MD Edumte Ii 2012 10
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LIDIANE PACAGNAM
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
MEDIANEIRA
2013
LIDIANE PACAGNAM
MEDIANEIRA
2013
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Especialização em Educação: Métodos e Técnicas de
Ensino
TERMO DE APROVAÇÃO
Titulo da Monografia
Por
Lidiane Pacagnam
______________________________________
Prof. Me. Ricardo dos Santos
UTFPR – Câmpus Medianeira
(orientador)
____________________________________
Profa. M. Sc Priscila Pigatto Gasparin
UTFPR – Câmpus Medianeira
_________________________________________
Profa. M.Sc. Neuza Idick Scherpinski
UTFPR – Câmpus Medianeira
Dedico á Deus, á minha mãe, ao meu
esposo Ueliton, ao meu filho Joao Vitor,
que me apoiaram durante a realização
dessa pesquisa.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho teve como temática estudar o jogo como estimulação para o
desenvolvimento da criança na educação infantil. Este trabalho se justifica pela
necessidade de conhecer os benefícios e a importância que a estimulação através
dos jogos na educação infantil, tanto para o seu desenvolvimento quanto para a sua
aprendizagem nessa faixa etária. Sendo viável, portanto responder as dúvidas que
os professores da educação infantil carregam á respeito do tema. Nesse sentido
esse trabalho faz-se importante tanto para os alunos, quanto para os professores,
pois através dos jogos e das possíveis trocas de experiências realizadas em sala de
aula, terá um crescimento pessoal, cognitivo e afetivo, estimulando dessa forma o
desenvolvimento infantil. Tendo ainda como objetivo analisar os benefícios
causados através da aplicação de jogos na estimulação do desenvolvimento e da
aprendizagem das crianças. Para iniciar este trabalho será realizado um
levantamento bibliográfico a respeito desse tema, buscando assim refletir as dúvidas
existentes entre os professores da educação infantil, ampliando ainda o
conhecimento sobre os benefícios que a estimulação através dos jogos traz para o
desenvolvimento infantil e a aprendizagem das crianças. Sendo também realizada
uma pesquisa de campo de cunho qualitativo, para que se possa observar de forma
direta a prática dos jogos, analisando o desenvolvimento e a aprendizagem dos
alunos da educação infantil. A presente pesquisa se pautou também com a
aplicação de questionários.
PACAGNAM, Lidiane. The game as stimulation for the development of the child in
early childhood education. 2013. 68 p. Monografia (Especialização em Educação:
Métodos e Técnicas de Ensino). Univerdidade Tecnologica Federal do Paraná,
Medianeira, 2013.
This work was to study the game theme as stimulation for the child´s development in
the early childhood education. This study is justified by the need to know the benefits
and the importance that the stimulation through gaming in early childhood education,
both for their development as well as for their learning in this age group. Being viable,
therefore, answers the questions that the teachers of early childhood education carry
about the theme. In this sense, this work is important both for the students, as well as
for the teachers, because through the games and the possible experiences
exchanges in the classroom, there will have a personal growth, cognitive and
affective stimulating the child development. It also has the objective to analyze the
benefits caused by the application of games in stimulating the development and
learning of children. To start up this work, it will be carried out a bibliographic survey
that portrays this regarding theme, thus seeking for reflecting the existing doubts
among teachers of early childhood education, expanding further the knowledge about
the benefits that the stimulation through the games brings to the child development
and learning of the children. It is also conducted a field survey of qualitative nature,
so that we can observe in a direct way the practice of games, analyzing the
development and learning of students of early childhood education. The present
research was also guided with the application of questionnaires.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13
2.1 BREVE HISTÓRICO E CONCEITOS DE JOGOS .............................................. 13
2.2 O JOGO E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL.................................................. 17
2.2.1 O jogo sobre a concepção de Jean Piaget ....................................................... 20
2.2.2 O jogo sobre a concepção de Lev Semynovitch Vygotski ................................ 24
2.2.3 O jogo sobre a concepção de Froebel ............................................................. 26
2.2.4 O brincar, a brincadeira e o brinquedo na educação infantil ............................ 29
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA ..................................... 38
3.1 LOCAL DA PESQUISA ....................................................................................... 38
3.2 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 38
3.3 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS DE DADOS ........................................ 39
3.4 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................... 41
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÃO.............................................................. 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61
APÊNDICE(S) .......................................................................................................... 64
11
INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
A teoria do recreio, de Shiller (1875) , que preconiza que o jogo serve para
recrear-se, isto é, que sua finalidade intrínseca é o recreio; a teoria do
descanso, de Lazarus (1883) , em que o jogo é visto como atividade que
serve para descansar e para restabelecer as energias consumidas em
atividades serias ou uteis; a teoria do excesso de energia, de Spencer
(1887), que observou o jogo dos animais e concluiu que o jogo tem como
função a descarga da energia excedente;
14
momento perderia seu sentido, se tornando mais uma obrigação, a qual a criança é
submetida em sala de aula.
