Doenças Dos Vasos Sanguíneos - SM
Doenças Dos Vasos Sanguíneos - SM
Doenças Dos Vasos Sanguíneos - SM
1. Introdução...................................................................... 3
2. Anomalias congênitas.............................................. 6
3. Células da parede vascular e sua
resposta às lesões........................................................... 6
4. Doença vascular hipertensiva..............................11
5. Arterosclerose............................................................17
6. Aneurisma e dissecção..........................................26
7. Aneurisma da aorta abdominal (aaa)................28
8. Aneurisma de aorta torácica................................30
9. Dissecção da aorta...................................................30
10. Vasculite....................................................................32
11. Fenômeno de reynaud.........................................38
12. Veias varicosas.......................................................39
13. Tromboflebite e flebotrombose........................40
Referências bibliográficas .........................................43
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 3
ARTÉRIA VEIA
Endotélio
Camada subendotelial
Membrana elástica interna
Fibras colágenas
Válvula
Rede de capilares
Membrana basal
Células endoteliais
ARTÉRIA VEIA
OXIDAÇÃO DE LDL
Tabela 1. Propriedades e funções das células endoteliais
Normotensão
Fatores de crescimento
Fluxo laminar
Mediadores vasoativos
Fatores de crescimento
Moléculas de adesão
Citocinas
Anticoagulantes
Hipóxia e acidose
ATIVAÇÃO ENDOTELIAL
Fluxo turbulento
Hipertensão DISFUNÇÃO ENDOTELIAL
Citocinas Fatores de crescimento
Complemento Quimiocinas
Produtos bacterianos Citocinas
Produtos lipídicos Proteínas pró-coagulantes
Produtos finais da glicação Moléculas de adesão
Hipóxia, acidose Mediadores vasoativos
Vírus
Tabagismo
Figura 3. Resposta estereotipada à lesão vascular. Disponível em: Robbins & cotran-patologia bases patológicas das
doenças 8a edição
FATORES HUMORAIS
CONSTRITORES
Angiotensina II DILATADORES
Catecolaminas Prostaglandinas VOLUME
Tromboxano Cininas SANGUÍNEO
Leucotrienos NO Sódio
Endotelina Mineralocorticoides
Peptídeo natriurético
atria
FATORES LOCAIS
Autorregulação
pH
Hipóxia
Resistência
periférica x Débito
Cardíaco = Pressão
sanguínea
FATORES
CONSTRITORES DILATADORES CARDÍACOS
Alfa - adrenérgico Beta - adrenérgico Frequência
cardíaca
Contratilidade
FATORES NEURAIS
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 13
Vasodilatação
Reduz o Volume sanguíneo
Angiotensina II AUMENTO DA
RESISTÊNCIA
Aumento do
Enzima tônus simpático
Endotélio em (feocromocitoma)
Angiotensinogênio Angiotensina I conversora de
muitos tecidos Aumento do
angiotensina
eixo renina –
angiotensina -
aldosterona
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 15
RENAL ENDÓCRINA
- Síndrome de Cushing
- Glomerulonefrite aguda
- Aldosteronismo primário
- DRC
- Hiperplasia congênita de suprarrenal
- Doença policística
- Hipo e Hipertireoidismo
- Estenose de artéria renal
- Acromegalia
- Vasculite renal
- Feocromocitoma
- Tumores que produzem renina
- Induzido pela gravidez
CARDIOVASCULAR NEUROLÓGICA
- Coarctação de aorta
- Rigidez de aorta - Hipertensão intracraniana
- Aumento do débito cardíaco - Psicogênica
- Aumento do volume intravascular
Tabela 2. Causas de hipertensão secundária
Figura 4. Patologia vascular hipertensiva. A: Ateriolosclerose hialina; B: Arteriolosclerose hiperplásica. Disponível em:
Robbins & cotran-patologia bases patológicas das doenças 8a edição
Figura 5. Estrutura básica de uma placa aterosclerótica. Disponível em: Robbins & cotran-patologia bases patológicas
das doenças 8a edição
responsável por cerca de metade de acabam por ter incidência maior que
todos os óbitos. Morbidade e mortali- os homens, o oposto do que ocorre
dade significativas são causadas por para mulheres em fase pré-meno-
infarto por meio das artérias coroná- pausa. Ainda tem o fator genético,
rias e doença aterosclerótica da aorta onde o histórico familiar conta mui-
e das carótidas e acidente vascular to, mas não se dissocia dos fatores
cerebral. modificáveis, que são hiperlipidemia
Sobre os fatores de risco dessa doen- (por LDL), hipertensão, tabagismo
ça é valido pontuar que têm um efeito e diabetes.
