Redação Oficial 2018 Modelo

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REDAÇÃO OFICIAL

Módulo: Único
Eixo: Comunicação
ESCOLA DE SERVIÇO PÚBLICO DO ESPIRITO SANTO
ESESP

Redação Oficial

EIXO: COMUNICAÇÃO

2018

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1. COMUNICAÇÃO ESCRITA OFICIAL
A comunicação escrita oficial é a forma pela qual se redigem as
correspondências e os atos administrativos no serviço público.

O texto oficial constitui a imagem da organização. Portanto, o domínio da


língua-padrão confere unidade e uniformidade à comunicação, através da
clareza, da concisão e da formalidade.

Para que se atinjam essas características, as comunicações oficiais devem


permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoal, o que exige
certo nível de linguagem, não se aceitando o uso de gírias, de expressões
regionais, de jargão técnico ou de palavras estrangeiras, que comprometam o
entendimento da mensagem.

1.1 Qualidades e características de uma redação

1.1.1. Impessoalidade
O tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das
comunicações oficiais decorre da ausência de impressões individuais de quem
comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado pela
chefia de determinada área, é sempre em nome do Serviço Público que é feita
a comunicação. Obtém-se assim uma padronização que permite uniformidade
às comunicações elaboradas em diferentes unidades da Administração.

1.1.2. Coerência
A coerência seleciona as ideias, central e secundárias, escolhendo as mais
importantes e cimentando-as por meio de um ponto comum. A coerência
organiza a sequência das ideias, de modo que o leitor perceba facilmente como
elas são importantes para o desenvolvimento do texto. Mesmo que todos os
períodos do parágrafo estejam relacionados entre si, ou deem suporte à ideia
principal, se faltar a organização dessas ideias, o texto ficará confuso e sem
coerência.

Quando é que podemos dizer que um texto é coerente e apresenta unidade?


Basicamente, quando existe harmonia entre as palavras, isto é, quando elas
apresentam vínculos adequados de sentido, e quando a mensagem organiza-
se de forma sequenciada, tendo um início, um meio e um fim, sem
contradições ou mudanças bruscas do pensamento, mantendo a unidade
textual. Os problemas de incoerência entre as palavras são, muitas vezes,
causados pela confusão entre o que se diz e aquilo que realmente se quis
dizer.

1.1.3. Objetividade

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A objetividade consiste no uso de palavras adequadas para que o pensamento
seja expresso e entendido imediatamente pelo leitor. É necessário que se
coloque uma ideia após a outra, hierarquizando as informações.
Termos supérfluos, excesso de adjetivos, ideias e vocábulos repetidos devem
ser eliminados, pois comprometem a eficácia do documento.

Use linguagem objetiva e clara.

Seja preciso.

Evite palavras desgastadas pelo uso.

Amplie o vocábulo ativo.

1.1.4. Concisão
O texto conciso é aquele que transmite o máximo de informações com o
mínimo de palavras. Resulta de um trabalho de reflexão (o que escrever?) e de
elaboração (como escrever?), concentrando-se na essência da mensagem.

Empregue frases curtas.

Evite acúmulo de ideias em um só parágrafo.

Exercite-se na recomposição do texto.

Deixe passar algum tempo depois de ter escrito: reflita, descanse suas
ideias.

Retome o que escreveu, procurando melhorar a forma.

1.1.5. Clareza
O texto claro possibilita a imediata compreensão pelo leitor. O autor fará uso de
língua-padrão, de entendimento geral, com formalidade e padronização, para a
uniformidade dos textos.

Ordene as ideias e as palavras.

Escolha vocabulário de entendimento geral.

Refaça as frases depois de escritas.

Evite, no texto, o acúmulo de fatos e de opiniões.

1.1.6. Precisão
Consiste em empregar a palavra exata para expressar uma ideia, com
conotações próprias, que melhor se ajuste àquilo que desejamos e precisamos
exprimir.

Escreva parágrafos curtos e sem muitos pormenores.


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Escreva somente sobre aquilo que conhece bem.

Ajuste as mensagens ao leitor.

Consulte o dicionário sempre que necessário.

1.1.7. Polidez
A polidez consiste no emprego de expressões respeitosas e tratamento
apropriado àqueles com os quais nos relacionamos no trato administrativo.

As expressões vulgares provocam mal-estar, assim como os tratamentos


irreverentes, a intimidade, a gíria, a banalidade, a ironia e as leviandades.

Empregue, sem abuso, os adjetivos.

Use termo técnico (jargão), somente quando se justificar pelo assunto.

Evite o excesso de interjeições e de exclamações.

Seja conciso.

1.1.8. Harmonia
O ajuste das palavras na frase e das frases no período resulta em
combinações harmônicas, que predispõem o leitor à proposta apresentada.
São prejudiciais à harmonia: os cacófatos (palavras obscenas ou
inconvenientes, resultantes do encontro de sílabas finais com sílabas iniciais),
as assonâncias (semelhança ou igualdade de sons na frase ou no período) e
os ecos (repetição sucessiva de finais idênticos).

Procure a palavra adequada para evitar locuções verbais.

Evite expressões como: efetivamente, certamente, além disso, tanto


mais, então, por um lado, por outro lado, definitivamente, a dizer a
verdade, a verdade é a seguinte, por sua parte, por seu outro lado.

Use um parágrafo para cada ideia.

Não esconda demasiadamente o sujeito de suas frases.

Evite palavras complexas e jargão técnico.

1.2. Correção de um texto


1.2.1. Correção
A correção consiste no respeito às normas e aos princípios do idioma e às
regras gramaticais e ortográficas.

Devem ser evitados: erros de sintaxe, erros na forma das palavras, a troca de
palavras parecidas, emprego abusivo de palavras e de expressões
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estrangeiras, emprego de palavras e expressões antiquadas (arcaísmos) e as
palavras novas (neologismos), cujo sentido é ainda instável.

Preocupe-se com a clareza da mensagem.

Evite períodos longos.

Use a ordem direta para facilitar o entendimento.

Seja criativo.

Aproveite as variantes linguísticas realmente expressivas.

1.2.2. Revisão
A versão definitiva de um texto se obtém após uma leitura minuciosa,
adequando a forma ao conteúdo e respeitando criteriosamente a estética
(aspecto formal), o estilo (clareza e precisão), a estrutura (sequência,
ordenação, coesão e coerência) e a gramática (ortografia, acentuação,
concordância, regência, crase e pontuação).

1.2.3. Roteiro para a revisão do texto


A composição é lida com facilidade? Está bem equilibrada?

Os pontos principais foram devidamente enfatizados? Faltou alguma coisa


essencial?

Existem erros de coerência lógica ou erros de ortografia?

O significado de cada sentença está claro?

As sentenças longas estão bem organizadas?

1.3. Construção da frase e do parágrafo


1.3.1. Frase
A frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer
comunicação. Pode expressar um juízo, indicar uma ação, estado ou
fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoções. As frases,
geralmente, integram dois termos, o sujeito e o predicado.

Escreva sempre obedecendo a um raciocínio lógico.

Não faça muitas alterações na ordem das palavras dentro do período. A


inversão muito forte provoca desentendimento e gera incompreensão.

Não acumule numa só frase pensamentos que não têm muita relação
entre si e com os quais se possam formar algumas frases separadas.

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As ideias de um texto devem ser amarradas de tal jeito que o leitor não
possa fugir delas, abandoná-las, encontrar buracos ou redundâncias.

1.3.2. Parágrafo
O parágrafo é uma unidade de composição, constituída por um ou mais de um
período, em que se desenvolve ou se explana determinada ideia central a que
geralmente se agregam outras secundárias, intimamente relacionadas pelo
sentido e logicamente decorrentes dela.

Cada parágrafo do texto deve corresponder a uma ideia central a ser


desenvolvida. O texto, portanto deverá conter, em princípio, tantos parágrafos
quantas forem as ideias centrais.

O parágrafo comporta, no seu desenvolvimento, ideias secundárias, que


deverão estar intimamente relacionadas entre si e com a ideia central.

Em sua estrutura, o parágrafo geralmente apresenta três partes:

a) tópico frasal - consiste, geralmente, na frase inicial, que expressa, de


maneira sucinta, a ideia central do parágrafo;

b) desenvolvimento - é formado pelas frases que esclarecem essa ideia central,


discutindo-a em detalhes;

c) conclusão - está contida em uma frase final que enuncia a parte mais
interessante ou o clímax do parágrafo, ou ainda, que sintetiza o conteúdo.

2. COMUNICAÇÕES OFICIAIS
As comunicações oficiais devem ser entendidas por todos os cidadãos e
devem seguir os princípios da Administração Pública, apontados no Art. 37 da
Constituição Federal: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República
(2002, p. 5): “A necessidade de empregar determinadas linguagens nos atos e
expedientes oficiais decorre do caráter público desses atos e comunicações,
bem como de sua finalidade. Os atos oficiais, entendidos como atos de caráter
normativo, estabelecem regras à conduta dos cidadãos e regulam o
funcionamento dos órgãos públicos. Isso é alcançado se, em sua elaboração,
for empregada linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes
oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar com clareza e objetividade”.

Nos textos oficiais, por seu caráter impessoal e sua finalidade de informar com
o máximo de clareza e concisão, deve-se usar o padrão culto da língua. Há

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consenso de que o padrão culto é aquele em que se observam as regras da
gramática formal e em que se emprega vocabulário comum ao conjunto dos
usuários do idioma. É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do
padrão culto na redação oficial decorre do fato de que está acima das
diferenças léxicas, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
vocabulares, permitindo, por essa razão, que se atinja a pretendida
compreensão por todos os cidadãos.

2.1. Fechos das comunicações


FECHOS IMPRÓPRIOS FECHOS APROPRIADOS

Na despedida da correspondência, Em decorrência do processo de


também aparecem frases de mero simplificação adotado pela área oficial,
efeito, inexpressivas, que não fazem empregam-se, hoje, apenas dois
nenhuma falta: fechos para todas as modalidades de
comunicação:
- Sendo o que se nos oferece para o
momento. Atenciosamente,
- Sem mais para o momento... (para autoridades da mesma
- Sem outro particular... hierarquia ou de menor escalão e para
- Circunscritos ao exposto... particulares). Abrev. At.te (VOLP)
- Na certeza de contarmos com sua
presença, apresentamos a Vossa Respeitosamente,
Senhoria nossas atenciosas (para autoridades superiores)
saudações. Obs.: Na dúvida poderá ser usado
- Na expectativa de suas “Atenciosamente” para todos.
providências, subscrevemo-nos
atenciosamente.

2.2. PRONOMES DE TRATAMENTO


Os pronomes de tratamento são formas de distinção e respeito, auxiliando-nos
na referência às autoridades civis, militares e eclesiásticas.

2.2.1 Emprego dos pronomes de tratamento

Os Pronomes de Tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam


certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal.
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (a pessoa com quem se fala,
ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira
pessoa. É que o verbo concorda com o substantivo que integra a locução:

Ex.: Vossa Senhoria nomeará o seu substituto; V. Exª conhece a lei.

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2.2.2 Quadro Demonstrativo das Formas de Tratamento
Cargo Endereçamento Vocativo Tratamento
Administrador Ao Senhor Senhor Vossa Senhoria
Regional Administrador, V. Sª
Chefe de Gabinete Ao Senhor Senhor Chefe de Vossa Senhoria
Gabinete, V. Sª
Delegado A Sua Excelência o Senhor Delegado, Vossa Excelência
Senhor V. Exª (Lei
12.830/2013)
Diretor de Ao Senhor Senhor Diretor, Vossa Senhoria
empresa
Deputado Federal A Sua Excelência o Senhor Deputado, Vossa Excelência
ou Estadual Senhor V. Exª
Desembargador A Sua Excelência o Senhor Vossa Excelência
Senhor Desembargador,
Embaixador A Sua Excelência o Senhor Embaixador, Vossa Excelência
Senhor
Governador de A Sua Excelência o Senhor Governador, Vossa Excelência
Estado Senhor
Juiz de Direito A Sua Excelência o Senhor Juiz, Vossa Excelência
Senhor Meritíssimo Juiz, V. Exª / MM.
Ministro de Estado A Sua Excelência o Senhor Ministro, Vossa Excelência
Senhor
Oficial General A Sua Excelência o Senhor General, Vossa Excelência
das Forças Senhor
Armadas
Prefeito Municipal A Sua Excelência o Senhor Prefeito, Vossa Excelência
Senhor
Presidente da A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Câmara dos Senhor
Deputados
Presidente da A Sua Excelência o Excelentíssimo Vossa Excelência
República Senhor Senhor Presidente da (Não abrevia)
República,
Presidente de A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Assembleia Senhor
Legislativa Estad.
Presidente de A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Câmara Municipal Senhor
Presidente de Ao Senhor Senhor Presidente, Vossa Senhoria
Empresa Pública,
Aut. ou Fund.
Presidente de A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Tribunal de Just. Senhor
Presidente do A Sua Excelência o Excelentíssimo Vossa Excelência
Congresso Senhor Senhor Presidente do
Nacional Congresso Nacional,
Presidente do A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Senado Federal Senhor
Presidente do A Sua Excelência o Excelentíssimo Vossa Excelência
Supremo Tribunal Senhor Senhor Presidente do
Federal Supremo Tribunal Fed
Presidente do A Sua Excelência o Senhor Presidente, Vossa Excelência
Tribunal de Senhor
Contas da União
Procurador A Sua Excelência o Senhor Procurador, Vossa Excelência
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Senhor
Promotor A Sua Excelência o Senhor Promotor, Vossa Excelência
Senhor
Reitor de A Sua Magnificência Magnífico Reitor, Vossa Magnificência
Universidade o Reitor (Não abrevia)
Secretário de A Sua Excelência o Senhor Secretário, Vossa Excelência
Governo Estadual Senhor
Secretário- A Sua Excelência o Senhor Secretário- Vossa Excelência
Executivo de Senhor Executivo,
Ministério
Secretário- Ao Senhor Senhor Secretário- Vossa Senhoria
Adjunto Adjunto,
Senador da A Sua Excelência o Senhor Senador, Vossa Excelência
República Senhor
Subsecretário Ao Senhor Senhor Vossa Senhoria
Subsecretário,
Vereador Ao Senhor Senhor Vereador, Vossa Senhoria
Vice-Governador A Sua Excelência o Senhor Vice- Vossa Excelência
de Estado Senhor Governador,
Vice-Presidente da A Sua Excelência o Senhor Vice- Vossa Excelência
República Senhor Presidente,
Papa A Sua Santidade Santíssimo Padre Vossa Santidade
(Não abrevia)
Cardeal A Sua Eminência Eminentíssimo Vossa Eminência
(V. Emª)
Bispo e Arcebispo A Sua Excelência Excelentíssimo Vossa Excelência
Padre e Pastor A Sua Reverendo Vossa
Reverendíssima Padre/Pastor Reverendíssima
(V. Revª)
Rei ou Rainha A Sua Majestade Majestade Vossa Majestade
(V.M.)
Imperador A Sua Majestade Majestade Imperial Vossa Majestade
Imperial Imperial (V. M. I.)
Príncipe, Princesa, A Sua Alteza Alteza Vossa Alteza
Duque (V. A.)

2.2.3 Concordância com os Pronomes de Tratamento


Faz-se a concordância não com o gênero gramatical, mas com o sexo das
pessoas representadas: Ex.: Vossa Senhoria será arrolado como testemunha.

2.2.4 Singular ou Plural

Na comunicação oficial, quando quem a subscreve representa o órgão em que


exerce suas funções, é preferível o emprego da primeira pessoa do plural. Ex.:
Comunicamos a Vossa Senhoria.../ Convidamos Vossa Excelência para.../
Encaminhamos a Vossa Senhoria...

Quando o ato contiver assunto de responsabilidade exclusiva e pessoal de


quem o assina, então caberá o emprego da primeira pessoa do singular: Ex.:
Atesto, para fins de.../ Em cumprimento ao despacho.../ Certifico que...

Observações:
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Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento “digníssimo”
(DD) às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é
pressuposta para que se ocupe qualquer cargo público, sendo
desnecessária sua repetida evocação.

Fica dispensado o emprego do superlativo “ilustríssimo” para as


autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento “Senhor”.

“Doutor” não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Como regra


geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que
tenham concluído curso de doutorado.

“Vossa” é empregado para a pessoa com quem se fala, a quem se dirige


a correspondência.

Ex.: Tenho a honra de convidar Vossa Excelência para.../ Comunicamos a


Vossa Senhoria que... Sua Excelência o Senhor Governador do Estado.

3. REDUÇÕES ORTOGRÁFICAS
Reduções ortográficas são recursos que permitem economia de tempo e
espaço na comunicação falada e escrita. As reduções aparecem sob a forma
de símbolos, abreviações, siglas, abreviaturas.

3.1. Siglas
Abreviaturas em que se reduzem locuções substantivas próprias. As siglas não
são acompanhadas de ponto, a não ser que estejam no final do período. São
escritas com letras maiúsculas quando:

a) a sigla tiver três letras: ONU, MEC, USP, PMC;

b) todas as letras forem pronunciadas: ABNT, INSS, FGTS.

Obs.: Na primeira vez em que a sigla for usada, coloque seu significado por
extenso e, a seguir, hífen e a sigla. Ex.: Organização das Nações Unidas -
ONU.

3.2. Abreviaturas
3.2.1 Regra Geral: Ao fazer uma abreviatura deve-se respeitar a sequência das
regras listadas abaixo, que estão em ordem de importância:
a) basta escrever a primeira sílaba e a primeira letra da segunda sílaba,
seguida de ponto. Ex.: adj. (adjetivo), gram. (gramática), num. (numeral), al.
(alemão), subst. (substantivo);

b) caso a primeira letra da segunda sílaba seja vogal, escreve-se até a


consoante. Ex.: pian. (pianista);
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c) se a palavra tiver acento gráfico na primeira sílaba, este será conservado.
Ex.: núm. (número), gên. (gênero), déb. (débito), lóg. (lógica), méd. (médico);

d) se a segunda sílaba iniciar por duas consoantes, as duas farão parte da


abreviatura. Ex.: pess. (pessoa), constr. (construção), secr. (secretário);

e) a abreviatura deve ter metade ou menos da metade da palavra original, do


contrário será melhor escrever a palavra por extenso;

f) nas abreviaturas que estiverem em final de período, não há necessidade de


repetir a pontuação, pois o ponto da abreviatura também serve para indicar o
final do período. Ex.: R. Prof. Pedro Marcelino Jr.

4. NORMAS DE EXPEDIENTE DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL

As Normas de Expediente na Administração Pública Estadual são regidas


pelo Decreto Nº 4.593-N, de 28 de janeiro de 2.000, em que se buscou adotar
uma norma padronizada para orientar a redação dos atos e das comunicações
oficiais do Poder Executivo Estadual. Seu objetivo era abranger todos os
órgãos da Administração Direta, os Órgãos de Regime Especial e as
Autarquias, para melhor comunicação e integração das unidades
administrativas de maneira atualizada e objetiva. No entanto, até hoje, essa
padronização não foi alcançada, já que cada órgão utiliza sua própria
padronização. Em síntese, o Decreto em referência estabelece:

TÍTULO I: DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Capítulo I: CONCEITOS BÁSICOS

Art. 1º Os atos administrativos na administração pública direta, suas autarquias


e fundações, serão elaborados com observância das normas e diretrizes
constantes do presente decreto.

Art. 2º Entende-se como ato administrativo as decisões baixadas pelos Órgãos


do Poder Executivo com finalidade pública, que visam produzir algum efeito
jurídico ou disciplinar e que tenham por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar ou extinguir direitos.

Art.3º Para efeito de incidência destas normas, os atos administrativos são:


Decreto, Portaria, Ordem de Serviço, Instrução de Serviço, Resolução,
Pronunciamento, Mensagem, Ofício, Aviso, Comunicação Interna,
Parecer, regulamento, Despacho, Relatório, Certidão, Atestado, Edital,
Contrato, Convênio, requerimento, Telegrama, Fac-símile, E-mail,
Exposição de Motivo Externa e Exposição de Motivo Interna.

Art. 4º Decreto:

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I-Decretos Regulamentares ou de Execução (R) são atos normativos
destinados à execução, total ou parcial, de preceitos constitucionais ou de leis,
aprovação de Regulamentos, Estatutos ou Regimentos da Administração
Direta e Indireta;

II- Decretos Singulares (S) são atos relativos à nomeação, exoneração e


demissão; abertura de crédito; desapropriação; criação de grupo de trabalho ou
comissão; normas referentes à organização ou à execução de serviços do
Estado, ou sobre seu controle; delegação de competência ou medidas
administrativas que envolvam um ou mais servidores.

§1º Os decretos serão assinados:

I- pelo Governador do Estado e por todos os Secretários, quando se tratar


de matéria de interesse geral para a Administração;

II- pelo Governador e pelos Secretários, quando o assunto for específico de


cada Secretaria;

III- pelo Governador e pelo Secretário, quando o assunto for restrito à pasta;

IV- os decretos de nomeação para cargos do primeiro escalão e dirigentes


das autarquias serão assinados somente pelo Governador; as demais
nomeações para cargos em comissão serão assinadas pelo
Governador e pelo secretário da Pasta, ou por quem tenha delegação
de competência;

V- os decretos de nomeação para cargos efetivos serão assinados pelo


Governador e pelo Secretário de Estado da Administração, dos
Recursos Humanos e de Previdência.

§ 2º Os decretos regulamentares receberão numeração dada pela secretaria


da Casa Civil, em ordem crescente e ininterrupta e os decretos singulares
serão reiniciados anualmente.

Art. 5º Portaria:

I- portarias regulamentares ou de execução (R)- são atos


administrativos por meio dos quais os Secretários de Estado e
ocupantes de cargo de hierarquia semelhante emitem determinações
ou ordens, instruções ou normas, objetivando o eficaz andamento dos
serviços de competência da Unidade Administrativa sob seu
comando, para cumprimento da Constituição, das leis e de Decretos,
conforme instruções; estabelecem métodos de trabalho ou rotinas de
serviço e regulam matérias dos orégãos subordinados;
complementam determinação de decreto que implique determinação
correspondente a fato administrativo de natureza transitória;
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II- portarias singulares (S) – são atos relativos a servidores que estejam
lotados nos órgãos subordinados e concernentes a: a) penas
disciplinares; b) aposentadoria; c) dispensa e designação de funções
gratificadas; d) exoneração; e) responder por expediente e outros.

Parágrafo único. As portarias receberão numeração do órgão


emissor, sem série crescente, reiniciada a cada ano.

Art. 6º Ordem de serviço – é a determinação emitida pelos Subsecretários,


Subprocuradores, pelos Coordenadores e Chefes das Unidades
Administrativas quando lhes for outorgada competência.

I- A ordem de serviço tem a finalidade de:

a) regular o cumprimento de atos de autoridade superior ou estabelecer


métodos de trabalho ou rotinas de serviço, em repartição subordinada;

b) complementar determinação de decreto e de portaria ou que implique


em determinação a fato administrativo de natureza transitória ou que se
extingue, depois de cumprido;

c) determinar medidas que individualizem servidores lotados na repartição,


mediante designação, atribuição de encargo específico e de penalidade.

Parágrafo único. As ordens de serviço receberão numeração do órgão


emissor em série crescente, reiniciada a cada ano.

Art. 7º Instrução de serviço – é determinação emitida pelos dirigentes de


órgãos vinculados e de regime especial de administração,

I- a instrução de serviço tem a finalidade de:

a) regular o cumprimento de atos de autoridade superior ou a estabelecer


métodos de trabalhos ou rotinas de serviços, em repartição subordinada;

b) complementar determinação de decreto e de portaria, correspondente a


fato administrativo de natureza transitória ou que se extingue, depois de
cumprido;

c) determinar medidas que individualizem servidores, lotados na repartição,


mediante nomeação, exoneração, designação, atribuição de encargo
específico, aplicação de penalidade, dentre outros.

Parágrafo único. As instruções de serviço receberão numeração do órgão


emissor, em série crescente, reiniciada a cada ano.

Art. 8º Resolução – é o ato administrativo normativo, expedido por


autoridade do Poder Executivo – Secretários de Estado, Presidentes de

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Conselhos e outros órgãos colegiados, visando disciplinar matéria de sua
competência específica.

Parágrafo único. As resoluções receberão numeração do órgão emissor,


em série crescente e ininterrupta.

Art. 9º Pronunciamento - é o ato administrativo expedido por um órgão


colegiado, que visa disciplinar matéria submetida à sua apreciação.

Parágrafo único. Os pronunciamentos receberão numeração do órgão


emissor, em série crescente e ininterrupta.

Seção II- Atos Administrativos de Correspondência

Art. 10. São aqueles de caráter comunicativo, através dos quais autoridades
da Administração Pública expõem, solicitam ou consultam informações
sobre fatos ou atos administrativos, tais como:

I- Mensagem – comunicação oficial do Chefe do Poder Executivo ao


Poder Legislativo, para informar sobre fato da Administração Pública,
expor as realizações do seu Governo, propor orçamentos,
encaminhar Projetos de Lei ou apresentar as razões do seu veto.

a) Será numerada em ordem crescente, reiniciada anualmente e


firmada somente pelo Governador do Estado.

II- Exposição de motivo externa – comunicação oficial destinada à


Presidência da República ou Órgãos a ela diretamente
subordinados, aos Ministros de Estado e Entidades de âmbito
nacional, providos de autonomia decisória.

a) Será numerada em série crescente, reiniciada anualmente e


firmada somente pelo Governador do Estado.

III- Exposição de motivo interna – comunicação oficial destinada ao


Governador do Estado em que são expostos os assuntos de
administração.

a) Será numerada em série crescente, reiniciada anualmente e


firmada pelos Secretários de Estado.

IV- Ofício – modalidade de comunicação oficial com autoridades,


repartições e entidades públicas internas e externas e pessoas ou
entidades particulares tratando de assunto de interesse de serviço.

a) Os ofícios receberão numeração do órgão emissor, em série


crescente, reiniciada a cada ano.

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V- Comunicação interna – modalidade de comunicação oficial entre as
unidades administrativas do mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente. É utilizada
em caráter meramente administrativo e tem como característica
principal a agilidade. É expedida pelos chefes de serviços, gerente e
diretores.

a) A comunicação interna receberá numeração da unidade


administrativa, em série crescente, reiniciada a cada ano.

VI- Representação – meio de comunicação oficial usado pelo servidor


público ou chefia, para expor assuntos ou serviços inerentes ao seu
cargo e/ou função, destinado à autoridade superior.

VII- Aviso – forma de comunicação oficial para fins licitatórios, expedida


pelo presidente da Comissão Permanente de Licitação – CPL. O
Aviso deverá ser publicado de acordo com a Lei 8.666/93 e suas
alterações.

Parágrafo único. Toda correspondência cujo assunto seja único e


de interesse de vários órgãos, terá acrescida em sua denominação a
palavra Circular.

Seção III- Outros Atos Administrativos

Art. 11. Entende-se por:

I- Parecer – manifestação técnica ou jurídica sobre um determinado


assunto, visando fundamentar e solucionar matéria que lhe serve de
objeto;

II- Regulamento – é o ato normativo que se destina a detalhar ou explicitar


a norma legal;

III- Despacho – informação ou decisão sobre qualquer assunto submetido à


deliberação de autoridade ou determinação para movimentação de
processos e outros documentos;

IV- Relatório – exposição dos fatos da Administração;

V- Certidão – documento emitido por autoridade competente, a pedido do


interessado, com finalidade declarada e transcrito de registro ou
assentamento oficial;

VI- Atestado – documento que afirma a existência de um fato, direito ou


estado, em favor de alguém;

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VII – Edital – documento que divulga atos deliberativos ou de
correspondência não reservada, para comunicar abertura de concursos ou
processo licitatório;

VIII – Contrato – acordo de vontades, firmado pelas partes relativamente à


execução ou prestação de serviços, criando obrigações e direitos
recíprocos;

IX – Convênio – ato que formaliza acordo entre o Estado, a União, os


Municípios ou destes com organizações particulares, para realização de
objetivos comuns entre as partes envolvidas;

X – Requerimento – instrumento de caráter particular, pelo qual o


requerente solicita o reconhecimento de direito ou a concessão de algo sob
amparo legal, a uma autoridade do Serviço Público;

XI – Telegrama – comunicação oficial expedida por meio de telegrafia;

XII – Fac-símile – meio utilizado para transferir mensagens urgentes e para


dar conhecimento antecipado de documentos, também denominado Fax;

XIII – E-mail (Correio eletrônico) – meio utilizado para transmitir


mensagens, documentos e arquivos executáveis ou não, em caráter
imediato.

Parágrafo único. As mensagens recebidas através dos meios de


comunicação de que tratam os incisos XII e XIII devem ser transformadas
em documentos através de xerocópia ou impressão, quando se fizer
necessário o seu prosseguimento ou arquivamento.

Capítulo II. DA FORMA DE APRESENTAÇÃO

Seção I – Das Características

Art. 12. O Decreto deverá conter as seguintes características:

I- título:

a) epígrafe;

b) ementa.

II- fundamento legal e “considerando” da autoridade;

III- ordem de execução ou mandado de cumprimento “Decreta”;

IV- Texto ou corpo do ato;

V- Cláusulas de vigência;

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VI- Cláusula revogatória;

VII- local e data: “Palácio Anchieta, em ... Vitória, data do ato e a


indicação em numeração ordinal, do número de anos decorridos da
Declaração da Independência, da Proclamação da República e do
início da Colonização do Solo Espírito-santense”.

VIII- Nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 13. A Portaria deverá conter:

I- título:

a) epígrafe:

1. número;

2. data;

c) ementa.

II – autoria ou fundamento legal da autoridade;

III – ordem de execução ou mandado de cumprimento “Resolve”;

IV – texto;

V – cláusula de vigência;

VI – cláusula revogatória;

VII – local e data;

VIII – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 14. A Ordem de Serviço deverá conter:

I – título:

a) epígrafe:

1. número;

2. data.

