Rigidez Cognitiva

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RIGIDEZ COGNITIVA

Rigidez cognitiva é a consequência da falta de flexibilidade mental. Pode


ser definida como a incapacidade para alterar a conduta ou opinião, quando
estas são ineficazes para alcançar seus objetivos.
O cérebro humano gosta de estabilidade e tenta evitar a instabilidade de
qualquer jeito. É possível que uma pessoa com um alto nível de rigidez
cognitiva, não ser capaz de resolver um problema diante uma situação
inusitada, ou até cotidiana, por exemplo: vai tomar café pela manhã e
percebe que está sem pó de café, então, substitui por chá, ou chocolate
quente, ou ainda, sai para comprar, ou tomar o café em um comercio, a
pessoa com rigidez cognitiva, não é capaz de fazer esta adaptação.
A flexibilidade cognitiva, como a linguagem ou as habilidades motoras, é
uma capacidade cognitiva que requer o uso de processos de
desenvolvimento e a maturação do cérebro. Geralmente, a flexibilidade
cognitiva está completamente desenvolvida quando temos 20 anos, após ser
treinada e usada desde o nascimento.
A flexibilidade cognitiva depende do lobo pré-frontal do cérebro, a
estrutura que leva mais tempo para madurar. Você já deve ter percebido
que as crianças são impacientes, não gostam das variações da rotina normal
e tendem a fazer birras. Todos esses comportamentos podem ser explicados
devido a uma flexibilidade mental fraca, pois é ainda o desenvolvimento da
etapa inicial e não está totalmente madura.
É muito comum encontrar rigidez cognitiva em vários transtornos, seja
porque afeta diretamente à flexibilidade cognitiva ou porque as funções
cerebrais usadas pela flexibilidade cognitiva foram alteradas.
A rigidez cognitiva ou uma flexibilidade cognitiva debilitada é, muitas
vezes, a característica de vários transtornos neuropsiquiátricos, como os
que padecem crianças com dificuldade para prestar atenção, pessoas que
sofreram algum tipo de trauma cerebral (acidente automobilístico, queda,
etc.), derrame ou transtornos complexos como o Transtorno do Déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH), Desordem Obsessiva-
Compulsiva (DOC), esquizofrenia, transtorno do espectro do
autismo (síndrome de Asperger e autismo), transtornos
alimentares (anorexia nervosa e bulimia nervosa) e pessoas
com dependências, entre muitas outras.
A terceira característica forte do autismo é a rigidez do pensamento. Isso
significa que a criança, possivelmente, apresentará sintomas relacionados
ao bloqueio de criatividade, falta de abstração e resistência para aceitar
mudanças.
Quando uma criança com autismo, demonstra a vontade de brincar da
mesma forma, de fazer tudo da mesma maneira, e a necessidade de um
controle muito grande da forma como tudo deve ser feito, o adulto tende a
querer “impor” limites, para que a criança aprenda que não pode fazer tudo
da forma que quer, o que acaba reforçando para esta criança, que realmente
não é bom brincar, ou interagir com os outros...
Então como devemos agir?
 O manejo dessas situações com crianças no espectro autista é diferente,
pois, existem atrasos na comunicação social, verbal e não-verbal,
dificuldades na compreensão dos efeitos que seus comportamentos causam
nas outras pessoas, dificuldade em habilidades sociais e rigidez
comportamental.
É necessário fazer com que a criança entenda aos poucos, é sempre muito
importante oralizar, falar, expressar de maneira clara o que está
acontecendo, lembrando que esta criança tem dificuldades em se
autorregular, é necessário, por exemplo deixar claro que entende o que a
criança está sentindo, mas, está na hora de mudar de atividade, por
exemplo...
Uma opção é “quebrar” o jogo em diversas atividades e partes menores.
Veja se tem todos os pré-requisitos que precisa para sentar e jogar.
Acostume a criança com cada uma das partes, desde o início da atividade.
Caso seja necessário, faça apenas uma fase do jogo durante uma semana
inteira. Quando ele tiver gostando, passe para a segunda fase e assim por
diante.
Dica de leitura: “O reizinho Autista” -

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