Vibrações Mecânicas 1

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“Júlio de Mesquita Filho”


s CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA

Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira


Departamento de Engenharia Mecânica
955-SP2 - Curso de Laboratório de Vibrações

Prof. Ms. Antônio Eduardo Turra

Relatório de Atividade Laboratorial


Vibrações Livres para Sistemas com 1 Grau de Liberdade: Movimento
Harmônico

Pedro Luís Pereira Cardoso R.A.: 181050013

Ilha Solteira, 18 de novembro de 2021


SUMÁRIO

1 Introdução ................................................................................................................................ 3
2 Objetivos .................................................................................................................................. 3
3 Revisão Teórica ........................................................................................................................ 3
4 Materiais e Métodos ................................................................................................................. 5
5 Resultados ................................................................................................................................ 7
6 Conclusões ............................................................................................................................. 14
7 Referências ............................................................................................................................. 15

2 | Página
1 INTRODUÇÃO

No decorrer dessa atividade experimental, serão utilizados sistemas constituídos de


pêndulos mecânicos e sistemas massa-mola, a fim de introduzir os principais conceitos de
movimento harmônico simples para sistemas com 1 grau de liberdade. Para tanto, os
experimentos serão filmados, o tempo de cada ciclo será contabilizado e então, com a ajuda da
teoria e equações abordadas em sala, será possível realizar conclusões a respeito de
características desses arranjos simples.

2 OBJETIVOS

Observar e comparar os resultados obtidos entre os sistemas abordados, bem como, por
meio da interpretação desses dados, obter conclusões a respeito de conceitos do movimento
harmônico simples em sistemas com 1 grau de liberdade.

3 REVISÃO TEÓRICA

3.1 Conceitos básicos.

Entende-se por vibração, o movimento de um ponto material ou corpo rígido oscilando


em torno de uma posição do equilíbrio. Geralmente esse movimento ocorre devido a constante
transformação de energia cinética em energia potencial, seja ela, gravitacional ou potencial
elástica por exemplo.
Faz-se importante alguns conceitos para classificar o movimento oscilatório. Por
exemplo, graus de liberdade de um sistema, representa a quantidade de coordenadas
independentes necessárias para descrever o movimento completo. Também pode haver, ou
não, amortecimento, ou seja, uma força resistiva responsável por dissipar energia do sistema,
até que este retorne à posição de repouso novamente. Ainda há a possibilidade de o sistema ser
excitado por forças externas ou não. Ou seja, após deixar a posição de repouso, o mesmo pode
voltar a receber forças externas que irão continuar a fornecer energia ao movimento, ou não.
Nosso objeto de estudos foi o movimento harmônico simples em sistemas com 1 grau de
liberdade. Ou seja, não há amortecimento, ou este é tão pequeno que pode ser desprezado, o
sistema não volta a ser excitado por forças externas e depende apenas de uma coordenada
independente para descrever toda sua trajetória.

3 | Página
3.2 Equações de movimento.

O sistema pode ser analisado a fim de se obter a equação que rege seu movimento
oscilatório. Esta análise é realizada a partir de modelos matemáticos, como exemplo podemos
citar o modelo de Newton/D’Alembert, onde são analisadas as forças e momentos que
envolvem o sistema oscilatório em questão. Também há modelos matemáticos que utilizam a
análise energética do sistema, como é o caso do modelo das Equações de Lagrange.
Independente do modelo utilizado para modelar a equação do movimento, caso bem aplicado,
este irá fornecer uma equação suficientemente satisfatória sobre o movimento da partícula ou
corpo rígido em questão. A equação que descreve os movimentos dos sistemas massa-mola
abordados na atividade experimental está expressa abaixo.
𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0 (1)
Onde m é a massa equivalente do sistema e k é a constante de rigidez elástica
equivalente do sistema. Ainda x descreve a posição em função do tempo e 𝑥̈ descreve a
aceleração da massa em função do tempo.
Para descrever os movimentos dos sistemas pendulares, é utilizada a equação 2, exibida
a seguir.
𝑔
𝜃̈ + 𝑠𝑒𝑛 (𝜃) = 0 (2)
𝑙

Sendo, portanto, g a gravidade, l o comprimento do fio do pêndulo, 𝜃̈ a aceleração


angular do sistema em função do tempo e 𝜃 o ângulo de inclinação em relação a normal, em
função do tempo. Ainda, para oscilações muito pequenas, pode-se utilizar a aproximação
𝑠𝑒𝑛 (𝜃) = 𝜃.

