereditária rara, repassada por traços autossômicos
dominantes, com forte infiltração e com aparência extremamente variável. O tratamento
do ceratocisto relacionado ou não a patologia, pode ser feito por marsupialização, onde é
realizado apenas o esvaziamento desse cisto sem que haja retirada, e a enucleação, onde
a lesão é removida por completo.
No entanto, quando o tratamento de enucleação é feito em uma lesão isolada a taxa de
recidiva é de 30%, já quando associado a síndrome, essa taxa cresce consideravelmente
representando um total 80%. Não obstante, pode ocorrer o surgimento de novos tumores
em outras localidades em um período de até 20 anos, podendo chegar a até 28 tumores
em um único indivíduo, de acordo com a literatura. Devido ao ceratocisto ser a segunda
maior expressão da síndrome e representar um dos maiores achados radiográficos em
clínicas odontológicas, a inserção do cirurgião-dentista, tanto no diagnóstico inicial e
diferencial, quanto no tratamento, representa o aumento da qualidade do atendimento e
da maior expectativa de preservação sistêmica e odontológica dos pacientes com
Síndrome de Gorlin-Goltz.

CONCLUSÃO
Nessa conjuntura, dados afirmam que os cistos odontogênicos são manifestações
constantes da síndrome de Gorlin-Goltz, ocorrendo em até 65% a 70% dos casos, onde,
muitas vezes, tem uma recidiva frequente e um tratamento bastante agressivo quando não
diagnosticado precocemente. Diante das alterações fisiopatológicas que a Síndrome de
Gorlin Goltz causa, compreende-se a relevância do acompanhamento desses pacientes
por uma equipe multiprofissional, especialmente pelo cirurgião dentista, uma vez que este
é o responsável direto pelo diagnóstico e tratamento da principal morbidade associada à
síndrome.

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ASPECTOS CLÍNICO-DIAGNÓSTICOS DO LOBO HEPÁTICO DE BERHARD
L. RIEDEL
Rodrigo dos Santos Dias1; Raí Barbosa da Silva1; Marcos Douglas Marques Rodrigues1;
Pedro Henrique Souza dos Santos Menezes1; Charlles Augusto Andrade Pimenta1

1
Graduandos em Medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso
Email do autor para correspondência: [email protected]
RESUMO
As principais variações morfológicas do fígado têm seu diagnóstico geralmente incidental
e feito por imagem. Algumas podem ser reveladas por lesões e complicações durante
procedimentos cirúrgicos ou por simularem patologias. O lobo de Riedel é uma variação
anatômica de prevalência variável, rara e mais comum em mulheres. É caracterizado por
um prolongamento em forma de língua do parênquima hepático. A presença dessas
características estruturais pode acarretar valores de hepatimetria alterados, sem que isso
represente hepatomegalia verdadeira ou presença de tumoração maligna. O presente
trabalho aborda as características e implicações clínicas do lobo de Riedel, bem como a
importância do exame de imagem para exclusão de diagnóstico equivocado advindo desta
variação estrutural e morfológica do fígado.
PALAVRAS-CHAVE: Lobo de Riedel, diagnóstico, hepatologia

INTRODUÇÃO

Bernard L. Riedel em 1888 foi o primeiro a descrever uma variação anatômica do


fígado caracterizada por um prolongamento caudal com maior recorrência no lobo
hepático direito, se apresentando como condição adquirida ou congênita. Assim, o
referido achado levou o seu nome como epônimo: Lobo de Riedel. Desde então, estudos
foram realizados visando determinar a real existência do lobo de Riedel, sua prevalência,
predileção por sexo, suas implicações clínicas e causas de seu aparecimento. Nesse
âmbito, esse artigo visa realizar uma revisão de literatura sobre as evidências científicas
do tema até Março de 2019.

OBJETIVO
Realizar revisão de literatura sobre a variação anatômica Lobo Hepático de
Riedel.

METODOLOGIA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Realizou-se busca eletrônica em março de 2019, detendo-se nas bases de dados
PubMed e Medline, sem limitação de data. O descritor utilizado foi “Riedel’s lobe of the
liver”. Restringiu-se a pesquisa aos artigos publicados em inglês. Selecionou-se apenas
os artigos que mencionaram o lobo de Riedel do fígado no título ou no resumo, os quais
foram lidos na íntegra, excetuando-se os que por limitações dos mecanismos de buscas
não foram encontrados. Utilizou-se como critério de elegibilidade artigos que abordassem
o lobo hepático de Riedel.

RESULTADOS
Foram encontrados 61 artigos nas bases de dados utilizadas (37 no PubMed, 24
no Medline). Retirou-se os artigos indexados em mais de uma base de dados resultando
em um contingente de 37 artigos após esse procedimento. Dos 37 estudos restantes, 11
foram excluídos por serem publicados em um idioma diferente da língua inglesa.
Ademais, 10 artigos foram excluídos da análise por não serem encontrados na íntegra
através dos mecanismos de busca e não terem sido disponibilizados após contato prévio
com autores e/ou revista de origem. Dessa forma, restaram 17 artigos que foram lidos na
íntegra para realização desta revisão sistemática.
Todos os 17 artigos falaram sobre algum tipo de definição do lobo de Riedel ou
sua prevalência, 9 abordaram procedimentos clínicos ou cirúrgicos (relatos de caso), 5
citaram ou utilizaram meios de diagnóstico de imagem na detecção do lobo hepático de
Riedel.
Todos os 17 artigos apresentaram algum tipo de definição ou estatísticas de
prevalência/incidência sobre o lobo hepático de Riedel, onde 15 eram revisões de
literatura, com definição detalhada. Os estudos referentes a relatos de caso e técnicas
cirúrgicas detinham uma definição sintética dessa variação anatômica como um
prolongamento caudal do lobo direito do fígado que poderia ser confundida como uma
massa palpável ao exame físico. Dos 17 artigos, 8 apresentavam dados sobre prevalência,
que incluía sexo (30% em mulheres acima dos 40 anos e 15% em homens), idade
(prevalência maior em populações mais velhas) e população em geral (31%).
Em 2017, um estudo de revisão literária feita por Glenisson et al destacou uma
prevalência de 3,3 a 14,5% na população, sendo que a prevalência era maior em mulheres
do que em homens (4,5-19,4% 2,1 a 6,1%).
Cinco artigos apresentavam implicações cirúrgicas causadas pelo lobo de Riedel.
Destes, três relatavam casos de mulheres e um retratava o caso de um homem. Além disso,
a maioria dos casos se tratavam de adultos acima de 51 anos, havendo um sobre um jovem
de 18 anos.
Quanto aos sintomas, em todos os casos os pacientes apresentavam dor abdominal,
mudando qual a posição do foco da dor, como no quadrante superior direito ou inferior

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direito. Além disso, foi verificado torção do lobo, dificuldade no acesso ao rim direito,
obstrução gástrica e lesões metastáticas.
Dos quatro estudos relacionados com cirurgia analisados, os profissionais
realizaram o procedimento cirúrgico pela técnica laparoscópica em três dos casos e
fizeram uma laparotomia em um dos casos.
Do total de 18 artigos, 15 apontaram a utilização de exames de imagem para a
identificação do lobo de Riedel nos pacientes atendidos, seja citando a utilidade dessas
ferramentas diagnósticas, ou mesmo reportando o uso prático em um paciente específico.
Farmar et. al. utilizou-se da esplenoportograma para identificar varizes esofágicas
e obstrução das veias portas, oriundas de processo fibrótico exclusivo no lobo de Riedel,
só constatado depois de cirurgia laparoscópica. Bensaad, A., & Algaba, R. citaram a
utilização de exame de imagem para identificação da variação anatômica.
Yano, K. et al. fizeram uso de uma combinação de imagens não invasivas para
identificar a morfologia precisa, bem como estimar a função hepática do paciente. A
ultrassonografia forneceu dados da localização e extensão do lobo de Riedel, destacando
o limite inferior da crista ilíaca, como também comparações da textura do parênquima do
lobo e do resto do fígado. No mesmo estudo, a tomografia computadorizada estimou o
tamanho de 10 cm do lobo de Riedel e a ressonância magnética revelou que um
estreitamento transversal de parênquima hepático separava o lobo de Riedel das demais
estruturas do órgão.
Elliot O. Lipchik et al. utilizou-se da esplenoportografia para identificação do lobo
de Riedel, descartando a presença de tumor hepático. Em outro caso, o mesmo autor relata
o uso da cintilografia para verificar a impressão clínica do lobo de Riedel, mostrando a
extensão do tecido parenquimatoso em funcionamento.
DISCUSSÃO
O conceito mais presente nos artigos analisados traz o lobo de Riedel como uma
variação anatômica rara caracterizada por um prolongamento em forma de língua do lobo
direito do fígado. Neste aspecto, estudos mais recentes destacam uma maior
especificidade dessa expansão hepática, sendo os segmentos V e VI acometidos pela
hipertrofia geradora do lobo em questão.
Salienta-se, ainda, a presença de função fisiológica semelhante ao restante do
parênquima hepático, uma vez que tal lobo detém o complexo portal, ramos arteriais e
biliares, assim como a totalidade do tecido hepático.
No tocante à utilização de métodos de imagens para o diagnóstico, os autores dos
artigos analisados apontaram a identificação do lobo de Riedel e sua morfologia como
principais resultados, uma vez que no exame físico sugeria massa palpável anormal.
Nesse sentido, os exames foram úteis em comparar a textura do lobo em questão
com o resto do parênquima hepático, o que auxiliou na exclusão de diagnóstico de tumor
maligno, bem como para o direcionamento da conduta hospitalar/terapêutica a ser

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escolhida. Além disso, os limites anatômicos também foram analisados, onde o lobo foi
descrito como uma elongação para baixo, alcançado os limites da crista ilíaca.
Exames como a cintilografia foram importantes para a análise da circulação e da
função fisiológica do lobo anormal identificado pelos exames de Tomografia
Computadorizada e Ressonância Magnética.
A maioria dos artigos ressalta a importância dos exames de imagem para a
exclusão de diagnóstico potencial errôneo de tumor no fígado e outras lesões extra-
hepáticas, dando ênfase para a realização de todos os exames e sua análise em conjunto
para o correto diagnóstico.
A relevância clínica de conhecer esta variação anatômica está no fato de nem
sempre o lobo de Riedel permanecer assintomático. Além disso, doenças como carcinoma
hepatocelular ou até metástases podem acometer este lobo. A incidência de tumores
somente neste lobo é equivalentemente de 0,2 a 4,2%. Não obstante, há o risco de torção
neste lobo. Em casos assintomáticos o tratamento é conservador, corroborando a conduta
de acompanhamento ambulatorial das pacientes supracitadas. Clinicamente, as técnicas
de exame físico como inspeção, ausculta, percussão e palpação são utilizadas para
determinar a forma, o tamanho e a consistência do fígado, no entanto, é necessário ter em
mente que o lobo de Riedel por vezes não é palpável.
CONCLUSÃO
O lobo de Riedel é uma extensão do parênquima hepático do lobo direito do fígado
caracterizado por uma hipertrofia dos segmentos V e VI, com prevalência variável, mais
frequente nas mulheres. Referente à clínica, é assintomático, porém há relatos nos quais
são descritos complicações em demais órgãos abdominais, como o estômago e rins.
Quanto à abordagem cirúrgica em casos relacionados ao lobo de Riedel, a técnica
laparoscópica é a mais utilizada. No que tange aos métodos diagnósticos, as técnicas não
invasivas são as mais utilizadas, com destaque para a tomografia computadorizada,
ressonância magnética com grande ênfase na utilização conjunta desses métodos.
Destarte, o lobo de Riedel é uma variação anatômica rara, sendo muitas vezes
confundido com neoplasias ao exame físico, porém, quando se recorre a exames de
imagem sua benignidade é identificada , na maioria das vezes, com prognóstico favorável
que justifica a alta hospitalar.

REFERÊNCIAS

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diagnostic and therapeutic challenge for surgeons. Hepato-gastroenterology, v. 58, n. 106,
p. 589-592, 2011.

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Medical Journal, v. 28, 2017.
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clinical implications. Anatomia Clinica, v. 7, n. 4, p. 285-299, 1985.
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presence of Riedel's lobe of the liver. Journal of endourology, v. 19, n. 3, p. 300-302,
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GLENISSON, M. et al. Accessory liver lobes: anatomical description and clinical
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KUDO, Masatoshi. Riedel's lobe of the liver and its clinical implication. Internal
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KURNIAWAN, Juferdy et al. Riedel's Lobe: Clinical Importance of a Rare Variant in
Liver Morphology. Acta Medica Indonesiana, v. 49, n. 1, p. 57-62, 2017.
LIPCHIK, Elliot O.; SCHWARTZ, Seymour I. Angiographic and scintillographic
identification of Riedel's lobe of the liver. Radiology, v. 88, n. 1, p. 48-50, 1967.
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SUNDER, Yadav Kamal et al. Laparoscopic management of a two staged gall bladder
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Methods: The History, Physical, and Laboratory Examinations. 3rd edition, 1990.

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YANO, Koji et al. Riedel's lobe of the liver evaluated by multiple imaging modalities.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


EFEITOS TERAPÊUTICOS DO GINSENG EM MULHERES NA
MENOPAUSA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Kamyla Milene Alcântara Freitas1; Anna Julie Medeiros Cabral1; Beatriz Aragão Pascoal
Carneiro1; Eduardo Franco Correia Cruz Filho1; Raissa Sanjuan Guedes Lima1; Rafaela
Luna Fernandes1; Maria do Socorro Vieira Pereira2

1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2
Farmacêutica. Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
INTRODUÇÃO: Existem muitas terapias eficazes para o tratamento dos sintomas que as
mulheres na menopausa apresentam, a terapia complementar com ginseng é uma delas.
OBJETIVOS: Estudar acerca dos efeitos do ginseng no climatério.
METODOLOGIA: Uma revisão integrativa utilizando a Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e incluir cinco artigos de nove encontrados nos últimos cinco anos disponíveis.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O ginseng é uma das ervas isoladas frequentemente
usadas para reduzir o estresse, aumentar a energia, fortalecer o sistema imunológico e
também para outros benefícios que oferecem a redução do risco de certos tipos de câncer,
hipertensão, diabetes, a melhora da função sexual e a redução de resfriados comuns.
CONCLUSÃO: Esse estudo concluiu que o ginseng contém evidências positivas por
conseguir gerenciar a saúde da mulher na menopausa e que não há resultados mostrando
efeitos específicos na frequência das ondas de calor, nos hormônios, nos biomarcadores
ou na espessura endometrial.
Palavras-chaves: Ginseng. Mulheres. Climatério. Menopausa. Efeitos Terapêuticos.

INTRODUÇÃO: Diante das mudanças que os corpos das mulheres na menopausa


apresentam, há sintomas que podem ser tratados de forma eficaz com terapia de reposição
hormonal (TRH) e com terapias complementares, como é o caso dos medicamentos
fitoterápicos com ginseng. Desse modo, é necessário avaliar criticamente como são os
efeitos oferecidos pelo ginseng nos sintomas da saúde da mulher na menopausa como: na
sua função sexual, na sua qualidade de vida, na suas mudanças de humor, nas ondas de
calor, na alteração do sono, na alteração do equilíbrio vaginal, nos suores noturnos, na
diminuição da libido e no comprometimento da função cognitiva.

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OBJETIVOS: Analisar os efeitos do ginseng em mulheres com sintomas na menopausa.
METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa utilizando como fonte de
pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os descritores utilizados estão presentes
no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e foram “Ginseng”, “Mulheres”,
“Climatério”, “Menopausa” e “Efeitos Terapêuticos” combinadas com o operador
booleano “AND”. Sendo incluídos cinco artigos dos últimos cinco anos disponíveis em
inglês e excluídos quatro artigos disponíveis em francês e em relatos de casos sem relação
com o tema.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Há riscos associados à TRH, que levam muitas
mulheres na menopausa a usarem terapias complementares como o ginseng, já que essa
é uma das ervas fitoterápicas isoladas frequentemente usadas para que possa reduzir o
estresse, aumentar a energia e fortalecer o sistema imunológico no climatério da mulher.
Além disso, essa erva fitoterápica também oferece outros benefícios por meio da redução
do risco de certos tipos de câncer, de uma hipertensão, de uma diabetes, de alguns
resfriados comuns e também por meio da melhora da função sexual feminina. Outro fator
importante, é que os possíveis mecanismos de ação do ginseng incluem efeitos hormonais
semelhantes aos do estrogênio, o que comprova o ginseng poder exercer prorpiedades
estrogênicas benéficas por meio da ligação direta dos receptores de estrogênio como:
genisteína, daidzeína e resveratrol nos sintomas da menopausa. Nesse sentido, diante dos
cinco artigos incluídos nesta revisão, foram realizados dez ensaios clínicos randomizados
(RCTs) controlados por placebo de ginseng. Em dois deles, houveram efeitos positivos
nos sintomas da menopausa e efeitos benéficos na depressão, no bem-estar e na saúde
geral desse público feminino no climatério. Em quatro, não ofereceram efeitos
significativos em hormônios entre o ginseng vermelho coreano (KRG) e os controles com
placebo, exceto o hormônio dehidroepiandrosterona (DHEA). Enquanto os outros quatro
RCTs, não mostraram efeitos do ginseng americano nos marcadores de estresse oxidativo
e em outras enzimas antioxidantes. Diante disso, nesses outros quatro RCT’s, a maioria
também apresentou risco incerto de viés.
CONCLUSÃO: Esse estudo mostrou que o ginseng contém evidências positivas por
conseguir gerenciar a saúde da mulher na menopausa melhorando os seus sintomas na
função sexual e na pontuação total de ondas de calor. Contudo, não há resultados que
mostram efeitos específicos na frequência das ondas de calor, nos hormônios, nos
biomarcadores ou na espessura endometrial. Portanto, dá para perceber a importância de
uma análise crítica sobre os estudos de ervas fitoterápicas como o ginseng e os seus efeitos
oferecidos na saúde da mulher no climatério.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GHORBANI, Zahra et al. O efeito do ginseng na disfunção sexual em mulheres na


menopausa: um estudo duplo-cego, randomizado e controlado. Terapias
complementares em medicina , v. 45, p. 57-64, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LEE, Hye Won et al. Ginseng para controlar a saúde da mulher na menopausa: uma
revisão sistemática de estudos duplo-cegos, randomizados e controlados por placebo.
Medicine , v. 95, n. 38, 2016.

CHUNG, Young Shin et al. Efeitos do Ginseng Vermelho Coreano (Panax ginseng CA
Meyer) sobre os sintomas da menopausa em mulheres na pré-menopausa após cirurgia
ginecológica de câncer: um ensaio duplo-cego, randomizado e controlado. The Journal
of Alternative and Complementary Medicine , v. 27, n. 1, pág. 66-72, 2021.

KWON, Yu-Jin et al. Efeito do ginseng vermelho coreano sobre os metabólitos do


colesterol em mulheres na pós-menopausa com hipercolesterolemia: um estudo piloto
randomizado controlado. Nutrientes , v. 12, n. 11, pág. 3423, 2020.

KANG, In Soon et al. Efeito da co-administração de Panax ginseng e Brassica oleracea


na osteoporose pós-menopausa em camundongos ovariectomizados. Nutrientes , v. 12,
n. 8, pág. 2415, 2020.

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BENEFÍCIOS DO USO DE ISOFLAVONAS EM MULHERES NO
CLIMATÉRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Raíssa Sanjuan Guedes Lima1; Anna Julie Medeiros Cabral1; Beatriz Aragão Pascoal
Carneiro1; Eduardo Franco Correia Cruz Filho1; Kamyla Milene Alcântara Freitas1;
Rafaela Luna Fernandes1; Maria do Socorro Vieira Pereira2
1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ.
2
Farmacêutica. Doutura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO: O climatério representa uma fase de mudança na vida das mulheres, trazendo
consigo várias alterações. Visando uma melhora na vida das mulheres acometidas pela
menopausa, a fitoterapia com o uso de isoflavonas é um ótimo aliado.
Palavras-chaves: Isoflavonas. Mulheres. Climatério. Menopausa. Efeitos Terapêuticos.

INTRODUÇÃO: A menopausa é o nome dado ao fim dos ciclos menstruais, que ocorre
em média por volta dos quarenta e cinco anos de idade. No entanto, só é confirmada, de
modo retrospectivo, quando a mulher fica em média, um ano sem menstruar. A Síndrome
climatérica é o nome dado ao conjunto de sintomas que podem ocorrer na mulher que está
na perimenopausa, ou seja, que está no período que inicia alguns meses/anos antes e
termina alguns meses/anos depois da menopausa. Diante das mudanças que os corpos das
mulheres sofrem durante esse período da menopausa, há sintomas que podem ser
melhorados de forma eficaz com terapia de reposição hormonal (TRH) e com terapias
complementares. Dessa forma, o uso correto de isoflavonas como terapia complementar,
apresenta inúmeros benefícios para a saúde da mulher durante esse período do climatério.

OBJETIVOS: Tem como objetivo analisar e entender os inúmeros benefícios que o uso
regular e constante de isoflavonas podem oferecer as mulheres que fazem uso de modo
correto durante o período de menopausa.

MÉTODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa utilizando como fonte de


pesquisa a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed. Os descritores utilizados estão
presentes no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e foram “Isoflavonas”,
“Mulheres”, “Climatério”, “Menopausa” e “Efeitos Terapêuticos” combinadas com o
operador booleano “AND”. Foram aplicados como fonte de estudos quatro artigos mais
atuais e significantes sobre o tema, dos quais foram utilizados os dos últimos cinco anos
disponíveis na literatura portuguesa e inglesa e excluídos artigos disponíveis em espanhol
e russo, e relatos de casos sem relação com o tema.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO: Inúmeros são os riscos que estão associados à terapia
de reposição hormonal (TRH), que, por esse motivo levou muitas mulheres no período da
menopausa, procurarem outros métodos eficazes de tratamentos, como, a terapia
complementar com o uso de isoflavonas. A qual é classificada como fitoestrógenos e
moduladores seletivos do receptor de estrogênio. Os efeitos fitoestrogênicos das
isoflavonas levaram alguns a ver os alimentos à base de soja e os suplementos de
isoflavonas como alternativas à terapia hormonal convencional, já que, seu uso regular
ajuda a aliviar as síndromes vasomotoras, reduzem a perda óssea na coluna de forma
significativa, melhoram a hipertensão, o controle glicêmico in vitro, reduzem as ondas de
calor, mesmo contabilizando o efeito placebo, porém, é importante que contenham
quantidades suficientes da genisteína isoflavona de soja predominante. Ainda assim,
mostram efeitos benéficos na pressão arterial sistólica durante a menopausa precoce e
melhoram a função endotelial.

CONCLUSÃO: Com base nesse estudo ficou notório que, o uso regular e correto de
isoflavonas contém evidências significativamente positivas por conseguir melhorar a
saúde da mulher de modo consideravelmente na menopausa, aliviando assim os seus
sintomas e reduzindo riscos de futuras doenças. Por outro lado, o uso desse fitoterápico
não mostra efeitos definitivos na melhora da cognição e dos sintomas urogenitais
femininos. Isso se dá pela falta de padronização nos projetos de estudo, como os
ingredientes e doses de isoflavonas e as durações e resultados dos testes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABSHIRINI, Maryam; OMIDIAN, Mahsa; KORD-VARKANEH, Hamed. Efeito da


proteína de soja contendo isoflavonas na função endotelial e vascular em mulheres na
pós-menopausa: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos
randomizados. Menopausa , v. 27, n. 12, pág. 1425-1433, 2020.

CHEN, Li-Ru; KO, Nai-Yu; CHEN, Kuo-Hu. Suplementos de isoflavona para mulheres
na menopausa: uma revisão sistemática. Nutrientes , v. 11, n. 11, pág. 2649, 2019.

CHEN, Li-Ru; CHEN, Kuo-Hu. Utilização de isoflavonas em soja para mulheres com
síndrome da menopausa: uma visão geral. International Journal of Molecular
Sciences , v. 22, n. 6, pág. 3212, 2021.

KANADYS, Wiesław et al. Efeitos das isoflavonas de soja nos marcadores bioquímicos
do metabolismo ósseo em mulheres na pós-menopausa: uma revisão sistemática e meta-
análise de ensaios clínicos randomizados. Jornal Internacional de Pesquisa Ambiental
e Saúde Pública , v. 18, n. 10, pág. 5346, 2021.

ZHANG, Lulu et al. Idade na menopausa, índice de massa corporal e risco de diabetes
mellitus tipo 2 em mulheres chinesas pós-menopáusicas: The Henan Rural Cohort

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


study. Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases , v. 30, n. 8, pág. 1347-
1354, 2020.

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VERIFICAÇÃO DA VIABILIDADE DE MICRO-ORGANISMOS PRESENTES
EM BEBIDAS LÁCTEAS E REPOSITORES DE MICROBIOTA INTESTINAL

Artur Fernando Soares da Silva1; Gustavo Henrique da Costa Araújo2; Denise Jeane
Batista dos Santos3; Gabriela Montin de Melo Padua4; Valdemir Vicente Da Silva Júnior5

1,2
Biomédico pelo Centro Universitário dos Guararapes
3,4
Biomédica pelo Centro Universitário UniFBV
5
Biomédico, Mestre e Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de
Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Anualmente inúmeros probióticos são comercializados mediante a alegação de possuir


em sua composição microrganismos vivos capazes de melhorar o funcionamento do
corpo. O intuito deste trabalho foi verificar a qualidade e a viabilidade desses produtos.
Através de técnicas da microbiologia, foi realizado o semeio das amostras e junto com os
resultados, avaliou-se em específico alguns micro-organismos que estão diretamente
ligados à microbiota humana. Contribuindo assim, com o conhecimento popular sobre a
real utilidade e benefícios dos probióticos para o organismo. Os produtos foram obtidos
através de compras em mercados e farmácias, submetidos a diferentes temperaturas e o
semeio foi realizado em placas contendo ágar nutriente (AN) e ágar BHI. Observaram-se
os crescimentos nas placas e algumas amostras que obtiveram crescimento, foram
submetidas à coloração de Gram e visualizadas sob microscopia óptica. Observaram-se
micro-organismos condizentes com os descritos pelos fabricantes e os resultados
positivos e negativos foram reportados.

Palavras-chaves: Análise, Leveduras, Microbiota Intestinal, Lactobacillus, Probióticos.

INTRODUÇÃO

Os Lactobacilos e leveduras são microrganismos que auxiliam na manutenção da


microbiota intestinal, estabilização do pH e na síntese de vitaminas. Sabendo disso, foram
elaboradas inúmeras bebidas lácteas e repositores de flora intestinal que afirmam possuir
microrganismos vivos em sua composição. De acordo com a publicação da International
Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) de 2014, probióticos são
definidos como "microrganismos que, quando consumidos vivos, conferem um efeito
benéfico no hospedeiro". Esses micro-organismos são capazes de melhorar o equilíbrio
microbiano intestinal produzindo efeitos positivos à saúde do indivíduo. Alimentos e
medicamentos probióticos são os principais repositores de microbiota intestinal que por
sua vez mantém a flora em perfeito equilíbrio. Os benefícios são múltiplos podendo citar

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a prevenção de infecção e patologias, equilíbrio do pH da microbiota, melhoria na
digestão, melhoramento do sistema imunológico, etc.
OBJETIVOS

• Verificar se as formas de armazenamento nos supermercados não prejudicam a


viabilidade dos microrganismos (Lactobacillus).
• Verificar a viabilidade dos microrganismos Lactobacillus presentes em bebidas
lácteas e repositores de flora quando submetidas à temperatura ambiente e
aquecidos a 40°C;
• Avaliar a viabilidade de leveduras presentes em repositores de flora intestinal;
• Verificar a viabilidade de Lactobacillus submetidos a crescimento em
anaerobiose.

METODOLOGIA

Materiais Utilizado

1. Medicamentos repositores de flora e bebidas lácteas fermentadas


2. Bolsa térmica
3. Bico de Bunsen
4. Alças
5. Placa de Petri
6. Ágar BHI
7. Ágar Agar Nutriente
8. Becker 1000ml
9. Termômetro
10. Água destilada
11. Lancetas
12. Fósforo
13. Soro fisiológico
14. Coloração de Gram
15. Pipeta de Pasteur

Locais de realização do trabalho

Os experimentos desse trabalho com respeito à verificação de viabilidade dos


Lactobacillus e leveduras foram realizados no laboratório multidisciplinar 01 do Centro
Universitário dos Guararapes (UNIFG).

Coleta, preservação e identificação das amostras.

As bebidas lácteas (BL) foram obtidas em supermercados que apresentaram condições de


armazenamento adequado, em torno de -4º. O acondicionamento para transporte foi
realizado em bolsa térmica. Os diferentes fabricantes foram identificados como C, D, E,

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F e G. Quanto aos repositores de flora intestinal (RF), foram adquiridos por meio de
amostras grátis de farmácias e identificados como A e B. Todas as amostras estiveram
acondicionadas em temperatura estipulada por cada fabricante no laboratório de biologia
molecular da UNIFG. Nos casos das placas de cultivo, foram identificadas como
“Quente” as placas submetidas à temperaturas elevadas no experimento (40/45º), e como
“ambiente” as que estavam na temperatura padrão do laboratório (aproximadamente 23º).

Semeio

O semeio foi realizado em forma de estrias por esgotamento com o intuito de se obter
colônias de bactérias isoladas e de melhor qualidade. Essa técnica consiste em dividir a
placa em três ou quatro quadrantes e semear todo material ao longo da placa.

Teste de esterilidade e incubação

As placas contendo ágar BHI e AN foram produzidas e levadas a estufa, que possui uma
constante temperatura de 37±1°C, para o teste de esterilidade no dia 06/11/2019 às 17:00,
e no dia seguinte, 07/11/2019 às 14:30 foram retiradas para conferir a viabilidade das
mesmas. As que estavam contaminadas foram descartadas para que não houvesse
interferência no semeio. O procedimento com os produtos iniciou-se por volta das 15:30
do dia 07/11/2019 com o semeio em estrias por esgotamento, todas as placas cultivadas
foram levadas para a estufa às 16:20. A maioria das placas tiveram crescimento em
aerobiose, exceto as do repositor de flora B, nas quais foram submetidas à anaerobiose e
se mantiveram assim até às 16:20 do dia 08/11/2019, no qual foi o dia em que se observou
os resultados dos semeio. Para o procedimento de incubação em anaerobiose utilizou-se
uma chama que posteriormente foi encoberta por um recipiente de vidro cuja abertura foi
vedada com papel filme possibilitando o consumo do oxigênio.

Coloração de Gram

Para realizar a coloração de Gram, foi utilizado cristal violeta, lugol, álcool acetona e
fucsina. Usou-se essa técnica para realizar a coloração das lâminas das seguintes placas:
A quente BHI, B quente BHI e G quente BHI pois apresentaram melhor resultado na visão
macroscópica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

PRODUTO + MEIO CRESCIMENTO QUALIDADE CONTAMINAÇÃO


A (AMBIENTE) – BHI POSITIVO NORMAL -
A (QUENTE) – BHI POSITIVO BOA -
A (AMBIENTE) – AN POSITIVO BOA -
A (QUENTE) – AN POSITIVO BOA -
B (AMBIENTE) – BHI POSITIVO BAIXA SIM

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B (QUENTE) – BHI POSITIVO BAIXA -
B (AMBIENTE) – AN POSITIVO BAIXA -
B (QUENTE) – AN POSITIVO BAIXA -
C (AMBIENTE) – BHI POSITIVO BAIXA -
C (QUENTE) – BHI POSITIVO BAIXA -
C (AMBIENTE) – AN POSITIVO BAIXA SIM
C (QUENTE) – AN POSITIVO BAIXA SIM
D (AMBIENTE) – BHI POSITIVO BAIXA -
D (QUENTE) – BHI NEGATIVO - SIM
D (AMBIENTE) – AN NEGATIVO - -
D (QUENTE) – AN NEGATIVO - -
E (AMBIENTE) – BHI POSITIVO BAIXA -
E (QUENTE) – BHI NEGATIVO - SIM
E (AMBIENTE) – AN NEGATIVO - -
E (QUENTE) – AN NEGATIVO - -
F (AMBIENTE) – BHI NEGATIVO - -
F (QUENTE) – BHI NEGATIVO - -
F (AMBIENTE) – AN NEGATIVO - -
F (QUENTE) – AN NEGATIVO - -
G (AMBIENTE) - BHI POSITIVO BOA SIM
G (QUENTE) – BHI POSITIVO BOA -
G (AMBIENTE) – AN POSITIVO NORMAL -
G (QUENTE) – AN POSITIVO NORMAL -

Quadro 1. Representação do crescimento/ contaminação dos produtos analisados sob


duas condições de temperatura.

Figura 1. Bacilos gram-positivos (esquerda) e células leveduriformes gram-positivas


(direita).

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De acordo com os resultados, pode-se observar a possível comprovação da existência dos
microrganismos procurados na pesquisa. É de extrema importância a apuração desses
dados visando a comprovação de alguns pontos levantados. Observa-se que a elevação de
temperatura pode não afetar diretamente a qualidade do produto, levando em
consideração que a maioria dos resultados negativos em condições elevadas também se
apresentaram negativos na temperatura ambiente, sendo os produtos D e E exceções. A
qualidade sinalizada no quadro 1 não está necessariamente associada a qualidade do
produto, apenas ao quão enriquecido foi o crescimento das colônias naquela placa, ou
seja, o quanto houve crescimento sob a extensão da área semeada. As placas nas quais
ocorreram contaminação não estão sendo consideradas como resultados confiáveis na
conclusão do projeto, principalmente as que tiveram resultado negativo para as bactérias
esperadas. As bifidobactérias são microrganismos anaeróbios estritos, logo, o oxigênio
dissolvido no repositor de flora B pode ter ocasionado interferência na sua viabilidade, o
que justifica o crescimento baixo uma vez que a composição do repositor possui também
Lactobacillus sp. O fato de que a maioria dos resultados positivos foram no meio BHI
deve-se ao meio que é mais enriquecido do que o AN, que por sua vez, estaria classificado
apenas como um meio de manutenção.

CONCLUSÃO

O presente não realizou uma análise quantitativa, porém, sabe-se que a quantidade de
unidade formadoras de colônia (UFC/ ml) para que um alimento seja considerado
probiótico é de 106 UFC/mL. Leva-se em consideração que o presente trabalho é um
estudo preliminar que necessita de informações mais precisas principalmente do ponto de
vista quantitativo. O presente estudo demonstrou que o meio ágar BHI conseguiu
recuperar mais satisfatoriamente os micro-organismos contidos nas bebidas lácteas e
repositores de flora. As diferenças de temperatura não surtiram efeito no crescimento dos
micro-organismos e a coloração de Gram ratificou a presença dos micro-organismos
descritos pelos fabricantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CUNHA et al. Avaliação físico-química, microbiológica e reológica de bebida láctea e


leite fermentado adicionados de probióticos. Rede de Revistas Científicas da América
Latina. v. 29, n. 1, p. 103-116, 2008.

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alimentação e Nutrição. v.19, n.3, p. 291-297, 2008.

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International Dairy Journal. v.18, n.7, p.714-728, 2008.

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ÓBITOS POR ANEMIA FERROPRIVA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
BRASILEIRO: UM ESTUDO DESCRITIVO

Analice Barbosa Santos de Oliveira1


1
Graduanda em Nutrição pela Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL (DF)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A deficiência de ferro é uma causa comum de anemia em indivíduos saudáveis e é
considerado um problema global de saúde, que pode levar à degradação da qualidade de
vida dos pacientes e ao prognóstico mais sério em pacientes com doenças crônicas. Trata-
se de estudo descritivo quantitativo e qualitativo com objetivo de quantificar os óbitos
ocorridos na rede hospitalar pública brasileira, o Sistema Único de Saúde (SUS), no
período de janeiro de 2010 a julho de 2021 através de relatórios fornecidos pelo Sistema
de Informações Hospitalares do SUS, o DATASUS, utilizando como descritores: Anemia
por deficiência em ferro com a delimitação de 2010 a 2021.
Palavras-chaves: Anemia Ferropriva; Nutrição; Óbito; Sistema Único de Saúde.

INTRODUÇÃO

A deficiência de ferro é a principal doença nutricional em todo o mundo e é a


forma mais prevalente e tratável. O ferro (Fe) é essencial para praticamente todos os
organismos vivos, ele é parte integrante de várias funções metabólicas, além da essencial
tarefa de transportar o oxigênio na hemoglobina.
O ferro é um micronutriente essencial que está envolvido em muitas funções vitais
em humanos, pois desempenha um papel crítico no crescimento e desenvolvimento do
sistema nervoso central, entre outras primordiais e a falta dele tem manifestações
multifacetadas, incluindo fadiga, queda de cabelo e pernas inquietas. Importante ressaltar
que a anemia por deficiência de ferro, com baixo volume corpuscular médio e
hemoglobina corpuscular média, está presente apenas no estágio final da deficiência de
ferro.
A deficiência em ferro é a doença nutricional mais comum do mundo e está
associada ao atraso no desenvolvimento, comprometimento do comportamento,
diminuição do desempenho intelectual e diminuição da resistência a infecções.
Especialistas segue o protocolo de abordagem para a anemia por ferropriva envolvendo 3
etapas: a identificação da deficiência em ferro, a investigação e o gerenciamento da

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etiologia subjacente e a reposição de ferro (pode-se indicar outros micronutrientes aliados
também). Para se investigar, se faz necessário a utilização de exames como o da medula
óssea, que é o padrão ouro para o diagnóstico de anemia por deficiência de ferro, porém
é um procedimento doloroso, invasivo e caro, mas existem outros métodos
como: receptor de transferrina solúvel, ferro sérico, ferritina sérica e saturação de
transferrina, que são os biomarcadores mais comuns do estado de ferro.
A ferritina é a encontrada em todas as células e é uma importante proteína de
reserva do ferro. Nos exames observamos se: Ferritina sérica <15 μg / L em adultos e <12
μg / L em crianças com função renal normal se confirma o diagnóstico de anemia
ferropriva, enquanto níveis de ferritina> 100 μg / L, o excluem. Sabe-se que as pessoas
estão em risco quando os valores de hemoglobina estão abaixo de 11 g/dL para mulheres
e de 12 g/dL para homens.

OBJETIVOS
Quantificar os óbitos ocorridos na rede hospitalar pública brasileira, no Sistema
Único de Saúde (SUS), no período de janeiro de 2010 a julho de 2021 através de relatórios
fornecidos pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS, o DATASUS.

METODOLOGIA
Trata-se de estudo descritivo quantitativo e qualitativo com objetivo de quantificar
os óbitos ocorridos na rede hospitalar pública brasileira, no Sistema Único de Saúde
(SUS), no período de janeiro de 2010 a julho de 2021 através de relatórios fornecidos
pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS, o DATASUS, utilizando como
descritores: Anemia por deficiência em ferro. No menu do DATASUS foi selecionado:
óbitos, todas idades, raças e gêneros e todas as 27 unidades federativas brasileiras.
Importante observar que trata-se de óbitos na rede pública de saúde. Não há dados neste
trabalho sobre óbitos na rede suplementar.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Óbitos nas unidades federativas brasileiras por anemia ferropriva

Unidade Federativa Sigla Região Quantitativo


Casos
Rondônia RO Norte 60
Acre AC Norte 69
Amazonas AM Norte 26
Pará PA Norte 56

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Amapá AP Norte 12
Tocantins TO Norte 15
Maranhão MA Nordeste 86
Piauí PI Nordeste 64
Ceará CE Nordeste 389
Rio Grande do Norte RN Nordeste 15
Paraíba PB Nordeste 554
Pernambuco PE Nordeste 436
Alagoas AL Nordeste 50
Sergipe SE Nordeste 66
Bahia BA Nordeste 569
Minas Gerais MG Sudeste 688
Espírito Santo ES Sudeste 137
Rio de Janeiro RJ Sudeste 388
São Paulo SP Sudeste 1.122
Paraná PR Sul 171
Santa Catarina SC Sul 124
Rio Grande do Sul RS Sul 588
Mato Grosso do Sul MS Centro-oeste 81
Mato Grosso MT Centro-oeste 38
Goiás GO Centro-oeste 134
Distrito Federal DF Centro-oeste 86
Total de casos 6.024
Fonte: Elaboração pelo autor.

São 6.024 casos no Brasil de óbitos por anemia por deficiência em ferro, nos
últimos 10 anos. Evidenciou-se que no Ceará (389), na Paraíba (554), em Pernambuco
(436), Bahia (569), Rio de Janeiro (388), São Paulo (1.122) e no Rio Grande do Sul (588)
foram os estados com o maior quantitativo de casos. Todos os casos são preocupantes
tendo em vista se tratar de mortes ocorridas por deficiência nutricional.
A prevenção e o tratamento da deficiência de ferro precisa ser um dos principais
objetivos de saúde pública. O diagnóstico e o tratamento da anemia não devem ser
negligenciados, pois causa um impacto negativo na qualidade de vida, na capacidade de
exercício e na resposta ao tratamento dos pacientes, especialmente em pacientes com
doenças crônicas.

CONCLUSÃO
A deficiência de ferro é muito comum e acontece em nível global e o ferro tem
papéis fundamentais no nosso organismo. Observou-se que as cidades que tiveram

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números de óbitos consideráveis devem ser investigadas, quanto ao hábito alimentar e a
busca de possível insegurança alimentar e muni-las com Políticas Públicas mais efetivas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Therapy: a Literature Review. Clin Lab, Dec; v. 65, n. 12, 2019.
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MORENO-FERNANDEZ, J., . Iron Deficiency and Iron Homeostasis in Low Birth
Weight Preterm Infants: A Systematic Review. Nutrients, May; v. 11, n. 5, p. 1090,
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NING, S., ZELLER, M.P. Management of iron deficiency. Hematology Am Soc
Hematol Educ Program. Dec v. 6, n.1, p. 315-322, 2019.
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diagnosis of iron deficiency in children]. Arch Pediatr, May; v. 24, n. 5S, p. 5S6-5S13,
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TOUNIAN, P., CHOURAQUI, J.P. Fer et nutrition [Iron in nutrition]. Arch Pediatr,
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COVID-19 E PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS:
REVISÃO SIMPLES DE LITERATURA

Marilia Dagnon da Silva1; Lara Waldraff2; César Inácio Peruzzo Filho3; Giuglia Bertocco
de Paiva Nogueira4 Dra. Nataly de Luccas Bueno 5

1
Graduanda em Medicina pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul
2,3,4
Graduandos em Medicina pela Universidade de Marília
5
Médica preceptora do curso de medicina da Universidade de Marília. Cirurgiã do
Aparelho Digestivo, graduada pela Faculdade de Medicina de Marília
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O novo coronavírus que foi nomeado SARS-CoV-2 é o responsável pela doença
conhecida como COVID-19. O espectro clínico pode variar entre um quadro
assintomático e leve até mesmo a uma pneumonia grave com falência múltipla de órgãos.
Sintomas gastrointestinais podem estar presentes na maioria dos casos. A questão
norteadora da Revisão Simples de Literatura baseou-se em “Sintomas Gastrointestinais
em Pacientes com a COVID-19”. Pacientes infectados pela COVID-19 apresentam
expressivas alterações em sua microbiota intestinal, com redução da atividade antiviral
do organismo. A melhora do perfil de tal microbiota está associada à menor gravidade do
quadro clínico, inclusive dos sintomas gastrointestinais. São necessários incansáveis
esforços relacionados ao tema para estabelecer melhores protocolos de atendimento ao
novo coronavírus.

Palavras-chaves: COVID-19, SARS-CoV-2, Coronavirus, Microbioma Gastrointestinal.

INTRODUÇÃO
A COVID-19, doença causada pelo SARS-CoV-2, foi declarada como pandemia pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020, culminando, apenas no
Brasil, em mais de 602 mil casos fatais até o início do mês de outubro de 2021 de acordo
com dados do governo federal.
A COVID-19, que se alastrou mundialmente de forma extremamente rápida, possui
amplo espectro clínico, podendo se apresentar desde uma infecção assintomática até
mesmo como uma grave pneumonia, cursando com insuficiência respiratória aguda e
disfunção orgânica potencialmente fatal. Estão presentes também sintomas
gastrointestinais e se associam na maioria das vezes, tanto em pacientes pediátricos
quanto em adultos, a casos mais graves da doença. São eles: diarreia, anorexia, vômitos,

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náusea dor abdominal e sangramento gastrointestinal. É valido ressaltar que na ausência
de sintomas respiratórios a diarreia pode ser o primeiro preditor da doença.
As principais vias de transmissão do novo coronavírus são a via direta em que gotículas
respiratórias e aerossóis entram em contato com mucosas nasal, oral ou conjuntivas, bem
como a transmissão indireta através do contato com superfícies. A transmissão vertical, a
transmissibilidade por animais domésticos, uma possível transmissão viral por meio de
fezes de pacientes infectados ainda permanecem discutíveis. Ademais, é relevante
ressaltar que tanto pacientes sintomáticos quanto os assintomáticos são passiveis de
transmitir a COVID-19.
O diagnóstico confirmatório da doença é feito por meio de coleta de material como
aspirado de nasofaringe e amostra de secreção respiratória inferior para pesquisa de
material nucleico viral.

OBJETIVOS
Sintetizar os sintomas gastrointestinais presentes no paciente acometido pela COVID-19,
assim como a fisiopatologia que corrobora para a expressão dos mesmos.

METODOLOGIA
O presente estudo se trata de uma revisão da literatura confeccionada por meio de algumas
etapas: identificação da questão norteadora da pesquisa que se baseou em “Sintomas
Gastrointestinais em Pacientes com a COVID-19”; elaboração de critérios de exclusão e
inclusão; análise ativa dos dados coletados; compreensão dos resultados obtidos por meio
da literatura e apresentação da síntese da revisão.
A revisão foi confeccionada dentre os meses de novembro de 2020 a outubro de 2021
através do levantamento de dados de estudos demonstrados na língua inglesa, espanhola
e portuguesa, publicados principalmente no ano de 2020, na área médica que corresponde
a questão norteadora. Foram excluídos artigos da literatura que estivessem fora da
temática.
Foram utilizados os descritores ‘’coronavirus’’ e ‘’coronavirus AND gastrointestinal’’
para realização da pesquisa em bancos de dados on-line, a Biblioteca Eletrônica Cientifica
(Scielo) e a Livraria Nacional de Medicina (PMC). Foram encontrados 1249 artigos. Após
refinar a busca, 19 publicações foram selecionadas e analisadas criteriosamente, porém
apenas 14 delas foram utilizadas no trabalho de revisão de literatura. (Figura 1). Para
serem incluídos no estudo, os artigos foram analisados em sua totalidade e integralidade,
sendo realizada análise e reflexão consistente em torno do assunto.

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Figura 1: Etapas para seleção de artigos da literatura a serem abordados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A fisiopatologia do SARS-CoV-2 ainda não está bem definida, contudo foi demonstrado
que o vírus explora a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2), obtendo por meio
dessa, acesso a sua célula alvo. O SARS-CoV-2 possui RNA de única fita com a presença
de glicoproteínas de superfície S que são as responsáveis pelo reconhecimento do receptor
no organismo do hospedeiro, sendo que através da interação glicoproteína S – ECA2 há
a endocitose de partículas virais em células alveolares.
A ECA2 esta vertiginosamente presente no tecido intestinal estando correlacionada com
possíveis desfechos cardiopulmonares via microbiota intestinal, ademais, RNA viral foi
encontrado em fezes mesmo 12 dias após as amostras respiratórias estarem negativas. O
tropismo que o SARS-CoV-2 apresenta com o trato gastrointestinal explica sua presença
nas fezes já que o mesmo penetraria nas células digestivas do hospedeiro o que fortalece
a hipótese de que há atividade viral, bem como sua replicação em tal ambiente.
A chamada ‘’síndrome da tempestade de citocinas’’ possui amplo papel no mecanismo
patológico da COVID-19 correspondendo a uma resposta inadequada do sistema
imunológico perante um estímulo, com intensa liberação de mediadores inflamatórios.
O estado hiperinflamatório decorrente da infecção é responsável por repercussões a nível
sistêmico, particularmente em questão de seus efeitos deletérios na microbiota intestinal
do paciente. Por apresentar sintomas gastrointestinais (como mostra a figura 2), os
pacientes graves da COVID-19 foram submetidos a avaliações com o intuito de explanar
tal correlação. Náuseas e vômitos foram os sintomas gastrointestinais mais presentes de
acordo com diversos estudos, sendo o vômito mais frequente em pacientes pediátricos. A
diarreia é considerada um sintoma inicial por muitos autores, ocorrendo má absorção e
desequilíbrio da flora que resultam nesse quadro clínico, já que o vírus realiza também
replicação no trato intestinal. Pacientes acometidos pela doença apresentam alterações em
seus perfis hepático e pancreático, com aumento de transaminases, fosfatase alcalina,

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gama-glutamil transferase, amilase e lipase sérica, com lesão de hepatócitos e
colangiócitos devido ao processo de tropismo que ocorre em nível dos dutos biliares.
Figura 2 – Principais sintomas gastrointestinais em pacientes com o novo coronavírus

Fonte: Diagrama baseado em dados do estudo Oba (2020)

Além disso, a melhora do perfil da microbiota intestinal está associada à minimização do


quadro clínico e sintomas gastrointestinais da doença. Os microrganismos de tal ambiente
regulam diversas atividades fisiológicas de seu hospedeiro e possuem impacto na
atividade e saúde pulmonar por meio do mecanismo intitulado “eixo intestino-pulmão”:
um processo inflamatório pulmonar afetaria diretamente a microbiota intestinal, do
mesmo modo, metabólitos microbianos afetariam o órgão respiratório, constituindo
assim, uma relação bidirecional. Além disso, estudos apontam que a microbiota intestinal
tem seu papel na homeostase do organismo, no que diz respeito à regulação do sistema
imune inato e adaptativo ao aumentar a imunidade antiviral com maior expressividade de
células da imunidade.
Amostras apontaram que os pacientes infectados pela COVID-19 apresentam expressivas
alterações em sua microbiota intestinal no que tange a sua composição, processo
denominado disbiose intestinal com diminuição de bactérias habituais e instalação de
oportunistas. Distúrbios de tal microbiota faz com que a atividade antiviral do organismo
seja diminuída, com o aumento de permeabilidade da barreira intestinal que possibilita a
translocação de substâncias inflamatórias, agravando ainda mais o estado inflamatório.
Portanto, haveria uma desarmonia no eixo intestino – pulmão com consequente aumento
do estado inflamatório pulmonar e expressividade de sintomas gastrointestinais tornando
grave o dano pulmonar já instalado anteriormente.
CONCLUSÃO

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Foram observados sintomas gastrointestinais relacionados com desfecho desfavorável em
pacientes infectados pela SARS-CoV-2, os quais indicam um processo de disbiose
intestinal que tem papel de destaque no prognóstico da doença. São necessários
incansáveis esforços relacionados ao tema para estabelecer melhores protocolos de
atendimento ao novo coronavírus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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A INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS ALIMENTARES NA SAÚDE DE CRIANÇAS


EM IDADE ESCOLAR

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Julia Tavares Alves de Moura1; Kelen Martinelli Vargas1; Laura Júlia Magalhães de
Paiva1; Leticia Cecília Almeida Jardim1 , Lohana de Almeida Farias Magalhães1, Lorena
Gomes Martins1, Luiza Franco Reis1, Mayume Borges Ferreira da Silva1

1
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Belo Horizonte

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
O presente artigo é uma revisão bibliográfica que parte da compreensão de que os hábitos
alimentares inadequados na infância predispõem o surgimento de doenças. A obesidade
e o sobrepeso infantil são comorbidades crescentes na saúde pública, de etiologia
multifatorial e que afetam, principalmente, crianças em idade escolar, entre 6 e 10 anos.
Através de um levantamento bibliográfico nas bases de dados National Library Of
Medicine (PUBMED), a Scientific Electronic Library Online (SCIELO), assim como o
meio eletrônico do Governo Federal (Ministério da Saúde) e o Manual de Orientação do
Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria no período de 2010 a
2020, foi possível inferir a necessidade de promover ações que objetivem a redução da
problemática em questão, por meio de intervenções de cunho educacional, incluindo o
âmbito familiar e escolar, a respeito das consequências que os maus hábitos alimentares
podem ocasionar na saúde dessas crianças.
Palavras-chaves: Má Alimentação, Hábitos Alimentares, Idade Escolar, Sobrepeso
Infantil, Obesidade Infantil.

INTRODUÇÃO
Os índices crescentes de sobrepeso e obesidade infantil são considerados um grave
problema de saúde pública segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez
que crianças obesas têm mais predisposição de serem adultos com esta mesma
morbilidade. Não há uma causa única para a obesidade, sendo essa uma doença
multifatorial associada a fatores genéticos, culturais e psicológicos. Sabe-se que o
comportamento alimentar é moldado nos primeiros anos de vida e está diretamente ligado
ao ambiente familiar em que a criança está inserida, e por isso a conscientização dos pais
ou responsáveis é fundamental para que sejam evitados hábitos de compensação e
premiação associados à comida, assim como propagandas cativantes de produtos
industrializados, os quais são calóricos e de baixo poder nutritivo.

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OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica a respeito da
influência dos hábitos alimentares no desenvolvimento da obesidade em escolares, bem
como as consequências que esses podem gerar sobre a qualidade de vida das crianças.

METODOLOGIA
A busca referencial foi feita no período compreendido entre os meses de setembro e
outubro de 2020, e as bases de dados bibliográficos utilizadas para busca foram a National
Library Of Medicine (PUBMED), a Scientific Electronic Library Online (SCIELO),
assim como o meio eletrônico do Governo Federal (Ministério da Saúde), o Manual de
Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e a
Diretriz de Prática Clínica da Endocrine Society: Obesidade Pediátrica - Avaliação,
Tratamento e Prevenção. Sendo assim, como critério de inclusão para a pesquisa, foram
buscados artigos publicados entre os anos de 2010 a 2020, para que assim, fossem obtidos
dados mais recentes sobre a alimentação infantil e as consequências associadas ao seu
mau hábito.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a seleção do referencial teórico que se encaixasse nos critérios de inclusão
previamente definidos, foi aplicado o processo de análise textual, com a realização de
leitura seletiva para a escolha do material a ser utilizado. Como resultados, foram obtidos
110 artigos no PUBMED, 138 na SCIELO, dos quais apenas 8 e 13 foram selecionados,
respectivamente. Ademais, para os descritores Sobrepeso Infantil e Industrializados,
foram advindos 8 artigos na SCIELO, e destes foram selecionados 2. Também foi
utilizado 1 referencial teórico extraído do meio eletrônico do Ministério da Saúde para se
obter estatísticas, o Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade
Brasileira de Pediatria e a Diretriz de de Prática Clínica da Endocrine Society: Obesidade
Pediátrica - Avaliação, Tratamento e Prevenção; como forma de complemento à pesquisa.
Destaca - se que ao final da busca, foram utilizadas apenas 26 referências, já que estas se
enquadraram em todos os critérios de inclusão supracitados, formando assim, a base para
esta discussão.
A prevalência do sobrepeso e obesidade tem aumentado significativamente,
apresentando-se como um grande desafio de saúde pública na atualidade. Esse quadro
epidemiológico apresenta etiologia multicausal, podendo ser determinada por fatores
genéticos, psicológicos, fisiológicos (fatores endócrino-metabólicos) e ambientais (dieta
obesogênica e redução da prática de atividade física). Ademais, admite-se que os últimos
parecem ser os maiores responsáveis pela elevada prevalência de tal desordem
metabólica, o que confere a necessidade de acompanhamento nesse âmbito. A
identificação e rastreamento do excesso de peso é feito o monitoramento do
desenvolvimento da criança. Esse processo é importante, pois mediante isso intervenções

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precoces podem ser realizadas a fim de prevenir e controlar o desenvolvimento de outras
doenças crônicas.
Desde que a introdução alimentar é permitida, a composição da dieta deve ser equilibrada
e diversificada, fornecendo todos os tipos de nutrientes, evitando ofertas excessivas de
carboidratos simples e de lipídios. A qualidade e a quantidade da alimentação são
determinantes para a manutenção do peso e da saúde. Uma introdução alimentar adequada
é definitiva para a formação de hábitos alimentares saudáveis e evitar grandes
seletividades associadas à neofobia alimentar presente em crianças em idade escolar.
A alimentação exigente também é influenciada pela divulgação apelativa dos produtos
alimentícios. Levando em consideração o fácil acesso à internet e o aumento da
popularidade dos eletrônicos nos últimos anos e tendo em vista que a televisão é o
principal veículo de comunicação, principalmente entre as populações de baixa renda,
capaz de transmitir informações desde a educação até o entretenimento, um estudo
analisou a composição dos alimentos anunciados durante a programação infantil da TV e
constatou que 50% dos produtos eram ricos em açúcar, o que influencia diretamente na
escolha de alimentos ultraprocessados. Ademais, a limitação dos pais na disponibilidade
de guloseimas em casa, é reconhecidamente benéfica em comparação com pais que
estabelecem padrões e normas de bonificações em troca de ingerir toda a refeição ou
certos alimentos e bebidas.
Os fatores socioeconômicos em que as crianças estão inseridas podem também influenciar
no desenvolvimento da obesidade, havendo maior prevalência nos estratos mais baixos.
Somado a isso, tem-se os comportamentos e estilo de vida pré-estabelecidos pelos pais.
O aumento da jornada de trabalho dos pais tem relação direta com os hábitos alimentares
das crianças, uma vez que, em grande parte, optam pelo consumo de alimentos
congelados e industrializados durante as refeições, por estes apresentarem maior
praticidade, serem de fácil acesso e não demandar tempo de preparo. Esse quadro
epidemiológico relaciona-se, também, com os estímulos que são ofertados às crianças,
isto é, se os pais incentivam as crianças a praticarem esportes e ao tempo à frente de telas
de dispositivos eletrônicos.
Atrelado à forte pressão exercida pelo mercado e pela mídia, no ambiente escolar também
se encontram alguns empecilhos para a manutenção de uma alimentação balanceada na
infância. Um dos pontos que se pode observar é que a maioria dos alimentos
comercializados em cantinas localizadas em estabelecimentos de ensino possuem baixa
qualidade nutricional, com predomínio de alimentos processados na composição dos
cardápios. Ademais, esses produtos muitas vezes são mais acessíveis, conferem certa
praticidade e são comumente mais baratos que os saudáveis, o que favorece seu alto
consumo nos colégios, resultando em uma alimentação rica em gorduras e açúcares
simples.
Portanto, as intervenções nutricionais direcionadas à obesidade desenvolvem-se não só
no ambiente familiar, mas também sabe-se que as escolas têm um papel fundamental na
prevenção e no tratamento desse distúrbio. Dessa maneira, essas devem desenvolver

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estratégias de intervenção que envolvam toda a comunidade escolar, incluindo pais,
educadores e funcionários no que se diz respeito à formação de hábitos de vida
saudáveis, propiciando aos escolares um ambiente com opções de lanches
nutricionalmente equilibrados, exercícios físicos regulares e programas de educação
nutricional com o intuito de se evitar a obesidade, porém caso essa condição já se faça
presente, seja possível enfrentá-la com maior êxito.

CONCLUSÃO
A partir dessa análise, assume-se que as causas da obesidade excedem condições
genéticas, físicas e biológicas. A obesidade propriamente dita está relacionada com
fatores socioeconômicos e sofre influência do ambiente familiar, uma vez que este é um
fator definitivo no padrão alimentar da criança e na frequência adequada da prática de
exercícios físicos. É imprescindível, então, a execução de ações que objetivem a redução
da obesidade, por meio de condutas que se façam presentes desde o período gestacional
(por meio da difusão de informações às gestantes sobre amamentação e introdução
alimentar), nas consultas de puericultura, em que o Índice de Massa Corporal (IMC) é
avaliado e visualizado ao registrar em caderneta da criança, preconizada pelo Ministério
da Saúde, até a idade escolar, momento em que as crianças já possuem maior poder de
escolha dos alimentos, com o objetivo de permitir uma melhor qualidade de vida,
promoção da saúde ainda na infância e prevenção das condições fisiopatológicas
associadas ao excesso de peso.

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REFLEXÕES DA ATUAÇÃO DO/A ASSISTENTE SOCIAL EM CUIDADOS
PALIATIVOS
Sthefani Barroso Ferreira1; Roger Müller Rodrigues Sousa Costa2; Eliany Cristina dos
Santos Fonseca3; Cibelly Theilon Ferreira Pereira4
2, 3, 4
Bacharel(a) em Serviço Social, Universidade Federal do Pará (UFPA)
1
Graduanda de Serviço Social, Universidade Federal do Pará (UFPA)
[email protected]

RESUMO

Segundo a OMS, o cuidado paliativo é uma abordagem de atenção integral e humanizada


aos pacientes e famílias que vivenciam as doenças ameaçadoras da vida. O objetivo deste
trabalho é “refletir sobre a atuação do/a Assistente Social em cuidados paliativos e
contribuir para a discussão no âmbito da categoria profissional na área da saúde”. A
intervenção do/a Assistente Social é fundamental para a integralização da assistência à
saúde e a viabilização dos direitos sociais dos usuários e de suas famílias, contribuindo
para a interdisciplinaridade da equipe multiprofissional em cuidados paliativos.

Palavras-chaves: Atenção Integral; Assistente Social; Cuidados Paliativos; Direitos


Sociais; Serviço Social.

INTRODUÇÃO

Segundo a OMS, o cuidado paliativo é uma abordagem de atenção integral e


humanizada aos pacientes e famílias que vivenciam as doenças ameaçadoras da vida,
visando alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, desde o diagnóstico
até ao momento que o usuário passa a integrar aos cuidados paliativos, a sua realidade é
totalmente impactada, logo, os cuidados paliativos não tem como objetivo buscar a cura
e sim promover ações multidisciplinares, visando alcançar o conforto e alívio em todos
os aspectos da totalidade dos sujeitos. É necessário enfatizar a importância de um olhar
ampliado do conceito de saúde, considerando as múltiplas dimensões biopsicossociais
dos sujeitos, por isso, a importância do acompanhamento de uma equipe multiprofissional
em cuidados paliativos, dentre esses, temos o/a Assistente Social na saúde, que tem o
objetivo de realizar a sua intervenção no âmbito dos determinantes sociais do processo
saúde-doença, identificar as demandas sociais e buscar estratégias para a viabilização de
direitos dos usuários e seus familiares, contribuindo para a efetivação de um
acompanhamento integral na saúde.

OBJETIVOS

Refletir sobre a atuação do/a Assistente Social em cuidados paliativos e contribuir


para a discussão no âmbito da categoria profissional na área da saúde

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METODOLOGIA

Realização de pesquisa integrativa sobre a temática “cuidados paliativos” em


trabalhos publicados nos anais do 15º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais
(CBAS), no total, identificou-se 14 produções bibliográficas, fundamentais para o
embasamento teórico deste trabalho, considerando a relevância da discussão entre a
categoria profissional na área da saúde.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Mediante as demandas dos usuários em cuidados paliativos e de suas famílias, que


estão vivenciando o sofrimento, adoecimento, a não aceitação, o medo e o desamparo, é
importante que o/a Assistente Social tenha a sua prática humanizada, reflexiva e crítica
para proporcionar o suporte necessário para a viabilização dos direitos assistenciais,
previdenciários e sociojurídicos, ao buscar suprir as necessidades do usuário e da família
durante o tratamento, internação e o pós-óbito. É preciso identificar e compreender a
realidade socioeconômica e cultural que influenciam nos cuidados do usuário paliativo,
levando em consideração de como aquela família se mantém financeiramente, quais as
condições de moradia, de vínculo empregatício, quais as crenças e como lidam com a
morte, esses são aspectos fundamentais para que o/a Assistente Social construa estratégias
para a viabilização dos direitos sociais, contribuindo com a qualidade do processo de
finitude digna.

É importante conhecer a rede de apoio do usuário paliativo, mobilizar e fortalecer


vínculos afetivos entre o usuário e a família, já que essa família se encontra em um
momento tão difícil, onde culturalmente a morte é um assunto considerado tabu em nossa
sociedade, não vista como um processo natural da vida, bem como identificar o contexto
social que está inserido para a apreensão das demandas em sua totalidade e articulação
com as demais políticas públicas. É necessário que o/a Assistente Social conheça a
dinâmica familiar do usuário e as suas demandas, por conta da sobrecarga na condição de
cuidador no domicílio e no hospital, pois quando esses usuários passam a integrar aos
cuidados paliativos, o grau de dependência aumenta, impactando de diferentes formas na
rotina das famílias.

O/a Assistente Social também deve considerar as condições de acesso a serviços,


como saneamento básico, moradia e renda, determinantes que interferem na qualidade de
vida dos usuários em cuidados paliativos que já se encontram debilitados, quando
necessário realiza-se a orientação e encaminhamentos para a viabilização de direitos
sociais, como a Aposentadoria, Pensão por morte, Auxílio Doença, Saque de Fundo de
Garantia do Tempo De Serviço (FGTS), Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa
família, Tratamento Fora de Domicilio (TFD), Saque do Programa de Integração Social
(PIS), Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) e procuradoria
ou curatela.

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A equipe multiprofissional deve estar em constante diálogo com o usuário e a
família, esclarecendo todas as dúvidas e informações acerca da situação de gravidade da
doença, proporcionando a participação nas decisões, questionamentos e sugestões no
tratamento, juntos à equipe multiprofissional, construindo uma relação de confiança e
prezando a humanização na saúde e a autonomia do usuário e a família. Os usuários em
cuidados paliativos também apresentam vulnerabilidade emocional, como os sentimentos
os sentimentos de tristeza, raiva, desesperança, a limitação nos afazeres domésticos,
afastamento do trabalho e o isolamento social, por isso, é fundamental a elaboração de
estratégias e ações no âmbito psicossocial para viabilizar o acompanhamento durante os
cuidados paliativos e pós-óbito com as famílias enlutadas.

CONCLUSÃO

Portanto, a intervenção do/a Assistente Social é fundamental para a integralização


da assistência à saúde e a viabilização dos direitos sociais dos usuários e de suas famílias,
contribuindo para a interdisciplinaridade da equipe multiprofissional em cuidados
paliativos. Mesmo deparando-se constantemente com os desafios da precarização dos
serviços de saúde, o Serviço Social tem o dever ético de contribuir na luta para o
fortalecimento do direito à saúde universal, integral e de qualidade para todos. Diante da
análise é possível concluir que é necessária a elaboração de estratégias para melhorar os
atendimentos em cuidados paliativos, na perspectiva da totalidade e da humanização,
considerando a sua história de vida, a sua realidade, necessidades, para que os usuários
sejam cuidados em sua plenitude.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DESAFIOS OBSERVADOS NA ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO HOSPITALAR

Débora Teixeira da Cruz1; Fernanda Cristina Rocha2; Gabrielly do Nascimento Braz3;


Letícia Meneghetti Lorenzoni4; Marileide Alves da Silva de Almeida5; Renata Evarini6;
Isadora Juliana Pires de Mattos7; Thays Aparecida Nunes Campozano8,
1
Radiologista, Psicóloga, Pedagoga, Graduanda em Direito, Doutora em Saúde UFMS),
Mestre em Bioética (UNIVÁS). Docente e Pesquisadora, Centro Universitário Unigran
Capital.
2,3,4,5
Graduandas em Psicologia, Centro Universitário Unigran Capital
6
Psicóloga, Especialista em Ciências da Saúde, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
7
Psicóloga, Mestre em Psicologia (UFMS) Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
8
Psicóloga, Mestre em Psicologia da Saúde (UCDB) Hospital Regional de Mato Grosso
do Sul

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Este trabalho buscou apresentar as dificuldades enfrentadas na atuação do Psicólogo


Hospitalar durante o período de estágio obrigatório realizado no Hospital Regional de
Mato Grosso do Sul - HRMS, que é referência no atendimento do COVID-19.
Considerando que a graduação em psicologia focaliza a prática clínica individual, a
dinâmica hospitalar representa um grande desafio de atuação, visto a rotina intensa e cheia
de imprevistos. Através de pesquisa e prática em campo foi possível observar dificuldades
diante das necessidades de estratégias emergentes para atuação que dê conta das
diferentes e urgentes demandas de maneira breve e efetiva. Por fim, o estágio possibilita
vislumbrar o que ainda precisa ser feito e lutado pela classe profissional, por uma atuação
relevante e ética.

Palavras-chaves: Desafios. Experiência. Atuação. Psicologia Hospitalar.

INTRODUÇÃO

Este estudo busca trazer os desafios observados durante o período de estágio


supervisionado obrigatório que foi realizado entre setembro e outubro de 2021 no
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - HRMS, uma instituição estadual que hoje é
referência no enfrentamento da COVID-19 e que tem como missão ser uma instituição
pública de atenção hospitalar voltada para a prestação de serviços referenciados em média
e alta complexidade, prestando assistência médico-hospitalar humanizada através do
Sistema Único de Saúde - SUS, promovendo saúde à comunidade em geral e valorizando
o desenvolvimento de seu potencial humano.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A psicologia hospitalar é uma área inovadora, sendo possível atuar em vários setores. O
principal objetivo do Psicólogo neste contexto é atuar no processo de adoecimento,
proporcionando suporte psicológico por meio do acolhimento e compreendendo o
paciente, família e equipe envolvida. O adoecimento gera sofrimento, o que pode causar
desorganização mental, sofrimento emocional e social na vida da pessoa (SILVA et al,
2017).

Nessa área de atuação percebe-se que as funções desempenhadas pelos psicólogos são
muito mais abrangentes do que nos modelos tradicionais de atendimento (ASSIS;
FIGUEIREDO, 2019). Nesse sentido, o psicólogo precisa englobar seus conhecimentos
e técnicas, aplicando-os de forma sistemática e ordenada para uma assistência integral do
sujeito adoecido, num olhar biopsicossocial. Cabe ao profissional ir além da doença,
fornecendo ao paciente e a família formas de aprendizagem e crescimento para este
momento difícil (SILVA et al, 2017).

Diante dos desafios observados na atuação do Psicólogo Hospitalar e, considerando que


o processo de adoecimento desencadeia sentimentos de medo, impotência, dúvidas e
incertezas, que podem levar a ansiedade e depressão, a atuação do Psicólogo é
necessária. A Psicologia Hospitalar é uma especialidade reconhecida com possibilidades
de atuação em diferentes abordagens teóricas (CASTRO; BORNHOLDT, 2004).

OBJETIVOS

Compreender os desafios apresentados na prática do psicólogo hospitalar dentro de um


hospital público. Assim como descrever as angústias diante deste campo de atuação.

METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica com acesso às bases de dados da internet como Scielo e Google
acadêmico e através da experiência do Estágio Supervisionado em Psicologia Hospitalar
no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul - HRMS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao se deparar com toda demanda solicitada pela dinâmica hospitalar surgiram


desafios e angústias, visto que a graduação em psicologia é generalista, mas em grande
parte proporciona aprendizagem de técnicas e intervenções voltadas para a prática clínica
individual. No entanto a Psicologia hospitalar possui diversas práticas advindas de
diferentes abordagens teóricas, proporcionando ao profissional uma pluralidade de
configurações de sua prática profissional (ASSIS; FIGUEIREDO, 2019).

A dinâmica hospitalar representa um dos grandes desafios de atuação do


Psicólogo, visto a rotina intensa e cheia de imprevistos, as visitas multiprofissionais aos
leitos, os registros em prontuários privativos e da equipe, as questões da atividade
profissional que deve sempre ser baseada na ética, nas técnicas e teorias psicológicas,
pois influenciam diretamente no objetivo da atuação que é dar o suporte emocional ao

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paciente hospitalizado (SILVA at al, 2017), os atendimentos rápidos, focais e por vezes
únicos, demandam do profissional uma habilidade em lidar com suas próprias frustrações
e emoções, por isso a importância da análise pessoal do profissional.

Durante as atividades práticas executadas no estágio, foi possível perceber a alta


demanda para poucos profissionais. O HRMS, conta com oito (8) andares, com
especialidades diferentes, em que três profissionais não dão conta de atender a todas as
necessidades e atuar nas especificidades, somente as emergentes. Com isso, cada
especialidade médica possui suas características e distinções, demandando do profissional
certo conhecimento das mesmas para que o atendimento seja melhor direcionado e o
sujeito seja compreendido em sua integralidade.

As interrupções, a falta de privacidade também fazem parte da rotina hospitalar,


que requerem do profissional uma habilidade em lidar com isso e não deixar que o
atendimento seja perdido. Muitas vezes, os outros profissionais não valorizam o
Psicólogo, por isso outro desafio é construir esse lugar.

A atuação ética e profissional geram implicações tanto para os paciente,familiares


e equipe atendidas quanto para a classe profissional e, por esse motivo, é relevante que
o profissional se mantenha atualizado, buscando sempre uma atuação condizente com a
formação para que o saber psicológico não se banalize e seja levado ao senso comum,
agregando aos demais conhecimentos.

CONCLUSÃO

A atuação profissional carrega muitos desafios e ainda apresenta muitas limitações. O


estágio possibilita vislumbrar o que ainda precisa ser feito e lutado pela classe
profissional, por uma atuação relevante e ética.

Frente à realidade observada durante o Estágio no contexto Hospitalar, onde a demanda


de atendimento psicológico é grande e com necessidades de estratégias emergentes para
uma intervenção que dê conta das diferentes e urgentes demandas, nos fazendo confirmar
a importância de uma experiência específica em Psicologia Hospitalar.

Sendo assim, é necessário avanços de pesquisas sobre esta área de atuação, visto que
ainda existe muito para estudo para se aprofundar, assim como ampliar o conhecimento
das intervenções que podem ser utilizadas dentro do hospital.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE DIETAS VEGETARIANAS NA
PERFORMANCE DE ATLETAS ADULTOS

Jedidias Portela dos Santos¹; Sidrack Lucas Vila Nova Filho²


¹ Nutricionista graduado pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
² Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

RESUMO
A dieta vegetariana é consumida por várias pessoas, dentre elas os atletas, que têm
consumido a dieta por questões de saúde dentre outras causas, porém, parece haver medo
entre eles em consumirem esse tipo de dieta. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar
se uma dieta vegetariana é apropriada para atletas de forma que seu desempenho não seja
prejudicado. Portanto, foram utilizados artigos científicos publicados nas principais bases
de dados entre 2016 e 2021 que contemplassem o uso de dietas vegetarianas em atletas
adultos, com as seguintes palavras chaves: atletas, desempenho atlético e dieta
vegetariana. Em suma, nosso estudo viu que um atleta vegetariano ou vegano tem
desempenho igual a um atleta onívoro.
PALAVRAS-CHAVE: Atletas; Desempenho atlético; Dieta vegetariana.

INTRODUÇÃO
Dieta vegetariana é a prática alimentar de exclusão total ou parcial de alimentos
de origem animal (SBV, 2020). Este tipo de dieta se classifica em 5 grupos principais, os
ovolactovegetarianos que fazem uso de ovos e laticínios; os ovovegetarianos utilizam
ovos; os lactovegetarianos consomem somente laticínios; os vegetarianos restritos
comem apenas frutas, verduras, grãos e mel e os veganos não consomem ou utilizam
qualquer produto de origem animal. Além desses grupos principais existem os semi-
vegetarianos que incluem carnes de aves e peixes, os crudívoros são os que excluem
receitas cozidas e os frugívoros são os que excluem vegetais folhosos de sua dieta
alimentam-se basicamente de frutas (KREY et al., 2017).
Com o passar do tempo percebeu-se por meio de estudos, que componentes das
dietas vegetarianas tinham níveis ótimos de fibras, magnésio, ácido fólico vitaminas C e
E, ácidos poli-insaturados n6 e fitoquímicos. Contudo a dieta vegetariana restringe alguns
alimentos que podem oferecer minerais e vitaminas como por exemplo: ferro, zinco,
vitamina b12 e D, isso pode gerar déficit de micronutrientes, o que pode levar as pessoas
a ficarem preocupadas (LI, 2011).
Porém, é possível atingir às necessidades nutricionais, mesmo com dietas
vegetarianas, e, segundo o estudo de caso de Davis (2017), foi mostrado que uma dieta
vegetariana somada à prática regular de exercícios físicos diminui o risco de obesidade,

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diminui o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura. Além disso o
estudo viu que a circunferência da cintura de vegetarianos e veganos foi menor em
comparação com não vegetarianos.
Um outro estudo transversal realizado em atletas de fisiculturismo veganos
mostrou que a estratégia nutricional adotada pelos praticantes há mais de um ano não
prejudicou o on season (período de competição) (COUTHON et al., 2019).

OBJETIVO

Sumarizar o conhecimento atual sobre o uso de dietas vegetarianas na


performance de atletas.

METODOLOGIA
Foi realizado um estudo de revisão de literatura a partir de levantamento
bibliográfico de publicações nacionais e internacionais, que tem como fonte de pesquisa
as bases de dados SCIELO, MEDLINE e PUBMED. Foram excluídos os artigos
repetidos, os que não tinham resumo nem texto completo, os de revisão, os classificados
metodologicamente como tese, dissertação ou monografia e também, aqueles que não se
adequavam ao tema. Como material, foram utilizados artigos originais disponíveis dos
anos 2016 a 2021 utilizando os descritores: Atletas; Desempenho atlético; Dieta
vegetariana.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante disso a presente revisão apresenta resultados de 7 artigos que testaram a
hipótese sobre o uso de dietas vegetarianas ser adequado para a atletas, cujos dados estão
sumarizados na tabela 1.

Tabela 1. Artigos utilizados na presente pesquisa de acordo com objetivo, metodologia


aplicada e os principais resultados.
Autores Objetivo Metodologia Resultados
Das e Sharma Comparar a aptidão Foram estudadas 60 Foi observado apenas
(2016). física com relação a atletas do sexo feminino e diferença significativa
saúde em atletas divididas em 3 grupos de em resistência, mas
vegetarianos de 20 em seus respectivos não em força
diferentes esportes: futebol muscular, resistência
modalidades americano, basquete e muscular ou
esportivas. voleibol. composição corporal.
Lynch, Wharton Comparar o 74 atletas vegetarianos e Os resultados indicam
e Johnston consumo de onívoros foram avaliados que atletas de
(2016). oxigênio entre em esteira para medir o endurance
atletas de elite volume de O2 consumido. vegetarianos tiveram
vegetarianos e Foi também medida a capacidade
onívoros e a força. respiratória maior que

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27 vegetarianos e força entre os dois os onívoros, mas o
47 onívoros. grupos. pico de torque não
diferiu entre os grupos.
Turner- Analisar o Foi criada uma enquete Ultramaratonistas
Mcgrievy; comportamento online para avaliar o tipo tinham o dobro de
Moore, Barr- dietético de de dieta consumido, o chance de responder
Anderson corredores de meia- motivo pelo qual os que consumiam dieta
(2016). maratona, maratona adeptos seguem essas vegetariana ou vegana
e ultramaratona; dietas principal fonte de em proporção em que a
com foco nas nutriente consumido em distância da maratona
diferenças de corridas distantes e o aumentava.
consumo de dietas histórico de corridas
vegetarianas e
veganas
Nebl et al. Esclarecer a Foi realizado um 26 corredores foram
(2019). capacidade de exercício teste para incluídos no grupo
exercício que uma determinar o limite Onívoro, 26 no
dieta vegana máximo de capacidade ovolactovegetariano e
fornece. aeróbica de 24 no grupo
veganos/vegetarianos e vegano. Os três grupos
onívoros em uma não se diferenciaram
bicicleta ergométrica até notavelmente em sua
a exaustão. Capacidade frequência de
de exercício pode ser treinamento, tempo de
medida pela potência corrida e distância de
máxima e concentração corrida.
de lactato.
Wirnitzer et al. Averiguar o estado 247 pessoas responderam Os veganos e
(2019). de saúde de atletas a uma pesquisa online que vegetarianos tiveram
de endurance perguntava sobre hábitos menor peso corporal,
veganos (VER) e saudáveis e aspectos os veganos escolheram
vegetarianos fisiológicos que alimentos
(VGR) e comparar compõem a saúde em nutricionalmente mais
com corredores geral. úteis.
onívoros.
Yadav, Comparar IMC, Foram randomizados 100 Os testes d mostraram
Mukhopadhyay peso, razão cintura pacientes de ambos os diferença significativa
e Yadav (2020) quadril e nível de sexos, (n = 50) onde os
aptidão física entre vegetarianos e (n = 50) lactovegetarianos
vegetarianos e não não vegetarianos. realizaram exercícios
vegetarianos. Subdivididos em por mais tempo e sua
lactovegetarianos, pontuação de aptidão

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ovovegetarianos e foi maior do que os
onívoros. não-vegetarianos
Ilić, Dobriević e Examinar o24 mulheres atletas foram Foi visto que Veganas
Rebić (2020) impacto de uma separadas em 2 grupos:11 apresentaram menor
dieta vegana em veganas e 13 onívoras, IMC, menor volume
parâmetros foram submetidos a testes de eritrócitos e
hematológicos ede oxigênio em bicicleta consumo de oxigênio.
comparar ergométrica e avaliadas
habilidades em níveis de aptidão
cardiorrespiratória física.
entre grupos
veganos e onívoros.
No estudo de Nebl et al. (2019), os três grupos de atletas que foram avaliados
tinham um (IMC) no intervalo de (21,9 ± 1,97 kg / m 2), o (IMC) não apresentou diferença
significativa entre os grupos, nem houve algum parâmetro que sinalizasse que um grupo
era melhor que o outro. Ademais, não foi visto diferença nos parâmetros de avaliação de
frequência de treinamento, tempo de corrida e distância. Esses parâmetros não se
associaram com a P maxbw (potência máxima de peso corporal) em nenhum grupo; não
foi vista diferença notável em lactato submáximo nem glicose máxima entre os grupos.
Segundo Barnard et al. (2019), uma dieta com quantidade baixa de gordura
saturada, que é o caso das dietas vegetarianas e veganas podem melhorar a capacidade
energética utilizável para realizar exercício de aletas e não atletas, pois essa energia vem
alta quantidade de carboidrato, o que provê mais energia para ser gasta e favorece a
diminuição da gordura corporal e aumenta a capacidade aeróbica.
Seguindo raciocínio parecido, um estudo feito por Craddock, Probst, e Peoples,
(2016) avaliou exercícios de força e resistência e não detectaram diferença entre os grupos
ao realizar essas modalidades. Somente houve diferença no consumo de oxigênio por
parte do grupo dos vegetarianos, que demonstrou um aparente melhor consumo de
oxigênio para exercícios de resistência.
Wirnitzer et al. (2019) realizou um estudo que avaliou corredores onívoros e
veganos\vegetarianos, e observou fatores como índice de massa corporal (IMC), saúde
mental, escolha de alimentos e hábitos saudáveis. Os veganos demostraram fazer as
melhores escolhas, abster-se de fumar e ter um bom Descanso, (IMC) com esse intervalo
de 19-20 pode ser facilmente encontrado em atletas de endurance consumidores de dietas
à base de plantas.
Por outro lado, Wirnitzer et al. (2019) argumentam para os corredores de maratona
demandam de muito gasto de energia, assim, as dietas vegetarianas poderiam auxiliar
para atingir o índice de massa corporal (IMC) entre 19-20, que deixaria a densidade
corporal mais leve para aumentar a velocidade durante a corrida, além da oferta de
nutrientes imunomoduladores contra estresse oxidativo. A dieta também preparou seu
corpo para realizar atividade física principalmente em exercícios aeróbicos, porém sem
vantagem em relação aos onívoros (TURNER-MCGRIEVY, MOORE e BARR-
ANDERSON, 2016; BARNARD et al., 2019).

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Lynch, Johnston e Wharton, (2016) demonstraram que o grupo de atletas veganos
tinha um consumo maior de O2, o que quer dizer que eles conseguiam respirar um volume
maior de oxigênio, isso proporciona uma melhor capacidade aeróbica que permite melhor
resultado em exercícios de resistência, contudo ainda não se confirmou qualquer
vantagem sobre atletas onívoros. A força entre os dois grupos permaneceu semelhante
(CRADDOCK, PROBST e PEOPLES, 2016).
Além disso segundo Nebl et al. (2019), avaliaram o lactato e a glicose relacionado
ao teste físico, e não houve diferença preponderante nas concentrações dessas substâncias
químicas. As dietas mostraram suprimentos adequados da maioria dos nutrientes e
aparenta fornecer adequada energia para atividades vigorosas. Portanto, um corredor
vegano parece ter a mesma capacidade de exercício que um onívoro (FLORES et al.,
2017; YADAV, MUKHOPADHYAY e YADAV, 2020).
Uma possível explicação sobre a maior resistência e VO2 consumidos que atletas
vegetarianos podem apresentar é apresentada por Lynch, Johnston e Wharton (2018), já
que o maior volume diastólico e menor frequência cardíaca de repouso foram encontrados
em um dos atletas avaliados. Esses dados parecem estar de acordo com Barnard et al.
(2019) que relata o valor sinérgico entre dietas vegetarianas e saúde cardiovascular
mostrando que essas dietas tem a função de diminuir a viscosidade das artérias,
aumentando também sua complacência e flexibilidade.
No geral, dietas vegetarianas podem oferecer energia suficiente para demanda
esportiva e oferecer todos os aminoácidos essenciais desde que consumida de forma
variada diariamente (DAS e SHARMA, 2016) bem como a suplementação de creatina
parece eficiente nesse público (WIRNITZER et al., 2019).

CONCLUSÃO
Diante de tudo que foi mostrado, cabe dizer que um estilo de vida
vegetariano/vegano é capaz de elevar um atleta sem prejudicar o seu desempenho. Além
de não prejudicar, a dieta vegetariana/vegana acrescenta benefícios ao seu estilo vida e
saúde, tais como: resistência aeróbica, qualidade de vida e capacidade cardiorrespiratória.
Este tema carece de pesquisas principalmente em atletas de alto rendimento, visto que os
dados ainda parecem pouco claros nesse público.

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DISTRIBUIÇÃO DE FÁRMACOS E EFEITO DO USO CRÔNICO DE


FENOBARBITAL EM CANINOS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Camila de Lira Moraes Cardoso*¹; Lívia Ferreira Pacheco¹; Natália Regina Silva Soares¹;
Nathálya Cibelle de Souza Santos¹; Daniela Maria Bastos de Souza²

¹ Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco,


Recife, Pernambuco, Brasil

² Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de


Pernambuco, Recife, Brasil

E-mail: [email protected]

RESUMO

Nos últimos anos muito se tem discutido sobre a conduta terapêutica, sendo essa
encaminhada cada vez mais para a individualidade do paciente. O FENOBARBITAL é
um medicamento amplamente difundido na Medicina Veterinária, usado muitas vezes em
protocolos generalistas. O presente trabalho foi desenvolvido para que seja alertado,
principalmente para os novos profissionais inseridos no mercado, sobre os efeitos do uso
crônico desta droga e utilizá-la de maneira a evitar intoxicações e outros problemas a ela
relacionados.

Palavras-chave: Farmacologia; Fenobarbital; Farmacocinética; Cães; Intoxicação.

INTRODUÇÃO

O fármaco depois de ser absorvido ou administrado na circulação sistêmica, a


depender da via de administração, se distribui pelos líquidos intersticial e intracelular.
Cada fármaco possuirá um processo que espelha vários fatores fisiológicos e propriedades
físico-químicas específicas de cada substância (GOODMAN & GILMAN, 2005). O
fenobarbital é oriundo do ácido barbitúrico e tem sua atuação no receptor GABA,
bloqueando a entrada de cálcio nas terminações pré-sinápticas e inibindo a transmissão
do neurotransmissor glutamato, reduzindo a excitabilidade neuronal (CURY 2005).
Entretanto, esses anticonvulsivantes têm sido relacionados a promoção de algumas
hepatopatias em caninos (MENEGAT et al 2014).

OBJETIVOS

O objetivo deste estudo é associar os efeitos do fenobarbital ao processo


farmacocinético de distribuição e as consequências do uso prolongado deste fármaco no
organismo dos caninos.

METODOLOGIA

Foi utilizado o livro As Bases Farmacológicas da Terapêutica, de Goodman &


Gilman 5° edição e na plataforma Google Acadêmico foram utilizados os termos “Cirrose
hepática medicamentosa veterinária”, “fenobarbital”, “intoxicação” e "cães” para
pesquisa de artigos e trabalhos que se relacionavam com o tema abordado.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em relação a distribuição de fármacos, esta é dependente de diversos fatores –


fisiológicos e patológicos –, quais sejam: débito cardíaco; fluxo sanguíneo regional;
volume do tecido (determinam a taxa de liberação e a quantidade potencial de fármaco
distribuída para os tecidos) (GOODMAN & GILMAN, 2005); permeabilidade capilar;
grau de ligação do fármaco a proteínas e solubilidade deste; idade; peso e altura; espécie
e raça; bem como as variações a serem consideradas quanto vias de administração e
absorção.

Quanto às proteínas plasmáticas, apesar de existirem em enorme quantidade, três


delas recebem destaque: Albumina (a qual os fármacos de caráter ácido têm afinidade);
Alfa-1-glicoproteína (fármacos de caráter básico têm afinidade); e Globulina (afinidade
à hormônios sexuais) (GOODMAN & GILMAN, 2005). É imprescindível a análise das
condições hepáticas e acompanhamento das doses das supracitadas na rotina da
terapêutica (bem como analisar os graus de afinidade do fármaco às proteínas), devido ao
fato de que o aumento ou diminuição na concentração delas modifica totalmente o quadro
da distribuição farmacológica no animal, interferindo de forma a variar as concentrações
de fármaco livre, fato que pode ser danoso ou não ao animal a depender da estratégia
aplicada. Ainda nesse aspecto, é de suma importância, quando na administração de duas
ou mais drogas, que seja acompanhada a interação medicamentosa entre elas, devido a
competição pelo mesmo sítio de ligação para se ligar às proteínas (GOODMAN &
GILMAN, 2005), podendo levar ao aumento da concentração plasmática ativa de um ou
todos os fármacos.

No âmbito das patologias, essas podem ser pré-existentes ou surgirem por


consequência do tratamento e são fatores cruciais para o sucesso ou não da estratégia
empregada. Dentre elas, existem as patologias cardíacas, renais e hepáticas – objeto de
enfoque do trabalho –, em todas ocorrendo alteração na concentração de proteínas
plasmáticas e, por consequência, na fração de fármaco livre.

Posto isso, sabe-se que anticonvulsivantes, quando utilizados por mais de 6 meses,
em caninos, podem trazer disfunções hepáticas pela sua hepatotoxicidade, inclusive em
animais jovens (MENEGAT et al 2014). A administração do fenobarbital é oral e a sua
absorção, no trato gastrointestinal, se torna efetiva entre 14 a 24 horas. A
biotransformação ocorre no fígado e a excreção é feita pela via renal (YAZAR et al, 2002
apud CURY, 2005). No seu processo de distribuição podemos destacar que por conta da
sua natureza lipossolúvel, por ter uma boa afinidade por lipídios e pelas proteínas
cerebrais (CURY, 2005) e pela questão do elevado fluxo sanguíneo versus a massa do
cérebro, esse fármaco acaba tendo uma distribuição mais facilitada para o SNC. Para além
disso, o fenobarbital possui uma afinidade de ligação às proteínas plasmáticas que está
entre 40 a 60% da concentração total (CURY, 2005), por ser um fármaco ácido ele se liga
principalmente à albumina.

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Sabe-se que o fenobarbital, induz sua auto metabolização se for administrado de
maneira crônica e/ou com doses elevadas, o que levaria o próprio a reduzir sua meia- vida
de eliminação no tratamento crônico de cães epilépticos (AMARAL, 2006). Devido a
essa particularidade em alguns pacientes se faz necessário aumentar a dose ou a
frequência de administração a fim de manter a ação farmacológica (CURY, 2005).

Estudos mostraram que animais com uma dieta com restrição de lipídios e
proteínas e que fazem tratamento com fenobarbital, possuem um aumento na atividade da
fosfatase alcalina (MAGUIRE et al, 2000 apud CURY, 2005); somando-se a isso a meia-
vida do medicamento é reduzida e a taxa de excreção do medicamento é aumentada nessas
condições dietéticas (GASKILLB et al, 2004 apud CURY, 2005). Além disso, esse
fármaco também interfere no metabolismo da vitamina D, onde foi observado que
indivíduos com mínima exposição ao sol ou deficiência de vitamina D na dieta poderiam
apresentar osteomalácia (MASON, 2002 apud CURY, 2005). Tudo isso nos mostra como
o processo de distribuição do fármaco sofre influência de outros fatores.

Como foi citado anteriormente, a excreção do fenobarbital é feita através dos rins.
Observando os valores de creatinina como parâmetro para analisar a saúde renal, um
estudo mostrou que a administração deste fármaco por 6 meses não causou danos renais
e, portanto, sua excreção não é comprometida pela administração crônica (CURY, 2005).
Ainda sobre este tópico, vale destacar que a eliminação de fenobarbital pelos rins é
diretamente proporcional ao pH da urina, ou seja, quanto mais alcalina, maior é a excreção
(VARONA et al, 2001; YAZAR et al, 2002; GORNIAK e SPINOSA, 2003 apud CURY,
2005).

A coadministração de fármacos que causam inibição enzimática levando à


diminuição do metabolismo hepático, como por exemplo cimetidina, cloranfenicol e
cetoconazol, gera o aumento da concentração sérica de fenobarbital, pois o mesmo
depende da metabolização pelo fígado. Esta é uma situação que pode causar intoxicação
(ARIAS e NETO, 1999 apud CURY, 2005). Por outro lado, a indução enzimática
provocada pelo fenobarbital causa uma rápida metabolização de fármacos como
corticosteroide, anticoagulantes cumarínicos, hipoglicemiantes orais, entre outros, e por
isso se for realizada a coadministração, deve ser feita com o aumento da dose (VARONA
et al, 2001 apud CURY, 2005).

O diagnóstico da intoxicação se dá quando o paciente apresenta sinais como


hipotermia, coma, depressão respiratória, transtornos hemodinâmicos (comprometimento
da perfusão periférica, taquicardia e hipotensão) e transtornos cutâneos (eritemas,
escarificações, bolhas). Nos casos de coma, de acordo com a dose administrada, o animal
manifesta um nível de coma proporcional. (MUNNÉ, 2003).

CONCLUSÃO

Visto isso, podemos relacionar que o processo farmacocinético de distribuição do


fenobarbital, devido a ação hepática de indução enzimática, pode acelerar sua própria

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metabolização e também de outros fármacos que dependem deste mesmo processo,
causando diminuição na concentração sérica; além de sofrer influência por questões
dietéticas. Portanto, para administração crônica deste fármaco, são necessários reajustes
da dose ao longo do tratamento, ou associação com outros fármacos, com objetivo de
manter a ação terapêutica e se atentar para os fatores de influência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, H. A.; LARSSON, M. H. Estudo da variação da concentração sérica de


fenobarbital em cães cronicamente medicados. Braz. J. vet. Res. anim. Sci., São Paulo,
v. 43, n. 4, p. 435-441, 2006.

CURY, E. Z. AVALIAÇÃO CLÍNICA, LABORATORIAL E RADIOLÓGICA DE


FILHOTES DE CÃES SUBMETIDOS À TERAPIA COM FENOBARBITAL.
Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias, área de Patologia Veterinária) -
Universidade Federal do Paraná. Curitiba, p.114. 2005.

GOODMAN & GILMAN: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 10ª ed. Rio de


Janeiro: McGraw-Hill, 2005. 7- 9 p.

MUNNÉ, M. Intoxicações medicamentosas (II) analgesicos y anticonvulsivantes. Anales


sis San Navarra, v. 26, Supl 1, p. 81-83, 2003.

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ASPECTOS ANATÔMICOS DA DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE

José Vinícius Bulhies da Silva1; Carina de Barcelos²; Camila Araújo Novais Lima³;
Eduardo Franco Correia Cruz Filho⁴; Tatiane Gonçalves do Nascimento3; Simone Gomes
Torquato5
1
Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário Anhanguera
2,3
Graduanda em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa
4
Fisioterapeuta. Mestre em Fisioterapia pela Universidad Nuestra Señora de Asunción
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma síndrome genética, progressiva de
caráter ressessivo ligada ao braço curto do cromossomo X. Ocorre uma maior
predominância em indivíduos do gênero Masculino, manifestando-se ao redor dos quatro
a cinco anos de idade, com quedas frequentes e dificuldades de exercer a marcha, o que
gera dependência. A fraqueza gradual está ligada a ausência de distrofina, causando sua
degeneração. Com o objetivo de descrever a DMD e suas alterações anatômicas,
realizamos uma revisão de literatura de artigos publicados entre 2016 e 2021, disponíveis
nas bases de dados PubMed e SciELO, com os descritores booleanos distrofia muscular
de Duchene, anatomia e atrofia. Após pesquisa, além das alterações biológicas, foram
identificados comprometimentos nos sistemas respiratório, cardíaco e
musculoesquéletico como a pseudo-hipertrofia muscular.

Palavras Chaves: Distrofia Muscular de Duchenne. Anatomia. Atrofia.

INTRODUÇÃO
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética grave, progressiva e
rara de caráter recessivo ligada ao X, ou seja, afeta principalmente indivíduos do sexo
masculino. A DMD é caracterizada por uma degeneração progressiva e irreversível da
musculatura esquelética que leva a uma fraqueza muscular generalizada, sendo as
complicações respiratórias as principais causas de morte. A etiologia básica da doença é
a deficiência de uma proteína chamada distrofina, esta atua como uma ponte e ancoragem
entre o sarcômero e o sarcolema, e em sua ausência, ou mesmo redução, percebe-se danos
musculares graves que eventualmente não podem ser reparados, sendo substuituídos por
tecido conjuntivo e gordura. Quando essa proteína está ausente, quatitativamente ou
qualitativamente modificada, o músculo não consegue suportar o estresse de contrações
repetidas. Em geral, os sintomas e sinais clínicos costumam se evidenciar ainda na

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infância, e embora seja uma doença rara é a distrofia muscular infantil mais comum que
afeta cerca de 1:5000 nascidos masculinos vivos.
As crianças com DMD apresentam sinais característicos conhecidos como sinais de
Gowers ou manobra do levantar miopático. As alterações nas fibras musculares podem
ser observadas ainda na fase inicial da doença em diversos exames, como exames
laboratoriais, ultrassonografia e ressonância magnética nuclear. Além disso, tratamentos
como fisioterapia e hidroterapia associados às técnicas cirúrgicas podem lentificar os
processos degenerativos musculares. Embora DMD não tenha cura, é importante avaliar
o desenvolvimento da doença, pois isso auxilia na sobrevida dos indivíduos.

OBJETIVOS
Descrever a fisiopatologia da Distrofia Muscular de Duchenne, enfatizando seus aspectos
anatômicos para melhor compreensão de como a doença afeta o corpo humano.

METODOLOGIA
O estudo em questão se trata de uma revisão bibliográfica narrativa, de caráter descritivo.
Foram utilizados dados secundários retirados de publicações hospedadas nas plataformas
PUBMED, SciELO e em livros. A partir desses dados foi traçado o perfil clínico da
Distrofia Muscular de Duchene, com os sintomas e os determinantes da doença,
ressaltando os aspectos anatômicos dessa enfermidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como dito anteriormente, a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma síndrome
neuromuscular recessiva rara, ocasionada por uma mutação no braço curto do
cromossomo X. Devido a isso, indivíduos do sexo masculino, filhos de mães portadoras,
são os principais afetados, sofrendo com a ausência total da produção da proteína
distrofina. Já as filhas de mães portadoras podem produzi-la parcialmente, por isso,
manifestam sintomas mais brandos e menores taxas de mortalidade.
De toda maneira, o paciente acometido apresenta repercussões sistêmicas, começando por
uma disfunção e fraqueza muscular generalizada, que se estende por todo o sistema
musculoesquelético, respiratório e cardiovascular, podendo levar a complicações severas,
incapacidade e, em último caso, morte prematura.
Dito isso, cabe pontuar que as alterações fisiológicas podem trazer também repercussões
anatômicas para o indivíduo. Primeiramente, alterações motoras são muito evidentes nos
portadores, que apresentam na primeira infância um atraso no processo de deambulação
e na adolescência/vida adulta um padrão de marcha anserina, com acentuada flexão
plantar e anteriorização do tronco, decorrentes da fraqueza e atrofia muscular. Ademais,

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esses pacientes têm um maior risco cardiovascular, podendo apresentar uma
cardiomiopatia dilatada quando a musculatura cardíaca é acometida.
O coração torna-se hipertrofiado e, consequentemente, espessado (em especial o
ventrículo esquerdo), podendo levar, a longo prazo, a um quadro de insuficiência
cardíaca. Já a parte respiratória apresenta, cada vez mais, disfunção estrutural, com
alterações de tórax, como abaulamentos e elevações dos últimos arcos costais e uso de
musculatura acessória (mm. esternocleidomastoideo, peitoral maior e trapézio), que se
justificam pelo quadro de Insuficiência Respiratória.

CONCLUSÃO
Desta forma, a Distrofia Muscular de Duchenne é uma síndrome recessiva causada pela
mutação no cromossomo X. Apesar de ser mais grave em homens, há mulheres que
possuem manifestações mais brandas da doença. O portador apresenta repercussões
sistêmicas, que se iniciam com disfunção e fraqueza muscular que acomete todo o sistema
muscular, o respiratório e o cardiovascular, ocasionando por último morte prematura.
Por fim, pode-se notar que essas alterações fisiológicas trazem repercussões anatômicas.
Na infância há um atraso no processo de deambulação e na adolescência ou vida adulta
um padrão de marcha anserina, com flexão plantar e anteriorização do tronco. No coração
há uma hipertrofia e nos pulmões uma disfunção estrutural como abaulamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUDEL, Ellen; DEL CLARO, Flávia. Distrofia Muscular de Duchenne: Revisão de


Literatura. Revista Eletrônica Biociências, Biotecnologia E Saúde, v. 11, n. 21, p. 66-
77, 2018.

FORTUNATO, FERNANDA et al. Abordagens Terapêuticas Inovadoras para Distrofia


Muscular de Duchenne. Revista de medicina clínica, v. 10, n. 4, p. 820, 2021.

OSORIO, A. Nascimento et al. Consenso para el diagnóstico, tratamiento y seguimiento


del paciente con distrofia muscular de Duchenne. Neurología, v. 34, n. 7, p. 469-481,
2019.

SARDONE, VALENTINA et al. Terapia Baseada em Oligonucleotídeos antisesamais


para doença neuromuscular. Moléculas (Basileia, Suíça), v. 22, n. 4, p. 563, 2017.

CAROMANO, Fátima. Características do Portador de Distrofia Muscular de


Duchenne (DMD – Revisão. Arq. Ciênc Unipar,3(3): 211-218, 1999. São Paulo – SP.

JUNIOR, Agenor. Toracometria em crianças com distrofia muscular de duchenne:


refinamento de metodologia de avaliação. 2011. São Paulo - SP

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RELAÇÃO DO VÍRUS SARS-COV-2 COM A INSUFICIÊNCIA RENAL
AGUDA

Brena Laís Araújo Mascarenhas 1, Igor Fonseca Barbalho 2; Karla Regina Rocha Costa
3; Layza Narelle de Araújo Bispo 4; Mayla Cavalcante de Lima 5; Murilo Henrique
Menezes da Silva 6, Norma Luzia dos Santos Ferreira 7; Thalita da Silva Pereira 8.

1, Graduanda em Biomedicina pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT AL


2, Graduando em Nutrição pelo Centro Universitário Tiradentes - UNIT AL
3, 4, 5, 6, 7 Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Tiradentes – UNIT
AL
8 Enfermeira. Mestre em Sociedade, Tecnologia e Políticas Públicas - Centro
Universitário Tiradentes - UNIT AL

E-mail do autor: [email protected]

RESUMO

O SARS-CoV-2, um vírus de característica zoonótica, foi identificado pela primeira vez


em dezembro de 2019 como agente etiológico que causou uma pandemia global, a da
covid-19 causando um colapso dos sistemas de saúde no mundo inteiro. Essa infecção
pode ser aguda ou persistente, sendo transmitida principalmente pelas vias respiratórias.
Esse vírus pode infectar e prejudicar o funcionamento dos sistemas responsáveis pela
manutenção da homeostasia do corpo humano, entre eles o sistema renal. Assim, é
comum identificar um quadro de insuficiência renal aguda em pacientes internados com
covid-19, uma vez que a IRA é comum em pacientes críticos hospitalizados.

Palavras-chaves: Covid-19; Lesão Renal Aguda; Complicação; Morbimortalidade;


Infecção.

INTRODUÇÃO
O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2
que acomete primordialmente o sistema respiratório. O agravo do covid-19 é um estado
hiper inflamatório, desencadeado por infecção viral, induz inflamação sistêmica,
hipercitocinemia e síndrome de disfunção de múltiplos órgãos (PERCLY 2021).
Os rins, que são formados, basicamente, pelos néfrons, vasos e glomérulos, onde ocorrem
a filtragem glomerular, reabsorção tubular dos nutrientes e excreção de substâncias
propriamente ditas. Além disso, eles também atuam sintetizando vitamina D,
eritropoetina, controlando a pressão arterial através do sistema renina-angiotensina-
aldosterona e secretando prostaglandinas (SMELTZER; BARE, 2008).

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Em pacientes com inflamação sistêmica e hipercitocinemia, o processo funcional dos rins
tornam-se prejudicados e esses mecanismos fisiopatológicos podem resultar em IRA
(Insuficiência Renal Aguda) principalmente devido ao sistema renal ser intimamente
ligado a dois sistemas importantes, respiratório e cardiovascular que também são
responsáveis por fazer a manutenção do funcionamento normal do corpo. Essa chuva de
citocinas pode causar insuficiência pré-renal e necrose tubular dos néfrons.

OBJETIVOS
Investigar a relação da insuficiência renal aguda com o SARS-CoV- 2 em pacientes com
Covid-19.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir do levantamento bibliográfico nas
bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO. Para o levantamento dos artigos utilizou-
se os seguintes descritores e suas combinações: “Insuficiência renal aguda AND
Complicação AND Covid-19”, buscando investigar a relação entre a Covid-19 e a
insuficiência renal aguda. Como critério de inclusão foram definidos artigos publicados
nos anos de 2020 e 2021, publicados em portugues, inglês e espanhol, na íntegra e
diretamente relacionados à temática. A pesquisa foi realizada no mês de outubro de 2021.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra desta revisão constituiu-se de 5 artigos e 1 livro selecionado. Segundo os
autores CHENNA et al, observou-se que os pacientes acometidos com covid-19 que
desenvolveram a IRA apresentaram alto índice de mortalidade. Devido a baixa exagerada
da imunidade e aumento da atividade inflamatória no organismo, é promovido uma
tempestade de citocinas predominadas por IL-6, IL-2 e TNF-alfa, que resulta numa
disfunção endotelial sistêmica e um estado de hipercoagulabilidade.
Por sua vez PERCLY et al, observou também que pacientes cardiopatas além da própria
doença ser fator de risco, o seu tratamento também apresenta riscos, devido os
medicamentos que são utilizados pois são inibidores da enzima conversora de
angiotensina (IECA) e bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA), esses então
aumentam a expressão do gene ECA2 e assim facilitam a invasão viral atenuando a
regulação negativa da ECA2.
De acordo com POLONI et al, embora o dano alveolar difuso e a insuficiência respiratória
aguda sejam as principais características da COVID-19, há envolvimento de outros
órgãos, incluindo os rins. Achados recentes confirmaram a estreita relação entre dano
alveolar e tubular – o eixo pulmão-rim na síndrome respiratória aguda.

CONCLUSÃO
Diante disso, sabemos que a COVID-19 associada à infecção pelo vírus SARS-CoV-2 é
possivelmente multifatorial. Os pacientes acometidos por ela, quando adquirem a IRA,

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apresentam uma alta taxa de mortalidade, com uma agressão viral direta ao parênquima
renal e à hiper inflamação implantada pela COVID-19, há uma maior complicação no
quadro do paciente, já que a relação entre a citotoxicidade viral direta e a inflamação
sistêmica causa um agravo ainda maior na fisiologia desse indivíduo.
Mesmo com escassez de pesquisas e informações científicas que comprovem a relação
da COVID-19 com a IRA, é de extrema importância que os profissionais da saúde estejam
atentos aos pacientes que possuem fatores de risco para desenvolver a Insuficiência Renal
Aguda e utilizar métodos que previnam a IRA naqueles que estão acometidos pelo vírus
da COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POLONI, J. A. T. et.al. Insuficiência renal aguda em pacientes com covid-19.Arbac. São
Leopoldo-RS. 17/08/2020. Disponível em:<http://www.rbac.org.br/artigos/insuficiencia-
renal-aguda-em-pacientes-com-covid-19/>
Acesso em:14/10/2021.

SMELTZER, S. C. BARE, B. G. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem


Médico Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro, Guanabara, 2008.

SHAH, S. et al. COVID-19 and the Kidney Community: Coalescing in Crisis. National
Kdniey Foundation. 26/10/2020. Disponível em:
<https://www.ackdjournal.org/article/S1548-5595(20)30159-2/fulltext> Acesso
em:14/10/2021.

PECLY, I. M. D., et. al. Uma revisão da Covid-19 e lesão renal aguda: da fisiopatologia
aos resultados clínicos.Braz. J. Nephrol. 16/03/2021. Disponível
em:<https://www.scielo.br/j/jbn/a/kndpgCkKJyfkvFSLDqDKMKM/?format=pdf&lang
=pt> Acesso em: 14/10/2021.

ULU, S. et al. COVID-19: a novel menace for the practice of nephrology and how to
manage it with minor devastation?. Renal failure, vol.42(1), 710-725.

CHENNA A., et al. Acute Kidney Injury in a Case Series of Patients with Confirmed
COVID-19 (Coronavirus Disease 2019): Role of Angiotensin-Converting Enzyme 2
and Renin-Angiotensin System Blockade. Case reports in nephrology, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NEUROLOGISTA AOS PACIENTES VÍTIMAS
DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Walisson da Silva Vieira1; Samara Dantas de Medeiros Diniz2; Yasmin Beatriz de


Oliveira3; Rebeca Rayane de Sousa Marinho4; Franscisco Lucas Leandro de Sousa5;
Ticianne Martins Tavares6; Ricardo Angelo de Oliveira7; Tércia Maria Soares8

1,2
Graduandos em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
3
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário Facex do Rio Grande do Norte
4
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Integrada Brasil Amazônia
5,6
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau do Ceará
7
Enfermeiro pela Universidade Uninassau do Rio Grande do Norte
8
Enfermeira pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O acidente vascular encefálico é uma sindrome neurológica que ocasiona anormalidade
cognitiva e motora. As alterações prevalentes são a ansiedade, comprometimento do sono,
depressão e distúrbios sensoriais. O presente estudo objetiva identificar a atuação do
enfermeiro neurologista aos pacientes vítimas do acidente vascular encefálico. Trata-se
de uma revisão integrativa da literatura, realizada a busca nas seguintes bases de dados:
Biblioteca Virtual em Saude, BDENF, LILACS, MEDLINE e a partir dos termos
indexados nos descritores em Ciências da Saúde (DeSC): “Acidente Vascular
Encefalico”, “Cuidados de enfermagem”, “Enfermagem”, “Enfermagem Neurologica” e
“Papel do Enfermeiro”, utilizando o cruzamento pelo operador Booleano “AND”. A
assistência de enfermagem aos pacientes vitima de AVE é dividida em uma tríade: assistir
o paciente na fase agúda, internamento no setor de UTI e na reabilitação. O enfermeiro é
o profissional responsável por cuidar do paciente de forma científica e sistematizada em
todas as fases do Acidente Vascular Encefálico.
Palavras-chaves: Acidente Vascular Encefálico; Cuidado de Enfermagem;
Enfermagem; Enfermagem Neurológica; Papel do Enfermeiro.

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INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é considerado uma síndrome neurológica
que acarreta danos ao cérebro e consequentemente, ocasiona uma anormalidade cognitiva
ou motora, de acordo com a localização da lesão (GOMES et al., 2019). As alterações
mais prevalentes nos pacientes acometidos são a ansiedade, depressão, comprometimento
do sono e da função sexual, distúrbios sensoriais, de comunicação, como também,
distúrbios motores (BARCELOS et al., 2016).
No estudo realizado por SILVA et al. (2005), afirma que existem dois tipos de
AVE: o isquêmico, carcaterizado pela oclusão de um vaso impedindo a passagem do
sangue; e o segundo tipo o hemorrágico, originando o rompimento do vaso cerebral. Em
seu estudo, o mesmo autor afirma que o paciente com AVE, independente do grau de
comprometimento, deve ser assistido pela equipe médica com urgência.
Desta forma, torna-se importante que as unidades hospitalares sejam equipadas
com tecnologias que ofertme exames de imagem por 24 horas, laboratórios, sala de
emergência e unidade de terapia intensiva. O enfermeiro que presta o atendimento aos
pacientes vítimas do acidente vascular encefálico deve ter uma visão holística do paciente,
enxergar ele como um todo, dando ênfase ao histórico pregresso da doença, realizar
exame físico neurológico e observar os sinais de alterações característicos da patologia
(OLIVEIRA et al., 2020).
Neste mesmo contexto, o enfermeiro define sua assistência e intervenções
baseadas em seu julgamento clínico, resultando numa melhor assistência ofertada ao
paciente, sendo a assistência ofertada nos diferentes níveis de atenção à saúde
(CAVALCANE et al., 2018).

OBJETIVOS
Identificar na literatura científica a atuação do enfermeiro neurologista aos
pacientes vítimas do acidente vascular encefálico.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de integrativa da literatura, realizada no período de Maio
a Julho de 2021. Os artigos foram pesquisados por meio da Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), e nas bases de dados BDENF, LILACS e MEDLINE, a partir dos termos
indexados nos descritores em Ciências da Saúde (DeSC): “Acidente Vascular
Encefalico”, “Cuidados de enfermagem”, “Enfermagem”, “Enfermagem Neurologica” e
“Papel do Enfemeiro”, utilizando-se para o cruzamento o operador booleano “AND”.
Foram adotados como critérios de inclusão os artigos que abordassem a temática,
disponíveis online gratuitamente na íntegra, em português e inglês, entre os anos de 2005
a 2020 e sendo excluídos os artigos repetidos nas bases de dados e os que não
respondessem ao objetivo proposto. Totalizando 05 artigos para compor a revisão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Para SILVA et al (2005) ainda na fase agúda, o tratamento consiste em avaliar a
função respiratória, a saturação por meio do oxímetro de pulso, pressão arterial e ritmo
cardíaco, sendo os exames laboratoriais solicitados o mais breve possível. Ainda nesta
fase do acidente vascular encefálico, para OLIVEIRA et al (2020) nas três primeiras horas
do AVE, é de suma importância que o enfermeiro estabilize os seguintes sinais vitais:
balanço hidroeletrolítico, condições dietéticas, controle rigoroso da temperatura e
glicemia, ressaltando a prevenção de trombose venosa profunda (TVP).
No entanto, quando é necessário que o paciente seja encaminhado para a Unidade
de Terapia Intensiva (UTI) em decorrência do AVE, o enfermeiro neurologista necessita
executar suas ações com o foco na prevenção e diminuição das sequelas, sendo necessário
a alto vigilância por parte do enfermeiro, pois o Acidente Vascular Encefálico apresenta
grande instabilidade hemodinâmica. Logo, faze-indispensável que o profissional de
enfermagem tenha um raciocínio clínico e crítico para prestar o cuidado de forma
resolutiva (BARCELOS et al., 2016).
Por conseguinte, de acordo com GOMES et al (2019), dentro da unidade de terapia
intensiva é primordial a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE), pois quanto mais o paciente necessita de assistência, maior será a urgência em
planejar a assistência segundo a sua necessidade, uma vez que, a sistematização das ações
visa a organização, eficácia e validade da assistência prestada.
As intervenções de enfermagem na fase reabilitação são divididas em quatro
situações, sendo a primeira definida através de uma assistência direta, onde o enfermeiro
irá auxiliar o na reabilitação motora e funcional, avaliação das funções fisiológica e
prevenção das complicações, cuidado emocional, cuidado relacionado as atividades de
vida diária, cuidado relacionado ao cateterismo vesical, prevenção das lesões por pressão,
cuidado oral, posicionamento correto da cama e prevenção de queda. (CAVALCANTE
et al., 2018).
A segunda situação dá ênfase às orientações relacionadas às intervenções de
enfermagem educacionais. A terceira intervenção relaciona-se com as atividades
gerenciais do cuidado de enfermagem e a quarta é definida quanto à orientação aos
cuidadores dos pacientes vítimas do AVE (CAVALCANTE et al., 2018).

CONCLUSÃO
O enfermeiro neurologista é o profissional destinado em atender as necessidades
do paciente em todos os níveis de atenção à saúde, sendo este cuidado ofertado de forma
científica e sistematizada. O perfil deste profissional tem como característica possuir um
grande conhecimento dos distúrbios do sistema nervoso, mas por outro lado, uma visão
generalista em relação às disfunções sistêmicas secundárias.
Portanto, o enfermeiro especialista em neurologia é o profissional que passa mais
tempo com o paciente em todo o processo do Acidente Vascular Encefálico, assim sendo,
sua capacidade de percepção irá fazer o diferencial no processo de recuperação do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


paciente. Ademais, é imprescindível que o enfermeiro não realize somente o atendimento
imediato ao paciente vitima de AVE, todavia, o cuidado tem que está relacionado com a
reabilitação, promoção e prevenção dos danos secundários ocasionados pelo acidente
vascular encefálico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DA SILVA GOMES, Goiamar Luana et al. Cuidados de enfermagem na unidade de


terapia intensiva às vítimas de acidente vascular encefálico. Revista Brasileira
Interdisciplinar de Saúde, 2019.

DE BARCELOS, Diego Gomes et al. Atuação do enfermeiro em pacientes vítimas do


acidente vascular encefálico hemorrágico na Unidade de Terapia Intensiva. Biológicas &
Saúde, v. 6, n. 22, 2016.

FERREIRA, Sabrina. Cuidados de enfermagem e a importância do enfermeiro no


atendimento ao paciente acidente vascular encefálico. BIOMOTRIZ, v. 8, n. 1, p. 1-9,
2020.

OLIVEIRA, Benedito Cherbéu Dlessandre; ALMEIDA, Elaine Aparecida; DA SILVA


ZAMBELAN, Michelle. O papel do enfermeiro nas três primeiras horas pós acidente
vascular encefálico. Prospectus, v. 2, n. 1, p. 177-189, 2020.

SILVA, Gisele Sampaio; GOMES, Daniela Laranja; MASSARO, Ayrton Roberto.


Tratamento da fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico. Revista
Neurociências, v. 13, n. 1, p. 39-49, 2005.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE NA CIDADE DE
ARACAJU NO ANO DE 2017 EM RAZÃO AO INFARTO AGUDO DO
MIOCÁRDIO

Maria Luiza Silva Souza1; Kelly Dayane Evangelista de Oliveira2; Josivania Santos de
Oliveira3; Julyana do Carmo Souza4; Maria Nayane Santos de Andrade5; Mayrane
Acciole Gomes de Figueiredo6; Wiltar Teles Santos Marques7; Wolney Sandy Santos
Lima8

1
Enfermeira. Pós graduada em enfermagem do trabalho. Residente do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso HU/UFS.
2
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe.
4,7
Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
5
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe. Pós graduanda em Saúde da
Mulher.
6
Enfermeira. Pós graduanda em UTI e Qualidade em Serviços de Saúde e Segurança do
Paciente.
8
Enfermeiro. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio é uma afecção isquêmica abrupta
causada por um desequilíbrio entre oferta e demanda de nutrientes ao tecido.
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico de mortalidade em razão do infarto agudo
do miocárdio na cidade de Aracaju no ano de 2017. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo de descritivo com abordagem transversal e retrospectiva.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: A análise dos dados foi realizada a partir da comparação
do número de casos em relação a faixa etária compreendendo dos 20 aos 80 anos ou mais
e comparação do número de casos entre o sexo feminino e sexo masculino.
CONCLUSÃO: A partir foi possível identificar que o maior número de óbitos ocorreu
no sexo feminino. E em relação a faixa etária a mais acometida por óbito foi a de 60 a 69
anos.

Palavras-chaves: Epidemiologia. Perfil de saúde. Mortalidade. Doenças


cardiovasculares. Infarto agudo do mioardio.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares (DCV) são alterações no funcionamento do sistema
cardíaco e são consideradas um grande problema de saúde pública por serem a principal
causa de morte em todo o mundo. O IAM é definido como uma afecção isquêmica abrupta
que reflete a morte dos miócitos cardíacos, causada por um desequilíbrio entre oferta e
demanda de nutrientes ao tecido, consequente à obstrução do fluxo coronariano, podendo
ser transitória ou permanente.
O principal sintoma apresentado na ocorrência do infarto é a dor torácica que
ocorre subitamente e de forma contínua. Outras manifestações clínicas envolvem
ansiedade e agitação, pele fria, pálida e úmida. Frequências cardíaca e respiratória podem
estar aumentadas. Além da morte, o IAM pode deixar sequelas no indivíduo, gerando
repercussões físicas, psicológicas e sociais. O paciente com IAM necessita de intervenção
imediata e assistência à saúde após a alta hospitalar, para diminuir as chances de
complicações e agravamento da doença a curto e médio prazo.

OBJETIVOS
Analisar o perfil epidemiológico de mortalidade em razão do infarto agudo do
miocárdio na cidade de Aracaju no ano de 2017.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de descritivo com abordagem transversal e retrospectiva
onde foi realizada uma análise epidemiológica sobre a mortalidade em razão do infarto
agudo do miocárdio na cidade de Aracaju no ano de 2017 a partir de informações em
saúde disponíveis na base de dados do DATASUS (Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados foi realizada a partir de uma comparação em relação à faixa
etária compreendendo dos 20 aos 80 anos ou mais sem distinção do sexo e comparação
do número de casos entre o sexo feminino e sexo masculino. Os dados obtidos estão
descritos nas tabelas 1, 2 e 3. A tabela 1 demonstra o número total dos casos de acordo
com a faixa etária, a tabela 2 demonstra o número de casos no sexo feminino e a tabela 3
demonstra o número de casos no sexo masculino.
Tabela 1 - Número total dos casos de acordo com a faixa etária

Faixa etária Número de casos


20 a 29 anos 1
30 a 39 anos 3

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40 a 49 anos 14
50 a 59 anos 21
60 a 69 anos 50
70 a 79 anos 32
80 anos ou mais 45
TOTAL 166
Fonte: Autoria própria

Tabela 2 – Número total de casos no sexo feminino


Faixa etária Número de casos
20 a 29 anos 1
30 a 39 anos 1
40 a 49 anos 6
50 a 59 anos 8
60 a 69 anos 23
70 a 79 anos 20
80 anos ou mais 35
Total 94
Fonte: Autoria própria

Tabela 3 – Número total de casos no sexo masculino


Faixa etária Número de casos
20 a 29 anos 0
30 a 39 anos 2
40 a 49 anos 8
50 a 59 anos 13
60 a 69 anos 27
70 a 79 anos 12
80 anos ou mais 10
TOTAL 72
Fonte: Autoria própria
A partir da análise dos dados foi identificado que no ano de 2017 ocorreu um
total de 166 (100%) óbitos em razão do IAM, desse total o sexo feminino apresentou 94

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(57%) do total de casos e o sexo masculino com 72 (43%) do total de casos. Em relação
à faixa etária a que apresentou maior número de casos foi a de 60 a 69 anos com 50 (30%)
total dos casos; em seguida vem a faixa etária de 80 anos ou mais com 45 (27%) casos; a
faixa etária com menor número de casos foi a de 20 a 29 anos com apenas 1 caso.
Em relação ao sexo, o sexo feminino apresentou maior número de casos com um
total de um total de 94 (57%) casos, sendo que a faixa etária com maior número de casos
foi a de 80 anos ou mais com 35(37%) casos.

CONCLUSÃO
A partir dos dados obtidos, foi possível identificar que os óbitos ocorreram mais
predominantemente no sexo feminino e isso se justifica porque o sexo feminino apresenta
probabilidade maior de IAM quando comparada aos homens. E em relação a faixa etária
a mais acometida por óbito foi a de 60 a 69 anos, uma vez que um dos fatores de risco
para a ocorrência do IAM é a idade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, D.C; PAREJA, D.C.T; MAIA, L.F.S. A importância das intervenções de


enfermagem ao paciente com infarto agudo do miocárdio. Revista Cientifica de
Enfermagem, São Paulo v,3, n.8, p.5-10, 2013.

COSTA, F.A.S et al. Perfil demográfico de pacientes com infarto agudo do miocárdio no
Brasil: Revisão integrativa. Revista sanare, v.17, n.2, p.66-73, jul/dez, 2018.

MAGALHÃES, F.J et al. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em profissionais


de enfermagem: estratégias de promoção da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem,
v.67, n.3, p.394-400, mai/jun, 2014.

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ESTUDOS DA CORRELAÇÃO DE PARÂMETROS CLÍNICOS AVANÇADOS
E ACHADOS NA HEMATOSCOPIA: GRANULÓCITOS IMATUROS (IG%)

Artur Fernando Soares da Silva1; Raphael Ferreira Pimentel2; Fábio Rodrigo Barbosa
Dutra Nascimento3

1
Biomédico pelo Centro Universitário dos Guararapes
2
Biomédico. Especialista em Citologia Clínica pela Universidade Federal de Pernambuco
3
Biomédico. Especialista em Citologia e Hematologia Clinica. Mestre em Patologia pela
Universidade Federal de Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Devido ao aumento da demanda nos laboratórios de análises clínicas, com a


automação, surgiram também parâmetros clínicos avançados que aumentam a capacidade
de interpretação do hemograma pelo corpo clínico. Dentre esses parâmetros clínicos, está
o IG% (percentual de granulócitos imaturos) que avalia a presença de leucócitos mais
imaturos da linhagem granulocítica no sangue, sendo este parâmetro o objeto de estudo
deste trabalho. Tratou-se de um estudo prospectivo realizado na Fundação de
Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE) em 100 amostras de sangue
periférico de pacientes do hospital que foram processadas no equipamento XT 4000iTM
da SYSMEX e que atenderam critérios prévios de inclusão e exclusão. O objetivo foi
correlacionar a contagem de granulócitos imaturos pelo método manual (hematoscopia)
e automatizado (padrão-ouro da SYSMEX), justificando assim, a importância do uso do
IG% na rotina laboratorial que em geral é subutilizado por falta de conhecimento sobre
sua importância e aplicação.

Palavras-chaves: Automação Laboratorial; Células Sanguíneas; Contagem de


Leucócitos; Diagnóstico Clínico.

INTRODUÇÃO

O hemograma avalia de forma quantitativa e qualitativa os elementos do sangue,


é um dos exames mais requeridos nas consultas e faz parte de todas as revisões de saúde.
Sua realização consiste principalmente na contagem de eritrócitos, plaquetas e leucócitos.
A automação do hemograma permite maior agilidade e sensibilidade na liberação de
resultados num laboratório de análises clínicas, especialmente naqueles que possuem uma
grande rotina e necessitam de um interfaceamento automático – ausência de revisão
hematoscópica pelo analista – para liberação direta de exames cujos índices
hematimétricos automatizados estejam dentro dos valores pré-determinados como
normais e padrões. Além dos índices hematimétricos automatizados usuais, existem

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parâmetros clínicos avançados que permitem aos equipamentos de hemograma realizar
análises específicas sobre uma determinada série hematológica baseando-se no conteúdo
do interior das células em análise, a depender da tecnologia de cada analisador. Essas
análises têm importante significado clínico quando bem interpretados.
O parâmetro clínico avançado IG% (immature granulocyte) consiste na avaliação
por meio da automação da série maturativa de granulócitos que aparecem nos casos de
aumento da atividade medular. Segundo o documento técnico “O novo modelo de
negócios para parâmetros avançados em hematologia – granulócitos imaturos (IG)” da
SYSMEX, ele foi criado assim como os outros parâmetros clínicos avançados, por se
observar uma necessidade de melhoria nos cuidados com os pacientes, sendo assim, muito
importante no diagnóstico mesmo que seu uso ainda seja pouco realizado e sua aplicação
pouco explorada devido a insciência de alguns profissionais e laboratórios. O debate sobre
a presença de granulócitos imaturos nos exames é pouco amplo e em muitos casos, por
falta de conhecimento sobre a aplicabilidade que o maquinário nos laboratórios apresenta,
o analista clínico acaba por subutilizar o percentual IG% que poderia auxiliar diretamente
na agilidade da liberação do laudo de determinado paciente, evitando o gasto de energia
e labor desnecessários na microscopia.

OBJETIVOS

•Correlacionar a contagem manual por hematoscopia com a contagem de


granulócitos imaturos automatizada
• Ressaltar a utilização mais refinada do IG% na rotina
• Oferecer subsídio para estudos posteriores de implantação do IG% em rotinas de
laboratório, na prática clínica e nas tomadas de decisão.
METODOLOGIA

Este estudo teve o caráter prospectivo e foi realizado em 100 amostras oriundas
dos pacientes da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE),
processadas no equipamento XT-4000iTM da SYSMEX cujos critérios de inclusão e
exclusão foram: a) presença do número de identificação da amostra (deveria ser uma
amostra real de um paciente); b) ausência de número começando com QC (não poderia
ser uma amostra-controle); c) WBC (White BloodCells) acima de 1x103 (1000 leuc/uL);
d) apresentar os flags: ‘granulócitos imaturos?’, ‘neutrófilos banda?’ (bastonetes) e
‘presença IG’; e) Demonstrar o percentual de IG%. As amostras foram coletadas em tubo
à vácuo contendo o ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) como anticoagulante e As
lâminas foram coradas utilizando a técnica de May Grunwald-Giemsa. A contagem
diferencial foi feita em 200 leucócitos (100 por cada pesquisador) em zigue-zague
percorrendo o centro do esfregaço sanguíneo de maneira que as células fossem avaliadas
sem sobreposição.
Estabeleceu-se um limiar de positividade para o IG% automatizado a partir de
0,5% definido de acordo com estudos que tiveram como objetivo determinar valores de

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referência para a presença significante de IG%. Esse valor se manteve o mesmo para a
contagem manual de granulócitos imaturos devido ao número de células contadas que foi
de 200 células, sendo ≥0,5% positivo para a presença de IG em uma das contagens
manuais. A análise de correlação dos métodos foi feita através do coeficiente de
Spearman e o processamento dos dados deu-se através do programa GraphPad Prism
versão 9.0.0 (121).
Este trabalho seguiu as resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/12
e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) do HEMOPE
sob o parecer 4.291.216. Não se fez necessário a aplicação de Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) tendo em vista que as amostras avaliadas foram identificadas
por código de barras e não teve vínculo com a identificação do paciente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 1 mostra a relação de amostras negativas e positivas de acordo com o
liminar de positividade estabelecido de 0,5%. Foi possível determinar o número de
Verdadeiro-Positivos, Verdadeiro-Negativos, Falso-Positivos e Falso-Negativos e assim
determinar a sensibilidade de 0,90% e a especificidade de 1%.

Tabela 1. Comparação entre os resultados positivos (≥0,5%) e os resultados negativos


(<0,5%).

Contagem manual IG% automatizado

POSITIVO NEGATIVO
POSITIVO 78 (VP) 0 (FP)
NEGATIVO 9 (FN) 13 (VN)

A figura 1 mostra a correlação das 100 amostras entre os resultados automatizados


liberados pelo equipamento XT-4000iTM da SYSMEX e a contagem manual realizada
pelos analistas. O resultado de correlação pelo método de Spearman (r) mostrou um valor
de r= 0.8775 onde o intervalo de confiança de 95% foi 0.8209 – 0.9169. O valor de P (p-
value) foi p<0.0001 e a equação de regressão linear Y = 1,059*X + 1,012.

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Figura 1. Correlação entre o método automatizado (Y) e o método manual (X). N = 100
amostras. Tamanho: 13 x 17 cm.

De acordo com o documento técnico da SYSMEX, no momento da contagem, o


maquinário hematológico considera como “granulócitos imaturos” os promielócitos,
mielócitos e os metamielócitos, já que os mieloblastos estão associados a problemas de
caráter mais agudo. segundo estudos realizados pelo Dr. Rümke, a precisão dos resultados
na contagem de leucócitos está diretamente relacionada a quantidade de células contadas,
quando comparado com o método automatizado, o método manual de 100 células é
vagaroso e pouco confiável devido ao baixo número de células registradas. O contador
hematológico automatizado é capaz de identificar milhares de leucócitos possuindo um
melhor intervalo de confiança, tendo sua eficácia comprovada por estudos prévios que
tiveram como objetivo a enumeração de granulócitos imaturos através de equipamentos
hematológicos. A SYSMEX possui um padrão-ouro em seus equipamentos
cientificamente comprovada tendo alta sensibilidade e especificidade em seus valores.
No presente estudo, é evidente que para o contador XT-4000iTM a qualidade do
parâmetro automatizado se manteve. Foi possível observar que o número de resultados
Falso-Positivos (FP) não existiu, resultando numa especificidade eficaz no valor de 1%,
mostrando que de acordo com o limiar estabelecido (0,5%), amostras negativas não terão
resultados relevantes na microscopia. No caso dos resultados Falso-Negativos (FN)
acredita-se que essa divergência mínima seja por conta da limitação do método manual
tendo sido previamente relatado, ainda assim foi possível observar uma sensibilidade de
0,90% considerada satisfatória no trabalho realizado.
A figura 1 corrobora com estudos que acreditam na substituição do método
manual de contagem de granulócitos imaturos pelo método automatizado, porque mostra
que ambos os resultados estiveram próximos da linha de regressão disposta enquanto
referência no gráfico, mostrando ao analista que sua substituição além de confiável. O

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valor de r (0, 8775) obtido após a correlação de Spearman apresentou-se dentro do
intervalo de confiança de 95% (0.8209 – 0.9169) como o esperado, e o p-value <0.0001
reafirma que a probabilidade de que os resultados encontrados que não sejam verdadeiros
é mínima ou quase nula.

CONCLUSÃO
O presente estudo constatou aquilo que a SYSMEX e a literatura afirmam sobre o
uso do parâmetro IG% na rotina laboratorial, mostrou-se que resultados que não retratam
a realidade dos pacientes são raros e que é possível utilizar o IG% automatizado de forma
segura e confiável. É necessário enfatizar que o uso refinado do parâmetro clínico
avançado IG% dependerá das demandas apresentadas pelo público-alvo do local,
acredita-se que se fará necessário à utilização em situações que necessitem de intervenção
médica imediata, de acordo com as condições clínicas apresentadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BUORO et al. Immature granulocyte count on the new Sysmex XN-9000: performance
and diagnosis of sepsis in the intensive care unit. Jornal for Intensive Care and
Emergency Medicine, v. 10, n. 2, p. 4-10, 2015.

FERNANDES B, HAMAGUCHI Y. Automated Enumeration of Immature Granulocytes.


American jornal of clinical pathology, v. 128, n. 3, p. 454-463, 2007.

FAILACE R, FAILACE R, FERNANDES FB. Hemograma: manual de interpretação.


6.Ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

NIGRO et al. Performance of an Automated Immature Granulocyte Count as a Predictor


of Neonatal Sepsis. American jornal of clinical pathology, v. 123, n. 4, p. 618-624,
2005.

ROEHRL MHA, LANTZ D, SYLVESTER C, WANG JY. Age-Dependent Reference


Ranges for Automated Assessment of Immature Granulocytes and Clinical Significancein
na Outpatient Setting. Arch Pathol Lab Med, v. 135, n. 4, p. 471-477, 2011.

SYSMEX. Documento técnico: O novo modelo de negócios para parâmetros avançados


em hematologia – granulócitos imaturos (IG). SYSMEX, c2019.

SYSMEX. Manual: XT-4000iTM Analisador Hematológico Automatizado. [Internet]:


SYSMEX, c2020.
WILLIAMSON MA, SYNDER LM. Wallach: interpretação de exames laboratoriais. 10.
Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


TRATAMENTO PARA O MELASMA COM LED ÂMBAR E ÓLEO
ESSENCIAL DE VETIVER- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Giovanna Landgraf da Silva1, Fernanda Maria Garcia Gonzaga2, Priscilla Fróes


Sebbe-Santos3.

1
Graduanda em Estética pela Universidade do Vale do Paraíbara
2
Fisioterapeuta. Doutoranda em Engenharia Biomédica pela Universidade do Vale do
Paraíba
3
Engenheira Biomédica e Esteticista. Doutoranda em Engenharia Biomédica pela
Universidade do Vale do Paraíba

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Resumo
O melasma é um aspecto de fotoenvelhecimento multifatorial, está relacionado à
predisposição genética, além da exposição à radiação ultravioleta, a qual ativa fatores de
crescimento relacionados e acarreta a melanogênese exacerbada. O uso do LED (diodos
emissores de luz) âmbar é uma alternativa nova e segura. Além disso, o Óleo Essencial
de Vetiver tem efeito iluminador, por impedir a maturação dos melanossomos. Assim, o
presente estudo tem como objetivo avaliar possibilidades de tratamento para o melasma,
com menores efeitos colaterais, tanto com o uso tópico de Óleo essencial de Vetiver, ou
irradiação com LED Âmbar. Foi observado na literatura que o fator de crescimento dos
melanócitos que ocasionam a hipercromia diminuiu com a utilização contínua do LED
Âmbar, e também o óleo essencial de Vetiver diminui a atividade da tirosinase em 50%,
por fim, o uso de ambas as técnicas são promissoras para o gerenciamento do melasma.

Palavras-chave: Melasma. Fototerapia. Vetiveria Zizanioides. LED Âmbar. Óleo


Essencial de Vetiver.

INTRODUÇÃO
O melasma é um distúrbio hiperpigmentar adquirido por fototipos de II a V, comumente
é simétrico e delimitado, pode ocorrer na face e antebraço. Além do fator genético,
presente em latinos e outras populações miscigenadas, há também outros fatores
desencadeantes, como cloasma principalmente (melasma durante a gestação, o qual pode
permanecer em pós-parto), uso de anticoncepcional via oral, múltiplas gestações,
desequilíbrios hormonais com estrógeno, progesterona, melanocortina, contudo 10% da
população que apresenta essa discromia são homens, portanto existe outros fatores
desencadeantes além de hormônios femininos; como a exposição solar sem fotoproteção.
Ocorre múltiplas condições em nível celular para essa deposição melânica excessiva
acontecer, pode ocorre o processo de elastose solar, ou seja, aumento de deposição de
elastina na derme devido degeneração tecidual, acarreta aumento de vascularização local,
mas também modifica a membrana basal, com maior quantidade de mastócitos, em
seguida avança a atividade da glândula sebácea, que produz fatores de crescimento de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


angiogênese, os quais produzem fatores de crescimento de melanogênese, é possível
observar mais de 300 genes os quais regulam a região acometida pelo melasma e sua
cascata envolvida, visto que os fatores de crescimento que aumentam a produção de
melanina, visto que os mais conhecidos e estudados são a tirosinase e alpha-Melanocyte-
stimulating hormone (αMSH). O exame a olho nu permite verificar onde está ocorrendo
a deposição melânica excessiva, se for marrom claro é nível epidérmico, contudo se for
acinzentado é pigmento localizado na derme, por fim se for marrom escuro ocorre em
ambos os tecidos.
O uso de óleos essenciais tem se difundido popularmente cada vez mais, contudo há
registros do uso da aromaterapia desde o período pré-histórico, sempre com intuito de uso
terapêutico das plantas, historicamente eram colocados os galhos, folhas, flores na
fogueira para retirar o aroma, contudo atualmente há modos sofisticados de extração por
vapor, arraste, bem como prensagem mecânica à frio. O vetiver é uma planta a qual pode
ter a raiz com até 2 metros, onde é utilizado para produção de seu óleo essencial,
corresponde ao nome científico de Vetiveria zizanioides e botânico Chysopogon
zizanioides, o uso mais comum é na perfumaria.Tem sua origem na Ásia, assim a China
e Índia utilizam por via oral o óleo essencial com intuito terapêutico, enquanto no
Ocidente foi comprovada a atividade anti-inflamatória relacionada à antioxidante de
lipopolissacarídeos, assim tem sido estudada a capacidade antimelanogênica relacionada
ao antioxidante de αMSH, consequentemente têm sido possível concluir a atividade da
tirosinase ser regredida em até 50%, além de diminuir a oxidação por raios ultravioleta
(UV), resultando na diminuição da melanogênese, então há resultado promissor para
pacientes com melasma.
Outro tratamento favorável para distúrbios hiperpigmentares, como o melasma, é a
fotobiomodulação, ou seja, a utilização de luzes com intuito terapêutico. O mecanismo
consiste na interação entre o fóton e o cromóforo (melanina é um, por exemplo), após o
fóton ser absorvido pela célula é convertido em estado fundamental de energia,
posteriormente entra em estado excitado, que se torna um íon para interagir com a célula.
O LED significa diodos emissores de luz, onde além de não ser colimado e coerente,
também possui baixa intensidade, com menor indício de hiper e hipopigmentação pós-
inflamatória, fator importante para pacientes que tratam discromias. Outro aspecto
significativo é o comprimento de onda eficaz para o melasma, 585nm, ou seja, a cor
Âmbar, tem comprovada a eficácia para inibir maturação de melanossomos, diminuir a
melanogênese, aumentam a presença de lisossomos para autofagia em melanócitos, por
consequência ocorre maior índice de apoptose, visto que a partir de 5J já apresenta
resultado satisfatório para tratamento da hipercromia. Por fim, essas são soluções
possíveis para auxiliar pacientes que sofrem com tal afecção na pele.

OBJETIVOS
Diante tais benefícios das técnicas citadas para tratamento de tal afecção, o objetivo do
presente estudo consiste em avaliar possibilidades de tratamento para melasma, utilizando
métodos indolores, com menores possibilidades de efeitos colaterais.

METODOLOGIA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Trata-se de uma revisão de literatura, o qual aborda o tema de Tratamento para Melasma
com LED Âmbar e Óleo Essencial de Vetiver. Por meio de busca online nos sites “Google
Scholar”, “Publish Medliner”, “Scielo”, além de livros contidos no acervo da Biblioteca
UNIVAP, nos meses de Fevereiro a Junho de 2021. As palavras-chave utilizadas para
pesquisa foram “Melasma”, “Fototerapia” e “Vetiveria zizanoides”, assim foram
selecionados estudos entre os anos de 2011 e 2021.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após análise criteriosa, foram selecionados 3 artigos e 1 livro, abordando os principais
pontos do estudo, permitindo maior compreensão do conteúdo, seguindo a linha de
raciocínio dos autores, conforme observado na tabela 1, a seguir.

Tabela 1- Artigos selecionados.

Título Autores e ano de Objetivo


publicação

Melasma: a clinical and Ana Carolina Explicitar os fatores


epidemiological review. Handel; Luciane epidemiológicos,
Donida Bartoli fisiopatológicos e sobre a
Miot; Hélio Amante qualidade de vida de pacientes
Miot. que apresentam melasma

(2014)

Effect of Vetiveria zizanioides Hsin-Yi Peng; Chin- O estudo in vitro relata que o
Essential Oil on Melanogenesis in Chun Lai; Chih- Óleo Essencial de Vetiver tem
Melanoma Cells: downregulation Chien Lin; Su-Tze capacidade de diminuir a
of tyrosinase expression and Chou Tirosinase além de efeito
suppression of oxidative stress. antioxidante
(2014)

O Grande Manual da Aromaterapia. Dominique Baudoux Explicar as características e


funções botânicas da Vetiveria
(2018) zizanioides

Light-emitting diode 585 nm Li Chen; Zhongyi O estudo relatou que o LED


photomodulation inhibiting Xu; Min Jiang; 585nm inibe melanogênese,
melanin synthesis and inducing Chengfeng Zhang; além de estimular autofagia
autophagy in human melanocytes. Xuan Wang; Leihong dos melanócitos,
Xiang.

(2018)

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Fonte: o autor.

A escolha do comprimento de onda é de suma importância, dado que Handel, Miot, Miot
(2014) observam efeitos hiperpigmentados com luz azul, violeta, além de relatos de
aparecimento de hematomas com luz verde, ao contrário do LED Âmbar, o qual tem se
mostrado como uma luz clareadora. Enquanto Chen et al. (2018) alegam que o
comprimento de onda de 585nm coíbe a maturação de melanossomos, além de diminuir
melanogênese por inibir múltiplas enzimas da cascata melanogênica, principalmente a
atividade da tirosinase é afetada, também induziu a autofagia de melanócitos, acima de
tudo não apresenta citotoxicidade, o que permite um gerenciamento do melasma com
maior segurança e menor possibilidade de efeitos colaterais.
Finalmente, foi observado o óleo essencial de vetiver, é comumente utilizado na Índia e
China por via oral pelas suas propriedades anti-inflamatórias, como citado por Baudoux
(2018), contudo no Ocidente tem sido estudado como ativo natural de uso tópico com
efeito iluminador; no estudo in vitro, foi constatado que evita a oxidação de
lipossacarídeos, antioxidante de αMSH, além de afetar diretamente na atividade da
tirosinase (em 50%), tudo isso devido à reação antioxidante aos raios UV (PENG; LAI;
LIN; CHOU, 2014), assim pode ser utilizado com uso prolongado para evitar o
reaparecimento ou agravamento do melasma. Contudo, foi possível compreender que a
aplicação direta na região do melasma tanto do óleo essencial, quanto da irradiação com
LED âmbar tem efeito inibidor na melanogênese.

CONCLUSÃO
A análise dos estudos selecionados permitiu concluir que ambas as técnicas, tanto a
utilização de óleo essencial de Vetiver, quanto a irradiação de LED âmbar apresentam
ação inibitória para melanócitos com atividade exacerbada, como na região do melasma.
Além de tratar outros fatores que desencadeiam a mácula, como ação antioxidante para
lipossacarídeos. Sendo assim as técnicas atingem e são eficazes para múltiplos fatores
desencadeantes e causadores do melasma.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALSTER, Tina S.; BETTENCOURT, Miriam S.. Review of Cutaneous Lasers and Their
Applications. Southern Medical Journal, [S.L.], v. 91, n. 9, p. 806-814, set. 1998.
Southern Medical Association. http://dx.doi.org/10.1097/00007611-199809000-00002

BAUDOUX, Dominique. O Grande Manual da Aromaterapia. Belo Horizonte:


Laszlo, 2018.

CHEN, Li; XU, Zhongyi; JIANG, Min; ZHANG, Chengfeng; WANG, Xuan; XIANG,
Leihong. Light-emitting diode 585 nm photomodulation inhibiting melanin synthesis and
inducing autophagy in human melanocytes. Journal Of Dermatological Science, [S.L.],
v. 89, n. 1, p. 11-18, jan. 2018. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jdermsci.2017.10.001

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


HANDEL, Ana Carolina; MIOT, Luciane Donida Bartoli; MIOT, Hélio Amante.
Melasma: a clinical and epidemiological review. Anais Brasileiros de Dermatologia,
[S.L.], v. 89, n. 5, p. 771-782, set. 2014. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20143063.

KWIATKOWSKI, Stanisław; KNAP, Bartosz; PRZYSTUPSKI, Dawid; SACZKO,


Jolanta; KęDZIERSKA, Ewa; KNAP-CZOP, Karolina; KOTLIńSKA, Jolanta; MICHEL,
Olga; KOTOWSKI, Krzysztof; KULBACKA, Julita. Photodynamic therapy –
mechanisms, photosensitizers and combinations. Biomedicine & Pharmacotherapy,
[S.L.], v. 106, p. 1098-1107, out. 2018. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/j.biopha.2018.07.049.

PENG, Hsin-Yi; LAI, Chin-Chun; LIN, Chih-Chien; CHOU, Su-Tze. Effect ofVetiveria
zizanioidesEssential Oil on Melanogenesis in Melanoma Cells: downregulation of
tyrosinase expression and suppression of oxidative stress. The Scientific World Journal,
[S.L.], v. 2014, p. 1-9, 2014. Hindawi Limited. http://dx.doi.org/10.1155/2014/213013..

SEHGAL, Virendra N.; VERMA, Prashant; SRIVASTAVA, Govind; AGGARWAL,


Ashok K.; VERMA, Sangeeta. Melasma: treatment strategy. Journal Of Cosmetic And
Laser Therapy, [S.L.], v. 13, n. 6, p. 265-279, 7 out. 2011. Informa UK Limited.
http://dx.doi.org/10.3109/14764172.2011.630088.

WOLF, Klaus et al. Dermatologia de Fitzpatrick: atlas e texto. 7. ed. Porto Alegre:
Amgh, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


BENEFÍCIOS DA FITOTERAPIA COMO TERAPIA ALTERNATIVA NO
TRATAMENTO DE MULHERES DA TERCEIRA IDADE NO CLIMATÉRIO E
MENOPAUSA
Gabriella Rodrigues Ferreira1; Luana Gama Silva¹; Cristal Ribeiro Mesquita²
1
Graduanda em Enfermagem pela Escola Superior da Amazônia
²Enfermeira. Doutora em Biologia Parasitária na Amazônia – Universidade do Estado do
Pará
[email protected]

RESUMO

A menopausa é a última menstruação no ciclo reprodutivo feminino, já o climatério é a


fase antes e depois da menopausa, marcada por variações hormonais que provocam uma
série de sinais e sintomas característicos. Torna-se fundamental o acompanhamento de
saúde sistemático visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento
imediato dos agravos e à prevenção de danos. O objetivo do estudo é descrever os
benefícios do uso de fitoterapias como alternativa ao tratamento convencional dos efeitos
negativos do climatério Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando como
estratégia metodológica uma abordagem qualitativa, descritiva. A utilização de técnicas
milenares de forma primária ou complementar no tratamento são hábitos primordiais que
ajudam na minimização dos sintomas. A literatura indica a fitoterapia como alternativa
eficaz para melhoria da qualidade de vida das mulheres, como estratégia de baixo custo e
menor efeito colateral para tratamento dos sintomas do climatério e menopausa.

Palavras-chaves: mulher, tratamento, fitoterapia, climatério, menopausa;

INTRODUÇÃO: Cada vez mais falar sobre a saúde da mulher se torna de extrema
importância, antigamente só tinham acesso aos serviços de saúde mulheres grávidas,
puérperas e da alta classe, o que fez com que diversas mulheres que participavam de
movimentos sociais passassem a olhar e questionar os motivos de não terem o acesso ao
serviço de saúde em todas as etapas da sua vida. O climatério e menopausa fazem parte
dessa assistência que devem ser prestadas à essa mulher que está entrando na terceira
idade, uma fase da vida biológica que representa a transição entre o período reprodutivo
e o não reprodutivo e não um processo patológico. Torna-se fundamental que as mulheres
climatéricas e na menopausa sejam acompanhadas sistematicamente visando à promoção
da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento imediato dos agravos e à prevenção de
danos. OBJETIVOS: Descrever sobre os benefícios do uso de fitoterapias como terapia
alternativa em mulheres da terceira idade que estão no período do climatério ou em
menopausa diante dos efeitos colaterais que o tratamento convencional pode causar.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, utilizando como

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estratégia metodológica uma abordagem qualitativa, descritiva visando estudar e discutir
sobre os benefícios das terapias alternativas de mulheres climatéricas e na menopausa.
Para a seleção bibliográfica foram utilizados como instrumento de buscas em periódicos
indexados nas principais bases científicas on-line: Pubmed, Scielo e Portal Regional do
BVS. Foram incluídos artigos com textos completos, disponíveis gratuitamente, em
português e inglês, publicados nos últimos cinco anos (2016 a 2020). A partir do
levantamento de dados foram identificadas 1.618 publicações, sendo PUBMED (dois
artigos), Scielo (quatro artigos) e Portal BVS (1.612 artigos) com a inclusão dos filtros
foram selecionados 20 artigos através análise de títulos e resumos e após a leitura na
íntegra foram selecionadas cinco publicações para realização do estudo. RESULTADOS
E DISCUSSÃO: Segundo o Ministério da Saúde (2008) a menopausa ocorre, em média,
aos 50 anos, sendo iniciada essa fase a partir do climatério que tem início por volta dos
40 anos e se estende até os 65 anos. A mulher climatérica e em menopausa é acometida
por diversos sintomas decorrentes das alterações hormonais tais como: ciclos menstruais
irregulares, fogachos, sudorese, insônia, sintomas psicológicos como depressão,
ansiedade, irritabilidade, atrofia vaginal, disfunção sexual, atrofia da pele, incontinência
urinária, osteoporose e doenças cardiovasculares. Quando se discute sobre o tratamento
para os sintomas do climatério e menopausa, surge como prioridade a terapia de reposição
hormonal (TRH), que tem como finalidade suprir a falta de hormônios e vantagem para
o alívio dos sintomas físicos e psíquicos causados por essa etapa biológica do organismo
feminino, através do uso de medicamentos com a finalidade de regular os hormônios do
organismo e diminuir os sintomas. Manica, Bellaver e Zancanaro (2019) discorre sobre
os riscos e benefícios da utilização do TRH, no qual apresenta estudos dos últimos anos
sobre os efeitos nocivos desse tipo de tratamento que não é recomendado a todas as
mulheres e mostra que existem contraindicações que devem ser avaliadas de forma
criteriosa, e que ocasionou a diminuição de prescrições médicas e aumento da procura
das terapias alternativas por mulheres. Faria e Oliveira (2017) levanta a discussão sobre
os benefícios do TRH, mas, apesar disso, diversas mulheres deixam de realizar o
tratamento devido os efeitos colaterais como sangramentos irregulares, náuseas, cefaleia,
retenção hídrica, ganho de peso, além do medo da ocorrência de câncer de mama,
problemas cardiovasculares e trombose nas pernas. Assim, De Tella Sandes (2020)
descreve sobre os tratamentos alternativos e sua utilização milenar, como o uso de plantas,
técnicas de acupuntura, iogas, como forma primária ou complementar no tratamento de
diversas doenças ao longo da história da humanidade. Alimentação saudável, atividade
física, evitar fumo e consumo de álcool, cuidados com a saúde bucal, são descritos como
hábitos diários simples, primordiais e úteis que ajudam na minimização dos sintomas do
climatério e menopausa. De Almeida Rocha (2018) demonstra o uso de fitoterapia no
tratamento alternativo e como se tornou uma prática amplamente aceita, envolvendo
múltiplos profissionais de saúde e que tem feito importantes avanços na área. Assim é
demonstrado que as principais ervas usadas são geralmente fontes de fitoestrogênios
porque seus efeitos são semelhantes ao estrogênio, os mais comumente usados são
Glycine max, Trifolium pratense e Cimicífuga racemosa. De Almeida Rocha (2018)
também apresenta pesquisas com mulheres que fizeram o uso dessas plantas e que
mostraram melhora no quadro dos sintomas, afirmando que as plantas medicinais podem

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ser vistas como um recurso que ajuda no tratamento do climatério e menopausa, e que
traz mais benefícios comparados aos principais riscos que a TRH apresenta como o câncer
de mama e câncer do endométrio. Segundo Oliveira et al (2021), o conhecimento de uso
das plantas medicinais acontece principalmente através da transmissão oral de saberes
populares entre gerações e representam uma estratégia de baixo custo, eficaz e com menor
efeito colateral no tratamento do climatério e menopausa, se tornando uma importante
ferramenta para diminuição de risco e agravos a saúde dessas mulheres, CONCLUSÃO:
A literatura indica a fitoterapia como alternativa eficaz para melhoria da qualidade de
vida das mulheres, porém ainda há um déficit de informações a essas mulheres sobre essas
terapias, resultando na falta de utilização das plantas medicinais e fitoterápicos como
estratégias de baixo custo e de baixo efeito colateral para tratamento dos sintomas do
climatério e menopausa. Há necessidade de estudos experimentais e discussões para o
desenvolvimento de estratégias para identificar outras alternativas de tratamento para essa
população a fim de minimizar danos a saúde e apresentar formas e benefícios de melhora
na qualidade de vida através de novos métodos terapêuticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MANICA, Jucelia; BELLAVER, Emyr Hiago; ZANCANARO, Vilmair. Efeitos das


terapias na menopausa: uma revisão narrativa da literatura, São Paulo, Brasil. Journal of
Health & Biological Sciencies. v. 7, n. 1 (Jan-Mar), p. 82-88, 2018.

FARIA, Ana Cláudia Pereira; OLIVEIRA, Francielda Queiroz. Fitoestrogênios Como


Alternativa Na Terapia De Reposição Hormonal No Climatério. Revista Brasileira de
Ciências da Vida, v. 5, n. 1, 2017.

DE TELLA SANDES, Maria Kamilla Cruz et al. Análise dos Métodos de Medicina
Tradicional Chinesa no Tratamento do Climatério. Brazilian Journal of Development,
v. 6, n. 12, p. 102386-102391, 2020.

DE ALMEIDA ROCHA, Bruna Maria; PEREIRA, Maria do Socorro Vieira;


CARNEIRO, Jefferson Queiroz. Terapias complementares: fitoterapia como opção
terapêutica no climatério e menopausa. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança,
v. 16, n. 1, p. 16-25, 2018.

DE OLIVEIRA, Ana Katarina Dias et al. Uso de plantas medicinais e fitoterápicos no


climatério e menopausa. Research, Society and Development, v. 10, n. 10, p.
e206101018752-e206101018752, 2021.v

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INFLUÊNCIA DOS AGENTES QUIMIOTERÁPICOS E DOS SEUS
COADJUVANTES NAS MANIFESTAÇÕES ORAIS DE CRIANÇAS COM
LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA

Rayssa Nayra de Albuquerque Lima1; Zuleni Alexandre da Silva1; Leila Maués Oliveira
Hanna2.
1
Graduando em Odontologia pela faculdade Uninassau Belém-Pa
2
Doutora em Odontopediatria pela Universidade Cruzeiro do Sul.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].
RESUMO
INTRODUÇÃO: A leucemia linfocítica aguda é um dos tipos de câncer mais comuns
em crianças e é caracterizada pela produção excessiva e desordenada de leucócitos
imaturos na medula óssea. OBJETIVOS: Avaliar a influência dos agentes
quimioterápicos e coadjuvantes nas manifestações orais de crianças portadoras de LLA.
METODOLOGIA: A amostra total alcançada foi de 68 crianças. Porém, apenas 46
crianças seguiram para a segunda etapa. Foram incluídas na pesquisa crianças de 2 a 12
anos diagnosticadas com LLA e que iriam ser submetidas a tratamento quimioterápico no
Hospital Ophir Loyola localizado em Belém-PA. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Das
drogas utilizadas,observa-se que a daunorrubicina, vincristina, ARA-C, cardioxane,
metotrexato, ciclofosfamida, elspar 50 UI foram as mais utilizadas. CONCLUSÃO:
Diante dos resultados, concluir que não houve influência dos agentes quimioterápicos e
dos seus coadjuvantes nas manifestações orais de crianças portadoras de LLA.
Palavras-chave: Quimioterápico; Manifestações Orais; Crianças.
INTRODUÇÃO
A leucemia linfocítica aguda (LLA) acomete cerca de 80% das leucemias e ocorre na
maioria dos casos em crianças. A LLA resulta na produção excessiva e descontrolada de
blastos do tipo linfóide, dificultando a produção normal de glóbulos vermelhos, brancos
e plaquetas. As chances de sobrevida aumentam com os avanços nos tipos de tratamento
antineoplásico. As drogas quimioterápicas agem sistemicamente, em nível celular,
especificamente nas células em processo de divisão celular, interferindo no seu
crescimento e divisão. Durante o tratamento antineoplásico as lesões orais tornam-se
ainda mais intensas, pois o tratamento quimioterápico atua em células pouco
diferenciadas ou com alto metabolismo, atingindo além das células blásticas as células
normais do organismo.

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OBJETIVOS

Diante do exposto, nosso objetivo é avaliar a influência dos agentes quimioterápicos e


dos seus coadjuvantes nas manifestações orais de crianças portadoras de leucemia
linfocítica aguda.

METODOLOGIA
Esta pesquisa foi submetida à avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres
Humanos, através do Comitê de Ética da Universidade Cruzeiro do Sul, obtendo parecer
favorável de acordo com protocolo número CE/UCS-005/2014.
Os responsáveis legais das crianças selecionadas foram esclarecidos e informados a
respeito da pesquisa; os que após lerem o termo de consentimento livre e esclarecido –
TCLE concordaram com a participação de sua criança, assinaram.
A amostra final deste estudo foi constituída de 46 crianças, matriculadas/atendidas no
Hospital Ophir Loyola (HOL), serviço público de referência ao tratamento de câncer no
Estado do Pará. Foi adotada a amostragem por conveniência, uma vez que o câncer na
criança e no adolescente é uma doença rara, correspondendo em torno de 3% de todos os
tumores malignos na maioria das populações. Utilizou-se como critério de inclusão
crianças com câncer do tipo Leucemia Linfoide Aguda – LLA, submetidas a tratamento
antineoplásico, com quimioterapia na faixa etária entre 2 a 12 anos de idade; ambos os
gêneros, independente da cor da pele e condições socioeconômica e residentes no Estado
do Pará. Para diminuir a variabilidade de diagnóstico interexaminador e aumentar a
confiabilidade dos dados levantados, foi realizado um treinamento e calibração prévia ao
início dos exames. A concordância de diagnóstico interexaminador foi de 0,78 sendo
considerada uma boa concordância.
As coletas foram realizadas em 2 etapas, a primeira após o recebimento do diagnóstico
de câncer e antes do início do tratamento antineoplásico e constituiu de anamnese e exame
clínico, e a segunda etapa, aproximadamente 10 a 15 dias após a realização do início do
tratamento antineoplásico, que consistiu em novo exame clínico e anotações das drogas
utilizadas durante a quimioterapia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Das drogas utilizadas observa-se que a daunorrubicina 14 a 24mg (83%), vincristina


0,6mg a 1 g (80%), ARA-C 20mg a 1600mg (74%), cardioxane13mg a 340mg (65%),
metotrexato 12mg a 2400mg (63%), ciclofosfamida 104mg a 1540mg (59%), elspar 50UI
a 9600UI (57%) e a mesna 75mg a 510mg (54%) foram as mais utilizadas. Vale ressaltar
que as drogas cardioxane e mesna são coadjuvantes do tratamento quimioterápico.A
quimioterapia é composta geralmente por medicamentos líquidos, que são misturados ao
soro e injetados no paciente. Cada sessão dura cerca de uma hora. O número de sessões
varia conforme o estado do paciente, mas em média são feitas de seis a oito aplicações.
Nesta pesquisa, a média de sessões foi de 4,63, apesar de que 9 pacientes realizaram 6
sessões, 1 realizou 7 sessões e 6 realizaram 8 sessões. Os possíveis efeitos colaterais da

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quimioterapia são inúmeros, dentre os sintomas mais desconfortáveis sobre o ponto de
vista de crianças em tratamento, estão: náuseas e vômitos, aumento do peso, dor, reação
de hipersensibilidade, fadiga e febre, os quais interferem diretamente no cotidiano delas
levando a diminuição do estado de bem estar e, consequentemente, piora na qualidade de
vida. Ao realizar uma busca na literatura a respeito das drogas empregadas durante o
tratamento quimioterápico para LLA, percebe-se a falta de consenso e a escassez a
respeito do assunto. O protocolo usado para o tratamento da leucemia aguda foi o
proposto pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, sendo o metotrexato uma das
drogas mais utilizadas nesta terapia. O gluconato de clorexidina 0,12% foi administrado
por 10 dias consecutivos, após cada infusão de metotrexato durante a quimioterapia e
observou-se que as drogas mais utilizadas foram a daunorubicin 30mg, vincristine 1.4
mg, L-asparaginase, methotrexate 12 mg. identificaram a doxorubicina, vincristina,
prednisona, a L-asparaginase e metotrexato como as mais utilizadas.O tratamento
quimioterápico pode ser diretamente tóxico e afetar a mucosa oral por meio da circulação
sistêmica. Além disso, muitas vezes, ocorre a secreção pela saliva das drogas utilizadas,
o que resulta na exposição do medicamento na cavidade oral. A análise foi feita entre a
incidência de alterações bucais e drogas empregadas, onde a correlação não foi
significativa estatisticamente. Na literatura afirmaram que as combinações
medicamentosas utilizadas na quimioterapia não podem ser correlacionadas diretamente
com as manifestações orais presentes no indivíduo. Contudo, estudos desenvolvidos em
uma pesquisa para avaliar o efeito da terapia antineoplásica no desenvolvimento dental e
na função salivar em receptores de terapia antineoplásica na infância. Os mesmos
concluíram que as crianças e adolescentes que receberam altas doses de ciclofosfamida
possuíam maiores risco de desenvolver distúrbios odontológicos.

CONCLUSÃO
Diante dos resultados pode-se concluir que não houve influência dos agentes
quimioterápicos e dos seus coadjuvantes nas manifestações orais de crianças portadoras
de leucemia linfocítica aguda. Entretanto, o cirurgião dentista necessita reconhecer as
manifestações orais que podem surgir durante ou após a quimioterapia e intervir na saúde
bucal do paciente com LLA, contribuindo e auxiliando no seu tratamento.
REFERÊNCIAS
1. COSTA, S. S.; SILVA, A. M.; MACEDO, I. A. B. Conhecimento de manifestações
orais da Leucemia e protocolo de atendimento odontológico. Revista de Odontologia da
Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 23 n.1, p. 70-78, Jan./Abr. 2011.

2. HAMERSCHLAK, N. Leukemia: genetics and prognostic factors. Jornal de


Pediatria, Rio de Janeiro, v. 84, n. 4, p. 52-57, Aug. 2008.

3.SUBRAMANIAM, P.; BABU, K. L.; NAGARATHNA, J. Oral manifestations in acute


lymphoblastic leukemic children under chemotherapy. Te Journal of Clinical Pediatric
Dentistry, v. 32, n. 4, p. 319-324, Jul. 2008.

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A IMUNIZAÇÃO E NÚMEROS DE ÓBITOS POR INFLUENZA NO BRASIL,
2010-2019: UMA ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL

Arthur Sodré de Mendonça1; Mariana Barreira Duarte de Sousa2; Claudia Porto


Gonçalves Costa3; Dagildo Diego Saraiva Arrais Mousinho4; Ana Luísa Santos
Bizinoto5; Kelly Cristina Lopes Silva6; Fabricio Henrique Pereira de Souza7; Adriana
Helena de Matos Abe8

1,2
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
3,4
Graduando em Medicina pela Universidade de Rio Verde
5,6
Graduando em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
7
Mestrando em Cirurgia e Diagnóstico Bucal pela Universidade Estadual Paulista
8
Preceptora da Residência em Pediatria e Acadêmicos de Medicina da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
No Brasil, a política nacional de imunização recomenda vacinação anual contra influenza
para grupos vulneráveis. A imunização visa reduzir o número de óbito. Foi analisado os
reflexos do número de doses de vacinas aplicadas contra Influenza e o número de óbitos
por este agravo entre 2010 e 2019. Trata-se de um estudo de séries temporais, de caráter
observacional, analítico, longitudinal, retrospectivo e ecológico. No intervalo analisado,
foram aplicadas 70.574.800 vacinas contra influenza, sendo 34.021.797 em 2013. Entre
2010 e 2019, foram registrados 7.141 óbitos por Influenza, sendo 796 em 2013. No
período, o número de doses aplicadas apresentou série temporal decrescente, enquanto o
número de óbitos demonstrou tendência crescente. Este estudo demonstrou a relevância
da imunização para redução da mortalidade, pois a tendência crescente de óbitos foi
desencadeada pelo contexto de negligência da proteção proporcionada pelo
imunobiológico.

Palavras-chaves: Cobertura vacinal; influenza; óbito.

INTRODUÇÃO
O Influenza é um vírus RNA com três principais classificações (tipos A, B e C),
que variam em função do material genético. Os tipos B e C são exclusivamente humanos,
o tipo A apresenta três combinações (H1N1, H2N2 e H3N2) que são capazes de infectar
humanos. Outras combinações do vírus Influenza como o H5N1, causador da gripe
aviária, podem atingir humanos, com capacidade de disseminação inferior aos demais.

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Nesse contexto, as epidemias de gripe são majoritariamente causadas por vírus do tipo A
ou B, circunstância justificada pelas frequentes mutações na composição antigênica
desses vírus (COSTA; MERCHAN-HAMANN, 2016).
No Brasil as vacinas são disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). O Programa nacional de imunização (PNI) recomenda vacinação anual
contra influenza para grupos vulneráveis a esse vírus, como mulheres. As vacinas
utilizadas na vacinação contra a influenza são imunobiológicos trivalentes com antígenos
de duas cepas do tipo A e uma do tipo B, sem adição de adjuvantes na composição é
determinada pela OMS para o hemisfério Sul, de acordo com as informações da vigilância
epidemiológica do país (BRASIL, 2021).
O potencial protetor da imunização contra infecção por Influenza, reduz as
chances de um indivíduo morrer em virtude dessa doença. Estudos demonstram que mais
de 5% de adultos e mais de 20% das crianças, no mundo, são infectadas anualmente pelo
vírus da Influenza, os quais podem ter desfechos fatais, representando até 650.000 mortes
por ano. Desse modo, a baixa escolaridade, comorbidades e, principalmente, estado
vacinal ignorado, são capazes de predispor a infecção, bem como evoluir com morte
tornando-se problemática de saúde pública em todo o planeta (IULIANO et al., 2018;
FELINTO et al., 2019).
Portanto, o principal questionamento levantado diz respeito a compreensão de
possíveis associações entre o que tange a vacinação contra a influenza no Brasil e
mudanças substanciais no número de óbitos.

OBJETIVOS
Analisar e compreender as repercussões e reflexos entre número de doses
aplicadas contra Influenza e número de óbitos por Influenza no período entre os anos de
2010 a 2019.

METODOLOGIA
Estudo de séries temporais, de caráter observacional, analítico, longitudinal,
retrospectivo e ecológico. Obtiveram-se as informações através do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Os dados utilizados corresponderam
ao número de doses aplicadas da vacina Influenza, disponíveis no Sistema de informação
do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), e número de óbitos por Influenza, no
Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), considerando o contexto nacional, no
intervalo entre 2010 a 2019.
Foi realizada análise de regressão temporal individual para as duas variáveis
pesquisadas, o número de doses aplicadas e o número de mortes por Influenza,
considerando o intervalo entre os anos 2010 a 2019, a fim de compreender possíveis
interações ou influências entre esses dois elementos. Desse modo, as tendências temporais
foram analisadas no software Stata 14.0, para serem comparadas, utilizando a Regressão
de Prais-Winsten. Obteve-se os coeficientes de inclinação da regressão (CI) e as taxas de
incremento anual (TI), de modo que as tendências de p-valor inferior a 0,05 foram
consideradas significativas.

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RESULTADOS
Durante o intervalo analisado, entre os anos de 2010 e 2019, foram aplicadas
70.574.800 doses de imunobiológicos contra o vírus da Influenza, dos quais 34.021.797
foram aplicados só em 2013. Ainda entre 2010 e 2019, foram registrados 7.141 óbitos por
essa problemática, de modo que em 2013, ano de maior volume de vacinação no período
pesquisado, houveram 796 mortes. Após esse contexto de vacinação em massa foi
observado a redução do número de óbitos no ano seguinte (2014), entretanto o número de
mortes voltou a se elevar em 2016, registrando o clímax no período analisado, com 1.756
falecimentos em razão da Influenza.
A partir de 2013, em que houve o pico de imunização no intervalo estudado, é
evidente a redução do número de doses aplicadas em todo o país, registrando em 2019 o
pífio emprego de 377.712 vacinas. Essa análise dos dados foi confirmada pela tendência
decrescente do número de doses aplicadas entre os anos de 2010 e 2019, os quais
registraram uma taxa de redução anual de 29,3% no período analisado (p-valor: 0,004;
TI: -0,293).
Apesar de demonstrar oscilação nos valores brutos, os últimos quatro anos da série
sobre o número de mortes por Influenza demonstram valores elevados. Essa observação
coincide com a análise de tendência crescente, no período pesquisado, para o número de
óbitos por tal problemática que remonta os CIDs J09, J10 e J11. Nesse contexto, os dados
demonstraram uma taxa de aumento anual de 18,6% entre os anos de 2010 e 2019 (p-
valor: 0,002; TI: +0,186).

DISCUSSÃO
A partir da análise dos dados descritos anteriormente, foi observado uma
importante dicotomia entre as tendências das variáveis estudadas, de modo que o número
de doses aplicadas apresentou série temporal decrescente, enquanto o número de óbitos
por Influenza demonstrou tendência crescente no período entre os anos de 2010 e 2019.
Nesse contexto, pode-se inferir que a queda abrupta da imunização contra
Influenza no intervalo estudado seja um reflexo do enfraquecimento de diferentes
programas e políticas sociais no país, além da disseminação de mitos sobre a efetividade
e potencial de proteção do imunobiológico. Assim sendo, entre os possíveis motivos desse
cenário está o enfraquecimento das campanhas de imunização, as quais tiveram redução
tanto do seu caráter publicitário em demonstrar a relevância e necessidade de manter toda
a população imunizada, contribuindo para impedir epidemias e óbitos, como também a
redução do volume total de indivíduos que buscam pelo imunobiológico no Sistema
Único de Saúde (SATO, 2018). Através de ensaios clínicos, Szilagyi et al. (2020)
demonstrou o aumento da adesão à vacinação contra Influenza, após estabelecer
lembretes telefonados direcionados a população alvo das campanhas de imunização.
Os fatores que favoreceram a redução do número de doses aplicadas entre 2010 e
2019, está o auto convencimento e negligência social frente ao potencial desse vírus em
gerar morte. No ano de 2009, o mundo enfrentou a última pandemia pelo vírus Influenza.
Desde então, a manifestação menos expressiva dessa patologia desencadeou na população
a falsa sensação de proteção e, consequentemente, a consciência de pouca ou nenhuma
necessidade em receber o imunobiológico, uma vez que em seu dia a dia pouco observam

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casos graves ou óbitos desencadeados pela Influenza. Dessa forma, com a progressão da
década, a população passou a demonstrar menor interesse em buscar a vacina no SUS
(DOMINGUES et al., 2019).
É importante ressaltar o aumento da disseminação de falsas crenças acerca do
imunobiológico e repercussões fisiológicas negativas, principalmente em crianças.
Somado à crescente ampliação do movimento anti-vacina no Brasil, esses fatores têm
contribuído para a redução da cobertura vacinal da população (MORAES APS et al.,
2018).
Sabe-se que algumas dúvidas contribuem para a resistência dos pais frente a
vacinação dos filhos contra a Influenza, e questionamentos a respeito da segurança,
eficácia e efeitos adversos além da desconfiança de haver aquisição de Influenza do
próprio imunobiológico (KANG et al., 2017).
Diferentes estudos apontam para o potencial positivo do imunobiológico
responder de maneira efetiva contra a infecção da Influenza, tornando-se o principal
instrumento de combate e proteção da população contra o vírus (AZAMBUJA et al.,
2020; BROMBACHER et al., 2021). Desta forma, pode-se compreender a tendência
crescente do número de óbitos por essa patogênese como um reflexo, dentre outros
fatores, da redução da percentagem da imunidade de rebanho da população brasileira, no
período entre os anos de 2010 e 2019.
O estudo analisou dados secundários, o que pode ser configurado como limitação,
visto que isso interfere no controle de elementos com potencial de gerar confusão, e
fidelidade das informações, as quais dependem da cobertura e qualidade das notificações
de imunização e óbito.

CONCLUSÃO
Diante do exposto, este estudo permitiu compreender a relevância da imunização
para prevenção e redução da mortalidade e agravos ocasionados pelos vírus da Influenza.
Portanto, ficou evidente que a tendência crescente de óbito por essa patologia foi
desencadeada pelo contexto em que a população passou a negligenciar a proteção
proporcionada pelo imunobiológico. Sendo assim, ressalta-se a necessidade de haver
aperfeiçoamento das campanhas de imunização, ampliando a sua divulgação e
desencadeando a conscientização da população acerca da relevância do uso da vacina, a
fim de ampliar a cobertura vacinal e combater mitos e movimentos que desestimulam a
imunização.

REFERÊNCIAS

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uma análise crítica. Revista de Saúde Pública, v. 52, n. 40, p. 1-13, 2018.

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AZAMBUJA, H. C. S. et al. O impacto da vacinação contra influenza na
morbimortalidade dos idosos nas regiões do Brasil entre 2010 e 2019. Cadernos de
Saúde Pública, v. 36, p. 1-14, 2020.

COSTA, L. M. C.; MERCHAN-HAMANN, E. Pandemias de influenza e a estrutura


sanitária brasileira: breve histórico e caracterização dos cenários. Rev Pan-Amaz Saúde,
v. 7, n. 1, p. 11-25, 2016.

DOMINGUES, C. M. A. S. et al. Vacina Brasil e estratégias de formação e


desenvolvimento em imunizações. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 28, n. 2, p. 1-4, 2019.

FELINTO, G. M.; ESCOSTEGUY, C. C.; MEDRONHO, R. A. Fatores associados ao


óbito dos casos graves de influenza A(H1N1)pdm09. Cadernos Saúde Coletiva, v. 27,
n. 1, p. 11-19, 2019.

IULIANO, A. D. et al. Estimates of global seasonal influenza-associated respiratory


mortality: a modelling study. Lancet, v. 391, p. 1-31, 2018.

SATO, A. P. S. Qual a importância da hesitação vacinal na queda das coberturas vacinais


no Brasil?. Revista de Saúde Pública, v. 52, n. 96, p. 1-9, 2018.

SZILAGYI, P. et al. Effect of State Immunization Information System Based


Reminder/Recall for Influenza Vaccinations: A Randomized Trial of Autodialer, Text,
and Mailed Messages. J. Pediatr., v. 221, n. 123-131, p. 1-20, 2020.

Vacinar Contra H1N1. Saúde e Vigilância Sanitária, 2021.

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RELAÇÃO DO ZINCO E MAGNÉSIO COM O TRANSTORNO DE
ANSIEDADE
Ingrid Andrade Vasconcelos Ferreira¹. Flávia Gabrielle Pereira de Oliveira².

¹Graduanda em nutrição pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – Unifavip


²Docente do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – Unifavip
[email protected]

RESUMO

O estado nutricional, quando inadequado, pode corroborar com o surgimento ou mesmo


com a piora de transtornos mentais, tais como a ansiedade. Minerais como o Magnésio e
o Zinco, são importantes para a saúde mental. Neste sentido, o presente trabalho teve
como objetivo compreender a relação destes minerais com os sintomas que ocorrem no
transtorno de ansiedade, a fim de verificar o impacto que estes podem causar sobre tal
condição mental. Assim, realizou-se uma revisão de literatura narrativa, entre os anos de
2009 a 2020, com osdescritores: magnésio, zinco e ansiedade. Os resultados apontaram
que em pessoas ansiosas as concentrações séricas de Magnésio e Zinco se encontram
diminuídas e, portanto, estes minerais parecem estar correlacionados com os sintomas
ansiosos. Conclui-se que há uma relação entre a deficiência de Magnésio e Zinco e o
surgimento de sintomas característicos da ansiedade.
PALAVRAS-CHAVE: Transtornos de ansiedade; Deficiência de minerais; Magnésio;
Dieta; Zinco.

INTRODUÇÃO

Ao longo da vida 33,7% da população em geral é afetada pela ansiedade, sendo


esta considerada o transtorno psiquiátrico mais prevalente na atualidade (BANDELOW
B; MICHAELIS S, 2015). Nesse contexto, dados trazidos pela Organização Mundial da
Saúde (2017) apontaram uma prevalência mundial de transtornos de ansiedade em 3,6%,
enquanto que, entre os brasileiros, o valor encontra-se em 9,6%, assim, o Brasil configura-
se como um dos países mais ansiosos ao redor do globo (FERNANDES et al., 2018).
A Associação Americana de Psiquiatria (2017) define a ansiedade como uma
reação normal ao estresse, sendo ela caracterizada por causar sentimentos de preocupação
e tensão no indivíduo. A ansiedade começa a ser considerada patológica quando se torna
desproporcional ao seu estímulo, podendo ainda apresentar-se como uma situação
persistente que causa diversos prejuízos ao indivíduo, o que caracteriza os Transtornos de
Ansiedade (TA) (CRASKE et al., 2009).
Sabe-se que a nutrição inadequada é um fator de risco para o surgimento ou piora

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de casos de transtornos mentais (WENG et al., 2012). Entre outros nutrientes, os
chamados elementos minerais essenciais são necessários para o bom funcionamento dos
organismos vivos. São classificados como essenciais se forem fundamentais para as
funções bioquímicas ou se a privação alimentar em experimentos com animais causa
defeitos biológicos, que podem ser restaurados ou evitados pela administração do
elemento (MOMČILOVIĆ et al., 2010). Segundo Młyniec et al. (2014), o magnésio e o
zinco são importantes elementos essenciais envolvidos com os sintomas ansiosos e
depressivos.
Ainda são escassos na literatura trabalhos que correlacionam a deficiência de
minerais com o desenvolvimento dos transtornos de ansiedade. Sabendo a importância
que estes exercem para o bom desenvolvimento do ser humano, ressalta-se a importância
desse estudo a fim de ampliar o conhecimento que se tem do impacto da nutrição sobre a
saúde mental, bem como ofertar opções complementares para o tratamento de indivíduos
com transtornos de ansiedade.

OBJETIVO

Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo compreender a relação


do magnésio e do zinco com os sintomas que ocorrem no transtorno de ansiedade, a fim
de verificar o impacto que estes podem causar sobre tal condição mental.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um estudo de revisão de literatura narrativa com o objetivo de


sumarizar o conhecimento atual sobre a relação do Magnésio e do Zinco com os
transtornos de ansiedade. Para tanto, realizou-se um levantamento bibliográfico, nas
bases: PubMed e Scielo. Foram incluídos trabalhos cuja metodologia fosse aplicada em
adultos, idosos ou estudos experimentais. Aqueles pautados em revisões da literatura
foram descartados. Como materiais, foram utilizados artigos originais de língua inglesa
e espanhola, disponíveis dos anos 2009 a 2020, com os seguintes descritores:
Transtornos de ansiedade; Deficiência de minerais; Magnésio; Dieta; Zinco.

RESULTADOS

A associação dos descritores “Magnésio + Ansiedade” encontram 116 artigos,


sendo: 112 artigos da PubMed e 04 artigos do Scielo. Enquanto que, a associação dos
descritores “Zinco + Ansiedade” trouxe um total de 148 artigos, sendo: 146 artigos da
PubMed e 02 artigos da Scielo.
Dos 264 artigos encontrados, utilizou-se apenas 3,03% (8 artigos), pois, foram os
considerados adequados tanto ao objetivo final desta pesquisa, quanto aos critérios de
inclusão e exclusão estabelecidos previamente.