Kishimoto (1997, p. 13) afirma que tentar definir o jogo não é fácil, pois
“Quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente.
Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou
amarelinha, xadrez, advinha, contar estórias, brincar de mamãe e filhinha, futebol,
[...]”, ao analisarmos essa citação podemos compreender porque o autor afirma que
não é fácil definir o jogo para ele, pois há uma complexidade entre os jogos, suas
regras, formas de jogar.
Negrine (1994, p. 9) apresenta a definição para jogo conforme os
dicionários, da seguinte maneira “se origina do vocábulo latino “iocus”, que significa
diversão, brincadeira. Em alguns dicionários aparece como sendo a atividade lúdica
com um fim em si mesma, embora ocasionalmente possa se realizar por motivo
extrínseco”.
Para o autor acima, após analisar a literatura pertinente pode-se afirmar que
“o jogo apresenta significados distintos, uma vez que pode significar desde os
movimentos que a criança realiza nos primeiros anos de vida agitando os objetos
que estão ao seu alcance, até atividades mais ou menos complexas”.
Para Bonamigo e Kude (1991, p.31) o jogo tem a seguinte definição:
Froebel (s/d) apud, (Negrine, 1994, p. 18) reconheceu o valor dos jogos em
atividades espontâneas, “uma vez que favorece o desenvolvimento cerebral e
contribui para a formação do caráter”, enquanto pedagogo sua contribuição consiste
em relacionar o jogo e o desenvolvimento.
Para Vygotsky (1988, 1987, 1982) apud, (Kishimoto, 1997, p. 32) “os
processos psicológicos são construídos a partir de junções do contexto sócio-
cultural”, para esse autor, o jogo infantil é o resultado de processos histórico-sociais,
pois esses processos interferem no pensamento do ser humano, ainda Kishimoto
(1997, p. 33) afirma que “dessa forma toda a conduta do ser humano, incluindo suas
brincadeiras, é construída como resultado de processos sociais”.
Conforme Brougère (1998, p. 54) faz-se as seguintes afirmações a respeito
dos jogos:
Vygotsky (s/d) apud, (Negrine, 1994, p. 18) “concorda com a tese de que o
jogo facilita o desenvolvimento da imaginação e da criatividade, mas destaca que a
imaginação nasce no jogo; para ele, antes do aparecimento do jogo não há
imaginação”, portanto, é através dos jogos que a criança adquiri a imaginação,
sendo importante para o seu desenvolvimento infantil.
Nesse sentido Goraigordobil (s/d) apud, (Negrine, 1994, p. 19) destaca as
contribuições do jogo no desenvolvimento integral:
escolinha, etc.) começa a ter lugar”, portanto pouco a pouco a criança vai
dramatizando seu cotidiano, ao imitar a professora em sala de aula por exemplo.
Esse tipo de jogo para Piaget surge na criança quando seu pensamento é
capaz de fazer representações sendo entre os dois e seis anos de idade.
Piaget (s/d) apud, (Wadswcrth, 1992, p. 53) “nos assegura que a natureza
livre do jogo simbólico tem um valor essencialmente funcional e não é uma simples
diversão”.
Nesse sentido Piaget e Inhelder (1969, p. 61) apud, (Wadswcrth, 1992, p.
