Neuropsicopedagogia Como Potencializadora Da Aprendizagem

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FACULDADE CIDADE VERDE

FC V

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

MARINGÁ–PR
2018

FACULDADE CIDADE VERDE – FCV


PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
MODALIDADE A DISTÂNCIA - EAD
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TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO

ELAINE ANDREA GOMES

NEUROPSICOPEDAGOGIA COMO POTENCIALIZADORA DA APRENDIZAGEM

Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-Graduação


Lato Sensu da FCV – Faculdade Cidade Verde, como requisito parcial para obtenção
do certificado de Especialista em Neuropsicopedagogia, e aprovado pelos seguintes
professores abaixo descritos, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros
participantes deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico e
a discussão entorno das temáticas aqui propostas, no que assino abaixo:

__________________________________
Elaine Andrea Gomes

__________________________________
Adival José Reinert Junior

__________________________________
Carlos Hoegen

SÃO PAULO
NOVEMBRO 2018

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TÍTULO: Neuropsicopedagogia como potencializadora da Aprendizagem.
AUTOR: Elaine Andrea Gomes
ORIENTADOR: Prof. Especialista Adival José Reinert Junior

RESUMO

Será apresentada no decorrer deste documento, uma reflexão acerca da


Neuropsicopedagogia como uma ferramenta eficaz não só no combate à dificuldade
de aprendizado, mas também como uma intensificadora e/ou ajustadora da
aprendizagem a todos os tipos de aluno, quaisquer que sejam suas dificuldades e/ou
necessidades, e sobre o trabalho do neuropsicopedagogo, trazendo-o como um
agente colaborativo e praticante de uma educação acolhedora, o qual se importa
com a reintegração social, pessoal e educacional, contribuindo para ambientes
igualitários de ensino, fazendo-se cumprir assim, a legislação do país, que diz que
este é um direito inerente a todo brasileiro. A teoria que fundamenta este artigo está
embasada em livros, artigos científicos e autores consagrados na literatura da
psicologia da educação, tendo em vista uma boa qualidade bibliográfica.

PALAVRAS-CHAVE: Neuropscopedagogia, Agente colaborativo, Aprendizagem,


Educação.

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1. INTRODUÇÃO

A Neuropsicopedagogia surgiu das bases da neurociência e da educação, e


aborda a complexidade do funcionamento cerebral, trazendo a relação entre cérebro
e comportamento humano, além de contribuir para a compreensão do
processamento do ensino-aprendizagem da criança e adolescente no que tange ao
desenvolvimento, aprendizagem e suas dificuldades (RUSSO, 2015). Seguindo este
pensamento, deduz-se que a missão primordial da Neuropsicopedagogia é fazer-se
entender e ampliar o poder de aprendizagem de todos os alunos com dificuldade de
aprendizagem, seja ela qual for, colocando o neuropsicopedagogo como um agente
colaborativo no processo educacional e da aprendizagem.
Isto é confirmado por Russo (2015, p. 18), quando diz que:
“As semelhanças que a Neuropsicopedagogia Clínica guarda [...] a natureza
multiprofissional, inter e transdisciplinar e o estudo do desenvolvimento
humano e dos processos de ensino e aprendizagem (em condições normais
ou não).”
Houve um tempo em se pensava que as crianças não aprendiam por
preguiça, falta de interesse, pura desatenção, rebeldia ou indisciplina, e que a não
aprendizagem era culpa do próprio aluno. Mesmo com o avanço em estudos e
pesquisas sobre este assunto, por mais de 03 séculos, ainda há quem pense assim.
Este texto vem mostrar minha inquietação enquanto professora de Língua
Portuguesa, no ensino fundamental e médio, por vir deparando-me com situações
de não aprendizagem, e, durante meu exercício, observar que muitos alunos tinham
dificuldades em absorver as informações passadas em sala de aula, mesmo quando
estas referiam-se a conteúdos já trabalhados em anos anteriores. Isto fez despertar
em mim a busca por entender tais dificuldades e o que fazer para corrigi-las e
melhorar, não só no desempenho dos meus alunos, mas também sua capacidade
de aprendizagem.
Como minhas perguntas não foram totalmente respondidas na segunda
graduação, Pedagogia, resolvi aprofundar-me na questão, e encontrei a
Neuropsicopedagogia, a qual mudou significativamente meu olhar, fazendo-me
perceber que esta dificuldade não era preguiça nem desinteresse, e sim, uma real
dificuldade que podia vir de várias ordens que não comportamentais, físicas ou
neurológicas.

