Gestação e Seus Fatores Emocionais

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 41

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS – UNIEVANGÉLICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

Andressa Casia Monteiro Marques


Lucivânia Fonseca Souza

GESTAÇÃO E SEUS FATORES EMOCIONAIS

ANÁPOLIS
2019
Andressa Casia Monteiro Marques
Lucivania Fonseca Souza

GESTAÇÃO E SEUS FATORES EMOCIONAIS

Trabalho de Conclusão de curso apresentado


ao Centro Universitário de Anápolis –
UniEvangélica como requisito parcial à
obtenção do título de Graduação em
Psicologia.

Orientador(a): Prof. Drª. Margareth Regina


Gomes Veríssimo

ANÁPOLIS
2019
ANDRESSA CASIA MONTEIRO MARQUES
LUCIVANIA FONSECA SOUZA

GESTAÇÃO E SEUS FATORES EMOCIONAIS

Trabalho de Conclusão de curso


apresentado ao Centro Universitário de
Anápolis – UniEvangélica como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em
Psicologia.

Orientador(a)a: Prof. Drª. Margareth Regina


Gomes Veríssimo

Banca Examinadora

Professora Drª. Margareth Regina Gomes Veríssimo


Professor-orientador – Presidente da Banca
Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica

Prof. Ms. Renata Silva Rosa Tomaz


Professor-Convidado
Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica

Anápolis, 09 de Junho de 2019.


Dedico a meus pais Marcia e Osmano, e ao meu namorado Everson.
Dedico em especial a minha avó Anirce, e ao meus pais Simundo e Ilma.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus primeiramente e a todos que contribuíram diretamente e


indiretamente a este processo, cuja caminhada foi dura, mas sempre permanecemos na fé.
.

10
“não temas, porque eu sou contigo; não te
assombres, porque eu sou teu Deus; eu te
fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra
da minha justiça. 11Eis que envergonhados e
confundidos serão todos os que se irritam
contra ti; tornar-se-ão em nada; e os que
contenderem contigo perecerão. 12Quanto aos
que pelejam contigo, busca-lós-ás, mas não os
acharás; e os que guerreiam contigo tornar-se-
ão em nada e perecerão.13 Porque eu, o Senhor
teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te
digo: Não temas; eu te ajudarei”.

Isaías 41: 10-13.


RESUMO

A gravidez é considerada um período importante da vida da mulher, e com ele surgem


alterações biológicas, sociais, corporais e psíquicas, podendo desencadear fatores como a
ansiedade e depressão. O objetivo desta pesquisa foi investigar o quanto os fatores emocionais
podem interferir na qualidade de vida da gestante e posteriormente do bebê. Este estudo trata-
se de uma pesquisa de revisão sistemática, e como critério de inclusão foram utilizados artigos
com anos posteriores a 2009, nos quais as gestantes tivessem idade acima de 18 anos. Os
resultados mostram que há uma relação entre os fatores emocionais existente na gravidez,
sendo esses desencadeadores de ansiedade e depressão gestacional, revelando que o vínculo
materno e o apoio que esta gestante recebe são importantes, e que este vínculo mal construído
entre a mãe-bebê pode desencadear fatores prejudiciais na gestação para ambos. Por tanto,
nota-se que há uma escassez significativa de conteúdos sobre o tema, devido aos anos de
publicação e o público alvo das pesquisas que são a maioria com temas mais específicos, e
que a ausência dessas informações impossibilita o cuidado e o apoio especifico para cada
gestante. Podendo concluir que a falta dessas pesquisas, dificulta a criação de projetos
voltados ao suporte das gestantes, uma vez que esses projetos se fazem necessários para que
as gestantes consigam passar por essas mudanças e alterações em seu meio biopsicossocial,
visando assim o bem-estar da mãe e consequentemente do bebê.

Palavras-Chave: gravidez, emoções manifestas, vínculo ao objeto


LISTA DE IMAGENS

Imagem 1 - Fluxograma de buscas de artigos excluídos e incluídos ...................................... 25


LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Referente as bases eletrônicas de dados de inclusão ............................................. 26


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BAI Inventário de Ansiedade de Beck


BDI Inventário de Depressão de Beck
BVS Biblioteca Virtual em Saúde
DeCS Descritores em Ciência da Saúde
DPP Depressão Pós-Parto
EVA Escala de Vinculação do Adulto
MFAS Escala de Apego Materno Fetal
SRQ-20 Self-Report Questionnaire of Minor Psychiatric
SUS Sistema Único de Saúde
UBS Unidade Básica de Saúde
LISTA DE SÍMBOLOS

% Por cento
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 Os fatores emocionais durante a gestação .................................................................... 13
1.2 O vínculo entre a mãe-filho na gestação ....................................................................... 15
2 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................. 19
2.1 Cenário ............................................................................................................................. 19
2.2 Critério de Inclusão e Exclusão ..................................................................................... 20
2.3 Coletas de Dados ............................................................................................................. 20
3 RESULTADOS .................................................................................................................. 21
4 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 34
REFERÊNCIA ...................................................................................................................... 37
12

GESTAÇÃO E SEUS FATORES EMOCIONAIS

A gravidez é ressaltada por Coutinho e Colaboradores (2014) que “é uma condição


para a sobrevivência da vida humana, sendo indispensável à renovação geracional, e
representa o período de formação de um novo ser. (...) também uma fase de preparação física
e psicológica, para o nascimento e para a parentalidade” (p.18). E por consequência
acontecem algumas transformações na fase feminina e que ocorrem em diversos ciclos,
passando da infância e se prolonga até a fase da velhice, é por meio destas fases que a mulher
tem o privilégio de ter em seu útero uma vida, a chamando de gravidez, tendo assim nessa
fase uma série de eventos fisiológicos. Tendo este momento não somente como uma fase rica
e vivida pela mulher, mas também como uma fase de transição físicas e psicológicas (Costa e
Colaboradores, 2010).
Para Silva e Colaboradores (2015), a gestação é a fase no qual a mulher espera durante
nove meses por uma vida que ocorreu no enlace de células sexuais, ocorrendo a cópula, é
neste momento que ocorre na mulher distintas transformações diversas nos sistemas e
aparelhos. Assim a mulher, vive em uma fase de transformações, seja ela no biológico ou no
psíquico.
Percebe-se ao longo dos anos que a gravidez é um momento da vida da mulher que é
marcada por alterações biológicas, sociais, corporais e psíquicas, que preparam o organismo
para a chegada da criança. São mudanças bem particulares e difíceis que mudam de uma
mulher para outra, mais geralmente parecidas, podendo trazer angústias, insegurança, ou
apenas vontade de descobrir o que está realmente acontecendo com seu corpo e com suas
emoções e o que permeiam por entre as fases durante a gravidez (Leite, Rodrigues, Sousa,
Melo, & Fialho, 2014).
Durante a fase da gravidez para Camacho, Vargens, Progianti e Spíndola (2010),
“pode ser considerada então como uma fase marcada por um estado de tensão, devido à
expectativa das grandes mudanças que estão e continuarão a acontecer, principalmente para a
mulher, (...) formando-se um novo papel: o de ser mãe” (p. 116).
Então, a gestação é um momento que muda a mulher e a mesma está sujeita a diversas
mudanças tanto externas como internas, sendo assim, algumas dessas mudanças que são a
mudança do corpo no aspecto biológico e físico, um desequilíbrio emocional, mudança de
humor, e consequentemente seus comportamentos habituais sofrem mudanças, gerando assim
diversos conflitos emocionais e internos, mas para essas futuras mamães que querem
engravidar ou que já estão grávidas, existe um caminho a ser percorrido, os fatores
13

emocionais influenciam na gestação, assim, desencadeando uma série de fatores emocionais


como ansiedade, medo, insegurança, sentimentos e emoções externas, tanto positivas quanto
negativas, e que assim podem interferir na gestação, na vida da mãe e também na vida do
bebê (Leite & Colaboradores, 2014).
Diante das dificuldades que muitas gestantes enfrentam para ter o acesso dos cuidados
maternos, é importante entender os fatores emocionais que surgem nesse momento segundo
Camacho e Colaboradores (2010) “as alterações que ocorrem durante a gravidez talvez sejam
as mais significativas modificações que o ser humano pode sofrer” (p.116). Pois, é um
período complexo, sendo assim, é possível observar que, “são diversas as transformações que
ocorrem no organismo da grávida, e estas estarão interferindo no dia a dia da mulher,
incluindo sexualidade, prazer e relação a dois” (Camacho & Colaboradores, 2010, p. 116).
Identificar os fatores emocionais que ocorrem durante a gestação é um desafio e uma
surpresa para as mamães, como Kliemann, Böing e Crepaldi (2017) respaldam que as
mudanças que ocorrem no corpo, nos hormônios, as mudanças psíquicas e na vida social
fazem com que a mulher tenha uma vida emocional retrograda, em que está mais voltada a si
e seu meio interno, trazendo então as lembranças de quando criança, sobre o convívio familiar
em especial com a mãe. Essa identificação desses fatores contribuiu significativamente na
troca de informações, contribuindo para uma melhor abrangência do campo de pesquisa na
área social.