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DISCUSSÃO

ANJOM-SHOAE (2020), encontrou-se como resultado com base em uma


análise nos pontos de corte da EAR (Ingestão Dietética Estimada), houve uma associação
positiva entre a ingestão deficiente em Magnésio e a ansiedade em homens e mulheres.
No entanto, em meio a população iraniana adulta estudada, um maior nível de ingestão
dietética deMagnésio foi associado a menores chances de ansiedade entre as mulheres,
além de menores chances de desenvolver depressão.
JACKA et al. (2009), foi o pioneiro a testar dentro de um ambiente epidemiológico
a hipótese de que tanto a ansiedade quanto a depressão, estariam associadas à um menor
nível de ingestão de Magnésio através da dieta. Foram estudados adultos de meia-idade e
idosos em uma comunidade na Noruega. Percebeu-seque havia uma relação direta entre
a ingestão de Magnésio e a depressão. Notou-se também, um comportamento semelhante
entre tal ingestão e os sintomas de caráter ansioso. No entanto, esta última associação
teria sido menos forte quandocomparada à depressão.
REAL R; FERREIRA M. (2020), realizado em um Hospital e objetivou
determinar quais seriam os sintomas mais presentes em seus pacientes adultos e idosos
internados, que se encontravam com um diagnóstico laboratorial confirmado de
hipomagnesemia. A ansiedade foi um dos sintomas mais presentes entre a população-
alvo, com uma frequência de 9,09%. Entre os pacientes com hipomagnesemia havia um
alto consumode fármacos como o omeprazol, corticoesteroides e diuréticos.
Um outro estudo, de caráter experimental, realizado por JØRGENSEN etal.
(2015), parte do pressuposto de que tanto a ansiedade quanto a depressão, estão
associadas a níveis baixos de Magnésio no cérebro humano. Para testar essa possibilidade,
vinte camundongos foram submetidos a dieta normal ou deficiente em magnésio, ao longo
de 06 semanas. Após esse período, a microbiota deles foi avaliada por eletroforese em gel
de gradiente de desnaturação, e viu-se que a dieta deficiente em Magnésio parecia afetar
o eixo homeostático microbiota-intestino-cérebro. Sendo, portanto, uma possível
justificativa para o surgimento de comportamentos semelhantes àqueles causados pela
ansiedade.
RUSSO A. (2011) estudou a concentração plasmática de Zinco em indivíduos
adultos com ansiedade antes e após a terapia com este mineral. Foi visto que o Zinco se
encontra em concentrações diminuídas em indivíduos ansiosos, e a justificativa para os
sintomas seria porque isto corrobora para uma menor quantidade do neurotransmissor
GABA (ácido amino-butírico). Este estudo sugere que a terapia com Zinco pode ajudar
na diminuição dos sintomas.
ISLAM et al. (2013), também foi realizado entre a população adulta, e, neste caso,
entre os que tivessem o diagnóstico de TAG (transtorno de ansiedade generalizada). O
referido autor analisou a concentração plasmática de minerais como: Zinco, Cobre,
Manganês, Ferro, Cálcio e Magnésio, entre essas pessoas. Viu-se nesse estudo, que houve
uma diferença de concentração significativa para o Zinco, Manganês, Cobre e Ferro,
presente nestes indivíduos. Dentre estes, no entanto, as concentrações deficientes de

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Zinco encontravam-se mais correlacionadas aos sintomas do transtorno de ansiedade
generalizada.
Achados mais atuais sobre o Zinco e a ansiedade foram obtidos no estudo de
ANBARI-NOGYNI et al. (2020), que teve como população-alvo idosos iranianos. Nesse
estudo, viu-se que as mulheres tinham mais tendência de estarem com níveis séricos mais
baixos de Zinco com relação aos homens. Assim como, tanto a depressão quanto a
ansiedade também foram mais presentes entreo público feminino. Ressaltou-se também
que os idosos correm mais risco de ter deficiência de Zinco, devido a inadequações em
sua ingesta alimentar.
NAKAMURA et. al (2019) estudou a relação de minerais como o Zinco, Cobre e
Manganês no impacto na saúde mental de trabalhadores japoneses.Com esta pesquisa
observou-se que houve uma associação inversa entre os minerais mencionados e os
sintomas depressivos e ansiosos. Além de que, os participantes com tais sintomas,
consumiam menos alimentos que fornecessem vitaminas e minerais.

CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos mencionados, infere-se que existe uma relação entre o
surgimento dos sintomas característicos do transtorno ansioso e a deficiência dos minerais
Magnésio e Zinco no organismo humano. Visto que, ambos demonstram exercer
significativa influência em mecanismos fisiológicos que afetam o bom funcionamento do
sistema nervoso.

REFERÊNCIAS

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among elderly population. Clinical nutrition ESPEN, v. 37, p. 233-239,2020.

ANJOM-SHOAE, Javad et al. The association between dietary intake of magnesium and
psychiatric disorders among Iranian adults: a cross-sectionalstudy. British Journal of
Nutrition, v. 120, n. 6, p. 693-702, 2018.

BANDELOW, Borwin; MICHAELIS, Sophie. Epidemiology of anxiety disorders inthe


21st century. Dialogues in clinical neuroscience, v. 17, n. 3, p. 327, 2015.

FERNANDES, Márcia Astrês et al. Prevalence of anxiety disorders as a cause of workers’


absence. Revista brasileira de enfermagem, v. 71, p. 2213-2220, 2018.

ISLAM, Md Reazul et al. Comparative analysis of serum zinc, copper, manganese,iron,


calcium, and magnesium level and complexity of interelement relations in generalized
anxiety disorder patients. Biological trace element research, v. 154,n. 1, p. 21-27, 2013

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JACKA, Felice N. et al. Association between magnesium intake and depression and
anxiety in community-dwelling adults: the Hordaland Health Study. Australian& New
Zealand Journal of Psychiatry, v. 43, n. 1, p. 45-52, 2009.

JØRGENSEN, Bettina Pyndt et al. Dietary magnesium deficiency affects gutmicrobiota


and anxiety-like behaviour in C57BL/6N mice. Acta neuropsychiatrica, v. 27, n. 5, p.
307-311, 2015. DOI: https://doi.org/10.1017/neu.2015.10

MG, Craske. Rauch SL. Ursano R. Prenoveau J. Pine DS. Zinbarg RE. What is ananxiety
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Pharmacological Reports, v. 66, n. 4, p. 534-544, 2014.

MOMČILOVIĆ, Berislav et al., An essay on human and elements, multielementprofiles,


and depression. Translational Neuroscience, v. 1, n. 4, p. 322-334, 2010.

NAKAMURA, Mieko et al. Low zinc, copper, and manganese intake is associatedwith
depression and anxiety symptoms in the Japanese working population: Findings from the
eating habit and well-being study. Nutrients, v. 11, n. 4, p. 847,2019.

PAREKH, Ranna. What are anxiety disorders. American PsychiatricAssociation, 2017.

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hipomagnesemia en pacientes adultos. An. Fac. Cienc. Méd.(Asunción), p. 17-24, 2020.

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and metabolic insights, v. 4, p. NMI. S6349, 2011.

WENG, Ting-Ting et al. Is there any relationship between dietary patterns and depression
and anxiety in Chinese adolescents?. Public health nutrition, v. 15,n. 4, p. 673-682,
2012.

INSTABILIDADE PATELAR E SUA CORRELAÇÃO COM A DISPLASIA


TROCLEAR

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Walfrido Henrique Cavalcante Júnior1; Dayanna Ferreira Gomes2; Josimeire Marques de
Brito3; Rawllan Weslley Alves Felipe4; Vanessa Santos de Araújo5; Simone Gomes
Torquato6.

1,3
Graduando em Fisioterapia pelo Centro Universitário de João Pessoa
2,4,5
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa
6
Fisioterapeuta. Mestre em Fisioterapia pela Universidad Nuestra Señora de Asunción

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A instabilidade patelofemoral possui multifatores de risco, dentre eles a displasia troclear


(DT). Dessa forma, o estudo teve como objetivo correlacionar e descobrir a importância
da DT para o desenvolvimento deste tipo de instabilidade. Para tanto, foi desenvolvida
uma pesquisa bibliográfica de artigos publicados nas bases de dados PUBMED, SciELO,
ScienceDirect e UpToDate no período entre 2004 e 2021, sendo selecionados 7 artigos
entre 12 encontrados utilizando como descritores a “instabilidade patelar”, “displasia
troclear”, “luxação patelar” e “instabilidade femoropatelar". Conclui-se que a DT possui
relação com a Instabilidade patelofemoral por sua alteração anatômica, que interfere em
toda biomecânica e cinesiologia do joelho, além de estar presente em 85% a 96% das
pessoas que possuem instabilidade patelofemoral.

Palavras-chaves: Instabilidade, displasia, patela, tróclea.

INTRODUÇÃO

A estabilização patelofemoral é dependente da integridade anatômica das estruturas


estáticas, dinâmicas e ósseas, cuja função é manter a patela centralizada na tróclea.
Todavia, caso ocorra qualquer desarranjo dessas estruturas e existências de fatores
anatômicos predisponentes como a displasia troclear (DT) caracterizada pela morfologia
troclear anormal e sulco troclear plano ou convexo, irá culminar na instabilidade patelar,
um estado clínico comum, incapacitante e multifatorial, causa secundária de luxações
prévias. Nesse contexto, em um ângulo maior que 30° de flexão, a tróclea se torna o mais
importante estabilizador patelar, assim, na presença de displasia troclear, perde-se o
principal estabilizador da patela nesta amplitude de movimento.

OBJETIVOS
Identificar a correlação e a importância da displasia troclear na instabilidade patelar.

METODOLOGIA
Esta pesquisa baseia-se na revisão bibliográfica, de caráter exploratório e descritivo,
realizada nas bases de dados PubMed, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e
ScienceDirect, além de base fornecida pelo UpToDate e Journal of the American
Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS), utilizando como descritores a “instabilidade

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patelar”, “displasia troclear”, “luxação patelar” e “instabilidade femoropatelar". A seleção
baseou-se no recorte temporal entre 2004 à 2021 e nos idiomas inglês e português. Para
composição da amostra, foram selecionados artigos de revisão, estudos prospectivos de
coorte e estudo computacional. Artigos não disponíveis na íntegra foram excluídos do
presente estudo. Em um montante de 12 artigos foram selecionados 7 para a amostra,
analisados descritiva e qualitativamente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A instabilidade patelar, representada, sobretudo, pela luxação e subluxação da patela, é
responsável mundialmente por um número maior que 20% das lesões em corredores,
sendo mais comum em jovens menores de 20 anos. Esse quadro está relacionado a
diversos fatores, a exemplo da ruptura do ligamento patelofemoral medial, da posição
lateral da tuberosidade da tíbia, da patela alta, da displasia troclear, dentre outros.
Estudos demonstraram já haver uma correlação significativa entre rastreamento patelar
lateral e displasia troclear em ângulos de flexão de 15° e 24°, aumentando o desvio à
medida que aumenta o ângulo. Nesse sentido, a displasia troclear, cuja abordagem é feita,
principalmente, pela classificação de Dejour, é um achado frequente em pacientes com
instabilidade patelofemoral, com estudos demonstrando que apenas <2% da população
mundial têm DT, entretanto quem possui instabilidade patelar tem uma prevalência que
varia de 85% a 96% dos casos.
Destaca-se, ainda, a forte presença em casos de luxação recorrente, sobretudo se associada
a outros fatores como patela alta e tuberosidade da tíbia lateralizada. O manejo desse
problema é feito de forma convencional ou cirúrgica. Na modalidade convencional,
indicada para traumas inaugurais de luxação patelar, podem ser realizadas a imobilização,
a descarga de peso e a mobilização precoce, além de reforço muscular, eletroterapia e
exercícios proprioceptivos como reabilitação. Na modalidade cirúrgica, podem ser
realizadas a osteomia troclear de Albee, trocleoplastia de aprofundamento, trocleoplastia
rotacional, entre outros. Estudos demonstraram, entretanto, uma alta taxa de recorrência
da luxação tanto para modalidade convencional, como para modalidade cirúrgica,
variando de 13 a 52% no manejo não operatório e de 10 a 30% no cirúrgico. Avalia-se,
ainda, repercussões do pós-operatório, a exemplo de danos à cartilagem articular e dor
persistente.

CONCLUSÃO
Logo, foi possível identificar a correlação entre a displasia troclear como fator
predisponente e frequente para a ocorrência da instabilidade patelofemoral, e em casos
mais complicados, para o desenvolvimento de luxação recorrente. Dessa forma, o
rastreamento da displasia troclear com antecedência poderá prevenir lesões, ao passo que,
em pacientes com um grau elevado de DT, às vezes é obrigatória a correção cirúrgica.
Sendo assim, é necessário o entendimento das causas da instabilidade patelofemoral, o
que leva ao aprofundamento nos conhecimentos da anatomia do joelho, que permitirá um
melhor manejo terapêutico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INSTRUMENTAÇÃO MANUAL COM LIMAS DE NÍQUEL TITÂNIO

Ariele Dornelles1, Rafael Alves Schwingel2

Acadêmica do Curso de Odontologia pelo Centro Universitário – UNIFASIPE


1

Orientador, Mestre, Departamento de Odontologia pelo Centro Universitário –


2

UNIFASIPE

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Uma das etapas da terapia endodôntica é o preparo biomecânico, que consiste em
desinfecção e modelagem dos condutos radiculares e é considerado um passo complexo
durante o procedimento. Na busca de otimização desta etapa, veem surgindo novas
técnicas e instrumentais, visando uma melhor experiência clínica do operador e também
do paciente. O surgimento das limas da liga de Níquel – Titânio (NiTi) e dos motores
específicos, sem dúvida, foram um grande passo para a evolução da endodontia, porém,
o alto custo torna-se inacessível principalmente para graduandos. Por conta disso,
pretendendo-se usufruir das várias vantagens que essa liga apresenta, foram
desenvolvidas limas NiTi manuais. Assim sendo, este estudo tem como objetivo, relatar
uma alternativa de instrumentações manual com limas NiTi, utilizando o sistema
ProDesing M, que apresenta todas as características das limas modernas, dispensam o
acionamento a motor e possuem um protocolo extremamente mais simples, sendo uma
excelente opção de instrumentação manual.
PALAVRAS-CHAVE: Endodontia; Preparo Biomecânico; ProDesing M.

INTRODUÇÃO

O tratamento Endodôntico tem o objetivo de limpeza, desinfecção e modelagem


do conduto radicular, mantendo semelhança com sua originalidade, com a finalidade de
proporcionar condições para que se ocorra obturação de forma satisfatória. Este processo
é realizado em várias etapas, sendo a que mais se busca aperfeiçoamento, é a de preparo
químico mecânico (CERQUEIRA et al., 2007; CONCEIÇÃO, 2012; MACHADO,
2014).
O passo do preparo químico mecânico na endodontia, é realizado através de
instrumentação endodôntica associadas a irrigação, visando a sanificação do sistema. A
instrumentação consiste em remover o máximo possível de substâncias existentes no
interior deste canal radicular, como restos pulpares, microrganismos e seus subprodutos
(LIMA; CORNÉLIO, 2020MACHADO, 2014).
Por muito tempo esta etapa de instrumentação era realizada com limas
produzidas de liga de aço inoxidável, que manifestam um grande nível de rigidez e não

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proporcionam relevante flexibilidade, inviabilizando o processo, especialmente em canais
curvos. Visando minimizar este problema, foram desenvolvidas as limas de Níquel-
Titânio (NiTi), que dentre suas características, estão: melhor flexibilidade, maior efeito
de corte e período de trabalho menor. Sendo mais vantajosa, as limas NiTi, tornam o
procedimento endodôntico mais simplificado e seguro, aumentando as taxas de sucesso
nos casos (NASCIMENTO; ALMEIDA, 2017).

Juntamente com as limas de NiTi, surgiram os motores endodônticos, elevando


o nível da preparação de canais radiculares, porém, em uma grande parte das instituições
de graduação odontológica, ainda é preconizado a aplicação das limas manuais de aço
inoxidável, principalmente, por conta do alto custo que o sistema mecanizado apresenta
(FERNANDES et al., 2021; RODRIGUES, 2020). Por conta disso, novas alternativas
veem surgindo no intuito de aproveitar os benefícios das limas de NiTi no tratamento
endodôntico, viabilizando sua utilização.

OBJETIVO

O presente estudo tem como finalidade, apresentar uma alternativa de tratamento


endodôntico, com instrumentação manual utilizando limas confeccionadas por liga de
NiTi, tornando o processo mais simplificado, seguro, com maior qualidade e com custo
reduzido, tornando um sistema acessível a alunos de graduação, pois a partir do momento
que meios de instrumentação com limas NiTi forem implementados de maneira mais
ampla e acessível, além de oportunizar que graduandos tenha a possibilidade de inteira-
se sobre a instrumentação com limas de maior qualidade e atuais, a terapia endodôntico
em si, torna-se de maior qualidade e se otimiza o tempo de trabalho, viabilizando a
jornada deste aluno de graduação, obtendo maior experiência no seu estágio curricular.

METODOLOGIA

Para a execução deste estudo, foi realizado uma revisão de literatura, pesquisada
em livros e artigos científicos, nas plataformas online Scielo (Scientific Eletronic Library
On-line), Google acadêmico e Pubmed, publicadas no período entre 2003 a 2021. Como
critério de inclusão para a escolha dos materiais utilizados, foram pesquisadas as
subsequentes palavras chaves: “endodontia”, “preparo biomecânico” e “ProDesing M”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Métodos de instrumentação e instrumentos encontram-se em constante


desenvolvimento, visando maior precisão, otimização da duração do tempo de trabalho e
maior segurança clinica ao operador, consequentemente, tornando o tratamento
endodôntico de maior qualidade (TAVAREZ, 2019).

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Tendo em vista todas as vantagens que a liga de NiTi oferece, a Easy, criou em
2016, o sistema ProDesing M. Fabricado com limas NiTi com alto padrão de usinagem e
tratamento térmico com controle de memória, porém adaptadas para o emprego manual.
Isto significa que esse sistema apresenta todos os atributos da endodontia moderna, mas
dispensando o acionamento a motor, facilitando o acesso a instrumentação com Níquel
Titânio (ALMEIDA, 2014; CARVALHO et al., 2017; FERNANDES et al., 2021).
O sistema ProDesing M para dentes anteriores, apresentam-se em kits com limas
de calibre #35/01 e #35/05, ou calibre #40/01 e #40/05. Para canais mais amplos é
disponível também limas de calibre #55/05 e #60/01. Para a formatação de dentes
multiradiculares, o sistema é composto por três instrumentais com calibres de #15/05,
#25/01 e #25/06 facilitando a técnica e a curva de aprendizagem, resultando em um menor
tempo clinico de tratamento. (EASY EQUIPAMENTO ODONTOLOGICOS, 2021).
O protocolo para dentes anteriores se inicia com uma exploração prévia do canal
radicular em terço cervical e médio com uma lima tipo K #10. Posteriormente se
instrumenta até o comprimento real do dente mais 1mm, com a lima #35/01 ou #40/01 ou
60/01, de acordo com o diâmetro do forame. Seguidamente é realizada a odontometria e
prossegue-se com a instrumentação com a lima #35/05 ou #40/05 ou #55/05, de acordo
com a lima Taper 01 utilizada, até o comprimento de trabalho (Figura 1). (EASY
EQUIPAMENTO ODONTOLOGICOS, 2021).

Figura 1: Protocolo para dentes anteriores sistema ProDesing M


Fonte: Easy® equipamentos odontológicos (2021)
Para dentes posteriores, o protocolo também se inicia com exploração do terço
cervical e médio com uma lima K #10. Em seguida, é realizado o pré alargamento destes
terços com a lima #25/06, e a instrumentação segue com a lima #25/01 até a atingir a
patência após realização da odontometria. Caso esta lima não atinja este objetivo, se
orienta a utilização novamente da lima #10 e retorno com a #25/01. Na sequência é
utilizada as limas #15/05 e #25/06 até atingir a patência também (Figura 2). A
movimentação das limas ProDesing M será sempre em movimento rotatórios em sentido
horário e com ampla irrigação entre as trocas de lima. Também se orienta a utilização da
Easy Clean ao final da instrumentação (EASY EQUIPAMENTO ODONTOLOGICOS,
2021).

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Figura 2: Protocolo para dentes posteriores sistema ProDesing M
Fonte: Easy® equipamentos odontológicos (2021)

CONCLUSÃO

As limas ProDesing M apresentam inúmeras vantagens, pois atuam de forma


manual, isentando a utilização de motores específicos, brocas Gattes Glinden e limas de
aço inoxidável de primeira e segunda série, gerando um ótimo custo benefício.
Apresentam excelente qualidade, proporcionando um tratamento seguro e eficiente. Têm
uma baixa curva de aprendizagem, pois seu sistema é muito simples e de fácil
assimilação, o que gera mais segurança ao operador e menor tempo de trabalho, trazendo
mais conforto ao paciente e ao profissional (ALMEIDA, 2017; CARVALHO, 2017).
Em virtude do que foi mencionado, o sistema ProDesing M é uma excelente
opção de instrumentação, com superioridade em relação as técnicas tradicionais de
instrumentação manual com limas de aço inoxidável, tornando – se fundamental que os
alunos tenham esta experiência na graduação, e devem constituir o currículo odontológico
em universidades (FERNANDES et al., 2021).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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dos Acadêmicos da Católica, v. 3, n. 1, 2017.
DE CERQUEIRA, Leila Grassini et al. Técnicas de instrumentação manual e
rotatória: comparação da modelagem dos canais radiculares. Revista Brasileira de
Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research. Vitória, 2007.

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CONCEIÇÃO, Camila Augusto. Sistema Protaper. Faculdade Redentor, departamento
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FERNANDES, Alexandre Moreira et al. Avaliação da percepção dos alunos de graduação
sobre a utilização de instrumentos manuais de NiTi. ARCHIVES OF HEALTH
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LIMA, Layssa Chaves. Instrumentação com sistema reciprocante: revisão de
literatura. 2021.
MACHADO Lívia Valiate. Influência do acionamento a motor ou manual de
instrumentos endodônticos Protaper Universal no deslocamento do preparo de
canais artificiais curvos. Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, 2014.
NASCIMENTO, Mirilena Rodrigues; ALMEIDA, Danielle Cristine Neves de; ANJOS
NETO, Domingos Alves dos. Sistemas de instrumentação rotatória contínua e
reciprocante na endodontia revisão de literatura (UNIT-SE). Aracaju, 2017.
RODRIGUES, Sara Cláudia Teles. Estudo comparativo entre sistemas de endodontia
mecanizada e instrumentação manual, na preparação dos canais radiculares,
realizado por estudantes da pré-graduação. Porto, 2020.
SISTEMA PRODESING M. Easy Equipamentos Odontológicos 2021. Disponível em:
https://easyequipamentos.com.br/loja/limas-manuais/prodesign-m-2/. Acesso em 30 jul.
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TAVAREZ Emmily Braz Lopes. Técnicas de instrumentação endodôntica com
sistemas de limas rotatórias e reciprocantes em relação à capacidade de limpeza:
uma revisão integrativa. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DURANTE A GESTAÇÃO E NO PÓS-PARTO:
REVISÃO INTEGRATIVA

Autor1: Igor Cardoso Araújo; Coautor1: Érica Maria de Oliveira Silva; Coautor1: Jéssica
Luana Pimentel Silva; Coautor1: Layane Cardoso Lima; Coautor1: Luis Gusthavo
Noronha Sousa; Coautor1: Mauriany de Araújo Gomes; Coautor1: Thaís Regina Da Silva
Costa; Coautor1: Wellerson Gomes Mélo;
1
Graduando em Fisioterapia pela Christus Faculdade do Piauí - CHRISFAPI
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é um sintoma do trato urinário inferior,
definida como a queixa de perda involuntária de qualquer quantidade de urina,
modificações e adaptações do organismo da mulher do ponto de vista biológico acontece
através da gravidez devido ao peso do feto. OBJETIVO: Verificar a eficiência da
intervenção da fisioterapia na prevenção e no tratamento da incontinência urinária durante
a gestação e no pós-parto. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, com
produção e publicação de 2010 a 2021, nas línguas inglesa e portuguesa, onde a seleção
de artigos foram usadas as bases de dados do Portal Regional da BVS. RESULTADO E
DISCUSSÃO: O estudo realizado, mostrou os benefícios do treinamento dos músculos
do assoalho pélvico quando realizado na gravidez. CONCLUSÃO: A fisioterapia
mostrou eficiência na prevenção e tratamento de IU e engloba diversos tipos de
tratamento para que haja o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.
Palavras-chave: Fisioterapia. Incontinência Urinária. Gestação.

1. INTRODUÇÃO

A incontinência urinária (IU) é um sintoma do trato urinário inferior, definida


como a queixa de perda involuntária de qualquer quantidade de urina. (ABRAMS et al.,
2003). Segundo Oliveira et al. (2013) e Torrisi et al. (2012) relatam que ocorre uma
repercussão não só fisiológica, mas na saúde sexual, psicológica e social da mulher,
afetando sua qualidade de vida.
O ideal é que ao engravidar a pessoa procure um fisioterapeuta para realizar
fisioterapia com o objetivo de proporcionar conforto para o período. O tratamento se
baseia em exercícios de alongamento, respiração, relaxamento, fortalecimento de
músculos específicos sobrecarregado na gravidez. (CREFITO9, 2019).
A Incontinência Urinária durante o processo de gravidez e após o parto tem
sido amplamente estudada, pois na gestação pelo menos 50% das mulheres acontecem o
processo de perda de urina (WESNES et al., 2012), o trauma nervoso e muscular do

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


assoalho pélvico (AP) relacionado à gestação e ao parto e a fraqueza dos músculos do AP
são importantes fatores predisponentes da IU (LUTHANDER et al. 2011). Estudos
indicam que a gestação, mais que o parto, associa-se com o desencadeamento de IU, em
especial a IU de esforço, definida como a queixa de perda involuntária de urina aos
esforços, exercícios, espirro.

2. OBJETIVO
Verificar a eficiência da intervenção da fisioterapia na prevenção e no
tratamento da incontinência urinária durante a gestação e no pós-parto.

3. METODOLOGIA

Figura 1: Procedimento para a coleta de dados


Resumos Analisados Artigos Selecionados
Artigos encontrados
n = 20 n= 6
n= 40

Excluídos pelos critérios de Excluídos pelos critérios de


exclusão n= 20 inclusão n= 14

Fonte: Própria do Autor, 2021


4. RESULTADOS

Quadro 1: Título, Autores e Qualis.


Nº TÍTULOS AUTORES QUALIS
Biofeedback na atividade eletromiográfica dos Roberta L. A. et A2
01 músculos do assoalho pélvico em gestantes al. (2011)
Continuous Versus Intermittent Stochastic Resonance H. Luginbuehl et B1
02 Whole Body Vibration and Its Effect on Pelvic Floor al. (2012)
Muscle Activity
Pelvic Floor Muscle Training Program Increases Marques et al. B1
03 Muscular Contractility During First Pregnancy and (2013)
Postpartum:
Electromyographic Study
Randomized controlled trial of physiotherapy for Dumoulin et al. B1
04 postpartum stress incontinence: 7- year follow-up (2013)
Pelvic floor muscle exercises utilizing trunk Eun-Young Kim A1
05 stabilization for treating postpartum urinary et al. (2011)
incontinence: randomized controlled pilot trial of
supervised versus unsupervised training

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Is a 6-week supervised pelvic floor muscle exercise Bussara B2
06 program effective in preventing stress urinary Sangsawang et
incontinence in late pregnancy in primigravid women?: al.
a randomized controlled trial. (2015)

Fonte: Própria do Autor, 2021.


5. DISCUSSÃO

Kim et al. (2011) e Sangsawang et al. (2015), avaliaram os o efeito de


exercícios para músculos do assoalho pélvico para o tratamento da incontinência urinaria.
O primeiro investigou o efeito de exercícios para músculos do assoalho pélvico
supervisionado e não supervisionado, utilizando estabilização do tronco para o tratamento
da incontinência urinária pós-parto, no qual obteve-se uma melhora significativa no grupo
supervisionado destacando a importância do fisioterapeuta no acompanhamento dos
exercícios.
Neste estudo realizado por Dumoulin et al. (2013) com 57 mulheres pós-
natais com IUE persistente clinicamente receberam treinamento do assoalho pélvico
(PFMT) ou PFMT com treinamento muscular abdominal profundo e após 7 anos foram
acompanhada, mostrou os benefícios da fisioterapia na IUE após o parto e a persistência
dos mesmos após 7 anos do tratamento.
O treinamento dos músculos do assoalho pélvico vem sendo utilizado para
tratar a incontinência urinaria, sendo padrão ouro para o tratamento da IU de esforço, pois
promove o aumento da força desse grupo muscular, aumentando assim o recrutamento
das fibras tipos I e
II e estimula a função da contração simultânea do diafragma pélvico evitando a perda de
urina (ALENCAR, 2015).
O tratamento fisioterapêutico com uso de biofeedback, cones vaginais e
eletroestimulação podem ser associados frequentemente com o treinamento dos músculos
do assoalho pélvico. Fitz et al. (2012) em seus estudos concluiu que a adição do BF ao
TMAP para o tratamento da incontinência urinária de esforço é capaz de contribuir para
a melhora da função dos MAP, bem como para a redução dos sintomas urinários e para a
melhora da qualidade de vida.
No estudo realizado por Luginbuehl et al. (2012) com 27 mulheres de 8
semanas a 1 ano após o parto e 23 mulheres nulíparas ou> 1 ano após o parto com
incontinência urinária de esforço autorreferida, onde foram testadas as modalidades SR-
WBV contínua e intermitente por meio de eletromiografia, constatando a manutenção da
atividade reflexiva de PFM durante a utilização do SR-WBS apesar da fadiga de PFM,
independentemente do tipo de corrente.
Nos estudos investigados de uma forma geral revela que o fortalecimento dos
músculos do assoalho pélvico é eficiente para evitar incômodos ou riscos para essas
mulheres gestantes ou puérperas, deste modo a fisioterapia auxilia no treinamento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


adequado da musculatura do assoalho pélvico, com aprendizado dos exercícios e técnicas
para o fortalecimento muscular.

6. CONCLUSÃO

Nos estudos investigados de uma forma geral revela que o fortalecimento dos
músculos do assoalho pélvico é eficiente para evitar incômodos ou riscos para essas
mulheres gestantes ou puérperas, tanto fazendo apenas exercícios de treinamento desses
músculos, mas também associados com biofeedback, cones vaginais e eletroestimulação.
Com isso, conclui-se que a fisioterapia tem mostrado eficiência com vários
recursos que podem ser utilizados, trazendo melhora na prevenção e no tratamento da
incontinência urinária no período de gestação e no pós-parto com resultados evidentes,
sendo que a escolha do tipo do tratamento ideal dependerá do caso de cada paciente.

REFERÊNCIAS

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A

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSOCIAÇÃO ENTRE IMUNIZAÇÃO E NÚMERO DE CASOS
CONFIRMADOS DE MENINGITE NO PERÍODO DE 2011 A 2020
Arthur Sodré de Mendonça1; Mariana Barreira Duarte de Sousa2; Rebeca Dornelas
Souza3; Cyntya Kethurin Ribeiro4; Thiago Vinicius Lemos Gonçalves5; Julia Bueno
Ferreira Martins6; Fabricio Henrique Pereira de Souza7; Adriana Helena de Matos
Abe8

1,2,3,5,6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
4
Graduanda em Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
7
Cirurgião Dentista. Mestrando em Cirurgia e Diagnóstico Bucal pela Universidade
Estadual Paulista
8
Preceptora da Residência em Pediatria e Acadêmicos de Medicina da Faculdade
de Medicina da Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
RESUMO
Meningite é uma inflamação aguda das meninges, causada por agentes infecciosos ou
não. Caracteriza-se por quadros infecciosos graves, com taxa de letalidade acima de 70%,
quando não tratada adequadamente. O Programa Nacional de Imunização (PNI)
disponibiliza três vacinas: Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e
Haemophilus influenzae tipo b. Em 2012 foram aplicadas 8.291.125 doses contra
Meningocócica Conjugada e Haemophilus influenzae tipo b. A maior expressão foi em
2017, com 10.966.265 doses aplicadas contra Meningocócica Conjugada - C e
Haemophilus influenzae tipo b. A vacina Meningocócica ACYW1325 foi disponibiliza
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em março de 2020, com 1.836.445 doses aplicadas
entre março e dezembro de 2020. Em 2012, foram diagnosticadas 21.807 pessoas com
meningite, já em 2021, 4.411 pessoas foram diagnosticadas com a doença, apresentando
tendência de redução de casos associada a uma ascensão de doses aplicadas conforme
houve ampliação da cobertura pelo sistema público de saúde.
Palavras-chaves: meningite, inflamação, vacinas.
INTRODUÇÃO
A meningite corresponde a uma inflamação leptomeningea que pode ser
desencadeada por bactérias, vírus e fungos, bem como por agentes não infecciosos. Essa
doença caracteriza-se por quadro graves, com rápida evolução para óbito, quando não
estabelecido imediato e adequado tratamento. A infecção das meninges pode se
manifestar em indivíduos de qualquer idade, porém, é mais prevalente em crianças, com
cerca de 90% dos casos (ARAÚJO et al., 2020).
A meningite bacteriana é mais prevalente na faixa etária lactente e pré-escolar,
destacando-se a infecção pela Neisseria meningitidis, um coco aeróbio gram-negativo.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Esse agente etiológico possui treze sorogrupos, dos quais seis acometem humanos, sendo
eles os tipos A, B, C, W135, X e Y, apresentando-se como uma doença meningocócica,
de amplo espectro clínico de sintomas como febre, cefaléia e náuseas até falência de
múltiplos órgãos, que podem evoluir para óbito. Diante dos sorogrupos meningocócicos
existentes, foram desenvolvidas vacinas direcionadas contra os agentes etiológicos mais
prevalentes. O Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza três vacinas:
Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e Haemophilus influenzae tipo b
(RIBEIRO et al., 2019).
Anualmente, ocorrem cerca de 1,2 milhão de casos de meningite bacteriana no
mundo, podendo ocorrer níveis de letalidade superiores a 70% sem o tratamento
adequado, dependendo do agente etiológico, da região e da idade do indivíduo (CDC,
2016). No Brasil, entre 2007 e 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de
meningite, e destes, 265.644 foram confirmados, com etiologia viral mais prevalente
(121.955 casos), seguida pela bacteriana (87.993 casos). A doença meningocócica
acomete anualmente cerca de 1.200 indivíduos, dos quais 250 evoluem para óbito,
condicionando uma taxa de letalidade de 20% ao país. A meningite por Haemophilus
apresenta menor incidência, em média 125 casos e destes, 23 evoluem para óbito, com
letalidade de 18% (ARAÚJO et al., 2020).
Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão dessas vacinas no PNI teve grande
impacto na incidência dessa patologia no Brasil. Assim, os principais questionamentos
levantados dizem respeito à compreensão do potencial da imunização contra a Meningite
impactar no número de óbitos desencadeados por este agravo (RIBEIRO et al., 2019).

OBJETIVOS
Analisar a relação entre o número de doses de vacina aplicadas contra a meningite
Meningocócica e por Haemophilus e o número de casos confirmados de meningite no
período de 2011 a 2020, buscando identificar associações entre as duas variáveis.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo observacional, analítico, longitudinal, retrospectivo e
ecológico de séries temporais. Obtiveram-se as informações através do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
Para esta pesquisa foram utilizados como dados do número de doses aplicadas na
população brasileira, das vacinas Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e
Haemophilus influenzae tipo b, obtidos no Sistema de Informação do Programa Nacional
de Imunizações (SI-PNI) e o número de casos confirmados de meningite no país, obtidos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando para ambas
as variáveis o intervalo entre 2011 e 2020. Os imunobiológicos selecionados para compor

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essa pesquisa são aqueles disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)
no período estudado.
Foram realizadas análises individuais dos dados para o número de doses aplicadas
dos imunobiológicos e para o número de casos confirmados de meningite no Brasil, como
também foram elaboradas suas respectivas séries temporais considerando os anos de 2011
a 2020, com o intuito de comparar tais tendências e identificar possíveis associações ou
influências entre esses elementos. As tendências foram estimadas pelo método de
regressão linear de Prais-Winsten, através do qual obteve-se os coeficientes de inclinação
da regressão (CI) e as taxas de incremento anual (TI). As tendências com p-valor < 0,05
foram consideradas significativas.

RESULTADOS
A partir dos dados obtidos do Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações (SI-PNI), 2012 correspondeu ao ano de menor expressão no período
estudado, no qual foram vacinados 8.280.516 indivíduos com Meningocócica Conjugada
- C e 10.609 pessoas com a Haemophilus influenzae tipo b. Já em 2017, ano com maior
taxa de cobertura vacinal, 10.940.632 indivíduos receberam o imunobiológico da
Meningocócica Conjugada - C e 25.633 do Haemophilus influenzae tipo b. A vacina
Meningocócica ACYW1325 passou a ser disponibilizada à população no Sistema Único
de Saúde (SUS) em março de 2020, registrando 1.836.445 doses aplicadas entre março e
dezembro de 2020.
Na análise de regressão linear de Prais-Winsten foi observado p-valor
significativo (>0,05) para ambas as variáveis estudadas, de modo que o número de doses
aplicadas entre 2011 e 2020 demonstraram tendência crescente, com taxa de variação
anual positiva de 1,9% (p-valor: 0,034).
De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI), 21.807 indivíduos foram diagnosticados com meningite em 2012 no Brasil, ano
com maior incidência desta patologia no intervalo pesquisado. Já em 2020 foram
diagnosticados 4.411 casos de meningite, representando o ano de menor incidência de
meningite no país. Além disso, foi observado na análise de Prais-Winsten, tendência
decrescente para o número de casos diagnosticados de meningite entre 2011 e 2020, com
taxa de variação anual negativa, correspondente a 8,0% (p-valor: 0,017).

DISCUSSÃO
Observou-se que entre 2011 e 2020, os casos de meningite expressaram tendência
de redução somado a uma série temporal ascendente para o número de doses dos
imunobiológicos disponibilizados pelo SUS contra a meningite. Diante disso, o aumento
da cobertura vacinal contra a meningite no período pesquisado tornou-se consequência
do avanço na qualidade e cobertura do sistema público de saúde, somado ao

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desenvolvimento de novas políticas e marcos regulatórios para o aperfeiçoamento e
disseminação da importância da imunização para a população brasileira (JANSSEN et al.,
2021).
Frente a infecção por meningite, a imunização em massa e a antibioticoterapia
correspondem às melhores formas de combate a essa problemática de saúde pública.
Alguns países africanos fazem o uso de antibioticoterapia para combater epidemias de
meningite, as quais ocorrem de maneira súbita e são dificilmente contidas com a
estratégia de cobertura vacinal, uma vez que tais regiões possuem fortes debilidades
estruturais e logísticas em seu sistema de saúde. Contudo, foi demonstrado que essa
prática não apresenta vantagens positivas a longo prazo, uma vez que propicia resistência
das bactérias aos antibióticos, de modo que a população dessa região chega a necessitar
de taxas de ataque vinte vezes maiores que as da comunidade em geral ao fazer uso de
medicamentos como ciprofloxacina (COLDIRON et al., 2017).
Nas últimas décadas, parte dos países da América Latina, entre eles o Brasil,
demonstraram interesse em proporcionar imunobiológicos contra a meningite para suas
populações, a fim de conter e atenuar a incidência dessa doença. Entre as preocupações
dos gestores estava as possíveis consequências geradas pela meningite nos indivíduos
acometidos, pela sua capacidade em gerar debilidade cognitiva. Assim, houve aumento
progressivo da cobertura vacinal no país, a medida que ocorria capilarização do SUS no
Brasil, circunstância que favoreceu a redução do número de casos, da morbidade e da
mortalidade pela doença (CHRISTIE et al., 2017; DE ANTÔNIO et al., 2019; RIBEIRO
et al., 2019).
Nesse contexto, o adequado entendimento dessa doença possibilita que
profissionais da saúde estejam atentos a sintomatologias sugestivas de meningite e, assim,
possam intervir precocemente, além de estarem adeptos a esclarecer dúvidas de seus
pacientes acerca da doença ou da vacinação. Ademais, a ampla conscientização permitiu
que pais e responsáveis compreendessem a necessidade da cobertura vacinal, a fim de
evitar possíveis consequências que a doença pode acarretar ao infectado (NAVES et al.,
2019; JANSSEN et al., 2021).

CONCLUSÃO
Diante do exposto estudo possibilitou o entendimento do potencial da utilização
dos imunobiológicos como estratégia para contenção de doenças imunopreveníveis, como
a meningite. Assim, torna-se evidente que a tendência crescente do número de doses
aplicadas contra a meningite, entre 2011 e 2020, foi influenciada pelo processo de
desenvolvimento e expansão do SUS, além da maior conscientização da população. Esse
contexto de ascensão da cobertura vacinal caracterizou-se como um dos motivadores para
a queda do número de óbitos por meningite, entre 2011 e 2020. Todavia, faz-se necessário
a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias,
estabelecidas pelo sistema público de saúde, que incentivem e aumentem a adesão da
população no combate às doenças imunopreveníveis.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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RIBEIRO, Igor Gonçalves; PERCIO, Jadher; MORAES, Camile de. Avaliação do


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2017. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 28, 2019.

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O IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO DIAGNÓSTICO DE
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL

Roberta Nicole de Oliveira Mota1; Lucas Padilha Salgado2; Marcus Vinícius da Silva
Castro1; Victoria Figueiredo Brito do Carmo1,Karen Patrícia Ferreira Pantoja1, Anne
Marcelly Nascimento Pinheiro1, João Lukas Nunes Almeida1, Mylena Santos dos Santos3

1
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará
2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
3
Graduando em Biomedicina pela Faculdade Cosmopolita

E-mail do autor para correspondência: [email protected]


RESUMO
O atual contexto pandêmico ocasionou mudanças e subjugou o sistema de saúde nacional
no combate direto de doenças como as Infecções Sexualmente Transmissíveis. Com isso,
nota-se crucial a necessidade de observar e avaliar a incidência destas na população, como
no caso da Sífilis, HIV – e também AIDS – Hepatites B e C, demonstrando como a
pandemia impactou no diagnóstico no Brasil. É observado uma queda nas notificações de
casos de IST, principalmente no que tange a média geral de casos nos anos de 2015 à
2020, relacionados com o número de casos diagnosticados em 2020, ano onde iniciou a
pandemia de Sars-Cov-2 no Brasil, que impactou no cotidiano, afetando a busca de
atendimento médico, por fatores como: medo, readequação e o foco local e mundial na
COVID-19, desfocando outras patologias como as mencionadas anteriormente neste
estudo, onde por fim, foi observado a presença de uma subnotificação de casos de IST.
Palavras-chaves: Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diagnósticos. Covid-19.

INTRODUÇÃO
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são transmitidas principalmente
pelo contato sexual realizado sem o uso de preservativos, e atualmente figuram entre os
problemas de maior recorrência no sistema público de saúde do Brasil.
O atual contexto pandêmico causado pela COVID-19 afetou a sociedade em
vários aspectos. Escolas foram fechadas, e vários outros serviços foram suspensos
presencialmente com o intuito de conter novas infecções por coronavírus. Diante desse

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cenário, observa-se que as medidas de controle da pandemia acabaram desviando a
atenção de doenças já existentes na sociedade, dentre elas as IST.
Diante desse panorama, observa-se a necessidade de observar e avaliar a
incidência das demais doenças infecciosas presentes na população, postas em plano
secundário de combate, enfatizando-se a Sífilis, Hepatites B e C e HIV.

OBJETIVOS
Demonstrar como a pandemia de Covid-19 impactou negativamente no
diagnóstico de Sífilis, HIV/AIDS, Hepatite B e C, no Brasil, e comparar o número de
diagnósticos realizados em 2020, ano de início e ápice da pandemia no Brasil, com o
número de diagnósticos realizados por ano desde 2015.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, descritivo de caráter transversal,
sobre o número de diagnósticos de Sífilis, HIV/AIDS, Hepatite B e C realizados entre os
anos de 2015 a 2020. A coleta de dados foi realizada no mês de Setembro de 2021, e
como fonte de dados o Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN),
disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS), nos quais são de domínio e acesso público. Os resultados são apresentados
através de estatística descritiva, apresentando média e desvio absoluto dos dados, e a
produção de gráficos foi realizada utilizando a plataforma Infogram.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da coleta de dados, foi possível observar uma diminuição expressiva na
quantidade de casos de HIV, Sífilis, Hepatite B e C no Brasil após o início da pandemia
de Covid-19, como demonstrado a seguir:
Entre os anos de 2015 a 2020, foram notificados um total de 226.172 casos de
HIV no Brasil. Durante esse período a média anual é em torno de 37.695 casos, e
especialmente em 2020, ano de início da pandemia de Covid-19 no Brasil, foram
notificados apenas 13.677 casos de HIV, demonstrando uma súbita diminuição de
diagnósticos, apresentando um desvio absoluto de 24.018 casos.
No contexto da AIDS, foram notificados um total de 1.011.617 casos no período
de 2015 a 2020, portando uma média de 34.364 casos por ano. Ainda assim, durante o

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ano de 2020, foram notificados somente 11.880 casos de AIDS, com desvio absoluto de
22.484 casos.
A respeito da sífilis adquirida no Brasil, durante o período de 2015 a 2020 foram

notificados 643.640 casos. A média de diagnóstico de Sífilis adquirida durante esse


período é de 107.273 casos por ano. Não obstante, durante o ano de 2020, o número de
casos de sífilis adquirida notificados caiu para 49.154, com desvio absoluto de 58.119
casos.
Na conjuntura da sífilis gestacional, foram notificados 269.369 casos durante o
período de 2015-2020. Os dados obtidos acompanham essa diminuição, mostrando que a
média de notificações de sífilis gestacional durante esse período é de 44.895 casos por
ano, enquanto que no ano de 2020 foram notificados apenas 24.189 casos, com desvio
absoluto de 20.705 casos.

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Acerca das hepatites virais, a hepatite B teve, durante o período de 2015-2020,
cerca de 75.372 casos notificados. A casos durante esse período era de 12.562 casos por
ano, e também durante o ano de 2020 houve uma queda nesse número de diagnósticos,
visto que houveram apenas 6.064 casos notificados, apresentando por fim um desvio
absoluto de 6.498 casos.
Com relação a hepatite C, durante 2015 a 2020, houveram 129.499 casos
notificados no Brasil, perfazendo uma média de 21.583 casos por ano. Todavia, em 2020,
foram notificados apenas 9.286 casos de HCV, resultando em um desvio absoluto de
12.297 casos.

A pandemia de Covid-19 é responsável por causar uma série de mudanças na vida


do brasileiro, que envolvem medidas de isolamento social, quarentena e lockdown, nas
quais afetaram significativamente na adesão e busca de atendimento médico no que tange
às infecções sexualmente transmissíveis.
Além disso, percebe-se que o foco dado ao coronavírus durante a pandemia
acabou furtando a atenção de outras doenças. Observou-se, por exemplo, que poucas
foram as campanhas realizadas ao combate de demais patologias no país durante esse
período. Ademais, o sentimento de desamparo e abandono, que gera medo e insegurança,
reflete sobre a busca de atendimentos de saúde, causando subnotificação de diversas
doenças, tais quais as Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Pode-se também atribuir a essa diminuição de diagnósticos o fator medo. A
“Escala de Medo da COVID-19” tem o intuito de desenvolver uma medida breve para
investigação dos medos relacionados à COVID-19. No contexto atual do Brasil durante a
pandemia, parte do medo encontra-se justamente interligado com a quebra da rotina,
imposição de distanciamento social, insegurança econômica e principalmente as
características da Covid-19, devido seu alto nível de mortalidade e taxa de contágio.

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Tornando indubitável que na verdade, trata-se de uma subnotificação, e não
inexistência de casos. Evidentemente, quando se trata das áreas da saúde, isso configura
um problema, uma vez que essa impede as instituições, tais qual o próprio Ministério da
Saúde, de terem o real conhecimento da dimensão de determinada doença no país.

CONCLUSÃO
Com a evolução da pandemia de COVID-19 no ano de 2020, o sentimento de
desamparo, medo e insegurança que surgiu durante esse período na população e nas
autoridades em saúde, algumas doenças de grande importância médica acabaram sendo
deixadas em segundo plano, como foi o caso das IST.
Em síntese, verificou-se que, quando comparados com os de anos anteriores, os
índices de casos e taxa de incidência de doenças como sífilis, HIV e Hepatites B e C
tiveram queda acentuada em 2020, porém quando analisados os aspectos sociais, como
por exemplo, os períodos de isolamento social, consegue se concluir que na verdade esses
números não se trataram de diminuição de casos de fato, e sim de uma subnotificação,
possivelmente por falta de procura por diagnóstico.
Quanto aos aspectos sociais – que são um ponto essencial a ser analisado e
entendido em várias doenças, principalmente quando falamos de saúde pública –
pesquisas internacionais mencionam um expressivo aumento dos casos de IST entre
jovens nos meses após a flexibilização das medidas de distanciamento social. Foi
percebido também aumento dos casos de COVID-19 no mesmo grupo, o que reforça a
relação entre o retorno às atividades normais e comportamentos de risco para ambas as
doenças, além da retomada de consultas médicas para diagnóstico.
Corroborando a hipotese de que as medidas de isolamento social influenciam na
vida sexual e social da população, além do foco mundial na COVID-19 que tirou dos
holofotes outras doenças, afetando no comportamento de busca por saúde sexual e
serviços relacionados às IST por diversas razões no Brasil e no mundo inteiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA – REVISÃO DE LITERATURA

Gustavo De Oliveira Pinto ¹, Amanda Lins Bispo Monteiro ¹, Gabriela Reis Xavier ¹, Igor
Gouveia Soares ¹, Ivina De Almeida Freitas¹, José Henrique Alves do Nascimento e Silva
¹; Karina Mika Kameoka ¹, Natália Costa Teixeira Dos Santos ²

1
Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
2
Médica Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
A saúde única compreende a saúde animal, humana e ambiental, dessa forma, o trabalho
dos médicos veterinários é indispensável quando se trata deste assunto. O tráfico de
animais silvestre é o terceiro maior mercado ilegal do mundo, ficando atrás, apenas, do
tráfico de drogas e de armas. Atrelado a isso tem-se a disseminação de doenças
zoonóticas, visto que esses animais não passam por um médico veterinário antes de
chegar na casa de seus compradores.

Palavras-chaves: aves, comércio ilegal, mamíferos, médico veterinário, zoonoses

INTRODUÇÃO
O tráfico de animais selvagens é uma problemática que deve ser amplamente
discutida, considerando que existe uma ligação direta com a saúde pública. Os animais
provenientes do comércio ilegal, não passam por uma fiscalização sanitária, importante
para o diagnóstico de doenças com alto potencial zoonótico. Deve se ter em mente que
esses animais não são destinados apenas para a ornamentação, mas também para a
alimentação humana.
Um fato recente, que ilustra bem esse problema, é a pandemia do Covid-19,
causada pelo SARS-CoV-2, um vírus da família Coronavirae. Acredita-se que esse
patógeno é de origem animal, sendo os dois hospedeiros mais prováveis os morcegos
(Chiroptera) e os pangolins (Pholidota). Os pangolins são animais consumidos como
iguaria em alguns países asiáticos, sendo essa a hipótese pela qual acredita-se que ocorreu
o início do surto de Covid em Wuhan, na China.
No Brasil, por ano, cerca de 38 milhões de animais de todas as espécies são vítimas
do tráfico ou da biopirataria. Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS)
recebem milhares desses, sendo eles resgatados ou entregues pela própria população, de
forma voluntária. Ao realizar os exames de triagem, nesses animais, vários patógenos,
com alto potencial zoonótico, são isolados.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Portanto, é importante que a sociedade tenha conhecimento dos perigos sanitários
ao adquirir animais silvestres de forma ilegal, uma vez que, ao financiarem esse mercado,
estão contribuindo para os desequilíbrios ambientais, para a extinção das espécies e para
o potencial surgimento de doenças altamente contagiosas, das quais ainda não se tem
estudos suficientes para controlar e evitar tragédias, como ocorreu com o Covid-19.

OBJETIVOS
Apresentar os diversos patógenos que os animais selvagens vítimas do tráfico,
carregam, de forma silenciosa, e, com isso, demonstrar a importância do médico
veterinário para a saúde único, visto que é a partir dele que pode se ter controle na
disseminação de doenças zoonóticas.

METODOLOGIA
A revisão de literatura foi desenvolvida a partir de consultas bibliográficas e
artigos publicados em bancos científicos acerca de tráfico de animais silvestres, de
doenças zoonóticas em animais silvestres e da relação do tráfico de animais com saúde
única, que abordassem dados importantes de levantamento dos patógenos. Utilizou-se um
intervalo de tempo de dez anos, os artigos selecionados foram datados de 2011 até 2021
e o livro Wildlife Trafficking In Brazil (2020). As plataformas científicas utilizadas foram
o Google Acadêmico (Scholar), The Scientific Eletronic Library Online, ScienceDirect e
Pubmed®, totalizando 20 artigos selecionados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar o levantamento de dados, os animais foram agrupados por ordem e
depois em grupos. Ao todo, foram identificadas dezoito ordens de animais e classificadas
em três grupos distintos, sendo esses os mamíferos, os repteis e as aves. Dentre as ordens,
a maioria das espécies resgatadas estavam abrigadas nas seguintes: Passeriformes (17, 14
%), Psitaformes (11,43%), Rodentia (7,14 %), Galliformes (7,14%), Primatas (7,14%),
Carnivora (7,14%) (Gráfico 1).
Gráfico 1.Quantidade de animais resgatados distribuídos por ordens zoológicas em

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artigos de 2011 a 2021.

Animais resgatados (Ordem) (%)


17,14
18,00
16,00
14,00 11,43
12,00
10,00
7,14 7,14 7,14 7,14 7,14
8,00 5,71
6,00 4,29 4,29 4,29 4,29
4,00 2,86 2,86 2,86
1,43 1,43 1,43
2,00
0,00

Psittaciformes
Galliformes
Didelphimorphia

Passeriformes

Piciformes

Primates

Strigiformes
Cuculiformes
Anseriformes

Artiodactyla

Carnivora

Charadriiformes

Erinaceomorpha
Columbiformes

Rodentia

Testudines
Cingulata

Squamata
Ao final, vinte patógenos com potencial zoonótico foram observados, incluindo
bactérias, fungos e helmintos (Gráfico 2).
Gráfico 2. Relação dos agentes etiológicos encontrados em animais silvestres

Agentes etiológicos isolados (%)


17,14
18,00
16,00
14,00 12,86
11,43
12,00 10,00 10,00
10,00
7,14
8,00 5,71
6,00
4,00 2,86 2,86
1,43 1,43
2,86
1,43 1,43 1,43
2,86
1,43 1,43 1,43
2,86
2,00
0,00
C. laurentii

P. aeruginosa
L. monocytogenes

M. tuberculosis

Salmonella

Y. enterocolitica
S. aureus
Serratia spp.
C. psittaci

M. leprae
Candida sp

Citrobacter spp.

E. coli

Klebsiella spp.

Rhodotorula sp

Strongyloides sp
Leptospira spp
Capillaria sp

Plasmodium sp.
Ascaridia sp

A ordem dos passeriformes, grupo que inclui as aves canoras, como os canários
da terra (Sicalis flaveola) e os cardeais (Paroaria coronata) foi o mais abundante. Esses
animais, devido
ao tamanho reduzido, são transportados em pequenas caixas, as quais não comportam o
tamanho necessário, o que favorece a transmissão e proliferação de patógenos.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Diversos patógenos comuns a saúde humana, são encontrados em aves. A
Chlamydophila psittaci é uma bactéria muito importante para saúde única, inclusive, pode
causar sintomas semelhantes ao Covid-19 e, por isso, é um dos diagnósticos diferenciais
da doença. É facilmente encontrada em aves, e sua via de contaminação é aerógena, sendo
liberada nas fezes. Uma problemática importante, relacionada a essa, bactéria refere-se
aos dados subestimados, devido à falta de atenção dos médicos em relação aos sintomas
nos humanos e à falta de atenção dos médicos veterinários, por ser, na maioria das vezes,
assintomática nos animais.
As aves da ordem Psitaciforme são os principais hospedeiros desse patógeno, são
representadas pelos animais de bicos curvos, como as araras e os papagaios. Esses animais
despertam a atenção da população devido a sua capacidade de fala e inteligência.
Portanto, é necessário que o manejo sanitário dos recintos dessas, seja realizado de forma
diária e, para que isso seja possível, torna-se inevitável as orientações de um médico
veterinário.
Além dos pássaros, os mamíferos também são hospedeiros de doenças
importantes para a saúde única. Os tatus (Dasypodidae) são vítimas da caça para o
consumo. Atrelado a isso tem-se uma doença importante, que já foi erradica em países
desenvolvidos, a hanseníase. Essa doença é transmitida pela Mycobacterium leprae, que
infecta também os tatus, inclusive, esses animais desenvolvem a mesma sintomatologia
que os seres humanos.
O consumo de carne de caça é prejudicial ao ambiente, pois contribui para a
extinção de espécies selvagens, e também ao ser humano, pois é uma das mais
importantes formas de contaminação. O médico veterinário é o profissional responsável
por fiscalizar a procedência dos alimentos de origem animal, que devem passar por rígidas
avaliações antes de serem liberadas para o consumo. Sendo assim, o consumo de carne
considerada ilegal deve ser evitado a fim de evitar, também, a contaminação por
patógenos altamente perigosos.
A bactéria Salmonella spp. pertence a família Enterobacteriaceae e é comumente
associada ao consumo de alimentos malcozidos. Apesar disso, ela também foi isolada em
12 ordens, a contaminação de alimentos, por fezes de animais portadores, é uma das
portas de entrada no organismo humano, onde causa problemas entéricos. Novamente,
destaca-se a importância do médico veterinário, visto que para a detecção de tais
patógenos, é indispensável a realização de exames nos animais, para que seja possível
acompanhar e tratar o animal, a fim de evitar a transmissão para o tutor.
Outro fato observado, que é de grande importância, é a resistência microbiana a
antibióticos amplamente utilizados na saúde humana. Portanto, é necessário que médicos
veterinários esteja sempre atento e compartilhando informações com os médicos
humanos, contribuindo com informações indispensáveis para o tratamento e controle de
possíveis surtos zoonóticos.

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CONCLUSÃO
É indiscutível a relação direta da contribuição dos médicos veterinários a saúde
pública. O controle de doenças nas populações animais é necessário para evitar crises
sanitárias, como a ocorrida com o Covid-19. É importante estreitar as relações com os
médicos, pois é a partir desse vínculo que será possível atentar a população sobre as
consequências de consumir alimentos de origem de animal, que não passaram por
fiscalização.
Em relação ao tráfico de animais silvestres, a discussão de assuntos referentes à
educação ambiental é indubitável, visto que ao ter consciência de suas ações, o ser
humano é capaz de refletir e desenvolver senso crítico acerca de assuntos ecológicos.
Portanto o médico veterinário, como agente de saúde, deve abordar tais temas,
demonstrando e exemplificando as consequências que tais ações trazem para a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Cambridge:United Kingdom. TRAFFIC International, 2020. Available at:
https://www.traffic.org/publications/reports/brazils-widespread-wildlife-trafficking/.
FERREIRA, J. M.; BARROS, N. de M. O tráfico de fauna silvestre no Brail e seus
impactos. Revista de Direito Penal e Processo Penal, vol. 2, no. 2, p. 76–100, 2020.
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MILLÁN, G. O. Pandemias, zoonosis y comercio de animales silvestres. Revista de
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MORAES, T. P.; TIMM, C. D. Importância dos animais silvestres como potenciais
carreadores de patógenos alimentares. Medicina Veterinária (UFRPE), vol. 13, no. 2,
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SCHERER, A.; SITTA, B. D.; ALMEIDA, G.; SILVA, B.; ADAMO, L. D.; ALONSO,
V. R.; BEATRIZ, H. Tráfico de fauna silvestre: um potencializador de risco para a
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SOUSA, T. N. de; SILVA, R. V. de S.; EVANGELISTA, B. B. C.; FREIRE, S. M.
Prevalência das zoonoses parasitárias e a sua relação com as aves silvestres no nordeste
do Brasil. Jornal Interdisciplinar de Biociências, vol. 3, no. 2, p. 39, 2019.
https://doi.org/10.26694/jibi.v3i2.6915.

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O USO DE PASSIFLORA INCARNATA NO TRATAMENTO DE PACIENTES
PORTADORES DE DISTÚBIOS DO SONO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Beatriz Aragão Pascoal Carneiro1; Anna Julie Medeiros Cabral1; Eduardo Franco Correia
Cruz Filho1; Kamyla Milene Alcântara Freitas1; Raissa Sanjuan Guedes Lima1; Rafaela
Luna Fernandes1; Maria do Socorro Vieira Pereira2

1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2
Farmacêutica. Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
RESUMO
INTRODUÇÃO: Existem diversas formas de prestar tratamento aos pacientes
portadores de Distúrbios do sono, dentre elas encontra-se os medicamentos fitoterápicos.
OBJETIVOS: Analisar os efeitos da Passiflora incarnata em pacientes com distúrbio do
sono. METODOLOGIA: Uma revisão integrativa utilizando a Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) e a base de dados Pubmed incluindo 3 artigos de 10 encontrados nos últimos
5 anos disponíveis. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A passiflora incarnata é uma droga
botânica exótica que possui propriedades que auxiliam na redução do estresse, tensão,
inquietação e irritabilidade, sendo por sua vez amplamente utilizada na forma de chás,
infusão e por via oral, como forma de sedação fitoterápica no tratamento de pacientes
com distúrbios do sono. CONCLUSÃO: Esse estudo concluiu que o uso da Passiflora
incarnata L. contém efeitos terapêuticos positivos e eficazes capazes de mitigar sintomas
associados a perda do sono e difucldades para adormecer em detrimento de suas
propriedades sedativas e ansiolíticas.
Palavras-chaves: Distúrbios do Sono. Passiflora. Fitoterapia. Maracujá. Terapêuticos.

INTRODUÇÃO: Os distúrbios do Início e da Manutenção do Sono são, apesar de


comum, de difícil tratamento devido aos efeitos colaterais negativos proporcionados
pelos fármacos indutores do sono. Nesse contexto, a utilização de medicamentos
fitoterápicos, como a Passiflora incarnata, surge como uma alternativa terapêutica
empregando o composto do extrato do maracujá como forma de calmante, somnífero e
hipnótico. Com isso, fazendo-se necessário compreender como seu uso pode auxiliar no
tratamento de pacientes com insônia. OBJETIVOS: Revisar a literatura vigente acerca
do uso da Passiflora incarnata como forma de tratamento para pacientes portadores de
distúrbios do sono. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura
de caráter exploratório, na qual foi utilizado como fonte de pesquisa a Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) e a base de dados Pubmed. Os descritores empregados estão presentes
no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) e foram, “Distúrbios do Sono”,

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"Passiflora", “Fitoterapia” “Maracujá” e “Efeitos Terapêuticos” combinados com o
operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos dos últimos cinco anos disponíveis
na íntegra de forma gratuita em inglês, portugues e chinês, sendo excluídos artigos
desvinculados à temática referida bem como relatos de casos, obtendo-se 10 artigos, dos
quais 3 atenderam ao nosso objetivo de estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A
dificuldade no encontro de um método com eficácia positiva e sem efeitos colaterais
negativos fez com que a fitoterápia utilizando a passiflora incarnata como alternativa
terapêutica se mostrasse como uma abordagem promissora para o tratamento de distúrbios
do sono. Nessa perspectiva, tal eficácia foi demonstrada através de dois principais fatores,
o alívio do estresse e sua capacidade sedativa sonífera. Mediante a isso, o estresse em
situações prolongadas - induzido ou não por fatores de natureza física ou psicologica –
causa uma ativação imediata do sistema adrenérgico e do eixo simpático-adrenomedular
(eixo SAM), seguido pelo eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA) que por sua vez
demonstrou-se capaz de gerar condições patológicas prejudiciais ao sono, necessitando
por sua vez de mecanismos de alívio como os proposionados pela passiflora. Além disso,
os efeitos benéficos da flor do maracujá também se encontram na sua ação sedativa capaz
de fazer com que a pessoa com dificuldade para dormir tenha maior probabilidade de
adormecer, melhorando assim, além da sintomatologia, o efeito sonífero nos portadores
de insonia. Dessa forma, sendo notório que o estudo e uso de plantas medicinais com base
no extrato de maracujá tem um impacto significativamente positivo nos pacientes com
distúrbios do início e da manutenção do sono. CONCLUSÃO: As evidências literárias
demonstraram que o uso da Passiflora incarnata em forma de chá, infusão ou
comprimidos associados possuem efeitos terapêuticos eficazes e seguros na redução
sintomatologica dos distúrbios do início e da manutenção do sono. O composto produz
melhorias clínicas e estatísticas mediante a ação potencial do maracujá na redução da
reatividade ao estresse, insonia e ansiedade sem possuir efeitos colaterais negativos, como
perda de memória ou colapso das funções psicométricas. Assim, sendo notório a
importância de uma análise crítica sobre os estudos de ervas fitoterápicas como a
passiflora e os seus efeitos oferecidos aos pacientes portadores de insonia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JANDA, Katarzyna et al. Passiflora incarnata in Neuropsychiatric Disorders—A


Systematic Review. Nutrients, v. 12, n. 12, p. 3894, 2020.
HOU, Xin-Juan et al. Literature research of Passiflora incarnata and discussion of its
traditional Chinese medicine properties. Zhongguo Zhong yao za zhi= Zhongguo
Zhongyao Zazhi= China Journal of Chinese Materia Medica, v. 46, n. 8, p. 1943-
1950, 2021.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Momento Fitoterápico – Farmacopeia
Brasileira. 1ªed. 17, de junho de 2016. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/a80ec477
-bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b Acesso em 10 de Agosto de 2021.
ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS EM SERGIPE RELACIONADO A

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ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2018: ANÁLISE
EPIDEMIOLÓGICA

Maria Luiza Silva Souza1; Kelly Dayane Evangelista de Oliveira2; Josivania Santos de
Oliveira3; Julyana do Carmo Souza4; Maria Nayane Santos de Andrade5; Mayrane
Acciole Gomes de Figueiredo6; Wiltar Teles Santos Marques7; Wolney Sandy Santos
Lima8

1
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem do Trabalho. Residente do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso HU/UFS.
2
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe.
3
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem Dermatológica com ênfase em feridas.
4,7
Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
5
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe. Pós graduanda em Saúde da
Mulher.
6
Enfermeira. Pós graduanda em UTI e Qualidades em serviço de saúde e segurança do
paciente.
8
Enfermeiro. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Introdução: O acidente de trabalho é definido como aquele que ocorre no exercício do


trabalho a serviço da empresa ou no exercício do trabalho ocasionando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução da capacidade para o
trabalho. As causas externas são responsáveis por milhões de mortes no mundo. Objetivo:
Realizar uma análise epidemiologica sobre os óbitos por causas externas no estado de
Sergipe relacionado a acidentes de trabalho no ano de 2018. Metodologia: Trata-se de um
estudo de descritivo com abordagem transversal e retrospectiva. Resultados e Discussão:
A partir da análise dos dados foi identificado que no ano de 2018 ocorreu no Brasil um
total 3.209 (100%) óbitos por causas externas relacionadas ao trabalho. Conclusão: Os
dados obtidos através da pesquisa demonstraram a magintude do problema a nivel estadual
e os principais impactos ocasionados à sociedade, principalmente às pessoas atingidas.
Palavras-chaves: Mortalidade ocupacional. Causas externas. Acidentes de trabalho.
Epidemiologia. Sistema de Informação em Saúde

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INTRODUÇÃO
O acidente de trabalho é definido como aquele que ocorre no exercício do
trabalho a serviço da empresa ou no exercício do trabalho ocasionando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
Os acidentes de trabalho (AT) e as suas consequências provocam varias
vítimas e além de atingirem a atividade laboral, ocasionam impactos relevantes sob
o ponto de vista econômico, social e ambiental. Geralmente os trabalhadores do
sexo masculino possuem 50% mais chances de se acidentar do que os trabalhadores
do sexo feminino.
As causas externas são responsáveis por milhões de mortes no mundo
principalmente em pessoas com faixa etária entre 15 e 29 anos. As causas externas
podem ser definidas como traumatismos, lesões ou qualquer outro agravo à saúde,
seja intencional ou não, dando-se de maneira súbita em decorrência por ato de
violência ou outro fator exógeno.
A mortalidade por causas externas têm se evidenciado na atualidade em
virtude dos números de casos e o seu impacto na sociedade. Assim sendo, tornou-se
um problema de saúde pública, pois atinge grande parte da população jovem em
idade produtiva, produzindo efeitos graves que envolvem altos custos sociais,
emocionais e econômicos necessários ao tratamento e reabilitação, além de trazer
danos enormes para a vítima e as famílias.

OBJETIVOS
Realizar uma análise sobre os óbitos por causas externas no estado de Sergipe
relacionado a acidentes de trabalho no ano de 2018 identificando a faixa etária mais
atingida bem como o sexo, além do local de ocorrência dos óbitos.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem transversal e retrospectiva
onde foi realizada uma análise epidemiológica sobre os óbitos por causas externas no
estado de Sergipe relacionado a acidentes de trabalho no ano de 2018 a partir de
informações em saúde disponíveis na base de dados do DATASUS (Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados foi realizada a partir de uma comparação em relação à
faixa etária compreendendo dos 15 aos 79 anos, comparação do número de óbitos
entre trabalhadores do sexo feminino e sexo masculino e comparação referente ao
local de ocorrência do óbito por causas externas relacionado à acidentes de trabalho.
O gráfico 1 demonstra o número dos óbitos de acordo com a faixa etária, o

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gráfico 2 demonstra o número de óbitos no sexo feminino e no sexo masculino e o
gráfico 3 demonstra o local de ocorrência do óbito.

Gráfico 1 - Número de casos de acordo com a faixa etária

Faixa etária
1; 3% 1; 4%

4; 14%
7; 24% 15 - 19 anos
3; 10% 20 - 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
6; 21% 50 a 59 anos
7; 24%
60 a 69 anos
70 a 79 anos

Fonte: Elaboração própria


Gráfico 2 – Número de óbitos conforme o sexo

Sexo
30

25 27

20

15

10

0 2
Feminino Masculino

Fonte: Elaboração própria


Gráfico 3 - Número de óbitos conforme o local de ocorrência

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Local de ocorrência
Hospital Domicilio Via pública Outros

7; 24% 6; 21%
1; 3%

15; 52%

Fonte: Elaboração própria


A partir da análise dos dados foi identificado que no ano de 2018 ocorreu no
Brasil um total de 3.209 (100%) óbitos por causas externas relacionadas ao trabalho,
sendo que deste total 445 (13,96) óbitos ocorrem na Região Nordeste, mais precisamente
no estado de Sergipe ocorreram 29 óbitos (0,90%).
De acordo com os dados encontrados, a faixa etária com mais óbitos foi a de 20
a 29 anos e 30 a 39 anos com 7 (24%) óbitos cada um. Em relação ao sexo, o mais atingido
foi o masculino com 27 (93%) de óbitos. Em relação ao local de ocorrência, a via pública
foi o local com mais óbitos em relação aos demais locais com um total de 15 (56%).
Diante dos dados encontrados, algumas caracteristicas explicam o motivo de a
mortalidade por causas externas ser mais prevalente no sexo masculino e isso se justifica
pelo fato dos homens, em comparação com as mulheres, possuem mais comportamentos
de risco, como por exempo, a ingestão de bebidas alcoolicas. Outro ponto a ser observado
é que a faixa etária mais atingida é a dos jovens entre os 20 e 39 anos e isso demonsra ser
algo preocupante visto que é um grupo que está na linha de frente da produtividade
econômica e social.
CONCLUSÃO
Os dados obtidos através da pesquida demonstraram a magnitude do problema a
nível estadual e os princiais impactos ocasionados à sociedade, principalmente nas
pessoas atingidas. O estudo foi realizado com base nos dados do DATASUS e por isso
acredita-se que este fato pode ser uma limitação do estudo, uma vez que os resultados
dependem diretamente do registro adequado dos profissionais através da notificação
compulsória.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GONÇALVES, S.B.B; SAKAE, T.M; MAGAJEWSKI, F.L. Prevalência e fatores


associados aos acidentes de trabalho em uma indústria metal mecânica. Revista
Brasileira de Medicinado Trabalho, v.16, n.1, p.26-35, 2018.

OLIVEIRA, J.S et al. Óbitos por causas externas relacionadas ao trabalho. Revista de
enfermagem UFPE online, v.13, p.1-7, 2019.

SOUTO, C.C et al. Perfil das vítimas de acidentes de transporte terrestre


relacionados aotrabalho em unidades de saúde sentinelas de Pernambuco, 2012
– 2014. Revista Epidemiologia, Brasília, v.25, n.2, p.351-361, abr/jun, 2016.

SOUZA, A.S.B; SILVA, S.C; CAVALCANTI, M.F.A. Mortalidade por causas


externas em adultos jovens em Teresina-PI no período de 2001-2011. Revista
Interdisciplinar, v.9, n.1, p.57-65, jan-mar, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SUPLEMENTAÇÃO DE ÔMEGA 3 E VITAMINA D NO TRATAMENTO DE
PACIENTES PORTADORES DE HIV

Morgana Laís Rodrigues dos Santos Lunardo¹; Sidrack Lucas Vila Nova Filho²

¹ Nutricionista graduada pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP


Wyden
² Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

RESUMO:
A Vitamina D é uma substância natural encontrada em fontes alimentares e através da
exposição a raios solares, por outra parte o ômega 3 é um ácido graxo essencial, possui
efeito anti-inflamatório e ajuda no fortalecimento do sistema imunológico. Algumas
pesquisas têm demonstrado efeitos benéficos da ingestão desses nutrientes para
portadores de HIV. Foi realizada uma revisão de literatura para avaliar os benefícios da
suplementação de ômega -3 e Vitamina D e sua influência no tratamento do HIV. Foram
utilizadas as bases de dados: Pubmed, Scielo e Google Acadêmico, com artigos
publicados entre 2016 e 2021, nas línguas inglesa e portuguesa. Nas análises em suma a
grande maioria mostrou efeitos positivos sobre a Suplementação de Vitamina D e Ômega-
3 fortalecendo o sistema imunológico dos portadores de HIV.
PALAVRAS-CHAVE: Ácidos graxos Ômega-3, HIV, Vitamina D.

INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) tem como alvo o sistema imunológico e enfraquece os sistemas de defesa
de pessoas contra infecções e alguns tipos de câncer através da destruição e redução da
função das células de forma que os indivíduos que vivam com vírus se tornem
gradualmente imunodeficiente. A função imunológica é medida pela contagem de células
T CD4 e a imunodeficiência resultam em um aumento de suscetibilidade a várias
infecções e doenças que pessoas com um sistema imune saudável poderia combater. Nem
todo portador de HIV desenvolve a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), de
forma que pode viver com vírus, mas não apresentar sintomas caso seja feita
adequadamente à terapia antirretroviral (TARV) (OMS, 2017).
Para os pacientes portadores do vírus, são ofertados coquetéis de medicamentos
(TARV), que agem inibindo a multiplicação de HIV no organismo e evitam o
enfraquecimento do sistema imunológico (OMS, 2017). Além disso, pacientes portadores
do HIV, quando em associação com a TARV, podem apresentar seu sistema imunológico
enfraquecido por consumo insuficiente de micro e macronutrientes, por isso o consumo

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de tais vitaminas é fundamental para fortalecimento da imunidade e combate de infecções
(CUNHA et al., 2018).
Assim, alguns nutrientes têm apresentado uma função importante no
acompanhamento destes pacientes, como os ácidos graxos (AG) ômega-3, que possuem
efeito anti-inflamatório e ajudam na melhora da função endotelial o que ajuda a conter os
efeitos da TARV e os torna potencializadores no fortalecimento do sistema imunológico
(OLIVEIRA et al., 2017).
Outro nutriente é a vitamina D, que tem como principal função ajudar na
manutenção da homeostase óssea e pode ser encontrado em alimentos como salmão e
atum mas sua principal forma de obtenção é por meio da exposição dos raios ultravioletas.
Para pacientes portadores da SIDA, a junção da vitamina D com o tratamento adequado
melhora a imunidade e prevenção da tuberculose que é uma doença prevalente em
portadores da doença (CUNHA, et al., 2019).
Nesse contexto, tem sido demonstrado na literatura que a suplementação desses
nutrientes parece ter um efeito positivo no acompanhamento de pacientes soropositivos,
pois contribui no fortalecimento do sistema imunológico, o que facilita o tratamento e
prevenção de outras doenças e uma melhora na qualidade de vida, portanto o objetivo
desse estudo é mostrar os benefícios do ômega3 e da vitamina D para pacientes portadores
do HIV em uso da terapia antirretroviral (ARV).

OBJETIVO

Sumarizar o conhecimento atual sobre o papel da suplementação de ômega 3 e


vitamina D no tratamento de pacientes com HIV.

METODOLOGIA
Foi realizado um estudo de revisão de literatura a partir de um levantamento
bibliográfico que ocorreu com publicações nacionais e internacionais, que tem como
fonte de pesquisa as bases de dados SCIELO, MEDLINE e PUBMED. Como material,
foram utilizados artigos originais disponíveis entre os anos de 2016 a 2021 com os
descritores: HIV, Vitamina D, Ácidos Graxos Ômega-3. Para a seleção dos artigos, foram
incluídos artigos obtidos na íntegra, publicações com recorte temporal entre 2016 a 2021,
nos idiomas português-brasileiro e inglês. Foram excluídos os artigos repetidos, os que
não tinham resumo nem texto completo, os de revisão, os classificados
metodologicamente como tese, dissertação ou monografia e também, aqueles que não se
adequavam ao tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A presente revisão apresenta o resultado de 7 artigos sobre a suplementação de
ômega 3 e vitamina D em pacientes portadores de HIV, sumarizados na Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação dos artigos utilizados na presente pesquisa de acordo o objetivo,


metodologia aplicada e os principais resultados publicados no período de 2016 a 2021.

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AUTORES E OBJETIVO METODOLOGIA PRINCIPAIS
ANOS DE GERAL RESULTADOS
PUBLICAÇÃO
Licona et al. Mostrar os efeitos Foram selecionados A ingestão de ômega3
(2016) da suplementação pacientes soropositivos contribuiu para
de ácidos graxos para HIV de 20 a 55 redução dos níveis de
ômega-3 e anos que estavam triglicerídeos, e
estresse oxidativo recebendo terapia também na tendência
em paciente antirretroviral altamente da diminuição na
soropositivo para ativa por três meses, carga viral.
HIV. recebendo 2,4g de
ômega3 por dia.
Eckard et al. Efeitos da Foi realizado um ensaio A suplementação de
(2017) suplementação de clínico com jovens de 8 vitamina D em altas
vitamina D e – 25 anos infectados por doses
marcadores HIV que receberam três (120.000UI/mês)
ósseos em diferentes doses de durante 12 meses
infectados por vitamina D. diminuiu os
HIV. marcadores de
remodelação óssea e
também a
insuficiência de
vitamina D.
Muhammad et Observar a Um estudo prospectivo A suplementação não
al. (2017) suplementação de avaliou durante 48 alterou o perfil
vitamina D e semanas a lipídico e
Cálcio no suplementação de desregulações
metabolismo vitamina D e cálcio em metabólica nos
lipídico no início 165 pacientes pacientes.
do TARV. soropositivos que
estavam no início da
TARV.
Oliveira et al. Mostrar o efeito Foram incluídos 40 A suplementação de
(2017) metabólico do pacientes adultos de ômega-3 mostrou
ômega3 em ambos sexos, em redução do nível
portadores do tratamento há mais de sanguíneo de insulina
HIV/AIDS. um ano, divididos em e na resistência à
dois grupos, o grupo insulina,
“A” suplementado com
4g de ômega 3 ao dia e o
grupo “B” 4g de
maltodextrina ao dia
durante 90 dias.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Benguella et al. Avaliar a Foi realizado um estudo A suplementação de
(2018) suplementação de transversal de 263 vitamina D diminuiu o
vitamina D e sua pacientes infectados risco de
associação com pelo HIV através da hipovitaminose D, e
marcadores suplementação de diminuiu os riscos de
inflamatórios e Vitamina D e foram inflamação óssea
remodelação coletados marcadores quando os pacientes
óssea em inflamatórios e de atingiam um valor de
pacientes remodelação óssea. 25 ng/ml.
infectados por
HIV.
Puthanakit et al. Verificar o efeito Foi realizado um estudo Adolescentes
(2018) da suplementação longitudinal entre infectados pelo HIV
de cálcio e adolescentes de 12 – 20 melhoraram sua saúde
vitamina D e suas anos. O estudo constitui óssea após a
mudanças na em duas fases: fase 1 suplementação de
densidade mineral (pré suplementação) e vitamina D e cálcio.
óssea em fase 2 (suplementação).
pacientes
infectados por
HIV.
Schewenger et Abordar a relação O estudo foi realizado A suplementação de
al. (2019) entre em uma população de ômega3 ou óleo de
suplementação de adultos com diagnóstico peixe ajudou na
micronutrientes e de HIV, com 35 anos ou redução dos níveis de
ácidos graxos mais. inflamação e também
ômega-3 em na redução dos níveis
pessoas que de triglicerídeos.
convivem com o
HIV.

Com relação aos efeitos benéficos no perfil bioquímico, Oliveira et al. (2017)
mostram resultado benéfico para portadores de HIV, onde se reduziu o nível sanguíneo
da insulina o que é considerado importante na melhora clínica dos pacientes, pois o
controle e a resistência insulínica contribuem para uma qualidade de vida maior e um
risco menor de morbidade, como, por exemplo, a diabetes, que poderia ocorrer em
pacientes também com níveis de vitamina D baixos (MENDONÇA e SOUSA 2019).
Para Licona et al. (2016), o uso de ômega-3 mostrou um resultado benéfico na
redução dos níveis de triglicerídeos aumentando a síntese fosfolipídica e na tendência da
diminuição da carga viral. Quem não ingeriu o ômega-3 teve uma tendência a aumentar
essa carga viral. O ômega também aumentou os níveis de colesterol HDL (FOGACCI et
al., 2020). Assim, uma dieta com ômega-3 parece ser significativa para reduzir níveis de
dislipidemia e de inflamação o que ocasiona um sistema imunológico fortalecido e com
menor risco de se ter o contágio de doenças (SCHWENGER et al., 2019).

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Por outro lado, Duran et al. (2019) discutem como é comum a hipovitaminose D
que pacientes portadores de HIV podem apresentar. Esses autores viram que essa
prevalência pode chegar a 40% em pacientes infectados por HIV, dos 814 indivíduos
estudados 79,7% apresentaram insuficiência ou deficiência de vitamina D devido à baixa
contagem de linfócitos CD4 e seu sistema imunológico enfraquecido.
Nessa problemática, Lerma–Chippirraz et al. (2016) discutem como a
hipovitaminose D está associada a problemas esqueléticos, cardiovasculares
neurocognitivos, de forma que a suplementação de vitamina D pode auxiliar para a
obtenção de uma concentração sérica de 30ng/ml, valor mínimo para efeito positivo
nesses desfechos. A suplementação de vitamina D tem efeitos imunomoduladores de
amplo alcance e um desempenho essencial na função imunológica além da promoção de
um estado inflamatório melhor (ECKARD et al., 2017).
Benguella et al. (2018) corroboram com os dados acima pois a hipovitaminose D
tem sido observada em pacientes infectados por HIV, devido ao impacto da troca
antirretroviral ao ponto de tornar-se necessária a suplementação para se obter uma
quantidade mínima equivalente a 25 ng/ml que ocasione a diminuição do processo de
inflamação e renovação óssea.
Puthanakit et al. (2018) afirma que a deficiência de vitamina D também é comum
em adolescentes com idade de 12-20 anos que são infectadas por HIV, o que afeta mais
fortemente sua imunidade e seu sistema ósseo devido a estarem em fase de crescimento
e desenvolvimento. Todos os participantes da pesquisa apresentaram mudanças benéficas
tanto na suplementação de vitamina D, quanto a de cálcio, o que mostra que essa
suplementação parece ter um efeito protetor para homeostase óssea (CUNHA et al.,
2019).
Além disso, estudos como Jiménez–Sousa et al. (2018) e Alvarez, Aguilar-
Jimenez e Rugeles (2019) corroboram que a vitamina D é um regulador chave da defesa
de hospedeiros contra doenças infecciosas e explicam que as pessoas que vivem com HIV
geralmente têm hipovitaminose D pois ela é reguladora chave da defesa do hospedeiro
que age ativando genes e vias que aumentam a imunidade inata e adaptativa.
Por outro lado, Muhammad et al. (2017), observaram que a suplementação de
vitamina D não alterou o perfil lipídico nem o metabolismo da glicose, entretanto foi
notório que o receptor D mostrou que a vitamina D tem uma função regulatória na
homeostase do corpo. Assim, parece que os estudos têm corroborado para a repercussão
na melhora de imunidade e saúde óssea, mas quanto aos parâmetros bioquímicos, a
suplementação de Vitamina D ainda não tem dados conclusivos quanto a benefícios
metabólicos (DURAN et al., 2019).

CONCLUSÃO
Concluímos que existe uma relação do Ômega 3 ao ajudar na redução dos níveis
de inflamação, níveis de triglicerídeos e diminuição da carga viral, já a vitamina D parece
ocasionar uma melhora óssea e contribuir para o aumento da imunidade em pacientes
portadores de HIV. Para isso sugere-se uma alimentação saudável, rica em ômega 3 e
Vitamina D, bem como a suplementação correta desses nutrientes para o tratamento e
acompanhamento desses pacientes.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS
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DURÁN, Vanesa et al. Alta prevalencia de hipovitaminosis D en personas infectadas con
HIV atendidas em un centro ambulatorio de laciudad de Buenos Aires. MEDICINA
(Buenos Aires), v. 79, n. 5, 2019.
ECKARD, Allison Ross et al. Effects of vitamin D supplementation on bone mineral
density and bone markers in HIV-infected youth. Journal of acquired immune deficiency
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FOGACCI, Federica et al. Effect of Omega-3 polyunsaturated fatty acids treatment on
lipid pattern of HIV patients: a meta-analysis of randomized clinical trials. Marine Drugs,
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JIMÉNEZ-SOUSA, MaríaÁngeles et al. Vitamin D in human immunodeficiency virus
infection: influence onimmunity and disease. Frontiers in immunology, v. 9, p. 458, 2018.
LERMA-CHIPPIRRAZ, Elisabet et al. Validation protocol of vitamin D supplementation
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LICONA, Norma Amador et al. Omega 3 fatty acids supplementation and oxidative stress
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MELO Eduardo Alves; MAKSUD, Ivia; AGOSTINI, Rafael. Cuidado, HIV/Aids e
atenção primária no Brasil: desafio para a atenção no Sistema Único de Saúde?. Revista
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MENDONÇA, Elisa Grossi; SOUZA, Iury Antônio. A relação da Hipovitaminose D no
desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 2. Revista de Ciências da Saúde Básica e
Aplicada, v. 2, n. 1, p. 68-76, 2020.
MUHAMMAD, Josh et al. Vitamin D supplementation does not affect metabolic changes
seen with ART initiation. In: Open forum infectious diseases. US: Oxford University
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE, Doenças de condições e infecções
sexualmente transmissíveis, 2017. www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/oque-e-hiv,
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SCHWENGER, Katherine JP et al. Relationships between Atherosclerosis and Plasma
Antioxidant Micronutrients or Red Blood Cell Polyunsaturated Fatty Acids in People
Living with HIV. Nuients, v. 11, n. 6, p. 1292, 2019.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OS DESAFIOS DE PRECONCEITO ENFRENTADO PELA PESSOA IDOSA

Amanda Custódio Da Silva, Gustavo Novakoski2, Marcos Vilasanti Brondani3 Thaicy


Bruning Vieira4, Débora Teixeira Da Cruz5

1,2,3,4
Graduandas (os) em Psicologia pelo Centro Universitário Unigran Capital
5
Radiologista, Psicóloga, Pedagoga, Graduanda em Direito, Doutora em Saúde (UFMS),
Mestre em Bioética (UNIVÁS). Docente e Pesquisadora, Centro Universitário Unigran
Capital.
[email protected]
RESUMO
A sociedade apresenta uma posição de ambiguidade na visão que propõe a respeito das
pessoas idosas. O objetivo foi descrever os preconceitos que ocorre de forma latente
contra a pessoa idosa na contemporaneidade. A metodologia empregada para esse estudo
caracteriza-se como estudo qualitativo e descritivo de um projeto realizado pelo Centro
Universitário Unigran Capital, aprovada pela Pró reitoria de ensino e extensão,
multidisciplinar dos cursos de Saúde Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Enfermagem.
“De volta para o futuro”, Tem como participantes 15 idosos que todas as manhãs são
atendidos por alunos e supervisionado por professores. Os estudos e atendimentos são
pautados na Resolução 510 de 2016 do Conselho nacional de saúde, sobre o sigilo, e
autonomia do participante. Durante o atendimento em grupo realizado pelos acadêmicos
de psicologia, foi pedido a um grupo de pessoas idosas para que respondessem à pergunta
“O QUE É SER IDOSO?”, dentre as respostas obtidas, muitas se assemelhavam em um
aspecto, a crítica ao preconceito que eles experimentavam. Sendo assim, pode-se observar
que o idadismo se faz presente na sociedade, ainda que de forma latente, O processo de
envelhecimento acontece de forma singular e subjetiva, onde cada pessoa desenvolve as
etapas de maneira singular, o que depende de sua cultura, e dos contextos integrados ao
seu estilo de vida e cotidiano, compondo assim uma forma única e exclusiva de enxergar
o mundo dentro de cada indivíduo. Considera-se que ao impor a pessoa ou um grupo
específico, uma condição estereotipada se limita o pleno convívio desses e restringe suas
relações, é necessário que haja uma revisão desses conceitos estereotipados junto a
sociedade, provocando uma quebra desses preceitos que rondam a construção social na
qual se faz o contexto de vida, para que assim possa se elaborar uma melhor organização
na qualidade de vida desses sujeitos.

Palavras-chave: Envelhecimento. Subjetividade. Estereotipo. Idoso. Preconceito.

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INTRODUÇÃO: O ser humano está fadado ao desenvolvimento, e todos estão na
condição de envelhecimento possuem o potencial de envelhecimento, e com um pouco
de sorte todos iremos chegar a essa fase um dia. O ageismo ou idadismo são termos
implantado em 1969 por Robert Butler, que se caracteriza no preconceito relacionado a
idade, e pode afetar as pessoas em diferentes contextos do ciclo de vida, limitando-as de
exercer funções, buscar uma qualidade de vida entre outros aspectos relacionados ao bem-
estar.
OBJETIVOS: Descrever os preconceitos que ocorre de forma latente contra a pessoa
idosa na contemporaneidade.
METODOLOGIA: A metodologia empregada para esse estudo caracteriza-se como
estudos qualitativo e descritivo de um projeto realizado pelo Centro Universitário
Unigran Capital, aprovado pela pró reitoria de ensino e extensão, multidisciplinar dos
cursos de Saúde Fisioterapia, Psicologia, Nutrição, Enfermagem. “De volta para o
futuro”, Tem como participantes 15 idosos que todas as manhãs são atendidos por alunos
e supervisionado por professores. Os estudos e atendimentos são pautados na Resolução
510 de 2016 do Conselho nacional de saúde, sobre o sigilo, e autonomia do participante.
Para estudos são utilizados artigos científicos e livros, das plataformas eletrônicas e
acervo físico e virtual da Unigran Capital.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante o atendimento em grupo realizado pelos
acadêmicos de psicologia, foi pedido a um grupo de pessoas idosas para que
respondessem à pergunta “O QUE É SER IDOSO?”, dentre as respostas obtidas, muitas
se assemelhavam em um aspecto, a crítica ao preconceito que eles experimentavam.
Sendo assim, pode-se observar que o idadismo se faz presente na sociedade, ainda que de
forma latente, principalmente aos olhos de quem não se encaixa nesse parâmetro,
observa-se que isso pode afetar a qualidade de vida e desempenho da pessoa idosa. Para
Couto et al. (2009) O processo de envelhecimento acontece de forma singular e subjetiva,
onde cada pessoa desenvolve as etapas de maneira singular, o que depende de sua cultura,
e dos contextos integrados ao seu estilo de vida e cotidiano, compondo assim uma forma
única e exclusiva de enxergar o mundo dentro de cada indivíduo.
Enquanto, Cruz (2017) afirma que apesar desse processo ser extremamente
distinto para cada ser humano, e carregado de variáveis como: adaptação, personalidade,
comportamento e interações, influências e impacto interno e externo, ainda assim há uma
tendência humana a categorizar simplificadamente os elementos conduzindo-os assim ao
pensamento de que a velhice não deve ser entendida como doença, e nem mesmo os que
estão adoecidos como portadores ou mal, haja vista, a pessoa só porta o que ela deseja,
então nenhum ser humano é portador de doenças, síndromes, deficiência ou transtorno,
uma doença não deve ser atribuída como algo que a pessoa queira ter, mas algo que
simplesmente desenvolveu e que envolve diversos fatores.
Segundo Goldan e Heatherton (2011) os estereótipos se caracterizam nesse
contexto como atalhos mentais que permitem o processamento fácil e rápido de
informações sociais, pois é uma forma eficiente do cérebro economizar energia. Isto é,

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devido aos recursos mentais limitados, as pessoas não podem analisar cada indivíduo que
encontram, e ao invés de considerar cada sujeito como único e imprevisível, os
categorizam como pertencendo a grupos particulares.
A sociedade apresenta uma posição de ambiguidade na visão que propõe
a respeito das pessoas idosas conforme descreve Vieira e Lima (2015) quando discute e
analisam os conteúdo e Estatuto do Idoso, e evidenciam que o documento posiciona o
idoso como cidadão de direitos, mas também tende a retratá-lo como um ser frágil,
impotente e incapaz de gerir sua própria vida. Na visão cognitiva, o ser humano não
possui capacidade para absorver toda a informação que envolve a realidade. Em
decorrência disso, procura simplificar a informação, recorrendo, assim, à categorização
automática como forma de organização da sua percepção do mundo.
Conforme Descrito por Cruz (2017, p.9) dentro das teorias sociológicas do
envelhecimento existe normas que poderá contribuir para exemplificar essa questão de
preconceito, como por exemplo:

Norma de reciprocidade – estabelece um conjunto de demandas e


obrigações recíprocas para dar estabilidade ao sistema social, ou
seja, as pessoas devem ajudar aquelas que as ajudam.
Norma de justiça distributiva – é definida em relação a ganhos e
custos. A extensão do custo equivalente à extensão do ganho. As
pessoas devem tentar atingir um equilíbrio ou uma
proporcionalidade nas trocas sociais.
Norma da beneficência – na política de atendimento aos mais
idosos, o princípio de beneficência estabelece que estes devam
receber o que necessitam, independentemente do seu valor social
e atual. Essa norma aponta também que as trocas sociais entre o
idoso e a sociedade refletem a dependência econômica e social do
idoso, levando-o a gradual perda de poder até a completa
obediência.

Segundo as críticas a descrição é baseada na teoria da troca, e ela busca


entender e racionalizar o contexto das questões sociais que podem ser úteis na vida dos
idosos, como por exemplo o acolhimento no Projeto de Volta para o futuro e que poderá
contribuir de forma relevante demonstrando afetividade como ponto crucial: “quem
recebe amor retribui com amor”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
É sabido que o avanço da civilização só se fez eficiente por conta da capacidade humana
de manter relações sociais, se organizando em grupos e então conseguindo se organizar

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em sociedade. Hoje entende-se que o indivíduo saudável não é aquele que possui apenas
ausência de doença, mas sim o sujeito que consegue se organizar em completude
biopsicossocial.
Sendo assim ao impor a pessoa ou um grupo específico, uma condição
estereotipada se limita o pleno convívio desses e restringe suas relações, é necessário que
haja uma revisão desses conceitos estereotipados junto a sociedade, provocando uma
quebra desses preceitos que rondam a construção social na qual se faz o contexto de vida,
para que assim possa se elaborar uma melhor organização na qualidade de vida desses
sujeitos.
A qualidade de vida é considerada fundamental, desde o nascimento até a morte,
como um processo biopsicossocial. Embora as experiências do envelhecimento possam
ser comparadas e limitadas por fatores históricos, preconceituosos, econômicos,
sociológicos etc., essas questões devem ser discutidas analisando a natureza e procedência
buscando contextualizar o processo do envelhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CRUZ, Débora Teixeira da, Teorias Sociológicas do Envelhecimento. Universidade


Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Campo Grande- MS, 2017.
COUTO, Maria Clara P. de Paula; KOLLER, Sílvia Helena; NOVO, Rosa; SOARES,
Pedro Sanchez. Avaliação de discriminação contra idosos em contexto brasileiro –
ageismo. Psic.: Teor. e Pesq. 25 (4) • Dez 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ptp/a/dkt7tRSP
pN7zCnrrK4vG3Rc/?lang=pt#top. Acesso em: 11 out. 2021.
GAZZANIGA, Michael S; HEATHERTON, Todd F. Ciência psicológica: mente, cérebro
e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005. 628 p. ISBN: 8536304324
VIEIRA, Rodrigo de Sena e Silva; LIMA, Marcus Eugênio Oliveira. Estereótipos sobre
os idosos: dissociação entre crenças pessoais e coletivas. Temas psicol., Ribeirão Preto
, v. 23, n. 4, p. 947-958, dez. 2015 . Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script
=sci_arttext&pid=S1413-389X2015000400012&lng=pt&nrm=iso>.Acesso
em: 11 out. 2021.

OS EFEITOS DA MORUS NIGRA NO TRATAMENTO DA MENOPAUSA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Lorena Modesto da Silva¹; Amanda Carolina dos Santos e Silva²; Ariel Christine dos
Anjos Solano³; Tayane Pantoja de Sousa4; Isabela Caroline Lima de Lima5; Ana
Jhennyfer da Silva Moreira6; Bruna Raciele de Sousa Nascimento7; Hady Marcedis Tonin
Kerber8

1
Graduanda em Nutrição pela Universidade da Amazônia (UNAMA)
2,4,8
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Fibra
3,5,6,7
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

O presente estudo teve como finalidade exibir os efeitos da Morus nigra no tratamento
de mulheres na menopausa, através de uma revisão bibliográfica, com base em artigos
disponíveis nas plataformas digitais Scientific Electronic Library Online (SCIELO),
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e National Library
of Medicine (PUBMED). A utilização das plantas medicinais diminui não somente os
sintomas do climatério, mas de outras enfermidades, as folhas da Morus nigra possui ação
anti-inflamatória, adstringente, antioxidante e cicatrizante, seu chá pode ser usado no
tratamento de mulheres em processo de menopausa. Estudos demonstram uma melhora
significativa nos sintomas do climatério. O uso de fitoterápicos apresenta resultados
significativos no tratamento da menopausa, sendo esta, uma opção terapêutica natural no
tratamento de reposição hormonal. Desse modo, a Morus nigra se torna opção terapêutica
natural para o tratamento desses sintomas, seu uso apresenta resultados na melhoria da
qualidade de vida.
Palavras-Chave: Medicamentos Fitoterápicos; Fitoterapia; Climatério; Menopausa;
Morus nigra.

INTRODUÇÃO
Os fitoterápicos são obtidos através de plantas medicinais, caracterizado por sua
eficácia e qualidade. Estes medicamentos têm princípios ativos terapêuticos que fazem
parte da cultura popular há milhares de anos, mas, somente nas últimas décadas, com o
aumento de estudo sobre fitoterápicos, houve uma de forma significativa tanto para os
usuários quanto para pesquisadores (FIUT et al., 2018).
Devido o uso de plantas medicinais está fortemente presente na população
brasileira, o Ministério da Saúde, através de diretrizes propõe a ampliação dessas opções
terapêuticas aos usuários garantindo acesso às plantas medicinais e aos fitoterápicos em
serviços relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A utilização das mesmas é
favorável à saúde, desde que a população saiba sobre suas formas de uso, seus riscos e
benefícios (MIRANDA, 2020).
Dentre as diversas finalidades na utilização das plantas medicinais, é válido
ressaltar as que são empregadas para o tratamento da saúde da mulher. Estudos recentes
evidenciam que essa prática é comum no Brasil e ganha destaque o uso de plantas

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utilizadas no tratamento de sinais e sintomas advindos no processo do climatério. Em
decorrência dos efeitos colaterais e dos riscos envolvidos na terapia hormonal (TH) é
notório uma crescente busca por alternativas que sejam eficazes e seguras para sua
substituição, como por exemplo, a utilização de fitoterápicos (ROCHA et al., 2018;
MONTEIRO, 2019).
Os fitoterápicos que são utilizados no tratamento do climatério são obtidos de
vegetais que possuam alto teor de fitoestrógenos, um grupo de compostos fitoquímicos
onde sua atividade farmacológica deriva da semelhança estrutural dos estrógenos, ou seja,
apresenta um anel fenólico, pré-requisito para a ligação aos receptores estrogênicos
(MIRANDA, 2020).
Dessa forma, apresenta-se a Morus nigra, uma espécie vegetal
pertencente ao gênero Morus, da família Moraceae, conhecida em algumas regiões do
Brasil como amora-preta ou amora miura. Suas folhas possuem ação diurética,
hipoglicemiante, atividades hipotensoras, além de serem utilizadas no tratamento do
climatério, devido a alta concentração de diferentes flavonoides, que possuem efeito
fitoestrogênio (OLIVEIRA, 2018).
O estrogênio é um hormônio que atua nos tecidos reprodutivos como mama, útero
e ovário e em tecidos não reprodutivos como ossos, sistema nervoso central
e cardiovascular. Os hormônios femininos como o estrogênio, a progestina e o
androgênio, são importantes no ciclo biológico da mulher e são responsáveis por funções
como a liberação do óvulo, manutenção da gestação e do comportamento feminino, além
de exercerem outras funções reprodutivas e não reprodutivas. Os fitoterápicos podem
causar efeitos colaterais e reações adversas em sua utilização no tratamento dos sintomas
da menopausa, assim como qualquer outro medicamento quando utilizado sem
orientação, podendo apresentar efeitos e reações como intoxicações, alergias,
constipações, náuseas, dores de estômago, diarreia, entre outros (OLIVEIRA, 2021).

OBJETIVO
Devido ao crescente interesse pela eficácia dos fitoterápicos e à utilização de
produtos naturais de baixo custo e de fácil acesso, o presente estudo teve como objetivo
exibir os efeitos que a Morus nigra tem sobre o tratamento de mulheres na menopausa.

MÉTODO
Trata-se de um artigo realizado através de revisões bibliográficas, com base em
artigos da língua portuguesa nas plataformas digitais Scientific Electronic Library Online
(SCIELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e
National Library of Medicine (PUBMED), que abordam o tema discutido.
Nos critérios de inclusão foram utilizadas as seguintes palavras-chave:
Fitoterápicos; Fitoestrogênios; Climatério; Morus nigra e Menopausa, com anos de
publicações de 2017 a 2021. Em contrapartida, nos critérios de exclusão foram retirados
os artigos com ano de publicação não estabelecido, além de relatórios acadêmicos,
resumos simples e trabalhos publicados em anais.
Desse modo, esta pesquisa foi desenvolvida com base em estudos que se
enquadrem no conceito de menopausa e climatério, considerando os sintomas mais

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presentes nesse processo das mulheres, além de proporem principalmente uma avaliação
qualitativa dos benefícios que a utilização da Morus nigra é capaz de proporcionar no
tratamento desses sintomas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A utilização das plantas medicinais tem o potencial de diminuir os sintomas não
somente do climatério, mas de outras enfermidades, as folhas da Morus nigra possui ação
anti-inflamatória, adstringente, antioxidante e cicatrizante, seu chá pode ser usado no
tratamento de mulheres em processo de menopausa, uma vez que suas folhas possuem
em sua composição química flavonóides que auxiliam na qualidade de vida destas
mulheres (RODRIGUES, 2021).
A terapia hormonal (TH) é o padrão ouro utilizado no tratamento dos sintomas do
climatério, além de ser a terapia mais eficaz para doenças vasomotoras e geniturinárias.
As alterações hormonais ocorridas na menopausa aumentam o risco de desenvolvimento
de doenças e prejudicam a qualidade de vida das mulheres. Entre os sintomas mais
comuns de alterações hormonais incluem suores noturnos, palpitações, dor de cabeça,
alterações no metabolismo ósseo e manifestações cardiovasculares e psicológicas, como
depressão, irritabilidade, fadiga e perda da libido (NAMS, 2017).
Os fitoestrogênios são uma opção de tratamento para mulheres climatéricas que
possuem contraindicação para TH. Eles são polifenóis naturais encontrados em plantas
medicinais que possuem estruturas semelhantes ao estradiol e tem a capacidade de se ligar
ao receptor de estrogênio. Estudos anteriores demonstraram que, além de reduzir a
incidência de sintomas do climatério, os fitoestrógenos podem diminuir o risco do
desenvolvimento de câncer de mama (HSIEH, et al., 2018).
Em um estudo realizado em 2020 com mulheres com a faixa etária de 45 a 60
anos, em que a maioria não utilizava de tratamento hormonal prévio e praticavam relações
sexuais, foram analisadas as principais simatológias apresentadas em decorrência ao
processo de climatério, antes do tratamento com a Morus nigra, sendo eles: insônia, ondas
de calor, nervosismo, fraqueza, parestesia, melancolia, vertigem, cefaleia, entre outros.
Diante a esses sintomas, foi observado que dentre os 11 sintomas, em 5 deles mais de
50% das mulheres apresentaram-se com intensidade moderada e acentuada. No entanto,
após o período de 60 dias em tratamento com o Morus nigra, dentre os 11 sintomas, em
10 deles mais de 50% das mulheres apresentaram-se sem sintomas ou com intensidade
leve (MIRANDA, 2020).
Costa et al. (2019) realizaram um estudo onde houve uma melhora significativa
nos sintomas do climatério no grupo classificado de Morus nigra. As participantes desse
grupo não apresentaram nenhum tipo de reação adversa, alterações renais ou hepáticas
durante o tratamento. Durante o acompanhamento de 60 dias, foi relatado uma melhora
dos sintomas após uma semana. No estudo realizado por Miranda et al. (2020) ficou
evidente que o consumo do chá das folhas de Morus nigra foi eficaz na melhora da
qualidade de vida e no alívio dos sintomas climatéricos durante os 60 dias de uso. Após
40 dias a maioria dos sintomas analisados apresentou uma significativa melhora e
permaneceram estáveis, exceto os sintomas vasomotores que continuaram diminuindo.
Embora não seja uma fruta facilmente encontrada em regiões brasileiras, a amora
preta é cultivada em regiões com temperaturas climáticas de inverno bem definidas. A

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


morus nigra possui um pigmento vegetal denominado de antocianina que é responsável
por sua cor mais escura, em termos de benefícios à saúde da mulher em climatério, este
atua paralelamente com os flavonoides, dentre as vantagens do indivíduo que consome a
amora por seu grande teor em antocianina está o efeito antioxidante superior às demais
frutas brasileiras e caracterizado como eminente fonte dietética. (REZENDE, 2017)

CONCLUSÃO
O uso de fitoterápicos apresenta resultados significativos no tratamento da
menopausa, sendo esta, uma opção terapêutica natural alternativa ao tratamento de
reposição hormonal, haja vista que os fitoterápicos atuam aliviando sintomas
característicos como ondas de calor e suor, além da redução de sintomas psicológicos de
ansiedade, insônia, estresse e mau humor. Desse modo, a Morus nigra se torna opção
terapêutica natural para o tratamento desses sintomas, devido a sua utilização apresentar
resultados que ajudam na melhoria da qualidade de vida. A redução desses sintomas
possibilita uma melhora na qualidade do sono, capacidade funcional, saúde mental e
principalmente a redução na intensidade das ondas de calor, além da menor perda da
libido e do prazer sexual. Baseado nos bons resultados encontrados, o uso da amora preta
demonstra escassez nas reações adversas ao tratamento, o que pode ser indicativo de uma
terapia alternativa natural para o tratamento do climatério.

REFERÊNCIAS

COSTA, J. P. L. Ensaio randomizado duplo-cego controlado por placebo do efeito do pó


da folha de Morus nigra L. (amora preta) nos sintomas e na qualidade de vida entre
mulheres climatéricas. International Journal of Gynecology & Obstetrics, v. 148, n. 2,
pág. 243-252, 2020.

COSTA, G. R. Efeitos de extratos ricos em antocianinas ou elagitaninos de amora


silvestre (Morus nigra L.), amora preta (Rubus spp), e grumixama (Eugênia brasiliensis
Lam) no crescimento e na expressão de genes e miRNAs de diferentes linhagens de
células humanas de câncer de mama. Tese (Doutorado) - Curso de Nutrição.
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017

MIRANDA, S. S.; et al. O chá da folha de Morus nigra como agente promotor de
qualidade de vida em mulheres na transição menopáusica. Revista Eletrônica Acervo
Saúde, v. 12, n. 9, p. 4288-4288, 2020.

ROCHA, B. M. A.; PEREIRA, M. S. V.; CARNEIRO, J. Q. Terapias complementares:


fitoterapia como opção terapêutica no climatério e menopausa. Revista de Ciências da
Saúde Nova Esperança, v. 16, n. 1, p. 16-25, 2018.

RODRIGUES, S. O.; et al. A fitoterapia Morus Nigra: como alternativa no tratamento


dos sintomas da menopausa. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 4, p. 38529-
38542, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FIUT, M. A.; et al. A prática clínica em fitoterapia magistral: uma experiência
interprofissional da Associação Brasileira de Fitoterapia. VITTALLE-Revista de
Ciências da Saúde, v. 30, n. 1, p. 152-158, 2018.

HSIEH, Chia-Jung, et al. Molecular mechanisms of anticancer effects of phytoestrogens


in breast cancer. Current Protein and Peptide Science, v. 19, n. 3, p. 323-332, 2018.

MIRANDA, S. S.; GANDOLFO, J. L.; VIEIRA, R. G. C.; et al. O chá da folha de Morus
nigra como agente promotor de qualidade de vida em mulheres na transição menopáusica.
Revista Eletrônica Acervo Saúde, jul de 2020.

NORTH AMERICAN MENOPAUSE SOCIETY et al. The 2017 hormone therapy


position statement of the North American Menopause Society. Menopause, v. 24, n. 7,
p. 728-753, 2017.

NUNES, C. M. A. C. Conhecimento popular sobre plantas medicinais para o tratamento


de sintomas climatéricos em Ouro Preto, Minas Gerais. 2019.

OLIVEIRA, T. N. F. L.; et al. Morus nigra L: revisão sistematizada das propriedades


botânicas, fitoquímicas e farmacológicas. Arch. Health Invest, p. 450-454, 2018.

RODRIGUES, S. O.; VIEIRA, A. L. S. M.; BARROS, N. B.; et al. A fitoterapia Morus


Nigra: como alternativa no tratamento dos sintomas da menopausa. Brazilian Journal of
Development, Curitiba, v.7, n.4, p.38529-38542, abril 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA DEVIDO A
PRÉ-ECLAMPSIA EM SERGIPE NOS ANOS DE 2012 A 2017

Maria Luiza Silva Souza1; Kelly Dayane Evangelista de Oliveira2; Josivania Santos de
Oliveira3; Julyana do Carmo Souza4; Maria Nayane Santos de Andrade5; Mayrane
Acciole Gomes de Figueiredo6; Wiltar Teles Santos Marques7; Wolney Sandy Santos
Lima8
1
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem do Trabalho. Residente do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso HU/UFS.
2
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe.
3
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem Dermatológica com ênfase em feridas.
4,7
Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
5
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe. Pós graduanda em Saúde da
Mulher.
6
Enfermeira. Pós graduanda em UTI e Qualidades em serviço de saúde e segurança do
paciente.
8
Enfermeiro. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Introdução: A mortalidade materna é considerada um importante problema de saúde
pública no Brasil. As complicações da hipertensão arterial sistêmica são as que mais se
manifestam na gestação. A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aumento tensional da
pressão arterial e presença de proteinúria. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico de
mortalidade materna nos municípios de Sergipe devido a pré-eclampsia nos anos de 2012
a 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo de descritivo com abordagem transversal e
retrospectiva. Resultados e Discussão: No período de 2012 a 2017 ocorreram em Sergipe
21 óbitos de mulheres ocasionados por pré-eclâmpsia na faixa etária de 15 a 49 anos. As
cidades com mais registros de óbito foi Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. Os anos
com maior incidência foram 2012 e 2013. Conclusão: É possível evidenciar que a
realização de um pré-natal de qualidade é fundamental para o rastreio de complicações
que possam levar à mortalidade materna.

Palavras-chaves: Perfil de saúde. Epidemiologia. Mortalidade materna. Pré-eclâmpsia.


Hipertensão.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


INTRODUÇÃO
A mortalidade materna é um importante problema de saúde pública no Brasil e
é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como morte de uma mulher
durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gravidez,
independentemente da duração ou da localização da gravidez.
A doença hipertensiva na gestação é uma problematica que desafia a saúde
pública mundial, pois representa a terceira causa de morbimortalidade materno-fetal no
mundo e a primeira no Brasil. As complicações da hipertensão arterial sistêmica (HAS)
são as que mais se manifestam na gestação e podem ser classificadas como: hipertensão
arterial crônica, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, e pré-eclâmpsia
superposta à HAS crônica.
A pré-eclâmpsia é uma desordem que pode ocorrer após a vigésima semana
gestacional, durante o parto e até 48 horas pós-parto e é caracterizada pelo aumento
tensional da pressão arterial (PA) e presença de proteinúria.

OBJETIVOS
Analisar o perfil epidemiológico de mortalidade materna nos municípios do
estado de Sergipe devido a pré-eclâmpsia nos anos de 2012 a 2017.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo com abordagem transversal e retrospectiva
onde foi realizada uma análise epidemiológica sobre a mortalidade materna nos
municípios do Estado de Sergipe a partir de informações em saúde disponíveis na base
de dados do DATASUS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados foi realizada a partir de uma comparação em relação aos
anos de ocorrência de obitos devido à pré eclâmpsia entre os anos de 2012 a 2017 em
mulheres na faixa etária dos 15 aos 49 anos e em relação aos municipios do estado de
Sergipe. Os dados obtidos estão descritos nos gráficos 1, 2.

Gráfico 1 – Número de óbitos em mulheres devido à pré-eclampsia na faixa etária dos


15 aos 49 anos em relação ao ano

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


4
5
2017
2016
2015
2014
3
2013
2012

5 0
3

Fonte: Autoria própria


Gráfico 2 – Número de óbitos em mulheres devido à pré-eclampsia na faixa etária dos
15 aos 49 anos em relação aos municípios do Estado de Sergipe.

Municipios
7

0
Aracaju Nossa Estância Itabaiana Tobias Pinhão Nossa Pedra Porto da Riachão
Senhora Barreto Senhora Mole Folha do Dantas
do Socorro da Glória

Fonte: Autoria própria


Observou-se que no período de 2012 a 2017 ocorreram no Estado de Sergipe 20
óbitos de mulheres ocasionados por pré-eclâmpsia na faixa etária de 15 a 49 anos. As
cidades com mais registros de óbito foi Aracaju com um total de 6 óbitos e em seguida
Nossa Senhora do Socorro com 3 óbitos. Os anos que apresentaram maior incidência

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


foram os de 2012 e 2013 com 5 casos cada. O ano com menor número de casos foi 2015
com nenhum caso registrado.

CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos ao longo da pesquisa, evidenciou-se a
importância do pré-natal de qualidade, para caracterizar o perfil das gestantes e colher
todas as informações sobre sua saúde, através dos antecedentes pessoais, obstétricos,
ginecológicos, sociodemográficos e exame físico, assim contribuindo para o rastreio de
possíveis complicações que possam levar a mortalidade materna.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, F.C.M et al. Perfil de gestantes com pré-eclâmpsia. Revista de Enfermagem


da UFPE online, Recife, v.11, n.4, p.1574-1583, abr, 2017.
DIAS, J.M.G et al. Mortalidade materna. Revista Médica de Minas Gerais, v.25, n.2,
p.173-179, 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS CONFIRMADOS DE SÍFILIS
CONGÊNITA NO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE
NOTIFICAÇÃO EM SERGIPE EM 2018

Maria Luiza Silva Souza1; Kelly Dayane Evangelista de Oliveira2; Josivania Santos de
Oliveira3; Julyana do Carmo Souza4; Maria Nayane Santos de Andrade5; Mayrane
Acciole Gomes de Figueiredo6; Wiltar Teles Santos Marques7; Wolney Sandy Santos
Lima8

1
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem do Trabalho. Residente do Programa de
Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso HU/UFS.
2
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe.
3
Enfermeira. Pós graduada em Enfermagem Dermatológica com ênfase em feridas.
4,7
Enfermeira. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
5
Enfermeira pelo Centro Universitário Estácio de Sergipe. Pós graduanda em Saúde da
Mulher.
6
Enfermeira. Pós graduanda em UTI e Qualidades em serviço de saúde e segurança do
paciente.
8
Enfermeiro. Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do
Adulto e Idoso HU/UFS.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Introdução: A sífilis congênita ainda é considerada um importante problema de saúde
pública. O contágio se dá através da transmissão da bactéria Treponema Pallidum da
gestante infectada para o concepto por via transplacentária, podendo ser transmitida em
qualquer fase gestacional. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos
confirmados de sífilis congênita no Sistema de Informação de Agravo de Notificação no
estado de Sergipe no ano de 2018. Metodologia: Trata-se de um estudo de descritivo com
abordagem transversal e retrospectiva. Resultados/discussão: A análise dos dados foi
feita a partir da comparação dos casos que realizaram ou não o pré-natal e dos casos que
tiveram ou não o tratamento do parceiro sexual. Conclusão: Foi possível evidenciar que
66% dos parceiros sexuais não realizaram o tratamento para a prevenção da transmissão
vertical ao concepto.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Palavras-chaves: Sífilis congênita. Assistência de Pré-Natal. Perfil de saúde.
Epidemiologia. Sistemas de Informação em Saúde.

INTRODUÇÃO
A sifilis congenita ainda é considerada um importante problema de saude
publica, mesmo sendo uma doença que pode ser evitada através da assistencia pré-natal
de qualidade. A sifilis congênita se da pela transmissao da bacteria Treponema pallidum
da gestante infectada não tratada, inadequadamente tratada ou reinfectada devido à falta
de adesao do parceiro ao tratamento, para o concepto por via transplacentaria, podendo
ser transmitida em qualquer fase gestacional.
Existem alguns fatores que levam a ocorrencia da sífilis congenita como o baixo
nivel de escolaridade da gestante e seu parceiro, inicio tardio do pré-natal, numero de
consultas de pré-natal inferior a seis, não adesão ao tratamento pela gestante ou seu
parceiro. A realização do diagnostico precoce é uma das principais medidas para prevenir
a transmissao vertical da doença. Além disso, para que se interrompa a cadeia de
transmissao da sifilis é fundamental que os parceiros sexuais das gestantes infetadas
sejam tratados.

OBJETIVOS
Analisar o perfil epidemiologico dos casos confirmados de sifilis congênita no
SINAN em Sergipe no ano de 2018.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de descritivo com abordagem transversal e retrospectiva
onde foi realizada uma análise epidemiológica sobre os casos confimados de sifilis
congênita no SINAN em Sergipe no ano de 2018 a partir de informações em saúde
disponíveis na base de dados do DATASUS (Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos dados foi realizada a partir da comparação dos casos que
realizaram ou não o pré-natal e os casos que tiveram ou não o tratamento do parceiro
sexual. Os dados obtidos são demonstrados no gráfico 1 e 2.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Gráfico 1 – Número de casos notificados de sifilis congênita no SINAN em relação a
realização do pré-natal

Colunas1
7; 3%

31; 11%

Sim
Não

231; 86% Descartados

Fonte: Autoria própria.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Gráfico 2 - Número de casos notificados de sifilis congênita no SINAN em relação ao
tratamento do parceiro sexual.

Colunas1

15; 6%
75; 28%

Sim
Não
179; 66% Descartados

Fonte: Autoria própria.


A partir da análise dos dados foi identificado que no ano de 2018 o estado de
Sergipe notificou através do SINAN 269 (100%) casos confirmados de sífilis congênita,
dos quais 231 (86%) destes casos realizaram o pré-natal e 31(11%) casos não realizaram
o pré-natal e os outros 7 (3%) foram descartados. Em relação aos parceiros que realizaram
o tratamento, foi identificado que apenas 75 (28%) realizaram e 179 (66%) não realizaram
e os outros 15 (6%) foram descartados.

CONCLUSÃO
A partir dos dados obtidos foi possível evidenciar que 66% dos parceiros sexuais
não realizaram o tratamento para a prevenção da transmissão vertical ao concepto e isso
se mostra como um dado alarmante uma vez que para a eliminação da doença e a
prevenção da transmissão vertical é necessário que a gestante e seu parceiro realizem o
tratamento concomitantemente, com a medicação apropriada e as doses necessárias.
A falta de adesão do parceiro ao tratamento envolve uma série de fatores
relacionados ao próprio tratamento como a resistência a dor na administração, a via de
administração, a quantidade de doses e o tempo para a conclusão do tratamento. Diante
disso, os profissionais de saúde devem desenvolver estratégias para o êxito do tratamento
da sífilis na gestante e o parceiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REZENDE, E.M.A; BARBOSA, N.B. A sífilis congênita como indicador da assistência
de pré-natal no estado de goiás. Revista Atenção Primária em Saúde, v.18, n.2, p.220
– 232, abr/jun, 2015.

NONATO, S.M; MELO, A.P.S; GUIMARÃES, M.D.C. Sífilis na gestação e fatores


associados à sífilis congênita em Belo Horizonte-MG, 2010-2013. Revista Epidemiologia e
Serviços de Saúde, v.4, n.4, out/dez, 2015.

VASCONCELOS et al. Sífilis na gestação: estratégias e desafios dos enfermeiros da


atenção básica para o tratamento simultâneo do casal. Revista Brasileira em Promoção
da Saúde, v.29 (supl), p.85-92, dez, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PETS NÃO CONVENCIONAIS E SUAS IMPLICAÇÕES NA SAÚDE ÚNICA
Sílvia Vitória de Assis Santos1; Cibelle Maria de Carvalho Castello Branco2; Émerson
Raphael Dantas Almeida3; Júlia Helena Franca Diniz4; Raizza Barros Sousa Silva5

1,2,3,4
Graduando em Medicina Veterinária pela Faculdade de Enfermagem Nova
Esperança – FACENE, João Pessoa – PB.
5
Veterinária. Doutora pelo Programa Ciência e Saúde Animal da Universidade Federal
de Campina Grande.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
As zoonoses são doenças transmissíveis de animais para humanos, podendo ser causadas
por ações antrópicas, na qual o contato do homem com espécies silvestres é favorecido.
Por conta da atual procura por novos pets não convencionais, sendo aves, répteis, anfíbios
ou pequenos mamíferos, como também devido ao aumento do tráfico desses animais para
suprir o mercado, enfermidades zoonóticas tornaram-se mais suscetíveis no ambiente
domiciliar. Frente a isso, este trabalho buscou analisar a influência desses animais na
transmissão de doenças zoonóticas, dando enfoque a raiva e a leptospirose, como também
objetivou-se destacar a importância do médico veterinário na saúde única. Foram
avaliados trabalhos que relataram casos de transmissão de zoonoses a partir dos pets
silvestres e exóticos, explicando sua influência epidemiológica no ciclo das doenças.
Destarte, antecedendo a adoção de pets não convencionais deve ser avaliado os riscos e
cuidados necessários junto ao médico veterinário.

Palavras-chaves: Mamíferos, Zoonoses, Prevenção, Epidemiologia, Silvestres.

INTRODUÇÃO
As zoonoses são enfermidades transmissíveis entre animais e humanos, e as ações
antrópicas negativas na fauna silvestre têm contribuído para a disseminação das mesmas.
Estima-se que cerca de 75% das doenças infecciosas emergentes são oriundas de animais,
principalmente os silvestres, podendo estes ser sintomáticos ou assintomáticos. Aqueles
que são enfermos, demonstram os sinais clínicos e são, na sua grande maioria,
assessorados por seus tutores; entretanto, animais reservatórios destacam-se por sua
assintomatologia, sendo importantes na propagação e manutenção das zoonoses
(ESTEVAM G e JOB JRPP, 2016).
Observa-se um aumento na procura por pets não convencionais no Brasil.
Segundo informações do Instituto Pet Brasil, com base em dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que em 2018 havia 139,3 milhões de animais
de estimação, sendo 2,3 milhões répteis, anfíbios ou pequenos mamíferos. Tal fato

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


evidencia uma maior proximidade entre os humanos e animais silvestres, o que favorece
a introdução de zoonoses no ambiente domiciliar.
Portanto, fatores como aumento demográfico e atividades predatórias humanas,
como o comércio ilegal de animais silvestres, causam desequilíbrio para o meio ambiente
e permitem uma maior interação entre hospedeiros, vetores e agentes etiológicos,
acarretando na disseminação de várias zoonoses.

OBJETIVOS
Revisar a literatura referente ao papel dos pets não convencionais na
epidemiologia da raiva e da leptospirose, duas zoonoses consideradas negligenciadas pela
Organização Mundial da Saúde, avaliando os aspectos epidemiológicos, além de enfatizar
o papel do médico veterinário na abordagem holística da Saúde Única.

METODOLOGIA
Foram analisados trabalhos publicados por meio do Google Acadêmico, Scielo,
Science Direct e repositórios digitais, com um delineamento temporal de 2016 a 2021,
buscando os trabalhos mais atualizados sobre a temática. Além disso, os trabalhos
selecionados deveriam abordar resultados sobre transmissão de leptospirose e raiva,
explicando a influência dos pets não convencionais na epidemiologia do ciclo das doenças
e a importância do médico veterinário no processo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A leptospirose é uma zoonose cosmopolita e sua transmissão ocorre,
principalmente, através do contato humano com a urina de roedores infectados. Um
estudo realizado na região Sul do Brasil com 132 pequenos mamíferos da família
Cricetidae (camundongos, hamster), Caviidae (porquinhos-daíndia, preá) e Didelphidae
(marsupiais), utilizando o teste de aglutinação microscópica, mostrou que 1,51% (2/132)
foram soropositivos para Leptospira interrogans sorovar Pomona, sendo estes da família
Cricetidae (ABREU JAP, et al., 2019). Os roedores domésticos, apesar da baixa
incidência, podem atuar como reservatórios, carreando e disseminando o agente.
Segundo dados do Ministério da Saúde (SINAN/DATASUS), houve uma queda
nos casos de leptospirose em humanos no Brasil, passando de 4.240 casos confirmados
em 2015 para 3.358 em 2019. Porém faltam informações sobre a incidência de infecções
humanas atribuíveis a animais de estimação.
A raiva é uma doença aguda, reconhecida como uma das zoonoses mais
importantes do mundo, e o agente etiológico é um vírus da família Rhabdoviridae
(WILSON P, et al., 2019). De acordo com o Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2020) as
formas de contaminação são através de mordeduras e arranhaduras.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Todos os mamíferos, domésticos ou silvestres, estão susceptíveis a adquirir a
doença, contudo, raramente encontram-se achados de infecção rábica em pequenos
mamíferos como esquilos, hamsters e gerbils. Em Nova York, foram reportados vários
casos de porquinho-da-índia e coelhos sucumbindo à doença e expondo vários humanos.
Outrossim, de acordo com o Center for Disease Control and Prevention (CDC), o último
caso de furão (Mustela putorius furo) positivo para raiva foi em 1992, não havendo relato
de furão como fonte de contágio em um caso de raiva humana (WILSON P, et al., 2019).
Apesar do crescimento de pequenos roedores como animais domésticos não
convencionais, são escassos os estudos com relação à presença de Leptospira spp. nos
mesmos. Devido a sua transmissão, concebe necessário a aplicação de medidas
preventivas em saneamento básico, controle dos roedores sinantrópicos (BRASIL, 2017),
acompanhamento veterinário dos roedores domésticos, ademais, ações de educação em
saúde direcionadas à população, acerca do descarte correto do lixo e higienização das
residências (SILVA ATF, et al., 2017).
Quanto ao ciclo de transmissão da raiva, faz-se necessário a aplicação de medidas
preventivas que foquem no controle de morcegos hematófagos, aplicação da quarentena
para animais importados, vacinação e acompanhamento médico veterinário dos animais
domésticos, como exemplo, o furão (Mustela putorius furo) (WILSON P, et al., 2019)
Além disso, realizar ações de educação em saúde, abordando a prevenção da exposição a
animais potencialmente transmissores da raiva e identificação dos sinais clínicos da
doença, para posterior notificação.

CONCLUSÃO
A crescente adoção de pets não convencionais comprova a necessidade de
desenvolvimento de programas apropriados para vigilância e monitoramento de doenças
zoonóticas nesses animais, como também, o desenvolvimento de projetos educativos para
a população, acerca dos cuidados necessários e dos riscos da adoção de animais de
estimação exóticos e silvestres; além de evidenciar a necessidade da participação do
médico veterinário como agente de saúde pública, visto que, este profissional está apto
para atuar em equipes de vigilância em saúde, na assistência clínica e no manejo da fauna.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU JAP, et al. Frequency of anti-Leptospira spp. antibodies in dogs and wild small
mammals from rural properties and conservation units in Southern Brazil. One Health,
2019; 8: e100104.

BRASIL. Ministério da Saúde. Leptospirose: o que é, causas, sintomas, tratamento,


diagnóstico e prevenção. Brasília: Ministério da Saúde. 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


BRASIL. Ministério da Saúde. Raiva: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico
e prevenção. Brasília: Ministério da Saúde. 2020.

ESTEVAM G, JOB JRPP. Animais exóticos domesticados com potencial zoonótico-


Revisão da literatura. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 2016; 14(2): 114-
20.

SILVA ATF., et al. Manual de controle de zoonoses e agravos para agentes comunitários
de saúde e agentes de controle de endemias. 1 ed. Recife: EDUFRPE. 2017. 103 p.

WILSON P, et al. RABIES: Clinical Considerations and Exposure Evaluations. 1 ed.


Missouri: Elsevier, 2019. 160 p.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO PSICOLOGICA DURANTE A
PANDEMIA NO HOSPITAL REGIONAL DE MATO GROSSO DO SUL

Débora Teixeira da Cruz1; Fernanda Cristina Rocha2; Gabrielly do Nascimento Braz3;


Letícia Meneghetti Lorenzoni4; Marileide Alves da Silva de Almeida5; Renata Evarini6;
Isadora Juliana Pires de Mattos7; Thays Aparecida Nunes Campozano8,
1
Radiologista, Psicóloga, Pedagoga, Graduanda em Direito, Doutora em Saúde UFMS),
Mestre em Bioética (UNIVÁS). Docente e Pesquisadora, Centro Universitário Unigran
Capital.
2,3,4,5
Graduandas em Psicologia, Centro Universitário Unigran Capital
6
Psicóloga, Especialista em Ciências da Saúde, Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
7
Psicóloga, Mestre em Psicologia (UFMS) Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
8
Psicóloga, Mestre em Psicologia da Saúde (UCDB) Hospital Regional de Mato Grosso
do Sul
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A psicoeducação é uma técnica que envolve ferramentas psicológicas e pedagógicas para
orientar o paciente e os cuidadores sobre a patologia psicofisiológica, e seu tratamento.
O objetivo deste estudo é compreender como ações de psicoeducação realizadas a partir
de datas representativas podem auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados durante
a pandemia de COVID-19, assim como discutir as possibilidades de intervenção em
Psicologia Hospitalar no HRMS em momento pandêmico. O delineamento metodológico
do estudo foi de planejamento, desenvolvimento, aplicado e analítico com ações
desenvolvidas no mês de setembro, baseado na representatividade da prevenção e
promoção de saúde, as atividades foram desenvolvidas no mês de agosto e aplicadas nos
dias: 10 e 29 de setembro, caracterizando o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e o dia
Mundial do Coração. Para os resultados a equipe de Psicologia Hospital do HRMS definiu
as intervenções em psicoeducação, voltadas para: setembro amarelo, que se refere a
prevenção ao suicídio e ao setembro vermelho referindo-se ao dia mundial do coração.
Considera-se que os resultados alcançados cumpriram a meta e possibilitou responder o
objetivo proposto, haja vista que foram observados pontos positivos tanto nos pacientes
quanto na equipe, dessa forma é possível compreender que a psicoeducação é uma
proposta que além de mobilizar de maneira interativa, permite atingir a prevenção e
promoção da saúde, sempre resgatando a pessoa como um “ser ai”, ou seja, evidenciando
características comportamentais dos envolvidos no processo de saúde doença.
Palavras-chaves: Intervenção. Pandemia. Psicoeducação. Psicologia Hospitalar.

INTRODUÇÃO

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A Psicologia Hospitalar tem como objetivos acolher e trabalhar com pacientes de
todas idades, que se encontram em sofrimento psíquico decorrentes do adoecimento,
hospitalização e do tratamento, bem como dar suporte às famílias e equipe envolvida
(LAZZARETTI, 2007). O Psicólogo neste campo, atua como um agente de mudanças,
proporcionando ações que tenham aporte científico, auxiliando no fortalecimento das
habilidades.
Diante da pandemia de COVID-19 e com o número de registros de internações e
mortes em queda, os profissionais de saúde do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul
- HRMS vibram e relatam a tentativa de voltar com suas rotinas anteriores à pandemia.
No entanto, não se esgota a necessidade de estratégias para a atuação da Psicologia
Hospitalar para abordar temas relevantes de promoção e prevenção da saúde.
Sendo assim, a psicoeducação é uma técnica que envolve o desenvolvimento
social, emocional e comportamental do sujeito, podendo ser uma forma eficaz de auxiliar
pacientes e cuidadores a se ajudarem, promovendo a conscientização e autonomia
(LEMES; NETO, 2017). Portanto, a intervenções em psicoeducação realizadas pelo
serviço de Psicologia durante a pandemia no HRMS, pôde contribuir de maneira positiva
não somente aos pacientes internados, mas também a equipe que vivenciam dia a dia os
diversos enfrentamentos de dores, angústias, incertezas, perdas e muitas frustrações.
OBJETIVOS
Compreender ações de psicoeducação realizadas a partir de datas representativas
podem auxiliar no tratamento de pacientes e equipes durante a pandemia de COVID-19,
assim como discutir as possibilidades de intervenção em Psicologia Hospitalar no HRMS
em momento pandêmico.
METODOLOGIA
O delineamento metodológico do estudo foi de planejamento, desenvolvimento,
aplicado e analítico com ações desenvolvidas no mês de setembro, baseado na
representatividade da prevenção e promoção de saúde, as atividades foram desenvolvidas
no mês de agosto e aplicadas nos dias: 10 e 29 de setembro, caracterizando o dia Mundial
de Prevenção ao Suicídio e o dia Mundial do Coração. Para os resultados a equipe de
Psicologia Hospital do HRMS definiu as intervenções em psicoeducação, voltadas para:
setembro amarelo, que se refere a prevenção ao suicídio e ao setembro vermelho
referindo-se ao dia mundial do coração.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para os resultados verifique a tabela e folders (atividades e objetivos).

A intervenção em psicoeducação referente ao dia 10 de setembro foi realizada no setor da


Psiquiatria
Tipo de Atividade Objetivo
Alongamento Incentivar a esperança, motivação para a
Aplicação da dinâmica da folha em branco mudança e a ressignificação do tratamento

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Participação do Capelão com músicas O que evidencia uma reflexão sobre a vida e a
tocadas no violão e voz (canto) esperança de um dia melhor
Foram entregues panfletos aos pacientes Orientando e motivando as pessoas sobre o
tema
Fonte: Material elaborados pelas autoras, Unigran Capital e HRMS, Campo
Grande -MS, 2021.
A intervenção psicoeducativa referente ao dia 29 de setembro foi realizada no setor da
Cardiologia
Confeccionados e entregues a pacientes e informações de cuidados preventivos em saúde
equipes folders ilustrativos e explicativos mental
Participação do Capelão com músicas O que evidencia uma reflexão sobre a vida e a
tocadas no violão e voz (canto) esperança de um dia melhor
Foi confeccionado um mural em forma de Sugestão de cuidados
coração e distribuído para a equipe e aos Troca de saberes entre toda a equipe e pacientes
pacientes pequenos corações do setor.

Fonte: Material elaborados pelas autoras, Unigran Capital e HRMS, Campo Grande -MS,
2021.
Para Almeida e Malagris (2011) a intervenção no contexto hospitalar deve levar
em consideração uma tripla dimensão de intervenção: os pacientes, seus familiares e os
profissionais da saúde. Sendo assim, as possibilidades de intervenção em Psicologia
Hospitalar no HRMS em momento pandêmico se relacionam com as demandas cabíveis
em que as ações interventivas permitem um aprofundamento de conhecimento em cada
tema de saúde, abordando temas relevantes de prevenção à saúde.
29 de setembro é o Dia Mundial do Coração, com representatividade de doenças
cardiovasculares, obstrução (vasos/artérias), conhecidas como infarto do miocárdio,
arritmia, angina e aterosclerose, com isso os pacientes são hospitalizados por doenças
cardíacas e outras complicações que poderá levar pacientes a óbito. Trata-se de uma
doença multifatorial relacionada aos fatores psicossociais, socioeconômicos, suporte
social, idade, gênero, comportamento e aspectos emocionais. Devido aos diversos estudos
empíricos observou-se a questão psicossomática e isso se agrava no processo de
hospitalização devido aos fatores estressores do próprio contexto hospitalar.
Para Lemes Ondere Neto, (2017) e Nogueira et al, (2017) a intervenção de
Psicoeducação relaciona instrumentos psicológicos e pedagógicos com intuito de orientar
paciente e cuidadores em prol do adequado enfrentamento das situações que envolvem
patologia de origem física ou psíquica para isso foram realizadas ações a partir de datas
do mês de setembro que são representativas para a prevenção e promoção de saúde, sendo
elas o dia 10 e 29 que indicam o dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e o dia Mundial
do Coração, respectivamente.
Para D’Agostini e Demarco (2018) o tema “setembro Amarelo” é a
conscientização da prevenção ao suicídio, porém, ainda carregado por mitos e censura. A

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estatística de suicídios continua crescendo. As ações e discussões não ser somente no mês
de setembro, mas em todos dos dias em que existam seres humanos, e por se tratar de
sofrimento individual pessoas com ideação suicida muitas vezes não conseguem
verbalizar ou expressar seu sofrimento.

Fonte: Material elaborados pelas autoras, Unigran Capita e HRMS, Campo Grande -MS, 2021.

Fonte: Fonte:
Material elaborados
Materialpelas autoras, Campo
elaborados Grande
pelas -MS, 2021.
autoras, Unigran Capital e HRMS, Campo Grande -
MS, 2021.

Figura 1- Representando folder sobre a cardiologia e Figura 2- representando folder


Prevenção ao suicídio

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Para os pacientes a proposta de intervenção psicológica foca a atenção aos fatores
que podem influenciar sua estabilidade emocional e a avaliação da adaptação do paciente
no contexto hospitalar, seu estado psíquico, a compreensão do diagnóstico e as reações
emocionais diante da doença. O psicólogo também proporciona ao paciente e familiares
informações necessárias do processo de internação, oferece acolhimento e escuta e facilita
a compreensão da equipe, pacientes e familiares em relação às manifestações psicológicas
envolvidas no processo de adoecimento e hospitalização.
CONCLUSÃO
Considera-se que os resultados alcançados cumpriram a meta e possibilitou
responder o objetivo proposto, haja vista que foram observados pontos positivos tanto nos
pacientes quanto na equipe, dessa forma é possível compreender que a psicoeducação é
uma proposta que além de mobilizar de maneira interativa, permite atingir a prevenção e
promoção da saúde, sempre resgatando a pessoa como um “ser ai”, ou seja evidenciando
características comportamentais dos envolvidos no processo de saúde doença.
A Psicologia Hospitalar tem a finalidade de compreender a relação do
comportamento biopsicossocial, o paciente apresenta ansiedade, medo, incertezas,
fantasias, ou seja, os problemas psicológicos emergem neste contexto, a psicologia lida
com demandas emocionais do paciente durante a sua internação buscando prevenir
futuras doenças que poderiam serem acometidas por uma ansiedade, depressão dentre
outras, o trabalho interdisciplinar visando sempre a promoção de saúde. O psicólogo deve
intervir com a finalidade de minimizar a angústia e ansiedade da pessoa, pois as
emoções como por exemplo irritação por estar no ambiente, mágoa, tristeza, causam uma
redução fisiológica dos vasos sanguíneos provocando assim a uma elevação da pressão
arterial do indivíduo podendo piorar o estado do paciente.
A psicoeducação é uma área da psicologia da saúde responsável pela identificação
e modificação de padrões comportamentais que contribuem para a prevenção de doenças.
Diante da pandemia, foi possível abordar temas relevantes para ação e prevenção
de saúde que através do conhecimento muito contribuiu de maneira interventiva
conforme propósito do desenvolvimento de ações temáticas.
Sendo assim, a psicoeducação como ferramenta de intervenção da psicologia no
contexto hospitalar teve como intuito o autoconhecimento para auxiliar o paciente a lidar
de forma mais saudável com as adversidades do processo saúde e doença, buscando o
cuidado e melhoria da qualidade de vida. Para os pacientes a proposta de intervenção
psicológica foca a atenção aos fatores que podem influenciar sua estabilidade emocional
e a avaliação da adaptação do paciente no contexto hospitalar, seu estado psíquico, a
compreensão do diagnóstico e as reações emocionais diante da doença.
O psicólogo pode proporcionar acolher, escutar e informar o paciente sobre a
internação, colaborando com a equipe em relação às manifestações psicológicas
envolvidas no processo de adoecimento e hospitalização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ALMEIDA, Raquel Ayres de; MALAGRIS, Lucia Emmanoel Novaes. A prática da
psicologia da saúde. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 183-202, dez. 2011.
Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? acessos em 13 out. 2021.

D’AGOSTINI, F. P.; DEMARCO, T. T. CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO AO


SUICÍDIO: CURSO DE PSICOLOGIA UNOESC VIDEIRA (SC). Seminário de
Iniciação Científica e Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão, [S. l.], 2018.
Disponível em: https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/17856. Acesso
em: 13 out. 2021.

LAZARETTI, C. et al. Manual de Psicologia Hospitalar, CRP-PR. Coletânea


ConexãoPsi. Curitiba: Unificado, 2007.

LEMES, Carina Belomé; ONDERE NETO, Jorge. Aplicações da psicoeducação no


contexto da saúde. Temas psicol., Ribeirão Preto, v. 25, n. 1, p. 17-28, mar. 2017.
Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php. acessos em 13 out. 2021.

SOARES, M. R. Z. et.al. Psicocardiologia: análise de aspectos relacionados à prevenção


e ao tratamento de doenças cardiovasculares. Revista Brasileira de Terapia
Comportamental e Cognitiva, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 59-71, 2016. Disponível em:
http://rbtcc.webhostusp.sti.usp
.br/index. Acesso em: 13 out. 2021.

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PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR COM BASE NO GUIA
ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA UNIVERSIDADE DA
AMAZÔNIA – UNAMA.
Paula Rayssa Lobato da Silva1; Ananda Leticia Silva Cabral²; Kivia Ruane da Silva Lopes
Monteiro³; Jhennifer das Chagas Guimarães4; Wérllen Fabricio Saraiva de Queiroz5.
1,2
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA).
3,4,5
Graduandos em Nutrição pela Universidade da Amazônia (UNAMA).
[email protected].

RESUMO
O nutricionista atua na atenção á saúde e contribui no planejamento e organização das
ações de cuidado nutricional regional, uma alimentação inadequada corrobora para o
desenvolvimento de DCNTs. A realização da avaliação nutricional é importante para
identificar distúrbios e riscos nutricionais. A Liga Acadêmica de Nutrição da
Universidade da Amazônia (LANUN), tentando ajudar a promover a Saúde, realizou uma
Ação a fim de divulgar o Guia alimentar, a orientar sobre seu tema “10 passos para uma
alimentação saudável”, a ação foi realizada em dois momentos, sendo ele a avaliação
antropométrica, e a orientação nutricional. 24 pessoas foram avaliadas, 12 foram
mulheres e 12 foram homens, de 18 a 52 anos. Os participantes referiram compreender a
necessidade de se se ter uma alimentação saudável habitualmente e que buscariam se
consultar regularmente com um nutricionista. As atividades realizadas revelam ser ótimas
ferramentas para avaliação e orientação nutricional da população.

INTRODUÇÃO
O nutricionista que atua na atenção à saúde contribui com o planejamento e a organização
das ações de cuidado nutricional regional, visando qualificar os serviços e melhorar a sua
resolubilidade, este profissional deverá atuar de forma efetiva sobre os motivos dos
agravos e problemas alimentares e nutricionais que acometem os habitantes daquela
região.
A alimentação inadequada está diretamente relacionada ao desenvolvimento de doenças
no mundo. Em 2015, ela superou o uso de álcool, tabagismo, drogas e inatividade física
como fator de risco que predominou para a perda de vida da população brasileira. Os
principais objetivos para se executar a avaliação nutricional é identificar distúrbios e
riscos nutricionais. Identificado essas causas, é possível que se crie as medidas de
intervenção. Há vários métodos que podem ser utilizados na avaliação do estado
nutricional e o principal é o método direto em abordagem quantitativa que engloba os
exames antropométricos (Peso, Altura, Circunferências e etc.). A avaliação
antropométrica é um método de averiguação em nutrição baseado na medição das

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alterações físicas ou da composição corporal. É um método que pode ser aplicado nas
diversas fases da vida e permite que as pessoas sejam classificadas individualmente e em
grupos, segundo o seu estado nutricional. As vantagens de se usar a avaliação
antropométrica são o seu baixo custo, a simplicidade de realização, sua facilidade de
aplicação e padronização e amplitude dos aspectos analisados.
O guia alimentar para a população brasileira foi elaborado pelo ministério da saúde com
o intuito de auxiliar no desenvolvimento de ações que buscam promover alimentação
nutricionalmente balanceada.
A Liga Acadêmica de Nutrição da Universidade da Amazônia (LANUN), tentando ajudar
a promover a Saúde, realizou uma Ação a fim de divulgar o Guia alimentar, a orientar
sobre seu tema “10 passos para uma alimentação saudável”, pelo treinamento prático de
seus integrantes, a realização de avaliações antropométricas e de questionamentos sobre
hábitos alimentares e orientações nutricionais.
OBJETIVO
Relatar de forma descritiva as atividades realizadas em ações sociais por acadêmicos e
profissionais da Liga Acadêmica de Nutrição (LANUN).
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência vivido por acadêmicos do curso de Nutrição,
integrantes da Liga Acadêmica de Nutrição da UNAMA (LANUN). A LANUN através
da tríade ensino, pesquisa e extensão busca promover ações de promoção à saúde
direcionada a diferentes grupos.
Os discentes desenvolveram uma ação de avaliação e orientação nutricional, aberta ao
público em geral, realizada na clínica de nutrição da Universidade da Amazônia
(UNAMA). A ação foi realizada em dois momentos, sendo ele a avaliação
antropométrica, e a orientação nutricional.
Foi aferido peso, estatura, circunferência do braço, circunferência da cintura e
circunferência do quadril. Para avaliação do estado nutricional, foi estabelecido como
método o Índice de Massa Corporal (IMC), de acordo com classificação estabelecida pela
Organização Mundial da Saúde (1995 e 1997). Para a coleta dos dados antropométricos,
foram utilizados os seguintes equipamentos: uma balança com peso máximo de 150 kg,
fita métrica inelástica e estadiômetro.
No segundo momento, realizou-se a orientação nutricional. Foi utilizado como referência
o Guia Alimentar para a População Brasileira. Esse material foi escolhido por ser uma
ferramenta de fácil compreensão que permite ao indivíduo, uma reflexão sobre seus
hábitos alimentares, levando em consideração a sua cultura alimentar.
A realização da ação foi aberta ao público em geral, haja vista que é uma forma de
conhecer e entender as variáveis antropométricas, condições de saúde, e os hábitos
alimentares da população.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram distribuídas fichas que continham o nome dos participantes, sexo, idade, além das
medidas antropométricas. 24 pessoas foram avaliadas. Dentre esses, 12 foram mulheres
e 12 foram homens, de 18 a 52 anos. Os resultados encontrados foram de: 8 (eutrofia), 11
(sobrepeso) e 5 (obesidade).
A avaliação do consumo alimentar individual requer, inicialmente, a definição clara da
finalidade a ser alcançada para orientar a seleção do método de inquérito. Fatores gerais
dos participantes, evolução da sua condição e os motivos pelos quais os participantes
necessitam de orientação nutricional direcionam a escolha do método de avaliação do
consumo alimentar.
Logo após a avaliação física, foi efetuado uma orientação diante do resultado encontrados
pela avaliação antropométrica. As orientações foram feitas de acordo com as vertentes
presentes no Guia Alimentar para a População Brasileira, enfatizando a educação
alimentar e os hábitos alimentares adequados.
O guia oferece várias dicas saudáveis para as refeições, respeitando as diferenças
regionais, entre outras informações. Através do guia, foi destacado durante a orientação
de alguns passos para uma alimentação saudável. Dentre elas: preferir alimentos in natura
ou minimamente processados, delimitar a utilização de óleos, sal e açúcar, limitar o
consumo de alimentos processados, evitar alimentos ultra processados, comer com
atenção e praticar o comensalismo.
Os participantes referiram compreender a necessidade de se se ter uma alimentação
saudável habitualmente e que buscariam se consultar regularmente com um nutricionista.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, o presente estudo demonstra que as atividades realizadas revelam ser
ótimas ferramentas para avaliação e orientação nutricional da população, salientando a
importância de uma alimentação saudável na rotina do dia a dia, em prol da qualidade de
vida e longevidade da população, respeitando os mesmos, mediante aos fatores
socioeconômicos, culturais, sociais, religiosos, entre outros. Além disso, a troca de
experiência entre acadêmicos de uma maneira mais humanizada, de forma harmônica e
unificada com trocas de saberes proporcionando um melhor acolhimento e promoção da
saúde.
Palavras-chaves: Avaliação; Antropometria; Educação alimentar e nutricional;
Consumo alimentar; Orientação nutricional.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA-BITTENCOURT, P. A.; RIBEIRO, P. S. A.; NAVES, M. A, V. Estratégias
de atuação do nutricionista em consultoria alimentar e nutricional da família. Revista de
Nutrição, v. 22, p. 919-927, 2009.

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Bortolini. G. A., et al. Ações de alimentação e nutrição na atenção primária à saúde
no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2020;44:e39.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Matriz de ações de alimentação e nutrição na atenção básica de saúde /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.
Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de
saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN
/ Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 1 Protocolos de uso do guia alimentar para a
população brasileira na orientação alimentar: bases teóricas e metodológicas e
protocolo para a população adulta / Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo.
Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria
de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília:
Ministério
ESTRELA, K. C. A.; ALVES, A. C. C.; GOMES, T. T.; ISOSAKI, M. Adesão às
orientações nutricionais: uma revisão de literatura. DEMETRA: Alimentação, Nutrição
& Saúde, v. 12, p. 249-274, 2017.
FISBERG, R. M.; MARCHIONI, D. M. L.; COLUVCCI, A. C. A. Avaliação do consumo
alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica. Arquivos Brasileiros de
Endocrinologia e Metabologia, v. 53, p. 617-624, 2009.
GIRÃO, L. M.; LIMA, A. J. B.; MATOS, B. G. O. Relato de Experiência: Educação
Nutricional em sala de espera de uma unidade de atenção primária à saúde no
município de Fortaleza – CE. In: Conexão Fametro 2018 - Fortaleza/CE, 2018.
SUÑÉ, FR ; DIAS-DA-COSTA, J.S. ; OLINTO, MTA ; PATTUSSI, M.P. Prevalência
e fatores associados para sobrepeso e obesidade em escolares de uma cidade no Sul
do Brasil. Cadernos de Saúde Pública (ENSP. Impresso), v. 23, p. 1361-1371, 2007.
World Health Organization (WHO). Physical Status: the use and interpretation of
anthropometry. Geneva: WHO; 1995.
World Health Organization (WHO). Obesity: preventing and managing the global
epidemic. Geneva: Program of Nutrition, Family and Reproductive Health; 1998.

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PRÁTICAS DO ENFERMEIRO OBSTETRA FRENTE A PREVENÇÃO DA
SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL NO PRÉ-NATAL

Maria Eduarda Lopes de Macedo Bezerra¹; Williane Pereira Cruz²; Luana Pereira
Cardoso³; Daiane de Matos Silva4; Francisco Lucas Leandro de Sousa5; Angelica Ribeiro
do Nascimento Oliveira6; Thiemmy de Souza Almeida Guedes7.

1
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Estácio do Rio Grande do Norte
2,3
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade São Francisco da Paraíba
4
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão
5
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Maurício de Nassau
6
Graduanda em Enfermagem Centro Universitário Maurício de Nassau
7
Pós-graduada em Saúde Coletiva pela Faculdade Venda Nova do Imigrante- FAVENI.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

O trabalho tem o intuito de relatar as vivências e as práticas do enfermeiro obstetra frente


a prevenção da síndrome alcoólica fetal durante o pré natal. Com base numa revisão
integrativa da literatura, os resultados revelam os efeitos prejudiciais ao bebê durante a
gestação ocasionado pelo uso de álcool, onde nos permite criar estratégias e relatar o papel
do enfermeiro frente a esses casos.

Palavras-chave: Cuidado Pré-natal; Enfermagem obstétrica; Transtornos do espectro


alcoólico fetal; Gravidez.

INTRODUÇÃO:
A ingestão de qualquer quantidade de bebida alcoólica por gestantes pode trazer
malefícios tanto para mãe quanto para o bebê, principalmente nos três primeiros meses
de gestação; podendo gerar doenças ao sistema nervoso central, levar à morte, além do
Transtorno do Espectro Fetal do Álcool (TEFA) ou Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), a
qual pode causar deficiências do neurodesenvolvimento, dificultando a aprendizagem da
criança, prejudicando a memória, atenção, habilidades motoras e sociais, comportamento
adaptativo, e efeitos a longo prazo como problemas de visão e audição, doenças
autoimunes, osteoartrite, hipertensão, entre outros (PAIVA et al, 2021).
As complicações geradas pela exposição ao álcool no período da gravidez podem
causar ainda, má-formação, aborto espontâneo, anomalias congênitas não hereditárias e
déficit cognitivo. As mães dependentes de substâncias psicoativas como, por exemplo, o
álcool, apresentam um alto risco a doenças perinatais graves como: retardo no

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crescimento intra e extrauterino, prematuridade, sofrimento fetal e infecções, com
sequelas neurológicas e respiratórias (CAIRES et al, 2019).
A consulta de enfermagem no pré-natal tem o objetivo de ofertar a promoção da
saúde da gestante, por meio do acompanhamento pré-natal, identificando o mais
precocemente possíveis fatores de risco gestacionais como o uso de substâncias lícitas e
ilícitas (PAIVA et al, 2021).

OBJETIVO:
Analisar, na literatura científica, como ocorre as práticas dos profissionais de
enfermagem obstétrica quanto às orientações para a prevenção de síndrome alcoólica fetal
na assistência durante o pré-natal.

METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (SOUZA; SILVA; CARVALHO,
2010), que se utilizou de etapas para construção do estudo: Definição da temática e
problemática através da estratégia PIco, elaboração dos critérios de inclusão e exclusão
para a pesquisa, definição das bases de dados e descritores a serem utilizados, realização
das buscas de materiais para a construção do estudo e análise crítica e discussão dos
resultados obtidos. Para direcionar a pesquisa, adotou-se como pergunta norteadora:
“Como ocorre a assistência da enfermagem obstétrica frente a prevenção da síndrome
alcoólica fetal no pré-natal?”
Para construção da pesquisa, a coleta e análise de dados foi realizada através das
bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Medical Publications
(PUBMED), através dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Cuidado
Pré-natal”, “Enfermagem obstétrica”, “Transtornos do espectro alcoólico fetal” e
“Gravidez”; combinados entre si pelo operador booleano AND.
A busca ocorreu no mês de outubro de 2021, como estratégia para elaboração do
tema e questão norteadora foi a PIco, identificando a população a ser estudada,
intervenção, ou seja, as atividades a serem aplicadas e o contexto do estudo, que foram
observar como as orientações durante a assistência de enfermagem no pré-natal podem
ser relevantes para prevenção de doenças materno-fetais, incluindo a síndrome alcoólica
fetal.
Foram selecionados como critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, nos
idiomas português, inglês e espanhol, que abordassem a temática, nos últimos cinco anos.
Como critérios de exclusão: revisões de literatura, teses, dissertações, monografias,
artigos que não contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados. A partir da
busca inicial com os descritores e operadores booleanos definidos, foram encontrados 146
estudos nas bases selecionadas e após aplicar os critérios de inclusão e exclusão, foram
selecionados 5 estudos para compor a revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Diante dos estudos analisados, observa-se que é importante que as mulheres que
planejam engravidar, eliminem o fator de risco crítico antes da gravidez, durante e após

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o nascimento da criança. Os cuidados obstétricos devem ser prestados de forma a incluir
educação em saúde e fazer intervenções com relação ao consumo de álcool, visto que
quanto maior for à ingestão, maior será a exposição materna e fetal ao álcool. As mulheres
que apresentam algum distúrbio mental são mais favoráveis a fazer uso de bebida
alcoólica e fumar, muitas vezes em excesso, e, por conseguinte, são as que estão propícias
a receber menos cuidados durante o pré-natal (MONTAG, 2016).
O álcool pode causar uma série de problemas para o desenvolvimento do embrião,
ao qual os indivíduos apresentam muita variabilidade nas características neurológicas
(GOMEZ, 2021). Embora existam inúmeras pesquisas que comprovam o risco que o
consumo de álcool durante a gravidez representa para o feto em desenvolvimento, cerca
de 10% das mulheres grávidas entrevistadas relatam já ter ingerido álcool no início da
gestação (CHIADO, 2019).
As mulheres que fazem uso de álcool durante a gestação podem contribuir para
que as crianças tenham o sistema neurológico abalado, aumentar o risco de problemas
congênitos, incluindo a síndrome alcoólica fetal (SAF), a qual pode colaborar para que as
mulheres tenham depressão pós-parto devido a problemas que o recém-nascido possa
apresentar (OEI, 2020).
Melhorar a assistência do enfermeiro obstetra durante o pré-natal é essencial para
melhorar a detecção do álcool no período gestacional e proporcionar ações significativas,
caso necessário. É importante a visita dos profissionais de enfermagem no ambiente
domiciliar para que alcancem melhores resultados em relação à exposição ao álcool
durante o pré-natal (BASKIN, 2016).

CONCLUSÃO:
É evidente que o consumo de bebida alcoólica durante a gestação pode trazer
efeitos prejudiciais, e muitas das vezes irreversíveis. As práticas dos profissionais de
saúde, inclusive dos enfermeiros obstetras, podem influenciar diretamente as gestantes a
não ingerir bebida alcoólica, por meio de programas de educação social, mostrando todos
os riscos dessa conduta, e para aquelas que foram comprovadas o uso dessas substâncias,
o atendimento deve ser prioritário, no sentido de diminuir os efeitos colaterais no bebê.
As intervenções devem ser concretizadas em todos os níveis de atendimento. O
enfermeiro obstetra por ter um vínculo direto com a grávida, deve prevalecer a
comunicação como forma de entrevista, para abordar as informações necessárias para os
cuidados no atendimento, podendo identificar qualquer risco no processo de anamnese e
tratar o mais rápido possível. Sendo necessário o envolvimento de políticas públicas para
que possa atingir o público alvo, no intuito de reduzir os números de casos de crianças
que sofrem com patologias decorrentes da dipsomania.
É necessário que estudos futuros, englobam intervenções e equipamentos que
facilitem o reconhecimento do uso de álcool durante a gravidez, devendo ser adotado
também, processos terapêuticos que objetivem o abandono do etilismo ao longo do
período de reprodução e pré-natal, para que se possa obter uma geração futura saudável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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PREVALÊNCIA DE SÍFILIS CONGÊNITA EM PACIENTES NEONATAIS NA
REGIÃO AMAZÔNICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Adriane Queiroz Gomes1; Tayná Paiva Nacif 2; Ana Paula Souza de Sousa3; Daniel
Arouck Medeiros4; Vitória Alice Alencar Sousa5; Giovana Guimarães Mendonça6; Flávia
Thamires Barbosa da Silva7
1
Graduanda em Biomedicina pela Universidade da Amazônia - UNAMA
2,3,4
Graduandos em Biomedicina pela Universidade da Amazônia – UNAMA
5,6
Graduandas em Enfermagem pela Universidade da Amazônia – UNAMA
7
Biomédica. Mestre em Oncologia e Clínicas Médicas pela Universidade Federal do Pará
–UFPA.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A sífilis congênita é uma infecção do feto pela bactéria Treponema pallidum. Essa doença
é transmitida de modo vertical por via placentária e pode ocorrer em qualquer fase do
período gestacional ou estágio clínico da doença na gestante, sendo está não tratada ou
inadequadamente tratada, variando a forma de incidência de acordo como perfil
apresentado pela mãe em aspectos observados no acompanhamento notificado, e
apresentação sintomatológica dependente da fase de diagnóstico, com comumentes
apresentações clínicas, como crises convulsivas e anemias. Trata-se de um estudo que
visa, de forma ampla e abrangente, relatar a epidemiologia da sífilis congênita em
pacientes neonatais nos estados da região amazônica e os fatores que implicam no
aumento da incidência e da prevalência dessa patologia por meio de uma revisão de
literatura, com o intuito de compreender os perfis epidemiológicos dos pacientes
neonatais e observação dos perfis maternos quanto a procedimentos clínicos, faixa etária
e escolaridade.
Palavras-chaves: Prevalência; Sífilis congênita ; Neonatologia; Amazônia;

INTRODUÇÃO

A sífilis é uma enfermidade infecto-contagiosa sistêmica identificada como IST (Infecção


Sexualmente Transmissível), causada por uma bactéria do tipo espiroqueta chamada de
Treponema pallidum. Ressalta-se, que é transmissível por três vias: Sexual, indireta e
vertical.A via sexual é denominada de sífilis adquirida, a transmissão indireta são dos

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casos de contaminação por objetos ou transfusão sanguínea, e de modo vertical pela via
placentária, da mãe para o feto, provocando a sífilis congênita.

A sífilis congênita é o resultante da disseminação hematogênica da bactéria T. pallidum


da gestante infectada para o feto por via transplacentária. As fases iniciais da doença
apresentam a maior probabilidade de transmissão devido à maior circulação de bactérias,
sendo assim, a infecção vertical pode ocorrer em qualquer fase gestacional, independente
do estágio da doença materna, onde os fatores determinantes para contaminação são os
estágios da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. Uma vez contaminado
o feto apresenta riscos de aborto e morte neonatal, em até 40% dos caso, além da
possibilidade do nascimento de crianças com sífilis, as quais, em torno de 50% são
assintomáticas. Entretanto, ao apresentar sintomas, os mesmos são relatados por:
Icterícia, problemas respiratórios, anemias, convulsões, meningite e edemas,
principalmente se for diagnosticado até o segundo ano de vida da criança (Sífilis
Precoce), o que não implica as manifestações clínicas apresentadas pelos neonatos
quando diagnósticados de forma tardia (Sífilis Tardia), com característica visuais como
os dentes de Hutchinson, mandibula curta, surdez neurológica e dificuldade de
aprendizagem, variando, portanto, o perfil do paciente neonatal de lesões cutâneo-
mucosas presentes desde o nascimento à lesões irreversíveis.

Na região Amazônica, a prevalência de casos varia de acordo com o estado. No estado


do Pará, a incidência de casos apresenta percentual de 46 casos a cada 10.000 nascidos
vivos, com tendência futurista, até o ano de 2025, de aumento até 140/1.000 nascidos
vivos, principalmente nas mesorregiões Tapajós, Carajás e Rio Capim, com frequência
de gênero racial pardo, e escolaridade incompleta. Em contrapartida, o estado de
Tocantins têm o percentual de 1.029 casos, entre os anos de 2007 à 2015, com média
anual de 4,6/1.000 nascidos vivos, apontando que o crescimento não segue padrão linear,
além do perfil materno apresentar semelhança ao do Pará. No Amapá, entre os anos de
2014 e 2017, foram registrados 211 casos, sendo o menor percentual entre todos os
estados da região, apesar de possuir o maior índice de mortalidade, com taxa de óbito de
19,5/1.000 nascidos vivos com menos de um ano, destacando a ausência ou tratamento
inadequado durante o período gestacional, com perfil materno de escolaridade reduzido
e cor parda, com faixa etária padrão.

Ademais, nos estados do Acre foram registrados 276 casos , com taxa de 13,1/1.000
nascidos vivos, sendo um pouco mais de 50% descobertos durante o parto, e as mães em
questão portadoras de escolaridade baixa, na faixa etária de 20 a 29 anos e de cor parda.
Entre os anos de 2007 e 2009, foram registrados 486 casos no estado do Amazonas, com
médias variantes até 2.6/1.000 nascidos vivos, estes diagnosticados ainda durante o pré-
natal, com maioria em mulheres negras e mestiças, que apresentam baixo nível de
escolaridade. Ainda sim, o estado de Roraima notificou, entre os anos de 2007 e 2015, a
média de 252 casos de SC, demonstrando taxas reversas a média do país, pois apresentou
em 2015 o número de 1,2/1.000 nascidos vivos, enquanto demais localidades do país
apresentaram aumento de mais de 200%, chegando a média de 6,5/1.000 por nascidos

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vivos, tendo como perfil materno notificados pacientes de cor parda, com divisão menor
entre as mulheres negras e indígenas, porém, todas na faixa etária de 20 a 34 anos, com
escolaridade variando entre analfabetas e ensino fundamental incompleto. Observa-se
ainda que, no estado de Rondônia a notificação de caso teve concentração na capital Porto
com 326 casos, entre os anos de 2009 e 2014, com perfil de pacientes em maioria de cor
parda com idade variando entre 13 e 44 anos.

Dessa forma, observa-se como padrão entre os estados a elevada incidência de casos e
mortalidade relacionadas a patologia, bem como, a forma inadequada de tratamento a
gestante e ao pré-natal do feto, além das implicações no perfil dos neonatos que dependem
de como foram diagnosticados, porém mantendo o padrão clínico esperado, sendo estes
os fatores dos quais colaboram para tal problemática, considerando assim, a pesquisa
quantitativa das estatísticas demonstradas pelos estados em estudo pertinente.

OBJETIVOS
Trata-se de um projeto quantitativo com o tema “Prevalência de sífilis congênita em
pacientes neonatais na região amazônica: Uma revisão de Literatura”, com o objetivo de
expor a relevância da problemática exposta, bem como a sua incidência na região norte
do Brasil e explanando em números a prevalência entre a patologia, os pacientes da faixa
etária estudada e perfil materno.
METODOLOGIA
Para tal percepção de dados revisionais, utilizou-se a metodologia base nas informações
coletadas nos últimos cinco anos (Anos de 2015 a 2020), por intermédio de artigos
selecionados nas seguintes bases de dados: Universidades Federais e Estaduais do Brasil,
Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), UEPE Online e FIOCRUZ (Fundação
Oswaldo Cruz) e Manuais do Ministério da Saúde, nos idiomas da Língua Inglesa e
Portuguesa, compostos por dissertações, teses e artigos indexados em revistas científicas,
como critério inicial para seleção. Este processo envolveu atividades de busca,
identificação, fichamento de estudos, mapeamento e análise definidos por perfis
epidemiológicos dos pacientes neonatais e maternos, sendo excluídos aqueles que não se
enfatizavam a temática proposta.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As linhas de pesquisas de estudos, para coleta e análise de dados estatísticos e
quantificativos, informam que a sífilis congênita apresenta vias de transmissão que
enfatizam a maior probabilidade de acometimento patológico, de forma vertical ao feto,
sendo a contaminação proveniente da mãe aos pacientes nascidos-vivos, podendo ou não
apresentar sintomas, resultando assim, na disseminação exponencial em determinadas
localidades no Brasil, à exemplo da região amazônica.
No estado do Pará, o qual em sua média futurista, é passível a sugestão de aumento de
casos, sendo identificado como fator convergente a notificação tardia pela negligência de
atendimento básico e humanizado no estado, assim como nos estados do Acre, Rondônia,

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Amapá e Tocantins, dos quais apresentaram números significativos quando estudados os
dados em um determinado período de tempo. Em contrapartida, foi observado que no
estado do Amazonas houve a resolução de diagnóstico prévio, ainda no período
gestacional devido a ciência da existência de indivíduos contaminados, o que preconiza
o tratamento adequado a gestante, tal qual no estado de Roraima que, após analisar a
disposição de seus dados, é possível admitir a redução considerável de notificações.
Entende-se, portanto, que a prevalência de sífilis congênita em pacientes neonatais se dá
pela sucessão de erros em escala desde o momento anterior à fecundação e nascimento
da criança, uma vez que, têm-se como padrão a negligência da doença, ausência de
acompanhamento médico adequado com exames correspondentes ao período pré-natal.
Além disso, têm-se como padrão relevante o perfil das mães portadoras, pois observou-
se que, a maioria se encontra na faixa etária entre 20 a 35 anos, com escolaridade
insuficiente ou inexistente e moradoras de áreas urbanas e rurais, além de padrão clínico
esperado de apresentação do perfil dos neonatos, uma vez que, em maioria, o diagnóstico
foi tardio, que entende-se como cofator no predomínio patológico, pois fomenta a
insuficiência nas informações preventivas que inibem a transmissão, além de cuidados
gestacionais imprescindíveis, e observação visual das características apresentadas pelo
bebê, sendo como resultante as altas taxas estudadas, na região norte do país.

CONCLUSÃO

Tendo em consideração os argumentos supracitados, pode-se certificar em conclusão, a


constatação da relevância de domínio da sífilis congênita nos indivíduos, em foco
neonatal, da região Amazônica, abrangendo todos os estados da região norte, devido a
sua transmissibilidade acentuada por três diferentes vias de contaminação e grande
incidência de casos assintomáticos, levando em consideração que a disposição de
tratamento e acompanhamento gestacional apresentado aos pacientes ainda é
negligenciada, sendo esta, a sucessão de erros em escala no acompanhamento neonatal,
patenteando as suscetíveis fragilidades individuais, programáticas e sociais enquanto ao
bem-estar e saúde, pelo perfil apresentado pelas gestantes, que se faz padrão em todos os
estados, como mulhers de baixa escolaridade e de raça parda ou negra, além do padrão
nos quadros clínicos dos pacientes neonatos na sua apresentação sintomatologica ou
ausencia de sintomas, sendo de suma importância a constatação em números da
prevalência de casos convergente ao fato da elevação dos índices de conhecimento
prévio, resultando assim na importância da quantificação dos casos para conhecimento
estatístico da saúde pública na região amazônica do Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O ÚTERO VAZIO: COMO SE VÊEM AQUELAS QUE NÃO TEM ESCOLHA?

Laura Ramos1; Layse Maciel2; Alciele Dias3


1,
Graduanda em Psicologia pela Universidade da Amazonia
2,
Psicóloga pela Universidade da Amazônia
3.
Psicóloga pela Universidade da Amazônia
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
A infertilidade pode acometer de 50 a 80 milhões de pessoas segundo a OMS, sendo
estimados que 35% dos casos estejam relacionados as mulheres, a descoberta desse
diagnóstico na maioria das vezes causa um sofrimento psíquico. O sentimento de falta
que a infertilidade traz promovem a ruptura do imaginário percurso que a mulher aprende
que deva ser a sua vida, por conta da construção do ser mãe e a importância de exercer
esse papel.
Palavras-chave: Mulher. Infertilidade. Maternagem. Luto. Maternidade

INTRODUÇÃO
O luto, conforme o dicionário da língua portuguesa significa, “Profundo pesar
causado pela morte de alguém; Sentimento gerado por perdas como separação, partidas
ou rompimentos”. Contudo, quando se fala em luto, logo é pensado no sentido de perder
alguém para a morte, entretanto, esse sentimento pode ser experienciado de muitas
maneiras, como por exemplo, o luto pelo término de um relacionamento, pela perda de
um animal, pelo fim de uma determinada fase da vida, e, inclusive, o luto pela perda de
um órgão, como acontece em mulheres que enfrentam algum problema no sistema
reprodutor.
O luto nesses casos, não é enxergado pela sociedade, não é levado em
consideração, esta mulher poderá ter sua saúde mental abalada, de diversas maneiras, pelo
ato em si, pela perda, por enfrentar uma situação irreversível, por sua autoestima que será
transformada, pela possibilidade de deparar-se com a infertilidade, e além disso, ainda
corre o risco de ser negligenciada no atendimento clínico, que muitas vezes estará mais
preocupado com a perda da “funcionalidade” desta mulher, do que com ela.
Nesse sentido, percebe-se o quanto a mulher é vista como símbolo de fertilidade,
resumindo-se a este órgão reprodutor, dentro de uma visão social, machista e
preconceituosa. É importante mensurar que, por mais que a mulher se encontre diante
desse quadro clínico, e nunca tenha desejado ser mãe, ao deparar-se com esta realidade,
sua autoestima muitas vezes é afetada, e isso ocorre devido ao estigma da maternidade
compulsória. Faz-se necessário ressaltar que existem mulheres que não sofrem por causa
disso, sabendo que cada um reage de forma diferente, mas que a sociedade patriarcal

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coloca a mulher nesse lugar de sinônimo de fertilidade e reprodução. Esse trabalho terá
interesse de pesquisar bibliograficamente qual a influência que a sociedade exerce nessa
mulher infértil através de temas como maternidade compulsória.

METODOLOGIA
Este resumo expandido é uma pesquisa bibliográfica. As buscas foram feitas pelo Google
acadêmico, livros e revistas eletrônicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) Infertilidade é a dificuldade de um
casal engravidar no período de um ano tendo relações sexuais sem uso de nenhuma forma
de contraceptivo e 12% dos casais de todo o mundo encontram essa dificuldade
A mulher é representada como símbolo de fertilidade há muitas gerações, temos
como exemplo disso a bíblia, que faz referência a mulher fértil e a mulher infértil de forma
que a mulher infértil sempre sai como alguém incompleto e em rivalidade com a fértil, já
que a maternidade e a procriação na bíblia são vistas como benção (NEUENFELDT
2007). Além de comparações da bíblia cristã podemos observar como sempre são deusas
os símbolos de fertilidade e sempre existe um símbolo de maternidade, mas dificilmente
um de “paternidade” dentro das religiões, ajudando na maior culpabilização da mulher
infértil que do homem infértil
Segundo Henriques (2011) muitas mulheres, citando o contexto bíblico de Raquel,
que disse “Dai-me filhos, ou morrerei” a Jacob, acreditam que não ter filhos é morrer aos
poucos. Ou seja, o órgão reprodutor feminino é a parte mais importante do corpo da
mulher, talvez a única que importe, associando a falta dele como uma mutilação,
causando grande dano a autoestima de quem não tem como engravidar, mesmo em um
contexto a qual ela não queira, a consciência de que ela não tem como pode acabar
afetando sua autoestima. Então, se maternidade e fertilidade são bençãos, como ficam
aquelas mulheres que não conseguem engravidar? E as que não querem? Como
representa-las e como entender como fica a autoestima delas?
Então, podemos dizer que essa maternidade é uma socialização, a mulher é
ensinada a ser materna e protetora, como disse Beauvoir (1980) a mulher é ensinada desde
jovem a ser maternal, dedicada, dócil, passiva, dentre outros adjetivos que dão força a
construção de uma sociedade machista e fortalecem a submissão do sexo feminino, ela
chama esse fenômeno de “o mito da feminilidade”, dentro dele podemos incluir a
necessidade de ser uma “boa mãe”, pois socialmente é algo dito que já nasceu com a
mulher, essa capacidade de ser mãe é, para sociedade patriarcal, inata.
Durante a Idade Média o conceito de maternidade ainda era muito enfraquecido,
as crianças nasciam e iam para as amas de leite, elas que exerciam o papel o qual hoje a
sociedade exige das mães, mesmo assim isso não retirava da mulher a obrigação de ter

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filhos, já que se acreditava que caso a mulher não engravidasse ela iria adquirir doenças
(BOROSSA, 2001). Isso mudou com a ascensão da burguesia, onde exigia-se que a
mulher não apenas atendesse as necessidades fisiológicas do bebê, mas também tivesse
afeto e o que foi chamado de “maternagem”, uma forma de disponibilidade psíquica da
mãe, cuidando do bebê de forma protetora e boa (WINNICOT apud GRADVOHL)

CONCLUSÃO
Em uma construção maciça sobre o que significa ser mulher a maternagem se vincula aos
pilares dessa estrutura perigosa que se forma na base da maioria das mulheres vinculando
o ser mãe como uma fase importante no seu desenvolvimento e conquistas para o futuro,
e quando se é tirada a opção de dizer sim ou não na escolha de ser mãe muitas mulheres
se encontram em um conflito pelo o não vivido, acabando por se culparem pela
incompletude em si.
Conforme o exposto, conclui-se que a infertilidade atrelada ao psíquico feminino deve-se
ser explorada com o intuito de entender e se pensar formas de melhor suporte as mulheres
que se encontram fragilizadas pelo que lhe é acometido.

REFERENCIAS
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo: A Experiência Vivida. Rio de Janeiro: Ed. Nova
Fronteira,1980
BOROSSA. Julia. Conceitos da psicanalise – Histeria. 2005
FERREIRA et al. Entre sonhos e anseios... As vivencias da mulher infértil. 2011
GRADVOHL, Silvia Mayumi Obana; OSIS, Maria José Duarte; MAKUCH, Maria
Yolanda. Maternidade e formas de maternagem desde a idade média à atualidade.
Pensando fam., Porto Alegre.
NEUENFELDT. Fertilidade e infertilidade na Bíblia: Suspeitas a partir da teologia
feminista. 2007

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REABILITAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA DISFAGIA OROFARÍNGEA
PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NO IDOSO

Sarah Pietra Batista Nunes Façanha1; Waléria Tomaz Pacífico2; João Gabriel Oliveira da
Silva3; Késsya Raquel Araújo Moura Texeira4; Fernanda Regina Vasconcelos Fernandes
Castro5

1
Graduanda em Fonoaudiologia pela Faculdade Pitágoras de Fortaleza
2
Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza – Unifor
3
Graduando em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza – Unifor
4
Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza – Unifor
5
Fonoaudióloga. Mestre em Saúde Coletiva Pela Universidade de Fortaleza – Unifor

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

O acidente vascular encefálico (AVE) traz prejuízos à eficácia e segurança da deglutição


no idoso, sendo mais comum a prevalência da disfagia orofaríngea, podendo resultar em
desnutrição, desidratação e complicações pulmonares decorrentes da aspiração. Sua
detecção precoce é fundamental, a fim de evitar complicações clínicas. Por isso, constata-
se o papel fundamental do fonoaudiólogo para a avaliação e reabilitação da deglutição no
idoso, promovendo uma melhora no quadro clínico e redução do tempo de internação
hospitalar.
Palavras-chaves: Disfagia orofaríngea; Deglutição; Idoso; Acidente vascular encefálico;
Fonoaudiologia.
INTRODUÇÃO
É definido como senescência as alterações orgânicas, estruturais, funcionais e
psicológicas ocasionadas pelo processo de envelhecimento natural, que embora variem
de um indivíduo para o outro, ocorre em todos os idosos. Dentre as várias alterações
decorrentes do envelhecimento, o sistema estomatognático sofre alterações em seu
funcionamento, como também nas estruturas que o compõem e suas funções que
desempenham, dentre elas, a deglutição. A deglutição é um processo sensório-motor
complexo que tem por função transportar a saliva e o bolo alimentar da cavidade oral até
o estômago, protegendo simultaneamente as vias áreas. Depende da interação entre o
córtex cerebral, o controle do processo de deglutição no tronco encefálico e os nervos
cranianos trigêmeo (V), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X) e hipoglosso (XII). É
comum nos casos de pós-acidente vascular encefálico (AVE), o quadro de disfagia
orofaríngea, onde o idoso apresenta alterações na fase oral, atrasos na resposta de
deglutição e no trânsito faríngeo-esofágico, podendo resultar em desnutrição,
desidratação e complicações pulmonares decorrentes da aspiração, necessitando de
diagnóstico imediato e reabilitação para a capacidade de recuperação deste quadro. O
fonoaudiólogo é o profissional responsável pela avaliação e reabilitação da deglutição e

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que deve promover a identificação precoce do comprometimento da deglutição,
modificações dietéticas, ajustes posturais e medidas de tratamento para cada paciente.
OBJETIVOS
Esta pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sistemática,
descrevendo a importância da reabilitação fonoaudiológica em quadros de disfagia
orofaríngea pós-acidente vascular encefálico (AVE) no idoso.
METODOLOGIA
Foram analisados os estudos completos e gratuitos publicados de 2016 a 2021, no idioma
português, tendo o Google Scholar como base de dados, utilizando os seguintes
descritores: “disfagia orofaríngea”; “AVE”, “idoso”; “fonoaudiologia”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após as pesquisas, foram identificados 57 textos, onde 51 foram excluídos por não
apresentarem relação com os objetivos da pesquisa. Os resultados apresentaram estudos
observacional, quantitativos e qualificativos, acerca das alterações de deglutição em
idosos pós-AVE. As coletas de dados foram feitas através da avaliação clínica
fonoaudiológica, prontuários, aplicação de questionários e análises de exames de
videofluroscopia da deglutição, tendo como critérios de inclusão idosos de ambos os
sexos pós-AVE com idade superior a 60 anos, que apresentasse quadro clínico estável, e
como critérios de exclusão, os prontuários com preenchimento de dados incompletos,
sujeitos em estado de desorientação e/ou com baixo nível cognitivo. Após a aplicação da
coleta de dados e dos critérios de inclusão, os trabalhos apresentaram a prevalência do
sexo masculino para o acometimento do AVE (57,9%), na faixa etária entre 71 e 80 anos
(36,8%). Muitos prontuários não especificavam o tipo de AVE e a disfagia orofaríngea
foi identificada em 80% dos casos, relacionando-se aos aspectos de tonicidade,
mobilidade e sensibilidade das estruturas que estão inadequadas, consequentemente
ocorrendo a atenuação dos reflexos de proteção área, tendo as tosses e engasgos durante
a deglutição como sinais e sintomas. Durante a avaliação clínica fonoaudiológica
funcional através da oferta de alimentos em diferentes consistências por via oral,
iniciando-se pela consistência semilíquida espessada, seguindo para a consistência de
líquidos finos e, por último, ofertas de sólidos, foi identificado a presença de captação
oral ineficiente, escape extra oral, mastigação ineficaz e presença de resíduo oral. Os
estudos destacaram a importância do encaminhamento da pessoa idosa com alterações na
deglutição pós-AVE ao fonoaudiólogo, para a realização da anamnese e avaliação clínica,
enfatizando que o mesmo proporciona a reabilitação através de massagens na região
intraoral, manobras de elevação laríngea, toque em pilares faríngeos, treinamento,
adaptação, compensação, gerenciamento e ainda a orientação da dieta alimentar em
volume e consistência, e de seu manejo durante a alimentação, a fim de retomar a função
de deglutição com eficiência e segurança, evitar riscos de broncoaspiração, minimizando
possíveis complicações no quadro clínico, alterações emocionais e familiares, trazendo a
qualidade de vida do idoso no pós-AVE. Embora os resultados demonstrem a importância
da atuação do fonoaudiólogo, há uma carência de estudos atuais que relatem com mais
especificidade o processo de reabilitação fonoaudiológica nestes quadros, quais os

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protocolos de avaliação utilizados por este profissional e a mensuração do tempo de
recuperação após o início da reabilitação fonoaudiológica.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a disfagia orofaríngea está presente em 80% dos casos pós-AVE,
aumentando o risco de desnutrição, desidratação e complicações pulmonares decorrentes
da aspiração. O fonoaudiólogo é indispensável para se obter uma melhora no quadro
clínico, visto que o mesmo é o profissional habilitado a reabilitar as alterações na
deglutição decorrentes da disfagia pós-AVE, proporcionando segurança e eficácia da
deglutição no idoso, evitando assim as complicações no quadro clínico do idoso disfágico,
reduzindo o tempo de internação e custos hospitalares. A atuação fonoaudiológica é
importante e abrangente, mas ainda faltam publicações que detalhem mais as ações e os
processos de reabilitação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMAYA, et al. Fluxograma para o manejo de pessoas idosas com alterações de


deglutição pós acidente vascular cerebral. UFPB, João Pessoa, 2019. Disponível em:
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Protocolo de cuidado em Fonoaudiologia e Enfermagem. UFF, Niterói, 2018. Disponível
em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/8979/1/Suelem%20Frian%20Couto%20Dias.pdf
Acesso em: 10 de Outubro de 2021

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https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/137920/alves_tc_me_mar.pdf?seque
nce=3&isAllowed=y

Acesso em: 11 de Outubro de 2021


MAGALHÃES, L.A; SOUZA, L.A.P. Contribuição fonoaudiológica em idosos
acometidos de acidente vascular encefálico. Rev. pesqui. cui. fundam (Online). 2018.
Disponível em: http://seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/7604/6589
Acesso em: 11 de Outubro de 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REALIDADE VIRTUAL COMO RECURSO PARA MELHORIA NA
APLICAÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL

Gilmara de Assis Silva Felix1; Ednaldo Medeiros Aragão Júnior2

1
Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário São Miguel.
2
Fisioterapeuta. Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade Federal de
Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Dispositivos de tecnologia geralmete são vistos como atrativos e vem sendo largamente
utilizados como meios de lazer e entretenimento. Porém, em contrapartida são
comumente apontados como causadores de sedentarismo. Desta forma, este trabalho teve
como objetivo buscar as possíveis contribuições do uso de dispositivos de tecnologia,
especificamete realidade virtual, como finalidade de diminuir a evasão em programas e
ginástica laboral. O presente trabalho foi elaborado a partir de uma revisão da literatura
de trabalhos publicados originalmente nas línguas portuguesa e inglesa entre os anos 2015
e 2021. Após análise do material encontado, foram selecionados cinco artigos de acordo
com a temática do trabalho. A utilização de dispositivos de realidade virtual mostrou-se
promissora pois foi vista como fator engajador, motivador e atuou efetivamente na
prevenção de doenças ocupacionais. Porém são escassos estudos nessa área e de certo
estudos futuros podem contribuir para complementação dos resultados identificados.
Palavras-chave: Ginástica laboral; Jogos de vídeo; Modalidades de fisioterapia;
Realidade Virtual; Saúde do trabalhador.

