APOSTILA - COZINHEIRO Profissional
APOSTILA - COZINHEIRO Profissional
APOSTILA - COZINHEIRO Profissional
COZINHEIRO
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A HISTÓRIA DA GASTRONOMIA
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✓ O homem não deve comer de chapéu, mas deve ter o cuidado de estar bem
penteado;
✓ O copo e a faca situam-se à direita;
✓ O pão localiza-se à esquerda;
✓ Não se deve comer (só) com as mãos;
✓ As mãos não devem ser limpas ao vestuário;
✓ Só os velhos e os doentes podem pousar os cotovelos na mesa durante a
refeição;
✓ Os jovens devem beber água, não vinho;
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A história da gastronomia no Brasil começa a ser contada a partir do momento
em que os portugueses chegam ao país e tem os primeiros contatos com os índios
que tinham sua própria culinária que era totalmente diferente do que os
portugueses conheciam, era uma culinária baseada em frutos da terra como o
milho, o feijão, a fava , a mandioca, a goiaba e é da mandioca eles retiravam seu
principal alimento que era a farinha, há relatos de que a farinha era totalmente
indispensável na culinária indígena, o feijão e a fava não eram muito apreciados
na alimentação e se consumia muito amendoim, de todas as formas tanto cru,
como assado, como cozido. Desde o descobrimento do Brasil em 1500 até os dias
de hoje, teve muitos povos que vindo para o Brasil trouxeram muito de suas
crenças, culturas, gostos e hábitos, que de certa forma misturaram com a nossa
cultura. Essa cultura onde a gastronomia faz parte.
Desse modo cada imigrante que veio para o nosso país trouxe sua preferência
alimentar. A maior influência sem sombra de dúvidas foi com a chegada da
família Real, quando Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil trouxe de suas
navegações pelas regiões do Oriente, Índia os condimentos. Trouxeram também
presunto, vinho, pão, açúcar e etc.. Como eles também encontraram aqui
animais, plantas e peixes que não conheciam. Os portugueses trouxeram seus
hábitos alimentares já com suas influencias com os orientais, a cultura negra, as
escravas africanas trabalhavam na cozinha das fazendas, e um pouco da cultura
indígena, sendo que permanecem até os dias de hoje.
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de certas espécies que foram utilizados pelos portugueses, como a cerveja e as
carnes salgadas e defumadas. Os gregos e romanos já tinham todo cuidado de
como preparar a alimentação. Os romanos eram mais criativos, pois eram mais
valorizados. Entre 1860 e 1890 desembarcaram 974 mil italianos no Brasil e
também trouxeram um gosto especial pelas massas com farinha de trigo, com os
molhos densos e condimentos. Ninguém conseguiu mudar a alimentação italiana
que acabou participando e muito na gastronomia brasileira. Toda culinária
nacional é formada por cozinhas regionais. No Brasil as influências foram muitas.
A partir delas apareceram adaptações e variações. Como a cozinha sertaneja,
nordestina, caipira, tropeara, mineira, gaúcha, da fazenda e outras.
Hoje se tem uma nova era de pesquisa devido à atenção sobre a origem dos
pratos, aos ingredientes e a evolução das receitas. Foi desde 1955 que iniciou o
conceito de comer rápido e com as mãos.
A comida japonesa é admirada no mundo devido ela a priorizar a apresentação
dos pratos, e na simplicidade de preparo dos alimentos, ela consegui combinar
sabores e textura. Usa pouco tempero, e tudo deve ser feito na hora, e se usa só
alimento resfriados e não congelados. A refeição japonesa é feita com tempo para
se liberar emoção. Não podemos esquecer que a revolução industrial nos trouxe
avanços tecnológicos como: fogão a gás, a pasteurização, a refrigeração, e a luz
elétrica. Com a luz elétrica os jantares começaram a ser servido mais tarde sendo
assim criado na Inglaterra o chá das cinco, sendo mais uma refeição.
A gastronomia na atualidade é de modo geral bem parecida, após com a
globalização todo o mundo tem acesso a tudo que o outro faz e também com o
advento das multi-nacionais grandes redes de produtos alimentícios levando o
mesmo alimento para todas as partes do mundo, já as cozinhas regionais tentam
mesmo com a globalização preservar o que lhe é peculiar, pois é isso exatamente
que os faz diferentes do resto do mundo. Cada canto do mundo tem sua cozinha
regional com peculiaridades inerentes a elas. No Brasil não é diferente, possui
diversos tipos de culinárias espalhadas pelo País. Os principais eixos
gastronômicos do País é o Rio de Janeiro e São Paulo.
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todos estejam comprometidos e atentos com a importância de se estar limpo
antes mesmo de começar seu expediente. Alguns pontos fundamentais são:
✓ Banhos diários;
✓ Dentes limpos e sem cáries, e escovados posteriormente a cada refeição;
✓ Cabelos limpos e colocados totalmente dentro da toca, a fim de evitar que
caiam sobre os alimentos, no caso de homens, têm que estar barbeados;
✓ Unhas curtas e sem esmalte, evitando o acúmulo de sujeira debaixo delas e
a contaminação dos alimentos, bem como evitar a contaminação química
do esmalte que pode sair;
✓ Não usar bijuterias e acessórios, para evitar que caiam nos alimentos
durante seu manuseio;
✓ Uniformes completos, limpos e em bom estado de conservação, evitando
que roupas contaminadas com a sujeira do ambiente externo fiquem
próximas dos alimentos tratados;
✓ Roupas adequadas ao ambiente.
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Higiene do ambiente
Nas instalações da empresa é necessário que o ambiente seja composto por
materiais que facilitem a manutenção de sua limpeza de uma forma adequada e
que possa ser feita de uma maneira eficiente, evitando assim, o acúmulo de
sujeira e restos de alimentos que possam atrair bichos e insetos, bem como se
precaver da contaminação deles por bactérias e afins. Algumas dicas para tal
objetivo são:
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✓ A troca é obrigatória várias vezes ao dia;
✓ Armazenar os sacos de lixo em uma área exclusiva para este fim,
utilizando-se de latões bem tampados e estrados altos para evitar a
presença de animais;
✓ Lavar a área destinada ao lixo diariamente.
Controle de pragas
Deve-se tomar todos os cuidados para que não haja presença de insetos,
roedores e animais no local de manipulação de alimentos. Como o controle deve
ser realizado?
Armazenamento
Boas técnicas de armazenamento dos alimentos além de fundamentais na
manutenção do ambiente limpo e adequado para o manuseio com alimentos,
também auxiliam a ter um ambiente organizado, facilitando o transito de
pessoas, e a produção dos insumos em questão. Algumas destas são:
✓ O local de armazenamento deve ser fresco, ventilado e iluminado;
✓ O primeiro alimento a entrar é o primeiro a sair, a fim de evitar o
vencimento da validade dos mesmos;
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✓ Evitar armazenar alimentos juntos de produtos químicos;
✓ Evitar colocar os alimentos diretamente sobre o piso;
✓ O empilhamento deve ser alinhado, em blocos regulares, e mantidos longe
da parede no mínimo 50 cm;
✓ Alimentos armazenados em câmaras frias devem estar dispostos de forma
a permitir uma adequada circulação de ar frio;
✓ A temperatura de armazenamento deve estar compatível com a
recomendação do fabricante.
✓ Tempo de contato;
✓ Temperatura;
✓ Ação mecânica e ação química.
Contaminação alimentar
É à entrada do microrganismo no alimento, o que pode ocorrer de várias
maneiras:
✓ Através do ar
✓ Através da manipulação do alimento
✓ Através das superfícies de bancadas, equipamentos e utensílios.
✓ Através do contato do alimento cru com o alimento pronto para consumo
(contaminação cruzada).
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Como evitar a deterioração e as doenças transmitidas pelos
alimentos?
Contaminação Cruzada
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✓ Mesma placa de altileno ou fatiadora utilizada para manipular
alimentos de famílias diferentes: queijo e presunto simultaneamente
e sem higienização
Cuidados no pré-preparo
Cuidados no cozimento
Cuidados no resfriamento
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✓ Deixar sair o vapor em temperatura ambiente (exposição máxima de 30
minutos à temperatura ambiente);
✓ Colocar para resfriar em câmara fria ou geladeira, arrumando de modo
que haja circulação de ar;
✓ Manter o alimento coberto.
Cuidados no reaquecimento
Cuidados na manutenção
Os alimentos, após o cozimento, devem ser manipulados com higiene e rapidez. É
necessário então:
✓ Mantê-los cobertos;
✓ Alimentos quentes devem ser mantidos em temperatura mínima de 60º C
por 6 horas, e alimentos frios à 4º C por 2 horas.
✓ Alimentos quentes devem ficar em equipamentos de manutenção à quente
(estufa, forno ou banho-maria, por exemplo).
✓ A água do banho-maria deve ficar entre 80º C e 90º C.
Cuidados no porcionamento
Durante o porcionamento do alimento deve-se observar:
✓ Higiene do manipulador,
✓ Utilização de utensílios higienizados e exclusivos para cada preparação.
Cuidados na distribuição
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✓ Reaquecer o alimento caso esteja com temperatura abaixo da mínima
permitida.
Utilização de sobras
✓ Sobras são alimentos prontos mas que não foram distribuídos. Para serem
reutilizados devem ser observadas as seguintes condições:
✓ Só devem ser reutilizadas sobras que tenham sido mantidas com todos os
cuidados citados anteriormente;
✓ Alimentos servidos não podem ser reaproveitados.
✓ O alimento deve ser reaquecido à temperatura de cozimento e mantido na
temperatura de manutenção à quente, ou resfriado, para alimentos
servidos frios.
Coleta de amostras
Método de coleta
✓ Deve ser coletada após distribuição a pelo menos 50% dos consumidores;
✓ A embalagem para coleta deve estar descontaminada e deve conter a
identificação do alimento, com data e tipo de refeição;
✓ Deve-se adotar cuidados de higienização das mãos;
✓ Ao abrir o saco ou embalagem deve-se evitar tocar no interior;
✓ Deve ser retirado no mínimo 100 g do alimento;
✓ Utilizar o utensílio de distribuição;
✓ Fechar bem a embalagem.
✓ Temperatura de armazenamento: sólidos a 4º C e líquidos a - 18 º C, por
72 horas.
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identificam-se pressões ambientais a partir de duas vertentes principais: a
primeira refere-se ao alto custo e às dificuldades de gestão que apresenta a mão-
de-obra. A segunda envolve aspectos de qualidade, voltados tanto às questões de
higiene e sanidade dos alimentos e preparações, quanto ao atendimento de
normas que regem o preparo e distribuição de alimentos.
Equipamentos
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Áreas para preparação de alimentos:
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Local separado e isolado da área de processamento, contendo água quente e fria,
além de espaço suficiente para guardar peças de equipamentos e utensílios
limpos. O retorno de utensílios sujos não deve oferecer risco de contaminação aos
que estão guardados.
Esta área deve ser adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de
guichê para recepção do material usado. Os utensílios de mesa já higienizados
não devem entrar em contato com os sujos.
Área para recepção das matérias primas, contendo quando possível, pia para pré-
higiene dos vegetais e outros produtos.
Preparo de hortifrúti
Área de consumação
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térmico deve estar limpo, com água tratada e limpa trocada diariamente, mantido
a temperatura de 80 a 90ºC. Estufa ou pass trough limpos mantidos à
temperatura de 65ºC. Balcão frio, regulado de modo a manter os alimentos no
máximo a 10ºC. Os ornamentos e plantas não devem propiciar contaminação dos
alimentos. As plantas não devem ser adubadas com o adubo orgânico e não
devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem sobre os balcões de
distribuição. No refeitório é permitida a existência de ventiladores de teto ou
chão, desde que o fluxo de ar não incida diretamente sobre os ornamentos, as
plantas e os alimentos.
Sala da administração
A área deve estar localizada acima do piso da área total da cozinha, com visor que
facilite a supervisão geral do ambiente e das operações de processamento.
Esta área é exclusiva para higienização de material de limpeza e deve ter tanque
provido de água fria e quente.
Deve existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. Quando não houver
separação de áreas deve existir pelo menos uma pia para higiene das mãos, em
posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos, torneiras
dos lavatórios acionadas sem contato manual. Não deve existir sabão anti-séptico
para higiene das mãos nas pias utilizadas para manipulação e preparo dos
alimentos, devido ao alto risco de contaminação química dos alimentos.
Calor úmido: É aquele tipo de cocção onde um líquido faz parte do cozimento.
Esse tipo de cocção se subdivide em:
• Imersão em água
Imersão em gordura
Calor seco: É o tipo de cocção onde não existem líquidos de adição fazendo
parte do cozimento só os que compõem internamente os alimentos.
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✓ Vantagens: retenção de todas as substâncias dos alimentos,
redução do tempo de cocção economia de combustível pré-cocção.
✓ Desvantagem: nenhuma em particular.
✓ Preparações mais indicadas: cozidos em panela de pressão;
cozidos em cuscuzeiros e defumados.
Controle de custos
Despesa: É tudo que é necessário mas não se transforma em receita: luz, gás,
aluguel, mão-de-obra, impostos
Ficha técnica
Fator de correção
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São as alterações (perdas) que acontecem nas etapas de pré-preparo ou preparo
quando executamos atividades como descascar, descongelar, catar, limpar,
desossar. Essa perda é de fundamental importância no planejamento. Através da
utilização do FC será possível obter ao final do preparo a quantidade definida
inicialmente. O fator de correção dos alimentos poderá ser definido na cozinha,
ou através de tabelas prontas existentes na literatura.
Fator de cocção
São as alterações que acontecem na etapa de cozimento dos alimentos. Para cada
alimento existe um percentual de perda ou ganho. As perdas ou ganhos na etapa
de cocção acontecem dependendo do tipo de cozimento utilizado. Alguns tipos do
cozimento reduzem ou eliminam as perdas. Dependendo da preparação ou do
alimento ao invés de perdas acontecem ganhos. Abaixo alguns alimentos ou
preparações que tem um ganho de peso no processo de cocção: arroz, bife à
milanesa, feijão, peixe empanado, macarrão. Os cálculos de ganhos ou perdas,
quando feitos detalhadamente, poderão trazer reduções de custo, principalmente
em carnes já que são os elementos de maior peso no custo das refeições. Alguns
fatores levam a uma diferença entre os valores teóricos encontrados nas tabelas e
os valores observados na prática dos restaurantes. São eles:
✓ Condição de compra do alimento
✓ Tipo de preparação (equipamento)
✓ Manipulação individual (experiência, habilidade etc)
✓ Condições de armazenagem
Aquisição:
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✓ Aproveitamento Nutricional – o valor dos alimentos é definido pelo
que o organismo pode aproveitar. Quanto mais preservados esse valor
nutritivo maior será o aproveitamento no organismo.