3.3 Outras equações.

Podemos ainda determinar por meio de outras equações, a frequência angular do


sistema, sendo esta descrita pelas equações 3 e 4 a seguir.
2𝜋
𝜔𝑛 = (3)
𝑇
Onde T é o período para uma oscilação do sistema.

𝑘
𝝎𝒏 = √ (4)
𝑚
Onde k é a constante elástica equivalente do sistema e m a massa equivalente do
mesmo sistema.

4 | Página
A constante elástica teórica das molas pode ser determinada a partir da equação que
descreve o equilíbrio entre a força elástica e a força peso.
𝑚𝑔
𝑘= (5)
𝑥
Onde m é a massa, g é a gravidade e x descreve o deslocamento vertical da mola.
Ainda, para o caso onde o peso da mola influencia no sistema, como no último caso dos
sistemas massa-mola, na literatura pode ser encontrada a seguinte equação para descrever a
massa equivalente do sistema.
𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎
𝑚=𝑀+ (6)
3
Sendo M a massa colocada no sistema e 𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎 a massa da mola.

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização da atividade experimental, foram utilizados os seguintes materiais:


- Cronômetro;
- Dinamômetros de 2 N e 1 N.
- Mola flexível
- Massas de 50g
- Suportes para instalação do aparato experimental
- Régua
- Fios de barbante com comprimentos diferentes.

A atividade experimental foi realizada em duas etapas distintas, sendo que a primeira
dessas consistiu em analisar sistemas massa-mola com configurações diferentes, tanto no
arranjo das molas, quanto na massa utilizada. Essa etapa contou com quatro configurações
diferentes, descritas pela figura 1.
A imagem acima ilustra as configurações de arranjo utilizadas durante a atividade
experimental, sendo, portanto, mola simples (a), molas em paralelo (b), molas em série (c) e
mola com seu próprio peso (d). Ligado as mesmas, foram utilizadas massas de 50g ou 100g
dependendo do tipo de arranjo.

5 | Página
Figura 1 – Arranjos de molas.

Fonte: Elaborada pelo autor.


Inicialmente, a mola era colocada em posição de equilíbrio com a massa utilizada e o seu
deslocamento era mensurado. Posteriormente, o sistema era perturbado com uma força
externa, fazendo com que deixasse a posição de repouso. A partir de então, com a ajuda de um
cronômetro, o tempo utilizado para que o sistema executasse 5 oscilações completas era
mensurado. As tomadas de tempo foram realizadas 10 vezes. O procedimento se repetiu para
todas as configurações citadas anteriormente.
Para a segunda etapa do experimento, de forma semelhante a etapa dos sistemas
massa-mola, utilizou-se três configurações diferentes de pêndulo simples, variando tanto o
comprimento do fio utilizado, bem como a massa do sistema. A figura 2 ilustra esses diferentes
arranjos.

6 | Página
Figura 2 – Arranjos de pêndulos.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Para cada uma das configurações, foram realizadas tomadas de tempo, mensurando o
tempo gasto para que o sistema executasse uma oscilação completa. Também foram realizadas
10 passagens de tempo.
Todos os dados de todas as etapas foram coletados para análise e obtenção dos
resultados.

5 RESULTADOS
A Tabela 1 ilustra os dados coletados a respeito da primeira configuração (a) dos
sistemas massa-mola.
Tabela 1 – Dados sistema massa-mola configuração mola simples (a).
Mola 1 N m = 50g ∆x = 4,7cm

Leitura Tempo [s]

1 2,09
2 2,44
3 2,75
4 2,16
5 2,5
6 2,48
7 2,13
8 2,17
9 2,45
10 2,2
Período oscilação (T) 0,4674
Fonte: elaborado pelo autor.
A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 13,44 𝑟𝑎𝑑/𝑠.

7 | Página
Os demais resultados estão apresentados na tabela 2 a seguir.
Tabela 2 – Resultados sistema massa mola configuração mola simples (a)
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
10,44 9,04 13,42
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir da análise do sistema, obtém-se que a equação que descreve o movimento da


partícula é demonstrada pela equação 7.
𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0 (7)
Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 8.
0,05𝑥̈ + 9,04𝑥 = 0 (8)

A Tabela 3 mostra os dados coletados a respeito da segunda configuração (b) dos


sistemas massa-mola.
Tabela 3 – Dados sistema massa-mola configuração molas em paralelo (b).
Molas 2N m = 100g ∆x = 2,3cm

Leitura Tempo [s]


1 1,78
2 1,82
3 1,9
4 1,78
5 1,87
6 1,73
7 1,52
8 1,46
9 1,67
10 1,66
Período de oscilação (T) 0,3438
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 18,28 𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 4 a seguir.
Tabela 4 – Resultados sistema massa mola configuração mola em paralelo (b).
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
42,65 33,40 21,69
Fonte: elaborado pelo autor.