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Fez-se assim necessário uma compreensão acerca dos diferentes tipos,
diversas teorias e outros conceitos acerca da aprendizagem e como eles ocorrem no
cérebro e na memória do aluno, para a partir disto adaptar da melhor forma, o ensino
à aprendizagem. Dentro deste contexto, é de suma importância que o aluno não seja
visto como o único responsável por seu aprendizado em sua totalidade, mas que
seja feita a ele uma condução e mediação por parte dos educadores, os quais
devem aproveitar o conhecimento prévio do educando, para então expandi-lo. Como
afirma Vygotsky, em seu livro A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos
Processos Psicológicos Superiores. “o caminho do objeto até a criança e desta até o
objeto passa por outra pessoa".
A literatura no âmbito da aprendizagem é muito rica e contempla diversos
autores, contudo há um consenso no que diz respeito ao ser social, à individualidade
e ao ambiente de aprendizagem, bem como ao acolhimento das emoções,
proximidade e sentimentos, durante o processo de conhecimento e suas interações
como fatores importantes no desenvolvimento de atividades cognitivas.
Com uma abordagem objetiva, buscarei trazer, a seguir, conceitos e
esclarecimentos inerentes para confirmar as potencialidades que a
Neuropsicopedagogia pode trazer à aprendizagem e consequentemente à
educação.

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2. NEUROPSICOPEDAGOGIA COMO POTENCIALIZADORA DA
APRENDIZAGEM

2.1 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM COMO ÁREA DE ESTUDO

A preocupação em minimizar as problemáticas da aprendizagem vem desde o


século XIX, contudo, pouco se vê, na prática, apesar das evoluções nos estudos,
uma eficácia na abordagem educativa nas escolas brasileiras.
Na opinião de Sylvia Maria Ciasca, coordenadora do Laboratório de
Pesquisas em Distúrbios, Dificuldades de Aprendizagem e Transtorno de Atenção
(Disapre) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, os números do
último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, não
representam a real situação da exclusão educacional e do analfabetismo no Brasil, e
faz as seguintes ponderações:
“O Brasil pode cumprir determinadas regras propostas pelo sistema de
Educação, mas os números nunca vão representar a realidade que nós
encontramos dentro das nossas escolas. A impressão é que nós fazemos as
metas, as colocamos em ação, mas nunca vamos à escola para verificar se a
criança conseguiu atingi-las ou não. Somos campeões latino-americanos em
repetência escolar, embora muitas acreditem que isso não ocorra no país, há
um aumento agravante da desescolarização, e poucas crianças atingem o
ensino médio [...] Enquanto isso acontecer, nós não teremos uma coisa
chamada de ‘perfil educacional’ da criança, nem compreenderemos como
isso se dá [...] Quando eu leio e escrevo bem, eu me permito articular
conteúdos culturais, consigo expandir a memória, estimulo a produção
independente de textos e, principalmente, determino os processos críticos de
pensar, ou seja, me torno crítica em relação àquilo que vejo, ao que posso
intervir e à forma como me comporto [...] Saber ler e escrever depende de
todo um desenvolvimento do indivíduo, que começa desde o nascimento e
perdura até a morte, e que depende de vários fatores intervenientes do meio
e de estímulos de motivação [...] Costumo dizer que não adianta colocar o
carro na frente dos bois, querer que a criança fale corretamente aos três anos
de idade, já que ela não tem estrutura física e fisiológica para isso [...]
A primeira especialidade a mostrar interesse por esta área, foi a neurologia, a
qual limitava a dificuldade de aprendizagem a pacientes com lesões cerebrais. Esta
visão veio a mudar no decorrer de alguns anos, durante os quais percebeu-se

