Gestação e Seus Fatores Emocionais
Gestação e Seus Fatores Emocionais
Gestação e Seus Fatores Emocionais
ANÁPOLIS
2019
Andressa Casia Monteiro Marques
Lucivania Fonseca Souza
ANÁPOLIS
2019
ANDRESSA CASIA MONTEIRO MARQUES
LUCIVANIA FONSECA SOUZA
Banca Examinadora
10
“não temas, porque eu sou contigo; não te
assombres, porque eu sou teu Deus; eu te
fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra
da minha justiça. 11Eis que envergonhados e
confundidos serão todos os que se irritam
contra ti; tornar-se-ão em nada; e os que
contenderem contigo perecerão. 12Quanto aos
que pelejam contigo, busca-lós-ás, mas não os
acharás; e os que guerreiam contigo tornar-se-
ão em nada e perecerão.13 Porque eu, o Senhor
teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te
digo: Não temas; eu te ajudarei”.
% Por cento
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 Os fatores emocionais durante a gestação .................................................................... 13
1.2 O vínculo entre a mãe-filho na gestação ....................................................................... 15
2 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................................. 19
2.1 Cenário ............................................................................................................................. 19
2.2 Critério de Inclusão e Exclusão ..................................................................................... 20
2.3 Coletas de Dados ............................................................................................................. 20
3 RESULTADOS .................................................................................................................. 21
4 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 34
REFERÊNCIA ...................................................................................................................... 37
12
O estresse é definido por BVS (2015) como uma resposta normal do organismo, e que
acontece quando experienciamos em ocasiões de risco. Esse recurso nos conduz para sermos
cautelosos e atentos, desencadeando mudanças psíquicas e físicas. Essa resposta ao estresse é
um comportamento orgânico imprescindível para a adequação a eventos novos.
Uma das grandes ansiedades neste tempo está ligada à lactação, se terá ou não leite
materno. A tranquilidade, segurança e equilíbrio ajudam no aleitamento, já o pavor,
depressão, angústia, exaustão e ansiedade consegue gerar a frustação. Um espaço promissor
que passe proteção e incentivo é importante à esta nova mãe (Rato, 1998).
Segundo Costa e Colaboradores (2010) “as alterações fisiológicas ocorridas durante a
gravidez sejam elas sutis ou marcantes, estão entre as mais acentuadas que o corpo humano
pode sofrer, gerando medos, dúvidas, angústias, fantasias ou simplesmente curiosidade em
relação as transformações ocorridas no corpo” (p.87). Como também, Rato (1998) destaca
que, “durante o segundo e terceiro mês dá-se a formação da placenta que também gera
algumas ansiedades (...). A ansiedade perante a percepção dos movimentos aparece
conscientemente de várias maneiras: temor ao filho disforme, medo de morrer no parto (...)”
(p. 406).
Durante a gravidez, 10% a 15% de todas as mulheres vivenciam sintomas de
ansiedade e depressão leves a moderados. Os sintomas, em geral, são semelhantes aos
que ocorrem na depressão em qualquer outro período da vida da mulher, tais como
falta de apetite e de energia e sentimentos de culpa. Além do sofrimento para a própria
mulher, essas manifestações podem interferir no processo adequado de
desenvolvimento fetal, aumentam o risco de eventos adversos na gestação para mãe e
o feto como pré-eclâmpsia, podendo associar se a resultados obstétricos desfavoráveis
como parto prematuro e baixo peso ao nascer. A depressão pode persistir no período
pós-parto comprometendo o comportamento parental, o relacionamento com o
parceiro e familiares, o processo de formação do vínculo entre mãe e filho, o
desenvolvimento cognitivo, motor e psicossocial da criança (Lima & Colaboradores,
2017, p. 40).
destacam Vieira e Parizotto (2013) que as mudanças físicas são existentes e variadas os seios
aumentam, a ânsias de vômito, vontades, indisposição e formas alteradas do corpo.
Para Nunes e Colaboradores (2018), é o virar mãe que faz com que a mulher comece a
deixar esta condição, para participar da qual ela determinou para si, participando então de
seus outros planos pessoais de mulher. Pois é neste momento em que precisa estar amparada
pelo apoio grupal, que determina o estado e saúde da mulher, Rezende (2012) destaca que as
atividades realizadas em grupos tendem a ter uma alteração na pessoa, que ocorrerá
especialmente nas partes emocionais, em que os momentos são percebidos pela fala do corpo.