53):
No jogo simbólico esta assimilação sistemática toma a forma de uso
particular da função semiótica (simbólica) – a saber. A criação de símbolos
livres no sentido de expressar tudo que, na experiência da vida infantil. não
pode ser formulado e assimilado por meio da linguagem apenas.
Piaget (s/d) apud, (Taille, Oliveira e Dantas, 1992, p. 49) afirma ainda que a
evolução da pratica e da consciência de regras podem ser dividas em três etapas
sendo elas: etapa de anomia, está é a primeira compreendendo as crianças na faixa
etária de cinco a seis anos de idade, não conseguem seguir regras coletivas, a
segunda etapa é a heteronomia, nessa fase a criança tem interesse em participar de
atividade coletiva e com regras, tendo ainda duas características para essa fase, a
primeira refere-se a interpretação da origem da regra e se modem modifica-la ao
decorrer do jogo.
E a outra característica a criança ainda se mostra bastante liberal no sentido
da aplicação das regras podendo introduzir uma regra nova ao jogo a qualquer
momento, sem consultar o adversário, e ao final do jogo pode-se ainda ouvir da
criança que todo mundo ganhou.
A última fase é a autonomia tem característica oposta à fase heteronomia,
pois corresponde ao pensamento adulto de jogo.
Na primeira etapa a anomia Piaget (s/d) analisa que as crianças de cinco,
seis anos não conseguem seguir as regras coletivas, para jogarem, na segunda
etapa por ele denominada como heteronomia, aparece o interesse em jogar em
atividades com regras e coletivas, sendo crianças da fixa etária de nove, dez anos,
porém podem introduzir alguma regra que lhe beneficia durante o jogo, faz suas
próprias interpretações á respeito da origem daquele jogo, além de que no final da
24
partida podemos escutar que todos ganharam e por último a fase da autonomia, que
tem características diferentes da anterior, correspondendo à fase adulta do jogo.
Para Vygotsky (s/d) apud (Picielli, 2007, p.7) através dos jogos as
crianças imitam ações reais do seu cotidiano, não realizando apenas ações sobre os
objetos, portanto ele valoriza o fator social, demonstrado durante o jogo pela criança
em uma situação imaginaria criada a partir do seu meio e das suas comunicações.
Vygotsky (1988) apud, (Picelli, 2007, p. 7) afirma que:
assume uma direção que vai do social para o individual, sendo desse modo,
internalizado mediante um processo em que aspectos cognitivos e afetivos
encontram-se entrelaçados”.
Portanto a criança aprende através de estímulos do meio, da sociedade que
convive para o aspecto individual, ou seja, para construção do próprio
conhecimento.
Segundo Vygotsky (1966) apud, (Rosamilha, 1979, p. 83) no estagio do
desenvolvimento infantil por volta dos três anos, “o brinquedo é essencialmente uma
expressão generalizada de afeto, uma expressão de seus desejos e necessidades
que se estruturam já nos meses anteriores, pelo contato com outras pessoas”,
podemos entender que a criança utiliza da situação imaginária para brincar com
seus brinquedos.
Para Vygotsky (s/d) apud, (Batista, Furlanetto e Vale, 2010, p. 272) “da
mesma forma que uma situação imaginaria tem que conter regras de
comportamento, todo jogo com regras contem uma situação imaginaria”. Podemos
citar como exemplo o jogo de xadrez que se baseia em uma situação imaginaria,
para mover o cavalo, o rei, só podem ser movidas de maneiras especificas, sendo
determinados por uma situação imaginaria.
Vygotsky (s/d) apud, (Negrine, 1994, p. 45) faz as seguintes considerações a
respeito dos jogos:
Segundo Negrine (1994, p. 47) “para Vygotsky, o jogo da criança evolui, não
do jogo simbólico ao jogo de regras como pensa Piaget, mas do jogo de regras
ocultas ao jogo de regras manifestas”.
