Continuidade Harmônica

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Continuidade

harmonica é uma técnica muito utilizada em arranjo. É um método


de criação de contracanto passivo baseado em na seuqência harmonica, utilizado
como base de acompanhamento para uma linha melódica.


Os acordes podem aparecer em qualquer posição1. As notas na estrutura dos
acordes serão denominadas não pela sua função, mas sim como vozes. Portanto,
a nota mais aguda será a voz 1 e assim por diante: voz 2, 3 e 4.

Obs.: Nesta técnica serão utilizadas tetrads construídas da seguinte forma:
Acordes com função Tônica ou Subdominante usam a tríade mais a sexta maior
acrescentada.
Todos as outras funções usam a tríade mais a sétima.

Exemplo 1






Uma vez determinada a posição do primeiro acorde, para produzir um efeito
suave, deveremos seguir regras básicas de condução de vozes.

1 – Manter nota ou notas comuns nas mesmas vozes.

Exemplo 2

A nota Dó é a única em comum entre o acorde de C e Ab7. É a voz 1 do acorde de
C. Portanto, deve permanecer na voz 1 no acorde de Ab7. A seguir, o acorde de
Ab7 deve ser completado com as vozes 2, 3 e 4.







Exemplo 3

Neste exemplo, a nota Dó é a segunda voz no acorde de C e deverá ser a segunda
no acorde de Ab7.





1 A Posição é indicada pela nota mais aguda da estrutura. Exemplo: Fundamental na voz mais
aguda - Posição de oitava; 3ª na voz mais aguda – Posição de terça; 5ª na voz mais aguda –
Posição de quinta e 7ª na voz mais aguda – Posição de sétima.

1
Exemplo 4

Se, no acorde de C, a nota Dó estiver na terceira ou quarta voz, o acorde de Ab7
aparecerá da seguinte forma:








Assumindo que o acorde de Ab7, dos exemplos anteriores será seguido por um
acorde de Fm, temos agora duas notas em comum – Dó e Láb –. São,
respectivamente, primeira e segunda voz no acorde de Ab7 e deverão
permanecer nestas vozes no acorde de Fm.

Exemplo 5









Ocasionalmente, poderá não existir notas comuns entre dois acordes. Neste caso,
se conduz a primeira voz pelo caminho mais curto possível.

Exemplo 6







Existe, nesses encadeamentos, uma tendência de movimento descendente. As
estruturas dos acordes não podem estar em uma tessitura muito grave.
Portanto, nos momentos onde existe a possibilidade de ultrapassar o limite grave
da tessitura, mude a posição do acorde para manter a continuidade harmônica
dentro da tessitura adequada.

Para as estruturas fechadas sem dissonâncias, a nota limite da tessitura da voz
1é :


2
Procedimento para evitar ultrapassar a tessitura limite.

Exemplo 7







Exemplo contendo os três princípios aplicados à continuidade harmônica.

Exemplo 8











ABERTURA DE ACORDES












LIMITE DE TESSITURA NA CONTINUIDADE HARMONICA EM POSIÇÃO ABERTA

O limite aqui é determinado pela quarta voz.








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CONTINUIDADE HARMÔNICA COM DISSONÂNCIAS

As vozes são numeradas da mais aguda (voz 1) para o mais grave (voz 4)
Abertura do acorde com as vozes 2 e 4 uma oitava abaixo.
A numeração das vozes do acorde aberto continua da mais aguda para a mais grave.
Assim, nessa abertura, a voz 2 do acorde fechado é a 3 do acorde aberto e a voz 4 do
acorde fechado
continua sendo a voz 4 mas, uma oitava abaixo.

Exemplo 1 : acorde aberto com a voz 2 e 4 uma oitava abaixo, sem dissonâncias.

Exemplo 2 : acorde aberto com a voz 2 e 4 uma oitava abaixo, com dissonâncias.










Note que nos acordes abertos:
1 - o intervalo entre voz 1 e 2 é sempre quarta ou quinta.
2 - o intervalo entre voz 3 e 4 é sempre quarta ou quinta.
3 - o intervalo entre as vozes 2 e 3 é no máximo sétima e no mínimo sexta.
4 - a nona está sempre com a quinta na primeira e segunda voz, nos acordes maiores
(não dominantes) e nos acordes menores.
5 - Nos acordes dominantes, a nona está com a décima terceira na primeira e segunda
voz.
6 - não há necessidade de colocar o baixo nessa estrutura. O mesmo será escrito em
outro
pentagrama.


Exemplo de Continuidade Harmônica com dissonâncias.


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