Na atualidade, graças ao progresso científico, a puérpera tem a chance de estar mais
amparada, principalmente quando se propõe o curso da elaboração do parto (Sevastano &
Novo, 1981).
Ter o primeiro filho é uma fase da gestação em que se revela por meio das relações
expostas durante este período, para Nunes e Colaboradores (2018) ter seu primogênito é uma
nova fase que inicia para a mulher, em que é manifestado diversas sensações, criando, várias
incertezas e os próprios desejos.
Nos primeiros três meses, a gestante passa por um turbilhão de sentimentos como
dúvidas, felicidade, ansiedade, e algumas vezes se desfaz do bebê e da ideia de estar grávida.
Na fase dos seis meses, a grávida já consegue sentir o feto movimentando-se, e assim tendo
uma labilidade em suas emoções, pois então ela fica convicta de sua realidade e de que há
uma vida ali dentro, que tem um vínculo muito forte com ela. Nos últimos meses a chegada da
hora do nascimento do bebê quando a mãe fica mais ansiosa para a chegada, e junto vem as
mudanças de hábitos decorrentes disso, como a vida sexual da mulher, a assistência e atenção
que tem que dar para o recém-nascido, sua vida pessoal e todos os outros fatores como sociais
e suas relações (Leite & Colaboradores, 2014).
Perante as exposições manifestadas e ocorridas durante o período gravídico, e diante
do primeiro filho, Nunes e Colaboradores (2018) ressaltam que “há também alterações
psicológicas, uma vez que a mulher gestante procura compreender sua nova imagem. Esse
fato histórico é observado e bem evidenciado nas primigestas” (p. 917). Na maternidade
ocorrem variações de sentimentos nos vínculos expostos na família, na alegria dos cônjugues
e das crianças (Camacho & Colaboradores, 2010).
17
Diante destas manifestações que ocorrem nesta fase da gestação Pirrelli, Zambaldi,
Cantilino & Sougey (2016) esclarecem que, o vínculo que se estabelece entre mãe e bebê, são
carências psíquicas e corporais dele, e que irão proporcionar ao bebê, aconchego e segurança.
Com isso, entende-se que a mãe é a fonte mais segura para a criação das vinculações iniciais
da criança, que refletirão posteriormente em suas relações com o meio.
Em uma atribuição de Fonseca (2010), ele ressalta que o “vínculo afetivo (...) entre a
mãe e o feto, na gestação, é fundamental. (...) tanto a mãe quanto o feto possuem necessidades
de adaptação às mudanças (...), a construção do vínculo materno-filial pode contribuir para a
satisfação dessas necessidades” (para. 42).
O cuidado afetivo reflete ao bem-estar relacionado aos pensamentos e sonhos que
contorna o bebê, ao convívio indireto e a relação com feto. A realidade da gestante em
mostrar a alegria e a euforia por hábitos como acariciar a barriga e falar com o neném, indica
o tamanho do cuidado materno-fetal (Alvarenga, Dazzani, Alfaya, Lordelo & Piccinini,
2012).
Silva (2013) respalda que “a preparação da gestante para o parto, assim como o
acompanhamento do desenvolvimento do ciclo gravídico, é extremamente importante para
mãe e bebê, pois além de evitar problemas clínicos também pode atuar em nível de tratamento
quando necessário” (p. 209).
A saúde psíquica da criança recebe influência direta na qualidade do vínculo entre eles
estabelecido. Por isso, a relação entre ambos tem que ser afetuosa, íntima, e de forma
continuada, proporcionando satisfação e bem-estar para os dois. No entanto, não ocorre de
forma imediata e impulsiva. É um desenvolvimento, que começa no período inicial da
gravidez, que a criança a qual ela imagina faz parte cada vez mais da rotina da mãe, sendo
formado por ilusões, anseios, sonhos e ideais de se tornar mãe. A maneira como a mãe
entende seu apego com o bebê se reflete na maneira que ela entende e atende as carências
dele. Sendo assim, as relações entre os pais influenciam na essência do vínculo construído
pelo bebê desde seu nascer (Pirrelli & Colaboradores, 2016).
