Mecanica Dos Solos Saturados e Nao Saturados Unidade I

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MECÂNICA DOS SOLOS SATURADOS

E NÃO SATURADOS
UNIDADE I
NOÇÕES BÁSICAS PARA O ESTUDO
DA MECÂNICA DOS SOLOS
Elaboração
Daniela Toro Rojas

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE I
NOÇÕES BÁSICAS PARA O ESTUDO DA MECÂNICA DOS SOLOS...................................................................................... 5

CAPÍTULO 1
ORIGEM E NATUREZA DO SOLO ............................................................................................................................................. 6

CAPÍTULO 2
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS................................................................................................................................................. 10

CAPÍTULO 3
ESTADO DO SOLO...................................................................................................................................................................... 27

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................32
4
NOÇÕES BÁSICAS PARA
O ESTUDO DA MECÂNICA UNIDADE I
DOS SOLOS

Todas as obras da engenharia civil são construídas sobre o terreno e, por isso, é necessário
que o comportamento do solo seja avaliado. Na engenharia, o solo é definido como o
agregado não cimentado de grãos minerais e matéria orgânica decomposta, com líquido
e gás entre os espaços vazios. As suas propriedades, tais como sua origem, tamanho dos
grãos, compressibilidade, capacidade de carga, drenagem e resistência ao cisalhamento
são estudadas na mecânica dos solos, assim como sua aplicação para executar projetos
faz parte da Engenharia Geotécnica.

Nesta unidade são apresentadas noções básicas no estudo da mecânica dos solos, assim
como sua natureza e classificação. Também são explicados os principais índices de estado
que relacionam o peso e o volume, sua estrutura e sua plasticidade.

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Capítulo 1
ORIGEM E NATUREZA DO SOLO

1.1. Origem do solo


Todos os solos são produto da decomposição das rochas que constituíam inicialmente a
crosta terrestre. Estas rochas podem ser classificadas quanto a sua origem em três tipos
básicos: ígneas, sedimentares e metamórficas. A Figura 1 apresenta o ciclo de formação
dos tipos de rochas e os processos associados a eles.

Figura 1. Ciclo das rochas.

Fonte: Das (2011).

A decomposição dessas rochas é consequência da ação de agentes físicos e agentes


químicos num processo conhecido como intemperismo.

1.1.1. Intemperismo físico ou mecânico

Este tipo de intemperismo é causado por diferentes agentes que desintegram as rochas
por processos puramente físicos sem qualquer alteração química. A perda ou ganho de
calor, por exemplo, gera uma contração e uma expansão das rochas, provocando gretas
que facilitam essa desintegração do material.

Nessas trincas pode penetrar a água e, com uma queda de temperatura, entre outros
fatores, o líquido se congela, exercendo elevadas tensões que fragmentam blocos ou
rochas grandes. Outros exemplos são o vento, o gelo das geleiras, a água de córregos de
rios e as ondas dos mares e oceanos.

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Noções Básicas para o Estudo da Mecânica dos Solos | UNIDADE I

1.1.2. Intemperismo químico

No intemperismo químico a composição da rocha original é alterada pela reação química


dos minerais constituintes. Elementos como a própria água e o dióxido de carbono
formam ácidos carbônicos que reagem formando novos minerais e sais solúveis que,
se presentes no lençol freático e nos materiais orgânicos decompostos, desencadeiam
este processo.

A ação da fauna e flora também promove o intemperismo quando processos químicos


como a lixiviação, a oxidação, a hidratação, a hidrólise ou a carbonatação acontecem.

Os dois tipos de intemperismo levam à alteração de massas de rocha sólida em fragmentos


menores e na formação dos solos que resultam na mistura de partículas pequenas com
tamanhos e composição química diferente. Ou seja, os agregados não cimentados desses
grãos em várias proporções formam os diferentes tipos de solo.

Os solos formados pelo intemperismo podem ser transportados pela ação do vento, da
gravidade e da água ou permanecer no mesmo lugar. Em consequência, o solo pode ser
classificado por seu modo de transporte:

» Solos residuais: formados no lugar de origem. Seu tamanho e forma variam


com a profundidade.

» Solos glaciais: formados por transporte e deposição de geleiras.

» Solos aluviais: transportados pelo percurso da água corrente.

» Solos lacustres: formados por depósitos de lagos calmos.

» Solos marinhos: formados por depósitos em mares.

» Solos eólicos: transportados pela ação do vento.

» Solos coluviais: transportados pela ação da gravidade.

1.2. Tamanho das partículas do solo


Por sua formação, o solo pode apresentar diferentes tamanhos de partículas que, por
sua vez, permite diferenciá-los e classificá-los. Existem diferentes organizações que
desenvolveram suas próprias classificações, porém, em geral, os solos são chamados de
argila, silte, areia e pedregulho, dependendo do tamanho predominante de suas partículas.