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pacientes que não aprendiam ou tinham certa incapacidade de aprendizagem que
não eram de ordem neurológica, foi então que psicólogos e educadores passaram a
integrar o corpo de estudiosos para desenvolver programas de recuperação e auxílio
a esses pacientes, junto com os médicos, entretanto, somente em 1963, nos
Estados Unidos e no Canadá, o campo das dificuldades de aprendizagem foi aceito
como área de estudo, após serem observadas tais ocorrências em diversas
crianças, sem que se tivesse um motivo aparente, ou que se notasse atraso ou
deficiência nos indivíduos, que justificasse suas dificuldades de aprendizado.
(SÁNCHEZ, 1998; apud BOSSOLAN, p. 13 e 14, 2011)
Segundo Smith e Strick (p. 15, 2001):
“[...] Para começo de conversa, o termo dificuldades de aprendizagem refere-
se não a um único distúrbio, mas a uma ampla gama de problemas que
podem afetar qualquer área do desempenho acadêmico. Raramente, elas
podem ser atribuídas a uma única causa: muitos aspectos diferentes podem
prejudicar o funcionamento cerebral, e os problemas psicológicos dessas
crianças frequentemente são complicados, até certo ponto, por seus
ambientes domésticos e escolar. [...]” (citado por BOSSOLAN p. 27,

2011)
Existem muitos fatores possíveis de serem relacionados à dificuldade de
aprendizagem, dentre eles estão: os de ordem social, ambiental, afetiva,
pedagógica, cognitiva e orgânica. A correlação entre eles é comum, não havendo,
portanto, um único causador de dificuldade e de baixo rendimento escolar.

2.2 TIPOS DE APRENDIZAGEM

São separados em: Auditivo, Visual, Cinestésico, Matemático, Linguístico


Verbal, Intrapessoal e Interpessoal, os quais não são usados aleatoriamente, cada
indivíduo faz sua escolha baseado em sua personalidade, mesmo não se dando
conta disto. É importante salientar que estes 07 tipos de aprendizagem estão ligados
à Teoria de das Múltiplas Inteligências, de Gardner.
 Visual: possui memória fotográfica e tem seu aprendizado fixado em imagens,
usa tudo o que pode ver (textos, gráficos, diagramas, etc.) para facilitar sua
capacidade de guardar informações;

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 Auditivo ou Musical: para ele o melhor é ter áudios disponíveis, como música
e até mesmo a narração ou explicação do conteúdo e, desde que não haja
interferências e ruídos, este aluno tem boa memorização, são verdadeiros
gravadores humanos;
 Cinestésico ou Físico: centra suas experiências no tato, em situações
práticas, nas demonstrações físicas, mover-se, montar ou desmontar coisas
facilitam o seu aprendizado;
 Matemático: utiliza mais o pensamento, o raciocínio lógico, por isso tem
facilidade com números, classificação de objetos, etc.;
 Linguístico Verbal: sua facilidade é o uso das palavras, expressa-se bem
verbalmente e é um leitor contumaz;
 Intrapessoal: introspectivo, solitário e tímido, prefere atividade individual de
escrita e pesquisa, também tem o raciocínio lógico apurado;
 Interpessoal: extrovertido, sua habilidade de compreensão está na
interatividade e em trabalhos em grupo.
Segundo Luciana Barros de Almeida, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia, “o ato de aprender é uma tarefa intersubjetiva, particular e
individual. Deste modo, o conhecimento é resultado da combinação de estímulos do
ambiente externo com o interno, envolvendo a personalidade de cada um.”. Para a
fonoaudióloga Elen Campos Caiado, “é importante esclarecer que uma pessoa pode
apresentar mais de um estilo de aprendizagem, mas geralmente tende a ter o estilo
primário tido como o dominante e o secundário.”

2.3 OS FATORES DA APRENDIZAGEM

Tanto para Cericato (2008) quanto para Lima (2017), baseadas em autores da
literatura da psicologia da educação, dão muita importância aos seguintes fatores: O
primeiro o Emocional: como o educando se sente em relação ao que aprende, quais
sensações são despertadas e destas, quais são prazerosas e quais não são. O
segundo o Social: o que o ambiente proporciona para aprendizagem, como a criança
é tratada pelos educadores, qual é o tipo de relação que possui com a família e
sociedade.