INTRODUÇÃO
A ginástica laboral (GL) é um conjunto de exercícios físicos elaborados para
prevenção de doenças ocupacionais, como lesão por esforço repetitivo (LER) e doenças
relacionadas ao trabalho (DORT), também tem a função de melhorar a saúde, promover
interação entre funcionários, aumentar a disposição física e psicológica do trabalhador.
Uma sessão de ginástica laboral gera vários benefícios para a saúde do trabalhador
e para o ambiente organizacional, porém, comumente em programas de GL a quantidade
de participantes tende a ser pequena ou diminuir com o passar do tempo, pois, observa-
se que, muitas vezes, há falta de incentivo e motivação devido a quantidade de
movimentos repetidos nos exercícios propostos ou falta de dinamismo nas atividades
elaboradas.

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Embora, geralmente vistos como um dos responsáveis pelo sedentarismo, o uso
de dispositivos tecnologia tem o potencial de mudar essa tendência, pois, são atrativos e
estimulam o aprendizado fazendo com que o caráter lúdico encoraje o indivíduo a aderir
ao programa proposto, além de trazerem uma gama de possibilidades para utilização
inclusive na área de promoção à saúde.
Nesse contexto, Pereira et al., (2016) nos trazem que é essencial a inserção de
novos instrumentos na elaboração de protocolos de prevenção na área de saúde do
trabalhador; tanto para aumentar a gama de recursos utilizados pelos profissionais
atuantes, quanto para estimular a adesão dos trabalhadores aos programas de prevenção.
Portanto a utilização de dispositivos de realidade virtual (RV) que de acordo com
Tori e Hounsell 2018 apud Jerald, 2015, é definido como “um ambiente digital gerado
computacionalmente que pode ser experienciado de forma interativa como se fosse real”
vem sendo largamente utilizado como instrumento de apoio à prática de condutas no
âmbito relacionado a saúde, podendo ser aplicado de inúmeras formas, pois, por trazer o
usuário a uma realidade diferente do cotidiano, o uso de realidade virtual tem como
característica envolver o usuário e proporcionar a aprendizagem de forma mais intuitiva,
fácil e motivadora.

OBJETIVO
O presente estudo tem como foco foi buscar a associação e as possíveis
contribuições entre a utilização de dispositivos de realidade virtual durante a atividade de
ginástica laboral.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura por meio de artigos científicos,
teses e dissertações indexados nas seguintes bases de dados: Biblioteca digital brasileira
de teses e dissertações, LILACS, MEDLINE/PUBMED, PEDro e SCIELO no período
entre 2015 e 2021. Para seleção de material para confeção deste artigo foram utilizadas
as seguintes descritores, em portugês e inglês: Ginástica laboral; Jogos de vídeo;
Modalidades de fisioterapia; Realidade Virtual; Saúde do trabalhador.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para delineamento de pesquisa foi realizada uma extração das publicações
selecionadas, buscando comparar os estudos, sobre a utilização de dispositivos de RV
durante a prática de GL conforme tabela 1.

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Tabela 1. Distribuição dos artigos segundo autores, ano, título, objetivo e síntese do
conhecimento.

AUTOR/AN TÍTULO OBJETIVO SÍNTESE DO


O CONHECIMENTO

Ribeiro et.al. Desenvolvimento de Desenvolver um A utilização de dispositivos de


(2015) um sistema para sistema para realidade virtual despertam
alguns exercícios de facilitar a motivação para que o indivíduo
ginástica laboral monitorização pratique ginástica laboral,
utilizando o sensor de funcionários entretanto não há diferenças
de movimento quando realizam significativas na redução de
kinect. exercícios de estresse e de prevalência de
ginástica. doenças osteomusculares para
indivíduos que realizam
cinesioterapia laboral.
.

Pereira et. al. A realidade virtual Observar o O uso de RV reduz sintomas


(2016) como novo impacto de um osteomusculares e estresse em
instrumento para programa de trabalhadores.
prevenção de realidade virtual
sintomas sobre os sintomas
osteomusculares e osteomusculares e
estresse ocupacional: estresse
Um estudo piloto ocupacional de
trabalhadores.

Sisto et.al. Virtual reality Propõe a Identificou tecnologias de jogos


(2018) serious game for utilização de de realidade virtual como
musculoskeletal realidade virtual ferramentas inovadoras que
disorder prevention. para treinar a podem fornecer uma alternativa
postura dos para a prevenção de doenças
funcionários. musculoesqueléticas.

Serious games Desenvolver um A utilização de jogos sérios


Freitas et.al. development as a jogo sério para pode ser uma forma mais
(2018) tool to prevent prevenir lesões divertida e motivadora para
repetitive strain por esforço nas reduzir ou mesmo ajudar a
injuries in hands: mãos. eliminar lesões por esforço
first steps. repetitivo nos colaboradores.

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Rodrigues LABORAL: Um A ginástica laboral promove a
et.al. (2020) jogo para Criar uma qualidade de vida do
alongamento da mão aplicação para trabalhador e quando associada
usando interações alongamento das ao dispositivo de RV, permite
gestuais. mãos. maior organização, motivação e
envolvimento dos participantes.

Fonte: Autores, 2021.

Pereira et. al., (2016) propuseram uma intervenção comparativa entre dois grupos:
o primeiro grupo utilizando realidade virtual (dispositivo X-Box Kinect) e o segundo
grupo cinesioterapia laboral. Como resultado, foi identificado que o uso de dispositivos
de RV durante a prática de GL reduz consideravelmente sintomas de estresse e de doenças
osteomusculares, porém ressaltam que não há diferença significativa no resultado
comparado a indivíduos que praticaram cinesioterapia laboral. Em suma, os autores
identificaram que para promoção da saúde do trabalhador, é importante que
haja implementação de programas que incentivem a atividade física no ambiente de
trabalho, pois, indivíduos que não praticam atividade física no ambiente de trabalho
desenvolvem níveis de estresse mais altos.
Ribeiro et. al., (2015) propuseram melhorar a qualidade de vida do trabalhador
através de exercícios utilizando o sensor Kinect durante a GL. Para os autores existiram
algumas limitações na utilização do dispositivo, pois, nem todos os exercícios puderam
ser realizados e monitorados corretamente devido a especificidade do movimento
realizado como exemplo a sobreposição de membros. Entretanto, para os autores
é notório que, com a utilização do sensor Kinect, os
funcionários tiveram maior engajamento para a prática de atividades laborais, pois,
o experimento mostrou-se bastante flexível e motivador. Corroborando com o estudo de
Sisto et.al. (2018), que ainda nos trazem que a utilização de RV aumenta a
conscientização do trabalhador quanto ao risco de lesões, pois, possuem um caráter
atrativo e inovador.
Freitas et.al., (2018) e Rodrigues et.al., (2020) tiveram como objetivo desenvolver
o jogo de RV no intuito de prevenir lesões nas mãos causadas pelo esforço repetitivo. Os
autores destacam que dispositivos de RV podem ajudar de forma motivadora e divertida
a reduzir ocorrências de lesão por esforço repetitivo nos trabalhadores.

CONCLUSÃO
Observou-se que os estudos buscaram verificar o impacto que os equipamentos de
realidade virtual podem causar quando utilizados com a finalidade de promoção do
movimento humano para atividade física. Os resultados da associação entre dispositivos

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de realidade virtual utilizados durante atividade de ginástica laboral são positivos, pois
promovem engajamento, envolvimento, interação e motivação além do que, quando
utilizados de forma correta, efetivamente podem prevenir o surgimento de doenças
ocupacionais. Apesar dos resultados serem promissores, ainda são escassos estudos que
utilizem a RV como instrumento de prevenção na área de saúde do trabalhador e de certo
pesquisas futuras podem ser realizados tanto para testar os efeitos do sistema proposto
como para complementação dos resultados identificados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, K. V; GUIMARÃES, R. N; OLIVEIRA, M. F. A Importância da Ginástica


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REALIZAÇÃO DE UMA REUNIÃO PARA PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
EM UMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Clara Rodrigues Marques1; Angelica Ruas Moreira2; Nilza Ferreira Tupiná Neta3;
Andrezza Batista Almeida Lapa4; Larissa Tolentino Lôpo5; José Ronivon Fonseca6;
Patrick Leonardo Nogueira da Silva7; Ana Paula Ferreira Holzmann8

1,2,3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros.
4,5
Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros.
6
Enfermeiro. Mestre em Cuidado Primário em Saúde, Professor do Departamento de
Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros.
7
Enfermeiro. Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em
Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros (PPGCPS/UNIMONTES).
8
Enfermeira, Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo,
Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
RESUMO
O Planejamento Reprodutivo é uma prática recorrente dos profissionais de saúde da
Atenção Básica visando o repasse de informações sobre educação sexual. Cabe à esses
profissionais aconselhar, avaliar clinicamente e acompanhar a saúde reprodutiva do
cliente para que ele se sinta seguro e tenha acesso aos métodos adequados. Este estudo
objetiva relatar a experiência de um grupo de graduandas do curso de Enfermagem na
realização de uma reunião de Planejamento Reprodutivo em uma Estratégia Saúde da
Família durante o estágio curricular supervisionado. Trata-se de um relato de experiência
realizado em outubro de 2019 com 16 participantes. A ação promoveu aos participantes
conhecimentos para uma atuação ativa nas decisões do seu Planejamento Reprodutivo.
Às acadêmicas propiciou a execução de uma assistência voltada para um tema relevante
no cenário da saúde, o que contribuiu para a aquisição de novas experiências e
informações e deste modo para a formação das mesmas.

Palavras-chaves: Planejamento Familiar; Educação em Saúde; Estratégia Saúde da


Família.

INTRODUÇÃO

O Planejamento Reprodutivo (PR) é uma forma de garantir a saúde reprodutiva


do sujeito e se embasa em conhecimentos científicos referentes à sexualidade e ao uso de

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métodos anticoncepcionais (MAC), com o objetivo de evitar a concepção indesejada ou
promover condições adequadas para aqueles que desejam responsabilidades parentais
(SANCHES; SIMÃO-SILVA, 2016). Ele promove a correta utilização da contracepção,
o que pode reduzir a mortalidade materna por complicações, pois garante às mulheres a
oportunidade de adiarem a gravidez, de espaçar os nascimentos e de reduzirem o número
de gestações indesejadas (PEDRO et al, 2016).
Historicamente, o interesse em diminuir o número de filhos em uma família
aumentou a procura por MAC (ALVES, 2015). No início da década de 60 houve um
processo de queda da fecundidade, e a não existência de políticas públicas eficazes
voltadas para o PR provocou um crescimento na demanda por formas de controle da
reprodução pelas mulheres, principalmente as de classes sociais mais baixas (ALVES,
2015). Incapazes de adquirir os MAC, tornaram-se susceptíveis à fatores como: gravidez
não planejada, aborto inseguro e esterilização realizada no contexto do parto
(CAETANO; AMORIM, 2012)
Em 1996, foi sancionada no Brasil a Lei nº 9.263, que configura o PR como
responsabilidade do Estado. As Estratégias de Saúde da Família (ESF) se mostram então
como importantes agentes promotores de informações sobre a saúde reprodutiva
(SANTOS et al, 2016). Como integrante da equipe da ESF, está o enfermeiro que possui
atribuições específicas, dentre elas: a realização de ações destinadas à educação em saúde
(ROECKER; NUNES; MARCON, 2013). Cabe a este profissional aconselhar, orientar,
avaliar clinicamente e acompanhar a saúde reprodutiva do cliente para que ele se sinta
seguro e tenha acesso aos métodos no momento devido (BRANDÃO, 2019).
Vale ressaltar que embora exista uma ampla distribuição de MAC no país, o
Brasil ainda segue com altos índices de gestações indesejadas que favorecem os abortos
e intercorrências obstétricas (BORGES et al, 2017). Esse fato justifica ainda mais a
necessidade das ações de PR e da formação de profissionais capacitados à promoção de
informações pertinentes sobre a reprodução e o adequado uso dos MAC.

OBJETIVOS
O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de um grupo de
graduandas do curso de Enfermagem na realização de uma reunião de Planejamento
Reprodutivo em uma ESF do norte de Minas Gerais durante o estágio curricular
supervisionado.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, realizado durante o mês de
outubro de 2019, em uma unidade de ESF de um município no norte de Minas Gerais. As
responsáveis pelo desenvolvimento da ação foram cinco acadêmicas do 5° período do
curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES), acompanhadas por um Enfermeiro, sendo este preceptor do estágio
curricular supervisionado. No decorrer da prática clínica em Atenção Primária, foi

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informado pelo preceptor que as acadêmicas seriam responsáveis por conduzir uma
reunião de PR. As mesmas deveriam abordar o funcionamento do sistema reprodutor
masculino e feminino e explicar como deve ser o uso correto dos principais MAC, tendo
como público-alvo um grupo de pessoas em idade fértil da área de abrangência da ESF.
A reunião contou com duas horas de duração e houve a participação de 16
pessoas, sendo 14 mulheres e dois homens com idade média de 27 anos. Inicialmente, foi
falado sobre a anatomia dos aparelhos genitais femininos e masculinos, e explicado como
ocorre o processo de fecundação, por meio de cartazes com ilustrações para melhor
compreensão. Em seguida, foram apresentados os principais MAC, sendo eles os métodos
hormonais orais e injetáveis, o Dispositivo Intrauterino (DIU), os preservativos
masculinos e femininos e o diafragma. Foi demonstrado como manipulá-los
adequadamente e discutido sobre suas vantagens e desvantagens. Uma atenção especial
foi dada aos métodos definitivos por se tratarem de procedimentos cirúrgicos, sendo eles:
a laqueadura tubária e a vasectomia. Por fim, foi aberto espaço para o esclarecimento de
dúvidas.
Após a reunião, cada participante foi encaminhado para uma consulta com o
enfermeiro e a médica da Unidade, na qual foi prescrito o MAC escolhido. Nesta fase, as
acadêmicas se dividiram em grupos menores para acompanhar os casos e para preservar
a privacidade dos clientes. Todos os princípios éticos foram preservados segundo a
Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na referida reunião para PR participaram 16 usuários. Embora esse não seja um
número representativo da população em idade fértil da área de abrangência, observou-se
uma frequência maior de participantes nesta reunião em relação às realizadas
anteriormente pela ESF. Um dos grandes desafios na atenção básica é a participação da
comunidade nas reuniões que visam promover a saúde e bem-estar, não apenas do
paciente, mas de toda sua família (OLIVEIRA et al, 2014).
A maioria dos participantes era do sexo feminino, o que é justificado pelo fato
de serem as mulheres as principais usuárias de MAC, uma vez que a maioria dos homens
não são colaborativos na contracepção, e têm receio de perder sua virilidade (OLSEN et
al, 2018). É considerável que durante as ações de PR há um foco maior em assuntos que
abrangem a saúde e métodos femininos, tornando o ambiente não convidativo ao público
masculino (PADILHA; SANCHES, 2020).
Durante a reunião, as acadêmicas utilizaram uma linguagem clara e acessível à
compreensão de modo a não utilizar termos técnicos. Os participantes eram incentivados
a tocar e observar os MAC para melhor familiarização e favorecimento do aprendizado,
o que tornou a ação dinâmica e interativa. O uso de recursos visuais, sobretudo em
educação sexual, torna-se um instrumento decisivo na aprendizagem significativa e
comunicação com o público alvo (SOUZA; MORAIS; OLIVEIRA, 2015). Vale salientar

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que o conhecimento da funcionalidade do próprio corpo auxilia para que haja um melhor
entendimento sobre a reprodução e sexualidade (CARVALHO et al, 2019).
Após a exposição oral e demonstração dos métodos, incentivou-se os
participantes a falarem sobre suas dúvidas, que foram esclarecidas pelas acadêmicas. As
principais relacionavam-se a forma de aquisição do método através do Sistema Único de
Saúde (SUS), como proceder em caso de esquecer-se de tomar as pílulas e qual o horário
mais indicado no dia a dia para a ingestão dos Anticoncepcionais Orais (ACO). Esses
achados são corroborados por estudos na literatura que apontam a maior frequência das
dúvidas relacionadas aos métodos hormonais em populações atendidas nas unidades de
saúde, quando comparado a outras formas contraceptivas (BORROZZINO et al, 2017).
Para finalizar a ação, foram realizadas consultas com o enfermeiro e a médica
da unidade para prescrição do método mais adequado a cada paciente. É direito do cliente
escolher o seu próprio método e ter um profissional capacitado para lhe aconselhar,
prescrever e administrar, quando for o caso. Este profissional, por sua vez, deve ter
habilidades técnicas e científicas para prestar o melhor atendimento ao indivíduo
(BRANDT; OLIVEIRA; BURCI, 2018).
As acadêmicas observaram uma maior preferência pelos anticoncepcionais
hormonais injetáveis. Isso pode ser explicado pela comodidade e facilidade
proporcionadas tanto pelo uso não diário, quanto pela maior acessibilidade nas farmácias.
A escolha desse tipo de método também pode ser justificado devido aos processos
demorados que outros contraceptivos como DIU, vasectomia e laqueadura apresentam
para serem alcançados por meio do SUS (BORGES et al, 2017). Embora exista essa
demora, a adesão de clientes interessados em métodos definitivos foi grande. Esse fato
pode ser explicado devido a obrigatoriedade da participação em grupos de PR das pessoas
que querem ser favorecidas com um desses métodos pelo SUS (LUIZ; NAKANO;
BONAN, 2015).
A apresentação de um tema envolvendo a sexualidade e a intimidade se mostrou
constrangedor para as acadêmicas, associado ao fato de esta ser a primeira experiência
das mesmas. Havendo ou não intimidade, falar sobre sexo, sexualidade, corpo e MAC
pode envergonhar educadores e espectadores (MAGALHÃES E SILVA; AMORIM;
HERNECK, 2020). Contudo, a realização desta atividade proporcionou a oportunidade
de aprender à partir da experiência de lidar diretamente com o público alvo e de
desenvolver habilidades específicas para manejo de grupos de educação em saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização do PR em questão promoveu um espaço de compartilhamento de
dúvidas, crenças e mitos. Com o conhecimento obtido, os participantes foram capazes de
atuar de forma ativa nas decisões do seu PR. Às acadêmicas oportunizou a realização de
uma assistência voltada para um tema que demanda extrema atenção e é altamente
relevante ao cenário geral da saúde, o que contribuiu para a formação das mesmas. A

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impossibilidade de realizar outras ações com o público-alvo devido à quantidade de
encontros de estágio apresentou-se como uma limitação, visto que um trabalho contínuo
promove uma adesão e conhecimento mais satisfatórios.
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Relação dos genes APoE, APP e Trem2 com o desenvolvimento da
doença de Alzheimer
Ramon da Silva Lopes 1; Adriane Queiroz Gomes 2; Luiza Giovana Sousa Corrêa 3;
Ágatha Tereza Miranda Tavares 4; Vanessa Pamplona Paiva 5; Ruan Sousa Bastos 6
1
Graduando em biomedicina pela Universidade Federal do Pará.
2
Graduanda em biomedicina pela Universidade da Amazônia.
3
Graduanda em biomedicina pela Escola Superior Madre Celeste.
4
Graduanda em biomedicina pela Universidade Estadual do Pará.
5
Graduanda em enfermagem pela Faculdade Cosmopolita.
6
Mestrando em quím. medicinal e modelagem molecular pela Universidade Federal do
Pará.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].


RESUMO
A doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo multifatorial crônico que
acomete o sistema nervoso central causando morte neuronal. Sua progressão culmina no
declínio da capacidade cognitiva, de comunicação e memória. Muitos estudos foram
realizados desde a descoberta dessa doença buscando entender a influência dos fatores
genéticos em sua etiologia e progressão. Esse estudo é uma revisão bibliográfica que visa
concatenar o que se sabe até o momento a respeito da relação de mutações e
polimorfismos em alguns genes comumente relacionados com maiores riscos de
desenvolver a DA.
Palavras-chave: Doença de Alzheimer, Genética, GWAS, Neurociências, Mutação.

INTRODUÇÃO
A doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade neurodegenerativa de proeminência
multifatorial progressiva. Amplamente considerada a maior causa de demência da
atualidade, sendo responsável por aproximadamente 60 a 70% do seu total de casos e
acometendo em média 35 milhões de indivíduos ao redor do globo.
Apesar de, até o momento, não haver cura para a DA, tratamentos paliativos são
amplamente utilizados com o objetivo de amenizar os sintomas, propiciando a
estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das
atividades da vida diária ou alterar as manifestações da doença, com um mínimo de efeitos
adversos. Nesse contexto, destaca-se o auxílio e identificação de fatores de risco e da

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doença em seu estágio inicial na Atenção Básica, tendo em consideração o benefício
terapêutico e no prognóstico dos casos, propiciando seu diagnóstico.
Dessa forma, o diagnóstico de DA ocorre primeiramente na Atenção Básica, através da
visão clínica obtida por meio de relatos do paciente e de seus familiares, além dos testes
cognitivos e neurológicos, da anamnese e de exames físicos. Entretanto, antes de iniciar
a busca especifica pela doença, faz-se necessário eliminar a possibilidade de causas
patológicas de outras doenças neurodegenerativas. Em casos de suspeita genética como
causa do Alzheimer, testes sanguíneos para pesquisa de biomarcadores específicos, como
a apolipoproteína E (ApoE), são indicados, tendo em consideração a possibilidade
acentuada de DA na presença desta glicoproteína, apesar de não serem úteis em
diagnósticos individuais.
Além de elementos como partículas proteicas e proteínas implicarem no desenvolvimento
da DA, aponta-se que fatores e componentes genéticos estão relacionados a sua
percussão. Partindo do princípio de que os elementos internos e externos supracitados
podem causar danos diretos em materiais genéticos, as mutações genéticas e
polimorfismos são responsáveis por posicionar o fator genético como um dos principais
mecanismos da etiopatogenia do Alzheimer.
Estima-se que cerca de um terço dos casos apresentem padrão de herança monogênica
autossômica dominante. O exemplo mais comum desse tipo de comportamento é a
produção de versões defeituosas de algumas proteínas, como a APP (Proteína Precursora
da β-amilóide), as quais se depositam na matriz extracelular das placas senis dos cérebros
afetados e acabam prejudicando a manutenção da bainha de mielina, essa que é a estrutura
mais afetada na DA. Tal variação alélica in locus têm relação expressiva com o início
tardio ou precoce do desenvolvimento da doença, dependendo do polimorfismo em
questão. A partir disso, é possível apontar os genes frequentemente relacionados à
fisiopatologia da doença, baseados em suas características preexistentes, apresentando
variáveis fatores de risco.
Nesse sentido, o estudo da epistasia entre os genes que podem contribuir para a DA
tornou-se foco de grande interesse da comunidade científica. Estudos atuais vêm
observando as interações gênicas que podem levar às vertentes precoce e tardia da doença,
relacionando entre si os fenótipos e os genótipos para encontrar indicadores que possam
auxiliar na determinação do risco genético para a doença. Conforme as pesquisas
avançam, o processo de identificação precoce de indivíduos com alto risco de desenvolver
DA se torna mais rápido e preciso, culminando em melhoria de monitoramento e
tratamento, ainda que esse último seja paliativo.
Dessa forma, a pesquisa de genes que apresentem relação com a genealogia da doença é
de suma importância para o melhor entendimento científico sobre como eles atuam no
desenvolvimento de sintomas mais graves na vertente precoce da doença.

OBJETIVOS

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Trata-se de um estudo qualitativo e revisional com o objetivo de elucidar o papel dos
genes ApoE, APP e Trem2 na etiologia da doença de Alzheimer, demonstrando a relação
de mutações e polimorfismos em sua estrutura com o aumento no risco de
desenvolvimento da síndrome e, consequentemente, entendendo quão eficiente seria a
utilização desses genes como biomarcadores para diagnostico molecular precoce da DA.

METODOLOGIA
A metodologia empregada neste trabalho remete a uma revisão bibliográfica qualitativa
com base em artigos, livros e dissertações disponibilizadas em diversos indexadores de
literatura. A pesquisa nesses indexadores foi realizada utilizando o operador booleano
“AND” na relação “Alzeimer’s disease AND gene de interesse”. Foram incluídos estudos
descritivos que enfatizam a relação “Gene x fisiopatologia”, de caso-controle em estudo
de caso, que fazem avaliação da doença a nível molecular e estudos que apontem a relação
mutação/polimorfismo dos genes de interesse com o risco percentual de desenvolver a
doença.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudos sugerem que a isoforma ApoE4 do gene ApoE humano seja um forte marcador
de risco do desenvolvimento da doença de Alzheimer, pois já foi demonstrado que
indivíduos heterozigóticos para ApoE E4 possuem cerca de três vezes mais chances de
desenvolver a doença que indivíduos possuidores das outras duas isoformas comuns desse
gene. O risco é ainda mais grave para indivíduos homozigóticos para esse gene, pois as
chances aumentam em até quinze vezes. Adicionalmente a posse dessa isoforma está
relacionada com o surgimento da doença em indivíduos mais jovens, pois ela demonstrou
ter o potencial de acelerar a deposição da proteína beta amiloide, causando a
intensificação na taxa de declínio cognitivo nos primeiros estágios da doença.
Posteriormente uma variante heterozigótica rara do gene Trem2 foi identificada como
outro forte fator de risco de até três vezes para o desenvolvimento da DA, a variante
R47H. Diversos estudos relacionam a função desse gene com a regulação da atividade
fagocítica, o que tem efeito direto na eliminação substâncias patogênicas presentes no
organismo, como a proteína beta amiloide, supondo que uma possível disfunção nesse
gene pode estar relacionada com a deposição excessiva dessa substância.
Atualmente acredita-se que a causa primaria do desenvolvimento da doença de Alzheimer
seja o acúmulo de proteínas Beta Amiloides em diversas regiões do cérebro causada por
alterações na expressão do gene APP. Corroborando com isso, foram identificadas cerca
de 52 mutações desse gene que supostamente podem levar ao desequilíbrio entre as taxas
de produção e de eliminação dessa proteína, resultando no acúmulo exacerbado de Beta
Amiloide no parênquima e nos vasos sanguíneos do cérebro. É importante pontuar que as
mutações nesse gene são de caráter hereditário autossômico dominante e completamente

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penetrante, demonstrando que sua presença é unanimemente expressa por todos que o
possuem.

CONCLUSÃO
Apesar de ainda não haver um tratamento definitivo para a doença de Alzheimer, os
estudos até então realizados elucidando os aspectos genéticos e moleculares da doença
trazem ótimas expectativas quanto a utilização de sequenciamentos genéticos para
identificação de biomarcadores genéticos de risco para o desenvolvimento da doença,
possibilitando, através de diagnósticos precoces, melhores chances de prevenção e
tratamento para indivíduos que os apresentem. Entretanto, ainda são necessários mais
estudos quanto aos genes relacionados a DA, avaliando seus papéis específicos no
funcionamento da doença e identificando a presença de polimorfismos ou padrões de ação
possivelmente significativos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM MULHER ADULTA COM VASCULITE
DE PEQUENOS VASOS: RELATO DE CASO

Vitória Ribeiro Mendes1


1
Nutricionista pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Especialista em nutrição
clínica funcional, esportiva, comportamental, estética e fitoterapia pela Universidade de
Franca (UNIFRAN).

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A vasculite de pequenos vasos ocasiona dores pelo corpo, púrpura cutânea e outras
consequências, com isso, uma alimentação adequada é fundamental para fortalecer o
sistema imune e otimizar o tratamento realizado. Objetiva-se discorrer sobre diagnóstico
de vasculite em mulher adulta e expor a conduta nutricional indicada. Os dados foram
adquiridos através de revisão dos resultados de exames e entrevista com a paciente, que
assinou o termo de consentimento livre e esclarecido. Trata-se de paciente do sexo
feminino, casada, 55 anos, que apresenta refluxo e osteopenia. Portadora de vasculite de
pequenos vasos (poliangeiíte microscópica) desde 2013, apresentando artralgias,
púrpuras, hematúria e proteinúria. O tratamento nutricional consiste em dieta
normocalórica, normoproteica, normoglicídica e hipolipídica, com 1.410 kcal, 1 g/kg de
proteína, 4g/kg de carboidrato e 0,6 g/kg de lipídio. Concluiu-se que o diagnóstico de
vasculite modificou completamente a rotina da paciente, devido visitas regulares a
profissionais da saúde e alterações corporais.
Palavras-chaves: Apoio nutricional. Imunoglobulina A. Púrpura de Schoenlein-Henoch.
Vasculite. Vasculite associada a ANCA.

INTRODUÇÃO
A vasculite por imunoglobulina A (IgAV), também chamada de púrpura de
Henoch-Schönlein, é uma vasculite sistêmica de pequenos vasos. É observado o depósito
predominante de imunoglobulina A (IgA) em pequenos vasos de alguns órgãos e/ou
sistemas, ocasionando púrpura cutânea não trombocitopênica, artrite, dores abdominais,
hemorragia digestiva e problemas renais como hematúria e proteinúria. A etiopatogenia
da IgAV abrange fatores hereditários, interferências ambientais e imunológicas. A
desregulação do sistema imune inclui a imunidade humoral e celular, liberação de
citocinas pró-inflamatórias, coagulação e hereditariedade (SOBRINHO et al., 2020).

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A púrpura de Henoch-Schönlein (HSP) é mais comum em crianças e seu
diagnóstico em adultos é raro e estimado em 13 por milhão de habitantes. A HSP é uma
doença autoimune e alguns casos evoluem para a necrose vascular. O extravasamento de
sangue ocasiona à púrpura patognomônica da pele, ao passo que a inflamação e edema
levam ao inchaço; o desencadeamento dos sinais é observado nas pernas e áreas sob
pressão, como as nádegas. Destaca-se que a lesão renal ocorre em parte considerável dos
pacientes e por isso portadores de IgAV devem ser acompanhados frequentemente por
nefrologista (OFORI, et al., 2017).
A patogênese da vasculite permanece mal compreendida, mas acredita-se que a
HSP pode ser desencadeada por diferentes estímulos, como picadas de insetos, vacinas,
drogas ou alérgenos, que pode alterar negativamente o mecanismo da IgA circulante
(RIGANTE et al., 2013). Dessa forma, percebe-se a importância de relatos de caso sobre
essa doença, para enriquecimento da literatura.

OBJETIVOS
Discorrer sobre diagnóstico de vasculite em mulher adulta e expor a conduta
nutricional indicada.

METODOLOGIA
Os dados foram adquiridos através de revisão dos resultados de exames, entrevista
com a paciente e revisão da literatura. A paciente permitiu a confecção deste relato de
caso e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para tornar possível
a divulgação. Durante a aferição das medidas antropométricas a paciente permaneceu de
pé, ereta, com os braços soltos ao longo do corpo, com cabeça erguida e olhando para a
frente. Utilizaram-se como instrumentos fita métrica inelástica e balança digital.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente do sexo feminino, casada, 55 anos, nega diabetes e hipertensão arterial,
apresenta refluxo e osteopenia. Portadora de vasculite de pequenos vasos (poliangeiíte
microscópica) desde 2013, apresentando artralgias, púrpuras, hematúria e proteinúria. Em
2020, a Velocidade de Sedimentação das Hemácias (VHS) de 63mm e Proteína C-reativa
(PCR) de 16,9 mg/L evidenciaram inflamação elevada, na presença de púrpuras nos
membros inferiores e hematúria.
Em junho de 2016, após biopsia renal foi diagnosticado esclerose segmentar e
crescente fibrocelular. No exame foi levantada a possibilidade de se tratar de vasculite
sistêmica acompanhada de glomerulonefrite pauci-imune associada a Anticorpos
Anticitoplasma de Neutrófilo (ANCA) em fase tardia (pós-tratamento). Neste referido
exame a hipótese de púrpura de Henoch-Schönlein ainda não foi descartada.

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A ultrassonografia da região cervical realizada em outubro de 2018 mostrou
pequeno cisto de aspecto colóide no lobo tireoideano direito; a densitometria óssea
realizada em julho de 2019 mostrou osteopenia baseado na coluna lombar, colo e fêmur
total (valor de T entre -1,1 a -2,4), nesse período a paciente apresentava índice da massa
corporal (IMC) de 26,4 kg/m² e percentual de gordura corporal estimado de 47,5%; e
ultrassonografia da tireoide realizada em outubro de 2017 encontrou cisto simples no lobo
esquerdo da tireoide.
A paciente é acompanhada por reumatologista e nefrologista. Em outubro de
2021, relatou-se a utilização constante dos seguintes medicamentos: prednizona de 10
mg, azatioprina de 100 mg, naprix de 5 mg, puran de 50 mg e omeprazol de 20 mg. Foi
relatado aumento considerável de apetite após início do tratamento medicamentoso e
ganho de 10 quilos após diagnótico da doença. A autoestima e saúde mental da paciente
sofreram abalo e devido orientação médica foi prescrito 10 mg de oxalato de
escitalopram.
Quanto aos dados antropométricos: altura: 1,58 m; peso atual de 60,5 kg; IMC de
24,29 kg/m² (eutrofia); peso ideal de 52,29 kg, com percentual de adequação do peso ideal
em 115,7% (sobrepeso); peso usual de 65 kg (em agosto de 2020), com percentual de
adequação do peso usual em 93% (desnutrição leve); peso ajustado de 56,4 kg;
circunferência do braço (CB) de 29,4 cm, com percentual de adequação da CB em 103,1%
(eutrofia); circunferência da cintura de 88 cm (elevado); circunferência do quadril de 96
cm e circunferência abdominal de 96 cm. Com isso, a paciente apresenta estado
nutricional adequado, sem risco nutricional. Destaca-se que embora a paciente não
apresente sobrepeso na avaliação do IMC a mesma deseja o emagrecimento.
Possui alimentação equilibrada com bom consumo de vegetais (frutas, legumes e
verduras). Comunicou preferência por frutas como abacaxi, maça, uva, morango, manga,
banana, ameixa, melancia e kiwi; carne vermelha e frango assados, peixe e crustáceos.
Aversão alimentar a vísceras. Relatou prática de caminhada duas vezes por semana e
hábito de ingerir bebida alcoólica socialmente nos fins de semana, principalmente cerveja
e vinho tinto. Tem maior disposição alimentar a noite e funcionamento intestinal normal.
O tratamento nutricional recomendado por nutricionista foi dieta normocalórica,
normoproteica, normoglicídica e hipolipídica. Sendo recomendado 1.410 kcal,
distribuídas em 6 refeições por dia, com 1 g/kg de proteína, 4g/kg de carboidrato e 0,6
g/kg de lipídio. Aconselhou-se a paciente a moderar frutas ácidas como o abacaxi devido
o refluxo, e dar preferência a preparações cozidas ao invés de assadas, moderar o consumo
de álcool e aumentar prática de atividade física.

CONCLUSÃO

O diagnóstico de vasculite modificou completamente a rotina da paciente, devido


visitas regulares a profissionais da saúde, alterações corporais como o aumento de peso e

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dores nas articulações; além de queda da autoestima. A conduta nutricional recomendada
foi normocalórica, normoproteica, normoglicídica e hipolipídica, mas devido os hábitos
alimentares saudáveis da paciente focou-se no reforço das recomendações nutricionais.
Destaca-se que o acompanhamento médico é estritamente fundamental para o controle da
doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RIGANTE, D.; CASTELLAZZI, L.; BOSCO, A.; et al. Is there a crossroad between
infections, genetics, and Henoch–Schönlein purpura? Autoimmunity Reviews, v. 12,
issue 10, 1016–1021, 2013. Disponível em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1568997213000736?via%3Dihu
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OFORI, E.; RAMAI, D.; ONA, M. A.; et al. Adult-Onset Henoch-Schonlein Purpura
Duodenitis. J Clin Med Res, v. 9, n. 11, p. 958-961, 2017. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5633099/. Acesso em: 12.10.21.

SOBRINHO, D. M. S.; CARVALHO, V. P.; ASSUNÇÃO, J. B.; et al. Vasculite por IGA
sob forma de apresentação cutânea em mulher de 45 anos tratada com corticosteroide:
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http://revista.uninga.br/index.php/uninga/article/view/3780/2405. Acesso em
11.10.2021.

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RESGATANDO AS PRÁTICAS ALIMENTARES INDÍGENAS NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE DO DISTRITO DE SAÚDE NORTE EM MANAUS -
AMAZONAS

¹Samia Roberta da Silva Torres; ²Aline Aparecida Ferreira Artini; ³ Anete Rodrigues
Dantas; 4Elane de Araújo Delgado Souza, 5 Paola Michelle Oliveira Santos
¹ Especialista em Nutrição /obesidade e emagrecimento. Secretaria Municipal de
Saúde – SEMSA
² Especialista em Saúde Pública — Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA
³ Especialista em Saúde Pública — Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA
4 Especialista em Gerontologia — Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA

5 Especialista em Gestão Pública Municipal - Secretaria Municipal de Saúde –


SEMSA
Email do autor: [email protected]

RESUMO
A Política Nacional da Atenção Básica – PNAB (2012), revisada pela PORTARIA Nº
2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017, discorre sobre a Atenção Primária em Saúde –
APS, estabelecendo diretrizes e normas para a organização dessa estratégia do Sistema
Único de Saúde – SUS, sistema público de saúde brasileiro criado pela Constituição
Federal de 1988, durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, 267ª. sessão
no dia 17 de maio de 1988. A APS, conhecida como porta de entrada, oportuniza a
população a ter acesso aos serviços de saúde na APS. Nesse contexto de acessibilidade,
esse estudo possibilitou a elaboração de planejamento estratégico a fim de garantir a saúde
alimentar e nutricional das comunidades indígenas, na APS, a partir da criação e
monitoramento de horta em comunidades indígenas vinculadas as unidades de saúde do
Distrito de Saúde Norte, em Manaus – Amazonas, em virtude de agravos de doenças não
transmissíveis (DCNT), nessa população.
Palavras-chave: Saúde Nutricional; Indígenas; Manaus; Atenção Primária à Saúde;
Comunidades indígenas.
INTRODUÇÃO
Existe diferenciações entre os seres humanos, sejam essas físicas ou culturais, os
indivíduos se diferem uns dos outros. Quanto as características circunstanciais, essas se
constroem desde o nascimento, como heranças adquiridas ou responsabilidades, doenças,
o local do nascimento está ligado às oportunidades, o tipo de regime político, os fatores
epidemiológicos, a hostilidade, fatores climáticos e muitas outros que constroem o

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ambiente natural e social, e ainda importam as características externas como sexo, idade,
aptidões físicas ou mentais, e muitas outras variáveis que dizem muito sobre como serão
as oportunidades oferecidas e o que se pode ou não fazer. (SEN, 2017).
Nesse contexto, o estímulo a retomada das práticas de saúde alimentar e nutricional nas
comunidades indígenas têm sido um grande desafio, uma vez que, parte dessa população
em seus mais diversos ciclos de vida, saiu de suas aldeias para viver em comunidades nas
áreas urbanas da cidade de Manaus. Essa locomoção os coloca em cenário oposto aos
seus costumes que acabam sendo perdidos por alimentos industrializados, ou seja, com
baixo valor nutricional.
A promoção da saúde indígena na atenção primária do Distrito de Saúde Norte, em
Manaus – Amazonas, tem sido intensificada com atividades dialogadas nas comunidades
indígenas, entre elas a roda de conversa, por parte de profissionais da atenção primária à
saúde – APS, a fim de resgatar as práticas alimentares tradicionais desse grupo, em
virtude dos agravos em saúde nessa população, em que há uma prevalência de anemia e
desnutrição em crianças, bem como se destaca o sobrepeso e a obesidade em mulheres,
o que aumenta o quadro de casos de doenças não transmissíveis (DCNT), tais como:
diabetes e hipertensão.

Fonte: Programa Saúde Nutricional- Distrito de Saúde Norte

Sobre o distrito de saúde norte e as comunidades indígenas


O Distrito de Saúde Norte, sede da Secretaria Municipal de Saúde - SEMSA, está
localizado na zona norte de manaus. Está contemplado com 19 comunidades indígenas
que se destacam nas áreas de abrangência, tendo como acesso disponível: 99 Unidades
de Saúde da Família (USF) ; 08 USF de grande porte; 02 Policlínicas; 02 Clínicas da
Família; 01 Centro de Especialidades Odontológicas Norte (CEO NORTE) e 01
Laboratório Distrital.
As 19 comunidades apresentam o seguinte quadro epidemiológico.

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Fonte: cadastro individual das comunidades – Distrito de saúde norte- 2021

OBJETIVO
Resgatar as práticas alimentares nas comunidades indígenas vinculadas as unidades de
saúde do Distrito de Saúde Norte, em Manaus Amazonas, fortalecendo a promoção da
saúde dessa população, na atenção primária.

METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi de cunho bibliográfico e documental que possibilitou a
verificação de dados de diagnóstico nutricional pelo Sistema de Vigilância Alimentar e
Nutricional - SISVAN, bem como possibilitou dados comparativos de carência alimentar
e agravos em crianças e mulheres indígenas, entre o ano de 2019 a setembro de 2021.
Realizou-se ainda, atividades dialogadas por parte de profissionais da atenção primária à
saúde, em espaço indígena vinculado a uma das unidades de saúde do referido distrito.
Quanto aos procedimentos, as atividades foram realizadas de acordo com o Planejamento
Anual de Saúde (PAS 2021).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados motivaram o planejamento de estratégias para a criação de hortas
comunitárias de produtos e costumes alimentares indígenas, em espaço indígena
vinculado à unidade de saúde, com a valorização das práticas alimentares para a
promoção da saúde dessa população.

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CONCLUSÃO
A pesquisa foi relevante porque envolveu os povos tradicionais indígenas, e suas práticas
alimentares que se perderam no deslocamento de seus polos - base para as cidades,
tornando-os não aldeados. O resgate dessas práticas alimentares na atenção primária à
saúde do Distrito de Saúde Norte tem fortalecido a APS, implicando na continuidade da
integralidade do cuidado dessa população.
Dessa forma, estima-se que haja um monitoramento das hortas em ambiente indígena ,
tendo em vista a importância do resgate das referidas práticas que certamente contribuirá
com a prevenção e promoção da saúde desse grupo.

REFERÊNCIAS
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amartya sen: um estudo em hortas na cidade de Araguaína-to; Disertação de mestrado,
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6. Portaria n° 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017
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8.SEN, Amartya. Desigualdade reexaminada. Tradução Ricardo Doninelli Mendes. Rio
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RESISTÊNCIA AOS ANTIPARASITÁRIOS EM RUMINANTES:
ENDOPARASITAS E MANEJO NAS CRIAÇÕES

Natália Regina Silva Soares*¹; Lívia Ferreira Pacheco¹; Nathálya Cibelle de Souza
Santos¹; Camila de Lira Moraes Cardoso¹; Daniela Maria Bastos de Souza².

¹ Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco,


Recife, Pernambuco, Brasil;

² Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de


Pernambuco, Recife, Brasil

E-mail: [email protected]

RESUMO

Os ruminantes apresentam uma grande variedade de parasitas em sua fauna helmíntica e


o controle destas infecções depende principalmente da utilização de produtos
antiparasitários. O objetivo deste artigo é apresentar sobre a aquisição de resistência a
esses fármacos e estratégias para o controle e retardo deste processo.

Palavras chave: Farmacologia; resistência parasitária; ruminantes; endoparasitas;

INTRODUÇÃO

As patologias relacionadas a agentes parasitológicos são uma das causas mais


importantes e recorrentes das perdas econômicas em ruminantes, principalmente bovinos,
ao redor do mundo, com destaque para os helmintos do trato gastrointestinal e do trato
pulmonar. Além dos helmintos, destaca-se o carrapato bovino Rhipicephalus (Boophilus)
microplus, um dos principais responsáveis por perdas nos sistemas de produção dos países
tropicais e subtropicais.

Patologias parasitárias na produção levam a perdas, por alguns indicadores


epidemiológicos como a morbidade e mortalidade, além disso, tem-se os custos com
prevenção e tratamentos e a queda da produtividade que está relacionada ao estresse
nutricional, ambiente, manejo e outros aspectos sanitários. As consequências dessas
parasitoses são: crescimento retardado, emagrecimento, queda na produção leiteira, baixa
fertilidade e, em infecções maciças, altas taxas de mortalidade.

Posto isso, é necessário o controle desses parasitas visando melhor desempenho


dos animais, principalmente numa alta concentração destes por área. A principal forma
de controle que os criadores utilizam são os antiparasitários, dado a sua facilidade, custo-
benefício, eficiência e simplicidade na compra, além disso teremos a utilização do sistema
de rotação de pastagens como forma alternativa de controle. Estudos relatam que dos
compostos disponíveis, quatro grupos químicos são os mais utilizados: benzimidazóis

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(ex: albendazole e oxibendazole), pirimidinas e imidazotiazóis (ex: pamoato de pirantel
e levamisole) e lactonas macrocíclicas (ex: ivermectina e moxidectina); a diferença entre
eles está no seu mecanismo de ação diferenciado e nas formas de eliminação parasitária.

O uso sem orientação adequada do médico veterinário pode levar a uma condição
chamada de resistência parasitária e ocorre quando um fármaco diminui sua eficácia
contra parasitas. O diagnóstico positivo para a resistência parasitária se dá quando ocorre
uma redução da taxa de 95% de eficácia na queda da carga parasitária, após um período.
A resistência que os parasitas desenvolvem aos antiparasitários é hereditária, com isso, a
eficácia da droga é reduzida consideravelmente devido a esse caráter seletivo.

Essa resistência adquirida acaba interferindo na ação das drogas utilizadas e isso
se transformou em um problema global, podendo se tornar um enorme obstáculo sanitário
da produção animal. No que diz respeito à resistência aos anti-helmínticos pelos
nematodas, teremos uma quantidade maior de estudos descritos nas literaturas para os
ovinos e caprinos, em que observa-se uma resistência simultânea para diversas classes de
drogas.

A contaminação dos alimentos de origem animal devido ao uso indiscriminado e


inadequado desses medicamentos veterinários é um ponto que deve ser levado em
consideração, visto que teremos consequências para a saúde única. O período de carência
deve ser seguido de maneira adequada para que ocorra a eliminação do fármaco do
organismo do animal, de forma que não se exceda o limite permitido desses resíduos
medicamentosos.

O presente trabalho aborda as questões referentes à resistência aos antiparasitários


em ruminantes, apresentando estratégias para que seja feito o controle e retardo da
resistência por meio da utilização de diferentes técnicas de manejo e da terapêutica.

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é discutir sobre a resistência aos fármacos


antiparasitários, as vias para que tal fato aconteça e as possíveis condutas para a evitar a
resistência.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizadas as plataformas Google


Acadêmico e Research Gate para buscar os artigos relacionados à resistência
antiparasitária em ruminantes. As palavras e termos chaves utilizadas foram:
“resistência”, “antiparasitários”, “resistência anti-helmíntica em ruminantes",
“parasitologia veterinária”, “parasitoses em ruminantes”. Foram encontrados 43 artigos,
destes, 09 foram selecionados, entre os anos 2001 a 2015.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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MECANISMO DE AÇÃO DOS PRINCIPAIS ANTIPARASITÁRIOS E FORMAS DE
RESISTÊNCIA

Benzimidazóis: Esse grupo de fármacos possui percentual de resistência de 90% em


rebanhos ovinos, nos estados do RS e SC; apresenta como formas mais utilizadas
fenbendazole, albendazole e oxfendazole e atua por ligação (com alta afinidade) a
tubulina. Sua resistência, de maneira geral, acontece por meio de uma seleção específica
de alelos de β-tubulina em nematódeos e também se cita transportadores ABC, tais quais
as glicoproteínas-P, como fatores de modulação de resistência em benzimidazóis;

Imidazotiazóis: Em relação a essa categoria de fármaco, apresenta em rebanhos caprinos


no estado do Ceará, percentual de resistência de 75%, sendo suas formas mais utilizadas:
levamisol, morantel e pirantel. Ainda não se sabe ao certo sobre o mecanismo de ação,
mas cogita-se que mudanças nos receptores nicotínicos possam estar envolvidas na
resistência a essas drogas, atuando em canais de cátions mediados por acetilcolina (ACh).
Possui boa eficácia contra vários nematódeos gastrintestinais e vermes pulmonares;

Lactonas Macrocíclicas: Sobre as Lactonas Macrocíclicas (ivermectina, doramectina,


abamectina) apresentam em rebanhos bovinos no estado de Minas Gerais, percentual de
resistência de 100%, estas abrem de maneira irreversível os canais cloro mediados por
substâncias ligantes (LGIC), e o fato da baixa resposta dos canais cloro pode ser
responsável por certa parte da resistência, porém, o maior achado é decorrente da seleção
genética em transportadores ABC – glicoproteínas-P e β-tubulina;

CLASSIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA

Quando uma cepa demonstra resistência a drogas com mecanismo de ação similar,
diz-se que a resistência é lateral. Quando a população resiste ao efeito de fármacos com
diferentes mecanismos de ação, a resistência é cruzada. E quando na população existem
indivíduos resistentes a dois ou mais grupos de antiparasitários diferentes, com
mecanismos de ação divergentes, diz-se que a resistência é múltipla ou cruzada
inespecífica.

ETAPAS DA RESISTÊNCIA

As linhagens parasitárias resistentes podem ser explicadas pela teoria da evolução.


Como supracitado, a resistência parasitária é passada hereditariamente. Sendo assim, a
droga acaba eliminando os indivíduos sensíveis, e, os com capacidade de sobrevida,
constituirão a nova geração resistente ao fármaco.

O tamanho e diversidade da população parasitária, assim como sua taxa de


mutação gênica, influenciam no estabelecimento dessa resistência, onde: alterações
bioquímicas e/ou moleculares que afetam a capacidade de acúmulo intracelular de drogas,
alterações enzimáticas e/ou de receptores celulares e variações no metabolismo celular
são algumas das mudanças genéticas transmitidas à descendência.

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As dosagens e intervalos, a eficiência e mecanismo de ação dos anti-helmínticos,
rotação de bases e manejo de campo são fatores que conferem resistência aos parasitos,
possibilitando a amplificação da frequência gênica de cepas parasitárias resistentes. Isso
se traduz num estado de não susceptibilidade ou de diminuição ao efeito das drogas que,
em condições normais, causariam inibição de seu desenvolvimento ou a morte celular. Já
a dispersão é realizada pela migração e fluxo gênico, sendo influenciados pela biologia e
manejo dos parasitos responsáveis pela resistência.

Mesmo o uso dos antiparasitários sendo a melhor forma de controle dos parasitas
podemos acrescentar a isso, como forma de controle integrado para retardar o processo
da resistência, a combinação de duas ou mais estratégias, como: determinação da época
do tratamento com redução da frequência, monitoramento de parasitas através de exames
de fezes para avaliação da carga parasitária, aplicação adequada dos vermífugos, rotação
de pastagem e lavoura e utilização do método Famacha®. A escolha do medicamento é
imprescindível, onde deve-se optar por compostos de eficácia comprovada e de baixo
poder residual e a alternância das bases químicas, promovendo controle parasitário de
forma qualitativa. Além disso, a utilização de mistura de compostos (combinação), sendo
esta utilizada após o aparecimento da resistência a um grupo de drogas e/ou para ampliar
o espectro de ação do produto final, visto que a combinação dificulta o aparecimento de
genes da resistência e apresenta reduzido potencial para difundir esta característica na
população parasitária. Contudo, é fundamental que os compostos apresentem,
isoladamente, eficácia acima de 95%.

CONCLUSÃO

Os antiparasitários são uma importante classe de medicamentos, sendo necessário


buscar novas informações e compreensão do contexto em relação à resistência e
prevenção de doenças, a fim de melhorar as estratégias no uso dos fármacos já existentes
e uma extensão da vida útil de novos compostos no tratamento, levando-se em
consideração que a resistência pode se desenvolver precocemente.

A resistência não depende apenas dos mecanismos de ação dos fármacos, mas do
uso inadequado, associado a um manejo ineficaz. Sendo assim, reduzir os parasitos a nível
aceitável de convivência com os animais de criação viabiliza a manutenção da
produtividade. Para isso, a investigação sobre o tipo de controle utilizado na propriedade
e as drogas utilizadas, as dosagens e seus intervalos de tratamentos, detalhes do manejo,
compra, empréstimo de animais e idade destes, são detalhes importantes que viabilizam
a melhoria da resposta parasitária nas pequenas e grandes criações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Archivos de Zootecnia, v. 61, p. 1-11, 2012.

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Doenças parasitárias em ruminantes no semi-árido brasileiro. Pesquisa Veterinária
Brasileira, v. 29, n. 7, p. 563-568, 2009.

DE SOUZA, Felipe Pohl. Resistência aos anti-helmínticos em pequenos ruminantes.


Ciência Animal Brasileira, 2009.

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MOLENTO, Marcelo Beltrão. Resistência parasitária em helmintos de eqüídeos e


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era da resistência às drogas. Veterinary Parasitology, v. 163, p. 229-234, 2009.

PAIVA, F. et al. Resistência a ivermectina constatada em Haemonchus placei e


Cooperia punctata em bovinos. Hora Vet, v. 120, p. 29-34, 2001.

SILVA, Bruna Cristina Ulian. Resíduos de antibióticos e antiparasitários em


alimentos de origem animal. 2015. 37 f. , 2015. Available at:
<http://hdl.handle.net/11449/139181>.

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DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA AVALIAÇÃO DA DOR

Ana Paula do Nascimento Barbosa1; Juliana dos Santos Zuquini2; Luana Conceição de
Jesus3; Matheus Wíllian Carlos Santos4; Mayara Ferreira de Jesus5; Maycon Júnior
Silveira Marcos Moraes6; Pedro César Souza7; Rangel Vinícius Xavier8; Ruan Nilton
Rodrigues Melo9.

1,4,7
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Cidade de São Paulo
2
Graduanda em Enfermagem pelo Centro Universitário FAM
3,5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Cruzeiro do Sul
6
Graduando em Enfermagem pela Santa Casa de Misericórdia de Passos
8
Graduando em Enfermagem pela Universidade do Estado de Minas Gerais
9
Enfermeiro Residente do AC Camargo Cancer Center
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Cuidados Paliativos são cuidados integrais e ativos ao paciente com doença grave e
progressiva que ameaça a continuação da vida. O enfermeiro atuante em cuidados
paliativos busca sanar ou amenizar os desconfortos sentidos pelo paciente e familiares.
Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa, sendo usado como critérios de inclusão
estudos publicados nos últimos 10 anos com artigos disponíveis na íntegra. Efetuou-se
busca sistematizada abrangendo artigos de periódicos nas bases de dados: PUBMED,
CINAHL, EMBASE, LILACS, BDENF e SCIELO. Foram analisados 49 artigos
mediante a construção de categorias definidas, a partir dos objetivos da pesquisa de
identificar na literatura científica quais os desafios encontrados por enfermeiros na
avaliação e manejo da dor em pacientes em cuidados paliativos.Com base na
sistematização desse conhecimento destaca-se a atuação fundamental da enfermagem
saber se relacionar com as necessidades das famílias e com as intercorrências
apresentadas pela instituição e pela equipe em que atua.
Palavras-chaves: dor, enfermagem, cuidados paliativos.

INTRODUÇÃO
Cuidados Paliativos são cuidados integrais e ativos ao paciente com doença grave,
progressiva que ameaça a continuação da vida. Tendo seu inicio reconhecido na década
de 60, no Reino Unido, onde também de foi definido o conceito de dor total pela médica
Cicely Saunders, que,na atualidade, define todo sintoma na sua forma individual e
subjetiva, juntamente da sua interação com aspectos biopsicossociais, afetivos e culturais,

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sempre focando nos detalhes, indo além dos elementos físicos da dor (GOMES E
OTHERO, 2016). Neste sentido, o profissional de enfermagem atuante em cuidados
paliativos, por seu conhecimento e caráter cuidador, busca sanar ou amenizar os
desconfortos sentidos pelo paciente e familiares. A este profissional cabe a avaliação da
dor; orientação e implementação de terapêutica, bem como auxílio na verificação de sua
eficácia; e apoio ao paciente e família durante todo o processo da doença
(WATERKEMPER e REIBNITZ, 2010).
OBJETIVOS
Identificar na literatura científica quais os desafios encontrados por enfermeiros na
avaliação e manejo da dor em pacientes em cuidados paliativos.
METODOLOGIA
Este é um estudo de Revisão Integrativa, que possui cinco etapas: identificação do
problema de pesquisa,busca na literatura, avaliação, análise e apresentação dos
dados. A busca foi realiza da em junho e julho de 2021 nas bases de dados PUBMED,
CINAHL, EMBASE, LILACS, BDENF e SCIELO, através da combinação de
descritores: Pain Measurement, Palliative Care e Nurse. Sendo usado como critérios de
inclusão: estudos publicados nos últimos 10 anos com artigo disponível na íntegra. Sem
restrição de idioma ou país de publicação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados 49 artigos para leitura na íntegra, destes 35 responderam a questão
norteadora. Os desafios foram categorizados em: desafios relacionados ao paciente,
relacionados a instituição de trabalho e ao profissional. Dentre os estudos selecionados,
9 relataram desafios relacionados ao paciente como: subnotificação de dor devido ao
receio do tratamento com opióides, a dificuldade de utilizar alguns instrumentos para
avaliação da dor, perfil de pacientes debilitados que não conseguem realizar o auto relato
da dor e desafios relacionados a comunicação. Quanto aos desafios relacionados a
instituição, 10 estudos referiram que existem dificuldades relacionadas a falta de
tratamento, falta de padronização de instrumentos para avaliação da dor e falta de
indicadores para avaliar o manejo da dor nas instituições. Quanto aos desafios
relacionados aos profissionais, 16 estudos referiram que os profissionais possuem
dificuldades para avaliar a dor em pacientes com problemas na comunicação, despreparo
quanto a variedade de escalas utilizadas para pacientes em sedação ou coma,
desmotivação devido as dificuldades de manejo que levam a não avaliação de maneira
adequada. Quanto as estratégias utilizadas para melhoria da avaliação de dor, os estudos
citaram a padronização de escalas diferentes para serem usadas em diferentes contextos,
atividades de educação dos pacientes e cuidadores quanto a importância da notificação
da dor, treinamentos para os profissionais quanto a importância da avaliação e manejo da
dor e melhora da comunicação entre profissionais e equipe.
CONCLUSÃO

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Conclui-se, portanto, que a Enfermagem possui papel fundamental no cuidado ao paciente
em cuidados paliativos, destacando-se sua atribuição na avaliação e manejo da dor sofrida
por estes pacientes. Para uma assistência efetiva, o profissional enfermeiro deve possuir
escopo teórico e prático, saber se relacionar com as necessidades das famílias e também
com as intercorrências apresentadas pela instituição e pela equipe em que atua.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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dez [acesso 24 ago 2021];10(88):155-166. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ea/a/gvDg7kRRbzdfXfr8CsvBbXL/?lang=pt.

2. Waterkemper R, Reibnitz , KS. Cuidados paliativos: a avaliação da dor na


percepção de enfermeiras. Rev Gaúcha Enferm [internet]. 2010 mar [acesso 25 ago
2021];31(1):84-91. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rgenf/a/XZdy3PYYKJmqYjwmGYMR7Zf/?lang=pt.

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ATIVIDADE FITOTERÁPICA DA CENTELLA ASIÁTICA NA
PLASTICIDADE E NA PROTEÇÃO DO CÉREBRO
Rafaela Luna Fernandes1; Anna Julie Medeiros Cabral1; Beatriz Aragão Pascoal
Carneiro1; Eduardo Franco Correia Cruz Filho1; Kamyla Milene Alcântara Freitas1;
Raissa Sanjuan Guedes Lima1; Maria do Socorro Vieira Pereira2

1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2
Farmacêutica. Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

Resumo: A Centella Asiática é usada como fitoterápico para tratamentos de diversas


doenças como epilepsia, enfermidades na pele, vasculopatias, depressão. Estudos
recentes tem evidenciado o efeito do extrato da CA nos mecanismos de neuroproteção e
neuroplasticidade, podendo ser usada na prevenção e no tratamento de diversas doenças
como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Lateral. Amiotrófica (ELA), derrames e
isquemia cerebral. Ainda, o extrato fitoterápico desta planta pode melhorar as atividades
do hipocampo relacionadas a memoria e aprendizado.
Introdução: A Centella Asiática é uma planta de origem asiática, da família Apiaceae,
conhecida como centela, centela-da-ásia, centela-asiática, hidrocótila, bevuláqua, cairu-
su, pé-de-cavalo, dinheiro-em-penca, pata de elefante, pata-de-cavalo, corcel, pata-de-
mula, pata-de-burro, cairuçu-asiático, erva-de-tigre, codagem. Trata-se de uma erva
perene, rasteira, com estolões de até 30 cm. Ela é usada como erva medicinal no
tratamento de várias doenças em medicamentos chineses e ayurvédicos. E, o extrato
fitoterápico desta erva é usado popularmente para ativação da circulação sanguínea, nas
doenças vasculares (insuficiência venosa). Além disso, ele auxilia na digestão estomacal
e intestinal, na depressão e atua como coadjuvante no tratamento de epilepsia. Estudos
recentes correlacionam os compostos bioativos da planta com o efeito neuroprotetor e a
neuroplasticidade. A neuroproteção está relacionada a mecanismos de proteção a danos
ao Sistema Nervoso, e consequentemente, previne enfermidades como doenças
neurodegenarativas, como Parkinson, Alzheimer e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA),
derrames e isquemia cerebral. E, a neuroplasticidade está relacionada à capacidade de
adaptação a novos estímulos que envolvem a aprendizagem e a memória, ocorridos no
hipocampo. Objetivos: Verificar o efeito do extrato da Centella Asiática na proteção e
plasticidade do cérebro. Metodologia: Estudo de revisão integrativo, de caráter

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descritivo, realizado em outubro de 2021, através da análise de artigos em inglês,
pesquisados nas bases de dados United States National Library of Medicine, Pubmed, e
Biblioteca Virtual em Saúde. Os descritores utilizados foram “Centella Asiatica”, “Brain”
e “Herbal”, pertencentes aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Como critério de
inclusão, foram selecionados artigos que pareciam estar relacionados ao objeto de
investigação, nos últimos cinco anos, dos quais foram selecionados sete artigos.
Resultados e Discussão: A Centella Asiática possui compostos bioativos, como ácido
asiático, asiaticosídeo, madecassoídeo e ácido madecássico, os quais tiveram
propriedades farmacológicas e terapêuticas demonstradas in vitro e in vivo, as quais estão
relacionadas a diversas funções, neuroproteção, neuroprotetora, anti-Parkinson, anti-
Alzheimer e anticerebral isquêmica- devido à ação do ácido asiático-. Uma revisão da
literatura reuniu achados que indicam os efeitos cognitivos, neurotrópicos e
neuroprotetores da CA, de forma a incentivar o uso fitoterápico da erva como um
intensificador dos processos envolvidos na memória. E, destacam seu potencial para
evitar e tratar distúrbios neurodegenerativos. Os principais compostos bioativos
relacionados a essas funções foram ácido asiático, asiaticosídeo e madecassosídeo e os
ácidos cafeoilquínico. Estudos em humanos também são necessários para elucidar estes
dados, visto que até então, as pesquisas foram feitas in vitro e in vivo, mas ainda não
envolveram seres humanos. Em relação aos estudos in vitro, os efeitos neuroprotetores
de C. asiatica foram positivos contra a toxicidade de beta amilóide, e parecem estarem
associados ao aumento da atividade mitocondrial, melhora do status antioxidante e/ ou
inibição da enzima pró-inflamatória, fosfolipase A2. No entanto, ainda é necessário
outros estudos para avaliar a interação entre os componentes da erva, a compreensão dos
mecanismos de atividade mitocondrial, estresse oxidativo, homeostase do
neurotransmissor e a plasticidade sináptica. Além disso, pesquisadores incubaram extrato
da erva em neurônios embrionários do hipocampo de ratos, e avaliaram a morfologia
neuronal. Neste estudo, foi observada uma diferenciação neuronal precoce, aumento do
crescimento e maturação de neurônios, e indução da sinaptogênese em neurônios do
hipocampo. Este achado pode induzir novas pesquisas que investiguem o potencial desta
planta contra lesões degenerativas que podem provocar enfermidades. Ainda, foi
realizado um estudo in vivo que avaliou o efeito de um suplemento contendo extrato de
Centella asiática, vitamina C, vitamina D3 e zinco na ativação da telemerase no Sistema
Nervoso de ratos. Em seguida, foi demonstrado que o suplemento restaurou a expressão
da transcriptase reversa da telomerase (TERT)- responsável pela preservação do tamanho
do telômero-. Tal estudo promoveu a primeira evidência de um novo ativador da
telomerase como prevenção ao envelhecimento do cérebro e tratamento de doenças
relacionadas ao envelhecimento, mas ainda são necessários ensaios clínicos para
estabelecer a dosagem e a duração da terapia. Já em relação à neuroplasticidade, um
estudo demonstrou que administração do fitossomo de CA e Cúrcuma longa durante 10
dias melhorou esta capacidade. Nesse sentido, houve um aumento da expressão do fator
neurotrófico cerebral (Bdnf) que é importante para desenvolvimento e manutenção do
SN, e a ativação das vias a jusante via receptor TRKB. No mesmo estudo também foi
observado uma maior ativação de proteínas envolvidas nos processos cognitivos e de
memória. Tal achado sugere que esta preparação fitoterápica possa ser usada na terapia

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para melhoria da memória e de disfunções cognitivas, sobretudo aquelas relacionadas a
alterações nas regiões frontais. Ainda, o extrato pode ser usado em tratamento de déficits
cognitivos induzidos pelo açúcar redutor. D-galactose (D-gal). Este composto está
presente no organismo, mas em níveis altos é oxidado em peróxido de hidrogênio (H2O2)
e aldeídos pela galactose prejudicando funções cognitivas, aumentando os níveis de
acetilcolinesterase, alterando o equilíbrio oxidativo e induzindo a neurodegeneração. Tal
fato também pode ocorrer com a administração de AlCl3. Assim, em um estudo, ratos
receberam altas doses de D-gal/AlCl3, e em seguida desenvolveram os danos
supracitados. Nesse trabalho, foi demonstrada através da administração de dosagens de
Centella, nas quantidades CA (200, 400 e 800 mg / kg / dia) durante 10 dias em ratos que
D-gal / AlCl 3 e de avaliações comportamentais, bioquímicas e morfológicas, uma
melhora nas habilidades cognitivas, restauração da disfunção colinérgica, por diminuição
dos níveis de AChE, atenuação do estresse oxidativo, aumento das atividades de
superóxido dismutase (SOD), diminuindo a malondialdeído (MDA). Assim, foi
evidenciado, mais uma vez o efeito neuroprotetor e aumento da função cognitiva em ratos
que receberam extrato de CA. Em relação à toxidade da erva, um estudo investigou
diversas formas administrativas da C. asiática em camundongos fêmeas para avaliação da
toxidade aguda e subaguda. A terapia foi feita por gavanagem oral nas dosagens de 300,
600, 1200 e 2000 mg / kg, uma vez para avaliar a toxidade aguda, e durante 28 semanas
para avaliação da toxidade subaguda. Em conclusão, não houve mortalidade nem
alterações histopatológicas no fígado, rins, coração e cérebro. Conclusão: O extrato de
Centella Asiática foi identificado como um potente agente otimizador dos mecanismos
de neuroproteção e neuroplasticidade, por meio de diversas vias, através de estudos in
vitro e in vivo, que avaliaram comportamento, morfologia, bioquímica dos compostos da
planta. Até o momento, não foram identificados efeitos tóxicos aos órgãos. No entanto,
ainda são necessários estudos em humanos que avaliem o efeito desta planta no
tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e o Alzheimer, e na
melhoria das funções cognitivas, relacionadas à plasticidade cerebral, assim como, a
segurança de administração do fitoterápico.
Palavras-chave: Centella Asiática; cérebro; fitoterapia, neuroproteção;
neuroplasticidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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brain aging by targeting telomerase: A nutraceutical approach. International journal of
molecular medicine, v. 48, n. 5, p. 199, 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERFIL E ALTERAÇÕES NOS NÍVEIS PRESSÓRICOS DOS
PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO (PCT)
EM MARINGÁ-PR.

Marilena Pinheiro Drigo1; Mylena Fernandes Montagnini2/Patrícia Bossolani Charlo3


1, 2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Cesumar - UNICESUMAR
3
Enfermeira, Orientadora, Mestre e Pesquisadora do Instituto Cesumar de Ciência,
Tecnologia e Inovação – ICETI. Departamento de Enfermagem - UNICESUMAR.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Objetivo: identificar o perfil dos pacientes do PCT e as possíveis alterações em seus
níveis pressórios nas UBS’s de Maringá-PR em 2019. Método: estudo descritivo e
quantitativo, do período de 2019, com dados coletados a partir prontuários de pacientes
que participaram do PCT, sendo analisados dados sociodemográficos e dados físicos.
Resultados: prevalência de participantes do sexo feminino (64%), na faixa etária entre
51 e 60 anos (34%), casados (46%), com 2° grau completo (48%) e que procuraram pelo
PCT voluntariamente (39%), sendo que identificou-se 41 participantes com alterações
nos níveis pressóricos (49%) e 53 participantes com alterações no peso corporal (62%).
Conclusão: espera-se que por meio da delimitação do perfil dos participantes do PCT e,
da explícita associação entre a HAS e o tabagismo, auxiliar no futuro desenvolvimento
de ações de saúde destinadas à população tabagista do município de Maringá-PR, com
ênfase em ações aos pacientes tabagistas hipertensos.

Palavras-chaves: Tabagismo; Fatores de Risco; Risco Cardiovascular; Programa


Nacional de Controle do Tabagismo.

INTRODUÇÃO
O tabagismo é considerado um problema de saúde pública e uma epidemia crônica
que pode levar à dependência física, psicológica e comportamental (INCA, 2020).
Visando reduzir o consumo de tabaco e diminuir as principais comorbidades causadas
pelo tabagismo, o Brasil através da promoção de saúde, implementou ações que compõem
o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), com o intuito de abranger a
prevenção da iniciação, o tratamento do tabagismo e a promoção de ambientes livres de
tabaco, sob a coordenação da Atenção Primária à Saúde (APS) (OLIVEIRA et al., 2019).
Ao nível municipal, o Programa de Controle do Tabagismo (PCT) em seu
primeiro encontro, é realizado a anamnese e aferição dos sinais vitais, sendo que dentre
os sinais vitais a aferição da pressão arterial é de suma importância para o rastreamento

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), desde que ela está intimamente relacionada ao
tabagismo, sendo comprovado pelo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Federação Mundial do Coração e Universidade de Newcastle que determinou que 1,9
milhões de pessoas morrem de doenças cardíacas causadas pelo tabaco a cada ano (OPAS
BRASIL, 2020).
Frente ao exposto, este trabalho teve como objetivo identificar o perfil dos
participantes do PCT e as alterações nos níveis pressóricos desses desde que é explícita a
associação de patologias cardíacas a este hábito.

METODOLOGIA
A coleta de dados foi realizada a partir de um instrumento pré-elaborado com
objetivo de investigar alterações nos níveis pressóricos em participantes do PCT em
UBS’s da região de Maringá-PR. A seleção dos participantes se deu pela participação de
pelo menos 01 reunião inicial do grupo de tabagismo nas UBS’s de Maringá no ano de
2019 e do preenchimento completo do prontuário com dados importantes em relação ao
histórico de tabagismo do paciente, dados sociodemográficos (idade, gênero, estado civil,
escolaridade e bairro de moradia) e exame físico (IMC, peso, altura e PA). Sendo que
alguns dados foram subdivididos em: IMC (baixo, normal, sobrepeso, obesidade grau 2 e
obesidade grave) e PA (normal, pré-hipertensão, hipertensão estágios 1 e 2). A análise foi
realizada por meio de frequência absoluta e frequência relativa pelo Excel. Vale ressaltar
que foram seguidos os preceitos éticos da resolução de 2012 e autorizado pelo comitê de
ética com autorização sobre o número do parecer consubstanciado do CEP 2.177.122,
CAAE 57222016.1.0000.0104.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste estudo a prevalência foi de participantes do sexo feminino (64%), na faixa
etária entre 51 e 60 anos (34%), casado (46%), com 2° grau completo (48%) e que
procuraram pelo PCT voluntariamente (39%). Quanto aos dados físicos, observou-se um
número expressivo de 41 participantes com alterações nos níveis pressóricos (48%),
enquanto 43 participantes possuem pressão arterial normal (51%). Ainda, em relação ao
IMC também observou-se um número expressivo de 53 participantes com alterações
(62%), enquanto 31 participantes possuem IMC normal (38%).
Quanto a prevalência de pessoas do sexo feminino (64%) é confirmada pelos
estudos de Pereira e Vargas (2015), no qual afirma que mulheres têm maior dificuldade
em parar de fumar do que homens, pois o comportamento da mulher fumante é mais
influenciado por condicionantes relacionados ao humor e ao afeto negativo.
No que concerne a faixa etária dos participantes, identificou-se uma prevalência
em idades medianas (51 a 60 anos) (34%). Quanto ao menor número de participantes
observado na faixa etária entre 20 a 30 anos, é possível que seja decorrente das medidas

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de prevenção da iniciação do tabagismo realizadas pelo PNCT. Ainda, quanto ao menor
número de participantes observado na faixa etária entre 61 a 72 anos, pode ser explicado
pelo estudo de Goulart et. al., (2010) no qual afirma que o tabagismo se relaciona com o
agravamento de diversas doenças que possuem que se ganham maior importância
conforme o aumento da faixa etária.
Em relação ao nível de escolaridade dos participantes, este variou entre 1° e 2°
grau completo, sendo a maioria com 2° grau completo (48%), dados evidenciados pelo
estudo de Wendt et. al., (2021) que aponta que a maior escolaridade dos indivíduos é
diretamente proporcional ao maior poder aquisitivo, proporcionando aos indivíduos
maior poder de compra em relação aos menos escolarizados, favorecendo a manutenção
do vício por tabaco.
Observou-se um número expressivo de participantes que ingressaram no PCT por
procura voluntária (33%) e encaminhamento por profissional da área da saúde (26%),
evidenciando a consciência existente a respeito dos malefícios ocasionados pelo cigarro
e a importância do papel do profissional de saúde na abordagem ao paciente tabagista e
no manejo da cessação do tabagismo.
Quanto ao IMC dos participantes, ao somar os índices de sobrepeso, obesidade,
obesidade grau 2, obesidade grau 2 e obesidade grave (mórbida) foram obtidos 59,5% de
alterações no peso corporal dos participantes. Em relação as alterações no peso corporal,
Chatkin (2007) identificou que o ato de cessar o consumo de tabaco promove um aumento
de peso corporal tanto em homens como em mulheres, sendo que 75% dos fumantes
sofrem um aumento de peso corporal ao tornarem-se abstinentes.
Em relação a pressão arterial (PA), ao somar os índices de pré-hipertensão,
hipertensão estágio 1 e hipertensão estágio 2 nota-se que 48,8% dos participantes do PCT
possuem alterações nos níveis pressóricos. Segundo Souza (2015), é necessário o
reconhecimento do tabagismo como doença, assim como entender a abordagem e ofertar
tratamento adequado para esta dependência que gera aos hipertensos fumantes pior
prognóstico cardiovascular possivelmente por efeitos farmacológicos deletérios aos
compostos contidos no cigarro.

CONCLUSÃO
Neste estudo, encontrou-se uma predominância de participantes do sexo feminino,
entre 51 e 60 anos, casados, com 2° grau completo, que procuraram pelo PCT
voluntariamente e com número expressivo de alterações nos níveis pressóricos e peso
corporal.
Os dados encontrados por este estudo quanto aos níveis pressóricos dos
participantes é um fator de importância desde que a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
em fumantes hipertensos têm prognóstico pior. Assim, espera-se que por meio da
delimitação do perfil dos participantes do PCT e, principalmente da associação entre a
HAS e o tabagismo, auxiliar no futuro desenvolvimento de ações de saúde voltadas para

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


a população tabagista do município de Maringá-PR com ênfase em ações voltadas aos
pacientes tabagistas hipertensos que necessitam de atendimento assertivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INCA. Instituto Nacional do Câncer, 2020. Programa Nacional de Controle do


Tabagismo: Conceito. Disponível em: https://www.inca.gov.br/en/node/1474. Acesso
em: 19 de mar. 2021.

OLIVEIRA, G. M. Moraes et al. Recomendações de 2019 para a redução do consumo de


tabaco nos países de língua portuguesa. Rev Portuguesa de Cardiologia, Portugal, v. 38,
n. 4, p. 238-244, abr. 2019. Disponível em: https://www.revportcardiol.org/pt-
recomendacoes-2019-reducao-do-consumo-articulo-S0870255119302264. Acesso em:
19 mar. 2021.

OPAS/OMS. Folha informativa – Tabaco. Disponível em:


https://www.paho.org/pt/node/4968. Acesso em: 19 de mar 2021.

PEREIRA, Carolina; VARGAS, Divane. Perfil de mulheres que realizaram tratamento


para cessação do tabagismo: revisão sistemática. Rev Saúde Pública , São Paulo, v. 49,
n. 40, p. 1-8, nov. 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/LjChpy4J6zgXnnsJfRmznZy/?lang=pt. Acesso em: 25 abr.
2021.

GOULART D, et al. Tabagismo em idosos. Rev Brasileira de Geriatria e Gerontologia,


Rio de Janeiro, v. 13, ed. 2, p. 313-320, 2010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbgg/a/fz5XtHxrmvgWTqB57BNmBmt/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 25 abr. 2021.
WENDT, Andrea et al. Análise temporal da desigualdade em escolaridade no tabagismo
e consumo abusivo de álcool nas capitais brasileiras. Cad. Saúde Pública, Rio Grande
do Sul, v. 37, ed. 4, p. 1-14, 7 abr. 2021. Disponível em:
https://www.scielosp.org/pdf/csp/2021.v37n4/e00050120/pt. Acesso em: 27 jul. 2021

CHATKIN, Raquel; CHATKIN, José Miguel. Tabagismo e variação ponderal: a


fisiopatologia e genética podem explicar esta associação?. J Bras Pneumol, Porto
Alegre, RS, v. 33, ed. 6, p. 712-719, ago. 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/VK5tdCJSNNGtm9LMvdxwZTj/?format=pdf&lang=p
t. Acesso em: 27 jul. 2021.

SOUZA G. M. Tabagismo e Hipertensão Arterial: como o tabaco eleva a pressão. Rev


Bras Hipertens, São Paulo, SP, v. 22, ed. 3, p.78-83, 2015. Disponível em:
http://departamentos.cardiol.br/sbc-dha/profissional/revista/22-3.pdf. Acesso em: 27 jul.
2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO NA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: REVISÃO DE LITERATURA

Andressa Prates Sá¹; Francielle Araujo Bispo¹; Thais Pereira Silva¹;Talita Fernanda
Santos Rodrigues²; Ana Clara Rodrigues Marques³; Fernanda Santos Landim³.

1
Graduando em Enfermagem pelo Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna
² Graduando em Enfermagem pela Faculdade Santo Agostinho
³ Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O pré-natal é o primeiro contato das mulheres com os serviços de saúde e por essa razão
precisa ser planejado de forma que atenda às necessidades desse público. deve ser posto
em prática conhecimentos técnico-científicos do que está preconizado pelo SUS em
um cenário de humanização, o papel do profissional frente à gestante é o de orientá-la
quanto à importância do pré-natal para melhorar a promoção, prevenção e o tratamento
durante a gestação, propiciando uma estrutura para que as necessidades individuais da
paciente e da comunidade sejam atendidas, de acordo com os dados analisados, este
estudo trouxe claridade e foi possível identificar as ações que o enfermeiro realiza no pré-
natal, destacando sua importância para o bom resultado de um pré natal de baixo risco
adequado através do Sistema Único de Saúde.também demonstrar que as mulheres em
salientar a situação de vulnerabilidade procuram esse serviço para desenvolver um
cuidado apropriado.
Palavras-chaves: Assistência de Enfermagem; Estratégia Saúde Familiar; Cuidado Pré-
Natal; Enfermeiro; Saúde da mulher.

INTRODUÇÃO
O pré-natal é o primeiro contato das mulheres com os serviços de saúde e por essa razão
precisa ser planejado de forma que atenda às necessidades desse público. Para isso, deve
ser posto em prática conhecimentos técnico-científicos do que está preconizado pelo
SUS em um cenário de humanização, o papel do profissional frente à gestante é o de
orientá-la quanto à importância do pré-natal para melhorar a promoção, prevenção e o
tratamento durante a gestação, propiciando uma estrutura para que as necessidades
individuais da paciente e da comunidade sejam atendidas.
OBJETIVOS

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Revisar a literatura científica com a finalidade de identificar a assistência do enfermeiro
no pré-natal de baixo risco na estratégia de saúde da família.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A seleção dos estudos foi realizada
através de busca de dados online como: Scielo, BVS, google acadêmico com base nos
critérios ano de publicação entre 2013 e 2021; publicados em português, espanhol e inglês
e artigos com textos completos. Para a consulta foram obtidos por meio de busca das
publicações, a combinação dos descritores "Assistência de Enfermagem'',"Estratégia
Saúde Familiar'' ''Cuidado Pré-Natal'', ''Enfermeiro, ''Saúde da mulher''.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa reforçam a concepção A partir dos resultados encontrados,
o enfermeiro dentro do pré-natal está inserido em atividades que conseguem desfrutar
tanto pelas grávidas como pelas famílias. É o enfermeiro que influencia sobre a relevância
do pré-natal, amamentação, vacinação, solicita exames de rotinas, prepara a gestante para
o parto, realiza atividades em grupo, proporciona também o cartão da gestante e efetua
exame citopatológico.
Além do papel de orientar a gestante, o enfermeiro tem a função, no decorrer do pré
natal, de acompanhar a gestação, de baixo risco, consultas às gestantes,realizar a medida
da altura uterina, além de verificar o peso e a altura da gestante e os batimentos cardíacos
fetais. Também é recomendado que o enfermeiro realize o exame das mamas da gestante,
mas um estudo mostrou que somente 41,66% dos enfermeiros que faziam pré-natal nas
gestantes realizaram este exame.
O enfermeiro encaminha a gestante em situação de risco, quando constatado, para a
consulta com o médico, visitas domiciliares são realizadas de acordo com a necessidade
de cada gestante, buscando assegurar uma gravidez sem complicações, sempre atento em
busca de qualquer sinal que indique qualquer anormalidade, procurando proporcionar
orientações para que a gestante se comporte de modo a favorecer uma gravidez sem
intercorrências clínicas.
CONCLUSÃO
De acordo com os dados analisados, este estudo trouxe claridade e foi possível identificar
as ações que o enfermeiro realiza no pré-natal, destacando sua importância para o bom
resultado de um pré natal de baixo risco adequado através do Sistema Único de Saúde,
também demonstrar que as mulheres em salientar a situação de vulnerabilidade procuram
esse serviço para desenvolver um cuidado apropriado à sua saúde e a do seu filho, pois
através do pré-natal é possível acompanhar a gestação e detectar problemas se existentes
mas ele também é um momento em que a mulher tem a possibilidade de aprender sobre
si e sobre a sua criança, reforça que este estudo irá contribuir para que o profissional
enfermeiro possa entender e favorecer sua atuação na assistência ao pré-natal na estratégia
saúde da família, podendo contribuir com a melhoria no acolhimento e também com a
qualidade na assistência às gestantes.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE OLIVEIRA, Elizângela Crescêncio; DE MEIRA BARBOSA, Simone; MELO, Sueli


Essado Pereira. A importância do acompanhamento pré-natal realizado por enfermeiros.
Revista Científica FacMais, v. 7, n. 3, 2016.

MUNIZ, Fernanda de Fátima Santos et al. Assistência de enfermagem no pré-natal de


baixo risco na atenção primária. JMPHC| Journal of Management & Primary Health
Care| ISSN 2179-6750, v. 9, 2018.

ARAUJO, Suelayne Martins et al. A importância do pré-natal e a assistência de


enfermagem. Veredas FAVIP-Revista eletrônica de ciências, v. 3, n. 2, 2013.

DA SILVA, Anitha de Cássia Ribeiro et al. Importância Do Pré Natal Na Opinião Das
Usuárias De Uma Unidade Básica De Saúde Da Família Em Porto Velho, Rondônia.
Saber Científico (1982-792X), v. 8, n. 2, p. 89-98, 2021.

DO NASCIMENTO SILVA, Elizeu. A IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL EM


GESTANTES ADOLESCENTES: REVISÃO INTEGRATIVA. Revista Científica
UMC, v. 5, n. 3, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A IMPORTÂNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA DO
CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: REVISÃO DE LITERATURA

Andressa Prates Sá¹;Darilene Agda Lima dos Santos¹;Francielle Araujo Bispo¹;Ingrid


Isabel de Andrade¹; Thais Pereira Silva¹;Talita Fernanda Santos Rodrigues²; Ana Clara
Rodrigues Marques³; Fernanda Santos Landim³.

1
Graduando em Enfermagem pelo Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna
² Graduando em Enfermagem pela Faculdade Santo Agostinho
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O câncer é uma doença que se representa pela perda do controle da divisão celular com
facilidade de acometer outras estruturas orgânicas. O câncer de colo do útero é um dos
mais de 100 tipos desta doença, além disso chamado de câncer cervical, isto demora anos
para se progredir, e está relacionado a infecção por subtipos oncogênicos do vírus
HPV (papilomavírus humano), em especial os subtipos HPV-16 e o HPV-18.Por ser uma
infecção muito comum, cerca de 80% das mulheres ativas sexualmente, irão adquirir ao
longo de suas vidas alguns dos subtipos deste vírus,o câncer do colo de útero é
relevante para que se possa realizar uma assistência preventiva de enfermagem de
qualidade, ressaltando a importância da prevenção dessa patologia, uma vez que
prevenir é mais viável do que tratar,e também compreender a importância da prevenção
do câncer de colo do útero.
Palavras-chaves: Assistência de Enfermagem; Cuidado de Enfermagem; Câncer de Colo
do Útero; Neoplasias do Colo do Útero; Enfermagem.

INTRODUÇÃO
O câncer é uma doença que se representa pela perda do controle da divisão celular com
facilidade de acometer outras estruturas orgânicas. O câncer de colo do útero é um dos
mais de 100 tipos desta doença, além disso chamado de câncer cervical, isto demora anos
para se progredir, e está relacionado a infecção por subtipos oncogênicos do vírus
HPV (papilomavírus humano), em especial os subtipos HPV-16 e o HPV-18.Por ser uma
infecção muito comum, cerca de 80% das mulheres ativas sexualmente, irão adquirir ao
longo de suas vidas alguns dos subtipos deste vírus.
OBJETIVOS

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Revisar a literatura científica com a finalidade de identificar a importância da equipe de
enfermagem na assistência do câncer de colo do útero.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A seleção dos estudos foi realizada
através de busca de dados online como: Scielo, BVS, google acadêmico com base nos
critérios ano de publicação entre 2011 e 2021; publicados em português, espanhol e inglês
e artigos com textos completos. Para a consulta foram obtidos por meio de busca das
publicações, a combinação dos descritores "Assistência de Enfermagem'',"Câncer de
Colo do Útero", ''Neoplasias do Colo do Útero'' e "Cuidado de Enfermagem''.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa reforçam a concepção que faz parte das atribuições do
enfermeiro, realizar assistência integral às mulheres que procuram a unidade de saúde,
assim sendo, a realização da consulta de enfermagem e coleta de material para a citologia
oncótica, além disso, até então manter a disponibilidade dos materiais essenciais para
a realização do exame colpocitológico, fato que nem sempre se faz cumprir a
conteúdo, na realidade mencionada por alguns profissionais.
CONCLUSÃO
De acordo com os dados analisados, este estudo trouxe claridade e de suma importância
a assistência da enfermagem, assim como de sua integração com os outros componentes
da equipe de saúde e com a comunidade. Então a atuação de aspecto e olhar múltiplo
é que se constrói o vínculo necessário à prática que se resulta benéfica que embasado no
conhecimento da realidade local e avaliação contínua dos resultados para sistematizar as
ações que tem em vista à redução do dano pela doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DE ANDRADE AOYAMA, Elisângela et al. Assistência de enfermagem na prevenção


do câncer de colo do útero. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 1, p. 162-170,
2019.

DA COSTA, Francine Krassota Miranda et al. Os desafios do enfermeiro perante a


prevenção do câncer do colo do útero. 2017.
DE SOUZA, Simone Aparecida Noronha; SOUTO, Giancarlo Rodrigues; DOS
SANTOS, Walquiria Lene. Assistência da enfermagem relacionada ao câncer uterino.
Revista JRG De Estudos Acadêmicos, v. 3, n. 6, p. 04-11, 2020.
DE OLIVEIRA, Rafaela Lima; DE SOUSA LIMA, Lorena Albuquerque; RAMOS,
Luciano Godinho Almuinha. Assistência do enfermeiro na educação em saúde, no câncer
de colo do útero. Research, Society and Development, v. 10, n. 4, p. e1210413728-
e1210413728, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DA CUNHA, Ervania Soares. Assistência de enfermagem na prevenção do câncer de colo
uterino. FACIDER-Revista Científica, n. 09, 2016.
DE MELO, Maria Carmen Simões Cardoso et al. O enfermeiro na prevenção do câncer
do colo do útero: o cotidiano da atenção primária. Revista Brasileira de Cancerologia,
v. 58, n. 3, p. 389-398, 2012.
ROCHA, Ana Cacia Arcanjo. Atuação do enfermeiro na estratégia de saúde da família na
prevenção do câncer do colo do útero. 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A RELAÇÃO DO CONSUMO DE ANIMAIS COM A ORIGEM DE EPIDEMIAS
E PANDEMIAS
Lunna Victória Bibas Cantão1; Roberta Nicole de Oliveira Mota2; João Lukas Nunes
Almeida3; Leda Araújo Costa4; Fernanda Maria Ribeiro Batista5; Francisco Tiago de
Vasconcelos Melo6
1,4,5
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará.
2,3
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal do Pará.
6
Doutor em Biologia dos Agentes Infecciosos e Parasitários. Professor adjunto da
Universidade Federal do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

O consumo de animais silvestres constitui-se como o principal fator para o surgimento


das pandemias mais recentes, uma vez que grande parte das doenças infecciosas
emergentes surgiu a partir da produção, ingestão e convívio com esses animais. Desse
modo, esta pesquisa teve como objetivo enfatizar a relação entre o consumo de animais e
suas implicações no surgimento de epidemias e pandemias. Para isso, fez-se uso de
revisão de literatura integrativa, cuja finalidade visa tecer discussões acerca do tema em
questão. Os resultados obtidos evidenciam que o comércio e o consumo de animais
selvagens estão relacionados com o surgimento de pandemias e doenças oriundas da
alimentação onívora. Assim, pôde-se concluir que a alimentação à base de vegetais
fortalece o sistema imunológico, desenvolvendo a capacidade de resistir a doenças, além
disso, a preservação e conservação dos animais silvestres e de seus habitats naturais
pretende interromper a ocorrência de novas epidemias e pandemias.

Palavras-chaves: Alimentação. Animais Selvagens. Epidemias. Pandemias.

INTRODUÇÃO
Desde os tempos da povoação europeia pelos continentes americano, africano e
asiático, os animais, sejam selvagens ou domésticos, passaram a fazer parte das narrativas
sociais em diferentes contextos da sociedade, sendo assim, há coexistência dos humanos
com outros animais, bactérias, fungos e vírus, tal processo se caracteriza como precursor
de patogêneses e epidemias, haja vista que os grandes locais ao redor do mundo que
oferecem animais para vendas aos consumidores, os expõem às condições que favorecem
contaminações. Alguns são abatidos na hora da venda, além de estes constituírem um
aglomerado de espécies e hospedeiros diferentes mantidos em pequenos espaços com
contato direto de seus excrementos e outros fluidos corporais entre si. Tal ambiente de

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estresse e condições higiênico-sanitárias inadequadas favorecem o surgimento de novos
patógenos com potencial infeccioso ao ser humano e além disso, alguns animais são
excelentes mescladores de material genético, ou seja, são ambientes propícios para que
microrganismos manifestem transmissibilidade e patogenicidade para se propagar pela
população humana. A proporção de patógenos de doenças infecciosas humanas advindas
de animais aumentou para mais de 75%, sendo destes mais de 100 patógenos
extremamente perigosos para os humanos, além do surgimento de novas zoonoses.
Como observado recentemente, o consumo de animais silvestres tem sido fator
primordial da causa das pandemias mais recentes: na África Ocidental onde não é raro o
cozimento de morcegos capturados, podendo ser um dos fatores do surgimento do vírus
Ebola, bem como, a teoria de que surtos de Sars-CoV-2 tenha surgido pelo consumo de
animais selvagens em venda nos chamados mercados úmidos na China; já em
Bangladesh, o principal polo de vendas de frangos para consumo são os mercados de aves
vivas, tornando-se um fator oportuno para o surgimento de novas patologias humanas que
antes só existiam em aves. Salienta-se ainda sobre a carne de caça, a qual contribui com
até 90% da proteína animal consumida em certas regiões rurais da África Ocidental e
Central e mais de 20% é consumida por vários grupos indígenas na Amazônia, onde foi
realizada uma pesquisa que constatou a existência de comércio ilegal de animais silvestres
em diversas cidades, e até mesmo realização de encomendas de animais como paca, anta
e tatu bem como a caça proibida desses bichos para consumo próprio. Além de tudo, em
vários países da América do Sul, a carne de capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é um
recurso essencial para a subsistência de muitas comunidades tradicionais. De acordo com
a ONU, ao menos 70% das doenças infecciosas emergentes que acometem humanos,
incluindo a Covid-19, Ebola, Doença de Creutzfeldt-Jakob, vieram da produção, ingestão
e convívio íntimo com animais. Pandemias modernas mostram que a relação humano-
natureza é um elemento importante para a expansão de vírus e outros patógenos.

OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho foi enfatizar a relação existente entre o consumo
de animais pela sociedade com o surgimento de doenças que se tornaram epidemias e
pandemias.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura feita no período de Setembro à
Outubro de 2021, a partir do levantamento de artigos nas bases de dados ScienceDirect,
PubMed, Periódicos CAPES e SciELO, adotando os descritores “animal”, “pandemics”,
“food”, “nutrition”, “alimentos de origem animal”, ”carne” e “Alimentação”, além do
operador booleano “AND” para interligar as palavras, de acordo com as expressões dos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), ainda houve busca manual em capítulo de
livro voltado para o uso de produtos de origem animal e o surgimento de pandemias.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Como critérios de inclusão, foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos,
ou seja, entre 2016 e 2021, completos, e que abordam temática relevante para o objetivo
do trabalho, ademais, os artigos selecionados estão em inglês, português e espanhol,
outrossim como critério de exclusão, foram excluídos artigos publicados anteriormente
ao ano de 2016, incompletos, com acesso restrito e que fugiam do tema abordado neste
estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diversos estudos apontam que o atual sistema agroalimentar com produção em
larga escala é insustentável, segundo o relatório publicado pela Rede WWF, a principal
causa da destruição dos habitats e da exploração abusiva dos animais silvestres é a
produção de alimentos. Esse sistema confina e aglomera várias espécies de animais,
possui um histórico de uso abusivo de antibióticos, antivirais, vacinas e fatores de
crescimento, gerando condições de proliferação, aumento da resistência e mutação de
vírus e bactérias.
Com relação à origem da pandemia de COVID-19, a análise do cluster inicial de
infecções revelou um ponto de contato em comum: o mercado de frutos do mar de Wuhan,
onde há um forte tráfico de animais selvagens, a partir daí alguns pesquisadores
especularam que esses animais podem ter causado o surto. A epidemia de SARS em 2003
na China também tem origem no mercado de animais vivos, presumivelmente, com a
venda de civetas como carne exótica, tal ocasião até estimulou o país asiático a proibir o
comércio e consumo de animais selvagens após o ocorrido – haja vista que naquela época
um grupo de pesquisa visitou fazendas e mercados chineses e encontrou vírus
semelhantes ao SARS em pássaros, cobras e mamíferos - mas a ação durou pouco tempo
e o mercado ilegal expandiu-se, logo, o consumo e comercialização desses animais é
permitida e conta com a grande demanda da população e de estrangeiros.
Outrossim, o contágio de trabalhadores nos frigoríficos, por Covid-19, prova que
esses locais são sim de alta propagação de microorganismos, e as últimas pandemias
(SARS, MERS, H1N1, e outras doenças como eCDJ) estão também relacionadas a essa
produção industrial de animais (principalmente porcos, vacas e galinhas) devido a ideia
antropocêntrica de que esses animais são objetos de exploração de humanos.
Em outros casos, a base cultural alimentar de uma sociedade pode estar
intimamente ligada ao surgimento de novas doenças a partir da alimentação. Um exemplo
seria com o surgimento da doença pelo vírus Ebola, onde no Sudão, os morcegos
africanos vivem em proximidade com os humanos - sendo manuseados frequentemente
ou fazendo parte da dieta local. O vírus Ebola (EV) está entre os patógenos humanos mais
virulentos, causando uma doença grave semelhante ao choque séptico fulminante. A taxa
de mortalidade durante a epidemia na África Ocidental foi estimada em aproximadamente
70%; o vírus é transmitido aos humanos por animais selvagens e se espalha nas
populações humanas por transmissão de pessoa a pessoa.

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Bem como a produção animal global sustentada pelo agronegócio que favorece a
origem de doenças zoonóticas - a ingestão de alimentos contaminados com o agente da
EEB (encefalopatia espongiforme bovina) é associada a Nova Variante da Doença de
Creutzfeldt-Jakob que acomete principalmente jovens e afeta gravemente o sistema
nervoso central; a EEB pode ser introduzida numa região pela importação de bovinos
infectados ou produtos de origem animal contaminados.

CONCLUSÃO
A pandemia de Covid-19, assim como diversas outras pandemias e doenças já
citadas anteriormente, estão intimamente associadas com a alimentação onívora e a
ruptura ecológica produzida pelo sistema de produção de alimentos, devido às condições
na qual os animais permanecem e são criados e oferecidos à sociedade para consumo.
É essencial manter um estilo de vida saudável e sustentável. Ou seja, alimentos
nutritivos à base de vegetais, principalmente os produzidos em propriedades
agroecológicas locais, podem fortalecer o sistema imunológico do indivíduo,
desenvolvendo uma capacidade de resistir a outras doenças, como por exemplo a Covid-
19.
Ademais, os patógenos possuem um ciclo natural no qual os seus hospedeiros são
os animais silvestres e as ações antrópicas que quebram esse ciclo ocasiona na exposição
desses organismos, por isso, é importante considerar a preservação e conservação desses
seres e de seus habitats naturais a fim de garantir que os humanos não sejam inseridos no
ciclo de vida de tais microrganismos na tentativa de interromper novos casos epidêmicos
ou até mesmo pandêmicos.
A nutrição e a agroecologia são dois pilares que devem coexistir e caminhar juntos
visando a promoção da saúde ambiental e humana, visto que são duas temáticas
extremamente relacionadas à segurança alimentar e à saúde geral da sociedade.

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ATIVIDADE LARVICIDA DE EXTRATOS AQUOSOS DAS FOLHAS DE
CLUSIA FLUMINENSIS (CLUSIACEAE) SOBRE LARVAS DE AEDES
AEGYPTI (DIPTERA: CULICIDAE)

Alex Michel Silva Araújo1; Lidiane Quérolin Macena da Silva2; Marcilene Souza da
Silva3; Karine da Silva Carvalho4; Rômulo Carlos Dantas da Cruz 5; Ivone Antonia de
Souza6.

1,2
Graduandos de Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco.
3
Mestranda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
4
Doutora em Biociências e Biotecnologia em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz e
docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba.
5
Pós-doutorando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Pernambuco.
6
Doutora em Farmacologia pela Universidade de Coimbra e docente associado pela
Universidade Federal de Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Aedes aegypti é conhecido por ser o principal vetor do vírus da dengue, chikungunya e
Zika. Como alternativa a utilização de inseticidas sintéticos que podem impactar
negativamente o ambiente, há pesquisas de compostos bioativos provenientes de vegetais
que atuem como inseticidas naturais. Nesse sentido, esse trabalho objetivou avaliar a
atividade larvicida de extratos aquosos da planta Clusia fluminenses sobre larvas de Ae.
aegypti. Para tal, os extratos aquosos das folhas frescas foram obtidos por maceração
dinâmina e decocção, durante três horas e vinte minutos, respectivamente. Larvas do
terceiro estádio foram utilizadas nos ensaios biológicos. Como resultado, houve atividade
larvicida promissora em que a mortalidade larval ultrapassou 70% (em todas
concetrações) na primeira hora do experimento para o extrato obtido por maceração
dinâmica, enquanto na decocção esse percentual foi alcançado nos primeiros trinta
minutos. Dessa forma, os extratos aquosos obtidos de Clusia fluminensis são promissores
para a formulação de inseticidas naturais.

Palavras-chaves: Inseticidas naturais; bioensaios; vetores; maceração dinâmica;


decocção.

INTRODUÇÃO

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De acordo com dados do boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Vigilância
da Sáude do Ministério da Saúde (2020), de 2008 a 2019 foram notificados
aproximadamente 11,6 milhões de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil e neste
período foram quantificados 7043 óbitos em decorrência dessas doenças.
Aedes aegypti é um mosquito da ordem diptera e família Culicidae conhecido por ser o
principal vetor de transmissão dos quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV - 1, 2, 3 e
4), além de transmitir os vírus causadores das doenças zika, chikungunya e febre amarela
(VASCONCELOS, 2015). Entretanto, ainda não existe vacina disponível
comercialmente ou tratamento específico para a dengue e outras arboviroses (BHATT et
al., 2013), o que torna necessário o controle da proliferação do mosquito vetor (BRASIL,
2008).
Diversos mecanismos são utilizados para se fazer esse controle vetorial, dentre eles o
controle químico com o uso de produtos químicos para eliminar larvas e adultos de Ae.
aegypti. Contudo, esses produtos químicos podem ser danosos ao meio ambiente (ZARA
et al., 2016), além de selecionar populações de mosquitos resistentes. Sendo assim, é
crescente a busca por vegetais que possuam compostos bioativos que atuem como
inseticidas, a fim de dirimir os danos causados ao ambiente a partir da utilização de
inseticidas químicos sintéticos (SUGAUARA et al., 2020).
De acordo com Noldin, Isaias e Filho (2006), diversas espécies da família Clusiaceae
produzem compostos secundários, como cumarinas, xantonas, flavonóides e terpenos,
que possuem diversas propriedades. Clusia fluminensis (Clusiaceae) é endêmica do
Brasil, podendo ser encontrada em domínios fitogeográfios de mata atlântica sendo mais
comuns nas restingas e florestas pluviais, sua forma de vida é arbustiva e vive em
substrato terrícola (NASCIMENTO JR. e ALENCAR, 2020). Extratos hexânicos e
metanólicos de folhas e frutos de C. Fluminensis foram capazes de inibir 100% da
atividade proteolítica do veneno de Bothrops jararaca (OLIVEIRA, 2011) e foi possível
identificar efeito de inibição viral contra HSV-1, um simplexvirus causador da maioria
das formas de herpes simplex não genitais em humanos (LEVINO et al., 2015). Diante
da identificação de compostos bioativos em C. fluminensis, torna-se importante investigar
se esse vegetal possui compostos secundários com atividade inseticida sobre larvas de
Aedes aegypti.

OBJETIVOS
O presente trabalho possui o objetivo de avaliar a atividade larvicida de extratos aquosos
das folhas frescas de Clusia fluminensis sobre larvas de Aedes aegypti.

METODOLOGIA
Para o presente estudo foram utilizados os extratos aquosos obtidos por maceração
dinânica e decocção de folhas frescas, verdes, visualmente intactas e livre de pragas e
doenças, da espécie Clusia fluminensis, coletadas durante uma manhã de setembro de
2021 no município de Recife/PE. As coordenadas geofráficas para a localização da Clusia

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fluminensis são 8°02'49.3"S 34°56'59.3"W. Após a coleta das folhas frescas, realizou-se
a pesagem e lavagem em água destilada.
Para a obtenção do extrato aquoso por maceração dinâmica foram utilizados 100 gramas
de folhas frescas para um litro de água destilada submetidos à turbólise em liquidificador
industrial por 1,5h , posteriormente sujeitados a agitação mecânica por três horas em uma
mesa agitadora elétrica à temperatura ambiente (26 ± 1 ºC). Em seguida, o material foi
filtrado e acondicionado à 3 ± 1 ºC por 14 horas.
Na produção do extrato aquoso por decocção também foram utilizados 100 gramas de
folhas frescas para 1 litro de água destilada, submetidos à turbólise em liquidificador
industrial por 1,5h e subsequentemente sujeito ao processo de ebulição (100 ºC) por 20
minutos com o uso de um ebulidor elétrico. Ulteriormente, o material foi filtrado e
deixado arrefecer até atingir a temperatura ambiente (26 ± 1 ºC).
Os ensaios larvicidas com Ae. aegypti foram realizados em sala climatizada com uma
média de 25,4 ºC e 38% de umidade. Foram usadas as concentrações de 100% (v/v), 80%
(v/v), 60% (v/v), 40% (v/v), 20% (v/v) e 10% (v/v) dos extratos aquosos e para as
diluições foi utilizada água destilada.
Para os tratamentos foram usados recipientes semi-acrílicos transparentes e cada
tratamento contou com 60 larvas, onde foram realizadas três repetições com 20 larvas em
20 ml de solução (extrato aquoso e água destilada) cada, seguindo as concentrações
supracitadas. Larvas do grupo controle foram submetidas apenas 20 ml de água destilada.
A exposição das larvas aos tratamentos durou 24h e, partindo do príncipio do
experimento, foram realizadas observações de mortalidade das larvas com ½, 1, 2, 4, 8,
16 e 24 horas.
As larvas utilizadas foram de terceito ínstar, sendo elas provenientes de ovos obtidos em
uma colônia estabelecida no Laboratório de Pesquisa de Toxicologia do Departamento de
Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco (CRUZ et al., 2020).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os bioensaios com os extratos aquosos mostraram que nos grupos tratados houveram
efeitos larvicidas significativos ao longo das 24h do experimento em todas as
concentrações utilizadas. Abaixo é possível visualizar a média de mortalidade obtida
através das diferentes concentrações do extrato aquoso obtido por maceração dinâmica:

Gráfico 1- Mortalidade larval ao longo de 24 horas nas diferentes concentrações do


extrato aquoso das folhas frescas de Clusia fluminensis obtido por MACERAÇÃO
DINÂMICA.

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100%
MORTALIDADE LARVAL (%) 100% (v/v)
80%
80% (v/v)
60% 60% (v/v)
40% (v/v)
40%
20% (v/v)
20% 10% (v/v)

0% Controle
0,5 1 2 4 8 16 24
TEMPO DE EXPOSIÇÃO (HORAS)

Fonte: Elaborado pelos autorores (2021)


Os percentuais de mortalidade são acumulativos ao longo do tempo analisado. No gráfico
1 é possível constatar que os resultados do bioensaio com o extrato aquoso obtido por
maceração foram positivos à atividade larvicida, onde a mortalidade larval foi superior a
70% em todas as concentrações ainda na primeira hora do experimento, e nenhuma das
concentrações apresentou menos que 90% de mortalidade larval ao se completarem as
24h. No grupo controle não houve mortalidade durante as 24 horas de realização do
experimento.

Gráfico 2 - Mortalidade larval ao longo de 24 horas nas diferentes concentrações do


extrato aquoso das folhas frescas de Clusia fluminensis obtido DECOCÇÃO.
100%
100% (v/v)
MORTALIDADE

90%
LARVAL (%)

80% (v/v)
60% (v/v)
80%
40% (v/v)

70% 20% (v/v)


10% (v/v)
60% Controle
0,5 1 2 4 8 16 24
TEMPO DE EXPOSIÇÃO (HORAS)

Fonte: Elaborado pelos autores (2021)


Os resultados também são acumulativos ao longo do tempo de observação. Os resultados
do bioensaio para o extrato aquoso obtido por decocção também foram satisfatórios, e a
mortalidade com o uso desse extrato foi ainda mais evidente que o anterior, onde, nos
primeiros 30 minutos já houve mortalidade mínima de 70% em todas as concentrações e
em 24h houve mortalidade de 100% para as concentrações de 40, 60, 80 e 100% (v/v). O
grupo controle não apresentou mortalidade durante as 24 horas de observação do
experimento. A partir da análise estatística utilizando o teste de Tukey (p<0,05), os dados
demonstraram que não houve diferença significativa após 24 horas de experimento entre
as concentrações utilizadas, tanto para o método de maceração dinâmica quanto de

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decocção (Tabela 1). Desse modo, mais estudos podem ser realizados utilizando
concentrações menores de ambos os extratos aquosos, uma vez que as folhas de C.
fluminensis possui um potencial inseticida promissor.

TABELA 1. Percentual de mortalidade de larvas de terceiro de Aedes aegypti, em relação


ao tempo de exposição aos extratos aquosos a partir das folhas frescas de Clusia
fluminensis.

Concentração (%) Mortalidade larval (%)1


v/v Maceração dinâmica Decocção
24h 24h
a
100 95,00 100,0a
80 90,00a 100,0a
60 100,0a 100,0a
40 98,33a 100,0a
20 91,67a 98,33a
10 90,00a 98,33a
Controle 0,00b 0,00b
1
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, não diferem significativamente pelo teste
de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Elaborado pelos autores (2021)
De acordo com os dados obtidos, o extrato aquoso obtido pelas duas técnicas de extração
foram eficazes e apresentam atividade larvicida contra larvas do Ae. aegypti. Todavia, o
extrato obtido por decocção exibiu uma atividade mais imediata que o extrato obtido por
maceração dinâmica. Em um estudo feito por Anholeti et al. (2015), foram realizados
análises de biocontrole de extratos hexânicos e brutos de flores e frutos da Clusia
fluminensis contra o Ae. aegypti, onde, foi relatada atividade larvicida com 93,3% de
mortalidade e atraso significativo no desenvolvimento desse mosquito através do extrato
hexânico da flor. O extrato hexânico das flores também demonstrou efeito na taxa de
sobrevivência de hemípteros Oncopeltus fasciatus, onde a taxa de mortalidade foi de
33,3% para ninfas de 4º estádio (DUPRAT, et al. 2017). Sendo assim, é perceptível que
não apenas as folhas frescas possuem atividade, mas, outras partes da planta também o
possuem e, junto a isso, é possível realizar a avaliação de diversos tipos de produção de
extratos dessa espécie para tentar obter o extrato de diferentes partes vegetais mais
eficiente como larvicida.

CONCLUSÃO
Os extratos aquosos obtidos pelos métodos de maceração dinâmica e decocção das folhas
frescas de Clusia fluminensis demonstraram atividade larvicida contra larvas do Aedes
aegypti. Este resultado é promissor para o desenvolvimento de larvicidas à base de
produtos naturais que agridam menos o meio ambiente.

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USO DE NICOTINA E TABACO NA GESTAÇÃO: UMA ASSOCIAÇÃO DE
RISCO À UNIDADE PLACENTÁRIA
Ana Vitoria Ferreira dos Santos1; Giovanna Laura de Lima Borba2; Anna Carolina Lopes
de lira3; Maria Luiza Figueira de Oliveira4; Gleidson Victor Ramos da Silva5; Bruno
Mendes Tenório6
1
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
2
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
3
Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco
4
Biomédica, mestranda da pós-graduação em bioquímica e fisiologia na Universidade
Federal de Pernambuco
5
Graduando em Odontologia pela Universidade federal de Pernambuco
6
Médico Veterinário, Doutor em Biociência Animal pela Universidade Federal rural de
Pernambuco.

Email do autor: [email protected]

RESUMO
O uso de cigarro durante a gestação é um problema de saúde pública de âmbito global
que traz riscos para a saúde materna e fetal. Associado a isto, gradualmente, ocorre o
aumento de popularidade dos sistemas eletrônicos de entrega de nicotina (ENDS), os
cigarros eletrônicos, trazendo novas preocupações a respeito do seu uso durante a
gravidez. Ao passo que, as pesquisas em modelos animais simulam a fumaça do tabaco e
a exposição nicotina durante a gestação, ampliam-se descobertas em indivíduos. Embora
a placenta seja um tecido derivado do feto, onde são transportadas substâncias presentes
no corpo da mãe para o bebê, ainda não se tem estudos concretos que foquem nos efeitos
dessa exposição sob a placenta. Entretanto, estudos recentes ajudam a entender o risco
dessa exposição no feto durante seu desenvolvimento. Sendo assim, esta revisão tem
como objetivo trazer pesquisas sobre as placentas que sofreram exposição, e suas
mudanças histológicas e moleculares.
Palavras-chaves: Nicotina. Tabaco. Produtos químicos. Placenta. Vitamina C.

INTRODUÇÃO
Durante a década de 50, nos Estados Unidos, foi documentado pela primeira vez
os efeitos negativos do uso do tabaco durante uma gestação. Isso proporcionou a
observação de que bebês nascidos de mães fumantes tinham um menor peso ao nascer
quando comparados com nascidos de mães não fumantes. As taxas de tabagismo durante

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a gestação constituem um problema de saúde pública, e suas taxas variam em todo estado
entre 6,8% (Utah) até 25% (West Virginia). Com o advento da tecnologia, cada vez mais
rápido, foram desenvolvidas ferramentas digitais que encorajam as grávidas tabagistas a
pararem de fumar.
No entanto, ainda persiste a exposição ao tabaco, como responsáveis pelo risco
materno e neonatal a comorbidades perinatais, como parto prematuro e restrição do
crescimento fetal. Dentre as inúmeras substâncias presentes no tabaco, a nicotina é o foco
de pesquisas pela sua capacidade de ser viciante. Paralelo a isso, os sistemas eletrônicos
de liberação de nicotina (ENDS), que estão no mercado desde 2007, vem sendo utilizado
como uma estratégia para indivíduos fumantes pararem de fumar, todavia, existe uma
falta de informações sobre esta ferramenta.
Nos Estudos que visam a exposição à nicotina durante o desenvolvimento fetal,
em sua maioria, são usados modelos animais, camundongos, primatas não humanos ou
ratos. Nestes modelos, a nicotina é administrada de forma que ela seja implantada, através
de bombas osmóticas ou injetadas, por meio de injeções subcutâneas. Sendo, conforme o
estudo visto que, o uso da nicotina livre as outras substâncias do cigarro, altera o
desenvolvimento pulmonar fetal, traz efeitos neuronais e metabólicos para a prole.

OBJETIVOS
Trazer informações concentradas em estudos que visam compreender as
exposições ao tabaco que afetam diretamente a placenta e suas implicações na saúde na
mãe e do feto, juntamente com estudos atuais sobre a suplementação com vitamina C em
mães fumantes, com o objetivo de compensar o dano oxidativo trazido pelo tabaco.

METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente estudo, foi realizado um levantamento
bibliográfico em bases de dados, como PubMed, Google Acadêmico, LILACS e sciELO,
utilizando como descritores as palavras nicotina, tabaco, produtos químicos, placenta e
vitamina C, respectivamente. Sendo utilizado, artigos de 2015 a 2021.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Sabe-se que a função da placenta é essencial para a manutenção de uma gestação,
e que alterações presentes nela afetam diretamente o desenvolvimento e crescimento do
feto. Pois, a placenta é única e serve como um órgão endócrino, metabólico e condutor,
pelo qual substâncias boas, como nutrientes, e substâncias ruins, como toxinas e
compostos reativos, passam da mãe para o feto, sendo uma placenta com alterações,
responsável por abortos espontâneos, descolamento, pré-eclâmpsia, entre outros, a
depender do grau de exposição ao tabaco. Desse modo, é fundamental compreender a

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resposta da placenta à exposição materna ao tabaco (MTSE), a fim de entender o que
ocorre no feto.
De acordo, com alguns estudos, foi realizado técnicas de cultura in vitro para
modelar a resposta da placenta à exposição, que relataram mudanças na migração do
trofoblasto, alterações do sistema imunológico da placenta, viabilidade e invasão. Além
disso, sabe-se que o tabaco induz danos oxidativos nos pulmões de indivíduos fumantes,
visto que, a fumaça do tabaco cria espécies reativas de oxigênio através da ativação da
via CYP450.
Desse modo, estudos de danos oxidativos a placenta foram realizada em tecido
humano e modelos animais, mostrando que a marca da exposição materna ao tabaco na
placenta pode ser observada ao microscópio, através de Histopatologia para detectar os
marcadores da peroxidação líquida (4-hidroxinonenal) e oxidação de DNA (8-hidroxi 20-
desoxiguanosina), foi revelado que em placentas de mães fumantes se tem níveis
aumentados desses marcadores oxidativos e níveis aumentados de coloração para enzima
de fase I (CYP1A1), revelando uma correlação entre o tabagismo e o dano oxidativo na
placenta. De tal forma que, o estresse oxidativo da placenta é um ponto importante em
casos de MTSE.
Paralelo, ao aumento do estresse oxidativo, o uso de antioxidantes é utilizado.
Concentrando-se, em estudo de suplementação com vitamina C, revelam boas notícias. A
vitamina C se mostra capaz de prevenir algumas das consequências da exposição à
fumaça do tabaco no feto. De acordo com um ensaio clínico, multicêntrico, randomizado,
controlado por placebo e duplo-cego, foi utilizado suplemento diário de Vitamina C ou
placebo para gestantes fumantes. Sendo descoberto que, essa suplementação estava
associada a uma melhora da função pulmonar do recém-nascido dentro de 72 horas após
o nascimento em comparação aos que receberam o placebo. Mostrando que a vitamina C
parece ser benéfica para uso de gestantes fumantes.
O Componente viciante do cigarro, Nicotina, consegue atravessar a placenta,
sendo seus efeitos estudados em modelos animais há décadas. Os efeitos, associados a
ligação do composto com receptores nicotínicos de acetilcolina (nAChRs), que quando
estimulados liberam atuam como agonistas endógenos. Os nAChRs são encontrados em
vários tecidos do corpo, incluindo a placenta, sendo incluídos em múltiplos processos
celulares, como proliferação, adesão e migração. Desse modo, em humanos o tabagismo
materno é associado a níveis de nAChRs na placenta.

CONCLUSÃO
É notório que, o ato de fumar durante a gravidez prejudica a mãe e o feto em
desenvolvimento. Em gestantes fumantes, os recém-nascidos nascem com baixo peso ao
nascer e partos prematuros podem ocorrer, tendo maior risco de desenvolver problemas
pulmonares e são mais propícios ao desenvolvimento de asma durante a infância. Além
do mais, estudos de placentas nos permitem entender algumas causas e consequências dos

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efeitos trazidos pela exposição ao tabaco e nicotina no útero. Dessa forma, no futuro, é
importante incluir estudos relacionados a placenta e o uso de sistemas eletrônicos de
nicotina (ENDS) durante a gestação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANALGESIA NÃO FARMACOLÓGICA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS
Mariana Stefenoni Ribeiro1; Luiza Costa Fabris2; Victoria Maia Costa Varejão Andrade3;
Júlia Goese Grobério4; Maria Carolina Fitaroni de Moraes5; Pedro Henrique Neme
Holliday6; Ana Luiza Pazinatto Vago7; Carlos Eduardo David de Almeida8

1,5
Graduando em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória
2,3,7
Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira MULTIVIX
4,6
Graduando em Medicina da Universidade Vila Velha
8
Médico. Especialização em Anestesiologia pela Universidade São Paulo. Doutorado em
Anestesiologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Introdução: A dor está relacionada distúrbios do neurodesenvolvimento, dessa maneira,
é extremamente importante tratar e reduzir a dor. Objetivos: Identificar as principais
estratégias não farmacológicas para controle da dor e os seus efeitos, em pacientes
pediátricos. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, a base de dados utilizada
foi o Pubmed e os descritores ,"Child", "Pain", "Pediatrics" e "Pain Management", foram
obtidos no DeCS. 17 artigos foram escolhidos para compor esta revisão. Resultados e
Discussão: O uso de escalas pode ser útil na mensuração da intensidade da dor do
paciente. É importante o envolvimento dos profissionais de saúde e dos cuidadores das
crianças durante os procedimentos. Como analgesia, pode-se utilizar de métodos de
distração, crioterapia, leite ordenhado, dentre outros. Conclusão: Diversos métodos não
farmacológicos podem ser utilizados visando diminuir a dor em crianças e adolescentes,
sendo fundamental seu conhecimento pelos profissionais de saúde.
Palavras-chaves: Crianças; Dor; Pediatria; Manejo da dor; Anestesiologia.

INTRODUÇÃO
A dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a
dano real ou potencial ao tecido ou descrita em termos de dano. A dor é um dos sintomas
mais comuns em crianças que acessam o Pronto-Socorro Pediátrico. No entanto, muitos
estudos mostram que ela é mal avaliada e tratada durante a fase de triagem e que, em
muitos casos, escalas adequadas não são utilizadas para sua avaliação. Infelizmente,
grande parte das crianças não recebe prevenção adequada da dor durante os
procedimentos. Ressalta-se que a dor está relacionada com distúrbios do

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neurodesenvolvimento, dessa maneira, é extremamente importante tratar e reduzir a dor.
Estudos evidenciaram que aumento de procedimentos dolorosos na Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal (UTIN) e maior estresse relacionado a dor neonatal foram associados
a uma massa cinzenta cortical mais fina, menor função cognitiva e motora e mais
comportamentos ansiosos e deprimidos na infância. Além disso, pesquisas mostraram
efeitos prejudiciais de experiências dolorosas repetidas em recém-nascidos, incluindo
desenvolvimento cortical alterado, processamento alterado da dor, aumento do
comportamento de internalização e efeitos de longo prazo na resposta do cortisol. Vale
destacar que negligenciar a dor pode causar ansiedade e fobias, além de aumentar a
percepção de dor no futuro. Diante do exposto, é crucial o conhecimento sobre analgesia
não farmacológica em pacientes pediátricos.

OBJETIVOS
Identificar as principais estratégias não farmacológicas de controle da dor e os seus
efeitos, em pacientes pediátricos.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão bibliográfica e os artigos foram coletados das bases de dados
Pubmed. Os descritores utilizados foram "Child", "Pain", "Pediatrics" e "Pain
Management", obtidos no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os filtros utilizados
para selecioná-los foram textos completos livres, estudo clínico e multicêntrico
envolvendo seres humanos publicados nos últimos 5 anos. Os critérios de exclusão foram
fuga ao tema. No início, foram obtidos 8.575 resultados, após a colocação dos filtros
restaram 210 artigos válidos e, por fim, 16 foram utilizados para compor esta revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A utilização de protocolos e adoção de práticas de atualização são essenciais no auxílio
aos profissionais de saúde sobre o manejo de dor em pacientes pediátricos. Ressalta-se
que o uso de escalas como a escala de face de dor e a escala analógica de cores pode ser
útil na mensuração da intensidade da dor do paciente. É importante destacar a importância
do envolvimento dos profissionais de saúde e dos cuidadores das crianças durante os
procedimentos, visando diminuir a percepção de dor e tornar os procedimentos menos
estressantes para os pacientes. Ressalta-se que a dor em neonatos pode ser reduzida por
diversas intervenções não farmacológicas. Dentre tais intervenções, se destacam a
ingestão oral de soluções com sabor doce, como glicose ou sacarose, o contato pele a
pele, a amamentação e a canção de ninar pelos pais durante os procedimentos dolorosos.
De acordo com Shukla et al. (2018) a utilização de leite ordenhado e mãe canguru deve
ser a primeira escolha como método para controle da dor em neonatos prematuros.
Estudos têm demonstrado que a distração pode diminuir a percepção da dor durante
procedimentos realizados em crianças e adolescentes. O Buzzy, um dispositivo em forma

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de abelha que produz vibrações e resfria por meio de asas congeladas, pode ser utilizado
como analgesia, pois ajuda a bloquear a transmissão dos sinais dolorosos. Tal dispositivo
tem se demonstrado extremamente eficaz quando combinado com cartões de distração na
redução da dor durante a punção venosa. A Realidade Virtual (RV) pode ser
extremamente eficaz para distração de pacientes pediátricos durante procedimentos como
punção venosa ou imunização. Embora promissora, o uso da RV pré-operatória não
demonstrou ter efeito benéfico em relação à diminuição da ansiedade, dor e delírio nos
pacientes. Além disso, estudos estão sendo desenvolvidos para avaliar se o seu uso seria
eficaz na diminuição da percepção dolorosa no pós-operatório de crianças e adolescentes.
De acordo com Palermo et al. (2020), o uso de um programa interativo que ensina
habilidades de relaxamento e estratégias de enfrentamento da dor pode ser benéfico em
pacientes pediátricos com dor crônica relacionada à pancreatite. Ademais, destaca-se que
crianças e adolescentes com dor crônica correm o risco de abuso de opióides e muitos são
inicialmente expostos a narcóticos prescritos para tratar a dor. Mais especificamente,
crianças e adolescentes correm o risco de dor persistente e uso de opióides após a cirurgia,
sendo o período cirúrgico um risco significativo para a exposição inicial a opióides em
crianças. Os métodos não farmacológicos para tratar a dor podem melhorar a analgesia
após a cirurgia e diminuir a exposição a opioides, um fator de risco para dependência
futura. Em relação a pacientes com dor crônica, o aplicativo Pain Squad +, desenvolvido
para fornecer aos adolescentes suporte em tempo real para o autogerenciamento da dor,
também pode ser uma alternativa em pacientes com dor crônica. Além disso, a utilização
do aplicativo Mobile Management of Adolescent Pain (WebMAP) foi associada à
redução da dor e da incapacidade de jovens entre 10 e 14 anos com dor crônica.

CONCLUSÃO
Dessa forma, observa-se que o controle da dor em pacientes pediátricos é de fundamental
importância e o manejo correto com medidas não farmacológicas pode contribuir para
conter danos futuros aos pacientes pediátricos como o desenvolvimento de ansiedade,
fobias, dependência a opióides, aumento da percepção de dores futuras, entre outros.
Considerando ainda que a utilização de métodos não farmacológicos tenha se mostrado
segura, eficaz, com custo reduzido e relevantes tanto para procedimentos complexos e
demorados, quanto para procedimentos menores de rotina em crianças, eles são
negligenciados visto a falta de protocolos, práticas de atualização e instrumentos digitais
de saúde baseados em evidências, limitando o trabalho dos profissionais de saúde. Além
das medidas técnicas de saúde, a participação dos familiares e o cuidado centrado na
família são de suma importância para o cenário de controle da dor, principalmente em
neonatos internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) que, além do
sofrimento diário com os procedimentos de rotina, sofrem pela separação prematura dos
pais. Dessa forma, a fim de se evitar consequências sociais, fisiológicas e psicológicas
futuras, vê-se a necessidade da utilização de métodos não farmacológicos para o controle
da dor e da atualização do sistema de saúde para a utilização de novas técnicas, garantindo

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maior segurança para os pacientes pediátricos, suas famílias e para os trabalhadores da
área da saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PANDEMIA COVID-19: UM AGENTE POTENCIALIZADOR DE
TENTATIVAS E SUICÍDIOS? UM ESTUDO MULTIDISCIPLINAR ENTRE
SOCIOLOGIA E PSICANÁLISE

Arthur Silva de Andrade¹


1
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio do Recife
[email protected]

RESUMO
O suicídio é considerado por séculos como um sério e muldidimensional problema de
saúde pública, impactando diretamente a sociedade. Logo, é a partir do fenômeno do
suicídio e dos estudos sociológicos de Émile Durkheim e psicanalíticos de Sigmund Freud
que o estudo teórico se desdobrou. Pesquisas demonstram que os impactos da pandemia
COVID-19 vem gerando na sociedade efeitos dos mais diversos, como a potencialização
do sofrimento, dando espaço a agravos mais profundos. Enquanto objetivo central,
buscou investigar uma possível interlocução entre a pandemia COVID-19 enquanto
potencializadora de tentativas e suicídios. Por fim, concluiu-se que o advento da
pandemia COVID-19 representa um expressivo aumento dos casos de tentativas e
suicídios pelo fato do social exercer nos sujeitos coerções exteriores, que evoca uma
renúncia do eu à vida, devido a causas externas e bem como ainda renúncia poderia provir
de causas internas, de motivos próprios ao eu.

Palavras-chaves: Suicídio. Covid-19. Saúde Pública. Sociologia. Psicanálise.

INTRODUÇÃO
Em linhas gerais, o suicídio é um sério e multidimensional problema de saúde
pública, um complexo que envolve fatores psicológicos, sociais, biológicos, culturais e
ambientais, impactadno diretamente a sociedade e que pode ser evitado; é causado por
diversos fatores e é perpassado por um histórico pessoal específico, como autoagressões
que envolve ideação, ameaças, tentativas e atos suicidas, sendo assim, o suicídio
apresenta-se como um de seus desfechos, logo o mais grave, é ainda associado ao
comportamento suicida: a depressão, trasntornos psiquiátricos, álcool e outras dorgas etc.
estatisticamente no Brasil, 51% dos casos de suicídio acontecem dentro de casa (WHA,
2019).
Sendo considerado um fenômenos psicossocial complexo, aspectos da vida social
do sujeito também são de fundamental importância ao existir dele próprio, como por
exemplo: guerras, fenômenos socioeconômicos, culturais, políticos etc. e à vista disso a
pandemia COVID-19, enquanto disseminação mundial de uma nova doença, pode
impactar uma sociedade de diversas formas, inclusive na sua saúde mental; à vista disso
podendo gerar variados agravos a partir do isolamento social e com isso de toda uma nova

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adaptação cotidiana, drasticamente modificada. Logo, estudos especulam uma estreita
relação entre pandemia e a potencialização de tentativas e suicídios (AMMERMAN et
al., 2020).
Como já entendido, a pandemia COVID-19 por si só não é o único fator para o
suicídio, mas levando em consideração que fatores como: 1. Isolamento afetivo e
sentimento de solidão; 2. Sentimento de desamparo e desesperança; 3. Crise existencial
são alguns dos sinais de alerta mais comuns, o isolamento social veio acentuar essas
condições, ou seja, potencializar o sofrimento, através do: 1. Medo; 2. Isolamento; 3.
Solidão; 4. Desepserança; 5. Acesso reduzido a suporte dos mais diversos etc. cedendo
espaço para agravos mais profundos; pode então ser uma junção nociva de fatores de risco
(REGER, STANLEY; JOINER, 2020).
Em suma, o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua célebre obra:
“O suicídio” (1897), fala do suicídio enquanto fenômeno social, pois, segundo suas
ideias, deve-se olhar para o suicídio não como acontecimento particular, de forma
exclusivamente singular e separada, mas analisar o conjunto dos suicídios cometidos
numa sociedade dada, durante um certo período de tempo, constata-se que deixa-se de
tratar de unidades independentes, um todo de coleção, mas que ele constitui por si só um
fato novo, de unidade individual e natureza própria, e que a posteriori é uma natureza
eminentemente social (DURKHEIM, 1986/2000).
Por conseguinte, o médico neurologista Tcheco Sigmund Freud (1856-1939),
enfatiza a multideterminação do ato suicida, mostrando que os aspectos envolvidos na
multideterminação dos atos suicidas origina-se através das forças psíquicas que levam o
sujeito à auto-destruição, que evoca uma renúncia do eu à vida, devido a causas externas
e bem como ainda renúncia poderia provir de causas internas, de motivos próprios ao eu.
Sendo assim o suicídio uma expressão direta dessa dinâmica tensional, já insuportável
pelo medo, deseperança, perda da auto-estima e que ocasiona o desamparo engoico, tendo
o seu objeto de desejo perdido e deixa-se morrer, uma fuga da vida (WERLANG et.al.
2004).
Por fim, vê-se através dessas articulações conceituais entre a Sociologia e a
Psicanálise que o social também influenciam o viver de cada sujeito, pois, segundo
D’Assumpção et.al (1984, p. 184), “a personalidade, a família e a estrutura social não
seriam sistemas fechados ou entidades separadas e independentes, porém componentes
interatuantes de um todo unificado”. Por isso, é necessário pensar em medidas de
prevenção ao suicídio de forma global e ampla.

OBJETIVOS
Objetivo Geral: investigar uma possível interlocução entre acentuação suicida e a
pandemia COVID-19.
Objetivos Específicos: 1. Conceituar o suicídio e seus desdobramentos; 2. Problematizar
a Pandemia COVID-19 enquanto potencializadora de tentativas e suicídios; Articular a
teoria sociológica de Émile Durkheim e psicanalítica de Sigmund Freud sobre o suicídio.

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METODOLOGIA
Enquanto metodologia, utilizou-se como metodologia de pesquisa a análise
bibliográfica, que de acordo com Fonseca (2002) é um tipo de pesquisa que é realizada a
partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas no meio
científico, bem como livros, artigos e dentre outras modalidades científicas. E de
abordagem qualitativa, que segundo Minayo (1993) se trata de uma abordagem que
trabalha com um nível de realidade que não pode ou não deveria ser quantificado, sendo
assim trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças,
dos valores e das atitudes.
Neste sentido, foram estudados livros clássicos da sociologia do teórico Émile
Durkheim (O Suicídio) e estudos gerais da Psicanálise freudiana. E, concomitantemente
ainda se pesquisando o assunto geral da proposta do estudo, atavés dos seguintes
desscritores: “Suicídio e Sociologia”; “Suicídio e Psicanálise”; “Suicidio e Covid-19” e
“Suicídio e Pandemia”. Sendo encontrado um total de 30 artigos, mas sendo selecionados
10 destes por tratarem de forma mais diretiva ao problema da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados apontaram que não existem muitas pesquisas que tratam diretamente
do assunto, mas outros que, mesmo de forma indireta, conseguem proporcionar
importantes contribuições para se pensar de forma multidisciplinar o advento da
potencialização de tentativas, suicídios e pandemia. Ainda mais, quanto mais a doença se
espalha, mais gera um maior impacto sobre a população, podendo afetar os índices de
comportamento suicida.

CONCLUSÃO
Conclui-se com o estudo que o suicídio continua sendo um sério e
muldidimensional problema de saúde pública que se faz necessário pensar em medidas
de prevenção ao suicídio de forma global e ampla. E que a pandemia COVID-19, através
do isolamento social e com isso de toda uma nova adaptação cotidiana, drasticamente
modificada veio acentuar essas condições, ou seja, potencializar o sofrimento, através do
medo, isolamento, solidão, desesperança; acesso reduzido a suporte dos mais diversos e
dentre outros pontos, dando espaço para agravos mais profundos, pode então ser uma
junção nociva de fatores de risco.
Por fim, conclui-se que tanto a Sociologia de Émile Durkheim quanto a
Psicanálise de Sigmund Freud dão contribuições convergentes no tocante ao fenômeno
do suicídio, onde ambas dão ênfase também ao estatuto do social e validando com isso
uma possível interlocução entre o suicídio e a pandemia global COVID-19. Isto posto,
conclui-se que o advento da pandemia COVID-19 representa um expressivo fator
desencadeante dos casos de tentativas e suicídios pelo fato do social exercer nos sujeitos
coerções exteriores, que evoca uma renúncia do eu à vida, devido a causas externas e bem
como ainda renúncia poderia provir de causas internas, de motivos próprios ao eu. É
sabido destacar ainda da importância de maiores estudos intervencionistas para cada vez

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mais se compreender melhor o suicídio e os seus múltiplos agentes acentuadores, visando-
se a prevenção e a pósvenção de forma multidiciplinar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMMERMAN, B. A., BURKE, T. A., JACOBUCCI, R.; MCCLURE, K. (2020).


Preliminary investigation of the association between COVID-19 and suicidal
thoughts and behaviors in the U.S. Journal Of Psychiatric Research, [2020], v. 134, p.
32-38, fev. 2021.

D’ASSUMPÇÃO, E. A.; D’ASSUMPÇÃO, G. M.; BESSA, H. A. Morte e Suicídio:


uma abordagem multidisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1984.

Durkheim, E. O suicídio. São Paulo: Martins Fontes, 1986-2000.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002.

MINAYO, M.C.S. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes,
1993.

REGER, M. et al. Suicide Mortality and Coronavirus Disease 2019 - A Perfect


Storm? JAMA Psychiatry, 2020

WERLANG, B. S.G.; MACEDO, M. M.K. e KRUGER, L. L. Pespetiva psicológica. In:


WERLANG, B. G.; BOTEGA, N. J. Comportamento Suicida. Porto Alegre: Artmed,
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WORLD HEALTH ASSOCIATION. Suicide, 2019.

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LARVICIDA DOS EXTRATOS AQUOSOS DE
FOLHAS DE CATRAEVA TAPIA (CAPPARACEAE) EM LARVAS DE AEDES
AEGYPTI (DIPTERA: CULICIDAE).

Lidiane Quérolin Macena da Silva1; Alex Michel Silva Araújo2; Karine da Silva
Carvalho3; Marcilene Souza da Silva4; Rômulo Carlos Dantas da Cruz5; Ivone Antonia
de Souza6.

1,2
Graduandos de Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco.
3
Mestranda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
4
Doutora em Biociências e Biotecnologia em Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz e
docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba.
5
Pós-doutorando em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Pernambuco.
6
Doutora em Farmacologia pela Universidade de Coimbra e docente associado pela
Universidade Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Dentre aplicações que as plantas oferecem destaca-se a produção de inseticidas naturais.
A descoberta de inseticidas que visem controlar a população de Ae. aegypti torna-se
imperativo diante da importancia médica que este mosquito possui. Assim, o objetivo
deste estudo foi avaliar a atividade larvicida de extrato aquoso das folhas de Crateva tapia
L. sobre Aedes aegypti. Para tal, foram avaliados os extratos obtidos por maceração
dinâmica e decocção de folhas frescas, durante 3 e 0,2 horas, respectivamente. Foram
utilizadas 20 larvas expostas as concentrações de 100%, 80%, 60%, 40%, 20% e 10%
(v/v). Os dados obtidos demonstraram que no período de 24 horas houve mortalidade
larval nas concentrações de 100% e 80%, do extrato obtido por maceração. A decocção
causou mortalidade larval inferior a 10%. Dessa forma, os extratos aquosos obtidos pela
maceração apresentam efeito tóxico mais eficaz que a decocção, sobre as larvas de Ae.
aegypti.

Palavras-chaves: Inseticidas naturais; bioensaios; vetores; decocção; maceração.

INTRODUÇÃO
O mosquito Aedes aegypti tem a capacidade de transmitir arboviroses como a dengue, a
Zika, febre amarela e chikungunya, sendo as doenças virais que mais acometem os

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humanos, com distribuição ampla em países tropicais e subtropicais, por serem
caracterizados por meio ambiente favorável ao desenvolvimento e a proliferação deste
mosquito (FRANÇA et al., 2017).
Devido ao grande problema de saúde pública na atualidade, são desenvolvidas estratégias
de prevenção e controle dos vetores baseados em multirões de limpeza e campanhas
educativas de conscientização para mudanças de hábitos, que se encaixam como método
preventivo e estão associadas a utilização de larvicidas e inseticidas químicos (ZARA et
al., 2016). Porém, a utilização desses produtos de forma constante seleciona mosquitos
resistentes, o que torna essencial a busca por novas alternativas visando o contole do vetor
(SOLÍS et al., 2020).
Dentre diversas alternativas, o uso de plantas medicinais e tóxicas para extração de
compostos a fim de serem utilizados para uso inseticida e larvicida, tem sido cada vez
mais estudados (PAVELA, 2016). Nesse cenário, o Brasil se destaca por apresentar uma
rica e diversificada flora sendo um dos países com maior diversidade no mundo em seu
extenso território (SOUSA et al., 2017). Esses produtos de origem natural podem
apresentar vantagens em relação aos produtos sintéticos, como maior biodegradabilidade
e ausência ou baixa toxicidade aos organismos não-alvos. Adicionalmente, os
bioprodutos podem apresentar menor custo para sua produção e são caracterizados como
novas alternativas para diminuir a população de insetos, pelas resistências apresentadas
pelos mosquitos em produtos sintéticos (GARCIA, 2021).
Diversos estudos tem identificado plantas com propriedades naturais incluindo atividades
inseticidas (OLIVEIRA; SANTOS, 2020). Crataeva tapia é uma angiosperma nativa
brasileira pertencente ao gênero Crataeva pertencente à família Capparaceae A. Juss..
Esse vegetal é encontrado em forma de árvore em substrato terrícola, pondendo atingir
de quatro a oito metros de altura, e está presente presente nos biomas da Caatinga,
Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia e abrangendo a maioria das regiões do Brasil (exceto
na região Sul) (NETO, 2020). Além de suas utilizações como alternativas naturais em
tratamento de diabetes, dor de estômago e febre (SHARMA et al., 2013), a C. tapia
demonstra uma série de propriedades biológicas, devido à presença de moléculas como
as proteínas CrataBL, heparina e outros glicosaminoglicanos, que possuem a capacidade
de promover tais interações (ZHANG et al., 2013).

OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivo avaliar a atividade larvicida de extratos aquosos das
folhas de Crataeva tapia sobre larvas de Aedes aegypti.

METODOLOGIA
Inicialmente as folhas frescas da espécie Crataeva tapia foram coletadas no periodo
diurno em Setembro de 2021 na Cidade Universitária, localizada no município de
Recife/PE, no nordeste brasileiro (8°02'50.6"S e 34°56'58.4"W). Após a coleta as folhas
foram pesadas e lavadas com água destilada para retirar as impurezas. Para extração

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foram utilizadas 100,0 g de folhas frescas, as quais foram submersas em um litro de água
destilada, a temperatura ambiente (25 ± 4 °C).
Para obter o macerado realizou-se uma maceração dinâmica, sendo o extrato vegetal
submetido à turbólise realizada em um liquidificador indústrial por 90 segundos,
passando pela agitação mecânica por duas horas, em uma mesa agitadora elétrica, e em
seguida foi filtrado e acondicionado à 3 ± 1 ºC por 14 horas.
Para obter o extrato aquoso pelo método da decocção, também foram utilizados 100
gramas de folhas frescas para um litro de água destilada, submetidos à turbólise em
liquidificador industrial por 90 segundos. Subsequentemente, o extrato vegetal foi
aquecido pelo ebulidor elétrico por vinte minutos após chegar no ponto de ebulição (100
ºC) e o material também passou pelo processo de filtração após chegar na temperatura
ambiente (26 ± 1 ºC).
Para a realização do ensaio larvicida utilizou-se o extrato aquoso em seis concentrações
distintas, iniciado em 100%, 80%, 60%, 40%, 20% e 10% (v/v), com três repetições cada
um. Foram utilizadas 60 larvas por tratamento em concentração, com 20 larvas por
repetição, além do grupo controle, no qual se utilizou água destilada e também para
completar os 20 mL conforme a diminuição da porcentagem de extrato por tratamento.
As larvas foram acondicionadas em recipientes semi acrílicos juntamente com o extrato
aquoso e água destilada, em temperatura ambiente 25,4 ºC e média 38% de umidade, e
submetidas em contato por um período de 24 horas. As observações foram realizadas após
30 minutos, 1, 2, 4, 8, 16 e 24 horas, a partir do início do experimento. As larvas de
terceiro instar de Ae. aegypti utilizadas para realização do bioensaio foram oriundas de
uma colônia estabelecida no Laboratório de Pesquisa de Toxicologia do Departamento de
Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, (CRUZ et al., 2017).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os percentuais de mortalidade são acumulativos até se completarem as 24 horas. No
primeiro gráfico é possivel observar que nos resultados do bioensaio através do extrato
aquoso obtido pelo método de maceração e proveniente das folhas frescas de Crataeva
tapia, no período de 24 horas ocasionou em média 26% de mortalidade larval no total,
demonstrando que o extrato aquoso apresenta toxicidade moderada sobre as larvas do A.
aegypti. As concentrações em 10% e 20% (v/v) apresentaram a ausência de mortes das
larvas, enquanto a concentração de 40% (v/v) obteve 17% de mortalidade e em 60% (v/v)
morreram o equivalente a 23% das larvas no periodo de 24 horas, apresentando atividade
larvicida significativa. Já nas maiores concentrações aplicadas, apresentaram 65% e 78%
de mortalidade larval em 80% (v/v) e 100% (v/v) do extrato aquoso. O grupo controle
não apresentou mortalidade durante as 24 horas de realização do experimento.
Gráfico 1: Resultado do bioensaio realizado com extrato aquoso das folhas frescas de
Crataeva tapia obtido por maceração dinâmica.

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80% 100 (v/v)
Mortalidade larval (%) 80 (v/v)
60%
60 (v/v)
40%
40 (v/v)
20% 20 (v/v)

0% 10 (v/v)
0,5 1 2 4 8 16 24 Controle
Tempo (horas)

Fonte: Elaboração dos autores (2021).


Observa-se no gráfico 1 que o aumento da mortalidade larval é diretamente proporcional
ao aumento das concentrações do extrato aquoso por tratamento, que pode ter ocorrido
em função de uma maior quantidade das substâncias bioativas que promovem a
toxicidade nos vetores por obterem propriedades larvicidas (CRUZ et al., 2020).
Entretanto, no extrato aquoso obtido pelo método de decocção das folhas frescas, as
concentrações de 10% (v/v) e 40% (v/v) não demonstraram atividade larvicida, enquanto
a concentração de 20% (v/v) atingiu 8% de mortalidade larval em 24 horas. Nas
concentrações de 100% (v/v) e 60% (v/v) demonstraram a mesma taxa de letalidade,
alcançando 2% da quantidade de larvas mortas após 1 hora de experimento, e para
concentração de 80% (v/v) houve 2% nas 24 horas. O grupo controle não apresentou
mortalidade durante as 24 horas de realização do experimento.
Ao final do bioensaio, os resultados obtidos pela decocção não foi eficaz como larvicida,
onde alcançou um percentual de mortalidade inferior a 10% em 24 horas de exposição:
Gráfico 2- Resultado do bioensaio realizado com extrato aquoso das folhas frescas de
Crataeva tapia obtido por decocção.

80% 100 (v/v)


Mortalidade larval (%)

80 (v/v)
60%
60 (v/v)
40%
40 (v/v)
20%
20 (v/v)
0% 10 (v/v)
0,5 1 2 4 8 16 24
Tempo (horas) Controle

Fonte: Elaboração dos autores (2021).


A análise estatística do extrato obtido por maceração, após 24 horas de exposição,
demonstrou que as concentrações de 100% e 80% (v/v), as quais ocasionaram 78,3% e
65,0% de mortalidade larval respectivamente, foram significativamente melhores quando
comparadas às demais concentrações (p<0,05) (Tabela 1). Em relação às concentração de
60% e 40% (v/v), estas foram significativamente melhores em relação às concentrações

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de 20 e 10% e ao grupo controle, sendo estas três últimas não foram tóxicas às larvas de
Ae. aegypti (Tabela 1).
TABELA 1. Percentual de mortalidade de larvas de terceiro de Aedes aegypti, em relação
ao tempo de exposição ao extrato aquoso obtido por maceração a partir das folhas frescas
de Crataeva tapia.

Maceração (%) Mortalidade larval (%)1


(v/v) 24h
100 78,3a
80 65,0a
60 23,3b
40 16,6bc
20 0c
10 0c
Controle 0c
1
Médias seguidas pela mesma letra nas colunas, não diferem significativamente pelo teste
de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.
A ausência do resultado de toxicidade no extrato obtido por decocção pode ter ocorrido
pela aplicação metodológica, a qual é voltada para extração de compostos com princípios
ativos termoestáveis através do calor por condução. A eficácia da extração está
relacionada de acordo com principios ativos encontrados em partes mais duras, sendo em
sementes, raízes e cascas (COLETTI, 2016). Dessa forma, devido a utilização de folhas
frescas e a presença de proteínas (não termoestáveis), o método de decocção pode ter
alterado a estrutura molecular pelo calor fornecido, causando a desnaturação proteica e
modificações na composição química do extrato, fato este que pode ter colaborado para
a não detecção da atividade larvicida do presente extrato (ALMEIDA, 2020).

CONCLUSÃO
O extrato aquoso obtido pelo método de maceração proveniente das folhas frescas de
Crataeva tapia possui efeito tóxico significativo sobre as larvas de Ae. aegypti. Todavia
o método de decocção não apresenta potencial larvicida. Torna-se necessário realizar
outros bioensaios com a extração vegetal a partir de folhas secas para obtenção mais
concentrada de compostos bioativos, a fim da detecção de atividades larvicidas mais
significativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, J. A. M. Características físico-químicas e sensoriais da carne ovina


submetida a diferentes métodos de cocção. Repositório-Unesp, 2020.

OLIVEIRA, V. L. F.; SANTOS, C. A. B. AVALIAÇÃO DA REPELÊNCIA E


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GARCIA, L. F. A. A madeira como fonte de larvicidas naturais contra o Aedes


aegypti: estudo de revisão e avaliação da atividade larvicida de seis espécies nativas
brasileiras. 2021. 173 f., il. Tese (Doutorado em Tecnologias Química e Biológica)-
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NETO, R. L. S.; LUBER, J. 2020. Capparaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim


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PAVELA R. História, presença e perspectiva do uso de extratos vegetais como


inseticidas botânicos comerciais e produtos agrícolas para proteção contra insetos - uma
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SOLÍS, A. D. L.; VERA, A. C.; CISNEROS J. et al. Resistência a inseticidas em Aedes


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SOUSA, I. J. O. et al. "A diversidade da flora brasileira no desenvolvimento de recursos


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ZHANG, F. et al. Estudos estruturais da interação da proteína da casca de Crataeva


tapia com heparina e outros glicosaminoglicanos. Biochemistry,v.52, p.2148−2156,
2013.
TEORIA DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL DE HILDEGARD
PEPLAU: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Ayanne Alves Bicalho 1; Celma Ramos Lima 2; Ellen Stefany Soares da Silva 3; Maria
Renata Silva Dias Veloso 4; Ricardo Otávio Maia Gusmão5
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2,3,4
Graduandas em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
4
Enfermeiro. Mestre em Teoria Psicanalítica e Docente da Universidade Estadual de
Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Caracterizar e analisar a teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem de H. Peplau
e seu uso na Saúde Mental. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. As bases de
dados utilizadas foram a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic
Library Online (SCIELO). Encontrou-se, após a aplicação das estratégias um total de 213
artigos, mas apenas 10 atenderam aos critérios de inclusão correspondendo a amostra do
estudo. Os resultados forma apresentados através das temáticas: Descrição e
Caracterização da Teoria de Hildegard Peplau, Usos práticos da Teoria de Hildegard
Peplau no contexto da Atenção Psicossocial, Análise da Teoria de Peplau sob a visão de
Fawcett e Bauman. O uso e aplicabilidade desta teoria são facilitadores e necessários para
a assistência integral e qualificada de enfermagem na atenção psicossocial e saúde mental,
beneficiando o paciente, promovendo sua autonomia, controle e voz ativa na tomada de
decisões.

Palavras-chaves: Teoria de Enfermagem; Relações Interpessoais; Saúde Mental.

INTRODUÇÃO
A Sistematização da Assistência de enfermagem (SAE) tem sido uma potente ferramenta
para o profissional enfermeiro na saúde mental, possilitando uma assistência que traz
reconhecimento e autonomia ao enfermeiro, aos pacientes e aos familiares
(BITTENCOURT, MARQUES e BARROSO, 2018).
O Processo de Enfermagem (PE), por sua vez, contribui para a efetividade do Projeto
Terapêutico Singular (PTS). Esta busca reimprimir as experiências vivenciadas
anteriormente pelo pacinete no presente, por meio da relação terapêutica e assim pode-se
promover o crescimento pessoal e o desenvolvimento de atitudes que o levem a minorar
seu sofrimento diante das situações de vida (BADIN, TOLEDO e GARCIA, 2018).
Ao considerar a relação terapêutica como base para a construção do PE, é fundamental
que o enfermeiro assuma uma Teoria de Enfermagem que fundamente seu cuidado

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cientificamente, a fim de se responsabilizar pela assistência aos portadores de sofrimento
mental que deve acontecer nos diversos cenários de atuação da enfermagem, com
destaque para a Atenção Primária à Saúde (TOLEDO, MOTOBU e GARCIA, 2015;
SILVA et al., 2018).
Dentre as diversas teorias de enfermagem existentes, destaca-se a Teoria do
Relacionamento Interpessoal criada em 1952, pela enfermeira psiquiátrica Hildegard
Peplau. Para esta teórica, a enfermagem é vista como um processo de relacionamento
interpessoal entre enfermeiro e paciente que tem por objetivo ajudar o paciente e/ou
comunidade a desenvolver mudanças que influenciem positivamente suas vidas (SILVA
et al., 2015). Diante disso, despertou-se o interesse em conhecer sobre a referida teoria e
sua aplicabilidade na prática de enfermagem no campo da saúde mental.

OBJETIVOS
Caracterizar e analisar a teoria de Enfermagem das Relações Interpessoais de H. Peplau
e seu uso na Saúde Mental.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura.
Na primeira etapa, a questão norteadora realizada foi: Como se descreve a teoria de
enfermagem do relacionamento interpessoal e sua aplicabilidade no cuidado de
enfermagem na saúde mental. Subsequentemente foram identificadas as palavras-chave
na plataforma de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), a saber: Teoria de
enfermagem; Relações Interpessoais; Saúde mental; Portador de sofrimento mental.
A seguir, procedeu-se à busca dos dados indexados na Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS) e na Scientific Electronic Library Online (SCIELO).
Na segunda e terceira etapas, foram realizadas as buscas e coletas de dados, as publicações
elegidas foram baseadas no seguinte critério: artigos completos disponíveis
eletronicamente, no idioma português que apresentassem a temática proposta no
título, no resumo ou no descritor, disponíveis e sem recorte temporal. Foram
realizadas buscas e seleção dos artigos utilizando os descritores específicos, sendo
identificadas 213 publicações elegíveis para a inclusão nesta revisão. Após leitura
minuciosa dos artigos, excluiram-se as publicações que não atenderam aos objetivos
desse estudo. Logo, 10 publicações foram identificadas como adequadas para inclusão e
objetivos desta pesquisa.
Para a sistematização e tabulação dos dados, foi elaborado um instrumento de coleta de
dados contendo: nº do artigo, autor/ano, revista, local, qualis, tipo de pesquisa, principais
resultados.

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As publicações selecionadas foram classificadas segundo Qualis de periódicos no Brasil
na categoria Enfermagem, classificação instituída pela Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que estabelece sete estratos - A1, A2, B1, B2, B3,
B4, B5 e C, cujo valor maior (100) é atribuído aos periódicos com classificação A1 e o
valor menor (zero), para classificação C (12).
Na quarta, quinta e sexta etapas, as publicações foram analisadas, interpretadas,
sintetizadas e as temáticas sistematizadas. A partir das sínteses foi possível a apresentação
e discussão dos resultados obtidos, que foram apresentadas de forma descritiva,
possibilitando a avaliação do estudo, de maneira clara e completa, atingindo o propósito
deste trabalho.
A Tabela 1 descreve o caminho percorrido na identificação e seleção de artigos
componentes da amostra do estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados 10 artigos sobre a temática e de acordo com os critérios de inclusão
estão assim distribuídos: nove na SciELO e um na BDENF. A Tabela 2 apresenta a
distribuição dos artigos selecionados, segundo autor/ano de publicação, revista, local,
Qualis, tipo de pesquisa e principais resultados. No período de 2006 à 2008 houve o
maior número de publicações - duas (20%) em 2006 e duas (20%) em 2008, seguido de
uma nos anos 2018 (10%), 2016 (10%) 2005 (10%), 1999 (10%), 1996 (10%) e 1984
(10%).
O periódico com maior número de publicações foi a Revista Brasileira de Enfermagem -
REBEN, com 4 (40%) publicações. A região brasileira com mais publicações foi a
Nordeste, com 4 (40%); seguida da região Centro-Oeste - 3 (30%) e Sudeste, com 2
(20%). Houve 1 publicação do exterior: Coimbra/Portugal (10%). Em relação à
classificação dos periódicos brasileiros, elaborada pelo Centro de Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a maioria dos estudos foi
publicada em periódicos com classificação Qualis A2 - 6 publicações (60%), seguida do
Qualis B1 – 2 (20 %) e Qualis B2 - 2 (20%).

Descrição e Caracterização da Teoria de Hildegard Peplau


O cuidado de enfermagem possui caráter universal, integral e deve ser desenvolvido
buscando uma abordagem centrada na pessoa. A Teoria de Enfermagem de Hildegard E.
Peplau é considerada uma referência para esse tipo de abordagem. Denominada como
Teoria das Relações Interpessoais (TRI), esta procura identificar princípios que
contribuam como suporte para o desenvolvimento assistencial no cuidado clínico, além
de servir como instrumento direcionador no processo de aprendizagem da profissão como
ciência (SANTOS e NÓBREGA, 2019; PONTES, LEITÃO e RAMOS, 2008).

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A teoria enfoca o potencial terapêutico do relacionamento de pessoa para pessoa e destaca
que embora o enfermeiro possa administrar medicamentos e auxiliar em situações
psiquiátricas, a principal contribuição da enfermagem na saúde mental refere-se ao modo
como o enfermeiro influencia diretamente no atendimento ao paciente, fazendo-se uso de
si mesmo como apoio na lida dos sujeitos com suas questões psíquicas (SANTOS e
NÓBREGA, 2019).

Usos práticos da Teoria de Hildegard Peplau no contexto da Atenção Psicossocial


A TRI pode ser aplicada à prática assistencial de enfermagem atendendo os preceitos da
reforma psiquiátrica. A prática do cuidado psicossocial de enfermagem em Saúde Mental
baseia-se numa abordagem holística.
Como sugerido por Neto e Nóbrega (1999), esse tipo de abordagem na enfermagem
apresenta características peculiares. São de fundamental importância que se busque a
harmonia, o equilíbrio e a interação de todos os aspectos do sujeito, valorizando as
qualidades e potencialidades do indivíduo; assistência centrada no indivíduo,
focalizando-o como uma unidade indivisível e em constante interação com o meio
ambiente; melhoria das condições de saúde do indivíduo de acordo com o seu grau de
dependência; atenção integral às necessidades humanas básicas do indivíduo, abordando
os aspectos bio-psico-socio-espiritual; utilização de tecnologia aplicada à saúde dos seres
humanos; desenvolvimento de métodos naturais que promovam, protejam e recuperem a
saúde do indivíduo.

Análise da Teoria de Peplau sob a visão de Fawcett e Bauman


A partir do questionamento geral sobre a teoria, foi possível estabelecer algumas
elucubrações sobre a utilidade da teoria de Peplau para a prática de enfermagem, ao
ensino e a pesquisa. Na prática a teoria proporciona um referencial teórico aos
profissionais para a tomada de decisões quanto ao cuidado de pacientes. Quanto ao ensino
da teoria, através de metodologias satisfatórias fornece um apoio para sistematização do
currículo. Na esfera da pesquisa, a teoria é adequada, pois fornece, para profissionais
pesquisadores, relevantes problemas e métodos apropriados para exploração (ALMEIDA,
LOPES e DAMASCENO, 2005).
Para Barnum, se uma teoria não for aplicável nos procedimentos e decisões do cotidiano,
ela é considerada inoperacional. A autora assente que o conceito de inoperacional pode
ser questionado. Contudo, para a teoria ser utilizável, Barnum recomenda que os
princípios da teoria tenham associação com as ações de enfermagem, e sejam
operacionalizáveis (ALMEIDA, LOPES e DAMASCENO, 2005).

CONCLUSÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A Teoria das Relações Interpessoais possibilitou o resgate de sua importância histórica,
por possuir discussão centrada na relação enfermeiro-paciente que confere voz e
consequente singularidade ao sujeito, onde a realidade e sua dimensão psicossocial são
priorizadas de modo que haja uma abordagem exitosa referente ao cuidado de
enfermagem em saúde mental. Ressalta-se que o profissinal, quando embasado na
interpessoalidade de Peplau, consegue acolher o portador de sofrimento mental de modo
respeitoso, pautado na reverência e sensibilidade situacional a fatos por estes expostos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT M. N., MARQUES M. I. D., BARROSO T. M. M. D. A. Contributos


das teorias de enfermagem naprática da promoção de saúde mental. Rev. Enf. Ref. 18:
125-132; 2018.

BADIN M., TOLEDO V. P., GARCIA A. P. R. F. Contribution of transference to the


psychiatric nursing process. Rev Bras Enferm [Internet]. 71 (5): 2161-2168; 2018.

TOLEDO V. P., MOTOBU S. N., GARCIA A. P. R. F. Sistematização da assistência de


enfermagem em unidade de internação psiquiátrica. Rev Baiana Enferm[Internet].
2015.

SILVA P. O. et al. Cuidado clínico de enfermagem em saúde mental. Rev enferm UFPE
online. 12 (11): 3133-46; 2018.

Silva J. P. G. et al. Consulta de enfermagem a idosos: instrumentos da comunicação e


papéis da enfermagem segundo Peplau. Esc Anna Nery, 2015.

SANTOS S. S. C., NÓBREGA M. M. L. Teoria das relaçõesinterpessoais em


enfermagem de peplau: Análise e evolução. Revista Brasileira de Enfermagem. 49 (1):
55-64; 1996.

PONTES A. C., LEITÃO I. M. T. A., RAMOS I. C. Comunicação terapêutica em


Enfermagem: instrumento essencial do cuidado. Revista Brasileira de Enfermagem.
61(3): 312-318; 2008.

NETO D. L., NÓBREGA M. M. L. Holismo nos modelos teóricos deenfermagem. Rev.


bras. Enferm. 52 (2): 233-42; 1999.

ALMEIDA V. C. F., LOPES M. V. O., DAMASCENO M. M.C. Teoria das relações


interpessoais de Peplau: análise fundamentada em Barnaum. Rev. esc. enferm. USP
[Internet]. 39 (2): 202-210; 2005.

Tabela 1 - Sistematização da busca

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Banco de Descritores AE AS AF
dados

SCIELO "Teoria de Enfermagem" and "Relações 33 2 2


Interpessoais"

SCIELO "Teoria de Enfermagem” and “Saúde mental” 59 1 1

SCIELO “Teoria de Enfermagem” and “Enfermagem 23 1 1


psiquiátrica”

BVS "Teoria de Enfermagem" and "Relações 28 2 2


Interpessoais"

and “Saúde Mental”

SCIELO “Teoria de enfermagem” and “Modelos de 60 3 3


enfermagem”

SCIELO “Teorias de Peplau” and “Enfermagem” 10 5 1

Total 213 14 10

AE – Artigos Encontrados; AS – Artigos Selecionados; AF – Amostra.

Tabela 2 - Distribuição dos artigos selecionados, segundo autor/ano de publicação,


revista, local, Qualis, tipo de pesquisa e principais resultados.

N AUTOR/ANO REVISTA LOCA QUAL TIPO PRINCIPAI


º (PERIÓDI L IS DE S
CO) PESQUI RESULTAD
SA OS

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1 ALMEIDA, V. C. Revista Fortale A2 Estudo Utilidade da
F.; LOPES, M. V. Escola de za-CE analítico- Teoria das
O.; Enfermage descritivo Relações
DAMASCENO, m USP Interpessoais
M. M. C. /2005 de Peplau no
cuidado a
partir do
modelo de
Barnum

2 FRANZOI, M. A. Revista Recife- B2 Estudo A Teoria de


H.; LEMOS, K. C.; Enfermage PE analítico- Peplau
JESUS, C. A. C.; m UFPE descritivo apresenta
PINHO, D. L. M.; (online) consistência,
KAMADA, I.; conceitos
REIS, P. E. definidos e
D./2016 são
operacionaliz
áveis no
processo de
cuidar.

3 MORAES, L. M. Acta Fortale A2 Teórico- Análise da


P.; LOPES, M. V. Paulista de za-CE reflexivo adaptação da
O.; BRAGA, V. A. Enfermage Teoria de
B./2006 m (online) Hildegard
Peplau à
assistência de
dependentes
químicos.

4 PONTES, A. C.; Revista Fortale A2 Pesquisa Utilidade da


LEITÃO, I. M. T. Brasileira za-CE descritiva Teoria de
A.; RAMOS, I. de - Peplau no
C./2008 Enfermage explorató processo de
m - REBEN ria comunicação
terapêutica.

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5 CARDOSO, T. V. Escola Rio de B1 Revisão Compreenssã
M.; OLIVEIRA, R. Anna Nery Janeiro sistemátic o da
M. P; LOYOLA, Revista de -RJ a do tipo aplicabilidade
C. M. D./2006 Enfermage matanális dos conceitos
m e da Teoria de
Peplau no
cuidado de
Enfermagem
Psiquiátrica.

6 MONTEIRO, M. Escola Rio de B1 Estudo Análise da


A. A.; Anna Nery Janeiro analítico- adequação da
PAGLIUCA, L. M. Revista de -RJ bibliográf Teoria do
F./2008 Enfermage ico Relacionamen
m to
Interpessoal
intervenções
grupais e a
relação
enfermeiro
cliente.

7 BITTENCOURT, Revista de Coimbr B2 Estudo Exploração


M. N.; Enfermage a - teórico dos diferentes
MARQUES, M. I. m Portuga contributos
D.; BARROSO, T. Referência l teóricos de
M. M. D. A../2018 enfermagem
para a
promoção da
Saúde Mental.

8 NETO, D. L.; Revista Brasília A2 Estudo Abordagem


NÓBREGA, M. M. Brasileira -DF bibliográf holística
L./1999 de ico pelosreferenci
Enfermage analllico ais teóricos
m - REBEN das
Necessidades
Humanas, das
Interações e

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dos
Resultados.

9 TOCANTINS, F. Revista Brasília A2 Estudo Elaboração de


R.; BEGOSSI, M. Brasileira -DF crítico- um roteiro de
R./1984 de analítico orientação à
Enfermage assistência
m - REBEN baseado nas
teorias de
Peplau e
King.

1 SANTOS, S. S. C.; Revista Brasília A2 Estudo Análise e


0 NÓBREGA, Brasileira -DF descritivo destaque da
de -analítico importância
M. M. L./1996 Enfermage da Teoria de
m - REBEN Peplau no
processo
interpessoal
do cuidado.

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TERRITORIALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: INCORPORANDO O APRENDIZADO
NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DE ENFERMAGEM

Ayanne Alves Bicalho1; Axyma Rayssa Gaia Leal2; Tatiana Froes Fernandes3; Gizele
Ferreira David4
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
3
Enfermeira. Mestre e doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de
Montes Claros
4
Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A territorialização e o diagnóstico situacional da área de atuação da equipe de Estratégia


de Saúde da Família (ESF) são ferramentas essenciais para o conhecimento dos aspectos
sócio-demográficos e de saúde da população. Portanto tais ferramentas foram úteis neste
trabalho para conhecer a área de abrangência, o perfil da comunidade e o modo de
trabalho da equipe da ESF Jardim Palmeiras II. Trata-se de um estudo transversal com
abordagem quali-quantitativa e análise documental. Para o desenvolvimento do estudo
utilizou-se a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e documentos do Sistema de
Informação da Atenção Básica (SIAB). Ressalta-se que, por se tratar de fontes
documentais disponíveis para consulta pública, há dispensa de apreciação do Comitê de
Ética, conforme as Resoluções Éticas no 466/2012 e no 510/2016. A construção da
territorialização e diagnóstico situacional de saúde possibilitou uma aproximação com a
realidade, bem como o conhecimento das dificuldades e facilidades vivenciadas pelos
profissionais.

Palavras-chaves: Estratégia Saúde da Família. Territorialização da Atenção Primária.


Diagnóstico Situacional. Saúde Pública.

INTRODUÇÃO
Atualmente a Estratégia Saúde da Família (ESF) é considerada o maior programa
assistencial em saúde no país, sendo capaz de resolver 85% dos problemas de saúde
dentro da comunidade, evitando internações desnecessárias, atuando na prevenção de
doenças e melhoria da qualidade de vida dos usuários (BRASIL, 2012).

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Dentre as atribuições da ESF estão o mapeamento da área de atuação da equipe;
atualização de cadastro das famílias atendidas na unidade; realização de ações de
promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde; realização de ações na unidade e
fora dela (residências, escolas, associações, etc.). A partir do mapeamento da área de
abrangência é necessário realizar a territorialização da área de atuação da equipe
multidisciplinar (BRASIL, 2012).
A territorialização e o diagnóstico situacional da área de atuação da equipe de Estratégia
de Saúde da Família (ESF) são ferramentas essenciais para o planejamento de ações de
saúde, permitindo o conhecimento dos aspectos ambientais, sociais, demográficos e
econômicos, além dos principais problemas dessaúde da população da área de
abrangência, possibilitando o desenvolvimento de intervenções e atividades voltadas às
necessidades da população atendida (ARAUJO et al., 2017).
É necessário conhecer a realidade, dinâmica e os riscos que a comunidade está inserida e
a forma como estão organizados os serviços e as rotinas da equipe de ESF para planejar
e direcionar ações de saúde. Através desse conhecimento é possível realizar o diagnóstico
situacional, permitindo o desenvolvimento de estratégias e ações de saúde direcionadas
aos problemas encontrados na área de abrangência.

OBJETIVOS
Tem-se por objetivo geral realizar a Territorialização e o Diagnóstico Situacional da
Estratégia de Saúde da Família do Jardim Palmeiras II e por objetivos específicos
conhecer a área de abrangência da unidade de saúde; conhecer o perfil da comunidade
assistida e conhecer a metodologia de trabalho da respectiva equipe de saúde.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal com abordagem quali-quantitativa e análise
documental, desenvolvido durante o internato por acadêmicas do 9º período de
enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros.
Para conhecer o território foi utilizada a observação e Estimativa Rápida Participativa
(ERP), por meio de entrevistas estruturadas aos informantes-chave (Agentes
Comunitários de Saúde e Enfermeiros), avaliando seus aspectos físicos e ambientais,
condições de saneamento, urbanização, serviços locais de saúde, recursos sociais,
segurança e de lazer.
Utilizou-se também como instrumento para coleta de dados a pesquisa bibliográfica, a
pesquisa de campo e a busca por documentos sociais no SIAB (Sistema de Informação
da Atenção Básica), fornecido pela Secretária Municipal de Saúde de Montes Claros/MG.
Nesse sentido, esse instrumento possibilitou as informações para o diagnóstico local da
ESF Jardim Palmeiras II e permitiu conhecer a realidade e as necessidades de saúde dessa
população.

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Vale ressaltar que no decorrer dos resultados há algumas informações indissociáveis
referentes à Unidade Básica de Saúde Delfino Magalhães que diz respeito às três equipes
(ESF Cristal, ESF Delfino Magalhães e ESF Jardim Palmeiras II) devido à integração
recente das equipes.
A análise de dados foi realizada por meio de identificação das categorias e interpretação
das descobertas para facilitar a compreensão das informações obtidas.
Ressalta-se que, por se tratar de fontes documentais disponíveis para consulta pública, há
dispensa de apreciação do Comitê de Ética, conforme as Resoluções Éticas no 466/2012
e no 510/2016.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Bairro Jardim Palmeiras está localizado na região sudeste de Montes Claros, seus
bairros limites são, Regina Peres, Santa Lúcia, Vila Feliz, Novo Delfino, Santo Antônio,
Jardim Alvorada, Nossa Senhora de Fátima, Cintra, Monte Alegre. Está a 3,4 km de
distância do centro.
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Delfino Magalhães, está localizada na Avenida Neco
Delfino, n° 253 no Bairro Delfino Magalhães, ao sudeste do município de Montes Claros
e atualmente a UBS é composta pela ESF Delfino Magalhães I, ESF Cristal e ESF Jardim
Palmeiras II, conforme Imagem 1.
Em relação aos aspectos educacionais, os usuários da ESF Jardim Palmeiras II conta com
o Centro Educacional Simonton, Centro Educacional Letrinhas Mágicas, Centro
Educacional Raios de Sol, Escola Nossa Senhora de Fátima do Delfino Magalhães, Escola
Estadual Delfino Magalhães e Escola Estadual Levi Durães Peres. Quanto aos aspectos
religiosos, Em sua área possui a Igreja São Miguel Arcanjo, a Igreja Paróquia Nossa
Senhora de Fátima, além de igrejas evangélicas protestantes como a Igreja Batista Jardim
Palmeiras e centros espíritas. Quanto à infraestrutura, toda a população é atendida com a
coleta de lixo, abastecimento de água, saneamento básico e iluminação pública. A área
dispõe de quatro linhas de transporte coletivo urbano. Quanto à segurança, há um posto
policial móvel, funcionante por alguns períodos do dia, o qual atende a toda comunidade
e região adjacente, além do 10º Batalhão da Polícia Militar/MG. O bairro oferece uma
ampla área de comércio: açougues, farmácias, padarias, consultórios odontológicos,
sacolões, pet shops, casas lotéricas, supermercados, além de uma feira ao ar livre.
A ESF Jardim Palmeiras II é caracterizada como modalidade II e possui uma equipe de
Saúde Bucal Modalidade I que atende os bairros Jardim Palmeiras, Delfino Magalhães I
e Jardim Olímpico.
A Unidade é aderida ao Programa Saúde na Hora, no qual funciona das 07:30h às 19:00h,
de segunda à sexta- feira sendo que o intuito é ampliar o acesso aos serviços de Atenção
Primária à Saúde por meio do funcionamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) em
horário estendido, promovendo ações de saúde em horários mais flexíveis para a

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população, como horários noturnos e do almoço. São ofertados os seguintes
atendimentos/serviços: consulta médica, consulta de enfermagem, atendimento
odontológico, atendimento psicológico (matriciamento), atendimento ginecológico,
atendimento de pacientes com sintomas respiratórios de COVID-19, teste do pezinho,
curativos, retirada de ponto, teste de glicemia capilar, aferição de pressão arterial,
distribuição de medicamentos e imunização. São oferecidos ainda atendimentos
direcionados para crianças (puericultura), adolescentes, hipertensos, diabéticos, gestantes
(pré-natal), idosos e pacientes em sofrimento mental.
Apesar de alguns grupos de educação em saúde estarem ativos, a equipe ainda não
estabeleceu escala/periodicidade fixa de realização dos mesmos devido a pandemia de
COVID-19.
A ESF Jardim Palmeiras II é aderida ao Previne Brasil, Programa instituído pela
PORTARIA Nº 2.979, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2019 que estabelece novo modelo
de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único
de Saúde (BRASIL, 2019).
Segundo o relatório SSA2 de Julho de 2021 a equipe possui 1709 indivíduos cadastrados,
distribuídos em 6 microáreas, conforme mostra o mapeamento da Imagem 2. A
distribuição das microáreas e o total de famílias está descrito na Tabela 1. Dos usuários,
100% habitam a zona urbana. Em sua totalidade os domicílios apresentam disponibilidade
de energia elétrica. Quanto ao tipo de tratamento da água, 90% é filtrada e a coleta do lixo
é realizada em 100% dos domicílios.
Segundo o relatório SSA2 de Julho de 2021, apresentados no Gráfico 1, Tabela 2,
Tabela 3 e Tabela 4, tem-se a seguinte descrição da situação de saúde dos usuários da
ESF Jardim Palmeiras II: Estão cadastrados e registrados 88 diabéticos, 262 hipertensos,
10 gestantes, 64 crianças menores de 5 anos, 3 puérperas, 3 recém-nascidos, 12 pessoas
com câncer, nenhum usuário com hanseníase ou tuberculose, 29 usuário de álcool/drogas,
47 pessoas portadoras de sofrimento mental, 53 pessoas acamadas/domiciliadas, 1
pessoas sintomática respiratório, 14 pessoas portadoras de doença respiratória (asma,
DPOC e enfisema), 64 crianças com cartão vacinal em dia, nenhuma criança <2 anos em
acompanhamento anual de consumo alimentar, 30 crianças em acompanhamento mensal
de peso e altura, 21 famílias beneficiárias do programa Bolsa-Família, nenhum grupo
operativo realizado, 1032 imóveis, 846 domicílios, 586 famílias, nenhuma recusa
assinada por um membro da família, 587 famílias a serem visitadas, 336
famílias/domicílios lançados no e-SUS, 1709 indivíduos cadastrados, 686
indivíduos/pessoas lançadas no e-SUS, 564 visitas realizadas, nenhuma recusada e 132
famílias ausentes no momento da visita.

CONCLUSÃO
Destaca-se, de tal modo, que este minucioso estudo sobre o processo de territorialização
e diagnóstico situacional da área da ESF Jardim Palmeiras II proporcionou um

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aprendizado ímpar que será transcorrido e relembrado durante toda a trajetória
profissional, visto que a partir deste foi possível entender melhor o funcionamento de uma
estratégia de saúde da família, que busca atender e garantir os princípios e diretrizes do
SUS, visando a promoção, recuperação e prevenção da saúde individual e coletiva da
comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Equipe


de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 2979, de 12 de


novembro de 2019. Regulamenta o Previne Brasil, no modelo de custeio da APS no
ambito do SUS, por meio da Portaria da Consolidação n° 6/GM/MG, de 28 de setembro
de 2017. Diário Oficial da União DF, 13 nov. 2019. Sec 1, pag. 97.

ARAUJO, G. B. et al. Territorialização em saúde como instrumento de formação para


estudantes de medicina: relato de experiência. Sanare, Sobral, v. 16, n. 1, p. 124-129,
jan. 2017.

Imagem 1: Localização da Unidade Básica de Saúde

Fonte: Google Maps

Imagem 2: Mapeamento Jardim Palmeiras II

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Fonte: Residência Multiprofissional em Saúde da Família (HUCF – Unimontes)

Tabela 1: Distribuição das microáreas e total de famílias

MICROÁREA TOTAL DE FAMÍLIAS


01 396
02 352
03 299
04 371
05 302
06 388
Fonte: Diagnóstico situacional

Gráfico 1: Dados do relatório SSA2, Julho de 2021

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Fonte: Diagnóstico situacional

Tabela 2: Dados do relatório SSA2, Julho de 2021

Fonte: Diagnóstico situacional

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Tabela 3: Dados do relatório SSA2, Julho de 2021

Fonte: Diagnóstico situacional

Tabela 4: Dados do relatório SSA2, Julho de 2021

Fonte: Diagnóstico situacional

DIREITOS HUMANOS, BIOÉTICA E SAÚDE NO BRASIL: QUALIDADE DE


ACESSO À SAÚDE E DIFICULDADES ENCONTRADAS NO CUMPRIMENTO
DAS POLÍTICAS VIGENTES

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Ayanne Alves Bicalho1; Tatielle Aparecida Almeida Bernardes2; Matheus Xavier
Caldeira3; Letícia Rodrigues Arruda4; Orlene Veloso Dias5; Simone de Melo Costa6;
Rogério Giovani Soares Ferreira7
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros
2
Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros
3,4
Graduandos em Odontologia pela Universidade Estadual de Montes Claros
5
Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
6
Docente do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros
7
Docente do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Entre diversas disposições da Declaração Universal Sobre Bioética e Direitos Humanos
(DUBDH), é definido como um objetivo fundamental dos governos a promoção da saúde
e o desenvolvimento social para a sua população. Dada a trajetória da saúde publica e
garantia do direito de acesso do cidadão, o objetivo deste trabalho foi verificar na
literatura a acessibilidade à saúde do brasileiro perante um conjunto de leis que garante a
todos atenção integral e de qualidade. Trata- se de uma pesquisa bibliográfica, com
reflexão bioética acerca de publicações científicas e documentos oficiais. As dificuldades
de acesso à saúde vivenciadas ainda hoje pelos usuários, mesmo tendo tal direito
garantido plenamente pelo poder público, ficaram ainda mais evidenciadas após
minunciosa análise do conteúdo. Entretanto destaca-se a relevância que o profissional da
saúde tem na mudança desta realidade, guiando o usuário na construção de conhecimento
crítico para exercício pleno de seus direitos.
Palavras-chaves: Direito à Saúde. Direitos Humanos. Judicialização da Saúde. Sistema
Único de Saúde. Bioética.