No Brasil, a ABNT NBR 6502:1995 emprega os valores do Quadro 1 para definir o


tamanho dos grãos em geral.

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Quadro 1. Tamanho dos grãos.

Fração Limites
Matacão 20cm – 1m
Pedra 6cm – 20cm
Pedregulho grosso 2cm – 6cm
Pedregulho médio 6mm – 2cm
Pedregulho fino 2mm – 6mm
Areia grossa 0,6mm – 2mm
Areia média 0,2mm – 0,6mm
Areia fina 0,06mm – 0,2mm
Silte 0,002mm – 0,06mm
Argila <0,002mm
Fonte: adaptado de ABNT NBR 6502 (1995).

Embora no quadro se adote 0,002mm como a separação entre as frações areia e silte,
outras organizações assumem 0,075mm como valor de separação. Esse conjunto (silte e
argila) é considerado como a fração fina do solo. Já a areia e o pedregulho são denominados
a fração grossa do solo.

1.3. Mineralogia
Como mencionado, as partículas do solo herdam as características da sua rocha matriz.
Os pedregulhos, por exemplo, são pedaços de rochas constituídos de agregações de
quartzo, feldspato e outros minerais.

Já as areias são compostas a maior parte de quartzo e feldspato, isto porque o quartzo
é bastante resistente à degradação, podendo formar mais facilmente este tipo de grãos.

Os siltes são frações microscópicas com grãos muito finos de quartzo e outras partículas
com forma de placas que são, por sua vez, fragmentos de outros minerais. Finalmente, a
argila é principalmente laminar e está composta por partículas de mica, argilominerais
e outros minerais.

Os argilominerais particularmente apresentam uma estrutura química complexa que


determina o comportamento das argilas na presença de água. Estes minerais são silicatos
de alumínio compostos de duas unidades: um tetraedro de sílica (com um átomo de
silício e quatro átomos de oxigênio ao seu redor) e um octaedro de alumina (com seis
hidroxilos em torno do átomo de alumínio).

Pela estrutura, variedade e algumas imperfeições na composição mineralógica dos


argilominerais, as argilas apresentam comportamentos complexos. Por exemplo, quando

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os átomos de alumínio substituem os átomos de silício nas estruturas tetraédricas e os


átomos de magnésio substituem os de alumínio nas estruturas octaédricas (processo
de substituição isomórfica), as partículas mantêm o arranjo atômico, porém, ficam com
cargas negativas que, para serem neutralizadas, atraem os cátions livres existentes nos
solos.

Por sua vez, esses cátions atraem outras camadas com forças pequenas que não impedem
a entrada de água. Este fenômeno explica a capacidade de absorção de água de algumas
argilas, assim como sua expansão ou contração quando entram em contato com a água.

Figura 2. Exemplo da estrutura de um argilomineral. (a) Estrutura atômica. (b) Estrutura simbólica.

Fonte: Pinto (2006).

Nesses minerais, as forças de superfície são muito relevantes porque determinam o


comportamento das partículas coloidais, assim como a diferença da superfície específica
(definida como a superfície total de um conjunto de partículas dividida pelo seu peso) é
um indício do comportamento entre solos com presença de diferentes argilominerais.

Dentre os argilominerais, a montmorilonita, a ilita e a caulinita são consideradas as


mais importantes. Existem também outros tipos de minerais comuns como a clorita, a
haloisita, a vermiculita e a atapulgita.

A presença de argilominerais nos solos (desde argilas até pedregulhos) tem grande
influência nas suas propriedades e no comportamento que pode apresentar. Quando os
solos entram em contato com a água, o comportamento dele mudará com a quantidade
de argilominerais presentes.

O estudo da mineralogia do solo é uma área extensa. Alguns autores têm desenvolvido
pesquisas bem completas do tema, como Ralph Grim, da Universidade de Illinois, e
o James Mitchell, da Universidade de Califórnia. No livro de Carlos de Sousa Pinto e
nos de Braja M. Das pode-se encontrar resumo do tema também.

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Capítulo 2
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

Diferentes organizações desenvolveram sistemas de classificações visando agrupar os


diferentes tipos de solo que apresentam propriedades em comum. Para entender esses
sistemas é necessário revisar alguns ensaios geotécnicos de identificação do solo. Os
mais importantes são as análises granulométricas e os limites de Atterberg ou índices
de consistência.

2.1. Análise granulométrica


Esta análise permite identificar a faixa de tamanho das partículas presentes num solo
como uma percentagem do peso total, sendo muito importante porque se pode encontrar
diferentes tamanhos. Porém, nem sempre é fácil identificar os diferentes grãos, já que as
partículas menores podem estar aglomeradas formando partículas de tamanhos maiores
e, se secas ou úmidas, serão fáceis ou difíceis de diferenciar.

