Vibrações Mecânicas 1
Vibrações Mecânicas 1
Vibrações Mecânicas 1
1 Introdução ................................................................................................................................ 3
2 Objetivos .................................................................................................................................. 3
3 Revisão Teórica ........................................................................................................................ 3
4 Materiais e Métodos ................................................................................................................. 5
5 Resultados ................................................................................................................................ 7
6 Conclusões ............................................................................................................................. 14
7 Referências ............................................................................................................................. 15
2 | Página
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
Observar e comparar os resultados obtidos entre os sistemas abordados, bem como, por
meio da interpretação desses dados, obter conclusões a respeito de conceitos do movimento
harmônico simples em sistemas com 1 grau de liberdade.
3 REVISÃO TEÓRICA
3 | Página
3.2 Equações de movimento.
O sistema pode ser analisado a fim de se obter a equação que rege seu movimento
oscilatório. Esta análise é realizada a partir de modelos matemáticos, como exemplo podemos
citar o modelo de Newton/D’Alembert, onde são analisadas as forças e momentos que
envolvem o sistema oscilatório em questão. Também há modelos matemáticos que utilizam a
análise energética do sistema, como é o caso do modelo das Equações de Lagrange.
Independente do modelo utilizado para modelar a equação do movimento, caso bem aplicado,
este irá fornecer uma equação suficientemente satisfatória sobre o movimento da partícula ou
corpo rígido em questão. A equação que descreve os movimentos dos sistemas massa-mola
abordados na atividade experimental está expressa abaixo.
𝑚𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0 (1)
Onde m é a massa equivalente do sistema e k é a constante de rigidez elástica
equivalente do sistema. Ainda x descreve a posição em função do tempo e 𝑥̈ descreve a
aceleração da massa em função do tempo.
Para descrever os movimentos dos sistemas pendulares, é utilizada a equação 2, exibida
a seguir.
𝑔
𝜃̈ + 𝑠𝑒𝑛 (𝜃) = 0 (2)
𝑙
𝑘
𝝎𝒏 = √ (4)
𝑚
Onde k é a constante elástica equivalente do sistema e m a massa equivalente do
mesmo sistema.
4 | Página
A constante elástica teórica das molas pode ser determinada a partir da equação que
descreve o equilíbrio entre a força elástica e a força peso.
𝑚𝑔
𝑘= (5)
𝑥
Onde m é a massa, g é a gravidade e x descreve o deslocamento vertical da mola.
Ainda, para o caso onde o peso da mola influencia no sistema, como no último caso dos
sistemas massa-mola, na literatura pode ser encontrada a seguinte equação para descrever a
massa equivalente do sistema.
𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎
𝑚=𝑀+ (6)
3
Sendo M a massa colocada no sistema e 𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎 a massa da mola.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
A atividade experimental foi realizada em duas etapas distintas, sendo que a primeira
dessas consistiu em analisar sistemas massa-mola com configurações diferentes, tanto no
arranjo das molas, quanto na massa utilizada. Essa etapa contou com quatro configurações
diferentes, descritas pela figura 1.
A imagem acima ilustra as configurações de arranjo utilizadas durante a atividade
experimental, sendo, portanto, mola simples (a), molas em paralelo (b), molas em série (c) e
mola com seu próprio peso (d). Ligado as mesmas, foram utilizadas massas de 50g ou 100g
dependendo do tipo de arranjo.
5 | Página
Figura 1 – Arranjos de molas.
6 | Página
Figura 2 – Arranjos de pêndulos.
5 RESULTADOS
A Tabela 1 ilustra os dados coletados a respeito da primeira configuração (a) dos
sistemas massa-mola.
Tabela 1 – Dados sistema massa-mola configuração mola simples (a).
Mola 1 N m = 50g ∆x = 4,7cm
1 2,09
2 2,44
3 2,75
4 2,16
5 2,5
6 2,48
7 2,13
8 2,17
9 2,45
10 2,2
Período oscilação (T) 0,4674
Fonte: elaborado pelo autor.
A partir dos dados coletados e da equação 3, obtém-se 𝜔𝑛 = 13,44 𝑟𝑎𝑑/𝑠.
7 | Página
Os demais resultados estão apresentados na tabela 2 a seguir.
Tabela 2 – Resultados sistema massa mola configuração mola simples (a)
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
10,44 9,04 13,42
Fonte: elaborado pelo autor.
8 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a associação de molas em paralelo,
obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é demonstrada pela equação
9.
𝑚𝑥̈ + (𝑘1 + 𝑘2)𝑥 = 0 (9)
Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 10.
0,1𝑥̈ + 33,4𝑥 = 0 (10)
1 2,87
2 2,57
3 2,66
4 2,91
5 2,85
6 2,72
7 2,52
8 2,63
9 2,55
10 2,83
Período de oscilação (T) 0,5422
9 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a associação de molas em série,
obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é demonstrada pela equação
11.
𝑘1 ∗ 𝑘2
𝑚𝑥̈ + ( )𝑥 = 0 (11)
𝑘1 + 𝑘2
Tabela 7 – Dados sistema massa-mola configuração mola com seu peso (d).
Mola =
m = 100g ∆x = 13,5cm
27,84g
Leitura Tempo [s]
1 3,91
2 4,09
3 3,9
4 3,94
5 3,93
6 3,94
7 3,83
8 3,87
9 4,1
10 3,87
Período de oscilação (T) 0,7876
Fonte: elaborado pelo autor.
Tabela 8 – Resultados sistema massa mola configuração mola com seu peso (d).
𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 [N/m] 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 [N/m] Erro percentual [%]
7,94 6,95 12,45
Fonte: elaborado pelo autor.
10 | Página
A partir da análise do sistema, atentando-se para a equação 6 apresentada na
introdução teórica, obtém-se que a equação que descreve o movimento da partícula é
demonstrada pela equação 13.
𝑀𝑚𝑜𝑙𝑎
(𝑀 + ) 𝑥̈ + 𝑘𝑥 = 0 (13)
3
11 | Página
Aplicando os valores encontrados durante o experimento, obtém-se a equação 16.
𝜃̈ + 29,24(𝜃) = 0 (16)
1 1,35
2 1,44
3 1,37
4 1,41
5 1,25
6 1,25
7 1,32
8 1,33
9 1,45
10 1,35
Período de oscilação (T) 1,35
Fonte: elaborado pelo autor.
12 | Página
A Tabela 13 apresenta os dados coletados a respeito da última configuração (c) dos
sistemas pendulares.
Acerca dos resultados obtidos e exibidos acima, é possível realizar discussões sobre o
experimento e principais pontos de interesse.
Analisando os sistemas massa-mola, pode-se observar que quanto mais simples o
arranjo, menor o erro percentual entre os valores de rigidez do sistema (𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 ). Por
exemplo, a configuração (d) de mola considerando seu peso, resultou no menor erro percentual
13 | Página
de todos os conjuntos 12,45%, seguido da configuração (a) de mola simples, com 13,42%. Logo
após, a configuração de molas com associação em paralelo, 21,69%. Por último, o maior erro
percentual ocorreu no arranjo (c) com molas em série, 69,73%. Portanto, é possível dizer que
quanto mais simples o sistema, mais de acordo com a teoria ele estará. Ou seja, o modelamento
das equações que regem o movimento irá descrever melhor o a trajetória da partícula, dessa
forma, resultará em dados mais precisos.
Também há de se considerar que os dinamômetros talvez não estivessem com o melhor
ajuste, visto que, os arranjos em que estavam envolvidos apresentaram erros percentuais mais
acentuados. Um ponto a se destacar é da associação de molas em série, visto que, não é
possível ter certeza a respeito do deslocamento das molas em repouso, visto que foi informado
somente o deslocamento de uma delas, bem como, não é considerado o peso do segundo
dinamômetro para o cálculo da massa equivalente do sistema, sendo este, portanto, uma
grande fonte de erro.
Acerca dos procedimentos realizados os com sistemas de pêndulo simples, pode-se
observar que, o menor erro percentual entre os valores de rigidez do sistema
(𝐾𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑒 𝐾 𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜 ) ocorreu para a primeira configuração (a), 1,65%, endo a menor massa e o
menor fio. Isso ocorreu, pois, embora o fio não seja completamente inelástico, por ter menor
comprimento e a massa ser menor, seu comprimento praticamente não é afetado, dessa forma,
o sistema permanece mais próximo as considerações teóricas realizadas para obter a equação
do movimento. O esperado pela teoria é que não houvesse diferença entre as frequências
angulares entre a configuração (b) e (c), pois a massa não afeta o cálculo de 𝜔𝑛 . De fato, a
diferença percentual entre esses termos é de apenas 3,44%. Tal diferença é proveniente de
erros durante a tomada de tempo, bem como, com uma massa maior, haja visto que o fio não é
perfeitamente inelástico, há uma alteração no comprimento do mesmo.
6 CONCLUSÕES
Com base nos resultados e discussões acerca da atividade experimental, pode-se
concluir que nos sistemas massa-mola, nas configurações (a), (b) e (d), com respectivos erros
percentuais de 13,42%, 21,69% e 12,45% os resultados estão condizentes com o esperado e
abordado pela teoria. Porém, o arranjo (c) de sistemas massa-mola, quando analisado,
assemelha-se a um sistema com dois graus de liberdade, visto que há a massa do segundo
dinamômetro envolvido. Portanto, a abordagem teórica utilizada não satisfaz o problema e
resulta em um erro percentual de 69,73%. A respeito dos experimentos com sistemas de
pêndulo simples, pode-se concluir que os erros percentuais de 1,65%, 14,47% e 6,73% são
satisfatórios, haja visto que esses erros são provenientes de fontes esperadas, como as tomadas
de tempo e a elasticidade do fio utilizado. Dessa forma, a atividade não foi prejudicada, sendo
possível aliar teoria a atividades práticas de forma satisfatória.
14 | Página
7 REFERÊNCIAS
[1] – RAO, Singiresu. Vibrações Mecânicas. 4. ed., 2009.
[2] – MELO, Gilberto Pechoto de. Notas de Aula – Vibrações – Notas de aula 1. 2021.
[3] – TURRA, Antônio Eduardo. Aula Prática - Vibrações Livres para Sistemas com 1 Grau de
Liberdade: Movimento Harmônico. 2021.
15 | Página