Eletrodinâmica
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica
15 e 16
Competências: 2, 5 e 6 Habilidades: 5, 17 e 21
ELETRÓNS
110
Essa convenção não foi alterada, pois, sob o ponto de vista No SI, a unidade da intensidade de corrente elétrica é o
do eletromagnetismo, o movimento de cargas negativas ampère, de símbolo A, em homenagem ao físico francês
em determinada direção é equivalente ao movimento de André-Marie Ampère (1775-1836).
cargas positivas na direção oposta.
A unidade de carga elétrica, o Coulomb (C), é definida a
O sentido da corrente elétrica é indicado, também por con- partir da equação anterior: Q = i ⋅ Dt. Em unidades:
venção, por uma flecha com a letra i.
ampère · segundo = coulomb
i i
BATERIA
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Assim, o valor absoluto da quantidade de carga elétrica Q
Fonte: Youtube
que atravessou a seção S é:
Física Total - Aula 61 - eletrod-
|Q| = n ⋅ |e| inâmica - corrente elétrica
111
para o ânodo e o cátodo, respectivamente. Esse efeito 2. Durante um intervalo de tempo ∆t = 16 s, uma quanti-
é aplicado na galvanização de metais (cromeação, dade de 2,0 · 1022 elétrons atravessou a seção transversal
de um condutor. Sendo e = 1,6 · 10–19 C o valor de carga
prateação, niquelação, etc.).
elétrica elementar, determine:
§ Efeito Magnético – quando um condutor é percorri- a) a carga elétrica que atravessa o condutor;
do por uma corrente elétrica e produz nas suas proxim- b) a intensidade média da corrente elétrica.
idades um campo magnético. Esse efeito é facilmente Resolução:
comprovado pela deflexão da agulha imantada de uma
a) Sendo |Q| = n ∙ e, obtém-se a carga elétrica:
bússola colocada próxima do condutor.
|Q| = (2,0 · 1022) ⋅ (1,6 · 10–19 C) ∴
§ Efeito Luminoso – quando a corrente elétrica Q = 3,2 · 103 C
atravessa um gás, sob baixa pressão, ocorre emissão de
b) A intensidade média (im) da corrente vale:
luz. Esse efeito é aplicado nas lâmpadas fluorescentes,
lâmpadas de vapor de sódio, etc. |Q| 3,2 · 10³ C _________
im = ___
= _________
= 32 · 10²
C
=
Dt 16 s 16 s
§ Efeito Térmico ou Efeito Joule – quando os elétrons
livres colidem com os átomos, ocorre o aquecimento do Cs
= 2,0 · 10² __
condutor. Esse efeito é aplicado em aparelhos que pro- = 2,0 · 10² A
duzem calor (aquecedores elétricos: chuveiros, tornei-
ras, ferros elétricos, etc.).
7. O gerador elétrico
6. O amperímetro Para se produzir uma corrente elétrica é necessário um gera-
dor elétrico. Os geradores elétricos mais comuns e conheci-
A intensidade da corrente elétrica que passa por um fio é dos são: pilha comum, bateria de automóvel, bateria de celu-
medida por um aparelho chamado amperímetro. lar, os grandes e potentes geradores das hidroelétricas, etc.
A figura a seguir mostra um amperímetro ligado a um cir-
cuito. No mostrador do aparelho é indicada a intensidade
da corrente elétrica que o atravessa.
|Q|
i = ___
⇔ |Q| = i ⋅ ∆t = 4,0 A ⋅ 120 s ⇒
Dt
⇒ |Q| = 480 C
112
É através do polo positivo que o gerador fornece corrente é uma relação entre energia elétrica e carga elétrica. Assim,
elétrica ao circuito. Depois de atravessar o circuito, a cor- a origem do termo, pensando-se que se tratava de uma
rente retorna ao gerador pelo polo negativo. Na figura aci- força aplicada às cargas elétricas, é equivocada.
ma é possível observar um circuito composto por uma ba-
As pilhas e baterias comuns indicam o valor de sua f.e.m.
teria e uma lâmpada. O sentido convencional da corrente
elétrica está indicado pelas setas.
Os polos de um gerador são, comumente, chamados de
ativos passivos. Isso significa que, mesmo em um circuito
desligado, existe potencial nos polos do gerador.
113
9. O Voltímetro
O aparelho utilizado para medir a diferença de poten-
cial (d.d.p.) entre os polos de um gerador é denomina-
do voltímetro. O voltímetro é comumente chamado
de medidor de voltagem.
a) Quais são os pontos de mesmo potencial elétrico?
b) Qual é a d.d.p. em cada lâmpada?
c) Quanto indicaria um voltímetro se fosse conectado
às extremidades dos fios 1 e 2?
Resolução:
a) Os pontos de um mesmo fio têm o mesmo potencial.
VA = VC = V1 e VB = VD = V2
Voltímetro
No entanto: V1 > V2
Para medir a d.d.p. de uma pilha, deve-se ligar o voltímetro
b) A ddp (tensão elétrica U) em cada lâmpada é a
em paralelo com a pilha, como ilustra a figura a seguir.
mesma, pois:
§ em L1 ⇒ U1 = VA – VB= U ∴ U1 = 6,0 V
§ em L2 ⇒ U2 = VC – VD = U ∴ U2 = 6,0 V
1,5V 1,5 volt c) O voltímetro indicaria a d.d.p. entre fios, ou seja:
d.d.p. = 6,0 V
Aplicação do conteúdo
1. Um gerador elétrico fornece às partículas elétricas
que o atravessam 6,0 J para cada 4,0 C de carga elétrica.
Quanto vale sua f.e.m.?
Resolução:
Eelétrica _____6,0 J
f.e.m. = _____
= = 1,5 J/C ⇒
Q 4,0 C
⇒ f.e.m. = 1,5 V multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
2. No circuito da figura a seguir, duas lâmpadas, L1 e L2, Novo Telecurso - Ensino Médio - Física -
estão ligadas a um gerador por meio de fios ideais. O Aula 41 (1 de 2)
gerador é ideal e sua f.e.m. é de 6,0 V.
114
11. Resistor e resistência No SI, a unidade de resistência elétrica é ohm, simboliza-
do por W (letra grega ômega), em homenagem ao físico
O resistor é um elemento cuja função exclusiva em um cir- George Simon Ohm.
cuito elétrico é transformar energia elétrica em energia tér- Assim, um resistor que, submetido à d.d.p. de 1 V, deixa-se
mica. Em geral, os resistores são condutores feitos de aço, atravessar por uma corrente elétrica de intensidade 1 A,
tungstênio ou carvão. Diversos aparelhos eletrodomésticos tem resistência elétrica de 1 W.
que requerem um aquecimento elétrico possuem resis-
unidade d.d.p.
tores, como o ferro elétrico de passar roupa, o chuveiro Unidade de resistência = _____________
= ______
volt V
= __
unidade corrente ampère A
elétrico, a torneira de água quente, o secador de cabelos, =Ω
os aquecedores elétricos de ambiente, as lâmpadas incan-
descentes, etc.
Aplicação do conteúdo
Embora conduza corrente elétrica, o resistor é feito de um
material que dificulta a passagem dos elétrons. A medida 1. Um resistor de resistência elétrica R = 6,0 Ω foi sub-
metido a uma d.d.p. 24,0 V. Determine a intensidade de
dessa dificuldade é denominada resistência elétrica.
corrente elétrica que atravessa o resistor.
Nos circuitos elétricos, o resistor será representado por uma
linha em ziguezague, como na figura a seguir. Resolução:
12. Primeira lei de OHM Os resistores que obedecem à Lei de Ohm são denomina-
dos resistores ôhmicos. Entretanto, nem todos os resistores
O físico alemão George Simon Ohm (1787-1854) descobriu, são ôhmicos, e os que escapam à Lei de Ohm são denomi-
em seus experimentos de eletricidade, que a intensidade da nados resistores não ôhmicos.
corrente elétrica em um condutor estava relacionada com a
d.d.p. em seus extremos. Ele percebeu que, ao variar a d.d.p., Os resistores fabricados com metais ou carbono são exem-
a intensidade da corrente elétrica também variava. plos de resistores ôhmicos. O gráfico da d.d.p. pela corrente
elétrica em um resistor ôhmico é uma reta. A tabela e o gráfi-
Usando um resistor metálico e mantendo-o a uma tem-
co a seguir ilustram o comportamento de um resistor ôhmico.
peratura constante, verificou que a razão entre a d.d.p. e a
corrente elétrica se mantinha constante:
Comportamento de um resistor ôhmico
d.d.p.
__________________
= constante ⇒ __
U = constante Diferença de Intensidade Resistência
intensidade de corrente i potencial d.d.p., de corrente do resistor
U (em V) i (em A) R (em Ω)
Essa constante é a resistência do resistor, indicada por R. 1,0 0,5 2,0
Assim, a relação entre corrente elétrica, d.d.p. e resistência 2,0 1,0 2,0
em um condutor é: 3,0 1,5 2,0
4,0 2,0 2,0
U = R
__
5,0 2,5 2,0
i
A propriedade acima é válida para diversos tipos de metais. 12.2. Curva característica de um resistor ôhmico
Essa é a Primeira Lei de Ohm:
Considerando um resistor ôhmico, ou seja, que obedeça
a relação de Ohm R = __ U , em que R é constante, pode-se
Para determinados resistores, mantidos a uma tempe- i
ratura constante, a intensidade de corrente i e a d.d.p.
escrever a d.d.p. em função da corrente. Plotando o gráfico,
são diretamente proporcionais: é possível notar que se trata de uma função linear com in-
clinação crescente, afinal a resistência sempre é um núme-
U=R∙i
ro constante e positivo.
115
U(i) = R ⋅ i A resistência elétrica do filamento da lâmpada é de 100 W.
Esse valor é bastante elevado; no entanto, se a temperatu-
ra do filamento aumentar ainda mais, o filamento pode se
fundir e a lâmpada deixa de funcionar.
Popularmente se diz que a lâmpada queimou.
Resolução:
U = _____
a) R = __ 60 V = 10 ohms ⇒ R = 10 Ω
i 6,0 A
b) Como a resistência elétrica se mantém constante:
R = 10 Ω
Aplicação do conteúdo
1. Uma lâmpada incandescente é um exemplo de resis-
tor presente no nosso cotidiano. O filamento aquecido
dessas lâmpadas atinge uma temperatura aproximada
de 1.300ºC. Submetido à tensão elétrica de 110 V, a cor-
rente elétrica no filamento tem intensidade de 1,1 A.
Determine a resistência elétrica desse filamento.
Resolução:
VIVENCIANDO
A corrente elétrica é um fenômeno que permite o uso da energia elétrica, a principal fonte de energia
do mundo moderno. A utilização em larga escala da eletricidade se deve à multiplicidade de efeitos pro-
duzidos pela corrente. Não é possível visualizar diretamente o fluxo de elétrons; no entanto, seus efeitos
são percebidos facilmente, como ao ligar o interruptor de uma lâmpada, o computador ou o smartphone.
No Brasil, a energia elétrica é gerada em sua maior parte por hidrelétricas, mas também é gerada por
meio de termelétricas e usinas nucleares. Obtida a partir da conversão de outros tipos de energia, a
eletricidade é transportada através de um sistema composto de quatro etapas: geração, transmissão, dis-
tribuição e consumo. A eletricidade é fundamental para tornar funcional os aparelhos criados para serem
utilizados no dia a dia. Celulares, televisores, computadores, máquinas de lavar roupa e muitos objetos
comuns nos lares brasileiros são movidos à base de energia elétrica.
116
3. O gráfico a seguir foi obtido para um resistor subme- Em que:
tido a diversas tensões elétricas.
R: é a resistência elétrica do resistor;
r (lê-se “rô”): é a resistividade do material;
A: é a área da secção transversal do material;
ø: é o comprimento do material.
Essa relação expressa o fato de que, quanto maior é o con-
dutor, maior é a dificuldade que as cargas elétricas têm
para atravessá-lo. A dificuldade de circulação das cargas
a) Calcule a resistência elétrica considerando os va- é menor à medida que for maior a área da secção trans-
lores do ponto 1. versal do material. Cada tipo de material também oferece
b) Calcule novamente a resistência elétrica consid- uma dificuldade diferente à circulação das cargas, que é
erando agora os valores do ponto 2. chamada de resistividade. Dessa forma, a resistência do
c) O resistor é ôhmico? resistor é diretamente proporcional ao comprimento (ø) e
inversamente proporcional à área (A).
Resolução:
A característica de resistividade (r) de cada material no SI
U
a) Sendo U = R ⋅ i ⇒ R = __ tem unidade V · m.
i
No ponto 1, tem-se U1 = 10 V e i1 = 2,5 A.
Georg Simon Ohm candidatou-se a uma vaga para
10 V = 4,0 ohms ⇒ R1 = 4,0 Ω
R1 = _____ professor em uma universidade; contudo, para tal, era
2,5 A necessária a produção de um trabalho de pesquisa inédi-
b) No ponto 2, tem-se U2 = 20 V e i2 = 5,0 A to. Realizando experiências com eletricidade, Ohm per-
cebeu experimentalmente relações matemáticas entre as
20 V A = 4,0 ohms ⇒ R2 = 4,0 Ω
R2 = ____ dimensões dos fios e as grandezas elétricas. Nascia então
5,0
seu conceito sobre resistência elétrica.
c) O resistor é ôhmico, pois R1 = R2. Esse resultado já
era esperado, uma vez que a curva características dos Em 1827, Ohm apresentou um trabalho defendendo que a
resistores ôhmicos é sempre uma reta oblíqua passando intensidade da corrente elétrica era diretamente proporcio-
pela origem. nal à diferença de potencial e inversamente proporcional a
essa nova grandeza física, a resistência elétrica. Somente
13. Segunda lei de OHM em 1849, cinco anos antes de falecer, Ohm conseguiu al-
cançar o seu tão sonhado cargo de professor universitário.
r∙ø R = R0 ∙ [1 + a (u – u0)]
R = ____
A
Em que R0 é a resistência a uma temperatura u0.
117
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
0
0,6 1 t(s)
Área do Fio 2 > Área do Fio 1
No intervalo de tempo entre zero e 0,6 s, a quantidade
de carga elétrica que atravessa uma seção transversal do Q2 > Q1
fio é maior para o fio ...... do que para o outro fio; no
intervalo entre 0,6 s e 1,0 s, ela é maior para o fio ...... do Desse modo, nesse intervalo de tempo, passou mais carga
que para o outro fio; e no intervalo entre zero e 1,0 s, ela pelo fio 2.
