Trabalho de MIC-02

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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA

Curso de Licenciatura em Engenharia Rural

Cadeira: Metodologia de Investigação Cientificas

Tópico: Pesquisa

Discente: Docente da disciplina:

Donaldo Jeremias Cumbi Prof. Doutor Catine Chimene

Vilankulo, Junho de 2021


Pesquisa

Índice
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

1.1. Objectivos........................................................................................................................4

Geral:...........................................................................................................................................4

Específicos:......................................................................................................................................4

1.2. Metodologia.........................................................................................................................5

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................5

2.1. Conceito............................................................................................................................5

2.2. Panejamento da pesquisa............................................................................................6

2.2.1. Preparação da Pesquisa..........................................................................................6

2.2.1.1. Decisão...................................................................................................................6

2.2.1.2. Especificação dos objectivos.......................................................................................6

2.2.1.3. Elaboração de um esquema........................................................................................6

2.2.1.4. Constituição da equipe de trabalho...........................................................................7

2.2.1.5. Levantamento de recursos e cronograma.................................................................7

2.2.2. Fases da Pesquisa.........................................................................................................7

2.2.2.1. Escolha do tema.......................................................................................................7

2.2.2.2. Levantamento de dados..............................................................................................8

2.2.2.3. Formulação do problema............................................................................................8

2.2.2.4. Definição dos termos...................................................................................................8

2.2.2.5. Construção de hipóteses..............................................................................................9

2.2.2.6. Indicação de variáveis.................................................................................................9

2.2.2.7. Delimitação da pesquisa............................................................................................10

2.2.2.8. Amostragem...............................................................................................................11

2.2.2.9. Selecção dos métodos e técnicas...............................................................................11

2.2.2.10. Organização do instrumental de pesquisa..............................................................11

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Pesquisa

2.2.2.11. Teste de instrumentos e procedimentos...................................................................12

2.2.3. Execução da Pesquisa................................................................................................12

2.2.3.1. Colecta dos dados...................................................................................................12

2.2.3.2. Elaboração dos dados................................................................................................13

2.2.3.3. Analise e interpretação dos dados............................................................................14

2.2.3.4. Representação dos dados (tabelas, quadros e gráficos).........................................14

2.2.3.5. Conclusões..................................................................................................................15

2.2.4. Relatório.........................................................................................................................15

2.3. Tipos de Pesquisa.......................................................................................................16

2.3.1. Quanto aos objectivos (GIL, 2008).......................................................................16

2.3.1.1. Pesquisa Exploratória:......................................................................................16

2.3.1.2. Pesquisa Descritiva:..................................................................................................16

2.3.1.3. Pesquisa Explicativa:................................................................................................16

2.3.2. Quanto aos procedimentos técnicos (GIL, 2008)....................................................16

2.3.2.1. Pesquisa Bibliográfica:..........................................................................................16

2.3.2.2. Pesquisa Documental:...............................................................................................17

2.3.2.3. Pesquisa Experimental:............................................................................................17

2.3.2.4. Levantamento:...........................................................................................................17

2.3.2.5. Estudo de Campo:.....................................................................................................18

2.3.2.6. Estudo de Caso:.........................................................................................................18

2.3.2.7. Pesquisa-Ação:...........................................................................................................18

III. CONCLUSÃO...................................................................................................................18

IV. REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS.............................................................................19

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Pesquisa

I. INTRODUÇÃO

O conhecimento é fruto da curiosidade, inquietação e actividade investigativa dos indivíduos. A


pesquisa é, assim, a estrada a percorrer para auxiliar o ser humano a apropriar-se do
conhecimento e satisfazer essa gama de curiosidade natural.

A pesquisa não se realiza fora da vida social, ela não é isolada da realidade, esta presente nas
actividades normais do profissional das ciências humanas e deve ser usada como instrumento de
enriquecimento do conhecimento. Para pesquisar é preciso ter uma pergunta ou indagação a ser
respondida, e para fazer as perguntas certas é preciso que tenhamos um pressuposto do que seja a
ciência.

Segundo Vera (1980, p. 11), a pesquisa só existe de facto quando existe um problema que se
devera definir, examinar, avaliar e analisar criticamente para, em seguida, ser tentada sua
solução. O primeiro passo será, então, delimitar o objecto de investigação – o problema – dentro
dos temas possíveis.

Portanto, no presente trabalho irei debruçar da pesquisa científica, apresentando deste modo o
seu conceito/ definição, e partindo subsequentemente para as etapas e tipos de pesquisa (quanto
aos objectivos e quanto aos procedimentos técnicos).

