COLÉGIO OBJETIVO

NOME: _________________________________________________  N.o: ________   9.o ANO

DATA: ___/___/2021    EXERCÍCIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA (R.O.)    2.o BIMESTRE

Leia o texto a seguir e responda às questões de 1 a 7.

Consumismo

Tudo parece mágico, grande e alegremente anárquico. Há música em todos os locais. As vitrines estão muito
bem decoradas. O ambiente está propício para um passeio gratificante. Estamos, quase sem perceber, em uma
selva de consumo onde, inevitavelmente, cairemos em algumas das “armadilhas” que equipes formadas por
psicossociólogos, arquitetos, decoradores, iluminadores e especialistas em marketing prepararam para os consu-
midores potenciais.
O ritmo musical que ouvimos, suave e quase imperceptível, tem suas razões de ser, assim como a disposição dos
produtos em lugares determinados, a largura dos corredores e tudo o mais que nos impressiona em alguns super-
mercados ou shopping centers que incentivam a febre do consumo. Esses fatores são tão importantes que existem,
em alguns países, laboratórios para testá-los. Na França, por exemplo, funciona, desde 1989, um supermercado-
laboratório, onde o comportamento do consumidor é observado e analisado em detalhes. Esse falso supermercado,
onde as cobaias são os clientes, é o menor do mundo – possui apenas 200 m2, com música ambiente. Os visitantes
são selecionados em supermercados verdadeiros e recebem, ao entrar, uma lista de compras. Eles devem escolher
as marcas e depois dizer por que preferem esta ou aquela. Na verdade, seus movimentos estão sendo estudados
por especialistas escondidos atrás de vidros espelhados. Cada passo dado pelo cliente, cada expressão facial ficarão
gravados em uma fita que será utilizada para estudo posterior. Hoje em dia, qualquer lançamento só é feito depois
de o produto ter passado por esses tubos de ensaio. Os fabricantes sabem muito bem que é ali que se decide a sorte
de seu produto.
Para planejar melhor suas vendas – e fazer com que as pessoas consumam mais –, os supermercadistas já
dispõem de algumas informações. Em primeiro lugar, sabem que o consumidor permanece durante uma média de
40 minutos dentro do supermercado, onde são apresentados de 4 a 6 mil produtos. Dessa forma, o consumidor só
conta com alguns segundos para registrar tudo o que vê e decidir o que comprar. Por outro lado, sabe-se também
que 50% dos produtos vendidos em supermercados são comprados por impulso. Isso significa que entre as merca-
dorias de compra planejada – como o leite e o açúcar, entre outros – devem ser colocadas outras mercadorias, não
programadas, que atraiam a atenção do consumidor.
Outro recurso bastante utilizado é ter o preço de um produto anunciado em um grande cartaz, o que pode dar
a sensação de que esse produto está em promoção, mesmo quando o preço não foi alterado. É frequente ver que,
com técnicas semelhantes, uma determinada marca de café, para citar um exemplo, pode incrementar seu volume
de venda.
Um outro segredo se encontra nas prateleiras, que são geralmente dispostas em cinco de cada lado da gôndola.
A prateleira de cima é a que mais se vê, embora fique um pouco fora do alcance da mão. A segunda e a terceira são
as melhores, porque ficam à altura da vista e ao alcance das mãos. A quarta e a quinta são as menos valorizadas, por
serem mais desconfortáveis de ver e alcançar. O objetivo, segundo especialistas, é chegar a um equilíbrio e evitar
“pontos frios” dentro do supermercado. Para isso, colocam-se os setores de maior afluência de público – como os
lácteos, por exemplo – perto de outros locais difíceis, cujos produtos têm, na maioria das vezes, uma rentabilidade
maior. O objetivo final é que o cliente encontre a maior quantidade possível de produtos e aumente seu consumo.
Os shopping centers também baseiam seu sucesso na exposição tentadora, mas acrescentam outros elementos,
como a sensação de onipotência proporcionada pela arquitetura e a sensação de pertencer e possuir de que são
tomados os clientes assim que entram no local. Segundo alguns psicólogos, outra característica inconsciente, cer-
tamente, mas muito forte, é a sensação de segurança e proteção que esses locais proporcionam. Além disso, são
como grandes cenários onde as pessoas podem olhar, mexer, espiar, ver de tudo, ficar a par de tudo, satisfazer todas
as inquietudes, ser espectadoras, protagonistas, desejosas de tudo o que está exposto, mas, também, capazes de
obter o que veem. É assim que se criam uma tentação e uma excitação dos sentidos que põem em movimento a
pulsação possessiva das pessoas, por meio de estímulos visuais, olfativos, auditivos, racionais e também impulsivos
e compulsivos.
Isto é tudo – O livro do conhecimento. São Paulo: Três, s.d. págs. 174-177.

Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 1

 Releia este trecho do texto expositivo “Consumismo” e responda à questão 1.

Estamos, quase sem perceber, em uma selva de consumo onde, inevitavelmente, cairemos em algumas das “ar-
madilhas” [...]

1. Em relação às armadilhas do consumo em supermercados, responda:

a) Quais são elas?
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b) Quem as prepara?
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c) Para que elas servem?

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d) Por que os consumidores se deixam levar por elas “quase sem perceber”?
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2. No texto são apresentadas informações usadas para planejar as vendas no supermercado.

a) Quais são essas informações?
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b) O que são mercadorias de compra planejada?

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c) Por que as mercadorias de compras não planejadas são colocadas junto a outras mercadorias não planejadas?
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Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 2
 3. Observe o trecho retirado do texto.
Os visitantes são selecionados em supermercados verdadeiros...
Observe o verbo destacado no trecho acima. Que verbo é esse? Ele indica uma ação ou um estado?
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Infográficos combinam linguagem verbal e não verbal para transmitir informações de maneira direta, clara e rápida.

Analise o infográfico a seguir e responda às questões de 4 a 7.

Propaganda na TV

Personagem famoso

Embalagens

Marca conhecida

Usado por amigos

Disponível em: <http://www.otempo.com.br/infogr%C3%A1ficos/consumo-infantil-1.753001>.

Acesso em 14 de abril de 2018.

4. A que dados se referem o infográfico?

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5. Observando o tamanho das fatias do gráfico circular, qual a menor fatia e o que ela representa?
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6. De acordo com o infográfico, o que mais influencia as crianças a consumir e o que menos influencia?
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7. De acordo com o infográfico, as crianças são 80% influenciadas pelos pais na hora de consumir um produto.
Você se considera uma pessoa influenciável quando o assunto é o consumo? Justifique sua resposta.
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Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 3
 TIPOS DE PREDICADO
Predicado verbal

–– Formado por verbos de ação.

–– Seu núcleo é um verbo.
–– O verbo pode ser:
xx intransitivo (não tem complemento);
xx transitivo direto (não tem sentido completo, não exige preposição e seu complemento é um objeto direto);
xx transitivo indireto (não tem sentido completo, exige preposição e seu complemento é um objeto indireto).

Predicado nominal

–– Formado por verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, parecer, continuar, viver (no sentido de estar
sempre), andar (no sentido de estar).
–– Seu núcleo é um nome (substantivo ou adjetivo).
–– O núcleo denomina-se predicativo do sujeito.

Predicado verbo-nominal

–– Formado por verbos de ação.

–– Tem dois núcleos: o verbo e o nome (substantivo ou adjetivo).
–– O nome pode referir-se ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao objeto (predicativo do objeto).

8. Transforme as duas orações em uma única, com predicado verbo-nominal.

a) Ana fazia a lição. Ana estava cansada.
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b) Os alunos sorriam. Os alunos estavam felizes.

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c) Karina dança. Karina está alegre.

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d) O pai saiu. O pai estava preocupado.

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CONCORDÂNCIA NOMINAL

Nos predicados nominais formados pelo verbo ser mais um adjetivo (como “é necessário”, “é proibido”, “é bom”,
“é preciso” etc.) há duas construções:
–– se o sujeito não vem precedido de artigo ou qualquer modificador (como certos pronomes), a expressão fica
invariável.
Exemplo: É necessário cautela.
–– se o sujeito vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expressão normalmente concorda com
o sujeito.
Exemplo: É necessária a cautela.

Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 4

 9. Complete com uma das expressões entre parênteses.
a) __________________________ televisão. (É proibido / É proibida)

b) __________________________ a caça de animais silvestres. (É proibido / É proibida)

c) __________________________ atitude. (É necessário / É necessária)

d) Cautela ___________________. (é bom / é boa)

10. Complete as frases com o predicativo do sujeito ou do objeto fazendo a concordância necessária.
a) As meninas trabalham ________________________. (satisfeita – predicativo do sujeito)

b) Acho suas aulas __________________________. (fantástica – predicativo do objeto)

c) Nadamos ___________________________. (apressado – predicativo do sujeito)

d) Chamou-lhes de ________________________ e saiu. (ingrato – predicativo do objeto)

COLOCAÇÃO DO PRONOME OBLÍQUO

Ao fazer a substituição, lembre-se de que:
–– a posição mais habitual do pronome oblíquo no português do Brasil é antes do verbo (próclise);
–– em textos escritos formais, de acordo com a norma-padrão, não se inicia o período por pronome oblíquo;
no caso, se usa o pronome depois do verbo (ênclise) ou se modifica o texto caso a construção pareça muito
estranha ao nosso português;
–– em textos que requerem grande formalidade e observância às normas gramaticais mais tradicionais, como os
acadêmicos ou os da legislação, ainda se usa o pronome oblíquo no meio do verbo (mesóclise).

11. De acordo com a norma-padrão, indique as frases em que a flexão do verbo está incorreta e escreva a forma correta.
a) Na saída, cumprimentou-se os pais e os professores.
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b) Compra-se boa comida neste lugar.

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c) Tratam-se de pessoas de bem.

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d) Espalhou-se pelo laboratório vários líquidos contaminados.

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12. Substitua o trecho destacado pelo pronome oblíquo, respeitando a norma-padrão.

a) Recebi os primos com muita alegria.
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b) Avisei a João sobre a festa de sábado.

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Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 5
 13. a) De acordo com o que aprendemos em aula, qual é a posição mais habitual do pronome oblíquo no portu-
guês do Brasil? Cite um exemplo.
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b) Em “Me convidaram para a festa de vinte anos da fundação do clube”, por que o uso do pronome oblíquo
não está de acordo com a norma-padrão?
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c) Em que situações ainda se usa o pronome oblíquo no meio do verbo (mesóclise)?

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Leia o texto a seguir e responda às questões 14 e 15.

“(...) Pegue duas medidas de estupidez
Junte trinta e quatro partes de mentira
Coloque tudo numa forma
Untada previamente
Com promessas não cumpridas
Adicione a seguir o ódio e a inveja
As dez colheres cheias de burrice
Mexa tudo e misture bem
E não se esqueça: antes de levar ao forno
Temperar com essência de espírito de porco,
Duas xícaras de indiferença
E um tablete e meio de preguiça (…)”.
(Os anjos – Legião Urbana)

14. a) Os verbos destacados se apresentam em qual forma verbal?

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b) Qual outra forma verbal poderia substituir as indicadas no texto? Faça a substituição.
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c) O texto acima é a letra de uma música. Ele tem a finalidade de transmitir passo a passo o preparo de uma re-
ceita ou usa o sentido figurado das palavras para expressar emoções e sentimentos? Justifique sua resposta.
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15. O texto apresentado pode ser considerado um exemplo de prescrição ou orientação? Justifique a sua resposta.
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Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 6

 RESPOSTAS
1. a) Em relação aos supermercados, as armadilhas do consumo são: o ritmo musical, a disposição dos produtos
em lugares determinados, a largura dos corredores.
b) Essas armadilhas são preparadas por equipes formadas por: psicossociólogos, arquitetos, decoradores,
iluminadores e especialista em marketing.
c) Essas armadilhas servem para fisgar os consumidores potenciais, aumentando o consumo e, consequentemente,
as vendas nos estabelecimentos comerciais.
d) O consumidor deixa-se levar pelas armadilhas do consumo, pois estas despertam nele a vontade de comprar
determinados produtos.
2. a) Primeiramente, os supermercadistas dispõem de algumas informações, como o tempo de permanência do
consumidor na loja; sabem também que 50% dos produtos são comprados por impulso.
b) Mercadorias de compra planejada são mercadorias como o leite e o açúcar, por exemplo, o que o consumidor
já sabe que vai comprar antes de sair de casa.
c) Estas mercadorias são colocadas junto a outras não planejadas para que as demais atraiam a atenção do
consumidor para comprá-las também.
3. O verbo ser indica estado.
4. O infográfico apresentado refere-se ao consumo infantil.
5. A menor fatia do gráfico circular indica a quantidade de crianças que não participam na decisão de compra dos pais.
6. De acordo com o infográfico, o que mais influencia as crianças na hora de comprar são as propagandas de TV, e
o que menos as influencia são produtos usados por amigos.
7. Resposta pessoal do aluno.
8. a) Ana fazia a lição cansada.
b) Os alunos sorriam felizes.
c) Karina dança alegre.
d) O pai saiu preocupado.
9. a) É proibido
b) É proibida
c) É necessário
d) é bom
10. a) satisfeitas
b) fantásticas
c) apressados
d) ingratos
11. a) Na saída, cumprimentaram-se os pais e os professores.
b) correta.
c) Trata-se de pessoas de bem.
d) Espalharam-se, pelo laboratório, vários líquidos contaminados.
12. a) Recebi-os com muita alegria.
b) Avisei-lhe sobre a festa de sábado.
13. a) A posição mais habitual do pronome oblíquo no português do Brasil é antes do verbo (próclise).
b) De acordo com a norma-padrão, não se inicia o período por pronome oblíquo átono.
c) O pronome oblíquo ainda é usado no meio do verbo em textos que requerem grande formalidade e
observância às normas gramaticais mais tradicionais, como os acadêmicos ou os da legislação.
14. a) Os verbos destacados foram conjugados no modo imperativo.
b) O infinitivo poderia substituir o imperativo nesse tipo de texto: pegar, juntar, colocar, adicionar, mexer,
esquecer.
c) O texto usa o sentido figurado das palavras para expressar sentimentos e emoções.
15. O texto apresentado é um exemplo de orientação. Esse tipo de texto é uma recomendação, uma proposta, um
conselho ou uma sugestão relacionada a uma situação que comporta diferentes tipos de ações, dependendo do
contexto em que será aplicada.
Exercícios de Língua Portuguesa (R.O.) – 9.o ano – 2.o bimestre 7