Fisica 3

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Carga elétrica

Eletrostática
Eletrostática é a parte da área da eletricidade que estuda as cargas elétricas sem movimento, ou seja, em estado de
repouso.
Carga Elétrica
A carga elétrica é um conceito físico que determina as interações eletromagnéticas dos corpos eletrizados.
Assim, a partir do atrito entre os corpos, ocorre o fenômeno chamado “eletrização”, de modo que todos os corpos
possuem a propriedade de se atraírem ou se repelirem.
Dessa forma, cargas de mesma natureza (positivo e positivo, negativo e negativo) se repelem, enquanto que as
cargas de sinais contrários (positivas e negativas) se atraem.
Isso ocorre pelo fato que as cargas elétricas são formadas por partículas elementares que constituem os átomos,
conhecidas como prótons (carga positiva), elétrons (carga negativa) e nêutrons (carga neutra).
No Sistema Internacional, a unidade de carga elétrica é o Coulomb (C) em homenagem ao físico francês Charles
Augustin de Coulomb (1736-1806) pelas suas contribuições nos estudos da eletricidade.
Carga Elétrica Puntiforme
As chamadas “cargas elétricas puntiformes” correspondem aos corpos eletrizados cujas dimensões e massa são
desprezíveis, se comparadas às distâncias que os afastam de outros corpos eletrizados.
Átomos

    
Os átomos são unidades fundamentais da matéria, formados por um núcleo com carga elétrica positiva, chamada de
prótons, e os nêutrons, partículas de carga neutra.
O núcleo atômico, que carrega quase toda a massa (99,9%) do átomo, é envolvido por uma nuvem de elétrons de
carga negativa, localizados na eletrosfera.
Prótons (p+)
Os prótons são partículas eletrizadas de carga positiva, as quais, junto aos nêutrons, constituem o núcleo dos
átomos.
Possuem o mesmo valor da carga dos elétrons, e por isso, os prótons e os elétrons tendem a se atrair eletricamente.
O valor da carga do próton e do elétron é chamado de quantidade de carga elementar (e) e possui o valor de e = 1,6 .
10-19 C.
Elétrons (e-)
Os elétrons são minúsculas partículas eletrizadas de carga negativa e massa desprezível (cerca de 1840 vezes
menor que a massa do núcleo atômico).
Diferente dos prótons e dos nêutrons, os elétrons encontram-se na eletrosfera, os quais circundam o núcleo atômico,
a partir da força eletromagnética.
Nêutrons (n0)
Os nêutrons são partículas de carga neutra, ou seja, não possuem carga; junto aos prótons, constituem o núcleo dos
átomos.
Possui grande importância no núcleo dos átomos, uma vez que proporciona estabilidade ao núcleo atômico, já que a
força nuclear faz com que seja atraído por elétrons e prótons.
Campo Elétrico
O campo elétrico é um local donde há uma forte concentração de força elétrica, é um tipo força que as cargas
elétricas geram ao seu redor.
Carga elétrica elementar
A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga que pode ser encontrada na natureza. Seu valor é igual a
1,6 . 10-19 C e é atribuído à carga do elétron (com sinal negativo) e à do próton (com sinal positivo).
A partir desse valor, podemos perceber que 1 C é uma unidade muito grande para a carga elétrica, por isso, é
comum a utilização de seus submúltiplos. Os principais são:
mC (milicoulomb) = 10-3C
μC (microcoulomb) = 10-6C
nC (nanocoulomb) = 10-9 C
Cálculo de Cargas Elétricas
Para calcular a quantidade de cargas elétricas, utiliza-se a seguinte expressão:
Q = n.e
Onde,
Q: carga elétrica
n: quantidade de elétrons
e: 1,6 . 10-19C, chamada de carga elétrica elementar
Processos de eletrização
Processos de Eletrização
Os processos de eletrização são métodos onde um corpo deixa de ser eletricamente neutro e passa a estar
carregado positivamente ou negativamente.
Os corpos são formados por átomos e estes são constituídos por elétrons, prótons e nêutrons, que são as principais
partículas elementares.
No interior do átomo, chamado de núcleo, ficam os nêutrons e prótons. Os elétrons ficam girando ao redor do núcleo.
Essas partículas apresentam uma propriedade física chamada carga elétrica. Esta propriedade está relacionada ao
fato de ocorrer uma força de atração ou de repulsão entre elas.
Os elétrons e os prótons são atraídos entre si. Os nêutrons não são nem repelidos nem atraídos por prótons ou
elétrons.
Entretanto, se aproximarmos dois prótons ocorrerá uma força de repulsão e que o mesmo ocorrerá quando
aproximamos dois elétrons.
Como os elétrons e os prótons se atraem, dizemos que possuem efeitos elétricos contrários. Desta forma, definiu-se
que a carga elétrica dos prótons é positiva e a dos elétrons é negativa.
Os nêutrons por não apresentarem efeitos elétricos, não possuem cargas.
Dizemos que um corpo é neutro quando o número de prótons (carga positiva) é igual ao número de elétrons (carga
negativa). Quando um corpo recebe ou perde elétrons ele se torna eletrizado.
Quando aproximamos dois corpos eletrizados com cargas de sinais contrários, observamos que ocorre uma força de
atração. Já quando os corpos possuem cargas de sinais iguais, eles se repelem.
Note que a eletrização ocorre pela mudança no número de elétrons e não de prótons. Como estes estão localizados
no núcleo dos átomos, por processos de eletrização, não é possível mudar este número.
Tipos de Eletrização
Existem três tipos de eletrização: por atrito, por contato e por indução.
Eletrização por Atrito
Os elétrons estão localizados na eletrosfera, que é a parte externa do núcleo e são mantidos girando ao seu redor
por forças eletrostáticas. Contudo, esta força vai diminuindo com a distância.
Desta forma, os elétrons mais exteriores da eletrosfera são mais facilmente retirados de sua órbita. Quando
esfregamos dois corpos, alguns desses elétrons migram de um corpo para o outro.
O corpo que recebeu esses elétrons ficará carregado negativamente, por sua vez, o que perdeu elétrons ficará
carregado positivamente. Portanto, fica carregado positivamente quem perdeu elétrons e não quem ganhou prótons.
Receber ou perder elétrons depende da substância de que é constituído o corpo. Esse fenômeno é chamado
de triboelétrico e através de experimentos em laboratório são elaborada séries triboelétricas.
Nesta tabela, os elementos são ordenados de tal modo que adquirem cargas positivas, quando atritadas por um que
o segue, e com cargas negativas, quando atritadas por um que o precede na tabela.
Eletrização por Contato
Este tipo de eletrização ocorre quando um corpo condutor está carregado e entra em contato com um outro corpo.
Parte da carga irá ser transferida para o outro corpo.
Neste processo, os corpos envolvidos ficam carregados com cargas de mesmo sinal e a carga do corpo que estava
inicialmente eletrizado diminui.
Quando os corpos envolvidos na eletrização são condutores de mesmas dimensões e mesma forma, após o contato,
terão cargas de mesmo valor.
Na figura abaixo, vemos que a menina ao encostar em uma esfera condutora eletrizada, também ficou carregada
com cargas de mesmo sinal da esfera.
Prova disto, é observar que seu cabelo está "arrepiado". Como neste tipo de eletrização as cargas possuem mesmo
sinal, os fios passam a se repelirem.

A menina também ficou eletrizada ao encostar na esfera condutora eletrizada


Exemplo
Uma esfera metálica carregada com carga positiva de módulo igual a 6Q é colocada em contato com uma outra
esfera neutra, idêntica a primeira. Após o contato, as esferas são novamente separadas. Qual a carga final de cada
uma das esferas?
Solução
Ao serem colocadas em contato, parte da carga da primeira esfera será transferida para a segunda esfera, como as
esferas são idênticas, cada uma ficará com metade das cargas, ou seja:

Assim, cada esfera ficará carregada com carga positiva e igual a 3Q.
Eletrização por Indução
A eletrização por indução pode ocorrer sem contato entre os corpos. Quando um corpo eletrizado (indutor) é
aproximado de um condutor (induzido), inicialmente neutro, induz neste uma distribuição de cargas.
O condutor permanecerá neutro, entretanto, a região do condutor mais próxima do indutor ficará com excesso de
cargas de sinal contrário do corpo eletrizado.
No esquema abaixo, mostramos uma forma de eletrizar duas esferas condutoras, inicialmente neutras, usando a
indução.
Ao aproximar um bastão eletrizado positivamente, os elétrons do conjunto, serão atraídos para a extremidade mais
próxima ao bastão.
Mantendo ainda o bastão na mesma posição, separamos as esferas. Assim, a esfera mais próxima do bastão ficará
com excesso de cargas negativas, enquanto a outra esfera ficará com falta de elétrons, ou seja, carregada
positivamente.

Poderíamos ainda, fazer o mesmo processo para eletrizar uma única esfera. Neste caso, seria necessário fazer uma
conexão com a Terra (aterramento), para que o condutor ficasse carregado com carga oposta do bastão.
Condutores e isolantes
Quanto à mobilidade das cargas elétricas, os materiais podem ser condutores ou isolantes.
Os materiais que ao serem eletrizados as cargas se espalham imediatamente por toda a sua extensão, são
chamados de condutores elétricos, sendo um exemplo os metais.
Outros materiais, ao contrário, conservam o excesso de carga nas regiões onde elas surgiram, neste caso, são
chamados de isolantes ou dielétricos.
A madeira e o plástico são exemplos de materiais isolantes. O ar seco também é um bom isolante elétrico,
entretanto, aumenta a sua condutividade elétrica quando está úmido.
Tanto na eletrização por contato quanto na eletrização por indução é necessário que os corpos envolvidos sejam
condutores.
Como em ambos os tipos de eletrização há necessidade que as cargas tenham mobilidade, nos corpos isolantes, isto
não é possível. Portanto, a eletrização dos materiais isolantes só ocorre por atrito.
Força elétrica (Lei de Coulomb)
Lei de Coulomb

A Lei de Coulomb, formulada pelo físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) em 1725, enfoca nos
estudos sobre as interações eletrostáticas entre partículas eletricamente carregadas, as quais possuem a
propriedade de atração ou de repulsão.
Dessa forma, há força de atração entre as cargas de sinais opostos, e, por outro lado, há força de repulsão entre
cargas que apresentam o mesmo sinal. Segundo a teoria proposta pelo físico:
“A força de ação mútua entre dois corpos carregados (cargas elétricas puntiformes) tem a direção da linha que une
os corpos e sua intensidade é diretamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa”.
Observe que as cargas elétricas puntiformes designam cargas de massa e dimensão desprezíveis.
Cargas Elétricas
As cargas elétricas são formadas por partículas elementares que constituem os átomos, conhecidas como prótons
(carga positiva), elétrons (carga negativa) e nêutrons (carga neutra).
No Sistema internacional (SI), a unidade de medida das cargas elétricas, é o Coulomb (C), em homenagem ao físico
francês, Charles Coulomb, pelas suas contribuições aos estudos da eletricidade.
Fórmula
Segundo a Lei de Coulomb, para calcular a força das cargas elétricas, utiliza-se a seguinte expressão:

Donde:
F: força (N)
K: constante eletrostática no vácuo: 9.109 Nm2 /C2
q1 e q2: cargas elétricas puntiformes (C)
r: distância da força elétrica (m)
Exercício Resolvido
Duas cargas puntiformes de valores 3.10-5C e 5.10-6C sofrem uma força de repulsão no vácuo. Sabendo que a
constante eletrostática no vácuo é 9.109 Nm2 /C2, calcule a intensidade da força de repulsão entre as cargas,
separadas por uma distância de 0,15 m.
Dados,
K: constante eletrostática no vácuo: 9.109 Nm2 /C2
q1: 3.10-5 C
q2: 5.10-6 C
r: 0,15m
Ao substituir os valores na fórmula da Lei de Coulomb,

F = (9.109). (3.10-5). (5.10-6)/(0,15)2


F = 27.104. 5.10-6/0,0225
F = 135.10-2/ 2,25.10-2
F = 60.10-2 +2
F = 60N
Campo elétrico e Linhas de força
Campo Elétrico
O campo elétrico desempenha a função de transmissor das interações entre cargas elétricas, podendo ser de
afastamento ou de aproximação, de acordo com o sinal da carga que o produziu.
As cargas elétricas puntiformes são corpos eletrizados cujas dimensões são desprezíveis se comparadas às
distâncias que as separa de outros corpos eletrizados.
Observamos que na região onde existe um campo elétrico, surgirá uma força sobre uma carga puntiforme de prova
que for introduzida em algum ponto deste campo. Esta força poderá ser de repulsão ou de atração.
Fórmula do Campo Elétrico
Quando uma carga puntiforme eletrizada está fixa em um ponto, ao seu redor irá surgir um campo elétrico.
A intensidade deste campo depende do meio em que a carga está inserida e poderá ser encontrada através da
seguinte fórmula:

Sendo:
E: intensidade do campo elétrico (N/C)
k0: constante eletrostática no vácuo (9.109 N.m2/C2)
|Q|: módulo da carga (C)
d: distância entre a carga e um ponto do campo
Vetor Campo Elétrico
Ao campo elétrico associamos uma grandeza vetorial chamada vetor campo elétrico.Como o próprio nome indica,
trata-se de uma grandeza vetorial que possui módulo, direção e sentido.
Sentido do Vetor Campo Elétrico
A força elétrica e o vetor campo elétrico possuem mesma direção. Entretanto, convencionamos que terão mesmo
sentido quando a carga de prova for positiva, e sentido contrário quando a carga de prova for negativa.
Na ilustração abaixo, vemos o que acontece com o sentido do vetor do campo elétrico provocado por uma carga Q
fixa e positiva quando colocamos uma carga de provas positiva e uma negativa:

Vemos na animação que o sentido do campo elétrico não depende do sinal da carga de prova, apenas do sinal da
carga fixa. Assim, o campo gerado por uma carga positiva é de afastamento.
Por sua vez, quando o campo elétrico é gerado por uma carga negativa, temos as seguintes situações indicadas na
imagem abaixo:
Observamos que quando a carga fixa que gera o campo é negativa, o sentido do vetor campo elétrico também não
depende do sinal da carga de prova.
Sendo assim, uma carga fixa negativa gera um campo, ao seu redor, de aproximação.
Intensidade do Campo Elétrico
O valor da intensidade do campo elétrico pode ser encontrado através da seguinte fórmula:

Onde:
E: campo elétrico
F: força elétrica
q: carga elétrica
No Sistema Internacional de Unidade, a intensidade do campo elétrico é medido em Newton por Coulomb (N/C), a
força em Newton (N) e a carga elétrica em Coulomb (C).
Linhas de Força
Podemos representar o campo elétrico através de linhas orientadas segundo o sentido do vetor campo elétrico.
Essas, chamadas de linhas de força, são tangentes ao vetor campo elétrico em cada ponto.
A intensidade do campo elétrico é maior quanto mais próximas estiverem as linhas de campo e menos intenso nas
regiões mais afastadas.
Abaixo, temos a representação das linhas de força de um campo elétrico, formado por duas cargas iguais, mas de
sinais contrários (dipolos elétricos).

As linhas representam o campo elétrico gerado ao redor de


duas cargas de sinais contrários
Campo Elétrico Uniforme
Quando em uma região do espaço existe um campo elétrico em que o vetor associado a ele apresenta mesma
intensidade, mesma direção e mesmo sentido em todos os pontos, esse campo elétrico é chamado de uniforme.
Este tipo de campo é obtido com a aproximação de duas placas condutoras planas e paralelas eletrizadas com
cargas de mesmo valor absoluto e sinais contrários.
Na figura abaixo, apresentamos as linhas de campo entre dois condutores eletrizados. Observe que na região das
bordas dos condutores, as linhas deixam de ser paralelas e o campo não é uniforme.
Campo elétrico uniforme
Gaiola de Faraday
A Gaiola de Faraday é um dos experimentos mais estimulantes da Física. Isso se deve muito ao fato de a mesma
funcionar como algo prático de se perceber. Uma vez que sua reprodução como experimento caseiro é simples,
encantar-se com sua função não é incomum.
O experimento surgiu nos meados de 1930, quando um físico inglês, Michael Faraday, desenvolveu o dispositivo. A
gaiola de Faraday tinha por objetivo impedir entrada de campo eletro-magnético no interior de uma dada superfície.
Dessa forma, as estruturas condutoras internas ficariam livres das cargas externas.
Como pode-se imaginar, o batismo do dispositivo se deu pelo nome de seu criador. Uma invenção que teria uma
importância imensa, apesar de tão pouco privilegiada. O físico, então, descobriu dois pontos interessantes com sua
experiência:
um dado campo elétrico, ao ser aplicado sobre uma superfície, faz com que esta produza cargas opostas ao campo
elétrico;
as cargas opostas produzidas de forma opostas acabam criando uma barreira, impedindo a entrada do campo
externo no interior;
Assim, para demonstrar a eficácia de seu experimento, Faraday construiu um dispositivo. Este, por sinal, era
bombardeado por um gerador de alta tensão. Para comprovar sua descoberta, ele entrou no dispositivo e
permaneceu ali dentro, enquanto a alta tensão agia. Provando-se, assim, que a Gaiola de Faraday era um
experimento de grande valia para a ciência ao preço de sua vida.

Qual a aplicação da Gaiola de Faraday?


A Gaiola de Faraday se caracteriza por ser uma barreira que protege um dado interior de campos eletromagnéticos
externos indesejados. Sua aplicação prática é vasta, e inúmeros exemplos no cotidiano podem ser notados. O
aparelho de micro-ondas, por exemplo, apresenta seu interior revestido de forma apropriada. Esse revestimento
possibilita que as ondas eletromagnéticas de aquecimento permaneçam no interior.
Um outro bom exemplo da aplicação da Gaiola de Faraday são os próprios carros. Eles podem ter o funcionamento
da gaiola em situações específicas. Permitindo criar barreiras de isolamento, ele impede que campos elétricos ou
magnéticos adentrem o interior. Numa situação de tempestade, por exemplo, choques elétricos não invadem o
interior do veículo, permitindo segurança.
Potencial elétrico, Trabalho e Energia
Potencial Elétrico
O potencial elétrico ou potencial eletrostático de um ponto em relação a um ponto de referência, é definido pelo
trabalho da força elétrica sobre uma carga eletrizada no deslocamento entre esses dois pontos.
Sendo uma grandeza escalar, necessita apenas, para ficar totalmente definida, da intensidade e de uma unidade de
medida. Portanto, não requer nem direção, nem sentido.
Fórmula
O potencial de um ponto pertencente a um campo elétrico é encontrado dividindo-se o trabalho pelo valor da carga.
Esse valor é sempre medido em relação a um ponto de referência.
Ao se definir um ponto de referência, convenciona-se que o potencial neste ponto é nulo.
Assim, a fórmula para o cálculo do potencial elétrico é dado por:

Onde:
VA: Potencial elétrico do ponto A (V)
TAB: Trabalho da força elétrica ao deslocar a carga do ponto A ao ponto B (J)
q: Carga elétrica (C)
No Sistema Internacional de Unidade (SI) o potencial elétrico é medido em Volts (Joule/Coulomb) em homenagem
ao físico italiano Alessandro Volta (1745-1827), criador da pilha elétrica.
Diferença de Potencial
A diferença de potencial (ddp), também chamada de tensão elétrica ou voltagem, é uma importante grandeza no
estudo dos fenômenos elétricos.
No cotidiano, usa-se mais o conceito de diferença de potencial do que o de potencial elétrico de um ponto. Por
exemplo, nos aparelhos elétricos, normalmente aparece a indicação da sua voltagem.

O voltímetro é um instrumento usado para medir a ddp


Quando dizemos que existe uma alta voltagem entre dois pontos, significa que a carga recebe uma grande
quantidade de energia no seu deslocamento.
A diferença de potencial é indicada por:
U = VA - VB
U: diferença de potencial (V)
VA: potencial elétrico em um ponto A (V)
VB: potencial elétrico em um ponto B (V)
Exemplo
Uma carga elétrica de pequenas dimensões e com intensidade de 4.10 -6 C é transportada de um ponto A para um
ponto B de um campo elétrico. O trabalho realizado pela força elétrica que age sobre a carga tem intensidade de
3.10-4 J. Determine:
a) O potencial elétrico do ponto A, considerando o ponto B como ponto de referência.
b) A diferença de potencial entre os pontos A e B.
Solução:
a) Considerando o ponto B como ponto de referência, temos:

b) A diferença de potencial é calculada considerando o potencial nos pontos A e B. Como o ponto B foi definido como
ponto de referência, então VB=0. Sendo assim, temos:
U = VA - VB
U = 75 - 0 = 75 V
Potencial Elétrico no Campo de uma Carga
Quando um campo elétrico é gerado por uma carga fixa no vácuo, a diferença de potencial pode ser calculada como
sendo:

Onde,
U: diferença de potencial (V)
k0: constante eletrostática no vácuo (9.109 N.m2/C2)
Q: carga elétrica fixa (C)
dA: distância da carga fixa ao ponto A (m)
dB: distância da carga fixa ao ponto B (m)
Se considerarmos o ponto B infinitamente afastado da carga Q (V B = 0), então teremos que o potencial no ponto A
será dado por:

Sendo,
VA: potencial do ponto A (V)
k0: constante eletrostática no vácuo (9.109 N.m2/C2)
Q: carga elétrica fixa (C)
dA: distância da carga fixa ao ponto A (m)
Para calcular o potencial elétrico resultante de um sistema de cargas, basta calcular o valor do potencial de cada
carga no campo elétrico e depois somá-los.
Exemplo
Uma carga puntiforme de 2.10-8 C, está fixa no vácuo e gera um campo elétrico a sua volta. Qual o potencial elétrico
de um ponto situado a uma distância de 60 cm desta carga? Considere k 0 = 9.109 N.m2/C2 e adote como referencial o
infinito.
Solução:
Para calcular o potencial no ponto dado, basta substituir na fórmula. Contudo, devemos ter atenção as unidades, pois
a unidade da distância não está no sistema internacional. Então, primeiro devemos fazer a mudança de unidade:
d = 60 cm = 0,6 m
Substituindo:

Superfície Equipotencial
Numa superfície equipotencial todos os pontos apresentam um valor constante para o potencial elétrico.
Em um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme, as superfícies equipotenciais serão esferas concêntricas,
ou seja, apresentam um mesmo ponto central.
A carga puntiforme situa-se no centro dessas esferas e as linhas de força são perpendiculares as superfícies
equipotenciais.
Na figura abaixo representamos uma carga Q, carregada positivamente. Indicamos ainda as linhas de força e as
superfícies equipotenciais.

Energia Potencial Elétrica


A energia potencial elétrica está associada ao trabalho da força elétricas dentro de um campo elétrico.
Para uma carga puntual fixa, a energia potencial elétrica, medida em Joule (J), é expressa pela seguinte fórmula:

Sendo:
Ep: energia potencial elétrica (J)
K: constante elétrica do meio (N.m2/C2). No vácuo, seu valor é de 9.109 N.m2/C2.
Q: carga fixa (C)
q: carga de prova (C)
d: distância entre as cargas (m)
Trabalho do campo elétrico uniforme 
Quando uma partícula carregada penetra numa região em que existe um Campo Elétrico (E) percebemos sobre ela a
ação de uma Força Elétrica (Fe = q . E).  Por ser acelerada, a partícula terá sua velocidade alterada,
conseqüentemente sua energia cinética. A variação da energia cinética, por sua vez e equivalente ao Trabalho
associado ao Campo Elétrico, que, sendo uniforme, tem sua expressão dada por:
τ = q (VA – VB)
Devemos lembrar que o produto da carga elétrica acelerada, pela diferença de potencial será, portanto, a variação da
energia cinética da partícula.
Condutor esférico e Capacitância
Blindagem eletrostática    
Vamos começar recordando o conceito de condutor elétrico. Como já sabemos, todo corpo metálico é um condutor
elétrico. Nele, cargas elétricas podem se movimentar com facilidade. Durante a eletrização de um corpo condutor, as
cargas elétricas apresentam um movimento ordenado que dura pouco tempo. Cessando esse movimento, dizemos
que o corpo atingiu o equilíbrio eletrostático.
Dessa forma, podemos dizer que no interior de um condutor eletrostático, seja ele maciço ou oco, o campo elétrico é
sempre nulo, já o potencial elétrico é constante e diferente de zero. Vejamos abaixo dois exemplos:
Primeiro exemplo
Vamos supor que temos um condutor metálico oco, como mostra a figura abaixo. Internamente, nesse condutor, têm-
se vários detectores de carga elétrica, como: pêndulo duplo, pêndulo simples e um eletroscópio. Eletrizamos o
condutor e esperamos algum tempo, observando a reação dos detectores de carga no seu interior. Com o passar do
tempo veremos que nenhum deles se manifesta. Veja a figura abaixo:
Segundo exemplo
Vamos usar o mesmo condutor oco do exemplo acima, com os mesmos detectores de carga em seu interior. Esse
experimento tem por finalidade verificar o que acontece com os detectores de carga em seu interior. Aproximamos de
A outro corpo eletrizado, B, que será o indutor. Imediatamente observamos a indução na superfície externa de A e o
deslocamento das cargas elétricas, como mostra a figura abaixo. No entanto, os detectores de carga no interior de A
não se manifestam, o que demonstra que o campo interno permanece nulo. Consequentemente, permanece
constante o potencial interno.

Dizemos que a carcaça metálica de A protegeu os instrumentos no seu interior, funcionando como uma espécie de
escudo protetor, ou seja, como uma blindagem eletrostática.
Condutor esférico
Vamos considerar uma esfera condutora eletrizada com carga elétrica Q e de raio R. Vamos supor que essa esfera
esteja em equilíbrio eletrostático e afastada de qualquer outro corpo. Como a esfera encontra-se carregada, ela
produz um campo elétrico à sua volta. Sendo assim, vamos determinar o valor do campo elétrico e o potencial
elétrico criado por essa esfera condutora eletrizada desde pontos infinitamente afastados até pontos internos.
1 - Campo e potencial para pontos externos

O campo e o potencial elétrico podem ser calculados partindo do pressuposto de que toda a carga elétrica distribuída
na superfície da esfera seria puntiforme e localizada no centro da mesma. Sendo d a distância do ponto considerado
até o centro da esfera e supondo-a imersa em um meio cuja constante eletrostática é k, temos, para os pontos
externos à esfera:

Onde:
k – é constante eletrostática
Q – é a carga elétrica
d – é a distância do condutor ao ponto externo
2 - Campo e potencial para pontos próximos à superfície
Para pontos externos, mas infinitamente próximos da superfície externa do condutor esférico isolado e em equilíbrio
eletrostático, as expressões anteriores ainda se aplicam, mas a distância d, agora, tende para um valor igual ao raio
R da esfera. Assim, podemos escrever:

3 - Campo e potencial para pontos da superfície


A superfície da esfera é equipotencial e o valor do potencial em pontos de sua superfície é obtido com a expressão
do item 1, fazendo-se d = R. Portanto, para todos os efeitos práticos, o potencial na superfície é igual àquele em um
ponto externo infinitamente próximo da esfera.
4 – Campo e potencial para pontos internos

As primeiras observações experimentais foram feitas por Benjamin Franklin, e resultaram na descrição da força
elétrica, por Coulomb. Verifica-se que, para uma esfera em equilíbrio eletrostático, o potencial elétrico é constante em
todos os seus pontos internos. Quanto ao campo elétrico, no interior da esfera em equilíbrio eletrostático ele é nulo.
Assim temos:

Distribuição das cargas elétricas em excesso em um condutor em equilíbrio eletrostático


Capacitância
A capacitância ou capacidade é a grandeza elétrica de um capacitor, que é determinada pela quantidade de energia
elétrica que pode ser armazenada em si por uma determinada tensão e pela quantidade de corrente alternada que
atravessa o capacitor numa determinada freqüência.
Sua unidade é dada em farad (símbolo F), que é o valor que deixará passar uma corrente de 1 ampere quando a
tensão estiver variando na razão de 1 volt por segundo.
A capacitância pode ser medida pela seguinte fórmula:

,
onde q é a quantidade de carga, dada em Coulomb e U é o potencial eletroestático, dado em Volts.

Quanto maior for o material, maior capacitância ele terá.


Tensão elétrica ou diferencial de potencial (ddp)

A tensão elétrica pode ser definida como a diferença de potencial entre dois pontos. Ou seja, a quantidade de energia
gerada para movimentar uma carga elétrica, portanto, o gerador necessita liberar energia elétrica para movimentar
uma carga eletrizada.
A partir daí, a fórmula para calcular a tensão é:
U = Eel / Q
Onde:
U= Tensão elétrica (também pode ser representado pela sua unidade Voltagem [V])
Eel= Energia elétrica
Q= Quantidade de carga eletrizada
Outra fórmula para calcular a tensão elétrica é a partir da energia elétrica utilizada e quantidade de carga:
V=J/C
Onde:
J= Joule
C= Coulomb
A unidade de tensão será dada em J/C
Também é possível calcular a tensão elétrica de um circuito tendo as grandezas de corrente e resistência:
V= I.R
Onde:
V= tensão elétrica
I= corrente elétrica
R= resistência elétrica
Se analisarmos mais profundamente para calcular a tensão, poderemos calcular também através da potência
elétrica:
V= P/I
Onde:
P= potência elétrica
I= corrente elétrica 
Corrente e Potência elétrica
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica é a parte da física que estuda o aspecto dinâmico da eletricidade, ou seja, o movimento constante das
cargas elétricas.

Carga Elétrica
A carga elétrica é uma propriedade das partículas elementares que compõem o átomo, sendo que a carga do próton
é positiva e a do elétron, negativa.

A carga elétrica é uma propriedade das partículas elementares que compõem o átomo. Lembrando que o átomo é
formado por prótons, nêutrons e elétrons, sendo que:
Prótons: Localizam-se no núcleo do átomo e possuem carga elétrica positiva;
Elétrons: Ficam na eletrosfera, região ao redor do núcleo atômico, e têm carga elétrica negativa;
Nêutron: Também localizado no núcleo atômico, não possui carga elétrica.
Estrutura Atômica
O átomo é formado por prótons, nêutrons e elétrons
A unidade de grandeza da carga elétrica no Sistema Internacional de Unidades é o Coulomb, representado pela letra
C, em homenagem a Charles Augustin Coulomb.
Todos os corpos são formados por cargas elétricas, porém, não é fácil perceber suas propriedades, pois a maioria
dos corpos, quando estão eletricamente neutros, possui mesma quantidade de prótons e elétrons. Um corpo pode
ser eletrizado de duas formas:
Positivamente: se possui mais prótons que elétrons;
Negativamente: se possui mais elétrons do que prótons.
 
A carga elementar
A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga que pode ser encontrada na natureza. Seu valor é igual a
1,6 . 10-19 C e é atribuído à carga do elétron (com sinal negativo) e à do próton (com sinal positivo).
A partir desse valor, podemos perceber que 1 C é uma unidade muito grande para a carga elétrica, por isso, é
comum a utilização de seus submúltiplos. Os principais são:
mC (milicoulomb) = 10-3C
μC (microcoulomb) = 10-6C
nC (nanocoulomb) = 10-9 C
Princípios da eletrostática
A eletrostática é a parte da Física que estuda fenômenos associados às cargas elétricas em repouso. Ela é regida
pelos seguintes princípios:
Princípio da conservação da carga elétrica: a somatória da carga elétrica de um sistema eletricamente isolado é
constante;
Quantização da carga elétrica: de acordo com esse princípio, a carga elétrica é quantizada, ou seja, sempre um
múltiplo do valor da carga elétrica elementar. A carga de um corpo é dada pela equação:
Q=n.e
Sendo:
Q - a carga elétrica total de um corpo;
n - o número de elétrons perdidos ou recebidos;
e - a carga elementar (1,6 . 10-19 C).
Princípio da atração e repulsão das cargas elétricas: cargas elétricas de mesmo sinal repelem-se, e cargas de sinais
contrários atraem-se.
Princípio da atração e repulsão de cargas elétricas
Corrente Elétrica

