Atividade 1 Hiv
Atividade 1 Hiv
Atividade 1 Hiv
GUARANTÃ DO NORTE – MT
2021
Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia
I - Introdução
O HIV pertence à família Retroviridae, sub- -família Orthoretrovirinae, género
Lentivirus e ao sub-género dos Lentivírus dos Primatas. Existem dois tipos, o HIV-1 e o
HIV-2, e são ambos os agentes causais do síndroma da imunodeficiência adquirida.
A perturbação mais característica no sistema imunitário destes doentes é a
alteração, quantitativa e qualitativa, de linfócitos T CD4+ circulantes, que resulta no
aparecimento de uma marcada imunodeficiência (MIRANDA, 2003)
Com o agravamento progressivo desta imunodeficiência, o organismo diminui a
sua capacidade em produzir uma resposta imune eficaz, possibilitando o
desenvolvimento de infecções oportunistas e/ou neoplasias. Os principais alvos
atingidos são o aparelho respiratório, principalmente os pulmões, o sistema nervoso, o
aparelho digestivo, o sistema hemolinfopoiético, a pele e as mucosas (MIRANDA, 2003).
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é causada pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV) que provoca uma supressão do sistema imune e torna o
indivíduo susceptível a infecções oportunas que não tratadas levam o indivíduo ao óbito
(MELO BP, et al.,2016).
Desde 1996 começou um avanço das pesquisas clínicas e farmacológicas
surgindo a terapia antirretroviral altamente potente, um regime de tratamento para
diminuir a replicação viral e o progresso da infecção pelo HIV, podendo ser combinado
três ou mais antirretrovirais que atuam nas diferentes etapas da replicação viral. Esse
tratamento trouxe significativas melhoras na qualidade e na expectativa de vida das
pessoas vivendo com HIV/aids (FERNANDES NM, et al., 2016).
Entre os países em desenvolvimento o Brasil foi o primeiro a disponibilizar
gratuitamente pela rede pública de saúde medicamentos antirretrovirais. Sendo
considerado uma resposta de grande relevância frente a epidemia de aids envolvendo
as três grandes esferas de atenção à saúde prevenção, tratamento e respeito aos
direitos humanos, além de importante conscientização da população civil, considerado
como fator intrínseco para efetivação deste importante ganho (LAGO; COSTA, 2016).
A compreensão dos mecanismos iniciais da infecção primária é, fundamental para
que se possam desenvolver estratégias e terapêuticas adequadas que impeçam a
replicação do vírus e a sua disseminação. Além disso, o diagnóstico precoce dos
doentes permite que sejam tomadas medidas preventivas, com o intuito de evitar a
propagação do vírus a outros indivíduos da comunidade (LAGO; COSTA, 2016).
Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia
IV - Desenvolvimento
A infecção pelo HIV é uma infecção dita crónica/persistente uma vez que o
hospedeiro infectado é incapaz de eliminar o agente infeccioso. Após a exposição ao
HIV, e no caso de ocorrer infecção, o percurso patogénico desta infecção passa por três
etapas principais e sequenciais (DIAS et al., 2000).
A fase aguda, também conhecida como síndrome de soro conversão, a fase
assintomática e a fase sintomática. Sem interversões terapêuticas a mediana de
progressão da fase aguda até a fase sintomática é de aproximadamente 10 anos,
podendo variar entre seus portadores (DIAS et al., 2000).
Ela tem um quadro clinico que varia desde síndrome gripal até mononucleose-
símile, febre, astenia, faringite, mialgia, artralgia, cefaleia, dor retrorbicular e
linfadenopatia. Adenomegalias podem ser mais evidentes na segunda semana,
envolvendo gânglios axilares, occipitais e cervicais (MELO BP, et al., 2016).
Na fase assintomática os indivíduos infectados pelo HIV que nunca apresentaram
manifestações clinicas associadas à imunodeficiência causada pela infecção, onde as
avaliações laboratoriais iniciais devem fazer parte do hemograma, obtendo a contagem
de linfócitos Cluster of differentiation (CD4+) (FERNANDES NM, et al., 2016).
Já a fase sintomática pode ser dívida em precoce e tardia, a precoce caracteriza-
se pela ocorrência de manifestações que aparecem mais comuns naqueles com
imunodeficiência inicial, porem podem ocorrer em indivíduos imunocompetentes, e na
fase tardia ocorre de infecções e/ou neoplasias que raramente afetam indivíduos
imunocompetentes (DIAS et al., 2000). O diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV é
baseado no desenvolvimento de anticorpos anti-HIV após a exposição ao vírus.
Antes da realização da testagem para o HIV, é necessário realizar
aconselhamento pré e pós-teste, fornecendo informações acessíveis sobre alguns
aspectos tais como as formas de transmissão, significados dos resultados dos exames,
período de “janela imunológica”. É necessário sempre obter o consentimento do usuário
ou de seu responsável (LAGO; COSTA, 2016).
Os testes para detectar anticorpos anti-HIV podem ser classificados como:
ensaios de triagem, que são desenvolvidos para detectar todos os indivíduos infectados,
e ensaios confirmatórios, desenvolvidos para identificar os indivíduos que não estão
infectados, mas têm resultados reativos nos ensaios de triagem (LAGO; COSTA, 2016).
Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia
benefícios para o doente, uma vez que procura evitar que os danos irreversíveis que se
verificam durante essa fase da infecção ocorram.
Além disso, como a medicação faz diminuir a carga viral, a probabilidade de
transmissão é também menor. Os investimentos no desenvolvimento de vacinas
profiláticas e de novos fármacos são cruciais para travar esta epidemia. Enquanto estes
não aparecem, há que apostar nas medidas ao nosso alcance, nomeadamente na
difusão das medidas de prevenção.
VI - Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional
de DST e Aids. Recomendações para terapia antirretroviral em adultos e adolescentes
infectados pelo HIV 2007/2008 – Documento preliminar. Brasília: Ministério da Saúde;
2008.Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/recomendacao_terapia.pdf.Acesso em: 15
de nov.2021
DIAS, Jhony Oliveira et al. Principais sintomas e alterações imunológicas decorrentes
da infecção pelo vírus HIV:. Uma revisão bibliográfica, Revista Eletrônica Acervo Saúde, 2
fev. 2000.
FERNANDES, Nilo Martinez et al. Vulnerabilidade à infecção do HIV entre casais
soro discordantes no Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública 2016, [S. l.], p. 2-12, 24
nov. 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/GVSRWpx8Ly4MsJByYwdwBWp/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 nov. 2021.
LAGO, Regina Ferro do; COSTA, Nilson do Rosário. Comunidades de especialistas e
formação de interesses no programa de aids do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, [S. l.], p.
1479-1487, 6 dez. 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/3F9jhbKmXdzhtHKGRst53Mh/?lang=pt&format=pdf. Acesso
em: 27 out. 2021.
MELO, Bruno Pereira et al. RESPOSTAS AGUDAS DO EXERCÍCIO FÍSICO EM
PESSOAS INFECTADAS PELO HIV: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA, Rev Bras Med
Esporte, Vol.23, ed.2, 28out.2016.Disponível
em:https://www.scielo.br/j/rbme/a/bdrqxMmR6LL7vdb4w35TRsx/?lang=pt&format=pdf.
Acesso em: 15 nov. 2021.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria N° 34 de 28 de julho de 2005. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2005/prt0034_28_07_2005.html
Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia