Tese Adaptaçao Força Explosiva Voleibol Feminino
Tese Adaptaçao Força Explosiva Voleibol Feminino
Tese Adaptaçao Força Explosiva Voleibol Feminino
Campinas
2001
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA-FEF-UNICAMP
iii
DEDICATÓRIA
vi i
ÍNDICE DE QUADROS
ix
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 57
Anexo 2 58
Anexo 3 60
ÍNDICE DE GRÁFICOS
xiii
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Resumo X
Abstract xii
1) Introdução 01
1.1) Definição de Termos .......................................... . 05
1.2) Objetivo ..................................................... . 06
1.3) Questões 06
1.4) Delimitações do Estudo ........ ..... ... ....... .... ... .. .... 06
2) Revisão Bibliográfica 07
2.1) Processo de Adaptação (Treinabilidade) 07
2.2) Estrutura do Processo de Treinamento 11
2.3) Treinamento Juvenil .......................................... . 21
2.4) Treinamento de Força Especial 26
3) Procedimentos Metodológicos ..................... . 36
3.1) Amostra ..................................................... . 36
3.2) Bateria de Testes de Controle ........................ . 36
3.3) Local ..................................................... . 36
3.4) Horários 37
3.5) Materiais 37
3.6) Tratamento Estatístico 37
3.7) Desenvolvimento do Trabalho 37
4) Resultados e Discussão 39
5) Conclusão 50
6) Referências Bibliográficas 52
XV
RESUMO
O desporto de alto rendimento é objeto de estudo em todo o
mundo, visando esclarecer questões pertinentes à evolução das
condições de "performance" dos mais diversos atletas. O voleibol,
desporto complexo em suas formas de solicitação motora, é tema
principal deste estudo. Procurou-se verificar o grau de treinabilidade
(capacidade de adaptação) em atletas das categorias de base (infanto-
juvenil - média de 16,3 anos, e juvenil - média de 17,4 anos) da seleção
brasileira de voleibol feminino em dois anos consecutivos de preparação,
para a capacidade de força explosiva, utilizando-se do método de cargas
concentradas de força. Foram coletados dados com 09 atletas em dois
macrociclos consecutivos (Campeonato Mundial Infanto-Juvenil, 1999 e
Campeonato Sul Americano Juvenil, 2000), respeitando-se uma dinâmica
longitudinal, ou seja, com as mesmas atletas sendo avaliadas nas duas
categorias. Foram realizados testes pré e pós período de preparação para
observação da capacidade de força explosiva de membros superiores e
inferiores. Para as análises estatísticas das avaliações realizadas durante
o primeiro e segundo macrociclos, utilizou-se o "Wilcoxon Signed Rank
Test", p < 0,05. Observou-se diferenças significativas estatísticamente
para o aumento da força explosiva de membros inferiores após o primeiro
macrociclo (Mundial-1999- Infanto-Juvenil); para o mesmo período não
observou-se diferenças estatísticamente significativas para a força
explosiva de membros superiores; durante os processos de avaliação
realizados no segundo macrociclo (Sul-Americano - 2000 - Juvenil),
observou-se diferenças significativas estatísticamente em todas as
variáveis avaliadas (pré e pós-período de preparação); a evolução
ocorrida na capacidade de força explosiva no primeiro macrociclo, foi
inferior proporcionalmente, quando comparada com a segunda (Sul-
Americano - 2000 - Juvenil). É importante destacar que se faz necessário
xvii
o desenvolvimento de outros estudos neste sentido com o intuito de
auxiliar no esclarecimento das capacidades de adaptação de força
explosiva em atletas de voleibol.
xix
ABSTRACT
High performance in sport has been studied ali over the world with
the purpose to elucidate pertinent questions regarding the evolution of the
performance conditions in many athletes. Volleyball, a complex sport in
terms of motor requirements, is the main theme of this study. This work
aimed at verifying the training degree (adaptability) of athletes belonging
to Brazilian National Girl's Volleyball Team Under 17 (mean - 16,3 years
old) and Brazilian National Girl's Volleyball Team Under 19 (mean - 17,4
years old) on their capacity of explosive strength using the method of
concentrated loads of strength. Nine athletes were observed in two
macrocycles ("1999 - Girl's World Championship Under 17" and "2000 -
Girl's South American Championship Under 19"), being respected a
longitudinal dynamics, in other words, the same athletes being researched
in the two categories. Tests were accomplished before and after the
preparation period in order to examine the capacity of explosive strength
of superior and inferior members. For the statistical analyses of the
evaluations accomplished during the first and second macrocycles,
'Wilcoxon Signed Rank Test " was used, p <0,05. A significant
improvement of the explosive strength was observed after the first
macrocycle ("1999 - Girl's World Championship Under 17") for inferior
members; was not observed a significant improvement for superior
members after the first macrocycle. During the evaluation processes
accomplished during the second macrocycle ("2000 - Girl's South
American Championship Under 19"), a statistically significant increase was
observed in ali considered variables (before and after the preparation
period); the evolution of the capacity of explosive strength in the first
macrocycle was proportionally inferior when compared to the second one.
lt is important to highlight that the development of other studies in this
XX
sense with the intention of helping to explain the capacities of adaptation
of explosive strength in volleyball players is necessary.
xi
1) INTRODUÇÃO
da Seleção Brasileira, de acordo com sua idade. Viru (1999) destaca que o maior
desporto cuja regra tem sofrido constantes mudanças, requer uma revisão
2
proporcionar aos atletas de voleibol, podemos citar o fator preventivo como
importante que o atleta tenha desenvolvido uma base adequada de força muscular
3
inicialmente o sistema de periodização (macrociclo) em três períodos: fase de
atletas de alto nível. Embora estas premissas sejam importantes para a evolução
do desporto de alto rendimento, por outro lado faz-se necessário uma avaliação
4
1.1) DEFINICÃO DE TERMOS
(Verkhoshanski, 1990)
1999).
(Bompa, 2000b).
5
1.2) OBJETIVO
1.3) QUESTÕES
6
2) REVISÃO DE LITERATURA
força especial.
7
dinâmica da carga. Neste sentido, o ser humano para além da capacidade de
reagir a estímulos, quando estes possuem uma certa intensidade e quando são
adaptação ocorre. Por outro lado, se o estímulo for intolerável, o resultado pode
8
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funções específicas, as quais permitem a melho~a concreta dos resultadOl:N:i~~~
desporto e nas disciplinas desportivas praticadas. E importante destacar que o~
efeitos de adaptação estão em estreita relação com os estímulos que os
sensíveis de desenvolvimento:
torno da exata ocorrência dessas fases ainda não está esgotada. O não
9
Solodkov (1993), ressalta que os problemas da adaptação dos
desportos de alto nível, são hoje o centro das reflexões de estudiosos em todo o
mundo. O autor destaca ainda alguns aspectos teóricos e práticos das questões
possíveis;
fundamentais:
Afirma ainda que para a produção de uma adaptação estável e completa, depende
10
adaptação e regulação, pela mobilização das reservas fisiológicas, e também
por sua utilização em distintos planos funcionais. É evidente que antes intervêm as
pelo método das "tentativas e erros", começa a ser substituída por pressupostos
li
dentro da realidade e necessidade do desporto brasileiro. A avaliação do
rendimento dos atletas durante os Jogos Olímpicos, demonstra que apenas alguns
características do treinamento;
do processo de treinamento.
(1995), divide a princípio, o ano de preparação em fases como "off season" (pré
12
Matveev (1995), afirma que o caráter cíclico, como qualidade universal
disto não se deduz que os primeiros (preparatórios) são derivados dos últimos
desportiva);
13
3) O período transitório (que contribui para a recuperação completa do
seguinte maneira:
aumento do volume;
coordenação;
volume;
preparatório especial:
14
• manutenção do nível das capacidades físicas alcançado na primeira
situação competitiva;
15
-o nível da máxima "performance" durante o pico de preparação.
16
aprofundando a preparação, a atenção deve ser voltada prioritariamente ao
1997).
17
preparação para futuras competições. Platonov (1994), destaca que a
maestria desportiva;
quatro etapas:
18
A respeito do constante aumento de rendimento visado pela
importantes características:
microciclo;
cargas elevadas;
19
no período de preparação da temporada, quando uma ênfase menor é
este fato torna importante examinar o volume e o tipo de treinamento físico que
deve ser mantido durante a fase competitiva visando a manutenção dos níveis de
20
especial. Durante a fase de máximos rendimentos, o treinamento enfoca
aspectos:
reguladores;
21
- a formação de um sistema de preparação desportiva; a construção de seus
nesta faixa etária deve garantir, a longo prazo, a contínua evolução do rendimento,
22
esquema (quadro 1) um processo de especialização funcional do organismo a
um treinamento de força à longo prazo. Destaca ainda fatores que fazem parte de
diferentes idades
(anos)
Jarver (1986), afirma que existem diferentes opiniões quanto a idade mais
pesos, sempre que o atleta tenha sido preparado durante vários anos através de
23
se o próprio peso corporal. Destaca que, em geral, pode-se dizer que a
base)
preparação a longo prazo desde uma fase anterior a esta, devem iniciar um
alguns autores (Guzalovski, 1977; Loko et ai., 1994) que observaram a faixa etária
24
(Espenschade, 1960; Shepard, 1962; Simons et ai., 1990; Saavedra et ai.,
1991) que demonstraram uma fase de treinabilidade maior para força muscular
destaca que no voleibol a fase da primeira especialização deve ocorrer por volta
e 19 anos.
25
2.4 TREINAMENTO DE FORÇA ESPECIAL
Caballero, 1996). Destacam ainda que quando o músculo se contrai, gera uma
afirmam que por séculos atletas têm utilizado treinamento com carga (treinamento
pesos foi utilizado por modalidades que eram caracterizadas pelas exigências de
- fatores sexuais.
atletas que necessitam de bons níveis de salto porque o peso corporal (durante a
26
fase de elevação na impulsão) e a massa corporal (tanto durante o
resistência; por outro lado, o autor destaca que após um período de treinamento
repetido;
Afirma ainda que o caráter explosivo dos esforços, isto é, a força explosiva, se
27
- a frequencia dos estímulos nervosos do cérebro ao músculo;
supra-espinhal;
rendimento atlético dinâmico parece ser uma junção entre o treinamento com
uma etapa específica do ciclo anual. Isto assegura uma potente influência do
29
• a força máxima (Fmax} e a Força Rápida não são entidades
CMAE.
30
A especificidade da carga é definida pela analogia dos exercícios que a
ai, 1996).
com sobrecarga.
rendimento físico individual são os fatores mais importantes que contribuem para o
voleibol observa-se uma relação direta com uma modalidade de desporto aeróbio
31
Hakkinen (1993) ainda destaca que o voleibol demanda também
deve ser mantido durante a fase competitiva visando a manutenção dos níveis de
voleibol. Destaca ainda que esses ganhos no rendimento estão associados com
32
aumentos nos níveis de força máxima, velocidade e nível de força durante os
saltos.
significativos nos níveis de salto, bem como uma eficiência aumentada na fase de
com equipes olímpicas dos Estados Unidos, assim como equipes de voleibol de
explosiva.
preparatório.
33
Verkhoshanski (1996-a), destaca que a capacidade de produzir um
1) força máxima;
2) força inicial
3) força de aceleração.
autor ainda coloca que o "Sargent Jump Test" e suas modificações tem sido
diferentes massas para observação dos níveis de força explosiva dos membros
superiores.
34
Como pode-se observar, através da revisão de literatura realizada,
35
3) PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1) Amostra
3.3) Local
(SP);
36
3.4) Horários
3.5) Materiais
37
Em ambos os processos de preparação foi utilizado o método das cargas
38
4) RESULTADOS E DISCUSSÃO
39
do alcance de bloqueio
durante o 1° macrociclo (preparação para o Campeonato Mundial I
*(p=0,027)
40
Durante os processos de avaliação realizados no segundo macrociclo
41
propiciando a caracterização do efeito posterior duradouro de treinamento
42
~~e~n~;:so'c~- ) c~~m~~l ~d~:urante
1 1 11
explosiva de membros superiores o 2'
macrociclo (preparação para o Campeonato Sul Americano/2000);
*(p=O,OOS)
43
quando comparada aos 16 é maior; ressaltam ainda que a capacidade de
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I I
~---~i
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ó I
I
y I
'
L-_,--~
I I II
durante o 1'
{pré e pós) e o 2° (pré e pós) macrociclos (preparação para o Campeonato
Mundial/1999 e preparaçãp para o Campeonato Sul Americano/2000)
com a do 1° macrocíclo.
Verkhoshanski e
44
preparação; destacam ainda que se forem utilizadas cargas moderadas de
pode ocorrer de forma mais rápida e evidente. Baseado nesta afirmação, deve-se
dos grupamentos musculares; afirmam ainda que a correlação entre este índice e
desenvolver até os 14 anos de idade; após esta fase os níveis de força explosiva
45
lado, acredita-se, através dos resultados encontrados no presente estudo, que
adaptação coordenativa especifica toma-se cada vez mais restrita à medida que a
46
início e final da primeira preparação (Infanto-Juvenil) foi de apenas 16om, a
resultados obtidos aos 16 anos; relacionam esta ocorrência com uma melhor
47
não pesquisaram desportistas de elite, mas adolescentes submetidos a
(1986), afirma que há opiniões diferentes quanto a idade adequada para se iniciar
um trabalho com pesos. O autor ressalta que um trabalho com pesos até os 16
muscular mais intensos deva ocorrer a partir dos 17 anos, devido uma maior
Uma outra possibilidade que poderia permitir uma maior evolução dos
48
proporcionar métodos mais eficientes para o decorrer do planejamento.
longevidade do desportista.
49
5) CONCLUSÃO
50
segunda preparação (Juvenil) a melhora observada foi equivalente a 6,5cm;
macrociclo.
.
Em virtude da complexidade do estudo, acredita-se que um número maior
ainda uma relação suficiente para uma sequência adequada de adaptações para o
adaptação) é fator fundamental para que este potencial possa ser suficientemente
rendimento desportivo.
51
6) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
kinetics, 2000
1990
245, 1997
1996
52
FLECK, S.J.; KRAEMER, W.J. Fundamentos do treinamento de força
during the competitiva season. J. Sports Med. Phys. Fitness. 33(3), 223-32, 1993
1989
03-07, 1986
53
LEHNERT, A. La preparazione alie gare importanti. Rivista di cultura
MILDER, M.T.; MAYHEW, J.L. Selection and classification of high school volleyball
players from performance tests. J. Sports Med. Phys. Fitness. 31 (3), 380-384,
1991
54
PLATONOV, V.N. El entrenamiento deportivo - Teoria e metodologia.
VERKHOSHANSKI, Y.V. (b) 11 ruolo della preparazione fisica speciale nel sistema
55
VERKHOSHANSKI, Y.V. Gli orizzonti di una teoria e metodologia scientifiche
1999
WILSON, G.J.; NEWTON, R.U.; MURPHY, A.J.; HUMPHRIES, B.J. The optimal
training load for the development of dynamic athletic performance. Medicine and
de Janeiro, 1992
56
ANEXOS
ANEXO 1
Dias de 71 47
Treinamento
Sessões de 136 83
' Treinamento
1 Duração das IA1- 4 semanas A1 - 2 semanas
Etapas A2 - 3 semanas ·A2- 2 semanas
A3 - 4 semanas A3 ..... 2 semanas
B -2 semanas B-1 semana
57
ANEXO 2
Sistema de Cargas Concentradas de Força (Adaptada)
BLOCO "A"
58
Força Explosiva (Piiometria/Saltos Força Máxima
em Profundidade) 1- Força Explosiva (Piiometria/Saltos
RML (Especial) em Profundidade)
80%./ Treinamento Técnico!Tático RML (Especial)
Fundamentos .Técnicos 80% I Treinamento Técnico/Tático
- Variações Táticas Fundamentos Técnicos
Obj,: Desenvolver o treinamento das Variações Táticas
variáveis técnicas e táticas de forma
Jogos
sustentada pelas cargas de
1 treinamentos anteriores, através da Obj.: Aperfeiçoar no mais alto nível o
manifestação do EPDT(Efeito rendimento especial do atleta, além da
I Posterior Duradouro de Treinamento). manutenção das capacidades 1
59
ANEXO 3
M: Complexo M: Resistência
Complexo (M.I.) Complexo Especial
(M.S.) Técnica (M.S.)
T: Técnica T: Técnica T: Folga
T: F. Resist. T: Folga T: F. Resist.
M: C0111plexo
(M.S.)
T: Técnica Complexo T: Resistência
T: Técnica (M.S.) T: Técnica T: Técnica Especial
T: Técnica
M: Pliometria
Profundidade Profundidade
Técnica T: Técnica Técnica T: Resistência
T: Técnica T:. Técnica Especial
T: