Roteiro de Estudos Plano de Leitura
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DIREÇÃO: MÁRCIA HELENA PINHEIRO REIS OPE: CLAUDIA CAMPOS CORRÊA MARTINS
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSOR(A): ENEIDA DE FÁTIMA SANTA ROSA
ALUNO(A): _____________________________________ ___Série 3ª Turma_____DATA___/___/2014
ROTEIRO DE ESTUDOS PLANO DE LEITURA
CAPITÃES DA AREIA – JORGE AMADO
1- Qual a temática da obra em análise?
d) a oralidade e a linguagem popular conferem um ritmo dinâmico à obra e não prejudicam o seu teor
literário.
03. São as partes que formam (em seqüência) o livro “Capitães de Areia”:
04. Julgue colocando V para as proposições VERDADEIRAS e F para as FALSAS sobre o livro “Capitães
de Areia”.
( ) I. “Canção da Bahia, Canção da Liberdade” é a segunda parte da obra Capitães de Areia. Nela mostra-se
a desintegração dos líderes e,conseqüentemente o fim do grupo baiano.
( ) II. Pedro Bala é o herói da história, principalmente porque o narrador evidencia suas naturais
características de líder.
( ) III. Em “Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos” aparece a figura de Dora que consegue ser
a primeira “Capitã de Areia”.
( ) IV. A obra possui características do romance realista, como por exemplo, o homossexualismo.
( ) V. Querido de Deus tem esse nome, pois, o grupo queria que ele abençoasse o trapiche abandonado.
08. Marque apenas as proposições verdadeiras sobre o foco narrativo de Capitães de Areia.
Essas palavras foram com Pirulito pela rua. Um dia lindo, e o menino ia despreocupado,
assoviando um samba que lhe ensinara o Querido-de-Deus, recordando que o padre José Pedro prometera
tudo fazer para lhe conseguir um lugar no seminário. Padre José Pedro lhe dissera que toda aquela beleza
que caía envolvendo a terra e os homens era um presente de Deus e que era preciso agradecer a Deus.
Pirulito mirou o céu azul onde Deus devia estar e agradeceu num sorriso e pensou que Deus era realmente
bom. E pensando em Deus pensou também nos Capitães da Areia. Eles furtavam, brigavam nas ruas,
xingavam nomes, derrubavam negrinhas no areal, por vezes feriam com navalhas ou punhal homens e
polícias. Mas, no entanto, eram bons, uns eram amigos dos outros. Se faziam tudo aquilo é que não tinham
casa, nem pai, nem mãe, a vida deles era uma vida sem ter comida certa e dormindo num casarão quase sem
teto. Se não fizessem tudo aquilo morreriam de fome, porque eram raras as casas que davam de comer a um,
de vestir a outro. E nem toda a cidade poderia dar a todos. Pirulito pensou que todos estavam condenados ao
inferno. Pedro Bala não acreditava no inferno, Professor tampouco, riam dele. João Grande acreditava era
em Xangô, em Omolu, nos deuses dos negros que vieram da África. O Querido-de-Deus, que era um
pescador valente e um capoeirista sem igual, também acreditava neles, misturava-os com os santos dos
brancos que tinham vindo da Europa. O padre José Pedro dizia que aquilo era superstição, que era coisa
errada, mas que a culpa não era deles. Pirulito se entristeceu na beleza do dia. Estariam todos condenados ao
inferno? O inferno era um lugar de fogo eterno, era um lugar onde os condenados ardiam uma vida que
nunca acabava. E no inferno havia martírios desconhecidos mesmo na polícia, mesmo no reformatório de
menores. Pirulito vira há poucos dias um frade alemão que descrevia o inferno num sermão na Igreja da
Piedade. Nos bancos, homens e mulheres recebiam as palavras de fogo do frade como chicotadas no lombo.
O frade era vermelho e de seu rosto pingava o suor. Sua língua era atrapalhada e dela o inferno saía mais
terrível ainda, as labaredas lambendo os corpos que foram lindos na terra e se entregaram ao amor, as mãos
que foram ágeis e se entregaram ao furto, ao manejo do punhal e da navalha. Deus no sermão do frade era
justiceiro e castigador, não era o Deus dos dias lindos do padre José Pedro. Depois explicaram a Pirulito que
Deus era a suprema bondade, a suprema justiça. E Pirulito envolveu seu amor a Deus numa capa de temor a
Deus e agora vivia entre os dois sentimentos. Sua vida era uma vida desgraçada de menino abandonado e
por isso tinha que ser uma vida de pecado, de furtos quase diários, de mentiras nas portas das casas ricas.
Por isso na beleza do dia Pirulito mira o céu com os olhos crescidos de medo e pede perdão a Deus tão bom
(mas não tão justo também...) pelos seus pecados e os dos Capitães da Areia. Mesmo porque eles não tinham
culpa. A culpa era da vida...
AMADO, Jorge. Capitães da areia. 86. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 100-101.
10. No texto, o narrador relata momentos vividos por Pirulito, um dos integrantes do grupo “Capitães da
Areia”,
11. Leia.
Com base no fragmento “Por isso na beleza do dia Pirulito mira o céu com os olhos crescidos de medo e
pede perdão a Deus tão bom ( mas não tão justo também...)[...]” (linhas 37-38), é correto afirmar que
Pirulito
e) apela para a bondade de Deus, mesmo que não O considere um ser muito justo.
b) não se sentia realmente culpado, visto que era levado a seguir aquela vida de pecado.
c) sentia por Deus um grande amor, e isso era o bastante para salvá-lo.
d) deveria ser perdoado por não seguir a religião dos negros africanos.
a) analisar o efeito negativo dos princípios religiosos na vida das pessoas, sobretudo, as excluídas
socialmente.
b) criticar a pretensão dos menores infratores de merecerem a misericórdia de Deus e a salvação da alma.
c) mostrar a generosidade exemplar das pessoas que acolhem, sem restrição, os menores de rua.
d) denunciar os problemas vividos pelos meninos de rua, em decorrência de sua exclusão social.
e) condenar os desmandos dos menores infratores, que roubavam e não se intimidavam diante da polícia.
14. Acerca do comportamento do narrador no texto, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e
com F,
a(s) falsa(s):
( ) Considera o processo de exclusão social como elemento responsável pela delinqüência dos meninos de
rua.
A seqüência correta é:
15. Considerando o fragmento “ —Tá fazendo um dia lindo.” (linha 08), é correto afirmar:
b) A fala da personagem apresenta-se em discurso direto, caracterizado pelo registro da linguagem informal.
c) O uso da forma “Tá” é inadmissível em uma obra literária, que exige, obrigatoriamente, o nível formal da
linguagem.
d) O uso do discurso direto não tem nenhuma funcionalidade em um texto de natureza narrativa.
16. No texto, discutem-se questões relativas ao inferno e a Deus. Acerca desses elementos, identifique as
afirmativas corretas:
I. O inferno, segundo o frade, não estava reservado somente para aqueles que cometeram crimes com
violência.
II. O inferno é visto pelo frade como um lugar onde os sofrimentos eram bem maiores que os vividos na
terra.
III. O inferno, de acordo com o padre, destinava-se apenas àqueles que não seguiam a religião católica,
acreditando em Xangô.
IV. Deus, na perspectiva do frade e do padre, era visto, antes de tudo, como justiceiro, castigador.
17. Considerando a descrição do ambiente no fragmento “O sol deixava cair sobre as ruas uma claridade
macia, que não queimava, mas cujo calor acariciava como a mão de uma mulher.” (linhas 1-2), identifique
as afirmativas corretas:
II. A expressão “claridade macia” constitui uma sinestesia, assinalando o cruzamento de uma sensação
IV. A expressão “calor acariciava”, registrando a amenidade do sol de inverno, constitui uma hipérbole.
V. A expressão “como a mão de uma mulher” é um recurso comparativo, associando o carinho do calor
à suavidade feminina.
18. No texto, o narrador revela o que se passa no íntimo das personagens. Essa onisciência narrativa é
observada nos fragmentos:
I. “[...] e o menino ia despreocupado, [...] recordando que o padre José Pedro prometera tudo para lhe
conseguir um lugar no seminário.” (linhas 9-11)
II. “Padre José Pedro lhe dissera que toda aquela beleza que caía envolvendo a terra e os homens era um
presente de Deus [...]” (linhas 11-12)
III. “O padre José Pedro dizia que aquilo era superstição, que era coisa errada, [...]” ( linha 24)
IV. “Depois explicaram a Pirulito que Deus era a suprema bondade, a suprema justiça.” ( linhas 33-34)
V. “E Pirulito envolveu seu amor a Deus numa capa de temor a Deus e agora vivia entre os dois
sentimentos.” (linhas 34-35)
19. Capitães da Areia é uma obra modernista que integra, precisamente, o chamado ciclo do romance de 30.
Acerca dessa obra, identifique as afirmativas corretas:
I. O romance desenvolve uma temática regionalista, tendo a Bahia como cenário dos fatos narrados.
II. A obra caracteriza-se pelo tom documental, comprometida com a denúncia das injustiças sociais da
época.
III. Os fatos narrados não seguem uma ordem cronológica, como é comum ocorrer nas narrativas modernas.
IV. O autor denuncia a vida desamparada das crianças de rua, mesclando o lirismo e o tom seco da crítica
social.