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Fantini (1983) diz também que o aprendizado escolar é estimulado quando as
experiências em casa e na escola são conectadas e coordenadas de forma a virem
ao encontro das necessidades dos alunos.
É claro que aprendizagem não se resume a isto, mas se estas duas partes
estiverem bem estruturadas e fundamentadas, depois do fator Biológico, serão elas
que financiarão o bom aprendizado e, quem sabe, diminuirão consideravelmente, as
chances de não aprendizagem.
Importante explicar que as palavras “estruturadas e fundamentas” utilizadas
no parágrafo anterior, nada tem a ver com o modelo de família ou com a concepção
de carência e privação, mas sim com a boa relação e convívio que a criança tem no
meio social. Mesmo que provenha de uma família de pais separados ou com
menores condições financeiras, se houver afeto, respeito, troca de saberes, valores
e cultura, esta criança poderá ter um bom aprendizado.
Este pensamento vai de encontro com o que diz Cericato (2008, p. 01),
referindo-se a Vygotsky:
“(...) Para Vygotsky a aprendizagem ocorre sempre de fora para dentro, ou
seja, decorre das experiências socialmente vivenciadas pelo indivíduo. É por
meio do contato com o mundo social, que é também histórico e cultural, que a
criança tem aprendizagens e, portanto, se desenvolve.”
Seguindo a citação acima, é possível dizer que a percepção, ligada ao fator
Cognitivo, vem em sequência para o fortalecimento da aprendizagem, assim como a
motivação e os estímulos. Não existe uma ordem para que estes fatores aconteçam,
pois estamos lidando com seres humanos e cada um tem uma personalidade, uma
maneira de assimilar e de empregar seus conhecimentos e tudo isto, está
relacionada a maturidade que também é individual, mesmo que se tenha
parâmetros, pois estes estabelecem um período, uma fase e não o momento exato
de que ela acontece.
Neste viés, entram os tipos de inteligências (Gardner, Teoria das Inteligências
Múltiplas, 1985) que é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma
capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior
ou menor, em qualquer área de atuação. Aliada a esta teoria, os estímulos visuais,
auditivos, táteis são estratégias que auxiliam na aquisição de uma memória
permanente, e porque por sua vez, está diretamente relacionada aos Tipos de

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Aprendizagem. Gardner, em 1995, sugeri o agrupamento das inteligências
Intrapessoal e Interpessoal, e acrescenta à lita, outras duas:
 Natural: inerente ao reconhecimento de objetos na natureza, distinguir plantas
e animais, desenvolvendo habilidades biológicas;
 Existencial: o ser filosófico que reflete seus pensamentos sobre a existência
da vida.

2.4 OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM

Estes estilos foram criados em 1984, por David Kolb, um professor


universitário, que percebeu nos adultos, diferentes formas de aprendizado. Levando-
se em conta que as crianças também têm sua individualidade, é possível aplicar
estes estilos também a elas.
 Multiplicidade: Os aprendizes com esta característica são os adaptadores,
implantam soluções para conseguir resultado;
 Ação: Os convergentes resolvem problemas e testam teorias;
 Pensamento: São assimiladores, formulam teoria para definir problemas;
 Unicidade: Os divergentes generalizam alternativas e reconhecem problemas.

2.5 TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Segundo La Rosa (p. 45, 2003), o ser humano aprende durante toda a vida e
há meios para facilitar esta aprendizagem, entre elas as condições sociais que leva
em conta a maturação do indivíduo, o meio em que este está inserido e a motivação
que o leva a aprender. Nesse sentido, o sujeito se modifica através da
aprendizagem e de acordo com suas experiências.
Dentre as teorias, além do Behaviorismo de Pavlov e Skinner que trazem
como definição do comportamento humano como resultado “das influências dos
estímulos do meio”, destacam-se:
A Aprendizagem Social de Brandura; o Cognitivismo de Piaget, a Teoria
Sociointeracionista de Vygotsky e a aprendizagem Significativa de Ausebel.