II – fundamento legal da autoridade;

III – ordem de execução ou mandado de cumprimento “Resolve”;

IV – texto;

V – local e data;
17
VI – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 15. A Instrução de Serviço deverá conter:

I – título:

a) epígrafe:

1. número;

2. data.

II - fundamento legal da autoridade;

III - ordem e execução ou mandado de cumprimento “Resolve”;

IV – texto;

V – local e data;

VI – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 16. A Resolução terá como partes essenciais:

I – denominação dos órgãos;

II – título e número;

III – ementa;

IV – fundamento legal, seguido da expressão “Resolve”;

V - texto;

VI – local e data;

VII – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 17. O Pronunciamento deverá conter:

I- denominação do órgão;

II- título e número;

III- ementa;

IV- texto;

V- local e data;

VI- nome completo e autoridades signatárias.

Art. 18. A Mensagem deverá conter:


18
I- local e data;

II- título e número;

III- invocação;

IV- contexto;

V- nome e assinatura do Governador do Estado.

Art. 19. A Exposição de Motivo Externa deverá conter:

I – tipo e número, sigla do órgão/unidade administrativa;

II – local e data;

III – vocativo;

IV – texto;

V – nome completo e assinatura do Governador;

VI – identificação do destinatário.

Art. 20. A Exposição de Motivo Interna deverá conter:

I – tipo e número, sigla do órgão/unidade administração;

II – local e data;

III – vocativo;

IV – texto;

V – nome completo e assinatura do Secretário;

VI – identificação do destinatário.

Art. 21. O Ofício deverá conter:

I – tipo e número, sigla do órgão/unidade administrativa;

II – local e data;

III – vocativo;

IV – texto;

V – fecho;

VI – nome completo e cargo da autoridade competente;

VII – identificação do destinatário.


19
Parágrafo único. Caso a correspondência ocupe mais de uma folha,
identifica-se o destinatário no final da primeira folha; o nome, cargo e
assinatura do firmatário ficam na última folha.

Art. 22. A Comunicação Interna deverá conter:

I – tipo e número, sigla do órgão/unidade administrativa;

II – data;

III – identificação do destinatário (mencionado pelo cargo que ocupa);

IV – assunto;

V – texto;

VI – fecho;

VII – nome completo e cargo do signatário.

Art. 23. A Representação deverá conter:

I – tipo, sigla da unidade e número;

II – local e data;

III – vocativo;

IV – texto;

V – fecho;

VI –nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 24. O Parecer deverá conter:

I – número;

II – ementa;

III – texto:

a) introdução (histórico); b) contexto (justificativa); c) fecho (conclusão).

IV – local e data;

V – nome completo e cargo do firmatário.

Art. 25. O Regulamento deverá conter:

I – denominação do órgão;

20
II – título;

III – texto;

IV – local e data;

V – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 26. O Despacho deverá conter:

I – deliberação, decisão, informação ou andamento de questões;

II – data;

III – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 27. O Relatório deverá conter:

I – título;

II – apresentação ou abertura;

III – texto (descrição dos fatos);

IV – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 28. O Edital deverá conter:

I – denominação do órgão;

II – título e número;

III – texto;

IV – local e data;

V – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 29. A Certidão deverá conter:

I – título: a) introdução; b) contexto; c) fecho.

II – nome completo e cargo da autoridade competente.

Art. 30. O Atestado deverá conter:

I – título;

II – texto (contexto);

III – local e data;

IV – nome completo e cargo d a autoridade competente;


21
Art. 31. O Contrato e o Convênio deverão conter:

I – título: a) epígrafe; b) ementa.

II - texto: a) introdução; b) cláusulas; c) fecho.

III – local e data;

IV – nome completo e assinatura dos contratantes/convenentes;

V – nome completo e assinatura das testemunhas.

Art. 32. O Requerimento deverá conter:

I – invocação (composta da expressão de cortesia e cargo ocupado pela


pessoa a quem se dirige. Ex.: Exmº Sr. Secretário de Estado da Educação);

II – contexto (no Requerimento, deverão constar as informações pessoais do


requerente, tais como: no0me, cargo, lotação, matrícula, nacionalidade,
estado civil, profissão e residência);

III – fecho;

IV – local e data;

V – assinatura do requerente.

Art. 33. O Telegrama deverá conter:

I – data de emissão pelo órgão expedidor;

II – visto da autoridade competente;

III – cabeçalho;

IV – número e ordem do telegrama e sigla do órgão expedidor;

V – texto: a) contexto; b) fecho.

VI – nome (digitado).

Seção II. Dos Conceitos

Art. 34. Nos Atos Oficiais, destacam-se os seguintes conceitos:

I – título - é a designação para o conjunto formado pela epígrafe e pela


ementa;

II – epígrafe – é a parte do preâmbulo que qualifica o ato na ordem jurídica e


o situa no tempo, através da data, da numeração e da denominação;

22
III – ementa – síntese do conteúdo a fim de permitir o conhecimento da
matéria;

IV – autoria ou fundamento legal da autoridade – é a parte que contém o


nome da autoridade, o cargo em que se acha investida e a atribuição
constitucional em que se fundamenta a autoridade;

V – ordem de execução ou mandado de cumprimento – é expressa por:


“Decreta”, “Resolve”, “Faço saber” etc.;

VI – texto ou corpo do ato – é a descrição dos fatos, composto por artigos,


parágrafos, itens ou incisos, alíneas ou letras, e se divide em introdução,
desenvolvimento e conclusão;

a) introdução: apresentação do assunto que motiva comunicação;

b) desenvolvimento: detalhamento do assunto que deve ser exposto em


parágrafos distintos, se o texto contiver tópicos diferenciados a respeito do
assunto;

c) conclusão: posição recomendada sobre o assunto.

VII – cláusula de vigência - data em que o ato oficial entra em vigor;

VIII – cláusula revogatória – expressa a legislação a ser revogada;

IX – fecho – encerramento do assunto;

X – vocativo – identifica o destinatário;

XI – contexto – justificativa;

XII – invocação – invocar à autoridade superior ou de mesma hierarquia;

§ 1º As correspondências oficiais devem ser encerradas com os termos


RESPEITOSAMENTE, quando dirigidas a autoridade superior e
ATENCIOSAMENTE, quando encaminhadas a destinatário de nível
hierárquico igual ou inferior.

§ 2º O requerimento deverá ser encerrado por uma das seguintes


expressões:

a) Nestes termos, pede deferimento;

b) Termos em que pede e aguarda deferimento;

c) Aguarda deferimento;

d) Espera deferimento.

23
Seção III. Da Padronização

Art. 35. Nos atos oficiais, deve-se observar:

a) o uso de espaço simples (espaço um);

b) o texto deverá ser digitado, com letra tamanho 10 ou 12; usar tamanho 18
para títulos, tamanho 16 para subtítulos e itálico tamanho 12, para destacar
palavras e citações;

c) os artigos serão designados pela forma abreviada Art., seguidos de


algarismos arábicos e do símbolo de número ordinal (º) até o de número “9”
(Art. 1º, Art. 2º etc.); a partir do número 10, usa-se o número cardinal
correspondente, seguido de ponto (Art. 10., Art.11. etc.);

d) o texto de um artigo inicia-se sempre por letra maiúscula e termina por


ponto, exceto nos casos em que contiver incisos, quando deverá terminar por
dois pontos;

e) os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico §;

f) o uso da numeração ordinal até o nono parágrafo (§9º) e número cardinal a


partir do décimo, seguindo de ponto (§ 10.);

g) o parágrafo único de artigo deve ser designado pela expressão Parágrafo


único, seguida de ponto, e o texto iniciado com maiúscula;

h) os incisos serão indicados por algarismos romanos seguidos de hífen e o


texto será iniciado por letra minúscula; ao final, são pontuados com ponto e
vírgula; o último se encerra com ponto; o que tiver desdobramento em alíneas
encerra-se por dois pontos;

i) a alínea ou a letra será grafada em minúsculo e seguida de parêntese: a); b);


c), etc.;

j) o desdobramento das alíneas será feito com números cardinais, seguidos de


ponto (1.; 2.; etc.); o texto inicia-se por letra minúscula e termina em ponto e
vírgula, exceto o último que se encerra por ponto;

k) os decretos serão elaborados nas Secretarias de origem, em quatro vias


originais ou equivalentes e encaminhados à Secretaria da Casa Civil;

l) no texto, deverão ser grafados por extenso quaisquer referências feitas a


números e a percentuais;

m) os valores monetários devem ser expressos em algarismos seguidos de


indicação, por extenso, entre parênteses: R$ 1.000,00 (um mil reais); se o valor

24
mencionado tiver localização ao fim de uma linha, o cifrão deverá ser colocado
em uma linha e o numeral na seguinte;

n) as datas deverão escritas da seguinte forma:

1. dia será escrito em numeral, sem utilizar o zero à esquerda, e para o


primeiro dia do mês usa-se o numeral ordinal: 1º;

2. mês será escrito por extenso;

3. ano será escrito em numeral, sem conter ponto entre a casa do milhar e
de centena. Ex.: 1º de setembro de 1999. 4 de novembro de 1999;

o) o uso de itálico ou negrito deverá ser empregado somente quando houver


necessidade de destacar ou sobressaltar alguma palavra, ou em caso de
citação;

p) em ofício usa-se a sigla (ES), quando o documento for encaminhado para


outro Estado;

q) diagramação para ofício:

1. margem esquerda: dois centímetros e meio ou dez toques da borda


esquerda do papel;

2. margem direita: um centímetro e meio ou seis toques da borda direita do


papel;

3. tipo e número de expediente: horizontalmente, a cinco centímetros e


meio ou seis espaços duplos da borda superior do papel;

4. local e data: horizontalmente, o término da data deve coincidir com a


margem direita e verticalmente deve estar a 6,5 cm ou sete espaços
duplos (“espaço dois”) da borda superior do papel;

5. vocativo: a dez centímetros ou dez espaços duplos da borda superior do


papel;

6. texto: um centímetro e meio ou três espaços simples do vocativo;

7. fecho: centralizado a um centímetro ou um espaço duplo do final do


texto;

8. identificação do signatário: dois centímetros e meio ou três espaços


duplos (espaço dois) do fecho;

9. na abreviação dos meses do ano, deverão constar as três primeiras


letras, em minúsculo, seguida de ponto, com exceção para o mês de
maio, que é sempre escrito por extenso. Ex.: jan., fev., abr.,maio;
25
10. quando se referir a um período de 12 meses diferente do ano civil,
indica-se o primeiro e a parte variável, separado por barra (/). Ex.:
1980/81;

11. Quando se numerar os parágrafos, o primeiro e o fecho não são


numerados.

r) a data é uma expressão; deve ter ponto final. Ex.: 1º de setembro de 1999. 4
de novembro de 1999.;

s) as comunicações oficiais devem ter, abaixo da assinatura, o nome completo


e cargo, digitados, em maiúsculas, facilitando a identificação da origem.

Parágrafo único. Os atos encaminhados para publicação, além das alíneas


descritas neste artigo, deverão ser redigidos em formulário próprio do Diário
Oficial do Estado (Gabarito).

Art. 36. Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 37. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Anchieta, em Vitória, aos 28 de janeiro de 2000; 180º da


Independência; 113º da República; e, 467º da Colonização do Solo Espírito-
santense.

JOSÉ IGNÁCIO FERREIRA

Governador do Estado

ANEXO 1 - FORMAS DE TRATAMENTO (Apostila).

ANEXO 2 – MODELOS DE EXPEDIENTE

1. DECRETO Nº....,.. DE...... DE......... DE .......

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando


das atribuições legais que lhe são conferidas e tendo em vista o que consta do
processo nº ..........................,

DECRETA;

Art. 1º.................

§ 1º.....................

§ 2º.....................

I - .......................

26
a) ......................

1. ......................

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se... (se houver)

Palácio Anchieta, em Vitória, aos .... de ............ de ................;

..... da Independência, ..... da República e......... do início da


Colonização do Solo Espírito-santense.

NOME COMPLETO

Governador do Estado

2. PORTARIA Nº...., DE.......... DE......... DE .........

O SECRETÁRIO DE ESTADO ..................................., no uso de


suas atribuições legais e tendo em vista o que consta no Processo Nº ..........,

RESOLVE:

Art. 1º.................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
..................................................................................................................

I -.....................................................................................................

II - ...................................................................................................

a).....................................................................................................

Art.2º...................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...........................................................................................................................

Parágrafo único...............................................................................

Vitória, ...... de ................... de ..................

3. PRONUNCIAMENTO Nº.............

27
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
............................................................................................................................

O CONSELHO.....................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
.............................................................................................................................

Vitória, .......... de ................... de ..............................

NOME COMPLETO

Autoridades signatárias

Vitória-ES,...... de ............... de ........................

4. MENSAGEM Nº

Senhor Presidente,

...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
..............................................................................................................................

NOME COMPLETO

Governador do Estado

5. OF./Nº ....../ sigla do órgão

Vitória, ....... de ................... de ...........

Senhor Prefeito,

...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...........................................................................................................................

28
Atenciosamente,

NOME COMPLETO

CARGO

Excelentíssimo Senhor

FULANO DE TAL

Prefeito Municipal de Vitória

6. CI/Nº .../ sigla do órgão Em.... de ............ de


..........

Ao Sr. ..................................................................

Assunto: .......................................

...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
...........................................................................................................................

Atenciosamente,

(Nome e cargo do signatário)

5. OUTROS MODELOS DE REDAÇÃO OFICAL: CONCEITO E


ESTRUTURA

5.1- Ata
Documento que registra resumidamente e com clareza as ocorrências,
deliberações, resoluções e decisões de reuniões ou assembleias. Por ter valor
jurídico, deve ser redigida de tal maneira que não se possa modificá-la
posteriormente. Para isso, escreve-se:

sem parágrafo ou alíneas (ocupando todo o espaço da página);

sem abreviaturas de palavras ou expressões;

com os numerais por extenso;

29
sem emendas ou rasuras;

empregando o verbo no tempo pretérito perfeito do indicativo.

Partes de uma Ata:

a) dia, mês, ano e hora (por exemplo); b) local; c) pessoas presentes,


devidamente qualificadas; d) presidente e secretário dos trabalhos; e) ordem do
dia (discussão, votação, deliberação...); f) fecho. Modelo:

5.2- Atestado
Documento em que se afirma a veracidade de certo fato ou a existência de
obrigação. Os atestados mais comuns são: de sanidade mental, de óbito, de
boa conduta, de bons antecedentes, de residência, de idoneidade moral.

Quando os fatos ou situações constam em arquivos da administração, utiliza-se


a certidão para comprovar a sua existência. Enquanto o atestado declara, a
certidão é a transcrição de algo existente.

Partes de um Atestado:

a) timbre do órgão que o fornece;

b) título: ATESTADO (em letras maiúsculas e centralizado sobre o texto);

30
c) texto: exposição daquilo que se afirma, atesta ou declara; dados de
identificação do emissor; exposição de fatos;

d) local e data;

e) assinatura, nome e cargo da autoridade que atesta. Modelo

ATESTADO

Atesto que (Nome), matrícula nº......., (cargo), do Quadro Permanente


de Pessoal da Prefeitura Municipal de Vila Velha, requisitado pelo Governo do
Estado do Espírito Santo, conforme processo nº................, para exercer funções
de.................., nesta Secretaria de Estado, deve ser considerado, por antecipação,
efetivo em suas funções durante o mês de abril.