é maior para o fio ...... do que para o outro fio.
a) 1 – 1 – 2 Alternativa D
b) 1 – 2 – 1 2. (Acafe) A insegurança das pessoas quanto a assaltos
c) 2 – 1 – 1 em suas residências faz com que invistam em acessóri-
d) 2 – 1 – 2 os de proteção mais eficientes. A cerca elétrica é um
e) 2 – 2 – 1 adicional de proteção residencial muito utilizado hoje
em dia, pois tem como um de seus objetivos afugentar
Resolução: o invasor dando-lhe um choque de aproximadamente
10 mil volts de forma pulsante, com 60 pulsos por se-
Entre 0 s e 0,6 s, é possível observar que a área do gráfico gundo. Dessa forma, um ladrão, com perfeita condição
do fio 2 é maior; assim, a quantidade de carga no fio 2 foi de saúde, recebe o choque e vai embora, pois não che-
maior nesse intervalo. ga a ser um choque mortal.
118
Distância do quadro
Bitola 127V 220V
2,5 mm2 até 29 m até 70 m
4,0 mm2 30 a 48 71 a 116m
6,0 mm2 49 a 70 m -
10, 0 mm2 71 a 116 m -
119
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A habilidade 5, dentre todos os conteúdos abordados em Física 3, é a de maior frequência nas provas do Enem. Possui um
caráter muito mais concreto, pois faz com que o aluno saiba dimensionar circuitos elétricos, que naturalmente são muito mais
presentes no cotidiano da vida moderna. Saber calcular corrente, potência e resistência são os exemplos mais comuns dos
assuntos mais abordados. A leitura de tabelas, de gráficos e dos esquemas é naturalmente presente nesse tipo de exercício.
Modelo 1
(Enem) A resistência elétrica de um fio é determinada pela suas dimensões e pelas propriedades estruturais do
material. A condutividade (σ) caracteriza a estrutura do material, de tal forma que a resistência de um fio pode ser
determinada conhecendo-se L, o comprimento do fio e A, a área de seção reta. A tabela relaciona o material à sua
respectiva resistividade em temperatura ambiente.
Tabela de condutividade
Material Condutividade (S·m/mm2)
alumínio 34,2
cobre 61,7
ferro 10,2
prata 62,5
tungstênio 18,8
Mantendo-se as mesmas dimensões geométricas, o fio que apresenta menor resistência elétrica é aquele feito de:
a) tungstênio;
b) alumínio;
c) ferro;
d) cobre.
e) prata.
Modelo 2
Enem 2017) Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais de baixo custo, como polímeros semicondutores, têm
sido desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás tóxico e incolor) em granjas avícolas. A polianilina
é um polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência elétrica nominal quadruplicado quando exposta a
altas concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a polianilina se comporta como um resistor ôhmico e a sua
resposta elétrica é mostrada no gráfico.
120
O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de altas concentrações de amônia, em ohm, é igual a:
a) 0,5 × 100.
b) 0,2 × 100.
c) 2,5 × 105.
d) 5,0 × 105.
e) 2,0 × 106.
Análise expositiva - Habilidade 5: Trata-se de um exercício que possui uma rápida resolução e exige que o aluno
E saiba ler e interpretar o gráfico fornecido, além, é claro, de domínio do assunto.
Escolhendo o ponto (1, 2) do gráfico, tem-se:
U
r = __ 1
= ______ ⇒ r = 0,5 · 106 Ω
i 2·10-6
Como a resistência quadruplica nas condições dadas, obtém-se:
R = 4r = 4 · 0,5 · 106
∴ R = 2 · 106 Ω
Alternativa E
121
DIAGRAMA DE IDEIAS
CORRENTE ELÉTRICA
CONDUTOR E
LEIS DE 0hm CORRENTE ELÉTRICA
ISOLANTE
MOVIMENTO DE
DDP
CARGAS ELÉTRICAS
RESISTOR E
TENSÃO
RESISTÊNCIA
122
AULAS ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE
17 E 18
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6 HABILIDADES: 5, 17 e 21
2. ASSOCIAÇÃO DE
RESISTORES EM SÉRIE
Na associação em série, os resistores são ligados em sequ-
ência por apenas um de seus terminais. A figura a seguir
apresenta o caso da associação de dois e três resistores em
série, respectivamente.
98
A tensão em cada resistor, denominada tensão parcial, é
dada por:
U1 = R1 · i e U2 = R2 · 1
Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
99
U o i = ___
b) iT = ___ 120 = 12 A
a) a resistência equivalente do circuito; Req T
10
b) a intensidade da corrente no circuito;
c) a d.d.p. entre os extremos de cada resistor.
Resolução:
a) A resistência equivalente do circuito (Req) é dada por:
Resolução:
a) Req = R1 + R2 o Req = 3 + 7 = 10 V
100
Outro método é analisando os potenciais. O gerador é Quando submetidos a uma diferença de potencial U (nos
a fonte de tensão (d.d.p.) que, ao longo do circuito, será terminais da associação), a corrente elétrica em cada re-
“consumida” pelos resistores; assim, cada resistor produz sistor será:
uma queda de tensão entre seus terminais. Considerando o
mesmo circuito anterior, proceda da seguinte maneira: an- U
a) _________
(mR1 + nR2)
tes e depois de cada resistor, insira uma letra representado
o potencial naquele ponto. Um
b) ________
n(R1 +R2))
U(m + n)
c) _______
(R1 + R2)
mnU
d) _______
(R1 + R2)
nU(R1 + R2)
e) _________
m
Resolução:
Em uma associação em série, a resistência equivalente será
a soma de todos os resistores envolvidos. Tem-se m resisto-
res R1 e n R2; assim, a resistência equivalente será:
Req = m · R1 + n · R2
Numa associação em série, as letras não se repetem. Aplicando a 1.ª lei de Ohm, a corrente elétrica será:
U i = __________
i = ___ U
Aplicação do conteúdo Req (mR1 + nR2)
Resolução:
A resistência elétrica da lâmpada é:
R1 = 10 V ; R2 = 100 V; a) 200 Ω
Assim a resistência equivalente será: b) 150 Ω
c) 120 Ω
Req = R1 +R2 Req = 10 + 100 Req = 110 V
d) 80 Ω
Aplicando a 1.ª Lei do Ohm, tem-se: e) 140 Ω
Utotal = Req ∙ i 220 = 110 ∙ i i = 2 A Resolução:
Tem-se uma associação em série; portanto,
a corrente é comum para os dois resistores. Para achar a resistência do reostato, aplica-se a 2.ª Lei de Ohm.
r.ø
Assim a d.d.p. do resistor de 10 Ω será: R = ____
A
U10 = R10 · i U10 = 10 · 2 U10 = 20 V. Assim, quando metade do comprimento do reostato é “cor-
Resposta: 20 V. tada”, resta somente metade da sua resistência total.
101
Aplicando a 1.ª Lei de Ohm, tem-se: a) 6R b) 8R c) 9R d) 11R e) 12R
U 100 + R = ___
Req = __ 110
Resolução:
i 0,5
100 + R = 220 R = 120 Ω A relação da d.d.p. do aparelho é:
Alternativa C Utotal
U aparelho = ____ .
10
4. (UFPB) Dois resistores idênticos são associados em série.
Assim, a d.d.p. da resistência x será:
Se, ao serem percorridos por uma corrente de 2 A, produzem
no total uma queda de potencial de 252 V, qual o valor, em U +U
Utotal = Uaparelho + Ux U = ___
Ohms, da resistência de cada um desses resistores? 10 x
multimídia: sites
pt.wikihow.com/Calcular-Resist%C3%AAn-
Considere que a corrente que passa pelo aparelho seja cias-em-S%C3%A9rie-e-em-Paralelo
muito pequena e possa ser descartada na solução do pro- www.physicsclassroom.com/class/circuits/
blema. Se a tensão especificada no aparelho é a décima Lesson-4/Series-Circuits
parte da tensão da rede, então a resistência X deve ser: www.allaboutcircuits.com/textbook/direct-
-current/chpt-5/simple-series-circuits/
VIVENCIANDO
102
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
5 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
A habilidade 5 exige do aluno conhecimento técnico em montagem de circuitos elétricos. O aluno deve ser capaz
de decidir qual circuito possui determinadas características, isto é, além da contextualização, o exercício pode exigir
que o aluno escolha qual circuito cabe para cada situação.
Modelo
(Enem) Para ligar ou desligar uma mesma lâmpada a partir de dois interruptores, conectam-se os interruptores para
que a mudança de posição de um deles faça ligar ou desligar a lâmpada, não importando qual a posição do outro.
Essa ligação é conhecida como interruptores paralelos. Esse interruptor é uma chave de duas posições constituída por
um polo e dois terminais, conforme mostrado nas figuras de um mesmo interruptor. Na posição I, a chave conecta o
polo ao terminal superior e, na posição II, a chave o conecta ao terminal inferior.
a) b)
c) d)
e)
Análise expositiva - Habilidades 5: Rápido e prático, o exercício cobra do aluno rapidez na hora de tomar uma
E decisão. O único circuito que fecha tanto para a posição I como para a posição II é o circuito da alternativa E.
Alternativa E
103
DIAGRAMA DE IDEIAS
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES
SÉRIE
104
AULAS ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO
19 E 20
COMPETÊNCIAS: 2e5 HABILIDADES: 5, 6 e 17
105
Dividindo todos os numeradores da equação pela d.d.p. U, 1 = __
___ 1 + __
1 + __
1 + __
1
Req R1 R2 R3 R4
obtém-se:
Substituindo os valores de cada resistência:
1 = __
___ 1 + __
1 + __
1
Req R1 R2 R3 1 = __
___ 1 + __
1 + __
1 + __
1 ___
1 = __
1 + __ 6 + __
2 + __ 3 = ___
12
Req 6 3 1 2 Req 6 6 6 6 6
A soma do inverso das resistências de resistores as- Note que a soma foi feita depois de encontrado o m.m.c. O re-
sociados em paralelo é igual ao inverso da resistência sultado da soma é o inverso da resistência equivalente; assim,
equivalente dessa ligação em paralelo. para encontrar o valor correto, deve-se inverter o resultado:
1 = ___
___ 12 [ R = 0,5 V
Req 6 eq
Observe que:
2. (Uece)
A expressão para o cálculo da resistência equivalente
é válida para n resistores associados em paralelo.
No cálculo da resistência equivalente, deve-se encon-
trar o m.m.c. dos denominadores e realizar uma soma
de frações; o inverso do resultado obtido é a resistência
equivalente.
Note que, numa associação em paralelo, a resistência A resistência equivalente R, entre os pontos P e Q, em
equivalente sempre terá um valor menor do que qualquer ohms, da combinação de resistores mostrada na figura é:
resistência individual que componha a associação. a) 0,15.
b) 6,67.
c) 9,33.
d) 15,00.
e) 22,5.
Resolução:
Aplicação do conteúdo
1. Determine a resistência equivalente do circuito for-
mado pela associação em paralelo de quatro resistores,
ilustrados na figura a seguir.
6Ω
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Resolução: Vídeo 27 Experiência com Física Leis de OHM
e Resistores Parte 2 2
A resistência equivalente é dada pela equação:
106
3. CASOS PARTICULARES Aplicação do conteúdo
Quando o circuito for formado por apenas dois resis- 1. Considere o circuito elétrico da figura, formado por
tores associados em paralelo, a expressão para calcular um gerador e dois resistores em paralelo.
a resistência equivalente poderá ser simplificada: a) Determine a resistência equiva-
lente entre os pontos A e B.
b) Calcule a intensidade da corren-
te em cada resistor e a intensidade total
da corrente fornecida pelo gerador.
1 = __
___ 1 + __ R2
1 = _____ R1 R2 + R1
1 = ______
+ _____ = ___
Req R1 R2 R1 · R2 R1 · R2 Req R1 · R2
R1 · R2
Req = ______
R1 + R2
Resolução:
produto a) Aplicando a equação para calcular a resistência
Req = ______
soma equivalente, tem-se:
1 = __
___ 1 + __
1 = ___
1 + ___
1 =
É importante destacar que essa regra é válida apenas para Req R1 R2 3,0 6,0
dois resistores em paralelo. Essa regra não é valida para 2,0 + 1,0 3,0 1
uma quantidade maior de resistores. = ________ = ___ = ___ Req = 2,0 V
6,0 6,0 2,0
Quando o circuito for formado por n resistores idênti- Nesse caso, existem apenas dois resistores em paralelo, o
cos, isto é, de mesma resistência R, então a resistência que permite o uso da regra prática:
equivalente será dada por: produto ______R1 . R2 __________
(3,0) . (6,0)
Req = ______
soma = = =
R R1 + R2 (3,0) + (6,0)
Req = __
n 18 = 2,0 Req = 2,0 V
= ___
9,0
As figuras a seguir ilustram circuitos de resistores idênticos b) Para cada um dos resistores, a d.d.p. é
associados em paralelo: igual a 12 V, igual à f.e.m. do gerador; assim,
a corrente elétrica em cada resistor vale:
12 [
U = R1 · i1 12 = 3,0 · i1 i1 = ___
3,0
i1 = 4,0 A
12 [ i = 2,0 A
U = R2 · i2 12 = 6,0 · i2 i2 = ___
6,0 2
A intensidade total i da corrente fornecida pelo
1 = __1 + __1 = __2 [ R = __R
___
Req R R R eq 2 gerador é igual à soma das correntes elétricas
DOIS RESISTORES IDÊNTICOS EM PARALELO em cada resistor. Dessa forma:
107
R1 · R2 __________
(3,0) · (6,0) ___
Req = ______ = = 18
R1 + R2 (3,0) + (6,0) 9,0
[ Req = 2,0 V b)
a) Alternativa A
O resistor, da forma encontrada hoje nos circuitos e processadores, foi patenteado pelo engenheiro e inventor amer-
icano Otis Bobby Boykin em 16 de junho de 1959. Os resistores inventados por Boykin, mais baratos e duráveis do
que os que existiam até então, foram inicialmente usados na fabricação de televisores e rádios. A criação de Otis foi
amplamente utilizada pelo exército dos Estados Unidos para o controle de mísseis guiados. Mais tarde, a patente foi
comprada pela empresa IBM, que usou os resistores para criar os processadores utilizados em seus computadores.
Otis também é famoso por outras invenções, como uma unidade de controle para marca-passos.
108
4. MÉTODO PARA IDENTIFICAR Numa associação em série, as letras se repetem. Na ima-
gem anterior, R1, R2 e R3 estão em associados em paralelo.
A ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
Considere a associação da figura a seguir.
multimídia: vídeo
É posssível identificar a associação em paralelo de duas
maneiras: analisando a corrente elétrica ou analisando FONTE: YOUTUBE
os potenciais. Associação de Resistores - Agora eu aprendo!
Imagine uma corrente i que, saindo da fonte U, encontra
uma bifurcação onde se divide. Isso ocorre porque, natu-
ralmente, a resistência equivalente num circuito é sempre o 5. ASSOCIAÇÃO MISTA
menor valor possível. Assim, pode-se dizer que os resistores
Até aqui foram estudados dois casos distintos de ligação de
que são percorridos por correntes oriundas dessa divisão
resistores: em série e em paralelo. De um modo geral, porém,
estão associados em paralelo.
os circuitos elétricos são compostos por ambos os modos de
ligação de resistores. Esse tipo de associação é denominado
associação mista. Observe na figura a seguir um exemplo
simples de associação mista, em que dois resistores em para-
lelo são associados em série com outro resistor.