Em relação ao significado e ação no jogo Negrine (1994, p. 47) relata que
Vygotsky faz a seguinte atribuição, ele crê que a influência do jogo sobre a criança é
enorme, ao mesmo tempo em que acredita que jogar para uma criança menor de
três anos, em uma situação imaginaria seria totalmente impossível, portanto o jogo
influência no desenvolvimento das crianças, mas ao contrario de Piaget que acredita
26
no jogo simbólico que se inicia antes dos três anos, Vygotsky acredita que a criança
menor de três anos, não consegue jogar.
Froebel (2010, p.1) dava muita importância para as lendas, fabulas, historias
fadas, além disso:
Foi o primeiro educador a utilizar o brinquedo, como atividade, nas escolas;
as atividades e os desenhos que envolvem movimento e os ritmos eram
muito importantes. Para a criança passar a se conhecer, o primeiro passo
seria chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois
chegar aos movimentos das partes do corpo.
Os blocos de construção, chamados de materiais específicos, eram usados
pelas crianças nas suas atividades criadoras. Se trabalhava com outros
tipos de materiais, como: papel, papelão, argila e serragem.
Portanto pode-se dizer que quando a criança esta brincando, ela esta se
desenvolvendo mais, do que quando nos professores utilizamos qualquer outro
recurso em sala de aula, nesse sentido é vital para o seu pleno desenvolvimento.
Segundo Maluf (2003, p.21) apud, (Picelli, 2007, p. 4) “brincar é a tarefa do
dia a dia que nem os pais nem os professores conseguem transmitir”, ou seja, é uma
atividade espontânea da criança.
Conforme Picelli (2007) brincar é uma necessidade básica das crianças,
auxiliando em seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois através
30
Para Grassi (2008, p. 99) “enquanto brinca e joga, a criança age, sente,
pensa, aprende, desenvolve-se, aplica esquemas mentais à realidade circundante,
aprende assimila e constrói sua realidade, reproduz vivencias, transforma o real
segundo necessidades e desejos”.
Ainda conforme a autora acima (2008, p.110) “brincar, pois, é de suma
importância para o desenvolvimento do sujeito e possibilita que este se processe de
maneira saudável e harmoniosa”, ou seja, brincando a criança esta sem perceber
criando sua aprendizagem e se desenvolvendo diante do novo.
Pode-se dizer que enquanto a criança está brincando ela esta formando o
seu próprio conhecimento de forma global, pois ela tem que imaginar, criar uma
situação para poder dar continuidade a sua brincadeira e não de forma fragmentada,
ou seja em partes separadas e impostas pelos professores, para Grassi (2008, p.
116):
Facci (2006, 15) afirma que “na brincadeira, na atividade lúdica, ela pode
realizar essa ação e resolver a contradição entre a necessidade de agir, de um lado,
e a impossibilidade de executar as operações exigidas pela ação, de outro”.
Conforme Grassi (2008, p. 103):
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.
.
Podendo ainda ser observado que alguns grupos apresentavam uma
dificuldade maior, demorando um pouco mais para desenvolver a atividade e foi no
grupo de menor idade que pode ser analisado que para desenvolverem a mesma
atividade dos maiores, necessitavam de auxilio da educadora presente, para
conseguirem realizar a atividade proposta, sendo assim a mesma auxiliou falando
44
para eles qual a cor é igual para encaixar aqui, quando a criança pegava uma peça
errada ela perguntava será que é essa?
Tem a cor igual, é a continuidade do desenho, desenvolvendo dessa forma
seu conhecimento a respeito das cores, formas, que naquele momento não estavam
conseguindo analisar, mas após algum tempo pode ser observado que eles já
estavam procurando encaixar as peças com a cor igual e com a continuidade do
desenho, mas também pode se perceber que esse tipo de jogo quase não é
trabalhado com os alunos menores desse Centro Municipal de Educação Infantil.
Em conformidade com que foi descrito acima através dessa atividade pode
ser observado às crianças menores que tinham dificuldades em nomear as cores,
estavam aprendendo sem ao menos perceber, falavam esse é verde é igual esse
outro verde, estavam nesse momento construindo o seu próprio conhecimento
pedagógico em relação às cores que antes apresentavam dificuldades.