8 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a associação de molas em paralelo,
obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é demonstrada pela equação
9.
𝑚𝑥̈ + (𝑘1 + 𝑘2)𝑥 = 0 (9)
Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 10.
0,1𝑥̈ + 33,4𝑥 = 0 (10)

A Tabela 5 apresenta os dados coletados a respeito da terceira configuração (c) dos


sistemas massa-mola.

Tabela 5 – Dados sistema massa-mola configuração molas em série (c)


Molas 2N m = 50g ∆x = 2,2cm

Leitura Tempo [s]

1 2,87
2 2,57
3 2,66
4 2,91
5 2,85
6 2,72
7 2,52
8 2,63
9 2,55
10 2,83
Período de oscilação (T) 0,5422

Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 11,59 𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 6 a seguir.

Tabela 6 – Resultados sistema massa mola configuração mola em série (c).


𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
22,30 6,75 69,73
Fonte: elaborado pelo autor.

9 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a associação de molas em série,
obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é demonstrada pela equação
11.
𝑘1 ∗ 𝑘2
𝑚𝑥̈ + ( )𝑥 = 0 (11)
𝑘1 + 𝑘2

Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 12.


0,05𝑥̈ + 6,75𝑥 = 0 (12)

A Tabela 7 apresenta os dados coletados a respeito da última configuração (d) dos


sistemas massa-mola.

Tabela 7 – Dados sistema massa-mola configuração mola com seu peso (d).
Mola =
m = 100g ∆x = 13,5cm
27,84g
Leitura Tempo [s]
1 3,91
2 4,09
3 3,9
4 3,94
5 3,93
6 3,94
7 3,83
8 3,87
9 4,1
10 3,87
Período de oscilação (T) 0,7876
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 7,98 𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 8 a seguir.

Tabela 8 – Resultados sistema massa mola configuração mola com seu peso (d).
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
7,94 6,95 12,45
Fonte: elaborado pelo autor.

10 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a equação 6 apresentada na
introdução teórica, obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é
demonstrada pela equação 13.
𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎
(𝑀 + ) 𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0 (13)
3

Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 14.


0,10928𝑥̈ + 6,95𝑥 = 0 (14)
Agora, tratando os dados da segunda etapa do procedimento experimental, a respeito
dos sistemas oscilatórios pendulares, têm-se a tabela 9 que ilustra os dados coletados para o
primeiro sistema de pêndulo simples (a).

Tabela 9 – Dados sistema de pêndulo simples (a).


L = 33cm m = 61,71g
Leitura Tempo [s]
1 1,03
2 1,28
3 1,22
4 1,16
5 1,15
6 1,10
7 1,13
8 1,17
9 1,26
10 1,14
Período de oscilação (T) 1,16
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 5,41 𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 10 a seguir.
Tabela 10 – Resultados sistema de pêndulo simples (a).
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
29,73 29,24 1,65
Fonte: elaborado pelo autor.

Conforme foi descrito durante a introdução teórica e analisando o sistema pendular,


têm-se que a equação que rege o movimento é descrito pela equação 156.
𝑔
𝜃̈ + (𝜃) = 0 (15)
𝑙

11 | Página
Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 16.
𝜃̈ + 29,24(𝜃) = 0 (16)

A Tabela 11 apresenta os dados coletados a respeito da segunda configuração (b) dos


sistemas pendulares.

Tabela 11 – Dados sistema de pêndulo simples (b).


L = 52cm m = 61,71g
Leitura Tempo [s]

1 1,35
2 1,44
3 1,37
4 1,41
5 1,25
6 1,25
7 1,32
8 1,33
9 1,45
10 1,35
Período de oscilação (T) 1,35
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 4,65𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 12 a seguir.

Tabela 12 – Resultados sistema de pêndulo simples (b).


𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
18,87 21,60 14,47
Fonte: elaborado pelo autor.

Conforme foi descrito durante a introdução teórica e analisando o sistema pendular,


têm-se que a equação que rege o movimento é descrito pela equação 17.
𝑔
𝜃̈ + (𝜃) = 0 (17)
𝑙

Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 18.


𝜃̈ + 21,6(𝜃) = 0 (18)

12 | Página
A Tabela 13 apresenta os dados coletados a respeito da última configuração (c) dos
sistemas pendulares.

Tabela 13 – Dados sistema de pêndulo simples (c).


L = 52cm m = 128,83g
Leitura Tempo [s]
1 1,44
2 1,4
3 1,34
4 1,41
5 1,37
6 1,42
7 1,45
8 1,38
9 1,40
10 1,39
Tempo de oscilação (T) 1,40
Fonte: elaborado pelo autor.

A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 4,49𝑟𝑎𝑑/𝑠.


Os demais resultados estão apresentados na tabela 14 a seguir.

Tabela 14 – Resultados sistema de pêndulo simples (c).


𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
18,87 20,14 6,73
Fonte: elaborado pelo autor.

Conforme foi descrito durante a introdução teórica e analisando o sistema pendular,


têm-se que a equação que rege o movimento é descrito pela equação 19.
𝑔
𝜃̈ + (𝜃) = 0 (19)
𝑙

Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 20.


𝜃̈ + 20,14(𝜃) = 0 (20)

Acerca dos resultados obtidos e exibidos acima, é possível realizar discussões sobre o
experimento e principais pontos de interesse.
Analisando os sistemas massa-mola, pode-se observar que quanto mais simples o
arranjo, menor o erro percentual entre os valores de rigidez do sistema (𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 ). Por
exemplo, a configuração (d) de mola considerando seu peso, resultou no menor erro percentual
13 | Página
de todos os conjuntos 12,45%, seguido da configuração (a) de mola simples, com 13,42%. Logo
após, a configuração de molas com associação em paralelo, 21,69%. Por último, o maior erro
percentual ocorreu no arranjo (c) com molas em série, 69,73%. Portanto, é possível dizer que
quanto mais simples o sistema, mais de acordo com a teoria ele estará. Ou seja, o modelamento
das equações que regem o movimento irá descrever melhor o a trajetória da partícula, dessa
forma, resultará em dados mais precisos.
Também há de se considerar que os dinamômetros talvez não estivessem com o melhor
ajuste, visto que, os arranjos em que estavam envolvidos apresentaram erros percentuais mais
acentuados. Um ponto a se destacar é da associação de molas em série, visto que, não é
possível ter certeza a respeito do deslocamento das molas em repouso, visto que foi informado
somente o deslocamento de uma delas, bem como, não é considerado o peso do segundo
dinamômetro para o cálculo da massa equivalente do sistema, sendo este, portanto, uma
grande fonte de erro.
Acerca dos procedimentos realizados os com sistemas de pêndulo simples, pode-se
observar que, o menor erro percentual entre os valores de rigidez do sistema
(𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 ) ocorreu para a primeira configuração (a), 1,65%, endo a menor massa e o
menor fio. Isso ocorreu, pois, embora o fio não seja completamente inelástico, por ter menor
comprimento e a massa ser menor, seu comprimento praticamente não é afetado, dessa forma,
o sistema permanece mais próximo as considerações teóricas realizadas para obter a equação
do movimento. O esperado pela teoria é que não houvesse diferença entre as frequências
angulares entre a configuração (b) e (c), pois a massa não afeta o cálculo de 𝜔𝑛 . De fato, a
diferença percentual entre esses termos é de apenas 3,44%. Tal diferença é proveniente de
erros durante a tomada de tempo, bem como, com uma massa maior, haja visto que o fio não é
perfeitamente inelástico, há uma alteração no comprimento do mesmo.

6 CONCLUSÕES
Com base nos resultados e discussões acerca da atividade experimental, pode-se
concluir que nos sistemas massa-mola, nas configurações (a), (b) e (d), com respectivos erros
percentuais de 13,42%, 21,69% e 12,45% os resultados estão condizentes com o esperado e
abordado pela teoria. Porém, o arranjo (c) de sistemas massa-mola, quando analisado,
assemelha-se a um sistema com dois graus de liberdade, visto que há a massa do segundo
dinamômetro envolvido. Portanto, a abordagem teórica utilizada não satisfaz o problema e
resulta em um erro percentual de 69,73%. A respeito dos experimentos com sistemas de
pêndulo simples, pode-se concluir que os erros percentuais de 1,65%, 14,47% e 6,73% são
satisfatórios, haja visto que esses erros são provenientes de fontes esperadas, como as tomadas
de tempo e a elasticidade do fio utilizado. Dessa forma, a atividade não foi prejudicada, sendo
possível aliar teoria a atividades práticas de forma satisfatória.

14 | Página
7 REFERÊNCIAS
[1] – RAO, Singiresu. Vibrações Mecânicas. 4. ed., 2009.

[2] – MELO, Gilberto Pechoto de. Notas de Aula – Vibrações – Notas de aula 1. 2021.

[3] – TURRA, Antônio Eduardo. Aula Prática - Vibrações Livres para Sistemas com 1 Grau de
Liberdade: Movimento Harmônico. 2021.

15 | Página

Você também pode gostar