109
Resolução: Observe que foram considerados “dois” resistores,
mas, na verdade, um deles é fictício, pois se trata da
Em primeiro lugar, deve ser identificada a associação em resistência equivalente RS. Por fim, pode-se calcular a
paralelo dos resistores R2, R3 e R4. Como esses resistores resistência equivalente de toda a associação. O equi-
possuem o mesmo valor de resistência, a resistência equi- valente em paralelo, RP, está associado em série ao
valente é dada por: resistor de 5 V.
12 = 4 V
RP = ___
3 Req = RP + 5 = 5 + 10 V
Assim, os três resistores do circuito são substituídos por um
único resistor de resistência RP: Assim, a resistência equivalente dessa associação mista é
de 10 V.
Req = R1 + RP = 2 + 4 = 6 V
Assim, a resistência equivalente do circuito é de 6 ohm. Sabendo que R3 = R1/2, para que a resistência equivalente
entre os pontos A e B da associação da figura seja igual a
2. Calcule a resistência equivalente do circuito a seguir: 2R2, a razão r = R2/R1 deve ser:
a) 3/8.
b) 8/3.
c) 5/8.
d) 8/5.
e) 1.
Resolução:
Resolução:
Na parte mais superior do paralelo, há 2 resistores R3 em
série; assim, a resistência equivalente deles será:
O circuito é uma associação mista de resistores. Os resisto-
res de 4 V e de 6 V estão conectados em série, e ambos Req1 = R3 + R3 Req1 = 2R3
estão associados em paralelo ao resistor de 10 V. Por fim,
essa associação em paralelo está associada em série com Req1 = 2(R1/2) Req1 = R1.
o resistor de 5 V.
Essa resistência equivalente 1 está em paralelo com uma
Para encontrar a resistência equivalente da parte paralela
resistência R1.
do circuito, é preciso encontrar a resistência equivalente da
associação em série dos resistores 4 V e 6 V: 1/ Req2 = 1/ Req1 + 1/R1
1/ Req2 = 1/R1 + 1/R1 Req2 = R1/2 .
RS = 4 + 6 = 10 V
Essa resistência equivalente 2 está em série com uma re-
Dessa maneira, pode-se determinar a resistência equivalen- sistência R1.
te da associação em paralelo entre RS e o resistor de 10 V. Req3 = Req2 + R1
Como a resistência dos dois resistores têm o mesmo valor: Req3 = R1/2 + R1 Req3 = 3R1/2.
10 = 5 V Essa resistência equivalente 3 está em paralelo com outras
RP = ___
2 duas resistências R1,
110
1/ Req4 = 1/ Req14+ 1/R1 + 1/R1 1/ Req4
Reqtotal = 3R1/8 + R2
multimídia: sites
2R2 = 3R1/8 + R2 R2 = 3R1/8 .
www.educacao.globo.com/fisica/assunto/
A razão r será: eletromagnetismo/associacao-de-resistores.html
www.efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/
r = R2/R1 r = (3R1/8)/R1 r = 3/8 . gerador/assoc_geradores/
Alternativa A www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/
fisica/associacao-resistores-paralelo.htm
VIVENCIANDO
Equipamentos eletrônicos são utilizados em diferentes aplicações, como comunicação, transporte, entretenimento,
etc. Os conversores analógico-digital (ADC) e os conversores digital-analógico (DAC) são componentes que utilizam
as associações de resistores em paralelo e mistas para gerar uma representação digital a partir de uma grandeza
analógica ou vice-versa. Esse sinal digital é representado por um nível de tensão ou intensidade de corrente elétrica.
Os conversores ADC e DAC são amplamente utilizados em dispositivos de medição, controle e digitalização de áu-
dio e vídeo. Como a maioria dos sinais captados, como temperatura ou som, é analógica, essas duas interfaces de
conversão são necessárias para permitir que equipamentos eletrônicos digitais processem os sinais analógicos. Nos
laboratórios e indústrias, esses conversores são utilizados para passar as indicações de um termômetro para a forma
digital; isso possibilita que o computador processe os dados e execute as ações necessárias.
111
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidades
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A Habilidade 5 exige do aluno a capacidade de dimensionar circuitos elétricos ou o uso cotidiano de dispositivos
elétricos. No caso específico dos temas tratados, o aluno será capaz de analisar a associação em paralelo e a asso-
ciação mista a fim de identificar, partindo de suas propriedades, quando cada uma deve ser utilizada.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a
7 defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.
A Habilidade 7 requer do estudante a capacidade de selecionar parâmetros, a partir de testes de controle, e fazer a
comparação entre materiais. No caso específico dos temas tratados, a comparação se faz necessária para a escolha
correta do tipo de associação entre os resistores.
Modelo
(Enem) Fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Quando a corrente que passa por esse
componente elétrico é maior que sua máxima corrente nominal, o fusível queima. Dessa forma, evita que a corrente
elevada danifique os aparelhos do circuito. Suponha que o circuito elétrico mostrado seja alimentado por uma fonte
de tensão U e que o fusível suporte uma corrente nominal de 500 mA.
112
Análise expositiva - Habilidades 5 e 7: Para resolver a questão, o estudante deve saber reconhecer cada
D componente do circuito e como eles se relacionam. Apesar de serem realizados pequenos cálculos, sua
complexidade do exercício se dá pela sequência de procedimentos necessários.
Para a resolução, é preciso começar redesenhando o circuito:
60 60
30
i F = 0,5 A
120 40
A C
F
60
i = 1,5 A
i’ = 1 A
Como uma corrente de 0,5 A deve passar pelo fusível, a corrente i’, que deve passar pelo resistor de 60 W em paralelo
com ele, deve ser de:
120 · 0,5 = 60 · i’ i’ = 1 A
Assim, por BC deve passar uma corrente de:
i = iF = i’ = 0,5 + 1 i = 1,5 A
Resistência equivalente no ramo AC:
120 · 60 + 40 R = 80 :
RAC = ________
120 + 60 AC
113
DIAGRAMA DE IDEIAS
ASSOCIAÇÃO DE
RESISTORES
RESISTOR
PARALELO
EQUIVALENTE
RESISTORES MESMA
DOIS RESISTORES TENSÃO
IGUAIS
SOMATÓRIA DAS
CORRENTES
114
AULAS POTÊNCIA DISSIPADA POR EFEITO JOULE
21 E 22
COMPETÊNCIAS: 2e5 HABILIDADES: 5, 6 e 17
1. REOSTATO 2. CURTO-CIRCUITO
O reostato é um dispositivo que permite controlar o val- A figura a seguir representa um circuito formado por uma
or da resistência de um resistor, isto é, são resistores cuja lâmpada ligada a uma pilha. No caso da figura da esquer-
resistência é variável. Observe no diagrama a seguir a rep- da, a ligação está correta e o circuito funciona, acendendo
resentação do funcionamento de um reostato. A corrente a lâmpada. No caso da figura da direita, uma ligação extra
elétrica percorre o circuito e atinge o resistor no ponto C foi feita, por meio dos pontos A e B. Nesse caso, a lâmpada
(ponto médio do resistor ligado entre A e B). Se o ponto C, deixa de acender. Mas atenção! Não realize esse experi-
chamado de cursor, for colocado próximo do ponto B, prati- mento na prática, pois os fios e a pilha se aquecerão, e a
camente não haverá nenhuma resistência; por outro lado, pilha poderá explodir, causando um acidente. Nesse caso,
se o cursor for colocado próximo do ponto A, a corrente o motivo para a lâmpada não acender é a ligação extra
elétrica percorrerá todo o resistor. entre A e B, permitindo que a corrente elétrica circule pelo
circuito através desse caminho (praticamente sem resistên-
cia), deixando de percorrer o caminho da lâmpada.
115
udica seu isolamento. Quando os fios entram em contato Um fusível é um dispositivo utilizado para a proteção,
entre si, ocorre o curto-circuito. evitando que uma corrente maior do que a suportada pelo
circuito danifique-o. Um fusível é formado por um filamen-
to de uma liga metálica com baixo ponto de fusão. Quan-
do a corrente ultrapassa um determinado valor, devido ao
efeito Joule, o filamento acaba fundindo, e o circuito abre.
Em geral, num esquema de um circuito, um fusível é repre-
sentado por um dos seguintes símbolos:
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Experiência do curto circuito
O disjuntor é outro aparelho utilizado para a proteção de
circuitos elétricos. A sua principal diferença em relação ao
fusível é sua capacidade manual de desligamento do cir-
Aplicação do conteúdo cuito. Além disso, depois do desligamento do circuito dev-
ido a uma corrente alta, o disjuntor é passível de rearma-
1. (Uespi) A resistência equivalente entre os terminais A
e B da bateria ideal no circuito elétrico a seguir é igual a: mento, pois ele não é danificado no processo.
a) R d) 4R
b) 2R e) 5R
c) 3R
Resolução:
multimídia: vídeo
As resistências mais externas da figura aos pontos A e B
entram em curto-circuito devido ao fio elétrico que une os FONTE: YOUTUBE
nós do circuito. Assim, a única resistência que funcionará O que é potência elétrica?
é a de 2R.
4. POTÊNCIA ELÉTRICA
No diagrama a seguir, um resistor, de resistência R, é sub-
Alternativa B metido a uma d.d.p. U. A corrente elétrica nesse circuito é
i. Durante um intervalo de tempo Dt, uma quantidade de
carga igual a DQ passa pelo circuito.
3. FUSÍVEL
116
isto é, o deslocamento das cargas entre os pontos A e B bateria de 12 V, será preciso colocar uma resistência elétri-
ocorreu devido à ação de uma força sobre as cargas. En- ca, em série, de aproximadamente:
tretanto, quando uma força age causando deslocamento, a) 0,5 Ω
existe a realização de trabalho, e, como já foi visto em b) 4,5 Ω
eletrostática, esse trabalho é dado por: c) 9,0 Ω
d) 12 Ω
t = DQ · U e) 15 Ω
Uresis = 120 V.
Utilizando a equação da potência, tem-se:
A especificação da lâmpada indica que a tensão de opera-
P = Uresis ∙ i P = 120 ∙ (5/6) P= 100W.
ção é 4,5 V e a potência elétrica utilizada durante a ope-
ração é de 2,25 W. Para que a lâmpada possa ser ligada à Alternativa B
117
3. (UFMA) A figura abaixo representa um circuito elétri-
E = P · Dt
co formado por associação de resistores, alimentados
através de uma bateria de 12 V. Determine a potência
dissipada pelo resistor de 9Ω. Observe que E é energia, P é potência e Dt é o tempo.
Substituindo a potência, pode-se então calcular a energia
dissipada por efeito Joule:
E = R · i2 · Dt
2
U · ∆t
E = R · i2 · ∆t ou E = i · U · ∆t ou E = __
R
Resolução: Em que:
Req,total = 1,9 + 6 + 2 + 0,1 Req,total = 10Ω. c........calor específico (é uma característica do material que
constitui o corpo)
Utilizando a 1.ª Lei de Ohm, tem-se:
Q=m.L
itotal = Utotal/Req,total i = 12/10 i = 1,2A.
Em que:
A ddp do paralelo será:
Uparalelo = itotal . Req1 Uparalelo = 1,2 ∙ 6 Q.....quantidade de calor latente ou calor latente
Ao utilizar algum equipamento elétrico, é possível perceber A energia de 1kWh equivale à energia dissipada por um
um aquecimento do aparelho depois de certo tempo de aparelho de mil watts de potência ligado durante uma
uso (no ferro de passar roupas o aquecimento é bastante hora, ou seja, equivale a 3,6 . 106 J.
rápido). Esse aquecimento é causado por um efeito que
ocorre nos resistores do circuito elétrico do equipamento. Aplicação do conteúdo
Quando uma corrente elétrica atravessa um resistor, parte
da energia elétrica é transferida para os átomos do resistor; 1. Um ferro elétrico consome uma potência de 1.100 W
em consequência, esses átomos ficam com uma energia quando ligado em 110 V. Calcule:
maior de oscilação (comumente afirma-se que esses áto- Dados: P = 1100 W; U = 110 V;
mos ficam “mais agitados”), e essa agitação aumenta a
energia térmica. Dessa forma, ao passar por um resistor, Dt = __1 h = 1 800 s.
2
a energia elétrica é transformada em energia térmica, e o a) a intensidade da corrente utilizada pelo ferro elétrico;
resultado é o aumento de temperatura. Esse efeito é deno- b) a resistência elétrica do ferro;
minado efeito Joule. c) a energia elétrica consumida pelo ferro elétrico em
0,5 hora de uso, em quilowatts-hora, e o gasto em
Como a potência é dada pela razão entre energia e tempo, reais sabendo que o preço do quilowatt-hora é de
pode-se escrever, de forma equivalente: R$ 0,40.
118
Resolução: 3. (Fuvest) Um chuveiro elétrico, ligado em média uma
hora por dia, gasta R$ 10,80 de energia elétrica por mês.
a) Utilizando a fórmula da potência, tem-se: Se a tarifa cobrada é de R$ 0,12 por quilowatt-hora, en-
tão a potência desse aparelho elétrico é:
P = Ui 1 100 = 110 i = 10 A
a) 90W d) 3000W
b) Pela 1.ª lei de Ohm, obtém-se a resistência elétrica:
b) 360W e) 10.800W
U = Ri 110 = R · 10 R = 11 V c) 700W
c) A energia elétrica consumida é medida pelo tra- Resolução:
balho realizado. Assim:
1 · 3 600 A energia gasta por mês desse chuveiro será:
W = P Dt W = 1 100 · __
2 1kWh ∙ R$10,80 E = 90 kWh
E = ____
W = 1,98 · 10 J 6 R$0,12
Em um dia, o chuveiro é ligado por uma hora; então, con-
Em kWh: siderando um mês com 30 dias, tem-se 30 horas de gasto
de energia. Aplicando a equação da potência, segue que:
1 kWh 3,6 . 106 J 90 P = 3 kW P = 3000 W
E P = ___
P = ___
x 1,98 . 106 J x = 0,55 kWh Dt 30
Alternativa D
Portanto, o gasto é de 0,55 · 0,40 = 0,22 reais. 4. (Fuvest) Um fogão elétrico, contendo três resistências
iguais associadas em paralelo, ferve uma certa quanti-
2. Uma resistência de imersão de 4 V, colocada dentro dade de água em 5 minutos. Qual o tempo que levaria
de um recipiente com água, foi ligada a uma fonte de se as resistências fossem associadas em série?
tensão de 110 V. Considerando que o recipiente tenha a) 3 min d) 30 min
80 kg de água, qual o tempo necessário para aumentar
b) 5 min e) 45 min
a temperatura da água de 20º C para 70º C? (Use: calor
específico da água = 1 cal/gº C; 1 cal = 4,2 J.) c) 15 min
Resolução:
Dados: R = 4 V; U = 110 V; m = 80 kg = 80 000 g;
c = 1 cal/gºC; uf = 70 ºC; Ti = 20º C. Em primeiro lugar, é preciso calcular as resistências equiva-
lentes em série e em paralelo, e, depois, as suas respectivas
Resolução:
potências.