Vitória, ...... de ................. de ....... .

Nome,

Cargo do signatário.

5.3. Auto
Auto é a narração escrita pormenorizada de um fato, através de ato ou
diligência administrativa ou judiciária. No plural, significa conjunto das peças de
um processo forense. Há vários tipos, de acordo com as ocorrências que neles
se registram: auto de penhora, de infração, de flagrante etc. Os autos devem
ser lavrados com rigor e critério, pois podem servir de fontes de indagações
posteriores sobre a maneira como determinado fato ocorreu. Partes:

31
a) numeração: título e número do auto;

b) texto: desenvolvimento do assunto. Consta da data (dia, mês, ano) de


lavratura do auto, nome e títulos do autuado, motivo da autuação da
penalidade e prazo para apresentação de defesa;

c) local e data em que se lavrou o auto.

Modelo

DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DA CIDADE DE VITÓRIA-ES

AUTO DE INFRAÇÃO – ICMS

Os contribuintes.......................... e ......................., autuados por


infração à legislação fiscal, que rege o ICMS, sob pena de revelia, ficam intimados
a apresentar suas defesas por escrito, dentro do prazo de 30 dias, contados da
data da publicidade deste. As defesas devem ser dirigidas ao Delegado Regional
Tributário da cidade de Vitória e entregues nos respectivos Postos Fiscais em que
estiverem jurisdicionados e onde aguardarão a decorrência do prazo. As multas
poderão ser pagas com 50% de desconto, desde que, no mesmo ato, os
contribuintes recolham integralmente o imposto porventura exigido, assim como
renunciem expressamente à defesa, reclamação ou recurso.

Contribuinte – Nº Inscrição – Nº do AIIM – Série – Valor do Imposto


– Valor da Multa – Capitulação.

(ou) ...

É concedido o prazo de trinta dias para a apresentação de defesa


contra a presente autuação, contados da data da sua publicação no Diário Oficial
da União (ou Estado, ou Município), de conformidade com o art. .................

Vitória, ...... de .......... de ....... .

Nome,

Cargo do signatário.

NOTA: Nome do signatário com iniciais maiúsculas, seguido de vírgula; cargo do signatário
com iniciais maiúsculas, em negrito, seguido de ponto.

32
33
5.4- Certidão
Trata-se de documento revestido de formalidades legais, fornecido por
autoridade competente a pedido do interessado, solicitado ou requisitado por
autoridade administrativa ou judicial e destinado a fazer certa existência de
registro em livro, processo ou documento qualquer em poder do expedidor,
referente a determinado ato ou fato, ou dar forma à inexistência de tal registro.

Como um documento público, a certidão pode servir de prova de ato jurídico.


As certidões podem ser de inteiro teor, ou resumidas, contanto que exprimam
fielmente o que contém o original de onde foram extraídas. Partes:

a) título: nome do documento, muitas vezes já impresso em papel próprio;

b) preâmbulo: alusão ao ato que determinou a expedição do documento.


Também, quando for o caso, será mencionado o documento, ou livro, de onde
a certidão está sendo extraída;

c) texto: teor de encerramento e assinatura dos servidores que intervieram no


ato (quem lavrou e quem conferiu);

d) local e data (da expedição do ato);

e) visto: da autoridade que autorizou a lavratura da certidão. Representa o ato


de aprovação e reconhecimento da autoridade, a fim de que a certidão produza
os efeitos legais desejados. Modelo

CERTIDÃO

CERTIFICO, a pedido verbal da parte interessada e à vista dos registros existentes


na Seção do Pessoal, que a Senhora ................ ocupa, atualmente, o cargo de
Chefe de Secretaria PJ-1, do Quadro de Pessoal da Secretaria ....................., do
Setor Administrativo, para o qual foi nomeada pelo Ato n° ......, de dois de agosto
de mil, novecentos e setenta e dois, tendo tomado posse e entrado em exercício
na mesma data, ficando lotada na .................. desta Capital. CERTIFICO, ainda,
que as atribuições inerentes ao referido cargo se acham enumeradas no artigo
................ da Consolidação das Leis do Trabalho. CERTIFICO, finalmente, que a
Senhora.................. foi efetivada no cargo de Chefe de Secretaria PJ-1, desde a
data de sua nomeação (dois de agosto de mil, novecentos e setenta e dois) até a
data em que é expedida a presente certidão. Do que, para constar, eu,
........................., Auxiliar Administrativo, nível 7A, extraí a presente certidão, aos
seis dias do mês de outubro de dois mil e três, a qual vai devidamente conferida e
assinada pelo Senhor ......................., Chefe da Seção do Pessoal, e visada pelo
Senhor ...................., Diretor da Divisão Administrativa da Secretaria
...............................
Visto:
Nome, Nome
Diretor da Divisão Administrativa. Chefe da Seção do Pessoal.
34
35
5.5. Circular
Circular é toda comunicação reproduzida em cópias de igual teor, expedidas a
diferentes pessoas, órgãos ou entidades. Especificamente, como documento, e
mensagem endereçada simultaneamente a diversos destinatários, para
transmitir avisos, ordens ou instruções. Modelo:

36
5.6. Comunicação interna (CI)
Instrumento de comunicação oficial utilizado pelas diversas unidades
administrativas da Prefeitura, para se comunicarem, com a finalidade de
encaminhar documentos, transmitir informações, fazer solicitações e outros
assuntos.

Sua característica principal é a agilidade, concisão e clareza. A tramitação da


CI em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
procedimentos burocráticos.

Deverá receber numeração do Órgão Emissor, em série crescente a cada ano.

PREFEITURA DE VITÓRIA COMUNICAÇÃO INTERNA


NÚMERO ORDEM DESTINO DATA EMITIDA POR RECEBIDA POR
01/2007 SEMAD/APO SEMAD/GSAS 02/04/2007 JOANA
RESUMO DE ASSUNTO
ANÁLISE DE NORMA
TEXTO

Senhor Gerente:

Segue a Norma de Procedimento referente à Licença Médica para análise.


Favor informar até o dia 09/04/2007 se há alteração/ sugestão.

Atenciosamente,

Joana da Silva
Assessora Técnica
SEMA/APO-090 www.vitoria.es.gov.br

37
5.7- Convite, Convocação e Comunicado (Aviso)
O Convite é instrumento pelo qual se faz uma convocação, pede-se o
comparecimento de alguém ou solicita-se sua presença em alguma parte ou
em ato.

A Convocação corresponde ao convite, mas no sentido de intimação. Origina o


comparecimento, devendo o não comparecimento ser justificado. Já o convite é
somente uma solicitação.

O Comunicado é uma informação de interesse geral ao público envolvido.

Nas relações oficiais ou particulares, há mensagens que não se alinham


puramente entre aquelas formais ou administrativas. São as mensagens
sociais ou comemorativas. É preciso ter cuidado com as mensagens sociais,
em que se combinam técnica redacional, bom tom e arte. Modelos:

ESCOLA ESTADUAL ...............


CONVOCAÇÃO

À Senhora
Nome..............,
Supervisora Educacional,
Nesta Escola.

Senhora Supervisora:

Nos termos do parágrafo único do art. 7º do regimento, CONVOCO


Vossa Senhoria para a sessão da Congregação a ser realizada no dia 1º de
.........., às 20 horas, na sala n- 21 desta Escola.
Consta da ordem do dia o seguinte:
- abertura do segundo período letivo de ......;
38
- contato do corpo docente com os novos titulares;
- assuntos gerais.
Informo, também, que está cancelada a reunião de Congregação
prevista em nosso calendário para o próximo dia 28.

Vitória, ...... de .......... de ....... .

Nome,
Cargo do signatário.

39
5.8- Correio eletrônico (e-mail)
O correio eletrônico (e-mail), por seu baixo custo e rapidez, transformou-se na
principal forma de transmissão de documentos. Um dos atrativos da
comunicação por correio eletrônico é a flexibilidade. Assim, não interessa
definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, evite-se o uso de linguagem
incompatível com uma comunicação oficial.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico deve ser preenchido de


modo a facilitar a organização documental, tanto do destinatário, quanto do
remetente. Sempre que disponível, utilize recurso de confirmação de leitura. Se
não for possível, solicite na mensagem a confirmação de recebimento.

Nos termos da legislação em vigor, para que essa mensagem tenha valor
documental e para que possa ser aceita como documento original, é preciso
existir certificação digital atestando a identidade do remetente, na forma
estabelecida em Lei. Modelo:

5.9- Declaração

Ato afirmativo da existência ou não de um direito ou de um fato. Pode ser dada


em causa própria ou referir-se a outra pessoa. Ainda, segundo as
circunstâncias e a finalidade, toma várias outras denominações, como por
exemplo: declaração de direito, de vontade, de ausência, de crédito, de guerra,
40
de falência, de interdição, de nascimento, de óbito, de renda, de princípios etc.
Modelo

5.10- Decreto
Ato administrativo da competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo,
destinado a prover situações gerais ou individuais, abstratamente previstas de
modo expresso, explicito ou implícito pela legislação. O Decreto tem por objeto:

pôr em execução uma disposição legal;

estabelecer medidas gerais para o cumprimento da Lei;

providenciar sobre matéria de ordem funcional;

resolver sobre interesse da administração;

decidir sobre algum interesse de ordem privada que se prenda ao da


Administração;

criar, modificar, limitar ou ampliar uma situação jurídica;

organizar, reformar ou extinguir serviços públicos dentro da competência


do Poder Executivo. Partes:

a) timbre do órgão: (brasão centralizado na margem superior);

b) numeração (epígrafe): denominação e número;

41
c) ementa (resumo da matéria do Decreto): é digitada em espaço simples, a
partir do meio, em direção à margem direita do papel, em realce;

d) fundamentação: denominação completa da autoridade executiva que expede


o ato e citação do dispositivo legal em que se apóia a decisão, seguida da
palavra “DECRETA”.

e) texto (ou contexto): é a parte essencial do ato, tendo o artigo como base
para apresentação de assunto.

Modelo:

DECRETO Nº ........, DE ........ DE ........ DE .......

Norteia os editais e minutas dos contratos de licitação.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das


atribuições que lhe confere o art. 87, itens V e VI, da Constituição Estadual, e
tendo em vista o disposto na Lei Estadual nº 8.485, de 3 de junho de 1987,
DECRETA:
Art. 1º Deve fazer parte integrante dos editais e das minutas de
contratos, de toda e qualquer licitação, a exigência de prestação de garantia para a
contratação de empresa prestadora de serviço.
Art. 2º O contratado, na assinatura do documento em pauta, optará por
uma das três modalidades previstas no § 1º, do art. 56, da Lei Federal nº 8.666, de
21 de junho de 1993.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, ...... de .......... de..........

Nome, Nome,
Governador do Estado do Espírito Santo Secretário de Estado da Adm.
e da Previdência.

Nome, Nome,
Secretário de Estado da Educação. Procurador-Geral do Estado.

42
5.11- Despacho
Despacho é a decisão proferida pela autoridade administrativa no caso
submetido a sua apreciação, podendo ser favorável ou desfavorável à
pretensão solicitada pelo administrador, servidor ou não. O despacho, embora
tenha aparência e conteúdo jurisdicional, não deixa de ser um ato
administrativo. Não se confunde, portanto, com as decisões judiciárias, que são
as que os juízes e tribunais do Poder Judiciário proferem no exercício da
jurisdição que lhes é conferida pela soberania nacional.

Os despachos podem constituir-se de uma palavra (Aprovo, Autorizo, Indefiro,


etc), de duas palavras (De acordo, etc.) ou de muitas palavras. De acordo é
forma pouco expressiva de despacho. É preferível que se esclareça com o que
a autoridade está de acordo e qual a consequência disso. Modelo:
43
DESPACHO

De acordo com as informações constantes neste Processo, nego


provimento ao recurso interposto por ........................, no qual solicita o
cancelamento da penalidade de suspensão de.... dias que lhe foi imposta nos
termos da Portaria nº....., de ....... de ........ de .........., pelo então Secretário de
.................... .
Sigla do órgão, data (dia, mês e ano).

Nome,

Cargo do signatário.
Processo nº ..................

4.12- Edital
Edital é o ato escrito oficial, contendo aviso, determinação, ou citação,
mandado publicar, por autoridade competente, no órgão oficial ou outros
órgãos de imprensa, ou, ainda afixado em lugares públicos, onde seja
facilmente lido por todos. Modelo:

Processo Seletivo Simplificado PMVV 001/2016 – SEMSA/SEMAD


O Município de Vila Velha - ES, por intermédio da Secretaria Municipal de
Saúde faz saber que realizará Processo Seletivo Simplificado para formação de
cadastro de reserva de pessoal, por excepcional interesse público, com vistas à
contratação temporária de profissionais para atendimento às necessidades na
área de Saúde - SEMSA, de acordo com Lei Complementar Municipal nº 035,
de 26 de junho de 2015 e demais legislações vigentes. O Processo Seletivo
será regido por este edital.

44
Vagas:
Cadastro de Reserva
Horário:
Inscrições de 08h:00 do dia 13/06/2016 até às 00h:00 do dia 23/06/2016

5.13- Estatuto
É a legislação que estabelece as regras reguladoras de uma entidade ou
entidades. É o texto em que se determinam princípios institucionais ou
orgânicos de uma coletividade ou entidade pública ou privada. O termo,
geralmente empregado no plural (estatutos), engloba todos os atos e atividades
da sociedade ou organização e estabelecem normas reguladoras das relações
entre os elementos que a compõem, inclusive sanções e penalidades.Os
estatutos, embora se pareçam com contrato, não apresentam caráter
contratual, mas de pacto coletivo. Há Estatutos muito utilizados no serviço
público: Do Menor e do Adolescente, do Idoso, dentre outros. Modelo:

Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 | Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
TÍTULO I
Disposições Preliminares
45
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo
da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas
as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu
aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao
idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
I - atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população;
II - preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
III - destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
IV - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as
demais gerações;
V - priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento
asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria
sobrevivência;
VI - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
prestação de serviços aos idosos;
VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
VIII - garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
IX - prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. (Incluído pela Lei nº 11.765,
de 2008).
[...]
Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população idosa do País.
Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei revendo os
critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da
Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito seja condizente com o estágio
de desenvolvimento socioeconômico alcançado pelo País.
Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação, ressalvado o
disposto no caput do art. 36, que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004. Brasília, 1o de
outubro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho
Rubem Fonseca Filho
Humberto Sérgio Costa Lima
Guido Mantega
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Benedita Souza da Silva Sampaio
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.10.2003
46
5.14- Informação
Em linguagem administrativa a informação tem, às vezes, o sentido de parecer,
em que o servidor escreve acerca de certo fato ou pedido, prestando os
esclarecimentos necessários para que a autoridade dê seu despacho ou
solução. A informação deve ser concisa e indicar a solução proposta.

5.15- Petição e Requerimento


Petição e requerimento são sinônimos. O requerimento é a solicitação sob o
amparo da Lei, mesmo que suposto. A petição é o pedido, sem certeza legal ou
sem segurança quanto ao despacho favorável.

Quando concorrem duas ou mais pessoas, teremos: abaixo-assinado


(requerimento coletivo) e memorial (petição coletiva).

Observação: Algumas vezes, nos requerimentos, aparecem as palavras


residência e domicílio. Tecnicamente, não se trata de vocábulos idênticos:
residência indica a casa ou o prédio onde a pessoa habitualmente mora com a
intenção de permanecer, mesmo que eventualmente se afaste; domicílio
refere-se ao centro ou à sede de atividades de uma pessoa, o lugar em que
mantém o seu estabelecimento ou fixa sua residência.

Diz-se estabelecido, residente, morador, sito na Rua, Avenida, Praça etc. As


formas estabelecido à, residente à, ainda são usadas entre nós, embora não
sejam consideradas cultas.Deve-se dizer: estabelecido, residente, morador,
sito no Bairro de ... e não ao Bairro de ... Portanto, devemos empregar na Rua
... e não à Rua ...

Requerente é a pessoa que subscreve o requerimento. São sinônimos:


requeredor, solicitante, postulante ou peticionário (próprio de petição).

Modelo

Senhor Diretor da Escola Técnica de Comércio:

(Nome), aluna regularmente matriculada no terceiro semestre da


Habilitação desta Escola, requer certidão de vida escolar relativa aos primeiro e
segundo semestres do referido curso.

Aguarda deferimento.

Vitória, ...... de .......... de ....... .

Nome,
Identificação

47
5.16- Portaria
É um instrumento de comunicação oficial emanado pelos Secretários, por meio
do qual transmite assunto de sua competência. Partes:

a) brasão centralizado na margem superior;

b) numeração (epígrafe): denominação e número;

c) ementa (resumo da matéria da Portaria): é digitada em espaço simples, a


partir do meio em direção a margem direita do papel, em realce; (não é
obrigatório)

d) fundamentação: denominação da autoridade que expede o ato e citação da


legislação básica, seguida da palavra RESOLVE. Nas Portarias, após a citação
do dispositivo legal em que se fundamenta o ato, poderão aparecer as
considerações, desde que permaneçam no mesmo parágrafo que se destina a
justificar a decisão tomada;

e) texto;

f) local e data: Ex.: Vitória, 20 de julho de 2007;

g) assinatura: nome da autoridade, com indicação de cargo.

Modelo

PORTARIA Nº ......, DE ...... DE .......... DE .......

O DIRETOR GERAL DA ........., no uso das atribuições que lhe conferem o


art. ......, Decreto nº ........, de ...... de .......... de ......, e considerando o que consta do
Processo CP .................,RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o Projeto de Assistência Pré-Escolar/Auxílio-Creche para os
servidores do Colégio ............ .
Art. 2º O atendimento pré-escolar alcançará as crianças da faixa etária de
...... meses a ...... anos e far-se-á, conforme a idade dos atendidos, através de
creches, maternais e jardins de infância.
Art. 3º Fica estabelecida a modalidade de atendimento pré-escolar através
do reembolso de despesas aos beneficiários, conforme previsto no art. ...., inciso ......,
do Decreto nº.........., de .......... de ......... .
Art. 4º A Diretoria-Geral baixará normas e instruções necessárias à
execução do Projeto.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.
Vitória, 20 de julho de 2007.

Nome.

48
5.17- Relatório
É uma descrição de fatos passados, analisados com o objetivo de orientar o
serviço interessado ou superior imediato para determinada ação. Do ponto de
vista da Administração Pública, relatório é um documento oficial no qual uma
autoridade expõe as atividades de uma Unidade Administrativa, ou presta
conta de seus atos a uma autoridade de nível superior.
49
O relatório não é um oficio desenvolvido. Ele é exposição ou narração de
atividades ou fatos, com a discriminação de todos os seus aspectos ou
elementos. Partes:

a) título: denominação do documento (relatório);

b) invocação: tratamento e cargo ou função da autoridade a quem é dirigido,


seguidos, preferencialmente, de dois-pontos;

c) textos: exposição do assunto. O texto do relatório deve obedecer à seguinte


sequência:

introdução: referência à disposição legal ou a ordem superior que


motivou ou determinou a apresentação do relatório e breve menção ao
assunto ou objeto;

análise: apreciação do assunto, com informações e esclarecimentos


que se façam necessários a sua perfeita compreensão. A análise deve
ser objetiva e imparcial.

O relator deve registrar os fatos de que tenha conhecimento direto, ou


através de fontes seguras, abstendo-se de divagações ou apreciações
de natureza subjetiva sobre fatos desconhecidos ou pouco conhecidos.
Quando se fizer necessário, o relatório poderá ser acompanhado de
tabelas, gráficos, fotografia e outros elementos que possam contribuir
para o perfeito esclarecimento dos fatos e sua melhor compreensão por
parte da autoridade a quem se destina o documento. Esses elementos
podem ser colocados no corpo do relatório ou, se muito extensos,
reunidos a ele em forma de anexo;

conclusão: determinados os fatos e feita sua apreciação, chega o


momento de se tirarem as conclusões. Não podem ir além da análise
feita, o que as tornaria insubsistentes e, por isso mesmo, despidas de
qualquer valor.

d) fecho: fórmula de cortesia. Trata-se de parte dispensável;

e) local e data;

f) assinatura: nome e cargo ou função da (s) autoridade (s) ou servidor (es) que
apresenta(m) o relatório.

Observação: Os relatórios de Sindicância e de Processo Administrativo


Disciplinar seguem padrões próprios.

Modelo

50
RELATÓRIO

Senhor Diretor:

Conforme determinação, relatamos a Vossa Senhoria os


acontecimentos ocorridos no dia ...... de .......... último, nesta repartição.
1. Encontrávamo-nos em atividades funcionais, quando entrou na
repartição o senhor ......., residente nesta cidade, o qual solicitou informações
sobre ... .
2. Não estando esta repartição em condições de atender à consulta
solicitada, comunicamos ...............
3. Não se conformando com a resposta, o referido senhor passou a nos
agredir com palavras de baixo calão e .............. .
4. Como continuasse a nos provocar, telefonamos para ................... .
5. Ainda ouvimos quando o cidadão dizia que iria comunicar à Imprensa
........ .
6. Procuramos, durante os acontecimentos, manter a atitude compatível
com nosso cargo, porém ..........
7. Dessa forma, embora desconhecendo as acusações feitas contra
nós, relatamos os fatos como ocorreram para sua apreciação.
Atenciosamente,

Vitória, ...... de .......... de .......

Nome,
Cargo do signatário.

5.18- O Padrão Ofício


Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que
pela forma: o ofício, o aviso e o memorando. Com a finalidade de uniformizá-
los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de
padrão ofício.
Partes do documento no Padrão Ofício
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:

a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede :


Exemplos:
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:

Exemplo: Brasília, 15 de março de 1991.


c) assunto: resumo do teor do documento. Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

51
d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação.
No caso do ofício, deve ser incluído também o endereço.
e) texto: o expediente deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, no qual é
apresentado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas:
“Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”.
Empregue a forma direta: “Informo”, “Comunico”, “Solicito” etc.
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de
uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o
que confere maior clareza à exposição;
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição
recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto podem ser numerados, exceto nos casos em que esses
estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Quando se tratar de mero encaminhamento de documentos, a estrutura é a
seguinte:
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o
encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver sido solicitada, deve
iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar,
indicando a seguir os dados completos do documento encaminhado (tipo, data,
origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo
encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de fevereiro de 1991, encaminho, anexa,
cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril de 1990, do Departamento Geral de
Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal”. Ou:
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama nº 12,
de 1º de fevereiro de 1991, do Presidente da Confederação Nacional de
Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na
região Nordeste”.
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum
comentário a respeito do documento que encaminha, poderá acrescentar
parágrafos de desenvolvimento; caso contrário, não há parágrafos de
desenvolvimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento.
f) fecho (“Atenciosamente” ou “Respeitosamente”);
g) assinatura do autor da comunicação;
h) identificação do signatário (Nome e Cargo).

Forma de diagramação dos documentos do padrão ofício.

Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de


apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em
geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;

52
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar
as fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas
as faces do papel. Nesse caso, as margens esquerda e direita terão as
distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem
esquerda;
a) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de
largura;
b) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
c) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após
cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de
uma linha em branco;
d) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de
formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;
e) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A
impressão colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
k) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em
papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
l) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de
texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para
casos análogos;
m) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da
seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-
chave do conteúdo. Ex.: “Of. 123 - Relatório produtividade ano 2002”

5.19- Aviso e Ofício


Aviso e Ofício são modalidades de comunicação oficiais praticamente
idênticas. A única diferença entre eles é que o Aviso é expedido
exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades.
Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da
Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Estrutura Básica: a) Timbre ou cabeçalho: dizeres impressos na folha.
b)Tipo e número: número de ordem do documento e hífen seguido da sigla do
órgão que expede o ofício. O número de ordem do ofício e a sigla são
separados por hífen e com início na margem esquerda. c) Local e data: na
mesma altura do índice e do número, com alinhamento à direita. Coloca-se
ponto após o ano. d) Assunto: resumo do teor do documento. e) Vocativo ou
destinatário: tratamento ou cargo do destinatário, seguido preferencialmente
de dois pontos. f) Texto: exposição do assunto. Se o texto ocupar mais de uma
53
folha, colocam-se endereço e iniciais na primeira folha e repetem-se o índice e
o número nas demais, acrescentando-se o número da respectiva folha e nome
do órgão expedidor. Ex.: Ofício no 52/2007 - SIGLA Fl. 2. g) Fecho: fórmula de
cortesia. Com início na margem esquerda e posicionado acima da assinatura.
Usa-se normalmente: Atenciosamente (At.te). h) Assinatura: nome do
signatário, cargo e função.i) Identificação do signatário/ endereço: fórmula
de tratamento e designativo do cargo ou função do destinatário, seguidos da
localidade de destino.O endereço é colocado embaixo, junto à margem
esquerda da folha. Modelo de Ofício:

54
Modelo de Aviso:

5.20- Memorando

O Memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas


de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou
em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação
eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
exposição de projetos, ideias, diretrizes, dentre outros aspectos a serem
adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em
qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os
despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso
de falta de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite
formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento
da matéria tratada no memorando.
55
Forma e Estrutura:
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a
diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que
ocupa.Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração:
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos:
Modelo:

56
CADERNO DE ATIVIDADES
1) Comparar os modelos oficiais com os que foram dados:
1.1-Ofício da PMV:

1.2-Ofício da Anvisa:
57
1.3-Instrução de Serviço (Detran):

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO N. Nº 13 de 06 de abril de 2010.

O DIRETOR GERAL DO DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO ESTADO DO


ESPÍRITO SANTO - DETRAN/ES, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 7º.
Inciso I, alínea “c” do Decreto n.º 4.593-N, de 28/01/2000 e,

Considerando a publicação da Lei 9295/09, no DOE em 04/09/2009 que instituiu nova


taxa de serviço para o DETRAN/ES relativo à transferência de veículos automotores
destinados a revenda para concessionários, distribuidores autorizados ou
revendedores;

58
Considerando a publicação da Instrução de Serviço N nº 015/09, no DOE em
11/12/2009 que instituiu os procedimentos visando regular o novo serviço criado;

Considerando que os veículos adquiridos por concessionários, distribuidores


autorizados ou revendedores são destinados a revenda e por isso fazem parte do ativo
circulante da empresa;

RESOLVE:

Art. 1º - Revogar o §2º do artigo 7º da Instrução de Serviço N nº 015/09.

Art. 2º - Esta Instrução de Serviço entra em vigor a partir de sua publicação,


revogando-se todas as disposições em contrário.

Vitória, 06 de abril de 2010.

1.4-Resolução (UFJF)

59
2-LÍNGUA/LINGUAGEM

ENTRE PALAVRAS
Carlos Drummond de Andrade

Entre coisas e palavras - principalmente entre palavras - circulamos. A maioria delas não
figura nos dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento,
impõe-se tomar conhecimento de novas palavras e combinações de.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual, pelo
seu ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô;
talvez ele não entenda o que você diz.
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a chacrete, o linóleo, o nylon,
o nycron, o ditafone, a informática, a dublagem, o sinteco, o telex... existiam em 1940 ?
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, o Velo-Solex, o
biquíni, o módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá legal, o
apartheid, o som pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura.
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo, a descapitalização, o
desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a
mixagem.
De passagem, anote a reunião de cúpula, a minicopa, a conjuntura, o Porcão, a Reflexologia,
a ioga, o iogurte, os alucinógenos, o semantema, o morfema, o estocástico, e ergídico e o
markoviano.
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola,
o superego, a Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a
Unesco, o Isop, a OEA e a ONU.
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, a diagramação, o
ideogema, o idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom e a guitarra
elétrica.
Mas, por sua vez, se esqueceram de lembrar o chuchu-beleza, ecumenismo,tremendo
barato, monema, parâmetro, Gerontologia, genocídio, cronograma, PIB, política habitacional,
gol de letra, mercado fracionário de balcão.
Olhe aí na fila - quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição,
engarrafamento, Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo,
carnet da girafa, poluição.
Mas há de haver espaço para setorial, tônica, mafagafe (José Cândido de Carvalho
descobriu um ninho deles, e diverte-nos com a descoberta, em novo e delicioso livro),
complexo de castração, inseminação artificial, napalm, ovos de codorna, teste de Cooper,
sesquicentenário, didascália, passarela, gelo-baiano.
E o vestibular para milhões? O cursinho e o cursilho? O mestrado? Ah, faltava a análise
sinótica do mapa meteorológico. A custódia de títulos nominativos. O transplante, variadíssimo
e nem sempre letal. A implantação e os implementos industriais. A macrobiótica, pois não E o
offset.
Fundos de investimentos, e daí? Também os de incentivos fiscais. Know-how. Barbeador
elétrico de noventa microrranhuras. Fenolite-Baquelit. LP e compacto. Alimentos supergelados.
Viagens pelo crediário. Circuito fechado de TV na Rodoviária. Argh! Pow! Click!
Não havia nada disso no jornal do tempo de Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington
Luís. Algumas dessas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na
esquina, para consumo geral. A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo
Spitzer. Está aí, na vida de todos os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e
palavras somos, finalmente, mas com que significado ? (Jornal do Brasil, 29/09/1972).

2.1- A crônica de Drummond, escrita há 43 anos, é um texto literário, misto, pois mistura o
discurso jornalístico, com uma função referencial da linguagem, e o discurso literário, com
função poética, em que brinca, ludicamente, com as palavras da moda do seu tempo.
Reescreva o texto, substituindo as palavras e expressões citadas caoticamente por palavras
que circulam no mundo de hoje. Cada grupo irá reescrever um ou dois parágrafos, a partir do
terceiro.
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2.2- Identifique as Funções da linguagem predominantes no
texto:________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

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61
2.3- A linguagem técnica, oficial, também muda, com o tempo, embora menos do que a
coloquial e a literária. Cada grupo irá reescrever dois parágrafos do documento destacado,
transcrevendo a lingagem do passado para a língua- padrão do português atual.

