Real Gazeta Do Alto Minho, N.º 30
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DO ALTO MINHO
EDIÇÃO DO CENTRO DE ESTUDOS ADRIANO XAVIER CORDEIRO | N.º 30 DEZEMBRO 2021
PÁG. 92 - 5.10.1911
DEZEMBRO 2021
REAL GAZETA DO ALTO MINHO
EDITORIAL
J O S É A N Í B A L M A R I N H O G O M E S
Viv’ó Rei dos Portugueses!
"A Monarquia é, portanto, mais que uma necessidade, um dever patriótico desta geração".
Gonçalo Ribeiro Telles
Talvez por culpa dos monárquicos portugueses, os irmãos, aos avós, aos tios e aos primos, e levará à
republicanos não se limitaram apenas a derrubar a referida “evolução das mentalidades”.
monarquia, perpetuaram-se no poder através da Para que essa evolução aconteça, é também
inclusão de um preceito constitucional que nega aos necessário, que os monárquicos que integram as
portugueses a possibilidade de alterarem o regime fileiras dos diversos partidos políticos aí promovam,
(art.º 288.º da Constituição da República Portuguesa). constantemente, a figura do Rei dos Portugueses.
Logo, só através de uma revolução, pela força das O Rei dos Portugueses, é eleito pela história, é de
armas ou pela evolução das mentalidades , será todos os cidadãos de Portugal, permitindo por este
possível ao povo português restaurar a monarquia. facto uma maior estabilidade da vida política. É a
Somos defensores desta última solução, mas para que verdadeira identidade de Portugal, pois só um Rei
isso aconteça ainda temos um longo caminho a defende a Cultura, a História e os direitos
percorrer e a estratégia do nosso movimento terá de fundamentais dos cidadãos. Um rei simboliza a nação,
passar, inevitavelmente por aqui e não pode ser encarna o espírito do País e encaminha-o para onde
delineada em clubes privados. deve seguir, por ser um árbitro e independente das
Àqueles que criticam esta posição, pergunto se estão forças partidárias.
dispostos a desafiar a ordem pública (onde é que Já em 1640, o Dr. João Pinto Ribeiro defendia a tese,
andam os Paiva Couceiros deste país?), porque, como com a qual estamos de acordo, do duplo contrato, da
portugueses que somos e embora nos custe, pelo soberania popular e do consequente direito de
menos a mim custa, devemos respeitar o estado de resistência, opondo-se à teoria da origem divina do
direito e o regime vigente, ainda que nos tenha sido poder real e à sua sacralidade, uma vez que os reis
imposto pela força! recebiam o poder do povo para governarem bem e
A monarquia é de todos: do cidadão comum e correctamente. É do povo que provém todo o poder,
anónimo, daqueles que não ostentam títulos uma vez que só nele reside a verdadeira soberania.
nobiliárquicos nem honrarias, dos portugueses que Para os que defendem a sacralidade do poder real e
têm opções políticas diversas, da esquerda ou da outros valores tradicionais, importa destacar que nos
direita, uma vez que numa monarquia democrática, países europeus, onde a monarquia se mantém de
constitucional e moderna, todos têm lugar. forma firme, segura e estável, os regimes
Ser monárquico não basta. E não tem sido por falta de modernizaram-se, adaptando-se a novas ideias,
doutrina e de doutrinadores que a monarquia ainda estando a figura do Rei ou Rainha muito enraizada no
não foi restaurada em Portugal. Foi, sim, pela falta de povo, países estes que são um exemplo por serem
oportunidade que os monárquicos não conseguiram daqueles que apresentam maior índice de
criar, pela falta de didatologia monárquica que desenvolvimento e de democraticidade do mundo.
demonstre primeiramente as virtudes da figura do Rei A grande maioria dos monárquicos estão conformados
dos Portugueses e do contributo que trará ao nosso com a república (não é o meu caso), são muito
país e só após este trabalho pedagógico previamente passivos e nada fazem para acordar Portugal, antes
realizado, por natureza lento, é que a restauração pelo contrário, dão razão aos republicanos que após
monárquica terá sucesso. 1910 lançaram uma campanha para confundir os
A pedagogia deverá começar nas escolas, juntos dos portugueses, ao ligarem os monárquicos a um
alunos, não só com realização de concursos escolares, conjunto de clichés, que vão desde conservadores,
como muito bem faz a Real Associação de Viana do “betinhos”, que usam botões de punho em ouro, anéis
Castelo, mas também pela divulgação de que os de brasão, que frequentam clubes privados, gostam de
Portugueses têm um Rei, que é uma figura humana, fado, touradas, etc. Ora a Monarquia não é isto!
semelhante a eles próprios. É esse o objectivo do Só quando tiver passado a mensagem de que há em
Projecto Educar da Causa Real e que o movimento Portugal um Rei dos Portugueses , que está pronto a
monárquico não quis e não soube aproveitar. servi-los, e não a servir-se deles, e quando o povo
Não podemos, nem devemos esquecer, outras formas começar a questionar o regime é que se poderá
de divulgação, como tertúlias (a Real Associação de começar a pensar na restauração monárquica.