Para determinar, então, esses diferentes tamanhos, dois métodos são utilizados para
encontrar a distribuição granulométrica dos solos: o peneiramento e a sedimentação.
(ABNT NBR 7181:2016 – Solo – Análise granulométrica).

2.1.1. Ensaio de peneiramento

Esse ensaio consiste em agitar uma amostra de solo num conjunto de peneiras que têm
aberturas cada vez menores (Tabela 1). O peso do material que passa por cada peneira
é considerado a porcentagem que passa. O peso do material que fica em cada peneira
será, então, a porcentagem retida. Assim, a abertura nominal da peneira é considerada
como o diâmetro equivalente das partículas, já que nenhuma delas é totalmente esférica.

A última peneira do ensaio possui uma abertura de 0,075mm, valor convencionalmente


utilizado para separar a fração fina do solo. Existem peneiras com aberturas menores,
porém, não são muito resistentes e, por isso, pouco utilizadas.

Tabela 1. Tamanhos das peneiras (Norma Americana).

Peneira n° Abertura (mm) Peneira n° Abertura (mm)


4 4,75 30 0,600
5 4,00 35 0,500
6 3,35 40 0,425
7 2,80 50 0,355

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8 2,36 60 0,250
10 2,00 70 0,212
12 1,70 80 0,180
14 1,40 100 0,150
16 1,18 120 0,125
18 1,00 140 0,106
20 0,850 170 0,090
25 0,710 200 0,075
Fonte: Adaptado de Das (2011).

O procedimento geral para determinar as percentagens que são retidas em cada peneira
é o seguinte:

» Determinar a massa de solo em cada peneira (M1, M2, M3, ..., Mn) e o solo que fica
na cuba (MP).

» Determinar a massa total do solo ∑M .

» Determinar a massa acumulada de solo retida acima de cada peneira. Para Mn por
exemplo, será: M1 + M2 + M3 + ... + Mn.

» Determinar a massa de solo que passa. Para M n por exemplo, será:


 M  M1  M2  M3    Mn  .

» Calcular a porcentagem de solo que passa. Para Mn será:


 M  M1  M2  M3    Mn 
% X 100 
M

2.1.2. Ensaio de sedimentação

Para analisar a distribuição granulométrica das argilas e os siltes é necessário executar


ensaios de sedimentação. Estas técnicas permitem calcular o tamanho da partícula a
partir da Lei de Stokes, segundo a qual a velocidade de queda de partículas esféricas
num fluido atinge um valor-limite que depende do peso específico do material, do peso
específico e da viscosidade do fluido e do diâmetro da esfera:
s  w 2
 D
18

Sendo:

υ = Velocidade

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γ s = Peso específico do material

D� = Diâmetro da esfera

γ w � = Peso específico do fluido

µ� = Viscosidade do fluido

Como as partículas do solo não são esféricas, o seu tamanho será calculado como um
diâmetro equivalente:
18 18 L
D 
s  w s  w t

Com
Distância L
 
Tempo t

O ensaio é executado num cilindro de sedimentação que tem 63,5mm de diâmetro,


457mm de altura e uma marca para um volume de 1.000ml. Uma amostra aproximada
de 50g a 100g de solo seco é misturada com água destilada e um agente defloculante
para preparar uma suspensão uniforme.

Figura 3. Ensaio de sedimentação: densímetro e cilindro.

Fonte: Das (2011).

Em seguida, um densímetro é colocado na suspensão de solo em um tempo t determinado


a partir do início da sedimentação. O seu objetivo é medir a variação do peso específico

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ao redor do seu bulbo a uma profundidade L, que dependerá da quantidade de partículas


presentes por unidade de volume.

No tempo t as partículas suspendidas a uma profundidade L terão um diâmetro menor


que o calculado com a equação de acima, sendo que as partículas maiores teriam
sedimentado para além dessa zona de medição.

A profundidade L que muda com o tempo, é medida a partir da superfície da água até
o centro de gravidade do bulbo do densímetro e pode ser calculada usando a seguinte
expressão:
1 V 
L  L1   L 2  B 
2 A 

Sendo:

L1 = Distância ao longo da haste do densímetro a partir do bulbo até a marca para


uma leitura. O valor muda de 10,5cm para uma leitura R = 0 a 2,3cm para uma
leitura de R = 50 . Portanto, para qualquer leitura R :
10, 5  2, 3  R  10, 5  0,164R
L1  10, 5   cm 
50

L 2 = Comprimento do bulbo (14cm)

VB = Volume do bulbo (67cm3)

A = Área da seção transversal do cilindro de sedimentação (27,8cm2)

Substituindo em L :
1  67 
L  10, 5  0,164R   14  27, 8   16, 29  0,164R
2  

R = Leitura do densímetro corrigida para o menisco

2.1.3. Curva granulométrica

A informação dos ensaios de sedimentação e peneiramento são representados graficamente


em função da abertura das peneiras ou do diâmetro equivalente das partículas em escala
logarítmica como apresentado na Figura 4.

