Resenha Critica 2
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RESENHA CRÍTICA
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. In: Dois tratados sobre o governo civil.
Rio de Janeiro: Editora Vozes, 103 p., 1994. (Cap. I a X)
John Locke (1632-1704) foi um filósofo que nasceu na Inglaterra durante o século
XVII, estudou e lecionou na Universidade de Oxford sendo um dos precursores da filosofia
do empirismo inglês e um dos precursores na área da política do liberalismo. Em uma de suas
principais obras, "Segundo Tratado Sobre o Governo Civil", o autor aborda os conceitos de
estado de natureza, liberdade, propriedade privada, além da ideia de submissão dos homens
através de leis comuns a todos.
No Segundo Tratado Sobre o Governo Civil, mais especificamente do capítulo I ao X,
Locke irá tratar sobre os aspectos políticos importantes para a análise da submissão do
homem à lei e a liberdade do mesmo. No primeiro capítulo o autor continua a análise do
ensaio anterior (o primeiro tratado) e também disserta sobre o que ele considera que seria
poder político. Logo em seguida, apresenta no segundo capítulo o estado de natureza que seria
para Locke um estado de liberdade natural dos homens, em que estariam todos sujeitos à
mesma igualdade e bens, estando eles livres e com suas necessidades supridas, se
encontrariam em um estado de paz entre si.
Em continuidade, Locke faz uma quebra desse estado de natureza e apresenta o
conceito de estado de guerra, um estado de total rivalidade entre os homens em que há uma
sobreposição de poder de um sobre o outro e, segundo o autor, quando uma pessoa perde a
liberdade, perde também a garantia de propriedade e vida. A saída desse estado de guerra, se
dá por um pacto entre os homens que levará à formação da sociedade civil, em que se abre
mão das inconveniências do estado de natureza e da autopreservação de sua propriedade
privada e coloca-se seu poder nas mãos de um corpo político. Esse corpo político, segundo o
filósofo, seria instaurado através de leis comuns a todos na sociedade e estas seriam criadas
através de dois poderes: o legislativo que as elaborariam e o executivo que as aplicariam.
Em seguida, o autor apresenta um de seus principais conceitos e que fundamenta as
ideias essenciais da primeira geração de liberais, a propriedade privada. Locke a define como
tudo aquilo que for retirado da terra em seu estado natural e o homem a torne produtiva
através do emprego de seu trabalho, passando assim a pertencer ao indivíduo. O teórico ainda
ressalta que a propriedade é limitada pela extensão do trabalho do homem, não podendo ele
ter mais do que possa produzir e utilizar.
Partindo para o contexto das RI´s, Locke torna-se importante ao ir contra a monarquia
absoluta e defender a parlamentar, enfatizando a divisão de poder político dando um contexto
mais democrático e, com isso garantir a liberdade de seus cidadãos permitindo que os homens
tenham sua felicidade sem que o Estado intervenha, influenciando assim na constituição dos
estados nacionais atuais. Entretanto, a equivalência que o autor faz entre vida, bens e
propriedade é problemática quando inserida em contextos como o atual de pandemia, no qual
essa equivalência faz com que os bens sejam mais valorizados do que a vida.
MILL, Stuart. Introdução. In: Sobre a liberdade. Editora Hedra, 2017
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Explicações dadas em aula da matéria de Ciência Política, ministrada pelos professores Prof.
Suzeley Kalil e Cristian Valdivieso nos dias 17 de dez. de 2020 e 14 de jan. de 2021.
FRAZÃO, Dilva. Biografia de John Stuat Mill. Ebiografia, 2020. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/john_stuart_mill/>. Acesso em: 01 de fev. de 2021.
JACKSON, Robert; SØRENSEN, Georg. Introdução às Relações Internacionais: teorias e
abordagens. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2018. 479 p. Tradução de Bárbara Duarte e Carlos
Alberto Medeiros.
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. In: Dois tratados sobre o governo civil.
Rio de Janeiro: Editora Vozes, 103 p., 1994. (Cap. I a X.)
MILL, Stuart. Introdução. In: Sobre a liberdade. Editora Hedra, 2017