Viana tem as “Reais Conversas com…”, que no fundo Competindo, pois, à nossa capacidade de
são encontros informais, sobre temas relacionados argumentação, demonstrar aos Portugueses as
com a História e/ou histórias locais e assuntos da vantagens de terem um REI em vez de um presidente!
actualidade, que decorrem em todo o Alto Minho.), Parafraseando o escritor e poeta João Miguel
artigos em jornais, a começar na imprensa regional, Fernandes Jorge, em artigo inserto em 1989 no Jornal
bem como programas nas rádios locais. De igual O Independente: “…Quem me dera, quem nos dera, que
modo, devemos aproveitar as conversas que temos num dia próximo viesse a ter actualidade a letra da
com os nossos amigos, conhecidos e, inclusive, com os canção que canta a gente de Manhouce: «Ao entrar
colegas de trabalho. da barra / um anel achei / com as letras todas /
A mensagem, pedagogicamente elaborada, mais dia Viv’ó nosso rei»” .
menos dia, acabará por chegar a casa, a os pais, aos
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REIS DE PORTUGAL
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Abstract
Manuel António Gomes was born in the parish of Cendufe, Arcos de Valdevez, on
December 9, 1868 and died in Viana do Castelo, on December 21, 1933. Better
known as Father Himalaya, due to his height, he was a Catholic priest, scientist
and inventor, pioneer in the use of solar energy and introducer in Portugal of
interest in renewable energies, also dedicating himself to topics such as ecology,
medicine, education or vegetarianism.
He put his name to more than 30 inventions, standing out especially in two areas,
the use of sunlight and explosives. In the first, he designed and built what he
called the Pyreliófero, a metallic structure with mirrors, more than ten meters
high, which served to concentrate the sun's rays and fuse materials. The invention
was shown in the USA, at the 1904 Saint Louis World's Fair, where it was awarded
and received great attention in the scientific press. He developed a chemist –
Himalaite – and had a company that produced and sold it, but it was in the field of
solar energy that he assumed an unexpected pioneering spirit.
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HOMENAGEM A HENRIQUE DE
PAIVA COUCEIRO
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[1] Da autoria de Vasco Pulido Valente, Alêteia Editores, 2006, 162 pp. Para conhecimento deste personagem em textos por si mesmo produzidos,
consultar Paiva Couceiro: Diários, Correspondência e Escritos Dispersos. Org. e Intr. de Filipe Ribeiro de Menezes. Prefácio de Miguel de Paiva
Couceiro.
Lisboa, D. Quixote, 2011, 803 págs. Ilustr. Henrique de Paiva Couceiro é o título de um arquivo de pessoa singular doado à Torre do Tombo por Miguel
Luís de Noronha de Paiva Couceiro, neto do produtor deste fundo documental, em Setembro de 2011 e Fevereiro de 2012 (Teresa Tremoceiro, Henrique
de Paiva Couceiro - Indivíduo, militar e político “A TT ao encontro de Todos” – 27.12.2012).
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Abstract Résumé
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dos noruegueses em 1261. O velho o seu único filho falecera aos dezasseis
Reino da Noruega consolidava-se no anos, sem deixar descendência,
século XII e incluía algumas regiões Margarida I providenciou a sua
da Suécia e ainda as ilhas Man, sucessão, escolhendo um sobrinho-neto
Hébridas, Órcades e Shetland, (a quem adoptou) como rei da Noruega
posteriormente cedidas à Escócia. e também da Dinamarca e da Suécia.
Quando da separação da Dinamarca, o Ainda menor, foi coroado
Tratado de Kiel, em 1814, manteve a sucessivamente nos três reinos, sob
Islândia, as Faroe e a Gronelândia
regência da Rainha Margarida, a qual
dependentes da Dinamarca. A
fazia consolidar a ideia de uma união
Noruega passou a reivindicar toda a
duradoira entre as três nações.
Gronelândia e acabou por ocupar uma
Governante prudente e conhecedora
parte da costa oriental, que
dos seus povos, Margarida I manteve os
considerava terra de ninguém, por
não estar habitada. Finalmente, em seus costumes e leis, determinando que
1933, a Dinamarca e a Noruega não se aprovasse nova legislação sem o
concordaram em levar o caso ao consentimento dos súbditos de cada
Tribunal Permanente de Justiça reino. As administrações e os militares
Internacional da Haia, que deliberou a deveriam ser igualmente originários dos
favor da posição dinamarquesa. A respetivos reinos. A União revelar-se-ia
Noruega mantém atualmente o difícil de manter, devido entre outras
arquipélago de Svalbard (até 1925 causas, aos interesses divergentes dos
conhecido por Spitsbergen, por reinos que a integravam bem como ao
recuperação do antigo nome Svalbarði poder das nobrezas nacionais e à
mencionado nas sagas nórdicas debilidade da Dinamarca frente à
medievais), nos termos do Tratado de Suécia e à Noruega.
Spitsbergen de 1920 (de que Portugal Neste último país, nos casos em que a
faz parte desde 1927) bem como linha de sucessão não era clara,
outras duas ilhas e ainda a Terra da tornando necessária uma interpretação
Rainha Maud ( Dronning Maud Land ,
das normas sucessórias, o Riksråd
com 2.700.000 de quilómetros
interferia, acabando por, pouco a
quadrados), dentro do sistema do
pouco, transformar a monarquia
Tratado da Antártida.
hereditária em eletiva, à semelhança do
que acontecia nas outras monarquias
União de Kalmar
nórdicas.
Os projetos de união dos reinos Assim, quando da morte em 1481 de
nórdicos viriam a culminar com a Cristiano I da Dinamarca (eleito rei da
união da Noruega com a Dinamarca Noruega em 1450), encarregou-se o
em 1387 e com a Suécia em 1389. Riksråd do governo só proclamando o
Margarida I da Dinamarca fora casada seu filho como rei dois anos depois,
com Haakon VI da Noruega, que forma de demonstrar também que,
também foi rei da Suécia. Promulgou embora dentro da União, a Noruega era
em 1397 o Tratado de Kalmar, que um reino independente. Em 1523, a
estabelecia uma união entre os três proclamação de um rei próprio pela
reinos, a partir de então designada Suécia selou a sua saída da União de
como União de Kalmar. Uma vez que Kalmar, marcando o fim desta.
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LANÇAMENTO DO LIVRO
“MEMÓRIAS DUM ROIALISTA”
DE TOMÁS A. MOREIRA
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RGAM. – Foi membro da JM; em 1985 recordo com saudade. A faculdade estava
integrou a Lista F, uma lista muito inflamada pelas questões políticas
monárquica, que concorreu às e ainda ressoava com as passagens
eleições para a Assembleia de
recentes de pessoas como o Durão
Representantes da FDL. Que
Barroso, o Pedro Santana Lopes, o
recordações guarda desses tempos
António Costa e tantos outros… Era difícil
em que a audácia juvenil, sempre
mais indómita ou “selvagem”, levava colocar a discussão do regime naquele
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RGAM. – Para que não sobejem redes sociais, e mesmo por causa da
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LS. - Sou músico, jurista e faço parte da atribuição de um cartão de compras para
Direção da GDA onde desempenho aquisição de bens essenciais aos artistas
funções de vice-presidente com a
em situação de maior carência.
responsabilidade dos pelouros da
A segunda realidade foi a impressionante
distribuição e da comunicação.
contradição resultante do facto de nunca
A GDA (www.gda.pt) dedica-se à gestão
da propriedade intelectual dos artistas o trabalho dos artistas ter sido tão
(atores, bailarinos e músicos), ou seja: utilizado nos meios digitais –
cobra e distribui os direitos resultantes designadamente nas plataformas de
da exibição/utilização das suas obras
música e nas redes sociais digitais –,
gravadas.
gerando tantas receitas para os
A Fundação GDA (www.fundacaogda.pt)
diferentes agentes e produtores,
é financiada com uma parte (em regra
15%) do valor cobrado pela GDA com enquanto que, paradoxalmente, os
vista a desenvolver acção cultural artistas, com os espectáculos cancelados,
(apoios à produção, bolsas, etc.), social impossibilitados de monetizar a
(apoio médico e jurídico, entre outros) e
exploração digital do seu trabalho, vivam
de formação artística, tudo em benefício
de apoios e de caridades que seriam
da comunidade dos artistas.
desnecessárias se o mercado digital
A pandemia colocou em evidência de
forma gritante duas realidades distintas estivesse regulado e disciplinado!!!...
relacionadas com os artistas. A primeira É inacreditável como é que, apesar destas
foi a da precariedade em que evidências que a pandemia deixou a nu,
desenvolvemos a nossa actividade, sem
se continua a permitir que no mercado
regulação e sem apoio social. Foi
digital a receita seja dividida entre
dramático constatar que a esmagadora
plataformas, produtores e músicos de
maioria dos apoios oficiais alinhados
para o sector cultural não conseguiu forma a que, em média, os artistas
chegar aos artistas por razões que se fiquem apenas com 10% dessa receita,
prendem com a falta de enquanto as plataformas guardam 30% e
enquadramento legal destes
os produtores 60%!!! A próxima discussão
profissionais. Felizmente a GDA e a
parlamentar da transposição da diretiva
Fundação GDA (que é o seu instrumento
europeia para o Mercado Único Digital
para valorizar o trabalho dos artistas e
promover o seu desenvolvimento (Diretiva MUD) é um assunto
humano e cultural e a sua protecção absolutamente fulcral para os artistas
social) estavam em condições de poder que impactará na forma como iremos
ajudar, nomeadamente através da
viver nos próximos trinta ou mais anos
(https://streamingjusto.pt).
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esse concerto com o melhor que temos, ninguém se sente representado cria uma
com o melhor cada um tem. A oportunidade significativa. Antes disso,
diversidade biológica é essencial à vida, contudo, há muito trabalho a fazer. Não
da mesma forma que a diversidade
será já amanhã…
cultural é essencial à democracia e à
saúde da comunidade global. Acredito
que a monarquia hereditária é a melhor Muito Obrigado!
forma de salvaguardar a identidade Entrevista realizada por Miguel Villas-Boas
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Abstract Résumé
There is a need for change, but this will Il y a un besoin de changement, mais cela
only happen with a restructuring of the ne se produira qu'avec une restructuration
entire system. de l'ensemble du système.
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MUDANÇA
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NOTA INFORMATIVA
A Direcção da Real Associação de Viana do Castelo, com mandato para o triénio
2020-2023, cumprimenta V. Exas, desejando desde já a continuação de um bom
ano de 2021.
A Real Associação de Viana do Castelo tem um plano de actividades e orçamento
para 2021, que inclui diversas iniciativas, que vão desde a organização de
conferências à publicação da Real Gazeta do Alto Minho, órgão oficial de
comunicação da Real Associação de Viana do Castelo, do qual muito nos
orgulhamos, e que se pretende sejam executadas com a participação de todos os
associados, simpatizantes e entidades que entendam colaborar, com o intuito de
contribuir e ajudar a dinamizar o ideal Monárquico que todos nós abraçamos
convictamente. Atendendo à necessidade imperiosa que temos em angariar
recursos financeiros necessários ao normal funcionamento da Real Associação, e
tendo em conta que uma das competências da Direcção é a cobrança de quotas,
eu, em nome da Direcção e na qualidade de Tesoureiro, venho por este meio
solicitar a V. Exas. a regularização da QUOTA DE ASSOCIADO REFERENTE ao ano
de 2021, no valor de 20,00 € (vinte euros), preferencialmente por transferência
bancária, para:
Filipe Amorim
Tesoureiro da RAVC
FICHA TÉCNICA
TÍTULO: REAL GAZETA DO ALTO MINHO
PROPRIEDADE: REAL ASSOCIAÇÃO DE VIANA DO CASTELO
PERIODICIDADE: TRIMESTRAL
DIRECTOR: JOSÉ ANÍBAL MARINHO GOMES
REDACTOR: PORFÍRIO SILVA
WEB: WWW.REALVCASTELO.PT
EMAIL: [email protected]
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ANTÓNIO DE SOUZA-CARDOSO
Abstract Résumé
It is in the good Portuguese and European C'est dans la bonne tradition monarchique
monarchic tradition the assumption of a portugaise et européenne l'hypothèse d'un
political royalism that helps the monarchic réalisme politique qui aide l'institution
institution to materialize itself in a monarchique à se matérialiser dans une
distinctive regime proposal. Royalism or, if proposition de régime distincte. Le
you prefer, the Royal Institution is the a royalisme ou, si vous préférez, l'Institution
priori presupposition that underlies a royale est le présupposé a priori qui sous-
concrete, integral or holistic idea of the tend une idée concrète, intégrale ou
monarchical institution. holistique de l'institution monarchique.
Acordei com um dia sombrio e triste. lareira, estava o livro do Tomás Moreira
Fustigado pelo vento e pela chuva “Memórias de um Roialista” que acabei
naquelas provas de sofrimento que às na noite anterior. Li-o, diga-se, com o
vezes a natureza nos dá. Como não prazer e a cumplicidade de quem foi
queria condicionantes ao espírito um dos seus “compagnons de route”.
redentor do Natal baixei as cortinas, Recordei ainda o último Correio Real e
deixei que a luz do presépio iluminasse a afirmação do meu Amigo Álvaro
a sala e socorri-me de um “i qualquer Menezes de que era monárquico, mas
coisa” dos meus filhos para pôr uma não roialista.
música divertida. Saiu-me Adriana Acho que vale a pena esclarecer não
Calcanhoto com a seu “Sou eu, assim tanto os intervenientes que senão estão
sem você”. A música devolveu a esclarecidos é mais provavelmente
tranquila alegria do Natal mas também porque não querem, mas os nossos
me pôs a pensar nas coisas que não leitores tantas vezes arredados das
devemos separar – o pão e a manteiga, nossas Assembleias onde o assunto tem
o Bucha e o Estica, o queijo e a sido repetidamente discutido.
goiabada… Façamos primeiro um enquadramento
Ao meu lado, caído no sofá junto à histórico.
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meios para colocar este ponto na É este Roialismo que deve contaminar a
agenda pública e muito menos existe própria estratégia da Causa Real. Não
vontade política. percebo como não perceberam (?) a
Mais explicita é, no entanto, a figura do questão do Protocolo de Estado. Não
Rei e da Família Real. Sempre
percebo como não percebem que ter
calorosamente acolhido, sempre
um Rei institucionalmente reconhecido
reconhecido e aplaudido, o Rei dos
pela República é o passo inicial para
Portugueses tem a notoriedade que o
movimento não tem. E suas ideias, a diminuir o preconceito político em
influencia que as do movimento não torno da Instituição Real e atrás disso
logram atingir. É por isso que temos da Monarquia que naquela se
que trabalhar em unida cumplicidade. fundamenta.