multiplicativo, ou seja, dois fatores de Além dos citados acima, existem fato-
risco aumentam aproximadamente res de risco adicionais. A Inflamação
em quatro vezes o risco de desenvol- é um desses fatores e está presente
ver uma doença cardíaca isquêmica e durante todos os estágios da atero-
assim sucessivamente. Os principais gênese e se liga estreitamente à for-
fatores de risco são os que envol- mação da placa aterosclerótica e sua
vem hábitos alimentares gordurosos ruptura. Com o aumento do reconhe-
e hábitos de vida com uso de drogas, cimento de que a inflamação desem-
principalmente álcool e tabaco, além penha um papel causal significativo
das posturas sedentárias. na DCI, a avaliação da inflamação sis-
Dentre os fatores de risco não mo- têmica tem se tornado importante na
dificáveis para doença coronariana estratificação do risco global. Embora
isquêmica (DCI) por meio da ateros- alguns marcadores circulantes de in-
clerose, a idade é um fato bem sedi- flamação se correlacionem com o ris-
mentado - entre 40 e 60 anos o risco co de DCI, a proteína C-reativa (PCR)
de infarto é 5x maior - além do gê- emergiu como um dos mais simples e
nero, no qual mulher pós-menopausa mais sensíveis.
SAIBA MAIS!
A PCR é um reagente de fase aguda sintetizado primariamente pelo fígado. É distal a alguns
desencadeantes inflamatórios e desempenha um papel na resposta imune inata por opsoni-
zação de bactérias e ativação do complemento. Quando a PCR é secretada a partir de células
no interior da íntima aterosclerótica, pode ativar células endoteliais locais e induzir um estado
protrombótico além de aumentar a adesividade dos leucócitos ao endotélio. O fato mais im-
portante é que ela prediz forte e independentemente o risco de infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral, doença arterial periférica e morte súbita cardíaca, mesmo entre indivíduos
aparentemente saudáveis. É interessante observar que, embora ainda não haja evidências
diretas de que a redução da PCR reduza diretamente o risco cardiovascular, o abandono do
tabagismo, a perda de peso e os exercícios reduzem a PCR. Além disso, as estatinas reduzem
os níveis de PCR independentemente de seus efeitos sobre o LDL-colesterol.
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 19
Endotélio
Íntima
Média
Adventícia
Estria gordurosa
1. Lesão endotelial crônica
4. Macrófagos e células
musculares lisas
englobam os lipídios
Plaquetas Linfócitos T
2. Disfunção endotelial, adesão Ateroma fibroadiposo
Monócito
de monócitos e emigração
5. Proliferação de células
musculares lisas, colágeno
e outra deposição da
matriz extracelular, lipídios
extracelulares
Resíduos de
3. Ativação de macrófagos, Célula
Colágeno
lipídios
muscular lisa Linfócitos T
recrutamento de células
musculares lisas
Figura 6. Evolução das alterações das paredes arteriais em resposta à injúria. Disponível em: Robbins & cotran-pato-
logia bases patológicas das doenças 8a edição
SAIBA MAIS!
Os lipídios dominantes nas placas ateromatosas são o colesterol e os ésteres do colesterol.
Os defeitos genéticos na captação e metabolismo das lipoproteínas que causam hiperlipo-
proteinemia se associam a uma aterosclerose acelerada. Desse modo, a hipercolesterolemia
familiar homozigótica, causada por defeitos dos receptores de LDL e captação hepática ina-
dequada de LDL, pode levar ao infarto do miocárdio antes dos 20 anos de idade. Análises
epidemiológicas demonstram uma correlação significativa entre a intensidade da ateroscle-
rose e os níveis de colesterol total ou de LDL no plasma.
Aglomeração de colesterol
Lesão endotelial Disfunção endotelial
(células espumosas)
Espessamento da Hiperlipidemia e
Fluxo turbulento
íntima inflamação crônica
Crescimento
Síntese da MEC
de placa
Formação da
cápsula fibrosa
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 23
SAIBA MAIS!
Os ateromas típicos contêm abundantes lipídios, mas algumas placas são compostas quase
que exclusivamente por células musculares lisas e tecido fibroso; são as placas fibrosas.
Figura 8. Placa aterosclerótica vulnerável e estável. Disponível em: Robbins & cotran-patologia bases patológicas das
doenças 8a edição
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 25
CONSEQUÊNCIAS DA ATEROSCLEROSE
Ruptura da placa
Trombose mural Erosão da placa
Crescimento progressivo
Embolização Hemorragia da placa
da placa
Enfraquecimento da parede Trombose mural
Embolização
ANEURISMAS x DISSECÇÃO
Tec. conjuntivo
extravascular
Extravasamento
de sangue Ruptura da
íntima
Extravasamento
de sangue
Dissecção
Hematoma
SAIBA MAIS!
A sífilis terciária é outra causa rara de aneurismas aórticos. A endarterite obliterativa, caracte-
rística da sífilis em estágio avançado, mostra uma predileção pelos pequenos vasos, incluindo
aqueles dos vasa vasorum da aorta torácica. Isso leva à lesão isquêmica da camada média
da aorta e à dilatação aneurismática, que às vezes pode envolver o anel da válvula aórtica.
Figura 10. Aorta saudável e aorta com aneurisma. Disponível em: https://bit.ly/3dT02UA
INÍCIO DA
PAREDE ÍNTEGRA
DELAMINAÇÃO
AORTA
Doenças granulomatosas
VASCULITE DE
Arterite de células gigantes
GRANDES VASOS
Arterite de Takayasu
ARTÉRIAS
Mediada pelo imunocomplemento
VASCULITE DE Poliarterite nodosa
VASOS MÉDIOS
Anticorpos anticélula endotelial
Doença de Kawasaki
ARTERÍOLAS
CAPILARES
VÊNULAS
Vasculite, Eosinofilia,
Granulomas
VEIAS sem asma ou asma e
sem asma
granuloma granulomas
Granulomatose
Colangite Sd. de Chrug-
de Wegener
microscópica Strauss
PRINCIPAIS VASCULITES
Arterite de Células Gigantes Arterite de Takayasu Poliarterite nodosa Doença de Kawasaki Poliangiite microscópica
Espessamento da túnica
Necrose fibrinóide segmentar
íntima com trombose Espessamento transmural
da média
ocasional + Inflamação necrosante
Inflamação necrosante +
+ Inflamação granulomatosa transmural
transmural Lesões necrosantes
Inflamação granulomatosa da túnica média +
+ transmurais elementares
da túnica média + Necrose fibrinóide menos
Necrose fibrinóide +
+ Infiltrado de células T e frequente
Ausência de inflamação
Infiltrado de células T e macrófagos
granulomatosa
macrófagos
Figura 13. Visão histológica da dissecção, demonstrando um hematoma aórtico intramural (asterisco). As camadas
elásticas da aorta são pretas e o sangue é vermelho. Disponível em: portal.ped.com.br/reumatologia
SAIBA MAIS!
Trombos nas pernas tendem a produzir pouco ou nenhum sinal ou sintoma de certeza. Na
verdade, manifestações locais, incluindo a dilatação das veias, edema, cianose, calor, eritema
ou dor podem estar completamente ausentes, especialmente em pacientes acamados. Em
alguns casos, a dor pode ser desencadeada por pressão sobre as veias afetadas, compressão
dos músculos das panturrilhas ou dorsiflexão forçada do pé (sinal de Homan).
DOENÇAS
DOS VASOS
SANGUÍNEOS
DOENÇAS
DAS
ARTÉRIAS
Doença
Mecanismos Aterosclerose Aneurisma
hipertensiva
PA= Débito
cardíaco x Caracterizada Dilatação
Estreitamento Fatores Hipertensão Hipertensão
Resistência Papel do rim por placas de Etapas anormal de um Mecanismo Tipos
ou obstrução determinantes primária secundária
vascular ateromas vaso
periférica
Fatores de
crescimento
liberados
DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 42
DOENÇAS
DOS VASOS
SANGUÍNEOS
DOENÇAS
DAS DOENÇAS
ARTÉRIAS DAS VEIAS
Fenômeno de
Dissecção Vasculites Varizes Tromboflebites
Raynaud
Reatividade
Vasos
Inflamação da exagerada Maior risco em Comum
Grupos anormalmente Situações
parede dos Classificação de artérias obesidade e nas veias Causas
de risco dilatados e especiais
vasos e arteríolas gravidez profundas
tortuosos
distais
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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Elsevier Brasil.
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Colesterol LDL. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 114(2), 273-274.
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Gonçalves, R. C. B., & da Silva, S. D. Doença de Kawasaki: a importância do seu reconheci-
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DOENÇAS DOS VASOS SANGUÍNEOS 44