✓ Não jogar fora os talos de verduras pois eles contêm muitas vitaminas e
são ricos em fibras. Sempre pique e refogue com temperos e / ou ovos
batidos.
✓ Todas as folhas verde-escuro são ricas em ferro. Podem ser aproveitadas
em refogados, sopas, carnes e saladas.
✓ A cabeça do peixe é nutritiva e serve para preparar pirão ou enriquecer as
sopas.
✓ Folhas de nabo, rabanete e beterrabas têm maior concentração de
carboidratos, cálcio, fósforos e vitaminas A e C, se comparadas com a raiz.
Podem ser picadas e servidas em saladas, refogados ou conservas.
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✓ As folhas de cenoura são riquíssimas em vitamina A e devem ser
aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinha em saladas.
✓ Cozinhe as verduras com cuscuzeiro, aproveitando o vapor. Assim elas não
perdem o valor nutritivo.
✓ Cozinhe os alimentos com pouca água e tampe as panelas para aproveitar
as vitaminas. Posteriormente, aproveite essa água para preparar caldos,
sopas ou purês.
✓ Adicione batatas cruas cortadas às sopas ou ensopados que tenham ficado
salgados demais. As batatas vão absorver o sal durante o cozimento.
✓ A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce, que se prepara
como doce de mamão verde.
✓ Para conservar a salsa fresca, leve, deixe secar e corte bem fininho. Depois
guarde a salsa num vidro, coberta com óleo.
✓ Cozinhe os talos e folhas verdes da couve-flor até ficarem macios e sirva
com manteiga derretida ao molho branco. Além de saboroso, é muito
nutritivo.
✓ Com cascas de maçã você pode preparar um agradável chá e também um
saboroso refresco.
✓ As verduras duram mais tempo se guardadas em papel absorvente, dentro
de recipiente ou saco plástico em refrigeração.
✓ Compre alimentos que estão na safra, pois são de melhor qualidade e
geralmente apresentam preços menores.
1. Planejamento
2. Pré-preparo (Mise-en-place)
3. Preparo
4. Avaliação
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Planejamento
1. Seleção de receitas
2. Verificação de insumos em estoque e compras
3. Análise das partes que compõe o trabalho
4. Leitura atenta da receita (esta fase realiza-se mentalmente)
5. Estabelecer a ordem da execução
Pré-preparo (mise-en-place)
Preparo
Avaliação
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2. Consistência: saber se o resultado final ficou com a consistência como deveria
ser.
3. Temperatura: servir as preparações em temperaturas adequadas.
4. Odor: o odor das preparações deve ser aquele que se espera dos alimentos,
principalmente da base que o compõem.
5. Paladar: observar se as preparações ficaram com gosto desejáveis e
esperadas. Em caso de insucesso, é importante analisar a causa do erro,
criticá-lo impessoalmente, reformulando as técnicas.
Setores da cozinha
Cada setor é responsável por uma parte do processo produtivo como um todo.
Isso significa que cada pessoa ou setor produz parte de um processo, por
exemplo.
PRÉ-PREPARO
Setor responsável pela higienização, limpeza e corte de legumes e frutas.
AÇOUGUE
Setor responsável pela limpeza corte e tempero de carnes, aves, peixes e frutos do
mar.
COZINHA QUENTE
Setor responsável pelas produções quentes este setor é responsável pelos
principais, carnes e acompanhamentos, molhos quentes, sopas, etc.
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• Sobremesas
• Bolos
• Pães
• Petit Four
SETORES DE APOIO
São setores que interferem e auxiliam a cozinha para que o serviço a ser oferecido
seja eficaz. São esses:
✓ Administração (gerência)
✓ Lavagem de panelas (copa suja)
✓ Higienização de pratos (copa)
✓ Limpeza geral
Organograma da Cozinha
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Descrição de cargos
• CHEFE DE COZINHA
Organizar a cozinha;
Estabelecer os menus;
Levantar o custo dos alimentos;
Elaborar as fichas técnicas;
Supervisionar a produção de alimentos
• ABOYER
Receber as comandas;
Ordenar a marcha dos serviços;
Despachar o pedido, fazendo uma avaliação final.
Geralmente é o próprio chefe da cozinha
• SUBCHEFE ou SOUS-CHEF
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Manter em dia as provisões da despensa (seca e a temperatura controlada
– câmaras frias);
Porcionar os pescados, carnes e aves;
Supervisionar, renovar e repor o estoque da cozinha diariamente; caso
trabalhe em pré-preparo
Preparar os pratos frios, saladas, antepastos
Produzir o buffet frio
• CONFEITEIRO ou PATISSIER
• AJUDANTE DE COZINHA
• AÇOUGUEIRO ou BOUCHER
• FOLGUISTA ou TOURNANT
Cortes clássicos
Introdução
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Para o desenvolvimento correto dos cortes utilizados nas preparações é
importante o conhecimento dos diferentes tipos de facas e suas respectivas
funções, que é o principal instrumento de trabalho dos profissionais da área de
gastronomia. Dos cortes existentes os mais conhecidos e utilizados são os cubos
de diversos tamanhos, brunoises, bastonetes, julienne fina, paysanné e torneado.
São eles que farão a diferença na apresentação final do prato.
Os tipos de corte
PALITOS
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BÂTONNET – BASTÃO - Corte
retangular de 0,6 x 0,6 x 6-7 cm . Se
utiliza principalmente em batatas
fritas e em outros legumes de
guarnição
CUBOS
RODELAS
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CHIPS - Corte bem fino
(utilizado para batatas).
PORTUGUESA –
Corte de 0.8 cm (usada na batata
sauté).
TORNEADOS
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CHÂTEAU– Torneado de 8 cm.
BOLEADOS
OUTROS
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CONCASSÉ - Corte exclusivo para
tomate sem pele e sem sementes.
Exemplo: Tomate para saladas e
molhos.
Ervas
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Introdução
Os óleos essenciais, por sua vez, são misturas complexas de compostos vegetais
exaltadas por certas plantas aromáticas. São produzidos nos diferentes órgãos
vegetais, estando contidos em estruturas especiais ou em aparelhos secretores.
Podem ser encontradas em raízes (por exemplo, raiz forte), folhas (manjericão),
flores (camomila), casca de árvores (canela) e cascas de frutas (laranja). As ervas
são caracterizadas por seu conteúdo de ativos. Esses ativos são óleos essenciais,
alcalóides, minerais, vitaminas e glicose, entre outros. Eles são os responsáveis
pelo gosto, aroma ou ação terapêutica das ervas, dependendo da porcentagem em
que estão presentes.
A fitoterapia evoluiu primeiro que a culinária quando se fala de ervas, visto que
os primeiros fármacos tinham em sua composição básica o uso de ervas de
acordo com a doença. A aplicação na gastronomia evoluiu com a necessidade das
crescentes civilizações em armazenar e conservar principalmente proteínas, bem
“mascarar” odores oriundos do processo de putrefação e facilitar a digestão.
Usos
As ervas aromáticas têm grande importância na culinária. Ramos inteiros ou partes
picadas podem ser usadas para temperar os mais variados alimentos. Para melhor
aproveitá-las, as ervas frescas devem ser adicionadas somente no final do cozimento;
caso contrário, acabam perdendo os óleos essenciais. Também é comum utilizá-las como
enfeite no prato ou até mesmo no drinque. Usadas sozinhas ou combinadas entre si, as
ervas dão o último toque aos pratos. Embora existam muitas recomendações sobre qual
erva combina melhor com um determinado alimento, elas não precisam ser
necessariamente seguidas. Cada pessoa é livre para fazer suas próprias experiências e
descobrir como encontrar os sabores que mais lhe agradam - em outras palavras, para
criar ou dar seu toque pessoal na culinária.
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As ervas frescas são as preferidas dos chefs, primeiro pela cor e sabor mais vivos e leves
que proporcionam porém, tem uma durabilidade mais curta.
As ervas secas ao serem moídas perdem grande parte do seu sabor e potência.
Ervas secas tem uma maior concentração cerca de cinco vezes mais forte tanto em sabor
quanto em propriedades químicas, porém perdem algumas substâncias geralmente
ligadas a cor e aroma, ficando mais pálidas.
As ervas secas não tem data de validade determinada, mas perdem as características de
cor e sabor com o tempo.
O termo erva vem do latim herba, que significa grama ou folhas verdes. Na culinária é
erva ou planta utilizada pelo seu sabor.
A palavra especiaria, em contrapartida, não tem uma base científica: é um termo
genérico para qualquer material de origem vegetal , exceto folhas, que acrescenta aromas
e sabores fortes à comida.Originária do latim Species, a palavra indicada um sortimento
de mercadorias e se referia de início a produtos comerciais obtidos no Oriente, entre os
quais as Especiarias constituíram uma parte importante. Elas podem ser raízes, rizomas,
cascas sementes, frutos ou flores, mas na maioria das vezes são sementes. As ervas em
geral são verdes e de sabor relativamente suave, enquanto as especiarias podem ser
marrons, pretas ou vermelhas e têm sabores mais fortes.
Como as especiarias quase sempre são nativas das regiões tropicais, e as ervas crescem
principalmente nos climas temperados, as diferenças culturais e lingüísticas podem
complicar esse quadro . Por exemplo, a planta coentro e suas folhas são conhecidas por
este nome, mas as sementes, chamadas de coriandro, são uma especiaria.
As ervas fortes
As ervas fortes devem ser usadas no início da cocção, pois seus sabores se “achatam” se
fundindo ao sabor do restante dos ingredientes, proporcionado uma sensação gustativa
mais “arredondada”na boca.
Já com as finas o que se quer é o gosto delicado, o frescor e a refrescância.
Ervas fortes: salsas, tomilho, alecrim, louro, sálvia, orégano, estragão, manjerona,
azedas.
Ervas finas: coentro, verbena, cebolinha, hortelã, manjericão, endro, cerefólio, aneto
(ou dill).
Armazenamento
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acondicionas em sacos ou potes plásticos bem fechados. Ervas como dill, salsa crespa,
salsa lisa, cebolinha, cerefólio e estragão também podem ser congeladas inteiras ou
picadas. Nelas, o aroma, os ativos e o aspecto físico são mantidos. A conserva com óleo e
vinagre é outra opção. Nesse caso, os óleos essenciais passam para a solução,
aromatizando-a por muito tempo. Por último, temos os patês, que são ervas ou outros
condimentos misturados com óleo e sal.
Alecrim
Origem: Europa, Região mediterrânea.
Tempera bem carnes de caça, coelho, vitela e cordeiro, pratos com batatas assadas, ovos
e queijos.
Usado também em pizzas, focaccia, massas e risotos.
Alfazema
Origem: Europa, Ilhas Canárias, Turquia e Ásia Menor.
Aromatiza geléias, vinagres doces, cremes e carne cozida à provençal. As flores,
cristalizadas, decoram pratos. As folhas jovens são empregadas em saladas verdes e
frescas.
Bouquet Garni
Um condimento para caldos, sopas e guisados, atados com um cordel longo para que
possa ser retirado da panela antes de servir. A versão italiana do ramo de cheiros leva
louro, salsa, orégano e alho.
Camomila
Use as pequenas flores amarelas e brancas, semelhantes a margaridas, em saladas. As
flores secas da camomila inglesa são usadas para fazer um chá tranqüilizante.
Capim Limão
Popular nas cozinhas da Tailândia, Vietnã, Camboja e Ilhas da Indonésia, condimenta
aves, peixes, frutos do mar, saladas e um típico prato filipino chamado binakoe. Usa-se
também colocar sobre carnes de ovinos e caprinos para assar e dar gosto.
Cebolinha
Conhecida pelos chefs de cozinha como “ciboulette”, é mais suave que a cebola, podendo
substituir o alho. Os bulbos podem ser macerados em vinagre e as flores roxas ou cor-de-
rosa decoram e aromatizam saladas. Erva emblemática da culinária francesa.
Cerefólio
Rico em vitaminas A, C e ferro, útil no tratamento de pressão alta, tem sabor doce e
aromático. Existe uma variedade, com sabor açucarado, lembrando erva-doce ou anis.
Fervido perde todo o aroma, por isso deve ser usado fresco picado sobre a travessa já
pronta.
Coentro
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Origem: Europa ( Região Sul ) e África.
Um dos condimentos do tempero indiano Caril, na Alemanha entra na elaboração de
picles e embutidos. A raiz é muito consumida na Tailândia como vegetal. No nordeste do
Brasil, suas folhas condimentam pratos de peixe. Os grãos podem aromatizar bolos, pães
e licores.
Cúrcuma
Também chamado de açafrão-do-amazonas, açafrão-de-raiz, açafrão-da-terra, ou
gengibre dourado. É empregada como agente corante em molhos, arroz e sucos de fruta.
Na indústria de alimentos, dá coloração brilhante à mostarda e ao picles. A parte usada é
o rizoma, seco e moído em forma de pó.
Estragão
Origem: Ásia ( Sibéria, Rússia e Mongólia ).
As folhas podem ser empregadas na elaboração de manteigas aromáticas e sopas.
Aromatiza a mostarda, molhos clássicos franceses, como o béarnaise, molho tártaro e
vinagres.
Hortelã
Bastante usada na culinária do Oriente Médio para temperar carnes , sucos e o tabule e
kibe, pratos típicos. Na Grécia, suas folhas são empregadas no prato chamado tzatziki.
O mentol, é empregado na indústria alimentícia como aromatizante de balas.
Louro
Origem: Ásia Menor
Com ação estimulante sobre o apetite, é um dos componentes importantes do ramo de
cheiros (bouquet garni), as folhas podem ser usadas frescas ou secas. Algumas folhas
colocadas num frasco de conserva com arroz vão dar gosto e evitar os gorgulhos.
Salsas
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Salsa crespa – Bastante utilizada como elemento decorativo, colorindo e dando forma a
diversos pratos.
Salsa comum – Uso geral, principalmente décor. Podendo ser utilizadas as folhas e os
talos. Possui bastante celulose.
Sálvia
Origem: Europa (Região Mediterrânea )
Na Itália, tempera pães e carnes de caça: é famoso o saltimboca àlla romana, feito com
presunto, vitela e sálvia e ainda o fígado àlla salvia.
Segurelha
Na França é empregada para aromatizar o licor Chartreuse.
É usada para temperar todos os tipos de feijões, verduras, carne de porco, sopa de
lentilha, vinagres aromáticos, patês e vinha-d´alhos.
Tomilho
Típico da culinária francesa entra na composição do tempero ervas finas.
Usado para aromatizar marinadas, queijos, pratos com vinho, molhos, carnes grelhadas,
embutidos em geral e batatas. Junto c/ o limão fica bem em compotas de frutas. Uma das
ervas preferidas dos chefs pela sua neutralidade.