É preciso saber quanto de energia será necessária para au- Req,s = R + R + R Req,s = 3R.
mentar a temperatura da água. Assim, calcula-se a quan- Req,p = R/n Req,s = R/3.
tidade de calor:
Ps=U²/Req,s Ps = U²/3R.
Q = mc (uf – ui) Q = 80 000 . 1 (70 – 20)
Pp=U²/Req,p Pp=U²/(R/3) Pp=3U²/R.
Q = 4 · 106 cal
Outra noção muito importante é a de que nos dois aqueci-
Transformando para Joule: mentos a mesma energia é gasta; assim, tem-se:
Q = 4 · 106 · 4,2 = 16,8 · 106 J Esérie = Eparalelo Ps · Dts = Pp ∙ Dtp
Assim, a resistência deve fornecer essa mesma quantidade (U²/3R) ∙ Dts
de calor (considerando que toda energia elétrica consumi- = (3U²/R) ∙ 5 Dts /3 =15
da pelo resistor é transformada em calor):
Dts = 45 min.
(110)2
U2 · Dt = Q _____
Q PDt = Q __ · Dt = 16,8 · 106
R 4 Alternativa E
Dt ù 5,55 · 103 s ou Dt ù 1h32min
6. LÂMPADA INCANDESCENTE
Thomas Edison (1847-1931) foi um dos inventores mais
famosos de todos os tempos. Ele registrou “apenas” 2.332
patentes em seu nome. Entre elas é possível citar: estra-
das de ferro eletromagnéticas (todas as grandes cidades
119
utilizam trem e metrô para a mobilidade urbana), câmera
cinematográfica, bateria de carro elétrico, fonógrafo, em- Aplicação do conteúdo
balagem à vácuo, máquina para voto eletrônico, rodas de 1. A seguir está ilustrado um chuveiro elétrico, com suas
borracha e aquela pela qual ele é famoso mundialmente, a especificações impressas e o esquema do circuito elétri-
lâmpada incandescente com filamento de carbono (atual- co da parte interna, destacando-se o resistor, a chave e
mente utiliza-se filamento de tungstênio), que foi inventa- os pontos onde ela se conecta para regular a tempera-
da em 1879. tura desejada da água, ou seja, inverno (água quente) e
verão (água morna).
A lâmpada incandescente é formada por um fio de tungstê-
nio em forma de espiral, denominado filamento, colocado
dentro de um bulbo de vidro para evitar a oxidação. O bul-
bo é preenchido por um gás inerte, como o nitrogênio ou
argônio, para evitar a sublimação do filamento. Ao ser per-
corrido por uma corrente elétrica, o filamento se aquece,
tornando-se incandescente e emitindo luz.
Resolução:
a) Na posição verão, o chuveiro opera com menor
potência (4.400 W), pois não se deseja água muito
quente.
A menor potência é obtida com uma maior resistência do
chuveiro (sendo que a tensão tem valor constante). Assim, a
chave deve ser conectada em B, e o valor da resistência será:
2 2
U 4 400 = ____
P = __ 220 R = 11 V.
R R
b) No inverno, o chuveiro opera com maior potência
(6.600 W), pois se deseja água muito quente.
A maior potência é obtida com uma resistência menor.
Desse modo, a chave deve ser conectada em A, e o valor
da resistência será:
2 2
U 6 600 = ____
P = __ 220 R = 7,3 V
R R
120
tensão e da resistência, deve-se substituir o valor da resis-
tência em função da área da seção transversal do filamen-
to (A), do comprimento (ℓ) e da resistividade (r):
2 2
U = _____
P = __ U ·A
R r·ℓ
Como r e ℓ são iguais para as duas lâmpadas A e B, a po-
tência será diferente devido à área A da seção transversal
dos filamentos. Devido ao filamento de B ser mais grosso,
a lâmpada B brilhará mais do que a lâmpada A.
multimídia: sites
www.efeitojoule.com/2008/04/efeito-joule.html
www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromag-
netismo/Eletrodinamica/potencia.php
www.mundoestranho.abril.com.br/tecnolo-
gia/como-funciona-o-chuveiro-eletrico/
VIVENCIANDO
Hoje em dia, a energia dissipada por efeito Joule é facilmente identificável. Estamos cercados por aparelhos eletrôni-
cos: smartphones, televisores, computadores, liquidificadores, geladeiras, lâmpadas, fogões elétricos, batedeiras,
chuveiros, etc. Todos acabam se aquecendo durante o funcionamento. Às vezes o seu aquecimento é utilizado de
maneira proveitosa: o chuveiro esquenta a água para o banho. Outro exemplo cotidiano da ação do efeito Joule é a
torradeira, esquematizada na imagem a seguir:
121
Entretanto, nem sempre esse aquecimento é benéfico, como no caso de smartphones e computadores. O supera-
quecimento pode fazer o computador começar a funcionar de uma forma não esperada. Com exceção da placa de
vídeo, os componentes de um computador ou smartphone devem funcionar a temperaturas menores que 55 ºC. Por
isso, é necessário estar atendo ao efeito Joule nos equipamentos.
Habilidades
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
Em relação à Habilidade 5, caberá ao aluno dimensionar a potência elétrica nos diferentes circuitos elétricos ana-
lisando as diferentes associações e suas implicações com a potência empregada em cada resistor, assim como a
potência total fornecida.
Relacionar informações para compreender manuais de instalação, utilização de aparelhos ou sistemas tecnológicos
6 de uso comum.
É muito frequente a leitura de informações técnicas de manuais elétricos a respeito da potência elétrica, e a Habili-
dade 6 cobra justamente isso, a capacidade de interpretação de manuais de instalação de aparelhos de uso comum.
Modelo 1
(Enem) As células fotovoltaicas transformam luz em energia elétrica. Um modelo simples dessas células apresenta
uma eficiência de 10%. Uma placa fotovoltaica quadrada com 5 cm de lado, quando exposta ao sol do meio-dia, faz
funcionar uma pequena lâmpada, produzindo uma tensão de 5,0 V e uma corrente de 100 mA. Essa placa encontra-se
na horizontal em uma região onde os raios solares, ao meio dia, incidem perpendicularmente à superfície da Terra,
durante certo período do ano.
A intensidade da luz solar, em W/m2, ao meio-dia, nessa região é igual a:
a) 1 u 102.
b) 2 u 102.
c) 2 u 103.
d) 1 u 106.
e) 2 u 106.
Análise expositiva 1 - Habilidades 5 e 6: No Enem não basta apenas interpretar o exercício. Apesar de mais
C carregado em passagens matemáticas, faz-se necessário um profundo conhecimento do assunto.
Para a sua resolução, separando o que é fornecido, tem-se:
Dados: U = 5 V; i = 100 mA = 0,1 A; L = 5 cm; K = 10% = 0,1.
122
A potência elétrica (útil) para acender a lâmpada é:
PU = Ui = 5 u 0,1 PU = 0,5 W.
Essa potência é 10% da potência (total) incidente na placa fotovoltaica.
P PU ___
0,5
K = ___U PT = ___
K = 0,1 PT = 5 W
PT
A área de captação de energia da placa é:
A = L2 = 5 u 5 = 25 cm2 A = 25 u 10-4 m2.
A intensidade da radiação incidente é:
P 5 = 0,2 u 104 W/m2 I = 2 u 103 W/m2.
I = __T = ________
A 25 u 10-4
Alternativa C
Modelo 2
(Enem) O manual de utilização de um computador portátil informa que a fonte de alimentação utilizada para carregar
a bateria do aparelho apresenta as seguintes características:
Qual é a quantidade de energia fornecida por unidade de carga, em J/C, disponibilizada à bateria?
a) 6
b) 19
c) 60
d) 100
e) 240
Análise expositiva 2 - Habilidades 5 e 6: Apesar de ser um exercício de rápida resolução matemática, cobra-
B -se que o estudante saiba ler e reconhecer o manual de um aparelho (uma fonte de alimentação, no caso),
fato muito comum em questões do Enem, sempre bem contextualizadas.
Para resolver, é preciso utilizar duas expressões para a potência:
W = U___
___
q
= U = 19 J/C
∆t ∆t
Alternativa B
123
DIAGRAMA DE IDEIAS
POTÊNCIA
POTÊNCIA
REOSTATO ENERGIA RENDIMENTO
ELÉTRICA
U2 PU
P= E = P ∙ ∆t =ؠ
R PT
U2
P=U∙i P= P = R ∙ i2
R
124
AULAS AMPERÍMETRO, VOLTÍMETRO
23 E 24 E PONTE DE WHEATSTONE
3. VOLTÍMETRO IDEAL
símbolos representados a seguir.
125
Então, define-se: Símbolos:
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Voltímetros e amperímetros
Aplicação do conteúdo
1. A figura a seguir mostra um trecho de um circuito
(ESQUERDA) RESISTORES EM SÉRIE ANTES DE SE INSERIR O VOLTÍMETRO. elétrico composto por três resistores em série. Uma am-
(DIREITA) DEPOIS DA LIGAÇÃO EM PARALELO DO VOLTÍMETRO COM perímetro ideal foi ligado em série entre os resistores
R2, NÃO HÁ ALTERAÇÃO DA D.D.P. E DA CORRENTE ELÉTRICA. R1 e R2, e um voltímetro ideal foi ligado em paralelo
com o resistor R2. Os valores das resistências elétricas
Galvanômetro – Trata-se de um componente básico do são: R1 = 2,0 V, R2= 2,5 V e R3 = 3,0 V. Sabendo que a
circuito de amperímetros e voltímetros capaz de detectar leitura no amperímetro foi de 4,0 A, determine a leitura
correntes elétricas por meio de dispositivos mecânicos que no voltímetro.
se movem pela ação da força eletromagnética produzida
pela corrente. É composto por uma agulha fixa a uma bo-
bina móvel entre os polos de um imã, estando a bobina
acoplada a uma mola espiralada. Quando uma corrente
atravessa a bobina, é estabelecido um torque que a faz
girar. A posição da agulha numa escala graduada, segundo
uma calibração, fornece a medição. Resolução:
126
2. Considere o mesmo trecho do circuito anterior. A fi- não existissem. Como os resistores estão em paralelo, em
gura a seguir mostra a nova posição dos medidores no ambos os resistores a d.d.p. vale 12,0 v. A corrente elétrica
circuito. O voltímetro foi conectado em paralelo com é dada por:
os resistores R1 e R2, e o amperímetro foi colocado em
série com R3. Sabendo que amperímetro acusou uma U
U = R · i i = __
corrente elétrica de intensidade 4,0 A, determine: R
Em R1, tem-se:
12 v = 6,0 A
i1 = _____
2,0 V
Em R2, tem-se:
12 v = 4,8 A
i2 = _____
2,5 V
a) A leitura no voltímetro.
A intensidade de corrente será i, dada por:
b) A resistência equivalente entre os pontos A e B. i = i1 + i2 i = 6,0 + 4,8 i = 10,8 A
Resolução:
No circuito elétrico dado na figura:
a) A intensidade de corrente que passa nos
três resistores é a mesma e é igual ao valor O amperímetro 1 indica a intensidade total da corrente
dado pelo amperímetro, valendo 4,0 A. elétrica: 10,8 A;
Como o voltímetro está ligado entre os pontos M e N, sua O amperímetro 2 indica apenas a intensidade da cor-
medida é a soma das tensões elétricas de R1 com R2. Sendo rente elétrica que passa por R2, ou seja, 4,8 A.
Uv essa soma de tensões:
4. (Fuvest) Considere a montagem abaixo, composta por
Uv = U1 + U2 Uv = R1 · i + R2 · i quatro resistores iguais R, uma fonte de tensão F, um
medidor de corrente A, um medidor de tensão V e fios
de ligação. O medidor de corrente indica 8,0 A e o de
Uv = 2,0 · 4,0 + 2,5 · 4,0 Uv = 18,0 V tensão 2,0 V. Pode-se afirmar que a potência total dissi-
b) O amperímetro é ideal e sua resistência elétrica é pada nos quatro resistores é, aproximadamente, de:
nula (RA = 0). Assim, o voltímetro não altera a resistên-
cia entre os extremos A e B. Assim, pode-se escrever:
Req = 7,5 V R R
R
127
A potência total será: ligado um amperímetro muito sensível, capaz de detectar
a passagem de corrente elétrica de baixíssima intensidade;
P = U²/Req P = U²/(3R/4) P = 36/(3/4)
em série com ele é ligado ainda uma resistência r. Nos vér-
P = (36 ∙ 4)/3 P= 48W
tices A e D é ligado um gerador elétrico, responsável pela
Alternativa D corrente elétrica no circuito.
5. (Mackenzie) No laboratório de Física, monta-se o cir-
cuito elétrico a seguir, com um gerador ideal e os inter-
ruptores (chaves) K1, K2 e K3.
História
Estando somente o interruptor K1 fechado, o amperímetro
O circuito descrito foi inventado em 1833 pelo físico
ideal acusa a passagem de corrente elétrica de intensidade
inglês Samuel Hunter Chritie (1784-1865), com a fi-
5 A. Fechando todos os interruptores, a potência gerada
nalidade de medir resistências elétricas. Contudo, foi
pelo gerador é
sir Charles Wheatstone (1802-1875) que ficou famoso
a) 300 W
com o invento, pois foi o responsável por sua divulga-
b) 350 W
ção, 10 anos mais tarde. Por esse motivo, o circuito
c) 400 W
leva hoje o nome de ponte de Wheatstone.
d) 450 W
e) 500 W
Resolução:
Alternativa D
5. EQUILÍBRIO DA PONTE
4. PONTE DE WHEATSTONE DE WHEATSTONE
A ponte de Wheatstone é um circuito elétrico bastan- Um caso particularmente interessante da ponte de Whe-
te específico, formado por resistores. O diagrama a seguir atstone é aquele em que o amperímetro não acusa passa-
ilustra o circuito elétrico da ponte de Wheatstone. Quatro gem de corrente elétrica. Nesse caso, o circuito se encontra
resistores são ligados como um losango. Na diagonal BC é em equilíbrio ou balanceado.
128
Essa expressão indica que, quando a ponte de Wheatstone
5.1. Propriedades da ponte de está em equilíbrio, o produto das resistências dos resistores
Wheatstone em equilíbrio opostos é constante. Esse produto é denominado produto
A intensidade de corrente elétrica em R1 é igual à de cruzado entre as resistências.
R4, e a intensidade de corrente elétrica em R2 é igual A ponte de Wheatstone pode ser utilizada para medir o
à de R3: valor de uma resistência elétrica, pois, conhecendo os va-
i4 = i1 e i3 = i2 lores de R1, R2 e R3, é possível calcular o valor da quarta
resistência R4.
Por não haver corrente elétrica entre B e C, a d.d.p. nos De modo equivalente, se o produto cruzado dos resisto-
terminais do resistor r é nula, isto é, a d.d.p. entre B e res R1, R2, R3 e R4 de uma ponte de Wheatstone é igual,
C é nula. Assim, o potencial elétrico em B e C é igual: pode-se afirmar que a ponte está em equilíbrio. Em conse-
VB = VC quência, a corrente elétrica é nula no elemento ligado na
diagonal BC. Esse elemento poderá ser um amperímetro,
um resistor, uma lâmpada, etc.
UBD = UCD R4 · i4 = R3 · i3
Nota: Na prática, a ponte de Wheatstone é conhecida
Sendo i4 = i1 e ainda i3 = i2, resulta: como ponte de fio, em que os resistores de resistências
elétricas R3 e R4 são substituídos por um fio homogêneo de
R1 · i1 = R2 · i2 seção transversal constante.
R4 · i1 = R3 · i2 O cursor, que está ligado ao galvanômetro, desliza sobre
o fio homogêneo até encontrar uma posição de equilíbrio
Dividindo-se as duas expressões acima membro a membro, da ponte.
obtém-se:
R1 __
__ R
= 2
R4 R3
R1 · R3= R2 · R4
R1 · L3 = R2 · L4
129
3. (Unicamp) No circuito a seguir a corrente na resistên-
Aplicação do conteúdo cia de 5Ω é nula.
R1 · R3 = R2 · R4 R · R = R · R4 R4 = R
Resolução:
130
Resolução: Resolução:
No circuito, as correntes dos amperímetros ideais são nu-
las; assim, tem-se duas pontes de Wheatstone. Se o galvanômetro indica zero nas duas ocasiões, a relação
cruzada das resistências na ponte de Wheatstone continua
Aplicando a equação do produto cruzado das resistências válida independente da tensão. Assim, tem-se:
na ponte equilibrada do amperímetro A1, tem-se:
(10 + 5) · 15 = 5 · (20 + R) 20 + R = 225/5
10 · R1 = 20 · 20 R1 = 40Ω.
Agora, deve-se fazer a resistência equivalente da ponte do R = 45 – 20 R = 25Ω.
amperímetro A1.
1/Req = 1/(10+20) + 1/(20+40) 1/Req Alternativa A
= 1/30 + 1/60 1/Req = (2+1)/60
Req = 20Ω.
Aplicando a equação do produto cruzado das resistências
na ponte equilibrada do amperímetro A2, tem-se:
20 · R2 = 30 · 60 R2 = 90Ω.
Alternativa B
5. (Mackenzie) No circuito a seguir, a d.d.p. entre os ter-
minais A e B é de 60V e o galvanômetro G acusa uma
intensidade de corrente elétrica zero. Se a d.d.p. entre
os terminais A e B for duplicada e o galvanômetro con-
tinuar acusando zero, poderemos afirmar que:
multimídia: sites
www.educacao.globo.com/fisica/assunto/ele-
tromagnetismo/medidores-em-circuitos.html
www.fisicaevestibular.com.br/novo/eletrici-
dade/eletrodinamica/aparelhos-de-medicao-
-eletrica-amperimetros-e-voltimetros/
a) a resistência R permanecerá constante e igual a 25 Ω;
b) a resistência R permanecerá constante e igual a 15 Ω; www.newtoncbraga.com.br/index.php/co-
c) a resistência R permanecerá constante e igual a 10 Ω; mo-funciona/8858-como-funciona-a-ponte-
d) a resistência R, que era de 25 Ω, será alterada para 50 Ω; -de-wheatstone-ins529
e) a resistência R, que era de 50 Ω, será alterada para 12,5 Ω.
131
VIVENCIANDO
Os amperímetros possuem diversos usos na indústria. Amperímetros com zero central, ou analógicos, são mais
utilizados, pois possuem alta durabilidade e medições precisas. Eles são usados em quadro de distribuição de baixa
tensão, monitorando toda a instalação elétrica. Um tipo especial de amperímetro analógico, que é utilizado para
medir altas correntes em carros e caminhões, possui um ímã de barra articulada que move o ponteiro e um ímã.
A capacidade de fornecer medições extremamente precisas é o principal benefício de uma ponte de Wheatstone.
Variações nas configurações da ponte de Wheatstone podem ser usadas para medir capacitância, indutância, im-
pedância e outras características físicas, como a quantidade de gases combustíveis em uma amostra. Existem algumas
variações famosas, como as chamadas ponte de Kelvin e ponte Carey Foster, desenvolvidas para medir resistências
muito baixas. Em muitos casos, o significado de medir a resistência desconhecida está relacionado com a avaliação
do impacto de algum fenômeno físico (como força, temperatura, pressão, etc.), o que permite a utilização da ponte
de Wheatstone na medição indireta desses fenômenos.
Habilidades
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
Nessa aula, o aluno deverá empregar a Habilidade 5 a fim de saber dimensionar os circuitos e dispositivos elétricos,
utilizando os aparelhos de medidas, como amperímetro, voltímetro, galvanômetro ou multímetro.
132
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a
7 defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a qualidade de vida.
Caberá ao aluno a capacidade de saber escolher qual tipo de associação é necessária para realizar as medições que
se fazem necessárias. Além disso, partindo das medidas, caberá ao aluno a tomada de decisão de qual circuito é
ideal para a utilização.
Modelo 1
(Enem) Um eletricista analisa o diagrama de uma instalação elétrica residencial para planejar medições de tensão e
corrente em uma cozinha. Nesse ambiente, existem uma geladeira (G), uma tomada (T) e uma lâmpada (L), conforme
a figura. O eletricista deseja medir a tensão elétrica aplicada à geladeira, a corrente total e a corrente na lâmpada.
Para isso, ele dispõe de um voltímetro (V) e dois amperímetros (A).
Para realizar essas medidas, o esquema da ligação desses instrumentos está representado em:
a) d)
b) e)
c)
Análise expositiva 1 - Habilidades 5 e 7: Para a resolução desse exercício, o estudante deve saber como
E funciona os instrumentos de medidas, tanto o amperímetro quanto o voltímetro, e saber que tipo de asso-
ciação deve ser feita a fim de se ter a medição desejada.
Desse modo, o voltímetro deve ser ligado em paralelo com o trecho de circuito onde se quer medir a tensão
elétrica, isto é, entre os terminais fase e neutro.
Para medir a corrente total, o amperímetro deve ser instalado no terminal fase ou no terminal neutro.
Para medir a corrente na lâmpada, o outro amperímetro deve ser ligado em série com ela.
Alternativa E
133
Modelo 2
(Enem) Um eletricista precisa medir a resistência elétrica de uma lâmpada. Ele dispõe de uma pilha, de uma lâmpada
(L), de alguns fios e de dois aparelhos: um voltímetro (V), para medir a diferença de potencial entre dois pontos, e um
amperímetro (A), para medir a corrente elétrica.
b) e)
c)
Análise expositiva 2 - Habilidade 5 e 7: Trata-se de um exercício de rápida resolução, mas que necessita de
C conhecimento técnico prévio do assunto, característica das questões do Enem desde 2009.
Nesse exercício, é importante saber que o amperímetro deve ser ligado em série com a lâmpada, e o voltí-
metro, em paralelo.
Alternativa C
134
DIAGRAMA DE IDEIAS
MEDIDORES
PONTE DE
VOLTÍMETRO AMPERÍMETRO
WHEATSTONE
LIGADO EM ASSOCIAÇÃO
EQUILÍBRIO
PARALELO EM SÉRIE
IA = 0 RV = ∞ RA = 0
135
AULAS ESTUDO DO GERADOR
25 E 26
COMPETÊNCIAS: 2e5 HABILIDADES: 5, 6 e 17
isolante
bastão de
carbono Esses três exemplos ilustram a conversão de diferentes ti-
pasta pos de energia em energia elétrica. O gerador elétrico é
capa de zinco
utilizado basicamente para produzir a corrente elétrica em
um circuito elétrico.
isolante
proteção externa
contato metálico
com a capa -
2. GERADOR IDEAL
de zinco Um gerador é ideal quando é capaz de transferir para
as cargas elétricas toda a energia elétrica produzida. A
Em uma usina hidroelétrica, o movimento da água cau- tensão elétrica medida entre os polos de um gerador
sa a rotação de uma turbina. O movimento mecânico recebe o nome de força eletromotriz (f.e.m.) e é repre-
de rotação é transferido para um gerador, que transfor- sentada pelo símbolo H.
ma a energia mecânica em energia elétrica. A figura a
seguir ilustra esquematicamente os principais compo- A principal característica de um gerador ideal é manter
nentes em uma usina hidroelétrica: constante a d.d.p. (U) fornecida ao circuito, independente-
mente da intensidade da corrente.
gerador
turbina
GERADOR IDEAL (U = E)
136
(
No S.I., a unidade de medida de f.e.m. é volt lembre-se de
)
que V = __J .
C
Diferentemente dos geradores ideais, ocorre perda de
energia elétrica nos geradores reais. Essa perda deve-se
à resistência interna do gerador. Geradores elétricos reais
são representados pelo símbolo a seguir:
multimídia: vídeo
O simbolo r representa a resistência interna do gerador.
FONTE: YOUTUBE
Como fazer um gerador de energia com imã A figura a seguir é o gráfico da variação do potencial das
em casa cargas em um gerador real, desde o polo negativo até o
polo positivo. A diferença de potencial VB para VA corres-
ponde à f.e.m. « do gerador, levando em conta a queda de
t
« = ___
DQ
137
gia elétrica dissipada, maior será o rendimento do gerador.
Em geral, o rendimento é representado pela letra grega h
(eta). Assim, o rendimento h de um gerador elétrico real
é dado pelo quociente:
P U
h = __u = __
Pt «
FONTE: YOUTUBE
4. POTÊNCIA NO
GERADOR ELÉTRICO A BATERIA É A FONTE DE F.E.M. «, E R É SUA RESISTÊNCIA INTERNA.
O FAROL FAZ PARTE DO CIRCUITO EXTERNO (RESISTÊNCIA R).
Foi visto anteriormente que a potência elétrica em um tre-
cho de circuito é o produto da d.d.p. (U) entre as extremi-
dades desse trecho pela intensidade de corrente no mesmo Quando as cargas elétricas passam pelo farol, a energia po-
trecho do circuito. Assim, a potência de um gerador elétrico tencial das cargas é transformada em energia térmica (ca-
é obtida multiplicando-se a d.d.p. do gerador pela corrente lor), fazendo o filamento do farol se aquecer e emitir luz. A
elétrica no gerador: bateria fornece energia potencial às cargas no polo negati-
vo (menor potencial), enviando-as para o terminal positivo
U = « – ri Ui = ei – ri2 (potencial maior). Esse ciclo é repetido enquanto a bateria
conseguir transformar energia química em energia elétrica,
O primeiro termo, Ui, é a potência que o gerador fornece isto é, enquanto houver energia química disponível.
ao circuito externo, ou seja, a potência útil Pu. Essa é a
potência disponível para um circuito elétrico externo. Observe que a corrente elétrica no circuito é constante. Mes-
mo se os fios que ligam o farol à bateria fossem trocados
Pu = Ui por fios mais espessos, o funcionamento do circuito seria o
mesmo e a corrente se manteria constante. Isso ocorre por
No segundo termo da equação, o valor Hi corresponde à causa da conservação das cargas elétricas. Não pode haver
potência total do gerador Pt: acúmulo de cargas nos dispositivos do circuito. Se houvesse
acúmulo, a diferença de potencial seria variável com o tempo.
Pt = «i
Aplicação do conteúdo
Essa potência é o valor que seria fornecido ao circuito ex- 1. O gerador representado na figura a seguir é percorri-
terno caso não houvesse perda de energia elétrica. do por uma corrente de intensidade 1 A. Calcule:
O valor ri2 é a potência dissipada internamente Pd,
ou seja, é a perda de energia elétrica que ocorre e que não
pode ser utilizada pelo circuito externo:
138
gerador permanecer ligado por 20 s. UAB = « – ri e UAB = Ri
Resolução: Igualando as equações, segue que:
a) Pela equação do gerador, tem-se:
« – ri = Ri
Resolução:
139
Aplicando a Lei de Pouillet, tem-se: Substituindo r = 1 V na primeira equação, determina-se
o valor de «:
« = (3 + r) · 10
« = (3 + 1) · 10 « = 40 V
Para a situação com a chave fechada, deve-se determinar
a resistência equivalente das duas resistências do circuito:
3 R = 1,5 V
Req = __
2 eq
VIVENCIANDO
Os exemplos de geradores no cotidiano são diversos. Os geradores são a forma majoritária de proporcionar energia
elétrica para as redes urbanas. A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada na fronteira entre Brasil e Paraguai, teve a sua
maior produção anual estabelecida em 2016, com a geração de 103.068.366 MWh de energia.
Os geradores tambem são utilizados em automóveis e
em outras formas de transporte. Geradores de pequena
escala também fornecem um bom suporte para as
necessidades emergenciais de energia em hospitais,
prédios residenciais, estádios de futebol, shopping cen-
ters e pavilhões de exposições.
Na construção civil, principalmente em obras de grande
magnitude, a falta de energia elétrica causa a paral-
isações das obras, o que gera atrasos e prejuízos finan-
ceiros. Nesses casos, os geradores elétricos se apresentam
USINA DE ITAIPU, LOCALIZADA NO RIO PARANÁ
como uma solução para obtenção de energia temporária.
Em diversas indústrias são comuns as “paradas programadas”, que acontecem para que ocorra a manutenção da
rede elétrica. Assim, o suprimento de energia no decorrer desses processos acontece por meio de geradores elétricos.
140
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidades
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
Nessa aula, o aluno empregará a Habilidade 5 na montagem de circuitos com geradores, desde a utilização de um
gerador ideal até um gerador real, aprendendo a identificar suas diferenças e implicações.
Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológi-
6 cos de uso comum.
Faz-se necessária a interpretação correta de manuais de instalação de aparelhos elétricos. Além disso, o aludo deve
saber reconhecer a força eletromotriz fornecida e a resistência interna do gerador.
Modelo
(Enem) Em algumas residências, cercas eletrificadas são utilizadas com o objetivo de afastar possíveis invasores. Uma
cerca eletrificada funciona com uma diferença de potencial elétrico de aproximadamente 10.000 V. Para que não seja
letal, a corrente que pode ser transmitida através de uma pessoa não deve ser maior do que 0,01 A. Já a resistência
elétrica corporal entre as mãos e os pés de uma pessoa é da ordem de 1.000 :.
Para que a corrente não seja letal a uma pessoa que toca a cerca eletrificada, o gerador de tensão deve possuir uma
resistência interna que, em relação a do corpo humano, é:
a) praticamente nula;
b) aproximadamente igual;
c) milhares de vezes maior;
d) da ordem de 10 vezes maior;
e) da ordem de 10 vezes menor.
