Unidade I - Fenomenologia Existencial

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Disciplina: Psicoterapia UNIDADE I

Fenomenológica Existencial Prof. Filipe Silva

Breve Histórico da Teoria Humanista e


Método Humanista

Terapia Centrada na Pessoa - Carl


Rogers

ACP – Abordagem centrada na


pessoa

Empatia como uma proposta de uso


do método fenomenológico

Análise critica
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

A Psicologia Humanista, conforme historiado por DeCarvalho (1990), surgiu no


final da década de 50 e início dos anos 60 como uma reação ao panorama da
Psicologia norte-americana, dominado, na leitura dos psicólogos humanistas,
por duas grandes forças: o Behaviorismo e a Psicanálise clássica.

Foi sobretudo graças ao


trabalho de dois homens, Terapia Centrada na
Abraham Maslow e Pessoa - Carl Rogers
Anthony Sutich, que o
Movimento Humanista ACP – Abordagem
centrada na pessoa
pode ser articulado,
organizado e Empatia como uma
proposta de uso do
institucionalmente método fenomenológico
fundado como a Terceira
Análise de casos clínicos
Força da Psicologia. à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e O NASCIMENTO DA PSICOLOGIA
Método Humanista HUMANISTA

No início da década de 50 Maslow passou por um isolamento


profissional e intelectual, porque seus interesses pouco ortodoxos
eram longe da linha do Behaviorismo (comportamento) que
predominava na época; e a psicanálise era a única que confrontava
na área clínica.
Terapia Centrada na
Era-lhe inclusive difícil arranjar veículo adequado para publicar seus Pessoa - Carl Rogers
artigos. Como forma de contornar o problema, em meados dos anos
ACP – Abordagem
50 organizou uma lista de nomes e endereços de psicólogos e
centrada na pessoa
grupos envolvidos em visões menos Ortodoxas a que chamou Rede
Eupsiquiana. ressaltando no título o interesse pelo tema da saúde
Eupsiquiana Empatia como uma
psicológica,
psicológica negligenciado, segundo Maslow, pela Psicanálise e pelo proposta de uso do
Behaviorismo. método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

Anthony Sutich, psicólogo que conhecera Maslow no final


dos anos 40 e que nos anos 50 tornara-se ativo participante
da rede e intenso colaborador na discussão das novas
ideias, veio a ter fundamental papel na oficialização do novo
movimento.
Terapia Centrada na
Ao final dos anos 50 decidiu que já era hora de criarem a Pessoa - Carl Rogers
própria revista. Após considerável deliberação sobre o
nome da nova revista foram sugeridos Ser e Tornar-se, ACP – Abordagem
centrada na pessoa
Crescimento Psicológico, Desenvolvimento da Personalidade,
Terceira Força, Psicologia do Self, Existência, e Orto- Empatia como uma
proposta de uso do
Psicologia, foi adotado o título Revista de Psicologia método fenomenológico
Humanista, sugerido por S. Cohen, foi oficialmente lançado Análise de casos clínicos
o primeiro número da revista em 1961. à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

O sucesso da revista acabou levando à organização da


Associação Americana de Psicologia Humanista, fundada
em 1963, consolidando-se o movimento de forma definitiva
em 1964 quando, em uma conferência realizada na cidade
de Old Saybrook, compareceram em aberta adesão grandes
nomes inspiradores do movimento, inclusive Carl Rogers. Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

Com sua rápida e sólida difusão a Psicologia Humanista se ACP – Abordagem


mostra hoje uma Força firmemente estabelecida e centrada na pessoa
respeitada no panorama da Psicologia mundial, Empatia como uma
generalizadamente reconhecida nos campos teórico, proposta de uso do
acadêmico e de aplicação. método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