Provavelmente com órgãos de apoio Não entendo como acham que é doutra
comuns à Causa Real e á Casa Real e forma que podem restaurar a
utilizando a energia que o movimento é Monarquia? Qual forma? Uma
capaz de dar para reforçar o contacto Revolução? Um Referendo desigual? Ou
entre o Rei e o Povo, entre o Rei e as
o ledo passar dos anos com as mãos em
instituições, entre o Rei e a diáspora
concha à volta de uma chama quase
portuguesa.
extinta?
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TF AGENCY
AGÊNCIA DE MARKETING &
COMUNICAÇÃO
Marketing/Comunicação/Imagem
Redes Sociais
Multimédia
Personal Branding
Criação/Gestão Websites
Relações Públicas
SEO
a sua empresa/marca.
https://tf-agency.negocio.site/
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Abstract Résumé
The relationship between cod fishing and La relation entre la pêche à la morue et la
the salting method even precedes the 15th méthode de salage est même antérieure au
century and, according to historical facts, XVe siècle et, selon les faits historiques, a
determined the first voyages of maritime déterminé les premiers voyages
expansion, also because the need to d'expansion maritime, car la nécessité de
conserve fish for long periods of time conserver le poisson pendant de longues
became imperative. Portugal, once périodes est devenue impérative. Le
influenced by the vikings, was a pioneer in Portugal, autrefois influencé par les
setting up caravels for this fishing that vikings, a été un pionnier dans l'installation
ended up developing unprecedented de caravelles pour cette pêche qui a fini
routes to the seas of Terra Nova. The par développer des routes inédites vers les
contributions of fishermen from Alto Minho mers de Terra Nova. Les apports des
were decisive for navigation, astronomy pêcheurs du Alto-Minho ont été décisifs
and for the knowledge of the winds and pour la navigation, l'astronomie et la
seas that led to the discovery of the new connaissance des vents et des mers qui ont
world by various navigators, from Corte conduit à la découverte du nouveau monde
Real to Colombo. par divers navigateurs, de Corte Real à
Colombo.
Key words: Discoveries; fishing; cod; Alto
Minho. Mots clés: Découvertes; pêche; morue; Alto
Minho.
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desta época. Mais tarde constata-se que as 2 mil milhas, o pescado começava a
a representação da Terra Nova está ser salgado a bordo nos porões das
intensamente cheia de topónimos caravelas e baleeiras sendo este o
portugueses, alguns adaptados mais tradicional método da salga já utilizado
tarde para inglês, o que denota a no arenque pelos nórdicos.
presença intensa e pioneira de Na segunda metade quatrocentista este
Portugal, subsequentemente da Galiza, tráfego de embarcações polivalentes de
região de proximidade geográfica e carga oceânica tornou-se um apetecível
ideológica, cuja ação dos seus portos negócio para corsários ingleses e
complementou a colonização da franceses. Perseguições de piratas em
Madeira e dos Arquipélagos das várias paragens começaram a ocorrer
Canárias e Açores. com assiduidade aos navios
desarmados que regressavam da pesca.
Diversas histórias são conhecidas de
pilotos que receberam tenças da coroa
ao libertar bacalhoeiros apresados por
corsários, eram sobretudo da Bretanha,
mas também da França. Quando sem o
menor escrúpulo um navio era
capturado o rei participava um protesto
diplomático junto do soberano desse
corsário. Ulteriormente, autorizava os
lesados a planear represálias através de
O mestre José vizinho, tão referenciado por contraofensiva navegação da nação
Cristóvão Colombo, efectuou febrilmente o desse corsário para se fazerem ressarcir
primeiro levantamento em 1485 das latitudes da
Guiné deixando um legado incontornável em das perdas. Por outro lado, uma vez no
cartografia pelo qual passou a permitir calcular mar os próprios portugueses
com rigor novas localizações. Sabia-se agora
começaram também a praticar o corso
bem a cada momento aonde se estava! Um facto
que explica o conhecimento da empresa dos movidos, ou camuflados, por ideais
descobrimentos, impelindo a uma política de cruzadísticos. Denominada por a santa
sigilo desde o início do século para proteger as
técnicas que a determinaram. Para D. João II
pirataria. Numa sociedade regulada por
quanto maior o incremento da descoberta direitos feudais, que tinha os seus
menor deveriam ser as notícias de forma a não
segundos e terceiros filhos fora do
atrair os concorrentes tão interessados nestes
progressos. sistema de morgadio, era frequente o
incentivo á pirataria, incentivava-se a
O corso no Atlântico Norte dar margem a ambição individual para
As redes de comércio marítimo dos além das justas e torneios,
povos do Norte, eram fluxos menos complementando-os ou substituindo-os
relevantes e pouco sistemáticos do que pelo ataque a navegação de
era a rede estabelecida pelos cabotagem. Estas acções de corso eram
armadores portugueses. A pescaria investidas regularmente nas rias da
alargou os mercados e a importação Galiza. A dificuldade que coroa
também aumentou. Como as distâncias portuguesa tinha em manter mesmo as
eram colossais, chegando a ultrapassar condições mínimas de segurança nas
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R e v e n d o o s m a p a s d a c a r t o g r a f i a p o r t u g u e s a e o s d o c u m e n t o s a n t i g o s q u e s e r e f e r e m à s T e r r a s d o s
Bacalhaus. A generalidade dos historiadores canadenses, acabaram por reconhecer os vestígios da
presença de João Corte-Real em 1473 tornando-os dado adquirido, amplamente autenticadas, desta
descoberta 19 anos antes de Colombo. Também neste país a denominação da região de Labrador
resulta da expedição do navegador João Fernandes Labrador.
