A Pirâmide de Maslow em Pleno Século Xxi

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

A PIRÂMIDE DE MASLOW EM PLENO SÉCULO XXI

Jair José Moreira Fernandes1


Francisco Wendell Fontenele Pereira²

RESUMO
Este artigo tem como objetivo analisar a relevância da Hierarquia de Necessidades, também
conhecida como Pirâmide de Maslow, nos dias atuais, relacionando as tecnologias e o modo
de vida das pessoas no século XXI. Foi incluído também uma breve biografia sobre Abraham
H. Maslow e uma explanação sobre a sua teoria, para uma melhor compreensão do texto.
Através do Método Indutivo, o artigo busca, de forma qualitativa, gerar conhecimento a
respeito da Pirâmide de Maslow. Para ajudar no estudo, foi realizada uma pesquisa por meio
de um questionário online, utilizando amostragem por conveniência ou acessibilidade. A
pesquisa realizada obteve 94 pessoas de várias regiões do Brasil e de todas as faixas etárias,
sendo 52 pessoas do sexo masculino e 42 pessoas do sexo feminino. Por fim concluiu-se que
a Hierarquia de Necessidades de Maslow ainda continua a mesma nos dias de hoje, e bastante
relevante nas vidas das pessoas. Permanecendo com as Necessidades Fisiológicas na base,
seguida por Necessidade de Segurança, Necessidades Sociais, Necessidades de Estima, e no
topo Necessidades de Auto Realização. Para muitas pessoas, o status social e o
reconhecimento não são tão relevantes quanto às necessidades básicas. Evidenciamos também
o impacto dessas necessidades no ambiente profissional.

Palavras-chave: Necessidades, Básicas, Atualidade.

1 INTRODUÇÃO
Há diversas teorias, modelos, técnicas e abordagens estudadas nos cursos de
Bacharelado em Administração. Porém, quase que em sua totalidade, são conteúdos
originados de estudos realizados no século 20, por pessoas que já faleceram, ou seja, não
presenciaram as constantes inovações e modificações que vêm ocorrendo nos últimos anos.
Com isso, algumas questões são levantadas a respeito da atualidade dos modelos estudados ou
sobre suas defasagens diante de um mundo moderno.
Entre as diversas teorias estudadas nos cursos de Administração, há uma que trouxe
uma nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa, pois abandonou as
posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (Teorias Clássica, das Relações
Humanas e da Burocracia) e adotou posições explicativas e descritivas.

12
Graduando em Administração na Universidade Estadual Vale do Acaraú

1
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração permaneceu
com ênfase nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo. Ela tem seu
início no final da década de 40, com o economista estadunidense Herbert Alexander Simon.
Como forma de esclarecer o comportamento organizacional, a teoria baseia-se no
comportamento individual das pessoas. Com isso, faz-se necessário haver um estudo da
motivação humana. Os estudiosos da teoria perceberam que “o administrador precisa
conhecer as necessidades humanas para melhor compreender o comportamento humano e
utilizar a motivação humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro
das organizações”. (CHIAVENATO, 2004, p.329).
“Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo ou uma organização age ou
reage em suas interações com o seu meio ambiente e em resposta aos estímulos que
dele recebe. As ciências comportamentais trouxeram à teoria administrativa uma
variedade de conclusões a respeito da natureza e características do ser humano, a
saber:
1. O homem é um animal social dotado de necessidades. [...] 2. O homem é um
animal dotado de um sistema psíquico. [...] 3. O homem tem capacidade de articular
a linguagem com o raciocínio abstrato. [...] 4. O homem é um animal dotado de
aptidão para aprender, isto é, de mudar seu comportamento e atitudes. [...] 5. O
comportamento humano é orientado para objetivos. [...] 6. O homem caracteriza-se
por um padrão dual de comportamento: pode tanto cooperar como competir com os
outros”. (CHIAVENATO, 2004, p.224).