Especiarias
Introdução
História
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Depois da Segunda Guerra Mundial, as especiarias começaram a ser vendidas em
caixas e frascos, atraindo a atenção da consumidora moderna. Atualmente,
enriquecem a alimentação, conferindo sabor e aroma aos pratos, “e sofisticam a
gastronomia com a descoberta de novas combinações”, completa Nelo
Linguanotto, profundo conhecedor de especiarias e proprietário da Bombay
Herbes & Spices. O fascínio pelas cozinhas exóticas e por novas culturas colocou-
as em posição de destaque no cardápio de restaurantes badalados. Os brasileiros
ainda são um tanto conservadores e econômicos quanto ao uso dos condimentos,
mas o consumo aumenta cada vez mais.
Prova disso são as inúmeras opções – das mais comuns às exóticas – enfileiradas
nas prateleiras dos supermercados e das casas especializadas. Nos pratos
indianos, por exemplo, são combinados normalmente mais de seis tipos de
especiarias.
Recebimento e Compra
Jamais compre grandes quantidades de tempero, pois, com o tempo, ele perde
aroma e sabor.
Uma boa idéia para quem prefere temperos inteiros, como grãos ou pau de
canela, é colocá-los em uma trouxinha de gaze, retirando-a no final do preparo.
Principais especiarias
AÇAFRÃO
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ANIS
Semente usada principalmente em Confeitaria para aromatizar caldas e doces,
também em balas.
BAUNILHA
Parte da orquídea centro americana que é colhida verde e curada em ambiente
especial.Usada em sorvetes, e doces à base de creme, chocolate e frutas de sabor
suave (não muito azedas).Na Culinária moderna, também é usada em alguns
pratos salgados
CANELA
Dá um sabor amadeirado e delicado aos pratos.As cascas são utilizadas em
infusões e depois retiradas, e a canela em pó é polvilhada diretamente sobre a
receita.
CARDAMOMO NEGRO
Tem três vezes o tamanho do verde e suas sementes são bem pretas. Os grãos
negros e brilhantes dão notas de couro e menta ao curry com ele preparado.
CARDAMOMO VERDE
Junto com a pimenta-do-reino é considerado o rei das especiarias. Tem perfume
penetrante, que mistura limão, pimenta e uma nota de cânfora.
COENTRO EM GRÃO
Nascido no Oriente Médio, suas folhas e grãos conquistaram toda a ÁSIA.
No Curry, o coentro acrescenta o perfume entre o limão e a sálvia.
COMINHO
Em semente ou em pó é muito utilizado no preparo de carnes, geralmente
associado à pimenta –do- reino. É encontrado na culinária Árabe, marroquina,
indiana e mexicana
CRAVO- DA –ÍNDIA
O cravo dá sabor floral aos pratos. Inteiro, é empregados na confecção de doces
em calda ou em caldos de carne e ensopados; em pó é usado em bolos de
especiarias.
CÚRCUMA
Obtida através da raiz de uma planta asiática, é uma especiaria de cor amarelo-
alaranjado, prima do gengibre. Destila um leve sabor picante e almiscarado.
Também conhecida como açafrão -da- terra, embora não tenha nada a ver com a
o açafrão verdadeiro
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CURRY
Mistura de especiarias feitas na Índia, mas principalmente para o consumo
externo. O curry é uma mistura de coentro, cominho, feno grego, alho, gengibre,
canela, cravo, cúrcuma, cardamomo, pimenta-do-reino e pimenta vermelha.
ERVA-DOCE (FUNCHO)
As sementes são usadas para preparar pratos como carne de porco (lingüiças,
embutidos), aves e cordeiro. Num registro de paladar diferente, é delicioso no
preparo de peixes gordurosos (arenque) ou para aromatizar Pães e bolos.
Seu chá tem efeito digestivo.
FENO-GREGO
Pertence à família do trevo. Seus grãos liberam amargor e adstringência, além de
fragrâncias que evocam a salsa com notas de caramelo.
GENGIBRE
Fresca, essa raiz de origem asiática é usada em pratos orientais, desde a Índia, até
o Japão passando pela Tailândia e a Indonésia. É vendido em conserva, doce ou
azeda, fresco ou em pó. É responsável pelo sabor picante sutil de alguns pratos,
aos quais acrescenta também um sabor cítrico.
KÜMMEL (ALCARÁVIA)
Semente usada principalmente no Norte da Europa para aromatizar queijos e
vários preparados salgados, como o pretzel, por exemplo. Também é o sabor
dominante da Aquavit - aguardente Escandinávia.
MACIS
É a membrana laranja- avermelhada que cobre a casca da noz-moscada.
Seu sabor lembra uma mistura de pimenta-do-reino com canela, porém mais
sutil.
MOSTARDA
Pode ser usada em forma de sementes ou preparado em pó ou pasta.
As sementes são mais utilizadas na cozinha indiana Os preparados são de uso
mais comum em todas as cozinhas, em molhos para salada, carnes ou para
acompanhar frios e embutidos.
NOZ-MOSCADA
Ideal para acompanhar pratos com queijo (torta e quiches), espinafre (suflê) e
batata(ao forno, gratinada com queijo e creme de leite).
Para se obter um sabor mais forte, deve ser ralada na hora de usar; moída com
antecedência tende a perder o sabor o aroma rapidamente.
41
PÁPRICA DOCE E PICANTE
Condimento em pó feito a partir das pimentas vermelhas de tamanho médio.
A versão doce é feita com pimentas doces (que são as não picantes, essas não
contém açúcar.) É a picante com uma variação mais picante. É usada na culinária
húngara em ensopados (goulash), mas também é bastante versátil para ser usada
em outros pratos. Na versão picante, pode substituir pimenta vermelha moída.
PIMENTA CALABRESA
Conhecida na Itália como peperoncino, tem múltiplos usos- basta gostar de
pimenta. Pode ser vendida seca inteira ou em flocos.
PIMENTA SÍRIA
É uma mistura de pimenta da Jamaica, canela e pimenta- do –reino. Usada na
culinária Árabe em quibes, esfihas e muitos outros pratos.
PIMENTA EM FLOCOS
Pimenta- dedo –de - moça seca e flocada. Dura muito seca.Pode ser utilizada em
qualquer prato que requer pimenta (comida baiana, mexicana), como substituto
da pimenta fresca.
PIMENTA-DO-REINO
São grãos verdes que secados ao sol ficam pretos. Além do sabor picante, ela traz
notas amadeiradas e perfumes que lembram o incenso.Usada no dia-a-dia da
cozinha, a versão em pó permite uma infinidade de usos.É uma versão mais leve
às pimentas vermelhas, porém mais nociva á saúde.
URUCUM
Depois de moídas, as sementes são usadas para dar um tom alaranjado aos mais
variados pratos da culinária brasileira, em quase todo o país.A versão em pó
(colorífico) encontrada no comércio é mais barata, mas contém farinha e outros
ingredientes que empobrecem e o sabor e acaba restando apenas a cor.
ZIMBRO
Fruta vendida seca e utilizada na aromatização do gin, em preparados com carne
de porco e caça.
42
Frutas e Legumes
Introdução
FRUTAS
Introdução
Na gastronomia as frutas podem ser usadas nas mais variadas formas como:
Compotas inteiras ou purê em calda, cristalizadas, secas, sucos, sorvetes, sorbets,
chutneys (cozinha indiana), molhos doces ou salgados, salada de frutas, licores,
batidas, cremes, vinhos, etc.
o Cítricas:
o Laranjas, limão, tangerinas, etc.
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o Vermelhas:
o Morango, amora, framboesa, etc.
o Amiláceas
o Banana, alguns tipos de castanhas.
Na sua conservação deve ser analisado qual o tipo de fruta, numa regra geral as
frutas devem ser acondicionadas em caixas com furos para melhor ventilação e
tipo como a banana nunca deve ficar em refrigeração, pois escurece a casca,
ficando com a aparência comprometida,
Outro item que deve ser analisado, é se há o desejo que a fruta amadureça mais,
assim dividimos em Climatérias e Não Climatérias .
A sua higienização deve ocorrer mesmo nas frutas em que a casca será retirada,
para evitar a contaminação para a sua polpa. No caso de frutas que serão servidas
com a casca a técnica e preocupação deverá ser a mesma dos legumes folhosos.
LEGUMES
Introdução
Legumes são de origem vegetal – podendo ser usados nos mais diversos métodos
de cocção, podendo servir de acompanhamento ou guarnição, prato principal,
sopas, saladas e conservas .
Definimos pela palavra “legume” toda planta ou parte da planta, utilizados pela
alimentação humana, em estados crus ou cozidos, com exceção dos cereais,
aromáticos, etc.
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Toda planta é composta de raízes, caule, folhas, flores e fruta (o) e semente em
cada planta (legume) uma ou mais partes são utilizadas, levando-se em
consideração os itens abaixo.
Princípio da sazonalidade
• Legumes de fruto
• Legumes de Caule
• Legumes de Bulbo
• Fruto de Flor
• Tubérculos
• Cogumelos
• Folhosos
• Legumes de Fruto
Parte externa, e de polpa suculenta. O fruto da planta pode ser consumido cru
(tomate, pimentões, etc.) como cozido (berinjela, abobrinha, etc.). Temos que
tomar os devido cuidados com o recebimento e acondicionamento.
Quanto ao recebimento:
Quanto ao acondicionamento:
✓ Caixas baixas, claras e com furos para a ventilação,
✓ Câmara positiva para maior duração,
✓ Área externa para as que desejem amadurecer (Ex: Tomate)
✓ Higieniza-la para maior segurança.
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• Tubérculos
Quanto ao recebimento:
Quanto ao acondicionamento:
• Legumes de Caule
Legumes no qual a maior (ou única) utilização é o caule, que pode ser
consumidos crus, cozidos ou fazendo parte de bases de condimentos e devem ser
recebidos e acondicionados com os mesmos critérios de outros legumes, os
exemplos abaixo servem como modelo:
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✓ Erva doce ou Funcho – Talos maiores e firmes, folhas de verde claro.
Evitar os batidos, higienizar bem entre as camadas e acondicionar sobre
caixas baixas em câmara frigorífica positiva coberta com tecido fino.
• Legumes de Bulbo
Legumes de Flor
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Cogumelos
Folhosos
Produto que deve ter na sua higienização os maiores cuidados, pois, geralmente
vem seguido de excesso de terra, pequenos parasitas e elementos entre as suas
folhas. Devendo ser utilizado o processo de pré lavagem, molho e enxágüe. Na
cocção deve seguir o processo de todo legume verde:
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Grãos
Introdução
Pães, cereais, arroz e massas possuem uma coisa em comum - são todos feitos de
grãos. Qualquer alimento feito de trigo, arroz, aveia, milho ou outro cereal é um
produto que utiliza grãos. Esses alimentos devem formar a base de uma dieta
por alguns motivos.
Primeiro, os alimentos em grãos são ricos em carboidratos complexos, a melhor
fonte de energia para o seu corpo. Como principal combustível do corpo, os
carboidratos fornecem constantemente a seu cérebro, coração e sistema nervoso,
energia para manter seus movimentos, sua respiração e sua mente. Os produtos
em grãos também fornecem vitaminas B e ferro (especialmente se forem
enriquecidos ou incluírem o grão integral), assim como outros fitonutrientes
benéficos (substâncias em plantas com efeitos protetores à saúde). Além disso,
muitos alimentos em grãos têm fibra.
A história
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• A semente é rica em vitaminas B, vitamina E, microminerais,
antioxidantes e fitonutrientes.
• 1 fatia de pão
• 28 g (aproximadamente 1 xícara) de cereal pronto
• 1/2 bagel, torrada ou pão doce
• 1/2 xícara de ceral cozido, arroz ou massa
• 1 panqueca ou waffle com 10 cm de diâmetro
• 5 a 6 biscoitos integrais
• 3 xícaras de pipoca
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CEREAL
Entende-se por cereal qualquer grão ou fruto comestível da família das gramíneas
(que nasce em espiga) que pode ser usado como alimento. São fontes de energia.
Cereais são as plantas cultivadas por seus frutos (do tipo cariopse) comestíveis,
normalmente chamados grãos e são na maior parte gramíneas Os cereais são
produzidos em todo mundo em maiores quantidades do que qualquer outro tipo
de produto e são os que mais fornecem calorias ao ser humano. Em alguns países
em desenvolvimento, os cereais constituem praticamente a dieta inteira da
população, pelo baixo custo de produção e por serem em sua maioria,
basicamente compostos de carboidratos e fibras proporcionando uma maior
sensação de saciedade por mais tempo ao comensal.
Cereais verdadeiros
Pseudocereais
Além desses, diversas não-gramíneas são cultivadas pelas suas sementes. Estes
pseudocereais incluem (em nenhuma ordem particular)
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• Amaranto
• Trigo sarraceno (especial para crepes)
• Quinoa (originário do Andes, usado em missões espaciais)
Os grãos e cereais devem ser limpos (catados), antes da cocção pois alguns podem
apresentar alguns detritos que podem comprometer o resultado final da preparação,
alem de oferecer riscos a saúde bucal (pedras). Pede-se que antes da cocção ele seja
deixado de molho por um período desejavel de 12h, para que amoleça o grão facilitando a
cocção, e substâncias não-funcionais possam se diluir no molho (melhora da digestão).
Outro cuidado na cocção é que após levantar a fervura a cocção aconteça em temperatura
amena, a razão disso é que se a cocção ocorrer em temperatura alta a casca vai cozinhar
antes e desprender do grão. Isso ocorre pois a casca (parte externa) é mais delicada que o
grão e cozinhando em temperatura baixa os grão ficam inteiros e com uma aparência
mais agradável.
São cereais:
✓ Arroz
✓ Aveia
✓ Canola
✓ Cevada
✓ Linhaça
✓ Milho
✓ Mostarda
✓ Trigo
AVEIA
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TIPOS DE ARROZ
• Polido
• Parbolizado
• Arbóreo
• Japonês
• Basmati
• Jasmine
• Negro
• Selvagem
• Integral
• 7 cereais
POLIDO
PARBOLIZADO
ITALIANO
O mais usado para fazer risoto, ele concentra bastante amido, o que confere
aquela consistência cremosa. Também tem uma incrível capacidade de absorver
condimentos.
JAPONÊS
BASMATI
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JASMINE
NEGRO
Ainda não é muito popular por aqui, embora seja conhecido na China há milhares
de anos. Era chamado de arroz proibido por ser um alimento exclusivo do
imperador. Contém pitadas de ferro e, portanto, pode ser útil para afastar a
anemia.
SELVAGEM
Esse grão, que não é arroz embora seja conhecido como tal, cresce
espontaneamente próximo aos lagos da América do Norte e do Canadá. Com
sabor de nozes ou avelãs, vai bem com peixes e legumes.
INTEGRAL
ARROZ 7 CEREAIS
É a mistura de 7 cereais
1. Arroz Integral
2. Arroz Selvagem
3. Trigo Integral
4. Aveia Integral
5. Cevada
6. Centeio
7. Triticale
HARUSSAME
FOLHA DE ARROZ
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MILHO
É uma ótima fonte de energia como opção aos celíacos que não podem consumir
o glúten do trigo.