Ao contrário das Forças anteriores, a Psicologia Humanista


não se identifica ou inicia com o pensamento de um
determinado autor ou escola. Tratando-se primariamente de
um movimento congregador de diversas tendências, unidas
pela oposição ao Behaviorismo e Psicanálise. Várias
afluências, adesões e influências podem ser apontadas, Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers
destacando-se as que se seguem:
ACP – Abordagem
➢ TEORIAS NEO-PSICANALÍTICAS centrada na pessoa
➢ GESTALTISTAS E HOLISTAS Empatia como uma
➢ PSICOLOGIAS EXISTENCIAIS proposta de uso do
➢ ESCOLAS AMERICANAS DE PSICOLOGIA DA método fenomenológico
PERSONALIDADE Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista MÉTODOS E TÉCNICAS

Mantendo-se fiel às suas opções temáticas, e tendo sempre em vista as


dimensões do ser que seu enfoque privilegia, a Psicologia Humanista
desenvolve, adapta e renova variadas técnicas e metodologias de abordagem
da pessoa, com finalidades de estudo ou intervenção.

O instrumental de pesquisa e investigação desenvolvido e utilizado sob a égide


da Terceira Força é bastante rico e diversificado. Para um breve apanhado das
Terapia Centrada na
contribuições mais significativas e características, podem ser brevemente
Pessoa - Carl Rogers
lembradas as variações dos métodos inspirados na Fenomenologia, aí incluídas
as chamadas pesquisas qualitativas; a crescente consideração da influência da
pessoa do investigador nos experimentos, que em muitos estudos é ACP – Abordagem
complementada com a inscrição dos sujeitos da pesquisa como co- centrada na pessoa
investigadores; a larga realização de estudos idiográficos (interessados nas
singularidades, ao invés das características generalizáveis do sujeito da Empatia como uma
investigação); e o eclético e criativo uso com que investigadores humanistas proposta de uso do
renovam abordagens mais tradicionais de pesquisa, desde os experimentos método fenomenológico
laboratoriais até o consagrado recurso do estudo de caso. Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

Para a Psicologia Humanista, o objetivo de qualquer


tratamento pode ser formulado numa frase quase
redundante: levar a pessoa a ser ela mesma. Propiciar ao
cliente, ou estudante, a conquista de uma existência
autêntica, autoconsciente, transparente, espontânea,
verdadeira, congruente e natural, sem máscaras, jogos, Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers
couraças ou divisões (splits) internas: eis o que pretendem
os humanistas. ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Empatia como uma


proposta de uso do
método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

A ênfase na saúde ao invés de na doença, assim como a


proposta de desenvolvimento do potencial humano, tem
levado as terapias humanistas a entender suas técnicas de
ajuda muito mais como formas de estimular o
desenvolvimento e a aprendizagem do que como
tratamento de enfermidades, disfunções ou anomalias Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers
psíquicas. A troca do modelo médico pelo de
autorrealização tem levado muitas abordagens a se ACP – Abordagem
apresentarem - não obstante o tradicional designativo centrada na pessoa
psicoterapia mantenha sua força - como sendo métodos e Empatia como uma
técnicas de desenvolvimento ou crescimento pessoal. proposta de uso do
método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

Uma das consequências da visão holista e da concepção do


homem como um todo bio-psíquico-social, é o destacado
desenvolvimento das chamadas técnicas e abordagens
corporais, em que massagem, toque, sensações, dança e
movimento, catarses expressivas de cólera, choro, riso,
vômito, grito e orgasmo, instrumentalizam o crescimento Terapia Centrada na
psíquico e a maior vivência de si. Ainda neste tópico do Pessoa - Carl Rogers
enfoque pluridimensional, podem ser incluídas as técnicas
ACP – Abordagem
não verbais, o uso do poder da expressão artística, e até centrada na pessoa
mesmo práticas meditativas e espirituais, cujo potencial
curativo viria a ser posteriormente assumido como um dos Empatia como uma
proposta de uso do
principais recursos da terapias transpessoais. método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Breve Histórico da Teoria Humanista e
Método Humanista