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Viva Portugal!
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EU, MONÁRQUICO
MIGUEL VILLAS-BOAS
Abstract
In an effective and true Monarchy, each one is part of the whole and the whole only makes
sense with each individual. It should therefore be clarified that we do not belong to an
elite of people, with birth privileges, we are neither blessed nor Nephelibate. We believe
that the measure of each person's wealth is the Spirit, just as footwear is the foot! And, on
the contrary, before being privileged, we are often despised and harmed by the option for
the Cause of Monarchy. It is enough to look at the curriculum vitae of many monarchists,
their intervention in society, the work they produce to see that on their own merit, if they
were stuck in the ranks of political parties, they would easily overcome those amoebas
that today outweigh parties and power, these protozoa that often barely scratch the
rudiments of Portuguese, that despite appearing to have a mouth full of stones, speak,
show themselves up, but we are well aware that even if they stood on tiptoe, they would
reach the heels of most Monarchists, the real ones... of course.
Résumé
Dans une Monarchie efficace et vraie, chacun fait partie du tout et le tout n'a de sens
qu'avec chaque individu. Il convient donc de préciser que nous n'appartenons pas à une
élite de personnes, avec des privilèges de naissance, nous ne sommes ni bénis ni
Néphelibat. Nous croyons que la mesure de la richesse de chacun est l'Esprit, tout comme
les chaussures sont le pied! Et, au contraire, avant d'être privilégiés, nous sommes souvent
méprisés et blessés par l'option pour la cause de la monarchie. Il suffit de regarder le
curriculum vitae de nombreux monarchistes, leur intervention dans la société, le travail
qu'ils produisent pour voir que par leur propre mérite, s'ils étaient coincés dans les rangs
des partis politiques, ils surmonteraient facilement ces amibes qui l'emportent
aujourd'hui les partis et le pouvoir, ces protozoaires qui égratignent souvent à peine les
rudiments du portugais, qui malgré l'apparence d'avoir la bouche pleine de cailloux,
parlent, se montrent, mais on sait bien que même s'ils se tenaient sur la pointe des pieds,
ils atteindraient les talons de la plupart des gens monarchistes, les vrais... bien sûr.
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Não são poucas as vezes que surge a uso da história para mostrar a realidade
confusão sobre o que é “ser histórica. Ora os esteios da História não
Monárquico”. Se é certo que isso podem apoiar-se sobre motivos, às vezes
acontece na opinião pública por mera desconexos, preenchidos com episódios
desinformação - e existem muitas figurativos e com a inventiva dos escribas
variáveis que contribuem para isso -, que servem os que, num dado momento,
também subsiste algum mal-entendido ocupam o poder.
dentro do movimento.
‘ O primeiro passo para liquidar um povo
Relativamente à dúvida colectiva, essa
é apagar a sua memória. Destruir os
circunstância resulta, sem sombra para
seus livros, a sua cultura, a sua história.
dúvidas, da propaganda
antimonárquica que começou ainda Então, tenha alguém a escrever novos
antes da queda da Monarquia livros, fabricando uma nova cultura,
cimentando a concepção sem inventando uma nova história. Muito
fundamento, às vezes mesmo sem nexo, antes a nação começará a esquecer o
que um monárquico é um aristocrata, que ela é e o que ela era. O mundo em
um indivíduo que julga pertencer a uma volta esquecerá ainda mais rápido. A
casta superior que paira sobre os luta do homem contra o poder é a luta
demais. Nada mais falso, pois essa ideia da memória contra o esquecimento. ’,
baseia-se ou em ignorância ou em
escreveu genialmente Milan Kundera.
mentiras preenchidas com factos
É pois, necessário, dir-se-ia premente,
alegóricos da invencionice daqueles
que termine a desinformação de que
que escrevem a História através da sua
fazem os Monárquicos alvo.