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Pesquisa

1.1. Objectivos

Geral:

Conhecer todos os aspectos referentes a pesquisa.

Específicos:
 Conceituar pesquisa;
 Conhecer as etapas ou fases do planejamento da pesquisa;
 Como classificar as pesquisas com base em seus objectivos;
 Como classificar as pesquisas com base nos procedimentos técnicos utilizados.

1.2. Metodologia

Para a elaborarão do presente trabalho de pesquisa foram usados manuais com vista a obter
informações dos temas em causa, e como forma de auxílio obteve-se informação directamente da
internet em diferentes sites.

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Pesquisa

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


II.1. Conceito

Para Ander-Egg (1978:28), a pesquisa é um "procedimento reflexivo sistemático, controlado e


crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento". A pesquisa, portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento
reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais.

O desenvolvimento de um projecto de pesquisa compreende seis passos:

1. Selecção do tópico ou problema para a investigação.


2. Definição e diferenciação do problema.
3. Levantamento de hipóteses de trabalho.
4. Colecta, sistematização e classificação dos dados.
5. Análise e interpretação dos dados.
6. Relatório do resultado da pesquisa.

II.2. Panejamento da pesquisa


II.2.1. Preparação da Pesquisa
II.2.1.1. Decisão.

É a primeira etapa de uma pesquisa, o momento em que o pesquisador toma a decisão de realizá-
la, no interesse próprio, de alguém ou de alguma entidade. Nem sempre é fácil determinar o que
se pretende investigar, e a realização da pesquisa é ainda mais difícil, pois exige, do pesquisador,
dedicação, persistência, paciência e esforço contínuo.

II.2.1.2. Especificação dos objectivos.

Toda pesquisa deve ter um objectivo determinado para saber o que se vai procurar e o que se
pretende alcançar. Deve partir, afirma Ander-Egg (1978:62), "de um objectivo limitado e
claramente definido, sejam estudos formulativos, descritivos ou de verificação de hipóteses".

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Pesquisa

O objectivo toma explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre determinado


assunto. Para Ackoff (1975:27), "o objectivo da ciência não é somente aumentar o
conhecimento, mas o de aumentar as nossas possibilidades de continuar aumentando o
conhecimento"

II.2.1.3. Elaboração de um esquema

Desde que se tenha tomado a decisão de realizar uma pesquisa, deve-se pensar na elaboração de
um esquema que poderá ser ou não modificado e que facilite a sua viabilidade. O esquema
auxilia o pesquisador a conseguir uma abordagem mais objectiva, imprimindo uma ordem lógica
do trabalho.

Para que as fases da pesquisa se processem normalmente, tudo deve ser bem estudado e
planejado, inclusive a obtenção de recursos materiais, humanos e de tempo.

II.2.1.4. Constituição da equipe de trabalho.

Esse é outro aspecto importante no início da pesquisa, engloba:

 Recrutamento e treinamento de pessoas;


 Distribuição das tarefas ou funções;
 Indicação de locais de trabalho
 Equipamento necessário a cada pesquisador.

II.2.1.5. Levantamento de recursos e cronograma.

Previsão de gastos para a instituição contratante da pesquisa e o tempo necessário para a


execução das etapas.

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Pesquisa

II.2.2. Fases da Pesquisa


II.2.2.1. Escolha do tema

Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. O trabalho de definir adequadamente um


tema pode, inclusive, perdurar por toda a pesquisa. Nesse caso, deverá ser frequentemente
revisto.

Escolher o tema significa:

a) Seleccionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades, as aptidões e as


tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico;
b) Encontrar um objecto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições de
ser formulado e delimitado em função da pesquisa.

II.2.2.2. Levantamento de dados

Para obtenção de dados podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental,
pesquisa bibliográfica e contactos directos.

A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados,


revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados actuais e relevantes relacionados
com o tema.

Antes de iniciar qualquer pesquisa de campo, o primeiro passo é a análise minuciosa de todas as
fontes documentais, que sirvam de suporte à investigação projectada. A investigação preliminar -
estudos exploratórios - deve ser realizada através de dois aspectos: documentos e contactos
directos.

Os principais tipos de documentos são:

 Fontes Primárias - dados históricos, bibliográficos e estatísticos; informações, pesquisas


e material cartográfico; arquivos oficiais e particulares; registros em geral; documentação
pessoal (diários, memórias, autobiografias); correspondência pública ou privada etc.
 Fontes Secundárias - imprensa em geral e obras literárias.

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Pesquisa

II.2.2.3. Formulação do problema


 Questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa;
 Deve ser formulado sob a forma de pergunta;
 A pergunta deve ser redigida de forma clara e concisa;

II.2.2.4. Definição dos termos

O objectivo principal da definição dos termos é tomá-los claros, compreensivos e objectivos e


adequados. É importante definir todos os termos que possam dar margem a interpretações
erróneas. O uso de termos apropriados, de definições correctas, contribui para a melhor
compreensão da realidade observada.

Há dois tipos de definições:

 Simples: Quando apenas traduzem o significado do termo ou expressão.


 Operacional: Quando, além do significado, ajuda, com exemplos, na compreensão do
conceito, tomando clara a experiência no mundo extensional.

II.2.2.5. Construção de hipóteses

Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta existente
para um problema.

A função da hipótese, na pesquisa científica, é propor explicações para certos fatos e ao mesmo
tempo orientar a busca de outras informações. A clareza da definição dos termos da hipótese é
condição de importância fundamental para o desenvolvimento da pesquisa.

Praticamente não há regras para a formulação de hipóteses de trabalho de pesquisa científica,


mas é necessário que haja embasamento teórico e que ela seja formulada de tal maneira que
possa servir de guia na tarefa da investigação.

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Pesquisa

Na formulação de hipóteses úteis, há três dificuldades principais, apontadas por Goode e Hatt
(1969:75):

a) Ausência ou o desconhecimento de um quadro de referência teórico claro;


b) Falta de habilidade para utilizar logicamente esse esquema teórico;
c) Desconhecer as técnicas de pesquisa existentes para ser capaz de expressar
adequadamente a hipótese.

II.2.2.6. Indicação de variáveis

Ao se colocar o problema e a hipótese, deve ser feita também a indicação das variáveis
dependentes e independentes. Elas devem ser definidas com clareza e objectividade e de forma
operacional.

Todas as variáveis, que podem interferir ou afectar o objecto em estudo, devem ser não só
levadas em consideração, mas também devidamente controladas, para impedir comprometimento
ou risco de invalidar a pesquisa.

II.2.2.7. Delimitação da pesquisa

Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em
relação:

a) Ao assunto - seleccionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso


ou muito complexo;
b) À extensão - porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito onde o fato se
desenrola;
c) A uma série de factores - meios humanos, económicos e de exiguidade de prazo - que
podem restringir o seu campo de acção.

Nem sempre há necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos podem
estabelecer limites. Ander-Egg (1978:67) apresenta três níveis de limites, quanto:

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a) Ao objecto - que consiste na escolha de maior ou menor número de variáveis que


intervêm no fenómeno a ser estudado. Seleccionado o objecto e seus objectivos, estes
podem condicionar o grau de precisão e especialização do objecto;
b) Ao campo de investigação - que abrange dois aspectos: limite no tempo, quando o fato
deve ser estudado em determinado momento, e limite no espaço, quando deve ser
analisado em certo lugar. Trata-se, evidentemente, da indicação do quadro histórico e
geográfico em cujo âmbito se localiza o assunto;
c) Ao nível de investigação - que engloba três estágios: exploratórios, de investigação e de
comprovação de hipóteses, já referidos anteriormente. Cada um deles exige rigor e
refinamento metodológico.

II.2.2.8. Amostragem

A amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do universo (população), ou seja, é um


subconjunto do universo.

II.2.2.9. Selecção dos métodos e técnicas

A selecção do instrumental metodológico está, portanto, directamente relacionada com o


problema a ser estudado; a escolha dependerá dos vários factores relacionados com a pesquisa,
ou seja, a natureza dos fenómenos, o objecto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe
humana e outros elementos que possam surgir no campo da investigação.

Tanto os métodos quanto as técnicas devem adequar-se ao problema a ser estudado, às hipóteses
levantadas e que se queira confirmar, ao tipo de informantes com que se vai entrar em contacto.

Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica, e nem somente
aqueles que se conhecem, mas todo os que forem necessários ou apropriados para determinado
caso. Na maioria das vezes, há uma combinação de dois ou mais deles, usados
concomitantemente.

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II.2.2.10. Organização do instrumental de pesquisa

A elaboração ou organização dos instrumentos de investigação não é fácil, necessita de tempo,


mas é uma etapa importante no panejamento da pesquisa. Ao se falar em organização do material
de pesquisa, dois aspectos devem ser apontados:

a) Organização do material para investigação, anteriormente referido.


b) Organização do material de investigação, que seria o arquivamento de ideias, reflexões e
fatos que o investigador vem acumulando no transcurso de sua vida.

Iniciadas as tarefas de investigação, é necessário preparar não só os instrumentos de observação,


mas também o dossier de documentação relativo à pesquisa: pastas, cadernos, livretos,
principalmente fichários.

