A Lógica No Cotidiano

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

A LÓGICA NO COTIDIANO E A LÓGICA NA MATEMÁTICA

Flávia Soares1
PUC – Rio
[email protected]

Introdução
Em Matemática estamos sempre tentando descobrir coisas novas e querendo
saber se uma afirmação é verdadeira ou falsa. Em muitos casos, a intuição nos mostra a
verdade, mas em outros ela pode nos pregar um peça. Nesses momentos, somos levados
a buscar um recurso mais eficiente que nos permita afirmar com certeza o que
queremos.
A lógica formal surge com Aristóteles. Como indica o termo grego Órganon,
nome dado ao conjunto dos escritos lógicos de Aristóteles, a lógica é um instrumento do
pensamento para pensarmos corretamente. A Lógica não se refere a nenhum ser, a
nenhuma coisa, ou a algum objeto em particular, nem a nenhum conteúdo, mas à forma
do pensamento.
Ainda segundo Aristóteles a Lógica é o que devemos estudar e aprender antes de
iniciar uma investigação filosófica ou científica, pois somente ela pode indicar qual o
tipo de proposição, de raciocínio, de demonstração, de prova, e de definição que uma
determinada ciência deve usar (Chauí, 1994). A Lógica é uma disciplina que fornece as
leis ou as regras ou normas ideais de pensamento e o modo de aplicá-las para
demonstrar a verdade.
A Lógica também estabelece os fundamentos necessários para as demonstrações
pois dada uma certa hipótese, a lógica permite verificar quais são as suas conseqüências;
dada uma certa conclusão, a lógica permite verificar se é verdadeira ou falsa (Chauí,
1994).

1
Mestre em Matemática e doutoranda do Departamento de Educação da PUC – RIO.
Anais do VIII ENEM - Minicurso 2
GT 5 – História da Matemática e Cultura

A Lógica no cotidiano e a Lógica no Ensino de Matemática


Freqüentemente usamos expressões “é lógico que sim”, ou “é lógico que vai
chover”, etc. Mas será que é realmente lógico? Em que nos baseamos para fazer tais
afirmações?
Quando usamos essas expressões quase sempre estamos nos referindo a algo que
nos parece evidente ou quando temos uma opinião muito fácil de justificar (Machado,
2000). Fazemos afirmações e suposições de vários tipos e tiramos conclusões sobre os
acontecimentos do dia a dia o tempo todo. A grande maioria delas é baseada em nossa
intuição, em nossa experiência ou através de comparações. Mas nem sempre isso é
suficiente. Para provar alguma coisa, sustentar uma opinião ou defender um ponto de
vista sobre algum assunto, é preciso argumentar. Ou seja, é preciso apresentar
justificativas convincentes e corretas que sejam suficientes para estabelecer, sem deixar
nenhuma dúvida, se uma afirmação é falsa ou verdadeira.
Segundo Aristóteles, a lógica estuda a razão como instrumento da ciência ou
meio de adquirir e possuir a verdade. E o ato próprio da razão é o ato de raciocinar (ou
argumentar). O raciocínio ou argumentação é um tipo de operação do pensamento que
consiste em encadear logicamente idéias para delas tirar uma conclusão. Essa operação
vai de uma idéia a outra passando por um ou vários intermediários e exige o uso de
palavras. Portanto é uma dita uma inferência mediata, isto é, procede por mediação, por
meio de alguma coisa (Chauí, 1994).
A Matemática necessita da lógica para suas definições, postulados, além de ser
fundamental para julgar se um teorema é verdadeiro ou falso, e a partir disso tirar outras
conclusões, propor outras conjecturas, provar outros teoremas...
Compartilhamos da opinião de Druk (1998) quando a autora afirma que o estudo
da lógica no Ensino Fundamental e Médio não deve ser um ponto localizado em algum
momento específico do currículo escolar, mas antes, uma preocupação metodológica
presente sempre que algum ponto do programa permitir.
Ainda segundo Druk (1998) a Lógica é um tema com conotações
interdisciplinares e que se torna mais rico quando se percebe que ela está presente nas
conversas informais, na leitura de jornais e revistas e em nas diversas disciplinas do
currículo, não sendo portanto um objeto exclusivo da Matemática.
No sistema escolar e na vida em sociedade, um certo domínio da lógica é
necessário ao desenvolvimento da capacidade de distinguir entre um discurso correto e
Anais do VIII ENEM - Minicurso 3
GT 5 – História da Matemática e Cultura