Análise expositiva - Habilidades 5 e 6: Ótimo exercício que apresenta características de interdisciplinaridade,
C condizente com a prova de Ciências da Natureza, mostrando que Física, Química e Biologia se relacionam
normalmente. Além do excelente diálogo com diferentes ramos da ciência, o conhecimento matemático e
físico do problema é de alto nível, exigindo do aluno o conhecimento da estrutura de um gerador elétrico.
Sendo r o valor da resistência interna do gerador, pela primeira Lei de Ohm segue que:
V = (r + R)i
10000 = (r + 1000)0,01
r = 99900 : ≈ 106 :
Em relação à resistência elétrica do corpo humano:
106 = 103
__r = ___
R 103
141
DIAGRAMA DE IDEIAS
GERADOR
r≠0 IDEAL
U=
POTÊNCIA POTÊNCIA
TOTAL ÚTIL
POTÊNCIA
DISSIPADA
142
AULAS ESTUDO E ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
27 E 28
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6 HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
72
3. POTÊNCIA ÚTIL FORNECIDA Aplicação do conteúdo
É possível obter a potência elétrica fornecida ao circuito a par- 1. Para uma bateria de resistência interna 2 V e força
tir do gráfico da curva característica de um gerador elétrico. eletromotriz 10 V:
a) Calcule a diferença de potencial, entre os terminais
da bateria, para as diferentes intensidades de corren-
te elétrica indicadas na tabela.
i(A) 0 1 2 3 4 5
A = Pu U = « – ri u = 10 – 2i
A área destacada no gráfico, terminada por um valor de i, é
Substituindo i pelos valores da tabela, obtém-se:
igual à potência útil Pu fornecida ao circuito externo.
A potência também pode ser obtida a partir da equação do i (A) 0 1 2 3 4 5
gerador. Lembre-se de que a potência é o produto da d.d.p.
pela corrente elétrica: U (V) 10 8 6 4 2 0
Pu
Pu max
a) a f.e.m.;
b) a resistência interna;
c) a d.d.p. entre seus terminais para i = 3 A;
i
d) a intensidade da corrente de curto-circuito;
e) a potência elétrica fornecida para i = 2 A.
73
Resolução:
4.1. Associação em série
a) Sendo U = « – ri, para i = 0, obtém-se: A associação em série permite aumentar a potência útil
fornecida ao circuito, pois aumenta a diferença de poten-
35 = « – r · 0 cial entre os extremos da associação de geradores. Esse
« = 35 V tipo de ligação é comum em lanternas, rádios e diversos
aparelhos alimentados por pilhas. A ligação em série de
b) Para U = 0, tem-se:
geradores é realizada de modo que o polo positivo de um
0 = 35 – r · 5 gerador se conecte ao polo negativo de outro gerador..
r=7V + - + - + - + -
c) Para i = 3 A, calcula-se:
U = 35 – 7 · 3
U = 14 V A B
Pu = U · i
Pu = (« – ri) i
Pu = (35 – 7 · 2) · 2
Pu = 42 W
4. ASSOCIAÇÃO DE GERADORES
Assim como os resistores, os geradores podem ser asso-
ciados em série, em paralelo ou em uma combinação de
ambas as ligações. Cada associação pode ser representada
por um gerador equivalente. O efeito desse gerador equi- Essa combinação de geradores pode ser simplificada e re-
valente no circuito é como a associação real do conjunto presentada por apenas um gerador equivalente:
de geradores.
74
Us = U1 + U2 + ... + Un A figura a seguir ilustra a ligação em paralelo de gera-
dos elétricos:
A soma das potências fornecidas por cada um dos gerado-
+ -
res associados é a potência fornecida ao circuito externo.
Essa é a vantagem da associação de geradores em série:
Ps = P1 + P2 + ... + Pn
+ -
Da mesma maneira, a soma das resistências internas dos A B
geradores associados é igual à resistência interna do gera-
dor equivalente:
+ -
rs = r1 + r2 + ... + rn
75
A d.d.p. entre A e B é 4,5 V e 4,0 V quando a chave Ch está Resolução:
aberta e fechada, respectivamente. Calcule:
a) A f.e.m. e a resistência equivalente da associação
a) a f.e.m. de cada pilha;
em série são:
b) a intensidade de corrente no circuito com a chave fechada;
c) a resistência interna de cada pilha. «s = 1,5 + 1,5 «s = 3 V
Resolução:
rs = 0,5 + 0,5 = 1 V
a) Com a chave Ch aberta, tem-se:
i = 0 e UAB = «S = 3.«. Aplicando a Lei de Pouillet, calcula-se a intensidade da cor-
Assim: UAB = 3« 4,5 V = 3 « « = 1,5 V rente i1:
b) Com a chave Ch fechada, tem-se:
UAB = RLi 4 = 10i i = 0,40 A «s = (R + rs)i 3 = (2 + 1)i, i1 = 1 A
c) A partir da equação do gerador, para o circuito com
b) A f.e.m. e a resistência equivalente da associação
a chave fechada, tem-se:
em paralelo são, respectivamente:
UAB = «S – rSi UAB = 3 « – 3 ri
0,5
4 = 3 · 1,5 – 3r · 0,4 «p = 1,5V e rp = __r = ___ = 0,25 V
2 2
4 = 4,5 – 1,2r
5 V Aplicando a Lei de Pouillet, obtém-se:
r = ___
12
«p = (R + rs) i2 1,5 = (2 + 0,25)i
2. Duas pilhas iguais de f.e.m. « = 1,5 V e resistência
interna r = 0,5 V são associadas de modos diferentes e i = 0,67 A
ligadas a um resistor de 2 V, conforme as figuras. Cal-
cule a intensidade da corrente no resistor em cada uma
das associações.
a)
b)
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
G1 - Confira dica de física sobre
geradores elétricos
76
VIVENCIANDO
As associações de geradores são muito utilizadas no cotidiano, seja em brinquedos, seja em controles remotos de
televisores. Dependendo do aparelho, esses equipamentos utilizarão pilhas ou baterias associadas em série ou em
paralelo, de acordo com a necessidade.
Para aumentar a tensão, são utilizadas pilhas em série. É possível até mesmo ligar um aparelho que funciona com
tensão de 110 V; para isso, devem ser conectadas em série 73 pilhas de 1,5 V cada uma.
Para aumentar a corrente elétrica, as pilhas devem ser associadas em paralelo; desse modo, no entanto, não ocorre
aumento da tensão. Na associação em paralelo, a resistência interna do gerador equivalente é menor do que quando
os mesmos geradores são associados em série.
Habilidade
Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos ou sistemas tecnológi-
6 cos de uso comum.
A Habilidade 6 exige que o estudante compreenda manuais de instalação de aparelhos elétricos de uso comum.
A partir disso, ele deve saber relacionar circuito e fonte de tensão, sabendo reconhecer as diferentes associações
possíveis e suas consequências. Assim, é dever do estudante compreender como ocorre a associação de geradores
e suas particularidades.
77
Modelo
(Enem) Em um laboratório, são apresentados aos alunos uma lâmpada, com especificações técnicas de 6 V e 12 W e
um conjunto de 4 pilhas de 1,5 V cada.
Qual associação de geradores faz com que a lâmpada produza maior brilho?
a) d)
b) e)
c)
Análise expositiva - Habilidade 6: A lâmpada produzirá maior brilho para a associação que produzir a maior
C potência; como a potência é proporcional à tensão, o circuito com maior tensão elétrica equivalente pro-
verá o maior brilho.
Tensão equivalente para os circuitos:
[A]: VA = (1,5//1,5//1,5) + 1,5 VA = 3 V
[B]: VB = (1,5 + 1,5)//(1,5 + 1,5) VB = 3 V
[C]: VC = 1,5 + 1,5 + 1,5 + 1,5 VC = 6 V
[D]: VD = (1,5//1,5) + (1,5//1,5) VD = 3 V
[E]: VE = 1,5//1,5//1,5 VE = 1,5 V
Alternativa C
78
DIAGRAMA DE IDEIAS
GERADORES
FORÇA
FONTES DE TENSÃO ASSOCIAÇÃO
ELETROMOTRIZ
SÉRIE PARALELO
IDEAL r=0
CORRENTE DE
POTÊNCIA
CURTO-CIRCUITO
RENDIMENTO
79
AULAS RECEPTORES
29 E 30
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6 HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
80
O ponto de interseção da reta com o eixo da tensão total U A tensão de 127 V é a tensão total que o liquidificador rece-
(eixo das ordenadas) é a f.c.e.m. («). A inclinação da reta é re- be da rede elétrica. Entretanto, para girar o eixo do motor, fo-
lacionada com a resistência interna r’. Essa relação é dada por. ram utilizados apenas 100 V, pois 27 V foram dissipados nos
N seus condutores internos (em razão da resistência interna).
r’ = tg a
Ou seja, a resistência interna é numericamente igual à tan-
gente do ângulo de inclinação da reta. 3. CIRCUITOS ELÉTRICOS
A variação do potencial elétrico no receptor é representada COM RECEPTOR
pela figura a seguir.
O circuito elétrico da figura a seguir é formado apenas por
gerador e um receptor. O gerador deverá ter uma f.e.m.
suficiente para compensar as perdas de tensão dissipadas
nas duas resistências internas, r e r’.
Aplicação do conteúdo
1. Um liquidificador é ligado a uma tomada de tensão
127 V. O motor do liquidificador puxou da rede uma cor-
rente elétrica de intensidade 2,0 A. Sendo de 13,5 V a
resistência do motor, qual o valor da f.c.e.m. («’)?
parâmetros do gerador: « e r;
Resolução:
parâmetros do receptor: «’ e r’.
Os dados fornecidos são U = 127 V (dado pela rede elétri-
São válidas as equações vistas para o gerador e para o
ca; é a d.d.p. total), i = 2,0 A e r = 13,5 V.
receptor:
A equação do receptor se aplica aos motores elétricos: Gerador: U = « – r . i
U = «’ + r’ · i
Receptor: U = «’ + r’ . i
127 = «’ + 13,5 · 2,0
127 = «’ + 27 Nesse circuito, a d.d.p. U fornecida pelo gerador é a mesma
d.d.p no receptor, e a corrente elétrica no circuito, i, é cons-
«’ = 127 – 27
tante. Dessa forma, as equações acima podem ser igualadas:
«’ = 100 V
« – r · i = «’ + r’ · i
« – «’ = r · i + r’ · i
« – «’ = (r + r’) · i
Ou ainda:
« = «’ + (r + r’) · i
81
b) Nos terminais do gerador, a d.d.p. é dada por:
U = « – r · i U = 44 – 1,5 · 2,0 U = 41 V
c) Nos terminais do receptor, a d.d.p. é dada por:
U = «’ + r’ · i U = 28 + 1,5 · 2,0 U’ = 31 V
multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Como fazer um gerador de energia
com imã em casa
Aplicação do conteúdo
1. O gerador do circuito elétrico da figura a seguir tem os
seguintes parâmetros: « = 44 V e r = 1,5 V. Os parâmetros multimídia: vídeo
do receptor, nesse circuito, são: «’ = 28 V e r’ = 1,5 V. As
resistências dos resistores são: R1 = 2,0 V e R2 = 3,0 V. FONTE: YOUTUBE
Determine: Telecurso – Ensino Médio – Física – Aula 42
« «´ 4. POTÊNCIA
Observe na figura a seguir o balanço energético do receptor,
tanto em termos de energia quanto em termos de potência:
82
P «‘i h = __
«‘ c) A d.d.p. é obtida pela equação do receptor:
h = __u h = ___
Pt U’i U’ U’ = «’ + r’i U’ = 50 + 5i U’ = 50 + 5 · 3
Se não houver resistência interna, ou seja, se r’ = 0 (recep- U’ = 65 V
tor ideal), o rendimento será máximo: h = 1 ou h = 100%. No caso em que «’ = 0 V, por exemplo, se as hélices de um
Na prática, sempre existe uma resistência interna; assim, é ventilador forem travadas, a potência total será integralmen-
impossível atingir o rendimento de 100%. te transformada em potência dissipada, e o receptor vai se
comportar como um resistor de resistência r’. Em tal situa-
Aplicação do conteúdo ção, a corrente elétrica tende a subir, e, consequentemente,
o valor da potência dissipada também subirá, o que pode
1. A curva característica de um receptor é mostrada na causar a queima do aparelho e a ocorrência de incêndios.
figura a seguir. A partir dos dados da figura, calcule:
a) a f.c.e.m. do receptor;
b) a resistência interna do receptor;
multimídia: sites
c) a d.d.p. entre seus terminais para i = 3 A. www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/
Resolução: receptores-eletricos
a) Para i = 0 U’ = «’ «’ = 50 V www.educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/
b) A resistência interna é dada por tg a = r’. Assim: receptores-eletricos-ventiladores-liquidificadores-
60 – 50 r’ = 5V
r’ = ______ e-batedeiras.htm
2–0
VIVENCIANDO
Aparelhos eletrônicos que são receptores elétricos estão por toda parte: smartphones, geladeiras, ventiladores, televi-
sores, etc. A vida moderna foi drasticamente alterada e moldada por esses aparelhos. Os indivíduos são iniciados cada
vez mais cedo no uso desses aparelhos. É mais provável uma criança de 3 anos ter mais intimidade com smartphones
do que adultos com mais de 40 anos.
83
Como no caso da revolução feminina, em que uma simples máquina de lavar roupa foi capaz de mudar a percepção
que as mulheres tinham sobre si mesmas, libertando-as de trabalhos que eram relacionados com o gênero feminino.
DIAGRAMA DE IDEIAS
RECEPTORES
CIRCUITOS
POTÊNCIA
ELÉTRICOS
LEI DE
TOTAL ÚTIL DISSIPADA
POUILLET
RENDIMENTO
84
AULAS CAPACITORES
31 E 32
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6 HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
85
GRÁFICO DA CARGA EM FUNÇÃO DA D.D.P.
2. CARGA ELÉTRICA ou
Q
C = __
E CAPACITÂNCIA U
Como foi visto, as placas de um capacitor carregado apre- Na equação:
sentam valores opostos: +Q e –Q. Por definição, a carga C é aconstante de proporcionalidade denominada ca-
elétrica do capacitor é o módulo Q da carga de uma das pacitância ou capacidade do capacitor;
placas; assim:
Q é carga elétrica do capacitor;
u +Q u = u –Q u = Q (carga do capacitor)
U é d.d.p. ou tensão elétrica da bateria.