1.1 OS FATORES EMOCIONAIS DURANTE A GESTAÇÃO

Considerar a importância de entender a gestação e seus fatores emocionais para saúde


da mulher, deve ser levado em consideração para que novas evidências fossem descobertas e
mostradas aos profissionais da saúde, para que criassem grupos de apoio voltado para as
gestantes, tendo em vista ajuda-las a passar por esse momento.
No que refere as emoções Nery, Santos e Almeida (2012) citam em que elas permeiam
por meio das experiências, pois:
O núcleo das avaliações é regido de acordo com as experiências vivenciadas. As
emoções possuem um papel significativo na gravidez uma vez que todo o
relacionamento familiar é norteado por novas atitudes e responsabilidades, sendo
estabelecidas no casal, as funções maternas e paternas. Os pais se percebem
vulneráveis emocionalmente, sendo vivenciada uma mudança no papel social (p. 65).
14

Os norteamentos desta pesquisa contribuiram para que não somente os universitários


pudessem compreender a emoção durante a gestação, mas também profissionais da área da
saúde no geral, para que pudessem analisar o quanto a gestação e o quanto os fatores
emocionais afetaram a mãe como também o bebê, quando essas vivencias de emoções geradas
durante o processo da gestação podem acarretar um desequilíbrio psicológico alterando as
emoções e assim, podendo haver complicações no parto.
De que modo os fatores emocionais podem trazer complicações durante a gestação
tanto para mãe quanto para o bebê?
Baorolli, Pacheco, Ceretta, Birollo, Amboni & Gomes, (n.d) destacam que “durante o
período gestacional (...), ocorrem muitas alterações no comportamento e nos sentimentos da
gestante, (...). É importante verificar se ocorrem sintomas depressivos, ansiosos ou
estressantes, que são detalhes fundamentais para a saúde não apenas da mãe, mas do bebê que
está por vir” (par.1).
Contudo, as pesquisas revelam o quanto a depressão, ansiedade e a irritação tem sido
maléfico para a saúde da gestante, suas relações intrafamiliares e inclusive com o neonato.
Com isso, acaba ficando difícil estabelecer o vínculo entre a mãe e o bebê, o que desencadeia
um prejuízo no desenvolvimento do bebê em diversos pontos (Cavalcante, Filho, França &
Lamy, 2017).
No que se refere a característica da ansiedade segundo o DSM-5 (2014) a ansiedade é
o transtorno que possuem características de medo e ansiedade em excesso como perturbação
nos comportamentos relacionados. O medo é emocional, posta como uma resposta a ameaça
real ou mesmo percebida, já a ansiedade é o posto como uma antecipação de uma ameaça
futura. Estes dois estados se põem no qual o medo é frequente e permeia por um período que
aumenta seja para luta ou mesmo par fuga, onde os pensamentos de perigo, onde a ansiedade
está mais associada pela tensão muscular e um preparo por um perigo que venha a acorrer no
futuro, onde a um comportamento de cautela.
Já a característica da depressão segundo o DSM-5 (2014) “é a presença de humor
triste, vazio ou irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam
significativamente a capacidade de funcionamento do indivíduo” (p.155).
Ao comparar o estresse antes e depois o parto, as evidências nos mostram que o
estresse é significativo e mais frequente por volta dos três últimos meses da gestação do que
depois da fase do puerpério. Sendo que no puerpério as mulheres apresentam o estresse de
forma menos acentuada do que na gestação, mas ainda assim um número significativo de
gestantes se mostram estressadas (Rodrigues e Schiavo, 2011).
15

O estresse é definido por BVS (2015) como uma resposta normal do organismo, e que
acontece quando experienciamos em ocasiões de risco. Esse recurso nos conduz para sermos
cautelosos e atentos, desencadeando mudanças psíquicas e físicas. Essa resposta ao estresse é
um comportamento orgânico imprescindível para a adequação a eventos novos.
Uma das grandes ansiedades neste tempo está ligada à lactação, se terá ou não leite
materno. A tranquilidade, segurança e equilíbrio ajudam no aleitamento, já o pavor,
depressão, angústia, exaustão e ansiedade consegue gerar a frustação. Um espaço promissor
que passe proteção e incentivo é importante à esta nova mãe (Rato, 1998).
Segundo Costa e Colaboradores (2010) “as alterações fisiológicas ocorridas durante a
gravidez sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais acentuadas que o corpo humano
pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente curiosidade em
relação as transformações ocorridas no corpo” (p.87). Como também, Rato (1998) destaca
que, “durante o segundo e terceiro mês dá-se a formação da placenta que também gera
algumas ansiedades (...). A ansiedade perante a percepção dos movimentos aparece
conscientemente de várias maneiras: temor ao filho disforme, medo de morrer no parto (...)”
(p. 406).
Durante a gravidez, 10% a 15% de todas as mulheres vivenciam sintomas de
ansiedade e depressão leves a moderados. Os sintomas, em geral, são semelhantes aos
que ocorrem na depressão em qualquer outro período da vida da mulher, tais como
falta de apetite e de energia e sentimentos de culpa. Além do sofrimento para a própria
mulher, essas manifestações podem interferir no processo adequado de
desenvolvimento fetal, aumentam o risco de eventos adversos na gestação para mãe e
o feto como pré-eclâmpsia, podendo associar se a resultados obstétricos desfavoráveis
como parto prematuro e baixo peso ao nascer. A depressão pode persistir no período
pós-parto comprometendo o comportamento parental, o relacionamento com o
parceiro e familiares, o processo de formação do vínculo entre mãe e filho, o
desenvolvimento cognitivo, motor e psicossocial da criança (Lima & Colaboradores,
2017, p. 40).

Conforme o grau, as mudanças tendem a provocar graves prejuízos na relação sociável


da mulher, surgindo questões sérias de convívio, prejudicando e, em alguns eventos, até
afastar a grávida dos convívios sociais, por exemplo no emprego, podendo intervir em seu
rendimento (Vieira & Parizotto, 2013).
Para Rato (1998) um dos sintomas que inicialmente surge na grávida é a hipersonia:
que é a necessidade em dormir mais que o normal, pois o prolongamento do sono revela como
uma defesa em negação dos impulsos tanto interno quanto externo, propondo ao corpo um
repouso a mais, sendo fundamental para este processo que está iniciando. Como também
16

destacam Vieira e Parizotto (2013) que as mudanças físicas são existentes e variadas os seios
aumentam, a ânsias de vômito, vontades, indisposição e formas alteradas do corpo.
Para Nunes e Colaboradores (2018), é o virar mãe que faz com que a mulher comece a
deixar esta condição, para participar da qual ela determinou para si, participando então de
seus outros planos pessoais de mulher. Pois é neste momento em que precisa estar amparada
pelo apoio grupal, que determina o estado e saúde da mulher, Rezende (2012) destaca que as
atividades realizadas em grupos tendem a ter uma alteração na pessoa, que ocorrerá
especialmente nas partes emocionais, em que os momentos são percebidos pela fala do corpo.
Na atualidade, graças ao progresso científico, a puérpera tem a chance de estar mais
amparada, principalmente quando se propõe o curso da elaboração do parto (Sevastano &
Novo, 1981).

1.2 O VÍNCULO ENTRE A MÃE-FILHO NA GESTAÇÃO

Ter o primeiro filho é uma fase da gestação em que se revela por meio das relações
expostas durante este período, para Nunes e Colaboradores (2018) ter seu primogênito é uma
nova fase que inicia para a mulher, em que é manifestado diversas sensações, criando, várias
incertezas e os próprios desejos.
Nos primeiros três meses, a gestante passa por um turbilhão de sentimentos como
dúvidas, felicidade, ansiedade, e algumas vezes se desfaz do bebê e da ideia de estar grávida.
Na fase dos seis meses, a grávida já consegue sentir o feto movimentando-se, e assim tendo
uma labilidade em suas emoções, pois então ela fica convicta de sua realidade e de que há
uma vida ali dentro, que tem um vínculo muito forte com ela. Nos últimos meses a chegada da
hora do nascimento do bebê quando a mãe fica mais ansiosa para a chegada, e junto vem as
mudanças de hábitos decorrentes disso, como a vida sexual da mulher, a assistência e atenção
que tem que dar para o recém-nascido, sua vida pessoal e todos os outros fatores como sociais
e suas relações (Leite & Colaboradores, 2014).
Perante as exposições manifestadas e ocorridas durante o período gravídico, e diante
do primeiro filho, Nunes e Colaboradores (2018) ressaltam que “há também alterações
psicológicas, uma vez que a mulher gestante procura compreender sua nova imagem. Esse
fato histórico é observado e bem evidenciado nas primigestas” (p. 917). Na maternidade
ocorrem variações de sentimentos nos vínculos expostos na família, na alegria dos cônjugues
e das crianças (Camacho & Colaboradores, 2010).
17

Diante destas manifestações que ocorrem nesta fase da gestação Pirrelli, Zambaldi,
Cantilino & Sougey (2016) esclarecem que, o vínculo que se estabelece entre mãe e bebê, são
carências psíquicas e corporais dele, e que irão proporcionar ao bebê, aconchego e segurança.
Com isso, entende-se que a mãe é a fonte mais segura para a criação das vinculações iniciais
da criança, que refletirão posteriormente em suas relações com o meio.
Em uma atribuição de Fonseca (2010), ele ressalta que o “vínculo afetivo (...) entre a
mãe e o feto, na gestação, é fundamental. (...) tanto a mãe quanto o feto possuem necessidades
de adaptação às mudanças (...), a construção do vínculo materno-filial pode contribuir para a
satisfação dessas necessidades” (para. 42).
O cuidado afetivo reflete ao bem-estar relacionado aos pensamentos e sonhos que
contorna o bebê, ao convívio indireto e a relação com feto. A realidade da gestante em
mostrar a alegria e a euforia por hábitos como acariciar a barriga e falar com o neném, indica
o tamanho do cuidado materno-fetal (Alvarenga, Dazzani, Alfaya, Lordelo & Piccinini,
2012).
Silva (2013) respalda que “a preparação da gestante para o parto, assim como o
acompanhamento do desenvolvimento do ciclo gravídico, é extremamente importante para
mãe e bebê, pois além de evitar problemas clínicos também pode atuar em nível de tratamento
quando necessário” (p. 209).
A saúde psíquica da criança recebe influência direta na qualidade do vínculo entre eles
estabelecido. Por isso, a relação entre ambos tem que ser afetuosa, íntima, e de forma
continuada, proporcionando satisfação e bem-estar para os dois. No entanto, não ocorre de
forma imediata e impulsiva. É um desenvolvimento, que começa no período inicial da
gravidez, que a criança a qual ela imagina faz parte cada vez mais da rotina da mãe, sendo
formado por ilusões, anseios, sonhos e ideais de se tornar mãe. A maneira como a mãe
entende seu apego com o bebê se reflete na maneira que ela entende e atende as carências
dele. Sendo assim, as relações entre os pais influenciam na essência do vínculo construído
pelo bebê desde seu nascer (Pirrelli & Colaboradores, 2016).
A gestação é com certeza uma fase bem complicada na vida da mulher, sendo uma
ocasião que se cerca de alterações profundas, que tem como características mudanças no
corpo, na mente e no meio social. O momento pós-nascimento do bebê é considerado como
um período no qual o sofrer psíquico pode desencadear uma depressão, dando origem então à
DPP (depressão pós-parto), que evidencia-se de uma forma intensa e variável, sendo um fator
dificultoso para a formação segura de um vínculo entre mãe-bebê, podendo então interferir
futuramente nos seus convívios interpessoais (Moura, Pedrão, Souza & Boaventura, 2015).
18