A gestação é com certeza uma fase bem complicada na vida da mulher, sendo uma
ocasião que se cerca de alterações profundas, que tem como características mudanças no
corpo, na mente e no meio social. O momento pós-nascimento do bebê é considerado como
um período no qual o sofrer psíquico pode desencadear uma depressão, dando origem então à
DPP (depressão pós-parto), que evidencia-se de uma forma intensa e variável, sendo um fator
dificultoso para a formação segura de um vínculo entre mãe-bebê, podendo então interferir
futuramente nos seus convívios interpessoais (Moura, Pedrão, Souza & Boaventura, 2015).
18
envolvimento do pai deve ser visado de um modo peculiar, sendo que este vínculo entre o
lado paterno e o bebê é de forma indireta, pois à uma mediação feita pela mãe (Piccinini,
Silva, Gonçalves, Lopes & Tudge, 2004).
Como também Rezende (2012) ressalta, que os grupos de suporte como as reuniões de
gestante, são evidenciadas através de especialistas e ocorrem por atividades estabelecidas, que
se determinam com finalidade de grupo (...). É a transição de conteúdo, vivências e afetos que
se vê a redução da ansiedade feita diante destas condições.
O apoio às gestantes ocorre através do programa de humanização, pois é perante o pré-
natal que à uma ajuda em uma melhoria na saúde das gestantes, Brasil (2013) ressalta que “a
humanização privilegia o bem-estar da mulher e do bebê ao considerar os processos
fisiológicos, psicológicos e o contexto sociocultural, caracterizado pelo acompanhamento
contínuo de gestação e parturição” (par.30).
A relação de um apoio social como ressalta Thiengo, Santos, Fonseca, Abelha e Lovisi
(2012) que a melhor compreensão de suporte social e diversas causas com relação a depressão
em gestantes, é de grande interesse na procura de métodos para a implantação de políticas de
acompanhamento materno-infantil pelo Brasil. Assim, é importante compreender sobre esse
conteúdo, através de pesquisas que ajudem melhorar a metodologia como a aplicação de
instrumentos exclusivos e reconhecidos, para analisar ansiedade e a depressão, como também
outras causas de riscos e índices representativos, além de lugares onde é possível acolher
gestantes com gravidez ameaçada, diminuindo os tipos de seleção.
Diante do exposto, este trabalho objetiva investigar na literatura evidências sobre o
quanto fatores emocionais como por exemplo a ansiedade, a depressão e o estresse que
permeiam o período gravídico podem interferir na qualidade de vida da gestante e
posteriormente do bebê.
2 METODOLOGIA DA PESQUISA
base para exploração a revisão sistemática, que é um apanhado de todas as pesquisas, como
Sampaio e Mancini (2007) respaldam que a revisão sistemática, deste modo como em outras
pesquisas de revisão, é um modo em que aproveita como origem de informação a literatura
em relação ao tema estabelecido.
Está pesquisa foi feita com bases em artigos cujo público alvo foram mulheres com
idade acima de dezoito anos em período gestacional, estando inseridas em uma população de
classe média e classe baixa. O tema em voga foi escolhido por sua importante relevância,
tendo visto que, a gestação é um período da vida da mulher em que merece uma atenção
especial, tanto física quanto social, mas principalmente psíquica.
Os dados coletados foram através da pesquisa bibliográfica, nos quais foram coletados
por meio de portais eletrônicos, onde as buscas foram feitas por artigos e revistas com ano de
publicação de 2009 à 2019, afim de que todos os dados filtrados, estudados e analisados
fossem utilizados como fatores de inclusão para a pesquisa.
21
3 RESULTADOS
Para chegar aos descritores usados nessa pesquisa, utilizou o DeCS (Descritores em
Ciência da Saúde) encontrado na base de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), foi
selecionada a opção DeCS edição 2018, direcionando para alguns itens específicos de busca
como: Visão geral, Dados estatísticos, Descritores novos, Descritores alterados, Descritores
eliminados, Mudanças de código hierárquico DeCS e MeSH e o DeCS alfabético, sendo
selecionado o DeCS alfabético, direcionando para a pesquisa por índice alfabético, sendo
necessária a escolha de uma letra equivalente a palavra selecionada para a busca, permitindo
ampliar o vocabulário e o âmbito da pesquisa. Portanto ao selecionar as letras “G e V”, o site
expôs várias palavras e temas, sendo selecionado apenas o descritor que correspondesse ao
critério de relação com o tema, sendo eles “Gestação”, “Gestação Emocional” e “Vínculo”,
sendo substituídos pelos respectivos sinônimos em português fornecidos pela base de dados,
“Gravidez”, “Emoções Manifestas” e “Vínculo ao Objeto”.