TRIGO
• ARROZ PILAF
• RISOTO
ARROZ PILAF
É uma técnica de Cocção a fim de deixá-los tenros soltos e leves. Pode ser
condimentado com ervas e especiarias.
RISOTO
GRÃOS
✓ Feijões diversos
✓ Lentilhas
✓ Grão de Bico
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✓ Soja
✓ Trigo
✓ Quinoa
FEIJÕES
FARINHA-FEIJÃO-CARNE SECA
Tripé culinário do Brasil há séculos
FEIJÃO BRANCO
Usado em sopas e saladas, também fica excelente em cozidos com frutos do mar
como com carnes bovinas e suinas. Servido frio como salada é muito apreciado.
FEIJÃO VERMELHO
FEIJÃO PRETO
FEIJÃO CARIOQUINHA
FEIJÃO AZUKI
FEIJÃO DE CORDA
Feijão- fradinho ou feijão- de- corda, usado no preparo de acarajé, baião de dois.
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ERVILHAS
GRÃO DE BICO
LENTILHA
Altamente nutritiva. É uma leguminosa mais tenra. Contém ferro, cálcio e fibra
que estimulam o bom funcionamento do organismo. Apreciada nas festas de final
de ano. Com preparações parecidas com os grãos acima ela é muito utilizada na
cozinha árabe-judaica misturando com arroz e cebolas fritas, entre outras.
SOJA
Utilizada em grão em saladas, tem vários subprodutos como a carne vegetal (pts,
pvt )óleos, farelo, farinha,leite vegetal .
Largamente utilizada na cozinha vegetariana pelo seu alto grau de proteína a soja pode
ser usada tanto em grão como salada como dextrinizada ou em flocos para a preparação
de pratos
o Estrogonofe
o Hambúrguers
o Cozidos
o Recheios
TRIGUILHO
Ou Trigo para kibe, muito utilizado na culinária árabe. Usado também em saladas
como o tabule e kibe de forno (assadeira).
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QUINOA
Introdução:
As marinadas
Marinar - do latim mare, que significa mar – é mergulhar carne vermelha, de ave
ou peixe em uma mistura líquida, antes de cozinhá-los com a finalidade de
melhorar seu sabor ou de torná-los mais tenros. O número de horas da marinada
depende do tipo e da acidez da marinada, do tamanho, formato e textura da
carne, entre outras coisas.
Quanto mais ácida as marinadas, menor o tempo, e é ótimo para a carne ficar
macia. A marinada pode conter Yogurte, coalhada, suco de frutas ácidas (limão,
laranja, tomate), vinho, vinagre, cerveja. Podem conter algum tipo de óleo para
acrescentar suculência a carnes menos macias e mais rijas. Considerando que o
sabor relativo ao tipo de óleo escolhido.
As marinadas não devem ser utilizadas se a carne for ser frita, porque a carne
absorveu líquidos.
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Tempo de marinadas
A Carne Caprina
59
deficitários, além de seu consumo diretamente nas propriedades e sua
comercialização ocorrer basicamente em mercados informais.
As Carnes exóticas
As carnes exóticas estão fazendo cada vez mais a cabeça dos brasileiros que estão
deixando de torcer o nariz para este tipo de prato. Responsabilidade esta, das
churrascarias, que viram neste tipo de filão uma saída para inovar e trazer até um
certo glamour ao paladar de seus clientes.
Carne de Avestruz
60
É uma carne macia e saborosa, alternativa ao consumo de carne vermelha, pois é
semelhante à carne bovina em coloração, textura e sabor alem de apresentar
vantagens e benefícios nutricionais. Possuem reduzido níveis de colesterol com
alto teor de ácidos graxos insaturados Omega 3 e omega 8.
Recebimento
Estocagem
Degelo e Higienização
Correto
Manipulação
Refrigeração
61
Manter os cortes porcionados ou temperados em câmara fria até 3 dias.
Quando alguém lhe convidar para convidar para comer uma carne de vitela,
aceite imediatamente. A vitela é o boi com menos de 4 meses de idade. Sua carne
é mais tenra, de cor clara e pouco gordurosa. Tem as mesmas propriedades
nutritivas que a carne de boi, porém é mais fácil de digerir. E como tem menos
gordura, é aconselhada nas dietas de emagrecimento. Não se esqueça, porém, de
agradecer ao convite!
Não compre carne em açougues não muito confiáveis. Procure ser cliente de um
estabelecimento bom, limpo e onde o açougueiro não seja apenas um cortador de
carne, mas um profissional competente. Alguém que saiba cortar a carne,
confirme as especificações exigidas e que, na falta daquela que você procura,
possa orientá-la, com segurança, sobre outro tipo que possa substituí-la, sem
problemas.
A tabela é esta:
62
✓ Para o churrasco a quantidade aumenta para 500 a 600 gramas se for
servida apenas a carne ou 400 a 500 gramas se for acompanhada por
saladas, pães ou mandiocas.
Antes de ser posta à venda, a carne bovina sofre um processo de maturação, que a
torna mais macia e tenra. No mercado existem cortes limpos, embalados a vácuo,
e congelados, que podem ser conservados até por 60 dias, sem risco de
contaminação. É o tipo chamado de carne resfriada. Às vezes sua cor é escura, o
que não significa estrago. Cada corte é uma dádiva, que você usa bem ou mal, tira
proveito ou não. Há cortes para diferentes destinações. Para melhorar sua arte
culinária. Ponha o pedaço certo em sua receita.
Para assar: rosbife, bisteca com osso, miolo de alcatra, picanha, maminha,
coxão duro ou mole, lagarto, patinho e ponta-de-costela.
Para refogar: cupim, acém, bisteca, patinho, fraldinha, capa de filé e filé de
costela.
Para ensopar: Além dos que servem para refogar, entram rabo, tutano, ponta
de agulha, aba de filé, peito e carne moída.
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1 - Pescoço 2 - Acém 3 – Peito
10 - Ponta de
11 - Maminha 12 - Coxão mole
agulha
16 - Alcatra
17 - Capa de filé 18 - Coxão duro
(+Picanha)
Braço: conhecida por paleta ou pá, é carne nervosa, que leva muito tempo para
cozinhar. É de “segunda”.
Capa de filé: outra carne nervosa, de “segunda”, que pede muito tempo no
cozimento.
Contra Filé: também conhecido por filé do lombo. Muito macio, é magro mas
sua parte externa mostra grossa camada de gordura. Fica ótimo assado e frito.
Com ele é feito o tradicional bife à cavalo (com ovo frito). Corte nobre do lombo
do boi, fica ao lado do filé mignon.
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Costela: também conhecida como pandorga e assado. Cercada de osso e
gordura, é apropriada tanto para cozidos como para assados. É fibrosa e requer
preparo lento, que pode chegar a 12 horas no "bafo" da churrasqueira, ou seja,
longe da brasa.
Lagarto: de “primeira”, formado por fibras longas e magras, com uma parte
externa gordurosa. Também conhecido como lagarto-branco e tatu. Carne dura,
nada suculenta, com formato arredondado. Em assados, deve ser bem passado e
pode ganhar recheios de farofa, cenoura ou lingüiça. Cru, cortado em fatias
finíssimas, faz sucesso como carpaccio.
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Músculo: às vezes considerado de “segunda”, às vezes de “terceira”. Cortado
com osso toma o nome de osso-buco, muito valorizado na cozinha,
principalmente a italiana. Ideal para sopas, caldos e cozidos. Deve ficar no fogo
até amaciar. Desfiado pode ser usado também em saladas frias. É de ótimo sabor.
Picanha: inteira ou em bifes, essa carne é muito macia e suculenta e não pode
faltar na grelha de um bom churrasco. Mas também pode ser preparada no forno,
frita ou cozida. A parte mais tenra é a pontinha. Ao comprá-la, não se deixe
enrolar. Ela deve ter não mais de 25 centímetros de comprimento e o peso ideal é
de 1 quilo a 1.500 gramas, além de possuir um aspecto “marmorizado”, ou seja,
entremeado por gordura. Se pesar mais você estará pagando uma parte em coxão
duro e a peça não terá maciez uniforme.
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MÉTODOS DE COCÇÃO
▪ Grelhar
Escalope
▪ Grelhar
▪ Fritar (empanado)
Brochete ou Espeto
▪ Grelhar
Ossobuco
▪ Cocção lenta
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Manipulação e corte de proteínas - Aves
As aves são um tipo de proteína muito bem aceita. Especialmente no Brasil a carne mais
consumida é a de frango. Geralmente as galinhas são separadas para o comércio de ovos.
A carne branca é muito indicada em dietas por ser de mais fácil digestão do que a
vermelha e ter um custo mais baixo e ser menos calórica.
Recebimento
Estocagem
A estocagem deve ser feita em caixas plásticas apropriadas para aves, no caso de
congeladas, sem o papelão em câmaras de congelamento a 18ºC -.
No caso de refrigeradas devem permanecer no máximo por três dias em câmara fria,
de preferência já porcionadas no corte correto.
Degelo e Higienização
O processo de degelo é tão importante para a correta manipulação das proteínas quanto
a sua conservação.
Correto
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• Porcionamento – Corte e porcionamento
• Acondicionamento – Colocar a proteína porcionada em caixas apropriadas e
em câmaras frigoríficas.
Manipulação
▪ Carne com alto nível de gordura ▪ Carne com baixo nível de gordura
▪ Cocção mais rápida ▪ Cocção lenta
▪ Perda rápida de umidade ▪ Perda de umidade lenta
▪ Assar ▪ Cozinhar
▪ Cozinhar ▪ Brasear
▪ Fritar ▪ Estufar
▪ Grelhar
▪ Saltear
RECONHECIMENTO DE AVES
O corte do frango
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Não se esqueça de que existem diferenças na textura da carne, dependendo da
parte d onde é retirada e se o corte não for feito de maneira correta, você corre o
risco de dividir a ave em partes mal acabadas, que se desfazem nas bordas.
MÉTODOS DE COCÇÃO
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Coxa e Sobre Coxa
▪ Carne fibrosa
▪ Cocção lenta
▪ Assar
▪ Grelhar (sem osso)
▪ Cozinhar
▪ Fritar (já cozido)
▪ Carne macia
▪ Cozinhar
▪ Assar
▪ Fritar
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O corte do porco
Por ser um animal de pequeno porte, o porco pode ser comprado inteiro ou em
partes. Caso você esteja pensando em preparar um belo prato com carne suína,
fique atento às informações da figura e tabela que seguem:
Perna dianteira: com ou sem osso, pode ser usadas em assados ou cozidas.
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Toucinho: gordura fresca de porco. Muito usado na culinária do interior do
Brasil, principalmente na cozinha mineira.
Recebimento
▪ Carne rosada
▪ Sem pontos escuros de batida ou sangue acumulado
▪ Ausência de pelos
▪ Sem característica de recongelamento
▪ Inodoro
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MÉTODO DE COCÇÃO
Pernil/Paleta
▪ Assar
▪ Brasear
▪ Grelhar (se em bifes), apenas
pernil
Barriga
▪ Fritar (torresmo)
Costela
▪ Assar
Bisteca
▪ Grelhar
▪ Assar
▪ Estufar
Lombo
▪ Assar
▪ Estufar
▪ Grelhar (se em bifes)
▪ Fritar (se empanado)
Rabo, Orelha e Pé
▪ Cozinhar
▪ Estufar
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A Carne Ovina
A ovelha que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando pequeno
como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-
família Caprinae, que também inclui a cabra.
Tanto se falou de cordeiro, que vale explicar também a diferença entre carneiro
ou cordeiro, uma dúvida bastante comum. É chamado cordeiro o animal, filho do
carneiro, geralmente até 6 meses de idade. Quando o animal está entre 7 meses e
1 ano de vida é chamado borrego. Passada esta fase é considerado carneiro.
Usualmente, há dois momentos para abate de cordeiro: 8 semanas (cordeiro
premium) e 4 meses (cordeiro precoce).
MÉTODOS DE COCÇÃO
Bisteca de cordeiro
▪ Grelhar
▪ Assar
▪ Estufar
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Carré francês
▪ Grelhar
Paleta de cordeiro
A Carne Caprina
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As Carnes exóticas
As carnes exóticas estão fazendo cada vez mais a cabeça dos brasileiros que estão
deixando de torcer o nariz para este tipo de prato. Responsabilidade esta, das
churrascarias, que viram neste tipo de filão uma saída para inovar e trazer até um
certo glamour ao paladar de seus clientes.
Carne de Avestruz
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Manipulação e corte de proteínas
Introdução
PESCADOS
DEGELO
CORRETO
78
Porcionamento
Para um bom aproveitamento dos peixes temos que tomar alguns cuidados de
procedimento que são:
Quanto ao Recebimento
Quanto a Estocagem
79
• Manter em refrigeração positiva
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CORTES & MÉTODO DE COCÇÃO
Posta
▪ Grelhada
▪ Assada
▪ Moquecada
▪ Cozida (Poché)
Filet
▪ Grelhado
▪ Frito (empanado)
Iscas (Goujon)
▪ Frito (empanado)
▪ Grelhada
▪ Assada
Cozida (Poché)
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PEIXES BRASILEIROS DE ÁGUA DO MAR
ANCHOVA LINGUADO
ATUM MANJUBA
BADEJO MERLUSA
BONITO NAMORADO
CAÇÃO PARGO
CAVALA PESCADA PORQUINHO
CAVALINHA ARRAIA
CHERNE ROBALO
CORVINA SARDINHA
ESPADA TAINHA
GALO TAMBORIL
GAROUPA VERMELHO
CRUSTÁCEOS MOLUSCOS
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CARACTERÍSTICA & COCÇÃO
FRUTOS DO MAR
CARACTERÍSTICAS DE RECEBIMENTO
Crustáceos
❖ Pouco gelo externo
❖ Casca firme e difícil de retirar
❖ Falta de pontos escuros
❖ Carne firme ao toque
o Molúsculos
❖ Ostras somente frescas
❖ Polvo sem pontos escuros e falta de muco escuro
❖ Lulas pele clara e firme ao toque
❖ Mexilhões e vôngoles com cascas e fechadas
Método de Cocção
Crustáceos Molúsculos
▪ Grelhado ▪ Refogado
▪ Salteado ▪ Salteado
▪ Gratinado
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▪ Frito ▪ Frito (empanado)
▪ Refogado ▪ Grelhado (após cozido)
▪ Cozido (Poché)
▪ Gratinado
Molhos
“Os molhos são preparações líquidas, mais ou menos espessas, quentes ou frias que
acompanham um alimento, realçam sabores, identificam preparações e melhoram a
aparência de um prato. Podem ser simples misturas de ingredientes ou preparações
elaboradas com técnicas apuradas. Podem ser crus ou cozidos, ácidos, picantes,
adocicados ou ligados”. (Araujo et al., 2007).