revisão, porque pretendem dessa
Monárquico não é sinónimo de
configuração alcançar uma vantagem
para si. O Revisionismo histórico é a aristocrata, pois a Monarquia é inclusiva
reinterpretação da História, e não exclusiva; não é um clube privado
reescrevendo-a e descrevendo os factos para ensimesmados, mas um modelo
históricos com imparcialidade e/ou onde cabem todos, independentemente
obscuridade. Segundo o criador do de condição social, sexo, raça, “estirpe”,
positivismo Augusto Comte, " a História ideologia política, etc. A Monarquia tem
é uma disciplina fundamentalmente as portas escancaradas para a
ambígua " e, portanto, passível de várias colectividade, não é – nem pode ser - um
interpretações – os republicanos grémio de fidalgos ou uma guilda de
estudaram bem a lição de um dos seus meio dúzia de indivíduos que se julgam
mestres. De facto, a Verdade é apenas a donos da monarquia, - lembremos o
crença que prevaleceu. provérbio grego: ‘ ninguém liga à música
Devido ao uso de instrumentos como a escondida ’. O Movimento Monárquico
censura, a instrumentalização da não pode ser nem um partido dum
academia e o controle da imprensa de pretendente, nem uma irmandade de
acordo com a agenda das corporações mantos com ou sem espada onde se
dominantes - ou melhor das oligarquias
saracoteiam condecorações, nem um
-, tornou-se quase inexequível o eficaz
conselho de nobres, nem titularia a
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Identidade Monárquicos
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Aí explicamos que é uma falsa ideia: ser tecto, e muitas vezes a vida – quanto
Rei não é um privilégio, mas uma mais serem presidentes da república!
missão, com inegáveis vantagens: Além disso, ‘Um presidente é um rei
preparação, educação, maior escrutínio encolhido, reina cinco ou dez anos sem
público, equidistância partidária, se dar por isso.’, escreveu Oscar
suprapartidarismo, neutralidade Wilde (Dublin, Irlanda, 16 de Outubro de
política. Quanto ao resto, baseia-se 1854 — Paris, 30 de Novembro de 1900),
numa percepção errónea, baseada num o influente escritor, poeta e dramaturgo
logro de que ‘numa república qualquer irlandês.
um pode ser presidente!’ Ora repare-se,
que dizem: ‘- qualquer um pode ser
presidente!’; mas não dizem: ‘numa
república TODOS podem ser
presidente!’, que seria a verdadeira
igualdade - que fingem reclamar - em
que todos seriam iguais e, portanto,
todo e cada um dos cidadãos estaria
em condições de ser presidente da
república e não apenas uns quantos, ou
melhor: ‘ qualquer um! ’ Onde pára, pois,
a proclamada igualdade?! Sem dúvida
que vai a pé, enquanto a equidade vai
de carruagem!
Assim, a ideia de que qualquer um
pode ser Presidente da República, de
acordo com o princípio de igualdade
entre os homens, É UMA FICÇÃO! Trata-
se de uma concepção errada teorizada
num modo geral quando a realidade é
bem concreta e diversa; é uma fábula,
uma ideia geral e abstracta baseada no
mito da igualdade, pois assenta em
premissas erradas, uma vez que supõe
existir um nivelamento social que
Oscar Wilde
possibilite a subida ao poder a todos os
elementos e camadas sociais da Mas se com a Restauração da
sociedade, quando a maioria da Monarquia não se pretende um
população, arredada do caciquismo regresso ao passado, não renegamos o
político ou das camadas sócio- passado do Portugal Maior.
económicas superiores, que vêem o A Monarquia a ter deve passar por uma
caminho do poder mais acessível, se vê combinação de um monarca forte, com
diariamente barrada dos seus supostos umas Cortes (Parlamento), com uma
direitos – até dos mais elementares democracia mais directa e uma
como a saúde, a alimentação e um descentralização política que dê às
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O eleitor neste método com o seu voto portugueses a ordem natural está na
faz o preenchimento de uma aritmética Monarquia, ou, para me exprimir mais
pré-determinada de distribuição dos exactamente, nas instituições
votos pelo acordo instituído entre os monárquicas tradicionais. Tal é a lição
partidos políticos com representação deste livro, que deverá ser tomado
parlamentar. Assim, as actuais listas como bastião contra o comunismo e
fechadas, e assim partidárias, freio rijo contra o fascismo. Âncora
submetidas ao sufrágio popular fazem sólida contra todos os totalitarismos,
dos deputados meros representantes
foi escrito para ser obstáculo a todos
dos partidos e dos seus interesses.
os colectivismos. Oposto aos
Implementando um efectivo sistema de
individualismos extremos sem cair no
eleição dos deputados para o
excesso contrário, é seguro abrigo para
Parlamento, baseado na sua eleição
as liberdades do indivíduo ameaçado .’,
pessoal e individual, por método
escreveu Luís de Almeida Braga no
maioritário, regional e local, com voto
Prefácio de ‘PROFISSÃO DE FÉ’, Sub-
nominal ou pelos círculos eleitorais
título: Lusitânia Transformada de
uninominais, permitirá o surgimento de
Henrique de Paiva Couceiro, Edições
candidatos independentes locais, das
Gama, 1944.
forças vivas da sociedade, despertando
a participação dos cidadãos na política,
e com uma acção fiscalizadora, desde a
base da população até acima ao poder
e, fundamentalmente, desprendida dos
partidos políticos tradicionais e dos
seus interesses passará a haver uma
verdadeira democracia parlamentar em
Portugal, em que os cidadãos sejam a
prioridade e pondo fim ao regímen de
partidocracia.
É preciso, também, o sentido de Missão
que só um Rei possui - uma missão que
é para a vida; e quando o Rei partir o
Seu Filho, aclamado Rei, instruído nos
mesmos valores de seu Pai, seguirá a
obra com o mesmo desígnio de servir a
Nação, acrescido das mais-valias que a
substituição geracional aporta.