Sobre o foco de um bebê recém-nascido, sabe-se da importância do afeto e do contato


constante vindo da mãe, que é a figura no qual o bebê formará suas primeiras relações de
apego, e que podem garantir e propiciar a construção de seus aspectos biopsicoafetivos. Se
opondo ao que se era discutido nos séculos passados, os bebês, ao nascer, não são carentes de
experiências sensitivas; eles já nascem com uma certa quantidade de sistema comportamental,
onde eles podem ficar evidentes através de estímulos, como o contato pelo tato, o contato
visual, as conversas e o reconhecimento das vozes, o cheiro da mãe, e o momento da
amamentação (Rosa & Colaboradores, 2010).
Durante anos, houve uma necessidade de analisar a saúde mental das grávidas por
meio sistematizado, onde atenção era quase nenhuma, pelo fato de haver uma convicção de
que é uma fase gravídica do aconchego e por um reconhecimento dos especialistas de que os
transtornos psicóticos ocorre no pós-parto, e assim tendo uma necessidade de internação
(Lima & Colaboradores, 2017).
É preciso que haja um reconhecimento antecipado de sinais depressivos diante da
gestação, pois proporcionará uma ajuda para análise de risco e urgência de encaminhamento,
oferecendo ações adequadas e soluções materno-infantil próprios (Lima & Colaboradores,
2017).
As condições que surgem durante este período gestacional, ocorrem por motivos de
diversos meios psicossociais, pois é nessa fase que há uma importância de um amparo por
programas sociais, que contribui para uma melhor gestação e assim melhorar a qualidade em
sua saúde. Assim, é viável que os programas atendam por meio de grupos de apoio as
gestantes, atendimento esse voltado para a classe média e a comunidade em geral, onde existe
uma necessidade de um amparo social.
Ter um apoio social durante a vivência é essencial para amortecer tais acontecimentos
que há no dia a dia, ainda mais no período que há transformações psicossociais, como também
fisiológica, que é o fato da gravidez (Lima & Colaboradores, 2017).
O apoio sendo um fator importante para a gestante, Esper e Furtado (2010) ressaltam
que “o apoio emocional do companheiro e o apoio familiar podem contribuir para reduzir os
estressores e proporcionar gravidez mais tranquila. A qualidade do vínculo da gestante é
muito importante e pode funcionar como amortecedor (...) decorrentes das mudanças dessa
fase” (p. 372).
O companheiro ao aceitar o bebê é significativo para que haja o desenvolver do apego
da mãe com o bebê. Sua contribuição se dá, por meio à mulher na harmonização dos conflitos
ocorridos na infância e que envolve o meio maternal. Pois, é perante a gravidez, que o
19

envolvimento do pai deve ser visado de um modo peculiar, sendo que este vínculo entre o
lado paterno e o bebê é de forma indireta, pois à uma mediação feita pela mãe (Piccinini,
Silva, Gonçalves, Lopes & Tudge, 2004).
Como também Rezende (2012) ressalta, que os grupos de suporte como as reuniões de
gestante, são evidenciadas através de especialistas e ocorrem por atividades estabelecidas, que
se determinam com finalidade de grupo (...). É a transição de conteúdo, vivências e afetos que
se vê a redução da ansiedade feita diante destas condições.
O apoio às gestantes ocorre através do programa de humanização, pois é perante o pré-
natal que à uma ajuda em uma melhoria na saúde das gestantes, Brasil (2013) ressalta que “a
humanização privilegia o bem-estar da mulher e do bebê ao considerar os processos
fisiológicos, psicológicos e o contexto sociocultural, caracterizado pelo acompanhamento
contínuo de gestação e parturição” (par.30).
A relação de um apoio social como ressalta Thiengo, Santos, Fonseca, Abelha e Lovisi
(2012) que a melhor compreensão de suporte social e diversas causas com relação a depressão
em gestantes, é de grande interesse na procura de métodos para a implantação de políticas de
acompanhamento materno-infantil pelo Brasil. Assim, é importante compreender sobre esse
conteúdo, através de pesquisas que ajudem melhorar a metodologia como a aplicação de
instrumentos exclusivos e reconhecidos, para analisar ansiedade e a depressão, como também
outras causas de riscos e índices representativos, além de lugares onde é possível acolher
gestantes com gravidez ameaçada, diminuindo os tipos de seleção.
Diante do exposto, este trabalho objetiva investigar na literatura evidências sobre o
quanto fatores emocionais como por exemplo a ansiedade, a depressão e o estresse que
permeiam o período gravídico podem interferir na qualidade de vida da gestante e
posteriormente do bebê.

2 METODOLOGIA DA PESQUISA

2.1 CENÁRIO DA PESQUISA

Neste trabalho, foram realizadas pesquisas bibliográficas de revisão sistemática em


que Prodanov e Freitas (2013) ressaltam que a pesquisa bibliográfica é “elaborada a partir de
material já publicado, constituído principalmente de: revistas eletrônicas, publicações de
periódicos e artigos científicos, (...) com o objetivo de colocar o pesquisador em contato
direto com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa” (p.54). Sendo usado como
20

base para exploração a revisão sistemática, que é um apanhado de todas as pesquisas, como
Sampaio e Mancini (2007) respaldam que a revisão sistemática, deste modo como em outras
pesquisas de revisão, é um modo em que aproveita como origem de informação a literatura
em relação ao tema estabelecido.
Está pesquisa foi feita com bases em artigos cujo público alvo foram mulheres com
idade acima de dezoito anos em período gestacional, estando inseridas em uma população de
classe média e classe baixa. O tema em voga foi escolhido por sua importante relevância,
tendo visto que, a gestação é um período da vida da mulher em que merece uma atenção
especial, tanto física quanto social, mas principalmente psíquica.

2.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO

Nesta pesquisa foram verificados artigos indexados de bases de dados eletrônicas


como: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Pepsic (Periódicos Eletrônicos de
Psicologia), CAPES (Portal de Periódicos), usando os respectivos descritores para pesquisa,
“Gravidez”, “Emoções Manifestas” e “Vínculo ao objeto”, sendo os critérios de inclusão
artigos publicados em língua portuguesa, com período de publicações dos últimos 10 anos,
sendo de 2009 à 2019, e gestantes acima de dezoito anos, e os critérios de exclusão foram
artigos que não fossem publicados no Brasil, com idiomas diversos como inglês e espanhol,
como ano de publicação inferiores a 2009, também artigos cujo os assuntos fossem sobre
gestantes como doenças especificas, ou mulheres no pós-parto dentre esses perspectivas. Em
seguida viu-se a necessidade de usar também o tema da pesquisa, sendo “Gestação e seus
fatores emocionais” para a possível obtenção de mais artigos, e descobertas de conteúdos já
existentes, para a realização dos títulos e resumos, para verificar se caberiam nos critérios de
inclusão e exclusão estabelecidos.

2.3 COLETA DE DADOS

Os dados coletados foram através da pesquisa bibliográfica, nos quais foram coletados
por meio de portais eletrônicos, onde as buscas foram feitas por artigos e revistas com ano de
publicação de 2009 à 2019, afim de que todos os dados filtrados, estudados e analisados
fossem utilizados como fatores de inclusão para a pesquisa.
21

3 RESULTADOS

Para chegar aos descritores usados nessa pesquisa, utilizou o DeCS (Descritores em
Ciência da Saúde) encontrado na base de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), foi
selecionada a opção DeCS edição 2018, direcionando para alguns itens específicos de busca
como: Visão geral, Dados estatísticos, Descritores novos, Descritores alterados, Descritores
eliminados, Mudanças de código hierárquico DeCS e MeSH e o DeCS alfabético, sendo
selecionado o DeCS alfabético, direcionando para a pesquisa por índice alfabético, sendo
necessária a escolha de uma letra equivalente a palavra selecionada para a busca, permitindo
ampliar o vocabulário e o âmbito da pesquisa. Portanto ao selecionar as letras “G e V”, o site
expôs várias palavras e temas, sendo selecionado apenas o descritor que correspondesse ao
critério de relação com o tema, sendo eles “Gestação”, “Gestação Emocional” e “Vínculo”,
sendo substituídos pelos respectivos sinônimos em português fornecidos pela base de dados,
“Gravidez”, “Emoções Manifestas” e “Vínculo ao Objeto”.
Na busca no site Scielo, Pepsic e Capes encontrou-se um total de 12.576. Utilizando
os descritores “Gravidez”, “Emoções Manifestas” e “Vínculo ao objeto”, levando em
consideração os critérios de inclusão e exclusão obteve o total de 12.391 artigos. Para os
critérios de inclusão, foram usados os seguintes métodos, refinamento através dos filtros de
publicação online, artigos publicados em português e nos últimos dez anos e para os critérios
de exclusão delimitou-se os artigos em línguas estrangeiras, inferiores a dez anos e mulheres
no pós-parto. Sendo a primeira forma de avaliação, os títulos dos trabalhos, após selecionados
foi feita a leitura dos resumos, e por fim a leitura do corpo textual, no qual o público de
pesquisa deveria ser gestantes brasileiras com idade acima de dezoito anos. Contudo, se viu a
necessidade de incluir nas bases de dados o respectivo tema do trabalho, “Gestação e seus
fatores emocionais”, devido a pouca literatura encontrada sobre o assunto relacionado ao
tema, com um intuito de encontrar algo já existente sobre o tema, obtendo assim 185 artigos.
Porém, vale lembrar que o tema não será utilizado como descritor oficial ao final dessa
pesquisa, apenas foi utilizado para obtenção de conteúdos a fim de serem incluídos no corpo
do texto conforme os critérios estabelecidos para inclusão.