Noções existencialistas do homem como um ser de


natureza dialogal, que só se mostra - e verdadeiramente é -
no encontro pessoal, tem favorecido as terapias relacionais,
em que o terapeuta abdica das posturas e defesas
profissionais, para entrar em relação como pessoa real, pois
é no encontro de pessoa para pessoa, na relação Eu-Tu, Terapia Centrada na
que, acreditam os humanistas, a mudança se dá. Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Empatia como uma


proposta de uso do
método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

São as seguintes as condições do processo


terapêutico:
Breve Histórico da Teoria
Humanista e Método
Humanista
1. que duas pessoas estejam em contato;

2. que a primeira pessoa, que designaremos o ACP – Abordagem


cliente, se encontre num estado de desacordo centrada na pessoa
interno, de vulnerabilidade, ou de angústia;
Empatia como uma
3. que a segunda pessoa, que designaremos proposta de uso do
terapeuta, se encontre num estado de acordo método fenomenológico
interno — pelo menos durante o decorrer da Análise de casos clínicos
entrevista e no que se relaciona ao objeto de sua
relação com o cliente; à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

4. que o terapeuta experimente sentimentos de


experiência positiva incondicional a respeito do Breve Histórico da Teoria
indivíduo;
Humanista e Método
Humanista

5. que o terapeuta experimente uma compreensão


empática do ponto de referência interno do
cliente;
ACP – Abordagem
centrada na pessoa
6. que o cliente perceba — mesmo que numa Empatia como uma
proporção mínima — a presença de 4 e de 5, isto é, proposta de uso do
da consideração positiva incondicional e da
método fenomenológico
compreensão empática que o terapeuta lhe
testemunha. (ROGERS; KINGET, 1977, p. 182). Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

Breve Histórico da Teoria


1. o cliente se sente cada vez Humanista e Método
mais capaz de exprimir seus Humanista

sentimentos de maneira
verbal ou não-verbal;
ACP – Abordagem
centrada na pessoa
2. os sentimentos que
Empatia como uma
exprime se relacionam proposta de uso do
cada vez mais ao eu — por método fenomenológico
oposição ao não-eu (isto é, Análise de casos clínicos
ao seu ambiente); à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

3. torna-se cada vez mais capaz de distinguir os Breve Histórico da Teoria


objetos de seus sentimentos e de suas percepções; Humanista e Método
esta maior capacidade de discriminação aplica-se Humanista
tanto à noção do eu e às suas experiências, quanto
ao mundo exterior, a outras pessoas e às relações
que mantém com estas; sua percepção de todos
estes objetos torna-se menos rígida e menos global;
em outras palavras, a simbolização de suas
experiências torna-se mais correta, mais
ACP – Abordagem
diferenciada;
centrada na pessoa
4. os sentimentos que exprime se Empatia como uma
relacionam, cada vez mais, com o estado proposta de uso do
de desacordo existente entre certos
método fenomenológico
elementos de sua experiência e sua noção
do eu; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

5. chega a sentir conscientemente a ameaça


que este estado de desacordo interno Breve Histórico da Teoria
comporta; a) a experiência (isto é, a tomada Humanista e Método
de consciência de um estado) de ameaça Humanista
torna-se possível graças à consideração
positiva incondicional que o terapeuta não
cessa de lhe testemunhar, quer o cliente dê
provas de acordo ou desacordo interno, de
angústia ou de qualquer outro sentimento; ACP – Abordagem
centrada na pessoa
6. o cliente chega a Empatia como uma
experimentar plenamente proposta de uso do
certos sentimentos que método fenomenológico
até então havia Análise de casos clínicos
deformado ou negado; à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

Breve Histórico da Teoria


7. a imagem do eu muda de maneira a permitir a integração de Humanista e Método
elementos de experiência que haviam sido deformados ou Humanista
negados;

8. à medida que a reorganização da estrutura do eu


prossegue, o acordo entre esta estrutura e a experiência ACP – Abordagem
total aumenta constantemente; o eu torna-se, então, capaz centrada na pessoa
de assimilar elementos da experiência que eram,
anteriormente, demasiado ameaçadores para serem
admitidos à consciência; a) corolário: à medida que o Empatia como uma
número de experiências ameaçadoras diminui, o número proposta de uso do
das deformações e intercepções de experiências diminui método fenomenológico
igualmente; em outras palavras, o comportamento se torna
menos defensivo; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