Na busca no site Scielo, Pepsic e Capes encontrou-se um total de 12.576. Utilizando
os descritores “Gravidez”, “Emoções Manifestas” e “Vínculo ao objeto”, levando em
consideração os critérios de inclusão e exclusão obteve o total de 12.391 artigos. Para os
critérios de inclusão, foram usados os seguintes métodos, refinamento através dos filtros de
publicação online, artigos publicados em português e nos últimos dez anos e para os critérios
de exclusão delimitou-se os artigos em línguas estrangeiras, inferiores a dez anos e mulheres
no pós-parto. Sendo a primeira forma de avaliação, os títulos dos trabalhos, após selecionados
foi feita a leitura dos resumos, e por fim a leitura do corpo textual, no qual o público de
pesquisa deveria ser gestantes brasileiras com idade acima de dezoito anos. Contudo, se viu a
necessidade de incluir nas bases de dados o respectivo tema do trabalho, “Gestação e seus
fatores emocionais”, devido a pouca literatura encontrada sobre o assunto relacionado ao
tema, com um intuito de encontrar algo já existente sobre o tema, obtendo assim 185 artigos.
Porém, vale lembrar que o tema não será utilizado como descritor oficial ao final dessa
pesquisa, apenas foi utilizado para obtenção de conteúdos a fim de serem incluídos no corpo
do texto conforme os critérios estabelecidos para inclusão.
Scielo
resultados por meio de busca de artigos que fossem produzidos apenas no Brasil, e que
estivessem no idioma português, com o ano de 2009 à 2019, onde conseguiu-se obter 921
artigos, também foi selecionada a opção periódicos, onde reduziu para 257 artigos
encontrados. Após estas buscas e o afunilamento na base de dados através da seleção dos itens
e da leitura dos títulos, artigos foram excluídos por se tratar de gestantes adolescentes
menores de dezoito anos, ou até mesmo por falar sobre a nutrição da gestante durante a
gravidez e mulheres no período puerpério, restando apenas 25, sendo estes lidos por
completo, e identificados apenas três para inclusão.
O descritor “Emoções Manifestas”, forneceu apenas três artigos, e após o filtro feito
utilizando os critérios, produzidos no Brasil, com idioma português, e o ano de publicação de
2009 a 2019, apresentou apenas dois artigos, após a leitura feita pelo título e o resumo, estes
dois artigos foram excluídos, pois seu conteúdo se tratava de pacientes diagnosticadas com
esquizofrenia e com gestantes que estavam em trabalho de parto. Com o descritor “Vínculo ao
Objeto” encontrou 40 artigos, após as filtragens através de artigos periódicos, publicados no
Brasil e com idioma português, resultaram em 9 artigos, e após a última filtragem por ano de
publicação entre 2009 a 2019, apenas um artigo apareceu na busca, e o mesmo não pode ser
incluído por se tratar de cuidados com pacientes tubérculos.
A busca feita neste portal utilizando o tema “Gestação e seus fatores emocionais”
disponibilizou três artigos, e ao filtrar os resultados por meio de ano de publicação entre 2009
e 2019, o portal disponibilizou apenas um artigo, porém o mesmo não foi incluso, pois não
respeitava os critérios de inclusão e o conteúdo se tratava de gestantes com doenças crônicas.
Pepsic
Portal Capes
No portal Capes para busca de artigos, foi utilizado o descritor “Gravidez”, onde
foram encontrados 6.231 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados entraram as
seguintes opções de escolhas: em tipo de recurso foi usado a opção artigos que obteve-se
6.010 artigos, após, foi selecionada a data de publicação de 2009 a 2019 que se obtiveram
4025 artigos. Ao usar a opção gravidez, dada pela base de dados por tópico, os artigos
reduziram-se para 714, e ao colocar o idioma português obteve-se como resultado final na
pesquisa apenas 616 artigos, no qual os mesmos passaram posteriormente por uma análise e
leitura do título, sendo então excluídos artigos que foram encontrados em inglês e espanhol,
ou artigos que não abriram, ou que as gestantes continham idades inferiores a dezoito anos,
também com assuntos específicos como violência, práticas alimentares, sexualidade,
narcisismo, alguns tipos de doenças especificas, prematuridade entre outros. Sendo assim,
apenas um artigo desse descritor foi utilizado pois atendia aos critérios de inclusão.