INTRODUÇÃO
Como forma de garantir o acesso das pessoas a esses direitos, tem-se a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que caracteriza-se por um grupamento de
garantias jurídicas universais que busca redução de desigualdades e discriminações,
certificando a todos uma cidadania plena e garantida desde sua publicação em 1948.
Dentre outras garantias, a DUDH dispõe que todo ser humano tem direito a um padrão de
vida capaz de proporcionar a ele e sua família saúde e bem-estar (ONU, 1948).
A Declaração Universal Sobre Bioética e Direitos Humanos (DUBDH) objetiva suprir os
Estados com uma estrutura universal de princípios e procedimentos que os oriente na

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formulação de sua legislação e promover o respeito pela dignidade humana e proteger os
direitos humanos, assegurando o respeito pela vida dos seres humanos e suas liberdades
fundamentais conforme a legislação internacional de direitos humanos (UNESCO, 2005).
Entre diversas disposições da declaração, é definido que se trata de um objetivo
fundamental dos governos a promoção da saúde e do desenvolvimento social para a sua
população. Ressaltando ainda que usufruir o mais alto padrão de saúde atingível é um dos
direitos fundamentais de todo ser humano, sem distinção de raça, religião, convicção
política, condição econômica ou social, devendo a assistência ser de qualidade e contar
com a oferta dos medicamentos essenciais para preservação da saúde (UNESCO, 2005).
No Brasil as políticas de saúde anteriores à Constituição Federal de 1988 foram marcadas
por uma trajetória dual onde a saúde pública era direcionada para o controle de doenças
específicas e assistência médica previdenciária voltada para os trabalhadores urbanos.
Somente a partir de 1988 o direito a saúde passa a ser garantido na constituição federal,
que descreve a saúde como direito social do brasileiro, sendo que é direito de todos e
dever do Estado, através da criação e implementação de políticas públicas que visem à
diminuição de riscos de doenças e agravos e ofereça acesso universal e igualitário aos
serviços de saúde. Porém, em 1990 com a reorganização dos ministérios e das alianças
políticas, houve uma baixa de investimentos e o sistema de saúde ia contra o que era
determinado na Constituição Federal de 1988 e encontrava-se em declínio e defasagem
(MACHADO; LIMA; BAPTISTA, 2017).
Foi neste contexto que ocorreram discussões de leis específicas para cada área da
Seguridade e a aprovação da Lei Orgânica da Saúde que dispõe sobre as condições para
a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços de saúde (MACHADO; LIMA; BAPTISTA, 2017).
E a partir de então foram criadas estratégias e ações de saúde no âmbito individual e
coletivo, que abrangem a promoção, a prevenção de agravos, o diagnostico, o tratamento,
a reabilitação e a manutenção da saúde (BRASIL, 2017).

OBJETIVOS
Dada a trajetória da saúde publica e garantia do direito de acesso do cidadão, o objetivo
deste trabalho foi verificar na literatura a acessibilidade à saúde do brasileiro perante um
conjunto de leis que garante a todos atenção integral e de qualidade.

METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido como proposta de seminário final da disciplina de Bioética,
no qual, acadêmicos de Enfermagem e Odontologia desenvolveram-no conjuntamente,
conforme projeto de interdisciplinaridade dos cursos. Trata- se de uma pesquisa
bibliográfica, com reflexão bioética acerca de publicações científicas e documentos
oficiais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), Declaração

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Universal de Bioética e Direitos Humanos (DUBDH), Artigos da Constituição Brasileira
e documentos de políticas públicas de atenção à saúde. A base de dados utilizada foi a
Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), tendo como estratégia de busca: “Acesso aos
Serviços de Saúde and Direitos Humanos and Direito a Saúde no Brasil” e “Direitos
Humanos and Direito à Saúde no Brasil”. Os critérios de inclusão estabelecidos foram
artigos que abordassem o tema, publicados em português e inglês, entre os anos de 2010
a 2019, conforme mostra o fluxograma de seleção dos artigos na Imagem 1.
Para o desenvolvimento, foram realizadas duas buscas. Na primeira busca foram
encontradas 92 publicações disponíveis, já na segunda foram encontradas 53 publicações
disponíveis, totalizando 145 publicações. Contudo apenas 5 publicações foram
selecionadas para compor o material de análise desta pesquisa por abordar a relação dos
direitos humanos e qualidade do acesso à saúde, conforme mostra a Tabela 1 de
caracterização dos estudos que dispõe dos seguintes tópicos: título do artigo, periódico
de publicação, ano de publicação, autores, objetivo principal do estudo e base de dados
utilizada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
É sabido que o poder público tem responsabilidade ética e legal em garantir o acesso do
cidadão aos diferentes programas previstos e aprovados nas políticas de governo.
Contudo, muitas vezes o público que seria beneficiado enfrenta dificuldades de acesso
aos serviços de atenção à saúde, como por exemplo, a obtenção de medicamentos
considerados essenciais pela Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, conforme
recomendação da OMS. Estudos realizados em diferentes contextos sociais e regionais
indicam que existem dificuldades enfrentadas pela população no acesso aos
medicamentos básicos necessários, consequência disso é o prejuízo à assistência integral
à saúde, levando o cidadão a buscar uma alternativa mais rápida e efetiva de acesso aos
medicamentos, refletindo a judicialização da saúde (PEPE et al., 2010).
Além das dificuldades jurídicas a respeito dos medicamentos, outro fator que se apresenta
dificultando a integralidade do acesso à saúde é a relação entre desigualdade, preconceito
e discriminação ante o cidadão que procura o serviço público do SUS. Questionários
sociodemográficos e entrevistas aplicados à população usuária deste serviço indicam que
fatores estruturais do sistema e a deficiência grave de recursos e serviços são um
agravante para o que é exposto por Fleury et al. (2013), como violência institucional e
negação de direitos, uma vez que poucos pacientes de fato questionam as condições a
que estão sendo submetidos.
A visão do usuário acerca de seu direito à saúde é essencial para nortear o poder que tal
direito impera a partir do momento em que ele acessa qualquer tipo de serviço de saúde
público. Estudos recentes demonstram que a maioria dos usuários não conhecem por
completo seus direitos e isso tem sido um fator significativo, visto que isso amplia a
possibilidade de manipulação deste usuário. O sistema de saúde brasileiro teoricamente é
rentável e que assiste de forma igualitária, humanizada e sistemática todos os cidadãos.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Entretanto o que se aplica a realidade é bem discrepante da teoria, raramente se encontra
um serviço operando com excelência ou no mínimo ofertando o que é indispensável para
assistência (KERBER et al., 2010).
Perante este cenário que ressalta a necessidade de exercer assertivamenteo direito de
acesso aos serviços de saúde, destaca-se a importância dos profissionais da saúde no
empoderamento do usuário. Segundo Vargas et al (2013), o profissional da saúde - dotado
de competências técnico/científicas - representa para o cidadão o posicionamento ético
frente aos conflitos e problemáticas emergentes da distorção do funcionamento das
políticas de saúde. Logo, é imprescindível que estes não se tornem indiferentes aos
problemas vivenciados cotidianamente pelos usuários, mas sim que atuem com
responsabilidade ética e social através do exercício de sua autonomia e capacidade de
comunicação efetiva, orientando pacientes e familiares a exercerem seus direitos
referentes às necessidades e demandas do cuidado.
Outro importante instrumento de controle social são as ouvidorias, estas se caracterizam
como ferramentas de gestão pautadas nos princípios éticos e de justiça, uma vez que seu
caráter mediador permite a inter-relação entre os usuários e a gestão do SUS. Ressalta se
ainda que sua tarefa primordial seja a de acolher e fornecer informações sobre o
funcionamento correto do SUS, e principalmente ouvir queixas e trabalhar no
atendimento as necessidades de saúde dos usuários, o que revela sua essencialidade no
aprimoramento da gestão, promoção da equidade e efetivação do direito à saúde (SILVA
et al, 2014).

CONCLUSÃO
Conclui-se que ao abordar a temática direitos humanos, bioética e saúde no Brasil, por
meio de minunciosa análise do conteúdo, as dificuldades de acesso à saúde vivenciadas
ainda hoje pelos usuários, mesmo tendo tal direito garantido plenamente pelo poder
público, ficaram ainda mais evidenciadas. Entretanto destaca-se a relevância que o
profissional da saúde tem na mudança desta realidade, informando e guiando o usuário
na construção de conhecimento crítico para exercício pleno de seus direitos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Assembleia Geral das


Nações Unidas em Paris. 10 dez. 1948.

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PEPE et al., Caracterização de demandas judiciais de fornecimento de medicamentos


"essenciais" no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, vol.26 no.3 Rio
de Janeiro Mar. 2010.

FLEURY, S.; BICUDO, V.; RANGEL, G. Reactions to institutional violence: patient


strategies for facing infringements of the right to health in Brazil. Salud Colectiva,
Buenos Aires, 9(1):11-25, Enero - Abril, 2013.

Imagem 1: Fluxograma de seleção dos artigos – Montes Claros, MG, Brasil, 2021.

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IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO
Artigos identificados no Artigos identificados no
banco de dados na 1º banco de dados na 2º
busca: n=92 busca: n=53

ELEGIBILIDADE
ELEGIBILIDADE Resumos excluídos por
Total de resumos não atenderem aos
analisados: n=145 critério de inclusão:
n=140

ELEGIBILIDADE INCLUÍDOS
Artigos lidos e Artigos incluídos na
analisados: n=5 revisão: n=5

Fonte: Arquivo próprio

Tabela 1 – Caracterização dos estudos – Montes Claros, MG, Brasil, 2021.

Título do Periódico/Ano Autores Objetivo do Base de


artigo estudo dados

Caracterização Cad. Saúde PEPE et al. Analisar as ações BVS


de demandas Pública/2010 individuais de
judiciais de fornecimento de
fornecimento de medicamentos,
medicamentos considerados
"essenciais" no essenciais pelo
Estado do Rio Tribunal de
de Janeiro, Justiça do Estado
Brasil do Rio de
Janeiro nas
decisões
judiciais de 2ª
instância
(acórdãos)

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proferidas no
ano de 2006.

Reactions to Salud FLEURY, S.; Identificar BVS


institutional Colectiva/2013 BICUDO, V.; evidências de
violence: RANGEL, G. desigualdades,
patient preconceitos
strategies for
e discriminação
facing
no acesso e uso
infringements
dos serviços
of the right to
públicos do
health in Brazil.
Sistema Único
de
Saúde do Brasil.

Right of the Rev Latino-Am KERBER et Analisar como BVS


Citizen and Enfermagem al. vem se
Evaluation of [Internet]/2010. desenvolvendo o
Health processo
Services: avaliativo no
theoretical-
interior de um
Practical
serviço público
Approaches.
de saúde
brasileiro, na
especificidade
serviço de
atenção
domiciliária.

Internação por Rev. Gaúcha VARGAS et Descrever as BVS


ordem judicial: Enferm./2013 al. situações
dilemas éticos vivenciadas e os
vivenciados por dilemas éticos
enfermeiros. dos enfermeiros
no percurso de
encaminhamento
e recebimento,
por ordem
judicial, de
pacientes com
indicação de

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internação em
Unidade de
Terapia
Intensiva (UTI).

Ouvidorias Revista de Saúde SILVA, R. C. Analisar o papel BVS


públicas de Pública C.; da ouvidoria e
saúde: [online]/2014 PEDROSO, sua contribuição
M. C.; para a gestão
estudo de caso
ZUCCHI, P.
em ouvidoria da saúde pública
segundo
municipal de
usuários de
saúde
sistema de Saúde
e de conselheiros
municipais de
saúde.

Fonte: Arquivo próprio

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A IMPORTÂNCIA DO TERAPEUTA OCUPACIONAL PARA A EFETIVAÇÃO
DA INTEGRALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS).

¹Gabriela do Monte Oliveira; ²Laryssa da Silva Alves

¹,²Graduandas em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Pará (UFPA);

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Atenção Primária a Saúde (APS) também chamada de Atenção Básica (AB) inclui
promoção e proteção à saúde, prevenção de doenças e diagnóstico, tratamento,
reabilitação e manutenção da saúde. A integralidade é um dos principais atributos básicos
da APS, pois seu objetivo é a compreensão e a assistência ao indivíduo de forma global.
O terapeuta ocupacional com o intuito de assistir o indivíduo de forma integralizada se
insere nesse âmbito por meio do estímulo a participação e inclusão nos contextos
familiares e comunitários em atividades sociais e culturais, e através da promoção de
atividades significativas, para proporcionar uma melhor qualidade de vida e saúde ao
indivíduo.

Palavras-chave: Atenção Primária à Saúde; Sistema Único de Saúde; Integralidade em


saúde; Modelos de Assistência à Saúde; Terapia Ocupacional.

INTRODUÇÃO
No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) é atualmente nomeada pelo
Ministério da Saúde (MS) como Atenção Básica (AB). Portanto, a AB é classificada como
um conjunto de ações de saúde no âmbito de indivíduos e grupos que abrange promoção
e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
manutenção da saúde. A APS é o nível de atenção à saúde responsável por ser porta de
entrada preferencial do Sistema Único de Saúde (SUS) e possui os seguintes atributos
básicos: atendimento de primeiro contato, longitudinalidade, integralidade e coordenação
do cuidado e, como atributos derivados: orientação familiar, orientação na comunidade e
competência cultural.
A integralidade é um conceito complexo, mas indispensável no cotidiano das
práticas de saúde. Trata-se da compreensão do indivíduo de forma global, pois fornece
oportunidade de acesso a todos os níveis de complexidade de um serviço e visa atender
todas as necessidades e demandas dos usuários. Este conceito está entre as diretrizes mais
importantes do Sistema Único de Saúde e, por isso, deve garantir a atuação e
operacionalização dos profissionais dentro de qualquer serviço público.

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Dessa forma, no que diz respeito aos atendimentos básicos referentes à
integralidade, o terapeuta ocupacional tem como desafio a sua inserção na APS. Este
profissional pode contribuir com ações inerentes a integralidade, por meio da estimulação
de crianças de alto risco ou com deficiência, trabalho de movimentação física passiva e
ativa, alongamento, adaptações para o cotidiano do usuário e às atividades de vida diária,
tecnologia assistiva, inclusão escolar e interação social, promoção da independência e
autonomia, mobilização de recursos e estabelecimento de redes de apoio e organização
do cotidiano para a melhoria da qualidade de vida e acompanhamento familiar.

OBJETIVOS
Descrever de que forma o Terapeuta Ocupacional, no âmbito de sua atuação,
aplica a integralidade na Atenção Primária em Saúde (APS), e a importância do
profissional nesse contexto.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo levantamento bibliográfico com buscas
em artigos no Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Revista Brasileira
Internacional de Terapia Ocupacional (RevisbraTO) e Caderno Brasileiro de Terapia
Ocupacional, no período de outubro de 2021. Na pesquisa foram utilizadas somente 3 das
palavras-chaves encontradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): atenção
primária à saúde, integralidade em saúde e terapia ocupacional, a fim de não restringir a
pesquisa e encontrar o maior de artigos disponíveis sobre o assunto.
Foram selecionados somente artigos em português, realizados nos últimos 10
anos, que possuíam texto completo disponível e que em seu objetivo central abordassem
acerca dos modelos de assistência que o terapeuta ocupacional exerce dentro do Sistema
Único de Saúde, mas especificamente, na Atenção Primária. Em síntese, foram
encontrados 13 artigos de interesse, sendo selecionados 5 principais que estavam
conforme o objetivo da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
À vista da importância e das numerosas contribuições de um terapeuta
ocupacional na Atenção Primária à Saúde, foi possível compreender por meio dos artigos
estudados que a terapia ocupacional – quanto profissão, ao focar na ocupação e autonomia
do indivíduo – tem sua intervenção baseada em 2 principais tipos de atendimentos, sendo
eles: atendimentos clínicos-assistenciais (atendimentos individuais e familiares, atenção
domiciliar, grupos, práticas de cuidado em rede de saúde, intersetorial e territorial) e
técnico-pedagógicos (participação em reuniões, discussões de casos, clínica ampliada,
educação permanente, trabalho em equipe, etc). A prática desse profissional na APS se
baseia na assistência a pessoas com necessidades específicas, as quais estão relacionadas
a barreiras e/ou dificuldades em participar e/ou realizar atividades
cotidianas/ocupacionais. Também podem ser atendidas pessoas de todas as faixas etárias,
bem como pessoas com necessidades de saúde e/ou problemas específicos, como pessoas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


com transtornos mentais, pessoas com deficiência, pessoas com doenças crônicas,
pessoas em situação de vulnerabilidade social, etc.
Além disso, destaca-se o trabalho que este profissional exerce quanto à
emancipação social, pois analisando o indivíduo de forma integralizada, busca-se
estimulá-lo à participação e inclusão nos contextos familiares e dentro da comunidade,
em atividades culturais, de convivência e econômicas, ocorrendo, com isso, o seu
desenvolvimento sociocultural e o afastamento do mesmo aos processos de segregação e
exclusão na sociedade.
Outrossim, salienta-se que o terapeuta ocupacional também atuará de forma
efetiva no apoio matricial que tem como objetivo reunir o trabalho interdisciplinar e
agregar as dimensões de suporte assistencial, isto é, contribuirá para a integralização dos
profissionais em torno do cuidado aos usuários do serviço e na resolução de problemas
existentes, sejam eles físicos, mentais, sensoriais ou outros. Dentre as muitas
características já citadas, o terapeuta ocupacional ao operar em um espaço de atenção
primária, também terá a responsabilidade de analisar o cotidiano e contexto de vida dos
indivíduos que necessitam do seu atendimento, para que dessa forma, ele seja capaz de
promover atividades significativas e proporcionar uma melhor qualidade de vida e saúde
ao indivíduo.
Por fim, cabe destacar que o terapeuta ocupacional busca dar enfoque na pessoa,
na família e no contexto territorial e comunitário e não somente das doenças e seus
sintomas ou somente no indivíduo. Nessa perspectiva, as práticas da terapia ocupacional
na APS assumem um caráter prioritário de cuidados em saúde, sendo necessária a
ampliação e fortalecimento do espaço de atuação desse profissional no âmbito da atenção
básica.

CONCLUSÃO
Por meio da pesquisa bibliográfica, conclui-se a relevância do terapeuta
ocupacional na Atenção Primária em Saúde, a fim de garantir a efetivação da APS como
porta preferencial de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, esse
profissional ganha notoriedade quanto às intervenções direcionadas as singularidades e
necessidades das pessoas assistidas. Portanto, é necessário a presença desses profissionais
de saúde para desenvolver ações que visem a promoção da saúde, prevenção de agravos,
tratamento e reabilitação de incapacidades e deficiências, assim como criação de
programas e projetos para reduzir preconceitos, discriminações, exclusão social e
segregação dentro da comunidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Terapia Ocupacional na estratégia da saúde da família no município de São Paulo e a sua

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CAMPOS, L. C. et. al. A formação do Terapeuta Ocupacional com ênfase na atenção


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FURLAN, P. G.; OLIVEIRA, M. S. Terapeutas ocupacionais na gestão da atenção básica


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44, jan./abr. 2011.

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DESIGUALDADES SOCIAIS E COVID-19: REVISÃO DE LITERATURA

Lohana Guimarães Souza1; Letícia Grazielle Santos², Tailande Venceslau Carneiro³;


Davidson Monteiro de Almeida4; Sara Regina Alves dos Santos5 e Antônio José Costa
Cardoso6
1
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
2
Fisioterapeuta Mestranda em Ciências da Saúde pela Universidade Nove de Julho
(UNINOVE)
3
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
4
Bacharel em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
5
Bacharela em Sáude pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
6
Professor adjunto da Universidade Federal do Sul Bahia (UFSB).
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O Brasil, sétimo país mais desigual do mundo, é o segundo em número de casos e óbitos,
com indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos para o controle da pandemia.
Hoje, já acumulamos, apesar da testagem insuficiente e alta subnotificação de número de
casos e mortes, 601.213 mortes e 21.582.738 de casos. Assim, o presente estudo tem
como objetivo revisar a literatura acerca dos impactos das desigualdades sociais no
contexto da pandemia da Covid-19.

Palavras-chave: Saúde Pública, Iniquidade Social, Covid-19.

INTRODUÇÃO

A saúde é um problema filosófico, científico, tecnológico, político, prático com caráter


multidimensional, relacional e holístico que exige a compreensão das relações entre o
biológico e o social, em dimensões biopsicossociais individuais e coletivas, ou seja,
através do paradigma da determinação social do processo saúde-doença (ALMEIDA-
FILHO, 2020; BORGUI, et al., 2018). Ademais, estudos mostram que populações
marginalizadas sofrem mais durante e após pandemias (CHIRIBOGA et al., 2020),
fazendo-se necessário o entendimento de como o processo de sáude-doença-cuidado
dessas populações é determinado neste momento e quais serão as possíveis sequelas.

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O Brasil, sétimo país mais desigual do mundo, é o segundo em número de casos e
óbitos, com indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos para o controle da
pandemia (PINTO, 2020; SILVA; DE OLIVEIRA, 2020). Hoje, já acumulamos, apesar
da testagem insuficiente e alta subnotificação de número de casos e mortes, 93.563 mortes
e 2.707.877 de casos, de acordo dados do Painel Coronavírus do Governo Federal.

OBJETIVO

Revisar a literatura acerca dos impactos das desigualdades sociais no contexto da


pandemia da Covid-19.

METODOLOGIA

Revisão integrativa de literatura em que se consultaram-se as bases de dados Biblioteca


Virtual de Saúde (BVS) e PubMed, com os descritores “Covid-19”, “Pandemia”,
Iniquidades Sociais”, “Saúde de Minorias Étnicas”, “LGBTQIA+”, “Saúde da Mulher”,
“Pessoas com Deficiências”, “Pessoas em Situação de Rua”, “Pobreza” e “Doenças
Negligências”. Os critérios de inclusão foram: existência do resumo; texto gratuito
completo disponível e abordagem da temática; encontrando 1.575 artigos e selecionando
10.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Em surto anteriores, gênero e saúde da mulher eram invisíveis nas respostas


internacionais a curto e longo prazo, ocasionando aumento de 75% na mortalidade
materna, mais desfechos adversos, menor procura de assistência, maior infecção e
aumento da violência contra a mulher, e, mulheres grávidas, tratando doenças crônicas e
em vulnerabilidade social estão mais vulneráveis à Covid-19 (FUHRMAN, 2020; HALL
et al., 2020).
Apesar das limitações, dados apontam a coexistência de fatores relacionados à
vulnerabilidade em populações indígenas e afrodescendentes: maior pobreza, menos
acesso a água potável e saneamento básico, alta informalidade de trabalho, baixa
alfabetização, maior prevalência de doenças crônicas e obstáculos no acesso à saúde e
redes de segurança social, que reverberam o racismo estrutural (KHUNTI et al., 2020;
OPAS, 2020).
Populações mais pobres possuem maior probabilidade de viverem em lares
superlotados, estarem em ocupações que não permitem o trabalho em casa, possuírem
condições e rendas de trabalho instáveis, exacerbadas pela pandemia, afetando a saúde
mental e o sistema imunológico, dado o estresse. Ademais, estas pessoas também
apresentam-se nos serviços de saúde, ainda enfrentando barreiras linguísticas e culturais,
em estágios mais avançado da doença, resultando em piores prognósticos. Somado-se a

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isto, hipertensão e diabetes, fatores de risco para morte por Covid-19, possuem como
fatores de risco a pobreza (BONG et al., 2020; WALKER et al., 2020).
Pessoas com deficiências (PcD) também podem estar mais suceptíveis à infecção por
SARS-Cov-2 e ao desenvolvimento de formas grave da doença, pois podem possuir
condições de saúde preexistentes subjacentes à deficiência, barreiras no acesso aos
cuidados, informações em saúde e medidas de prevenção (BOYLE et al., 2020).
Apenas um estudo com alto viés abordou a saúde da população LGBTQUIA+ em
contexto pandêmico, apontando que minorias sexuais tendiam a ser mais confiantes em
lidar com a Covid-19 e menos propensas a se previnirem (KO et al., 2020). Similarmente,
são escassos estudos que abordem os impactos da pandemia na saúde da população em
situação de rua, contudo uma pesquisa mostrou que estas pessoas já apresentam péssimas
condições saúde, menos acesso a assistência, mais doenças crônicas e sistemas
imunológicos mais comprometidos, fatores de risco para pior desfecho da Covid-19.
Ademais, os com doenças mentais podem ter dificuldade em reconhecer e responder à
ameaça pandêmica (LIMA et al., 2020).
Nenhum estudo avaliou o impacto da Covid-19 nas doenças negligênciadas.

DISCUSSÃO

Há limitações no presente estudo e em pesquisas acerca da situação de países em


desenvolvimento como Brasil, que vivenciam, simultaneamente, o fenômeno da adição
nosológica, altos indíces de desigualdade social e a pandemia da Covid-19. Mesmo
preliminares, não publicados ou não localizados pela estratégia de busca, alguns dados
sobre a pandemia brasileira apontam que: a população LGBTQIA+ sofre o maior impacto
do isolamento; historicamente, epidemias dizimaram populações indígenas; garimpeiros,
com queda nas fiscalizações, são os principais vetores de transmissão da Covid-19; casos
de feminicídio e violência contra a mulher cresceram; 80% das PcD estão em países em
desenvolvimento e são, maioria, mulheres, negras, com baixo nível de instrução, renda e
acesso a saneamento básico; Covid-19 mata mais pretos e pobres. Atualmente, pouca
atenção está sendo dada às doenças negligenciadas e as especificidades epidemiológicas
de países em desenvolvimento. Atualização recente mostrou que a situação da malária
está sendo afetada pela coexistência da Covid-19, sendo preocupante, sobretudo, em áreas
indígenas e região amazônica (OPAS, 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fica evidente, apesar das limitações, a importância de estudos acerca dos impactos das
desigualdades sociais no contexto da pandemia da Covid-19. Assim, atenta-se para a
necessidade de mais estudos que considerem a cruel pedagogia do vírus, que não é
demorático e nos mostrou as veias abertas do mundo, e avaliem países como o Brasil,
com maiores indíces de desigualdades e ainda com alta mortalidade por doenças
infecciosas.
REFERÊNCIAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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especial Doença pelo Coronavírus COVID-19. 2020. Disponível em:
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25-final--1-.pdf Acessado em: 10 de agosto de 2020.

3. BORGHI CMSO, et al. Determinação ou determinantes sociais da saúde: texto e


contexto na américa latina. Trab. educ. saúde , Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 869-
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2020

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COVID-19: comparação entre boletins epidemiológicos. Comunicação em Ciências
da Saúde, v. 31, n. Suppl 1, p. 61-74, 2020.

7. BONG, Choon-Looi et al. The COVID-19 Pandemic: Effects on Low-and Middle-


Income Countries. Anesthesia and analgesia, 2020.

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LGPD E TELEMEDICINA: OS IMPACTOS JURÍDICOS DA TECNOLOGIA
APLICADA À SAÚDE NA PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

Rossana Moreira do Espírito Santo Teixeira1; Luciano Viana Rozal2; Rossana Marina de
Seta Fisciletti (Orientadora)3
1
Pós-graduanda em Direito Médico (CERS), licenciada em Letras e Pedagogia
(UNESA), graduanda em Direito (UNESA). Integrante do Grupo de pesquisa em Direito
Digital ODD (Observatório de Direito Digital/GGINNS). Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/9142195808710041
2
Pós-graduado em Direito Administrativo (UCAM), graduado em Gestão Pública
(UNISUL), Bacharel em Administração (UNESA), Pós-graduando em Direito Público
Aplicado (EBRADI), graduando em Direito (UNESA). Integrante do Grupo de pesquisa
em Direito Digital ODD (Observatório de Direito Digital/GGINNS). Currículo Lattes:
http://lattes.cnpq.br/0490152655106534
3
Doutora em Direito (UVA). Possui Pós-doutorado em New Technologies and Law na
Mediterranea International Centre for Human Rights Research (Dipartimento DiGiES –
Università “Mediterranea” di Reggio Calabria). Professora do curso de Direito (UNESA),
pesquisadora e coordenadora do grupo de pesquisa Observatório de Direito Digital
(ODD/GGINNS). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2512073224085058

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

O escopo desta pesquisa é analisar de forma objetiva as mudanças fomentadas


pela lei 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – e sua aplicação à Telemedicina.
As alterações trazidas por esta lei visam proteger os dados particulares daqueles que
utilizam da comunicação digital, assim, surge uma questão para os que trabalham com a
medicina, principalmente no que diz respeito aos atendimentos virtuais e a digitalização
de documentos de seus pacientes e a responsabilidade civil de que trata a supracitada lei.
Para tanto, fez-se necessário uma pesquisa exploratória na legislação e doutrinas diversas
e a análise das recomendações do Conselho Federal de Medicina, em busca das possíveis
consequências às quais a comunidade médica está exposta. Trata-se de um tema recente,
no entanto de grande relevância para os profissionais que atuam na área da saúde.

Palavras-chaves: Direito Médico; LGPD; Telemedicina; saúde; teleconsulta;

INTRODUÇÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A evolução tecnológica causa um significativo impacto na responsabilidade dos
profissionais da saúde, em especial, no tratamento e proteção dos dados sensíveis dos
pacientes. O que há alguns anos não passava de estudos e perspectivas, hoje é uma
realidade.
Em primeira análise, é necessário destacar que a história da telemedicina antecede
o surgimento dos meios de comunicação eletrônica. Um marco importante ocorreu em
1967: o Hospital Geral de Massachusetts foi ligado ao aeroporto da cidade de Boston
com o intuito de atender qualquer emergência que ocorresse no aeroporto a partir do
Hospital e, em contraponto, o hospital receberia informações de indivíduos que
necessitassem de ambulância.
A medicina deve tratar o ser humano em sua amplitude, a atuação do médico e
outros profissionais da saúde não pode levar em conta apenas os saberes técnicos, já que
lidam com as necessidades individuais de cada paciente e com a essência da personalidade
humana. A Constituição Federal de 1988 consagrou a dignidade da pessoa humana como
princípio fundamental do Estado democrático de direito em seu art. 1º, III e positivou os
direitos e garantias fundamentais, incluindo os direitos da personalidade (art. 5º caput, V,
X e XXXVI), com atenção ao direito à vida, à intimidade e à vida privada. Sendo a
proteção à vida, um direito que deve ser protegido sem barreiras, a telemedicina derruba
fronteiras neste sentido, principalmente aos que necessitam de atendimento e estão
impossibilitados de realizá-lo pessoalmente, seja pela distância, seja por fatores de saúde,
como foi o caso de alguns pacientes infectados com a covid-19. Por esses e outros fatores
é possível observar a expansão da telemedicina, cada vez mais inserida na
contemporaneidade, principalmente devido à crescente tecnologia digital no mundo.

OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é analisar a aplicação da Lei 13.709/2018 – Lei Geral
de Proteção de Dados (LGPD) na telemedicina, abordando as questões pertinentes aos
profissionais da saúde, especificamente no que diz respeito aos atendimentos à distância
e ao tratamento de dados pessoais. Desta forma busca, ainda, pontuar as consequências
no tocante à responsabilidade civil do médico ao manipular tais informações, e nas
consultas realizadas através dos meios de comunicação disponíveis.

METODOLOGIA
Este estudo utiliza a pesquisa exploratória para melhor compreensão do fenômeno
da responsabilidade civil do médico em relação aos deveres de proteção de dados
sensíveis normatizados pela LGPD e pelas recomendações do Conselho Federal de
Medicina. Ademais, a pesquisa se pauta em revisão bibliográfica de livros, periódicos e
artigos sobre o tema, que, apesar da hodiernidade da temática, permitiu que fosse
realizada uma análise dos diversos conceitos, buscando uma abordagem descritiva e
argumentativa sobre o objeto de estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), apesar de recente, tem o intuito de
solucionar uma questão não tão nova, a proteção dos dados pessoais. Desde o início da

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


vigência da LGPD, em 18 de setembro de 2020, passou a ser exigido de todos os
segmentos da sociedade brasileira a adequação aos termos normatizados pela lei.
No cenário pandêmico há que se falar na correlação existente entre a vacina e a
proteção dos dados, uma vez que tais dados são considerados sensíveis. Recentemente,
os usuários do aplicativo Conecte SUS, receberam atualização para adequação da política
de privacidade em atendimento às diretrizes da LGPD, informando sobre o
funcionamento do serviço, o tratamento dos dados pessoais realizados, de forma
autorizada ou não, e a sua finalidade, os dados pessoais dos usuários necessários para a
utilização do aplicativo e a forma como são coletados, bem como quais os órgãos que o
sistema compartilha os dados e as medidas de segurança implementadas para proteção
destes dados.
Os usuários são esclarecidos sobre a confirmação e acesso aos dados, à
retificação, à limitação do tratamento dos dados, à oposição, à portabilidade dos dados e
de não ser submetido a decisões automatizadas (artigos 18, I a V, §2º e 20 da LGPD).
As informações coletadas ficam disponíveis na Rede Nacional de Dados em
Saúde (RNDS), mantida pelo Ministério da Saúde, que possibilita que os dados sejam
trocados “de forma responsável, segura e confidencial, entre os profissionais da saúde”,
seja no sistema público ou privado, a partir de janeiro de 2018. Segundo a nota
informativa ao titular de dados de saúde, disponível no aplicativo Conecte SUS, o
compartilhamento dos dados são para documentação do encontro e comunicação do
“histórico para outros profissionais de saúde que estiverem colaborando” para a saúde do
paciente.
O consentimento do paciente ao tratamento já é tema consolidado no direito
médico e na prática do profissional da saúde. A exemplo, observa-se a recomendação do
CFM 01/2016 que dispõe sobre a obtenção do consentimento livre e esclarecido na
assistência médica. Com a obrigatoriedade de ajustar-se à LGPD, os profissionais
precisam adotar em sua prática dois tipos de consentimento, o TCLE (Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido) e o Consentimento para uso de informações pessoais.
Embora a nomenclatura aparente semelhança, é necessário que, durante a sua prática, o
profissional da saúde analise a funcionalidade de cada um, atentando para possível
repercussão da responsabilidade civil pela inobservância de um ou de outro, ou ainda, na
elaboração imperita de cada um.
Quais as responsabilidades que o profissional da saúde está sujeito durante
o tratamento de dados pessoais? Quais as hipóteses de exclusão destas responsabilidades?
É impreterível que o profissional que atue na telemedicina siga as diretrizes de
privacidade no que diz respeito ao consentimento do paciente, a prática médica por meio
do uso das tecnologias, precisa garantir segurança no uso das informações. A não
observância dessas diretrizes pode trazer consequências como a responsabilidade civil do
médico. A exclusão dessa responsabilidade pode ser vislumbrada quando é rompido o
nexo de causalidade entre a conduta dos agentes e o dano ao paciente.
A teleconsulta é um dos principais desafios éticos da telemedicina. Podem ser
elencados diversos fatores, destacando a competência do médico que realizará o
atendimento, tanto na observância de proteção dos dados, quanto na técnica aplicada e na
manutenção da relação com o paciente. Outro fator é a confiabilidade do equipamento

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utilizado, pelo médico e pelo paciente ficando a cargo do profissional adotar programas
de maior segurança, como recomendado pelo CFM. Ainda assim, o sistema de
computadores não é 100% confiável, o que traz à tona os questionamentos sobre sigilo.
A atuação médica é pautada na relação de confiança entre médico e paciente, um ponto
de controvérsia no que tange à teleconsulta, já que este tipo de atendimento pode ameaçar
a qualidade desta relação.
Positivamente vislumbra-se a oportunidade de oferecer atendimento a pacientes
que não seriam capazes de obtê-lo de outra forma. Outra vantagem é a diminuição do
fluxo de pessoas em consultórios e hospitais, por ser uma medida de proteção à
integridade dos indivíduos envolvidos em casos de doenças infectocontagiosas, como
exemplo, em casos epidêmicos. Entretanto, nenhum desses fatores pode culminar em um
atendimento médico superficial, cabendo, neste ponto, a observância ética.
CONCLUSÃO
Diante de toda análise, observou-se que o advento da LGPD promoveu
modificações significativas na prática médica, especialmente no que diz respeito ao
tratamento de dados, a armazenagem e manutenção de documentos médicos. Nas
questões relacionadas a telemedicina, sendo a teleconsulta e as situações que envolvem
exames, os pontos principais de atenção.
As transformações sociais atingiram o Direito Civil, com ênfase no direito médico
e da saúde, áreas que vêm se adequando às diretrizes de proteção de dados trazidas pela
LGPD, em destaque à observância do consentimento para uso e guarda de dados pessoais
obtidos durante as consultas e tratamentos médicos.
Embora haja divergência sobre a adoção da telemedicina, compatibilizada às
questões éticas e à segurança de dados obtidos por meio de comunicação eletrônica, neste
breve estudo, observou-se que os profissionais da saúde devem esclarecer e obter o
consentimento sobre uso dos dados que serão coletados atendendo aos dispositivos legais,
incluindo as recomendações dos conselhos de medicina.
Por fim, a pesquisa observou que a telemedicina não substitui a medicina
tradicional. Questões éticas, a própria relação médico-paciente, bem como a
impossibilidade de realizar certos exames impedem tal substituição, mas nos casos em
que é possível esse tipo atendimento e estando em conformidade com as diretrizes legais,
sendo bem utilizada, a telemedicina é benéfica e necessária aos pacientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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através da telemedicina. (RESTABELECIDA pelo CFM nº 2.228/2018). Disponível em:
https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2002/1643. Acesso em: 01
set. 2021.

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Pessoais (LGPD). Publicado no DOU de 15.8.2018. Disponível em:
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BRASIL. Resolução CFM nº 01/2016. Dispõe sobre o processo de obtenção de


consentimento livre e esclarecido na assistência médica. Disponível em:
https://portal.cfm.org.br/images/Recomendacoes/1_2016.pdf. Acesso em: 16 set 2021.

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https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.datasus.cnsdigital&hl=pt_BR&gl=
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MASSARELI JR, J.C. ALMEIDA. V.S.F. Alcance da responsabilização civil do


médico como agente de tratamento de dados na lei geral de proteção de dados
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OLIVEIRA, A.B. TOKARSKI, C.C.R. JAPIASSU, F.K.A.G. SILVA, J.C.Q. Desafios


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https://doi.org/10.51723/ccs.v31i01.566. Acesso em: 05 out 2021

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


IMPACTOS EMOCIONAIS DA PANDEMIA DA COVID-19 EM
FISIOTERAPEUTAS QUE ATUARAM NA LINHA DE FRENTE

Johnatan Weslley Araujo Cruz¹; Sthefany Santos Martins2; Franciely Oliveira de Andrade
Santos3; Emanuelly Moura Santos4; Joana Monteiro Fraga de Farias5; Jader Pereira de
Farias Neto6; Walderi Monteiro da Silva Júnior7; Leonardo Yung dos Santos Maciel8
1,2,3
Graduando em Fisioterapia pela Universidade Federal de Sergipe
4
Fisioterapeuta pela Universidade Federal de Sergipe
5
Fisioterapeuta pela Universidade Tiradentes
6,7,8
Fisioterapeuta e docente da Universidade Federal de Sergipe
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Introdução: Os fisioterapeutas que estão na linha de frente em clínicas e hospitais para
combater esta pandemia estão mais suceptiveis a desenvolver problemas emocionais, o
que pode ocasionar absenteísmo destes. Objetivo: Avaliar os impactos emocionais em
fisioterapeutas que atuaram na linha de frente durante a pandemia da covid-19. Métodos:
Estudo observacional descritivo, de corte transversal com abordagem quantitativa e
qualitativa. Foram incluídos nesse estudo, profissionais das diversas áreas da saúde que
estavam atuando durante a pandemia, especialmente os fisioterapeutas. Resultado: Dos
participantes selecionados, 31 tinham contato direto com pacientes com covid-19. A TAG
7 mostrou que 14% dos participantes não possuíam ansiedade e 41% apresentou
ansiedade Leve. Pelo PSS, apenas 5% não apresentava estresse, 55% estresse leve e 40%
estresse moderado. Conclusão: Os resultados sugerem que os fisioterapeutas que atuaram
durante a pandemia da covid-19 possuem graus de ansiedade e estresse leves.
Palavras-chaves: Doenças Profissionais; Esgotamento Profissional; Ansiedade;
Coronavirus.

INTRODUÇÃO
O novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19,
foi detectado em 31 de dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Em 9 de janeiro de 2020,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou a circulação do novo covid-19. Em
16 de janeiro, foi notificada a primeira importação em território japonês. No dia 21 de
janeiro, os Estados Unidos reportaram seu primeiro caso importado. Em 30 de janeiro, a
OMS declarou a epidemia uma emergência internacional.
Ainda sem definição exata, à ansiedade, é percebida como uma emoção
caracterizada por um alerta tenso e fisicamente exaustivo, focalizado em um perigo ou

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emergência iminente e inevitável, porém não palpável, com uma incerteza frustrante
sobre a possibilidade de se resolver a situação, podendo ser um estado emocional
transitório ou parte da personalidade. Os serviços de assistência psicológica, incluindo
aconselhamento ou intervenção por telefone, internet e aplicativos, foram amplamente
utilizados por instituições locais e nacionais de saúde mental em resposta ao surto de
COVID-19. No entanto, as avaliações baseadas em evidências e as intervenções em saúde
mental direcionadas aos profissionais de saúde da linha de frente são relativamente
escassas.
O estresse pode desencadear uma série de outras complicações à saúde, inclusive
a morte. Reconhecido como um importante fator desencadeante de sérias patologias, o
estresse tem gerado grande preocupação, devido ao impacto que o ambiente de trabalho
e sua especificidade podem causar ao profissional.
OBJETIVOS
Avaliar os impactos emocionais em fisioterapeutas que atuaram na linha de frente durante
a pandemia da covid-19.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo traversal de caráter descritivo de abordagem quantitativa e
qualitativa com número do parecer: 4.936.355. Os critérios de inclusão para esse estudo
foi: pessoas de nacionalidade brasileira que residam no estado de Sergipe, saudáveis, com
idade entre 18 a 70 anos, estejam trabalhando em unidades hospitalares que atendam
pacientes acometidos pelo vírus da COVID-19, e aceite participar da pesquisa. Quanto
aos critérios de exclusão: indivíduos que não compreendessem as instruções do estudo ou
que não aceitasse participar do mesmo. Para obtenção dos dados foi disponibilizado um
formulário na plataforma digital de Documentos Online do Google, com questionários
relacionados a ansiedade e estresse: escala Hospital Anxiety and Depression Scale
(HADS), Generalized Anxiety Disorder (GAD) e a escala de estresse percebido (PSS),
perguntas sobre os dados sociodemográficos e ocupacionais como sexo, idade,
endereço, ocupação, além do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Obteve-se 119 respostas ao formulário. Desses, 49 participantes eram fisioterapeutas, os
quais tiveram os dados analisados nesse estudo. A idade variou entre 21 a 58 anos, a
maioria era do sexo feminino, com estado civil solteiro, residente do município de
Aracaju e trabalhava no setor de trabalho ambulatório/enfermaria/ hospitalar. Em se
tratando dos níveis de ansiedade, os quais foram analisados pela escala GAD e HADS, os
fisioterapeutas possuíam uma ansiedade de intensidade leve a moderada. Quanto ao
estresse, interpretado pela PSS, também apresentaram níveis leve a moderado de estresse.
Esses resultados podem ser justificados pelo trabalho exaustivo na linha de frente com

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cargas horárias extremas, como também as mudanças sociais e emocionais que a
pandemia ocasionou para toda população, maior risco de exposição ao vírus e a
insegurança devido a um ambiente de trabalho que muitas vezes possui uma estrutura
física inadequada, com escassez de recursos materiais e equipamentos de proteção, além
de sobrecarga de funções devido a falta de profissionais capacitados.

CONCLUSÃO
Os resultados sugerem que os profissionais que atuaram durante o período da
pandemia da covid-19 apresentam graus de estresse e ansiedade leves, o que pode
ocasionar impactos na qualidade do serviço prestado e prejuízos na saúde mental destes
profissionais. São necessários mais estudos para analisar os impactos da pandemia da
covid-19 nos fisioterapeutas e demais profissionais da saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Katarina Márcia Rodrigues dos et al. Depressão e ansiedade em profissionais


de enfermagem durante a pandemia da covid-19. Escola Anna Nery, v. 25, 2021.

DEPOLLI, Gabriel Trevizani et al. Ansiedade e depressão em atendimento presencial e


telessaúde durante a pandemia de Covid-19: um estudo comparativo. Trabalho,
Educação e Saúde, v. 19, 2021.

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pandemic: a cross-sectional study. Psychiatry Research, p. 112936, 2020.

LANCET, The. COVID-19: protecting health-care workers. Lancet (London, England),


v. 395, n. 10228, p. 922, 2020.

PAFARO, Roberta Cova; DE MARTINO, Milva Maria Figueiredo. Estudo do estresse


do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de
Campinas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 38, n. 2, p. 152-160, 2004.

LANA, Raquel Martins et al. Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel


de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva. Cadernos de Saúde Pública, v.
36, p. e00019620, 2020.

LANA, Raquel Martins et al. Emergência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o papel


de uma vigilância nacional em saúde oportuna e efetiva. Cadernos de Saúde Pública, v.
36, p. e00019620, 2020

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CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES COM CÂNCER E TERAPIA
ALTERNATIVA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Dhiulia Diovanna Damacena Gonçalves1; Adisson Resende Oliveira2; Giovanna


Monteiro Belo3; Luísa Emanuele Macedo4; Marcos Alves Gomes5; Pedro Wilson Borges
de Santana6; Vitória Correia dos Santos7; Vitor Hugo Leonel e Silva8
1,2,3,4,6,7,8
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Goiatuba -
UNICERRADO
5
Mestre em Gestão Organizacional pela Universidade Federal de Goiás, Graduado em
Administração pela Faculdade de Caldas Novas e Graduando em Medicina pelo Centro
Universitário de Goiatuba – UNICERRADO
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Objetivo: Identificar, por meio de evidências científicas, a aplicabilidade do uso da
Cannabis medicinal como alternativa no tratamento paliativo dos efeitos colaterais
sofridos por pacientes com câncer. Metodologia: O estudo em questão trata-se de uma
Revisão de Literatura, com o objetivo de colher o máximo de informações sobre o uso
dos canabinóides na terapêutica paliativa contra os efeitos adversos da quimioterapia e
radioterapia; foram selecionados 6 documentos para compor a amostra. Resultados e
Discussão: Os estudos demonstraram que a planta possui um promissor potencial
terapêutico. Nesse âmbito, a Cannabis Medicinal é utilizada desde os anos 80 como
antiemético na intervenção contra o câncer. Conclusão: A Cannabis proporciona efetivas
melhoras na qualidade de vida e suporte na terapêutica de pacientes com câncer. O maior
obstáculo dessa odisseia é a sua regularização jurídica, entretanto, sua legalização como
alternativa terapêutica é de grande valia para a facilitação de pesquisas nessa área.

Palavras-chaves: Cannabis. Antiemético. Tratamento paliativo. Câncer. Qualidade de


vida.

INTRODUÇÃO
O câncer está entre as doenças que mais mata prematuramente no mundo,
segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Sabe-se
que a quimioterapia, utilizada no tratamento dessa enfermidade, causa efeitos colaterais
como náuseas, vômitos, dores crônicas, perda de apetite entre outros efeitos. Em busca
de sanar ou reduzir esses efeitos provocados pelo uso da quimioterapia, a comunidade

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farmacêutica vem estudando e testando o uso de canabinóides (extraídos da cannabis),
uma vez que já foi comprovada a sua eficácia como antiemético e até analgésico.

OBJETIVOS
Realizar um estudo sobre cuidados paliativos da Cannabis medicinal,
especialmente em pacientes acometidos por neoplasias, e a possibilidade do uso da
Cannabis como tratamento alternativo.

METODOLOGIA
Foram analisados artigos científicos, devidamente apresentados na referência
bibliográfica, com o objetivo de reunir informações sobre o uso de canabinóides nos
cuidados paliativos dos efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia utilizadas no
tratamento do câncer, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes que lutam
contra os diferentes tipos dessa doença. Procurou-se avaliar os prós e contras de um
tratamento alternativo aos opióides, com o intuito de aliviar a dor, diminuindo incômodos
intestinais e colaborando na melhoria do apetite e, consequentemente, no ganho de peso,
redução de náuseas e vômitos, além de amenizar desconfortos emocionais, sintomas
comumente relacionados a estágios mais avançados de distintos tipos de câncer.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado desse estudo, observa-se que foi possível encontrar informações
que comprovam ser viável o uso da maconha medicinal como recurso terapêutico.
Entretanto, ainda não se sabe qual a posologia ideal para o uso da cannabis. As interações
entre medicamentos são mínimas enquanto os ganhos trazidos são atrativos, sendo assim,
sua administração é recomendada, pois os canabinóides tendem a ter maiores efeitos
contra ao invés de pró-câncer.
Apesar de terem sido documentados leves efeitos adversos quanto ao uso da
Cannabis, os estudos a respeito dessa planta medicinal são promissores. Há evidências,
mesmo que ainda não comprovadas, quanto ao uso do canabidiol para o tratamento da
neuropatia periférica induzida pela quimioterapia contra o câncer, além do tratamento de
distúrbios gastrointestinais e do sono, comprometimento cognitivo, ansiedade, depressão,
fadiga e os sintomas mais conhecidos como náusea e falta de apetite.
Os cuidados paliativos, geralmente oferecidos a pacientes com patologias de
prognóstico de vida negativo, supostamente encurtado a meses ou ano, exigem cuidados
técnicos adequado não apenas por parte de profissionais médicos, como também de outros
profissionais da área da saúde para uma abordagem integral e multidisciplinar,
fornecendo cuidados ao paciente e sua família, valorizando e controlando as
manifestações clínicas da patologia no acometido para proporcionarmos a terapêutica

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mais adequada para cada indivíduo, contando com a possibilidade de desfrutar de terapias
alternativas como os componentes canabinóides, que possuem comprovadas ações
farmacológicas.
Quanto ao seu efeito antiemético, a Cannabis Medicinal é aprovada desde 1980,
nos EUA e na Alemanha, para o tratamento antiemético do câncer. Fato esse que
associado a diversos estudos garante a eficácia da Cannabis no alívio de enjoos e vômitos
causados pelo câncer, promovendo ao paciente o tratamento menos agressivo possível.
Tendo em vista que com a elevação da expectativa de vida e o modo de vida
moderno houve aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas, os cuidados
paliativos e a humanização das abordagens médicas se tornaram ainda mais importantes,
sendo uma assistência considerada fundamental no fim da vida.

CONCLUSÃO
Considerando os fatos apresentados, foi constatado que a Cannabis propicia
melhoria da qualidade dos cuidados de suporte a pacientes com câncer, visando o seu
bem-estar, tendo em vista que pacientes nessa condição sofrem uma importante perda na
qualidade de vida, tanto funcional quanto emocional, necessitando não somente de apoio
do seu grupo social e familiar, como também de desfrutar dos cuidados acessíveis que
possam beneficiá-los em algum aspecto, objetivando a resolução de questões que trazem
prejuízos aos pacientes.
Apesar de seus benefícios, a regularidade jurídica e a aplicabilidade da Cannabis
encontram empecilhos. Entretanto, sua legalização para uso medicamentoso pode facilitar
pesquisas e estudos no âmbito da sua empregabilidade terapêutica associada a outras
abordagens. Para que desta forma, a Cannabis possa contribuir para a melhoria da
qualidade de vida de pacientes com câncer, especialmente no estágio dos cuidados
paliativos de forma legalizada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIGUEIREDO, Jaqueline Fantini et al. Qualidade de vida de pacientes oncológicos em


cuidados paliativos. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 8, 2018.
INFORME TÉCNICO. O uso de Cannabis Medicinal como efeito antiemético no
tratamento do câncer. Brasília: Fiocruz Brasília, p. 1-8, maio 2020.

KLECKNER, A. S. et al. Opportunities for cannabis in supportive care in cancer. Sage


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de saúde. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 15, n. 1, p. 137-153, 2014.
QUEIROZ, Ana Helena Araújo Bomfim et al. Percepção de familiares e profissionais de
saúde sobre os cuidados no final da vida no âmbito da atenção primária à saúde. Ciênc.
saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 9, p. 2615-2623, Sept. 2013.

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EFEITO DA LASERTERAPIA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO NA
LESÃO POR PRESSÃO

Ana Luísa e Silva¹; Ana Luísa Rodrigues Ferraz¹, Caroline dos Santos Maciel¹,
Gabriela Duarte Naisinger de Castro¹, Maria Fernanda Ojeda Suarez¹, Marcia
Packaeser Gracioli²

¹ Acadêmicas do Curso de Fisioterapia, ULBRA, Santa Maria, RS. e-


mail:[email protected]; [email protected];
[email protected]
² Preceptora do Curso de Fisioterapia, ULBRA, Santa Maria, RS.
e-mail: [email protected]
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
As lesões por pressão são causadas pela compressão e/ou atrito no local por períodos
longos, ocasionando isquemia e gerando necrose tecidual. O laser de baixa intensidade é
recomendado nos pacientes que possuem essas lesões, com o objetivo de reduzir a
inflamação e melhorar a cicatrização do local. Este estudo busca relatar a experiencia e
efeitos da laserterapia na cicatrização de lesoes por pressão em um estudo de caso.

Palavras-chaves: Laserterapia. Lesão por pressão. Cicatrização

INTRODUÇÃO
As lesões por pressão surgem na superfície tegumentar, quando esta é exposta a uma
pressão por um longo período, causando constrição vascular, redução da circulação
sanguínea no local e necrose da área acometida. As áreas de maior ocorrência dessas
lesões, são a sacro ilíaca (47%), região do trocânter do fêmur (19%) e em maléolos
(16%) (MENDONÇA; SILVA & MENDONÇA, 2020).
O laser de baixa intensidade é um dos recursos terapêuticos utilizados para o tratamento
de lesões por pressão, promove efeitos bioquímicos, bioenergéticos e bioelétricos e tem
sido empregado com o objetivo de acelerar o processo de cicatrização. A laserterapia de
baixa intensidade ajuda no alívio da dor, na cicatrização das feridas e no controle da
inflamação, visto que estimula síntese de colágeno e proliferação de fibroblastos
(TALLAMINI & MARQUES, 2021).
Desta forma, este relato de experiência tem o objetivo de apresentar os benefícios do
laser de baixa intensidade na cicatrização das lesões por pressão, proporcionando assim,
conforto e bem estar destes pacientes.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OBJETIVOS
Este trabalho trata-se de um relato de experiência sobre a aplicação da
laserterapia no processo de cicatrização das lesões por pressão em um paciente acamado,
por parte de estudantes de graduação da Universidade Luterana do Brasil, campus Santa
Maria. Buscou-se estudar os resultados deste tratamento na literatura atual, com o
propósito de considerar o uso deste método como forma de otimizar o processo de
cicatrização das lesões causadas por pressão.

METODOLOGIA
A presente investigação caracterizou-se como um estudo de caso de um paciente
do sexo masculino. O paciente apresenta lesões por pressão nos seguintes locais:
trocânter maior do lado direito e esquerdo do quadril, região do ísquio no lado direito,
cóccix e costas do lado direito. Foram aplicados, por diferentes alunas do grupo, sob
orientação da preceptora, laserterapia nas regiões das lesões.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram realizadas 8 sessões de laserterapia nas lesões por pressão. Na avaliação
e reavaliação, respectivamente, foram mensurados os diâmetros das lesões, nos dias 21
de outubro e 11 de novembro de 2020. Na avaliação foi constatada lesões com tecidos de
granulação, além de hiperemia intensa. O paciente apresentou lesões em ambos os
trocânteres maiores, cóccix, nas costas e ísquio no lado direito. Verificou-se melhora da
cicatrização das lesões e redução nas dimensões das mesmas. Nas imagens 1 e 2 podemos
observar o resultado do tratamento feito no cóccix do paciente. Ao analisar, podemos
observar uma diminuição considerada no diâmetro da lesão ocorrida no cóccix. Na tabela
1, pode-se verificar as dimensões das lesões antes e depois do tratamento com o laser.

figura 1: cóccix na avaliação do paciente. figura 2: cóccix na reavaliação do


paciente.

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tabela 1 - Dimensões das lesões por pressão em paciente após tratamento de
laserterapia.

Local da lesão Dimensões da lesão na Dimensões da lesão na


avaliação (altura/ largura) reavaliação (altura/ largura)

Trocânter maior (direito) 4,5/ 3,0 cm 2,0/ 2,3 cm

Trocânter maior 3,0/ 2,0 cm 2,5/ 1,75 cm


(esquerdo)

Cóccix 9,5/ 2,5 cm 4,5/ 3,5 cm

Ísquio (direito) 2,0/ 2,0 cm 1,5/ 0,5 cm

Costas 3,0/ 2,5 cm 1,5/ 0,75 cm

Dados da ficha de avaliação do paciente

Tallamini & Marques afirmam que a laserterapia através da estimulação da migração


celular e das atividades mitocondriais, possuem uma ação anti-inflamatória na
cicatrização das feridas, corroborando com os resultados deste estudo. Santos &
Gardenghi concluíram que a laserterapia de baixa intensidade é eficaz no tratamento de
úlceras por pressão em pacientes hospitalizados trazendo benefícios como a aceleração
na cicatrização das lesões.

CONCLUSÃO

Por conseguinte vimos que o tratamento das lesões por pressão proposto neste
estudo mostrou-se eficaz para a melhora da cicatrização. Os resultados mostraram
diminuição significativa no tempo e no tamanho úlcera, demonstrando a eficácia do uso
de laserterapia de baixa potência em lesões por pressão neste caso.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MENDONÇA, R.C.F.; SILVA, E.S.; MENDONÇA, P.C. Efeitos do alta frequência e


laser de baixa potência na úlcera por pressão: Revisão narrativa. Revista Fisioterapia &
Saúde Funcional; v.7, n.1, p. 13-21, 2020.
TALLAMINI, I; MARQUES, L.P.S. Processo de cicatrização e efeito da laserterapia de
baixa potência: revisão integrativa. Revista Ciência & Humanização do Hospital de
Clínicas de Passo Fundo; v.1, n.1, p. 123-137, 2021

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EFICÁCIA TERAPÊUTICA DO DENOSUMABE EM COMPARAÇÃO COM
OS BISFOSFONATOS NA PREVENÇÃO DA PERDA ÓSSEA EM MULHERES
NA PÓS-MENOPAUSA

Rutemberg Vilar de Carvalho Júnior1; Lucas Vinícius Lustosa Castelo Branco1; Hanna
dos Santos Ferreira1; Beatriz Machado Brandão Sousa1; Lucas de Sousa Macedo1; Beatriz
Andrade Vasconcelos1; Vanessa Gomes Maciel1; Tuany Gabriely Correia dos Santos1.
1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Vários fármacos atuam reduzindo a reabsorção óssea ou promovendo a formação de nova
matriz óssea e incluem os bifosfonatos, terapia usual, e o denosumabe. O objetivo do
estudo foi analisar o anticorpo monoclonal Denosumabe (Dmab) em relação aos
bisfosfonatos na prevenção de perda óssea em mulheres na pós-menopausa. Trata-se de
uma revisão integrativa nas principais bases de dados utilizando os descritores
“Denosumab”, “Diphosphonates” e “Osteoporosis, Postmenopausal”. Incluiu-se
metanálises e ensaios randomizados controlados publicados nos últimos 5 anos.
Encontrou-se 1065 artigos, aplicando-se os critérios de inclusão, restaram 14. A
comparação entre os fármacos permitiu observar mudança na densidade mineral óssea
(DMO) nas mulheres estudadas. Houve aumento discreto na DMO da coluna lombar em
pacientes tratados com Dmab e zolendronato (ZOL). Ambos os fármacos são eficientes
para prevenção de fraturas, destacando-se o Dmab, além de combater a reabsorção óssea
provocada pela osteoporose.

Palavras-chaves: Denosumabe. Bisfosfonatos. Osteoporose Pós-Menopausa.

INTRODUÇÃO
A osteoporose é uma doença crônica e progressiva que atinge aproximadamente
uma a cada três de todas as mulheres que estão na pós-menopausa nos EUA e na Europa.
A perda óssea pode chegar a 4% por ano nos primeiros 4 anos da menopausa e essa
condição está relacionada a várias condições clinicamente importantes. A exemplo disso,
as fraturas de baixa energia são as consequências mais significativas da osteoporose, com
até 70% das fraturas associadas a essa doença crônica.
Frente a isso, vários fármacos foram propostos para o tratamento da osteoporose
pós-menopausa. Esses medicamentos atuam reduzindo a reabsorção óssea ou
promovendo a formação de nova matriz óssea e incluem, por exemplo, os bifosfonatos,
agentes antirreabsortivos clássicos considerados tratamento de primeira linha. Contudo,

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a medicação prolongada, sua fraca persistência e eventos adversos limitam a utilização
desses fármacos. Nesse âmbito, surgem os anticorpos monoclonais como o Denosumabe
(Dmab) que vem garantindo bons resultados.
Quanto à terapia com bifosfonatos, particularmente ácido zoledrônico (ZOL), há
redução do risco de fraturas quando usado uma vez por ano. Porém, ressalta-se que não
há evidências de que o esquema de tratamento através dos agentes bifosfonatos
parenterais, como o ZOL, traga vantagens terapêuticas para pacientes com osteoporose,
quando considerados a densidade mineral óssea e marcadores de remodelação óssea.
Quanto ao Dmab, é um anticorpo monoclonal totalmente humano contra RANKL
e há indícios que indivíduos que receberam terapia anterior com bifosfonatos e fizeram a
transição para denosumabe tiveram maiores ganhos da densidade mineral óssea em todos
os locais do esqueleto se comparado com alendronato contínuo ou início de ibandronato
ou risedronato. Algumas considerações, no entanto, devem ser feitas sobre o seu uso, já
que o medicamento, quando cessado, possui um “efeito rebote” que é associado a
múltiplas fraturas vertebrais em alguns pacientes.
Apesar dos efeitos favoráveis do Dmab em uso constante, ainda se discute se é
preferível o uso de bifosfonatos depois da descontinuação do anticorpo monoclonal para
diminuir os efeitos do desmame. Apesar das suposições, ainda não é conhecido um
esquema ideal nem de Denosumab e nem de bifosfonatos para pacientes que pararam com
o anticorpo monoclonal.

OBJETIVOS
Comparar a eficácia terapêutica do denosumabe em relação aos bisfosfonatos na
prevenção da perda óssea em mulheres pós-menopausa.

METODOLOGIA
Este estudo trata de uma revisão pelo método integrativo, com abordagem
quantitativa.
Na primeira etapa, a questão de pesquisa foi elaborada com a aplicação da
estratégia PICO, que significa respectivamente população, intervenção, comparação e
resultados. Posteriormente, utilizaram-se como critério de inclusão os estudos que tinham
entre seus descritores “Denosumab”, “Diphosphonates” e “Osteoporosis,
Postmenopausal”, artigos em português, inglês e espanhol que compararam a eficácia do
denosumabe em relação aos bisfosfonatos na prevenção da perda óssea em mulheres pós-
menopausa; descritos na íntegra e publicados pelo menos nos últimos cinco anos. Foram
incluídos apenas metanálises e ensaios clínicos controlados e randomizados. Como
critério de exclusão, optou-se por não utilizar artigos que não correspondiam ao objeto de
estudo, textos que se encontravam incompletos, artigos que não estivessem disponíveis
na íntegra, que não forneciam informações suficientes e estudos duplicados.

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O levantamento foi realizado no período de setembro a outubro de 2021,
utilizando descritores identificados nos Descritores Ciências da Saúde (DeCS) e no
Medical Subject Headings (MeSH) indexados nas seguintes bases de dados: EMBASE,
PubMed, Cochrane e LILACS. A seleção dos estudos foi realizada de forma independente
e em duplo cego, por dois membros da equipe de revisão. Foi feito o cruzamento dos
descritores utilizando o operador AND.
Na busca inicial nas bases de dados, foram encontrados 1065 artigos. Após a
aplicação dos critérios de inclusão, selecionou-se 44 estudos. Posteriormente, aplicando
os critérios de exclusão, restaram apenas 14 artigos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da análise dos artigos que compõem essa revisão, observa-se que um dos
principais tópicos relacionados à comparação do denosumabe (Dmab) com os
bifosfonatos é a mudança na densidade mineral óssea (DMO) nas pacientes estudados.
Dessa forma, constatou-se que houve um discreto aumento da DMO da coluna lombar
em pacientes tratados tanto com Dmab quanto com zolendronato (ZOL), em que a
diferença desse aumento não foi significativa (p = 0,643).
Outros estudos apontam que não houve mudança na DMO da coluna lombar em
um tratamento com ZOL após suspensão de Dmab, exceto quando comparada a
administração precoce e tardia desse medicamento, de forma que o ZOL tardio (18 meses
após a administração de Dmab) provocou diminuição significativa da DMO quando
comparado com o ZOL precoce (p = 0,007).
Nesse contexto, há dados que demonstram ganho da DMO em pacientes pós-
menopausa que realizaram o tratamento com Dmab por 30 meses, com uma administração
única de ZOL 6 meses após. Em contrapartida, outros achados clínicos demonstram que
o Dmab se comporta de forma mais eficaz do que o ZOL, representando uma diferença
de 1,2% da DMO do colo do fêmur entre esses grupos. Ademais, foi observado que, em
um ano de tratamento com Dmab, a variação média de DMO foi de 5,4% para a coluna
lombar, enquanto o alendronato representa mudança de 0,5% em terapêutica posterior..
Assim, nota-se que os bifosfonatos comportam-se como coadjuvantes do Dmab para
prevenção da perda óssea, sendo benéficos quando administrados após tratamento com
Dmab.
Em relação ao risco de fraturas, observa-se que ambas as classes farmacológicas
são eficazes nesse tipo de prevenção. O Dmab mostrou-se mais eficaz em prevenir
fraturas vertebrais e não vertebrais, enquanto o ibandronato representou maior taxa de
prevenção com as fraturas de quadril. Contudo, outros estudos apontam que o ibandronato
apresentou baixa eficácia clínica ao prevenir fraturas em geral, demonstrando um conflito
de resultados entre os artigos analisados.

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Em síntese, prevaleceu o dado de que o Dmab se mostra mais eficaz para prevenir
fraturas do que a maioria dos bifosfonados, como ibandronato, risendronato e
alendronato.
Em relação a possíveis eventos adversos observados com a utilização dos
medicamentos, observou-se que eles foram semelhantes para ambos os grupos de
tratamento, sendo os mais comuns: acidente vascular cerebral, câncer de mama e fratura
de fêmur. No entanto, no caso de eventos que levaram à descontinuação do medicamento
do estudo, tal ocorrência foi maior no grupo de bifosfonatos, em comparação com o grupo
de Dmab.
Por fim, uma forma de avaliação da eficácia dos medicamentos trata sobre os
marcadores de renovação óssea (CTX-1 e P1NP). Assim, em um dos artigos analisados,
que avaliava a transição de um bifosfonato para Dmab ou continuação com bifosfonato,
a transição está associada a maiores reduções nos marcadores, independentemente da
duração do uso anterior de bifosfonatos. No entanto, de acordo com outra pesquisa, que
avaliou o uso de ZOL subsequente ao Dmab, na osteoporose, após um ano de uso, o P-
CTX não mudou significativamente durante o segundo ano (p>.05, sem diferenças entre
os grupos), sugerindo que uma única infusão de ZOL pode não ser suficiente para
preservar a DMO ao longo do tempo (> 1 ano).
Nesse sentido, em um estudo que avalia o efeito, em três anos, de uma única
infusão de 5 mg de ZOL na DMO e marcadores de renovação óssea após a interrupção
do Dmab, apenas um paciente apresentou valores séricos de P1NP acima do intervalo de
referência pós-menopausa e nenhum tinha níveis séricos de CTX aumentados,
demonstrando a eficácia desses medicamentos em combater a reabsorção óssea
provocada pela osteoporose.

CONCLUSÃO
Portanto, ao comparar Dmab com bifosfonatos, um ligeiro aumento na DMO foi
observado em pacientes tratados com o Dmab e, nesse sentido, o anticorpo monoclonal é
mais eficaz do que os bifosfonatos, já que, após um ano de tratamento, há diferenças
significativas na DMO medidas no colo femoral e na coluna lombar dos pacientes
estudados. Além do mais, o Dmab também provou ser mais eficaz do que a maioria dos
bifosfonatos na prevenção de fraturas. É importante destacar que os eventos adversos
foram semelhantes nos dois grupos de tratamento e, ao avaliar a eficácia desses
medicamentos baseando-se na mudança de marcadores de remodelação óssea, os índices
relacionados a alguns bifosfonatos, como por exemplo a ZOL, indicam que uma única
dose não é suficiente para manter a DMO. Por isso, quanto aos efeitos a longo prazo, a
eficácia do Dmab no combate à reabsorção óssea causada pela osteoporose em mulheres
na pós-menopausa fica comprovada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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KENDLER, David; CHINES, Arkadi; CLARK, Patricia; EBELING, Peter R;


MCCLUNG, Michael; RHEE, Yumie; HUANG, Shuang; STAD, Robert Kees. Bone
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based meta‐analysis. British Journal of Clinical Pharmacology, v. 87, n. 3, p. 1175-
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MÉTODOS DE DIAGNÓSTICOS POR IMAGEM NA DETECÇÃO DO
TRANSPORTE CORPORAL DE DROGAS

Débora Teixeira da Cruz1 Jully Anne Faustino de Lima2; Pamela Kellrily Morais da
Silva3

1
Radiologista, Psicóloga, Pedagoga, Graduanda em Direito, Doutora em Saúde (UFMS),
Mestre em Bioética (UNIVÁS). Docente e Pesquisadora, Centro Universitário Unigran
Capital.
2,3
Graduandas em Radiologia pelo Centro Universitário Unigran Capital.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A radiologia forense é utilizada como método não invasivo para detecção de drogas em
cavidades corporais ou pacotes ingeridos. O objetivo foi compreender sobre a aplicação
de exames radiológicos no combate ao tráfico de drogas, na detecção do transporte de
drogas ilícitas, e atribuição do tecnólogo em radiologia. O delineamento metodológico
é revisão bibliográfica de caráter qualitativo analítico e documental, embasados em
bibliografias que tratam de diagnósticos por imagem na detecção do transporte corporal
de drogas. Como critério de inclusão, os artigos publicados nos anos de 2017 à 2021.
Considera-se que o estudo possibilitou entender que o tecnólogo em radiologia deve
estar familiarizado com as diferentes técnicas empregadas nessa modalidade de
trabalho, uma vez que é um profissional diretamente envolvido no processo de geração
da imagem. O tecnólogo deve conhecer as diversas aplicações de diferentes métodos
empregados na detecção de drogas nas cavidades corporais e a melhor forma de executá-
las.

Palavras-chaves: Mulas. Tráfico de Drogas. Radiologia Forense. Body Parker.

INTRODUÇÃO

Acredita-se que, atualmente, o tráfico internacional de drogas possa ser considerado


uma das maiores economias do mundo, uma vez que, por não ser algo lícito, não cabem
impostos sobre sua produção, fornecimento, consumo e transporte, o que faz com que a
exportação/importação aumente; sendo assim, os “chefes do tráfico” têm gastos
insignificantes diante o lucro (FAÉ, 2020).
O tráfico de drogas tem se tornado um crime cada vez mais comum, onde os criminosos

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estão sempre buscando novas formas de transportar os narcóticos escondidos. O tráfico
de drogas é ilegal, sob a lei 11.343/2006, que define os crimes relacionados a prática do
tráfico ilícito de drogas, em seu artigo 33, prevê que dentre os crimes existe diversas
condutas que caracterizam o crime de tráfico está o ato de entregar a consumo ou
fornecer drogas, mesmo que seja de graça. Uma das formas utilizadas para executar o
transporte é chamada de Body packer ou “mula”. Os termos são utilizados para
referência às pessoas que transportam drogas no próprio corpo (CAMPOLIA et al,
2018). O transporte de drogas por ingestão frequentemente envolve drogas com alto
valor nas ruas (primariamente heroína ou cocaína) e visa contrabandear drogas em
fronteiras ou outros locais onde há fiscalização.
Cada vez mais a vigilância tem se tornado importante para impedir esse tipo de crime.
Para isso, a tecnologia avançou e tem permitido que métodos radiológicos antes
aplicados somente aos exames de saúde, possam no momento ser direcionados para
identificação de drogas em aeroportos ou alfândegas.
Excluindo ações ilícitas por danos pessoais e/ou imperícia, o grande impulso da
radiologia forense tem sido a avaliação de injúrias e crimes violentos. Como ferramenta
biomédica, determina a causa da morte, auxilia na cronotanatognose, na antropologia
forense e nos crimes contra a vida. Atualmente, a inspeção de segurança por meio de
recursos de imagem tem tomado grande importância dentro da coibição do tráfico
internacional de drogas. Além do exame de malas, carros, portos containers, alguns
métodos de exame permitem a visualização de órgãos internos com nitidez, facilitando
a visualização do transporte de drogas por ingestão (TANNA et al., 2020).
Identificar os indivíduos corretos como traficantes de drogas por meio de perfis e
imagens, conforme considerado adequado, visa eliminar avaliações falso-negativas
(permitindo que as drogas sejam transportadas pela alfândega), bem como falsos
positivos (colocando indivíduos inocentes em detenção) (BERGER et al., 2017).

OBJETIVOS

Esse trabalho tem por finalidade descrever a importância e a contribuição dos métodos
diagnósticos radiológicos na identificação do tráfico de drogas exercido por transporte
ilegal no corpo e conhecer as vantagens da aplicação de exames radiológicos na
detecção de transporte corporal de substâncias ilícitas.

METODOLOGIA

O delineamento metodológico é revisão bibliográfica de caráter qualitativo analítico e


documental, embasados em bibliografias que tratam de diagnósticos por imagem na
detecção do transporte corporal de drogas. Foram utilizadas as bases de Scientific
Eletronic Library Online (SCIELO), Scholar One – Manuscripts, National Library of
Medicine (PUBMED), Google Acadêmico, sites de jornais de grande circulação nacional,
portais governamentais, sítios eletrônicos oficiais de organismos de saúde nacionais.

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Como critério de inclusão, os artigos publicados são referentes aos anos de 2020 e 2021.
Serão selecionados artigos disponíveis com acesso gratuito, cujos resumos serão obtidos
na íntegra, lidos e separados como títulos relevantes ao objetivo do estudo. Os artigos
foram lidos, fichados e posteriormente analisados e compilados para confecção da etapa
de resultados e discussão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante as avaliações observou-se a constatação de um levantamento nacional de


informações penitenciárias de 2019, divulgado neste mês pelo governo federal. O estudo
traçou um perfil da população carcerária e constatou um crescimento de quase 4%,
chegando a 773 mil pessoas em junho de 2019. O crime de tráfico de drogas lidera o
ranking dos delitos mais comuns entre os detentos do país, considerando as pessoas já
condenadas e os presos provisórios. Nesse contingente há 163,2 mil incidências de crimes
de tráfico de drogas conforme destaca Pinho (2020).

Fonte: Carvalho e Silva (2011).

Figura 1: Imagem de raios X, detectou cápsulas de cocaína no estômago e intestino de


uma mulher (seta vermelha)
Segundo Romano et. al. (2016) As drogas podem ser transportadas em orifícios, ou
mesmo por meio da ingestão da droga conforme a figura 1, encapsulada ou em forma de
pacotes, embrulhada com plásticos. É importante identificar mulas para tentar reduzir o
tráfico em uma determinada região, onde identificando a mula, pode ser feito uma linha
de investigação com a intensão de encontrar o fornecedor dessa droga e acabar com um
sistema de tráfico.

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Os métodos para a detecção das drogas são encontrados geralmente em aeroportos com
os scanners, que também aparecem nas alfandegas e fronteiras de países e também estão
presentes nos presídios. Outro equipamento que está sendo usado nas rodovias e que
funciona como raios X, é o scanner móvel. Segundo Cruz et. al. (2017) com esse
equipamento, é possível encontrar todo tipo de produto que não tenha compatibilidade
com a massa do veículo. Sendo, portanto, uma importante arma antidrogas e também no
combate a outros crimes contra a sociedade. O interessante é que este novo equipamento
funciona mesmo com os veículos em movimento, buscando promover saúde pública para
população.

Considerações Finais

Os métodos de imagem têm o papel concreto no diagnóstico desse problema. O método


de imagem utilizado nos aeroportos leva os suspeitos até o hospital para ser realizado
exames que realmente comprovem a detecção. Com aumento elevado da tecnologia
dentro da Radiologia as autoridades dos países conseguem achar uma forma para o
combate desse problema mundial.
Dessa forma o estudo possibilitou compreender que a radiologia forense é eficaz para agir
de forma não invasiva se existe ou não contrabando, tráfico de drogas por meio de perfis
e imagens, conforme considerado adequado, visa eliminar avaliações falso-negativas
(permitindo que as drogas sejam transportadas pela alfândega), bem como falsos positivos
(colocando indivíduos inocentes em detenção). Os exames de imagem constituem
importantes ferramentas na investigação do transporte de drogas.
Dentro desse contexto, o Tecnólogo em Radiologia deve estar familiarizado com as
diferentes técnicas empregadas nessa modalidade de trabalho, uma vez que é um
profissional diretamente envolvido no processo de geração da imagem. O tecnólogo deve
conhecer as diversas aplicações de diferentes métodos empregados na detecção de drogas
nas cavidades corporais e a melhor forma de executá-las.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CARVALHO, Vilobaldo Adelídio de; SILVA, Maria do Rosário de Fátima e Política de


segurança pública no Brasil: avanços, limites e desafios. Espaço Temático: Políticas
Sociais e Questões Contemporâneas • Rev. katálysis 14 (1) • Jun 2011

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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INFECÇÃO POR SARS-Cov-2: EFEITOS NEUROLÓGICOS PARA-
INFECCIOSOS OU PÓS- INFECCIOSOS

Giovanna Laura de Lima Borba 1, Ana Vitoria Ferreira dos Santos 2, Anna Carolina
Lopes de Lira 3, Gleidson Victor Ramos da Silva 4, Jennyfer Martins de Carvalho 5,
Bruno Mendes Tenório 6

¹ Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

² Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

³ Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

4 Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco

5 Biomédica pela Universidade Federal de Pernambuco e Mestranda da Pós graduação


em bioquímica e fisiologia da UFPE

6 Médico Veterinário pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor em Biociência


Animal

E-mail do autor: [email protected]

RESUMO

A infecção por SARS-Cov-2 que teve início em 2019 e culminou numa pandemia, tem
como sintoma principal a insuficiência respiratória, o que muitas vezes leva à morte ou
resulta em sequelas. Porém, as consequências dessa doença não se restringem ao sistema
respiratório e as literaturas demonstram relatos de comprometimento neurológico. O
sintoma inicial que corrobora para essa comprovação é a cefaléia ou mais tardiamente:
encefalopatia ou acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. De acordo com estudos
de vírus antecedentes ao SARS-Cov-2 também causadores de síndrome respiratória,
como no Oriente Médio, mesmo que raros, os efeitos neurológicos leves ou graves são
uma realidade. E essa revisão tem como objetivo alertar todo e qualquer profissional da
saúde sobre manifestações neurológicas para-infecciosas ou pré-infecciosas acerca do
COVID-19.

Palavras-chaves: COVID-19, SARS-Cov-2, neurológico, complicações, efeitos

INTRODUÇÃO

Em 2020 com o início pandêmico, os sintomas que levavam os pacientes a óbito ou


resultaram em sequelas eram os que desenvolveram insuficiência respiratória. Algumas

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pessoas chegaram a ter cerca de 70% dos pulmões comprometidos. Contudo, casos com
efeitos neurológicos surgiram, levando a associação a outros vírus.

Antes do surgimento do vírus causador da pandemia, foi tido conhecimento de outros seis
coronavírus no Oriente Médio. Ambos os causadores de insuficiência respiratória e que
também apresentaram alguns casos de Sistema Nervoso (SN) afetado.

Hoje, as literaturas levantam a hipótese que uma das causas do envolvimento do SN na


doença é a disseminação transsináptica do vírus. Que ao infectar o epitélio olfativo, vai
até o nervo olfativo, passa pela lâmina cribiforme e chega no bulbo olfativo do Sistema
Nervoso Central. E por ser um processo de transferência transsináptica, acaba realizando
transporte axonal aos corpos das células neuronais.

Outros motivos de desencadeamento dos comprometimentos neuronais como o


atingimento vascular, por exemplo, ainda são discutidos. Entre as manifestações estão:
síndrome de Guillian Barré, encefalite aguda, acidente cerebrovascular e mielite
transversa aguda.

Portanto, esses manifestos isolados não podem ser diretamente ligados à infecção por
SARS-Cov-2. Por isso esse resumo traz essa correlação para alerta e auxílio de
neurologistas e demais profissionais da saúde.

OBJETIVO

Estudar as manifestações neurológicas para-infecciosas ou pré-infecciosas do SARS-


Cov-2 através de uma revisão de literatura. Com intuito de alertar e auxiliar qualquer tipo
de exposição científica relacionada ao vírus.

METODOLOGIA

Com base em artigos internacionais publicados entre 2019 e 2021, pesquisamos dados
relacionados ao COVID-19 e sistema neurológico. Nesta revisão foram considerados
quais os principais efeitos neuronais do vírus e de que forma a doença sai do nicho
pulmonar respiratório. Isso através de casos de pacientes e associações a outros vírus
precedentes ao SARS-Cov-2 com manifestações similares.

RESULTADO E DISCUSSÃO

A doença que culminou em uma pandemia, causada pelo vírus mais conhecido como
COVID-19, teve início na China no ano de 2019, mais precisamente na cidade de Wuhan.
Inicialmente apresenta sintomas como cefaléia, ausência de olfato, paladar, desconforto
respiratório e o quadro pode comprometer ainda mais o sistema cardíaco e respiratório,
podendo levar o paciente a óbito.

Além do sistema cardiorrespiratório, o SARS-Cov-2 tem atingido o SN (tanto o Sistema


Nervoso Central quanto o Periférico). Tem início com apenas a sintomatologia mais

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comum que é a cefaléia e mais tardiamente pode desenvolver sintomas mais graves como
a Síndrome de Guillain Barré já citada.

Alguns estudos foram conduzidos em Chicago e efeitos neurológicos foram apresentados


em mais de 40% dos pacientes com diagnóstico de COVID-19. Tanto no processo para-
infeccioso quanto pré-infeccioso. Pesquisas com resultados semelhantes também foram
feitas na China e Europa.

Ainda, em estudos recentes foi comprovado que a maioria dos óbitos de infecção por
COVID-19 associados a sintomas neurológicos são de pessoas pré-comprometidas
neurologicamente.

Em algumas literaturas, pacientes foram submetidos à pulsão lombar do Líquido


cefalorraquidiano (LCR) para análise com o intuito de encontrar a infecção no LCR. E as
manifestações foram divididas em centrais e periféricas.

Centrais: Encefalopatia, Encefalopatia Necrosante Aguda (ANE), Mielite Aguda,


Acidente vascular cerebral, Encefalite, Cefaleia, Tonturas.

Periféricas: Síndrome de Guillain Barré, Anosmia, Dano muscular esquelético.

Relato de Caso: Homem de 79 anos, positivo para Covid, é admitido em Hospital do Irã
com AVC e estado de como Glasgow 7/15. Histórico de tosse e febre. Tomografia
Computadorizada (TC) de tórax sugere pneumonia viral. TC de cérebro apresenta
sangramento maciço no hemisfério direito. Plaquetas normais e paciente não usufrui de
nenhum anticoagulante que possa ter desencadeado esse quadro. Autores acreditam na
possibilidade da desregulação nos receptores ACE 2 o que desencadeou a autorregulação
cerebral, sistema simpático-adrenal e fluxo sanguíneo do cérebro pode ter desenvolvido
o sangramento.

Nesse caso vê-se a importância dos exames de imagem, porém, outras evidências
precisam ser reunidas para correlacionar o AVC com a COVID-19.

Esse é apenas um exemplo de caso de atingimento do SNC em um paciente infectado pelo


SARS-Cov-2 e assim como muitos outros tem início afetando apenas o sistema
cardiorrespiratório. O que leva ao descobrimento tardio de comprometimento
neurológico, uma vez que no início da infecção o neuro diagnóstico é mais difícil.
Principalmente em pacientes mais graves que precisam de ventilação mecânica (ela pode
mascarar as manifestações neurológicas).

CONCLUSÃO

Os efeitos neurológicos relacionados ao SARS-Cov-2 são cada vez mais relevantes e


agravantes como Meningite e encefalite, por exemplo. Porém, a ausência de efeitos
neurológicos explícitos leva a diagnósticos tardios, o que compromete o tratamento e
provoca agravamento da doença. A longo prazo, sequências podem ser muito graves.

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Atualmente, o enfoque dos estudos está relacionado ao comprometimento respiratório.
Muito ainda é subestimado acerca dos efeitos neurais tanto para infecciosos quanto pré-
infecciosos.

Ainda, as manifestações neurológicas são inespecíficas para a COVID-19, mas devido


aos dados apresentados é fato que é de suma importância estar atento a todos os casos
relacionados a neuro sintomatologia. Isso porque não foram descartadas as hipóteses de
que o SARS-Cov-2 pode ter relação direta com o SN.

Esperamos que esta revisão de artigo possa auxiliar e alertar qualquer profissional da
saúde acerca da correlação entre esses dois sistemas dentro da COVID-19.

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BIOÉTICA ENQUANTO DISPOSITIVO DA ATENÇÃO A SAÚDE E
QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES VIVENDO COM HIV/ AIDS

Lucielia do Carmo Dias1; Emerson Galdino Rodrigues dos Santos2; Malu da Silva
Damaceno3; Tayná Valasque Santana4; Vanessa Vieira da Silva5; Antônio Carlos Santos
Silva6
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia.Jequié(BA)
2
Enfermeiro
3,4,5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia.Jequié(BA)
6
Mestre em Ciências da Saúde. Docente do curso de Bacharelado em Enfermagem da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Jequié (BA), Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Bioética fundamenta-se em quatro princípios (autonomia, beneficência, não
maleficência e justiça), que norteiam as discussões, as decisões, os procedimentos e as
ações relacionadas a problemas morais e normativos na esfera biomédica. Compreender
a importância da bioética na assistência à saúde é uma condição complexa, porém
indispensável na promoção de um atendimento humanizado, justo e eficaz aos pacientes
portadores do vírus HIV/AIDS. Dessa forma, a bioética se mostra como um instrumento
ao promover a igualdade entre qualquer pessoa.

Palavras-chaves: Bioética. HIV. Qualidade de vida.

INTRODUÇÃO
Compreender a importância da bioética na assistência à saúde é uma condição complexa,
porém indispensável na promoção de um atendimento humanizado, justo e eficaz aos
pacientes portadores do vírus HIV/AIDS. A Bioética fundamenta-se em quatro princípios
(autonomia, beneficência, não maleficência e justiça), que norteiam as discussões, as
decisões, os procedimentos e as ações relacionadas a problemas morais e normativos na
esfera biomédica. Basicamente, todas as questões éticas envolvidas no atendimento a
pacientes com HIV ou AIDS estão, de alguma forma, relacionadas à discriminação
sofrida pelos mesmos, ou seja, ao tratamento injusto que recebem em função do seu
estado de soropositivo atual ou mesmo devido à simples suspeita de um possível
soropositivo, especialmente naqueles pacientes em relação ao qual o preconceito estimula

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atribuir a existência da doença. Com o aumento da sobrevida das pessoas que vivem com
HIV ocasionado pelos avanços terapêuticos na área, as preocupações voltaram se para a
qualidade de vida, o que a torna um importante critério para avaliação da efetividade dos
tratamentos e das intervenções na área da saúde. É fundamental ressaltar, que mesmo com
todas as leis e direitos existentes aos portadores de HIV e doentes de AIDS, toda a
população e profissionais da saúde devem ser conscientizados em relação ao respeito à
diversidade. O avanço tecnológico e cientÍfico na área da saúde, trouxe novas situações
para a sociedade, e que isto influi no processo do cuidar, gerando dilemas éticos a diversos
profissionais, incluindo a equipe de enfermagem.

OBJETIVOS
Evidenciar na literatura científica brasileira, estudos que enfoquem a importância da
bioética na assistência a saúde e qualidade de vida de pacientes vivendo com HIV/AIDS
no Brasil.

METODOLOGIA
Revisão integrativa de literatura relacionada à importância da Bioética para qualidade
vida dos pacientes vivendo com HIV/AIDS. Para a busca dos artigos foram utilizados os
descritores “Bioética”, “HIV” e “Qualidade de Vida” com auxilio do operador booleano
AND. Para realização da pesquisa foi utilizada artigos científicos encontrados na base de
dados SCIELO (Scientific Electronic Library Online), sendo que a coleta de dados
ocorreu durante o mês março de 2020. Os critérios de inclusão foram: artigos redigidos
em língua portuguesa disponíveis de forma completa e gratuita, publicados nos últimos
cinco anos (2016 até o mês de março de 2020). Excluíram-se trabalhos com temas que
não contemplassem o objetivo desta pesquisa, não originais, dissertação e teses e não
indisponíveis. Ao final da busca, foram encontrados 12 artigos. Após a análise dos
resumos dos artigos foram escolhidos 5 trabalhos que atendiam o objetivo proposto e a
temática em questão, correlacionando a bioética e a qualidade vida dos pacientes vivendo
com HIV.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na década de 1990, o Brasil adotou a política de acesso universal à terapia antirretroviral,
de distribuição gratuita para todas as pessoas vivendo com HIV, cujas estratégias eram
voltadas para a prevenção de novos casos da infecção e para o controle dos agravos da
epidemia, o que implicou na redução da morbidade e mortalidade associada à infecção
pelo HIV e da ocorrência de internações, proporcionando o aumento na expectativa de
vida. Estudo realizado por Mutabazi et al. (2014) aponta a natureza multidimensional que
interfere na qualidade de vida, como as condições de trabalho e renda, à satisfação com a
vida, o sigilo sobre a doença e o apoio social, e que situações de estresse emocional,

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ocasionadas pela doença, como discriminação e pobreza, representam um impacto
negativo para a qualidade de vida de pessoas que vivem com HIV.Uma das principais
dificuldades enfrentadas também por esses pacientes se encontra no ambiente familiar,
sofrem preconceito por pessoas próximas que seriam uma importante base de sustentação,
e quando se matem ausentes, tem um resultado negativo que impactam diretamente no
processo de conviver com a doença, diminuindo a sua QV e tornando o seu tratamento
solitário e cansativo. A ocorrência da discriminação a pessoas HIV ainda é muito grande
em nossa sociedade e, paradoxalmente, também nos serviços assistenciais de saúde
(GARBIN, 2010), cujos profissionais precisam atender a todos os tipos de problemas dos
usuários dos serviços, sem discriminação, por determinação constitucional e como
decorrência da Lei Orgânica da Saúde. Para melhorar o acesso e o atendimento ao
portador do HIV/AIDS aos serviços de saúde é de fundamental importância que o
relacionamento profissional-paciente seja humanizado, baseado na sinceridade e
confiança, o que favorece o tratamento e melhora a qualidade de vida do paciente.

CONCLUSÃO
Todavia, o conhecimento não deve se restringir apenas ao modo de profilaxia ou aos
agravos a saúde que o HIV gera, mas também ao convívio sadio e a quebra de tabus e
estereótipos, o que dificulta a aceitação por parte da sociedade e assistência por parte de
profissionais de saúde, pois o HIV ainda pode ser visto como uma doença específica de
um grupo, ou uma consequência de um comportamento sexual inadequado perante a
moral. Dessa forma, a bioética se mostra como um instrumento ao promover a igualdade
entre qualquer pessoa. Assim sendo, profissionais de saúde devem ser capacitados para a
educação em saúde, destacando-se o enfermeiro, que é um membro de grande importância
na promoção da qualidade de vida. Este profissional, agindo de forma bioética, deve
encorajar a população a adquirir conhecimento e respeito pela diversidade, assim como
torná-los multiplicadores de ideias inovadoras e agentes de mudança em seu convívio
social, visando eliminar o preconceito de qualquer espécie, e garantir uma vida
harmoniosa a todos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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n. 158, p.1-1, mar.
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portador deste vírus? Odontologia e Sociedade 2010; 3(1/2): 60-4.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE PORTADORA DE PRÉ-
ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO NARRATIVA

Mirela Ferreira Pessoa Deodoro1; Alice Fonseca Pontes2; Camilla Maria de Araújo
Tavares³; Kívya de Holanda Leuthier⁴; Valdeque José Marques Junior⁵; Rebeca Toledo
Coelho⁶
1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco;
2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A pré-eclâmpsia é uma das síndromes hipertensivas que pode ocorrer a partir da vigésima
semana de gestação associada ou não à proteinúria, necessitando de um cuidado de
enfermagem criterioso tendo em consideração os fatores de risco e a progressão para
formas mais graves. Este estudo teve como objetivo analisar a assistência de enfermagem
à gestante portadora de pré-eclâmpsia. Trata-se de um estudo de revisão narrativa, a busca
foi realizada na biblioteca virtual Google Acadêmico, incluindo estudos dos últimos 5
anos e no idioma Português. A busca resultou na seleção de 5 artigos e, a partir da leitura
desses, percebe-se que o enfermeiro é o profissional mais próximo a gestante, sendo
necessário uma assistência com embasamento científico e com conhecimento adequado
sobre a patologia para ofertar ações preventivas e tratamentos eficazes. Conclui-se que o
enfermeiro deve coordenar a assitência contemplando os aspectos fisiológicos,
emocionais e sociais da gestante com PE.

Palavras-chaves: Pré-Eclâmpsia, Enfermagem, Gravidez.

INTRODUÇÃO
A gestação é um processo fisiológico que acontece durante quarenta semanas, produzindo
várias alterações no corpo da mulher. Algumas destas podem estar relacionadas a fatores
de risco e ocasionar agravos de saúde maternos-fetais, como a pré-eclâmpsia (PE).
A pré-eclâmpsia é uma das síndromes hipertensivas que pode ocorrer a partir da vigésima
semana de gestação associada ou não à proteinúria. Os principais sinais e sintomas são:
edema de face, aumento ponderal acentuado, náusea e vômito, dor na região epigástrica
que propaga-se para os membros superiores, cefaleia, visão borrada e/ou turva,
hiperreflexia, taquicardia e ansiedade. Também podem haver valores laboratoriais
anormais, principalmente de plaquetopenia e hepatocitose, e o aparecimento de sinais ou
sintomas de comprometimento de órgãos-alvo, como a insuficiência renal aguda. Dessa
forma, a PE está concatenada com um maior risco de nascimento pré-termo, baixo peso

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ao nascer e morte fetal, sendo indicada a interrupção da gestação quando causar risco de
vida para a mãe e o concepto.
Nesse contexto, o enfermeiro é o profissional que está mais próximo a essa paciente em
todos os níveis de assistência, por isso o seu cuidado deve ser cauteloso dando
importância aos fatores de risco indicativos de PE como primagestas, adolescentes ou
mulheres com idade acima de 40 anos, com história prévia de PE e portadora de
comorbidades (diabetes mellitus, trombofilia, hipertensão arterial e doenças autoimunes).
Um acompanhamento adequado por esse profissional compreende a busca ativa de
gestantes precocemente, a conscientização através da educação em saúde sobre a
importância de fazer o pré-natal corretamente para diminuir as complicações por meio de
intervenções precoces, como também, a avaliação dos parâmetros hemodinâmicos e a
monitorização do desenvolvimento fetal. Diante disso, os cuidados de enfermagem
devem ser criteriosos tendo em consideração os fatores de risco e sua progressão para
formas mais graves, como a eclâmpsia.

OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivo analisar a assitência de enfermagem à gestante portadora
de pré-eclâmpsia.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, sendo um tipo de revisão que
possui uma temática mais ampla e adequada para descrever e discutir o desenvolvimento,
sob o ponto de vista téorico ou contextual, sem uma busca metodológica detalhada. Além
disso, contribui para a educação continuada possibilitando ao leitor a atualização e
aquisição de informações sobre um tema mais rapidamente.
A partir disso, a busca foi realizada na biblioteca virtual Google Acadêmico, na qual
existem diversas bases de dados indexadas, através dos descritores “Pré-Eclâmpsia”,
“Enfermagem” e “Gravidez” por meio do operador booleano AND.
Os critérios de inclusão adotados foram: estudos datados nos últimos 5 anos e disponíveis
no idioma Português. Excluíram-se as pulblicações sem relação com o tema prostosto ou
abordavam-o superficialmente e que não possuíam o texto completo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente foram encontrados 3.160 publicações e, após a aplicação dos critérios de
exclusão e exclusão, 8 foram pré-selecionadas. Depois de realizar a leitura na íntrega dos
estudos pré-selecionados, 5 foram selecionados para compor esse estudo. Os artigos
selecionados estão descritos no quadro 1.

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Quadro 1. Principais detalhes dos artigos selecionados.

TIPO DE CONSIDERAÇÕ
TÍTULO AUTORES PERÍODICO
ESTUDO ES

Atuação de enfermagem DE O papel da


Brazilian Journal Revisão
no atendimento às SOUSA, enfermagem deve
of Health Review, bibliogáfic
emergências Renata ser desempenhado
v.4, n.1, p. 1022- a
obstétricas: Eclâmpsia e Soraya com autonomia e
1032, 2021. integrativa
Pré-eclâmpsia Soares et al. respaldo teórico.
Faz-se necessário
NUNES, um repensar para
Cuidado clínico de
Francisca Braz. J. Hea. Rev., potencializar o
enfermagem a gestante Estudo
Josiane v.3, n. 4, p. 10483- fazer de
com pré-eclâmpsia: reflexivo
Barros 10493, 2020. enfermagem como
Estudo reflexivo
Pereira et al. promoção de uma
assitência integral.
A oferta de atenção
Cuidados de OLIVEIRA,
qualificada é
enfermagem a gestante Leilyanne
BJSCR, v.23, n.2, Revisão essencial para a
com síndrome de Araújo
p. 159-164, 2018. integrativa redução da
hipertensiva: revisão Mendes et
mortalidade
integrativa. al.
materna e fetal.

O enfermeiro deve
Assistência de
SILVA, Estudo demonstrar
enfermagem às Saúde Coletiva,
Quéren descritivo autonomia e senso
mulheres com pré- v.11, n. 61, p.
Gabriele de revisão crítico em sua
eclâmpsia: revisão 4930-4935, 2021.
Cunha et al. integrativa atuação frente à
integrativa.
pré-eclâmpsia.

O enfermeiro
Trabalho de
deverá gerenciar o
Conclusão de
Prevalência da pré- SOUSA, cuidado atentando
Curso – Curso de
eclâmpsia e suas Flávia Cruz para as múltiplas
Enfermagem,
implicações para de; SOUZA, Revisão demandas que se
Direção da Área
assistência de Síntyque integrativa conjugam em
de Saúde,
enfermagem: revisão Raquel de aspectos
Universidade
integrativa. C. fisiológicos,
Tiradentes,
emocionais e
Aracaju/SE, 2019.
sociais.
Fonte: DEODORO et al., 2021.
A partir da leitura dos artigos, percebe-se que o enfermeiro é o profissional que está mais
próximo a gestante, portanto, é necessário que sua assistência tenha embasamento

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científico e possua conhecimento adequado sobre a patologia para ofertar ações
preventivas e tratamentos eficazes. Dessa forma, é capaz de reduzir as complicações e
taxas de morbimortalidade através da identificação preoce dos sinais da pré-eclâmpsia,
sendo realizado de forma ampliada, valorizando as necessidades da gestante e engoblando
as razões que colaboram para o bem-estar biopsicossocial.
A assistência se inicia desde a consulta de enfermagem no pré-natal, na qual são coletadas
informações através do histórico da paciente, como também, pela realização do exame
físico detalhado a fim de identificar os sinais e sintomas da PE. Além disso, faz-se
intervenções que reduzem a progressão da patologia para formas mais graves (eclâmpsia),
como o uso de ácido acetilsalicílico (AAS), suplementação de cálcio e de sulfato de
magnésio.
Nessa conjuntura, o cuidado deve favorecer a escuta ativa e intregrar as demandas
psicológicas da paciente, tendo em vista que essa patologia implica na vida e no exercício
do autocuidado, sendo necessário uma rede de apoio familiar e social. O enfermeiro como
um educador em saúde deve fornecer orientações a paciente que colaborem para a
prevenção de complicações e redução dos fatores de risco, ajudando-a a compreender sua
situação de saúde e vivenciar uma gestação mais saúdavel e com autonomia.
No âmbito hospitalar, o enfermeiro têm o papel de avaliar e estabilizar a gestante, devendo
estar atento aos sinais e sintomas indicativos de agravo, monitorar a vitalidade fetal e os
sinais vitais maternos, administrar medicamentos, avaliar exames laboratorais e instituir
uma comunicação terapêutica e holística. Essa atuação deve ser pautada na sistematização
da assistência de enfermagem, que possibilita um cuidado organizado, científico e
individualizado, e assim, proporciona uma assistência singular e humanizada.
Por outro lado, são identificadas algumas barreiras que comprometem a qualidade da
assistência, como as lacunas no conhecimento e limitações de recursos humanos
financeiros e institucionais. Essas questões são determinantes para a manutenção da
prevalência elevada da PE.

CONCLUSÃO
Diante do exposto, nota-se que o enfermeiro deve coordenar a assistência contemplando
as diversas demandas que envolvem os aspectos fisológicos, emocionais e socias da
gestante com PE. É importante que o profissional esteja atento às condições clínicas da
patologia, como também, oferte um espaço de diálogo a essa gestante e seus familares
para um acompanhamento mais eficaz. Além disso, é fundamental uma capacitação
contínua para aumentar a competência do profissional no diagnóstico, tratamento e
prevenção de agravos da PE reduzindo sua prevalência.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATIVIDADE ANTIVIRAL DO ÁCIDO CAFEÍCO CONTRA O VÍRUS ILHÉUS

Igor da Silva Teixeira1; Marielena Vogel Saivish2; Carolina Colombelli Pacca Mazaro3,4;
Vivaldo Gomes da Costa4; Gislaine Celestino Dutra da Silva5; Lívia Sacchetto Pengo6;
Maurício Lacerda Nogueira7
1
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de
Mesquita Filho" (UNESP) – Campus São José do Rio Preto (Instituto de Biociências,
Letras e Ciências Exatas - IBILCE)
4
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – Campus São José
do Rio Preto (Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE)
2,3,5,6,7
Laboratório de Pesquisas em Virologia, Departamento de Doenças Dermatológicas,
Infecciosas e Parasitárias, Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O vírus Ilhéus faz parte de um grupo de arboviroses negligenciadas, principalmente em
regiões tropicais. Seu ciclo replicativo ocorre dentro de hospedeiros artrópodes,
principalmente mosquitos do gênero Psorophora e Ochlerotatus. Humanos são
considerados hospedeiros acidentais e terminais, os sintomas se assemelham em grande
parte com os da dengue. Os sintomas mais comuns dos infectados são febre, dor de
cabeça, dor muscular e/ou nas articulações e erupções cutâneas. Contudo, a condição do
paciente pode se agravar, desenvolvendo quadros como meningite e encefalite. Não há
tratamentos aprovados que combata este vírus, sendo necessário o desenvolvimento de
moléculas antivirais. Este trabalho estuda o potencial antiviral do ácido cafeico contra
ILHV. Nenhuma citotoxicidade significante foi observada. Os experimentos in vitro
demonstraram um CC50>1000 µM, EC50 e EC90 com valores de 100.7 e 906.1 µM,
respectivamente.
Palavras-chaves: Antiviral; ácido cafeico; arbovírus; Ilhéus vírus.

INTRODUÇÃO
A família Flaviviridae inclui vírus transmitidos entre vertebrados por meio de vetores,
principalmente, artrópodes. Entre os principais vetores estão os mosquitos, sendo assim
denominadas arboviroses. São responsáveis por muitas doenças emergentes e
reemergentes em todo mundo, em especial nas regiões tropicais. O gênero Flavivírus
abriga grande parte dessas arboviroses como: dengue (DENV), Zika (ZIKV), febre-
amarela (YFV) e encefalite japonesa (JEV), além do vírus Ilhéus (ILHV). Esse último, é

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um vírus neotropical transmitido por mosquitos, isolado a primeira vez em 1944 de
espécies de mosquito do gênero Aedes e Psorophora coletados nas proximidades da
cidade de Ilhéus na Bahia, Brasil. Os principais vetores de ILHV são do gênero
Psorophora e Ochlerotatus. Humanos são considerados hospedeiros acidentais e
terminais, os sintomas se assemelham em grande parte com os da dengue. Os sintomas
mais comuns dos infectados são febre, dor de cabeça, dor muscular e/ou nas articulações
e erupções cutâneas. Contudo, a condição do paciente pode se agravar, desenvolvendo
quadros como meningite e encefalite. Casos esporádicos desta doença já foram relatados
circulando entre hospedeiros invertebrados na região Amazônica (América Central e do
Sul).
Atualmente, não há vacina nem tratamento específico para a maioria desses vírus,
principalmente, para ILHV. Apenas tratamentos paliativos se mostram viáveis nesses
casos, que, por sua vez, não conseguem evitar totalmente os efeitos adversos a saúde dos
infectados. Torna-se necessário a pesquisa de estratégias terapêuticas que combinem alta
especificidade para combater o vírus e um baixo custo de produção. Medicamentos
baseados em compostos naturais extraídos de plantas se encaixam nessas características,
como o ácido cafeico (CA). Este é um composto fenólico orgânico do grupo dos
hidroxicinamatos, oriundo da biossíntese da fenilalanina e encontrado em quase todas as
plantas. Desse modo ele é avaliado em terapias alternativas com base em efeitos
farmacológicos comprovados no corpo humano como antioxidante, antimicrobiano,
antiviral e anti-inflamatório.

OBJETIVOS
Avaliar o potencial in vitro do ácido cafeico como antiviral na infeção pelo vírus Ilhéus.

METODOLOGIA
As células A549 foram cultivadas em Meio Essencial Mínimo (MEM)
suplementado com 10% de soro fetal bovino (FBS) inativado por calor, 100 U.mL-1 de
penicilina, 0.1 mg.mL-1 de estreptomicina e 0.5 µg.mL-1 de fungizone (Gibco, Waltham,
MA, EUA). Foram incubadas em estufa a 37°C, a 5% de CO2. As células C6/36 foram
mantidas em meio Leibovitz-15 (L15) com 10% de FBS em 28°C. Os estoques de vírus
Ilhéus (linhagem BeH 7445) foram cultivados em células C6/36 e titulados em células
A549 por meio do ensaio de formação de placas, descrito abaixo. O ácido cafeico [3,4-
Dihydroxybenzeneacrylic acid, Sigma-Aldrich, Saint Louis, MI, USA] foi dissolvido em
dimetilsulfóxido (DMSO) em uma concentração de 200 mM e armazenado a -20°C até o
uso. As soluções aplicadas do CA foram preparadas em MEM nas concentrações
indicadas no momento de uso.
Os ensaios de citotoxicidade foram realizados em células A459. Microplacas de
96 poços foram semeadas com 5 x 104 células por poço. Após 24h do semeio, iniciou-se
o tratamento com CA nas concentrações de 1000 µM até 31,25 µM por 72h. Então, 50

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uL/poço de uma solução de 1 mg/mL de 3-(4,5-Dimethyl-2-thiazolyl)-2,5-
diphenyltetrazolium bromide (MTT, Sigma, Aldrich, Saint Louis, MI, USA) foi
adicionado às células, e incubadas por 1h. Cristais de formazan formados dentro das
células foram dissolvidos em DMSO, e a absorbância foi medida em 550nm por meio da
leitora de microplacas Spectramax Plus (Molecular Devices, Sunnyvale, CA, USA). Os
resultados são mostrados como a porcentagem de células viáveis comparado com o
controle de células não tratadas. Todos os ensaios foram realizados independentemente
três vezes em triplicatas. O CC50 (concentração citotóxica do composto capaz de reduzir
a viabilidade celular para 50%) foi calculado por meio de uma curva de dose-respostas
no software GraphPad Prism (versão 8.00) usando um ajuste de curva de quatro
parâmetros.
A titulação viral foi feita a partir do ensaio de formação de placas de lise. Microplacas de
24 poços foram semeadas com células VERO e infectadas por 0.1 mL de diluições
seriadas de 1:10 do sobrenadante do vírus, e incubadas por 1h a 37°C. Após a incubação,
0.5 mL de meio de cultura suplementado com 2% de soro fetal bovino (FBS) e 1,5% de
carboximetilcelulose (Sigma-Aldrich, Saint-Quentin-Fallavier, France) foram
adicionados, a incubação se estendeu por 3 dias a 37°C. Após o meio ser removido, as
células foram fixadas com formaldeído 10% e coloridas com 2% de cristal violeta diluído
em 20% de etanol. As placas de lise foram contadas e expressas como unidades
formadoras de placas por mililitro (PFU·mL−1).
O ensaio de infecção viral foi realizado a partir do tratamento das células infectas
pelo vírus depois do período de inoculação. Células A549 semeadas em placas de 24
poços foram infectadas com 50 PFU de ILHV por 1h em 37°C. Foram tratadas ou não
com CA, e reveladas fazendo uso do ensaio de formação de placas. Todos os ensaios
foram realizados independentemente três vezes em triplicatas. Os resultados analisados
usando um ajuste de curva de quatro parâmetros a partir de uma curva de dose-resposta
por meio do software GraphPad Prism (versão 8.00) para calcular o EC50 (concentração
do composto que inibe 50% da infecção). O índice de seletividade para cada composto
foi determinado pela razão entre o CC50 e o EC50.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Compostos fenólicos são metabólitos secundários de plantas e estão presentes em
varias regiões das plantas e em alimentos consumidos diariamente na alimentação
humana. O CA é um destes compostos fenólicos, derivado da biossíntese da fenilalanina
em plantas. É encontrado em alimentos com propriedades terapêuticas como própolis,
azeite de oliva e café. Dentro da literatura este composto é descrito com uma ampla gama
de propriedades biológicas como antioxidante, antimicrobiano, antiviral, anti-
inflamatório e antitumoral.
Neste artigo, foi analisada a atividade antiviral do ácido cafeico contra ILHV no
processo de pós-infecção. O tratamento das células já infectadas pelo vírus visa observar
os efeitos antivirais durante o período após a entrada do vírus. Processos como, tradução

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e replicação genômica, formação da partícula viral infecciosa e a sua liberação são
observadas nesse período.
A citotoxicidade do composto foi avaliada pelo ensaio de MTT. Os experimentos
in vitro revelaram um CC50 maior que 1000 µM. Isso demonstra uma baixa citotoxicidade
por parte do composto. Dessa forma, nenhum valor de CC50 pôde ser definido e nenhum
índice de seletividade (SI) pôde ser apresentado (Tabela 1). A atividade antiviral foi
determinada pela redução do número de unidades formadoras de placas em células
tratadas com o composto. Foram observados um EC50 e EC90 com valores de 100.7 e
906.1 µM, respectivamente (Tabela 1).

Tabela 1. Eficácia de inibição (EC50 e EC90) e toxicidade celular do ácido cafeico na


linhagem celular A549.
EFICÁCIA DE VIABILIDADE
INIBIÇÃO (µM) * CELULAR (%) *
EC50 EC90
A549 A549

Pós-infecção 100,7 ± 13,3 906,1 ± 1000 µM 72,4 ± 2,4


119,9

500 µM 77 ± 6,6

250 µM 83,3 ± 6,8

125 µM 86,4 ± 4,3

62,5 µM 87,4 ± 11,2

31,25 µM 92,4 ± 6,1

*Valores com intervalo de confiança (IC) 95%.

Baseado na literatura até a presente publicação deste artigo, o CA não tem


propriedades descritas contra ILHV. Contudo, IKEDA e col. (2011) descrevem a ação do
CA contra o vírus da herpes simples in vitro. Em que o composto atua diretamente na
replicação do vírus, principalmente, nos estágios iniciais da replicação. Fato devido a
ligação do composto com o próprio vírus ou moléculas relacionadas ao processo de
replicação viral.
SHIRASAGO e col. (2019) descreveram os mecanismos de ação do CA contra o
vírus da hepatite C in vitro. Neste caso, o composto teve ação geral nos mecanismos de
infecção do HCV. Atuando nas partículas virais, o CA nessa situação inibiu a entrada
viral, principalmente, nos estágios iniciais antes do acoplamento viral à célula do

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hospedeiro, minimizando sua infectividade. O ensaio realizado no presente estudo foi
após a infecção das células. O efeito observado através da redução do número de placas
pode ser inferido devido a ação do composto em algum dos processos após a entrada do
vírus, descritos acima. Esse efeito pode ser similar ao identificado contra HSV-1 descrito
por IKEDA e col. (2011) ou HCV como SHIRASAGO e col. (2019), também pelo ácido
cafeico. Contudo, as vias de ação do CA contra ILHV ainda não foram descritas.
Encorajamos novos estudos nesse sentido para melhor compreensão dos mecanismos de
ação envolvidos, sendo que mecanismos semelhantes ao do HCV e HSV-1 podem ser
investigados por poderem possuir uma possível relação de efeito.

CONCLUSÃO
Este estudo demonstrou que o ácido cafeico inibe a multiplicação de ILHV. Nas
condições de pós-infecção, o ácido cafeico reduziu a multiplicação viral em células A549.
Uma baixa citotoxicidade foi encontrada. Assim, este estudo indica um novo candidato
para droga no tratamento, ainda inexistente, para ILHV.

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O DESMONTE DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL NOS


GOVERNOS TEMER E BOLSONARO
Mirelly Araújo1; Natália Bibiano2; Roberta Uchôa3

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


1,2
Graduanda em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco
3
Assistente Social. Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade
Federal de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O seguinte trabalho tem por objetivo desvelar como medidas neoliberais de austeridade
fiscal dos governos Temer e Bolsonaro interferem na Política Nacional de Saúde Mental.
Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa de base documental e bibliográfica sobre
neoliberalismo, conservadorismo e saúde mental na contemporaneidade, a fim de tecer
considerações sobre as contradições das políticas brasileiras de saúde mental, em suas
relações intrínsecas com a dinâmica política e com a política econômica. Os dados
coletados permitiram compreender as perdas sociais que conteúdos ideológicos
neoliberais e conservadores presentes nas “novas” normativas causaram às políticas
brasileiras de saúde mental. Estas alterações desconsideram as implicações e
determinações sociais, econômicas e políticas presentes no cuidado em saúde mental, que
devem ser pensadas não só como um problema de saúde pública, mas como de ordem
social e estrutural, que perpassa toda a estrutura das relações sociais capitalistas.

Palavras-chave: Drogas; Neoliberalismo; Rede de Atenção Psicossocial; Saúde Mental;


Serviço Social.

INTRODUÇÃO
Na atualidade, o avanço das políticas neoliberais e neoconservadoras desafia valores
básicos do Estado democrático de direito e busca construir uma política funcional à
sociabilidade do capital, com forte redução de investimentos em políticas sociais públicas.
Assim como as demais, a política de saúde é afetada nesse processo. Particularmente, o
Sistema Único de Saúde (SUS) é afetado e sofre com seu desmonte e sucateamento para
dar vazão à iniciativa privada, que cada vez mais se apropria dos fundos públicos. Sendo
assim, os princípios do SUS, defendidos pelo Movimento de Reforma Sanitária e
estabelecidos pela Lei Orgânica da Saúde (BRASIL, 1990), se tornam permeáveis à
flexibilização e às medidas de austeridade fiscal, para dar fim à crise do capital e assim
aumentar sua taxa de lucro.
Dentre as políticas de saúde, a de saúde mental, que foi implementada e ampliada nos
últimos 30 (trinta) anos, também sobre retrocessos políticos e estruturais. Estas mudanças
atendem a interesses privados diversos, sobretudo, financeiros da chamada "indústria da
loucura”, que disputa o fundo público de saúde.
Neste sentido, o entendimento dos efeitos da política econômica de austeridade fiscal
sobre as políticas sociais, que garantem uma condição minimamente digna à classe

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trabalhadora, é de extrema importância no atual contexto social. Diante do atual cenário
político, econômico e social, esperamos contribuir com o tema e que possa servir de
catalisador para mudanças.

OBJETIVOS

Geral

Desvelar como as medidas neoliberais de austeridade fiscal dos governos Temer e


Bolsonaro interferem na Política Nacional de Saúde Mental, particularmente no
componente Atenção Psicossocial da RAPS e na prática do Serviço Social.

Específicos
1. Contextualizar o desenvolvimento das políticas de saúde mental;
2. Apontar as principais medidas austeridade fiscal impostas pelos governos
Temer e Bolsonaro que interferem na Política Nacional de Saúde Mental,
particularmente no componente Atenção Psicossocial da RAPS;

METODOLOGIA
Para a construção teórico-metodológica do presente trabalho, foi realizada pesquisa
qualitativa de base documental e bibliográfica sobre neoliberalismo e saúde mental na
contemporaneidade. Com o intuito de desvendar a realidade social além do aparente, foi
adotado o método dialético e a perspectiva de totalidade, no sentido de estabelecer suas
conexões e contradições com a realidade econômica, política, cultural e histórica
brasileira (SARRETA et al, 2016). No processo de pesquisa foram analisados livros,
revistas acadêmicas e científicas, dissertações e teses da área de Serviço Social, leis,
portarias, resoluções e emendas constitucionais referentes às políticas de saúde mental e
de drogas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Movimento de Reforma Psiquiátrica brasileiro nasce com o esgotamento da ditadura
militar, no bojo dos movimentos de redemocratização do país e da Reforma Sanitária,
impulsionados pela crise socioeconômica da década de 1970. Estes movimentos sociais
realizam, em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde, onde são firmadas as bases para
a definição na Constituição Federal (1988), onde a saúde se constitui como direito de todo
cidadão e dever do Estado, garantida a partir do estabelecimento do SUS universal,
gratuito, igualitário e de qualidade.

O processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira é contemporâneo


ao movimento sanitário, nos anos de 1970. Entretanto, é a

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Reforma Sanitária que dá sustentação política à Reforma
Psiquiátrica, até que ela se firme como um movimento social
independente (SILVEIRA, 2009 apud SCHEFFER; SILVA,
2014, pág. 368).
Em 1989, o Deputado Federal Paulo Delgado deu entrada no Congresso Nacional de um
Projeto de Lei (PL) que propunha a regulamentação dos direitos das pessoas com
transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. Embora este PL
somente tenha sido aprovado em 2001, ele contribuiu com o debate e para a construção
de uma nova política de saúde mental.
Após a aprovação da Lei 10.216/2001 e da instituição da RAPS em 2011, o Brasil se
tornou referência mundial para o tratamento de pessoas com transtorno mental e com
consumo problemático de drogas (CFESS, 2019). Apesar de todos esses avanços, a partir
do governo de Michel Temer (2016-2020), as políticas de saúde mental e sobre drogas
brasileira sofreram alterações sistemáticas nas suas legislações e orientação política, bem
como no seu financiamento, que sofreu profundas reduções e foi redirecionado do setor
público, sobretudo da RAPS, para inúmeras instituições privadas, como as comunidades
terapêuticas.
No documento Uma Ponte para o Futuro (PMDB, 2015), apresentado por Temer, ainda
quando vice-presidente de Dilma, o Brasil estaria vivenciando uma crise fiscal, com
crescimento superior das despesas públicas primárias em relação ao crescimento do PIB.
Daí a necessidade da reformulação dos compromissos com saúde, educação e assistência
social, garantidos pela Constituição Federal de 1988, que passariam a ter participação das
parcerias público-privadas (VIEIRA et al, 2016).
As principais medidas realizadas durante o Governo Temer que interferiram nas políticas
de saúde mental estão: Emenda Constitucional nº 95, que congelou por 20 (vinte) anos os
gastos sociais públicos, com base nas despesas de 2016; a “revisão” da Política Nacional
de Saúde Mental (BRASIL, 2001) por meio da Resolução nº 32/2017, que garantiu
investimentos públicos de até 240 milhões/ano para ampliação de convênios com as
comunidades terapêuticas privadas, de cunho religioso ou não; veto ao fechamento de
leitos em hospitais psiquiátricos; e aumentou a remuneração paga por leito nestas
instituições de R$ 49,00 para R$ 80,00;
O Governo de Jair Bolsonaro (2019 - até a presente data) continuou a mesma lógica
conservadora e ultraneoliberal do Governo Temer, em apenas 02 (dois) anos de gestão já
alterou as políticas nacionais de saúde mental e de drogas.
Em Fevereiro/2019, a Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas,
vinculada ao Ministério da Saúde, publicou a Nota Técnica 11/2019 (NT), que tem como
objetivo desmontar os dispositivos substitutivos como os CAPS e a lógica da RAPS ao
propor a criação de unidades ambulatoriais especializadas e de unidades psiquiátricas
especializadas em hospitais gerais, inclusive com leitos para crianças e adolescentes, o
que reforça a Resolução nº 32/2017, que introduziu os hospitais psiquiátricos na RAPS
(BRASIL, 2017).

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Outro retrocesso presente na NT é a defesa da Eletroconvulsoterapia, inclusive com o
financiamento do Ministério da Saúde para compra do equipamento, que passou a fazer
parte da lista de Equipamentos e Materiais do Fundo Nacional de Saúde.
Em 2019, o Congresso Nacional aprovou e Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 13.840, que
fere de morte a Lei de Drogas (Lei n° 11.343/2006) endurecendo a política punitivista, ao
alterar a política de financiamento público e ao promover ainda mais a presença das
comunidades terapêuticas na rede de saúde pública.
O governo Bolsonaro, em plena pandemia da COVID-19, preparou medidas de revogação
de todas as portarias no campo da saúde mental editadas entre 1991 e 2014, que incluíam
o Programa Anual de Reestruturação da Assistência Psiquiátrica Hospitalar no SUS, o
Programa Consultório na Rua, o Programa de Serviço Residencial Terapêutico, a
Comissão de Acompanhamento do Programa De Volta para Casa, dentre outros. Esta
iniciativa ficou conhecida como “revogaço”, mas foi suspensa devido à forte reação da
sociedade civil contrária às medidas de retrocesso no campo da saúde mental.

CONCLUSÃO
As alterações nas políticas de saúde mental e sobre drogas desconsideram as implicações
e determinações sociais, psicológicas, econômicas e políticas presentes no cuidado ao
sofrimento mental, que devem ser pensadas não só como um problema de saúde pública,
mas como de ordem social e estrutural, que perpassa toda a estrutura das relações sociais
capitalistas. Essas mudanças ignoram as evidências que demonstram a necessidade
promover, prevenir e tratar das pessoas com transtornos mentais através de cuidados de
saúde pública, em espaços abertos, sistêmicos e intersetoriais (WHO, 2017). Portanto, as
mudanças impostas às políticas de saúde mental e sobre drogas estão baseadas em uma
perspectiva estritamente clínica, biomédica e privação de liberdade (ALMEIDA, 2019).
Portanto, o desmonte da RAPS e o retorno ao paradigma manicomial podem ser
entendidos como um dos efeitos da orientação política que o país incorporou e consolidou
na ruptura institucional de 2016. Nesta conjuntura de retirada de direitos, que se soma à
crise sanitária decorrente da COVID-19, é imprescindível a articulação e mobilização de
movimentos sociais, sindicais e partidos políticos contra a privatização da saúde e na
construção de estratégias de resistência ao desmone da rede de atenção psicossocial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, João Miguel Caldas de. Política de saúde mental no Brasil: o que está em
jogo nas mudanças em curso. Cad. Saúde Pública v.35 n.11 Rio de Janeiro 2019.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2019001300502. Acesso em: 22 de Setembro de 2021.
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, 1990.

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_______. Lei nº 10.216, de 06 de Abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em
saúde mental. Brasília, 2001.
_______. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas
Públicas sobre Drogas – Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido,
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá
outras providências. Diário Oficial da União, de 24.8.24 de Setembro de 2006.
PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (PMDB). Uma ponte
para o futuro. Brasília: Fundação Ulysses Guimarães, 2015a. Disponível
em:https://www.fundacaoulysses.org.br/wp-content/uploads/2016/11/UMA-PONTE-
PARA-O-FUTURO.pdf . Acesso em: 23 de Setembro de 2021.
SARRETA, Fernanda de Oliveira et al. Pesquisa Qualitativa e Serviço Social:
pensando a formação e o trabalho em saúde. Serviço Social & Realidade, Franca, v.
25, n. 1, 2016. Disponível em:
https://ojs.franca.unesp.br/index.php/SSR/article/view/2507 Acesso em 18 de Setembro
de 2021.

SCHEFFER, Graziela and SILVA, Lahana Gomes. Saúde mental, intersetorialidade e


questão social: um estudo na ótica dos sujeitos. Serv. Soc. Soc. [online]. 2014, n.118,
pp.366-393. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sssoc/n118/a08n118.pdf. Acesso
em 13 de Setembro de 2021.

VIEIRA, Fabiola Sulpino; BENEVIDES, Rodrigo Pucci de Sá e. Os impactos do novo


regime fiscal para o financiamento do Sistema Único de Saúde e para a efetivação
do direito à saúde no Brasil. Brasília: Ipea, 2016. (Nota Técnica, 28). Disponível em:
http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/7270 Acesso em: 17 de Agosto de 2021.
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25 de Agosto de 2021.

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NECESSIDADES DE CUIDADOS EM SAÚDE EM PESSOAS OSTOMIZADAS:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Júlia Ribeiro Borges ¹; Bruna Helena Miranda ²; Mylena Caetano do Amaral ³; Carolina
Freitas Lopes de Oliveira 4; Jéssica Pereira Teles 5; Larissa Nunes de Paula 6; Gabrielle
Gonçalves dos Santos 7; Daniela de Stefani Marquez 8
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7
Discentes do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas
8
Docente do curso de Medicina do Centro Universitário Atenas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]
RESUMO
Ostomia significa abertura e consiste em uma via de comunicação do meio interno para
o externo com finalidade de nutrição, eliminação e respiração. Os indivíduos pós-
ostomizados sofrem rupturas biográficas, mudanças de imagem, disfuncionalidade do seu
corpo e baixa autoestima, evidenciando, assim, a essencialidade do apoio familiar e de
uma reabilitação rápida e eficaz. Nesse viés, o objetivo do estudo é analisar as
dificuldades pós cirúrgica do ostomizado e os impactos em sua rotina. O texto é uma
revisão bibliográfica dos últimos 5 anos e que foram selecionados 5 artigos com maior
afinidade com o tema, ao relatar as mudanças no estilo de vida e os desafios enfrentados,
diante as novas adaptações. Dessa maneira, conclui-se que é necessário descobertas e
aperfeiçoamentos intra e extra hospitalar para melhor qualidade de vida e independência
desses indivíduos, aliados a primordialidade do apoio familiar e de pessoas de seu
convívio.

Palavras chaves: ostomia, qualidade de cuidados de saúde, colostomia, ileostomia,


qualidade de vida.

INTRODUÇÃO
Pode-se definir ostomia, estoma ou estomia como palavras que possuem o mesmo
significado, isto é, significam boca ou abertura, que consiste em uma comunicação
artificial como via alternativa dos órgãos internos ao meio externo para eliminação,
nutrição ou respiração (MELO et al., 2018). Dessa maneira, a estomia é uma derivação
cirúrgica de uma víscera - podendo ser ela de uma via intestinal ou via urinária – por meio
da pele, onde ocorre a ligação da víscera com a parede abdominal fazendo com que o
ostomizado passe a utilizar uma bolsa coletora de fezes ou urina (FIGUEIREDO;
ALVIM, 2016). Em virtude dessa realização cirúrgica, há impactos importantes na vida
do estomizado e da sua família, tanto em âmbito físico, como emocional e social (MELO
et al., 2018). Os indivíduos sofrem rupturas biográficas devido às alterações
gastrointestinais e de ruptura da função dos esfíncteres, alteração de sua imagem,
disfuncionalidade do seu corpo e diminuição de autoestima, indicando a importância do
apoio familiar, além de uma reabilitação rápida e eficaz (FIGUEIREDO; ALVIM, 2016).

OBJETIVO

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Este resumo tem como objetivo analisar as dificuldades mais comuns enfrentadas por
indivíduos ostomizados e seus impactos na qualidade de vida dessas pessoas,
considerando suas necessidades e demandas básicas, bem como, demonstrar a
importância de um suporte familiar e multidisciplinar visando uma melhor e rápida
adaptação pós ostomia.

MÉTODO
Para o presente estudo foram selecionados artigos das bases de dados SciELO, Google
acadêmico e PubMED. Foi feita uma revisão bibliográfica com materiais dos últimos 5
anos, entre os anos de 2016 a 2021. Obteve-se 948 resultados e foram selecionados 5
textos de acordo com maior relação e afinidade com o tema de estudo. Assim, os artigos
apresentados mostraram que se faz necessário continuamente trabalhar auxiliando recém
ostomizados procurando uma melhor qualidade de vida e uma reintegração e adaptação à
nova realidade daqueles indivíduos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Entendendo a saúde como a sinergia de diversos fatores e o sujeito como um
complexo biopsicossocial, os indivíduos estomizados necessitam de apoio e suporte
multidisciplinar no enfrentamento das mudanças ocorridas após a cirurgia, muitas vezes,
denominada por eles mesmos como “cirurgia da vida”, pois é o começo de toda uma nova
forma de viver (FIGUEIREDO; ALVIM, 2016).
Nesse sentido, diferentes causas subsidiaram a inevitabilidade da estomia, podendo
ser permanente ou temporária. Dos sujeitos da pesquisa, colostomizados, ileostomizados
ou urostomizados, houve relatos de neoplasia, pólipos, perfuração por arma de fogo,
retocolite ulcerativa, doença de Crohn e erros médicos, como diagnóstico, exames e
intervenções realizados erroneamente. Apesar de tanto os pacientes com estomia
definitiva, quanto os com a temporária sofrerem as mesmas angústias e os mesmos
impactos na qualidade de vida, nota-se diferença na ansiedade e resistência entre eles,
sendo que pessoas com estomia há mais tempo, possuem maior satisfação e aceitação em
comparação com as que possuem estomia recente ou temporária (SILVA et al., 2017).
Dentre as necessidades e demandas pós cirúrgicas, estão aquelas consideradas
básicas, que são relativas à manutenção do estoma, como cuidados de higiene que
atendam à sua especificidade e nutrição adequada, pois devido a algumas adaptações e
restrições pelas quais os pacientes passam, prioriza-se alimentos que ajudem a neutralizar
odores e flatos e que não amoleçam as fezes ou provoquem constipação intestinal. Em
relação à estética, é necessário avaliar a qualidade do material oferecido nas bolsas de
ostomia, pois nem sempre se considera o que melhor se adequa ao usuário, para seu bem-
estar e conforto (RIBEIRO, 2015).
Nesse sentido, os principais problemas observados foram: alimentação restrita,
qualidade de sono reduzida - em razão à demanda de cuidados e por receio de
extravasamento de fluidos despercebidos durante a noite - problemas físicos, como
hérnias, vazamentos e dermatites, sexualidade insegura por medo de rejeição, relações
familiares e sociais comprometida por falta de apoio familiar, de amigos e cônjuges,
aspectos psicológicos como depressão, ansiedade, medo e mau humor, religião e

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espiritualidade diminuída, lazer e atividade física com limitações e cuidados de
enfermagem nem sempre disponíveis, apesar de serem indispensáveis. (RIBEIRO, 2015).
Afora os cuidados e problemas básicos, no que se concerne ao contexto familiar,
também exibem uma dinâmica própria quando familiares efetivamente assumem a função
de cuidador, que por sua vez, sofrem as consequências sociais a ela implicadas,
necessitando, assim, que o sistema familiar esteja em equilíbrio para o enfrentamento
conjunto das limitações impostas. Além disso, precisam de atenção às necessidades
sociais, decorrentes da vulnerabilidade, das repercussões da estomia e da sua influência
no âmbito psicológico, diante da dificuldade de aceitação de sua condição física no campo
social, alterando a forma de reconhecimento, identificação e, consequentemente, a
interação social. Na temática, observou-se também que há diferenças em relação ao
acompanhamento do estomizado na infância, isso porque as crianças com malformações
congênitas ou com doenças crônicas que se manifestam tardiamente, exigem maiores
cuidados e, portanto, maior suporte familiar, visto que, além de ainda terem um sistema
imunológico imaturo, estão na idade escolar (MELO et al., 2018).
Nesse viés, conhecer aspectos anatomofisiológicos auxilia na assistência integral,
destacando-se a importância de maiores cuidados básicos e também na continuidade dos
estudos, apesar das problemáticas enfrentadas, pois o abandono acarreta diversas
repercussões negativas para o desenvolvimento psicológico e social, prejudicando o
progresso de habilidades cognitivas e motoras. Sendo essencial, então, a busca por escolas
que forneçam planejamento para receber tais crianças, incluindo acessibilidade e
estrutura, e que haja preparação de professores e funcionários para lidar com as limitações
da criança estomizada. Adicionalmente, os estudos demonstraram que a utilização dos
métodos de controle intestinal (MCI) em pessoas colostomizadas é um recurso
fundamental para a melhor qualidade de vida, assim como o uso da Digestive Disease
Questionare (DDQ-15) sugeriu consideráveis melhorias com a irrigação da colostomia
(CESARETTI et al., 2018).
Complementarmente, os resultados do uso SF-36, apresentou melhoras nas
atividades físicas, nos aspectos sociais e emocionais, na vitalidade e na dor corporal, ao
mesmo tempo que, os que irrigavam a colostomia sentiam-se mais confortáveis,
adaptando-se com maior facilidade em seu meio de convívio social. Evidenciando assim,
que métodos e medidas podem ser efetivas para o bem-estar do paciente, e por isso a
importância destes e de constantes inovações e aperfeiçoamentos, para possibilidades e
aplicações contínuas de melhorias (FIGUEIREDO; ALVIM, 2016).
Desse modo, testemunha-se que todas as dimensões macrossociológicas que
permeiam a vida do ser humano são fundamentais para o alcance da saúde e bem-estar,
ao garantir a possibilidade do estomizado ser visto como um todo e em constante
interação com o ambiente dinâmico, favorecendo uma perspectiva otimista do futuro,
diante a nova condição. Assim, ajustamentos em prol da manutenção da qualidade de vida
convergem com as atuais políticas públicas, que visam acolhê-lo no seu contexto e
primam pela autonomia, integridade física e moral. Para isso, busca-se,
fundamentalmente, o atendimento dos princípios doutrinários do SUS, de universalidade
de acesso aos serviços, igualdade da assistência à saúde e integralidade, sendo que esta

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última precisa ser trabalhada em várias dimensões para que ela seja alcançada da forma
mais completa possível (FIGUEIREDO; ALVIM, 2016).
Dessa maneira, faz-se necessária maior aproximação entre profissionais e usuários, na
medida em que as ações passem a ser orientadas com maior coletividade e de acordo com
as necessidades dos indivíduos, rompendo a imposição vertical das condutas e permitindo
que o estomizado se sinta completo e verdadeiramente cuidado, desde o momento do
diagnóstico. Posteriormente é substancial que ocorra o acompanhamento, com a
implementação de visitas domiciliares nos usuários cadastrados, para compreensão do
contexto domiciliar e uma orientação dialógica, promovida pelos diferentes profissionais
de saúde, em uma perspectiva interdisciplinar nas unidades, que lançaram olhares e
saberes distintos em função de um objetivo comum.

CONCLUSÃO
Constata-se que o acompanhamento multiprofissional é indispensável no cuidado físico
e na promoção da rede de suporte aos pacientes e familiares, fazendo-se necessário
aperfeiçoamento e descoberta de novos métodos para a promoção de saúde em indivíduos
ostomizados, a fim de propiciar melhor qualidade de vida e independência no cuidado
intra e extra-hospitalar. Por meio desse conhecimento, busca-se contribuir para a
divulgação e a implementação de estratégias assistenciais que, em médio e longo prazos,
possam atuar na vista de melhores prognóstico a pós ostomizados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MELO, Manuela Costa et al. Stomized children care practices: narratives of relatives.
Revista Brasileira de Enfermagem. 2018, v. 73, n. 2 [Acessado 11 Outubro 2021] ,
e20180370. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0370>.

FIGUEIREDO, P. A. de; ALVIM, N. A. T. Diretrizes para um Programa de Atenção


Integral ao Estomizado e Família: uma proposta de Enfermagem. Revista Latino-
Americana de Enfermagem, [S. l.], v. 24, p. e2694-, 2016. DOI: 10.1590/1518-
8345.0507.2694.

CESARETTI, Isabel Umbelina Ribeiro; SANTOS, Vera Lúcia Conceição de Gouveia;


VIANNA, Lucila Amaral Carneiro. Qualidade de vida de pessoas colostomizadas com e
sem uso de métodos de controle intestinal. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília,
v. jan./fe 2010, n. 1, p. 16-21, 2010. DOI: 10.1590/s0034-71672010000100003.

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intestinais de eliminação. Acta Paulista de Enfermagem. 2017, v. 30, n. 2 [Acessado 11
outubro 2021], pp. 144-151. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1982-
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RIBEIRO, Jarine Manuelle Castro. Qualidade de vida de pessoas com estomia intestinal:
revisão integrativa. 2015.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SOBREPESO EM IDOSOS: UM PANORAMA DAS REGIÕES DE SAÚDE DO
AMAZONAS

Lorena do Nascimento Costa1; Bruno Mendes Tavares2, Rosana Pimentel Correia


Moysés3, Edson de Oliveira Andrade4
1
Discente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCIS, Bacharel em
Nutrição, Universidade Federal do Amazonas - UFAM, Manaus, Brasil.
2
Professor, Nutricionista, PhD em Saúde Coletiva Departamento de Ciências
Fisiológicas, Instituto de Ciências Biológicas- ICB, Universidade Federal do Amazonas
– UFAM, Manaus, Brasil.
3
Professora, PhD em Psicologia Aplicada, Msc. em Saúde, Sociedade e Endemias na
Amazônia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas - UFAM,
Manaus, Brasil.
4
Professor, PhD em Medicina (Pneumologia), Faculdade de Medicina, Universidade
Federal do Amazonas - UFAM, Manaus, Brasil.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
A obesidade se transformou em um problema de saúde pública. O Brasil se encontra em
processo de transição nutricional, ou seja, observa-se uma redução na prevalência dos
déficits nutricionais e um aumento de sobrepeso e obesidade, no estado do Amazonas isto
não é diferente. O objetivo do presente estudo é descrever a evolução anual do sobrepeso
em idosos no Amazonas, no periodo de 2011 a 2021. Foi realizado um estudo ecológico,
descritivo, de abordagem quantitativa para descrever a evolução anual de sobrepeso em
idosos no Amazonas, por meio das 9 regionais de saúde do estado, referente ao período
de janeiro de 2011 a setembro de 2021. Pode-se observar que houve um aumento
significativo nos indíces de sobrepeso em idosos nas nove regiões de saúde do Amazonas,
especialmente nas regiões do Rio Madeira, Médio Amazonas, Rio Negro e Solimões.
Desta forma, há a necessidade de maior atenção e fortalecimento de intervenções
nutricionais nesse grupo.
Palavras-chaves: Índice de Massa Corporal; Estado Nutricional; Vigilância Nutricional;
Saúde Pública; Epidemiologia

INTRODUÇÃO
A população idosa, segundo a Organização das Nações Unidas, é o segmento
populacional que mais cresce no mundo, com uma média de 2,4% ao ano, analisando o
período de 1950 a 2020, representando 13,5% da população mundial em 2020. Essa

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tendência de crescimento também é uma realidade no Brasil, as projeções inferem que
em 2025, do total da população brasileira, 16,5% serão idosos (ALVES, 2020).
Cabe citar que a pandemia da COVID-19 teve impacto direto na expectativa de vida dos
brasileiros, devido a alta mortalidade em especial na população idosa, apontando uma
queda de de dois anos na expectativa de vida de 2020, “passando de 76,6 (em 2019) para
74,8 anos (em 2020)”. Mesmo assim, a tendência de crescimento da população idosa no
Brasil seguirá em ritmo acelerado, pois os percentuais de vítimas da COVID-19 é menor
que a escala de envelhecimento populacional. No ano de 2020 foram registrados 175.471
óbitos em idosos no Brasil, sendo a previsão da população idosa de 29,9 milhões no
mesmo ano, deste modo mesmo com a alta mortalidade e o trágico panorama, o Brasil
deverá seguir um padrão de aumento do envelhecimento populacional (ALVES, 2020;
BRASIL, 2021b; DE SOUZA; CORREIO; CORREIO, 2021).
As metas dos objetivos de Desenvolvimento do Milênio discutidas em 2010, entre vários
países na assembleia geral da Organização das Nações Unidade (ONU), define e prioriza
ações de investimentos para deter as Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT).
Neste cenário epidemiológico do grupo de DCNT e dentro do Plano de Ações Estratégicas
para o Enfrentamento das DCNT no Brasil, 2011-2022 destaca-se controle e prevenção
da obesidade por esta ser simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras
doenças deste grupo, como a hipertensão e o diabetes, também com alta prevalência no
País (BRASIL, 2011a).
A obesidade se transformou em um problema de saúde pública, tanto nos países
desenvolvidos, quanto nos países em desenvolvimento. Verifica-se atualmente, em
diversas partes do mundo e faixas etárias, o aumento da prevalência de sobrepeso nos
mais variados graus. O Brasil se encontra em processo de transição nutricional, ou seja,
observa-se uma redução na prevalência dos déficits nutricionais e um aumento de
sobrepeso e obesidade, que juntos caracterizam o excesso de peso e no estado do
Amazonas isto não é diferente(BRASIL, 2020; KAC; SICHIERI; GIGANTE, 2007).
Caracteriza-se a obesidade como um estado em que há maior quantidade de tecido
adiposo em relação à massa magra do que o esperado para o sexo, a idade e a altura.
Contudo apesar de muito explorada, não há consenso sobre o melhor método para seu
diagnóstico em idosos, sendo o índice de massa corporal (IMC) um dos mais utilizados
para identificar obesidade global (CALLE et al., 1999; SILVEIRA et al., 2020).
Assim sendo, é clara a relevância demográfica dos idosos no panorama mundial e
nacional e diante do processo de transição epidemiológica caracterizado pela ascendência
das doenças crônicas não transmissíveis que tem incidência importante nesta população,
dentre estas a obesidade, que tem apresentado aumento da prevalência em todas as regiões
do Brasil, estudos que analisem o panorama de obesidade nesta população são
importantes instrumentos para escolhas mais efetivas para controle e manejo da doença
(MARQUES et al., 2019).

OBJETIVO

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O objetivo do presente estudo é descrever a evolução anual do sobrepeso em idosos no
Amazonas, no periodo de 2011 a 2021.

METODOLOGIA
Foi realizado um estudo ecológico, descritivo, de abordagem quantitativa para
descrever a evolução anual de sobrepeso em idosos no Amazonas, por meio das 9
regionais de saúde do estado (Baixo Amazonas, Triângulo, Regional Purus, Médio
Amazonas, Rio Negro e Solimões, Alto Solimões, Manaus, Entorno e Alto Rio Negro,
Regional Juruá e Rio Madeira), referente ao período de janeiro de 2011 a setembro de
2021.
A coleta dos dados secundários foi realizado por meio dos relatórios de acesso público do
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN por acesso ao estado
nutricional, referente aos dados de IMC para idosos, determinados a partir do valor bruto
de IMC, sendo embasados pelas orientações para a coleta e análise de dados
antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica SISVAN, de ambos os sexos
cadastradas no SISVAN Web. Foram incluídos os dados de idosos com sobrepeso (IMC
maior ou igual a 27,0) e excluídos os dados de Baixo peso (IMC menor ou igual a 22,0)
e Adequado ou Eutrófico (IMC maior que 22,0 e menor que 27,0) (BRASIL, 2011b).
Por se tratar de um estudo que utilizou bases de dados secundários de domínio público,
esta pesquisa não foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa, respeitando o disposto
no Art.1, Inciso III da Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Pesquisa que dispõe
sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos.
Para análise dos resultados, os dados foram descritos e organizados utilizando
planilha eletrônica para armazenamento por meio do software Excel®, posteriormente os
dados foram analisados utilizando o Statistical Package for the Social Science (SPSS),
versão 26.0. Foi realizada a estatística descritiva, definindo médias e frequências das
variáveis.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise do nosso estudo referente aos dados de sobrepeso em idosos no Amazonas
observa-se, na Figura 1, a distribuição anual dos casos, o que demonstra o perfil crescente,
principalmente a partir do ano de 2014, até o presente momento de 2021. Isso reforça os
achados do estudo de (PEREIRA et al., 2020) que analisou a pesquisa Nacional de Saúde
do ano de 2013, onde ressaltou que a população idosa, da região norte, já apresentava um
resultado de padrão alimentar não saudável em 67% dos participantes, o que pode resultar
em excesso de peso. Já segundo a Pesquisa Nacional de Saúde - PNS (2019), o percentual
de brasileiros idosos com sobrepeso era de 23% do total de participantes (BRASIL,
2021a).

Figura 1. Panorama anual de sobrepeso em idosos nas regiões de saúde do Amazonas,


de 2011 a 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Fonte: Dados SISVAN, 2021.

Na figura 2 percebe-se também um aumento gradual dos índices de sobrepeso em idosos,


durante os anos de 2011 a 2021, em todas as regiões de saúde do Amazonas, destacando-
se a região de Manaus, Entorno e Alto Rio Negro que obteve um salto significativo e
ascendente a partir do ano de 2015 a 2021. O que presume que a proximidade com os
centros urbanos, a vida “moderna” dessas áreas e o desenvolvimento econômico talvez
sejam os principais fatores que ameaçam o modo de vida do caboclo da Amazônia, visto
a mudança nos hábitos e o aumento equivalente de introdução de alimentos
industrializados na dieta das comunidades tradicionais amazônicas(DE JESUS SILVA;
GARAVELLO, 2012).

Figura 2. Evolução temporal do sobrepeso em idosos nas regiões de saúde do Amazonas,


de 2011 a 2021.

Fonte: Dados SISVAN, 2021.

O mapa, por sua vez, apresenta um panorama dos dados de sobrepeso em idosos, das 9
regiões de saúde do Amazonas, referente ao compilado dos anos de 2011 a 2021, onde
podemos observar índices elevados na região do Rio Madeira (11.146), Médio Amazonas
(14.854), Rio Negro e Solimões (14.533), sendo liderada pela região de Manaus, Entorno
e Alto Rio Negro (143.913).

Figura 3. Mapa dos índices de prevalência de sobrepeso em idosos nas regiões de saúde
do Amazonas, entre 2011 e 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Fonte: Dados SISVAN, 2021.

Os resultados do mapa podem ser explicados pelo processo de transição alimentar que
verifica-se em todo mundo devido ao processo de “globalização e homogeneização
cultural”, também atingindo as populações tradicionais da amazônia, por meio da
intromissão “desenvolvimentistas”, que traz uma compreensão de progresso na qual
incentiva, indiretamente, um estilo de vida ocidentalizado, que passaram a utilizar cada
vez menos os recursos naturais e mais a dieta de ultraprocessados, o que desestimula a
prática de uma dieta tradicional mais saudável, e que pressupõe, desta forma, que um
possível processo de transição alimentar pode estar se formando nas comunidades
caboclas da Amazônia (DA CUNHA RODRIGUES; DE OLIVEIRA; DOS SANTOS,
2020; DE JESUS SILVA; GARAVELLO, 2012).

CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos, o presente estudo conseguiu apresentar um panorama
da evolução da prevalência de sobrepeso em idosos nas nove regiões de saúde do
Amazonas, entre os anos de 2011 a 2021 e perceber que houve um aumento significativo
nos indíces de sobrepeso nessa faixa etária, o que sugere a necessidade de maior atenção
e fortalecimento de intervenções nutricionais nesse grupo.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FATORES ETIOLÓGICOS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E ESTRESSE
MENTAL EM ESTUDANTE UNIVERSITÁRIOS

Pedro Henrique de Souza Domingues1


1
Graduando em Enfermagem pela Universidade de Brasília
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A saúde mental se define como um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de
usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e
contribuir com a comunidade. Dentro do contexto do acadêmico, nota-se que a saúde
mental não está preservada, o que é observado por meio do constante noticiamento da
mídia acerca de casos de suicídios de estudantes dentro da própria universidade. Sabe-se
então que conhecer os fatores etiológicos da ansiedade, da depressão e do estresse no
estudante universitário se faz necessário. Observou-se que a alta carga de dedicação, a
cobrança por uma boa performance acadêmica, a alta demanda, e o sono irregular, são os
principais fatores etiológicos para o desenvolvimento de transtornos mentais. Ficou claro
a necessidade de mudanças na forma de avaliação e ensino desses alunos, de forma a
melhorar a aprendizagem e minimizar o desconforto causado pela pressão exercida sobre
eles.
Palavras-chaves: Saúde Mental; Saúde do Estudante; Universidade; Ansiedade; Estresse
Psicológico.

INTRODUÇÃO
Hodiernamente, vê-se uma crescente preocupação, acerca do tema de saúde mental.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa temática da saúde tem por
definição o estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias
habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua
comunidade.
Partindo desse conceito, entende-se que a saúde mental possui três pilares fundamentais:
Ocupa uma posição integral dentro da saúde, vai muito além da ausência de doenças, e
possui uma íntima ligação com a saúde física e com o comportamento
Dentro do contexto do acadêmico, há o noticiamento constante da mídia acerca de casos
de suicídios de estudantes dentro da própria universidade, resultados de depressão,
transtornos de ansiedade e estresse mental. Cremasco e Baptista (2017) em sua pesquisa
acerca de depressão e suicídio em estudantes universitários, revelou que cerca de 15% a
25% dos graduandos irão desenvolver algum tipo de transtorno mental.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Sob esse contexto, percebe-se que conhecer os fatores etiológicos da ansiedade, da
depressão e do estresse no estudante universitário constitui um importante ponto
norteador para o desenvolvimento de estratégias que possam prevenir essas condições, ao
passo que há um direcionamento e um melhor encaminhamento de alunos com saúde
mental debilitada.

OBJETIVOS
Conhecer os fatores etiológicos da ansiedade, da depressão e do estresse no estudante
universitário e pensar em estratégias que atenuam a prevalência de transtornos mentais
em universitários

METODOLOGIA
Para responder à questão norteadora e alcançar o objetivo proposto, foi escolhida a
revisão integrativa da literatura. A busca foi realizada nas bases de dados Pubmed,
SciELO, LILACS, CINAHL e SCOPUS, com os seguintes descritores: Etiologia,
Estudantes Universitários, Ansiedade, Estresse psicológico e Transtorno Depressivo. A
validação dos dados foi realizada por pares de pesquisadores. A análise dos artigos
selecionados foi realizada por meio de leitura crítica agrupando-os por similaridade de
abordagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 63 artigos, dos quais 23 foram excluídos por duplicação. Na segunda
etapa de análise, 40 artigos foram avaliados pelo seu resumo, dos quais 15 artigos não
estavam relacionados ao tema, população e país de origem (Brasil) e 1 artigos não estava
disponível. Posteriormente, o autor e a coautora leram os artigos na íntegra. Por fim,
foram analisadas as referências dos artigos obtidos após busca nas bases de dados e após
o processo de seleção, 62 artigos científicos foram incluídos no presente estudo.
Por meio da análise dos dados, foram identificados inúmeros fatores estressores que
potencializam a probabilidade dos alunos universitários desencadearem ansiedade,
estresse ou depressão. Os fatores mais citados entre os artigos foram: Preocupação com a
performance acadêmica, a alta demanda que a universidade exige do alunos e questões
familiares juntamente com relacionamentos amorosos (19,3%), 14,5% mostraram que
problemas financeiros são responsáveis por causar ansiedade e estresse, 13% atribuíram
questões relacionadas ao sono, provas e relacionamento interpessoais construídos na
própria universidade como etiologia da falta de saúde mental, 6,4 % mostraram que as
causas eram déficits cognitivos (falta de memória, TDAH), traumas acontecidos na
infância e mudar para longe de sua origem, 4,8 % eram devido à pressão exercida pela
sociedade em terminar o curso e ser bem sucedido, 3,2% devido ao próprio ambiente
universitário e à falta de cuidado com a saúde física (falta de exercício físico, alimentação
inadequada, etc).

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Por fim, foram abordadas etiologias que tiveram sua citação em apenas um único artigo,
representando 1,6%: Sofrer ansiedade no período pré-universitário (Ensino fundamental
e médio), a transição do Ensino Médio para o ambiente Universitário, Gene ASIC1,
processo de ingresso e admissão da universidade e formas de aprendizado.

A partir dos resultados obtidos da análise dos artigos que se encaixaram com a pergunta
de pesquisa proposta, os achados revelam que alunos universitários se encontram
suscetíveis para o desenvolvimento de estresse, depressão e ansiedade.
A partir da observação de que a alta carga de dedicação, a performance acadêmica, a alta
demanda, o sono irregular, a tensão pré-provas e testes são os principais fatores
etiológicos para o desenvolvimento de transtornos mentais, evidencia-se a necessidade de
novas formas de avaliação e novas estratégias educacionais, que permitam um melhor
desempenho do aluno e alívio dos sintomas de ansiedade e estresse. Uma possível
estratégia abarcada na literatura é a utilização de metodologias ativas, pois buscaria tornar
o aluno o centro do processo de aprendizagem, além de mais crítico e reflexivo, resultando
em um ensino menos massivo.
Nesse contexto social é fundamental que a instituição ofereça apoio aos seus alunos,
principalmente aos alunos dos extremos dos cursos, aos calouros pela grande mudança e
adaptação a serem submetidos e aos formandos, pela pressão de conclusão do curso.
CONCLUSÃO
Com base no levantamento, conclui-se que vários trabalhos relataram sobre as causas de
distúrbios mentais nos estudantes e que a alta demanda acadêmica seria um dos fatores
mais relatados, seguida de questões familiares e sociais. É importante relatar que muitas
demandas encontradas nos artigos seriam de fácil reversão, visto que a grande maioria
das etiologias encontradas são tratáveis ou evitáveis, o que traria um grande benefício à
vida acadêmica e social desses estudantes.
Fica claro também a necessidade de mudanças na forma de avaliação e ensino desses
alunos, de forma a melhorar a aprendizagem e minimizar o desconforto causado pela
pressão exercida sobre eles, assim como o apoio das instituições de ensino para garantir
sua saúde mental.
Por fim, vê-se então a urgência de tomada de medidas que ajudem os universitários a
manterem sua saúde mental, de forma a atingir todas as esferas da vida desses
universitários. Vale ressaltar que esses estudantes serão futuros profissionais e que sua
formação, tanto acadêmica quanto humana, definirão seu futuro sucesso.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PERCEPÇÕES DAS GRÁVIDAS EM UNIDADES PRISIONAIS SOBRE A
PRESTAÇÃO DO PRÉ-NATAL: REVISÃO INTEGRATIVA

Taline Pereira Silveira1; Gabriella schettini Vargas2; Carmen Lieta Ressurreição dos
Santos3
1,2
Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário de Tecnologia e Ciências
3
Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Feira de Santana

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
INTRODUÇÃO: O pré-natal refere-se à assistência à grávida e ao feto, após a
confirmação da gravidez. Contudo, gestantes privadas de liberdade estão inseridas numa
infraestrutura que não foi elaborada pensando nas mulheres. OBJETIVO: Analisar as
evidências científicas a respeito de percepções das grávidas em sistema prisional acerca
do pré-natal. METODOLOGIA: Revisão integrativa, realizada nas bases de dados,
LILACS e BDENF, em setembro de 2021. As estratégias de busca utilizadas foram:
“penitenciária” AND “cuidado pré-natal”, “prisão” AND “gravidez”, “penitenciária AND
“enfermagem obstétrica”, encontrando 33 artigos, e após os critérios de exclusão foram
selecionados 4 para compor o estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da
análise, emergiu duas categorias: a desumanização no pré-natal e escassez de recursos na
assistência, e o conhecimento técnico-científico e holístico em garantir o pré-natal
preconizado. CONCLUSÃO: Percebe-se o déficit no cuidado das grávidas em
penitenciárias, acompanhadas por atendimentos superficiais, desumanizados e o
descompromisso dos profissionais.
Palavras-chaves: Cuidado pré-natal; Penitenciária; Gravidez; Enfermagem obstétrica.
INTRODUÇÃO
O pré-natal refere-se à assistência à grávida e ao feto, após a confirmação da
gravidez, necessitando de consultas rotineiras pautadas na integralidade da atenção à
saúde (SANTANA; OLIVEIRA; BISPO, 2016). No período gravídico ocorrem alterações
biopsicológicas, sendo indispensável às consultas de pré-natal com os profissionais de
saúde (FERREIRA, et al., 2017). Contudo, as gestantes nas penitenciárias estão expostas
às transformações físicas e psicológicas mais desafiadoras (MATOS; SILVA; LIMA,
2018).
Além disso, a infraestrutura do sistema prisional não foi elaborada baseando-se
nas singularidades da população feminina, ou seja, foi visando o público masculino
(SILVA, et al., 2020). Com isso, promove maior vulnerabilidade social e ambiente
insalubre, interferindo na prestação de cuidados (LEAL, et al., 2016). Então, foi instituída

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a lei nº 11.942/2009, com a finalidade de assegurar às grávidas em regime fechado a
atenção da equipe multiprofissional no pré-natal (BRASIL, 2009).
Mesmo com existência desse arcabouço legislativo, as grávidas têm assistência à
saúde limitada (SILVA, et al., 2020). Isso, repercute no déficit no número de consultas
preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), contribuindo na elevação da taxa de óbito
materno (MATOS; SILVA; LIMA, 2018).
Torna-se imprescindível compreender as percepções das grávidas nas unidades
prisionais diante do pré-natal. Para direcionar o presente estudo utilizou a seguinte
questão norteadora: Quais são as evidências científicas acerca das percepções das
gestantes privadas de liberdade na prestação do pré-natal?
OBJETIVO
Analisar as evidências científicas a respeito de percepções das grávidas em
sistema prisional acerca do pré-natal.
METODOLOGIA
Esse estudo caracteriza-se por revisão integrativa, realizada em duas bases de
dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Base
de Dados em Enfermagem (BDENF), através da Biblioteca Virtual em Saúde, no mês de
setembro de 2021. Utilizaram-se como Descritores em Ciência da Saúde (DECS):
“penitenciária”, “cuidado pré-natal”, “enfermagem obstétrica”, “gravidez” e “prisão”.
Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na íntegra, em texto completo,
na língua portuguesa, no período entre 2016 a 2021 e relacionados com a temática. Já os
critérios de exclusão correspondem: artigos de revisão integrativa, duplicados e aqueles
que não contemplassem o objetivo geral da pesquisa.
Na LILACS e BDENF utilizaram as seguintes estratégias de busca:
“penitenciária” AND “cuidado pré-natal”, “prisão” AND “gravidez”, “penitenciária AND
“enfermagem obstétrica”, foram encontrados 55 e 20 artigos, respectivamente. A primeira
seleção das evidências científicas baseou-se na análise dos títulos e na correlação com os
critérios de inclusão, as quais selecionaram 17 e 16, respectivamente, totalizando 33.
A segunda fase consiste na leitura do texto completo e aplicação dos critérios de
exclusão, as quais foram removidos os artigos duplicados (18), de acordo o tipo de
metodologia (6) e aqueles que não contemplassem o objetivo geral (5), resultando na
seleção de 4 registros. Para sintetizar as etapas foi elaborado o seguinte quadro:

Base de Total de Seleção dos Após a leitura do Selecionados


dados artigos artigos de acordo texto completo e para compor
encontrados com os critérios de correlação com os o estudo
inclusão critérios e exclusão
LILACS 55; 17; Duplicados (18); 4;
BDENF 20; 16;

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Total: 33 registros; Tipo de metodologia
(6);
Não responde o
objetivo geral (5);
Quadro 1 – Seleção dos artigos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Identificaram 55 e 20 artigos na LILACS e BDENF, respectivamente, e, após a
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 4. No quadro consta as
características gerais dos registros: título, ano de publicação, autores e metodologia,
conforme abaixo:

Título/Ano Autores Metodologia


Percepção de presidiárias sobre FERREIRA, Luzane Descritivo e exploratório
a assistência à saúde materna Sousa, et al. de abordagem qualitativa.
em uma penitenciária
feminina/2017

Mães do cárcere: vivências de SANTANA, Ariane Exploratório descritivo


gestantes frente à assistência no Teixeira; OLIVEIRA, com delineamento
pré-natal/2016 Gleide Regina De qualitativo.
Sousa Almeida;
BISPO, Tânia
Christiane Ferreira.
Mulheres em privação de SILVA, Jeferson Exploratória de abordagem
liberdade: narrativas de Barbosa, et al. qualitativa.
des(assistência) obstétrica/2020
Representações de mulheres MATOS, Khesia Kelly Abordagem qualitativa, do
encarceradas sobre gestar na Cardoso; SILVA, tipo descritivo e
prisão/2018 Susanne Pinheiro exploratório.
Costa; LIMA, Juciara
Karla de Souza.
Quadro 2 – Artigos selecionados por título, ano de publicação, autores e metodologia.
A partir da análise, emergiu duas categorias:
1- A desumanização no pré-natal e escassez de recursos na assistência
Na pesquisa de Ferreira e outros autores (2017), evidenciaram a desumanização
da equipe multiprofissional no cuidado às presidiárias em situações gravídicas.
Apontando a não disposição de materiais e insumos no atendimento, escassez na
solicitação de exames e negligência, esses fatores podem repercutir, em complicações à
saúde do binômio mãe e filho. Em outro estudo, as participantes caracterizam como
insatisfatória a atenção ao pré-natal e relatam o descompromisso dos profissionais de
enfermagem na promoção do mesmo (SANTANA; OLIVEIRA; BISPO, 2016).

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Conforme Matos, Silva e Lima (2018), as ações do pré-natal na penitenciária
destina-se na medição da altura uterina, na ausculta dos batimentos cardiofetais, sem
ações educativas, falta de envolvimento com familiar e déficit no número de consultas.
Portanto, esses cuidados não abrangem as necessidades do periódico gravídico, podendo
impactar nesse processo.
No estudo de Silva e outros autores (2020), demonstram as dificuldades das
mulheres na realização de exames probatórios para detecção da gravidez, repercutindo
assim, em atraso para a transferência em cárceres específicos após o diagnóstico positivo
da gravidez, consequentemente, impacta no cuidado oportuno.
Em relação às medidas terapêuticas encontram-se dificuldades em obter fármacos
para prevenir ou tratar condições características da gestação, causada pela escassez de
insumos e de materiais (SILVA, et al., 2020). Além disso, no estudo de Matos, Silva e
Lima (2018), detectaram a falta de preparo dos recursos humanos na análise dos exames
de imagens para detecção do sexo do bebê, evidenciando a fragilidade da assistência.
2- O conhecimento técnico-científico e holístico em garantir o pré-natal preconizado
É imprescindível, a equipe de enfermagem desempenhar acolhimento, escuta
qualificada, atenção integral, individualizada e elaborar as atividades de educação em
saúde sobre o período gravídico, baseando-se no conhecimento técnico-científico
(SANTANA; OLIVEIRA; BISPO, 2016). Mantendo suas condutas pautadas na
humanização, sem julgamento de valor e promoção de condições assistenciais dignas,
para garantir o pré-natal comum à todas as mulheres (FERREIRA, et al., 2017).
CONCLUSÃO
O presente estudo atingiu o objetivo, na medida que evidenciou as percepções das
mulheres privadas de liberdade, a qual percebe-se a existência do déficit no cuidado das
grávidas nesse ambiente. Isso, é resultante da escassez de recursos materiais, despreparo
dos profissionais, a inexistência de política pública para embasar a assistência ao pré-
natal.
A atenção às gestantes em penitenciárias consiste em atendimentos superficiais,
sem empregar os conceitos humanísticos e o descompromisso da equipe
multiprofissional, assim, provavelmente ocasiona complicações e aumenta o índice de
mortalidade materna. Diante do exposto, é necessário humanizar o cuidado, sem
julgamento da condição da mulher e disponibilização de profissionais competentes, bem
como, a formulação de políticas públicas para embasar a assistência às grávidas e dispor
de recursos aos atendimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da justiça. Lei nº 11.942, de 28 de maio de 2009. Dá nova redação
aos arts. 14, 83 e 89 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal,
para assegurar às mães presas e aos recém-nascidos condições mínimas de assistência.
Brasília, 2009.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FERREIRA, Luzane Sousa, et al. Percepção de presidiárias sobre a assistência à saúde
materna em uma penitenciária feminina. Rev. Cubana Enferm, v. 33, n. 4, p. 776-792,
2017.
LEAL, Maria do Carmo, et al. Nascer na prisão: gestação e parto atrás das grades no
Brasil. Ciênc. Saúde Colet, v. 21, p. 2061-2070, 2016.
MATOS, Khesia Kelly Cardoso; SILVA, Susanne Pinheiro Costa; LIMA, Juciara Karla
de Souza. Representações de mulheres encarceradas sobre gestar na prisão. Rev. Enferm.
UFPE on line, v. 12, n. 11, p. 3069-3077, 2018.
SANTANA, Ariane Teixeira; OLIVEIRA, Gleide Regina De Sousa Almeida; BISPO,
Tânia Christiane Ferreira. Mães do cárcere: vivências de gestantes frente à assistência no
pré-natal. Rev. Baiana de Saúde Pública, v. 40, n. 1, p. 38-54, 2016.
SILVA, Jeferson Barbosa, et al. Mulheres em privação de liberdade: narrativas de des
(assistência) obstétrica. Rev. Min. Enferm, v. 24, p. e-1346, 2020.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA NA UTI

Euza Gleiziane Alves Nascimento1; Geovane Jesus de Almeida1; Iasmim dos Santos de
Oliveira1; Jéssica da Hora Santos1; Ellen de jesus santos Oliveira1; Leandro Luiz Costa
de Oliveira1; Moara Beatriz Alves de Oliveira Santana1; Luan Cardozo Araujo2
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Tiradentes;
2
Enfermeiro. Professor, Mestre em biotecnologia pela Universidade Tiradentes.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A pneumonia associada à ventilação (PAV) é uma infecção que ocorre no parênquima
pulmonar, sendo diagnosticada após 48h de ventilação mecânica. A enfermagem tem um
papel primordial no cuidado contínuo com os pacientes, sendo de suma importância a
identificação de fatores modificáveis com respaldo científico assegurando a qualidade da
assistência. Objetiva-se evidenciar o papel do enfermeiro na prevenção da pneumonia
associada à ventilação mecânica. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura
realizada nas bases de dados online Medline e Lilacs. Entre os 6 artigos analisados, foram
constatados métodos empregados para redução de casos de PAV, aos quais influenciam
na diminuição do índice e taxa de infecção. Desse modo, faz-se necessário uma maior
ênfase na educação contínua da enfermagem com relação aos procedimentos realizados
pela equipe como higienização das mãos, higiene oral, verificação da pressão do cuff,
posicionamento correto, desmame ventilatório e outros cuidados adjacentes.

Palavras-chaves: Pneumonia, Ventilação Mecânica, Cuidados De Enfermagem,


Unidades De Terapia Intensiva, Assistência ao Paciente.

INTRODUÇÃO
A ventilação mecânica (VM) é um procedimento realizado através de máquinas
denominadas ventiladores mecânicos. Esse suporte tem a finalidade de proporcionar a
ventilação pulmonar total ou parcial, que podem ser ciclados através da pressão, tempo e
volume, além do mais, a ventilação mecânica possui modalidades como, assistida,
controlada e espontânea. O uso da ventilação mecânica possui extrema importância nas
unidades de terapia intensiva (UTI) e é conhecido como um dos suportes de maior
relevância em manter o padrão respiratório, quando o próprio organismo não consegue
realizar o ciclo respiratório, seja qual for o motivo da inabilidade (ALOUSH et al., 2018).
Sabe-se que ao usar este suporte, são grandes os benefícios para a evolução do
paciente, pois é um apoio para o tratamento da patologia e ao usá-lo em um período de
tempo pode haver a regressão da doença. Além dos benefícios, existem as complicações
que podem surgir quando os cuidados necessários não são realizados corretamente.

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Alguns dos efeitos indesejáveis são as infecções respiratórias, como por exemplo a
pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) (NÚÑEZ et al., 2021).
A PAVM é uma inflamação no parênquima pulmonar adquirida através de
microaspiração de secreções com presença de agentes infecciosos localizados na
orofaringe e conteúdo gástrico por meio do cuff do tubo orotraqueal (TOT). O diagnóstico
de PAVM possui achados clínicos como alterações de quantidade e aspecto do escarro,
leucopenia ou leucocitose, hipotermia ou hipertermia, raio-x e outros. A incidência para
essa patologia é de 9 a 68% dos pacientes que usam VM, gerando um prolongamento no
uso de ventilação mecânica e no tempo de internação na UTI, assim como o aumento dos
custos do tratamento hospitalar (JAM et al., 2021).
Diante disso, após a identificação dos fatores modificáveis, como vigilância
microbiológica, instituição de protocolos de redução de prescrição inadequada de
antimicrobianos, é importante que sejam criadas medidas para a prevenção da PAVM. Os
profissionais de enfermagem são os responsáveis pelo cuidado contínuo e direto ao
paciente, e é de suma importância a prestação de um serviço de qualidade, com respaldo
técnico e científico para que seja assegurado a qualidade da assistência (ATASHI et al.,
2018).

OBJETIVOS
Evidenciar o papel do enfermeiro na prevenção da pneumonia associada à
ventilação mecânica

METODOLOGIA
O estudo foi realizado através de uma revisão integrativa, efetuado em outubro de
2021, através de buscas seletivas dos artigos destacados entre 2016 a 2021, indexados
nos bancos de dados MEDLINE, SciELO, LILACS, utilizando os seguintes descritores:
pneumonia associada à ventilação mecânica e cuidados de enfermagem., sendo
direcionados pelo operador booleano AND. Foram selecionados um total de 15 artigos,
designados através da pergunta norteadora “Qual o papel da enfermagem na prevenção
da pneumonia associada à ventilação mecânica”.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio da metodologia empregada para a revisão integrativa foram selecionados
6 artigos, publicados entre os anos de 2018 a 2020. No Quadro 1 pode ser observada a
síntese dos artigos selecionados para o estudo, apresentados por ordem cronológica
crescente de publicação. Com relação aos objetivos deste levantamento, foi avaliado o
impacto das intervenções e medidas preventivas variadas na ocorrência de PAV. Logo,
os estudos incluídos foram os seguintes: Estudo descritivo com abordagem prospectiva,

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Descritivo de natureza quantitativa, Revisão integrativa de literatura, Estudo
observacional, Estudo transversal descritivo e Descritivo de abordagem qualitativa.
Após análise dos artigos, foram identificadas as intervenções mais eficazes para
prevenção da PAV, como: decúbito elevado de 30° a 45°, 5 do em relação ao total de
artigos; higiene oral com clorexidina em 4 deles; e desmame da sedação sempre que
possível ou despertar diário da sedação em 3 estudos. Higiene das mãos como estratégia
de prevenção em 4, assim como a manutenção da pressão do cuff; cuidados gerais com
os circuitos ventilatórios, inclusive com troca somente se houver sujidade visível em 3
dos estudos.
Com isso, dos 6 (100%) artigos pesquisados na revisão, todos relataram a
importância dos profissionais de saúde conhecerem as medidas preventivas e
intervenções para evitar o desenvolvimento da PAVM, além de receberem orientações,
capacitações e manterem vigilância contínua dessas medidas para manutenção de baixa
densidade de incidência dessas infecções, visto que foi possível alcançar menores taxas
da patologia quando tais estratégias foram associadas à implantação de medidas de boas
práticas.
No presente estudo foram identificados os impactos que a PAV acarreta na
recuperação dos pacientes. Dessa forma, houve a necessidade da implementação de
medidas preventivas e a intensificação em uma realização eficaz pelos profissionais de
enfermagem para diminuição desses índices na UTI. A adesão da equipe de enfermagem
aos elementos de prevenção e controle da Pneumonia associada à Ventilação Mecânica,
além da educação sobre esses cuidados, estabelecimento de indicadores para identificar a
redução desses agravos, vigilância sobre o cumprimento das medidas, fazendo
comparação entre o grau de redução e aumento das infecções, tornando assim, ações com
uma assistência qualificada
Segundo Maran et al., 2019, a higiene oral é de grande importância ao qual
diminui significativamente através da utilização da clorexidina (0,12% ou 0,2%), a
disseminação da PAV em pacientes. Outro fator importante, é a assepsia das mãos,
recomendada.
Santos et al., 2020, diz que a realização da montagem do ventilador de forma
asséptica e a devida proteção da conexão em Y no momento da abertura do sistema para
a aspiração e uso de EPI, tem sido de grande importância na prevenção da PAV.
Além disso, para Marran et al., pode-se afirmar que a higienização das mãos é o
método inicial e final utilizado para reduzir a migração de microrganismos para outros
sítios, e se realizada no momento correto e de maneira correta, previne infecções
hospitalares e reduz a mortalidade associada às IRAS. Diante do exposto desse agravo à
saúde, faz-se necessária a aplicação de intervenções para a prevenção da PAV sendo
imprescindível a educação e capacitação dos profissionais no panorama do
desenvolvimento de uma prática efetiva, diminuindo o índice desta infecção.

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CONCLUSÃO
Em suma, apesar de a ventilação mecânica ser um meio de muita importância na
unidade de terapia intensiva quando o assunto é tratamento de pacientes que são
acometidos por insuficiência respiratória aguda ou crônica, pôde-se também trazer
complicações, sendo uma das mais predominantes a pneumonia associada à ventilação
mecânica. Porém, a mesma pode ser evitada com cuidados que partem dos princípios
básicos aos complexos, cuidados esses que são realizados pela equipe da enfermagem,
como: higienização das mãos, higiene oral do paciente, verificação da pressão do cuff,
desmame ventilatório, posicionamento correto do tubo, entre outros cuidados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALECRIM, Raimunda Xavier et al. Estratégias para prevenção de pneumonia associada


à ventilação mcânica: revisão integrative. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 72, p.
521-530, 2019.
ALOUSH et al. Compliance of Nurses and Hospitals With Ventilator-Associated
Pneumonia Prevention Guidelines. Journal of Nursing Care Quality, v. 33, n. 3, p. 8-14,
2018.

ATASHI et al. The barriers to the prevention of ventilator-associated pneumonia from the
perspective of critical care nurses: A qualitative descriptive study. Journal of Clinical
Nursing, v. 27, n. 5, p.1161–e1170, 2018.

BARROS, Francisco Railson Bispo de. Adesão ao bundle de prevenção de pneumonia


associada à ventilação mecânica. rev. cuid.(Bucaramanga. 2010), p. e746-e746, 2019.
CRUZ, João Ricardo Miranda da. Pneumonia associada à ventilação mecânica
invasiva: cuidados de enfermagem. 2018. Tese de Doutorado.

JAM et al. Nursing workload and adherence to non-pharmacological measures in the


prevention of ventilator-associated pneumonia. A pilot study. Enfermería Intensiva, v. 28,
n. 4, p. 178-186, 2017.

LOURENÇONE, Emerson Matheus Silva et al. Adesão às medidas preventivas versus


incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica. Revista de Epidemiologia e
Controle de Infecção, v. 9, n. 2, p. 142-148, 2019.
MARAN, E et al. Prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica sob a ótica
de acadêmicos de enfermagem. Rev Fun Care Online, v.11, n.1, p. 118-123, 2019.
MELO, Mariane Menezes et al. Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica:
Conhecimento dos Profissionais de Saúde Acerca da Prevenção e Medidas Educativas.
Rev. fundam. care, v. 11, p. 377-382, 2019.

NÚÑEZ et al. Pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes em ventilação


mecânica prolongada: descrição, fatores de risco associados à mortalidade e desempenho
do escore SOFA. J Bras Pneumol, v. 47, n.3, p. 1-8, 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SANTOS, Cleverson dos, et al. Boas práticas de enfermagem a pacientes em ventilação
mecânica invasiva na emergência hospitalar. Escola Anna Nery, v. 24, 2020.

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SAÚDE DA PESSOA IDOSA QUILOMBOLA E VULNERABILIDADE
SOCIOECONÔMICA

Paula Roberta Oliveira Silva1; Joice Cavalcante de Souza1; Naira Damiana Dias Souza1

1
Graduandas em Enfermagem pela Faculdade Irecê FAI

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Introdução: O presente estudo apresenta a população afrodescendente, enfatizando na


comunidade quilombola a qual sofreu opressões históricas e possuem fatores de risco que
tornam a saúde do idoso mais vulnerável. Objetivo: Apresentar as vulnerabilidades
socioeconômicas e desigualdades que afetam a saúde da pessoa idoso quilombola.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados Scielo,
Ministério da Saúde, e a Biblioteca Virtual em Saúde. Os critérios de inclusão foram os
artigos publicados nos períodos entre 2017 a 2021. Resultados e Discussões: Os fatores
socioeconômicos, culturais, políticos afetam a qualidade de vida da comunidade
quilombola, pois são uma comunidade que não é totalmente assistida pelas políticas
públicas, portanto são pessoas mais subjetiveis ao desenvolvimento de patologias.
Conclusão: Por fim, concluísse que muitos fatores contribuem para o desenvolvimento
de patologias na comunidade quilombolas, entre eles baixa escolaridade, dificuldade de
acesso a saúde e precárias condições de moradia.
Palavras – chaves: Envelhecimento; Fatores Socioeconômicos; Grupos Étnicos; Idoso.

INTRODUÇÃO
Os quilombolas são uma população afrodescendente, que habitam principalmente
em áreas rurais, essa população é marcada por um longo processo de escravidão, em razão
disso as pessoas dessa etnia ainda passam por exclusão e preconceito (ARAUJO et al,
2019). Devido às opressões históricas essas comunidades possuem pouca visibilidade nas
questões econômicas, impactando na qualidade de vida, moradia, educação, saneamento
básico e à saúde (SILVA et al, 2020).
Esses fatores implicam no desenvolvimento durante a infância, acarretando em
transtornos na vida adulta consequentemente comprometendo o envelhecimento saudável
causando assim um déficit nesse processo. O processo do envelhecimento é natural,
fisiológico, progressivo e irreversível, caracterizado por alterações na funcionalidade do
organismo (BRASIL, 2006).

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Em consequência com o avanço da idade o individuo fica suscetível a doenças
crônicas, ocorrendo à incapacidade na sua autonomia. Quando comparado à população
idosa quilombola com os idosos de etnia branca, é perceptível a desigualdade no acesso
a saúde.
Para diminuir essa desigualdade surge a Política Nacional de Saúde Integral da
População Negra (PNSIPN), onde seu principal objetivo é garantir a equidade na
efetividade do direito humano à saúde da população negra, em particular as populações
quilombolas em seus aspectos de promoção, prevenção, atenção, tratamento e
recuperação de doenças e agravos (CHEHUEN NETO et al, 2015).
Para realizar o trabalho foi definido o problema da pesquisa através da pergunta:
Como a vulnerabilidade socioeconômica pode afetar a saúda da pessoa idosa quilombola.
O interesse na pesquisa surgiu a partir da observação dos impactos que a vulnerabilidade
socioeconômica ocasiona a saúde do idoso quilombola. Por tanto, o presente estudo vem
para abordar a saúde da pessoa idosa quilombola, expondo as vulnerabilidades
socioeconômicas e desigualdades que afetam no acesso à saúde.
Entretanto, o presente estudo vem para compreender os impactos que a
vulnerabilidade socioeconômica ocasiona na saúde da pessoa idosa quilombola,
identificando e descrevendo os impactos que as vulnerabilidades socioeconômicas e o
que eles ocasionam a vida e saúde da pessoa idosa quilombolas.

OBJETIVO

Apresentar as vulnerabilidades socioeconômicas e desigualdades que afetam a


saúde da pessoa idoso quilombola.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa com abordagem
qualitativa, realizada através de um levantamento bibliográfico nas bases de dados, da
Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
Utilizaram-se descritores registrados em Ciências da Saúde (DeCS): Envelhecimento,
Fatores Socioeconômicos, Grupos Étnicos e Idoso, foi realizando o cruzamento utilizando
o booleano AND. Como critérios de inclusão, foram estabelecidos: Artigos publicados
entre os anos de 2015 a 2021, artigos disponíveis na íntegra, em idioma português que
abordam o tema em questão. Foram excluídos artigos repetidos, artigos de revisão e teses,
bem como estudos que não retratem a realidade brasileira.

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Ao aplicar os critérios de inclusão foram encontrados 38 artigos relacionados ao
tema. Ao considerar os critérios de exclusão, 11 artigos foram selecionados para leitura,
todavia, 7 artigos foram considerados relevantes e capazes de constituir a amostra do
estudo. Essas publicações selecionadas como amostra do estudo foram analisadas de
acordo com o seu conteúdo e divididas em categorias: População Quilombola, Processo
do Envelhecimento, Vulnerabilidade, Acesso à Saúde.