9. o cliente se torna cada vez mais capaz de experimentar Breve Histórico da Teoria
a consideração positiva incondicional que o terapeuta lhe
demonstra, sem se sentir ameaçado por esta experiência; Humanista e Método
Humanista

10. experimenta cada vez mais uma atitude de


consideração positiva incondicional com relação a si
mesmo;

ACP – Abordagem
11. ele se dá conta, cada vez mais, de que é (ele mesmo) centrada na pessoa
o centro de avaliação de sua experiência;
Empatia como uma
proposta de uso do
12. a avaliação de sua experiência torna-se cada vez método fenomenológico
menos condicional; efetua-se cada vez mais sobre a
base de dados “organísmicos”, isto é, de experiências Análise de casos clínicos
vividas. (ROGERS; KINGET, 1977, p. 186-187). à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
Rogers (2001) afirma que a psicoterapia, nos moldes por ele preconizados,
enseja nos indivíduos um processo contínuo de mudança, indo da fixidez
para a fluidez; da imobilidade para o movimento; de um estado de Breve Histórico da Teoria
estabilidade para uma realidade processual. Humanista e Método
Humanista
1ª fase: fixidez e distanciamento da experiência; recusa
de comunicação pessoal; comunicação apenas sobre
assuntos exteriores; os sentimentos e significados
pessoais não são apreendidos nem reconhecidos como
ACP – Abordagem
tais; os construtos pessoais são extremamente rígidos; as centrada na pessoa
relações íntimas e comunicativas são encaradas como
Empatia como uma
perigosas; nenhum problema pessoal é reconhecido ou proposta de uso do
captado; não existe desejo de mudança; existem muitos método fenomenológico
bloqueios na comunicação interna; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
2ª fase: a expressão em relação aos tópicos referentes ao
não-eu começa a ser mais fluente; os problemas são
captados como exteriores ao eu; não existe o sentimento de Breve Histórico da Teoria
responsabilidade pessoal em relação aos problemas; os Humanista e Método
Humanista
sentimentos são descritos como não próprios ou, às vezes,
como objetos passados; os sentimentos podem ser
exteriorizados, mas não são reconhecidos como tais, nem
pertencentes ao próprio indivíduo; a experiência está
determinada pela estrutura do passado; os construtos ACP – Abordagem
centrada na pessoa
pessoais são rígidos, não reconhecidos como construtos, mas
concebidos como fatos; a diferenciação das significações Empatia como uma
pessoais e dos sentimentos é muito limitada e global; as proposta de uso do
método fenomenológico
contradições podem ser expressas, mas com um pequeno
Análise de casos clínicos
reconhecimento delas enquanto contradições; à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
3ª fase: há um fluir mais livre da expressão do eu como um objeto; há
também uma expressão das experiências pessoais como se tratasse
de objetos; há igualmente expressão sobre o eu como um objeto Breve Histórico da Teoria
refletido, que existisse primariamente nos outros; o cliente exprime e Humanista e Método
descreve os sentimentos e os significados pessoais que não estão Humanista
presentes; há uma aceitação muito reduzida dos sentimentos; a maior
parte dos sentimentos é revelada como algo vergonhoso, mau,
anormal, ou inaceitável de outras maneiras; manifestam-se
sentimentos e, nesse caso, algumas vezes são reconhecidos como tais;
a experiência é descrita como passada, ou como algo afastado do eu; ACP – Abordagem
centrada na pessoa
os construtos pessoais são rígidos, mas podem ser reconhecidos como
construtos e não como fatos exteriores; diferenciação dos sentimentos Empatia como uma
e dos significados é mais nítida, menos global do que nas fases proposta de uso do
precedentes; há um reconhecimento das contradições da experiência; método fenomenológico
as opções pessoais são muitas vezes vistas como ineficazes; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
4ª fase: o cliente descreve sentimentos mais intensos do tipo “nãopresentes-
agora”; os sentimentos são descritos como objetos no presente; os sentimentos
são por vezes expressos no presente, outras vezes surgem como que contra os
desejos do cliente; há uma tendência para experimentar sentimentos no Breve Histórico da Teoria
presente imediato, mas que é acompanhada de desconfiança e de medo Humanista e Método
perante essa possibilidade; há pouca aceitação dos sentimentos, embora já se Humanista
manifeste alguma aceitação; a experiência está menos determinada pela
estrutura do passado, é menos longínqua e surge mesmo, por vezes, com um
ligeiro atraso; surge uma maleabilidade na forma como a experiência é
construída; ocorrem algumas descobertas de construtos pessoais; dá-se um
reconhecimento definitivo do seu caráter de construções; começa a pôr-se em ACP – Abordagem
questão a sua validade; há maior diferenciação dos sentimentos, dos construtos, centrada na pessoa
das significações pessoais, com certa tendência para procurar uma simbolização
exata; dá-se uma preocupação diante das contradições e incongruências entre a Empatia como uma