A corrente elétrica designa o movimento ordenado de cargas elétricas (partículas eletrizadas chamadas de íons ou
elétrons) dentro de um sistema condutor.
Esse sistema apresenta uma diferença de potencial elétrico (ddp) ou tensão elétrica.
A corrente elétrica que transita nos resistores pode transformar energia elétrica em energia térmica (calor), num
fenômeno conhecido como Efeito Joule.
A resistência de um fio condutor facilita ou dificulta a passagem da corrente elétrica, sendo calculada através da
fórmula da Primeira Lei de Ohm (R=U/I).
Os aparelhos eletrônicos, pilhas e baterias, apresentam o polo negativo e o polo positivo. Isso explica a diferença de
potencial (ddp) presente no circuito de cada um deles.
Observe que o sentido da corrente elétrica é caracterizado de duas maneiras. Uma delas é a “corrente elétrica
real”, ou seja, aquela que possui o sentido do movimento dos elétrons.
A outra maneira é a “corrente elétrica convencional”, cujo sentido é contrário ao movimento dos elétrons e é
marcada pelo movimento das cargas elétricas positivas.
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a intensidade da corrente elétrica é medida em Ampère (A), a resistência
em Ohm (Ω) e a tensão elétrica (ddp) é medida em Volts (V).
Condutores Elétricos
Os condutores elétricos são materiais que permitem a movimentação dos elétrons, ou seja, a passagem da corrente
elétrica. Um material é considerado um condutor elétrico dependendo da diferença de potencial ao qual ele está
submetido.
Os melhores condutores elétricos são os metais, por outro lado, os materiais que dificultam a movimentação dos
elétrons são chamados de isolantes. São exemplos madeira, plástico e papel.
Há três tipos de condutores:
Sólidos - caracterizado pelo movimento dos elétrons livres;
Líquidos - movimento de cargas positivas e negativas;
Gasosos - movimento de cátions e ânions.
Tipos de Corrente Elétrica
Corrente Contínua (CC): possui sentido e intensidade constantes, ou seja, apresenta diferença de potencial (ddp)
contínua, gerada por pilhas e as baterias.
Corrente Alternada (CA): possui sentido e intensidade variados, ou seja, apresenta diferença de potencial (ddp) é
alternada, gerada pelas usinas.
Tensão Elétrica
A tensão elétrica, também chamada de diferença de potencial (ddp), caracteriza a diferencial do potencial elétrico de
dois pontos num condutor. É, portanto, a força decorrente da movimentação dos elétrons em determinado circuito.
No sistema Internacional (SI), a tensão elétrica é medida em Volts (V). Para calcular a tensão elétrica de um circuito
elétrico, utiliza-se a expressão:

Onde,
U= Tensão elétrica (V)
R = Resistência (Ω)
i= Intensidade da corrente (A)

Fórmula de corrente elétrica


A corrente elétrica pode ser calculada pela razão entre o módulo da carga elétrica que atravessa um condutor pelo
intervalo de tempo. A fórmula mais simples que é utilizada para calcular a corrente elétrica está mostrada a seguir,
confira:

i – corrente elétrica (A)


ΔQ – carga elétrica (C)
Δt – intervalo de tempo (s)
No caso dos metais condutores, nos quais a condução é realizada pela movimentação de elétrons, podemos
calcular a corrente elétrica em função do número de elétrons que atravessam-nos a cada segundo. Para isso, é
necessário lembrar da quantização da carga elétrica, essa propriedade da matéria informa que a quantidade de
carga total armazenada em um corpo é dada por um múltiplo inteiro da carga fundamental (e = 1,6.10 -19 C) presente
nos prótons e nos elétrons.

n – número de elétrons


e – carga elétrica fundamental
Se combinarmos as duas equações mostradas, podemos escrever a seguinte fórmula para a corrente elétrica:

As fórmulas mostradas são úteis para a resolução da maior parte dos exercícios que envolvem a corrente elétrica,
entretanto não são úteis para os casos em que a corrente elétrica é variável. Nesses casos, é comum que um gráfico,
tal como o que é mostrado a seguir, seja fornecido, observe:

Gráfico qualitativo de uma corrente elétrica


variável.
O gráfico mostrado acima apresenta o módulo de uma corrente elétrica variável em função do tempo. Perceba que
o módulo dessa corrente elétrica é decrescente. Nesses casos, é bastante útil calcular a área do gráfico, que
corresponde à quantidade de carga conduzida durante esse intervalo de tempo.

Sentido convencional e sentido real da corrente elétrica


O sentido real da corrente elétrica é aquele no qual os elétrons deslocam-se em direção ao potencial elétrico mais
elevado (positivo), uma vez que a sua carga elétrica é negativa. No entanto, por razões puramente arbitrárias, é
possível assumir que os elétrons tenham cargas positivas e que eles desloquem-se em direção ao menor potencial
elétrico, de modo a facilitar a compreensão e os cálculos relacionados à corrente elétrica.
Confira uma tabela que resume os conceitos de sentido real e sentido convencional:
Sentido real Elétrons com carga negativa movem-se em direção do potencial positivo
Sentido
Elétrons com carga positiva movem-se em direção ao potencial negativo
convencional

Energia Elétrica
A energia elétrica é produzida a partir do potencial elétrico de dois pontos de um condutor. Dessa forma, Para
calcular a energia elétrica utiliza-se a equação:
Eel = P . ∆t
Onde:
Eel: energia elétrica (kWh)
P: potência (kW)
∆t: variação do tempo (h)

Potência Elétrica
Potência elétrica é definida como a rapidez com que um trabalho é realizado. Ou seja, é a medida do trabalho
realizado por uma unidade de tempo.
A unidade de potência no sistema internacional de medidas é o watt (W), em homenagem ao matemático e
engenheiro James Watts que aprimorou a máquina à vapor.
No caso dos equipamentos elétricos, a potência indica a quantidade de energia elétrica que foi transformada em
outro tipo de energia por unidade de tempo.
Por exemplo, uma lâmpada incandescente que em 1 segundo transforma 100 joule de energia elétrica em energia
térmica e luminosa terá uma potência elétrica de 100 W.

Lâmpadas incandescentes
Fórmula da Potência Elétrica
Para calcular a potência elétrica utilizamos a seguinte fórmula:
P=U.i
Sendo,
P: potência (W)
i: corrente elétrica (A)
U: diferença de potencial (V)
Exemplo
Qual a potência elétrica desenvolvida por um motor, quando a diferença de potencial (ddp) nos seus terminais é de
110 V e a corrente que o atravessa tem intensidade de 20A ?
Solução:
Para calcular a potência, basta multiplicar a corrente pela ddp, sendo assim temos:
P = 20 . 110 = 2200 W
Frequentemente, a potência é expressa em kW, que é um múltiplo do W, de forma que 1 kW = 1000 W. Sendo assim,
a potência do motor é de 2,2 kW.
Efeito Joule
Os resistores são dispositivos elétricos que ao serem percorridos por uma corrente, transformam energia
elétrica em energia térmica.
Esse fenômeno é chamado de efeito Joule e neste caso dizemos que o resistor dissipa a energia elétrica.
Aquecedores, chuveiros elétricos, secadores de cabelo, lâmpadas incandescentes, ferros de passar roupa são
exemplos de equipamentos que utilizam esse efeito.
Cálculo da Potência no Efeito Joule
Para calcular a potência elétrica em um resistor, podemos usar a seguinte expressão:
P = R . i2
Sendo,
P: potência (W)
R: resistência (Ω)
i: corrente (A)
Usando a Lei de Ohm (U = R . i), podemos substituir a corrente na expressão anterior e encontrar a potência em
função da diferença de potencial e da resistência. Nesse caso, teremos:

Sendo,
P: potência (W)
U: ddp (V)
R: resistência (Ω)
Leis de Ohm
As leis de Ohm permitem calcularmos importantes grandezas físicas, como a tensão, corrente e a resistência elétrica
dos mais diversos elementos presentes em um circuito. No entanto, essas leis só podem ser aplicadas a resistências
ôhmicas, isTo é, corpos cujas resistências tenham módulo constante.
→ 1ª lei de Ohm
A 1ª lei de Ohm determina que a diferença de potencial entre dois pontos de um resistor é proporcional à corrente
elétrica que é estabelecida nele. Além disso, de acordo com essa lei, a razão entre o potencial elétrico e a corrente
elétrica é sempre constante para resistores ôhmicos.
U – Tensão ou potencial elétrico (V)
r – resistência elétrica
i – corrente elétrica
Na lei mostrada na figura acima, chamamos de U a tensão elétrica ou o potencial elétrico. Essa grandeza é escalar e
é medida em Volts. A diferença de potencial elétrico entre dois pontos de um circuito, por sua vez, indica que ali
existe uma resistência elétrica, como mostra a figura:

Quando a corrente elétrica passa pelo elemento resistivo R, há uma queda de potencial elétrico.
Essa diferença decorre do consumo da energia dos elétrons, uma vez que essas partículas transferem parte de
sua energia aos átomos da rede cristalina, quando conduzidos por meios que apresentem resistência à sua
condução. O fenômeno que explica tal dissipação de energia é chamado de efeito Joule.
A figura abaixo mostra o perfil do potencial elétrico antes e após a passagem da corrente por um elemento resistivo
de um circuito elétrico, observe a queda de energia:

Quando a corrente elétrica é conduzida em um corpo com resistência elétrica, parte de sua energia é dissipada.
A corrente elétrica i mede o fluxo de cargas pelo corpo em Ampères, ou em C/s. A corrente elétrica
é diretamente proporcional à resistência elétrica dos corpos: quanto maior a resistência elétrica de um corpo,
menor será a corrente elétrica a atravessá-lo.
→ 2ª lei de Ohm
A resistência elétrica R é uma propriedade do corpo que é percorrido por uma corrente elétrica. Essa propriedade
depende de fatores geométricos, como o comprimento ou a área transversal do corpo, mas também depende de
uma grandeza chamada de resistividade. Tal grandeza relaciona-se exclusivamente ao material do qual um corpo é
formado. A lei que relaciona a resistência elétrica a essas grandezas é conhecida como segunda lei de Ohm. A
segunda lei de Ohm é mostrada na figura abaixo:
R – resistência elétrica (Ω)
ρ – resistividade (Ω.m)
L – comprimento (m)
A – área transversal (m²)
Chamamos de resistor ôhmico todo corpo capaz de apresentar resistência elétrica constante para um determinado
intervalo de tensões elétricas. O gráfico de tensão em função da corrente elétrica para os resistores ôhmicos é linear,
como mostra a figura abaixo:

O resistor pode ser considerado ôhmico no intervalo em que o seu potencial elétrico aumenta linearmente com a
corrente elétrica.
Tomando-se o segmento reto do gráfico, sabe-se que o potencial elétrico entre os terminais de um resistor sofrerá
uma variação em seu potencial elétrico que é sempre proporcional à corrente elétrica que o percorre, como mostra
a figura abaixo:

Analisando o gráfico mostrado acima, vemos que a resistência elétrica pode ser entendida como a inclinação da
reta, dada pela tangente do ângulo θ. Como sabemos, a tangente é definida como a razão entre
os catetos oposto e adjacente e, portanto, pode ser calculada com a fórmula R = U/i, no caso em que as
resistências são ôhmicas.
→ Cálculo da potência elétrica pela lei de Ohm
Por meio da lei de Ohm, é possível determinar a potência elétrica que é dissipada por um resistor. Tal dissipação de
energia ocorre em razão do efeito Joule, por isso, ao calcularmos a potência dissipada, estamos determinando a
quantidade de energia elétrica que um resistor é capaz de converter em calor, a cada segundo.
Existem algumas fórmulas que podem ser usadas para calcular a potência elétrica, confira algumas delas:

P – Potência elétrica (W)


E – Energia (J)
Δt – Intervalo de tempo (s)
R – Resistência (Ω)
i – Corrente elétrica (A)
U – Potencial elétrico (V)
→ Fórmulas das leis de Ohm
Confira as fórmulas da 1ª e da 2ª lei de Ohm:
1ª lei de Ohm:
 

2ª lei de Ohm:
 

Macete
Há um macete que pode facilitar o uso da 1ª lei de Ohm. Esse macete, chamado de macete do triângulo, consiste em
tamparmos a variável que queremos descobrir no triângulo mostrado abaixo, de forma que revelemos a fórmula a ser
usada. Confira:

Com o macete do triângulo é possível descobrir a fórmula a ser usada


Por exemplo, se quisermos calcular o potencial elétrico (U), basta tamparmos o U na figura acima, dessa forma,
veremos que U é igual à corrente elétrica (i) multiplicada pela resistência (R). De maneira similar, se tamparmos a
corrente elétrica (i), veremos que ela pode ser calculada pela divisão de U com R.
Exercícios resolvidos
1) Um resistor ôhmico, de resistência igual a 10 Ω, é atravessado por uma corrente elétrica de 1,0 A. Determine a
queda de potencial que uma corrente elétrica sofre ao passar por esse resistor e assinale a alternativa
correspondente:
a) 5 V
b) 25 V
c) 15 V
d) 20 V
e) 10 V
Resolução:
Para calcularmos a diferença de potencial que a corrente sofre ao passar pelo resistor podemos utilizar a lei de Ohm.
Observe:

Gabarito: Letra E.
Associação de Resistores
Circuito Elétrico
Circuito elétrico é um circuito fechado. Ele começa e termina no mesmo ponto e é formado por vários elementos que
se ligam e, assim, tornam possível a passagem da corrente elétrica.
Elementos de um Circuito Elétrico

1. Resistores
Os resistores, ou resistências, são componentes do circuito elétrico que têm duas funções. Uma delas é converter a
energia elétrica em energia térmica, a outra é limitar a passagem da corrente elétrica através do controle da
voltagem.
2. Capacitores
Os capacitores, ou condensadores, são componentes elétricos que armazenam as cargas elétricas. Essas cargas
elétricas são utilizadas sempre que haja resistência, ou seja, sempre que a passagem da corrente elétrica seja
dificultada.
3. Geradores
Os geradores são dispositivos que prolongam a diferença de potencial entre dois corpos. É dessa forma que eles são
capazes de transformar diferentes tipos de energia.
4. Condutores
Os condutores são os elementos que permitem que as cargas circulem facilmente num circuito elétrico.
5. Indutores
Os indutores são os dispositivos que armazenam a energia elétrica.
Circuito Elétrico Simples
Circuito Elétrico Simples é aquele que percorre apenas um caminho. O exemplo mais comum é uma bateria.
Nas baterias, são sempre os mesmos elétrons que estão circulando. Se não fosse assim, elas não conseguiam
receber energia logo depois de a ter fornecido.
Circuito Elétrico em Série
Circuito Elétrico em série é aquele em que existe uma associação. A partir dessa associação, os componentes ligam-
se entre si na mesma sequência e na mesma direção.
Como exemplo, podemos citar as lâmpadas usadas na decoração das árvores de Natal. O circuito feito por elas é
simples e o fato de uma lâmpada queimar prejudica as restantes.
Circuito Elétrico em Paralelo
Circuito Elétrico em paralelo é aquele em que existe uma associação onde a corrente elétrica se divide ao longo do
circuito.
Isso acontece para que haja tensão elétrica constante em todos os pontos. Exemplo disso é o circuito elétrico
residencial, onde todas as tomadas existentes na casa tem de ter a mesma intensidade de corrente elétrica.
Associação de Resistores
Associação de Resistores é um circuito que apresenta dois ou mais resistores. Há três tipos de associação: em
paralelo, em série e mista.
Ao analisar um circuito, podemos encontrar o valor do resistor equivalente, ou seja, o valor da resistência que
sozinha poderia substituir todas as outras sem alterar os valores das demais grandezas associadas ao circuito.
Para calcular a tensão que os terminais de cada resistor está submetido aplicamos a Primeira Lei de Ohm:
U=R.i
Onde,
U: diferença de potencial elétrico (ddp), medida em Volts (V)
R: resistência, medida em Ohm (Ω)
i: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A).
Associação de Resistores em Série
Na associação de resistores em série, os resistores são ligados em sequência. Isso faz com que a corrente elétrica
seja mantida ao longo do circuito, enquanto a tensão elétrica varia.
Assim, a resistência equivalente (Req) de um circuito corresponde à soma das resistências de cada resistor presente
no circuito:
Req = R1 + R2 + R3 +...+ Rn

Associação de Resistores em Paralelo


Na associação de resistores em paralelo, todos os resistores estão submetidos a uma mesma diferença de potencial.
Sendo a corrente elétrica dividida pelo ramos do circuito.
Assim, o inverso da resistência equivalente de um circuito é igual a soma dos inversos das resistências de cada
resistor presente no circuito:

Quando, em um circuito em paralelo, o valor das resistências forem iguais, podemos encontrar o valor da resistência
equivalente dividindo o valor de uma resistência pelo número de resistências do circuito, ou seja:

Associação de Resistores Mista


Na associação de resistores mista, os resistores são ligados em série e em paralelo. Para calculá-la, primeiro
encontramos o valor correspondente à associação em paralelo e de seguida somamos aos resistores em série.

Leis de Kirchhoff e Ponte de Wheatstone


Leis de Kirchhoff
As Leis de Kirchhoff são utilizadas para encontrar as intensidades das correntes em circuitos elétricos que não
podem ser reduzidos a circuitos simples.
Constituídas por um conjunto de regras, elas foram concebidas em 1845 pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff
(1824-1887), quando ele era estudante na Universidade de Königsberg.
A 1ª Lei de Kirchhoff é chamada de Lei dos Nós, que se aplica aos pontos do circuito onde a corrente elétrica se
divide. Ou seja, nos pontos de conexão entre três ou mais condutores (nós).
Já a 2ª Lei é chamada de Lei das Malhas, sendo aplicada aos caminhos fechados de um circuito, os quais são
chamados de malhas.
Lei dos Nós
A Lei dos Nós, também chamada de primeira lei de Kirchhoff, indica que a soma das correntes que chegam em um
nó é igual a soma das correntes que saem.
Esta lei é consequência da conservação da carga elétrica, cuja soma algébrica das cargas existentes em um sistema
fechado permanece constante.
Exemplo
Na figura abaixo, representamos um trecho de um circuito percorrido pelas correntes i1, i2, i3 e i4.
Indicamos ainda o ponto onde os condutores se encontram (nó):

Neste exemplo, considerando que as correntes i1 e i2 estão chegando ao nó, e as correntes i3 e i4 estão saindo,
temos:
i1 + i2 = i3 + i4
Em um circuito, o número de vezes que devemos aplicar a Lei dos Nós é igual ao número de nós do circuito menos
1. Por exemplo, se no circuito existir 4 nós, vamos usar a lei 3 vezes (4 - 1).
Lei das Malhas
A Lei das Malhas é uma consequência da conservação da energia. Ela indica que quando percorremos uma malha
em um dado sentido, a soma algébrica das diferenças de potencial (ddp ou tensão) é igual a zero.
Para aplicar a Lei das Malhas, devemos convencionar o sentido que iremos percorrer o circuito.
A tensão poderá ser positiva ou negativa, de acordo com o sentido que arbitramos para a corrente e para percorrer o
circuito.
Para isso, vamos considerar que o valor da ddp em um resistor é dado por R . i, sendo positivo se o sentido da
corrente for o mesmo do sentido do percurso, e negativo se for no sentido contrário.
Para o gerador (fem) e receptor (fcem) utiliza-se o sinal de entrada no sentido que adotamos para a malha.
Como exemplo, considere a malha indicada na figura abaixo:

Aplicando a lei das malhas para esse trecho do circuito, teremos:


UAB + UBE + UEF + UFA = 0
Para substituir os valores de cada trecho, devemos analisar os sinais das tensões:
ε1: positivo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que escolhemos) chegamos pelo polo positivo;
R1.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i 1;
R2.i2: negativo, pois estamos percorrendo o circuito no sentido contrário que definimos para o sentido de i 2;
ε2: negativo, pois ao percorrer o circuito no sentido horário (sentido que escolhemos), chegamos pelo polo negativo;
R3.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i 1;
R4.i1: positivo, pois estamos percorrendo o circuito no mesmo sentido que definimos o sentido de i 1;
Considerando o sinal da tensão em cada componente, podemos escrever a equação desta malha como:
ε1 + R1.i1 - R2.i2 - ε2 + R3.i1 + R4.i1 = 0

Passo a Passo
Para aplicar as Leis de Kirchhoff devemos seguir os seguintes passos:
1º Passo: Definir o sentido da corrente em cada ramo e escolher o sentido em que iremos percorrer as malhas do
circuito. Essas definições são arbitrárias, contudo, devemos analisar o circuito para escolher de forma coerente esses
sentidos.
2º Passo: Escrever as equações relativas a Lei dos Nós e Lei das Malhas.
3º Passo: Juntar as equações obtidas pela Lei dos Nós e das Malhas em um sistema de equações e calcular os
valores desconhecidos. O número de equações do sistema deve ser igual ao número de incógnitas.
Ao resolver o sistema, encontraremos todas as correntes que percorrem os diferentes ramos do circuito.
Se algum dos valores encontrados for negativo, significa que a sentido da corrente escolhido para o ramo tem, na
verdade, sentido contrário.
Exemplo
No circuito abaixo, determine as intensidades das correntes em todos os ramos.

Solução
Primeiro, vamos definir um sentido arbitrário para as correntes e também o sentido que iremos seguir na malha.
Neste exemplo, escolhemos o sentido conforme esquema abaixo:

O próximo passo é escrever um sistema com as equações estabelecidas usando a Lei dos Nós e das Malhas. Sendo
assim, temos:

Por fim, vamos resolver o sistema. Começando substituindo i3 por i1 - i2 nas demais equações:

Resolvendo o sistema por soma, temos:

Agora vamos encontrar o valor de i1, substituindo na segunda equação o valor encontrado para i2:
Finalmente, vamos substituir esses valores encontrados na primeira equação, para encontrar o valor de i 3:

Assim, os valores das correntes que percorrem o circuito são: 3A, 8A e 5A.

Ponte de Wheatstone
Ponte de Wheatstone é um circuito elétrico muito útil para a realização de medidas precisas de resistência elétrica.
Esse circuito é formado por quatro resistores e um galvanômetro, sendo dois desses resistores conhecidos ou
predeterminados, um deles de resistência variável e, por último, um de resistência desconhecida.
A ponte de Wheatstone foi inventada por Samuel Hunter Christie, entretanto seu nome permaneceu como uma
forma de homenagem a Sir Charles Wheatstone, responsável por difundir o uso dessa configuração de resistores.
Aplicações
Além de sua utilização mais comum (a de medir uma resistência elétrica desconhecida), a ponte de Wheatstone está
presente em diversos tipos de circuitos que necessitam de sensores bastante precisos,
como balanças, termostatos, sensores de pressão etc.

A figura acima mostra uma antiga ponte de Wheatstone.


Cálculo das resistências
Na ponte de Wheatstone, ligam-se quatro resistores, em dois diferentes ramos de um circuito, a uma bateria. Em
seguida, esses ramos são conectados por um fio, que os leva a um galvanômetro. O galvanômetro serve como um
indicador de corrente elétrica, dessa forma, altera-se a resistência do resistor variável até que o galvanômetro não
acuse a passagem de corrente. Quando nenhuma corrente passa pelo galvanômetro, não há diferença de potencial
entre os ramos do circuito. Nessa situação, dizemos que a ponte de Wheatstone encontra-se em equilíbrio.
A figura a seguir mostra o esquema de uma ponte de Wheatstone formado pelos resistores R 1, R2, R3 e RX, observe:
A ponte de Wheatstone encontra-se em equilíbrio desde que i g = 0.
ig — corrente no galvanômetro
RX — resistência desconhecida
R1, R2, R3 — resistências conhecidas
Na situação de equilíbrio, o circuito mostrado na figura anterior pode ser usado para determinar com grande precisão
a resistência elétrica do elemento resistivo RX. Para tanto, é necessário que a corrente a atravessar o galvanômetro
seja igual a 0. No caso afirmativo, dizemos que há uma igualdade entre os produtos das resistências
cruzadas que pode ser escrita pela seguinte fórmula:

Demonstração
A identidade mostrada na figura anterior, apesar de muito simples, é determinada pela lei da conservação da energia,
por meio da lei de Kirchoff que se refere às malhas. Essa lei, conhecida como a 2ª lei de Kirchoff, determina que
a soma dos potenciais elétricos em cada malha do circuito é sempre nula.
Por isso, somaremos todos os potenciais elétricos nas malhas ADC e DBC e igualaremos essas somas a zero.
Observe a imagem a seguir:

Aplicando a lei das malhas, conseguimos encontrar o resultado que diz respeito ao produto cruzado das resistências.
Para chegarmos no resultado anterior, fizemos uso da 1ª lei de Ohm, que diz que a queda de potencial elétrico nos
elementos resistivos de um circuito é dada por U = R.i, juntamente à lei das malhas, que afirma que o potencial
elétrico deve ser negativo, caso percorramos a malha no mesmo sentido da corrente elétrica em cada ramo (lembre-
se de que o sentido da corrente elétrica pode ser arbitrado como quisermos).
Resumo
A ponte de Wheatstone é um circuito formado por quatro resistores ligados em série e paralelo, conectados por um
galvanômetro;
A ponte de Wheatstone pode ser usada para determinar uma resistência elétrica desconhecida;
Para determinar a resistência desconhecida, é necessário que a ponte de Wheatstone esteja em equilíbrio, isto é, a
corrente no galvanômetro deve ser nula;
Se a ponte de Wheatstone estiver em equilíbrio, então podemos igualar o produto cruzado das resistências.

Geradores elétricos
Geradores Elétricos
Geradores elétricos são dispositivos que convertem vários tipos de energia não elétrica (mecânica, eólica) em
energia elétrica. Eles são usados para garantir energia sempre que haja falha na corrente elétrica.
Assim, a função de um gerador é garantir que a diferença de potencial elétrico (ddp), ou tensão elétrica, dure mais
tempo e não interrompa o circuito. O circuito elétrico é percorrido entre os dois polos existentes no gerador.
Num desses polos, o potencial elétrico é negativo e sua tensão é menor, enquanto no outro polo o potencial elétrico é
positivo e sua tensão é maior.
Um gerador ideal seria capaz de converter toda a energia. A sua potência seria medida através da seguinte fórmula:
Potg = E.i
Onde,
Potg: potência
E: força eletromotriz
i: corrente elétrica
Mas não é o que acontece. Na realidade, há uma perda de energia, afinal as cargas elétricas encontram resistência
ao longo do circuito.
É através da fórmula a seguir que a potência real de um gerador é medida:
Potd = r.i²
Onde,
Potd = potência
r = resistividade do condutor
i = corrente elétrica
Os geradores foram descobertos graças aos estudos de Michael Faraday, o qual descobriu que o movimentos dos
ímãs eram capazes de gerar corrente elétrica.
Tipos de Geradores
Há vários tipos de geradores, sendo que o gerador mecânico é o mais comum dentre eles. A tipologia indica a forma
de energia utilizada para gerar energia elétrica.
Gerador Mecânico - utiliza energia mecânica e a converte em energia elétrica. Exemplo: alternadores de carro.
Gerador Químico - utiliza energia energia química, ou potencial, e a converte em energia elétrica. Exemplo: pilhas.
Gerador Térmico - utiliza energia térmica e a converte em energia elétrica. Exemplo: turbinas a vapor.
Gerador Luminoso - utiliza energia luminosa e a converte em energia elétrica. Exemplo: placas solares.
Gerador Eólico - utiliza energia eólica e a converte em energia elétrica. Exemplo: aerogeradores.
Força eletromotriz
A força eletromotriz (FEM) corresponde a todo o potencial elétrico que pode ser produzido por um gerador. Ao ser
ligado em um circuito, parte da energia gerada é dissipada em forma de calor em decorrência da formação de
uma corrente elétrica em seu interior. Esse fenômeno, chamado de efeito Joule, ocorre porque os geradores
apresentam certa resistência interna, logo, não há gerador perfeito.
A força eletromotriz também pode ser compreendida como a quantidade de energia potencial elétrica que os
geradores fornecem a cada unidade de carga elétrica:
 

Podemos calcular a força eletromotriz produzida por um gerador por meio da seguinte equação:
 

E – força eletromotriz [V]


U – tensão elétrica utilizável [V]
ri – resistência interna do gerador [Ω]
i – corrente elétrica [A]
A equação acima sugere que parte da energia produzida por um gerador (E) é utilizada para ligar dispositivos
eletroeletrônicos (U), e outra parte é dissipada (ri.i). Por meio da equação da força eletromotriz, é possível deduzir
a equação característica dos geradores, que nos fornece a tensão utilizável (UU) por um circuito alimentado por
um gerador real:
 

Mapa Mental: Geradores

Representação do gerador no circuito


Os geradores costumam ser representados em circuitos, cujo esquema é apresentado a seguir:
 
Nos geradores, a corrente elétrica (no sentido convencional) sempre deve fluir do menor para
o maior potencial elétrico, demonstrados pela barra pequena (-) e pela barra grande (+), respectivamente. Essa
representação indica que a corrente elétrica ganha energia ao passar pelo gerador. A resistência ri mostrada no
circuito é a resistência interna do gerador.
Curva característica dos geradores
A curva característica dos geradores é uma reta descendente no primeiro quadrante do plano cartesiano.
Representa a queda de tensão dentro do gerador e pode ser entendida da seguinte maneira:
Se a corrente formada pelo gerador for nula (i = 0), então nenhuma energia será dissipada. Logo, toda a tensão
produzida será a própria força eletromotriz (U = E).
Se o gerador for ligado em curto-circuito, conectado diretamente aos terminais positivo e negativo por um fio sem
resistência, será produzida a máxima corrente possível. Se esse gerador estiver ligado em um circuito e produzir tal
corrente, sua resistência interna consumirá toda a energia produzida. Dessa forma, o potencial estabelecido pelo
gerador será nulo (U = 0). Observe:
 

E – força eletromotriz [V]


ri – resistência interna do gerador [Ω]
icc – corrente elétrica de curto-circuito[A]
Por meio da 1ª lei de Ohm, podemos utilizar a informação contida na curva característica dos geradores para calcular
sua resistência interna. Observe:
 

Potência elétrica nos geradores


Potência elétrica é uma grandeza escalar medida, geralmente, em watts (ou em unidades derivadas). Representa a
taxa de variação da energia elétrica em função do tempo. Nos geradores, há três tipos de potência elétrica:
Potência elétrica total: corresponde a toda a potência elétrica produzida pelos geradores. É dada pela equação:
 

Potência elétrica utilizável: potência elétrica disponível para o circuito elétrico. Pode ser calculada por meio da
seguinte equação:
 

Potência elétrica dissipada: potência elétrica consumida pelo efeito Joule em virtude da passagem de corrente
elétrica pela resistência interna dos geradores.
 
Portanto, o balanço de energia nos geradores pode ser sintetizado pelas seguintes equações:
 

Rendimento dos geradores


O rendimento dos geradores é uma grandeza física adimensional que indica a capacidade do gerador em
transformar alguma forma de energia em energia elétrica. O rendimento dos geradores é dado pela razão entre
o potencial elétrico útil e sua força eletromotriz:

Associação de Geradores
A grande maioria dos aparelhos elétricos que encontramos no dia a dia funciona convenientemente com mais de um
gerador. Se prestarmos atenção aos controles remotos, brinquedos, lanternas e muitos outros aparelhos, poderemos
observar que na maioria dos casos se usa mais de uma pilha. Dizemos então que, nesses casos, são
feitas associações de geradores.
Dependendo da necessidade, para que um circuito funcione, ele deverá ser submetido a uma maior tensão elétrica
ou, então, para determinada ddp, necessita-se de mais corrente elétrica. Conseguimos isso realizando
uma associação de geradores.
A. Associação em série
Geradores estão associados em série quando são ligados de maneira que o polo positivo de um seja conectado ao
polo negativo do outro, proporcionando assim um único caminho para a formação da corrente elétrica.

Quatro pilhas de fem 1,5 V associadas em série.

Esquema elétrico da associação de quatro


geradores em série. Perceba que o polo positivo de um está ligado ao polo negativo do outro
sucessivamente.
Utiliza-se esta configuração quando o circuito necessita, no seu funcionamento, de uma tensão elétrica maior em
seus terminais.
Podemos determinar um gerador equivalente à associação, que apresenta uma fem ε E e uma resistência interna
equivalente rE.

Gerador equivalente da associação em série dos


geradores. Nos terminais, a tensão elétrica vale U.
A tensão nos terminais do gerador equivalente é dada por:
U = εE – rE · i (I)
Essa mesma tensão elétrica pode ser dada pela soma das ddps estabelecidas nos terminais de cada um dos
geradores.
U = U1 + U2 + U3 + U4
Com base na equação dos geradores, temos:
U = ε1 – r1·i + ε2 – r2 · i + ε3 – r3 · i + ε4 – r4 · i
U = ε1 + ε2 + ε3 + ε4 – i · (r1 + r2 + r3 + r4) (II)
Comparando as equações I e II, podemos concluir que:
εE = ε1 + ε2 + ε3 + ε4
e
rE = r1 + r2 + r3 + r4
No caso de n geradores iguais de força eletromotriz ε e resistência interna r associados em série, teríamos:
εE = n · ε
e
rE = n · r
Um inconveniente desse tipo de associação é o aumento da resistência. Como as resistências internas de cada
gerador acabam sendo associadas em série, a resistência interna do gerador equivalente é dada pela soma destas.
B. Associação em paralelo
Geradores elétricos estão associados em paralelo quando o polo positivo de um é ligado ao positivo do outro e o polo
negativo de um é ligado ao polo negativo de outro.
Na prática, devemos associar em paralelo apenas geradores idênticos. Caso contrário, dependendo da relação entre
as forças eletromotrizes, um gerador pode acabar consumindo a energia de outro.

Três pilhas de fem 1,5 V associadas em paralelo.

Esquema elétrico da associação de três geradores


idênticos em paralelo.
Observe que os polos positivos estão todos conectados entre si, bem como os polos negativos, e a intensidade da
corrente elétrica (i) fornecida por cada um dos geradores forma a corrente elétrica total (3i).
Utilizamos esta configuração quando o circuito necessita, no seu funcionamento, de uma corrente elétrica maior do
que aquela fornecida individualmente por cada gerador.

Gerador equivalente da associação em


paralelo dos três geradores. Nos terminais, a tensão elétrica vale U.
Ao associarmos os geradores em paralelo, teremos como resultado um gerador equivalente que apresenta a mesma
fem dos geradores. A resistência interna equivalente depende do número de geradores associados. Neste caso
apresentado, temos:
εE = ε
e
rE = r/3
No caso da associação em paralelo de n geradores idênticos, teríamos:
εE = ε
e
rE = r/n
O inconveniente de associá-los em paralelo ocorre no caso de geradores diferentes. Como já citado anteriormente,
dependendo da fem dos geradores, um pode consumir a energia do outro.
Uma vantagem de se associarem geradores em paralelo está na diminuição da energia dissipada nas resistências
internas. Nesta associação, a corrente elétrica que cada gerador deve fornecer é menor, com isso diminuem as
perdas e aumenta-se o rendimento da composição.
C. Associação mista
Chamamos de associação mista aquela que apresenta, em um mesmo circuito, associações em série e em paralelo.
Para se chegar aos parâmetros do gerador equivalente, é necessário executar as associações por partes,
dependendo da forma em que os geradores estiverem associados.

Conjunto de três geradores


em paralelo associados em série, εE = 5ε e rE = 5r/3.

Três ramos em paralelo


contendo cinco geradores associados em série, εE = 5ε e rE = 5r/3.
Receptores elétricos
Receptores elétricos

Os receptores elétricos são dispositivos que transformam energia elétrica em outra forma de energia.
Os motores elétricos são exemplos de receptores, que transformam energia elétrica em energia mecânica
Os receptores elétricos são dispositivos que transformam energia elétrica em outra forma de energia, seja ela
mecânica, térmica, entre outras. Um exemplo de receptor é o motor elétrico que transforma energia
elétrica em energia mecânica, sendo a base para o funcionamento de vários aparelhos, como os ventiladores,
batedeiras, liquidificadores etc.
Em um circuito elétrico, os receptores causam uma queda na força eletromotriz fornecida pela fonte de tensão.
Essa queda ocorre porque a energia fornecida é utilizada na transformação pretendida pelo aparelho elétrico e sua
intensidade depende do valor da força contraeletromotriz do receptor e de sua resistência interna.
A força contraeletromotriz (fcem) representa a diferença de potencial útil entre os dois terminais do receptor e é
também chamada de tensão de saída. No circuito, ela normalmente é representada por E'. Para calcular a queda de
potencial (V) entre os terminais do receptor, utilizamos a seguinte equação:
V = E' + r'i
Essa relação é conhecida como equação do receptor.
O valor de “r'i” representa a quantidade de energia que foi dissipada pelo aparelho em sua resistência interna por
meio do Efeito Joule. Observe no esquema a seguir como se caracteriza o funcionamento do receptor:

Na figura, vemos que o receptor recebe energia elétrica, transforma uma parte em energia não elétrica e dissipa o
restante
O prefixo contra do termo força contraeletromotriz é utilizado porque ela é oposta à força eletromotriz do gerador.
Observe na figura a seguir como o receptor é representado em um circuito elétrico:

Representação do receptor elétrico em circuitos elétricos


Esse símbolo é o mesmo utilizado para os geradores, e a diferença está no sentido da corrente elétrica. Em um
circuito com os dois componentes, reconhecemos o gerador como o que possui força eletromotriz maior do que a
força contraeletromotriz.
A equação do gerador pode ser representada graficamente, e o valor de E' e r' são constantes. O gráfico obtido é
uma reta, conforme mostra a figura a seguir:

Diagrama representando o funcionamento do receptor elétrico


A partir da análise do gráfico, podemos perceber que, quando a corrente elétrica é igual a zero (i = 0), não ocorre
dissipação de energia na resistência interna, de forma que V = E'. Outra conclusão que podemos tirar é que, quando
a corrente i aumenta, aumenta-se também a ddp entre os terminais do receptor, já que o valor r'.i aumenta.

Voltímetro e Amperímetro

É de vital importância, em eletricidade, a utilização de dois aparelhos de medidas elétricas: o amperímetro e


o voltímetro.
Voltímetro
Aparelho utilizado para medir a diferença de potencial entre dois pontos; por esse motivo deve ser ligado sempre em
paralelo com o trecho do circuito do qual se deseja obter a tensão elétrica. Para não atrapalhar o circuito, sua
resistência interna deve ser muito alta, a maior possível.
Se sua resistência interna for muito alta, comparada às resistências do circuito, consideramos o aparelho como
sendo ideal.
Os voltímetros podem medir tensões contínuas ou alternadas dependendo da qualidade do aparelho.
Voltímetro Ideal → Resistência interna infinita.

Voltímetro Ideal Voltímetro não-ideal


Amperímetro
Aparelho utilizado para medir a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio. Pode medir tanto corrente
contínua como corrente alternada. A unidade utilizada é o àmpere.
O amperímetro deve ser ligado sempre em série, para aferir a corrente que passa por determinada região do circuito.
Para isso o amperímetro deve ter sua resistência interna muito pequena, a menor possível.
Se sua resistência interna for muito pequena, comparada às resistências do circuito, consideramos o amperímetro
como sendo ideal.
Amperímetro Ideal → Resistência interna nula
Amperímetro não-ideal Amperímetro Ideal
Capacitores
Rigidez Dielétrica
Em relação à capacidade de conduzir a corrente elétrica, podemos classificar diversos materiais
em  condutores,  isolantes  e semicondutores.

Quando o campo elétrico entre o solo e as nuvens é muito alto, ocorre a ruptura da rigidez dielétrica do ar, formando
os raios
Os condutores apresentam uma grande quantidade de elétrons fracamente ligados aos núcleos atômicos,
favorecendo a condução da corrente elétrica. Os semicondutores, por sua vez, precisam de
um estímulo externo (como altas temperaturas) para que seus elétrons sejam excitados e possam ser conduzidos.
Já os materiais isolantes (também conhecidos como dielétricos) têm seus elétrons fortemente ligados aos núcleos
atômicos, tornando particularmente difícil a formação de correntes elétricas nesses materiais.
No entanto, há um valor máximo de campo elétrico no qual os materiais isolantes passam a se comportar como
condutores, permitindo, assim, a formação de correntes elétricas. Esse valor é específico para cada material,
depende da sua espessura e recebe o nome de rigidez dielétrica.
Rigidez dielétrica de alguns materiais
A tabela a seguir apresenta os valores máximos de campo elétrico para que ocorra a rigidez dielétrica de alguns
materiais:
Material Rigidez dielétrica (V/m)
Ar 3.106
Borrach
12.106
a
Papel 16.106
Quartzo 8.106
Teflon 80.106

A tabela indica que, para o ar, é necessário que haja uma tensão elétrica de 3 milhões de volts por metro para que
ele se torne um condutor. Quando isso acontece, os elétrons têm energia suficiente para se mover entre as
moléculas do meio.
Ruptura da rigidez dielétrica do ar
O fenômeno de ruptura dielétrica do ar é responsável pela formação das descargas elétricas atmosféricas,
popularmente conhecidas como raios.
O ar atmosférico é um meio isolante que apresenta uma rigidez dielétrica de 3.106 V/m. Quando o campo elétrico
atmosférico entre as nuvens e o solo atinge valores próximos, as moléculas do ar são ionizadas, o que torna o ar um
meio condutor.
Por meio do Efeito Joule, a corrente elétrica formada no ar causa um grande aquecimento, que é responsável
pela dilatação do meio gasoso, produzindo as ondas sonoras conhecidas como trovões. Mais moléculas têm seus
elétrons arrancados e eventualmente esses elétrons livres são capturados por outras moléculas ionizadas. É nesse
processo que ocorre a emissão de luz conhecida como relâmpago.
Capacitores
Capacitor é um dispositivo capaz de acumular cargas elétricas quando uma diferença de potencial é estabelecida
entre seus terminais. A capacitância dos capacitores, por sua vez, é a medida de quanta carga o dispositivo é capaz
de acumular para uma determinada diferença de potencial.
Os capacitores, geralmente, são produzidos de forma simples, formados por duas placas condutoras paralelas,
chamadas de armaduras, que podem ou não ser preenchidas com um meio altamente dielétrico (isolante).
Para que servem os capacitores?
Os capacitores podem ser usados para outros fins além da sua função principal, que é armazenar cargas elétricas.
Esses dispositivos podem ser usados em circuitos alimentados por correntes elétricas alternadas, quando se deseja
a formação de uma corrente elétrica contínua, como nos casos de eletrodomésticos,
como geladeiras, liquidificadores, máquinas de lavar e etc.
Uma corrente elétrica, no entanto, não fluirá pelo circuito enquanto os capacitores não se encontrarem
completamente carregados. Isso pode reduzir o desgaste produzido pelas grandes variações de corrente elétrica
geradas no momento em que um dispositivo eletrônico é ligado ou desligado.
Por sua grande facilidade em armazenar cargas elétricas, os capacitores também podem ser utilizados para suprir a
demanda de altas correntes elétricas requisitadas por algum circuito de alta potência, como os grandes aparelhos de
som utilizados em shows.
Fórmula da Capacitância
Capacitância é uma grandeza física relacionada à quantidade de cargas elétricas que um capacitor é capaz de
armazenar para uma dada diferença de potencial. Quanto maior for sua capacitância, maior será a quantidade de
cargas armazenada pelo capacitor para uma mesma tensão elétrica.
Podemos calcular a capacitância pela razão entre a quantidade de cargas armazenadas e a tensão elétrica:

Legenda:
C – capacitância (F – farad)
Q – carga elétrica armazenada (C- coulomb)
U – tensão elétrica ou diferença de potencial (V – volts)
A unidade de capacitância no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o farad (F), unidade que equivale a coulomb
por volt (C/V).
A capacitância também é afetada por fatores geométricos dos capacitores: a distância (d) entre as placas da
armadura dos capacitores e a sua área (A) influenciam a quantidade máxima de cargas que podem ser acumuladas
por eles. Outro fator que pode afetar a capacitância é a permissividade dielétrica (ε) do meio inserido entre as
placas de um capacitor: quanto maior for a permissividade dielétrica do meio, maior será a quantidade máxima
de cargas armazenadas em um capacitor.
Dessa forma, a capacitância de um capacitor de placas paralelas pode ser calculada por meio da seguinte relação:

Legenda:
C – capacitância (F)
ε – permissividade elétrica do meio (F/m)
A – área das placas do capacitor (m²)
d – distância entre as placas do capacitor (m)
A figura abaixo traz um esquema de um capacitor de placas paralelas:

Na figura acima, A é a área de uma das placas, e d é a distância entre elas.


Fórmula da energia armazenada em capacitores
Podemos calcular a quantidade de energia potencial elétrica armazenada entre as armaduras de um capacitor
usando a seguinte equação:

Legenda:
EPOT – energia potencial elétrica (J – joules)
Q – carga elétrica (C – coulombs)
U – Tensão elétrica (ou diferença de potencial) (V – volts)
Por meio da equação acima e da fórmula de capacitância, podemos ainda deduzir uma segunda equação, dada por:

Legenda:
EPOT – energia potencial elétrica (J)
C – capacitância (F)
U – Tensão elétrica ou diferença de potencial (V)
Tipos de capacitores
Os capacitores podem diferir em seu formato bem como em seu dielétrico. O meio que é inserido entre as placas de
um capacitor interfere diretamente em sua capacidade de armazenar cargas elétricas. Meios que apresentam altas
constantes eletrostáticas, ou seja, altamente resistivos, são os preferidos para a implementação dos capacitores.
Confira alguns tipos de capacitores:
Capacitores eletrolíticos: contêm finas camadas de alumínio, envolvidas em óxido de alumínio e embebidas em
eletrólitos líquidos.
Capacitores de poliéster: são um tipo de capacitor bastante compacto, formado por folhas de poliéster e alumínio.
Capacitores de tântalo: têm uma vida útil mais longa, usam como dielétrico o óxido de Tântalo.
Capacitores de óleo: foram os primeiros tipos de capacitores e, assim como os capacitores de papel, deixaram de
ser usados por serem pouco práticos ou confiáveis.
Capacitores variáveis: são os que possuem válvulas capazes de controlar a distância entre as placas ou a sua área
de contato, largamente utilizados em aparelhos valvulados, como rádios e televisores antigos
Capacitores cerâmicos: feitos em formato de disco, são formados de placas condutoras que envolvem um meio
como papel, vidro ou ar.

Existem diversos tipos de capacitores, com características e usos diferentes.


Capacitor de placas paralelas
O capacitor de placas paralelas é o tipo de capacitor que apresenta geometria mais simples. Esse tipo é formado
por uma armadura, feito de material condutor e envolto em um meio dielétrico, de alta resistência elétrica (como o
vácuo, papel, borracha, óleo etc.). A figura a seguir traz um esquema de um capacitor de placas paralelas:

O capacitor de placas paralelas é o mais simples dos capacitores.

Associação de capacitores

A associação de capacitores, em série ou em paralelo, permite que obtenhamos valores de capacitância diferentes. 

Associação de capacitores em série


Na associação de capacitores em série, conectamos dois ou mais capacitores no mesmo ramo (fio) de um circuito,
de modo que as cargas elétricas armazenadas nas armaduras de cada capacitor sejam iguais. Nesse tipo de
associação, a armadura do capacitor que é carregada com carga positiva é ligada à armadura carregada com carga
negativa do capacitor seguinte. Na associação de capacitores em série, a capacitância equivalente é determinada
pelo produto dividido pela soma das capacitâncias individuais.
Fórmula
Para calcularmos a capacitância dos N capacitores associados em série, por meio da equação seguinte, é necessário
que resolvamos o MMC entre os denominadores, observe:

Ceq — capacitância equivalente


C1, C2, CN — capacitâncias dos capacitores associados
No entanto, caso queiramos calcular a capacitância equivalente para a associação entre apenas dois capacitores,
podemos usar um recurso facilitador:

A fórmula só deve ser usada para dois capacitores por vez.


Associação de capacitores em paralelo
Na associação de capacitores em paralelo, o potencial elétrico é igual para todos os capacitores. Nesse tipo de
associação, ligam-se dois ou mais capacitores em diferentes ramos de um circuito, de forma que esses ramos
sejam conectados por um único nó. Na associação de capacitores em paralelo, a capacitância equivalente é
calculada pela soma das capacitâncias individuais.

Fórmula
Para calcularmos a capacitância equivalente de capacitores associados em paralelo, basta somarmos suas
capacitâncias individuais, como mostra a fórmula:

Associação mista de capacitores


A associação mista de capacitores caracteriza-se pela utilização de ligações em série e em paralelo em
um mesmo circuito. Para determinarmos a capacitância equivalente de capacitores ligados nesse tipo de
associação, devemos resolver, primeiramente, a associação em série, e depois, a associação em paralelo.
Eletromagnetismo: Visão geral, Imã e Regra da mão direita
Eletromagnetismo
Eletromagnetismo é o ramo da física que estuda a relação entre as forças da eletricidade e do magnetismo como um
fenômeno único. Ele é explicado pelo campo magnético.
Origem
Michael Faraday (1791-1867) descobriu os efeitos elétricos produzidos pelo magnetismo. Através desses efeitos,
chamados de indução eletromagnética, ele explicou a natureza e as propriedades dos campos magnéticos.
Faraday explicou que o campo magnético é produzido pelas cargas elétricas geradas a partir do atrito entre os
corpos que, por sua vez, sofrem atração ou repulsão.

A ligação de um campo elétrico com um campo magnético


produzem um campo eletromagnético
É o mesmo que dizer que é possível gerar energia movimentando um ímã próximo a um indutor ou um condutor.
Esse movimento faz com que os elétrons se movimentem, resultando em tensão elétrica,
ou energia eletromagnética.
Isso acontece em decorrência da polaridade existente à matéria de qualquer corpo: carga positiva (próton), carga
negativa (elétron) e carga neutra (nêutron).
O local onde essa força está concentrada é chamado de campo elétrico.
A força das cargas elétricas é calculada através da Lei de Coulomb. Além dessa lei, o entendimento acerca
do campo magnético desencadeou muitas descobertas referentes à eletricidade.
Mas foi James Clark Maxwell (1831-1879) que conseguiu reunir o conhecimento existente acerca da eletricidade e do
magnetismo.
Maxwell estudou o efeito de forma inversa àquela apresentada por Faraday. Assim, mostrando a variação do campo
elétrico sob o campo magnético, propôs 4 equações, as chamadas equações de Maxwell, que estão inseridas no
conceito de eletromagnetismo clássico.
O físico escocês mostrou a existência dos campos eletromagnéticos. Trata-se da concentração de cargas elétricas
e magnéticas, as quais movimentam-se como ondas. Por esse motivo, são chamadas de ondas eletromagnéticas e
propagam-se à velocidade da luz. A luz é um exemplo de onda eletromagnética!
O micro-ondas, o rádio e os aparelhos utilizados nos exames de radiografia são outros exemplos da presença das
ondas eletromagnéticas.
Ímã
Ímã (ou íman, em português da Europa) é um material que tem a capacidade de magnetizar ou atrair materiais
constituídos de ferro, cobalto e níquel. Isso se deve ao magnetismo.
Magneto é originalmente o nome dado ao ímã. Isso porque ele foi encontrado na Magnésia (Grécia).
Tipos de Ímãs
Há dois tipos de ímãs: o ímã natural, que é encontrado na natureza; e o ímã artificial, que é aquele que resulta de
fabricação feita mediante a utilização de materiais que possuem propriedades magnéticas. Esse processo é chamado
de imantação.
O ímã natural mais comum é a magnetita, pedra vulcânica em que consta óxido de ferro na sua constituição.
Os ímãs artificiais mais utilizados são aqueles constituídos de bário, carbonato de estrôncio e óxido de ferro.
O ímã de neodímio é o ímã mais poderoso que existe no mundo.
O ímã artificial, por sua vez, pode ser:
Permanente: consegue manter seu magnetismo mediante uso de materiais ferromagnéticos. Seu magnetismo pode
ser perdido apenas de forma temporária em decorrência de forte temperatura ou descarga elétrica.
Temporal: o magnetismo adquirido através de materiais paramagnéticos é provisório.
Eletroímã: é um aparelho capaz de gerar magnetismo mediante a presença, geralmente, de ferro.
Polos Magnéticos
Os ímãs são dipolos, pois têm dois polos magnéticos: o norte e o sul. Não é possível encontrar um ímã que tenha
apenas um polo. Assim, mesmo que os ímãs sejam divididos, as duas polaridades sempre estarão presentes.
Trata-se de um princípio que é chamado de princípio da inseparabilidade dos polos.