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Figura 4. Curva de distribuição granulométrica.

Fonte: Pinto (2006).

No lado esquerdo da curva observa-se a porcentagem do solo que passa em cada peneira.
De frente, no lado direito, encontra-se a porcentagem retida. Embaixo estão os diferentes
diâmetros dos grãos, assim como acima está o número das peneiras que correspondem
a uma abertura. Finalmente, podemos ver a quantidade de argila, silte, pedregulho e
areia, de acordo com a classificação do tamanho dos grãos da ABNT.

A curva granulométrica também indica o tipo de distribuição de partículas de vários


tamanhos, como ilustrado na Figura 5:

» A curva bem graduada ou desuniforme representa um solo com tamanhos distribuídos


numa ampla faixa;

» A curva mal graduada ou uniforme representa um solo com partículas do mesmo


tamanho;

» A curva de graduação regular ou graduação aberta representa um solo com dois


frações representativas.

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Figura 5. Tipos de curva de distribuição granulométrica.

Fonte: Adaptado de Das (2011).

Com a curva granulométrica são determinados:

» Diâmetro efetivo D10 : este parâmetro é o diâmetro na curva granulométrica do


tamanho das partículas correspondentes aos 10% mais fino. Indica também que
90% das partículas do solo possuem tamanho maior que esse diâmetro D10 . É uma
medida para estimar o coeficiente de permeabilidade e a drenagem através do solo.

» Coeficiente de uniformidade Cu : corresponde ao grau de uniformidade do solo e


é expresso por:
D60
Cu =
D10
Sendo:

D60 = Diâmetro na curva granulométrica do tamanho das partículas


correspondentes aos 60% mais finos

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Alguns valores típicos do Cu são:

Cu < 5 = Solo uniforme

5 ≤ Cu ≤ 15 = Solo é não uniforme

Cu > 15 = Solo é bem graduado

Cu = 1 = Todas as partículas são do mesmo tamanho

» Coeficiente de curvatura Cc : definido como


2
D30
Cc 
D60  D10

» Coeficiente de segregação S0 : é considerado outro parâmetro de uniformidade e


geralmente é utilizado na área de geologia. Define-se como:
D75
S0 =
D25

2.2. Índices de consistência


Como mencionado, o comportamento dos solos finos varia na presença de água. Nestes
casos, é necessário identificar outras características no material além das determinadas
com os ensaios de granulometria.

O método empírico para a determinação da consistência desenvolvido por Atterberg e


generalizado para a mecânica dos solos por Arthur Casagrande é a técnica utilizada. Os
limites, como são conhecidos, baseiam-se na constatação de que uma argila apresenta
comportamentos diferentes segundo seu teor de umidade. Quando muito úmido, comporta-
se como um líquido, quando perde um pouco de água, fica plástico e quando seco, torna-
se quebradiço. A transformação durante o processo de ressecamento correspondente
às mudanças de estado ocorre em três estágios definidos por três limites: liquidez (LL),
plasticidade (LP) e contração (LC).

2.2.1. Limite de liquidez

Este limite é definido como o teor de umidade para o qual o solo passa de estado plástico
para estado líquido. Já em termos de ensaio, o limite é definido como o teor de umidade
do solo com o qual uma abertura feita nele pode se fechar após 25 golpes (Figura 6).
Várias tentativas têm que ser feitas com diferentes umidades. A quantidade de golpes

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é registrada e o limite é interpolado dos resultados obtidos. No Brasil, o procedimento


deste ensaio é explicado na NBR 6459.

Figura 6. Esquema do equipamento de ensaio Casagrande.

Fonte: Pinto (2006).

Geralmente, quando o tamanho dos grãos diminui, o limite de liquidez aumenta, assim,
alguns valores médios desse limite são:

» 15% < LL < 20% = Argila arenosa

» 20% < LL < 50% = Solo siltoso

» 40% < LL < 80% = Argila

2.2.2. Limite de plasticidade

Quando o solo fica mais seco atinge um valor de teor de umidade abaixo do qual se torna
friável. O limite de plasticidade é o limite mais baixo do intervalo plástico do solo. Isto
no laboratório se traduz como o menor teor de umidade com o qual se pode moldar um
cilindro de 3mm de diâmetro rolando-se na palma da mão. No Brasil, encontra-se o
procedimento desse ensaio na NBR 7180.

A diferença entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade, isto é, a faixa de valores


em que o solo se apresenta plástico, conhece-se como Índice de Plasticidade (IP):
IP  LL  LP

2.2.3. Limite de contração

Quando o solo perde umidade se contrai até que um equilíbrio em que a perda de
umidade não resulta mais em uma perda de volume é atingido. O teor de umidade em
que o volume do solo para de mudar é conhecido como limite de contração.

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O limite de contração é determinado com os seguintes passos:

» Medir o volume e a massa da amostra de solo.