um incorreto, na identificação de falácias, no desenvolvimento da capacidade de


argumentação, compreensão e crítica de argumentações e textos.
Em seu livro Matemática e Língua Materna, Machado (2001), diz ser a
afirmação “A Matemática desenvolve o raciocínio” a frase que, entre outros tantos
mitos que envolvem a Matemática, parece mais solidamente estabelecida no senso
comum. O autor lembra ainda que, historicamente, e em todas as épocas, muitos
filósofos contribuíram para a legitimar uma associação entre Matemática e a Filosofia,
onde o papel da Lógica seria fundamental.
O autor não discute a veracidade da afirmação de que a Matemática desenvolve
raciocínio, mas sim o superdimensionamento ou a exclusividade do papel que a
Matemática teria em tal tarefa, pois que, qualquer assunto poderia apresentar situações
igualmente profícuas nesse sentido.
Mas mesmo estando presente no seu discurso e mesmo que eles acreditem nessa
capacidade da Matemática, a maior parte dos professores muitas vezes não compreende
explicitamente o que isso significa e nem sabe como proporcionar situações para que os
alunos realmente raciocinem bem.
Os livros didáticos por muitos anos excluíram os alunos da construção dos
conteúdos, abandonando o raciocínio dedutivo e as demonstrações, e enfatizando o uso
de algoritmos e fórmulas nem sempre bem compreendidas pelos estudantes.
No ensino da Matemática, pensar por meio de algoritmos, tem uma desvantagem
sobre o pensamento lógico. Os alunos aprendem um enorme quantidade de fórmulas e
em que situações devem aplicá-las. Assim, quando o estudante se depara com uma
situação similar ele pode resolvê-la facilmente, entretanto não pode resolver qualquer
tipo de problema desconhecido, mesmo se ele tem todo o conhecimento para isso.
Problemas em Geometria tem uma característica comum: eles não podem ser resolvidos
com o mesmo padrão. Nesses casos não é suficiente substituir um dado em uma
fórmula, mas sim combinar e aplicar os teoremas conhecidos. Isto é problemático para
os estudantes o que torna o desempenho deles fraco em Geometria mesmo que sejam
bons em outros assuntos da Matemática.
Ensinar lógica freqüentemente pode ser associado com o ensino de conectivos,
tabelas verdade e diagramas de Venn. Sendo assim, voltamos a ensinar mais uma vez
algoritmos e fórmulas. Estes algoritmos têm praticamente nenhuma aplicação no ensino
da Matemática no Ensino Fundamental e Médio, o que faz com que as escolas não
ensinem Lógica alguma. Acreditamos que deve-se ensinar lógica de uma forma
Anais do VIII ENEM - Minicurso 4
GT 5 – História da Matemática e Cultura

diferente, ajudando os alunos a perceber a existência de uma estrutura lógica do


pensamento matemático melhorando sua capacidade de resolver problemas. Aliado a
essas questões enfatizamos que é necessário ainda entender que, muito embora na
linguagem matemática as frases sejam construídas da mesma maneira que na linguagem
do cotidiano, as regras de entendimento, isto é, a Lógica pode diferir nos dois casos
(Malta, 2002)
Dessa forma algumas dessas atividades que acreditamos serem úteis para um
primeiro contato com a Lógica matemática são as atividades que envolvem a
argumentação lógica no cotidiano, enigmas lógicos e atividades lúdicas envolvendo o
raciocínio lógico (matemático ou não)
A Lógica é freqüentemente deixada de fora do ensino de matemática. Este fato
tem efeitos no entendimento da Matemática e em outras linguagens. Este minicurso
aponta para alguns tipos de atividades que podem ser realizadas para que a Lógica passe
a fazer parte do currículo de Matemática. Os principais tópicos abordados serão os
seguintes:
• Informações gerais sobre a História da lógica;
• O que é Lógica e qual a sua importância para o ensino e aprendizagem da
Matemática;
• Tipos de argumentos (argumentos válidos, inválidos, sofismas, estrutura de um
argumento, silogismos);
• Lógica simbólica (uso dos conectivos e e ou);
• Proposições do tipo “Se A então B” e sua importância nas demonstrações de
teoremas (reconhecimento de tese e hipótese, negação, recíproca)
• Exemplos mais comuns de demonstrações em Matemática (demonstração direta e
demonstrações por absurdo)
• Exercícios de Lógica envolvendo situações matemáticas e exemplos do cotidiano
(atividades recreativas envolvendo lógica, enigmas lógicos, exercícios de vestibulares
recentes e concursos);
• Sugestões de leitura para aprofundamento.
A maior parte das atividades foi retirada de Barros (2001, 2003); Silva (2000) e
Machado (2000); exames de Vestibulares e concursos públicos.