Scielo

No portal Scielo foram feitas buscas em relação ao descritor “Gravidez” obtendo um


total de 3.278 artigos, assim para uma busca mais precisa, foi feito o refinamento dos
22

resultados por meio de busca de artigos que fossem produzidos apenas no Brasil, e que
estivessem no idioma português, com o ano de 2009 à 2019, onde conseguiu-se obter 921
artigos, também foi selecionada a opção periódicos, onde reduziu para 257 artigos
encontrados. Após estas buscas e o afunilamento na base de dados através da seleção dos itens
e da leitura dos títulos, artigos foram excluídos por se tratar de gestantes adolescentes
menores de dezoito anos, ou até mesmo por falar sobre a nutrição da gestante durante a
gravidez e mulheres no período puerpério, restando apenas 25, sendo estes lidos por
completo, e identificados apenas três para inclusão.
O descritor “Emoções Manifestas”, forneceu apenas três artigos, e após o filtro feito
utilizando os critérios, produzidos no Brasil, com idioma português, e o ano de publicação de
2009 a 2019, apresentou apenas dois artigos, após a leitura feita pelo título e o resumo, estes
dois artigos foram excluídos, pois seu conteúdo se tratava de pacientes diagnosticadas com
esquizofrenia e com gestantes que estavam em trabalho de parto. Com o descritor “Vínculo ao
Objeto” encontrou 40 artigos, após as filtragens através de artigos periódicos, publicados no
Brasil e com idioma português, resultaram em 9 artigos, e após a última filtragem por ano de
publicação entre 2009 a 2019, apenas um artigo apareceu na busca, e o mesmo não pode ser
incluído por se tratar de cuidados com pacientes tubérculos.
A busca feita neste portal utilizando o tema “Gestação e seus fatores emocionais”
disponibilizou três artigos, e ao filtrar os resultados por meio de ano de publicação entre 2009
e 2019, o portal disponibilizou apenas um artigo, porém o mesmo não foi incluso, pois não
respeitava os critérios de inclusão e o conteúdo se tratava de gestantes com doenças crônicas.

Pepsic

No portal Pepsic foi usado o descritor “Gravidez”, sendo apresentado inicialmente na


busca da pesquisa 172 artigos, onde cada tema foram lidos para que fossem filtrados apenas
os artigos produzidos no Brasil com idioma em língua portuguesa, assim, foram encontrados
158 artigos, também foram refinados por artigos com ano de 2009 a 2019 onde os dados
foram reduzidos para 113 artigos, assim, foram feitas a leitura por tema e as análises dos
resumos de cada artigo onde após a filtragem resultaram em 14 artigos, e por fim pós analisar
e excluir os artigos de acordo com o critério de exigência para inclusão de cada artigo,
verificou-se que apenas quatro artigos condiziam com o respectivo assunto que se procurava
respeitando os critérios de inclusão estabelecidos.
23

Em relação ao descritor “Emoções Manifestas” pesquisado no portal Pepsic, não foi


possível encontrar nenhum artigo. Também foi pesquisado o descritor “Vínculo ao Objeto”,
onde foram encontrados 11 artigos, estes foram analisados e lidos títulos por títulos onde
nenhum foi relacionado à gestação na fase adulta pois, relacionava-se a gestação na
adolescência, no período do pós-parto ou com doenças especificas, sendo assim, estes não
apresentaram dados para que pudessem serem inclusos na pesquisa.
E por fim, ao pesquisar utilizando o tema do trabalho “Gestação e seus fatores
emocionais”, não foi encontrado nenhum artigo.

Portal Capes

No portal Capes para busca de artigos, foi utilizado o descritor “Gravidez”, onde
foram encontrados 6.231 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados entraram as
seguintes opções de escolhas: em tipo de recurso foi usado a opção artigos que obteve-se
6.010 artigos, após, foi selecionada a data de publicação de 2009 a 2019 que se obtiveram
4025 artigos. Ao usar a opção gravidez, dada pela base de dados por tópico, os artigos
reduziram-se para 714, e ao colocar o idioma português obteve-se como resultado final na
pesquisa apenas 616 artigos, no qual os mesmos passaram posteriormente por uma análise e
leitura do título, sendo então excluídos artigos que foram encontrados em inglês e espanhol,
ou artigos que não abriram, ou que as gestantes continham idades inferiores a dezoito anos,
também com assuntos específicos como violência, práticas alimentares, sexualidade,
narcisismo, alguns tipos de doenças especificas, prematuridade entre outros. Sendo assim,
apenas um artigo desse descritor foi utilizado pois atendia aos critérios de inclusão.
Ao usar o descritor “Emoções manifestas” no portal Capes, obtiveram-se inicialmente
54 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados colocou-se as seguintes opções; em tipo
de recurso foi usado a opção artigos que obtiveram-se 41 artigos, e ao tentar selecionar o ano
da publicação, a data de publicação fornecida pelo site foi apenas de 2009 à 2018, sendo então
essa utilizada para refinamento da busca, pois ainda se inseria na categoria de ano escolhido
como critério de inclusão, assim foi disponibilizado pelo site apenas 35 artigos, e ao colocar o
idioma português obtiveram-se 21 artigos, onde passaram por analise e leitura do título, sendo
então todos excluídos pois haviam artigos em inglês, alguns artigos não abriram, tinham
assuntos específicos como doença cardíaca, países diferentes, esquizofrenia, transplante de
órgãos, preconceito contra a mulher, cultura transexual entre outros. Sendo assim, nenhum
24

pôde ser utilizado pois não condiziam com os critérios de inclusão e não correspondiam ao
tema do trabalho proposto.
Também ao usar portal Capes com o descritor “Vinculo ao objeto”, obteve-se
inicialmente 2.605 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados usou-se as seguintes
opções disponíveis; tipo de recurso, foi artigo que obtiveram-se 2.346, ao colocar a data de
publicação de 2009 a 2019 foi para 2.106 artigos; ao colocar o idioma português foi para
1.031 artigos, onde passaram por análise e leitura do título, sendo então todos excluídos pois
haviam artigos em inglês e espanhol, ou não estavam disponíveis, falavam sobre obesidade,
castração, reforma psiquiatra, matemática, sexualidade entre outros. Sendo assim, nenhum
pode ser utilizado pois não condiziam com os critérios de inclusão e não correspondiam ao
tema do trabalho.
E por fim ao usar o título do presente artigo como descritor, “Gestação e seus fatores
emocionais”, obteve-se inicialmente 182 publicações, ao ir para a etapa de refinar os
resultados usou-se as seguintes opções disponíveis; o tipo de recurso foi artigo, que
obtiveram-se 139, ao colocar a data de publicação o site forneceu somente de 2009 até 2018,
sendo então essa utilizada para refinamento da busca, pois ainda se inseria na categoria de ano
escolhido como critério de inclusão, encontrando 132 artigos; e ao colocar o idioma português
encontraram-se 67 artigos, onde passaram por analise e leitura do título e do resumo na
integra, sendo então 65 excluídos, pois haviam artigos em inglês e espanhol, e alguns assuntos
específicos como abuso sexual, pré-eclampsia, crianças pré-termo, crianças lactantes, idade
abaixo de dezoito anos, pós-parto entre outros. Deste modo somente dois artigos puderam ser
inclusos, sendo então lidos por completo e visto que seus temas sobre transformações na vida
da gestante e sobre a construção de vínculo eram importantes, pois respeitavam os critérios de
inclusão e tema do trabalho estabelecidos.
Os dados resultantes são mostrados no fluxograma 1, que refere as buscas de artigos
para seleção de inclusão na pesquisa, revelando assim tanto a quantidade de artigos excluídos
quanto de incluídos.

Fluxograma 1
Buscas de artigos incluídos e excluídos na pesquisa.
25

Busca Inicial com os descritores “Gravidez”, “Vínculo ao objeto”,


“Emoções Manifestas” e ao tema “Gestação e seus fatores emocionais”.

Total de busca de artigos na pesquisa = 12.576

Total Portal Capes =


Total Scielo = 3.321 Total Pepsic = 183
9.072

Após filtragem com artigos Após as buscas dos Após filtragem com
produzidos no Brasil, língua artigos produzidos no artigos produzidos no
portuguesa e com ano de Brasil em língua ano de 2009 à 2019
2009 à 2019 utilizando os portuguesa utilizando os utilizando os descritores
descritores e o tema da descritores e o tema da e o tema da pesquisa
pesquisa obteve-se o total pesquisa obteve-se o total obteve-se o total de:
de: 921 de: 158 6.208

Após a filtragem com Filtragem da busca por Filtragem de artigos


artigos periódicos, artigos com o ano de feita por meio do
utilizando os descritores e o publicação de 2009 à idioma de língua
tema da pesquisa obteve-se 2019 obteve-se o total portuguesa obteve-se o
o total de: 257 de: 113 total de: 1.735

Filtragem com artigos após Após a filtragem com Filtragem com artigos
serem analisado cada título, artigos e ler cada título, após serem analisado os
utilizando os descritores e o utilizando os descritores e o títulos, utilizando os
tema da pesquisa obteve-se tema da pesquisa obteve-se descritores e o tema da
o total de: 25 o total de: 14 pesquisa obteve-se o
total de: 105

Resultado para inclusão Resultado para inclusão


Resultado para inclusão
de artigos na pesquisa de artigos na pesquisa
de artigos na pesquisa
após análise do título e ler após análise do título e ler
após análise do título e
o resumo obteve-se o total o resumo obteve-se o total
ler o resumo obteve-se o
de: 3 de: 4
total de: 3
Figura 1- Fluxograma detalhado de coleta de dados dos artigos para inclusão.
Fonte: O pesquisador

Desta forma foram selecionados e inclusos 10 artigos, que apresentaram conteúdos


relevantes e se encaixavam nos critérios de inclusão estabelecidos, sendo estes artigos
26

divididos entre as respectivas bases de dados: Scielo com três artigos, Pepsic com quatro
artigos e por fim Capes com três artigos, onde as justificativas foram ressaltadas com o
porquê da escolha de cada seleção, como é mostrado na Tabela 1.