Mas, ‘ Como entendia Paiva Couceiro, a Comandante Paiva Couceiro
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Portugal Monárquico
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que se instala no Porto a nova Feitora XX, vêem hoje um progressivo sucesso
Inglesa. Tal corresponde ao aumento da na sua comercialização. Mas, então, por
procura e produção de vinhos no Douro, que não os tintos? Antes da Pequena
em Lamego, em Basto, sobretudo ao Idade do Gelo eram os tintos…
longo das margens deste rio, já que ao poderemos colocar várias hipóteses: ou
longo do vale se verificavam as as castas não seriam as mesmas ou
condições de clima mediterrânico e seriam mas… hoje há porta-enxertos a
terá estado mais ao abrigo das mudar os termos da equação. Haverá
perturbações sentidas em toda a que estudar, investigar, ensaiar. Em
Europa e no Noroeste Peninsular. Além todo o caso, será certo um grande
disso, com o aumento das navegações futuro para o vinho verde!
de longo curso e o enriquecimento com Muito obrigado pela atenção
aguardente que tinha passado a ser dispensada e será um prazer podermos
feito aos vinhos embarcados no Porto, discutir estes assuntos!”
pelo menos desde o tempo dos Filipes,
o grosso volume de negócios passou Finda a intervenção do Dr. Manuel
para esta cidade o que favoreceu, pela Cardoso, foi a vez do Dr. Constantino
facilidade de comunicações rio acima, Ramos:
toda a viticultura do Vale do Douro. Ao
logo dos séculos e desde o século XVI, “A casta Alvarinho é uma casta muito
sobretudo, as vinhas do Entre Douro e antiga pois já aparece citada em
Minho viram-se também forçadas a documentos do século XVIII. Lacerda
abandonar terrenos para a produção de Lobo, em 1790, identifica-a como sendo
milho e, depois, batata, sendo uma casta de uvas brancas cultivadas
remetidas as videiras para as em Melgaço e Vila Nova de Cerveira e o
bordaduras, as ramadas, os enforcados, visconde de Villa Maior, em 1866, refere-
os archões, por uma gestão de espaço, se à Alvarinho como sendo uma casta
o que concorreu para alterações na que produz muito e predominante nos
maturação das uvas e para as concelhos de Caminha, Valença e
mudanças drásticas das características Monção.
organolépticas dos vinhos. Com a O primeiro vinho Alvarinho a ser
política do Marquês de Pombal, de comercializado terá sido o Casa de
protecção aos vinhos do Douro e de Rodas, de Monção, no início dos anos
Carcavelos, o declínio da viticultura vinte, do Eng.º Joaquim Lobo de
minhota foi assinalável. Miranda e embora o vinho já não exista
A recuperação começou a partir do atingiu grande prestígio à época, tendo
reaquecimento do clima com o do fim ganho inúmeras medalhas em
da Pequena Idade do Gelo, há cerca de concursos e chegou mesmo a ser
cento e setenta anos, e dos problemas exportado para Inglaterra. Depois deste
de oídio, míldio e filoxera que a todos vinho, a primeira marca comercial de
afectaram. A demarcação de João Alvarinho que ganhou notoriedade, e
Franco em 1908 produziu bons efeitos e contribuiu decisivamente para a
os vinhos verdes, sobretudo nas afirmação da casta, foi a Cepa Velha, de
variedades brancas e nos fins do século Monção, cuja primeira colheita terá
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5. 10. 1911
Eis senha e sinal dado: está o Paladino em Portugal, rompeu a fronteira, está em
Vinhais!
Esperamos agora El-Rei, venha já ou depois, pouco conta o tempo, e sim o Reino a
refundar.
Só o futuro monta, quando Lusitânia recebendo O Desejado lhe extirpar
finalmente velhos ais!
Cornucópia de paz, parto d’alma universal em que o torrão natal voltará a fecundar
o eterno mar,
O mar da Ecumena , mar português, beijando essa sempre nevoenta e promissora
nesga de terra,
PORTUGAL.
D. Afonso
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1º DE DEZEMBRO DE 2021 EM
CELORICO DE BASTO
HOMENAGEM AO DR. JOÃO
PINTO RIBEIRO
Devido à situação pandémica existente Foi colocada uma placa comemorativa,
e com a responsabilidade de cumprir as no pedestal do busto de João Pinto
normas de saúde pública, as Real Ribeiro, evocativa dos 381 anos do 1.º de
Associações de Viana do Castelo e de Dezembro de 1640, descerrada com a
Braga, substituíram este ano, o seu presença do senhor Presidente da
tradicional Jantar dos Conjurados, por Câmara Municipal de Celorico de Basto,
uma homenagem em Celorico de Basto, Dr. José Peixoto Lima, e do senhor
ao Dr. João Pinto Ribeiro, conjurado de Presidente da Real Associação de
1640, localidade onde existe um busto Braga, Dr. Gonçalo Pimenta de Castro.
em sua honra, que contou com a
colaboração do Município de Celorico
de Basto.
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