Introdução
Molhos são preparações líquidas com ou sem liga resultado de uma mistura,
redução ou homogeneização de elementos utilizados na sua fabricação.O papel do
molho é temperar, melhorar, saborizar e umedecer os alimentos que serão
servidos. Molhos podem ser usados para pratos salgados ou para sobremesas.
Inicialmente sua principal função era mascarar possíveis características
resultantes de processo de putrefação. Na sua feitura deve se ter cuidado com o
tempo de cocção e o momento exato da inclusão de cada ingrediente, priorizando
sempre a qualidade. Os molhos têm também a função de enfeitar os pratos e de
complementar e unificar os sabores existentes, além de umedecer as carnes
grelhadas/ assadas.
Atualmente os molhos estão menos gordurosos e mais leves e coloridos
acompanhando uma tendência da cozinha contemporânea de reduzir
gordura/calorias.
Os molhos fazem parte das bases de cozinha.
84
Molhos básicos
Também são conhecidos como molhos mãe. Os molhos podem ser divididos
segundo a temperatura de serviço em quentes ou frios.
85
Base Liquida
• Vinagrete
Derivados:
Emulsionado Frio
• Maionese
Derivados:
• Especiais
Ex:
o Caesar – Azeite de oliva, molho inglês, gema de ovo crua, anchova
picada, alcaparras picadas, alho picado e ceboulette;
o Mango chutney- Geléia de manga com passas e especiarias
levemente avinagrada;
86
o Yogurte com dill – Yogurte, creme de leite, suco de limão e dill
picado.
Base clara
o Bechamel (molho branco)
o Velouté
Base Clara
• Molho Bechamel
Leite fervido com uma oignon piquet (cebola cravejada com louro e cravo)
Roux branco – Farinha de trigo dextrinizada com manteiga derretida numa
proporção de 50% por 50%.
Temperado com sal e nós moscada ralada.
Derivados:
87
• Velouté
Fundo claro de:
o Ave;
o Legume;
o Peixe;
o Vitela.
o Peixe
• Cardinal – Veloute de peixe com creme de leite e manteiga de
camarão ou lagosta, pimenta cayena.
• Bercy – Veloute de peixe com vinho branco, salsa picada.
o Vitela
• Hongroise – Veloute de vitela com vinho branco e páprica;
Base Escura
• Demi-Glace
Redução a base de carne bovina (ossos e aparas de carne tostada) e mirepoix
(cebola c/ casca e queimada, aipo, alho-poró e cenoura), bouquet garni (salsa,
louro e tomilho), extrato de tomate e vinho tinto seco, caso necessário roux
escuro.
Derivados:
o Champignon e Madeira – Demi Glace com redução de Vinho Madeira,
cebola e champignon laminados;
o Dijon – Demi Glace com mostarda
• Jus Roti
Redução a base de carnes assadas (aves, caças, bovino, suína, etc.) com mirepoix
e bouquet garni e vinho branco ou tinto.
Derivado:
o Bigarade – Jus roti de pato com suco de raspas de laranja;
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Ferruginosa
• Tomate
Cozido concentrado a base de tomates (sem pele e semente, caso possível)
maduros, mirepoix e bouquet garni.
Derivado:
o Bolognesa – Molho de tomate com carne moída (o original é com
ragout de carne)
o Rabiatta – Molho de tomate apimentado
o Matricciana – Molho de tomate com pimentão e cebola em juliana e
bacon picado.
Emulsionado Quente
• Hollandaise e Béarnaise
Molho emulsionado em banho-maria de manteiga clarificada, gema de ovos e
redução de vinho branco, cebola e pimenta do reino branca. No caso do
Bearnaise é acrescentado estragão.
Derivados
o Hollandaise
• Mousseline – Molho Hollandaise com creme de leite
o Beárnaise
• Choron – Molho bearnaise com purê de tomates.
Especiais
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Ligações ou Espessantes
Introdução
Agentes espessantes
Agentes espessantes são ingredientes ou combinações de ingredientes, usados
para dar corpo e/ou liga a preparações líquidas agregando-lhes também sabor e
textura.
Os espessantes servem para engrossar líquidos, conferindo-lhes corpo sabor e
textura.São base da cozinha clássica.Utilizadas na confecção de molhos, cremes,
sopas,pudins,suflês,confeitaria.
Elaborados
• Amido (roux, farinhas, maisena)
• Creme de leite
• Gelatina
90
Ligação com creme e gemas (Liaison)
Os molhos ou veloutés podem ser ligados com creme de leite, com gemas ou com
uma mistura dos dois, se for desejada uma untuosidade maior na preparação.
Gelatina: É utilizada para dar corpo ou liga a preparações servidas frias. Quanto
maior a quantidade de açúcar e ingredientes ácidos, maior a quantidade de
gelatina necessária. A gelatina seja em pó, seja em folha, deve sempre ser
previamente hidratada.
Existe um tipo de gelatina vegetal o ágar -ágar, extraída das algas marinhas, que
pode ser utilizada em preparações quentes, geralmente é utiliza em dietas
vegetarianas, pois a gelatina convencional é de origem animal.
Beurre manier: Utilizado para dar consistência mais espessa, de modo rápido,
a um líquido por meio de adição de manteiga e farinha cruas (nas mesmas
proporções). Utilizar manteiga sem sal amolecida e farinha de trigo em partes
iguais. Amolecer a manteiga e acrescentar a farinha peneirada, misturar até obter
uma pasta. Colocar o beurre manier aos poucos no molho fervendo até obter a
consistência desejada.
91
Ligação com amido: A ligação de molhos com amido garante uma mudança de
consistência imediata. Sempre diluir o amido em um líquido frio para depois
adicionar ao líquido fervendo.
A cozinha chinesa usa maisena para espessamento pois produz um molho mais
translúcido do que a farinha que resulta um molho mais branco. Muitas vezes a
receita indica o uso de maisena como espessante mas não dá a quantidade exata.
Para as receitas chinesas, em geral se usa 1 colher de sopa de maisena para 1
colher de sopa de água que é suficiente para espessar meia xícara de molho com
espessura média. Diluir a maisena em água fria e acrescentar ao molho quente,
levando a fervura. Adicionar mais maisena diluída até se obter a consistência
desejada.
Receita básica
Colocar a cebola picada na frigideira com o óleo, cozinhar até a cebola ficar
translúcida, adicionar a farinha de mandioca, cozinhar mexendo continuamente
(como no roux). Acrescentar o caldo e mexer até ficar espesso e cremoso.
92
O Roux
93
Proporção do Roux e líquido
Farinha + Manteiga = Roux + Líquido = Molho
190 g + 190 g = 380 g + 4 litros = leve
250 g + 250 g = 500 g + 4 litros = médio
375 g + 375 g = 750 g + 4 litros = denso
Uma boa dica dos profissionais é usar dois tipos de roux na mesma
preparação, o escuro para dar sabor e o claro como espessante. Quanto mais
se escurece o roux, menor sua capacidade espessante, assim para o mesmo
grau de espessante você precisa mais do escuro e do médio do que do claro.
Cozinhe o roux por alguns minutos até que comece a ter alguma cor, assim
perde o sabor de cru. Este roux claro é indicado para molhos claros (Molho
Bechamel), sopas delicadas e creme de vegetais. Misturando este roux claro ao
leite você terá o molho Bechamel e com fundo claro uma base para Velouté.
O roux médio é cozido até que tenha uma coloração bege, como a cor de um
croissant, sendo indicado para molhos mais robustos, sopas mais ricas e
sabor.
Você pode usar na mistura manteiga ou óleo ou mesmo uma combinação dos
dois com a farinha. Para enriquecer o sabor, a manteiga é o melhor, mas para
sopas ricas em sabor, a sugestão é usar óleo para que os sabores dos
ingredientes da sopa não conflitem com o sabor do roux.
Para que as preparações que usem o roux não embolotem e formem grumos,
se deve mexer continuamente e colocando o líquido devagar e gradualmente.
Grumos são sempre um problema que ocorre e é muitas vezes a razão de se
virar a página de uma determinada receita. Para evitar, a dica é usar o roux
quente e o líquido frio para pequenas quantidades de molho, para grandes
quantidades, usar o roux frio e o líquido quente.
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Métodos de Cocção
Introdução
Não existe nenhum histórico comprovado do começo da cocção dos alimentos,
mas acredita-se que deve ter acontecido quando um pedaço de carne caiu no fogo
e os homens das cavernas para não desperdiçar a carne comeram-na.
Isso deve ter sido o começo de tudo e passado milhares de anos essa ação de
cozinhar os alimentos está ainda longe de terminar. Cada vez mais aparecem
equipamentos, técnicas e sobretudo ingredientes inusitados que inovam essa
arte.
Arte essa que não é somente arte e sim técnica. Quando cozinhamos temos que
entender toda e qualquer reação que o método vai causar no alimento em cocção.
Lógico que é possível fazer culinária sem necessariamente ter que aplicar algum
tipo de cocção seja ela por indução térmica (calor ou frio) ou por reação de
agentes químicos (acidez ou salga). Todavia, quando falamos de cocção não
significa que devemos simplesmente colocar o alimento em água, vapor seco, etc.,
e esquecermos que temos que acompanhar todo o momento todo o processo.
Quando falamos de cocção, isso não quer dizer somente calor e também acidez,
isso quer dizer que se colocamos um alimento em alimento ácido (fruta cítrica,
vinagre, etc.) a cocção também acontece. Isso reforça ainda mais o péssimo
hábito que temos de temperar proteínas com suco de limão, isso deve ser banido
em casos como marinadas, salvo exceções (pratos típicos como o ceviche).
Quando cozinhamos estamos quebrando as fibras que há no alimento, facilitando
a digestão e em muitos casos de carnes mais ricas em fibras, facilitar a
mastigação.
Isso entra em outro assunto sobre carnes de primeira e de segunda, se o animal é
bom ele é todo de primeira se é ruim todo ele é de segunda.
O que isso significa?
Para cada parte ou tipo de proteína o método de cocção deve escolhido para
extrair o melhor do alimento.
Alimentos diversos pedem métodos de cocções apropriados como veremos a
seguir:
Assar
Cocção realizada em ambiente fechado e seco, devendo ter o conhecimento do
produto a ser assado para que o mesmo não fique seco. Podemos assar os
seguintes produtos:
• Bovinos (cupim, picanhas, costela, etc.)
• Suínos (pernil, carré, leitão)
• Aves (frango, pato, codornas, perdiz, etc.)
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• Peixes (inteiros ou com molho em caso de pedaços)
• Legumes de frutos (tomate, abobrinha, berinjela, etc.)
• Tubérculos (batatas inglesas, asterix, doce),
• Frutas (figos, maçãs, peras, banana, pêssegos, etc.)
• Massas (gratinar ou assar regada com molho)
• Proteínas recheadas ou em crostas
Brasear
Cocção recomendada para alimentos em que se faz necessário a quebra da fibra,
com mínima perda de umidade, utilizando um recipiente fechado como panela,
por exemplo. Podemos começar e terminar em fogão ou começar no fogão e
terminar em forno (na mesma panela, neste caso recomenda-se panela de ferro).
O método brasear é recomendado para proteínas com fibras de difícil quebra, tal
como:
• Aves caipiras e selvagens
• Carne suína
• Rabo, carne bovina dianteira, lagarto, etc.
• Folhosos (endívia, repolho, acelga, etc.)
Estufar
Método de cocção parecido com o brasear, mas o que difere é que a quantidade
de líquido é maior cobrindo o alimento a ser cozido, podendo ser utilizado em
diversos produtos. Lembrando que o líquido restante não é descartado, mas
utilizado na finalização do alimento (carne assada, bife de panela, rolé).
Fritar
O processo fritar significa cozer alimentos imersos em gordura quente (deep fry).
Não vamos confundir fritar com frigir, pois como na definição acima aludida,
fritar é envolver em óleo ou elemento gorduroso e frigir é quando utilizamos uma
quantidade reduzida de gordura/óleo para preparar o alimento como (ovo, bifes,
etc.). Temos que ter cautela, pois fritar retira uma quantidade grande de
umidade. recomendamos fritar os seguintes alimentos:
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• Tubérculos como batata e outros tipos (previamente cozidos, dependendo
da espessura)
Cozinhar (poché)
Cozinhar é uma palavra muito ampla, pois tem como sinônimo o “método de
cocção”, mas quando falamos em cozinhar significa:
Cozinhar envolto em líquido. Esse processo também pode retirar a umidade do
alimento (apesar de estar envolto em líquido). Devemos cozinhar alimentos que
pedem esse método tais como:
• Tubérculos (via de regra, água fria no começo)
• Massas (água quente no começo)
• Aves (para desfiar)
• Frutas de polpa firme (igual massas)
• Legumes em geral (igual massas)
• Carnes bovinas e suínas (recomendamos brasear ou estufar)
• Ovos
Escaldar
Processo onde se deposita o alimento em peças geralmente grossas e curadas,
afim de se retirar o excesso de sal (nunca escaldar defumados). Também se aplica
para a melhor conservação de alimentos com estas características, desde que
seguido de choque térmico, ou ainda para se extrair odores característicos.
▪ Carne seca
▪ Bacalhau
▪ Bucho
▪ Costelas
▪ Rabo bovino
Grelhar
Apesar de usarmos largamente esse método o processo Grelhar somente refere-se
ao processo em que colocamos proteínas, frutas e legumes sobre uma grelha e
não chapa (também se convencionou chamar de grelhar). Podemos usar esta
técnica também em peças grossa com o objetivo de selar, caramelizando a parte
externa, reduzindo assim a perda de fluidos e aumentado a maciez durante o
processo chamado de “descanso” (roast beef).
O método grelhar deve ser usado em alimentos que não pedem uma grande
quebra de fibras, pois o mesmo é de cocção rápida podemos grelhar:
97
• Frutos do mar com casca (camarão, lagosta, lagostim)
Gratinar
Método no qual nenhuma fibra é quebrada e o único objetivo é dar uma crosta,
adicionado cor e sabor ao alimento através do calor seco de cima para baixo.
Qualquer alimento pode ser gratinado desde que esteja com uma cobertura em
cima, como:
• Molho branco
• Crosta de farinha de pão
• Queijos
• Maionese (bacalhau Zé do Pipo)
Branquear ou Escalfar
Método no qual o único objetivo é reaquecer um alimento previamente cozido ou
no caso de batatas fritas (pré-cocção em gordura). Seguido de banho-maria frio
serve também para esterilizar (processo semelhante ao usado na indústria de
leite, UHT - ultra high temperature) Usamos o processo em:
• Legumes em geral
• Massas
• Frutos do mar
Saltear ou refogar
Processo no qual o alimento é salteado numa frigideira em alta temperatura (para
que não se crie líquido excessivo). O método deve ser usado em produtos no qual
pouca fibra deve ser quebrada, pois como deve ser muito rápido a proteína,
legume, massa ou frutas devem ser macias. O refogado é largamente usado no
início da feitura de molhos e guarnições, podendo ser toda a base (guarnição à
francesa). Recomendamos:
98
Os alimentos transformam-se sob a ação do calor: as texturas e os sabores
mudam, as cores se alteram, há liberação de aromas e eles se tornam aptos a ser
consumidos. A cocção também serve para esterilizar a grande maioria deles.