Tabela 1
Referente as bases eletrônicas de dados de inclusão
SCIELO PEPSIC CAPES
1) Alvarenga, Dazzani, Alfaya, 1) Pio e Capel (2018). Os 1) Guerra, Braga, Quelhas e Silva
Lordelo e Piccinini. (2012). significados do cuidado na (2014). Promoção da saúde
Relações Entre a Saúde Mental da gestação. mental na gravidez e no pós-
Gestante e o Apego Materno-fetal. Justificativa: Este artigo foi parto.
Estudos de Psicologia. incluso pois respalda sobre a Justificativa: O presente artigo foi
Justificava: O artigo foi incluído saúde emocional da mulher em incluso pois fala das
pois ressalta sobre o quanto o seu desenvolver, perante a transformações que ocorrem na
apego materno fetal influência no evolução da gestação. vida da mulher durante a
trimestre da gravidez. gravidez.

2) Petribú e Mateos (2017). 2) Schiavo, Rodrigues e Perosa 2) Líbera, Saunders, Santos,


Imagem corporal e gravidez. (2018). Variáveis associadas à Rimes, Brito e Baião (2011).
Justificativa: O artigo será incluso ansiedade gestacional em Avaliação da assistência pré-natal
pois respalda sobre a mudança primigestas em multigestas. na perspectiva de puérperas e
corporal perante a gestação. Sendo Justificativa: Este artigo foi profissionais de saúde.
este momento um processo da incluso pois foi possível pesquisar Justificativa: O presente artigo foi
gravidez um momento de e comparar o quanto a ansiedade é incluso pois ressalta a importância
perturbação. afetada em gestantes no terceiro das gestantes conhecerem sobre o
trimestre de gravidez. cuidado pré-natal e do quanto isso
influencia no vínculo entre a mãe
e o bebê.

3) Schmidt e Argimon (2009). 3) Simas, Souza e Scorsolini- 3) Pirrelli, Zambaldi, Cantilino e


Vinculação da gestante e apego Comin (2013). Significados da Sougey (2016). Instrumentos de
materno fetal. gravidez e da maternidade: avaliação do vínculo entre mãe e
Justificativa: Este presente artigo discursos de primíparas e bebê. Justificativa: O presente
foi utilizado pois fala a respeito do multíparas. artigo foi incluso por abordar o
vínculo da mãe com o feto e suas Justificativa: Este artigo será vínculo da mãe e do bebê e suas
relações desde a descoberta da incluído pois visa identificar as consequências e importâncias.
gravidez, e cita alguns fatores emoções vivenciadas na gestação,
emocionais. seja ela com um ou mais filhos na
mesma gestação.

4) Souza e Colaboradores (2016).


Gravidez tardia: Relações entre
características sociodemográficas,
gestacionais e apoio social.
Justificativa: Este artigo foi
incluso por se tratar do contexto
em que o apoio e a proteção a
mulher com a gestação tardia
contribui para o bem estar da sua
saúde.

A seguir serão descritos em forma de sínteses os estudos que foram encontrados


através das buscas feitas, de acordo com as semelhanças temáticas de cada artigo coletado.
27

Schmidt e Argimon (2009) verificaram as convivências reais entre o vínculo da


gestante e o afeto com o bebê ainda no útero, e a existência ou não de sinais de ansiedade e
depressão. Nesta pesquisa participaram 136 gestantes sendo primíparas e multíparas, estando
do 6º ao 9º mês de gravidez, com idade acima de 18 anos, também que tivessem com ensino a
partir da 5ª série e residentes em Erechim-RS. As participantes eram usuárias das Unidades
Básica de Saúde (UBS) e que eram do Programa Materno Infantil da secretaria da cidade, de
dezembro a outubro de 2004 e janeiro de 2005. Além do questionário sociodemográfico foi
aplicado a Escala de Vinculação do Adulto (EVA), a Escala de Apego Materno Fetal
(MFAS), o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e o Inventário de Ansiedade de Beck
(BAI). As coletas eram feitas na sala de espera logo após as saídas das gestantes do
consultório. A análise quantitativa realizou-se por meio da estatística descritiva e por meio da
estatística inferencial.
Os resultados indicaram que as idades das grávidas variaram entre 18 (10,3%) e 42
anos (1,5%) tendo uma média de 27,22 anos. No teste Fisher houve uma significativa ligação
entre o vínculo da gestante (seguro, ansioso, evitativo) e o grau apego materno fetal
(p=0,0470, mostrando que as gravidas tinham vínculo seguro, com o apego materno fetal
indicando alto. Do mesmo modo foi significativo o vínculo da gestante (seguro, ansioso,
evitativo) e os sintomas depressivos (p=0,036), mostrando sintoma depressivo o do tipo
evitante, no entanto, não houve associação relevante entre as vinculações da grávida e os
sintomas de ansiedade (p=0,167). Em relação ao aparecimento de sintomas de ansiedade, nos
testes de Fisher apresentou no aborto causado anterior (p=0,008), pois as mulheres com este
tipo de aborto visavam ter uma ansiedade grave. Não mostrou evidência significativas do
aborto com os sintomas depressivos (p=0,864), assim como a idade gestacional e os sintomas
da ansiedade não tiveram significância (p=0,901) e a idade gestacional com sintomas
depressivos (p=0,199) (Schmidt & Argimon, 2009).
O objetivo da pesquisa de Pirrelli e Colaboradores (2016) foram investigar por meio
dos instrumentos o vínculo na relação da gestante com o bebê e até completar seu um ano,
podendo então os caracterizar e produzir dados acerca de seus padrões de confiança e validez.
Foi feito um estudo em sites de busca de dados como, Lilacs, Pubmed entre outros realizado
em 2013. Os artigos passaram por etapas para serem selecionados, conforme os critérios de
inclusão e exclusão, assim somente 23 artigos foram selecionados para o uso da pesquisa,
posteriormente sendo avaliados sua confiança e validez. Observaram-se mediante os
resultados dos estudos o apego entre mãe e filho durante a gestação e o puerpério. Utilizaram-
se 13 materiais de avaliação. Mediante as técnicas apuradas, quatro são melhores para uso no
28

período da gestação em si, e nove são recomendadas para o pós-parto no período de um ano.
O questionário se compõe em duas versões, uma própria para a gestação e uma para o pós-
parto. Dentro dessas técnicas apuradas, uma revelou-se com significativa valides e confiança,
verificando a ligação existente entre a mamãe e o bebê na gravidez. Já no pós-parto,
encontrou-se maior grau de compatibilidade interna, que nos revela uma alta percepção para o
reconhecimento de problemas pequenos e graves nas ligações existentes entre a gestante e o
bebê.
Na pesquisa de Souza e Colaboradores (2016) verificaram quais eram as ligações
entre, suporte social, os itens sociodemográficos e gestação, em mulheres que engravidaram
num período tardio, no município de Natal/RN. Participaram 150 mulheres adultas, foram
usados como método de coleta de dados, questionários sobre informações demográficas e
sobre a gestação e um construto de apoio social. Os dados mostraram que a maior parte das
mulheres tem a religião e a união estável como ponto forte de apoio para se sustentar e
receber apoio durante o período gestacional, sendo um suporte importante. Mas algumas
dificuldades como a idade que se caracteriza como risco para a mesma e o bebê, e a sua
escolaridade baixa, gera insuficiência para a sua inserção no mercado de trabalho, causando a
rentabilidade da família baixa, sendo fator prejudicial também nesse período, que merece
cuidados específicos. E a maioria das mulheres eram multíparas, e boa parte não desejava a
gravidez. Portanto ao que se volta para o apoio social é importante dizer que, tem sido
bastante discutido a sua importância na gestação e suas contribuições para uma gravidez mais
tranquila, podendo evitar estresses durante a gestação, também servindo de suporte ao passar
por momentos difíceis sendo fator de proteção, e é sabido que esse apoio e benéfico para a
saúde das gestantes e o desenvolvimento do feto, por isso é necessário que a rede de
profissionais da saúde sempre tente estratégias dinâmicas para conseguir alcançar esse público
de mamães, para conseguir atender suas demandas mesmo que seja de forma gradativa e
parcial.
Neste estudo Líbera e Colaboradores (2011) analisaram o suporte ao pré-natal em uma
maternidade pública do município do Rio de Janeiro conforme o ponto de vista de puérperas e
de especialistas de saúde. Foi realizado um estudo qualitativo, que teve como participantes
262 grávidas com o perfil traçado em fase pós-parto e 6 especialistas da saúde, mais realizou-
se o estudo com apenas 19 mulheres, tendo aplicação de instrumentos como a entrevista
semiestruturada para as mamães e grupo focal com os especialistas da saúde, a fim de detectar
as percepções e adesões das puérperas sobre o atendimento, a assistência pré-natal,
nutricional, e o envolvimento das ações oferecidas a elas. Com a análise das falas das
29