Ao usar o descritor “Emoções manifestas” no portal Capes, obtiveram-se inicialmente
54 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados colocou-se as seguintes opções; em tipo
de recurso foi usado a opção artigos que obtiveram-se 41 artigos, e ao tentar selecionar o ano
da publicação, a data de publicação fornecida pelo site foi apenas de 2009 à 2018, sendo então
essa utilizada para refinamento da busca, pois ainda se inseria na categoria de ano escolhido
como critério de inclusão, assim foi disponibilizado pelo site apenas 35 artigos, e ao colocar o
idioma português obtiveram-se 21 artigos, onde passaram por analise e leitura do título, sendo
então todos excluídos pois haviam artigos em inglês, alguns artigos não abriram, tinham
assuntos específicos como doença cardíaca, países diferentes, esquizofrenia, transplante de
órgãos, preconceito contra a mulher, cultura transexual entre outros. Sendo assim, nenhum
24
pôde ser utilizado pois não condiziam com os critérios de inclusão e não correspondiam ao
tema do trabalho proposto.
Também ao usar portal Capes com o descritor “Vinculo ao objeto”, obteve-se
inicialmente 2.605 artigos, ao ir para a etapa de refinar os resultados usou-se as seguintes
opções disponíveis; tipo de recurso, foi artigo que obtiveram-se 2.346, ao colocar a data de
publicação de 2009 a 2019 foi para 2.106 artigos; ao colocar o idioma português foi para
1.031 artigos, onde passaram por análise e leitura do título, sendo então todos excluídos pois
haviam artigos em inglês e espanhol, ou não estavam disponíveis, falavam sobre obesidade,
castração, reforma psiquiatra, matemática, sexualidade entre outros. Sendo assim, nenhum
pode ser utilizado pois não condiziam com os critérios de inclusão e não correspondiam ao
tema do trabalho.
E por fim ao usar o título do presente artigo como descritor, “Gestação e seus fatores
emocionais”, obteve-se inicialmente 182 publicações, ao ir para a etapa de refinar os
resultados usou-se as seguintes opções disponíveis; o tipo de recurso foi artigo, que
obtiveram-se 139, ao colocar a data de publicação o site forneceu somente de 2009 até 2018,
sendo então essa utilizada para refinamento da busca, pois ainda se inseria na categoria de ano
escolhido como critério de inclusão, encontrando 132 artigos; e ao colocar o idioma português
encontraram-se 67 artigos, onde passaram por analise e leitura do título e do resumo na
integra, sendo então 65 excluídos, pois haviam artigos em inglês e espanhol, e alguns assuntos
específicos como abuso sexual, pré-eclampsia, crianças pré-termo, crianças lactantes, idade
abaixo de dezoito anos, pós-parto entre outros. Deste modo somente dois artigos puderam ser
inclusos, sendo então lidos por completo e visto que seus temas sobre transformações na vida
da gestante e sobre a construção de vínculo eram importantes, pois respeitavam os critérios de
inclusão e tema do trabalho estabelecidos.
Os dados resultantes são mostrados no fluxograma 1, que refere as buscas de artigos
para seleção de inclusão na pesquisa, revelando assim tanto a quantidade de artigos excluídos
quanto de incluídos.
Fluxograma 1
Buscas de artigos incluídos e excluídos na pesquisa.
25
Após filtragem com artigos Após as buscas dos Após filtragem com
produzidos no Brasil, língua artigos produzidos no artigos produzidos no
portuguesa e com ano de Brasil em língua ano de 2009 à 2019
2009 à 2019 utilizando os portuguesa utilizando os utilizando os descritores
descritores e o tema da descritores e o tema da e o tema da pesquisa
pesquisa obteve-se o total pesquisa obteve-se o total obteve-se o total de:
de: 921 de: 158 6.208
Filtragem com artigos após Após a filtragem com Filtragem com artigos
serem analisado cada título, artigos e ler cada título, após serem analisado os
utilizando os descritores e o utilizando os descritores e o títulos, utilizando os
tema da pesquisa obteve-se tema da pesquisa obteve-se descritores e o tema da
o total de: 25 o total de: 14 pesquisa obteve-se o
total de: 105
divididos entre as respectivas bases de dados: Scielo com três artigos, Pepsic com quatro
artigos e por fim Capes com três artigos, onde as justificativas foram ressaltadas com o
porquê da escolha de cada seleção, como é mostrado na Tabela 1.
