AULA 5 - Lesões Musculares

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15/06/2013

Lesões Musculares
 Contusão;

 Contratura;

 Distensão (estiramento):

Lesões Musculares  Ruptura de fibras  parcial ou total.

Samara Gouveia

2 Profa. Samara S.V. Gouveia - UFPI

Mecanismos Lesionais Causas


 Muito recorrentes nas práticas esportivas...  Traumatismos
 Diretos  contusão;
 Força única ou múltipla que ultrapassa a tolerância  Indiretos  distensão; contratura
máxima do tecido  lesões por contato;

 Processos inflamatórios crônicos ou degenerativos.


 Músculo solicitado não apresenta condições para
suportar o esforço ou não se encontra em posição MUITO RECORRENTE!!
adequada  lesões sem contato;

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Anatomia e Fisiologia do Músculo Anatomia e Fisiologia do Músculo


 Miofibrilas musculares;  Junção miotendínea:
 > estresse por área de

 Componentes elásticos em secção transversa;

série e em paralelo   Sarcômeros mais curtos 

tensão passiva (mola)  < capacidade de geração de

produção de energia força;

mecânica.

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Anatomia e Fisiologia do Músculo Anatomia e Fisiologia do Músculo


 Músculos Biarticulares:  Controle Neuromuscular:
 Ativação “econcêntrica”;  Fuso Neuromuscular
 Contração excêntrica 
 Órgão Tendinoso de Golgi
músculo mais vulnerável;

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Contusão Contusão
 Lesão muito frequente;

 Traumatismo direto (quedas, colisões, acidentes desportivos Rompimento Hematoma


TRAUMA
de Capilares
etc); Edema

 Podem ser fechadas ou abertas (laceração);

 Podem atingir articulações ou tecidos moles.


PROCESSO
INFLAMATÓRIO
AGUDO

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Contusão Contusão
 Classificação:  Quadro Clínico:
* Pode existir edema e hematoma  História Clínica  palavra chave 

 Leve  não existem restrições das atividades desenvolvidas; TRAUMA;

fase aguda  24hs;  Inspeção  edema; hematoma;

 Moderada  restrição parcial das atividades desenvolvidas; ferimentos (cicatriz); atrofia (crônica);

fase aguda  48hs;  Palpação  local da dor; edema;

 Grave  restrição total das atividades desenvolvidas; fase aderência;

aguda  72hs.  Mobilização  ativa e passiva.

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Contusão Contusão
 Tratamento Fisioterápico Fase Aguda:
 Sequelas  fibrose muscular;  Objetivos:
 Aliviar a dor; Evitar a hipoxia secundária 
 Minimizar a inflamação; controlar a extensão da lesão.
 Bom Prognóstico geral;
 Conduta:
 Repouso + Elevação + Compressão;
 Crioterapia;
 Movimentos passivos (quando suportados);
 Contrações isométricas;
 US pulsátil

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Contusão Contusão
 Tratamento Fisioterápico Fase Subaguda:  Tratamento Fisioterápico  Fase Crônica:
 Objetivos:  Objetivos:
 Aumentar o metabolismo;  Restaurar da AM;
 Estimular a reabsorção dos exudatos;  Aumentar a força muscular;
 Favorecer a regeneração tecidual;  Melhorar a flexibilidade;
 Melhorar a flexibilização e o realinhamento muscular;  Trabalhar a estabilidade muscular.
 Prevenir e tratar as aderências;  Condutas:
 Aliviar a dor.  Cinesioterapia (alongamentos; exercícios com contrações excêntricas
 Conduta: e concêntricas, em cadeia aberta e fechada, com aumento progressivo
de carga e velocidade)
 Técnicas leves de contrair-relaxar;
 Mecanoterapia.
 Exercícios ativos (amplitude livre de dor);
 Exercícios em cadeia cinética fechada;  Treino proprioceptivo.
 US...
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Caso Clínico Distensão


 Kátia, 15 anos, jogadora de vôlei, sofreu uma contusão
 Causada por um estiramento excessivo da fibra muscular;
muscular na região anterior da coxa durante um treino. No
momento do trauma sentiu uma forte dor, mas conseguiu  Alta incidência e reincidência no contexto esportivo;
concluir o treino. No dia seguinte, ao acordar, sentiu fortes
dores ao se levantar e não conseguia andar normalmente,  Ocorrem em resposta a um alongamento brusco de um
desenvolvendo uma marcha claudicante. Apresentou também
extenso hematoma e grande sensibilidade à palpação. Procurou músculo contraído  contrações excêntricas;
atendimento médico, tendo o mesmo lhe dado o diagnóstico
 É comum ocorrer uma contratura após uma distensão
de contusão leve, encaminhando-a para a fisioterapia.
 Você concorda com esse diagnóstico clínico? (proteção).
 Elabore um plano de tratamento contendo objetivos e recursos e
técnicas utilizadas nessa fase aguda.
 A paciente está ansiosa para retornar aos treinos e pergunta sua opinião
quanto a esse retorno imediato. Qual o seu posicionamento?
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Distensão Distensão
 Causas:  Particularidades:
 Abertura excessiva da articulação  estiramento muscular  Local mais comum de ocorrência  junção miotendínea;
excessivo;  Maior acometimento dos músculos biarticulares.
 Ausência de aquecimento;

 Fadiga muscular ou lesões prévias;

 Fraqueza;

 Fibrose;

 Contração excêntrica rápida.