Para que as placas de um capacitor sejam eletrizadas, é A unidade de capacitância no SI é o farad (F), em home-
preciso ligá-lo a um gerador de corrente contínua (como nagem ao físico Michael Faraday. Assim:
uma bateria, por exemplo). Dessa maneira, uma das pla-
[unidade de carga] _______
unidade de _______________
cas é ligada ao polo positivo da bateria e recebe cargas : = coulomb = farad
capacitância [unidade de tensão] volt
positivas; a outra placa é ligada ao polo negativo e recebe
cargas negativas. À medida que o capacitor é carregado, a C=F
__
V
d.d.p. entre as placas vai aumentando, e, em determinado
momento, a d.d.p. do capacitor e do gerador tornam-se A capacitância de um capacitor depende da sua forma
iguais. Assim, atinge-se o equilíbrio eletrostático entre am- geométrica e do seu tamanho. Dessa maneira, para um
bos, e então o carregamento de cargas no capacitor cessa, capacitor de placas paralelas de área A separadas por
uma vez que o capacitor está completamente carregado. uma distância d, a capacitância é dada por:
A
C = k · «0 · __
d
Em que:
«0: é a permissividade do espaço;
A: é a área das placas;
GRÁFICO DA TENSÃO DURANTE O CARREGAMENTO DO CAPACITOR d: é a distância entre as placas;
k: é a constante dielétrica (se for vácuo k = 1).
De modo geral, os capacitores são peças muito pequenas
que resultam pequenos valores para a capacitância; por
outro lado, a unidade farad é muito grande. Para se ter
uma ideia dessa discrepância, considere como seria medir
o tamanho de uma caneta usando o quilômetro como uni-
GRÁFICO DA TENSÃO DURANTE O DESCARREGAMENTO DO CAPACITOR dade de comprimento. Assim, é muito comum aparecerem
86
nas medidas de capacitância os submúltiplos do farad: mi-
crofarad (mF) = 10–6 F; nanofarad (nF) = 10–9 F; picofarad
(pF) = 10–12 F.
Aplicação do conteúdo
1. Um capacitor de capacitância 2,0 nF foi conectado a
uma bateria de 12 V até ser carregado completamente.
Determine:
a) a carga elétrica adquirida;
b) a d.d.p. necessária para o capacitor ser carregado
com 60 nC. multimídia: vídeo
FONTE: YOUTUBE
Resolução: Para que serve 03: Capacitores
a) Sendo C = 2,0 nF e U= 12 V:
Q = C · U Q = 2,0(nF) · 12(V) Q = 24 nC
Q
C
A B
A
Ainda que não haja passagem de corrente elétrica pelo
capacitor, ele fica polarizado, isto é, uma de suas placas
O U ddp
metálicas fica carregada positivamente, e a outra, nega-
Assim, tem-se que a energia W é dada pela área do triân- tivamente. Pode-se afirmar que o capacitor adquiriu certa
gulo hachurado, ou seja: quantidade de carga elétrica Q.
87
Desse modo, para a resolução de um circuito elétrico que b) Recolocando o ramo do capacitor novamente:
contenha um capacitor inserido em um de seus ramos, de-
M A
ve-se: = 12 V
retirar o ramo do capacitor; r = 1,0 R = 3,0 C = 5,0 nF
M A
Até o instante da abertura da chave CH, o circuito repre-
sentado na figura anterior se encontrava em regime per-
r C
i manente. Desde o instante da abertura da chave até a lâm-
pada se apagar completamente, observa-se que a energia
N B armazenada no capacitor de capacitância 2,0 F sofre uma
Determine: variação de 0,25 J. Considerando a lâmpada como uma
a) a intensidade de corrente elétrica que percorre resistência R, qual é o valor de R, em ohms?
o circuito; a) 1/2
b) a d.d.p. no capacitor e a carga elétrica nele acumulada. b) 1/3
Resolução: c) 1/4
d) 1/5
a) No capacitor não passa corrente elétrica devido
ao material isolante existente entre as placas. Assim, e) 1/6
pode-se retirá-lo temporariamente do circuito com a
finalidade de calcular a intensidade da corrente elé-
Resolução:
trica no circuito.
Se houve uma variação de energia de 0,25 J na descarga
i do capacitor, então:
U2
E = C ∙ __
2
= 12 V
0,25 ∙ 2
i R = 3,0 U2 = ______
r = 1,0 i 2
U = 0,5 V
i
Como o capacitor está em paralelo com a lâmpada (ou a
resistência R), sabe-se que a tensão em cima da lâmpada é
A intensidade da corrente pode ser calculada pela Lei de a mesma que a tensão em cima do capacitor.
Pouillet:
V0,5 + VR = 2
H= r · i + R · i H = (r + R) · i
V0,5 = 2 – 0,5
H i = ________
i = ____ 12 = ___
12 i = 3,0A
r+R 1,0 + 3,0 4,0 V0,5 = 1,5 V
88
Em regime permanente, não existe corrente circulando a) 100 J
pelo capacitor; assim: b) 150 J
i0,5 = iR c) 200 J
V0,5 __ V d) 300 J
___ = R
0,5 R e) 400 J
1,5 ___
___ 0,5 Resolução:
=
0,5 R
0,5 ∙ 0,5 A energia em um capacitor é dada por:
R = _______ Q∙U
1,5 E = ____
2
R = __1 Ω Analisando o ponto em que a tensão é 4 kV, a carga Q = 0,10 C.
6
Alternativa E Substituindo os valores na equação, segue que:
0,10 ∙ 4 ∙ 103
E = __________ E = 200J
2
Alternativa C
89
Em que:
C é a capacitância;
U é a diferença de potencial;
Q é a intensidade da carga elétrica (constante);
d é a distância entre as placas;
H0 é a permissibilidade absoluta no vácuo;
Desprezadas quaisquer resistências ao movimento do siste- A é a área da placas.
ma e considerando que as placas estão eletricamente isola-
das, o gráfico que melhor representa a ddp, U, no capacitor, Igualando as duas equações e explicitando U, tem-se:
Q
em função do tempo t contado a partir do lançamento é: U = ___ d
H0A
a)
Para o movimento uniformemente variado (MUV): d = v 0t = __a t2
2
Aplicando na equação anterior, fica-se com uma função qua-
drática entre U e t obtendo-se uma parábola com a concavi-
dade voltada para baixo, devido à aceleração negativa.
Q
b) U = ___ v0t + __a t2
( )
H0A 2
Alternativa A
c)
d)
multimídia: sites
www.mundodaeletrica.com.br/como-
funcionam-os-capacitores/
Resolução:
www.mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/
As duas placas carregadas com cargas contrárias consti- capacitores.htm
tuem um capacitor. Nele, existe uma força de atração entre
www.aulasdefisica.com.br/wp-content/uplo-
as placas que são lançadas em sentido contrário, consti-
ads/2011/09/Resumo-de-Capacitores.pdf
tuindo um movimento uniformemente variado. Essa força
será responsável por desacelerar cada placa até que elas
parem na máxima distância entre elas tendo a máxima di-
ferença de potencial. Em seguida, iniciam o movimento de
aproximação, diminuindo a diferença de potencial à medi-
da que se aproximam, de acordo com as equações:
Q H0 ∙ A
C = __ e C = _____
U d
90
VIVENCIANDO
Capacitores podem ser empregados em diversos circuitos. Os capacitores são encontrados em circuitos retificadores
e circuitos ressonantes, como no caso de um rádio, em que a antena capta ondas que são emitidas pelas estações
de transmissão com frequências diferentes. Como os capacitores são capazes de bloquear correntes contínuas e
alternadas de baixa frequência, eles são utilizados em alto-falantes para separar os sons agudos.
Habilidade
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A Habilidade 5 se refere a circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano, dentre eles os capacitores. Nesta aula,
foi definido o que é um capacitor e qual é a sua utilidade em circuitos. A Habilidade 5 cobra justamente que o aluno
conheça os diferentes dispositivos e suas funcionalidades.
91
Modelo
(Enem) Atualmente, existem inúmeras opções de celulares com telas sensíveis ao toque (touchscreen). Para decidir
qual escolher, é bom conhecer as diferenças entre os principais tipos de telas sensíveis ao toque existentes no merca-
do. Existem dois sistemas básicos usados para reconhecer o toque de uma pessoa:
• O primeiro sistema consiste de um painel de vidro normal, recoberto por duas camadas afastadas por es-
paçadores. Uma camada resistente a riscos é colocada por cima de todo o conjunto. Uma corrente elétrica passa
através das duas camadas enquanto a tela está operacional. Quando um usuário toca a tela, as duas camadas
fazem contato exatamente naquele ponto. A mudança no campo elétrico é percebida, e as coordenadas do ponto
de contato são calculadas pelo computador.
• No segundo sistema, uma camada que armazena carga elétrica é colocada no painel de vidro do monitor. Quan-
do um usuário toca o monitor com seu dedo, parte da carga elétrica é transferida para o usuário, de modo que
a carga na camada que a armazena diminui. Esta redução é medida nos circuitos localizados em cada canto do
monitor. Considerando as diferenças relativas de carga em cada canto, o computador calcula exatamente onde
ocorreu o toque.
ADAPTADO DE: HTTP://ELETRONICOS.HSW.UOL.COM.BR. ACESSO EM: 18 SET. 2010.
O elemento de armazenamento de carga análogo ao exposto no segundo sistema e a aplicação cotidiana correspon-
dente são, respectivamente:
a) receptores e televisor; d) fusíveis e caixa de força residencial;
b) resistores e chuveiro elétrico; e) capacitores e flash de máquina fotográfica.
c) geradores e telefone celular;
Análise expositiva - Habilidade 5: Dispositivos que armazenam carga elétrica são denominados capacitores
E ou condensadores. A carga armazenada é descarregada num momento oportuno, como por meio do fila-
mento de uma lâmpada de máquina fotográfica, emitindo um flash.
Alternativa E
DIAGRAMA DE IDEIAS
• PLANO
ARMAZENA
• CILÍNDRICO CAPACITORES
CARGA ELÉTRICA
• ESFÉRICO
ENERGIA
ARMAZENADA
92
AULAS ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
33 E 34
COMPETÊNCIAS: 2, 5 e 6 HABILIDADES: 5, 6, 7, 17 e 22
1. INTRODUÇÃO A
B
CAPACITOR EQUIVALENTE
2. CAPACITOR EQUIVALENTE
Uma associação de capacitores pode ser representada por
apenas um capacitor equivalente que se comporte com as
mesmas propriedades da associação. A capacitância do capa- multimídia: vídeo
citor equivalente é denominada capacitância equivalente.
FONTE: YOUTUBE
Para que haja equivalência entre o capacitor equivalente e a Capacitores em paralelo
associação, as seguintes propriedades devem ser satisfeitas:
93
3. ASSOCIAÇÃO DE Cada capacitor terá a sua própria carga elétrica. Assim:
Q1 = carga elétrica do capacitor C1
CAPACITORES EM PARALELO Q2 = carga elétrica do capacitor C2
As figuras a seguir ilustram a associação de dois ou
Q3 = carga elétrica do capacitor C3
mais capacitores.
Nesse tipo de associação, as placas de mesma polaridade
A
são ligadas entre si, isto é, as placas positivas são ligadas a
placas positivas, e as placas negativas são ligadas a placas
negativas . Assim, a carga elétrica da associação é igual à
soma das cargas elétricas parciais de cada capacitor:
C1 C2
Qeq = Q1 + Q2 + Q3 = Q
B Q1 + Q2 + Q3 = C1 · U + C2 . U + C3 · U
DOIS CAPACITORES EM PARALELO Q = (C1 + C2 + C3) · U
A
Pela definição de capacitância equivalente, tem-se:
Q = Ceq · U
C1 C2 C3
Ceq = C1 + C2 + C3
B Essa equação pode ser generalizada para n capacitores em
paralelo, e, assim:
TRÊS CAPACITORES EM PARALELO
+ + +
C1
-
C2
- -
Aplicação do conteúdo
1. Calcule a capacitância equivalente da associação de
-
3 capacitores ligados em paralelo.
B
A
CAPACITORES EM PARALELO LIGADOS AOS TERMINAIS DE UMA BATERIA
2,0 μF 5,0 μF 6,0 μF
A polaridade adquirida pelos capacitores é determinada
pela polaridade de ligação da bateria. As placas dos ca-
B
pacitores ligadas ao polo positivo da bateria adquirem
polaridade positiva (carga positiva). As placas conectadas Resolução:
ao lado negativo da bateria adquirem polaridade negativa
Nesse caso, a capacitância equivalente é dada pela soma
(carga negativa).
das capacitâncias de cada um dos capacitores:
A d.d.p. em cada capacitor é igual à d.d.p. da bateria:
Ceq = C1 + C2 + C3 Ceq = 2,0 mF + 5,0 mF + 6,0 mF
U = VA – VB Ceq = 13,0 mF
94
2. Calcule a carga elétrica acumulada por uma associa- C1
ção em paralelo, conhecidas as capacitâncias e a tensão A C2
C3
elétrica fornecida pela bateria. B
Dados: C1 = 2,0 mF e C2 = 3,0 mF. ASSOCIAÇÃO AB DE TRÊS CAPACITORES EM SÉRIE
Resolução:
4. ASSOCIAÇÃO DE
UAB = U1 + U2 + U3
95
Q
UAB = ___
Ceq 5. ASSOCIAÇÃO MISTA
Utilizando as equações de cada um dos capacitores, ob- A associação mista é a ligação de capacitores, tanto em
tém-se: série como em paralelo, em um mesmo circuito elétrico.
Por exemplo, um capacitor pode ser ligado em paralelo em
Q
___ Q Q Q 1 = __ 1 + __
1 + __ 1 uma associação em série incial. A figura a seguir ilustra
= __ + __ + __ ___
Ceq C1 C2 C3 Ceq C1 C2 C3 exemplos de associações mistas.
Generalizando essa equação para n capacitores associados
em série, encontra-se: A B A B
___ 1 = __
1 = __ 1 + __
1 + ... + __
1
Ceq C1 C2 C3 Cn EXEMPLOS DE ASSOCIAÇÃO MISTA DE CAPACITORES
Em uma associação de capacitores em série, o inverso Para determinar a capacitância equivalente de um circuito
da capacitância equivalente é igual à soma dos inversos de associação mista de capacitores, deve-se reduzir pro-
das capacitâncias parciais. gressivamente o circuito em combinações simplificadas de
associações em série ou em paralelo. Esse procedimento
varia de caso para caso.