Palavras-chave: Lógica, Argumentação, Linguagem.


Anais do VIII ENEM - Minicurso 5
GT 5 – História da Matemática e Cultura

BIBLIOGRAFIA
BARROS, Dimas Monteiro de. Raciocínio lógico, matemático e quantitativo. São
Paulo: Novas Conquistas São Paulo, 2001. (Série Concursos Públicos).
BARROS, Dimas Monteiro de. Enigmas, Desafios, Paradoxos e outros divertimentos
matemáticos. Araçatuba: Novas Conquistas São Paulo, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a
Aristóteles, volume I. São Paulo: Brasiliense, 1994.
DRUK, Iole de Freitas. A linguagem Lógica. Revista do Professor de Matemática, 17,
p. 10 – 18, 1998.
MACHADO, Nílson José. Lógica? É Lógico! São Paulo: Scipione, 2000. (Coleção
Vivendo a Matemática)
MACHADO, Nílson José. Matemática e Língua Materna. 5.ed. São Paulo, Cortez,
2001.
MALTA, Iaci; PESCO, Sinésio; LOPES, Hélio. Cálculo a uma Variável – volume 1 –
Uma Introdução ao Cálculo. Rio de Janeiro: Ed. PUC – Rio; São Paulo: Loyola,
2002.
SILVA, Josimar José da; LOPES, Luís. É divertido resolver problemas. Rio de
Janeiro: J. Silva, 2000.
Anais do VIII ENEM - Minicurso 6
GT 5 – História da Matemática e Cultura
Anais do VIII ENEM - Minicurso 7
GT 5 – História da Matemática e Cultura

ATIVIDADES

BLOCO I

1. Um vaso antigo e valioso foi roubado de um museu. O ladrão (ou os ladrões) fugiu de
carro. Três famosos delinqüentes, A, B e C, foram presos e interrogados. Os seguintes
fatos ficaram estabelecidos:
• Nenhuma outra pessoa, salvo A, B e C, estava implicado no roubo;
• C nunca pratica nenhum roubo sem usar A (e talvez outros) como cúmplice;
• B não sabe dirigir.
Pergunta-se, A é inocente ou culpado ?

2. Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta e o mordomo. Sabe-se que


o crime foi efetivamente cometido por um ou por mais de um deles, já que podem ter
agido individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que:
(A) se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada.
(B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, mas não os dois.
(C) o mordomo não é inocente.
Logo,
a) a governanta e o mordomo são os culpados.
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados.
c) somente a governanta é culpada.
d) somente o cozinheiro é inocente.
e) somente o mordomo é culpado

3. (AFTN/96) Os carros de Arthur, Bernardo e César são, não necessariamente nessa


ordem, uma Brasília, uma Parati e um Santana. Um dos carros é cinza, um outro é verde
e o outro é azul. O carro de Arthur é cinza; o carro de César é o Santana; o carro de
Bernardo não é verde e não é a Brasília. Qual carro pertence a cada um e qual é a sua
cor?

4. A Sra. Macedo tem três afilhadas_ Ana, Maria e Clara_ cujos esportes favoritos são a
natação, o tênis e o golfe. Uma das moças pratica natação em Santos, a outra está em
Campinas e a última em Curitiba. Ana não se encontra em Santos; Clara não está em
Campinas e a que joga golfe não está em Curitiba. Se clara se dedica ao tênis, e não à
natação, onde estão cada uma das três afilhadas da Sra. Macedo e que esporte praticam?
Justifique a sua resposta.