Ao conseguirem realizar o jogo de quebra – cabeça todos os educandos
ficavam alegres e se cumprimentavam, se abraçando e chamando a educadora para
ver que conseguiram realizar a atividade, desenvolvendo dessa forma além do
social, a afetividade entre os alunos, os jogos também foram trocados entre os
grupos, em todos os momentos pode ser observado que os educandos estavam
motivados e se socializavam melhor através do jogo.
Outro jogo desenvolvido foi o jogo de tira alvo pode ser observado que as
crianças lançavam de varias formas diferentes, umas por cima, outras por baixo e
rasteiro, tentando acertar de qualquer maneira o alvo, após varias tentativas
conseguiram acertar o alvo, podendo perceber nesse momento o desenvolvimento
de a sua coordenação motora em conformidade Santomauro (2013) afirma “Uma
opção interessante são os jogos de alvo, como boliche, bilhar, bola de gude e
argola. Eles favorecem a estruturação do espaço, já que exigem conseguir acertar a
mira ajustando a força à distância”.
Nesse jogo de tira alvo teve algumas crianças que tiveram a idéia de se
aproximar mais do alvo para jogar a bolinha, desrespeitando a regra, neste sentido
faz se importante ressaltar, que conforme Grassi (2008, p. 74) os “valores, normas,
regras e noções de ética estão presentes no ato de jogar e o educador pode
aproveitar as situações que vão surgindo para discutir com os jogadores tais
elementos”.
45
Através desse gráfico pode-se verificar que a maioria dos alunos optou na
realização da atividade em jogar rasteiro, quatro alunos optou em jogar por cima,
quatro alunos por baixo e dois alunos se aproximaram do alvo para jogar.
No jogo da memória estava todos ansiosos, para começar e assim descobrir
quem iria ganhar, podendo observar durante a realização do jogo que algumas
crianças contavam onde estava à peça igual para o coleguinha, através desses
jogos eles começaram a compreender regras, melhorando ainda mais o seu
comportamento em sala de aula, pois estavam vivenciando na prática o que é regra,
pois, no seu dia a dia aparecem sem sentido algum, agora no jogo ela tem a
oportunidade de aprender o que é regra e porque são importantes para o nosso
convívio social.
47
alunos
rasteiro
por cima
por baixo
naquele momento, mas para elas havia um significado e um objetivo que era
conseguir alcançar a peteca primeiro para então joga-la para cima de novo, nesse
sentido ganhava quem pegasse mais a peteca, aqui pode ser analisado a questão
de competividade, pois todos queriam pegar para ganhar o jogo.
não há lugar para ele? Então surgiu a seguinte questão, como fazer para ele sentar
e continuarmos a brincadeira? Pensaram e então um respondeu pode sentar no meu
colo, resolvendo dessa forma o problema.
Após foi retirado outra cadeira ficando dois, sem sentar, desta vez um
sentou no colo como foi sugerido pelo amigo e o outro usou de sua criatividade para
sentar ao lado na mesma cadeira, foi sendo retiradas as cadeiras até sobrar
somente uma cadeira.
social enfim através dos jogos e das brincadeiras podemos obter o pleno
desenvolvimento infantil.
E em relação às propostas pedagógicas que os centros de educação
oferecem, a coordenadora respondeu que na proposta pedagógica a interação e a
brincadeira perpassam todos os eixos.
Macedo (2007, 31) afirma que “para as crianças, o brincar e o jogar são
modos de aprender e se desenvolver”.
No Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998, p. 19) encontra-se
a seguinte definição “jogos, as brincadeiras, a dança e a práticas esportivas revelam,
por seu lado a cultura corporal de cada grupo social, constituindo – se em atividades
privilegiadas nas quais o movimento é aprendido e significado”, portanto, através do
trabalho com jogos e brincadeiras o professor conseguira um melhor desempenho
de seus alunos na educação infantil.
A coordenadora acredita sim que o ato de brincar influência na
aprendizagem da criança, estando desta forma em conformidade com os autores
estudados nesse projeto de pesquisa, e segundo a coordenadora os conteúdos da
educação infantis são elaborados de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil em consonância com o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil.
Encontra – se ainda no Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil (1998, p. 29) que os conteúdos deverão:
são formadas em Pedagogia e não tem especialização, duas pretende fazer nesse
ano sua especialização.