experiência e o eu; o indivíduo toma consciência da sua responsabilidade proposta de uso do
perante os seus problemas pessoais, mas com alguma hesitação; embora uma método fenomenológico
relação estreita ainda lhe pareça perigosa, o cliente aceita o risco até um certo
grau de afetividade; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
5ª fase: os sentimentos são expressos livremente como se fossem
experimentados no presente; os sentimentos estão prestes a ser
plenamente experimentados; começam a “vir à tona”, “brotar”, apesar do
receio e da desconfiança que o cliente experimenta em vivê-los de um Breve Histórico da Teoria
modo pleno e imediato; principia a despontar uma tendência para perceber Humanista e Método
que vivenciar um sentimento envolve uma referência direta; há surpresa e Humanista
receio, raramente prazer, quando os sentimentos “vêm à tona”; há cada vez
mais uma chamada a si dos próprios sentimentos e o desejo de vivê-los, de
ser o “verdadeiro eu”; a vivência é desconstruída, já não distante e ocorre
frequentemente com um ligeiro atraso; os modos segundo os quais se
constrói a experiência são muito mais maleáveis; há muitas descobertas ACP – Abordagem
novas dos construtos pessoais como construtos e uma análise e discussão centrada na pessoa
crítica destes; há uma tendência forte e evidente para a exatidão na
diferenciação dos sentimentos e das significações; o indivíduo aceita cada Empatia como uma
vez mais enfrentar as suas próprias contradições e incongruências na proposta de uso do
experiência; o indivíduo aceita cada vez com maior facilidade a sua própria método fenomenológico
responsabilidade perante os problemas que tem de enfrentar e preocupa-se Análise de casos clínicos
mais em determinar como contribui para eles; o diálogo interior torna-se à luz da terapia centrada
mais livre, melhora a comunicação interna e reduz-se o seu bloqueio; na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
6ª fase: um sentimento que antes estava “bloqueado”, inibido na sua evolução, é
experimentado agora de um modo imediato; um sentimento flui para o seu fim
pleno; um sentimento presente é diretamente experimentado com toda a sua
riqueza num plano imediato da experiência; esse caráter imediato da Breve Histórico da Teoria
experiência e o sentimento que constitui seu conteúdo são aceitos; isto é algo Humanista e Método
real e não uma coisa para ser negada, temida ou combatida; a experiência é Humanista
vivida subjetivamente e não como objeto de um sentimento; o eu como objeto
tende a desaparecer; a vivência, nesse estágio, assume a qualidade de um
processo real; uma outra característica desse estágio do processo é a
maleabilidade fisiológica que o acompanha; nessa fase, a comunicação interior é
livre e relativamente pouco bloqueada; a incongruência entre a experiência e a ACP – Abordagem
consciência é vivamente experimentada no momento mesmo em que centrada na pessoa
desaparece no interior da congruência; o construto pessoal correspondente
dissolve-se no momento dessa experiência e o cliente sente-se separado do seu Empatia como uma
quadro de referência anterior estável; o momento da vivência integral torna-se proposta de uso do
uma referência clara e definida; a diferenciação da vivência é clara e método fenomenológico
fundamental; nessa fase, já não há “problemas” exteriores ou interiores; o cliente
está vivendo subjetivamente uma fase do seu problema; este não é um objeto; Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
Terapia Centrada na AS FASES DO PROCESSO
Pessoa - Carl Rogers PSICOTERAPÊUTICO PROPOSTO POR
ROGERS
7ª fase: são experimentados novos sentimentos de modo imediato e com uma
riqueza de detalhes tanto na relação terapêutica como fora dela; a experiência
de tais sentimentos é utilizada como um claro ponto de referência; há um
sentido crescente e continuado de aceitação pessoal desses sentimentos em Breve Histórico da Teoria
mudança e uma confiança sólida na sua própria evolução; a vivência imediata Humanista e Método
perdeu quase completamente os seus aspectos determinados e torna-se a Humanista
vivência de um processo — ou seja, a situação é vivenciada e interpretada na sua
novidade e não como passado; o eu torna-se cada vez mais simplesmente a
consciência subjetiva e reflexiva da experiência; o eu surge cada vez menos
frequentemente como um objeto percebido e muito mais frequentemente como
alguma coisa sentida em processo e na qual se confia; os construtos pessoais ACP – Abordagem
são provisoriamente reformulados, a fim de serem revalidados pela experiência centrada na pessoa
em curso, mas, mesmo então, se mantêm maleáveis; a comunicação interior é
clara, com sentimentos e símbolos bem combinados e com termos novos para Empatia como uma
sentimentos novos; há a experiência de uma efetiva escolha de novas maneiras proposta de uso do
de ser. método fenomenológico
Análise de casos clínicos
à luz da terapia centrada
na pessoa.
ACP – Abordagem
centrada na pessoa