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3. CONSIDERÇÕES FINAIS
Como já dito anteriormente, são várias formas, técnicas e conceitos de
aprendizagem e todas elas, essenciais para este vasto caminho do aprender.
Aliando-se todas essas informações e métodos, procura-se entender o ser
humano, suas ações e reações, emoções e sentimentos em sua totalidade.
Feldman e Lima concordam com este pensamento e afirmam sua
importância:
[...] “O todo é diferente da soma de suas partes”, ou seja, nossa percepção,
ou compreensão, dos objetos é maior e mais significativa do que os
elementos individuais que constituem nossas percepções. (FELDMAN, 2015,
cap. 01, mód. 02, p. 15)
[...] Um todo que não pode ser compreendido pela separação das partes. Isto
é, “todo” depende do relacionamento especial que existe entre as partes. [...]
A psicologia de Gestalt é uma das tendências teóricas mais coerentes e
coesas da história da Psicologia. (LIMA, 2017, p. 09)
Para que todas as intervenções deem certo, é essencial que a abordagem
multidisciplinar da Neuropsicopedagogia funcione, através da família do aluno que
será o elo mais adequado para comunicar-se com os demais profissionais
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, professores, psicólogos,
psiquiatras e neuropsicopedagogo.
Henneman (2012) afirma que:
“Essas informações captadas devem ser adaptadas as metodologias e
técnicas educacionais para todas as crianças, desta forma o
neuropsicopedagogo poderá desempenhar funções como: Rever aspectos do
desenvolvimento humano a partir das novas descobertas da neurociência;
enumerar fatores que afetam negativamente e positivamente o
desenvolvimento neuropsicológico; reconhecer aspectos envolvidos nos
processos de memória e atenção relativos à aprendizagem [...]”
(HENNEMANN, 2012, p.6)
Pode-se assim, inferir que a atuação do neuropsicopedagogo é colaborativa e
facilitadora, por isso exige deste profissional vasto conhecimento nas áreas que
concernem a aprendizagem, e esta é o foco da interligação entre o estudo da
neurociência e os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia.

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4. REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA. Canal do Educador. Disponível em:


<https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacao-escolar/os-diferentes-estilos-
aprendizagem-cada-crianca.htm> Acessado em: 13 ago. 2018.

BUSSOLAN, Marília. Dificuldades de aprendizagem: levantamento bibliográfico


e análise de estudos na UNICAMP. Campinas (SP): Artigo Científico. [s.n.], 2011.

CANAL DO ENSINO. Disponível em: <https://canaldoensino.com.br/blog/quais-sao-


os-7-tipos-de-aprendizagem> Acessado em: 13 ago. 2018.

CERICATO, Itale Luciane. Intervenção Psicopedagógica Clínica. 1ª. Ed. Curitiba:


Iesde Brasil, 2008. v. 01.

Educação e Aprendizagem no Brasil: “Ainda somos os mesmos”, afirma a


neuropsicóloga da FCM. Disponível em:
<https://www.fcm.unicamp.br/fcm/relacoes-publicas/saladeimprensa/educacao-e-
aprendizagem-no-brasil-ainda-somos-os-mesmos-afirma-neuropsicologa-da-fcm>
Acessado em: 02 nov. 2018.

EL PAÍS. Os quatro estilos de aprendizagem: ou por que alguns leem os manuais e outros
não? Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2016/10/10/ciencia/1476119828_530014.html>
Acessado em: 15 out. 2018.

FELDMAN, Robert S. Introdução à Psicologia. Tradução: Daniel Bueno, Sandra


Maria Mallmann da Rosa. Revisão técnica: Maria Lucia Tiellet Nunes. 10ª. ed. Porto
Alegre : AMGH, 2015. Cap.1.

LIMA, Vanessa Aparecida Beleti de. Introdução à Psicologia e a Psicologia Social


Aspectos Gerais. Joinville: Artigo Científico, 2017. 46p.

O GLOBO. Sociedade. Disponível em:


<https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/guiaenem/visual-auditivo-ou-
cinestesico-descubra-seu-modo-de-aprender-20116333> Acessado em: 13 ago.
2018.

RUSSO, R. M. T. Neuropsicopedagogia Clínica: introdução, conceitos, teoria e


prática. Curitiba (PR): Ed. Juruá, 2015

UFABC. Teorias de Aprendizagem


<http://proec.ufabc.edu.br/uab/index.php/roteiros/roteiro4/19-
fteadinicio/fteadaulas/126-aula4> Acessado em: 02 nov. 2018.

Vygotsky e o conceito de aprendizagem mediada. Disponível em:


<https://novaescola.org.br/conteudo/274/vygotsky-e-o-conceito-de-aprendizagem-
mediada> Acessado em: 04 set. 2018.

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