Tabela 1
Referente as bases eletrônicas de dados de inclusão
SCIELO PEPSIC CAPES
1) Alvarenga, Dazzani, Alfaya, 1) Pio e Capel (2018). Os 1) Guerra, Braga, Quelhas e Silva
Lordelo e Piccinini. (2012). significados do cuidado na (2014). Promoção da saúde
Relações Entre a Saúde Mental da gestação. mental na gravidez e no pós-
Gestante e o Apego Materno-fetal. Justificativa: Este artigo foi parto.
Estudos de Psicologia. incluso pois respalda sobre a Justificativa: O presente artigo foi
Justificava: O artigo foi incluído saúde emocional da mulher em incluso pois fala das
pois ressalta sobre o quanto o seu desenvolver, perante a transformações que ocorrem na
apego materno fetal influência no evolução da gestação. vida da mulher durante a
trimestre da gravidez. gravidez.
período da gestação em si, e nove são recomendadas para o pós-parto no período de um ano.
O questionário se compõe em duas versões, uma própria para a gestação e uma para o pós-
parto. Dentro dessas técnicas apuradas, uma revelou-se com significativa valides e confiança,
verificando a ligação existente entre a mamãe e o bebê na gravidez. Já no pós-parto,
encontrou-se maior grau de compatibilidade interna, que nos revela uma alta percepção para o
reconhecimento de problemas pequenos e graves nas ligações existentes entre a gestante e o
bebê.
Na pesquisa de Souza e Colaboradores (2016) verificaram quais eram as ligações
entre, suporte social, os itens sociodemográficos e gestação, em mulheres que engravidaram
num período tardio, no município de Natal/RN. Participaram 150 mulheres adultas, foram
usados como método de coleta de dados, questionários sobre informações demográficas e
sobre a gestação e um construto de apoio social. Os dados mostraram que a maior parte das
mulheres tem a religião e a união estável como ponto forte de apoio para se sustentar e
receber apoio durante o período gestacional, sendo um suporte importante. Mas algumas
dificuldades como a idade que se caracteriza como risco para a mesma e o bebê, e a sua
escolaridade baixa, gera insuficiência para a sua inserção no mercado de trabalho, causando a
rentabilidade da família baixa, sendo fator prejudicial também nesse período, que merece
cuidados específicos. E a maioria das mulheres eram multíparas, e boa parte não desejava a
gravidez. Portanto ao que se volta para o apoio social é importante dizer que, tem sido
bastante discutido a sua importância na gestação e suas contribuições para uma gravidez mais
tranquila, podendo evitar estresses durante a gestação, também servindo de suporte ao passar
por momentos difíceis sendo fator de proteção, e é sabido que esse apoio e benéfico para a
saúde das gestantes e o desenvolvimento do feto, por isso é necessário que a rede de
profissionais da saúde sempre tente estratégias dinâmicas para conseguir alcançar esse público
de mamães, para conseguir atender suas demandas mesmo que seja de forma gradativa e
parcial.
Neste estudo Líbera e Colaboradores (2011) analisaram o suporte ao pré-natal em uma
maternidade pública do município do Rio de Janeiro conforme o ponto de vista de puérperas e
de especialistas de saúde. Foi realizado um estudo qualitativo, que teve como participantes
262 grávidas com o perfil traçado em fase pós-parto e 6 especialistas da saúde, mais realizou-
se o estudo com apenas 19 mulheres, tendo aplicação de instrumentos como a entrevista
semiestruturada para as mamães e grupo focal com os especialistas da saúde, a fim de detectar
as percepções e adesões das puérperas sobre o atendimento, a assistência pré-natal,
nutricional, e o envolvimento das ações oferecidas a elas. Com a análise das falas das
29
mulheres, nos resultados mostraram que elas tinham uma valorização voltada para trabalho
dos especialistas de saúde, em específico ao acompanhamento nutricional, sendo assíduas as
consultas, visando seu cuidado com a saúde, com o corpo e alimentação. Mas inicialmente as
gestantes não tinham tanta consciência do real significado da saúde no período gravidício,
mais quando elas conhecem realmente o serviço oferecido e veem a real importância e que
deve ser levado em conta o que eles dizem, é que as puérperas ressaltam a relevância de poder
haver essa conversa, onde recebem instruções, apoio e também encorajamento no momento
das consultas.