Lebret (1961:100) indica três tipos de fichários:

a) De pessoas: Visitadas ou entrevistadas ou que se pretende visitar, com alguns dados


essenciais;
b) De documentação: Em que aparecem os documentos já lidos ou a serem consultados,
com as devidas referências;
c) Dos "indivíduos" pesquisados: Ou objectos de pesquisa, vistos em sentido estatístico:
pessoas, famílias, classes sociais, indústrias, comércios, salários, transporte etc.

II.2.2.11. Teste de instrumentos e procedimentos

Elaborados os instrumentos de pesquisa, o procedimento mais utilizado para averiguar a sua


validade é o teste preliminar ou pré-teste. Consiste em testar os instrumentos da pesquisa sobre
uma pequena parte da população do "universo" ou da amostra, antes de ser aplicado
definitivamente, a fim de evitar que a pesquisa chegue a um resultado falso. Seu objectivo,
portanto, é verificar até que ponto esses instrumentos têm, real mente, condições de garantir
resultados isentos de erros.

Em geral, é suficiente realizar a mensuração em 5 ou 10% do tamanho da amostra, dependendo,


é claro, do número absoluto dos processos mensurados. Deve ser aplicado por investigadores
experientes, capazes de determinar a validez dos métodos e dos procedimentos utilizados.

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II.2.3. Execução da Pesquisa


II.2.3.1. Colecta dos dados

Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas
seleccionadas, a fim de se efectuar a colecta dos dados previstos.

É tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo do que se espera. Exige do pesquisador
paciência, perseverança e esforço pessoal, além do cuidadoso registro dos dados e de um bom
preparo anterior.

São vários os procedimentos para a realização da colecta de dados, que variam de acordo com as
circunstâncias ou com o tipo de investigação. Em linhas gerais, as técnicas de pesquisa são:

1. Colecta Documental.
2. Observação.
3. Entrevista.
4. Questionário.
5. Formulário.
6. Medidas de Opiniões e de Atitudes.
7. Técnicas Mercadológicas.
8. Testes.
9. Sociometria.
10. Análise de Conteúdo.
11. História de vida.

II.2.3.2. Elaboração dos dados

Após a colecta dos dados, realizada de acordo com os procedimentos indicados anteriormente,
eles são elaborados e classificados de forma sistemática. Antes da análise e interpretação, os
dados devem seguir os seguintes passos: selecção, codificação, tabulação.

a) Selecção. É o exame minucioso dos dados. De posse, do material colectado, o


pesquisador deve submetê-lo a uma verificação crítica, a fim de detectar falhas ou erros,

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evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o


resultado da pesquisa. A selecção cuidadosa pode apontar tanto o excesso como a falta de
informações. Neste caso, a volta ao campo para reaplicação do instrumento de
observação, pode sanar esta falha. A selecção' concorre também para evitar posteriores
problemas de codificação.
b) Codificação. É a técnica operacional utilizada para categorizar os dados que se
relacionam. Mediante a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo
ser tabelados e contados. A codificação divide-se em duas partes:
1. Classificação dos dados, agrupando-os sob determinadas categorias;
2. Atribuição de um código, número ou letra, tendo cada um deles um significado.

Codificar quer dizer transtornar o que é qualitativo em quantitativo, para facilitar não só a
tabulação dos dados, mas também sua comunicação.

c) Tabulação. É a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na


verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise
estatística, que permite sintetizar os dados de observação, conseguidos pelas diferentes
categorias e representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser melhor
compreendidos e interpretado.

II.2.3.3. Analise e interpretação dos dados

Análise e interpretação são duas actividades distintas, mas estreitamente relacionadas e, como
processo, envolvem duas operações, que serão vistas a seguir.

1. Análise (ou explicação). É a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o


fenómeno estudado e outros factores. Essas relações podem ser "estabelecidas em função
de suas propriedades relacionais de causa feita, produtor-produto, de correlações, de
análise de conteúdo etc. (Trujillo, 1974:178).

Em síntese, a elaboração da análise, propriamente dita, é realizada em três níveis: interpretação;


explicação e especificação

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2. Interpretação. É a actividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às


respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Em geral, a interpretação significa a
exposição do verdadeiro significado do material apresentado, em relação aos objectivos
propostos e ao tema. Esclarece não só o significado do material, mas também faz ilações
mais amplas dos dados discutidos.

2.2.3.4. Representação dos dados (tabelas, quadros e gráficos)

Tabelas ou Quadros: é um método estatístico sistemático, de apresentar os dados em colunas


verticais ou fileiras horizontais, que obedece à classificação dos objectos ou materiais da
pesquisa.

