Outubro Rosa
Outubro Rosa
Outubro Rosa
O Outubro Rosa é o mês de conscientização e combate do câncer de mama. O nome Outubro Rosa
remete à cor do laço que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a
participação da população, empresas, e instituições públicas. Era outubro de 1983 quando uma corrida
de cinco quilômetros pelas ruas de Dallas (EUA) atraiu 800 pessoas para arrecadar fundos e chamar
atenção para o câncer de mama. A promessa de levar mais mulheres a conhecer e combater a doença
foi de Nancy Brinker, que havia visto, três anos antes, a irmã Susan morrer aos 36 anos. Desde então, a
Fundação Susan G. Komen For the Cure tem inspirado a mobilização em diversos países. Acessórios e
laços cor de rosa viraram símbolo da campanha pelo mundo.
O movimento que dura o mês inteiro busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico
precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de
pele. O principal objetivo da mobilização, que dura o mês inteiro, é lembrar a população da importância
do diagnóstico precoce do câncer de mama. A cada 10 mulheres diagnosticadas com a doença no país,
três morrem segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério de Saúde. Os
homens também podem desenvolver a doença, no entanto, a incidência é baixa e atinge 1% dos casos.
É o segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres,
respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o
prognóstico é relativamente bom. É uma doença causada pela multiplicação anormal das células da
mama, que forma um tumor maligno. O câncer de mama tem cura, se descoberto no início.
De acordo com dados mais recentes do Inca, em 2010, 12.705 mulheres morreram de câncer de mama
num total de 12.852 óbitos, sendo 147 homens. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto, em 2013,
esperava-se para o Brasil, 52.680 casos novos da doença, com risco estimado de 52 casos a cada 100 mil
mulheres. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito
provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados.
O aumento nos números de casos da doença também está relacionado com o envelhecimento da
população, a redução na taxa de natalidade e o aumento na expectativa de vida. Quanto antes a doença
for descoberta, melhor. Quando os sintomas aparecem, o câncer tem grandes chances de estar em um
nível mais avançado. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
5-É verdade que amamentar diminui os fatores de risco para câncer de mama?
Segundo o mastologista Anastasio Berrettini mulheres que amamentam por mais de seis meses têm
menos chances de desenvolver a doença devido à substituição do tecido glandular por gordura nas
mamas. A amamentação é uma proteção natural. A mulher com câncer de mama, se amamentar por
mais de um ano, tem a chance de desenvolver a doença menos agressiva e com melhor prognóstico.
Na grande maioria das vezes a paciente nao possui sintomas perceptíveis. Podem surgir alterações na
pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto
semelhante à casca de laranja. A secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer
palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir
nódulos palpáveis na axila.
7-Como prevenir a doença?
Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma
recomendação básica para prevenir o câncer de mama, pois o excesso de peso aumenta o risco de
desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é
fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior
aos 35 anos.
Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o
câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos
orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e aquelas
que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de
risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia. De acordo com o Programa
Nacional de Controle de Câncer de Mama, do Inca, estima-se que por meio de uma alimentação
saudável, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o
câncer de mama. O bem estar físico e psicológico também ajudam a prevenir essa e outras doenças.
É uma radiografia das mamas, realizada por um equipamento chamado mamógrafo. É feita
uma compressão das mamas para visualizar pequenas alterações, o que permite descobrir o câncer de
mama em fase inicial.
Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um posto de saúde para ter suas mamas examinadas
por um profissional de saúde anualmente. Entre 50 e 69 anos, a mulher também deve fazer uma
mamografia a cada dois anos. O risco de câncer de mama aumenta com a idade. A Lei 11.664/2008 que
entrou em vigor em 29 de abril de 2009 estabelece que todas as mulheres têm direito à mamografia a
partir dos 40 anos.
10-Como é o tratamento?
O tratamento para um paciente de câncer de mama irá depender do estágio da doença, bem como das
condições da paciente (idade, status menopausal, diagnóstico e preferências).
Quanto antes for diagnosticada a doença, maior o potencial curativo do tratamento. Há duas
modalidades de tratamento do câncer de mama: local (cirurgia e radioterapia) e sistêmico
(quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica, nova classe de medicamentos destinados ao
tratamento de doenças autoimunes).