A Terapia Centrada no Cliente se refere ao que se


é imediatamente sentido e que é implicitamente Breve Histórico da Teoria
significativo para o sentimento que o sujeito Humanista e Método
Humanista
experimenta ao ter uma experiência. O terapeuta,
Terapia Centrada na
assim, age como um facilitador e um espelho Pessoa - Carl Rogers
para os sentimentos e pensamentos do cliente,
que passa a tomar mais consciência e contato
com seu material vivencial, “percebendo”
aspectos de sua personalidade e de seus Empatia como uma
proposta de uso do
comportamentos que lhe escapavam método fenomenológico
anteriormente.
Análise crítica
ACP – Abordagem
centrada na pessoa

O cliente, auxiliado pela ajuda terapêutica, acaba


por modificar ou amadurecer o conceito que tem Breve Histórico da Teoria
de si e, consequentemente, a reavaliar suas Humanista e Método
Humanista
estratégias de vida e visão de mundo. No fundo,
Terapia Centrada na
todo o processo, em seu andamento, é fruto da Pessoa - Carl Rogers
ação do próprio cliente, de sua imersão no
processo terapêutico e de seu grau de
investimento no mesmo. Por isto o nome:
“Abordagem centrada no Cliente ou na Pessoa”. Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico

Análise crítica
ACP – Abordagem OS PRINCIPAIS ASPECTOS DA
centrada na pessoa ABORDAGEM ROGERIANA SÃO:

➢ atenção ao impulso sutil, mas sempre existente,


Breve Histórico da Teoria
em direção ao crescimento, à saúde e ao Humanista e Método
ajustamento, pois a terapia nada mais é que a Humanista

ajuda para a libertação do cliente em sua busca Terapia Centrada na


Pessoa - Carl Rogers
natural para o crescimento e o
desenvolvimento normais;

➢ maior ênfase aos aspectos afetivos e Empatia como uma


existenciais, que são muito mais potentes que proposta de uso do
método fenomenológico
os intelectuais;
Análise crítica
ACP – Abordagem OS PRINCIPAIS ASPECTOS DA
centrada na pessoa ABORDAGEM ROGERIANA SÃO:

➢ maior ênfase ao material trazido pelo cliente e à Breve Histórico da Teoria


sua situação imediata do que ao passado; Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
➢ grande ênfase no relacionamento terapêutico Pessoa - Carl Rogers
em si mesmo, que constitui um tipo de entidade
orgânica que se forma a partir do encontro
entre o terapeuta e o cliente e que, em si,
Empatia como uma
contribui para a experiência de crescimento de proposta de uso do
ambos, cliente e terapeuta. método fenomenológico

Análise crítica
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico

Breve Histórico da Teoria


Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise de casos clínicos


à luz da terapia centrada
na pessoa.
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico
A terapia será mais eficaz se o terapeuta entrar com precisão
no mundo do paciente. Os pacientes lucram muito pela simples
experiência de serem vistos em toda a sua plenitude e de serem
inteiramente compreendidos. Portanto, é importante que
apreciemos como o nosso paciente experimenta o passado, o Breve Histórico da Teoria
presente e o futuro. Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise de casos clínicos


à luz da terapia centrada
na pessoa.
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico
O aqui-e-agora oferece aos terapeutas uma
maneira poderosa de ajudar os pacientes a desenvolverem empatia.
A estratégia é simples e direta: ajude os pacientes a sentirem empatia
por você, e eles automaticamente farão as extrapolações necessárias
para outras figuras importantes em suas vidas. É bem comum os Breve Histórico da Teoria
terapeutas perguntarem aos pacientes como uma determinada Humanista e Método
sentença ou ação deles poderia afetar os outros. Sugiro Humanista
simplesmente que o terapeuta inclua a si próprio nessa pergunta.
Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise de casos clínicos


à luz da terapia centrada
na pessoa.
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico

Isso é simples treino em competências sociais:


incitar o paciente a abordar a questão ou fazer uma pergunta
direta para mim, e me empenho em responder de maneira Breve Histórico da Teoria
que seja direta e útil. Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise de casos clínicos


à luz da terapia centrada
na pessoa.
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico

Isso é simples treino em competências sociais:


incitar o paciente a abordar a questão ou fazer uma pergunta
direta para mim, e me empenho em responder de maneira Breve Histórico da Teoria
que seja direta e útil. Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise de casos clínicos


à luz da terapia centrada
na pessoa.
Empatia como uma
proposta de uso do
método fenomenológico

Breve Histórico da Teoria


Humanista e Método
Humanista

Terapia Centrada na
Pessoa - Carl Rogers

ACP – Abordagem
centrada na pessoa

Análise crítica
Análise crítica

➢ Carl Rogers - O início da psicoterapia Breve Histórico da Teoria


Humanista e Método
Humanista
➢ Encontros com Carl Rogers: relatos de
Terapia Centrada na
experiências com quem esteve com ele Pessoa - Carl Rogers

➢ Carl Rogers - Caso Gloria completo ACP – Abordagem


centrada na pessoa

Empatia como uma


Aproposta
Clínica não diretiva
de uso do
método fenomenológico
Bibliografia básica

ROGERS, C.; KINGET, M. Psicoterapia e relações humanas: teoria e prática da terapia


não-diretiva. Trad. Maria Luisa Bizzoto. 2.ed. Interlivros. Belo Horizonte, 1977.

Breve Histórico da Teoria


Bibliografia complementar Humanista e Método
Humanista
PEREIRA, L. G. de C. Psicoterapia centrada na pessoa: evidências empíricas do processo de
reintegração da personalidade, observadas em estudo de caso. CEUB, 2009. Disponível em: Terapia Centrada na
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/123456789/3023 Pessoa - Carl Rogers

YALOM, I. D. Os desafios da terapia. Trad. Vera de Paula Assis, Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
ACP – Abordagem
ISBN 85-00-02034-2
centrada na pessoa

Empatia como uma


proposta de uso do
método fenomenológico

Análise crítica

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