É bom auxiliar na apresentação dos dados, uma vez que facilita, ao leitor, a compreensão e
interpretação rápida da massa de dados, podendo, apenas com uma olhada, apreender
importantes detalhes e relações. Todavia seu propósito mais importante é ajudar o investigador
na distinção de diferenças, semelhanças e relações, por meio da clareza e destaque que a
distribuição lógica e a apresentação gráfica oferecem às classificações.

2.2.3.5. Conclusões

Última fase do planejamento e organização do projecto de pesquisa, que explicita os resultados


finais, considerados relevantes.

Em termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado, interpretado;
é uma síntese comentada das ideias essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados
com precisão e clareza.

Ao se redigirem as conclusões, os problemas que ficaram sem solução serão apontados, a fim de
que no futuro possam ser estudados pelo próprio autor ou por outros.

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Pesquisa

2.2.4. Relatório

Exposição geral da pesquisa, desde o planejamento às conclusões, incluindo os processos


metodológicos empregados. Deve ter como base a lógica, a imaginação e a precisão e ser
expresso em linguagem simples, clara, objectiva, concisa e coerente. Tem a finalidade de dar
informações sobre os resultados da pesquisa, se possível, com detalhes, para que eles possam
alcançar a sua relevância.

Selltiz (1965:517) aponta quatro aspectos que o relatório deve abranger:

a) Apresentação do problema ao qual se destina o estudo;


b) Processos de pesquisa: plano de estudo, método de manipulação da variável independente
(se o estudo assumir a forma de uma experiência), natureza da amostra, técnicas de coleta
de dados, método de análise estatística;
c) Os resultados;
d) Consequências deduzidas dos resultados.

2.3. Tipos de Pesquisa


2.3.1. Quanto aos objectivos (GIL, 2008)
2.3.1.1. Pesquisa Exploratória:

Proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode


envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema
pesquisado.
Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

2.3.1.2. Pesquisa Descritiva:

Descrever as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas


peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o
questionário e a observação sistemática. Ex.: pesquisa referente à idade, sexo, procedência,
eleição etc.

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Pesquisa

2.3.1.3. Pesquisa Explicativa:

Identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenómenos. É o
tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das
coisas. Por isso, é o tipo mais complexo é delicado.

2.3.2. Quanto aos procedimentos técnicos (GIL, 2008)


2.3.2.1. Pesquisa Bibliográfica:

é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos


científicos. Não recomenda-se trabalhos oriundos da internet.

2.3.2.2. Pesquisa Documental:

É muito parecida com a bibliográfica. A diferença está na natureza das fontes, pois esta forma
vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser
reelaborados de acordo com os objectos da pesquisa.
Além de analisar os documentos de “primeira mão” (documentos de arquivos, igrejas, sindicatos,
instituições etc.), existem também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras
interpretações, como relatórios de empresas, tabelas etc.

2.3.2.3. Pesquisa Experimental:

Quando se determina um objecto de estudo, selecciona-se as variáveis que seriam capazes de


influenciá-lo, define-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz
no objecto.

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2.3.2.4. Levantamento:

É a interrogação directa das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à


solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado
para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões
correspondentes aos dados colectados. Quanto o levantamento recolhe informações de todos os
integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo.

2.3.2.5. Estudo de Campo:

Procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da


observação directa das actividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para
captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade.

2.3.2.6. Estudo de Caso:

Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos, de maneira


que permita seu amplo e detalhado conhecimento.

2.3.2.7. Pesquisa-Ação:

Um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita


associação com uma acção ou com a resolução de um problema colectivo e no qual os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1986, p.14).

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III. CONCLUSÃO

A pois a consecução do trabalho pude concluir que a pesquisa faz parte do nosso quotidiano,
visando essencialmente a produção de novo conhecimento e tem a finalidade de buscar respostas
a problemas e a indagações teóricas e praticas. Entretanto, é por meio dela que podemos
compreender o mundo em sua complexidade e solucionar problemas com a possibilidade de
transformar o mundo em que vivemos.

Fazer pesquisa não significa simplesmente colectar dados, mais fundamentalmente, colectar estes
dados e analisá-los á luz de uma teoria, um método, e revelando certa organicidade entre a
pergunta formulada e a realidade abordada. Portanto, compreender dos tipos de pesquisa é
fundamental para o desenvolvimento de qualquer pesquisa científica.

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IV. REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS

 MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos da Metodologia Cientifica. São


Paulo: Editora Atlas, 2003.
 GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2008.

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