BLOCO II

1. Cláudio está perdido dentro de uma assustadora caverna. Consultando um mapa, ele
encontra exatamente três passagens (I,II e III), como ilustra a figura abaixo:

I. A saída está aqui. II. A saída não está aqui. III. A saída não está na
passagem I.

Para desespero de Cláudio, o mapa diz que quem entrar numa passagem onde não esteja
a saída não conseguirá voltar, e que cada uma das três passagens possui, além da
Anais do VIII ENEM - Minicurso 8
GT 5 – História da Matemática e Cultura

numeração, uma única mensagem, mas somente UMA das mensagens é


VERDADEIRA. Em qual passagem está a saída e qual mensagem é a verdadeira?
Justifique a sua resposta.

2. (FUVEST-SP) Cada um dos cartões abaixo tem de um lado um número e do outro


uma letra.

A B 2 3

Alguém afirmou que “Todos os cartões que têm uma vogal numa face têm um número
par na outra”. Para verificar se tal afirmação é verdadeira:
a) é suficiente virar o primeiro e o último cartão.
b) é suficiente virar os dois últimos cartões.
c) é necessário virar todos os cartões.
d) é suficiente virar os dois primeiros cartões.
e) é suficiente virar os dois cartões do meio.

3. Três irmãos, João, Eduardo e Ricardo, jogavam futebol quando, em dado momento,
quebraram a vidraça da sala de sua mãe.
– Foi Ricardo, disse João.
– Fui eu, disse Eduardo.
– Foi Eduardo, disse Ricardo.
Somente um dos três garotos dizia a verdade, e a mãe sabia que Eduardo estava
mentindo.
Então:
a) Ricardo, além de mentir, quebrou a vidraça.
b) João mentiu, mas não quebrou a vidraça.
c) Ricardo disse a verdade.
d) Não foi Ricardo que quebrou a vidraça.
e) Quem quebrou a vidraça foi Eduardo ou João.

BLOCO III

1. (AFC/ 96) Se Beto briga com Glória, então Glória vai ao cinema. Se Glória vai ao
cinema, então Carla fica em casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla.
Ora, Raul não briga com Carla. Logo:
a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória.
b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema.
c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema.
d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória.
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória.

2. (MERJ-98) Duas amigas Mariana e Kárita, estavam conversando, quando a primeira


falou: “ Se não chover amanhã, eu irei à praia.” Em seguida, Kárita respondeu: “ Se
chover amanhã, eu irei ao clube.” Sabendo que no dia seguinte choveu o dia inteiro,
pode-se concluir, a partir das afirmações das amigas, que:
a) Mariana e Kárita não foram à praia.
b) Kárita e Mariana não foram ao clube.
c) Kárita foi ao clube.
Anais do VIII ENEM - Minicurso 9
GT 5 – História da Matemática e Cultura

d) Mariana não foi à praia e Kárita foi ao clube.


e) Mariana e Kárita foram ao clube no dia seguinte.

3. (UFF-98) Numa cidade litorânea é rigorosamente obedecida a seguinte ordem do


prefeito:
“ Se não chover, então todos os bares à beira-mar deverão ser abertos” .
Pode-se afirmar que :
a) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então choveu.
b) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então não choveu.
c) Se choveu, estão todos os bares à beira-mar não estão abertos.
d) Se choveu, estão todos os bares à beira-mar estão abertos.
e) Se um bar à beira-mar não está aberto, então choveu.

4. (AFC/ 96) Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Maria e Júlia têm a mesma
idade. Se Maria e Júlia têm a mesma idade, então João é mais moço que Pedro. Se João
é mais moço que Pedro, então Carlos é mais velho que Maria. Ora, Carlos não é mais
velho que Maria. Então:
a) Carlos não é mais velho que Júlia e João é mais moço que Pedro.
b) Carlos é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia têm a mesma idade.
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
d) Carlos é mais velho do que Pedro, e João é mais moço do que Pedro.
e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia não têm a mesma idade.

5. Considere a proposição verdadeira: Se duas retas são perpendiculares então o ângulo


formado entre elas mede 90º. A partir desta proposição podemos afirmar que:
a) Se as retas r e s não são perpendiculares então r e s não formam um ângulo de 90º.
b) Se as retas r e s não formam um ângulo de 90º então as retas r e s são
perpendiculares.
c) Se as retas r e s formam um ângulo de 90º então r e s não são perpendiculares.
d) Se duas retas r e s não formam entre si um ângulo de 90º então as retas r e s não são
perpendiculares.
e) Se duas retas r e s não são perpendiculares então as retas r e s formam entre si um
ângulo de 90º.

BLOCO IV

1. Considere a afirmação abaixo:


“Dois ângulos opostos pelo vértice têm a mesma medida.”
a) Escreva a proposição acima na forma “ Se ... então...”
b) Escreva a recíproca do item (a)
c) Escreva a contra positiva do item (a)

2. Considere a afirmação abaixo:


“ Num triângulo isósceles os ângulos da base são iguais.”
a) Escreva a proposição acima na forma “ Se ... então...”
b) Escreva a recíproca do item (a)
c) Escreva a contra positiva do item (a)

3. Considere a afirmação abaixo:


“ Num triângulo retângulo a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
Anais do VIII ENEM - Minicurso 10
GT 5 – História da Matemática e Cultura

hipotenusa.”
a) Escreva a proposição acima na forma “ Se ... então...”
b) Escreva a recíproca do item (a)
c) Escreva a contra positiva do item (a)

4. Considere a afirmação abaixo:


“ Num triângulo equilátero todos os seus ângulos internos são iguais a 60º.”
a) Escreva a proposição acima na forma “ Se ... então...”
b) Escreva a recíproca do item (a)
c) Escreva a contra positiva do item (a)

5. Considere a afirmação abaixo:


“ Dois triângulos são semelhantes têm seus lados correspondentes proporcionais.”
a) Escreva a proposição acima na forma “ Se ... então...”
b) Escreva a recíproca do item (a)
c) Escreva a contra positiva do item (a)

BLOCO V

1. (ICMS/SP-97) Assinale a alternativa que apresenta uma CONTRADIÇÃO.


a) Todo espião não é vegetariano e algum vegetariano é espião.
b) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano não é espião.
c) Nenhum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano.
d) Algum espião é vegetariano e algum espião não é vegetariano.
e) Todo vegetariano é espião e algum espião não é vegetariano.

2. Tomando como verdadeira a proposição “Quem fuma morre de câncer”, assinale V


para as conclusões verdadeiras e F para as conclusões falsas.
( ) Rafael fuma, logo Rafael morrerá de câncer.
( ) Rafael não fuma, logo Rafael não morrerá de câncer.
( ) Rafael não morreu de câncer, logo Rafael não fumava.
( ) Rafael têm câncer, logo Rafael não fuma.

3. Tomando como verdadeira a proposição “Sorte no jogo, Azar no amor” , assinale V


para as conclusões verdadeiras e F para as conclusões falsas.
( ) Andréia tem sorte no jogo, logo Andréia tem azar no amor.
( ) Andréia tem não sorte no jogo, logo Andréia não tem azar no amor.
( ) Andréia tem azar no amor, logo Andréia não tem sorte no jogo.
( ) Andréia não tem azar no amor, logo Andréia não tem sorte no jogo.

4. Considere as seguintes proposições.


I. Se X torce pelo Flamengo, então X não torce pelo Vasco.
II. Se X é vascaíno, então X é inteligente.
Com base nessas duas proposições, pode-se concluir que:
a) Todo pessoa inteligente é vascaína.
b) Existe vascaíno que não é inteligente.
c) Se X não torce pelo Flamengo, então X é inteligente.
d) Se X não é inteligente, então X não torce pelo Vasco.
e) Existem pessoas inteligentes que torcem pelos dois times.
Anais do VIII ENEM - Minicurso 11
GT 5 – História da Matemática e Cultura

5. Todos os primogênitos da família Almeida Braga têm olhos azuis. Emiliano tem
olhos castanhos. Então, NÃO se pode afirmar que:
a) se Emiliano é primogênito, então certamente não pertence à família Almeida Braga.
b) se Emiliano pertence à família Almeida Braga, então certamente não é primogênito.
c) é possível que Emiliano pertença à família Almeida Braga e seja primogênito.
d) é possível que Emiliano não pertença à família Almeida Braga nem seja
primogênito.
e) Emiliano pertence à família Almeida Braga se e somente se não for primogênito.