RESULTADOS E DISCUSÕES
Historicamente a população quilombola surgiu através dos fugitivos negros do
regime escravocrata e com o passar dos anos tornaram-se uma comunidade composta por
pessoas de etnia negra que vivem em áreas rurais e que compartilha da mesma herança
de luta contra a descriminação, opressão, preconceito e reconhecimento socioeconômico.
Com isso no ano de 2003 surge o Programa Brasil Quilombolas (PBQ) como forma de
garantir os direitos ao bem-estar físico, psicológico e social bem como a qualidade do
sistema de saúde dos cidadãos pertencentes das comunidades quilombolas (MUSSI et al,
2019; ARAUJO et al, 2019).
Diante dos avanços e melhorias na área da saúde, a redução nas taxas de
mortalidade e aumento na expectativa de vida, a população negra apresenta altas taxas de
morbimortalidade quando comparadas com as taxas da população em geral. Além disso,
ocorre que apesar da melhora em alguns indicadores de saúde, as desigualdades étnicas e
raciais permanecem (LOPES, PAIXÃO, SANTOS, 2019).
No Brasil, são observados grandes traços de iniquidade relacionados à cor da pele,
com evidente prejuízo para a população negra, inclusive em relação aos cuidados de
saúde. Entre essa população as comunidades quilombolas formadas, em sua maioria, por
indivíduos de ancestralidade africana, apresentam-se mais vulneráveis devido às
desigualdades sociais e posição geográfica predominantemente (OLIVEIRA et al, 2015).
No ano de 2006, foi aprovada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
População Negra (PNSIPN), onde a portaria que reconhece o racismo existente no âmbito
da saúde, foi exposta apenas em 2009, com isso a PNSIPN reconhece que a desigualdades
raciais interferem no processo saúde doença e, a partir daí, seu objetivo é tratar de forma
diferenciada as populações negras, respeitando o princípio da equidade. Essa
característica de invisibilidade social constitui uma marca que acompanha esta população
no decorrer da história brasileira. Isto caracteriza as comunidades quilombolas como

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grupo vulnerável, que está sujeito a discriminação de origem social e racial (OLIVEIRA
et al, 2015).
Entretanto essa população ainda sofre com a escassez de recursos que os impacta
no saneamento básico, escolaridade, moradia e assistência de saúde, melhor dizendo tudo
que deveria ser assegurando através das politicas publicas ainda não é
contemplado, levando à violação de seus direitos, ao qual são negligenciados nessa
população tornando – a vulnerável, desencadeando diversos agravos á saúde na infância,
vida adulta de modo que afete diretamente no processo do envelhecimento saudável
(ARAUJO et al, 2019; LOPES, PAIXÃO, SANTOS, 2019).
Devido o envelhecimento ser um processo progressivo, heterogêneo, no qual
consiste em alterações de funções fisiológicas, modifica o funcionamento de
determinados órgãos do corpo e impacta de modo irreversível a vida das pessoas. O
constante declínio das funções corporais acaba tornando a população idosa mais
vulnerável, com diferentes graus de dependência, sendo um grupo que apresenta maior
número de doenças crônicas, comprometendo a homeostasia do organismo e,
consequentemente debilitando o idoso devido a sua vivência com comorbidades
(ARAÚJO JÚNIOR et al, 2019; BRASIL, 2006).
Visto que o idoso está mais suscetível a comorbidades, quando se trata de idoso
quilombola esse índice de vulnerabilidade aumenta devido à dificuldade de acesso aos
serviços de saúde, seja por pouco conhecimento, fatores socioeconômicos, seus costumes,
crenças e por não ter uma unidade de saúde na comunidade tendo que deslocar-se para
zona urbana (MUSSI et al, 2019).
Desta forma, é fundamental que os gestores efetivem as políticas públicas que já
estão voltadas para as comunidades quilombolas, proporcionando o suporte financeiro
estabelecido por lei, é necessário à criação de novas políticas bem como a construção de
unidade de saúde nas comunidades quilombolas, torna-se imprescindível que o
enfermeiro conheça a cultura dos mesmos para saber de que maneira deve promover a
assistência de qualidade, com promoção da saúde e prevenção de agravos, desta maneira
proporcionando um envelhecimento saudável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao exposto, foi perceptível a condição de vulnerabilidade exposta pela população
quilombola, desde a sua infância até a vida idosa, passado por situações de miserabilidade

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social, baixos níveis de escolaridade, acesso insuficiente a recursos financeiros, a qual o
idoso acaba sendo mais afetado já pelas doenças crônicas que os englobam.
O acesso aos serviços de saúde limitado acaba afetando de forma progressiva um
desenvolvimento sadio desse grupo, o que consequentemente afeta em seu processo de
envelhecimento, pois, por se tratar de um público mais vulnerável e frágil, requer uma
maior atenção e um cuidado constante.
Ademais, sendo necessária uma mudança significativa na visibilidade dessa
comunidade, torna-se necessário proporcionar aos mesmos uma assistência mais
humanizada, a partir do aprimoramento de políticas públicas voltadas para esse grupo,
para que se possa assegurar as mesmas à terem melhores condições de vida, já que vivem
em situações precárias, o que de fato acaba afetando a promoção da saúde.
Desta forma, para que a mudança seja almejada, é indispensável a ação de
trabalhadores da enfermagem e outras categorias de trabalho na saúde para que, ao se
aproximar da comunidade tenha conhecimento de sua cultura, hábitos, costumes, agindo
ali, como um mediador de conhecimentos, o qual pode assim, formar estratégias que
possam vir a minimizar os impasses ali encontrados, a partir do modo de vida dessa
população.

REFERÊNCIAS
ARAÚJO JÚNIOR, Fábio Baptista. et al. Fragilidade, perfil e cognição de idosos
residentes em área de alta vulnerabilidade social. Ciência & Saúde Coletiva, 24(8):3047-
3055, 2019.
ARAÚJO, Roberta Lima Machado de Souza. et al. Condições de vida, saúde e morbidade
de comunidades quilombolas do semiárido baiano, Brasil. Revista Baiana de Saúde
Pública. v. 43, n. 1, p. 226-246 jan./mar. 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Cadernos de Atenção Básica - n.º 19
Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2006.
CHEHUEN NETO, José Antônio. et al. Política Nacional de Saúde Integral da População
Negra: implementação, conhecimento e aspectos socioeconômicos sob a perspectiva
desse segmento populacional. Ciência & Saúde Coletiva, 20(6):1909-1916, 2015.
LOPES, Elisângela Domingues Severo. PAIXÃO, Cassiane de Freitas. SANTOS,
Daniela Barsotti. “Os Cansaços e Golpes da Vida”: Os Sentidos do Envelhecimento e

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Demandas em Saúde entre Idosos do Quilombo Rincão do Couro, Rio Grande do Sul.
Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39 (n.spe), e222518, 85-100, 2019.
MUSSI, Ricardo Fraklin de Freitas. et al. Inquérito de saúde em população quilombola
baiana: relato de uma experiência em pesquisa epidemiológica. Saúde e Pesqui. 2020
jul./set.; 13(3): 675-685- e-ISSN 2176-9206.
OLIVEIRA, Stéphany Ketllin Mendes. et al. Autopercepção de saúde em quilombolas do
norte de Minas Gerais, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 20(9):2879-2890, 2015
SILVA, Paula Gabriella do Nascimento. et al. Fatores de risco cardiovascular em idosos
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CIRURGIA DE TRACIONAMENTO DE DENTE INCLUSO RELACIONADO A
ODONTOMA COMPOSTO – RELATO DE CASO
Brenda Mayara Bacurau Soares1; Luziane Borba Quintino de Lima1; Pedro Jorge da Silva
Matos1; Aída Juliane Ferreira dos Santos2

1
Graduandos em Odontologia pelo Centro Universitário Tiradentes
2
Especialista e Mestranda em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial
Email: [email protected]

RESUMO
Odontoma é o tipo mais comum de tumor odontogênico. São lesões assintomáticas, de
crescimento lento e de etiopatogenia desconhecida. No caso clínico, o paciente apresentou
odontoma composto na região anterior da maxila impedindo a irrupção do dente 21. A
lesão foi percebida durante preparação do tratamento ortodôntico e para o sucesso de tal
procedimento, o tratamento consistiu na exérese da lesão composta por 43 estruturas
semelhantes a dentes e a preparação do tracionamento dentário do incisivo central
superior.
Palavras-chaves: odontoma, tumor, tracionamento ortodôntico.

INTRODUÇÃO
Os odontomas são considerados os tipos de tumores odontogênicos mais comumente
encontrados. São classificados como malformações benignas (harmatomas) com
formação de esmalte, dentina e cemento no seu interior, podendo também, ter a presença
da polpa. A etiopatogenia é desconhecida, embora muitas investigações sobre o odontoma
tenham sido feitas. Autores apontam que traumas, infecções no local da lesão, pressão ou
alterações genéticas podem estar associados a esse processo de malformação. Essas lesões
são assintomáticas, de crescimento lento e sua apresentação se dá de forma clínica e
radiográfica. Clinicamente, os odontomas acometem indivíduos, de preferência, em torno
da sua segunda e terceira década de vida, não apresentando predileções por sexo. O
aspecto radiográfico do odontoma apresenta uma radiopacidade bem definida, de
densidade maior ou igual ao dente. E regularmente são envolvidos por um halo delgado
de origem radiolúcida. Os odontomas são apresentados em dois tipos principais: o
composto e o complexo. A existência do tumor pode ocasionar uma sequência de
problemas associados. Os principais problemas são aqueles ligados a erupção dentária,
tendo em vista que a presença do odontoma causa interferência no processo de irrupção
do dente, retardando ou impossibilitando essa ação. Os dentes mais constantemente
impactados são os incisivos laterais superiores, caninos e os molares, sendo

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diagnosticados por meio de exames de imagem de rotina. Os caninos chegam a ser mais
acometidos que os incisivos superiores, entretanto, a ausência dos incisivos superiores
chama mais a atenção pelo seu posicionamento e o seu aspecto estético. Em casos onde a
ulotomia e a ulectomia não for eficiente para a erupção dentaria, o tracionamento
ortodôntico pode ser executado. O tratamento do odontoma se dá pela remoção cirúrgica
do mesmo (exérese), devendo manter a integridade do componente dentário adjacente,
revela um prognóstico favorável e de pequena recidiva.
OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo analisar e discutir um relato de caso sobre o
aproveitamento de um dente incluso que estava associado a um odontoma composto na
maxila, além de desenvolver uma sucinta revisão de literatura sobre o tema.
METODOLOGIA
Para esse estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica na literatura nos bancos de
dados SciELO, PubMed e LILACS, com aproveitamento de 6 artigos sobre o tema, que
serviu de embasamento para argumentação do relato de caso exposto a seguir.
RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 12 anos, feoderma, compareceu ao
serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial de um hospital público de
Recife-PE, para avaliação de lesão radiopaca localizada na região anterior da maxila a
qual reteve o elemento dentário 21. A lesão foi percebida durante planejamento
ortodôntico e teve a hipótese diagnóstica de odontoma composto. Radiograficamente
mostrava-se como uma massa heterogênea, radiopaca/mista, arredondada, com limites
definidos, possuindo um halo fino radiolúcido localizado entre as raízes dos elementos
dentários 11 e 22, estando o 21 incluso com a coroa apoiada a ele (figura 1). Solicitou-se
também uma tomografia computadorizada para melhor visualização da lesão (figura 2).
Foi proposta a remoção cirúrgica da lesão e a preparação para o tracionamento do dente
associado. Durante anamnese constatou-se ausência de histórico de trauma e/ou infecções
na região. Em bloco cirúrgico, sob anestesia geral, foi realizada a anestesia local com
vasoconstrictor, incisão em envelope do elemento 12 ao 23 com uma relaxante em seu
ponto mais distal e descolamento do retalho mucoperiosteal, expondo a cortical óssea
vestibular com um aumento de volume na região da lesão (figura 3). Essa camada óssea
foi removida com uma broca cirúrgica 702, o qual expôs múltiplas pequenas estruturas
arredondadas, foi realizada sua remoção que era composta por 43 estruturas semelhantes
a dentes, porém com formatos e tamanhos distintos (figura 4.1 e 4.2). Após isso, a coroa
do dente incluso foi exposta com cuidado para não danificar o esmalte e foi fixado com
resina composta um botão ortodôntico atrelado a um cordão de aço para possibilitar seu
futuro tracionamento (figura 5), realizou-se a lavagem copiosa da ferida operatória com
soro fisiológico e sutura com nylon 4.0 (figura 6). Após uma semana a sutura foi removida
e o paciente foi encaminhado ao ortodontista para finalização do caso.
DISCUSSÃO

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Clinicamente, o odontoma apresenta-se assintomático, de crescimento lento e tamanho
variável. O tratamento é cirúrgico conservador, simples pela fácil clivagem e a recidiva é
remota. Devido à natureza benigna do tumor, a manutenção do dente 21 associado com o
tracionamento ortodôntico foi possível, aproveitando o elemento e minimizando o
impacto estético e funcional de uma ausência dentária.
O diagnóstico pôde ser conclusivo pelo achado radiográfico e tomográfico. Tal como
abordado na literatura, o aspecto radiográfico dos odontomas compostos é caracterizado
por pequenas estruturas calcificadas similar a dentes malformados, de várias formas e
tamanhos e de densidade superior ao osso. Nesse caso, a lesão foi encontrada na área de
maior acometimento do tumor, na região anterior da maxila, impactando o incisivo central
superior. Na cirurgia foram retiradas 43 estruturas semelhantes a dentes.
Histologicamente, tais estruturas contêm em si todas as estruturas dentárias básicas:
matriz de esmalte, dentina ou material dentinóide, cemento e polpa em um tecido
conjuntivo fibroso, sendo toda a massa envolta por uma capsula fibrosa. No preparo
cirúrgico a incisão em envelope e o descolamento do retalho mucoperiosteal possibilitou
uma visão mais expandida da lesão. Com o cuidado necessário para não prejudicar tecidos
adjacentes, a coroa do dente foi evidenciada com a finalidade de prosseguir o
procedimento com a colocação de um botão ortodôntico para o tracionamento do mesmo.
O tracionamento é um método utilizado aplicando uma força extrusiva no dente
impactado a fim de que ele alcance a oclusão. De acordo com estudos, a técnica do botão
ortodôntico é o modo mais utilizado por ser de fácil execução, maior manejo no
movimento de tração e menos invasivo. Além de apresentar uma rápida cicatrização e
proporcionar menos desconforto no seu pós-operatório.
CONCLUSÃO
Entre as consequências que os odontomas podem ocasionar, a ausência do dente
acometido na arcada é o fator mais associado. O tracionamento em botão foi determinante
para o sucesso do tratamento, visto que o tracionamento ortodôntico objetiva posicionar
o dente no arco dental sem que ocorra danos nos elementos dentais adjacentes. É
importante ressaltar que, além do benefício cirúrgico mais prático, o pós-cirúrgico é de
melhor recuperação para o paciente. A identificação e retirada do tumor, juntamente com
o posterior tracionamento dentário ajudou a devolver saúde e estética ao paciente.
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REVISÃO DA LITERATURA: FATORES DE RISCO, FISIOPATOLOGIA,
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO TROMBO DE VENTRÍCULO
ESQUERDO

Isabel Cristina Kirsten1; Tassiana Hreczka Moulepes2; Vinícius Augusto da Cunha


Rodrigues2; Giovanna Zaniollo Margraf2; Eise Souza do Vale3; Marcely Gimenes
Bonatto4.
1
Graduando em Medicina pela Faculdades Pequeno Príncipe.
2
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
3
Graduando em Medicina pela Universidade Positivo.
4
Orientadora. Médica Cardiologista.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Introdução: O trombo de ventrículo esquerdo (TVE) decorre de patologias como infarto


agudo do miocárdio (IAM) e no tratamento são utilizados antagonistas da vitamina K
(AVK) e novos anticoagulantes orais (NOACS). Objetivo: Analisar recomendações
relacionadas ao tratamento do TVE, comparando fármacos e duração do tratamento.
Métodos: Revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados LILACS e
PubMED. Os descritores foram “left ventricular thrombus”, “treatment” e
“anticoagulation” e os filtros “últimos 5 anos” e “texto gratuito”. Artigos não pertinentes
foram excluídos, totalizando 14 analisados. Referências relevantes foram inseridas
manualmente, assim como diretrizes de tratamento do TVE. Resultados: Os pilares para
o tratamento do TVE são AVK e os NOACS. De acordo com a maioria das diretrizes, os
AVK são as principais escolhas de tratamento, sendo os NOACS alternativas para casos
especiais. Além disso, o tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico
de TVE, com duração mínima de 3 meses.
Palavras-chaves: trombo; ventriculo esquerdo; tratamento; cardiologia

INTRODUÇÃO

O Trombo de Ventrículo Esquerdo (TVE) está correlacionado à ocorrência de eventos


cardioembólico sistêmicos, sendo decorrente de patologias como Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM), miocadiopatias dilatadas, acinesia ou discinesia antero-apical e doença
de Chagas. Após a introdução da Intervenção Coronária Percutânea (ICP) as taxas de
TVE decorrentes de IAM apresentaram diminuição de 17% para 3%. Deste modo, o
advento da ICP e a possibilidade do uso dos Novos Anticoagulantes Orais (NOACS)

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como terapia, trazem novos horizontes quanto o manejo do TVE. Visto que o manejo do
TVE é desafiador, sobretudo pela escassez literária e divergência entre autores sobre
conduta e prognóstico desses trombos, buscamos por meio desta revisão integrativa
contribuir para a discussão sobre os fatores de risco, fisiopatologia, diagnóstico e,
sobretudo, tratamento do TVE.

OBJETIVOS
Analisar as recomendações relacionadas ao tratamento do TVE, comparando fármacos e
duração do tratamento.
Revisar a incidência, fatores de risco, fisiopatologia e diagnóstico do TVE.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio de
levantamento bibliográfico, nas bases de dados LILACS e PubMED, sem restrição de
idiomas. Os descritores utilizados foram “left ventricular thrombus”, “treatment” e
“anticoagulation” e os filtros utilizados foram “últimos 5 anos” e “texto completo
gratuito”. Artigos não pertinentes ao escopo do trabalho foram excluídos da análise,
totalizando 14 artigos analisados.
Referências relevantes quanto à incidência, fatores de risco, fisiopatologia e
tratamento foram identificadas e inseridas manualmente, assim como as diretrizes de
tratamento do TVE.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O TVE é frequentemente associado às disfunções do ventrículo esquerdo (VE)
pós IAM e em acinesina ou discinesia ântero-apical. Na década de 80, antes da introdução
da angioplastia primária, a taxa de incidência de TVE era de 17% após IAM (sendo 34-
57% da parede anterior). Com o início da intervenção coronária percutânea, a incidência
caiu para 3%.
Segundo estudo retrospectivo, 997 pacientes com IAMCSST foram analisados,
5,3% tiveram trombo de VE, e desses, 85% tinham diagnóstico de infarto de parede
anterior. Da amostra que apresentou trombo de VE, 70% era do sexo masculino e idade
média era de 58 anos.
Em relação à fisiopatologia, o trombo é composto por fibrina, plaquetas e glóbulos
vermelhos e a tríade de Virchow desempenha um papel fundamental na formação do
TVE. A lesão do tecido subendotelial causa inflamação e exposição do colágeno, servindo
como um ninho para agregação plaquetária e ativação da cascata de coagulação.

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Um rompimento ou uma fissura da placa aterosclerótica pode causar uma
trombose coronária e, nessa lesão, o material trombogênico é exposto ao fluxo do sangue
levando a ativação plaquetária e formação de um coágulo de plaquetas. Ao mesmo tempo,
há ativação do sistema de coagulação e aumenta formação de trombina.
Quando ao diagnóstico, há diversas estratégias de imagem para detecção do TVE,
embora a Ecocardiografia Transtorácica (ECT) seja usada predominantemente. A ECT
possui baixo custo e boa segurança, porém é dependente de operador. Pode-se melhorar
sua precisão com o uso do tipo tridimensional ou no uso adicional de contraste. Todavia,
esse exame pode não visualizar trombos apicais e/ou menores do que 3,2 cm³.
Já a ressonância magnética cardíaca (RMC) e seus subtipos são o padrão-ouro para
o diagnóstico de TVE, inclusive para os de localização apical, visto que é não invasiva e
não utiliza radiação. Ainda há a Ventriculografia com contraste, a qual é geralmente
realizada após uma ICP.
Em relação ao tratamento, tanto os AVK como os NOACS podem ser utilizados
no que tange a prevenção de fenômenos tromboembólicos, porém, se distinguem em suas
limitações. Nesse contexto, as principais complicações dos VKA são os transtornos
hemorrágicos, mas vale salientar a interação com a dieta e chance de necrose induzida
por Varfarina.
Em contrapartida, os NOACS atuam inativando os fatores de coagulação ativados,
características que permitem a não necessidade de monitoramento, devido à menor
variabilidade no seu efeito. Todavia, esses fármacos possuem como desvantagem elevado
custo, meia-vida curta, difícil monitorização e contra indicações em pacientes com
insuficiência renal ou doença hepática grave, gravidez, síndrome antifosfolípide ou
válvulas cardíacas protéticas.
Ademais, os NOACS somente são aprovados para o tratamento de fibrilação atrial
não valvar e tromboembolismo venoso, e para prevenção pós-operatória. Assim, sua
utilização para tratamento de TVE ainda não é aprovada, sendo utilizados em pacientes
com intolerância aos AVK, por escolha mútua entre a equipe e o enfermo, considerando
o estado clínico do paciente ou nos indivíduos que cursaram com complicações severas
usando os AVK.
A presente análise é limitada, pois a grande maioria dos artigos analisados é de
caráter retrospectivo e há poucas pesquisas randomizadas em largas amostras. Por isso, é
importante o conhecimentos das diretrizes atuais acerca do TVE.
Segundo a diretriz da American Heart Association (AHA) 2021, a prevenção
secundária de tromboembolismo nos pacientes que sofreram AVC ou ataque isquêmico
transitório (AIT) e são portadores de TVE deve ser com varfarina para a redução da
recorrência de AVC por no mínimo 3 meses. Além disso, pacientes com AVC ou AIT no
contexto de TVE devem ser anticoagulados até que o trombo amadureça e o risco de
embolia adicional diminua, evento que ocorre em cerca de 3 meses. A maior parte das
evidências usou AVK para anticoagulação oral com uma meta de INR de 2,0 a 3,0.
Já de acordo com a Sociedade Euroupeia de Cardiologia ESC STEMI de 2017,
tem-se apenas que a anticoagulação oral deve ser considerada por 6 meses, desde que
guiada por repetidos ecocardiogramas e desde que sejam levados em consideração o risco
de sangramento e a necessidade de uma terapia antiplaquetária simultânea.

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A V diretriz Brasileira de Cardiologia sobre IAMST afere que a varfarina é eficaz
na prevenção de embolia pulmonar e AVC e mostram que a anticoagulação oral, seja com
varfarina associada ou não a AAS, apresentou respostas satisfatórias na prevenção
secundária para tratamento de pacientes infartados.
A terapia considerada padrão para a prevenção secundária de pacientes pós infarto
é a dupla antiagregação, composta por AAS e um antagonista do receptor P2Y12. Já a
terapia tripla (RNI entre 2,0 e 2,5), composta por antagonista de vitamina K, AAS e
inibidor do receptor P2Y12, deve ser considerada em situações específicas, nas quais o
risco de fenômeno embólico é maior do que o risco de sangramento. Em pacientes que
apresentam trombo de VE ou alto risco de formação de trombo (acinesia ou discinesia
anteroapical pós infarto), a utilização de antagonista de vitamina K pode ser limitada a 3
meses.
Em relação à duração do tratamento, a anticoagulação deve ser iniciada
imediatamente ao diagnóstico do TVE, devido aos riscos de AVC e tromboembolismo
sistêmico. O ideal é o uso heparina não fracionanda ou de baixo peso molecular em
associação com varfarina intravenosos até o alcance de um INR de 2,0-3, 0, por 24 ou por
5 dias no caso de dabigatrana ou edoxabana, antes da entrada da terapia oral única.
A terapia com inibidor da P2Y12 e varfarina deve ser mantida por 3 meses,
período em que é necessário a reavaliação do paciente. Isso gera menos eventos adversos
cardíacos e diminui a mortalidade. Caso o TVE tenha regredido, definido pelo completo
desaparecimento nos exames de imagem, é feita a prescrição da terapia dupla
antiplaquetária (aspirina com inibidor da P2Y12) e continuada por um ano no mínimo.

CONCLUSÃO

Diante da incidência de TVE após IAM, esta revisão demonstrou que os pilares
para o tratamento de TVE no que tanje a anticoagulação são os AVK e os NOACS,
mesmo os NOACS ainda sendo considerados “off label” para este fim. De acordo com a
maioria das diretrizes analisadas neste estudo, consideram-se os AVK como as principais
escolhas de tratamento para TVE, sendo os NOACS uma alternativa para casos especiais,
como AVC isquêmico ou AIT no cenário de IAM associado à formação de TVE ou
anormalidades de movimento da parede anterior ou apical com uma FEVE < 40%, em
pacientes intolerantes aos AVK. Tem-se ainda várias estratégias para seu diagnóstico,
sendo a Ecocardiografia Transtorácica a mais utilizada e a Ressonância Magnética
Cardíaca e seus subtipos o padrão ouro. Além disso, o tratamento deve ser iniciado
imediatamente após o diagnóstico de TVE, com duração mínima de 3 meses.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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USO DA TELEMEDICINA NA DERMATOLOGIA

Eduardo Enrico Vicente Tommasi1; Yasmina Gripp Carreño2; Ana Gabriela Tressmann
Andrade3; Camila de Faria Dias4; Ana Luiza Pazinatto Vago5; Marcella Seguro
Gazzinelli6; Mariana Stefenoni Ribeiro7; Maitê Perini Mameri Pereira8
1,2,7,8
Graduando em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória
3,5,6
Graduando em Medicina pela Faculdade Brasileira MULTIVIX
4
Graduando em Medicina pela Universidade Vila Velha
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Introdução: A pandemia de COVID-19 afirmou os pilares e a necessidade do
atendimento médico à distância, o que valida e incentiva investimentos em tecnologias
que possibilitem a efetivação da telemedicina. Objetivos: Descrever a utilidade e a
importância da teledermatologia no contexto de saúde atual, bem como benefícios custo-
efetivos para o paciente e equipes de saúde e capacidade de alcance da população
geograficamente isolada. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, base de
dados utilizada foi o Pubmed e os descritores, “Teledermatology”, “Dermatology”
e“Efficacy”, foram obtidos no DeCS. Foram selecionados 7 artigos para compor essa
revisão. Resultados e Discussão: A teledermatoscopia se popularizou a partir de
aplicativos de smartphones. Contudo, sua utilização levanta questões acerca da segurança,
credibilidade, efetividade do serviço prestado. Conclusão: Tal ferramenta é eficiente para
abordagem clínica dos pacientes, permitindo o seu atendimento mesmo em áreas remotas
ou de serviço médico escasso, diminuindo custos e tempo de consultas.

Palavras-chaves: Teledermatologia; Telemedicina; Dermatologia; Eficácia.; COVID-


19.

INTRODUÇÃO
A telemedicina, reconhecida ao final do século XX, é uma evolução ainda emergente nos
métodos de prestação de cuidados de saúde que utiliza tecnologias móveis como
plataforma de alcance aos pacientes, de modo que no momento atual se tornou
imprescindível para a aceleração do acesso à saúde, sobretudo por populações
geograficamente isoladas. A partir do século XIX, tentativas de envio de imagens
radiográficas por meio da telegrafia já indicavam o surgimento do serviço médico à
distância, o qual se aperfeiçoou consoante aos avanços técnico-científicos, englobando
cada vez mais especialidades médicas e possibilitando variados diagnósticos remotos. No

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que se refere ao avanço e utilização da telemedicina, os últimos anos demonstram
condições favoráveis a exemplo da necessidade de atendimento à distância por
populações desfavorecidas, do envelhecimento populacional o qual demanda mais
serviços médicos e da necessidade de minimização de custos e de tempo em decorrência
da rotina moderna. Nesse contexto, o evento da pandemia por COVID-19 afirmou os
pilares e a necessidade do atendimento médico à distância, o que valida e incentiva
investimentos em tecnologias que possibilitem a efetivação da telemedicina. Na área
dermatológica, a aplicação do telediagnóstico pode apresentar inúmeros benefícios como
a triagem de doenças graves, acompanhamento médico frequente com auxílio de
dermatoscópios, e consultas com tempo e custos reduzidos, o que pode garantir maior
conforto na relação médico-paciente. No entanto, questões sobre segurança, privacidade
e efetividade ainda são pouco definidas para a metodologia. Diante do exposto, o estudo
teve como objetivo identificar os desafios que permeiam o uso da telemedicina na
dermatologia e a importância da aplicabilidade no contexto atual.

OBJETIVOS
Descrever a utilidade e a importância da teledermatologia no contexto de saúde atual,
bem como benefícios custo-efetivos para o paciente e equipes de saúde e capacidade de
alcance da população geograficamente isolada.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo, realizada através de busca
eletrônica nos bancos de dados da plataforma PubMed com os seguintes descritores,
obtidos nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), “Teledermatology”,
“Dermatology” e“Efficacy”. Os filtros utilizados foram: artigos envolvendo seres
humanos, publicados nos últimos 10 anos na língua inglesa. Inicialmente, 30 artigos
foram encontrados, após a colocação dos filtros, 13 artigos foram encontrados. Destes, 7
foram selecionados para compor essa revisão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O serviço da teledermatologia e mais recentemente, a teledermatoscopia se popularizou
a partir do avanço dos smartphones com câmeras digitais de alta resolução incorporadas,
conectividade à Internet de alta velocidade e o desenvolvimento de dermatoscópios que
podem ser emparelhados com smartphones. No entanto, a utilização de aplicativos que
garantem esse benefício levantam questões acerca da segurança e credibilidade,
efetividade e sucesso do serviço médico prestado. A rápida evolução da tecnologia
ultrapassou o estabelecimento de normas e supervisões regulamentares para certificar e
estabelecer um padrão de cuidado, por consequência, apesar dos aplicativos de
atendimento dermatológico apresentarem potencial para a melhoria de cuidados da saúde,

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as questões éticas relacionadas ao enfermo como a confidencialidade de suas informações
pessoais, transparência e privacidade ainda não são bem estabelecidas. Apesar das
diretrizes existentes traçadas para a prática da teledermatologia, a adesão a estas normas
ainda apresenta caráter voluntário. Sobre a efetividade do serviço médico, a
teledermatologia móvel pode ser uma ferramenta eficiente, segura e bem aceita entre os
pacientes a depender do caso clínico. Estudos apontam que enquanto a taxa de eficácia
para pacientes que tratam acne pode ser alta, para pacientes com suspeita de melanoma a
taxa de eficácia diagnóstica pode ser variável. Nesse caso, a variabilidade da eficiência
pode causar falsa sensação de segurança sobre lesões potencialmente letais ou
preocupações desnecessárias sobre uma lesão benigna em classificação errada. A
teledermatologia também requer que pacientes e prestadores de cuidados de saúde
estejam satisfeitos com este processo inovador de cuidados de saúde para que dessa forma
alcance seu sucesso. Embora haja relatos de satisfação dos pacientes em relação aos
serviços prestados, a literatura apresenta escassez de estudos sobre a satisfação dos
fornecedores e técnicos dos programas utilizados, sendo uma perspectiva importante
ainda a ser explorada.

CONCLUSÃO
A teledermatologia tem se tornado uma ferramenta eficiente para abordagem clínica dos
pacientes, permitindo o seu atendimento mesmo em áreas remotas ou de serviço médico
escasso, diminuindo os custos e tempo de consultas. Além disso, garante uma maior
comodidade e continuidade no atendimento médico, principalmente quando envolve
doenças de pele que requerem diversas consultas periódicas de acompanhamento. A
implementação da telemedicina é emergente há alguns anos, mas a atual pandemia do
COVID-19 evidenciou este processo, acelerando o seu crescimento: num contexto no
qual o deslocamento físico do paciente poderia ser um risco à sua saúde, o atendimento
remoto permitiu dar continuidade na avaliação e tratamento dos pacientes de forma
segura. No entanto, questões sobre segurança, privacidade e efetividade ainda são pouco
definidas, e torna-se necessário um amadurecimento na supervisão e regulamentação das
aplicações médicas além de uma maior capacitação e treinamento dos profissionais para
o seu manejo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DE EXERGAMES DE DANÇA NA REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA

Vanessa Oliveira Dias1; Johseph Paballo Gomes de Souza2; Luan Emannuel de Lima
Julião3; Rodrigo Marcel Valentim da Silva4

1
Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Fisioterapia Neurofuncional pela Faculdade Estácio
de Natal
2
Psicólogo. Mestrando em Neuroengenharia pelo Instituto Internacional de Neurociências
Edmond e Lily Safra (IIN-ELS)
3
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Maurício de Nassau
4
Fisioterapeuta. Doutor em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do
Norte
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Novas tecnologias, como os jogos de dança, promovem a atividade física de forma lúdica
e vêm se mostrando promissores na terapêutica neurológica. O objetivo desse estudo é
expor os benefícios fisiológicos e psicológicos, riscos e viabilidade do uso dos jogos de
dança na reabilitação neurológica através de uma busca não sistemática nas bases de
dados PubMed, BVS, e Google Scholar. Com esta pesquisa pôde-se encontrar melhorias
físicas, cognitivo-motoras e psicossociais relacionados à neuroplasticidade, cognição,
marcha, equilíbrio, sintomas depressivos e de ansiedade em indivíduos com sequelas de
Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença de Parkinson (DP), Esclerose Múltipla e
Doença de Huntington. Mais estudos são necessários para maiores esclarecimentos sobre
essa temática.
Palavras-chaves: Jogos de Vídeo; Dança; Doenças do Sistema Nervoso; Reabilitação
Neurológica.

INTRODUÇÃO
Nos últimos anos novas tecnologias foram incorporadas no âmbito da reabilitação.
Os exergames são jogos ativos de videogame que promovem a interação direta com o
próprio jogo e estimulam a atividade física através da brincadeira. Apesar da maioria dos
jogos disponíveis não serem voltados para fins terapêuticos, eles podem ser tão efetivos
quanto a reabilitação convencional.
A utilização de um exergame baseado em jogo de dança é uma estratégia
terapêutica promissora que pode aliar os benefícios da dança e do exergame e vem se
mostrando benéfica tanto em aspectos físicos quanto psicológicos, inclusive em doenças
neurológicas.

OBJETIVOS
O objetivo desse estudo é discutir sobre o uso dos exergames baseados em dança
na reabilitação neurológica, expondo seus benefícios fisiológicos e psicológicos, riscos e
viabilidade da aplicação de acordo com a literatura explorada.

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METODOLOGIA
Essa revisão de literatura foi elaborada através da busca de estudos nas bases de
dados: PubMed, BVS e Google Scholar. A busca foi realizada utilizando as seguintes
palavras-chave: Dance, Virtual Reality, Nervous System disease, Multiple Sclerosis,
Parkinson disease, Stroke, Huntington disease, Exergame, Active Video Games, Dance
Games, Just Dance, Dance Dance Revolution e Dance Central.
A seleção dos artigos foi feita de maneira não sistemática através da leitura do
título e do resumo. Foram incluídos estudos de intervenção que abordassem o uso de
jogos de dança em amostras com condições clínicas neurológicas, publicados entre 2011
e 2021 nos idiomas português e inglês. Foram excluídos os estudos realizados com
crianças e adolescentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram selecionados 10 estudos, dentre eles, 4 artigos utilizaram os jogos de dança
em indivíduos com DP, 3 em pessoas com sequelas de AVC, 1 em participantes com
doença de Huntington, 1 em pessoas com Esclerose Múltipla e 1 em adultos com
condições clínicas neurológicas que fazem uso de cadeira de rodas.
Videogames comerciais vêm se mostrando efetivos quando utilizados em
integração com a reabilitação convencional. Estudos mostram que os jogos de dança são
vistos como agradáveis, além de indicar bons níveis de adesão por parte das pessoas com
doenças neurológicas.
Estudos mostram que jogos de dança que utilizam tapetes, podem ser adaptados
com um dispositivo de controle manual para pessoas não ambulantes e com diferentes
níveis de comprometimento neurológico, e assim consigam usufruir de alguns benefícios
de um jogo de dança como o aumento do gasto energético e melhorias no padrão de
movimento dos membros superiores.
Uma possibilidade para os jogos de dança é o uso em ambiente domiciliar, no qual
possui a vantagem de o jogador ter apoio da família e não precisar sair de sua residência,
diminuindo as chances de afastamento do processo terapêutico. Estudos que realizaram
esse tipo de treinamento em ambiente domiciliar mostraram que os jogos de dança são
viáveis e seguros de serem utilizados por pessoas com deficiências moderadas, com
supervisão através de telefonemas e orientações escritas. Faz-se necessária uma avaliação
fisioterapêutica para identificar as habilidades físicas do jogador; adequar o jogo ao
jogador e posteriormente supervisionar diretamente os usuários com limitações motoras
mais graves para evitar episódios de quedas.
A combinação de componentes físicos e cognitivos proporcionados pelos jogos
de dança é capaz de reduzir a atividade da região pré-frontal no cérebro durante a
caminhada, indicando o aumento da eficiência, aperfeiçoamento da função executiva e da
velocidade de processamento dessa região.
Em um estudo que realizou uma única intervenção utilizando jogo com tapete de
dança foram evidenciados benefícios na marcha de pacientes com DP. Este resultado está
relacionado à estimulação de funções cognitivo-motoras como o planejamento motor e
funções executivas, favorecendo a realização da marcha. Assim como outro ensaio clínico
que encontrou melhorias na marcha em pessoas com Esclerose Múltipla utilizando o jogo

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Stepmania e propôs os mesmos mecanismos relatados anteriormente para explicação do
seu resultado.
O uso dos jogos de dança pode ser útil para diminuição do risco de quedas em
pessoas com doenças neurológicas e alguns fatores, como a melhora do equilíbrio,
contribuem para isso.
Estudos realizados com indivíduos com Esclerose Múltipla, Doença de
Huntington, AVE e DP também demonstraram a melhora do equilíbrio após intervenção
com jogos de dança. Este ganho de equilíbrio pode ser explicado pelo controle postural
antecipatório exigido durante a sequência de movimentos da coreografia.
Além dos benefícios cognitivo-motores e musculoesqueléticos, são encontrados
também efeitos positivos no condicionamento cardiovascular. Em um estudo que
investigou os ajustes da modulação e da frequência cardíaca autônoma em 11 indivíduos
com sequelas do AVC, após intervenção com o jogo Just Dance 3™, foi observada a
melhora do tom vagal (atividade do nervo vago) e da variabilidade cardíaca.
Benefícios psicossociais também foram vistos, como em um ensaio clínico onde
foi demonstrado que um jogo de dança é capaz de causar melhorias no estado de
transtorno depressivo em indivíduos com DP.

CONCLUSÃO
Os jogos de dança se apresentam como um recurso acessível e divertido, que traz
possibilidades de adaptação para ser utilizado em ambulatórios ou em ambiente
domiciliar de forma segura.
O uso dos jogos de dança é promissor em adultos e idosos com condições
neurológicas como a Doença de Huntington, Esclerose Múltipla, DP e AVC e apesar dos
achados serem limitados, eles apontam para um grande potencial na obtenção de
benefícios físicos, cognitivos e psicossociais percebidos com a utilização desses jogos.
Entretanto, novos estudos são necessários para maior exploração sobre essa temática e
para maiores esclarecimentos sobre as melhorias proporcionadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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VITAMINA D E IMUNIDADE: IMPORTÂNCIA FRENTE A INFECÇÃO PELO
NOVO CORONA VÍRUS

Almilena da Silva Roque1; Leandro da Silva e Silva2;Luan Lício de Souza3; Mônica Teles
Damacena4 Maria Eduarda Santos Maia5; Gabriela Batista Lehmann6; Arilsângela de
Jesus Conceição 7
1,2,3,4,5,6
Graduandos (as) em Nutrição Uninassau Petrolina. Avenida Cardoso de Sá, nº
950, bairro Vila Eduardo, Petrolina – Pe.
7
Mestra em Ciências da Saúde. Professora da Universidade do Estado da Bahia. Rodovia
Lomanto Júnior, BR – 407, Km 127, s/n - Barbosa Santos, Senhor do Bonfim – BA.
Professora da Uninassau. Avenida Cardoso de Sá, nº 950, bairro Vila Eduardo, Petrolina
– Pe.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
O novo coronavírus 19, uma infecção causada pelo SARS-CoV-2, que causa problemas
respiratórios agudo grave, é considerada umas das maiores pandemias enfrentadas no
mundo no ano de 2020. Uma das possíveis hipóteses no agravo dessa infecção é a
deficiência de alguns micronutrientes, em especial a vitamina D. Objetivo: descrever o
processo fisiológico dessa vitamina e as vantagens destas no fortalecimento do sistema
imunológico como prevenção e tratamento da COVID-19. Foi realizada uma revisão
narrativa baseada em levantamento bibliográfico de artigos nas bases de dados Scielo,
Google Scholar, Pubmed e BVS (utilizando Mesh e DeCs). Após a seleção dos artigos
foram escolhidos os que mais agregavam a eficácia da ação da vitamina D em pessoas
com infecções e em especial a COVIDA-19. No entanto, embora haja hipóteses com bases
científicas das possíveis ações da vitamina D no combate ao novo coronavírus 19, os
ensaios clínicos ainda estão em processo de desenvolvimento.
Palavras-chave: Vitamina D, Covid-19, Coronavírus, Sistema Imunológico,
Alimentação Saudável.

INTRODUÇÃO
A COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, é uma infecção viral,
caracterizada como uma síndrome respiratória aguda. Essa doença apareceu na cidade de
Wuhan, China, em dezembro de 2019 e se disseminou ligeiramente por todo mundo
(SILVINO et al., 2020, p. 4), sendo declarada em março de 2020, pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), como uma pandemia (DE CARVALHO et al., 2020, p. 17).
Pessoas infectadas por esse vírus podem manifestar vários sintomas como febre,
tosse seca, problemas respiratórios, cansaço muscular (DIAS et. al., 2020, p. 2). Silvino

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et al., 2020, afirma que existe indício de que o bom funcionamento do sistema
imunológico é substancial para combater a infecção causada pelo SARS-CoV-2.
Como aponta Dias et al., (2020, p.3), uma alimentação saudável e apropriada mais
o aprimoramento do sistema imunológico são os aspectos básicos para o combate da
COVID-19. Desta forma os profissionais nutricionistas devem intervir na perspectiva da
precaução e do recurso terapêutico por meio de prescrições e orientação de dieta saudável
e a recuperação das pessoas afetadas por essa doença.
O sistema imunológico requer energia e uma variedade de nutrientes para
funcionar corretamente, como proteínas, ácidos graxos ômega 3, cobre, ácido fólico,
ferro, selênio, zinco e vitaminas A, B6, B12, C e D. Entre os nutrientes relacionados ao
funcionamento normal do sistema imunológico, a vitamina D tem chamado a atenção por
causa de seus efeitos positivos sobre a imunidade e a resistência a infecções virais do trato
respiratório superior (SILVINO et al., 2020, p. 4).
Não obstante, o trabalho objetiva descrever o processo fisiológico dessa vitamina
e as vantagens destas no fortalecimento do sistema imunológico como prevenção e
tratamento da COVID-19.

OBJETIVOS
Descrever o processo fisiológico da Vitamina D e as vantagens destas no
fortalecimento do sistema imunológico como prevenção da COVID-19.

METODOLOGIA
Esta pesquisa é uma revisão narrativa baseada em levantamento bibliográfico de
artigos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Google Scholar,
Pubmed e BVS, utilizando como descritores: Vitamina D (Vitamin D), Covid-19 (Covid-
19), Coronavírus (Coronaviruses), Sistema Imunológico (Immune System), Alimentação
Saudável (Healthy Food) e os operadores booleanos. Foram definidos como critérios de
inclusão: artigos originais e artigos de revisão, publicados nos últimos 10 anos.
Houve a seleção e apresentação dos artigos, a fim de levantar aspectos
relacionados à temática do assunto, mediante revisão dos resumos dos artigos e interesse
de tema. Os resultados foram apresentados em formato descritivo e discutidos com os
achados da literatura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel essencial, formada por dois tipos:
vitamina D2 (ergocalciferol) que pode ser obtida na alimentação, através dos vegetais e
suplementos orais e vitamina D3 (colecalciferol) sintetizada pelo organismo (pele)

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através dos raios ultravioletas (UV) emitidos pelo sol, e pela ingestão de alimentos como
óleos de peixe, leite, cereais, soja e suplementos orais (DULTRA et al., 2020, p.4).
No corpo, o processo metabólico começa na pele por intermédio da irradiação
solar, uma vez que a epiderme soma 65% de 7 desidrocolesterol (7-DHC) e o restante
encontra-se na derme, portanto nesse momento ocorre a conversão fotoquímica da pró-
vitamina D3, em pré-vitamina D3 e posteriormente na vitamina D3 (FERNANDES, et
al., 2020, p. 8).
Dultra et al., (2020, p. 4), afirma que depois que a vitamina D (D2 e D3) é inserida
no corpo, ocorre a absorção pelo intestino delgado, incorporada em quilomícrons e levada
por estes ao fígado. Com isso a vitamina vinda da pele ou dos alimentos passa por uma
primeira hidroxilação no fígado formando a 25 OH-D ou calcidiol, após chegar ao rim se
transforma através da enzima (1α-hidroxilase) em 1,25 (OH) 2 D ou calcitriol que é a
forma ativa.
O sistema imunológico é o principal mecanismo de defesa do organismo contra
agentes biológicos causadores de doenças, portanto erro nas funções de defesa desse
sistema podem acarretar no surgimento de doenças (SILVINO et al., 2020, p. 8).
Nesse sentido o organismo humano tem a habilidade de se defender contra agentes
patógenos e esse tipo de mecanismo é classificado como imunidade inata ou adquirida
(POSSI, 2012).
Estudos apontam que a vitamina D além de ter papel fundamental na regulação do
cálcio e saúde dos ossos, atua também na melhora do sistema imune, pois diminui
consideravelmente a produção de citocinas pró-inflamatórias e aumenta a expressão de
citocina anti-inflamatória (SILVINO et al., 2020, p.8)
A vitamina D atua na imunidade inata e adaptativa. Além de ter eficácia no
combate de doença autoimunes (SILVINO et al., 2020, p. 9). A hipovitaminose de
vitamina D pode estar associada ao aumento do risco de infecção do trata respiratório
viral agudo e pneumonia adquirida. (DIAS et al., 2020. p. 5).
Existe uma possibilidade da vitamina D ter ação sobre a COVID-19, uma vez que
ela pode compelir a produção de peptídeos antimicrobianos e estes são responsáveis por
impedir que o SARS-CoV-2 se replique. Lembrando que a vitamina D diminui a produção
de citocinas pró-inflamatórias que são aumentadas com a doença (DE CARVALHO et
al., 2020, p. 8).
Outra grande discussão que relaciona a COVID-19 e a vitamina D foi o
aparecimento do vírus no período de inverno, onde a incidência dos raios solares são
menores, consequentemente ter afetado com maior incidência os idosos, por apresentarem
alta prevalência de hipovitaminose. Ressaltando que atingiu todas as faixas etárias. Dessa
forma há evidências que as pessoas infectadas pelo novo coronavírus apresentem
diminuição dos níveis de vitamina D (DE CARVALHO et al, 2020, p. 23).
A importância da vitamina D na redução das infecções virais e faz uma
recomendação para a prevenir essas infecções, especialmente a covid-19, usar 10.000
Unidades Internacionais (UI) por dia de vitamina D3 por algumas semanas, uma vez que
está aumenta com eficácia as concentrações de 25-hidróxi-vitamina D, seguidas por 5000
UI/dia (GRANT et al., 2020).

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Para Dultra et al. (2020), a via oral intravenosa da vitamina D (calcitriol - forma
ativa) em pessoas com coronavírus e problemas no trato respiratório é indicada com base
em vários indícios científicos que apresentam a atuação da vitamina D no melhoramento
do sistema imune, no trato respiratório, na neutralização nos danos ao pulmão, a alta
prevalência da hipovitaminose D, pela falta de exposição solar.

CONCLUSÃO
A vitamina D pode desempenhar papel fundamental contra infecções virais,
inclusive na COVID-19, reduzindo o risco de infecções do trato respiratório, por exercer
função imunomoduladora e anti-inflamatória. No entanto, embora haja hipóteses com
bases científicas das possíveis ações da vitamina D no combate ao novo coronavírus 19.

REFERÊNCIAS

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PROBLEMAS
1 RELACIONADOS A SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS
DE ENFERMAGEM NO BRASIL EM MEIO A PANDEMIA

Daniel Antony Melonio Pinheiro1; Eduardo Alves Sousa 2; Mateus Ribeiro Amaral 3;
Nailde Melo Santos4; Francisca Bruna Arruda Aragão5; Ana Patrícia Fonseca Coelho
Galvão6.
1,2,3
Graduandos em Enfermagem pela Universidade Ceuma, Maranhão, São Luís.
4
Enfermeira, Mestre em Enfermagem (UFMA); Doutoranda em Odontologia
(UNICEUMA), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
5
Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto e da Criança (UFMA), Doutoranda no
Programa em Interunidades (EERP-USP), Docente do curso de Enfermagem da
Universidade Ceuma.
6
Enfermeira, Mestre em Saúde e Ambiente (UFMA), Doutoranda em Ciências da Saúde
(FCMSCSP), Docente do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A pandemia causada pelo COVID-19 é a maior emergência de saúde pública que a
comunidade internacional enfrenta há décadas. Além de trazer problemas à saúde física,
também causa impactos para a saúde mental da população em geral e dos profissionais
de saúde envolvidos.

INTRODUÇÃO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020,
que o surto da doença causada pelo novo coronavírus se tornou uma emergência de Saúde
Pública de importância internacional. E no mesmo ano, em 11 de março, a COVID-19 foi
caracterizada uma pandemia por conta da sua rápida expansão no mundo. E, no Brasil, o
primeiro caso divulgado oficialmente foi em 25 de fevereiro do corrente ano, na cidade
de São Paulo, a primeira morte relacionada a infecção aconteceu pouco tempo depois, aos
poucos se dando conta de que o vírus era real e que estava cada vez mais perto, algumas
pessoas ainda não tinham acordado para essa realidade eminente, se tornando o segundo
país com maior taxa de infecção, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Destacamos que na pandemia, a saúde mental dos profissionais de
enfermagem foi muito afetada, principalmente para os que trabalham na linha de frente,
pois o trabalho emergiu como prática associada aos elementos que compõem a vida
humana em seus múltiplos aspectos, com base na prevenção, promoção e reabilitação da
saúde. E, com o intuito de reduzir a propagação do vírus, foram tomadas várias medidas
sanitárias, que envolvia distanciamento social, isolamento, uso de máscaras, dentre

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outras. Essas mudanças acabaram deixando muitas pessoas confusas e desesperadas, o
número de pessoas diagnosticadas com doenças mentais, principalmente ansiedade e
depressão aumentaram bastante. E para OMS, não existe uma definição “oficial” de saúde
mental, uma vez que uma série de diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias
relacionadas, acabam por afetar no modo como a “saúde mental” é definida.
A enfermagem, acompanhada por mais tempo acompanhando os pacientes,
estão mais susceptíveis aos possíveis impactos psicológicos da pandemia, tendo que se
deparar com mortes, medo, perdas de familiares ou pessoas próximas, fadiga, sobrecarga
além do risco maior de contraírem a doença. Uma rede de atenção psicossocial para esses
profissionais seria de extrema importância, pois seria uma forma de apoio para essas
pessoas que precisam de cuidados.

OBJETIVO
Descrever os problemas que esses profissionais enfrentam para continuar
trabalhando e cuidando dos pacientes.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A busca pelos artigos foi
realizada por meio das bases de dados online da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), sendo
elas: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval
System Online (MEDLINE/PUBMED). A consulta a estes bancos de dados foi tida como
critério inicial para seleção. Optou-se por estas bases de dados em decorrência destas
serem as principais fontes de publicações científicas na atualidade e, a partir de seu
sistema de busca, foram utilizados os seguintes descritores em inglês e operador booleano
AND: Mental Health, Nursing Assistants.
Foram incluídos artigos completos publicados nos anos de 2020 à 2021, de livre acesso
por meio eletrônico, contemplando o assunto proposto, e excluídos artigos incompletos,
monografias, teses, livros e os artigos repetidos que se encontravam indexados em mais
de uma base de dados, artigos que não abordavam a temática proposta. A busca resultou
em uma amostragem de 55 artigos. Na próxima etapa, foi se realizou a leitura cuidadosa
de todos os artigos selecionados a fim de garantir a aplicação dos critérios de
elegibilidade. A coleta de dados ocorreu no período de maio a julho 2021.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A discussão se estrutura conforme as seguintes categorias: (1) Problemas


relacionados à saúde mental dos profissionais de enfermagem e (2) A atuação na
pandemia. Em resumo, nos achados encontrados, durante a pandemia, os desafios
enfrentados pelos profissionais da saúde podem ser um gatilho para o desencadeamento
ou intensificação de sintomas de ansiedade, depressão e estresse, especialmente para
enfermeiros que trabalham na linha de frente, ou seja, contato direto com as pessoas
infectadas. E que precisam lidar constantemente com um arsenal de informações falsas

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provenientes das mídias sociais e tradicionais, que acabam por desviar e enfraquecer o
comportamento da população em relação aos cuidados com a própria saúde.
Na literatura, aspectos traumáticos e estressantes, anteriormente reconhecidos
entre enfermeiros e médicos envolvidos em surtos globais, responsáveis pelo aumento de
Burnout, fadiga, menor satisfação no trabalho, sofrimento moral e elevados níveis de
estresse desencadeado pelas pressões de organizações e da sociedade. Todavia, se torna
claro que os prestadores de cuidados de saúde, como enfermeiros, podem desenvolver
distúrbios psiquiátricos de curto e longo prazo importantes, após vivenciarem eventos
epidêmicos estressantes.
Cabe destacar que, esta categoria profissional, se desencoraja a interagir de
maneira próxima com outras pessoas, o que pode aumentar o sentimento de isolamento;
ter que lidar com mudanças frequentes no protocolo de atendimento, em decorrência das
novas descobertas sobre o vírus, aumenta a exaustão relacionada ao trabalho.
Nesse sentido, em alguns países como por exemplo a China, passaram a
observar alguns tipos de sofrimentos psicológicos, irritabilidade aumentada, recusa a
momentos de descanso, insônia, automedicação em excesso para suprir o cansaço ou
adoecimento mental, medo e insegurança em contaminar familiares, além de óbitos. Com
base nessas observações, foram criadas políticas que asseguram a qualidade de vida e
trabalho. Que, diante de toda essa situação de risco que influência e causa impactos no
comportamento dos profissionais de saúde, há uma necessidade de serem discutidas
questões que envolvem biossegurança, estratégias de apoio psicológico como as Redes
de Atenção Psicossocial (RAPS), que são aliadas no apoio a esses profissionais que
necessitam de suporte psicossocial durante ou até mesmo após a pandemia. Existem
inúmeras possibilidades de cuidado em saúde mental aos profissionais de saúde em meio
ao cenário vivido na pandemia. A implementação de ações assertivas é muito importante,
documentar e divulgar resultados, para aprimoramento e consolidação dessas iniciativas
como parte da Atenção à Saúde de cada profissional envolvido, que tem se doado ao outro
e necessita de atenção à própria saúde mental.

CONCLUSÃO
Os profissionais que estão atuando na linha de frente do coronavírus, estão
mais susceptíveis aos impactos psicossociais, pois enfrentam situações de sobrecarga
mental, estresse, cuidados com a própria saúde, rotinas exaustivas, óbitos, dentre outras.
A presença de estresse, ansiedade e outros sintomas psicológicos possuem um
significado ainda mais delicado no contexto de atuação de profissionais de enfermagem,
pois estes encontram-se em uma posição favorável para o acolhimento, escuta atenciosa
e conforto dos pacientes que necessitam de assistência. Todavia, ao estarem
emocionalmente abalados, podem tornar a natureza do cuidado enfraquecida. Nesse
sentido, é preciso levar em consideração as principais implicações e emoções envolvidas
antes, durante e após o evento. Assim, mais pesquisas sobre os impactos da pandemia
COVID-19 na saúde mental dos profissionais da saúde precisam ser realizadas, medidas
para mantê-los mentalmente saudáveis estão sendo pensadas através da rede de atenção
psicossocial, que irá dá suporte para esses profissionais. Além dessas, existem diversas

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possibilidades de cuidados em saúde mental que devem ser colocadas em prática, desde
a melhoria das condições de serviços, diminuição das jornadas exaustivas e locais de
descansos propícios.

Palavras-chave: Saúde Mental; COVID-19; Assistentes de Enfermagem; enfermagem;


Sistemas de Saúde.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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novo Coronavírus: quem cuidará de quem cuida? J. nurs. health. Pág:1-13
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A ASSISTÊNCIA DO PROFISSIONAL DE ENFERAMGEM NAS AÇÕES DE
COMBATE A COVID-19

Alcimara Medeiros Alves Gonçalves1; Jheniffer Silva Amaral 2.


1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Redentor - [email protected]
2,
Graduando em Enfermagem pela Universidade Redentor - [email protected]

RESUMO
O presente estudo teve como objetivo identificar a assistência do profissional de
enfermagem nas ações de combate a COVID-19. Trata-se de uma revisão integrativa da
literatura, com busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-americana e do
Caribeem Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysisand Retrieval
System Online (MEDLINE), biblioteca Scientific Eletronic Library Online(SCIELO).
BDENF – Revista Cofen, Google Acadêmico e revistas e periódicos institucionais na
iniciação científica. Os critérios de inclusão consideraram artigos em língua portuguesa,
publicados entre 2020 e 2021. Observou-se que a assistência do profissional de
enfermagem na COVID-19 vai além da assistência ao indivíduo, pois, ao realizar
suas ações o profisssional de enfermagem acaba realizando a prevenção para o vírus
no indivíduo, família e/ou comunidade, desenvolvendo assistência na realização de
ações clínicas/educativas que contribuem diretamente no cuidado, o que evidencia a
importância da atuação do profissional de enfermagem na ações de combate a COVID-
19.

Palavras-chaves: Cuidado em Enfermagem, COVID-19, Saúde, Assitência em Saúde,


Pandemia

INTRODUÇÃO
Em dezembro de 2019, o vírus Sars-Cov-2, causador do COVID-19, propagado
mundialmente como o novo Coronavírus, uma doença semelhante a uma pneumonia,
porém, altamente contagiosa, deu início a um processo de transmissão mundial, trazendo
impactos de proporções globais.
Um novo vírus é sempre perigoso não apenas pela não existência de
medicamentos ou vacinas, mas, porque as pessoas não possuem defesas naturais, ou seja,
o organismo humano não está preparado para combater o vírus, e assim, todas as pessoas
ficam suscetíveis a serem infectadas, sendo este, um dos motivos pelos quais a COVID-
19 possui a maior propensão de se espalhar.
Com a necessidade de ações estruturadas para o enfrentamento a pandemia,
governos: federal, estaduais e municipais, em uníssono buscaram soluções e estratégias

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para a estruturação de um plano nacional de combate a pandemia. Para tal, foram
estruturadas equipes de saúde direcionadas para atuarem na linha de frente para o
enfrentamento da doença.
Nesta conjuntura, a enfermagem vem se apresentando como parte fundamental
para o processo de recuperação dos pacientes. A autonomia tem relação com a
organização, estruturação dos serviços, gestão assistencial, formulação e implementação
de protocolos, aplicação da Sistematização da Assistência em Enfermagem – SAE entre
outros. Nas organizações de saúde o enfermeiro fundamenta sua competência na liderança
para uma eficácia na gestão de qualidade e produtividade assistencial. Haja vista que, são
esses profissionais que atuam em todas as áreas de atendimento, atuando nos processos
de promoção, recuperação e pronto estabelecimento da saúde de pessoas acometidas pelo
SARS-CoV-2, um vírus agressivo, de fácil contaminação e que coloca o profissional de
saúde em alto risco de contaminação, diante da facilidade de propagação da doença e/ou
diante das longas jornadas de trabalho que se intensificaram ainda mais com a pandemia.
O conhecimento, aprendizado e as resolutividades diárias diante do contexto inserido pela
Covid-19, somam grandes desafios para o enfermeiro, pois estes, assumem uma posição
de destaque na manutenção da vida, da integralidade do cuidado e nas diversidades dos
processos de trabalho.

OBJETIVOS
Analisar as publicações científicas em torno do protagonismo do profissional de
enfermagem frente a pandemia da COVID-19.

METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa, de natureza descritiva,
com abordagem qualitativa. A revisão integrativa diz respeito a um tipo de estudo que
busca entender sobre determinado conteúdo por meio de uma análise sistemática e
rigorosa das literaturas, permitindo que os pesquisadores explorem o tema estudando,
visando a clareza do determinado tema.
Diante disso, se deu início a elaboração da Revisão integrativa de acordo com as
seguintes etapas: elaboração da pergunta da revisão; busca e seleção dos estudos
primários; extração de dados dos estudos; avaliação crítica dos estudos primários
incluídos na revisão; síntese dos resultados da revisão.
A busca foi realizada nas bases de dados sendo elas Literatura Latino-americana
e do Caribeem Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysisand Retrieval
System Online (MEDLINE), e na biblioteca Scientific Eletronic Library
Online(SCIELO). BDENF – Revista Cofen, Google Acadêmico e em revistas e
periódicos institucionais e científicos de Os critérios de inclusão consideraram artigos
científicos em língua portuguesa, disponíveis na íntegra e publicados entre 2020 e 2021.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
No que se refere ao ano de publicação, destaca-se que os artigos utilizados para
o estudo compreendem ao período temporal dos anos de 2020 e 2021. A recente
descoberta do vírus Sars-Cov-2 com primeiro caso registrado apenas em 31 de dezembro
de 2019 justifica a falta de estudos com robusto embasamento científico sobre o tema.
Para o estudo foram selecionados artigos nacionais para que as envidências da atuação do
enfermeiro no enfretamento a COVID-19 fossem apresentados de forma mais proxima da
realidade brasileira nas ações para pandemia. Mesmo esta, sendo um acometmento de
abrangência global, e estabeleceram situações semelhantes mundialmente nas ações de
efrentamento ao vírus, as características estruturais brasileiras, são diferentes, sua política
pública em saúde possui extrutura diferenciada, sendo assim, optou-se neste estudo,
avidenciar epecificamente a importância do enfermeiro na pandemia do coronavírus no
Brasil.
A seguir, no quadro 1, apresentam os artigos que apresentam as principais
evidênicias e conclusões sobre a atuação do enfermeiro na pandemia da COVID-19 no
Brasil.

Quadro 1: Artigos selecionados para a elaboração da pesquisa

Nº Título do Base de Dados Autores e Principais evidências


documento Ano de
publicação
1 Atuação da BDENF - Reis. L. M O enfrentamento do
enfermagem Enfermagem / dos; et al. desconhecido torna os
no cenário da LILACS 2020 profissionais frágeis e
pandemia vulneráveis. Neste ínterim
COVID-19 é fundamental o
envolvimento direto dos
gestores no processo de
gestão do cuidado, além
disso, deve haver a
capacitação constante para
os profissionais que estão
na linha de frente ao
combate à pandemia.
2 Os BVS LIS - MEDEIROS. Os prossionais de saúde
profissionais Localizador de E. A. S. 2020. são particularmente
de saúde Informação em susceptíveis a infecção. No
enfrentam a Saúde Brasil, bem como em

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COVID-19 outros países, milhares de
nos hospitais pro ssionais de saúde foram
e expõe a afastados das atividades
própria vida pro ssionais por terem
para cuidar adquirido a infecção II e
dos doentes muitos morreram em
consequência da COVID-
19
3 Infecção e Scielo - Acta SANT’ANA, As evidências identificadas
óbitos de Paulista de G., et al. 2020 demonstram um alto
profissionais Enfermagem número de profissionais
da saúde por infectados e que foram a
COVID-19: óbito, sendo a sobrecarga
revisão do sistema de saúde um
sistemática fator significativo.
4 Assistência Google SILVA, P. A. O profissional enfermeiro
do enfermeiro Acadêmico G. da. 2021 nas unidades de APS para a
na atenção Covid-19 vai além da
primária à assistência ao indivíduo,
saúde para a pois o enfermeiro na
covid-19: unidade de saúde ao
uma revisão realizar suas ações e
integrativa desenvolvê-las, acaba
realizando a prevenção
para o vírus no indivíduo,
família ou
comunidade. Desta forma,
sua assistência se
desenvolve na realização
de ações
clínicas/educativas e
implementação da SAE,
evitando assim, o aumento
do número de casos na
comunidade.
5 Atenção BDENF – Revista RIOS, Amora Em todas as ações,
Primária à Cofen Ferreira percebeu-se que, apesar de
Saúde Frente Menezes et al. inserido em uma equipe
à COVID-19 multiprofissional, o
Em um profissional de
Centro de Enfermagem é o
Saúde protagonista da

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Atenção Primária à Saúde,
destacando-se desde o
planejamento às execuções
e avaliação das ações
implementadas.
6 Autonomia REICEN - BRITO. L.L; No estudo foram
do Revista de SIMOLVIL.S; identificados os desafios da
profissional Inciação Científica GIOTTO. autonomia do enfermeiro
de e Inciação A.C. 2020 na propagação da Covid-19
enfermagem no âmbito de trabalho na
diante da atenção básica, urgência
covid-19: emergência e UTI, como:
revisão superação e competência
integrativa das práticas profissional,
funções que não condiz
com suas atribuições,
monitoramento das
famílias, adaptação,
ineficiência do
conhecimento, hierarquia,
fadiga, falta de materiais,
resolução de problemas,
controle de ambiente,
suporte organizacional,
perda da autonomia,
limitação do numero de
leitos entre outros
7 Protagonismo Periodicos.UFPEL TRECCOSSI Destaca-se o protagonismo
do S.P.C et.al. do enfermeiro em todas as
Enfermeiro 2020 interfaces, o qual assume
na papel fundamental desde a
Estruturação composição das comissões,
e Gestão de perpassando pelo
uma Unidade planejamento e
Específica funcionamento da estrutura
para COVID- física, gestão de recursos
19 humanos e construção de
protocolos e fluxos de
cuidado, além de atuar
diretamente na assistência.

O estudo de Reis (2020) descreve as vivências dos enfermeiros até os dias atuais,
relatando os fluxos operacionais do serviço, a utilização de equipamentos de proteção

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individual, além dos desafios e potencialidades experienciados, assim como, a saúde
mental dos profissionais durante a pandemia. No sentido da saúde mental e das atividades
laborais destes profissionais, Medeiros (2020) apresentou dados de equipes de
profissionais de saúde na linha de frente de atendimento de casos de COVID-19 mostram
exaustão física e mental, diculdades na tomada de decisão e ansiedade pela dor de perder
pacientes e colegas, além do risco de infecção e a possibilidade de transmitir para
familiares
Para Sant’ana (2020) é fundamentalmente importante que ações que promovam
garantias de assistência médica para os prossionais de saúde e apoio psicológico sejam
estruturadas. Com a realização de amparo de testes diagnósticos nos sintomáticos,
obedecendo uma estrutura única e diferenciada de atendimento com vias de produzir
rapidez nos resultados e no atendimento a estes profissionais.
Diante das discursões apresentadas sobre a importância de evidenciar a atuação
dos profisisonais de enfermagem, Silva (2021), em seu estudo apresenta uma proposta de
um discurso coletivo para seguridade fisica, metal e intelectual dos profissionais de
Enfermagem, trabalhadores esses que foram afetados pelas: interações com o ‘novo’ com
elaboração de significados atribuídos à pandemia; interações com o cuidado de
Enfermagem relacionadas com os atendimentos aos pacientes e interações com o trabalho
demarcadas pelas relações profissionais e institucionais.
Na assitência direta e indireta ao paciente, família e comunidade com COVID-19,
o enfermeiro promove sua assistência com base no seu código de ética profissional,
diretrizes e normas vigentes, além de fundamentar sua competência na liderança para uma
eficácia na gestão de qualidade e produtividade através da assitência direta e indeta da
trasmissão comunitária pela COVID-19, ações fundamentais e que exigem do enfermeiro
uma abordagem dinâmica e sindrômica da doença (Brito; Simonvil & Giotto, 2020).
Brito e Simolvil (2020), evidenciam o trabalho de Educação em Saúde e o foco
na Educação Permanente desempenhados pelos profissionnais de enfermagem, ações
essas que facilitaram a adesão ao distânciamento social pelas comunidades através de
formulas reinventadas e dinâmicas dos processos de autocuidado atavés de prática
integrativas e complementares e da criatividade no cuidado de si e dos outros.
Comportamentos que elevaram ainda mais a importância da atuação do enfermeiro ,
profissionais atuantes no cuidado mais também nas ações educativas de empatia e no
fortalecimento do vínculo, na harmonia e controle emocional, mesmo em meio ao pânico
criado pela pandemia. Para os autores, os resultados evidenciam os desafios da autonomia
do enfermeiro nas ações frente a COVID-19 para responder a questão norteadora do
estudo. O autor destaca a grande importância da SAE para autonomia profissional do
enfermeiro pelo qual categoriza a promoção do conhecimento para aorganização e
ordenação da assistência, além de facilitar todo o percurso no trabalho dos profissionais
de enfermagem.
No que tange aos fluxos operacionais que versam sobre os vários aspectos do
cuidado, Traccossi (2020) destaca o desempenho do enfermeiro na atuação clínica, bem

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como na organização dos ambientes para o enfrentamento deste fenômeno de alto
potencial de transmissibilidade, o que exigiu a deliberação de decisões resolutivas
referentes à estruturação de ambientes, processos e procedimentos, sendo assim, os
enfermeiros protagonizaram adaptações necessárias e fundamentais. Uma prioridade
preponderante na gestão do enfermeiro, no cuidado ao indivíduo com COVID-19, foi a
de proporcionar capacitações de maneira contínua, recomendação da Organização
Mundial de Saúde e realizada através de treinamentos em serviço, no início das atividades
com os indivíduos diagnosticados ou com suspeitas, bem como sistemáticos, à medida
que se percebam novas necessidades e atualizações técnicas e científicas. Além disso, o
papel do enfermeiro diante do cuidado com a equipe de saúde é um destaque, haja vista
processos extressores em que esses profissionais estão inseridos, onde cada ação realizada
eleva os risco de contaminação pela COVID-19 para esses profissioanais, causando
incertezas sobre a patogêneses deste vírus o que impacta emocionais negativos a saúde
mental destes profissioanis. Sendo assim, gestores e líderes de equipes devem reconhecer,
desde o início, que o gerenciamento de riscos de uma unidade ou organização com
elevados níveis de pressão psicológica exige envolvimento e ação em todos os níveis
gerenciais.

CONCLUSÃO
Entende-se assim, a notória importância do enfermeiro emergencista na pandemia
da COVID-19, já que, possui conhecimento técnico-científico, capaz de atuar de maneira
correta, segura e rápida, em procedimentos que exigem muita prática e cuidado com o
paciente infectado, bem como, sensatez e responsabilidade no uso consciente dos EPIs,
com a técnica adequada evitando contaminação própria e de sua equipe.
Quanto ao tema, observa-se uma escassez de artigos científicos e de materiais
sobre a assistência e gestão de enfermagem na COVID-19. Devido a pandemia ser um
evento recente, a relização deste trabalhou foram evidenciadas a necessidade da
realização de novas pesquisas que possam subsidiar os profissionais da atividade prática,
para a assistência qualificada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO DESENVOLVIDO POR
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE
ACOLHIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Mirian Revers1; Emilio dos Santos Aguiar2; Andressa Vendruscolo dos Santos3;
Anderson Funai4.
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS
2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS
4
Enfermeiro, Professor Adjunto III na Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O presente relato de experiência consiste em descrever as práticas desenvolvidas pelos
Acompanhantes Terapêuticos enquanto agentes transformadores na saúde de um paciente
em sofrimento psíquico e tabagista, através de um projeto de extensão nos serviços de
rede de atenção psicossocial. Busca ainda, explanar as potencialidades e fragilidades
enfrentadas pelo Acompanhante Terapêutico durante o planejamento e execução das
atividades propostas. Nesse sentido, o Acompanhamento Terapêutico surge como uma
estratégia de intervenção auxiliar que visa ressignificar as atividades cotidianas do
paciente se opondo às práticas tradicionais como modelos asilares de tratamento indo ao
encontro da reforma psiquiátrica e sanitária.
Palavras-chaves: Acompanhantes Terapêuticos, Saúde Mental, Intervenção, Extensão,
Atenção Psicossocial.

INTRODUÇÃO
O Acompanhamento Terapêutico constitui um importante instrumento de
integração de projetos assistenciais centrados na atenção psicossocial. Suas ações se
inserem como práticas opostas aos modelos asilares de tratamento, alinhando-se às
propostas da reforma psiquiátrica e sanitária. Além disso, tem sido utilizado por
profissionais de saúde como forma de reconstruir identidades, integrar pessoas, reduzir a
ansiedade e proporcionar a construção da autoestima. Nesse tipo de abordagem, o
Acompanhante Terapêutico (AT) atua principalmente como modelo e estímulo para o
paciente. Nesse contexto, essa prática se deu a partir de um projeto de extensão que
objetiva implementar o Acompanhamento Terapêutico nos serviços de rede de atenção
psicossocial de Chapecó, além de promover a educação permanente em saúde e a

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integração ensino-serviço. As atividades de AT foram desenvolvidas em uma Unidade de
Acolhimento (UA), este equipamento socioassistencial tem como objetivo fornecer
segurança integral a pacientes do CAPS AD III do município, que estejam sem vínculo
familiar e próximo a sua comunidade de origem.

OBJETIVO
Desta forma, objetiva-se relatar as potencialidades e as dificuldades vivenciadas
pelos Acompanhantes Terapêuticos durante as atividades realizadas com um residente
diagnosticado com esquizofrenia e tabagista, bem como, descrever as emoções e
percepções experienciadas durante as intervenções.

METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência vivenciada no segundo semestre de 2021,
vinculado ao Projeto de Extensão: Acompanhamento Terapêutico em Saúde Mental na
Rede de Atenção Psicossocial de Chapecó. Este projeto é financiado pela Pró Reitoria de
Extensão e Cultura e tem a duração de 6 meses. As atividades práticas foram
desenvolvidas na Unidade de Acolhimento. Os estudantes, também denominados como
Acompanhantes Terapêuticos, possuem carga horária de dedicação ao projeto de 20 horas
semanais, sendo 10 horas em atividades presenciais junto aos residentes, 4 horas semanais
em atividades administrativas do projeto e as outras 6 horas em períodos de estudo e
educação permanente em serviço. No decorrer do projeto os bolsistas realizaram
acompanhamentos e saídas da unidade a fim de promover a saúde de forma completa nas
dimensões clínica, religiosa/espiritual e psicossocial.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após um período de quinze dias de adaptação na UA para maior interação com o
lugar e entrosamento com os residentes, os ATs foram instigados a propor intervenções a
serem realizadas com os residentes. Nesse contexto, as atividades relatadas a seguir foram
desenvolvidas com um residente diagnósticado com esquizofrenia e tabagista.
Foi realizado um passeio de aproximadamente duas horas com o residente, pois o
mesmo havia demonstrado interesse em visitar sua falecida mãe no cemitério da cidade.
Abraçada a essa ideia vimos a oportunidade de então, aplicar a intervenção terapêutica a
fim de potencializar uma dimensão simbólica no cotidiano do acompanhado. No decorrer
do percurso o mesmo se mostrou entusiasmado e comunicativo, abrindo possibilidade de
diálogo sobre sua família, bem como, relatos de como sua mãe faleceu e o quanto se sentia
perdido e deprimido sem sua presença, provocando então no AT muitos questionamentos
para compreender melhor sobre o enfrentamento efetivo desta problemática. Ao chegar
no local onde sua mãe havia sido enterrada, o acompanhado recitou poemas, cantou
algumas músicas evangélicas e contou várias histórias vividas com sua familiar,

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expressando claramente uma sensação de perda muito grande. Para além disso, o passeio
com o acompanhado possibilitou-nos uma ampla compreensão para novas intervenções,
a partir de uma simples aproximação significativa externa.
Em outra oportunidade, o mesmo residente demonstrou interesse em retomar suas
rotinas religiosas, assim dois ATs se dispuseram a acompanhá-lo até uma determinada
instituição religiosa, a qual o mesmo já frequentava anteriormente. Foi acordado com o
residente um horário de saída fixo para estar no local a tempo do início da reunião, a ida
para este evento religioso era visto pelo paciente como uma tentativa de largar o vício em
tabaco, já que este hábito vai contra a fé do mesmo. O residente se mostrou muito aberto
durante o percurso relatando muitos momentos difíceis que vivenciou, e ficando irritado
durante estas falas, gerando dificuldade de manuseio e ressignificação das informações
pelo AT.
As reuniões religiosas aconteciam nos domingos à tarde tendo duração de uma
hora e o tema era “a libertação dos vícios através da fé”, a atividade é ministrada por um
Pastor, alternando entre momentos de música, leitura e discursos. Ao chegar no local, o
residente apresenta um aspecto calmo, cessando as falas anteriormente citadas. Durante a
atividade na igreja o residente interage com pessoas de fora, porém nestes momentos é
perceptível que a fala do mesmo se acelera e fica de difícil compreensão. A ida ao culto
gera felicidade e uma sensação de pertencimento ao residente, isso após a saída do local,
ficando evidenciado pela sua fala e por comentários dos profissionais da UA.
Outra atividade realizada pelos ATs com o residente citado acima foi a ida há uma
Unidade Básica de Saúde devido um enjoo noturno recorrente. Durante a tarde, o
acompanhante e o residente se deslocaram a pé até o posto e lá foi realizada uma consulta
médica. Nesta ação foi possível observar a dificuldade de comunicação do mesmo devido
a fala acelerada e a ansiedade aparente durante a conversa com pessoas de fora do seu
ciclo social cotidiano, além disso foi notado uma dificuldade em esperar, visto que até o
momento de ser atendido o paciente parecia inquieto e expressou o desejo de desistir, pois
queria retornar para casa.

CONCLUSÃO
Esta é a primeira experiência com a oferta de AT nos serviços de saúde mental no
município de Chapecó. Essas primeiras experiências demonstram que essa modalidade
terapêutica é de extrema importância pois a partir do início do projeto, a equipe
profissional da UA relatou mudanças no estado mental dos residentes. O vínculo foi
fortalecido e os atendimentos foram permitindo tomar conhecimento de aspectos da
história de vida dos residentes que até então não haviam sido compartilhados. Ressalta-
se a importância da prática do acompanhamento terapêutico na rotina dos serviços de
atenção psicossocial, uma vez que, foi possível observar durante o andamento das
atividades e no decorrer do projeto os benefícios dessa prática na saúde dos residentes.
Apesar das fragilidades encontradas no desenvolvimento das atividades, entre outros
fatores como questões financeiras para o deslocamento, a instabilidade de humor e

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dificuldades físicas muitas vezes apresentadas por eles. Ainda assim, foi possível obter
resultados muito positivos ao fim das atividades propostas, como por exemplo: a
diminuição na quantidade de cigarro/tabaco consumido, melhora do humor e gratidão
evidenciada através de falas dos residentes em ter desfrutado aqueles momentos em
companhia do AT.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Concepções e Possibilidades em Serviços de Saúde Mental. Psicologia: Ciência e
Profissão,[s.l],2017.Disponívelem:https://www.scielo.br/j/pcp/a/45VS7XkkJQWGhYm
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KIRSCHBAUM, Débora Isane Ratner, ROSA Tatiane Morelati. Os trabalhadores de


enfermagem como acompanhantes terapêuticos de um centro de atenção psicossocial.
Rev Esc Enferm USP 2003; 37(1): 97-106. Disponível em:
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1982-3703. https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000400014.

PELÚCIO, Lyvya Mendes; SILVA, Janne Cristina de Araújo; SOUZA, Ricardo Ângelo
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intervenção auxiliar á clínica tradicional. In: FARIAS, Gilmar Alves de; SILVA, Janne
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ATIVIDADE ANTI-HELMÍNTICA DE GIBBILIMBOL B, UM COMPOSTO
ISOLADO DAS RAÍZES DE PIPER MALACOPHYLLUM (PIPERACEAE)

Vinícius de C. Rodrigues1; Paulo U. Carnaúba2; Ana Carolina A. Mengarda3; João


Henrique G. Lago4 e Josué de Moraes5
1
Graduando em Farmácia pela Universidade Guarulhos
2
Médico Veterinário, Mestrando pela Universidade Guarulhos
3
Biomédica, Doutorando pela Universidade de São Paulo
4
Doutor pela Universidade de São Paulo, Docente da Universidade Federal do ABC
5
Doutor pela Universidade de São Paulo, Docente da Universidade Guarulhos
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A esquistossomose, doença negligenciada causada pelo parasita de gênero Schistosoma,
atinge mais de 200 milhões de pessoas no mundo, sendo prevalente em mais de 70 países.
Causadora de morbidades debilitantes, somente um medicamento é recomendado no
tratamento, o praziquantel. Apesar de eficaz contra a fase adulta do verme, o praziquantel
tem baixa eficácia contra vermes jovens, além de haver preocupações com organismos
resistentes. Considerando a biodiversidade brasileira, novas alternativas podem surgir de
recursos naturais. Neste estudo, gibbilimbol B foi isolado de raízes de Piper
malacophyllum (Piperaceae) e avaliado contra vermes jovens e adultos de Schistosoma
mansoni ex vivo. Na fase juvenil gibbilimbol B foi mais ativo que praziquantel,
apresentando Concentração Efetiva 50% (CE50) e 90% (CE90) de 2,6 e 3,4 µM,
respectivamente. Ainda, testes de citotoxicidade com células humanas em concentração
190 vezes maior que seus efeitos antiparasitários não alteraram a viabilidade celular,
exprimindo seu potencial seletivo como agente anti-helmíntico.

Palavras-chaves: biodiversidade, esquistossomose, gibbilimbol B, Piper


malacophyllum, praziquantel.

INTRODUÇÃO
A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo platelminto (verme achatado)
do gênero Schistosoma. Popularmente conhecida no Brasil como “xistose”,
“xistossomose”, “barriga d’água” e “doença do caramujo”, a mesma se manifesta
principalmente em comunidades de baixa renda onde há falta ou inexistência de
saneamento básico. Endêmica em mais de 70 países 1, a esquistossomose é um óbice no

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âmbito da Saúde Pública. A baixa assistência prestada para o tratamento e prevenção da
doença faz com que a esquistossomose esteja entre as doenças negligenciadas mais
severas. Afetando mais de 200 milhões de pessoas no mundo 1, a população detém de
uma única opção terapêutica: o praziquantel. Embora importante para o tratamento e
controle das doenças, praziquantel é ineficaz contra a fase juvenil do verme, exigindo
frequentemente um retratamento e, devido seu uso recorrente, existe ainda uma crescente
preocupação concernente à resistência ao fármaco 2.
Apesar da necessidade de novos fármacos para esquistossomose, é cediço o baixo
interesse da indústria farmacêutica, uma vez que a população alvo não seria capaz de
retornar o investimento; tampouco é reconhecível os esforços dos Estados neste âmbito.
Considerando a urgência e necessidade de celeridade no combate à doença, universidades
e grupos de pesquisas ao redor do mundo atem-se às possibilidades que lhes são
apresentadas. Ante o exposto, a biodiversidade brasileira se torna uma rica fonte de
recursos na triagem farmacológica por moléculas com capacidade anti-helmíntica 3. Neste
sentido, considerando que plantas da espécie Piper são conhecidas por seus efeitos
inclusive esquistossomicidas 3, 4, a presente pesquisa identifica e isola através de técnicas
de Cromatografia de Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
(CLAE) o derivado de alquil-fenol extraído de raízes de Piper malacophyllum, o
gibbilimbol B. Isto posto, o derivado da popularmente conhecida pariparoba-murta,
planta nativa brasileira costumeiramente encontrada em florestas tropicais, foi
subsequentemente testado in vitro a fim de avaliar seus efeitos antiparasitários contra
vermes adultos e juvenis de Schistosoma mansoni, bem como avaliado sua citotoxicidade
em queratinócitos humanos (HaCaT) a fim de determinar seu Índice de Seletividade (IS).

OBJETIVO
Isolar gibbilimbol B de raízes Piper malacophyllum e avaliar seu o efeito
antiparasitário em S. mansoni.

METODOLOGIA
1. Isolamento de gibbilimbol B da P. malacophyllum
Piper malacophyllum foi coletada do Parque Estadual Intervales, São Paulo, em
novembro de 2019 recebendo o código na SISGEN #A4123E4. Raízes secas e em pó (37
g) foram extraídas utilizando n-hexano (6 x 100 mL) rendento um total de 1,2 g de extrato
bruto após a evaporação do solvente. Pós purificação por Cromatografia de Camada
Delgada (CCD) foi obtido 59 mg de gibbilimbol B puro.
2. Ensaios in vitro em esquistossômulos
Esquistossômulos mecanicamente transformados foram cultivados em placas de 96 poços
com meio 169 e antibióticos (100 U/ml de penicilina e 100 mg/mL de estreptomicina)
suplementado de 5% de soro fetal bovino. Os parasitos foram incubados por 72 horas em
5% CO2 a 37 °C e observados em microscópio invertido por alterações morfológicas, na

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motilidade e viabilidade 5, 6. Gibbilimbol B e praziquantel foram testados em triplicata
nas concentrações de 50 a 1,85 μM.
3. Ensaios in vitro em vermes adultos
Vermes adultos (49 dias), retirados de camundongos previamente infectados, foram
incubados aos pares em placas de 24 poços contendo RPMI-1640 com antibióticos e
circunstâncias semelhantes às realizadas para esquistossômulos 6, 7. Gibbilimbol B foi
testado em concentrações de 50 a 1,85 μM, enquanto praziquantel foi testado entre 5 e
0,07 μM.
4. Ensaio de citotoxicidade
Queratinócitos humanos (HaCaT) foram cultivadas em placas de 96 poços (2 x 10 3
células/poço). Após 24 horas de incubação, gibbilimbol B foi adicionado utilizando
concentrações de 500 a 31,25 μM. A viabilidade celular foi avaliada pelo método de MTT
8
. O ensaio foi feito em triplicata e repetido 3 vezes.
5. Uso de animais
O presente estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da
Universidade de Guarulhos (número de protocolo 047/20). Todos os animais são tratados
em estrita conformidade com as boas práticas previstas de acordo com a legislação
brasileira (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, Lei N°
11.794/2008).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O potencial do extrato n-hexano da raiz de Piper malacophyllum foi inicialmente testado
a 100 μg/ml onde ocasionou 100% de mortalidade de vermes adultos de S. mansoni, o
que resultou, a fim de identificar a molécula ativa, em uma análise por CLAE. O composto
C16H24O foi então distinguido, o que unido a dados de Ressonância Magnética Nuclear
(RMN) e estudos anteriores 9, p. ex., confirmou a presença do derivado de alquil-fenol, o
gibbilimbol B.
Em testes in vitro o gibbilimbol B induziu 100% de mortalidade contra esquistossômulos
em 50, 16,6 e 5,55 μM, em um período de 24 horas (Fig. 1), enquanto, contra
esquistossomos adultos, a viabilidade foi mantida inalterada durante as 72 horas de
observação, contra 100% de mortalidade ocasionada pelo praziquantel. Não obstante, as
Concentrações Efetivas 50% (EC50) e 90% (EC90) do gibbilimbol B foram de 2,6 e 3,4
μM, respectivamente, enquanto que o praziquantel apresenta valores de 6,9 e 10,1 μM, o
que aponta a necessidade de menores quantidades de gibbilimbol B para os mesmos
efeitos de praziquantel.

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Figura 1. Viabilidade de esquistossômulos de S. mansoni expostos a gibbilimbol B e
praziquantel durante 72 horas. Os valores de viabilidades são obtidos através de score de
viabilidade. Praziquantel foi testado a 10 µM.

O Índice de Seletividade (IS) também foi determinado através de testes de citotoxicidade


com HaCaT e da determinação da Concentração Citotóxica 50% (CC50), onde o
gibbilimbol B não se mostrou tóxico na maior concentração testada de 500 μM.
Não é incomum o relato de compostos ativos na fase imatura, mas não na adulta do verme
10, 11
, isso se dá, possivelmente, da extensa diferenciação entre as fases do parasita 12, o
que evidencia ainda mais sua complexidade biológica. Sua melhor atividade contra
vermes imaturos, somado ao fato de que o gibbilimbol B ostentou de IS ≥ 192,3, enquanto
a OMS estabelece que compostos antiparasitários e novos candidatos devem apresentar
IS ≥ 10, torna o composto passível de estudos futuros como uma terapia combinada ao
praziquantel, por exemplo.

CONCLUSÃO
No presente estudo observou-se que gibbilimbol B, isolado de P. malacophyllum, foi
ativo contra vermes imaturos de S. mansoni. Ademais, o composto não foi citotóxico em
células de mamíferos em concentração 190 vezes maior que seu efeito antiparasitário.
Portanto, a pesquisa ora inédita, provê dados suficientes para embasar novos estudos com
gibbilimbol B enquanto potencial candidato anti-helmíntico.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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11. MANSOUR, N. R. et al. Comparison of microscopy and Alamar blue reduction in a larval
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12. SKELLY, P. J. et al. Making sense of the schistosome surface, Adv. Parasitol. 2006, 63,
185-284.

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IMPORTÂNCIA DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NA TERAPIA INTENSIVA

Allana Rocha Silva1; Beatriz do Nascimento Santos2; Geovana Batista dos Santos3;
Israela Silveira Pinto4; Juliclésia Santos de Jesus5; Maria Carolina de Melo dos Santos6;
Mariana Milene Santos de Jesus7; Maria Nathalia Caxico Santos8
1-8
Graduando em Enfermagem pela Universidade Tirandentes Campus Estância
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A SAE é uma atividade privativa do enfermeiro, o ato de sistematizar apresenta um
sentido abundante, capaz de reduzir variados elementos de um sistema. A aplicação da
SAE envolve mais que uma sequência de processos, é uma atenção voltada ao todo e não
somente a questão patológica, proporcionando um atendimento humanizado e
organizado. Na equipe de enfermagem deve existir uma conscientização para a
necessidade da sistematização, para que assim haja a contribuição nos setores de
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em saúde. O processo de enfermagem é
dividido em 5 etapas interligadas, que para obter o resultado desejado devem ser
realizadas sequencialmente: coleta de dados, diagnóstico, planejamento, implementação
e avaliação. Com isso, é notório a importância da SAE na Terapia Intensiva, bem como,
a necessidade de capacitação para a equipe, afim de conscientizar acerca da relevância da
execução de um PE de qualidade.

Palavras-chaves: Cuidados de Enfermagem; Enfermagem de Cuidados Críticos;


Processo de Enfermagem; Cuidados Intensivos; UTI.

INTRODUÇÃO
A Sistematização de Assistência em Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do
enfermeiro e requer que o profissional possua o interesse em conhecer a necessidade de
cada paciente para que possa utilizar os conhecimentos no ato de gerar as orientações e o
próprio treinamento da equipe de enfermagem no desenvolvimento e implementação de
ações sistemáticas. (PEREIRA, BATISTA, SCHRAMM, 2021).
O ato de sistematizar em uma compreensão ampla, apresenta um sentido abundante, essa
palavra é capaz de reduzir os variados elementos de um sistema, entre os quais poderemos
encontrar ou até mesmo definir relação. Como também a consolidação do
programa/sistema depende de fatores como a economia e socialização. Devido o avanço
tecnológico, é comum que os profissionais de saúde sejam chamados para demonstrações
de intervenções/condutas, pois os pacientes/familiares sentem a necessidade de obter

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confiança frente ao que lhe será imposto. (SILVA, OLIVEIRA, NEVE, GUIMARÃES,
2011).
A aplicação da SAE envolve mais que uma sequência de processos, é uma atenção voltada
ao todo e não somente a questão patológica, proporcionando um atendimento humanizado
e organizado, diferentemente dos processos diários e variados eventos existentes.
Ressalta-se que, na equipe de enfermagem deve existir uma conscientização para a
necessidade da sistematização, para que haja a contribuição nos setores de promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação em saúde (TANNURE, 2011).

OBJETIVO
Compreender a importância da utilização da Sistematização da Assistência de
Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa utilizando-se das bases de dados SCIELO, LILACS
e PubMed/MEDLINE. Os descritores em ciências da saúde utilizados, foram: Cuidados
de enfermagem, enfermagem de cuidados críticos e UTI, associados aos operadores
booleanos: AND e MESH. Durante a análise dos dados, procurou-se descrever a
importância da utilização da SAE no cuidado aos pacientes críticos na Unidade de Terapia
Intensiva. Foram usados como critério de inclusão, aqueles artigos que apresentavam
correlação com o tema e objetivos propostos, a problemática do estudo e que contivessem
os descritores selecionados, e de exclusão, periódicos que não abordavam a temática
proposta.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O profissional de enfermagem que atua no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva
desenvolve uma assistência sistematizada com visão integral e multidisciplinar, ao lado
dos demais profissionais que integram a equipe. Realizar ações de promoção à saúde no
ambiente da UTI faz parte do contexto da Sistematização da Assistência de Enfermagem
(SAE), tendo uma visão preventiva, curativa e assistencial no cuidado aos pacientes, bem
como, a atenção aos familiares e as relações com a equipe (MAGALHÃES, et al., 2020).
Nunes e autores, corroboram que diversos fatores dificultam a elaboração e avaliação da
SAE, a exemplo da sobrecarga de trabalho, quadro de profissional insuficiente,
despreparo profissional, falhas no gerenciamento e até falta de tempo, segundo relatos de
profissionais, e isso se dá devido a desvalorização da precrição de enfermagem, que, por
sua vez, direciona os cuidados de enfermagem e suas ações.
Para ABREU (2021) é de suma importância a existência de um instrumento que facilite
a coleta de dados e os registros dos pacientes, e que o mesmo siga as etapas do processo
de enfermagem, levando em consideração as particularidades de cada setor de saúde e a

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padronização da classificação dos diagnósticos, intervenções e resultados. A aplicação
desse processo na prática clínica, funciona para o profissional como uma guia de suas
ações de maneira coerente e eficaz, tornando a assistência mais ética, científica e
humanizada.
Santos e autores, afirmam que as boas práticas de enfermagem realizadas através da SAE
no ambiente da terapia intensiva, proporcionam eficácia imediata no estado de saúde do
paciente além dos resultados benéficos a longo prazo no sistema de saúde como um todo.
O foco em resultados positivos no ambiente hospitalar, traduz de forma livre, cuidados
com segurança, tanto no conhecimento científico, quanto prático, que fortalece o
desempenho do papel profissional do enfermeiro para os usuários do sistema de saúde.
Acredita-se que, para a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem
é necessário maior conhecimento dos profissionais de saúde acerca dos diagnósticos de
enfermagem e delicadeza com as necessidades do cliente, seguindo as 5 etapas que são
interligadas, sendo a primeira, a coleta de dados que subsidiará as demais etapas do
processo de enfermagem, que são sequencialmente, diagnóstico, planejamento,
implementação e avaliação. Um estudo realizado com 109 profissionais em relação à
percepção quanto à importância da SAE, 74% afirmaram estar desmotivados para
executá-la, considerado um índice alto. Mesmo com o processo de sistematização já
existente há anos, é presente os casos onde o enfermeiro não está capacitado para essa
atuação, ou não possua confiança na prática clínica, deste modo, ressalta-se a necessidade
de inserir esses profissionais na implementação das ações para refletir de modo
exponencial na qualidade da assistência prestada aos pacientes e à própria instituição
(PEREIRA, F. P.; BATISTA, R. S.; SCHRAMM, F. R., 2021; SOUSA, et al; 2017).

CONCLUSÃO
Conclui-se que, a SAE é de suma importância para uma assistência de qualidade, além de
promover organização e atendimento humanizado. No entanto, devido a falta de
capacitação da equipe ainda existe uma resistência na aplicação do processo de
enfermagem (PE) seguindo as 5 etapas. A implementação dessa sistematização na
Unidade de Terapia Intensiva diminui os agravos e contribui para a melhora clínica dos
pacientes de forma eficaz sem causar maiores danos ou prejuizos que possam levar a
morte. Com isso, é notório a necessidade de capacitação para a equipe, afim de
conscientizar acerca da relevância da execução de um PE de qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS
DE ENFERMAGEM: REVISÃO INTEGRATIVA

Sabrina Miotto1; Camila Sasseti2; Gisele Baggio3; Thais Dresch Eberhardt 4, Tarzie
Hübner da Cruz5
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade de Passo Fundo - RS
2,3
Graduando em Enfermagem pela Universidade de Passo Fundo - RS
4
Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem pela UFSM, Docente do curso de Enfermagem
e da Residência Multidisciplinar da Universidade de Passo Fundo - RS.
5
Enfermeiro. Mestre em Enfermagem pela UFSM, Doutorando do Programa de Pós
Graduação em Envelhecimento Humano e docente do curso de Enfermagem da
Universidade de Passo Fundo - RS.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Atualmente, o índice de profissionais de enfermagem acometidos pela Síndrome de
Burnout vem em crescente evolução. Objetivou-se avaliar as evidências acerca dos
fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout em
profissionais de Enfermagem. Trata-se de uma revisão integrativa realizada nas bases de
dados Public Medicene e Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores: Burnout;
profissionais de enfermagem; fatores de risco. Identificou-se sete estudos que
contemplaram a pergunta norteadora e atenderam os critérios de inclusão. Inferiu-se que
os fatores ocupacionais obtiveram maior taxa de influência no desenvolvimento da
doença em questão. Os fatores de risco com maior níveis de evidência compreendem:
sobrecarga de trabalho, pouca experiência profissional, turno noturno, alta proporção
paciente/enfermagem, falta de reconhecimento e/ou sensação de falta de autonomia.
Constatou-se que as medidas preventivas para o desenvolvimento do Burnout devem ser
iniciadas já no trabalho, por meio de ações para evitar a exaustão profissional.

Palavras-chaves: Burnout. Profissionais de enfermagem. Fatores de risco.

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout acomete principalmente profissionais que trabalham com


assistência ao outro. É um distúrbio psicológico caracterizado pela exaustão física,
psíquica e emocional do indivíduo. Pode ser provocado principalmente pelo acúmulo
excessivo de trabalho e aumento da pressão. Os profissionais da saúde enquadram-se
nesse contexto, por serem extremamente exigidos, sem jornada de trabalho definida,

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cumprindo muitas vezes jornada dupla, com a falta de pessoal e um dimensionamento
ineficiente , ocasionando o cansaço físico. Ainda, a resolução de conflitos e trabalho em
equipe faz com que ocorra uma exaustão psicológica (SILVA et al. 2020).
A Enfermagem é uma profissão que exige extrema entrega física e psicológica por
parte dos seus profissionais, por ser caracterizada em assistência e cuidado intensivo aos
pacientes e familiares, com contato direto e diário. Por esse motivo, a sobrecarga, falta de
autonomia e a má definição do papel desses profissionais, contribuem para que seja uma
das profissões com maiores índices da Síndrome de Burnout (OLIVEIRA; LIMA;
VILELA, 2017).
De acordo com Oliveira; Araújo (2016), na Síndrome de Burnout há a interligação
de três fatores multidimensionais e independentes: a exaustão emocional, caracterizado
pelo esgotamento emocional físico e/ou psíquico; a despersonalização, onde a pessoa
afetada perda a sensibilidade e torna-se endurecida afetivamente; e a falta de realização
profissional, podendo afetar os indivíduos de forma física, psíquica ou ambos. Os sinais
e sintomas variam individualmente, e podem ser ocasionados não apenas pela sobrecarga
no âmbito de trabalho, mas em conjunto com a vida pessoal do profissional.
Atualmente, o índice de profissionais de enfermagem acometidos pela Síndrome
de Burnout vem em crescente evolução (OLIVEIRA; LIMA; VILELA, 2017). Por esse
motivo se faz importante e necessário o estudo referente a esse tema, trazendo
informações pertinentes para auxiliar na prevenção e na compreensão de pessoas afetadas
pela Síndrome de Burnout e de seus colegas de trabalho, permitindo que o assunto se
torne cada vez mais conhecido dentro da área da Enfermagem.

OBJETIVOS
O presente trabalho teve como objetivo avaliar as evidências acerca dos fatores de
risco relacionados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout em profissionais de
Enfermagem.

METODOLOGIA
Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, que de acordo com Souza; Silva;
Carvalho (2010), é um método que proporciona a síntese do conhecimento e a
incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática, e
determina o conhecimento atual de uma temática exclusiva. Para a construção da pergunta
norteadora, utilizou-se a estratégia PICO (Paciente; Intervenção; Comparação; Outcomes
[desfecho]), nesse caso: Quais as evidências acerca dos fatores de risco (O) para Síndrome
de Burnout em profissionais da saúde (P)?.
Já a busca pela literatura foi realizada nas bases de dados: Public Medicine
(PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no mês de outubro de 2020, e a seleção
dos artigos está apresentada no fluxograma 1 a seguir.

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O agrupamento dos estudos se deu pelo nível de evidência apresentado pelo
artigo, de acordo com a tabela “Oxford Centre for Evidence-Based Medicine 2011 Levels
of Evidence”, sendo estabelecidas três agrupamentos de estudo: fatores de risco
relacionados ao ambiente de trabalho; fatores de risco sociodemográficos; e fatores
protetores para a Síndrome de Burnout em Profissionais de Enfermagem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com relação aos fatores de risco relacionados ao ambiente de trabalho, temos a
sobrecarga de trabalho como um dos principais fatores contribuintes para SB, sendo
citado por 57,14 % das produções incluídas no estudo. Outro fator contribuinte é a pouca
experiência no trabalho, citado por 28,57 % das produções utilizadas. Também
representando 28,57% dos estudos, temos o turno noturno como fator de risco para SB

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em profissionais de enfermagem. A alta proporção de pacientes por enfermeiros/técnicos
em Enfermagem, é citado como fator de risco por 42,85% dos artigos. Outro fator
importante associado ao Burnout é a falta de reconhecimento e/ou sensação de falta de
autonomia profissional no seu local de trabalho.
Os principais fatores de risco sociodemográficos identificados foram em relação
à idade, gênero, estado civil e filhos. Ser jovem é considerado fator de risco para 28,57%
dos estudos. Já MEMBRIVE-JIMÉNEZ, M. J. et al. 2020, considera a idade entre 40 e
50 anos como fator de risco para SB (NE=I). O estado civil solteiro foi o mais influente,
sendo citado como fator de risco por 57,14% das publicações usadas. Com relação ao
gênero, à divergências, enquanto FUENTE et al. 2018 aponta o sexo masculino como
fator de risco para SB (NE=I), MEMBRIVE-JIMÉNEZ, M. J. et al. 2020 afirma que
mulheres são mais predispostas ao Burnout (NE=I). O fator ter filhos foi citado como
fator de risco por 28,57% dos estudos.
Como fatores de proteção para SB temos boa liderança, organização adequada das
funções, número de pessoal adequado, ter autonomia e controle do ambiente de trabalho
Por fim, tabagismo aparece também como fator protetor para Burnout.
Foram identificados diversos fatores, sendo considerados fatores de risco fortes
os que apresentaram nível de evidência I. Fatores de risco com NE= I com relação aos
fatores ocupacionais temos: sobrecarga de trabalho, pouca ou baixa experiência
profissional, turno noturno, alta proporção de paciente/enfermagem, e a falta de
reconhecimento e/ou sensação de falta de autonomia profissional no seu local de trabalho.
Com relação aos fatores sócio demográficos, apresentam-se como fatores fortes (NE=I):
ser solteiro e ter filhos. Para fatores protetores à SB, apresentam-se com NE=I: boa
liderança, organização adequada das funções, número de pessoal adequado e ter filhos.
Pode-se observar que o fato de ter filhos é apontado tanto como fator de risco,
quanto como fator de proteção. É citado como fator de risco pela jornada dupla que o
cuidador exerce (filhos/trabalho), mas também é apontado como fator protetor, e que a
responsabilidade de criar os filhos não acentua, mas reduz a sobrecarga emocional e a
sensação de excesso de trabalho que vivenciam. Contudo, novos estudos acerca de
gênero, idade, estado civil e filhos se fazem importantes, para melhores definições.
É fato que as principais influências para o desenvolvimento da Síndrome de
Burnout em profissionais da enfermagem são os fatores ocupacionais. A sobrecarga de
trabalho é o principal fator citado, relacionada com falta de pessoal, má organização das
funções, jornada dupla, turnos estendidos e emprego múltiplo. Sendo assim, ações
preventivas no ambiente de trabalho são necessárias.
CONCLUSÃO
Por fim, , conclui-se por meio de evidências científicas, que os principais fatores
de risco para Síndrome de Burnout em profissionais de Enfermagem estão relacionados
a fatores ocupacionais, sendo: sobrecarga de trabalho, pouca experiência profissional,

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turno noturno, alta proporção paciente/enfermagem, falta de reconhecimento e/ou
sensação de falta de autonomia e ainda ser solteiro e ter filhos.
Deste modo, evidencia-se que as primeiras medidas preventivas para o
desenvolvimento do Burnout devem ser iniciadas no ambiente de trabalho, por meio de
ações para evitar a exaustão profissional. Boa liderança e organização das funções e do
funcionamento da equipe são fundamentais para evitar a sobrecarga de trabalho. Também
se faz importante que o dimensionamento do pessoal de enfermagem esteja adequado
para a demanda do setor, assim, estabelecendo um bom funcionamento e garantindo o
cuidado com qualidade e segurança aos pacientes.
Também, torna-se importante a realização de novos estudos acerca de fatores
relacionados a gênero, idade, estado civil e filhos, para determinar com melhor clareza as
suas relações com o Burnout, para que, com conhecimento da doença os profissionais da
saúde trabalhem com foco na prevenção, e não somente após sua instalação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TRATAMENTO DA SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA

Marcos Alves Gomes1; Amanda Naves Carvalho 2; Andreia Monique Rodrigues


Honorato3; Emmily Menezes Pesdroso4; Luísa Eamnuele Macedo5, Monica Marques
Brandão Inacio6; Stefano Georges Daguer Faina7 e Deborah de Kássia Gonçalves Gomes
de Sousa8
1
Mestre em Gestão Organizacional pela Universidade Federal de Goiás e Graduado em
Administração pela Faculdade de Caldas Novas e Graduando em Medicina pelo Centro
Universitário de Goiatuba – UNICERRADO
2,3,4,5,6,7
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Goiatuba – UNICERRADO
8
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário Atenas – UniAtenas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Uma das principais complicações das gestações gemelares é a síndrome de transfusão
feto-fetal (STFF), importante observar a representação pelas sequências oligo-
polidrâmnio (SOP) e anemia-policitemia (SAP), quando em estágios graves, a conduta
expectante para cada uma delas é associada a prognósticos ruins, com alta taxa de
mortalidade intrauterina e perinatal, inclusive elevado índice de comprometimento
neurológico nos sobreviventes. Neste sentido faz-se necessário determinar três pontos
essenciais nesta pesquisa: primeiro, a investigação do estado da arte no cenário literário
sobre a temática através da metodologia Revisão Integrativa (RI), o segundo ponto é
apresentar como escopo a principal formas terapeuticas da STFF e por ultimo, apresentar
o resultado desse cenário em relação aos tratamento da STFF.
Palavras-chaves: Gestação Gemelar. Síndrome de transfusão feto-fetal. Prognóstico.
Tratamento. Revisão Integrativa.

INTRODUÇÃO
A síndrome de transfusão feto-fetal (STFF) classifica-se com uma condição de
ocorrência rara. Presente nas gestações gemelares, é caracterizada pela presença de uma
só placenta com passagem desbalanceada de sangue de um feto para o outro. O
redirecionamento do fluxo sanguíneo do feto doador para o feto receptor é identificado
pela formação de anastomoses vasculares na placenta, podendo ser de artérias e veias,
apenas veias ou apenas artérias, neste sentido ocorre o acometimento anastomótico,
geralmente seguido de resposta cardíaca, causionando desequilíbrio osmótico e
hidrostático. Esse processo de redirecionamento do fluxo sanguineo, o feto receptor

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receberá um suprimento sanguíneo maior do que o outro, causando risco gestacional com
óbitos fetais.
Esta pesquisa está estruturado em 5 seções. Nesta seção introdução foi
apresentado em contexto geral sobre a STFF com a síntese do quadro teórico, na seção 2,
são explorados os principais aspectos relacionados objetivos desta pesquisa, em seguida
mostra os aspectos metodológicos aplicados na pesquisa, na seção 4 discute-se os
resultados encontrados da pesquisa e por ultimo a seção 5 traz as conclusões dentro dos
aspectos relevantes a pesquisa.

OBJETIVOS
O objetivo geral foi investigar qual a conduta mais sofisticada no tratamento para
STFF relatados na literatura científica. Os objetivos específicos são: identificar todos as
tecnicas de tratamento para STFF e seus aspectos gerais.

METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi a RI de literatura, no qual baseia-se em técnicas
bibliométricas de análise publicações científicas sobre o tema Tratamento da STFF,
disponíveis na base de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca
Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), com corte temporal de 2016 a 2021,
realizada em Outubro de 2021, o descritor utilizado foi “Sindrome da transfusão feto-
fetal”, foram selecionados publicações científicas com disponibilidade completa nos
idiomas inglês, português e espanhol, a amostra correspondente foi apurada em quatro
publicações científicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados três publicações na base de dados SCIELO e uma publicação
na BDTD, verificou-se nos estudos quais são as tecnicas de tratamento da STFF, nota-se
que 100% dos estudos encontrados relatam o tratamento da STFF a laser dos vasos
anormais na placenta (cirurgia endoscópica a laser). Conforme Raposo et al 2020,
existem várias opções de tratamento da STFF, que incluem: a remoção repetida de líquido
amniótico excessivo (aumento da redução); tratamento a laser dos vasos anormais na
placenta (cirurgia endoscópica a laser); punção da membrana entre os gêmeos
(septostomia); e o final seletivo da vida de um gêmeo (feticídio seletivo). As evidências
mostraram que o tratamento com laser foi associado a mais bebês que estavam vivos sem
anormalidades neurológicas quando comparados com a remoção do excesso de líquido
amniótico.

CONCLUSÃO

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Considerando os estudos para a realização desta pesquisa, observa-se a
importância de compreender as formas de tratamento da STFF, dentro de vários aspectos
e possibilidades é imprescindível para uma gestação saudável a realização do pré-natal
para diagnosticar diversas doenças, como a síndrome de transfusão feto-fetal. A
fetoscopia é um procedimento a laser considerado atualmente padrão ouro no tratamento
da STFF, essa técnica é excutada com apoio da ultrassonografia, que coagula as
anastomoses vasculares existentes na área placentária de cada feto na gestação gemelar
monocoriônica. Embora seja a conduta mais sofisticada, é também a que demanda maior
preparo do profissional, pois as complicações incluem, rotura prematura das membranas,
bem como sangramento vaginal e descolamento de placenta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DESAFIOS PARA GARANTIR O DIREITO AO CUIDADO EM SAÚDE ÀS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-
19
Bruna Maria Ávila Azevedo1; Danielle Andrade Uchôa Santos1; Éllyda Vitória de Lima1;
Fernanda Biatriz Silva Costa1; Vívian Katarinne da Silva Lima1; Rosane Freire Lacerda².

1
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico
do Agreste.
2
Docente da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A pandemia da COVID-19, desde 2019, evidenciou a falta de inclusão e acessibilidade
em relação à saúde das pessoas com deficiência. O objetivo deste estudo foi identificar
os desafios encontrados para garantir o direito ao cuidado em saúde às pessoas com
deficiência no contexto da pandemia de COVID-19. Para isso, foi realizada uma revisão
integrativa da literatura utilizando as bases de dados PubMed, Lilacs, Periódico CAPES,
ScienceDirect e Scielo, sendo incluídos trabalhos completos, em inglês, português e
espanhol, entre 2019 e 2021, excluindo-se artigos duplicados e não relacionados ao tema.
Dos 88 trabalhos encontrados, 9 foram selecionados. Nota-se que, durante a pandemia,
houve uma falha na garantia dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência, como
os direitos à saúde, falta de acessibilidade no contexto urbano, cuidados domésticos,
acesso aos serviços de saúde e suporte social, ainda persistindo as vulnerabilidades e
iniquidades dessa população em questão.

PALAVRAS-CHAVE: Infecções por Coronavírus; Pessoas com Deficiência; Direito à


Saúde; Acesso aos Serviços de Saúde; Acessibilidade.

INTRODUÇÃO
A COVID-19, do inglês Coronavirus disease 2019, foi identificada no final do ano de
2019, na China, a partir da notificação de vários casos da nova síndrome caracterizada
por sintomas respiratórios agudos e provocada por uma variante de vírus da família
Coronavírus, até então desconhecida, o SARS-CoV-2. Até o final de fevereiro de 2020,
a COVID-19 já havia alcançado 53 países e, em 11 de março do mesmo ano, foi
considerada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A rápida
disseminação da doença e a sua comprovada transmissão por via respiratória motivaram

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os governos por todo o mundo a criarem medidas restritivas que visam o distanciamento
social, obrigando a readequação de espaços físicos e de serviços em todas as esferas.
Nesse sentido, sabe-se que, ao elaborar essas medidas, não houve ponderação de
acessibilidade dessas normas para toda a sociedade, o que permitiu a replicação da já
antiga falta de inclusão de pessoas com necessidades diversas. Assim, medidas de
isolamento social foram desenhadas ignorando legislações nacionais e internacionais, as
quais prezam por assegurar e promover os direitos fundamentais das pessoas com
deficiência, a exemplo do Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015, e da Convenção
Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em 2007 internacionalmente e
aceita em 2009 no Brasil. Com isso, as pessoas com deficiência foram diretamente
impactadas pela pandemia, não somente em relação direta do vírus sobre a saúde dessas
pessoas, como também pelo desrespeito de algumas restrições às necessidades desse
grupo, o que agravou ainda mais as disparidades em saúde já existentes entre as pessoas
com e sem deficiências. Assim, é importante destacar a ausência de dados oficiais sobre
infecções ou óbitos por COVID-19 em pessoas com deficiência, dificultando a realização
de análises e estudos científicos e a construção de políticas públicas a esse público. Junto
a isso, as informações de saúde pública transmitidas por canais de comunicação e por
materiais de divulgação não utilizaram linguagem acessível a algumas pessoas com
deficiência, o que também contribuiu para o recrudescimento da exclusão social dessas
pessoas.

OBJETIVO
Identificar os desafios para garantir o direito ao cuidado em saúde às pessoas com
deficiência no contexto da pandemia de COVID-19.

METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, a qual foi conduzida através da
seguinte pergunta norteadora: quais os desafios enfrentados por pessoas com deficiência
para acessar seu direito à saúde durante a pandemia de COVID-19?. As bases de dados
utilizadas foram PubMed, Lilacs, Periódico CAPES, ScienceDirect e Scielo, utilizando
os descritores “infecções por coronavírus”, “pessoas com deficiência” e “acesso aos
serviços de saúde”, assim como seus correspondentes em inglês. O operador booleano
“AND” foi empregado para restringir a pesquisa a fim de encontrar artigos que continham
os descritores de forma simultânea. Foram incluídos trabalhos completos, disponíveis em
inglês, português e espanhol, publicados entre 2019 e 2021, excluindo-se artigos
duplicados e não relacionados ao tema. Foram encontrados 88 trabalhos, dos quais 9
foram selecionados para elaboração deste estudo. Além desses, houve a integração do
Estatuto da Pessoa com Deficiência e da Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa
com Deficiência, que se tornam fundamentais na abordagem dessa temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Os estudos selecionados incluíram temas sobre os desafios à garantia de direitos às
pessoas com deficiência, com ênfase na saúde, mas com associação a outros direitos,
durante a pandemia de COVID-19.

Tabela 1 - Estudos selecionados para a revisão.

BASE TÍTULO AUTORE PERIÓDICO TEMÁTICA


S

PubM Disability, Urban Health PINEDA, Journal Of Impactos da


ed Equity, and the Coronavirus V. S.; Urban Health, pandemia de
Pandemic: promoting cities CORBUR [S.l.], v. 97, n. COVID-19 à saúde
for all. N, J. 3, p. 336-341, de pessoas com
2020. deficiência.

Periód Guaranteeing the Health QI, F.; Risk Manag Busca pela garantia
icos Rights of People with WANG, Q. Healthc de direitos à saúde
Disabilities in the COVID- Policy, [S.l.], das pessoas com
CAPE
19 Pandemic: Perspectives v. 13, p. 2357- deficiência em
S
from China 2363, 2020 pandemia.

Periód Impact of COVID-19 SENJAM, Indian Journal Desafios e impactos


icos pandemic on people living S. Of da pandemia de
with visual disability. Ophthalmolog COVID-19 em
CAPE
y, [S.l.], v. 68, deficientes visuais.
S
n. 7, p. 1367-
1370, 2020.

SciEL Pessoas Com Deficiência e MACIEL, SciELO Análise


O COVID-19 no estado do E. et al. Preprints, epidemiológica das
Espírito Santo: Entre a [S.l.], 2020. pessoas com
invisibilidade e a falta de deficiência
Políticas Públicas infectadas pela
COVID-19 no
Espírito Santo.

Scien COVID-19 Post-lockdown: BROWN, Alter, [S.l.], In Recomendações e


ceDir perspectives, implications N. et al. press, 2020. experiência de
ect and strategies for disabled pessoas com
staff. deficiência durante a
pandemia de
COVID-19.

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Scien The effects of COVID-19 THEIS, N. Disability And Análise dos efeitos
ceDir restrictions on physical et al. Health das restrições da
ect activity and mental health Journal, [S.l.], pandemia de
of children and young p. 101064, COVID-19 sobre
adults with physical and/or 2021 pessoas com
intellectual disabilities. deficiência.

Scien COVID-19 exit strategy: JAMALU Annals Of Recomendações do


ceDir transitioning towards a new DIN, S. et Medicine And ‘‘novo normal’ das
ect normal. al. Surgery, [S.l.], atividades diárias na
v. 59, p. 165- pandemia de
170, 2020. COVID-10.’

Scien Impacts of COVID-19 on COCHRA Transp Res As dificuldades


ceDir access to transportation for N, A. L. Interdiscip enfrentadas por
ect people with disabilities Perspect, pessoas com
[S.l.], v. 8, n. deficiência ao uso de
100263, 2020. transporte durante a
pandemia de
COVID-19.

Scien Smart healthcare support TAIWO, Informatics In Aborda acerca de


ceDir for remote patient O.; Medicine nova tecnologia que
ect monitoring during covid-19 EZUGWU, Unlocke, permite
quarantine. A. E. [S.l.], v. 20, p. monitorização das
100428, 2020. funções fisiológicas
em casa.

A análise dos estudos demonstrou que os portadores de deficiência, considerando sua


diversidade, estão mais propensos ao desenvolvimento de casos mais graves tendo em
vista os problemas de saúde intrínsecos à deficiência, como a presença de comorbidades,
e levando em consideração as condições de vulnerabilidade social, discriminação,
estigmatização e iniquidades enraizados na sociedade, o que se expressa em falha no
exercício de seus direitos fundamentais, como saúde, acesso a informação e
acessibilidade. No que tange às dificuldades, os estudos evidenciam uma grande
variedade, haja vista os vários tipos de deficiência, que estão relacionadas a pandemia,
como o exemplo da dificuldade de higienizar as mãos, de isolamento e de compreensão
das medidas de prevenção, as quais podem estar acentuadas dentre algumas pessoas com
deficiência. Nesse sentido, uma das questões abordadas foi a ausência de acessibilidade
das informações sobre medidas de prevenção e combate dessa doença nos meios de
comunicação, que fica evidente nos casos de pessoas com deficiência visual ou auditiva,
além daqueles que têm menor acesso às tecnologias de comunicação. Outrossim, medidas
de contenção da pandemia resultaram em diminuição de oferta de serviços variados,
incluindo serviços de transporte confiável e seguro, o que ressaltou as barreiras de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


mobilidade e acessibilidade enfrentadas por pessoas com deficiência e,
consequentemente, dificultou o acesso a cuidados de saúde não só preventivos e não
urgentes, mas também a cuidados de urgência e emergência. Ademais, é importante
considerar que alguns indivíduos com deficiência precisam de auxílio frequente de
cuidadores, sejam profissionais ou voluntários, durante sua rotina, porém, devido às
medidas restritivas durante a pandemia, a presença desses cuidadores não foi assegurada,
fazendo com que muitos apresentassem grandes dificuldades em realizar atividades
rotineiras. Outro efeito apontado pelos estudos trata do impacto da pandemia na saúde
mental das pessoas com deficiência, como comportamentos agressivos, automutilação,
ansiedade, redução do humor, sedentarismo e diminuição da sociabilidade em crianças e
jovens com deficiência física ou mental. Uma das estratégias sugeridas para que a
assistência não seja comprometida, é o uso da tecnologia, seja por teleconsultas, como
está sendo bem explorado nesse contexto pandêmico, seja por dispositivos mais
elaborados que monitoram as funções fisiológicas das pessoas em casa, entretanto, o
acesso a essas tecnologias ainda é restrito. Diante disso, ao analisar o funcionamento de
Instituições de Ensino Superior no Reino Unido durante a pandemia, surgem
recomendações simples que buscam garantir os direitos das pessoas com deficiência,
como, por exemplo, a garantia dos equipamentos tecnológicos e didáticos necessários
para acompanhar e ministrar as aulas remotas, adiantar férias remuneradas para docentes
portadores de deficiência e a escuta ativa dessas pessoas na hora de elaborar medidas de
acessibilidade. Outras soluções já adotadas na China visam a inclusão das pessoas com
deficiência, como a criação de um canal digital onde pessoas com deficiência podem tirar
suas dúvidas, facilitando o entendimento das recomendações em saúde atualizadas e com
linguagem adequada, além de recolher com mais eficiência as demandas desses
indivíduos, para que sejam consideradas na elaboração de novas medidas.

CONCLUSÃO
A pandemia do coronavírus trouxe desafios à toda humanidade e evidenciou suas
inúmeras vulnerabilidades, muitas já existentes. Diversas medidas precisaram ser
tomadas com tempo extremamente reduzido na tentativa de conter a doença, entretanto,
apesar de o vírus afetar a todos, ele não atinge toda a população de forma igualitária e,
por isso, sobressaem os desafios enfrentados por pessoas com deficiência, as quais
possuem inúmeras dificuldades que as encaixam como um grupo vulnerável. É notório
que não se foi dada a atenção necessária para as condições de acessibilidade urbana,
cuidados domésticos, acesso aos serviços de saúde, suporte social, apoio socioeconômico,
dentre vários outros fatores essenciais na vida dessa população, os quais são direitos
desses indivíduos. Essa lacuna confirma e perpetua a falta de visibilidade histórica que
esse grupo enfrenta, de maneira que é imprescindível a elaboração de medidas que
objetivem reduzir esses desafios, garantindo direitos e liberdades fundamentais, a fim de
oferecer às pessoas com deficiência a possibilidade de enfrentar a pandemia e suas
consequências de forma mais equânime quando comparadas às pessoas sem deficiência,
mediante planejamento de serviços inclusivos tanto por parte governamental quanto

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social, tendo a garantia do exercício de seus direitos, como é previsto na Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e no Estatuto da Pessoa com
Deficiência, através da preservação da autonomia, da dignidade e da cidadania desses
indivíduos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BALOCH, S. et al. The Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Pandemic. The Tohoku
Journal Of Experimental Medicine, [S.l.], v. 250, n. 4, p. 271-278, dez. 2020.
BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo,
assinados em Nova York, em 30 de mar. de 2007. 2009. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm. Acesso
em: 23 de abr. de 2021.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 2015. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm Acesso em:
23 de abr. de 2021.
BROWN, N. et al. COVID-19 Post-lockdown: perspectives, implications and strategies
for disabled staff. Alter, [S.l.], In press, dez 2020.
COCHRAN, A. L. Impacts of COVID-19 on access to transportation for people with
disabilities. Transportation Research Interdisciplinary Perspectives, [S.l.], v. 8, n.
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ESKYTE, L. et al. Out on the streets – Crisis, opportunity and disabled people in the era
of Covid-19: Reflections from the UK. Alter, [S.l.], v. 14, n. 4, p. 329-336, nov. 2020.
JAMALUDIN, S. et al. COVID-19 exit strategy: Transitioning towards a new normal.
Annals of Medicine and Surgery, [S.l.], v. 59. p. 165-170, 2020.
MACIEL, E. et al. Pessoas Com Deficiência e COVID-19 no estado do Espírito Santo:
Entre a invisibilidade e a falta de Políticas Públicas. SciELO Preprints, [S.l.], 2020.
MCCLINTOCK, H. F. V. et al. Health care experiences and perceptions among people
with and without disabilities. Disability And Health Journal, [S.l.], v. 9, n. 1, p. 74-82,
2016.
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE (OPAS). OMS afirma que COVID-
19 é agora caracterizada como pandemia. 2020. Disponível em:
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6120:oms-
afirma-que-covid-19-e-agora-caracterizada-como-pandemia&Itemid=812. Acesso em:
20 de mar. de 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PINEDA, V. S.; CORBURN, J. Disability, Urban Health Equity, and the Coronavirus
Pandemic: promoting cities for all. Journal Of Urban Health, [S.l.], v. 97, n. 3, p. 336-
341, 2020.
QI, F.; WANG, Q. Guaranteeing the Health Rights of People with Disabilities in the
COVID-19 Pandemic: perspectives from china. Risk Management And Healthcare
Policy, [S.L.], v. 13, p. 2357-2363, out. 2020.
ROSÁRIO, P. T. Os Direitos Fundamentais e a Pandemia COVID-19 - O Cidadão
Deficiente e o Terceiro Sector. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais - Iurj, [S.l.], v.
1, n. 1, p. 62-73, 2020.
SENJAM, Surajs. Impact of COVID-19 pandemic on people living with visual disability.
Indian Journal Of Ophthalmology, [S.l.], v. 68, n. 7, p. 1367-1370, 2020.
TAIWO, O.; EZUGWU, A. E. Smart healthcare support for remote patient monitoring
during covid-19 quarantine. Informatics In Medicine Unlocked, [S.l.], v. 20, p. 100428,
2020.
THEIS, N. et al. The effects of COVID-19 restrictions on physical activity and mental
health of children and young adults with physical and/or intellectual disabilities.
Disability and Health Journal, [S.l.], In press, 2021.

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DOENÇAS AUTOIMUNES E A SAÚDE INFANTO: DIABETES MELLITUS I

Francisco Sérgio da Silva Filho11


1
Graduando em Biomedicina pelo Centro Universitário Unifanor,
Email para contato: [email protected]

RESUMO

As doenças autoimunes são preocupantes para a saúde de um indivíduo. Elas são


responsáveis por vitimizar uma considerável parcela populacional, principalmente em
fases ainda juvenis: pontuam-se aqueles acometidos pela diabetes mellitus I. O estudo dos
artigos tem o propósito de analisar como ocorrem as doenças autoimunes, destacando o
diabetes mellitus I. A fim de explaná-la, foram revisados artigos da plataforma Scielo,
mediante uma filtragem que compreende os anos de 2015 e 2020. Elegeram-se 4 obras
relevantes que faziam menção à diabetes mellitus I e que contribuíam para a concisão de
tal arguição. Verificou-se que, embora haja uma necessidade de alimentação saudável por
parte daquele grupo, estão ambos seguindo as mesmas médias de aumento exponencial
de peso. Conclui-se que o controle da glicose no sangue é de extrema importância para a
otimização do estilo de vida de um indivíduo com diabetes mellitus I, ainda que seja uma
condição autoimune.

Palavras-chave: doenças autoimunes; diabetes mellitus I; células β pancreáticas;


anticorpos; insulina.

INTRODUÇÃO

O organismo humano é dotado de um complexo sistema de defesa contra substâncias


consideradas estranhas, passíveis de desencadearem sintomatologias prejudiciais aos
processos bioquímicos ou fisiológicos orgânicos. Entretanto, em diversas situações
categorizadas, as células de defesa do corpo atacam indiscriminadamente tecidos e órgãos
saudáveis, essenciais para o seu devido funcionamento, de modo a provocar o
desenvolvimento das chamadas doenças autoimunes, mediante mecanismos não
amplamente evidenciados pelos estudos concernentes à temática.
O diabetes mellitus I se dá mediante o ataque de anticorpos às células β do pâncreas,
fundamentais para a produção de insulina (CARDOSO e PIMENTA, 2020), que é o
hormônio responsável por metabolizar o açúcar do sangue seguindo uma sistemática

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chave-fechadura. Por conseguinte, o tecido hematopoiético se mostra saturado quanto à
presença de glicose, que, em condições normais, deveria estar sendo utilizada para a
geração de ATP, a moeda energética orgânica, para o restante do organismo. Embora
menos frequente que o diabetes mellitus II, o tipo I da condição acomete uma considerável
parcela populacional brasileira e se manifesta ainda nas fases iniciais da vida (CARDOSO
e PIMENTA, 2020), por isso também dita diabetes juvenil. Ademais, é válido pontuar a
adolescência como período mais crítico no que tange ao controle dos índices metabólicos
de glicose no sangue (VON BORRIES et al, 2020). Destarte, torna necessário um quadro
de mudanças de hábitos do indivíduo acometido pela problemática, a fim de atenuar as
manifestações nocivas ao corpo e de equilibrar a dinâmica do organismo em questão
(CARDOSO e PIMENTA, 2020).

OBJETIVOS

A revisão de artigos em questão tem o propósito de analisar e de entender como ocorrem


as doenças autoimunes, destacando o diabetes mellitus I. Além disso, tem por objetivo
evidenciar as frequentes vítimas da condição, bem como as causas, os sintomas e as
consequências que tal anomalia frente ao trato das células β pancreáticas pode acarretar.

METODOLOGIAS
O presente estudo foi desenvolvido a partir de uma análise de artigos científicos obtidos
nas bases de dados online da plataforma Scielo (Scientific Electronic Library Online),
mediante uma filtragem dos escritos no período que compreende os anos de 2015 e 2020,
sendo este último ano de grande destaque na abordagem do assunto. Dentre as 2.014
amostras encontradas para o termo "diabetes tipo I", 510 se enquadravam na categoria de
artigo original referente ao intervalo definido, cujo conteúdo era concernente à temática
trabalhada nesta revisão. Então, foram elegidas 4 obras relevantes que faziam menção à
diabetes mellitus I e que contribuíam para a concisão, bem como para o devido
desenvolvimento de tal arguição.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em todo o mundo, foi observado um expressivo aumento do número de casos de diabetes


mellitus I, o que evidencia um subsequente desencadeamento de sintomatologias que se
potencializam a partir de tal condição autoimune. Mediante estudos, comprova-se que o
errôneo controle metabólico incita eventos cardiovasculares de magnitudes macro ou
micro ainda na juventude, bem como vulnerabilidades no desenvolvimento cerebral
(VON BORRIES et al, 2020). É também frequentemente relatado o elevado risco de

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morte súbita por pacientes acometidos pelo tipo I da disposição analisada na presente
revisão de artigos (INANIR et al, 2020).
Com o objetivo de contrastar crianças diabéticas de crianças não diabéticas, desenvolveu-
se um estudo comparativo envolvendo a duas amostras, por meio do qual foi verificado
que, embora haja uma necessidade de manutenção de alimentação saudável por parte
daquele grupo, estão ambos seguindo as mesmas médias de aumento exponencial de peso,
referentes aos índices de obesidade global (SILVA et al, 2020). Tal conjuntura sugere o
avigoramento das possibilidades de surgirem cardiopatias, problemas vasculares ou
alterações articulares na parcela populacional afetada pela mellitus I.
Outrossim, é amplamente discutida na literatura revisada a necessidade de se fazer
otimizar o estilo de vida de um indivíduo a partir de manifestados os efeitos da diabetes
tipo I. Mais especificamente, é preconizado o controle dos níveis de glicose circulante no
sangue, principalmente levando em consideração os hábitos alimentares do mesmo
(CARDOSO e PIMENTA, 2020).

CONCLUSÃO
Mediante os artigos revisados, conclui-se que o controle dos níveis de glicose circulante
no sangue, principalmente no que concerne aos hábitos alimentares, é de extrema
importância para a otimização do estilo de vida de um indivíduo com diabetes mellitus I.
Ademais, conclui-se que a relevância de se manter uma dieta regular é evidenciada
quando se pontua que as células β do pâncreas, que são atacadas por células de defesa no
tipo I da doença, são fundamentais para a produção de insulina, responsável por
metabolizar o açúcar do sangue de maneira a gerar ATP, a moeda energética orgânica.

REFERÊNCIAS
BORRIES, D. et al. Associação entre sintomas depressivos das mães e controle
metabólico em adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1. Revista chilena de pediatria,
vol.91, n. 2. Santiago, 2020.
CARDOSO, A. P.; PIMENTAL, F. Propriedades psicométricas: questionário alimentar
de três fatores (TFEQ -R21) em uma amostra diabética tipo 1. Psicologia, Saúde &
Doenças, vol.21, n. 1. Lisboa, 2020.
INANIR, M.; GUNES, Y.; SINCER, I.; ERDAL, E. Avaliação das Variáveis de
Despolarização e Repolarização Ventricular Eletrocardiográfica em Diabetes Mellitus
Tipo 1. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol.114, n. 2. São Paulo, 2020. Epub, 20 de
março de 2020.
SILVA, L. C. S. et al. Cintura hipertrigliceridêmica e fatores associados em crianças e
adolescentes com Diabetes Mellitus do tipo 1. Revista paulista de pediatria, vol.38. São
Paulo, 2020. Epub, 16 de março de 2020.

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SÍNDROME DE TOURETTE NA INFÂNCIA: UMA ABORDAGEM
FARMACOLÓGICA NA RESOLUÇÃO DE TIQUES

Matheus Jannuzzi Moreira de Mendonça1; Lucas Palhares Barreto Mendes2

1
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
2
Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A Síndrome de Tourette, caracterizada pela ocorrência de tiques crônicos, possuí amplo


arsenal terapêutico, contudo, não há consenso quanto a eficácia e segurança dos fármacos
utilizados em crianças e adolescentes acometidos. Os antipsicóticos, em geral, possuem
efeito positivo para controle dos tique e o atípico aripiprazol é preferível aos típicos,
devido maior tolerabilidade. Risperidona e quetiapina, por sua vez, carecem de evidência
quanto sua efetividade para a síndrome. Medicações que atuam na via dopaminérgica,
como ecopipam e pramipexol, também demonstram eficácia para a Tourette, apesar de
não completamente elucidada a recomendação para o uso. Em contrapartida, a clonidina,
principalmente em forma de adesivo, demonstra-se uma opção eficaz e de boa
tolerabilidade em infantis. Outras medicações que atuam na via glutamatérgica não
parecem apresentar benefícios para a ocorrência de tiques. O manejo da Tourette deve ser
individualizado e o tratamento de patologias comórbidas é altamente recomendado.

Palavras-chaves: Síndrome de Tourette, Tiques Crônicos, Antipsicóticos, Infância,


Crianças.

INTRODUÇÃO
A Síndrome de Tourette (ST) é um distúrbio neuropsiquiátrico na qual a clínica
compreende a ocorrência de ao menos um tique vocal, associado a múltiplos tiques
motores, por um período superior a 1 ano de duração. As primeiras manifestações surgem
por volta dos 6 a 7 anos de idade, em média, tendo seus sintomas intensificados por volta
dos 8 a 12 anos de idade. A prevalência da ST, atualmente, é estimada em 1% da
população mundial e entre 0,4% e 3,8% em crianças e jovens.
A maioria das crianças com ST apresenta, em concomitância, outra psicopatologia, como
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH), acarretando grande prejuízo cotidiano.
O arsenal terapêutico da ST é abrangente, entretanto, há escassez de evidência sobre a
eficácia e segurança do uso de fármacos para o seu tratamento, obstaculizando uma
melhor recomendação para o uso.
OBJETIVOS

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Elucidar os melhores fármacos a serem usados para o tratamento da ST em crianças, a
fim de auxiliar na garantia de uma melhor qualidade de vida dos acometidos por essa
desordem.

METODOLOGIA
Revisão da literatura, realizada a partir de uma busca na base de dados Pubmed, em julho
de 2021, utilizando os descritores: "Tourette", “Treatment", “Children", associados ao
operador booleano AND. Definiu-se como critérios de inclusão os artigos científicos
publicados entre 2011 e 2021, nos idiomas português, inglês e espanhol. A busca resultou
em um total de 39 artigos, que foram avaliados e selecionados para leitura de título e
resumo. Desses, foram selecionados 7 artigos para leitura integral e utilização.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos 7 artigos utilizados, 4 são ensaios clínicos randomizados, 2 estudos observacionais e
1 estudo aberto preliminar.
A disfunção do sistema dopaminérgico é considerada um dos fatores primários para
desenvolvimento da ST, porém, outros neurotransmissores podem estar envolvidos, como
o glutamato e a serotonina. Simultaneamente, essa síndrome é amplamente associada à
comorbidades que envolvem os núcleos da base, como TDAH e TOC, sugerindo uma
ideia de associação com os neurotransmissores supracitados e com medicações que os
modulam.
Alguns modelos sugerem que uma desregulação de vias dopaminérgicas, seja em nós
subcorticais ou em populações de neurônios corticais cerebrais, esteja relacionada com a
gênese dos tiques. O suporte clínico a essa teoria se dá através de constatações em estudos
anteriores, que demonstram que medicamentos com ação dopaminérgica podem inibir ou
exacerbar a ocorrência desses tiques.
A principal classe farmacológica associada são os antipsicóticos, que apresentam boa
redução dos tiques. Inicialmente, o haloperidol e a pimozida, antipsicóticos típicos, eram
as únicas alternativas terapêuticas. Contudo, alguns dos medicamentos antipsicóticos
utilizados apresentam efeitos colaterais importantes, como ganho de peso, sedação,
efeitos extrapiramidais e sintomas de humor. Posteriormente, os agonistas alfa-2, como a
clonidina e a guanfacina, também apresentaram bom efeito na redução dos tiques. Cerca
de 5 a 30% dos casos, constam menores efeitos colaterais, mas ainda assim, estão
atrelados a boca seca, hipotensão e sintomas de descontinuação.
Embora a ST tenha etiologia desconhecida, o uso dos antipsicóticos atípicos entrou em
relevância como alternativa terapêutica, devido a suas repercussões dopaminérgicas e
serotoninérgicas. Dessa forma, o aripiprazol, um agonista parcial de receptores D2, se
tornou uma opção para o tratamento da ST, apresentando efeitos terapêuticos
satisfatórios. Seu mecanismo específico de ação apresenta efeito de agonismo parcial de
dopamina e antagonismo de receptores D2 em situações hiper dopaminérgicas, além de
ser agonista parcial do receptor serotoninérgico de 5ht1 e antagonista em 5ht2.

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Em um estudo feito para avaliar a efetividade do aripiprazol em crianças e adolescentes
com ST, observou-se 72 pessoas em um tratamento de 8 semanas, e delas, 50,3%
apresentaram redução dos tiques na escala de Yale Global Tic Severity Scale (YGTSS) e
melhora de sintomas de comportamento de acordo com o Child Behavior Checklist. Mas,
nesse estudo, a dose terapêutica do aripiprazol na redução dos tiques se mostrou
relativamente alta (10.0 – 4.8 mg/dia).
Dados demonstraram uma eficiência na supressão de tiques, com uma diminuição de
45,9% e 54,2% da linha de base na YGTSS com aripiprazol em doses baixas e altas,
respectivamente. O tratamento reduziu a intensidade dos tiques em 82% dos pacientes e
apresentou resultados subjetivos positivos em quase a totalidade dos pacientes. Ademais,
o aripiprazol oral foi bem tolerado e, embora alguns pacientes apresentem sintomas
extrapiramidais com a medicação, no estudo, apenas um paciente apresentou
parkinsonismo. Outro dado observado, foi que embora mais eficiente em curto prazo (de
4 a 8 semanas), o aripiprazol em doses altas teve maior índice de interrupção no
tratamento em relação ao aripiprazol em doses baixas.
Outras medicações antipsicóticas atípicas, como a quetiapina e a risperidona
apresentaram relativa eficácia no tratamento dos tiques. A primeira com redução de 65%
e 74% na intensidade dos tiques no período de 4 e 8 semanas, respectivamente. Já a
risperidona apresentou taxas de 32% na redução, no tratamento de 8 semanas. Todavia,
essas medicações seguem sem conclusões quanto à segurança, principalmente na
infância, pois podem apresentar aumento de peso, fadiga e tolerabilidade medicamentosa.
Os antipsicóticos apresentam uma característica importante em relação a outras classes,
pois medicações diferentes apresentam efeitos colaterais e eficácia distintas em relação a
cada indivíduo e a cada condição específica.
A utilização do antagonista seletivo de receptores D1, o ecopipam, no tratamento da ST
é sustentado por um estudo que avaliou a eficácia da medicação em relação a cessação ou
redução dos sintomas. Outro estudo observou que o ecopipam possui efeito positivo na
melhora de tiques motores e fônicos, sem efeitos colaterais como ganho de peso,
tolerância medicamentosa ou sintomas extrapiramidais. A teoria é apoiada pela relação
dos receptores D1 com o surgimento de tiques em um estudo que avaliou os receptores
D1 em ratos com a expressão de movimentos repetitivos e déficits motores impulsivos,
em que a medicação apresentou bom efeito na redução desses sintomas e apresentou
ainda, melhora comportamental importante.
Em outro trabalho que avaliou a segurança e eficácia do ecopipam, a média de YGTSS
no início do experimento foi de 29,7, reduzindo-se, no final, a uma média de 22,8,
sugerindo leve melhora no quadro. Nesse mesmo trabalho, não houve efeitos adversos
graves, porém, a população analisada era adulta, o que obscurece uma indicação segura
da medicação em jovens. Infere-se, através dessas análises, que há correlação da
medicação com controle dos tiques. Todavia, sua real eficácia e tolerabilidade permanece
pouco esclarecida, necessitando maiores observações para futuras conclusões.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O pramipexol, um agonista seletivo de receptores D2, por sua vez, apresenta-se como
opção medicamentosa, devido à aparente eficácia dos agonistas dopaminérgicos. Um
ensaio clínico randomizado, envolvendo 63 crianças e adolescentes com ST, identificou
uma considerável queda na média de YGTSS, de 7,16, após 6 semanas de uso de
pramipexol, demonstrando uma correlação da medicação com o tratamento de tiques. No
entanto, houve grande redução da YGTSS, também, no grupo placebo, o que limita a
qualidade da evidência observada.
Outra opção terapêutica em análise é o uso dos agonistas-alfa2, clonidina e a guanfacina.
A clonidina, em estudos, demonstra bom efeito em redução de tiques e menores efeitos
colaterais comparados aos antipsicóticos, pois tem como principal foco de ação o Locus
Ceruleus, que diminui a função noradrenérgica. Uma ótima alternativa para crianças e
adolescentes é o adesivo de clonidina, um dispositivo transdérmico que libera a
medicação de maneira constante por 7 dias, sem apresentar picos ou baixas plasmáticas,
causando menos efeitos adversos. Em contrapartida, um estudo americano que avaliou o
uso da guanfacina em relação a um grupo placebo, em 34 crianças, não constatou
diferença significativa na redução da escala YGTSS, que diminuiu de 26,25 para 23,56,
e de 27,67 para 24,72, respectivamente. Esses achados divergem de alguns trabalhos
anteriores, que demonstraram a eficácia dessa medicação.
Devido às inúmeras variações e possibilidades medicamentosas para a ST, novas terapias
farmacológicas são constantemente testadas. Dentre elas, destacam-se medicações que
envolvem o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central, o
glutamato. Todavia, não é clara a associação dos tiques com um efeito
hiperglutamatérgico ou hipoglutamatérgico. Dessa forma, um estudo envolvendo 24
crianças, comparou o efeito do d-serine, um agonista glutamatérgico, e o riluzole, um
antagonista glutamatérgico, para resolução da clínica da ST. Ambos os medicamentos,
nesse estudo, mostraram-se ineficazes, questionando o real envolvimento da via do
glutamato nessa síndrome.
O tratamento dos transtornos de tiques crônicos possui, em sua maioria, uma sequência
específica, que inclui a abordagem individual do paciente, evidenciando a condição que
mais causa prejuízo para ele. O sucesso terapêutico, muitas vezes, está atrelado à
resolução do principal foco patológico desse paciente, podendo ser, em grande parte dos
casos, um transtorno psiquiátrico comórbido.

CONCLUSÃO
Apesar da ampla variedade de fármacos com possibilidade terapêutica para a ST, os
antipsicóticos mantêm-se como os medicamentos preferíveis à escolha, devido ao maior
número de evidências quanto aos seus benefícios e efeitos adversos. Prefere-se o uso de
atípicos, como o aripiprazol, em relação aos típicos, devido a maior tolerabilidade. O
manejo da ST deve ser realizado de forma individualizada, preocupando-se com as
questões neuropsiquiátricas comórbidas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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syndrome in children: A randomized, placebo‐controlled crossover study. Movement
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children and adolescents. Journal of child and adolescent psychopharmacology, v. 27,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


O TEATRO E A PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA: POSSIBILIDADES
DE ATUAÇÃO SOCIOEDUCATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Lucas Lima de Carvalho1, Lucas Rodrigues Claro2, Amanda dos Santos Cabral3, Pamela
Lima Dias Lins4, Juliana de Oliveira Mansur Pacheco5, Bruna Liane Passos Lucas6,
Antonio Eduardo Vieira dos Santos7.Eduardo Alexander Júlio César Fonseca Lucas8
1
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
2
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
3
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ,
([email protected])
4
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
5
Estudante de Graduação em Medicina/UFRJ Macaé ([email protected])
6
Enfermeira Assessora do Projeto Teatro em Saúde/UFRJ, ([email protected])
7
Tecnologista Pleno do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, Professor Adjunto da
Faculdade de Enfermagem/UERJ, ([email protected])
8
Professor Adjunto da Faculdade de Medicina/UFRJ,
([email protected])
E-mail do autor principal: [email protected]

RESUMO

Este relato de experiência versa acerca das atividades realizadas pela equipe do projeto
de ensino-pesquisa-extensão “Teatro em Saúde” no cenário presencial pré-pandemia
Covid-19. O público-alvo foram crianças em idade escolar, 6 a 12 anos, matriculadas em
escolas de ensino fundamental do município do Rio de Janeiro. Foram desenvolvidas
peças no formato de musicais acerca de temáticas relevantes para a saúde da comunidade
escolar. Todas as peças tinham dois finais alternativos, o qual era selecionado por meio
de votação pela plateia, favorecendo o protagonismo infantil. As experiências exitosas
revelam que as práticas as ações educativas são potentes instrumentos de empoderamento
da comunidade escolar quando desenvolvidas à luz dos princípios da educação popular
em saúde segundo Paulo Freire e dos atributos derivativos da APS, a saber: a abordagem
familiar e competência cultural.

PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Atenção Primária à Saúde; Drama.

INTRODUÇÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A escola é um ambiente propício para o exercício da cidadania e potencialização das
práticas de promoção da saúde. Por isso, é mister o desenvolvimento de práticas
educativas em saúde que vislumbre, por meio do paradigma da integralidade, as reais
necessidades de saúde da comunidade escolar. Este é um relato de experiência de natureza
descritiva e abordagem qualitativa, referente às atividades desenvolvidas no contexto de
pré-pandemia da COVID-19 no projeto de ensino-pesquisa-extensão intitulado “O Teatro
e a Promoção da Saúde na Escola: Possibilidades de Atuação Socioeducativa na Atenção
Primária à Saúde”. O projeto possui duas interfaces: de extensão voltada à educação
popular em saúde, utilizando o teatro como ferramenta facilitadora da promoção da
mesma; e de pesquisa, com objetivo de analisar os significados que os escolares atribuem
à temáticas de saúde. As atividades foram desenvolvidas para escolares de 6 a 12 anos,
em parceria ao Programa Saúde na Escola (PSE) vinculado às clínicas da família,
localizadas na CAP 3.1 no município do Rio de Janeiro.

OBJETIVOS

Descrever as experiências exitosas da equipe executora do projeto durante o


desenvolvimento das atividades extensionistas.

METODOLOGIA

Trata-se de relato experiência apoiado nos pressupostos de Minayo (2013) no que


concerne às abordagens qualitativas para dar relevo aos significados e vivências no
contexto das práticas de promoção da saúde em nível da Atenção Primária à Saúde (APS).
Utilizou-se os conceitos da educação popular em saúde pautados nos princípios de Paulo
Freire para favorecer o protagonismo infantil. As apresentações teatrais consistiam em
musicais que variavam de 15 a 60 minutos, que foram estruturadas a partir das temáticas,
dos elementos conhecidos e das vivências prévias que despertassem o interesse do
público-alvo. As temáticas abordadas foram: Bullying e Cultura da Paz; Sustentabilidade
ambiental; Arboviroses; importância da higiene corporal e bucal; importância da
alimentação saudável; prevenção de acidentes na infância; vacinação; entre outros temas
emergentes. Os personagens do cotidiano da comunidade escolar e músicas conhecidas
por elas foram contextualizados nas temáticas. As músicas foram elaboradas em paródias
que apresentam conceitos em saúde inseridos na temática da peça. As dramatizações têm
dois finais alternativos, previamente definidos pela equipe do projeto. O final é escolhido
pela plateia durante a encenação, por meio de votação, favorecendo assim o protagonismo
da comunidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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As experiências revelaram que a comunidade escolar tem uma capacidade incrível de
reflexão e crítica da realidade a despeito do que muitas pessoas imaginam. Isto é
evidenciado pelo interesse, mobilização e criatividade durante o desenvolvimento das
ações extensionistas. Ao longo das apresentações, confirmou-se que a utilização de
músicas e personagens conhecidos do universo infantil favoreceram a maior captação da
atenção da plateia, bem como facilitaram a inserção e participação ativa do público na
história contada.

O emprego de metodologias ativas favoreceu a construção de vínculo com os usuários. O


teatro mostrou-se um instrumento que potencializa a educação popular e pode ser
utilizado em diferentes cenários, reforçando a importância do empoderamento da
comunidade nas práticas de promoção da saúde na escola. Desta maneira a equipe do
projeto conseguiu aproximar-se do público-alvo, aprender com os participantes das
atividades, reforçando a ideia de que o processo educativo pode ser comparado a uma via
de mão dupla, na qual a troca de saberes está atrelada ao processo de apreensão das
realidades vividas

CONCLUSÃO

O instrumento lúdico-teatral possibilitou aos membros da comunidade escolar refletir


sobre a concepção de saúde, a partir da implementação de práticas educativas numa
perspectiva sociocultural levando em consideração os determinantes sociais da saúde.
Sendo identificada a necessidade de potencialização da educação em saúde, visando uma
maior interação da escola, família e comunidade. No âmbito do território, a ferramenta
teatral viabilizou o trabalho comunitário em saúde proporcionando ao estudante de
graduação a aproximação com a cultura da população local.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca et al. Os significados das práticas de
promoção da saúde na infância: estudo do cotidiano escolar pelo desenho. Ciência &
Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 09 [Acessado 8 Outubro 2021], pp. 4193-4204.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020>. Epub 27 Set
2021. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em


saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec, 2013.

STOTZ, E. N. Enfoques sobre educação e saúde. In: VALLA, V. V; STOTZ, E. N. (Org.).


Participação popular, educação e saúde: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,
1993. p. 11-22.

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REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Juliana de Oliveira Mansur Pacheco1, Lucas Lima de Carvalho2, Lucas Rodrigues Claro3,
Amanda dos Santos Cabral4, Maria Rita Simão Torres5, Bruna Liane Passos Lucas6,
Simone Fonseca Lucas7, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca Lucas8
¹Estudante de Graduação em Medicina/UFRJ Macaé ([email protected])
²Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
³Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
4
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ,
([email protected])
5
Estudante de Graduação em Fisioterapia/UFRJ, ([email protected])
6
Enfermeira Assessora do Projeto Teatro em Saúde/UFRJ, ([email protected])
7
Professora de Biologia/ Seeduc RJ, ([email protected])
8
Professor Adjunto da Faculdade de Medicina/UFRJ,
([email protected])
E-mail do autor principal: [email protected]

RESUMO
O projeto de ensino, pesquisa e extensão “O Teatro e a Promoção da Saúde na Escola:
Possibilidades de Atuação Socioeducativa da Atenção Primária à Saúde” consiste em um
grupo de acadêmicos de diferentes cursos de saúde com o objetivo de promover educação
em saúde por meio do teatro. Contudo, diante do contexto pandêmico foi necessário
adaptar as metodologias do projeto a fim de dar continuidade às atividades extensionistas.
Nesse sentido, a adoção das redes sociais como via de comunicação e compartilhamento
de saberes com a comunidade extra acadêmica mostrou-se ferramenta diferencial para
perpetuação da educação em saúde de forma acessível e respeitando os pressupostos
determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o combate à pandemia de
COVID-19.
Palavras-chaves: Promoção da Saúde; Educação em Saúde; Saúde Escolar; Atenção
Primária à Saúde; Drama

INTRODUÇÃO
Este é um relato de experiência de natureza descritiva e abordagem qualitativa sobre as
atividades desenvolvidas pelo projeto de ensino-pesquisa-extensão “Teatro em Saúde” no
cenário da pandemia Covid-19. Anteriormente ao contexto pandêmico, o projeto de
extensão desenvolvia suas ações presencialmente atuando na modalidade lúdico teatral e

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abordando temáticas relacionadas à educação em saúde. Dessa forma, eram realizadas
peças teatrais e musicais em escolas públicas localizadas no município do Rio de Janeiro
vinculada às clínicas de família da rede municipal de atenção à saúde.
O projeto anteriormente desenvolvia ações educativas na modalidade lúdico-teatral com
temáticas em saúde em escolas públicas localizadas no Município do Rio de Janeiro,
vinculadas às clínicas de família da rede municipal de atenção à saúde. Nesse sentido, o
público alvo era a comunidade escolar adstrita a essas escolas, englobando estudantes,
pais/responsáveis e profissionais. Contudo, foi então necessário adaptar as práticas
extensionistas e o protocolo anteriormente executado adotando novas ferramentas que
possibilitassem a continuidade das ações educativas de forma remota. Assim foram
adotadas as redes sociais como estratégia de compartilhamento e comunicação com a
comunidade extra-acadêmica, mantendo assim, a realização das ações educativas em
saúde voltadas às necessidades do público-alvo para a prevenção e controle das infecções
pelo SARS-CoV-2.

OBJETIVO
Descrever as experiências da equipe executora do projeto, referentes às estratégias
adotadas para dar continuidade ao desenvolvimento das atividades extensionistas no
contexto da pandemia, evidenciando o uso das redes sociais como recursos essenciais
para esse processo.

METODOLOGIA
Nessa perspectiva, foram utilizadas as redes sociais do projeto, Instagram®️, Facebook®️,
Youtube®️ e o TikTok®️, para produção, divulgação e compartilhamento de materiais
audiovisuais educativos produzidos pela equipe, prosseguindo com as atividades de
educação em saúde. Todas as produções foram realizadas e desenvolvidas de forma
totalmente remota através de ensaios e gravações via Google Meet. Assim, a produção
emergente dessa iniciativa compreendeu um total de 13 vídeos, a saber, peças teatrais no
formato de vídeo, videoclipe e mini vídeos para o TikTok®️. Os materiais abordaram
assuntos como, o uso correto de máscaras, a importância do distanciamento social, a
necessidade da higienização coreta das mãos, entre outros. Além disso, foi executada a
estratégia de realizar uma enquete nas redes sociais, a fim de rastrear os conhecimentos
prévios dos seguidores acerca de alguns temas que seriam abordados nos vídeos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se com a divulgação dos vídeos produzidos o aumento gradual de interesse dos
seguidores nas redes sociais do projeto. Outrossim, por meio da estratégia de
compartilhamento virtual do conteúdo do projeto nas redes sociais, foi possível ampliar
o alcance do público-alvo mediante a utilização das tecnologias digitais do mundo virtual.
À título ilustrativo, no que se refere a quantidade de acesso aos materiais educativos
produzidos nas plataformas digitais destaca-se em geral: 390 visualizações no
YouTube®, 1.698 visualizações no Instagram® e 385 Facebook®:, totalizando 2473
acessos diretos, sem computar os compartilhamentos do material com outros usuários da

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rede mundial de computadores. Essa janela de oportunidades permitiu o desenvolvimento
das ações do projeto mantendo o nível de excelência que sempre almejamos.

CONCLUSÃO
Concluímos que as redes sociais e plataformas virtuais foram indispensáveis diante do
novo contexto mundial pandêmico para que fosse possível dar continuidade às ações de
extensão, ensino e pesquisa, de modo que os resultados atingidos foram positivos.
Contudo, observamos novos desafios para a realização desta modalidade de ação em
saúde. Podemos destacar:: 1) exclusão digital de parcela considerável da população
brasileira, sobretudo as mais vulneráveis; e 2) necessidade de adequação da linguagem
aos diferentes contextos de vida e faixa etária dos seguidores das mídias sociais do
projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.
FIOCRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira. COVID-19 e Saúde da Criança e do Adolescente. Ago., 2020.
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GARCIA, Leila Posenato. Uso de máscara facial para limitar a transmissão da COVID-
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LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca et al. Os significados das práticas de
promoção da saúde na infância: estudo do cotidiano escolar pelo desenho. Ciência &
Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 09 [Acessado 8 Outubro 2021], pp. 4193-4204.
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Wagner Sousa de Vasconcelos. –Ponta Grossa - PR: Atena, 2021.DOI
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MATERIAIS EDUCATIVOS E O COMBATE À COVID-19: REDES SOCIAIS
COMO FERRAMENTAS PARA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE

Juliana de Oliveira Mansur Pacheco1, Lucas Lima de Carvalho2, Lucas Rodrigues Claro3,
Amanda dos Santos Cabral4, Maria Clara Niemeyer5, Bruna Liane Passos Lucas6,
Antonio Eduardo Vieira dos Santos7 , Eduardo Alexander Júlio César Fonseca Lucas8
1
Estudante do Curso de Graduação em Medicina/UFRJ-MACAÉ,
([email protected])
2
Estudante de Graduação em Enfermagem - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), ([email protected])
3
Estudante de Graduação em Enfermagem - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ, ([email protected])
4
Estudante de Graduação em Enfermagem - Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ, ([email protected])
5
Estudante de Graduação em Filosofia - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
([email protected])
6
Enfermeira Assessora do Projeto Teatro em Saúde - UFRJ, ([email protected])
7
Tecnologista Pleno do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, Professor Adjunto da
Faculdade de Enfermagem/UERJ, ([email protected])
8
Professor Adjunto da Faculdade de Medicina/UFRJ,
([email protected])

E-mail do autor principal: [email protected]

RESUMO
Diante da pandemia, o projeto “Teatro em Saúde” buscou promover práticas educativas
em saúde para comunidade escolar, abordando assuntos relacionados à COVID-19, tais
como: uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos. Reformulou-se a
metodologia, para respeitar as determinações da Organização Mundial de Saúde para
combate do novo Coronavírus, utilizando-se ferramentas digitais. Objetivo geral:
desenvolver atividades de educação em saúde na modalidade lúdico-teatral para
promoção da saúde na comunidade escolar. Materiais/Métodos: trata-se de projeto
extensionista que utiliza o teatro como ferramenta potencializadora das ações educativas
apoiadas nos pressupostos Freire. O público alvo são membros da comunidade escolar.
Foram desenvolvidos materiais educativos (cartilhas/videoclipes/vídeos musicais) para
publicação nas redes sociais. Estratégias, tais como as produções de conteúdos digitais e
a utilização das redes sociais são eficazes para compartilhamento de saberes,

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possibilitando o desenvolvimento das atividades de educação popular em saúde e
ampliação do alcance das ações implementadas.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Saúde Escolar; Atenção Primária à Saúde; Drama.

INTRODUÇÃO
Diante da pandemia de COVID-19 a Organização Mundial da Saúde determinou
diversas medidas para o enfrentamento da COVID-19, tais como: isolamento social, uso
de máscaras, entre outras medidas. No Brasil, a gestão das políticas públicas para
mitigação dos impactos da pandemia, caracteriza-se como fortemente negacionista.
Como resultado dessa conjuntura, a população se viu dividida e confusa em relação às
medidas de prevenção da COVID-19 (FIOCRUZ, 2020).
O projeto de extensão: "O Teatro em Saúde”, entendendo a gravidade da situação
atual, e o papel da universidade no processo de compartilhamento de saberes com a
sociedade, adaptou o processo de trabalho para desenvolver atividades voltadas ao
combate do SARS-CoV-2 a partir das redes sociais. Passamos a utilizar ferramentas
virtuais como estratégia para a realização das ações educativas em saúde voltadas às
necessidades do público-alvo (LUCAS, 2020).

OBJETIVO GERAL
- Desenvolver atividades de educação em saúde na modalidade lúdico-teatral com a
comunidade escolar para promoção da saúde e prevenção de danos dos agravos mais
comuns nesta parcela da população.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ADAPTADOS À COVID-19


- Produzir materiais educativos na modalidade audiovisual
(videoclipes/paródias/podcasts/musicais em vídeo) acerca das seguintes temáticas para
prevenção da COVID-19: a) importância do distanciamento social; b) uso adequado de
máscaras respiratórias; c) higienização das mãos; d) vacinação, entre outros temas em
desenvolvimento;

METODOLOGIA
Trata-se de um projeto de extensão com interfaces de pesquisa e produção cultural.
A primeira destina-se à produção de conhecimento voltada à promoção da saúde. A
segunda busca a interação dialógica entre profissionais e os sujeitos envolvidos no
projeto, visando o protagonismo/participação popular nas questões que envolvem a
temática de combate à COVID-19 (LUCAS, 2013; LUCAS, 2021). Foram realizadas
atividades de educação em saúde, por meio virtual. Como estratégia educacional foi

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utilizado o teatro na modalidade musical como intervenção educativa. Este projeto
apresenta abordagem qualitativa, que segundo as afirmações de MINAYO (1999, p.10)
as concepções qualitativas são:

”aquelas capazes de incorporar a questão do SIGNIFICADO e da


INTENCIONALIDADE como inerentes aos atos, às relações, e as
estruturas sociais, sendo essas últimas tomadas tanto no seu advento
quanto na sua transformação, como construções humanas
significativas.”

Abordagem socioeducativa
Adotou-se a educação popular em saúde visando criar as condições elementares
para o exercício da cidadania dos sujeitos envolvidos (STOTZ, 1993). Empregou-se
metodologias ativas para favorecer a participação social numa perspectiva que
compreendeu as dimensões crítica e ativa desse processo (LUCAS et al., 2021). As
interações dialógicas foram potencializadas pelos pressupostos de Freire favorecendo o
protagonismos dos sujeitos, permitindo a equipe o desenvolvimento de práticas de saúde
alicerçadas no contexto de vida e modos de pensar o processo saúde-doença à partir das
visões de mundo do público-alvo (FREIRE, 2011).
As etapas de execução foram: realização de enquete nas redes sociais para
apreensão das percepção/nível de conhecimento dos participantes sobre as medidas de
prevenção da COVID-19; reunião com a equipe para planejamento/criação dos
videoclipes/musicais publicados nas seguintes plataformas: YouTube®, Instagram®,
Facebook® e WhatsApp®, além de versões adaptadas para TikTok® e Spotify®
(podcast, para acessibilidade dos portadores de deficiência visual). Para as enquetes foram
elaborados formulários eletrônicos com perguntas fechadas com as seguintes temáticas:
noções/percepções sobre o uso de máscaras, lavagem das mãos e distanciamento social.
Esses formulários foram disponibilizados nas redes sociais por meio de Google Forms e
Stories para o Instagram®, em dezembro de 2020. Os resultados foram divulgados nas
redes sociais. Após a coleta de informações, os dados foram tratados à luz dos
pressupostos de Bardin (2011) para a análise temática dos conteúdos..

Público Alvo
O público alvo são os membros da comunidade escolar que incluem
crianças/adolescentes/pais/responsáveis e profissionais de educação. A participação é
voluntária e sem vantagens financeiras.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Os dados da enquete sobre o uso de máscaras revelaram que: 439 pessoas
participaram, sendo 320 pelo instagram e 119 pelo Google Forms. 99,1% informaram
saber a necessidade do uso de máscaras; 92,3% utilizam máscara ao sair de casa; 98,1%
responderam adequadamente à enquete sobre o uso da máscara na posição que cobre o
segmento do nariz ao queixo, por outro lado, 1,6% utilizam a máscara cobrindo apenas a
boca e 0,2% mantém a máscara “pendurada” na orelha. Os dados revelam que 61,9% não
se sentem confortáveis utilizando a máscara e apenas 36% trocam a máscara a cada 3
horas de uso.
Sobre o manuseio do EPI, 44% costumam tocar a máscara na parte da frente. Em
relação a lavagem das mãos 49,2% não higienizam as mãos para o manuseio da máscara.
Quando perguntados sobre a forma de retirada da máscara, 94,8% a removem pelas alças,
evitando tocá-la na parte frontal. Em relação aos cuidados de manutenção das máscaras,
11,8% não lavam a máscara após o uso. 79% utilizam máscaras com duas ou mais
camadas de proteção. Esses dados mostram que a maioria dos entrevistados aderiu de
alguma forma ao uso da máscara. Entretanto, uma parcela significativa desse público,
apesar da adesão, possui dificuldades relativas ao uso/manuseio/manutenção/escolha da
máscara de qualidade para a proteção à COVID-19. Esta questão merece atenção, pois
segundo Garcia (2020) intervenções não farmacológicas, tais como o uso de máscaras,
são medidas importantes para limitar a transmissibilidade da COVID-19, reduzindo a
morbimortalidade por infecções respiratórias. É possível reduzir a pressão de demanda
assistencial no sistema de saúde por meio da demanda instantânea por cuidados,
mitigando as repercussões da COVID-19, incluindo a redução da morbimortalidade
associadas aos mais vulneráveis (IBIDEM).
A equipe produziu diversos videoclipes, dentre os quais destacamos nesse
momento o material direcionado ao público adolescente, intitulado: “Máscara: do nariz
até o queixo”, que contém a paródia da música “TOMA” originalmente da cantora Luísa
Sonza e do MC Zaac, conhecida pelo público alvo. Foi elaborado também um musical
intitulado “Among COVID”. Nessa peça teatral são apresentadas informações para
combate da COVID-19, inspiradas no ambiente virtual de um jogo eletrônico, cujo a
finalidade dos participantes é eliminar o impostor. Foram adaptados cenário e roteiro
para que os participantes ao final do jogo possam eliminar o impostor da peça: nesse caso,
o SARS-CoV-2. A criação dos materiais educativos foi realizada remotamente, com
ensaios e gravações via Google Meet. As sinopses foram elaboradas respeitando os
resultados das enquetes, as contribuições da equipe e dos membros da comunidade
escolar.
Verificou-se que a produção desses vídeos educativos é bastante promissora, uma
vez que tais ferramentas são efetivas para o compartilhamento amplificado de
informações sobre a temática do cuidado em saúde em todas as suas dimensões, assim
como as questões relativas ao combate da COVID-19. A pandemia de COVID-19 não
deve ser vislumbrada apenas como um processo biomédico. É preciso dar relevo às
repercussões psicossociais que este fenômeno global tem causado em termos não somente
de impacto direto (manifestações clínicas da COVID-19), mas principalmente os efeitos

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indiretos que afetam de forma mais intensa a população mais vulnerável (FIOCRUZ,
2020). Sendo o Brasil um país de extrema desigualdade social, a educação popular em
saúde constitui-se como uma possibilidade de ampliação do empoderamento da
população. Isso significa dizer que a proposta do material educativo produzido não se
restringiu apenas à mera transmissão verticalizada de informações. Pelo contrário, esta
proposta foi construída de forma dialógica com os participantes permitindo que todos
envolvidos pudessem opinar durante todas as etapas de elaboração do material (LUCAS,
2020).

CONCLUSÃO
Conclui-se que o teatro é uma ferramenta potente para a prática da educação
popular, tendo em vista sua versatilidade e riqueza de possibilidades das quais derivam o
potencial de criação e reafirmação da vida em cada ação educativa realizada.Sem
possibilidade de ações presenciais, as ferramentas digitais mostram-se facilitadoras para
a continuação deste tipo de atividade. A utilização das redes sociais como disparadoras
de informação, se constitui como instrumento eficiente para continuidade do processo de
comunicação com a comunidade escolar, além de ampliar a rede de alcance dos materiais
educativos produzidos pela equipe. A produção de conteúdos lúdicos, de fácil
entendimento e que conversem com o público-alvo também contribuiu para o sucesso no
compartilhamento das produções audiovisuais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.
FIOCRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira. COVID-19 e Saúde da Criança e do Adolescente. Ago., 2020.
Disponível em: < https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencaocrianca/covid-19-
saude-crianca-e-adolescente>.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
GARCIA, Leila PosenatoUso de máscara facial para limitar a transmissão da COVID-19.
Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2020, v. 29, n. 2 [Acessado 1 Outubro 2021],
e2020023. Disponível em: <https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200021>. Epub
22 Abr 2020. ISSN 2237-9622. https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200021.
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca. Os significados das práticas de
promoção da saúde na infância: um estudo do cotidiano escolar pelo desenho infantil.
2013. Tese (Doutorado em Saúde Materno Infantil) - Faculdade de Saúde Pública,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. doi:10.11606/T.6.2013.tde-07052013-
163232. Acesso em: 2021-10-08.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca et al. Os significados das práticas de
promoção da saúde na infância: estudo do cotidiano escolar pelo desenho. Ciência &
Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 09 [Acessado 8 Outubro 2021], pp. 4193-4204.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020>. Epub 27 Set
2021. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020.
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca; CARVALHO, Lucas Lima de;
CLARO, Lucas Rodrigues; et al. Educação em saúde e o teatro: uma revisão de literatura.
In: Linguística, letras e artes: sujeitos, histórias e ideologias /Organizador Adaylson
Wagner Sousa de Vasconcelos. –Ponta Grossa - PR: Atena, 2021.DOI
10.22533/at.ed.336210605
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca; CARVALHO, Lucas Lima de;
CLARO, Lucas Rodrigues et al. O teatro como instrumento socioeducativo na escola -
experiências exitosas. In: Enfermagem moderna: bases de rigor técnico e científico 6.
Organizadora SOMBRA, Isabelle Cordeiro de Nojosa. Ponta Grossa, PR: Atena, 2020. v.
6, cap. 17, p. 167-178. ISBN 978-85-7247-931-8. DOI: 10.22533/at.ed. 31820170117.
MINAYO, M. C. S. (org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis – Rio
de Janeiro, Vozes, 1999.
STOTZ, E. N. Enfoques sobre educação e saúde. In: VALLA, V. V; STOTZ, E. N. (Org.).
Participação popular, educação e saúde: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,
1993. p. 11-22.

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MÁSCARA DO NARIZ AO QUEIXO: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA
ELABORAÇÃO DE MUSICAL JUVENIL NA MODALIDADE VIRTUAL

Jéssica Andressa Reis de Souza1, Lucas Lima de Carvalho² Lucas Rodrigues Claro3,
Amanda dos Santos Cabral4, Maria Victória de Moraes Lizardo5 , Bruna Liane Passos
Lucas6, Antonio Eduardo Vieira dos Santos7, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca
Lucas8
1
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ, ([email protected])
2
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ – Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), ([email protected])
3
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ – Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ), ([email protected])
4
Estudante do Curso de Graduação em Enfermagem/UFRJ – Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), ([email protected])
5
Estudante do Curso de Graduação em História/UFRJ – Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), ([email protected])
6
Enfermeira Assessora do Projeto Teatro em Saúde/UFRJ, ([email protected])
7
Tecnologista Pleno do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ, Professor Adjunto da
Faculdade de Enfermagem/UERJ, ([email protected])
8
Professor Adjunto do Departamento de Medicina em Atenção Primária à Saúde
(DMAPS) – Faculdade de Medicina (FM) – Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), ([email protected])
Palavras-chaves: Drama; Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Redes Sociais.

RESUMO
Máscaras de proteção individual são grandes aliadas na redução da transmissão do Sars-
Cov-2, em virtude de sua importância, torna-se essencial desenvolver ações educativas
de prevenção de agravos e promoção da saúde, visando orientar os indivíduos sobre este
assunto. O presente estudo trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva,
que discorre sobre a produção de um videoclipe educativo tendo como temática o uso
correto da utilização de máscaras, elaborado pelos participantes do projeto “Teatro em
Saúde”. Diante disso, foram utilizados elementos do teatro, da música e da dança, como
ferramentas facilitadoras de comunicação, assim como, juntamente, foi aplicado o uso
estratégico das mídias sociais para facilitar a aproximação com o público-alvo.

INTRODUÇÃO

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O uso de máscaras mediante a conjuntura da pandemia de COVID-19 tem sido
preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O uso correto de máscara é uma
medida de proteção individual, que acarreta em proteção coletiva, por ser uma barreira
eficaz na redução de liberação das gotículas e aerossóis virais. Isto posto, torna-se
importante realizar ações educativas em saúde que objetivem orientar a população. Desta
maneira, o projeto de ensino-pesquisa-extensão “Teatro em Saúde” realizou a produção
de um videoclipe acerca da temática supracitada.

OBJETIVO
Relatar a experiência obtida a partir da produção de um videoclipe, sobre a forma correta
de utilização da máscara, elaborado pelo projeto.

METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva e abordagem qualitativa, que
aborda a produção de um vídeo educativo produzido pelos integrantes do projeto. O
público-alvo deste vídeo foram adolescentes e jovens. Para a elaboração do videoclipe,
utilizou-se elementos do teatro, da música e da dança para abordar o tema proposto de
maneira pedagógica e criativa, visando compartilhar informações sobre educação em
saúde para adolescentes. É importante destacar o uso de uma linguagem acessível,
coerente e dinâmica, buscando adaptar-se à faixa etária alvo. Para isto, utilizou-se como
estratégia a abordagem criativa dos “challenges/desafios” da plataforma TikTok®️. O
videoclipe contém os integrantes do projeto demonstrando a colocação e retirada da
máscara de maneira correta e também a lavagem de mãos. A gravação deste vídeo foi
realizada respeitando as recomendações da OMS sobre o isolamento social. Utilizaram-
se assim, as ferramentas virtuais, permitindo a continuidade das estratégias de cuidado,
sob o prisma da necessidade de perpetuar a estratégia de educação em saúde,
essencialmente na situação pandêmica vigente. O videoclipe da paródia foi produzido e
compartilhado em nas redes sociais do projeto , sendo elas TikTok® (@teatroemsaude),
Youtube® (Teatro em Saúde), Instagram® (@teatroemsaude) e Facebook® (Teatro em
Saúde).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A paródia foi inspirada na música da cantora Luísa Sonza, intitulada “Toma”, escolhida
por fazer parte do universo juvenil, o que facilita a identificação com a temática e a
produção de significado para o público-alvo. Com isto, a equipe do projeto conseguiu
captar a atenção dos espectadores de forma efetiva. Este objetivo foi alcançado pois o
teatro demonstra ser uma importante ferramenta facilitadora de comunicação, que permite
compartilhar conhecimento e aprendizagem em saúde de forma lúdica e estimulante. Isto
leva o público a reflexão, ajudando a potencializar a educação popular, contribuindo

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também para a prevenção de agravos e promoção da saúde. Possibilita assim uma ruptura
do modelo pedagógico tradicional.

CONCLUSÃO
Constata-se, a partir dos resultados obtidos, que a utilização das redes sociais possibilitou
o compartilhamento dos conhecimentos de saúde, não somente para o público alvo, como
também ampliou o acesso ao conteúdo. Observou-se também que utilizar as ferramentas
virtuais como um recurso facilitador permitiu que o projeto desse continuidade em suas
ações de ensino, pesquisa e extensão, mantendo a responsabilidade social da troca de
saberes em saúde de forma horizontal, eficaz e humanizada, servindo de estímulo para
que as pessoas tenham a autonomia do cuidado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FIOCRUZ. Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente
Fernandes Figueira. COVID-19 e Saúde da Criança e do Adolescente. Ago., 2020.
Disponível em: < https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencaocrianca/covid-19-
saude-crianca-e-adolescente>.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
GARCIA, Leila Posenato. Uso de máscara facial para limitar a transmissão da COVID-
19. Epidemiologia e Serviços de Saúde [online]. 2020, v. 29, n. 2 [Acessado 1 Outubro
2021], e2020023. Disponível em: <https://doi.org/10.5123/S1679-
49742020000200021>. Epub 22 Abr 2020. ISSN 2237-9622.
https://doi.org/10.5123/S1679-49742020000200021.
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca et al. Os significados das práticas de
promoção da saúde na infância: estudo do cotidiano escolar pelo desenho. Ciência &
Saúde Coletiva [online]. 2021, v. 26, n. 09 [Acessado 8 Outubro 2021], pp. 4193-4204.
Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020>. Epub 27 Set
2021. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232021269.21882020.
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca; CARVALHO, Lucas Lima de;
CLARO, Lucas Rodrigues; et al. Educação em saúde e o teatro: uma revisão de literatura.
In: Linguística, letras e artes: sujeitos, histórias e ideologias /Organizador Adaylson
Wagner Sousa de Vasconcelos. –Ponta Grossa - PR: Atena, 2021.DOI
10.22533/at.ed.336210605
LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca; CARVALHO, Lucas Lima de;
CLARO, Lucas Rodrigues et al. O teatro como instrumento socioeducativo na escola -
experiências exitosas. In: Enfermagem moderna: bases de rigor técnico e científico 6.
Organizadora SOMBRA, Isabelle Cordeiro de Nojosa. Ponta Grossa, PR: Atena, 2020a.
v. 6, cap. 17, p. 167-178. ISBN 978-85-7247-931-8. DOI: 10.22533/at.ed. 31820170117.

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LUCAS, Eduardo Alexander Júlio César Fonseca; CARVALHO, Lucas Lima de;
CLARO, Lucas Rodrigues; et al. O teatro e a educação em saúde na escola: relato de
experiência. Interagir: pensando a extensão, v. 0, n. 29, p. 50–62, 2020b. Disponível em:
<https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/interagir/article/view/50780/36278>.
Acesso em: 20 Abr. 2021.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em
saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec, 2013.
STOTZ, E. N. Enfoques sobre educação e saúde. In: VALLA, V. V; STOTZ, E. N. (Org.).
Participação popular, educação e saúde: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará,
1993. p. 11-22.

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ANÁLISE DOS CASOS NOTIFICADOS DE ACIDENTES BOTRÓPICOS NA
REGIÃO NORTE DO BRASIL DURANTE O ANO DE 2020

Rafael Nôvo Guerreiro1; Thiago Nôvo Guerreiro2; Arthur Noronha da Silva2;


Grecio Levi Noronha Grangense2; Ieda Fabiane Ramos Castro3; Letícia Matias Siqueira3

1
Acadêmico de Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
2
Acadêmico de Medicina Veterinária pela Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ)
3
Acadêmico de Medicina Veterinária pela Universidade da Amazônia (UNAMA)

E-mail para correspondência: [email protected]

RESUMO
Acidentes com animais peçonhentos representam um problema para a saúde pública,
sendo a jararaca (Bothrops sp.) a serpente com maior índice de agravos ofídicos. Esta
apresenta como característica principal a ação proteolítica da toxina, representada
clinicamente por atividade inflamatória aguda, sendo responsável pelas alterações tanto
no local da picada quanto, a posteriori, de modo sistêmico. No Brasil, em 2020, foram
registrados mais de 200 mil casos de acidentes com animais peçonhentos, de modo que
as serpentes se enquadram como um dos principais responsáveis por tais agravos,
particularmente quando discute-se os dados referente à região norte. Desse modo,
medidas de prevenção e educação em saúde são de suma importância na tentativa de
reduzir tais acometimentos.

Palavras-chave: Bothrops sp.; Jararaca; Ofidismo; Acidentes; Animais Peçonhentos.

INTRODUÇÃO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os acidentes com
animais peçonhentos são caracterizados como “Doença Tropical Negligenciada”, uma
vez que, apesar das expressivas taxas de incidência e morbidade, não recebem a devida
atenção por meio de políticas públicas de saúde.
Tais agravos representam um problema de saúde pública, especialmente em
regiões tropicais, pois há uma heterogeneidade de habitat que favorece diversidade de
espécies de animais peçonhentos. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde,
estima-se aproximadamente 29 mil casos por ano e 125 óbitos.
Quantitativamente, as serpentes são as maiores causadoras de acidentes, isto é
relacionado ao ciclo de vida desses animais, pois suas peçonhas servem para auxiliar na
caça, na alimentação e na defesa, usando-as de modo instintivo quando se sentem
ameaçadas.
No Brasil, os principais gêneros de serpentes são: Bothrops (Jararacas) e Micrurus
(Corais), distribuídas em todo território nacional; Crotalus (Cascavéis), encontradas
principalmente nas regiões sul e sudeste; e, Lachesis (Surucucus) sitiadas na região
amazônica. Incidentes envolvendo aranhas, abelhas e escorpiões também são relatados
em menor escala.

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Esses acidentes têm como característica o envenenamento provocado pela ação de
toxinas que as serpentes introduzem que podem levar a alterações sistêmicas. Há também
as lesões provocadas no local da picada, as quais podem ser graves, implicando na
necessidade de uma gama de serviços de saúde, incluindo procedimentos cirúrgicos e
acompanhamento fisioterápico para reabilitação.
As serpentes do gênero Bothrops (Jararacas) são os ofídios mais encontrados na
região amazônica, principalmente em beiras de rios e igarapés, e, com isso, são os
causadores da maioria dos acidentes ofídicos na região.
A peçonha das Jararacas é conhecida por sua tríade ação no organismo humano:
Proteolítica, Coagulante e Hemorrágica. A atividade proteolítica é de grande importância
para caracterização clínica e se constitui em atividade inflamatória aguda, sendo descrita
por meio de sinais como dor local, edema, equimose, flictena (bolhas) e, a depender da
quantidade toxinas inoculadas e do tempo de evolução, necrose de tecidos moles.
Os Distúrbios de Coagulação são percebidos após a toxina disseminar-se na via
hematogênica, resultando na formação de trombos. De modo contrário, o efeito
Hemorrágico será responsável por sangramentos no local do acidente e, posteriormente,
a nível sistêmico. Deve-se fazer acompanhamento por meio de exames laboratoriais
complementares para a devida caracterização da extensão da toxina.
O acidente botrópico é caracterizado conforme ao tipo de gravidade provocada na
vítima. Acidente do tipo “leve”: quadro local discreto, sangramento discreto em pele ou
mucosas (pode haver apenas distúrbio na coagulação); tipo “moderado”: edema e
equimose evidentes, sangramento sem comprometimento do estado geral (pode haver
distúrbio na coagulação); e, tipo “grave”: alterações locais intensas, hemorragia grave,
hipotensão/choque, insuficiência renal, anuria, podendo haver distúrbio na coagulação.
O único e primordial tratamento para os acidentes com animais peçonhentos é a
precoce administração de Soro Antiofídico (Antibotrópico). O uso de práticas
homeopáticas ou demais substâncias deve ser contraindicado e é responsável em tardar a
busca por auxílio médico especializado, aumentando, assim, os índices de sequelas ao
pacientes.

OBJETIVOS
Avaliar a epidemiologia dos acidentes envolvendo animais peçonhentos do gênero
Bothrops ocorridos no ano de 2020, na região norte do país.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal pautado na análise de
dados de acidentes com animais peçonhentos, devidamente registrados no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (SINAN), ocorridos na região Norte do Brasil no
ano de 2020. Os dados sobre o referido ano foram atualizados no sistema em 01/04/2021,
sujeitos à revisão posterior.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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No ano de 2020 foram registrados 238.433 casos de acidentes no Brasil. Na
Região Norte foram notificados 20.435 casos, sendo as serpentes responsáveis por 10.403
casos, representando 50,90% dos agravos, correspondendo ao grupo de maior notificação.
A região norte, apesar de abrigar cerca de 10% da população nacional, notificou
aproximadamente 34,7% dos acidentes ofídicos em 2020 (Tabela 1), apresentando uma
incidência de 56,2/100 mil habitantes, quase quadro vezes a taxa de incidência brasileira
(14,8/100 mil habitantes). O estado de Roraima retratou a maior taxa de incidência do
país: 65,7/100 mil habitantes.

Tabela 1: Notificações por tipo de acidente

Fonte: Adaptado de SINAN/TABNET/DATASUS (2021)

Os acidentes ofídicos foram notificados majoritariamente em áreas rurais (80,2%),


apresentando uma taxa de letalidade de 0,44%, frente a taxa de 0,18% referente às áreas
urbanas, portanto há 2,5 vezes mais chance de ir a óbito em zonas rurais do que em zonas
urbanas. A causa para tal dado baseiam-se na dificuldade de acesso aos serviços de saúde
e às medidas terapêuticas preconizadas, além disso, à práticas culturais e o uso de ervas
medicinais, de modo a retardar o tratamento antiofídico.
O sexo mais atingido foi o masculino (75%), em idade ativa economicamente (20-
64 anos), em virtude de atividades em campo sem os devidos equipamentos de proteção
individual (EPIs), como botas de borracha e calças que cubram todo o membro inferior,
uma vez que a área dos corpo mais atingidas foram os pés e as pernas.
Os acidentes botrópicos representaram 43,2% de todos os acidentes com animais
peçonhentos registrados na região norte do país (Tabela 2). Explica-se isso devido sua
extensa distribuição geográfica e seus hábitos de sobrevivência.