Não confunda ímã com imã (sem acento agudo no i). Imã é o nome dado a sacerdotes muçulmanos.    

Força Magnética
Na física, a Força magnética (Fm), também chamada de Força de Lorentz, representa a força de atração e/ou
repulsão exercida pelos ímãs ou objetos magnéticos.
A força magnética é uma grandeza vetorial, portanto, ela possui uma direção, um sentido e um módulo. Lembre-se
que a força magnética é perpendicular ao campo magnético (B) e a velocidade (v) da carga magnética (q).
Regra da Mão Direita
Para entender o sentido da força magnética, utiliza-se a regra da mão direita, também chamada de “regra do tapa”.
Com a mão direita aberta, temos que o polegar representa o sentido da velocidade (v) e os outros dedos
representam o sentido do campo magnético (B). Já a palma da mão corresponde ao sentido da força magnética (F).
Para compreender melhor essa regra, veja a figura abaixo:

Campo magnético
Magnetismo
Magnetismo é a propriedade de atração e repulsão de determinados metais e ímãs, que apresentam um polo
positivo e outro negativo, caracterizados pelas “forças dipolo”.
Dessa forma, a propriedade chamada de “dipolo magnético” informa que os polos iguais se repelem e os polos
opostos se atraem.
História do Magnetismo e do Electromagnetismo
Sabe-se que o Magnetismo não é algo novo, uma vez que desde o século VII a. C. já eram utilizados seus conceitos;
textos gregos apontam para a existência do magnetismo, propriedade de corpos presentes numa região denominada
“Magnésia” e daí surgiu o nome da propriedade de atração e repulsão de determinados corpos.
Tales de Mileto, filósofo, físico e matemático grego (623 a.C. - 558 a.C.) foi quem observou a atração do ímã natural,
a magnetita, com o ferro.
Além disso, a invenção da bússola, que permitiu o avanço das navegações, já era utilizada pelos chineses desde
século VII. Acredita-se que além de um instrumento, eles utilizavam-na como símbolo de sorte ou um oráculo.
Alguns séculos depois, os estudos sobre o magnetismo e eletromagnetismo foram se expandindo. Isso aconteceu
primeiramente em meados do século XIII, com Pierre Pelerin de Maricourt, o qual descreve sobre a bússola e as
propriedades dos ímãs.
Por conseguinte, no século XVI, Willian Gilbert (1544-1603) concluiu que a terra era magnética. Era por esse motivo
que as bússolas sempre apontavam para o sentido norte.
Em fins do século XVIII, Charles Coulomb (1736-1806) avançou nos estudos sobre eletricidade e magnetismo.
Publicou a lei dos polos inversos de atração e repulsão entre as cargas elétricas.
No século XIX, Hans Christian Oersted (1777-1851) publica trabalhos sobre o eletromagnetismo e os campos
elétricos.
Logo depois, entre 1821 e 1825, Andrè-Marie Ampère (1775-1836) realiza pesquisas sobre as correntes elétricas nos
ímãs. Em homenagem a ele, o nome Ampère (A) foi eleita à unidade de medida da intensidade de corrente elétrica.
Entretanto, foi Joseph Henry (1797-1878) e Michael Faraday (1791-1867) que descobrem a indução eletromagnética.
Assim, 1865 foi o ano marco da era da eletricidade com a invenção do dínamo. Por meio da indução eletromagnética,
o dínamo converte a energia mecânica em energia elétrica.

Magnetismo Terrestre
O planeta Terra é considerado um grande ímã, dividido em dois polos (norte e sul), assemelhando-se a
propriedade de dipolo magnético.
Essa descoberta foi feita no século XVI, a partir das pesquisas do físico inglês William Gilbert. Note que o polo norte
é o campo magnético que sempre atrai a bússola, o que explica que a Terra comporta-se como um grande ímã que
exerce força de atração na direção norte.

Campo Magnético
O campo magnético é uma região do espaço onde as cargas elétricas em movimento são sujeitas à ação de
uma força magnética, capaz de alterar as suas trajetórias. O campo magnético é resultado da movimentação de
cargas elétricas, como no caso de um fio que conduz corrente elétrica ou até mesmo na oscilação de partículas
subatômicas, como os elétrons.
Propriedades do campo magnético
De acordo com o SI, a unidade de medida de campo magnético é o tesla (T), em homenagem a um dos grandes
estudiosos dos fenômenos magnéticos, Nikola Tesla (1856-1943). O campo magnético é vetorial, assim como
o campo elétrico ou o campo gravitacional, por isso, apresenta as propriedades módulo, direção e sentido.
Esse tipo de campo pode ser produzido por imãs naturais e artificiais, feitos
com espiras condutoras e bobinas. Se você quiser saber mais sobre as origens do campo magnético, sugerimos
que você leia o nosso artigo sobre magnetismo e tire todas as suas dúvidas.
Como dito, a origem do campo magnético está na movimentação das cargas elétricas. Quando o campo elétrico
oscila em alguma região do espaço, essa oscilação dá origem a um campo magnético orientado em
uma direção perpendicular (90º) ao campo elétrico. Para compreendermos melhor as propriedades do campo
magnético, fazemos uso de um recurso conhecido como linhas de indução, por meio dele, podemos visualizar
melhor o formato do campo magnético.

O campo magnético atribui aos ímãs a capacidade de atraírem-se ou


repelirem-se
Linhas de campo magnético
As linhas do campo magnético são sempre fechadas, elas nunca se cruzam, e quanto mais próximas estiverem,
maior será a intensidade do campo magnético naquela região. Além disso, a região dos magnetos de onde saem
linhas de indução é chamada de norte magnético, e a região em que essas linhas de indução imergem é conhecida
como sul magnético.
As linhas de indução do campo magnético saem do polo norte e
entram no polo sul.
Monopolos magnéticos
Outra característica do campo magnético diz respeito à não existência de monopolos magnéticos, isto é, todo
campo magnético apresenta um polo sul e um polo norte, diferentemente do campo elétrico, que permite a existência
de cargas positivas e negativas, por exemplo.

A figura mostra as linhas do campo magnético terrestre que


emergem do norte magnético.
Quando alguma carga elétrica move-se em uma região de campo magnético, uma força magnética, perpendicular à
sua velocidade e à direção do campo magnético, surge, produzindo uma deflexão na trajetória das cargas elétricas.
Esse fenômeno acontece frequentemente nos polos magnéticos da Terra, que apresentam maior campo magnético
e, por isso, são capazes de defletir a partículas carregadas provenientes do vento solar, dando origem às auroras
polares.
Fórmula do campo magnético
A fórmula usada para o cálculo do campo magnético depende do formato do corpo que o produz. Os casos mais
comuns são aqueles em que calculamos o campo magnético de fios, espiras e bobinas. Confira quais são as
fórmulas usadas para o cálculo do campo magnético:
Campo magnético de um fio condutor
Para calcularmos a intensidade do campo magnético produzido por um fio condutor, atravessado por uma corrente
elétrica, utilizamos a fórmula a seguir:

B – campo magnético (T)


μ0 – permeabilidade magnética do vácuo (4π.10-7 T.m/A)
i – corrente elétrica (A)
d – distância do ponto até o fio (m)
A fórmula anterior nos permite calcular a intensidade de um campo magnético, gerado por um fio condutor, em um
ponto situado a uma distância d, com base nesse fio.
A direção do campo magnético do fio é determinada pela mão direita,
como mostra a figura.
Campo magnético gerado por uma espira circular
O campo magnético gerado por uma espira circular pode ser calculado pela seguinte fórmula:

R – raio da espira (m)


Campo magnético gerado por uma bobina
Bobinas são formadas por um conjunto de espiras condutoras. O cálculo do campo magnético produzido por uma
bobina é bastante similar àquele feito para as espiras, nesse caso, a diferença fica com o inteiro n — o número de
espiras que forma a bobina:

n – número de espiras

Nas bobinas, o campo magnético concentra-se em seu interior, como


mostra a figura.
Campo magnético da Terra
O campo magnético da Terra tem origem na rotação do núcleo terrestre, que acontece com velocidade diferente da
crosta do planeta. O núcleo terrestre é formado por uma grande quantidade de metais que apresentam uma grande
quantidade de cargas elétricas, é a movimentação dessas cargas que dá origem ao campo magnético da Terra.
Leia mais: Camadas da Terra – ao todo são três principais camadas e duas descontinuidades
O campo magnético funciona como uma espécie de escudo para os gases atmosféricos, se não fosse por ele,
a atmosfera terrestre seria varrida pela grande quantidade de partículas que é emitida pelo Sol a todo instante.
O campo magnético da Terra desempenhou um papel de grande importância nas navegações, quando se utilizava
a bússola como o principal instrumento de navegação. Além disso, diversos animais são capazes de reproduzir rotas
migratórias graças à sua capacidade de perceber a orientação do campo magnético da Terra. Caso queira saber
mais sobre esse tema, leia nosso texto: Campo magnético da Terra.
Campo magnético e campo elétrico
Os campos elétricos e magnéticos estão relacionados, como mostrou o físico e matemático inglês James Clerk
Maxwell (1831-1879). Em 1864, Maxwell unificou os fenômenos elétricos e magnéticos, mostrando que a luz tratava-
se de uma onda e que era produzida pela oscilação de campos elétricos e magnéticos.
De acordo com os seus cálculos, Maxwell descobriu que a variação de um campo elétrico dava origem a um
campo magnético, do mesmo modo que ela era capaz de produzir um campo elétrico dinâmico. A conclusão de
Maxwell foi que, juntos, esses campos vetoriais davam origem às ondas eletromagnéticas, como a luz visível,
as ondas de rádio, o raio x etc.
Força Magnética e regra da mão esquerda
Força Magnética
Na física, a Força magnética (Fm), também chamada de Força de Lorentz, representa a força de atração e/ou
repulsão exercida pelos ímãs ou objetos magnéticos.
Fórmula
Para calcular a intensidade da força magnética utiliza-se a seguinte fórmula:
F = |q| . v . B. sen θ
Onde,
F: força magnética
|q|: módulo da carga elétrica
v: velocidade da carga elétrica
B: campo magnético
sen θ: ângulo entre o vetor velocidade e o vetor campo magnético

Campo Magnético
Obs: No sistema internacional (SI) a unidade de medida para a força magnética é o Newton (N). O módulo da carga
elétrica é Coulomb (C). A velocidade da carga elétrica é dada em metros por segundo (m/s). A intensidade do campo
magnético é dado em tesla (T).
Campo e Força Magnética
O campo magnético representa um espaço onde existe uma concentração de magnetismo criado em torno das
cargas magnéticas.
Já o chamado campo eletromagnético é o local onde existe uma concentração das cargas elétricas e magnéticas.

A ligação de um campo elétrico com um campo magnético produzem um campo eletromagnético
Nesse caso, a movimentação das cargas eletromagnéticas ocorre em forma de ondas, as chamadas “ondas
eletromagnéticas”.
Força Magnética sobre Cargas Elétricas
As cargas elétricas em movimento atuam dentro de um campo magnético. Assim, quando uma carga elétrica está em
movimento dentre de um campo magnético, ele terá uma força magnética atuando sobre ela.
A força magnética é proporcional ao valor da carga (q), ao módulo do campo magnético (B) e ao módulo da
velocidade (v) com que a carga se move.

Representação das forças magnéticas sobre cargas elétricas


Regras
A força magnética é uma grandeza vetorial, portanto, ela possui uma direção, um sentido e um módulo. Lembre-se
que a força magnética é perpendicular ao campo magnético (B) e a velocidade (v) da carga magnética (q).
Regra da Mão Direita
Para entender o sentido da força magnética, utiliza-se a regra da mão direita, também chamada de “regra do tapa”.
Com a mão direita aberta, temos que o polegar representa o sentido da velocidade (v) e os outros dedos
representam o sentido do campo magnético (B). Já a palma da mão corresponde ao sentido da força magnética (F).
Para compreender melhor essa regra, veja a figura abaixo:

Regra da Mão Esquerda


A regra da mão esquerda, chamada de “regra da mão esquerda de Fleming”, também é usada para encontrar o
sentido da força magnética.
O dedo polegar representa o sentido da força magnética (F). Já o dedo indicador representa o campo magnético (B),
ou seja, o sentido da corrente elétrica. O dedo médio indica o sentido da velocidade (v).
Para compreender melhor, veja a figura abaixo:

Indução Eletromagnética (Lei de Lenz)


Força magnética sobre um fio condutor
Sempre que uma carga é posta sobre influência de um campo magnético, esta sofre uma interação que pode alterar
seu movimento. Se o campo magnético em questão for uniforme, vimos que haverá uma força agindo sobre a carga
com intensidade  , onde   é o ângulo formado no plano entre os vetores velocidade e campo

magnético. A direção e sentido do vetor   serão dadas pela regra da mão direita espalmada.
Se imaginarmos um fio condutor percorrido por corrente, haverá elétrons livres se movimentando por sua secção
transversal com uma velocidade  . No entanto, o sentido adotado para o vetor velocidade, neste caso, é o sentido
real da corrente (  tem o mesmo sentido da corrente). Para facilitar a compreensão pode-se imaginar que os
elétrons livres são cargas positivas.
Como todos os elétrons livres têm carga (que pela suposição adotada se comporta como se esta fosse positiva),
quando o fio condutor é exposto a um campo magnético uniforme, cada elétron sofrerá ação de uma força magnética.

Mas se considerarmos um pequeno pedaço do fio ao invés de apenas um elétron, podemos dizer que a interação
continuará sendo regida por  , onde Q é a carga total no segmento do fio, mas como temos um
comprimento percorrido por cada elétron em um determinado intervalo de tempo, então podemos escrever a
velocidade como:
Ao substituirmos este valor em   teremos a força magnética no segmento, expressa pela notação  :

Mas sabemos que   indica a intensidade de corrente no fio, então:

Sendo esta expressão chamada de Lei Elementar de Laplace.

A direção e o sentido do vetor   são perpendicular ao plano determinado pelos vetores   e  , e pode ser
determinada pela regra da mão direita espalmada, apontando-se o polegar no sentido da corrente e os demais dedos
no sentido do vetor  .
Saiba mais...
Se quisermos determinar a força magnética que atua em fio extenso (com dimensões não desprezíveis)
devemos fazer com que os comprimentos   sejam cada vez menores e somar os vetores em

cada  , de modo que toda o fio seja descrito, uma forma avançada para se realizar este cálculo é
utilizando-se integral de linha.
Para o caso particular onde o condutor é retilíneo, todos os vetores serão iguais, então podemos

reescrever a Lei elementar de Laplace como  .


Indução Eletromagnética
Indução eletromagnética é o fenômeno relacionado ao aparecimento de uma corrente elétrica em um condutor
imerso em um campo magnético, quando ocorre variação do fluxo que o atravessa.
Em 1820, Hans Christian Oersted descobriu que a passagem de uma corrente elétrica em um condutor mudava a
direção da agulha de uma bússola. Ou seja, ele descobriu o eletromagnetismo.
A partir daí, muitos cientistas começaram a investigar mais profundamente a conexão entre os fenômenos elétricos e
magnéticos.
Eles buscavam, principalmente, descobrir se o efeito contrário era possível, isto é, se os efeitos magnéticos poderiam
gerar uma corrente elétrica.
Assim, em 1831, Michael Faraday com base em resultados experimentais, descobriu o fenômeno da indução
eletromagnética.
A Lei de Faraday e a Lei de Lenz são duas leis fundamentais do eletromagnetismo e determinam a indução
eletromagnética.
Lei de Lenz
A Lei de Lenz determina o sentido da corrente elétrica que surge em um circuito, a partir da variação do fluxo
magnético (indução eletromagnética).
Essa Lei foi concebida pelo físico russo Heinrich Lenz, pouco tempo depois da descoberta da indução
eletromagnética por Michael Faraday (1831).
Em seus experimentos, Faraday comprovou a existência da corrente induzida e identificou que esta apresentava
sentido variável, contudo, não conseguiu formular uma lei que indicasse esse sentido.
Assim, em 1834 Lenz propôs uma regra, que ficou conhecida como Lei de Lenz, para a determinação do sentido
desta corrente
Os estudos de Faraday e Lenz contribuíram de forma significativa para o entendimento da indução eletromagnética.
Essas pesquisas são de vital importância para a vida moderna, pois grande parte da energia elétrica produzida em
larga escala está baseada nesse fenômeno.

Atualmente a produção de energia elétrica em larga escala é feita através da indução


eletromagnética
Fluxo Magnético
Para representar o campo magnético, utilizamos linhas, que neste caso, são chamadas de linhas de indução. Quanto
mais intenso o campo, mais próximas estarão essas linhas.
O fluxo magnético é definido como o número de linhas de indução que atravessam uma superfície. Quanto maior o
número de linhas, mais intenso é o fluxo magnético.
Para variar o fluxo magnético através de uma superfície, podemos alterar a intensidade do campo magnético, mudar
a área do condutor ou variar o ângulo entre a superfície e as linhas de indução.
Assim, podemos utilizar uma dessas formas para gerar uma força eletromotriz (fem) em um condutor e
consequentemente uma corrente induzida.
Fórmula
Para encontrar o valor do fluxo magnético utilizamos a seguinte fórmula:

Sendo,
ϕ: fluxo magnético (Wb)
B: intensidade do campo magnético (T)
A: área da superfície (m2)
θ: ângulo entre o vetor B e o vetor normal à superfície

Sentido da Corrente Induzida


Uma corrente elétrica cria ao seu redor um campo magnético e isto também ocorre com a corrente induzida.
Desta forma, Lenz observou que quando o fluxo magnético aumenta, uma corrente induzida surge no condutor em
um sentido tal que o campo magnético criado por ela tenta impedir o aumento deste fluxo.
Na imagem abaixo, temos um ímã se aproximando de um condutor (espira). A aproximação do imã produz um
aumento do fluxo magnético através da superfície do condutor.
Esse aumento do fluxo cria no condutor uma corrente induzida, de forma que o fluxo criado por ela possui sentido
inverso do campo criado pelo ímã.

Ao contrário, quando o fluxo magnético diminuí, um campo induzido surge para reforçar este campo, tentando
impedir que ocorra essa redução.
Na imagem abaixo, o ímã está se afastando do condutor (espira), desta forma o fluxo magnético através do condutor
está diminuindo.
A corrente cria então ao seu redor um campo induzido que apresenta o mesmo sentido do campo criado pelo ímã.

Resumindo esses fatos, a Lei de Lenz pode ser enunciada como:


O sentido da corrente induzida é tal que o campo que ela produz se opõem à variação do fluxo magnético que a
produziu.
Regra de Ampère
Usamos uma regra prática, chamada de regra de Ampère ou regra da mão direita, para definir o sentido do campo
produzido pela corrente induzida.
Nesta regra, usamos a mão direita como se estivéssemos envolvendo o fio. O dedão irá apontar o sentido da
corrente, e os demais dedos o sentido do campo magnético.

Lei de Faraday e Variação do fluxo magnético


Experiências de Faraday
Faraday realizou inúmeras experiência a fim de entender melhor os fenômenos eletromagnéticos.
Em uma delas, utilizou um anel feito de ferro e enrolou um fio de cobre em uma metade do anel e outro fio de cobre
na outra metade.
Ligou as extremidades do primeiro enrolamento com uma bateria e o segundo enrolamento conectou a um outro
pedaço de fio de forma que passasse por uma bússola colocada a uma certa distância do anel.
No momento da ligação da bateria, identificou que a bússola variava sua direção, voltando a observar o mesmo
quando desligava a ligação. Contudo, quando a corrente permanecia constante não havia movimento na bússola.

Assim, ele constatou que uma corrente elétrica induzia uma corrente em um outro condutor. Contudo, ainda faltava
identificar se o mesmo ocorria utilizando ímãs permanentes.
Ao fazer um experimento movimentando um ímã cilíndrico dentro de uma bobina, ele pôde identificar o movimento da
agulha de um galvanômetro ligado à bobina.
Desta forma, ele pôde concluir que o movimento de um ímã gera uma corrente elétrica em um condutor, ou seja a
indução eletromagnética estava descoberta.
Lei de Faraday
A partir dos resultados encontrados, Faraday formulou uma lei para explicar o fenômeno da indução eletromagnética.
Essa lei ficou conhecida como Lei de Faraday.
Esta lei enuncia que quando houver variação do fluxo magnético através de um circuito, surgirá nele uma força
eletromotriz induzida.
Fórmula
A Lei de Faraday pode ser expressa matematicamente pela seguinte fórmula:

Sendo,
ε: força eletromotriz induzida (V)
ΔΦ: variação do fluxo magnético (Wb)
Δt: intervalo de tempo (s)
Gerador de corrente alternada e Transformadores
Geradores de corrente alternada
Uma das mais importantes aplicações da indução eletromagnética é na geração de energia elétrica. Com essa
descoberta passou a ser possível a geração deste tipo de energia em larga escala.
Essa geração pode ocorrer em instalações complexas, como é o caso das usinas de energia elétrica, até as mais
simples como nos dínamos de bicicletas.
Existem diversos tipos de usinas de energia elétrica, mas basicamente o funcionamento de todas utiliza o mesmo
princípio. Nessas usinas, a produção de energia elétrica ocorre através da energia mecânica de rotação de um eixo.
Nas usinas hidrelétricas, por exemplo, a água é represada em grandes barragens. O desnível provocado por esse
represamento faz com que a água se movimente.
Esquema simplificado de uma usina hidrelétrica
Esse movimento é necessário para girar as pás da turbina que é ligada ao eixo do gerador de eletricidade. A corrente
produzida é alternada, ou seja, seu sentido é variável.
Transformadores
A energia elétrica após ser produzida nas usinas é transportada para os centros consumidores através de sistemas
de transmissão.
Contudo, antes de ser transportada para grandes distâncias, os dispositivos, chamados de transformadores, elevam
a tensão para reduzir as perdas de energia.
Quando essa energia chega até o seu destino final, novamente ocorrerá a mudança no valor da tensão.
Assim, um transformador é um dispositivo que serve para modificar uma tensão alternada, ou seja, aumenta ou
diminui o seu valor de acordo com a necessidade.
Basicamente um transformador é constituído por um núcleo de material ferromagnético no qual são enroladas duas
bobinas independentes (enrolamento de fios).
A bobina conectada a fonte é chamada de primário, pois recebe a tensão que será transformada. A outra é chamada
de secundário.

Esquema de um transformador simples


Como a corrente que chega no primário é alternada, origina um fluxo magnético também alternado no núcleo do
transformador. Essa variação do fluxo, gera uma corrente alternada induzida no secundário.
O aumento ou a diminuição da tensão induzida, depende da relação entre o número de espiras (voltas do fio) nas
duas bobinas (primário e secundário).
Se o número de espiras no secundário for maior que no primário o transformador irá elevar a tensão e sendo ao
contrário, ele irá abaixar a tensão.
Essa relação entre o número de espiras e a tensão, pode ser expressa usando-se a seguinte fórmula:

Sendo,
Up: tensão no primário (V)
Us: tensão no secundário (V)
Np: número de espiras do primário
Ns: número de espiras do secundário

Efeito fotoelétrico
Ondas Eletromagnéticas
Ondas eletromagnéticas são aquelas que resultam da libertação das fontes de energia elétrica e magnética em
conjunto.
Quando se movimenta velozmente, com a velocidade da luz, a energia liberada apresenta o aspecto de onda. Por
esse motivo, recebe o nome de onda eletromagnética.
As ondas eletromagnéticas são longitudinais, ou seja, direcionam-se conforme a vibração
Tipos de Ondas Eletromagnéticas
São 7 os tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de rádio, micro-
ondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios x e raios gama. O que determina a sua classificação é a
frequência e a oscilação com que as ondas são emitidas e também o seu comprimento.
Quanto mais alta a frequência, menor o comprimento de uma onda gravitacional.
As ondas são medidas pelo espectro eletromagnético. Através das faixas desse mecanismo é possível verificar a
distribuição da intensidade do eletromagnetismo.

Ondas de rádio - As ondas de rádio ficam na outra extremidade do espectro. São as mais baixas e, portanto, as
mais compridas.
Micro-ondas - As frequências desse tipo de onda eletromagnética são bastante baixas.
Infravermelho - Localizado ao lado da luz visível, a radiação infravermelha pode ser vista mediante a utilização de
equipamentos, mas não a olho nu.
Luz Visível - Localiza-se no centro do espectro eletromagnético. Tal como o nome indica, essa energia é visível a
olho nu.
Raios Ultravioleta - A energia ultravioleta localiza-se ao lado da luz visível, que é o centro do espectro
eletromagnético.
Raios x - Localizam-se logo a seguir aos raios gama na faixa do espectro eletromagnético. A radiação dos raios x
são invisíveis a olho nu.
Raios Gama - Os raios gama ficam numa das extremidades do espectro. É o tipo de onda que tem a frequência mais
alta, logo, seu comprimento é minúsculo.
Onde elas estão?
As ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo a todo momento. Isso porque tudo o que existe tem
eletromagnetismo.
A energia elétrica surge da agitação dos átomos que estão na formação de todos os corpos. O magnetismo surge da
movimentação dessa carga elétrica e, como resultado, surgem as ondas eletromagnéticas.
Inúmeras coisas que utilizamos no dia a dia funcionam através das ondas eletromagnéticas. São exemplos: o rádio, a
televisão, o celular, o micro-ondas, o controle remoto, a internet sem fios, o bluetooth, etc.
E o que são Ondas Mecânicas?
Enquanto as ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagar, as ondas
mecânicas necessariamente precisam.
É o caso, por exemplo, do telefone com fios. O fio é o meio utilizado para que a onda mecânica percorra o seu
caminho e transporte energia.
Os celulares, por outro lado, não têm fios. Fazem uso das ondas eletromagnéticas.
Física Moderna
Física Moderna ampliou os horizontes da Física no final do século XX. Suas teorias sobre a matéria e sobre o mundo
quântico permitiram o surgimento de novas tecnologias. 
5ª Conferência de Solvay, em 1927. Na foto, temos reunidos grandes nomes da Física, como Einstein, Bohr,
Rutherford, Schröedinger e Marie Curie  

Física Moderna designa as novas concepções da Física desenvolvidas durante as três primeiras décadas do século
XX, as quais resultaram das proposições teóricas dos físicos Albert Einstein e Max Planck. Após o surgimento
da teoria da relatividade de Einstein e da quantização das ondas eletromagnéticas, esse novo campo de estudo
surgiu, ampliando os limitados horizontes da Física Clássica.
Mais abrangente que a Física Clássica, a Física Moderna é capaz de explicar fenômenos
de escalas muito pequenas (atômicas e subatômicas) e de altíssimas velocidades, muito próximas à velocidade da
luz. Os físicos do século XX perceberam que o conhecimento vigente não era suficiente para explicar fenômenos
como o efeito fotoelétrico ou a radiação de corpo negro. Dessa forma, diversas hipóteses começaram a ser
levantadas sobre a natureza da luz e da matéria e sobre a interação entre elas.

Constante de Planck
Constante de Planck (h) é a constante usada para indicar a energia e a frequência das radiações eletromagnéticas.
Ela representa o quantum, que é a quantidade de energia emitida em porções muito pequenas.
Trata-se de uma das constantes mais importantes da Física Quântica. Tem esse nome em virtude de Max Planck,
físico que se dedicou ao estudo da teoria quântica.
O valor da constante de Planck é h = 6,63 . 10-34 J.s
Em ev (elétron-volt), seu valor corresponde a h = 4,13566743(35) x 10-15 eV . s
A constante de Planck é importante para determinar a energia de um fóton, o que é obtido mediante a seguinte
equação:
E = h .v
Onde,
E: energia
h: constante de Planck
v: frequência das radiações eletromagnéticas
Antes de Max Planck, outros estudiosos tentaram entender essa relação, o que foi feito desde 1885, mas os
resultados obtidos eram sempre inconsistentes.
Esses estudiosos pensavam que somente seria possível medir a radiação de um corpo se esse corpo absorvesse
toda a energia que chegasse até ele. A mesma ficava no corpo, ou seja, não poderia ser refletida.
Para que tal acontecesse, o corpo deveria ser negro, motivo pelo qual esse estudo ficou conhecido pelo
nome radiação do corpo negro.
Em 1900, o alemão Planck conclui que a energia é uma grandeza de porções bastante reduzidas, sugerindo, assim,
a constante.
Importa referir que graças a Planck, surge a Física Quântica, área que estuda a quantização da energia.
Graças aos seus contributos, Planck recebeu o Prêmio Nobel da Física em 1918.

Efeito Fotoelétrico
O efeito fotoelétrico ocorre quando há emissões de elétron num determinado material. Geralmente, esse efeito é
produzido em materiais metálicos os quais são expostos a uma radiação eletromagnética, como a luz.
Quando isso acontece, essa radiação arranca os elétrons da superfície. Dessa maneira, as ondas eletromagnéticas
envolvidas com esse fenômeno transferem energia aos elétrons.
O que são Fótons?

Esquema do Efeito Fotoelétrico    


Os fótons são minúsculas partículas elementares que possuem energia e são mediadoras do efeito fotoelétrico. A
energia do fóton é calculada pela seguinte fórmula:
E = h.f
Onde,
E: energia do fóton
h: constante de proporcionalidade (Constante de Planck: 6,63 . 10 -34 J.s)
f: frequência do fóton
No Sistema Internacional (SI), a energia do fóton é calculada em Joule (J) e a frequência em Hertz (Hz).
Quem descobriu o Efeito Fotoelétrico?
O efeito fotoelétrico foi descoberto no final do século XIX pelo físico alemão Heinrich Hertz (1857-1894). Já no início
do século XX, o cientista Albert Einstein, estudou mais afundo acerca desse efeito, contribuindo para sua
modernização. Com isso, Einstein ganhou o Prêmio Nobel.
Segundo Einsten, a energia da radiação estaria concentrada numa parte da onda eletromagnética, e não distribuída
sobre ela, como afirmava Hertz.
Observe que a descoberta desse efeito foi primordial para uma maior compreensão da luz.
Aplicações
Nas células fotoelétricas (fotocélulas), a energia luminosa se transforma em corrente elétrica. Diversos objetos e
sistemas utilizam o efeito fotoelétrico, por exemplo:
as televisões (de LCD e plasma)
os painéis solares
as reconstituições de sons nas películas de um cinematógrafo
as iluminações urbanas
os sistemas de alarmes
as portas automáticas
os aparelhos de controle (contagem) dos metrôs
Efeito Compton

Esquema do Efeito Compton


Relacionado com o efeito fotoelétrico está o efeito de Compton. Ele ocorre no momento que há diminuição de energia
de um fóton (de raios X ou de raio gama) quando este interage com a matéria. Note que esse efeito provoca um
aumento do comprimento da onda.
Teoria da relatividade
Albert Einstein
O físico teórico e matemático alemão Albert Einstein nasceu em 1879 em Ulm, na Alemanha, e morreu em 1955 em
Nova Jersey, EUA.
Ganhador do prêmio Nobel de Física, em 1921, está entre os cientistas mais icônicos, influentes e admirados da
história da humanidade.
Seus estudos contribuíram para a visão moderna da realidade da Física. Suas teorias ainda são consideradas o
modelo que mais se enquadra à compreensão do universo em grande escala.
Por elas, é possível a compreensão da interação entre espaço, tempo e gravidade.