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62
3- COESÃO E COERÊNCIA
3.1-Observe que nos trechos abaixo, a ordem que foi dada às palavras, nos
enunciados, provoca efeitos semânticos (de significado) “estranhos”.

Fazendo sucesso com a sua nova clínica, a psicóloga Iracema Leite Ferreira
Duarte, localizada na Rua Campo Grande, 159.

Embarcou para São Paulo Maria Helena Arruda, onde ficará hospedada no
luxuoso hotel Maksoud Plaza. (Notícias da coluna social do Correio do Mato
Grosso)

Identifique a interpretação “estranha” que os trechos apresentam, e reescreva-


os de forma a evitar o problema.
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3.2- Ordene os períodos a seguir de modo que constituam um texto coeso e
coerente e, em seguida, assinale a alternativa correta quanto à ordenação.

I) Instalada no campus da Universidade de Brasília (UNB), a empresa integra o


Programa de Incubação de Empresas do Centro de Desenvolvimento
Tecnológico (CDT -UNB).

II) Essa miniusina tem capacidade para gerar até1 quilowatt (kW), tem tensões
alternadas entre 110 e 220 volts, suficiente para abastecer uma casa com
alguns eletrodomésticos e uma bomba d’água.

III) Uma turbina de pequenas dimensões, capaz de transformar a água de rios


que cortam comunidades ribeirinhas em energia elétrica, está em
funcionamento em um povoado isolado do município de Correntina, na Bahia.

IV) A proposta de implementar soluções alternativas para o uso eficiente de


energia elétrica em regiões onde esse bem é escasso ou inexistente é o
objetivo da empresa Hidrocinética Engenharia, de Brasília (DF), responsável
pelo desenvolvimento da turbina.

V) Pode parecer pouco. Mas para as localidades distantes das linhas de


transmissão e que não contam com barragens e represas para a geração de
eletricidade, esse pouco faz a diferença, porque permite iluminar escolas,
postos médicos e pequenos conjuntos residenciais.

VI) A Hidrocinética foi criada há seis meses, mas os seus sócios fundadores,
os engenheiros Rudi Henri van Els e Clóvis de Oliveira Campos, pesquisam um
modelo inovador de geração de energia elétrica desde 1995, com o apoio do
Departamento de Engenharia Mecânica da universidade.
63
a) V – III – I – VI – II – IV
b) VI – IV – III – II – V –
c) III – II – V – IV – I – VI
d) IV – I – VI – II – III – V
e) IV – II – III – V – I – VI

4- PARÁGRAFO
4.1- O seguinte texto está escrito com inobservância de parágrafos. Faça um
colchete, sinalizando cada novo parágrafo:

A mais antiga das interpretações da mitologia é o evhemerismo (Evhemero,


filósofo grego do IV século antes de Cristo). Os mitos seriam a transposição de
acontecimentos históricos e de seus personagens para a categoria divina.
Ainda no século XIX houve mitólogos que continuaram sustentando que a
mitologia grega era a história de épocas remotas, elaborada pelos sacerdotes,
com a intenção deliberada de transformar heróis humanos em deuses.
Outra maneira de interpretar os mitos foi entendê-los como alegorias de
fenômenos da natureza que o homem esforçava-se para compreender. É a
teoria naturalista. Originária também da antiguidade grega, esta teoria foi
defendida até começos do século XX e talvez conte ainda hoje partidários.
A abordagem do mito pelos especialistas modernos é muito diversa. Estes não
os consideram narrações históricas reelaboradas fantasiosamente, nem tão
pouco tentativas para explicar fenômenos da natureza. Os mitólogos modernos
veem no mito a expressão de formas de vida, de estruturas de existência, ou
seja, de modelos que permitem ao homem inserir-se na realidade. São
modelos exemplares de todas as atividades humanas significativas. Os mitos,
nas sociedades primitivas, escreve Malinowski, “são a expressão de uma
realidade original mais poderosa e mais importante através da qual a vida
presente, o destino e os trabalhos da humanidade são governados”. A
interpretação que Jung faz dos mitos acrescenta aos conceitos dos
especialistas modernos dimensões mais profundas. Segundo Jung, “os mitos
são principalmente fenômenos psíquicos que revelam a própria natureza da
psique”. Resultam da tendência incoercível do inconsciente para projetar as
ocorrências internas, que se desdobram invisivelmente no seu íntimo, sobre os
fenômenos do mundo exterior, traduzindo-as em imagens. Assim, não basta ao
primitivo ver o nascer e o pôr do sol; esta observação externa será ao mesmo
tempo um acontecimento psíquico: o sol no seu curso representará o destino
de um deus ou herói que, em última análise, habita na alma do homem. Os
mitos condensam experiências vividas repetidamente durante milênios,
experiências típicas pelas quais passaram (e ainda passam) os humanos. Por
isso, temas idênticos são encontrados nos lugares mais distantes e mais
diversos. A partir desses materiais básicos é que sacerdotes e poetas
elaboram os mitos, dando-lhes roupagens diferentes, segundo as épocas e as
culturas. (Adaptado de SILVEIRA, Nise da. Jung: vida e obra. Rio de Janeiro:
José Álvaro, 1968, p. 127-128).
Exercício retirado de:Português Instrumental, Dileta Martins e Lúbia Zilberknop.

64
4.2- Numere os parágrafos do texto abaixo, dando-lhes uma sequência
lógica:

( ) Concluo esta reflexão com as palavras poéticas de Paulo Correa Lopes.


“Há momentos em que parece que compreendemos a voz das cousas; há
momentos em que adivinhamos a angústia das árvores, o gemido da terra. É
que o barro de que fomos feitos nos fala dos mistérios da vida universal. É pelo
barro que estamos ligados à terra, assim como pelo espírito somos de Deus”.

( ) Nestes 50 anos, a geografia, em sua dimensão física, humana, social, polí-


tica, realizou progressos enormes, proporcionando vantagens imensas no
relacionamento de pessoas, de povos e de continentes. Os estudos superiores
multiplicaram suas escolas, a geografia estava ali, nos cursos de licenciatura e
no bacharelado de geógrafo. Faltou em tudo isso uma consciência mais forte,
mais arguta em defesa do seu campo de trabalho; outros invadiram-lhe o
território, outros assenhorearam-se de sua vocação. Os cursos de licenciatura
quase agonizam à míngua de candidatos. Faltam professores de Geografia,
mas poucos se animam a abraçar as tarefas do ensino. A profissão de
geógrafo não é reconhecida por lei e nem pela sociedade terceiro-mundista.

( ) A título de sacudir o marasmo, o departamento de Geociências da PUC-RS


realizou o 1º Seminário Estadual, sob o título: “Geografia, por que não?”
Professores de todo o Estado acorreram para dar nova vida à consciência
geográfica. Salientaram-se na organização do evento: Cleusa M. A.
Scrofernerker, da PUC-RS, e Mansa Sarmento da Silva, da Ulbra. Uniram suas
forças entidades dadas à ecologia a fim de conseguir a vinda do professor Aziz
Ab’Saber do IEA-USP. Nos três dias do seminário, a pergunta do título foi
cantada e discutida em todos os tons e modalidades sonoras e dissonantes,
mas sempre uníssonas e irmanadas em defesa do mister do professor de
Geografia das séries iniciais ou no 1º, 2º ou 3º graus de ensino, e da profissão
do geógrafo no panorama da mão de obra nacional.

( ) O ser humano, como a etimologia revela, provém da terra (homem-homu).


O próprio Gênesis, em sua narração do momento criador, assim se exprime:
“Então Javé, Deus, modelou o homem com a argila do solo...” (Gn. 2,7). O
homem feíito da terra é animado pelo sopro de Deus. Ele será sempre terra e
céu. Terá os pés no chão e a cabeça no ar... O homem é o ser genesicamente
geográfico.

( ) Desde épocas imemoráveis, o estudo da terra - a ciência da geografia - foi


praticada e desenvolvida pelos sábios. As interrogações dos cientistas se multi-
plicavam para desvendar os mistérios do solo que os sustentava, dos astros
que percorriam o firmamento, os cursos das águas, as vastidões dos mares,
alturas dos cumes a perderem-se entre as nuvens... Quantas perguntas,
poucas respostas.
(Ir. Elvo Clemente. Geografia, por que não? Zero Hora, 1/6/1991, p.4)

4.3-Numere os elementos dos parágrafos abaixo, quando houver, obedecendo


ao seguinte esquema: a) Tópico frasal; b) Elemento relacionador; c)
Desenvolvimento; d) Conclusão.
65
A- Os textos (e os seus contextos) são objetos de estudo e de ensino em mais
de uma disciplina. Além das disciplinas linguísticas e literárias, os textos
também se estudam em psicologia, antropologia, teologia e nas ciências
jurídicas e históricas. É evidente que, para cada uma destas disciplinas, são
outros aspectos dos textos que constituem objeto de estudo; afora isso, o
interesse poderá incidir sobre certos tipos de textos ou sobre certas
propriedades específicas do contexto psíquico ou social. (Adaptado de VARGA,
A. Kibédi. Teoria da Literatura, p.65)

B- O escritor moderno, segundo afirma Rosenthal, “encara com seriedade as


situações de experiência humana, os problemas formais e o entrelaçamento de
perspectivas. Não pode, por essa razão, imitar os modelos de outrora e traduzir
diretamente o cotidiano para seu romance; pelo contrário, precisa de recriá-lo,
transformando-o poeticamente e atribuindo um traço original a todos os
aspectos da existência que se propõe descrever, para em seguida reimplantar
sua criação linguística e mental no contexto do cotidiano, o que equivale dizer
que seu mundo poético é transposto para o âmbito do cotidiano”.(MARTINS,
Maria Teresinha. O ser do narrador nos romances de Clarice Lispector, p. 19)

C-Na verdade, o Projeto Zico é tão óbvio como a defesa da luz elétrica e da á-
gua encanada, o que não significa que vá ser aprovado, ao contrário. Por
ironia, as bancadas da oposição têm manifestado maior apoio que o dos
partidos que apoiam o governo. Há até mesmo clubes e atletas que temem o
projeto, como houve escravos contra a lei Áurea, com medo de perder a
garantia de casa e comida. Apesar da assinatura do presidente da República, o
líder do partido, por exemplo, que vem a ser o presidente da Portuguesa de
Desportos, articula um poderoso lobby ao lado das federações e da CBF,
mesmo que isso lhe custe a suspeita de ter trocado o apoio a Zico pela
convocação do menino Dener para a seleção brasileira - com a consequente
valorização internacional do craque que põe a bola onde quer e a cabeça onde
não deve. Zico não é mais secretário. Em seu lugar está Bernard, que tem a
nobre jornada de convencer as estrelas do Congresso a aproveitar este
lançamento digno do Rei Pelé. (Adaptado de KFOURI, Juca. Veja, 29 de maio,
1991. p.110).

4.4- Retire a ideia-núcleo do parágrafo abaixo:

- “[...] todo homem, orador, escritor ou poeta, todo homem que usa da palavra,
não como um meio de comunicar suas ideias, mas como um instrumento de
trabalho; todo aquele que fala ou escreve; não por uma necessidade de vida,
mas sim para cumprir uma alta missão social; todo aquele que faz da
linguagem não um prazer, mas uma bela e nobre profissão, deve estudar e
conhecer a fundo a força e os recursos desse elemento de sua atividade”.
(José de Alencar. Apud MOREIRA, Almir, ARAÚJO, Denis. Português e
literatura: visão atual).
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_______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
66
5-VÍCIOS DE LINGUAGEM (“Inutilia truncat!”)
5.1- PROLIXIDADE (eliminar)
16. Em futuro próximo
1. Acima citado 17. Com o propósito de
2. Agradecemos antecipadamente 18. No caso de
3 . Com referência ao 19. Da natureza de
4 . Datada de 20. Em vista do fato de
5. Devido ao fato de que 21. Exatamente do jeito que
6. Durante o ano de 1991 22. Durante o tempo em que
7. Durante o transporte de 23. Em conjunto com
8. Encaminhamos em anexo 24. No ambiente empresarial
9. Estamos remetendo-lhe 25. Em nível teórico
10. Estou escrevendo-lhe 26. Esta tem o objeto
11. Somos de opinião de que 27. Venho, pela presente, solicitar
12. Segue em anexo 28. Vimos, através desta, pedir...
13. Temos a informar que 29. Sirvo-me desta para informar...
14. Vimos solicitar 30. Nada mais havendo a tratar...
15. No presente momento

5.2 – ARCAÍSMOS (evitar formas em desuso)


1. Supracitado 9. Precípua
2. Encarecemos a V. Sª 10. Destarte
3. Temos em nosso poder 11. Referenciado
4. Tendo em vista o assunto em tela... 12. Aproveitando o ensejo
5. Levamos a seu conhecimento... 13. Ocorrido no corrente mês
6. Causou-nos espécie a decisão 14. Acusamos o recebimento
7. Consternou-nos profundamente 15. Elencar
8. Para dirimir dúvidas

5.3- PLEONASMOS (eliminar redundâncias)


Elo de ligação Fato real
Acabamento final Encarar de frente
Certeza absoluta Multidão de pessoas
Manter o mesmo Amanhecer o dia
Amigo pessoal Criação nova
Expressamente proibido A seu critério pessoal
Continuar ainda Demasiadamente excessivo
Sintomas indicativos Surpresa inesperada
Há anos atrás Escolha opcional
Vereador da cidade Planejar antecipadamente
Outra alternativa Abertura inaugural
Detalhes minuciosos A última versão definitiva
Sorriso nos lábios Possivelmente poderá ocorrer
Anexo junto à carta Comparecer em pessoa
De sua livre escolha Gritar bem alto
A partir do mês de junho Exceder em muito
Conviver junto Desde o ano de 2005

67
5.4-CACOFONIA (Eliminar sons desagradáveis): Como as
concebo, Conforme já, Ela tinha, Nunca ganhei, Uma mala, Por cada
pessoa, O triunfo da minoria, Desde então.

5.5- ESTRANGEIRISMOS (Evitar excessos; só usar quando não houver


termo correspondente na língua portuguesa): Perfomance, Coffee-break,
Start-up,Show, Software, Staff, Feed-back, Delivery, Off (liquidação, desconto).

5.6- APELIDOS (Nunca usar em linguagem formal):


Japa, Jacu, Baixinho, Galega, Gorducho, Jeca, Polaca, Pretinha,
Cabeça-chata, Paraíba, Negão etc.

5.7- INFORMALIDADE (Eliminar na linguagem formal):


Só que. Que nem. A gente. Janta. Coisa.Tipo. Então... Véi(o).Chapa. Parça.