Tabela 2: Notificações por tipo de serpente

Fonte: Adaptado de SINAN/TABNET/DATASUS (2021)

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É válido ressaltar que os acidentes acontecem durante todo o ano, contudo
apresentam certa sazonalidade. Os períodos de maior variação de temperatura na região
estão intimamente relacionados com um aumento no número de acidentes. Em janeiro há
o início da estação chuvosa e em junho há o período com menor índice pluviométrico,
ocasionando alterações no ciclo de vida dos animais. Isto, em associação ao trabalho
humano em áreas rurais sem a devida proteção culmina nos elevados índices de acidentes
com animais peçonhentos.

CONCLUSÃO
Considerando-se a pertinência de pesquisas de natureza descritiva para a
compreensão do comportamento de tais agravos, faz-se de suma importância o estudo dos
aspectos epidemiológicos dos acidentes com animais peçonhentos.
Ademais, tal conhecimento poderá ser utilizado para fomentar políticas públicas
de prevenção, além de ser uma ferramenta que guiará o treinamento das equipes de saúde
visando o aperfeiçoamento na identificação e no correto manejo dos casos, reduzindo,
portanto, os índices de complicações e sequelas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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epidemiológico dos acidentes ofídicos ocorridos no Brasil DOI:
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


APLICAÇÃO DOS ANTIOXIDANTES NA NUTRIÇÃO ESPORTIVA
FUNCIONAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Izabela Jeane Santos1; Lethicia Bianca dos Santos1; Yasmin Alanis Pereira1; Flávio
Tondati Ferreira2; Matheus Cabanha Paniago Almada3; Cesar Augusto Marton4; Romano
Deluque Junior5; Lidiani Figueiredo Santana6
1
Acadêmicos do curso de Nutrição da Faculdade de Mato Grosso do Sul – FACSUL,
Campo Grande – MS.
2
Enfermeiro Assistencial e Membro do Conselho Regional de Enfermagem –
COREN/MS, Campo Grande – MS.
3
Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitario (UNIGRAN), Campo Grande -
MS
4
Mestrando em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo
Grande – MS.
5
Doutorando em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
Campo Grande – MS.
6
Doutora em Ciências da Saúde (UFMS) e Docente do Curso de Nutrição da Faculdade
de Mato Grosso do Sul – FACSUL, Campo Grande – MS. E-mail do autor para
correspondência: [email protected].
RESUMO
A prática de exercício físico favorece o processo de estresse oxidativo e liberação de
radicais livres, dos quais causam danos celulares, desencadeando uma ação de defesa
contra esses radicais livres conhecido como processo antixoidantes que tem como função
inibir ou reduzir tais danos celulares. Destacam-se na literatura as vitamina A, C e E, e os
minerais zinco e selênio, pois contribuem na ação de defesa, preservando a membrana
celular, prevenindo assim a fadiga e contribuindo para melhor perfomace e desempenho
físico. No entanto há poucos estudos demonstrem as ações desses micronutrientes na
prática esportiva, fazendo então necessário a realização de mais estudos sobre esses
assuntos, resultando, assim, em informações mais exclarecedoras para a população.
Palavras-chaves: vitaminas, minerais, nutrição funcional, nutrição esportiva.

INTRODUÇÃO
A Nutrição Funcional é uma ciência cuja aplicação envolve prevenção e
tratamento de doenças pelo bem estar do organismo, levando em consideração
principalmente, a individualidade bioquímica e, inclusive, o genótipo de cada indivíduo
e sua suscetibilidade genética no desenvolvimento da doença, tratamento centrado do
paciente, biodisponibilidade de nutrientes, fatores fisiológicos e saúde; favorecendo

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assim sua aplicação na prática esportiva, no qual busca melhora da performance e
regulação dos desequilíbrios orgânicos que levam a distúrbios comprometedores no
desempenho físico.
Dentre os desequilibrios mais comuns na prática esportiva, o estresse oxidativo
destaca-se, pois o mesmo ocorre durante ou após o exercício quando o consumo de
oxigênio pelos músculos aumenta ocasiona um aumento na produção de radicais livres,
que são moléculas que contêm número ímpar de elétrons na última camada eletrônica, o
que as torna extremamente instáveis e que pode levar à destruição de macromoléculas
celulares como lipídios, proteínas e ácidos nucleicos, provocando fadiga muscular e
lesões musculares, além de poder ocasionar situações patológicas.
As vitminas e mineirais são destadas na literatura pela seu importante papel como
antioxidantes, pois apresentam um importante papel na proteção das membranas celulares
contra danos oxidativos, além disso, podem ter efeito positivo na performance e
prevenção da fadiga, sendo responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos
radicais livres (RL) nas células, assim como tem relação com as principais enzimas
antioxidantes (superóxido dismutase - SOD, glutationa peroxidase – GPx, e catalase -
CAT).

OBJETIVOS
Apresentar os benefícios da aplicação do alimentos antioxidantes na prática
esportiva.

METODOLOGIA
A pesquisa desenvolvida se baseia como uma revisão integrativa, na buscou
articos publicados entre os anos de 2010 e 2020, em português, consultando ás bases de
dados Pubmed, Google acadêmico e SciELO, usandos os descritores “antioxidantes
versus exercício físico”, “vitaminas versus exercício físico” e “minerais versus exercício
físico”. Foram selecionados artigos que citavam vitamina e/ou minerais e apotavam sobre
os efeitos antioxidantes no exercício físico. Foram selecionados 10 artigos que atendiam
os critérios adotados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Sabe-se que uma alimentação adequada proporciona ao atleta uma melhora de
desempenho e aceleração da recuperação de lesões musculares; e que o excesso de
exercício físico leva a liberação de radicais livres pelo processo de estresse oxidativo.
Contudo as mesmas práticas que levam ao estresse oxidativo também desencadeiam os
processos de defesa desses radicais livres, chamados de processos antioxidantes, com a
função de inibir ou reduzir os danos causados às células.

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Na função antioxidante as vitaminas A, C e E destacam-se pois apresentam um
importante papel na proteção das membranas celulares contra danos oxidativos, além
disso, podem ter efeito positivo na performance e prevenção da fadiga. Estas substâncias
antioxidantes são responsáveis pela inibição e redução das lesões causadas pelos RL nas
células.
A vitamina A uma vitamina lipossolúvel, importante no crescimento e na
diferenciação celular, além de sua função antioxidante de captador de radicais livres
desativando o oxigênio singleto e neutralizando radicais peroxil, prejudicais as células do
nosso organismo, uma vez aumentando os linfócitos T das células imunocompetentes e
as células natural killers. O retinol liga-se com radicais peroxil evitando a peroxidação no
componente lipídico e gerando hidroperóxidos. Há indícios de que o betacaroteno é um
potente antioxidante de ação protetora contra doenças cardiovasculares, uma condição de
saúde que é essencial para atletas.
A vitamina C é uma vitamina hidrossolúvel, encontrada em alimentos como
acerola, goiaba, kiwi, morango, laranja, etc, atuando nas membranas celular impedindo
os danos causados pelos RL, e sua deficiência gera câimbras musculares e fraqueza,
prejudicando o desempenho físico, é importante na defesa do organismo, contra infecções
e fundamental na integridade das paredes dos vasos sanguíneos.
A combinação das vitaminas C e E mostram um aumento do poder antioxidante
da Vitamina E por regenerar a mesma, inibindo a peroxidação dos lipídios, causada
durante o exercício. A vitamina E é outra importante vitamina e é considerada o mais
potente antioxidante biológico, e o α-tocoferol é a forma antioxidante amplamente
distribuída nos tecidos e no plasma da vitamina E, apresenta capacidade de impedir a
propagação das reações em cadeia induzidas pelos radicais livres nas membranas
biológicas.
Em estudo analisando 21 indivíduos adultos, praticantes de handebol foi
observado que poucos atletas sabem da importância dos nutriente antioxidantes na
prevenção de doenças e envelhecimento precoce. No mesmo estudo foi avaliada a
ingestão de alimentos antioxidantes, o resultado obtido foi que 80% dos atletas do sexo
masculino ingerem quantidade insatisfatória de alimentos que contêm selênio ou fontes
de flavanóides (fitoquimícos) e 70% destes raramente ingerem fontes de vitamina E. E
para o sexo feminino ingestão insuficiente de selênio, e moderadamente suficiente de
Vitamina C e A.
Em outra pesquisa foram encontrados que a ingestão de vitamina C entre esses
atletas foi alta, 40% dos atletas consumiram vitamina E de 1 a 2 vezes por dia e em estudo
realizado com ciclistas chineses o consumo de um alimento fonte de α- tocoferol
(vitamina E) aumentou o desempenho, o tempo, a distância percorrida e a resistência
desses atletas.
Outra função é proteção dos ácidos graxos poli-insaturados da oxidação, uma vez
que é lipossolúvel, é transportada em lipoproteínas plasmáticas para o interior das
membranas e locais de reserva de gorduras. Os PUFAs quando sofrem peroxidação são

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catalisados pelos RL na ausência da vitamina E, essa quebra causa uma estrutura celular
com anomalias levando ao seu comprometimento.
Todas as células eucarióticas apresentam enzimas antioxidantes, a produção
dessas, porém, requer a presença de níveis adequados de minerais fornecidos
principalmente ou completamente pela dieta como zinco e selênio. As principais enzimas
antioxidantes são superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx) e catalase
(CAT). Tanto o cobre quanto o zinco são particularmente importantes para a produção da
superóxido dismutase dentro da mitocôndria, onde a maior parte dos radicais livres é
produzida, e o selênio é essencial para a formação da glutationa peroxidas.
Estudos apontam que menores concentrações das enzimas glutationa peroxidase
estão ligadas a baixos níveis de selênio, o que causa maior suscetibilidade das células e
do organismo aos danos oxidativos induzidos pelos radicais livres. E enzimas
antioxidantes, dependentes de selênio e zinco, antagonizam o processo de carto gênese
estão em níveis baixos nas células tumorais e tumores apresentam menores concentrações
da enzima superóxido dismutase dependente de zinco e cobre em comparação aos tecidos
normais.
O zinco é um cofator essencial da enzima superóxido dismutase que favorece um
forma menos nociva de íons, além de competir com metais como ferro (Fe) e o Cu,
conhecidos por serem metais redox reativos, ligando-se a sítios específicos de proteínas
nas membranas celulares, assim impedindo a formação de radicais livres. Também
Auxilia na absorção de vitamina E que com vimos é uma vitamina importante para o
processo antioxidante.
Trabalho realizado com indivíduos saudáveis, que receberam suplementação com
45 mg/dia de Zn resultou na diminuição da concentração de produtos relacionados ao
estresse oxidativo como Malondialdeído (MDA) e o 8-hidroxi-2´- deoxiguanosina (8-
OHdG), um produto derivado da oxidação do DNA.
Em outra pesquisa foram encontrados que a ingestão de vitamina C entre esses
atletas foi alta, 40% dos atletas consumiram vitamina E de 1 a 2 vezes por dia e em estudo
realizado com ciclistas chineses o consumo de um alimento fonte de α- tocoferol
(vitamina E) aumentou o desempenho, o tempo, a distância percorrida e a resistência
desses atletas. Também de acordo com Neli e colaboradores a ingesta de selênio por esses
atletas é baixa.
De acordo com outros achados, nos primeiros 30 minutos após exercício de
resistência têm sido observados tanto reduções (12%-33%) quanto aumentos
significativos de concentração de zinco, neste último caso seguido de rápido declínio.
Redução do zinco sérico tem sido também observada no período de 2 a 24 horas após
corrida de longa distância.
CONCLUSÃO
Com o presente trabalho é possível concluir que há importância da ingestão de
alimentos antioxidantes em indivíduos praticantes de atividades intensas, uma vez que é

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comprovado, como reunimos neste estudo, que as vitaminas e minerais tem função nos
mecanismos de defesa antioxidantes, inibindo e captando os radicais livres. Em
contrapartida, ainda existem poucos estudos que realmente demonstrem as ações desses
micronutrientes na prática esportiva, o que pode resultar em informações escassas sobre
seus benefícios, assim causando baixa ingesta desses pelos atletas. Estimulando assim
para realização de mais estudos sobre o tema, resultando em informações mais
exclarecedoras para a população.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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videogame ativo: Suplementação nutricional como fator antioxidante. Research, Society
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OLIVEIRA, I. P. et al. Consumo de antioxidantes entre praticantes entre praticantes de
atividade física. RBNE-Revista Brasileira De Nutrição Esportiva, v. 11, n. 64, p. 428-
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PASCHOAL, V.; NAVES, A.. Tratado de Nutrição Esportiva Funcional. 1 ed. São
Paulo Editora Roca 2014.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021
O IMPACTO DA VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO EM TEMPOS DE
PANDEMIA: REFLEXOS DO ISOLAMENTO SOCIAL

Maria Janaina de Souza Maciel¹; Gabriela Cristina Vieira Cardoso¹; Marta Larissa da
Silva e Silva¹, Gabriella Rodrigues Ferreirra¹ Cristal Ribeiro Mesquita²
1Acadêmicas do curso de graduação em Enfermagem da Escola Superior da Amazônia -
ESAMAZ;
² Enfermeira. Doutora em Biologia Parasitária - UEPA/IEC
E-mail para correspondência: [email protected]

RESUMO
A pandemia do COVID-19 resultou em prejuízo na saúde mental em todas as faixas
etárias principalmente da população idosa, uma vez que o isolamento e a solidão se
tornaram ainda mais presentes nesse grupo. Em consequência, há possibilidade de
aumento da violência contra a pessoa idosa que se manifesta nas formas de violência
psicológica, física, sexual, patrimonial e institucional, negligência e abuso financeiro. O
presente estudo consiste em uma Revisão Integrativa de Literatura (RIL) e tem como
objetivo analisar o impacto da violência contra o idoso e os reflexos do isolamento social
durante da pandemia do COVID-19. O isolamento social vem causando uma serie de
impactos que refletem aos maus-tratos aos idosos, cabendo a todas as esferas políticas e
a sociedade a reflexão e o impacto deste a saúde do idoso.
Palavras chaves: Idoso, Abusos de idosos, Isolamento social, COVID-19.

INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan - China, foi identificado


um vírus (SARS-COV-2) que estava causando um surto de doença respiratória (COVID-
19) com um grande vínculo com mercado de frutos do mar e animais vivos. Não se tinha
identificado a origem e forma de transmissão, porém ocorreu uma disseminação rápida
de pessoa a pessoa. No dia 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
declarou em Genebra, Suíça, que o surto do novo coronavírus (2019-nCoV) constitui uma
Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). No dia 24 de
fevereiro de 2020 houve a notificação do primeiro caso autóctone do Brasil, de um
paciente que se contaminou na Itália e foi diagnosticado no Brasil. Em 11 e março de
2020, a pandemia se concretizou. A presença de morbidades associadas nos idosos
contribui significativamente para taxas complicações do vírus devido a vulnerabilidade
em decorrência da idade, e no Brasil verifica-se que 69,3% dos óbitos ocorreram em
pessoas com mais de 60 anos e destes, 64% apresentavam ao menos um fator de risco.
Um dos maiores danos que a pandemia do COVID-19 causou foi o prejuízo na saúde
mental em todas as faixas etárias, principalmente da população idosa, uma vez que o

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isolamento e a solidão se tornaram ainda mais presentes nesse grupo. Cabe trazer a
discussão da possibilidade de aumento da violência contra a pessoa idosa que se manifesta
nas formas de violência psicológica, física, sexual, patrimonial e institucional,
negligência e abuso financeiro. Considerado uma grave violação dos direitos humanos, a
violência contra a pessoa idosa também é um importante problema de saúde pública
devido sua elevada magnitude e as serias consequências a saúde física e mental, bem
como a qualidade de vida de suas vítimas. OBJETIVO: Analisar o impacto da violência
contra o idoso e os reflexos do isolamento social durante da pandemia do COVID-19.
METODOLOGIA: O presente estudo consiste em uma Revisão Integrativa de Literatura
(RIL) e optou-se nessa pesquisa a análise de abordagem qualitativa. A RIL consiste em
um método de análise que tem por finalidade sintetizar os resultados obtidos durante a
pesquisa sobre a questão problema ou os objetivos do estudo de forma sistemática,
ordenada e abrangente garantindo a integralidade da informação. A amostra foi retirada
das seguintes bases de dados nacional e internacional respectivamente: Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), Google Acadêmico e National Librany of Medicine (PubMed) com a
utilização dos seguintes descritores contemplados nos Descritores em Saúde (DECS):
“Idoso/Old man”, “Abuso de Idosos/Elderly Abuse”, Isolamento Social/Social isolation
e “COVID-19” e com a utilização do operador boleando “AND” entre cada descritor que
indica somatização dos descritores. Os critérios de inclusão foram artigos que estavam de
acordo com o tema de estudo, disponíveis na íntegra de forma gratuita, artigos primários
na língua inglesa e portuguesa. Os critérios de exclusão foram artigos duplicados nas
bases de dados e que não retratavam o cenário da pandemia do COVID-19. A análise de
dados foi feita através do Método de Bardin que consiste em uma técnica de pesquisa
qualitativa em que foram extraídos os principais resultados através das etapas de
organização, codificação e categorização dos artigos para o presente estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com base no levantamento de dados foram
encontrados 27 artigos com a aplicação dos filtros e selecionados três artigos para ser
realizar a leitura na íntegra. Após a leitura, os três artigos constituíram a amostra da RIL.
Após a leitura, foi observado que os todos os artigos estavam publicados na língua inglesa
e em periódicos internacionais e nacionais. As revistas eram de diversas áreas, mas
maioria tinha (2;66%) o foco em gerontologia, por exemplo, Journal of Applied
Gerontology (1;33%), Revista Brasileira de Ciência do Envelhecimento Humano (1;33%)
e Revista Ciência e Saúde Coletiva (1;34%). Todos foram publicados no ano de 2020
(3;100%). A violência no idoso não vem sendo muito discutida nas pesquisas e aumentou
ainda mais a incidência dos casos de abuso e negligência tanto no âmbito familiar e quanto
no âmbito das Instituições de Longa Permanência (ILPs). Durante a pandemia, o
isolamento social foi altamente necessário para diminuir a transmissão pessoa a pessoa
da doença, porém trouxe consequências negativas para saúde mental. Segundo Barchinski
(2020) relata que os idosos tiveram as suas visitas pelos familiares nas ILPs restritas, pois
fazem parte do grupo de risco devido as comorbidades já pré-existentes, o processo de
senescência e a alta taxa de infecção nessa faixa etária (60 a 95 anos), com isso, ocorreu
o isolamento social nas instituições aumentando assim os índices de negligência e
violência por parte dos cuidadores. Segundo Elman (2020), a pandemia da COVID-19
causou um impacto social com consequências diferentes, em que há um aumento nos

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fatores de risco para maus-tratos a idosos. E por conta das medidas de restrições os idosos
que acabam sendo confinados e embora ainda não se tenha pesquisas sistemáticas sobre,
as consequências são devastadoras. Uma parte da violência e maus-tratos de idosos são
ocasionadas por parceiros íntimos que se estendem até a terceira idade, também por
familiares que optam por interromper com o cuidador do idoso para reduzir possível
exposição e isso causa maior pressão sobre a família e os cuidadores informais, que
também já podem estar sofrendo com consequências financeiras e psicológicas da
pandemia. Idosos que já sofreram maus-tratos no ambiente domiciliar ou que moram com
parentes potencialmente abusadores, correm um risco maior de maus-tratos, e que
simultaneamente se tornam de detecção mais difícil. Assim, as circunstâncias e estresse
em realizar os cuidados ao idoso pode deixar a família mais propensa a se torna abusiva,
negligente ou a agravar maus-tratos já existentes. Além de que, a ausência do cuidador
exclui a possibilidade de haver uma testemunha caso houvesse um comportamento
potencialmente abusivo ou negligente por parte da família. Um dos maiores desafios
enfrentados por todas as organizações que prestam serviços a vítimas de abuso de idosos
são as mudanças frequentes na saúde pública e na orientação de outras autoridades sobre
o contato social adequado. Assim, é visto como as autoridades constantemente
estabelecem e reconstroem acordos para proteger e cuidar com segurança dos idosos e
evitar a exposição dos trabalhadores. Segundo Morais (2020), o distanciamento social é
a alternativa utilizada pela maioria dos governos como a principal estratégia para a
redução da transmissão do SARS-CoV-2. Com essa pandemia, o mundo tem vivenciado
uma crise sanitária, ética, econômica e política nunca vista antes, que acarretou a
intensificação das desigualdades sociais. De acordo com esse cenário, houve um aumento
do número de casos de violência contra o idoso que resulta em uma discriminação por
serem mais vulneráveis causando o abandono em ILP sem qualquer suporte.
CONCLUSÃO: Diante do exposto, o isolamento social vem causando uma serie de
impactos que refletem aos maus-tratos aos idosos. Apesar de poucas pesquisas sobre a
temática, os estudos encontrados relatam as consequências que o isolamento social causa
trazendo grande impacto para a saúde da pessoa idosa em decorrência maior contato com
os possíveis agentes causadores de violência que na maioria das vezes são os próprios
familiares devido à alta quantidade de estresse quanto problemas financeiros e
psicossociais decorrentes da pandemia.
REFERENCIAS:
BARCHINSKI, Vitória Machado et al. Consequências do isolamento social para a
população idosa: uma breve revisão. Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento
Humano, v. 17, n. 2, 2020.
BARBOSA, Isabelle Ribeiro et al. Incidência e mortalidade por COVID-19 na população
idosa brasileira e sua relação com indicadores contextuais: um estudo ecológico. Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 23, 2020.
ELMAN, A. et al. Efeitos do Surto COVID-19 sobre Maus Tratos e Respostas a Idosos
em Nova York: Lições Iniciais. Revista de Gerontologia Aplicada, 39(7), 690-699.
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MORAES, Claudia Leite de et al. Violência contra idosos durante a pandemia de Covid-
19 no Brasil: contribuições para seu enfrentamento. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, p.
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OLIVEIRA, Vinícius Vital et al. Impactos do isolamento social na saúde mental de idosos
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3718-3727, 2021.

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EFICÁCIA DOS TERMOGÊNICOS E CREATINA NO EMAGRECIMENTO:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Jean Silva dos Santos1; Cintia Teixeira do Nascimento1; Flávio Tondati Ferreira2;
Matheus Cabanha Paniago Almada3; Cesar Augusto Marton4; Romano Deluque Junior5;
Lidiani Figueiredo Santana6
1
Acadêmicos do curso de Nutrição da Faculdade de Mato Grosso do Sul – FACSUL,
Campo Grande – MS.
2
Enfermeiro Assistencial e Membro do Conselho Regional de Enfermagem –
COREN/MS, Campo Grande – MS.
3
Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitario (UNIGRAN), Campo Grande -
MS
4
Mestrando em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo
Grande – MS.
5
Doutorando em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
Campo Grande – MS.
6
Doutora em Ciências da Saúde (UFMS) e Docente do Curso de Nutrição da Faculdade
de Mato Grosso do Sul – FACSUL, Campo Grande – MS. E-mail do autor para
correspondência: [email protected].

RESUMO
Nos últimos anos tem se observado uma grande procura por suplementos alimentares para
favorecer o emagrecimento rápido e seguro. Os resultados apontam que o uso dos
termogênicos que possuem em sua composição a cafeína, que promove a perda de calor
no corpo, doses elevadas podem promover sintomas como ansiedade, vômitos e
tremedeiras entre outros. A suplementação de creatina com finalidade de emagrecimento,
não apresentam eficácia quando seu uso é feito de maneira inadequada, deve ser associada
a atividade física, a mesma aumenta a saciedade fazendo com que as pessoas façam a
ingestão de menor quantidade de calorias. O uso excessivo pode acarretar a toxicidade
hepática e renal, diminuição da capacidade do organismo de absorver aminoácidos
essenciais. Portanto, os estudos referentes a eficácia da suplementação para
emagrecimento devem ser aprofundados para melhor esclarecimento de uso e aplicação.
Palavras-chaves: suplementos alimentares, perda de peso, nutrição, emagrecimento.

INTRODUÇÃO

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Consumir alimentos em excesso e conduzir uma vida sedentária tem sido um dos
fatores para o aumento de peso e consequentemente o risco de obesidade, para tanto, na
tentativa de de combater a obesidade, boa parte da população recorre aos produtos
disponíveis no mercado, na sua maioria suplementos alimentares, por eles complementar
dietas restritivas fornecendo nutrientes essenciais ou estimular o metabolismo.
Nas últimas décadas tem sido notório o consumo de suplementos alimentares,
tendo aumentado aos poucos para todas as idades em todo mundo, tais produtos são
desejados por contribuir no progresso geral da saúde, melhorando o desempenho
cognitivo ou físico, além de aumentar a disposição e emagrecimento, dentre os
suplementos utilizados para o emagrecimento têm-se os termogênicos, cafeína e creatina.
O uso de suplementos para emagrecimento apresentam algumas contradições na
literautra, porque muitos oferecem efeitos colaterais, atuando no sistema nervoso e
cardiovascular, agravando o risco de cardiotoxicidade. Ainda há uma carência em estudos
que investigam os potenciais efeitos do uso contínuo de suplementos alimentares voltados
para o emagrecimento e quais seus efeitos colaterais.

OBJETIVO
Identificar a eficácia dos termogênicos e creatina para o emagrecimento.

METODOLOGIA
A pesquisa desenvolvida se baseia como uma revisão integrativa, na buscou
articos publicados entre os anos de 2010 e 2020, em português, consultando ás bases de
dados Pubmed, Google acadêmico e SciELO, usandos os descritores “termogênicos
versus emagrecimento”, “suplementos versus emagrecimento” e “proteínas versus
emgrecimentos”. Foram selecionados artigos que citavam os suplementos consumidos
pelos participantes e apotavam sobre os efeitos benéficos ou colaterais sobre o
emagrecimentos. Foram selecionados 10 artigos que atendiam os critérios adotados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A cafeína apresenta efeito ergogênico, e sua ingestão contribui na redução da dor
muscular, aumentando o consumo de oxigênio durante o exercício e assim retardando a
fadiga, principalmente pelo seu efeito lipolítico, que promove maior consumo de gordura,
poupando o glicogênio muscular. Entretanto, nem todos os efeitos da cafeína ainda são
conhecidos em sua totalidade.
Mesmo sendo comum entre as pessoas que praticam esporte a suplementação
empregada com finalidade de emagrecimento e, tem se tornado um abrigo para as pessoas
que não praticam atividade física, porque esses produtos prometem inúmeros benefícios

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


como a melhora no rendimento em menor período de tempo, assim como também a forma
física, o qua acaba induzindo as pessoas comuns a fazerem uso do suplemento.
Diversos são os perigos proporcionados pelo o uso de substâncias termogênicas,
como o da resistência e a capacidade respiratória, acréscimo do risco cardiovascular com
abatimento, por meio do aumentando da frequência cardíaca, devido sua ação que se
assemelha a adrenalina, bem como acréscimo do peso corporal.
Estudos relatam que o emprego da cafeína em esportes coletivos, em doses
variando de 3 a 6mg aumentam o desempenho, o que pode justificar o consumo de
suplementos termogênicos a base de cafeína, porém requisitos como a dose diária
oferecida que deve ficar 210g e necessitam ser atendidos, até mesmo como forma de
seguração para as pessoas que fazem uso de suplementos com essa base.
Em se tratando de suplementos à base de creatina, o mercado tem oferecido esse
produto com um olhar para praticantes de esportes. Agregado na melhoria da
performance, fins estéticos e emagrecimento, a creatina é um do mais populares
suplementos alimentares que têm sido muito utilizados por atletas e praticantes de
atividade física, porém as ênfases, apontam que a creatina pode ser um recurso ergogênico
competente e relativamente seguro, tendendo que o seu uso seja orientado por profissional
apto.
No quantitativo geral de estudos pesquisados com emprego da suplementação de
creatina para atletas foi regulamentado pela ANVISA segundo a Resolução n.18/2010,
dispondo sobre alimentos para atletas, menciona que estes produtos devem atender
requisitos: deve ser utilizada na formulação do produto creatina monoidratada com grau
de pureza mínima de 99,9%; este produto pode ser adicionado de carboidratos; este
produto não pode ser adicionado de fibras alimentares.
Cabe ressaltar, que a creatina é um suplemento procurado no mercado com
objetivo de ganho de massa muscular, e por exibir melhora no rendimento quando
exercícios de força e potência muscular são realizados de maneira intermitente, assim
como em múltiplas series. O ganho de massa muscular e hipertrofia, também é exibido
como benefício para o uso desse suplemento. Seu pool orgânico se encontra quase
totalmente (95%) na musculatura esquelética. Dessa maneira, na célula muscular, a
creatina, em sua forma fosforilada, creatinafosfato (CP), passa a estabelece uma reserva
de energia para a rápida regeneração do trifosfato de adenosina (ATP), quando aplicados
em exercícios de alta intensidade e curta duração.
Os suplementos alimentares distintos, destinados à perda de peso, sobretudo
aqueles classificados como termogénicos, embora estes não sejam aqueles que geram um
maior número de incumprimentos, a sua eficácia e segurança ainda é controversa.Várias
podem ser as razões que levam o consumidor a recorrer a um suplemento alimentar de
entre as quais se pode tomar como exemplo défices vitamínicos e/ou minerais, reforço do
sistema imunitário, cansaço físico ou mental e também razões estéticas.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Diante dos dados do cenário mundial apresentado pela Organização Mundial da
Saude (OMS) , em 2016, cerca de 13% da população mundial adulta era obesa, isso é
reflexo da adoção de um estilo de vida sedentário, associados com maus hábitos
alimentares, consequentemente acarreta a situações de excesso de peso ou obesidade.
Estes, são problemas de saúde que, afetam uma grande parte da população.
Portanto, a procura de suplementos alimentares, sobretudo para perda de peso, é
cada vez mais frequente na população, em detrimento de um estilo de vida saudável. Isso
ocorre, pelo fato dos resultados rápidos prometidos, bem como estes serem estimados
como naturais, devido muitas vezes à sua composição ser à base de plantas, criando a
ideia no consumidor de que o seu consumo é completamente inócuo.

CONCLUSÃO
O estudo evidencia que alguns suplementos usados para emagrecimento pode
apresentar resultados satisfátorio como no caso dos suplementos termogenicos,
principalmente os que oferecem em sua composição a cafeína, em decorrência de sua
ação rápida no organismo. A creatina pode ser um auxílio ergogênico eficiente e seguro,
principalmente em atividades que exigem força e alta intensidade, além do aumento de
massa corporal.
Contudo, é importante ressaltar que a suplementação deve ser prescrita por um
profissional habilitado, levando em consideração o tipo de atividade física, duração e
condições fisiológicas do mesmo. Tais suplementos alimentares oferecem benefícios e
malefícios a saúde das pessoas que fazem uso desse produto, porém sua eficácia vai de
encontro com sua forma de consumo e assoçiações.

REFERÊNCIAS
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performance during a simulated match in high-level soccer players. Journal of the
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Oikos: Família e Sociedade em Debate, v. 28, n. 1, p. 224-238, 2017.
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RECOMENDAÇÃO DE ÔMEGAS 3 PARA PRATICANTES DE EXERCÍCIO
FÍSICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Lindinalva Lucimar de Souza Santos 1; Izabelly de Almeida Rodrigues1; Flávio Tondati


Ferreira2; Matheus Cabanha Paniago Almada3; Cesar Augusto Marton4; Romano Deluque
Junior5; Lidiani Figueiredo Santana6
1
Acadêmicos do curso de Nutrição da Faculdade de Mato Grosso do Sul – FACSUL,
Campo Grande – MS.
2
Enfermeiro Assistencial e Membro do Conselho Regional de Enfermagem –
COREN/MS, Campo Grande – MS.
3
Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitario (UNIGRAN), Campo Grande -
MS
4
Mestrando em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo
Grande – MS.
5
Doutorando em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
Campo Grande – MS.
6
Doutora em Ciências da Saúde (UFMS) e Docente do Curso de Nutrição da Faculdade
de Mato Grosso do Sul – FACSUL, Campo Grande – MS. E-mail do autor para
correspondência: [email protected].

RESUMO
Ômega 3 é um conjunto de ácidos graxos poliinsaturados, que apresentam duplas ligações
entre as moléculas de carbono da sua estrutura, e é composto principalmente por ácido
docosahexaenóico – DHA e ácido eicosapentaenóico – EPA, é consagrado na literatura
por manifestar efeitos benéficos na prevenção e tratamento de dislipidemias, doenças
cardiovasculares, por apresentar ação antioxidante e anti-inflamatório. A suplementação
de ômega 3 em praticantes de atividade física independente da intensidade têm
demonstrado efeitos benéficos no metabolismo das lipoproteínas, redução concentrações
plasmáticas do colesterol, diminuição de via inflamatória, melhora da ação de insulina,
estado de humor, reatividade e eficácia no pós-exercício. Mais pesquisas são necessárias
para elucidar o uso seguro e eficaz da suplementação.
Palavras-chaves: suplementos alimentares, ômega 3, nutrição, antiinflamatório,
antioxidante.

INTRODUÇÃO
Ômega 3 é um conjunto de ácidos graxos poliinsaturados, que apresentam duplas

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ligações entre as moléculas de carbono da sua estrutura, iniciando no terceiro carbono
mais distante do radical carboxila, o que os diferencia dos ômegas 6 e 9. É uma definição
química importante para classificar esses tipos de óleos essenciais, ou seja, óleos que os
seres humanos não produzem e têm que adquirir da natureza.
O mesmo é composto principalmente por ácido docosahexaenóico – DHA e ácido
eicosapentaenóico – EPA, é consagrado na literatura por manifestar efeitos benéficos na
prevenção e tratamento de dislipidemias, doenças cardiovasculares, por apresentar ação
antioxidante e anti-inflamatório, e por esse motivo estudos na área da ciência do esporte
e do exercício físico vem crescendo pelo impacito positivo sobre a melhora do
desempenho, a capacidade de resistência, o início tardio de dores musculares,
recuperação de lesões e modulação imunológica.
Demonstrando também efeito positivo do no metabolismo de lipoproteína,
reduzindo a concentração plasmática do colesterol, beneficiando a produção de insulina
e favorecendo a redução do processo inflamatório na qual resulta de forma positiva na
recuperação do atleta.

OBJETIVO
Identificar a recomendação nutricional de ômega 3 para praticantes de atividade
física.

METODOLOGIA
A pesquisa desenvolvida se baseia como uma revisão integrativa, na buscou
articos publicados entre os anos de 2010 e 2020, em português, consultando ás bases de
dados Pubmed, Google acadêmico e SciELO, usandos os descritores “ômega 3 versus
atividade física”, “ômega 3 versus esporte” e “ômega 3 versus exercício físico”. Foram
selecionados artigos que citavam a suplementação de ômega 3 em praticantes de atividade
física que apotavam sobre os efeitos benéficos. Foram selecionados 10 artigos que
atendiam os critérios adotados.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pela
musculatura esquelética que resulte em gasto energético acima dos níveis de repouso. A
práticade atividade física tem se mostrado benéfica na redução de diversos fatores de
risco propiciando, por exemplo, melhora no metabolismo das gorduras e carboidratos,
controle de peso corporal e, muitas vezes, controle da hipertensão, além de poder
contribuir para a melhoriada qualidade de vida dos indivíduos.
O consumo adequado do ômega 3 está relacionado à prevenção de doenças
cardiovasculares, sendo proposto que possam melhorar o perfil lipídico plasmático,
beneficiar pacientes com arritmias cardíacas, diminuir processos inflamatórios,
apresentar propriedades antitrombóticas e efeitos antiateroscleróticos; são ainda

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importantes na prevenção do desenvolvimento da síndrome plurimetabólica que são
fatores de risco que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver
doenças cardíacas, derramese diabetes.
O uso da suplementação de ômega 3 é importante na prática esportiva para
diversos fatores como: hábitos alimentares, metabolismo das gorduras, do carboidrato, e
muitos outros benefícios corporais. Pois é uma gordura um ácido graxo poli-insaturado
essencial à saúde humana, não sendo produzido pelo organismo, podendo apenas ser
adquirido por meio da alimentação.
Os benefícios da prática de atividade física, juntamente com uma ingestão de
alimentos saudáveis, são de extrema valia, assim como a manutenção do equilíbrio
corporal, por exemplo, e como decorrência a melhora da suafuncionalidade, melhorando
a qualidade de vida.
Assim como melhorada performance na atividade física, favorece menor aumento
do cortisol depois de atividade exaustiva, esse aspecto pode colaborar na recuperação do
exercício. A maioria dos estudos demonstrou que a suplementação do ácido graxo ômega
3 apresenta resultados positivos quanto ao metabolismo das lipoproteínas, redução
concentrações plasmáticas do colesterol, diminuição de via inflamatória, melhora da ação
de insulina, estado de humor, reatividade e eficácia no pós-exercício. Pode acelerar a
redução de gordura em indivíduos obesos, a suplementação de Ômega 3 pode ter impacto
direto sobre a diminuição dos efeitos negativos do pós-treino.
No entanto, em praticantes de academia e atletas esportivos tem diferentas
respostas após a suplementação do ômega 3, mas não deixa de ser benéfico a saúde e ao
corpo, o uso da suplementação para esses praticantes são importantes quando consumidas
de forma adequada com uma alimentação adequada.
O ômega 3, especificamente o DHA e EPA, auxilia os praticantes de atividade
física intensa reduzindo os efeitos do processo inflamatório no músculo, por meio do
decrescimento da síntese de mediadores de inflamação, fazendo com que o tempo de
recuperação seja reduzido, contribuindo assim, para que ocorra uma resposta melhor ao
exercício praticado.
A suplementação de Ômega 3 interfere no metabolismo lipídico, melhorando tanto
a função pulmonar como desempenhou uma função protetora contra o processo
inflamatório induzido pelo exercício físico intenso. Porém, apesar dos estudos existentes,
há necessidade de mais estudos científicos para evidenciar a influência do Ômega 3 na
performance física.
Estudos afirma que grande parte dos praticantes de musculação que faziam uso da
suplementação não eram acompanhados por um nutricionista e faziam a ingestão dos
suplementos de forma equivocada. O estudo ainda pode ter sido mascarado em relação a
uma inadequação maior em relação a utilização dos suplementos por conta de que não
houve a avaliação da ingestão alimentar desses praticantes.
Ao longo dos anos foram realizados diversos estudos que relacionam a
suplementação de ômega 3 e a atividade física, dessa maneira podemos citar alguns
resultados alcançados, por exemplo, um estudo realizado em ratos submetidos a natação
diária com duração de 60 minutos, teve como resultado a redução do graude lesão como
também a diminuição da concentração plasmática da enzima lactato desidrogenase

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(marcador de lesão muscular). Além disso, outro estudo realizado com jovens nadadores
de elite, indicou que a suplementação auxilia na redução dos marcadores inflamatórios,
aumenta o ômega 3 no plasma e diminui a síntese do ácido araquidônico.
Segundo autores, a suplementação de ômega 3, realizada em dezesseis ciclistas
treinados, reduziu a frequência cardíaca como também a demanda de O2 do miocárdio
durante o exercício. Afirmaram que houve redução do consumo de O2 no músculo
esquelético.
Em contrapartida, em um artigo publicado pela Nutrients, que fala sobre ômega 3
na performance do esporte, aponta os benefícios da EPA (eicosapentaenoico) e DHA
(docosahexaenoico) para melhorar a capacidade do atleta e modulação imunológica.
Porém, o principal foco foi a duração e o efeito da suplementação, utilizando como
metodologia de análise clínico. E para os atletas é possível ver os resultados após 6 a 8
semanas com dosagem aproximadamente entre 1,5-2,0g/dia. O mesmo não se aplica aos
amadores que necessitam de dosagem menores, por um período curto, na qual é
recomendado 5g/dia de EPA/DHA.

CONCLUSÃO
O estudo evidencia que a suplementação com ômega 3 em praticantes de atividade
física independente da intensidade têm demonstrado efeitos benéficos no metabolismo
das lipoproteínas, redução concentrações plasmáticas do colesterol, diminuição de via
inflamatória, melhora da ação de insulina, estado de humor, reatividade e eficácia no pós-
exercício.
No entanto, ainda são escassos os estudos que correlacionem as dosagens de
EPA/DHA em praticantes de atividades, sendo necessário mais pesquisas para elucidar o
uso seguro e eficaz da suplementação.
REFERÊNCIAS

ANDRADE, P. M. M. et al. Effects of the fish-oil supplementation on the immune and


inflammatory responses in elite swimmers. Prostaglandins, Leukotrienes and Essential
Fatty Acids, v. 77, n. 3-4, p.139-145, 2007.

GOMES, A. C. Avaliação do consumo de suplementos por praticantes de musculação


em academias de Ouro Preto – MG.Disponível em: Demetra: alimentação, nutrição e
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HAIDAMUS, L. L. A suplementação com ácidos graxos poliinsaturados Omega-3


reduziu a concentração plasmática de eicosanóides pró-inflamatórios, da enzima
lactato desidrogenase e de lesões musculares em ratos submetidos a sessões de
natação. 2007. 75 f. Tese (Doutor em alimentos e nutrição)-Faculdade de engenharia de
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MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018 disponível em: (http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-


saude/2610-sindrome-metabolica) acesso em: 20/04/2021.

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RITZ, P, P. et al. Dietaryand Biological Assessment of the Omega-3 Status of Collegiate


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THIELECK, F. Omega-3 Fatty Acids for Sport Performance: Are They Equally Beneficial
for Athletes and Amateurs? A Narrative Review. Nutrients, v. 2, n. 18, p. 1-21, 2020.

VELHO, I., V. Efeito do ácido graxo poli-insaturado ômega 3 (ω-3) em praticantes de


atividade física: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v.
11, n. 61, p. 3-9, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


HIPERTENSÃO ARTERIAL NOS INDIGENAS BRASILEIROS: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA

Juliana Ladim Marcos 1; Daniela Velasco1; Flávio Tondati Ferreira2; Matheus Cabanha
Paniago Almada3; Cesar Augusto Marton4; Romano Deluque Junior5; Lidiani Figueiredo
Santana6
1
Acadêmicos do curso de Enfermagem da Faculdade de Mato Grosso do Sul – FACSUL,
Campo Grande – MS.
2
Enfermeiro Assistencial e Membro do Conselho Regional de Enfermagem –
COREN/MS, Campo Grande – MS.
3
Bacharel em Educação Física pelo Centro Universitario (UNIGRAN), Campo Grande -
MS
4
Mestrando em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo
Grande – MS.
5
Doutorando em Psicologia da Saúde pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),
Campo Grande – MS.
6
Doutora em Ciências da Saúde (UFMS) e Docente do Curso de Nutrição da Faculdade
de Mato Grosso do Sul – FACSUL, Campo Grande – MS. E-mail do autor para
correspondência: [email protected].

RESUMO
Abordar o tema sobre a prevalência da hipertensão na população indígena do Brasil.
Trata-se de um estudo bibliográfico, descritivo, de revisão integrativa realizado no
período de Fevereiro de 2020 à Maio de 2021, realizando-se buscas de artigos nos últimos
10 anos, na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram encontrados 69 artigos, dos quais,
8 preencheram os critérios de inclusão estabelecidos. Os estudos analisados evidenciaram
que a introdução de alimentos industrializados nessa população é o principal fator para
que haja uma prevalência da Hipertensão Arterial estando interligada com a questão
nutricional. Conclui-se que há uma carência de informações para o tema proposto, e a
realização desse projeto é para fornecer dados informativos que possam ajudar no
conhecimento para com essa população e também ajudar a sanar duvidas que possam
cooperar para a qualidade de vida dessas populações Indígenas aqui habitantes.
Palavras-chaves: indigenas, hipertensão arterial sistêmica, industrializados, alimentação
saudável.

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INTRODUÇÃO
Um complexo quadro de adoecimento á fatores relacionados a Doenças Crônicas
Não Transmissíveis (DCNT) vem afetando a população Brasileira e o mundo, até 2025
estima-se cerca de 600 milhões de pessoas terão Hipertensão Arterial, tendo um aumento
significativo global de 60%. Esse cenário também é incluído em populações indígenas do
Brasil, uma doença que vem se tornando um problema que atualmente vem se tendo uma
crescente prevalente.
Os povos indígenas possuíam um regime alimentar pautado na agricultura, caça e
pesca, porém a maior proximidade com a cidade, levaram os mesmo a ter mudanças no
sistema de regime, que ocasionaram, aumentos nas DCNT incluindo a principal vigente
desse trabalho, a Hipertensão arterial.
O Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas descreve que há
uma prevalência de 13,1% de níveis tensionais indicativo de hipertensão arterial entre as
mulheres. Sendo que no Centro Oeste e no Sul/Sudeste verificaram valores 4,2%
superiores à média nacional indígena
A escolha desse tema esta relacionada à crescente prevalência de Hipertensão
Arterial em populações indígenas do Brasil, focando em uma melhoria para a atenção dos
cuidados e modos para se evitar o aumento em grande quantidade nos povoados
indígenas, focando também na carência de informações sobre o perfil de saúde-doença
dos povos indígenas no Brasil que impede uma visão clara acerca das condições de saúde
desta população.

OBJETIVO
Identificar fatores associados à presença de Hipertensão Arterial na população
indígena no Brasil.

METODOLOGIA
Trata-se de um trabalho descritivo e exploratório no qual foi realizadas buscas na
base de dados, LILACS, MEDLINE, BDENF e SCIELO. Com os seguintes critérios de
inclusão: textos completos, no idioma português, publicados entre 2010 a 2021. Foram
critérios de exclusão: estudos que não se relacionam com o tema da pesquisa e estudos
duplicados. Através do emprego dos descritores, “Hipertensão AND Indígenas” foram
identificados 25 artigos científicos, e selecionados 10 artigos após a leitura dos textos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Há escassez de estudos sobre HAS em indígenas dificulta a comparação de
resultados, o estudo transversal realizado em 2016 no leste de Minas Gerais identificou

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que a prevalência de HAS na população Krenak foi de 31,2% sendo 16,5% que relataram
já fazerem uso de medicações anti-hipertensivo. Também avaliado os fatores que estão
relacionados a Prevalência de HAS na aldeia, sendo elas composta por fumantes (14,2%),
27,3% tinham consumido bebida alcoólica nos últimos 30 dias; 66,1% eram inativos
fisicamente, os mesmo relataram que sua alimentação é composta por excesso de
gorduras, pois acreditam que o consumo de comidas ditas como pesada poderia ajudar a
fortalecer no trabalho braçal.

Quadro 1: Quadro de Resultados

Autor/Ano Considerações finais


CHAGAS, C. et al (2019) Fatores em relação ao estilo de vida sedentária,
eram fumantes, faziam uso de bebida alcoólica,
alimentação irregular com consumo excessivo
de carne com gordura foram prevalência para
adquirir Hipertensão Arterial.
SOARES, S. et al (2018) Os Xavante apresentam elevado risco
cardiovascular segundo vários indicadores
avaliados. Este inquérito fornece subsídios para
ações de prevenção e tratamento precoce, a fim
de minimizar os potenciais danos causados por
doenças cardiovasculares entre os Xavante.
SÁ, R. A. R de. et al (2018) Hábitos alimentares, sobrepeso, sedentarismo e
hiperglicemia favoreceram o aumento de risco
do surgimento de doenças cardiovasculares na
população indígena Krenak.
ALAIDISTANIA, A. F. et al (2017) A bebida alcoólica demonstrou a elevação da
hipertensão arterial nos indígenas da etnia, fator
relacionado a mudança de hábitos e inclusão a
cidade urbana.
TRAVASSOS, M. C. T. et al (2019) Principal risco associado a hipertensão dos
indígenas foram em relação comportamental e
socioeconômico e ainda a percepção de suas
crenças e a introdução de alimentos
industrializados.
FREITAS, G. A. de. et al (2016) Mulheres indígenas de dourados cujo fatores
como a idade a partir de 34 anos e associadas a
pressão artéria sistêmica e ainda o contato com
a população não indígena contribuíram no
aumento da diabetes mellitus.
FILHO, Z. A. S. et al (2015) As mudanças de hábitos culturais, econômicos e
estilo de vida, e a interação indígena com a
sociedade, contribuiu para procura de alimentos

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com gorduras saturadas e ingestão desenfreada
de sódio foram aspectos para a contribuição do
fator de risco cardiovascular.
ROCHAL, A. K. S. et al (2010) A população pesquisada apresentou alta
prevalência de SM, interligada a hipertensão
arterial evidenciando especialmente em
mulheres.
Oliveira (2011) No caso dos indígenas, a emergência desses
agravos está cada vez mais aumentando a carga
de agravos, hoje ainda dominada pelas doenças
crônicas.

Estudo realizado com o grupo de Indígena Krenak do Estado de Minas Gerais,


observou-se que 10,3% dos participantes relataram consumo pesado de álcool e 14,4%
descreveram ser tabagista outro fator importante é o consumo de carne gordurosa,
indicado por 59% dos indígenas.
Já em outro estudo com 455 indigenas foram identificados o consumo de álcool e
os fatores associados a hipertensão referida, mas essa associação não se manteve após
analise ajustada, portanto as políticas de saúde precisam ser implantadas para atender as
peculiaridades da população indígena onde a prevalência alcoólica foi de 40% em
diferença para a hipertensão entre os que consumiam bebida alcoólica, com a análise
ajustada houve uma associação positiva entre a ingestão de bebida alcoólica, o sexo
masculino, o tabagismo e a moradia em áreas rurais.
A literatura aponta uma prevalência em 2,8% a 46,2% na população indígena
que estão relacionadas a fatores de risco como a questão comportamental e o
socioeconômico porém, o fator principal é a mudança na alimentação, o acesso e a
facilidade de alimentos industrializados é apontado como fator que dificulta o
enfretamento da doença.
Há elevação da HAS nas aldeias atingindo níveis de até 29,7%. No período de
1970 a 2014 foi avaliada a prevalência de hipertensão nos indígenas de 6,2% indicando
aumento de 12% a cada ano, de um indígena apresentar hipertensão arterial.
O estudo referente ao níveis tensionais de adultos indígenas Suruí, cita que a
hipertensão arterial é relatada como um importante problema entre os povos indígenas e
cada região possui sua particularidade, é relatado que a relação entre ambiente e genética
tem uma grande determinação para as doenças crônicas. Um fator que ajuda a prevalência
da hipertensão segundo o estudo realizado, é o aumento significativo de peso, que de
modo geral no Brasil os adultos indígenas estão passando por mudanças no perfil
nutricional.

CONCLUSÃO

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Os indígenas vêm enfrentando conflitos de identidade cultural e mudanças no
estilo de vida, tais coisas que vem afetado na rotina cotidiana, que interfere na saúde de
modo direto, os povos indígenas vivenciam um cenário complexo de mudanças relevantes
em seu modo de viver, vários fatores estão relacionados a tais mudanças, mas a que
interfere diretamente na saúde da população é o quadro de aproximação dos centros
urbanos, o fácil acesso a alimentos industrializados e a diminuição das atividades físicas.
A limitação deste estudo está no fato da revisão ter sido realizada apenas com
pesquisas nas bases nacionais e com artigos em língua portuguesa. Para melhor
entendimento da temática, seria importante consultar estudos internacionais que refletem
os mais diversos cenários.

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TRASTORNOS MENTAIS CAUSADOS DIANTE A PANDEMIA DO
CORONAVÍRUS (COVID-19): UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Palomma Rafaelly Teixeira Alencar1; Lizandra Ellem Silva de Souza2; Geovanna


Renaissa Ferreira Caldas3; Natália Nunes Alves4; Quézia Moura de Sousa5; Lucas Michel
da Silva Pontes6; Alessandro Ruan Silva de Souza7

12345
Graduada em Enfermagem pela Universidade de Juazeiro do Norte (UNIJUAZEIRO)

6
Graduado em Biomedicina pelo Centro Universitário Doutor Leão Sampaio
(UNILEÃO)

7
Graduando em Biologia pela Universidade Regional do Cariri (URCA)

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A covid-19 é uma das maiores emergências da atualidade diante a saúde pública. Além
das preocupações quanto à saúde física, traz também preocupações quanto ao sofrimento
psicológico/ mental que surgem na população geral e pelos profissionais da saúde. Trata-
se de uma revisão integrativa da literatura, descritiva com abordagem qualitativa. Ao
realizar a pesquisa foi possível encontrar 108 documentos que após aplicado os critérios
resultaram em 39 artigos analisados para uso do presente artigo. Observa-se uma elevada
proporção de medo ocasionando transtornos mentais entre a população, frequentemente
naqueles que se encontram sob maior risco de contaminação. Este trabalho, propõe uma
reflexão sobre os transtornos mentais causados diante a pandemia da Covid-19, com
objetivo de estimar a prevalência desses Transtornos diante à sociedade.

Palavras-chaves: Saúde Mental; Covid-19; Pandemia; Transtorno; Medo.

INTRODUÇÃO
O Coronavírus é uma emergência ocasionada por uma infecção respiratória aguda
com alto poder de mortalidade. O primeiro caso do vírus foi encontrado na China, porém
logo mais se manifestou entre a população mundial, trazendo consigo medo das
contaminações e problemas psicológicos entre o mundo inteiro em que foram se
intensificando ao decorrer do tempo.
A pandemia da covid-19 deu início no mês de março de 2020, onde em menos de
um ano se tornou uma crise na saúde da população mundial. No Brasil houve um
percentual altíssimo de mortes devido à gravidade que a doença tem, desde o início da

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manifestação do vírus até o momento. A população brasileira tem sofrido bastante, pois
com o surto epidemiológico os hospitais sempre estão lotados, as unidades de terapia
intensivas (UTI) chegam a faltar recursos como respiradores mecânicos e leitos para os
pacientes. Os profissionais da saúde estão sobrecarregados, e a população se encontra
assustada gerando dessa forma medo, angústia, e transtornos mentais em ambos os lados.
Essa doença tem uma grande capacidade de transmissão o que faz com que seja
espalhada rapidamente. A falta de entendimento sobre ela fez com que se tornasse ainda
mais difícil as condutas aos pacientes com a patologia sendo a principal solução para
controle da propagação do vírus adoção rígida de medidas preventivas que exigiu das
pessoas mudanças na sua vivência do dia a dia o que ocasionou um grande estresse na
população.
O Ministério da Saúde adverte várias recomendações correlacionadas a pandemia
da covid-19 para prevenção do contágio e transmissão, direcionadas aos aspectos sociais.
O principal meio de prevenção é o isolamento social, no qual em casos de necessidades
básicas; (mercado, farmácia e saúde), deve-se adotar medidas de distanciamento de 1
metro evitando contato próximo, e o uso contínuo de máscaras. Devido às medidas mais
rígidas de distanciamento muitas pessoas perderam seus empregos, ou estão passando por
algum tipo de dificuldades devido às consequências dessa pandemia. Tudo isso vem
acarretando distúrbios mentais na população mundial.
Perante os problemas encontrados, manifestou-se a seguinte reflexão: Qual
impacto ocasionado pela pandemia na saúde mental da população?
Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo enfatizar os transtornos causados pela
pandemia do novo coronavírus.

METODOLOGIA

É uma revisão integrativa da literatura, descritiva com abordagem qualitativa,


realizado através das seguintes etapas: definição do tema, escolha do objetivo, busca dos
artigos com inclusão dos critérios de inclusão e exclusão, análise dos artigos, discussão e
resultados obtidos.

Pesquisa realizada no período de setembro de 2021, no qual, o alcance das


informações se deu pela busca nas bases de dados Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) com uso dos
Descritores da saúde: problemas psicológicos e covid-19 fazendo uso dos operadores
booleanos AND.

Os critérios de inclusão aplicados foram: Artigos disponíveis da íntegra,


completos e originais, entre os anos de 2017 a 2021, com idiomas em português, inglês e
espanhol, e que correspondessem a temática do presente estudo. Sendo os critérios de
exclusão: artigos duplicados e que não abordassem assuntos de interesse para o estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Quando realizada a pesquisa foi possível encontrar 108 documentos que após
aplicado os critérios resultaram em 39 artigos analisados e escolhidos 6 para uso do
presente estudo.
Figura 1. Fluxograma coma a descrição das etapas de obtenção dos artigos
utilizados.

LILACS SCIELO MEDLINE

Exclusão inicial Busca inicial Pré-Seleção


69 artigos 108 documentos 39 artigos

Seleção final

10 artigos

FONTE: autores da pesquisa.

Segundo dados do Ministério da saúde o Brasil é o país mais depressivo da


América Latina e o mais ansioso do mundo, esses dados estão relacionados a má
qualidade de vida que muitos brasileiros vivem, as desigualdades a falta de assistência de
saúde qualificada e aos tabus impostos pela sociedade relacionados a saúde mental isso
aumenta drasticamente a ocorrência de transtornos psicológicos.

Alguns problemas de gerenciamento do nosso país no contexto da pandemia de


covid-19 tomaram proporções acima do que se era esperado, causando assim na
população brasileira um aumento de ansiedade devido à doença e a crise geradas pelo
desemprego, aumento dos preços de alimentos básicos também vale ressaltar a sobrecarga
dos serviços de saúde que neste período ficaram impossibilitados de prestar assistência a
pessoas que chegavam na emergência até mesmo com crise de ansiedade e outros
problemas relacionados a saúde mental.

Para Santos e Ferraz (2021), uma das causas que afetaram a saúde mental dessas
pessoas foram a necessidade de adequação a novos costumes o que ocorreu de forma
repentina. Muitas são as informações geradas diariamente para os indivíduos o que traz
confusão, incertezas, medo ocasionando assim quadros de estresse, ansiedade e pânico na
sociedade sendo esperado também sentimentos de tristeza, insônia e desesperança.

Machado (2020), refere-se a pandemia como um cenário que causa apreensão


onde as pessoas se tornam ainda mais preocupadas com a saúde de si e de seus familiares
o que ocasiona episódios de ansiedade e pânico sendo mais intensificada na população

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que já apresentava algum desses quadros anteriormente. O estudo enfatiza que
futuramente vai ser possível, observar alguns traumas nessas pessoas sendo consequência
da doença e suas sequelas deixadas.

Com isso compreende-se que a pandemia acarretou a vida da população grandes


problemas que vão percorrer por bastante tempo afetando a vida pessoal de cada pessoa
sendo um período marcado por perdas, medos, angústia e incertezas.

CONCLUSÃO
A pandemia de covid-19 ainda persiste no nosso país, associada a quarentena tirou
a liberdade dos cidadãos brasileiros e aumentou drasticamente as chances de morte, vale
também mencionar que a socialização algo necessário para o bem-estar do qualquer
indivíduo foi totalmente limitado. Com o crescente número de mortos surgiu uma
preocupação a mais o que a pandemia poderia causar na saúde mental dos brasileiros,
frente a esse cenário foi possível observar o aumento do sofrimento psicológico nos
brasileiros associado as incertezas provocadas pela doença.
Faz-se necessário uma atenção integral aos indivíduos que chegam à assistência
relatando sinais de um possível sofrimento psicológico, pois ao negligenciar esses sinais
colocaremos a saúde mental do indivíduo em risco diminuindo assim o êxito no
tratamento adequado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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EFEITOS DA SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL: UMA REVISÃO DA
LITERATURA

Isadora Ferreira Basilio de Souza1, Larissa Rosa Stork2, Ana Luiza Andrade Machado3,
Fernanda Magalhães Cota4, Izabella Saverginini Deprá5, Julia Cera Scotá6, Valmin
Ramos da Silva7
1,2,3,4,5,6
Graduando em Medicina pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória.
7
Médico e biólogo pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Residência
Médica em Pediatria pelo Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, Vitória, ES
(HINSG). Especialização em Nutrição pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de
Misericórdia de Vitória (EMESCAM). Mestrado em Biologia Vegetal pela UFES.
Doutorado em Pediatria pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pós-
Doutorado em Educação pela UFES.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Introdução: O álcool compromete o desenvolvimento embrionário, sendo a Síndrome
Alcoólica Fetal (SAF) seu efeito mais grave. Objetivo: Compreender acerca dos efeitos
da Síndrome Alcoólica Fetal. Metodologia: Revisão bibliográfica realizada entre
fevereiro e março de 2021 no PubMed/MEDLINE, por meio da busca: Alcoholism AND
“Fetal Alcohol Spectrum Disorders” AND “Prenatal Exposure Delayed Effects”.
Selecionou-se publicações entre 2015-2020, com acesso completo, estudos em humanos
e em inglês. Após a exclusão de duplicatas e por títulos/resumos, totalizaram 18 artigos.
Discussão: O álcool desencadeia a redução do corpo caloso, causando dismorfismo
craniofacial. Ademais, retarda o crescimento intrauterino, pela redução da placenta, e pós-
natal, por alterações na programação fetal, no desenvolvimento endocrinológico e no
metabolismo. No sistema nervoso, a alteração da autofagia nas células endoteliais e a
morte neuronal afetam as habilidades neurocognitivas. Conclusão: Frente aos efeitos da
SAF, atualizações da literatura são imprescindíveis para prevenção efetiva e tratamento
eficaz.

Palavras-chaves: Alcoolismo. Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal. Efeitos Tardios


da Exposição Pré-Natal. Efeitos teratogênicos. Feto.

INTRODUÇÃO
O álcool é uma droga lícita com efeito teratogênico, isto é, seu uso no período gestacional
compromete o desenvolvimento embrionário e pode causar danos permanentes no feto.

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Entre os efeitos conhecidos da exposição pré-natal ao álcool destacam-se as disfunções
neurológicas, cognitivas, motoras e físicas, as quais caracterizam os Transtornos do
Espectro Alcoólico Fetal, sendo que a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) é a forma mais
grave desse grupo.
A SAF é determinada pelo retardo do crescimento intrauterino e pós-natal, pelo
dismorfismo craniofacial característico, pelas anormalidades no desenvolvimento do
sistema nervoso e pelos distúrbios comportamentais e neurocognitivos. De acordo com
os artigos estudados, ainda não há estudos conclusivos sobre uma quantidade aceitável de
álcool que possa ser ingerida pela gestante, sendo recomendada a abstinência completa.
Nota-se que o uso de álcool durante a gravidez é uma das principais causas evitáveis
de defeitos congênitos e de deficiências no desenvolvimento. Apesar disso, os
Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal, que inclui a SAF, permanecem como um
problema de saúde difundido a nível mundial. Estima-se que, em 2015, a prevalência
global do consumo de álcool durante a gravidez foi de 10,2%. Ademais, em 2017, a
prevalência da SAF foi de 2,9 por 1000 pessoas globalmente.
Em vista dos efeitos dessa síndrome e de sua elevada recorrência, verifica-se que é de
extrema relevância a discussão em torno do tema, de modo a conscientizar a população e
prevenir a exposição pré-natal ao álcool. Logo, por meio da leitura deste artigo, é possível
adquirir conhecimentos sobre a SAF e entender mecanismos teratogênicos do álcool.

OBJETIVOS
Compreender acerca dos efeitos da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

METODOLOGIA
Foi realizada uma busca bibliográfica, coletando artigos no período de fevereiro a março
de 2021. Utilizou-se a base de dados PubMed/MEDLINE com a seguinte combinação de
descritores selecionados pelo Medical Subjects Headings (Mesh): Alcoholism AND
“Fetal Alcohol Spectrum Disorders” AND “Prenatal Exposure Delayed Effects”,
encontrando um total de 867 artigos.
A partir disso, foram utilizados os filtros associados: artigos publicados entre 2015 e
2020, artigos de acesso livre e integral, limite para estudos com humanos e idioma de
língua inglesa, obtendo um total de 116 artigos. Foram incluídos artigos originais,
pesquisas quantitativas e qualitativas e artigos de revisão sobre o tema. Como método de
exclusão, não foram considerados artigos duplicados e que continham pesquisas com
animais. Ademais, foram excluídos os que não se adequavam ao tema, a partir da leitura
de título e resumo. Ao final, totalizaram 11 artigos, representando a amostra final do
presente estudo, sendo lidos de forma integral.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A definição mais recente dos Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal inclui casos com
anormalidades funcionais, podendo ou não abranger anomalias físicas. O critério para o
diagnóstico clínico inclui evidências de exposição ao álcool dentro do útero,
dismorfismos faciais, alterações na taxa de crescimento, no tamanho da cabeça e em
elementos do desenvolvimento neural. Apesar dessas características específicas, o
diagnóstico não é unanimemente concordado.
Em relação à prevalência, estima-se que o acometimento dos Transtornos do Espectro
Alcoólico Fetal é de cerca de 3% a 5% na população geral na América do Norte e na
Europa e de até 26% na África do Sul. Esses dados estão associados à Síndrome Alcoólica
Fetal (SAF), situação extrema entre os transtornos, que acomete entre 0,2% a 0,9% de
crianças americanas, 0,4% a 1,2% de crianças italianas e 13,6% a 20,9% de crianças da
África do Sul, estando estritamente relacionada com o considerável nível de alcoolismo
entre sua população.
Em 1973, a SAF foi definida clinicamente como uma condição extrema dos Transtornos
do Espectro Alcoólico Fetal, apresentando como diagnóstico diferencial a presença de
duas ou mais características faciais específicas: pequenas fissuras palpebrais, filtro liso
ou pouco visível e borda vermelha do lábio superior fina, sendo que, nesse caso, não há
necessidade de confirmação do consumo de álcool pela mãe durante a gravidez. No
entanto, apenas ~ 25% das crianças afetadas pela exposição intrauterina ao álcool
apresentam alterações físicas.
O consumo de álcool no período pré-natal, independentemente da quantidade ingerida,
leva a alterações no fenótipo do feto. O dismorfismo craniofacial apresentado em
pacientes com SAF se caracteriza por pequenas fissuras na pálpebra, lábio superior fino
e buço plano. Além de, em alguns casos, ocorrerem também anormalidades auriculares e
no meio da face. Essas alterações estão relacionadas com a área e espessuras reduzidas
do corpo caloso do cérebro.
Demonstrou-se que, além de um padrão específico de dismorfismo craniofacial, o retardo
do crescimento pré-natal ou pós-natal é um critério para o diagnóstico de SAF. Diante
disso, a análise da restrição do crescimento intrauterino explicita menor peso,
comprimento e circunferência da cabeça do feto ao nascer. Isso ocorre em razão de
reduções no peso da placenta, importante para a nutrição fetal e crescimento intrauterino.
O retardo do crescimento após o nascimento, por outro lado, pode refletir mecanismos
diferentes, como alterações na programação fetal, desenvolvimento endocrinológico,
metabolismo pós-natal e/ou comportamentos alimentares. Além disso, nota-se que a
restrição do crescimento intrauterino é mais sensível à exposição alcoólica do que a
restrição do crescimento pós-natal, o que sugere que níveis mais baixos de ingestão da
bebida já são suficientes para a ocorrência do primeiro caso.
Verifica-se, ainda, o comprometimento neurocognitivo em crianças com SAF. Nesse
caso, observa-se que o álcool induz o aumento no número de vacúolos autofágicos nos

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microvasos corticais do cérebro. Esse mecanismo desregula a autofagia nas células
endoteliais, contribuindo para lesão e morte celular e para distúrbios da rede vascular, ao
prejudicar a angiogênese. Junto a isso, é válido ressaltar que há redução do corpo caloso
cerebral, fator que leva ao pior desempenho cognitivo, particularmente em tarefas
projetadas para avaliar a transferência inter-hemisférica de informações. Assim, o
tamanho do corpo caloso pode fornecer um biomarcador neural da SAF.
Além disso, nota-se que a perda de neurônios também contribui significativamente para
as anormalidades do desenvolvimento neurológico. Essa perda está ligada à apoptose
mediada pela via apoptótica intrínseca através da ativação da proteína caspase-3. Um
estudo sugeriu que a vulnerabilidade cerebral ao etanol ocorre devido à alta expressão de
proteínas pró-apoptóticas e baixa expressão de genes envolvidos em sistemas de resposta
ao estresse. Também foi demonstrado que a ativação da autofagia é uma resposta
neuroprotetora que alivia a toxicidade do etanol.
É válido, ainda, citar os efeitos do álcool na habilidade motora. Nesse aspecto, análises
indicaram que crianças afetadas pela síndrome apresentam um índice de desenvolvimento
psicomotor relativamente menor em comparação com crianças não expostas. Denota-se
que atrasos maturacionais levaram a dificuldades na caminhada tandem, que podem estar
relacionadas com o ângulo do pé exagerado e com o aumento da largura do passo. Além
disso, elas são reflexo da sensibilização neurológica, como a neurodegeneração induzida
do cerebelo, e são capazes de reduzir a coordenação e de impactar negativamente no
desempenho de atividades que exigem precisão na marcha.
Ademais, observa-se o expressivo número de portadores da síndrome com dificuldade na
vida adulta. Já nos primeiros anos escolares, crianças portadoras da síndrome apresentam
dificuldades na capacidade de comunicação, dado a influência de distúrbios de
aprendizagem e psiquiátricos. Com isso, um estudo demonstrou que cerca de 92% dos
participantes diagnosticados com SAF possuem problemas em viver sem auxílio de
terceiros e/ou problemas no emprego. Tal porcentagem é considerada preocupante e pode
ser explicada pela amplitude de componentes do organismo vulneráveis à ação do álcool,
cujos possíveis efeitos não necessariamente ocorrem de forma simultânea, mas podem
incapacitar a convivência social.
Como um fator limitante da revisão bibliográfica, foi observada a carência de estudos
relevantes para a SAF, visto que estes, em sua maioria, tratam apenas dos Transtornos do
Espectro Alcoólico Fetal de forma breve, sem detalhar sobre os efeitos dessa síndrome.

CONCLUSÃO
Acerca dos efeitos da SAF, responsável pelo desenvolvimento de danos fisiológicos e
cognitivos no feto, verifica-se o dismorfismo craniofacial, o retardo no crescimento
intrauterino e pós-natal e o acometimento neurocognitivo e psicomotor.
Consequentemente, há impactos negativos na qualidade de vida, o que torna

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imprescindível a compreensão dessa síndrome para um efetivo acompanhamento médico
e tratamento dos pacientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COMPARAÇÃO ENTRE AS TÉCNICAS CONVENCIONAIS E
MOLECULARES UTILIZADAS PARA O DIAGNÓSTICO DA HEPATITE B

Larissa Vinagre Queiroz1; Andrio Silva da Silva2; Giovanna Ferreira da Silva3; Gustavo
Vitor De Souza Ribeiro4; Jhonata Goms de Oliveira5; Kássia Helena Silva Leitão6;
Henrique Fonseca Sousa do Nascimento7
1
Graduanda em biomedicina pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
2
Graduando em biomedicina pela Universidade do Estado do Pará
3
Graduanda em biomedicina pelo Centro Universitário Metropolitano da Amazônia
4
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Pará
5
Graduando em biomedicina pela Universidade da Amazônia
6
Graduanda em biomedicina pela Universidade do Estado do Pará
7
Biomédico. Mestre em Neurociências e Biologia Celular pela Universidade Federal do
Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A hepatite B é uma doença causada pelo vírus HBV podendo ser classificada como aguda
e crônica, acarretando em cirrose e hepatocarcinoma. O objetivo é comparar técnicas
convencionais e moleculares aplicadas ao diagnóstico da hepatite B através da janela
diagnóstica dos marcadores envolvidos e suas metodologias, e da análise acerca da
eficiência dos testes rápidos, ELISA e PCR no que tange à especificidade e sensibilidade
destes. Foi realizada uma revisão bibliográfica em bancos de dados Pubmed, SciELO e
Google Acadêmico e em documentos de domínio público disponibilizados pelo
Ministério da Saúde, usando descritores “HBV”, “diagnóstico”, “hepatite B” e “ELISA”.
Os testes sorológicos, como o imunoensaio ELISA, revelaram-se mais suscetíveis a
apresentarem resultados falso-negativos devido à influência que sofrem da janela
imunológica. Quando comparados às técnicas convencionais, os testes moleculares, como
PCR, mostraram-se eficientes para o diagnóstico de HBV pela detecção quantitativa de
DNA viral e menor influência de resposta imunológica.
Palavras-chaves: Diagnóstico, ELISA, HBV, Hepatite B, Molecular

INTRODUÇÃO
Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais publicado em julho de 2021, entre
o período de 1999 a 2020 foram notificados cerca de 689.933 casos confirmados de

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hepatites virais, sendo 36,9% referente a hepatite B, tendo como maior via de infecção a
via sexual.
O vírus da hepatite B (HBV) é um vírus envelopado de DNA pertencente à família
Hepadnaviridae, possuindo 9 classificações filogênicas que determinam manifestações
clínicas e o comportamento replicativo viral.
O HBV possui tropismo pelos hepatócitos devido a interação com os receptores de Sulfato
de Heparano Proteoglicano (HSPG) altamente sulfatados, e a alta ligação com os
receptores de Polipeptídeo de Co-transporte de Sódio/Taurocolato (NTPC). Além do
receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), que estão presentes em células
hepáticas favorecendo a endocitose. Após a internalização do material genético viral, o
DNA viral é convertido para cccDNA, aumentando o índice replicativo, favorecendo a
susceptibilidade de evolução para a hepatite crônica seguida de hepatocarcinoma.
A hepatite B pode ser transmitida por via sexual, vertical e parenteral, podendo ser
classificada como aguda ou crônica; a cronicidade é determinada perante a persistência
do DNA viral após 6 meses desde o diagnóstico. Para o diagnóstico são utilizados fluidos
biológicos como sangue, soro, plasma e fluido oral para a pesquisa de marcadores
imunológicos e moleculares, utilizando metodologias como imunoensaio que são
empregados na fabricação de testes rápidos, teste imunoenzimáticos do tipo ELISA e
PCR em tempo real para detecção de material genético viral.
Os testes rápidos para diagnóstico da Hepatite B são ensaios imunocromatográficos de
fluxo lateral que identificam o antígeno de superfície do HBV (HBsAg) em sangue total,
por meio de punção digital, em soro ou plasma, por meio de punção venosa, ou em fluido
oral, sendo que a escolha depende do fabricante. São testes presenciais de fácil execução
que podem ser realizados em até 30 minutos. A realização do teste consiste na introdução
da amostra no poço da amostra e migração lateral da mesma pela membrana de
nitrocelulose. Caso haja a presença do HBsAg, haverá ligação do mesmo com os
anticorpos monoclonais anti HBs.
Os testes rápidos em geral apresentam uma série de vantagens, que intensificam seu uso
e comercialização, possibilidade de um resultado de modo mais rápido e simplificado.
Em contrapartida, testes rápidos para o diagnóstico de HBV em algumas ocasiões podem
estar sujeitos a dificuldades relacionadas a interpretação, ou podem estar sujeitos a
resultados falsos negativos.
Além de teste rápido é utilizado a metodologia ELISA, que visa a detecção de antígenos
ou anticorpos circulantes no plasma sanguíneo. A técnica visa a ligação antígeno-
anticorpo intermediada por um conjugado atrelado a encubação que simula a temperatura
corporal; A técnica é sensível é possibilita a detecção de 2 marcadores plasmático.
A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) é o teste mais utilizado para a detecção do
material genético da hepatite B no genoma de indivíduos infectados; A PCR é consiste
na desnaturação, anelamento e extensão de uma região de interesse, este processo ocorre
através de ciclos que possibilita a amplificação do material genético, posteriormente, é

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observado se há presença do DNA viral, além disso, favorece uma leitura quantitativa da
carga viral no hospedeiro.
A PCR é um teste mais sensível e específico em relação as demais metodologias, pois
além de ser direto sem chances de reações cruzadas com outros virús de estrutura
semelhante, favorece o diagnóstico precoce da doença, porém pode acarretar em
resultados falso negativo se for realizado fora da janela de detecção do material genético
viral, pois só é possivel detectar o virús HBV no periodo de até 25 dia desde o inicio da
infecção.

OBJETIVOS
Objetivo Geral
Comparar as técnicas convencionais e moleculares aplicadas para o diagnóstico da
hepatite B
Objetivo específico
- Comparar de acordo com a janela diagnóstica de cada marcador envolvido e suas
respectivas metodologias.
- Analisar quanto a especificidade e sensibilidade atrelado a eficácia dos testes rápidos,
ELISA, e PCR

METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica utlizando os bancos de dados Pubmed, SciELO e
Google Acadêmico, além de documentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Como critério de inclusão foi estabelecido literaturas de 2011 à 2021, em português,
inglês e espanhol. Foram utlizados os descritores “HBV”, “diagnóstico”, “hepatite B” e
“ELISA”, e como criterio de exclusão literaturas anteriores ao ano de 2011, as demais
hepatites virais e as demais literaturas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o Manual Tecnico de Hepatites Virais (2018) os testes rápidos são de
baixa sensibilidade e especificidade comparado a metodologia ELISA e PCR pois utiliza-
se fluidos como saliva que diminui a sensibilidade e detecção de antigeno ou anticorpo
que são produzidos tardiamente, além disso, possibilita a interpretação erronea do teste,
na ausência do conhecimento da janela diagnóstica da doença.
Em contrapartida, PCR possui sensibilidade e especificidade inferior devido a pesquisa
ocorre em proporção direta analisando a quantidade de produto de PCR na reação,
favorecendo um diagnóstico prévio da doença.

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Um estudo comparativo realizado por Kurdi (2014) foi utilizado para avaliar a eficiência
entre os testes PCR e ELISA. Para o teste ELISA utilizaram-se antígenos e anticorpos de
superfície do HBV (HbsAg; HbcAb) cerca de 9,02% das amostras como sendo reagentes
para o HBV. Entretanto, a técnica de PCR detectou claramente a presença de DNA do
vírus em 9,29% dos casos.
Com base nos resultados apresentados, é correto afirmar que a técnica de PCR possui
resultados mais precisos, pois é capaz de detectar quantitativamente a presença de ácido
nucleico viral. Além disso, os testes sorológicos são mais passíveis de resultados falso
negativos em comparação ao teste de PCR, em parte por conta da janela imunológica, que
torna o indivíduo indetectável nos exames de presença-ausência de anticorpos.
Dessa forma, diante do exposto, observa-se maior sensibilidade por parte das técnicas de
detecção de ácidos nucleicos virais.
CONCLUSÃO
Logo, comparado às técnicas convencionais e moleculares aplicadas para o diagnóstico
da hepatite B, observou-se a superioridade em termos de precisão dos testes moleculares
como o próprio teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para diagnóstico de
HBV. Quando analisados os parâmetros relacionados à influência da janela imunológica,
foi averiguado que o teste molecular PCR sofre menos influência de resposta
imunológica, mas não deve ser descartado. Já o imunoensaio ELISA mostrou-se mais
passível de influência para resultados falso-negativos perante a janela imunológica de
cada paciente, influenciado pela carga imunológica em resposta ao tempo de infecção.
Conclui-se então que metodologias diagnósticas moleculares a partir da detecção do
material genético do vírus possuem uma melhor especificidade e sensibilidade quando
comparado a testes sorológicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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virais em uma comunidade periférica de Macapá, Amapá. Braz. J Hea Rev [Internet],
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CRUZ, H. M. Avaliação do desempenho de testes rápidos na detecção de marcadores


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Instituto Oswaldo Cruz, Mestrado em Programa de Pós-Graduação e Medicina Tropical.
Rio de Janeiro, P.100. 2014.

FOURATI, Slim; PAWLOTSKY, Jean-Michel. Avanços recentes na compreensão e


diagnóstico da infecção crônica pelo vírus da hepatite B. John Libbey Eurotext, Paris,
p. 23-34, 2019.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


MOHIADEEN, Kurdi, et al. Journal of Taibah University Medical Sciences. Molecular
detection of hepatitis B virus (HBV) among voluntary ELISA positive blood donors
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KRAMVIS, Anna. Genotypes and Genetic Variability of Hepatitis B


Virus. Intervirology, [S.L.], v. 57, n. 3-4, p. 141-150, 2014. S. Karger AG.
http://dx.doi.org/10.1159/000360947. Disponível em:
https://www.karger.com/Article/FullText/360947. Acesso em: 09 set. 2021.

LOCATELLI, Maëlle; TESTONI, Barbara. Analyse des événements virologiques


intrahépatiques d’une infection chronique par le virus de
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MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.


DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS
HEPATITES VIRAIS. Manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. 2018.

Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais.


Brasília, julho 2021.

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AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO RESPIRATÓRIA APÓS CIRURGIA -
REVISÃO SISTEMATIZADA DA LITERATURA

Hudson Melo e Silva 1; Isabel Cristina Fonseca da Cruz2

1
Enfermeiro, aluno do Curso de Especialização em Enfermagem em Cuidados Intensivos.
Universidade Federal Fluminense (UFF).
2
Doutora, Professora. Titular da Universidade Federal Fluminense (UFF)
E-mail: [email protected]

RESUMO

Complicações pulmonares no pós-operatório frequentemente contribuem para o aumento


do tempo de permanência hospitalar, e consistem em uma das mais importantes causas
de morbidade. Assim, o objetivo deste estudo foi compilar informações sobre condições
respiratórias em pacientes pós-operatórios, suas principais complicações e o papel da
enfermagem na avaliação das condições destes pacientes. Realizou-se um estudo
descritivo e exploratório através de levantamento bibliográfico, selecionando os trabalhos
que possibilitassem discutir os principais aspectos envolvidos na avaliação da condição
respiratória de pacientes pós cirurgias, eventuais complicações e diretrizes para atenuar,
ou evitar, efeitos adversos. Neste contexto, a equipe de enfermagem deve tomar decisões
com base em conhecimento sobre as possíveis complicações respiratórias relacionadas à
realização de procedimentos cirúrgicos, atento à segurança do paciente para redução de
complicações e eventos adversos no período pós-operatório.

Palavras-Chave: Enfermagem, Pacientes, Complicações Pulmonares, Pós Cirurgia,


Revisão.

INTRODUÇÃO
Uma intervenção cirúrgica apresenta riscos que podem proporcionar modificações
fisiopatológicas que começam desde a aplicação da anestesia e se prolongam após o
procedimento operatório, podendo ser responsável pela ocorrência de complicações
durante todo processo. Podendo afetar a capacidade dos músculos abdominais e da caixa
torácica, por exemplo, afetando assim todo o sistema respiratório (1). Sistema este
responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio necessários no organismo para a
manutenção da vida através de mecanismo sensíveis que precisam ocorrer de forma
coordenada e segura, e qualquer alteração pode acarretar complicações respiratórias, até
mesmo fatais (2).

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Conceitualmente, complicações pulmonares pós-operatórias (CPP) são definidas
como anormalidades pulmonares que ocorrem no período pós-operatório e afetam de uma
maneira desfavorável o curso clínico, sendo responsáveis por cerca de 24% dos óbitos
que ocorrem na primeira semana após a cirurgia realizada sob anestesia geral (3).
Complicações pulmonares no pós-operatório podem se desenvolver associadas à
redução da capacidade pulmonar como decorrência do procedimento cirúrgico. Como
consequência, podem ser verificados: pneumonia, broncospasmos, atelectasia,
hipoxemia, insuficiência respiratória aguda, retenção de secreções, doença pulmonar
obstrutiva crônica e ainda, dependência de ventilação mecânica (4).
Existem correlações entre os fatores de risco pré-operatórios e complicações pós-
operatórias, com consideráveis mudanças na função respiratória em diferentes níveis de
consequências e intensidades (5). Entre os fatores geralmente atribuídos ao
desenvolvimento destas complicações, podem ser destacados: idade, sexo, tabagismo,
diagnóstico de doença pulmonar prévia, alcoolismo, obesidade, desnutrição, até mesmo
o tipo de anestesia empregada ou o tempo e a técnica da cirurgia realizada (6).
A correta avaliação pós-operatória e seus devidos procedimentos são medidas
terapêuticas importantes para o cuidado, prevenção e restrição das complicações, visando
diminuir a mortalidade, melhorar prognósticos, tempos dispendidos em internações e
custos do tratamento (7). No período pós-operatório, desde as primeiras 24 horas pós-
cirurgia até a alta hospitalar, o paciente necessita de cuidados peculiares, em que o papel
da enfermagem é fundamental (8).

OBJETIVO
Este trabalho pretende compilar informações a respeito das complicações
respiratórias que podem ocorrer após um procedimento cirúrgico, suas consequências e
formas de prevenção, e como a enfermagem pode auxiliar no processo e nos cuidados
pós-operatórios.

METODOLOGIA
Este estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa bibliográfica, tendo sido realizado
a partir de uma revisão sistematizada da literatura através do levantamento de referências
publicadas por meios eletrônicos, como livros, dissertações e artigos científicos
pesquisados nas bases de dados eletrônicos da Biblioteca Virtual em Saúde: LILACS,
MEDLINE e BDENF, publicados entre 2010 e 2020, em inglês e português, e que
abordassem aspectos relacionados às condições respiratória após procedimentos
cirúrgicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Analisando toda a bibliografia consultada, compreende-se que complicações
pulmonares pós-operatórias são muito frequentes de modo geral, tanto quanto
complicações cardiovasculares ocorrem em cirurgias não cardíacas. Devido à alta
incidência, a identificação de pacientes em risco para desenvolvimento dessas
complicações e a adoção de medidas para controlar esses riscos apresentam uma
importância vital (3,7).
A insuficiência respiratória no cenário pós-operatório pode ser definida como a
necessidade de ventilação mecânica por mais de 48 horas após a cirurgia e constitui um
evento com elevada morbidade, além de apresentarem os mais elevados custos de
internação quando comparadas às outras complicações pós-operatórias, geralmente
carecendo de longos períodos de internação (7).
Conceitualmente, as alterações na função pulmonar que ocorrem no pós-operatório
são, frequentemente, do tipo restritivas; caracterizadas pela diminuição de todos os
volumes pulmonares. Um parâmetro muito útil para avaliar esse efeito restritivo é a
diminuição na capacidade residual funcional, que é gerada pelo conteúdo abdominal que
pressiona e dificulta a movimentação normal do diafragma. Outro fator importante é o
sítio operatório, ou local onde ocorreu a intervenção cirúrgica, que se caracteriza por ser
um dos principais fatores determinantes da restrição pulmonar e dos riscos de
complicações pulmonares subsequentes. Responsáveis por causar o mais profundo efeito
restritivo, cirurgias não laparoscópicas na região superior do abdome podem diminuir a
capacidade residual funcional (CRF) de 40 a 50% comparados aos níveis pré-operatórios.
Enquanto as cirurgias torácicas e do abdome inferior apresentam redução de 30% na CRF,
sendo responsáveis pela segunda maior alteração na função pulmonar. Seguido por
cirurgias intracranianas, vasculares periféricas e otorrinolaringológicas, que podem
causar alterações de 15 a 20% na CRF (7).
Um dos principais fatores de risco para complicações pulmonares é a idade
avançada do paciente; sendo este um importante preditor de complicações pulmonares,
mesmo após compensação clínica de comorbidades. O tabagismo representou elevação
no risco de complicações pulmonares, sendo um dos principais e mais prevalentes fatores
de risco associados à morbidade pós-operatória. Por outro lado, observou-se que a
obesidade, mesmo com as alterações restritivas da doença, não aumenta os riscos
pulmonares (7).
Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica apresentam elevado
risco de complicações pulmonares pós-operatórias, podendo desenvolver reatividade
aumentada da via aérea, gerando broncoespasmo. Pacientes tabagistas que possuem
doença pulmonar obstrutiva crônica podem apresentar de duas a seis vezes mais riscos de
desenvolverem pneumonia no período pós-operatório, diferente do que se verifica em
pacientes não tabagistas (7).
Complicações respiratórias associadas a cirurgias nas regiões torácicas e
abdominais foram frequentemente predominantes em indivíduos do sexo masculino (4, 9).
Ademais, fatores de risco neste tipo de cirurgias aumentam a cada década de vida,
principalmente após os 60 anos, incluindo ainda influências do estilo de vida. A grande
incidência de limitações na mecânica respiratória após procedimento cirúrgico pulmonar

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ou abdominal é em grande parte relacionados à disfunção diafragmática, ao tipo de
cirurgia e o tempo do processo cirúrgico (9).
A elaboração, avaliação e validação de um documento, tal como checklist, para os
períodos pré e pós-operatório demonstrou-se ser uma importante medida por sua
simplicidade, aplicabilidade e possibilidade de mensuração de parâmetros, para
proporcionar uma cirurgia segura e um pós-operatório com riscos minimizados. Esse
instrumento pode ser um guia para a assistência no pós-operatório, viabilizando
indicadores para avaliação da qualidade do cuidado, além de possibilitar a formulação de
novas estratégias para melhoria dos serviços prestados pelo enfermeiro e por todos os
profissionais da saúde (10).

CONCLUSÃO
Apesar de todo desenvolvimento científico e tecnológico, complicações
relacionadas às intervenções cirúrgicas seguem ocorrendo e proporcionando grandes
preocupações. E as complicações pulmonares no período pós-operatório constituem uma
fração substancial dos riscos envolvidos na realização de procedimentos cirúrgicos. Desta
forma, a identificação dos fatores de risco ajuda a diminuir tempo de internação, custo de
tratamento e a mortalidade.
A partir da identificação de fatores de risco é possível prever os impactos oriundos
dos procedimentos cirúrgicos na funcionalidade do sistema respiratório. Indivíduos em
fase pós-operatória de cirurgias, quando submetidos a terapia respiratória, apresentam
melhora da evolução clínica e da função pulmonar. Portanto, empregar avaliações de
riscos de complicações respiratórias pós cirúrgicas aumentam a segurança e aperfeiçoam
a assistência. De forma complementar, deve-se ressaltar a importância que as ações
integradas da equipe multiprofissional fortalecem a assistência pós-operatória, com papel
central e fundamental exercido pela equipe de enfermagem.
Por fim, importante ressaltar que os processos decisórios dos enfermeiros englobam
conhecimentos da área assistencial e gerencial, tendo como centralidade o cuidado ao
paciente. Portanto, entre as ações esperadas de um enfermeiro, está a tomada de decisão
com base em conhecimento sobre as possíveis complicações respiratórias relacionadas à
realização de procedimentos cirúrgicos, sendo possível destacar aquelas ações
relacionadas à segurança do paciente para a predição e diminuição de complicações, a
detecção precoce de intercorrências e os eventos adversos no período pós-operatório.

REFERÊNCIAS
1. WERLE et al. Aplicação da ventilação mecânica não-invasiva no pós-operatório de
cirurgias torácicas e abdominais. ASSOBRAFIR Ciência, v.4, n.1, p.21-32, 2013.

2. MACIEL et al. Avaliação do Método Terapêutico em Pacientes de Pós-Operatório


de Cirurgia Abdominal. Rev Bras Ciências Saúde, v.5, n.2, p.199-206, 2011.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


3. Magalhães CBA. Avaliação funcional respiratória e capacidade do exercício
como fatores de risco para complicações pulmonares no pós-operatório de
transplante hepático. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-Graduação em
Ciências Médicas – Universidade Federal do Ceará, 92p. 2015.

4. LEANDRO et al. Comparison between two thoracotomy closure techniques:


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2014.

5. MARTINEZ et al. Influence of diferente body positions in vital capacity in patients


on postoperative upper abdominal. Braz J Anesthesiol, v.65, n.3, p.217-221, 2015.

6. SCHEEREN & GONÇALVES. Comparative evaluation of ventilatory function


through pre and postoperative peak expiratory flow in patients submitted to elective
upper abdominal surgery. Rev Col Bras Cir, v.43, n.3, p.165-170, 2016.

7. CABRAL et al. Complicações pulmonares no pós-operatório: preditores. Rev Med


Minas Gerais, v.24, Suppl.8, p.S73-S80, 2014.

8. STEYER et al. Perfil clínico, diagnósticos e cuidados de enfermagem para


pacientes em pós-operatório de cirurgia bariátrica. Rev Gaúcha Enferm, v.37, n.1,
p. e5017, 2016.

9. LIMA. Avaliação do fluxo expiratório de pacientes no pós-operatório de


cirurgias torácicas ou abdominal superior. Trabalho de Conclusão de Curso de
Enfermagem - Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 18p, 2018.

10. ALPENDRE et al. Safe surgery: validation of pre and postoperative checklists. Rev.
Latino-Am. Enferm, v.25, p.e2907, 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A EXTENSÃO ACADÊMICA COMO ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO EM
SAÚDE PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Susany dos Santos Tenório1; Julielen Larissa Alexandrino Moraes2; Josele de Jesus
Quaresma Trindade3; Fernanda Cristina Rosa Alves4; Carla Sena Cunha5
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
2,3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará
4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Pará
5
Enfermeira. Pela Faculdade Mauricio de Nassau
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde do Idoso (LAESI), através da extensão,
tem por objetivo levar aos idosos orientações sobre a alimentação e exercícios físicos por
meio da gerontotecnologias criadas pelos ligantes oferecendo a educação em saúde e
como resultado o bem estar biopsicossocial. As gerontotecnologias são ferramentas
produzidas de forma lúdica para alcançar e instigar o telespectador e conduzi-los ao
pensamento crítico-reflexivo para que consigam compreender da melhor maneira como
proceder aos hábitos alimentares e aos exercícios físicos. Observa-se que ainda há muitas
ações educativas a serem realizadas por conta de inúmeras questões, principalmente,
financeiras e sociais, assim, tais ações ao serem aplicadas funcionam como ensino-
aprendizagem. Contudo se faz necessário aprimorar e alcançar o número máximo de
idosos, pois são atividades que visam orientar e conduzir os mesmos.
Palavras-chaves: Educação em saúde; Saúde do Idoso; Exercício Físico; Hábitos
Alimentares e Promoção da Saúde.

INTRODUÇÃO

Na educação em saúde para pessoas idosas, as mais comuns são direcionadas a


promoção de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, sendo importante
para a promoção da saúde, pois acontece uma troca de saberes entre o “palestrante” e o
idoso ouvinte, baseados na vivência de ambos. Nesse sentido, para o bom
desenvolvimento da prática de educação em saúde deve se respeitar a cultura e os saberes
do idoso, e considerá-los, mas também realizar atividades lúdicas que facilitem a
compreensão da temática abordada.

É extremamente fundamental a prática de atividades físicas na terceira idade, pois


elas melhoram o desempenho de tarefas no cotidiano, proporcionam bem-estar e os idosos

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demonstram interesse e satisfação pelas práticas de exercícios adequados à idade. Idosos
que praticam exercícios possuem menor índice de depressão, ansiedade e solidão, pois
através dos grupos de atividades físicas para idosos eles socializam com outros
indivíduos.

É necessário que exista uma dieta própria para idoso ter uma alimentação
saudável, pois as alterações fisiológicas que ocorrem no organismo desse grupo
diminuem a ingestão alimentar de alguns nutrientes. Além disso, idosos que possuem
doenças crônicas como diabetes e hipertensão são agravados pela má alimentação
associada a falta de prática de atividades físicas. Desse modo, percebe-se que os idosos
não estão tendo uma alimentação adequada, e por isso é necessário que haja a produção
de conhecimento sobre hábitos alimentares saudáveis nessa população.

OBJETIVO

Relatar uma experiência extensionista da Liga Acadêmica de Enfermagem em


Saúde do Idoso - Pará (LAESI-PA) relativo às atividades realizadas com os idosos sobre
educação nutricional e prática de exercícios.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência com caráter descritivo e abordagem


qualitativa, elaborado a partir da vivência de Integrantes da Liga Acadêmica de
Enfermagem em Saúde do Idoso - Pará (LAESI-PA), junto com a Secretaria Municipal
de Saúde (SESMA), no contexto de uma atividade extensionista que ocorreu no mês de
setembro de 2021.

A atividade foi orientada pela enfermeira coordenadora de extensão da Liga e


executada durante o turno matutino, tendo como público alvo idosos participantes de um
grupo de idosos vinculados à uma Unidade Básica de Saúde da Região Metropolitana de
Belém, que estavam em um encontro no Parque Estadual do Utinga, Belém-PA.

A experiência foi desenvolvida em três etapas: Produção da roleta interativa,


atividades físicas com os idosos, com coreografias e músicas escolhidas pela educadora
física do grupo, e por fim, a apresentação da ação educativa com o auxílio da roleta. Em
todas as atividades foram respeitados os protocolos de prevenção contra Covid-19.

Para a confecção da roleta utilizou-se os seguintes materiais: papelão, cabo de


vassoura, tinta guache vermelha, azul e preta, cola branca, tesoura, e imagens de 8
alimentos presentes no café da manhã dos idosos. As figuras foram impressas, sendo
estas: bolo de trigo, bolacha cream cracker, pão, torrada, tapioquinha, mingau de aveia,
biscoito recheado, ovo, manteiga, geleia de frutas, café, leite, chás sucos artificiais,
iogurte e frutas. A roleta de papelão foi dividida em 8 partes e pintada com as cores
alternadas, posteriormente 2 figuras foram coladas em cada espaço.

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Após a confecção do material expositivo, houve a divisão entre as ligantes para
organizar a interação e explicação da dinâmica para os idosos. As informações
apresentadas foram baseadas em conteúdos científicos, porém verbalizadas de maneira
coloquial para facilitar a compreensão do público alvo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Inicialmente, os idosos foram recepcionados no hall de entrada do parque, em seguida


orientados a fazer uma caminhada rápida. No decorrer deste momento, foi feita uma parada
onde os participantes realizaram alguns exercícios de alongamentos com o profissional de
educação física, enfatizando a pertinência da prática de atividades físicas no dia a dia dos
idosos. Além disso, eles participaram de uma dinâmica de dança com uma educadora física, em
que os movimentos da dança eram exercícios que tinham como finalidade fortalecer os
músculos de membros inferiores, fator importante para prevenção de quedas.

A última atividade feita foi uma ação educativa através de uma roda de conversa sobre
a alimentação do café da manhã dos idosos, no qual, foi utilizada a roleta interativa e nela
continha alimentos que não eram muitos recomendados para o público e alimentos que
poderiam substituir eles. Dessa forma, os idosos giravam a roleta e falavam se ingeriam aquele
alimento, a quantidade e a frequência, e eram orientados sobre os hábitos alimentares mais
adequados para eles.

A ferramenta utilizada foi de suma importância para manter o público alvo atento à
educação em saúde. Dos participantes presentes, alguns relataram serem portadores de Diabetes
Mellitus (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), assim, no decorrer da apresentação foi
repassado informações referentes aos cuidados que devem ter ao consumir certos alimentos,
principalmente aqueles com alto índice de açúcar de gorduras para não agravar sua condição
de saúde. Ademais, os idosos puderam compartilhar seus hábitos alimentares e sanar suas
dúvidas quanto aos benefícios e malefícios dos alimentos apresentados.

Figura 1 – Fotos da apresentação da ação educativa

Fonte: arquivo pessoal

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Figura 2 – Fotos da prática de exercícios físicos por meio da dança

Fonte: arquivo pessoal

CONCLUSÃO

Portanto, através da experiência, percebe-se a importância da educação em saúde


sobre a alimentação de idosos, pois eles apresentam dúvidas sobre o que comer. Desse
modo, com a roda de conversa houve uma troca de experiências e conhecimento entre os
idosos e os palestrantes gerando um interesse dos ouvintes pelos assuntos que sanaram
diversas dúvidas. Ademais, a tecnologia aplicada contribuiu para o processo de ensino,
porque por meio da “roleta” os idosos participaram ativamente da dinâmica.

Por isso, se faz necessário que o profissional de enfermagem realize atividades


educacionais utilizando tecnologias visando uma melhor interação com o público alvo.
Dessa forma, alcançando melhores resultados no processo de aprendizado e reflexão do
tema pelos ouvintes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAMBOIM, F. E de F. et al. Benefícios da atividade física na terceira idade para a


qualidade de vida. Revista de enfermagem UFPE, Recife, 11(6):24, p. 15-22, jun., 2017.

CYRINO, R. S. et al. Atividades lúdicas como estratégia de educação em saúde com


idosos. Revista Ciência Extensão, v.12, n.3, p. 154-163, 2016.

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FILHO, E. R. A. et al. Percepção dos idosos quanto aos benefícios da prática da atividade
física: um estudo nos Pontos de Encontro Comunitário do Distrito Federal. Revista
Brasileira de Ciências do Esporte. 2019, v. 41, n. 2, p. 142-149, Jul. 2019.

FREIRE, F. V. A.; CALÁBRIA, L. K. Perfis socioeconômico, demográfico, de saúde e


alimentar de idosos de Ituiutaba/MG. Revista Perspectivas Online: Biológicas &
Saúde, v. 9, n. 30, ago., 2019.

SEABRA, C. A. M. et al. Educação em saúde como estratégia para promoção da saúde


dos idosos: Uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
2019, v. 22, n. 04, , e190022 , Out., 2019.

SILVA, S. C. M. et. al. Alterações fisiológicas do idoso e seu impacto na ingestão


alimentar: Uma revisão de literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 6, p. S288-
S295, 5 dez. 2018.

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EXPOSIÇÃO AO RUÍDO E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE AUDITIVA DE
MOTOCICLISTAS

Amanda Gonçalves Pena1; Sthefnie Costa Valentim2; Thalyta Ketelen Gonçalves da


Silva3; Cristiane Guerreiro Pereira Abdul Massih4
1,2,3
Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade da Amazônia
4
Fonoaudióloga. Mestranda em Ensino em Saúde na Amazônia pela Universidade de
Estado do Pará.
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

Este estudo teve como objetivo pesquisar se a saúde auditiva de motociclistas ou


motoboys é acometida pelo ruído ocupacional. Foi realizada uma pesquisa exploratória,
de natureza qualitativa efetuada na forma de revisão de literatura, sendo selecionados
vinte e cinco artigos, porém apenas nove preencheram os critérios de elegibilidade para o
levantamento de dados. Os resultados mostraram que os motoboys apresentam perdas
auditivas com características de PAIR, assim como outros sintomas extra-auditivos.

Palavras-chaves: Perda auditiva; Poluição Sonora; Ruído Ocupacional; Motocicletas

INTRODUÇÃO
A profissão de motoboy é um serviço de entregas rápidas, seu objetivo é transpor as
dificuldades do intenso fluxo urbano e entregar o produto solicitado, ao consumidor final,
em um curto espaço de tempo. Adicionalmente é uma atividade laboral reconhecida pela
classificação Brasileira de ocupações (CBO 5191-10), documento que norteia o exercício
legal do cargo para o trabalhador que possui a habilitação para conduzir a motocicleta,
como condição primária. Observa-se que, nos últimos anos, a atividade de entregas
instantâneas cresceu exponencialmente, principalmente com a facilidade do consumo de
mercadorias do ramo digital e por consequência o número de motocicletas transitando nas
ruas ampliou (OLIVEIRA et al., 2019).
De fato, diante da demasiada quantidade de veículos trafegando todos os dias,
principalmente nos grandes centros urbanos, é notável perceber a intensidade mais
elevada dos ruídos ambientais mediante ao conjunto de elementos que participam do
trânsito nessas cidades. De acordo com dados do IBAMA (2011), os maiores responsáveis
pela poluição sonora são os ônibus, caminhões e depois as motocicletas. Segundo
Forcetto (2016) essa é uma questão que envolve a esfera da saúde pública no qual atinge,
sem predileções, várias faixas etárias e camadas sociais.

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Nesse contexto laboral, observar-se possíveis aspectos favoráveis ao aparecimento de
perdas auditivas induzidas por ruído (PAIR). As perdas por ruído são conceituadas como
perigosas, visto que podem evoluir progressivamente ao longo dos anos em pessoas, cujo
ambiente de trabalho possui elevada intensidade dos sons, e essa condição está associada
a longos períodos de exposição nesse serviço, podendo gerar sensação auditiva
desagradável e dificuldade para perceber todos os sons. As faixas de frequência mais
atingidas são as agudas, que geralmente possuem configuração em entalhe no registro
audiométrico (ARAÚJO, 2002).

OBJETIVOS
Verificar na literatura a relação entre a saúde auditiva dos motoboys e a exposição ao
ruído ocupacional.

METODOLOGIA
Tratou-se de uma pesquisa exploratória de natureza qualitativa, produzida na forma de
revisão de literatura, com a seleção de vinte e cinco artigos para essa revisão, porém
apenas nove se encaixaram nos critérios de inclusão. O trabalho foi produzido por meio
da busca de artigos indexados em base de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE e
PUBMED. Foram revisadas publicações entre os períodos de 2002 a 2021 nos idiomas
português e inglês, disponíveis na íntegra e de modo gratuito relacionados a temática
proposta, operando os seguintes descritores, como critério de seleção, para o
levantamento de dados: “Perda auditiva”, “Poluição sonora”, “Ruído ocupacional” e
“Motocicletas”. A busca de dados foi realizada no primeiro semestre de 2021. A fase de
interpretação e análise dos dados transcorreu em conformidade com a metodologia
proposta, a patir das informações de cada autor.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O estudo teve como finalidade apresentar e discutir os achados da literatura referentes à
exposição a ruídos e seus impactos na saúde auditiva dos motociclistas.
Desta forma, foram encontrados vinte e cinco trabalhos referentes à exposição a ruídos e
seus impactos na saúde auditiva e extra-auditiva de motociclistas que se encontram em
um ambiente laboral ruidoso. A partir da leitura e seleção dos estudos, foram separados
os materiais, levando em conta os imprescindíveis e descartando os que não eram
convenientes aos objetivos da pesquisa. De maneira que, elencaram-se nove artigos
originais que preencheram os critérios de elegibilidade do estudo e foram incluídos nesta
revisão.

Quadro 1. Categorização dos artigos da revisão quanto ao ano, região e tipo de estudo.

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TITULO ANO AUTOR REGIÃO TIPO DE
ESTUDO

Exposição ao ruído 2009 CONTO Balneário Camboriú Pesquisa


e proteção auditiva (SC) exploratória
em moto-taxistas. descritivo de
caráter
qualitativo

Risco auditivo em 2018 CONTO et al Cidade litorânea do Estudo


mototaxistas de estado de Santa Transversal
uma cidade do sul Catarina
do Brasil.

Perda auditiva em 2003 MCCOMBE Portsmouth Road (UK) Estudo


motociclistas: Epidemiológico
aspectos
ocupacionais e
médico-legais.

A influência do 2007 BOGER Brasília (DF) Estudo


espectro de ruído na analítico
prevalência de transversal
Perda Auditiva
Induzida por Ruído
em trabalhadores.

Poluição sonora 2016 FORCETTO São paulo (SP) Linha


urbana: a influência epidemiológica
de Modificações em de estudos de
escapamentos de caso-
motocicletas na
Controle
emissão de ruído.

Sintomas auditivos 2011 NUNES et al Salvador (BA) Estudo


e não auditivos em transversal
trabalhadores
expostos ao ruído.

Atenuação da 2017 RINALDI et al Joinville (SC) Estudo


Exposição ao Ruído experimental de
pelo uso do

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Capacete em avaliação
Motociclistas. quantitativa

Utilização dos 2014 TEIIXEIRA et al Jequié (BA) Estudo


equipamentos de descritivo,
proteção individual exploratório,
por mototaxistas:
percepção dos
fatores de risco e
associados.

Perda auditiva 2018 PATRÍCIO Lisboa (PT) Estudo do tipo


associada ao ruído revisão de
em motocicletas literatura

Fonte: Autores (2021)

Conto (2009) encontrou em sua pesquisa com mototaxistas da cidade de Balneário


Camboriú, que as queixas mais citadas foram: estresse, irritabilidade e otalgia e em outro
estudo em 2018, Conto refere ter encontrado apenas três mototaxistas com perda auditiva
como queixa relacionada à exposição a ruídos, o que corrobora com a pesquisa de Patrício
(2018), que relata em suas análises que 92.1% dos usuários de motocicletas consideram
o ruído excessivamente alto, 46.8 % referiu ter zumbidos após uma viagem, 63.5%
usavam tampões auditivos, e a esmagadora maioria, 95.2%, expressou a vontade de usar
capacetes mais silenciosos.
De acordo com Mccombe (2003), foram relatadas outras queixas extra-auditivas, como
desequilíbrio, cefaleia e fadiga. Enquanto que no estudo de Nunes (2011), entre os
sintomas não auditivos, o mais relatado foi ansiedade (30,30%).
Dos mototaxistas estudados na pesquisa de Conto (2009), oito (48%) apresentaram
limiares auditivos dentro dos padrões de normalidade e nove (52%) apresentaram
alteração dos limiares tonais.

CONCLUSÃO
Os resultados apontados pelos estudos evidenciam que a exposição à ruidos impacta
diretamente a saúde auditiva de motoboys, pois apresentam alterações sugestivas de
perdas auditivas induzidas pelo ruído. Assim como queixas extra-auditivas que também
podem estar relacionadas à exposição ao ruído intenso.
Desta forma, são necessários mais estudos para elucidar os danos causados pelo ruído,
que se destaca como uma fonte de poluição sonora presente no cotidiano dos motociclistas
profissionais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAUJO, Simone Adad. Perda auditiva induzida pelo ruído em trabalhadores de


metalúrgica. Rev. Bras. Otorrinolaringol., v. 68, n.1, p. 47-52, 2002.

BOGER, Marlene Escher. A influência do espectro de ruído na prevalência de perda


auditiva induzida por ruído e zumbido em trabalhadores. 2007. Dissertação
(mestrado) – UnB - Faculdade de Ciências da saúde, Brasilia.

BRASIL. Classificação Brasileira de Ocupações: CBO - 2010- 3. ed. Brasília: TEM, SPE,
2010.

FORCETTO, André Luiz Silva. Poluição Sonora urbana: a influência de modificações


em escapamentos de motocicletas na emissão de ruído. 2016. 125 p. Dissertação
(Mestrado Profissional em Ambiente, Saúde e Sustentabilidade) – Faculdade de Saúde
Pública, Universidade de São Paulo, São Paulo.

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis.


Programa de controle de poluição do ar por veículos automotores –
Proconve/Promot/Ibama, 3ª. Edição. Brochura. IBAMA/DIQUA: Brasília, DF, 2011.

MCCOMBE, Andrew. Perda auditiva em motociclistas: aspectos ocupacionais e médico-


legais.J R Soc Med, Portsmouth Road, v.96, n.1, p.7-9,2003.
NUNES et al. Sintomas auditivos e não auditivos em trabalhadores expostos ao ruído.
Revista Baiana de saúde pública, Salvador, Bahia, v. 35, n.3, p. 548-555, 2011.
OLIVEIRA, et al. Tudo no aplicativo. Exame, São Paulo, ed. 1.183, 17 abr. 2019.
Disponível em: exame.com/revista-exame/tudo-no-aplicativo/. Acesso em 26 mar. 2021.
PATRÍCIO, Bernardo João Lopes; Perda auditiva associada ao ruído em motocicletas.
2018. 21 p. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina) – Universidade de Lisboa,
Lisboa.
RINALDI, André; OLIARI, Jaqueline. Atenuação da Exposição ao Ruído pelo uso do
Capacete em Motociclistas. Rev.Vertentes e desafios da segurança, Leiria, v.7, n.1,
p.51-60, 2017.
TEXEIRA et al. Utilização dos equipamentos de proteção individual por mototaxistas:
percepção dos fatores de risco e associados. Cad.Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30,
n. 4, p. 885-890, 2014.

ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DO SONO EM ESTUDANTES DE


MEDICINA E SEUS PREJUÍZOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Andrezza Batista de Almeida Lapa1
1
Graduanda em Medicina pela Universidade Estadual de Montes Claros
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O sono possui papel decisivo no controle homeostático dos fenômenos vitais, atuando no
desempenho físico, mental e social. Na atualidade, observa-se alterações na qualidade do
sono com significativa prevalência entre estudantes de medicina, sendo a má qualidade
do sono uma causa potencial de prejuízos. O presente estudo tem como objetivo avaliar
o padrão de alterações na qualidade do sono em estudantes de medicina e pontuar os
principais prejuízos proporcionados. Trata-se de uma revisão de literatura realizada com
buscas em plataformas virtuais, com aplicação de criterios de inclusão e por análise
comparativa dos dados entre os estudos. Mediante a análise realizada, pode-se observar
que os estudos foram convergentes ao apontarem alterações na qualidade subjetiva do
sono classificada como ruim e prejuízos consideráveis como a sonolência diuna. Torna-
se possível concluir, portanto, que os estudantes de medicina de modo geral possuem
qualidade do sono classificada como ruim que acaba por causar como a sonolência diurna,
estresse e diminuição do rendimento diário.

Palavras-chaves: qualidade, sono, estudantes, medicina.

INTRODUÇÃO
Com papel decisivo no controle homeostático dos fenômenos vitais, o sono atua no
desempenho físico, mental e social. Assim, além de ser determinante na qualidade de
vida, o sono possui importância significativa na consolidação da memória, na
termorregulação e na manutenção do metabolismo energético cerebral.
(MAHESHWARI; SHAUKAT., 2019).
Levando-se em consideração os diferentes estilos de vida, alguns grupos estão mais
propícios as alterações no padrão de sono, como é o caso dos acadêmicos de medicina.
Mediante ao estresse, sobrecarga de atividades e carga horaria extensa, a vivência
acadêmica acaba por predispor maior vulnerabilidade a alterações no ciclo circadiano e
consequentes prejuízos relacionados a qualidade do sono ruim. Através de pesquisas
compactadas na atualidade, observa-se alterações na qualidade do sono com significativa
prevalência entre estudantes de medicina, sendo a má qualidade do sono uma causa
potencial de prejuízos a esse grupo (CORRÊA et al., 2017).
Dentre os principais prejuízos associados a qualidade do sono ruim encontra-se a
ansiedade, o estresse, o desempenho nas atividades acadêmicas alterado, déficit cognitivo
e a instabilidade emocional (PEREIRA et al., 2018).

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OBJETIVOS
Em virtude da maior ocorrência de alterações do padrão de sono entre acadêmicos e tendo
em vista a importância da temática, o presente estudo tem como objetivo avaliar o padrão
de alterações na qualidade do sono em estudantes de medicina, além de identificar os
principais prejuízos proporcionados.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura realizada a fim de responder a seguinte questão de
pesquisa: Quais alterações da qualidade do sono estão presentes entre estudantes de
medicina e quais os prejuízos para esse grupo?
Para isso foram realizadas buscas nas plataformas PubMed e Biblioteca Virtual de Saúde
(BVS) que foram conduzidas em seu início por combinações dos seguintes termos
descritores e operadores: Quality AND sleep AND students AND medicine, bem como
seus descritores compatíveis em língua portuguesa, além de filtros para direcionar a
busca. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados e disponíveis na íntegra em
bases de dados; artigos publicados no período de 2016 a 2021; artigos em língua
portuguesa ou inglesa; pesquisa primária. Foram excluídos do estudo os textos em línguas
diferentes do inglês e português; datas anteriores a 2016; artigos que não estejam
disponíveis na íntegra. Como critério de qualidade, ter sido publicado em periódico ou
anais de eventos com revisão por pares.
A extração de dados dos artigos selecionados foi feita através através da análise
comparativa entre os dados dos estudos, integrando-se os pontos divergentes e
convergentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 59 artigos e após uma análise considerando os critérios de inclusão e
exclusão, restaram 5 estudos que foram analisados na integra.
Mediante a análise realizada dos artigos selecionados e respondendo à questão de
pesquisa estabelecida, pode-se observar que os estudos foram convergentes ao apontarem
alterações na qualidade subjetiva do sono entre estudantes de medicina classificada como
ruim, dispondo de uma relação linear com as jornadas de estudo exaustivas e sobrecarga
acadêmica. Quanto aos prejuízos, pode-se observar que a sonolência diurna excessiva, o
estresse e a diminuição do rendimento nas atividades diárias estão presentes em
relevância considerável nos estudantes de medicina.
No estudo realizado por (PEREIRA et al., 2020), analisou-se a qualidade sono em
acadêmicos de medicina demonstrabdo uma elevada prevalência de qualidade do sono
ruim nos períodos analisados, correspondendo a 69,9% e 70% da amostra. No que se

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refere aos prejuízos, observou-se que aqueles que dormiam mal apresentavam um
predomínio de sonolência diurna excessiva, o que influi diretamente no desempenho
acadêmico e nas demais atividades de vida diária. Além da sonolência diurna, o estresse
e o cansaço durante o período diurno foram relatados.
Ao analisar o impacto da má qualidade do sono no desempenho de estudantes de
medicina, o estudo de (MAHESHWARI; SHAUKAT., 2019) fornece evidências robustas
sobre a associação de distúrbios do sono com declínio no padrão de rendimento
acadêmico. Observou-se que a má qualidade do sono se apresentava em 64,24% dos
alunos. No que se refere aos prejuízos do sono de má qualidade, demonstrou-se que a
disfunção diurna incluindo sonolência excessiva por quase todos os dias (37,7%) foi
identificada na amostra.
Na análise realizada por (SEGUNDO et al., 2017) identificaram-se que 72,20% dos
participantes apresentavam qualidade ruim no padrão do sono e tal achado se fazia
presente em todos os anos da graduação de medicina. Assim, foi verificada relação entre
a qualidade do sono e interferências nas atividades diárias, indicando que estudantes cuja
qualidade do sono é ruim têm 2,42 vezes mais chance de ter uma interferência nas
atividades diárias, em especial devido a sonolência diurna. Tal fato contribui de forma
considerável para a redução do aproveitamento acadêmico e prejuízo na aquisição de
habilidades necessárias na formação do futuro médico.
(ALOTAIBI et al., 2020) ao abordarem a relação entre qualidade do sono, estresse e
desempenho acadêmico entre estudantes de medicina, demonstrou-se uma prevalência de
má qualidade do sono dos entre os participantes (77%) e como prejuizo destaque o
estresse, prevalente em 63%,5 do total, tendo um aumento maior no período de exames
acadêmicos. Tem-se, ainda, a angústia prevalente em 63,5% dos alunos, reforçando ainda
mais a relação entre o sono de má qualidade e seus impactos emocionais.
Ao avaliar a qualidade subjetiva do sono em estudantes de medicina, (CORRÊA et al.,
2019) demonstraram que a percepção da má qualidade do sono foi elevada para todos os
anos da graduação em medicina de forma que quase 40% da amostra classificaram-na
como ruim/muito ruim, demonstrando um valor inferior a maioria dos estudos analisados
na literatura. Além disso, a má qualidade do sono foi relacionada com a sonolência diurna
excessiva de modo que a disfunção durante o dia foi relatada por 36,9% dos participantes,
resultando em prejuízo as atividades.

CONCLUSÃO
A partir da análise realizada é possível concluir que os estudantes de medicina possuem
qualidade do sono alterada classificada como ruim, predispondo uma série de prejuízos
como a sonolência diurna excessiva, o estresse, a angústia e a diminuição do rendimento
nas atividades diárias de forma considerável. Nesse sentido, os acadêmicos de medicina
necessitam de maior organização e regulação do ciclo circadiano, a fim de melhorar a
qualidade do sono e diminuir os prejuízos gerados pela má qualidade. Como lacunas,

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observa-se a necessidade de estudos adicionas que integrem uma correlação precisa entre
os prejuízos emocionais e o desempenho acadêmico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALOTAIBI, A et al. The relationship between sleep quality, stress, and academic
performance among medical students. J Family Community Med. v. 27, p. 23-28, 2020.
Disponível em: https://www.jfcmonline.com/temp/JFamCommunityMed27123-
7109367_194453.pdf. Acesso em: 13 set. 2021.

CORRÊA, C.C et al. Qualidade de sono em estudantes de medicina: comparação das


diferentes fases do curso. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 43, p. 285-289, 2017.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/JDmPLM9N76hBqRXz57NP4zj/?format=pdf&lang=p
t. Acesso em: 13 set. 2021.

MAHESHWARI,G; SHAUKAT,F. Impact of Poor Sleep Quality on the Academic


Performance of Medical Students. Cureus v. 11, 2019. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6550515/pdf/cureus-0011-
00000004357.pdf. Acesso em: 23 set. 2021

PEREIRA, F. Z et al. Estresse e sono em estudantes de medicina. Brazilian Journal of


Health Review, v. 3, n. 6, p. 16858-16870, 2020. Disponível em:
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/20346/16259. Acesso
em: 14 set.2021.

SEGUNDO, L.V.G et al. Aspectos relacionados à qualidade do sono em estudantes de


medicina/features related to quality of sleep in medical students. Revista Brasileira de
Neurologia e Psiquiatria, v. 21, n. 3, 2017. Disponível em:
file:///C:/Users/asus/Desktop/habilidades%201/informatica/estudo%202/estudo%20diri
gido%202/208-669-3-PB%20(1).pdf. Acesso em: 14 set.2021.

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A PERSPECTIVA DO ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NO ENSINO REMOTO DA
ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Liana Priscilla Lima de Melo1; Lívia Maia Pascoal2

1
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão.
2
Enfermeira. Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal do Maranhão.

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

Objetivo: Relatar a experiência de uma mestranda em enfermagem durante o ensino


remoto da disciplina de Saúde do Adulto II. Metodologia: Relato de experiência sobre a
vivência de uma mestranda, durante o estágio de docência orientado ministrando a
disciplina de Saúde do Adulto II, na modalidade de ensino remoto para graduandos em
enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Relato da Experiência: A
mestranda participou do planejamento pedagógico, ministrou alguns conteúdos
específicos e auxiliou na elaboração de atividades avaliativas. Além disso, utilizou-se
ferramentas relacionadas às tecnologias educacionais digitais. Resultados e Impactos:
O estágio permitiu a compreensão do processo de ensino-aprendizagem no ensino
superior e demonstrou-se desafiador no contexto do ensino remoto. Conclusão: A
experiência docente foi muito positiva, pois permitiu o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de habilidades pedagógicas pela mestranda, o conhecimento da
realidade do docente no ensino remoto e a contribuição com a formação dos graduandos
em enfermagem.

Palavras-chaves: Ensino remoto; Educação em enfermagem; Docentes de enfermagem;


Vivências docentes na pandemia; Tecnologia educacional.

INTRODUÇÃO
O contexto global da pandemia da COVID-19 exigiu a adoção do distanciamento
social como prática para reduzir a curva de contágio da doença. Essa mudança contribuiu
para a transformação de várias atividades, inclusive as educacionais que tiveram que se
ajustar substituindo as aulas presenciais pelo ensino remoto emergencial (SILVA;
RANGEL; SOUZA, 2020).
A Resolução nº2136, de 09 de março de 2021, do Conselho de Ensino e Pesquisa e
Extensão – CONSEPE, da Universidade Federal do Maranhão, seguindo as
determinações do Ministério da Educação, descreve que o ensino emergencial remoto
e/ou híbrido se caracteriza pelo regime de ensino adotado temporariamente para
desenvolver os componentes curriculares possibilitando a interação discente-docente-
conhecimento.

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As práticas de enfermagem são voltadas para a ênfase no cuidado, a assistência,
promoção e prevenção. Assim, o ensino na enfermagem necessitou de uma remodelagem
no contexto remoto, com a incorporação de tecnologias, exigindo assim que os docentes
dominassem não somente os conteúdos de sua área do conhecimento, mas também
adquirissem novos conhecimento necessários a execução de atividades no ambiente
virtual (SILVEIRA et al., 2020).

OBJETIVO
Relatar a experiência, na perspectiva da mestranda em enfermagem, do estágio de
docência orientado durante o ensino remoto da disciplina de Saúde do Adulto II para
alunos de graduação em enfermagem da Universidade Federal do Maranhão.

METODOLOGIA
Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a vivência de uma mestranda
em enfermagem durante o estágio de docência orientado, no período de fevereiro a
setembro de 2021, ministrando a disciplina de Saúde do Adulto II, na modalidade de
ensino remoto para alunos de graduação em enfermagem da Universidade Federal do
Maranhão.
De acordo com o Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal do Maranhão, o estágio de docência orientado (EDO) caracteriza-se como uma
estratégia importante para o desenvolvimento de habilidades que envolvem o processo
ensino-aprendizagem e diz respeito à atuação de discentes na docência, sob supervisão
do professor com obrigatoriedade de carga horária de sessenta horas a ser desenvolvida
em um semestre.
Assim, este estágio de carga horária de 60 horas fez parte das atividades obrigatórias
da mestranda que foi inserida na disciplina de Saúde do Adulto II, supervisionada pela
sua orientadora de mestrado, direcionada para os alunos do curso de graduação em
Enfermagem, da Universidade Federal do Maranhão, Campus Imperatriz.
Durante o EDO a mestranda teve que desempenhar acompanhamento dos
acadêmicos em suas atividades teórico-práticas e auxiliá-los nas atividades de Ensino,
Pesquisa e Extensão, promovendo o desenvolvimento do conteúdo programático proposto
pela disciplina a partir da utilização de metodologias ativas, construção do pensamento
crítico e reflexivo e a habilitação dos acadêmicos para a execução dos procedimentos e
técnicas de Enfermagem segundo o julgamento clínico e conhecimento teórico.
Por se tratar de um relato de experiência não houve a necessidade de utilização do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram obedecidos os preceitos
éticos da Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº466/2012 durante este estudo e
não houve divulgação de nenhum dado que possibilitasse identificação dos participantes.

RELATO DA EXPERIÊNCIA
A disciplina de Saúde do Adulto II foi conduzida totalmente pela plataforma Google
Meet e a mestranda participou do planejamento pedagógico, elaboração dos planos de
aulas teóricas e práticas e ministrou 7 conteúdos específicos: assistência de enfermagem
em Hemoterapia, assistência de enfermagem nos Distúrbios Cerebrovasculares,

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assistência de enfermagem nos Distúrbios Urinários e Renais, assistência de enfermagem
ao Paciente Crítico, assistência de enfermagem nos Distúrbios Respiratórios, assistência
de enfermagem nos Desequilíbrios Hidroeletrolíticos e assistência de enfermagem nos
Desequilíbrios Ácido-básicos.
A mestranda foi supervisionada pela orientadora para a exploração dos conteúdos
sob uma postura metodológica dialógica e construtivista, adotando metodologias ativas
em aulas expositivas, atividades assíncronas, abordagens de casos clínicos e simulações
online de forma a estimular o raciocínio clínico e a tomada de decisão dos graduandos em
enfermagem.
Outras atividades também foram desenvolvidas durante o EDO como:
acompanhamento dos graduandos nas atividades práticas, auxílio na elaboração de
atividades avaliativas, como provas e seminários, e nas atividades de pesquisa, como
orientação para a construção de artigos.
É importante destacar que durante a ministração da disciplina, a mestranda precisou
adotar novas ferramentas relacionadas às tecnologias educacionais, como as plataformas
Kahoot, Mentimeter e Edpuzzle, disponíveis online e
gratuitamente. Essas tecnologias educacionais digitais estão sendo muito utilizadas no
ensino remoto, pois conseguem proporcionar o dinamismo nas aulas, promover a
interação aluno-professor e oferecer o conhecimento das temáticas abordadas de uma
forma mais leve, e às vezes, divertida, de forma que o conteúdo, mesmo sendo denso,
possa ser aborvido pelos alunos. Por isso, a mestranda utilizou esses recursos com o
objetivo de driblar algumas barreiras comuns presentes no ensino remoto, como o
distanciamento aluno-professor e a dificuldade de manter a atenção e concentração diante
de uma plataforma de ensino virtual.

RESULTADOS E IMPACTOS
A experiência do EDO permitiu a mestranda acompanhar a sua professora
orientadora durante o desenvolvimento da disciplina e compreender o processo de ensino-
aprendizagem no ensino superior.
No contexto da pandemia, o ensino remoto demonstrou-se desafiador,
principalmente durante a aulas práticas, pois se fez necessário buscar estratégias que
permitissem a abordagem do conteúdo e a ênfase no raciocínio clínico, de forma que os
graduandos conseguissem desenvolver as habilidades e competências necessárias para a
assistência de enfermagem ao paciente adulto.
Contudo, nem sempre essas estratégias puderam ser aplicadas aos conteúdos devido
a não gratuidade de alguns softwares e ferramentas da área de saúde e do pouco tempo
para que a mestranda adquirisse as competências digitais necessárias para o uso dos
mesmos.
Em relação ao momento das aulas, a maioria dos graduandos foram participativos,
principalmente, durante o uso das ferramentas de tecnologias educacionais digitais, fator
esse considerado positivo pois demonstrou que o uso desses recursos cumpriu um dos
objetivos que era a interação durante as aulas. Os alunos também demonstraram interesse
nos conteúdos abordados e em muitos momentos, deram exemplos de situações próximas

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a sua realidade, fator esse que contribuiu para uma exploração mais profunda de alguns
aspectos do conteúdo e esclarecimento de dúvidas.
Os alunos também relatam algumas dificuldades pontuais no acesso às atividades
assíncronas, empecilho causado por problemas das plataforma virtuais ou da internet,
porém esse obstáculo foi conduzido e contornado pela mestranda em conjunto com a sua
orientadora.

CONCLUSÃO
A experiência docente foi muito positiva, pois permitiu o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de habilidades pedagógicas pela mestranda, o conhecimento da
realidade do docente no ensino remoto e a contribuição com a formação dos graduandos
em enfermagem.

REFERÊNCIAS

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experiências numa instituição de ensino superior privada. Revista Docência do Ensino
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Foco, v. 11, n. 5, p. 98-103, 2020.

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Enfermagem. Instrução normativa nº001/2021, de 05 de agosto de 2021. Altera a
instrução Normativa Nº 001/2018, de 13 de setembro de 2018, referente as Normas para
o Estágio de
Docência Orientado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF) da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Disponível em:
https://sigaa.ufma.br/sigaa/public/programa/documentos_stricto.jsf?lc=pt_BR&idProgra
ma=1115&idTipo=2. Acesso em 25 de setembro de 2021.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Conselho de Ensino, Pesquisa e


Extensão. Resolução nº2136, de 09 de março de 2021. Regulamenta o Ensino
Emergencial Remoto e/ou Híbrido na UFMA durante o período de pandemia da doença
COVID-19, e aprova o Calendário Acadêmico 2021. Disponível em:
http://www.ufma.br/portalUFMA/arquivo/kOnSLX60MlQU16M.pdf. Acesso em 27 de
setembro de 2021

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RISCO DE QUEDAS POTENCIALIZADO PELO USO CONCOMITANTE DE
MEDICAÇÕES ENTRE IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE
LONGA PERMANÊNCIA DE MARINGÁ - PR

Thiago Henrique Aparecido dos Reis1; Paula da Silva Fernandes2, Ligia dos Santos
Mendes Lemes Soares3, Aliny de Lima Santos 4

1, 2
Graduando em Enfermagem pela Universidade Cesumar - UNICESUMAR
3
Professora, Orientadora, Doutora, Tecnologia e Inovação – ICETI. Departamento de
Farmácia - UNICESUMAR.
3
Professora, Orientadora, Doutora, Tecnologia e Inovação – ICETI. Departamento de
Enfermagem - UNICESUMAR.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Objetivo: Evidenciar o risco de queda entre os idosos residentes de uma ILPI de Maringá
no estado do Paraná, decorrente de fatores intrínsecos como no uso concomitante de
medicações. Método: estudo quali-quantitativo, com coleta extraida em 2021 donde
foram julgados os fármacos consumidos diariamente entre os idosos cujo critérios
enquadravam-se nos seguintes parâmetros: indivíduos com idade superior a de 60 anos e
sem dados sociodemográficos definidos. Estes dados foram coletados através da amostra
dos prontuários que foram analizados, inseridos em planilhas e classificados conforme
literatura pertinente. Resultados: foram observados a utilização absoluta de
medicamentos de uso oral. Evidenciou efeitos indesejáveis dos medicamentos em
concomitância. Dentre as 21 interações medicamentosas obtidas que provocam tonturas,
fraqueza muscular e síncopes: 38% eram interações que infringiam a uma hipoglicemia
severa, com incidência de 48.57% dos casos; 33% interações acometiam a uma
hiperpotassemia e incidência de 31.42%; 23% interações levavam a uma hipotensão
severa com incidência de 14.28% e, por fim, 4.7% das interações potencializavam efeitos
depressiativos no Sistema Nervoso Central (SNC), ocorrendo em ao menos 5.7% dos
casos. Conclusão: O estudo demonstra que há indices reais de agravos. Os traumas
relacionados a queda da própria altura costumam oferecer danos irreversíveis a saúde
destes indivíduos. Pode ser evidenciados como a perda de funcionalidade, necessidade do
uso de próteses, internamento hospitalar e ainda, consequente tromboembolismo venoso
adquirido pela situação do idoso acamado.
Palavras-chaves: Risco de Quedas, Polifarmácia, Interações Medicamentosas,
Assistência Integral à Saúde, Instituições de Longa Permanência.

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INTRODUÇÃO

O aumento da expectativa de vida da população brasileira ao longo das últimas


décadas tem demonstrado o avanço nas políticas de desenvolvimento sanitário para a
população. Este fator é importante para entender a transição das mudanças demográficas
da nação. Isto permite que discussões relacionadas aos cuidados à saúde da população
idosa, tenham maior destaque.
Evidências apontam que a idade avançada da população sugere ao aumento de
doenças degenerativas e comorbidades relacionadas a senilidade. Essa exposição de
incidências explica as necessidades de grupos científicos na busca por respostas que
contribuam para este tema.
Observa-se que o aumento da demanda de cuidados ao idoso permite que novos
determinantes potenciais sejam expostos, como, a busca por instituições de longa
permanência de idosos que é definida como uma residência, ou um lar para esta
população. Estas instituições permitiram o sitio dessas pessoas e uma assistência
integralizada que compõe uma equipe ao meio. Esta equipe pode ser constituida por
enfermeiros, psicólogos, médicos, assistentes sociais, nutricionistas,cuidadores, dentre
outros colaboradores.
O papel fundamental destas ILPIs é assistir o idoso durante seus últimos anos,
permitindo uma qualidade assistêncial digna e agradável, não interferindo na integridade
social dos indivíduos. Para isso é comum observar atividades de lazer dentro destas
instituições. Por outro lado, o convívio dentro de uma ILPI pode ser melancólica ao ponto
de vista que a ausência dos familiares é uma lacuna para alguns idosos abandonados. É
necessário um equilíbrio entre os colabodores, a equipe, para que o convívio do idoso
aconteça de forma plena e harmoniosa, sendo assim, fatores como entretenimento,
cuidados especiais, nutricionais e clínicos são essenciais para a continuidade do trabalho.
As necessidades básicas do idoso no que tange seu cotidiano é importante para
instituição a quem o assiste, visto que deve conhecer suas principais necessidades e
conceder um cuidado diário baseado na sua condição de saúde. Fatores esses que devem
ser observados a medida que o idoso vá perdendo algumas funcionalidades. Algumas
determinantes são cruciais e que podem anteceder problemas ao idoso, sugerindo riscos
diretos à saúde e que devem obter atenção direta pelos cuidadores responsáveis, como as
medicações em uso pelo idoso.
As medicações utilizadas dentro destas instituições não são padronizadas ou
obedecem normas, porém são prescritos pelo médico responsável pela instituição para
cada idoso e deve obedecer critérios de administração, diluição e dosagem diária. A
administração de medicamentos inadequados ou que possam agravar quadros de tontura,
sensação de desmaio ou cansaço permite que o aumento do risco de quedas da própria
altura do idoso possa ocorer. Tendo em vista essa problemática, é essencial entender as
relações entre medicações e suas potenciais reações, visto que os efeitos nocivos de uma

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polimedicação pode agravar a situação de saúde do idoso e a uma eminente
hospitalização.
Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, publicado pelo
Ministério da Saúde, há uma incidência de 1 queda para cada 3 indivíduos com idade
maior de 65 anos e a cada 1 entre 21 dos que caem, necessitam de internação hospitalar.
Explica também que a ocorrência destas quedas se dá por diversos fatores como a
hipotensão ortostática, fraqueza muscular, vertigem, síncope , o uso de polifarmácias,
entre outros.

OBJETIVOS
Objetivo Geral: Avaliar as reações adversas pelos fármacos consumidos dentre
os idosos instituicionalizados e observar quais são estes efeitos e sua relação direta com
o risco de queda entre esta população;
Objetivo Especifico: Levantar, classificar e definir a relação de fármacos cujas
reações adversas ocasionarão hipotensão severa, hipoglicemia severa, hipotassemia e
depressão do SNC.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de cunho transversal, descritivo com abordagem quali-
quantitativa e coleta exploratória. A amostra deste projeto foi projetada com amostra de
idosos residentes de uma ILPI, situada na cidade de Maringá, PR. Não houve restrições
quanto a idade máxima, sexo, raça ou etnia dos indivíduos, apenas idade minima de 60
anos. As informações foram processadas através de dados coletados dos prontuários de
cada idoso, visando compreensão e análise correlativa de cada fármaco. Os dados foram
inseridos em planilhas para organização e observado as interações entre os medicamentos.
O levantamento leva em consideração condições fisiológicas e reativas do organismo que
favorececem fatores de riscos à queda da própria altura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diante do proposto estudo, foi definido que as medicações utilizadas pelos idosos
influenciavam no agravamento dos fatores de riscos associados a queda da própria altura,
já cautelado anteriormente através da pergunta norteadora deste projeto. Os dados
comtemplam as seguintes variáveis: Observação da utilização absoluta de medicamentos
de uso oral; Evidência de efeitos indesejáveis dos medicamentos em concomitância.
Dentre as 21 interações medicamentosas obtidas que provocam tonturas, fraqueza
muscular e síncopes: 38% eram interações que infringiam a uma hipoglicemia severa,
com incidência de 48.57% dos casos; 33% interações acometiam a uma hiperpotassemia
e incidência de 31.42%; 23% interações levavam a uma hipotensão severa com incidência

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de 14.28% e, por fim, 4.7% das interações potencializavam efeitos depressiativos no
Sistema Nervoso Central (SNC), ocorrendo em ao menos 5.7% dos casos.

CONCLUSÃO
Este estudo demonstra que há índices reais de agravos. Os traumas relacionados a
queda da própria altura costumam oferecer danos irreversíveis a saúde destes indivíduos.
Podem ser evidenciados como a perda de funcionalidade, necessidade do uso de próteses,
internamento hospitalar e ainda, consequente tromboembolismo venoso adquirido pela
situação do idoso acamado. Portanto, este estudo permitiu uma observação crítica que
sugere o uso polimedicamentoso como um dos alvos que elevam os riscos de queda ao
idoso, sendo um fator importante para entender e oferecer uma assistência integral as
necessidades destes indivíduos, fisicamente prejudicados pelo declínio da idade
avançada.

REFERÊNCIAS

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the perspective of healthy aging. Revista brasileira de medicina do esporte [online]. 2021,
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Instituto nacional de traumatologia e ortopedia. Ministério da saúde. Como reduzir quedas
em idosos. Brasilia. 2021. Acessado em 09 de setembro de 2021. Disponivel em:
https://www.into.saude.gov.br/lista-dicas-dos-especialistas/186-quedas-e-
inflamacoes/272-como-reduzir-quedas-no-idoso

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DESAFIOS DE ACESSIBILIDADEÀ EDUCAÇÃO SEXUAL VIVENCIADOS
POR DEFICIENTES AUDITIVOS

Aline Adriele Ferreira de Assunção1; Gabrielly Vitória Bezerra de Vasconcelos1;


Geiziane de Souza Braz1; Gabriela Romão de Almeida Carvalho Santos2.
1
Graduandas em Enfermagem pelo Instituto Federal de Pernambuco – Campus Pesqueira.
2
Enfermeira pela Universidade Salvador (UNIFACS).
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
A surdez define-se como a redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados
sons. Para os surdos, como em todas as relações humanas, uma boa comunicação é
imprescindível. Entretanto, ainda hoje há barreiras no acesso à informação e a
comunicação, essencialmente em relação à educação sexual. Esse trabalho objetiva
identificar os desafios de acessibilidade à educação sexual vivenciados por deficientes
auditivos. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada através da Biblioteca Virtual em
Saúde e da base de dados PubMed, por meio dos seguintes Descritores em Ciências da
Saúde (DeCS): “Sexualidade”, “Surdez” e “Educação em Saúde” e os Medicals Subject
Headings (MeSH): “Sexuality”, “Deafness” e “Health Education”. Identificou-se 13
artigos que abordavam as barreiras de comunicação, a escassez de conhecimento e o
fornecimento de educação sexual, sendo necessária em qualquer grupo. Adversamente,
há uma escassez de programas informativos direcionados aos surdos, tornando a falta de
comunicação adequada o maior problema encontrado.
Palavras-chave: Sexualidade; Surdez; Saúde; Educação Sexual; Comunicação.

INTRODUÇÃO
A surdez é caracterizada como a redução ou ausência da capacidade de ouvir
determinados sons e pode ser classificada em dois tipos: perda auditiva condutiva, que se
dá geralmente por obstruções da orelha externa e a perda auditiva neurossensorial, que
compreende danos nas células ciliadas da cóclea. Pode ser congênita ou ser adquirida por
consequência de otites de repetição na infância, mau uso de antibióticos e até viroses.
Dessa forma, como em todas as relações humanas, é imprescindível que haja uma
boa comunicação e para as pessoas surdas não é diferente. Sendo assim, essa comunicação
só acontece de maneira satisfatória quando a mensagem é recebida com o mesmo sentido
com o qual ela foi transmitida, podendo ser feita de várias maneiras, através da linguagem
verbal ou não verbal, desde que seja um processo completo e coerente. Entretanto, a

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população surda, por representar uma minoria linguística, encontra ainda hoje barreiras
no acesso à informação e na comunicação.
Do mesmo modo, a sexualidade está intrínseca a todo ser humano e seus
relacionamentos e uma postura crítica são fundamentais para a formação de atitudes
preventivas e saudáveis sobre a sexualidade. Nesse sentido, a educação sexual deveria
fornecer informações e organizar um espaço onde se realizariam reflexões e
questionamentos sobre a sexualidade, a fim de ajudar a tomar decisões responsáveis a
respeito da vida sexual.
Apesar disso, os deficientes auditivos vivenciam alguns desafios de acessibilidade
a uma educação sexual efetiva, que, na maioria dos casos, não são pensadas para esse
público. São encontradas limitações por profissionais de saúde no atendimento ao
paciente surdo, principalmente, pelo fato de que a Língua de sinais (LS) quase sempre é
desconhecida por esses profissionais. O que requer a presença do intérprete da LS como
mediador, implicando assim na inclusão de uma terceira pessoa nesta relação que, por sua
presença, pode contribuir para um desconforto por parte dos pacientes ao falar sobre
sexualidade ou até mesmo tirar dúvidas sobre a sua vida sexual.

OBJETIVO
Identificar os desafios de acessibilidade à educação sexual vivenciados por
deficientes auditivos.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, realizada através da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e da base de dados PubMed, por meio dos seguintes
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Sexualidade”, “Surdez” e “Educação em
Saúde” e os Medicals Subject Headings (MeSH): “Sexuality”, “Deafness” e “Health
Education”. A pergunta condutora desse estudo foi: “Quais são os desafios de
acessibilidade à educação sexual vivenciados por deficientes auditivos?”. Como critérios
de inclusão: artigos disponíveis online, na íntegra, nos idiomas português, espanhol e
inglês, que abordassem a temática. Como critérios de exclusão: artigos que não
contemplavam o tema e estudos repetidos nas bases de dados, totalizando 13 estudos
selecionados para compor o presente estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados 13 artigos que preencheram os critérios de inclusão
estabelecidos pelos autores. Sendo construídas as seguintes temáticas: 1) As barreiras de
comunicação como fator limitante de receber e passar informações sobre sexualidade; 2)
Escassez de conhecimento sobre sexualidade pelos deficientes auditivos e como isso os

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torna vulneráveis; 3) Fornecer educação sexual como forma de atribuir autonomia e
empoderamento a pessoas surdas.

As barreiras de comunicação como fator limitante de receber e passar informações


Para os deficientes auditivos e para a comunidade surda, a dificuldade em se
comunicar dificulta o acesso às informações pertinentes sobre sexualidade. Desse modo,
os jovens surdos obtêm informações através de observação, experiência e colegas, o que
pode impedi-los de adquirir informações precisas e seguras. Dessa forma, o maior desafio
entre profissionais de saúde e adultos culturalmente surdos também está voltado ao
diálogo, no qual a falta dele tem o potencial de gerar obstáculos referentes aos cuidados
de saúde antes mesmo de chegarem ao consultório e, em decorrência disso, eles têm a
possibilidade de receber um atendimento de saúde inadequado e insatisfatório.
Além disso, encontram-se outras barreiras para acessar informações e serviços sobre
a saúde sexual que podem levar a interpretações errôneas da mensagem pretendida: a falta
de programas educacionais específicos sobre sexualidade para esse público; o fato de
pessoas surdas dependerem muito de elementos visuais para aprender novas informações
(imagens, slides, vídeos); a presença de mensagens de observação que não são legendadas
e até a utilização de um mero formato escrito é insuficiente, considerando que a
alfabetização costuma ser baixa entre os surdos, influenciando negativamente na sua
educação em saúde ou em sua capacidade de adquirir, processar e compreender as
informações sobre saúde.

Escassez de conhecimento sobre sexualidade pelos deficientes auditivos e como isso


os torna vulneráveis
Informações sobre tópicos médicos estão disponíveis com muita facilidade para
população ouvinte. No entanto, até mesmo informações básicas encontram dificuldades
para chegar à comunidade de surdos, impactando diretamente na escassez de
conhecimento. Desse modo, é possível que os jovens surdos não estejam recebendo a
educação sexual e orientação necessárias para fazer escolhas seguras e informadas.
O acesso limitado a informações também coloca o adolescente surdo em desvantagem
especial, levando-os a procurar outros meios de adquirir informações e, a partir disso,
podem acabar transmitindo mitos e desinformação. Além do mais, podem apresentar um
estado de vulnerabilidade em relação à exploração sexual, pois, como visto em um dos
estudos, há a evidência de uma alta taxa de abuso sexual relatado por participantes surdos.

Fornecer educação sexual como forma de atribuir autonomia e empoderamento a


pessoas surdas

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As barreiras de comunicação entre os pacientes surdos e os provedores podem levar
muitos pacientes a deixarem os serviços de saúde sentindo-se frustrados, desencorajados
e acreditando que o atendimento tenha sido inferior. Aliás, é possível que ele saia do
ambiente de cuidados primários sem nunca ter a preocupação principal abordada,
acarretando na possibilidade de evitarem os cuidados de saúde por completo, e em
consequência disso, ocasionando uma promoção mínima da saúde como resultado de suas
experiências negativas.
À vista disso, a educação sexual deve ser oferecida de modo a estimular a autonomia
e o empoderamento da comunidade surda, uma vez que ela permite que o indivíduo tome
as decisões mais adequadas para melhorar sua saúde sexual e interpessoal e também
estimular a autorresponsabilidade e a maturidade. Sendo assim, ela precisa oferecer mais
do que apenas uma compreensão básica das partes do corpo, funcionamento sexual ou
características sexuais biológicas, ela precisa incluir o controle de natalidade e Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST’s) treinamento em habilidades de recusa e educação
em saúde geral, devido à carência sobre esses conhecimentos.

CONCLUSÃO
A educação sexual faz-se necessária em qualquer grupo, comunidade e em todos os
níveis socioeconômicos e culturais. Para a população surda há uma escassez de serviços
comunitários, programas educacionais e informações gerais direcionadas a essa
população. E através deste estudo, concluiu-se que a falta de comunicação de qualidade
é o maior problema encontrado pela comunidade surda, prejudicando o conhecimento que
esses jovens precisam ter acerca de sua sexualidade e também para tratar sobre a sua
saúde sexual com os profissionais de saúde, possibilitando a disseminação de
desinformação e estereótipos que poderiam ser reduzidos educando corretamente às
crianças.
Além disso, as barreiras de comunicação tornam as pessoas surdas expostas frente à
vida sexual e constrangidas durante a assistência recebida nos serviços de saúde, pois
nunca conseguem ser atendidos de forma integral. Sendo assim, é necessário haver uma
desconstrução social e colocar profissionais capazes de compreender a cultura surda, e
que quebrem essas barreiras prestando uma assistência, se possível, na língua de sinais e
com a atenção voltada para as queixas do paciente de forma humanizada, sendo muito
importante que desde os anos iniciais de estudo dessa comunidade se dê atenção a essas
questões, para que já cresçam tendo o conhecimento necessário sobre a sexualidade,
facilitando assim a tomada de decisões em relação a sua vida sexual.
Ademais, é importante que os departamentos de saúde pública sejam participantes
ativos no desenvolvimento de programas educacionais voltados para esse público, pois,
precisa-se investir em maneiras de popularizar o acesso a esse assunto para a população
surda já adolescente/adulta, tornando importante trabalhar essa temática por meio de
campanhas e mídias sociais e, pouco a pouco, ir transformando essa realidade seletiva e
torná-la muito mais inclusiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OCLUSOPATIAS EM POPULAÇÕES INDÍGENAS BRASILEIRAS

Amanda Marques Silva1; Amanda Fonseca dos Santos1; Luana Batista Nunes1; Mayla
Prass Mathias2; Deison Alencar Lucietto3
1
Graduanda em Odontologia pela Universidade Federal Fluminense
2
Especialista em Ortodontia pela Funorte/Iodontus
3
Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Este estudo tem por objetivo analisar os determinantes das oclusopatias na população
indígena brasileira. Tratou-se de revisão de literatura na Biblioteca Virtual em Saúde, em
março de 2021, através dos descritores: “Má Oclusão AND Indígenas” e “Indígenas AND
Saúde Bucal”. Foram incluídos artigos científicos completos, em português e inglês, nos
últimos 10 anos. Textos repetidos e fora da temática foram excluídos. Três artigos, dos
95 localizados, foram analisados na íntegra após leitura dos resumos. Verificou-se que os
principais determinantes para as oclusopatias em indígenas são estilo de vida, alimentação
e genética, os quais podem afetar suas características oclusais e faciais. A prevalência de
maloclusão variou de 33,8% a 66,7% dos indígenas e identificou-se que nem sempre
fatores como a estética influenciam diretamente a busca por tratamento odontológico. O
número limitado de publicações indica a necessidade por ampliação da produção
científica sobre a temática.
Palavras-chaves: Má Oclusão; Povos Indígenas; Determinantes Sociais da Saúde; Saúde
bucal; Distribuição por Etnia.

INTRODUÇÃO
Os determinantes da saúde bucal podem abranger fatores biológicos individuais,
estilos de vida, suporte social e comunitário, condições de vida e de trabalho e condições
socioeconômicas, culturais e ambientais (MOYSÉS; WATT, 2000). Dessa forma,
condições de alimentação, moradia, trabalho, renda, meio ambiente, acesso aos serviços
de saúde e a informação, dentre outros, são importantes para compreender a saúde bucal
dos indivíduos (BRASIL, 1986, 1993).
De acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,
2010), existem no Brasil 305 etnias indígenas. Essas etnias, por sua vez, apresentam
diferenças culturais, inclusive em função do contato com povos urbanos, as quais

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influenciam aspectos como alimentação e valor conferido à estética, incluindo percepções
sobre as questões odontológicas.
Dentre os problemas de saúde bucal, as oclusopatias, definidas como desvios no
crescimento e desenvolvimento que afetam majoritariamente os músculos e ossos
maxilares, figuram como importantes problemas de saúde bucal na infância e
adolescência. Elas envolvem um conjunto de condições que podem causar desde
irregularidades estéticas até distúrbios funcionais na oclusão, mastigação, deglutição,
fonação e respiração, os quais podem desencadear transtornos psicossociais, como,
problemas de baixa autoestima (SIMÕES, 1985).
Apesar da sua importância, nem sempre as oclusopatias figuram como demandas
de atenção odontológica, em função de questões sociais, econômicas e culturais. Nesse
sentido, estudos apontam que os indígenas, diferentemente da maior parte da população
brasileira, não relacionam uma boa condição bucal com a estética, mas sim
majoritariamente com a ausência de dor. Em função disso, alguns problemas bucais, como
as oclusopatias, não recebem atenção necessária, assim, recebem diagnósticos tardios
(MOREIRA; MAURÍCIO, 2020).

OBJETIVO
Este estudo tem por objetivo analisar os determinantes das oclusopatias presentes
na população indígena brasileira.

METODOLOGIA
Tratou-se de revisão de literatura conduzida através de pesquisas no banco de
dados eletrônicos Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no mês de março de 2021, através
das seguintes combinações de descritores: “Má Oclusão AND Indígenas” e “Indígenas
AND Saúde Bucal”.
Foram incluídos artigos científicos completos, com qualquer desenho de estudo,
publicados em língua portuguesa e inglesa nos últimos 10 anos. Foram excluídos artigos
repetidos, que não abordavam a temática e os textos em outros formatos.
Os artigos foram selecionados em função dos seus títulos e, depois, pela leitura de
seus resumos. Após essa etapa, os selecionados tiveram seu texto analisado na íntegra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa na BVS resultou em 95 artigos científicos. Do total, 92 artigos foram
excluídos, após leitura do título e resumo, por serem repetidos, não abordar a temática e
textos em outros formatos.

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Os três artigos analisados na íntegra foram publicados entre os anos de 2015 e
2020. Dois resultaram de estudos primários através de exames odontológicos e um por
meio de revisão de literatura. O Quadro 1 apresenta dados das publicações, objetivos,
principais resultados e conclusões dos artigos analisados.

Quadro 1 - Síntese das publicações sobre oclusopatias em populações indígenas

Título Autores/ Etnias/ Objetivos Principais Conclusões


resultados
Ano Região do
país

Oclusão CAMPOS Revisão de Analisar a As Há diversidade


dentária em et al. literatura: produção oclusopatias de causas na
populações (2016) Xavante, científica em indígenas prevalência de
indígenas Baikari, sobre podem estar oclusopatias
Yanomami, oclusopatias relacionadas entre populações
Kaigang, em povos com: indígenas,
Fulni-ô, indígenas no alimentação, como, por
Ikpeng, Brasil no estilo de vida, exemplo,
Kayabi, período de genética e alimentação,
Trumai, 1964 a 2015, outros. estilo de vida,
Yudjá, verificando genética e
Kamaiura, os principais outros.
Kisedje e problemas de
Waurá - oclusão
Parque dentária e os
Indígena do indicadores
Xingu, utilizados.
Xingu/ Mato
Grosso,
Arara- Iriri e
Arara-
Laranjal

Occlusal SOUZA et Amazonas Revisitar a A prevalência Fatores


and facial al. (2015) etiologia das de maloclusão genéticos
features in característica variou de contribuem para
Amazon s da má 33,8% a a morfologia das
indigenous: oclusão 66,7%. características

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an insight dentária oclusais e
into the role considerand faciais, além
of genetics o as disso, o
and característica aleitamento
environment s da materno
in the população. prolongado e a
etiology ausência de
dental chupetas podem
malocclusio estar
n relacionados a
baixa
prevalência de
mordida cruzada
posterior.

Autopercep MOREIR Xukuru do Verificar a A boa A adoção de


ção da saúde A; Ororubá associação condição de avaliações
bucal por MAURICI do impacto saúde bucal subjetivas
indígenas: O, (2020). autopercebid está vinculada possibilita que
uma análise o da saúde à ausência de os serviços de
de classes bucal na vida experiência de saúde ofereçam
latentes. diária com dor e à população o
aspectos sofrimento, que é de fato
sociodemogr não sendo a apontado como
áficos e de busca pelo necessidade.
caracterizaçã serviço
o da saúde odontológico
bucal entre necessária na
indígenas de ausência
10 a 14 anos dessas
da etnia características
Xukuru do .
Ororubá,
Pesqueira/P
E, Brasil.

Fonte: Dos autores, 2021.

Verificou-se diversos determinantes para as oclusopatias em indígenas, sendo


eles, de uma forma geral, enquadrados em: estilo de vida, alimentação, genética e outros.

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Sendo assim, na revisão de literatura realizada por Campos et al. (2016), estudos
apresentaram a alimentação como determinante da oclusão, uma vez que muitas vezes a
dieta dos indígenas ocasiona uma maior atrição dentária.
Além disso, fatores genéticos e o estilo de vida podem afetar a morfologia das
características oclusais e faciais nos grupos indígenas. Dessa forma, 33,8% a 66,7% dos
indígenas investigados apresentaram prevalência de maloclusão, porquanto fatores como
a estética não influenciam diretamente a busca por tratamento odontológico. Dessa forma,
identificou-se que os indígenas buscam mais esses serviços em casos de dor, aspecto nem
sempre relatado nos problemas oclusais (MOREIRA; MAURICIO, 2020; SOUZA et al.,
2015).
Em contrapartida, o estilo de vida indígena mostrou-se positivo em relação à
ausência de chupetas e ao aleitamento materno prolongado. Isso, por sua vez, influencia
na baixa prevalência de mordida cruzada posterior em populações indígenas remotas,
quando comparadas com populações urbanas (SOUZA et al., 2015).

CONCLUSÃO
Verificou-se que há diferenças na prevalência de oclusopatias em etnias indígenas
e que os seus principais determinantes estão associados aos estilo de vida, padrão
alimentar e influência genética.
Identificou-se número limitado de publicações que abordassem a temática
oclusopatias em populações indígenas brasileiras, mesmo realizando-se buscas com
descritores abrangentes. É preciso ampliar a produção científica sobre a temática, de
modo que cirurgiões-dentistas possam ter informações tanto para identificar quais
determinantes mais influenciam quanto para adotar medidas de saúde mais específicas.
Além disso, estimula-se a realização de ações educativas e de prevenção de
oclusopatias entre povos indígenas brasileiros, de forma que a aquisição de saberes e
práticas, no âmbito de sua cultura, possa contribuir com melhores condições de saúde
bucal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E PROFISSIONAL DOS SERVIDORES DO
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO PARÁ EM BELÉM

Christian Pacheco de Almeida¹, Ana Caroline dos Santos Calandrini¹, Emily Tayná
Gonçalves de Lima¹, Angélica Homobono Nobre²

¹Graduandos em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará


²Fisioterapeuta. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O ambiente de trabalho traz para a sociedade diversos temas a serem debatidos dentro da
Saúde Ocupacional. Com isso, são destacadas estratégias que possam criar um ambiente
favorável às práticas profissionais, como, previamente conhecer as características de um
grupo específico de trabalhadores. Por este fato, objetivou-se traçar o perfil
sociodemográfico e profissional dos servidores de um Centro Especializado em
Reabilitação. O estudo é observacional, transversal, quantitativo, realizado por meio da
aplicação de um instrumento avaliativo sobre os Dados Sociodemográficos e
Profissionais, com amostra total de 49 indivíduos. A média de idade encontrada foi de
41,7 (±8,5), o sexo feminino mais prevalente com 37 (75,51%) participantes e o
masculino 12 (24,49%); 18 (36,73%) eram temporários e 31 (63,27%) efetivos. Traçou-
se o perfil sociodemográfico da população pesquisada, contribuindo com a gestão por
meio de seus resultados para a construção de um ambiente de trabalho favorável às
práticas profissionais.
Palavras-chave: Perfil Profissional; Profissionais de Saúde; Saúde do Trabalhador.

INTRODUÇÃO
A abordagem sobre Saúde Ocupacional, no cenário contemporâneo, é diretamente
atrelada ao Movimento da Reforma Sanitária, com maior exponente a partir da VIII
Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano de 1986. Diante deste evento, anterior
a Constituição de 1988 e à implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), algumas
diretrizes que seriam estabelecidas posteriormente como universalidade e integralidade já
eram propagadas nas ideias e discussões sobre a Saúde Ocupacional e o conhecimento a
respeito de determinados grupos de trabalhadores.
Desde então, o processo de cuidado com os profissionais sempre foi um grande
marco em território nacional. Ainda que isso fosse fato consumado, somente em 2012,
com a homologação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador é que as instituições
passaram a ter maiores espaços para o desenvolvimento de ações concretas de cuidado
em prol da saúde dos trabalhadores, aliando as questões de produção científica e/ou
acadêmica e as reais demandas geradas pelos serviços e seus respectivos atores.

OBJETIVOS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Traçar o perfil sociodemográfico e profissional dos servidores do Centro
Especializado em Reabilitação/Unidade de Ensino Assistência em Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, na capital do estado; e fornecer dados
sobre os trabalhadores para a direção do local.

METODOLOGIA
O estudo é observacional, transversal, quantitativo, realizado por meio da
aplicação de um instrumento avaliativo sobre os Dados Sociodemográficos e
Profissionais. O instrumento foi elaborado e estruturado pelos próprios pesquisadores,
contendo perguntas e/ou itens correspondentes aos dados pessoais e profissionais dos
servidores que atuam no Centro Especializado em Reabilitação/Unidade de Ensino
Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional.
A realização da coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e maio de 2021, a
amostra obtida contou com 49 participantes (assinaram o Termo de Consentimento Livre
Esclarecido) e análise estatística descritiva. Para critérios de inclusão, adotou-se: ser
profissional de nível superior, de ambos os sexos, acima de 18 anos, com vínculo
empregatício temporário ou efetivo, trabalhando a mais de um ano no local da pesquisa.
Os critérios de exclusão foram: profissionais que estivessem de férias ou afastados
durante a coleta, com mais de dois vínculos empregatícios voltados à reabilitação e
aqueles diagnosticados previamente com Distúrbios Osteomioarticulares Relacionados
ao Trabalho (DORTs) ou Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Em respeito aos preceitos
éticos o estudo foi conduzido após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humano (CEP) da UEPA sob o número CAAE 36624720.4.0000.5174.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O perfil da população estudada foi dividido em duas categorias. Primeiramente,
foram enfatizadas as variáveis sociodemográficas (Tabela 1). Portanto, destaca-se o sexo
feminino como mais prevalente com 37 (75,51%) participantes, o sexo masculino
correspondeu a 12 (24,49%) dos indivíduos pertencentes à amostra. A idade também foi
subdividida em dois grupos; o primeiro com idade em anos de 23 a 40, correspondendo a
46,94%; o segundo os que tinham entre 41 e 64, totalizando 53,06%. Da totalidade, 10
(20,40%) indivíduos são divorciados ou estão em união estável com seus cônjuges, cinco
para cada um desses grupos; 23 (46,94%) são casados; 16 (32,66%) solteiros.
A predominância ficou com os trabalhadores possuidores de título de pós-
graduação com 51,02% e em menor quantidade 4,08% tinham apenas graduação. Em se
tratando da questão salarial, não mais que 8,16% têm renda familiar de 1 a 3 salários
mínimos; quem recebe de 4 a 5 e de 6 a 8 salários contabilizam 53,03%; com 9 ou mais
salários somaram-se 38,78%.
Tabela 1 – Dados sociodemográficos obtidos durante a pesquisa
Variáveis sociodemográficas n %
SEXO
Masculino 12 24,49%
Feminino 37 75,51%

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Total 49 100%

IDADE EM ANOS
23 – 40 23 46,94%
41 – 64 26 53,06%
Total 49 100%

ESTADO CIVIL
Casado 23 46,94%
Solteiro 16 32,66%
Divorciado 5 10,20%
União estável 5 10,20%
Total 49 100%

ESCOLARIDADE
Ensino superior completo 2 4,08%
Pós-graduação 25 51,02%
Mestrado 16 32,65%
Doutorado 6 12,25%
Pós-doutorado 0 0%
Total 49 100%

RENDA FAMILIAR
1 a 3 salários 4 8,16%
4 a 5 salários 13 26,53%
6 a 8 salários 13 26,53%
9 ou mais salários 19 38,78%
Total 49 100%
Fonte: Pesquisa de campo, 2021.

Diante desse contexto, na segunda parte da Ficha de Identificação


Sociodemográfica e Profissional estão listadas as cinco variáveis profissionais (Tabela 2),
nas quais se observa: a maior parte desses profissionais formada por fisioterapeutas e
terapeutas ocupacionais, aproximadamente 84% dos indivíduos, 2,04% assistente social,
6,12% fonoaudiólogos e 8,16% de psicólogos. Em seguida, a maioria dos trabalhadores
está lotada no turno da manhã (59,18%); em seguida, 40,82% trabalham à tarde e ninguém
à noite. Dos 49 voluntários da pesquisa, 18 (36,73%) eram temporários e 31 (63,27%)
efetivos.
O tempo de atuação também foi dividido em dois grupos. Sem contraposição, o
primeiro grupo formado por profissionais que atuam de 1 a 10 anos é de 40,82%; por
outra face os de 11 a 26 são 59,18%. Em menor número, expõem-se os profissionais que

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têm uma jornada de trabalho 20 horas semanais, somente 4,08%; 83,67% trabalham 30
horas semanais; e 12,25% durantes 40 horas.
Tabela 2 – Dados profissionais obtidos durante a pesquisa
Variáveis sociodemográficas n %

PROFISSÃO DENTRO DA
REABILITAÇÃO
Assistente social 1 2,04%
Fisioterapeuta 21 42,86%
Fonoaudiólogo 3 6,12%
Psicólogo 4 8,16%
Terapeuta ocupacional 20 40,82%
Total 49 100%

TIPO VÍNCULO
Trabalhador temporário 18 36,73%
Trabalhador efetivo 31 63,27%
Total 49 100%

TEMPO DE ATUAÇÃO
PROFISSIONAL NA INSTITUIÇÃO
EM ANOS
1 – 10 20 40,82%
11 – 26 29 59,18%
Total 49 100%

TURNO DE TRABALHO
Manhã 29 59,18%
Tarde 20 40,82%
Noite 0 0%
Total 49 100%

JORNADA DE TRABALHO
20 horas 2 4,08%
30 horas 41 83,67%
40 horas 6 12,25%
Total 49 100%

Fonte: Pesquisa de campo, 2021.

Inúmeros estudos preocuparam-se em abordar o perfil sociodemográfico dos


profissionais da área da saúde e, no último decênio é crescente na literatura a presença de

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publicações destacando o predomínio da população do sexo feminino entre esses
trabalhadores. Em conformidade, como ponderado previamente, a amostra deste estudo é
composta por 75,51% de pessoas deste sexo.
A fração maioritária de profissionais com pós-graduação é fato de extrema
importância, considerando o local onde foi realizada a pesquisa, afinal, os atendimentos
no setor de reabilitação envolvem conhecimentos específicos para cada área de atuação e
são realizados de acordo com a população atendida no local. Sendo assim, essa formação
proporciona subsídios técnicos, pessoais para atuação mais crítica; ampliando o olhar para
novas possibilidades dentro da restauração em saúde do paciente/cliente/usuário.
Salienta-se, além do sinalizado, a concordância entre as variáveis destacadas de
idade e tempo de atuação profissional na instituição. Essa análise suplementar é feita uma
vez que, quanto maior for a média de idade, maior será o tempo de atuação por se tratarem
de quesitos proporcionais. No entanto, essa afirmativa é considerada verdadeira, apenas,
caso seja considerado o fato de a maioria dos trabalhadores serem efetivos na Unidade de
Ensino Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional/Centro Especializado em
Reabilitação.

CONCLUSÃO
Oportunamente, o estudo traçou o perfil sociodemográfico da população
pesquisada, contribuindo com a gestão e/ou setor organizacional por meio de seus
resultados para a construção de um ambiente de trabalho favorável às práticas
profissionais, a partir do conhecimento dos servidores que trabalham nesta instituição
pública. Sem embargo, destaca-se a indispensabilidade na realização de novos estudos
para a construção de um conhecimento consolidado no tema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS SERVIDORES DO CENTRO
ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO ESTADO
DO PARÁ

Christian Pacheco de Almeida¹, Ana Caroline dos Santos Calandrini¹, Emily Tayná
Gonçalves de Lima¹, Angélica Homobono Nobre²

¹Graduandos em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará


²Fisioterapeuta. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Qualidade de Vida é definida como a percepção que o indivíduo tem sobre sua posição
na vida. Visão formulada tendo como base o contexto social e cultural nos quais está
inserido. Este estudo teve como objetivo medir a Qualidade de Vida no ambiente de
trabalho dos profissionais da área da saúde em um Centro Especializado em Reabilitação.
O estudo é observacional, transversal, quantitativo, realizado por meio da aplicação de
um instrumento avaliativo sobre Qualidade de Vida no Trabalho, amostra composta por
49 trabalhadores. Todavia, a Qualidade de Vida no Trabalho geral dos servidores é
considerada satisfatória ao nível de 68,54%. Portanto, observaram-se bons níveis de
Qualidade de Vida no Trabalho Além disso, trouxe conhecimentos sobre a temática.
Apesar disso, devido a pequena quantidade de estudos, faz-se imprescindível a realização
de mais pesquisas.
Palavras-chave: Ambiente de Trabalho; Qualidade de Vida; Saúde do Trabalhador.

INTRODUÇÃO
A Qualidade de Vida é definida como a percepção que o indivíduo tem sobre sua
posição na vida. Visão essa, formulada tendo como base o contexto social e cultural nos
quais está inserido. Também, remonta as suas expectativas, objetivos, anseios
preocupações. Consoante, no trabalho a Qualidade de Vida engloba a motivação,
satisfação, participação do empregado nas atividades de gestão e bem-estar, incluindo até
mesmo a saúde e comportamento pessoais e relação social.
Em relação a Qualidade de Vida no Trabalho, pode ser traduzida como a
possibilidade do profissional fazer o que gosta, ter satisfação no pessoal e monetária, ser
valorizado e reconhecido pelo trabalho exercido, ter condições de trabalho adequadas,
possuir equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, cooperar com os colegas em clima
saudável e de harmonia, efetivar suas atividades de forma autônoma e independente, com
o máximo de qualidade possível e sem excesso de cobrança/pressão. Isto é, a Qualidade
de Vida no Trabalha simboliza implica conceito ampliado e que contempla a participação
ativa dos trabalhadores associada às práticas de vigilância/prevenção, assistência no
ambiente de trabalho.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


OBJETIVOS
Medir a Qualidade de Vida dos profissionais da área da saúde em um Centro
Especializado em Reabilitação/Unidade de Ensino Assistência em Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, na cidade Belém. De mais a mais,
destacar os domínios físico, psicológico, pessoal e profissional sobre Qualidade de Vida
abordada na pesquisa.

METODOLOGIA
O estudo é observacional, transversal, quantitativo, realizado por meio da
aplicação de um instrumento avaliativo sobre Qualidade de Vida no Trabalho. Trata-se
de um questionário, constituído de por 20 perguntas, que estão distribuídas em 4
domínios. Por se tratar dessa divisão, tem-se estabelecido: domínio 1° ou domínio físico,
constituído pelas perguntas 4, 8, 17 e 19; domínio 2° ou domínio psicológico com as
perguntas 2, 5 e 9; 3° domínio ou domínio pessoal das perguntas 6, 10, 11 e 15; e por fim,
domínio 4 ou domínio profissional com a maior parte das perguntas, sejam elas 1, 3, 7,
12, 13, 14, 16, 18 e 20.
A realização da coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e maio de 2021, a
amostra obtida contou com 49 participantes (participação garantida a partir da assinatura
do Termo de Consentimento Livre Esclarecido), com análise estatística descritiva e
inferencial. Nos critérios para incluir os participantes, preconizou-se: ser profissional de
nível superior, de ambos os sexos, acima de 18 anos, com vínculo empregatício
temporário ou efetivo, trabalhando a mais de um ano no local da pesquisa. Os critérios de
exclusão utilizados foram: profissionais que estivessem de férias ou afastados durante a
coleta, com mais de dois vínculos empregatícios voltados à reabilitação e aqueles
diagnosticados previamente com Distúrbios Osteomioarticulares Relacionados ao
Trabalho (DORTs) ou Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Por respeito aos preceitos
éticos o estudo foi conduzido após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humano (CEP) da UEPA sob o número CAAE 36624720.4.0000.5174.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), de acordo com a porcentagem (Gráfico
1) abordada a partir do instrumento QWLQ-bref, tem os domínios: físico/saúde, dos
aspectos atrelados à saúde, doenças relacionadas ao trabalho e hábitos dos trabalhadores
(64,43%); psicológico, sobre satisfação pessoal, motivação no trabalho e autoestima dos
trabalhadores (71,77%); pessoal, dos fatores ligados à família, crenças pessoais, cultura e
como influenciam no trabalho (74,62%); profissional, que trata da influência das questões
organizacionais na vida dos trabalhadores (62,76%). Por estes resultados, diz-se que a
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) geral de 68,64% é considerada satisfatória.

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Gráfico 1 – Porcentagem dos domínios e geral de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

100
90
80 74,62 71,77
68,64
70 62,76 65,43
60
50
40
30
20
10
0
QVT Profissional Pessoal Psicológico Físico/Saúde

Fonte: Pesquisa de campo, 2021.

Nas Minas Gerais, um grupo de Educação Permanente em Saúde (EPS) formado


por fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores físicos, agentes de endemias, dentistas,
médicos e outros; demonstrou no domínio físico/saúde score de 64,58%, próximo ao
detectado nesta pesquisa de 65,43%, ambos satisfatórios. Tudo isso, pelo motivo de se
mostrarem contentes com sua qualidade de sono, conforto no ambiente de trabalho.
Seguindo a lógica de debate, uma equipe de profissionais intensivistas em um
hospital de ensino trouxe à tona um valor de 70,05% profissionais satisfeitos para o
domínio psicológico, valor bem próximo ao encontrado nesta pesquisa de 71,77%. Por
isso, ambas as amostras manifestam-se realizadas perante a motivação diária para
trabalhar, liberdade de expressão e orgulhosos com a profissão escolhida.
No tocante ao domínio pessoal, um estudo semelhante ao apresentado, encontrou
altos índices no domínio pessoal de 93,75% na categoria profissional de dentistas atuantes
em um Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), indicando muita satisfação no
seu espaço laboral. De outro lado, o domínio pessoal na Unidade de Ensino Assistência
em Fisioterapia e Terapia Ocupacional (UEAFTO)/Centro Especializado em Reabilitação
(CER III) indica satisfação quanto a Qualidade de Vida em média de 74,62%.
De modo geral, a Qualidade de Vida no Trabalho nos estudos analisados descreve
uma satisfação frente aos tópicos analisadas. Todos esses achados demonstram e
recrudesce uma capacidade, minimamente, eficaz e satisfatória dos gestores
proporcionarem ambientes adequados para a prática profissional. O mesmo demonstra
acontecer na Unidade de Ensino Assistência em Fisioterapia e Terapia
Ocupacional/Centro Especializado em Reabilitação, local do estudo, situado na cidade de
Belém, capital do estado do Pará. Não se encontrou até o momento desta pesquisa,
nenhum estudo parecido com este que foi realizado com profissionais de um centro de
reabilitação. Isto dificulta a discussão e abre espaço para que novas pesquisas sejam
realizadas com esse grupo.

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CONCLUSÃO
O presente contributo científico efetivou seu papel principal ao medir a Qualidade
de Vida no ambiente de trabalho dos profissionais de um Centro Especializado em
Reabilitação da Universidade do Estado do Pará. De mais a mais, propiciou novos
conhecimentos sobre o assunto que servirão de base para estudos posteriores. Ao final,
uma das limitações apontadas é a dificuldade em encontrar estudos para comparar os
achados alcançados, essencialmente para profissionais ligados à reabilitação. Sem
embargo, destaca-se a indispensabilidade na realização de novos estudos para a
construção de um conhecimento consolidado no tema.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTIOGA, C.S.; CARMO, M.M.; TAKAKI, K.T. O que é qualidade de vida no
trabalho? Representações de trabalhadores de um instituto de pesquisa. Trabalho
(En)Cena, v. 1, n.1, p. 132-142, 2016.

BOFF, J.A., NODARI, T.M.S. Qualidade de vida e satisfação no trabalho de


Enfermagem: um estudo de caso dos profissionais de Atenção Básica no Município de
Joaçaba, SC. Unoesc & Ciência, v.9, n.2, p.217-24, 2018. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acsa/article/view/16909

Mello, D.G., et al. Quality of life in the work of the intensive Nursing team in a teaching
hospital. Revista de Enfermagem, v.5, n.1, p.1-14, 2019. Disponível em:
https://doi.org/10.34019/2446-5739.2019.v5.25629

PIMENTA, F.A.P., et al. Qualidade de vida e excesso de peso em trabalhadores em turnos


alternantes. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 44, e2, 2019.

SANTOS, L.N.S., et al Assesing quality of life in the work of general hospital nurses.
Revista Enfermagem UERJ, v.25, e18286, 2017. Disponível em:
https://doi.org/10.12957/reuerj.2017.18286

SILVA, C.H., et al. Qualidade de Vida de dentistas do município de Russas-Ceará.


Revista CPAQV, v.11, n.3, p.1-11. Disponível em: https://doi.org/10.36692/cpaqv-
v11n3-9

SOUSA RS., et al. Theorical-practical interfaces between Continuing Education in Health


and Quality of Life at Work. Research, Society and Development, v.9, n.12, p.1-17.
Disponível em: https://doi.org/10.3348/rsd-v9i.10840

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SATISFAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO DOS SERVIDORES DO
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO PARÁ

Christian Pacheco de Almeida¹, Ana Caroline dos Santos Calandrini¹, Emily Tayná
Gonçalves de Lima¹, Angélica Homobono Nobre²

¹Graduandos em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará


²Fisioterapeuta. Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Satisfação no Trabalho pode ser entendida como um conjunto diversificado de
sentimentos que uma pessoa pode ter em relação ao seu Ambiente de Trabalho.
Representa situações de contentamento ou descontentamento diante de sua relação com
seus colegas profissionais, com a remuneração que recebe, com sua chefia, com suas
promoções e/ou com a natureza do seu trabalho. Este estudo teve como objetivo Medir o
grau de Satisfação no ambiente de trabalho dos profissionais da área da saúde em um
Centro Especializado em Reabilitação. O estudo é observacional, transversal,
quantitativo, realizado por meio da aplicação de um instrumento avaliativo sobre
Satisfação no Trabalho, amostra composta por 49 trabalhadores. Em relação a Satisfação
Global dos participantes, os resultados indicaram um estado de indiferença com média de
4,7 (±0,9). Portanto, observaram-se bons níveis de Satisfação no Trabalho Além disso,
trouxe novos conhecimentos sobre as temáticas estudadas.
Palavras-chave: Ambiente de Trabalho; Satisfação no Trabalho; Saúde do Trabalhador.

INTRODUÇÃO
Muito em consequência do crescente interesse em se compreender os fatores que
influenciam as pessoas no ambiente de trabalho, a temática da Satisfação no Trabalho
passou a ser de frequente entre aqueles interessados pela área de Saúde Ocupacional. Diz-
se, com isso, que o comportamento dos profissionais é fruto da satisfação ou insatisfação
no seu local de atuação. Conquanto, apesar de se mostrar um conceito complexo e
extremamente amplo, a Satisfação no Trabalho pode ser entendida como um conjunto
diversificado de sentimentos que uma pessoa pode ter em relação ao seu ambiente de
trabalho.
Por vezes, satisfação denota situações de contentamento ou descontentamento
diante de sua relação com seus colegas profissionais, com a remuneração que recebe, com
sua chefia, com suas promoções e/ou com a natureza do seu trabalho. Indubitavelmente,
se uma instituição realiza o diagnóstico organizacional, apurando os potenciais e as
fragilidades em seus colaboradores pode, assim, identificar quais os pontos a serem
melhorados e, de tal forma, melhorar o ambiente ocupacional. Nessa situação, estratégias
como aumentar capacitações e treinamentos, estudar e propor remunerações individuais
a partir de metas, fomentar o aperfeiçoamento dos profissionais, promover atuação em

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equipe e proporcionar alguns benefícios (vale alimentação, vale cultura e bolsas de
estudos) podem proporcionar níveis mais elevados de satisfação na população estudada,
tanto quanto, promover atratividade de novos membros para a equipe, ao melhorar o grau
de comprometimento daqueles pertencentes ao serviço.

OBJETIVOS
Medir o grau de Satisfação dos profissionais da área da saúde em um Centro
Especializado em Reabilitação/Unidade de Ensino Assistência em Fisioterapia e Terapia
Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, na cidade Belém. Ademais, Destacar as
dimensões sobre Satisfação no Trabalho abordadas na pesquisa.

METODOLOGIA
O estudo é observacional, transversal, quantitativo, realizado por meio da
aplicação de um instrumento avaliativo sobre Satisfação no Trabalho. A escala adotada,
é composta por 25 itens, todos que estão associados a uma escala de 7 pontos, com as
seguintes pontuações: 1 (totalmente insatisfeito); 2 (muito insatisfeito); 3 (insatisfeito); 4
(indiferente) 5 (satisfeito); 6 (muito satisfeito); 7 (totalmente satisfeito). Dentro desse
cenário, é possível apresentar que para a dimensão satisfação com os colegas (dimensão
1°) constitui os itens 1, 6, 14, 17 e 24; satisfação com o salário (dimensão 2°) para os itens
5, 8, 12, 15, 21; satisfação com a chefia (dimensão 3°) itens 2, 9, 19, 22 e 25; satisfação
com a natureza do trabalho (dimensão 4°) itens 7, 11, 13, 18 e 23; por fim, satisfação com
as promoções (dimensão 5°) nos itens 3, 4, 10, 16 e 20.
Dessa forma as cinco dimensões descritas na escala são: primeira, que diz respeito
ao contentamento com a colaboração, amizade, confiança e o relacionamento mantido
com os colegas de trabalho; segunda, logo, o contentamento com que recebe de salário se
comparado com o quanto a pessoa trabalha, com sua capacidade profissional, com o custo
de vida e os esforços feitos para realizar o trabalho; terceira, portanto, contentamento com
a organização e capacidade profissional do chefe, com seu interesse pelo trabalho dos
subordinados e entendimento entre eles; quarta, contentamento com o interesse
despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas absorverem o trabalhador e com a
variedade das mesmas; quinta, ou seja, o contentamento com o número de vezes que já
recebeu promoções, com as garantias oferecidas a quem é promovido, com a maneira de
a empresa realizar promoções e com o tempo de espera pelas promoções.
A realização da coleta de dados ocorreu entre os meses de abril e maio de 2021, a
amostra obtida contou com 49 participantes (anuência por meio da assinatura do Termo
de Consentimento Livre Esclarecido), com análise descritiva e inferencial. Nos critérios
de inclusão, considerou-se: ser profissional de nível superior, de ambos os sexos, acima
de 18 anos, com vínculo empregatício temporário ou efetivo, trabalhando a mais de um
ano no local da pesquisa. Os critérios de exclusão foram: profissionais que estivessem de
férias ou afastados durante a coleta, com mais de dois vínculos empregatícios voltados à
reabilitação e aqueles diagnosticados previamente com Distúrbios Osteomioarticulares
Relacionados ao Trabalho (DORTs) ou Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Em respeito
aos preceitos éticos o estudo foi conduzido após a aprovação do Comitê de Ética em

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Pesquisa com Seres Humano (CEP) da UEPA sob o número CAAE
36624720.4.0000.5174.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados correspondentes a Escala de Satisfação no Trabalho, na Tabela 1,
compreendem as cinco dimensões analisados na pesquisa. São elas: a primeira dimensão,
que trata sobre o contentamento com a colaboração, amizade, confiança e o
relacionamento mantido com os colegas de trabalho tem média de 5,4 (±0,8); a segunda,
logo, o contentamento com o salário se comparado com o quanto o indivíduo trabalha,
com sua capacidade profissional, com o custo de vida e os esforços feitos para realizar o
trabalho traz resultado de 4 (±1,3); terceira dimensão, portanto, contentamento com a
organização e capacidade profissional do chefe, com seu interesse pelo trabalho dos
subordinados e entendimento entre eles a média foi de 4,8 (±1,5); quarta dimensão,
contentamento com o interesse despertado pelas tarefas, com a capacidade de elas
absorverem o trabalhador e com a variedade destas ficou em 5,4 (±0,9); quinta dimensão,
ou seja, o contentamento com o número de vezes que já recebeu promoções, com as
garantias oferecidas a quem é promovido, com a maneira de a empresa realizar promoções
e com o tempo de espera pelas promoções alcançou o valor de 3,8 (±1,4). Para a satisfação
global dos profissionais o valor da média foi de 4,7 (±0,9).