Dentro do ‘mundo’ da Administração, quando se fala em necessidades humanas,


rapidamente surge o nome de Abraham Harold Maslow, que desenvolveu uma hierarquização
das necessidades, ou como ficou conhecida, ‘A Pirâmide de Maslow’.
Nesse contexto de inovações a todo momento, que modificam as necessidades
humanas e os meios de satisfação este trabalho foi proposto, de forma a analisar se a
hierarquia das necessidades de Maslow continua presente em pleno século XXI ou passou a
ser obsoleta. Além disso, tem como objetivos, demonstrar que as novas tecnologias e hábitos
(como o celular e as redes sociais) se encaixam em mais de um nível da pirâmide; verificar se
a hierarquia apontada por Maslow (Fisiologia → Segurança → Sociais → Estima → Auto
Realização) ocorre na atualidade; comprovar se a internet se enquadra em todos os níveis da
pirâmide; e classificar quais as necessidades, na atualidade, mais influenciam na vida
profissional (de Auto Realização, de Estima, Sociais, de Segurança ou Fisiológicas).
Este Artigo, que aborda um assunto que foi, até agora, pouco discutido no meio
acadêmico e pouco pesquisado por estudiosos das áreas de Ciências Sociais Aplicadas (como
é a Administração) e de Ciências Humanas (como é a Psicologia), é de Natureza Básica, pois
procura, através do Método Indutivo e de forma Qualitativa, gerar conhecimentos a respeito
da pirâmide de Maslow na atualidade. Sendo, portanto, o objetivo do estudo classificado

2
como Exploratório. Além disso, foi realizada uma pesquisa, via questionário, utilizando
amostragem por conveniência ou acessibilidade. E como base teórica para tudo isso, foram
utilizados como estudo, a ‘Teoria Comportamental da Administração’ (com enfoque no
campo da motivação humana), algumas obras bibliográficas, como ‘A Teoria Geral da
Administração’, de Chiavenato, e Motivation and Personality (Motivação e Personalidade), de
Maslow e algumas publicações sobre o tema de sites voltados as áreas de Administração e
Psicologia (como o Administradores.com e o Psychology Today).
O texto deste trabalho está organizado da seguinte forma: na seção 2 há um pouco
sobre a biografia de Abraham H. Maslow. Na seção 3, há uma explanação sobre a Pirâmide
(essas duas últimas citados, seções 2 e 3, compõem o Referencial Teórico). Na seção 4, há os
resultados da pesquisa realizada por questionário. E por fim, a seção 5 traz as conclusões do
trabalho e sugestões para futuros trabalhos.
2 BIOGRAFIA DE ABRAHAM H. MASLOW
Nasceu em 1° de abril de 1908, no Brooklyn (situado nos Estados Unidos), local onde
residiu até antes de ir estudar Direito, para satisfazer sua família, na City College of New
York (CCNY). Posteriormente, fez sua pós-graduação em Psicologia, na Universidade de
Wisconsin, em 1928. A partir daí seus trabalhos melhoraram drasticamente. Ele desejava uma
carreira que iria “ajudar a mudar o mundo”.
Em 1930, ele recebeu seu Bachelor of Arts - Bacharelado em artes (designa um grau
acadêmico de graduação), seu mestrado no ano seguinte e seu doutorado em 1934, todos em
psicologia.
Durante a década de 1940, desenvolveu sua influente hierarquia de necessidades
inatas. Quando começou a ser professor, em tempo integral, no Brooklyn College (uma
faculdade da Universidade da Cidade de Nova Iorque, buscou compreender e explicar toda a
motivação humana, agregando todas as abordagens existentes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, iniciando por seus mentores, a antropóloga Ruth
Benedict e o psicólogo Max Wertheimer, realizou um estudo com pessoas emocionalmente
saudáveis e de alto desempenho: aqueles que ele mais tarde chamaria de auto realização,
quando se tornou chefe do departamento de psicologia em Brandeis, onde ficou por 10 anos, e
conheceu Kurt Golstein, que foi quem lhe introduziu ao conceito (de auto realização). Local
também onde iniciou cruzada por algo que se tornou mais importante que sua teoria, a
psicologia humanista.

