1) O documento discute o trabalho do sociólogo Émile Durkheim e seu livro "As Regras do Método Sociológico". 2) Durkheim desenvolveu uma metodologia única para a nova ciência da sociologia, defendendo que os fatos sociais devem ser estudados de forma objetiva, como coisas externas aos indivíduos. 3) Ele argumenta que a sociedade exerce coerção sobre os indivíduos através da educação e da consciência coletiva.
1) O documento discute o trabalho do sociólogo Émile Durkheim e seu livro "As Regras do Método Sociológico". 2) Durkheim desenvolveu uma metodologia única para a nova ciência da sociologia, defendendo que os fatos sociais devem ser estudados de forma objetiva, como coisas externas aos indivíduos. 3) Ele argumenta que a sociedade exerce coerção sobre os indivíduos através da educação e da consciência coletiva.
1) O documento discute o trabalho do sociólogo Émile Durkheim e seu livro "As Regras do Método Sociológico". 2) Durkheim desenvolveu uma metodologia única para a nova ciência da sociologia, defendendo que os fatos sociais devem ser estudados de forma objetiva, como coisas externas aos indivíduos. 3) Ele argumenta que a sociedade exerce coerção sobre os indivíduos através da educação e da consciência coletiva.
1) O documento discute o trabalho do sociólogo Émile Durkheim e seu livro "As Regras do Método Sociológico". 2) Durkheim desenvolveu uma metodologia única para a nova ciência da sociologia, defendendo que os fatos sociais devem ser estudados de forma objetiva, como coisas externas aos indivíduos. 3) Ele argumenta que a sociedade exerce coerção sobre os indivíduos através da educação e da consciência coletiva.
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Universidade Federal do Paraná
Curso: Ciências Econômicas
Disciplina: Introdução às Ciências Sociais Docente: Cauê Gomes Flor Discente: Jakeline Silva, Jean Nassif, João Gabriel Farias Nascimento, João Pedro Corá Canto Turma: N 1º período
- DURKHEIM, Émile. “As Regras do Método Sociológico”
Houve o período de 1871 a 1914, denominado de “Belle Époque”, conhecido
por ser um intervalo de tempo na Europa de relativa paz, desencadeou uma procura de informação intelectual incessante, após diversos movimentos revolucionários da França, período no qual o sociólogo francês estabelece suas principais obras. Assim sendo, para entender Durkheim é necessário avaliar o contexto no qual a sociedade da época estava inserida. Desse modo, o autor buscou desenvolver uma inédita metodologia única para o novo campo da ciência chamado sociologia. A essência de seu primeiro passo foi de que a ciência da sociedade deveria procurar nas entrelinhas, ir além da opinião do senso comum, dos preconceitos tradicionais, “pois o objeto de toda ciência é fazer descobertas e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões aceitas”. Conforme a ideia desenvolve-se, advém uma elementar norma e percepção: o cientista social não pode se deixar intimidar pelo desfecho de sua pesquisa, contanto que ela seja conduzida metodicamente, tendo sempre em consideração que “maneiras de pensar mais costumeiras são antes contrárias do que favoráveis ao estudo científico dos fenômenos sociais”. Durkheim expõe que o indivíduo é fruto da sociedade e está preso a essa mesma sociedade, isto é, o indivíduo como um todo é definido pela sociedade, assim como seus pensamentos, ideias, concepções, padrões e valores. No prefácio da primeira edição, o autor elucida, ainda, que seu objetivo é ampliar o racionalismo científico à conduta humana, já na segunda edição, utiliza o prefácio para defender-se da resistência dos leitores. O autor reconhece o conservadorismo de seu método, “considera os fatos sociais como coisas cuja natureza (...) não é modificável à vontade”, rebatendo, assim, críticas de pensadores que se utilizam das revoluções para “transformar” o mundo. Para a sua força coercitiva, o fato social emprega duas formas: a força jurídica e a força moral, as quais não são leis, no entanto, a sociedade acaba adotando essas regras a um costume, a um padrão cultural ou a uma questão religiosa. Isto posto, a sociedade impõe sobre o indivíduo, a partir desses elementos, um padrão de comportamento. Para Durkheim, uma sociedade sempre carrega fatos que são designados. Todo indivíduo executa suas funções básicas (comer, beber, dormir), e a sociedade se interessa que essas atividades sejam realizadas regularmente. Cada indivíduo quando nasce, já está exposto a uma força já pré-existente, fazendo com que cumpra os deveres de seu papel na sociedade que já foram pré-definidos por essas forças que agem sobre o indivíduo, resultando na