» Secar ao ar a amostra sob uma temperatura constante.

» Medir massa e volume em intervalos.

» Repetir o secado e a medição até não haver variação perceptível.

» Secar a amostra completamente em uma estufa.

» Medir a massa e o volume depois do secado.

» Finalmente, o limite é determinado com a interseção da reta BX extrapolada e a


linha de eixo horizontal no ponto A da Figura 7.

Figura 7. Gráfico para determinar o limite de contração.

Fonte: Bodó e Jones (2017).

2.3. Outros ensaios


Existem outros ensaios para identificar características de todos os tipos de solo. Dentre
eles, o peso específico relativo e a determinação da forma das partículas são destacados.

2.3.1. Peso específico relativo

O peso específico relativo (Gs) relaciona o peso específico do solo e o da água. Este
valor é utilizado para realizar outros cálculos na mecânica dos solos e é determinado
a partir de ensaios de laboratório, que, no caso do Brasil, são descritos na norma

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NBR 6508:1984 –Grãos de solos que passam na peneira de 4,8mm – Determinação da


massa específica, da ABNT.

Os valores do peso específico relativo nos solos geralmente variam entre 2,6 a 2,9
dependendo da sua composição mineralógica. Na Tabela 2 são apresentados alguns
valores do peso específico relativo dos minerais mais comuns.

Tabela 2. Peso específico de minerais.

Mineral Peso específico


Quartzo 2,65
Caulinita 2,6
Ilita 2,8
Montmorilonita 2,65-2,80
Feldspato potássico 2,57
Feldspato sódico e cálcico 2,62-2,76
Clorita 2,6-2,9
Biotita 2,8-3,2
Fonte: Adaptado de Das (2011).

2.3.2. Forma das partículas

A determinação da forma dos grãos é tão importante quanto as outras análises explicadas.
Essa característica influencia também as propriedades e o comportamento dos solos,
tais como o índice de vazios ou os parâmetros de resistência.

Existem três grandes categorias para classificar a forma das partículas: volumosa,
laminar e fibrilar. As partículas volumosas são resultado dos processos de intemperismo
físico e podem ser angulares, subangulares, subarrendadas e arredondadas. Por exemplo,
as partículas de areia de solos residuais possuem formas muito angulares, enquanto as
partículas de solos aluviais ou eólicos apresentam formas mais arredondadas.

As partículas laminares possuem esfericidade muito pequena e geralmente na sua


composição predominam os argilominerais, estando, por isto, muito presente nos solos
argilosos. No caso das partículas fibrilares, a forma é determinada por uma dimensão
predominante, fazendo as partículas terem forma de fibra. Não são comuns, mas podem
se encontrar em depósitos de coral e em argilas de atapulgita.

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UNIDADE I | Noções Básicas para o Estudo da Mecânica dos Solos

Figura 8. Formas das partículas.

Fonte: Das (2011).

A angularidade e a esfericidade podem ser determinados com uma análise tático-visual


e/ou micrografias eletrônicas e utilizando as seguintes relações:

» Angularidade:
Raio meio de cantos e bordas
A=
Raio da esfera máxima inscritta

» Esfericidade:
De
S=
Lp

Sendo:

Lp = Comprimento da partícula
6V
De = Diâmetro equivalente da partícula: De 

V� = Volume da partícula

2.4. Classificação dos solos


A classificação dos solos é muito importante porque permite estimar o possível
comportamento do solo ou, pelo menos, permite indicar as investigações que devem
ser feitas para analisá-lo. Cada sistema pode mudar suas categorias de classificação, já
que as características do solo variam e os parâmetros que alimentam o sistema podem
ser muito diferentes. Embora cada um desses sistemas possa ser muito criticado, o certo
é que existe uma necessidade de designar os tipos de solo de maneira geral.

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Noções Básicas para o Estudo da Mecânica dos Solos | UNIDADE I

A seguir, são apresentados os sistemas de classificação do solo mais utilizados: o sistema


unificado e o sistema rodoviário, que utilizam parâmetros da composição granulométrica
e dos limites de Atterberg.

2.4.1. Sistema Unificado (SUCS)

A classificação unificada, inicialmente proposta pelo professor Casagrande, utiliza a


combinação de duas letras para determinar o tipo de solo. Vejamos o Quadro 2: as
cinco primeiras letras determinam o tipo principal de solo enquanto as quatro seguintes
indicam informação complementar. Por exemplo, SP é uma areia mal graduada e CL
seria uma argila de baixa compressibilidade.

Quadro 2. Terminologia do sistema unificado.

Letra Significado
“G” Pedregulho
“S” Areia
“M” Silte
“C” Argila
“O” Solo orgânico
“W” Bem graduado
“P” Mal graduado
“H” Alta compressibilidade
“L’ Baixa compressibilidade
“Pt’ Turfas
Fonte: Adaptado de Pinto (2006).