3
Em 1954, Maslow publicou seu livro que sintetiza quase 15 anos de teoria,
‘Motivation and Personality’ (‘Motivação e Personalidade’).
Maslow passou seus últimos anos na Califórnia, semi-aposentado, até 08 de junho de
1970, quando, após anos de doença, morreu de um ataque cardíaco.
3 A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES BÁSICAS
Conhecida como ‘Pirâmide de Maslow’ ou ‘Hierarquia de necessidades de Maslow’,
é, como ele mesmo descreveu, uma “teoria holística-dinâmica”.
“Esta teoria é, penso eu, na tradição funcionalista de James e Dewey, e é fundida
com o holismo de Wertheimer, Gold. Stein e psicologia da Gestalt, e com o
dinamismo de Freud, Fromm, Homey, Reich, Jung e Adler. Essa integração ou
síntese pode ser uma teoria holística-dinâmica”. (MASLOW, 1954, p. 35).
Ela é fundada na ideia de que cada pessoa se esforça muito para corresponder à suas
necessidades pessoais e profissionais, por isso, a denominou de hierarquia dos motivos
humanos.
Segundo Maslow, as necessidades humanas estão estruturadas e colocadas em níveis,
em uma escala de importância e de influenciação. Por ordem decrescente de urgência, as
necessidades foram classificadas em: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto
realização. Portanto, a mais básica e essencial é a fisiológica e a mais fraca na hierarquia de
urgência é a necessidade de auto realização.
3.1 INDICADORES DOS NÍVEIS DE NECESSIDADES
Maslow indica diversas formas abstratas de medir o nível de necessidade, entretanto,
foca-se nas queixas expostas pelas pessoas, já que elas são indicadoras de seus desejos.
Segundo ele, por sempre estarem querendo algo que não possuem, os seres humanos sempre
irão reclamar, independentemente do nível de suas necessidades. Quanto mais elevado for o
nível, mais altos serão estes desejos e, com isso, mais fortes serão as reclamações e as
frustrações das pessoas. Além disso, essas contestações podem ser um indicador da saúde das
empresas, pois, se foram muito baixas, certamente estarão retratando um tipo inadequado de
gerência e um nível de vida baixo dentro da empresa.
3.2 DETALHANDO CADA NÍVEL DA PIRÂMIDE
3.2.1 Necessidades Fisiológicas
É o nível mais baixo da estrutura, no entanto, é indispensável. São as necessidades que
se relacionam com o ser humano como ser biológico, como: alimentação, abrigo, sono e
repouso, respiração, água, excreção, homeostase etc. Como descreve Chiavenato (2004, p.
330), “estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e com a preservação da espécie.

4
São necessidades instintivas e que já nascem com o indivíduo. São as mais prementes de
todas as necessidades humanas”.
Quando um indivíduo está com sono, não consegue produzir de forma eficaz e, além
disso, não para de pensar que quer ir dormir. Isso, quando não acaba dormindo enquanto
exerce suas atividades profissionais; exemplo: um motorista de ônibus que dorme ao volante.
3.2.2 Necessidades de Segurança
É o segundo nível da estrutura, que inicial quando o nível anterior está relativamente
satisfeito. É relacionado às necessidades de se sentir seguro, estável, fuga de perigo e busca de
proteção contra ameaça ou privação, que pode ser não só em relação ao próprio corpo, mas
como também, em relação ao emprego, à família, à saúde, à propriedade, aos recursos
financeiros e a moralidade.
Quando ocorrem decisões, dentro de uma organização, as quais há uma discriminação,
as pessoas ficarão inseguras, em relação sua à permanência ou não na empresa, e terão seus
rendimentos alterados.
3.2.3 Necessidades Sociais
É o terceiro nível da estrutura, que surge quando os dois níveis mais baixos estão
relativamente satisfeitos. É relacionado às necessidades de ter associações e manter relações
humanas harmônicas, como, ser membro de um clube, troca de amizade, receber afeto e
carinho de familiares e pessoas do sexo oposto (CHIAVENATO, 2004).
Quando as necessidades sociais (de amor/relacionamento) não estão satisfeitas, a
pessoa não consegue se adaptar socialmente, torna-se hostil em relação aos demais,
acarretando em um isolamento e à solidão. No entanto, quando essas necessidades estão
supridas, há um melhor rendimento profissional do indivíduo.
3.2.4 Necessidades de Estima
É o quarto nível da estrutura, e está dividido em dois tipos; o primeiro, é o
reconhecimento das nossas capacidades pessoais; e o segundo, é o reconhecimento, por parte
dos demais, da nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos. Chiavenato
(2004, p. 330), diz que “envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de consideração. Incluem ainda o
desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia”.
Quando essas necessidades não são supridas, pode ocorrer o sentimento de
inferioridade, dependência e fraqueza, que pode acarretar um desânimo em relação às
atividades.