5.8- ECO (Corrigir repetição de palavras com a mesma terminação):


A sugestão da mesa foi enviada àquela reunião, por se constituir numa
solicitação de longa data da população. (Reescreva o texto, eliminando o eco:)

5.9- “QUEÍSMO” (Uso excessivo do ‘que’):


Alexandre Silva, que é o novo coordenador do grupo, que vem a ser sobrinho
da diretora, está desenvolvendo um novo projeto, que é o de diminuir o
intervalo do lanche, para sairmos mais cedo. (Reescreva)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5.10- REPETIÇÃO (de palavras com diferentes acepções):


Você tem o telefone do Colégio Estadual? Tem quem afirme que esse é um
dos melhores colégios do país. Têm alguns minutos que estou procurando no
catálogo. Tenho que sair agora. Procure-o para mim, por favor. (Reescrever)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5.11- GERUNDISMO. (Evitar o gerúndio desnecessário. Reescreva:)


Vou estar encaminhando o documento daqui a meia-hora
Vou estar agendando a reunião.
Vou estar passando na sua casa amanhã.
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5.12- CLICHÊ (evitar palavras e expressões gastas com o uso):

2
A duras penas Como uma luva
A sete chaves Deixar a desejar
Acertar os ponteiros / Chegar a um Hora da verdade
denominador comum Respirar aliviado
Alto e bom som Vida útil
Cair como uma bomba Voltar à estaca zero
Colocar um ponto final
Com a corda toda

5.13- BAJULAÇÃO (evitar expressões de falsa modéstia, subserviência):


1. Rogamos a especial fineza...
2. Cumpre-nos acusar a recepção de sua
estimada carta...
3. Tenha a bondade de nos mostrar os
preços de...
4. Temos a honra de informar que...
5. Com muito pesar, somos obrigados a
participar-lhes que não recebemos o seu
estimado pedido...

5.14- ERROS GRAMATICAIS (Transgressões às normas de ortografia, de


concordância, de regência e de colocação. Fazer revisão sempre).

Incorreção Gramatical Correção Gramatical


Segue algumas informações.
Haviam muitas pessoas na sala.
Consciente das obrigações, eles saíram .
Não quero assistir à essa palestra.
Não diga-me isso.

5.15- AMBIGUIDADE
A ambiguidade ocorre sempre que uma frase ou oração pode ser tomada em
mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial,
deve-se atentar para as construções que possam gerar equívocos de
compreensão. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de identificar-
se a que palavra se refere um pronome que possui mais de um antecedente na
terceira pessoa. Outro tipo de ambiguidade decorre da dúvida sobre a que se
refere a oração reduzida.
a)Os trechos abaixo apresentam ambiguidade. Explique em que consiste tal
ocorrência e depois reescreva o trecho de modo a eliminá-la.
I - O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor que ele seria exonerado.
II - Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o funcionário.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3
b) Veja este exemplo: “A inflação é a maior inimiga da Nação. É meta prioritária
do governo eliminá-la”. Observe que aqui estão duas ideias diferentes,
separadas em duas frases isoladas, sem relação entre si. Faltam palavras de
ligação entre elas, que manterão a coesão textual, a unidade da mensagem.
Junte-as para que possam se relacionar e o raciocínio fique mais claro.
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------.
5.16- TAUTOLOGIA (repetições desnecessárias).

Na redação moderna, um dos defeitos mais comuns é o da tautologia, que


consiste na repetição desnecessária de termos expressando a mesma ideia.
Procure identificar os trechos redundantes, reescrevendo, a seguir, nova
versão do texto abaixo.

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6- REESCRITURA TEXTUAL CONFORME OS PRINCÍPIOS DA REDAÇÃO


OFICIAL. IDENTIFIQUE OS VÍCIOS DE LINGUAGEM. (Um para cada grupo)

Senhor Supervisor,

A média de produção do último ano fiscal é maior do que a do ano anterior,


porque aquele foi o ano em que se instalaram as novas prensas de estamparia,
automáticas e hidráulicas, portanto aumentando o número de peças
estampadas durante o período, assim como também foi o ano em que se

2
introduziram novos métodos de economia de tempo e economia de mão de
obra, e que também contribuíram para uma média maior de produção.

Atenciosamente,
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Sr. Professor,

Nesta oportunidade, queremos cientificar que a não confirmação do curso


inicialmente apalavrado se deveu a fatores de ordem interna e não a qualquer
aleivosia em relação a suas qualidades de instrutor, sobejamente reconhecidas
nas avaliações aludidas e no conceito dos técnicos desta Escola.

At.te
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Sr. Diretor,

Temos a satisfação de levar ao conhecimento de V. Sª. que, nesta data, pela


Transportadora Transnorte e, em atendimento ao seu prezado pedido nº
432/79, de 18 de setembro de 1979, demos encaminhamento, pela Nota Fiscal
nº 167, às mercadorias solicitadas pelo Departamento de Compras de sua
conceituada empresa.

Cordialmente,
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_______________________________________________________________
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Ilustríssimo Senhor (...),

Informamos que o Sr. Paulo Garcia Júnior estará acompanhando a comitiva do


governo do Estado ao Chile. Estaremos enviando dois representantes para a
reunião referenciada, são os senhores: CARLOS JOSÉ DA SILVA e
JURANDIR DE SOUZA. Em relação à solicitação de um coordenador para o

3
projeto “TURISMO ESPETACULAR”, esclarecemos que para esse prezado
evento estaremos indicando o Sr. Antônio Moura Brasil.

Sem mais para o momento.


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_______________________________________________________________

Senhor Supervisor,

Tendo em vista as atribuições determinadas ao Departamento-Geral de


Administração, em especial aquelas elencadas no art. 25 do Manual para a
Conferência (documento em anexo), solicito a V. Sª. que promova, coordene e
dirija, no âmbito deste DGA, a adoção das medidas tendentes ao fiel
desempenho das atribuições em tela, para o que igualmente determino às
chefias das unidades subordinadas, desde já, todo o apoio que se fizer
necessário à obtenção do desiderato colimado.

Nada mais para o momento,


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_______________________________________________________________
______________________________________________________________

Prezado Senhor,

Em resposta a sua gentil solicitação a nós enviada pelo digníssimo


representante de Vossas Senhorias, Sr. Eudoro da Cunha, vimos, através
desta, informar que já se encontram a sua disposição estúdios para a gravação
do disco em epígrafe. Conforme contato pessoal com o representante
supracitado de Vossas Senhorias, os estúdios deverão ser utilizados nos dias
28 e 29. Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos
equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o
que ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20 de fevereiro de 2006.
Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despedimo-nos.

Zé Roberto:

Tô mandando os dois relatórios. Aproveitei o fim de semana pra terminar. Acho


que ficaram competentes, apesar do prazo apertado. Diretor também sofre, né,
veio?

4
Foi difícil pra caramba, porque tive que disputar o computador com a
Gabrielinha, que só quer assistir High School Musical no meu PC.

Mas tudo bem. Nos intervalos ainda consegui comer uma picanha, no
churrasco que você perdeu.

Amanhã sigo direto pra Manaus. A gente se vê na terça-feira.

Abraços.

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São Paulo, 7 de janeiro de 1999.

Senhor Edson Pereira:

Pedimos o especial obséquio de nos enviar por via área, o mais rápido
possível, uma amostra de par de calçados do tipo masculino, sua referência H-
0119 e, aproveitando o ensejo, solicitamos que nos informe o preço para 1.500
pares de calçados de mulher, sua referência M-2253; outrossim, pedimos que
nos informe o custo do frete aéreo, assim como do frete marítimo, de modo que
possamos fazer uma avaliação do que se ajusta melhor aos nossos interesses,
porque a situação econômica do momento exige esses cuidados. Não se
esqueça de nos informar também a possibilidade de V. Sª efetuar esse
embarque no prazo de um mês tão logo receba nosso pedido, porque estamos
com estoque muito baixo e tememos perder vendas.

Atenciosamente,

Roberto Barbosa,
Gerente de Compras

7-PRONOMES DE TRATAMENTO

7.1- Considere o fragmento abaixo como parte de um convite enviado a uma


Autoridade, o Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Complete-o com os
Pronomes de Tratamento adequados:
5
Enviamos a ______ o convite para a cerimônia de inauguração do nosso
Espaço Cultural, no próximo sábado.
Esperamos contar com a _____ presença nesse evento, tão importante para
nossa sociedade.
A ___________, Senhor Leonardo Passos.
a) V. Exª. - sua - Sua Excelência.
b) V. Exª. - vossa - Sua Excelência.
c) V. Exª. - sua - Vossa Excelência.
d) vós - sua - Sua Senhoria.
e) vós - vossa - Vossa Senhoria.

7.2- A frase em que se apresenta o texto adequado é:

a) Vimos, por este intermédio, solicitar a Vossa Senhoria que nos digneis a
acolher e a enviar ao Juiz da 4ª Vara os autos do processo em tela.
b) Viemos, através desta, solicitar que Vossa Excelência se digneis a acolher o
parecer do processo em tela e enviá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
c) Vimos, pela presente, solicitar-vos que acolhais o parecer que dispomos
sobre o processo, e encaminhá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
d) Solicitamos a Vossa Senhoria que acolha e encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os
autos do referido processo.
e) Estou encaminhando à presença de V.Sª, este jovem, muito inteligente e
esperto, que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu
gabinete.

7.3- Nos textos a seguir, complete as lacunas com o emprego adequado do


pronome de tratamento usado na redação oficial:

7.4- Assinale a opção que representa segmento correto e adequado para


compor uma correspondência oficial.
a) Atesto, para fins trabalhistas, que o Sr. José dos Santos trabalhou neste
órgão, no período de 2005 a 2010, havendo sempre desempenhado suas
funções de forma eficiente.
b) Servimo-nos da presente para comunicar a você que seus serviços não
serão mais necessários a esta empresa, valendo esta carta como Aviso Prévio.
6
c) Estamos certos de poder contar com a tolerância de nossos sócios e
agradecemos de todo o coração o apoio que tem sido dado às atividades
desenvolvidas pela nossa gestão.
d) Honrado pra valer com a designação de Vossa Excelência para integrar a
Comissão de Inquérito Administrativo, incumbida de apurar os fatos referentes
ao processo xxx, venho apresentar o relatório final.
e) Venho, por meio desta, respeitosamente, oferecer a sua avaliação o relatório
nº 10 da Comissão de Engenharia.

7.5- A redação apropriada e correta de um documento oficial é:


a) Estamos encaminhando a Vossa Senhoria algumas reivindicações, e
esperamos poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir
nossos problemas salariais.
b) O texto aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal
especializado em serviços gerais para os departamentos que foram
recentemente criados.
c) Estou encaminhando à presença de V. Sª o representante escolhido em
Assembleia.
d) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar quais providências
vão ser tomadas para resolver essa confusão que foi criada pelos
manifestantes.

7.6- De acordo com as recomendações para redação de documento oficial,


assinale a alternativa que apresente a melhor forma de iniciar um texto:
a) Encaminho, para exame e pronunciamento, o relatório nº 1 da Comissão Tal.
b) Tenho o prazer de informar que segue o relatório nº 1 da Comissão Tal.
c) Cumpre-me apresentar para exame o relatório nº 1 da Comissão Tal.
d) Venho, por meio desta, respeitosamente, oferecer a sua avaliação o relatório
nº 1 da Comissão Tal.

O SENHOR
RUBEM BRAGA

Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o
tratamento de “você”, se dirigiu ao autor chamando-o de “o senhor”.
Senhora:
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para
vos dizer que senhor ele não é, de nada nem ninguém.
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer
esconder sua condição e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores
ricos e nobres a quem chamáveis “você” escolhestes a mim para tratar de “senhor”,
é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa
e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis aí, o território onde eu
mando é no país do tempo que foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase,
ergueu entre nós dois um muro frio e triste.
Vi o muro e calei. Não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas
também não era a vez primeira. De começo eram apenas os “brotos” ainda mal
núbeis que me davam senhoria; depois assim começaram a me tratar as moças de
dezoito a vinte, com essa mistura de respeito, confiança, distância e desprezo que é
7
o sabor dessa palavra melancólica. Sim, eu vi o muro; e, astuto ou desanimado, calei.
Mas havia na roda um rapaz de ouvido fino e coração cruel; ele instou para que
repetísseis a palavra; fingistes não entender o que ele pedia e voltastes a dizer a
frase sem usar nem “senhor”, nem “você”. Mas o danado insistiu e denunciou o que
ouvira e que, no embaraço de vossa delicadeza, evitáveis repetir. Todos riram,
inclusive nós dois. A roda era íntima e o caso era de riso.
O que não quer dizer que fosse alegre; é das tristezas que rimos de coração mais
leve. Vim para casa e como sou um homem forte, olhei-me ao espelho; e como tenho
minhas fraquezas, fiz um soneto. Para vos dar o tom, direi que no fim do segundo
quarteto eu confesso que às vezes já me falece valor “para enfrentar o tédio dos
espelhos”; e no último terceto digo a mim mesmo: “Volta, portanto, a cara e vê de
perto – a cara, a tua cara verdadeira – ó Braga envelhecido, envilecido”.
Sim, a velhice é coisa vil; Bilac o disse em prosa, numa crônica, ainda que nos
sonetos ele almejasse envelhecer sorrindo. Não sou Bilac; e nem me dá consolo,
mas, tristeza pensar que as musas desse poeta andam por aí encanecidas e murchas,
se é que ainda andam e já não desceram todas à escuridão do túmulo. Vivem
apenas, eternamente moças e lindas, na música de seus versos, cheios de sol e
outras estrelas. Mas a verdade (ouvi, senhora, esta confissão de um senhor ido e
vivido, ainda que mal e tristemente), a verdade não é o tempo que passa, a verdade
é o instante. E vosso instante é de graça, juventude e extraordinária beleza. Tendes
todos os direitos; sois um belo momento da aventura do gênero humano sobre a
terra. Detrás do meu muro frio eu vos saúdo e canto. Mas ser senhor é triste; eu sou,
senhora, e humildemente, o vosso servo – RB.
(In: A borboleta amarela)
8- Mude o tratamento da 2ª pessoa do plural (vós) para a terceira (você):
a) “Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para
vos dizer que senhor ele não é, de nada nem ninguém”. R.:------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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-
b) “se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamáveis “você” escolhestes a
mim para tratar de “senhor”, é bem de ver que só poderíeis ter encontrado essa
senhoria...”. R.:----------------------------------------------------------------------------------------------
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c) “ele instou para que repetísseis a palavra; fingistes não entender o que ele pedia e
voltastes a dizer a...”. R.:----------------------------------------------------------------------------------
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9- Narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida
carioca, a saber: o corpo de um homem de 40 anos presumíveis é encontrado
de madrugada pelo vigia de uma construção, às margens da Lagoa Rodrigo de
Freitas, não existindo sinais de morte violenta.

8
Estilo interjetivo – Um cadáver! Encontrado em plena madrugada! Em pleno
bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de 40 anos! Um
que morreu quando a cidade acordava! Que pena!

Estilo colorido – Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta lagoa


Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem
branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo,
sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este, o destino foi
negro.

Estilo preciosista – No crepúsculo de hoje, quando fulgia solitária e longínqua


a Estrela d’Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone
pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atroz e
lúrica visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto
que vivifica.

Estilo sem jeito – Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de um Rui ou o


estro de um Castro Alves para descrever o que se passou na manhã de hoje.
Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimento são
capazes de expressar este sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que
sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra
sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escrever,
mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste.
Ah, se eu soubesse escrever.

Estilo didático – Podemos encarar a morte do desconhecido encontrado


morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c)
teológico. Policial: o homem em sociedade; humano: o homem em si mesmo;
teológico: o homem em Deus. Polícia e homem: fenômeno; alma e Deus:
epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.