mulheres, nos resultados mostraram que elas tinham uma valorização voltada para trabalho
dos especialistas de saúde, em específico ao acompanhamento nutricional, sendo assíduas as
consultas, visando seu cuidado com a saúde, com o corpo e alimentação. Mas inicialmente as
gestantes não tinham tanta consciência do real significado da saúde no período gravidício,
mais quando elas conhecem realmente o serviço oferecido e veem a real importância e que
deve ser levado em conta o que eles dizem, é que as puérperas ressaltam a relevância de poder
haver essa conversa, onde recebem instruções, apoio e também encorajamento no momento
das consultas.
Pio e Capel (2018) objetivaram em identificar perante as falas das mães no cuidado
durante o processo gestacional, perante os apoios postos pelas famílias, profissionais e
sociais, fazendo assim com que o estudo contribua para uma melhor assistência à saúde em
diversos níveis de atenção. O instrumento foi usado por meio das informações socio-
econômicas e familiares da mulher, o comportamento da experiência da gestação, a forma do
cuidar, e notícia passada a ela sobre o estado da gravidez, como também a compreensão sobre
sua doença ou mesmo a causa da internação. Os depoimentos foram gravados, e depois
transcritos, os conteúdos foram analisados metodologicamente, onde foi utilizado a análise
dos assuntos temáticos categorial proposto por Bardin em 2004. Os conteúdos mostraram que
a gravidez não planejada em primeiro instante promove o sentimento de incerteza, o receio e
o estar confuso a respeito das turbulências postas tanto pela vivência quanto ao começo desta
transformação. A vivência de perdas anteriores exposta por uma gestante, o gerar uma nova
vida traz o risco e o medo da perda e da morte. As gestantes internadas, mais precisamente de
risco, tendem a ter mais preocupação a vida do feto, pois possuem consciência da situação que
pode gerar a ele, além da respectiva preocupação de sua vida. Perante as falas das gestantes,
percebe-se a importância das consultas pré-natal, pois serve de suporte para que elas confiem
neste momento, perante as dúvidas e as transformações.
Na pesquisa de Guerra e Colaboradores (2014) tiveram o objetivo de reconhecer
causas de ameaça à saúde psíquica e conforto da gravida/puérpera, e os apanhados a respeito
de técnicas que promovam a saúde psíquica do público alvo. Foi feito uma pesquisa realizada
em 2013, de revisão integrativa da literatura, com pesquisa bibliográfica, através de sites de
busca. Como critérios de inclusão foram considerados os artigos que contivessem no título um
dos descritores considerados e as questões de investigação e a finalidade do estudo, e após a
leitura dos mesmos foram selecionados 12 artigos. Os artigos selecionados se constituíram
tendo como estrutura um método de classificação. As instâncias escolhidas dão soluções a
finalidade do trabalho: Circunstâncias de perigo a saúde psíquica da gestante no decorrer do
30

seu desenvolvimento gravídico; ações fomentadoras da saúde psíquica. Sendo assim, ao


analisar os dados, pode entender que existem várias restrições que conseguem antecipar o
surgimento de diversos sinais que indicam a mudança da saúde psíquica tanto na fase da
gestação quanto depois do parto.
Sobre a saúde da gestante e o apego materno-fetal, Alvarenga e Colaboradores (2012)
investigaram os fatores sociodemográficos, saúde psíquica e apego materno-fetal diante do
último trimestre da gravidez. Participaram desta pesquisa 261 gestantes por meio de
amostragem em quatro maternidades da rede pública de Salvador/BA. Entre as integrantes
que citaram queixa, foram: intimidação ou mesmo tentativa do abortar, pressão elevada,
eclampse e eliminação do líquido amniótico. Entretanto, no teste qui-quadrado não relatou
ligações estatisticamente relevantes entre problemas da gravidez e apego materno-fetal. As
gestantes responderam enquanto estavam no hospital perante o pré-natal com os seguintes
instrumentos: 1) Ficha de Dados Sociodemográfico e Saúde da Gestante; 2) Escala de apego
materno-fetal; e 3) SRQ-20 (Self-Report Questionnaire of Minor Psychiatric Disorders). Os
resultados indicaram que no escore médio do apego materno-fetal das grávidas de primeira
vez (M = 92,72; DP = 7,73) foram maiores (t = 2,90; p = 0,04) do que de grávidas que já
tiveram outras gestações (M = 89,73; DP = 8,75). De forma também, não houve distinção
significativa do apego materno-fetal em gestantes de gravidez esperada e gravidez inesperada
(t = 1,53; p = 0,12), como também em gestantes que viviam com pai do bebê, e ou, que não
viviam com o pai do bebê (t = 0,27; p = 0,78).
Simas e Colaboradores (2013) tiveram o objetivo de compreender os conceitos da
maternidade e as experiências da gravidez. A pesquisa foi feita com gestantes com idade
acima de dezoito anos, que eram casadas ou que moravam com seus parceiros. Como
instrumentos foram utilizados entrevistas para análise, assim como para os procedimentos da
coleta e análise de dados em que entraram em contato com essas gestantes no qual marcaram
a data e o horário, sendo a entrevista feita em apenas um único dia, sendo que eram feitas de
acordo com o que eram disponíveis para cada uma, seja o local na casa da participante ou nas
clínica-escola. Os resultados apresentaram que em relação aos eixos postos na pesquisa
através das análises que os dados psicológicos na gestação dos três trimestres, é mostrada
como uma parte forçada, pois nem todos os aspectos serão experimentados pelas mulheres.
Com relação ao apoio social, em todas as integrantes, a base emocional mais importante veio
do pai do neném, dando um significado para a mulher, pois, este pai participa da vida do bebê
tanto do pré-natal quanto antes mesmo do nascimento.
31

Schiavo e Colaboradores (2018), em seu estudo, tiveram o objetivo de detalhar e


assemelhar a ansiedade de mulheres que seriam mães a primeira vez com aquelas que já
passaram por outras gestações, por volta dos sete aos nove meses gestacionais, para encontrar
nos elementos sociodemográficos e de gravidez, as que têm vinculação para grande
ansiedade. As gestantes eram usuárias do SUS (Sistema Único de Saúde) em três municípios
do interior paulista, nesta pesquisa participaram 479 gestantes, dentre elas 222 primíparas e
257 multíparas, onde foi realizado nas UBS e a pesquisa atendeu a todos os requisitos éticos.
Foi utilizado um questionário com dados sociodemográficos, com perguntas de antecedentes
clínicos de saúde, e de referência a gestação, também foi utilizada uma escala de ansiedade,
para assim conseguir descobrir qual seria mais propensa a desencadear maior ansiedade.
Conforme análise dos dados, as mulheres que já tinham filhos e que iriam ser mães
novamente, apresentavam ansiedade em um alto grau, sendo que esperava-se que as mesmas
se sentissem mais tranquilas por já terem passado pela mesma experiência antes. Mas segundo
alguns autores, as mamães de primeira viagem também desenvolvem mais rápido a ansiedade,
por assumir uma responsabilidade de um novo papel que é o de ser mãe, e por questões
culturais temem não atender aos padrões de mãe perfeita. Então pode se concluir que ambas
desenvolvem ansiedade gestacional, porém por fatores diferentes, sendo então prejudicial para
a gestação.
As evidências postas por Petribú e Mateos (2017) tiveram em seu objetivo discutir
quais os assuntos relacionados nas transformações da imagem corporal são ocorridos neste
meio. Neste estudo intensificou por pesquisas bibliográficas, onde obteve-se os resultados que
mostrou-se que as transformações corporais, assim como as forças corporais de gerar uma
vida nova, faz parte do processo da gravidez. Sentir uma antipatia pelo corpo neste momento,
é completamente natural. Para que haja uma conexão na gestação, é importante que o corpo e
o espírito estejam em completa sintonia, pois assim o corpo é aceito em nome do bebê. Para
as mulheres que não ocorre essa sintonia, este sacrifício não é visto como escolha, e sim como
um ataque voraz, destruindo assim a imagem corporal, com riscos de destruir o ego e a
psicose. Pois, para as mulheres que sentiram falhas na elaboração da imagem do seu corpo
podem se reconhecer maciçamente com esta experiência e repreendê-los como ideais.

4 DISCUSSÃO

Objetivo desta pesquisa foi investigar o quanto os fatores emocionais que permeiam o
período gravídico podem interferir na qualidade de vida da gestante e posteriormente do bebê.
32

Como também analisar quais as consequências advindas dos fatores emocionais que ocorrem
em grávidas acima de dezoito anos, e identificar quais as influências dos fatores emocionais
na vida das gestantes e descrever como esses fatores emocionais influenciam na vida do bebê.
Portanto pode-se dizer que dentre os estudos aqui selecionados, alguns se
assemelharam conforme seus assuntos abordados. Os estudos de Schmidt e Argimon (2009);
Pirreli e Colaboradores (2016) analisaram a relação do vínculo da grávida e o apego ao bebê.
Os artigos de Souza e Colaboradores (2016); Líbera e Colaboradores (2011); Pio e Capel
(2018) buscaram compreender o quanto é importante o trabalho dos profissionais no apoio
social e a assistência ao pré-natal as gestantes, como também os significados no cuidado da
gestação. Nos estudos de Guerra e Colaboradores (2014); Alvarenga e Colaboradores (2012)
investigaram os fatores e as relações das causas à saúde mental da gestante, como também ao
apego materno-fetal na gravidez. Já no estudo de Simas e Colaboradores (2013) mostraram o
quanto a importância da maternidade e as experiências foram postas nas grávidas. Schiavo e
Colaboradores (2018) investigaram e compararam a ansiedade em primigestas como também
em multigestas, sendo ocorridos perante o período de trimestre da gestação. Assim como é
ressaltado a importância da imagem corporal em gestante por (Petribú & Mateos, 2017).
Pio e Capel (2018) em seu estudo investigaram como os fatores emocionais permeiam
o período gravídicos e que podem ser recorrentes de complicações na gestação, possíveis
doenças específicas, inseguranças, ansiedades, os cuidados da mãe com o bebe, a construção
do vínculo, a ausência de suporte que a gestante tem que receber durante esse período, e que
se consiste em fundamental para manter o bem-estar da gestante, então deve ser levado em
pauta esses fatores que acontecem durante toda a gravidez e que eles podem continuar após a
gestação também, devendo ser analisado conforme são as suas influências e consequências em
grávidas acima de dezoito anos e a posteriori na vida do bebê. Com isso foi possível verificar
uma série de dados compatíveis mediante ao tema, no qual mostrou-se nos resultados alguns
impactos que estão ligado as emoções manifestas e seus fatores perante a gravidez como, o
apoio social que é de suma importância as gestantes, trazendo benefícios tanto para a mãe
quanto para o bebê, como ressaltado acima, e também é voltada para a equipe que irá
acompanhar a gestante em todo seu pré-natal.
Pio e Capel (2018) ressaltaram que é importante que se identifique inicialmente tais
fatores, para que seja ressaltada e trabalhada a importância que tem esses cuidados durante a
gestação, assim podendo proporcionar as mamães suporte, a fim de findar ou amenizar suas
ansiedades, visando que ambos passem por esse momento de forma tranquila, tanto a mãe
quanto o bebê e seus pares.
33