Pio e Capel (2018) objetivaram em identificar perante as falas das mães no cuidado
durante o processo gestacional, perante os apoios postos pelas famílias, profissionais e
sociais, fazendo assim com que o estudo contribua para uma melhor assistência à saúde em
diversos níveis de atenção. O instrumento foi usado por meio das informações socio-
econômicas e familiares da mulher, o comportamento da experiência da gestação, a forma do
cuidar, e notícia passada a ela sobre o estado da gravidez, como também a compreensão sobre
sua doença ou mesmo a causa da internação. Os depoimentos foram gravados, e depois
transcritos, os conteúdos foram analisados metodologicamente, onde foi utilizado a análise
dos assuntos temáticos categorial proposto por Bardin em 2004. Os conteúdos mostraram que
a gravidez não planejada em primeiro instante promove o sentimento de incerteza, o receio e
o estar confuso a respeito das turbulências postas tanto pela vivência quanto ao começo desta
transformação. A vivência de perdas anteriores exposta por uma gestante, o gerar uma nova
vida traz o risco e o medo da perda e da morte. As gestantes internadas, mais precisamente de
risco, tendem a ter mais preocupação a vida do feto, pois possuem consciência da situação que
pode gerar a ele, além da respectiva preocupação de sua vida. Perante as falas das gestantes,
percebe-se a importância das consultas pré-natal, pois serve de suporte para que elas confiem
neste momento, perante as dúvidas e as transformações.
Na pesquisa de Guerra e Colaboradores (2014) tiveram o objetivo de reconhecer
causas de ameaça à saúde psíquica e conforto da gravida/puérpera, e os apanhados a respeito
de técnicas que promovam a saúde psíquica do público alvo. Foi feito uma pesquisa realizada
em 2013, de revisão integrativa da literatura, com pesquisa bibliográfica, através de sites de
busca. Como critérios de inclusão foram considerados os artigos que contivessem no título um
dos descritores considerados e as questões de investigação e a finalidade do estudo, e após a
leitura dos mesmos foram selecionados 12 artigos. Os artigos selecionados se constituíram
tendo como estrutura um método de classificação. As instâncias escolhidas dão soluções a
finalidade do trabalho: Circunstâncias de perigo a saúde psíquica da gestante no decorrer do
30
4 DISCUSSÃO
Objetivo desta pesquisa foi investigar o quanto os fatores emocionais que permeiam o
período gravídico podem interferir na qualidade de vida da gestante e posteriormente do bebê.
32
Como também analisar quais as consequências advindas dos fatores emocionais que ocorrem
em grávidas acima de dezoito anos, e identificar quais as influências dos fatores emocionais
na vida das gestantes e descrever como esses fatores emocionais influenciam na vida do bebê.
Portanto pode-se dizer que dentre os estudos aqui selecionados, alguns se
assemelharam conforme seus assuntos abordados. Os estudos de Schmidt e Argimon (2009);
Pirreli e Colaboradores (2016) analisaram a relação do vínculo da grávida e o apego ao bebê.
Os artigos de Souza e Colaboradores (2016); Líbera e Colaboradores (2011); Pio e Capel
(2018) buscaram compreender o quanto é importante o trabalho dos profissionais no apoio
social e a assistência ao pré-natal as gestantes, como também os significados no cuidado da
gestação. Nos estudos de Guerra e Colaboradores (2014); Alvarenga e Colaboradores (2012)
investigaram os fatores e as relações das causas à saúde mental da gestante, como também ao
apego materno-fetal na gravidez. Já no estudo de Simas e Colaboradores (2013) mostraram o
quanto a importância da maternidade e as experiências foram postas nas grávidas. Schiavo e
Colaboradores (2018) investigaram e compararam a ansiedade em primigestas como também
em multigestas, sendo ocorridos perante o período de trimestre da gestação. Assim como é
ressaltado a importância da imagem corporal em gestante por (Petribú & Mateos, 2017).