Cada grupo escolherá um dos modelos de redação oficial e reescreverá o


texto, usando linguagem técnica, informativa, referencial.

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10-VOCABULÁRIO- Construa frases com as palavras e expressões abaixo:
1. A cerca ------------------------------------------------------------------------------------------
2. Acerca --------------------------------------------------------------------------------------------
3. Há cerca------------------------------------------------------------------------------------------
4. Amostra ------------------------------------------------------------------------------------------
9
5. A mostra ----------------------------------------------------------------------------------------
6. À mostra-----------------------------------------------------------------------------------------
7. Anexo -------------------------------------------------------------------------------------------
8. Sessão---------------------------------------------------------------------------------------------
8. Seção ---------------------------------------------------------------------------------------------
9. Cessão--------------------------------------------------------------------------------------------
10. Aparição ----------------------------------------------------------------------------------------
11. Aparecimento ---------------------------------------------------------------------------------
12. As custas de ----------------------------------------------------------------------------------
13. À custa de -------------------------------------------------------------------------------------
14. Através -----------------------------------------------------------------------------------------
15. Aumentar --------------------------------------------------------------------------------------
16. Caro/alto/barato/baixo -----------------------------------------------------------------------
17. Caso --------------------------------------------------------------------------------------------
18. Acaso------------------------------------------------------------------------------------------
19. Auferir-------------------------------------------------------------------------------------------
20. Aferir -------------------------------------------------------------------------------------------
21. De encontro a ---------------------------------------------------------------------------------
22. Ao encontro de--------------------------------------------------------------------------------
23. Dispêndio ---------------------------------------------------------------------------------------
24. Em princípio -----------------------------------------------------------------------------------
25. A princípio -------------------------------------------------------------------------------------
26. Estada ------------------------------------------------------------------------------------------
27. Estadia -----------------------------------------------------------------------------------------
28. Em face de-------------------------------------------------------------------------------------
29. Descriminar -----------------------------------------------------------------------------------
30. Discriminar ------------------------------------------------------------------------------------
31. Saudar------------------------------------------------------------------------------------------
32. Saldar ------------------------------------------------------------------------------------------
33. Mais informações -----------------------------------------------------------------------------
34. Por ora ------------------------------------------------------------------------------------------
35. Perguntar -------------------------------------------------------------------------
36. Questionar ------------------------------------------------------------------------
37. Ao telefone -----------------------------------------------------------------------
38. Roubar ----------------------------------------------------------------------------
39. Furtar ------------------------------------------------------------------------------
40. Sem fundos -----------------------------------------------------------------------
41. Somatório -------------------------------------------------------------------------
42. Mil -----------------------------------------------------------------------------------
43. Mesmo ----------------------------------------------------------------------------
44. Na rua ------------------------------------------------------------------------------
45. Justificar ---------------------------------------------------------------------------
46. Horas --------------------------------------------------------------------------------
47. Grátis --------------------------------------------------------------------------------
48. Gratuito -----------------------------------------------------------------------------

VOCÁBULOS E EXPRESSÕES, CONFORME NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO


(VOLP): (Para consulta)

A 5. Aficionado
1. Abaixo-assinado 6. Agroindústria
2. Ab-rogação 7. Alta-tensão
3. Ab-rogar 8. Alto-astral
4. Ad-rogar 9. Alto-falante
10
10. Alto-forno B
11. Alto-relevo 64. Baixo-astral
12. Ano-base 65. Bate-boca
13. Ano-novo 66. Bate-papo
14. Antemão 67. Bem-vindo
15. Anteontem 68. Bilateral
16. Anteparo 69. Bilíngue
17. Antepenúltimo 70. Biorritmo
18. Antepor 71. Biossegurança
19. Anteprojeto 72. Bissexto
20. Antessala 73. Blecaute
21. Antevéspera 74. Blêizer (paletó)
22. Anticonstitucional 75. Boa-fé
23. Antieducativo 76. Boia-fria
24. Antiético 77. Boicotar
25. Anti-horário 78. Boleia
26. Anti-inflacionário C
27. Antijurídico 79. Caixa-forte
28. Antissocial 80. Campus (lat.) / Câmpus (port.)
29. Apart-hotel 81. Carro-chefe
30. Ar-condicionado 82. Carro-forte
31. Ar-refrigerado 83. Carro-guincho
32. Arte-final 84. Carro-pipa
33. Assembleia 85. Carro-tanque
34. Audiovisual 86. Carta-bilhete
35. Autoafirmação 87. Cartão-postal
36. Autoajuda 88. Cavalo-vapor
37. Autoaplicável 89. Cidade-estado
38. Autoavaliação 90. Cidade-satélite
39. Autoconfiança 91. Coavalista
40. Autocontrole 92. Coautor
41. Autodefesa 93. Codiretor
42. Autodidata 94. Coherdeiro
43. Autoescola 95. Cogestão
44. Autoestima 96. Conta-corrente
45. Autoestrada 97. Contra-acusação
46. Autogestão 98. Contra-argumento
47. Autoimagem 99. Contracheque
48. Auto-organização 100. Contradizer
49. Autopeça 101. Contraoferta
50. Autopunição 102. Contraproposta
51. Autorregeneração 103. Contrassenha
52. Autosserviço 104. Contratempo
53. Autossuficiente 105. Cooperação
54. Autossugestão 106. Copiloto
55. Autoteste 107. Coprocessador
56. Auxílio-acidente 108. Coprodução
57. Auxílio-doença 109. Coproprietário
58. Auxílio-enfermidade 110. Corre-corre
59. Auxílio-funeral 111. Corredator
60. Auxílio-maternidade 112. Cossignatário
61. Aviso-prévio 113. Cota/Quota
62. Azul-celeste 114. Curto-circuito
63. Azul-marinho D
2
115. Data-base 166. Guarda-noturno
116. Decreto-lei 167. Guarda-volumes
117. Dedo-duro H
118. Deem 168. Hífen
119. Deficit (latim) / Déficit (português) 169. Hora extra
120. Desmancha-prazeres 170. Hortifrutigranjeiro
121. Detém (singular) I
122. Detêm (plural) 171. Idem
123. Dia a dia 172. Inexorável /inezorável/
124. Diretor-geral 173. Infra-assinado
125. Diretor-gerente 174. Infracitado
126. Dolo /dólo/ 175. Infraestrutura
127. Dona de casa 176. Infrassom
E 177. Infravermelho
128. Econômico-financeiro 178. Inter-regional
129. Edifício-garagem 179. Inter-relação
130. Empurra-empurra 180. Intersindical
131. Enjoo 181. Intervém
132. Escola-modelo 182. Intranet
133. Europeia 183. Intraorganizacional
134. Extra-atividade 184. Intrarregional
135. Extraclasse 185. Intratextual
136. Extraconjugal J
137. Extracontratual 186. Jardim de infância
138. Extracurricular K
139. Extraescolar 187. Karaokê
140. Extrajudicial L
141. Extralegal 188. Licença-paternidade
142. Extramatrimonial 189. Licença-prêmio
143. Extranumerário 190. Livre-arbítrio
144. Extraoficial 191. Livre-câmbio
145. Extraorçamentário 192. Livre-docência
146. Extraordinário 193. Livre-docente
147. Extraprofissional 194. Livre-empresa
148. Extrassensível 195. Lua de mel
149. Extraterritorial 196. Lugar-comum
150. Extravagante M
151. Extrema-direita 197. Macroeconomia
152. Extrema-esquerda 198. Macroprograma
F 199. Macrorregião
153. Falso-testemunho 200. Macrossistema
154. Faz-tudo 201. Má-fé
155. Fotomontagem 202. Má-formação
156. Fotorreportagem 203. Magoo (do verbo magoar)
G 204. Mais-valia
157. Garoto-propaganda 205. Mala-direta
158. Gato-pingado 206. Mão de obra
159. Gato-sapato 207. Marca-d’água
160. Grã-fino 208. Matéria-prima
161. Grosso modo 209. Maus-tratos
162. Guarda-chuva 210. Maxidesvalorização
163. Guarda-civil 211. Mea-culpa
164. Guarda-costas 212. Megaempresa
165. Guarda-mirim 213. Mega-hertz
3
214. Meia-entrada 265. Porta-joias
215. Meia-idade 266. Porta-lápis
216. Meia-noite 267. Porta-luvas
217. Meia-pensão 268. Porta-malas
218. Meio-dia 269. Porta-níqueis
219. Meio-irmão 270. Porta-retratos
220. Meio-tempo 271. Porta-toalhas
221. Meio-termo 272. Porta-voz
222. Mesa-redonda 273. Portfólio
223. Mestre de cerimônias 274. Pós-datado
224. Mestre de obras 275. Pós-escrito
225. Microeconomia 276. Pós-fixado
226. Microeletrônica 277. Pós-graduação
227. Microempresa 278. Posposto
228. Microfilme 279. Pós-produção
229. Micro-ônibus 280. Posto-chave
230. Microprocessador 281. Pós-venda
231. Microrregião 282. Pré-adolescente
232. Microssociedade 283. Pré-ajustado
233. Moeda-papel 284. Preaquecer
234. Motobói 285. Preconceber
235. Multirregional 286. Precondição
236. Multiusuário 287. Pré-cozido
N 288. Pré-datado
237. Não cooperação 289. Pré-datar
238. Não cumprimento 290. Predecessor
239. Não execução 291. Predefinido
240. Não fumante 292. Predestinação
241. Não pagamento 293. Predeterminado
O 294. Pré-digitar
242. Office-boy 295. Predisposição
243. Off-line 296. Pré-eleitoral
244. On-line 297. Preencher
P 298. Pré-escolar
245. Palavra-chave 299. Preestabelecer
246. Papel-moeda 300. Pré-estreia
247. Para-brisa 301. Preexistência
248. Para-choque 302. Preexistir
249. Para-lama 303. Pré-fabricado
250. Para-raios 304. Prefixar
251. Parestatal 305. Pré-gravado
252. Parêntese 306. Pré-impressão
253. Parênteses/Parêntesis 307. Pré-industrial
254. Passatempo 308. Prejulgar
255. Passo a passo 309. Pré-lançamento
256. Perito-contador 310. Preleção
257. Plurianual 311. Pré-matrícula
258. Pluripartidário 312. Prematuro
259. Político-social 313. Pré-moldado
260. Ponta-cabeça 314. Preordenar
261. Ponto de venda 315. Pré-produção
262. Ponto e vírgula 316. Pré-requisito
263. Porta-bagagem 317. Prescrever
264. Porta-chaves 318. Prescrição
4
319. Pré-venda 371. Reestruturar
320. Primeira-dama 372. Reexaminar
321. Primeiro-ministro 373. Refazer
322. Procurador-geral 374. Refinanciar
323. Procuradoria-geral 375. Reimplantar
324. Pró-labore 376. Reimpresso
325. Pronta-entrega 377. Reinaugurar
326. Pronto-socorro 378. Reincidência
Q 379. Reincorporar
327. Quadro de giz 380. Reiniciar
328. Quadro-negro 381. Reivindicar
329. Quatro-olhos 382. Release
330. Quebra-luz 383. Retroagir
331. Quebra-molas 384. Retrógrado
332. Quebra-quebra 385. Reviravolta
333. Queixa-crime 386. Rodoferroviário
334. Quórum 388. Rubrica
R S
335. Radioamador 389. Saca-rolhas
336. Radioatividade 390. Saia-calça
337. Radiogravador 391. Sala de aula
338. Radiojornalismo 392. Salário-base
339. Radiopatrulha 393. Salário-educação
340. Radioperador 394. Salário-família
341. Radiorreceptor 395. Salário-hora
342. Radiorrelógio 396. Salva-vidas
343. Radiorreportagem 397. Salvo-conduto
344. Radiotáxi 398. Secretário-geral
345. Radiotransmissão 399. Seguro-desemprego
346. Raio infravermelho 400. Seguro-saúde
347. Raios X 401. Semiaberto
348. Raio ultravioleta 402. Semiacabado
349. Recém-admitido 403. Semianalfabeto
350. Recém-casado 404. Semiautomático
351. Recém-chegado 405. Semicircular
352. Recém-fabricado 406. Semiespecializado
353. Recém-formado 407. Semifinal
354. Recém-nascido 408. Semi-imputável
355. Recorde /ó/ 409. Semi-internato
356. Redator-chefe 410. Semimanufaturado
357. Reedição 411. Semitotal
358. Reedificar 412. Semiúmido
359. Reeducar 413. Sobressalente
360. Reeleger 414. Socioeconômico
361. Reembolsar 415. Sócio-gerente
362. Reempossar 416. Subchefe
363. Reempregar 417. Subdelegado
364. Reencontrar 418. Subemprego
365. Reengenharia 419. Subentender
366. Reentrar 420. Subestação
367. Reenviar 421. Subfunção
368. Reequipar 422. Subgrupo
369. Reerguer 423. Subitem
370. Reescrever 424. Suboficial
5
425. Subprefeitura U
426. Subproduto 448. Ultra-aquecido
427. Sub-região 449. Ultraconservador
428. Sub-rogado 450. Ultrassecreto
429. Subscrever 451. Ultrassom
430. Subscrição V
431. Subsecretário 452. Vale-refeição
432. Subsequente 453. Vale-transporte
433. Subserviência 454. Vice-campeão
434. Substabelecer 455. Vice-diretor
435. Subtítulo 456. Vice-governador
436. Subumano 457. Vice-líder
437. Superaquecimento 458. Vice-prefeito
438. Superestimar 459. Vice-presidente
439. Superfaturar 460. Vice-versa
440. Superintendência 461. Videoconferência
441. Supersafra 462. Viva-voz
442. Supersistema X
443. Surdo-mudo 463. Xérox/Xerox
T Z
444. Tíquete-refeição 464. Zero-quilômetro
445. Tíquete-restaurante
446. Toalete
447. Tríplex/Triplex

BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, José Eliézer de. Português Indispensável. 16ed. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 2010.
BOTELHO, Joaquim Maria. Redação Empresarial sem mistérios. São Paulo: Editora
Gente, 2010.
EMEDIATO, Wander. A Fórmula do Texto. Redação, Argumentação e Leitura.São
Paulo: Geração Ed., 2010.
MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Brasília. 2002
MARTINS, Délia S. & ZILBERKNOP, Lúbia S. Português Instrumental. 29ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11ed. São Paulo: Globo, 2003.
VAL, Maria da Graça C. Redação e Textualidade. 2ed. São Paulo: Martins Fontes,
1999.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro:
Lucerna, 1999.
CARVALHO, José Augusto. Gramática Superior da Língua Portuguesa. 2ed.
Brasília: Thesaurus, 2014.
CUNHA, Celso; LINDLEY, Luís. Nova gramática do português contemporâneo. 2.
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
INFANTE, Ulisses. Curso de Gramática Aplicada aos textos. 5. ed. São Paulo:
Scipione, 1999.
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. Gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro:
José Olympio, 1999.
VALENÇA, Ana; CARDOSO, Denise Porto; MACHADO, Sônia Maria. Roteiro de
Redação: Lendo e Argumentando. São Paulo: Scipione, 1998.
6

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