Nesta classificação, como apresentado no Quadro 2, os solos podem ser grossos, finos
ou turfas:

» Solos grossos: se a porcentagem de solo que passa a peneira #200 (equivalente a


um diâmetro de 0,075mm) é menor a 50%, o solo será considerado de granulação
grosseira, ou seja, pedregulho (G) e areia (S).

Para determinar se o solo será classificado como pedregulho ou como areia e


se é bem ou mal graduado, são utilizados o coeficiente de uniformidade Cu e o
coeficiente de curvatura Cc :

Para pedregulho: Cu > 4 e 1 < Cc < 3

Para areia: Cu > 6 e 1 < Cc < 3

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UNIDADE I | Noções Básicas para o Estudo da Mecânica dos Solos

Curva descontínua: Cc < 1

Curva muito uniforme: Cc > 3

Curva suave: 1 < Cc < 3

Quando estes solos apresentam uma porcentagem de finos >12%, passam a ser
classificados secundariamente como argilosos (GC ou SC) ou siltosos (GM ou SM)
e não como bem ou mal graduados. Porém, se a porcentagem de finos varia entre
5% e 12%, a recomendação é classificar o solo com as suas duas características
secundarias (uniformidade e presença de finos). Por exemplo, SW-SM é uma areia
siltosa bem graduada.

» Solos finos: se a porcentagem de solo que passa a peneira #200 (0,075mm) é


>50%, o solo será considerado de granulação fina, ou seja, silte (M) argila (C) e
solo orgânico (O).

Para determinar o comportamento siltoso ou argiloso do solo, são utilizados os


limites de Atterberg e a carta de plasticidade da Figura 9.

Figura 9. Carta de plasticidade.

Fonte: Pinto (2006).

Os solos são argilosos se encontrados acima da linha A e são siltosos e orgânicos


quando abaixo dela. Além disso, quanto maior seu limite de liquidez, mais
compressíveis serão e, portanto, também podem ser classificados como de alta ou
baixa compressibilidade, característica dividida pela linha B na carta de plasticidade.
Se o solo se encontra próximo das linhas A e B, será classificado como intermediário,
por exemplo, CL-CH.

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Noções Básicas para o Estudo da Mecânica dos Solos | UNIDADE I

» As turfas são solos muito orgânicos com presença de fibras vegetais em decomposição.

O esquema de classificação do SUCS é apresentado na Figura 10.

Figura 10. Esquema de classificação SUCS.

Fonte: Pinto (2006).

2.4.2. Sistema Rodoviário de Classificação (AASHTO)

O sistema AASHTO (American Association of State Highway and Transportation


Officials) foi desenvolvido nos Estados Unidos como um sistema de Administração de
Estradas Públicas.

Neste sistema, o solo é classificado em sete grupos principais identificados da A1 até


A7. Nos solos A1, A2 e A3 menos do 35% passa a peneira #200 e são considerados,
portanto, de granulação grosseira. Os solos com mais do 35% que passam a peneira
#200 correspondem a A4, A5, A6 e A7, sendo na maioria siltes e argila.

Na AASHTO tem que se considerar os seguintes critérios:

» Existem três tamanhos de grãos principais:

Quadro 3. Tamanho dos grãos AASHTO.

Tipo de grão Tamanho


Pedregulho Fração que passa a peneira de 75mm e fica retida na peneira #10 (2mm)
Areia Fração que passa a peneira #10 (2mm) e fica retida na peneira #200 (0,075mm)
Silte e Argila Fração que passa a peneira #200 (0,075mm)
Fonte: Adaptado de Das (2011).

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» Plasticidade:

Quadro 4. Plasticidade AASHTO.

Tamanho Tamanho
Siltoso Frações finas com índice de plasticidade ≤10
Argiloso Frações finas com índice de plasticidade ≥11
Fonte: Adaptado de Das (2011).

» Seixos e pedras: são grãos com tamanho maior que 75mm e que na classificação
não são incluídos.

Na Tabela 3 se apresenta a classificação ASSHTO. Para utilizá-la, a informação dos


ensaios deve se aplicar da esquerda para direita e aplicar um processo de eliminação.
Para os solos A2, A4, A5, A6, e A7, deve-se utilizar também o gráfico da Figura 11 e os
dados de limite de liquidez e índice de plasticidade.

Tabela 3. Esquema de classificação AASHTO.

Classificação Geral Materiais Granulares (<35% da amostra total passa na #200)


A-1 A-2
Classificação do grupo
A-1-a A-1-b A-3 A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7
Ensaio de peneiramento
(porcentagem que passa)
#10 50 máx.  
#40 30 máx. 50 máx. 51 mín.
#200 15 máx. 25 máx. 10 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx. 35 máx.

Características da fração que


passa na #40

Limite de liquidez 40 máx. 41 mín. 40 máx. 41 mín.


Índice de plasticidade 6 máx. NP -10 máx. 10 máx. 11 mín. 11 mín.
Tipos usuais de materiais Fragmentos de pedregulho,
Areia fina Pedregulho e areia siltosos ou argilosos
constituintes significativos pedra e areia
Classificação Geral Materiais argilo-siltosos (>35% da amostra total passa na #200)
  A-7
Classificação do grupo   A-7-5a
    A-4 A-5 A-6 A-7-6b
#10  
#40  

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#200     36 mín. 36 mín. 36 mín. 36 mín.

Características da fração que  


passa na #40  
Limite de liquidez     40 máx. 41 mín. 40 máx. 41 mín.
Índice de plasticidade     -10 máx. 10 máx. 11 mín. 11 mín.
   
Tipos usuais de materiais
    Solos siltosos Solos argilosos
constituintes significativos
     
a
Para A-7-5, IP≤LL-30
b
Para A-7-6, IP>LL-30
Fonte: Adaptado de Das (2011).

Figura 11. Limites para classificação AASHTO.

Fonte: Das (2011).

2.4.3. Classificação Nacional

O sistema SUCS e o sistema ASSHTO são muito utilizados na engenharia de barragens e


na engenharia de rodovias respectivamente. Porém, esses sistemas em geral são pouco
utilizados devido às diferentes características que pode apresentar um solo em regiões
específicas e com diferentes origens. No Brasil, tem-se desenvolvido outras classificações
para solos tropicais.

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Particularmente, os solos lateríticos têm especial atenção no País, pois são decorrentes da
evolução do solo em clima quente, com regime de chuvas médias e altas. Sua fração fina é
constituída principalmente de minerais cauliníticos e possui uma elevada concentração de
ferro de alumínio que produz uma forte coloração vermelha. Outras características desses
solos são seu índice de vazios elevado, sua baixa capacidade de suporte, geralmente são
encontrados na natureza não saturados. Porém, quando compactados, sua capacidade
de suporte aumenta e podem ser empregados em obras de pavimentação e aterros.

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Capítulo 3
ESTADO DO SOLO

Além do tamanho e origem das partículas, o solo pode ser definido como um sistema
trifásico de sólidos, líquido e ar e, portanto, seu comportamento vai depender da
quantidade relativa de cada uma dessas três fases. Entendamos como ela se relaciona.

3.1. Índices físicos


Algumas relações são empregadas para determinar as proporções de cada uma das fases
do solo, como ilustrado na Figura 12.

Figura 12. Fases no solo: a) estado natural, b) separada em volume, c) em função do volume de
sólidos.

Fonte: Pinto (2006).

Podemos ver que:


V  Vs  Vv  Vs  Vw  Va

Sendo:

V = Volume total

Vs = Volume de sólidos

Vv = Volume de vazios

Vw = Volume de água

Va = Volume de ar

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Considerando o peso do ar desprezível, o peso total da amostra será:


W  Ws  Ww

Sendo:

W = Peso total

Ws = Peso dos sólidos

Ww = Peso da água

3.1.1. Relações de volume

As relações de volume são utilizadas para as três fases e são:

» Índice de vazios: é a proporção do volume de vazios em relação ao volume de


sólidos:
Vv
e=
Vs

» Porosidade: é a proporção do volume de vazios em relação ao volume total:


Vv
n=
V

» Grau de saturação (%): é a proporção do volume de água em relação ao volume


de vazios:
Vw
S=
Vv

O índice de vazios e a porosidade relacionam-se:


n e
e n
1 n e 1 e

3.1.2. Relações de peso

Nas relações de peso encontramos:

» Teor de umidade ou teor de água (%): é a proporção entre o peso da água e


o peso dos sólidos em dado volume de solo:
Ww
w=
Ws

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» Peso específico ou natural (kN/m3): é o peso do solo por unidade de volume:


W

V

Neste caso, temos outros pesos específicos que devem ser considerados:

» Peso específico dos sólidos (kN/m3): é o peso das partículas sólidas por unidade
de seu volume:
Ws
s 
Vs

» Peso específico da água (kN/m3): é o peso da água por unidade de volume. Geralmente
kN
se adota um valor de  w  10 3 .
m
» Peso específico seco (kN/m3): é o peso por volume unitário de solo excluindo a água:

Ws
d 
V

» Peso específico saturado (kN/m3): é o peso do solo se ficasse saturado:


W
 sat 
V

3.1.3. Massas específicas

As massas específicas são as relações entre a quantidade de matéria e o volume. Isto é


mais conhecido como as equações de densidade e podem ser expressas de forma similar
às equações do peso específico:
M Ms
 d 
V e V

Sendo:

ρ = Massa específica do solo ( kg / m3 )

ρd � = Massa específica seca do solo ( kg / m3 )

M� � = Massa total da amostra de solo ( kg )

Ms = Massa dos sólidos do solo na amostra ( kg )

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O peso específico pode ser obtido a partir das massas específicas:


g kg / m3  
gd kg / m3 

 kN / m 3
 1000
e 
 d kN / m 3
 1000
Sendo:

g = Aceleração da gravidade = 9,81 m/s2

3.2. Compacidade
Este termo é utilizado para indicar a compacidade in situ do solo granular, podendo
ser expresso pelo índice de vazios atual, em relação a valores extremos no estado fofo
e no estado compacto:
emáx  enat
Dr 
emáx  emín

Sendo:

Dr = Compacidade relativa expressa em porcentagem.

enat = Índice de vazios do solo in situ.

emáx = Índice de vazios do solo no estado mais fofo.

emín = Índice de vazios do solo no estado mais compacto.

