Recuperação de Educação Física

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Recuperação de Educação

Física
A importância da atividade física na infância e adolescência
Desde o primeiro ano de vida a criança deve ser estimulada a fazer atividades físicas
recreativas diariamente, de preferência ao ar livre.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda ao menos 60 minutos diários,


não necessariamente contínuos, de atividade física de intensidade moderada a
vigorosa dos 5 aos 17 anos de idade. Brincar de pega-pega, pular amarelinha,
pedalar, jogar bola, nadar e pular corda são algumas das alternativas para as quais as
crianças podem ser direcionadas, de acordo com suas preferências. Já em relação às
aulas de dança, um estudo recente concluiu que sua prática isolada leva a atividade
física insuficiente.

A musculação deve ser feita com muita cautela e sob supervisão especializada antes
da menarca, nas meninas, e do estirão puberal no sexo masculino (14 a 16 anos)
devido ao risco de lesões na coluna e na placa epifisária (cartilagem de crescimento).

O uso de aparelhos eletrônicos deve ter horários pré-estabelecidos, limitados a duas


horas diárias (somados TV, computador e videogame). A eficácia de videogames
ativos como exercício ainda é controversa.

Tão nocivo quanto o sedentarismo, é o outro extremo conhecido como ¨síndrome de


overtraining¨. Buscando melhorar a performance, muitos adolescentes, às vezes
incentivados  pelos próprios pais, excedem sua capacidade física em
supertreinamentos e ficam sujeitos  a  lesões  e  estresse emocional.

O papel do pediatra na indicação da


atividade física na infância
A avaliação do pediatra nas consultas regulares de puericultura, em geral, é suficiente
para identificar patologias que possam restringir determinados tipos de exercícios.
Quando não há esse acompanhamento, uma avaliação prévia deve ser feita.

A identificação precoce de desvios posturais evita o agravamento de deformidades em


membros inferiores e na coluna.

A asma induzida pelo exercício pode ser controlada, por exemplo, com o uso contínuo
de inibidor de 15 a 30 minutos antes do exercício.

A criança com diabetes tipo 1 deve ter a glicemia monitorada após exercitar-se para
que possa se ajustar a dieta e a dose de insulina já que, enquanto que nas atividades
leves a moderadas existe o risco de hipoglicemia, nos exercícios vigorosos pode
ocorrer hiperglicemia, devido à liberação de catecolaminas (adrenalina e
noradrenalina).

Algumas cardiopatias limitam a prática de determinados esportes. Na “Diretriz em


Cardiologia do Esporte e do Exercício da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da
Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte” estão bem estabelecidas as restrições e
recomendações para cada tipo de patologia cardíaca.
O estímulo aos pacientes em exercitarem-se deve vir acompanhado de orientações
quanto a uma adequada nutrição, hidratação e fotoproteção e, quando for o caso, ao
uso de equipamentos de segurança, supervisão por profissional qualificado e métodos
de treinamento para prevenir sobrecargas.

Em relação à legislação médica, o pediatra tem autonomia para fornecer atestados de


saúde para práticas desportivas, ficando a seu critério a solicitação ou não de exames
complementares, sendo defendida por algumas sociedades médicas a realização de
eletrocardiograma pré-participação para detectar possíveis arritmias ou
miocardiopatias que possam passar despercebidas no exame físico. Contudo, um
parecer do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2013 instrui que sejam
encaminhados  ao  cardiologista os pacientes que pretendem fazer atividade
competitiva, com alterações diagnosticadas ou suspeitadas.

Enfim, a prática de atividade física desde a infância estimula a criação de hábitos de


vida saudáveis, reduz o risco de obesidade e de doenças como patologias
cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer, promove o
incremento da massa osteomuscular, auxilia no amadurecimento das habilidades
motoras e cognitivas, propicia interação social e benefícios psicológicos, gerando uma
ampla melhora na qualidade de vida.

1. Por que é importante fazer a atividade física?


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2. Por que a musculação em excesso é prejudicial à saúde?


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3. Quais os benefícios para a saúde da criança e do adolescente?


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