Albert Einstein é o cientista mais icônico do século 20


O feito mais conhecido na cultura popular é a Teoria da Relatividade, que por meio da equação E = mc2 demonstra a
equivalência entre massa e energia.
A teoria da relatividade geral, acompanhada da mecânica quântica, é uma dos alicerces da Física moderna.
As contribuições à física teórica é que fizeram com que Einstein recebesse o Prêmio Nobel de Física, em especial
pela descoberta do efeito fotoelétrico.
Este foi considerado fundamental para a evolução da teoria quântica. Seu trabalho foi de importância singular para o
desenvolvimento da energia atômica.
Biografia
Albert Einstein e nasceu em 14 de maro de 1879, em Ulm, no estado alemão de Württemberg. De família judia, tinha
uma irmã dois anos mais jovem, Maja. Hermann Einstein, seu pai, era proprietário de uma fábrica de equipamentos
elétricos. A mãe, Pauline, era dona de casa.
Os estudos primários ocorreram na escola Luitpold Gymnasium, em Munique, onde Einstein enfrentou uma série de
desafios.
Com dificuldades para falar, também demorou para aprender a ler e suas atenções se voltavam para a música
clássica. Aos seis anos já tocava violino, hábito que manteve até próximo à morte.
No início da adolescência, começa demonstrar interesse pela Física, e escreve "A Investigação do Éter em
Campos Magnéticos".
Permaneceu por anos com familiares em Munique após seu pai perder o negócio e ser obrigado a mudar com a
família para Milão, na Itália, em 1890.
Embora tenha permanecido em Munique para a continuidade dos estudos, Einstein fracassou na escola.
Conseguiu ser admitido na Escola Politécnica Federal da Suíça, em Zurique, demonstrando notável facilidade para a
matemática. Renunciou à cidadania alemã e tornou-se um cidadão suíço no início do século 19.
Em Zurique, Einstein conheceu Milena Maric, sua futura esposa, com quem teve três filhos. Após graduar-se
encontrou dificuldades para conseguir uma colocação profissional. Na vida pessoal, as complicações vinham da
família de Milena, que o rejeitava.
O casal teve uma filha em 1902, Lieserl, cujo destino permanece um mistério. A menina teria sido dada em adoção
ou foi criada pelos parentes da mulher do cientista, o que nunca foi esclarecido.
No mesmo ano, Einstein encontrou trabalho em um escritório de patentes na Suíça e em 1903 casou-se com Milena.
Os dois tiveram ainda Hans e Edward.
O casamento terminou em divórcio em 1919. No mesmo ano, Einstein casa-se com Elsa Löwenthals (1836 - 1936),
que era sua prima.
Para a mãe dos filhos deixou a promessa de repassar os rendimentos de um futuro Prêmio Nobel.
Albert Einstein era disléxico. A dislexia é um transtorno de aprendizagem, caracterizada pela dificuldade de leitura,
escrita e soletração.
Ano Milagroso
Paralelo aos trabalhos na empresa de patentes, Einstein persistiu nos estudos sobre o princípio da relatividade.
Em 1905 teve quatro de seus trabalhos publicados na Annalen der Physik, uma das mais importante e influentes
revistas de Física da época.
Esse movimento é chamado de o "ano milagroso" para o cientista.
Teoria da Relatividade
Os artigos tratavam do"efeito fotoelétrico", "movimento browniano", a "teoria da relatividade especial" e, por último, a
equação "E = mc2".
Dez anos depois, em 1915, Einstein consegue completar a "teoria geral da relatividade", o que considera o ponto
mais importante de seu trabalho.
Da teoria da relatividade geral amplia a pesquisa de Isaac Newton (1643-1727) sobre a teoria da gravitação
universal. Assim, ele permitiu explicações mais precisas sobre as órbitas planetárias ao redor do Sol.
Os estudos de Einstein foram confirmados em observações e medições dos astrônomos ingleses Frank Dyson e
Arthur Eddington em 1919. A confirmação, ocorreu durante um eclipse solar.
Cem anos após ter sugerido a existência de ondas gravitacionais, essas ondulações foram detectadas em setembro
de 2015.
Prêmio Nobel
O Prêmio Nobel foi concedido em 1921, mas somente no ano seguinte entregue a físico por conta dos estudos sobre
o efeito fotoelétrico.
Os organizadores do Nobel questionavam as pesquisas sobre a Teoria da Relatividade, mas foi esse o tema do
discurso de Einstein ao receber o prêmio.
Einstein, ao desenvolver sua teoria geral da relatividade, questionava o pensamento científico da época de que o
universo era estático.
A teoria propõe que o universo está em constante expansão e consegue prever a velocidade com que as galáxias
se distanciam entre si.
A partir disso é possível conhecer a velocidade com que o universo se expande. Os primeiros estudos a comprovar a
eficácia da Teoria da Relatividade foram conduzidos pelo astrônomo Edwin Hubble (1889 - 1953), em 1930.
Enquanto ganhava o mais alto reconhecimento como cientista e viajava pelo mundo, Einstein analisa os efeitos
da Primeira Guerra Mundial sobre a Alemanha. Ela estava empobrecida, violenta e cada vez mais influenciada
por Adolf Hitler (1889 - 1945).
Bomba Atômica
Assumiu em 1933 uma cadeira no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, New Jersey, onde permaneceu até o
fim da vida.
Em solo norte-americano trabalhou com outros cientistas que também deixaram a Alemanha temendo as ameaças
nazistas.
Seu trabalho recebeu atenção especial após 1939, quando em companhia do físico Leo Szilard (1898-1964)
encaminhou uma carta para o presidente Franklin Roosevelt (1882-1945).
Na carta, eles alertavam sobre a possibilidade de os nazistas desenvolverem uma bomba atômica.
Por esse motivo, acreditava, os Estados Unidos deveriam antecipar-se nas pesquisas nucleares.
Dessa maneira nasceu a motivação para o financiamento do Projeto Manhattan, por onde foram desenvolvidas as
primeiras bombas nucleares. O projeto era operado em conjunto pelos EUA, Canadá e Inglaterra.
Einstein recebeu autorização para residência permanente nos EUA em 1935. Durante a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945) trabalhou no sistema de armamentos das bases da Marinha norte-americana.
O cientista também fez doações aos militares dos EUA de milhões arrecadados em leilões de seus manuscritos.
Pacifista e Ativista Contra o Racismo
Após o bombardeio de Hiroshima (1945), Einstein passou a defender a restrição do uso de bombas nucleares em
guerras. Com o amigo Szilard fundou em 1947 o Comitê de Emergência de Cientistas Atômicos.
Foi nesse período que também passou a trabalhar pelos direitos civis dos afro-americanos em uma associação à
perseguição sofrida pelos judeus na Europa por Hitler.
Einstein classificou o racismo como uma doença durante discurso proferido em 1946, na Universidade Lincoln, na
Inglaterra.
Legado
Einstein não interrompeu seus estudos. Assim, ao fim da Segunda Guerra Mundial permaneceu no trabalho da
"Teoria do Campo Unificado" e em especificidades da Teoria da Relatividade.
Elas levariam à existência de buracos de minhoca (buracos-negros), viagens no tempo e a criação do universo.
Morreu em 18 de abril de 1955 de um aneurisma sofrido no dia anterior. Chegou ser socorrido, mas recusou-se a
qualquer intervenção cirúrgica.
O cérebro do cientista foi retirado pelo patologista Thomas Stoltz Harvey (1912-2007) e permanece no laboratório
da Universidade de Princeton, onde já foi alvo de diversos estudos.

Teoria da Relatividade
A Teoria da Relatividade foi proposta pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955).
Ela representa a conjugação de duas teorias: a teoria da relatividade restrita (especial) e a teoria da relatividade
geral.
A teoria da relatividade especial foi publicada em 1905 no artigo "A Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento".
Já a teoria da relatividade geral foi apresentada em novembro de 1915 à Academia Prussiana de Ciências, sendo
publicada oficialmente poucos meses depois.
Na conjugação dessas duas teorias, Einstein explica as situações em que a física de Isaac Newton falhou.
Assim, ele desenvolveu mudanças que revolucionaram as propostas para os conceitos de espaço, tempo e
gravidade.
Teoria da Relatividade Restrita
A teoria da relatividade restrita tem como base dois postulados:
1. Todas as leis da natureza são as mesmas em todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de referência
não-acelerados).
2. A velocidade de propagação da luz no vácuo é a mesma em todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de
referência não-acelerados).
Consequências
Uma consequência do 2º postulado é que o valor da velocidade da luz (3 .10 8 m/s) é um limite para as velocidades.
Nenhum corpo pode se mover com velocidade superior a da luz no vácuo.
Além disso, o fato da velocidade da luz ser constante, modificou as ideias clássicas do espaço e do tempo.
O espaço e o tempo deixam de ser absolutos e passam a ser relativos.
O tempo medido entre o mesmo evento por observadores que estão em movimento relativo entre si é diferente.
Surge assim a ideia de dilatação do tempo.
Da mesma forma, ocorre uma contração do espaço medido por observadores em estados diferentes (repouso e
movimento).
Corpos em movimento sofrem uma contração na direção deste movimento em relação ao tamanho que têm quando
medidos em repouso.
A dilatação temporal e a contração do espaço só apresentam valores significativos quando os valores das
velocidades envolvidas são próximos aos da velocidade da luz no vácuo.
Fórmula
A teoria da relatividade restrita também modificou a noção de energia.
A energia pode ser convertida em massa e esta passou a ser considerada uma forma de energia.
Este princípio é chamado de equivalência massa-energia e pode ser expresso pela fórmula:
E0 = mc²
Sendo,
E0: energia de repouso
m: massa
c: velocidade da luz
Essa relação é facilmente verificada nas reações nucleares, onde partículas e núcleos interagem convertendo massa
em energia e vice-versa.
Teoria da Relatividade Geral
A teoria geral foi apresentada por Einstein 10 anos após a teoria restrita. Ela amplia a abrangência daquela
estendendo a descrição dos fenômenos físicos para sistemas acelerados (não inerciais).
A ideia básica da teoria é que a presença de matéria encurva o espaço-tempo. Assim, quanto maior for a massa do
corpo, mais ele encurvará o espaço-tempo ao seu redor.

A massa encurva o espaço-tempo


O Princípio da Equivalência, postula que um sistema de referência uniformemente acelerado é fisicamente
equivalente a um campo gravitacional uniforme.
Ao incluir campos gravitacionais, a teoria descreve os movimento de objetos não mais como ação de forças, mais sim
como trajetórias sobre a superfície espaço-tempo.
A partir dessa nova concepção foi possível explicar o comportamento anômalo da órbita de Mercúrio (precessão do
periélio de Mercúrio).
A teoria previa que a luz deveria também acompanhar a curvatura da superfície espaço-tempo gerada por campos
gravitacionais intensos. O que foi posteriormente comprovado.
Foi previsto ainda que a medida do tempo também sofreria a influência dos campos gravitacionais. Quanto mais
intenso o campo, mais lentamente passaria o tempo.
Essa previsão também foi confirmada. Fazendo com que o Sistema de Posicionamento Global por Satélite (GPS),
para funcionar corretamente, seja necessário fazer correções.
Física quântica
Física Quântica
Física Quântica, Teoria Quântica ou Mecânica Quântica são termos que indicam uma parte da física moderna que
surgiu no século XX.
Ela compreende diversos fenômenos associados aos átomos, moléculas, partículas subatômicas e a quantização de
energia.

Estrutura do átomo
Muitas teorias foram sendo difundidas com o passar dos anos e algumas delas focam nos estudos da física quântica
e da espiritualidade. No entanto, o maior foco são os estudos microscópicos.
Note que além da física, a química e a filosofia são áreas de conhecimento que se beneficiaram das contribuições
teóricas da física quântica.
Principais Pensadores
Os principais teóricos que contribuíram para o crescimento e consolidação dessa área foram Planck, Einstein,
Rutherford, Bohr, Schrodinger e Heisenberg.
Planck
O físico alemão Max Planck (1858-1947) é considerado o “pai da física quântica”. Essa denominação corrobora suas
contribuições na área da teoria quântica. Graças a ele, essa área foi criada e consolidada por outros teóricos.
Seu maior foco foram os estudos das radiações eletromagnéticas. Assim, ele criou uma das mais importantes
constantes da física quântica, denominada de Constante de Planck.
Com um valor de 6,63 . 10-34 J.s, ela é usada para indicar a energia e a frequência das radiações eletromagnéticas.
Essa constante determina a energia de um fóton, mediante a equação: E = h .v.

Einstein

Albert Einstein (1879-1955) foi um físico alemão. Ao lado de Planck, ele representa um dos principais físicos teóricos
na área da teoria quântica.
Merecem destaque seus trabalhos relacionados com a teoria da relatividade.
Essa teoria enfoca nos conceitos de massa e energia sendo expressa pela equação: E = mc 2.
Para Einstein, o universo está em constante expansão. Ao estudar as Leis de Newton, o cientista pode encontrar
lacunas.
Assim, seus estudos sobre o espaço e o tempo foram essenciais para construir a visão moderna da realidade no
campo da Física.
Em 1921 Einstein recebeu o Prêmio Nobel de Física, por conta dos estudos sobre física teórica e o efeito fotoelétrico.
Rutherford

Rutherford (1871-1937) foi um físico neozelandês que contribuiu com o avanço da física quântica.
Sua principal teoria está relacionada com a radioatividade, mais precisamente com a descoberta dos raios alfa e
beta.
Diante disso, Rutherford revolucionou a teoria atômica sendo que seu modelo é utilizado até os dias de hoje.
Isso porque ele identificou o núcleo e as partículas atômicas denominadas prótons e elétrons, bem como sua posição
no átomo.
Esse modelo corresponde ao sistema planetário, onde os elétrons se movem em órbitas elípticas.
Bohr

O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) foi responsável por preencher a lacuna encontrada no modelo proposto
por Rutherford.
Assim, seus trabalhos sobre a teoria atômica contribuíram para a definição correta desse sistema, bem como para os
estudos da física quântica.
Segundo o modelo de Rutherford, com a aceleração das partículas atômicas, o elétron poderia perder energia e cair
no núcleo. No entanto, isso não acontece.
Para Bohr, quando a eletricidade passa através do átomo, o elétron pula para a órbita maior e seguinte, voltando
depois à sua órbita usual.
Com essa nova descoberta Bohr também propôs uma teoria atômica e por esse motivo, é chamado de Modelo
Atômico de Rutherford-Bohr.
Em 1922 Niels Bohr recebeu o Prêmio Nobel de Física por seus estudos dos átomos e radiação realizados.
Schrodinger

Erwin Schrodinger (1887-1961) foi um físico austríaco. A partir de experiências na área ele criou uma equação que
ficou conhecida como equação de Schrödinger. Nela, o cientista pode perceber as mudanças dos estados quânticos
num sistema físico.
Além disso, propôs uma experiência mental imaginária denominada de “Gato de Schrödinger”. Nessa teoria, um gato
é colocado numa caixa com um pote de veneno junto. Pela física quântica, ele estaria vivo e morto ao mesmo tempo.
Diante disso, o cientista quis mostrar por meio desse experimento o comportamento das partículas subatômicas
numa situação cotidiana.
Segundo ele: “Isso previne-nos de tão ingenuamente aceitarmos como válido um "modelo impreciso" para
representar a realidade. Em si mesma esta pode não incorporar nada de obscuro ou contraditório.”
Em 1933, Erwin Schrodinger recebeu o Prêmio Nobel de Física por conta de suas descobertas sobre a teoria
atômica.
Heisenberg

Werner Heisenberg (1901-1976) foi um físico alemão responsável pela criação de um modelo quântico para o átomo.
Seus estudos foram essenciais para a evolução da área da mecânica quântica. Desenvolveu teorias relacionadas
com os átomos, raios cósmicos e partículas subatômicas.
Em 1927 Heisenberg propôs o "Princípio da Incerteza", também chamado de "Princípio de Heisenberg".
Segundo esse modelo, ele concluiu que é impossível mensurar a velocidade e a posição de uma partícula.
Em 1932 Heisenberg recebeu o Prêmio Nobel de Física pela criação da mecânica quântica.
Física Quântica e Espiritualidade
Embora no mundo científico a união da física quântica e o espiritualismo não seja muito bem vista, há alguns
pesquisadores que têm pensado sobre o tema. A relação existente é entre os fenômenos quânticos e a
espiritualidade.
Com esse novo enfoque sobre o mundo microscópico, a física quântica chamou a atenção de espiritualistas para a
existência de microcosmo onde reinam diversas energias.
Aliado a isso, estudos psicológicos e filosóficos foram essenciais para balizar tais teorias. No entanto, elas são
baseadas em especulações, sendo que nada ainda foi comprovado.
Portanto, para cientistas da física quântica os estudiosos do tema trabalham com uma pseudociência.
Esse misticismo aliado aos estudos quânticos foram explorados por diversos autores dos quais se destacam:
Deepak Chopra: médico indiano e professor de ayurveda, espiritualidade e medicina corpo–mente. Realiza trabalhos
de medicina alternativa.
Amit Goswami: físico indiano, professor e estudioso no campo da parapsicologia. Sua linha de pensamento é
chamada de "misticismo quântico".
Fritjof Capra: físico austríaco conhecido pela sua obra "O Tao da Física" onde ele apresenta relações acerca da
física quântica e o pensamento filosófico.

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