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Distensão Distensão
 Quadro Clínico:  Classificação:
* A gravidade depende da magnitude e da velocidade da lesão e da força e
 História Clínica (dor após 3 dias de atividade física); resistência da estrutura.
 Leve: estiramento; dor à contração e ao estiramento (últimos graus);
 Inspeção  hematoma; sensibilidade local e edema discreto; diminuição de AM de aprox 15º;
 Palpação  edema; dor;  Moderada (ruptura): estiramento; dor moderada à contração e ao
estiramento; sensibilidade local; equimose; edema discreto; diminuição
 Mobilização  ativa, passiva e resistida; de AM de aprox 30º;
 Teste de força muscular  pode estar normal, porém com  Grave (ruptura): estiramento, dor intensa à contração, estiramento e
repouso; sensibilidade local; equimose; edema discreto; perda de função;
presença de dor à contração.
depressão palpável ou visível; diminuição de AM de aprox 45º.

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Ruptura de Fibras Ruptura de Fibras


 Parcial: separação parcial das fibras; função alterada de acordo  Quadro Clínico:
com o número de fibras afetadas. Dor, tumefação e equimose;  História Clínica;

 Inspeção: edema; equimose;


 Total: separação total das fibras perceptível à palpação, com
 Palpação: edema; dor; depressão
retração dos ventres musculares. Função abolida, equimose
muscular;
distal, dor e tumefação.
 Mobilização: ativa, passiva e
resistida;

 Teste de força muscular.

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Ruptura das Fibras Caso Clínico 2


 Complicações:  Rodrigo, 35 anos sofreu ruptura parcial das fibras dos adutores da
coxa, ao realizar um treinamento para prova física de um concurso
 Fibrose; para Delegado Federal. Apresentou importante quadro álgico,
 Miosite ossificante. hematoma extenso, marcha claudicante e presença de nódulos de
tensão durante a primeira semana após a lesão. Atualmente, 4
 Exames Complementares: semanas após o trauma, e tendo evoluído da fase subaguda,
 Raio X: poucas alterações nos contornos das partes moles; encontra-se realizando no tto fisioterápico: LASER(cicatrizante),
contrações isométricas e exercícios em cadeia cinética fechada (em
 Ressonância Magnética e US: precisão na identificação do local pequena amplitude). O fisioterapeuta está em dúvida se deve realizar
e da gravidade da lesão. alongamentos passivos dos adutores, uma vez que necessita manter
a flexibilidade dessa musculatura, para o bom desempenho do
paciente em sua prova física.
 Qual a sua opinião sobre a realização de alongamentos nessa fase?

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Contratura Contratura
 Contração muscular súbita e mantida;  Contratura
 A intensidade do encurtamento (contratura) é obtida de  Retração
acordo com a velocidade do estiramento e a amplitude  Encurtamento
do mesmo.  Espasmo
 Perda da extensibilidade muscular.

São sinônimos???

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Contratura Contratura
 Causas:  Quadro Clínico:
 Hipersolicitação;  História Clínica;

 Falta de preparação para o trabalho;  Inspeção  edema; hematoma;

 Fadiga;  Palpação  áreas endurecidas; pontos

 Posição passiva inadequada; gatilhos; hipertonia;

 Mecanismo de adaptação postural.  Mobilização  ativa e passiva 


restrição da mobilidade e dor.

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Contratura Questionamentos...
 Tratamento: 1. É possível haver a regeneração das fibras musculares?
 Objetivos:
 Inibir a hipertonia; 2. Quais as diferenças de condutas ao considerar as
 Alíviar a dor;
 Ganhar ADM;
rupturas totais e parciais?
 Promover o relaxamento muscular;
3. Quais os fatores que atuam positivamente na
 Condutas: regeneração muscular?
 Massoterapia;
 Inibições; 4. Quais os recursos fisioterapêuticos são mais indicados
 Pompages;
para contribuir com este processo?
 Alongamentos.

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Referências
 BARROSO, G. C; THIELE, E. S. Lesão Muscular nos Atletas. Revista
Brasileira de Ortopedia, v. 46, n.4, p. 354-58, 2011.

 FERNANDES, T. L; PEDRINELLI, A; HERNANDEZ, A. J. Lesão Muscular -


Fisiopatologia, diagnóstico, tratamento e apresentação clínica. Revista
Brasileira de Ortopedia, v. 46, n. 3, p. 247-56, 2011.

 FERRARI, R. J; PICCHI, L. D; BOTELHO, A. P; MINAMOTO,V. Processo de


Regeneração na Lesão Muscular- Uma Revisão. Fisioterapia em
Movimento, v. 18, n. 2, p. 63-71, 2005.

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