Aplicação do conteúdo
1. Determine a capacitância equivalente da associação
multimídia: vídeo AB indicada na figura, adotando os seguintes valores
FONTE: YOUTUBE de capacitância: C1 = 5,5 mF; C2 = 6,5 mF; C3 = 4,0 mF:
Capacitores em série
C1
Aplicação do conteúdo
1. Calcule a capacitância da seguinte associação de ca- A B
pacitores em série:
C3
C2
6,0 μF 12 μF 4,0 μF
Resolução:
Resolução:
Como C1 e C2 estão em paralelo, as suas capacitâncias de-
Utilizando a expressão para a capacitância equivalente:
vem ser somadas para se obter Cp. Os capacitores Cp e C3
1 = __
___ 1 + __
1 + __
1 ___
1 = ______
1 + ______
1 + ______
1 compõem, então, uma associação em série:
Ceq C1 C2 C3 Ceq 6,0 mF 12 mF 4,0 mF
C1
2,0 1,0 3,0 6,0
= _____ + _____ + _____ = _____
12 mF 12 mF 12 mF 12 mF A B A
Cp C3
B
Ceq
C3 (3,0 μF)
12 mF C = 2,0 mF
Ceq = ___
(12,0 μF) (4,0 μF)
C2
6,0 eq
96
Cp = C1 + C2 = 5,5 mF + 6,5 mF Cp = 12,0 mF a) a capacitância equivalente;
1 = __
1 + __
1 = _______ 1 = _______
1 + ______ 4 b) a carga de cada capacitor;
___
Ceq C1 C2 12,0 mF 4,0 mF 12,0 mF c) a d.d.p. em cada capacitor.
12 mF
Ceq = _____ Ceq = 3 mF Resolução:
4
a) A capacitância equivalente pode ser obtida pela
2. Considere a associação mista de capacitores mostrada associação de dois capacitores em série:
na figura a seguir, em que C1 = 3,0 mF está em série com
C2 = 6,0 mF. Essa associação, por sua vez, está em parale- C1 · C2 60 · 30 mF
Ceq = ______ Ceq = _______
lo com C3 = 7,5 mF. Determine a capacitância equivalente C1 + C2 60 + 30
entre os terminais A e B da associação mista.
Ceq = 20 mF
A
b) A carga da associação é calculada pela capacitân-
cia equivalente:
C1
Q = Ceq · U Q = 20 mF · 45 V
C3
C2
Q = 900 mC
B
Desse modo, o capacitor equivalente terá carga de 900 mC,
Resolução: assim como cada um dos capacitores associados em série:
97
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Habilidade
5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
A Habilidade 5 se refere a circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano, dentre eles os capacitores. Nesta aula,
caberá ao aluno saber reconhecer e aplicar as diferentes associações entre os capacitores.
Modelo
(Enem) Um cosmonauta russo estava a bordo da estação espacial MIR quando um de seus rádios de comunicação que-
brou. Ele constatou que dois capacitores do rádio de 3 μF e 7 μF ligados em série estavam queimados. Em função da
disponibilidade, foi preciso substituir os capacitores defeituosos por um único capacitor que cumpria a mesma função.
Análise expositiva - Habilidade 5: Como os capacitores estavam ligados em série, a capacitância do capa-
C citor equivalente é dada por:
C1C2 3 ∙ 7 C = 2,1 μF
Ceq = _______ = _____ eq
C1 + C2 3 + 7
Alternativa C
98
DIAGRAMA DE IDEIAS
CAPACITORES
ASSOCIAÇÃO
SÉRIE PARALELO
CAPACITOR
EQUIVALENTE
CARGAS TENSÕES
IGUAIS IGUAIS
99
AULAS Leis de Kirchhoff
35 e 36
Competências: 2e6 Habilidades: 5, 6, 7 e 17
A d.d.p entre A e B é determinada adicionando as variações de potencial de cada um dos elementos. Esse trecho do circuito
será percorrido, no sentido da corrente, adicionando algebricamente todas as variações de potencial que ocorrem em cada
um dos seus elementos. Lembre-se de que os receptores e resistores retiram energia das cargas elétricas, provocando a
queda do potencial, enquanto os geradores aumentam o potencial.
A partir do ponto A, de potencial elétrico VA, até o ponto B, de potencial elétrico VB,
VA – «1 + r1i – «2 + r2i + «‘1 + r’1i + «‘2 + r’2i + R1 · i + R2 · i = VB
Assim, a d.d.p. entre os pontos A e B é igual a:
VA – VB = + «1 + «2 – «‘1 – «‘2 – r1i – r2i – r’1i – r’2i – R1i – R2i
De forma geral, a d.d.p em um trecho AB de circuito contendo vários geradores, receptores e resistores é dada por:
VA – VB = S« – S«‘ - Reqi
Essa expressão corresponde à lei de Ohm generalizada.
Se o trecho do círculo for percorrido em sentido contrário ao da corrente, invertem-se os sinais da expressão acima.
VA – VB = 17, 35 V
Aplicação do conteúdo
2. Considere o circuito representado e calcule:
1. Calcule a d.d.p. entre os pontos A e B do circuto, sa-
bendo-se que a intensidade da corrente é 0,1 A.
Resolução:
Partindo do ponto A, de potencial VB e caminhado no sen-
tido da corrente, tem-se:
a) a intensidade da corrente no circuito;
VA – VB = S« – S«‘ – R i
b) a diferença de potencial entre os pontos X e Y.
VA – VB = 5 + 4 + 10 – 10 · 0,1 – 0,5 · 0,1 – 5 · 0,1 – 1 · 0,1
Dados: «1 = 30 V; «2 = 50 V; r1 = 1 V; r2 = 2 V; R3 = 3
VA – VB = 19 – 1,65 V; R4 = 4 V.
124
Resolução: os pontos X e Y:
a) Em primeiro lugar, deve-se adotar o sentido horário VX – «2 + r2i + R4i = Vy ⇒ Vx – 50 + 2(+
de percurso para a corrente elétrica (esse sentido é 8) + 4 (+ 8) = Vy ⇒ Vx – Vy = 2 V
arbitrário). A partir da lei de Ohm generalizada, de-
ve-se percorrer todo o circuito, adicionando algebri-
camente as diferenças de potencial que ocorrem em
cada um dos seus elementos. Assim, deve-se partir
do ponto x de potência V1 e percorrer o circuito no
sentido horário. Ao percorrer todo o circuito, deve-se
retornar ao mesmo ponto x de potencial V1. Assim:
multimídia: livros
Análise de circuitos em corrente contínua, de
Rômulo Oliveira Albuquerque
Apresenta os princípios e componentes
básicos usados em circuitos. Os principais
assuntos tratados são: bipolos, lei de Ohm,
V1 – «2 + r2i + R4i + R3i – «1 + r1i = V1 associação de resistores e geradores, resis-
–50 + 10i – 30 = 0 tividade, galvanômetros, medidas, ponte de
i=8A Wheatstone, Kirchhoff, Thévenin, Norton,
Como o ponto inicial e final é o mesmo, a soma dos Maxwell e superposição de efeitos. Além dos
potenciais é nula. tópicos teóricos, contém exercícios resolvidos
b) Mantendo o sentido de circulação da corrente indi- e propostos.
cado no início e percorrendo o trecho de circuito entre
Diminui VA VA – R · i R·i
Resistor
Aumenta VA VA + « – r · i –«+r·i
Gerador
Receptor
Ao atravessar um resistor R no sentido da corrente elétrica, ocorre uma queda de potencial igual a R.i. Em um gerador, ocorre
um aumento de potencial igual a (« – r · i), e, em um receptor, uma queda de potencial igual a (« + r · i).
125
3. As Leis de Kirchhoff
As Leis de Kirchhoff são importantes ferramentas para
calcular as correntes e tensões em circuitos elétricos mais
complexos, nos quais apenas a Lei de Pouillet não é sufi-
ciente. Essas leis se devem ao físico alemão Gustav Robert
Kirchhoff (1824-1887).
Observe o circuito a seguir:
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Leis de Kirchhoff
4. Resolução de
circuitos elétricos
Circuito elétrico em duas malhas
126
6 + 3 – 1
i = ___________
= 1 A, sentido horário. O sinal negativo para a corrente indica que o sentido esco-
1+2+3+2
lhido para a corrente não é correto. Nesse caso, o sentido
da corrente elétrica é o sentido horário. Observe que o re-
sultado coincide com o resultado encontrado no primeiro
método, em que foi utilizada a Lei de Pouillet. Se o sentido
horário tivesse sido o escolhido, a corrente positiva teria
sido obtida diretamente.
127
negativo, o sentido escolhido estará incorreto e o sentido
real será oposto ao escolhido.
Essas correntes foram escolhidas de acordo com a figura
a seguir:
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Leis de Kirchhoff – Eletrodinâmica
Representação das correntes nos circuitos
O somatório das correntes que chegam ao nó B (i1 e i2) i1 – 26 + 0,5 · i1 + 0,5 · i1 – 0,5 · i2 + 20 – 0,5 i2 = 0
deve ser igual ao somatório das correntes que saem desse 2 · i1 – 1 · i2 = 6
nó (i3).
Para a malha EBCDE, partindo do nó E, no sentido horário:
0,5 · i2 – 20 + 0,5 · i2 + 3 · i3 + 6 + 1 · i3 = 0
4 · i3 + i2 = 14
Assim, é obtido um sistema com três equações e três in-
cógnitas:
i1 + i2 = i3
2 · i1 – 1 · i2 = 6
4 · i3 + 1 · i2 = 14
Resolvendo esse sistema por substituição, segue que:
multimídia: vídeo
22 A; i2 = __
i1 = ___ 2 A e i3 = ___
24 A
Fonte: Youtube 7 7 7
Ou seja, os sentidos das correntes foram adequadamen-
Leis de Kirchhoff – Lei das tensões de
te escolhidos devido ao fato de que os sinais foram todos
Kirchhoff
positivos.
128
a) 2,0 A, 3,0 A, 5,0 A. A figura anterior apresenta um circuito composto por
b) –2,0 A, 3,0 A, 5,0 A. quatro baterias e três resistores. Sabendo-se que I1 é
c) 3,0 A, 2,0 A, 5,0 A. igual a 10 U
__ determine, em função de U e R:
R
d) 5,0 A, 3,0 A, 8,0 A. a) a resistência r;
e) 2,0 A, –3,0 A, –5,0 A. b) o somatório de I1,I2 e I3;
Resolução: c) a potência total dissipada pelos resistores;
d) a energia consumida pelo resistor 3R em 30 minutos.
Pela lei das malhas de Kirchoff:
Resolução:
Identificando os nós com as letras A, B, C e D na figura 1,
pode-se redesenhar um circuito de uma forma mais sim-
ples, como mostra a figura 2.
6 + 4 – 5 ∙ i1 = 0 ∴ i1 = 2A
8 + 4 – 4 ∙ i2 = 0 ∴ i2 = 3A
Pela lei dos nós de Kirchoff no ponto B, tem-se:
i1 + i2 = i3 ∴ i3 = 2 + 3 = 5A
Alternativa A
129
b) Aplicando a lei dos nós no ponto A. c) 80 ≤ R ≤ 100.
d) 55 ≤ R ≤ 65.
I1 + I2 + I3 = 0. Isso indica que ao menos uma das correntes
e) R ≤ 45.
tem sentido oposto ao indicado na figura dada. Esse fato
pode ser constatado ao se calcular a intensidade de cada Resolução:
uma dessas correntes. Novamente pela lei dos nós.
Dados: I = 20 A; iF = 1,5 A
§ Nó B:
No instante em que a chave é ligada, a ddp no capacitor
I2 + IDB + ICB = 0 ⇒ I2 + ___ 4U 5U
___ – 4U – ___
____
r + r ⇒ I2 = ____ 5U é nula. Então ele pode ser ignorado e trocado por um fio.
12R
3R
31 O resistor de 5 Ω fica em curto-circuito. A figura 1 ilustra a
(–31 – 15)U – 46U situação.
⇒__________
⇒ I2 = _____
3R 3R
§ Nó C:
(U + 15U
I3 = ICD + ICB ⇒ I3 + ___ U + ___
5U ⇒ __________
⇒ I3 = _____
16U
3R R 3R 3R
Então:
(30 – 46 + 16)U
10U
I1 + I2 + I3 ⇒ ____ –46U
+ _____ 16U ⇒ _____________
+ ____
R 3R 3R 3R
0U ⇒ I + I + I = 0
⇒ ___
3R 1 2 3
( )
Substituindo (I) em (II):
U
2 ∆t ⇒ ∆E = 3R ___
∆ECD = PCD ∆t = 3RI CD
3R 3 (3 i2) – 6i2 = 13,5 ⇒ 3 i2 = 13,5 ⇒ i2 = 4,5 A
U 1800 ⇒
2
1800 ⇒ 3R ____
2
9 R2 Voltando em (I):
600U
2
∆ECD = _____ i1 = 3(4,5) ⇒ i2 = 13,5 A.
R
3. (IME) Calculando as demais correntes pela lei do nós:
i’ = i1 + i2 = 13,5 + 4,5 ⇒ i’ = 18 A
i + i’ = I ⇒ i + 18 = 20 ⇒ i = 2 A
A figura 2 mostra os valores das correntes.
130
Calculando a ddp entre os pontos A e B: (I) em (II):
UAB = UAC + UCB ⇒ UAB = 4(3,5) + 3(12) = 90 V (i2 + i3) + i2 = 3 ⇒ 2 i2 + i3 = –1 (III)
Aplicando essa ddp no resistor R: Malha ABCDA:
UAB = Ri ⇒ 90 = R(2) ⇒ R = 45 Ω –10 i2 + 10 i3 – 10 = 0 ⇒ i2 – i3 = –1 (IV)
Esse é o máximo valor de R, pois se ultrapassar esse valor, a Somando (III) e (IV):
corrente i diminui aumentando a corrente i’ e, consequen-
2 i2 + i3 = 3 (III)
temente, a corrente iF no fusível, abrindo-o. Portanto:
i2 – i3 = –1 (IV)
R ≤ 45Ω
⇒ 3 i2 = 2 ⇒ i2 = __ 2 A
Alternativa E 3
Substituindo em (IV):
4. (ITA) Considere o circuito elétrico mostrado na figura
formado por quatro resistores de mesma resistência R i2 + 1 = i3 ⇒ __ 5
2 + 1 = i3 ⇒ i3 = __
3 3
= 10 Ω e dois geradores ideais, cujas respectivas forças
Malha CABC:
eletromotrizes são ε1 = 30V e ε2 = 10V. Pode-se afirmar
que as correntes i1, i2, i3 e i4 nos trechos indicados na 10 i4 – 10 – 30 = 0 ⇒ 10 i4 = 40 ⇒ i4 = 4 A
figura, em ampères, são, respectivamente, de:
Voltando em (I):
i1 + i2 + i3 ⇒ i1 = __ 5 ⇒ i1 = __
2 + __ 7 A
3 3 3
Alternativa B
a) 2, 2/3, 5/3 e 4.
b) 7/3, 2/3, 5/3 e 4.
c) 4, 4/3, 2/3 e 2.
d) 2, 4/3, 7/3 e 5/3.
e) 2, 2/3, 4/3 e 4.
Resolução:
Redesenhando o circuito, já com os dados. multimídia: sites
www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-
kirchhoff/
mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/re-
gras-kirchhoff.htm
www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/
cap_04/leiskirc.htm
e-lee.ist.utl.pt/realisations/CircuitsElec-
triques/ApprocheCircuits/LoisKirchhoff/3_
cours.htm
131
DIAGRAMA DE IDEIAS
LEIS DE KIRCHHOFF
SOMATÓRIA DAS
TENSÕES É NULO
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