Tabela 1 – Dimensões da Escala de Satisfação no Trabalho (EST)


Escala de Satisfação no Trabalho Média Mediana Mín Máx
n
(EST) (±DP) (Q3 – Q1) imo imo

5,4
Satisfação com os colegas 49 5,2 (5,8-4,8) 3,6 7
(±0,8)
Satisfação com o salário 49 4 (±1,3) 3,8 (5-3) 1,8 7
4,8
Satisfação com a chefia 49 5 (6-3,6) 1,2 7
(±1,5)
Satisfação com a natureza do 5,4
49 5,4 (6-5) 3,2 7
trabalho (±0,9)
3,8
Satisfação com as promoções 49 4 (4,6-3) 1 7
(±1,4)
4,7
Satisfação global 49 4,5 (5,3-4) 2,8 6,7
(±0,9)
Fonte: Pesquisa de campo, 2021.
DP = Desvio-padrão, Q1= primeiro quartil, Q3= terceiro quartil

No que diz respeito a Satisfação no Trabalho, considera-se um grau de insatisfação


no trabalho para números a meio-termo de 1 e 3,9; indiferença quanto à satisfação entre
4 e 4,9; a satisfação tende a estar compreendida na faixa de 5 e 7 os indicadores são
utilizados na pesquisa. Primordialmente, é necessário destacar que a dimensão de
satisfação com os colegas neste estudo comprova nível de agrado com média igual a 5,4

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(±0,8). No presente estudo, a análise descritiva da Escala de Satisfação no Trabalho
(EST), considerando-se a amostra total permitiu afirmar que os indivíduos apresentaram
indiferença na média de 4,7 (±0,9). Da mesma maneira, a indiferença é identificada nas
questões que envolvem o salário ou esforços despendidos em suas atividades laborais e a
relação com a chefia, médias 4 (±1,3) e 4,8 (±1,5), respectivamente.
Nos quesitos referentes às promoções, estas sofrem interferência direta dos
gestores à medida que investem em condições para a criação no trabalho. Não unicamente
a satisfação com a promoção, mas também com a natureza do trabalho é influenciada.
Sem contraposição, com os dados relacionados é possível considerar esta afirmação para
a satisfação com a natureza do trabalho, no entanto, com as promoções o efeito não foi
positivo; a insatisfação é de 3,8 (±1,4) e pode ser justificada pelo fato de serem servidores
públicos sem níveis de progressão dentro do serviço. Com isso, para os trabalhadores de
reabilitação as exigências na ocupação geram não gera plena satisfação, mas também não
causa insatisfação.

CONCLUSÃO
A pesquisa exposta efetivou seu papel principal ao medir o grau de Satisfação no
ambiente de trabalho dos profissionais de um Centro Especializado em Reabilitação de
Belém do Pará. Proporcionou conhecimento a respeito da temática estudada, contribuindo
com a gestão e/ou setor organizacional por meio de seus resultados para a construção de
um ambiente de trabalho favorável às práticas profissionais. Outrossim, propiciou novos
conhecimentos sobre os assuntos que servirão de base para estudos posteriores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sul: um Estudo Quantitativo. Psicologia Ciência e Profissão, v.36, n.4, p.801-815, 2016.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703000362016

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satisfaction of teaches and technical-admnistrative staff at a public university. Revista
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criatividade e satisfação no trabalho de pesquisadores. Avaliação Psicológica, v.14, n.2,
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SALAS ROLDAN, V.P., et al. Organizational retaliation, justice perception and


satisfaction with work: Fortaleza, Ceará, Brasil. Dimensão Empresarial, v.16, n.1, p.93-
115, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.15665/dem.v16i1.1421

SANTOS, L.D., et al. Medindo a satisfação no trabalho de colaboradores de uma empresa


pet. Revista Tecnológica, v. 6, n. 1, p. 192-211, 2017.

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SIQUEIRA, Mirlene Maria Matias. Medidas do comportamento organizacional:
ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed, 2008.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


FATORES RELACIONADOS À QUEDA DA COBERTURA VACINAL E SUAS
CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA

Camila Tiemi Wassano1; Marilia Dagnon da Silva2; Amanda Dagnon da Silva3; Rafaela
Freitas Gonzalez4; Sidney Marcel Domingues 5
1,2
Graduanda em Medicina pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul
3,4
Graduanda em Medicina pela Universidade de Marília
5
Odontólogo pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo (FORP-USP). Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A vacinação é um importante passo da Saúde Pública, representando um grande avanço
para a humanidade. Porém, ainda há muitos desafios a serem enfrentados dentro do
contexto de imunização como o controle de propação de notícias falsas, logística e
informatização. Esse trabalho teve como objetivo analisar os fatores relacionados à queda
da cobertura vacinal no Brasil e suas consequências para a saúde pública brasileira,
desenvolvendo uma revisão narrativa qualitativa da literatura científica indexada, com
estratégia de busca aplicada nas seguintes bases de dados: SciELO, Lilacs/ BVS e
Pubmed. Com base nos artigos analisados, foi realizada uma análise de similitude e
constatou-se que a maioria dos fatores relacionados a essa queda foram impulsionados
pelo Movimento Antivacina, culminando no ressurgimento de doenças previamente
erradicas pela vacinação, indicando a necessidade de aprimoramento em educação em
saúde, visto que a hesitação vacinal é prejudicial à saúde da população.

Palavras-chaves: “Movimento contra Vacinação”; “Saúde Pública”, “Recusa de


Vacinação”; “Doenças Preveníveis por Vacina”; “Cobertura Vacinal”.

INTRODUÇÃO
O processo de imunização, por meio das vacinas, constitui um importante passo da Saúde
Pública, além de representar um grande avanço para a humanidade, sobressaindo-se,
inclusive, à descoberta dos antibióticos. Esse processo teve como marco na história
brasileira a intitulada ‘’Revolta da Vacina’’, a qual ficou marcada pelas revoltas
populares, devido à obrigatoriedade imposta pelas autoridades que utilizavam de
violência para realizar a imunização, desencadeando medo e desconfiança na população
brasileira. É importante destacar que o Brasil sempre foi o país que mais vacinou sua

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população de forma gratuita em todo o mundo, sendo responsável pelo sucesso da
diminuição e erradicação de doenças imunopreveníveis, tais como a Poliomelite e o
Sarampo, por meio do Programa Nacional de Imunizações - Ministério da Saúde. No
entanto, ainda em 2021, o Programa enfrenta desafios quanto ao controle de propagação
de notícias falsas, logística e informatização, mostrando-se de grande relevância entender
o panorama acerca da temática em questão.

OBJETIVOS
Analisar os fatores relacionados à queda da cobertura vacinal no Brasil e suas
consequências para a saúde pública brasileira.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa qualitativa da literatura cientifica indexada acerca do
movimento antivacina e as consequências para a saúde pública brasileira, sendo
consultados doze artigos provenientes de estratégia de busca aplicada às seguintes bases
de dados eletrônicas: PubMed, Lilacs/BVS e SciELO, os quais estão detalhados na Figura
1. A questão norteadora utilizada foi: “Como o movimento antivacina implica na queda
da cobertura vacinal brasileira?”
Quadro 1. Síntese das publicações selecionadas como fontes de evidência nas Base de
Dados eletrônicas PubMed, Lilacs/BVS; 3- SciELO.

Identificaç Título da Tipo de Nome Título do País do Idioma Ano


ão do Publicação Publica dos Periódico Periódi Origin
artigo ção Autore co al
s
Artigo 1 Recusa Artigo Paulo Revista Portuga Portugu 2013
vacinal – o Santos; Portuguesa l ês
ponto de Alberto de Medicina
vista ético Hespan Geral e
hol Familiar
Artigo 2 Cuidar e Artigo Marcia Ciência Brasil Portugu 2015
(não) vacinar Thereza &Saúde ês
no contexto Couto; Coletiva
de famílias Carolin
de alta renda a Luisa
e Alves
escolaridade Barbier
em São i
Paulo – SP,
Brasil

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Artigo 3 A sociedade Artigo Paulo Ciência Brasil Portugu 2015
de risco Roberto &Saúde ês
midiatizada, Vascon Coletiva
o movimento cellos-
antivacinaçã Silva e
o e o risco do cols.
autismo
Artigo 4 Prevalência Artigo Aldiane Cadernos de Brasil Portugu 2018
de vacinação Gomes Saúde ês
contra gripe de Pública
nas Macedo
populações Bacura
adulta e u;
idosa com Priscila
doença Maria
respiratória Stolses
pulmonar Bergam
crônica o
Francis
co
Artigo 5 A Ciência e a Artigo Luiza J. Intercom – Brasil Portugu 2019
Mídia: A C. Sociedade ês
propagação Saraiva Brasileira
de Fake ; de Estudos
News e sua Joana Interdiscipli
relação com Frantz nares da
o movimento de Faria Comunicaçã
antivacina no o
Brasil
Artigo 6 Perigo do Artigo Renata Revista Brasil Portugu 2020
movimento Paula Eletrônica ês
antivacina: Lima Acervo
análise Beltrão Saúde /
epidemio- e cols. Electronic
literária do Journal
movimento Collection
antivacinaçã Health
o no Brasil
Artigo 7 Mídia e Artigo Camila Revista Brasil Portugu 2020
saúde: a Carvalh Brasileira ês
cobertura da o de de Medicina
epidemia de Souza de Família e
sarampo de Amori

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2019 no m Comunidad
Brasil Matos e
Artigo 8 Falhas Artigo Tânia Cadernos de Brasil Portugu 2020
vacinais: Cristina Saúde ês
avaliando de Pública
vacinas febre Mattos
amarela, Barros
sarampo, Petragli
varicela e a e cols.
caxumba
Artigo 9 Negacionism Artigo Ana Trabalho, Brasil Portugu 2020
o da Covid- Paula Educação e ês
19 e Massad Saúde
educação ar
popular em Morel
saúde: para
além da
necropolítica
Artigo 10 Pandemia de Artigo Paula Revista Brasil Portugu 2021
desinformaç Falcão; Eletrônica ês
ão: as fake Aline de
news no Batista Comunicaçã
contexto da de o,
Covid-19 no Souza Informação
Brasil & Inovação
em Saúde
Artigo 11 Retorno do Artigo Isabela Research, Brasil Portugu 2021
sarampo: Nishim Society and ês
entre a fake ura Developme
news e a Megian nt
Saúde i e cols.
Pública
Artigo 12 Morbidade Artigo Arielle Brazilian Brasil Portugu 2021
do sarampo de Journal of ês
no período Sousa Developme
de 2010- Pelisso nt
2020 no ni e
estado de cols.
São Paulo:
relação entre
a baixa
cobertura
vacinal e

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reemergênci
a

RESULTADOS
A partir das 12 fontes selecionadas como evidências para esta revisão, foi realizada uma
análise de similitude, por meio do aplicativo Iramuteq®, a partir da estruturação em
planilha do Excel® dos resumos provenientes de cada artigo, permitindo traçar a
interrelação entre essas estruturas das pesquisas selecionadas.

Figura 1. Grafo da análise de similitude para os resumos dos 12 artigos selecionados


como fontes de evidência.

DISCUSSÃO
No ano de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a hesitação
vacinal é uma das dez maiores ameaças globais à saúde.
Foram observados como fatores que justificam a queda da cobertura vacinal os seguintes
valores e concepções: medo dos possíveis eventos adversos e do desenvolvimento de
patologias futuras, como exemplo a falácia acerca do autismo, levantada pelo Movimento
Antivacina e que ganhou força a partir de um estudo fraudulento publicado na revista The
Lancet em 1998. Além disso, há a descrença quanto à eficácia e validade vacinal, bem
como o retorno de doenças imunopreviniveis anteriormente erradicadas; motivações de
cunho religioso e cultural, as quais vêm ampliando suas influências, assim como o “mito
do retorno ao saudável e ao natural”, invalidando os resultados da vacinação; propagação
virtual de notícias falsas, angariando, cada vez mais, adeptos no mundo digital, sendo
responsável por 52% de publicações que desencorajam a prática da vacinação. Ademais,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


o negacionismo científico cresce vertiginosamente, o qual associado às críticas ao
complexo industrial farmacêutico consiste em risco para o sucesso da imunização.

CONCLUSÃO
A partir das informações obtidas da literatura consultada, constatou-se que a queda da
cobertura vacinal implica em inúmeros malefícios para a saúde pública brasileira,
principalmente no que diz respeito ao recrudescimento de doenças anteriormente
erradicadas, a exemplo do Sarampo, Febre Amarela, Tuberculose, os quais, nos últimos
anos, tiveram suas menores taxas de cobertura, levando à percepção de que a população
se esqueceu da segurança e proteção das vacinas contra doenças infecciosas que há cem
anos acometiam cerca de 20% das crianças com até cinco anos de idade. Portanto, é de
extrema importância que medidas educativas sejam realizadas, com o intuito da
conscientização em massa a respeito da importância da vacinação, visto que a hesitação
vacinal consiste em um verdadeiro desastre não apenas para a saúde pública em nível
nacional, como também em nível mundial.
Vale ressaltar que a autonomia de cada indivíduo não deve ser superior ao princípio geral
da não maleficência, considerando que um indivíduo não vacinado em meio a vários
vacinados tem mais segurança do que um indivíduo vacinado em meio a tantos outros
não vacinados, o que corrobora para a ‘’imunidade de rebanho’’. É imprescindível a
realização de ações estratégicas de saúde neste sentido, visto que a decisão de se vacinar
resulta em empoderamento do indivíduo e da população, garantindo-lhes uma proteção
eficaz. A escolha pela não vacinação é, por fim, uma distopia que ameaça o país.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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populações adulta e idosa com doença respiratória pulmonar crônica. Cadernos de Saúde
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<https://doi.org/10.1590/1413-81232015202.10172014>. ISSN 1678-4561.
https://doi.org/10.1590/1413-81232015202.10172014.

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SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS NO CONTEXTO DA
COVID-19

Leticia Castor Neves1; Mônica Lopes Alves2


1
Graduando em Psicologia pela Faculdade Estácio de Belém
2
Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Estácio da Bahia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O efeito da pandemia de COVID-19 foi bastante impactante na vida da população em
geral, mas ainda mais impactante nos grupos que já apresentavam uma maior
vulnerabilidade na saúde mental, como é o caso dos estudantes universitários. Com isso
foi feita uma pesquisa bibliográfica buscando identificar os impactos na saúde psíquica
dos estudantes acadêmicos ocasionados pela mudança na vida cotidiana e acadêmica, e
identificar as consequências do isolamento social ocasionados pela pandemia e os
impactos na saúde mental desses indivíduos.

Palavras-chaves: Saúde Mental; Universitários; Educação Superior; Pandemia; COVID-


19.

INTRODUÇÃO
O aparecimento do coronavírus 2019 (COVID-19) e sua acelerada disseminação sobre os
países, levou o mundo todo a adotar medidas de isolamento e distanciamento social,
trazendo diversas modificações na estrutura de organização dos ensinos, impactando na
saúde mental de estudantes universitários, que foram sujeitos a diversas alterações
repentinas, como a suspenção das aulas por tempo indeterminado, metodologia de ensino
a distância e avaliações on-line que desencadearam inúmeras dificuldades de adaptação.

OBJETIVOS
Este estudo tem como objetivo desenvolver um levantamento bibliográfico sobre a
incidência de transtornos psíquicos, que podem afetar o humor, raciocínio e
comportamento, como depressão, ansiedade e estados emocionais menos positivos, em
estudantes universitários no contexto da COVID-19, a partir das medidas sociais impostas
pelos governantes, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde
(OMS).
METODOLOGIA

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Tratasse de uma revisão bibliográfica com a finalidade de reunir e sintetizar o conteúdo
de artigos e livros acerca do impacto da COVID-19, sendo considerados estudos
realizados com grupos de seres humanos e estudo de literatura publicados de 2018 até o
momento do levantamento de dados. O levantamento bibliográfico foi realizado nas
seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura
Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE).

Os critérios de inclusão do material bibliográfico, foram artigos científicos nacionais e


internacionais, relacionados ao tema do estudo, publicados nos últimos três anos,
disponível on-line e gratuito. Já os critérios de exclusão foram artigos fora da temática,
com custo para leitura, não disponível na forma on-line e/ou textos incompletos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo Mota (2021), os efeitos indiretos da pandemia na saúde mental das populações
se tornaram motivo de crescente preocupação, ainda que as implicações psicológicas
tendam a ser negligenciadas. Estas implicações podem ser ainda mais intensas nas
parcelas populacionais que já apresentavam vulnerabilidades em saúde mental, como é o
caso dos estudantes universitários.
Estudos realizados mostraram a importância de ações voltadas a saúde mental para os
universitários, que devido a pandemia, foram impactados negativamente em sua vida
econômica e acadêmica, podendo ocasionar problemas em sua saúde mental. (CAO,
2020)
Com base na literatura sabemos a importância do apoio psicossocial e das relações sociais
para a saúde mental, principalmente no atual cenário epidêmico causado pela COVID-19,
com isso, percebe-se o aumento gradativo de transtornos psíquicos, como depressão,
ansiedade e estresse, reforçado por esse período de incertezas.
CONCLUSÃO
Foi realizada uma extensa pesquisa bibliográfica buscando identificar os impactos
causados com a chegada da COVID-19 na saúde mental dos universitários.
Foi identificado que a chegada do COVID-19 promoveu incontáveis modificações na
sociedade, como isolamento social, suspenção de atividades acadêmicas, distanciamento
social e principalmente novas formas de se relacionar com os outros e consigo mesmo.
Causando uma disruptiva do nosso antigo cotidiano, para um novo cheio de desafios a
serem superados. Com isso, nesse momento de instabilidade e incertezas, muitos
transtornos foram desencadeados, tornando a saúde mental dos estudantes o foco de
diversos estudos, dando a real importância ao bem-estar psicossocial nesse momento.

Percebe-se pouco material bibliográfica referente aos benefícios do apoio profissional


psicológico aos estudantes em âmbito universitário, proporcionado pela própria

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instituição de ensino superior. Também, observa-se a necessidade de estudos voltados ao
uso excessivo da internet pelos universitários, devido a reclusão social em sua vida
cotidiana e aumento do uso de métodos tecnológicos para o aprendizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HOSSAIN, MM; SULTANA, A; PUROHIT, N. Mental health outcomes of quarantine


and isolation for infection prevetion: a systematic umbrella review of the global evidence.
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EmRede: Revista de Educação a Distância, v. 7, n. 1, p. 242-256, 2020.

ARRUDA, Eucidio Pimenta. Educação remota emergencial: elementos para políticas


públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede: Revista de Educação
a Distância, v. 7, n. 1, p. 257-275, 2020.

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universitários: estratégias de enfrentamento no contexto da COVID-19. SciELO, v. 26,
n. 6, 2021.

CAO, Wenjun et al. The psychological impact of the COVID-19 epidemic on college
students in China. National Libray of Medicine, 2020.

SENTIMENTOS VIVENCIADOS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM


TRATAMENTOS DE QUEIMADOS

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Beatriz Buthers Soares1; Carolini Gonçalves Silva da Conceição2; Renata da Silva
Hanzelmann3.

1
Graduanda em Enfermagem pela Associação Brasileira de Ensino Universitário -
UNIABEU
2
Graduanda em Enfermagem pela Associação Brasileira de Ensino Universitário -
UNIABEU
3
Enfermeira. Doutora em Ciências pela UNIRIO. Membro efetivo do Laboratório de
Pesquisa: Enfermagem, Tecnologias, Saúde e Trabalho (PENSAT) UNIRIO.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Discute-se muito sobre cuidados especiais com queimaduras, mas pouco se fala sobre a
influência que estes tipos de cuidados têm na saúde mental dos profissionais que os
realizam. Revisão integrativa acerca dos sentimentos vivenciados pela equipe de
enfermagem no tratamento de queimados. Buscas feitas na Biblioteca Virtual em Saúde
com os descritores “queimaduras”, “enfermagem”, “trabalho” e o operador booleano
AND em agosto de 2019. O ano 2014 destacou-se com maior número de publicações, a
região Sul foi predominante e o método mais incidente foi o “Exploratório, descritivo
com abordagem qualitativa”. Os profissionais demostram a sensação de impotência,
sofrimento, compaixão, tristeza, dor e medo diante das questões psicoafetivas com o
paciente. É imprescindível que existam mais estudos que evidenciem a saúde mental dos
enfermeiros inseridos nas Unidades de Tratamento de Queimados para o
desenvolvimento de programas de apoio psicológico a fim de acolher e criar meios para
enfrentar essas situações.
Palavras-chaves: Queimaduras, Enfermagem, Trabalho.

INTRODUÇÃO
Entende-se por queimadura lesões teciduais causadas por calor ou frio excessivos,
substâncias químicas e correntes elétricas. Estas podem ser parciais ou totais, isto é,
atingir apenas a superfície da pele ou invadir o tecido causando danos a musculatura,
estruturas fibrosas e até mesmo os ossos. Sua categorização é feita de acordo com a
proporção e a depressão da lesão.
As queimaduras podem ser classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau. As
de primeiro grau são as mais superficiais. Já as de segundo grau, podem ser tanto
superficiais quanto mais escavadas, podendo ser comparadas com as de terceiro grau. Por
fim, as queimaduras de terceiro grau são as de maior profundidade e podem alcançar a
musculatura e ossos.

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Na prática de cuidados com pacientes gravemente queimados, a equipe de
enfermagem precisa lidar diariamente com situações muito delicadas de pessoas que
tentam suicídio por meio de queimaduras e crianças vítimas de acidentes domésticos. É
muito difícil para os profissionais de saúde lidarem com estes casos, uma vez que não há
um preparo psicológico.

OBJETIVOS
Discute-se muito sobre cuidados especiais com queimaduras, mas pouco se fala
sobre a influência que estes tipos de cuidados têm na saúde mental dos profissionais que
os realizam. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi identificar os sentimentos e
as percepções da equipe de enfermagem perante ao tratamento de queimados.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa realizada através do método proposto por
Souza, Silva e Carvalho, que consiste na aplicação de etapas para a extração completa de
conteúdos relevantes para a pesquisa. Assim sendo, elaborou-se tal pergunta norteadora:
quais são os sentimentos e as percepções da equipe de enfermagem perante ao tratamento
de queimados?
Realizou-se a busca no mês de agosto de 2019 por meio da Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS) com os seguintes descritores: “queimaduras”, “enfermagem”, “trabalho”,
associados ao operador booleano AND. Ao utilizar tais descritores, foram encontradas
164 publicações nas seguintes bases de dados on-line, contudo, apenas 53 encontravam-
se disponíveis.
Após realizar a busca, foram elencados os critérios de inclusão: publicações
originais, disponíveis gratuitamente nas bases de dados, nos idiomas português, inglês e
espanhol, de acordo com a temática proposta; e exclusão: artigos repetidos, de revisão,
fora da temática e em outros idiomas. A busca resultou em 10 publicações selecionadas
que cumpriam as exigências dos critérios de seleção estabelecidos, sendo sete publicações
disponíveis na LILACS e três publicações na BDENF.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gráfico 1: Período anual de publicação das produções encontradas nas bases de dados.

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Período Anual
4

3 n=3; 30%

n=2; 20% n=2; 20%


2

n=1; 10% n=1; 10% n=1; 10%


1

0
2018 2017 2016 2015 2014 2012

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nota-se que o ano 2014 destacou-se como maior ano de produções a respeito do
assunto, com três publicações de 30% do total.

Gráfico 2: Regiões dos estudos realizados encontrados nas bases de dados (BVS), Rio de
Janeiro, 2019.

n=1;10% Regiões Sul


n=1; 10% Sudeste
Nordeste
n=1; 10% Centro-oeste

n=7; 70%

Fonte: Elaborado pelos autores.

Constatou-se que na região Sul (n=7; 70%) houve maior produção de evidências
pertinentes para a presente investigação.

Quadro 1: Tipo de estudo das publicações encontrados nas bases de dados, Biblioteca
virtual de saúde (BVS), Rio de Janeiro, 2019.

Frequência
Tipo de estudo
(n=;%)
Qualitativo, exploratório (n=3; 30%)
Qualitativa, do tipo descritivo e
(n=2; 20%)
exploratório
Qualitativa (n=2; 20%)
Quantitativa, transversal (n=1; 10%)

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Quantitativa, exploratório, descritivo,
(n=1; 10%)
transversal
Qualitativa, do tipo descritivo (n=1; 10%)
Total (n=10; 100%)
Fonte: Elaborado pelos autores
O tipo de metodologia com maior incidência foi o “Exploratório, descritivo com
abordagem qualitativa” (n=3; 30%).

Tabela 1: Características dos estudos encontrados nas bases de dados, Rio de Janeiro,
2019.

Título Amostra
Estudo 13 profissionais, sendo
Coping e estresse na equipe de enfermagem de um
quatro enfermeiros e nove técnicos
centro de tratamento de queimados
de enfermagem
Amostra foi composta por 21
Protocolos de segurança do paciente na unidade de profissionais que atenderam aos
queimados: percepções da equipe de enfermagem critérios de inclusão: enfermeiros,
técnicos e auxiliares de enfermagem.
Percepções da equipe de enfermagem acerca da
Participaram oito enfermeiras que
prática da educação em saúde em um centro de
trabalham no CTQ.
tratamento de queimados
Sentimentos da equipe de enfermagem decorrentes do 10 profissionais da equipe de
trabalho com crianças em uma unidade de queimados enfermagem
Participaram seis trabalhadores de
Percepção de risco sob a perspectiva de trabalhadores
enfermagem que sofreram
com queimaduras
queimaduras
O trabalho de enfermagem em centro de tratamento Participaram do estudo 37
de queimados: riscos psicossociais trabalhadores de enfermagem
Sentimentos vivenciados pela equipe de enfermagem Ocorreu com 20 profissionais.
de um centro de tratamento de queimados. (enfermeiros, técnicos e auxiliares)
Nursing Activities Score: carga de trabalho de
Obtidas de prontuários de 50
enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva de
pacientes.
queimados
Percepções da equipe de enfermagem sobre seu 20 profissionais da equipe de
trabalho em uma unidade de queimados enfermagem
Entrevista semiestruturada e
Voces de las enfermeras al percibir el dolor del
aplicada a dez enfermeiras da área de
paciente infantil quemado
queimados
Fonte: Elaborado pelos autores

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Os profissionais demostram a sensação de impotência, sofrimento, compaixão,
tristeza, dor e medo diante das questões psicoafetivas com o paciente, como o confronto
com o sofrimento e dor do mesmo.

Categoria 1: Estratégias utilizadas pela equipe de enfermagem no tratamento de


queimados
Foram utilizadas estratégias de coping centrado na emoção e coping focado no
problema; protocolos como auxílio aos profissionais de enfermagem no atendimento ao
paciente na assistência e estratégias para implementação da educação em saúde no
contexto hospitalar. Portanto, observa-se a importância das estratégias utilizadas pela
equipe de enfermagem a fim de reduzir as complicações durante o tratamento e facilitar
a recuperação do paciente.

Categoria 2: Percepções e sentimentos expressados pela equipe de enfermagem no


processo de tratamento de queimados
Os sentimentos expressivos encontrados são sofrimento, compaixão, tristeza, dor
e medo, o que aumenta os índices de transtornos psicológicos nestes profissionais. Além
disso, os profissionais demostram felicidade ao presenciarem a recuperação dos
pacientes.
No ambiente laboral, as percepções da equipe de enfermagem são de um intenso
ritmo de atividade e altas demandas de trabalho. Perante os estudos, nota-se que as
percepções e sentimentos expressados pela equipe de enfermagem podem trazer
esgotamentos físicos e psicológicos, devido as sensações expressadas e os fatores que
influenciam para o adoecimento profissional.

CONCLUSÃO
Os sentimentos e fatores identificados foram de sofrimento, compaixão, tristeza,
dor, medo, impotência e sentimento de felicidade ao presenciar a recuperação de
pacientes. Sendo assim, é imprescindível que existam mais estudos que evidenciem a
saúde mental dos enfermeiros inseridos nas Unidades de Tratamento de Queimados para
que possam ser desenvolvidos programas de apoio psicológico aos profissionais de saúde.

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SÍFILIS EM GESTANTES DO NORDESTE BRASILEIRO, 2018-2019:
PREVALÊNCIA E IMPACTOS NA SÍFILIS CONGÊNITA E NA
MORTALIDADE INFANTIL

Joama Marques Lobo Quariguasi1; Ana Beatriz Coelho Mendes2; Larissa da Costa
Veloso3; Leticia da Silva Ferreira4; Natália Carvalho Fonsêca5 e Paloma Larissa
Arruda Lopes6
1, 2,3,4,5, 6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode ocasionar a forma congênita,
um problema grave de saúde pública. Logo, o estudo tem como objetivo analisar os
aspectos epidemiológicos da sífilis na gestação no Nordeste, assim como sua repercussão
na sífilis congênita e infantil. É um trabalho descritivo, retrospectivo e quantitativo,
realizado com dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Em relação ao cenário nacional, foram notificados 23,5% e 21,3% de casos de
sífilis em gestantes nos anos de 2018 e 2019, respectivamente. Já a taxa de detecção caiu
ao longo dos anos, sendo a menor do país. Em relação aos óbitos por sífilis, o Nordeste
representou a maior taxa em 2018 e a terceira maior em 2019. Portanto, é necessário dar
enfoque a região para poder entender os dados e melhorar a qualidade do serviço de saúde.
Palavras-chaves: Sífilis; Gestação; Saúde Materno-Infantil

INTRODUÇÃO

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, de caráter sistêmico, o qual


apresenta como agente causador a bactéria gram-negativa Treponema pallidum. A
transmissão dessa patologia pode ocorrer por via sexual, causando a forma adquirida da
doença, ou transmissão vertical, em que ocasiona a forma congênita.

A sífilis congênita é um problema grave de saúde pública, o qual seu diagnóstico


tardio pode levar a complicações irreversíveis tanto para mãe como para o feto, gerando
um grande risco de morbimortalidade materno-fetal. Apesar disto, é uma patologia
completamente evitável, desde que seja diagnosticada e tratada precocemente. Sua
ocorrência indica falha na assistência pré-natal, uma vez que seu diagnóstico e tratamento
necessitam de medidas simples, de baixo custo e eficazes.

A estratégia de eliminação mundial da sífilis congênita foi lançada em 2007, pela


Organização Mundial da Saúde (OMS), entretanto há um aumento significativo na
incidência nos últimos anos da infecção em gestantes. Para diminuir os casos de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


subnotificação, o Ministério da Saúde, em 2017, alterou os critérios de notificação da
sífilis em gestantes. Dessa forma, a sífilis em gestantes deverá ser notificada nos casos de
mulheres durante o pré-natal, parto e/ou puerpério que apresentarem-se assintomáticas ou
não, o qual apresenta um teste reagente.

Diante do reconhecimento da sífilis durante a gestação se tratar de um problema


grave de saúde pública, é imprescindível o conhecimento de sua prevalência bem como a
análise dos fatores associados a essa patologia, especialmente em nível local.

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é analisar aspectos epidemiológicos da sífilis na


gestação e seus impactos na sífilis congênita e na mortalidade infantil, durante os anos de
2018 e 2019, no Nordeste do Brasil.

METODOLOGIA

O estudo é descritivo, retrospectivo e quantitativo, em que foram utilizados dados


de domínio público coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), por meio de acesso ao DATASUS, com recorte de dois anos (2018 e 2019).
Este recorte justifica-se pelo aumento expressivo do número de notificações após a
mudança no critério de definição de casos, conforme descrito anteriormente. As variáveis
utilizadas para coleta de dados da sífilis em gestantes da região Nordeste foram: taxa de
detecção de casos de sífilis gestacional, idade gestacional e esquema de tratamento
prescrito (Penicilina com pelo menos uma dose). As outras variáveis coletadas foram os
números de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano de idade e o
número de óbitos causados pela mesma nesta faixa etária.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No ano de 2018, foram notificados no Nordeste 14.705 casos de sífilis gestacional,


o que representa 23,5% dos casos totais do país, atrás apenas do Sudeste, com 44,9% dos
casos. Entretanto, a taxa de detecção desta enfermidade em gestantes por 1.000 habitantes
foi de apenas 18%, sendo a taxa mais baixa do país, em comparação com as outras regiões,
de forma que o Sudeste apresentou a maior taxa, com 24,4%. Já no ano de 2019, o total
de casos notificados foi de 13.026 casos de sífilis em gestantes, correspondendo à 21,3%
de todas as notificações, ficando em terceiro lugar em relação às outras
regiões, ocorrendo uma queda em relação ao ano de 2018, assim como a taxa de detecção,
que foi de 15,6% por 1.000 habitantes, permanecendo como a menor do país. Os
resultados se mostraram similares aos outros estudos epidemiológicos do Nordeste, em
que, entre os anos de 2010 a 2019, a sífilis gestacional apresentava 20,4% dos casos
nacionais, sendo a segunda região mais acometida, atrás apenas da região Sudeste.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Sífilis Gestacional e Sífilis Congênita
Casos Totais (2018) 62.599
14.705

Casos Totais (2019) 61.154


13.026

Esquema de Tratamento com Penicilina (2018) 56.629


12.817

Esquema de Tratamento com Penicilina (2019) 54.760


11.333

SC em menores de um ano (2018) 26.219


7.877

SC em menores de um ano (2019) 24.130


6.346

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000

Brasil Nordeste

Gráfico 1: Número de casos totais de sífilis gestacional, esquema de tratamento


com penicilina (pelo menos uma dose) e sífilis congênita (SC) – comparativo entre 2018
e 2019.

Ademais, em 2018, o diagnóstico no primeiro trimestre de gestação no Nordeste


foi de 25,9%, enquanto que em 2019 esse percentual foi maior, correspondendo a 27,1%
dos casos, de maneira que em ambos os anos esta taxa apresentou-se mais alta em todas
as outras regiões. Com relação à sífilis congênita (SC), em 2018, os casos em menores de
um ano significaram um total de 7.877 casos, representando 30% dos casos do Brasil.

Taxa de Detecção e de Diagnóstico no 1º trimestre

Taxa de Detecção (2018) 21,40%


18%

Taxa de Detecção (2019) 20,80%


15,60%

Taxa de Diagnóstico 1º TRI (2018) 39,00%


25,90%

Taxa de Diagnóstico 1º TRI (2019) 38,70%


27,10%

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%

Brasil Nordeste

Gráfico 2: Taxa de Detecção e taxa de diagnóstico no 1º trimestre da gestação –


comparativo entre 2018 e 2019.

Já em 2019, houve uma queda, apresentando 6.346 casos de SC, o que


corresponde a 26,3% de todas as notificações. Nos dois anos, o Nordeste ficou atrás
apenas do Sudeste. No tocante aos óbitos por sífilis congênita em menores de um ano, o
Nordeste apresentou o maior coeficiente de óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2018
(9,4) e o terceiro maior entre as regiões em 2019 (5,5). No que diz respeito ao esquema

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de tratamento adotado, o Brasil apresentou dados similares de prescrições entre os dois
anos, sendo, em 2018, 89,6% das condutas com uso de penicilina benzatina (ao menos
uma dose) e em 5,2% dos casos não houve tratamento medicamentoso. Já em 2019, a
proporção sofreu uma discreta modificação, com aumento da porcentagem para 5,5% de
gestantes que não prosseguiram o tratamento.

Nota-se, então, que os casos notificados de sífilis em gestantes no Nordeste são


consideravelmente altos, em consonância com a literatura, como mostrou Magalhães
em análise epidemiológica no estado do Maranhão entre 2012 e 2017, na qual
constatou aumento nos casos de sífilis gestacional, podendo representar uma necessidade
imediata de ações voltadas ao diagnóstico e tratamento da doença na população desta
região, além de orientações às mulheres onde o acesso à educação em saúde ainda não
é pleno.

Entretanto, os dados notificados ainda estão abaixo da realidade, visto que a taxa
de detecção é a menor do país e, ainda, como esta taxa diminuiu de 2018 para 2019, a
diminuição dos casos notificados de um ano para o outro, provavelmente, não reflete uma
queda destes, mas sim uma subnotificação de casos, que pode ser decorrente de problemas
de transferência de dados entre as esferas de gestão do SUS, o que pode ocasionar
diferença no total de casos entre as bases de dados municipal, estadual e federal de sífilis
ou ainda, decorrer de uma demora na notificação e alimentação das bases de dados do
SINAN, devido à mobilização local dos profissionais de saúde ocasionada pela pandemia
de COVID-19. Nesse sentido, apesar do aumento de ações de vigilância epidemiológicas
que conduziram a uma maior identificação de casos e uma melhor abordagem no manejo
da sífilis, estas ainda não se mostram completamente adequadas.

Pode-se inferir, também, que, apesar do pequeno aumento das taxas de detecção
no primeiro trimestre de gestação entre um ano e outro, estas ainda são substancialmente
baixas, em comparação com o restante do país. Percebe-se ainda que os altos índices de
sífilis gestacional no Nordeste refletem-se nas altas taxas de sífilis congênita e de óbitos
por essa causa, principalmente quando comparado com as outras regiões. No mesmo
sentido, de acordo com o estudo de Oliveira (2020), pode-se notar que o diagnóstico de
casos de sífilis congênita na região Nordeste foi significativo em situações que as
gestantes obtiveram o diagnóstico de sífilis materna, a partir de um pré-natal com número
adequado de consultas e com disponibilidade de exames de testagem, sucedendo em uma
variável expressiva para a incidência da doença. A diminuição de óbitos por SC a cada
100 mil nascidos vivos entre 2018 e 2019 foi expressiva, contudo, pode não significar
uma melhora dos indicadores sociais, em razão da subnotificação de casos perceptível na
região.

CONCLUSÃO

A sífilis na gestação é encontrada em número significativo no Nordeste, ficando


atrás apenas da região Sudeste. Apesar do número total de casos registrados ter diminuído,
a baixa taxa de detecção evidencia uma subnotificação no Brasil. Ademais, a região

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


analisada possui a menor taxa do país, o que compromete ainda mais um estudo fidedigno
com a realidade. Portanto, existe uma deficiência no diagnóstico de sífilis em gestantes
no Nordeste, o que impacta diretamente nos números de sífilis congênita e na mortalidade
infantil da região. Por fim, conclui-se que é necessária uma melhora no rastreio, no
diagnóstico e no tratamento conforme a classificação clínica de sífilis para melhorar a
qualidade dos serviços de saúde e indicadores sociais do Nordeste.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAGALHÃES et al. Sífilis gestacional: impacto epidemiológico no estado do Maranhão,
Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e83922110, 2020.
OLIVEIRA et al. Avaliação epidemiológica da sífilis congênita na região Nordeste do
Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v.10, n. 3, p. e42410311568, 2021
NETTO et al. Sífilis em gestantes no Nordeste do Brasil: aspectos epidemiológicos no
período de 2010 e 2019. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, São Paulo,
Brasil, v. 25, n. 1, p. 123, 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico
de Sífilis. Departamento de Doenças e de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, v. 5, n. 1, p. 9-38, 2019.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico
de Sífilis. Departamento de Doenças e de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, v. 6, n. 1, p. 10-38, 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção ao pré-natal de


baixo risco. Departamento de Atenção Básica. Brasília (DF): Ministério da Saúde;
v.32, p. 19-20 2012.

DOMINGUES RMSM, Saracen V, Hartz ZMA, Leal MC. Sífilis congênita: evento
sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev Saúde Pública, p. 147-157, 2013.

MACHADO FILHO, Amantino Camilo et al. Prevalência de infecção por HIV, HTLV,
VHB e de sífilis e clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na
Amazônia ocidental brasileira. RevBrasGinecolObstet, Rio de Janeiro, v. 32, n. 4,
p.176-183, 2010.

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE. Centro de Controle de Doenças. Programa


Estadual de DST/Aids. Centro de Referência e Treinamento DST/Aids. Guia de bolso
para o manejo da sífilis em gestante e sífilis congênita. São Paulo: Secretaria de Estado
da Saúde; v. 2, p.15-49, 2016.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global health sector strategy on sexually
transmitted infections, 2016-2021: Towards ending STIs. Report No.:
WHO/RHR/16.09. Geneva: WHO; v. 1, p 12-18, 2016.

ROWLEY J, et al. Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global


prevalence and incidence estimates, 2016. Bull World Health Organ. V.97(8), p. 548-
562, 2019.

Di Renzo GC, Gerli S, Fonseca E. Manual prático de ginecologia e obstetrícia para


clínica e emergência: on the road. Rio de Janeiro: Elsevier; V. 1, p. 115-127, 2015.

WIJESSORIYA NS, et al. Global burden of maternal and congenital syphilis in 2008
and 2012: a health systems modelling study. Lancet Glob Health, V. 4:p. e525-e33,
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


SÍFILIS EM GESTANTES DO NORDESTE BRASILEIRO, 2018-2019:
PREVALÊNCIA E IMPACTOS NA SÍFILIS CONGÊNITA E NA
MORTALIDADE INFANTIL

Joama Marques Lobo Quariguasi1; Ana Beatriz Coelho Mendes2; Larissa da Costa
Veloso3; Leticia da Silva Ferreira4; Natália Carvalho Fonsêca5 e Paloma Larissa
Arruda Lopes6
1, 2,3,4,5, 6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode ocasionar a forma congênita,
um problema grave de saúde pública. Logo, o estudo tem como objetivo analisar os
aspectos epidemiológicos da sífilis na gestação no Nordeste, assim como sua repercussão
na sífilis congênita e infantil. É um trabalho descritivo, retrospectivo e quantitativo,
realizado com dados coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN). Em relação ao cenário nacional, foram notificados 23,5% e 21,3% de casos de
sífilis em gestantes nos anos de 2018 e 2019, respectivamente. Já a taxa de detecção caiu
ao longo dos anos, sendo a menor do país. Em relação aos óbitos por sífilis, o Nordeste
representou a maior taxa em 2018 e a terceira maior em 2019. Portanto, é necessário dar
enfoque a região para poder entender os dados e melhorar a qualidade do serviço de saúde.
Palavras-chaves: Sífilis; Gestação; Saúde Materno-Infantil

INTRODUÇÃO

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, de caráter sistêmico, o qual


apresenta como agente causador a bactéria gram-negativa Treponema pallidum. A
transmissão dessa patologia pode ocorrer por via sexual, causando a forma adquirida da
doença, ou transmissão vertical, em que ocasiona a forma congênita.

A sífilis congênita é um problema grave de saúde pública, o qual seu diagnóstico


tardio pode levar a complicações irreversíveis tanto para mãe como para o feto, gerando
um grande risco de morbimortalidade materno-fetal. Apesar disto, é uma patologia
completamente evitável, desde que seja diagnosticada e tratada precocemente. Sua
ocorrência indica falha na assistência pré-natal, uma vez que seu diagnóstico e tratamento
necessitam de medidas simples, de baixo custo e eficazes.

A estratégia de eliminação mundial da sífilis congênita foi lançada em 2007, pela


Organização Mundial da Saúde (OMS), entretanto há um aumento significativo na
incidência nos últimos anos da infecção em gestantes. Para diminuir os casos de

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


subnotificação, o Ministério da Saúde, em 2017, alterou os critérios de notificação da
sífilis em gestantes. Dessa forma, a sífilis em gestantes deverá ser notificada nos casos de
mulheres durante o pré-natal, parto e/ou puerpério que apresentarem-se assintomáticas ou
não, o qual apresenta um teste reagente.

Diante do reconhecimento da sífilis durante a gestação se tratar de um problema


grave de saúde pública, é imprescindível o conhecimento de sua prevalência bem como a
análise dos fatores associados a essa patologia, especialmente em nível local.

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é analisar aspectos epidemiológicos da sífilis na


gestação e seus impactos na sífilis congênita e na mortalidade infantil, durante os anos de
2018 e 2019, no Nordeste do Brasil.

METODOLOGIA

O estudo é descritivo, retrospectivo e quantitativo, em que foram utilizados dados


de domínio público coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN), por meio de acesso ao DATASUS, com recorte de dois anos (2018 e 2019).
Este recorte justifica-se pelo aumento expressivo do número de notificações após a
mudança no critério de definição de casos, conforme descrito anteriormente. As variáveis
utilizadas para coleta de dados da sífilis em gestantes da região Nordeste foram: taxa de
detecção de casos de sífilis gestacional, idade gestacional e esquema de tratamento
prescrito (Penicilina com pelo menos uma dose). As outras variáveis coletadas foram os
números de casos notificados de sífilis congênita em menores de um ano de idade e o
número de óbitos causados pela mesma nesta faixa etária.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No ano de 2018, foram notificados no Nordeste 14.705 casos de sífilis gestacional,


o que representa 23,5% dos casos totais do país, atrás apenas do Sudeste, com 44,9% dos
casos. Entretanto, a taxa de detecção desta enfermidade em gestantes por 1.000 habitantes
foi de apenas 18%, sendo a taxa mais baixa do país, em comparação com as outras regiões,
de forma que o Sudeste apresentou a maior taxa, com 24,4%. Já no ano de 2019, o total
de casos notificados foi de 13.026 casos de sífilis em gestantes, correspondendo à 21,3%
de todas as notificações, ficando em terceiro lugar em relação às outras
regiões, ocorrendo uma queda em relação ao ano de 2018, assim como a taxa de detecção,
que foi de 15,6% por 1.000 habitantes, permanecendo como a menor do país. Os
resultados se mostraram similares aos outros estudos epidemiológicos do Nordeste, em
que, entre os anos de 2010 a 2019, a sífilis gestacional apresentava 20,4% dos casos
nacionais, sendo a segunda região mais acometida, atrás apenas da região Sudeste.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Sífilis Gestacional e Sífilis Congênita
Casos Totais (2018) 62.599
14.705

Casos Totais (2019) 61.154


13.026

Esquema de Tratamento com Penicilina (2018) 56.629


12.817

Esquema de Tratamento com Penicilina (2019) 54.760


11.333

SC em menores de um ano (2018) 26.219


7.877

SC em menores de um ano (2019) 24.130


6.346

0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000

Brasil Nordeste

Gráfico 1: Número de casos totais de sífilis gestacional, esquema de tratamento


com penicilina (pelo menos uma dose) e sífilis congênita (SC) – comparativo entre 2018
e 2019.

Ademais, em 2018, o diagnóstico no primeiro trimestre de gestação no Nordeste


foi de 25,9%, enquanto que em 2019 esse percentual foi maior, correspondendo a 27,1%
dos casos, de maneira que em ambos os anos esta taxa apresentou-se mais alta em todas
as outras regiões. Com relação à sífilis congênita (SC), em 2018, os casos em menores de
um ano significaram um total de 7.877 casos, representando 30% dos casos do Brasil.

Taxa de Detecção e de Diagnóstico no 1º trimestre

Taxa de Detecção (2018) 21,40%


18%

Taxa de Detecção (2019) 20,80%


15,60%

Taxa de Diagnóstico 1º TRI (2018) 39,00%


25,90%

Taxa de Diagnóstico 1º TRI (2019) 38,70%


27,10%

0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%

Brasil Nordeste

Gráfico 2: Taxa de Detecção e taxa de diagnóstico no 1º trimestre da gestação –


comparativo entre 2018 e 2019.

Já em 2019, houve uma queda, apresentando 6.346 casos de SC, o que


corresponde a 26,3% de todas as notificações. Nos dois anos, o Nordeste ficou atrás
apenas do Sudeste. No tocante aos óbitos por sífilis congênita em menores de um ano, o
Nordeste apresentou o maior coeficiente de óbitos por 100.000 nascidos vivos em 2018
(9,4) e o terceiro maior entre as regiões em 2019 (5,5). No que diz respeito ao esquema

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


de tratamento adotado, o Brasil apresentou dados similares de prescrições entre os dois
anos, sendo, em 2018, 89,6% das condutas com uso de penicilina benzatina (ao menos
uma dose) e em 5,2% dos casos não houve tratamento medicamentoso. Já em 2019, a
proporção sofreu uma discreta modificação, com aumento da porcentagem para 5,5% de
gestantes que não prosseguiram o tratamento.

Nota-se, então, que os casos notificados de sífilis em gestantes no Nordeste são


consideravelmente altos, em consonância com a literatura, como mostrou Magalhães
em análise epidemiológica no estado do Maranhão entre 2012 e 2017, na qual
constatou aumento nos casos de sífilis gestacional, podendo representar uma necessidade
imediata de ações voltadas ao diagnóstico e tratamento da doença na população desta
região, além de orientações às mulheres onde o acesso à educação em saúde ainda não
é pleno.

Entretanto, os dados notificados ainda estão abaixo da realidade, visto que a taxa
de detecção é a menor do país e, ainda, como esta taxa diminuiu de 2018 para 2019, a
diminuição dos casos notificados de um ano para o outro, provavelmente, não reflete uma
queda destes, mas sim uma subnotificação de casos, que pode ser decorrente de problemas
de transferência de dados entre as esferas de gestão do SUS, o que pode ocasionar
diferença no total de casos entre as bases de dados municipal, estadual e federal de sífilis
ou ainda, decorrer de uma demora na notificação e alimentação das bases de dados do
SINAN, devido à mobilização local dos profissionais de saúde ocasionada pela pandemia
de COVID-19. Nesse sentido, apesar do aumento de ações de vigilância epidemiológicas
que conduziram a uma maior identificação de casos e uma melhor abordagem no manejo
da sífilis, estas ainda não se mostram completamente adequadas.

Pode-se inferir, também, que, apesar do pequeno aumento das taxas de detecção
no primeiro trimestre de gestação entre um ano e outro, estas ainda são substancialmente
baixas, em comparação com o restante do país. Percebe-se ainda que os altos índices de
sífilis gestacional no Nordeste refletem-se nas altas taxas de sífilis congênita e de óbitos
por essa causa, principalmente quando comparado com as outras regiões. No mesmo
sentido, de acordo com o estudo de Oliveira (2020), pode-se notar que o diagnóstico de
casos de sífilis congênita na região Nordeste foi significativo em situações que as
gestantes obtiveram o diagnóstico de sífilis materna, a partir de um pré-natal com número
adequado de consultas e com disponibilidade de exames de testagem, sucedendo em uma
variável expressiva para a incidência da doença. A diminuição de óbitos por SC a cada
100 mil nascidos vivos entre 2018 e 2019 foi expressiva, contudo, pode não significar
uma melhora dos indicadores sociais, em razão da subnotificação de casos perceptível na
região.

CONCLUSÃO

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


A sífilis na gestação é encontrada em número significativo no Nordeste, ficando
atrás apenas da região Sudeste. Apesar do número total de casos registrados ter diminuído,
a baixa taxa de detecção evidencia uma subnotificação no Brasil. Ademais, a região
analisada possui a menor taxa do país, o que compromete ainda mais um estudo fidedigno
com a realidade. Portanto, existe uma deficiência no diagnóstico de sífilis em gestantes
no Nordeste, o que impacta diretamente nos números de sífilis congênita e na mortalidade
infantil da região. Por fim, conclui-se que é necessária uma melhora no rastreio, no
diagnóstico e no tratamento conforme a classificação clínica de sífilis para melhorar a
qualidade dos serviços de saúde e indicadores sociais do Nordeste.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAGALHÃES et al. Sífilis gestacional: impacto epidemiológico no estado do Maranhão,
Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e83922110, 2020.
OLIVEIRA et al. Avaliação epidemiológica da sífilis congênita na região Nordeste do
Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v.10, n. 3, p. e42410311568, 2021
NETTO et al. Sífilis em gestantes no Nordeste do Brasil: aspectos epidemiológicos no
período de 2010 e 2019. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, São Paulo,
Brasil, v. 25, n. 1, p. 123, 2021.
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de Sífilis. Departamento de Doenças e de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, v. 5, n. 1, p. 9-38, 2019.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico
de Sífilis. Departamento de Doenças e de Condições Crônicas e Infecções
Sexualmente Transmissíveis, v. 6, n. 1, p. 10-38, 2020.

MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção ao pré-natal de


baixo risco. Departamento de Atenção Básica. Brasília (DF): Ministério da Saúde;
v.32, p. 19-20 2012.

DOMINGUES RMSM, Saracen V, Hartz ZMA, Leal MC. Sífilis congênita: evento
sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev Saúde Pública, p. 147-157, 2013.

MACHADO FILHO, Amantino Camilo et al. Prevalência de infecção por HIV, HTLV,
VHB e de sífilis e clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na
Amazônia ocidental brasileira. RevBrasGinecolObstet, Rio de Janeiro, v. 32, n. 4,
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para o manejo da sífilis em gestante e sífilis congênita. São Paulo: Secretaria de Estado
da Saúde; v. 2, p.15-49, 2016.

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prevalence and incidence estimates, 2016. Bull World Health Organ. V.97(8), p. 548-
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clínica e emergência: on the road. Rio de Janeiro: Elsevier; V. 1, p. 115-127, 2015.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


COMPARAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS ADQUIRIDA
ENTRE BRASIL E SANTA CATARINA ENTRE OS ANOS DE 2014-2019

Beatriz Carvalho de Oliveira¹; Amanda Carolina Fonseca da Silva¹; Eric Pasqualotto¹;


Gustavo Eloi Pazini Savi¹; Davi Gevaerd Reich¹; Eduardo Dalagnol Winkel dos Santos¹;
Mariá Lessa Silva¹; Sofia Ferreira Machado¹.

1
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria
Treponema pallidum. O aumento da prevalência da doença tem se tornado um grave
problema de saúde pública no Brasil, que pode ser atribuído a diversos fatores como
ineficiência de políticas públicas e aumento dos comportamentos sexuais de risco. O
presente resumo avaliou, comparativamente, o perfil epidemiológico da sífilis adquirida
entre Santa Catarina (SC) e Brasil, entre 2014-2019, através dos Indicadores e Dados
Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros e de Boletins Epidemiológicos. Tanto Brasil
quanto SC apresentaram os homens de 20-29 anos como os mais afetados, sendo 2018 o
ano com o maior número de casos. Porém, as taxas de detecção por 100.000 habitantes
em SC são relevantemente mais altas que as taxas nacionais, tornando necessário maiores
discussões sobre as políticas públicas catarinenses de enfrentamento da doença, e o
desenvolvimento de pesquisas, tratamentos e diagnósticos mais eficazes de sífilis.

Palavras-chaves: Sífilis; Sífilis adquirida; Infecção Sexualmente Transmissível;


Epidemiologia; Perfil epidemiológico.

INTRODUÇÃO
A sífilis adquirida é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria
Treponema pallidum, sendo mais comumente transmitida via sexual. A bactéria possui
alta invasividade e imunoevasividade, além de um período latente assintomático e
infeccioso. Apesar do Sistema Único de Saúde disponibilizar tratamentos efetivos e testes
diagnósticos como estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica, a incidência de sífilis
tem aumentando e a doença se tornou um problema nacional de saúde individual e
coletiva. Isso pode ser atribuído a diversos fatores como ineficiência de políticas públicas,
aumento dos comportamentos de risco e diminuição da imunidade da população à
infecção, além dos estigmas sobre a doença dificultarem as estratégias de intervenção. A
sífilis, além de sua morbidade direta, aumenta o risco de infecção por Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) e por outras ISTs. É dividida em sífilis primária,
secundária, latente e terciária, sendo a sífilis primária e secundária os estágios com maior
transmissibilidade. Seus sintomas incluem diversas manifestações sistêmicas variáveis,
que se alteram ao longo dos anos e se assemelham a outras doenças, dificultando o
diagnóstico clínico. As primeiras lesões desaparecem sozinhas, mesmo sem tratamento,

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


e semanas ou meses após, surgem novos sintomas, que também tendem a desaparecer
sozinhos, levando à uma falsa impressão de cura e dificultando o diagnóstico e
tratamento. Caso não seja tratada, pode culminar em alterações cardiovasculares e
neurológicas e levar ao óbito. O modo mais eficiente de prevenção é o tratamento
imediato para evitar a transmissão sexual, o tratamento dos parceiros sexuais para evitar
a reinfecção, preservativo de látex, circuncisão masculina e evitar sexo com parceiros
infectados.

OBJETIVOS
Avaliar, comparativamente, o perfil epidemiológico de sífilis adquirida entre Brasil e
Santa Catarina (SC), nos anos de 2014 a 2019.

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo epidemiológico de caráter observacional, transversal, descritivo,


com abordagem quantitativa, sobre a sífilis adquirida em SC e Brasil. Os dados foram
coletados dos Indicadores e Dados Básicos da Sífilis nos Municípios Brasileiros, do
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (DCCI), do Boletim Epidemiológico (2020) - (DCCI) e do Boletim
Epidemiológico Barriga Verde sobre a Sífilis (2020) da Diretoria de Vigilância
Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. As variáveis
analisadas foram: número de casos, taxa de detenção por 100.000 habitantes, sexo, faixa
etária (menor que 1 ano; 1-4 anos; 5-9 anos; e 10-14 anos) e período de 2014-2019. Os
critérios de exclusão foram: casos não notificados e em períodos não analisados. Os
critérios de exclusão foram casos não notificados e em períodos não analisados. No que
concerne às normas éticas de pesquisa, o estudo fundamentou-se na resolução nº 510 do
CNS, de 7 de abril de 2016, artigo 1, incisos I, II, III e V, que isenta pesquisas que utilizam
informações de acesso e domínio público e pesquisas com bancos de dados, cujas
informações são agregadas, sem possibilidade de identificação pessoal, de registro e
avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
– sistema CEP/CONEP.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Entre 2014 e 2019, foram notificados 645.030 casos de sífilis adquirida no Brasil, sendo
o maior número de casos registrados em 2018 (n=158.966), e também a maior taxa de
detecção (76,2). Em 2014, registrou-se o menor número de casos (n=50.544) e a menor
taxa de detecção nacional (25,1). A maior prevalência, no Brasil, foi entre homens, sendo
2014 o ano com maior percentual (60,3%) e 2017 o menor percentual (58,8%) de homens
diagnosticados. Em relação à faixa etária, 20-29 anos foi a faixa etária com maior
prevalência no Brasil, enquanto a faixa etária com menor prevalência foi 13-19 anos, no
período analisado. Em SC, observaram-se 40.942 casos nos 6 anos analisados. Em 2018,
houve a maior prevalência de casos no estado (n=11.744), enquanto em 2014 registrou-
se a menor prevalência (n=2.020). A menor taxa de detecção, em SC, foi em 2014 (30,1)
e a maior em 2018 (166). Entre 2014 a 2019, o maior número de casos foi entre homens,

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sendo 2014 o ano com maior percentual (63,6%) e 2018 o menor percentual (58,2%). A
faixa etária com maior prevalência de sífilis adquirida em SC, em todo o período
analisado, foi 20-29 anos. Um estudo conduzido por Satterwhite et al (2013), nos Estados
Unidos, concluiu que as sífilis, assim como outras ISTs, ocorrem desproporcionalmente
em adolescentes e jovens adultos, o que pode tornar essa faixa etária (20-29 anos) mais
suscetível à infecção. Além disso, é associada a comportamentos sexuais de risco,
encarceramento, múltiplos parceiros sexuais e atividade sexual relacionada ao uso de
drogas ilícitas. Ainda, o cenário epidemiológico da sífilis adquirida no Brasil e em SC é
preocupante e a infecção precisa ser controlada. Nos anos analisados, a taxa de detecção
em SC foi significativamente superior à taxa analisada no Brasil, evidenciando o maior
risco de ocorrência de casos novos na população catarinense. A taxa nacional de detecção
teve um aumento de 190%, enquanto a taxa de SC teve um aumento de 368% nos últimos
5 anos, demonstrando a maior prevalência da doença em SC quando comparado ao Brasil.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (2019), 22,8% dos indivíduos com mais de 18
anos usaram preservativo em todas as relações sexuais no último ano à pesquisa. Já em
SC, de acordo com o IBGE, apenas 21,4% utilizou preservativo em todas as relações
sexuais nos 12 meses anteriores. O preservativo é uma das principais formas de prevenção
de sífilis, evidenciando a relação dos altos números de casos com a baixa porcentagem da
população que utiliza preservativo. De maneira análoga, Brasil e SC tiveram um aumento
gradual no número de casos ao longo dos anos analisados, com pico de elevação em 2018,
porém, com uma redução na taxa de detecção de 4,6% no Brasil e de 15% em SC, em
2019. Esse declínio pode estar relacionado às diversas estratégias de enfrentamento à
epidemia de sífilis, que têm possibilitado a qualificação das redes de assistência e
vigilância deste agravo e a consequente melhoria dos indicadores. Comparando a
distribuição percentual de casos de sífilis por sexo no Brasil e em SC, as porcentagens
eram semelhantes: ambas com predominância masculina. Essa desproporcionalidade
pode estar relacionada com a dificuldade de inserção da saúde do homem no contexto da
atenção básica, com o déficit de comportamento preventivo de autocuidado dos homens
e na capacitação profissional em saúde do homem.

CONCLUSÃO
A sífilis adquirida no estado de Santa Catarina, no período de 2014 a 2019, apresentou
uma alta prevalência, aumentando desproporcionalmente comparando-se aos casos
nacionais. Isso torna necessária a discussão sobre o cenário catarinense de enfrentamento
da doença e suas políticas públicas de diagnóstico, prevenção e tratamento da sífilis,
principalmente entre o perfil mais afetado: homens na faixa etária de 20-29 anos. Apesar
da sífilis ser uma infecção crônica, é transmissível apenas nos seus primeiros anos, o que
conduz as políticas públicas de saúde a focarem no controle dos estágios primários,
secundários e latente recente. Assim, são necessários mais investimentos em pesquisas de
sífilis e no desenvolvimento de melhores diagnósticos, vacinas e medidas de saúde
pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


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primary healthcare: the speech of nurses. Escola Anna Nery - Revista de Enfermagem,
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TSANG, S. H.; SHARMA, T. Syphilis. Advances In Experimental Medicine And


Biology, [S.L.], p. 219-221, 2018. Springer International Publishing.
http://dx.doi.org/10.1007/978-3-319-95046-4_46.

SÍNDROME DE HAFF: UM ALERTA À SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Benedito de Souza Gonçalves Júnior1; Ingredy Jordana Gomes Peixoto2; Isabela Ayres
de Araújo3; Victor Hugo Souza Ramos4; Vinícius Nery Oliveira5; Olga Maria Lima
Aguiar Mundim6

1,2,3,4,5
Graduandos(as) em Medicina pelo Centro Universitário Uniatenas

6
Médica, patologista cirúrgica pela Universidade Federal de Uberlândia
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Em 1924 o primeiro surto de Síndrome de Haff foi identificado. No Brasil, o primeiro
caso surgiu em 2008 na Amazônia, após a ingestão de peixe Mylossoma duriventre. Nos
últimos anos, o aumento de casos nas regiões Norte e Nordeste configura um caso de
saúde pública, sendo notificado diversos casos, com manifestações de dor, rigidez
muscular e urina escura, que evolui com rabdomiólise. O estudo tem como objetivo
demonstrar os fatores desencadeantes, aspectos clínicos e laboratoriais e as complicações
da síndrome, que implicam em um alerta à saúde pública. Diante disso, nota-se que a
etiologia não é definida, mas em parte se atribui a toxina dos peixes ingeridos, que gera
fraqueza muscular e os demais sintomas. Logo, é necessário que se obtenha mais
informações sobre a síndrome a fim de um bom prognóstico e maior evolução para sanar
a patologia.

Palavras-chaves: rabdomiólise, mioglobinúria, pleurodinia epidêmica e intoxicação por


alimentos.

INTRODUÇÃO
Em 1924 médicos identificaram o primeiro surto do que seria a Síndrome de Haff, no
litoral do mar Báltico, precisamente na região litorânea de Königsberg Haff. Até 1933
aproximadamente 1000 indivíduos foram afetados pela doença, posteriormente surgiram
outros surtos na Suécia e União Soviética, entre 1934 e 1984. Em 1984 foram registrados
dois casos nos Estados Unidos, no Texas (CEARA, 2021). Conforme a Defesa
Agropecuária do estado de São Paulo (2021) no Brasil em 2008, foi registrado o primeiro

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surto da doença de Haff no estado do Amazonas, provocada pela ingestão do peixe
Mylossoma duriventre Pacu Mantega, sem registro de óbitos, já entre os anos 2016 e 2017
dois óbitos foram registrados no estado da Bahia, com mais de 100 casos da doença. Nos
anos de 2020 e 2021 com o aumento dos casos nas regiões Norte e Nordeste, emerge um
sinal de alerta à saúde pública, sendo notificados mais de 200 casos em vários estados, e
outros dois óbitos registrados. As principais manifestações da doença são: urina com cor
de café, astenia, dormência, dispneia, rigidez muscular, mialgia difusa, dor torácica, que
cursam subitamente. Configura-se então como uma síndrome denominada rabdomiólise,
associada à elevação sérica de creatinofosfoquinase (CPK), relacionada à ingestão de
crustáceos e pescados (FENG, G.et.al, 2014).

OBJETIVO
O objetivo deste estudo é abordar os fatores desencadeantes, aspectos clínicos e
laboratoriais e as complicações acerca da Doença de Haff para a compreensão de sua
fisiopatologia e das implicações sanitárias preventivas.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão de literatura baseada em estudos de caso em língua portuguesa e
inglesa mais relevantes nos últimos 10 anos buscados nas bases de dados PubMed,
SciELO e DataSus e em sites institucionais vinculados à Secretaria de Saúde do Estado
da Bahia e ao Ministério da Saúde. Para identificação dos artigos utilizou-se como
descritores os termos rabdomiólise, mioglobinúria, pleurodinia epidêmica e intoxicação
por alimentos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo dados do DataSus , em complemento a dados do estado do Ceará, desde 2008
até os dias atuais, casos da síndrome de haff têm sido recorrentes. Em 2008, 27 casos
foram relatados em um surto na Amazônia, logo após a ingestão de peixes tanto de águas
doces quanto salgadas. Em 2016, em Salvador foram registrados mais 9 casos.
Recentemente, foram relatados 61 na Amazônia, 13 na Bahia, 9 no Ceará e 6 no Pará,
demonstrando como a doença está cada vez mais recorrente e evoluindo com sequelas
que acometem os afetados. Com isso, observa-se que a síndrome de HAFF tem sido uma
alerta de saúde pública no Brasil, nos últimos anos, haja vista que cada vez mais relatos
surgem, principalmente em áreas mais carentes que se alimentam preferencialmente de

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peixe de rios locais e mares ao entorno, mostrando assim, a importância e relevância da
discussão desse tema. Dessa forma, nota-se que essa é caracterizada pela tríade de dor,
fraqueza muscular e urina de cor escura, evoluindo com mau prognóstico para a
rabdomiólise. A etiologia da doença não é algo bem definido, mas em parte se atribui a
toxina presente em peixes, que geram diversas reações afetando o corpo. Logo, pode-se
verificar que a toxina presente nos anfíbios ingeridos leva a uma lesão na musculatura
estriada esquelética, gerando mialgia e rigidez muscular por todo o organismo, além da
insuficiência respiratória que ocorre devido a fraqueza muscular (FENG et al., 2014).
Ademais, relata-se que a urina preta, está diretamente relacionada aos níveis elevados de
mioglobina no sangue, pois a lesão no músculo leva a uma necrose que libera os
componentes musculares para o interstício e depois para a circulação, sendo facilmente
filtrada pelos túbulos renais, o que vai para urina e causa a cor escura que pode ser
detectada em exame após 6 horas de todo o processo (BOTTON et al., 2011; AMORIM
et al., 2014) E além disso, a mioglobina também pode se precipitar nos túbulos renais, o
que faz com que o paciente possa evoluir para uma IRA e, possivelmente se não tratada,
uma DRC. Diante dessa perspectiva, percebe-se que sem um bom prognóstico e
tratamento adequado a doença evolui de forma a ameaçar os rins, com isso, é importante
tratar os pacientes evitando agentes anti-inflamatórios não esteróides para não afetar mais
o rim, com uma possível toxicidade.
CONCLUSÃO
Nos anos de 2020 e 2021 com o aumento dos casos da Síndrome de Haff nas regiões
Norte e Nordeste, emerge-se um sinal de alerta à saúde pública, visto que foram
notificados mais de 200 casos em vários estados, e outros dois óbitos registrados. Dessa
forma depreende-se que, a síndrome de HAFF tem sido uma alerta de saúde pública, haja
vista que sua maior prevalência está evidenciada em áreas mais carentes que se alimentam
preferencialmente de peixe de rios locais e mares ao entorno, de modo a acentuar que o
problema é evidenciado como uma questão de saúde pública. Ademais, nota-se que a
doença é caracterizada pela tríade de algia, astenia e urina de cor escura, evoluindo com
mau prognóstico para a rabdomiólise. Além do mais, a urina preta, está diretamente
relacionada aos níveis elevados de mioglobina no sangue, pois a lesão no músculo leva a
uma necrose que libera os componentes musculares para o interstício e depois para a
circulação, sendo facilmente filtrada pelos túbulos renais. Assim, diante das informações
supramencionadas, percebe-se que sem um bom prognóstico e tratamento adequado a
doença evolui de forma a ameaçar os rins, com isso, é importante tratar os pacientes

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


evitando agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINES) para não afetar mais o rim,
com uma possível toxicidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDEIRA, AC. Clinical and laboratory evidence of Haff disease – case series from
an outbreak in Salvador, Brazil. December 2016 to April 2017.

FENG. Ganz et al. Doença de Haff complicada por falência de múltiplos órgãos após
ingestão de lagostim: estudo de caso. São Paulo: Revista Brasileira de Terapia
Intensiva, 2014. out. – dez. Disponível:
<https://www.scielo.br/j/rbti/a/xGGhCXJKNTYqJLCH7RXWJJq/?lang=pt> Acesso
em: 09 out. 2021.
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA. SECRETARIA DE SAÚDE. Boletim
Epidemiológico Doença de Haff. Salvador, 2020. Disponível em:
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GOVERNO DO ESTADO DO CEARA. SECRETARIA DE SAÚDE. CENTRO DE
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MARTELL, Anderson. Fisiopatologia da síndrome de haff e progressão para
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TOLESANI JÚNIOR, Oswaldo. Doença de Haff associada ao consumo de carne de
Mylossoma duriventre (pacu-manteiga). Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Rio
de Janeiro, p. 348-351, 2013.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA VIGILÂNCIA EM
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA PARA REDUÇÃO DE CASOS DE
EXTUBAÇÃO ACIDENTAL
Larissa Arielly Cunha da Silva1; Myrna Marques Lopes2
1
Enfermeira pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
2
Enfermeira pela Universidade Potiguar.
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Uma das preocupações na terapia intensiva é em relação à extubações não planejadas em
pacientes em uso de suporte ventilatório invasivo. Objetivou-se relatar a atuação da
equipe multiprofissional em uma unidade de terapia intensiva em casos de extubação
acidental. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência vivenciado por
estudante do curso de graduação em enfermagem em estágio curricular obrigatório em
uma UTI de um hospital referência em traumas no Rio Grande do Norte. Foram discutido
e observadas as principais causas de extubações acidentais, os riscos para o paciente e a
equipe, além de possíveis fatores que possam contribuir para a redução desses riscos. Os
profissionais devem estar atentos a possíveis intercorrências que venham a surgir no
ambiente hospitalar, e buscar ações que minimizem esses riscos para segurança do
paciente.

Palavras-chaves: Unidades de Terapia Intensiva. Extubação. Vigilância. Cuidados


Críticos. Segurança do Paciente.

INTRODUÇÃO
Para a maioria dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI)
utilizam como método de suporte a ventilação mecânica, que tem a finalidade de otimizar
a troca gasosa para manter a ventilação alveolar e a administração de oxigênio aos
pacientes com certa falência respiratória (RAMALHO NETO, et al., 2014).
A intubação orotraqueal consiste em um método de primeira escolha para
manutenção das vias aéreas do paciente. Esse método requer muitos cuidados da equipe
envolvida, como por exemplo, a extubação acidental, que ocorre devido casos de agitação
psicomotora, falta de sedação adequada, inadequada fixação do tubo, manuseio
inadequado pela equipe, cuff do tubo furado ou vazio, tração ou peso excessivo de
acessórios (RAMALHO NETO, et al., 2014).
Quando uma extubação acidental ocorre, consequências em diversos aspectos
podem ser geradas ao paciente. Sempre se torna necessário a reintubação, havendo um
aumento no tempo de ventilação mecânica gerando um aumento no tempo de internação
àquele paciente (CASTELLÕES, et al., 2009).

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É necessário que os profissionais de enfermagem saibam lidar com os pacientes
em unidades de terapia intensiva em ventilação mecânica e seus possíveis eventos
adversos que possam ocorrer. Dominar essas tecnologias é de fundamental importância
para o cuidado e assistência adequada, evitando complicações associadas ao uso desses
dispositivos invasivos (RAMALHO NETO, et al., 2014).
Assim, é a partir de vivências em cenários reais dos estudantes da graduação que
eles poderão desempenhar as atividades inerentes à profissão. Ao inserir o estudante no
mundo real do trabalho, contribuirá para o amadurecimento de conhecimentos teóricos-
práticos, além das habilidades de liderança, tomada de decisões, trabalho em equipe e
comunicação (ESTEVES, et al., 2018).

OBJETIVOS
Relatar a experiência vivenciada na atuação da equipe multiprofissional em uma
unidade de terapia intensiva em caso de extubação acidental.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência vivenciado por
discente no 7º período da graduação do curso de enfermagem durante estágio curricular
obrigatório na disciplina de alta complexidade.
Durante o mês de setembro de 2019, em estágio realizado em uma UTI de um
hospital de referência em trauma na capital do estado do Rio Grande do Norte, discentes
e docente de uma faculdade federal realizavam assistência de enfermagem aos pacientes
internados na ala intensiva hospitalar.
A prática vivenciada em estágios estimula a desenvolver a autonomia,
responsabilidade, liberdade, criatividade e compromisso, e domínio da prática aos
discentes. Estimula ao futuro profissional ter uma visão diferenciada dos acontecimentos
vivenciados e das práticas realizadas (ESTEVES, et al., 2018).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente admitido na UTI de um hospital de trauma na capital do Rio Grande do
Norte. Deu entrada com queixa de cefaléia e episódios de vômito pós trauma de queda de
moto por ingerir bebida alcoólica. Paciente apresentava contusões fronto basais com
edema cerebral e edema cerebral maligno. Apresentou rebaixamento súbido do nível de
consciência na noite anterior, chegando a apresentar midríase e anisocoria. Realizada
intubação. Em uso de sedação e ventilação mecânica.
Durante o período da tarde, o paciente mostrava-se um pouco ansioso, e via-se
que o efeito da sedação estava passando. O mesmo, que estava contido no leito, tentava

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elevar os membros superiores de encontro ao tubo orotraqueal no intuito de puxar o
objeto. Em uma das tentativas, o tubo se desconectou e o ventilador mecânico disparou.
A saturação de oxigênio do paciente começou a baixar pela remoção não planejada do
tubo. A equipe foi chamada junto com os materiais necessários para a realização da
reintubação. A atuação em conjunta de todos foi essencial para o desenrolar do
procedimento. Realizada intubação orotraqueal após indução de propofol. O
procedimento foi difícil, sendo possível a realização de 3 tentativas para êxito. Não
houveram outras intercorrências. Paciente evoluiu com sedação com propofol associado
a midazolam.
Pós intercorrência, a professora junto aos discentes do curso em estágio que
presenciaram o ocorrido foram elencar os possíveis motivos e orientações para evitar
esses tipos de acontecimentos em ambiente hospilar.
Sabe-se que casos de extubação acidental podem ocorrer devido agitação
psicomotora do paciente, falta adequada de sedação, má fixação do dispositivo, cuff do
tubo orotraqueal furado ou vazio, tração ou pesos excessivos do ventilador, ou manuseio
inadequado (RAMALHO NETO, et al., 2014).
O cuidado dos profissionais torna-se necessário para buscar prevenir possíveis
erros e complicações devido ao uso inadequado do suporte invasivo. Cuidados na inserção
do tubo, na manipulação dos profissioanis de saúde, cuidados no banho no leito,
aspirações, transporte do paciente, contenções, sedações, são de extrema importância para
a segurança do paciente (RAMALHO NETO, et al., 2014).
A sedação adequada tem sido relacionada ao melhor controle das extubações
acidentais. No entanto, estudos apontam para medidas de redução da incidência de
extubação acidental centradas na manutenção da relação enfermeiro/paciente em
assistência ventilatória mais adequada, além da capacitação periódica de toda a equipe
multiprofissional (CARVALHO, et al., 2010).

CONCLUSÃO
O presente estudo que procurou relatar a atuação da equipe multiprofissional em
uma UTI com um caso de extubação acidental, mostrou a importância do trabalho em
equipe frente à uma intercorrência e que os procedimentos realizados pela equipe
influenciam no cuidado ao paciente. Muitos riscos podem ser evitados pelo trabalho
multiprofissional da equipe. Medidas que visam facilitar o controle e a organização dos
procedimentos, atrelados à rotina da UTI devem ser levados em conta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO F.L., et al. Incidência e fatores de risco para extubação acidental em uma
unidade de terapia intensiva neonatal. J. Pediatr. (Rio J.) 86 (3). Jun 2010.

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CASTELLÕES T.M.F.W, SILVA L.D. Ações de enfermagem para a prevenção da extubação
acidental. Rev. Bras. Enferm. 62 (4). Ago 2009.

ESTEVES LSF, CUNHA ICKO, BOHOMOL E, NEGRI EC. Supervised internship in


undergraduate education in nursing: integrative review. Rev Bras Enferm [Internet].
2018;71(Suppl 4):1740-50.

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INTENSIVOS DE ENFERMAGEM. Rev enferm UFPE on line., Recife, 8(11):3945-
52, nov., 2014.

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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: ESTUDO DE CASO

Bernardi, Larissa C.1; Trezzi, Iuri2; Leite, Marinês T.3; Martins, Ricardo V.4; Hildebrandt,
Leila M./Orientadora5.

1, 2
Discente de Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira
das Missões;
3
Enfermeira, Doutora em Gerontologia Biomédica, Professora Associada do
Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Maria/Campus
Palmeira das Missões;
4
Psicólogo, Doutor em Psicologia, Professor Adjunto do Departamento de Ciências da
Saúde, Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões;
5
Enfermeira, Doutora em Ciências, Professora Adjunta do Departamento de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das Missões;
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Trata-se de um estudo de caso descritivo e exploratório realizado por acadêmicos do


Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das
Missões, durante as atividades teóricas da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental.
Tem como finalidade descrever e analisar o caso de um paciente diagnosticado com
Transtorno do Espectro Autista grau um. Os dados foram coletados com familiar do
paciente, por meio de questionário enviado de forma virtual. Paciente LHLG, 6 anos,
masculino, peso de 18 kg e 1.15cm de altura. Estuda em escola regular, no primeiro ano
do ensino fundamental. Foi diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista grau 1, em
2020, aos cinco anos de idade. A principal dificuldade enfrentada diz respeito à fala, pois
não se expressa verbalmente. Associado a isso, destaca-se a importância da oferta de
suporte aos familiares de pacientes com Transtorno de Espectro Autista.

Palavras-chaves: Transtorno do Espectro Autista; Autismo infantil; Comunicação não


verbal.
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é de carater neurológico,
caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de

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comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Esses sintomas configuram o
núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável (DSM V, 2014).
Sua etiologia ainda é desconhecida, entretanto, alguns fatores podem estar
envolvidos no seu desenvolvimento como influências genéticas, vírus, toxinas, desordens
metabólicas, intolerância imunológica ou falha no desenvolvimento de estruturas e
funções cerebrais (PINTO et al., 2016). Apesar dos avanços nas pesquisas genéticas e
biomédicas sobre o TEA, poucos são os recursos instrumentais para a realização do seu
diagnóstico, assim este é feito por meio de observações clínicas, anamnese, observação
comportamental e testes psicológicos destinados a este fim.
Estima-se que existe, no mundo, mais de 70 milhões de pessoas com TEA, sendo
quatro vezes mais frequente em meninos. No Brasil, apesar da escassez de estudos
epidemiológicos, constatou-se que existem mais de 2 milhões de brasileiros com autismo.
Porém, cabe ressaltar que esses dados não são precisos, pois a estimativa é que 90% das
pessoas com este transtorno não tenham sua condição diagnosticada (FALCÃO, 2017).
A partir da identificação precoce do diagnóstico, tem-se a possibilidade de
intervenção imediata, resultando em melhor prognóstico para a criança. Entende-se que,
quanto mais cedo a criança for diagnosticada e iniciar o tratamento, maiores serão as
possibilidades de seu desenvolvimento dentro de suas capacidades físicas e mentais,
incluindo maior rapidez na aquisição da linguagem, facilidade nos diferentes processos
adaptativos e no desenvolvimento da interação social, aumentando sua chance de inserção
em diferentes âmbitos sociais (MACHADO et al., 2016).

OBJETIVOS
Descrever e analisar o caso clínico de um paciente diagnosticado com Transtorno
do Espectro Autista e elencar os cuidados de enfermagem.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso descritivo, exploratório, realizado por acadêmicos do
Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria/Campus Palmeira das
Missões, durante as atividades teóricas da disciplina de Enfermagem em Saúde Mental.
Os dados foram coletados com familiar (mãe) de paciente com TEA, por meio de
questionário enviado de forma online.
Os dados coletados referem-se à idade, altura, peso, escolaridade, rotina semanal
da criança, seu convívio com demais pessoas e sua rede de apoio. Também foi coletado
informações sobre o uso de medicamentos, histórico familiar, os primeiros sinais
apresentados pelo paciente e como ocorreu o disgnóstico de TEA. Por fim, foi realizada
análise crítica do caso e busca por diagnósticos e intervenções de enfermagem, balizados
no NANDA e NIC.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Paciente LHLG, 6 anos, masculino, peso de 18 kg e 1.15cm de altura. Foi
diagnosticado com Transtorno de Espectro Autista grau 1, em 2020, aos cinco anos de
idade. A principal dificuldade enfrentada diz respeito à fala, pois não se expressa
verbalmente.

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Os primeiros sinais de TEA iniciaram aos dois anos de idade, quando começou a
frequentar a creche e conviver com outras crianças, em que foi observado que paciente
não estava se desenvolvendo no mesmo ritmo de seus colegas. Assim, seus pais o levaram
ao médico neuropediatra, o qual solicitou uma série de exames e encaminhou a criança à
psicóloga, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicopedagoga. A partir daí, chegaram
ao diagnóstico de TEA.
Paciente faz uso de medicamento psicotrópico, a Risperidona, quando apresenta
sinais de agitação em função de mudanças em sua rotina. Faz uso de óleos essenciais, sem
indicação médica. Em relato, mãe diz que percebeu grandes avanços na concentração,
foco e na fala, a partir da utilização dos óleos. Quanto à sua rede de apoio, os pais e avós
maternos são as pessoas mais próximas, residem na mesma cidade e dedicam seu tempo
ao paciente.
Quanto a sua rotina, deixou de frequentar a escola, pois com a volta às aulas
presenciais neste ano e a mudança de rotina, a criança se sentia agitada e tinha crises de
ansiedade durante as aulas. Assim, as atividades são enviadas pelos pelos professores e
realizadas em casa com auxílio da mãe. Quando frequentava a escola (maio a
agosto/2021) não estudava na sala de aula com os demais colegas, pois o Estado negou a
ajuda de professora auxiliar e a família está aguardando liberação judicial para ter
acompanhamento de professora especializada. Então, ele frequentava a sala de recursos
da escola, nas terças-feiras e sextas-feiras, no período da manhã.
Sua referência em saúde é a rede particular, pois na sua área de referência do
Sistema Único de Saúde (SUS) não tem profissionais especializados em TEA. Sua família
não é assistida por agente comunitário de saúde e as consultas são realizadas por convênio
particular. Paciente frequenta psicóloga, fonoaudióloga e psicopedagoga semanalmente e
neuropediatra a cada seis meses. Nessas consultas, são realizados diversos testes
específicos para o TEA: Testes de Psicometria para avaliar a capacidade cognitiva e
avaliações neurológicas. A partir desses testes específicos, são elaborados planos de
cuidados.
É uma criança ativa, gosta de estar com mais crianças e de brincar com elas,
mesmo não conseguindo se comunicar verbalmente. Não é uma criança agitada, porém
em sua rotina diária tem que ter atividades o tempo todo. Passa a maior parte do tempo
desenhando, a arteterapia o auxilia no foco e concentração. Sua família incentiva seu
dom para a arte, diversificando os espaços e os materiais de desenho. Quanto ao seu
comportamento em locais públicos e com pessoas desconhecidas, mãe relata que hoje
dificilmente tem problemas, ele adora sair de casa e não se incomoda com pessoas
diferentes estarem no mesmo espaço que ele.
Com relação a sua alimentação, esta é muito restrita, não aceita alimentos com
molhos, praticamente só come alimentos secos. Bebe somente leite e água. Ele tem fases
em que come em bastante quantidade e fases de não aceitação da alimentação.
A partir do caso clínico, foram levantados os seguintes diagnósticos e intervenções
de Enfermagem: Dinâmica alimentar ineficaz da criança relacionada a atitudes,
comportamentos e influências alterados nos padrões de alimentação da criança que
resultam em saúde nutricional comprometida, evidenciado por: alimentação insuficiente;
pouco apetite e recusa de alimentos. As intervenções de enfermagem são: controlar a

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nutrição e realizar acompanhamento nutricional. Comunicação verbal prejudicada
relacionada à capacidade diminuída, retardada ou ausente para receber, processar,
transmitir e/ou usar um sistema de símbolos, evidenciado pela incapacidade de falar e
dificuldade para formar palavras. As intervenções de enfermagem englobam: realizar
encaminhamento para fonoaudiólogo e equipe multidisciplinar; prever e satisfazer as
necessidades da criança até poder estabelecer a comunicação. Risco de desenvolvimento
atrasado relacionado a suscetibilidade a atraso de 25% ou mais em uma ou mais áreas do
comportamento social ou auto regulador ou em habilidades cognitivas, de linguagem e
motoras grossas ou finas, que pode comprometer a saúde evidenciado pelo transtorno de
comportamento. As intervenções de enfermagem consistem em: encaminhar à terapia
ocupacional; grupo de apoio e cuidados multidisciplinares. Síndrome do Estresse por
Mudança relacionado a distúrbio fisiológico e/ou psicossocial, decorrente de
transferência de um ambiente para outro, evidenciado pelo medo, ansiedade e
insegurança. As intervenções de enfermagem são: realizar arteterapia, utilizar brinquedo
terapêutico, aromaterapia, técnicas para acalmar e terapia com animais; melhorar do
sistema de apoio. Tensão do papel do cuidador relacionado a dificuldade para atender a
responsabilidades, expectativas e/ou comportamentos de cuidados relacionados à família
ou a pessoas significativas evidenciado por apreensão quanto à capacidade futura para
fornecer cuidados, apreensão quanto ao bem-estar do receptor de cuidados caso seja
incapaz de oferecê-los. Intervenções de enfermagem: ofertar aconselhamento, apoio ao
cuidador, apoio emocional e terapia familiar (NANDA, 2018; DOCHETERMAN;
BULECHEK, 2008).

CONCLUSÃO
O estudo de caso possibilitou conhecer os principais aspectos do Transtorno do
Espectro Autista, elencar os cuidados de enfermagem que são essenciais para
proporcionar melhorias no estilo de vida do paciente, bem como, encorajá-lo a enfrentar
os desafios que ainda encontra em seu dia a dia. Além disso, o estudo proporcionou o
envolvimento do familiar cuidador visto que a assistência de enfermagem se fez a
distância, de forma online, devido à localização da residência da paciente e o contexto
que envolve a pandemia por COVID-19. Sendo assim, evidenciou-se a importância do
diálogo com os familiares para ofertar espaço de escuta e instrumentalizá-los acerca do
quadro clínico e necessidades do paciente.
REFERÊNCIAS:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais: DSM-V. 5. ed. Porto Alegre: Artmed; 2014.
DOCHETERMAN, J. M. & amp; BULECHEK, G. M. Classificação das Intervenções
de Enfermagem (NIC). (4ª ed.). Porto Alegre: Artmed; 2008.

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FALCÃO, C. S. N. Envolvimento de crianças autistas em bullying de acordo com elas
próprias, pais e professores de educação física. Dissertação (Dissertação em Saúde
Coletiva) – UECE. Fortaleza – Ce, p. 40. 2017.
MACHADO, F. P., PALLADINO, R. R. R., BARNABÉ, L. M. W., CUNHA, M. C.
Respostas parentais aos sinais clássicos de autismo em dois instrumentos de
rastreamento. Audiol., Commun. Res., São Paulo, v. 21, e1659, 2016.
North American Nursing Diagnosis Association International. Diagnósticos de
enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018 - 2020. Porto Alegre (RS):
Artmed; 2018.
PINTO, R. N. M., Torquato, I. M. B., Collet, N., Reichert, A. P. S., Neto, V. L. S., Saraiva,
A. M. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações
familiares. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v. 37, n. 3, e61572, 2016.

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TEORIA HOLÍSTICA DE MYRA E. LEVINE
Airton Nascimento Herculano Junior1, Anderson de Oliveira Moreira2, Dandara Luzia
Leal Freitas Da Silva3, Isabella Brito Rodrigues4, Vitória Miranda Ximenes5

1,2,3,4,5
Graduando em Enfermagem pela Universidade do Estado do Amazonas
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A Teoria Holística de Myra E. Levine indica aos profissionais da enfermagem como se
deve tornar o paciente novamente independente do cuidado protegendo a sua totalidade
biopsicossocial. Este trabalho objetiva compreender os princípios propostos por Myra
Estrin Levine para a prática de uma assistência holística de enfermagem. Constitui-se de
uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo. Levine estabelece alguns
metaparadigmas, onde define o ser humano como foco de estudo em constante adaptação
ao ambiente; a saúde como o objetivo da conservação; o ambiente, que pode atuar como:
forças naturais indetectáveis, aspectos captáveis pelos sentidos e padrões culturais; e
enfermagem como promotora do cuidado integral. A teoria possibilita a realização de
plenos cuidados de promoção de saúde do paciente, a partir da eficiência e aplicabilidade
dos conceitos nas práticas de prestação de cuidados, assegurando a forma mais funcional
da assistência ao paciente.
Palavras-chave: Teoria de Enfermagem. Enfermagem Holística. Processo de
Enfermagem. Adaptação.

INTRODUÇÃO
Myra Estrin Levine foi uma enfermeira que acreditava que a razão dos indivíduos
entrarem nos serviços de saúde era a desistência da independência pessoal em algum grau,
o que tornava necessário os cuidados do outro. Uma vez que o indivíduo desiste (ou se
torna incapaz) de realizar um cuidado, a independência dá lugar a dependência. Mas essa
dependência, para Levine, Segundo Trench, Wallace & Coberg (1987 apud GEORGE,
2000) deveria ser “um estado de coisas temporário”. Quando estabelecida, seria dever do
enfermeiro prestar os cuidados no lugar do indivíduo que não o faz, garantindo a
integridade do paciente. O profissional deveria fazer isso ao mesmo tempo que incentiva
a participação do cliente em seu próprio bem-estar, ensinando-o o autocuidado para que
o indivíduo se afaste, tornando-se independente da assistência novamente. A teoria
Holística de Myra E. Levine discute três conceitos principais: adaptação, conservação e
integridade. A adaptação surge a partir da interação do indivíduo com o ambiente. A
conservação corresponde a garantia não apenas da perpetuação de uma identidade única
que é possível através da adaptação, mas também da vitalidade futura à medida que a
conservação é feita desperdiçando o mínimo de energia possível (conservação de
energia). A conservação compreende também a preservação da integridade (dos aspectos

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estruturais, pessoais e sociais dos indivíduos). A adaptação permite a conservação cujo
objetivo é a integridade. Esses três conceitos orientam o atendimento ao paciente no
processo de enfermagem. O papel da enfermagem é ajudar o cliente a manter sua
totalidade com o gasto mínimo de esforço. O objetivo dessa teoria é indicar aos
profissionais da enfermagem como se deve tornar o paciente novamente independente do
cuidado protegendo a sua totalidade biopsicossocial. A teoria holística proposta por
Levine é esquematizada de uma forma didática que proporciona fácil compreensão e
adaptação ao processo de enfermagem durante os cuidados realizados no cotidiano do
profissional do profissional de enfermagem. Tendo em vista que o cliente é um “todo” e
que as funções do seu corpo necessitam estar em harmonia e integração para que haja
equilíbrio no sistema, sendo o contrário, ou seja, a doença, um distúrbio que afeta o
organismo e gera a desunião das funções. A adaptação é descrita como um sistema
verdadeiramente integrante dentro do organismo que responde às mudanças ambientais.
Desta forma, Levine descreve a Enfermagem como uma interação humana baseada em
intervenções que possuem como objetivo o apoio e a promoção da adaptação do paciente.
Através da aplicação desta teoria, é proporcionada ao Enfermeiro (a) uma interação
humana com o paciente, a visualização do indivíduo como um "todo" e conservação da
sua integridade bio-psico-social além de possibilitar uma visão clara dos problemas que
afeta o paciente, o que facilita o estabelecimento de prioridades dos danos que o problema
acarreta e as possibilidades de solucioná-los.

OBJETIVOS
Compreender os princípios propostos por Myra Estrin Levine para a prática da assistência
de enfermagem com uma visão holística.

METODOLOGIA
O presente resumo constitui-se pela realização de uma pesquisa bibliográfica, de caráter
qualitativo, em livro e artigos científicos, possibilitando uma visão ampla do tema
abordado. O estudo baseou-se em uma análise bibliográfica, em que sua produção foi
elaborada para conferir objetividade e clareza ao texto. Foi realizada pesquisa na base de
dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) utilizando descritores: Teoria Holística e
Enfermagem Holística. Dos materiais coletados, apenas três artigos foram selecionados
sendo estes os que conferiam maior conhecimento e compreensão acerca da Teoria
Holística de Myra Estrin Levine, também foi utilizado como referência o livro Teorias de
enfermagem: os fundamentos à prática profissional. A escassez de produção científica
dificultou na coleta de materiais adequados acerca do tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Levine defende que a submissão do cliente ao sistema de saúde está ligada a algum grau
da ausência de independência pessoal, gerando sofrimento ao cliente. É atribuído então à
enfermagem o desafio de proporcionar ao indivíduo os cuidados necessários para restituir
a independência pessoal do cliente. (GEORGE, 2000). Em sua teoria, Levine estabelece
um núcleo central fundamentado em quatro princípios de conservação. (GEORGE, 2000).
O primeiro princípio diz respeito ao equilíbrio entre a entrada e saída de energia com a
intenção de evitar a fadiga, é necessário que haja uma correlação entre o repouso
adequado, nutrição e exercícios físicos executados corretamente, a demanda e o consumo
de energia atua diretamente no processo de cura de uma enfermidade. (LEVINE apud
PICCOLI; GALVÃO, 2005). O princípio da conservação da integridade estrutural visa a
manutenção ou recuperação do corpo e promover a cura. (GEORGE, 2000). A
conservação da integridade pessoal do indivíduo diz respeito à manutenção ou
recuperação da própria percepção e autoestima do cliente. (LEVINE apud PICCOLI;
GALVÃO, 2005). No princípio de conservação da integridade social do indivíduo,
Levine citada por George (2000) diz que a integridade social do indivíduo requer
determinação do ser que está adiante do indivíduo, uma vez que esse indivíduo faz uso
de seus relacionamentos para definir a si próprio, buscando elementos dentro do seu meio
social para definir a sua identidade. Em uma ocasião de doença, o paciente busca apoio e
segurança nos grupos em que possua relação mais íntima. Ressalta-se que os princípios
de conservação atuam em conjunto e não devem ser considerados de forma isolada, mas
sim que existe um contato de uns com os outros (LEVINE apud GEORGE, 2000, P.163).
Em sua teoria, Levine estabelece alguns metaparadigmas, onde define o ser humano como
foco de estudo em constante adaptação ao ambiente; a saúde como o objetivo da
conservação; o ambiente, que pode atuar como: forças naturais indetectáveis, aspectos
captáveis pelos sentidos e padrões culturais; e enfermagem como promotora do cuidado
integral. (GEORGE, 2000).

CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos afirmar que Myra E. Levine foi responsável por desenvolver
métodos em que é proporcionado uma assistência biopsicossocial ao paciente, levando
em consideração as principais necessidades de cada paciente, a partir do uso dos conceitos
de adaptação, conservação e integração com o ambiente. A utilização da teoria holística
na enfermagem possibilita a realização de plenos cuidados de promoção de saúde do
paciente, a partir da eficiência e aplicabilidade da teoria nas práticas de prestação de
cuidados, assegurando a forma mais funcional da assistência ao paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FAGUNDES, Norma Carapiá. O processo de enfermagem em saúde comunitária a
partir da teoria de Myra Levine. Revista Brasileira de Enfermagem, [S.L.], v. 36, n. 3-
4, p. 265-273, dez. 1983. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0034-
71671983000400007. Disponível em:

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


https://www.scielo.br/j/reben/a/kKMMzjDPqgCdzC43FqyxVhC/?lang=pt. Acesso em:
18 jun. 2021.
GEORGE, J. B. et al. Teorias de enfermagem: os fundamentos à prática profissional.
Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
NETO, D. L.; NÓBREGA, M. M. Holismo nos modelos teóricos de enfermagem.
Revista Brasileira de Enfermagem. 1999, v. 52, n. 2. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0034-71671999000200010. Acesso em: 12 jun. 2021.
PICCOLI, Marister; GALVÃO, Cristina Maria. Visita pré-operatória de enfermagem:
proposta metodológica fundamentada no modelo conceitual de Levine. Revista
Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 03, p. 366- 372,2005. Disponível em:
http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/897/1086. Acesso em 20 jun.
2021.

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Mylena Aparecida Silva de Camargo1; Micaelly Silva de Camargo2; Leticia Okazaki


Reis3, Vitória Grasieli de Oliveira4; Pollyanne de Oliveira Freitas5; Luana de Freitas Paula
Silva6; Robert Daniel Riveros Ramirez7

1,3
Graduando em Medicina pela Universidade Brasil
2,5,6
Graduando em Medicina pela Universidade Nove de Julho
4
Graduando em Medicina pelo Centro Universitário de Votuporanga
7
Graduando em Medicina pela Universidade Anhembi Morumbi
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Doação e transplante de órgãos é de suma importância e relevância para a sociedade. É


considerado uma terapêutica em diversas patologias crônicas e incapacitantes. O processo
de doação e transplante é um conjunto de ações que possibilita transformar um potencial
doador em doador efetivo de órgãos e/ou tecidos, tendo por finalidade o transplante.
Existem instituições especificas para o controle e gerenciamento desse processo. Após
constatado a possibilidade de doação resultante de morte encefálica, é necessário
autorização dos familiares, o que hoje é visto como um grande impasse nas doações, pois
segundo as análises realizadas foi verificado que ainda existe conhecimento limitado do
conceito de morte encefálica, desconhecimento do desejo do potencial doador,
religiosidade, demora na liberação do corpo e medo da comercialização de órgãos, o que
consequentemente eleva o número de óbitos de pacientes que aguardam na lista de espera.
Palavras – chave: Transplante de órgãos; Brasil; Morte encefálica; Doador; Familiares.

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INTRODUÇÃO
Doação de transplantes e órgãos de tecido é considerado uma terapêutica em diversas
patologias crônicas e incapacitantes. O transplante é a remoção de órgãos ou tecidos do
doador, seguida pelo implante no receptor. Esse processo se inicia com a identificação de
um potencial doador e é finalizado com o transplante dos órgãos e o armazenamento dos
tecidos extraídos. Os doadores são classificados de acordo com o grau de parentesco
como: Parentes, não parente conjugue e não parentes, e são classificados como doador
vivo ou doador falecido em morte encefálica.

OBJETIVOS

Considerando a importância do tema vigente, este trabalho visa realizar uma revisão
sistemática frente ao transplante de órgãos e tecidos no Brasil.

METODOLOGIA
Trata–se de uma revisão bibliográfica de caráter analítico realizada por meio de pesquisas
nas bases de dados SciELO e Google Acadêmico por meio das palavras–chaves:
Transplante de órgãos; Brasil; Morte encefálica; Doador; Familiares. Foram encontrados
60 artigos e após critérios de inclusão e exclusão, 06 artigos foram selecionados. Utilizou
– se os seguintes critérios para inclusão: artigo em português e inglês, entre o período de
2012 até 2017, disponíveis na integra, acesso gratuito e online. E os critérios de exclusão
foram artigos que não abordassem o tema para o alcance de objetivo e estudos repetidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O processo de doação e transplante é um conjunto de ações que possibilita transformar
um potencial doador em doador efetivo de órgãos e/ou tecidos, tendo por finalidade o
transplante. O doador em morte encefálica é o indivíduo com perda total e irreversível
das funções encefálicas, mas que mantém os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea
(forma artificial e temporária) ou Doador falecido em morte circulatória (são aqueles que
têm a morte declarada de acordo com o critério cardiovascular tradicional). Três
condições são necessárias para ocorrer a morte: não responsividade; apneia e cessação
permanente da circulação. No Brasil, de acordo com a Resolução no 1.489, de 1997, do
Conselho Federal de Medicina (CFM), são necessários para o seu diagnóstico dois
exames clínicos, com intervalos variados de tempo de acordo com a idade, realizados por
dois médicos não envolvidos com os procedimentos de transplante, e um exame gráfico
complementar. O processo de doação-transplante começa com a identificação dos
potenciais doadores, segue com a realização dos testes de morte encefálica, com a
comunicação da morte aos familiares e com a notificação aos profissionais responsáveis
pela procura de doadores, os quais iniciam a logística da doação com a entrevista familiar
para a autorização da doação, no Brasil, de acordo com a legislação atual, que utiliza o
consentimento informado, a decisão sobre a doação após a morte é dos familiares de
primeiro ou segundo grau ou cônjuges, na presença de duas testemunhas. Uma vez

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autorizada a doação, é necessário preparar toda a logística intra e extra-hospitalar para
proceder à retirada dos órgãos e tecidos. Durante todo esse processo, é realizada a
manutenção do potencial doador. As contraindicações podem ser consideradas como
temporais e como regionais. Os riscos corridos pós transplantem são de infecções, mas
estas mesmas que podem se desenvolver em qualquer pessoa se recuperando de uma
cirurgia, como infecções no local de cirurgia ou no órgão transplantado, pneumonia
e infecções no trato urinário. Visto isso, a maioria dos indivíduos toma fármacos
antimicrobiano, após o transplante, para ajudar a evitar as infecções. O risco de infecção
retorna ao nível anterior ao do transplante em cerca de 80% dos indivíduos, depois de 6
meses.

CONCLUSÃO
O processo de doação de órgãos e transplante revela-se de indiscutível relevância para a
sociedade na medida em que possibilita o retorno do paciente às atividades pessoais e
profissionais, além de aumentar o tempo da sobrevida dos doentes cujo funcionamento
de algum órgão específico está gravemente comprometido. E é prioritário contar com
equipes multiprofissionais treinadas, plenamente capacitadas a colaborar, em suas áreas
específicas, no processo de doação de órgãos e no preparo do paciente para o transplante.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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EFEITO DO TRATAMENTO DIALÍTICO NO ESTADO NUTRICIONAL DO
INDIVÍDUO ADULTO E IDOSO

Vanessa Maria da Silva¹; Sidrack Lucas Vila Nova Filho²


¹ Nutricionista graduada pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP
Wyden
² Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

RESUMO
A doença renal crônica progride no Brasil, e, como consequência, a execução da
hemodiálise é recorrente, o que pode afetar a capacidade funcional de adultos e idosos,
acarretando possíveis declínios e/ou perdas da função renal, além de distúrbios
nutricionais, onde o tratamento de forma lenta e progressiva pode agravar o estado físico,
clínico e níveis bioquímicos do portador da doença. No intuito de analisar essa relação
entre estado nutricional com a hemodiálise, foi realizado uma revisão da literatura através
de artigos entre o ano de 2016 a 2021, sendo os descritores: adulto, diálise renal, estado
nutricional, idoso e insuficiência renal crônica. Foi possível concluir que o estado
nutricional do paciente submetido à hemodiálise pode ser afetado devido suas restrições
alimentares, alterações no seu metabolismo, níveis bioquímicos e o tempo do tratamento.
Através desse estudo é ressaltado a importância da alimentação e nutrição para pacientes
em tratamento dialítico.
PALAVRAS-CHAVE: Adulto, Diálise Renal, Estado nutricional, Idoso, Insuficiência
renal crônica.

INTRODUÇÃO

A qualidade da alimentação dos brasileiros atualmente consoante à diminuição de


atividade física pode ser fator de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT), de forma que a ingestão excessiva de fast food; aumento da ingestão de álcool
e hábitos de realizar a maioria das refeições fora de casa. provocam o aumento da ingestão
de sódio, potássio e gordura trans (MORAIS et al., 2021).
Houve um impacto na qualidade e expectativa de vida de pessoas portadoras de
doenças renais crônicas (DRC), isso se refere aos sintomas, estado nutricional e desafios
a que os pacientes são submetidos. O índice aumenta em indivíduos acima de 75 anos de
idade, que por vez já possuem outras comorbidades. O avanço da doença renal submetida
a diálise ou não, é comparada à incidência de várias outras doenças malignas, devido ao

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impacto na qualidade e perspectiva de vida, no alto custo social e pessoal e outros
problemas biopsicossociais relacionados (TAVARES et al., 2020).
A circunstância em que o paciente renal é submetido a adaptações e alterações na
sua composição alimentar, é associada ao processo de hemodiálise, no qual observa-se o
declínio na massa corpórea desses indivíduos, e consequentemente necessitam habituar-
se a mudanças e inserções de nutrientes significativos para a melhoria do perfil
antropométrico. Com o maior tempo de diálise, o estado nutricional desses indivíduos é
impactado ao ponto de ocorrerem desequilíbrios bioquímicos, antropométricos e
dietéticos (ALVARENGA et al., 2017).
Na abordagem cientifica a progressão da DRC no público idoso, é estudada
constantemente em busca de uma determinação da análise mais eficaz do cálculo da taxa
de filtração glomerular (TFG), sabe- se que ocorre naturalmente uma diminuição
fisiológica com o avanço da idade, já que a TFG leva em consideração o peso do
indivíduo, assim como idade e gênero. A importância dos marcadores de Creatinina sérica
e Cistatina- C no individuo idoso são relevantes para observar a progressão clínica e
reavaliar os riscos da doença renal terminal (DRT), pois a doença renal se torna prevalente
nos idosos (TAVARES et al., 2020).
A disfuncionalidade do sistema renal pode vir acarretada de hábitos que não
condizem com as recomendações nutricionais; o que pode levar a complicações
funcionais causadas por desequilíbrio de eletrólitos, de forma que quaisquer alterações
nos níveis de gradiente de concentração propiciará uma instabilidade na manutenção da
homeostase no organismo, dessa forma produtos ricos em sódio e potássio devem ser
evitados, como os industrializados, embutidos e enlatados (WERNEQUE et al., 2019).
Assim, a nutrição no tratamento dialítico tem um papel importante, pois contribui
com a reeducação alimentar desses indivíduos a partir do auxílio na orientação relativa à
ingestão correta de proteínas, potássio, fósforo e sódio, além da promoção de saúde para
a qualidade de vida, e fornecimento de energia no pré, durante e após o processo
(WERNEQUE et al., 2019),

OBJETIVO

Sumarizar o conhecimento atual sobre o efeito do tratamento de pacientes dialíticos no


estado nutricional do indivíduo adulto e idoso.

METODOLOGIA

Foi realizado um estudo de revisão de com levantamento bibliográfico que ocorreu a


partir de busca em artigos nacionais e internacionais, para a seleção foram excluídos os
artigos repetidos, os que não tinham resumo nem texto completo, os de revisão, os
classificados como tese, dissertação ou monografia e também, aqueles que não se
adequavam ao tema, utilizando como fonte de pesquisa as bases de dados SCIELO,
MEDLINE e LILACS. Como material, foram utilizados artigos disponíveis entre os anos

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2016 e 2021 com os descritores: Adulto, Diálise Renal, Estado nutricional, Idoso,
Insuficiência renal crônica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram selecionados 7 artigos que abordam sobre os impactos do tratamento


dialítico no estado nutricional de pacientes adultos e idosos, com os resultados
sumarizados na tabela 1.

Tabela 1: Classificação dos artigos utilizados na presente pesquisa de acordo com o


objetivo, metodologia aplicada e os principais resultados publicados no período de 2016
a 2021.
AUTORES E OBJETIVO METODOLOGIA PRINCIPAIS
ANO DE GERAL RESULTADOS
PUBLICAÇÃO
Alvarenga et al. Avaliar a Dados A duração modificou a
(2017) associação entre antropométricos, de composição corporal dos
o tempo de HD e consumo alimentar e pacientes, houve
os parâmetros exames laboratoriais diminuição da massa
nutricionais do foram coletados de proteica somática, aumento
indivíduo. 36 pacientes homens, de consumo de proteína,
com tempo de HD > Kcal, P, K. e contribuição
6 meses para análise para a DEP dos pacientes
estatística. submetidos ao processo > 3
anos.
Szuck (2016) Verificar os Análise feita com A desnutrição pode
et al. indicadores 138 pacientes com aumentar as taxas de
nutricionais e o idade média >55 internação.
risco de anos, utilizando Síntese de albumina diminui
hospitalização dados clínicos e durante a desnutrição.
nos pacientes em sociodemográficos, Albumina sérica é um
HD. com ASG, escore de grande indicador em
Desnutrição, prevalência de internações,
inflamação, em especial no sexo F.
rastreamento do Riscos nutricionais e
risco nutricional, diminuição da albumina tem
%G, CMB, força de interferências na frequência
preensão manual, e permanência em
albumina sérica, internações.
ângulo de fase.
Mello (2017) et Descrever o Feita uma análise 20% dos pacientes
al. consumo de transversal com apresentaram perda de
alimentos e a idosos >60 anos, peso e 33,6% fadiga. Alto

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relação entre com aplicação de índice de consumo de
síndrome da questionários alimentos ricos em açúcar
fragilidade em domiciliar e e baixo consumo de
idosos de baixa individual pelo verduras, legumes,
renda. (PNS) e (PNAD). laticínios e cereais.
Avaliando a Também foi vista pré-
antropometria, e fragilidade e fragilidade
consumo alimentar. superiores em mulheres de
maior idade.
Martins et al. Analisar a Foi selecionada uma Quanto maior a duração de
(2017). relação da amostra com 80 diálise, maior a
desnutrição e o pacientes, de 20 a 83 probabilidade de
tratamento HD anos. utilizando a desnutrição. Níveis séricos
em longo prazo, avaliação subjetiva se mostraram normais,
e níveis séricos global (ASG) e um mesmo em pacientes com
de albumina. questionário estado nutricional
semiestruturado para comprometido. Além disso,
a coleta dos dados pacientes desnutridos
dietéticos e clínicos. apresentam baixa
frequência generalizada na
ingesta de alimentos
líquidos ou sólidos.
Claudino, de Verificar a Analisados 164 Dos analisados 67%
Souza e eficácia da HD, e pacientes masculinos possuíam hipertensão
Mezzomo estado e femininos, com arterial. Deles 35%
(2018) nutricional de idade média de 58 possuíam DM. Foram
pacientes anos. Utilizados vistos níveis baixos de
crônicos. dados albumina sérica em ambos
antropométricos, sexos. HD surtiu efeito
composição corporal positivos em pacientes com
e bioquímicos. maior tempo de tratamento
Usado a formula de e estado nutricional
eficiência do estabilizado e foi visto
processo dialítico Índice risco nutricional
(Kt/V). maior em mulheres.
Viana et al. Avaliar a Realizada com 124 53,2% apresentaram DM
(2019) qualidade de pacientes idosos em como um efeito da DRC.
vida e a cognição processo de Altos níveis séricos de
dos idosos em hemodiálise crônico. triglicerídeos foram vistos
processos de Aplicado um em idosos <80anos e altos
HD. questionário clínico níveis de HDL e TSH em
epidemiológico, pacientes >80anos.
exames bioquímicos,

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e avaliação de
qualidade de vida.

Oliveira et al. Comparar o Foi feita uma Foi vista ingestão


(2019) estado avaliação com 35 inadequada de Kcal e PTN
nutricional com pacientes, com idade no período pré-dialítico;
o gasto média de 61 anos. diminuição da CMB e
energético obtenho dados albumina sérica.; 60% das
calórico e antropométricos, pacientes possuíam
proteico nos três laboratoriais, diabetes;
estágios da composição corporal 34% apresentaram outras
DRC. e calorimetria comorbidades.
indireta.

Alvarenga et al. (2017), observaram que pacientes em hemodiálise apresentam


risco para desnutrição proteico-energético visto que a interferência da duração do
tratamento está associada ao perfil alimentar e antropométrico do portador crônico. A
instabilidade no estado nutricional foi notada de acordo com o tempo >3 anos de
tratamento em uma população masculina. Com tempo médio de 6 a 5 anos de HD, esse
percentual apresentou grau elevado de doença venosa crônica (DCV) e foi visto um
declínio nos parâmetros nutricionais relacionados ao prolongamento do tratamento.
Os parâmetros antropométricos e nutricionais têm relação com a necessidade de
hospitalização em portadores de DRC, assim, Szuck et al. (2016) avaliaram os parâmetros
do estado nutricional após as sessões de hemodiálise, e indicaram que a desnutrição pode
aumentar os índices de internação de pacientes em HD. Assim, discute-se a importância
de os pacientes serem avaliados pelos indicadores nutricionais, para que seja elaborada
uma intervenção dietética individualizada e adequada, que objetive minimizar ou evitar
esses riscos para desnutrição. O estudo de Werneque et al. (2019) corrobora com esse
contexto ao reforçar a importância da dieta para a evolução no tratamento dialítico, de
forma a individualizá-la às necessidades e restrições de cada indivíduo.
Além dos parâmetros nutricionais, Oliveira et al. (2019) observaram a necessidade
de conhecer mais sobre o processo energético do paciente renal no tratamento pré-
dialítico e no início do processo. Foi visto que 60% das analisadas (sexo F) possuíam DM,
e os níveis de albumina foram maiores na fase pré-dialítica como também a proteína C
reativa (PCR), além disso, os sintomas clínicos relacionados à progressão da DRC foram
hipercalemia, inapetência, perda de peso e perda energético-proteica.
O estudo de Martins et al. (2017), evidenciam a importância do estado nutricional
do indivíduo antes da submissão à diálise, pois foi possível ver que o distúrbio nutricional
já existente pode vir a se manter por um período de até 2 anos após o início da terapia, o
que diferencia dos nutridos que permanecem sem alterações antropométricas nos
primeiros anos de sessões. Da mesma forma, o estudo de Bramania et al. (2021) reforça

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que a duração da hemodiálise pode impactar negativamente no estado nutricional de
pacientes, principalmente naqueles que também apresentem DM.
Ainda nesse contexto, Viana et al. (2019) mostraram que uma das causas da DRC
é a DM, os indivíduos <80 anos estavam há mais tempo em processo de diálise e
apresentam maior prevalência de hipertensão arterial, DM, IMC > 24,4 e índice de
internação. A partir de comprometimento de parâmetros bioquímicos, é possível que
ocorram outras síndromes geriátricas, assim como evidenciaram Plastina et al. (2019),
que associaram os níveis de inflamação a partir da albumina sérica e da deficiência
funcional de ferro com os parâmetros nutricionais de comprometimento da composição
corporal.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a desnutrição energético-proteica foi vista como um fator abrangente em


consequência do efeito da diálise. O papel da nutrição e intervenção dietética adequada é
fundamental para os pacientes em processo de hemodiálise. Dessa forma, seguir as
recomendações médicas e nutricionais pode melhorar a qualidade de vida e prolongar a
perspectiva de vida do indivíduo adulto e idoso. Diante disso a presença da dietoterapia
funcional torna-se extremamente importante para o decorrer de todo o processo pré e pós-
dialítico.

REFERÊNCIAS

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crônicas em adolescentes brasileiros. Cadernos de Saúde Pública 37
(1) 03 Fev 20212021
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PLASTINA, Juliana Carvalho Romagnolli et al. Deficiência funcional de ferro em
pacientes em hemodiálise: prevalência, avaliação nutricional e de biomarcadores de
estresse oxidativo e de inflamação. Brazilian Journal of Nephrology, v. 41, n. 4, p. 472-
480, 2019.
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clínica renal da fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira Nutrição
Clínica, v. 31, n. 1, p. 70-74, 2016.
SZUCK, Patrícia et al. Associação entre indicadores nutricionais e risco de hospitalização
em pacientes em hemodiálise. Revista de Nutrição, v. 29, n. 3, p. 317-327, 2016.
TAVARES, Alze Pereira dos Santos et al. Cuidados de suporte renal: uma atualização da
situação atual dos cuidados paliativos em pacientes com DRC. Brazilian Journal of
Nephrology, n. AHEAD, 2020.
VIANA, Fernanda Siqueira et al. Diferenças na cognição e na qualidade de vida entre os
pacientes idosos e os muito idosos em hemodiálise. Brazilian Journal of Nephrology,
v. 41, n. 3, p. 375-383, 2019.
WERNEQUE, Icaro Carvalho et al. Alimentação e hábito de vida na doença renal crônica.
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A INFLUÊNCIA DA IMUNIZAÇÃO NO NÚMERO DE MORTES POR
TUBERCULOSE: UMA ANÁLISE TEMPORAL

Rebeca Dornelas Souza1; Arthur Sodré de Mendonça2; Laissa Raquel Fernandes Peixoto3;
Cyntya Kethurin Ribeiro4; Tatiele Cristina Rodrigues Lopes5; Lígia Bueno Ferreira
Martins6; Gabriel Caetano Diniz7; Laura Porto Augusto8
1,2,3,5,6,7,8
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
4
Graduanda em Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Tuberculose corresponde a uma bacteriose infectocontagiosa com expressiva transmissão
por vias aéreas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que
aproximadamente 10 milhões de novos casos de tuberculose sugiram durante o ano de
2020 sendo que, desse total de casos, 66.819 correspondem a notificações brasileiras.
Diante do elevado número de casos se fez necessário estabelecer estratégias para a
promoção da diminuição da incidência de tuberculose havendo, assim, a necessidade do
fortalecimento da cobertura vacinal contra essa patologia por meio da BCG. Entre 2010
e 2019, no Brasil, foram registradas 29.828.030 doses da vacina BCG aplicadas.
Observando o padrão de vacinação no período analisado, houve uma redução na
quantidade de imunizantes aplicados, representado por uma tendência decrescente ao
longo da série temporal, com uma variação anual negativa de 1,7%, com p-valor de 0,002
que se mantida contribuirá para a elevada mortalidade por tuberculose.
Palavras-chaves: tuberculose, vacina BCG, série temporal.

INTRODUÇÃO
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, desencadeada principalmente pela
bactéria Mycobacterium tuberculosis, de significativa transmissibilidade pelas vias
aéreas, podendo também ser causada por outros agentes etiológicos como a
Mycobacterium bovis, M. africanum e M. microti. A tuberculose corresponde a uma
problemática de saúde pública com potencial para afetar diferentes órgãos e sistemas do
organismo humano, a começar pelos pulmões, podendo se estender a outras estruturas
como as meninges, rins e ossos (CARVALHO et al., 2018).
Nesse contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10
milhões de novos casos de tuberculose surgiram em todo mundo apenas no ano de 2020,
dos quais 66.819 casos foram notificados no Brasil no mesmo ano, com aproximadamente
4.500 em 2019 (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

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Assim, o presente estudo buscou compreender de maneira mais objetiva a
influência da cobertura vacinal no número de óbitos por tuberculose, a fim de incentivar
e apoiar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das estratégias nacionais para o controle e
prevenção desta patologia no país.

OBJETIVOS
Compreender as possíveis associações entre a vacinação em massa por BCG e o
número de óbitos por tuberculose no intervalo entre os anos de 2010 e 2019, buscando
entender a relevância e reflexo da utilização do imunobiológico diante desta patologia.

METODOLOGIA
Refere-se a um estudo observacional, analítico, quantitativo e longitudinal que
utiliza informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de
Saúde (DataSUS). Os dados selecionados abordam o número de doses aplicadas da vacina
BCG, notificados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-
PNI), e o número de óbitos por tuberculose, informado no Sistema de Informação de
Mortalidade (SIM), ambos referentes ao Brasil no período entre os anos de 2010 e 2019.
As informações acerca das mortes por tuberculose foram buscados no sistema
referido anteriormente, a partir das categorias da Classificação Estatística Internacional
de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), sendo elas acerca da
tuberculose respiratória (A15), tuberculose das vias respiratórias (A16), tuberculose do
sistema nervoso (A17), tuberculose de outros órgãos (A18) e tuberculose miliar (A19).
Os dados foram dispostos de maneira ordenada para a execução de uma análise
individual de regressão temporal da imunização pela vacina BCG e dos óbitos por
tuberculose no período entre os anos de 2010 a 2019, a fim de compreender possíveis
associações entre esses dois elementos pesquisados. As séries foram analisadas
individualmente pelo software Stata 14.0, por meio da estimativa de Prais-Winsten. Os
coeficientes de inclinação (CI) e as taxas de incremento anual (TI) foram obtidas de modo
que as tendências de valor p menor que 0,05 fossem consideradas significativas.

RESULTADOS
No período entre 2010 e 2019, foram registradas no Brasil 29.828.030 doses da
vacina BCG aplicadas. Neste período, o ano de 2011 apresentou a maior taxa de
imunização, com 3.152.376 doses, enquanto o menor registro se deu no ano de 2019, com
2.554.322 doses. Em relação ao mesmo período analisado, foram notificados 45.497
óbitos por tuberculose no Brasil. O ano de 2010 notificou o maior número de óbitos do
período, 4.659, enquanto o ano de 2012 notificou o menor número, 4.421 óbitos.

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Analisando o padrão de vacinação no período estudado, observou-se uma redução
na quantidade de imunizantes aplicados, representado por uma tendência decrescente ao
longo da série temporal, com uma variação anual negativa de 1,7% (TI: -0,017), com p-
valor de 0,002, ressaltando a significância dessa tendência de imunização. Ademais, como
a série temporal dos óbitos apresentou p-valor superior a 0,05 entendeu-se que essa série
não possui variação estatisticamente relevante no período estudado, apresentando, assim,
uma tendência estacionária dos óbitos notificados no intervalo da pesquisa.

DISCUSSÃO
Dessa maneira, tendo como base os dados explicitados pelo Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), foi possível realizar o levantamento
dos principais dados relacionados ao objetivo da pesquisa, sendo observado, entre os anos
de 2010 e 2019, uma redução na quantidade de imunizantes aplicados e uma tendência
estacionária do número de óbitos por tuberculose para o mesmo período.
Durante a década passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs a
diferentes países a meta de reduzir em 80% a incidência da tuberculose no mundo até
2030. A fim de alcançar tais objetivos, algumas estratégias tornaram-se necessárias, como
o fortalecimento da cobertura vacinal contra a tuberculose através da BCG em contexto
nacional, além de mudanças nos determinantes sociais da população em geral (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2017).
O imunobiológico BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da
tuberculose pulmonar. Contudo, a aplicação em massa do imunobiológico permite a
prevenção de formas graves da doença, as quais correspondem às principais causas
associadas aos óbitos por esta patologia. Assim, um íntimo reflexo entre o número de
imunizados e a taxa de mortalidade para o mesmo local e período podem ser observados
(SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SERGIPE, 2021).
Estima-se que, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o
programa de vacinação infantil, previne-se mais de 40 mil casos anuais de meningite
tuberculosa. Em contextos como o descrito, tal impacto positivo na população depende
de alta cobertura vacinal, razão pela qual evidencia-se a relevância de toda criança receber
a vacina BCG (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).
Ademais, foi observado que o Brasil se mantém entre os 30 países de alta carga
de tuberculose, estando, portanto, entre as nações com prioridade no controle e combate
da doença no mundo pela OMS. Embora tenha sido observada uma constante tendência
de queda entre os anos de 2011 e 2016, a incidência de tuberculose no país aumentou
entre os anos de 2017 e 2019. Tais observações corroboram os dados encontrados por este
estudo, reafirmando, assim, a tendência estacionária para o número de óbitos por
tuberculose no país durante o período pesquisado (BIBLIOTECA VIRTUAL EM
SAÚDE DO MINISTÉRIO, 2016).

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Entretanto, segundo estudo do Ministério da Saúde, em 2016, a mortalidade geral
por tuberculose no Brasil apresenta constante taxa de redução, devido ao avanço dos
tratamentos e manutenção da imunização pela BCG, a partir do Plano Nacional de
Vacinação. Em 2004, o país apresentou coeficiente de mortalidade pela doença de 2,8
óbitos por 100.000 habitantes (4.981 óbitos), passando para 2,2 óbitos por 100.000
habitantes (4.374 óbitos) em 2014, o que representou uma redução de 15,4%. Tendo como
análise fundamental a imunização, é possível entender a necessidade da imunização em
massa, a qual contribui, neste contexto, para a queda ou estabilização da taxa de
mortalidade por tuberculose, demonstrando a relevância do trabalho conjunto entre a
imunização e as medidas de tratamento efetivas contra a doença (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2016).
Quanto às limitações deste estudo, ressalta-se a utilização de dados secundários
para a elaboração das tendências temporais, circunstância que intervém no domínio de
elementos com potencial de gerar confusão, os quais dependem da efetividade das
notificações dos imunizantes e das mortes, ao longo do período estudado.

CONCLUSÃO
É evidente que a tuberculose corresponde a uma doença com possibilidade de
repercussões graves, com desfecho fatal. Em face disso, o presente estudo identificou,
entre os anos de 2010 e 2019, uma tendência temporal decrescente para o número de
doses aplicadas da vacina BCG, a qual influenciou, entre outros fatores, para a tendência
estacionária do número de óbitos observados no mesmo período. É importante ressaltar
que a manutenção da queda da cobertura vacinal da vacina BCG nos próximos anos,
poderá significar a ascensão das mortes por essa doença no futuro próximo. Assim, torna-
se relevante o desenvolvimento de ações e projetos e políticas públicas que conscientizem
a população acerca da relevância do imunobiológico e consequências da não utilização, a
fim de atingir a meta definida pela OMS de reduzir a incidência da tuberculose e salvar
vidas através, entre outras estratégias, da vacina BCG.

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pulmonar/. Acesso em: 6 out. 2021.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


USO DE CYNARA SCOLYMUS (ALCACHOFRA) NO TRATAMENTO DE
ATEROSCLEROSE: O QUE MOSTRAM AS EVIDÊNCIAS?

Eduardo Franco Correia Cruz Filho1; Anna Julie Medeiros Cabral1; Beatriz Aragão
Pascoal Carneiro1; Kamyla Milene Alcântara Freitas1; Raissa Sanjuan Guedes Lima1;
Rafaela Luna Fernandes1; Maria do Socorro Vieira Pereira2
1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2
Farmacêutica. Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A aterosclerose é uma doença inflamatória sistêmica muito comum com o avançar da
idade. Consiste basicamente na oxidação do colesterol, principalmente LDL que se
acumula na parede vascular. A Cynara Scolymus (alcachofra) é uma planta herbácea com
propriedades fitoterápicas que vem ganhando destaque devido a sua atividade anti-
inflamatória, anticarcinogênica, hepatoprotetora e hipolipemiante. Devido a essa e outras
características a alcachofra vem sendo estudada para evidenciar cientificamente seus
benefícios em pacientes com aterosclerose.
Palavras-chave: Cynara scolymus; Fitoterapia; Aterosclerose; Alcachofra; Terapia
farmacológica.

Introdução: A alcachofra (Cynara scolymus), uma planta herbácea originária do


mediterrâneo e pertencente à família Asteraceae, tem chamado muito a atenção da
indústria farmacêutica, ao longo dos anos, devido às suas propriedades fitoterápicas.
Sejam suas folhas, raízes ou frutos, em forma de solução alcoólica ou não, o seu uso tem
sido relacionado a uma série de benefícios, sendo considerada um alimento funcional.
Atividade anti-inflamatória, anticarcinogênica, hepatoprotetora e hipolipemiante são
apenas algumas das principais ações dos compostos da alcachofra sobre o organismo, o
que justifica ela ser tão estudada atualmente. Dito isso, um ponto importante a ser focado
é a sua capacidade de tratamento e prevenção de doenças. Entender o mecanismo de ação
fitoterápico das substâncias bioativas da planta são de crucial importância para
compreender como elas podem influenciar a fisiopatologia e evolução de vários quadros
clínicos importantes. Dentre esses, destaca-se a aterosclerose, uma doença inflamatória
sistêmica, por usufruir dos efeitos positivos da alcachofra. Objetivos: O presente artigo
busca entender, com base na literatura, quais são as evidências que embasam o uso da
alcachofra no tratamento do quadro clínico da aterosclerose. Metodologia: Trata-se de
uma revisão de literatura do tipo integrativa que utilizou como base os dados colhidos da

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Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando-se a seguinte fórmula de pesquisa: (Cynara
scolymus) OR (Cynara scolymus) OR (Cynara scolymus) AND (Fitoterapia) OR
(Phytotherapy) OR (Fitoterapia) AND (Aterosclerose) OR (Atherosclerosis) OR
(Aterosclerosis). Esse buscador resultou em 55 artigos, dos quais foram selecionados
aqueles publicados nos últimos 05 anos, em língua portuguesa, inglesa ou espanhola e
cujos textos estivessem disponíveis na íntegra. Isso resultou em 14 artigos, dos quais
passaram por uma seleção manual, findando 06 artigos melhor relacionados ao tema
incluídos no trabalho. Resultados e Discussão: Dentre os artigos analisados, 100% deles
enfatizaram o potencial da Cynara scolymus em reduzir o colesterol (em maior ou menor
proporção) dos pacientes avaliados e correlacionaram isso com benefícios no tratamento
da aterosclerose. Dois deles são revisões e quatro são ensaios clínicos. Desses, dois
ensaios avaliaram a sua repercussão na síndrome metabólica, um compara os seus efeitos
com os da atorvastatina e outro avalia esse potencial em pacientes não cardiopatas. Antes
de entender como a alcachofra atua no quadro de aterosclerose, é relevante entender a sua
fisiopatologia. A aterosclerose é, antes de tudo, uma doença inflamatória e sistêmica.
Muito comum com o avançar da idade, quando as células já não são mais capazes de
suportar os estresses oxidativos, ela tende a se instaurar. O que ocorre é um processo
inflamatório dos vasos sanguíneos, onde o colesterol, em especial o de baixa densidade
(LDL-C), acumula-se na região e oxida-se, levando às repercussões negativas da doença.
Também é prudente comentar quais são os compostos bioativos presentes na alcachofra
e como eles podem combater o processo patológico instaurado. A principal classe de
substâncias encontradas é a dos antioxidantes, um grupo de extrema importância no
combate à aterosclerose. Os principais elementos desse grupo encontrados são a vitamina
C, flavonóides e polifenóis. Eles podem combater o efeito oxidante de diversas
substâncias maléficas, como as Espécies Reativas de Oxigênio (ERO), reduzindo assim a
quantidade de LDL-C oxidado no endotélio dos vasos. Além disso, a alcachofra é um
alimento pobre em gorduras e rico em fibras, sendo uma excelente opção em pacientes
dislipidêmicos. Dito isso, um estudo que comparar a eficácia da Cynara scolymus com a
atorvastatina no tratamento da aterosclerose demonstra a real capacidade e importância
da planta. O estudo de Crevar-Sakač et al. (2016) fez essa comparação, em modelos
animais, utilizando-se de cinco grupos de ratos, um grupo controle e quatro grupos
alimentados com dieta altamente aterogênica (rica em colesterol). Dos grupos
experimentais, um deles foi deixado sem tratamento, um tratado com atorvastatina, um
com extrato da tintura da folha da alcachofra e um com a combinação entre os dois. Foi
notado nesse estudo que os ratos submetidos à dieta hiperlipídica apresentaram níveis
exorbitantes de colesterol total, LDL-C e de não-HDL, o que indica, em parte, o fracasso
terapêutico de todas as terapias propostas em reverter a doença. Apesar não ter sido obtido
o sucesso terapêutico nesse caso de aterosclerose já instaurada nos ratos, foi percebido
que nos grupos que usavam a alcachofra sozinha ou combinada, houve uma redução no
tempo de progressão do espessamento da aorta abdominal naqueles espécimes, que
indicaria formação de placas de ateroma nesses vasos, um mau prognóstico
cardiovascular. Então, os pesquisadores concluíram que a alcachofra teria maior ação
sobre a oxidação do colesterol, por ser potente antioxidante, do que propriamente baixar
o colesterol e a sua associação com a atorvastatina demonstrou melhores resultados do

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que qualquer um individualmente. Contraditoriamente, os achados de Cicero et al. (2018)
demonstraram resultados levemente diferentes sobre a questão da redução do colesterol.
Deve-se ter em mente que os estudos não são necessariamente semelhantes, porém,
servem a título de comparação. Aqui, são estudados modelos humanos em um estudo
duplo cego e randomizado, cujo objetivo é analisar a ação do extrato seco de alcachofra
em associação com berberis em pacientes dislipidêmicos, mas não cardiopatas (sem
aterosclerose) a curto prazo. Os resultados desse estudo mostraram que os pacientes que
utilizaram os fitoterápicos demonstraram redução de 19% do colesterol total, 16% do
LDL, 19% do não-HDL e 15% dos triglicerídeos. Apesar de não ser uma comparação
muito direta, esses achados só vêm para somar aos anteriores, demonstrando que a Cynara
scolymus, independente da sua apresentação e especialmente associada a outros
fitoterápicos, tem sim um papel importante não somente no tratamento da aterosclerose,
mas em sua prevenção também, já que a dislipidemia é um fator agravante para a doença.
Por fim, é válido comentar acerca do uso da alcachofra na síndrome metabólica. As
pesquisas de Ebrahimi-Mameghani, Asghari-Jafarabadi e Rezazadeh (2018) e Kwon,
Kim e Choi (2018) trouxeram uma boa luz sobre o assunto. Cada uma delas, com o seu
foco específico, demonstrou que a planta tem sim um importante papel na síndrome
metabólica. No âmbito da aterosclerose, temos alguns achados interessantes. Foi
comprovado em ambos os artigos a capacidade de redução da massa adiposa dos
pacientes. Esse dado é de extrema importância, porque uma quantidade exagerada de
tecido adiposo está diretamente relacionada com o aumento da biossíntese de ácidos
graxos (pela produção de adipocinas), podendo culminar, a longo prazo em dislipidemia
e várias cardiopatias, a exemplo da citada anteriormente. Ademais, esse mesmo tecido
tem um papel pró-inflamatório importante, o que intensifica tanto a síndrome metabólica
(por reduzir a secreção de insulina) quanto propiciar a ocorrência do quadro
cardiovascular. Conclusão: Em suma, o uso da Cynara scolymus (alcachofra) no
tratamento de aterosclerose é, sim, uma prática imbuída de evidências científicas. A sua
ação acontece basicamente por dois métodos: redução da quantidade de colesterol
circulante no plasma e efeito antioxidante inibindo a oxidação do colesterol no endotélio
dos vasos. Portanto, o consumo da alcachofra deve ser incentivado, por se tratar de um
alimento funcional, especialmente sob a forma de extratos concentrados, pois será
extraída uma maior potência do produto. Seu uso é recomendado aos pacientes portadores
de aterosclerose, em especial aqueles com síndrome metabólica instaurada, por trazer
efeitos sinérgicos ao tratamento, sem efeitos colaterais. Contudo, essa abordagem deve
ser feita concomitante à terapia farmacológica otimizada, pois não há indícios de
benefícios suficientes para se recomendar apenas a monoterapia com os extratos da
planta.

REFERÊNCIAS:

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at Ageing‐Related Disorders. Basic & clinical pharmacology & toxicology, v. 122, n.
6, p. 539-558, 2018.

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CICERO, Arrigo Francesco Giuseppe et al. Short-term effects of dry extracts of
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disease. The American journal of cardiology, v. 123, n. 4, p. 588-591, 2019.

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oxidative stress in hypercholesterolemic rats. Vojnosanitetski pregled, v. 73, n. 2, p.
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EBRAHIMI-MAMEGHANI, Mehranghiz; ASGHARI-JAFARABADI, Mohammad;


REZAZADEH, Khatereh. TCF7L2-rs7903146 polymorphism modulates the effect of
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16, n. 5, p. 329-334, 2018.

KWON, Eun-Young; KIM, So Young; CHOI, Myung-Sook. Luteolin-enriched artichoke


leaf extract alleviates the metabolic syndrome in mice with high-fat diet-induced
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REOLON-COSTA, Angélica da et al. Alcachofra (Cynara cardunculus L. var. scolymus


(L.) Fiori): Alimento funcional e fonte de compostos promotores da saúde. 2017.

USO FITOTERÁPICO DA CIMICIFUGA RACEMOSA PARA MULHERES


CLIMATÉRICAS

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Anna Julie Medeiros Cabral1; Beatriz Aragão Pascoal Carneiro1; Eduardo Franco Correia
Cruz Filho1; Kamyla Milene Alcântara Freitas1; Raissa Sanjuan Guedes Lima1; Rafaela
Luna Fernandes1; Maria do Socorro Vieira Pereira2
1
Graduandos em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
2
Farmacêutica. Doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de
Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
O climatério representa uma fase de transição na vida das mulheres, iniciando a partir
dos 40 anos, e traz consigo algumas manifestações clínicas como a irritabilidade, os
fogachos e a diminuição da libido. A fitoterapia surge como uma terapia adjuvante, a
Cimicifuga Racemosa (CR) é um fitoterápico que se destaca pelas propriedades sobre
esses sintomas climatéricos, sendo uma opção eficaz durante essa fase.
Palavras-chave: Cimicifuga; Actaea Racemosa; Fitoterapia; Climatério; Saúde da
Mulher;

Introdução: O público feminino correspondeu a 52,2% da população brasileira,


equivalente a 109,4 milhões de mulheres, sendo a maioria entre a população idosa
(56,7%), de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia. Geralmente, a partir dos 40 anos, inicia-se o climatério, com
decréscimo hormonal que causa alterações físicas e psicossociais nas mulheres.
Representa uma transição da fase reprodutiva para não reprodutiva marcada pela
menopausa, e acarreta uma série de manifestações clínicas, que em consonância com a
faixa etária e o padrão menstrual alterado confirmam o diagnóstico climático. Os sintomas
- fogachos, irritabilidade, oscilações de humor, diminuição da libido, entre outros - geram
desconfortos na vivência dessa fase, demandando estratégias que melhorem a qualidade
de vida, incluindo terapias adjuvantes, além do tratamento usual (terapia hormonal). Entre
os manejos adjuvantes, o uso de fitoterápicos com propriedades sobre as manifestações
clínicas do climatério é uma opção viável. Em 1956, na Alemanha, estava disponível o
primeiro medicamento à base do isopropanólico da Cimicifuga racemosa (iCR), que se
perpetua até hoje, que destaca-se na redução dos sintomas da menopausa. O estudo de
fitoterápicos contribui de forma positiva para o manejo terapêutico de diversos sintomas,
aumentando a qualidade de vida dos pacientes. A CR nas mulheres, em especial,
constituindo-se como essencial na vivência dessa fase da vida. Objetivos: Abordar o uso
da CR como manejo fitoterápico nas mulheres durante o climatério. Metodologia: Estudo
de revisão integrativo, de caráter descritivo, realizado em setembro de 2021, através de
artigos das bases de dados United States National Library of Medicine, Pubmed, e
Biblioteca Virtual em Saúde em inglês e português. Os descritores utilizados foram

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“Cimicifuga”, “Actaea Racemosa”, “Fitoterapia”, “Climatério” e “Saúde da Mulher”
advindos dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em consonância com o operador
booleano “OR”, resultando em 124 artigos nos últimos 5 anos. Dos quais, após aplicação
de critérios de inclusão, 7 foram escolhidos por melhor se adequarem ao tema.
Resultados e Discussão: Dos artigos pesquisados, 57,4% (n=4) relataram que o uso da
CR é eficaz na redução dos principais sintomas climatéricos. Desses, um estudo de caso
controle prospectivo observacional envolvendo 163 mulheres, nas quais 83 foram
submetidas a terapia com à administração do isopropanólico de Cimicifuga Racemosa
(iCR) e o restante foi destinado ao grupo controle, utilizando o questionário Menopause
Rating Scale (mMRS) para a avaliação. Após a coleta dos resultados, a diferença nos
sintomas da menopausa foi significativa entre os grupos. O iCR demonstrou-se efetivo
após 1 e 3 meses, principalmente em relação a irritabilidade, sono e sintomas
vasomotores. Outro artigo analisou estudos de ensaios clínicos envolvendo o Cohosh
preto (CR) e outras plantas medicinais como a Salvia officinalis, Melissa officinalis,
Nigella sativa, Oenothera biennis, Glycohabra, entre outras, e relatou que as plantas
medicinais são eficazes durante o climatério, incluindo a CR e podem ter um papel
fundamental na Síndrome da Menopausa Aguda. Um artigo abordou o uso da CR durante
os seus 60 anos como medicamento, reforçando os estudos mais relevantes da literatura.
Entre os escolhidos, cita-se uma meta-análise com nove estudos controlados que
confirmou a eficácia dos medicamentos à base do CR em relação à sintomatologia do
climatério. Ademais, pontua os principais resultados encontrados, definindo como
benéfico em pacientes sintomáticas, com efeitos suplementares como a profilaxia
adjuvante da osteoporose, redução do mioma, aumento da sobrevida livre de doença após
o Câncer de Mama. Outrossim, considerado seguro, visto que a iCR foi a terapia usada
em 93,7% dos pacientes investigados e não demonstrou hepatotoxicidade, bem como, não
agrediu tecidos com sensibilidade estrogênica e apresentou influência no Sistema
Nervoso Central relacionado ao humor, sono e termorregulação. Outro estudo de coorte
retrospectivo monocêntrico selecionou 174 mulheres acima dos 40 anos com uma
primeira consulta entre 2009 e 2016 objetivando a comparação nos parâmetros
metabólicos e no peso corporal do tratamento com extrato da CR e a terapia hormonal da
menopausa (THM) em mulheres sintomáticas na menopausa. Após acompanhamento
durante 12 meses, os pesquisadores constataram que não houve diferença em relação às
características basais e os sintomas da menopausa foram reduzidos significativamente
tanto nas pacientes tratadas com CR, quanto na THM. Porém, não houve alteração no
peso corporal e metabólitos séricos entre os dois tratamentos. Outro estudo, 14,3%
abordou terapias adjuvantes no auxílio da perda ponderal. O enfoque do artigo foi a
medicina tradicional chinesa, alimentos funcionais e a fitoterapia, destacando a CR. O
fitoterápico foi citado realçando a influência na regulação do estrogênio, com efeito
atenuante do apetite, contribuindo no emagrecimento. A redução hormonal (progesterona
e estrogênio) advinda com o evento da menopausa também gera alterações cutâneas,
incluindo o envelhecimento da pele, que atinge a autoestima das mulheres. Nesse âmbito,
14,3% dos artigos relatam a preocupação com o resultado a longo prazo da terapia
hormonal, referindo a busca feminina por terapias adjuvantes, citando o uso do extrato do
CR, entre outros nutracêuticos. O estudo objetivou a análise destes como efeito

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estrogênico e antioxidante para retardar as mudanças cutâneas, envolvendo uma amostra
de 110 mulheres, em que 50% delas tiveram tratamento com os nutracêuticos e o restante
com placebo. O nutracêutico foi administrado durante 12 meses e incluiu o extrato da
Cimicifuga racemosa, em consonância com o Glycine max, Vitex agnus-castus e
Oenothera biennis. O grupo com nutracêutico teve significativa melhora na pele nos
aspectos: elasticidade, aspereza, suavidade, descamação, rugas, aumento do GSH e
diminuição do MDA em comparação com o grupo placebo. Outro estudo de desenho
prospectivo randomizado, 14,3%, teve como objetivo investigar a segurança e o efeito da
CR na Síndrome da Menopausa Natural (MPS) induzida pelo Hormônio Liberador do
Hormônio Luteinizante (LHRH-a). O estudo incluiu 85 pacientes com câncer de mama
no Hospital de Câncer de Zhejiang, 42 receberam o Remifemin - medicação à base do
extrato da CR - e o restante foi o grupo controle com tratamento padrão do LHRH-a. O
principal ponto comparativo foi o índice de menopausal de Kupperman (KMI), que em
geral foi menor na amostra que utilizou o Remifemin. Assim como o artigo dos 60 anos
do uso da CR supracitado, a conclusão desse estudo foi que a CR é eficaz, confiável e
seguro oncologicamente, nesse caso específico, no manejo terapêutico do tratamento da
MPS causada por LHRH-a no câncer de mama. Conclusão: Portanto, a literatura
demonstra que a CR configura-se como uma terapêutica adjuvante fitoterápica eficaz na
redução dos sintomas nas mulheres climatéricas, bem como, apresenta-se como
oncologicamente seguro, contribui no tratamento da síndrome da menopausa aguda, bem
como, atua como nutracêutico, apresentando benefícios sistêmicos.

REFERÊNCIAS
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UTILIZAÇÃO DE PROBIÓTICOS NO TRATAMENTO DA ANSIEDADE

Gabriela Virgínia de Barros Torres¹; Sidrack Lucas Vila Nova Filho²

¹ Nutricionista graduada pelo Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP


Wyden
² Nutricionista mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, docente do Centro
Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP Wyden
[email protected]

RESUMO
A ansiedade é hoje um dos distúrbios que mais afetam pessoas em todo mundo,
sem distinção de raça, etnia ou idade, atinge desde crianças a pessoas idosas e impacta
negativamente na sua qualidade de vida. Nesse contexto, a microbiota intestinal exerce
íntima influência na comunicação do eixo intestino-cérebro e regula todo esse conjunto.
Quando há disbiose, pode ocorrer piora em casos de morbidades mentais. Com isso, os
probióticos se mostram uma intervenção viável e natural para esse distúrbio. Dessa
maneira, foi realizado uma revisão da literatura com artigos dos últimos 5 anos, com os
seguintes descritores: ansiedade, microbiota intestinal e probióticos. Foram encontrados
6 artigos que abordaram a utilização de cepas probióticas e com isso, conseguimos
concluir que o uso de probióticos como um tratamento alternativo e coadjuvante ajuda na
melhora do transtorno ansioso, e contribui para o alivio desse quadro.
PALAVRAS-CHAVE: Ansiedade, Microbiota Intestinal, Probióticos.

INTRODUÇÃO
Ansiedade pode ser definida como um sentimento vago e desagradável de medo,
aflição, apreensão, preocupação, caracterizados por tensão ou desconforto, que vêm de
uma inquietação de algo desconhecido ou estranho. Além disso, ela não é derivada de
outros distúrbios psiquiátricos (depressão, transtorno bipolar ou transtorno obsessivo
compulsivo), ou seja, são quadros clínicos primários que não precisam de outro transtorno
psicótico para se manifestarem (CASTILLO et al., 2000).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior
taxa de pessoas ansiosas no mundo. Isso ocorre devido a fatores socioeconômicos, como
por exemplo, a pobreza e alta taxa de desemprego, fatores ambientais como paternidade
superprotetora ou carência paternal, críticas desconstrutivas, histórico de abuso infantil e
eventos traumáticos. Estilo de vida desregrado, como uma vida sem rotina ou uma rotina
monótona e estressante bem como alimentação inadequada, também podem aumentar a
vulnerabilidade de uma pessoa a desenvolver esse transtorno (COSTA et al., 2019).
Esse distúrbio pode ser agravado pelo o estilo de vida não saudável de quem é
acometido, pois a pior qualidade da dieta alimentar afeta o estado clínico do sujeito com
o consumo aumentado de alimentos altamente energéticos como gordura, excesso de sal

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e açúcar e consequentemente deficiência de vitaminas e minerais. Dessa forma, o cuidado
nutricional é recomendado para a melhora desse quadro clinico, como a regressão ou
prevenção do mesmo (FRANÇA et al., 2012),
Nesse sentido, probióticos são microrganismos que colonizam o intestino e têm
propriedades que facilitam a digestão e absorção de nutrientes além de fortificar o sistema
imunológico. Já os prebióticos, são as fibras que servem de substrato energético para os
probióticos e criam um cenário que favorece a sobrevivência e propagação deles no
intestino (SAAD, 2006).
A utilização de probióticos no tratamento de ansiedade se baseia no conhecimento
sobre o eixo intestino-cérebro, que é uma comunicação através de um sistema de
sinalização bidirecional que envolve o sistema nervoso entérico. Sistema esse que é
responsável por uma rede de neurônios que integram o sistema digestivo, que é formado
pelos plexos mioentérico e submucoso (FRANÇA et al., 2021).

OBJETIVO
Sumarizar o conhecimento atual sobre o uso de probióticos no tratamento da
ansiedade.

METODOLOGIA
Foi realizado um estudo de revisão de literatura com levantamento bibliográfico
de publicações nacionais e internacionais que abordassem o uso de cepas únicas ou mistas
e seu efeito no tratamento de transtorno de ansiedade entre os anos 2016 e 2021 e tendo
como fonte de pesquisa as bases de dados SCIELO, MEDLINE e PUBMED. Foram
excluídos os artigos repetidos, que não tinham resumo nem texto completo, de revisão,
os classificados como tese, dissertação ou monografia e também, aqueles que não se
adequavam ao tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A literatura traz dados ao decorrer dos anos para avaliar a relação entre o uso de
microrganismos probióticos e a regressão ou tratamento do transtorno de ansiedade. Deste
modo, foram selecionados 6 artigos que avaliaram essa relação. Os dados dos estudos
estão descritos na Tabela 1.

Tabela 1: Classificação dos artigos utilizados na presente pesquisa de acordo com o


objetivo, metodologia aplicada e os principais resultados publicados no período de 2017
a 2021.
Autores e anos de Objetivo do estudo Metodologia utilizada Principal resultado
publicação encontrado
Pinto-Sanchez et Avaliar os efeitos do Estudo randomizado, Foi visto que o BL
al. (2017) Bifidobacterium duplo-cego, controlado probiótico reduziu a
longum NCC3001 por placebo de 44 depressão, mas não os
(BL) sobre ansiedade adultos com IBS e escores de ansiedade.
e depressão em diarreia ou um padrão
pacientes com IBS de fezes mistas e

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(síndrome do ansiedade e/ou
intestino irritável). depressão leves a
moderadas.
Slykerman et al. Avaliar o efeito de Um ensaio O grupo de tratamento
(2017) Lactobacillus randomizado, duplo- probiótico relatou
rhamnosus HN001 cego, controlado por escores de depressão e
dado na gravidez e placebo do efeito do ansiedade
pós-parto sobre HN001 no humor pós- significativamente
sintomas de natal foi realizado em menores do que os do
depressão materna e 423 mulheres grupo placebo.
ansiedade no período recrutadas com 14 a 16
pós-parto. semanas de gestação.
Lew et al. (2019) Investigar os efeitos Foi realizado um estudo L. plantarum P8 é uma
do probiótico no randomizado, duplo intervenção viável e
alívio do estresse em cego e controlado em natural para o alívio do
adultos estressados. adultos estressados. estresse selecionado,
ansiedade, memória e
sintomas cognitivos
em adultos.
Tran et al. (2019) Investigar o efeito de Foi realizado um estudo Foi visto que que os
probióticos randomizado, duplo- probióticos podem ter
multiespécies sobre a cego, controlado por o potencial terapêutico
ansiedade de adultos placebo de estudantes para tratar a ansiedade.
jovens saudáveis. universitários saudáveis
durante 28 dias de
ingestão de probióticas.
Eskandarzadeh Determinar os Pacientes com A combinação de
et al. (2019) efeitos dos diagnóstico de TAG probióticos e sertralina
probióticos como (distúrbio de ansiedade foi superior à sertralina
terapia adjuvante no generalizada) foram sozinha na redução
distúrbio de designados sintomas de ansiedade.
ansiedade aleatoriamente a
generalizada. receber diariamente
uma cápsula de
probióticos ou placebo
além de 25 mg de
sertralina por 8
semanas.
Gualtieri et al. Examinar o efeito 150 indivíduos foram Os resultados
(2020) combinado do divididos em dois encontrados
polimorfismo IL-1β grupos diferentes, grupo encorajam o uso de
e de suspensão oral de
cepas mistas de

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administração de probióticos e grupo de probióticos no
probióticos em controle de placebo por transtorno de
transtorno de 12 semanas. ansiedade.
ansiedade.

Com relação aos estudos que utilizaram cepas unitárias, foi visto no estudo de
Slykerman et al. (2017) que, a partir da suplementação, houve redução do escore de
depressão e ansiedade no pós-parto. Além disso, este estudo foi avaliou a eficácia do
humor e comportamento no grupo de indivíduos. Entretanto, algumas limitações são
levadas em consideração, como o uso da EPDS (escala de Depressão Pós-Natal de
Edimburgo) e o STAI6 (State Trait Anxiety Inventory 6), que são escalas para triagem,
mas não para os diagnósticos desses distúrbios. Uma revisão integrativa (COSTA et al.,
2020) debate como a administração de probiótico pode vir a ser uma solução viável e
segura sobre o transtorno de ansiedade e depressão, de forma que reforçam os achados de
Slykerman et al. (2017), de forma a considerar o uso probióticos promissor para o
tratamento desses distúrbios.
Em outro estudo, foi possível concluir que o Lactobacillus plantarum
proporcionou resultados expressivos, mas não só na redução do escore de estresse, mas
também no escore de ansiedade, memória e sintomas cognitivos. Dessa forma, esse
probiótico parece ter potencial para uma intervenção viável para o alívio do estresse e
ansiedade (LEW et al., 2019).
Por outro lado, Pinto-Sanchez et al. (2017) observaram que não houve diminuição
nos escores de ansiedade com o uso de Bifidobacterium longum, mas que seu uso
diminuiu os escores de depressão, o que sugere que esse probiótico é uma alternativa
viável para o distúrbio de depressão, porém não na ansiedade. Foi visto ainda que essa
cepa não teve resultado significativo em pacientes com síndrome do intestino irritável.
Foi feita uma ressonância magnética para observar os efeitos desse probiótico e foi
possível identificar que ele reduziu as respostas de estímulos emocionais negativos em
múltiplas áreas cerebrais e isso parece ocorrer pela conexão do eixo intestino-cérebro,
pois é um eixo de via bidirecional constituída para a comunicação, através de vias como
o sistema nervoso parassimpático em proeminência o nervo vago, o sistema imune, o
sistema neuroendócrino e o sistema circulatório e permite a passagem de metabólitos e
neurotransmissores produzidos pelo intestino (FRANÇA et al., 2021).
Por outro lado, o estudo de Tran et al. (2019) selecionou universitários para
usarem probióticos de múltiplas cepas para entender o efeito na melhora da ansiedade do
pânico, ansiedade neurofisiológica, afeto negativo, preocupação e aumento da regulação
do humor negativo. Os autores observaram que, no grupo do estudo com pessoas de idade
média de 20 a 59 anos, o uso desses probióticos foi eficaz em pessoas que apresentam
sintomas de alta angústia do que em pessoas que relataram sofrimento normativo. Com
esse desfecho, cepas probióticas mistas podem ter potencial terapêutico no tratamento do
transtorno de ansiedade.
Gualtieri et al. (2020) concluíram que o consumo de probióticos diminui os
sintomas de ansiedade, especialmente em adultos saudáveis. Este estudo também

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evidência efeitos terapêuticos positivos com o uso de probióticos em indivíduos com
transtorno de ansiedade e que a microbiota intestinal está envolvida no estado psicológico
e sua modulação pode melhorar a qualidade de vida geral (SILVA et al., 2021).
Ainda nesse contexto, Eskandarzadeh et al. (2019) dividiram quarenta e oito
pacientes em dois grupos que receberam substâncias probióticas e sertralina,
medicamento indicado para o transtorno de ansiedade e depressão, e outro grupo placebo
por 8 semanas consecutivas para avaliar os efeitos de cepas probióticas mistas. Eles
concluíram que o uso das cepas com a sertralina foram eficientes na redução de sintomas
de ansiedade em indivíduos com TAG e sugerem que elas podem ser superiores do que
usar apenas sertralina nesse tratamento.
Assim, parece que probióticos quando utilizados em conjunto com o tratamento
padrão parecem ter um efeito positivo. França et al. (2021) discutem por que probióticos
parecem ter um efeito positivo no tratamento da ansiedade. Ocorre pela comunicação do
eixo intestino-cérebro, de forma que evidências cientificas mostram que um sistema de
sinalização bidirecional desse eixo que envolve o sistema nervoso entérico e intestino,
aliado à comunidade microbiana e aos seus metabólitos que fazem a modulação desses
sistemas.

CONCLUSÃO
O uso de probióticos em pessoas com transtorno de ansiedade parece ter efeito
positivo. Apesar de os dados sobre algumas cepas unitárias ainda parecerem
inconclusivas, o uso de cepas mistas evidencia resultados de maior concordância. Além
disso, os probióticos também parecem ter efeito positivo no distúrbio de depressão,
apresentam segurança no tratamento em indivíduos acometidos por essas patologias e
podem gerar outros benefícios na qualidade de vida dos pacientes.

REFERÊNCIAS
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


UTILIZAÇÃO DOS FÁRMACOS AZITROMICINA, CLOROQUINA E
IVERMECTINA NA PROFILAXIA E TRATAMENTO DA COVID-19
Luana Kelly Pessoa Gurgel¹; Isabela Ayres de Araujo¹; Kallita Marques da Silva¹; Ramon
Nogueira de Andrade Brito¹; Ana Flávia Abreu Maciel²

¹ Graduando em Medicina pela UniAtenas Paracatu


² Médica, professora da Universidade UniAtenas Paracatu
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A sars-CoV-2, conhecida popularmente como covid-19, espalhou rapidamente pelo
mundo, tendo seu primeiro caso em Wuhan, China. Desde então, iniciou-se a busca por
fármacos preventivos e curativos para o quadro. Os mesmos foram chamados kit COVID
no Brasil e eram compostos principalmente por Azitromicina, Ivermectina e Cloroquina.
No entanto, apesar das expectativas criadas em torno dos fármacos, ainda não se tem
estudos clínicos com fases avançadas que comprovem a real eficácia dos mesmos no
combate ao vírus. O presente estudo tem por objetivo esclarecer acerca do uso dessas
medicações e seus possíveis danos.
Palavras-chaves: Covid 19; Fármacos; Hidroxicloroquina; Profilaxia;

INTRODUÇÃO
O sars-CoV-2 (coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2), conhecida
popularmente como covid-19, espalhou rapidamente pelo mundo, tendo seu primeiro
caso, em Wuhan-China. Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde
(OMS) foi notificada, sendo no Brasil, o primeiro caso de COVID-19 acontecido em 25
de fevereiro de 2020. No entanto, em 12 de março de 2020, a OMS declarou que o mundo
passava por uma pandemia. Atualmente Brasil e Estados Unidos são os países com maior
número de casos confirmados e mortes pelo mundo. O sars-CoV-2 pode ocasionar casos
graves, gerando hospitalização, internação em UTI e até mesmo óbito. Desde o início da
pandemia, foram criadas medidas de suporte com fármacos que se acreditavam que iriam
prevenir e curar a doença, no Brasil são conhecidos como “kit covid”, compostos
principalmente, pelos fármacos: Azitromicina, Cloroquina e Ivermectina. Além de
abordagens não farmacológicas como: uso de máscaras, testagem dos pacientes para guiar
o isolamento social e consequentemente redução da contaminação interpessoal. Contudo,
a busca por um tratamento eficaz tornou-se essencial para reduzir os impactos da doença
na população. Chegando a serem feitos estudos sobres os fármacos que anteriormente
foram propostos no tratamento de doenças virais, com destaque para a cloroquina e seu
análogo hidroxicloroquina associados ou não a azitromicina, além da ivermectina, para

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tratar ou prevenir da covid-19. A Hidroxicloroquina e a Cloroquina são utilizadas para
tratar várias doenças, porém começaram a ser usadas associadas a Azitromicina, para
tratar e prevenir contra a COVID-19. Devido que, algumas pesquisas mostrarem a
capacidade desses fármacos de controlar a capacidade infecciosa do vírus. Contudo, esses
estudos apresentaram erros que em um estudo clínico são essenciais como: a falta da
randomização, imprecisão e evidências indiretas, tendo em vista que alguns ainda foram
feitos apenas in vitro, sem estudos clínicos e resultados insuficientes e controversos.
Assim, surgiram as dúvidas sobre a real efetividade no tratamento da doença. Já a
Ivermectina, é um antiparasitário que começou a ganhar nome como o fármaco de
tratamento e profilaxia contra o sars-CoV-2, contudo novamente o mesmo
questionamento da hidroxicloroquina e a azitromicina, falta de dados da sua eficácia e o
estudo ter sido observado só in vitro. Um grande problema enfrentado no mundo, mas
com ênfase no Brasil são a desinformação, o não cumprimento do isolamento social, o
negacionismo a ciência, que inclui a negação as máscaras e o uso desregulado dessas
medicações que geram vários efeitos colaterais como: sintomas gastrintestinais,
hipotensão, ataxia, e, até mesmo, coma. Esses atos são consequências das chamadas
“Fake News”, que prejudicam principalmente as pessoas sem senso crítico e de falta de
alfabetização digital que põem em prática tudo que leem, sem ao menos procurarem
outras fontes confiáveis para saber se o que leu era mesmo verídico. Consequentemente
retardando o combate ao novo coronavírus.
OBJETIVO
Objetivo desta revisão é descrever sobre a utilização dos fármacos azitromicina,
cloroquina e ivermectina na profilaxia e no tratamento precoce contra a covid-19.
Ressaltando a importância da melhor abordagem no tratamento segundo características
de pessoas, medicamentos e reações dessas medicações e sua real eficácia no tratamento
da covid-19.
METODOLOGIA
O presente estudo refere-se a uma revisão bibliográfica elaborada através de dados e
artigos científicos contidos nas bases de dados: SciELO, DataSUS, Google acadêmico e
PubMED. A pesquisa ocorreu de forma íntegra, sendo incluído artigos na língua
portuguesa datados de 2020 e 2021. Ademais, a fim de complementar o estudo foi
utilizado a pesquisa em revistas e livros acadêmicos na busca de dados sobre a utilização
dos fármacos azitromicina, cloroquina e ivermectina na profilaxia e tratamento da covid-
19.
RESULTADO E DISCUSSÃO
A pandemia do COVID 19 surgiu no ano de 2019 e com ela diversas incertezas e
questionamentos. Dentre eles, observa-se o tratamento precoce e a profilaxia da doença,
que tem sido por muitos, atribuída ao “Kit covid”, que engloba as medicações
hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. No entanto, o uso das medicações
profiláticas e de tratamento precoce não são efetivas, haja vista que, não se tem estudos
científicos comprobatórios, em todas as suas fases de investigação, que comprovem sua

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real eficácia. A hidroxicloroquina é um medicamento utilizado para malária, doenças
reumáticas e lúpus, mas com a pandemia começou a ser pensada a utilização desta em
associação a azitromicina, para tratamento do SARS-CoV-2, no entanto os testes para
eficácia deste medicamento foram feitos apenas in vitro, sem estudo clínico que tivesse
resultados significativos. Já a ivermectina é um antiparasitário, que sua utilização foi
considerada de forma profilática, após estudos in vitro, mas mais uma vez não se teve
estudo nas demais fases que comprovassem a real eficácia do medicamento. Além disso,
ainda pode-se relatar que o uso exacerbado dessa droga, leva ao paciente a sintomas
gastrointestinais, hipersalivação, hipotensão, ataxia, rabdomiólise e, até mesmo, coma.
Portanto, nota-se que com esse uso experimental das drogas, o uso de reações adversas e
cardiotoxicidade aumentam. Segundo dados do caderno de saúde pública, os principais
medicamentos suspeitos de causar as reações foram hidroxicloroquina (59,5%),
azitromicina (9,8%) e cloroquina (5,2%). As reações mais relatadas foram o
prolongamento do intervalo QT (33,6%), diarréia (7,4%), prurido (6,5%) e a elevação das
transaminases (6%), demonstrando assim como o uso incorreto das medicações podem
não só não ajudar na melhora da patologia, como também acarretar outros transtornos.
Logo, ressalta-se que após a avaliação do estudo não há evidências científicas suficientes
que sustentem o uso dessas medicações, sendo assim, resta a população leiga acreditar na
ciência e esperar por mais estudos que fortaleçam a certeza de algo concreto sobre esses
remédios, como já é o caso da vacina, que é algo profilático e está sendo aplicada desde
o início de 2021, e salvando vidas.
CONCLUSÃO
A infecção pelo SARS-CoV-2 vem desafiando o país e seu sistema de saúde, sendo a
maior emergência de saúde pública de importância internacional já relatada. É evidente
que o não cumprimento do isolamento social, o negacionismo a ciência e a desinformação
tornam-se um empecilho no combate do novo coronavírus. Com isso, o grande número
de perdas de vidas se soma às dificuldades relacionadas ao controle da doença. Além
disso, o uso dos fármacos azitromicina, cloroquina e ivermectina como forma de
tratamento precoce que foi adotado por alguns indivíduos nesta pandemia ainda é algo
experimental e até o momento os dados disponíveis na literatura não garantem a
segurança e eficácia na COVID-19. Até o momento, os resultados de pesquisas mais
avançadas indicam potencial imunizante somente das vacinas, na prevenção de quadros
clínicos graves e para conter a transmissão da Covid-19, com o objetivo de reduzir a
morbimortalidade associada à doença e os impactos sociais e econômicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Analysis of spontaneous notifications of the Brazilian pharmacovigilance system.
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MELO, J. R. R., et al. Self-medication and indiscriminate use of medicines during the
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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


CASOS NOTIFICADOS DE VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM
MULHERES NO ESTADO DO MARANHÃO, 2009-2019

Natália Carvalho Fonsêca1; Joama Marques Lobo Quariguasi2; Thaís Abreu Borges3;
Marina Gomes Cantanhêde4; Agnes Danielle Farias Prazeres5; Águida Shelda Alencar
Santos6; Felipe Feitosa Silva7
1,2,3,4,5,6 e 7
Graduanda em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Violência autoprovocada é uma ação consciente de autodestruição que representa um
problema de saúde pública. Este trabalho objetiva descrever os aspectos epidemiológicos
dos casos de violência autoprovocada em mulheres, notificados de 2009 a 2019, no
Maranhão. A metodologia aborda um delineamento transversal e descritivo, com análise
de dados secundários de casos, suspeitos ou confirmados, notificados no Sistema de
Informações de Agravos de Notificações do DATASUS. Foram notificados 1.907 casos.
Houve prevalência de vítimas de 20 a 29 anos (32,6%); pardas (71,1%); com baixo grau
de escolaridade; em ambiente doméstico (82,9%); por envenenamento (45%); em
associação à violência física; sem ser o primeiro episódio (47,9%) e sem registro de
evolução do quadro (83,3%), achados consonantes com demais pesquisas. Portanto,
demonstra-se a necessidade do contínuo aprimoramento dos profissionais e da rede
pública de saúde para garantir assistência adequada às vítimas.

Palavras-chave: Causas Externas; Violência Autoprovocada; Autolesão; Saúde da


Mulher.

INTRODUÇÃO
A violência autoprovocada é aquela que ocorre quando uma pessoa pratica uma
ação consciente de autodestruição e pode ser subdividida em comportamento suicida e
em autoagressão. O primeiro inclui pensamentos suicidas, tentativas de suicídio e
suicídios propriamente ditos, enquanto a autoagressão engloba atos como a
automutilação. Essa violência é um fenômeno complexo, dinâmico e multifatorial que
representa um grande problema de saúde pública mundialmente, relacionando-se com
diversos fatores, tanto socioeconômicos quanto biológicos, psicológicos e
psicopatológicos.
As taxas de suicídio, entre 2000 e 2019, aumentaram 17% nas Américas, com
tendência de alta. Entre 2010 e 2019, ocorreram no Brasil 112.230 mortes por suicídio,
com um aumento de 43% no número anual de mortes. Em relação às notificações de

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violências autoprovocadas, em 2019, foram registradas 124.709 lesões autoprovocadas
no país, um aumento de 39,8% em relação a 2018.
É importante pontuar que as autoagressões são estigmatizadas e subnotificadas. O
preconceito em relação ao tema e da saúde mental como um todo frequentemente impede
a procura por ajuda, que poderia evitar mortes. Ressalta-se que falar de forma responsável
sobre esse fenômeno opera muito mais como um fator de prevenção do que como fator
de risco, podendo contribuir para a ruptura do tabu que cerca o tema. Assim, abordá-lo
sem alarmismo e enfrentando os estigmas, bem como conscientizar e estimular sua
prevenção, pode contribuir para o enfrentamento do problema.

OBJETIVOS
Objetiva-se descrever e discutir os aspectos epidemiológicos dos casos de
violência autoprovocada em mulheres, notificados de 2009 a 2019, no estado do
Maranhão.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal e descritivo,
com análise de dados secundários de casos suspeitos ou confirmados de violência
autoprovocada em mulheres ocorridos no estado do Maranhão, no período de 2009 a
2019, e notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificações do
Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para a coleta dos dados foram
eleitas as seguintes variáveis: faixa etária, raça/cor, escolaridade, município de
ocorrência, meio de agressão, violência de repetição, encaminhamento e evolução do
caso.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Do total de 15.492 casos notificados de violência no estado do Maranhão no
período citado, 2.859 deles foram identificados como lesões autoprovocadas, sendo a
maioria das vítimas mulheres (66,7%), achado semelhante ao cenário nacional.
Do total de 1.907 casos notificados de violência autoprovocada entre pessoas do
sexo feminino no Maranhão, de 2009 a 2019, 416 foram identificados na capital, São
Luís; 339 em Imperatriz e 295 em Caxias, sendo esses os municípios com maior
incidência, os quais representam, juntos, aproximadamente 55,0% dos casos do Estado.
É importante considerar que a contribuição desses municípios para a população do
Maranhão, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de
menos de 20,0%. Assim, percebe-se que há uma discrepância entre esses dados, fato que
pode ser explicado pela tendência de cidades mais populosas terem mais acesso aos
serviços de saúde e, portanto, maiores e melhores notificações.

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A respeito da faixa etária dos casos, a incidência é maior em mulheres de 20 a 29,
com 622 registros (32,6%) e, à medida em que a idade avança, a tendência é que os casos
diminuam progressivamente, conforme foi observado por Fattah e Lima, em 2020. Vale
ressaltar, que dentre o grupo das adolescentes de 15 a 19 anos (n=553), a lesão
autoprovocada representa 25% de todas as notificações de violência contra essa faixa
etária, corroborando com o aumento alarmante dos casos de suicídio entre os jovens
atualmente.
No que se refere à raça das mulheres (n=1869), a prevalência dos casos foi contra
pardas (70,0%), seguida por brancas (17,7%) e pretas (7,5%). Indígenas e amarelas
somaram menos de 2,0%. A elevada incidência de casos entre a população parda pode ser
explicada pelas características étnicas do Maranhão, o qual possui, segundo o IBGE, 68%
da sua população composta por pessoas pardas.
Mulheres com menor grau de escolaridade apresentaram o maior percentual de
violência autoprovocada. Nesse estudo (n=1902), houve mais casos de lesão em mulheres
com ensino fundamental incompleto (23,2%), fundamental completo (8,7%), médio
incompleto (14,5%) e médio completo (21,5%) em comparação ao superior incompleto
(5,7%) e superior completo (4%). Assim, observa-se que o grau de instrução é fator
protetor para a violência autoprovocada, visto que quanto maior o avanço nos estudos,
menor a ocorrência desses atos, enquanto a literatura afirma que o baixo nível educacional
é um fator de risco para a violência.
A residência foi o local de maior ocorrência da violência, com 1.581 casos
(82,9%), enquanto 104 notificações ocorreram em vias públicas. Esses valores se
assemelham aos dados do Ministério da Saúde (2020), e a preferência pelo ambiente
doméstico explica-se por ser um recinto fechado, que permite a privacidade dos
indivíduos.
Quanto aos meios empregados, nota-se que em 860 dos casos (45%) foi escolhido
o envenenamento, seguido por objetos perfurocortantes em 340 (17,8%), enquanto a arma
de fogo em apenas 24 deles (1,2%). Dessa forma, os dados analisados também estiveram
em consonância com a literatura, que afirma que a escolha de métodos menos letais é
mais recorrente entre as mulheres. Assim, apesar da taxa de suicídio efetivo ser mais
elevada entre homens, as mulheres são as que mais fazem tentativas.
Verifica-se que 2019, com 767 casos (40,2%), foi ano com o maior número de
notificações, enquanto 2009, com apenas 2 (0,1%), foi o menor. Pode-se inferir uma
possível melhora nas notificações. No entanto, deve-se frisar a importância da constante
capacitação dos profissionais de saúde, uma vez que eles são essenciais para o
reconhecimento e encaminhamento dos casos.
A violência física teve uma maior associação com a autoprovocada, com
percentual de 47,8%; enquanto a violência sexual correspondeu a apenas 2,15%. Diante
disso, pode-se inferir a possibilidade de omissão desses casos, devido a fatores
psicossociais, a exemplo de medo do agressor, vergonha e ameaças.

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Outrossim, para 914 mulheres (47,9%) a autoagressão não acontecia pela primeira
vez. Sabe-se que qualquer ato de violência autoprovocada, mesmo na ausência de
intenção letal, implica em maior risco de suicídio. Sobreviventes de tentativas de suicídio
têm um risco expressivamente maior de cometerem suicídio posteriormente em
comparação à população geral e esse risco aumenta após o primeiro ano da tentativa
anterior. Por isso, as vítimas devem ser direcionadas para a rede de apoio. No que tange
aos encaminhamentos dessas mulheres que são acolhidas nas unidades, no geral, vê-se
uma grande perda delas no sistema, visto que apenas 4% e 2,3% são encaminhadas para
o ambulatório e internação, respectivamente; logo, há falhas nesse processo que precisam
ser investigadas, afim de evitar a progressão desses casos.
Ademais, observou-se uma falha na evolução do quadro dessas pacientes, uma
vez que apenas 15,9% receberam alta, 0,2% praticaram evasão/fuga e 0,2% evoluíram
para óbito, enquanto em 83,3% do total dos casos constavam os campos Ignorado/Em
branco, ou seja, pode-se inferir que houve perda do prognóstico e evolução do quadro
dessas pacientes.

Tabela 1: Características dos casos notificados de violência autoprovocada entre


mulheres a partir de 15 anos. Maranhão, Brasil. 2009-2019.

n %

Faixa etária

15-19 553 29,0

20-29 622 32,6

30-39 420 22,0

40-49 174 9,1

50-59 82 4,3

60 anos ou mais 56 2,9

Município de ocorrência

São Luís 416 21,8

Imperatriz 339 17,7

Caxias 295 15,4

Outros 857 44,9

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Local de ocorrência

Residência 1581 82,9

Via pública 104 5,4

Outros 222 11,5

Meio de agressão

Objeto perfurocortante 340 17,8

Envenenamento 860 45,0

Arma de fogo 24 1,2

Outros 683 35,8

Associação com outras tipologias de violência

Violência física 911 47,8

Violência sexual 41 2,1

Violência psicológica/moral 428 22,4

Encaminhamento

Encaminhamento ambulatorial 76 4,0

Internação hospitalar 45 2,3

Em branco 1757 92,1

Fonte: Elaborado pelos autores, 2021.

CONCLUSÃO
Observou-se expressiva quantidade de casos notificados de lesões autoprovocadas
no estado do Maranhão, no período de 2009 a 2019. Ainda que isso possa indicar melhoria
na notificação, o cenário requer atenção e novos estudos, tanto sob a ótica científica
quanto de políticas públicas, para conhecer e abordar as especificidades da violência
autoinfligida em mulheres.
Assim, urge preparar estrutural e funcionalmente a rede de saúde para receber
essas vítimas de forma adequada, por meio, principalmente, da contínua capacitação dos
profissionais de saúde para reconhecimento e manejo das ocorrências. Uma vez que todo

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ato de violência autoprovocada determina maior risco de suicídio, é imprescindível
assegurar às vítimas encaminhamento correto e seguimento efetivo do quadro, de modo
a evitar a perda da evolução, atualmente comum.

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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: ARMADILHAS DE UM CRIME
CULTURALMENTE NORMATIZADO

Davidson Monteiro de Almeida1; Sara Regina Alves dos Santos2; Ana Beatriz Santos de
Oliveira3; Lohana Guimarães Souza4; Tailande Vensceslau Carneiro5 ; Laís Andrade da
Silva6 Natiane Nascimento de Oliveira7 .
1
Bacharel em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
2
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
3
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
4
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
5
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
6
Bacharela em Saúde pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e graduanda em
Medicina pela UFSB.
7
Enfermeira pela Unime, e pós graduada em saúde pública com ênfase em saúde da
família
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Com o objetivo de relatar as experiências dos discentes da UFSB com a realização do
projeto de extensão, o presente trabalho trata-se de um relato de experiência, que se deu
através de discentes do bacharelado interdisciplinar em saúde da Universidade Federal do
Sul da Bahia (UFSB), situado na cidade de Itabuna - BA, acerca do projeto de extensão
“Violência obstétrica: Armadilhas de um crime culturalmente normatizado.” Conclui-se
que fica evidente que uma das possibilidades de se evitar a violência obstétrica é por
meio da educação e comunicação em saúde que vem nos mostrando ser um instrumento
que pode mudar a vida das gestantes e de seus familiares trazendo conhecimentos e
autonomia sobre seus direitos na hora do parto.
Palavras-chaves: educação em saúde; comunicação em saúde; violência obstétrica;
saúde pública; gestantes.
INTRODUÇÃO

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A expressão “Violência obstétrica” (VO) é utilizada para descrever e referenciar
diversas formas de danos causadas às parturientes, comportamento geralmente oriundo
de profissionais de saúde, que não se limitam ao momento do parto, mas em todo o
processo da gestação, parto e puerpério que violam a dignidade e respeito a elas. É
constante os relatos de ações que violentam as gestantes. As ações podem se caracterizar
por maus tratos físicos, psicológicos, e verbais, assim como procedimentos
desnecessários e invasivos como episiotomias, restrição ao leito no pré-parto, tricotomia,
ocitocina de rotina e ausência de acompanhante.
O Brasil ainda é um dos países que não possuem lei federal que especifique esse
tipo de crime, segundo um levantamento feito pela pesquisa Mulheres Brasileiras e
Gênero nos Espaços Público e Privado, comandado pela fundação Perseu Abramo, aponta
que uma a cada quatro mulheres já sofreu algum tipo de violência no processo parturitivo.
Reforçando a necessidade de debates relacionados ao tema em questão.
Vale ressaltar que o viés racial também está presente, pois a realidade ainda é mais
grave entre mulheres negras no atendimento, elas são mais afetadas por terem o pré-natal
mais fragilizado e questões raciais das quais são vítimas a todo momento. É comum
mulheres negras relatarem que médicos se recusam a aplicar a anestesia ou que realizam
o exame do toque de forma dolorosa, esse comportamento é explicado pela máxima
racista de que mulheres negras são mais resistentes à dor. Dados mostram que cerca de
60% das mulheres vítimas de mortes maternas são negras, e que 90% de todas as mortes
maternas poderiam ser evitadas com o atendimento correto.
Muitos estudos mostraram resultados excessivos de VO, onde muitas das prática
causa alto risco de complicações, sendo dolorosas e muitos procedimentos
desnecessários. Visto que, é necessário analisar e intervir a assistência que as puérperas
têm, explanar a elas sobre o que é a violência obstétrica e todos os direitos que são
asseguradas na hora de seu parto.
Ainda que a Lei 11.108 de 2015, garanta a presença de um acompanhante no
decorrer do trabalho de parto, reforçado pela literatura que o acompanhante pode trazer
benefícios à gestante, é possível observar que por vezes tal direito não é respeitado, com
a justificativa que o SUS não tem obrigação de seguir a medida, ou que pode atrapalhar
os profissionais presentes.
Com o cenário atual que abdica de direitos humanos em prol do tecnicismo,
sensibilizar a comunidade acadêmica em especial os bacharelandos da área da saúde de
suas responsabilidades torna-se mais que necessário, compreendendo que futuramente
estarão no posto de tomadas de decisões no que diz respeito a saúde do outro.
Para tanto, a educação em saúde possui a finalidade de integrar os diversos
saberes, como o científico, o senso comum e principalmente o popular, possibilitando que
os indivíduos envolvidos desenvolvam uma visão crítica acerca da assistência de saúde,
como exemplo a violência obstétrica.

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Sendo assim, a motivação para a realização deste trabalho nasceu a partir da
experiência adquirida em um projeto extensionista dentro da Universidade Federal do Sul
da Bahia (UFSB), no campus Jorge Amado, cujo tema foi “Violência obstétrica:
Armadilhas de um crime culturalmente normatizado”, organizado pelos discentes do
Bacharelado Interdisciplinar em Saúde.
Nesta perspectiva, o presente trabalho objetiva relatar as experiências dos
discentes da UFSB com a realização do projeto de extensão “Violência obstétrica:
Armadilhas de um crime culturalmente normalizado", no município de Itabuna, a fim de
alertar sobre a violência obstétrica.

OBJETIVOS
O presente trabalho objetiva relatar as experiências dos discentes da UFSB com a
realização do projeto de extensão “Violência obstétrica: Armadilhas de um crime
culturalmente normalizado", no município de Itabuna, a fim de alertar sobre a violência
obstétrica.

METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, que se deu através de discentes do
bacharelado interdisciplinar em saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB),
situado na cidade de Itabuna - BA, acerca do projeto de extensão “Violência obstétrica:
Armadilhas de um crime culturalmente normatizado.” apoiado pelo edital nº 07/2019 da
Pró-reitoria de Sustentabilidade e Integração Social (PROSIS).
A escolha do tema foi realizada a partir de diversos debates realizados em
componentes curriculares que abordam a saúde da mulher, sempre trazendo
levantamentos apontados pela literatura que versavam sobre a falta de informação da
gestante acerca de seus direitos no parto.
O momento contou com 50 participantes presentes no auditório da UFSB, com
faixa etária de 18 a 45 anos. Dentre as participantes, estavam presentes acadêmicas
internas da universidade e externas sendo estudantes da área da saúde, direito e outras
áreas não identificadas e foi possível contar também com a comunidade local.
Para a realização do projeto foram convidadas 3 palestrantes, que possuem em seu
currículo graduação em enfermagem com atuação na obstetrícia na rede pública de saúde,
e atuam na região em movimentos em defesa do parto humanizado e contra a violência
obstétrica. O evento iniciou às 14:00h com credenciamento dos participantes e
acolhimento do público alvo. Para realização do acolhimento foi realizada uma abertura
artística que retrata o tema em questão. Às 15:00h iniciou a Mesa de Abertura: Lançando
luz sobre a violência obstétrica, contando com a presença de Três profissionais da área de
saúde, que participam de projetos ou movimentos pela humanização ao atendimento da
gestante, este momento se estendeu até às 16:00h. A partir das 16:00h os participantes

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foram conduzidos por 30 minutos por um passeio em uma exposição que estava localizada
no Pátio da universidade, esta exposição aborda uma alusão histórica dos momentos mais
graves da violência obstétrica e também fatos importantes sobre direitos garantidos que
protejam a mulher gestante de violências. Das 16:30h às 17:30h aconteceu a palestra cujo
tema: “ Por que a atenção ao parto deve ser humanizada?’’. Após essa palestra ocorreu o
momento do Coffe Break das 17:30h às 18:20h e logo após aconteceu uma roda de
conversa com profissionais e mulheres que passaram por violência obstétrica, cujo tema
foi Desafios para uma assistência humanizada, finalizando 21h.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio desta experiência em educação e comunicação em saúde, foi
compreendido o quanto as gestantes presentes não têm conhecimento suficiente sobre
seus direitos que garantam autonomia na hora de seu parto.
A carência de informação mostra o quão importante é fazer educação em saúde
no período gestacional contribuindo em uma assistência integrada e humanizada. É
necessário que os profissionais de saúde estejam dispostos a ter um novo olhar sobre as
possibilidades dos cuidados obstétricos, reforçado pelo direito da mulher de um parto
seguro e sem violências, e reforcem tais informações às gestantes, para que as mesmas
estejam informadas de seus direitos.
Um dos deveres enquanto profissionais, que muitas vezes não é praticado, é a
orientação por meio de ações educacionais quanto a escolha do procedimento a ser
realizado, pois um destes procedimentos é a cesariana, a mesma apresenta diversos
malefícios para mãe e bebê, sobretudo se utilizada de forma antecipada e desnecessária.
A Violência Obstétrica está relacionada a diversos fatores, sendo eles
socioeconômicos e raciais. Os serviços públicos de saúde no Brasil, onde são atendidas
mulheres com baixa escolaridade e baixa renda, evidenciam que as mesmas na maioria
das vezes são consideradas sem autonomia e sem capacidade de decidir sobre seu corpo
no parto.
A realidade atual no Brasil mostra o quanto as mulheres acabam ficando mais
vulneráveis, sendo negadas a ela assistência e consequentemente negado o seu direito ao
parto sem violência.
A cada história vivenciada no ciclo de palestras, demonstra o quanto a educação
em saúde se mostra eficaz na vida de mulheres no período gestacional, tal fato é reforçado
pela literatura que evidencia como as práticas de educação em saúde mostram-se como
abordagem efetiva capazes de garantir e ofertar informações a quem precisa, atrelado às
metodologias ativas de aprendizagem é possível atrelar o conhecimento científico a
realidade e necessidade de cada público.
CONCLUSÃO

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Destarte, fica evidente que uma das possibilidades de se evitar a violência
obstétrica é por meio da educação e comunicação em saúde que vem nos mostrando ser
um instrumento que pode mudar a vida das gestantes e de seus familiares trazendo
conhecimentos e autonomia sobre seus direitos na hora do parto.
A construção destes debates dentro da Universidade Federal do Sul da Bahia, com
o apoio da comunidade acadêmica, profissionais de saúde (palestrantes) e comunidade
externa, abrilhantou o ciclo de palestras onde a construção do saber foi coletiva, como
mulheres que já passaram por situações de violência sensibilizaram a todos sobre a
importância e a necessidade que o tema traz. No entanto, é importante reforçar o quanto
os profissionais de saúde estejam abertos a desenvolver novas formas de cuidado as
parturientes respeitando seus direitos e sua autonomia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FATORES ETIOLÓGICOS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E ESTRESSE
MENTAL EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Pedro Henrique de Souza Domingues1


1
Graduando em Enfermagem pela Universidade de Brasília
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A saúde mental se define como um estado de bem-estar no qual o indivíduo é
capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo
e contribuir com a comunidade. Dentro do contexto do acadêmico, nota-se que a saúde
mental não está preservada, o que é observado por meio do constante noticiamento da
mídia acerca de casos de suicídios de estudantes dentro da própria universidade. Sabe-se
então que conhecer os fatores etiológicos da ansiedade, da depressão e do estresse no
estudante universitário se faz necessário. Observou-se que a alta carga de dedicação, a
cobrança por uma boa performance acadêmica, a alta demanda, e o sono irregular, são os
principais fatores etiológicos para o desenvolvimento de transtornos mentais. Ficou claro
a necessidade de mudanças na forma de avaliação e ensino desses alunos, de forma a
melhorar a aprendizagem e minimizar o desconforto causado pela pressão exercida sobre
eles.
Palavras-chaves: Saúde Mental; Saúde do Estudante; Universidade; Ansiedade; Estresse
Psicológico.

INTRODUÇÃO
Hodiernamente, vê-se uma crescente preocupação, acerca do tema de saúde
mental. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa temática da saúde tem
por definição o estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias
habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua
comunidade.
Partindo desse conceito, entende-se que a saúde mental possui três pilares
fundamentais: Ocupa uma posição integral dentro da saúde, vai muito além da ausência
de doenças, e possui uma íntima ligação com a saúde física e com o comportamento
Dentro do contexto do acadêmico, há o noticiamento constante da mídia acerca
de casos de suicídios de estudantes dentro da própria universidade, resultados de
depressão, transtornos de ansiedade e estresse mental. Cremasco e Baptista (2017) em sua
pesquisa acerca de depressão e suicídio em estudantes universitários, revelou que cerca
de 15% a 25% dos graduandos irão desenvolver algum tipo de transtorno mental.

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Sob esse contexto, percebe-se que conhecer os fatores etiológicos da ansiedade,
da depressão e do estresse no estudante universitário constitui um importante ponto
norteador para o desenvolvimento de estratégias que possam prevenir essas condições, ao
passo que há um direcionamento e um melhor encaminhamento de alunos com saúde
mental debilitada.

OBJETIVOS
Conhecer os fatores etiológicos da ansiedade, da depressão e do estresse no
estudante universitário e pensar em estratégias que atenuam a prevalência de transtornos
mentais em universitários

METODOLOGIA
Para responder à questão norteadora e alcançar o objetivo proposto, foi escolhida
a revisão integrativa da literatura. A busca foi realizada nas bases de dados Pubmed,
SciELO, LILACS, CINAHL e SCOPUS, com os seguintes descritores: Etiologia,
Estudantes Universitários, Ansiedade, Estresse psicológico e Transtorno Depressivo. A
validação dos dados foi realizada por pares de pesquisadores. A análise dos artigos
selecionados foi realizada por meio de leitura crítica agrupando-os por similaridade de
abordagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 63 artigos, dos quais 23 foram excluídos por duplicação. Na
segunda etapa de análise, 40 artigos foram avaliados pelo seu resumo, dos quais 15 artigos
não estavam relacionados ao tema, população e país de origem (Brasil) e 1 artigos não
estava disponível. Posteriormente, o autor e a coautora leram os artigos na íntegra. Por
fim, foram analisadas as referências dos artigos obtidos após busca nas bases de dados e
após o processo de seleção, 62 artigos científicos foram incluídos no presente estudo.
Por meio da análise dos dados, foram identificados inúmeros fatores estressores
que potencializam a probabilidade dos alunos universitários desencadearem ansiedade,
estresse ou depressão. Os fatores mais citados entre os artigos foram: Preocupação com a
performance acadêmica, a alta demanda que a universidade exige do alunos e questões
familiares juntamente com relacionamentos amorosos (19,3%), 14,5% mostraram que
problemas financeiros são responsáveis por causar ansiedade e estresse, 13% atribuíram
questões relacionadas ao sono, provas e relacionamento interpessoais construídos na
própria universidade como etiologia da falta de saúde mental, 6,4 % mostraram que as
causas eram déficits cognitivos (falta de memória, TDAH), traumas acontecidos na
infância e mudar para longe de sua origem, 4,8 % eram devido à pressão exercida pela
sociedade em terminar o curso e ser bem sucedido, 3,2% devido ao próprio ambiente
universitário e à falta de cuidado com a saúde física (falta de exercício físico, alimentação
inadequada, etc).

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Por fim, foram abordadas etiologias que tiveram sua citação em apenas um único
artigo, representando 1,6%: Sofrer ansiedade no período pré-universitário (Ensino
fundamental e médio), a transição do Ensino Médio para o ambiente Universitário, Gene
ASIC1, processo de ingresso e admissão da universidade e formas de aprendizado.

A partir dos resultados obtidos da análise dos artigos que se encaixaram com a
pergunta de pesquisa proposta, os achados revelam que alunos universitários se
encontram suscetíveis para o desenvolvimento de estresse, depressão e ansiedade.
A partir da observação de que a alta carga de dedicação, a performance acadêmica,
a alta demanda, o sono irregular, a tensão pré-provas e testes são os principais fatores
etiológicos para o desenvolvimento de transtornos mentais, evidencia-se a necessidade de
novas formas de avaliação e novas estratégias educacionais, que permitam um melhor
desempenho do aluno e alívio dos sintomas de ansiedade e estresse. Uma possível
estratégia abarcada na literatura é a utilização de metodologias ativas, pois buscaria tornar
o aluno o centro do processo de aprendizagem, além de mais crítico e reflexivo, resultando
em um ensino menos massivo.
Nesse contexto social é fundamental que a instituição ofereça apoio aos seus
alunos, principalmente aos alunos dos extremos dos cursos, aos calouros pela grande
mudança e adaptação a serem submetidos e aos formandos, pela pressão de conclusão do
curso.
CONCLUSÃO
Com base no levantamento, conclui-se que vários trabalhos relataram sobre as
causas de distúrbios mentais nos estudantes e que a alta demanda acadêmica seria um dos
fatores mais relatados, seguida de questões familiares e sociais. É importante relatar que
muitas demandas encontradas nos artigos seriam de fácil reversão, visto que a grande
maioria das etiologias encontradas são tratáveis ou evitáveis, o que traria um grande
benefício à vida acadêmica e social desses estudantes.
Fica claro também a necessidade de mudanças na forma de avaliação e ensino
desses alunos, de forma a melhorar a aprendizagem e minimizar o desconforto causado
pela pressão exercida sobre eles, assim como o apoio das instituições de ensino para
garantir sua saúde mental.
Por fim, vê-se então a urgência de tomada de medidas que ajudem os
universitários a manterem sua saúde mental, de forma a atingir todas as esferas da vida
desses universitários. Vale ressaltar que esses estudantes serão futuros profissionais e que
sua formação, tanto acadêmica quanto humana, definirão seu futuro sucesso.

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA - ULTRASSONOGRAFIA ARTERIAL
COM DOPPLER

Acaciéliton Antunes Gonçalves de Britto1, Dayane Cristina de Castro2, Francisco


Henrique Alves dos Santos3, Marli Terezinha Alves Tavares4.
1,2,3,4
Graduandos (as) em Radiologia do Centro Universitário Unigran Capital
[email protected]

RESUMO

O objetivo foi descrever a importância do exame de Ultrassonografia Arterial com


Doppler de MMII para o estudo e diagnóstico da trombose e embolia. Metodologia
descrição de um caso clínico com representatividade de exames de imagens sempre
acompanharam a vida do paciente, que nascendo com apenas um ventrículo, foi
submetido a cirurgia de correção ainda recém-nascido devido ao posicionamento errôneo
adotado pela criança desenvolveu cifose e lordose acentuada, no decorrer dos anos seu
organismo passou a produzir grande volume sanguíneo o que pode ter levado a uma
trombo embolia femoral, o exame de ultrassonografia com doppler foi fundamental para
diagnóstico e escolha da melhor técnica a ser utilizada se de intervenção ou apenas
paliativa.
Palavras-chaves: Radiologia Intervencionista – Trombo – Embolia – Ultrassonografia
com Doppler

INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade e com as inovações tecnológicas Radiologia vem acompanhando


e desenvolvendo, protocolos, software e procedimentos na Radiologia Intervencionista
classificada com uma especialidade médica que atua realizando intervenções
minimamente invasivas guiadas por imagens, para ablação, biópsia, avaliação
diagnóstica, tratamento de aneurisma entre outros. Os procedimentos normalmente são
realizados por via percutânea ou endovascular, por meio de pequenas punções por onde
o médico introduz fios, cateteres e drenos até o local desejado a fim de realizar um
tratamento ou diagnóstico específico em diversas partes do corpo, usando equipamentos
da imaginologia, como por exemplo: Raios-X, Tomografia Computadorizada,
Ultrassonografia, Ressonância Magnética (BISCOTTO, 2019).
Com o avanço das pesquisas nas áreas da saúde e o crescimento acentuado das tecnologias
a Radiologia Intervencionista vem se destacando, sendo considerada fundamental para
avaliação e procedimentos clínicos de baixa e alta complexidade, utilizando técnicas

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minimamente invasivas. Baseado nestes contextos indagamos, quais são os meios
utilizados para realização desses procedimentos que estão sendo considerados
potencialmente seguros. Para entender sobre o assunto foi escolhido um caso clínico onde
as decisões foram tomadas a partir de resultados de exame de Ultrassonografia arterial
com doppler de MMII (BISCOTTO, 2019)

OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho foi descrever a importância do exame de Ultrassonografia


Arterial com Doppler de MMII para o estudo e diagnóstico da trombose e embolia arterial
e como este exame auxiliou na identificação do melhor método para o tratamento de um
paciente com trombo femoral.

METODOLOGIA

Este estudo é qualitativo, descritivo, e foi baseado em dados de buscas como a Scielo e
Google Acadêmico, bem como um relato de caso clínico. O estudo foi conduzido na
disciplina de Radiologia Intervencionista do 6º semestre do CST em Radiologia, no
Centro Universitário Unigran Capital. Para pesquisa foram utilizados como descritores:
Radiologia Intervencionista, embolia, trombose, trombo, ultrassonografia arterial com
doppler. O estudo está embasado na resolução 510 de 2016 do Conselho Nacional de
Saúde, respeitando a autonomia e sigilo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Paciente brasileiro, pardo, 25 anos do sexo masculino, solteiro, natural e domiciliado em


Campo Grande Mato Grosso do Sul. Durante o período de pré-natal, após a realização de
ultrassonografia de rotina evidenciou-se uma anomalia genética na área cardíaca, o
paciente apresentava apenas o ventrículo esquerdo, ainda recém-nascido foi submetido à
cirurgia na tentativa de desviar o fluxo sanguíneo, após esse procedimento os resultados
foram favoráveis, porém outros desenvolveu outros problemas. Paciente desenvolveu
Cifose acentuada (alteração óssea na coluna torácica). Após anos de tratamento e diversas
mudanças na equipe médica, diagnóstico por imagem se tornou uma prática recorrente
para avaliação, controle e sobrevivência. Nos últimos meses o paciente teve dor
persistente na coxa direita, foram relatados à nova equipe médica que suspeitou que
pudesse ter envolvimento com a alta taxa de sangue produzida pelo seu organismo, já que
de tempos em tempos ele precisa repetir procedimentos de drenagem do excesso sangue
produzido pelo organismo. Nos procedimentos Intervencionista (Eco Doppler Arterial de
MMII's) os resultados foram significativos, porém sem uma correlação com a produção
excessiva do sangue, mas diagnóstico foi um trombo no terço médio da femoral direita
que interrompeu o fluxo sanguíneo. Dessa forma a equipe tomou a decisão de
procedimentos realizando intervenção e tratamento paliativo, buscando amenizar a dor e
proporcionar qualidade de vida ao paciente.

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De acordo com Brontrager e Lampignano, (2015) a ultrassonografia arterial com doppler
de MMII’s é um exame para avaliar o fluxo e a direção sanguínea, auxiliando no
diagnóstico de doenças no sistema cardiovascular, nas artérias do abdômen, pelve,
extremidades inferiores e superiores. A tecnologia doppler com fluxo colorido permite
um mapeamento mais preciso dos vasos e artérias, facilitando a visualização de possíveis
patologias arteriais e venosas, auxiliando no diagnóstico e facilitando o início de
tratamentos mais rápidos.

CONCLUSÃO
Conclui-se que, todo procedimento médico deve ser analisado buscando o melhor para
o paciente, nem sempre uma intervenção drástica é a melhor escolha, os exames de
imagens auxiliam nesta tomada de decisões sendo considerado essencial para finalizar
o diagnóstico ou meio de tratamento.
Mediante o exposto, observa-se a importância e a eficiência da Radiologia
Intervencionista para a medicina atual.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BISCOTTO, Igor. Radiologia Intervencionista: confira tudo sobre a especialidade


médica. 2019. Disponível em: https://pebmed.com.br/radiologia-intervencionista-
confira-tudo-sobre-a-especialidade-medica/. Acesso em: 15 out. 2021.

BRONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P.. Tratado de Posicionamentos


Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 825 p.

CANEVARO, L. Aspectos físicos e técnicos da Radiologia Intervencionista. Revista


Brasileira de Física Médica, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 101–115, 2015. DOI:
10.29384/rbfm.2009.v3.n1.p101-115. Disponível em:
https://www.rbfm.org.br/rbfm/article/view/50. Acesso em: 28 set. 2021.

ALCÂNTARA, Viviane Q.M. de et al Oclusão arterial aguda de membros inferiores


por êmbolo tumoral em paciente com neoplasia de pulmão. Relatos de Caso • J. vasc.
bras. 11 (4) Dez 2012. https://doi.org/10.1590/S1677-54492012000400015. Acesso em:
14 de outubro de 2021.

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ALEITAMENTO MATERNO: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS -
REVISÃO INTEGRATIVA

Paula Trindade Ferreira1; Hewerton Côrtes de Castro2; Isadora Cristina dos Passos
Silva3; Ana Clara Conceição4; Bianca Cristina de Silva de Assis5; Sumaya Giarola
Cecílio6; Larissa Mirelle de Oliveira Pereira7; Samyra Giarola Cecílio8

1,2,3,4 Graduando em Enfermagem pelo Centro Universitário Presidente Tancredo de


Almeida Neves.

5 Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.

6 Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Minas Gerais.

7 Bióloga. Docente Auxiliar do Centro Universitário Presidente Tancredo de Almeida


Neves.

8 Farmacêutica-bioquímica. Docente Auxiliar do Centro Universitário Presidente


Tancredo de Almeida Neves.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo investigar a prevalência de Aleitamento Materno


Exclusivo (AME) e Complementar (AMC), assim como os fatores associados, em cenário
nacional, nos últimos três anos, por meio de revisão integrativa. Os critérios de
elegibilidade foram: artigos disponíveis na íntegra, publicados de julho de 2018 a 2021,
nos idiomas português e inglês. Dos 298 identificados, 25 compuseram a amostra final.
Observou-se predomínio dos estudos transversais. Comparados com o último índice de
AME no Brasil, apenas 12 estudos apresentaram prevalências superiores. Para o AMC,
as prevalências registrada foram desde o nascimento até os 24 meses de idade. Como
fatores de proteção foram identificados principalmente: licença maternidade e maior
idade materna e como fatores de interrupção, especialmente uso de chupeta e mamadeira.
Na maioria dos estudos selecionados, as taxam encontram-se aquém das recomendações
do órgãos nacionais e internacionais. Identificar os fatores associodos possibilita maior
direcionamentos das estratégias de Saúde Pública.

Palavras-chaves: Prevalência; Aleitamento materno exclusivo; Aleitamento materno


complementar; Desmame.

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas


para a Infância (UNICEF) recomendam que as crianças iniciem a amamentação na

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primeira hora do nascimento e sejam amamentadas exclusivamente durante os primeiros
seis meses de vida, de modo que nenhum outro alimento ou líquido seja fornecido,
incluindo água (WHO, 2021), seguido de amamentação contínua com alimentos
complementares apropriados por até dois anos ou mais (WHO, 2003).

Apesar de todos os benefícios conhecidos e das recomendações acerca do


aleitamento materno exclusivo, e, ainda, do aumento dos índices de aleitamento no Brasil
nos últimos anos, o índice de amamentação exclusiva, entre os menores de seis meses,
entre fevereiro de 2019 e março de de 2020, é de apenas 45,7%. Ainda, apenas 53% das
crianças brasileiras continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida (BRASIL,
2020).

A interrupção do aleitamento materno exclusivo antes dos seis meses pode


ser desencadeada por vários fatores, como renda familiar per capita, visita domiciliar
puerperal, hábito de chupeta, experiência prévia de aleitamento, apoio paterno, grau de
escolaridade da mãe, entre outros (ARAUJO et al., 2008; CARVALHO et al., 2018). O
aleitamento até os dois anos de idade também encontra-se aquém das recomendações da
OMS (CHAVES; LAMOUNIER; CÉSAR, 2007).

OBJETIVOS

Investigar a prevalência de AME e AMC, assim como os fatores


associados, em cenário nacional, nos últimos três anos.

METODOLOGIA

Revisão integrativa da literatura que seguiu as seguintes etapas: i)


definição da questão de investigação; ii) levantamento bibliográfico; iii) Definição das
informações selecionadas e categorização dos estudos; iv) Avaliação do material
selecionado; v) Interpretação dos resultados; vi) Apresentação da revisão e síntese. A
seguinte questão de pesquisa foi formulada: Qual a prevalência do aleitamento materno
exclusivo e complementar assim como os fatores associados, em cenário nacional, nos
últimos três anos?

As bases de dados consultadas foram: Scientific Electronic Library Online


(SciELO), PubMed e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). Os descritores controlados foram extraídos do Medical Subject Headings
(MeSH) e Descritores em Saúde (DeCS), nas línguas inglesa e portuguesa,
respectivamente, a saber: Prevalence/Prevalência e Aleitamento materno/Breastfeeding.
Para desenvolver a estratégia de busca, utilizou-se a combinação entre os operadores
booleanos OR e AND: (prevalência OR prevalence) AND (aleitamento materno OR
breastfeeding).

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Os critérios de elegibilidade foram: artigos disponíveis na íntegra,
publicados no período de julho de 2018 a 2021, nos idiomas português e inglês, com
estudos realizados no Brasil. Foram excluídos artigos provenientes de dados secundários,
relatos de caso, dissertações e teses, e/ou duplicados em bases de dados, ou, ainda, os
artigos que se limitavam ao tema “intenção de amamentar” e que avaliaram a
amamentação apenas na primeira hora de vida.

Para serem incluídos, era necessário que os artigos abordassem a


prevalência de AME ou AMC e/ou fatores que contribuíram para a manutenção ou
interrupção da prática. Os artigos selecionados inicialmente foram avaliados em texto
completo. As variáveis coletadas e analisadas da amostra final foram: a) características
gerais: título do artigo; ano de publicação, região em que o estudo foi desenvolvido; b)
informações específicas: tipo de estudo, prevalência do AME e/ou AMC, fatores que
contribuíram e prejudicaram a manutenção da prática.

O percurso metodológico traçado se encontra sumarizado na Figura 1.

Figura 1 – Sumarização da coleta de dados.

Fonte: os autores (2021).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram incluídos 25 artigos na amostra final, no idioma português (23) e inglês (2).
Quanto ao tipo de estudo, observou-se predomínio dos estudos transversais (72%), o que

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corresponde a 18 estudos, seguido de seis estudos de coorte (24%) e um de intervenção
(4%). A busca permitiu identificar artigos realizados na região Norte (2), Nordeste (9),
Distrito Federal (1), Sudeste (5) e Sul (5), além de 3 estudos que abrangeram dados de
vários estados. Comparados com o último índice de AME no Brasil (de 45%) (BRASIL
2020), dos 22 estudos que mediram a prevalência, apenas 12 apresentaram prevalências
superiores, sendo a maior taxa encontrada em Uberlândia, Minas Gerais, em 2017 (85,7%
ao sexto mês) (SOUZA et al., 2020), enquanto a menor taxa registrada foi de 7,9%, no
Paraná (2017- 2018) também no sexto mês (BAIER et al, 2020). Para o AMC, houve uma
grande variação dos períodos registrados, com prevalências deste tipo de aleitamento
desde o nascimento (2,9% para estudo realizado em Picos, no Piauí) (SILVA et al., 2018)
até os 24 meses de idade, com taxas de 58% em Pelotas Rio Grande do Sul (AMARAL
et al., 2020); 35,9% em Coelhos, Pernambuco (SILVA et al., 2019). Pode-se observar que
na maioria dos estudos selecionados, as taxam encontram-se aquém das recomendações
do Ministério da Sáude e OMS.

Quinze dos 25 estudos selecionados apresentaram fatores que contribuíram para a


manutenção da prática de aleitamento. Foram identificados como fatores de proteção:
licença maternidade e maior idade materna em três dos quinze estudos (20%); não
trabalhar fora de casa, maior escolaridade materna e consultas de puericultura em dois
dos quinze estudos (13,33%); mais consultas de pré-natal; apoio da família e profissional,
alto escore de autoeficácia para amamentação, intervenção educativa com as mães; não
apresentar dificuldades de amamentação nas primeiras 24 horas, sexo masculino, não uso
de chupeta, visita domiciliar na primeira semana de vida, auxílio da avó nas atividades do
lar e nos cuidados com o recém-nascido e menor tempo de hospitalização e parto normal
para prematuros, em um dos quinze estudos (6,66%). Quanto à idade materna, estudo
apesar de três estudos terem apontado a maior idade materna como fator de proteção, a
idade menor ou igual a 27 anos e mães com idade entre 20 e 35 anos também foram
citados em dois estudos. Quanto ao número de filhos, os resultados também foram
contraditórios. Houve apontamento tanto de “mãe primigesta” como “mãe multípara”
como fator de proteção para o aleitamento materno. Cohen e colaboradores (2018)
também identificaram que mulheres com nível mais alto de escolaridade e com maior
conhecimento sobre os benefícios do aleitamento materno iniciaram a amamentação mais
cedo e a mantiveram por mais tempo.

Dezoito dos 25 estudos apresentaram fatores que contribuíram para a interrupção


do aleitamento materno. Dentre eles, pode-se citar: uso de mamadeira (apontado em 7 dos
18 estudos estudos - 38,88%), uso de chupeta e crença de leite insuficente em 6 dos 18
estudos (33,33%). O uso de chupeta associa-se à menor frequência de mamadas e uma
menor produção de leite materno, já que ocorre um menor estímulo do complexo mamilo-
areolar (BARBOSA et al., 2009; CARVALHO et al., 2018). O retorno das mães ao
trabalho também foi apontado em 3 dos 18 estudos (16,66%). No estudo de Queluz e
colaboradores (2012), também foi possível verificar que crianças que fazem uso de
chupeta e que possuem mães que trabalham fora de casa sem licença-maternidade ou
mães que não trabalham fora constituem categorias associadas à maior chance para o

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desmame precoce. O fator mais provável para abandono do AME foi o trabalho materno
fora de casa sem licença- maternidade.

Problemas na mama, como fissuras/mastite e recusa do bebê foram apontados em


dois dos 18 estudos (11,11%), além de fatores sociodemográficos, introdução de
alimentos precocemente, dificuldade de pega, baixo ganho de peso do bebê, sexo
masculino, tabagismo na gravidez, intercorrências na gestação, falta de informações sobre
aleitamento materno no pré-natal ou não ter realizado pré-natal, crenças das avós sobre
amamentação, maior renda familiar, via de parto cesárea e ausência de amamentação na
primeira hora de vida, que foram identificados em um dos dezoito estudos (5,55%).
Identificar os fatores associados é importante para melhor planejamento de intervenções
e estratégias mais eficazes em Saúde Pública (DEÇA JÚNIOR et al., 2019).

CONCLUSÃO

As taxas de AME e AMC ainda estão aquém das recomendadas por órgãos
nacionais e internacionais. Identificar os fatores associados à interrupção ou à
manutenção da prática possibilita maior direcionamentos das estratégias de Saúde
Pública.

REFERÊNCIAS

AMARAL, S. A. et al. Intenção de amamentar, duração do aleitamento materno e motivos


para o desmame: um estudo de coorte, Pelotas, RS, 2014. Epidemiologia e Serviços de
Saúde, v. 29, n. 1, e2019219, 2019.

ARAUJO, O. D. et al. Aleitamento materno: fatores que levam ao desmame precoce.


Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 4, p. 488-492, 2008.

BAIER, M. P. et al. Aleitamento materno até o sexto mês de vida em municípios da Rede
Mãe Paranaense. Revista de Enfermagem UERJ, v. 28, e51623, 2020.

BALAMINUT, T. et al. Aleitamento materno em prematuros egressos de hospitais


amigos da criança do Sudeste. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 20, 20a22, 2018.

BARBOSA, M. B. et al. Fatores de risco associados ao desmame precoce e ao período de


desmame em lactentes matriculados em creches. Revista Paulista de Pediatria, v. 27, n.3,
p.272-281, 2009.

BATISTA, C. L. C. et al. Association between pacifier use and bottle-feeding and


unfavorable behaviors during breastfeeding. Jornal de Pediatria, v. 94, n. 6, p. 596-601,
2018.

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BRANDT, G. P. et al. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo em uma
maternidade referência em parto humanizado. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia, v. 43, n. 2, p. 91-96, 2021.

BRASIL. Leite materno: índices de amamentação crescem no Brasil. 2020.

CARVALHO, M. J. L. do N. et al. Primeira visita domiciliar puerperal: uma estratégia


protetora do aleitamento materno exclusivo. Revista Paulista de Pediatria, v. 36, n. 1, p.
66-73, 2018.

CHAVES, R. G.; LAMOUNIER, J. A.; CÉSAR, C. C. Factors associated with duration


of breastfeeding. Jornal de Pediatria, v. 83, n. 3, p. 241–246, 2007.

COHEN, S. S. et al. Factors Associated with Breastfeeding Initiation and Continuation:


A Meta-Analysis. The Journal of Pediatrics, v. 203, p. 190–196, e21, 2018.

D’EÇA JÚNIOR, A. et al. Aleitamento materno complementado e fatores


associados:coorte de nascimento brisa. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 43, n. 1, p.
55-69, 2019.

FERREIRA, T. D. M. et al. Influence of grandmothers on exclusive breastfeeding: cross-


sectional study. Einstein (São Paulo), v. 16, n. 4, eAO4293, 2018.

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ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NOS CUIDADOS DO PÉ DIABÉTICO:
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Performance of nurses in the care of diabetic foot: an integrative literature review.


Desempeño de enfermeras en el cuidado del pie diabético: una revisión integradora de la
literatura.
Amanda Cristina Souza da Silva2, Gabriely Barreto da Silva2, Juliana Gonçalves Barata2,
Letícia Vitória Ribeiro Garcia2, Natália Lima De Lima2, Richellyda Cordeiro Carneiro2,
Viviane Ferraz Ferreira De Aguiar1.

RESUMO

Objetivo: Identificar as evidências científicas sobre a atuação do enfermeiro acerca dos


cuidados do pé diabético. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo Revisão
Integrativa da Literatura, realizada a partir das bases de dados: Scientific Electronic
Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). No total ficaram 8 artigos indexados do período de 2015 à 2019. Escolheu-se
para a análise dos dados Strauss e Corbin. Resultados: A partir dos artigos selecionados,
identificou-se o predomínio de artigos da bases de dados Lilacs (7 artigos), publicações
brasileiras (7 artigos), apenas um artigo do méxico e a maioria dos artigos foram
publicados no ano de 2018. A partir da leitura e utilização da análise de dados por Strauss
e Corbin (2008) emergiram 2 categorias: Fatores de risco relacionados ao pé diabético e
a Identificação do pé diabético pelo enfermeiro. Conclusão: De acordo com o estudo
realizado pode-se concluir que vários fatores de risco contribuem para a incidência do pé
diabético e cabe ao Enfermeiro repassar as orientações de prevenção e realizar a
anamnese e exame físico no paciente diabético, para não ocorrer um agravo dessas
ulcerações, sendo assim beneficiar os pacientes com ações profiláticas.
Palavras-Chave: Diabete Mellitus, Pé diabético, prevenção, cuidados de enfermagem e
autocuidado.

INTRODUÇÃO

A Diabete Mellitus (DM) é uma das doenças crônicas mais importantes no cenário da
saúde atual, por ter uma elevada causa de mortalidade e morbidade. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que o número de pessoas com diabetes
para 2030 será de mais ou menos 90 milhões com faixa etária dos 65 anos e 130 milhões
para pessoas de 45 a 64 anos (BRAGANÇA C.M et.al, 2017)
A falta de monitoramento pode causar complicações em diferentes partes do organismo,
isso porque em longo prazo, a hiperglicemia danifica os nervos e vasos sanguíneos,
afetando o sistema cardiovascular entre outros problemas de saúde. Dentre os

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acometimentos que a doença pode acarretar há em destaque o pé diabético, definido como
ulceração ou uma destruição dos tecidos profundos agregado a anormalidades
neurológicas e muitos níveis de doença vascular periférica (DPV) (PEREIRA. B E
ALMEIDA M.A.R, 2017).

Segundo Botelho G.S et al. (2019) o número de pessoas com Diabetes Mellitus (DM)
vem progredindo significantemente ao longo dos anos, cerca de 48% da população
mundial, ou seja, aproximadamente 425 milhões de adultos entre 20 a 79 anos estavam
vivendo com Diabetes em 2017 e no ano de 2045 esse número poderá chegar a 629
milhões, estabelecendo um grande problema de saúde. Nesse Sentido, o pé diabético é
uma das consequências dessa patologia, considerada uma das complicações mais graves
da doença. Estima-se que cerca de 25% de todas as pessoas com essa disfunção tenha
condições favoráveis ao aparecimento de lesões nos pés, normalmente pela constante
presença de neuropatia sensitivo-motora e de doenças vascular aterosclerótica.
Acrescenta-se que aproximadamente 50% das amputações e ulcerações poderão ser
prevenidas pela avaliação clínica do pé, classificando-o e atribuindo-lhe o correto nível
de risco de ulceração, permitindo assim a implantação de estratégias preventivas com um
auxílio fundamental do enfermeiro e equipe de enfermagem (PEDROSA S. et.al, 2020).
Neste contexto, a avaliação clínica do enfermeiro é fundamental na prevenção e no
tratamento do pé diabético. O enfermeiro avalia o cliente diariamente durante a
internação, faz uma análise criteriosa da ferida incluída e não apenas a prescrição de
curativos. Sua avaliação baseia-se em um conhecimento técnico e científico para melhor
execução e progresso da cura da ferida (HORTA H.H.L, 2015). Sendo assim, este estudo
tem como objetivo identificar as evidências científicas sobre a atuação do enfermeiro nos
cuidados do pé diabético.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo Revisão Integrativa da Literatura (RIL), com


abordagem qualitativa. A RIL é dividida em seis etapas: 1) seleção da pergunta de
pesquisa; 2) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos; 3) definição
das informações a serem extraídas dos dados selecionados 4) análise dos dados coletados;
5) interpretação dos resultados 6) apresentação da revisão. (UNESP 2015). Como
pergunta norteadora utilizou-se a seguinte pergunta: Quais os cuidados do enfermeiro
quanto ao pé diabético?

Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes
bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS). Tal busca eletrônica foi realizada no período de outubro a novembro
de 2020 e foram utilizados para pesquisa de artigos, as seguintes palavras-chave e suas
combinações: diabetes mellitus, pé diabético, exame físico, prevenção, enfermagem e
cuidado com os pés. Utilizou-se o operador booleano “AND”, com intuito de permitir
uma ampla identificação de estudos. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos
artigos foram: artigos em português, inglês e espanhol; completos; publicados no período

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de 2015 à 2019. Excluiu-se da pesquisa: artigos que não abordavam a temática, revisão
integrativa da literatura e teses e dissertações não publicadas em bases de dados.

Identificou-se 1.388 artigos ao total, sendo que realizou-se a primeira leitura do resumo
de cada artigo, a partir do critério de inclusão e exclusão. Foram selecionados 15 artigos.
A segunda leitura foi realizado do artigo na íntegra em que foram selecionados 8 artigos.
A coleta de dados foi realizada por meio do formulário de Ursi adaptado para a
identificação das informações pertinentes de cada periódico. Para tanto fez o
levantamento da identificação do título do artigo, país de publicação, autores, base de
dados e ano de publicação, objetivo da pesquisa, tipo de estudo e principais resultados)
(Ursi ES, Galvão CM, 2006). Escolheu-se para a análise dos dados Strauss e Corbin
(2008) que permite o ordenamento conceitual que geram categorias.

RESULTADOS

A partir dos artigos selecionados, identificou-se o predomínio de artigos da bases de


dados Lilacs (7 artigos), publicações brasileiras (7 artigos), apenas um artigo do méxico
e a maioria dos artigos foram publicados no ano de 2018. Para melhor identificação dos
achados, no quadro 1 é descrito sobre o título do artigo, país de publicação, autores, ano,
base de dados, objetivo, tipo de estudo e sínteses dos resultados.

Quadro 1 – Identificação dos artigos selecionados.

Título do Autores / Objetivo Tipo de estudo Síntese dos Resultados


Artigo/País de Ano/ Base de
publicação Dados
Intervenção Marques et Avaliar Estudo O estudo identificou o
educativa al. a quaseexperimental. efeito de uma intervenção
para a 2019. eficácia de uma educativa de enfermagem
promoção do Scielo. intervenção com enfoque nas
autocuidado de educativa de orientações relacionadas
idosos com enfermagem ao autocuidado em
diabetes mellitus/ no autocuidado diabetes, entre os
Brasil. de idosos com resultados verificou-se
Diabetes que as intervenções
Mellitus. permitiram a melhoria
dos parâmetros clínicos e
quesitos da adesão e da
implementação das
orientações relacionadas
à alimentação saudável
voltada para o controle da
DM e para o autocuidado
com os pés.

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Riscos associados Scain et al. Identificar em Estudo O estudo teve duração de
à mortalidade em 2018. pacientes com longitudinal doze anos e com ele
pacientes LILACS. diabetes tipo 2 retrospectivo. vários óbitos em seu
atendidos em um quais decorrer, os casos de
programa de alterações nos pacientes com alterações
prevenção do pé pés nos pés apresentaram
diabético/ Brasil. estariam mortalidade cumulativa
associadas de cinco a dez anos
às devido às infecções por
características sepse. Entre os fatores de
demográficas, proteção do pé diabético
clínicas, está o acompanhamento
bioquímicas e com enfermeiros.
de tratamento e Verificou-se que a
quais delas presença de doenças
aumentariam o cardiovasculares
risco de estão associados com
mortalidade. ulcerações de
extremidades, gangrena e
amputações. Pacientes
que tiveram seus pés
examinados por
enfermeiras e que
mantiveram este
acompanhamento ao
longo dos anos vivem
mais pelo fato de
minimizarem os riscos
que afetam as alterações
nos pés.

Intervenção Elías- Testar uma Estudo A maior incidência de


educacional de Viramontes intervenção quantitativo de fatores de risco quanto ao
enfermagem para et al. educativa pré-teste quase pé diabético são os
o autocuidado 2018. baseada experimental e fatores modificáveis.
com os pés em LILACS. na desenho pósteste. Entre estes fatores estão a
pessoas que teoria do sobrepeso e obesidade.
vivem com autocuidado, Ao avaliar o grupo
diabetes tipo 2/ com experimental (de
México. aplicaçã intervenção) e o grupo de
o pedagógica comparação quanto ao
da autocuidado para
educação prevenir o
dialógica para o

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autocuidado pé diabético, o grupo
com os pés. experimental mostrou um
aumento de 30% no nível
alto, principalmente
relacionado a comer cinco
vezes ao dia, exercício
físico, usar um espelho
para revisar seus pés e
verifica seu sapato antes de
calçá-lo. Quanto ao
questionário "APD-UMA"
aplicado houve um
aumento de 50% no alto
nível de autocuidado. Isto
é, autocuidado dos pés do
grupo que recebeu a
intervenção educativa é
maior que o grupo sem
intervenção. O
autocuidado se dá mais no
sexo feminino, pessoas
adultas jovens com mais de
10 anos DM do que nos
idosos.

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Grau de risco para Lucoveis et al. Classificar o Estudo Identificou-se os fatores de
úlcera no pé devido 2018. nível de risco exploratório, risco para as ulcerações nos
ao diabetes: LILACS. para úlceras descritivo. pés relacionadas às
avaliação de nos pés em variáveis clínicas e os
enfermagem/ pessoas com e sinais identificados no
Brasil. diabetes exame específico dos pés.
mellitus Entre as patologias
identificar seus associadas está
principais principalmente a HAS. Na
fatores de risco pesquisa a maioria não
preditivos. praticava nenhum tipo de
atividade física
regularmente, nunca havia
recebido orientações de um
profissional da saúde
acerca dos cuidados com os
pés, não adotavam uso de
calçados adequados,
presença de pele ressecada,
não inspecionavam os pés
regularmente, presença de
calos e calosidades,
deformidades motoras.
Quanto à classificação do
risco de ulcerações nos pés
66% apresentou grau de
risco 1. A maioria
desconhece sobre o exame
da hemoglobina glicada.
Fatores de risco Teston et al. Analisar Estudo A maioria dos
para ulceração no 2017. os quantitativo. participantes apresentaram
pé de indivíduos LILACS. fatores boas condições de higiene,
com diabetes associados ao secavam entre os espaços
mellitus tipo 2/ risco de interdigitais dos pés, não
Brasil. ulceração do pé possuem hábito de andar
em indivíduos descalço ou andar às vezes.
com diabetes Apesar destes fatores
mellitus tipo 2.

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identificou-se que
apresentavam onicomicose,
calosidade, rachaduras e
xerose. O enchimento
capilar inadequado, a perda
de sensibilidade e o
histórico de úlcera
estiveram associados
estatisticamente ao risco de
ulceração.
Condutas dos Vargas et al. Conhecer as Estudo e Esse estudo foi realizado
enfermeiros da 2017. ações do qualitativo, com enfermeiros, eles
atenção primária no LILACS enfermeiro da exploratório relatam que a enfermagem
cuidado a pessoas atenção primária descritivo. tem várias lacunas quanto ao
com pé diabético/ no cuidado das conhecimento do cuidado
Brasil. pessoas com com o pé diabético. A
Diabetes prevenção do pé diabético se
Mellitus (DM) dá por meio do exame físico
referente ao pé dos pés. É necessário o
diabético. rastreio de todos os
pacientes diabéticos, a fim
de identificar as pessoas
com maior risco de
desenvolver ulcerações nos
pés, podendo beneficiá-las
com intervenções
profiláticas, sendo o
autocuidado uma delas.

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Cuidado dos pés de Silva et al. Buscou Pesquisa e A amostra foi composta por
pessoas com 2016. investigar as quantitativa, mulheres, em sua maioria
diabetes LILACS. condutas descritiva casadas e com renda baixa,
mellitus: do transversal que relataram adquirir a
ações protetivas paciente a partir doença DM2 a menos de
vinculadas à da avaliação dos cinco anos, onde a maioria
promoção da saúde/ pés das pessoas delas relatou não ter
Brasil. com diagnóstico ulcerações nos pés, porém,
de Diabetes foi relatado que sentiam
Mellitus algum tipo de desconforto,
cadastradas em destacando a cãimbra como
um Núcleo de sintomatologia mais
cuidado à presente. Das que foram
saúde. avaliadas por profissionais
da saúde a maioria recebeu
orientações para o cuidado
com os pés, essa orientação
foi essencial para à detecção
precoce e prevenção do pé
diabético, pois esta medida
contribuiu para apreensão
de saberes das participantes,
e na avaliação dos pés das
participantes não foi
identificado fator de risco à
amostra estudada.
Risco de ulceração Silva et al. Identificar a Estudo O estudo foi realizado com
em pés diabéticos: 2015. prevalência de transversal. pessoas portadoras de DM2
um estudo LILACS. risco de com idade mínima de 40
transversal/ Brasil. ulceração nos anos, onde foi mostrado a
pés de pessoas presença de algum risco de

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com diabetes ulceração nos pés, sendo
mellitus elas alterações de grau 2,
(DM) seguidas de mudanças de
residentes na grau 1 e grau 3, o alto risco
zona rural. de ulceração foi diretamente
proporcional ao fator idade.
Isso significa que 31% da
população com mais de 70
anos apresenta alto risco de
lesões nos pés. Quanto aos
hábitos relacionados ao
estilo de vida, a maioria dos
entrevistados relataram
fazer algum tipo de dieta
para controlar o DM2 e
praticavam atividade física,
apesar disso,
37,2% da amostra
apresentava sobrepeso e
47,1% obesidade. Ao exame
clínico dos pés,
identificouse, diminuição do
pulso dorsal do pé direito e
esquerdo, diminuição do
pulso tibial no pé direito,
perda da sensação protetora
dos pés e ulceração nos pés,
sendo o mediopé a região
mais lesada em algumas
amostras.
Fonte: Silva et al., 2019.

A partir da leitura e utilização da análise de dados por Strauss e Corbin (2008)


emergiram 2 categorias: Fatores de risco relacionados ao pé diabético e a Identificação
do pé diabético pelo enfermeiro.

DISCUSSÃO
FATORES DE RISCO RELACIONADOS AO PÉ DIABÉTICO

O artigo 1, 2, 3 e 4 abordam sobre os fatores de risco quanto ao pé diabético como


a presença de doença arterial coronariana, doença arterial periférica, acidente vascular

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encefálico, hipertensão arterial sistêmica, entre outros. Além de evidenciarem fatores de
risco modificáveis como sobrepeso e obesidade, tabagismo, falta de atividade física e falta
de orientações sobre o pé diabético, contudo, de acordo com Broell JEW et al. (2014) as
pessoas têm dificuldade de seguir o tratamento e manter um controle glicêmico
adequado e ainda destaca que não se pode esquecer dos fatores de risco que não são
modificáveis como a idade e o tempo transcorrido que influenciam neste processo.

Ao associar o fator hipertensão arterial, sedentarismo, tabagismo e dislipidemias


como risco para as alterações em pés, observa-se que as mesmas também são
contributivas para o desenvolvimento de doenças macrovasculares, importantes para
determinar a etiologia e prognóstico das úlceras em extremidades inferiores entre as
pessoas com diabetes mellitus (COLWEL et al., 2001). Neste contexto, os exercícios são
importante modalidade no tratamento do diabetes mellitus, mas antes de sua execução o
paciente deve se submeter a uma avaliação médica, na tentativa de investigar a presença
de doenças que possam ser agravadas com a prática de exercícios (HASS; AHRON I,
2001), além de garantir o uso de calçado apropriado, para não ocorrer a
encravação das unhas.
A Doença Vascular Periférica é vista como uma das principais causas de
comprometimento da cicatrização das úlceras dos pés em pessoas com diabetes, devido à
aterosclerose das artérias periféricas. Esta provoca comprometimento da circulação
sanguínea dos membros inferiores, uma vez que limita o fornecimento de oxigênio,
nutrientes e antibióticos aos tecidos, aumentando o tempo de cicatrização. Grande parte
dos casos evolui para gangrena (Ochoa-Vigo & Pace, 2005).

Outra condição que merece destaque é o nível de escolaridade das pessoas. Por vezes, a
baixa escolaridade é um fator que eleva as chances de desenvolvimento do pé diabético,
isso porque o indivíduo com pouco tempo de estudo possui dificuldades de entendimento
das orientações desenvolvidas pelos profissionais de saúde e não consegue aderir às
práticas de autocuidado (CARLESSOGP et al., 2017). Associado à baixa escolaridade, o
poder aquisitivo limitado é outro fator preponderante, pois impede condições necessárias
ao integral tratamento da DM, como a ingesta de alimentos saudáveis e variabilidade do
cardápio, acesso aos serviços de saúde, fármacos e terapias não disponibilizadas pelo
Sistema Único de Saúde (OLIVERA NETO M et al., 2017).
A IDENTIFICAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO PELO ENFERMEIRO
O artigo 4, 5, 6, 7 e 8 abordam sobre fatores avaliados na anamnese e exame físico para
a identificação do pé diabético. A avaliação dos pés envolve a observação geral tanto dos
pés como dos tornozelos, identificação de sinais agudos e crônicos em virtude do tipo de
sapato utilizado, presença de onicomicoses nos espaços interdigitais, bem como úlceras,
que muitas vezes estão associadas a maceração e consequente ulceração. O profissional
deve investigar presença de sinais e sintomas de anormalidades no peso plantar,
identificar presença de sinais de alterações neuropáticas específicas para os pés, avaliação
do fluxo dos pés, falta de crescimento dos pêlos, temperatura fria ao toque, rubor dos pés
na posição pendente, seguidos de embranquecimento á elevação e probabilidade de
insuficiência arterial (ALVES V, 2004). Também o repasse de informações referentes à

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higienização dos pés (lavagem, corte das unhas, remoção de calos e hidratação da pele) e
à utilização de calçados adequados (SOUSA LSN, et al. 2017).
Durante a consulta, o enfermeiro possui a responsabilidade de realizar a anamnese
e o exame físico com regularidade e minuciosidade, porém tal profissional muitas vezes
perde esta oportunidade por diversos motivos como a falta de infraestrutura,
desconhecimento dos procedimentos, demanda reprimida, entre outros (SILVA APS, et
al. 2020). Durante a anamnese do paciente com pé diabético, o enfermeiro deve coletar
informações relevantes como idade, sexo, escolaridade, profissão, antecedentes
familiares, dados nutricionais, hábitos alimentares, moradia, histórico de tabagismo,
etilismo, uso de medicamentos, comorbidades associadas, situação socioeconômica,
higiene pessoal e característica do calçado (DANTAS et al., 2013; WEBER, 2007).
Ao longo do exame físico do pé diabético, é necessário a avaliação do tônus
muscular (possíveis sinais de neuropatia periférica conforme grau de comprometimento
motor), eventuais causadores de atrofia e fraqueza dos músculos dorsais, desgaste
muscular, deformidades e alteração de integridade da pele (calosidades, micoses,
ressecamento, rachaduras, fissuras e ferimentos) e além das condições vasculares
(coloração e temperatura da pele, pulsação, edema, diminuição ou perda da sensibilidade
protetora) (DANTAS, et al. 2013). A neuropatia sensitiva resulta em perda da
sensibilidade protetora, e é detectada pela aplicação do filamento de Semmes Weinstein
de 10gr em vários locais. A sensação vibratória pode ser avaliada com um diapasão de
128 Hz ou um biotensiômetro. A propriocepção articular pode ser testada no nível do
grande artelho, dos tornozelos e dos joelhos. (ALVIM DB, 2017).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o estudo realizado pode-se concluir que vários fatores de risco
contribuem para a incidência do pé diabético, dentre elas o sobrepeso, obesidade e
doenças cardiovasculares. A falta de cuidado adequado com o pé diabético pode levar a
presença de ulcerações nas extremidades, gangrena e correndo o risco de se chegar a uma
amputação. Neste contexto, verificou-se a importância da avaliação pelo enfermeiro
quanto a observação de manifestações clínicas relacionadas ao pé diabético como também
a utilização a partir do exame físico de testes específicos para confirmações de possíveis
alterações. Por fim, cabe ao Enfermeiro repassar as orientações de prevenção e realizar
a anamnese e exame físico no paciente diabético, para não ocorrer um agravo dessas
ulcerações, sendo assim beneficiar os pacientes com ações profiláticas.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, que nos permitiu chegar até aqui, mesmo com todas as
dificuldades que ocorreram no ano de 2020, neste semestre, ao Centro Universitário
Metropolitano da Amazônia- UNIFAMAZ, que colaborou com os nossos conhecimentos
científicos e tecnológicos, à Prof. Dra. Viviane Ferraz Ferreira de Aguiar, que nos
orientou com muita paciência, sempre acreditando nos nossos potenciais e nos auxiliando

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assiduamente em nossa pesquisa, por fim, as autoras que se empenharam para que essa
revisão fosse concluída.

REFERÊNCIAS

ALVIM DB. Enfermagem na prevenção e no cuidado. Revista Educação, Meio Ambiente


e Saúde. 2017 vol. 7 n. 2 ABR./JUN.
ALMEIDA, T.; GUEDES, D Silva et al. Assistência de Enfermagem na Prevenção e no
cuidado do pé diabético: uma revisão de Literatura. 2004.
ALVES, Vera Lúcia Souza et al . Criação de um web site para enfermeiros sobre pé
diabético. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 19, n. 1, p. 56-61, Mar. 2004.
BRAGANÇA C.M,et.al. Avaliação das práticas preventivas do pé diabético, 2017.
BOTELHO B.G S et.al. atividade da educação em saúde para prevenção do pé diabético
em pacientes acompanhantes em uma clínica integrada de saúde. Revista Conexão
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BROELL, J. E. W., Ribeiro, R. M., & Silva, D. M. G. V. da. (2014). Fatores de risco para
o desencadeamento do pé diabético. Revista Eletrônica De Enfermagem, 16(2), 386-93.

COLWELL, J .A. et aI. Aterosclerose e trombose em diabetes mel ito: novos aspectos da
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CARLESSO GP et al. Avaliação do conhecimento de pacientes diabéticos sobre medidas


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CALADO M, et. al. Promoção do autocuidado à pessoa diabética tipo 2 na prevenção do
pé diabético. Rev. Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém. vol. 8
n.1 p.192-202, 2020

DANTAS, D. V. et al. “Atuação do enfermeiro na prevenção do pé diabético e suas


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HASS, L.B.; AHRON I, J.H. Educação quanto ao autotratamento da extremidade i
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UNESP, Tipos de Revisão de Literatura. Biblioteca Prof. Paulo de Carvalho Mattos.
2015.
OCHOA-VIGO, K.; PACE, A. E. “Pé diabético: estratégias para prevenção”. Acta
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Politécnico de Santarém 2020. VOL.8 N°1.2020 pp.192-202
SOUSA L, et al. Conhecimento do enfermeiro sobre a prevenção do pé diabético: Uma
revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 30(3): 1-10,
jul./set., 2017.
SILVA APS, et. al,. Prevenção mediante a atuação do enfermeiro: estudo de caso do
curativo do pé diabético. Boletim de conjuntura. ano II, vol. 2, n. 5, 2020.

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES VÍTIMAS DE ACIDENTES
COM ESCORPIÕES DO GÊNERO TITYUS.

Jeovanna Cordeiro de Sousa Brito1, Luana Ruthiele Chagas Lucena2, Stefany


Valery Gomes dos Santos³, Vitória Sandrielle Santos Silva4
1Graduanda em Enfermagem na Universidade do Vale do Ipojuca UNIFAVIP
2Graduanda em Enfermagem na Universidade do Vale do Ipojuca UNIFAVIP
³Graduanda em Enfermagem na Universidade do Vale do Ipojuca UNIFAVIP
4Graduanda em Enfermagem na Universidade do Vale do Ipojuca UNIFAVIP
E-mail para correspondência: [email protected]¹,
[email protected]², [email protected]³, vitória-
[email protected]

RESUMO

O escorpionismo caracteriza-se pelo quadro de envenenamento pela inoculação do


veneno de escorpiões de importância médica. Os acidentes causados por escorpiões
sobrepujam os acidentes causados por outras espécies de animais peçonhentos, pelo fato
de o veneno deste animal trazer sérias ameaças à saúde da população, fazem-se
necessárias maneiras de prevenir a ocorrência desses eventos. Trata-se de uma pesquisa
teórica realizada em artigos científicos e pesquisas. O objetivo deste resumo é esclarecer
e conhecer a assistência de enfermagem as vítimas de escorpionismo para prestar
assistência adequada à situação. Palavras-chave: Assistência; Enfermagem;
Escorpionismo; Escorpião; Tratamento. Área Temática: Urgência e Emergência.

INTRODUÇÃO

Os animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas secretoras de veneno ou


peçonha, que através de ferrões, inoculam as toxinas em suas vítimas a fins de defesa ou
instinto de sobrevivência. Segundo o Ministério da Saúde, os acidentes por escorpionismo
se caracterizam pelo quadro de envenenamento pela inoculação do veneno de escorpiões
de importância médica, sendo eles os do gênero Tityus. Geralmente, as ocorrências de
acidentes em humanos pelos escorpiões desse gênero, são advindas de descuidos,
principalmente em épocas em que ocorre aumento da temperatura e umidade, estes
animais são de carater predominantemente urbano. Os acidentes causados por escorpiões
constituem um atual problema de saúde pública no Brasil, a redução do número de
ocorrências pode ser feita através da profilaxia, assim como faz se importante também o
conhecimento clínico e epidemiológico dos casos, para isso, os profissionais de
enfermagem devem estar capacitados para prestar assistência adequada à vítima de
escorpionismo. OBJETIVOS Compreender a ocorrência desses ataques bem como a
assistência de enfermagem no tratamento das vítimas, entender a importância do
conhecimento e capacitação dos profissionais para um tratamento e profilaxia eficazes na
diminuição dos casos.

METODOLOGIA

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Trata-se de uma pesquisa por meio de produções científicas publicadas na
SciELO, periódicos de saúde e Google acadêmico, como também informações advindas
do Ministério da Saúde do Brasil, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, e
Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por animais Peçonhentos. Foram
analisados os artigos escritos e publicados em Português, utilizando como base para a
pesquisa as palavras chave: Assistência; Enfermagem; Escorpiões; Escorpionismo;
Tratamento.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os acidentes causados por escorpiões sobrepujam os acidentes causados por outras


espécies de animais peçonhentos. No Brasil as espécies mais comuns de escorpiões do
gênero Tityus são: T. serrulatus (escorpião amarelo), T. bahiensis (escorpião marrom), T.
stigmarus (escorpião amarelo do Nordeste) e T. obscurus (escorpião preto da Amazônia),
dentre todos estes citados, os acidentes mais graves e os casos de óbito geralmente são
associados ao T. serrulatus. De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de
Notificação, em 2020, os ocorrências notificadas de escorpionismo chegaram ao número
de 149.705 casos, pelo fato de o veneno deste animal trazer sérias ameaças à saúde da
população, fazem-se necessárias maneiras de prevenir a ocorrência desses eventos. Sinais
e sintomas Para realizar uma assistência adequada a esses pacientes, é importante
compreender as manifestações clínicas das vítimas de escorpionismo, sintomas estes que
possuem uma constante nos casos de envenenamento por escorpiões do gênero Tityus. Os
sinais podem ser locais ou sistêmicos, se caracterizam em leves, como dor e parestesia
locais em que o tempo de observação destes sinais varia entre 6 a 12 horas, sinais
moderados, como dor local intensa associada a uma ou mais manifestações (náuseas,
vômitos, sudorese, sialorreia, agitação, taquipneia e taquicardia) e sinais graves que além
da intensificação das manifestações moderadas, há também a prostração, convulsões,
coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque. Crianças são
mais suscetíveis a manifestar sintomas sistêmicos graves em casos de envenenamento por
escorpião, sendo as mais atigidas pelo T. serrulatus. Tratamento Na maioria dos casos em
que o quadro de envenenamento é local, o tratamento é sintomático, não sendo
empregados exames laboratoriais para confirmação do veneno circulante. Em casos de
sintomas de manifestação sistêmica, exames como eletrocardiograma, radiografia de
tórax e exames bioquímicos são utilizados. O tratamento sintomático consiste em aliviar
a dor com administração de anestésico, como a lidocaína a 2% ou analgésico sistêmico
como a dipirona. Em tratamento específico, é utilizado o soro antiescorpiônico (SAEsc)
ou soro antiaracnídeo (SAA), em casos onde não se é possível diferenciar se o acidente
ocorreu com aranha ou escorpião e na falta do SAEsc, o SAA pode ser administrado. A
quantidade de ampolas de soro é administrada de acordo com os sinais e sintomas que o
paciente apresenta, em sintomas moderados é indicado o uso de 2 a 3 ampolas, já nos
casos graves, é indicado o uso de 4 a 6 ampolas do soro. Assistência de enfermagem Após
o acidente escorpiônico e a chegada do paciente ao pronto socorro, o enfermeiro deve
tranquilizar a vítima e acompanhantes, realizar a higiene do local da picada com água e
sabão, manter o membro levantado, poderá utilizar compressas mornas para aliviar a dor

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e administrar medicações para controle de dor e sintomas de acordo com a prescrição
médica. É importante também ressaltar que caso possível, é aconselhado pelas Secretarias
de Saúde que se armazene e leve até a unidade de saúde o animal causador do acidente,
pois a identificação da espécie auxilia no planejamento de um tratamento mais eficaz.
Prevenção Tendo em vista a diminuição da ocorrência de casos de escorpionismo,
recomenda-se manter a casa limpa e a área ao seu redor; evitar locais perto de depósitos
de lixo ou entulho; manter limpos armários e putros ambientes escuros e úmidos, com a
finalidade de prevenir que animais peçonhentos utilizem estes ambientes como abrigo,
também é importante olhar por dentro de roupas, sapatos, e objetos antes de usá-los, bem
como evitar buracos em paredes e portas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que os acidentes por escorpionismo constituem um problema de
saúde no Brasil, é imprescindível a capacitação dos profissionais de enfermagem no que
diz respeito ao tratamento das vítimas, visto ser uma conduta de emergência. A educação
e condução de ações educativas voltadas à população e capacitação da equipe de saúde
colaboram par a melhora no atendimento aos pacientes, bem como na profilaxia de novas
ocorrências, visando a diminuição do acometimento de envenenamento por escorpiões.

REFERÊNCIAS

PASSOS, R.; SILVA D.; FREITAS, S.; JORDAN, C.; PIMENTA, C. Tratado de
Enfermagem para concursos e residências - Vol.IV. João Pessoa, PB: Brasileiro &
Passos; Rômulo Passos, 2021. 72 p.
SANTOS, M.C.S.; SANTOS, E.B.; DURAES, M.L.; SILVA, V.C.S.; ASSIS, E.S.
Aspectos Clínicos e Epidemiológicos de acidentes escorpiônicos: uma revisão
integrativa da literatura. Semana de Pesquisa da Universidade Tiradentes – SEMPESQ.
Capa n. 21, 2019.
SANTOS, E.X.; SILVA, D.M.; ALVES, S.R.P.; SILVA, G.N.S.; NOGUEIRA, J.A.;
TRIGUEIRO, D.R.S.G. Assistência de Enfermagem nos acidentes escorpiônicos em
nível primário de atenção. MEDTROP, Olinda PE, 2018.
RAMALHO, M. G. Acidentes com animais peçonhentos e assistência em saúde.
Trabalho de Conclusão de Curso, 2014, Brasília. Centro Universitário de Brasília
UNICEUB.
COSTA, B. C. Fatores e risco para acidentes com escorpiões: uma revisão de
literatura. Monografia de especialização, 2011. Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG. BRASIL, 2021. Ministério da Saúde. Acidentes por animais peçonhentos.
Disponível em:. Acesso em 08 out. 2021.
BRASIL, 2021. SINAN. Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Brasil.
Acidentes por Animais Peçonhentos. Disponível em:. Acesso em 08 out. 2021.

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INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO E DA EXPERIÊNCIA MUSICAL NO
PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL EM CRIANÇAS

Autor1 Bruna Izabelle da Silva Lopes1; Autor2


Cristiane Guerreiro Pereira Abdul Massih2
1 Graduanda em Fonoaudiologia pela Universidade da Amazônia
2 Mestranda em Ensino em Saúde na Amazônia pela UEPA
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

As habilidades musicais envolvem áreas diretamente ligadas às habilidades do


Processamento Auditivo Central, sendo considerada uma tarefa complexa por conta das
operações representadas no sistema nervoso central. O estudo objetivou apresentar a
correlação entre as habilidades auditivas do processamento auditivo central (PAC) e o
treinamento musical em crianças. Este estudo tem metodologia descritiva, com revisão
narrativa realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Science Direct. Os resultados
dos estudos demonstram que a prática musical reverbera de forma positiva nas habilidades
auditivas das crianças. Dessa forma, crianças que desde a idade pré-escolar são inseridas
em um contexto de prática musical, podem apresentar menor tendência de dificuldade nas
habilidades auditivas.

Palavras-chaves: Audição; Processamento Auditivo; Música.

INTRODUÇÃO

Processamento Auditivo Central (PAC) é o processamento da informação auditiva


no sistema nervoso central, incluindo os mecanismos neurais implícitos de
comportamentos auditivos como localização sonora, discriminação auditiva, aspectos
temporais da audição, reconhecimento de padrões auditivos, figura fundo, fechamento
auditivo e aspectos binaurais da audição (integração e separação auditivas).

A percepção musical envolve áreas primárias e secundárias do sistema auditivo


assim como áreas cerebrais de associação auditiva nos lobos temporais. Ouvir uma música
envolve um conjunto de operações cognitivas e perceptivas representadas no sistema
nervoso. Assim, o treinamento auditivo musical pode interferir diretamente nas
habilidades do processamento auditivo, ou seja, os mecanismos neurais implícitos dos
comportamentos auditivos, o que mostra que a prática e o treinamento musical aprimoram
as habilidades auditivas.

OBJETIVOS

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Este trabalho teve por objetivo apresentar relação do treinamento e da experiência musical
com as habilidades do processamento auditivo central em crianças.

METODOLOGIA

Realizou-se uma revisão de literatura a partir de uma coleta de pesquisas


descritivocomparativas nas bases de dados PubMed, Scielo e Science Direct. Utilizaram-
se os descritores: Audição, Processamento Auditivo e Música, selecionados no PubMed,
DeCS e MeSH.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em um estudo com 56 crianças de cinco anos com e sem prática musical em tarefas
de processamento auditivo, a partir da aplicação de questionário em duas escolas de
música especializadas e duas escolas regulares sem aulas de musicalização, para os pais
com interesse de que seus filhos participassem do estudo que para seleção daqueles que
preenchessem os critérios de inclusão estabelecidos para o perfil da amostra, após isso,
foram aplicados os testes nas crianças selecionadas para a pesquisa: pesquisa do reflexo
cócleo-palpebral (RCP) por meio de sons instrumentais; teste de localização sonora em
cinco direções (LS); Teste de memória sequencial verbal (MSV) com três e quatro silabas
e teste de memória sequencial não verbal com três e quatro instrumentos, pode-se
observar que em comparação ao grupocontrole, o grupo de estudo apresentou maior
número de acerto com significância estatística nos testes de memória sequencial com
quatro instrumentos e quatro sílabas, porém, a partir dessa pesquisa, ainda não se pode
confirmar se o desempenho de crianças com prática musical em testes de PAC é acima da
média, o que concorda com outro estudo realizado com 32 crianças com e sem
treinamento musical, que mostrou cerca de 50 % das crianças que seguiram para a
reavaliação após um ano, apresentaram melhorias neurais emergentes nos pré-escolares
musicalmente treinados para o processamento de fala no ruído, em comparação àquelas
que não seguiram o treinamento. Assim, mesmo estando abaixo da faixa etária de
avaliação, os estudos apontam habilidades de processamento auditivo superiores em
crianças que têm treinamento musical quando comparadas com crianças que não
apresentam essa experiência.
Em uma pesquisa realizada com crianças com testes de processamento auditivo e
avaliação de consciência fonológica, mais especificamente com reconhecimento de: rima,
síntese fonêmica, segmentação fonêmica e exclusão fonêmica. Os resultados obtidos
indicaram uma melhor desempenho em 4 dos 3 testes de consciência fonológica para as
crianças do grupo estudo quando comparado ao grupo controle, ou seja, as crianças com
uma prática musical prévia obtiveram melhores resultados com resultado significativo em
reconhecimento de rimas, síntese fonêmica e exclusão fonêmica.
Os autores acreditam que experiência musical interfere no desenvolvimento global
infantil e nas habilidades metalinguísticas. Através da plasticidade cerebral ocorre
modificaçõesna estrutura cerebral após treinamento musical na primeira infância, por um
curto período (15 meses), já se pode observar melhorias nas habilidades motoras e
auditivas das crianças.

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CONCLUSÃO

A partir dos resultados verificados entre a relação de práticas e experiências musicais em


crianças e o desenvolvimento as habilidades do processamento auditivo central nas
pesquisas apresentadas, é notável que há vantagem quando há a inserção de experiência
musical precocemente. Além disso, o bom desempenho dessas habilidades auditivas
podem interferir de forma positiva no desenvolvimento de habilidades relacionadas à
linguagem como a compreensão e consciência fonológica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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DIREITOS SOCIAIS DA POPULAÇÃO LGBTQIA+: UM RECORTE
LITERÁRIO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS VOLTADOS À
POPULAÇÃO LGBTQIA+

Ágata Silva dos Santos 1, Alisson Constantino de Freitas 2, Neilane de Souza Bonfim 3,
Priscila Emily dos Santos Conde Martins 4, Rubianny Julye de Moura Acioli 5
1
Centro Universitário Tiradentes/ UNIT-AL, ([email protected])
2
Centro Universitário Tiradentes/ UNIT-AL, ([email protected])
3
Centro Universitário Tiradentes/ UNIT-SE, ([email protected])
4
Centro Universitário Tiradentes/UNIT-AL, ([email protected])
5
Centro universitário Tiradentes/UNIT-AL, ([email protected])
Resumo
A construção cultural das práticas das mais variadas formas de violência contra a
população LGBTQIA+, se perpetuam em pleno século XXI. Mesmo com tanto processo
de evolução cultural, social e tecnológico foi possível abordar acontecimentos de crimes
bárbaros que configuram LGBTfobia contra a população, como também a luta pela
conquista dos direitos que possam assegurar esse público, além dos princípios básicos da
constituição que configuram o direito do cidadão. Objetivo: O objetivo geral deste
trabalho é compreender a importância dos direitos sociais da população LGBTQIA+ que
possam diminuir os ataques LGBTfóbicos. Metodologia: Os procedimentos
metodológicos que serão utilizados para o alcance do objetivo proposto consistem em
revisão bibliográfica narrativa, de abordagem qualitativa com profundidade exploratória,
trazendo também um relato de experiência sobre seminário apresentado em processo de
graduação, promovendo um ambiente de debate para discentes do curso de Psicologia.
Resultados e Discussão: O estudo traz sobre como as Leis sofreram alterações para que
pudesse contemplar a população LGBTQIA+, não apenas para uma normalização do
assunto, mas também para promover a humanização e dignidade que essas pessoas
merecem dentro da sociedade. As discussões precisam ser constantes para que assim o
preconceito seja erradicado e se construa uma sociedade mais justa e inclusiva.
Conclusões: Ao longo da pesquisa, pode ser visto o quanto a teória e a história trazem
significativos acontecimentos que deixam sempre margem para que as políticas públicas
sejam pensadas também para a população LGBTQIA+.
Palavras-chave: Direitos sociais; LGBTfobia; LGBTQIA+; Psicologia; Relato de
experiência.
E-mail do autor principal: [email protected]
INTRODUÇÃO

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Os problemas que perpassam no âmbito das políticas públicas, segundo Carvalho
(2019), estão de forma contínua do ocupante da direção da constituição por ser norteador
de ação governamental do Estado ao propor que sempre se adote um programa de
conformidade social, no intuito de ter uma direção política permanente.

Em um primeiro momento, o movimento era conhecido pela sigla


GLS (Gays, lésbicas e simpatizantes). Somente mais tarde o
movimento passou a ser denominado GLBT para contemplar
pautas de pessoas transexuais e bissexuais. Muitas discussões a
respeito das condições das mulheres lésbicas foram feitas no
âmbito do movimento, já que é um grupo que recebe preconceitos
tanto pela sexualidade quanto pelo gênero. Para dar mais
visibilidade às mulheres lésbicas, o movimento passou a ser
denominado LGBT, e este é o nome mais conhecido e utilizado
contemporaneamente, apesar de discussões que propuseram as
siglas LGBTT, LBGTI e LGBTQIA, para acolher também as
pessoas intersex, assexuais e queer (PANIAGO, 2020, p. 292).

Conforme Coacci (2015), A população LGBTQIA+ obteve uma grande


visibilidade de forma articulada com o Estado por meio da esquerda brasileira, como
também no início das políticas públicas para a população LGBTQIA+. O autor ainda
aponta que houve aprendizado em relação aos direitos sexuais de pessoas LGBTQIA+,
através desse aprendizado pessoas do público em questão ingressam na justiça em busca
de algo que consideram direito e acreditam ser realizável.
O presente estudo tem como objetivo compreender a importância dos direitos
sociais da população LGTBQIA+ que possam diminuir os ataques da lgbtfobia, gerando
a seguinte pergunta: Como os direitos sociais voltados à população LGBTQIA+ podem
contribuir para o processo de desconstrução da LGBTfobia?
A pesquisa relata como os direitos sociais impactam no ciclo social da
comunidade LGBTQIA+, mostrando a relação dos direitos sociais do público
LGBTQIA+ com a LGBTfobia. Mesmo com a conquista da lei que configura o crime de
LGBTfobia no Brasil, o artigo traz crimes e situações bárbaras atuais.

MÉTODO

Ao longo do artigo será abordado o contexto histórico da luta LGBTQIA+ por


seus direitos, retratando a década de 80 com epidemia da AIDS. Logo após o contexto
histórico, o artigo irá retratar sobre os direitos sociais da população LGBTQIA + com
ênfase nos direitos humanos dessa população, o que foi conquistado e o que ainda precisa
ser dado visibilidade. Por fim, temos um relato de experiência sobre seminário
apresentado em processo de graduação do curso de Psicologia, no qual foi promovido um
debate sobre o assunto, trazendo exemplos e evidenciando a importância dessa discussão.
Para trabalhar o tema proposto e responder a pergunta problema, foi adotado uma
metodologia do tipo revisão bibliográfica narrativa, de abordagem qualitativa com
profundidade exploratória.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os direitos humanos LGBTQIA+ e a manifestação da orientação sexual não


pautado na visão biológica, binária e heteronormativa, invisibilizados a partir de um
sistema machista, excludente e de estrutrura pratiarcal na qual regular as expressões de
afetividade e da sexualidade da comunidade LGBTQIA+ (PESSOA et al, 2020), foi
conquistada através de anos de luta pelo reconhecimento da diversidade humana.
Apesar da Declaração dos Direitos humanos, promulgado em 1948, estabelecer
que todos temos direito a liberdade e dignidade, desde muito tempo, lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros – público incluso pela sigla LGBT –
foram violentados verbalmente e fisicamente, marginalizados do contato familiar, do
mercado econômico, evasados do ambiente escolar, impossibilitados de demonstrar afeto
em público e até assassinados. Isso por viverem a sexualidade de acordo com sua
orientação ou por terem identidade de gênero não condizente com o sexo biológico. Para
Butler (2003), as classificações em volta da orientação sexual e na busca pela
identificação do gênero é excludente e exime a pessoa LGBTQIA+ de exercer seus
direitos fundamentais.
Para respeito a vida humana da pessoa LGBTQIA+, foi extremamente importante
o combate e criminalização da LGBTfobia. A Resolução 11 de 18/12/2014, do Conselho
Nacional de Combate à Discriminação LGBT (CNCD/LGBT), estabelece os parâmetros
para a inclusão dos itens “orientação sexual”, “identidade de gênero” e “nome social” nos
boletins de ocorrência emitidos pelas autoridades policiais. Ao incluir esses itens, a
resolução leva em consideração, entre outros, o Artigo 5° da Constituição Federal que diz
que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Além disso, é um mecanismo importante para se gerarem estatísticas confiáveis
acerca dos crimes cometidos contra a comunidade LGBTQIA+. Resolução 12 de
16/01/2015 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação LGBT (CNCD/LGBT)
já recomendava o uso do nome social em escolas e instituições. Fica estabelecido que
deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero,
quando houver, de acordo com a identidade de gênero de cada um. Caso haja distinções
quanto ao uso de uniformes, deve haver a possibilidade do uso conforme a identidade de
gênero. Fica ainda reconhecido pelas redes de ensino o nome social no tratamento oral,
sendo o nome civil usado na emissão de documentos oficiais.
A conquista desse direito representa muito mais do que uma mudança de nome, o
nome social é o primeiro passo para que as pessoas trans possam ir e vir sem sofrer
discriminação. Trata-se de reconhecimento da identidade primeira enquanto sujeito que
se autodetermina, sendo um importante instrumento de reconhecimento da cidadania.
Resolução Conjunta nº 1, de 15 de abril de 2014, do Conselho Nacional de Política
Criminal e Penitenciária – CNPCP e Conselho Nacional de Combate à Discriminação -
CNCD/LGBT, que dispõe sobre o direito da pessoa travesti ou transexual em privação de
liberdade ter o direito de ser chamada pelo seu nome social, de acordo com o seu gênero.
Garantia de espaços específicos de vivência às travestis e aos gays privados de liberdade

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em unidades prisionais masculinas, considerando a sua segurança e especial
vulnerabilidade, condicionada à sua expressa manifestação de vontade.
As pessoas transexuais masculinas e femininas devem ser encaminhadas para as
unidades prisionais femininas, no qual serão facultados o uso de roupas femininas ou
masculinas, conforme o gênero, e a manutenção de cabelos compridos, se o tiver,
garantindo seus caracteres secundários de acordo com sua identidade de gênero. Garantia
do direito à visita íntima para a população LGBTQIA+. À pessoa travesti, mulher ou
homem transexual em privação de liberdade, serão garantidos a manutenção do seu
tratamento hormonal e o acompanhamento de saúde específico.
Outro direito conquistado que é de importância para pessoas LGBTQIA+, é
referente ao nome social, em alguns estados brasileiros, Decretos/Portarias determinam a
inclusão do Nome Social de travestis e transexuais (masculinos e femininos) e
Transgêneros em fichas de cadastro, formulários, instrumentais, prontuários e
documentos congêneres. O Decreto do Nome Social (Nº 8.727, de 28 de abril de 2016 -
Diário Oficial da União - Imprensa Nacional) dispõe sobre o uso do nome social e o
reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais 25 no âmbito
da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. O Direito vale para
Servidoras e Servidores que trabalham no órgão, assim como para as pessoas atendidas
por esses serviços.
Ainda referente às pessoas "T”, em setembro de 2016, a Defensoria Pública da
União solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que concedesse a Pessoas Trans
sem cirurgia o direito de retificar o registro de nascimento. Em outubro de 2016, pela
primeira vez, uma mulher trans mudou o gênero sem avaliação médica, em São Bernardo
do Campo-SP, e sem a necessidade de profissional de saúde ou atestado para se dizer
mulher.
Na esfera civil, a partir de anos de lutas algumas conquistadas foram importantes,
a exemplo do direito na construção do lar e da família de pessoas do mesmo sexo, através
do casamento foi declarado possível pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de maio
de 2011 no julgamento conjunto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n.º 4277,
elaborada pela Procuradoria-Geral da República. Assim, no Brasil, são reconhecidos às
uniões estáveis homoafetivas todos os direitos conferidos às uniões estáveis entre um
homem e uma mulher. Já no ano de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que
casais do mesmo sexo têm o direito legal a essas uniões e estabeleceu uma base jurídica
para uma futura legislação sobre os direitos matrimoniais das uniões de mesmo sexo.
Em 14 de maio de 2013, através da Resolução nº 175, ficou estabelecido que casais
do mesmo sexo teriam direito ao casamento civil, e que tabeliães e juízes ficariam
terminantemente proibidos de se recusar a registrar qualquer união desse tipo. Esta
situação é extremamente recente, pois somente em 2011 casais LGBTQIA+ estiveram
aptos ao regime de união estável. Esta lei garante os mesmos direitos que casais
heterossexuais, tais como plano de saúde, herança, pensão/aposentadoria e visto de
permanência no país, porém ainda não temos estas deliberações em lei.
Direitos como a adoção de crianças por casais de homoafetivos (Recurso
Extraordinário 846.102, STF, 05 de março de 2015) ao considerar a decisão do Supremo
Tribunal Federal que reconheceu a união homoafetiva como um núcleo familiar como

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qualquer outro, a ministra do STF Cármen Lúcia manteve decisão que autorizou um casal
homoafetivo a adotar uma criança, independente da idade.
A luta pelos direitos humanos da população LGBTQIA+ não é recente. Antes da
independência do Brasil, a homossexualidade era reconhecida como pecado e uma prática
abominável, devendo ser punida da mesma forma que os regicidas e traidores da pátria.
Este pensamento veio a perder um pouco de sua força quando houve a descriminalização
do amor unissexual, através do código penal de 1823 (MOTT, 2005).
Em 1978 se iniciou o movimento homossexual brasileiro. O Rio de Janeiro ganhou
seu primeiro jornal gay, que tecia questionamentos referentes à heteronormatividade
compulsória, e São Paulo ganhava o grupo Somos, entidade comprometida com a defesa
dos direitos dos homossexuais. Esses grandes marcos serviram de inspiração para a
fundação de novos grupos denominados GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais) (MOTT, 2005).
O surgimento da luta por direitos humanos da população LGBTQIA+ surgiu mais
tardiamente no Brasil do que na Europa e América do Norte. Esses movimentos
democráticos voltaram a aparecer, denominados como movimento Gay, no momento em
que o Brasil estava saindo do regime ditatorial, período marcado por fortes repressões.
Como forma de garantir visibilidade a outras lutas, entre 5 e 8 de junho de 2008, ocorreu
a primeira Conferência Nacional GLBT, onde houve a troca pelo termo LGBT, uma vez
que por muitos anos à militância LGBTQI+ ficava resumida a identificação como gays
(CANABARRO, 2013).
Com a epidemia da AIDS na década de 80, mais um estigma era colocado sobre a
população LGBTQIA+. A doença era atribuída a gays, e por muitas vezes era chamada
de WOG, um termo em inglês para “a ira de Deus”. Esse preconceito não partia apenas
do discurso científico, até então em seu início, sem dados o suficiente para concluir que
o vírus era contraído através das relações sexuais independendo da orientação sexual do
praticante, mas também da mídia, que na época produziu diversos filmes com essa
temática, tendo como protagonista sempre algum homossexual (CAMPOS e COELHO,
2010).
Em 1982, como forma de alertar os homossexuais a respeito da Aids, que também
era denominada de “peste gay”, o grupo Outra Coisa, produziu um folheto informativo.
Além de lutarem por seus direitos, nesse período a comunidade LGBTQIA+ ainda
precisou encarar a tristeza da perda de muitos conhecidos para a doença, até então
enigmática, além de todo o preconceito que se intensificou (MOTT, 2005).
Mott (2005) destaca algumas conquistas do movimento LGBTQIA+, como por
exemplo, a retirada da homossexualidade, anteriormente chamada de homossexualismo,
da classificação de doenças por parte do CFM (Conselho Federal de Medicina), e em
1990, a proibição do ato de discriminar tendo por justificativa a orientação sexual. Mesmo
diante de leis, isso não impediu que a violência continuasse a ser propagada, e em 1993,
o alagoano Renildo José dos Santos, primeiro vereador gay assumido do Brasil, foi
brutalmente assassinado.
O Conselho Federal de Psicologia aprovou a resolução nº 01/1999 que proíbe
terapias que visem a “cura gay”. Apesar de estar em vigor há 22 anos, um estudo realizado
por Vezossi et al (2019), comprova que uma parte dos psicólogos brasileiros ainda

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considera a homossexualidade como uma patologia, sendo esta passível de cura através
de atitudes corretivas, além de pensamentos preconceituosos de que filhos de
homossexuais tem uma maior propensão a desenvolver problemas de desenvolvimento;
que existe uma causalidade para que alguém seja homossexual; e que a homossexualidade
surge da inadequação do sujeito à relações heteroafetivas. O estudo demonstra que
24,48% dos (as) profissionais exibem atitudes corretivas quando solicitadas, e 12,43%
apresentam atitudes corretivas mesmo não sendo solicitadas.
Falar sobre obtenção de direitos para a comunidade LGBTQIA+ é falar sobre luta,
resistência e perseverança. Um dos eventos mais marcantes e que passou a ser
comemorado todos os anos, internacionalmente conhecido como dia do orgulho LGBT.
A revolta de Stonewall, como ficou conhecida, carrega esse marco por ter sido palco de
um forte posicionamento da população LGBTQIA+ em 28 de junho de 1969, a uma
intervenção militar que estava acontecendo em um bar de Nova Iorque conhecido como
“Stonewall Inn” (TERTO e SOUSA, 2015).
A luta segue sendo travada todos os dias. Muitas conquistas chegaram, sendo em
sua maioria pelo judiciário, uma vez que no meio legislativo existe uma força muito
grande de partidos políticos financiados por igrejas. Dentre as conquistas advindas do
poder judiciário, destacam-se a União Estável homoafetiva em 2011, além do casamento
homoafetivo em 2013 (CANABARRO, 2013).
Durante apresentação de seminário, no qual foram apresentados CASES, pudemos
perceber o quanto a população LGBTQIA+ ainda tem seus direitos violados, não apenas
de forma judicial, mas também de existência humana. Por muito tempo foi proibido viver
sua sexualidade de forma aberta para a sociedade, o que traz dados que os casos de
violências contra a comunidade LGBTQIA+ sempre foram recorrentes e assustadores, o
que fez com que essas pessoas tivessem que lutar pelo direito de existir e serem respeitas.
Em apresentação de CASE, o foco foi direcionado para os lugares de acolhimento
e que prestam serviços em favor da comunidade LGBTQIA+, a intenção foi de alertar
sobre o contexto histórico, judicial e social também, para que possamos conhecer esses
espaços e para que tenhamos a ciência de que é uma causa humana e social, assim, todos
temos como participar ativamente.
Mesmo com o movimento da luta por Direitos Humanos da população
LGBTQIA+ ganhando força, o Brasil ainda é o país que mais mata esses indivíduos, o
que causa uma urgência em debater o assunto com mais seriedade e com propósito de
avanços em relação a Leis e uma sociedade mais esclarecida e que respeite todos os seres
humanos, independente de sua orientação sexual.
Casos como, por exemplo, o de um jovem gay que foi vítima de estupro coletivo,
tortura e tatuado a força em Florianópolis deixam claro como a LGBTfobia está presente
em nosso país e como pode fazer pessoas sofrerem diversos tipos de violências apenas
por existirem e terem comportamentos ou sua orientação sexual não serem
heteronormativas, o que causa ódio e atitudes violentas por parte de pessoas que não
aceitam as diferenças que compõem a sociedade.
Direitos como pessoa transexual, travesti em privação de liberdade, terem seus
direitos garantidos por Lei em relação a sua manutenção hormonal, relatado na

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apresentação, é algo que pode ser visto como uma grande conquista, pois isso transmite
humanidade e respeito para essas pessoas, sendo um dever da sociedade.
Um dos exemplos mais recentes que temos sobre como essa conquistas legais são
importantes foi a condenação do segurança de um shopping na cidade de Maceió que
impediu uma travesti de usar o banheiro feminino, sendo esse um crime de homofobia e
transfobia, que se enquadra como racismo após votação no Supremo Tribunal Federal
(STF) que ocorreu no ano de 2019.

CONCLUSÃO
Tendo como embasamento fontes teóricas e também histórias de vida, pudemos
perceber o quanto o debate sobre esse assunto precisa ser ampliado, medidas políticas
precisam ser pensadas para que a população LGBTQIA+ possa ter liberdade e dignidade
como qualquer outro cidadão, visto que orientação sexual diz respeito apenas a pessoa.
Assim, a maioria das pessoas pertencentes ao público LGBTQIA+, principalmente as que
são ativistas do movimento, lutam diariamente para que se tenham os mesmos direitos
que as demais pessoas heterocisnormativas, visto que mais pessoas LGBTQIA+ são
violentadas e/ou mortas diariamente na sociedade apenas por não se enquadrarem no
perfil heterocisnormativo, sendo usado essa premissa como justificativa para tais atos.
Desse modo, faz-se necessário, para que todos tenham direitos e deveres similares e
equitativos, que a sociedade acabe por respeitar o sujeito em sua singularidade, e participe
da luta pela conquista desses direitos.

REFERÊNCIAS
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Diversidade. Brasília: Assessoria de Comunicação do Ministério dos Direitos
Humanos, 2018.
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AS DIFICULDADES DOS HOMENS EM PROCURAR OS SERVIÇOS DE
SAÚDE

Gustavo Ferreira Bena1 José Franciso Cardoso Pedrosa2 Roberto Pereira da Silva3
Wendyour da Silva Barros4 Janayna Araújo Viana5
1
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS
2,3,4
Graduando em Enfermagem pela Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS
5
Enfermeira. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade
Católica de Goiás
E-mail do autor para correspondência [email protected]

RESUMO

O presente estudo vem tratar das dificuldades que os homens tem em procurar os serviços
de saúde, principalmente no âmbito da prevenção. Indivíduos do sexo masculino em sua
grande maioria têm um certo receio para procurar os serviços de saúde, e os fatores são
diversos, que vão desde o medo de determinados procedimentos e exames, e de serem
diagnosticado com novas patologias. Trata de uma pesquisa de do tipo revisão integrativa
de abordagem qualitativa. Entender o homem, as circunstancia que ele está inserido, tipo
de criação e educação que foi submetido só assim será possível, elaborar condutas
eficazes para contribuir para uma diminuição nos altos índices de mortalidade masculina.
É necessário haja uma ampliação dos estudos sobre o tema afim de que tenha mais
subsídios para ações e políticas de saúde pública que abranjam este público e suas
especificidades, é o que propõem a “integralidade”, um dos princípios do SUS.

Palavras-chaves: Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, Autocuidado,


Sistema Único de Saúde (SUS), Comportamento de Procura de Cuidados de Saúde e
Saúde do Homem

INTRODUÇÃO
Os homens têm dificuldades em reconhecer suas necessidades, cultivando o
pensamento mágico de que não adoecem. A doença é considerada como um sinal de
fragilidade que os homens não compreendem como inerente à sua própria condição socio
psíquica e biológica. (Brasil, 2008)
Segundo Braz (2005) A construção da imaginção há a possibilidade de ser
explicada pela notável diferença que tem na forma de criação entre meninos e meninas, a
forma que os meninos foram criados desde cedo para serem provedores, e também

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aconselhados a serem fortes e não demonstrar sentimentos e qualquer natureza seja ela
física ou emocional, para não serem comparados com as meninas.
É bastante disseminada a ideia de que as unidades básicas de saúde (UBS) são
serviços destinados quase que exclusivamente para mulheres, crianças e idosos. Com
respeito à pouca presença masculina nos serviços de atenção primária à saúde, muitas são
as suposições e/ou justificativas. Por um lado, associa-se a ausência dos homens ou sua
invisibilidade, nesses serviços, a uma característica da identidade masculina relacionada
a seu processo de socialização [...]. (FIGUEIREDO, 2005)
Segundo o ministério da saúde Brasil, (2008), a baixa procura dos homens aos
serviços de atenção primária, reduz a proteção que é necessária para a manutenção da sua
saúde, e assim muitas vezes os levam a ter que realizar procedimentos, que poderiam ser
desnecessários, ou diminui-los. E devido essa resistência do homem em procurar os
serviços de prevenção, acaba gerando uma sobrecarga financeira para a sociedade.
Sabendo da importância da procura por estes serviços, cabe-nos, portanto,
entender quais as possíveis suposições e/ou justificativas para que ocorra a
(in)visibilidade masculina aos serviços de atenção básica (AB). (SILVA, 2013)
Todavia, ao analisar o contexto e o processo saúde-doença da população
masculina, observa-se a necessidade de inclusão desse público nas ações estratégicas de
promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos, considerando suas especificidades,
o que exige dos profissionais de saúde um olhar amplo direcionado para a integralidade
[...]. (DOS-SANTOS et al., 2017)

OBJETIVOS

• Averiguar quais os pontos que desincorajam os homens a deixar de cuidar da sua


saúde.
• Observar os impactos causados pela falta do autocuidado nos homens.

METODOLOGIA
Refere-se a uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva de abordagem
qualitativa. A consulta é embasada nas publicações de artigos, em sites como Google
Acadêmico, Eletronic Libraly Online (SCIELO) e Revista de APS (UFJF). Em seguida,
a afim de ter uma visão a respeito da produção de conhecimento sobre a temática, foi
realizada uma pesquisa de artigos científicos nas plataformas citadas anteriormente, com
as palavras "saúde do homem" no campo de pesquisa.
Foram também utilizados também documentos do Ministério da Saúde referentes
à PNAISH, com foco em duas publicações Plano de Ação Nacional da PNAISH e o
documento PNAISH: princípios e diretrizes.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO
O adoecimento e o cuidado de si são ações pouco valorizadas pelo homem, fato
que os afastam do acesso aos serviços de saúde. (KORIN, 2001)
A PNAISH tem como objetivo principal a promoção de ações na perspectiva de
garantir a ampliação do acesso dos homens aos serviços de saúde, em especial à APS,
considerando os diferentes arranjos organizacionais, a capacidade operacional e
tecnológica das redes de serviços que compõem os sistemas locais de saúde [...].
(BRASIL, 2009)
[...] Contudo, atuações relacionadas à saúde dos homens ainda são pouco
estruturadas, o que pode culminar em dificuldades na implementação de ações dedicadas
a esse público, tal como é a implementação de uma política de saúde, no cotidiano do
trabalho em saúde. (DOS-SANTOS et al., 2017)
[...] há lacunas no conhecimento científico da disciplina de Enfermagem no
tocante à atenção à saúde e à produção do cuidado direcionado ao público masculino. No
âmbito da implementação da PNAISH, estudos originais são limitados, o que justifica a
emergência deste estudo e o torna relevante para a formação e prática de Enfermagem.
(SOUSA, 2021)
[...] Essa política assumiu a compreensão das singularidades e especificidades
masculinas sob o olhar para as masculinidades em seus diversos contextos socioculturais,
a qual tem como diretrizes centrais o entendimento da saúde do homem como um
conjunto de ações direcionadas à promoção, prevenção, assistência e recuperação em todo
o território nacional. (BRASIL, 2009)
A adoção de práticas educativas junto à comunidade poderia contribuir para a
aproximação dos homens com o serviço, o que asseguraria a busca pelo serviço para ações
de prevenção e promoção, diminuindo o absenteísmo e possibilitando mudanças no estilo
de vida[...]. (SOUZA et al., 2020)
[...] É necessário que os profissionais incorporem formas diferentes de pensar, que
rompam com atitudes, crenças, valores e preconceitos adquiridos, durante sua formação
e atuação profissional e transite para um cenário em que seja possível o desenvolvimento
de novos conceitos e estratégias de produção de saúde pertencentes à população
masculina, possibilitando modificar os dados epidemiológicos alarmantes atuais. (DOS-
SANTOS et al, 2017)

CONCLUSÃO
O homem como qualquer outro ser humano, é suscetível ao adoecimento, seja
tanto por fatores externos, como hereditários, por essas condições é um dos principais
motivos para superar qualquer medo ou preconceito para cuidar da saúde, visando uma
melhoria na qualidade de vida.

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A falta de conhecimento sobre a importância da prevenção, aliado ao medo e
outros fatores, dificulta a inserção desse grupo nos serviços de saúde que são fornecidos
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os estudos acerca da temática ainda são pouco explorados tanto na academia
quanto fora dela, é preciso que os acadêmicos durante sua graduação sejam incentivados
a pesquisar e explorar mais sobre a saúde do público masculino, para quando atuarem na
área tenham essa sensibilização, e colaborem para um cenário diferente do atual, afim de
sensificar o público masculino para o autocuidado.
Precisamos desmistificar do imaginário masculino que o atendimento em saúde é
somente em caso de extrema necessidade, mostrar que prevenir, também é uma forma de
cuidado pessoal. Evidenciar os benefícios que há na prevenção, para que vejam que o
cuidado preventivo é garantia de qualidade de vida.
A educação em saúde é uma poderosa ferramenta que os profissionais da saúde
dispõem a seu favor, quando bem realizada, de modo que o público alvo entenda de forma
clara e concisa o tema abordado, além de manter um contato mais próximo com a
comunidade.
Efetivar parceiras com órgãos públicos e privados, para realização de ações em
saúde, com os colaboradores do sexo masculino e os homens da comunidade em geral,
para garantir aos poucos, assiduidade dos homens nos serviços de saúde.
Mesmo com a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem
(PNAISH) é visível que os profissionais de saúde precisam dar mais atenção para o
público masculino, levando em conta que, mesmo com política a procura ainda é baixa,
em relação a outros usuários dos serviços. Sabemos das várias obrigações que os
enfermeiros que atuam na atenção primária têm, porém é de suma importância que eles
encaixem na agenda da atenção básica, adotando estratégias e ações que possam mitigar
os efeitos do medo e até mesmo o prejulgamento internalizado dentro do público
masculino na procura dos serviços de prevenção e diagnóstico de patologias masculinas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO BRASIL SOB O OLHAR DA
SAÚDE ÚNICA: REVISÃO DE LITERATURA

Dhebora Silvério Correia1; Jaqueline Bianque de Oliveira2


1
Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
2
Médica Veterinária e Professora das disciplinas de Parasitologia Veterinária e
Parasitologia Geral na Universidade Federal Rural de Pernambuco
E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO
Leishmanioses são antropozoonoses endêmicas em 5 continentes, com manifestação
clínica nas formas tegumentar e visceral. A Leishmaniose Visceral (LV) se destaca por
alta letalidade e ampla distribuição geográfica, estando relacionada com fatores sanitários,
socioeconômicos e ambientais, sendo importante sua análise sob a ótica da Saúde Única.
Este trabalho dá ênfase à Leishmaniose Visceral Canina (LVC) e nele foram revisados
aspectos epidemiológicos, transmissão, patogenia, vantagens e desvantagens acerca dos
métodos diagnósticos e tratamentos e, ao final, é feita uma análise sobre as lacunas que
ainda precisam ser preenchidas com relação à prevenção e ao controle da doença.

Palavras-chaves: Leishmania infantum. Cães. Zoonose. Controle vetorial.

INTRODUÇÃO

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A LV está entre as principais zoonoses negligenciadas nas Américas. No Brasil,
os casos ocorrem especialmente na região Nordeste, embora tenha ocorrido nas últimas
décadas uma ampla dispersão da doença nas demais regiões, com 80% dos casos em
humanos ocorrendo em populações de baixa renda. A análise da literatura sobre o tema
permite concluir que a doença é, simultaneamente, causa e consequência da pobreza.

Leishmania infantum (sin L. chagasi), um protozoário pertencente à família


Trypanosomatidae, é o agente etiológico da doença nas Américas e encontra-se sob duas
formas, de acordo com o hospedeiro: uma forma promastigota, encontrada no trato
digestivo do inseto vetor; outra amastigota, encontrada nos hospedeiros vertebrados e
caracterizada por ser intracelular obrigatória das células do sistema fagocítico
mononuclear (SFM).

O reservatório de uma doença pode ser uma única espécie ou um grupo de espécies
envolvidas na manutenção da biologia do agente causador. Assim, muitas espécies de
animais silvestres e domésticos são identificadas como hospedeiros vertebrados da LV, e
o potencial destas espécies como reservatórios varia com diversos fatores, incluindo
filogenia, localização geográfica, imunocompetência e carga parasitária. Já os vetores da
LV são os insetos flebotomíneos, popularmente conhecidos como “mosquito palha”.
Apresentam hábitos crepusculares e noturnos e um elevado potencial de adaptação.
Lutzomyia longipalpis é o principal vetor da LV.

OBJETIVO
Com ênfase na LVC, esta breve revisão tem como objetivo acrescentar, sob o olhar
da Saúde Única, análises nos âmbitos da epidemiologia e da clínica médica de caninos,
bem como os desafios referentes ao controle da doença.

METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas plataformas Google Acadêmico e
Web of Science, utilizando os descritores “Leishmanioses no Brasil”, “Leishmaniose
visceral canina”, “reservoirs of leishmania”, “Leish-Tec®️” e “miltefosina”, selecionando
artigos de 2004 a 2021, priorizando a escolha daqueles que ofereciam ênfase nos objetivos
supracitados. Também foi utilizado o Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose
Visceral, de 2014, elaborado pelo Ministério da Saúde (MS).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
A expansão geográfica da LV está relacionada com a urbanização e às
interferências humanas no ambiente. Com as modificações ocorridas na estrutura agrária
brasileira nas últimas décadas, associadas à industrialização e a busca por melhores
condições socioeconômicas, intensificou-se o processo migratório para as cidades,
facilitando a expansão de enfermidades antes concentradas no meio rural, além da
ocupação desordenada de áreas urbanas e periurbanas em aglomerados populacionais,
com presença de áreas potenciais para o desenvolvimento de flebotomíneos, como ruas e
quintais contendo matéria orgânica acumulada, além da ausência de saneamento básico e

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assistência à saúde. Assim, o processo de urbanização da doença é acompanhado da
ausência de políticas públicas para manter a saúde humana, animal e ambiental,
favorecendo a perpetuação da LV. Além disso, modificações ambientais antrópicas
também favoreceram a expansão da doença, considerando que o desmatamento e demais
práticas exploratórias não sustentáveis geraram transformações na ecologia do vetor e
consequentemente sua adaptação.
Muitas espécies de marsupiais, procionídeos, primatas, felídeos e canídeos – como
os cães domésticos, são exemplos de reservatórios da LV, podendo ser mantenedores ou
amplificadores. Mantenedores podem ser infectados pelo parasito e são capazes de manter
a infecção estável; amplificadores, além de manter a infecção, possuem características
favoráveis para a transmissão, como a alta carga parasitária.
O protozoário é transmitido entre os hospedeiros através da picada do mosquito
fêmea, em um complexo ciclo envolvendo as formas promastigotas metacíclicos, que se
desenvolvem no vetor e são transmitidas para os mamíferos suscetíveis, nos quais se
desenvolvem as formas amastigotas nas células do SFM, onde se distribuem de forma
heterogênea.
No desenvolvimento da infecção, a imunocompetência parece ser o fator chave
para o aparecimento de sintomas. Assim, a manifestação da LVC pode ser assintomática,
oligossintomática ou sintomática. Quanto à idade, é observada uma maior
soropositividade dentro de um arranjo bimodal, com o primeiro pico ocorrendo em
animais com menos de três anos e o segundo nos que têm entre oito a dez anos, associada
à baixa capacidade imunológica nesses extremos. Além disso, cães portadores de outras
enfermidades ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores também estão sob
maior risco de infecção, bem como cães errantes e domiciliados com acesso à rua.
Acredita-se que raças de pequeno porte sejam menos afetadas por geralmente viverem
dentro das casas.
A LVC geralmente é uma afecção sistêmica, crônica e letal. Na forma sintomática,
múltiplas alterações clínicas são evidenciadas, dependendo da resposta imune do animal
e do estágio da doença, incluindo injúrias em órgãos internos e lesões cutâneas. O
diagnóstico ocorre principalmente através de exames parasitológicos, moleculares e
imunológicos, embora ainda existam numerosos desafios quanto às suas aplicabilidades
práticas e técnicas, dificultando o controle da doença. O diagnóstico parasitológico,
embora invasivo, é um excelente método identificador do parasito pois permite visualizá-
lo em microscopia, porém possui sensibilidade variável à carga parasitária e presença de
coinfecções. A técnica molecular de PCR possibilita a identificação do DNA parasitário,
porém possui custo elevado e especificidade e sensibilidade dependentes da amostra
biológica utilizada. Por outro lado, como a LV caracteriza-se por uma estimulação
policlonal de linfócitos B e uma grande produção de anticorpos, isso facilita o diagnóstico
sorológico através de diversos testes, sendo o ELISA um teste com importantes
benefícios, como fácil execução e leitura, embora sua sensibilidade dependa do tipo de
manifestação da doença. O ELISA é considerado o método confirmatório de diagnóstico
após testes de triagem.
Atualmente, a Leish-Tec® é a única vacina autorizada no Brasil, com
comprovação científica evidenciando sua imunoproteção. Esta vacina não induz

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soroconversão em cães vacinados, e é possível diferenciar cães vacinados de infectados,
sendo estes fatores importantes para que a vacinação seja uma medida adicional de
controle, contribuindo para a redução na trasmissão da LVC, se implementada de forma
ampliada e acessível, juntamente com as demais estratégias individuais e coletivas de
controle da doença, implicando numa atenção expressiva à saúde humana, ambiental e
animal.
O tratamento de cães não é recomendado pelos Ministérios da Saúde e da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, pois o uso recorrente em cães de drogas utilizadas
para tratamento humano leva ao risco de gerar parasitos resistentes e, consequentemente,
induzir à perda destas ferramentas para o tratamento humano. Por outro lado, a única
droga autorizada no Brasil para o tratamento da LVC é a miltefosina, substância que
favorece significativamente a melhora clínica e reduz a carga parasitária, porém, possui
custo não correspondente aos recortes socioeconômicos envolvidos na LV, evidenciando
uma negligência da indústria farmacêutica. Assim, o tratamento com a miltefosina torna-
se elitista, enquanto animais errantes ou pertencentes às famílias em situação de pobreza
continuam sendo sacrificados.
As ações de controle direcionadas ao hospedeiro canino são voltadas para a
eutanásia de soropositivos. Entretanto, muito se questiona se esta ação é efetiva, pois até
o momento foi incapaz de eliminar a ocorrência de novos casos. Não há concordância
entre pesquisadores sobre as associações entre as taxas de ocorrência de Leishmaniose
Visceral Humana (LVH) e a soroprevalência canina, e sobre a eutanásia profilática. A
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical tem sido uma das principais entidades médicas
críticas a esta política, sob o argumento de que o MS, ao defender a erradicação de cães
soropositivos, desconsidera o amplo debate científico que questiona esta medida.

CONCLUSÃO

É consensual que a LV assume uma importância gritante, com alta letalidade e


graves consequências socioeconômicas, embora ainda seja uma doença negligenciada e
com significativas lacunas a serem preenchidas quanto ao controle. As intervenções
profiláticas precisam ser voltadas de forma intensificada para o inseto vetor, e não para
eutanásia de cães. Medidas de controle vetorial envolvendo o adequado manejo de
resíduos orgânicos, distribuição gratuita de coleiras repelentes, ampliação de políticas
equânimes de saneamento e expansão das práticas de pulverização residual de inseticidas
são ações de expressiva necessidade que precisam ocorrer conjuntamente com a
vacinação dos cães, campanhas de castração, programas educativos de posse responsável,
combate ao abandono animal e conscientização sobre a importância do confinamento
domiciliar dos cães evitando contato com as ruas, sobretudo em horários noturnos e de
crepúsculo. Também é de suma importância frisar aspectos que precisam ser atendidos
quanto à ausência de participação mais ativa do setor privado nos investimentos e
desenvolvimento de novas drogas para tratamento, bem como métodos diagnósticos
melhor aplicáveis à realidade estrutural e econômica, e ainda à necessidade de aumento
nos investimentos públicos em saúde e educação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE EM CUIDADO
PALIATIVO NO DOMICÍLIO

Michelen Saraiva Cardoso Silva1; Camila da Costa Brito1; Isis Serrão Neves
Wanderley1; Nayana Carvalho Pereira1; Simone Daria Assunção Vasconcelos Galdino2

1
Graduanda em Enfermagem pela Faculdade Cosmopolita
2
Enfermeira. Mestre em Gestão e planejamento em serviços de saúde pela Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará

Autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

Os cuidados paliativos são um tipo de assistência indicada para pacientes acometidos por
uma doença sem possibilidade terapêutica de cura, não sendo limitado aos casos de
pacientes oncológicos em estado de metástase. Estes, no entanto, constituem a grande
maioria das indicações para o início do processo terapêutico paliativo, o qual objetiva
garantir conforto e qualidade de vida ao doente. Trata-se de um estudo do tipo revisão
bibliográfica com caráter exploratório, reunindo dados sobre cuidados paliativos no
âmbito domiciliar produzidos durante os anos de 2016 a 2021. Esta pesquisa tem por
objetivo realizar um levantamento da produção científica disponível afim de apresentar
estudos referentes ao tema e a relevância do mesmo para a área da saúde, onde o papel

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do enfermeiro é de extrema importância para o êxito do processo terapêutico.

Palavras-chaves: Assistência. Enfermagem. Paciente paliativo. Cuidado domiciliar.

INTRODUÇÃO
Os cuidados paliativos compõem um conjunto de práticas assistenciais indicadas para
pacientes acometidos por alguma doença sem possibilidade terapêutica de cura e que
ameace a vida. No entanto, mesmo sem risco de morte, pode-se utilizar a estratégia
paliativa afim de promover conforto e outros benefícios (ABRALE, 2017).
Segundo Alecrim; Miranda e Ribeiro (2020), o principal objetivo deste processo é
promover qualidade de vida para todos os envolvidos. Os cuidados paliativos podem ser
realizados em ambiente hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, por uma equipe de saúde
multiprofissional capacitada, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
psicólogos, e outras especialidades necessárias.
A escolha do local mais adequado deve ser realizada pela equipe, considerando as
especificidades do indivíduo, em concordância com o doente e seus familiares. Dentre os
cenários de atuação paliativa, a atenção domiciliar se destaca como um ambiente fraterno,
favorecendo a dignidade da pessoa a ser cuidada, ao permitir a continuidade de suas
relações sociais e afetivas (SILVA, 2018).
OBJETIVOS
Realizar um levantamento da produção científica disponível nas bases de dados
selecionadas pelas autoras, afim de apresentar estudos referentes a “Assistência de
enfermagem ao paciente em cuidados paliativo no domicilio”

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório, de análise qualitativa, do tipo
revisão de literatura. A questão norteadora para a presente revisão foi: “Qual a
participação e importância do enfermeiro frente aos cuidados ao paciente paliativo no
domicílio?”.
Quanto à seleção das publicações, realizou-se uma pesquisa na biblioteca virtual em saúde
(BVS), através da base de dados da Literatura Latino-Americana e Caribe em Ciências
de Saúde (LILACS) e Base de Dados em Enfermagem (BDENF), seguidos dos
descritores: “Enfermagem”, “paciente paliativo” e “cuidado domiciliar”. A pesquisa
inicialmente resultou em 12 produções, das quais 8 atendiam aos critérios de inclusão pré
estabelecidos. Os filtros utilizados para a inclusão dos trabalhos foram: produções que se
apresentavam na íntegra, texto completo, filiação com o Brasil, idioma português,
cuidados paliativos e assistência domiciliar como assunto principal, publicados no
período de 2016 a 2021.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a análise dos resumos das publicações filtradas, foi realizada a leitura completa das
8 produções selecionadas pelas autoras e posteriormente, a síntese dos dados. A
apresentação destes foi realizada de forma descritiva, organizando-os em tabela e
procedendo-se a categorização dos dados extraídos para o melhor entendimento e

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sistemática, contemplado autores, ano de publicação das produções, título, objetivos e
conclusão.

Tabela 1 – Organização dos artigos em ordem de seleção dos trabalhos dispostos em:
autor/ano, título, objetivos e conclusão.
AUTOR/ANO TÍTULO OBJETIVOS CONCLUSÃO
SILVA, A. E. A produção de “Analisar as ações dos “Percebe-se que são
2018. cuidados paliativos profissionais de saúde necessários avanços na
no contexto da que atuam na atenção criação e implementação
atenção domiciliar domiciliar, na atenção de
à saúde de usuários Políticas governamentais
elegíveis aos cuidados no Brasil para inserção dos
paliativos, à luz do cuidados paliativos na
referencial de Jean Rede de Atenção à saúde
Watson.” por meio de ações
educacionais, gerenciais,
organizacionais e
assistenciais que
Contemplem e assegurem a
dignidade humana das
pessoas em condições
crônicas de saúde elegíveis
aos cuidados paliativos.”
CUNHA, A.S. Cuidado paliativo “Descrever e analisar a “Há a necessidade de
et al. 2018. oncológico: percepção do cuidador profissionais oferecerem
percepção dos principal frente a um um cuidado humanizado,
cuidadores familiar em cuidado considerando percepções,
paliativo e traçar o as necessidades e os
perfil sócio sentimentos do cuidador e
demográfico dos de realização de educação
cuidadores em saúde para promover
familiares.” segurança no cuidado com
o paciente e sensibilização
quanto ao autocuidado.”
VARELA, A. Cartilha educativa “Elaborar cartilha “ A cartilha é um produto
I. S. et al. para pacientes em educativa para de enfermagem para
2017. cuidados paliativos pacientes em cuidados educação em saúde que
e seus familiares: paliativos e seus poderá reduzir incertezas e
estratégias de familiares.” auxiliar nos cuidados
construção domiciliares.”
HEY, A. et al. Participação da “Descrever os “Concluiu-se que a
2017. enfermeira nos cuidados paliativos presença do enfermeiro
cuidados paliativos domiciliares nessa modalidade de

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domiciliares realizados pela cuidado é fundamental,
enfermeira; identificar podendo contribuir para a
as inter-relações estruturação desse cuidado
existentes entre no Sistema Único de Saúde
enfermeira, família e do Brasil.”
paciente nos cuidados
paliativos
domiciliares; e
caracterizar os
momentos
significativos da
participação da
enfermeira nos
cuidados paliativos
domiciliares.”
ALECRIM, T. Percepção do “Apresentar a “Embora tanto a presença
D. P, paciente percepção do paciente quanto a ausência da
MIRANDA, J. oncológico em oncológico em família interfiram no
A. M, cuidados paliativos cuidados paliativos tratamento do paciente
RIBEIRO, B. sobre a família e a quanto à importância oncológico, o
M. S. S. 2020. equipe de da família e da equipe acompanhamento e a
enfermagem de enfermagem participação familiar
durante o tratamento.” durante o tratamento
beneficiam amplamente a
pessoa adoecida, assim
como o cuidado
qualificado e humanizado
oferecido pela equipe de
enfermagem predispõe a
uma melhor qualidade de
vida. A presença do
familiar mostra-se
positivamente eficaz ao
proporcionar sentimentos
positivos de segurança,
esperança e apoio afetivo.
O cuidado prestado ao
paciente e a sua família, a
escuta atenta, o diálogo
esclarecedor e a mão amiga
que reconforta e cuida,
beneficiam o aceite e a
adesão ao tratamento

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oncológico que é
desafiador, complexo,
porém necessário,
especialmente para paliar e
oferecer conforto.”
CARDOSO, Terapia subcutânea “Relatar a experiência “A prática mostrou-se de
D. H, para pacientes em de enfermeiras com o fácil aplicabilidade, além
MORTOLA, cuidados paliativos: uso da terapia de ser de baixo custo e de
L. A, a experiência de subcutânea para o assegurar o controle
ARRIEIRA, I. enfermeiras na controle sintomas em sintomático e conforto a
C. O. 2016. atenção domiciliar paciente em cuidados pacientes em cuidados
paliativos atendidos paliativos, porém, ainda é
no domicílio.” pouco conhecida e
normatizada, sendo estes
fatores limitantes da
disseminação da terapia
subcutânea nos cenários de
atenção à saúde.”
MATOS, M. Significado da “ Conhecer o “Conclui-se que as
R. et al. 2016. atenção domiciliar momento vivido e o potencialidades deste
e o momento vivido significado da atenção modelo de atenção vão ao
pelo paciente domiciliar para o encontro da assistência que
oncológico em paciente oncológico visa contemplar os
cuidados paliativos em cuidados paliativos princípios do cuidado
sob o olhar da teoria paliativo, como o bem-
humanística de estar e o estar melhor
Paterson e Zderad.” desses pacientes.”
CORDEIRO, O retorno ao “ Descrever e analisar “ Conclui-se
F. R. 2017. domicílio em o modo como se que mesmo sendo países
cuidados paliativos: articula o retorno ao diferentes, França e Brasil
interface dos domicílio em enfrentam problemas
cenários brasileiro Cuidados Paliativos, semelhantes
e francês em hospitais brasileiro relacionados ao governo da
e francês.” morte. No Brasil, não é
ofertado suporte para os
cuidados de final
de vida, embora se efetive
o retorno ao domicílio. Na
França, existem recursos
humanos e
materiais, mas as
configurações familiares
tendem a inviabilizar o

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acolhimento de doentes em
casa, mesmo sendo essa
uma política
governamental.”
Fonte: SILVA, A. E. 2018; CUNHA, A.S. et al. 2018; VARELA, A. I. S. et al. 2017; HEY, A. et al. 2017;
ALECRIM, T. D. P, MIRANDA, J. A. M, RIBEIRO, B. M. S. S. 2020; CARDOSO, D. H, MORTOLA, L.
A, ARRIEIRA, I. C. O. 2016; MATOS, M. R. et al. 2016; CORDEIRO, F. R. 2017.

Hey, et al (2017) ressalta que a primeira etapa para o êxito deste processo consiste no
reconhecimento, por parte dos profissionais atuantes, do ambiente e da realidade em que
vive o paciente que será assistido.
Em contrapartida, o estudo de Silva (2018, p. 147) demonstra que “[...] os profissionais
de saúde conhecem de forma limitada os Cuidados Paliativos e sua implementação em
serviços públicos de Atenção Domiciliar.”
De acordo com Matos et al (2016), os resultados mostram que a atenção domiciliar é
“identificada pelos pacientes como substitutiva a hospitalar, permitindo mais liberdade,
conforto, autonomia e fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde.”
Os profissionais de saúde desenvolvem ações de comunicação e orientação para o cuidado
domiciliar. Entretanto, são medidas insuficientes, em relação aos princípios preconizados
pela OMS. Tal carência se justifica pela precariedade de conhecimento dos profissionais,
além de refletir os efeitos da incapacidade dos gestores em oferecer condições que
garantam a assistência paliativa com eficácia e plenitude (SILVA, 2018).
O estudo de Cunha (2018) identificou a necessidade da oferta de humanização no cuidado
e da realização de educação em saúde, afim de promover maior segurança no cuidado.

CONCLUSÃO
Diante do exposto, é possível perceber que os cuidados paliativos necessitam de
humanização, apoio, respeito e, capacitação dos profissionais envolvidos para
conduzirem o processo de maneira satisfatória.
O acolhimento ao cliente, respeito à sua autonomia e utilização de linguagem clara e
acessível são responsabilidades do profissional responsável pelo atendimento ao paciente
paliativo. O papel do enfermeiro nesse tipo de cuidado é de extrema importância, devido
seu grande tempo de interação com o paciente, bem como o da família do enfermo. A
presença de ambos garante o êxito do processo terapêutico além de evitar o abandono do
mesmo.
É importante também que o paciente tenha consciência e aceitação de sua real condição,
e qual o verdadeiro objetivo dos cuidados paliativos. Diante do estado de terminalidade,
o doente necessita de segurança e apoio para o enfrentamento da morte como um processo
natural.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRALE. Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. Cuidados Paliativos: Tudo que


você precisa saber. [Atualizada em 08/10/2017; Acesso em 15/09/2021]. Disponível em:
https://www.abrale.org.br/informacoes/cuidados-paliativos/

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ALECRIM, T. D. P; MIRANDA, J. A. M; RIBEIRO, B. M. S. S. Percepção do paciente
oncológico em cuidados paliativos sobre a família e a equipe de enfermagem. Cuid
Enferm. 2020 jul.-dez.; 14(2):206-212.

CARDOSO, D. H; MORTOLA, L. A; ARRIEIRA, I. C. O. Terapia subcutânea para


pacientes em cuidados paliativos: a experiência de enfermeiras na atenção domiciliar. J.
Nurs. Health, Pelotas, v. 2, n. 6, p. 346-354, 2016.

CORDEIRO, F. R. O retorno ao domicílio em cuidados paliativos: interface dos cenários


brasileiro e francês. 2017. 262 f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

CUNHA, A. S; PITOMBEIRA, J. S; PANZETTI, T. M. N. Cuidado paliativo oncológico:


percepção dos cuidadores. Journal Of Health & Biological Sciences, [S.L.], v. 6, n. 4, p.
383, 9 out. 2018. Instituto para o Desenvolvimento da Educacao.

HEY, A. et al. Participação da enfermeira nos cuidados paliativos domiciliares. REME –


Rev Min Enferm. 2017; 21:e-1000.

MATOS, M. R, et al. Significado da atenção domiciliar e o momento vivido pelo paciente


oncológico em cuidados paliativos. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2016; 18:e1179.

SILVA, Alexandre Ernesto. A produção de cuidados paliativos no contexto da atenção


domiciliar. 2018. 169 f. Tese (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2018.

VARELA, A. I. S. et al. Cartilha educativa para pacientes em cuidados paliativos e seus


familiares: estratégias de construção. Rev. Enferm. Ufpe On Line, Recife, v. 7, n. 11, p.
2955-2962, jul. 2017.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


ASSOCIAÇÃO ENTRE IMUNIZAÇÃO E NÚMERO DE CASOS
CONFIRMADOS DE MENINGITE NO PERÍODO DE 2011 A 2020

Arthur Sodré de Mendonça1; Mariana Barreira Duarte de Sousa2; Rebeca Dornelas


Souza3; Cyntya Kethurin Ribeiro4; Thiago Vinicius Lemos Gonçalves5; Julia Bueno
Ferreira Martins6; Fabricio Henrique Pereira de Souza7; Adriana Helena de Matos Abe8

1,2,3,5,6
Graduando em Medicina pela Universidade Federal de Goiás
4
Graduanda em Biomedicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás
7
Cirurgião Dentista. Mestrando em Cirurgia e Diagnóstico Bucal pela Universidade
Estadual Paulista
8
Preceptora da Residência em Pediatria e Acadêmicos de Medicina da Faculdade
de Medicina da Universidade Federal de Goiás
E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
Meningite é uma inflamação aguda das meninges, causada por agentes infecciosos ou
não. Caracteriza-se por quadros infecciosos graves, com taxa de letalidade acima de 70%,
quando não tratada adequadamente. O Programa Nacional de Imunização (PNI)
disponibiliza três vacinas: Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e
Haemophilus influenzae tipo b. Em 2012 foram aplicadas 8.291.125 doses contra
Meningocócica Conjugada e Haemophilus influenzae tipo b. A maior expressão foi em
2017, com 10.966.265 doses aplicadas contra Meningocócica Conjugada - C e
Haemophilus influenzae tipo b. A vacina Meningocócica ACYW1325 foi disponibiliza
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em março de 2020, com 1.836.445 doses aplicadas
entre março e dezembro de 2020. Em 2012, foram diagnosticadas 21.807 pessoas com
meningite, já em 2021, 4.411 pessoas foram diagnosticadas com a doença, apresentando
tendência de redução de casos associada a uma ascensão de doses aplicadas conforme
houve ampliação da cobertura pelo sistema público de saúde.

Palavras-chaves: meningite, inflamação, vacinas.


INTRODUÇÃO
A meningite corresponde a uma inflamação leptomeningea que pode ser
desencadeada por bactérias, vírus e fungos, bem como por agentes não infecciosos. Essa
doença caracteriza-se por quadro graves, com rápida evolução para óbito, quando não
estabelecido imediato e adequado tratamento. A infecção das meninges pode se
manifestar em indivíduos de qualquer idade, porém, é mais prevalente em crianças, com
cerca de 90% dos casos (ARAÚJO et al., 2020).
A meningite bacteriana é mais prevalente na faixa etária lactente e pré-escolar,
destacando-se a infecção pela Neisseria meningitidis, um coco aeróbio gram-negativo.
Esse agente etiológico possui treze sorogrupos, dos quais seis acometem humanos, sendo
eles os tipos A, B, C, W135, X e Y, apresentando-se como uma doença meningocócica,
de amplo espectro clínico de sintomas como febre, cefaléia e náuseas até falência de
múltiplos órgãos, que podem evoluir para óbito. Diante dos sorogrupos meningocócicos

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existentes, foram desenvolvidas vacinas direcionadas contra os agentes etiológicos mais
prevalentes. O Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza três vacinas:
Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e Haemophilus influenzae tipo b
(RIBEIRO et al., 2019).
Anualmente, ocorrem cerca de 1,2 milhão de casos de meningite bacteriana no
mundo, podendo ocorrer níveis de letalidade superiores a 70% sem o tratamento
adequado, dependendo do agente etiológico, da região e da idade do indivíduo (CDC,
2016). No Brasil, entre 2007 e 2020, foram notificados 393.941 casos suspeitos de
meningite, e destes, 265.644 foram confirmados, com etiologia viral mais prevalente
(121.955 casos), seguida pela bacteriana (87.993 casos). A doença meningocócica
acomete anualmente cerca de 1.200 indivíduos, dos quais 250 evoluem para óbito,
condicionando uma taxa de letalidade de 20% ao país. A meningite por Haemophilus
apresenta menor incidência, em média 125 casos e destes, 23 evoluem para óbito, com
letalidade de 18% (ARAÚJO et al., 2020).
Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão dessas vacinas no PNI teve grande
impacto na incidência dessa patologia no Brasil. Assim, os principais questionamentos
levantados dizem respeito à compreensão do potencial da imunização contra a Meningite
impactar no número de óbitos desencadeados por este agravo (RIBEIRO et al., 2019).

OBJETIVOS
Analisar a relação entre o número de doses de vacina aplicadas contra a meningite
Meningocócica e por Haemophilus e o número de casos confirmados de meningite no
período de 2011 a 2020, buscando identificar associações entre as duas variáveis.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo observacional, analítico, longitudinal, retrospectivo e
ecológico de séries temporais. Obtiveram-se as informações através do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
Para esta pesquisa foram utilizados como dados do número de doses aplicadas na
população brasileira, das vacinas Meningocócica C, Meningocócica ACYW1325 e
Haemophilus influenzae tipo b, obtidos no Sistema de Informação do Programa Nacional
de Imunizações (SI-PNI) e o número de casos confirmados de meningite no país, obtidos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), considerando para ambas
as variáveis o intervalo entre 2011 e 2020. Os imunobiológicos selecionados para compor
essa pesquisa são aqueles disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunização (PNI)
no período estudado.
Foram realizadas análises individuais dos dados para o número de doses aplicadas
dos imunobiológicos e para o número de casos confirmados de meningite no Brasil, como
também foram elaboradas suas respectivas séries temporais considerando os anos de 2011
a 2020, com o intuito de comparar tais tendências e identificar possíveis associações ou
influências entre esses elementos. As tendências foram estimadas pelo método de
regressão linear de Prais-Winsten, através do qual obteve-se os coeficientes de inclinação
da regressão (CI) e as taxas de incremento anual (TI). As tendências com p-valor < 0,05
foram consideradas significativas.

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RESULTADOS
A partir dos dados obtidos do Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações (SI-PNI), 2012 correspondeu ao ano de menor expressão no período
estudado, no qual foram vacinados 8.280.516 indivíduos com Meningocócica Conjugada
- C e 10.609 pessoas com a Haemophilus influenzae tipo b. Já em 2017, ano com maior
taxa de cobertura vacinal, 10.940.632 indivíduos receberam o imunobiológico da
Meningocócica Conjugada - C e 25.633 do Haemophilus influenzae tipo b. A vacina
Meningocócica ACYW1325 passou a ser disponibilizada à população no Sistema Único
de Saúde (SUS) em março de 2020, registrando 1.836.445 doses aplicadas entre março e
dezembro de 2020.
Na análise de regressão linear de Prais-Winsten foi observado p-valor
significativo (>0,05) para ambas as variáveis estudadas, de modo que o número de doses
aplicadas entre 2011 e 2020 demonstraram tendência crescente, com taxa de variação
anual positiva de 1,9% (p-valor: 0,034).
De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações
(SI-PNI), 21.807 indivíduos foram diagnosticados com meningite em 2012 no Brasil, ano
com maior incidência desta patologia no intervalo pesquisado. Já em 2020 foram
diagnosticados 4.411 casos de meningite, representando o ano de menor incidência de
meningite no país. Além disso, foi observado na análise de Prais-Winsten, tendência
decrescente para o número de casos diagnosticados de meningite entre 2011 e 2020, com
taxa de variação anual negativa, correspondente a 8,0% (p-valor: 0,017).

DISCUSSÃO
Observou-se que entre 2011 e 2020, os casos de meningite expressaram tendência
de redução somado a uma série temporal ascendente para o número de doses dos
imunobiológicos disponibilizados pelo SUS contra a meningite. Diante disso, o aumento
da cobertura vacinal contra a meningite no período pesquisado tornou-se consequência
do avanço na qualidade e cobertura do sistema público de saúde, somado ao
desenvolvimento de novas políticas e marcos regulatórios para o aperfeiçoamento e
disseminação da importância da imunização para a população brasileira (JANSSEN et al.,
2021).
Frente a infecção por meningite, a imunização em massa e a antibioticoterapia
correspondem às melhores formas de combate a essa problemática de saúde pública.
Alguns países africanos fazem o uso de antibioticoterapia para combater epidemias de
meningite, as quais ocorrem de maneira súbita e são dificilmente contidas com a
estratégia de cobertura vacinal, uma vez que tais regiões possuem fortes debilidades
estruturais e logísticas em seu sistema de saúde. Contudo, foi demonstrado que essa
prática não apresenta vantagens positivas a longo prazo, uma vez que propicia resistência
das bactérias aos antibióticos, de modo que a população dessa região chega a necessitar
de taxas de ataque vinte vezes maiores que as da comunidade em geral ao fazer uso de
medicamentos como ciprofloxacina (COLDIRON et al., 2017).
Nas últimas décadas, parte dos países da América Latina, entre eles o Brasil,
demonstraram interesse em proporcionar imunobiológicos contra a meningite para suas
populações, a fim de conter e atenuar a incidência dessa doença. Entre as preocupações

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dos gestores estava as possíveis consequências geradas pela meningite nos indivíduos
acometidos, pela sua capacidade em gerar debilidade cognitiva. Assim, houve aumento
progressivo da cobertura vacinal no país, a medida que ocorria capilarização do SUS no
Brasil, circunstância que favoreceu a redução do número de casos, da morbidade e da
mortalidade pela doença (CHRISTIE et al., 2017; DE ANTÔNIO et al., 2019; RIBEIRO
et al., 2019).
Nesse contexto, o adequado entendimento dessa doença possibilita que
profissionais da saúde estejam atentos a sintomatologias sugestivas de meningite e, assim,
possam intervir precocemente, além de estarem adeptos a esclarecer dúvidas de seus
pacientes acerca da doença ou da vacinação. Ademais, a ampla conscientização permitiu
que pais e responsáveis compreendessem a necessidade da cobertura vacinal, a fim de
evitar possíveis consequências que a doença pode acarretar ao infectado (NAVES et al.,
2019; JANSSEN et al., 2021).

CONCLUSÃO
Diante do exposto estudo possibilitou o entendimento do potencial da utilização
dos imunobiológicos como estratégia para contenção de doenças imunopreveníveis, como
a meningite. Assim, torna-se evidente que a tendência crescente do número de doses
aplicadas contra a meningite, entre 2011 e 2020, foi influenciada pelo processo de
desenvolvimento e expansão do SUS, além da maior conscientização da população. Esse
contexto de ascensão da cobertura vacinal caracterizou-se como um dos motivadores para
a queda do número de óbitos por meningite, entre 2011 e 2020. Todavia, faz-se necessário
a manutenção, aperfeiçoamento e desenvolvimentos de campanhas e estratégias,
estabelecidas pelo sistema público de saúde, que incentivem e aumentem a adesão da
população no combate às doenças imunopreveníveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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no Brasil. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed.
05, Vol. 10, pp. 87-100, 2020.

CDC, Centers for Disease Control and Prevention, WHO Meningitis Manual Authors,
Division of Bacterial Diseases National Center for Immunization and Respiratory
Diseases, 2011. Disponível em: <https://www.cdc.gov/meningitis/lab-manual/chpt02-
epi.html>. Acesso em: 11 de outubro 2021.

CHRISTIE, Deborah et al. Impact of meningitis on intelligence and development: a


systematic review and meta-analysis. PLoS One, v. 12, n. 8, p. e0175024, 2017.

COLDIRON, Matthew E. et al. Ciprofloxacin for contacts of cases of meningococcal


meningitis as an epidemic response: study protocol for a cluster-randomized trial. Trials,
v. 18, n. 1, p. 1-8, 2017.

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DE ANTONIO, Rodrigo et al. Vaccination herd effect experience in Latin America: a
systematic literature review. Human vaccines & immunotherapeutics, v. 15, n. 1, p.
49-71, 2019.

JANSSEN, Lisanne MA; VAN DER FLIER, Michiel; DE VRIES, Esther. Lessons
learned from the clinical presentation of common variable immunodeficiency disorders:
a systematic review and meta-analysis. Frontiers in immunology, v. 12, 2021.

NAVES, G. R. C.; et al. Incidência dos casos de meningite na cidade de Uberaba, Minas
Gerais no período de 2010 a 2017: estudo populacional/Incidence of meningitis in the
city of Uberaba/MG from 2010 to 2017: a population study. Health Sciences Journal, v.
9, n. 3, p. 5-9, 2019.

RIBEIRO, Igor Gonçalves; PERCIO, Jadher; MORAES, Camile de. Avaliação do


sistema nacional de vigilância da doença meningocócica: Brasil, 2007-
2017. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 28, 2019.

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O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES COMO PROBLEMA DE SAÚDE
PÚBLICA – REVISÃO DE LITERATURA

Gustavo De Oliveira Pinto ¹, Amanda Lins Bispo Monteiro ¹, Gabriela Reis Xavier ¹,
Igor Gouveia Soares ¹, Ivina De Almeida Freitas¹, José Henrique Alves do Nascimento
e Silva ¹; Karina Mika Kameoka ¹, Natália Costa Teixeira Dos Santos ²

1
Graduando em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
2
Médica Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected].

RESUMO

A saúde única compreende a saúde animal, humana e ambiental, dessa forma, o trabalho
dos médicos veterinários é indispensável quando se trata deste assunto. O tráfico de
animais silvestre é o terceiro maior mercado ilegal do mundo, ficando atrás, apenas, do
tráfico de drogas e de armas. Atrelado a isso tem-se a disseminação de doenças
zoonóticas, visto que esses animais não passam por um médico veterinário antes de
chegar na casa de seus compradores.

Palavras-chaves: aves, comércio ilegal, mamíferos, médico veterinário, zoonoses

INTRODUÇÃO
O tráfico de animais selvagens é uma problemática que deve ser amplamente
discutida, considerando que existe uma ligação direta com a saúde pública. Os animais
provenientes do comércio ilegal, não passam por uma fiscalização sanitária, importante
para o diagnóstico de doenças com alto potencial zoonótico. Deve se ter em mente que
esses animais não são destinados apenas para a ornamentação, mas também para a
alimentação humana.
Um fato recente, que ilustra bem esse problema, é a pandemia do Covid-19,
causada pelo SARS-CoV-2, um vírus da família Coronavirae. Acredita-se que esse
patógeno é de origem animal, sendo os dois hospedeiros mais prováveis os morcegos
(Chiroptera) e os pangolins (Pholidota). Os pangolins são animais consumidos como
iguaria em alguns países asiáticos, sendo essa a hipótese pela qual acredita-se que ocorreu
o início do surto de Covid em Wuhan, na China.
No Brasil, por ano, cerca de 38 milhões de animais de todas as espécies são vítimas
do tráfico ou da biopirataria. Os Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS)
recebem milhares desses, sendo eles resgatados ou entregues pela própria população, de
forma voluntária. Ao realizar os exames de triagem, nesses animais, vários patógenos,
com alto potencial zoonótico, são isolados.
Portanto, é importante que a sociedade tenha conhecimento dos perigos sanitários
ao adquirir animais silvestres de forma ilegal, uma vez que, ao financiarem esse mercado,

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estão contribuindo para os desequilíbrios ambientais, para a extinção das espécies e para
o potencial surgimento de doenças altamente contagiosas, das quais ainda não se tem
estudos suficientes para controlar e evitar tragédias, como ocorreu com o Covid-19.

OBJETIVOS
Apresentar os diversos patógenos que os animais selvagens vítimas do tráfico, carregam,
de forma silenciosa, e, com isso, demonstrar a importância do médico veterinário para a
saúde único, visto que é a partir dele que pode se ter controle na disseminação de doenças
zoonóticas.

METODOLOGIA
A revisão de literatura foi desenvolvida a partir de consultas bibliográficas e
artigos publicados em bancos científicos acerca de tráfico de animais silvestres, de
doenças zoonóticas em animais silvestres e da relação do tráfico de animais com saúde
única, que abordassem dados importantes de levantamento dos patógenos. Utilizou-se um
intervalo de tempo de dez anos, os artigos selecionados foram datados de 2011 até 2021
e o livro Wildlife Trafficking In Brazil (2020). As plataformas científicas utilizadas foram
o Google Acadêmico (Scholar), The Scientific Eletronic Library Online, ScienceDirect e
Pubmed®, totalizando 20 artigos selecionados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar o levantamento de dados, os animais foram agrupados por ordem e
depois em grupos. Ao todo, foram identificadas dezoito ordens de animais e classificadas
em três grupos distintos, sendo esses os mamíferos, os repteis e as aves. Dentre as ordens,
a maioria das espécies resgatadas estavam abrigadas nas seguintes: Passeriformes (17, 14
%), Psitaformes (11,43%), Rodentia (7,14 %), Galliformes (7,14%), Primatas (7,14%),
Carnivora (7,14%) (Gráfico 1).

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


Gráfico 3.Quantidade de animais resgatados distribuídos por ordens zoológicas em artigos de
2011 a 2021.

Animais resgatados (Ordem) (%)


17,14
18,00
16,00
14,00 11,43
12,00
10,00
7,14 7,14 7,14 7,14 7,14
8,00 5,71
6,00 4,29 4,29 4,29 4,29
4,00 2,86 2,86 2,86
1,43 1,43 1,43
2,00
0,00

Galliformes

Passeriformes

Primates
Piciformes

Strigiformes
Psittaciformes
Cuculiformes
Artiodactyla

Charadriiformes
Anseriformes

Carnivora

Erinaceomorpha

Rodentia
Columbiformes

Didelphimorphia

Testudines
Cingulata

Squamata
Ao final, vinte patógenos com potencial zoonótico foram observados, incluindo bactérias,
fungos e helmintos (Gráfico 2).

Gráfico 4. Relação dos agentes etiológicos encontrados em animais silvestres

Agentes etiológicos isolados (%)


17,14
18,00
16,00
14,00 12,86
11,43
12,00 10,00 10,00
10,00
7,14
8,00 5,71
6,00
4,00 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86
1,43 1,43 1,43 1,43 1,43 1,43 1,43 1,43
2,00
0,00
C. laurentii

P. aeruginosa
L. monocytogenes

M. tuberculosis

Salmonella

Y. enterocolitica
S. aureus
C. psittaci

Serratia spp.
M. leprae
Citrobacter spp.

E. coli

Klebsiella spp.
Candida sp

Strongyloides sp
Rhodotorula sp
Leptospira spp
Capillaria sp

Plasmodium sp.
Ascaridia sp

A ordem dos passeriformes, grupo que inclui as aves canoras, como os canários
da terra (Sicalis flaveola) e os cardeais (Paroaria coronata) foi o mais abundante. Esses
animais, devido
ao tamanho reduzido, são transportados em pequenas caixas, as quais não comportam o

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tamanho necessário, o que favorece a transmissão e proliferação de patógenos.
Diversos patógenos comuns a saúde humana, são encontrados em aves. A
Chlamydophila psittaci é uma bactéria muito importante para saúde única, inclusive, pode
causar sintomas semelhantes ao Covid-19 e, por isso, é um dos diagnósticos diferenciais
da doença. É facilmente encontrada em aves, e sua via de contaminação é aerógena, sendo
liberada nas fezes. Uma problemática importante, relacionada a essa, bactéria refere-se
aos dados subestimados, devido à falta de atenção dos médicos em relação aos sintomas
nos humanos e à falta de atenção dos médicos veterinários, por ser, na maioria das vezes,
assintomática nos animais.
As aves da ordem Psitaciforme são os principais hospedeiros desse patógeno, são
representadas pelos animais de bicos curvos, como as araras e os papagaios. Esses animais
despertam a atenção da população devido a sua capacidade de fala e inteligência.
Portanto, é necessário que o manejo sanitário dos recintos dessas, seja realizado de forma
diária e, para que isso seja possível, torna-se inevitável as orientações de um médico
veterinário.
Além dos pássaros, os mamíferos também são hospedeiros de doenças
importantes para a saúde única. Os tatus (Dasypodidae) são vítimas da caça para o
consumo. Atrelado a isso tem-se uma doença importante, que já foi erradica em países
desenvolvidos, a hanseníase. Essa doença é transmitida pela Mycobacterium leprae, que
infecta também os tatus, inclusive, esses animais desenvolvem a mesma sintomatologia
que os seres humanos.
O consumo de carne de caça é prejudicial ao ambiente, pois contribui para a
extinção de espécies selvagens, e também ao ser humano, pois é uma das mais
importantes formas de contaminação. O médico veterinário é o profissional responsável
por fiscalizar a procedência dos alimentos de origem animal, que devem passar por rígidas
avaliações antes de serem liberadas para o consumo. Sendo assim, o consumo de carne
considerada ilegal deve ser evitado a fim de evitar, também, a contaminação por
patógenos altamente perigosos.
A bactéria Salmonella spp. pertence a família Enterobacteriaceae e é comumente
associada ao consumo de alimentos malcozidos. Apesar disso, ela também foi isolada em
12 ordens, a contaminação de alimentos, por fezes de animais portadores, é uma das
portas de entrada no organismo humano, onde causa problemas entéricos. Novamente,
destaca-se a importância do médico veterinário, visto que para a detecção de tais
patógenos, é indispensável a realização de exames nos animais, para que seja possível
acompanhar e tratar o animal, a fim de evitar a transmissão para o tutor.
Outro fato observado, que é de grande importância, é a resistência microbiana a
antibióticos amplamente utilizados na saúde humana. Portanto, é necessário que médicos
veterinários esteja sempre atento e compartilhando informações com os médicos
humanos, contribuindo com informações indispensáveis para o tratamento e controle de
possíveis surtos zoonóticos.

CONCLUSÃO
É indiscutível a relação direta da contribuição dos médicos veterinários a saúde
pública. O controle de doenças nas populações animais é necessário para evitar crises

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


sanitárias, como a ocorrida com o Covid-19. É importante estreitar as relações com os
médicos, pois é a partir desse vínculo que será possível atentar a população sobre as
consequências de consumir alimentos de origem de animal, que não passaram por
fiscalização.
Em relação ao tráfico de animais silvestres, a discussão de assuntos referentes à
educação ambiental é indubitável, visto que ao ter consciência de suas ações, o ser
humano é capaz de refletir e desenvolver senso crítico acerca de assuntos ecológicos.
Portanto o médico veterinário, como agente de saúde, deve abordar tais temas,
demonstrando e exemplificando as consequências que tais ações trazem para a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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impactos. Revista de Direito Penal e Processo Penal, vol. 2, no. 2, p. 76–100, 2020.
https://doi.org/10.24158/pep.2018.10.12.
MILLÁN, G. O. Pandemias, zoonosis y comercio de animales silvestres. Revista de
Bioética y Derecho, vol. 50, no. 1, p. 19–35, 2020.
https://doi.org/10.1344/rbd2020.50.31303.
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carreadores de patógenos alimentares. Medicina Veterinária (UFRPE), vol. 13, no. 2,
p. 143, 2019. https://doi.org/10.26605/medvet-v13n2-3036.
SCHERER, A.; SITTA, B. D.; ALMEIDA, G.; SILVA, B.; ADAMO, L. D.; ALONSO,
V. R.; BEATRIZ, H. Tráfico de fauna silvestre: um potencializador de risco para a
clamidiose, zoonose transmitida por aves. Pubvet, vol. 15, no. 07, p. 1–12, 2021.
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n07a871.1-12.
SOUSA, T. N. de; SILVA, R. V. de S.; EVANGELISTA, B. B. C.; FREIRE, S. M.
Prevalência das zoonoses parasitárias e a sua relação com as aves silvestres no nordeste
do Brasil. Jornal Interdisciplinar de Biociências, vol. 3, no. 2, p. 39, 2019.
https://doi.org/10.26694/jibi.v3i2.6915.

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


QUALIDADE MICROBIOLOGICA DAS HORTALIÇAS NO BRASIL: UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Lorena Modesto da Silva¹; Amanda Carolina dos Santos e Silva²; Ana Jhennyfer da
Silva Moreira³; Fernanda Silva de Lima4; Camila Danielle de Castro Beckmann5; José
Leandro Leal de Araújo Monteiro6

¹Graduanda em Nutrição pela Universidade da Amazônia (UNAMA)


² 4,5Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Fibra
,

³
Graduanda em Nutrição pela Universidade Federal do Pará (UFPA)
6
Nutricionista, Pós-graduando em oncologia, Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa
Albert Einstein (IIEPEA).

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
As hortaliças são alvos de contaminação de patógenos devido ao seu consumo in natura.
No Brasil, a vigilância epidemiológica notificou nos últimos anos, em média, 700 surtos
por ano de doenças transmitidas por alimentos. A contaminação ocorre
predominantemente pelo contato da água contaminada com material fecal humano ou
animal utilizado na irrigação das hortas, entre os principais agentes, destacam-se a
Salmonella sp., coliformes e Escherichia coli. O estudo teve como objetivo realizar um
levantamento bibliográfico sobre a qualidade microbiológica de hortaliças no Brasil, com
base nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Os artigos
selecionados no período de 2017 a 2021, na língua portuguesa e inglesa. Destaca-se a
importância da utilização do hipoclorito de sódio, que é considerado o agente sanitizante
usado com mais frequência no Brasil. Em estudos avaliaram 657 artigos relacionados à
contaminação, observou-se que 70% estavam relacionados ao cultivo da alface e dentre
os de maior incidência estão Escherichia coli e Salmonella. A transmissão é mais comum
de acontecer por via oral-passiva. O desconhecimento de Boas Práticas de Manipulação
é evidenciado em estudos, pois os brasileiros não possuem um grau de conhecimento
adequado acerca da segurança alimentar. Conclui-se a necessidade de maior atenção na
área de segurança alimentar, assim como melhorias na cadeia produtiva, no transporte e
na manipulação.
Palavras-chave: Hortaliças; Qualidade Microbiológica; Sanitização; Manipulação de
Alimentos; Folhosas

INTRODUÇÃO
Mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros têm sido observadas nos últimos
anos, principalmente em relação a uma maior preocupação com o consumo de alimentos
in natura devido seus benefícios à saúde. Entretanto, pelas características destes
alimentos, tal como não ser processado industrialmente, existe a possibilidade de

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contaminação por microrganismos levando o consumidor a desenvolver toxinfecções ou
intoxicações alimentares (MARTINS, 2021)
As hortaliças são alvos de contaminação de patógenos devido ao seu consumo in
natura. No Brasil, a vigilância epidemiológica notificou nos últimos anos, em média, 700
surtos por ano de doenças transmitidas por alimentos (DTAs), com envolvimento de 13
mil doentes e 10 mil óbitos, sendo 2,6% dos casos são relacionados ao consumo de
hortaliças contaminadas (BRASIL, 2018).
A contaminação das hortaliças ocorre predominantemente pelo contato da água
contaminada com material fecal humano ou animal utilizada na irrigação das hortas, por
contaminação do solo com adubo orgânico processado com dejetos fecais ou ainda pela
contaminação das mãos de manipuladores de alimentos, causando as DTA’s ou doenças
transmitidas por alimentos (SANTOS, 2021).
As DTA’s são causadas por intermédio de agentes biológicos, químicos ou físicos,
que penetram o organismo humano pela ingestão de alimentos contaminados e água
contaminada (KUAN et al., 2017).
Entre os principais agentes, destacam-se a Salmonella sp., coliformes e
Escherichia coli que podem causar sintomas como febre, dor de cabeça, cólicas, diarreia,
náuseas, vômitos e em casos mais graves, pode resultar em óbito (SILVA et al., 2017;
BRASIL, 2018). Estudos ressaltam que a contaminação ocasionada por microrganismos
patogênicos, representa risco para a saúde do indivíduo (SSEMANDA, 2017; SZCECH,
2018).
O solo é o ambiente natural de patógenos como Salmonella sp. e Escherichia coli
que podem sobreviver por até quinze dias, a depender do tipo de solo, umidade e
temperatura por em que se encontram. O uso de adubos orgânicos como os estercos, ainda
é uma prática comum no cultivo de hortaliças, sendo essa, uma das principais causas de
contaminação microbiológica. Além disso, esse esterco pode contaminar a água utilizada
na irrigação e o solo (KUAN et al., 2017).
Durante processo de cultivo, as hortaliças têm contato direto com o solo, com água
utilizada na irrigação e com os adubos orgânicos, aumentando assim, os riscos de
contaminação devido o seu consumo ser realizado in natura (QUANSAH et al., 2018;
SANTARELLI et al., 2018; SZCZECH et al., 2018).

OBJETIVOS

O Brasil ainda dispõe de poucos estudos que avaliam a qualidade microbiológica


das hortaliças. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo realizar um
levantamento bibliográfico sobre a qualidade microbiológica de hortaliças no Brasil.

METODOLOGIA

Esse estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de trabalhos científicos nacionais


nos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Centro Latino-
Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Os artigos
selecionados foram os quais abordavam análises microbiológicas de hortaliças, coletadas

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


no período de 2017 a 2021, na língua portuguesa e inglesa.
Nos critérios de inclusão foram utilizadas as seguintes palavras-chave:
Hortaliças; Manipulação; Análise microbiológica; com anos de publicações de 2017 a
2021. Por outro lado, nos critérios de exclusão foram dispensados os estudos com ano de
publicação não estabelecido, além de relatórios acadêmicos, resumos simples e trabalhos
publicados em anais.
Portanto, este estudo foi realizado com embasamento em pesquisas com linhas de
pensamento relacionadas à qualidade das hortaliças, considerando as contaminações que
o produto sofre e os aspectos que favorecem a transmissão de microrganismo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A contaminação microbiológica das hortaliças reforça a necessidade da utilização


de meios acessíveis e de baixo custo, garantindo a segurança alimentar do produto. Entre
esses meios, é válido destacar a importância da utilização do hipoclorito de sódio. O
hipoclorito, também conhecido como água sanitária, é considerado o agente sanitizante
mais frequente no Brasil, entretanto, a variação da sua concentração pode comprometer a
saúde do consumidor quando utilizado em doses elevadas, devido possuir em sua
composição derivados clorados (HONORATO, 2021).
Estudo de Teixeira et al., (2019) que analisou a qualidade higiênico-sanitária de
alfaces, demonstrou que 5% das amostras apresentavam coliformes à 45°C excedendo o
limite permitido pela legislação, entretanto, não foi encontrada a presença de Salmonella.
Souza et al., (2020) realizaram uma análise microbiológica em sucos verdes, nesse
estudo 100% das amostras estavam com valores limítrofes de tolerância para Coliformes
a 45°C, com ausência de Salmonella em 100% das amostras, no entanto, ao realizar
análise das condições higiênico-sanitárias os resultados não foram satisfatórios.
Em estudos comparativos onde avaliaram 657 artigos relacionados à
contaminação de hortaliças, foi observado que 70% dos estudos são relacionados ao
cultivo de alface e dentre os microrganismos de maior incidência estão Escherichia coli
e Salmonella.
A contaminação das hortaliças pode ocorrer em diversos momentos durante sua
manipulação, desde o momento do cultivo até o seu consumo. A transmissão desses
patógenos é mais comum de acontecer por via oral-passiva. Essa contaminação atinge
diversos seres humanos, de todas as idades, causando quadros de anemia, má absorção de
nutrientes, diarreia, emagrecimento, prejuízos da capacidade de aprendizado e de
trabalho, causando também redução no desenvolvimento de crianças e adolescentes
(MOREIRA, 2018).
O conhecimento acerca da manipulação correta de alimentos auxilia a manutenção
da saúde do indivíduo, além de ser um dos itens essenciais para
comercialização de alimentos. Os procedimentos incorretos na manipulação podem
culminar no surgimento das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), que são
causadas por patógenos ou por suas toxinas. Para garantir a qualidade higiênica e sanitária
é de suma importância o conhecimento de diversos procedimentos, desde o ato da
compra até o seu consumo. Tais cuidados visam reduzir a probabilidade de

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contaminação química, física ou biológica (VICENTE, 2019).
O desconhecimento de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos é evidenciado
em estudos em várias regiões do Brasil. Em geral, os brasileiros não possuem um grau
de conhecimento adequado acerca da segurança alimentar podendo ser associado com a
baixa renda familiar e falta de escolaridade nas populações, evidenciando a não
consciência sobre a responsabilidade dos mesmos na segurança alimentar (MEDEIROS;
CARVALHO; FRANCO, 2017).
Dessa forma, se torna evidente que a etapa de lavagem associada à aplicação de
agentes desinfetantes é considerada a única etapa onde ocorre de maneira eficaz a redução
no número de microrganismos, aumentando a segurança no consumo de frutas e
hortaliças (COSSU et al., 2017). Portanto, a não sanitização e a ausência das
etapas de limpeza e lavagem influenciam diretamente na qualidade microbiológica e
segurança do produto final (JOSÉ, 2017).

CONCLUSÃO
A necessidade de maior atenção na área de segurança alimentar é evidente, assim
como melhorias na cadeia produtiva, no transporte e na manipulação dessas hortaliças.
Além disso, os resultados obtidos poderão servir como base no planejamento de ações de
educação para produtores e manipuladores, objetivando a melhoria do nível de
conhecimentos e das práticas de higiene alimentar na promoção da saúde e prevenção de
doenças. Para que um projeto educativo seja eficiente, é necessário conhecer o público-
alvo, identificando seu conhecimento prévio sobre o assunto, assim como o interesse em
receber informações novas, além de determinar a melhor forma de levar esses
conhecimentos à população, de forma que sejam de fácil acesso.
Ademais, observa-se que o hipoclorito de sódio é eficaz na eliminação de
microrganismos das hortaliças, uma prática de baixo custo, entretanto com a necessidade
de maior conhecimento sobre as concentrações da substância e o tempo de ação. Em
associação a isto, conclui-se a importância de práticas simples de manipulação de
alimentos, por exemplo, lavagem das mãos, que não são seguidas pelos produtores e que
possuem eficácia no combate à contaminação das hortaliças.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Surtos de doenças transmitidas por alimentos no Brasil.
Brasília: MS, 2018.

COSSU, Andrea et al. Assessment of sanitation efficacy against Escherichia coli O157:
H7 by rapid measurement of intracellular oxidative stress, membrane damage or glucose
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JOSÉ, J. F. B. D.S. Estratégias alternativas na higienização de frutas e hortaliças. Revista


de Ciências Agrárias, v. 40, n. 3, p. 630-640, 2017.

KUAN, C.; RUKAYADI, Y.; AHMAD, S. H.; RADZI, C. W. J. W. M.; THUNG, T.;

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


PREMARATHNE, J. M. K. J. K.; CHANG, W.; LOO, Y.; TAN, C.; RAMZI, O. B.;
FADZIL, S. N. M.; KUAN, C.; YEO, S.; NISHIBUCHI, M.; RADU, S. Comparison of
the microbiological quality and safety between conventional and organic vegetables sold
in Malaysia. Frontiers in Microbiology. v. 8, art. 1433, p. 1-10, 2017

MARTINS, I. A.; et al. Análise microbiológica de hortaliças e vegetais minimamente


processados comercializados em grandes redes de supermercados de Belo Horizonte-MG.
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MEDEIROS, M. G. G. A.; CARVALHO, L. R.;FRANCO, R. M. Percepção


sobre higiene dos manipuladores de alimentos e perfil microbiológico em restaurante
universitário. Ciência & Saúde Coletiva, v.22, n.2, p. 383-392, 2017.

MOREIRA, C. C.; et al. Avaliação microbiológica e parasitológica de hortaliças


comercializadas na Baixada Fluminense. Revista Uniabeu, Rio de Janeiro, v. 10, n. 26,
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QUANSAH, J. K.; KUNADU, A. P. H.; SAALIA, F. K.; DÍAZ-PEREZ, J.; CHEN, J.


Microbial quality of leafy green vegetables grown or sold in Accra metropolis, Ghana.
Food Control. v. 86, p. 302-309, 2018.

SANTARELLI, G. A.; MIGLIORATI, G.; POMILIO, F.; MARFOGLIA, C.;


CENTORAME, P.; D’AGOSTINO, A.; D’AURELIO, R.; SCARPONE, R.;
BATTISTELLI, N.; DI SIMONE, F.; APREA, G.; IANNETTI, L. Assessment of
pesticide residues and microbial contamination in raw leafy green vegetables marketed in
Italy. Food Control. v. 85, p. 350-358, 2018.

SANTOS, A. P.; SOUSA, C. S.; SANTOS, I. P. O.; et al. Qualidade microbiológica de


hortaliças folhosas produzidas em cultivos agroecológicos e convencionais em
propriedades rurais do território de identidade do médio sudoeste da Bahia.
Agroecologia: métodos e técnicas para uma agricultura sustentável - Volume 3. 2021

SILVA, S. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água. 5


ed. São Paulo: Blucher, 2017.

SSEMANDA, J. N.; REIJ, M.; BAGABE, M. C.; MUVUNYI, C. M.; JOOSTEN, H.;
ZWIETERING, M. H. Indicator microorganisms in fresh vegetables from “farm to fork”
in Rwanda. Food Control. v. 75, p. 126-133, 2017

SZCZECH, M.; KOWALSKA, B.; SMOLIŃSKA, U.; MACIOROWSKI, R.; OSKIERA,


M.; MICHALSKA; A. Microbial quality of organic and conventional vegetables from
Polish farms. International Journal of Food Microbiology. v. 286, p. 155–161, 2018.

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REPERCUSSÕES DOS EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO NA EXCITABILIDADE
CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Maria Luísa Figueira de Oliveira1; Jennyfer Martins de Carvalho 1; Anna Vitória


Ferreira dosSantos 2; Giovanna Laura de Lima Borba 2; José Anderson da Silva Gomes
2
; Camila RamosFerreira Silva 3; Bruno Mendes Tenório 4, Fernanda das Chagas Angelo
Mendes Tenorio 5

1
Mestranda em Bioquímica e Fisiologia pela Universidade Federal de Pernambuco
2
Graduando em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernmabuco
3
Graduada em Enfermagem pela Faculdade Integrada de Pernambuco
4
Doutor em Biociência Animal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco
5
Doutora em Biociência Animal pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO
A maturação do sistema nervoso central é dependente da influência de fatores ambientais,
dentre eles, a suplementação nutricional. A desnutrição é caracterizada pelo aporte
inadequado de nutrientes e é uma condição que predispõe a descendência ao
desenvolvimento de doenças metabólicas na idade adulta, desempenhando um porfundo
impacto no desenvolvimento das estruturas e das funções cerebrais. As alterações
metabólicas decorrentes da desnutrição estão ligadas aos quadros de desequilíbrio redox
responsáveis pelo desbalanço da homeostase fisiológica, consecutindo em patologias
variadas. Dependendo do grau do agravo do déficit nutricional, bem como do seu tempo
de exposição, repercussões morfofisiológicas podem ser desenvolvidas em diferentes
intensidades, especialmente no sistema nervoso, pois alterações relacionadas à maturação
do encéfalo, pode alterar a produção de células nervosas e, consequentemente,
descoordenar o circuito neural.
Palavras-chaves: Desnutrição. Desenvolvimento. Sistema Nervoso. Excitabilidade
Cerebral. Cérebro.

INTRODUÇÃO
A desnutrição é uma doença, de origem multifatorial, que ainda é relacionada
como umadas causas principais, a nível global, de morbidade e de mortalidade entre
crianças. Esta é
caracterizada como um estado patológico causado pela não ingestão ou pela não
absorção de macro ou de micronutrientes em suas proporções adequadas (BARRERA

ISBN 978-65-88884-10-2 DOI: 10.51161/consaude2021


DUSSÁN e RAMOS- CASTAÑEDA, 2020). Este quadro pode ter início de forma
prematura, ainda no ambiente intrauterino, e também na infância, devido à interrupção
precoce do aleitamento materno exclusivo, além da suplementação alimentar inadequada
(FRAGOSO et al., 2020).
O papel da nutrição adequada para o desenvolvimento do ser humano é de grande
importância, pois esta está diretamente relacionada ao amadurecimento morfofisiológico
do organismo. Contudo, os perfis correspondentes aos déficits nutricionais, ainda são
notificados com alta frequência atualmente, o que indica que a desnutrição ainda é um
significativo problema de saúde pública (FÁVARO-MOREIRA et al., 2016). A depender
da duração, da idade ou do período da vida em que se inicia o quadro de desnutrição, os
efeitos podem ser variáveis, podendo manifestar-se como efeitos brandos e possivelmente
reversíveis, a efeitos severos e irreversíveis (CHEN, MICHALAK e AGELLON, 2018).
O período mais crítico para a desnutrição é compreendido entre os seis meses de
vida aos dois anos de idade. O estado nutricional infantil retrata, além do consumo
alimentar, o estado de saúde, e quando a desnutrição acomete a criança, de forma grave,
todos os seus órgãossão comprometidos, havendo a possibilidade de indução do óbito,
caso não seja aplicado o tratamento de forma correta (LUCINDO e DE SOUZA, 2021).
Os efeitos das condições de lactação desfavoráveis no desenvolvimento do sistema
nervoso têm sido cada vez mais investigados, podendo comprometer a saúde em longo
prazo, sendo alguns duradouros, seguidos por danos à função mental, causando déficits
cognitivos (CHERTOFF, 2015).

OBJETIVOS
O presente estudo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica com a finalidade
correlacionar os efeitos da desnutrição no sistema nervoso e seu impacto no mecanismo
da excitabilidade cerebral, bem como suas repercussões na saúde.

METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente estudo, foi realizada uma revisão
bibliográfica utilizando as bases de dado SciELO, PubMed e LILACS, utilizando como
descritores as palavras-chave desnutrição, desenvolvimento, sistema nervoso,
excitabilidade cerebral e cérebro, respectivamente. Foram selecionados 21 artigos, tendo
com critérios de inclusão os estudos publicados a partir do ano de 2015, nos idiomas de
inglês e português. Foram excluídos artigos que não correspondesse aos idiomas
selecionados e publicados antes do ano de 2015.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A desnutrição é um estado anormal que é provocado pelo consumo inadequado de
macronutrientes, como proteínas, carboidratos e lipídios, ou de micronutrientes, como
vitaminas e minerais (DOS SANTOS et al., 2015). Mesmo contando, atualmente, com
tecnologia, informações e numerosos avanços no ambiente de cuidados com a saúde, a
desnutrição continua sendo um dos principais problemas de saúde pública do século,

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principalmente em regiões em desenvolvimento, sendo, ainda hoje, uma causa expressiva
de mortalidade infantil no Brasil (WHO, 2020).
Insultos nutricionais ocasionam a produção excessiva de radicais livres e a
depleção acentuada de defesas antioxidantes (SOARES, 2018). Nessas situações, há
agressão celular, tecidual e apoptose, que são decorrentes da atividade de compostos
como o óxido nítrico (NO)e o peróxido de hidrogênio (H2O2), assim como outros radicais
de oxigênio; além disso, citocinas pró-inflamatórias, como TNF-alfa, interleucinas e
prostaglandinas. Esse quadro adinâmico causa deficiências no sistema imunológico,
aumenta os riscos de desenvolvimento de infecções e eleva a predisposição ao atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor (GU, CHAUHAN e CHAUHAN, 2015; NEVES et
al., 2016).
A má nutrição origina quadros de estresse metabólico, nos quais há a produção
excessivade radiacais livres, causando o desbalanceamento redox no organismo, além de
que, a desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança, tornando-se crônica e
levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente (KUWAHATA et al., 2017). Ainda,
a alimentação inadequada nas fases iniciais da vida, como nos períodos de gestação e/ou
lactação, está relacionada com o aumento na prevalência de obesidade e doenças
metabólicas ao longo da vida (LIRA, 2020).
O desequilíbrio redox pode causar danos celulares ao atacar membranas, ácidos
nucleicos, proteínas e polissacarídeos, levando a alterações funcionais e ao
desenvolvimento dediversas doenças (AHMADINEJAD et al., 2017). Alguns sintomas
característicos da desnutrição tais como a perda de massa muscular e de gordura, anemia
e alterações ósseas e psicológicas, podem estar diretamente relacionados à condição do
desequilíbrio das reações deoxirredução do organismo (SIGNORI, HENKE e FRIZZO,
2015).
O tecido cerebral, por exemplo, é alvo dos vários danos oxidativos que acometem
as macromoléculas nas regiões do córtex, hipocampo e cerebelo; este também está
susceptível a alterações eletrofisiológicas permanentes (PAIVA, 2016). Para o sistema
nervoso, os efeitos dadesnutrição são muito mais severos quando esta se manifesta nos
períodos iniciais da vida, correspondentes à fase crítica do desenvolvimento. Essa fase
relaciona-se respectivamente ao período pré-natal e ao período de lactação; durante esses
estágios, os processos envolvidos no desenvolvimento do cérebro acontecem de forma
acelerada, fazendo com que este fique mais vulnerável às alterações as quais está exposto
(CHERTOFF, 2015).
Dessa forma, quando a desnutrição acontece durante a primeira infância, é capaz
de provocar alterações neuroquímicas, estruturais e comportamentais significativas no
cérebro dos mamíferos (MAGALHÃES, 2017), além de influenciar no desenvolvimento
do sistema nervoso, alterando-o do ponto de vista eletrofisiológico, o que pode ser
estudado por meio do fenômeno da Depressão Alastrante Cortical (DAC). Em estudos
laboratoriais utilizando roedores, também submetidos à desnutrição nos períodos iniciais
da vida, exibiram da mesma forma que há alterações cerebrais significantes, demonstradas
a partir do aumento da velocidadede propagação do fenômeno eletrofisiológico conhecido
como DAC (ALVES, 2018).
Além das complicações e das patologias relacionadas à desnutrição no início da

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vida, estudos anteriores realizados em animais e em humanos, evidenciaram uma relação
entre a desnutrição e a patologias que estão ligadas à excitabilidade cerebral (LIMIERI,
2015). Taboada-crispi et al. (2018), ao estudar eletroencefalogramas (EEG), foi capaz de
evidenciar que crianças de até 10 anos de idade, que sofreram com quadros de desnutrição
durante o primeiro ano de vida, apresentaram atividades anormais no padrão do EEG,
quando comparadasa crianças que não sofriam com desnutrição.

CONCLUSÃO
Mesmo que atualmente haja o empenho de órgãos como a Organização Mundial da Saúde
em reduzir os índices dos casos de desnutrição, as taxas dessa doença de natureza clínico-
social multifatorial ainda são preocupantes, sendo responsável por cerca de 55% das
mortes decrianças até os cinco anos de idade em todo o mundo (PEDRAZA et al., 2017).
Dessa forma, torna-se importante investigar metodologias que possam auxiliar na
abordagem adequada da recuperação nutricional e na correção do desequilíbrio redox
gerado em condições de estresse metabólico, como é o caso da desnutrição e de suas
repercussões.

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INFECÇÃO POR SARS-Cov-2: EFEITOS NEUROLÓGICOS PARA-
INFECCIOSOS OU PÓS- INFECCIOSOS

Giovanna Laura de Lima Borba 1, Ana Vitoria Ferreira dos Santos 2, Anna Carolina
Lopes de Lira 3, Gleidson Victor Ramos da Silva 4, Jennyfer Martins de Carvalho 5,
Bruno Mendes Tenório 6

¹ Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

² Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

³ Graduanda em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco

4 Graduando em Odontologia pela Universidade Federal de Pernambuco

5 Biomédicapela Universidade Federal de Pernambuco e Mestranda da Pós graduação


em bioquímica e fisiologia da UFPE

6 Médico Veterinário pela Universidade Federal de Pernambuco e Doutor em Biociência


Animal

E-mail do autor: [email protected]

RESUMO

A infecção por SARS-Cov-2 que teve início em 2019 e culminou numa pandemia, tem
como sintoma principal a insuficiência respiratória, o que muitas vezes leva à morte ou
resulta em sequelas. Porém, as consequências dessa doença não se restringem ao sistema
respiratório e as literaturas demonstram relatos de comprometimento neurológico. O
sintoma inicial que corrobora para essa comprovação é a cefaléia ou mais tardiamente:
encefalopatia ou acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo. De acordo com estudos
de vírus antecedentes ao SARS-Cov-2 também causadores de síndrome respiratória,
como no Oriente Médio, mesmo que raros, os efeitos neurológicos leves ou graves são
uma realidade. E essa revisão tem como objetivo alertar todo e qualquer profissional da
saúde sobre manifestações neurológicas para-infecciosas ou pré-infecciosas acerca do
COVID-19.

Palavras-chaves: COVID-19, SARS-Cov-2, neurológico, complicações, efeitos

INTRODUÇÃO

Em 2020 com o início pandêmico, os sintomas que levavam os pacientes a óbito


ou resultaram em sequelas eram os que desenvolveram insuficiência respiratória.

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Algumas pessoas chegaram a ter cerca de 70% dos pulmões comprometidos. Contudo,
casos com efeitos neurológicos surgiram, levando a associação a outros vírus.
Antes do surgimento do vírus causador da pandemia, foi tido conhecimento de
outros seis coronavírus no Oriente Médio. Ambos os causadores de insuficiência
respiratória e que também apresentaram alguns casos de Sistema Nervoso (SN) afetado.
Hoje, as literaturas levantam a hipótese que uma das causas do envolvimento do
SN na doença é a disseminação transsináptica do vírus. Que ao infectar o epitélio olfativo,
vai até o nervo olfativo, passa pela lâmina cribiforme e chega no bulbo olfativo do
Sistema Nervoso Central. E por ser um processo de transferência transsináptica, acaba
realizando transporte axonal aos corpos das células neuronais.
Outros motivos de desencadeamento dos comprometimentos neuronais como o
atingimento vascular, por exemplo, ainda são discutidos. Entre as manifestações estão:
síndrome de Guillian Barré, encefalite aguda, acidente cerebrovascular e mielite
transversa aguda.
Portanto, esses manifestos isolados não podem ser diretamente ligados à infecção
por SARS-Cov-2. Por isso esse resumo traz essa correlação para alerta e auxílio de
neurologistas e demais profissionais da saúde.

OBJETIVO

Estudar as manifestações neurológicas para-infecciosas ou pré-infecciosas do SARS-


Cov-2 através de uma revisão de literatura. Com intuito de alertar e auxiliar qualquer tipo
de exposição científica relacionada ao vírus.

METODOLOGIA

Com base em artigos internacionais publicados entre 2019 e 2021, pesquisamos dados
relacionados ao COVID-19 e sistema neurológico. Nesta revisão foram considerados
quais os principais efeitos neuronais do vírus e de que forma a doença sai do nicho
pulmonar respiratório. Isso através de casos de pacientes e associações a outros vírus
precedentes ao SARS-Cov-2 com manifestações similares.

RESULTADO E DISCUSSÃO

A doença que culminou em uma pandemia, causada pelo vírus mais conhecido
como COVID-19, teve início na China no ano de 2019, mais precisamente na cidade de
Wuhan. Inicialmente apresenta sintomas como cefaléia, ausência de olfato, paladar,
desconforto respiratório e o quadro pode comprometer ainda mais o sistema cardíaco e
respiratório, podendo levar o paciente a óbito.
Além do sistema cardiorrespiratório, o SARS-Cov-2 tem atingido o SN (tanto o
Sistema Nervoso Central quanto o Periférico). Tem início com apenas a sintomatologia
mais comum que é a cefaléia e mais tardiamente pode desenvolver sintomas mais graves
como a Síndrome de Guillain Barré já citada.
Alguns estudos foram conduzidos em Chicago e efeitos neurológicos foram
apresentados em mais de 40% dos pacientes com diagnóstico de COVID-19. Tanto no

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processo para-infeccioso quanto pré-infeccioso. Pesquisas com resultados semelhantes
também foram feitas na China e Europa.
Ainda, em estudos recentes foi comprovado que a maioria dos óbitos de infecção
por COVID-19 associados a sintomas neurológicos são de pessoas pré-comprometidas
neurologicamente.
Em algumas literaturas, pacientes foram submetidos à pulsão lombar do Líquido
cefalorraquidiano (LCR) para análise com o intuito de encontrar a infecção no LCR. E as
manifestações foram divididas em centrais e periféricas.
Centrais: Encefalopatia, Encefalopatia Necrosante Aguda (ANE), Mielite
Aguda, Acidente vascular cerebral, Encefalite, Cefaleia, Tonturas.

Periféricas: Síndrome de Guillain Barré, Anosmia, Dano muscular esquelético.

Relato de Caso: Homem de 79 anos, positivo para Covid, é admitido em Hospital do Irã
com AVC e estado de como Glasgow 7/15. Histórico de tosse e febre. Tomografia
Computadorizada (TC) de tórax sugere pneumonia viral. TC de cérebro apresenta
sangramento maciço no hemisfério direito. Plaquetas normais e paciente não usufrui de
nenhum anticoagulante que possa ter desencadeado esse quadro. Autores acreditam na
possibilidade da desregulação nos receptores ACE 2 o que desencadeou a autorregulação
cerebral, sistema simpático-adrenal e fluxo sanguíneo do cérebro pode ter desenvolvido
o sangramento.

Nesse caso vê-se a importância dos exames de imagem, porém, outras evidências
precisam ser reunidas para correlacionar o AVC com a COVID-19.

Esse é apenas um exemplo de caso de atingimento do SNC em um paciente


infectado pelo SARS-Cov-2 e assim como muitos outros tem início afetando apenas o
sistema cardiorrespiratório. O que leva ao descobrimento tardio de comprometimento
neurológico, uma vez que no início da infecção o neuro diagnóstico é mais difícil.
Principalmente em pacientes mais graves que precisam de ventilação mecânica (ela pode
mascarar as manifestações neurológicas).

CONCLUSÃO

Os efeitos neurológicos relacionados ao SARS-Cov-2 são cada vez mais


relevantes e agravantes como Meningite e encefalite, por exemplo. Porém, a ausência de
efeitos neurológicos explícitos leva a diagnósticos tardios, o que compromete o
tratamento e provoca agravamento da doença. A longo prazo, sequências podem ser
muito graves.

Atualmente, o enfoque dos estudos está relacionado ao comprometimento


respiratório. Muito ainda é subestimado acerca dos efeitos neurais tanto para infecciosos
quanto pré-infecciosos.

Ainda, as manifestações neurológicas são inespecíficas para a COVID-19, mas


devido aos dados apresentados é fato que é de suma importância estar atento a todos os

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casos relacionados a neuro sintomatologia. Isso porque não foram descartadas as
hipóteses de que o SARS-Cov-2 pode ter relação direta com o SN.

Esperamos que esta revisão de artigo possa auxiliar e alertar qualquer profissional
da saúde acerca da correlação entre esses dois sistemas dentro da COVID-19.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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10- Helms J., Kremer S., Merdji H., Clere-Jehl R., Schenck M., Kummerlen C.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À GESTANTE PORTADORA DE PRÉ-
ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO NARRATIVA

Mirela Ferreira Pessoa Deodoro1; Alice Fonseca Pontes2; Camilla Maria de Araújo
Tavares³; Kívya de Holanda Leuthier⁴; Valdeque José Marques Junior⁵; Rebeca Toledo
Coelho⁶

1
Graduanda em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco;
2,3,4,5,6
Graduandos em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco.

E-mail do autor para correspondência: [email protected]

RESUMO

A pré-eclâmpsia é uma das síndromes hipertensivas que pode ocorrer a partir da vigésima
semana de gestação associada ou não à proteinúria, necessitando de um cuidado de
enfermagem criterioso tendo em consideração os fatores de risco e a progressão para
formas mais graves. Este estudo teve como objetivo analisar a assistência de enfermagem
à gestante portadora de pré-eclâmpsia. Trata-se de um estudo de revisão narrativa, a busca
foi realizada na biblioteca virtual Google Acadêmico, incluindo estudos dos últimos 5
anos e no idioma Português. A busca resultou na seleção de 5 artigos e, a partir da leitura
desses, percebe-se que o enfermeiro é o profissional mais próximo a gestante, sendo
necessário uma assistência com embasamento científico e com conhecimento adequado
sobre a patologia para ofertar ações preventivas e tratamentos eficazes. Conclui-se que o
enfermeiro deve coordenar a assitência contemplando os aspectos fisiológicos,
emocionais e sociais da gestante com PE.

Palavras-chaves: Pré-Eclâmpsia, Enfermagem, Gravidez.

INTRODUÇÃO
A gestação é um processo fisiológico que acontece durante quarenta semanas,
produzindo várias alterações no corpo da mulher. Algumas destas podem estar
relacionadas a fatores de risco e ocasionar agravos de saúde maternos-fetais, como a pré-
eclâmpsia (PE).
A pré-eclâmpsia é uma das síndromes hipertensivas que pode ocorrer a partir da
vigésima semana de gestação associada ou não à proteinúria. Os principais sinais e
sintomas são: edema de face, aumento ponderal acentuado, náusea e vômito, dor na região
epigástrica que propaga-se para os membros superiores, cefaleia, visão borrada e/ou
turva, hiperreflexia, taquicardia e ansiedade. Também podem haver valores laboratoriais
anormais, principalmente de plaquetopenia e hepatocitose, e o aparecimento de sinais ou
sintomas de comprometimento de órgãos-alvo, como a insuficiência renal aguda. Dessa
forma, a PE está concatenada com um maior risco de nascimento pré-termo, baixo peso
ao nascer e morte fetal, sendo indicada a interrupção da gestação quando causar risco de

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vida para a mãe e o concepto.
Nesse contexto, o enfermeiro é o profissional que está mais próximo a essa
paciente em todos os níveis de assistência, por isso o seu cuidado deve ser cauteloso
dando importância aos fatores de risco indicativos de PE como primagestas, adolescentes
ou mulheres com idade acima de 40 anos, com história prévia de PE e portadora de
comorbidades (diabetes mellitus, trombofilia, hipertensão arterial e doenças autoimunes).
Um acompanhamento adequado por esse profissional compreende a busca ativa de
gestantes precocemente, a conscientização através da educação em saúde sobre a
importância de fazer o pré-natal corretamente para diminuir as complicações por meio de
intervenções precoces, como também, a avaliação dos parâmetros hemodinâmicos e a
monitorização do desenvolvimento fetal. Diante disso, os cuidados de enfermagem
devem ser criteriosos tendo em consideração os fatores de risco e sua progressão para
formas mais graves, como a eclâmpsia.

OBJETIVOS
Este estudo teve como objetivo analisar a assitência de enfermagem à gestante portadora
de pré-eclâmpsia.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, sendo um tipo de revisão
que possui uma temática mais ampla e adequada para descrever e discutir o
desenvolvimento, sob o ponto de vista téorico ou contextual, sem uma busca
metodológica detalhada. Além disso, contribui para a educação continuada possibilitando
ao leitor a atualização e aquisição de informações sobre um tema mais rapidamente.
A partir disso, a busca foi realizada na biblioteca virtual Google Acadêmico, na
qual existem diversas bases de dados indexadas, através dos descritores “Pré-Eclâmpsia”,
“Enfermagem” e “Gravidez” por meio do operador booleano AND.
Os critérios de inclusão adotados foram: estudos datados nos últimos 5 anos e
disponíveis no idioma Português. Excluíram-se as pulblicações sem relação com o tema
prostosto ou abordavam-o superficialmente e que não possuíam o texto completo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente foram encontrados 3.160 publicações e, após a aplicação dos critérios de
exclusão e exclusão, 8 foram pré-selecionadas. Depois de realizar a leitura na íntrega dos
estudos pré-selecionados, 5 foram selecionados para compor esse estudo. Os artigos
selecionados estão descritos no quadro 1.
Quadro 1. Principais detalhes dos artigos selecionados.

TIPO DE
TÍTULO AUTORES PERÍODICO CONSIDERAÇÕES
ESTUDO

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O papel da
Atuação de enfermagem no Brazilian Journal of
DE SOUSA, Revisão enfermagem deve ser
atendimento às emergências Health Review, v.4,
Renata Soraya bibliogáfica desempenhado com
obstétricas: Eclâmpsia e Pré- n.1, p. 1022-1032,
Soares et al. integrativa autonomia e respaldo
eclâmpsia 2021.
teórico.

Faz-se necessário um
Cuidado clínico de NUNES, repensar para
Braz. J. Hea. Rev.,
enfermagem a gestante com Francisca Estudo potencializar o fazer
v.3, n. 4, p. 10483-
pré-eclâmpsia: Estudo Josiane Barros reflexivo de enfermagem como
10493, 2020.
reflexivo Pereira et al. promoção de uma
assitência integral.

A oferta de atenção
Cuidados de enfermagem a OLIVEIRA,
qualificada é essencial
gestante com síndrome Leilyanne de BJSCR, v.23, n.2, p. Revisão
para a redução da
hipertensiva: revisão Araújo 159-164, 2018. integrativa
mortalidade materna e
integrativa. Mendes et al.
fetal.

O enfermeiro deve
Assistência de enfermagem SILVA, Estudo
Saúde Coletiva, v.11, demonstrar autonomia
às mulheres com pré- Quéren descritivo de
n. 61, p. 4930-4935, e senso crítico em sua
eclâmpsia: revisão Gabriele revisão
2021. atuação frente à pré-
integrativa. Cunha et al. integrativa
eclâmpsia.

Trabalho de
O enfermeiro deverá
Conclusão de Curso
Prevalência da pré- SOUSA, gerenciar o cuidado
– Curso de
eclâmpsia e suas Flávia Cruz atentando para as
Enfermagem, Revisão
implicações para assistência de; SOUZA, múltiplas demandas
Direção da Área de integrativa
de enfermagem: revisão Síntyque que se conjugam em
Saúde, Universidade
integrativa. Raquel de C. aspectos fisiológicos,
Tiradentes,
emocionais e sociais.
Aracaju/SE, 2019.
Fonte: DEODORO et al., 2021.
A partir da leitura dos artigos, percebe-se que o enfermeiro é o profissional que
está mais próximo a gestante, portanto, é necessário que sua assistência tenha
embasamento científico e possua conhecimento adequado sobre a patologia para ofertar
ações preventivas e tratamentos eficazes. Dessa forma, é capaz de reduzir as
complicações e taxas de morbimortalidade através da identificação preoce dos sinais da
pré-eclâmpsia, sendo realizado de forma ampliada, valorizando as necessidades da
gestante e engoblando as razões que colaboram para o bem-estar biopsicossocial.
A assistência se inicia desde a consulta de enfermagem no pré-natal, na qual são
coletadas informações através do histórico da paciente, como também, pela realização do
exame físico detalhado a fim de identificar os sinais e sintomas da PE. Além disso, faz-
se intervenções que reduzem a progressão da patologia para formas mais graves

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(eclâmpsia), como o uso de ácido acetilsalicílico (AAS), suplementação de cálcio e de
sulfato de magnésio.
Nessa conjuntura, o cuidado deve favorecer a escuta ativa e intregrar as demandas
psicológicas da paciente, tendo em vista que essa patologia implica na vida e no exercício
do autocuidado, sendo necessário uma rede de apoio familiar e social. O enfermeiro como
um educador em saúde deve fornecer orientações a paciente que colaborem para a
prevenção de complicações e redução dos fatores de risco, ajudando-a a compreender sua
situação de saúde e vivenciar uma gestação mais saúdavel e com autonomia.
No âmbito hospitalar, o enfermeiro têm o papel de avaliar e estabilizar a gestante,
devendo estar atento aos sinais e sintomas indicativos de agravo, monitorar a vitalidade
fetal e os sinais vitais maternos, administrar medicamentos, avaliar exames laboratorais
e instituir uma comunicação terapêutica e holística. Essa atuação deve ser pautada na
sistematização da assistência de enfermagem, que possibilita um cuidado organizado,
científico e individualizado, e assim, proporciona uma assistência singular e humanizada.
Por outro lado, são identificadas algumas barreiras que comprometem a qualidade
da assistência, como as lacunas no conhecimento e limitações de recursos humanos
financeiros e institucionais. Essas questões são determinantes para a manutenção da
prevalência elevada da PE.

CONCLUSÃO
Diante do exposto, nota-se que o enfermeiro deve coordenar a assistência
contemplando as diversas demandas que envolvem os aspectos fisológicos, emocionais e
socias da gestante com PE. É importante que o profissional esteja atento às condições
clínicas da patologia, como também, oferte um espaço de diálogo a essa gestante e seus
familares para um acompanhamento mais eficaz. Além disso, é fundamental uma
capacitação contínua para aumentar a competência do profissional no diagnóstico,
tratamento e prevenção de agravos da PE reduzindo sua prevalência.

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