Distinguem-se alguns métodos de cocção: por meio de calor seco, úmido, misto
ou combinado e por aplicação direta ou indireta de calor.
Calor seco sem gordura: Pode ser com ou sem gordura. O termo "calor seco sem
gordura" é empregado quando se aplica apenas o ar seco e nenhum líquido é
acrescentado: assar, grelhar e defumar.No caso do "calor seco com gordura", a
gordura adicionada tem função diferente dos líquidos de cocção, daí não ser
considerada elemento umedecedor: saltear, fritar com pouca gordura, e fritar por
imersão de gordura.
Assar no forno : Mediante aplicação de ar quente e calor direto. O tempo de
permanência varia de acordo com o peso e as características do alimento.
99
Assar ao ar livre: Utiliza-se uma churrasqueira cuja fonte de calor seja carvão ou
lenha. A intensidade do calor deve ser regulada de acordo com a carne, havendo
maneiras específicas para cada tipo. Assar no espeto, apesar de ser hábito muito
difundido, é objeto de controvérsias, já que a corrente dos "grelheiros" prefere o
uso das grelhas. A palavra assar, neste método de cocção é até discutível, pois
algumas correntes consideram "grelhar no espeto" o termo mais apropriado.
100
Fritar com pouca gordura
Frigir: Com pouca gordura, sempre muito quente, sem movimentar o recipiente
de cocção, ao contrário do processo de saltear.
101
À Doré: empanar em farinha de trigo, passar no ovo e fritar na manteiga.
Com massa: cobrir o alimento com massa feita de farinha de trigo, ovo, água, leite
ou vinho. Chama-se à Orly quando a massa é misturada com cerveja.
Calor úmido
Termo utilizado para designar o método de cocção em que vapor, água e outro
líquido estão envolvidos. A cocção úmida geralmente é lenta, na qual o vapor
penetra no alimento amolecendo as fibras. Pode-se cozinhar em líquido ou
cozinhar a vapor.
Cozinhar em líquido
• Escalfar (pocher): consiste em cozinhar em líquido, lenta e delicadamente,
sem tampar o recipiente, numa temperatura entre 65 ºC e 80 ºC, ou seja,
sem fervura.
Pode-se cozinhar à poché sobre fonte de calor utilizando-se:
• Fundos claros: para aves, peixes e frutos do mar.
• Água e sal: para ovos, defumados, miúdos e quenelles (massa cozida de
frango triturado).
• Leite: para ovos e miúdos.
102
aumenta a concentração de sucos. Pode-se tampar o recipiente de cocção ou
cobrir o alimento com papel untado com manteiga ou outra gordura.
Ferver (boil)
Cozinhar a vapor
Consiste em cozinhar no vapor que envolve o alimento, sem que o líquido entre
em contato com o mesmo. Este método reduz a perda de vitaminas e conserva o
valor nutritivo, sendo indicado para uma alimentação mais saudável e em dietas.
O cozimento a vapor pode ser feito de três maneiras:
103
Calor misto ou combinado
A cocção por calor misto realiza-se em duas etapas: inicialmente com calor seco,
em corpo gorduroso, com a finalidade de criar uma crosta protetora em volta do
alimento, impedindo a saída dos sucos, em seguida acrescentando-se líquida
aromatizado em maior ou menor quantidade, dependendo do método.
104
elemento gorduroso (manteiga ou gordura animal), que serve também
para regar o alimento.
Branquear Legumes
Esta técnica é utilizada pra dar uma pré-cocção e avivar a cor em legumes
verdes (ervilha, vagem, aspargo, brócolis...), vermelhos (beterraba, repolho
roxo...) e brancos (couve-flor...).
105
Fundos
Introdução: Os fundos fazem parte das bases da cozinha porque é a partir deles
que se constroem os mais variados tipos de molho, portanto tem um papel muito
importante na cozinha clássica e contemporânea.
Preparo básico
Mais informações
106
Existem dois tipos de fundos, a partir de sua origem:
Todos os Fundos podem ser claros ou escuros. Os fundos claros são feitos a partir
de vegetais, ingredientes aromáticos e ossos, com exceção do de vegetais. Os
fundos escuros, são feitos a partir de ossos assados, água, mirepoix caramelizado
e purê de tomate e ingredientes aromáticos.
TIPOS
• Legumes
• Ave claro
• Ave escuro
• Peixe (Fumet)
• Court Bouillon
• Crustáceos
• Remouillage
• Blanc
• Bovino claro
• Bovino escuro
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Fundo de legumes básico
Água 1,2 L
Legumes 1,5 kg
sachet d'épices (erva doce, cravo) q.b.
Tempo 1 hora
Fundo de vegetais
Óleo 60 ml
Cebola 115 g
Alho poro 115
Salsão 55
Cenoura 55
Nabo 55
Tomate 55
Alho 3 dentes
Água fria 4,5 Lt
Sachet d’épices + cravo da índia 1 und
+ erva-doce em sementes
Sue os vegetais no óleo, cubra com água e cozinhe em fogo brando por 40 min.
Rend: 04 Lt
Lave e coloque as carcaças na água fria e deixe em fervura branda por 3 horas,
depois adicione o mirepoix, e o sachet d’épices e deixe por mias 1 hora, retire as
impurezas, coe e resfrie.O fundo claro de boi pode ser feito da mesma forma, com
os ossos apenas cozidos, dê prefrência as partes com mais colágenos como canela.
108
sachet d’épices 1 und
Óleo para untar
Lave os ossos c, coloque numa assdaeira untada a 220 graus por 45 min, ou até
que dourem.Transfira os ossos para uma panela grande e reserve a
assadeira.Acrescente água fria aos ossos e cozinhe em fogo baixo por 4 horas em
fervura branda,escume as impurezas,quando completar o tempo.na assadeira
caramelize o mirepoix e faça o pinçage com o extrato, deglaceie com o caldo do
cozimento, ou vinho branco,junte o mirepoix a panela e cozinhe por mais 1
hora.Coe, resfrie e retire e gordura antes de utilizar.
Peixe (fumet)
Água 1,2 L
Espinhas/aparas/cabeças 1,5 kg
mirepoix branco 120 g
sachet d'épices 01
90 g aparas de cogumelos opção
Court bouillon
Água 1,2 L
Cenoura 60 g
Cebola 60 g
sachet d'épices + sal 01
600 ml vinho br/tinto ácido
60 ml vinagre
TEMPO 1 hora
Crustáceos
Água 1,2 L
cascas torrada 1,5 kg
mirepoix sauté 120 g
109
tomate sauté 30 g
sachet d'épices 01 und
90 ml brandy flamejado
Tempo 1 a 2 horas
Remouillage
Água 1,5 L
Bagaço de carnes 1,0 kg
Mirepoix 120 g
sachet d'épices 01
Tempo 4 horas
Blanc
Água 02 L
Farinha 30 g
60 ml
Opção suco de limão
sal, cebola piquée, alho
Tempo 20 minutos
Lave bem os ossos, coloque numa assadeira untada com óleo e asse a 220 graus
por 45 min a 1 hora, até que estejam bem dourados, transfira os ossos para uma
panela e reserva a assadeira.
110
Acrescente água fria aos ossos e cozinhe por até 6 horas, em fervura branda,
escume todas as impurezas.
Na assadeira em que foram assados os ossos, caramelize o mirepoix e faça o
pinçage com o extrato de tomate, deglaceie a assadeira com um pouco do líquido
do cozimento dos ossos, ou vinho tinto,e adicione o sachet d’épices.Cozinhe por
mais 1 hora,coe e resfrie.sempre retire a gordura antes de usar, que fica mais fácil
de remover depois de fria. Rend 4 lt.
Embelezadores
Introdução
Os embelezadores são parte das bases de cozinha e tem papel fundamental na
construção de um bom molho, eles tem papel de ajustar a consistência, cor e
sabor das preparações.
Os embelezadores e melhoradores de sabor são complementos de molhos e sopas,
cuja função é melhorar o sabor e a textura dos alimentos.
111
Pesquisas demonstraram que o beta-caroteno desempenha um papel importante
na prevenção de muitas doenças. Em ação ele funciona como um antioxidante,
neutralizando moléculas nocivas conhecidas como radicais livres. Ao fazer isto, o
beta-caroteno protege a valiosa carga genética que existe em cada célula, para
garantir sua saúde, diminuindo as possibilidades do envolvimento das doenças.
Com certeza, usar corantes naturais é bem melhor do que usar corantes
artificiais.
Sopas e Caldos
Introdução
Sopas são alimento líquido saboroso feito de ingredientes como carne, vegetais e
feijão, fervidos em água quente até que o sabor seja extraído formando um caldo.
A definição moderna de sopa e caldo foi estabelecida no século XVIII. Sopas
geralmente são mais líquidas, enquanto os caldos são mais engrossados e contêm
ingredientes sólidos. Caldos são cozinhados em recipientes fechados por períodos
de tempo maiores, com fervura leve e menos água. Tradicionalmente as sopas são
classificas em dois grandes grupos: sopa clara e sopa cremosa.
A palavra sopa origina-se do teutônico "suppa", que se refere a um prato
medieval contendo um ensopado espesso. A sopa mais rala tornou-se popular na
Europa no século XVII quando a colher foi inventada.
112
História da Sopa
Sendo a Sopa um alimento líquido ou pastoso, umas vezes feita somente de pão e
água, outras com cereais e, ainda, hortaliças e carne de diversos tipos. Presente
na alimentação humana desde que o homem pré-histórico encontrou um meio de
aquecer a água para cozer alimentos - a sopa foi, provavelmente, a primeira
comida elaborada e criativa da História, já que resulta da mistura de ingredientes
e estes são praticamente infindáveis. Afinal, diz a lenda, que, havendo água, até
de pedra se pode fazer uma sopa.
No século XII, sopa designa um pedaço de pão sobre o qual se verte caldo
fervente de carnes, legumes ou vinho, diretamente em travessas fundas de
madeira, barro cozido ou estanho. Uma crônica da época, conta que os priores e
abades foram os primeiros adeptos da iguaria, fazendo servir de 5 a 6 sopas
distintas diariamente, além de ser o tema um assunto de animadas conversas e
discussões.
Durante a Idade Média, as sopas, de fato, ganham notoriedade, não só nas
abadias e mosteiros. A medicina reconhece suas virtudes terapêuticas e passa a
prescrevê-la como remédio, sendo o caldo de galinha o mais cotado, antes de
qualquer outra.
Na mesa do pobre, ela era, de longe, o alimento complementar mais importante.
De ovos, favas, abóbora, alcachofra, alho-porro, ervilha, couve, rabanete e outras
hortaliças, em geral selvagens, era ela que, de manhã e de noite, ajudava a engolir
o pão duro e escuro dos camponeses, este, o principal elemento da alimentação
popular. O caldo dessa sopa era, quase sempre, temperado com cebolas e dentes
de alho e aromatizado com diversas ervas; sempre que possível, um pedaço de
carne, em geral de porco, salgado, temperado com gordura, manteiga ou óleo.
Foi, ainda, a essa altura, que as sopas começaram a aparecer no repertório
culinário da nobreza européia, mas, diferentemente da sopa dos pobres, os caldos
eram fartos em carnes e condimentados com muitas especiarias. Eram comuns as
sopas agridoces, nas quais usava-se mel e, mais tarde, açúcar. Também era
costume colorir as sopas: açafrão para ficarem amarelas, leite de amêndoas para
ficarem brancas.
Tempos modernos
De arquétipo das virtudes campesinas e posterior emblema da calma felicidade
burguesa, a sopa adentra a era moderna sofisticando-se. A partir do século XVI,
as cozinhas italiana e francesa deram o seu "toque de classe" à arte de prepará-
las. A primeira introduziu a novidade das massas e ervas aromáticas como o
tomilho, os orégãos e a manjerona. Na França, os cozinheiros davam o seu
melhor: cremes, bouillons, veloutés, consommés, batizando as suas invenções
com nomes de reis.
No século XVII, Louis XIII, rei da França, saboreava, diariamente, dois grandes
pratos de sopa. Entusiasmado com os legumes, mandou que se plantassem no
113
Palácio de Versailles os mais delicados e deliciosos legumes e estes passaram a
entrar nas inúmeras "potage de plaisirs" (sopa de prazeres) que se tornaram a
última moda entre a aristocracia francesa. Isto estimulou os cozinheiros da época,
entre eles, Françoise de la Varenne (1615-1678), que, sozinho, criou mais de 300
receitas diferentes.
Nas mãos dos mais célebres chefs franceses, as receitas reais se enriquecem e, no
século XIX, por toda a Europa, as sopas passam a abrir o menu dos jantares das
boas mesas. Uma mesma refeição pode comportar de duas a cinco sopas
diferentes: "A la Conti, A la Saint-Cloud, A la Dauphine, A la Pluche…". Nesta
época, o grande chef de cozinha Antoine Carême, atualizou as velhas fórmulas e
legou à posteridade as bases das receitas que ainda hoje se servem nos
restaurantes mais afamados do mundo inteiro.
Mais sofisticadas, com consistência mais leve, as sopas servidas como entrada
têm por papel abrir o apetite a fim de fazer honra à abundância das refeições
onde se sucedem, às vezes, mais de dez pratos. Paralelamente, a sopa guarda seu
status de prato único e substancioso junto às famílias pobres, sobretudo dos
camponeses.
A sopa tecnológica
O século XX assistirá à evolução dos modos de alimentação, inseparáveis das
transformações dos modos de vida humanos, mas a sopa continuou tendo
relevante papel na dieta universal. Com a tecnologia, vieram as sopas prontas, em
lata, desidratadas, congeladas, dos mais variados sabores, pra todos os gostos e
bolsos. Algumas são realmente muito gostosas e, todas, inegavelmente práticas.
Entretanto, numa noite de frio, quem resiste a uma sopinha caseira, feita com
ingredientes naturais fresquinhos, impregnando a casa com seu perfume e
fumegando na sopeira?
114
Na cozinha do Palácio da Ajuda, havia, sempre, canja fresca confeccionada para a
Rainha Dona Maria I, pois acreditava que a canja era fundamental para a
manutenção da saúde e, portanto, consumia - a diariamente.
Todos os Braganças gostavam de canja“, por isso, “Todos os dias vinha à mesa
real uma terrina de canja e uma travessa com galinha cozida e arroz branco
guarnecido com presunto e toucinho (…)”. A Família Real levou a receita para o
Brasil.
Os pratos são como o cartão de visita de um povo, porque fazem parte da sua
cultura gastronômica e da sua História. Isso acontece de uma maneira muito
especial com as sopas, que, em boa parte do mundo, são, tradicionalmente, o
primeiro prato da refeição principal do dia. Veja algumas delas:
Da Espanha: o Gazpacho (com tomate, pepino, alho, pão e azeite, servida fria).
115
Da Itália: o Minestrone (com feijão, massas e legumes,comumente feita com
lingüiça);
Da Tailândia: Tom Kha Gai (de leite de coco com frango, muito coentro e
outros aromas);
Dos Estados Unidos: Vichyssoise (de batata e alho porro, servida fria); Clam
Chowder (creme encorpado, quase em mingau a base de moluscos, batatas e
leite)
Do Egito: Melokhia (a base de uma erva egípcia que dá nome à sopa e carne de
cordeiro ou frango);
SOPAS FRIAS
SOPAS CLARIFICADAS
SOPAS CLARAS
SOPAS LIGADAS
116
Sopas Frias
As sopas frias são muito utilizadas no verão, em países de clima quente, como
Espanha (Gaspacho). No Brasil não temos um grande consumo de sopas deste
tipo, porém muitas vezes são utilizadas em alguns menus.
As sopas frias podem ter as seguintes bases:
Exemplos:
Gaspacho
Pepino e Yogurte.
Sopas Clarificadas
E x: Consommé
Trata-se de um caldo geralmente de carne, com sabor concentrado, porém
clarificado. Pode ser servido com gema de ovos, croûtons e crepes em julienne,
entre outros ingredientes.
O processo de clarificação é um processo onde se adiciona um ácido geralmente
do tomate, junto a uma clara de ovo, onde as partes mais densas e escuras do
caldo aglutinam e podem ser retiradas, formando um caldo translúcido, de cor
mais leve e refinada.
Caldos
Os caldos são da família da sopa, porém se destacam por serem mais espessos e
engrossados e conterem ingredientes sólidos. Em geral são cozidos com menos
água e por um tempo mais prolongado em fervura leve.
Caldinho de feijão
Caldinho de inhame
Caldo verde
Sopas Claras
As sopas claras são feitas à base carnes, aves, peixes, vegetais e grãos, entre
outros ingredientes fervidos em água quente para extrair o sabor dos alimentos.
Capeletti in Brodo
Sopa de Cebola com Queijo
Minestrone
Canja
117
Sopas Ligadas –Liés
Sopas claras e cremosas são as que mais combinam com guarnições mais
elaboradas. Sopas com ingredientes em pedaços ficam melhores com um
acabamento mais simples, como ervas picadas e parmesão ralado.
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Concassé de tomate e ervas
(sopas frias)
• Chiffonade de espinafre.
• Crôutons.
Outras idéias: • Especiarias moídas.
• Tirinhas de casca de limão
escaldadas.
• Camarões cozidos.
• Pétalas de flores comestíveis
como amor-perfeito, rosa ou
violeta (sopas frias).
• Gergelim ou sementes torradas
de abóbora.
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Ovos
Introdução
É muito provável que o primeiro alimento que cozinhou tenha sido um ovo. Na
realidade, para além da importância do seu valor nutritivo, o ovo tem muito
interesse pelas preparações culinárias que proporciona e que se devem às suas
múltiplas capacidades de coagulação, de aumentar de volume, emulsionante,
anticristalizante, corante, coagulante, aglutinante e espumante, que fazem do ovo
um "instrumento" indispensável na cozinha.
Aspectos nutricionais
Um ovo tem 13 nutrientes essenciais em quantidades variadas necessários para o
bom funcionamento do organismo, incluindo proteínas de alto valor biológico,
colina, ácido fólico, ferro, zinco. Tudo isso por apenas 75 calorias. Ovos são
importantes para as dietas de emagrecimento, força muscular, funcionamento do
cérebro, a saúde dos olhos e muito mais.Um ovo grande contém 6g de proteínas,
quase metade delas está na gema. Tem 4,5 g de gorduras (7% das necessidades
diárias), somente um terço desta é gordura saturada. Não contém gordura trans.
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- Rico em Vit. A, B, D e E, sais minerais e aminoácidos
- Contém cerca de 90 calorias
- A clara contém mais ou menos 15 calorias e a gema, mais ou menos 75
- Os ovos são boa fonte de ferro e fósforo
- É graças às proteínas que a clara coagula com o calor, ficam em neve quando
batidas, e é gelatinosa quando crua
- A gema contém os lípidios que dão a ela as características emulsionantes
(lembre-se da sua importância para preparar uma boa maionese)
- Contrariamente ao pensamento corrente, nem a cor da casca nem da gema têm
a ver com maior ou menor "qualidade" dos ovos. Os ovos podem ser preparados
de inúmeras maneiras: cozidos, escalfados, estrelados (o conhecido frito),
mexidos, em omeletes, e fazem parte da lista de ingredientes de um sem-número
de receitas.
Ponto de cocção
O tempo de um ovo estar cozido é tido como 10 minutos, em fogo brando. De
preferência, deixe atingir a temperatura ambiente antes de os levar a cozer. Para
que solte a casca facilmente, quando esteja cozido, retire imediatamente da água
quente e ponha em água fria por um minuto ou dois. Os ovos mexidos ou
omeletes ficarão muito mais macios se preparados em lume brando e antes de
levar ao fogo misturá-los com um pouquinho de leite e uma colherinha de amido
de milho.
Manipulação e conservação
Os ovos com a casca partida não deveriam ser consumidos. Também não se
deveria lavá-los antes de guardar.
As gemas cruas podem ser guardadas na geladeira por um dia ou dois num
recipiente tampado.
As claras devem ser imediatamente congeladas no freezer, em recipiente tampado
hermeticamente e de preferência cobertas com película, de forma a que não
fiquem em contacto com o ar.
Quando tiver que guardar um ovo já aberto, faça-o sem demora, pois o ovo,
principalmente a clara, deteriora muito rapidamente.
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• Lave com água e sabão as superfícies de trabalho, utensílios e mãos antes
de manusear o produto cru.
• Lave os ovos somente antes de utilizá-los.
• Coma ovos e os alimentos feitos dele bem fritos e cozidos.
• Os alimentos preparados com ovos devem ser armazenados na
geladeira para sua melhor conservação.
Compra
Nunca adquira ovos que estejam:
• Expostos ao sol;
• Junto a fontes de calor;
• Expostos a poeira (a casca do ovo é porosa);
Armazenamento
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Os ovos frescos podem ser deixados no ambiente uma temperatura próxima dos
18ºC, mas no máximo1 semana. Um ovo cozido conserva-se até 4 dias sem ser
descascado, 2 dias se descascado.
Uma gema de ovo crua conserva-se 24 horas, uma clara de ovo entre 6 a 12 horas
(uma sobremesa de ovos crus, mesmo batidos, como, por exemplo, uma mousse
não deve esperar mais de 24 horas).
Antes de ser consumido, o leite in natura deve ser fervido para que o perigo seja
descartado (pelas normas da ANVISA, os industrializados devem passar por esse
processo antes chegarem ao consumidor). Já com relação às carnes o cuidado
deve ser ainda maior, pois existe o risco da chamada contaminação cruzada.
A contaminação cruzada
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Atualmente, o mercado brasileiro dispõe de produtos que oferecem maior higiene
e segurança para contato com alimentos. São produtos que possuem proteção
antibacteriana incorporada durante a fabricação, que age continuamente
inibindo a fixação e proliferação descontrolada de bactérias em sua superfície,
tornando-os mais higiênicos.
• Não use preparações que contenham clara crua ou gema crua, substituindo
em mousses por gelatina ou cozinhando as claras com calda quente.
Curiosidade
Por que após serem cozidos, pode acontecer da gema adquirir o tom esverdeado?
• Ovo Mollet
1. Cozinhe os ovos em água fervente por 4 minutos e meio.
124
2. Em seguida, interrompa a cocção colocando-os em uma tigela com água e
gelo.
• Ovo Cozido
1. Deixe os ovos em temperatura ambiente.
4. Acrescente o vinagre na água (o vinagre ajuda para que a casca do ovo não
rache) e coloque os ovos com cuidado na água.
• Ovos Recheados
1. Cozinhe os ovos,
• Ovo Poché
1. Coloque água em uma panela e um pouco de vinagre ,quando começar a
fazer bolhinhas no fundo ,abaixe o fogo e mexa a água formando um
rodamoinho.
3. Deixe cozinhar por 4 minutos. Use uma escumadeira para tirar da água.
• Oeuf Cocotte
1. Pré- aquecer o forno e aquecer água para fazer banho-maria.
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• Ovo Frito
1. Leve a frigideira ao fogo
2. Acrescente óleo
• Suflê
1. Em uma frigideira grande, derreta a manteiga e junte o queijo gruyère.
6. Polvilhe com queijo parmesão e leve ao forno pré aquecido a 250º até
crescer e dourar. Sirva imediatamente.
• Ovos Mexidos
1. Numa tigela, misture os ovos, o leite, o sal e o queijo fresco.
• OMELETTE - FRANÇA
• FRITTATA - ITÁLIA
• TORTILLA - ESPANHA
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Na clássica cozinha francesa, a omelete é fofa e dobrada. Já na cozinha italiana, a
omelete recebe o nome de frittata, bem mais grossa e achatada, preparada numa
frigideira pesada.
Na preparação da frittata é comum a utilização de pimentões picados, aspargos
frescos, coração de alcachofra, vagem e ervas diversas.
Na omelete espanhola, conhecida como tortilla, frita-se uma generosa
quantidade de cebola e batata em azeite de oliva e depois juntam-se os ovos
batidos.
A tortilla é sempre virada na frigideira para fritar e dourar dos dois lados.
OMELETTE – FRANÇA
1. Separe os ingredientes pedidos na receita e pique a salsinha. Comece a
preparar o recheio.
2. Quebre os ovos numa tigela e junte o leite, o sal e a pimenta. Bata com um
garfo para misturar as claras com as gemas. Não bata demais, pois os ovos
incorporam ar e a omelete tende a ficar dura.
3. Coloque a manteiga numa frigideira antiaderente média e leve ao fogo para
derreter, sem deixar a manteiga queimar.
4. Quando a manteiga derreter, abaixe bem o fogo e coloque os ovos. Levante a
frigideira e faça um movimento circular para que todo o fundo seja coberto. Deixe
no fogo, sem mexer por alguns segundos.
5. Conforme as bordas da omelete se solidificarem, com a ajuda de uma colher de
pau, ou uma espátula de borracha, puxe-as para o centro da frigideira (imagine
uma cruz e puxe as pontas para o centro). O ovo ainda líquido irá escorrer para as
bordas. Continue fazendo o movimento de puxar as partes sólidas para o centro
até que não escorra mais. Retire do fogo imediatamente – a superfície deve ficar
bem molhada, pois a omelete continua cozinhando mesmo já servida no prato. As
omeletes podem ser omeletes simples, só os ovos fritos na frigideira, ou pode ser
adicionado outros ingredientes, como Fiambre, queijo, presunto, bacon, entre
outros.
6. Distribua o recheio sobre a omelette.
7. Com a ajuda de uma espátula, dobre a omelete ao meio.
8. Retire do fogo, salpique salsinha e sirva.
OMELETTE PLAT
Trata-se de uma omellette francesa, porém no tamanho de um prato.
FRITTATA - ITÁLIA
1. Coloque os ovos num recipiente e bata Acrescente o leite, o sal e a pimenta do
reino. Bata por mais alguns instantes. Reserve.
2. Pique o recheio, pode ser frutos do mar, legumes, prosciutto. Reserve.
3. Leve uma frigideira grande, ao fogo baixo. Acrescente o azeite, a cebola e
refogue por 2 minutos.
4. Acrescente o recheio e refogue por mais 1 minuto. Despeje os ovos batidos, e
não mexa mais. Polvilhe o queijo ralado por cima e tampe.
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5. Deixe a fritatta cozinhar por 10 minutos no fogo bem baixo ou até que os ovos
fiquem cozidos.
6. Retire do fogo, corte em pedaços e sirva a seguir.
TORTILLAS-ESPANHA
1. Corte as batatas descascadas.
2. Aqueça o óleo então adicione as batatas e as cebolas.
3. Reduza o calor ligeiramente e continue a agitar e cozinhar, sem bronzear,
por aproximadamente 15 minutos.
4. Usando a borda de uma espátula, corte as batatas enquanto cozinham.
5. Quando completamente macio e reserve as batatas .
6. Bata os ovos e o sal, então, agite nas batatas e misture bem.
7. Vire com o auxílio de uma tampa.
8. Cozinhe uns 5 minutos mais adicionais.
Queijos
Introdução
O queijo está por toda parte. Muita coisa combina com queijo - de sanduíches e
hambúrgueres a massas e saladas. Além de formar um par clássico com biscoitos
e torradas, é difícil imaginar uma pizza sem recheio de mussarela. Os americanos,
quando julgam alguma coisa de má qualidade ou grosseira, referem-se a ela como
"cheesy" (parecida com queijo). Quando eles tiram fotos, dizem Cheese! (queijo).
Definição
Queijo é um alimento sólido feito a partir do leite de vacas, cabras, ovelhas,
búfalas e/ou outros mamíferos. O queijo é produzido pela coagulação do leite.
Isto é realizado, em uma primeira etapa, pela acidificação com uma cultura
bacteriana e em seguida, empregando uma enzima, a quimosina (coalho ou
substitutos) para transformar o leite em "coalhada e soro". O processo da
coalhada desempenha um papel na definição da textura e sabor da maioria dos
queijos. Alguns queijos apresentam também bolores, tanto na superfície externa
como no interior.
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O componente mais importante do queijo é, sem dúvida, a proteína, sendo que a
gordura pode variar dependendo do tipo de queijo; o teor de umidade também
varia e está relacionado com o tempo de conservação do queijo resultante
(queijos mais desidratados são mais duros e com tempo maior de conservação)
Os queijos podem ser classificados de acordo com o tipo de leite, a textura, o grau
de maturação e a intensidade de seu sabor e aroma. A classificação mais comum é
de acordo com a textura (queijos duros e semiduros, macios, frescos, etc).
Houve uma época em que os queijos eram servidos no lugar da sobremesa nos
países europeus. Até hoje, os queijos costumam ser servidos para finalizar a
refeição (antes ou depois da sobremesa) em países como França, Grã-Bretanha e
Itália. Saiba como escolher os queijos e acompanhamentos para compor uma
tábua de queijos, seja para terminar uma refeição ou para servir como aperitivo.