No estudo sobre a ansiedade e a depressão de Lima e Colaboradores (2017),


mostraram que os sinais depressivos como a modificação no sono, tristeza sem motivo, e a
culpabilidade, é normal na gravidez. Este pico de sinais depressivos pode variar e elevar a um
índice de risco para a fase depressiva, sendo assim, houve uma necessidade de ter
acompanhamento à saúde mental da gestante desde o início da gravidez, para que assim possa
ter um rastreamento em relação dos sintomas depressivos perante o pré-natal. Apesar desses
sintomas serem normais na gravidez, os trabalhadores que permeiam esta fase devem
monitorar os surgimentos das atitudes das mulheres que sentem reações emocionais
intensificada, e mudando estes sentimentos de ruim para o bom. Pois estes sintomas podem
fazer com que índices altos, possam ter um resultado prejudiciais tanto na mãe quanto na
gestação.
Do mesmo modo a relação entre mãe e bebê na gestação é o momento em que se
desenvolve uma relação de cuidados e a construção do apego, efetivando o vínculo, e o
momento que há uma projeção de como será este bebê. Assim, para Fonseca (2010) é durante
a gravidez que é construído o vínculo entre ambos, e se relaciona com a espera que se tem
sobre o bebê e na forma de interagir com ele, como o toque na barriga, as caricias, as
conversas com o feto mesmo dentro da barriga, os seus movimentos, e até mesmo sonhar com
seu bebê. Esse vínculo primordial tem como base a interação entre a mãe e o bebê, que tem
uma prevalência até o nascimento da criança, em seu desenvolvimento e construção de
identidade.
Como o momento final da espera pelo seu bebê é posto por Rosa e Colaboradores
(2010) todo esse processo de construção de vínculo é importante para a consolidação do
apego, que se revela no nascimento do bebê, que é onde a mãe vê seu neném, sacia sua espera
e se sensibiliza, podendo então findar seu período gestacional de espera e dar início a seu
papel de mãe em exercício real da função.
A base familiar incluindo o pai da criança é uma base importante para a relação
emocional da mãe com o bebê, para Simas e Colaboradores (2013) a gravidez irá reorganizar
a vida da mulher tanto para mães que irão ter seu primeiro filho, quanto para mães que já
estão em outras gestações, pois assim, antecedendo o quarto mês de gravidez, as
ultrassonografias serão importantes para as gestantes. Os períodos que vão avançando na
gestação, os fatores emocionais são vivenciados pelas gestantes, sendo que cada gestante deve
ser analisada de acordo com cada necessidade. Quando chega os três últimos meses de
gestação, a ansiedade aumenta, pois aproxima o momento do parto, ocorrendo uma transição
após a vinda do bebê. Quando a mulher descobre a gravidez o esposo participa do momento
34

da descoberta, o envolvimento do pai perante a gravidez não se atribui apenas a atitudes,


como o participar dos exames e consultas, mas também no envolver das emoções em que
estão associados. Sendo assim, a participação do pai é visto por meio do interagir com a
grávida e até preparar para receber o bebê, o suporte emocional adequado a mãe, e no buscar
do toque com o bebê, como também dos cuidados e ansiedades vivenciadas.
As bases de apoio às gestantes tardias são de grande importância à saúde na fase da
gestação, onde Souza e Colaboradores (2016) concluem que deve-se avaliar os meio de
proteção a grávida, no qual o meio psicossocial irá influenciar na gestação, visto que as
gestantes a partir dos 35 anos enfrentam dificuldades nesta fase gestacional. O apoio social já
discutido em outros países, mostra que é um suporte às gestantes, sendo importante para
amenizar o estresse e dos mais diversos meios de mecanismos que as levam para uma situação
de vivência. Verificando o apoio social das grávidas tardias, os índices mostraram alto com 67
pontos. Estes escores altos do apoio social indica o papel de suma importância aos meios de
proteção na gravidez, mostrando uma hipótese que estes dados como a relação espiritual, não
ser mãe pela primeira vez, não morar só, estar firme na relação conjugal, sem ter abortado e
estar no trimestre final da gravidez, ainda assim podem ter influenciado no fator alto em
relação ao apoio social. O apoio social a gestante mostrou-se da importância dos
trabalhadores da saúde básica que lidam com essas gestantes sejam diretamente ou
indiretamente, que tenham o vínculo com elas para que estas gestantes tenham apoio
assistencial. Desta forma, são os grupos de apoio as gestantes onde elas poderão receber o
suporte que necessitam, por meio de compartilhamento de experiências de outras gestantes e
de orientação de profissionais especializados para acolhe-las, fazendo com que a gestante
consiga assim cuidar de sua saúde mental e automaticamente a posteriori de seu bebê também.
Os apanhados destes estudos confirmaram que há uma relação entre, o período
gravídico e os fatores emocionais existentes nesta fase, podendo desencadear ansiedade e
depressão, sendo assim, é necessário que seja sólida e bem estruturada a construção do
vínculo materno-fetal, e que o apoio que esta gestante recebe, deve ser seguida de forma
basilar como suporte, mostrando assim que esta relação mal construída entre a mãe-bebê e a
ausência de amparo familiar pode desencadear fatores prejudiciais na gestação para ambos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados mostraram que a gravidez traz diversas mudanças na vida da mulher,


como as alterações biológicas, corporais, psíquicas e sociais, sendo então uma fase única da
35

vida da mulher e que se diferem de uma gestante para outra. Sendo que essas alterações
desenvolvem na gestante a ansiedade que pode trazer complicações tanto para a mãe quanto
para o bebê, podendo então, desencadear na gestante um sentimento de insegurança, angústia
e tensão. Como também alterações na instabilidade emocional, mudanças hormonais e
depressão tanto durante a gestação quanto no período do puerpério.
Visto que essas alterações hormonais e emocionais, influenciam de forma direta nos
comportamentos da grávida e na aquisição de segurança quanto ao seu papel de ser mãe,
intervindo assim na construção do vínculo mãe-bebê durante a gestação, é sabido então que o
vínculo se constrói de forma gradativa durante o período gestacional e que se consolida
através dos comportamentos da mãe como o aconchego, caricias e conversas com o bebê.
E portanto, a importância desse vínculo está ligado ao apoio social, posto que a
gestação se compõe por um período de conflitos, permeados de sentimentos como o medo de
um possível aborto, insegurança em exercer o papel de ser mãe, e quanto a ausência de apoio
familiar, uma vez que o apoio familiar é imprescindível durante esta fase gestacional, para
que a mulher se sinta amparada pelos seus pares. Sendo assim, o apoio social também está
diretamente ligado aos grupos de apoio para as gestantes, em que as unidades básicas de
saúde são amparadas pela rede do SUS (Sistema Único de Saúde) através do programa de
humanização, que fornecem serviços assistenciais como exames preventivos e o pré-natal
onde é possível detectar uma possível gravidez de risco, também o serviço de acolhimento das
demandas das grávidas, no qual através destas pode-se detectar a depressão, podendo
proporcionar estratégias interventivas que possibilite o bem estar da mãe e do bebê perante a
gravidez, contribuindo assim para uma gestação saudável.
Este trabalho teve como busca prioritária o período gestacional, que abrange os nove
meses, visando encontrar os fatores emocionais e as transformações que permeiam por este
período. Entretanto, mesmo que o assunto seja relevante, notou-se dificuldade nas buscas,
tendo uma escassez em artigos que abordassem o tema, surgindo assuntos específicos como a
gestação na adolescência, alguma doença ou transtorno específico, e até mesmo em período
puerpério, portanto, mediante as buscas realizadas e as formas de critérios de inclusão e
exclusão utilizadas, apenas dez artigos foram encontrados. Deste modo, há uma necessidade
de mais pesquisa que se relacione a esta fase, para que os profissionais da saúde possam se
preparar melhor para atender este público, dando todo suporte necessário as gestantes em seu
preparo durante todo o período gestacional como suporte social, econômico e psicológico.
Conclui-se que a gestação é um momento especial na vida da mulher, e essa fase vem
acompanhada de diversas mudanças que alteram seu biopsicossocial, portanto, nota-se que é
36

importante que haja mais programas de amparo a gestante, podendo ser desenvolvidos
projetos sob o foco dessas mudanças e alterações resultantes desse período, que visará o bem
estar da mãe e consequentemente do bebê.

REFERÊNCIAS

Alvarenga, P., Dazzani, M. V. M., Alfaya, C. A. S., Lordelo, E. R., & Piccinini, C. A.
(2012). Relações Entre a Saúde Mental da Gestante e o Apego Materno-fetal. Estudos
de Psicologia. 17, (3), pp. 477-484. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v17n3/17 baixado em 07/11/2018 às 15:50pm.

Baorolli, M., Pacheco, T., Ceretta, L. B., Birollo, I. B., Amboni, G., & Gomes, K. M. (n.d).
Avaliação de estresse, depressão e ansiedade em um grupo de gestantes cadastradas
na estratégia de saúde da família do bairro São Sebastião , Criciúma. Disponível em:
http://periodicos.unesc.net/prmultiprofissional/article/viewFile/3028/2792 baixado
em 05/07/2019 às 11:26am.

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). (2015). Estresse. Disponível em:


http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2068-estresse baixado em 03/07/2019 às
17:03pm.

Brasil. (2013). Ministério da Saúde: Gravidez, parto e nascimento com saúde, qualidade de
vida e bem-estar. Brasília/DF. par- 30. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gravidez_parto_nascimento_saude_qualid
ade.pdf baixado em 20/03/2019 às 14:16pm.

Camacho, K. G., Vargens, O. M. C., Progianti, J. M., & Spíndola, T. (2010). Vivenciando
Repercussões e Transformações de uma Gestação: Perspectivas de Gestantes. Ciencia
y Enfermeria, XVI, (2). pp.115-125. Disponível em:
https://scielo.conicyt.cl/pdf/cienf/v16n2/art_12.pdf baixado em 01/09/2018 às
10:10am.

Cavalcante M. C. V., Filho F. L., França A. K. T. C., & Lamy Z. C. (2017). Relação mãe-
filho e fatores associados: análise hierarquizada de base populacional em uma capital
do Brasil-Estudo BRISA. Ciência & Saúde Coletiva, 22, (5), pp.1683-1693.
Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/
csc/v22n5/1413-8123-csc-22-05-1683.pdf baixado em: 04/11/2018 às 13:43am.