Quanto ao tempo de serviço todas estão de 2 a 3 anos trabalhando com a
educação infantil sempre em centro de educação infantil.
Ao analisarmos as respostas a respeito da importância dos jogos e das
brincadeiras na educação infantil, temos as seguintes respostas, são à base da
construção de hipóteses, problemas, soluções e a concepção do lúdico-fantasia
diferenciando do real, ou seja, o faz de conta.
Através das brincadeiras que a criança se relaciona com o mundo e também
com as pessoas, com isso ela expõe o que sabe e aprende coisas novas.
Para Grassi (2008, p. 46):
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BATISTA, Cleide Vitor Mussini, Vale Maria Cristina Carreira. O Ludico nos Processos
Psicopedagógicos. Apostila esap – Instituto de Estudos Avançados e Pós-Graduação e
FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IVAÍ, PSICOPEDAGOGIA , abrangência
Institucional e Clinica, 2010.
CHOMBART, de Lauwe in: BONAMIGO, Euza Maria de Rezende. KUDE, Maria Moreira.
Brincar: Brincadeira ou Coisa Séria. Porto Alegre: Educação e Realidade Ediçoes: 1991.
MACEDO, Lino De. Artigo Brincar é mais que aprender. In: revista nova escola, educação
infantil pré-escola 4 e 5 anos, desenho: a turma vai se expressar com liberdade. Ed.
Especial n°15. Editora: Abril, agosto, 2007.
NEVES, Libéria Rodrigues e SANTIAGO, Ana Lydia B. O Uso dos Jogos Teatrais na
Educação. Possibilidade diante do fracasso escolar. 2 ed. Campinas S.P: Papirus, 2010.
SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol, Molina, Nilcemara Leal e Dias Vanda Fattori.
Orientações e dicas práticas para: TRABALHOS ACADEMICOS. Curitiba: Ibpex, 2007.
SOUZA, Rosa Fatima de. Escola e Curriculo. Curitiba: IESDE Brasil S.A, 2008.
TAILLE, Yves de. Oliveira, Marta Koul. Dantas, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon.
Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Editorial, 1992.
Vygotsky, Lev 1988, 1987, 1982, apud, KISHIMOTO, Tizuko Morchiba (ORG.). Jogo,
Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
APÊNDICE(S)
65
APÊNDICE A
INFORMAÇÕES DO QUESTIONÁRIO
NOME:---------------------------------------------------------------------------------------
ESCOLA:------------------------------------------------------------------------------------
FORMAÇÃO:----------------------------------CARGO:--------------------------------
( ) superior incompleto
( ) superior completo
( ) superior completo com especialização
( ) superior completo com mestrado.
( ) 2 á 3 anos
( ) 4 à 6 anos
( ) 6 à 9 anos
( ) 10 à 15 anos.
( ) nenhuma importância
( ) pouca
( ) regular
( ) muito
( ) extremamente importante.
66
APÊNDICE B
INFORMAÇÕES DO QUESTIONÁRIO
NOME:---------------------------------------------------------------------------------------
ESCOLA:------------------------------------------------------------------------------------
FORMAÇÃO:----------------------------------CARGO:--------------------------------
QUESTIONÁRIO
Este instrumento será aplicado pela a aluna Lidiane Pacagnam, visando
analisar as opiniões a respeito do tema: O JOGO COMO ESTIMULAÇAO
PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL, é
parte do CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MÉTODOS E TÉCNICAS DE
ENSINO promovido e realizado pela UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ – PÓLO de Goioerê.
Estando sob a SUPERVISÃO e ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR RICARDO
DOS SANTOS.
A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO obedecerá aos princípios da ética onde a
identidade do entrevistado e as informações obtidas estarão em sigilo bem
como só SERÁ UTILIZADO APENAS PARA ESTE FIM.
( ) superior incompleto
( ) superior completo
( ) superior completo com especialização
( ) superior completo com mestrado.
( ) 2 á 3 anos
( ) 4 à 6 anos
( ) 6 à 9 anos
( ) 10 à 15 anos.
6. Como é que você define o tema brincar, jogar e brinquedo na educação infantil?