História
Segundo a lenda, o primeiro queijo foi produzido quando alguém, provavelmente
no Oriente Médio, descobriu que ao transportar leite no estômago de um bovino
por um longo período o líquido se dividia em coalho e soro. Vestígios de queijos
foram encontrados em uma tumba egípcia datada de 3.200 a.C.; e até Homero fez
uma menção ao alimento na "Odisséia". O método tornou-se o modo popular de
preservar leite e mantê-lo conservado em climas quentes. Depois, viajantes
levaram o queijo para a Europa. Durante o período medieval, o queijo foi
aperfeiçoado por monges em monastérios, que o envelheciam em cavernas. A
bactéria e bolor que agora são adicionados manualmente existiam na natureza ou
foram introduzidos por engano, criando novos tipos de queijos.
129
O antropólogo Câmara Cascudo, em seu clássico estudo "História da Alimentação
no Brasil", afirma que essa valorização do queijo, obrigatório em receitas, não
veio do português, mas do italiano [fonte:"História da Alimentação no Brasil"].
De qualquer forma, o Estado de Minas Gerais é o principal fabricante de queijos
do país, com 50% da produção.
Tábua de queijos
• Pães frescos, de casca crocante e sabor neutro, para não "brigar" com o
queijo. Nada de pães com frutas secas, nozes, tomate ou azeitona.
• Frutas da época também podem ser incluídas. Mas evite as de sabor mais
ácido (limão, abacaxi, kiwi) e as muito doces. As mais indicadas são maçã,
pera, uva e figo.
• Frutas secas, como uva passa, damasco, ameixa e figo, combinam muito
bem com queijo, principalmente os duros, como o parmesão e o pecorino.
• Queijo fresco: o que está pronto para consumo logo após sua
fabricação.
• Queijo maturado: o que sofreu as trocas bioquímicas e físicas
necessárias e características da variedade do queijo.
130
Cada tipo de queijo maturado possui um prazo mínimo para maturação.
A denominação QUEIJO está reservada aos produtos em que a base láctea não
contenha gordura e/ou proteínas de origem não láctea.
PRINCIPAIS QUEIJOS
BRIE
De origem francesa. É um queijo de massa macia e quebradiça, maturado
externamente por Penicillium Candidun, que lhe confere sua característica casca
branca aveludada. Por isso também é conhecido como queijo de mofo branco.
CAMEMBERT
De origem francesa. Destina-se a consumo puro, em tábuas de queijo ou saladas
ou podem ser utilizados quentes, em versões culinárias. Servem também como
sobremesa, acompanhado de pêra.
CHEDDAR
O queijo Cheddar originário da Inglaterra, consumido nos Estados Unidos,
Canadá e Austrália. No Brasil é mais encontrado sob a forma de queijo
processado fundido (feito a partir de queijo cheddar).
COTTAGE
É muito popular nos Estados Unidos.São grãos da coalhada, imersos em uma
mistura de creme e sal.Seu sabor é ligeiramente ácido e salgado. Destina-se a
consumo puro ou acompanhando frutas e saladas, indicado em dietas de baixas
calorias.
CREAM CHEESE
Originário dos Estados Unidos. Pode ser natural ou adicionado de sabores. É
usado em sanduíches, em patês ou como ingrediente para o Cheesecake.
131
MOZZARELA DE BÚFALA
Original da Itália. Elaborado exclusivamente com leite de búfala. Seu sabor é
lácteo, fresco e ligeiramente adocicado.
FETA
Queijo de origem grega feito de leite de cabra, ovelha ou vaca. É um queijo
envelhecido, comumente produzido em blocos, com uma textura levemente
granulada. É servido como queijo de mesa, assim como em saladas ou empadas e
tortas.
PECORINO
De origem italiana, tem características específicas dependendo da região e da
forma como é produzido. É o nome genérico que se dá aos queijos feitos
exclusivamente com queijo de ovelha.
EMMENTHAL
Destina-se a consumo puro, em sanduíches, tábuas de queijo e gratinados. É o
queijo ideal para a preparação da Fondue.
GORGONZOLA
É originário da localidade de Gorgonzola, no Vale do Pó, nos arredores de
Milão.Queijo de leite de vaca, com aparência de mármore esverdeado, com uma
textura cremosa, macia e de sabor amanteigado. Neste queijo, assim como no
Roquefort e no Camembert, para o processo de maturação, são injetados fungos.
ROQUEFORT
É o rei dos queijos azuis, muito utilizado como queijo de mesa e em saladas.
Sabor característico, combinando o sabor doce com o paladar ácido. Aprecia-se
suas qualidades refrescantes.
MASCARPONE
O Mascarpone é uma variedade de queijo originária da região da Lombardia, na
Itália. Pode ser usado para substituir natas em receitas, como por exemplo
sobremesas e em molhos para massas.
GOUDA
É de origem holandesa. Destina-se a consumo puro, em sanduíches, aperitivo ou
saladas.
MUSSARELA
De origem italiana, a Mussarela antigamente só era fabricada a partir de leite de
búfala. Hoje dada a sua grande aplicação culinária, é fabricada a partir de leite de
vaca. É o queijo mais fabricado e consumido no Brasil.
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PARMESÃO
O Parmesão é de origem italiana. É um queijo de massa seca, sabor picante e
textura granular. Na Itália é conhecido como Grana, Parmegiano- Reggiano ou
Grana Padano. Destina-se a consumo puro, em saladas e carpaccio, ralado.
PROVOLONE
O queijo Provolone é originou-se na Itália, onde é encontrado em diversos
tamanhos com sabor variando do picante ao doce. É um dos queijos mais
conhecidos no mundo inteiro. Destina-se a consumo puro, em sanduíches,
aperitivos ou em aplicações culinárias.
OS QUEIJOS BRASILEIROS
Queijo requeijão: não há dados exatos sobre sua origem, mas o queijo cremoso
conhecido como requeijão foi criado no Brasil. O queijo é um resultado da fusão
de massa coalhada e creme de leite.
Queijo minas: tanto pode ser encontrado na versão mais curada como na
fresca. O queijo surgiu em Minas Gerais no período colonial, passando a ser
produzido industrialmente em 1880. O minas fresco é bem úmido, com sabor
suave, mas que vai se tornando mais seco e ganhando acidez conforme se torna
mais curado. O frescal, também conhecido por queijo branco é o segundo mais
vendido do país, só perde para a mussarela, campeã no ranking dos queijos (de
origem italiana).
Queijo coalho: criado no Nordeste, ele é mais ácido e salgado e costuma ser
assado em espetinhos, quase sempre na brasa. Hoje o queijo coalho também é
muito utilizado em receitas mais sofisticadas.
133
Massas
Introdução
História
Sabe-se que a massa começou a ser preparada logo que o homem descobriu que
podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma "pasta" (= "massa")
cozida ou assada. É difícil dizer onde e quando isso aconteceu. Muitos foram os
momentos em que a massa esteve presente na alimentação humana e até os
historiadores têm opiniões distintas entre si. A história da massa como um todo
(não existe uma história do "macarrão", em especial, nem esta é uma
denominação comum a várias regiões ou a o universo dos falantes de nenhuma
das línguas latinas) se confunde com alguns fatos históricos que nos mostram a
trajetória deste apreciado produto ao longo dos séculos.
O macarrão teria chegado a Veneza em 1295 pelas mãos de Marco Polo, que
acabara de voltar da China, onde passou 17 anos.
134
A versão mais aceita pelos historiadores faz referência aos árabes como os pais do
macarrão, levando-o à Sicilia no Século IX, quando conquistaram a maior ilha
italiana. Os árabes chamavam o macarrão de itrjia. Era uma massa seca para
melhor conservação nas longas travessias pelo deserto. Nesta época, a Sicilia
tornou-se o centro mais importante do comércio e exportação de macarrão.
Apesar das confusões, uma coisa é certa: a partir do Século XIII, os italianos
foram os maiores difusores e consumidores do macarrão por todo o mundo.
Tanto é que inventaram mais de 500 variedades de tipos e formatos. Nesta época
os italianos incorporaram ao macarrão um ingrediente nobre: a farinha de grano
duro, que permite o cozimento correto, além de propiciar a mastigabilidade ideal.
Massas italianas
Pode ser colorida com massa de vegetais com purê de vegetais como tomate,
espinafre, beterraba.
• Longas (tiras):
Fettuccine, spaghetti, capellini, tagliatelle.
• Curtas :
Rigatoni, Penne, Spira, Fusilli, Pai nosso, Borboleta
• Formas:
Conchiglie ,Farfale,Fusilli
• Recheadas:
Ravioli, Cappeletti, Cannelloni, Tortelone, Conchiglione, Canelone, Rondele,
Lasagna.
• Nhoque/Gnocchi
135
História
O nhoque foi uma das primeiras massas caseiras italianas. Inicialmente era feita
com semolina de trigo. Depois do século XVII passa a ser preparada com batatas.
A massa básica permite uma série de variações, dependendo dos alimentos que
são adicionados, como, pão, polenta, espinafre, ameixa, abóbora, castanha,
ricota, cenoura ,mandioca, batata baroa (mandioquinha), batata doce e o que
mais a sua imaginação permitir.
O nhoque pode ser feito com purê de batatas cozidas em água ou com purê de
batatas cozidas no forno, pode ir ao fogo e modelados na mão ou feito em tiras e
cortado depois.
Macarrão instantâneo
Molhos
A escolha do tipo de molho é fundamental para o sucesso da massa. Prefira
sempre um molho que complemente o sabor da massa escolhida, evitando
grandes contrastes ou molhos que roubem o seu sabor .
Massas longas pedem molhos de textura leve, pois este adere melhor á
massa.Massas e tubos curtos pedem molhos mais ricos e “ pedaçudos”, que
entram nas cavidades e podem ser espetadas com o garfo.
Sua cocção deverá ser feita num volume entre 3 a 5 vezes o peso da massa. Ex: 1
kg de massa deverá ser cozida entre 3 a 5 l de água fervente.
136
Devemos sempre tomar cuidado com a cocção pois ela deverá sair ainda ao dente
e ter um choque térmico em água muito gelada, para que quebre o processo de
cocção. No caso se servir algum tempo depois de cozida deve-se untar com óleo
ou azeite para que o amido hidratado da massa não grude uma na outra.
Pizza
Diz a história que a primeira pizza apareceu há mais de 6 mil anos e era apenas
uma fina camada de massa conhecida como “pão de Abrahão” que os hebreus e
egípcios consumiam. Ela se parecia com nosso pão sírio atual e também era
chamada de “piscea”, daí o nome pizza.
Galettes e crepes
Crepe é uma massa líquida à base de farinha, ovo e leite, feita numa frigideira,
formando uma camada fina.
137
São receitas típicas da região da Bretanha e Normandia, mas hoje é possível
encontrá-las em toda a França.
A galette completa , é uma das receitas mais clássicas da Bretanha. O recheio leva
queijo gruyère, presunto cozido e um ovo frito. Nesse caso, não fechamos o
envelope de massa, para dar um efeito mais bonito.
Diferenças
As galettes são feitas com farinha de trigo sarraceno, que dá um resultado mais
próximo do integral, é uma farinha mais grossa assim as galettes são mais
crocantes que os crepes, que têm massa mais macia.
As massas são um assunto muito extenso e abrange várias culturas, insumos, etc.
Desde a antiguidade sempre fizeram parte da alimentação em todo mundo, por
isso é imprescindível conhecê-las bem e dominar todas as técnicas
envolvidas.Massas italianas,crepes e pizza constituem grande parte do mercado
de gastronomia, além é claro de assuntos que não trataremos por enquanto que
são a panificação e a confeitaria.
Cuidados no armazenamento
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SAFRAS DE HORTALIÇAS
PRODUTO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Abóbora
Abobrinha
Agrião
Alface
Batata Doce
Beringela
Beterraba
Brócolis
Cenoura
Couve
Couve-flor
Escarola
Espinafre
Mandioca
Mandioquinha
Milho Verde
Pepino
Pimentão
Repolho
Tomate
Vagem
139
Arroz: É a cultura vegetal mais importante do mundo, pois a metade da
população mundial depende dela. Os tipos de arroz mais utilizados são:
Frutas: São frutos de vegetais que se apresentam com várias texturas e sabores,
com um teor maior ou menor de acidez. As frutas são ricas em vitaminas e sais
minerais, como também em fibras, que são importantes para o intestino. Podem
ser consumidas com casca e sem casca, cruas ou cozidas em forma de doces.
Quando consumidas cruas devem ser bem higienizadas. Algumas frutas quando
descascadas ou cortadas, escurecem. Neste caso deve-se passar suco de limão,
para que não escureçam.
Classificação
Cuidados na aquisição
Cuidados no armazenamento
140
SAFRA DE FRUTAS
PRODUTO JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
Abacate
Abacaxi
Ameixa
Banana
Caju
Caqui
Figo
Goiaba
Laranja
Maçã
Mamão
Manga
Maracujá
Melancia
Melão
Morango
Pêra
Pêssego
Tangerina
Uva Itália
141
Equipamentos, riscos e prevenção:
1. Riscos:
2. Prevenção:
Riscos:
142
✓ Quebra da lâmina ao ajustar a mesma com a máquina em
funcionamento;
✓ Cortes / choques ao limpar o equipamento ligado.
Prevenção:
Liquidificador
Riscos:
Prevenção:
Fritadeira
Riscos:
✓ Queimaduras nas mãos / braços nas operações de frituras;
✓ Derramamento de óleo durante a operação;
✓ Queda de pessoas ao redor da fritadeira;
143
✓ Queda de pessoas ao redor da fritadeira;
✓ Principio de incêndio no equipamento devido a falta de termostato,
defeito no equipamento ou uso inadequado do equipamento.
Prevenção:
Caldeiras
Riscos:
Prevenção:
Moedor de Carne
Riscos:
✓ Acidentes nas mãos durante a operação
Prevenção:
144
✓ Utilizar o bastão de segurança para empurrar a carne.
Forno
Riscos:
Prevenção:
Coifas
Riscos:
Prevenção:
145
Banho Maria
Riscos:
Facas
Riscos:
✓ Cortes ao abrir latas, garrafas ou caixa
tetra pak;
✓ Acidente por circular com a faca nas
mãos pela cozinha;
✓ Armazenamento incorreto de facas na cozinha;
✓ Colocar facas em cubas contendo água e sabão;
✓ Usar facas cegas;
✓ Conversar com facas nas mãos.
Prevenção:
146
Fogão
Riscos:
✓ Queimaduras por contato na operação;
✓ Explosões durante assentimento do fogão
por vazamento de gás;
✓ Queimaduras devido bater em cabos de
panelas derrubando o vasilhame;
✓ Queimaduras / incêndios devido
utilização de meios impróprios para
acender o fogão (palitos embebidos em
álcool)
Prevenção:
Utilizando o 5S na cozinha:
147
2. Redução de despesas e melhor aproveitamento de materiais. A
acumulação excessiva de materiais tende à degeneração.
3. Melhoria da qualidade de produtos e serviços
4. Menos acidentes do trabalho.
5. Maior satisfação das pessoas com o trabalho.
148