5
3.2.5 Necessidades de Auto Realização
É o quinto, e último, nível da estrutura, que são as necessidades mais elevadas, que
podem ser conhecidas também como necessidades de crescimento. É relacionado com a
realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo, ser aquilo que se pode ser,
fazer o que gosta e é capaz.
Quando essa necessidade não é suprida, há o desânimo, o abatimento. Por isso,
algumas pessoas mudam de emprego, mesmo quando estão estáveis na organização, e tentam
algo mais desafiador, que, na maioria das vezes, é mais ariscado, ou seja, pode não dar certo,
há a incerteza do resultado.
3.3 ASPECTOS A SE CONSIDERAR SOBRE A HIERARQUIA DE NECESSIDADES

 O nível posterior de necessidades só surge quando o inferior estiver satisfeito. Ou seja,


quando uma necessidade é saciada, passa a possibilitar que um nível mais elevado
possa se manifestar.
 Nem todos os seres humanos conseguem alcançar o ponto mais alto da hierarquia
proposta por Maslow.

“Algumas chegam a se preocupar com as necessidades de auto realização; outras


estacionam nas necessidades de estima; outras ainda, nas necessidades sociais,
enquanto muitas outras ficam preocupadas exclusivamente com necessidades de
segurança e fisiológicas, sem que consigam satisfazê-las adequadamente”.
(CHIAVENATO, 2004 p. 331).

 Sempre os seres humanos serão movidos pelas necessidades que se apresentarem mais
importante.
 Os seres humanos possuem, o tempo todo, mais de uma motivação e toda a estrutura
atua simultaneamente.
 As necessidades primárias, como a alimentação, se satisfazem mais rápido que as
necessidades superiores.
 Acredita-se que seres humanos já nascem com o nível mais baixo da pirâmide, o das
necessidades fisiológicas. E com o passar do tempo, adquirem os demais níveis.

3.4 CRÍTICAS À TEORIA


Para o filósofo e economista chileno Manfred Max Neef, as necessidades
fundamentais do ser humano são não hierárquicas e são ontologicamente universais e
invariáveis em sua natureza. Segundo ele, a pobreza, é o resultado de uma destas necessidades
ter sido frustrada, negada ou não plenamente realizada.

6
Já para o brasileiro Chiavenato, a pirâmide mostra que é preciso passar pelas partes
para chegar no todo, mas há pessoas que alcançam a auto realização sem passar por todos os
níveis. E em outros casos, há seres humanos que estão realizados, porém, ainda sentem a falta
de algo.
3.5 OUTRAS NECESSIDADES ADICIONAIS
Em seus estudos posteriores à criação da pirâmide, Maslow detectou outras duas
necessidades, que são adicionais à pirâmide. Ela tratava dos indivíduos os quais já possuíam
todas as necessidades satisfeitas, que eram pouquíssimas pessoas, e foram nomeadas de
cognitivas. São elas:
 Necessidade de conhecer e entender: Relaciona-se com os desejos da pessoa de
conhecer e entender o mundo ao seu redor, as demais pessoas e a natureza.
 Necessidade de satisfação estética: Relaciona-se com às necessidades de beleza,
simetria e arte em geral. Está ligada com a necessidade que o indivíduo tem de estar
sempre belo e em harmonia com os padrões de beleza que estão em moda.
3.7 A SATISFAÇÃO E A NÃO SATISFAÇÃO (FRUSTRAÇÃO) DAS NECESSIDADES
HUMANAS BÁSICAS