Costa, E. S., Pino, G. M. B., Costa, T. S., Santos, R. C. A., Nóbrega, A. R., & Sousa, L. B.
(2010). Alterações Fisiológicas na percepção de mulheres durante a gestação. Ver.
Rene: Fortaleza, 11, (2), p. 86-93. Disponível em:
http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/viewFile/4531/3414 baixado em
24/03/2019 às 13:40pm.
37

Coutinho, E. C., Silva, C. B., Chaves, C. M. B., Nelas, P. A. B., Parreira, V. B. C., Amaral,
M. O., & Duarte, J. C., (2014). Gravidez e parto: O que muda no estilo de vida das
mulheres que se tornam mães? Rev. Esc. Enferm. USP, 48, (2), pp.17-24. Disponível
em DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000800004 baixado em
23/02/2019 às 08:58am.

Esper, L. H., & Furtado, E. F. (2010). Associação de eventos estressores e morbidade


psiquiátrica em gestantes. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Droga.
6, pp. 368-86. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1806-6976.v6ispep368-
386 baixado em 07/11/2018 às 00:15am.

Fonseca, B. C. R. (2010). A Construção do Vínculo Afetivo Mãe-Filho na Gestação. Revista


Cientifica Eletrônica de Psicologia. Para- 42. Disponível em:
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/JbdGtOweBVvuv1S_2
013-5-13-15-14-55.pdf baixado em 01/11/2018 às 07:42am.

Guerra, M., Braga, M., Quelhas, I., & Silva, R. (2014). Promoção da saúde mental na
gravidez e no pós-parto. Disponível em:
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe1/nspe1a19.pdf baixado em 26/03/2019 às
18:54pm.

Kliemann, A., Böing, E., & Crepaldi. M. A. (2017). Fatores de risco para ansiedade e
depressão na gestação: Revisão sistemática de artigos empíricos. Psicologia da
Saúde. 25, (2), pp. 69-76. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-
ims/index.php/MUD/article/view/7512 baixado em 23/10/2018 às 20:47pm.

Leite, M. G., Rodrigues, D. F., Sousa, A. A. S., Melo, L. P. T., & Fialho, A. V. M. (2014).
Sentimentos Advindos da Maternidade: Revelações de um Grupo de Gestantes.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v19n1/12.pdf baixado em 06/07/2018 às
18:21pm.

Líbera, B. D., Saunders, C., Santos, M. M. A. S., Rimes, K. A., Brito, F. R. S. S., & Baião,
M. R., (2011). Avaliação da assistência pré-natal na perspectiva de puérperas e
profissionais de saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n12/34.pdf
baixado em 26/03/ 2019 às 17:40pm

Lima, M. O. P., Tsunechiro, M. A., Bonadio, I. C., & Murata, M. (2017). Sintomas
depressivos na gestação e fatores associados: estudo longitudinal. Acta Paul Enferm.
30, (1), pp.39-46. Disponível em DOI: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
21002017000100039&script=sci_abstract&tlng=pt baixado em 23/10/2018 às
11:40am.

Manual diagnóstico e estatístico de transtorno mentais (DSM-5). (2014). American


Psychiatric Association. 5ª ed., Porto Alegre: Artmed.

Moura, V. F. S., Pedrão L. J., Souza, A. C. S., & Boaventura, R. P. (2015). A depressão em
gestantes no final da gestação. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/smad/v11n4/pt_08.pdf baixado em: 03/11/2018 às
17:17 am.
38

Nery, M. B. M., Santos, M. C. S., & Almeida, A. M. D. A. (2012). Uma breve compreensão
psicológica sobre as inconstâncias emocionais na gravidez e na maternagem.
Interfaces Humanas – Humanas e Sociais. 1, (1), p. 63-72. Disponível em:
https://periodicos.set.edu.br/index.php/humanas/article/view/163 baixado em
20/03/2019 às 17:01pm.

Nunes, G. S., Leite, K. N. S., Lima, T. N. F. A., Paulo, A. P. D. S., Souza, T. A.,
Nascimento, B. B., Neves, R. M., & Medeiros, F. K. F. (2018). Sentimentos
Vivenciados por Primigestas. Revista de Enfermagem, (12), pp. 916-22. Disponível
em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/231096/2
8631 baixado em 01/09/2018 às 09:59am.

Petribú, B. G. C., & Mateos, M. A. B. A. (2017). Imagem corporal e gravidez. Disponível


em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
08252017000100004 baixado em 23/02/2019 às 11:38am.

Piccinini, C. A., Silva, M. R., Gonçalves, T. R., Lopes, R. S., & Tudge, J. (2004). O
envolvimento paterno durante a gestação. Psicologia: Reflexão e Critica, 17, (3), pp.
303-314. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v17n3/a03v17n3.pdf baixado
em 20/03/2019 às

Pio, D. A. M., & Capel, M. S. (2018). Os significados do cuidado na gestação. Revista


Psicologia e Saúde. 7, (1), pp. 74-81. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-
093X2015000100010&lng=pt&nrm=iso baixado em 12/04/2019 às 21:39pm.

Pirrelli, J. G. A., Zambaldi, C. F., Cantilino, A., & Sougey, E. B. (2016). Instrumentos de
avaliação do vínculo entre mãe e bebê. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v32n3/0103-0582-rpp-32-03-0257.pdf baixado em
26/03/2019 às 17:33pm.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e


Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Cap. 3, Pesquisa Científica. 2ªed.
Disponível em: http://www.feevale.br/Comum/midias/8807f05a-14d0-4d5b-b1ad-
1538f3aef538/E-book%20Metodologia%20do%20Trabalho%20Cientifico.pdf
baixado em 24/11/2018 às 14:11Pm.

Rato, P. I. (1998). Ansiedades perinatais em mulheres com gravidez de risco e em mulheres


com gravidez normal. Análise Psicológica. Vol. 3, nº XVI, p. 405 – 413. Disponível
em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-
82311998000300006 baixado em 20/03/2019 às 14:13pm.

Rezende, C. B. (2012). Emoção, corpo e moral em grupos de gestantes. RBSE - Revista


Brasileira de Sociologia da Emoção: Grupo de Pesquisa em Antropologia e
Sociologia das Emoções. 11, (33), pp. 830-849. Disponível em:
http://www.cchla.ufpb.br/rbse/ClaudiaRezDos.pdf baixado em 31/09/2018 às
09:33am.

Rodrigues, O. M. P. R., & Schiavo, R. A. (2011). Stress na Gestação e no puerpério: uma


correlação com a depressão pós-parto. Disponível em:
39

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032011000900006 baixado em 03/07/2019 às


17:51pm.

Rosa, R., Martins, F. E., Gasperi, B, L., Monticelli, M., Siebert, E. R. C., & Martins, N. M.
(2010). Mãe e filho: os primeiros laços de aproximação. Disponível em DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452010000100016 baixado em 28/10/2018 às
19:09pm.

Sampaio, R. F., & Mancini, M. C. (2007). Estudos de revisão sistemática: Um guia para
síntese criteriosa da evidência científica. Rev. bras. fisioter. Vol. 11 (1), pp. 83-89.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n1/12.pdf baixado em 05/07/2019
às 01:03am.

Schmidt, E, B., & Argimon, I, I, L. (2009). Vinculação da gestante e apego materno fetal.
Paidéia (Ribeirão Preto), 19, (43), pp.211-220. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-863X2009000200009 baixado em 23/02/2019 às
11:19am.

Schiavo, R. A., Rodrigues, O. M. P. R., & Perosa, G. B. (2018). Variáveis associadas à


ansiedade gestacional em primigestas em multigestas. Vol. 26, (4). Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2358-
18832018000402091&lng=en&nrm=iso&tlng=pt baixado em 30/03/2019 às
10:53am.

Sevastano, H., & Novo, D. P. (1981). Aspectos psicológicos da gestante sob o ponto de vista
da teoria do núcleo do EU. Rev. Saúde Pública: São Paulo, (15), pp. 101-10.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101981000100010 baixado em 24/03/2019 às 17:16pm.

Silva, L.B., Pessoa, F. B., Pessoa, D. T. C., Cunha, V. C. M., Cunha, C. R. M., & Fernandes,
C. K. C. (2015). Análises das mudanças fisiológicas durante a gestação:
Desvendando mitos. Revista Faculdade de Montes Belos (FMB), 8, (1), pp. 1-16.
Disponível em: http://revista.fmb.edu.br/index.php/fmb/article/view/11/0 baixado
em 24/03/2019 às 13:40pm.

Silva, E. A. T. (2013). Gestação e preparo para o parto: programas de intervenção. O Mundo


da Saúde, 37, (2), pp.208-2015. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/gestacao_preparo_parto_progra
mas_intervencao.pdf baixado em 14/05/2019 às 23:43pm.

Simas, F. B., Souza, L.V., & Scorsolini-Comin, F. (2013). Significados da gravidez e da


maternidade: discursos de primíparas e multíparas. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
36872013000100002 baixado em 23/02/2019 às 09:54am.

Souza, W. P. S., Maia, E. M., Oliveira, M. A. M., Morais, T. I. S., Cardoso, P. S., Lira, E. C.
S., & Melo, H. M. A. (2016). Gravidez tardia: Relações entre características
sociodemográficas, gestacionais e apoio social. Boletim de Psicologia, LXVI, (144),
pp.047-059. Disponível em:
40

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-
59432016000100006&lng=pt&nrm=iso baixado em 17/05/2019 às 23:47pm.

Thiengo, D. L., Santos, J. F. C., Fonseca, D. L., Abelha, L., & Lovisi, G. M. (2012).
Depressão durante a gestação: um estudo sobre a associação entre fatores de risco e
apoio social entre gestantes. Caderno Saúde Coletiva. 20, (4), pp.416-26. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-
462X2012000400003&script=sci_abstract&tlng=pt baixado em 23/10/2018 às
23:56am.

Vieira, B. D., & Parizotto, A. P. A. V. (2013). Alterações psicológicas decorrentes do


período gravídico. Unoesc & Ciência – ACBS, 4, (1), pp.79-90. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/acbs/article/view/2559/pdf baixado em
31/03/2019 às 20:34pm.

Você também pode gostar