reprodução de uma forma de pensar que foi disponibilizada pelo o convívio coletivo. O conceito de fato social é apresentado no primeiro capítulo do livro por meio de exemplos, como “toda maneira de fazer sentir, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, ou ainda toda maneira de fazer que é geral na extensão de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo, possui uma existência própria, independentemente de suas manifestações individuais”. O sociólogo chegou a esse entendimento observando a dificuldade de resistência e superação de um fato social e a coercitiva influência da consciência pública, causada pela repressão, e define um ambiente de investigação para a sociologia único, visto que o fato social se situa fora do indivíduo. O autor elabora a análise de como a educação é um dos fatores importantes para a coerção do indivíduo com uma função de transformação social se difundindo na consciência coletiva. Adverte, porém, que “um fenômeno só pode ser coletivo se for (...) geral”. Ser geral, segundo Durkheim é ser “comum a maior parte dos membros da sociedade”. Ainda, o autor evidencia que a ação individual no processo social tem espaço em sua teoria. Deste modo, o sociólogo coloca a sociedade como antecessora ao individuo, ou seja, reforça o ideal de que a sociedade é mais que a soma das consciências individuais de seus pertencentes, pois a consciência coletiva herdada de gerações passadas e a interação com outros indivíduos, propicia o estado de consciência coletiva presente, que de determinada maneira é acordado inconscientemente pelos indivíduos. Outro aspecto fundamental para transformação social apontado por Durkheim, concentra-se no estado patológico de uma determinada sociedade, assim postulando o crime como algo inerente a evolução da moral e justiça. Portanto este fenômeno corrobora a coercitividade do cidadão, utilizando-se de ações punitivas para construir caminhos morais e evoluindo a consciência coletiva. Após a afirmação do fato social, o sociólogo define regras relativas à sua observação. Os fatos sociais devem ser considerados como coisa, conforme a primeira e essencial regra de Durkheim, tendo em vista que assim a ciência seja objetiva e direta. “Jamais tomar por objeto de pesquisas senão um grupo de fenômenos previamente definidos por certos caracteres exteriores que lhe são comuns, e compreender na mesma pesquisa todos os que correspondem a essa definição”. Na pretensão da caracterização da conduta correta do cientista social, o autor realiza duas considerações fundamentais: “as partes variáveis do senso moral não são menos fundadas na natureza das coisas do que as partes imutáveis; as variáveis pelas quais as primeiras passaram testemunham apenas que as próprias coisas variavam” e que a concepção do senso comum não é inutilizável à ciência, conquanto, sirva somente como indicador da existência de um fenômeno social. Segundo a definição do próprio autor, “quando, portanto, o sociológico empreende a exploração uma ordem qualquer de fatos sociais, ele deve esforçar-se em considerá-los por um lado em que estes se apresentam isolados de suas manifestações individuais”. Onde o mesmo utiliza como exemplo comparativo, a própria natureza para estabelecer seu pensamento sociológico. Representando preceitos das ciências biológicas para construir um pilar de individualidade social, pois assim como não é possível mensurar os mesmos resultados para espécies distintas, o aspecto social também deve ser estudado levando em consideração as singularidades pertencentes a cada um, “Qualquer fenômeno sociológico, como, aliás, qualquer fenômeno biológico, é susceptível de revestir formas diferentes segundo os casos”. Concluindo, é evidente que, independente da filosofia, há a necessidade de a sociologia existir. “Independentemente da filosofia. (...) tudo que ela pede que lhe concedam é que o princípio de causalidade se aplique aos fenômenos sociais. (...) A sociologia, portanto, não é o anexo de nenhuma outra ciência; ela própria é uma ciência distinta e autônoma, mesmo que venha a se tornar menos popular, e o sentimento a especificidade da realidade social é inclusive tão necessário ao sociólogo, que somente uma cultura especificamente sociológica é capaz de prepará-lo para a compreensão dos fatos sociais”. Émile Durkheim anteviu que sua metodologia seria superada em pouco tempo. Supunha que ele ficou encarregado de conceber as regras iniciais para a percepção da sociedade por uma ciência recém-criada. No momento, “As regras do método sociológico” ainda se mantém como uma das mais importante às ciências sociais contemporâneas.