7
3.6 A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES HUMANAS E OS MEIOS DE
SATISFAÇÃO, NAS ORGANIZAÇÕES

4 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO
A pesquisa, que foi realizada através de um questionário online (criado no ‘Google
Drive’), era acessado através de um link, que redirecionava o participante para a página à qual
estava o formulário. Participaram 94 pessoas de várias regiões do Brasil, sendo 52 pessoas do
sexo masculino (55,3% do total) e 42 pessoas do sexo feminino (44,7% do total). Além disso,
a pesquisa obteve participantes de todas as faixas etárias (com menos de 16 anos de idade, até
com 50 anos ou mais).
TABELA 1 – Faixa etária dos participantes da pesquisa
FAIXA ETÁRIA N° DE PARTICIPANTES PORCENTAGEM
Menor que 16 anos 6 pessoas 6,4%
Entre 16 e 20 anos 22 pessoas 23,4%
Entre 21 e 30 anos 32 pessoas 34%
Entre 31 e 49 anos 33 pessoas 35,1%
50 anos ou mais 1 pessoa 1,1%
FONTE: Própria autoria.
4.1 PRIMEIRA PERGUNTA
Pedia para as pessoas assinalarem as opções para as quais já haviam utilizado um
celular.

8
TABELA 2 – Respostas para a primeira pergunta
Necessidade N° de respostas % de respostas
Para comprar comida - 40 42,6%
Fisiologia
Conseguir emprego ou em 50 53,2%
caso de emergência -
Segurança
Se comunicar com familiares 92 97,9%
e/ou amigos - Social
Ter atenção, status ou 29 30,9%
liberdade - Estima
Demonstrar sua criatividade, 52 55,3%
resolver problemas - Auto
Realização
Nenhuma das opções 0 0%
anteriores
FONTE: Própria autoria.
4.2 SEGUNDA PERGUNTA
Pedia para assinalarem as opções para as quais já haviam utilizado as Redes Sociais.
TABELA 3 – Respostas para a segunda pergunta
Necessidade N° de respostas % de respostas
Conseguir alimentação - 20 21,3%
Fisiologia
Conseguir emprego ou em caso 47 50%
de emergência - Segurança
Se relacionar com outras 93 98,9%
pessoas - Social
Ter atenção, status ou liberdade 39 41,5%
- Estima
Demonstrar sua criatividade, 48 51,1%
resolver problemas etc. - Auto
Realização
Nenhuma das opções 1 1,1%
FONTE: Própria autoria.

9
4.3 TERCEIRA PERGUNTA
Pedia para as pessoas assinalarem as opções para as quais já haviam utilizado a
Internet.
TABELA 4 – Respostas para a terceira pergunta
Necessidade N° de respostas % de respostas
Obter comida e ou abrigo - 24 25,5%
Fisiologia
Conseguir emprego ou em 60 63,8%
caso de emergência -
Segurança
Se relacionar com outras 93 98,9%
pessoas - Social
Ter atenção, status ou 39 41,5%
liberdade - Estima
Resolver problemas, 65 69,1%
demonstrar sua criatividade
ou espontaneidade - Auto
Realização
Nenhuma das opções 0 0%
FONTE: Autoria.
4.4 QUARTA PERGUNTA
Pedia para classificar, em ordem de importância, os 5 grupos da pirâmide.
TABELA 5 - A classificação geral da quarta pergunta
Necessidade Em 1° Em 2° Em 3° Em 4° Em 5°
Fisiologia 76,6% 7,44% 6,38% 4,25% 5,32%
Segurança 4,25% 51,06% 15,96% 14,89% 13,83%
Amor/Relacionamento 12,77% 20,21% 40,42% 14,89% 11,70%
Estima 0% 18,09% 22,34% 45,74% 13,83%
Realização Pessoal 6,38% 3,19% 14,89% 20,21% 55,32%
FONTE: Própria autoria.
4.5 QUINTA PERGUNTA
Pedia para classificar a ordem de influência dos 5 grupos da pirâmide na sua vida
profissional.