Pio e Capel (2018) em seu estudo investigaram como os fatores emocionais permeiam
o período gravídicos e que podem ser recorrentes de complicações na gestação, possíveis
doenças específicas, inseguranças, ansiedades, os cuidados da mãe com o bebe, a construção
do vínculo, a ausência de suporte que a gestante tem que receber durante esse período, e que
se consiste em fundamental para manter o bem-estar da gestante, então deve ser levado em
pauta esses fatores que acontecem durante toda a gravidez e que eles podem continuar após a
gestação também, devendo ser analisado conforme são as suas influências e consequências em
grávidas acima de dezoito anos e a posteriori na vida do bebê. Com isso foi possível verificar
uma série de dados compatíveis mediante ao tema, no qual mostrou-se nos resultados alguns
impactos que estão ligado as emoções manifestas e seus fatores perante a gravidez como, o
apoio social que é de suma importância as gestantes, trazendo benefícios tanto para a mãe
quanto para o bebê, como ressaltado acima, e também é voltada para a equipe que irá
acompanhar a gestante em todo seu pré-natal.
Pio e Capel (2018) ressaltaram que é importante que se identifique inicialmente tais
fatores, para que seja ressaltada e trabalhada a importância que tem esses cuidados durante a
gestação, assim podendo proporcionar as mamães suporte, a fim de findar ou amenizar suas
ansiedades, visando que ambos passem por esse momento de forma tranquila, tanto a mãe
quanto o bebê e seus pares.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
vida da mulher e que se diferem de uma gestante para outra. Sendo que essas alterações
desenvolvem na gestante a ansiedade que pode trazer complicações tanto para a mãe quanto
para o bebê, podendo então, desencadear na gestante um sentimento de insegurança, angústia
e tensão. Como também alterações na instabilidade emocional, mudanças hormonais e
depressão tanto durante a gestação quanto no período do puerpério.
Visto que essas alterações hormonais e emocionais, influenciam de forma direta nos
comportamentos da grávida e na aquisição de segurança quanto ao seu papel de ser mãe,
intervindo assim na construção do vínculo mãe-bebê durante a gestação, é sabido então que o
vínculo se constrói de forma gradativa durante o período gestacional e que se consolida
através dos comportamentos da mãe como o aconchego, caricias e conversas com o bebê.
E portanto, a importância desse vínculo está ligado ao apoio social, posto que a
gestação se compõe por um período de conflitos, permeados de sentimentos como o medo de
um possível aborto, insegurança em exercer o papel de ser mãe, e quanto a ausência de apoio
familiar, uma vez que o apoio familiar é imprescindível durante esta fase gestacional, para
que a mulher se sinta amparada pelos seus pares. Sendo assim, o apoio social também está
diretamente ligado aos grupos de apoio para as gestantes, em que as unidades básicas de
saúde são amparadas pela rede do SUS (Sistema Único de Saúde) através do programa de
humanização, que fornecem serviços assistenciais como exames preventivos e o pré-natal
onde é possível detectar uma possível gravidez de risco, também o serviço de acolhimento das
demandas das grávidas, no qual através destas pode-se detectar a depressão, podendo
proporcionar estratégias interventivas que possibilite o bem estar da mãe e do bebê perante a
gravidez, contribuindo assim para uma gestação saudável.
Este trabalho teve como busca prioritária o período gestacional, que abrange os nove
meses, visando encontrar os fatores emocionais e as transformações que permeiam por este
período. Entretanto, mesmo que o assunto seja relevante, notou-se dificuldade nas buscas,
tendo uma escassez em artigos que abordassem o tema, surgindo assuntos específicos como a
gestação na adolescência, alguma doença ou transtorno específico, e até mesmo em período
puerpério, portanto, mediante as buscas realizadas e as formas de critérios de inclusão e
exclusão utilizadas, apenas dez artigos foram encontrados. Deste modo, há uma necessidade
de mais pesquisa que se relacione a esta fase, para que os profissionais da saúde possam se
preparar melhor para atender este público, dando todo suporte necessário as gestantes em seu
preparo durante todo o período gestacional como suporte social, econômico e psicológico.
Conclui-se que a gestação é um momento especial na vida da mulher, e essa fase vem
acompanhada de diversas mudanças que alteram seu biopsicossocial, portanto, nota-se que é
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importante que haja mais programas de amparo a gestante, podendo ser desenvolvidos
projetos sob o foco dessas mudanças e alterações resultantes desse período, que visará o bem
estar da mãe e consequentemente do bebê.
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