6. Sabe-se que:
I- Quando Ricardo fica gripado, ele falta ao trabalho.
II- Emília só falta ao trabalho quando está gripada.
III- Ivete jamais falta ao trabalho quando está gripada.

Hoje, Ricardo, Emília e Ivete faltaram ao trabalho. Então, pode-se afirmar:


a) Talvez Ricardo e Ivete estejam gripados.
b) Ricardo e Emília estão gripados.
c) Emília está gripada e é possível que Ricardo não esteja gripado.
d) Ricardo, Emília e Ivete estão gripados.
e) Ricardo está gripado e Emília certamente não está gripada.

7. Considere a afirmação como verdadeira: “ Se eu estudar bastante então passarei de


ano.” A opção verdadeira é:
a) Se eu não estudar bastante passarei de ano.
b) Se eu não estudar bastante então não passarei de ano.
c) Só passarei de ano se eu estudar bastante.
d) Se eu não passar de ano é porque não estudei bastante.
e) Mesmo que eu estude bastante não passarei de ano.

8. (ICMS/SP-97) Se você se esforçar, então irá vencer. Assim sendo,


a) seu esforço é condição suficiente para vencer.
b) seu esforço é condição necessária para vencer.
c) Se você não se esforçar, então não irá vencer.
d) você vencerá só se esforçar.
e) mesmo que se esforce, você não vencerá.

9. (UFF – 2002 – Etapa 1) O seguinte enunciado é verdadeiro: “ Se uma mulher está


grávida, então a substância gonadotrofina cariônica está presente na sua urina.”
Duas amigas, Fátima e Mariana, fizeram exames e constatou-se que a substância
gonadotrofina cariônica está presente na urina de Fátima e não está presente na urina de
Mariana.
Utilizando a proposição enunciada, os resultados dos exames e o raciocínio lógico
dedutivo:
a) garante-se que Fátima está grávida e não se pode garantir que Mariana está grávida.
b) garante-se que Mariana não está grávida e não se pode garantir que Fátima está
grávida.
c) garante-se que Mariana está grávida e que Fátima também está grávida.
d) garante-se que Fátima não está grávida e não se pode garantir que Mariana está
grávida.
e) garante-se que Mariana não está grávida e que Fátima está grávida
Anais do VIII ENEM - Minicurso 12
GT 5 – História da Matemática e Cultura

10. (UERJ-2002) Rafael comprou quatro passagens aéreas para dar uma de presente
para cada um de seus quatro netos. Para definir a época em que irão viajar, Rafael pediu
para cada um dizer uma frase. Se a frase fosse verdadeira, o neto viajaria
imediatamente; se fosse falsa, o neto só viajaria no final do ano. O quadro abaixo
apresenta as frases que cada neto falou:

NETO FRASE
I Viajarei para a Europa
II Meu vôo será noturno
III Viajarei no final do ano
IV O Flamengo é o melhor time do
Brasil

A partir das frases ditas, Rafael não pôde definir a época da viagem do neto
representado pelo seguinte número:
(A) I
(B) II
(C) III
(D) IV

BLOCO VI

1. A,B,C,D,E são pessoas de diferentes nacionalidades:


- A,C e E falam inglês; B e D falam alemão;
- A e D falam francês; B e E falam espanhol;
- C fala russo.
a) quem sabe falar inglês e espanhol ?
b) quem sabe falar inglês ou francês ?
c) quem sabe falar francês e alemão ?
d) Poderá haver rodinhas de bate papo com D e E? Com A, B e D ? A e C?

2. Num conjunto de 30 pessoas, 5 são altas e gordas, 11 são baixas e 13 são gordas.
Quantas são altas e magras? Quantas são baixas e magras?

Você também pode gostar