10
TABELA 6 - Classificação geral ficou da quinta pergunta
Necessidade Em 1° Em 2° Em 3° Em 4° Em 5°
Fisiologia 61,7% 10,64% 10,64% 10,64% 6,38%
Segurança 14,89% 40,42% 10,64% 24,47% 9,57%
Amor/Relacionamento 9,57% 17,02% 37,23% 10,64% 25,53%
Estima 4,26% 19,15% 23,4% 36,17% 17,02%
Realização Pessoal 9,57% 12,77% 18,08% 18,08% 41,49%
FONTE: Própria autoria.
5 CONCLUSÃO:
Pela observação dos dados analisados, conclui-se que a hipótese é verdadeira. O
surgimento de novas tecnologias e hábitos, nas últimas décadas, não modificaram a Pirâmide
de necessidades Básicas, pelo contrário, ela continua muito atualizada. Algumas pessoas
atribuem a sua desatualização devido à ausência do celular (na sua estrutura), por exemplo,
mas o que não percebem, é que o celular, na verdade, é um instrumento que possibilita,
auxilia a satisfazer as necessidades. Como podemos constatar, ele pode ser utilizado, assim
como as Redes Sociais e, principalmente, a Internet, para satisfazer qualquer uma das cinco
necessidades da pirâmide, podem ser encaixados em todos os níveis.
Apesar de variar de uma pessoa para outra, foi constatado que, de um modo geral, a
hierarquia proposta por Abraham H. Maslow permanece a mesma, com Necessidades
Fisiológicas na base, seguida pelas Necessidades de Segurança, no meio, as Necessidades
Sociais, no quarto nível, as Necessidades de Estima e no topo, as Necessidades de Auto
Realização.
Na mesma hierarquia das necessidades, está a influência das mesmas na vida
profissional, entretanto, a variação de uma pessoa para outra é maior. Enquanto que na seção
4.4, que tratava da hierarquia da pirâmide na atualidade, a menor porcentagem, das maiores
de cada necessidade, foi 40,42%, na seção 4.5, que tratava da influência da mesma na vida
profissional, somente uma necessidade ultrapassou esse valor, que foi a de fisiologia.
Isso tudo mostra que, para muitos, pontos como, alimentação, afeto, saúde e segurança
continuam sendo mais importantes que status social e reconhecimento. E além disso, que as
necessidades mais baixas são as que mais impactam na vida profissional, mesmo assim, são
deixadas de lado por várias organizações, quando na verdade, deveriam ser a prioridade.

11
E por fim, o impacto das necessidades básicas dos seres humanos em sua vida
profissional e em suas decisões de consumo são dois temas pouco abordados em pesquisas
realizadas por empresas, em debates e artigos da comunidade acadêmica e científica em geral.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S. Cordeiro. Pirâmide de Maslow: ainda é atual ou está ultrapassada? Administra
dores.com. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/piramide-
de-maslow-ainda-e-atual-ou-esta-ultrapassada/22644/>. Acesso em: 22 dez. 2016.
BOEREE, C. George. Torías de La Personalidad: Abraham Maslow. George Boeree's
Homepage. Disponível em: <http://webspace.ship.edu/cgboer/maslowesp.html/>. Acesso em:
23 dez. 2016.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração, 7. ed. Rio de
Janeiro: Campus, 2004. 634 p. Disponível em: <http://www.cotemar.com.br/biblioteca/admini
stracao/teoria-geral-da-administracao.pdf>. Acesso em: 22 dez. 2016.
COSTA, Maria T. P. M. Construção de um Instrumento para Medida da Satisfação no
Trabalho. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v20n3/v20n3a05/>. Acesso em: 22
dez. 2016.
HOFFMAN, Edward. The Life and Legacy of Abraham Maslow: Why Abraham Maslow
still matters. Psychology Today. Disponível em: <https://www.psychologytoday.com/blog/the
-peak-experience/201109/the-life-and-legacy-abraham-maslow>. Acesso em: 23 dez. 2016.
MASLOW, Abraham Harold. Motivation and Personality, 1. ed. New York: Harpe, 1954.
369 p. Disponível em: <http://s-f-walker.org.uk/pubsebooks/pdfs/Motivation_and_Personality
-Maslow.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2016.
PERIARD, Gustavo. A hierarquia de necessidades de Maslow: O que é e como funciona.
Sobre Administração. Disponível em: <http://www.sobreadministracao.com/a-piramide-
hierarquia-de-necessidades-de-maslow/>. Acesso em: 24 dez. 2016.
RARE LEADERSHIP. Abraham Maslow, Transpersonal Psychology, and self-
Transcendence. Disponível em: <http://www.rare-
leadership.org/Maslow_on_transpersonal_psychology.html>. Acesso em: 23 dez. 2016.

12

Você também pode gostar