Assim, quando o Dr é baixo, o solo estará em um estado mais fofo e, quando alto, o solo
estará mais compacto:

Tabela 4. Compacidade em solos granulares.

Dr(%) Descrição
0-15 Muito fofo
15-50 Fofo
50-70 Medianamente compacto
70-85 Compacto
85-100 Muito compacto
Fonte: Adaptado de Das (2011).

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3.3. Consistência
Consistência é um termo utilizado para identificar o estado de uma argila e costuma
ser indicado pela resistência que ela apresenta. O ensaio de compressão simples é uma
forma de quantificar a resistência e expressar a consistência:

Tabela 5. Consistência.

Consistência Resistência (kPa)


Muito mole <25
Mole 25-50
Média 50-100
Rija 100-200
Muito rija 200-400
Dura >400
Fonte: Adaptado de Pinto (2006).

Essa resistência das argilas pode mudar se submetidas ao manuseio, ou seja, a consistência
amolgada pode ser menor se medida quando se encontra no seu estado natural ou
indeformado. A relação entre esses dois estados se conhece como sensitividade da argila:
Resistência no estado indeformado
S=
Resistência no estado ammolgado

Dependendo de seu valor, pode-se classificar de acordo com a Tabela 6:

Tabela 6. Sensitividade.

Sensitividade Classificação
1 Insensitiva
1-2 Baixa sensitividade
2-4 Média sensitividade
4-8 Sensitiva
>8 Ultrassensitiva
Fonte: Adaptado de Pinto (2006).

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REFERÊNCIAS

DAS, B. M. Fundamentos de engenharia geotécnica. 6. ed. São Paulo: Cengage Language, 2011.

BODÓ, B; JONES, C. Introdução à mecânica dos solos. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.

BURGOS, P.; CONCIANI, W. Índices físicos, textura, consistência e classificação de solos. In:
CAMAPUM DE CARVALHO, J; GITIRANA JR, G.; MACHADO, S.; MASCARENHA, M.; DA SILVA FILHO,
F. Solos não saturados no contexto geotécnico. São Paulo: Associação Brasileira de Mecânica dos
Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.

CAMAPUM DE CARVALHO, J; GITIRANA JR, G.; MACHADO, S.; MASCARENHA, M.; DA SILVA FILHO,
F. Solos não saturados no contexto geotécnico. São Paulo: Associação Brasileira de Mecânica dos
Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.

FREDLUND, D. G.; RAHARDJO, H. Soil mechanics for unsaturated soils. New York: Wiley, 1993.

FREDLUND, D. G.; MORGENSTERN, N. R. Stress state variables for unsaturated soils. Journal of
Geotechnical Engineering Division, ASCE, 103(GT5), p. 447-466, 1977.

GEOTECNIA UFBA. Adensamento. Disponível em: http://www.geotecnia.ufba.br/?vai=Extens%E3o/


Ensaios%20de%20Laborat%F3rio/Adensamento. Acesso em 20 de abril de 2020.

GITIRANA JR., J.; MARINHO, F.; SOTO, M. A curva de retenção de água de materiais porosos.
In: CAMAPUM DE CARVALHO, J; GITIRANA JR, G.; MACHADO, S.; MASCARENHA, M.; DA SILVA
FILHO, F. Solos não saturados no contexto geotécnico. São Paulo: Associação Brasileira de
Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.

LOPES, M. Influência da sucção na resistência ao cisalhamento deum solo residual de filito


de Belo Horizonte, MG. 2006. 178f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – PUC-Rio, Rio de
Janeiro, 2006.

MARINHO, F.; SOTO, M.; GITIRANA, J. Instrumentação de laboratório e campo e a medição


da curva de retenção. In: CAMAPUM DE CARVALHO, J; GITIRANA JR., G.; MACHADO, S.;
MASCARENHA, M.; DA SILVA FILHO, F. Solos não saturados no contexto geotécnico. São Paulo:
Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica, 2015.

PINTO, C. Curso básico de mecânica de solos em 16 aulas. 3. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006.

TERZAGHI, K. Erdbaumechanik auf bodenphysikalischer grundlage. Leipzig u. Wien, F.


Deuticke, 1925.

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